#110 Música & Mercado - Setembro / Outubro 2020

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A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG • SETEMBRO E OUTUBRO DE 2020 | Nº 110 | ANO 19 • BRASIL | ESTADOS UNIDOS | AMÉRICA LATINA

INFORMAÇÕES PARA QUEM FAZ NEGÓCIOS COM ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS SONOTEC LANÇA BATERIAS D-ONE ROCKET A linha Rocket será a versão de melhor custo-benefício da D-One, marca de baterias da Sonotec. Manter a relação custo-benefício entre qualidade e preço com um dólar instável é algo desafiador. O lançamento da bateria D-One Rocket vem justamente para garantir a predileção do consumidor por um produto de alta performance e valor acessível. PÁG. 12

NAMM APRESENTA BELIEVE IN MUSIC WEEK Os organizadores do NAMM Show, que seria realizado em janeiro, anunciaram que não haverá feira física em 2021. No lugar, foi criado o evento virtual Believe in Music Week, que será realizado na semana de 18 de janeiro contendo uma mistura de educação profissional e programação para vários segmentos do mercado por meio do site BelieveinMusic.tv, além de fornecer um marketplace interativo para conectar compradores e vendedores, sem cair no formato de feira virtual. PÁG. 34

FENDER MUDA ESTRATÉGIA NO BRASIL A partir do dia 1º de setembro, as marcas do grupo Fender Musical Instruments Corporation encerraram o contrato de distribuição exclusiva com a importadora Pride Music. De acordo com fontes, que pediram para não divulgar seus nomes, a marca americana terá ao menos cinco empresas vendendo produtos tanto ao consumidor final quanto ao varejo, como no caso da Squier e demais produtos de categoria iniciante. Fontes ouvidas por Música & Mercado explicaram ainda que os produtos terão um parâmetro de preço a ser seguido entre as empresas revende-

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

A vida digital e os eventos on-line são uma realidade imposta pela pandemia. Surgem os eventos drive-in para atividades presenciais

O isolamento social acelerou o processo de mudança para o ambiente digital: atendimento via WhatsApp, Instagram e outras redes sociais

O MERCADO DA MÚSICA E A PANDEMIA doras. Os dados aqui publicados estão sendo apurados constantemente. Divulgaremos mais detalhes tão logo informações oficiais circulem. PÁG. 10

ODERY DRUMS LANÇA LOJA ON-LINE COM PARCERIA DE LOJISTAS

A marca de baterias Odery enviou recentemente um comunicado sobre os planos para o futuro pós-pandemia da empresa e das demais marcas que representa. De acordo com o texto enviado por Mauricio Odery, por conta do “grande rombo causado no mercado nos últimos meses com o fechamento de algumas empresas

O mercado da música tem sido altamente afetado pela pandemia. Adaptação virou palavra-chave para varejistas, fabricantes, distribuidoras e profissionais da música. Qual é o futuro do mercado? PÁG. 20

do setor […], aliado à forte desvalorização da nossa moeda, começamos a nos mexer e avaliar como seria o futuro de nosso mercado ponderando diversos caminhos”. O lançamento de uma loja oficial, além da revenda tradicional, é a resposta da empresa para aumentar a distribuição e o acesso dos produtos ao mercado. Entenda todo o funcionamento na PÁG. 28

Sonotec lança canal no YouTube com produção própria de conteúdo. Martin Guitar mudará sua administração em 2021. Gibson oferece US$ 59.000 de recompensa por livro perdido. GLP estende garantia de produto por 12 meses. Elation lança centro de aprendizagem on-line. Musical Express comunica saída da Shure de seu portfólio.




O encontro internacional para unir e dar apoio às pessoas que trazem música para o mundo.

Marketplace

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Reunirá compradores e vendedores de todo o mundo

Programação para educar, conectar e inspirar

Sessões poderosas para expandir seus negócios e sua carreira

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As guitarras mais desejadas do mercado agora ao seu alcance!

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EDITORIAL

VOCÊ SE REINVENTOU NESTA QUARENTENA? A maior parte das cidades do Brasil

já saiu da fase vermelha da quarentena. Muitos passaram aperto, outros se reinventaram. E você? Do âmbito pessoal ao profissional,

todos nós mudamos em algo nesse período. Particularmente, acho que eu mudei muito e refleti isso na empresa. Caramba, que situação inédita!

Quando somos empreendedores, além de nossa família, somos responsáveis por outras. Tudo isso me afligia demais. Quantas perguntas eu tinha, quantas teorias (conspiratórias ou não). Mas as

principais eram: Como será o futuro? Eu saberei me adaptar a ele? Já imaginou? Com tanta gente falando

que o comércio seria tudo direto, sem lojas, como faríamos com a Música & Mercado se todo o nosso início foi pautado em ser a ponte para a informação entre fornecedores e lojistas? A claridade veio e voltei à raiz da nos-

sa empresa: a Música & Mercado é uma publicação focada em ampliar mercado, gerar uma mentalidade de negócios no ramo e expor empresas qualificadas.

No campo digital, vamos abarcar

todo o conteúdo voltado aos diversos negócios da área da música, seja o lojista, seja o empresário de shows e eventos. E você? Qual foi sua reflexão? Qual sua

missão? Vender? Comprar? Uma pergunta simples, e que parece tão óbvia, neste momento pode ampliar sua percepção e garantir um melhor planejamento para o futuro da empresa e de todos que dela dependem.

DANIEL A. NEVES

CEO & PUBLISHER

“A gente não precisa de certezas estáticas. A gente precisa é aprender a manha de saber se reinventar. De se tornar manhã novíssima depois de cada longa noite escura. A gente precisa é saber criar espaço, não importa o tamanho dos apertos.”

DANIEL NEVES CEO & PUBLISHER DE MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES

— Ana Jácomo (1966-), jornalista e escritora brasileira. musicaemercado

STAFF

SUMÁRIO

CEO & Publisher

Daniel A. Neves 6 EDITORIAL

Diretora de Redação

Paola Abregú

8 ÚLTIMAS Notícias quentinhas do setor musical

Diretor de Arte

10 CORPORATIVO Fender abrirá novos distribuidores e importação direta para lojistas

Dawis Roos

12 LANÇAMENTO Linha de bateria D-One Rocket chega ao Brasil e quer ganhar a preferência dos iniciantes

Departamento Comercial (Brasil)

14 EMPRESA Acordeões Minuano feitos 100% no Brasil

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022

16 GESTÃO Audio-Technica contrata Alexandro de Azevedo no Brasil

Trade Marketing e Novos Negócios

18 FÁBRICA Vibratom faz instrumentos para educação musical de crianças 20 CAPA: O SETOR DE ENTRETENIMENTO E A PANDEMIA O mercado da música tem sido altamente afetado pela pandemia. Adaptação virou palavra-chave para varejistas, fabricantes, distribuidoras e profissionais da música. Qual é o futuro do mercado? 26 LOJA BarraMusic oferece rico conteúdo em canal no YouTube

Thiago Henrique Ferreira trade@musicaemercado.org Administração e Finanças

Rosângela Ferreira Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

28 ESTRATÉGIA Odery Drums lança loja on-line com parceria de lojistas

assinaturas@musicaemercado.org

30 MÚSICA DIGITAL OneRPM cresce durante a pandemia

Colaboradores

32 COLUNA Pandemia: vamos reforçar o lado positivo desta situação! por Luiz Uhlik

Ben Díaz, Luiz Carlos Rigo Uhlik e Nelson Junior. Impressão e Acabamento

34 FEIRA NAMM cancela feira física para 2021 e anuncia evento virtual

Edição especial 100% digital

36 PRODUTOS Os mais recentes lançamentos no mercado

Música & Mercado®

Autorizada a reprodução com a citação da

CONTATOS

Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados

Instrumentos

Arwel....................................................... 11 3326-3809 arwel.com.br • 29 Benson.............................................51 3034-8100 proshows.com.br • 35 Crafter ........................................................11 3797-1000 izzo.com.br • 17 Harmonics ....................................43 3377-6600 harmonics.com.br • 7 Suhr ........................................................ 92 3622-7151 cborges.com.br • 5

Amplificadores / Áudio Profissional

Behringer.......................................51 3034-8100 proshows.com.br • 39 Frahm ................................................. 47 3531-8800 frahm.com.br • 2, 15 Shure ........................................................ 11 3215 0186 br.shure.com • 40 Verity Audio ................................+86 757 8512-9008 verityaudio.fr • 34

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Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022

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Bateria/Percussão

D-One ......................................18 3941 2022 sonotec.com.br/d-one • 3, 9 Luen ............................................................. 11 4448 7171 luen.com.br • 13

Acessórios

Mancini Cabos ............... 11 2070-2300 mancinicabos.com.br • 21, 37 SG .................................................................. 11 3797-1000 izzo.com.br • 27 Stagetec .......................................... 31 98746-3536 / 31 97598-8385 • 25

Outros

NAMM.......................................................................namm.org/believe • 4 Vip Soft ................................................. 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 33

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nos anúncios publicados.

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Associados



ÚLTIMAS NOTÍCIAS INSTRUMENTOS Sonotec lança canal no YouTube com produção própria de conteúdo

A Sonotec anunciou que seu canal no YouTube está sendo atualizado constantemente com diferentes vídeos com conteúdo interessante, incluindo reviews de produtos e sound checks, já que a empresa montou seu próprio estúdio, ideia que nasceu devido à pandemia. “Estamos criando altos vídeos para nosso canal no YouTube e o conteúdo será atualizado assiduamente”, contou Northon Vanalli, gerente de marketing da Sonotec. Dê uma olhada no canal no YouTube e veja todo o conteúdo. https://www. youtube.com/user/SonotecMusic

e Beta Maxed. É um sampler diverso entrelaçado com um sintetizador, para acompanhar novas ferramentas de composição musical. Sua biblioteca de sons de fábrica é baseada em uma ampla variedade de amostras de instrumentos reunidas por Klaus Peter Rausch. A biblioteca para este plug-in contém mais de 600 instrumentos eletrônicos e do mundo real. No lado do sintetizador, permite gerar uma ampla gama de sons eletrônicos. Essa combinação significa que os usuários podem criar sons para qualquer cenário de produção, de pads atmosféricos, efeitos e vocais a baixo, guitarra, teclas e percussão e até flauta orquestral e cordas. A seção de sintetizador inclui: quatro osciladores, uma seção de filtro e amplitude, quatro slots de efeitos, um arpejador integrado e quatro LFO e envelopes para modular tudo o que o usuário quiser.

Martin Guitar mudará sua administração em 2021

PlayTech tem seus bens leiloados Tradicional loja do mercado encerrou completamente suas atividades e edital de leilão judicial foi lançado pelo Processo nº 111987635.2014.8.26.0100 da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Fórum Central/SP.

Fender pede passagem A Fender rescindiu seu contrato com a importadora Pride Music e busca parceiros para ampliar o acesso dos produtos no País. As reuniões estão sendo feitas com os importadores e lojistas e em breve a empresa anunciará seu novo grupo de parceiros e operação.

Como vender no Brasil? Rumores de fora do País dizem que não há mais paciência para perder vendas para as marcas OEM que existem aqui.

Nanofabricantes A quantidade de nanofabricantes aumentou neste momento de pandemia. Música & Mercado classificou mais de 1.500 pequenos fornecedores que vendem direto.

Mentoria especializada A Música & Mercado agora está oferecendo mentoria para empresas do setor, lojas e fornecedores. Direcionamento, mercado e outros assuntos são tratados.

Tracktion oferece comprar o plug-in Collective separadamente A Tracktion anunciou que a empresa agora oferece o plug-in Collective separadamente de seu DAW Waveform, a um custo de cerca de US$ 60. O Collective é oferecido nos formatos VST, AU e AAX e pode ser adquirido sozinho ou como parte de um bundle com os pacotes de som Platforms

Chris Martin

A C. F. Martin & Co. (Martin Guitar) anunciou que a empresa está passando por um processo de sucessão executiva. Quais serão as mudanças? Christian Martin IV decidiu que, no final de sua presidência da associação NAMM, em julho de 2021, assumirá o cargo de presidente executivo da C.F Martin & Co. Ele continuará sendo presidente do conselho e a propriedade familiar da empresa será mantida. Jacqueline Renner, presidente da C.F. Martin, também anunciou seus planos de se aposentar em 1º de outubro de 2021, sentindo que, com a mudança de Chris, também era hora de fazer sua transição. A Martin conduzirá uma busca por um CEO-presidente que abrace e aprimore a cultura única da empresa e continue a melhorar a marca em todo o mundo. A empresa contratada para realizar essa busca é a Hudson Gain Corporation.

Opressão Lojas começam a sentir o impacto da opção multicanal colocada pelas marcas e importadores. Outro fator é o crescimento das marcas OEM com venda direta, como Arcano, entre outras.

Opressão II O maior receio das lojas é ser revenda de produtos comoditizados, com pouca margem e ampla disputa comercial, e as marcas relevantes terem suas vendas feitas diretamente.

Recuperação nos instrumentos Mercado de instrumentos musicais se recupera. Checagem da M&M com as lojas e fornecedores do setor indica que a recuperação nas vendas de instrumentos musicais e acessórios está na base de 90%. Salve!

Gibson oferece US$ 59.000 de recompensa por livro perdido A Gibson lançou uma campanha pedindo a ajuda da comunidade mundial para recuperar um livro de contabilidade de envios perdido que documenta um período importante em seus 126 anos de história e o auge da Era de Ouro da Gibson. O li-

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vro de envios da Gibson de 1959-1960 está ausente dos arquivos da empresa há pelo menos 30 anos. Uma das hipóteses estabelece a possibilidade de que ele tenha sido perdido antes que a empresa se mudasse de Kalamazoo, Michigan para Nashville, Tennessee. A pessoa que devolver com segurança o livro de envios ausente receberá um prêmio em dinheiro de US$ 59.000. A proposta é aberta a todos e não serão feitas perguntas a respeito, embora a empresa se reserve o direito de validar as informações e autenticar materiais como artigos originais antes de emitir a recompensa. A Gibson também oferece recompensas pela recuperação de outros documentos anteriores a 1970, como livros, planos e ativos exclusivos historicamente importantes e relevantes para a empresa.

