Formativo Educacional Edital 11

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EDITAL 11 Fátima Nader Ignez Capovilla Júlio Tigre Tom Boechat Victor Monteiro Organização

Bernadette Rubim Teixeira

Exposição de 22 de março a 8 de maio de 2011. Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo - Maes


O Edital 11 possibilitou que cinco artistas do Espírito Santo desenvolvessem os seus respectivos projetos e criassem as suas obras voltadas a reflexões sobre temas pertinentes ao cotidiano de todos nós, beneficiados pelos recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo - Funcultura. Utilizando suportes distintos, as obras, apresentadas em conjunto nesta exposição no Museu do Arte do Espírito Santo (Maes), estimulam o público a exercitar o olhar e a percepção da realidade que o circunda. A cidade aparece como cenário e como matéria-prima dos artistas nesta busca de uma forma de expressão contemporânea e, ao mesmo tempo, de revelação de sua sensibilidade e de sua própria alma. Que o público desfrute os resultados da pesquisa e da criatividade dos artistas de nossa terra e valorize ainda mais a arte aqui produzida. José Paulo Viçosi Secretário de Estado da Cultura do Espírito Santo

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

T772 Edital 11 / Organizadora: Bernadette Rubim Teixeira. – Vitória: Secretaria de Estado da Cultura , 2011. 32 p., 10 f. de lâms. : il. somente retrs. ; 28 cm. Exposição de 22 de março a 8 de maio de 2011. Museu de Arte do Espírito Santo – Dionísio Del Santo. ISBN 978-85-64423-01-5 1. Arte moderna – Séc. XXI – Espírito Santo (Estado) - Exposições. 2. Fotografia – Exposições. 3. Escultura – Exposições. 4. Instalações (Arte) – Vitória (ES). 6. Artistas capixabas. 8. Vídeoarte. 9. Patrimônio cultural. I. Teixeira, Bernadette Rubim. II. Museu de Arte do Espírito Santo. Dionísio Del Santo. III. Espírito Santo (Estado). Secretaria de Cultura. CDD: 709.8152 CDU: 7.036(815.2)


Onze por cinco Bernadette Rubim Teixeira

A exposição Edital 11 reúne no Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (Maes) a produção de cinco artistas capixabas vencedores do prêmio Bolsa Ateliê em Artes Visuais, versão 2010. O prêmio, concedido pela Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo – Funcultura, visa ao incentivo da produção artística capixaba, à qualificação dos artistas selecionados e ao aperfeiçoamento do seu trabalho, mediante o acompanhamento e a supervisão de um orientador. Os premiados da edição 2010 foram Fátima Nader, Ignez Capovilla, Júlio Tigre, Tom Boechat e Victor Monteiro. Para a arte contemporânea, “criar é descobrir novos sentidos, mostrar as possibilidades originais de o mundo aparecer”1 e é nesse sentido que a arte capixaba atravessa um momento de vitalidade por meio de uma produção original e afinada com as questões do nosso tempo, marcado, no campo das Artes Visuais, por uma multiplicidade de correntes que especulam e experimentam linguagens individuais. Artistas como Ivanilde Brunow, Orlando Farya e Sami Hilal já levam o nome do Espírito Santo para outros estados e para fora do Brasil. E isso não é de agora. Além desses, temos também jovens capixabas, como é o caso de Miro Soares e Marcus Vinícius. O primeiro se arroja por paragens diversas em busca do aprofundamento de uma poética individual enquanto que o outro, ao se embrenhar no caminho da performance, cria redes multinacionais e promove um intercâmbio de artistas que inclui a cidade de Vitória no circuito internacional desse tipo de expressão artística. Exposições realizadas no Museu Vale, no Palácio Anchieta, na Galeria Homero Massena, na Ufes e em outros espaços expositivos de Vitória, bem como no próprio Maes, têm demonstrado que a Arte Contemporânea Capixaba, mais especificamente as Artes Visuais, está se fortalecendo. E é para ampliar as possibilidades de pesquisa aos artistas locais que existe o Edital Bolsa Ateliê. Mas por que Bolsa Ateliê? Ateliê é o espaço físico ou mental de criação do artista, seu lugar mais íntimo, palco de especulações, experimentos, avanços e recuos envolvidos no processo de elaboração e feitura de suas obras. Deixo a cargo da historiografia da arte as discussões sobre o papel da inspiração, da intencionalidade, do trabalho e da disciplina no ato de criar, bem como sobre o que seja o ato criativo nas artes. Mas em que espaço esse ato acontece? Por que, para alguns artistas, é tão importante um lugar especial para esse exercício, mesmo quando a ênfase está no conceito? Relembrando apenas momentos mais próximos da atualidade, vemos que, ao contrário de artistas como Brancusi ou Mark Rothko, o ateliê como lugar sagrado não fazia sentido para Joseph Beuys e Marcel Duchamp, preocupados em tornar menos nítidos os contornos divisórios entre vida e arte. Entretanto, para Jackson Pollock, o ateliê se constituía em um lugar de esquecimento e de concentração no próprio trabalho, ao passo que Andy Warhol agregou ao ateliê a ideia de fábrica e de local para reuniões sociais. Além disso, artistas americanos, como Robert Rauschenberg e Jasper Johns, a partir dos Anos 50 do século passado, converteram antigas pequenas indús-

