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ANO III, JUNHO 2022
© André Macedo
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índice Editorial Faz falta saber Exposições Coleção Museu do Douro Serviço Educativo Desafio Museu de Território: colaborar e partilhar Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante
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editorial A Região Demarcada do Douro conheceu nos últimos 25 anos uma evolução profunda e nalguns aspectos altamente favorável. A economia local beneficiou do crescente sucesso obtido pelos vinhos DOC Douro – que atenuou o efeito negativo do declínio da comercialização do Vinho do Porto – e a atividade turística desenvolveu-se fortemente. Estes dois êxitos da economia duriense foram felizmente acompanhados e complementados pelo impacto de duas iniciativas que alteraram profundamente o panorama cultural da região: O Parque Arqueológico e o Museu do Côa e a Fundação Museu do Douro. Ambas contribuíram fortemente para dar a conhecer ao mundo estas terra e as gentes que ao longo de milénios de história lhe deram um carácter tão singular e ao mesmo tempo dinamizaram fortemente o ambiente cultural da Região. O 25ª Aniversário da Fundação Museu do Douro dá-nos uma oportunidade para celebrar o que há de melhor no Douro e que não se limita a ser o berço de vinhos mundialmente reconhecidos e apreciados. E é justo, neste momento, lembrar as personalidades que pelo seu saber e empenho levaram a bom porto esta iniciativa. Em primeiro lugar há que celebrar todos aqueles – e muitos foram! – que conseguiram fazer aprovar por
unanimidade na Assembleia da Republica a criação da Fundação. E também as personalidades que contribuíram de forma decisiva para o arranque do projeto: o Professor Artur Cristóvão, primeiro Presidente, o Professor Gaspar Martins Pereira, profundo conhecedor da história do Douro e que muito contribuiu para dar forma e sentido às atividades do Museu, e muito especialmente à equipa chefiada pelo Professor José António Sarsfield Cabral e com a qual já colaborava o atual Director Arquiteto Fernando Seara, que conseguiu, em tempo record e com absoluto respeito pelos limites orçamentais - facto raro nos anais da Administração de dinheiros públicos!- levar a cabo a construção e instalação do Museu. Ao celebrar estes êxitos é oportuno lembrar alguns problemas que afligem a região. Sem pretensões de uma análise exaustiva, lembraria alguns, que me são mais próximos: - O quadro institucional e regulamentar do Sector Vitivinícola continua no essencial a ser o que foi criado entre os finais da década de 30 e princípios de 40, por um regime autoritário e em circunstancias históricas que impunham medidas drásticas de controle da oferta e também o fortalecimento da imagem do produto através da certificação oficial. A complexidade da regulamentação – aumentada por alguns remendos ocasionais, e por
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vez nocivos … levou muitos durienses a pensar que a sua fortuna ou ruína dependia de obscuros fatores e manobras orquestradas pelos governos e/ou pelos “comerciantes de Gaia” e a alhearem-se de uma realidade incontornável: a existência do mercado! É urgente por isso conjugar esforços no sentido de uma reforma profunda que tenha em conta as novas realidades (de entre as quais destacaria o crescimento dos DOC Douro e a atenuação da distinção entre produtores e comerciantes) e que também contemple a saída da esfera do Estado do organismo de controle, certificação e promoção. - No campo das acessibilidades, é chocante verificar que a Linha Férrea do Douro, obra notável do seculo XIX que é mais um testemunho do gigantesco esforço humano que caracteriza a história do Douro, continua votada a profundo desprezo. Para atirar areia aos olhos do povo fala-se da reconstrução do troço Pocinho Barca d’Alva, que faria certamente sentido, mas só quando o percurso de 170 km entre Porto e o Pocinho deixasse de demorar quase 4 horas! Mas, após anos de promessas está ainda por lançar o concurso para a eletrificação de linha entre o Marco e a Régua … - Ainda nesta matéria, é oportuno lembrar que a ponte sobre o Rio Águeda foi construída em 1999 com um custo de
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cerca de um milhão de contos com o fim de proporcionar uma belíssima entrada na Região Demarcada aos viajantes vindos da província de Salamanca, o que implicava a construção de cerca de 8 km de estrada para a ligar à EN 222 nas imediações de Almendra. Desgraçadamente as várias entidades envolvidas no projeto. – Parque do Douro Internacional, Parque Arqueológico do Côa, Câmaras Municipais de Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa - não chegaram a acordo sobre o perfil da estrada a construir e os sucessivos Governos esqueceram o projeto, pelo que a ponte praticamente não tem movimento. Será que o PRR contemplará o fim deste triste elefante branco? - Finalmente queria lembrar o drama que não é obviamente exclusivo do Douro, mas que tem aqui especial significado da demografia. Não é infelizmente de prever uma inversão significativa da tendência da taxa de natalidade, o que implicará a extinção a curto prazo de quase todas as aldeias da região e levará as próprias capitais dos concelhos a transformarem-se num refúgio de idosos. Como é um processo lento que se estende muito para além do prazo de uma legislatura, não parece preocupar grandemente a classe política. Mas é urgente despertar as consciências de todos e tentar enconFrancisco Olazabal
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faz falta saber 9 DE JUNHO RESERVE JÁ NA SUA AGENDA » 18H30 | INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA PRÁTICAS CINEGÉTICAS NO DOURO
Exposição comissariada pelo Museu do Douro onde se dão a conhecer as práticas cinegéticas no território duriense. Presente no território desde a Pré-história, a caça é parte integrante da identidade, estando presente quer na paisagem quer nas práticas das comunidades, cuja atuação contribui para a conservação da biodiversidade e o equilíbrio do ecossistema. Estes costumes constituem também o suporte de uma tradição gastronómica própria, muito característica da Região. » 18H50 | APRESENTAÇÃO PÚBLICA POR CÉSAR LUÍS DE CARVALHO DA REEDIÇÃO DA OBRA É EL-REY QUE VAI À CAÇA, DA AUTORIA DO POETA FAUSTO JOSÉ
Retomando a política editorial do Museu do Douro de reimprimir obras esgotadas de escritores durienses, será apresentada uma nova edição da obra É El-rey que vai à caça, da autoria do poeta Fausto José (1903-1975). Esta atividade conta com o apoio do Município de Armamar, local de onde era natural o escritor. Replica-se a primeira edição, de 1951, enriquecida com ilustrações de Carlos Carneiro.
