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ANO II, DEZEMBRO 2021
museu do douro
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índice Editorial Faz falta saber Exposições Coleção Museu do Douro Serviço Educativo Desafio Património RDD Rede de Museus do Douro Loja do Museu Restaurante Prisma do visitante
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editorial
O mundo hoje é certamente muito diferente do que era há vinte anos atrás. O Alto Douro Vinhateiro, bem como o resto da Região Demarcada do Douro, seguramente também. Para muito melhor, atrevo-me a dizer. Mais consolidado, mais sereno, mais consciente e confortável com o seu estatuto de Bem Cultural com Valor Universal Excecional.
conseguinte, não poderá ser desvalorizada, pelo que representa em termos do enorme desafio que supôs manter este estatuto e que nos supõe para mantermos uma posição permanente de responsabilidade, vigilância, humildade e de trabalho, de todos os atores relevantes, quer regionais quer nacionais, públicos e privados.
Não foi, não está a ser, um caminho perfeito e isento de escolhos, muito longe disso. Entre várias ameaças ao estatuto de Património Mundial UNESCO, seguramente que o da construção da Barragem no Rio Tua figurará no topo dos desafios mais relevantes que, enquanto região, tivemos de enfrentar e que, muito facilmente, nos poderia ter conduzido ao mesmo destino do de Liverpool que, muito recentemente, viu perder o reconhecimento em resultado do desfiguramento que a deriva imobiliária causou no seu centro histórico das Docas Vitorianas. Uma efeméride que, por
É esguia e curvilínea a linha que define o equilíbrio entre um desenvolvimento económico sustentável e a preservação dos atributos que levaram ao reconhecimento da região pela UNESCO, em 2001 ou, por outras palavras, conciliar a figura de Monumento Nacional com uma realidade física e social em constante mutação. O Alto Douro Vinhateiro soube fazer este equilíbrio, num caminho de aprendizagem e de maturidade que nos dá muitas, não todas, mas muitas garantias que o caminho está solidamente assente no propósito de garantir que, apesar dos enormes desafios que todos enfrenta-
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mos, como o da sustentabilidade da economia da vinha e do vinho, da tragédia da demografia e das alterações climáticas, o Alto Douro Vinhateiro e a Região Demarcada do Douro, as suas populações e os seus líderes estarão à altura do desafio. E isto porque acreditamos, não só nós, como também entidades internacionais insuspeitas e independentes, no saldo positivo que representa a preservação e a potenciação deste estatuto, tanto no plano económico como nos planos social, ambiental, cultural e simbólico, particularmente na afirmação da autoestima duriense. Atingida esta maturidade, dissecado o passado, aprendidas as lições, importa falar do futuro. E para isso é necessário convocar todas as vontades, todos os atores, todos os fazedores de paisagem, todos os criadores de riqueza, todos os decisores políticos para deci-
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dirmos o que que queremos que o Alto Douro Vinhateiro seja no futuro. As milhares de almas que, ao longo dos séculos, pacientemente construíram este mosaico, esta manta de retalhos, este manto de esplendor, num tricot inspirado pelo divino, este modo de ser e de viver que muitas vezes assume a forma de negócio, obrigam-nos a assumir, responsavelmente, este propósito de preparar o caminho para que o Alto Douro possa ser, para a eternidade, Património de todos os habitantes da Terra. António Marquez Filipe Liga dos Amigos do Douro Património Mundial
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faz falta saber 2 de dezembro 2021 No dia em que o Museu do Douro comemorou o seu 24º aniversário, foi realizada a reunião de Conselho Consultivo. Nesta reunião foi apresentado, para apreciação, o plano de atividades e orçamento para 2022 aos Fundadores da Fundação Museu do Douro. Foi aprovado por unanimidade e aclamação.
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©Egídio Santos/MD, 2021
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14 DE DEZEMBRO No âmbito do programa comemorativo do 20º aniversário da inscrição do “Alto Douro Vinhateiro” na Lista do Património Mundial da UNESCO o Museu do Douro inaugura, na sua sala de exposições temporárias, a Exposição Coa Douro para uma memória futura resultante da colaboração dos museus do Douro e Coa num projeto de recolha fotográfica com enfoque na paisagem e património dos territórios património mundial da Região Demarcada do Douro, Douro e Coa. Pensado com o objetivo de construir um arquivo de referência, em suporte digital, sobre o espaço e o tempo durienses, conta com a participação dos fotógrafos Duarte Belo, Egídio Santos, Jaime António e Virgílio Ferreira. Neste dia, além da presença nas comemorações oficiais a realizar no Teatro Ribeiro da Conceição o Museu do Douro abre as suas portas à RTP e Antena1 para programas em direto.
