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Editorial
Faz falta saber Exposições Coleção Museu do Douro Património RDD Serviço Educativo Museu de Território: colaborar e partilhar Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante
editorial
Na qualidade de Presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua, capital histórica da Região Demarcada do Douro, sede do Museu do Douro, congratulo-me com o trabalho desenvolvido, ao longo dos últimos 14 anos, pela Fundação Museu do Douro, num contributo basilar para a promoção de tudo quanto nos identifica e distingue, diante do País e do Mundo.
Considero que o desenvolvimento de Peso da Régua e do Douro assenta em quatro pilares fundamentais: a paisagem, o vinho, o turismo e a cultura. A interligação entre os quatro pilares garantirá a
sustentabilidade que o território precisa. Na área da cultura, o Museu do Douro tem-se destacado ativamente pelo papel cumprido, em prol de uma região com mais de 250 anos de história, que, orgulhosamente, herdamos e que devemos honrar e promover.
Do Douro tudo partia e aqui tudo chegava através do rio, um elemento que deu forma à paisagem mundialmente conhecida, que “tem montes que não param de correr; videiras que ninguém pode contar; oliveiras erguidas a rezar e um rio que não pára de correr” (João de Araújo Correia).
Desde há séculos, que o Douro cultiva, colhe e prepara o vinho com que brindamos o Mundo. Uma história de conquistas e de adversidades, que vinca o carácter do povo duriense, mulheres e homens que retiram deste chão abençoado o sustento de gerações.
São estas especificidades que nos distinguem e marcam a nossa história. É nestas especificidades que o trabalho de difusão cultural feito pelo Museu do Douro se centra, permitindo manter e reforçar a identidade e a memória do território.
Como Presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua, berço da região demarcada e regulamentada mais antiga do Mundo, reassumo o compromisso perante as pessoas, perante a história secular que nos une e perante a Região, de continuar a contribuir para que o Museu do Douro se continue a afirmar como polo de difusão cultural, em consonância com as exigências da marca Douro, numa perspetiva de futuro de prestígio consolidado.
O Presidente da Câmara Municipal do Peso da Régua, José Gonçalves
faz falta saber
HORÁRIO DE INVERNO
>> De 1 de novembro a 28 de fevereiro das 10h00 às 17h30.
CRIVO
Inaugurado a 2 de dezembro de 2022 pelo Senhor Ministro da Cultura, Professor Doutor Pedro Adão e Silva, o Centro de Artes do Saber Fazer passa a estar aberto ao público todos os dias das 10h00 às 12h00 e das 14h30 às 17h30.
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022
A edição de 2022 do Concurso Internacional de Fotografia inserido no projeto “Fotografia Contemporânea no Douro” teve grande adesão, sendo os resultados do concurso divulgados publicamente no dia 6 de janeiro.
Aliando-se à celebração dos 20 anos da inscrição do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património Mundial, numa parceria com a CCDR-N, a edição teve por âmbito geográfico a área classificada da UNESCO. Compreender lugares (possivelmente) desconhecidos do território e promover um novo olhar sobre a fotografia são os principais objetivos deste concurso, inserido no protocolo mecenático celebrado entre o Museu do Douro e a EDP - Gestão da Produção de Energia S.A.
Os resultados poderão ser consultados no site do Museu do Douro.
www.museudodouro.pt
DOURO, LUGAR DE UM ENCONTRO FELIZ | DE ANTÓNIO BARRETO
>> Assembleia da República, Lisboa Inauguração a 18 de janeiro, 18:00
Aproveitando a homenagem do Museu do Douro ao Prof. António Barreto enquanto Fundador Honorário da instituição, será exposta a coleção de fotografias a cores e a preto-e-branco da sua autoria pertencente à coleção Museu do Douro. As obras mostrando a diversidade de pontos de vista e de impressões proporcionada pela Região, com particular foco nas vinhas, no vinho, no rio e nos socalcos e encostas dos vales do Douro e seus afluentes. Nesta região ocorreu, durante séculos, um encontro feliz entre trabalhadores, lavradores e comerciantes, entre portugueses e estrangeiros (ingleses, escoceses, holandeses…), de que resultou a produção de um vinho de excelência e uma paisagem única. Esta última, de excecional beleza, é o resultado de um enorme esforço humano de trabalho, cuidado e disciplina. Assim como é testemunho de capítulos importantes da história de Portugal e do seu comércio.
exposição permanente
DOURO: MATÉRIA E ESPÍRITO
Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe.
