EXEMPLAR COM ENTREGA SIMPLES
A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG • JULHO E AGOSTO DE 2020 | Nº 109 | ANO 19
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ÁUDIO PRO & ILUMINAÇÃO | INSTRUMENTOS MUSICAIS | ENTERTAINMENT BUSINESS
IZZO E NEUTRIK
Izzo é a nova distribuidora dos conectores Neutrik no Brasil. Mostramos quais serão os próximos passos aqui. PÁG. 28
NOVO PEDAL DA FUHRMANN
O Tube Drive foi lançado exclusivamente pelas redes sociais. Conheça como foi a estratégia digital. PÁG. 32
GB MUSICAL FAZ 10 ANOS
A GB é liderada pelos irmãos Bruno e Victor Bionde, que cuidam de marcas, operações e expansão para outros mercados. Veja mais nesta entrevista. PÁG. 36
Chris Schyvinck, presidente e CEO da Shure
FABRICANTES EM ADAPTAÇÃO
Empresas do setor produzem artigos relacionados com a pandemia. O que elas estão fazendo? Descubra na PÁG. 46
95 ANOS DA SHURE Como é de se imaginar, muitas coisas se passaram na longa história da Shure, empresa que soube se posicionar no mercado de áudio. Hoje, ela é dirigida pela presidente e CEO Chris Schyvinck, que conta nesta entrevista tudo sobre a atualidade da empresa e seu jeito de liderá-la. PÁG. 40
E AINDA: Frahm, Gretsch, RCK Áudio, Solez, Loja Songs, Sonotec, novos produtos e muito mais!
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40 CAPA
SUMÁRIO
95 anos da Shure
SEÇÕES 16 EDITORIAL
83 INOVAÇÃO Software CrossLite+, da F.Monteiro Science
A Shure está comemorando seu 95º aniversário. Conheça como a empresa está operando sob a liderança da presidente e CEO Chris Schyvinck nesta entrevista exclusiva
84 5 PERGUNTAS Anúncios e vendas em marketplaces
MATÉRIAS
86 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui
24 MUNDO DIGITAL Dicas para planejar uma boa live
18 OPINIÃO Daniel Neves 20 ÚLTIMAS 80 PRODUTOS Os mais recentes lançamentos do mercado
26 EVENTOS Empresas técnicas e locadoras se reinventam
COLUNAS
e se adaptam ao mercado de Live streaming
72 Pandemia: vamos encarar os fatos
28 DISTRIBUIÇÃO Izzo Musical é a nova distribuidora da Neutrik no Brasil
por Luiz Carlos Rigo Uhlik
74 Como aproveitar as funções de um gerente de produto em sua empresa por Ben Díaz
30 LANÇAMENTO Frahm retoma atividades e apresenta novas caixas 32 ESTRATÉGIA Fuhrmann faz lançamento de produto totalmente on-line 36 ENTREVISTA De loja a distribuidora, GB Musical comemora 10 anos 46 MERCADO Empresas do setor produzem artigos
76 Negócio da China?
relacionados com a pandemia
por Nelson Junior
50 ANIVERSÁRIO Solez Strings comemora 20 anos
de fortalecimento no mercado 54 VISÃO DE PRO Paulinho Fonseca e seu relacionamento com a Gretsch 58 LOJA Songs Instrumentos Musicais: nova loja e foco nas redes sociais
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62 LOJA DIGITAL RCK Áudio: como crescer no e-commerce 66 EVENTOS O drive-in está de volta e é a melhor chance
para a nossa indústria 68 E-COMMERCE 7 dicas para o e-commerce investir
durante e após a COVID-19 70 VENDAS 8 dicas para aumentar as vendas na reabertura do comércio
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78 FEIRA Music Show Experience prorrogada para 2021
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EDITORIAL DANIEL A. NEVES
CEO & PUBLISHER
“Na história da humanidade (e dos animais também), aqueles que aprenderam a colaborar e improvisar foram os que prevaleceram.” — Charles Darwin*
STAFF CEO & Publisher
Daniel A. Neves
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Diretora de Redação
Paola Abregú Diretor de Arte
Dawis Roos Departamento Comercial (Brasil)
Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022 Trade Marketing e Novos Negócios
Thiago Henrique Ferreira trade@musicaemercado.org Administração e Finanças
vivendo. Mercados que voltam a funcionar, países que abrem suas portas mais uma vez ao turismo, aos eventos culturais e esportivos, com o intuito de movimentar a economia e “voltar ao normal”, um normal que nunca mais será o normal como a gente conheceu. Nesta parte do mundo ainda não chegamos a essa fase. Acho que ainda se pas-
sarão alguns meses antes que possamos “recuperar” tudo, mas estamos recebendo boas notícias também.
Rosângela Ferreira Revisão de Texto
Por exemplo, as empresas, locadoras e estúdios que estão se adaptando aos
Hebe Ester Lucas Assinaturas
assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores
Ben Díaz, Luiz Carlos Rigo Uhlik e Nelson Junior. Impressão e Acabamento
Edição especial 100% digital Música & Mercado®
Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022 Autorizada a reprodução com a citação da
Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.
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A cada dia que passa vemos diferentes notícias sobre a situação que estamos
novos formatos de eventos, lives, streaming, medidas de higiene e segurança, espaços drive-in… Isso certamente gerará movimentação para as vendas, locação de equipamentos e trabalho para os profissionais e equipes técnicas que estavam totalmente parados. Isso está acontecendo de ponta a ponta em nosso país, de Norte a Sul, e esperamos que cada vez surjam mais iniciativas e adaptações impostas pelo coronavírus. Outra boa notícia é que a Lei Aldir Blanc (Projeto de Lei 1.075) foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro. A lei prevê o pagamento de auxílio emergencial a artistas, produtores, técnicos e espaços culturais afetados pela pandemia. São R$ 3,6 bilhões destinados a dar apoio à grande parte do nosso mercado que está sofrendo as consequências desta loucura mundial. É isso, amigos e colegas, nem tudo é negatividade, nem tudo é notícia ruim. Adaptação continua sendo a palavra-chave na nossa vida pessoal e profissional. Pensar positivo e sempre ir para a frente! DANIEL NEVES CEO & PUBLISHER DE MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES *Charles Darwin (1809 –1882), naturalista britânico que formulou
Associados
sobre bases científicas a moderna teoria da evolução
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POR DANIEL NEVES
OPINIÃO
SOCIEDADE MUSICAL JÔ-JÔ: DE TOM JOBIM A JOJO TODYNHO
As redes sociais nos ensinam muita coisa sobre o comportamento humano: quem gosta de você, quem não gosta e quem está disposto a pagar para te assistir
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os últimos tempos, dezenas de artigos têm sido publicados sobre a monetização das lives. A necessidade da conversão financeira das apresentações é elementar: shows presenciais de todas as espécies estão proibidos até sabe-se lá quando. O digital impactou a redução do preço de (quase) tudo. Desde o trabalho jornalístico, medido pela quantidade de cliques no Google, até o seu trabalho teve sua avaliação de rentabilidade imputada de forma compulsória. Vamos esperar para ver as casas cheias de público? Vamos brigar para alguém nos dar a solução? Vamos construir uma solução de protocolos, empurrar goela abaixo e ficar comparando com os demais países? E o Uruguai, hein? E o Canadá, hein? Escorar-se em solução baseada na realidade dos outros é refresco. O fato é que temos um comportamento social diferente do comportamento sob multidão da Dinamarca, da Alemanha, entre outros. Nós nos aglomeramos, sim, o brasileiro canta, sua e se pega. Muito artista reclama dos políticos querendo abrir suas cidades, mas são os primeiros a torcer para que os shows e eventos voltem — agora. O tempo é curto, não sabemos como serão as ondas de reinfecção e só podemos mudar a nós mesmos.
A mudança Desde a remodelação do sistema de distribuição de fonogramas e a entrada do streaming como item nativo de muitos celulares, o mundo nunca teve tanto to-
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Daniel Neves, CEO e publisher da Música & Mercado, presidente da Anafima
cador de música na história e dentro do bolso. Mas quem realmente ganha com isso? Com certeza, a menor parte vai para quem compôs a obra musical. A métrica financeira da distribuição de música sempre pagou a menor parte dos dividendos aos seus criadores e intérpretes, mas alguém ganhou muito dinheiro pela execução e venda da música. Não é por acaso que grupos como Sony, Warner, Disney, Apple, Universal, Rede Globo, Record, Microsoft, entre tantos outros, investem em música. Quem disse que música não dá dinheiro? Se você, compositor ou intérprete, está no topo hoje, parabéns! Mas no momento em que sua audiência cair, você verá que valeu somente enquanto gerou ouvintes e público para suas apresentações. Depois, seu valor financeiro será baseado em um algoritmo que lhe manda alguns centavos e não se importa se você foi uma estrela da música em al-
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gum momento na vida. Olhe para a Angela Ro Ro, a Elza Soares e tantos outros que têm expressado publicamente sua falta de recursos, em especial neste momento de pandemia.
Quem falou que a música deve ser gratuita? A mentalidade brasileira sempre colocou o processo criativo longe do dinheiro. Aqui, no Brasil, parece que o dinheiro está sempre associado à exploração. Comumente ouço de artistas expressões como “arte não pode ser pensada como um produto”, “se pensarmos na arte como produto, ela se esvai”, entre outras afirmações. Costumo contra-argumentar da seguinte forma: se pensarmos no campo das artes plásticas, o Romero Britto vende suas obras impressas em xícaras, pôsteres e tudo que é quinquilharia. Mas, ao mesmo tempo, temos também obras de Picasso e Salvador
Dalí sendo vendidas em camisetas, xícaras, pôsteres. Eu lhe pergunto: pensar a obra como um produto tira o valor da arte? Picasso teve sua arte diminuída quando começou a pintar louças? A resposta é não. Por outro lado, após a queda dos CDs e DVDs, a venda da mídia física da música intangibilizou-a de vez. Some-se a isso quase cem anos de disponibilidade da música gratuita para os ouvintes por meio das rádios.
Os artistas devem esperar o público ir atrás deles? É sério isso? A decepção de vários artistas que outrora tiveram sucesso é visível. Ninguém escapa. A internet tem seu lado realista também. As redes sociais nos ensinam muita coisa sobre o comportamento humano: quem gosta de você, quem não gosta e quem está disposto a pagar para te assistir, o que é algo completamente diferente. Não podemos cair no erro do anacronismo. A verdade de antes, a velocidade em que as obras musicais eram lançadas não se comparam com os números disponíveis hoje em dia. Com a oferta absurdamente alta, como se manter no pedestal do sucesso? Milhares de artistas construíram sua história tocando de bar em bar, sendo ignorados, fazendo publicidade boca a boca. Alceu Valença ia anunciando seu show de megafone na orla do Rio de Janeiro em seu começo. Zélia Duncan, em um recente desabafo por ter sido contemplada num edital do Itaú, comentou que “tocou dezenas de vezes para plateias ínfimas” e arrematou: “Foque a poltrona cheia”. Hoje, o artista novo quer ser ídolo de YouTube, Instagram e TikTok antes de aprender a compor. Seria isso a versão da promoção do Alceu nas calçadas do Rio de Janeiro às avessas?
É a era da composição de 140 caracteres, poética tribal e a recompensa por isso. Em uma discussão com o maestro Júlio Medaglia, no programa Provocações, em 2010, Antônio Abujamra profetiza: “Júlio, a ignorância sempre será superior”.
Sociedade musical Jô-Jô: de Tom Jobim a Jojo Todynho Na era do nanonicho, com nanolideranças e ampla acessibilidade a ferramentas, nada mais vem de cima para baixo como antes. Estamos em um mercado horizontalizado, ao mesmo tempo fragmentado com oportunidades para todos consumirem os sabores musicais que desejarem, não importa sua origem. Da periferia vieram Cartola, Dona Ivone Lara, Pixinguinha, Seu Jorge, Carlinhos Brown e também Jojo Todynho, Anitta, Tati Quebra-Barraco, MC Guimé, entre outros. Cada qual se comunica com um público e espelha o valor cultura refletido no País ao longo das gerações. Para os patrocinadores de lives, o valor do artista é medido pela equivalência da sua audiência, perfil de público atingido, faixa etária etc. Sim, o artista é a mídia, e não necessariamente calcada na percepção de qualidade ou o que se supõe sobre ela, termo tão maleável atualmente.
O mundo está errado ou o artista não desceu do ônibus? A mudança de hábito é o ponto. A arte de se aproximar do público e torná-lo cativo é a grande resposta para o momento de crise. A solução não é entrar em uma plataforma de monetização de lives, mas fazer isso depois que o artista já se aproximou da audiência pagante. E mais: sucesso do passado não garante dinheiro no presente. O compositor Jorge Vercillo tem buscado saídas próprias para manter
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seu público cativado e conectado. A venda de lives para um público menor, misturando pocket shows personalizados com um diálogo com seu público tem sido uma alternativa. “Não vou entregar meu show de graça, nem vulgarizar a minha música”, explicou Vercillo à Música & Mercado. O violeiro Ricardo Vignini possui um público muito seleto. Músico profissional, Vignini atuou com Lenine, entre outros artistas, além de ter uma carreira própria no nicho em que atua. De todas as conversas que tive com Ricardo, ele sempre pontuou a venda de lives também para seu público. Ricardo tem proximidade com seus ouvintes. Adriana Sanchez, fundadora e líder da banda Barra de Saia, é considerada uma das principais sanfoneiras da atualidade. Antes da pandemia, Adriana era constantemente vista em apresentações para multidões em rodeios de todo o País. A reinvenção forçada pela restrição do coronavírus aos eventos fez a sanfoneira criar produtos como pocket shows para dias comemorativos, por exemplo, Dia dos Namorados, métodos de sanfona negociados na China, entre outras variações. Mais do que nunca, o público tem a autonomia de escutar o que quer. A rádio não manda mais em nada. Artistas e seus agentes devem buscar um novo modelo para ampliar seus produtos de mercado, sem que isso necessariamente se caracterize como uma desvalorização (lembre-se do exemplo de Pablo Picasso e Salvador Dalí, que citei acima). Viver em uma nova realidade é um desafio para intérpretes e artistas. Voltamos à máxima eternizada por Milton Nascimento: “O artista tem que ir aonde o povo está”. Enquanto tivermos artistas querendo viver de glórias passadas e empresários artísticos arrogantes, a conta não fechará, e não sou eu quem diz isso, é o mercado. n
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ÚLTIMAS
As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais
INSTRUMENTOS
Orange Amps procura pedais de efeitos raros de 1970 Os populares pedais Phazer, Sustain e Distortion foram fabricados pela Orange Amplification em sua fábrica em Bexleyheath, no Reino Unido, entre 1977 e 1979. São os primeiros pedais de efeito da Orange e agora são muito raros de encontrar. Muitos usuários da Orange compartilharam imagens de vários pedais nas mídias sociais e os fãs começaram a pedir que a Orange lançasse reedições. Este é um dos projetos nos quais a Orange está trabalhando durante a pandemia de Covid. Mick Dines, que está na empresa desde o início dos anos 1970, encontrou o esquema original dos pedais Phazer, Sustain e Distortion e o entregou ao atual designer da empresa, Ade Emsley. No entanto, a Orange não conseguiu encontrar os pedais físicos reais e precisa de ajuda para realizar essas reedições corretamente. A empresa pretende reeditar os pedais icônicos da década de 1970 com componentes internos aprimorados, mas precisa encontrar exemplos dos pedais reais para coletar informações exatas de tamanho e dimensão. Portanto, se você tiver um pedal de efeito Phazer, Sustain ou Distortion de 1970 da Orange Amps, entre em contato com a empresa pelo Facebook, Twitter, Instagram ou envie uma mensagem para orangeamps.com/contact.
Curso on-line na U4M
Escola de Música U4M oferece cursos híbridos Quando a quarentena foi anunciada, a U4M começou rapidamente a atuar por meio de aulas virtuais. Agora, a escola lança os cursos híbridos, misturando aulas on-line e presenciais, quando a pandemia acabar. Como funciona? Os alunos realizam uma entrevista on-line com o coordenador. Após traçar o objetivo musical, o aluno pode realizar a matrícula para o plano semestral ou anual. Na sequência, as aulas começam no formato on-line, mas sem serem descontadas do plano contratado. Assim que as escolas puderem reabrir, os alunos irão para o formato presencial, já na unidade pré-selecionada. “Assim todo mundo ganha. Os alunos ganham aulas gratuitas e já iniciam na música, preenchendo o tempo e a cabeça de forma saudável. Nós conseguimos manter o nosso negócio e também nossos professores”, comenta Thiago Castellano, diretor da rede. A escola oferece cursos de música (canto, bateria, violão, violino, saxofone, guitarra, piano, teclado e contrabaixo) para alunos a partir de 6 anos.
D’Angelico Guitars adquire Supro USA e Pigtronix A D’Angelico Guitars e a Supro colaboram em ações de marketing há anos, trabalhando para anunciar suas marcas como um bom par de guitarras e amplificadores. Agora surgiu a oportunidade de a D’Angelico adquirir a Supro e eles não hesitaram na decisão. Junto com a Supro, a empresa também adquiriu a Pigtronix, que pertencia à Absara Audio, com base em Long Island, Nova York. “As três empresas têm sua base de operações em Nova York, o que amplia a harmonia que essas marcas já compartilham”, disse o diretor de operações da D’Angelico, Jimmy Lovinggood. “Os últimos meses foram um período extremamente desafiador para empresas de todo o país e do mundo, especialmente na cidade de Nova York. Iniciamos essa aquisição muitos meses antes da Covid-19 e, embora este seja um período difícil para todos os setores, acreditamos realmente nessas marcas e decidimos avançar com total confiança.” Embora a aquisição já tenha sido concluída, as marcas entrarão em uma fase de transição, desenvolvendo uma nova estrutura para a empresa e um plano de produto revisado para 2021.
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Gibson disponibiliza serviço técnico virtual A Gibson criou uma nova ferramenta para ajudar seus usuários durante o isolamento social. O serviço gratuito visa reunir músicos com a equipe de técnicos da Gibson para resolver problemas básicos que qualquer guitarrista ou baixista pode ter, por meio de consultas personalizadas, assistência em tempo real e serviço de afinação para músicos de qualquer nível (de iniciantes a profissionais). A ideia é dar uma assistência mais humana ao músico que deseja consertar seu instrumento sozinho em casa. Com o serviço técnico virtual da Gibson, a assistência será interativa e em tempo real, em que um técnico experiente guiará o usuário a cada passo por meio de uma videoconferência. O suporte será o mesmo para usuários das marcas Gibson, Epiphone, Kramer e Steinberger, seja violão ou guitarra, banjo, bandolim ou baixo. Com essa assistência técnica, até um músico iniciante poderá remover as cordas antigas, limpar o instrumento, colocar o braço em boas condições, instalar novas cordas e afinar o instrumento. Para marcar uma reunião virtual, você deve ter o software de videoconferência Zoom em um computador.
Seymour Duncan renovou seu site A renomada fabricante de captadores e pedais de guitarra Seymour Duncan apresentou a nova imagem de seu site focado no comércio eletrônico: www.seymourduncan.com. Lá você pode encontrar acesso rápido a informações e características essenciais dos produtos de guitarra e baixo da empresa. Uma nova seção é a “Knowledge Base”, que permite aos clientes descobrir uma biblioteca de informações sobre captadores de guitarra que a empresa tem arquivado e publicado nos últimos 45 anos. Além do design mais limpo e da navegação aprimorada, a empresa disponibiliza diversos tutoriais, diagramas de instalação de cabos e dicas para músicos de todos os níveis. Em breve, será adicionado um portal para os artistas da Seymour Duncan solicitarem rapidamente equipamentos especiais, um portal para revendedores fazerem pedidos on-line e visualizarem outros assuntos de gerenciamento de contas, além da nova seção “Build your own pickup”, isto é, “construa seu próprio captador”. O site continuará sendo atualizado com conteúdo educacional, novos produtos e eventos.
Cajon Percussion lança loja virtual própria A Cajon Percussion criou sua própria loja on-line em junho como canal de vendas alternativo, em razão da queda nas vendas para as lojas tradicionais, o que aconteceu com muitas empresas devido à pandemia. Rafael Gomes, CEO da Cajon Percussion, explica: “Existe uma tendência mundial de as marcas terem suas próprias lojas on-line e já tinha muito tempo que eu queria fazer isso, mas ainda não tinha acontecido em respeito ao meu modelo de negócio, que é o B2B. Mas a situação ficou difícil, como todos sabemos, e foi preciso criar um segundo canal de vendas, ou seja, o canal de venda direta ao consumidor final”. Na nova loja virtual estão sendo praticados preços equivalentes ou até mais altos do que os das lojas com as quais a empresa trabalha, mas Rafael destacou que o mais interessante está sendo o contato com o consumidor final. “Tenho atendido várias pessoas e estou gostando da experiência de poder conversar diretamente com quem compra o produto para usar, não só falar com quem vai vender o produto. Acho que é uma tendência que veio para ficar. Continuo vendendo para as lojas, mas acho que isso não vai atrapalhar a venda para estas, para as quais damos uma margem excelente. Acho que uma coisa até fortalece a outra. Às vezes uma pessoa vai à loja, compra um cajon, a loja faz o pedido e acabamos enviando também outras coisas para a loja. A vantagem para o consumidor final é que na nossa própria loja virtual tem todo o catálogo disponível para pronta entrega. Raramente você vai encontrar nosso catálogo inteiro, que contém mais de 50 modelos de cajon, os modelos de GigBox, os pandeiros e os acessórios.” Veja mais em cajon.lojavirtualnuvem.com.br
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Stanton é adquirida pela inMusic O grupo inMusic, detentor de um número significativo de marcas no segmento de áudio, anunciou recentemente a aquisição da Stanton, que até então fazia parte da empresa americana Gibson Brands, Inc. A Stanton se junta à lista de marcas de equipamentos de DJ da família inMusic, com nomes como Numark, Rane e Denon DJ, que tem mais de 70 anos de experiência no mercado. “A InMusic redefine continuamente o cenário para performances expressivas de DJ por meio de inovação incomparável e uma resposta dinâmica à demanda do cliente. Com a entrada da Stanton na matriz das principais marcas mundiais de tecnologia de música e áudio, os avanços inovadores da inMusic em engenharia, design e tecnologia garantem o lugar da Stanton na vanguarda dessa indústria impulsionada pela performance”, disse Jack O Donnell, CEO da inMusic.
