HEIDI LIEBERMANN · Meu país tropical
HEIDI LIEBERMANN · Meu país tropical
Exposição de 24 de abril a 13 de julho de 2014 Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES) A Terra Quieta A Terra Inquieta, Exposição paralela do artista convidado Bruno Zorzal
O Governo do Estado, em parceria com o Consulado Honorário da Alemanha no Espírito Santo, reabre as portas do Museu de Arte do Espírito Santo “Dionísio Del Santo”, o nosso MAES, com a exposição “Meu País Tropical”, da artista alemã Heidi Liebermann. A iniciativa faz parte da proposta desta gestão de ampliar o acesso aos serviços, produtos e bens culturais no Espírito Santo, e também contribui para outra de nossas prioridades: o incentivo à prática de atividades artísticas, valorizando o produto cultural capixaba, apresentando artistas visuais radicados no Espírito Santo – propiciando a continuidade do seu processo de criação artística. É fruto, ainda, do dedicado trabalho feito pela atual equipe de gestão de cultura e artes visuais do nosso Governo para o progresso dos diversos espaços culturais públicos, cujo acesso gratuito torna democrático o conhecimento da arte. Aproveitem a oportunidade de apreciar pinturas inéditas dessa valorosa artista que vive e trabalha em nosso estado há 40 anos, preparada como uma contribuição nossa para a celebração do Ano Brasil-Alemanha.
L716m Liebermann, Heidi. Meu país tropical / Heidi Liebermann e Bruno Zorzal. – Vitória: [s. n.], 2014. 82p.: il. Exposição de 24 de abril a 13 de julho de 2014 Museu de Arte do Espirito Santo Dionisio Del Santo. A Terra Quieta A Terra Inquieta, Exposição paralela do artista convidado Bruno Zorzal 1. Arte moderna – Exposições – Brasil. 2. Pop-Art. 3. Fotografia. 4. Artistas alemães – Brasil. 5. Artistas brasileiros. I. Zorzal, Bruno. II. Museu de Arte do Espírito Santo. III. Título.
Renato Casagrande Governador do Estado do Espírito Santo Gouverneur des Staates Espírito Santo Espírito Santo State Governor
Die Landesregierung von Espírito Santo zusammen mit dem deutschen Honorarkonsulat feiert die Wiedereröffnung des Museu de Arte do Espírito Santo „Dionísio Del Santo“, bekannt als MAES, mit der Ausstellung „Meu País Tropical“ der deutschen Künstlerin Heidi Liebermann. Diese Initiative ist Teil eines größeren Projektes zur Erweiterung des kulturellen Lebens in Espírito Santo. Es ist ebenfalls ein Beitrag zu weiteren Zielen: Anregung künstlerischen Schaffens - Anerkennung lokaler, kultureller Arbeit - Präsentation bildender Künstler, die in Espírito Santo leben, um damit einen Prozess der kontinuierlichen, künstlerischen Kreativität zu fördern. Es ist auch das Ergebnis eines unermüdlichen Einsatzes des Kulturmanagement Teams der derzeitigen Regierung, um öffentlichen, kostenfreien Zugang zu kulturellen Veranstaltungen zu ermöglichen mit dem Ziel, Kunstverständnis zu demokratisieren. Wir laden das Publikum ein, sich an den neuen Gemälden dieser hochgeschätzten Künstlerin zu erfreuen, die seit 40 Jahren in Espírito Santo lebt und arbeitet. Ihre Ausstellung ist ein Beitrag zum „Deutschlandjahr in Brasilien“.
The State Government of Espírito Santo, in partnership with the Honorary German Consulate, reopens the doors of Museu de Arte do Espírito Santo “Dionísio Del Santo”, better known as MAES, with the exhibition “Meu País Tropical” by the German artist Heidi Liebermann. The initiative is part of a wider drive by the current administration to broaden access to cultural services, products and goods in Espírito Santo. It also contributes to another of our priorities: stimulate artistic action, value local cultural production and present the work of visual artists based in the State, therefore enabling a process of continuous artistic creation. It is also the result of the dedication of the current Government’s cultural and visual arts management team, which has worked to advance public cultural venues with free access to further democratize art knowledge. We invite the public to enjoy the new paintings by this highly-esteemed artist who has been living and working in Espírito Santo for forty years. Her exhibit has been set up as a contribution to the Year of Germany in Brazil.
É com imenso prazer que apoiamos a exposição Meu País Tropical da artista alemã Heidi Liebermann. Nesta exposição Heidi mais uma vez exibe seu imenso talento como pintora e apresenta uma visão instigante e pessoal de motivos e temas brasileiros. Temos certeza que o público do museu sairá enriquecido desse encontro com as telas de Heidi Liebermann, que revelam novas paisagens imaginárias, emocionando e surpreendendo com sua estética inovadora.
