Corpus Internacional da Língua Portuguesa 1. Modalidade: Língua falada 2. Tipo de texto: Conferências. Código: CILP2BCW596 3. Assunto: Educação 4. Autor: Anônimo 5. Qualificação do autor: Mulher/Professora/Gaucha 6. Data do documento: 1974 7. Local de origem do documento / Dados de imprenta: Rio Grande do Sul-Brasil 8. Local de depósito do documento: Arquivo Privado: Projeto Norma Urbana Culta (NURC) – Universidade de Campinas 9. Editor do documento: CASTILHO, Ataliba T. (coord.). Projeto Norma Urbana Culta (NURC). 10. Data de inserção no CILP: novembro de 2005 11. Número de palavras: 4068
...etapas ou diferentes momentos para a elaboraçao de instrumentos, o material vocês ainda nao recebem hoje porque ficou faltando, faltou, só se rodar, porque estava batido elaboraçao de instrumentos de avaliaçao, mas quando nós falamos em instrumentos de avaliaçao, fala-se também em níveis de consecuçao dos objetivos, a impressao que dava de que é que sao dois assuntos muito dissociados, eu (es)tou falando, relacionando a elaboraçao de instrumentos de avaliaçao com níveis de consecuçao dos objetivos. (...) Qual seria a relaçao que vocês podem inferir, quando nós falamos, inicialmente, em instrumentos de avaliaçao e colocamo depois como sequência da aula, níveis de consecuçao dos objetivos, porque isso? qual é a relaçao que vocês poderiam fazer aí? (...) ninguém ajuda? (...) bom (...) certo, exatamente, entao quando nós falamos, quando nós falamos em instrumentos de avaliaçao nós logo devemos pensar que níveis de pensamento esses instrumentos estao nos permitindo avaliar, entao, aí, nós chegamos ao estabelecimento de níveis de consecuçao dos objetivos, de estudo desses níveis para isso, entao, níveis vocês têm aí registrado naquela folha marronzinha aqui, página quatro, documento quatro, alguma coisa, outra coisa vocês terao que anotar, vocês têm ali registrado de acordo com uma categorizaçao, com uma taxionomia, alguns níveis de consecuçao dos objetivos vocês seguramente já ouviram falar e, se nao ouviram podem dizer por que nós estamos aqui para esclarecer as dúvidas que vao surgindo, em taxionomia, pergunto se essa, se a palavra é conhecida, taxionomia, se essa palavra é conhecida ou se constitui novidade? já ouviu fala(r), conhece de nome taxionomia, só de nome, sem... é, essa palavra taxionomia quer, refere-se mais ou menos a uma classificaçao, eu digo mais ou menos porque nós vamos ver qual éa diferença que existe entre uma taxionomia e uma classificaçao, eu poderia, por exemplo, dividir esta aula em os alunos homen(s) e as mulheres, eu estaria, fazendo uma classificaçao sem, no entanto, dizer qual é o mais importante, sem, no entanto dizer, qual dos dois é mais comple talvez, os homens dissessem o mais importante nao tem, mas mais complexas sao as mulheres, bem, eu poderia, dividir a, uma coleçao de livros em livros didáticos e nao-didáticos, sem, no entanto, dizer que, quais seriam os mais importantes, simplesmente, eu classifiquei, mas eu, isso nao acontece quando se faz uma taxionomia entao, vamos ver, vamos ajudando, taxionomia é uma classificaçao mas é mais do que uma classificaçao, mais sistemática pode ser, como? é uma
classificaçao ordenada, certo, sequencial, hierarquizada, hierarquizada, certo, de acordo com certas relaçoes, entao, eu posso dizer, eu posso classificar os livros, posso classificar uma turma, eu posso classificar ah os alunos, mas estabeleço taxionomia, quando a minha classificaçao ah se apresenta com características sistematizadas, quando apresenta-se, apresenta níveis que vao do mais simples ao mais complexo isso aí é dentro da, de uma classificaçao de ciência, né, de uma, uma combinaçao científica, ma nós estamos falando aqui neste momento, numa taxionomia que, a exemplo do da utilizaçao do termo em, na, na ciência, foi utilizada por taxionomia de quem que vocês conhecem? Bloom, exatamente mesmo que seja só de nome a gente já ouviu falar nessa taxionomia, existe uma série de taxionomia de objetivos educacionais Nobile, Sanders Mulataba, mas ah nós vamos ficar com essa, como poderíamos ter ficado com qualquer outra e ao professor nao há necessidade de que se preocupe em