NDA_Nuvem de desejos atravessados

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N_uvem de D_esejos A_travessados



Renata Rosetti_ diário

de

mediações

Juan Gonçalves_ o

que

você

procura

não

está

aqui.

Rafael Dias_ (i)mediações

Rosiane Silva_ histórias

em

quadrinhos

Vanderson SC Passos_ ateliê

experimental

de

Carla Borba_ laboratório

da

dúvida

Fernanda Antônia_ entrevistas

desígnio


N

D

A

desejo ê/ substantivo masculino 1. aspiração, querer, vontade. “ter os d. satisfeitos” 2. expectativa de possuir ou alcançar algo. “d. de enriquecer”

Confluir desejos, a princípio, singulares e subjetivos? Fragmentos dispersos e aparentemente desconexos? Eixos que unem vontades individuais? Órbitas que se confundem num objetivo único? Um brainstorm coletivo, NDA (Nuvem de Desejos Atravessados) propõe materializar desejos e inquietações que orbitam a expe­ riência com a arte, com a educação, com a instituição e com as relações nas (i)mediações entre relatos e dúvidas. (i)mediações, ação proposta por Rafael Dias no Laboratório de Mediação, questiona os limites físicos do museu e seu alcan­ ce, invertendo papéis ao sugerir que os agentes responsáveis pela mediação dentro do espaço expositivo da arte experimen­ tem os espaços públicos do entorno do museu. Partindo de uma ação coletiva, pensando a cidade como elemento protagonista, o entorno da instituição se torna território integrante da prática da mediação, antes sob os limites físicos do museu. Como pensar a atuação do mediador, o contato direto com o público em uma exposição? A ansiedade, o desejo de uma troca significativa com o visitante, as dúvidas acerca do lugar do mediador podem se transformar em potência para uma prática transformadora? Renata Rosetti compartilha seus anseios ano­ tados num Diário de Mediação. Abre o seu caderno, um mapa de inquietações, com indícios e caminhos que se perguntam e se respondem, para mais uma experiência, mais um dia dentro de uma exposição. Rosiane Silva apresenta de forma irônica e crítica o dia a dia de um mediador dentro do museu. Suas tirinhas comentam e


evidenciam problemáticas e embates cotidianos por que passam os educativos de museus de arte. Juan Gonçalves, por sua vez, questiona os espaços da arte – e este, o da publicação – e sua necessidade de produzir um sentido previamente calculado. Lança para o espectador/leitor a dúvida sobre o qual é realmente o sentido, se este existe ou se é produzido no contato com o objeto/espaço/ideia. Como numa crise existencial lança uma questão travestida de afirmação. Afi­ nal, o que você procura está aqui? Vanderson SC Passos parte da noção de desígnio: “ideia de realizar algo; intenção, propósito, vontade”, para montar seu ateliê experimental, que é teórico e nômade, e se realiza como questionamento à linguagem do desenho. O teste, a dúvida e a descoberta são elementos que criam a atmosfera do desenho que passa a existir à medida que é feito, desenho que inventa a sua forma, o seu lugar e os seus materiais. O que é um dese­ nho? O que é uma linha? Dúvida: “incerteza entre confirmar ou negar um julgamento ou a realidade de um fato.” Carla Borba propõe a dúvida como movimento ativador. Da dúvida surgem diálogos, expectativas de sentido. Por sua vez, num movimento quase autocrítico, os “sentidos” produzidos problematizam a si mesmos e os limites das relações arte/espa­ ço expositivo, arte/lugar da arte, artista/autor. Ao trazer questões sobre a recepção e o trabalho em um museu, Fernanda Antônia entrevista os recepcionistas e segu­ ranças do espaço. Suas vozes reverberam seus conceitos sobre arte, sobre o público, sobre a vida. O que é um mediador? Quem são os atores responsáveis pela mediação? Núcleo

de

Ação

Cultural

e

Educativa

MUSEU DE ARTE DO ESPÍRITO SANTO DIONÍSIO DEL SANTO






it's not here what you'r it's not here what you're looking for. for.


(i)mediações A prática de um educador de instituições culturais (que vou chamar aqui de mediador, sem entrar em méritos terminológicos) é um exercício contínuo de reunir pistas do funcionamento de um organismo mutante, o organismo dos encontros. Como decifrar sua fisiologia?