» 19H30 | JANTAR DE CAÇA A ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO MUSEU DO DOURO PROMOVE UM JANTAR COM UM MENU ESPECIAL DE CAÇA NO ÂMBITO DA TEMÁTICA DA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA PRÁTICAS CINEGÉTICAS NO DOURO.
Junte-se a nós para um jantar de caça, a realizar no restaurante A Companhia do Museu do Douro. Este jantar conta com a participação Amiga e especial da URZE Teatro, através de música e leitura de textos. Menu Entrada » Ovos de Codorniz com Molho de Cogumelos Prato Principal » Javali à baixa temperatura, Batata Murro e Grelos Salteados Sobremesa »Telha de Amêndoa com Gelado de Noz *Vinhos incluídos. Preço por pessoa: 28€ Preço para Associado/Amigo: 25€/ pessoa Inscrição obrigatória até ao dia 6 de junho através do email: amigos@museudodouro.pt
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COLEÇÃO IVDP
A jornada de caça é um momento de convívio e reforço de laços entre os membros da mesma comunidade, que partilham a mesa. Nesta tradição gastronómica também se inclui o vinho, que contém frequentemente referências às práticas cinegéticas quer nos nomes quer na estética dos seus rótulos. Do espólio incorporado pertencente ao Instituto do Vinho do Porto destacam-se dois álbuns de rótulos com um total 1170 espécimes, alguns com referências à caça ou a espécies cinegéticas.
faz falta saber
VIVIFICAR | ALIJÓ 21 DE JUNHO DE 2022
Programa de Arquivos Vivos Se não estiver cá Ninguém… Ninguém vem para cá Workshop de documentação e conservação de coleções fotográficas. Sessão in(formativa) de processos de inventário e conservação preventiva de fotografia voltadas para as equipas técnicas do município envolvidos. Esta ação associa-se ao trabalho de documentação dos espólios fotográficos no concelho, que pretende conhecer os arquivos visuais familiares e de casas de fotografia comercial. Os materiais recolhidos serão digitalizados de modo a integrar a base de património móvel da Região Demarcada do Douro, desenvolvida pelo Museu do Douro.
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exposição permanente Douro: Matéria e Espírito Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias: das 10:00 às 18:00
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exposições
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Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres
exposições itinerantes
Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Exterior | Jardim Macedo Pinto | Tabuaço » junho e julho Concurso Internacional de Fotografia 2018 “Douro Património Contemporâneo” – Arquitetura, Arte e Imagem Núcleo Museológico Favaios, Pão e Vinho | Alijó » Até 15 de julho
exposições
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Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres Museu do Imaginário Duriense | Tabuaço » De 1 de junho a 11 de setembro
Concurso Internacional de Fotografia 2020 | "Douro Património Contemporâneo” – Memória com Futuro Museu do Ferro e da Região de Moncorvo | Torre de Moncorvo » De 10 de junho a 9 de outubro
Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Interior | AUDIR | Peso da Régua » De 4 de junho a 22 de agosto
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©2022, Umbelina Silva/MD
coleção Museu do Douro Coleção bibliográfica Armanda Passos A biblioteca do Museu recebeu 42 monografias associadas à pintora Armanda Passos, doadas por sua filha, Fabíola Passos. A coleção é composta por catálogos de exposições realizadas em museus e galerias nacionais, algumas já com edições já esgotadas. A Biblioteca do Museu conta agora com 76 títulos, um conjunto bibliográfico fundamental para todos os investigadores nas áreas da arte e da pintura, mas sobretudo, para o conhecimento e estudo da diversidade de obras e diferentes técnicas usadas pela artista plástica.
Estes títulos encontram-se já catalogados na base de dados bibliográfica, estando disponíveis para consulta presencial na biblioteca do MD.
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©2022, Carlos Mota/MD
conservação Museu do Douro O acondicionamento das pinturas de Mónica Baldaque, doadas pelos Professores Doutores Natália e Jaime Ferreira Alves, realizou-se com base no princípio da sustentabilidade interventiva. Tal implicou executarmos a tarefa com base nos critérios de melhor relação de custo benefício para acondicionamento; menor risco possível de degradação; utilização de espaço disponível, em prateleiras de estantes metálicas lacadas; agrupamento do conjunto; reciclagem/adaptação/reutilização de contentores de EXPS; possibilidade de utilização destes mesmos contentores num futuro transporte.
coleção Museu do Douro
©2022, Carlos Mota/MD
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serviço educativo eusoupaisagem – educação e território A base da ação assenta na pesquisa de relações de experiência entre as pessoas e as paisagens. Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a presença de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores em atividades de experiência e conhecimento. Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas. Interpelam-se as paisagens e as pessoas com o teatro, com a dança, com
o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, a geografia, a antropologia e a literatura, com a arquitetura paisagista e o cinema, com o desenho, com a fotografia e com o som. eu sou paisagem é, desde 2006, um convite, uma convicção e uma vontade para atuar e refletir sobre a educação neste território e nestas paisagens.