1. Fernando Pessoa. Museu de arte contemporânea – O Caso do Museu Vale. In: Crítica em Artes. Erly Milton Vieira Júnior et al. Vitória: SECULT. 2010.


internas do ateliê e em seu entorno. Do livro Segunda Viagem ao Interior do Brasil: Espírito Santo, de Auguste de Saint-Hilaire, a artista retirou gravuras e palavras que inseriu nos desenhos, como cultivar, contemplar, ver, persuadir, desaparecer, utilizadas pelo autor a fim de registrar suas impressões sobre a região de Jucutuquara5 e os costumes de seus habitantes, no início do Século XIX. Jardins e outras delicadezas apresenta essas imagens transformadas num mundo de subjetividades e sutilezas por meio de desenhos e de pinturas de uma leveza extrema. Em contrapartida, a tenuidade dessas formas esconde dos menos avisados a violência da ação que as engendrou em alguns momentos: o talhe hábil e justo do bisturi que descarna o papel em finas lâminas/pétalas ou que, em leves incisuras nas paredes, desloca camadas de tinta criando formas quase invisíveis. Formas essas que, ironicamente, como fantasmas desaparecerão com o término do projeto. O trabalho de Fátima vem para o Museu na forma de vídeo realizado a partir das imagens/matrizes que deram origem aos desenhos expostos no ateliê. São fotos e desenhos mais nítidos, anteriores às interferências que sofreram durante o processo. Com duração de dois minutos, o vídeo preserva toda a delicadeza do traço precavido, do corte justo e da palavra oportuna empregados pela artista. Inquilino Ateliê em Campo Ampliado foi o projeto de intervenção urbana proposto por Júlio Tigre. Orientado por José Cirillo6, trata-se da ocupação de um sobrado na Rua Graciano Neves, nº 427, esquina com a Maria Saraiva, no Centro de Vitória, de uma intervenção centrada no

trias em locais de moradia, de trabalho e de encontros – espaços multidisciplinares –, o que contribuiu para a renovação da cidade de Nova Iorque. O ateliê contemporâneo comporta quase todo tipo de espaço e conceito. Do galpão ao escritório, do apartamento ao computador portátil, da cozinha alquímica ao bloco de notas, do avião à cabana rústica e desta ao cyber space. O centro não mais precisa estar no centro e a ubiquidade passa a ser a utopia2.