Nossos encontros vão para além dos encontros pessoais. Nos encontramos com coisas. Me encontro com o dia, com o café, com a paisagem, com canções, filmes, com o mar, com imagens (uma overdose delas)... e, eventualmente, com pessoas. Por trás (ou ao redor) de cada encontro vivenciamos uma experiência. A arte, assim como a educação, são instâncias de encontros, de experiências. A prática do mediador atravessa uma teia de relações que se mostra mais e mais complexa ao passo em que se vai avançando por entre seus fios. Visitar uma exposição é expor­ se. À arquitetura, à expografia, às obras, a outros visitantes, às “condutas de comportamento” daquele espaço (se é que isso lá exista), aos ânimos dos funcionários (o mediador, especialmente), etc. Não há neutralidade. Partindo dessas questões é que surgiu a ação (i)mediações, uma proposta provocativa de tencionar os limites da mediação cultural. Consistiu no ato de visitar outros espaços no entorno do MAES analisando-­os pelas lentes da mediação cultural. Que relações se podem traçar entre uma loja de sapatos e um museu? Entre um funcionário de um cartório e um mediador?... Antecedendo a prática de campo foi proposta uma conversa com referência no artigo “Interfaces Expositivas” do professor Yiftah Peled, do Departamento de Artes Visuais da UFES. Participaram da ação mediadores do MAES, Galeria Homero Massena, Centro Cultural Sesc Glória e também uma estudante de Artes Plásticas.


Depoimentos

de

participantes

da

ação

“[...] ainda encaramos os espaços expositivos como locais neutros, sem personalidade e herméticos. Ainda cometemos o erro de enxergar os espaços culturais, sobretudo os expositivos, como se fossem indiferentes ao que os rodeia. É um erro comum achar que as paredes brancas, tão distantes da rua, não estão sujeitas às interferências desta mesma rua.” Karenn

Amorim

“[...] cheguei na loja que tinha um vendedor atendendo uma senhora, e ela estava dizendo a ele que o sapato estava grande, folgado ou algo assim. Ele disse para ela que daquele modelo só havia aquele tamanho. Eu entrei, dei bom dia e disse que iria dar uma olhada, ele nada disse. Enquanto eu olhava passou alguns segundos veio um senhor e me cumprimentou e me perguntou se teria algo especial que eu gostaria, eu disse que sim e então ele foi super educado, pena que no dia eu não comprei nada.” Bianca

Santos

“Refleti comigo mesmo: ‘quer coisa que mais media a gente que a disposição das ruas, calçadas, sinais e o próprio trânsito?’.” “Você sabe onde tem uma casa lotérica por aqui perto? ­Poxa, não sou daqui, então não sei te informar. CHECK! Tava aí o que eu procurava. Mas pera aí... Claro que inicialmente eu não esperava uma resposta ‘negativa’. Francamente, eu esperava ser ‘mediado’ por esse indivíduo, que me informaria apenas onde ficava a lotérica mais próxima e claramente isso seria uma mediação. Mas recebi um ‘não sei’ ­uma resposta negativa que já me levava a outro ponto: a ‘mediação’ aconteceu? Mesmo com um ‘não’?” Juan

Gonçalves


“Senha exibida no luminoso. Encaminhei­-me ao guichê indicado. ‘Bom dia!’, disse a atendente, com certo ar de cansaço no rosto, esperando que eu lhe demandasse algum serviço da praxe de um cartório. Saquei o folder da exposição em cartaz no museu e fiz o convite para que ela e os colegas dali fossem visitar. Fiquei curioso em saber quantos clientes ela atendia em média, diariamente... Depois de pensar por alguns segundos disse-­me que talvez fosse algo em torno de cem atendimentos... Despedimo­-nos.” Rafael

Dias

“Ao passarmos pela calçada fomos chamadas pela funcionária que fazia propaganda do instituto de beleza e seus cursos. Entramos e fomos recebidas por outra pessoa que nos guiou e nos mostrou suas dependências. Sua fala parecia ‘ensaiada’ como um roteiro que ela deveria seguir. A todo o momento ela apresentava seus cursos, mas não falava de preços. Não tivemos saída. Ouvimos tudo sem interrompê­-la. Num certo ponto do discurso olhava seus lábios se moverem e saía: blá, blá, blá, blá...” Rosiane