Wir sind hocherfreut die Ausstellung „Meu País Tropical“ der deutschen Künstlerin Heidi Liebermann zu unterstützen. Hier zeigt Heidi wieder einmal ihr immenses Talent als Malerin, mit dem sie uns ihre Sicht brasilianischer Themen und Motive nahe bringt. Wir sind überzeugt, dass die Begegnung mit Heidi Liebermanns Bildern für die Besucher des Museums eine absolute Bereicherung darstellt. Diese neuen, phantasievollen Landschaften berühren und überraschen den Betrachter, auch durch ihre überwältigende Ästhetik.
We are delighted to support the exhibition Meu País Tropical by the German artist Heidi Liebermann. With this show, Heidi once again displays her immense talent as a painter, presenting an instigating vision of Brazilian themes and motifs. We are certain that visitors to the museum will be enrichened by the encounter with Heidi Liebermann’s canvases, which reveal new imaginary landscapes, moving and surprising the viewer with their groundbreaking aesthetics.
A Secretaria de Estado da Cultura realiza a exposição Meu País Tropical, no Museu de Arte do Espírito Santo “Dionísio del Santo” – MAES. Em exibição, pinturas da artista alemã Heidi Liebermann, radicada há exatos 40 anos no Espírito Santo. As criações de uma das maiores expoentes da arte de nosso estado já estiveram expostas em uma exposição coletiva em São Paulo ao lado de Portinari e Di Cavalcanti. Trata-se de uma homenagem do Espírito Santo ao ano dedicado às relações Brasil-Alemanha. Alinhado com o restante do país e inserindo o nosso estado na vanguarda do contexto cultural internacional, o foco desse trabalho é oportunizar o acesso a produtos culturais de qualidade, gratuitamente. Ademais, os visitantes poderão contemplar o trabalho artístico de Bruno Zorzal, a exposição intitulada A Terra Quieta a Terra Inquieta, que dialoga com a mostra de Heidi Liebermann, exibindo fotografias feitas no Espírito Santo, interior do Rio Grande do Sul e agreste de Pernambuco. O conjunto tem a assinatura da curadoria de Lobo Pasolini, teórico da arte que também tem heranças do campo do jornalismo, trazendo um olhar crítico e objetivo e ao mesmo tempo sensível e poético. A curadoria tem a participação de Rosa-Nina Liebermann Rayes, que com seu conhecimento profundo sobre a obra da artista e com o olhar cenográfico concebe intuitivamente o cenário perfeito para o universo Heidi Liebermann. O trabalho pictórico de Heidi traz a oportunidade de acesso a obras de arte inéditas, de mostrar a vida e o fôlego da pintura de cavalete. Que o público presente no Espírito Santo possa agora contemplar e receber com entusiasmo esta exposição, preparada pela equipe de artes visuais da SECULT do nosso estado com todo rigor técnico.
Das Kulturministerium präsentiert die Ausstellung „Meu País Tropical“ (Meine tropische Heimat) im Museu de Arte do Espírito Santo „Dionísio Del Santo“ – MAES. Gezeigt werden Gemälde der deutschen Künstlerin Heidi Liebermann, die seit 40 Jahren in Espírito Santo lebt und zu den prominentesten Künstlern unseres Staates zählt. Espírito Santo widmet die Ausstellung dem Jahr deutsch-brasilianischer Verbundenheit. In landesweiter Zusammenarbeit ist es Ziel, kostenfreien Zugang zu kulturell hochwertigem Schaffen zu ermöglichen – hier durch den Staat Espírito Santo in einen kulturell internationalen Kontext gestellt. Besucher haben zugleich die Möglichkeit Arbeiten von Bruno Zorzal zu betrachten, dessen Fotoreihe A Terra Quieta a Terra Inquieta mit Heidi Liebermanns Gemälden im Dialog steht. Die Fotos wurden in Espírito Santo, Rio Grande do Sul und in Pernambuco’s Wuestenregion aufgenommen. Kuratiert wurde die Ausstellung von Lobo Pasolini, Kunsttheoretiker mit journalistischem Hintergrund. Kritisch und objektiv ist sein Blick auf die Kunst, gleichzeitig empfindsam und poetisch. Co-Kuratorin der Ausstellung ist Rosa-Nina Liebermann Rayes, sie bringt hier ihre profunde Kenntnis des Oeuvres der Künstlerin ein und schafft damit den perfekten Raum für Heidi Liebermanns Universum. Wir hoffen Espírito Santos Publikum wird diese Ausstellung – realisiert von SECULT Visual Art Team mit großer Sorgfalt und technischer Kompetenz– mit Begeisterung empfangen.
