#112 Música & Mercado - Janeiro / Fevereiro 2021

Page 1

A REVISTA DO SITE: MUSICAEMERCADO.ORG • JANEIRO E FEVEREIRO DE 2021 | Nº 112 | ANO 19 • BRASIL | ESTADOS UNIDOS | AMÉRICA LATINA

INFORMAÇÕES PARA QUEM FAZ NEGÓCIOS COM ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS 15 ANOS DA DUDU PORTES DRUMHEADS

A Gope Instrumentos Musicais tem uma história que merece ser compartilhada, não só como empresa, mas também pelo valor humano que a acompanha, em que experiência, perseverança e amor marcaram o caminho. Humberto Rodella, seu fundador, enfrentou diversas situações que o fizeram crescer como construtor, fabricante e como pessoa, trazendo inovações para o mercado e modelando a imagem da empresa.

Em 2005 Dudu Portes e a Luen fecharam um acordo de fabricação de peles profissionais para bateria com o compromisso de oferecer ao mercado produtos de alta qualidade a preços competitivos, que coubessem no bolso dos músicos. Ao longo do tempo, muitos pensaram que a marca fosse uma linha signature para o Dudu Portes, mas isso não é verdade. Trata-se de uma série de peles desenvolvida para todo tipo de músico e estilo. Quer saber mais? Veja na PÁG. 14

Hoje a Gope é dirigida por sua filha, Narjara Campos Rodella, e juntos continuam trabalhando diariamente para oferecer o melhor para o mercado de percussão, com produtos e ações que dão apoio aos músicos brasileiros e também mundo afora. PÁG. 22

SUHR GUITARS NA CBORGES As guitarras personalizadas da Suhr estão disponíveis em nosso país por meio da CBorges, junto com amplificadores, pedais e captadores feitos nos EUA, todos com DSP interno. As guitarras são feitas artesanalmente, por isso é difícil manter um estoque delas, mas a empresa tem alguns modelos para pronta entrega. Um dos destaques da Suhr é o modelo feito para o brasileiro Mateus Asato. Ele tem três guitarras exclusivas, que atualmente estão disponíveis para encomenda. PÁG. 16

ENTREVISTA: MARQUINHO SAX Marquinho Sax tem uma trajetória na música de quase 30 anos e, com certeza, deve ter passado por momentos bons e não tão bons na carreira. Muitos podem pensar que a pandemia foi um golpe baixo para os músicos e o mercado musical, mas, afortuna-

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

damente, isso não é totalmente certo. “2020 foi um ano de muita criatividade”, disse Marquinho. Nesta entrevista, ele explica o significado dessa afirmação e conta sobre os equipamentos, instrumentos e acessórios que o ajudaram

ao longo do ano, com diferentes parcerias e modelos signature. PÁG. 30

A HISTÓRIA DA PHONIC A Phonic atua há mais de 40 anos no mundo do áudio. Sua história começou em 1980, criada e dirigida pelo engenheiro Stephen Wang, que tem mais de cinco décadas de experiência na indústria da mú-

sica. A empresa é uma das poucas do segmento a possuir um set de tecnologia completo e fabricar produtos de áudio profissional com bom custo-benefício. Nesta matéria você poderá conhecer um pouco sobre sua história e investimentos. PÁG. 18

Equipo deixa de distribuir Sabian no Brasil e adiciona Meinl ao seu catálogo. Cabos Mancini tem novo site. Aquarian Brasil tem novo site. Octagon Cymbals encerra atividades. Shure investe em empresa de software Wavemark. CounterAct, da Christie, promete matar patógenos em ambientes fechados. Believe in Music Week. PHX Instrumentos prepara nova linha de percussão. Novo app Spacemap Go, da Meyer Sound. PÁG 8


D E 1 A 7 D E FE VE R E I RO DE 2021



Believe in Music Week fornecerá conteúdo educacional com visão de futuro para todos na indústria de produtos musicas, som e tecnologia de entretenimento. Um conjunto completo de sessões gratuitas será apresentado por especialistas do setor para ajudar os participantes a fazer crescer seus negócios e carreiras.

Business Tracks

Apresentando sessões educativas exclusivas só para membros.

Music Retail: The Game Has Changed—It’s Better

What You Must Know About Your Social Media Metrics

Email Marketing Tips to Increase Sales by 3x

The Music Industry’s Guide to Podcasting

Bob Phibbs, The Retail Doctor

Ayana Webb, The Musical Webb

Scott Stratten, Founder of UnMarketing and Best-Selling Business Author

Tom Webster, Edison Research

Expositores destacados

Centenas de marcas apresentarão seus produtos mais recentes, incluindo:

a celebração começa no dia 18 de janeiro de 2021

attend.believeinmusic.tv



EDITORIAL

A COVID-19 E O PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2021 A expectativa do controle da epidemia é alta, mas as previsões de especialistas

indicam que somente no terceiro trimestre de 2021 é que a curva descendente da Covid-19 será visível no Brasil. Antes disso, a maior certeza que temos

é que o período de festas, Natal e Ano-Novo aumentou os casos de infectados e colocou diversas cidades em estado de alerta. O estado do Amazonas vivencia um novo surto da doença e voltou a ter hospitais e cemitérios lotados por conta do contágio.