Por meio das novas mídias e das tecnologias são ampliadas as possibilidades não só do local de elaboração e de feitura da obra, mas também da própria atividade artística, exigindo, igualmente, maior reflexão sobre as relações entre Ciência e Arte. O prêmio Bolsa Ateliê em Artes Visuais se situa no domínio da contemporaneidade, da pesquisa e da liberdade, pois se trata de um projeto que incentiva o exame e a investigação de linguagens nas artes plásticas em condições e estatuto análogos aos da ciência e da tecnologia. Constitui-se como um espaço de criação, de pensamento e de circulação de ideias absolutamente necessário ao ambiente artístico da cidade de Vitória. O Bolsa Ateliê consiste na concessão de um prêmio a um artista ou a um grupo, oportunizando-lhe, ao mesmo tempo, a divulgação, o aprimoramento e o desenvolvimento de sua poética. A bolsa tem a duração de oito meses e a evolução dos trabalhos é acompanhada por um orientador indicado pelo artista. Os cinco projetos vencedores do Edital 11 no ano de 2010 foram escolhidos pela comissão formada por Valdelino Gonçalves dos Santos, Kátia Canton e Ronaldo Barbosa. Foi um total de quarenta concorrentes habilitados, número que demonstra o interesse do público alvo e evidencia a importância do projeto para a comunidade artística do Estado. A mostra Edital 11, realizada no Maes, é o marco de conclusão de uma etapa, mas não significa o encerramento das pesquisas realizadas, pois estas ainda podem reverberar em continuidades e/ou novas proposições. A exposição nasceu do desejo de ampliar a visibilidade dos trabalhos desenvolvidos no projeto Bolsa Ateliê e, conceitualmente, se vincula a princípios da arte contemporânea; transitória, precária, atemporal... A escolha dos trabalhos em exibição coube à curadoria realizada pelos orientadores e pelos próprios artistas, os quais tiveram total liberdade de decidirem o que seria mostrado. Falemos das propostas e da exposição: Fátima Nader foi orientada por Neusa Mendes3 no projeto Jardins e outras delicadezas. Tal trabalho propõe uma ação no entorno do ateliê da artista, localizado na Escadaria Beatrice Poli Monjardim, em Fradinhos – bairro de Vitória que ainda apresenta características bucólicas. Para Fátima, o jardim, com “Sua concepção espacial artificial determina a visão contemplativa de um pequeno mundo dentro da paisagem que se faz ver, ao mesmo tempo em sua materialidade e sua poética”4. De seu ateliê, Fátima avista a Pedra dos Olhos, pássaros em revoada e pequenos jardins que são fotografados e reapresentados nas paredes

deslocamento das relações perceptivas para espaços fora do chamado cubo branco das galerias e dos circuitos oficiais da arte. Seu objetivo é destacar a fratura nos modos de ver a arte, característica da arte contemporânea; sua ação coloca o público na posição de co-autor ao interagir de modo ativo e a obra deixa de ser um objeto de apreciação e torna-se um objeto de interação. Interação da memória do artista com a do público mediada pela memória do espaço escolhido e dos efeitos de sentido que provoca no artista e naqueles que interagem com a obra7.

5. Bairro de Vitória onde se inseria a região de Fradinhos no Século XIX. 2. Lauro Cavalcanti. In: Atelier Contemporâneo: Projeto Finep no Paço Imperial. s. l.: Salamandra, 1998.

3. Neusa Maria Mendes. Mestre em Comunicação e Semiótica/PUC-SP, 2003. Doutoranda em Comunicação e Semiótica/PUC-SP, foi Secretária de Estado da Cultura do Espírito Santo e coordenou o restauro do Palácio Anchieta.

4. Fátima Nader. Depoimento.

6. Aparecido José Cirillo. Professor do Centro de artes da Ufes. Mestre Educação/Ufes. Doutor em Comunicação e Semiótica/PUC-SP.

7. Aperecido José Cirillo. Relatório Edital 11/2010. 8. Júlio Tigre. Relatório Edital 11/2010. 9. Idem

Segundo Júlio, a definição de ateliê como campo ampliado instaura o processo de criação da obra e configura as intervenções no mesmo local: criação e exibição fundidas num mesmo espaço e processo. Nesse sentido, o ateliê é, simultaneamente, obra e espaço expositivo. Uma das preocupações do artista foi a de não escamotear a realidade do local, mas sim de preservar para o espectador uma “experiência privada com a arte”8. Segundo ele, o sobrado abandonado contrasta com o movimento acelerado da cidade na “duração quase monástica de uma velha sepultura. O edifício range, enverga, mas resiste às intempéries e assombra a rua” 9. Todo o processo do trabalho foi documentado em vídeo e em fotografia. Dessa forma, os registros captados no espaço Inquilino 3ª Edição - Presença puderam ser estendidos até o Museu. Na sala do Maes, o edifício se abre em planos transparentes, dispostos de forma a permitir um passeio por suas entranhas, onde as imagens