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COLEÇÃO INSTITUTOS DE VINHOS DO DOURO E PORTO- IVDP INCORPORAÇÃO Conjunto de cunhos tipográficos, de aço, utilizado para marcar diversos tipos de documentos, folhas ou edições desde a segunda metade do século XX. A peça em destaque é um cunho utilizado para fazer rótulos para vinho do Porto, conforme a informação manuscrita na embalagem: “Cunho rótulos / garrafas vinho do / Porto 9-8-62. [assinatura ilegível]”. À inscrição foi acrescentada, com outra caneta, a indicação 1/2, podendo referir-se a meias garrafas.
MÃOS QUE FAZEM BISALHÃES Museu da Vila Velha, Vila Real | patente até ao dia 16 de janeiro de 2022 Exposição comissariada pelo Museu do Douro que pretende dar a conhecer a arte do barro negro de Bisalhães, classificada pela UNESCO como património imaterial da humanidade desde 2016. A mostra, e o respetivo catálogo, centra-se na comunidade de oleiros, testemunhando aspectos da sua vida e contexto familiar, associando-o a peças, objetos e imagens. As mãos de Bisalhães têm uma história, um percurso dentro da comunidade que se deve conhecer para melhor salvaguardar a arte, um saber-fazer ancestral que se faz e transmite com as mãos.
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exposição permanente Douro: Matéria e Espírito Douro: Matéria e Espírito foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias: das 10:00 às 17:30
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exposições
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exposições temporárias Douro e Outras Paisagens de Manuel Casal Aguiar Exposição Temporária » Patente ao público até ao dia 7 de dezembro de 2021. Exposição que fixa as paisagens do artista Manuel Casal Aguiar no Douro e pelo oriente. Do Douro ficam os momentos anotados em caderno de viagens nos anos 1990 durante um percurso pelo rio e quando preparava o mural de azulejo junto à estação de Peso da Régua. Em contraste estão as paisagens de Timor, marcadas pelo cromatismo e exotismo formal.
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exposições itinerantes
Via Estreita, de Carlos Cardoso Auditório Municipal | Freixo de Espada à Cinta » Até 12 de dezembro de 2021
9 meses de inverno e 3 de inferno, de João Pedro Marnoto
Concurso Internacional de Fotografia 2020
Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes | Mirandela
Centro Cultural | Mêda
» Até 26 de dezembro
» Até 31 de dezembro de 2021
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Percursos pela Arquitetura Popular no Douro, de António Menéres Museu de Arqueologia e Numismática | Vila Real » Até 16 de janeiro de 2022 Rui Pires na coleção Museu do Douro Exposição Interior | Museu Imaginário Duriense (MIDU) | Tabuaço » Até 25 de janeiro de 2022
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©Carlos Mota/MD, 2021
Pucarinhos, MD/M-2978 ©Carlos Mota, MD, 2021
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Chaleira, MD/M-2979 ©Carlos Mota, MD, 2021
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coleção Museu do Douro
coleção Museu do Douro No âmbito do projeto de investigação “Mãos que fazem Bisalhães” foram integradas na coleção do Museu do Douro uma chaleira e um alguidar de barro negro, produzidas pelo oleiro Manuel da Rocha Martins (89 anos) e decoradas pela sua mulher Ermelinda Carvalho (80 anos). O oleiro Jorge Ramalho dedica-se desde 2012/13 em exclusivo à arte da olaria preta de Bisalhães e está diariamente na sua oficina-venda, aberta ao público na entrada de Vila Real. Aquando da entrevista de recolha ofereceu ao Museu duas miniaturas de pucarinhos com tampa. Intervenção de restauro - Chaleira de barro de Bisalhães (MD/M-2979). Proveniente da oficina do oleiro Manuel Rocha, a peça entrou no Museu sem o
bico, provavelmente por fratura durante o processo de produção, como se pode verificar na figura. Apresentava também manchas de colónias de fungos. Tendo por base princípios de sustentabilidade e respeito pelo original, a intervenção centrou-se na limpeza das manchas de fungos, com produtos neutros, e na reconstrução do bico da chaleira. Este trabalho partiu da comparação com objetos semelhantes do mesmo autor, sendo a reintegração executada com pasta de modelar de celulose, depois finalizada com tintas acrílicas. Procurou-se atingir um resultado diferenciado do original mas suficientemente equilibrado de forma a facilitar aos observadores a leitura funcional do objeto.
