Margarida Ribeiro vida e obra

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FICHA TÉCNICA

Título: Margarida Ribeiro, aspectos da vida e obra, 1911-2001 Autor: Mário Justino Silva Edição: Câmara Municipal de Coruche/Museu Municipal de Coruche Fotografias: Arquivo Fotográfico do Museu Municipal: Fundo Margarida Ribeiro Paginação e design gráfico: Domingos Francisco Revisão: Ana Paiva Impressão e acabamento: Guide, Artes Gráficas 1.ª edição (2005): 1000 exemplares ISBN: 972-99637-0-3 Depósito Legal: 226980/05




MÁRIO JUSTINO SILVA

MARGARIDA RIBEIRO ASPECTOS DA VIDA E OBRA 1911 - 2001

Câmara Municipal de Coruche/Museu Municipal de Coruche 2005



É devido um agradecimento especial às senhoras D. Aida Ribeiro Pais, D. Elisa Cassola Ribeiro, D. Cesaltina Pinto, D. Maria Antónia Portela e D. Rita Lã Branca pela prestimosa colaboração.



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Margarida Rosa Cassola Ribeiro, de seu nome completo, nasceu a 15 de Novembro de 1911, na cidade de Portalegre.1 Era a mais velha de seis irmãos e recebeu desde cedo uma educação esmerada, exigente e distinta, numa família com tradições de cultura. A mãe era professora primária e possuía excelentes dotes artísticos, nomeadamente nos domínios da pintura e dos bordados. O pai, que trabalhou inicialmente como caixeiro, tornou-se depois funcionário público. Desempenhou também funções directivas na Associação dos Bombeiros, foi vereador da Câmara Municipal de Portalegre, escreveu muito na imprensa regional, tendo fundado e dirigido publicações periódicas, e foi autor de peças de teatro.2 Foi em Portalegre que Margarida Ribeiro aprendeu as primeiras letras. Frequentou a Escola da Corre-

Freguesia de São Lourenço. António Ventura – «Francisco de Ascensão Ribeiro», in Publicações periódicas de Portalegre (1836-1974), p. 76. 1 2

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Escola Primária da Corredoura, Portalegre (1923)

doura, completando aí, na sua cidade natal, a instrução primária. Frequentou, depois, o Liceu Mousinho da Silveira, mas a morte prematura de sua mãe obrigou-a a ir viver para Lisboa. Tinha então doze anos. Ficou interna no Instituto do Professorado (mais tarde Instituto Sidónio Pais). Em Lisboa, a pequena Margarida viveu de perto os acontecimentos revolucionários relacionados com a revolta militar do 28 de Maio de 1926,3 que puseram fim à I República. A revolução de 28 de Maio de 1926, iniciada em Braga através de um movimento militar liderado pelo general Gomes da Costa, levou à demissão do Governo de António Maria da Silva. O país passou então a viver num regime de Ditadura Militar. Entretanto, a agitação e a instabilidade sociais prolongaram-se por mais alguns anos, pois continuou a recorrer-se a actos revolucionários que se repetiam, quase anualmente, até 1931 (cfr. Joaquim Veríssimo Serrão – História de Portugal (1926-1935), p. 20). 3

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Entretanto, a jovem Margarida frequentou também o Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. Quando concluiu o sétimo ano, quis tirar o mesmo curso de sua mãe, quis ser professora primária.4 Entrou para a Escola do Magistério Primário, onde se diplomou com alta classificação.5 Revelou-se bem cedo o seu gosto pela escrita, a sua ânsia de aprender, de pesquisar e de comunicar. O feminismo, a educação e formação da mulher foram, entre muitas outras, temáticas que muito a interessaram, tendo colaborado durante muitos anos nos suplementos femininos Vida Feminina e Modas e Bordados (depois revista feminina) do jornal O Século, granjeando a amizade e admiração de personalidades como Maria Lamas6 e Etelvina Lopes de Almeida.7

Margarida Ribeiro em entrevista conduzida por Luísa Baeta no catálogo A olaria tradicional portuguesa: colecção de Margarida Ribeiro, s/ p. 5 Américo Lopes de Oliveira – «Ribeiro, Margarida Rosa Cassola», in Dicionário de mulheres célebres, p. 1113. 6 Maria Lamas (1893-1983) foi jornalista e escritora, protagonista de uma relevante actividade cívica. Dirigiu inúmeras iniciativas culturais. O papel da mulher na sociedade esteve sempre no centro dos seus interesses. 7 Etelvina Lopes de Almeida (1916-2004) foi jornalista e deputada à Assembleia Constituinte e Assembleia da República. Trabalhou na Rádio Renascença, n’ O Século (onde substituiu Maria Lamas na direcção da revista Modas e Bordados), no Rádio Clube Português, na Emissora Nacional. Foi também autora de livros infantis e romances. 4

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Anos mais tarde publicou interessantes estudos em torno do universo feminino, de que se destacam os artigos Mulheres Fumadoras,8 Mulheres Oleiras9 e o livro Temas de Etnologia: Maternidade.10 Em 24 de Maio de 1952 Margarida Ribeiro regressou à sua cidade natal para participar nas comemorações do centenário do Liceu Nacional de Portalegre, onde declamou o poema «Destino»,11 da sua autoria, em homenagem ao reitor daquele liceu, o Dr. A. Honório de Freitas. Em 1961 ingressou no Serviço Nacional de Informação e Turismo (SNI) como Técnica de Etnografia. A partir de 1967 organizou, como Conservadora-Ajudante e a convite de D. Fernando de Almeida,12 a Secção de Etnologia do Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia, tendo elaborado os índices da revista O Arqueólogo Português, um trabalho com «excelente