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serviço educativo
Dizer ALTO ELOGIO DO VINHO
Um amigo meu, homem superior, considera que a eternidade é uma manhã e dez mil anos um simples abrir e fechar de olhos. O sol e a chuva são as janelas da sua casa. Os oito pontos cardeais as suas avenidas. Caminha sem destino. Inútil se torna procurar as suas pegadas. A sua casa tem o céu por tecto e a terra por leito. O seu único pensamento é o vinho. Nada mais, aquém ou além, o preocupa. O seu modo de vida chegou aos ouvidos de dois respeitáveis filantropos: o primeiro, um jovem nobre; o outro um famoso letrado. Foram visitá-lo e com olhos furiosos e ranger dos dentes, agitando as mangas das suas vestes reprovaram vivamente a sua conduta. Falaram-lhe dos ritos e das leis, do método e do equilíbrio. E as suas palavras zumbiam como um exército de abelhas. Entretanto o seu interlocutor encheu um copo e
bebeu-o de um trago. Depois sentou-se no solo com as pernas cruzadas, encheu de novo o copo, afastou a barba e recomeçou a beber até que, a cabeça inclinada sobre o peito caiu num estado de ditosa inconsciência, apenas interrompido por relâmpagos de semi-lucidez. Os seus ouvidos não teriam escutado a voz do trovão, os seus olhos não teriam reparado numa montanha. Inclinado sobre o mundo contemplava o tumulto dos seres e da natureza, como algas flutuando sobre um rio... O Vinho e as Rosas: antologia de poemas sobre a embriaguez. Organizado por Jorge Sousa Braga. Lisboa : Assírio & Alvim, 1995, p. 14
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ViViFICAR OFICINAS DE FOTOGRAFIA E VÍDEO | ateliês vivos É possível ensinar-se a ver? “ Aprendizagem do olhar faz-se só” pelo que propomos ações gatilho que possibilitem o exercício do olhar, respeitando a diversidade de pontos de vista e na redescoberta do lugar que habitam. No decorrer da ação pretende-se que o processo esteja em partilha com os habitantes do lugar enquanto ficamos perguntamos o que há neste lugar? A implementação desta ação será consequência de uma escuta ativa dos acontecimentos, da diversidade do grupo e das características do lugar, pelo que o plano apresentado a seguir será adaptado ao longo da ação com os participantes sempre que necessário. Partilhamos cartas, postais entregues de porta a porta com ideias, perguntas, reflexões sobre viver e ficar. Estas oficinas estão divididas em 8 sessões e terminarão com uma exposição na qual existe uma identidade da ação [estrutura] que vive em comunicação com a criação de cada grupo e lugar [escuta]. Decorrem aos sábados na Biblioteca Municipal de Alijó, têm a orientação da arte educadora Paula Preto com a colaboração da equipa de educação do Museu do Douro.
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OficinadeOfografiaevídeo. AteliêrsVivos. Vivifivar. Alijó. SE2022_1
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doismaisum- oficinasfronteira. IMPLICAR. Oficina RIO, 3º ano do Centro Escolar da Alameda. SE 2022
Doismaisum – programa de oficinas Este programa propõe a cada grupo de crianças, jovens ou seniores um percurso pedestre (ou uma visita às exposições e aos espaços do edifício sede do Museu do Douro) + duas oficinas temáticas. Estas ações realizam-se em 3 momentos diferentes do ano e permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Educação Pré-escolar | Ensino Básico | Ensino Secundário e Profissional | Associações Recreativas | Grupos Seniores
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bilingue - gravações da tradução em língua gestual do livro infantil, Por amor a mim, de Eric Many, 2019
Bilingue. ano III. Peso da Régua Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia Pesquisa de cruzamentos entre gestos – Língua Gestual Portuguesa (LGP) e Educação Artística. Programa sequenciado de encontros de experimentação e cruzamento entre Língua Gestual Portuguesa (LGP) e Educação Artística, assentando entre o cruzamento de diferentes linguagens e línguas da percussão com o movimento, o teatro e a LGP.
Parceria com escola EREBAS [Escola de Referência de Educação Bilingue de Alunos Surdos] – Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia.
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ProjetoRe[LER]. OficinaLivro, 8º ano da ES João de Araújo Correia, Peso da Régua. SE 2022
PROJETO (RE) LER (RBE) "RESPIRAR, LER, PENSAR" Rede Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Dr. João de Araújo Correia, Peso da Régua, em parceria com o Serviço de Educação do Museu do Douro e Biblioteca Municipal
O projeto resulta de uma candidatura ao projeto (Re) Ler proposto pela Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), no âmbito do Plano "Escola 21/23": Recuperação de aprendizagens resultantes da situação pandémica. Pretende-se desenvolver a competência leitora, incrementando a formação cultural e socio afetiva, a reflexão crítica e ação sobre o mundo que
nos rodeia, conhecer a obra de autores que escrevem sobre a nossa região, visitando e explorando os lugares e as pessoas envolvidas, trabalhar com diferentes autores a leitura em voz alta e a comunicação e trabalhar em parceria com agentes culturais e educativos.
