editorial
Breves notas a respeito do Douro Património Mundial
Foi há quase um quarto de século que tudo, finalmente, começou. Havia que retomar a ideia, perdida e achada tan tas vezes, de candidatar o Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial e, de uma vez por todas, reunir elementos, preencher condições, alicerçar argumen tos e erguer a proposta. Era preciso uma instituição da sociedade civil, indepen dente, que tivesse alguma notoriedade e pudesse arcar com esse desafio e responsabilidade.
1. Na altura, ano de 1998, a Fundação Rei Afonso Henriques, FRAH, uma enti dade vocacionada para todo o Vale do Douro, espanhol e português, poderia com alguns cuidados – admiti-o então, como presidente – assumir o desiderato da candidatura. Naturalmente, conviria evitar susceptibilidades, já que a FRAH era predominantemente espanhola. Na reunião de um seu órgão superior, em Zamora, combinei com o amigo Vergílio Folhadela que ele poria aos restantes conselheiros, os Patronos, a hipótese de a FRAH chamar a si e liderar a candida tura. A ideia foi em geral bem acolhida, houve apenas umas reticências.
2. O próximo cuidado traduziu-se em poder a FRAH incluir outros territórios de mérito, acaso existentes nos 900 km do rio Douro. Premeditadamente, não havia nada assente em definitivo. Conforme consta do Relatório anual da FRAH de 1998, recorremos a uma espé cie de comissão mista, luso-espanhola, que teve a incumbência de analisar a pré-viabilidade de hipotéticas candida turas. A conclusão foi inequívoca, a favor do Alto Douro Vinhateiro português, e pudemos assim deliberar o pleno envol vimento da FRAH neste processo.
3. A seguir, havia que formar uma equipa qualificada, pluridisciplinar, e havia que pagar o seu trabalho e demais despesas. Havia pois a questão financeira. Não fica ria bem pôr o lado espanhol da FRAH a co-financiar avultadamente a candidatura que afinal respeitava exclusivamente a território português. Procurei angariar fundos somente em Portugal. Nestas dili gências, sempre destaquei a dádiva pes soal do empresário João Macedo Silva e os contributos de entidades como CGD, EDP, IVDP. Os fundos entraram na FRAH inteiramente consignados à candidatura.
4. Justifica-se voltar à mencionada equipa técnico-científica, para que não se apaguem os principais nomes que elaboraram e fundamentaram o docu-
mento da candidatura, pedra basilar e pedra angular do notabilíssimo sucesso conseguido na Unesco. Convidei em 1998 o professor Bianchi de Aguiar, da UTAD, Vila Real, para formar a equipa e con duzir os trabalhos, o que ele fez com saber, mestria, autonomia e rara elegân cia. Foram seus colegas de equipa: na coordenação adjunta, Jorge M Dias; na área paisagística, Teresa Andresen, com Maria J Curado, P Farinha Marques; na área histórica e vernacular, G Martins Pereira, com Lúcia M C Rosas, Natália F Ferreira, Susana P Barros, Teresa Soeiro; na área da gestão, R Sarmento Beires, com Luís Ramos, P Sousa e Silva, Rui Loza; no design gráfico, Helena Lobo; nas fotografias, J P Sotto Mayor, Pedro Colaço, Domingos Alvão.
5. Foi na Régua que decorreu a sessão oficial da distinção atribuída pela Unesco, em Dezembro 2001. O Governo estava em peso, eram vários os ministros, todos sentados na longa mesa que sole nemente simbolizava o poder do centra lismo, este, por certo, útil nos campos da diplomacia, da formal outorga, da sub sequente dotação de alguns meios orça mentais, todavia, absolutamente ausente nos espinhosos momentos da iniciativa e do arranque dos trabalhos. Curiosa mente, não me lembro de ter escutado, nos discursos ministeriais, uma palavra
grata, dimensionada, sobre o decisivo papel da sociedade civil corporizada pela FRAH.
6. Durante o primeiro semestre de 2002 sugeri ao presidente (espanhol) da FRAH a criação de uma liga de amigos do Patri mónio Mundial, em vez de uma “Comissão de Honra de Acompanhamento” que ele me pedira para tentar consti tuir. E assim, cerca de um ano após a cerimónia da Régua, era instituída por escritura pública a Liga dos Amigos do Douro Património Mundial (LADPM). Diga-se de passagem que uma singela gratidão ficou inscrita nos estatutos. Pelo seu artigo 3.º-6, a LADPM honrou a FRAH e nomeou-a “Associado Hono rário” número 1.