The State Department of Culture presents the exhibition Meu País Tropical at Museu de Arte do Espírito Santo “Dionísio Del Santo” – MAES. The exhibit includes paintings by the German artist Heidi Liebermann who, for exact 40 years, has been based in Espírito Santo. The works of one of our State’s most prominent artists have previously been shown in São Paulo alongside Portinari and Di Cavalcanti. The show is a homage Espírito Santo pays to the year dedicated to the relationships between Brazil and Germany. In line with the rest of the country and placing our State at the vanguard of the international cultural context, the focus of this work is to create opportunities of access to quality cultural products, for free. Visitors will also be able to enjoy the artistic works by Bruno Zorzal, whose exhibition A Terra Quieta a Terra Inquieta is a dialogue with Heidi Liebermann’s paintings. Bruno shows photographs made in Espírito Santo, the countryside of Rio Grande do Sul and Pernambuco’s desert region. The set of works has been curated by Lobo Pasolini, art theoretician with a background in journalism, who casts a critical and objective gaze at art, at the same time sensitive and poetical. Rosa-Nina Liebermann Rayes cocurates the show, bringing in her deep knowledge of the artist’s oeuvre. Her set designer’s background enabled her to conceive the perfect setting for Heidi Liebermann’s universe. The artist’s pictures give access to new works of art as well as the life and energy of easel painting. We hope Espírito Santo’s audiences will receive this exhibit with enthusiasm. It has been prepared by SECULT’s visual arts team with great care and technical accuracy.
Joern Duus
Maurício Silva
Anna Saiter
Cônsul Honorário da Alemanha no Espírito Santo Honorarkonsul der Bundesrepublik Deutschland in Espírito Santo Honorary Consul of the Federal Republic of Germany in Espírito Santo
Secretário de Estado da Cultura Kultursekretär des Staates Espírito Santo State Culture Secretary
Diretora do Museu de Arte do Espírito Santo dionísio del santo Direktorin Museu de Arte do Espírito Santo dionísio del santo Director of Museu de Arte do Espírito Santo dionísio del santo
Meu paĂs tropical, 2013-14, acrĂlico sobre tela/colagem, 450 x 250 cm
A Alemanha nos trópicos
Deutschland in den Tropen
Germany in the tropics
A presença dos alemães no Brasil é uma das muitas narrativas surpreendentes da história brasileira, uma saga de contornos épicos, rica em contrastes e conflitos que resultaram em um diálogo loquaz entre duas culturas tão diferentes. Esse diálogo já dura quase duzentos anos e segue inexoravelmente rumo ao futuro do Brasil. A gênese do nexus Brasil e Alemanha teve início em 1824 quando a primeira leva de imigrantes alemães chegou ao Rio Grande em busca de um futuro mais promissor que não parecia possível na velha Europa, então lacerada pela instabilidade causada pelas guerras napoleônicas. O Brasil surgiu como uma esperança. O governo brasileiro da época, que acreditava que a imigração era necessária para desenvolver o país, investia em uma propaganda positiva como forma de atrair estrangeiros. Os alemães apareceram como a opção ideal, já que espanhóis, franceses, holandeses e ingleses eram desqualificados por motivos históricos do período inicial da colonização do Brasil. O pacote oferecido pelo governo brasileiro revelou-se bom demais para ser verdade, mas apesar de todas as intempéries e dificuldades que encontraram na nova terra, os alemães conseguiram se estabelecer e se tornar um dos grupos mais visíveis de imigrantes europeus no tecido etnográfico e cultural do Brasil. No caso do Espírito Santo, a saga alemã nos trópicos brasileiros iniciou-se em 1847 quando 39 famílias aportaram no Estado. Foi dessa primeira leva de alemães que surgiram as vilas de Santa Isabel e Domingos Martins. As décadas foram passando e os alemães se ‘tropicalizaram’ sem perder suas marcas culturais ancestrais, mantendo suas tradições e até mesmo seus dialetos.
Die deutsche Präsenz ist eine der vielen erstaunlichen Facetten brasilianischer Geschichte - ein Epos, kontrastreich, nicht ohne Konflikte. Ursprung eines lebhaften Dialoges zweier sehr unterschiedlicher Kulturen, der seit fast 200 Jahren geführt wird und unaufhaltsam in Brasiliens Zukunft weist. Das Jahr 1824 markiert den Beginn der brasilianisch-deutschen Verbindung: Erste deutsche Auswanderer erreichen Rio Grande. Europa war in den Nachwehen der Napoleonischen Kriege ein zerrissener, instabiler Kontinent geworden. Brasilien versprach Hoffnung. Die damalige brasilianische Regierung förderte und investierte in Programme, die das Land für Einwanderer attraktiv machen sollten. Immigration erschien notwendig zur weiteren