In Ethnos, vol. VII, pp. 77-105. Ibidem, pp. 254-255. 10 Publicado por Livros Horizonte em 1990. 11 In A Rabeca, 4 de Junho de 1952, p. 2. 12 D. Fernando de Almeida – «Despedida», in O Arqueólogo Português, pp. 7-8. 8 9

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apresentação gráfica, abundância de ilustrações e preciosos índices».13 Tornou-se, depois, Chefe da Secção de Etnografia da Secretaria de Estado da Informação, Cultura Popular e Turismo (SEIT). Em 1973, dirigiu os trabalhos de inventariação, classificação e interpretação das numerosas peças expostas na Casa-Museu de José Régio, em Portalegre.14 Em 1976 foi nomeada Técnica de 2.ª Classe, responsável pelo sector de Etnografia da Direcção Geral do Património Cultural da Secretaria de Estado da Cultura. Foi chefe de Departamento de Etnologia no Instituto Português do Património Cultural, de onde se aposentou como Técnica Superior de 1.ª Classe. Trabalhou de perto com figuras cimeiras de elevada craveira científica, como os Professores Doutores Manuel Heleno,15 Ruy de Azevedo, João Couto e Fernando de Almeida. Colaborou

José Mattoso – «Notas bibliográficas», in Do Tempo e da História, p. 241. Jornal de Notícias, 9 de Março de 1973, p. 6. 15 Foi o Prof. Manuel Heleno quem encaminhou Margarida Ribeiro para a etnografia (cfr. Maria Teresa Horta – «Parir em Portugal», in DN – Magazine, 23 de Julho de 1991, p. 17). 13 14

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infatigavelmente em variadíssimas instituições de grande prestígio: o Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia (onde foi secretária); a Sociedade de Geografia de Lisboa (onde foi Vice-Presidente da Secção de Etnografia; 1.ª secretária da Secção de Arqueologia; 2.ª secretária da Secção de Estudos Luso-Árabes; secretária e depois Vice-Presidente da Secção Luís de Camões, que de resto ajudou a fundar); a Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia (Porto); a Sociedade Martins Sarmento (Guimarães); foi também sócia efectiva do Círculo David Lopes (Lisboa) e da Sociedade de Língua Portuguesa; ajudou a fundar a Associação Portuguesa dos Amigos dos Moinhos; foi correspondente da Associação Brasileira de Folclore de São Paulo; membro de la Société d’ Ethnographie Française de Paris e Directora do Boletim do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo. Margarida Ribeiro representou Portugal em diversas missões oficiais ao estrangeiro e participou em numerosos colóquios, palestras, conferências e congressos. Publicou numerosos trabalhos, de temática

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diversa, em vários títulos da imprensa nacional, regional e local. 16 Sentiu, ainda muito nova, o apelo da escrita. Publicou alguns contos, crónicas, novelas, notas de viagem, biografias, crítica literária, participou em jogos florais e do seu punho saíram também belos poemas. Aspectos singulares e simbólicos de Coruche serviram-lhe de motivo inspirador, como foi o caso do soneto «Senhora do Castelo»: A teus pés, sob o teu olhar, medito Nesse encanto que prende e me domina, Na tua graça excelsa de menina, Na luz que pões em tudo quanto fito. Mais belo que as estrelas, mais bendito, É teu olhar, ó minha Mãe Divina, É sublime clarão que me fascina, É como um sol raiando no infinito.

O Educador, Vida Feminina, Arte Feminina, Modas e Bordados, Voz Portalegrense, A Planície, A Defesa, Notícias de Évora, Notícias de Gouveia, Diário Insular, O Sorraia… 16

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E eu não sei, ó divina Mãe de Deus, Que mais busco na luz dos olhos teus, Se a ternura, se a tua compaixão Ou saudade daquela santa mãe Que me olhava assim como tu também, Num doce olhar de amor e de perdão!...17 Além de alguns livros, escreveu numerosos estudos de carácter científico que publicou em revistas de grande prestígio: Revista Lusitana, Revista de Portugal, Revista de Etnografia, O Arqueólogo Português, Ethnos, Ocidente, Boletim Cultural da Assembleia Distrital de Lisboa, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa. Foram imensas, portanto, as suas áreas de interesse e múltiplos os seus campos de investigação, desde a Etnologia e Etnografia à Literatura, à Filologia e à Linguística, passando pela História, Arqueologia, Arte, Sociologia… Inteira razão tinha, pois, o padre Moreira das Neves quando um dia, referindo-se ao carácter que

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In A Defesa, 19 de Março de 1954, p. 4.


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definia a infatigável investigadora que foi Margarida Ribeiro, escreveu: «É capaz de ir de Lisboa a Paris, à busca de um documento de poucas linhas, sejam quais forem os sacrif ícios a que tenha de sujeitar-se.»18 Na verdade, o imprevisto com que muitas vezes se deparava, nas suas infindáveis buscas e pesquisas, despertava nela uma fascinante curiosidade. Curiosidade que, por sua vez, alimentava o seu entusiasmo e a estimulava para novos desafios. Sempre novos desafios e novos caminhos que era preciso desbravar, porque não havia tempo a perder, como, de resto, a própria deu testemunho: «Eu tinha tão pouco tempo, tão pouco tempo… e queria fazer tanto!... Eu queria abarcar o mundo. Era de uma ambição fantástica!»19 A sua ânsia de conhecimento levou-a à Universidade, como aluna extraordinária, mas deixou de frequentar a Faculdade de Letras para poder cumprir a sua vida profissional com o respeito e a dedicação de sempre.