Batuta high tech possibilita a músicos cegos tocarem em orquestras

Kyungho Jeon

A Human Instruments, empresa especializada em instrumentos para deficientes, realiza o sonho de músicos cegos tocarem em orquestras. Quando Kyungho Jeon era garoto, ele sonhava em tocar numa orquestra, mas seus professores sentiam que seria muito difícil. Não porque tinha pouco talento musical, mas porque ele nasceu cego e não poderia ver os movimentos da batuta do maestro e seguir sua direção. Jeon, 32 anos, disse que entrou na música muito jovem, contando os sons da natureza com cores tonais. “Quando eu ouço música, sinto muitas coisas”, explica Jeon. “Sinto a claridade e a escuridão, o calor e o frio.” Ele era fascinado pela percussão e eventualmente se tornou um solista de marimba, mas ainda assim, sua deficiência visual tornou difícil a participação em uma orquestra. Frustrado, Jeon começou a imaginar como seria sentir o direcionamento dado pelo maestro, condutor da orquestra, em vez de vê-lo. Dois anos atrás, ele encontrou Vahakn Matossian e seu pai, Rolf Gehlhaar, fundadores da Human Instruments, uma organização que desenvolve tecnologia musical em colaboração com pessoas com algum tipo de deficiência. Juntos, eles criaram a ‘batuta háptica’. Jeon agora é um virtuoso percussionista que vive em Seul, na Coreia, e, com a ajuda dessa nova tecnologia, ele finalmente teve a oportunidade de tocar em conjunto.

Brandtruck cria projeto dentro de caminhão de vidro e leva música para as ruas Como muitas empresas, a Brandtruck, especializada na criação, construção e locação de trucks inteligentes para eventos, precisou se reinventar e criou o projeto “Música na Varanda”, para levar


música e mensagens de otimismo para os paulistanos. A empresa criou novas oportunidades para os músicos, pois dentro de um caminhão “de vidro” especialmente adaptado, eles podem rodar pelas ruas de São Paulo interpretando músicas alegres e levando mensagens positivas. O projeto conta com a participação dos músicos Marcia Regina Gomes, Ismaille Miranda, Dodô do Sax e o casal Fabia Dias e Rica Sant’ Anna, cujas atividades e renda foram afetadas pelo cancelamento de eventos devido ao coronavírus. Até o momento, a campanha solidária “Música na Varanda” realizou cerca de 450 apresentações em bairros das zonas norte, sul, leste e oeste, e a meta era chegar a mil pontos de contato — a distância, é claro — até o dia 8 de setembro. Em fase de planejamento, a ação deve se estender para outras capitais do País.

25% de lojas fechadas

oportunidade para se educar e se preparar para a eventual reabertura. A Elation também está oferecendo essa oportunidade com o lançamento de um novo centro de aprendizagem on-line, disponível no site da empresa. Ele foi projetado para fornecer aos profissionais de iluminação opções de aprendizagem facilmente acessíveis por meio de treinamento gratuito e materiais educacionais. Vídeos, webinars e lançamentos on-line estão disponíveis para visualização. Outro recurso do centro de aprendizagem inclui vídeos de produtos, feiras comerciais e shows de luzes em um showroom. Os visitantes também podem visualizar e registrar-se nos próximos eventos da E3, bem como agendar um horário para visitar a sala de demonstração nas instalações da Elation nos Estados Unidos, na Europa ou no México.

Magmatic lança linha Atmosity de líquidos para efeitos

Estimativa da Música & Mercado prevê que até 25% dos comércios tradicionais fecharão suas portas nos próximos dois anos. Entretanto, novos entrantes voltados ao comércio digital já estão aparecendo no pipeline dos fornecedores. Será a troca do modelo?

com um logotipo modernizado e o lançamento da interface DMX TCP/IP independente, CQSA-E 1024. A nova CQSA-E inclui uma porta Ethernet, além de porta USB. Isso fornece acesso a longa distância e comunicação com o aparelho em qualquer lugar da rede local (LAN e WLAN). Conectada a um ponto de acesso ou roteador, ela pode ser facilmente controlada com um dispositivo móvel ou tablet com o aplicativo Wi-Light. Nos próximos meses, a empresa planeja introduzir muitos outros novos equipamentos, softwares, aplicativos e promoções. A Chromateq possui vários softwares gratuitos, vale a pena dar uma olhada no site deles.

ÁUDIO Musical Express comunica saída da Shure de seu portfólio A importadora Musical Express surpreendeu o setor no dia 19 de agosto, quando enviou por WhatsApp um comunicado sobre a saída da marca Shure de seu catálogo de produtos. Interlocutores da Shure e da Musical Express informaram que as providências da transição estão sendo tomadas por ambas as empresas com respeito e consideração.

Áudio em depressão Mercado de áudio caiu 80% com a pandemia. Expectativa de que o retorno venha paulatinamente e para eventos pequenos.

Shure transforma qualquer microfone XLR em um microfone sem fio

ILUMINAÇÃO GLP estende garantia de produto por 12 meses

A empresa de iluminação alemã GLP está estendendo automaticamente a garantia por 12 meses para qualquer um de seus produtos, cuja garantia original expira entre 1º de abril de 2020 e 31 de março de 2021. A empresa tem usado a hashtag #keepthelighton (e #KTLO) desde o início da pandemia e está seguindo esse lema ao tomar esta decisão. “A GLP reconhece e entende que a grande maioria de nossos produtos está inativa há muitos meses e continuará a fazê-lo antes de sua próxima chamada para o trabalho”, afirmou Udo Künzler, diretor administrativo da GLP GmbH. “Portanto, queríamos dar uma demonstração completa de apoio aos nossos clientes fiéis, cujo sustento depende dos aparelhos que usam.” A extensão por um ano se aplica a todos os produtos do portfólio da GLP. Além disso, para simplificar o processo, essa extensão já foi registrada em todos os escritórios da GLP e de suas distribuidoras. Os clientes não precisam tomar providências para garantir que a extensão seja aplicada, pois isso já foi feito.

Elation lança centro de aprendizagem on-line Embora a pandemia de Covid-19 tenha tido um efeito dramático em nossas vidas e na indústria, os profissionais de iluminação, bem como os de outros segmentos do entretenimento, estão considerando o tempo de inatividade como uma

A marca Magmatic, parte da Elation, apresentou a linha de líquidos Atmosity para complementar sua série de máquinas para efeitos atmosféricos. Esses líquidos foram especialmente criados para operar com máquinas de haze e fumaça Magma e Thermatic, máquina de neve Polar e efeitos de simulação criogênica Rocket CO2, mas também são compatíveis com outros tipos de máquinas de efeitos. Os líquidos são tratados, filtrados e passam por um teste de qualidade para verificar sua pureza, cor, densidade e acidez, que, segundo o comunicado oficial, “equivale à água utilizada por laboratórios médicos especializados na produção de vacinas”.

Chromateq comemora seu 10º aniversário

Sediada na França e com escritórios na China, a Chromateq está comemorando seu 10º aniversário no mundo da iluminação e lança a interface CQSA-E 1024. A empresa vem criando controladores e software de iluminação na última década, celebrando agora os próximos dez anos

O novo transmissor plug-on Axient Digital AD3 oferece a possibilidade de transformar qualquer microfone XLR em um microfone sem fio, supersimples. O AD3 foi criado com o objetivo de transformar uma fonte com fio em uma fonte sem fio Axient Digital. Além disso, ele pode ser facilmente conectado a um microfone shotgun para maior portabilidade para filmagem e transmissão de TV. É compatível com os receptores de rack Axient Digital AD4D e AD4Q nos modos padrão ou de alta densidade. “Redes de transmissão, estádios, centros de conferências, teatros e locais para apresentações contam com Axient Digital, e essa capacidade está agora sendo expandida com o lançamento do AD3”, disse Nick Wood, diretor de categoria sênior de produtos sem fio da Shure. “O transmissor plug-on permite que repórteres de campo, profissionais de áudio e engenheiros de som acessem uma solução de áudio portátil robusta que complementa perfeitamente o poder do Axient Digital. Os profissionais de áudio vão querer esses transmissores em seus kits.” O AD3 foi projetado para fornecer portabilidade e conectividade, oferecendo a confiabilidade e o desempenho da marca Shure. Inclui um design de conector XLR, um menu de controle fácil de usar, um display Oled de fácil leitura em condições de baixa iluminação e uma construção resistente a suor, umidade e partículas. O transmissor também inclui um case de transporte, clipe para cinto, cabo USB-C e permite opções de bateria convencional AA e Shure SB900A recarregável.

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CORPORATIVO: FENDER

FENDER ABRIRÁ NOVOS DISTRIBUIDORES E IMPORTAÇÃO DIRETA PARA LOJISTAS Fender altera modelo de distribuição no Brasil a partir de setembro

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partir do dia 1º de setembro, as marcas do grupo FMIC (Fender Musical Instruments Corporation) terão encerrado o contrato de distribuição exclusiva com a importadora Pride Music. A Pride Music é uma das mais tradicionais e reconhecidas importadoras de produtos premium no País, responsável agora por marcas como Zildjian, Korg e Vox, entre outras. Música & Mercado conversou com interlocutores da Pride Music e da Fender, que evitaram declarações sobre o tema, por conta do acordo de sigilo assinado entre as empresas. O modelo comercial que vinha sendo trabalhado pela Pride Music, baseado na venda on-line e no comissionamento para as lojas, deve se manter ativo até segunda ordem.

Multicanal: distribuição dos produtos Fender De acordo com fontes, que pediram para não divulgar seus nomes, a marca americana terá ao menos cinco empresas vendendo produtos tanto ao consumidor final quanto para o varejo, como no caso da Squier e demais produtos de categoria iniciante. Fontes ouvidas por Música & Mercado explicaram ainda que os produtos terão um parâmetro de preço a ser seguido entre as empresas revendedoras. Rumores no setor dizem que a marca está buscando lojistas que atendam aos critérios da Fender Musical Instruments Corporation para importar diretamente produtos de maior valor agregado. A importadora Hayamax continuará a distribuir os acessórios da Fender.

Fender: aposta na redução de preços Com a decisão de expandir seu sistema de distribuição e importação direta por parte de comerciantes, a marca aumentará sua competitividade, com a possível redução de preços ao consumidor final na ordem de ao menos 25%. Para produtos como os da Squier, essa redução é fundamental para aumentar a venda de produtos da empresa na competição junto às marcas brasileiras, também produzidas na Ásia.

As dúvidas do setor sobre a distribuição da Fender Ao longo do mês de agosto, muitas dúvidas rodaram o mercado e devem ser respondidas em breve: • Quem serão os novos distribuidores e revendedores das marcas do grupo FMIC (Fender Musical Instruments Corporation) no Brasil? • Lojas internacionais como Guitar Center (EUA) poderão vender Fender diretamente ao Brasil? • Quais os preços sugeridos ao consumidor para os produtos da marca? • Como será o pós-venda, a assistência técnica e demais serviços relativos à venda? • A Fender abrirá um escritório próprio no País para trabalhar a marca? • Como será a escolha dos lojistas que importarão

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a Fender diretamente? As informações aqui publicadas estão sendo apuradas constantemente. Divulgaremos mais detalhes tão logo informações oficiais circulem. n

Mais informações fender.com Fender



LANÇAMENTO: SONOTEC

LINHA DE BATERIA D-ONE ROCKET CHEGA AO BRASIL E QUER GANHAR A PREFERÊNCIA DOS INICIANTES Bateria D-One Rocket é anunciada pela Sonotec como o melhor custo-benefício do mercado

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linha de bateria Rocket será a versão de melhor custo-benefício da D-One, marca de bateria que teve aval de músicos como Cuca Teixeira, Guilherme Santana e Samuca Ovídio. O mercado de baterias é extremamente competitivo. No Brasil, além de marcas globalmente famosas como Grestch, Pearl, Tama, entre outras, temos as marcas nacionais que disputam o mercado e a preferência do consumidor, como Odery, Nagano e a D-One. Isso só para citar algumas. Manter a relação custo-benefício entre qualidade e preço com um dólar instável é algo desafiador. De acordo com os interlocutores da marca, o lançamento da bateria D-One Rocket vem justamente para ocupar a preferência e bolso do consumidor por um produto de alta performance e valor acessível.

A melhor bateria para iniciantes “Qual é a melhor bateria para iniciantes?” é uma das perguntas mais comum nos fóruns de discussão. Escolher a melhor bateria para iniciantes é uma coisa; outra é querer comprar a bateria mais barata para um iniciante. Neste caso, todo dia aparece um produto mais barato, com qualidade que muitas vezes fica a desejar. Particularmente sempre recomendamos avaliar todos os pontos, pró e contra. Ir somente pelo preço pode ser um indicativo do mau caminho. Afinal, ninguém chega a um açougue e pede “a carne mais barat”, a não ser que realmente seja a única alternativa.

Bateria D-One Rocket O produto foi idealizado pela Sonotec, empresa responsável por marcas como a bateria Grestch, pratos Zeus, violões Takamine, Strinberg, entre outras. E este é um ponto positivo na escolha de um produto, saber quem está por trás da marca, se dará assistência técnica ou mesmo se há peças de reposição. No caso da bateria Rocket, da D-One, a empresa está estabelecida há mais de 30 anos no mercado. “Sou baterista e sempre vejo as novidades aqui na Sonotec. Mas quando chegou a bateria Rocket, tive vontade de parar tudo que estava fazendo para montá-la e tocá-la. Não consigo descrever, é abstrato. Você tem de conhecer a bateria de perto”, explicou Northon Vanalli, gerente de Marketing da empresa. “Superacabamento e som. A batera vem completa, é só pôr os pratos e sair tocando”, explica Cuca Teixeira no vídeo que gravou para o lançamento da linha. A linha D-One Rocket vem em versões de bumbo de 22”, 20” e 18”, todas com kit de ferragens duplas e cromadas, peles D-One de filme duplo, novos tom holders com sistema de suspensão aéreo, além de cores exclusivas. n Mais informações sonotec.com.br SonotecMusic SonotecBrasil

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EMPRESA: MINUANO

ACORDEÕES MINUANO FEITOS 100% NO BRASIL A Minuano é uma fabricante que faz acordeões no Brasil, com base no Rio Grande do Sul. Conheça-a

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Minuano está no mercado há mais de 38 anos. Ela foi fundada por João Carlos Loureiro, já falecido, que focou a fabricação de acordeões, pois outras fábricas tinham parado suas atividades e ainda havia uma grande demanda no mercado local. A fábrica da Minuano está situada em Tuperendi (RS), contando com uma planta de 400 m2 e uma equipe de aproximadamente 20 colaboradores, para fazer uma variedade de acordeões diatônicos e pianadas pequenas. A empresa hoje trabalha com acordeões de 8 a 80 baixos diatônicos e de 40 baixos pianados, mas também vem desenvolvendo vários produtos novos que espera ter prontos em breve. Além de fabricar acordeões, a empresa conta com outros serviços relacionados, como afinações, tampas, teclados, confecção de foles, palhetas, notas de reposição, peças sob medida, reformas em geral, polimentos e restaurações.