7. O reconhecimento pela Unesco devia propiciar um outro olhar sobre o turismo. Logo em meados de 2003, a Agên cia Portuguesa para o Investimento, no Porto, formulava o dossier técnico investir em turismo no Vale do Douro. O alvo promocional do dossier eram os médios e grandes investidores, nacionais e estrangeiros. Em Julho desse ano reu nia no Pinhão o Fórum de Embaixado res, debruçado sobre o tema. E em 2005 estava ultimado o “Plano de Desenvol vimento do Turismo do Vale do Douro”. Creio que a primeira metade da década
de 2000 marcou ou reforçou uma nova tendência de progresso e gradual melho ria da oferta e procura de turismo do Vale do Douro.
8. A terminar, é devida uma palavra sobre o Museu do Douro. Antes de ser Patri mónio Mundial, já o Douro beneficiava de um novíssimo museu. De facto, a deli beração de 1998 da FRAH em Zamora fora quase simultânea com a lei de fins de 1997 instituidora do Museu na Régua. E vindo até ao presente, julgo ser de saudar uma certa largueza de vistas do Museu, para lá do seu valioso objecto imediato. Noto, a propósito, que o Museu se abriu a reinstalar, numa sua
sala ‘partilhada’, a sede da LADPM. E noto que a Fundação do Museu se abriu a co-subscrever a importante petição pública pela Linha do Douro, que em boa hora a LADPM lançou. Noto ainda que o Museu se abriu a criar na sede um belo espaço permanente, o Espaço Armanda Passos, em que o Museu se “re-imagi nou” para receber a doação de mais de oitenta trabalhos da brilhante pintora (Régua 1944, Porto 2021).
Miguel Cadilhefaz falta saber
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022
Nesta edição de 2022, o concurso inse rido no projeto “Fotografia Contem porânea no Douro”, alia-se à celebra ção dos 20 anos da inscrição do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património Mundial, numa parceria com a CCDR-N, tendo por âmbito geográfico a área clas sificada da UNESCO.
Compreender lugares (possivelmente) desconhecidos do território e promover um novo olhar sobre a fotografia são os principais objetivos deste concurso, inserido no protocolo mecenático cele brado entre o Museu do Douro e a EDP - Gestão da Produção de Energia S.A.
O tema pretende captar as mudanças/ persistências da paisagem evolutiva e viva duriense nos seus mais diversos aspetos, numa leitura crítica do que
representa o estatuto de Património Mundial e como este moldou a vida dos durienses.
Aberto a todos os fotógrafos, amadores e profissionais, nacionais e estran geiros, as propostas devem ser apresentadas entre 1 de novembro e 1 de dezembro de 2022. Todas as informa ções de acesso ao concurso poderão ser consultadas no site do Museu do Douro. www.museudodouro.pt
Consultar Regulamento: https://www.museudodouro.pt/tpls/mu/ files/eventos/pdf/2022-cif-regulamento-pt.pdf
Inscrição: https://forms.gle/FhzhyUm5Qe2cxi7Y6
EXPOSIÇÃO PAISAGENS TRANSGÉNICAS, ÁLVARO DOMINGUES
» GALERIA MUSEU DO DOURO, de 14 de outubro a 7 de dezembro
Paisagens Transgénicas interroga o sentido da paisagem enquanto código de reconhecimento do território, propondo a transferência do conceito biológico de organismo geneticamente modificado, expondo assim a natureza compósita dos elemen tos que compõem a paisagem, as suas diferentes origens, linhagens, o modo como se associam em corpos distintos, instáveis, cruzados. Deslocada da ordem "natural" das coisas, a paisagem transforma-se num dispositivo estético e político que interroga a mudança e também as inquietações de quem olha e atribui sentidos vários e dissonantes sobre o modo como vemos o mundo.
exposição permanente
DOURO: MATÉRIA E ESPÍRITO
Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste ter ritório na produção vinícola. É a combi nação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe.
exposições itinerantes do Museu do Douro
INAUGURA:
Via Estreita, de Carlos Cardoso
Posto de Turismo de São João da Pesqueira
» De 7 de outubro a novembro
Rui Pires na coleção
Museu do Douro
Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real
» De 20 outubro a 16 de janeiro de 2023
datas apresentadas poderão sofrer alterações
acordo com a
do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados.