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serviço educativo
Café Central. Lugares percorridos entre 2020 e 2021.
eu sou paisagem Educação-Museu do Douro eusoupaisagem é mote e ação do programa de educação. Agir e pesquisar sobre as relações evidentes e menos evidentes entre os lugares e os seres humanos e não humanos que os habitam e que os constroem. Café Central 2021 Mostra em cartazes Museu do Douro
Goujoim – Armamar | Favaios, Sanfins do Douro, São Mamede de Ribatua, Vila Verde, Vilar de Maçada – Alijó | Lagoaça, Ligares, Mazouco – Freixo de Espada à Cinta | Murça | Celeirós, Paradela de Guiães, Provesende, São Martinho de Anta – Sabrosa | Nagoselo do Douro, Trevões – São João da Pesqueira | Salzedas, Ucanha – Tarouca | Guiães, Nogueira – Vila Real | São João de Lobrigos – Santa Marta de Penaguião.
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Café Central. Trevões. São João da Pesqueira (2021, Paula Preto©)
Todas as terras têm um (ou mais) Café Central. Este é um programa para estar presente em diferentes lugares deste extenso território, com as pessoas que nele estão. Para conhecer as pessoas que cá vivem, os cafés são lugares que marcam as paisagens entre a casa e a rua, entre o público e o privado. Os cafés são lugares de fronteira e de encontro. Que centralidades, que periferias? Nesta mostra apresentamos uma primeira seleção das passagens pelos vários cafés realizadas ao longo de 2019, 2020 e 2021 com a fotógrafa Paula Preto. Este é um convite
a permanecer a estar nos espaços tão centrais que são os cafés nas vidas destes lugares. Procura-se questionar o que é centro e o que são as periferias, desmontar as lógicas de representação que são sempre redutoras das vidas do dia-a-dia que importa cuidar. Café central é uma das frentes de ação do eu sou paisagem – programa de educação Museu do Douro. Fotografia| Paula Preto Julho 2021 Obrigado à Branca, Mafalda, Marta, Paula, Teresa e Vera.
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CAMINHAR Estes são dias de ir. Ir para ver coisas que não foram vistas nos lugares que não conhecemos e que conhecemos, na nossa cidade, na nossa aldeia, nas nossas ruas. Sem pressa percorrer os caminhos: ver, ouvir e caminhar nestes dias frios ainda com sol. Ir para conhecer melhor; ir e aproveitar o dia para ver as aves, as árvores e os arbustos; as ruas, os céus e as pessoas destes lugares por onde andamos.
Caminhar. Percurso de cidade, Peso da Régua
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desafio Dizer ALTO [LUME DE CEPAS VELHAS] Quem vive no Douro mais Douro, de vinhedos a perder de vista, a lenha que mais conhece é a de cepas velhas. Aquelas cepas, cansadas e retorcidas como um desespero, que o lavrador, na última poda, condenou por já não darem uvas que fartem um passarinho. É triste o Inverno, pelo Douro fora. Os podadores parecem fantasmas a vaguear pelo nevoeiro, com o tic-tic das suas tesouras, a despojar as videiras de todas as suas pujanças de Verão e vaidades de Outono.