Yamaha lança série HS MP de aniversário A série de monitores de estúdio HS foi lançada há 15 anos, mas agora a Yamaha apresenta uma edição especial HS MP para comemorar os 50 anos da Yamaha Pro Audio. A linha HS apareceu no mercado em 2005 com seus cones de woofer brancos, destinada a aplicações de estúdio. Em 2013, com o conhecimento e a tecnologia de análise mais desenvolvidos, foi anunciada a próxima geração da linha HS, trazendo mais precisão a esse tipo de alto-falante. Conhecida como HS-I, a caixa trazia pontos de montagem e a capacidade de usar suportes de alto-falante para montar em uma parede, teto ou poste, oferecendo diferentes opções para instalação em um estúdio de produção comercial ou em uma sala de som de auditório. Em 2019 comemorou-se o 50º aniversário da divisão Yamaha Pro Audio e, para celebrar esse fato, a empresa lançou a edição especial limitada “HS MP”. Mantendo os mesmos princípios de design adotados pela Yamaha, os HS MP são vendidos em pares em uma caixa decorada com um adesivo “MP” (par combinado), que inclui alto-falantes com números de série correspondentes e um processo de produção especial que usa peças especialmente selecionadas. Os novos modelos de monitores combinados de edição limitada são o HS5 MP, o HS7 MP e o HS8 MP.
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Proel lança marca dedicada a microfones e fones de ouvido O grupo Proel anunciou a introdução da Eikon Audio, uma nova marca dedicada ao mundo dos microfones, fones de ouvido e gravação. O projeto baseia-se nos anos de experiência da empresa no segmento de som, levando este novo conjunto de equipamentos da marca Eikon Audio para profissionais de som ou apenas entusiastas. Entre os produtos disponíveis, podemos encontrar microfones, monitores nearfield e fones de ouvido para estúdio e monitorização, microfones com fio (profissionais, de condensador, para instrumentos, vocais, headsets e de lapela), sistemas sem fio e soluções para conferências (sistemas sem fio e de instalação).
Plug-in Re-Head promete ajudar na audição por meio de fones de ouvido O plug-in Re-Head foi lançado pela Blue Cat Audio com o objetivo de facilitar o uso de fones de ouvido para profissionais de áudio. Ouvir através de fones de ouvido fornece uma experiência distinta em comparação com ouvir através de monitores de estúdio. Além disso, o uso prolongado de fones de ouvido pode ser cansativo. Esses são os problemas que a Blue Cat Audio tentou resolver com o Re-Head. O plug-in é baseado em um modelo exclusivo de “resposta da cabeça” que simula como a cabeça do ouvinte afeta o áudio proveniente dos monitores do estúdio. Para criar um espaço acústico simulado, o Re-Head também usa processamento estéreo para evitar o som panorâmico associado à audição de fones de ouvido, um analisador de espectro, EQ e você pode até adicionar uma representação de resposta de impulso da própria sala de mixagem. O Re-Head criará uma experiência na sala de mixagem ao usar fones de ouvido, mas também é útil para músicos enquanto grava guitarras distorcidas e outros instrumentos que tendem a soar artificialmente em uma mixagem para fones de ouvido. Não substituirá os monitores de estúdio, mas tornará a transição dos alto-falantes para os fones de ouvido menos dramática.
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ÁUDIO Série Evolution da Sennheiser está de cara nova
Metasystem lança atualização do Metagrid 1.5
ILUMINAÇÃO
Metagrid se tornou o controA Sennheiser está comelador de morando os 75 anos da escolha marca com diferentes para GLP lança série de vídeos com ações. Uma delas é a milhares mudança no design de profissionais criativos. A em- designers de iluminação dos microfones da série presa Metasystem está apresen- A empresa GLP está apresentando uma Evolution, assim como tando uma nova atualização com série de vídeos com diferentes designers a maioria dos outros mais recursos. A atualização 1.5 de iluminação de todo o mundo, em um microfones da série PRO. é uma resposta às necessidades formato curto, divertido e informativo Os novos produtos estão e expectativas dos profissionais sobre suas experiências. Cada episódio sendo produzidos sem que usam esse software: UX/UI dura cerca de 15 minutos e pode ser visto a impressão “Made in otimizada, opções de comparti- no canal do YouTube (@glpimpression) Germany”, já conhecida lhamento de conteúdo, suporte e nas redes sociais. Alguns convidados: por todos, e suas empara Ableton Live e Dorico (sof- o designer de turnê de concertos Ethan balagens estão de cara tware de notação musical) e fun- Weber; o designer de Broadway e West nova. No entanto, os cionalidade OmniSpace. Também End Neil Austin; Steven Cohen; e Fred microfones seguem com encontramos novos seletores de Bock, da NBC Universal. A série comeas mesmas especificaparâmetros e editores, importa- çou com Justin Kitchenman, conhecido ções e continuam sendo ção e exportação pelo Dropbox por seu trabalho com Luke Bryan. produzidos na Alemae mais nha. As alterações foram feitas nas linhas de 1.400 Faleceu Jacob Peceniski, 600, 800 e 900 e as novas versões já podem novos da Solid Sound ser encontradas em lojas de todo o Brasil. ícones. Jacob Peceniski faleceu na sexta-feira, dia 03 de julho de 2020, aos Movings da 81 anos por causa de paralisação Elation são de função renal dele que foi a causa apresentados mortis. Era pai dos fundadores da em “Virtual at Solid Sound, empresa com a que ele também colaborava. Jacob Home Demo” Peceniski nasceu em São Paulo Capital, em 1939 e tinha uma O distanciamento social e as restrições de viagens e reuniões fábrica de colchões no Jabaquara que funcionou até 1996, dedevido à pandemia levaram a equipe de vendas e os especiapois ele encerrou as atividades e se mudou para Curitiba, onde listas em produtos da Elation a fazer uma série de vídeos começou a trabalhar com seu filho, Paulo, na Solid Sound. chamada “Virtual at Home Demo”, na qual demonstram alCom sua energia positiva e conhecimentos ajudou o Paulo guns dos mais recentes produtos de iluminação da empresa que havia se separado do outro sócio fundador, Roni Sasson, e do conforto e segurança de suas próprias casas. Toda semacomeçou a ajudar em tudo: compras , comercial e financeiro. na, haverá um novo vídeo no canal do YouTube da Elation, “Estamos tristes mas aliviados com o momento, sabendo que contendo uma visão geral dos principais recursos de cada ao menos parou de sofrer mas deixa muitas saudades. Semaparelho, para que os profissionais possam ver qual é o mais pre nos ajudava nas cobranças aqui de clientes “esquecidos” adequado para suas necessidades. Os produtos apresentade pagar boletos que sempre elogiavam a maneira educada dos na série incluem Fuze Spot, Fuze Pendant, Fuze Profile, dele de lembrá-los, uma figura impar e um gentleman. BrinFuze SFX, Smarty Max, Artiste Van Gogh, Artiste Monet, cávamos que ele tinha uma empresa de cobrança aqui e que Dartz 360, CW Profile HP e elipsoidais WW Profile HP, juno nome da empresa era “JACOBRAS” que o significado tem tamente com o Hazer Magma Prime da marca de efeitos atvárias interpretações. Estava lúcido e fiel com sua excelente mosféricos Magmatic. www.youtube.com/user/ElationPro memória,” comentou Fausto Peceniski, filho de Jacob.
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MUNDO DIGITAL
7 DICAS PARA FAZER ANÚNCIOS DE VÍDEOS PARA REDES SOCIAIS
Encontre aqui algumas sugestões que podem contribuir para melhorar a performance de anúncios em vídeo em marketing digital
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as redes sociais, as empresas precisam lutar a todo momento para atrair e manter a atenção dos clientes por meio do social marketing. Nesse ambiente, um tipo de mídia tem se firmado como um dos queridinhos dos usuários: os vídeos. “Sabe aquela velha máxima de que uma imagem vale mais do que mil palavras? No universo das redes sociais, essa perspectiva ganha cada vez mais espaço — e seguidores!”, comenta Deborah Folloni, CEO da ChiliGum Creatives, plataforma de automação de produção de criativos em vídeo e imagem, que busca aumentar exponencialmente a produtividade das equipes de marketing e conteúdo. Ótimos exemplos que ilustram o potencial que o vídeo tem conquistado entre os internautas são o Instagram Stories e o Snapchat. E a tendência é que esse formato cresça cada vez mais: o LinkedIn também anunciou um formato de ads para vídeo e Facebook e Google estão investindo pesado em novos formatos de anúncios. “O que está claro, nessa conjuntura, é que uma imagem bem produzida vale mais do que os textos, por melhores que esses sejam”, pontua a executiva. O ponto é que com todo o hype em torno do assunto, é comum que existam algumas dúvidas com relação às melhores práticas que devem ser adotadas na produção desses conteúdos. A seguir, Deborah compartilha algumas dicas para melhorar a performance dos vídeos. 24 www.musicaemercado.org
Deborah Folloni, CEO da ChiliGum Creatives
1. Think Mobile First Os dispositivos portáteis, como os tablets e smartphones, estão tomando de vez o lugar dos computadores. Em 2015, uma pesquisa do eMarketer já mostrava que os acessos à internet por esses dispositivos deveriam aumentar mais de 80% naquele ano. Hoje, basta olhar para o lado e ver que todos estão concentrados na telinha do celular. “As companhias precisam acompanhar esse cenário e passar a pensar que os usuários irão acessar suas campanhas por meio
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desses aparelhos. Diante disso, é essencial adaptar os vídeos aos diferentes tamanhos de tela, compatíveis com diversos sistemas operacionais, para que eles possam ser assistidos de qualquer lugar, a qualquer momento”, indica Deborah.
2. Formato vertical Preste atenção ao formato. “As pessoas usam seus smartphones na vertical em 94% do tempo! Portanto, sempre que possível, procure explorar a verticalidade das telas. É possível usar o for-
mato full vertical nas proporções 9:16, ou também o short vertical nas proporções 4:5 e 2:3, para aproveitar melhor a tela do smartphone. Só não esqueça de verificar a compatibilidade dos formatos com os placements onde for utilizar o vídeo para que nada importante seja cortado”, recomenda a especialista.
3. Áudio: É essencial ter em mente que 85% dos vídeos do Facebook são assistidos sem som! Uma boa saída, recomenda Deborah, é colocar legendas nos vídeos, ou tentar usar imagens mais autoexplicativas. “Quanto menos se depende de locução, melhor”, complementa. 4. Lembre-se de que lettering não é bula Outro ponto importantíssimo para prestar atenção quando se produzem vídeos pensando em mobile first é no lettering (como são chamados os textos inseridos nos vídeos). “O lettering mo-
bile tem de ser feito levando em conta que o vídeo será assistido numa tela de 4 ou 5 polegadas, e não numa de 13 ou 15, como estamos acostumados no desktop, ou pior, de 32 ou 40, como estamos acostumados na TV. Portanto, tome muito cuidado com letras pequenas para que elas não fiquem ilegíveis e teste antes de publicar”, orienta.
5. Tamanho é documento E, no caso de redes sociais, quanto mais curto for o vídeo, melhor. “Algumas pesquisas mostram na prática como a retenção da audiência se comporta ao longo do vídeo. Basicamente, se o vídeo tem até 30 segundos, a retenção é, na média, de 85%. Quando falamos de 1-2 minutos, a retenção cai para 66%, e se forem 5 minutos ou mais, ela cai para 34%. Ou seja, quanto mais curto for o vídeo, maiores serão as chances de a audiência o assistir inteiro. Então, anote aí: keep it short!”, reforça a executiva.
6. Seja objetivo Com a quantidade absurda de conteúdos que disputam a todo instante a atenção do usuário, é preciso conquistar a atenção dele nos primeiros segundos do vídeo. Acha que é uma coincidência o YouTube dar 5 segundos para as marcas tentarem chamar a atenção dos usuários? Não! É ciência. “Tenha em mente que já nos primeiros segundos, o vídeo deve responder à pergunta: ‘Que problema este vídeo vai ajudar o usuário a resolver?’. Além disso, lembre-se de que vinheta de abertura e créditos no início ficaram lá nos canais de TV a cabo”, indica Deborah.
7. Evite introduções desnecessárias: “Não adianta investir em postagens repetitivas e extensas: é necessário que o conteúdo seja o mais enxuto e direto possível, sem perder a eficiência”, finaliza a especialista. n
EVENTOS: TÉCNICAS E LOCADORAS
EMPRESAS TÉCNICAS E LOCADORAS SE REINVENTAM E SE ADAPTAM O MERCADO DE LIVE STREAMING
Live Solutions e React Brasil são dois empreendimentos recentes, fruto da parceria de diferentes empresas técnicas que estão se adaptando para fornecer soluções para eventos virtuais
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vida digital e os eventos on-line são uma realidade, não só no mercado de música e shows, mas em todos os setores da nossa sociedade, de escolas e universidades a empresas realizando reuniões e lançamentos de produtos de forma virtual.
Na Bahia A Live Solutions nasceu da necessidade e da oportunidade surgida no meio de uma pandemia que nos tirou da zona de conforto, atingindo nossa saúde mental, física e econômica. Esta é uma ideia do empresário e lighting designer Junior Luzbel, proprietário da reconhecida empresa Luzbel Tecnologia em Eventos, cuja matriz fica em Salvador (BA), mas trabalha com empresas e artistas de todo o País. Como muitas empresas no nosso setor, a Luzbel teve de demitir alguns funcionários e reduzir a jornada de trabalho de outros. A empresa inclusive está doando todos os meses cestas básicas para funcionários freelance. Vendo o estoque de equipamentos parado juntando poeira, além da escassez de dinheiro rondando a empresa, Junior pensou na tendência de fazer tudo virtual e projetou a Live Solutions. “O galpão estava cheio de equipamentos de ótimo nível. Sabemos que não é bom ter equipamento parado porque estraga e acabamos perdendo o nosso investimento. Além disso, precisamos trabalhar”, disse. “Hoje as pessoas estão procurando entretenimento na
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internet e percebemos que um novo modelo de negócio estava surgindo.” Junior conseguiu reunir algumas das grandes empresas do mercado para oferecer soluções completas para produções e infraestrutura na internet. Além da Luzbel, o projeto conta com Cenograph, Hall Vídeo e ITS. “As grandes companhias vinham fazendo eventos corporativos milionários, mas com essa pandemia, isso está mudando também. Para se ter uma ideia, a Audi já lançou um produto de forma virtual. Mas fazer um evento virtual não é tão fácil como parece. Há muitas coisas que você tem que entender, estudar e analisar, por exemplo, sua conexão de internet”, explicou Junior.
Segurança em primeiro lugar A Live Solutions está funcionando dentro do Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, onde as empresas parceiras montaram sete espaços diferentes: quatro em áreas internas, com estúdios totalmente equipados e até uma sala para videoconferências para re-
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uniões corporativas, e três em áreas externas, para quem quiser, por exemplo, fazer sua live da piscina. Em todos os espaços estão sendo seguidos e respeitados todos os protocolos recomendados pela OMS, incluindo distanciamento, uso de máscaras e protetores faciais para toda a equipe, túneis de desinfecção, horários diferentes para as equipes trabalharem, desinfecção correta dos ambientes e até um técnico de enfermagem para medir a temperatura de todos os envolvidos. “Se tiver alguém doente, vamos anotar os dados e passar para a Secretaria de Saúde”, afirmou. “Queremos oferecer um produto de confiança e não mediremos esforços para cumprir todas as normativas.” Nos diferentes espaços disponíveis, a empresa está oferecendo variadas opções para fazer a live ou evento virtual, incluindo iluminação com equipamentos de última geração, sistemas de som de nível mundial, variedade em painéis de LED, estruturas (trusses) para todo tipo de montagens, projetos em 3D com programação e timecode, mobília dis-
ponível para criar a cenografia desejada e uma equipe altamente profissional em cada setor envolvido. “Conseguimos oferecer tudo para o cliente, seja live, aulas on-line, reunião virtual, lançamento de produto, e-games, leilões e outros. Estamos tendo um bom resultado, com consultas de diferentes artistas, escolas e empresas de todos os segmentos, sempre seguindo todos os protocolos de segurança”, finalizou Junior.
Em São Paulo Outro projeto seguindo essa linha vem da parceria de algumas reconhecidas empresas de São Paulo que reuniram suas forças e formaram a React Brasil. As empresas Crialed Produções Visuais e Eventos, Loudness Ltda., LPL Professional Lighting e Alliance BR uniram seus recursos para continuar fornecendo produção técnica para
eventos, dessa vez virtuais. Com atenção especial aos protocolos recomendados para manter a saúde e a segurança de todos os envolvidos contra a Covid, a React Brasil está oferecendo toda a estrutura necessária para live streaming: montagem de palco em um estúdio com tecnologia audiovisual completa e solução digital para transmissão ao vivo de eventos virtuais, sejam corporativos, publicitários ou artísticos. Caio Bertti, diretor da LPL e designer de iluminação, comentou: “A React é um novo pensamento de como trabalhar no audiovisual durante e após a pandemia. Temos que continuar trabalhando sem abrir mão da segurança de cada indivíduo. Colocamos o número mínimo de pessoas para trabalhar, demoramos mais em montar, mas tudo é feito com segurança. Usamos luvas, máscaras, aventais, prote-
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tores, desinfecção, tudo foi pensado por especialistas em cada área. Até o refeitório foi mudado para respeitar o distanciamento recomendado.” Cabe destacar que “a React começou com a live de uma pessoa que passou pela Covid, Dinho Outro Preto, do Capital Inicial. A banda acreditou no nosso projeto e viu a seriedade do nosso trabalho, seguindo os protocolos para evitar a doença.” A ideia da React é cobrar preço de custo para poder pagar cachês e salários, mas em contrapartida o cliente se compromete em gastar 20% da verba dele do projeto em cestas básicas. O que você achou? n Mais informações react.art.br LiveSolutionsBR React.Oficial
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DISTRIBUIÇÃO: IZZO MUSICAL
IZZO É A NOVA DISTRIBUIDORA DA NEUTRIK NO BRASIL
A Izzo anunciou que mais uma marca entrará no portfólio de distribuição da empresa: a Neutrik, disponibilizando conectores para diferentes setores do mercado
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Neutrik tem mais de 40 anos de experiência na fabricação de sistemas e produtos de conexão para os mercados de áudio, vídeo, iluminação, dados, energia e outras áreas industriais. O Grupo Neutrik tem sua base em Liechtenstein, mas também tem subsidiárias nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Japão, China, Hong Kong, Índia e Alemanha, além de uma rede de distribuidores exclusivos em mais de 80 países em todo o mundo. A marca já tinha presença no Brasil, mas decidiu mudar de estratégia e agora fez parceria com a Izzo, que se encarregará da distribuição no País. Leandro Campos, gerente comercial da Izzo, contou que a empresa trabalhará a Neutrik em todas as suas verticais e será criado um departamento exclusivo para a marca: “Os mercados de áudio e iluminação estão mais próximos do nosso core business. Dessa forma, acreditamos que nossa força de venda conectada ao departamento exclusivo promoverá o desenvolvimento desse mercado. Para os demais, entrarão no time outros profissionais, tais como os integradores para o mercado de broadcast, por exemplo. Além disso, participaremos das principais feiras de segmentos com potencial de negócios para a marca, todas elas já devidamente mapeadas e com a garantia de apoio por parte da Neutrik”. Priscila Storino, CEO da Izzo Musical, e Johaness Vegh, gerente regio28 www.musicaemercado.org
Equipe da Neutrik e da Izzo fecharam acordo no NAMM Show
nal de vendas da Neutrik, dão mais detalhes a seguir.
Como a Izzo trabalhará com a Neutrik Como vocês avaliam o impacto da Neutrik no portfólio da Izzo Musical? Priscila: Buscávamos uma marca que
pudesse se encaixar em nosso mix de produtos de maneira expressiva e assim desenvolvermos um mercado no qual ainda não temos forte atuação, que é o de áudio profissional. Nosso planejamento apontou alguns atributos indis-
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pensáveis para esta marca, dentre eles ser líder no segmento em que atua e de distribuição escalável, assim como nossas principais marcas. A Neutrik reúne essas e outras características, encaixando-se perfeitamente em nosso portfólio. Será um marco em nossa jornada pelo mercado de áudio profissional. Vocês creem que a Neutrik possa desenvolver uma departamento voltado para o áudio, considerando que a marca é um dos componentes mais reconhecidos no setor?
Priscila: Um dos pilares do nosso planejamento consiste em ter um departamento exclusivo na nossa estrutura que seja capaz de atender às demandas da marca no Brasil mantendo uma conexão direta com a sede da fábrica na Europa. Dessa forma, a Neutrik terá uma célula dentro da Izzo com foco não somente no áudio, mas nos demais mercados de potencial para a marca. Como vocês avaliam o mercado potencial da marca? Priscila: O potencial de crescimento
no Brasil é muito grande. Acreditamos que nossa capilaridade e know-how em distribuição de acessórios possam trazer resultados positivos para a marca em curto prazo no segmento de áudio profissional. Para sustentar esse crescimento e desenvolver os mercados de broadcast, medical e data, nosso departamento exclusivo terá um papel fundamental. Será ele que estabelecerá um elo entre a fábrica e esses mercados, fazendo com que a Neutrik esteja mais próximo dos projetos e demandas em tempo real. Marcas que desenvolvem não só produtos, mas soluções, precisam dessa aproximação e o papel do distribuidor é proporcionar isso. Este é o ponto mais importante do nosso projeto para a marca.
A empresa ficará com o estoque da antiga distribuidora? Priscila: Não. A aquisição de estoque
já nacionalizado inviabilizaria a comercialização dos produtos aos preços de mercado. Obviamente que esse seria o melhor cenário para todos neste momento, entretanto, o sistema tributário brasileiro não permite esse tipo de negociação. A sobreposição de produtos pode acontecer, mas não nos preocupa tanto. Acreditamos que a chegada do nosso primeiro embarque será no momento em que os estoques no Brasil já não estiverem em níveis muito altos.
Mais um pouco sobre a Neutrik, com Johaness Vegh Quais fatores levaram a Neutrik a optar pela mudança na distribuição no Brasil? Johannes: A gama de produtos da Neu-
trik aumentou muito ao longo dos anos e agora atende a mais segmentos e aplicações de mercado. Para atender melhor à nossa atual gama de produtos e aos desafios relacionados no mercado, decidimos adotar uma nova abordagem com um novo parceiro no Brasil. Estamos confiantes de que a Izzo é o parceiro certo para satisfazer esses requisitos.
Quanto a América Latina representa em vendas para a Neutrik? Johannes: As vendas na América Lati-
na são estáveis, mas não enormes, em comparação com mercados com mais negócios de manufatura. Como em toda parte, há espaço para melhorar. O que vocês esperam do Brasil nos próximos cinco anos? Johannes: Nossa expectativa é melho-
rar a cobertura de todos os diferentes segmentos de mercado que são importantes para a Neutrik atualmente. Junto às tradicionais aplicações de áudio profissional, estas incluem aplicações médicas e de broadcast, entre outras. Estamos confiantes de que a Izzo ajudará a aumentar significativamente as vendas em todos os segmentos de mercado.
Quais produtos são o foco da atenção da Neutrik atualmente e por quê? Johannes: Estamos trabalhando em
vários projetos interessantes, incluindo, por exemplo, um novo sistema de conexão por fibra, dispositivos de conectividade fáceis de usar para redes de áudio e melhorias de alguns produtos padrão, a fim de torná-los compatíveis com as normas futuras.
