Newsletter Museu do Douro // janeiro 2022

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ANO III, JANEIRO 2022

© André C. Macedo

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© André C. Macedo


índice Editorial Faz falta saber Exposições Incorporação Coleção Museu do Douro Serviço Educativo Desafio Património RDD Território: colaborar e partilhar Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante

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Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da visão. Miguel Torga É com especial orgulho e otimismo no futuro que me associo à celebração desta Região do Douro que há duas décadas viu reconhecida pela UNESCO como Património Mundial na categoria de paisagem cultural evolutiva e viva. Celebram-se, igualmente, 266 anos da mais antiga demarcação de uma região em todo o mundo: a Região Demarcada do Douro Sem dúvida que ao longo dos últimos 20 anos, após a classificação do alto douro vinhateiro pela UNESCO, foi possível atrair mais e melhor turismo, melhorar os indicadores socioeconómicos ligados ao rendimento, ao sucesso escolar, à educação e, claro, à cultura. Fruto do árduo labor de muitos homens e mulheres, que pedra a pedra, transfor-

maram esta paisagem tornando possível uma viticultura de montanha que viu reconhecido não apenas o seu legado, mas o saber e a memória das pessoas que a produziram e que dela fizeram o seu modo de subsistência. Cultura é também isto, a preservação de uma memória feitas de práticas e gestos que, numa conjugação entre labor e paisagem, constroem um ecossistema cultural que devemos preservar e dar a conhecer. Estamos, aliás, a voltar a práticas ancestrais de trabalhar a vinha, a formas antigas capazes de resistir a períodos de seca mais prolongados, mostrando que o saber fazer ancestral não é apenas uma memória, mas um repositório com elevado valor técnico, capaz de responder aos desafios ambientais presentes. Ao fazer isso estamos todos a voltar a respeitar os preceitos das práticas antigas, aplicando técnicas que aumentam a capacidade de resiliência das plantas a temperaturas mais elevadas. O património cultural, em todas as suas dimensões, é uma ponte que nos liga permanentemente ao que fomos e ao que somos, recordando-nos, por exem-


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plo, que as maravilhas tecnológicas do presente não teriam sido possíveis sem um saber de experiência feito. E por isso, um país que não preserva, divulga e promove o seu património cultural é um país sem futuro. O meu agradecimento, por isso, a todas as organizações e todas as pessoas que têm estado envolvidas nesta tarefa de gestão permanente e continuada desta paisagem cultural evolutiva e viva, numa demonstração de adaptação, criatividade e resiliência. É por isso que o património cultural de um país, móvel e imóvel, material ou imaterial, não é nem pode ser apenas história feita, memória estática. Sobre o património cultural não podemos dizer que é algo que foi, porque a meta e o objetivo que estabelecemos é poder dizer que aqui está algo que foi, que é e que continuará a ser. Devemos continuar a fazer tudo para que esta distinção da UNESCO possa beneficiar e impactar positivamente a vida de todas as pessoas desta região. Ao pensar no futuro, estamos a perspeti-

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var alguns dos desafios que se colocam: a imperativa necessidade de se combinarem entre si três eixos da sustentabilidade: económica, ambiental e social. Se para o primeiro encontramos o selo de denominação de origem, há que promover, através de mecanismos paralelos, o reconhecimento da sustentabilidade ambiental e o da sustentabilidade económica destas práticas. O Museu do Douro, Museu do território, é local de entrada na região, centro de itinerância de exposições e de promoção do trabalho em rede, tem contribuído de forma decisiva para qualidade de vida das pessoas que aqui vivem e para o enriquecimento cultural dos visitantes que, ao longo de todo o ano, por aqui passam. É um Museu deste singular, único e belo território, mas é também um lugar onde todas as potencialidades do território são colocadas em evidencia e ao serviço de todos. Graça Fonseca Ministra da Cultura


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faz falta saber A todos os Visitantes, Fundadores, Parceiros e Amigos do Museu do Douro desejamos um excelente 2022. Para este novo ano deixamos o compromisso de esforço e dedicação no nosso trabalho para podermos continuar a contar com a Vossa visita, apoio e carinho. São os votos de toda a equipa do Museu do Douro.

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©Susana Marques, 2021

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FUNDAÇÃO DA CASA DE MATEUS

No passado dia 17 de novembro, a equipa de Museologia do Museu do Douro visitou o membro MuD, Fundação Casa de Mateus. A visita guiada aos espaços públicos e áreas de serviços internos foi efetuada pela equipa técnica responsável pelo Arquivo e Dinamização Cultural. Neste dia foi possível conhecer o espólio arquivístico e os projetos deste membro da Rede e estabelecer parcerias técnicas através do diálogo e troca de experiência entre as equipas de ambas as instituições.

