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Cinema e televisão

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O Super-Crédito

O Super-Crédito

Num Mesmo Museu

movingimage.us

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Ver imagens em movimento traz sempre uma carga de magia. Se essas imagens não corresponderem a registos diretos da realidade, como nos filmes de animação, ainda mais. Há museus como o Museu da Marioneta em Lisboa, ou o MoMI (Museum of Moving Images) em Nova Iorque, onde se mostra como acontece a magia. E não é que da revelação não vem o desânimo e se adensa o interesse? O MoMI tem uma coleção única, com mais de quatro mil artefactos recolhidos em todo o mundo, um recurso para os públicos que se interessem pela cultura da imagem em movimento. Inclui peças de várias fases da produção, promoção e exibição de filmes, conteúdos televisivos ou de media digitais: do merchandising oficial aos aparelhos técnicos e fotogramas passando por materiais de design, figurinos, todo o tipo de material de marketing, jogos de vídeo e computador, adereços e, claro, um conjunto considerável de brinquedos óticos. Cerca de 1400 destes objetos podem ser vistos na exposição permanente do Museu, Behind the Screen (Atrás do Ecrã).

Além desta exposição é possível visitar uma outra dedicada a Jim Henson, o criador dos Marretas e Rua Sésamo e descobrir o legado deste criador de seres como o sapo Cocas ou Poupas na cultura televisiva e não só. Até ao fim de janeiro de 2023 foi ainda tempo de ver a exposição Living withTheWalking Dead, sobre o universo da série televisiva de enorme sucesso. Há também uma outra exposição temporária sobre o filme WomenTalking (Sarah Polleys, 2022), numa abordagem que explora a adaptação ao cinema de um livro sobre a violência exercida sobre as mulheres numa pequena comunidade.

Peças temporariamente em exposição na área dedicada à animação interativa. A intervenção LAIKA:Life in Stop Motion está patente no MoMi 27 de agosto de 2023 e foi organizada com o estúdio Laika, cujos filmes de animação estão também a ser exibidos no museu.

Comunicar para levar o Museu às pessoas e trazer as pessoas ao Museu

A comunicação faz parte integrante da vida de um Museu. Por trás do que o público vê e lê sobre o museu, e que muitas vezes é o início da motivação para uma primeira visita, há um intenso trabalho de comunicação, que envolve muitas áreas, desde a comunicação digital, o que se vê online, no site do Museu e nas redes sociais, até às publicações impressas, os telões na fachada do Museu, os MUPI no espaço público, os postais e folhetos, a interação com jornalistas, a divulgação do Museu tanto em proximidade como em universos mais alargados e a criação de empatias entre públicos e museu. Para quem, pelas mais diversas razões, não pode vir ao Museu, a comunicação é fundamental para que o Museu possa ser conhecido, e de certa forma vá ter com as pessoas, através da divulgação das suas atividades e acervos.

A Margarida Ferra, formada em Ciências da Comunicação, pós-graduada em Museologia, e já com uma sólida experiência, chegou ao Museu da Marioneta há um ano com a missão complexa de “comunicar”. Em poucos meses, máscaras, marionetas, e todas as áreas em que estas interagem tornaram-se-lhe familiares. Rapidamente desenhou uma estratégia de comunicação específica para os conteúdos do museu e adaptada a diferentes públicos, desenvolveu a assessoria de imprensa, reconfigurou a NM [Notícias da Marioneta], publicação do Museu que sai 3 vezes por ano, em versão impressa e online, iniciou a restruturação do site, implementou uma forte dinâmica de presença do museu nas redes sociais, trabalhou em rede com toda a equipa, e em particular com o Serviço Educativo, entre muitas outras tarefas que fazem parte das múltiplas vertentes da comunicação. A partir de março, a Margarida deixa o Museu, respondendo a um convite para um novo desafio na sua área. Em nome de toda a equipa do Museu fica aqui um obrigada por este ano de intensa atividade no Museu da Marioneta.

Exposição temporária

Marionetas que guardam o tempo - uma viagem ao mundo das marionetas de animação portuguesas

MONSTRA - Festival de Animação de Lisboa

Museu da Marioneta | 24 de fevereiro a 23 de abril

Chegou a 16ª exposição da Monstra. Desta vez sob o signo do centenário do cinema de animação em Portugal, é como uma viagem no tempo. Do presente e futuro muito próximo são mostradas peças de filmes recentíssimos: A casa para guardar o tempo, de Joana Imaginário, com marionetas todas feitas em papel e O casaco rosa, de Mónica Santos, em que todas as personagens são… casacos. Na exposição podem ver-se também marionetas, cenários e adereços de filmes realizados nos últimos anos por José Miguel Ribeiro, Bruno Caetano ou Vítor Hugo. O Museu da Marioneta vai ser durante quase dez semanas, a casa que guarda o tempo do passado, do presente e do futuro da animação em stop motion feita em Portugal.

Muitos museus à medida

O Museu da Marioneta tem várias medidas, que é como quem diz, vários projetos Museu à Medida. São projetos construídos geralmente com grupos escolares. Tudo começa numa visita ao Museu, tudo termina com um espetáculo. Pelo meio, há meses de trabalho conjunto e viagens entre a escola e o Museu em sessões de criação em que se descobre o universo das marionetas, experimentando. Terminamos em fevereiro um projeto sobre interculturalidade com quatro turmas do terceiro ano da escola EB 1 São João Deus e em março, um outro sobre animais com estudantes do quinto ano no Colégio de Santa Maria. Em março, iniciam-se projetos com uma turma do sexto ano da Escola 2.3 Delfim Santos, sobre património na era digital. A escola EB 1 72, vizinha do Museu, participará no projeto de construção do espetáculo Orpheus, em parceria com o Teatro da Cidade e integrado na Bienal das Artes.

Uma linha nacional para os fantoches portugueses

Começámos com blocos e sacos, mas esperamos que estes Robertos se multipliquem. Nos últimos dias de 2022, lançámos a linha Robertos, uma linha de merchandising exclusiva do Museu e que celebra a inscrição do Teatro de Dom Roberto no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Ilustradas por Frederico Rocha/Buumm Design, as peças à venda na loja do Museu dão novas vidas a personagens emblemáticas do repertório do Teatro de Dom Roberto como a Rosa, a Morte ou o próprio Roberto. Espera-se que sejam usadas durante muitos anos, atravessando gerações e fazendo parte de diferentes histórias de vida.

ÀVENDA NA LOJA DO MUSEU DA MARIONETA

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