O equilíbrio entre saúde e economia é a medida que empresários de todo o País

conclamam. A situação é tensa. Por outro lado, em um painel de debate

realizado pela Música & Mercado com fornecedores do setor neste mês de janeiro, os empresários mostraram-se mais confiantes em relação ao ano de 2021. O que temos para colocar no jogo, e isso

vale para todos nós, é que a guerra política, a pandemia, o dólar e o custo de frete

serão os pontos de desequilíbrio deste ano. Sabendo lidar com eles, fazendo o seu melhor, considerando a saúde, realizando as melhores compras e digitalizando os negócios, a vida segue adiante. Mais uma coisa: a Conecta+ Música &

Mercado vem aí, a nova feira virtual da Música & Mercado. Te espero lá! DANIEL NEVES

CEO & PUBLISHER

“No mundo dos negócios todos são pagos em duas moedas: dinheiro e experiência. Agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois”, — Harold Sydney Geneen (1910-1997), empresário estadunidense.

CEO & PUBLISHER DE MÚSICA & MERCADO TWITTER/DANIEL_NEVES

musicaemercado

STAFF

SUMÁRIO

CEO & Publisher

Daniel A. Neves

6 EDITORIAL 6 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui 8 ÚLTIMAS

Diretora de Redação

Paola Abregú Diretor de Arte

12 MUNDO DIGITAL Dicas para planejar uma boa live

Dawis Roos

14 ANIVERSÁRIO Luen comemora 15 anos da Dudu Portes Drumheads 16 DISTRIBUIÇÃO CBorges disponibiliza Suhr Guitars no mercado brasileiro 18 INTERNACIONAL Phonic e sua história no mercado de áudio 20 REPRESENTANTE Caasi Representações trabalha na atualizaçao digital 22 CAPA Gope Instrumentos Musicais. Uma rica história empresarial e pessoal caracteriza a trajetória da Gope, que segue evoluindo junto à percussão brasileira e deixando sua marca no mercado. Nesta entrevista, Humberto Rodella e Narjara Campos Rodella contam não só sobre o início da empresa, mas também sobre o presente e o trabalho realizado dia a dia 28 LOJA R. Soler Guitar Shop abre suas portas em Presidente Prudente (SP) 30 VISÃO DE PRO Marquinho Sax: “2020 foi um ano de muita criatividade” 32 VENDAS Diferenças entre vender na internet e vender na loja física 34 COLUNA Como ser proativo para crescer: a solução invisível, por Ben Díaz 36 COLUNA Música é agente de mudança, não de militância, por Nelson Junior 38 COLUNA O mercado de instrumentos musicais e a cognição, por Luiz Carlos Rigo Uhlik 40 FEIRA Conecta+ Música & Mercado: como foi o pré-evento e o que você pode esperar para o evento em fevereiro 42 PRODUTOS Os mais recentes lançamentos no mercado

Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022 Trade Marketing e Novos Negócios

Thiago Henrique Ferreira trade@musicaemercado.org Administração e Finanças

Rosângela Ferreira Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores

Ben Díaz, Luiz Carlos Rigo Uhlik e

Nelson Junior

Impressão e Acabamento

Edição especial 100% digital Música & Mercado®

Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022

CONTATOS

Autorizada a reprodução com a citação da

Instrumentos

Arwel....................................................... 11 3326-3809 arwel.com.br • 29 Benson.............................................51 3034-8100 proshows.com.br • 35 Harmonics ....................................43 3377-6600 harmonics.com.br • 5 PHX Instrumentos ...... 11 3340-8888 phxinstrumentos.com.br • 11 RedBurn.............................................. 67 3023-5660 redburn.com.br • 9 Strinberg ............................ 18 3941-2022 sonotec.com.br/strinberg • 7

Amplificadores / Áudio Profissional

4VIAS.......................................................................4vias.com.br/shop • 29 Behringer.......................................51 3034-8100 proshows.com.br • 19 Power Click ................................21 2722-7908 powerclick.com.br • 37 Shure ....................................................... 11 3215-0186 br.shure.com • 46 Verity Audio ................................+86 757 8512-9008 verityaudio.fr • 17

6 www.musicaemercado.org

DANIEL A. NEVES

@musicaemercado

Bateria/Percussão

Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados

D-One ......................................... 18 3941-2022 sonotec.com.br/d-one • 3 Luen ............................................................ 11 4448-7171 luen.com.br • 13

nos anúncios publicados.

Acessórios

Anuncie na Música & Mercado comercial@musicaemercado.org

Fuhrmann .............................................................fuhrmann.com.br • 42 Mancini Cabos ...............11 2070-2300 mancinicabos.com.br • 15, 44 SG ...................................................................11 3797-1000 izzo.com.br • 19 C.Borges...................................... 92 3622-7151 cborges.com.br • 21, 39

Publicidade

Parcerias

Outros

Conecta+ Música & Mercado ........... conectamusica.com.br • 2 NAMM.......................................................................namm.org/believe • 4 Vip Soft ................................................. 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 45

fb.com/musicaemercado

Associados



ÚLTIMAS NOTÍCIAS INSTRUMENTOS Vandoren expande família V21 Tendo em vista o sucesso das palhetas V21 para clarinete Bb, a empresa adaptou o modelo para clarinetes Eb e Bass, assim como para saxofones soprano, alto e tenor. A Vandoren até contemplou os sistemas alemão e austríaco.

IK Multimedia revela AmpliTube 5

Aquarian Brasil tem novo site

A distribuidora Novità Music apresentou o novo site da Aquarian Drumheads no Brasil, com visual atualizado e cheio de recursos para os usuários e fãs desfrutarem. No site é possível encontrar toda a linha de peles, dividida por aplicação, vídeos e todo tipo de informações relacionadas com a marca. Mas a maior novidade é que agora será possível comprar peles pelo próprio site, com cartão ou boleto bancário.