demasia com o uso ah estanque ou com o uso rigoroso de uma taxionomia qual é a necessidade de um professor ah trabalhar, conhecer uma taxionomia? é, porque ao rever os seus objetivos, taxionomia de Bloom, é a taxionomia de objetivos educacionais, ao rever os seus objetivos, muitas vezes, o professor se dá conta que ele só exigia o processo mental e memória do aluno, ele nao exigia interpretaçoes, ele nao exigia que o profe(ssor) que o aluno fizesse análise ou apresentasse seu ponto de vista, entao, Bloom e outros colaboradores fizeram um, vários estudos que abrangeu a, as ah três áreas da personalidade, a área cognitiva, afetiva e psicomotora, mas nesse exato momento, nós estamos apenas com a área cognitiva está claro até aqui? o que é uma taxionomia, por que um professor deve conhecer uma taxionomia e utilizá-la, nao que necessariamente ele precise saber que neste momento o aluno está desenvolvendo um processo de análise, mas ele precisa, ao planejar, ao prever as suas atividades no seu trabalho docente, ele precisa atender a essas diferentes categorias, que Bloom coloca entao, dentro de taxionomia de Bloom a primeira categoria, e ele chama de categoria, é a categoria conhecimento nós vamos separá-la das demais porque a partir das outras, tem, sim, dentro da área cognitiva existe o processo mental mais simples, mais elementar que é o que Bloom denominou de conhecimento, parece uma certa redundância, mas ele utilizou simplesmente esse termo quando é que o aluno evidencia conhecimento? e também quando é que o professor solicita respostas do aluno que exigem apenas, e eu
digo apenas porque é o processo mental mais simples, nem mesmo é considerado processo mental, ésimplesmente evocaçao, memória, quando é que o aluno utiliza ou trabalha naquela categioria conhecimento? quando ele evoca, quando ele enumera, quando ele, depende, aqui a colega disse: quando ele dá uma definiçao, depende se essa definiçao é uma simples re, devoluçao, repetiçao daquilo que o professor disse ou se essa definiçao tem um caráter de elaboraçao própria, entao, aí, nós estaremos em nível bem mais complexo eu posso, por exemplo, perguntar o que é ser livre, vocês vao encontrar isso no estudo dirigido das habilidades, das habilidades nesses níveis de o que é ser livre entao eu posso dar um conceito de liberdade e posso fazer o aluno inferir o que é ser livre, através de uma série de outras atividades, no entanto, dois alunos podem me responder o que é ser livre, agora um pode ter ficado no nível de conhecimento porque repetiu aquilo que o professor disse e outro pode ter criado uma resposta nova, própria, original que será, entao, talvez, dependendo do todo, uma situaçao de síntese a identificaçao, se tiver assim, um caráter já de uma pequena, um pequeno exame, entao já está com um nível mais, mais complexo supondo que eu tenha dito quais sao, as características da, da, do processo da avaliaçao, que eu tenha dado aqui em aula expositiva, daqui a pouco eu pergunto identifique no texto, a, a seguir as características da avaliaçao; se essas características estao explícitas da mesma maneira como eu as coloquei isso é conhecimento agora se o texto demonstrava ou apresentava uma pessoa sendo avaliada, ou uma pessoa que(r) dize(r), dentro de uma observaçao contínua, entao se houvesse já uma interpretaçao, estaria no nível seguinte entao, uma mesma questao, muitas vezes, pode exigir, ah, diferentes processos mentais, dependendo da maneira como ela é apresentada entao, Bloom colocou dentro da sua taxionomia, dentro da sua categorizaçao, o processo mental que nem chega a ser processo, que ele chama simplesmente cogniçao, memória, como conhecimento, quando a aluna enumera, repete, simplesmente quando o aluno armazenou uma informaçao e devolve aquela informaçao da mesma maneira como ela, como foi recebida. Bem, a partir daí, da categoria dois, já se chamam habilidades mentais...outros dirao processos mentais superiores e a expressao habilidades mentais cabe muito bem, porque é a maneira como o homem utiliza a informaçao, (es)tá claro até aqui? primeira coisa, o primeiro ponto, o homem simplesmente adquire a informaçao, se ele armazenou aquilo e devolve da mesma