Silva

e

Fernanda

Antônia

“ [...] este encontro que não tem como premissa inicial a arte, foi uma experiência na qual me vi na posição de um interlocutor quase passivo, no sentido que, ainda que participasse de um diálogo o objetivo deste, por fim, no intuito do outro interlocutor, era o de me vender um produto, no meu caso, cursos de capacitação. Reflito sobre esta experiência expondo que são duas instâncias diferentes, porém, vale evidenciar que as relações no âmbito do museu nada mais são que uma relação dialógica como outras dentro de um contexto maior que é a comunidade na qual este está inserido.” Vanderson

SC

Passos


lo que buscas no está aquí.












LABORATÓRIO

DA

Experiências in progress. Encontros para trocas de incertezas. Instauração de um espaço de experimentação pautado nas inquietações artísticas e criativas.

DÚVIDA

Fotos: Allan Pinto Dos Santos e Rafael Pagatini

Laboratório da Dúvida - MAES | Registro fotográfico dos encontros realizados em Vitória ES | 2015


Propõe a instauração de um espaço de experimentação pautado nas inquietações artísticas e criativas de cada participante. Para tanto, são desenvolvidas ações e discussões, as quais são ativadas por meio de proposições performáticas e teóricas.

experiencia.1 (no escuro) - poesia e música

experiencia.2 - projeção “Por que duvido?”

experiência.3 - assistir prólogo do filme “melancolia”

experiência.4 - escritas corpóreas - inquietações na pele do outro

experiência.5 - almoço/happening “Quero ser tempestade”

experiência.6 - rituais fúnebres da etnia Bororo

experiência.7 - bate papo - a dúvida que está “pegando” agora!

experiência.8 - ação playlist - proposta de performance de um artista amigo meu Alessandro Rivellino. Ele sugere que cada um organize uma lista de músicas preferidas para dançar, músicas que provoquem o prazer de se mover. Essas músicas deverão estar em um celular ou um mp3 com fones de ouvido. Vamos trocar os aparelhos.

experiência mangue.9 - deriva no mangue de Vitória/ES com a participação d@s biólog@s Luara Zucolloto e Francys.


Algo mudou na sua vida quando começou a trabalhar no Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES)? Fernanda Rangel: Ah, mudou na questão de arte. Eu não sabia muitas coisas e agora eu sei sobre artistas capixabas. Eu não tinha essa visão de perto. Agora eu tenho. Eu não visitava muitos museus na época de escola, eu ia mais a cinema e teatro. Eu sou mais daqui de Vitória. José Renato: Eu aprendi muito sobre arte que era uma coisa que eu era leigo. Não sabia. Eu aprendi, eu gostei e hoje acho muito legal, muito bom. Gabriel: Primeiro eu conheci o museu e comecei a entender mais sobre arte contemporânea, e no começo foi meio esquisi­ to, pois você tem a ideia de que ‘ah isso eu sei fazer’, mas existe o conceito por trás e isso me interessou bastante. É muito im­ portante a relação com o educativo. Comecei a perceber que a relação com o educativo é muito importante para quem não tem certa experiência ou vivência com o mundo das artes. José Luiz: Tipo assim, quando eu ainda não conhecia o que era um museu, eu achava que era tudo o que eu via na televisão. Tro­ ços antigos e estatuas e aqueles negócios todos. Eu não sabia que existia a arte contemporânea e moderna. Depois que eu vim trabalhar aqui, fui vendo a diferença entre uma coisa e outra. É totalmente interessante o que eu vejo hoje, não é aquela visão que eu tinha de museu de coisas antigas e do passado com um monte de coisas e múmias e tal. Essa pergunta é muito compli­ cada. (Ambos rindo) Jussara: Era um espaço que eu nunca tinha visitado, o meu conhecimento era só teatro e cinema. Espaços de museus e galerias nunca tinham passado pela minha cabeça entendeu? Não tinha essa cultura de pai e mãe. Então agora que eu estou