Padre Moreira das Neves – «Prefácio» a Margarida Ribeiro, in Estojo de prata do século XVII com a Imagem de N.ª Sr.ª da Conceição de Vila Viçosa, p. V. 19 Margarida Ribeiro em entrevista conduzida por Luísa Baeta no catálogo A olaria tradicional portuguesa…, s/ p. 18

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Margarida Ribeiro percebeu claramente que a sociedade estava em acelerada mutação. Eram mudanças profundas que estavam, de facto, a atingir o universo das comunidades rurais. Aspectos da cultura rural, que procediam de épocas primitivas, estavam em vias de desaparecimento.20 Com efeito, a crescente difusão e generalização de novos combustíveis, de novas fontes de energia e de novos materiais, estavam a operar transformações com inevitáveis reflexos no quotidiano das populações. Como Margarida Ribeiro, argutamente, gostava de sublinhar, a lenha e o carvão vegetal estavam a deixar de crepitar nas lareiras e fogões...21 Era, portanto, toda uma nova revolução industrial que estava a chegar e que iria influenciar, de forma irreversível, numerosas tradições ancestrais. Aliás, foi a própria Margarida Ribeiro quem afirmou: «A primeira vez que vi uma coisa de plástico pensei: agora o plástico vai substituir a olaria toda. Então arrumei as

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José Mattoso – «Notas bibliográficas»…, p. 240. Margarida Ribeiro – Jogar a panela, jogar a bilha, sep. Revista de Etnografia, p. 2.


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minhas coisas, pus a minha casa em ordem e comecei todos os fins-de-semana a viajar. Viajei muito. Viajei e andei à procura de olarias para poder escrever o que escrevi sobre tão antiga indústria. (…) Apaixonei-me pela olaria e vi: isto é um mundo.»22 E era de facto um mundo que estava a desaparecer e cuja memória era preciso preservar para o futuro, pois Margarida Ribeiro considerava a cerâmica como «uma das mais antigas conquistas do engenho humano».23 Com efeito, o êxodo das populações de muitas zonas do interior ia acentuando a desertificação humana e ia apagando, pouco a pouco, as velhas tradições.24 Muitas delas já se encontravam mesmo em vias de extinção. Foi, por isso mesmo, um trabalho insano, de muitos e muitos anos de labor intenso, porfiada dedicação e entranhado amor ao património cultural português. Margarida Ribeiro foi uma investigadora

Margarida Ribeiro em entrevista conduzida por Luísa Baeta no catálogo A olaria tradicional portuguesa…, nota 3. 23 Margarida Ribeiro em entrevista conduzida por Maria Antónia Fiadeiro na revista Mulher : modas e bordados, 18 de Fevereiro de 1976, p. 31. 24 Margarida Ribeiro – Bênçãos de gado: subsídios para o estudo do catolicismo popular, sep. Ethnos, p. 3. 22

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multifacetada, dotada de um enorme talento e grande capacidade de trabalho. De entre a sua poliédrica actividade, revelou um especial interesse pelo estudo das indústrias populares e, também, por aquilo a que ela chamava a tecno-economia rural portuguesa, mostrando ser possuidora de uma extraordinária visão de futuro. Uma das suas grandes referências terá sido o Doutor José Leite de Vasconcelos, autor de uma vastíssima obra que abrange os mais diversos campos das Ciências Sociais, como a Filologia, a Linguística, a Literatura, a Etnografia, a Numismática, a Arqueologia e a Etnologia. Os ensinamentos do Mestre, quanto ao método de investigação, eram claros: «Observar é sempre, sem dúvida, o melhor método […], porque o que aparece espontâneo possui carácter mais genuíno. Queremos conhecer um serão, uma romaria, um balharico, uma esfolhada – vamos assistir! Queremos saber como funciona um moinho, qual o interior de uma Página anterior: habitação – entremos! Quais Margarida Ribeiro (finais dos anos 60) as peças de um carro de bois, os

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aprestos de um oleiro, o vestuário de um serrano – examinemo-los! Qual o perfeito teor de uma canção, de uma xácara, das fórmulas de um jogo infantil – escutemos. […] Contudo, nem sempre se apresenta aos olhos e ouvidos do etnógrafo o que ele deseja saber. Para remediar a falta utilizará fotografias e desenhos exactos, consultará pessoas fidedignas, ou interrogará, ele mesmo, o povo. No lidar com o povo, no perguntá-lo para o observar etnograficamente, use de muita precaução, pois sujeita-se a ser informado de modo incompleto.»25 E por certo que Margarida Ribeiro teve presente esta lição do Mestre, pois nas suas investigações ela sempre privilegiou o contacto diário e directo com as populações, a estada nos lugares, numa «aproxima-

José Leite de Vasconcelos – «Fontes de investigação etnográfica», in Boletim de Etnografia, p. 10. 25

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ção confiante ao povo»,26 perscrutando e desvendando segredos e tradições ancestrais. Ela falou com o povo, deu-se a conhecer, escutou pacientemente, convivendo lado a lado com gente simples de numerosas aldeias e lugares deste país: observando, registando, gravando, anotando, fotografando, procurando sempre mais e mais. E assim soube conquistar a confiança das populações. De tal modo que, criando um clima quase familiar, as pessoas, naturalmente, lhe iam contando as suas preocupações e anseios, para logo a seguir a «escutarem respeitosamente e com muito interesse».27 Descansava nas áreas a percorrer, por vezes em casas muito humildes. Foi sempre bem acolhida: «nunca tive recusa»,28 orgulhava-se ela ao recordar as suas múltiplas andanças por esse país fora. Era na verdade uma apaixonada pelas coisas da sabedoria popular, por isso não olhou a sacrif ícios para mergulhar em profundidade no estudo das coisas do