O software de modelagem de amplificadores e efeitos da IK Multimedia recebeu atualização e foi apresentada a versão AmpliTube 5, que oferece aumento em equipamentos, recursos e flexibilidade para uma experiência do usuário mais completa. Ele entrega 129 novos modelos de equipamentos em um total de mais de 400 modelos, uma seção de gabinete redesenhada com tecnologia VIR e interação aprimorada entre os falantes do gabinete e o power amp. Uma interface redimensionável nova torna fácil criar e rotear equipamentos, com uma seleção aprimorada de equipamentos, posicionamento de arrastar e soltar, e suporte para um, dois ou três conjuntos de equipamentos com até 57 efeitos simultâneos. Novos efeitos de rack derivados do premiado T-RackS 5 da IK podem produzir timbres polidos, junto com uma nova janela de mixagem, a popular DAW de oito canais do AmpliTube, um looper aprimorado com duas tracks simultâneas e camadas infinitas para adicionar som, seja ao vivo, seja no estúdio. O AmpliTube 5 pode trabalhar tanto como aplicativo desktop quanto como plug-in para qualquer DAW, e está disponível em quatro versões para todas as necessidades — do AmpliTube Custom Shop 5 gratuito ao AmpliTube 5 MAX, que oferece acesso completo a todas as coleções oficiais atuais de artistas e marcas licenciadas.

Octagon Cymbals encerra atividades No começo de dezembro, o Grupo Bex, proprietário da marca Octagon Cymbals, informou que a marca será extinta de sua linha de produção e a empresa passará o modelo Groove aos cuidados da Orion Cymbals. De acordo com Vinicius Fernandes, gerente de Marketing da empresa: “É realmente triste para todos tomar essa decisão, este foi um ano muito difícil”. O comunicado emitido pela empresa ainda sugere o momento complicado do setor causado pela pandemia. A Octagon Cymbals foi uma marca criada nos anos 1980 pelo baterista Fernando Passos Silveira, posteriormente comprada pela Multialloy, hoje nomeada Grupo Bex. A empresa ainda não descarta o lançamento de outras linhas da Octagon sob a guarda da Orion Cymbals.

PHX Instrumentos prepara nova linha de percussão

Equipo deixa de distribuir Sabian no Brasil e adiciona Meinl ao seu catálogo

Tracktion lança Son Of A Beta Maxed

A música dos anos 1980 é um som icônico. O rock suave era o rei, a música disco, libertadora, e o synth pop, provocativo e empolgante. Os sons de sintetizador vintage de Son of a Beta Maxed, o pacote de som mais recente da Tracktion, captura toda a atmosfera e as peculiaridades da época. Possui mais de 80 instrumentos clássicos meticulosamente elaborados e presets de bateria adequadas para Collective, o sintetizador e sampler exclusivo da empresa. O novo pacote de som reproduz grandes e exuberantes produções de riffs icônicos de dance music, com calorosos pads analógicos, trilhas, teclas low-fi, baterias ousadas e muito mais. Com o Son of a Beta Maxed, os músicos podem levar sua música para o futuro, recriando baladas de rock com hinos, música dance eletrônica e melodias pop experimentais com esses sons novos de uma era atemporal.

8 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Depois de mais de dez anos distribuindo a Sabian no Brasil, a Equipo fez um anúncio que surpreendeu o mercado: a empresa não trabalhará mais com a marca de pratos no País. Mas não só isso: a Equipo passará a distribuir a Meinl para as lojas de todo o território brasileiro no início de 2021. Procurando saber mais sobre a nova parceria, a Música & Mercado falou com Everton Waldman, diretor da Equipo. A pergunta principal é saber se a distribuidora trará só os pratos ou teremos toda a linha de produtos da Meinl no País. Ele respondeu: “O primeiro passo é trazer a linha de pratos, aproveitando esse momento especial da Meinl, chegando ao posto #1 nos EUA, o que mostra que todo o investimento em tecnologia e inovação gera payoff. A marca, lojas e bateristas ganham com isso. Conhecemos os diretores da Meinl há muito tempo, visto que há uma estreita relação entre eles e a Tama, o que facilita essa mudança para a Equipo, e sempre fomos respeitosos com a Sabian com relação a isso”, reforçou. “A Meinl já testou algumas representações no Brasil, mas sem muito sucesso. Esperamos poder contribuir para que essa nova tentativa traga frutos para ambas as empresas e para o mercado como um todo. A marca já conta com um time de endorsees brasileiros que terão o nosso suporte e trabalharemos o marketing em conjunto.” Haverá mais novidades em breve.

Com quase 40 anos no mercado, a PHX instrumentos lançará no início de janeiro sua nova linha de percussão. A empresa está fazendo mistério a respeito do projeto, mas fontes internas indicam um instrumento mais refinado. A marca e design ainda não foram revelados. Música & Mercado apurou que a PHX fará um elevado investimento em marketing e ações para o encaminhamento dessas novas percussões. A empresa também veio, ao longo de 2020, reestruturando sua equipe interna de marketing, privilegiando o design de produtos e inteligência de mercado.

ÁUDIO Cabos Mancini tem novo site

O site da Mancini está de cara nova, mais moderno e de fácil navegação. Nele é possível encontrar todos os produtos da Mancini, divididos por aplicação. Além disso, a empresa disponibiliza seu catálogo e revista digital para download e até depoimentos dos parceiros.



ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Novo app Spacemap Go, da Meyer Sound O aplicativo Spacemap Go pode transformar milhares de processadores Meyer Sound Galaxy Network Platform no campo em ferramentas flexíveis e fáceis de usar para mixagem e design de som espacial. O aplicativo funciona com vários processadores Galaxy e pode ser controlado por um único iPad ou vários iPads para fornecer uma superfície de controle maior e mais variada ou para permitir o controle simultâneo por vários usuários. O Spacemap Go pode ser implantado com uma atualização gratuita do firmware do Galaxy e do software de controle Compass. Os usuários com inventário existente de Galaxy só precisam provisionar um ou mais iPads conforme apropriado para a aplicação. O app oferece compatibilidade com programas populares de controle de show e design de som.

Shure investe em empresa de software Wavemark

A Shure intensifica seu foco em soluções de software com um investimento estratégico na empresa de software finlandesa Ab Wavemark Oy. Conhecida por suas soluções de software para teatro, broadcast e streaming de conteúdo, como Wavetool e WTAutomixer, a Wavemark ampliou recentemente seu portfólio de softwares para atender aplicações de streaming. Agora, ela oferece o WTAutomixer, um plug-in que habilita mixagem automática simplificada para aplicações como podcasting, aprendizagem a distância e cerimônias em espaços religiosos. O WTAutomixer é o primeiro mixer automático de compartilhamento de ganho multicanal que pode ser inserido em praticamente qualquer estação de trabalho de áudio digital (DAW) como um plug-in VST3, AU ou AAX.

Novo plugin SpeakerMix Pro da Celestion

O novo plug-in autônomo SpeakerMix Pro de grau de estúdio da Celestion foi criado com o objetivo de trazer mais detalhes e realismo ao tom do alto-falante de guitarra ou baixo em uma DAW. Com o SpeakerMix Pro é possível rastrear e mixar até seis canais, o que significa que você pode mesclar até seis arquivos de alto-falantes diferentes em qualquer combinação que escolher, sem se preocupar com problemas de gravação do mundo real, como correspon-

10 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

dência de fase. Este software de grau de estúdio também adiciona algumas funcionalidades, como integrar uma biblioteca pessoal da Celestion junto com os arquivos Impulse Responses de terceiros ou acrescentar uma nova dimensão de som e sensação com o Dynamic Speaker Responses (DSR) proprietário da Celestion, a próxima geração em tecnologia de Impulse Response que também captura o som e a sensação da resposta dinâmica e não linear do alto-falante para ainda mais detalhes e realismo. O software vem com dez Impulse Responses gratuitos dos novos Dynamic Speaker.

Powersoft oferece mais serviço pós-venda no portal MyPowersoft

O novo projeto MyPowersoft foi apresentado para que os clientes da Powersoft possam obter mais serviços pós-venda, incluindo dois pontos diferentes: extensão de garantia e Service Shield, que podem ser adquiridos separadamente. A nova extensão de garantia (Warranty Extension) cobrirá a plataforma de amplificação relevante com uma extensão de até três anos a mais da garantia padrão da Powersoft. Esse serviço está disponível no MyPowersoft, no site da empresa, e pode ser ativado durante o primeiro ano de vida útil do produto. Por outro lado, o Service Shield inclui uma opção para proteger o investimento do comprador contra danos acidentais durante o primeiro ano de sua vida útil. Isso oferece aos usuários assistência de atendimento ao cliente rápida para um reparo (ou substituição em casos específicos) do amplificador. Esse serviço também está disponível no MyPowersoft e pode ser ativado durante os primeiros 30 dias de vida útil do produto.

Shure adquire Stem Audio

Care222, uma tecnologia patenteada de radiação ultravioleta distante (far-UVC), e são ideais para uso em cinemas, parques temáticos, museus, complexos esportivos e outros tipos de espaços internos. Essa linha incorpora lâmpadas de excímeros de filtro de banda estreita Care222, uma patente da Ushio que emite luz far-UVC de 222 nanômetros. É a única tecnologia UV comprovadamente capaz de reduzir de forma contínua e significativa patógenos, como o coronavírus, em espaços ocupados por pessoas, desde que obedecendo a determinados parâmetros. A produção em massa da Christie CounterAct começará em janeiro de 2021.

FEIRA Believe in Music Week

A edição física da feira NAMM passou sua data para 20 a 23 de janeiro de 2022. Mas em 2021 foi criado o evento virtual Believe in Music Week, que começará oficialmente no dia 18 de janeiro. A plataforma incluirá um espaço de marketplace, educação, entretenimento e música ao vivo e muito mais, unindo as empresas participantes, revendedores, lojistas e público geral em um ambiente on-line.

Arwel renovada A Shure acaba de adquirir a Midas Technology, Inc., empresa californiana também conhecida como Stem Audio e especializada em fornecer uma variedade de produtos que incluem microfones de mesa, teto e parede, além de alto-falantes, interfaces de controle e hubs. Com a aquisição da Stem Audio, a Shure poderá ampliar e diversificar ainda mais sua oferta de soluções de audioconferência para organizações de todos os portes, e a Stem Audio se beneficiará com a robusta infraestrutura global e capacidade de suporte da Shure. Ambas as empresas seguirão operando separadamente à medida que os planos de integração para vendas e suporte forem finalizados. Planos futuros para os respectivos portfólios de produtos serão divulgados posteriormente. A aquisição também inclui a marca Phoenix Audio Technologies, da Midas.