Modelo destacado: Minuano Bamboo

Fábrica da Minuano no Rio Grande do Sul

Produção 100% brasileira

Trata-se do primeiro acordeão feito no mundo usando bambu. Foi produzido por uma parceria entre Saimon Stival da Costa, engenheiro florestal e gaiteiro, e a Minuano. “O bambu é uma grama e sua densidade se equipara à de madeiras como o mogno. Mas, diferente deste, seu tempo de maturação é muito menor, em torno de quatro anos, e seu manejo permite cortes anuais por até 120 anos em uma única planta, o que faz do bambu um material sustentável”, comentou Saimon Stival.

Dentro da fábrica

As origens

A história da empresa começou há mais de 60 anos, com a fundação da Danielson, uma fábrica de bandoneões em Santa Rosa, noroeste do Rio Grande do Sul. Com o passar dos anos, a empresa viu a necessidade de mudar e buscou adaptar-se aos novos tempos, iniciando a fabricação dos primeiros acordeões em 1986. Outro marco importante na vida da companhia foi a aquisição do parque de máquinas da Universal Indústria de Acordeões, de Caxias do Sul e, igualmente, da Hering Acordeões, de Blumenau (SC). Em 2008 a Minuano mudou-se para a cidade de Tuparenti, em um prédio maior, que pudesse apoiar o crescimento da empresa, inclusive com novos acionistas, que fundaram a marca Minuano, bem como a razão social Minuano Indústria Brasileira de Acordeões Ltda.

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A fabricação de cada acordeão é praticamente toda manual — cerca de 70% —, sendo os restantes 30% feitos com maquinário. Resumindo o processo de manufatura, tudo começa com a escolha da madeira de qualidade e bem seca. O segundo passo é o desdobramento dessa madeira para fazer as caixas, seguido pela aplicação de celuloide ou pintura. Depois é realizada a montagem de mecânicas, seguida pelo fole, o musicamento, o enceramento da música, a afinação e o teste do acordeão antes da entrega. “Nossa matéria-prima é quase toda nacional, sendo 80% nacional e 20% importada”, comenta Diego Severo, um dos sócios-administradores da Minuano. “Acho que ter qualquer tipo de fábrica no Brasil é difícil, pois há muita burocracia e impostos altos, então fica complicado mesmo.” A Minuano fabrica anualmente em torno de 500 a 800 acordeões, quantidade que oscila conforme as variações do mercado. Com a pandemia, esse número caiu e, apesar do fato de toda a produção ser consumida no Brasil, a empresa também pensa em exportar no futuro. O acordeão é um instrumento usado no

mundo todo, particularmente no Brasil, como explica Diogo: “Cada região tem seu próprio estilo, por exemplo, no sul, temos a música gaúcha; no norte, o forró. É um instrumento muito peculiar, pois dificilmente haverá uma pessoa que possa executar tudo que um acordeão pode fazer. Além disso, nossos acordeões, sendo produzidos aqui, tornam-se mais baratos do que os instrumentos importados”. n Mais informações acordeoesminuano.com.br AcordeoesMinuano MinuanoAcordeoes



GESTÃO: AUDIO-TECHNICA

AUDIO-TECHNICA CONTRATA ALEXANDRO DE AZEVEDO NO BRASIL A Audio-Technica realizou diferentes mudanças na sua equipe na América Latina. Uma delas vem da contratação de Alexandro de Azevedo para cuidar do Brasil

A

lexandro trabalhou para várias empresas de áudio na sua carreira, mais recentemente na Bose, como gerente para a América do Sul. Agora começa uma nova fase na Audio-Technica, na qual vai se encarregar do mercado brasileiro, como Head de Vendas e Desenvolvimento de Mercado. Para onde vai a Audio-Technica no mercado brasileiro? Alexandro: A Audio-Technica tem uma

ampla variedade de produtos, desde toca-discos, agulhas, microfones, fones de ouvido e mais, tanto para consumo como para pro. Estamos fazendo alguns ajustes na operação no Brasil, mesmo durante a pandemia, o que não é fácil, mas a empresa vislumbrou um bom mercado no nosso país e temos que estar preparados para o pós-pandemia. Essa visão de negócio, característica japonesa de planejamento, para mim é fantástica. Estamos nos reorganizando no Brasil e temos um distribuidor para o mercado consumer que vem fazendo um trabalho junto com as plataformas on-line, como Amazon, Mercado Livre e outras. Estamos buscando estar um pouco mais presentes nessas plataformas de forma institucional também. Por outro lado, estamos nos reestruturando no segmento pro e buscando um novo parceiro para essa divisão profissional. Em que área do pro a Audio-Technica atua hoje? Alexandro: Temos microfones pro para shows,

microfones para instalação (microfones de teto, para reuniões, modelos com ou sem Dante, linha sem fio) e uma linha de microfones prosumer que inclusive tem versões USB que, neste momento de pandemia, vêm sendo muito usadas, tanto no mercado de consumo massivo quanto no profissional. Mas efetivamente hoje os microfones estão muito voltados para a parte de pro, um mercado que está sendo bastante impactado pela pandemia. Temos uma linha de fones pro para músicos que é muito reconhecida. E também uma linha de consumo bem completa, com microfones mais acessíveis, para streaming, por exemplo, e uma ampla linha de fones, desde headphones mais simples com fio até os sem fio com cancelamento de ruído. Ainda tem a reconhecida linha de toca-discos, cápsulas e agulhas, com os quais a empresa começou sua história. Recentemente, muitas empresas decidiram montar um escritório próprio no Brasil. Essa é uma possibilidade para a Audio-Technica? Alexandro: Ainda é um pouco cedo para falar

sobre isso, pois comecei a trabalhar na empresa há pouco mais de dois meses. É impor-

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tante destacar que a Audio-Technica não está só reestruturando a operação no Brasil, mas também no resto da América Latina. A empresa abriu uma filial na região, baseada em Buenos Aires, com uma equipe de quatro pessoas. Temos outra equipe baseada na Colômbia que se encarrega dos Países Andinos e da América Central. A Audio-Technica Estados Unidos continua atendendo México e Caribe, e até março deste ano também se encarregava do Brasil, que agora faz parte da Audio-Technica América Latina. Entre todos, falamos muito sobre o mercado e não descartaria a possibilidade. Não acho impossível ter uma Audio-Technica Brasil, faz parte das análises que estão sendo feitas. Vemos que há marcas concorrentes que fizeram isso e estão tendo sucesso. Você passou por diferentes empresas grandes com culturas diversas: brasileira, americana, agora japonesa. Como vê essa diferença cultural da administração, do pensamento de negócio global? Alexandro: Essa é uma das coisas que me cha-

mou a atenção na Audio-Technica, essas nuances de cultura que você tem que balancear na sua carreira e nos negócios. A gestão hoje está baseada em Buenos Aires e nos reportamos a Richard Garrido, que é membro do board da Audio-Technica e foi presidente da Audio-Technica Europa. Ele tem uma visão europeia, mas passou muitos anos se reportando ao Japão e como membro do conselho no país, então ele passa

muito dessa filosofia de planejamento japonesa, da preocupação com os detalhes, com o futuro, de fazer as coisas com os pés no chão. Quando falei com ele, ele disse que era um momento difícil por conta da pandemia, mas que a empresa queria estar preparada para o pós-Covid, ou seja, não quer esperar passar para se preparar, mas quer estar pronto agora. É muito bacana ter uma empresa que aposta em um momento de crise. Qual é a expectativa da Audio-Technica em termos de recuperação do mercado? Alexandro: Achamos que em setembro ou ou-

tubro o mercado vai se normalizar, mas esse cenário está sendo revisado a cada semana ou a cada 15 dias. Vemos resultados positivos do mercado diante do vírus, tanto na Ásia e Japão, onde está baseado nosso HQ e algumas fábricas, quanto na Europa, onde temos várias operações também. Começamos a sentir uma evolução, pois o mercado já começa a reagir, a vida começa a ser retomada aos poucos. Ainda há muito a percorrer, pois até se fala sobre uma segunda onda, mas estamos sentindo certa reação positiva do mercado. De toda forma a empresa vem trabalhando com foco em setembro ou outubro, se essa tendência continuar. n Mais informações audio-technica.com/pt-br AudioTechnicaBrasil AudioTechnicaBrasil


Anniversary Series Beleza e primazia na construção se fundem para criação da Anniversary series Crafter. O modelo KAL Maho Premium traz detalhes das folhas de outono em madeira cravejadas no tampo e escala, o que demonstra o cuidado com a construção dessa obra prima acústica. Com laterais em mogno, o fundo em mogno maciço e o tampo em Spruce Maciço. Ele é equipado com uma das captações mais modernas e versáteis, a DS2 que não corta a lateral do violão, ocupa menos espaço interno e mantém a originalidade e formato arredondado da caixa acústica . Possui piezzo elétrico e microfone onde a possibilidade de se obter do instrumento inúmeros timbres, uma vez que é possível utilizá-los de forma individual ou simultânea para melhor projeção do som.

Detalhes cravejados com alta tecnologia

Laterais e fundo em Mogno

Captação DS-2, sistema de captação que não corta a lateral do violão

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FÁBRICA: VIBRATOM

VIBRATOM FABRICA INSTRUMENTOS PARA EDUCAÇÃO MUSICAL DE CRIANÇAS Com mais de 60 anos de experiência fazendo instrumentos, a Vibratom oferece um catálogo especial para ensinar e gerar interesse pela música entre as crianças

E

m 1959, José Guilherme, professor de mecânica e violão, fundou a fábrica de instrumentos musicais que levava o seu nome. Em poucos anos, anexou a atividade da loja, passando a usar os nomes JogMusic (loja) e JogVibratom (fábrica). Em 2018 surgiu a necessidade de a fábrica possuir um CNPJ próprio, passando a se chamar Vibratom. Hoje é uma jovem empresa de dois anos com uma bagagem histórica de 61 anos. “Por volta de 1961, recebemos a visita de uma professora, que conheceu o instrumento vibrafone — um barrafone com teclas em alumínio — que produzíamos na época, e nos incentivou a entrar na linha de liras de fanfarra, de metalofones e xilofones Orff (homenagem a Carl Orff) e de flauta doce em madeira”, lembra Luiz Guilherme, um dos diretores da empresa.

Luiz Guilherme e Carolina

Dentro da empresa

Pequena multipercussão

Xilofone e metalofone Orff

Vibrafone 1964

A fábrica da Vibratom fica em Rio Claro, no interior do estado de São Paulo, onde trabalham 20 funcionários. Os processos contam com a habilidade manual em sua essência, pois se trata de um trabalho artesanal, buscando a sonoridade e a afinação dos instrumentos, semelhante a um trabalho de luthier. Luiz explicou que a fanfarra ainda é um espaço significativo de formação e, para essa área, a empresa produz a lira com teclas de alumínio. Os xilofones com teclas de madeira e os metalofones com teclas de alumínio são instrumentos que oferecem possibilidades especiais de formação em grupo, agregando outros itens como surdinhos, pandeiros, clavas, tubos sonoros e demais materiais para bandinha. “Diversos pedagogos influenciaram a escola brasileira. Os xilofones com teclas removíveis, que permitem graduar e escalar o nível de conhecimento, foram planejados pelo pedagogo alemão Carl Orff. A indicação é começar a vivência musical bem cedo. Analisando o movimento e o manuseio, a percussão é mais natural do que o teclado/piano e a flauta doce. Também se percebe que aulas coletivas são mais indicadas que aulas individuais na fase da musicalização. Ainda assim, muito resultado tem sido alcançado mesmo nas aulas individuais”, comenta Luiz. “O mercado tem uma dinâmica de crescimento na oferta de formação de educadores, o que leva a um crescimento e valorização do segmento. Mas ainda são poucas as escolas que têm estrutura para desenvolver a música com os alunos.” Os produtos da Vibratom estão presentes em diversas lojas físicas em todo o Brasil e também no comércio eletrônico. Além disso, a empresa conta com sua própria loja JogMusic, que vende na cidade e no comércio eletrônico.

Educação nas escolas Vibratom Baby

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Instrumentos para brincar

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Com a variedade de instrumentos criados para crianças, perguntamos a Luiz se as pessoas e escolas têm percebido a importância da música na vida dos pequenos. Ele disse que


“os últimos anos têm sido de valorização e reconhecimento pelos pais das crianças, mas as escolas públicas não têm reservado espaço específico para as aulas de música e artes, o que seria fundamental e democratizaria o acesso”. A Vibratom faz parceria com profissionais e entidades de formação, e as mídias sociais têm favorecido muito a divulgação. Além disso, a empresa oferece benefícios para escolas e instituições educativas. “Sinto que vem acontecendo uma ampliação da formação do pessoal educativo, mas ainda existe muito espaço a conquistar. Temos visto florescer espaços específicos para as crianças junto às escolas tradicionais”, agrega. “Cerca de 35 anos atrás, uma professora muito especial conversou comigo sobre as características dos xilofones, as possibilidades maravilhosas para as aulas e a importância de crescermos nesse mercado, e eu, jovem, imaginei que gradualmente poderíamos chegar a cada escola e formar professores em número suficiente e qualificados sobre isso. Imaginei que cada lojista que nos conhece poderia ajudar nisso em sua cidade. Esse sonho tem sido adiado. Como seria nosso mercado hoje se isso tivesse acontecido com força anos atrás?”, refletiu.