Margarida Ribeiro – Temas de etnologia: maternidade, p. 9. Margarida Ribeiro – Mulheres fumadoras, sep. Trabalhos de Antropologia e Etnologia, p. 232. 28 Margarida Ribeiro em entrevista conduzida por Luísa Baeta no catálogo A 26 27

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povo, em busca da verdade, daquilo a que ela chamava um «assombro de maravilha». Na Serra da Estrela, por exemplo, as queijeiras revelaram-lhe confiadamente o segredo, sempre bem guardado, do famoso queijo da serra. Em Coruche, os organizadores do «enterro do galo» confiaram-lhe também alguns segredos daquela velha tradição que anunciava a chegada da Quaresma. Margarida Ribeiro defendia que o investigador nunca se deve esquecer da ética que sempre o deve nortear, nem dos princípios que deve defender, quando, verdadeiramente, tem a preocupação de meditar e de fazer trabalho sério. O seu perfil de rigor científico e de exigência moral mostram que Margarida Ribeiro nunca se afastou de uma «conduta recta, justa e leal».29 Na sua obra perpassa um grande Humanismo.30 Ela percorreu o país de lés a lés: da costa algarvia à raia mirandesa, do Alentejo à região saloia, passando pelo

olaria tradicional portuguesa…, s/ p. Justino Mendes de Almeida – «Evocação da Prof.ª Margarida Ribeiro», in Boletim do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, p. 14. 30 José Alexandre Laboreiro – «O Humanismo em Margarida Ribeiro», in Boletim 29

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Em Barreira, Meda (Abril de 1965)

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Ribatejo, Beiras, Açores. Deslocava-se de toda a maneira: a pé, de bicicleta, de camioneta, de burro e às vezes, quando tinha dinheiro, alugava um táxi.31 Organizou os museus regionais de Barcelos e Estremoz. Reuniu, durante décadas, uma vasta colecção de peças de olaria, salvando-as da destruição total. Todo esse riquíssimo espólio, que «representa o património de uma época»,32 foi doado ao Museu do Con-

Em Monte Novo do Pocinho, freguesia de Santa Maria, Estremoz (1965) do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, p. 4. 31 32

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Maria Teresa Horta – «Parir em Portugal»…, p. 19. Margarida Ribeiro em entrevista conduzida por Luísa Baeta no catálogo A


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vento de S. Domingos de Montemor-o-Novo e é lá que, ainda hoje, se conserva exposto, numa sala dedicada à olaria portuguesa e a que muito justamente foi dado o nome de Margarida Ribeiro.

Na organização das peças de olaria, Convento de S. Domingos (Montemor-o-Novo)

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Percebe-se agora melhor o relevo que, no conjunto da sua obra, têm os trabalhos sobre etnografia e etnologia. De entre estes, avultam, naturalmente, os estudos sobre olaria e cerâmica: os vasos lusitano-romanos de Coruche, os engenhos de amassar barro, a cerâmica de Nisa, os vasos de barro da roda de tirar água, a olaria de uso doméstico na arquitectura conventual do século XVI, a cerâmica de influência islâmica são alguns exemplos da riqueza e diversidade das suas investigações. Margarida Ribeiro foi, sem exagero, uma das mais distintas especialistas de olaria e cerâmica popular portuguesas. Estudou também um vasto conjunto de técnicas e objectos, dos mais variados: teares manuais, enxofradeiras, aparelhos de destilação, rocas, silos, jugos, vasos de barro, engenhos de amassar barro, rodas de oleiros, formas de madeira para fazer pães de sal, anzóis, tulhas, punção de ourives… tudo passou pelo seu «olhar vivo, interrogador»,33 arguto e incisivo. Tam-

olaria tradicional portuguesa…, s/ p. 33

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Mário Varela Gomes – «Homenagem a Margarida Ribeiro», in Boletim do


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bém a joalharia, a pintura, a escultura, a arquitectura rural, a alimentação, as figuras populares de Lisboa,34 o traje, os jogos e danças, entre muitos outros, foram temas aos quais Margarida Ribeiro deixou preciosos contributos. Ela considerava que nenhum produto da arte popular é meramente «acidental ou esporádico, no aspecto tecnológico, pois corresponde a necessidades e à correlação destas com o progresso das várias civilizações e culturas».35 A maternidade foi uma temática que muito a interessou, desenvolvendo, ao longo de décadas, extensas, porfiadas e exaustivas investigações. O seu belo livro, intitulado Temas de etnologia: maternidade, é um notável contributo para a reflexão sobre o nascimento – esse milagre da vida humana – sobretudo na sua dimensão moral e social.

Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, p. 9.

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O amolador, o limpa-chaminés, o ferro-velho. Margarida Ribeiro – O fogo eterno nos lagares de azeite, sep. O Arqueólogo

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Deixou ainda, no campo da história local, importantes estudos. O Estudo Histórico de Coruche terá sido o de maior fôlego.36 Trata-se de uma monografia baseada numa «larga investigação arquivística e museográfica»,37 com notícias «abundantes e seguras», reunindo um «corpo documental muito completo». Trata-se de uma obra valiosa que, como escreveu o poeta coruchense José Galvão Balsa, «fez do passado da nossa terra uma mensagem para o presente».38 Também os estudos sobre Cerzedelo, com a singular Festa das Cruzes, e ainda os criteriosos estudos sobre a Glória do Ribatejo, são trabalhos que em muito ajudaram a conhecer, a redescobrir e a valorizar o património daquelas localidades. Por sua vez, o livro Estojo de Prata do século XVII com a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa é um «meritório estudo erudito».39 Mais