Videiras sem fim, erguem-se do xisto Braços abertos ao correr dum fio… Vejo-as todas como um só Cristo Abandonado, a morrer de frio. É a um lume de cepas velhas que me aqueço e liberto na quadra do Natal. O lume de cepas velhas é um lume silencioso, efémero, de uma alegria que logo agoniza. Para se manter é preciso estar atento. Um braçado de cepas pede logo outro braçado. Para segurar este fogo, pode entremear-se um pouco de lenha de pinheiro. O lume de pinho é vivo e ruidoso, sempre a estalar, sempre a estalar… Parece até faltar ao respeito ao fogo das cepas resigna-
das ao último sacrifício. Não gosto deste fogo desigual nas horas do fim do serão, acomodado o chilreio dos netos. O meu fogo é o fogo de cepas velhas, sem a bisbilhotice de outras lenhas. Há entre mim e ele um diálogo de melancolias. Ponho-me a recordar, como uma reverberação das próprias saudades, coisas que aconteceram nos melhores dias da minha vida, e com amargor o que anda a acontecer no dia a dia de toda a gente. Recordo sempre as noites de Natal e de passagem de ano na casa paterna, antes da dispersão dos filhos e a partida dos pais. Eram noites de uma alegria tão pura que hoje parece irreal. Bastava-nos a juventude, os doces da Mãe Luz, uns brinquedos de lata ou madeira crua mal pintada e a ingenuidade de um presépio, que todos os anos saía de uma caixa enorme. O Menino Jesus voltava a nascer e o barro de S. José, Nossa Senhora e dos animais ganhava uma dulcíssima ternura por toda a humilde cabaninha. Cá fora, quase a chegar, os Reis Magos já se curvavam de humildade com as suas ofertas de ouro, incenso e mirra. Camilo de Araújo Correia, Crónicas do meu vagar. – Régua: Graça Editores, 2005
Se nos quiser fazer chegar um texto, gravado por si, em voz ALTA, envie para: educativo@museudodouro.pt
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Menir ©Orlando Sousa, 2021
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património RDD Menir de Fontelo Recentemente foi dado a conhecer um novo monumento em Fontelo, Armamar. Trata-se de um menir de grandes dimensões (5,32 m), comparável aos menires alentejanos. Para saber mais sobre este importante e singular exemplar da nossa Pré-História, leia o estudo publicado na Revista Portugália, Nova Série, vol. XLII, 2021, da autoria de Mário Varela Gomes e Orlando Sousa.
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rede de museus do douro A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial! Todos os meses divulgaremos neste espaço as atividades/ações que nos forem enviadas pelos núcleos aderentes e, de modo aleatório, será apresentado um núcleo museológico.
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em destaque Dezembro MUSEU DA REGIÃO DO DOURO
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A Lei n.º 125/97, de 2 de dezembro, aprovada por unanimidade pela Assembleia da República, criou o Museu da Região do Douro. De acordo com a lei, o Museu do Douro é dotado de rede polinuclear, distribuída por toda a Região do Douro, com sede em Peso da Régua. O Museu do Douro, ao qual a lei fundadora atribuiu como território a Região Demarcada do Douro, esboçou desde o início uma resposta a esta expetativa, realizando ações na região em colaboração com os 21 concelhos da RDD. Ficando assim a ter um conhecimento mais profundo da realidade de cada município quanto a instalações disponíveis, trabalhos em curso e projetos. Desta forma e em colaboração com as autarquias e outras entidades pública e privadas da região foi possível criar a Rede de Museus do Douro – MuD. A MuD é hoje uma realidade e conta já com 57 núcleos museológicos, disperso pelo território. Tornou-se uma plataforma de encontro e diálogo entre as diferentes instituições museológicas, para-museológicas e de âmbito cultural, públicas e privadas, a operar na Região Demarcada do Douro. Esta missão de aliar diferentes estruturas museológicas num projeto cultural, possibilita a criação de pontes de entendimento e valorização da comunidade museológica duriense, assumindo um papel ativo no desenvolvimento do eixo Douro.
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Os objetivos desta estrutura são, entre outros, criar as condições adequadas para dar voz à diversidade cultural da Região e às experiências culturais, aproximando a oferta cultural das populações, dentro e fora da Região, nomeadamente com uma divulgação sistemática das atividades dos seus membros através de uma rede de informação digital. Tem ainda uma forte componente de entreajuda técnica dos seus membros de modo a que possam desenvolver coerentemente as diferentes funções museológicas Podem ser membros da MuD todas as entidades públicas ou privadas, localizadas no eixo do Douro, com coleções materiais ou imateriais, relevantes para o conhecimento da Região, e publicamente acessíveis. A orgânica da Rede é baseada na igualdade e cooperação entre todos os membros. A adesão à MuD é voluntária e gratuita, sendo a proposta sujeita à aprovação dos restantes membros.