ILUMINAÇÃO CounterAct da Christie promete matar patógenos em ambientes fechados A linha de produtos Christie CounterAct foi criada para a desinfecção comercial por meio de radiação ultravioleta. Os novos produtos incorporam

fb.com/musicaemercado

A Arwel recebeu 2021 com um novo look. No final de dezembro a sede da empresa recebeu um visual clean porém com os detalhes em azul royal, cor da Arwel, ficando pronta para a retomada do mercado neste novo ano. “Sentimos uma melhora modesta mas positiva em dezembro, logo deveremos ter um mercado mais ativo e comprador em 2021, gradattivamente porém acreditamos que ascendente,” disse Érico Weingrill, proprietário da Arwel.



POR PAULA TEBETT

MUNDO DIGITAL

Especialista em marketing digital e empreendedora apaixonada por comunicação. Graduada pela Facha (jornalismo) e Fundação Getulio Vargas (marketing). Tem experiência de mais de dez anos em marketing e hoje atua como consultora e palestrante, ministrando treinamentos em mídias sociais.

DICAS PARA PLANEJAR UMA BOA LIVE

As lives estão em alta, mas não é só ligar a câmera e começar. Veja aqui como planejar uma live do jeito certo. Ação!

A

s lives são uma ferramenta criada por diversas redes sociais com o objetivo de permitir que pessoas realizem transmissões ao vivo a seus seguidores. Um jeito de compartilhar conhecimento com a audiência e ao mesmo tempo interagir em tempo real. Por esse motivo, muita gente tem receio de apostar na ferramenta, seja por possuir algum bloqueio ou mesmo por não saber como começar. Ter em mente com clareza que, na live, o conteúdo vai prevalecer pode ser um excelente ponto de partida e ajudar a desapegar de pormenores que travam quem está transmitindo. Aqui você confere seis dicas para falar sobre seu conteúdo de forma eficiente para a sua audiência e superar de vez o medo de transmissões ao vivo.

1.

Lembre-se: não é sobre você

Realmente não é fácil olhar para a câmera ou um celular e achar que tem gente naquela bolinha. Mas só dá para se soltar com a prática. Para isso, é preciso começar. Não se esqueça de que o conteúdo não é sobre você, então não se preocupe com a aparência ou com o que os outros vão pensar. Você tem algo que ninguém possui: a sua identidade. E muitas das pessoas vão se conectar com isso, com a sua maneira de transmitir informações e não com a do outro.

2.

Encontre um tema relevante e prepare um roteiro

Antes de mais nada, é necessário escolher sobre o que você quer falar. Para encontrar um tema relevante para a sua live, você pode pesquisar nos comentários dos seus posts, nos seus seguidores nas redes sociais e até em grupos do seu segmento quais são as dúvidas que precisam ser respondidas. Entenda as questões mais frequentes e elabore um conteúdo de valor com base nelas. Após escolher o tema, é preciso desenvolver um roteiro para a sua live, para que você não se perca no meio dela. Organize seu roteiro em tópicos, sendo esses os assuntos-chave a serem abordados na transmissão. Durante a sua live, você pode consultar esses pontos importantes para não se esquecer de nenhum tópico e desenvolver o assunto por inteiro.

Ferramenta indispensável As lives são uma ferramenta importante e essencial para o seu negócio ou marca: elas aumentam o engajamento do seu perfil e o seu alcance. São uma plataforma em que você pode compartilhar seu conhecimento com a sua audiência e gerar interação em tempo real. Portanto, supere o seu bloqueio, coloque em prática essas dicas valiosas e comece já a produzir a sua primeira live! Lembre-se: têm pessoas precisando do seu dom, do que você carrega. Compartilhe!

12 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Paula Tebett

3.

Divulgue as suas lives e mantenha uma frequência

Com tema escolhido e roteiro organizado, é hora de trabalhar na divulgação da sua live. A divulgação é um processo importante para que sua audiência saiba que você está entrando ao vivo em dia e horário específicos e possa te assistir. Por isso, invista um tempo na criação de uma arte bacana, que traga informações sobre o tema a ser abordado, a data e o horário em que a live será realizada. Use suas redes sociais como veículo de divulgação, pois é lá que os seus seguidores te encontram. É válido também manter uma constância em relação a data e horário das suas lives. Escolha um dia e um horário da semana para realizar as suas transmissões, e torne-os permanentes, assim a sua audiência entenderá que você estará frequentemente transmitindo conteúdo de valor.

4.

Iluminação, boa internet, ação!

Para transmitir aos seus espectadores uma sensação de profissionalismo e conseguir desenvolver neles um sentimento de empatia, boa iluminação e boa internet são aliados valiosos. É importante estar em um local bem iluminado e apresentável durante as transmissões para que sua audiência te enxergue com clareza. Uma boa internet evita inconvenientes como queda de conexão, que, geralmente, atrapalham o desenvolvimento das ideias durante a live. Entretanto, não se desespere se a sua conexão cair. Afinal, dependemos de outros meios e é uma situação comum de acontecer. Se você precisar utilizar a sua internet móvel ou estiver em um local em que sabe que a conexão não é tão boa, não deixe de informar aos seus espectadores e explicar a situação. O uso de fones é recomendado, pois muitos deles também funcionam como microfone, evitam ecos inconvenientes e melhoram o seu áudio.

5.