da instalação se mostram como vísceras de um organismo estranho, com ruídos e silêncios, vazios e surpresas, que podem ou não remeter à experiência solitária de quem vivenciou a visita ao ateliê Inquilino. Já (Re)encontro com a paisagem, de Ignez Capovilla, e Lugar, de Tom Boechat, são projetos que se baseiam na técnica da fotografia. Ignez é orientada por Mariana de Moraes10 e montou seu ateliê no anexo da Galeria Homero Massena, onde se recolheu para realizar suas pesquisas, tendo também, em diversos momentos, compartilhado o espaço com outros artistas. Com o intuito de expandir sua experiência para além do ateliê, criou o blog napaisagem [napaisagem.wordpress.com], como ferramenta de comunicação do projeto. A orientadora Mariana de Moraes faz o convite a um (re)encontro com a paisagem, propondo trabalhar

Em sua pesquisa, Tom investiga os possíveis pontos de diálogo entre a pintura e a fotografia contemporâneas e propõe a realização de uma série fotográfica que aborde, tanto no processo criativo quanto no resultado final, questões pertinentes a essas duas linguagens: aspectos de bidimensionalidade e tridimensionalidade na representação visual, materialidade pictórica e representação de textura e de camadas de cor no suporte fotográfico, o corte espacial/temporal da fotografia, o instantâneo e sua transitoriedade, a representação figurativa, a criação de campos de cores, a imagem abstrata na produção fotográfica e a produção de mundos ficcionais a partir da representação fotográfica do real. Em depoimento, Tom afirma que A Bolsa Ateliê de Artes Visuais propiciou os recursos financeiros necessários para que eu tivesse tempo e recursos materiais para aprofundar minha pesquisa sobre a fotografia contemporânea e seus pontos de diálogo com a pintura. Através do edital foi possível dar continuidade a um trabalho desenvolvido nos últimos 5 anos e assim apontar novos rumos. Além disso, pude desenvolver todo o trabalho sem qualquer pressão institucional ou mercadológica, com o apoio de um orientador e com a estrutura necessária para expor o resultado final para o público13.

no lugar do entre: entre o visível e o invisível, entre o público e o privado, entre o real e a ficção. [...] nesse lugar, a arte entra para tornar público esse encantamento, tornar visível esse invisível, transformar a vida em narrativa, no incessante movimento de troca e transfigurações11.

As fotografias de Ignez habitam esse lugar onde a arte lança mão de tecnologias atuais para tornar visível aos outros aquilo que só a sensibilidade da artista percebeu. Paisagens de interiores, naturezas-mortas, veladuras, profundidades e tons baixos que denotam intimidade e recolhimento; imagens discretas que parecem revelar a natureza da artista. Entretanto, do outro lado, existe o horizonte que dá a imensa medida da paisagem. Uma linha à altura dos nossos olhos, contínua e feita de pequenos módulos. Horizonte: tudo entre o céu e a terra, ou entre o céu e o mar. No projeto Lugar, Tom Boechat é orientado por Orlando da Rosa Farya12.

10. Mariana Santos Antonio de Moraes. Artista-pesquisadora, trabalha a partir do conceito de [HnA] molécula multiplicadora de arte. Especialização em Comunicação Estratégica, Ufes, 2008.

11. Mariana de Moraes. Relatório do Edital 11/2010.

12. Orlando da Rosa Farya. Artista Plástico e Professor do Departamento de Artes Visuais da Ufes. Mestre em História Social da Cultura/PUC-Rio.

13. Tom Boechat. Depoimento do artista.

As quatro fotografias apresentadas nesta exposição foram produzidas no cenário urbano da Grande Vitória durante o período da Bolsa. O artista retratou construções em estado de abandono, semidestruídas, ex-lugares que vão surgindo nas cidades em sua ânsia de renovação. Paradoxalmente, esses ex-lugares preservam características que interessam ao artista: planos, justaposições, camadas pictóricas sobreviventes e mistérios.