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exposição permanente Douro: Matéria e Espírito Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias: das 10:00 às 17:30

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exposições

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exposições temporárias CoaDouro – Para memória futura Exposição resultante da colaboração dos museus do Douro e Coa num projeto de recolha fotográfica com enfoque na paisagem e património dos territórios património mundial da Região Demarcada do Douro, Douro e Coa. Pensado com o objetivo de construir um arquivo de referência, em suporte digital, sobre o espaço e o tempo durienses. Conta com a participação dos fotógrafos Duarte Belo, Egídio Santos, Jaime António e Virgílio Ferreira.


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© Natália Fauvrelle, 2021

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MÃOS QUE FAZEM BISALHÃES Museu da Vila Velha, Vila Real » até ao dia 16 de janeiro de 2022. Exposição comissariada pelo Museu do Douro que pretende dar a conhecer a arte do barro negro de Bisalhães, classificada pela UNESCO como património imaterial da humanidade desde 2016. A mostra, e o respetivo catálogo, centra-se na comunidade de oleiros, testemunhando aspetos da sua vida e contexto familiar, associando-o a peças, objetos e imagens. As mãos de Bisalhães têm uma história, um percurso dentro da comunidade que se deve conhecer para melhor salvaguardar a arte, um saber-fazer ancestral que se faz e transmite com as mãos.

exposições


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exposições itinerantes Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres

Cor no Douro Natura Artis Magistra, de Leni van Lopik

Museu de Arqueologia e Numismática | Vila Real

Casa da Cultura Mestre José Rodrigues | Alfândega da Fé

» Até 16 de janeiro de 2022

» De 13 de janeiro a 13 de março de 2022

Museu Municipal | Resende » De 21 de janeiro a 25 de abril de 2022


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Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Interior | Museu Imaginário Duriense (MIDU) | Tabuaço » Até 2 de fevereiro de 2022

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©Carlos Mota/MD, 2021

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incorporação

incorporação COLEÇÃO INSTITUTO DE VINHOS DO DOURO E PORTO: IVDP A transferência do espólio histórico, em particular do material e equipamento de laboratório usado no controle de qualidade laboratorial do IVDP, obedece a uma série de procedimentos antes da sua integração na coleção do Museu do Douro. Entre os procedimentos adotados destacamos o levantamento do estado de conservação, procedimento acompanhado de fotografias ilustrativas do mesmo. No relatório final são propostas medidas de mitigação de danos e de conservação preventiva. Uma das medidas mais comuns é a limpeza a seco, com um pincel de cerdas macias acompanhado de um aspirador

com sucção regulável. Após esta intervenção, efetua-se uma fotografia para integrar o dossier de peça e o inventário disponibilizado ao público. Por último, a peça é marcada com o número de inventário atribuído e acondicionada em reserva.


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© Carlos Mota, MD, 2021

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coleção Museu do Douro

coleção Museu do Douro O Museu do Douro integrou na sua coleção a doação feita pelos netos de João Moreira Ruivo, Fernanda Maria Pinho Ruivo Baptista, Artur Filipe Pinho Ruivo e Fernando João Pinho Ruivo. Desta oferta fazem parte: - Uma carta com envelope da empresa Clode & Baker dirigida ao Sr. Artur Ruivo, datada de 8 de dezembro de 1939 (MD/ M-2996); - Quatro fotografias a preto e branco que registam um almoço na Sandeman, formato 24x18 (MD/M-2996 a 2999); - Uma zincogravura de rótulo da empresa Clode & Baker (MD/M-3000); - Uma garrafa de jeropiga, com rótulo datado de 1844 (MD/M-3001).

A doação Família João Ruivo, iniciada em 2018, conta ainda com mais cinco peças, doadas em 2018. Em novembro de 2021 foi doado pelo Sr. Mário Jorge dos Santos Almeida o livro Was ist Portwein?, que veio enriquecer a nossa biblioteca. Da autoria de José Joaquim da Costa Lima e tradução de Carl Gilbert Verlag, foi publicado pelo Instituto do Vinho do Porto em 1938. Escrito em alemão, contém 35 páginas, uma vista desdobrável do Douro e dez ilustrações de página inteira. É uma introdução à história, produção, variedades e valorização do vinho do Porto, inserindo-se numa lógica de divulgação e promoção do vinho do Porto a nível internacional.