Não se preocupe com o número de espectadores

Não se desespere se, em um primeiro momento, não houver muitos espectadores. É normal acontecer, pois nesse momento sua audiência ainda

está entrando para te assistir. Em várias plataformas, como o Instagram, por exemplo, é possível deixar a live no seu perfil para que ela seja vista posteriormente por outras pessoas. Portanto, use esses segundos iniciais para falar com aqueles que verão a reprise da sua live, cumprimente-os e introduza o assunto que você abordou, mesmo que teoricamente ainda não tenha abordado — afinal, você está destinando esses segundos iniciais àqueles que irão ver a reprise da sua transmissão. Quando as pessoas começarem a entrar na sua live, durante esses 30 segundos, gradativamente cumprimente-as. Após isso, comece a explicar o conteúdo que você vai abordar independentemente do número de espectadores.

6.

Interaja com a sua audiência

Nas lives, a audiência tem a oportunidade de interagir com você, pois eles podem enviar comentários enquanto a transmissão é realizada. Logo, seus espectadores podem fazer perguntas acerca do assunto que você está abordando. Então, não se atenha completamente ao seu roteiro. Não tem problema responder às perguntas da sua audiência conforme a demanda e a possibilidade. Também é possível, para aumentar o alcance, realizar transmissões em várias mídias sociais ao mesmo tempo. Só é necessário que você tenha mais de um dispositivo filmando o momento e transmitindo-o para qualquer rede social! Mas o que fazer se o medo da câmera ainda persistir? Você pode começar fazendo o que nós chamamos de live collab, uma transmissão ao vivo em parceria com outra pessoa. Então, se você possui um bloqueio, que tal convidar alguém para entrevistar? Você faz as perguntas e o seu convidado as responde. Além de ser simples, seu convidado faz uma participação especial e contribui para o seu perfil, gerando, na sua audiência, curiosidade e relacionamento. n Mais informações musicaemercado.org MusicaeMercado



ANIVERSÁRIO: LUEN

LUEN COMEMORA 15 ANOS DA DUDU PORTES DRUMHEADS

A Luen lançou uma pele especial dourada em comemoração ao 15º aniversário da marca Dudu Portes Drumheads, que faz parte do grupo desde 2005

Dudu Portes

E

m 2005 Dudu Portes e a Luen fecharam um acordo de fabricação de peles profissionais para bateria com o compromisso de oferecer ao mercado produtos de alta qualidade com preços competitivos, que coubessem no bolso dos músicos. A linha leva a assinatura do Dudu como garantia desse compromisso com a qualidade e o próprio músico conduziu todo o processo de desenvolvimento dela. A partir daí, a Dudu Portes passou a ser uma marca produzida e comercializada pela Luen e hoje conta com 19 modelos, tornando-se a linha com maior mix de peles do mercado brasileiro.

Elas são produzidas 100% no País com tecnologia própria desenvolvida dentro da Luen e matéria-prima importada de alto padrão. Ao longo do tempo, muitos músicos pensaram que a marca era uma linha signature para o Dudu Portes, mas isso não é verdade. Trata-se de uma série de peles desenvolvida para todo tipo de músico e estilo. Tiago Rausini, gerente comercial e de marketing da Luen, explica mais a respeito nesta entrevista. Muitas pessoas acham que a Dudu Portes Drumheads é uma linha signature do músico

Dudu Portes, mas isso não é real. Na verdade, ela é uma marca de peles do Grupo Luen. Explique sobre isso, por favor. Tiago: De fato, essa sempre foi uma situação que

nunca ficou clara e bem posicionada. A princípio, a linha foi lançada como Signature Dudu Portes por uma estratégia na época. Entretanto, os modelos não foram desenvolvidos para o Dudu Portes, e sim pelo Dudu Portes, o que não configura um produto signature, pois um produto assinado deve suprir as necessidades daquele músico específico, e não do mercado como um todo.

Tecnologias na Dudu Portes Drumheads

Ao todo são mais de 20 modelos disponíveis, com diferentes construções, conceitos e características, oferecendo uma opção para cada estilo. Dentre das características encontradas na pele da marca, podemos citar duas como principais. Uma delas é o Auto-Lock System, uma tecnologia que não utiliza cola no processo de prensagem da pele (processo de fixação do poliéster com o perfil de alumínio), o que garante maior estabilidade de afinação e resistência, já que se exclui a possibilidade de o poliéster escapar do aro e/ou ceder com o tempo. A segunda é o sistema de porosidade da Luen chamado Cold Blasting System (CBS), um sistema de Pele dourada do 15º aniversário microjateamento a frio, à base de dióxido de silício, que proporciona uma porosidade ideal, suave e uniforme. Por ser um processo de fusão ao poliéster, diferentemente das peles porosas disponíveis no mercado, ela não abre aquela “bola” no meio, como é normal nos outros processos, nem descasca, podendo-se inclusive utilizar gel controlador e fitas sem que, ao tirá-los da pele, eles arranquem a camada porosa. “Portanto, oferecemos um produto não só à altura das marcas internacionais, como

14 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

também alguns diferenciais citados. Mesmo sofrendo inicialmente com os desafios da indústria nacional na aquisição de matéria-prima de qualidade, encontramos alternativas para solucionar tais problemas, o que nos levou a buscar um fornecedor exclusivo no mercado internacional. Hoje, realizamos importações diretas dos fabricantes para manter a qualidade e o padrão dos produtos”, detalhou Tiago.