Tecnicamente falando, qual é o diferencial da Neutrik em relação aos seus competidores?
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Johannes: Os produtos Neutrik forne-
cem muitas características técnicas, alta qualidade de produto, confiabilidade e um design funcional e agradável a um preço razoável. A Neutrik criou muitos produtos que se tornaram padrão na indústria do entretenimento e isso continuará. O fato de terem sido copiados muitas vezes comprova que nossos produtos fornecem a combinação certa de todas essas características para nossos clientes. Os clientes tendem a pensar na Neutrik durante o projeto, a fabricação e a instalação. Quando um sistema está funcionando, eles confiam confortavelmente nos produtos da Neutrik.
Poderia falar um pouco sobre o R&D da Neutrik? Johannes: Na Neutrik, cerca de 25 pes-
soas são responsáveis pelo desenvolvimento de novos produtos e pela melhoria contínua dos produtos existentes. O processo é conduzido pela demanda do mercado e desenvolvimentos técnicos. A chave para o sucesso é a combinação certa entre ambos. Como a Neutrik combate os produtos falsos? Johannes: Embora a impressão geral
de falsificações às vezes seja obviamente falsa, em certos casos é necessário examinar os detalhes mais refinados dos componentes, como contatos e a maneira de manipular e montar nossos produtos. Como nossos conectores são relevantes para a segurança em certas aplicações, é altamente recomendável o uso de um conector Neutrik original. Além disso, o canal de distribuição ajudará a garantir que o produto seja original da Neutrik. n Mais informações izzo.com.br IzzoMusical Izzo.Musical
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LANÇAMENTO FRAHM
FRAHM RETOMA ATIVIDADES E APRESENTA NOVAS CAIXAS
Depois das incertezas no início da pandemia e do fechamento da maioria das empresas, a Frahm retoma suas atividades e lança novos modelos de 4” nas linhas CS e HS
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omo muitas empresas de todos os setores industriais, o começo da pandemia não foi fácil para a Frahm. Os escritórios e a fábrica da companhia tiveram de fechar, mas a equipe não ficou parada e continuou projetando produtos e fixando objetivos para o resto do ano. “Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a iniciar a quarentena. Nesse período, ficamos com nossa produção e áreas administrativas parcialmente paradas, dando suporte e atendimento aos nossos clientes e fornecedores”, comentou André Teixeira Frahm, gestor de marketing e P&D. “Estamos com todas as nossas atividades normais de maneira geral na empresa. Quanto ao atendimento à nossa carteira de pedidos, foi adequado para a demanda existente.” Sobre o apoio aos lojistas, ele declarou que a empresa está analisando cada caso isoladamente e dando todo o suporte necessário para que toda a 30 www.musicaemercado.org
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Caixa de som HS 4” Outdoor Potência RMS: 100 W Alto-falante: 4” Tweeter: Mylar 1” Impedância: 8 ohms Resposta de frequência: 60 Hz - 20 Hkz Sensibilidade: 88 dB Peso (PAR): 3,4 kg Dimensões do produto (AxLxP): 206 x 143 x 146 mm
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cadeia seja atendida com o mínimo de danos possível. “Estamos auxiliando nosso cliente a vender por meio de vídeos e estratégias de conteúdo que geram visibilidade para a marca e, consequentemente, relevância.” A Frahm conta com um amplo atendimento aos consumidores nas principais plataformas de comunicação. “A pandemia acelerou um processo de digitalização que já estava em curso. Nesse sentido, estamos atendendo nossos clientes e consumidores normalmente, por todos os nossos canais, e também realizando muitas lives e treinamentos on-line, a maioria em parceria com clientes”, reforçou.
Novos modelos das linhas HS e CS de 4” Com a reabertura da fábrica e das linhas de produção, a Frahm lançou novos modelos de 4” para as linhas CS e HS, que se unem aos modelos de 5” e 6”, projetados e fabricados 100% no Brasil. André explicou: “Todos esses modelos nasceram principalmente para que o mercado tenha um produto de qualidade acústica, design contemporâneo e com preços competitivos. Com eles, a Frahm busca estar presente em todos os possíveis projetos de sonorização comercial e residencial, proporcionando para o cliente uma experiência de áudio equilibrado e muita potência”. Ele destacou que as linhas possuem vários diferenciais, como: • as caixas acústicas outdoors da Frahm possuem retificado IP 56, sendo seu telar de alumínio revestido com pintura epóxi e o gabinete injetado com pigmento UV, que proporciona maior durabilidade ao produto; • suporte biarticulado; • únicos produtos do mercado com local para inserção de trafo externo.
Mais Frahm Apesar da situação adversa que todos estão vivenciando, a Frahm continua
desenvolvendo novos projetos e produtos. “Diante da pandemia de Covid-19, a Frahm refez seu caderno de lançamentos para 2020. Isso significa que reorganizamos as prioridades de desenvolvimento, intensificando ainda mais produtos para sonorização residencial”, enfatizou. “Os cenários futuros são muito incertos. As oscilações do câmbio, as incertezas políticas, entre outras vari-
áveis incontroláveis, criam um cenário difícil de ser previsto. Mas estamos muito otimistas com a retomada econômica, tendo em vista a reação positiva que já estamos identificando dentro do nosso setor”, concluiu. n Mais informações frahm.com.br FrahmOficial
SONORIZAÇÃO
ESTRATÉGIA: FUHRMANN
FUHRMANN FAZ LANÇAMENTO DE PRODUTO TOTALMENTE ON-LINE
A reconhecida Fuhrmann apresentou em maio seu novo pedal Tube Drive por meio de uma estratégia de marketing totalmente virtual
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m épocas difíceis, é importante não ficar parados. Se você tiver os recursos para continuar trabalhando durante a pandemia, então terá as ferramentas certas para criar e inovar. Sabemos que as vendas não serão as mesmas, mas é importante manter a presença no mercado e apresentar novas opções para o público. Prova disso é o trabalho da Fuhrmann. Com metade da equipe trabalhando na empresa e a outra metade em home office, a Fuhrmann não ficou de braços cruzados. O resultado foi o lançamento on-line do novo pedal Tube Drive. E vem mais por aí.
Relembrar faz bem
Alexandre Ferreira, coordenador de marketing da Fuhrmann
Todos conhecemos a marca e seus produtos, mas sempre é bom lembrar sobre o começo. A Fuhrmann iniciou atividades em 2006. Começou de um sonho de Jorge Fuhrmann e seu filho Daniel, que são não apenas os idealizadores da marca, mas também dos produtos. Daniel atualmente é a pessoa que pensa e desenvolve os pedais, e seu Jorge — como a equipe o chama — administra a empresa e a marca, mas também colabora nos projetos de criação dos produtos. Quem conhece a companhia sabe que ela passou por várias transformações e mudanças ao longo dos anos, mas a maior talvez tenha sido em termos de produtos. Em 2016 foi lançado o Reverb, que foi um divisor de águas para a Fuhrmann — não só foi um produto marcante para satisfazer as necessidades do mercado na época, mas também trouxe uma série de transformações visuais, estéticas, sonoras e mais.
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A partir daí, a empresa começou a trabalhar em relançamentos e releituras de pedais antigos no padrão do Reverb, produto que trouxe essa nova geração de pedais dentro da Fuhrmann. Na live que fizemos com Alexandre Ferreira, coordenador de marketing da empresa, ele contou diversos detalhes sobre a empresa e os mais recentes produtos. A Fuhrmann é uma empresa 100% brasileira. Com essa série de transformações, mudou também a linha de produção ou pensaram em fazer pedais fora? Alexandre: Claro que quando você
insere inovações tanto estéticas como sonoras e nos componentes, isso muda também um pouco a produção, mas posso dizer que a Fuhrmann é 90% igual ao que era no início. A empresa só foi inserindo mais mão de obra porque ainda é tudo bastante manual —
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até para dobrar a chapa tem uma pessoa lá rodando a manivela para descer o peso e fazer a dobra. A Fuhrmann é uma empresa muito artesanal em alguns aspectos, mas também muito moderna em termos, por exemplo, de componentes e tecnologia. A fabricação é totalmente brasileira, tanto que no começo do ano lançamos uma campanha nas redes sociais mostrando um pouco do processo, fizemos um vídeo mostrando a fabricação, construção, como é feito um projeto dentro da Fuhrmann. A única coisa que a empresa importa — na verdade, é o que todas as empresas do Brasil importam — são os componentes, porque aqui não tem ninguém que faça, mas a empresa não pensa em produzir fora. O aspecto dos pedais da Fuhrmann anteriormente era bem diferente da nova linha e das reedições. O que
mudou nesses pedais? Alexandre: A primeira coisa diferente
é justamente a estética, mas tem mais. Posso destacar quatro características básicas que você percebe logo: o primeiro é o layout do pedal, que está mais clean. Tanto os pedais novos como os de releitura vêm com um logo especial que a gente desenha, considerando a história do efeito ou até o efeito em si. Por exemplo, temos o Compressor — ele tem um gráfico de compressão que quem trabalha em estúdio identifica logo, ou seja, estamos tentando reproduzir visualmente o efeito. Também têm os knobs, que antes tinham aquele dente branquinho e agora têm uns robustos, mais fáceis de manusear. Outro aspecto é o tamanho do pedal. Na linha antiga alguns já vinham com o tamanho padrão, mas agora todos seguem o mesmo tamanho. E a questão da pintura, que mudou radicalmente. Antes seguia a linha de pinturas lisas e brilhantes, hoje usamos uma pintura fosca, metalizada com acabamento acetinado, bem mais moderno e bonito. Isso em termos visuais. Já em termos sonoros, eu diria que são projetos totalmente novos. Para dar um exemplo, no ano passado lançamos o Chorus, que foi uma união dos anteriores Cool Chorus e Vintage Chorus. Pegamos o melhor que cada um tinha e trouxemos uma roupagem nova de sonoridade para ele. Em algumas releituras mantivemos basicamente o efeito, só que buscamos colocar alguns recursos a mais, como é o caso do Punch Box. Então, além de toda a mudança na estética, colocamos um controle de baixo, um controle de agudos e uma chave de médios de três posições que fizeram toda a diferença. Só que o timbre do Punch Box, para quem curtia antes, é o mesmo, mas agora tem mais recursos e está moderno, atualizado.
Tube Drive: o que tem de novo? Visualmente destacam-se os knobs novos e robustos, e a pintura fosca metalizada com acabamento acetinado, mas tem mais. Em sua versão anterior, o pedal contava com os controles Level, Drive e Tone. Na nova versão, foi adicionada a chave Bright, que dá mais versatilidade ao efeito, podendo se adaptar a uma grande gama de guitarras e amplificadores ou buscar uma característica diferente para a resposta das frequências agudas, permitindo novas possibilidades ao já consagrado Tube Drive. Outro novo recurso é o controle de Bass, que atua antes do estágio de saturação. De acordo com seu uso, esse recurso oferece maior ou menor definição, podendo chegar a timbres fuzzy. Nesse caso, ao controlar o corte das baixas frequências, o estilo do efeito é completamente alterado (em função da guitarra, amplificador ou forma de uso), podendo se adaptar a amplificadores limpos ou distorcidos. Características — Chaveamento: True Bypass. Controles: Level (nível de saída), Drive (nível de ganho da saturação), Tone (controle de frequências agudas), Base (controle de frequências graves - pré-saturação) e Bright (chave de brilho com três níveis). Alimentação: 9V (pino central negativo). Consumo: 6 MA (mín.) – 15 MA (máx.). Dimensões: 6 cm (A) x 7 cm (L) x 11 cm (P). Peso: 350 g.
Estão trabalhando em mais alguma reedição? Alexandre: Acabamos de relançar o
Tube Drive, um produto que os usuários estavam pedindo desde o ano passado. A campanha e o lançamento foram feitos por redes sociais e o feedback do público foi muito grande e rápido. Era um produto que a galera estava esperando. Estamos muito felizes porque o público tem correspondido. Ainda que estejamos em quarentena, o pessoal tem abraçado, tem comprado, estamos bem felizes com a primeira semana de resultados.
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Depois desse lançamento, nos sentamos e conversamos, porque ideias não faltam! Sem dar muitos detalhes, posso dizer que com certeza este ano teremos ainda mais novidades, não só em termos de produtos, mas também dentro da própria Fuhrmann, pois estamos preparando para 2020 um crescimento grande da empresa. Apesar dos desafios atuais, estamos trabalhando para poder atingir a visão que tínhamos antes da pandemia. Falando sobre a pandemia, como está sendo este momento para a Fuhrmann?
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Alexandre: A pandemia trouxe um impacto no mundo inteiro e nós também estamos passando por isso. Sabemos que é um momento delicado, mas não podemos parar. Temos contas para pagar e um mercado para cuidar, então estamos trabalhando do melhor jeito possível. A equipe de produção está atuando com o máximo cuidado. Infelizmente, tivemos de fazer alguns afastamentos temporários, embora precisássemos de todas as mãos operando. Mas não teve outro jeito. Há alguns membros da equipe, do financeiro, por exemplo, que precisam estar na empresa, mas tem outros que fazem seu trabalho em home office, como o seu Jorge — que está no grupo de risco —; eu, que sempre trabalho em casa porque moro no Sul; e o Daniel, que é o projetista, e que também está trabalhando de casa. Estamos conseguindo conciliar bem. Sabemos que estamos passando por uma pandemia e o pessoal não está podendo comprar como antes, mas a resposta que tivemos com o Tube nos mostra o contrário, que apesar dos problemas atuais, o mercado está aí esperando que a gente ofereça nosso melhor. Qual é a melhor resposta da Fuhrmann perante uma situação como esta? Continuar fazendo o que ela sabe fazer: dar o melhor e fazer produtos que agradem ao público.
Lançamento nas redes sociais
Quem está no exterior também encontra pedais da Fuhrmann? Alexandre: Estamos começando a mi-
rar o mercado externo, porque quando falamos em vender para fora, existem regras e leis para isso. É preciso analisar tudo e criar uma estrutura, mas sempre esteve no sonho da Fuhrmann. Temos conversado sobre isso e quem sabe no futuro atuemos no exterior. n
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Mais informações fuhrmann.com.br FuhrmannPedais FuhrmannBR
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ENTREVISTA: GB MUSICAL
DE LOJA A DISTRIBUIDORA, GB MUSICAL COMEMORA 10 ANOS
A GB Musical é uma distribuidora e importadora no interior de Minas que está celebrando seu décimo aniversário trazendo um rico background e know-how para o mercado local
A
história da GB Musical começou bem antes da fundação da empresa. Corria a década de 1980, quando Giovanni Bionde tinha uma loja de vinil, fita cassete e outros em Montes Claros, Minas Gerais. Em contato com os representantes que ofereciam esses formatos de música surgiu a oportunidade de vender também instrumentos, e foi por volta dessa época que seus filhos Bruno e Victor começaram a participar do empreendimento familiar. O mercado musical virou uma paixão. Os negócios foram fluindo bem e surgiu a ideia de importar produtos sob marcas próprias com o objetivo de agregar valor ao mercado com itens específicos para o consumidor brasileiro. Nesta entrevista com Bruno Bionde, diretor comercial, e Victor Bionde, diretor administrativo, conheceremos mais sobre a empresa e sua ideologia.
Contem mais sobre a história da GB Musical e o que ela se tornou hoje. Bruno: A história começou em 1980
com nosso pai, Giovanni. Ele era lojista, vendia discos de vinil, fita cassete, CD, um pouquinho da era do DVD. Esse mercado e o de instrumentos eram muito próximos. O representante que atendia o segmento de venda de música também trabalhava com instrumentos musicais e essa foi a porta de entrada que ele encontrou na época. Eu estava começando na empresa, era muito novo, e iniciamos com a venda de instrumentos musicais. Há dez anos decidimos dar mais um passo com a importação, nascendo assim a GB Musical.
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Bruno, Giovanni e Victor Bionde
Victor: A GB Musical é uma distri-
buidora que atua em todo o mercado nacional. Temos no portfólio quatro marcas de produtos importados: a Soundvoice, que é a nossa marca de áudio profissional; a Spring, de instrumentos musicais; a Smart, de acessórios e ferragens; e a Spectrum, que é de iluminação profissional. Todas elas existem desde a fundação da GB Musical. São marcas concebidas com a ideia de inovar no mercado, oferecendo propostas interessantes, especialmente para o consumidor final.
Vocês fizeram muitas mudanças desde então. Mais uma mudança chegou agora com a pandemia de coronavírus. Isso será positivo ou negativo? Bruno: Achamos que será positivo. Nós
e nosso pai já passamos por momentos inoportunos no mercado e sabemos
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trabalhar sob pressão, mas nunca por tanto tempo como está acontecendo agora! Essa realidade está nos levando a fazer os trabalhos em outro formato. Victor: Toda crise vem para ressaltar ou reforçar algumas tendências. Acho que todo mundo sabia há tempos que a tendência é o mercado virtual, o e-commerce. Isso não é futuro, é o presente, é realmente sobrevivência. O mercado digital veio para ficar. A gente acredita nisso e os players do mercado que ficarem abertos à mudança vão sair na frente. Quem interpretar que isso está trazendo algo positivo vai surfar a onda e se destacar entre todos os demais. Vocês usam o Mercado Livre? Victor: É algo que não estamos fazen-
do, pois não somos uma distribuidora que quer vender direto para o consumidor final, senão estaríamos matando uma parte da cadeia, que são os lo-
jistas. Não vemos isso com bons olhos. A distribuidora tem que dar apoio ao lojista, ser parceira, e não concorrente. Como vocês vem a importância da geração do seu pai e da de vocês, que é a que vai levar o mercado da música a outras dimensões? Bruno: É uma pergunta complexa de
responder, porque aí vamos analisar uma tendência. Estamos vendo, neste momento de reclusão, de pandemia, que as pessoas estão ficando mais em casa, o que representa um avanço no atendimento do consumidor final, na logística, na tecnologia. Temos percebido também uma retomada dos velhos hábitos, por exemplo, quem tinha um violão ou um teclado parado em casa voltou a tocar. As pessoas saíram um pouco do on-line e voltaram a pegar aquele instrumento esquecido em casa, então acreditamos em um futuro híbrido. Um futuro com muita tecnologia, mas com elementos da cadeia tradicional. O lojista ou o distribuidor que não tiver um resguardo financeiro neste momento, em que muitos foram obrigados a fechar, vai patinar um pouco, vai se ver obrigado a queimar seu estoque. Tem que conseguir manter um capital e um fluxo de caixa estável, mas também acreditamos que uma importadora ou um lojista sólidos, que neste momento são as empresas que estão procurando se reinventar, tratando os clientes de forma especial, com atendimento personalizado pelo WhatsApp ou redes sociais, procurando ter sistema de delivery, oferecendo a possibilidade de liquidação de faturas anteriores ou até buscando novidades em termos de produtos, é quem vai sair na frente quando tudo isso passar.
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Falem um pouco sobre a preparação que tiveram para assumir a direção da empresa. Victor: Desde que éramos novos, nos-
so pai sempre nos deixou participar da vida da loja, sempre procurou nos passar certas atividades. Começamos fazendo de tudo: fomos office-boys, vendedores, gerentes de loja. Passamos por todas as etapas, mas isso não foi por acaso. Desde a época da escola, mesmo durante as férias, enquanto os nossos amigos estavam se divertindo, nós estávamos trabalhando na loja com nosso pai, ou seja, ele começou a nos preparar para esse tipo de trabalho desde pequenos. Fomos tomando gosto, ele nunca nos obrigou a continuar com o negócio familiar. Gostávamos de trabalhar nisso mesmo. Bruno: Nós três somos formados em administração de empresas, seguimos os mesmos passos, muitas vezes sob a orientação do nosso pai. Eu me lembro de que queria fazer faculdade fora e meu pai disse: “Você está louco? Como quer estudar administração de empresas se lá fora não vai ter uma empresa para administrar? Você tem que estudar aqui, onde a nossa empresa fica”. Lembrando que nós estamos no interior de Minas Gerais e aqui não tem faculdade federal. Estamos a pouco mais de 400 km de Belo Horizonte. Então passaram de loja a distribuidora. Vocês multiplicaram o negócio da música na família, certo? Bruno: Sim, mas não ficamos somente
aí. Isso nos possibilitou olhar para outros horizontes. Temos também uma franquia no ramo de alimentação, que foi algo que sempre quisemos tentar — ter uma franquia. Temos ainda uma empresa de importação de utilidades domésticas, um negócio que cresceu neste momento de pandemia. Temos uma empresa focada na mobilidade, com importação de scooters elétricas da China. Temos uma empresa de automação resi-
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dencial, por exemplo, para fazer instalação de sistemas multimídia, e atuamos também em algumas frentes de construção civil. Tudo veio da música. Como vocês administram tantos negócios? Victor: Temos gerenciamento separado
em todas as frentes. Temos gerentes que tomam conta de cada um dos negócios para focarmos principalmente o planejamento estratégico e conseguir apoiar todos eles. Temos uma forma de trabalho bem interessante, em que a função básica é capacitar o nosso time para eles conseguirem disseminar o nosso conhecimento. Então, estamos em constante capacitação para conseguir filtrar e perceber o que faz mais sentido para cada um deles fazer. Em todos esses negócios que o Bruno citou anteriormente, temos uma pessoa-chave que faz o trabalho de gestão para poder disseminar conhecimento para todo o time. Bruno: Pode até parecer clichê, mas acho que grande parte do sucesso que tivemos com essas operações é justamente graças à composição desses times. Se não tivéssemos pessoas qualificadas, capacitadas e bem remuneradas, não teríamos condições de atuar em todas as frentes e tratar os negócios bem separados. Onde está o coração de vocês com todos esses negócios e como têm tempo de visitar eventos do mercado da música? Bruno: A nossa motivação principal
é a GB Musical, onde conseguimos colocar os nossos princípios maiores em termos de fidelidade. Talvez estejamos focando nossos esforços mais nela, bem como disponibilizando mais tempo para ela, a fim de visitar eventos, encontros e feiras regionais, por exemplo. Praticamente atuamos como conselheiros dentro das nossas empresas, por isso nenhum de nós,
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nem nosso pai, tem título de CEO, CTO, COO, nem nada disso. Essas são funções do nosso time. Acreditamos que o relacionamento é muito importante, buscar informações sobre o mercado, coisas que você só obtém falando com as pessoas que encontra nos eventos. Victor: A GB tem um ótimo time de funcionários e de representantes, e somos muito gratos por isso, porque sabemos que quem está na operação, quem está no dia a dia, quem faz acontecer são eles. O que acham que vai acontecer no mercado até o final do ano? Victor: Temos que pegar os cenários,
as tendências, as dicas que obtemos no dia a dia e não realmente prever o que vai acontecer, mas montar o que é mais óbvio. Uma frase que a gente fala muito é: “O óbvio dá dinheiro”. Então, às vezes o pessoal fica procurando soluções malucas quando na verdade o simples é o que realmente resolve. Para nós já está muito claro que não se trata do futuro, mas do presente. Todos os nossos estudos ocorrem de forma a ver o que conseguimos fazer para agregar valor no digital, desde o lojista até o consumidor final; como vamos fazer para contribuir com o ecossistema, obter um crescimento bacana e sobreviver de uma forma saudável. Já temos algumas tendências identificadas em que estamos de olho e acreditamos, sim, em uma retomada, embora bem lenta. Não podemos ficar esperando, pois não vai acontecer um estalo e os negócios vão começar de novo. Será lento, mas temos que ir nos preparando, dia após dia. n Mais informações gbmusical.com.br GBMusicalBrasil SoundVoiceAudio SpringBrasil
CAPA: SHURE
SHURE FAZ 95 ANOS
A Shure está comemorando seu 95º aniversário. Conheça como a empresa está operando sob a liderança da presidente e CEO Chris Schyvinck
A
reconhecida Shure está fazendo 95 anos, uma longa trajetória que permitiu à empresa se desenvolver, profissionalizar, criar produtos cada vez melhores e expandir para todo o mundo, com equipe especializada e focada em fornecer as melhores soluções para os usuários de diferentes segmentos no mercado de áudio. Hoje a empresa é liderada por Chris Schyvinck, presidente e CEO, que nesta entrevista exclusiva fala sobre a companhia, sua experiência no mundo de áudio, historicamente dominado pelos homens, o presente e o futuro da Shure.