trabalhando aqui, o meu entendimento até mudou lá em casa com o pessoal, meu marido e meu filho já vieram ao museu para conhecer o espaço, e até se interessaram em visitar outros es­ paços que tenham relação com o museu, galerias de arte e tudo. Qual foi a experiência mais marcante ou situação que você presenciou nesse espaço e que deixou uma lembrança? Erasmo: Uma experiência foi um incêndio de um ar-condiciona­ do na sala do 2° andar. Eu e outro vigilante corremos para apagar o fogo que não se alastrou pelo espaço. Foi a experiência mais marcante para mim. Fernanda Rangel: Ele era autista (aluno-visitante) e não parava quieto. As professoras tinham que segurar ele e dava nelas von­ tade de bater nele. Eu via que elas tinham vontade de bater nele. Mas não podia. Foi o dia que o garoto puxou a lona, o tecido da obra do Thiago Arruda. Acho que foi uma experiência marcante. Eu nunca tinha visto assim de perto um autista atacado. Existem vários tipos de autismo. Esse ataque depende do tratamento também. Uns não tem tratamento. Eu acho que foi a experiência mais marcante essa do menino autista cabeludo. Eu acho que ele não deixava cortar o cabelo não, porque ele tinha o cabelo quase batendo na bunda. E você não lembra não? Eu vi isso, que os professores tinham vontade de bater, mas não batiam, só seguravam. Tem que ter muito estômago para ser professor porque não é fácil não. Muito obrigada tá. Eu autorizo o uso da minha fala, mas eu quero uma foto. Ailton: Então, a mais marcante foi quando eu estava trabalhan­ do com outro vigilante e passou um casal que estava brigando na rua. Eles estavam vindo em sentido ao museu ou de frente ao museu. Eles entraram no museu e começaram a discutir e falar alto. Eu intervi e falei com eles que não era aqui. Pedi mes­


mo para sair, que não era para discutir aqui porque aqui e uma área pública. Pedi mesmo para sair, mas a mulher continuou. Ela estava muito nervosa e o rapaz saiu primeiro. Nisso ela pediu para tomar um copo de água porque estava muito nervosa. Um funcionário pegou água para ela. Bom, o rapaz que tinha saído estava voltando de novo, e nisso o funcionário pediu para fechar a porta de entrada um pouco até acabar a confusão e passar o susto que a gente tomou. Mas ele voltou. Ele tinha voltado e pe­ dido para entrar porque queria pegar a mulher. E aí eu falei com ele que ele não iria entrar, e nisso que ele não conseguiu entrar (ele estava com uma lata de leite condensado na mão) ele pegou essa lata e tacou no vidro. Sujou o vidro e as meninas tiveram que limpar, infelizmente. A mulher ainda continuou no museu porque estava muito assustada. O rapaz queria pegar ela e bater. Ele só saiu depois, pedimos para ele sair antes disso. Um vigi­ lante tinha ligado para o CIODES e eles apareceram, mas o casal já tinha saído. Ele foi para a Praça Costa Pereira e a mulher ficou um pouco e depois foi para o lado direito da Jerônimo Monteiro. O fato mais marcante foi isso para mim. Você já se sentiu mediador ou se considera um mediador? Qual a sua relação com o público? Gabriel: Eu era bem tímido quando entrei aqui, não conseguia falar direito, gaguejava bastante, mas eu já mediei. Já me ofere­ ceram dinheiro por ter mediado, foi num domingo quando vem bastante turista. Não sei se me considero um mediador, talvez um auxiliar de mediação (risos), um quebra-galho, um Severino talvez (risos). Mas então, minha relação com o público é bacana, eu gosto de conversar mesmo. Quando eu fico na recepção eu gosto de explicar o que vai ter lá em cima. Quando eles descem eu gosto de perguntar se gostaram e tal. Procuro saber o feedba­ ck deles. É legal e bacana.


o que você procura não está aqui.