Concurso Internacional de Fotografia
2020 “Douro Património Contemporâneo” | Memória com Futuro
Museu do Ferro e da Região de Moncorvo
» Até 9 de outubro
Mãos que fazem Bisalhães
Centro Interpretativo do Território de Alfândega da Fé – Sambade
» Até 11 de novembro
Nove meses de inverno e três de inferno, de João Pedro Marnoto
Galeria II, Casa Comum - Reitoria da Universidade do Porto
» Até 29 de outubro
António Menéres: Percursos pela
Arquitetura Popular no Douro
Museu Municipal de Resende
» Até 27 de novembro
Douro, de Manuel Casal Aguiar
Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes – Mirandela
» Até 31 de dezembro
exposições temporárias
NO CENTENÁRIO DA DIOCESE DE VILA REAL – MEMÓRIA FOTOGRÁFICA
» Sede do Museu do Douro, até 30 de outubro
Assinalando os cem anos da criação da Diocese de Vila Real, o Museu do Som e da Imagem criou uma exposição fotográ fica que pretende recuperar os diversos registos da vida diocesana que o tempo se encarregou de dar importância his tórica.
O Museu do Douro junta-se a esta cele bração da memória do MSI dando desta que ao património móvel que se encontra nas paróquias e nas casas particulares da Diocese, evidenciando a profunda marca da religiosidade católica no ter ritório duriense.
coleção Museu do Douro
» ORATÓRIO
Móvel presente em muitas casas do Douro. Testemunhando o fervor reli gioso, permitia às famílias sem capela anexa à casa rezar aos santos da sua devoção. Este exemplar, pertencente à Casa do Vale, na Presegueda, é com posto por um Calvário, com as figuras de Nossa Senhora e São João. Além dos castiçais e solitários, para velas e flo-
res, está ornamentado por pagelas e um relicário. Era comum usar-se livros que orientavam a vida Cristã dos leigos, com orações, calendário litúrgico, horas da Virgem, etc., que eram transmitidos entre as diferentes gerações da família.
Património RDD
» CRUZ DE POIARES
Cruz processional medieval, datada de 1225, esculpida em madeira coberta por chapa de prata puxada e burilada, 115 cm de altura e 66 cm de largura. Este trabalho, provavelmente saído das ofi cinas de Braga, é também conhecido por Cruz de D. Afonso Mendes, freire da Ordem do Hospital que a mandou fazer. A origem é confirmada pela ins crição que se encontra na base, já muito danificada, e registada por Nogueira Gonçalves: erA m.cc.lxiii FEcit ALFon sus Menendi frater hospitalis hunC crucifixum.
A decoração em relevo apresenta no anverso Jesus Cristo crucificado, ladeado por Nossa Senhora e S. João. No topo um anjo e no pé Adão a sair do túmulo. No verso, os quatro Evangelistas (S. João, S. Lucas, S. Mateus e S. Marcos) com um Agnus Dei ao centro, enquadrados por motivos vegetalistas. A peça, pelo seu grande valor dentro da comunidade, está associada a uma lenda que a santifica. Conta-se que, andando por ali a pastorear o seu reba nho uma menina surda-muda, deixou
cair o fuso com que fiava pela frincha de um muro. Apesar de surda, a moça terá ouvido um som metálico proveniente do local onde se havia enfiado a roca. Para espanto de todos, conseguiu falar para pedir ajuda, tendo ficado milagro samente curada.
COLEÇÃO IVDP
» ESPÓLIO ARQUEOLÓGICO DA FONTE DO MILHO
O Instituto do Vinho do Porto apoiou as campanhas arqueológicas de Fer nando Russel Cortez no sítio do Alto da Fonte do Milho, em Canelas, concelho do Peso da Régua. Realizadas na década de 1940, estas escavações revelaram um significativo espólio da época romana, em parte depositado nessa instituição.
A coleção, agora afeta ao Museu do Douro inclui além de fragmentos cerâ micos de diferentes proveniências, onde se destacam as sigillatas consideradas produtos de luxo, um interessante con junto de moedas de cronologia diversa, fíbulas, contas, brincos, mosaicos, entre outras peças que revelam a riqueza desta villa romana duriense, cuja ocu pação se situa entre os séculos I e IV/V. Para saber mais sobre o local aconse lha-se a consulta de alguns dos escritos de Russel Cortez publicados nos Anais do Instituto do Vinho do Porto, dispo níveis na nossa biblioteca.
CORTEZ, Fernando Russell - Mosaicos romanos no Douro. In "Anais do Insti tuto do Vinho do Porto", Porto, 1946, p. 121-164.