Mais Vibratom Luiz explicou que com a pandemia a música, como atividade de cultura, lazer e formação, está sendo ressignificada, o que vai gerar uma retomada rápida e expressiva do mercado. “Outra reflexão é sobre a valorização da indústria brasileira. Essa é uma grande pergunta que fica em nossa mente como empresa que se esforça para se manter brasileira. Nesses meus 62 anos no setor, líderes do nosso segmento têm tomado tempo para trabalhar o coletivo das empresas, para fazer gestão junto ao governo. Chegamos, anos atrás, a ver aprovada uma lei que definia o retorno da arte/música nas escolas. Isso trouxe muita esperança ao nosso meio, mas a implantação continua limitada. Mas vamos com esperança, a música não deve parar!” Para finalizar, com o comércio se preparando para o Dia das Crianças, a Vibratom adiantou que fará a divulgação de sua linha de produtos por meio de uma campanha de vídeos chamada “Toque instrumentos com suas crianças”. “Essa é uma excelente atividade para tempos em que estamos mais em casa”, concluiu. n Mais informações jogvibratom.com.br jogmusic-ecommerce.com.br JogVibratom

SONORIZAÇÃO


CAPA: PANDEMIA

O SETOR DE ENTRETENIMENTO E A PANDEMIA O mercado da música tem sido altamente afetado pela pandemia. Adaptação virou palavra-chave para varejistas, fabricantes, distribuidoras e profissionais da música. Qual é o futuro do mercado?

O

ano de 2020 começou com muitos projetos e objetivos a serem alcançados pelas empresas. Nesse meio-tempo, uma notícia começa a tomar relevância: na China, um novo vírus, nomeado de Sars-CoV-2, começa a se alastrar, causando a epidemia da Covid-19.

Os primeiros impactos no Brasil As autoridades chinesas entram em alerta e prolongam o feriado do ano-novo chinês e as férias escolares. As fábricas de instrumentos musicais e áudio começam a atrasar suas produções e entregas das programações de compra. O setor de entretenimento, festas populares como o Carnaval e o turismo estavam funcionando normalmente, até que em março o primeiro caso de Covid-19 foi detectado no Brasil. A partir de então, o mercado mudou. Em março, a primeira medida das prefeituras e governos estaduais foi a proibição e o cancelamento de shows e atividades relacionadas ao mercado de entretenimento, bem como o funcionamento de igrejas. As vendas e o setor de serviço desse segmento começam a sofrer as

8 dicas para começar a vender em marketplaces

— por Sidney Zynger, da Bling

1. Faça descrições completas dos produtos 2. Use fotos que se destaquem em meio à concorrência 3. Escolha a plataforma mais adequada para seu negócio 4. Faça seu cadastro como um parceiro no marketplace 5. Cadastre e venda seus produtos 6. Não se esqueça de ter presença de marca 7. Cuide da logística e fique de olho nos prazos de entrega 8. Fique atento ao gerenciamento de contas do negócio

consequências. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, em junho, a pandemia do coronavírus afetou 98% do setor de eventos. De acordo com estudo da Música & Mercado junto aos fornecedores, a previsão de fechamento do comércio no setor pode chegar a 25%. Paralelamente a isso, novos entrantes no varejo estão iniciando operações digitais.

Adaptação no mercado da música Lojas e venda on-line O isolamento social acelerou o processo de mudança para o ambiente digital que já estava em andamento. As lojas que possuíam estrutura de venda on-line mantiveram suas atividades sem interrupção e passaram atender a demanda reprimida pelo fechamento temporário de muitos comércios. Outros comerciantes optaram por trabalhar com meia porta aberta, atendimento via WhatsApp e Instagram. Depois, algumas cidades e estados passaram a permitir a reabertura do comércio com determinadas regras para o atendimento ao público. Márcio Parente, da rede de lojas Songs, no Tocantins, contou: “O faturamento chegou a cair 60% no primeiro mês da pandemia, no segundo, 50%. Tivemos que tomar algumas decisões para continuar, como redução de 50% dos funcionários e afastamento de outros, colocando-os de férias e recebendo ajuda do governo”. Por outro lado, a atividade no ambiente digital cresceu. “Além disso, aumentamos a mídia social, onde começamos a ver melhor resultado no final do segundo mês. No terceiro mês começou a melhorar, chegando a 70% do faturamento. O mercado deu uma boa reagida com a volta do atendimento presencial, mas o que mais dificul-

Acreditamos que o consumo será mais consciente e a busca por marcas que conversem ou tenham o mesmo propósito que os de seus consumidores será ainda mais presente — André Teixeira, gestor de marketing e P&D da Frahm 20 www.musicaemercado.org

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tou na nossa região foi o fechamento das igrejas e bares, que geram 80% do nosso faturamento. O que vem agora? Minha expectativa é que com a alta do dólar e o retorno lento dos eventos, possamos voltar a 100% do nosso faturamento em dois meses. Nosso foco continua no on-line, embora seja muito difícil, pois a concorrência é muito forte. Mas temos a vantagem de ter uma entrega bem rápida em nossa região, sem falar na assistência técnica”, explicou Márcio. Wallace Vieira, sócio-proprietário da rede de lojas Music Store, no Espírito Santo, conta que antes da pandemia já tinha fechado uma loja e agora “estamos nos reinventando, mudando o foco. Continuamos com três lojas físicas, mas a grande novidade é que criamos um app para que nossos clientes possam comprar on-line”, enfatizou. O aplicativo tem como intuito facilitar a compra de produtos por parte do consumidor final, disponibilizando o catálogo completo da empresa e a descrição de cada produto. A venda on-line também passou a ser um recurso usado para venda direta pelos fabricantes brasileiros. Exemplo disso é a Cajon Percussion,

que abriu essa possibilidade para seus clientes, como canal de vendas alternativo, por causa da queda nas vendas para as lojas tradicionais.


Nossa previsão é de que a retomada e o crescimento do mercado da música não vão demorar e que devam vir fortes — Elton Borges, diretor da C.Borges Import Rafael Gomes, CEO da Cajon Percussion, explica: “Existe uma tendência mundial de as marcas terem suas próprias lojas on-line, e há muito tempo eu queria fazer a nossa, mas não tinha feito ainda em respeito ao meu modelo de negócio, que é B2B. Mas a situação ficou difícil, como todos sabemos, e foi preciso criar um segundo canal de vendas, ou seja, o canal de venda direta ao consumidor final”. Na nova loja virtual estão sendo praticados preços equivalentes ou até mais altos do que os praticados nas lojas com as que a empresa trabalha. “Acho que é uma tendência que veio para ficar. Continuo vendendo para as lojas, mas acho que isso não vai atrapalhar o negócio com essas lojas, para as quais a gente dá uma margem excelente. Acho que uma coisa até fortalece a outra. A vantagem para o consumidor final é que na nossa própria loja virtual tem todo o catálogo disponível para pronta entrega”, destacou Rafael. Segundo pesquisa da E-Commerce Brasil, as compras on-line devem gerar faturamento de R$ 90,7 bilhões em 2020, crescimento de 21% em relação ao ano passado. Mauro Bernardes, proprietário da Importadora Dreamer, no Rio Grande do Sul, deu um conselho para os lojistas: “Continuem acreditando na sua capacidade de fazer as coisas acontecerem. Ser lojista em nosso país é para poucos e nunca nada foi fácil, nem será agora. Mas todos já nos acostumamos com isso, somos empreendedores brasileiros, com todo esse emaranhado tributário, e mesmo assim sempre seguimos em frente. Acredite em você. Quem abaixa a cabeça é atropelado pelos que vêm de cabeça erguida. Seja um dos que conseguem ver oportunidades nisso tudo. Elas existem, pode apostar”.

Fabricantes e distribuidoras De forma semelhante às lojas, as fábricas e distribuidoras também tiveram que fechar durante os primeiros meses para evitar possível contágio do coronavírus. André Teixeira, gestor de marketing e P&D da fabricante de áudio Frahm, reconheceu que “assim que a quarentena iniciou, rapidamente entendemos que seria um processo longo. Criamos alguns cenários para tomada de decisão. De todos eles, optamos por trabalhar com o cenário que chamamos de pessimista. Dessa forma, refizemos todo o nosso planejamento do ano de 2020 considerando essa realidade. Também se fez necessária uma reestruturação interna para enfrentar a pandemia, bem como o uso de férias, redução de jornada e suspensão de contrato de trabalho. Nossas vendas e faturamento ficaram bem comprometidos nos meses de março e abril, mas, por outro lado, estávamos bem abastecidos dos produtos produzidos em nossas plantas externas, o que nos deu um fôlego e fez com que não tivéssemos ruptura na disponibilidade de produtos”. “A pandemia antecipou um processo de mudança que já estava em curso. O que iria acontecer daqui a uns três anos foi antecipado para 2020. Agora não separamos mais o on-line do off-line, tratamos tudo como algo unificado. A

pandemia está mudando nossos hábitos e comportamentos, e acreditamos que essas mudanças serão nossa nova forma de condução dos negócios, não retornando ao que acontecia antes da pandemia”, concluiu. Na fábrica da Luen também se viveram momentos de incerteza. Tiago Rausini, gerente de marketing e comercial da fabricante de percussão, explica: “Não tínhamos uma visão clara do impacto que isso causaria, pois não existia um tempo estabelecido para a normalização. Então foi um momento de planejamento profundo, em que criamos dezenas de estratégias para todos e possíveis cenários que pudessem acontecer. Para nós, o primeiro quadrimestre costuma ter uma demanda menor, portanto conseguimos manter um excelente resultado dentro do que poderia acontecer nesse momento de recessão de maneira menos prejudicial, conseguindo fechar o semestre de maneira positiva em vista da realidade do mercado”. O que acontecerá nos próximos meses? Tiago disse que “o mercado terá que se remodelar. Ficou claro que a atual forma de gestão de grande parte das empresas não condiz com a necessidade e realidade desse e de outros mercados. Novas práticas, políticas e modelos de negócio surgirão naturalmente de maneira antecipada, coisa que já era realidade em outros países”. A situação foi similar na distribuidora ProShows, que conseguiu se adaptar graças a um detalhado planejamento estratégico de longo prazo, que cobria sistematicamente possíveis ameaças, riscos e oportunidades. “Obviamente não tínhamos como prever esta pandemia e suas consequências. No entanto, sempre nos mantivemos enxutos, bem capitalizados e com um plano básico de contingência em caso de abruptas oscilações de mercado. Dessa forma, conseguimos nos mobilizar com muita rapidez e absorver os impactos com um pouco menos de severidade”, conta Vladimir de Souza, presidente da empresa. “Implementamos um plano de emergência que incluiu a receita básica aplicada por quase todos: redução de custos, renegociação de contratos, criação de formas alternativas de negócios e assim por diante.” “Nos primeiros dias, a redução na venda foi muito expressiva em razão do caos que se instalou no setor. À medida que os dias foram passando, no entanto, os negócios foram sendo retomados e, na metade de abril, encontramos formas alternativas que nos permitiram ampliar bastante as vendas. É claro que as vendas nas lojas físicas continuarão, mas o caminho omnichannel parece ser cada vez mais inquestionável. Por fim, vale destacar o provérbio popular que diz: ‘Enquanto uns choram, outros vendem lenços’”, finalizou. Outra distribuidora que projetou diferentes cenários, do mais pessimista ao mais otimista, foi a C.Borges Import. “Depois dessa análise, arregaçando as mangas e contando sempre com o apoio de todos os nossos colaboradores, colocamos os estudos em prática e conseguimos colher bons frutos”, detalha Elton Borges, diretor da empresa. Nos primeiros meses, a C.Borges teve certa

retração nas vendas, mas vários fatores colaboraram para que essa queda não tenha sido muito significativa. Elton explica: “Para citar algumas: nosso grande mix de produtos, que abrange itens afetados e não afetados pela pandemia e engloba as linhas de instrumentos musicais, áudio profissional, navegação (GPS, sonares etc.) e comunicação (rádios comerciais, amadores e marítimos), novas marcas incorporadas ao nosso portfólio, tais como a PreSonus, o aumento significativo na procura por instrumentos musicais e equipamentos para gravação e transmissão ao vivo”. Atualmente a empresa nota uma retomada, ainda que tímida, do mercado de áudio profissional, que foi o mais afetado com a pandemia, enquanto o mercado de instrumentos musicais continua forte e com tendência a crescer, junto com os equipamentos para home studio, arrastados por uma nova realidade: a produção de conteúdo de “dentro de casa”. Exatamente sobre isso, Gus Lozada, da PreSonus, confirmou à Música & Mercado: “No geral, empresas como a PreSonus, que vendem equipamento para estúdio, estão tendo vendas recorde nos EUA e na Europa. Todo mundo está louco por comprar interfaces e monitores pequenos, o que foi muito bom como empresa, mas tem que esclarecer que a Europa e os EUA estão prontos para o e-commerce. A América Latina perdeu totalmente a oportunidade de ouro de fazer dinheiro nesses meses por ter medo de investir”. Júnior ‘Maligno’ Parollo, diretor-geral da Pro3000 Multimeios, rede colaborativa de profissionais que presta consultoria em áreas ligadas à comunicação, cultura e empreendedorismo, comentou: “Somos prestadores de serviços, promovemos atividades artísticas e somos professores. Nos serviços prestados a bares ou aulas de música, a queda foi praticamente a zero. Nas consultorias, cerca de 50%, mas conseguimos melhorar processos e criar oportunidades com a crise, pois a única opção foi desenvolver novas capacidades e promover novos serviços que até então não estavam em nossa programação, para o negócio sobreviver. Lançamos novos produtos, serviços e canais com alguns clientes e fortalece-

8 dicas para aumentar as vendas na reabertura do comércio

— por Carol Manciola, da Posiciona

1. Perceba o cliente logo que entra na loja e dê atenção imediata 2. Faça com que o cliente se sinta especial 3. Use e abuse da simpatia e da empatia. Torne-se um aliado do cliente na resolução dos seus problemas 4. Identifique motivações e expectativas do cliente em relação ao produto 5. Apresente soluções corretas, destacando características do produto, vantagens ao comprá-lo e o benefício que o cliente terá 6. Saiba lidar com objeções e como resolvê-las 7. Feche a venda com carisma, cordialidade e respeito, e faça um resumo do que o cliente está comprando 8. Aprenda com cada venda, reflita sobre o que acabou de vivenciar e o que poderia ser melhorado

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mos a presença on-line das marcas envolvidas”. Para o Grupo Classic (Michael, Vogga e Serenata), a situação foi pior porque a empresa fica em Belo Horizonte/MG, cidade que sofre a maior “quarentena” do País. “O nosso primeiro olhar foi para as pessoas. Rapidamente nos organizamos para entender o cenário e cuidamos de fazer os ajustes necessários, colocando parte da equipe em home office e tomando as medidas de proteção para os colaboradores que permaneceram na empresa. No caso do varejo (Serenata), estamos fechados desde 20 de março — são 140 dias de isolamento (até o dia desta entrevista)”, conta Rogerio Garcia Bousas, CEO. “No mês de abril fizemos uma previsão de faturamento zero, mas conseguimos fazer 25% da receita orçada. Em maio alcançamos cerca de 50% da receita orçada e, em junho, aproximadamente 80%. Para o mês de julho temos boas perspectivas de melhora.” “É o que sempre dizemos no Grupo Classic: problema a gente não lamenta, a gente resolve!