Entwicklung des Landes. Deutsche wurden dabei bevorzugt, da Spanier, Franzosen, Holländer und Engländer aufgrund der früheren Kolonialpolitik ihrer Länder weniger erwünscht waren. Trotz anfänglicher grosser Schwierigkeiten in der neuen Heimat gelang es den deutschen Einwanderern erfolgreich Fuß zu fassen. Der Stoff, aus dem Brasiliens Kultur und Ethnie gewoben wurde, ist daher nicht unerheblich auch von deutschen Fäden durchzogen. Die Ankunft von 39 deutschen Familien in Espírito Santo und deren Ansiedlung führte zur Gründung des Ortes Santa Isabel und Domingos Martins. In den folgenden Jahrzehnten wurden die Deutschen zu Brasilianern, hielten jedoch an vielen ihrer ursprünglichen Traditionen und heimatlichen Dialekte fest. Heute gibt es 5 Millionen Deutsch-Brasilianer. Sie sind ein wichtiger Bestandteil - nicht nur der nationalen Kultur - sondern auch des Kaleidoskops unterschiedlichster
The German presence in Brazil is one of several surprising narratives that make up Brazil’s history, an epic saga that is rich in contrasts and conflicts, and which resulted in a loquacious dialogue between two very different cultures. This dialogue has been going on for nearly 200 years and continues inexorably into Brazil’s future. The genesis of the Brazil-Germany nexus began in 1824 when the first batch of German immigrants anchored in Rio Grande. They came in search of a more promising future that did not seem possible in the old Europe, at the time lacerated by the instability caused by Napoleon’s wars. Brazil offered a hope. The Brazilian government of the time, which believed immigration was necessary to develop the country, invested in a positive marketing of the country in a bid to attract foreigners. Germans were deemed the ideal choice, since the Spanish, French, Dutch and English were ruled out for historical reasons dating back to the earlier days of colonization. The package offered by the Brazilian government turned out to be too good to be true, but despite the initial hurdles and obstacles in their new land, the Germans succeeded in settling down and becoming one of the most visible European immigrant groups within the ethnographic and cultural fabric of Brazil. In Espírito Santo, the German saga began in 1847 with the arrival of 39 families. This initial contingent started the colonization process that led to the founding of the villages of Santa Isabel and, later, Domingos Martins. As decades wore on, the Brazilian Germans ‘tropicalized’ without letting go of their ancestral features, keeping their traditions and even their dialects. These days there are five million German-Brazilians, a significant presence not only in the national culture
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Ao todo, hoje são cinco milhões de teutobrasileiros, uma presença significante nesse caleidoscópio que faz do Brasil um dos países mais etnicamente diversos do mundo. O País Tropical de Heidi Liebermann As formas e cores do universo tropical brasileiro inspiraram a pintora alemã Heidi Liebermann a produzir essa nova série de obras reunidas nesta exposição do MAES, aptamente chamada Meu País Tropical. Esse conjunto de novos trabalhos demonstra toda a força expressiva dessa artista plástica que ocupa um lugar único na cena de arte contemporânea. Meu País Tropical vê a artista em busca de uma estética mais pop, de cores vibrantes, embora suas figuras femininas e outros motivos sejam reconhecidamente Heidi na maneira como elas parecem flutuar e sair da tela em direção ao espectador. Mas a paleta está mais vibrante, refletindo as cores fortes e ácidas do Brasil contemporâneo, além de mencionar aspectos da memória nativa, cultura popular e movimento modernista do país. As referências políticas são sutis, podendo ser percebidas mais no acúmulo do conjunto do que em detalhes individuais. Depois de décadas de interação com o Brasil, Heidi é capaz de pessoalizar a experiência do seu Brasil tropical através de sua arte e observações do cotidiano. Seu material é cultura, gente, natureza. Heidi Liebermann nasceu em Hamburgo durante a segunda guerra mundial, em meio ao drama e caos em que se encontrava a Alemanha. Naquela cidade ela cresceu e estudou artes plásticas. Depois disso, começou uma carreira em artes gráficas com algumas das principais agências de publicidade do país. Aos 21 anos, Heidi conheceu o arquiteto brasileiro de origem síria Ramis Rayes, nascido em Marília (SP) e que na época
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Bevölkerungsgruppen, die Brasilien zu einem der ethnisch vielfältigsten Länder der Welt machen.
but also in the kaleidoscope of human types that renders Brazil one of the most ethnically diverse countries in the world.