Todos os dias: das 10:00 às 17:30
exposições temporárias
FRANCISCO LARANJO: UM LUGAR DE UM MUNDO NOVO
» De 2 de dezembro de 2022 a 26 de fevereiro de 2023
Exposição de obras de Francisco Laranjo associadas à paisagem e ao território duriense, onde nasceu e com o qual sempre se relacionou. O território impõe-se e subentende-se nas obras expostas. As pinturas a óleo e a pastel, bem como o exercício escultórico revelam a visão do artista sobre o Douro.
*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados.
exposições itinerantes do Museu do Douro
Manuel Casal Aguiar
CoaDouro
Núcleo Museológico de Favaios Pão e Vinho
» De 5 de janeiro a 4 de maio
Concurso Internacional de Fotografia 2020 “Douro Património Contemporâneo” – Memória com Futuro Galeria das Artes – Vila Nova de Foz Côa
» De 19 de janeiro a 17 de maio
Douro, de Manuel Casal Aguiar CITICA – Carrazeda de Ansiães
» De 7 de janeiro a 18 de abril
Rui Pires na coleção Museu do Douro
Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta
» De 22 de janeiro a 23 de março
Nove meses de inverno e três de inferno, de João Pedro Marnoto
Museu Municipal de Resende » De 26 de janeiro a 19 de março
CONTINUA:
©
Rui Pires
na coleção Museu do Douro
Vila Real | Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real
» Patente até dia 10 de janeiro de 2023.
Concurso Internacional de Fotografia 2020 “Douro Património Contemporâneo – Memória com Futuro” Mesão Frio | Biblioteca Municipal » Até 10 de janeiro de 2023.
© Carlos Santos
Mãos que fazem Bisalhães
São João da Pesqueira | Museu do Vinho » Até 10 de janeiro 2023
coleção Museu do Douro
» “VINHOS COM ARTE”
Em 2003, o Museu do Douro lançou a primeira Coleção “VINHOS COM ARTE”, constituída por vinhos de excelente qualidade da Região Demarcada (quatro vinhos de Porto Vintage e dois vinhos de mesa Douro Tinto), da colheita de 2000. Com esta iniciativa, o Museu do Douro pretendia associar o nome de enólogos de reconhecido mérito da região a autores consagrados das artes plásticas e das letras.
Simultaneamente, constituiu uma homenagem à obra coletiva do Douro, criada pelos muitos anónimos que, ao longo dos séculos, contribuíram para fazer das vinhas do Douro um património singular da cultura portuguesa, cujo prestígio o mundo reconhece.
Francisco Laranjo, natural da cidade de Lamego e conhecido artista plástico foi convidado a criar o rótulo do Porto Niepoort Vintage 2000. O estudo para a produção deste rótulo, uma pintura a pastel, integrou a coleção do Museu do Douro no ano de 2002.
» OFERTAS À BIBLIOTECA
No passado mês de dezembro foram oferecidos à Biblioteca do Museu diferentes títulos, ficando o nosso agradecimento ao Dr. Albertino Marques, à empresa Bulas Wines e ao Museu Nacional de Arqueologia. Destacamos duas destas ofertas:
» Oferta do autor à Biblioteca do Museu do Douro, para conhecimento público da antiga Vila Romana e concelho medieval de Casteição, atualmente aldeia do Concelho da Meda. 2022/11/22 Albertino Marques
Coleção IVDP
Copos de vinho do Porto
O consumo do vinho do Porto assumiu muito cedo uma imagem de prestígio, associada a um consumo sofisticado, desde a prova inicial à degustação. Avaliar a cor, o corpo e o gosto de um vinho requer um bom cálice, de vidro translúcido ou cristal. Esta peça assumiu diferentes formas ao longo do tempo, procurando a forma mais adequada, desde o copo de corpo bojudo ao atual formato em tulipa, mais apropriado para ser cheirado.