Hoje podemos dizer que estamos melhores do que quando começamos. Já conhecemos melhor o comportamento do vírus, melhoramos nossos protocolos e podemos cuidar com mais segurança das pessoas e também dos negócios. Estamos trabalhando com a expectativa de um segundo semestre melhor, tendo sido os últimos meses de enormes desafios e aprendizados”, adicionou. “Acreditamos fortemente na capacidade de adaptação do ser humano. Empresas mais resilientes vão se adaptar e continuar — em nossa opinião, a maior parte dos negócios seguirá esse caminho. A nossa visão é de que tudo isso vai passar, deixando grandes aprendizados para todos.”

Fabricantes mudando o foco Por outro lado, houve fabricantes que, por falta de vendas, decidiram momentaneamente mudar sua produção para itens relacionados com a pandemia. Foi o caso da Art Show, RMV, AVS, IBOX, Izzo e PHX, que nos primeiros meses focaram a criação de máscaras e protetores faciais.

Dicas do “Profeta do Varejo”: Doug Stephens (Fonte: Brian Berk) O futurista canadense acrescentou que a Covid-19 ataca empresas da mesma maneira que ataca humanos, procurando fraquezas e “condições subjacentes”. Mas, como empresa, existem maneiras de se defender. Uma maneira é marcar dia e horário para os clientes visitarem as lojas de instrumentos musicais. Outra maneira de impulsionar os negócios é tirar proveito de todos que estão disponíveis não apenas para vendas, mas também para aulas (de aprendizado). “Seu mercado é o mundo inteiro agora. Você pode ter aulas com pessoas tão distantes quanto na Ásia e na África.” Explorar as tendências atuais é outra abordagem que os varejistas podem adotar. Uma é a necessidade que os consumidores têm hoje de distrair-se dos aspectos negativos do mundo. “A música é uma bela forma de distração”, transmitiu Stephens. Como já sabemos, a confiança nas compras on-line é outra tendência importante. “Os varejistas não podem mais dizer que seus negócios não funcionam bem on-line.” “Seu valor tem que ser o mais claro possível”, ele disse. “Os consumidores sempre se perguntam se podem obter o mesmo produto on-line. Você deve se especializar em uma experiência muito melhor do que aquilo que um consumidor pode obter em qualquer lugar.” “Faça com que os clientes se sintam parte da sua cultura”, acrescentou. “Torne-os parte da sua marca. Doutrine-os.” Varejistas e marcas de sucesso durante a pandemia de Covid-19 são aqueles que se concentram primeiro no cliente, continuou o futurista. “O que você pode fazer para que os clientes se sintam melhor em vez de pensar em algo que faça você se sentir melhor?”, perguntou Stephens. Embora, é claro, o mundo esteja em uma terrível pandemia, Stephens concluiu com uma nota alta, revelando que o futuro parece brilhante para os varejistas após a Covid-19. “Haverá um período de prosperidade após a crise”, disse. “As pessoas vão querer se recompensar por sobreviver à crise.”

Art Show, RMV, AVS, IBOX, Izzo e PHX focaram a criação de máscaras e protetores faciais

“Vendo a necessidade do mercado, a falta desse equipamento para os profissionais de saúde, decidimos tentar ajudar de alguma forma e também ajudar nossa empresa para não dispensar nossos colaboradores”, destacou Adriano Moretti, diretor da IBOX. “O nosso faturamento caiu muito, em torno de 60%, e os protetores faciais vieram em uma boa hora para ajudar nas despesas e também nos salários dos colaboradores.” “Logo que se iniciou a paralisação, os funcionários entraram de férias. Em seguida, aderimos à redução da jornada de trabalho, porém, mesmo assim ainda tínhamos um time grande e sem movimento na empresa. Quando todos voltaram, pensamos nas medidas de segurança, para que não houvesse aglomeração nos setores. Intercalamos os horários dos grupos de trabalho, providenciamos máscaras, disponibilizamos álcool em gel e foi aí que surgiu a ideia do face shield, a princípio para uso próprio, mas depois alguns representantes sugeriram agregar ao portfólio”, comenta Luciana Chen, diretora comercial da PHX Instrumentos. Certamente o foco da empresa continua

sendo os instrumentos musicais, retomando a produção mais recentemente. “Acreditamos que o mercado da música voltará com mais força. Vimos um grande número de pessoas que tirou da gaveta aquele sonho de tocar um instrumento, aquele projeto ou hobby que estava em segundo plano e certamente durante o isolamento social se tornou um passatempo prazeroso para muitos”, adicionou.

Eventos Desde o começo da pandemia foram cancelados todos os tipos de eventos presenciais. Teatros, arenas, salas de todos os tamanhos viram suas atividades totalmente paradas. Certamente foi um dos setores mais atingidos pela pandemia, com faturamento zero, milhares de profissionais e empresas sem trabalho. Afortunadamente, desde o começo da pandemia, diversas organizações iniciaram um movimento para que o governo ajudasse esse setor, e finalmente em julho foi sancionada a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. Ela estabelece um conjunto de ações para garantir uma renda emergencial para trabalhadores da cultura e a manutenção dos espaços culturais brasileiros durante o período de pandemia. Os trabalhadores da cultura, ou seja, pessoas que participam da cadeia produtiva de segmentos artísticos e culturais, incluindo artistas, produtores, técnicos, curadores, oficineiros e professores de escolas de arte, são o alvo dessa lei, cobrindo também os espaços culturais. Aleksander Gama, técnico de áudio, vídeo e informática, opinou: “Já é sabido que as lives e transmissões on-line jamais substituirão o volume de trabalho que tínhamos antes. São apenas uma maneira de fazer uma pequena parte da equipe trabalhar (nem que sejam apenas três ou quatro dias no mês), pois não conseguimos ter a mesma quantidade de equipamentos, profissionais envolvidos, tampouco faturamento que realmente justifique os investimentos feitos até o momento no nosso segmento, além de movimentar um percentual muito pequeno do nosso setor (quase zero), mas é o que temos além dos cines drive-in, que estão começando a aparecer”. “É muito fácil ver pessoas falarem em ‘novo normal’ e se ‘reinventar’ do que realmente fazerem algo para mudar ou ajudar nosso mercado, mas, na verdade, acredito que temos de nos adaptar a esse novo momento, pois, como já falei antes, não estou vendo nada de novo, apenas formas diferentes e adaptadas de fazer as mesmas coisas que já fazíamos antes”, agregou. Tendo em vista tudo isso, os profissionais do mercado de eventos, designers, técnicos, roadies, fornecedores de equipamentos, locadoras se reuniram no começo de agosto para realizar uma passeata com cases em São Paulo, pedindo um plano emergencial que ajude tanto empregadores quanto empregados. O pleito foi entregue para órgãos municipais, estaduais e federais. Veja a matéria completa em nosso site.

O mercado terá que se remodelar. Novas práticas, políticas e modelos de negócio surgirão naturalmente de maneira antecipada, coisa que já era realidade em outros países — Tiago Rausini, gerente de marketing e comercial da Luen 22 www.musicaemercado.org

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Seremos uma empresa mais adaptada e com ainda mais cuidado com o ser humano. E estamos nos preparando também para sermos cada dia mais digitais em todos os nossos processos — Rogerio Garcia Bousas, CEO do Grupo Classic Lives A vida digital e os eventos on-line são uma realidade imposta pela pandemia, não só no mercado de música e shows, mas em todos os setores da nossa sociedade, de escolas e universidades a empresas realizando reuniões e lançamentos de produtos de forma virtual. Pensando nisso, várias empresas de produção técnica começaram a vislumbrar a possibilidade de se organizar, fazer parcerias e criar novos negócios a fim de oferecer serviços para as agora populares lives. Na Bahia encontramos a nova Live Solutions, ideia do empresário e lighting designer Junior Luzbel, proprietário da reconhecida empresa Luzbel Tecnologia em Eventos, cuja matriz fica em Salvador (BA), mas trabalha com empresas e artistas de todo o País.

de todos os envolvidos contra a Covid, a React Brasil oferece toda a estrutura necessária para live streaming: montagem de palco em um estúdio com tecnologia audiovisual completa e solução digital para transmissão ao vivo de eventos virtuais, sejam corporativos, publicitários ou artísticos. A ideia da React é cobrar preço de custo para poder pagar cachês e salários, mas em contrapartida o cliente se compromete a gastar 20% da verba dele do projeto em cestas básicas. Outro exemplo de adequação em São Paulo é o Backstage Studio Hall, um estúdio de gravação que adaptou suas tecnologias para poder fazer transmissão dos shows ao vivo. O local conta com toda a infraestrutura necessária para fazer todo tipo de eventos: palco, som, iluminação, painel de LEDs, backline,

Live Solutions: show da banda Parangolé, na Bahia

Vendo o estoque de equipamentos parado juntando poeira, além da escassez de dinheiro rondando a empresa, Junior pensou na tendência de fazer tudo virtual e projetou a Live Solutions. “O galpão estava cheio de equipamentos de ótimo nível. Sabemos que não é bom ter equipamento parado porque estraga e acabamos perdendo o nosso investimento. Além disso, precisamos trabalhar”, disse. “Hoje as pessoas estão procurando entretenimento na internet e percebemos que um novo modelo de negócio estava surgindo.” Para oferecer soluções completas para produções e infraestrutura na internet, a Luzbel fez parceria com a Cenograph, a Hall Vídeo e a ITS. “Conseguimos oferecer tudo para o cliente, seja live, aulas on-line, reuniões virtuais, lançamentos de produtos, e-games, leilões e outros, seguindo estritas normas de segurança e salubridade. Estamos tendo um bom resultado, com consultas de diferentes artistas, escolas e empresas de todos os segmentos”, finalizou Junior. Em São Paulo, as empresas Crialed Produções Visuais e Eventos, Loudness Ltda., LPL Professional Lighting e Alliance BR uniram seus recursos também para fornecer produção técnica a eventos virtuais. Com atenção especial aos protocolos recomendados para manter a saúde e a segurança

camarins. “Temos um técnico em saúde exclusivamente para acompanhar a higienização de pessoas e equipamentos, de acordo com as recomendações da OMS, sempre respeitando uma distância mínima e utilizando máscaras e álcool gel em todas as etapas da montagem e apresentação. Nos camarins, o ambiente tem acesso controlado e tudo é devidamente higie-

nizado para que cada artista fique em ambiente seguro e separado”, conta Ricardo Nolf, um dos idealizadores do Backstage Studio Hall.

Drive-in O sistema drive-in não é novidade, pois existe há muito tempo, mas foi a pandemia que fez o formato ressurgir e se apresentar como a melhor chance para a indústria do entretenimento voltar a trabalhar… e cada vez estamos vendo mais. O Allianz Parque, em São Paulo, se adaptou para oferecer o espaço apropriado para realizar shows ao vivo e projeção de filmes para aproximadamente 250 carros, com um máximo de quatro pessoas em cada. Nesse formato, uma das primeiras a se apresentar foi a banda Jota Quest, com bastante sucesso. Fora do estádio, funcionários checavam os ingressos e a temperatura das pessoas que estavam dentro dos carros. Dentro do estádio, as vagas estavam demarcadas por grade e, ao lado da janela de cada carro, foram instaladas caixas de som. O palco, por sua vez, não tinha teto para não atrapalhar a visão, que era boa mesmo para quem estacionou na última fileira, além de uma tela de LED que ajudava a ver a ação no palco. O Memorial da América Latina, também em São Paulo, inaugurou em junho o Belas Artes Drive-in, espaço criado para projeção de filmes que o público assistirá também dentro de seu próprio carro, respeitando o isolamento social. Todos os espaços seguem rigorosamente os protocolos de segurança e saúde determinados para combater o coronavírus, com regras de distanciamento social, higiene, limpeza de ambientes, comunicação e monitoramento. Entre os cuidados obrigatórios estão a distância mínima de 1,5 metro entre pessoas e carros em todos os ambientes, máximo de quatro ocupantes no carro, pagamento via aplicativo, exigência do uso de máscaras e aferição de temperatura de funcionários e clientes. Outra opção, também em São Paulo, é o Arena Estaiada Drive-In, projeto criado pelos sócios Bob Dannerberg, Fernando Ximenes e Thiago Armentano que foi inaugurado em junho. O local possui uma área de 5.000 m², onde podem ser estacionados até cem carros por sessão. As vagas são por ordem de chegada, e

React Brasil: estrutura necessária para todo tipo de live streaming

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os automóveis maiores são direcionados para a parte do fundo, para facilitar a visão geral. Em julho foi inaugurado em São Paulo o Super Cine Espaço das Américas, que apresenta uma app com uma fila virtual até para utilizar o banheiro. Mais opções em São Paulo são o Senhor Boteco Drive-in, em São Caetano do Sul, e a Arca, onde foi realizada uma mostra de arte drive-in. Em Santa Catarina estão sendo realizados shows ao vivo seguindo o mesmo formato no Arena Petry. Em Porto Alegre foi inaugurado o Poa Drive-In Show. No Rio do Janeiro, encontramos a Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, que está se preparando para apresentar não só filmes, mas também shows drive-in. Mais recentemente até foi feita uma versão de show drive-in 360° em Piracicaba (SP). O projeto foi realizado para a gravação do novo DVD da dupla Guilherme & Benuto.

Allianz Parque: Jota Quest, uma das primeiras bandas a se apresentar no sistema drive-in

Produção musical - os estúdios A situação foi similar para os estúdios de gravação. Parados nos primeiros meses, depois começaram a se adaptar e preparar o ambiente para receber artistas seguindo todas as regras sanitárias. Alguns estúdios inclusive começaram a fazer processo de produção on-line, como o Medisen Studios de Belo Horizonte (MG). O sócio-fundador Pedro Peixoto, que é produtor musical e engenheiro de mixagem e masterização, conta: “Normalmente recebemos os artistas dentro do estúdio e começamos pela pré-produção. Nesse processo definimos a estrutura da música, assim como o andamento e o melhor tom para o(a) cantor(a). Então seguimos para a música guia, registrando isso dentro de um software de gravação de áudio. O próximo passo é gravar todos os instrumentos separadamente, recebendo os instrumentistas para gravar seus respectivos instrumentos. Depois vêm a edição, a mixagem e a masterização, em que tudo é feito digitalmente”. “Agora, com o confinamento, foi preciso readaptar todo esse processo, e conseguimos otimizar a produção, por incrível que pareça! A parte da pré-produção é feita remotamente, por meio de uma chamada de vídeo na qual transmitimos o áudio em tempo real e alta definição para nossos clientes poderem acompanhar o processo da estruturação da música. Seguimos então para as gravações individualizadas, também transmitidas remotamente para o cliente. De certa forma, perde-se o encanto de estar dentro de um estúdio e usufruir um espaço criativo colaborando com outras pessoas ao vivo, mas, por outro lado, ganha-se tempo, economiza-se deslocamento e conseguimos aumentar nossa produtividade em alguns casos”, completa. Também há estúdios que adaptaram sua estrutura para garantir segurança à saúde de quem decidir fazer seus projetos de forma presencial.