Portanto, a Dudu Portes Drumheads passou a ser uma marca do grupo Luen, produzida e comercializada por nós, em que o próprio Dudu participa de todo o desenvolvimento, aplicando o seu know-how para oferecer ao mercado soluções para todos os estilos e músicos, e não apenas voltadas ao seu gosto pessoal.

Por que usaram o nome Dudu Portes para essa marca? Tiago: Iniciamos a produção de peles sozinhos, com os

recursos que tínhamos na época. No entanto, percebemos que não estávamos chegando ao resultado desejado. Foi então que contratamos o expert em produção desses produtos Sebastião Rocha, que participou de todo o processo de desenvolvimento de peles no Brasil e, visando repetir uma parceria de sucesso realizada entre ele e o Dudu em outra empresa, o próprio nos ajudou a tornar isso possível. Foi então que o Dudu Portes passou a integrar o nosso time. Naquele momento não tínhamos a estrutura de hoje, nem reconhecimento nesse novo mercado, pois fabricávamos praticamente um único outro produto. Então definimos que a linha levaria o nome do Dudu Portes como sinônimo de credibilidade, reforçando o compromisso que firmamos com ele na época, de oferecer ótimos produtos a preços competitivos, que coubessem nas possibilidades dos músicos brasileiros. Juntos, eles encontraram na Luen toda a estrutura, vontade e principalmente investimento e apoio irrestrito. E assim começou o projeto, com o Sebastião desenvolvendo o desenho das ferramentas e a tecnologia junto com o nosso diretor Enrique Carlessi e a equipe disponível na época, enquanto o Dudu trazia informações técnicas de sonoridade e de mercado. Desenvolvíamos os projetos, produzíamos e o Dudu testava de maneira prática aquilo que fazíamos. Ou seja, a Luen entrou com o investimento e a estrutura, enquanto o Sebastião trouxe o know-how tecnológico e o Dudu entrou com a parte prática e mercadológica.

Então ainda existe uma parceria entre o Dudu e a Luen. Tiago: Sim, uma parceria de muito sucesso, tanto no

âmbito profissional como no pessoal. Dudu, além de um ótimo parceiro de negócios e um amigo muito querido de todos, faz parte da família. Ele participa ativamente do desenvolvimento dos produtos; todos os itens da linha tiveram a participação e o aval dele. A marca está fazendo 15 anos. O que significa isso para a Luen? Tiago: É uma grande honra completar 15 anos. Isso

porque, além das dificuldades padrão que qualquer produto enfrenta, nesse nicho em especial existe uma restrição ainda maior em relação a produtos nacionais. Saber que conseguimos, ao longo desses anos, construir uma bela história, alcançando o nosso espaço e conquistando o respeito e a confiança dos músicos, comprova quanto valeu a pena cada investimento de recursos e energia nessa linha. A marca já tem um público fiel de clientes e a cada dia vai conquistando mais o gosto daqueles que a conhecem. Como a maioria dos produtos nacionais, às vezes há uma resistência inicial, mas quando os músicos percebem que oferecemos o padrão de qualidade e diversidade equivalente ao das primeiras linhas americanas, com o preço semelhante aos das segundas linhas chinesas, não resta dúvida de que é uma das melhores opções do mercado. Conte sobre o modelo de aniversário. Tiago: Fizemos uma edição limitada de mil peças

de uma pele coated de 14” dourada para marcar essa data tão especial. Aproveitamos para agradecer a todos os clientes e consumidores que fizeram e fazem parte desse sucesso. Em especial, não podemos deixar de agradecer e citar os nossos artistas, que tanto nos ajudam e participam efetivamente da propagação da marca e desenvolvimento dos produtos, entre eles Carlos Bala, Maguinho Alcântara, Robertinho Sil-

va, Chico Batera, Fernando Schaefer, Max Kolesne, Walter Lopes e vários outros grandes nomes que nos acompanham ao longo dessa jornada. Sabemos que a Luen acaba de lançar uma nova série de peles, com outro conceito, voltada talvez a uma nova geração de bateristas. Como você descreveria a marca Dudu Portes na atualidade? Tiago: Exatamente, honrando toda a história e o conceito

da marca Dudu Portes, lançamos a marca LDH com um posicionamento mais ousado e moderno, isso para não desvirtuar o verdadeiro conceito da marca Dudu Portes Drumheads, que visa trazer um produto mais clássico e tradicional, algo tecnologicamente atual que mantém atributos e a essência mais pura possível, não deixando de inovar, porém fazendo isso sob uma perspectiva respeitosa a todas essas origens citadas e ao compromisso assumido com o Dudu no início do projeto.

O que podemos esperar da Dudu Portes Drumheads? Tiago: Todos podem esperar atualizações tecnológicas

dentro do conceito acima citado. Seguindo essa linha, temos, sim, planos de melhorias e lançamentos, assim como fizemos lançando as novas embalagens individuais, as quais atribuíram ao produto uma apresentação digna, ao nível dele, posicionando-o de maneira correta e muito mais profissional. Por fim, o trabalho não para por aqui: o Dudu Portes tem uma percepção incrível para detectar novas tendências de sonoridades e possibilidades relacionadas à bateria. Novos modelos estão sendo desenvolvidos e testados, provavelmente logo teremos novidades para o mercado. n Mais informações luen.com.br Luen.com.br Luen_Oficial