CORTEZ, Fernando Russell - Escavações arqueológicas do castellum da Fonte do Milho: contributo para a demogenia duriense. In "Anais do Instituto do Vinho do Porto", Porto, 1951, p. 17-88.
Fíbula em ómega, de bronze. Col. Museu do Douro/IVDP, MD/M3120.45
Fragmento de cerâmica sigillata, decorada. Col. Museu do Douro/ IVDP, MD/M-3120.8
serviço educativo
EUSOUPAISAGEM – EDUCAÇÃO E TERRITÓRIO
A base da ação assenta na pesquisa de relações de experiência entre as pes soas e as paisagens.
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a presença de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores em atividades de experiência e conhe cimento.
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes lingua gens e falas.
Interpelam-se as paisagens e as pes soas com o teatro, com a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, a geografia, a antropologia e a literatura, com a arquitetura paisagista e o cinema, com o desenho, com a foto grafia e com o som.
eu sou paisagem é, desde 2006, um convite, uma convicção e uma vontade para atuar e refletir sobre a educação neste território e nestas paisagens.
CAFÉ CENTRAL 2022
MOSTRA EM CARTAZES MUSEU DO DOURO DESDE AGOSTO
Goujoim – Armamar | Favaios, Sanfins do Douro, São Mamede de Ribatua, Vila Verde, Vilar de Maçada – Alijó | Lagoaça, Ligares, Mazouco – Freixo de Espada à Cinta | Murça | Celeirós, Paradela de Guiães, Provesende, São Martinho de Anta – Sabrosa | Nagoselo do Douro, Trevões – São João da Pesqueira | Salzedas, Ucanha – Tarouca | Guiães, Nogueira – Vila Real | São João de Lobrigos – Santa Marta de Penaguião
Este é um programa para estar presente em diferentes lugares deste extenso território, com as pessoas que nele estão. Para conhecer as pessoas que cá vivem, os cafés são lugares que marcam as paisagens entre a casa e a rua, entre o público e o privado.
Os cafés são lugares de fronteira e de encontro. Que centralidades, que peri ferias?
Nesta mostra apresentamos uma pri meira seleção das passagens pelos vários cafés realizadas ao longo de 2021, 2022 com a fotógrafa Paula Preto. Este é um convite a permanecer a estar nos espaços tão centrais que são os cafés nas vidas destes lugares. Procura-se questionar o que é centro e o que são as periferias , desmontar as lógicas de representação que são sempre reduto ras das vidas do dia-a-dia que importa cuidar.
Café central é uma das frentes de ação do eu sou paisagem – programa de edu cação - Museu do Douro.
Fotografia| paula preto agosto 2022
BIOS FRONTEIRA 2021 E 2022 | HISTÓRIAS INCOMPLETAS
5 concelhos | 5 grupos locais | envolvimento públicos locais.
Ciclos oficinais em territórios densidade po pulacional baixa.
Santa Marta de Penaguião | Tabuaço | Alfandega de Fé | Carrazeda de Ansiães | Sabrosa
O projeto BIOS fronteira 2021 e 2022 | Histórias incompletas propõe modos de ver, dar a ver e interpelar diferentes rea lidades territoriais, pensando e agindo com as pessoas e as paisagens.
Este projeto assenta na dinamização do tecido associativo e de coletivos em territórios de baixa densidade populacio nal. O projeto assenta na criação de ci clos oficinais dedicados à voz, à palavra e ao som; à dança e teatro, ao vídeo à fotografia e à geografia, realizados com 5 grupos de trabalho em 5 concelhos da região demarcada do douro, a saber: A execução do projeto tem em conta
um ritmo de presença regular e sistemá tica nos concelhos referidos afastando-se da lógica de programações concentradas nos meses de Verão e permite a presença de mais e diferentes vozes nos programas do museu do douro.
Parece-nos fundamental que a diversidade de práticas e experiências destes grupos culturais locais podem ter voz e devem ter voz na programação efetiva do Museu, além do seu espaço Sede. Para tal definimos os ciclos oficinais, as apresentações públicas, os encontros de pesquisa como motores de trocas culturais e simbólicas nestes 5 conce lhos que têm densidades populacionais muito baixas.
São territórios cujos grupos ou coleti vos devem ser cuidados pela equipa do museu já que é no tecido associativo e cultural e nos grupos de educadores que se encontram gatilhos e motores funda mentais para a melhoria das dinâmicas da vida local no Douro.
INSTALAR LEITURAS
As palavras saem de casa e vão para a rua...
Esta ação instala leituras em diferen tes espaços dos lugares onde se vive, criando lugares de cruzamento entre vozes, palavras e pessoas.