Não sei se pela dimensão das obras, pela planaridade conferida às imagens, pelos campos de cor ou se, por tudo isso junto, Lugar transformou o local/museu em espaço de experiência da fotografia que fala da pintura, que remete a Mark Rothko, que quase cheira a tinta. Apontamentos é a instalação que Victor Monteiro apresenta no Museu. Seu orientador foi Luciano Cardoso14. A arte de Victor se realiza a partir de fragmentos da natureza. São galhos e restos de árvores picados pela lâmina humana, como mostra um vídeo na parede da sala. A precisão do golpe que incide sobre a madeira pode nos remeter à atitude insensível do homem sob a tentativa de dominar a natureza. Porém, aqui o que se sobressai é a concentração monástica, o trabalho paciente, exaustivo, persistente e quase obsessivo do artista. As peças assim esculpidas estão justapostas sobre um suporte, como que suspensas a um metro do chão, e formando uma superfície espinhosa semelhante às que encontramos na natureza. Entretanto, elas não provocam repulsa. Ao contrário disso, as peças convidam ao toque. Tratam-se de galhos secos, sem vida e em processo de deterioração. Suas cores, mesmo que distintas, já não possuem o viço primitivo. Pendente no teto, uma luminária submete esses galhos a uma luz amarelada, destacando-os na penumbra da sala. A luz é como um sol a acariciá-los. Os galhos permanecem ali, ao calor desse sol, como se pudessem reverter o processo natural, voltar à vida e brotar de novo. E ainda nos brindam com um chão de estrelas. Vivenciando essa exposição e percorrendo-a é possível perceber que projetos gerados de forma completamente independente se tocam por meio dos conceitos de paisagem, sendo que esta funciona como um fio que permeia os trabalhos, situando-os numa teia de subjetividades. Se Ignez Capovila, em seu [Re]encontro com a paisagem, relata paisagens interiores, cria espaços para sutis [re]velações e imagens que nos fazem supor uma suspensão no tempo, Fátima Nader traz o entorno para dentro do seu ateliê por meio de desenhos, pinturas, sobreposições e colagens, em imagens revestidas da delicadeza e do gesto incisivo que trazem a ambiguidade presente em sua poética. A paisagem urbana se mostra com maior evidência nos trabalhos de Tom Boechat e de Júlio Tigre quando os dois artistas utilizam lugares, espaços e construções que fazem parte dos cenários da cidade. Além disso, ainda temos a floresta latente nos apontamentos de Victor Monteiro que, se quisermos, pode se transformar nos caminhos de jardins percorridos por Fátima Nader. A mostra Edital 11 traz ao público do Museu obras que constituem parte da pesquisa propiciada pelo prêmio Bolsa Ateliê, como uma forma de democratizar o conhecimento e de ampliar a visibilidade desses trabalhos, além de permitir sua inserção num circuito mais amplo. O panorama das artes capixabas inclui um universo ainda maior de artistas e de meios que, com a permanência e a ampliação das políticas públicas voltadas ao campo das Artes Visuais, tendem a se estender ainda mais.

14. Luciano Coutinho Cardoso. Artista Plástico e Professor com Pós-Graduação em Arteterapia em Educação e Saúde pela Faculdade Cândido Mendes.


Fátima Nader Possui graduação em Artes Plásticas Bacharelado (1989) e em Educação Artística Licenciatura (2001) pela Universidade Federal do Espírito Santo, e mestrado em Artes (2009) pela mesma universidade. Atualmente, cursa Doutorado em Comunicação e Semiótica, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, desenvolvendo o projeto de tese Memória e Esquecimento na Invenção do Jardim.


“Jardins e outras delicadezas” Vídeo, 2 minutos 2011


Ignez Capovilla Graduanda em Artes Visuais na Universidade Federal do Espírito Santo desde 2005, formada no Curso Superior de Fotografia do Centro Universitário Vila Velha em 2006. Participou de exposições coletivas e como artista/pesquisadora do Piedarte, projeto/extensão da exposição “Andy Warhol – arte e práticas para o dia a dia”.