maneira como ele a recebeu, ele nao fez nenhum trabalho, ele nao manipulou aquela informaçao entao aí é cogniçao, memória, evocaçao, é conhecimento mas pode ocorrer, e ocorre naturalmente, que o professor solicite diferentes processos mentais de seus alunos, entao, ele vai desejar que o aluno nao fique apenas no nível de memorizaçao, mas que, uma vez armazenada esta informaçao, ele utilize essa informaçao em outros, em outras situaçoes, por isso nós dissemos que habili, chamamos de habilidades mentais há autores que dizem que isso é uma verdadeira ginástica mental da maneira como o homem utiliza a informaçao, ela vai se consi, vai se constituir numa categoria um pouco mais complexa primeiro, mais complexa do que o conhecimento, e mais simples que as posteriores entao, nós temos a compreensao...é a segunda categoria entao, o homem faz, está utilizando um processo mental, já de compreensao, quando ele utiliza a informaçao através de uma interpretaçao, através de uma traduçao, sobre isso, aqui, até os autores que (ininteligível) eram Bloom, ainda fez (fizeram) uma subidivisao, ela nao é de maior importância mas vale a pena apenas para, a título de, de esclarecimento, de maior compreensao quando, enquanto o indivíduo compreende, quando ele compreende, ele pode fazer de três maneiras: translaçao, interpretaçao e extrapolaçao, mas isto pra vocês, basicamente, serve, basta que vocês me digam que que écompreensao, mas de qualquer maneira, vamos ver, aqui dentro da categoria dois mais complexa do que a categoria um, e inferior às demais, nós vamos encontrar uma certa complexidade, entao, todas as subca(tegorias) todas as categorias, mesmo que tenham, que tenham subcategorias elas terao dentro delas próprias, níveis de gradaçao, entao, vamos exemplificar dentro da compreensao, o homem pode realizar um processo de translaçao na trans(laçao), entao vejam aqui, aqui, quando estiver trabalhando com compreensao ele vai atuar sobre uma comunicaçao, aqui, ele recebeu uma comunicaçao, e a, e a utiliza da mesma maneira, sem modificar, ele repete, memorizaçao pura e simples, mas aqui, ele vai atuar sobre uma comunicaçao podendo ser essa sua atuaçao de três diferentes maneiras, tu fez (fizeste) alguma pergunta, André? bem, por exemplo na translaçao, o próprio nome já diz, pode ser uma traduçao, o homem atua, o indivíduo ou aluno atua sobre a comunicaçao, o repre, ele permanece fiel a essa comunicaçao, mas utilizando as suas palavras, sem alterar o sentido. Vejam, por exemplo, uma traduçao, se nós tivéssemos que traduzir um tre(cho), um texto do inglês para o português, vocês acham, vocês
sentem a, a nec, a diferença, a complexidade que existe entre um processo mental de pura evocaçao, de conhecimento ou vocês colocam uma traduçao já no nível de complexidade maior, de compreensao no caso? por que que entrou a compreensao, por que que vocês, por que tu disseste que acha(s) que ali entra a compreensao? (...) certo, porque a traduçao literal, palavra por palavra, muitas vezes nao permite é preciso que o indivíduo compreenda o todo, entao viram? já houve uma compreen(sao) houve um pro, já há uma complexidade maior do que essa aqui nao, na translaçao, é na, se ele fizer uma traduçao, é, vejam bem, ele nao pode alterar aquela comunicaçao, (es)tá? é, nós (es)tamos aqui caracterizando a maneira como ele atua sobre uma comunicaçao, ele pode atuar sobre a comunicaçao sem modificar-lhe o sentido, eu posso por exemplo pedir, porque na semana passada, nós tivemos aqui a visita dum grande sociólogo e educador Pierre Fourter, entao eu posso pedir que o grupo vá assistir à palestra e que faça um resumo entao, este resumo, nessa situaçao aqui, vocês nao podem dar a opiniao pessoal, neste resumo, vocês têm que dar, vocês têm que dizer aquilo que ele disse, mas vocês poderao, também, já entra ah, atuar sobre a comunicaçao do conferencista, mas dar o seu ponto de vista entao, nós estamos numa interpretaçao, está claro até aí? essa gente (es)tá quieta por quê? porque (es)tao sob tensao, é isso? (es)tá muito complexo isso aí, Francisco? qual é o problema? nao há pr...que bom!! entao, (es)tá entendido até aqui