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serviço educativo

Café Central. Lugares percorridos entre 2020 e 2021.

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eu sou paisagem Educação-Museu do Douro eusoupaisagem é mote e ação do programa de educação. Agir e pesquisar sobre as relações evidentes e menos evidentes entre os lugares e os seres humanos e não humanos que os habitam e que os constroem. Café Central 2021 Mostra em cartazes Museu do Douro Goujoim – Armamar | Favaios, Sanfins do Douro, São Mamede de Ribatua, Vila Verde, Vilar de Maçada – Alijó | Lagoaça, Ligares, Mazouco – Freixo de Espada à Cinta | Murça | Celeirós, Paradela de Guiães, Provesende, São Martinho de Anta – Sabrosa | Nagoselo do Douro, Trevões – São João da Pesqueira | Salzedas, Ucanha – Tarouca | Guiães, Nogueira – Vila Real | São João de Lobrigos – Santa Marta de Penaguião.

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Branca. Café Central. São João de Lobrigos. Santa Marta de Penaguião. (2021, Paula Preto©)

Mafalda. Café Central. Ligares. Freixo de Espada à Cinta. (2021, Paula Preto©)

Teresa. Café Central. Covas do Douro. Sabrosa. (2021, Paula Preto©)

Vera. Café Central. Salzedas. Tarouca. (2021, Paula Preto©)

Marta. Café São João da Pesqueira. (2021, Paula Preto©)

Paula. Café Central. Paradela de Guiães. Sabrosa. (2021, Paula Preto©)


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Todas as terras têm um (ou mais) Café Central. Este é um programa para estar presente em diferentes lugares deste extenso território, com as pessoas que nele estão. Para conhecer as pessoas que cá vivem, os cafés são lugares que marcam as paisagens entre a casa e a rua, entre o público e o privado. Os cafés são lugares de fronteira e de encontro. Que centralidades, que periferias? Nesta mostra apresentamos uma primeira seleção das passagens pelos vários cafés realizadas ao longo de 2019, 2020 e 2021 com a fotógrafa Paula Preto. Este é um convite a permanecer e estar nos espaços tão centrais que são os cafés nas vidas destes lugares. Procura-se questionar o que é centro e

o que são as periferias, desmontar as lógicas de representação que são sempre redutoras das vidas do dia-a-dia que importa cuidar. Café central é uma das frentes de ação do eu sou paisagem – programa de educação Museu do Douro. Fotografia| Paula Preto Julho 2021 Obrigado à Branca, Mafalda, Marta, Paula, Teresa e Vera.


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Dizer ALTO OITO DIAS DE NEVOEIRO Continuamos sob o nevoeiro mas sabemos que o sol anda na serra e encosta a face morna à virgindade das coisas, tocando-a com um hálito muito doce.

Era uma voz coada, nasal, proveniente dum outro mundo, dum mundo que suavemente se consome nas imensas fogueiras da luz.

Aqui estamos sob um tecto mole, chumbo respirado ou a carne dum monstro espacial. Os lavradores assobiam para dentro e os mais necessitados engolem os projectos com a saliva.

Um avião passou sobre as nossas cabeças. Paris? Amesterdão? Londres? Berlim? Passou, talvez, para outro nevoeiro. Mas passou, e lá dentro havia, pelo menos, a certeza de que o nevoeiro é um fenómeno

Claro que ninguém tem culpa. Assim fosse no resto. Mas custa estar, há oito dias, sob esta pata viscosa, esta enorme sanguessuga que chupa até os tegumentos da alma.

tão natural como duzentos contos ganhos na assinatura dum contrato. Nós aqui mal respiramos, nesta rampa inclinada para o rio; nesta rampa onde os músculos não obedecem à vontade.

É como se estivéssemos debaixo dum telhado prestes a cair. As crianças arqueiam os ombros; põem as mãos nos bolsos, à semelhança de isqueiros avariados nas gavetas; passam indiferentes pelos gatos, Pelos pardais, e entristecem. Ontem sabemos que um avião deslizou por cima do visco.

Aqui o nevoeiro é a vontade. Pouca gente trabalha. Os pardais e as crianças andam tristes. Valha-nos Deus e um caldinho de cebola bem quente.

António Cabral, Antologia dos poemas durienses. - Chaves: Tartaruga, 1999


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desafio PROVÉRBIOS DE JANEIRO Pelo Natal salto de Pardal. Em janeiro salto de Carneiro.