Heidi Liebermanns tropische Heimat
Heidi Liebermann’s own tropical country
Die Formen und Farben der brasilianischen Landschaft und Kultur haben die deutsche Malerin Heidi Liebermann dazu inspiriert, eine neue Serie von Arbeiten zu schaffen und sie für diese Ausstellung im MAES unter dem Titel Meu País Tropical - Meine Tropische Heimat - zusammen zu stellen. Ausdrucksstark, voller gestalterischer Kraft nimmt die Künstlerin einen besonderen Platz in der gegenwärtigen Kunstszene ein. Meu País Tropical vereint die vibrierenden Farben der Pop-Ästhetik mit der Darstellung ihrer weiblichen Figuren und anderer bekannter Motive; sie fließen und springen dem Betrachter entgegen. Wir sehen eine Palette, die mit Akzenten von Neon das heutige Brasilien in seinen starken, fast grellen Farben reflektiert. Gleichsam verweist sie auch auf Eingeborenenüberlieferung, Alltagskultur und Modernismus. Politische Statements bleiben subtil, sind aber letztlich in der Summe aller Details erkennbar. Die jahrzehntelange Wechselbeziehung zu diesem Land, mit intensiven gelebten Alltagsbeobachtungen, spiegeln sich in Heidi Liebermanns Bildern: Ihr ganz eigenes Bild vom „Tropischen“ Brasilien. Heidi Liebermann wurde während der dramatischen Zeit des Zweiten Weltkrieges in einem stark zerstörten Hamburg geboren und wuchs dort auch auf. Nach ihrem erfolgreichen Abschluss in Kunst und Design arbeitete sie für namhafte Werbeagenturen als Layouterin. Mit 21 Jahren traf sie den brasilianischen Architekten Ramis Rayes, syrisch-libanesischer Abstammung. Ramis
The shapes and colors of the Brazil’s tropical landscape and culture have inspired the German painter Heidi Liebermann to produce this new series of works put together for this show at MAES, aptly called Meu País Tropical (My Tropical Country). This new set of works displays the full force of the artist’s expressive capacity, which holds a unique place in the contemporary arts scene. Meu País Tropical sees the artist embracing the color vibrancy of pop aesthetics, although still on display are her female figures and other trademark motifs which seem to float and jump straight out of the canvas towards the viewer. It’s a palette with dashes of neon that reflect the strong, acid colors of contemporary Brazil, besides mentioning aspects of the country’s native memory, popular culture and modernist movement. Political references are subtle; they are more noticeable in the sum of all parts than in individual details. After decades of interaction with the country, Heidi is capable of personalizing an experience of her tropical Brazil through her art and observations of daily life. Her raw material is culture, people, nature. Heidi Liebermann was born in Hamburg during the Second World War, amidst the drama and chaos that Germany found herself in at the time. She grew up in that city, where she took a degree in fine arts. Upon graduating, she started a career in graphic design with some of Germany’s leading advertising agencies. In 1974, Heidi moved to Brazil with her Brazilian husband, the architect Ramis Rayes, the father of her two daughters, Julia-Yv and Rosa-Nina.
vivia e trabalhava na Alemanha. Casaramse em 1965 e, no tempo em que viveram na Alemanha, vieram ao Brasil duas vezes, quando Heidi conheceu um país mais exótico e bucólico. Em 1974, o casal se mudou para o Brasil com a primeira filha Julia-Yv e já esperando a segunda filha Rosa-Nina. Heidi havia visitado o Espírito Santo em uma de suas viagens ao país e sugeriu que eles se estabelecessem aqui. Ela queria viver em uma cidade menor, onde as pessoas tivessem tempo para ela, que ainda não falava português. O casal se fixou na Praia da Costa em Vila Velha, que na época ainda era um bairro somente de casas, com vista plena para o Convento da Penha e o Morro do Moreno. No Brasil, Heidi começou a se dedicar com mais intensidade à pintura e a desenvolver sua marca autoral como pintora, sua sofisticada paleta de cores e seu desenho de traço único, que às vezes parecem colagens sobrepostas a superfícies cromáticas. Ainda em 1974, Heidi expôs pela primeira vez no país como parte de uma coletiva que incluiu Portinari e Di Cavalcanti. Em 1976 fez sua primeira exposição individual em Vitória, inaugurando uma carreira no país e também fora, graças a uma produção constante e altamente visível com muitas exposições individuais e coletivas. Em 1990, Heidi transferiu-se de volta para a Alemanha, e desde então divide seu tempo entre sua cidade natal e sua casa/ ateliê na Barra do Jucu em Vila Velha. A obra de Heidi exibe uma leveza e exuberância que revelam uma imaginação poética, onde imagens às vezes aparentemente lúdicas narram, com grande economia de signos, idéias e sentimentos complexos. Suas telas parecem dialogar com o espectador e desafiá-lo a lançar um novo olhar sobre o mundo que o cerca.