Conte-nos o que mudou na Shure desde que você se tornou presidente e CEO da empresa. Chris: Eu começaria dizendo o que
não mudou. As filosofias estabelecidas por S. N. Shure, nosso fundador, permanecem inalteradas: trabalhar juntos para oferecer os melhores produtos da categoria, ser uma boa cidadã corporativa, vizinha e empregadora, e saber que a perfeição absoluta talvez não seja possível, mas nunca deixaremos de buscá-la. Esses são os pilares de nossa empresa, e eles seguem inabaláveis. Quanto a nossa
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Escritório da Shure nos EUA
forma de fazer negócios, um desenvolvimento importante nessa área tem sido nossa evolução estrutural rumo a uma governança de portfólio de produtos e gestão de mercado juntamente com linhas de mercado setoriais, que descrevemos como Áudio Profissional, Sistemas Integrados e Áudio para Músicos e Consumidores. Esse foco nos permite capitalizar nosso sucesso passado nesses segmentos e criar poderosas estratégias para o futuro. As mudanças em nossas ofertas de produtos são resultado desse foco, por exemplo, a transição para sistemas de microfone sem fio
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digitais na linha profissional, o crescimento de áudio em rede com base em tecnologia da informação (TI) no segmento de sistemas e a expansão de fones sem fio na segmentação de consumo, para mencionar algumas dessas mudanças. É a primeira vez que a Shure tem uma mulher como presidente e CEO. O que isso significa para você? Chris: Ainda que eu seja a primeira
mulher a ocupar o cargo de presidente da Shure, é importante lembrar que Rose Shure foi a presidente de nosso conselho administrativo
de 1995 a 2016. Como presidente e CEO, eu a adoto constantemente como exemplo quando me encontro diante de decisões importantes, particularmente com relação aos nossos funcionários, a quem chamamos de associados. Tanto o sr. como a sra. Shure reconheciam que nossas pessoas são o que temos de mais valioso, e eu concordo plenamente com essa filosofia. Nós ampliamos consideravelmente nosso quadro global de associados nos últimos anos para fortalecer nossas estratégias de crescimento e temos feito todo o possível para preservá-lo neste período de interrupção de atividades e incertezas econômicas. Estou segura de que nossa ex-presidente do conselho teria feito o mesmo. E o que essa importante conquista significa para as mulheres em nosso setor de mercado? Chris: Eu espero que
possa liderar também pelo exemplo, não apenas para as mulheres da Shure, mas do setor como um todo. Historicamente, as mulheres têm sido pouco representadas no setor de áudio, mas vemos algumas mudanças positivas nessa realidade. Tento me manter acessível Chris Schyvinck, presidente e CEO da Shure www.musicaymercado.org 41
para lidar com fóruns de mulheres em nossos vários segmentos de mercado e enviar a mensagem de que elas podem alcançar o sucesso neste setor e que aprender umas com as outras ajuda a dar impulso. Para além do setor de áudio, aproveito oportunidades para enviar essa mensagem a um público mais amplo de mulheres nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, particularmente mulheres jovens que estão pensando em seguir carreira nesses campos.
Escritório no Brasil comemora 4 anos
Shure celebra 4 anos de operação no Brasil e se consolida no País ao oferecer amplo portfólio de produtos e soluções Inauguração do escritório no de áudio. A multinacioBrasil em 2016. @marcoshermes nal possui escritório próprio em São Paulo desde junho de 2016 e conta com uma equipe multidisciplinar liderada por Alexandre Medeiros, gerente de vendas. Segundo Alexandre, a Shure planeja reforçar ainda mais o posicionamento da marca no País. “Avaliamos e escolhemos o Brasil para investir porque o mercado brasileiro tem um grande potencial de crescimento no segmento de áudio. Nosso foco é direcionar, ajudar, acompanhar e garantir que a equipe e os parceiros estejam alinhados à estratégia da companhia, que é se dedicar cada vez mais a crescer no mercado, mantendo o engajamento dos clientes e aficionados da marca”, afirma o executivo. Para isso, Alexandre reforça a importância de se manterem conectados aos usuários e terem uma estrutura de atendimento eficiente, formada por parceiros-chave inseridos em seus respectivos setores de atuação. “Dessa forma, conseguimos identificar oportunidades e desenvolver novos negócios”, conclui. Além disso, o time da Shure continua crescendo ano após ano no Brasil. O quadro de funcionários vem aumentando consistentemente, com o objetivo de atender à demanda cada vez maior pelos produtos da multinacional.
Foi difícil para você construir uma carreira no setor de áudio? Chris: Na verdade, não. Não acho que
tenha deparado com preconceito de gênero em minha carreira na Shure e, como mencionei, pude contar com poderosas mentoras, inclusive a proprietária da empresa. Claro que qualquer população que se encontre em minoria enfrenta desafios para equiparar sua influência. Mas, na Shure, que se concentra sempre em criar produtos da mais alta qualidade, aproveitar oportunidades com base na opinião dos clientes e tratar cada cliente com justiça e respeito, há muito pouca margem para um debate baseado em gênero.
Que habilidades e qualidades pessoais e profissionais ajudaram você a ocupar um cargo tão importante como o atual? Chris: Eu me formei em engenharia
mecânica e obtive mestrado em gestão de engenharia. Minha formação educacional me ajudou a ingressar na Shure em 1989 como engenheira de qualidade e, mais tarde, a assumir papéis de liderança em diversas divisões da empresa — como qualidade, operações, marketing e vendas — antes de me tornar presidente e CEO em 2016. Ter uma visão bastante ampla das áreas funcionais e necessidades de recursos da empresa certamente
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ajudou minha carreira a progredir ao longo dessa trajetória. Em um nível pessoal, sempre me esforcei para ser alguém com capacidade de escutar, ou seja, considerar cuidadosamente diversos pontos de vista, tanto dos clientes como de nossos associados. É fundamental ter a visão ampla de uma situação antes de tomar qualquer decisão, seja ela pequena ou grande, e levo muito a sério a busca de estabelecer um ponto de vista equilibrado. Quais são os aspectos mais desafiadores de tocar uma grande empresa multinacional como a Shure? Chris: Minha resposta a essa per-
gunta pode ser diferente hoje daquela que daria há alguns meses. Antes dos eventos recentes, eu mencionaria o esforço necessário para manter todos no
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mundo alinhados com nossa visão e estratégias. Isso exige uma comunicação constante e uniformizada, além de transparência quanto as nossas metas e o desempenho em relação a elas. Mas, neste momento, o desafio que enfrentamos é administrar os negócios em meio às incertezas. Quando tudo corre como o planejado, é possível se concentrar em questões bem específicas, que requerem reflexão ou ação para otimizar o desempenho da empresa. Mas quando uma crise como a pandemia atual afeta todas as áreas da organização e toda a nossa base de clientes, administrar passa a ser como remar uma canoa em um rio turbulento; é preciso ter um foco intenso no que está diretamente à sua frente na esperança de seguir navegando e alcançar águas mais tranquilas. Tenho
muito orgulho da forma como nossa empresa tem lidado globalmente com a crise atual e, embora espere nunca mais ver uma interrupção dessa magnitude, tenho confiança de que nossa equipe de gestão e nossos associados podem superar tudo isso.
O aniversário Neste ano, a Shure comemora 95 anos. O que isso significa para a empresa? Chris: Aniversários são sempre mo-
mentos importantes para refletir, e este ano tem sido particularmente complicado devido ao clima de negócios atual. Se olharmos para a nossa história de 95 anos pela lente dos desafios que estamos enfrentando, uma das qualidades mais importantes da Shure é sua capacidade de adaptação. Como empresa de capital fechado, estamos conseguindo manter com autonomia a flexibilidade para gerenciar nossos recursos financeiros, portfólio de tecnologia e estratégia de mercado com uma visão de longo prazo. A Shure tem uma história de capacidade de adaptação, tanto a eventos externos, tais como conflitos militares, desacelerações econômicas e transformações políticas, quanto às mudanças em mercados e tecnologias, como é o caso da transição do áudio analógico para o digital, do crescimento no uso de equipamentos sem fio de todos os tipos e da fusão da tecnologia audiovisual com sistemas de TI. Ao longo das décadas, a Shure tem adaptado sistematicamente seus planos de negócios e ofertas de produtos para manter nossa marca relevante nos dias de hoje e ajudar a definir o futuro.
Vocês vão lançar algum produto comemorativo? Chris: Não estamos lançando nenhu-
ma edição especial de produto em comemoração ao aniversário da empresa,
mas estamos executando diversos lançamentos de produtos que havíamos planejado para 2020 em todos os nossos segmentos de mercado. E quanto a celebrações especiais? A Covid-19 afetará os planos de vocês? Chris: Infelizmente, nossos planos de
aniversário foram interrompidos, e eles incluíam uma celebração para os associados e suas famílias em nossa sede corporativa, entre outras atividades. Como a maioria das empresas, temos adotado o trabalho em casa para nossos associados de escritório, mas nossas fábricas e centros de distribuição vêm se mantendo operacionais em grande medida, adotando rígidos protocolos de segurança. Com a tecnologia disponível atualmente, podemos seguir colaborando como equipes. Em alguns casos, como nossos associados trabalham juntos mundialmente, grande parte dessa colaboração virtual já era normal. Fiquei particularmente impressionada com o nível de produtividade de nossos engenheiros, que
foram obrigados a trabalhar em casa. No entanto, sinto falta do relacionamento direto com nossos colegas associados, de me encontrar com clientes, frequentar feiras comerciais e eventos do setor, além de outras experiências mais práticas e interpessoais. Para nós, é fundamental determinar como prestar apoio aos nossos clientes durante este período tão difícil. Queremos oferecer o nível certo de suporte, mas reconhecemos que as necessidades de produtos são diferentes neste momento. Estamos começando a retornar a nossas instalações no mundo todo de maneira cuidadosamente planejada, assegurando sempre o cumprimento das determinações governamentais locais e a adoção das medidas de segurança apropriadas. Que percepções você obteve sobre nosso setor em decorrência deste evento global? Chris: Uma de minhas percepções
sobre o nosso setor tem sido seu senti-
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Este fone de ouvido sem fio foi desenhado pensando no conforto do usuário que usa headphones o dia todo em seu trabalho, com bateria que dura até 20 horas. A tecnologia Noise Cancellation ajustável elimina distrações e permite ao usuário ouvir somente o que está sendo reproduzido através dos fones, mas também conta com o Modo Ambiente, para poder ouvir o que está acontecendo ao redor com o toque de um botão. Possui controles para responder a chamadas, ajustar volume e dar play/pause à música; tecnologia Bluetooth 5 que oferece alcance de até 10 metros e permite que seja pareado com smartphones, tablets e notebooks; amplificador de fones premium e suporte a múltiplos codecs, incluindo Qualcomm aptX, AAC e SBC.
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mento de otimismo diante desta crise. É inspirador ver o senso de comunidade em nossa base de clientes, o que abrange desde o apoio financeiro das empresas a grupos específicos que foram duramente atingidos até os diversos fóruns específicos e não tradicionais que surgiram quase da noite para o dia com a finalidade de manter as pessoas do nosso setor em contato enquanto enfrentam tudo isso individualmente. Talvez isso se deva às características gerais de criatividade e esperança que as pessoas no mundo do áudio tendem a apresentar, mas tenho considerado tranquilizadores os gestos de apoio e unidade que nosso setor vem demonstrando. Qual é o próximo passo da Shure? Chris: Acreditamos que estamos bem
posicionados para superar os desafios
MXA710
O microfone linear MXA710 está sendo lançado como parte da linha Microflex Advance de microfones para conferências audiovisuais e estará disponível no final deste ano. Esse novo modelo é projetado para captar áudio nos ambientes de conferência audiovisual mais exigentes, seja abaixo ou ao lado de um monitor preso à parede, suspenso a partir do teto ou instalado de forma embutida em uma mesa. A tecnologia patenteada de cobertura orientável Steerable Coverage capta o áudio de qualquer lugar da sala ao contar com quatro lóbulos no modelo de 60 cm e oito lóbulos no modelo de 120 cm. Com processamento de sinal digital (DSP) IntelliMix já integrado, o MXA710 conta com mixagem automática, cancelamento de eco acústico, redução de ruído e controle de ganho automático. A tecnologia Autofocus realiza a sintonia fina do posicionamento de cada lóbulo em tempo real, ajustando segundo a movimentação dos participantes da reunião.
impostos pela Covid-19, mas isso levará tempo. Enquanto isso, a concorrência segue crescendo. Nós valorizamos os relacionamentos
Instalação em sala de conferências com MXA710B-4FT, MXA-Mute e MXN5
Alto-falante em rede Microflex MNX5-C
O novo alto-falante em Rede Microflex MXN5-C oferece reprodução da fala para aplicações de conferência audiovisual. Com alimentação por Ethernet (PoE) e amplificador integrado em um formato discreto, esse alto-falante com conectividade de rede é otimizado para fácil instalação em ambientes com teto rebaixado. Por ser projetado pela Shure, ele se integra perfeitamente ao ecossistema de audioconferência de equipamentos e software em rede da empresa para oferecer uma solução de áudio completa. O produto conta com resposta de frequência pré-sintonizada e otimizada para inteligibilidade da voz em aplicações de conferência audiovisual. O alto-falante inclui duas entradas Dante e uma saída Dante.
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que construímos com parceiros neste setor e continuamos trabalhando com eles para compreender as necessidades do mercado e como podemos oferecer as melhores soluções a esses parceiros e — em última análise — aos usuários finais. Alguns concorrentes mais novos no mercado podem não ter nossa profundidade de experiência em qualidade e tecnologia de áudio. Esse é um aspecto importante, pois proporcionamos níveis consideráveis de atendimento ao cliente, treinamento e suporte fundamentados nos anos de experiência que temos coletivamente. Nossa história de 95 anos em experiência com áudio e nossa presença global conferem à Shure uma qualificação única para oferecer soluções de áudio com a qualidade que tantos clientes neste mercado estão buscando e passaram a esperar de nós.
Tecnologias e mercados Qual você considera ser o futuro do áudio e o que a Shure fará para continuar inovando? Chris: A Shure manterá sua liderança
tecnológica em áreas centrais como transdutores, sistemas de microfone sem fio e sistemas de áudio em rede. Além disso, reconhecemos e incorpo-
ramos a ideia de que o software é um componente essencial de produtos em todas as nossas categorias. Desde o firmware que habilita poderosas funcionalidades de nossos equipamentos até o layout de interfaces que otimizam o fluxo de trabalho para os usuários finais, fizemos e continuaremos fazendo investimentos significativos em nossos recursos de engenharia de software. A Shure é conhecida por produtos que funcionam de modo estável e confiável. Essas qualidades serão determinadas cada vez mais por softwares em produtos de áudio profissionais e de consumo, e planejamos manter nossa liderança tecnológica nesse campo. Que continuidade de tendências você nota em termos de aplicação, produto e necessidade dos clientes? Chris: Uma grande tendência que
observamos é a busca por produtos e sistemas de áudio com conectividade e interoperabilidade, algo que já vem se desenvolvendo há algum tempo. Isso pode ser notado até mesmo em um nível mais básico, como conectar microfones de alta qualidade a um computador pessoal ou controlar as funções de fones de ouvido diretamente de um
IntelliMix Room
IntelliMix Room é um DSP por software que requer uma configuração mínima por parte do cliente e nenhum hardware dedicado adicional, o que reduz os custos e o espaço para equipamentos geralmente necessários para obter conferências audiovisuais de qualidade superior. Ele oferece áudio de qualidade a chamadas de videoconferência e é implementado em computadores com Windows 10 instalados na própria sala e em dispositivos de controle de reuniões. Proporcionando até 16 canais de processamento de áudio, o IntelliMix Room implementa os mesmos algoritmos do premiado IntelliMix P300. Ele pode ser instalado no mesmo computador da sala onde estão presentes codecs de software para conferência, como Zoom, Microsoft Teams, Skype for Business, entre outros.
dispositivo móvel. Nos ambientes de áudio profissional e empresarial, esses conceitos se expandiram para a gestão de sistemas que envolvem vários e, em alguns casos, centenas de equipamentos que funcionam como um sistema em rede. Um exemplo disso é a possibilidade de selecionar frequências e configurar racks de microfones sem fio em uma grande turnê musical com o simples pressionar de um botão, ou monitorar e ajustar terminais de áudio em um campus corporativo ou educacional utilizando um único computador, não necessariamente instalado no local. Isso representa um desafio para engenheiros de desenvolvimento que precisam assegurar que nossos produtos se conectem e funcionem perfeitamente com outras plataformas e equipamentos, e que também tenhamos a capacidade de atingir essa estabilidade em escala massiva.
Você poderia destacar dois ou três de seus produtos mais recentes? Chris: No segmento de fones de ouvi-
do, lançamos recentemente o Aonic 50, nosso primeiro modelo sem fio. Projetados com décadas de experiência em áudio profissional, os fones sem fio com Noise Cancelling Aonic 50 reúnem em um só produto som sem fio com alta qualidade de estúdio, conforto e durabilidade excepcionais. Em nossos negócios de sistemas, acabamos de lançar três importantes produtos: o IntelliMix Room, que é o primeiro software de processamento de áudio para computadores com Windows 10 totalmente otimizado para uso com microfones de sistemas em rede da Shure; o microfone linear de instalação fixa MXA710 e um novo alto-falante em rede MNX5-C para melhorar a qualidade do áudio de conferências virtuais. n Mais informações shure.com.br Shure ShureBR
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MERCADO: CORONAVÍRUS
EMPRESAS DO SETOR PRODUZEM ARTIGOS RELACIONADOS COM A PANDEMIA
Empresas do segmento de áudio e instrumentos musicais mudaram sua produção momentaneamente para produzir itens não só para prevenir o coronavírus, mas também para promover entrada de dinheiro
E
m momentos de instabilidade econômica, estancamento de vendas e limitação de produção, mas também de se preocupar com o próximo e ajudar a comunidade, diferentes empresas do nosso segmento têm criado linhas de produtos para ajudar durante a pandemia por Covid, trazendo uma fonte adicional de renda e de trabalho para os funcionários. A iniciativa vem não só de empresas do exterior, como Evans, Adam Hall e IK Multimedia, mas também de companhias locais, como Art Show, AVS, IBOX, Izzo e PHX. “Vendo a necessidade do mercado, a falta desse equipamento para os profissionais de saúde, decidimos tentar ajudar de alguma forma e também ajudar nossa empresa para não dispensar nossos colaboradores”, destacou Adriano Moretti, diretor da IBOX. A ideia desta matéria é mostrar como em momentos de adversidade também é possível encontrar oportunidades que podem ajudar a continuar nosso trabalho, a nos adaptar ao contexto e conseguir estabilizar as finanças. Achou interessante? Mostramos aqui as diferentes iniciativas.
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Produção de máscaras na Art Show Durante 15 dias desde o início do mês de abril, a Art Show Capas e Correias ficou totalmente focada na produção de máscaras. “Passados esses 15 dias, já retomamos a nossa produção de capas e correias juntamente com as máscaras. No mês de junho, no entanto, voltamos a ter um aumento em nossa produção e achamos oportuno manter apenas dois colaboradores fabricando máscaras”, conta Vinícius Madureira, gerente da empresa. Em cerca de um mês, foram produzidas cerca de 50 mil máscaras, recebendo elogios de profissionais dos hospitais por conta da sua qualidade. Trata-se de máscaras produzidas de acordo com todas as normas da Anvisa para serem utilizadas por profissionais da área da saúde no combate à pandemia. Foram feitos diversos modelos, mas os que realmente tiveram maior saída foram os que possuíam duas ações filtrantes (máscaras que contam com SMS duplo, um tipo de material cirúrgico que pode sofrer esterilização).
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“A matéria-prima difere um pouco da que trabalhamos atualmente. Os materiais são mais finos e contam com uma série de NRS e de cuidados que devemos ter na produção. Para trabalhar com esse material, adquirimos mais quatro máquinas de costura para tecidos mais finos, além de fornecer trabalho para mais dois ateliês da região. Na linha de produção não sofremos grandes mudanças, apenas tivemos de readequar alguns colaboradores.”
Protetores faciais da IBOX Como muitos fabricantes brasileiros, a IBOX está passando por um momento difícil desde o começo da pandemia, mas esse não foi motivo para ficar de braços cruzados. Adriano Moretti, diretor da empresa, conta: “No primeiro momento foi muito complicado, pois ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo. Parecia um
Linha de produção na IBOX
lojas especializadas de e-commerce para os produtos IBOX da área musical. O nosso faturamento caiu muito, em torno de 60%, e os protetores faciais vieram em boa hora para ajudar nas despesas e também nos salários dos colaboradores.” Assim, a IBOX está fabricando dois modelos de protetores faciais: um com visor em PVC que atende o público em geral e outro em PET, focando mais a área da saúde. O protetor facial F.Mask IBOX traz suporte em polipropileno (nas cores branco ou cinza), visor de cristal 300 mm x 215 mm e elástico em poliamida e elastano para maior conforto. Ele pode ser usado em consultórios, hospitais e no atendimento ao público em geral.