Em janeiro uma hora por inteiro, mas quem bem souber contar, uma hora lhe há-de achar! recolha oral, Maria do Céu, 77 anos. Peso da Régua

Se nos quiser fazer chegar um texto envie para: educativo@museudodouro.pt

serviço educativo / desafio


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Bios Fronteira 2021 E 2022 | Histórias incompletas 5 concelhos | 5 grupos locais | envolvimento públicos locais. Ciclos oficinais em territórios densidade populacional baixa. Santa Marta de Penaguião | Tabuaço | Alfandega de Fé | Carrazeda de Ansiães | Sabrosa O projeto BIOS fronteira 2021 e 2022 | Histórias incompletas propõe modos de ver, dar a ver e interpelar diferentes realidades territoriais, pensando e agindo com as pessoas e as paisagens. Este projeto assenta na dinamização do tecido associativo e de coletivos em territórios de baixa densidade populacional. O projeto assenta na criação de ciclos oficinais dedicados à voz, à palavra e ao som; à dança e teatro, ao vídeo à fotografia e à geografia, realizados com 5 grupos de trabalho em 5 concelhos da região demarcada do douro, a saber: Em janeiro vamos estar em Sabrosa a trabalhar com professores e outros educadores para iniciarmos o programa Pequenos POEMAS LÁ FORA | dança. Trata-se de um programa de oficinas e performances de curta duração, criados e coreografados por Marina Nabais a partir da fusão dos poemas “A Vida da Semente” e “Janela das Sensações”, que se desenrola com a componente participativa do público. Programa concebido por Marina Nabais dança associação cultural e com a equipa de educadores do serviço educativo do Museu do Douro.

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Doismaisum – programa de oficinas 7 grupos dos Centros escolares de Alameda e Alagoas | Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia | Peso da Régua Este programa propõe a cada grupo de crianças, jovens ou seniores um percurso pedestre (ou uma visita às exposições e aos espaços do edifício sede do Museu do Douro) + duas oficinas temáticas. Estas ações realizam-se em 3 momentos diferentes do ano e permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Educação Pré-escolar | Ensino Básico | Ensino Secundário e Profissional | Associações Recreativas | Grupos Seniores

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Público Comum. Serviço Educativo do Museu do Douro e Centro Escolar Nº2 de Lamego Este programa de público comum pretende um trabalho continuado com as turmas do primeiro ano do Centro Escolar Nº1 de Lamego, permitindo a experimentação de novas estratégias de abordagem à diversidade das coleções e espaços da cidade de Lamego. Ler debaixo de uma árvore – Cais da Junqueira. Peso da Régua 1º ano, Centro Escolar das Alagoas O programa propõe um mergulho na leitura (sempre que a meteorologia o permitir) em árvores importantes no caminho, nos lugares e para as pessoas. Decorre nos dias dos solstícios e equinócios e, ao longo do ano, em função dos pedidos realizados.

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Nogueira © Natália Fauvrelle, 2007

Covelinhas © Natália Fauvrelle, 2007

Balsa © Natália Fauvrelle, 2007


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património RDD Assinalando a comemoração dos 20 anos da inscrição do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património Mundial destacamos alguns recantos da paisagem duriense, pois este é, sem dúvida, um dos mais importantes e abrangentes patrimónios regionais. Sob o ponto de vista da museologia, a sua importância convoca a responsabilização e envolvimento dos viticultores, para que haja uma troca de conhecimentos que valorize o saber-fazer tradicional e fomente e valorize as práticas de conservação deste património vernacular. Consideramos que proprietários e agricultores são fundamentais na preservação deste património comum, uma vez que têm a responsabilidade de manter e transformar as encostas, são os verdadeiros “conservadores” e “construtores da paisagem”.

património RDD


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território // colaborar e partilhar

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território colaborar e partilhar Neste novo separador da Newsletter do Museu do Douro queremos dar a conhecer a nossa partilha e colaboração com e na Região Demarcada do Douro.

» 17 de janeiro | Peso da Régua | 2+1:

Todas as saídas previstas poderão ser alteradas de acordo com a agenda e necessidade dos serviços do Museu e dos equipamentos/instituições que nos recebem e/ou solicitam.

» 19 de janeiro | Peso da Régua | Per-

Aqui encontrará as datas, locais e ações em colaboração e partilha.

» 21 de janeiro | Peso da Régua | 2+1:

» 6 a 19 janeiro | Peso da Régua e Zamora

| apresentação de candidatura ao programa PROMOVE (parceria Museu do Douro e FRAH) no âmbito do projeto CRIVO.