“Presente” Fotografias 2010


Júlio Tigre Possui graduação em Artes Plasticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (1999). doutorando no programa: Lenguages y Poéticas en El Arte Contemporaneo na Universidad de Granada, Espanha desde 2007. Tem experiência na área de artes, com ênfase em escultura, instalaçao, video/performance.


“Presença” - Projeto Inquilino 3 Videoinstalação 2011 Vídeo Full Hd Áudio 5.1 Captação, edição de imagens e áudio: Alexandre Barcelos

Grupo de apoio na residência: Coletivo Embira


Tom Boechat Estudou fotografia no ICP – International Center of Photography, em Nova York. É fotógrafo associado à Usina de Imagem e à OÁ Galeria, com trabalhos publicados em diversas revistas e jornais nacionais e internacionais. Possui trabalhos autorais produzidos em Tóquio, Nova Iorque, Rio de Janeiro e Vitória.


Fotografia digital, Impress達o em jato de tinta 2010 e 2011 Tratamento das imagens: Pablo Carneiro/Usina de Imagem


Victor Monteiro Artista graduando no curso de Artes Plásticas da Universidade Federal do Espírito Santo (2003), iniciou sua produção/pesquisa em desenho e pintura, e, posteriormente, passou a desenvolver projetos/pesquisa de instalação e práticas alternativas de trabalho. Atuou como professor de Artes em Vila Velha e como arteeducador em projetos sociais em Vitória – Secri, Cajun e Piedarte.

“Apontamentos” Instalação 2011



Governo do Estado do Espírito Santo

Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo

Exposição

Governador do Estado

Diretora

Coordenação

Renato Casagrande

Leila Horta

Bernadette Rubim Teixeira

Vice-Governador do Estado

Assessora especial

Desenvolvimento

Givaldo Vieira

Rosane Baptista

Fabrício Coradello

Secretário de Estado da Cultura

Arte-Educação

Expografia

José Paulo Viçosi

Ana Luiza de Oliveira Bringuente

Júlio Schmidt

Subsecretário de Estado da Cultura

Supervisor de espaço

Design gráfico

Erlon José Paschoal

Joaquim Galdino de Oliveira

Vinícius Guimarães

Subsecretária de Estado

Apoio técnico

Iluminação

de Patrimônio Cultural

Edson da Silva

Antônio Mendell

Joelma Consuêlo Fonseca e Silva

Ilda Chagas Cardoso

Gerente de Ação Cultural

Estagiários – mediadores

Mauricio José da Silva

Anderson Soares Nepomuceno

Montagem

Instituto Sincades Presidente

Equipe Tuca Sarmento

Lara Carpanedo Carlini

Equipamentos

Renan Andrade

CBTEC Vix

Estagiária – biblioteca

Impressões fotográficas

Fernanda de Souza

Vitória Fine Arts

Jessica Evangelista Rodrigues

Idalberto Luiz Moro

Programação visual Receptivo

Criart

Gerente executivo

Carlos Monteiro dos Santos

Dorval Uliana

Fabrício Silva Pinto

Fotografia para catálogo

Jose Luis Coelho de Macedo

Edson Chagas

Analista de projetos

José Renato Carneiro

Denise Modolo de Assunção

José Waldyr de Almeida Gomes

Revisão de texto

Wanderson Pereira Melo

Luiz Cláudio Kleaim

Assistente de projetos Livia Brunoro

Paulo Gois Bastos Apoio Andrea de Mellos

Catalogação

Bianca da Conceição

Ana Maria de Matos Mariani

Sonia Maria Silva George da Conceição

Produção Casa do Lago

Apoio segurança Arquiles dos Santos Alves Antônio Marcos Correa da Silva

Projeto Educativo

Antônio de Pádua Monteiro Diego Araujo Rodrigues

Curadoria educativa

Erasmo Vasconcelos Viana

Ana Luiza de Oliveira Bringuente

Pablo dos Santos Pinto

Melina Almada Sarnaglia

Robson de Assis Vilmar Borges Alvim

Audiovisual Yury Aires Maes Na Rede Orlando Lopes Ariny Bianchi Encontro de Arte-Educação Adriana Magro


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