Izzo disponibiliza protetor facial cenário de guerra, com lojas fechando sem saber uma data de retorno, clientes cancelando os pedidos. Chegamos a ficar uma semana parados sem ter o que fazer. Entramos no programa do governo, reduzindo a jornada de trabalho, mas aí fizemos algumas reuniões e começamos a fabricar máscaras de tecido. Em pouco tempo a oferta já era muito grande, com muitas costureiras confeccionando em casa. Então decidimos parar com essa produção e investir em algo que também estava em falta no mercado, mas que precisaria de um maquinário específico e que nós já tínhamos. Procuramos um dos fornecedores que já produz algumas ferramentas de injeção plástica para a nossa empresa, e que também estava com sua produção paralisada, e fizemos o molde do suporte plástico em conjunto. Assim que o molde ficou pronto, fizemos os primeiros testes, levamos para alguns profissionais testarem e foi bem-aceito. Começamos a divulgar na internet e, em seguida, focamos uma parte do nosso tempo neste produto e outra parte em
A Izzo desenvolveu um protetor facial para ser usado por profissionais de saúde e clínicas, mas também por profissionais de atendimento das áreas de comércio e indústria.
possui a grande vantagem de ser reutilizável, ajustável, leve, confortável e seguro, pois utiliza na sua produção um material lavável e fácil de limpar. A limpeza pode ser feita com água e sabão, com água sanitária, com radiação gama, em autoclaves de laboratório, com álcool líquido ou em gel, com vapor d’água e outros produtos de limpeza. O protetor tem duas partes: a viseira, confeccionada em polipropileno transparente clearpack com boa visibilidade, e o suporte, confeccionado em polipropileno preto, opaco, com boa resistência.
Face shield virou palavra-chave na PHX Uma história similar de paralisação de atividades e ideias para se adaptar à nova situação foi experimentada
Protetores na fábrica da PHX
A empresa focou vários pontos para ajudar as pessoas em diferentes ambientes a prevenir o contágio pelo coronavírus. Por exemplo, o produto dificulta que as pessoas levem a mão ao rosto, bem como impede a disseminação de gotículas e secreções expelidas pelo ar. Além disso, é de fácil desmontagem para limpeza e higienização e
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pela equipe da PHX. “Logo que se iniciou a paralisação, os funcionários entraram em férias. Em seguida, aderimos à redução da jornada de trabalho, porém, mesmo assim ainda tínhamos um time grande e sem movimento na empresa. Quando todos voltaram, pensamos nas medidas de segurança, para que não houvesse aglomeração nos setores. Intercalamos os horários dos grupos de trabalho, providenciamos máscaras, disponibilizamos álcool em gel e foi aí que surgiu a ideia do face shield, a princípio para uso próprio, mas depois alguns representantes sugeriram agregar ao portfólio”, comenta Luciana Chen, diretora comercial da PHX Instrumentos. A empresa já tinha o maquinário e a equipe disponíveis, só faltava a matéria-prima, que foi fornecida por um parceiro com quem já trabalhavam. Esses face shields têm uma base de polipropileno e são comercializados somente para uso em lojas. Luciana explica que desde o começo da pandemia a empresa tem focado a produção de conteúdos inspirando as pessoas a tocarem. “Triplicamos o número de seguidores nas redes sociais com esse trabalho. Muitos influenciadores jovens entraram em contato interessados em aprender. Conectamos esses jovens com as escolas parceiras, como a School of Rock e a EM&T, com o intuito de incentivá-los. Tem sido muito bacana. Além disso, criamos cupons de descontos com alguns lojistas parceiros, que já estavam com a loja on-line preparada. Fizemos uma grande parceria com a EM&T on-line, disponibilizando para todos os consumidores da PHX aulas gratuitas na plataforma Premium, com acesso geral aos conteúdos que a escola oferece”, destacou a diretora comercial. “Acreditamos que o mercado da música voltará com mais força. Vimos um grande 48 www.musicaemercado.org
número de pessoas que tiraram da gaveta o sonho de tocar um instrumento. Aquele projeto ou hobby que estava em segundo plano certamente se tornou, durante o isolamento, um passatempo prazeroso para muitos”, finalizou.
Fabricantes de fora A Musical Express enviou à nossa redação uma ótima notícia da Evans, marca que eles distribuem no Brasil: a equipe de engenharia da D’Addario, grupo do qual a Evans faz parte, en-
controu uma maneira de transformar as peles de bateria Evans G2 em protetores de rosto para equipes médicas que lutam contra a pandemia de coronavírus. Como muitas empresas ao redor do mundo, a D’Addario teve que fechar suas fábricas de cordas D’Addario e de peles de bateria Evans, em Nova York/EUA. Então, a empresa decidiu criar uma forma de usar seus conhecimentos de engenharia e fabricação para ajudar a aliviar a enorme falta de equipamentos de proteção em
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Nova York e para os profissionais de saúde dos Estados Unidos. Descobriram, assim, que poderiam fabricar protetores faciais usando o filme transparente das suas peles Evans G2. Cabe destacar que a empresa já produz produtos de fisioterapia por meio de sua marca Dynatomy e, graças a isso, a fabricação e distribuição dos novos protetores foram muito mais rápidas. O projeto inicial indicou a produção de 100 mil protetores faciais Dynatomy Face Shield, mas a D’Addario destacou que iria fabricá-los pelo tempo que fosse necessário em Nova York ou em qualquer lugar do mundo. Outro conglomerado que passou a fabricar produtos relacionados com a pandemia é o Grupo Adam Hall. Pensando em uma maneira de ajudar a sociedade a respeitar a distância física e cumprir os padrões de higiene, especialmente agora, que lojas e espaços públicos estão reabrindo em vários países do mundo, o Adam Hall Group apresentou dois pequenos produtos que podem ser muito úteis. O primeiro é o suporte desinfetante universal GMS23DIS01B (W) da Gravity, de altura ajustável, consistindo no suporte de microfone de base redonda GMS23 e no suporte para desinfetante universal GMADIS01B (W) (também disponível separadamente). O segundo é a fita de distancia-
mento social da Adam Hall Accessories, projetada para delimitar os espaços a fim de manter uma distância de 1,5 metro. A fita de PVC amarela e preta tem 66 metros de comprimento e é ideal para delimitação temporária de distâncias em áreas de espera, de prédios públicos a sorveterias para venda na rua, para superSafe Spacer pode ser usado em fábricas, lojas e mais mercados e lojas de varejo. Por outro lado, com o intuito de ajudar a indústria musical a reabrir e operar com segurança, a IK Multimedia está apresentando a solução Safe Spacer, um dispositivo leve e vestível que ajuda funcionários e visitantes a manter distância social segura, permitindo às indústrias de instrumentos musicais visual, vibratório ou sonoro. Indicado e de outros nichos reabrir e para fábricas, armazéns e escritórios, operar com segurança. O aparelho usa tecnologia Ultra- o Safe Spacer também pode ser usado -wideband e trabalha sem fio com uma por visitantes de espaços públicos, tais bateria recarregável. Como funciona? como escolas de música, lojas e maEle “sente” quando outros dispositivos gazines, auditórios e outros espaços. se aproximam a 2 metros, alertando Criado para desinfecção rápida e fácil, os usuários com opções de alarme também é à prova d’água. Para manu-
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seio mínimo, ele trabalha sem fio através de tecnologia NFC sem contato ou Bluetooth. Na Argentina, a distribuidora Macaio criou uma divisão de equipamento preventivo, com diferentes produtos que ajudariam a evitar o contágio do coronavirus. Essas soluções foram criadas para empresas ou instituições que precisam ter um ambiente de segurança para seus clientes e funcionários, como por exemplo o ACS-T, um terminal de verificação de rosto e detecção de temperatura sem contato para interior e exterior, sua tecnologia permite a análise da temperatura e identificação individual com ou sem máscara. Também encontramos o ACS-T 2.5, uma interface Wi-Fi com várias extensões, comunicação multiprotocolo com portas de entrada e saída Wiegand, USB, RJ45, serial RS-232. Saídas desde Relay e UBOOT, pensado para entradas em supermercados, estabelecimentos comerciais, edifícios, escritórios, universidades, escolas, aeroportos e hotéis; o UV-T, um totem portátil de UV-C, uma estrutura equipada com lâmpadas UV-C que realizam um efeito bactericida/germicida, e limpam e decompõem substâncias nocivas em uma área de 16m2 em apenas 30 minutos; e o ARC-S 7.0, um arco higienizante adequado para uso ao ar livre, contendo uma estrutura de aço com sensor de movimento e jatos desinfetantes projetados exclusivamente para controle de desinfecção quando as pessoas entram e saem de um local. n
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ANIVERSÁRIO: SOLEZ STRINGS
SOLEZ STRINGS COMEMORA 20 ANOS DE FORTALECIMENTO NO MERCADO
A Solez Strings começou como importadora, mas hoje se destaca na fabricação brasileira de cordas. Conheça como a empresa está trabalhando para continuar crescendo
A
história da Solez começou há 20 anos, em maio de 2000, em Belo Horizonte (MG), a partir de uma empresa importadora de acessórios e de instrumentos musicais. Na época o foco era a fabricação de palhetas Ferez e a importação das cordas Solez, fabricadas nos Estados Unidos. Mas uma nova fase começou em 2003, com a incorporação de Tarcísio Moura, atualmente sócio-diretor. Foi aí que a fábrica mudou para Araxá (MG), importou todo o maquinário para a fabricação de cordas, com matéria-prima fornecida por empresas dos EUA, e a Solez começou sua própria fabricação de cordas no Brasil. “Nesses 20 anos de história, sempre buscamos a melhoria contínua para atender melhor nossos clientes e consumidores. Nossa empresa sempre trabalhou em parceria com os varejistas do ramo, de forma que ambas as partes pudessem crescer e ganhar. Com os consumidores, praticamos um contato direto e somos muito atentos a críticas e sugestões. Estivemos sempre próximos de músicos, no formato de endorsees, o que favoreceu uma leitura melhor de nosso posicionamento e de qual direção tomar com nossos produtos”, conta Tarcísio Cunha de Moura. Assim, a Solez lançou o DLP, proteção especial em cordas primas, que favorece sua durabilidade. Foi depois
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Cordas Solez com proteção DLP
desse avanço que a empresa cresceu e se solidificou no mercado. “Acredito que nossa evolução se deva à capacidade de encarar as críticas como um desafio a ser transposto. Nosso engajamento com a qualidade do produto é total, então temos crescido e nos fortalecido”, comentou. O que significa este 20º aniversário para a Solez? Tarcísio: Este aniversário é um marco.
Ele prova nossa capacidade de participar com sucesso no mercado, prova que fomos capazes de evoluir e nos aprimorar, com melhor atendimento prestado aos nossos consumidores. Significa um trabalho realizado com sucesso.
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Lembro que em 2018 fizemos uma entrevista e vocês estavam se preparando para exportar para a América Latina. Isso aconteceu? Tarcísio: Iniciamos timidamente alguns
relacionamentos com clientes de alguns países. Nosso crescimento no mercado doméstico nos impulsionou para outra direção. Mas a ampliação dessa base de clientes externos está em nossos planos. Estivemos presentes no Chile, na Argentina e em Hong Kong. Fizemos algumas vendas diretas, mas pretendemos negociar com dealers locais, para acelerar nosso avanço nesses mercados.
Nesses 20 anos, que coisas mudaram em você, como diretor da empresa?
Tarcísio: Tenho tentado entender
e absorver todas a mudanças ocorridas no nosso mercado, que foram muitas. Temos parcerias sólidas com muitos clientes, que em parte migraram para a venda no sistema virtual. Junto com eles avançamos nessa modalidade. Utilizamos as redes sociais como instrumento de marketing com certa desenvoltura, mas ainda temos muito que Haverá campanha especial pelos 20 anos aprender e melhorar. Temos sedimentado bastante a marca no mercado therie com case + um kit Solez para um ano de consumo e quatro kits indepenpor meio de trabalho duro. dentes, também para um ano de uso. Falando sobre o aniversário, Essa fase durará até final de julho. A que ações a empresa desenvolverá partir daí iniciaremos uma campanha para a comemoração? exatamente igual, em que será sorteaTarcísio: Lançamos uma campanha da uma guitarra Telecaster da SJ Guitar de aniversário em que sortearemos and Basses, do luthier Pablo Smijalnic, 20 brindes para nossos consumidores. de Goiânia, que é bastante respeitado Serão quatro as diferentes fases dessa por sua exigência técnica e maestria na campanha. A primeira já foi lançada, produção. Em seguida a esses dois mecom sorteio de um violão folk Art Lu- ses, faremos o mesmo com um contra-
baixo, também da SJ Guitar and Basses. Em dezembro teremos a última fase da campanha, que será anunciada mais próximo à ocasião. A mecânica para participar é muito simples e não exige que o concorrente compre nossos produtos. Basta que ele tenha utilizado a Solez alguma vez e nos conte sua melhor experiência conosco. É uma campanha que visa realmente premiar nossos consumidores por nos acompanharem durante esses 20 anos. Conte sobre as linhas de cordas disponíveis atualmente. Tarcísio: Hoje dispomos de três linhas
distintas de produtos: Solez, Groove e Monterey. A Solez é nossa linha premium, que busca atender a todas as necessidades dos músicos, como timbre, durabilidade, tocabilidade e resistência. A Groove é nossa linha intermediária,
que se destaca pelo ótimo timbre e boa durabilidade, mantendo uma excelente relação custo-benefício. A Monterey é nossa linha destinada aos estudantes e amadores, com uma proposta de qualidade adequada à sua aplicação.
rão a qualidade e a percepção dela pelos nossos consumidores. Também estamos fortalecendo laços e desenvolvendo parcerias, para ficar mais independentes de fornecedores externos. Nosso plano para o futuro é a expansão de nossos produtos para a América Latina e outros mercados internacionais. Temos plena confiança no sucesso de mais essa jornada!
Continuam fazendo acessórios? Tarcísio: Durante algum tem-
po fabricamos e importamos alguns acessórios, como palhetas, capotrastes, afinadores e correias. Hoje temos produtos fabricados no Brasil, como correias, e nossa linha de limpadores, que tem se destacado bastante! Ainda comercializamos alguns produtos importados como estratégia de mix.
E a fábrica, como está funcionando? Tarcísio: Estamos crescendo bastan-
te e aumentando nossa capacidade produtiva. Hoje temos mais processos em nossas mãos, o que nos possibilita um controle de qualidade melhor e mais focado. Já ampliamos nosso espaço fabril e também a variedade de produtos e matérias-primas produzidas internamente.
Como a Solez está trabalhando durante a pandemia? Tarcísio: Como somos indústria, es-
tivemos pouco tempo parados. Estamos trabalhando a todo vapor e apro-
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veitamos este tempo de ritmo menor nos negócios para nos organizar mais e para melhorias nos produtos. Em breve muito aprimoramento será percebido por nossos clientes e consumidores. Além disso, temos buscado apoiar várias lives como alternativa para os músicos, que foram fortemente atingidos pela pandemia. Usamos este canal para ter contato próximo com nossos consumidores. Temos conseguido uma ótima interação. Estamos organizando ainda mais lives! Em que a Solez está trabalhando atualmente? Tarcísio: Estamos trabalhando na qua-
lidade intrínseca de nosso produto a partir da melhoria de nossos processos de fabricação. Conseguimos introduzir inovações importantes, que aumenta-
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O que você acha que vai acontecer pós-pandemia? Tarcísio: Acredito que muita coisa vai
mudar, mas ainda haverá boa parte do mercado aguardando o retorno à normalidade. Acho que a forma de adquirir os produtos será fortemente afetada pelo que aconteceu. A internet cresceu ainda mais e se tornará o canal mais importante de vários segmentos, inclusive o nosso, muito em breve. A música também utilizará mais esse canal para se propagar, e os músicos devem se preparar e se organizar para isso, criando mais chances de se fortalecer neste novo cenário. Tomara que as mudanças possam ser todas positivas e que todos nós possamos contribuir nessa direção. n Mais informações solez.com.br SolezStrings
VISÃO DE PROFISSIONAL
PAULINHO FONSECA E SEU RELACIONAMENTO COM A GRETSCH
Baterista e cofundador do Jota Quest, Paulinho Fonseca toca baterias da Gretsch há quase 20 anos e trabalha junto com a Sonotec para fazer seus kits personalizados
P
aulinho tem uma longa trajetória na música e é prova de que músico também tem de se atualizar com as tendências do mercado para continuar tendo sucesso. Começou a tocar bateria em uma data que nunca esquecerá: 25 de dezembro de 1985. Ele tinha passado no vestibular para engenharia mecânica, mas estava achando sua vida “meio caretona”. Ele lembra: “Sempre gostei de bateria. Tinha uma banda de heavy metal que ensaiava ao lado da minha casa. Eu tinha um Fusca na época e às vezes eles me pediam para ir buscar o batera na casa dele, trazer a bateria e essas coisas”. Foi assim que conheceu o pai desse baterista, que era professor, e começou a tomar aulas: “No dia 25 de dezembro liguei e falei que queria estudar esse instrumento. Não tinha pretensão de tocar profissionalmente, só queria tocar em paralelo à minha faculdade, mas acabei tomando gosto. Passei dez anos na faculdade, não me formei e fiquei com a bateria!”. Paulinho tocou em várias bandas, mas quando formaram o Jota Quest, o grupo começou a viajar e gravou o primeiro CD lançado nacionalmente. Aí ele trancou a faculdade de vez.
O Jota Quest é a maior banda de pop/rock do nosso país. Como começou tudo? Paulinho: O Jota é formado por amigos
de infância que depois de um tempo se
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Baterias Gretsch acompanham Paulinho
encontraram novamente. Eu era amigo do PJ de andar de bicicleta, o Marco Túlio era amigo do Márcio de morar no mesmo bairro e começar a tocarem juntos. O PJ quis formar uma banda nova e fomos nos reunindo. Quem são seus grandes influenciadores na bateria? Paulinho: No Brasil, no pop/rock, o João
Barone e o Carlos Bala, mas tem muitos músicos que de um modo ou outro acabam influenciando um pouco. Há muitos artistas bons em todo o Brasil — até o Northon Vanalli, gerente de marketing da Sonotec, que parou de tocar, mas tocava muito! De fora posso destacar nomes como Steve Gadd e John Bonham, que tem alguns dos grooves mais lindos. Todo dia você aprende coisas novas.
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Gosto de pesquisar, ouvir coisas inéditas e também ouvir uma e outra vez para captar todos os detalhes. Qual foi o seu primeiro equipamento? Paulinho: Fiquei um ano só com a bor-
rachinha e um par de baquetas. Meu pai percebeu que eu estava levando a sério e no dia do meu aniversário me deu uma Pinguim branca. Toquei com ela durante muitos anos. Uma vez vi o David Weckl tocando com uma Yamaha com tom 810 e já usando um monte de eletrônica junto, e pirei nesses toms. Ficava pensando em como ia ter esses toms menorzinhos na minha Pinguim. Aí mandei fabricar com o Tibério, em São Paulo, dois tomzinhos e montei na minha Pinguim. Fui fazendo um monte de experiências, até que um
amigo foi para os EUA estudar cinema e me vendeu uma Slinger que ele tinha por US$ 1.000. Essa foi minha primeira bateria internacional! Depois juntei mais um dinheirinho e comprei uma DW. Logo depois dessa DW, me aparece uma Gretsch Broadkaster lá no Sul — quem me mostrou foi o Beto Bruno, do Cachorro Grande. Aí começou meu relacionamento com a Gretsch. Quando tempo faz que você é endorsee da Gretsch? Paulinho: Já vai para quase 20 anos.
Há três anos virei endorsee internacional da marca. Estou desde o início da Sonotec. Aliás, quando eles viraram distribuidores da marca no Brasil, eu já era endorsee do outro importador. A Sonotec me abraçou e desde então foi uma parceria maravilhosa. Minha primeira Gretsch pela Sonotec foi uma USA laranja. Fiz uma turnê inteira com ela. Era uma bateria de série, não tinha
nada custom, mas o som desse instrumento marcou bastante. Eu não tinha ideia do quanto ela era boa! A partir daí sempre tive uma conversa muito boa com o Northon, da Sonotec, e eles começaram a customizar meus kits. Eu gostava, por exemplo, de uns toms mais rasinhos, que me davam mais ataque, e a Gretsch fabricou esses toms para mim. Logo depois dessa turnê, troquei por um outro kit USA, só que customizado, com toms mais rasos, com um bumbo de 20”, do jeito que eu queria. Depois, tudo foi evoluindo. Percebi o que queria mudar de um kit para o seguinte e fomos nos adaptando. Fizemos mais dois kits customizados com a Sonotec e chegou a época da turnê de 15 anos do Jota, que terminou no Rock in Rio, em 2011. Falando com o Northon, eu disse que já tinha as baterias custom, mas que não são acessíveis a qualquer músico e isso até dificulta para a marca, porque
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as pessoas podem pensar que eu uso Gretsch porque tenho tudo customizado. Então perguntei qual era o modelo de bateria que ele queria divulgar durante a turnê do Jota. Ele indicou uma Catalina Birch e eu peguei essa bateria para a turnê inteira, do jeito que você chega na loja e compra. No final da turnê, fizemos a gravação no Rock in Rio e acabamos ganhando um Grammy com essa gravação, em que eu estava tocando com uma bateria de linha mesmo! Depois disso veio mais uma bateria custom com a turnê Funky Funky Boom Boom. Posteriormente quis experimentar uma Brooklyn, que é uma bateria que não dá pra customizar. Ela vem com um bumbo de 22”, que eu não queria usar, mas consegui usar um bumbo de 18” e pirei no som dele. Depois veio a chance de fazer o nosso primeiro acústico, então pensei em pegar a Broadkaster que tinha comprado com o Beto Bruno e montei um kit di-
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ferente. Na época, tinha assinado com a Aquarian; troquei as peles, comecei a experimentar para ver como iria conseguir aquele monte de sons diferentes, samplers em um disco acústico. Não me conformava em tocar com som de bateria normal, botava uma pele sobre a outra, um chocalho, até conseguir o que queria. Mandei tudo isso para a Gretsch e eles fizeram o que seria a primeira bateria Broadkaster customizada em parceria, como eu queria, dentro do contrato para ser endorsee mundial. Fui à empresa pessoalmente pegar a bateria, conheci o escritório. Eles têm uma pele gigante lá e pedem para você assinar. Eu não acreditava nos nomes, nas assinaturas que havia lá, tipo Charlie Watts, e agora tem o meu nomezinho também, um orgulho enorme! Agora vou ver o que eu invento para o meu próximo kit. Este ano deveríamos fazer a turnê dos 25 anos do Jota, mas com a pandemia, congelou tudo. Faremos no próximo ano e certamente estarei com um kit diferenciado.