Exemplo dessa preocupação por parte do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto foi a seleção do Arquiteto Álvaro Siza Vieira para conceber o cálice ideal: com base larga para permitir a agitação do copo, o encaixe no pé, para segurar melhor no copo, e o corpo em tulipa, para concentrar os aromas.
Evolução do copo de Vinho do Porto, coleção IVDP ©2018, José Pessoa/MD;
Património RDD
» OS ROMANOS PRESTARAM CULTO AO RIO VOUGA!É bem conhecido o hábito que o povo romano tinha de sacralizar as forças da Natureza, de que a sua existência intrinsecamente dependia. Dessa dependência sabiam eles muito bem e, hoje, nós sentimo-lo cada vez agudamente, dadas as nefastas alterações climáticas que o Homem provocou.
Aliás, a íntima relação entre as divindades e os fenómenos atmosféricos perpassa por toda a história do Homem e em todas as civilizações. Recordemos que há, no ritual católico, cerimónias específicas para solicitar a intercessão dos Santos e do próprio Deus em caso de falta de chuva: as procissões das Rogações. Um monte, um rio, o oceano, os astros… detinham em si um génio, com o qual os Humanos deviam estar bem.
Sabe-se, por exemplo, da enorme importância que teve, e continua a ter, o rio Ebro, de cujo nome deriva a própria designação da nossa península, a Península Ibérica. Não admira, pois, que na cidade de Tarragona, onde desagua, os Romanos tenham erigido uma estátua ao Flumen Hiberus, representando-o como divindade. De resto, junto à sua nascente, em Fontibre, nos Montes
Cantábricos, venera-se uma imagem de Nossa Senhora…
Apesar do relevo que detêm rios como o Douro, o Mondego, o Tejo, o Guadiana e o Sado – muito citados, de resto, no tempo dos Romanos – não foi encontrada, até ao momento, nenhuma inscrição ou referência que nos leve a crer que os Romanos lhes atribuíram carácter divino. Por isso, a surpresa foi grande quando, no âmbito da investigação para o levantamento do património do concelho de Armamar, o Reverendo Padre Artur Mergulhão, prior da freguesia de Goujoim, nos mostrou, a 9 de Novembro deste ano de 2022, uma pequena pedra, que guardava e em que se lê a palavra VACO e as siglas da fórmula habitual dos ex-votos romanos: votum solvit libens, ou seja, ‘voto feito de livre vontade’. Não se diz por quem foi dedicado, como, de resto, também nos acontece a nós, ao acendermos uma vela a alumiar uma imagem: prezamos o anonimato, porque o santo sabe quem foi! Houve já ocasião de estudarmos o monumento, estudo que inserimos na revista Ficheiro Epigráfico, do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (nº 238, inscrição nº 823).
Trata-se de uma árula votiva romana, de granito, proveniente do Castro de Goujoim, União de Freguesias de Arícera e Goujoim, concelho de Armamar, distrito de Viseu. Mede 34,5 cm de altura e tem entre 14,5 e 16 cm de espessura. Ostenta no capitel uma cavidade, graciosamente esculpida, destinada a receber os incensos que em honra da divindade se quisessem oferecer. Em latim, Vaco significa «ao Vaco», e Vaco nada mais é do que o nome do rio Vouga, que conhecíamos, através das fontes literárias romanas, pela designação de Vacua. Grande foi, por conseguinte, a surpresa da invulgar identificação, mormente se pensarmos que o rio Vouga nasce perto, na Lapa, concelho de Sernancelhe.
O nome – que ainda se não relacionara com o nome do rio Vouga – já aparecera, no entanto, em dois outros monumentos romanos: justamente na área de Viseu temos o testemunho da divindade
indígena COSEI VACOAICO, designação aproximável de VACO CABVRIO e VAGO DONNAEGO. No primeiro caso, a divindade Cosus tem um epíteto formado a partir do nome do rio, com um sufixo que é habitual -aicus; nos dois outros, é o próprio teónimo que se faz acompanhar de epítetos tópicos, formados a partir de um nome próprio (Caburius) ou de um eventual topónimo (donn+aego).
Na sua origem, este pequeno altar, datável do século I da nossa era, destinar-se-ia a ser colocado ou num larário familiar ou, mais provavelmente, em lugar especialmente destinado a solicitar as ‘bênçãos’ do espírito divinizado do Rio Vouga: que trouxesse sempre boa água em abundância, sim, mas… com conta, peso e medida! Aliciante é pensar que esse lugar era perto da sua nascente!