bom, agora, extrapolaçao vejam que quando nós estamos falando em compreensao, é a primeira ginástica mental que o indivíduo faz com a informaçao entao, ele pode simplesmente me dizer o que foi que o conferencista disse, já nao será a repetiçao pura e simples da, das palavras do conferencista, mas o conteúdo, a mensagem é a mesma, ele poderá interpretar, se eu pedir a interpretaçao, vai me dar o seu ponto de vista, vai me dar o seu ponto de vista, a sua opiniao, mas ele nao está criando nada, ele está fiel à comunicaçao e à extrapolaçao, o que é extrapolaçao? (...) é seguido, hein? é uma transferência a partir de quê? certo exato exato entao, quando o indivíduo, ou quando o aluno for capaz, capaz de inferir a partir daquela comunicaçao, ele está já com o nível de extrapolaçao nós podemos dar um outro exemplo ainda, eu posso representar, graficamente, o resultado dessa turma em diferentes disciplinas, (es)tá? entao, aqui tem, tem uma disciplina assim, uma outra que seja lá em cima, vocês nem tem tantas assim, em todo caso, eu represento graficamente uma comunicaçao, isso aqui, em que nível estaria
aí? ...é, compreensao, mas estaria na, dentro da subcategoria, em translaçao, por quê? eu estou sendo absolutamente fiel à comunicaçao, eu posso ver que essa turma inteira atingiu tal rendimento em, em matemática, em português, em história, em geografia, etcétera agora, observando este quadro, eu posso interpretarl, aqui, entra o meu ponto de vista, eu acho que essa turma vai bem nessa disciplina, essa turma tem esse problema, essa turma tem tal problema de comum à outra, estava num mesmo nível do que a outra disciplina, o rendimento (es)tá? é a interpretaçao, a partir de uma comunicaçao, e eu posso extrapolar, eu vou dizer que o esse gráfico, com este rendimento aqui, é que eu posso predizer, essa turma, seguramente, entrará em gê três a nao ser que faça um esforço ou poderei dizer que, na maioria das disciplinas a turma será aprovada, por média, dadas as características que a, a carta apresenta, entenderam, entao? sempre com relaçao, entenderam mas nao gostaram, né? (interferência de aluno) está aí bem exatamente a diferença: uma é uma prediçao, éuma inferência, a partir da constataçao de uma realidade exatamente, é a previsao, é uma inferência, é uma prediçao, a partir de uma realidade e, em economia em administraçao, se usa muito o termo extrapolaçao, nao é? onde é que estao os economistas? nao é, se usa muito o termo extrapolaçao e é com este sentido, nao é? (interferência de aluno) mas aí em que que tu te baseia(s), em dados reais exatamente, sim (...) certo, é, -certo, é a partir de que, de alguma dada realidade, está? -está clara aqui a, a, a nós interessa, a nós interessa apenas que vocês vejam a diferença que existe, por enquanto, entre conhecimento e a compreensao, nós nao iríamos pedir, alguma dificuldade aí que nao ficou claro? bem, nós, nós nao iríamos pedir que especificando um ou outro, ou outro, inclusive, nós vamos fazer daqui a pouco, um exercício, um treinamento, mais para efeitos didáticos, mas ainda disse de início, nao importa que o professor, que uma determinada situaçao esteja caracterizada por um professor, como sendo compreensao, como translaçao, o outro interpretaçao, o básico, o importante éque o professor proponha diferentes atividades que envolva(m) diferentes processos mantais Maria Lúcia (interferência de aluno) vamos ver (...) bem, (es)tá, vamos ve(r) quem é que responde alguma coisa pra Maria Lúcia...bem alto, por favor (...) Flávia, re, é pe, é per, é muito pertinente essa tua, tua colocaçao, refaz que eu gostaria que o grupo discutisse a tua é (...) certo, certo, eu recoloco, sim, é isso, nao eu recoloco, o problema que a Maria Lúcia pa, o senhor que(r) fala(r)? (...) pois é, Maria