» 10 de janeiro | Alfândega da Fé | Casa

da Cultura Mestre José Rodrigues | Itinerância.

» 11 de janeiro | Peso da Régua | 2+1:

Centro Escolar das Alagoas;

» 12 de janeiro | Peso da Régua | Per-

correr: Centro Escolar da Alameda;

» 12 de janeiro | Vila Nova de Gaia | Reco-

lha de espólio/doação.

» 17 de janeiro | Vila Real | Museu de

Arqueologia e Numismática | Itinerância.

Centro Escolar da Alameda;

» 18 de janeiro | Peso da Régua | 2+1:

Centro Escolar da Alameda;

correr: Centro Escolar da Alameda;

» 20 de janeiro | Resende | Museu Muni-

cipal | Itinerância.

Jardim de Infância de Loureiro;

» 25 de janeiro | Tabuaço | Museu do

Imaginário Duriense | Itinerância.

» 25 de janeiro | Peso da Régua | 2+1:

Centro Escolar da Alameda;

» 26 de janeiro | Peso da Régua | 2+1:

Centro Escolar da Alameda;

» 27 de janeiro | Vila Flor | Auditório

Municipal | Itinerância.

» 28 de janeiro | Peso da Régua | Ler

debaixo de uma árvore – Cais da Junqueira. Centro Escolar das Alagoas; » 28 e 29 de Janeiro | Sabrosa, São

Martinho de Anta | Bios Fronteira 2021 e 2022, Pequenos POEMAS LÁ FORA | dança. Trabalho com Professores e outros educadores.


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rede de museus do douro A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!

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em destaque Janeiro MUSEU DO CÔA

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© Jaime António

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Em finais de 1994 foi divulgada a descoberta de um extraordinário conjunto de Arte Rupestre no Vale do Côa; extraordinário, porque a maior parte dessas gravuras eram atribuídas ao Paleolítico Superior, isto é, tinham pelo menos 12.000 anos, tendo sido executadas pelas comunidades de caçadores-recoletores que habitaram na região durante o último período glaciar. Ora, até à descoberta da arte do Côa, considerava-se que a generalidade da arte paleolítica se tinha criado no interior de grutas e abrigos e que os poucos casos de representações atribuídas a este período que até então se conheciam ao ar livre não passavam de exceções. Mas no Côa eram já mais de 100 rochas com imagens deste período. Afinal os nossos antepassados também produziram imagens fora das grutas e muito provavelmente até em maior número que no seu interior. Simplesmente, ao ar livre, a arte deteriora-se com muito mais facilidade a não ser que tenha sido criada nas condições geológicas e climáticas especiais do Vale do Côa. Hoje, conhecem-se mais de 600 rochas com arte paleolítica no Vale do Côa, assim como outras 600 com artes de outros períodos da Pré-história e da História, podendo as mais antigas alcançar os 30.000 anos. Esta descoberta foi extraordinária, levando à criação do primeiro parque arqueológico português, em 1996 – o Parque Arqueológico Vale do Côa, e mais tarde, à classificação pela UNESCO, a 2 de dezembro de 1998, da Arte do Vale do Côa. Esta classificação, a mais célere na história da UNESCO, baseou-se em dois critérios fundamentais: i) A arte rupestre do paleolítico superior do Vale do Côa é uma ilustração excepcional do desenvolvimento repentino do nosso génio criador durante a alvorada do desenvolvimento cultural humano; ii) A arte rupestre do Vale do Côa demonstra de forma excepcional a vida social, económica e espiritual dos nossos antepassados pré-históricos.


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Após a sua classificação foi construído o Museu do Côa. Trata-se de um museu de sítio da autoria dos arquitetos Camilo Rebelo e Tiago Pimentel, que, inspirando-se na “Land art”, integraram este magnífico edifício na paisagem envolvente mediante um jogo de cores e luminosidade. Localiza-se no topo da colina que se ergue a partir da confluência do Côa com o Douro, como que celebrando também o encontro da arte rupestre com o outro Património Mundial da região: o Alto Douro Vinhateiro. A sua visita não substitui a visita ao Parque Arqueológico Vale do Côa, pois o verdadeiro museu é o Vale nas suas diversas dimensões. Visitar o PAVC e/ou o Museu do Côa significa participar numa experiência autêntica e contextualizada do ponto de vista cultural e científico, um enriquecimento intelectual e o contacto intercultural com as primeiras manifestações artísticas. O Museu marca a agenda de iniciativas culturais de referência nacional e internacio-

nal com uma programação eclética que aponta para exposições temporárias e uma exposição permanente com curadoria de conteúdos, mantendo o interesse dos visitantes. O PAVC e o Museu do Côa receberam, ao longo do tempo, cerca de 675 mil visitantes, um número muito significativo o que denota a importância deste projeto com diferentes vocações: cultural, turística, científica e educativa. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » todos os dias: das 09:00 às 17:30 Contactos: Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Bilhete: 6€ Passaporte MUD: 20% de desconto Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa


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© Mário Reis Rocha


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MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES De 5 a 31 de janeiro de 2022 estará patente no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes a XIII Bienal de Pintura do Eixo Atlântico. No dia 21 de janeiro, pelas 17h30 será entregue aos autores galadoardos, os correspondentes prémios: - 1º Prémio; - 2º Prémio; - Prémios Jovens autores. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados: das 14:30 às 18:00 » domingos e feriados: marcação prévia. Contactos: Email: museu@cm-mirandela.pt Tel.: 278 201 590 Bilhete: Gratuito Morada: Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326 Mirandela


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MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU) Exposição de Fotografia: “Rui Pires na coleção Museu do Douro Patente no Museu do Imaginário Duriense (MIDU) até 3 de fevereiro 2022. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados, domingos e feriados: das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00 Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019 Bilhete: Gratuito Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço


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SANTUÁRIO DE PANÓIAS, VILA REAL

Para além das inscrições, em latim e em grego, que se reportam às atividades cultuais aí realizadas, são visíveis ainda as fundações de três pequenos templos, escadas e cavidades.

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, é propriedade do Estado e está afeto à Direção Regional de Cultura do Norte.

Conhecido e documentado desde o século XVIII, continua a ser estudado e a revelar alguns mistérios.

//INFORMAÇÕES ÚTEIS:

Em investigações recentes, usando novas tecnologias, descobriu-se que para além de ter sido dedicado a Serápis, também foi dedicado a Ísis. O culto egípcio a Serápis e a Ísis tornou-se popular no Ocidente entre os séc. II e III. e terá sido por essa altura que o Santuário de Panóias terá sido construído. Venha sentir este sítio!

Horário de funcionamento: » De quarta a domingo: 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 » Encerra às segundas e terças. Bilhete: 2€ Passaporte Mud: 50% Contactos: Email: panoias@culturanorte.gov.pt Tel.: 59 336 322 Morada: Rua de Panóias, Assento – Vale de Nogueiras, 5000 – 751 Vila Real


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MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL SEMINÁRIO 26 e 27 de Janeiro 2022 O Oceano e o Clima: A década do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável Parceria UTAD e Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO Sistema misto (UTAD TV e presencial), acesso livre e gratuito CIMI | CENTRO INTERPRETATIVO DA MÁSCARA IBÉRICA Durante o mês de janeiro pode visitar no CIMI: » a exposição: Máscara de Lazarim - Identidade de uma Comunidade. » Exposição Lazarim, povoados, tradições e as suas gentes. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » terça a domingo: das 10:00 às 17:00

» Dia 26 21h - MOMENTO CULTURAL no Espaço Miguel Torga, S. Martinho de Anta. » Dia 27 14h30-17h Conferências (aula Magna da UTAD) 17h – Inauguração da exposição “O Oceano e o Clima” (Sala de Exposições temporárias do Museu de Geologia Fernando Real. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » dias úteis: das 09:00 às 17:00

Contactos: Email: cimi@cm-lamego.pt Tel.: 254 090 134 Bilhete: Gratuito

Contactos: Email: museugeo@utad.pt Tel.: 259 350 351 Visita guiada: 1€ Passaporte MUD: 50% desconto

Morada: Rua José de Castro 5100-584 Lazarim

Morada: Edifício Fernando Real, Quinta de Prados – 5001 – 801 Vila Real


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loja museu do douro Novidades de Janeiro na Loja do Museu do Douro. http://loja.museudodouro.pt/


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restaurante a companhia Venha jantar e/ou almoçar na nossa “Companhia”.

//MAIS INFORMAÇÕES:

» Facebook: www.facebook.com/ acompanhia.pt » Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com companhia.regua@gmail.com

loja museu do douro & restaurante


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prisma do visitante

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prisma do visitante


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museu do douro newsletter

geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 e-mail: geral@museudodouro.pt website: www.museudodouro.pt

Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua


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