O que podemos esperar? De acordo com o diretor de emergências da OMS Mike Ryan, o coronavírus fará parte do nosso co-

Drive-in 360º: projeto realizado para gravação do novo DVD da dupla Guilherme & Benuto, em Piracidaba, SP

tidiano e a humanidade deverá conviver com ele, assim como convive com outros vírus. Doug Stephens, conhecido como o “Profeta do Varejo”, disse: “Você precisa planejar para o pior cenário possível. Não sabemos quando a vacina aparecerá. Pode ser neste outono. Pode ser nunca. E se este for um normal estendido e não o novo normal?”. Sem ser pessimistas, nem esquecer os diferentes cenários difíceis que ainda vamos atravessar, devemos, sim, pensar em formas diferentes para nos reinventar, confiar na mistura entre o tradicional e a tecnologia, atuar, reagir e continuar lutando por nosso espaço no mercado. Como disse George Millard, engenheiro mecânico e CEO da startup de tecnologia Mozaiko:

“Tecnologia é fundamental, mas não resolve sozinha se não houver uma estratégia contínua, que mostre o caminho das melhores oportunidades para agregar valor. Não podemos deixar de fora um passo crucial: a execução. Extrair os melhores resultados da tecnologia, com a execução e a implementação de uma estratégia escolhida, é o verdadeiro desafio da maioria das empresas. Assim, a tríade tecnologia, estratégia e execução deve andar junta. Caso contrário, são apenas sonhos”. Nesta pandemia, o varejo, distribuidores e consumidores mudaram sua forma de interagir e fazer negócios. A tecnologia não regride, somente avança, portanto, modelos de negócios híbridos e multicanais minimizam o risco e aumentam a possibilidade de atingir novos mercados. n

Não há tempo a perder. Precisamos criar novas formas de fazer negócios. Precisamos crescentemente agregar mais valor aos nossos clientes e consumidores. Essa será cada vez mais a nossa busca — Vladimir de Souza, presidente da ProShows 24 www.musicaemercado.org

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LOJA: BARRAMUSIC

BARRA MUSIC SE GANHA PÚBLICO OFERECENDO CONTEÚDO EM SEU CANAL NO YOUTUBE A BarraMusic é mais do que uma loja. Ela se preocupa com oferecer aos clientes e todos os interessados vídeos on-line com rico conteúdo sobre música, instrumentos e artistas

A

BarraMusic foi fundada em 1996 como uma escola de música e um pequeno espaço de venda de violões e acessórios, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Aos poucos o empreendimento foi crescendo e agregando mais itens, como guitarras, violões e baixos. Em 2005, a loja começou com o comércio on-line, inicialmente no Mercado Livre, e as vendas se multiplicaram. “Trabalhamos com Mercado Livre e B2W, mas são empresas que não primam por parcerias, principalmente a ML, que nunca pensou nos vendedores. Por isso investimos em nossa própria loja virtual”, conta Beto Laureano, fundador e diretor da BarraMusic.

Oferecendo educação e entretenimento Além das vendas, a loja foca muito o conteúdo educativo e informativo para os consumidores, mas essa não é uma estratégia nova motivada pela pandemia, pois vem sendo utilizada há vários anos. Beto explica: “O Brasil é um país que vive sucessivas crises. Com a maioria dos itens importados, a cada uma delas nossos produtos ficaram mais caros, potencializando as crises. Em uma dessas crises macroeconômicas, criamos um blog em 2010. As pessoas gostaram e continuamos tentando um canal no YouTube, mas percebemos que demandaria grande investimento e tempo, e não conseguimos levar adiante na época”. “O canal do YouTube começou em 2011, mas nunca havíamos conseguido postar vídeos regularmente, pelo tempo e investimentos citados anteriormente. Em 2017 vimos uma janela, e já nos antecipando a uma crise que acontece nos EUA, em que a maioria dos fornecedores vende direto para os consumidores finais, entramos com tudo no canal, onde já foram investidos mais de R$ 50 mil. Todo dia temos algum dos colaboradores se revezando nessa função, dedicados ao canal, além de mim mesmo em tempo integral”, agregou.

Trabalho integral Beto gostou tanto de ter um canal que passou a trabalhar nele 24 horas por dia, sete dias da semana. “Por isso vivo e respiro YouTube. Sempre pensando e vendo vídeos, como a live semanal que fazemos, inspirada no canal Zona Rubro Negra, baseado em debates sobre futebol, mais especificamente sobre o Flamengo. O canal nos levou a fazer uma live semanal no formato de mesa-redonda, com músicos que são integrantes fixos e buscando variar os convidados.” Ele destaca que não existe segredo para ter sucesso com canais do YouTube, é simplesmente uma questão de tentativa e erro. “Estamos o tempo todo ligados nas críticas, nas tendências e sempre tentando inovar. E a famosa ideia que não sai da cabeça: ‘Um dia viraliza’.” Na nossa conversa com Beto, perguntamos se essa estratégia de conteúdo realmente ajuda

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Seizi participando no streaming com Beto Laureano

Cacau e Beto

com as vendas, principalmente durante a pandemia. Ele disse que “qualquer tipo de divulgação ajuda. Mas a tal crise que previ há cinco ou seis anos chegou antes. Não sei bem como seriam as vendas sem o canal, mas com certeza estamos vivos e sendo lembrados pelos clientes”. “Esse desafio de fazer o canal no YouTube foi algo bem difícil, na verdade, mais do que o planejado inicialmente. Tive de aprender a ser videomaker, vamos dizer assim. Revisamos conhecimentos sobre som, fizemos um grande investimento em mesas, câmeras, iluminação, espaços, pessoas, cursos. Realmente foi bem mais complicado do que pensei. Mas é muito gratificante. É muito legal ter o reconhecimento do seu trabalho quando se é verdadeiro. Não fiz o canal sozinho. Este é um trabalho conjunto de toda a equipe da BarraMusic. Todos os colaboradores abraçaram a ideia. Estamos juntos nessa jornada que é difícil, porém gratificante”, contou.

Varejo em mudança Com o cenário altamente mutável que estamos atravessando, o diretor da BarraMusic observa que, de forma geral, a vida das pessoas se vê cada vez mais imersa em um mundo digital. “Acho que

o mercado deve estar atento a isso. Os lojistas devem estar ligados nisso porque os consumidores estão muito ligados. A tendência é que os clientes estejam cada vez mais bem informados, cada vez mais preparados para fazer um bom negócio, seja ele por conta de um bom atendimento, de um pós-venda ou em busca de um preço justo.” “Falando sobre o pós-pandemia, tratando aqui estritamente do lado econômico, essa foi mais uma crise para os empresários. Para alguns, muito forte; para outros, um pouco menos. Mas o nosso mercado me desanima. Já me passou várias vezes pela cabeça que tenho de sair dele. Porque quando vem a crise, o dólar sobe, os produtos ficam mais caros. Se o dólar estiver mais alto, as coisas ficam mais difíceis; se cair, mais fáceis. As pessoas nunca deixam de sonhar com um instrumento musical, então existe uma grande demanda reprimida de consumo. Com o dólar baixo e um preço razoável, as pessoas voltarão a comprar.” n Mais informações barramusic.com.br BarraMusic LojaBarraMusic



ESTRATÉGIA: ODERY DRUMS

ODERY DRUMS LANÇA LOJA ON-LINE COM PARCERIA DE LOJISTAS Loja oficial da Odery Drums fará integração de estoque de lojistas e dará comissionamento sobre as vendas

A

marca de bateria Odery enviou recentemente um comunicado sobre os planos para o futuro pós-pandemia da empresa e das demais marcas que representa. De acordo com o texto enviado por Mauricio Odery, por conta do “grande rombo causado no mercado nos últimos meses com o fechamento de algumas empresas do setor, […] aliado à forte desvalorização da nossa moeda, começamos a nos mexer e avaliar como seria o futuro de nosso mercado ponderando diversos caminhos”. O lançamento de uma loja oficial, além da revenda tradicional, é a resposta da empresa para aumentar a distribuição e o acesso dos produtos no mercado.

Como funcionará a loja oficial da Odery Produtos de alto giro serão anunciados com valores sugeridos ao consumidor seguindo a tabela divulgada mensalmente pela empresa. Para cada venda efetuada dentro da plataforma da Odery, o cliente final deverá escolher uma loja que será comissionada para cada produto vendido. A loja da Odery possibilitará a integração do estoque da loja, desde que seja revendedora dos produtos Odery, Carlsbro e Bronz, com o e-commerce de forma automática. No momento da venda, o sistema da Odery detectará automaticamente se existe o produto mais próximo do cliente comprador e o pedido de venda será enviado para a loja parceira. Nesse caso, a escolha do comissionamento é ignorada, uma vez que a loja específica é que vai faturar. A Odery receberá o valor e, no fechamento das vendas de cada mês, repassará os valores às lojas, descontando a comissão sobre o uso (custos) da plataforma e meios de pagamento.

Relacionamento com os lojistas “Passaremos a ser uma referência de preço ao consumidor e também um marketplace para a loja de música”, explica Mauricio. A Odery informa em seu comunicado que a forma habitual de compra e revenda da loja parceira fica mantida, bem como suas condições comerciais. “Nada mudará nesse relacionamento. Seremos apenas mais um ponto de venda e que divulga valores de referência ao mercado”, explica Mauricio Odery, diretor-geral da empresa.

Produtos de maior valor agregado Para os produtos de maior valor agregado, de menos giro nas lojas, como as baterias Equalizer e Eyedentity e alguns outros itens, a situação é diferente. Estes serão vendidos de forma quase que exclusiva na loja oficial da Odery e existirá uma comissão para as lojas parceiras a cada venda realizada. “Teremos a possibilidade de compra e revenda pelos parceiros, assim como acontece nos produtos de alto giro, porém, as margens aqui serão menores e ficará a critério de cada lojista a decisão de vender ou não em seu estabelecimento no esquema tradicional de compra e revenda.” Todos os lojistas parceiros da Odery poderão efetuar a venda de produtos de maior valor agregado

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para aumentar o mix de produtos com que a loja trabalha de forma on-line na loja oficial da Odery. Mauricio explica que o cliente final terá um pequeno desconto para a compra de produtos premium a quem for presencialmente à loja parceira. “Essa é uma forma de incentivar o cliente a buscar uma loja parceira da Odery para comprar esses produtos de maior valor, que normalmente não se encontram na loja física.”

Como fazer a parceria com a loja Odery A loja oficial da Odery deve estar no ar até início de outubro. Os proprietários das lojas devem entrar em contato diretamente com a empresa. A loja da Odery será lançada na plataforma de e-commerce Vtex, na qual será vendida toda a linha de produtos: “Esperem por uma loja oficial extremamente profissional e recheada de informações e detalhes técnicos de cada produto”, pontua Mauricio. Dados relativos a porcentagem de comissionamento e demais detalhes serão enviados posteriormente às lojas. “Sabemos que muitos consumidores querem comprar direto do fabricante ou da marca, então é mais um caminho e uma oportunidade a ser explorada”, finaliza Mauricio. n Mais informações odery.com.br OderyDrumsOfficial OderyFest



MÚSICA DIGITAL

ONERPM FAZ 10 ANOS E MOSTRA AINDA MAIS CRESCIMENTO DURANTE A PANDEMIA A ONErpm é uma empresa de distribuição de música digital que vem trabalhando há dez anos no mundo todo. Esse trabalho tem sido reforçado na distribuição e consumo de música durante a

A

ONErpm ofrece uma variedade de serviços de distribuição, marketing, gerenciamento de direitos, publicidade, branding e muito mais para que músicos e bandas de todo o mundo possam vender suas músicas em plataformas digitais como iTunes, Spotify, Apple Music e outras. A ONErpm se posicionou como a maior network de música da América Latina e uma das maiores do mundo, com mais de 3 mil canais do YouTube que geram mais de 8,5 bilhões de views por mês. Ela tem escritórios e estúdios em Nova York, Nashville, Miami, Atlanta, Los Angeles, San Francisco, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Goiânia, Lima, Santiago, Buenos Aires, Bogotá, Cidade do México, Kingston, Madri, Kiev, Lagos e Moscou. A empresa atua como gravadora e distribuidora, com sua própria tecnologia, marketing, análise e suporte para fornecer soluções de negócios para mais de mais de 100 mil artistas, gravadoras e criadores de vídeos em todo o mundo. Este ano marca o 10º aniversário da empresa e ao mesmo tempo reporta um crescimento no mercado global de 127% em volume de lançamentos.

Alguns números Desde o começo do isolamento social pela Covid-19, a desenvolvedora digital apresentou um aumento representativo em lançamentos globais. Da primeira semana da quarentena até a primeira semana de julho (de 16 de março a 6 de julho), houve um crescimento de 55% no total de álbuns publicados em comparação com o período anterior (25 de novembro a 15 de março). O crescimento exponencial no lançamento de álbuns, em rela-

ção ao mesmo período do ano passado, chegou à marca de 244% e reflete a mudança no comportamento de consumo de música neste momento de cancelamento geral de todas as agendas de shows e implementação de restrições sociais. Os países da América Latina onde a ONErpm tem escritório também se destacam com aumento de audiência, sendo no geral um crescimento de 53% no Brasil, 93% no México e crescimento médio de 128% na Argentina, no Chile, no Peru e na Colômbia. Entre os gêneros que tiveram mais álbuns publicados no período nos territórios citados, estão o rock, com aumento de 71%, gospel com 66%, trap com 63%, pop com 61%, hip hop/ rap com 41% e funk com 40%. Outro efeito direto da quarentena foi o desenvolvimento dos canais de música da network de YouTube da ONErpm, que quase dobraram sua audiência. O número de inscritos nas 16 semanas de isolamento social em relação ao período anterior teve um incremento de 88%. No YouTube, a empresa se destaca com o acréscimo de mais de 1 bilhão de visualizações na networking principal, apenas no período referente à quarentena. Com alguns dos maiores canais de música brasileiros, a network da ONErpm recebeu um total de 27 milhões de inscritos novos, também durante o isolamento, resultando em um avanço de 105%. Já a transmissão de lives marcou um crescimento acima da média nos canais de artistas: mais de dez canais da network da empresa ganharam cerca de 500 mil seguidores nas transmissões, batendo um recorde de acréscimos em um único dia para muitos deles. Fenômeno durante a quarentena, as lives tiveram recordes históricos de audiência, com crescimento de 13.300% em visualizações e 37.866% em tempo assistido entre 16 de março e 5 de julho em relação aos 112 dias anteriores (25 de novembro e 15 de março).