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Público Comum. Oficina Corpo Paisagem. 1º ano do Centro Escolar Nº 1 de Lamego. SE 2020_02
PÚBLICO COMUM. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO Centro Escolar de Lamego, nº 1 Lamego Este programa experimental, promovido pela equipa de educação do Museu do Douro, possibilita a experimentação de abordagens mais democráticas aos espaços e equipamentos culturais, museus, teatros... O ano de 2022 o trabalho será articulado com os equipamentos culturais de Lamego: Teatro Ribeiro da Conceição e Castelo de Lamego e Mata dos Remédios. Cúmplices: Cármen Duarte; Elisabete Martins; Isabel Aguiar; Maria Lourdes Luís
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Público Comum. Oficina Corpo Paisagem. 1º ano do Centro Escolar Nº 1 de Lamego. SE 2020_02
PRÁTICAS PARTILHADAS. ANO V. AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DIOGO CÃO. VILA REAL As áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitem que os grupos possam ser colocados perante novas linguagens e experiências em articulação com o trabalho preparatório e de regulação com o grupo de educadores da primeira infância e os/as educadoras do Museu do Douro. Projeto de pesquisa em educação artística para a primeira infância. Integrado no projeto fronteira 2022 – 2016 este é um programa de
pesquisa de trabalho comum usando as linguagens do teatro, da dança, do desenho e do audiovisual, realizado entre a equipa de educação e o grupo de educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real. As educadoras: Alice Lima, Ana Boal; Armanda Felícia; Carla Sampaio; Helena Teixeira; Isabel Rego de Barros; Isabel Rodrigues; Lígia Gonçalves, Lúcia Gonçalves; Maria Adélia Matos; Maria de Fátima Gomes; Rosa Barreira
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Lerdebaixodeumaárvore. Plátano, Alijó.SE2021
LER DE BAIXO DE UMA ÁRVORE O programa propõe um mergulho na leitura (sempre que a meteorologia o permitir) em árvores importantes no caminho, nos lugares e para as pessoas. Que árvores existem no lugar onde vivemos, onde passamos, onde passeamos, onde estamos de férias? Habitualmente não reparamos nos lugares que ocupam os nossos dias, as árvores são um elemento constante nas nossas paisagens. - Que árvore está junto de casa? - Que árvores ladeiam as estradas, avenidas, rios, caminhos? - Que árvores vivem nas praças e parques das cidades? - Que árvores fazem sombra?
Parar! Dar Tempo... Escolher uma árvore, reparar nos seus pormenores, na sua dimensão, como é a sua forma e a sua textura, a que cheira. Deixar nela indicações: nome científico; registo da sombra a horas diferentes; nome comum; tipo de folha; curiosidades mais ou menos pessoais, algo que pode ter acontecido... Registar em fotografia, em vídeo, em palavras, em desenho... aproveitar para ler, dormir, ‘piquenicar’, abraçar...
Se nos quiser fazer chegar a árvores dos seus lugares, envie para: educativo@museudodouro.pt.
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museu de território colaborar e partilhar Neste separador da Newsletter do Museu do Douro queremos dar a conhecer a nossa partilha e colaboração com e na Região Demarcada do Douro. Todas as saídas previstas poderão ser alteradas de acordo com a agenda e necessidade dos serviços do Museu e dos equipamentos/instituições que nos recebem e/ou solicitam. Aqui encontrará as datas, locais e ações em colaboração e partilha.
território // colaborar e partilhar
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» 1 de junho – ReLer. Biblioteca. 8º ano, Escola Secundária João de Araújo Correia. Peso da Régua
» 7 de junho – Semana do Ambiente. Cianotipias. Parque Biológico da Serra das Meadas. Lamego
» 1 de junho – Falar. Biblioteca. 12º ano,Escola Secundária João de Araújo Correia. Peso da Régua
» 7 de junho – 2+1: Que Sons há neste lugar? JI de Loureiro. Peso da Régua
» 2 de junho – Práticas Partilhadas. Oficina a vida da semente ... abrir, sair, voar. JI Nº 2 Vila Real, Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real » 2 de junho – Falar. Biblioteca. 12º ano, Escola Secundária João de Araújo Correia. Peso da Régua » 3 de junho – ReLer. Biblioteca. 6º ano, EB2,3 de Peso da Régua. Peso da Régua » 3 de junho – 2+1: Percurso urbano. Centro Escolar da Alameda. Peso da Régua » 6 de junho – Práticas Partilhadas. Oficina a vida da semente ... abrir, sair, voar. JI Nº 2 Vila Real/ Corgo, Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real » 6 de junho – Práticas Partilhadas. Oficina a vida da semente ... abrir, sair, voar. JI da Timpeira Vila Real/ Corgo, Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real
» 7 de junho – 2+1: Percurso urbano. 4º ano, Centro Escolar da Alameda. Peso da Régua » 8 de junho – ReLer. Biblioteca. 8º ano, Escola Secundária João de Araújo Correia. Peso da Régua » 8 de junho – Bilingue – Entre Gestos. EB2,3 de Peso da Régua » 8 de junho – Ler debaixo de uma árvore. 1º ano, Centro Escolar da Alameda. Peso da Régua » 9 de junho – Ler debaixo de uma árvore. JI, sala 2, Centro Escolar da Alameda. Peso da Régua » 11de junho – ViViFICAR. Oficinas sobre fotografia e vídeo. Biblioteca de Alijó. Alijó. INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DA MOSTRA DE TRABALHOS desenvolvidos nas oficinas » 13 de junho – Percorrer: 3º ANO, Centro Escolar da Alameda, RIO. Museu do Douro. Peso da Régua
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» 14 de junho – 2+1: Percurso. JI, Santa Casa da Misericórdia. Peso da Régua » 14 de junho – Paisajar. JI Cerdeiras, Marco de Canaveses. Museu do Douro, Peso da Régua » 14 de junho – Práticas Partilhadas. Oficina a vida da semente ... abrir, sair, voar. JI da Campeã Vila RealAgrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real » 15 de junho – Público Comum. Centro Escolar Nº 2 de Lamego. Castelo e Ruas. Lamego » 17 de junho – Práticas Partilhadas. Oficina a vida da semente ... abrir, sair, voar. JI de Lordelo Vila Real, Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real » 18 de junho – ViViFICAR. Oficinas sobre fotografia e vídeo. Núcleo Arqueológico, Porta dos Figos. Lamego » 20 de junho – 2+1: Percurso. JI da Santa Casa da Misericórdia, Peso da Régua » 20 de junho – Semana do Envelhecimento Ativo. Grupo Sénior, Alijó » 21 de junho – 2+1: Percurso. JI da Santa Casa da Misericórdia, Peso da Régua
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» 22 de junho – Público Comum. ConViVio. 1ºs anos do Centro Escolar Nº 2 de Lamego. Castelo e Ruas. Lamego » 23 de junho – Práticas Partilhadas. Oficina a vida da semente ... abrir, sair, voar. JI do Corgo Vila Real, Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real » 24 de junho – 2+1: Percurso. 4º ano, Centro Escolar da Alagoas. Cais da Junqueira. Peso da Régua
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rede de museus do douro A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial! Todos os meses divulgaremos neste espaço as atividades/ações que nos forem enviadas pelos núcleos aderentes e, de modo aleatório, será apresentado um núcleo museológico.