Português, p. 147. A monografia de Coruche foi elogiada pelo grande medievalista Ruy d’Azevedo (cfr. Justino Mendes de Almeida, «Evocação da Prof.ª Margarida Ribeiro»... p. 13). 37 Fernando Castelo-Branco – «Estudo Histórico de Coruche», in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, p. 78. 38 Dedicatória, de José Galvão Balsa a Margarida Ribeiro, que encima o soneto 36

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do que isso. É como uma «pedra que vem solidificar o edif ício dos nossos estudos histórico-etnológicos».40 Trata-se, por consequência, de um notável trabalho sobre uma pequena imagem da Virgem, de barro policromado, descoberta e revelada por Margarida Ribeiro. A importância histórica e cultural deste estudo reside no facto de se tratar precisamente do objecto que serviu de «senha» aos conspiradores de 1640. Constitui, por isso, uma relíquia profundamente ligada à «gesta da Restauração»,41 de enorme significado patriótico e verdadeiro símbolo da conjuração de 1640.42 A sua incursão no domínio dos estudos camonianos foi igualmente de muito mérito. Ajudou a fundar, em 1980, a Secção Luís de Camões da Sociedade de Geografia de Lisboa, colaborando activamente nas actividades da mesma. Era uma convicta admiradora de Camões, publicando vários estudos sobre aspectos da vida e obra do Poeta cuja universalidade, como ela «Velhos pergaminhos», in O Sorraia, 13 de Outubro de 1984, p. 14. 39 João Ameal – «Imagem da Padroeira», in Época, p. 3.

«Estojo de prata do século XVII», in Diário de Notícias, 29 de Janeiro de 1973, p. 2. Margarida Ribeiro – Estojo de prata do século XVII com a Imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, p. 5. 40 41

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Na Escola Primária de Coruche (1959)

própria escreveu, «surpreende, ainda hoje, aqueles que o estudam nos vários aspectos da Ciência».43 Relativamente aos quase trinta anos de docência no ensino primário, onde se revelou como uma «professora distinta»,44 Margarida Ribeiro percorreu, ao longo da sua carreira, várias localidades: Montargil (Ponte de Sor) (1934), Fronteira (1934), Figueira e 42

Idem, ibidem, p. 33.

Margarida Ribeiro – «IV Centenário da morte de Camões», in Notícias de Gouveia, 12 de Fevereiro de 1980, p. 5. 44 Justino Mendes de Almeida – «Evocação da Prof.ª Margarida Ribeiro»…, p. 14. 43

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Barros (Avis) (1934), Alcobertas (Rio Maior) (1937), Couço (1940), Coruche (1941) e, por fim, Lisboa (1959). Revelou altíssimas qualidades pedagógicas, sobretudo pelo carácter inovador do seu magistério e pelo dinamismo com que procurava envolver a comunidade educativa. Em Coruche, onde permaneceu cerca de vinte anos e onde fez muitos amigos, deixou marcas indeléveis da sua acção e que perduraram no tempo: na iniciação à costura que ministrava às alunas; nos jogos infantis que dinamizava durante o re-

Na Escola Primária de Coruche (1959)

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No recreio da Escola Primária de Coruche (inícios dos anos 50)

creio; na organização de desfiles, festas e récitas, em

Acompanhando desfile escolar, Coruche (1940)

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tudo deixou a marca do seu entusiasmo contagiante e imensa criatividade. Por vezes algumas alunas acompanhavam-na durante as suas investigações nas «minas» do Castelo e na Igreja da Misericórdia. Muitos anos depois, ao lembrar-se da Coru-

Junto à «mina do Castelo» em Coruche. Vêem-se (da esquerda para a direita): António José Palaio, Jorge de Alarção Potier, Prof.ª Margarida Ribeiro, José de Sousa, Joaquim Amâncio, Diogo do Vale (calceteiro) e uma jovem aluna da Prof.ª Margarida Ribeiro

che que conhecera nos anos 40 e 50, escreveu belos textos poéticos, carregados de saudade e nostalgia. Num deles exalta a beleza da vila de Coruche compa-

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rando-a a uma camélia branca: (…) Ó minha camélia branca, Orvalhada de frescura, Flor do meu jardim! Deste-me tanto d’esp’ranças, Deste-me tanto de ternura, No sorriso das crianças, Que sorriam para mim! Ó minha camélia branca, Em fita azul enlaçada, Flor do meu jardim! No meu peito retratada, Olho p’ra ti com saudade! Lembro tudo que me deste E o muito que aprendi e não soubeste! … Mas o pouco que a ti te dei de mim, Foi somente a mocidade!... 45

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Excerto do poema «Coruche (lembranças rimadas)», in O Sorraia, Coruche,


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Com a Prof.ª Maria Emília Veiga Lopes, junto às velhas pontes sobre o Sorraia (anos 50)

11 de Julho de 1994, p. 13.