José Carlos Santos José d’Encarnaçãoserviço educativo
EUSOUPAISAGEM – EDUCAÇÃO E TERRITÓRIO
A base da ação assenta na pesquisa de relações de experiência entre as pessoas e as paisagens.
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a presença de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores em atividades de experiência e conhecimento.
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas.
Interpelam-se as paisagens e as pessoas com o teatro, com a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, a geografia, a antropologia e a literatura, com a arquitetura paisagista e o cinema, com o desenho, com a fotografia e com o som.
eu sou paisagem é, desde 2006, um convite, uma convicção e uma vontade para atuar e refletir sobre a educação neste território e nestas paisagens.
CAFÉ CENTRAL 2022
MOSTRA EM CARTAZES MUSEU DO DOURO DESDE AGOSTO
Goujoim – Armamar | Favaios, Sanfins do Douro, São Mamede de Ribatua, Vila Verde, Vilar de Maçada – Alijó | Lagoaça, Ligares, Mazouco – Freixo de Espada à Cinta | Murça | Celeirós, Paradela de Guiães, Provesende, São Martinho de Anta – Sabrosa | Nagoselo do Douro, Trevões – São João da Pesqueira | Salzedas, Ucanha – Tarouca | Guiães, Nogueira – Vila Real | São João de Lobrigos – Santa Marta de Penaguião
Este é um programa para estar presente em diferentes lugares deste extenso território, com as pessoas que nele estão. Para conhecer as pessoas que cá vivem, os cafés são lugares que marcam as paisagens entre a casa e a rua, entre o público e o privado.
Os cafés são lugares de fronteira e de encontro. Que centralidades, que periferias?
Nesta mostra apresentamos uma primeira seleção das passagens pelos vários cafés realizadas ao longo de 2021, 2022 com a fotógrafa Paula Preto. Este é um convite a permanecer a estar nos espaços tão centrais que são os cafés nas vidas destes lugares. Procura-se questionar o que é centro e o que são as periferias, desmontar as lógicas de representação que são sempre redutoras das vidas do dia-a-dia que importa cuidar.
Café central é uma das frentes de ação do eu sou paisagem – programa de educação - Museu do Douro.
Fotografia| paula preto agosto 2022
TER MAIS TEMPO (T+T)
ter mais tempo (t+t) é a frase que norteia o modo de atuar com as crianças, as/ os jovens e adultos e seniores com quem trabalhamos nos seus contextos geográficos e sociais dos concelhos onde operamos e estamos, ao longo destes 17 anos.
Fazemos perguntas e procuramos não soluções mas possibilidades de diálogo fundamental para o trabalho em conjunto, e, quando possível em comum. E para esta ação é preciso mais tempo. Para ouvir, para acompanhar as pessoas e os lugares e as mudanças que vivemos, a nível local, nacional e mundial. Apelando às diversas dimensões e práticas das artes e das questões prementes destas paisagens e deste território que importa cuidar.
DOISMAISUM PROGRAMA DE OFICINAS
Grupos do Pré-Escolar e 1º Ciclo do Centro Escolar da Alameda e das Alagoas | Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia | Peso da Régua
Este programa propõe a cada grupo de crianças, jovens ou seniores um percurso pedestre (ou uma visita às exposições e aos espaços do edifício sede do Museu do Douro) + duas oficinas temáticas. Estas ações realizam-se em 3 momentos diferentes do ano e permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Educação Pré-escolar | Ensino Básico | Ensino Secundário e Profissional | Associações Recreativas | Grupos Seniores
BIBLIOTECAS. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOÃO DE ARAÚJO CORREIA
Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros com os 5ºs e 9ºs anos da EB2,3 de Peso da Régua e Escola Secundária João de Araújo Correia.
PÚBLICO COMUM.
Agrupamento de Escolas Latino Coelho.
Centro Escolar de Lamego nº 1, Lamego
Programa em articulação com instituições pares: museus, teatros ou centros culturais da região para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional.
COM_VIVER.
Programa em articulação com os 4ºs anos do Centro Escolar da Alameda. AEJAC
Queremos interrogar a vida deste território e das pessoas que vivem neste território. Que relações existem entre as pessoas e a paisagem?