Lúcia (...) certo, eu também concordo, por isso que eu (es)tou deixando aqui que vocês discutam ocorre o seguinte, eu nao vou deixar sem resposta, viu? eu nao vou deixar sem resposta apenas, vamos tocando adiante e vamos, e pa, nós vamos discutir daqui a pouco ah, sim,...sim,...(es)tá, entao vamos ver o seguinte: alguém mais que(r) da(r) palpites aí, colaboraçoes estao boas, e sao corretas? a, a, eu só vou registrar aqui, e depois eu volto a categoria subseqüente seria, é a de aplicaçao, depois da aplicaçao, nós vamos ficar numa delas em análise entao, se, se a Maria Lúcia fez ver per, percutir com a sua colocaçao, ela vai dizer que eu nao posso aplicar, também, sem fazer uma análise ou aplicaçao, entao vamos voltar aqui, e, por isso, eu fiz questao, de dar as subcategorias dentro dessa categoria aqui de compreensao os autores também, e vejam que eu sempre que eu (es)tou falando eu me refiro aos autores, porque nós estamos seguindo uma posiçao, existem outras, outras taxionomias que carac, que colocam em níveis completamente diferentes e há uma, a taxionomia que foi elaborada, que se encontra nesta revista da SEC, que muitos de vocês já trabalharam, manusearam, coloca, dá outros níveis completamente diferentes, mas sao comportamentos que o aluno desenvolve também dentro de sala de aula, ele coloca como última a aplicaçao mas isso aí seria, seria ocasiao para um outro estudo mas a, a colocaçao que a Maria Lúcia faz e ela faz muito bem, que(r) dize(r), prende-se ao fato de que os autores dizem que quando o, o aluno interpreta, ele já faz um exame, na interpretaçao, já há uma, uma subdivisao, já há, já há um processo, seria melhor dito, já há um processo de análise, já há um exame, quando ele identifica a aplicaçao, ele já separa o essencial do acessório, entao quase que se poderia dizer que a diferença que a relaçao, que há uma relaçao entre interpretaçao e análise, e que a diferença entre análise e interpretaçao é uma diferença de grau, é uma análise com características mais científicas, mais sistemáticas, mas aquilo de que tu te ressentiste para poder fazer uma extrapolaçao, já, e talvez o problema, às vezes, seja um problema de traduçao e seja uma, até mesmo um termo técnico e usado por Bloom e que nós nao consigamos perceber, a, quando ele usa a interpretaçao, ele já preparou o, a, o processo mental do aluno para uma extrapolaçao, aplicaçao, análise e síntese e avaliaçao, (es)tá? eu concordo plenamente que, para que a gente vá aplicar uma lei, para que a gente vá aplicar uma teoria vá aplicar até mesmo, para que a gente vá aplicar sinais de trânsito por exemplo, eu posso saber todos os sinais
de trânsito de cor, (es)tá, eu memorizei o meu processo, se vocês me trouxerem o livrinho aquele eu respondo todos eles e (es)tou no nível de conhecimento; bem, mas é preciso que eu aplique, que eu utilize os sinais de trânsito na hora certa, ou que eu tenha a habilidade de passar maio rápido pelo guardinha, porque senao, eu (es)tou multada na primeira esquina entao, quando é que eu sei que eu com, com, que eu compreendi? quando eu apliquei os sinais de trânsito na hora exata, quando eu passei um ano inteiro sem receber nenhuma multa, entao, de fato, ela tem condiçoes, ela aplica as leis, nao basta conhecer sinais de trânsito, mas é a verdade, é que eu preciso, aí, de uma maneira mais rápida interpretar a situaçao para poder aplicar entao toda a aplicaçao já supoe uma interpretaçao que para nós, se a gente analisa objetivamente é que vê que vai se constituir numa análise, ela tem que interpretar, no caso, uma situaçao para poder fazer uma extrapolaçao, para aplicar, depois, volta à análise mas entao aqui, mais em profundidade, tanto assim que os próprios exemplos dados por Bloom na bibliografia específica muitas vezes eles se repetem, eles, os exemplos sao mais ou menos os mesmos, tanto na quando se fala na subcategoria interpretaçao, quando se fala na análise e ele é bem claro quando diz que há uma diferença apenas de grau, um é mais profundo do que o outro entao, eu volto de novo àpergunta, puxa, mas e quando é que eu vou saber que eu estou usando a análise ou interpretaçao, nao faz mal o professor, pode fica(r) confuso, contanto que o aluno faça a interpretaçao, nao tem importância que a gente chama de análise ou chama de interpretaçao o importante é que o processo se realize, o nome, o rótulo, que ele leva, nao, nao inporta muito depois da aplicaçao já ficou bem claro, o aluno aplica quando ele usa princípios teóricos e situaçoes práticas, é o caso dos sinais de trânsito, éo caso