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em destaque Junho MUSEU DA SEDA E DO TERRITÓRIO DE FREIXO DE ESPADA À CINTA
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O Museu da Seda e do Território de Freixo de Espada á Cinta, é um espaço que oferece uma visão multidisciplinar do seu património. Com enfoque na ancestral atividade da produção da seda, pretende estabelecer uma relação com a comunidade em contexto museológico, no sentido de preservar o conhecimento da experiência nesta área e transformá-lo em processo dinâmico de desenvolvimento local. Freixo de Espada à Cinta está situado no extremo sul do nordeste trasmontano com uma área de cerca de 283 km2, confrontando com os concelhos de Moncorvo, Mogadouro e Figueira de Castelo Rodrigo. Localiza-se a cerca de 4 km do Douro Internacional, na margem direita, e fronteiro à região castelhana de Salamanca. Até ao final dos anos oitenta do século passado, havia ainda muitas casas com a fachada tipicamente manuelina, com as portas e janelas em chanfre mostrando tipologias muito características de arquitetura e decoração judaica/cristã-nova, das quais ainda nos restam alguns valiosos exemplares. Localizado numa zona bastante acidentada, de clima diferenciado do resto do nordeste transmontano, caracteriza-se por algumas zonas em que subsiste um verdadeiro microclima. É um concelho profundamente rural e quase exclusivamente agrícola, existindo atualmente nesta atividade alguma mecanização e modernidade. Por conseguinte, subsiste em toda a sua área de implementação o minifúndio, explorado de forma direta e familiar. As principais culturas são: a vinha, o amendoal e o olival. Mas Freixo também é Douro, um Douro Superior que esculpiu a natureza e talhou os povoadores de séculos que comungam com as suas margens. Contam-se histórias e permanecem memórias épicas na transformação das suas encostas, de terri-
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tórios ermos e selvagens, em vinhas de socalcos património da humanidade. A nossa História está inscrita e escrita nas pedras milenares, desde as épocas em que este era um território sagrado, e os animais divindades. Por isso, percorrer todo este espaço é também percorrer as margens de um território, conquistado palmo a palmo, onde o tempo não é do passado nem do futuro. Tal como agora, a agricultura foi, durante séculos, o sustento de grande parte da população freixenista. Contudo, existiram outras atividades que, pela sua importância social e económica, merecem destaque: a manufatura das sedas e chapelaria, e o comércio com Espanha. Em 1793, seis unidades de produção de chapéus fabricavam, anualmente, 1150 unidades. A indústria da seda era referência no panorama proto industrial. Esta arte espalhou-se por toda a região de Trás-os-Montes, contribuiu para o seu desenvolvimento e ganhou reputação internacional. Nesse ano, existiam aqui dezasseis fábricas com setenta e três teares em laboração, empregando 71 tecedeiras na produção de tapetes, tecidos, gravatas, fitas e panos peneireiros. A sua importância era tal que, em 29 de janeiro de 1867, Manuel Guerra Tenreiro contratualizou com a Junta Geral do Distrito de Bragança a adaptação da sua quinta de Marivela em granja modelo, para a criação de 180 000 pés de amoreiras e de uma casuleira modelo de bicho-da-seda. Atualmente, subsiste nesta vila uma pequena variante artesanal de manufatura da seda e seus subprodutos, que confeciona alguns artigos bastante apreciados pela qualidade que lhes está subjacente, como colchas, toalhas de batizados ou fronhas para
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almofadas. É o resto de uma indústria que outrora foi importante e florescente, exportando para os principais pontos de venda do nordeste trasmontano, principalmente, tafetás, panos de peneiras e meias. Freixo de Espada à Cinta pode orgulhar-se de ser, ainda, detentor de uma arte tradicional inédita no país e praticamente única na Europa: a criação do bicho-da-seda e sua extração por processos ancestrais e artesanais. Neste lugar de eleição, pretende-se, além de muito sucintamente mostrar o aparecimento do território, o seu povoamento desde os tempos mais remotos da pré -história e o respetivo desenvolvimento social e agrícola, recriar todo o processo de produção artesanal da seda. Podemos ainda assistir à preparação dos casulos, extração do fio, fiação e tratamento, até, inclusivamente, ao seu trabalho em tear de madeira para apresentação de resultado final. O Museu do Território e da Seda de Freixo de Espada à Cinta deve ser, atualmente, o único centro de todo o Trás-os-Montes, e provavelmente do País, a manter viva e ativa esta tradição. Assim, a promoção de trabalhos artesanais é feita, permanentemente, em pleno Museu, para além de exposições em feiras e certames nacionais e internacionais. A agricultura só em períodos limitados e sazonais exige a colaboração das mulheres e os sectores produtivos (indústria, comércio e serviços) não têm expressão significativa no concelho. Deste modo, a produção da seda pode ser, ao mesmo tempo, expressão valiosa e especifica da cultura local e motor de dinamismo económico, pelo que é imperioso investir na sua continuidade e no laborioso trabalho que permite obter produtos de especial beleza e valor. Acima de tudo,
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não devemos esquecer-nos que Freixo foi um dos mais ativos centros produtores de seda do país, arte que deixou de ser praticada de um modo regular a partir da década de 40 do século passado, quando os materiais sintéticos vieram substituir a rede de seda das peneiras, produto último de uma longa tradição local.