Em que lugares gostamos de estar? E quais são os que nos colocam mais desconforto? Que caraterísticas têm estes diferentes lugares? Onde é que gostamos de correr, de caminhar, de sentar, de parar, de ver e olhar, de contemplar?
VIVIFICAR
» OFICINAS DE FOTOGRAFIA E VÍDEO | ATELIÊS VIVOS | TORRE DE MONCORVO
É possível ensinar-se a ver? “Aprendizagem do olhar faz-se só” pelo que propomos ações gatilho que possibilitem o exercício do olhar, respeitando a diversidade de pontos de vista e na redescoberta do lugar que habitam.
No decorrer da ação pretende-se que o processo esteja em partilha com os habitantes do lugar enquanto ficamos perguntamos – o que há neste lugar?
A implementação desta ação será consequência de uma escuta ativa dos acontecimentos, da diversidade do grupo e das características do lugar, pelo que o plano apresentado a seguir será adaptado ao longo da ação com os participantes sempre que necessário.
Partilhamos cartas, postais entregues de porta a porta com ideias, perguntas, reflexões sobre viver e ficar.
Estas oficinas estão divididas em 8 sessões e terminarão com uma exposição na qual existe uma identidade da ação [estrutura] que vive em comunicação com a criação de cada grupo e lugar [escuta].
Decorrem aos sábados no Auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, têm a orientação da arte educadora Paula Preto com a colaboração da equipa de educação do Museu do Douro.
[DEZEMBRO, 1961]
(…)
Neste Inverno, por um dia negro de chuva, sigo pela estrada que de montante me leva à Régua. Há uma nuvem densa de sombra que envolve os montes e do céu cai, desabaladamente, este dilúvio que empapa as terras de vinha e de mata, corre pelas regueiras abundantes da serra e turva o rio clamoroso que lá em baixo se precipita numa torrente que faz medo, a redemoinhar por entre as pedras. A cheia ameaça ser terrível, este ano. Há já campos e povoados que a inundação cobre. Nas caras transidas da gente que vive mais à beira de água, lê-se uma aterradora expressão de ansiedade e susto.
Paramos em meio da estrada, a ouvir cair a chuva e a ouvir o roncar do Douro, de
águas pardacentas, e apontam-me na outra margem a quinta da Boavista, que pertenceu ao barão de Forrester e se alteia num pequeno cabeço que ali faz uma das curvas maravilhosas do rio. A casa e as terras, que mais para o alto se estendem em matas de pinheiros, evocam a figura daquele que dali espreitou tantas vezes a formosura do lugar, as águas correndo, os montes recortados na beleza clara ou turva do céu. Chove cada vez mais e a Natureza parece recolhida na sombra e na frieldade do dia caliginoso. Limpo a vidraça da minha janela, para ver melhor, e acode-me então à memória certa página de Ramalho Ortigão, escrita talvez à vista deste lugar. (…)
museu de território colaborar e partilhar
Encontre, aqui, as datas, locais e ações em colaboração e partilha.
Todas as saídas previstas poderão ser alteradas de acordo com a agenda e necessidade dos serviços do Museu e dos equipamentos/instituições que nos recebem e ou solicitam.
» 05 de janeiro – com_ViVer . Oficinas de movimento, som… . 4ºs anos do Centro Escolar da Alameda, Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 07 de janeiro - ViViFICAR . Oficinas sobre fotografia e vídeo Auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo. Moncorvo . [10h00 – 13h00]
» 07 de janeiro - ViViFICAR . Café Ci. Clo. Moncorvo . [14h00 – 17h00]
» 09 de janeiro – Bibliotecas . Oficinas
de experimentação, movimento, teatro, leitura com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Biblioteca Escolar da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua . [10h40 –12h10]
» 09 de janeiro – com_ViVer . Oficinas de movimento, som… . 4ºs anos do Centro Escolar da Alameda, Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 10 de janeiro – Público Comum .