dos advogados aí, com códigos, com leis - nao adianta saber a lei, eu quero sabe(r) aplica(r) na hora e aí já vem o caso, os advogados que me ajudem agora, é, mais do que nunca, épreciso fazer uma análise da situaçao, nao se poderia fazer uma aplicaçao, o a advogado perdendo de ser solicitado, agora, no exato momento, nao adianta nada fazer uma, nao se faria uma aplicaçao sem um estudo do caso, nao é isso? entao necessariamente, houve essa interpretaçao que nós vamos chamar, essa análise que nós vamos chamar de interpretaçao na análise aqui, como tal, o aluno separa o essencial do acessório, ele separa as idéias principais, as idéias mais importantes, entao, a palavra mesma por si já se explica agora, o que é interessante que
até bom que se discuta um pouquinho é a sign, os acessórios secundários, o principal, etcétera alguma dúvida? também quanto ao processo e quase que sem maior discriminaçao, se realiza a análise e a síntese, o homem decompoe para depois compor um todo novo, entao esse, essa síntese se caracteriza pela reorganizaçao de um todo novo, a partir pode ser, de situaçoes já conhecidas entao, quando nós fazemos, por exemplo, uma pesquisa, quando nós fazemos uma consulta bibliográfica, a rigor, eu tenho que dizer que é a rigor, porque normalmente a gente tira exatamente o pedaço do livro que depois (ininteligível) e depois, exatamente aquele outro que tem, que há, em que há uma concordância entao, a gente tira retalhos, mas a, o objetivo da pesquisa bibliográfica, da consulta bibliográfica, seria a análise de uma série de fontes para depois se apresentar um todo novo reformulado ainda que com características de cada um deles, mas que o todo se, se fosse reformulado, reestruturado pois nao... olha, aqui, inclusive, a aplicaçao é uma situaçao em que nós podemos dizer que ela, que a, em que essa hierarquia, essa complexidade, nao se faz necessária como se faz nas outras situaçoes eu dou um exemplo: para que o indivíduo utilize a informaçao, na compreensao, ele precisa ter o conhecimento; para que ele aplique, ele precisa de necessariamente, de te(r) passado pelo conhecimento e compreensao, agora, para ele chegar à análise ele tem que ter passado pelo conhecimento, pela compreensao, mas nao necessariamnete precisa aplicar, nao é? ele pode ficar ali, entao, aí é adiante para se fazer uma síntese, o indivíduo tem que ter conhecimento, compreensao, análise e síntese ele nao pode fazer uma síntese, sem fazer antes uma análise, entao a aplicaçao entra ali, mas ela poderia ser colocada num momento final, porque ela é mais ou menos paralela, que(r) dize(r), ela nao é exclusiva, ela podendo pa, ultrapassar essa categoria, sem que a complexidade fique comprometida agora, as outras, sim, entao, a síntese, o que caracteriza uma síntese éque ela seja a comunicaçao, a elaboraçao de uma comunicaçao própria, muitas vezes, a gente usa, ó pessoal, nós vamos fazer uma síntese, a síntese do livro tal, entao nós vemos que há uma imprecisao com relaçao ao termo síntese síntese é toda vez que o, for produzida alguma nova comunicaçao também nós ouvimos, muitas vezes, podemos dizer, faça resumo e no próprio polígrafo que vocês têm diz que o aluno faz síntese quando ele resume, mas o resumo daqui, da síntese é diferente deste resumo daqui...e por que essa diferença? eu gostaria que vocês já me dissessem, partindo do que
já foi falado, que nós usamos aí, é mais ou menos de maneira imprecisa se diz, e faz um resumo de tal situaçao, me faz um resumo de tal situaçao e há um determinado momento em que eu vou colocar resumo na translaçao e há um determinado momento em que eu vou coloca(r) o resumo como síntese, e aí?...nao é bem isso, vamos ver (interferåncia de aluno) certo, (es)tá certo Maria, tu que(res) dizer alguma coisa? (...) a minha pergunta (...) mas, nao, nao fala em interpretaçao, vamos ficar com translaçao, resumo, é ela, a Maria já (ininteligível) nao éMaria? é certo, (es)tá certo nao, (es)tá certo, a resposta exata e que nao foi dada é esta aqui, quando nós pedimos um resumo, eu poderia pedir um resumo da palestra, voltando ao exemplo, de sábado, de Pierre Fourter, entao, ele foi, fez uma enor(me) ...