vos, podemos imaginar uma vertiginosa viagem no tempo e recuarmos até cerca de 550 milhões de anos antes. Aportaremos à época em que estaria a ocorrer a deposição de areias e argilas, num mar pouco profundo, que estiveram, na origem dos xistos atuais e dos solos onde, maioritariamente, se encontram plantadas as famosas vinhas desta região.
Descrevemos, de modo sucinto, as exposições deste espaço museológico.
- Arte Rupestre Paleolítica de Ar Livre: salienta-se, neste contexto, aquele que é considerado o mais importante avanço no estudo da iconografia paleolítica, desde a sua autenticação nos inícios do século XX – o conhecido “cavalo de Mazouco” figura zoomórfica de 62cm e relativamente bem conservada. Gravado pela técnica de abrasão, foi a primeira
No rés-do-chão: - Breve História Geológica: exposição da história mais remota do concelho que está escrita nas diferentes rochas que encontramos nesta região. Através de imagens inseridas em painéis explicati-
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peça deste tipo localizada em todo o continente europeu, sendo contemporânea das gravuras paleolíticas do vale do Côa. Ao longo da sua existência, o ser humano vai marcando os territórios que ocupa para viver e morrer e, como ser pensante, vai problematizando o que o rodeia. Uma das manifestações religiosas intimamente associada ao território de Freixo de Espada à Cinta, é o culto que durante a Idade do Ferro e no período romano se fez ao porco. É a tão discutida e denominada Cultura dos Berrões. Por conseguinte, a ocupação romana, a Romanização do concelho de Freixo de Espada à Cinta, está documentada, essencialmente, pelos achados epigráficos e numismáticos encontrados no sítio arqueológico de Santa Luzia. Destaque
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especial para a estela funerária da estação de Freixo, para os vidros coloridos e objetos de adorno e toilette. - A Vila de Freixo de Espada à Cinta e a Arquitetura Tardo-Medieval é o espaço que se segue, onde sobressai a apresentação da primeira imagem conhecida desta vila, da autoria do desenhador da corte de D. Manuel, Duarte D’Armas, e a reprodução da primeira página do foral novo. Acompanhando estas duas figurações, destacam-se, ainda, a coleção das moedas nacionais de D. Sancho II até à implantação da República, balas de canhão e uma baioneta provenientes das movimentações militares napoleónicas e dos conflitos peninsulares que se lhe seguiram. No último painel, damos
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uma retrospetiva sumária da Evolução do Mundo Agrário, onde os utensílios domésticos e as alfaias agrícolas, que eram utilizados diariamente num passado não muito remoto, são hoje recordados com saudade e estão gravados na memória de todos os Freixenistas. No primeiro andar: - Metamorfoses é o nome do espaço expositivo da seda, preparado especialmente para o efeito, onde se explica todo o ciclo do bicho-da-seda, desde o óvulo até à eclosão da borboleta. Aproveitando, também, o facto de podermos adotar as novas tecnologias aos espaços museológicos, está exposto um LCD táctil, onde se reuniu toda a informação técnica e histórica sobre este produto de excelência, desde a antiga Rota da Seda, até às simples curiosidades que tanta admiração suscita aos visitantes. Num lugar próximo estão expostos todos os materiais mais antigos que auxiliavam o processo de extração e fiação da seda, desde o tear ancestral ao rodízio, e uma colcha em seda dourada que foi tecida em Freixo nos meados do século XIX. As artesãs, que atualmente se dedicam a este ancestral ofício, trabalham diariamente no museu, reforçando o valor desta cultura local e aportando uma dinâmica própria.
Atividades Programadas para junho » Criação do bicho-da-seda » Extração de seda dos casulos » Visitas guiadas, com marcação, a todo
o processo de criação do bicho-da-seda e extração de seda
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » De terça a domingo: 10h00 às 12h00
e das 14h00 às 18h30. Encerra às Segundas-feiras; Sexta-feira Santa; Dia de Ano Novo Bilhete: gratuito. Contactos: Email: museu.seda@cm-fec.pt Tel.: 279 658 163 Morada: Largo do Outeiro n.º 13 | 5180 – 188 Freixo de Espada Cinta
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Barco_rabelo2 ©2022, Carlos Pereira/CIBR
CENTRO INTERPRETATIVO DO BARCO RABELO | MESÃO FRIO O Centro Interpretativo do Barco Rabelo é uma homenagem à memória das gentes ribeirinhas e aos Barcos Rabelos. Instalado no edifício da antiga Escola Primaria da Rede, trata-se de um espaço cultural interativo, que presta homenagem às gentes ribeirinhas que viveram do Rio Douro e para este, especialmente da freguesia de Barqueiros, arrais e marinheiros dos barcos Rabelos e de onde partiam, transportando consigo, as pipas de vinho, até às caves do Porto e Vila nova de Gaia.