Oficinas de movimento, som…. 1º ano do Centro Escolar Nº 1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho. Teatro Ribeiro da Conceição, Lamego . [9h30 – 12h00]
» 10 de janeiro – com_ViVer . Oficinas de movimento, som… . 4ºs anos do Centro Escolar da Alameda, Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 11 de janeiro – Público Comum . Oficinas de movimento, som…. 2º ano do Centro Escolar Nº 1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho. Teatro Ribeiro da Conceição, Lamego . [9h30 – 12h00]
» 11 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 12 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [10h30 – 12h00]
» 12 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 13 de janeiro – 2+1: Oficina . JI de Galafura. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [10h30 – 11h30]
» 14 de janeiro - ViViFICAR . Oficinas
sobre fotografia e vídeo. Auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo. Moncorvo . [10h00 – 13h00 | 14h00 – 17h00]
» 16 de janeiro – Bibliotecas . Oficinas de experimentação, movimento, teatro, leitura com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Biblioteca Escolar da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua . [10h40 –12h10]
» 16 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 17 de janeiro – 2+1: Oficina . JI Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [10h30 –11h00]
» 18 de janeiro – Público Comum . Oficinas de movimento, som… . 2ºs anos do Centro Escolar Nº 1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho. Lamego . [9h30 – 12h00]
» 19 de janeiro – Bibliotecas . Oficinas de experimentação, movimento, teatro, leitura com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Biblioteca Escolar da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua . [10h40 –12h10]
» 20 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro
Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 21 de janeiro - ViViFICAR . Oficinas sobre fotografia e vídeo. Auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo. INAUGURAÇÃO DA MOSTRA DE TRABALHOS desenvolvidos nas oficinas. Moncorvo . [10h00 – 13h00 | 14h00 – 17h00]
» 23 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 24 de janeiro – Público Comum . Oficinas de movimento, som… . 2ºs anos do Centro Escolar Nº 1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho. Teatro Ribeiro da Conceição, Lamego . [9h30 – 12h00]
» 24 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 25 de janeiro – Público Comum . Oficinas de movimento, som… . 2ºs anos do Centro Escolar Nº 1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho. Lamego . [9h30 –12h00]
» 25 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 27 de janeiro – 2+1: Oficina . JI do Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. Peso da Régua . [11h00 – 12h00]
» 27 de janeiro – 2+1: Oficina . JI de São João de Lobrigos. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. Peso da Régua . [14h00 –15h00]
» 27 de janeiro – TER MAIS TEMPO . Projeto Educativo. Universidade Sénior, Peso da Régua . [15h00 –16h30]
» 30 de janeiro – 2+1: Oficina . Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua . [14h30 – 16h00]
» 31 de janeiro – Público Comum . Oficinas de movimento, som… . 2ºs anos do Centro Escolar Nº 1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho. Teatro Ribeiro da Conceição, Lamego . [9h30 – 12h00]
rede de museus do douro
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!
aconteceu na MUD
No dia 9 de dezembro, o Grupo de Trabalho da MuD efetuou uma visita técnica ao Centro Interpretativo da Quinta de Ventozelo. A visita teve por objetivo aferir as condições técnicas e humanas deste membro MuD e as possibilidades de colaboração com os restantes membros.
VIVIFICAR – TORRE DE MONCORVO, BIBLIOTECA MUNICIPAL 12 de dezembro de 2022 Programa de Arquivos Vivos
Se não estiver cá Ninguém… Ninguém vem para cá Workshop de documentação e conservação de coleções fotográficas
Teve lugar no passado mês de dezembro a Sessão in(formativa) de processos de inventário e conservação preventiva de fotografia voltadas para as equipas técnicas do município envolvidos. Esta ação associa-se ao trabalho de documentação dos espólios fotográficos no concelho, que pretende conhecer os arquivos visuais familiares e de casas de fotografia comercial.
Os materiais recolhidos serão digitalizados de modo a integrar a base de património móvel da Região Demarcada do Douro, desenvolvida pelo Museu do Douro.
ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS
Temos em vigor na nossa empresa, programas de visita guiada às nossas instalações de vinificação e envelhecimento, com degustação dos nossos vinhos. Temos também disponível visita guiada ao nosso museu - "Adega das Giestas Negras".