Trata-se de um programa na área da voz e som por Inês Vicente (voz-encenação) e Frederico Serrano (musica e sonoplas tia) realizado com o apoio da equipa de educadoras e educadores do serviço educativo.
O trabalho experimental de voz e som é realizado com grupos de jovens e adul tos dos diferentes concelhos.
HISTÓRIAS QUE NUNCA CONTEI
Trata-se de um programa na área da palavra e do teatro por Sandra Barros (atriz e arte educadora) e Lara Soares (arte educadora) realizado com o apoio da equipa de educadoras e educadores do serviço educativo. É um dispositivo performativo para criar, em tempo real, histórias com crianças e grupos senio res. Esta proposta permite aliar o mo mento especial do contar uma história ao imaginário das crianças e dos adul tos de forma que a história se vá con tando a partir das suas contribuições e do seu imaginário. Assim, a história criada e contada é sempre desconhe cida e também única.
ERA UMA VES...PA LEITURAS ENCENADAS
Lia é uma pequena vespa que não lê. Não lê porque é difícil e porque tem medo de o fazer. Com a ajuda dos melhores amigos Lia descobre enfim o prazer de ler, nas histórias viajar e por dentro crescer…e, sobretudo, aprende a não deixar o medo vencer.
DE LIVRO NA MÃO LEITURA ENCENADAS
Partindo da História de um caracol que descobriu a importância da lentidão, de Luís Sepúlveda, e com recurso a um simples dispositivo cénico, De livro na mão é uma sessão permeável a quem escuta, às suas perguntas e comentá rios. Um momento que, mais que lido, se quer partilhado, como uma conversa entre amigos.
VIVIFICAR
» OFICINAS DE FOTOGRAFIA E VÍDEO | ATELIÊS VIVOS | MÊDA
É possível ensinar-se a ver? “ Aprendi zagem do olhar faz-se só” pelo que pro pomos ações gatilho que possibilitem o exercício do olhar, respeitando a diver sidade de pontos de vista e na redesco berta do lugar que habitam.
No decorrer da ação pretende-se que o processo esteja em partilha com os habitantes do lugar enquanto ficamos perguntamos – o que há neste lugar?
A implementação desta ação será conse quência de uma escuta ativa dos acon tecimentos, da diversidade do grupo e das características do lugar, pelo que o plano apresentado a seguir será adap tado ao longo da ação com os participantes sempre que necessário.
Partilhamos cartas, postais entregues de porta a porta com ideias, perguntas, reflexões sobre viver e ficar.
Estas oficinas estão divididas em 8 sessões e terminarão com uma exposição na qual existe uma identidade da ação [estrutura] que vive em comunicação com a criação de cada grupo e lugar [escuta].
Decorrem aos sábados na Biblioteca Municipal da Mêda, têm a orientação da arte educadora Paula Preto com a colaboração da equipa de educação do Museu do Douro.
Dizer ALTO VIDIMA
Os homens seguiam pelo caminho numa cadência monótona. Lá em baixo, da vinha, subiam umas toadas desafinadas das mulheres que iam cortando as uvas. Os miúdos pega vam-lhes nos cestinhos balaios e corriam a encher os cestos vindimadores, no extremo dos bardos paralelos.
- Anda-me mais depressa, ó coiso! - Ó Ermelinda, mexe-me esse cu! - Ó Jacinta, chega-me aqui essa bilha que morro de sede!
Outras exclamações do mesmo género atra vessavam o ar, de socalco para socalco, pela encosta acima. Uma voz esganiçada cantava uma trova maliciosa:
Toma lá vinho da vinha, douto por ver que estás só junto à casa da vizinha a molhar o pão-de-ló.
ao que outra voz respondia:
Pão-de-ló faz-se com ovos, vinho faz-se só com uvas, vinde cá rapazes novos, há por cá muitas viúvas.
Entretanto, mais homens iam chegando e empinavam os cestos sobre as costas, numa torção de rins, arquejando num esgar penoso. Roberto tinha-se sentado no murete de pedra xistosa e de cascalho, à sombra de uma sebe, no plano abaixo do caminho por onde os homens passavam, com uma serapilheira a cair da cabeça, equilibrando os cestos aos ombros sobre a trouxa que lhes fazia um chu maço transversal, como uma canga, e seguran do-os nessa posição com um pau que engatava numa das asas de vime.
