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Entrar num Museu de Marionetas ou subir ao palco junto delas?

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Apolo

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Um museu de marionetas está também cheio de histórias, segredos e narrativas que podemos revisitar através da imaginação.

Há Museus, como o Museu da Marioneta de Lisboa e o Museu Internacional da Marioneta António Pasqualino, onde a visita é feita olhos-nos-olhos com peças fantásticas, que outrora foram protagonistas de palco. Neste Museu da Marioneta de Palermo, em Itália, a visita é quase imersiva. A coleção é composta por 5000 peças, a maior parte delas são Pupi sicilianos, marionetas de vara, feitas em madeira e metal que chegam a pesar 20 quilos. Na exposição estão perfeitamente integradas nos seus cenários, convidando os visitantes a fazerem parte deles também.

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Além destas, a coleção conta ainda, à semelhança do Museu da Marioneta de Lisboa, com marionetas de várias partes do mundo: Vietname, Tailândia, Índia, Sri Lanka, etc. Antonio Pasqualino, deu também nome à praça adjacente ao Museu, foi médico cirurgião e antropólogo, dedicou o seu tempo às artes populares da sua região. Uma das mais relevantes é o Teatro de Marionetas Opera dei Pupi, cujo reportório se baseia nos romances de cavalaria. Pasqualino, em 1965 fundou a Associação para a Conservação das Tradições Populares, que mais tarde, em 1975, veio a ser o então Museu Internacional da Marioneta António Pasqualino.

Atualmente está a decorrer a iniciativa Adotte un Pupo, uma forma curiosa de contribuir para a preservação e salvaguarda desta arte.

Das Belas-Artes para o Museu da Marioneta

Formada em Belas-Artes a Filipa Camacho trabalha no Serviço Educativo do Museu há quase uma década. As 632 peças expostas, bem como as mais de três mil que se encontram nas reservas não só lhe são muito familiares como são uma fonte de inspiração permanente para as oficinas e outras atividades que concebe e realiza. No seu trabalho quotidiano com públicos a Filipa descodifica a história das peças de várias partes do mundo que se podem ver no Museu. No caso do Museu da Marioneta, poderíamos falar dos mistérios da marioneta e da máscara, que musealizadas, vemos imóveis numa vitrina afastadas da performance para a qual foram concebidas.

Graças ao trabalho da Filipa, tanto em visitas como em oficinas, em projetos de continuidade com escolas e com companhias de teatro, a marioneta reencontra-se com o seu contexto, vai-se revelando, torna-se um ser animado, com uma história, uma existência e uma alma. Aproxima-se assim das pessoas com uma nova familiaridade, quer se trate de uma peça de Sogobó do Mali, de uma marioneta de fios da Birmânia, de uma marioneta de luva da China, ou das surpreendentes marionetas de manipulação à vista da Helena Vaz (Companhia São Lourenço e o Diabo), entre muitas outras.

Nas oficinas criativas a Filipa orienta os participantes para a construção e criação das peças. É também este o trabalho que desenvolve na parceria do Museu com o Teatro da Cidade e com a escola de proximidade EB1 n.º72. No âmbito de um projeto de continuidade – Museu-Escola-Teatro - os cenários para as peças são realizados pelos alunos sob a orientação artística da Filipa a partir dos textos da encenadora Nídia Roque. Como podemos revisitar formas, figuras, narrativas? Como existiam as marionetas e máscaras antes de habitarem o Museu? Como nos podem inspirar em novas narrativas? São estas questões sempre renovadas e a vontade de criar constantemente pontes entre as pessoas e o que as rodeia que movem os mediadores do Serviço Educativo.

Espetáculo

Orpheus

Orpheus conta-nos a história de um jovem que, ao ouvir um som misterioso, decide ir à procura da sua origem. Na viagem em busca desta melodia, o jovem transforma-se na figura mitológica de Orfeu. Descobre assim que a sua música tem o poder de encantar todas as coisas animadas e inanimadas, acalmar os mares, os animais ferozes, encantar rochas e árvores, e que é dentro de si que nasce essa melodia.

É neste confronto provocado pela sua metamorfose que surge o conflito da sua identidade: quem sou eu?

Transformado em Orfeu, vive as aventuras de Orfeu. Para resgatar Eurídice do Reino das Sombras confronta-se com uma das missões mais difíceis para os seres humanos: confiar no desconhecido.

A partir da história de Orfeu e Eurídice, inspirado no teatro de sombras, este espetáculo propõe-se revisitar o mito original, explorando o tema da identidade e do autoconhecimento através da narrativa mitológica.

dia 13 de maio, às 16h dia 14 de maio, às 11h30 dia 18 de maio, às 15h e às 20h dia 19 de maio, às 11h dia 20 de maio, às 16h e às 20h dia 21 de maio, às 11h30

Instalação temporária

Redonda

Concebida por Teodora Boneva, finalista do mestrado em Teatro com especialização em Design de Cena, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, Redonda é uma instalação de objetos, inspirada no conceito de Gabinete de Curiosidades. Designa um lugar onde se colecionavam uma multiplicidade de objetos. Este conceito teve origem na época do Renascimento e precede à noção contemporânea de Museu. Baseada na obra O mundo é redondo de Gertrude Stein, esta instalação explora os conceitos de identidade e individualidade com foco no público infantojuvenil.

Dias 18 e 19 de maio, das 10h às 17h, com intervenção performativa às 15h30

Durante as performances alguns dos objetos da instalação serão manipulados.

Projeto

OpenConventos

O projeto OpenConventos resulta de uma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o Patriarcado de Lisboa.

À semelhança de anos anteriores, o Museu da Marioneta associa-se a este projeto. Este ano o Convento das Bernardas acolhe uma mesa-redonda no dia 25, e visitas orientadas nos dias 26 e 27 de maio.

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