Entrevista com Arthur Fitzgibbon A seguir, Arthur Fitzgibbon, presidente da ONErpm Brasil, conta mais sobre o aniversário da empresa e o consumo de música digital Como e quando nasceu a ideia de criar a ONErpm? Arthur: A ideia do conceito ONErpm existe há

mais de dez anos. O fundador, Emmamuel Zunz, queria uma empresa com estrutura sólida de tecnologia, que estivesse à disposição de artistas e selos que buscassem transparência na relação digital.

A ONErpm está fazendo 10 anos no mundo todo ou só no Brasil? Arthur: Esta é uma celebração global. A ONEr-

pm foi fundada em Nova York, em 2010 — apesar de o conceito ter um pouco mais de tempo. O desembarque no Brasil começou em 2011, por meio de alguns contratos e apresentações ao mercado. Em 2012 deu-se início ao escritório regional brasileiro em São Paulo.

Arthur Fitzgibbon, presidente da ONErpm Brasil 30 www.musicaemercado.org

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Como começou o trabalho no Brasil e como evoluiu nesses dez anos? Arthur: O trabalho real começou em maio de

2012, em um escritório bastante modesto — dentro de uma garagem do selo YB, que continua conosco até hoje — e com apenas uma pessoa. Passamos inicialmente a acreditar na música de valor que trabalha às margens do mainstream brasileiro. Pouco a pouco fomos crescendo, passamos por outros escritórios, fomos contratando mais pessoas, até chegarmos a 2020 com diversos e modernos escritórios pelo País e mais de uma centena de funcionários. Evoluímos de uma startup de tecnologia e música para nos tornar uma das mais influentes desenvolvedoras de talentos musicais do mundo, e o Brasil lidera essa transformação global da ONErpm. São centenas de milhares de artistas que possuem uma atividade segura, financeiramente saudável, e que conseguiram isso por meio da parceria com a ONErpm ao longo desses dez anos de muito trabalho e dedicação. Estão preparando alguma comemoração especial por esses dez anos? Algum serviço diferente para os usuários, talvez? Arthur: Todo ano, nessa mesma época, fazemos

nossa atualização em todas as frentes: plataforma, negócios e artísticos. Este ano estamos lançando novas ferramentas aos que distribuem seus conteúdos conosco, como campanhas de marketing personalizadas, relatórios completamente transparentes e exclusivos com rastreamento de músicas e vídeos, apostas em novos talentos, um estúdio completamente modernizado, novos modelos de investimentos em artistas e selos, que poderão se beneficiar imediatamente desses recursos.

Como você vê o mercado musical póspandemia? As pessoas vão seguir consumindo música on-line ou o consumo deve cair? Arthur: Este momento é uma fase de muita

maturidade para os artistas e empresas que têm se concentrado no desenvolvimento de sua audiência digital. Ao longo dos últimos anos lideramos uma revolução de consumo digital com nosso discurso de mudança no comportamento de consumo do fã de música e, mais do que nunca, nossos investimentos têm sido confirmados. Ano a ano esse crescimento mostra que o único caminho que existe é o aumento dessa audiência. A pandemia aumentou a relevância e a importância de todo o nosso trabalho. Esta década que estamos vivendo é a consolidação de que o consumo de música se torna cada vez mais sólido no digital e que o artista que criar, desenvolver e manter essa audiência junto conosco terá uma longa e próspera carreira. n Mais informações onerpm.com ONErpmTV ONErpm



ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@mandic.com.br

PANDEMIA: VAMOS REFORÇAR O LADO POSITIVO DA SITUAÇÃO Tem o lado positivo de tudo isso que está acontecendo: conseguimos evoluir, e evoluir muito bem, com esta pandemia!

T

anto escolas de música como os varejistas e distribuidores se sentiram obrigados a entender o processo de transmissão de aulas on-line e as maravilhas do e-commerce. Muito interessante! Choveram lives nas escolas de música com especialistas. Muita, mas muita gente mesmo passou a ter aulas em casa, por meio da internet. Todo mundo passou a postar vídeos do seu desempenho, da sua musicalidade, do seu talento, de dentro de casa. Os varejistas trocaram diversas informações pertinentes ao mercado por meio das videoconferências. A nossa boa equipe da Música & Mercado atravessa a pandemia com uma quantidade de matérias incríveis, postadas na revista e nas redes sociais, praticamente todos os dias. Alunos, professores, aficionados puderam entrar em contato, on-line, com artistas e profissionais que são admirados por todos. A internet passou a ser o nosso braço, as nossas mãos... Fantástico! Para o pessoal que trabalha nas grandes distribuidoras, tudo melhorou: • Todo mundo entendeu que se pode trabalhar, remotamente, de casa, sem perder a qualidade do serviço, do atendimento, da venda, da solução de problemas. • O contato on-line com o cliente dá um ar de segurança, sobriedade, confiança e rapidez ao processo de venda.

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• Quem não estava antenado com a logística, com a contabilidade, com as atividades burocráticas de toda boa empresa, teve de aprender a se comunicar com essa gente. • As pessoas perceberam, de forma sistêmica, que não há necessidade de enfrentar trânsito todos os dias para trabalhar e manter o seu bom desempenho. • Conseguimos nos reunir, por meio das videoconferências, com pessoas distantes, que normalmente não fazem parte do nosso rol de especialistas e contatos. • Várias tarefas puderam ser realizadas ao mesmo tempo: tirar pedido, contatar a logística, afinar o processo de entrega, solicitar emissão de notas fiscais e documentos pertinentes, e assim por diante. • Todo mundo distante e próximo, ao mesmo tempo.

Se começarmos já a aperfeiçoar esse tipo de processo, não haverá mais nada que possa impedir o desenvolvimento, a evolução e a melhora do desempenho da grande maioria das empresas, mesmo do varejo, usando a internet, o WhatsApp, os apps de videoconferência, as mídias sociais... As lojas físicas terão a função precípua de demonstração de produtos, testes, de averiguar se o produto desejado está ou não em conformidade com o desejo do cliente, atividades que requerem o contato com o produto. No mais, todo mundo vai poder trabalhar remotamente. Aliás, vale para quem é vende-

dor, mas vendedor de verdade, 24 horas por dia, sete dias da semana, antenado e ampliando o seu potencial de negócios. Entretanto, o mais surpreendente foi a rapidez com que as lives se disseminaram pela internet. Como os eventos físicos ficaram distantes (não teremos shows ao vivo nos próximos meses), a opção de interagir com os fãs por meio das lives fez com que o público prestasse atenção no seu artista, na qualidade dos músicos, na dimensão da complexidade de criar e transmitir conteúdo de qualidade pela internet. Não basta ligar o REC do celular, ou do tablet, para fazer uma live de qualidade. É preciso muito mais. Bons profissionais desenvolveram, rapidamente, uma metodologia fantástica para difundir essas maravilhas, esses espetáculos pela internet, com a vantagem da participação do público em tempo real. Em síntese: reinventar a forma de trabalhar, ser multitarefa, trabalhar de forma remota e em equipe e aprender a conviver com essas mudanças quase que instantaneamente. Essas são as tendências que a pandemia acelerou e que, provavelmente, vão perdurar por muito tempo. Tudo na vida tem as duas faces. Vamos aproveitar o lado positivo da pandemia e avançar na disseminação da música de forma eficiente e eficaz. Já pensou como vai ficar bem mais fácil fazer o hobista estudar música? n



FEIRA: NAMM 2021

NAMM CANCELA FEIRA FÍSICA DE 2021 E ANUNCIA EVENTO VIRTUAL Os organizadores do NAMM Show, que seria realizado em janeiro, acabam de anunciar que não haverá feira física em 2021. No lugar, foi criado o evento virtual Believe in Music Week

A

nteriormente os organizadores do NAMM Show tinham anunciado uma série de medidas de segurança para combater a Covid-19 na sua feira de 2021 (https://musicaemercado.org/ namm-show-anuncia-medidas-de-seguranca-para-sua-edicao-de-2021/) mas agora a história mudou. A organização decidiu cancelar a edição física da feira que ocorreria no mês de janeiro, pois “Ainda não é seguro nos reunir pessoalmente”, segundo palavras de Joe Lamond, presidente e CEO da NAMM. No lugar da feira, será realizado o evento virtual Believe in Music Week, com o intuito de ainda reunir e dar apoio a todas as pessoas envolvidas no mundo musical. O evento será realizado na semana de 18 de janeiro, contendo uma mistura de educação profissional e programação para vários segmentos do mercado por meio do site BelieveinMusic.tv, além de fornecer um marketplace interativo para conectar compradores e vendedores, sem cair no formato de feira virtual. Embora não seja o The NAMM Show ou uma feira virtual como se tem visto em diversos setores, a iniciativa atenderá às necessidades de negócios das empresas por meio de educação

preparada por lideranças de todos os segmentos da indústria da música.

Negócios no NAMM Believe in Music Week Os negócios não ficarão de fora do NAMM Believe in Music Week. Através de ferramentas de networking e matchmaking por inteligência artificial, e considerando as oportunidades dos encontros business-to-business para reafirmar e aumentar as conexões de negócios, o evento terá meios de lançar novos produtos, compartilhar iniciativas de marca e interagir com os clientes em tempo real. A Música & Mercado estará colaborando por meio de uma parceria de conteúdo e marketing com a NAMM para as atividades em português. Joe Lamond, presidente e CEO da NAMM, explicou: “A Believe in Music Week usará uma tecnologia nova e intuitiva para conectar todos nós e aproveitar a incrível energia que acontece quando nos reunimos. Com um mercado robusto para lançar novos produtos e compartilhar a história de cada marca, a Believe in Music também apresentará networking e encontros para nossos compradores e vendedores, educação para todos os

segmentos da indústria, música ao vivo e shows. E, assim como em todos os eventos da NAMM, essas atividades aumentarão a conscientização e o apoio financeiro para servir nossa família NAMM em nosso modelo de Círculo de Benefícios. A Believe in Music Week será uma etapa crítica para nossa indústria, ajudando-nos a nos preparar para o novo ano e novas oportunidades.” O evento, que durará uma semana, poderá contar com a participação de profissionais tanto dos EUA quanto do exterior dos mercados de instrumentos musicais, áudio pro, som e eventos ao vivo, artistas, imprensa, entre outros. Também haverá a apresentação de outros eventos anuais que geralmente são realizados durante a NAMM, como o 36º Premio TEC www. TECAwards.org e o Prêmio Top 100 Dealer www. NAMM.org/Top100, além de reunir representantes do setor de educação musical no The Grand Rally for Music Education. n Mais informações believeinmusic.tv



PRODUTOS: ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS Taylor 214ce Plus

Harmonics HBS-110L

Este violão Grand Auditorium atualizado da Série 200 tem o formato de corpo mais vendido da empresa, que faz sucesso entre guitarristas de todos os gêneros e estilos. O quadro convidativo de cintura estreita fica confortavelmente no colo quando o músico está sentado, enquanto uma largura de porca ligeiramente mais estreita de 1-11/16” facilita afinar acordes e notas, mesmo para iniciantes. Em termos tonais, as laterais e o fundo em jacarandá em camadas combinam com um tampo em abeto sitka sólido. Este modelo Plus atualizado apresenta friso em preto e acabamento brilhante em todo o corpo, junto com um cutaway veneziano, inlays de ponto de 4 mm e eletrônica ES2 para som amplificado plug-and-play. Contato: (11) 2832-7800 • wms-br.com

O HBS-110L é um saxofone barítono Eb HBS-110L laqueado que oferece um mecanismo de oitava especialmente projetado para facilidade ao tocar e transições de oitavas suavizadas. Acompanha também um case para facilitar o transporte do instrumento. Extensão: A grave a F# agudo. Apoio de polegar regulável, corpo em latão amarelo, molas e parafusos em aço carbono. Sapatilhas importadas. Estojo de luxo. Porta lira e espigão (apoio de chão). Contato: (43) 3377-6600 hayamax.com.br

Bari Boquilha Bari Gold

A boquilha Bari Gold para saxofone soprano metal, banhada a ouro de 18 quilates, voltou a estar disponível no mercado brasileiro depois de muito tempo em falta. Diretamente dos EUA, você a encontra com aberturas de 4 (.055) a 8 (.075). Contato (11) 3326-3809 • arwel.com.br

Luen Surdo Imbuia Linha Guetto

Surdo de imbuia, parte da Linha Guetto. Disponível em 60 cm x 18” e 60 cm x 20”, com pele de animal especial. Aro com bola com borboletas anatômicas de afinação e quatro pés com sistema de amortecimento. A Linha Guetto foi desenvolvida em parceria com o músico percussionista Malli para atender os músicos profissionais em toda a sua necessidade sonora, estética e estrutural. Contato: (11) 4448-7171 • luen.com.br

Takamine EF-450C TT

Parte da TT Series – Thermal Top conta com um processo de superaquecimento das madeiras de tampo (spruce) em um ambiente de baixo nível de oxigênio. O resultado é a sonoridade potente e balanceada de um instrumento antigo em um violão novo. Tampo em solid thermal spruce. Corpo em solid flame maple. Braço em maple. Escala em ébano. Tarraxa: Prata. Pre: TLD-2. Contato: (18) 3941-2022 sonotec-com.br

Mancini Cabos Cabo comando extraflexível

Winner Ukulele Soprano Verde-água

Ukulele soprano 21 com fundo, lateral, braço e escala feitos em ABS, tampo e cavalete tipo flamed okume, rastilho e nut em ABS e equipado com cordas Aquila Super Nylgut. Acompanha bag colorida. Contato: (11) 3797-0100 izzo.com.br