“Gosto de pesquisar, ouvir coisas inéditas”
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Que outras marcas patrocinam você? Paulinho: Antes da Gretsch, eu tinha
assinado com a Zildjian. Foi minha primeira marca, na verdade. Uma vez que você é endossado pela Zildjian, você faz parte da família para sempre, só sai se quiser, mas eles sempre vão trabalhar e apoiar você. Toquei com muitos pratos. Usei os pratos Special Dry para o acústico e eles realmente fizeram a diferença. Mais recentemente, com uma turnê mais power, não queria perder a sonoridade e comecei a usar os Cluster. Também trabalho com a Aquarian, que oferece durabilidade e uma enorme gama de sonoridade que você pode conseguir. Eles têm peles de todo tipo, com muito boa qualidade. Usei as peles até um ano e meio sem trocar, só troquei não porque perdi timbre, mas porque achava que não era possível durarem tanto! Também uso, e me patrocina, o abafador de bumbo Kick Control, da
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Odery; e a Cymbal Care, que faz capas customizadas para proteger meus pratos. Minhas capas têm a imagem do próprio prato que protegem e minha foto, ficou tudo muito legal. Sente falta de algum equipamento? Paulinho: Aqui vai entrar outra marca
que me patrocina, a Roland. Minha história com o Jota começou usando um sampler W30 que eu tinha, hoje eu o tenho de volta. Depois de tanto tempo, um amigo produtor achou, comprou o teclado e me deu de presente. Ainda funciona perfeitamente. Essa coisa da eletrônica vai mudando muito. Eu usava um rack gigante do meu lado, cheio de samplers, tinha 5 minutos de amostragem de som. Hoje tenho um computador, um aparelho
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pequenininho do tamanho de um celular, com infinitas amostragens de som, que consegue fazer milhões de edições e com uma qualidade super-real. A eletrônica, os simuladores avançaram muito. As baterias eletrônicas hoje são perfeitas e é importante para todo tipo de músico conhecer sobre tecnologia e ver o que tem de mais novo no mercado, para poder experimentar no momento de tocar e obter os melhores sons. n Mais informações sonotec.com.br odery.com.br roland.com.br cymbalcare.com.br zildjian.com.br aquariandrumheads.com.br
LOJA SONGS INSTRUMENTOS MUSICAIS
SONGS INSTRUMENTOS MUSICAIS: NOVA LOJA E FOCO NAS REDES SOCIAIS
A Songs começou sua história há quase 23 anos em Araguaína, Tocatins. A empresa foi crescendo e os negócios aumentando tanto no ponto de venda quanto no ambiente digital
Showroom em uma das lojas
Márcio Parente
M
árcio Parente, fundador e proprietário da Songs Instrumentos Musicais, inaugurou a loja em 1997, na cidade de Araguaína (TO). Ele era músico na época, tinha uma banda de rock e estava em busca de uma nova oportunidade. “Eu queria comprar meu primeiro instrumento e naquele tempo não tinha internet. Ir comprar pessoalmente também era difícil, então a gente comprava por meio das revistas”, relembra.
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Artistas da Songs
Ele entrou em contato com várias lojas e, enquanto verificava preços de produtos, achou uma loja Songs em Vitória (ES). “Eu liguei, me atenderam muito bem e entrei em contato com a parte do atacado da loja, que era suprido pela Louwan, uma importadora que
atendia toda a rede Songs no Brasil. Eles me perguntaram se eu não queria pegar uma tabela de preços deles para vender na minha região e eu aceitei.” A Louwan mandou a tabela para o Márcio e ele passou a vender por catálogo. Com as vendas crescendo, seis meses depois, a importadora perguntou se ele gostaria de ter alguns produtos na mão. “Eles me mandariam alguns produtos à minha escolha e à medida que fosse vendendo, eu iria pagando para eles. Eles enviaram uma quantidade razoável de produtos e, assim que chegaram, mandei fazer um estande para poder mostrar os instrumentos. Com isso as vendas foram aumentando.” Menos de seis meses depois de ter vendido tudo, a importadora enviou um caminhão cheio de produtos e chegou o momento para o Márcio de pensar em abrir uma loja física. “Com essa quantidade maior de produtos, abri um ponto comercial pequeno, onde a loja funciona até hoje. Montei um showroom com muitos instrumentos, se comparado com o que havia começado, e não parei mais. Passei a trabalhar com todos os produtos de importação deles e com isso tive de abrir uma empresa. Além dos produtos que eles mandaram, passei a comprar também das empresas nacionais, como Tagima, Ciclotron e Selenium. Em menos de dois anos eu já tinha uma loja completamente montada”, disse.
Momentos de transição A cada ano que passava a Songs enfrentava um desafio novo. Márcio conta: “Tive que contratar um funcionário para me ajudar e a cada mês que passava eu modificava alguma coisa na empresa: buscava um fornecedor novo, melhores preços, melhores produtos, e a cada ano minha relação com a Louwan crescia mais”. Depois de seis anos, a Louwan foi vendida e Márcio tentou se ajustar às diretrizes da nova empresa, mas não se
Variedades em guitarras e violões
Loja com maior tamanho
adaptou: “Tive que reformular todo o negócio, mudar o logotipo, a maneira de buscar novos produtos, porque até então eu dependia 80% dos produtos deles e de uma hora para a outra me vi sem eles. Tive que correr muito para buscar novos fornecedores. Eu já estava com mais três funcionários, a empresa já tinha duplicado de tamanho, mas não tinha ainda aquele perfil de grande negócio”. Esse ano foi de mudanças, com novo logotipo, nova fachada, nova razão social. “Foi um ano um pouco mais difícil, mas consegui passar por isso e depois dessa fase é que realmente aconteceu o crescimento da empresa.” Outro momento de transição para a empresa foi a chegada da internet. “A princípio ajudou muito, porque permitia buscar fornecedores com mais agilidade, mostrar novos equipamentos para os clientes com mais facilidade, tinha acesso mais rápido e tudo isso ajudou a vivermos alguns anos de muito crescimento. Mas quando surgiram as lojas virtuais, começou a se desenhar um grande impasse para nós: com o crescimento das vendas @musicaemercado
on-line, os clientes passaram a comprar fora. Iam à loja, experimentavam os produtos, mas compravam fora. Aí começou um novo desafio: tivemos que investir nas mídias sociais.” Assim, a Songs começou a vender pelo Mercado Livre e a trabalhar mais com o Facebook e o WhatsApp. Conseguiram abrir a primeira loja virtual há aproximadamente três anos, com resultados muitos bons. “A loja virtual facilita a compra do cliente, mas a nossa maior publicidade nas redes sociais é por meio de Instagram, Facebook e WhatsApp. Isso tem dado bem mais retorno para nós. Nossos esforços são 80% nessas redes sociais. O site serve de apoio e o local para onde eles direcionam as compras.”
Parcerias e nova loja Hoje a Songs trabalha com as maiores marcas que há no Brasil, tanto de instrumentos musicais quanto de iluminação e som ambiente, com nomes como Harman, Tagima, Pride, Royal, Hayamax, Santo Angelo e outros. A loja comercializa poucas marcas
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nacionais, mas a mascote é a Tagima. “Ela está sendo realmente um diferencial, e não só no Brasil, assim como a Borne, com a qual comecei a trabalhar no final do ano passado. Fizemos uma boa parceria e tem dado certo, tem crescido, é um produto muito bom e com preço acessível”, enfatiza. Teclados e cases Graças às parcerias corretas e ao crescimento em vendas, ajudando a levar mais fluxo para dena Songs conseguiu abrir uma nova loja tro da loja. O nome da empresa tamno começo deste ano, bem no centro bém está sendo bem mais divulgado, da cidade, porém de porte menor. “É com custo até menor do que o de uma uma loja de giro rápido e também mídia tradicional (TV ou rádio). “Isso para poder direcionar os clientes para tem feito com que a Songs esteja sena outra loja. A ideia é estar em local de do bem mais vista hoje. Acredito que a fácil acesso ao cliente, bem próximo à valorização dos músicos os deixe mais passagem de pedestres. A loja maior próximos da empresa e faz com que o está em uma área onde existe uma negócio prospere mais”, comentou. Com objetivos claros, a loja cofacilidade muito grande de estacionamento, mas estava perdendo algumas memorou seu 22º aniversário no ano passado, promovendo um evento esvendas pela passagem rápida.” Sobre as marcas, em 2019 a Songs pecial com os músicos parceiros e toiniciou uma parceria com endorsees dos os clientes da região. Neste ano, percorrendo seus 23 anos, da cidade e, junto com a Tagima e a a Songs continua o trabalho e, apesar da Borne, formaram uma equipe com os melhores músicos da região, o que está pandemia e do isolamento social, seu
Grande variedade de instrumentos e acessórios
pessoal não ficou de braços cruzados. “Estamos vendendo por meio das redes sociais, dentro e fora da cidade. Se o cliente estiver na cidade, pode retirar o objeto na loja e entregamos sem despesas, mas se estiver fora do município, o produto é despachado com cobrança. Também estamos usando muito o site e o e-commerce”, adicionou.
Conquistas em outros mercados Mais recentemente, em 2016-2017, Márcio obteve mais um logro em sua carreira. Ele foi nomeado presidente da Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara), a mais forte do estado do Tocantins. “No meu tempo na Aciara, discutimos muitas questões de impostos, de diferença de alíquotas entre os estados. Fui muito a lugares como São Paulo, Goiás, Brasília, Pará e Maranhão, para falar diretamente com os governadores e ver a possibilidade de criar um acordo para diminuir a carga tributária e poder vender e comprar fora do estado. Foi uma das minhas lutas e consegui várias vitórias em alguns estados”, conta Parente. Além disso e do trabalho na Songs, o empresário incursionou em outros mercados. Hoje conta com uma empresa no ramo de motocicletas, com três lojas Yamaha no estado do Tocantins (em Araguaína, Colinas e Araguatins) e ainda uma loja náutica onde vende jet skis e embarcações, também da marca Yamaha. “É a única náutica fora da capital. Os negócios foram andando no caminho certo, tanto que fizeram eu me abrir para ramos diferentes. Foram outras conquistas importantes”, finalizou. n Mais informações songsaraguaina.e-com.club SongsAraguaina
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Entrevista: Daniel Neves, CEO da Música & Mercado
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RCK ÁUDIO: COMO CRESCER NO E-COMMERCE
A RCK Áudio é uma loja que se destaca puramente no mercado eletrônico. Quer saber como conseguiu se desenvolver no ambiente digital? Veja nesta entrevista
Rodolfo Alves, proprietário da RCK Áudio
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RCK Áudio começou a funcionar em 2007 como e-commerce, trabalhando principalmente por meio do Mercado Livre, com um modesto capital inicial de R$ 10 mil. “É difícil falar com fornecedores quando você é novo no mercado porque eles não te conhecem”, comenta Rodolfo Alves, proprietário da RCK Áudio. Pouco tempo depois, Alves decidiu criar seu próprio site para venda on-line e, com um trabalho focado e ordenado, a empresa e as vendas foram crescendo. Hoje a RCK conta com marcas importadas e nacionais no estoque para oferecer mais possibilidades de qualidade e preço para os clientes interessados em comprar equipamento de áudio, instrumentos musicais e acessórios, sempre dentro do ambiente digital.
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Como começou a RCK? Quais foram essas dificuldades? Rodolfo: Sempre fui músico. Comecei há 17 anos to-
cando em barzinhos, depois passei a tocar em bandas e com alguns artistas. Estudei administração de empresas, mas minha vida é a música, então encontrei um espaço no mercado no qual pudesse me desenvolver fazendo o que mais gostava: misturei a administração com o mercado da música. Em 2007 comecei com a RCK Áudio, muito pequeno, com um orçamento de R$ 10 mil. Fiz contato com alguns fornecedores, encontrei algumas dificuldades, barreiras, mas o negócio começou a crescer, junto com alguns parceiros que ajudaram bastante a gente. A maior dificuldade é que ninguém te conhece. Começamos basicamente
Henrique e Rodolfo Alves
como um e-commerce, aprendendo com essas dificuldades. Na época estava acontecendo a transição com o Mercado Livre, os marketplaces… Falando em Mercado Livre, por exemplo, na época um concorrente entrava, criava um CPF na hora e fazia compras fake. Aí o Mercado Livre cobrava comissão e você tinha de explicar que não era uma compra real e que não podia pagar comissão. Depois de dois meses decidi parar com isso. Comecei a pensar, depois de observar alguns players do mercado, que eu também podia fazer o que eles faziam: trabalhar de uma maneira correta. Foi um trabalho de formiguinha, que nos permitiu crescer continuamente, mas de uma forma ordenada. Já aconteceu de ter que colocar um preço muito baixo para poder vender no Mercado Livre, mas mesmo assim pagar comissão alta e se prejudicar? Rodolfo: Na verdade, não passamos por isso. Pre-
zo muito por ser uma empresa eficaz. É muito fácil comprar dos fornecedores e inchar o estoque, mas depois você se vê obrigado a colocar o preço no chão e, muitas vezes, vejo players trabalhando com margem negativa, ou seja, prejuízo. O Mercado Livre tem uma característica que é tratar o pequeno lojista e a grande loja oficial da mesma maneira, com as mesmas condições, o mesmo frete. Podemos comparar isso e perceber quando alguém está tomando prejuízo. Nunca passei por isso justamente porque sempre pensei na questão da margem — tem que fazer senti-
do para o negócio. O que importa no final do mês é ter suas contas em dia e um negócio que gere valor para você. Não adianta ser o primeiro, segundo ou terceiro em vendas se não tiver lucro. Vemos muito isso. Existem o mercado das lojas tradicional, as lojas em um sistema híbrido e as lojas virtuais que funcionam “de casa”, que compram por 10 e querem vender por 11 — aí compram mais produtos e vendem mais, mas qual é o resultado? Isso prejudica não só o mercado, mas elas mesmas, pois em pouco tempo essas lojas vão quebrar. Rodolfo: Isso é um fato. Um pensamento que tenho tido
a respeito é que isso gera uma bolha ao redor do negócio. Eu sou um cara do e-commerce; se eu reclamo disso, imagine o cara da loja física. Você vende muito, mas está com margem zero ou negativa. Vai chegar uma hora em que você não vai poder pagar o fornecedor.
Como você costuma falar sobre essa situação com os fornecedores? Rodolfo: Recentemente tive uma conversa com re-
presentantes dos nossos fornecedores. Falei que isso até agora não está me impactando porque estou fazendo os pagamentos corretamente, minhas contas estão em dia, está tudo certinho. Mas estou prevendo o que pode acontecer em um futuro não tão distante. Uma maneira ordenada de consertar isso, na minha visão, seria o preço mínimo anunciado, acredito que
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a correção está aí. Você coloca um preço mínimo anunciado para que o mercado acompanhe. Nos marketplaces lá fora dificilmente você vai encontrar um preço abaixo do sugerido, é uma questão de matemática mesmo. Você usou o termo bolha, acho legal, porque essa “bolha” do mercado cresce, explode e nasce outra. É um mercado que dá oportunidade a vários entrantes ao mesmo tempo e muitas vezes os fornecedores fazem crescer essa bolha de propósito porque, no final das contas, eles começam a receber, eles dão corda. Só que esse lojista digital não está ganhando nada, mas, sim, prejudicando as lojas que trabalham de forma correta. Rodolfo: É como eu falei para você. Eu
sou puramente um e-commerce, nasci no e-commerce e a tendência é ficar no e-commerce. Não tenho projeto de abrir uma loja física, pelo modo que a gente vê o mercado.
Se o fornecedor sugerisse um preço mínimo e não deixasse que as lojas quebrassem, não seria melhor? Rodolfo: Exatamente. Durante muitos
anos vimos a internet como uma vilã do mercado tradicional. Os lojistas falam sempre sobre os preços na internet, sobre lojistas em outros estados trabalhando com preços mais baixos, quando, na verdade, se houvesse um preço sugerido de venda, a internet seria uma aliada. Tem que pensar: se o cara chega a uma loja física com o celular na mão e fala “Você cobre isto aqui?”, se for um preço justo, o lojista, além de ter como cobrir, pode conquistar esse cliente. Como você conquista um cliente? Que tipo de serviço é possível oferecer? Porque se você ficar sob o Mercado Livre, é ele que vende. Rodolfo: Pois é, eles tentam puxar para
o lado deles, até o ponto em que às vezes você sequer recebe o nome do compra-
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dor, só o apelido. Você emite a nota fiscal e só tem o apelido. Obviamente eles querem canalizar, mas hoje eles são o maior marketplace para o nosso setor. Tem outros marketplaces que estão entrando no mercado e esperamos que tragam uma mudança nesse sentido. Agora, com relação ao que a gente faz para tentar conquistar esse cliente, usamos muito as redes sociais, gerando um conteúdo no qual o seguidor tenha uma identificação com a marca, fazendo diversas ativações depois da venda para que o nome fique gravado na mente da pessoa e, quando pensar em comprar algum acessório, um instrumento, procure a gente. É um trabalho difícil, porque, no meio digital, em 99% das vezes a motivação da compra é o preço. A pessoa procura preço, mas é a batalha em que a gente está e acreditamos que vai dar certo.
beça dos pais e até da própria criança, que pode virar cliente no futuro.
Talvez seja o lado mais cruel da venda digital, não ter o toque humano. Você consegue humanizar isso? Rodolfo: Essa é a nossa batalha diária,
Que porcentagem do seu estoque é nacional e quanto é importado? Rodolfo: Hoje 10% do estoque é nacio-
cobro muito isso do meu pessoal: o carinho, o cuidado, temos que fazer algumas ativações para conseguir esse diferencial. É muito legal quando recebemos algum vídeo, por exemplo, de uma criança que recebe um presente, abre e vê o que tem dentro, e dá para ver a felicidade da criança ao receber um dos nossos produtos. A gente usa esse vídeo como ativação para fixar a marca na ca-
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Como você vê o futuro do mercado? Rodolfo: Tenho bastante cautela em
relação a esse mercado. Estou meio preocupado, por diversos fatores: a alta do dólar, que está reduzindo o poder de compra do consumidor final, e também a questão dos preços praticados, sobre a qual falamos anteriormente. Para mim, a matemática é a lógica, tanto no e-commerce quanto na loja física, pois se você não tiver uma margem saudável, seu negócio vai quebrar. O setor em que a gente trabalha tem um pilar: a empresa tem que dar lucro. Por isso também é importante ter um mix de produtos variado, com marcas daqui e de fora, que geralmente são as que os consumidores procuram.
nal, feito no Brasil; 60% de marcas nacionais, mas feitas no exterior, e o restante são importados. Acho que ter um mix desse tipo dá mais possibilidades de preço para os usuários. n Mais informações rckaudio.com.br MercadoLivre/RCKAudio RCKAudio
EVENTOS: NOVOS FORMATOS
O DRIVE-IN ESTÁ DE VOLTA E É A MELHOR CHANCE PARA A NOSSA INDÚSTRIA
O sistema drive-in não é novidade mas foi a pandemia que fez o formato ressurgir e se apresentar como a melhor chance para a indústria do entretenimento voltar a trabalhar
T
odos sabemos como a vida mudou desde o começo da pandemia e também como a maioria dos mercados foi afetada pela quarentena, pelo distanciamento social, pelo medo de ficar doente. Até que alguém lembrou do velho e bom formato drive-in: um espaço grande o suficiente para montar a estrutura apropriada a fim de oferecer entretenimento ao público dentro dos seus carros. Antigamente eram só filmes, mas agora poderemos assistir também a shows de música ao vivo. Por que não? Temos que nos adaptar, temos que trabalhar. As locadoras e as equipes técnicas precisam, os espaços para eventos também. E cada vez estamos vendo mais: o Allianz Parque, em São Paulo, se adaptou para oferecer o espaço apropriado para realizar shows ao vivo e projeção de filmes para aproximadamente 250 carros, com um máximo de quatro pessoas cada. Nesse formato se apresentou recentemente a banda Jota Quest e teve sucesso. Fora do estádio, funcionários checavam os ingressos e a temperatura das pessoas que estavam dentro dos carros. Dentro do estádio, as vagas estavam demarcadas por grades e ao lado da janela de cada carro foram instaladas caixas de som. O palco, por sua vez, não tinha teto para não atrapalhar a visão, que era boa mesmo para quem estacionou na última fileira, além de uma tela de LED que ajudava a ver a ação no palco (Fonte: Veja). O Memorial da América Latina, também em São Paulo, inaugurou em 66 www.musicaemercado.org
Projeto da Arena Estaiada Drive-In (Divulgação)
junho o Belas Artes Drive-in, espaço criado para projeção de filmes que o público assistirá também dentro de seu próprio carro, respeitando o isolamento social. Todos os espaços seguem rigorosamente os protocolos de segurança e saúde determinados para combater o coronavírus, com regras de distanciamento social, higiene, limpeza de ambientes, comunicação e monitoramento. Entre os cuidados obrigatórios estão a distância mínima de 1,5 metro entre pessoas e carros em todos os ambientes, máximo de quatro ocupantes no carro, pagamentos via aplicativo, exigência do uso de máscaras e aferição de temperatura de funcionários e clientes (Fonte: Agência Brasil). Para garantir o distanciamento, o acesso ao áudio do filme é obtido por meio do rádio do próprio carro, sintonizado via FM. Há também a opção de escutar a exibição por meio de um smartphone. (Fonte: Agência Brasil). Outra opção também em São Paulo é o Arena Estaiada Drive-In, projeto criado pelos sócios Bob Dannerberg, Fernando Ximenes e Thiago Armentano que foi inaugurado em junho.
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Show do Jota Quest. Foto: Allianz Parque
O local possui uma área de 5.000 m², onde podem ser estacionados até cem carros por sessão. As vagas são por ordem de chegada, e os automóveis maiores são direcionados para a parte do fundo, para facilitar a visão geral. Destinado a maiores de 18 anos, o evento sugere a presença de apenas duas pessoas por carro, já que, segundo os organizadores, do banco traseiro não se tem boa visibilidade da tela — que possui 16 metros de largura e 9 metros de altura. É proibida a entrada de carros conversíveis e todo mundo tem que usar máscara. Os filmes serão legendados e o áudio será transmitido dentro do próprio veículo por meio de uma estação de rádio FM específica para a experiência. (Fonte: Culturice). Aqui foi realizado um show ao vivo do cantor Ivo Meirelles. Em Santa Catarina estão sendo realizados shows ao vivo seguindo o mesmo formato no Arena Petry. No Rio do Janeiro encontramos o Jeunesse Arena na Barra da Tijuca, que está se preparando para apresentar não só filmes, mas também shows drive-in. É o jeito: olhar para a frente, se adaptar e continuar trabalhando. n
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E-COMMERCE
7 DICAS PARA O E-COMMERCE INVESTIR DURANTE E APÓS A COVID-19
Reflexão acerca dos impactos da pandemia para o varejo digital e sugestões sobre como é possível superar obstáculos com a ajuda da tecnologia
O
e-commerce tem apresentado resultados excelentes durante a pandemia de Covid-19: em março, a alta nas vendas em território nacional chegou a 40%, segundo dados da Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce. Ao mesmo tempo que setores com pouca expressividade no varejo digital — saúde, por exemplo — ganharam espaço, outros, como turismo, enfrentam desafios para sobreviver. “Como superar esse cenário?” e “Como melhorar a performance nesse momento?” têm sido questões muito comuns para quem lida com o comércio digital no Brasil, às quais a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada para respondê-las. A companhia Minsait traça um paralelo entre o comércio eletrônico brasileiro e o espanhol, ressaltando que ambos cresciam a patamares de pelo menos dois dígitos por ano — um ritmo que deveria ser mantido em um cenário sem coronavírus. “É possível perceber que a maior variedade de produtos disponibilizados on-line, a agilidade para entender o consumidor digital e os avanços em logística possibilitaram evoluções significativas. Neste momento, é necessário que companhias estejam atentas para aproveitar o momento em que todo mundo está utilizando o comércio eletrônico para se fortalecer”, destaca Marcelo Bernardino, head de Indústria e Consumo da
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Minsait no Brasil. De acordo com a companhia, fortalecer a presença digital neste período e no pós-Covid-19 vai depender de sete estratégias essenciais apoiadas no investimento em tecnologia. “Acelerar a digitalização na relação com os clientes é um passo essencial”, defende Bernardino.