wurde in Marília (SP) geboren, lebte und arbeitete seit Jahren in Deutschland, wo beide 1965 heirateten. Zwei Besuche in Brasilien eröffneten Heidi ein Land voller Exotik und Poesie. 1974 zogen sie mit ihrer Tochter Julia-Yv endgültig nach Brasilien, Tochter RosaNina kam dort zur Welt. Bei einem ihrer vorherigen Besuche hatte Heidi Espírito Santo und Vitoria kennengelernt. Eine kleine Stadt, in der es nicht so hektisch und fordernd zugehen würde, schien ihr für einen Neuanfang ideal. Sie zogen nach Vila Velha, damals ein beschaulicher Ort am Meer, mit eindrucksvoller Aussicht auf das Kloster Penha und dem Moreno Berg. Heidi hatte hier die Möglichkeit sich intensiver ihrer Malerei zu widmen. Sie entwickelte zunehmend ihren eigenen Stil: Den souveränen Gebrauch von intensiven Farben im Zusammenspiel mit einer speziellen Collagetechnik. Schon 1974 beteiligte sich Heidi an einer Gruppenausstellung in São Paulo zusammen mit Arbeiten von Portinari und Di Cavalcanti. 1976 hatte sie in Vitória ihre erste Einzelausstellung, Grundstein einer internationalen Karriere. Es folgte eine stete Präsenz in Gruppen- und Einzelausstellungen. 1990 kehrte Heidi nach Deutschland zurück. Seitdem pendelt sie zwischen ihrer Heimatstadt Hamburg und ihrem Atelier an der Barra do Jucu, Vila Velha. Heidis Arbeiten vermitteln mit Leichtigkeit und Opulenz eine poetische Vorstellungskraft, in der spielerische Bilder, unter behutsamer Verwendung von Symbolen, von komplexen Ideen und Gefühlen erzählen. Angesiedelt zwischen Abstraktion und Figürlichkeit ist es vor allem ihr meisterlicher Gebrauch von Farben, der die Magie ihrer Werke ausmacht. „Farben sprechen miteinander“, sagt sie. „Du drückst dich durch Tonalitäten aus. Es ist wie Musik. Aber man muss auch vor allen
In Brazil, Heidi started to dedicate more intensely to painting and develop her signature as an artist, including her sophisticated use of color and unique drawing style, which often resembles collages juxtaposed on color surfaces. Still in 1974, Heidi had her first show in Brazil as part of a group exhibition that included Portinari and Di Cavalcanti. In 1976 she had her first solo show in Vitória, launching a career in Brazil as well as abroad, thanks to her constant production and high visibility, with a continuous string of solo and group shows that followed. In 1990, Heidi transferred back to Germany and since then has been splitting her time between her German hometown and her house/studio in Barra do Jucu, Vila Velha. Heidi’s work displays a lightness and exuberance that reveal a poetic imagination, where playful images narrate, with great economy of signs, complex ideas and feelings. Her pictures seem to dialogue with the viewer and challenge them to cast a renewed gaze at the world that surrounds them. The artist’s work is pitched somewhere between the abstract and figurative, but it’s through her mastery of colors that the magic happens. “Colors talk to each other,” she says. “You express yourself through tonalities. It’s like music. But it takes courage to challenge the standards,” she adds, admitting her work seeks beauty, although “the artist needs to be aware that beauty is a dangerous game, and that he or she needs to break away from it to achieve depth.” In an age when trends come and go at breathtaking speed, Heidi has remained admirably stable in her constant dedication to painting. She experiments with different support materials and collage, but the end result is always a window onto a world with its own internal logic, which she succeeds in evoking with her precise technique and
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As telas de Heidi existem em uma dimensão entre o abstrato e o figurativo, mas é através de sua maestria com as cores que a mágica acontece. “As cores conversam entre si,” diz Heidi. “Você se expressa através de tonalidades. É como música. Mas é preciso ter coragem para quebrar os padrões,” acrescenta a artista, que não tem medo de admitir que seu trabalho busca a beleza, porém com uma ressalva importante: “O artista tem que ter consciência de que a beleza é um jogo perigoso, e que ele precisa romper com ela para chegar a algo mais profundo.” Em uma era quando modismos vêm e vão a uma velocidade estonteante, Heidi tem se mantido admiravelmente estável em sua dedicação constante à pintura. Ela experimenta com suportes e colagem, mas o resultado final é sempre uma janela para um mundo com uma lógica interna própria que ela consegue evocar com sua técnica precisa e estética autoral. Como uma escritora experiente, ela desenvolveu sua própria e inconfundível voz, sua própria musicalidade visual, sua visualidade musical e, agora, o seu país tropical. “Sentimos que a arte lhe permite respirar; se não soubesse se contar assim, com esses símbolos inquietantes, mas estruturados dentro de uma nítida moldura, que vagas não a levariam e talvez a afogassem nos vórtices das visões interiores? Heidi luta, salva-se, e nos oferece uma resposta de emoção e de beleza.” (Rubem Braga)
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Dingen den Mut haben, das Gewohnte heraus zu fordern“. Sie scheut sich nicht einzugestehen, dass ihre Bilder nach Schönheit streben, jedoch „muss der Künstler sich bewusst sein, dass Schönheit ein gefährliches Spiel ist und er es zerstören muss um wahre Tiefe zu erlangen.“ In einer Zeit, in der Trends mit atemberaubender Geschwindigkeit kommen und gehen, ist Heidi sich und der Malerei in bewundernswerter Weise treu geblieben. Sie experimentiert mit verschiedenen Materialien, das Resultat ist aber immer ein Fenster zu einer Welt mit eigener, inneren Logik, hervorgerufen durch präzise Technik und erzählende Ästhetik. Wie ein erfahrener Schriftsteller hat Heidi ihren unverwechselbaren Ausdruck gefunden; ihre visuelle Musikalität, ihre musikalische Visualität, ihre „tropische Heimat“. „Wir spüren, dass Kunst sie atmen lässt. Könnte sie sich so nicht mitteilen, mit diesen ruhelosen Symbolen in einem klaren Rahmen, welche Woge würde sie hinweg tragen und vielleicht untergehen lassen in den Strudeln ihrer Visionen? Heidi kämpft, befreit sich und bietet uns eine Antwort voller Schönheit und Emotion.“ (Rubem Braga)