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Além dos núcleos museológicos que integram a Rede de Museus do Douro e do programa anual de exposições itinerantes, e para ser verdadeiramente representativo do território, o Museu tem patente ao público na sua sede a exposição permanente Douro: Matéria e Espírito. Concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD), está estruturada como a grande porta de entrada no Douro, apresentando as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vitivinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro Matéria e Espírito expõe. A exposição está organizada em dois pisos da sala central de exposições. O Museu considera ainda no seu percurso a visita a uma parte dos seus serviços técnicos, por norma ocultos do olhar dos visitantes – é possível conhecer o laboratório de conservação e restauro, áreas de quarentena ou de conservação de documentos gráficos. Desta forma, os nossos visitantes tomam contacto com a diversidade das coleções à guarda do Museu, que se estendem desde os arquivos, à biblioteca até aos elementos mais diversos da cultura material.
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Destaca-se ainda o Espaço Armanda Passos, onde estão patentes as obras doadas por esta importante artista reguense ao Museu do Douro. Esta é a maior coleção pública da autora, tendo sido concebida pela artista ainda em vida. Durante o ano de 2022 o Museu assinala o centenário do nascimento do fotógrafo amador Noel Magalhães, com a exposição de uma parte do seu espólio, igualmente integrado na coleção do Museu. Em 2022 assinalamos ainda os 25 anos de criação do Museu do Douro com um programa comemorativo especial. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Verão (1 de março a 31 de outubro): Todos os dias, 10:00 às 18:00 » Inverno (1 de novembro a 28 de fevereiro): Todos os dias, 10:00 às 17:30 » Encerra 25 de dezembro, 1 de janeiro e 1 de maio Contactos: Email: geral@museudodouro.pt Tel.: 254 310 190 Bilhete: 6€ Passaporte Mud: 20% Morada: Rua Marquês de Pombal | 5050 – 282 Peso da Régua
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Museu do Imaginário Duriense (MIDU) EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA: “RUI PIRES NA COLECÇÃO DO MUSEU DO DOURO Patente no Museu do Imaginário Duriense (MIDU) até de 14 de janeiro 2022.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: 9:00 às 12:30 | 14:00 às 17:30 » sábados, domingos e feriados: 10:00 às 12:30 | 14:00 às 17:00 Contactos: Email: museum@cm-tabuaco.pt Tel.: 254 787 019 Bilhete: Gratuito Morada: Rua Macedo Pinto, 5120 Tabuaço
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SANTUÁRIO DE PANÓIAS, VILA REAL
Para além das inscrições, em latim e em grego, que se reportam às atividades cultuais aí realizadas, são visíveis ainda as fundações de três pequenos templos, escadas e cavidades.
Classificado como Monumento Nacional desde 1910, é propriedade do Estado e está afeto à Direção Regional de Cultura do Norte.
Conhecido e documentado desde o século XVIII, continua a ser estudado e a revelar alguns mistérios.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS:
Em investigações recentes, usando novas tecnologias, descobriu-se que para além de ter sido dedicado a Serápis, também foi dedicado a Ísis. O culto egípcio a Serápis e a Ísis tornou-se popular no Ocidente entre os séc. II e III. e terá sido por essa altura que o Santuário de Panóias terá sido construído. Venha sentir este sítio!