A seguir, as estratégias essenciais para esse período
1. 2.
Investir em plataformas de e-commerce ágeis e versáteis para realizar promoções personalizadas. Criar canais de distribuição controlada e escalável de produtos em função da demanda:
um ponto especialmente importante para os supermercados, que estão enfrentando picos altíssimos de consumo e podem planejar melhor a cadeia de distribuição com inteligência e análises capazes de facilitar esse trabalho.
3.
Implantar modelos de distribuição logística local, coleta e entrega de produtos:
algo que já é muito aproveitado por grandes varejistas. Usar lojas físicas como pequenos Centros de Distribuição, facilitando a logística.
4.
Fortalecer e expandir os modelos de serviço e entrega:
o uso dos aplicativos de delivery por exemplo, tem sido uma alternativa eficaz para restaurantes. No
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futuro, a ideia é que as próprias lojas possam fazer parcerias mais eficazes ou implantar os próprios sistemas de entrega.
5.
Redefinir a logística entre lojas, implantando modelos mistos de distribuição:
em médio prazo, mesclar ainda mais as oportunidades de “entrega em casa” e “retirada em loja”, cada vez mais visadas pelos consumidores, especialmente pela questão de frete.
6.
Consolidação dos modelos de flagship:
já eram modelos com ampla possibilidade de crescimento e, após a pandemia, devem ganhar ainda mais força. Consumidores vão valorizar ainda mais a agilidade para comprar nesse tipo de loja.
7.
Análise avançada para prevenir potenciais crises ou aproveitar novas oportunidades de negócios:
investir em análise de dados será fundamental para que companhias tenham sucesso. Quanto maior for o investimento em dados para entender o cliente, maiores são as chances de sucesso. “Companhias terão de investir cada vez mais em dados e tecnologia para se consolidarem. Hoje, é possível ver a diferença que a presença na internet traz e como é possível aproveitá-la da melhor maneira possível. Sem dúvida, estamos atentos a essa tendência”, finaliza Bernardino. n
VENDAS
8 DICAS PARA AUMENTAR AS VENDAS NA REABERTURA DO COMÉRCIO
O vendedor, cada vez mais, precisa ser humano, se conectar e entender o que o cliente quer, precisa e valoriza. Prepare-se para um atendimento mais humanizado
D
ecretada em boa parte do Brasil para tentar conter a pandemia de Covid-19, a quarentena atingiu em cheio o varejo nacional. A maior parte dos pontos de venda de diferentes segmentos foi obrigada a interromper o atendimento presencial ao público, podendo apenas operar por canais remotos. Por mais difíceis que as crises possam parecer, em algum momento elas vão passar e é importante lembrar que, se por um lado elas destroem, ao mesmo tempo algo novo emerge. Crises sempre trazem consigo ameaças e oportunidades. Especialistas da Posiciona Educação & Desenvolvimento separaram dicas para que as empresas de varejo possam se preparar para aumentar a conversão de vendas quando houver a reabertura do mercado. “Mas, antes das dicas fica uma pergunta: Você varejista, é capaz de gerar valor ao seu consumidor? Ou seja, ao entrar na sua loja ele se sente realmente importante a ponto de se tornar seu fiel divulgador? Se você ainda não se importa com isso, preci-
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so lhe dizer que se não começar a entender seu cliente, o concorrente vai capturar sua atenção”, pontua Carol Manciola, CEO da Posiciona. É importante frisar que pode ser que os consumidores precisem de algum tempo para se sentir novamente à vontade em corredores e lojas cheias. “Diante disso, é preciso mostrar preocupação com higiene, com o uso de máscaras, com a disponibilidade de álcool gel e preservar a distância mínima recomendada pela OMS. Isso passará a imagem de cuidado com a equipe e com os consumidores. Outro ponto importante é que os vendedores não devem colocar “o desespero de vender” para recuperar as vendas perdidas durante a quarentena. A lealdade e o respeite devem prevalecer . Os consumidores estão com “sede” de sair e de comprar, portanto é preciso usar
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isso de maneira inteligente que não faltarão vendas”, afirma Manciola.
Confira as dicas!
Uma das 1. coisas que mais irrita qualquer cliente é ser ignorado. Então, esforcePerceber o cliente:
-se para retornar o contato ou interesse do cliente o mais rápido possível. Em uma loja, por exemplo, um sinal de “já te vi e já vou indo” acompanhado de um sorriso costuma aumentar a tolerância de um cliente à espera. Relacionamento: Além de seguir as etapas da venda, faça com que o cliente se sinta especial. Lembre-se: este pode ser o seu centésimo cliente do dia, mas para ele, esta pode ser a compra mais importante do ano. Dê significado à experiência de compra. Interesse -se por ele, afinal por trás de cada cliente, existe uma pessoa.
2.
Para tornar esse contato inicial dife3. renciado, use e abuse da simpatia e da empatia. Sorria, amenize situações difíceis. Torne-se um aliado do cliente na Aproximação:
resolução dos seus problemas, ao invés de ser uma barreira diante de algum tipo de frustração. Sorria: um sorriso não custa nada e vale muito. O ritmo acelerado das vendas, quase sempre impede que exista uma segunda oportunidade de se deixar uma boa primeira impressão. Saia do automático e conquiste a confiança do cliente nesse momento. Mas, importante salientar que tudo tem limites, até mesmo a simpatia, ou seja, não sufoque o cliente. Identificação de necessidades: Muitas vezes o cliente já sabe o que quer. Isso não deve ser uma premissa para que você “pule” essa etapa. Identifique motivações e expectativas do cliente em relação ao produto. Por isso a importância de perguntar: para que você selecione do seu arsenal de argumentos aqueles que mais se encaixam ao perfil e às necessidades do seu cliente. Perguntas poderosas geram vendas poderosas! Apresentação de soluções: O cliente tem um “problema” e por isso está fazendo uma compra. Aquilo que você oferta tem que ser “A” solução. Para uma apresentação efetiva, a etapa de identificação de necessidades ou “sondagem” é muito importante. Características, vantagens e benefícios devem ser bem explorados, lembrando que: Característica: é a descrição do produto (peso, voltagem, capacidade, cor, funções etc.). O vendedor precisa conhecer aquilo que vende, por isso estudar portfólio nunca é demais. Vantagem: um resumo comparativo entre outras marcas e empresas: não precisa inventar nada; apenas conhecer o que o produto tem de melhor em relação a outros. Vantagem também se refere a tudo que o produto pode oferecer a quem o possui. Benefício: benefício só é benefício se estiver conectado à necessidade e ao perfil do cliente (e para isso é preciso perguntar, perguntar, perguntar). Vendedores de sucesso conseguem aliar as vantagens e características dos seus produtos às necessidades e perfil do cliente fazendo vendas consistentes. Solução de objeções: Não tem jeito: elas sempre aparecem. O vendedor qualificado sabe que uma objeção não é uma decisão e que ela precisa ser solucionada para que a venda seja efetivada. Descubra o real motivo que ainda deixa o cliente na dúvida e use argumentos adicionais para convencê-lo da escolha. Entender o que de fato está impedindo o cliente de comprar é fundamental para que você possa suprir necessidades não atendidas. Fechamento: Se todas as outras etapas tiverem sido trabalhadas adequadamente o fechamento
4. 5.
6. 7.
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ocorrerá de forma natural. É importante lembrar que, assim como iniciar bem uma venda, é importante fechá-la com carisma, cordialidade e respeito. Para evitar trocas e cancelamentos, é importante resumir para o cliente o que ele está comprando para esclarecer possíveis dúvidas e evitar futuros aborrecimentos. Aprender com cada venda: Após cada atendimento reflita sobre o que acabou de vivenciar: quais argumentos poderiam ter sido melhor utilizados? Quais argumentos funcionaram bem e precisam ser repetidos sempre que possível? Que perguntas não podem deixar de feitas ao próximo cliente para “facilitar” a apresentação da solução? E assim por diante. Esse é o momento de aprimorar sua técnica, caprichando cada vez mais no “molho” e no “recheio”. O aprendizado deve ser contínuo!
8.
“Essa crise vai passar, mas ninguém será o mesmo depois dela. O vendedor, cada vez mais, precisa ser humano, se conectar e entender o que o cliente quer, precisa e valoriza. Por isso, é essencial, para que se tenha sucesso em vendas, dar significado e ter um propósito em sua atuação. Uma venda mais humanizada faz toda a diferença”, finaliza Ivan Correa, Sócio-Diretor da Posiciona Educação & Desenvolvimento. n
ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK
PANDEMIA: VAMOS ENCARAR OS FATOS
A parte positiva da história: todo o mundo está passando pela mesma crise! Isso significa que todos, sem exceção, estamos no mesmo barco
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ortanto, todas as ações que você promover na sua loja no intuito de restabelecer o seu negócio serão aceitas e compreendidas por todos. Mas é importante frisar que qualquer movimento para retomar as atividades deve ser tomado com cautela, evitando os desgastes que já estamos observando no mundo inteiro. Então, vamos elencar algumas sugestões para que você possa analisar, com carinho, opções que venham a contribuir com o incremento das suas atividades: Reduzir, ao máximo, a margem de lucro de cada item, para que os instrumentos musicais sejam um excelente atrativo para as pessoas começarem no mundo da música. Também é interessante observar que boa parte dos profissionais ficou prejudicada com a pandemia e precisa de um bom incentivo para renovar os seus equipamentos.
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Fazer uma boa avaliação do elenco de clientes devedores da empresa. Este não é momento para agir com rigor. Muita gente vai precisar de um prazo maior para quitar as suas dívidas. Provavelmente você também precisará negociar suas próprias dívidas. Então, parcimônia e paciência. Fazer um bom levantamento do estoque para saber se os produtos que estão parados há mais de seis meses/um ano não podem fazer parte de uma liquidação especial, ou até mesmo de um tipo de leilão. Certamente a empresa vai girar os produtos que estavam em estoque, colocando o fluxo de caixa numa condição mais coerente com a situação. Este é um bom momento, um momento desafiador, para que você reveja a sua agenda, a agenda dos seus colaboradores, e foque os clientes que já conhe-
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LUIZ CARLOS RIGO UHLIK
É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@ mandic.com.br
cem sua empresa. Uma ligação, um convite, uma oferta especial e talvez você faça bons negócios com os seus antigos e bons clientes. Atraia o seu cliente para a loja. Um workshop, uma demonstração, um chá da tarde, um evento diferente para os seus clientes podem fazer com que a loja fique agitada, com aquele ar de “casa cheia”, atraindo bons negócios. Nesta experiência que estamos vivendo, a importância das normas de saúde e segurança se faz presente e deve ser mantida. Boa parte das pessoas que pereceram nesta pandemia deu pouca importância à higiene e aos cuidados pessoais. Manter esse tipo de rotina poderá evitar uma série de transtornos no futuro. Aliás, talvez esta seja a primeira, dentre muitas pandemias que vão pulular neste mundo confuso, em que interesses escusos colocam a
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população mundial em situação de vida e morte. O exemplo da Covid-19 está aí, claro e cristalino! A experiência da pandemia fez com que as pessoas começassem a se preocupar umas com as outras. Ações que envolvem instituições de caridade, de necessitados, de pessoas com deficiência, de idosos, dentre outras, devem ser mantidas pela empresa. A função social do seu negócio está intimamente ligada aos interesses da sociedade. Promover ações para o bem comum não somente atrai pessoas, como transforma o seu negócio, que notoriamente envolve sensibilidade e emoção, numa atividade muito mais evidente e próspera. O marketing da empresa deve focar as atividades musicais voltadas à realização dos desejos dos seus clientes. Então, passe a se concentrar no marketing que envolve realização, ação social, envolvimento humano, sensibilidade, musicalidade, tudo que possa irradiar a boa energia do nosso setor. A experiência do home office, da venda pelo WhatsApp, do e-commerce só comprova aquilo que já sabíamos: vender pela internet é rentável e uma excelente opção para enfrentar qualquer tipo de vicissitude. Assim, foque a ideia de que os seus colaboradores podem trabalhar em casa, com o seu celular/computador, frequentando a loja em horários mais flexíveis e nos momentos em que se faz necessária a atuação direta, corpo a corpo, com o consumidor final. As aglomerações devem ser evitadas, principalmente porque o comércio, em geral, abre e fecha, por incrível que pareça, sempre no mesmo horário, e é assim que o caos se instala sem necessidade. Marketplace e dropshipping são excelentes ferramentas para ampliar
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o seu potencial de penetração no mercado. Estude, entenda e coloque em prática as boas e modernas maneiras de se vender 24 horas por dia, sete dias da semana.
Percebeu? Estas são algumas alternativas sobre as quais meditar no pós-pandemia. Certamente você vai acrescentar ou-
tros bons caminhos, usar a sua criatividade para a retomada das atividades, na certeza de que a experiência ruim já passou. Mas é bom se precaver. O mundo globalizado está sujeito às ações inescrupulosas das grandes instituições. Não há limite para a estupidez humana, principalmente quando envolve dominação e controle social. Mantenha-se no bem. n
O D N A M O C L O E B V Í A X C A FLE EXTR
ARTIGO: BEN DÍAZ
COMO APROVEITAR AS FUNÇÕES DE UM GERENTE DE PRODUTO EM SUA EMPRESA
A necessidade de direcionar seus produtos: descubra quais são as funções de um gerente de produto e como elas podem ajudá-lo em sua empresa
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pesar de ser uma das profissões mais demandadas e uma das funções mais determinantes nas indústrias de tecnologia, o conceito de product management nem sempre é entendido. É possível que, no geren-
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ciamento de seus produtos, você mantenha um conceito mais operacional, no qual abordagens quantitativas obtenham mais atenção. Essa estrutura responde ao modelo tradicional da empresa, no qual um gerente é,
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BEN DÍAZ
Gerente global de produtos da fabricante dinamarquesa SGM Light e Lighting Designer. Em seus mais de 20 anos de experiência, ele trabalhou em 28 países, em quatro continentes, com uma presença significativa no ambiente de treinamento. Muitas de suas publicações, vídeos educacionais e webinários estão disponíveis em seu site bendiazlightingdesigner.wordpress.com
em termos gerais, um contador com responsabilidades de gerenciamento. Mas o product manager — ou gerente de produto, como gosto de chamá-lo — é algo muito diferente. Vamos conversar sobre isso?
Um pouco de história Diz-se que Neil H. McElroy criou o conceito moderno de product management em 1931. Sua ideia para o papel tem muito a ver com o que hoje é conhecido como líder de marca ou brand manager. Esse é um conceito poderoso e tem muito a ver com marketing, mas também com consistência quando se trata de representar uma visão comercial ou gerenciar determinado catálogo de produtos. O grande mérito de McElroy foi vincular essa tarefa aos processos de teste e interação com o cliente. Nunca ocorreu a ninguém que, para ter um produto melhor, não havia outra maneira de experimentar senão vendê-lo. E, embora seja evidente hoje, dialogar com usuários em potencial (e não simplesmente promover produtos) era um conceito revolucionário na época. Como não poderia ser de outra forma, há uma empresa que teve muito a ver com a implementação dessa ideia. A Hewlett-Packard foi para o product management o que a Ford representava na época para as linhas de montagem. Sua filosofia, hoje amplamente aceita (e necessária), baseava-se na ideia de que o gerente de produto — ou PM — representa a voz interna do cliente. E é aqui que fica interessante.
Marketing e product management É inegável que o marketing e o product management estão intimamente relacionados. Mas é um erro comum pensar que um profissional de marketing pode gerenciar produtos pelo simples fato de ser um especialista na construção de sua imagem. A (enorme) diferença reside no fato de que um gerente de produto é um especialista no produto em questão, não apenas no campo do mercado, mas também em termos de usabilidade e natureza. De alguma forma, podemos chamá-lo de “superusuário”. No entanto, as conexões com o marketing são óbvias:
• O PM conhece as necessidades do mercado e, portanto, pode identificar oportunidades de negócios no momento perfeito e por meio do canal certo. • O PM sabe como falar com um cliente em potencial, porque ele próprio é um usuário convencido. No entanto, seu perfil é normalmente técnico e não comercial. • O PM organicamente entende o que torna o produto único e qual é o seu valor agregado. Isso não significa que ele seja capaz de promovê-lo, mas possui informações importantes.
Product management e vendas Entre esses dois departamentos há uma relação mais simétrica. Um gerente de produto conhece profundamente os mecanismos de mercado relacionados à venda de um produto, embora ele não precise necessariamente saber como vendê-lo, nem tenha de ser capaz de lidar com o aspecto financeiro de uma empresa. Nesse sentido, o CEO e o diretor de vendas precisam do gerente de produto: • Um CEO normalmente é um gerente de negócios, então, inevitavelmente, suas tarefas acabam se concentrando no lado financeiro, incluindo relacionamentos e interesses. • Um diretor de vendas deve acessar o cliente a partir do conhecimento de seu produto, mas sua especialidade é desenvolver estratégias que gerem uma fonte de renda estável. • Em uma estrutura ideal, o gerente de produto cria a visão e a dinâmica da empresa em conjunto com o CEO e colabora com o gerente de vendas, definindo como o produto deve ser vendido.
O gerente de produto é um influenciador Entender isso é fundamental. Um bom produto fala por si, mas precisa de coesão. O gerente de produto é aquele que faz uma equipe humana fluir em torno
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de seu produto e o faz por influência, não com autoridade. Todo mundo respeita um bom gerente de produto porque ele conhece as soluções oferecidas ao cliente melhor do que ninguém e identifica claramente quais áreas do processo não estão recebendo atenção suficiente. Precisamente por esse motivo, o gerente de produto deve ser um excelente comunicador e um guardião da estratégia definida pela empresa (ou por ele mesmo). Os líderes de cada departamento devem entender o impacto de suas decisões na implementação do produto, mas não é realista fingir que estão cientes disso no contexto de suas rotinas. Um gerente de produto os ajuda a fazer o que é “certo” para a empresa, além de seus próprios interesses e em benefício do usuário final.
Por que é tão importante dirigir um produto? Os produtos precisam ser segmentados por vários motivos, mas um se destaca acima dos outros: sem alguém que domine e equilibre uma visão global de todos os elementos envolvidos na criação de um produto, é impossível transmitir credibilidade antes da venda, para garantir consistência durante todo o processo, ou mesmo executar um serviço pós-venda no mesmo nível. Mas, calma: se você não tiver um gerente de produto em sua empresa, ainda poderá criar e vender seus produtos no curto prazo e com uma estrutura comercial reduzida. Agora, você não poderá salvar a tarefa de si mesmo: precisará assumi-la. Siga o ciclo de vida do seu produto, domine-o como o melhor de seus clientes, estude-o contra a concorrência e lance-o como merece, sem perder o ponto de vista de quem pode estar interessado em comprá-lo ou já o possui. Não é um trabalho simples, mas é possível: por algum motivo, muitos acreditam que liderar o product management é o passo anterior a dirigir a empresa. n
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ARTIGO: NELSON JUNIOR
NEGÓCIO DA CHINA?
A fábula João e Maria me veio à cabeça como comparativo na questão comercial do mundo com a China, porque as crianças desse conto infantil, gulosas que foram, seduzidas pelos doces, não se questionaram que poderia ser uma armadilha
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o caso do comércio com a China, era óbvio já nos princípios éticos, porque os preços, sendo tão baixos, obviamente expunham um setor de produção que explora mão de obra barata, em nível injusto. Mas a sedução é forte na terceirização de produtos. Afinal, começou a ser só projetar e colocarem sua marca, e eles faziam isso muito barato, depois nem isso, porque passaram a já oferecer o produto: você comprava e colocavam sua marca (sem falar nas falsificações). Os empresários do mundo todo nem se deram conta do poder imenso que delegavam a um só lugar do planeta. Afinal, passou a ser algo tão lucrativo, e, de acordo com o local da terra, seus impostos, suas burocracias, para que desenvolver localmente o que se
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Guitarrista, produtor, especialista de produtos, instrutor musical, sideman, atuante no mercado desde os 13 anos de idade, colaborador didático de publicações musicais e escritor.
dão comum, por outro lado, a China foi expandindo suas fronteiras com uma invasão comercial agressiva, adquirindo empresas abertamente ou mesmo tornando-se acionista de forma velada de incontáveis negócios, seguindo em direção à hegemonia em muitas áreas. Resultado? As economias do mundo inteiro tornaram-se dependentes direta ou indiretamente deles, e no sistema de “a China faz, você vende”, empregos deixaram de ser gerados. Nações não se desenvolveram em todo o seu potencial tecnológico industrial porque o “doce” lucro, investindo pouco, cegou muitos homens de negócios, que, no fundo, delegavam à China toda a sua produção, e se achavam “espertos”. Aí começa a crise da Covid-19, e não estou aqui para tecer veracidade das versões
O erro foi esquecer de ter a manutenção da “cerquinha” do condomínio chamado País. É coerente, louvável e necessário haver alianças comerciais, mas nunca dependência podia trazer mais barato de fora? Em contrapartida, a quantidade imensa de matéria-prima importada pela China deixa os países “felizes”, porque, da agropecuária aos minérios, os chineses, tanto pela imensa população quanto pela produção gigantesca para exportação, são compradores principais. Num nível imperceptível ao cida-
NELSON JUNIOR
ou teorias conspiratórias. Mas o fato é que a economia mundial quebrou porque a Terra parou e adoeceu. As economias locais necessitarão ser recuperadas, mas como fazer isso se até as máscaras cirúrgicas que usamos são na maioria chinesas? Os respiradores hospitalares são importados majoritariamente da China, e cada item do dia a dia, de forma direta ou indireta, tem algum componente chinês. João e Maria comeram tanto doce que, sem perceber, foram colocados para ser devorados por quem lhes serviu. A economia mundial se fartou do banquete do self-service chinês e se esqueceu de encher a despensa e de aprender a cozinhar. Ainda por cima, graças à internet, muitos produtos são disponibilizados virtualmente, deixando de desenvolver a economia local. Se isso é realidade em todos os setores, não é diferente no mercado da música. Chegou a hora de o mundo todo
mudar, e cada um ser militante de seu próprio quintal, e perceber que, em vias de fato, qualquer dependência gera vício, e vice-versa. O caminho partirá da recuperação do pequeno, da redução repensada do grande, do estímulo à qualidade em relação à quantidade e preço, e do estímulo ao desenvolvimento local. Não podemos ser globalistas em excesso nunca mais, com a economia das nações quebrada. Em verdade, temos de ser mais regionalistas, abraçando um patriotismo comercial, vendo o desenvolvimento do vizinho de pátria como imprescindível. O erro foi esquecer de ter a manutenção da “cerquinha” do condomínio chamado País. É coerente, louvável e necessário haver alianças comerciais, mas nunca dependência. O mundo historicamente foi acostumado com a preguiça comodista, ora com a exploração de minerais e metais preciosos nas colônias nos séculos passados, ora com
o lucro fácil da terceirização barata da produção, e isso tem um preço. Países como Japão e Coreia dão exemplo, e já durante a crise, acordaram, e estão cortando laços de dependência com a China. Até a gigante Samsung deixou sua convergência com eles de lado. É um começo. Efetivamente todos os setores de todas as áreas precisam despertar. Chegou o momento de expor que não será possível olhar só a quantidade dos “doces”, mas o mal que causam à saúde das empresas. A qualidade e o nacionalismo como marketing, nos próximos anos, serão mais atraentes que o preço. A geração de empregos tem de ser a meta. A crise não chegou ao seu ápice econômico, mas a saída é previsível. João e Maria conscientemente têm de sair correndo do cativeiro, porque se voltarem a comer doces excessivamente, a “bruxa” os devora... Se é que já não devorou. n
FEIRA: MUSIC SHOW EXPERIENCE
MUSIC SHOW EXPERIENCE PRORROGADA PARA 2021
Organizadores decidiram adiar a terceira edição do evento Music Show Experience, que seria realizada em setembro deste ano, para 2021
A
diretoria da Music Show Experience, seguindo as recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou, em junho, que o evento marcado para o período de 24 a 27 de setembro de 2020 será adiado para 2021. O adiamento segue a Portaria MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, por meio da qual o ministro de Estado da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus. “A saúde e o bem-estar de toda a população são prioridades e estamos de acordo com todas as medidas das autoridades que contribuem para minimizar a propagação do coronavírus em aglomerações, afetando a comunidade e os mais vulneráveis”, disse Daniel Neves, um dos diretores da Music Show, no comunicado oficial. “Estamos com o coração apertado, mas sabemos que esta é a decisão certa. Esperamos que este quadro delicado seja superado o mais breve possível, com a consciência de todos, para que possamos estar juntos novamente”, agregou Fabio Mascotto, também diretor da feira.