O museu - "Adega das Giestas Negras ", é uma adega de MDLXXV (1575), data gravada na padieira da porta, recuperada e adaptada a Museu em 2006, situado no coração da Quinta dos Mattos. Tem dois lagares (12 e 4 pipas) e uma dorna, todos em xisto, uma prensa de fuso, em madeira de castanho, com cerca de oito metros de comprimento, com mais de 300 anos. Aqui estão expostas muitas peças antigas, pertença da família, relacionadas com a atividade vitivinícola.
Informamos que a visita guiada ao museu "Adega das Giestas Negras" pode ser independente da visita à adega da empresa.
PROVA DE VINHOS WINE TASTING DÉGUSTATION A ROSA
Marcação / booking / reservátion:
» 10:00 - 16:00 - segunda a sexta-feira / monday to friday / du lundi au vendredi
» sábado por reserva / saturday by reservation / samedi sur reservation
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a sexta: Das 9:30 às 17:00;
» Aos fins de semana sob marcações prévia;
Bilhete: 5€, inclui visita e prova de vinho do Porto
Passaporte Mud: 20% desconto
Contactos: 254 920 214 | 965 519 991 Email: coimbrademattos@gmail.com Morada: Casa da Calçada, n.º 65 | 5050 – 042 Galafura
ESPAÇO MIGUEL TORGA
27 de janeiro de 2023 - Comemoração do "Dia Internacional do Vinho do Porto".
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
1 de abril a 31 de outubro | terça a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 » sábados e domingos: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 18:30
1 de novembro a 31 de março | terça a domingo: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 » Encerrado às segundas e feriados.
Bilhete: gratuito.: Email: geral@espacomigueltorga.pt Tel.: 259 938 017 Morada: Rua Miguel Torga | 5060 – 449 S. Martinho de Anta
NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE FAVAIOS PÃO E VINHO
Durante o mês de janeiro além da exposição permanente, sobre o Moscatel de Favaios e o afamado Trigo de quatro cantos, também estará patente ao público a exposição CoaDouro.
Visite o Núcleo Museológico de Favaios e aproveite para conhecer esta exposição patente até dia 4 de maio de 2023.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a domingo:
» Inverno: 10:00 às 17:00 » Verão: 10:00 às 18:00
Bilhete: 2€
Passaport Mud: desconto 20% Email: museu.favaios@cm-alijo.pt Morada: Rua Direita, 21 | 5070 – 272 Favaios Tel.: 259 950 073
MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU)
Exposição de Pintura: Património Imaterial do Douro: Contos, Lendas e Mitos
» Patente até 17 de fevereiro de 2023
Exposição Rancho Folclórico da Granja do Tedo.
» Patente até 17 de fevereiro de 2023
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30
» sábados: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 17:00
» domingos e feriados: mediante marcação prévia
Bilhete: gratuito. Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019
Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço
MUSEU DO VINHO, S. JOÃO DA PESQUEIRA
Até dia 10 de janeiro estará patente no Museu do Vinho em S. João da Pesqueira a exposição “Mãos que fazem Bisalhães”.
//INFORMAÇÕES
ÚTEIS:
Horário de funcionamento: De segunda a domingo: das 10h00 às 18h00
Bilhete: 4€
Passaport Mud: 20% desconto. Email: mvp@sjpesqueira.pt Tel.: 254 489 983
Morada: Avenida Marquês de Soveral, n.º 79 | 5130 – 321 S. João da Pesqueira
MUSEU MUNICIPAL DE RESENDE
Exposição itinerante "Nove meses de inverno e três de inferno, de João Pedro Marnoto". » Patente de 26 de janeiro a 19 de março
Exposição Rancho Folclórico da Granja do Tedo.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento: » terça a sexta: 9h00 às 12h30 | 13h30 às 17h00 » domingos, domingos e feriados: 10h00 às 12h30 | 14h00 às 17h00.
Bilhete: gratuito. Email: museu@cm-resende.pt Tel.: 254877200, 254878111 e 926509276
Morada: Morada: Rua Dr. Amadeu Sargaço, n.º 238 | 4660 – 238 Resende www.museuderesende.pt
loja museu do douro
Novidades de janeiro na Loja do Museu do Douro. http://loja.museudodouro.pt/
prisma do visitante
Ficha técnica: Título: Museu do Douro Subtítulo: Newsletter Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO Periodicidade: mensal
URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877
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geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 e-mail: geral@museudodouro.pt website: www.museudodouro.pt
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