Horário de funcionamento: » De quarta a domingo: 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 » Encerra às segundas e terças. Bilhete: 2€ Passaporte Mud: 50% Contactos: Email: panoias@culturanorte.gov.pt Tel.: 59 336 322 Morada: Rua de Panóias, Assento – Vale de Nogueiras, 5000 – 751 Vila Real
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MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES Até ao dia 26 de dezembro pode visitar no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes a exposição de fotografia “Nove Meses de Inverno e Três de Inferno", da autoria de João Pedro Marnoto. Terão também lugar outras atividades relacionadas com esta exposição, conforme cartaz em anexo. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » segunda a sexta: das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 » sábados: das 14:30 às 18:00 » domingos e feriados: marcação prévia. Contactos: Email: museu@cm-mirandela.pt Tel.: 278 201 590 Bilhete: Gratuito Morada: Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 | 5370 – 326 Mirandela
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MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL Em novembro decorre, a nível nacional, a Semana C&T 2021. O Museu de Geologia da UTAD irá colaborar em ações dentro e fora da UTAD. Continua patente ao público, até dia 31 de dezembro, a Exposição temporária O Mundo dos Minerais em Selos, no Centro Interpretativo das Minas de Argozelo O MUNDO DOS MINERAIS EM SELOS. //INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » dias úteis: das 9:00 às 17:00 Contactos: Email: museugeo@utad.pt Tel.: 259 350 351 Visita guiada: 1€ Passaport Mud: 50% desconto. Morada: Edifício Fernando Real, Quinta de Prados – 5001 – 801 Vila Real
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talvez por serem amplamente desconhecidos do público em geral. A exposição agora patente no Núcleo Museológico de Favaios – Pão e Vinho revela-nos algumas das mais de 900 espécies de borboletas noturnas encontradas no Vale do Tua, sendo uma das áreas mais ricas de Portugal para estes insetos, tornando-as num recursos alimentar importante para outros animais, principalmente aves e morcegos. Venha conhecer o maravilhoso mundo destes insetos, as suas cores, formas e padrões, numa exposição fotográfica muito apelativa para o visitante e que estará patente neste espaço até ao final de março do próximo ano.
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE FAVAIOS PÃO E VINHO Durante o mês de dezembro além da exposição permanente, sobre o Moscatel de Favaios e o afamado Trigo de quatro cantos, também estará patente ao público a Exposição fotográfica – Borboletas Noturnas do Vale do Tua. O projeto VALE DA BIODIVERSIDADE do Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT) está a realizar uma série de exposições fotográficas itinerantes que pretendem contribuir significativamente para melhorar a consciencialização pública, para a valorização e a compreensão das componentes da biodiversidade do Parque Natural, assim como para as ameaças que estas enfrentam na atualidade. Este projeto visa a implementação de iniciativas e mecanismos para melhorar o conhecimento do património natural existente nesta Área Protegida recentemente classificada, assim como promover ativamente a sua conservação. As Borboletas Noturnas do PNRVT fazem parte da elevada biodiversidade deste parque e enfrentam ameaças à sua conservação,
Horário de funcionamento: » Inverno: das 10:00 às 17:00 » Verão: das 10:00 às 18:00 Contactos: Email: museu.favaios@cm-alijo.pt Tel.: 259 950 073 Visita guiada: 2€ Passaport Mud: 20% desconto. Morada: Rua Direita, 21, 5070 – 272 Favaios
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MUSEU DO CÔA E PARQUE ARQUEOLÓGICO DO VALE DO CÔA O Parque Arqueológico e o Museu do Côa têm previstas as seguintes atividades/ações para dezembro: » Encontro de Ciência FCT do Vale do Côa | 2 de dezembro de 2021 | 09h30 | Auditório António Guterres, Museu do Côa
O programa poderá ser consultado em www.arte-coa.pt
No âmbito 23.º aniversário da inscrição dos Sítios da Arte Rupestre do Vale do Côa na lista do Património Mundial da UNESCO, a Fundação convoca todos os responsáveis e investigadores das equipas dos projetos aprovados pela FCT no âmbito da Call específica para o Vale do Côa para um encontro subordinado ao tema: “Encontro de Ciência FCT do Vale do Côa”. A Fundação Côa Parque considera a investigação e a inovação como motores de progresso social e material e alicerces fundamentais de desenvolvimento local. Nesse sentido, julgou-se pertinente proceder a um balanço do que se produziu no âmbito dos projetos científicos aprovados no âmbito da call que a FCT abriu especificamente para o Vale do Côa, uma região que é já referência mundial do ecossistema científico que se debruça sobre as mais antigas manifestações artísticas da Europa, mas cuja relevância científica pode ser alargada a outros domínios, como cabalmente demonstrado pela diversidade dos projetos aprovados. Pretende-se, assim, com este encontro, não só partilhar e promover a divulgação dos resultados dos projetos em curso numa lógica de transferência de conhecimento entre pares, como também discutir a forma como poderão contribuir de uma forma consequente para o desenvolvimento da região. Nesse sentido, o balanço dos projetos será seguido de uma mesa-redonda durante a qual será aprofundada esta problemática.