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Noutro, revela as lembranças que ainda guardava do rio Sorraia: (…) Tu Sorraia, grande mal nos fizeste! Mas foi maior o quanto tu nos deste! Meu belo e lindo Sorraia, De salgueiro enfeitado, Aqui, ali, além, de cada lado! (…) Tu, Sorraia, meu ânimo reforçavas E a minha angústia sempre minoravas! A tua mansa corrente, Só pela brisa enrugada, Era música plangente De lindíssima balada!...46 Várias foram as terras que testemunharam publicamente a sua gratidão à professora e investigadora Margarida Ribeiro: Montemor-o-Novo,47 Coruche,48 Glória do Ribatejo49 e Portalegre.50 O seu nome está

Excerto do poema «O Sorraia (lembranças rimadas)», in O Sorraia, Coruche, 15 de Dezembro de 1994, p. 25. 47 A «Sala Margarida Ribeiro» do Museu de Arqueologia do Convento de São Domingos foi inaugurada a 19 de Abril 1977. De referir ainda a homenagem póstuma, promovida pelo Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, na Biblioteca do Convento de São Domingos, a 20 de Outubro de 2001. 48 Homenagem promovida pela Associação para o Estudo e Defesa do Património Cultural e Natural do Concelho de Coruche, a 14 de Outubro 1989. Coube a 46

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perpetuado numa rua da vila de Coruche, o mesmo sucedendo em Glória do Ribatejo (Salvaterra de Magos). Depois de cerca de quarenta anos a viver em Lisboa, e quando começaram a faltar-lhe as forças, Margarida Ribeiro foi viver para a cidade do Porto, para junto da família. Ali permaneceu alguns meses – os últimos da sua vida. Uma vida cheia, vivida intensamente e posta ao serviço do engrandecimento da Arte, da Ciência e da Cultura. E foi no Porto que veio a falecer, a 6 de Maio de 2001. Era domingo e celebrava-se o Dia da Mãe. Os seus restos mortais repousam hoje em Portalegre – seu berço e também sua última morada. Senhora de uma vasta Cultura, Margarida RiMargarida Ribeiro a inauguração oficial da nova sede da Associação, proferindo na circunstância, com voz comovida, algumas palavras, dizendo que «É uma honra que me dão abrir uma porta onde a Cultura será uma constante; eu que tanto tenho lutado, sem armas, só peço desculpa pelo pouco que deixei. A todos: obrigada» (cfr. O Sorraia, 21 de Outubro 1989, p. 1). A homenageada foi, depois, nomeada, por aclamação, Sócia Honorária daquela Associação. 49 Inauguração, a 16 de Janeiro de 2000, de exposição fotográfica e descerramento, pela própria Margarida Ribeiro, de placa toponímica perpetuando o seu nome numa artéria daquela freguesia. 50 Exposição documental e palestra de homenagem a Margarida Ribeiro, promovida pela Câmara Municipal de Portalegre, e que teve lugar na Biblioteca

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beiro era dotada de um espírito ávido de riqueza intelectual. Muitos foram os voos da sua predilecção, desde a sabedoria popular até aos tratados científicos,51 sendo considerável o produto das investigações com que valorizou o património cultural do nosso país. Com rara sensibilidade, arguta intuição e perspicaz espírito de observação, cultivou múltiplos saberes, construindo uma obra de invulgar riqueza, vasta e multifaceta-

No Congresso de Etnografia, Santo Tirso (1963) Municipal, a 6 de Março de 2004.

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da, marcada por uma incessante busca do passado e da vida, desvendando saberes ancestrais e práticas quase esquecidas e que o tempo teimava em querer apagar para sempre. Margarida Ribeiro procurou lançar «pontes enriquecedoras»52 para o futuro, enriquecendo a Cultura com páginas eruditas que ficam para os vindouros como a expressão viva e eloquente de toda uma vida de «ardente inquietação»,53 de fervorosa entrega ao trabalho honesto e de entranhada paixão pelos estudos.

51

José Alexandre Laboreiro – «O Humanismo em Margarida Ribeiro»…, p. 5.

52

Mário Varela Gomes – «Homenagem a Margarida Ribeiro»…, p. 7. Padre Moreira das Neves – «Prefácio» a Margarida Ribeiro, in Estojo de prata

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«Dom Rodrigo Coutinho de Montemor-o-Novo», in Boletim do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, Montemor-o-Novo, n.° 40, 01.11.1986, pp. 1-2. «O Dr. António Gomes da Rocha Madahil», in O Arqueólogo Português, Lisboa : Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia, série 3, vol. 3, 1969, p. 319. «O Dr. Luís da Silva Ribeiro e as exigências culturais do nosso tempo», in Diário Insular, Açores, ano 34, n.° 9769, 24.12.1978, pp. 1, 6. «Ela impõe-se», in O Educador, Lisboa, 17.04.1944, pp. 1, 6. «Uma escritora profissional do século XIV», in O Sorraia, Coruche, n.° 786, 10.10.1994, pp. 1, 11. «Estudos sobre a aldeia da Glória : Salvaterra de Magos : tarefa dos ranchos», parte 1, in Revista de Portugal, Lisboa, n.° 232, vol. 30, 1965, pp. 33-48. «Estudos sobre a aldeia da Glória : Salvaterra de Magos : tarefa dos ranchos (cont.)», in Revista de Portugal, Lisboa, n.° 233, vol. 30, 1965, pp. 49-64. «Fastigimia ou fastiginia?», in O Sorraia, Coruche, n.° 778, 30.05.1994, pp. 1, 5. «Feminismo : comentários a algumas diatribes», in Diário Liberal, 30.11.1932. «O filho», in Modas e Bordados, n.º 1763, 21.11.1945. «Um filho de Camões?», in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Lisboa, série 113, n.os 1-12, 1995, pp. 205-214. «O filho do Ocidente», in O Educador, Lisboa, 06.12.1942. «A grande exposição industrial portuguesa», in A Voz Portalegrense, Portalegre. «O homem da gravata encarnada : episódio policial», in O Educador, Lisboa, n.os 607, 608, 609, 1944. «Igreja do Convento da Ordem de S. Domingos», in Boletim do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, Montemor-o-Novo, n.° 41, 01.12.1987, pp. 1-2. «O impaludismo é um problema escolar», in O Educador, Lisboa, 25.06.1945. «Incremento agrícola de Coruche no século XVI», in O Sorraia, Coruche, n.° 608, 10.01.1987, p. 9. «João do Norte», in Joaninha, Lisboa, ano 11, n.º 635, 14.04.1948, pp. 1, 3. «Jugos esculturados», in Património Cultural, Lisboa : Instituto Português do Património Cultural, vol. 1, n.° 1, 1983, pp. 85-86. «Lá fora brilha o sol», in A Defesa, Évora, 02.06.1953. «O lar do professor primário», in O Educador, Lisboa, 17.11.1944 «Ler», in A Rabeca, Portalegre, [195-].