Feiras migram para o on-line A decisão de prorrogar a realização da Music Show Experience para o próximo ano não é única. Vários eventos em todo o mundo decidiram cancelar ou adiar suas edições físicas deste ano, como a Infocomm, tanto na América Latina quando nos EUA,
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O M A IO R E V EN TO D E EM PR EEN D ED O R IS M O M U SICA L DA A M ÉR ICA D O S U L
a Sound.check no México e até a AES. Muitas dessas feiras migraram para o formato on-line, com palestras, conferências e apresentações de produtos, tanto gratuitas quanto pagas. Outro evento que adotou o formato virtual foi o reconhecido Make Music Day, realizado no dia 21 de junho, com a participação de pessoas em mais de mil cidades em 120 países. No Brasil, participaram 60 cidades
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com shows de casa, aulas de música on-line, pessoas tocando nas varandas e todo tipo de abordagens virtuais. A frase “o show deve continuar” nunca fez tanto sentido, não é? n Mais informações musicshowexp.com.br MusicShowExp MusicShowExp
PRODUTOS: ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ILUMINAÇÃO
Beyma Qlex
Turbox by Leac’s TB 100
A Turbox by Leac’s apresentou recentemente mais uma caixa na sua linha TB. É o modelo TB 100, com USB, SD Card, Bluetooth, alto-falante de 5” e FM. A caixa conta com alto-falante de 5” full range de neodímio, frequência estendida, potência de 40W RMS e 106 db de SPL com 295 mm de altura x 242 mm de largura, 231 mm de profundidade e 4,2 kg de peso. Disponível em seis cores: preto, rosa, amarelo, azul, roxo e vermelho. Contato: (11) 4891-1000 - leacs.com.br
Disponíveis em 21”, 18” e 15”, estes subgraves de cerâmica incorporam a bobina “Quattro” de quatro camadas exclusiva da empresa. Com uma estrutura de motor otimizada por simulação e análise de elementos finitos (FEA), a Beyma alcançou um aumento no fator de força (BL) do transdutor em 30%, o que se traduz em mais energia no espaço de ar e maior controle do amplificador. A dissipação de calor de toda a família Qlex foi aprimorada graças à tecnologia Maltcross, que permite lidar com grandes quantidades de energia elétrica, com uma relação SPL/Peso total diferenciada. A nova série possui três modelos nos formatos de 21” (21QLEX1600Fe), 18” (18QLEX1600Fe) e 15” (15QLEX1600Fe), indicados para sistemas de caixas ventiladas, passa-banda e designs horn-loaded. Contato: (16) 3234-6462 - mundiaudio.com
JTS KA-10
Kit de microfonação de câmera, acompanha base receptora, base transmissora e microfone de lapela. A bateria de lítio proporciona 14 horas de uso muito útil para viagens. Dezesseis frequências UHF PLL 16 selecionáveis possibilitam aplicações em multissistemas. Operação acima de 60 metros de distância, usada para vários tipos de aplicações. Acompanha microfone de lapela CM-201. Possui microfone interno no transmissor. Acessórios inclusos: carregador duplo, adaptador de conexão KA-10R em câmera, cabo de áudio balanceado e cabo de áudio não balanceado para câmera. Contato: (11) 3624-9148 - turbomusic.com.br
Remo Crown Control Gels
Os Crown Control Gels fornecem controle de overtone sem inibir a vibração tonal. Estes géis podem ser usados em todas as peles de bateria, pratos e outros instrumentos de percussão de mão que exigem um amortecimento de tons. Ideal para tons mais gordos e mais controlados em toms e snares, os géis podem ser cortados no tamanho desejado e a fórmula não tóxica pode ser lavada com sabão e água para reativar as propriedades de adesão à superfície. Contato: (11) 3797-0100 - izzo.com.br
HK Audio Polar 10
O Polar 10 foi projetado para oferecer um sistema de PA acessível para músicos, artistas, DJs, performances, escolas e aplicações audiovisuais. Possui características como mixer de quatro canais com cinco presets programáveis pelo usuário, streaming de áudio via Bluetooth 5.0 e resposta de graves assertiva. Consiste em um subwoofer e dois elementos de coluna. A caixa do subwoofer contém camadas de bétula, um woofer de 10” especialmente desenvolvido com uma bobina de voz extralonga e um amplificador de potência de 2.000 W. A coluna midrange/ HF vem em duas seções para facilitar o transporte. Contato: (11) 3228-8623 - audiosystems.com.br
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Mesa Boogie Subway TT-800
O novo amplificador de baixos Mesa Boogie Subway TT-800 apresenta dois canais separados em uma configuração mono dupla que alimenta sua seção de potência articulada de Classe D de 800 W para criar a base a partir da qual o tom de graves será construído. O novo modelo reúne características dos pré-amplificadores Bass 400+ com sua arquitetura de tons vintage e os sons modernos do Subway Channel. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br
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Fender Ukuleles Fullerton
Strinberg Euro Series
O corpo da série Fullerton foi inspirado nas guitarras elétricas mais representativas da Fender. Os modelos representam os corpos das guitarras Telecaster, Stratocaster e Jazzmaster da empresa, cada um com um tampo em spruce laminado, braço em maple com diapasão em nogueira laminado e sistema de pré-amplificador projetado pela Fender que permite que os músicos alterem o som usando um botão de tom simples. A troca de cordas é facilitada com a ponte “sem amarração”, em comparação com as pontes tradicionais de ukulele. Cada modelo está disponível nas cores tradicionais pelas quais as guitarras elétricas da Fender são conhecidas, exceto a Jazzmaster, disponível em uma nova cor chamada Tidepool. Contato: (11) 2975-2711 - fender.com.br
Strinberg SGS-250
Pensando no guitarrista que preza pelo desempenho técnico mais elaborado, a Strinberg oferece o modelo SGS-250. Guitarra com design moderno, captadores de alto ganho, cutaways que proporcionam total acesso à escala e ponte Floyd Rose, proporcionando expressão ilimitada ao músico. Instrumento ideal para qualquer Shredder. Contato: (18) 3941-2022 • sonotec.com.br
DW Drums Timekeeper Snare Drum
Inspirada em grandes metrópoles do Velho Continente, a Euro Series se destaca pelo visual elegante, com headstock redefinido e inlays exclusivos, alto padrão de qualidade sonora e tocabilidade, atributos que são conciliados com uma ótima relação custo-benefício. Estão disponíveis nas versões London (Folk), Vienna (Artístico Náilon) e Berlin (Artístico Aço). Contato: (18) 3941-2022 - sonotec.com.br
Latin Percussion Black Box Wire Cajon
O LP Black Box Wire Cajon (LP1428NYN) é baseado no modelo LP Black Box. É um cajon para iniciantes, construído com uma placa ecológica que cuida do ambiente com uma placa de som em birch/poplar a um preço acessível. O acabamento em preto fosco confere ao cajon uma aparência polida com bordas arredondadas, adequada para qualquer estilo de música. Mede 19” de altura x 11” de largura x 10” de profundidade. Contato: (11) 3158-3105 - musical-express.com.br
Gretsch Brooklyn Kits
Parte da Collector’s Series, este snare está decorado com incrustações de madeira “Clock and Gear”, com exatas 351 peças individuais. Cada peça de material tingido cortada a laser está meticulosamente incrustada à mão na lâmina superior de 1/36” de espessura de uma carcaça Pure Purpleheart. A carcaça VLT Pure Purpleheart de 11 camadas é fabricada na oficina DW California Custom Shop e vem com características profissionais que incluem True-Hoops personalizados com incrustações em couro sintético, True-Tone Snare Wires, sistema MAG Throw-Off com placa 3P, True-Pitch 50 Tuning, peles DW by Remo e acabamento Antique Bronze de edição limitada. Mede 6,5”x14”. Contato: (92) 3622-7151 - cborges.com.br
As baterias Gretsch Brooklyn são feitas com bordo norte-americano e álamo de seis camadas. Elas trazem os distintivos aros de 302 de espessura, com 302 flanges duplas remanescentes dos usados pela empresa até meados da década de 1950. O Brooklyn Micro Kit, lançado em 2018, é uma opção para pequenos locais, estúdios, salas de ensaio e outras situações em que o espaço seja limitado. Para este ano, a empresa apresenta novas opções. O acabamento Blue Burst Pearl Finish da Brooklyn Original Series amplia as opções de cores Nitron para sete, junto com os seis acabamentos de laca acetinados existentes, enquanto que para o kit Brooklyn Micro, o novo acabamento White Marine Pearl oferece uma opção alternativa à laca cetim cinza original. Contato: (18) 3941-2022 - sonotec.com.br
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Taylor 214ce Plus
Este violão Grand Auditorium atualizado da Série 200 tem o formato de corpo mais vendido da empresa, que faz sucesso entre guitarristas de todos os gêneros e estilos. O quadro convidativo de cintura estreita fica confortavelmente no colo quando o músico está sentado, enquanto uma largura de porca ligeiramente mais estreita de 1-11/16” facilita afinar acordes e notas, mesmo para iniciantes. Em termos tonais, as laterais e o fundo em jacarandá em camadas combinam com um tampo em abeto sitka sólido. Este modelo Plus atualizado apresenta friso em preto e acabamento brilhante em todo o corpo, junto com um cutaway veneziano, inlays de ponto de 4 mm e eletrônica ES2 para som amplificado plug-and-play. Contato: (11) 2832-7800 - wms-br.com
Benson UB-21-B
Ukulele soprano de 21” com uma escala de 33 cm, o tamanho mais tradicional e menor entre todos os modelos disponíveis. Possui tampo, laterais e fundo em sapele, madeira conhecida por incorporar uma sonoridade vintage ao ukulele, com adição de médios e bastante punch. Sua escala e o cavalete são fabricados em rosewood. O braço do instrumento é feito de mahogany (mogno), uma madeira resistente, dura e de alta densidade. Também traz tarraxas blindadas cromadas. Vem ainda equipado com encordoamento Aquila Super Nylgut e acompanha uma bag premium de náilon com alça de mão. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br
Martin by Harman MAC Aura PXL
A marca de iluminação do grupo Harman apresentou o moving wash LED Martin MAC Aura PXL, seu primeiro aparelho wash com controle de pixel individual. O aparelho possui um motor RGBW calibrado com precisão, mistura instantânea de cores e mapeamento uniforme de pixels, além de incluir o conceito de luz de fundo de LED para oferecer novas possibilidades. O moving possui um motor LED RGBW capaz de produzir 13.000 lúmens e um zoom silencioso de 1:8, oferecendo ampla cobertura de efeito wash até um feixe estreito de 5º. Com um peso de 33 libras (cerca de 15 kg) e tamanho reduzido, o MAC Aura PXL ocupa menos espaço para transporte em caminhão e é fácil de manipular, características atraentes para empresas de locação. Contato: 0800-514161 - harmanaudio.com.br/martin
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Robert Juliat Arthur
A Robert Juliat lançou seu novo seguidor de 800 W Arthur de longo alcance, com o uso da tecnologia LED, dando até 29.000 lúmens. Esta é uma opção esperada por designers e técnicos de iluminação de grandes espaços, oferecendo agora a possibilidade de ter a tecnologia LED em um followpot poderoso o suficiente para ser usado em casas de ópera, teatros de música, locais de música ao vivo, concertos e turnês, tanto em interiores como ao ar livre. Entre suas características encontramos ângulo de feixe estreito de 5,5° a 15°, saída mínima de 2.000 lux a uma distância de 40 metros com qualidade de luz com alto CRI>90, feixe plano sem hot spot, projeção de gobo, foco nítido em cada ângulo de feixe e controle independente do tamanho e foco da imagem, com zoom óptico de 3:1 variável, além de dimmer eletrônico. Uma grande vantagem é que ele pode ser desligado quando não estiver em uso. Contato: (11) 2359-0470 - lbits.com.br
Obsidian NX Sync
A Obsidian Control Systems, marca da Elation Professional, expande sua linha de soluções profissionais com o lançamento do NX Sync, um dispositivo de código de tempo USB SMPTE plug-and-play. Ele captura o timecode em vários formatos SMPTE a partir do seu conector XLR de três pinos e o converte em um fluxo Midi timecode (MTC), onde pode ser lido em Onyx ou em qualquer outro software compatível com timecode Midi. Além disso, ele pode pegar o MTC e enviá-lo de volta como SMPTE. Este equipamento contém uma arquitetura de hardware para processamento instantâneo e atrasos mínimos de frame. Um cabo USB Onyx Hi-Speed personalizado está incluído. O NX-Sync já está disponível para distribuição. Contato: +1 (866) 245-6726 - obsidiancontrol.com
PR Lighting Spot XRLED 3000-W Framing
Este novo spot possui uma fonte de luz LED branca de 1.200 W, com quatro conjuntos de facas de framing para rotação infinita, gráficos de diferentes tamanhos e formas e efeito de cortina, que vêm em um módulo projetado e patenteado pela empresa. O aparelho vem em duas versões: um de 6.500 K, 70 CRI e 55.000 lúmens, para shows, grandes eventos e exposições; e um de 5.600 K, 92 CRI e 41.000 lúmens, projetado para teatros, estúdios de TV e eventos corporativos. Possui um sistema de ventilação do motor de LED cujo volume de ruído pode ser controlado em um nível muito baixo quando operado no modo de teatro (39 dB). Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br
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INOVAÇÃO: F.MONTEIRO SCIENCE
F.MONTEIRO SCIENCE APRESENTA SOFTWARE CROSSLITE+
O software CrossLite+ foi desenvolvido pelo engenheiro Francisco Monteiro e se trata de um projeto totalmente feito no Brasil para linearizar todo tipo de sistema de som
O
software CrossLite+ serve para que o usuário possa efetuar a linearização de qualquer tipo de sistema de som, seja profissional, home theater, cinema, automotivo ou outro, totalmente de forma off-line. “Hoje isso é feito em campo com o som ligado fazendo barulho o tempo todo, debaixo do sol, com vento atrapalhando a medição, e se chover, não dá para trabalhar”, disse o engenheiro Francisco Monteiro, detalhando que a aquisição do sinal no software dura no máximo 10 segundos. “O software efetua ajustes complexos totalmente de forma automática.” Com ele, o usuário mede o sistema ‘cru’, sem nenhum tipo de processamento, e faz tudo no computador. Foi desenvolvido para medir, projetar e ajustar facilmente o processamento de áudio por meio de filtros biquadráticos, atraso de tempo e ajuste de ganho. Realiza medições por duplo FFT e pós-processamento de funções de transferência. É dedicado a sistemas de sonorização, transdutores de áudio e caixas acústicas. O CrossLite+, além de efetuar medições, é compatível com arquivos ex-
as interfaces de áudio e processadores digitais do mercado. • Interface intuitiva, gráficos grandes, opções múltiplas de visualização, memorização e comparação de resultados. • É possível criar diversos tipos de projetos para atender os mercados de áudio profissional, automotivo, cinema, studios e home. • Precisão nas aquisições, até nas frequências mais baixas, ajustes automatizados, correção da curva de resposta de microfones de baixo custo. • É possível enviar ou compartilhar medições para
portados em .txt de diversos softwares. Ele também pode ser usado por fabricantes e projetistas de caixas, e está disponível em inglês, com manual em português. A F.Monteiro Science está realizando parcerias com diferentes escolas de áudio, que efetuarão o treinamento do software quando a pandemia acabar. Algumas características: • Ajustes compatíveis com todas
outros usuários de CrossLite+, e criar relatórios com aparência técnica e profissional. • É possível desenvolver e verificar a fundo projetos complexos rapidamente utilizando os processos e ferramentas mais atuais na indústria de processamento de áudio digital mundial. Além de obter repetitibilidade para qualquer tipo de processador. n Mais informações fmscience.com.br
5 PERGUNTAS
ANÚNCIOS E VENDAS EM MARKETPLACES
Conheça os 5 erros mais comuns de quem vende pela internet e melhore sua estratégia
H
oje 95% dos consumidores que compram on-line utilizam um marketplace e cerca de 44,1% pretendem comprar mais produtos por essas plataformas nos próximos 12 meses, segundo o UPS Pulse of the Online Shopper 2019, estudo realizado pela PwC em parceria com a UPS, multinacional americana de logística. Apesar do cenário promissor, há alguns pontos que precisam ser observados para evitar erros cruciais, que podem prejudicar os negócios. “Antes de mais nada, é preciso se planejar! Não é apenas colocar os produtos na internet. É preciso estipular um tempo de adaptação no mercado, conhecer muito bem o seu setor e manter-se atualizado para que seu produto tenha um grande diferencial competitivo”, explica Marcelo Ribeiro, gerente de marketing do Olist, startup que ajuda varejistas a aumentarem suas vendas ao gerar liquidez de estoque. Qual é o primeiro erro cometido pelos varejistas?
O cadastro incorreto de produtos. Informações superficiais, imprecisas ou incorretas em anúncios de itens têm baixa taxa de conversão para o lojista, além de poder resultar em situações judiciais caso o consumidor se sinta enganado. Por isso, é importante ter atenção, dedicação e, principalmente, criatividade na hora de realizar os cadastros, buscando informações detalhadas e precisas. Isso vale para tudo: tanto para a produção de títulos e categorizações como para imagens, descrições do produto, entre outros.
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Como devemos avaliar os preços anunciados?
É preciso ter preços competitivos. Preço é um dos principais fatores de decisão quando se fala em compras, principalmente pela internet. A possibilidade de comparação dos valores é muito rápida e dificilmente o lojista conseguirá um bom desempenho caso cobre muito acima da média de mercado. Entretanto, nem sempre é possível baixar tanto a margem de lucro de todos os produtos. O indicado é sempre acompanhar a concorrência e testar estratégias mais agressivas para itens estratégicos, aproveitando datas especiais como oportunidade para aumentar as vendas. É importante observar a reputação do nosso marketplace?
Totalmente. Reputação ruim pode ser fatal para qualquer empreendimento, principalmente em relação aos marketplaces. Além de causar desconfiança nos consumidores, isso faz com que a loja seja mal posicionada nas ferramentas de busca, diminuindo a visibilidade e a conversão. Segundo a pesquisa Local Consumer Review Survey 2017, 57% do público compra apenas de empresas com quatro ou mais estrelas. Ter operação ágil e eficiente, prestar bom atendimento, responder à queixas em sites de reclamação e incentivar avaliações são ações que podem ajudar a reverter esse quadro ou não se deixar cair nele. Precisamos colocar à disposição todo o nosso catálogo?
Sim. Muitos comerciantes não cadas-
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Marcelo Ribeiro (gerente de marketing)
tram o catálogo completo de suas lojas nos marketplaces, causando mau desempenho nas vendas. Quanto mais produtos disponibilizados, mais fontes de faturamento o empreendimento tende a ter. Outros fatores também influenciam, mas ter um portfólio variado aumenta as chances de sucesso, uma vez que o consumidor poderá encontrar no seu catálogo tudo de que precisa. Para obter sucesso no varejo on-line é preciso trabalhar com produtos competitivos e com alta demanda, acompanhando tendências de mercado e incluindo mercadorias com grande potencial de vendas. Vale a pena depender de um único canal de venda?
Essa pode ser uma estratégia muito arriscada, já que problemas no canal podem impactar diretamente o faturamento da loja. Outro impasse é que essa dependência limita o varejista a um público restrito e, assim, diversificar esses canais é extremamente importante e estratégico para alcançar maior número de clientes, tornando a marca mais conhecida no mercado. A solução é ingressar em grandes marketplaces para incrementar as vendas e aumentar a visibilidade dos produtos e, ainda, investir em sites focados em categorias específicas. n
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Arwel........................................................11 3326-3809 arwel.com.br • 15 Benson............................................. 51 3034-8100 proshows.com.br • 11 Crafter ....................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 69 Hal Leonard ..................................................halleonard.com/latam • 8 Harmonics ....................................43 3377-6600 harmonics.com.br • 7 Strinberg ........................................... 18 3941-2022 sonotec.com.br • 53 Takamine ..............................................18 3941-2022 sonotec.com.br • 3 Taylor .......................................................... 11 2832-7800 wms-br.com • 9 Timbra........................................................ 11 3797-1000 izzo.com.br • 57
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Outros
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