O SLX-D se junta à linha de sistemas digitais sem fio da Shure para uso em produções de teatro em escolas, reuniões corporativas ou serviços religiosos. É a substituição digital do modelo analógico SLX, com um novo processo de fabricação, qualidade de áudio, desempenho de RF mais confiável, configuração simplificada e outros benefícios. Esse sistema proporciona aos usuários um número de canais maior que o SLX e é oferecido em duas opções: canal único e canal duplo. Os transmissores são alimentados por baterias AA padrão ou uma solução de bateria de íon de lítio recarregável opcional com uma estação de carregamento para até duas baterias. Contato: (11) 3215-0190 • shure.com

Leác’s Linha Brava

Nova linha Brava, a primeira caixa ativa do Brasil com quatro canais de entrada. A série conta com quatro modelos, em versões ativas e passivas. Os modelos ativos são: Brava 800A com alto-falante Super Bass de 8”, 150 W RMS, corneta mid high extended frequency. Brava 1000A com alto-falante Super Bass de 10”, 150 W RMS, corneta mid high extended. Brava 1200A com alto-falante Super Bass de 12”, 250 W RMS, driver de titânio. Brava 1500A com alto-falante Super Bass de 15”, 250 W RMS, driver de titânio. Os quatro canais na caixa podem ser usados simultaneamente. Traz conexões USB (MP3, SD card, P2 e Bluetooth), auxiliar RCA, entrada de linha, entrada de microfone, entrada para guitarra/violão, saída de linha e equalizador de três vias (low, mid e high). Também conta com uma saída P10 para Brava passiva, seletor de voltagem 120/230 V e entrada AC com fusível de reserva. As caixas desta nova linha também podem ser usadas como monitores. Contato: (11) 4891-1000 • leacs.com.br

MA Lighting grandMA3 onPC command wing XT

Sabian Pratos ímpares HHX Complex

A linha HHX Complex da Sabian está adicionando quatro novos modelos, todos em tamanhos ímpares. Os HHX Complex O-Zones Crash de 17” e 19” são os primeiros O-Zones de tamanho ímpar que a Sabian introduziu, oferecendo um ataque escuro e explosivo. São alguns dos pratos de efeitos mais agressivos que a empresa fez até hoje. Os HHX Complex Medium Rides de 21” e 23” são uma mistura do artesanato do velho e do novo mundo. Os quatro modelos possuem uma cúpula fortemente martelada à mão na parte superior para dar o toque distinto da série. Contato: (11) 2199-2999 • equipo.com.br

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Ou cabo PP, como o mercado chama esses cabos, a Mancini os tem nas configurações de 2, 3, 4, 6 ou 8 vias, todos eles superflexíveis. Utilizados para ligar as caixas de som, esses cabos suportam até 500 V. São cabos realmente para som. Também tem cabo branco na configuração de duas vias, muito utilizado nas igrejas para ligar as caixas brancas por questão de estética. Contato: (11) 2070-2300 • mancinicabos.com.br

Shure SLX-D

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Powertec HA Series

Amplificadores Powertec HA Séries, com circuito Classe H de última geração, painel em alumínio anodizado, alça ergonômica, display digital, informações em tempo real, circuito inteligente UP Power, transformador toroidal. Todos os componentes são originais, selecionados com controle de qualidade, incluindo transistores Toshiba by Japan, circuito hi-stop, proteção contra curto-circuito em pleno funcionamento. Conta com dois filtros passa-baixo, ligação de áudio Stereo–Paralelo–Bridge, três tipos de sensibilidade, dois tipos de conexão Neutrik Nl4 e Borne, cabo de energia robusto e flexível e um ano de garantia. Contato: (31) 98746-3536 / 97598-8385 • stagetec.com.

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Com o software grandMA3 onPC pré-instalado em uma placa-mãe embutida, o grandMA3 onPC command wing XT oferece 4.096 parâmetros e se apresenta como uma solução versátil para instalações e shows de pequeno e médio porte e estúdios de transmissão, bem como uma ferramenta de pré-programação e backup em turnês. Ele possui os mesmos padrões de software e hardware que os demais produtos da linha grandMA3 para garantir que os usuários, novos e atuais, possam usá-lo sem problemas. Oferece dez faders motorizados, 40 playbacks físicos, 16 teclas atribuíveis e uma seção de master playback dedicada. Todas as entradas e saídas de uma mesa grandMA3 estão disponíveis para o usuário. DMX, Midi, Ethernet, Timecode e Remote Control também estão disponíveis no grandMA3 onPC command wing XT. Além disso, possui quatro saídas de monitor individuais que permitem aos usuários adequá-lo às suas necessidades. Contato: (11) 2359-0470 • lbits.com.br


Ayrton Domino

O Domino combina a saída e a ótica do modelo Huracán-X com as características do modelo Khamsin, mas em um corpo com proteção IP65, para operar sob temperaturas muito quentes ou frias, vento, chuva, umidade, neblina, areia ou poeira, dando 51.000 lúmens de um motor LED de 1.000 W. A Ayrton aplicou todos os recursos à prova de clima encontrados no modelo Perseo e deu a este novo modelo o mesmo design minimalista, com uma pegada visual reduzida e um sistema de ventilação com seis ventiladores submersíveis com classificação IP68, além de uma estrutura à prova do clima. Possui uma lente frontal de 178 mm e seu sistema óptico proprietário usa 13 lentes, produzindo uma taxa de zoom de 10:1 e uma faixa de zoom de 6° a 60°. Contato: ayrton.eu

Benson Linha de ukuleles

A Benson disponibiliza no seu catálogo uma linha de ukuleles com diferentes modelos. Encontramos, por exemplo, o UB-24, um ukulele concert de 24” com escala de 38 cm, o tamanho intermediário entre todos os modelos disponíveis. Possui tampo, laterais e fundo em sapele. Sua escala e o cavalete são fabricados em rosewood. O braço do instrumento é feito de mahogany (mogno) e as tarraxas são blindadas e cromadas. Vem equipado com encordoamento Aquila Super Nylgut. Contato: (51) 3034-8100 • proshows.com.br

PreSonus ATOM SQ Keyboard/Pad Controller

dBTechnologies VIO L1610

Teclado MIDI e controlador em pad para atuação e produção contemporânea de música. Apresenta um layout escalonado de 32 pads que é familiar para tecladistas e programadores de bateria. Esses pads sensíveis à pressão apresentam tecnologia poli aftertouch, e seus LEDs RGB proporcionam uma coordenação de cores intuitiva e personalizável de samples e loops. Um arpejador integrado e um strip sensível ao toque configurável pelo usuário fornecem ainda mais controle. Recursos avançados permitem alterar a escala do teclado e mapear os oito codificadores rotatórios atribuíveis para controlar quase todos os parâmetros. Uma tela LCD exibe informações sensíveis ao contexto e usa um sistema de botão dinâmico que muda de função dependendo da tarefa a realizar. Contato: (92) 3622-7151 • cborges.com.br

Novo membro para a família VIO. É um sistema line array ativo de três vias compacto com dois woofers de 10” e um driver de compressão MF/LF coaxial. Os componentes são em neodímio montados em um guia de ondas criado exclusivamente com um design acústico simétrico. Cada motor acústico neste modelo é alimentado por um módulo de amplificação Digipro G4 classe D com 1.600 W RMS. Esse amplificador vem com um espaço modular para placas de expansão. Por padrão, o VIO L1610 é equipado com a placa dBTechnologies RD-Net para controle remoto em tempo real via software Aurora Net. No entanto, o sistema está pronto para atualizações com o protocolo Dante da Audinate para transmissão de áudio digital, bem como para fins de monitoramento em tempo real. Contato: (11) 2795-4190 • someco.com.br

O D N A M O C L O E B V CA A FLEXÍ R T X E

Waves WRC-1 WiFi Stage Router

Router sem fio para montagem em rack projetado especificamente para aplicações de áudio profissional, como controle IEM no palco. Foi criado para ser usado com o aplicativo de mixagem de monitoramento in-ear MyMon, também da Waves, bem como outras configurações de áudio que requerem conectividade Wi-Fi segura, como controle remoto de mesas de áudio e equipamento de PA em espaços para espetáculos, produções teatrais, centros religiosos e outros. Também pode ser utilizado em outras instalações (corporativas, educacionais etc.) como reprodutor DLNA para reprodução de áudio simplificada. O roteador vem com software de gerenciamento básico para controlar as funções mais comuns exigidas pelos usuários. Contato: (11) 3192-5700 • quanta.com.br

Darkglass Element

O Element é um simulador de caixa e amplificador para fones de ouvido. Os três potenciômetros deslizantes totalmente táteis com LEDs de posicionamento tornam o uso fácil e intuitivo. A empresa o apresenta como um aparelho completo, pronto para usar assim que sai da caixa, que oferece um banco de cinco simulações de caixa e a capacidade de adicionar muito mais por meio do Darkglass App. Tecnologia Bluetooth para ouvir faixas de acompanhamento enquanto o músico toca, ensaia ou estuda. Duas saídas de fone de ouvido permitem a interação com outros músicos, além de uma saída XLR para conectar-se entre o pré-amplificador e a interface ou um sistema de PA. Contato: (11) 2614-8349 • novitamusic.com.br

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5 PERGUNTAS

A IMPORTÂNCIA DAS EMBALAGENS USADAS PELO E-COMMERCE Todo cuidado é importante no momento da venda, até mesmo o tipo de embalagem que usamos e o jeito como os produtos são enviados

“H

á mais de dez anos, venho estudando um tema que chamei de ‘a nova fronteira da embalagem’, que se abriu com a crescente difusão da internet e, posteriormente, do e-commerce”, conta Fábio Mestriner, consultor da Ibema Papelcartão, designer, professor do curso de pós-graduação em Engenharia de Embalagem do IMT Mauá e autor de diversos livros. Acontece que a conexão da embalagem com a web vem permitindo que o contato da empresa e de seus produtos com o público-alvo se estenda e se aprofunde. Ela ganha status de uma grande plataforma para conectar o consumidor ao site e às redes sociais. Mas por que isso acontece?

Porque está cada vez mais difícil encontrar os pontos de conexão com os consumidores. Existem hoje centenas de canais de TV, milhões de sites interessantes, YouTube, Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn e tantos outros, sem contar as músicas, filmes, games e aplicativos de todas as naturezas que disputam vorazmente a aten-

ção e a preferência das pessoas hiperconectadas. Vivemos numa sociedade que conecta tudo e cada vez lidamos com mais conexões. Como isso influencia o nicho das embalagens?

Esse cenário complexo e desafiador levou profissionais de marketing a perceberem que uma das formas mais precisas e eficientes de se conectar com os usuários de seus produtos é por meio da embalagem. Quando ela traz um convite para acessar suas redes, grande parte dos consumidores o faz. Qual é o primeiro passo?

A definição precisa do público-alvo facilita esse trabalho e as embalagens passaram ser o meio para as mensagens de conexão, e as torna possíveis — mais que isso, convidativas. Isso acontece primeiro nos produtos de marca e, depois, nas embalagens de delivery do e-commerce. A primeira vez que comprei um produto na Amazon, fiquei decepcionado com a embalagem que chegou a minha casa. Com o passar do tempo, percebi uma crescente evolução no visual das embalagens. Até mesmo ações de interação com as crianças por meio de “embalagens que se transformam em brinquedos” foram registradas. Poderia dar um exemplo?

Recentemente, uma grande mudança chamou minha atenção: a integração da plataforma de filmes Amazon

Prime com o e-commerce da empresa. Numa ação conjunta, a empresa usa a embalagem como suporte de divulgação de uma nova série, que recebeu apoio de comunicação nas embalagens do e-commerce da Amazon. A pessoa que recebeu a embalagem com o anúncio da nova série havia comprado um suplemento vitamínico. A embalagem veio acompanhada de uma descrição entusiasmada sobre a inteligência e o inusitado da série. Funcionou, pois a consumidora não conhecia a série e só passou a segui-la graças ao anúncio que transportou as suas vitaminas. Como podemos usar esse recurso?

A embalagem é uma poderosa ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet que não pode mais ser utilizada apenas para “carregar” o produto. Ela precisa ser usada para dar início a uma nova venda, para promover outros produtos da empresa, fortalecer a ligação da marca com seu público e muito mais. De sua parte, as gráficas precisam alertar seus clientes do e-commerce de que ainda não estão explorando todo o potencial que a embalagem pode oferecer. Existe uma grande oportunidade que não para de crescer, pois os números do e-commerce não deixam dúvida de que essa forma de comércio está numa evolução acelerada, e esse crescimento pode ser turbinado ainda mais com embalagens ativas, propositivas, surpreendentes e visualmente estimulantes. n

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Primeiro console de mixagem pessoal

16 auxiliares e 8 matrix

24 Faders Motorizados

48 Canais de entrada

8 entradas combo e 8 saídas XLR

Tela Touch Screen de 10"

Grava e Reproduz 48x48 via USB 2.0

Grave como quiser

Possui uma interface capacitiva touch screen com controles rotativos e muito sensíveis, que garantem uma maior facilidade de operação. Três seções de fader separadas e uma seção de controles personalizados que podem ser configurados de maneira fácil e intuitiva para atender às suas necessidades pessoais.

Mais efeitos

O conjunto de 8 processadores estéreos real time fornece uma ampla gama de efeitos de modulação, equalização, dinâmica e não lineares, e até quatro amplificadores clássicos de guitarra com simulações de gabinete.

Evidente

A inovadora seção de edição de canais da WING foi projetada desde o início para uma visão geral imediata do status do canal e fluxo de operação. Os controles rotativos sensíveis ao toque permitem que as informações mais relevantes sejam exibidas na ponta dos dedos.

DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO

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CONFIÁVEL, ICÔNICO

E EXTRAORDINÁRIO

Assim como nosso produto mais icônico, o microfone SM58®, a Shure consolida sua presença no mercado brasileiro como uma empresa confiável, inclusiva e abrangente. Acreditamos no crescimento do mercado e mantemos sempre nosso compromisso com os clientes e fãs da marca, oferecendo experiências sonoras extraordinárias. Os produtos Shure inovam e definem os padrões do mercado, com soluções de áudio para múltiplas aplicações que excederão suas expectativas.

Saiba mais em: WWW.SHURE.COM.BR

www.shure.com.br © 2020 Shure Incorporated.



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