Barco_rabelo1 ©2022, Carlos Pereira/CIBR
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EXTERIOR ©2021, Alfredo Martins/EPLCVM
LOCAIS E CULTURAS DE MAGALHÃES Considerando a forte ligação da figura universal de Fernão de Magalhães, a Sabrosa e à região do Douro, o Município de Sabrosa abriu a 6 de Agosto de 2015, a Exposição Magalhães, sediada no Parque BB King. A Exposição Magalhães, foi requalificada e aumentada com uma nova ala, em 2020, reabrindo com o novo nome, Exposição Permanente os Locais e Culturas da Viagem de Magalhães. As valências da nova ala: “Um Homem-Além-mar”, “Preparação da Viagem”, “Locais e Culturas”, com uma parte sensorial dedicada às Especiarias e outra à Herança, são dotadas de conteúdos/elementos multimédia.
INTERIOR1 ©2021, Alfredo Martins/EPLCVM
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CENTRO INTERPRETATIVO DA QUINTA DE VENTOZELO A exposição permanente do Centro Interpretativo da Quinta de Ventozelo encontra-se dividida em 4 núcleos. O 1º núcleo é dedicado ao espaço de Ventozelo enquanto terroir de vinho e de biodiversidade, presente na fauna e flora. A própria cenografia dá ênfase ao relevo e solos da região através de rampas e desníveis. O 2º aborda o tempo, contando a história de Ventozelo através de documentos e artefactos, ao mesmo tempo que disponibiliza uma aplicação com cronologias do Douro e da quinta, além de bases de dados com a diversidade de flora, fauna e castas. O 3º núcleo foca a quinta em diferentes dimensões, suportada quer por alfaias tradicionais quer por dispositivos que questionam as sensações que este lugar transmite ou a tela onde se reproduz o céu de Ventozelo. O último espaço, Cor, Corpo e Gosto, dedica-se a saborear aquilo que a quinta produz, desafiando os visitantes a descobrir os produtos da terra através das cores e aromas. Na sala inferior do Centro Interpretativo e Armazém 1840 é ainda possível visitar a exposição SENTIR A TERRA – VENTOZELO, da artista Graça Pereira Coutinho, em exibição até junho. Esta exposição encontra-se inserida no ciclo de exposições organizadas no âmbito da associação Amigos de Ventozelo. Esta será a terceira exposição do programa “Artes & Ideias em Ventozelo” para o biénio 21-22.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » todos os dias: das 10:00 às 20:00 Contactos: Email: hotel@quintadeventozelo.pt Tel.: 254 249 670 Bilhete: Hóspedes: Gratuito. Visitantes: 20€/ adulto e 10€/ crianças. A visita ao Centro Interpretativo está incluída no percurso ao Sítio dos Prazeres. Uma visita com áudio-guia que inclui, para além da visita do Centro Interpretativo, a visita à Adega-Armazém 1840, Capela, Alambique, Loja do Cereal, Pomares, Horta e a Coleção Ampelográfica de Ventozelo, a céu aberto, com 71 castas de videira. Termina com um prova de 3 vinhos - DOC Douro e Porto. Morada: Ervedosa do Douro 5130-135 S. João da Pesqueira
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SANTUÁRIO DE PANÓIAS, VILA REAL
Para além das inscrições, em latim e em grego, que se reportam às atividades culturais aí realizadas, são visíveis ainda as fundações de três pequenos templos, escadas e cavidades. Conhecido e documentado desde o século XVIII, continua a ser estudado e a revelar alguns mistérios. Em investigações recentes, usando novas tecnologias, descobriu-se que para além de ter sido dedicado a Serápis, também foi dedicado a Ísis. O culto egípcio a Serápis e a Ísis tornou-se popular no Ocidente entre os séc. II e III e terá sido por essa altura que o Santuário de Panóias terá sido construído. Venha sentir este sítio!
Classificado como Monumento Nacional desde 1910, é propriedade do Estado e está afeto à Direção Regional de Cultura do Norte.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » De quarta a domingo: 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 » Encerra às segundas e terças. Bilhete: 2€ Passaporte Mud: 50% Contactos: Email: panoias@culturanorte.gov.pt Tel.: 259 336 322 Morada: Rua de Panóias, Assento – Vale de Nogueiras, 5000 – 751 Vila Real
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MUSEU DO IMAGINÁRIO DURIENSE (MIDU) Exposição de Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres Patente no Museu do Imaginário Duriense (MIDU) de 1 de junho a 11 de setembro.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 09:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados, domingos e feriados: das 10:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:00 Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019 Bilhete: Gratuito Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço
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rências da arte do *Paleolítico que Graça Morais transfere para sua pintura. Como tantas das suas geniais *metamorfoses, essa invulgar representação, meio homem, meio animal, tornar-se-ia personagem de um dos monumentais cenários que realiza, em 1993, para a peça Os Biombos, de *Jean Genet, levada à cena pelo Teatro Experimental de Cascais.