Jussara: Eu não me considero mediadora não, eu já me sen­ ti mediadora no sábado e domingo, mais no domingo que não tem os mediadores aqui, e então a gente tem que estar junto das pessoas. Elas fazem perguntas e a gente responde o que a gente sabe. Mas assim, eu passo o que eu sei. E eu acho que o pessoal entende e gosta do que estou falando. Pra mim devo ser boa, eu oriento direitinho e falo o que tem que falar. Falo o que foi passado para mim e assim eu acho que no atendimento minha relação com o público é boa. José Waldyr: Ser mediador hoje é questão de bastante conheci­ mento e estudo, mas eu já tive como falar. Vou falar uma palavra estranha, eu já belisquei como mediador. Dei uma beslicadinha e somente isso. E eu respeito muito à função porque eu sou fiscal de sala aqui em cima e recepcionista, eu respeito ate o meu limi­ te. Mas é ate interessante ser um pouco, um tempinho, cinco a dez minutos, mediador. Minha relação com o público é recíproca e boa. O público chega e recepciono bem eles. Eles se sentem bem e me passam também tranquilidade na hora de passar as informações para eles. E recíproco e é uma coisa boa. O que você sente falta no ambiente de trabalho ou na sua vida fora desse local? Ailton: Bom, para mim, eu senti muita falta do meu pai que fale­ ceu muito novo. Ele faleceu com 27 anos de idade. É isso, eu senti muita falta dele. Eu não tive o amor de pai, mas eu tive o amor de mãe. Ela foi mãe e pai para mim. Minha mãe para mim é uma guerreira. Hoje eu tenho os meus dois filhos, eu tenho uma família e a minha esposa e do lado de fora do serviço não falta nada para mim. Dentro do serviço eu tenho a minha parceira que me dou muito bem. Tem os outros também que me dou muito bem. Para mim não falta nada. O importante é me dar muito bem com eles.


José Renato: Cara, eu acho que falta... Acho que não sinto falta nenhuma no meu trabalho, não. Aqui é o ambiente onde eu passo maior parte da minha vida. Passo mais tempo aqui no museu do que com minha família. Eu considero aqui como se fosse a minha família, não sinto falta de nada aqui, acho que eu estou completo. José Luiz: Na minha vida eu sinto falta de riqueza (risos). No meu trabalho eu acho que sinto falta de mais espaço, como se fosse um lugar maior. Mais opções de salas, um lugar maior e com mais exposições seria uma coisa essencial. Qual a sua relação com o espaço Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio Del Santo (MAES)? Erasmo: Tenho uma relação boa com o público e o pessoal que trabalha aqui dentro do espaço do museu. José Waldyr: A minha relação com o espaço é boa. Hoje, como eu disse antes da entrevista, eu sinto aqui a minha casa, o museu como um todo, era um macro. Hoje para mim o museu reverteu. Hoje para mim o museu é como se fosse a minha casa e a minha casa como se fosse uma extensão. Eu só vou para minha casa como um dormitório. Só vou dormir. E aqui no museu eu passo acordado quase 12 horas, se eu estivesse em casa eu estaria dor­ mindo. A minha relação é boa. Um lugar que você se sente bem e posso dizer, é ótimo. É uma maravilha.

Entrevistadora: –

Fernanda

educadora

Antônia do

MAES.


MUSEU DE ARTE DO ESPÍRITO SANTO_Dionísio Del Santo

DIRETORIA _Renan Andrade NÚCLEO DE AÇÃO CULTURAL E EDUCATIVA Coordenação e Curadoria Educativa _Ludmila Costa Cayres Estagiários Educadores _Fernanda Antônia da Silveira _Gessiane Brêda _Juan Victor Gonçalves _Renalia Delboni _Renata Rosetti _Rita C. A. Lima _Rosiane Silva _Vanderson S. C. dos Passos Educadores Residentes _Carla Borba _Rafael Dias NÚCLEO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO _Matheus Boni Bittencourt Bibliotecário _Renato Luiz Duarte de Morais Estagiária Biblioteca _Karla Sessa

NÚCLEO ADMINISTRATIVO Assessoria _Rosane Baptista Supervisão de Espaço Cultural _Ivone Carvalho Assistente _Renato Sodré de Abreu Apoio Técnico _Edson da Silva _Ilda Chagas Cardoso Equipe de Apoio _José Luiz C. Macedo _José Renato Carneiro _José Waldyr Gomes _Jussara Rodrigues Viana _Neuza Maria Nascimento _Sandra Maria Conquista Equipe de Segurança _Ailton Marques Costa Júnior _Erasmo Vasconcelos _Fernanda Rangel Vieira _Luana de Cássia Alves _Tarcísio Pereira dos Santos _Roberval Ramon VITÓRIA,2016.




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