- Tudo isto deve ter um nome – pensou para consigo – mas não sou etnólogo e desteta ria saber mais destas coisas. Daqui, só sei que há muito xisto e muitas moscas e faz um calor insuportável. Sou fotógrafo e tenho de os apanhar no ângulo que permita transmi tir a sensação de marcha lenta, de peso e de esforço. De esmagamento sob os cestos, é o que é. Talvez daqui, desta parte de baixo do caminho, enquanto a fila passa, como uma carreira de formigas gigantes, três ou qua tro metros acima da minha cabeça de tra vés. Talvez, encurtando a profundidade de campo para desfocar tudo o que não seja eles, e fazendo um contraluz em que as figuras se recortem enegrecidas, a subir em diagonal.
Pena que o rio não se aviste daqui, como na outra fotografia que fiz, do Chão da Forca, com a água a cintilar como uma cobra a des dobrar-se ainda em chapadas de sol, lá em baixo, e os montes fronteiros já a escurece rem com o cair da tarde.
Como dar conta do suor naqueles corpos, naquelas testas, naquela tensão dos múscu los? As mulheres, curvadas sobre os bace los, de lenço na cabeça e podoa, navalha ou tesoura na mão, afastando as parras e cor tando os cachos, podiam servir para mostrar como o tempo passou por elas e as enve lheceu e encardiu. Mas com os homens era diferente.
Roberto não queria uma poética do lagar nem dos ofícios artesanais, da pisa da uva ao tanoeiro, mas sim dar uma ideia tal da brutali dade do esforço muscular que dispensasse o desfiar da epopeia da cultura da vinha naque las paragens, mas que a traduzisse por inteiro numa só imagem. E depois viria o resto para o álbum que trazia em preparação. Talvez uns bêbedos, alguns a cambalearem, outros de olhar turvo, outros em gesto de impropério e ameaça.
Mas isso ficaria para mais tarde, quando acen dessem os gasómetros no lagar, os homens se pusessem em fila, de braço dado ou com os braços estendidos e as mãos nos ombros uns dos outros, quando o Zé da Cortiça come çasse a tocar a sua velha gaita de beiços e os filhos fossem buscar o acordeão e os fer rinhos, quando os da casa se dignassem ir ver e participar do lado de fora, enquanto os miúdos pediriam para entrarem na pisa das uvas e se equilibrariam mal sobre o amontoado delas no grande tanque de granito.
Vasco Graça Moura, Por detrás da magnólia. – Lisboa: Quetzal Editores, 2004
museu de território colaborar e partilhar
Encontre, aqui, as datas, locais e ações em colaboração e partilha.
Todas as saídas previstas poderão ser alteradas de acordo com a agenda e necessidade dos serviços do Museu e dos equipamentos/instituições que nos recebem e ou solicitam.
» 6 de outubro – Práticas Partilhadas . O caracol que descobriu a importância da lentidão de Luís Sepúlveda. Lei tura encenada por Sandra Barros com o grupo de educadores do Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real . [16h30 – 17h30]
» 7 de outubro – Oficina de Azulejaria . Museu do Douro. Peso da Régua [11h00]
» 8 de outubro – ViViFICAR . Oficinas sobre fotografia e vídeo. Biblioteca Municipal da Mêda. Mêda . [10h00 –13h00]
» 8 de outubro – ViViFICAR . Café Ci. Clo. Mêda . [14h30 – 17h30]
» 22 outubro - ViViFICAR . Oficinas sobre fotografia e vídeo. Biblioteca Municipal da Mêda. Mêda . [10h00 –13h00| 14h00 – 17h00]
» 29 outubro - ViViFICAR . Oficinas sobre fotografia e vídeo. Biblioteca Municipal da Mêda. Mêda . [10h00 –13h00| 14h00 – 17h00]
rede de museus do douro
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comu nidade local dos seus espaços, seja divul gando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhe cer outras facetas do Douro, um territó rio cuja paisagem é património Mundial!
No dia 26 de setembro realizou-se a pri meira formação em Primeiros-Socorros em ambiente Cultural. Esta oficina con tou com a presença de uma dezena de participantes tendo sido promovida pela MuD em colaboração com o Museu da Casa Grande de Numão e o Projeto CLDS 4G Foz Côa Mais Perto.
MUSEU DO CÔA E PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA
Graça Morais | Mapas da Terra e do Tempo
» Patente até 12 de janeiro 2023
A relação com a mais primitiva forma de arte, desconhecida ainda da menina que então rabiscava sobre as fragas do Vieiro, não só não é novidade no modo de desenhar e de pintar de Graça Morais, como tem sido, ao longo de mais cinquenta anos de vida artística, fonte geradora das mais diversas pesquisas formais e pictóricas.