56


«Livro de horas de D. Manuel : subsídios para a reconstituição da vida popular portuguesa no século XVI», in Panorama, Revista Portuguesa de Arte e Turismo, n.° 32, série 4, 1969, pp. 101-114 (colaboração de Fernando Portugal). «’Os Lusíadas’, edição de 1584, designada ‘dos piscos’», in O Sorraia, Coruche, n.° 779, 13.06.1994, pp. 1, 6. «A Mãe», [?], [194-]. «Uma moderna peça de olaria», in Ethnos, Lisboa : Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, vol. 7, 1970, p. 252. «Mulheres oleiras», in Ethnos, Lisboa : Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, vol. 7, 1970, pp. 254-255. «Museus vivos nos Açores?», in Diário Insular, Açores, ano 34, n.° 9754, 06.12.1978, pp. 1, 3. «Natal», in O Sorraia, Coruche, n.° 790, 15.12.1994, pp. 1, 7. «Nota sobre o Penedo da Forca de S. Miguel do Outeiro (Tondela)», in Ethnos, Lisboa : Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, vol. 5, 1966, pp. 571-573. «Ofensiva da Primavera», in O Educador, Lisboa, 25.06.1944. «Oleiros espingardeiros», in Ethnos, Lisboa : Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, vol. 6, 1969, pp. 407-409. «Padrões de medidas gravadas numa igreja», in Ethnos, Lisboa : Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, vol. 7, 1970, pp. 253-254. «Património cerâmico e linguístico português sob influência islâmica», Mértola : Campo Arqueológico de Mértola, in A cerâmica medieval no Mediterrâneo Ocidental, 1991, pp. 491-496. «Pedro das Loas», in Modas e Bordados, 1946. «Pena de Talião», [?], 19.03.1943. «Pétala Caída», [?], [192-]. «Pobre Pierrot», [?], 20.08.1929. «Pôr do sol», in A Planície, Moura, 15.11.1954 e 01.12.1954. «Um protesto», in O Educador, Lisboa, 17.05.1944. «Quando o tempo corre...», in Modas e Bordados, 17.11.1954. «Uma rapariga de trinta anos», in Arte Feminina, Lisboa, n.º 15, 25.10.1942; in Vida Feminina, n.º 16, 26.10.1942. «Raparigas de hoje : o passeio de Joaninha», in Joaninha, Lisboa, 16.10.1946.

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«Raparigas de hoje : a consciência de Joaninha», in Joaninha, Lisboa, 23.10.1946. «Raparigas de hoje : Joaninha tem personalidade», in Joaninha, Lisboa, 30.10.1946. «Raparigas de hoje : Maria Cristina», in Joaninha, Lisboa, 22.01.1947. «Raparigas de hoje : o primeiro desgosto : a paz voltou», in Joaninha, Lisboa, 05.02.1947. «Resposta a uma resposta», in O Educador, Lisboa, 25.02.1943. «Santa Maria de Agosto : breve notícia histórica», in O Sorraia, Coruche, 08.08.1994, p. 25. «Teatro português : representações nas naus da carreira da Índia», in O Sorraia, Coruche, n.º 781, 11.07.1994, pp. 1, 7-8. «O trancador de baleia», in Diário Insular, Açores, ano 34, n.° 9749, 29.11.1978, pp. 1, 3. «A última lição de Banha de Andrade», in Boletim do Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, Montemor-o-Novo, n.° 39, 01.11.1984, pp. 2-3. «Vaso de barro de lagar», in Ethnos, Lisboa : Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, vol. 7, 1970, pp. 249-251. «A viagem», in Joaninha, Lisboa, n.º 540, 12.06.1946. «Vila de Coruche», in A Defesa, Évora, 19.03.1954, p. 4 (artigo atribuído a Margarida Ribeiro). «Visitas pastorais : Couço», [?], [195-]. Poesia «À memória de Joaquim Costa», in A Planície, Moura, 15.08.1956. «Alentejana», in A Planície, Moura, 15.04.1956. «Altivez», in A Defesa, Évora, 15.04.1955; in A Planície, Moura, 01.05.1955. «Ambiciosa», in A Planície, Moura, 01.07.1955. «Ansiedade», in A Planície, Moura, 15.12.1953; in A Defesa, Évora, 07.01.1955. «Capricho», in A Defesa, Évora, 25.02.1955. «Coruche», in O Sorraia, Coruche, n.º 826, 24.06.1996, p. 3. «Coruche : lembranças rimadas», in O Sorraia, Coruche, n.º 781, 11.06.1994, p. 13; in O Sorraia, Coruche, n.º 949, 26.11.2001, p. 10. «Couço», in A Defesa, Évora, 14.12.1954.