authorial aesthetic. Like an experienced writer, Heidi has developed her own, unmistakable voice, her visual musicality, her musical visuality and, now, her own tropical country. “We feel that art allows her to breathe; if she could not thus narrate herself, with those restless symbols structured within a clear-cut frame, what surges would carry her away and perhaps drown her in the vortexes of her inner visions? Heidi fights, redeems herself, and offers us an answer laden with beauty and emotion.” (Rubem Braga)
SÉRIE
Você está sendo filmado, 2014, técnica mista sobre lona PVC, 32 x 34 cm
SÉRIE
Você está sendo filmado, 2014, técnica mista sobre lona PVC, 32 x 34 cm
Pedrinho, 2010-14, acrĂlico sobre lona, dupla face, 155 x 187 cm
Pedrinho, 2010-14, acrĂlico sobre lona / dupla face, 155 x 187 cm
Maria Blues, 2013-14, acrílico sobre tela, 82 x 102 cm Adriana, 2013, acrílico sobre tela, 280 x 179 cm Ω
Maria Bahia, 2013-14, acrĂlico sobre tela, 246 x 204 cm
Beleza pura I, 2014, acrílico sobre tela, 72 x 126 cm Beleza pura II, 2013, acrílico sobre tela, 47 x 57 cm
Saudade, 2010, acrílico sobre tela, 240 x 160 cm
SERIE
Life is a mystery, 2012, tĂŠcnica mista, 47 x 57 cm
Parte da Instalação
Doce Amargo · A sala dos milagres, 2014, técnica mista sobre tela, 62 x 62 cm
INSTALAÇÃO
Doce Amargo – A sala dos milagres, 2014, técnica mista sobre tela, gesso, isopor, plastico, colagem
Bitter-Süß – Doce Amargo, 2013-14, acrílico sobre tela, 342 x 142 cm
Shalom, 2009, acrĂlico sobre madeirite, 65 x 53 cm
O mar não tá pra peixe, 2008, acrílico sobre lona, 85 x 188 cm
Se essa rua fosse minha, 2014, técnica mista sobre lona, 36 x 43 cm
Pátria amada, 2014, acrílico sobre tela, 130 x 150 cm
That is the question, Oswald, 2013-14, acrílico sobre tela, 130 x 150 cm
Dancing days, 2013, acrílico sobre tela, 142 x 162 cm
Jacarandá, 2010, acrílico sobre lona, 37 x 47 cm
Maria no divã, 2014, técnica mista sobre tela, 142 x 162 cm
Oswald de Andrade, 2014, técnica mista sobre tela, 142 x 162 cm
Para assistir o vídeo da exposição online, busque “Heidi Liebermann Meu País Tropical Vídeo” Das Video zur Ausstellung finden Sie online unter “Heidi Liebermann Meu País Tropical Video” To watch the exhibition video online, search “Heidi Liebermann Meu País Tropical Video” Acervo da artista
Mãe, 1985, óleo sobre tela, 112 x 102 cm
Bruno Zorzal
A terra quieta a terra inquieta
Sem título #1 (A Terra Quieta a Terra Inquieta), 2014 Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 240 cm
Quietudes e Inquietudes: Confrontos
Quiet and un-quiet: Confrontations
Dois momentos distintos caracterizam o processo criativo de Bruno Zorzal: a obtenção das fotografias e o trabalho a partir delas. O primeiro se dá na confrontação com seus objetos fotográficos quando Zorzal, submerso em paisagens e alteridades, sob o calor do fogo, a viscosidade do polvo, intempéries, constrói representações. No segundo, a partir dos limites e potencialidades das fotos obtidas, essas se tornam o meio pelo qual o artista vai provocar e criar sentidos. Aqui a confrontação é com a imagem, não mais intermediada pela câmera. Este modo de fazer revela uma postura de investigação das dimensões simbólica e material das fotografias. O artista nos indica, assim, que a obra não será jamais o que sai da câmera, mas o resultado das ações, escolhas, decisões... tomadas por ele. A estética do autor se constrói, portanto, na intersecção do trabalho da realidade com a câmera, onde Zorzal age representando, e da exploração das fotografias em direção às obras. Desse modo, a partir do título da exposição Meu Pais Tropical, o artista se propõe a um diálogo criativo, por meio de suas fotografias, com a pintura de Heidi Liebermann. Em A Terra Quieta a Terra Inquieta, projeto inédito desenvolvido para a exposição, Zorzal se concentra sobre imagens feitas entre 2011 e 2013 no Espírito Santo, interior do Rio Grande do Sul e agreste de Pernambuco. “A intenção é tirar justamente de um território plural aquilo que eu posso identificar como sendo o meu país tropical, ou seja, aquele que eu construo com essas fotografias e que não existiria então sem mim ou antes delas. Eu busquei muito a subjetividade presente na palavra meu do título da Heidi”1, observa. Com as armas próprias da fotografia, em aderência com a realidade por onde se move, o artista faz sua experiência, inspirado talvez pelo espírito corsário
Two different moments characterize Bruno Zorzal’s creative process: the capturing of the photographs and the work that follows that. The former takes place in the confrontation with his photographic objects when Zorzal, submerged in landscapes and otherness, under the heat of fire, the viscosity of the octopus and the unpredictable, constructs representations. The latter refers to the limits and potential of the photos captured. They become the means whereby the artist provokes and creates meanings. Here he confronts the image, no longer mediated by the camera. Using the title of the exhibition, Meu País Tropical (My Tropical Country), the artist engages in a creative dialogue with Heidi Liebermann’s paintings. In A Terra Quieta a Terra Inquieta (The Quiet Land and the Un-quiet Land), a new project developed especially for the exhibit, Zorzal focuses on images made between 2011 and 2013 in Espírito Santo, Rio Grande do Sul’s countryside and Pernambuco’s desert region known as agreste. “The idea is to extract from a varied territory what I can identify as being my tropical country, that is, the one I construct with these photographs and which would not exist without me or before the photographs. I went after the subjectivity expressed in the word my in Heidi’s title” 1, he notes. Holding photography’s weapons and adhering to the reality where he moves, the artist makes his own experience, perhaps inspired by Pasolini’s corsair spirit: to live inside things and invent possible ways to represent them.2 From this perspective, the project is founded on the dialogue between the various elements it mobilizes and which make up the exhibit: photographs, texts, titles, the artist’s experience that shows on the pieces, the experience of the viewer in the exhibition space, the