DIA ABERTO AO PROFESSOR 2022
» 5 de outubro | Hora-10:00
No dia 5 de outubro, o Museu do Côa-Centro Ciência Viva “abre as portas” da literacia do Vale do Côa aos professores!
Com este encontro pretende dar-se a conhecer as instalações físicas do museu e parque arqueológico, apresentar o programa educativo para o ano letivo 2022/2023, estreitar os laços de cooperação entre o museu e as escolas integradas geograficamente no parque arqueológico do Vale do Côa reforçando e solidificando uma relação entre estas entidades, mas fundamentalmente reconhecer a entrega e profissionalismo de todos aqueles que trabalham para fazer das escolas, espaços de afetos e apren dizagens.
DIA EUROPEU DA ARTE RUPESTRE
» 9 de outubro
Entre a Arte Rupestre do Vale do Côa e a Paisagem do Vale do Douro – Passadiços do Côa
A 9 de outubro assinala-se o Dia Euro peu da Arte Rupestre e a Fundação Côa Parque celebra este dia com uma ativi dade onde a paisagem e a arte rupestre se encontram.
Percorrendo parte dos Passadiços do Côa, para além da fruição da esplêndida paisagem, será possível visitar excecio nalmente alguns painéis com gravuras do Paleolítico Superior e da Idade do Ferro.
Com duração aproximada de 2 horas e cerca de 1km, o percurso pedestre decorrerá nos passadiços e em monta nha sem trilho existente.
O percurso tem grau de dificuldade difícil. Aconselha-se roupa e calçado apropriado para este tipo de cami nhada, água, chapéu no caso de estar sol e impermeável caso haja a possibi lidade de chuva.
Atividade gratuita com inscrição prévia obrigatória até dia 7 de outubro e limi tada a 15 participantes.
Contactos para marcação e informações: museugeral@arte-coa.pt 279 268 267/0
Parceiro: Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento: » todos os dias: das 09:00 às 17:30
Bilhete: 6€ Passaporte Mud: 20% desconto Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa
MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU)
Exposição de Pintura: Património Imaterial do Douro: Contos, Lendas e Mitos
» Patente até 31 de dezembro de 2022
Exposição Daniel nome de Poeta
Patente até 30 de outubro de 2022
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30
» sábados: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 17:00
» domingos e feriados: mediante marcação prévia
Bilhete: gratuito.
Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019
Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço
MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES
EXPOSIÇÃO DOURO, de Manuel Casal Aguiar
» Patente até 31 de dezembro 2022
Dois exemplos de PAISAGENS marcam esta exposição:
O DOURO observado através de peque nos apontamentos registados durante uma viagem através do rio , recriações abertas sobre a paisagem num discurso livre de intenso cromatismo e,exemplos da paisagem humana duriense permanentemente vivida e desenhada nas imensas viagens pela Linha do Douro. Mais tarde, suporte para o desenvol vimento de um projecto de painel de azulejos situado no muro exterior da Es tação de Caminhos de Ferro da Régua. No todo, a permanente procura do “es sencial” através de meios e instrumentos simples do desenho e da pintura como reflexo de um profundo encantamento provocado pela paisagem e gentes do Douro. Manuel Casal Aguiar
Poderá, ainda, contar com a exposição fotográfica “Peregrinar… nos Caminhos de Santiago”, de António Soares Men des, patente, em simultâneo, em Frei xeda, São Salvador, Mirandela, Chelas e Miradeses, de 1 de outubro a 31 de dezembro.
Inaugurações oficiais:
01 de outubro (sábado)
de outubro (sábado)
de Outubro (sábado)
de Outubro (sábado)
de Outubro (sábado)
Freixeda
São Salvador
Mirandela
Chelas
Miradeses
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
segunda a sexta: das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30
sábados: das 14:30 às 18:00
domingos e feriados: marcação prévia.
Bilhete: Gratuito
museu@cm-mirandela.pt
Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º
| 5370 – 326 Mirandela
ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS
Temos em vigor na nossa empresa, pro gramas de visita guiada às nossas insta lações de vinificação e envelhecimento, com degustação dos nossos vinhos. Te mos também disponível visita guiada ao nosso museu - "Adega das Giestas Negras".