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«Desalento», [?], [192-]. «Destino», in A Rabeca, Portalegre, 04.06.1952, p. 2. «Desvario», in A Planície, Moura, 18.05.1954; in A Defesa, Évora, 25.06.1954. «Dez anos depois...», in O Sorraia, Coruche, n.º 783, 08.08.1994, p. 6. «Dor», in A Planície, Moura, 01.10.1953. «Eu», in A Defesa, Évora, 10.05.1955; in A Planície, Moura, 15.06.1955. «Índia», in A Defesa, Évora, n.º 990, 06.08.1954, p. 6; in A Planície, Moura, 15.08.1954. «Inverno», in A Defesa, Évora, 26.02.1954; in A Planície, Moura, 15.03.1954. «Juramento», in Notícias d’ Évora, Évora, 1955. «Lamento», [?], [192-]. «Lírica do poente», in A Defesa, Évora, 01.04.1954. «Loucura», [?], [192-]. «Louvor», in A Planície, Moura, 01.05.1955. «Maior beleza», in A Planície, Moura, 15.07.1954. «O mar», in A Defesa, Évora, 09.02.1954. «Mentir», in A Planície, Moura, 15.05.1955; in A Defesa, Évora, 26.07.1955. «Meus versos», in A Defesa, Évora, 29.06.1954. «Mundo...», in A Defesa, Évora, 29.07.1955; in A Planície, Moura, 15.08.1956. «Noite de Natal», in A Defesa, Évora, 25.12.1953; in A Planície, Moura, 25.12.1953. «Oração», in O Sorraia, Coruche, 09.08.1995, p. 26. «Orgulho», in A Defesa, Évora, 28.01.1955; in A Planície, Moura, 01.03.1955. «Pastor do monte», in A Defesa, Évora, 26.03.1954; in A Planície, Moura, 01.05.1954. «Portalegre», in A Defesa, Évora, 02.02.1954. «Portugal novo», in O Sorraia, Coruche, n.º 777, 16.05.1994, p. 7. «Preceito», in A Planície, Moura, 01.07.1953; in A Defesa, Évora, 08.06.1954. «Salúquia», in A Defesa, Évora, 09.07.1954; in A Planície, Moura, 15.07.1954. «Os sapatinhos», in A Planície, Moura, 15.08.1953.

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«Saudação», in A Defesa, Évora, 07.02.1956. «Se... : soneto por ninguém», in A Planície, Moura, 15.11.1953. «Senhora do Castelo», in O Sorraia, Coruche, 05.03.1954; in A Defesa, Évora, 19.03.1954. «Sinceridade : soneto por ninguém», in A Planície, Moura, 01.11.1953. «Sonetilho», in A Defesa, Évora, 28.01.1955. «Sorraia : lembranças rimadas», in O Sorraia, Coruche, n.º 785, 26.09.1994, p. 13; in O Sorraia, Coruche, n.º 790, 15.12.1994, p. 25. «Talvez», in A Defesa, Évora, 16.02.1954; in A Planície, Moura, 1.03.1954 (obteve Diploma de Honra dos Jogos Florais de Nossa Senhora do Carmo, Moura, 01.02.1954). «Tempestade : soneto por ninguém», in A Planície, Moura, 08.09.1953. «Terra natal», in A Planície, Moura, 15.04.1954. «Tristeza», in A Defesa, Évora, 21.06.1955; in A Planície, Moura, 08.09.1955. «Versos», in A Planície, Moura, 01.01.1995. «Versos de amor», in A Defesa, Évora, 20.07.1954. «Viver», in Notícias d’ Évora, Évora, 1955. Jogos Florais «Mestre Malhoa» (biografia), obteve o 2.º Prémio dos II Jogos Florais das Caldas da Rainha, 18 de Setembro 1954. Comunicações A propósito de uma cadeira de barbeiro, comunicação; original dactilografado pela Autora, sem data. Alcunhas, comunicação apresentada à Sociedade de Geografia de Lisboa, 16.11.1988. Camões : reflexões sobre a época, o poeta e o homem, comunicação apresentada à Sociedade de Geografia de Lisboa, 16.11.1983. Cerâmica popular de Nisa : contribuição etnográfica, conferência proferida no Instituto Nacional de Estudios Juridicos de Madrid, 30.10.1961. O cordão de S. Francisco na tradição, comunicação; cópia dactilografada pela Autora, sem data.

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Duas peças artísticas de baquelita, comunicação apresentada em sessão de estudo da Secção de Etnografia da Sociedade de Geografia de Lisboa, original dactilografado pela Autora, 17.06.1981. A educação da mulher, palestra proferida no Campolide Progresso Clube, [192-]. In Memoriam Celestino Graça (1914-1975), discurso proferido em Sessão de homenagem à memória de Celestino Graça, Santarém, 1978. Nota acerca da edição anastática d’ «Os Lusíadas», comunicação apresentada à Sociedade de Geografia de Lisboa, 11.02.1987. A vida, história, hábito e utilidade das abelhas, palestra proferida no Liceu Mousinho da Silveira, Portalegre, [192-]. Trabalhos policopiados A Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos no ano de 1738, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], 1988. A Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos no ano de 1741, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], 1988. A Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos no ano de 1747, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], 1988. A Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos no ano de 1776, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], 1988. Rol dos confessados : decénio de 1700 a 1709, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], s/d. Rol dos confessados : decénio de 1710 a 1719, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], 1989. Rol dos confessados : decénio de 1720 a 1729, Paróquia de Nossa Senhora dos Anjos, Centro de Documentação e Arquivo Histórico, colaboração de Maria José de Almeida [trabalho policopiado], 1989.

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MUSEU MUNICIPAL DE CORUCHE CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO MARGARIDA RIBEIRO Telefone: 243 610 827 email: c.doc.mmc@mail.telepac.pt


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