» Côa Douro: para uma memória futura (exposição temporária) | 2 de dezembro de 2021 | 18h30
Exposição resultante do projeto "CôaDouro - Joint venture", uma parceria entre a Fundação Côa Parque e o Museu do Douro. Trata-se de um programa de recolha fotográfica com enfoque na paisagem e património dos territórios património mundial da Região Demarcada do Douro, Douro e Vale do Coa. Pensado com o objetivo de construir um arquivo de referência, em suporte digital, sobre o espaço e o tempo durienses. Conta com a participação dos fotógrafos Duarte Belo, Egídio Santos, Jaime António e Virgílio Ferreira.
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» Galandum Galundaina | 3 de dezembro de 2021 | 21h15 | Auditório António Guterres, Museu do Côa Para celebrar os 23.º aniversário da classificação da Arte Rupestre do Vale do Côa como Património Mundia, pela UNESCO, os Galandum Galundaina irão atuar no auditório do Museu, dia 3 de dezembro. “Galandum Galundaina faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 25 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano. Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo
atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se." O projeto "Inspira" resulta de uma parceira de programação em rede e divulgação do território entre o Museu do Douro, o Museu do Côa e o município de S. João da Pesqueira. A realização do evento estará condicionada pela situação epidemiológica à altura e pelas recomendações da DGS.
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dar-se-á especial destaque aos casos que envolvem a arte pré-histórica da Península Ibérica, onde coexistem diversos tipos de sítios, com problemas por vezes muito específicos — como é o caso da arte megalítica —, não se deixando de ter em conta experiências de sítios em outras partes do mundo. Assim, serão apresentadas comunicações sobre a gestão e conservação de diversos tipos de arte rupestre pré-histórica da Península Ibérica: a arte paleolítica das grutas na Cantábria, mas também no Sul peninsular (Maltravieso e Escoural), a arte paleolítica ao ar livre do lado espanhol (Siega Verde), assim como as manifestações gráficas de cronologia holocénica localizadas ao ar livre e no interior de megálitos. Discutir-se-ão também os casos da arte paleolítica francesa em gruta e sob abrigo, as problemáticas da gestão de sítios no Ártico norueguês, mas também nos desertos da Argélia, conhecer-se-ão ainda experiências da Coreia, da Austrália e do Brasil, sendo estas de particular interesse pelo envolvimento das populações locais nos seus projetos. » II.º Côa Symposium: A gestão e conservação de sítios com Arte Rupestre | 3 e 4 de dezembro de 2021 | Museu do Côa Entidades envolvidas: Fundação Côa Parque; Grupo Morph/Octopétala; Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa No âmbito das comemorações do 23.º aniversário da classificação da Arte Rupestre do Vale do Côa como Património Mundial, a Fundação Côa Parque organiza, em parceria com o grupo Morph/ Octopétala e o apoio do projeto PALEOARTE, o II.º Côa Symposium. Esta reunião científica, subordinada ao tema: “A gestão e conservação de sítios com arte rupestre”, pretende refletir sobre estes assuntos mediante o cruzamento das experiências do Vale do Côa com as que se levam a cabo em outros sítios com arte rupestre. Nesta senda,
Um balanço dos trabalhos de conservação levados a cabo no Vale do Côa, quer dos que já estão em curso desde há duas décadas, quer dos que apenas agora começaram, serão também discutidos numa manhã dedicada exclusivamente à matéria, no final da qual se procederá a um debate final e às conclusões do Symposium. O tema deste symposium foi escolhido por Bruno Navarro, tendo-se inicialmente prevista a sua realização no final de 2020. A situação pandémica obrigou ao seu adiamento e Bruno Navarro já não acompanhará a sua realização. Não poderíamos, no entanto, deixar de associarmos esta reunião à sua memória. Nesse sentido, a reunião concluirá com a apresentação das Atas do I.º Côa Symposium, que ele acompanhou de perto e que conta também com uma secção em sua homenagem, e com a divulgação de um novo prémio científico que,
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dado o seu apego à Ciência, porta o seu nome. O programa poderá ser consultado em www.arte-coa.pt
//INFORMAÇÕES ÚTEIS: Horário de funcionamento: » Todos os dias: das 09:00 às 17:30 Contactos: Email: museugeral@arte-coa.pt Tel.: 279 768 260 Visita guiada: 6€ Passaport Mud: 20% desconto. Morada: Rua do Museu | 5150 – 620 Vila Nova de Foz Côa
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