O museu - "Adega das Giestas Negras ", é uma adega de MDLXXV (1575), data gravada na padieira da porta, recuperada e adaptada a Museu em 2006, situado no coração da Quinta dos Mattos. Tem dois lagares (12 e 4 pipas) e uma dorna, todos em xisto, uma prensa de fuso, em madeira de castanho, com cerca de oito metros de comprimento, com mais de 300 anos. Aqui estão expostas muitas peças antigas, pertença da família, relacionadas com a atividade vitivinícola. Informamos que a visita guiada ao mu seu "Adega das Giestas Negras" pode ser independente da visita à adega da empresa.
PROVA DE VINHOS WINE TASTING DÉGUSTATION A ROSA
Marcação / booking / reservátion:
» 10:00 - 16:00 - segunda a sexta-feira / monday to friday / du lundi au vendredi
» sábado por reserva / saturday by reserva tion / samedi sur reservation
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» segunda a sexta:
Das 9:30 às 17:00;
» Aos fins de semana sob marcações prévia;
Bilhete: 5€, inclui visita e prova de vinho do Porto
Passaporte
Mud: 20% desconto
Contactos: 254 920 214 | 965 519 991
Email: coimbrademattos@gmail.com
Morada: Casa da Calçada, n.º 65 | 5050 – 042 Galafura
MUSEU MUNICIPAL DE RESENDE
Programa cultural promovido pelo Museu Municipal de Resende para outubro:
» Exposição itinerante de fotogra fia: “António Menéres. Percursos pela Arquitetura popular no Douro” | patente até 27 de novembro.
» Exposição itinerante: "Por entre vogais da língua: Paisagens Literárias no Douro, Tâmega e Sousa" | promovida pela CIM do Tâmega e Sousa, no âmbito da iniciativa ESCRITA D´AQUI, do Fes tival Inventa | em exibição no Jardim 25 de abril, até 23 de outubro.
» Exposição de fotografia e poesia: "Lugares com História" | em exibição na Biblioteca Municipal de Resende, até 31 de outubro.
» Teatro do Montemuro: "Socalcos" | 5 de outubro pelas 16h | no Auditório Munici pal de Resende.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» de terça a sexta: das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h00; » sábados, domingos e feriados: das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.
Bilhete: Gratuito Email: museu@cm-resende.pt Site: www.museuderesende.pt Tel .: 254877200 | 254878111 | 926509276 Morada: Rua Dr. Amadeu Sargaço, n.o 238 4660 – 238 Resende
MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL
No dia 6 de outubro, celebra-se o pri meiro Dia Internacional da Geodiversi dade, uma efeméride proclamada pela UNESCO que pretende demonstrar a importância da geodiversidade para o bem-estar e prosperidade dos seres humanos, bem como para a preservação da biodiversidade.
O Museu de Geologia da UTAD associa -se a esta efeméride com visitas guiadas no Museu e no Jardim Geológico e uma conferência proferida pelo Prof. Doutor José Brilha (Universidade do Minho) no âmbito do XLII Curso de Atualização de Professores de Geociências que decorre na UTAD de 6 a 9 de outubro, das 18:45 às 19:30
Conferência "Dia internacional da Geodi versidade: envolver as escolas, alertar a sociedade", Pólo I ECVA, UTAD.
O geólogo José Brilha (Universidade do Minho) preparou uma apresentação Po werPoint especialmente pensada para professores. De utilização livre, pelo público em geral e docentes, a apresentação pode ser descarregada a partir do site https://apgeologos.wordpress.com/
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
» Dias úteis das 9:00 às 17:00
Visita guiada: 1€
Passaport Mud: 50% desconto
Morada: Edifício Fernando Real, Quinta de Prados | 5001 – 801 Vila Real
Email: museugeo@utad.pt
Tel.: 259 350 351
ESPAÇO MIGUEL TORGA
Programação para outubro:
» 08 de outubro a 06 de novembro (16:00h) | Exposição Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus “100 Anos, José Saramago”.
» 14 outubro (15:00h) | Teatro “O Homem que plantava árvores” | Sessão escolar.
» 15 outubro | Apresentação do livro “A Poesia de Aires Torres” | Casa Aires Tor res – Parada de Pinhão.
» 22 outubro (18:00h) | Novas Canções da Montanha com L Pertués.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Horário de funcionamento:
1 de abril a 31 de outubro | terça a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30
» sábados e domingos: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 18:30
1 de novembro a 31 de março | terça a domingo: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30
» Encerrado às segundas e feriados.
Bilhete: gratuito.:
Email: geral@espacomigueltorga.pt Tel.: 259 938 017
Morada: Rua Miguel Torga | 5060 – 449 S. Martinho de Anta