1 Conversa entre curadora e artista, realizada em 12 de fevereiro de 2014.
67 Prosa. Fogo e Polvo (a M. Cravo Neto), 2012 Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão , 80 x 120 cm (díptico)
1 Conversation between curator and artist, 12 February 2014. 2 Pier Paolo Pasolini. Scritti corsari. Milan: Garzanti, 1975, p. 90.
indicado por Pasolini: viver dentro das coisas e inventar como possível modos de representá-las.2 Nessa perspectiva, este projeto se funda no diálogo entre os vários elementos nele mobilizados, e que constituem a exposição: fotografias, textos, títulos, experiência do artista que transparece nas obras, experiência do observador no espaço expositivo, as convergências com a pintura3, entre outros. Assim, cada elemento presente tem sua importância relativizada pela importância dos outros, formais ou sensíveis, e, de fato, é preciso considerar todos eles. Concebidas nesse contexto, as 12 obras aqui apresentadas fornecem indícios para que, na dicotomia entre quietude e inquietude, e com a ajuda de muitas cores e altos contrastes, seja construída uma representação desse espaço geográfico – mas também histórico, econômico, político – que é o meu país tropical. E desvela uma dimensão estética possível, específica ao trabalho de Zorzal nesse território e modo de ação, neste lugar mesmo do artista, diante da imagem.
2 Pier Paolo Pasolini. Os Jovens Infelizes. São Paulo: Brasiliense, 1990, p. 90. 3 Como afirma a curadora Rosa-Nina Liebermann Rayes: “Com técnicas diferentes, ela [Heidi] com seu pincel, ele [Bruno] com sua lente, a conversa entre esses dois artistas flui de maneira sutil. Foto, pintura. Calor, frio. Claro, escuro. Juntos e separados por seus percursos.” (Texto não publicado.)
convergences with painting3, among others. Thus, the importance of each element present is relative to other formal or sensitive elements. In fact, we need to consider all of them. Conceived within this context, the 12 pieces on show provide clues in order to, and within the dichotomy between quiet and unquiet and with the help of colors and contrasts, build a representation of this geographic space, which is also historical, economic and political, my tropical country. It reveals possible aesthetic dimensions, specific to Zorzal’s work in this territory and mode of action, in this place of the artist, before the image.
Says curator Rosa-Nina Liebermann Rayes: “With different techniques, she [Heidi] with her brush, he [Bruno] with his lens, the conversation between these two artists flows in a subtle way. Photo, painting. Hot, cold. Light, dark. Together and separated by their own trajectories.” (Unpublished text)
3
68 Rondante (Pau e Arame), 2012
Elza Filgueiras e Bruno Zorzal
Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Cena de uma Estrada Ideal para Caminhante Contemplativo, 2012
Vaso com Vinte Rosas, 2012
Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Vereda, Guerra Cabocla, 2013
Sem título #2 (A Terra Quieta a Terra Inquieta), 2013
Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Composição para Fantasia Tropical (Ruína), 2011
Terreiro & A Serrapilheira Amortece o Passo (Flechas), 2012
fotografia Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Historieta: Lua de Outubro #1 & #2 (a H. Villa-Lobos), 2012 Fotografia. Impressão em jato de pigmento mineral sobre papel de fibra de algodão, 80 x 80 cm
Governo do Estado do Espírito Santo
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/ Landesregierung Espírito Santo /
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Exposição / Ausstellung / Exhibition Meu País Tropical · Heidi Liebermann
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Curadoria / Kuratorin / Curatorship
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Curadoria e expografia / Kuratorin und
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Elza Filgueiras
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Rosa-Nina Liebermann Rayes
Kulturveranstaltung / Culture Outreach Management
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