MUSEU DO CÔA E PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA GRAÇA MORAIS MAPAS DA TERRA E DO TEMPO Inauguração irá decorrer no dia 3 de junho pelas 17h00 A relação com a mais primitiva forma de arte, desconhecida ainda da menina que então rabiscava sobre as fragas do Vieiro, não só não é novidade no modo de desenhar e de pintar de Graça Morais, como tem sido, ao longo de mais cinquenta anos de vida artística, fonte geradora das mais diversas pesquisas formais e pictóricas. Com mais de 14 mil anos, a enigmática figura, conhecida pelo “homem-bisonte”, encontrada na caverna de Les Trois-Frères, em França, é uma das muitas refe-
Não é, por isso, raro que esta *iconografia, especialmente as figurações de animais ou de figuras femininas como a *Vénus de Willendorf, habitem, como protagonistas, os seus desenhos e pinturas. Os exemplos são inúmeros, sobretudo nos trabalhos que realiza nas décadas de 1980 e 1990, particularmente das séries Mapas e o Espírito da Oliveira ou os Vieiros, que apresentara, em 1983, na XVII Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no Brasil, e, posteriormente, nos Museus de Arte Moderna de S. Paulo e do Rio de Janeiro. Os colossais *telões que concebe, em 1995, para a cenografia da peça Ricardo II, de *William Shakespeare, para o Teatro Nacional D. Maria II (que pela escala foi impossível apresentar nesta exposição), são também sucedâneos das múltiplas leituras tomadas à arte ancestral. Não apenas pela forma como cita e se apropria de cores e texturas, mas sobretudo pelo modo como transfigura os animais que ressaltam das paredes das famosas cavernas de *Chauvet ou de *Altamira. No entanto, esta sintonia com arte do *Paleolítico sobressai sobretudo no seu virtuoso desenho, visível na sobreposição de linhas e formas, na interrupção abrupta do traço ou a aglomeração dos elementos, onde a relação com as gravuras do Côa, não só salta à vista, como
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é transversal ao conjunto de trabalhos, alguns deles inéditos, criteriosamente reunidos para esta exposição. Curadoria: Jorge da Costa *Paleolítico: primeiro período da História da Humanidade *metamorfose: processo de transformação para que alguns animais passem à fase adulta *Jean Genet: escritor e dramaturgo francês (1910-1986) *iconografia: linguagem que usa imagens para apresentar um tema *Vénus de Willendorf: estátua de calcário de uma mulher com características físicas exageradas para representar a fertilidade; tem 11 cm *telões: tela grande que serve de cenário *William Shakespeare: escritor britânico (1564-1616) considerado o poeta nacional; conhecido, por exemplo, pelas peças Hamlet, Macbeth e Romeu e Julieta *Caverna de Chauvet: localizada no sul de França, tem as paredes decoradas com cerca de 435 pinturas de animais *Caverna de Altamira: situada na Cantábria, em Espanha, tem pinturas de diversas cores que representam animais, figuras humanas e desenhos abstratos Esta exposição ficará patente até ao dia 25 de setembro de 2022.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » todos os dias: das 09:00 às 17:30 Contactos: Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Bilhete: 6€ Passaporte Mud: 20% desconto Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa
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MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES Durante o mês de junho estará patente neste espaço a Exposição “Helena Almeida: Habitar a obra”.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados: das 14:30 às 18:00 » domingos e feriados: marcação prévia. Contactos: Email: museu@cm-mirandela.pt Tel.: 278 201 590 Bilhete: Gratuito Morada: Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326 Mirandela
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MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL Programação do mês de junho: À descoberta da Geologia – O Mundo é teu para explorar: » 1 de junho | Dia da criança – Museu de Geologia e Jardim Geológico | Orientação: Elisa Gomes e Álvaro Pereira. » 5 de junho | Dia do ambiente | Eco Campus e A. Crespi e João Baptista. » 23 de junho | A Serra de Montemuro. Homenagem ao Professor Nelson Pereira | Orientação: João Baptista e Pedro Pereira.
O micromundo dos minerais | BRAGANÇA | Edifício sede do Centro de Ciência Viva de Bragança. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » dias úteis: das 09:00 às 17:00 Contactos: Email: museugeo@utad.pt Tel.: 259 350 351 Passport Mud: 50% desconto. Visita guiada: 1€ Morada: Edifício Fernando Real, Quinta de Prados, 5001 – 801 Vila Real
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NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE FAVAIOS PÃO E VINHO
Durante o mês de maio além da exposição permanente, sobre o Moscatel de Favaios e o afamado Trigo de quatro cantos, também estará patente ao público a exposição Concurso Internacional de Fotografia, Douro Património Contemporâneo, Arquitetura | Arte | Imagem 2018. Este conjunto de fotografias tem como tema as Barragens do Douro e pretende evidenciar e relação existente entre a arquitetura e o seu contexto, materializado também naquilo que é a sua implantação. Aqui poderá ver o resultado de “três olhares” que revelam um outro modo de interpretar o património. A exposição estará patente neste espaço até 15 de julho de 2022.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » De segunda a domingo: inverno: das 10:00 às 17:00 verão: das 10:00 às 18:00 Bilhete: 2€ Passaporte Mud: 20% Contactos: Email: museu.favaios@cm-alijo.pt Tel.: 259 950 073 Morada: Rua Direita, 21, 5070 – 272 Favaios
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loja museu do douro Novidades de junho na Loja do Museu do Douro. http://loja.museudodouro.pt/
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loja museu do douro & restaurante
restaurante a companhia JANTAR DE SÃO JOÃO
Esplanada do Museu do Douro Dia 23 de junho, a partir das 19h30
//MAIS INFORMAÇÕES:
» Facebook: www.facebook.com/ acompanhia.pt
Sopa » Caldo Verde
» Através do e-mail:
Na Brasa » Sardinha » Misto de Porco » Vitela
» Contacto: 93 215 01 01
Sobremesa » Telha de Amêndoa com gelado
20€ por pessoa | Sem bebidas Disponível por reserva até 22 de junho
info.acompanhia@gmail.com
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