DISTRIBUIÇÃO: C.BORGES

C.BORGES DISPONIBILIZA SUHR GUITARS NO MERCADO BRASILEIRO

As guitarras personalizadas da Suhr estão disponíveis em nosso país por meio da CBorges, junto com amplificadores, pedais e captadores feitos nos EUA. Conheça mais a seguir

Equipe da Suhr na fábrica em Lake Elsinore, Califórnia

A

Especificações Suhr Mateus Asato CORPO

Formato: Classic T Madeira: Swamp Ash Acabamento: Gloss Black Binding: Top Bound - White Pickguard: Gloss Bakelite

BRAÇO

Mateus Asato com uma das suas guitarras signature

Madeira: 3A Roasted Birdseye Maple Madeira do diapasão: 3A Roasted Birdseye Maple Formato da parte traseira: Even C Medium .840” - .920” Rádio do diapasão: 9”-12” composto Trastes: Heavy Stainless Steel (.051”x.108”) Nut: 1.650“ Tusq Acabamento: Satin Acabamento headstock: Gloss Logo: Gold Laser

ELETRÔNICA

Captador ponte: Mateus Asato Classic T Captador braço: Mateus Asato Classic T SSCII: Equipado

FERRAGENS

Tuning Machines: Suhr Locking Ponte: Wilkinson 3 Saddle Classic T Cor: Gold Case: Hardshell Case

16 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Suhr é uma marca americana. Suas guitarras, amplificadores, pedais e captadores são feitos em Lake Elsinore, Califórnia, por John Suhr e sua equipe de luthiers e artesãos, com uma experiência coletiva na construção de guitarras que se estende por décadas — muitos dos construtores trabalham com John há mais de 20 anos. É importante saber que John Suhr começou sua carreira de construtor há mais de 35 anos, tocando com amigos em bares e fazendo seus próprios instrumentos para obter o som exatamente como desejava. As guitarras e amplificadores são feitos à mão, seguindo altos padrões de qualidade, com extrema atenção aos detalhes, unindo a habilidade de artesãos experientes, o conhecimento tecnológico e o trabalho árduo de funcionários dedicados. Nos anos 1980, John trabalhou para Rudy Pensa no Rudy’s Music Stop em Nova York, onde nasceram as guitarras, usadas por músicos como Mark Knopfler, Eric Clapton, Peter Frampton, Lou Reed e Eddie Martinez (Robert Palmer), só para nomear alguns. Como realmente gostava do design de amplificador valvulado, John deixou Nova York para trabalhar com Robert Bradshaw em 1991, quando projetou os pré-amplifica-

dores valvulados CAA 3+ e 3 + SE e CAA OD100. Quatro anos depois, ele voltou ao mundo das guitarras e aceitou um emprego como construtor principal sênior na Fender Custom Shop, fazendo guitarras personalizadas sob encomenda e atuando no desenvolvimento de novos produtos. Foi em 1997 que ele decidiu abrir sua própria fábrica de guitarras personalizadas por encomenda, controlando todo o processo de construção. Toda essa introdução é para explicar o tipo de produto que está disponível no mercado brasileiro desde 2019 por meio da CBorges. O reconhecimento e a presença da Suhr e seus designs personalizados estão crescendo no mundo todo. Quer saber por quê? Elton Borges do Nascimento, diretor da ONE Electronics (filial da Borges nos EUA) e Justin Shekoski, gerente de Marketing e Relações com Artistas da Suhr, explicam nesta entrevista. A CBorges começou a distribuição oficial da Suhr em 2019. Como foi divulgar a marca no meio da pandemia? Elton: Sim, começamos a distribuir os produ-

tos da Suhr em 2019. Quando a pandemia começou, já tínhamos disponíveis vários itens para venda, tanto guitarras quanto amplificadores, pedais, captadores e os famosos simula-


dores de gabinete com reactive load. Com a força que a marca Suhr tem mostrado no mercado mundial, alavancada pela qualidade, acabamento e atenção aos detalhes na construção dos seus produtos, a tarefa de divulgar a marca no meio da pandemia foi menos árdua do que pensávamos. As guitarras já estão disponíveis no Brasil? Elton: Por conta do prazo de entrega um pouco

mais extenso, já que as guitarras Suhr são feitas artesanalmente, é difícil manter um estoque delas. Mas ainda temos alguns modelos para pronta entrega, tais como o Classic S, que nasceu em 2018 e conta com um braço vintage estilo 1960 com diapasão em rosewood ou maple, seis opções de acabamento e captadores HSS ou SSS. E os amplificadores? Elton: Sim, além das guitarras, também os ampli-

ficadores da Suhr são reconhecidos pelo seu timbre excepcional. Já tivemos disponíveis modelos como o Bella, o Badger e o Peter Thorn PT15 I.R., sendo esse último um amplificador com Impulse Response já embutido para saída direta para gravação à mesa de som. Um amp fantástico! Além das guitarras e dos amplificadores, a Suhr também fabrica pedais, captadores, simuladores de gabinete com reactive loads (um dos modelos já com Impulse Responses embutidos e possibilidade de carregar seus próprios I.R.), buffers e muito mais. Pedais de guitarra como Riot, Shiba Drive e Eclipse caíram no gosto dos guitarristas por seu timbre e flexibilidade.

A Suhr está em alta no mercado de guitarras, certo? Qual o diferencial dessas guitarras? Elton: Sim, a Suhr é a marca do momento no

mundo das guitarras! Atribuímos o grande sucesso da Suhr tanto no Brasil quanto no mundo à paixão da marca pela fabricação de instrumentos com timbre, acabamento, hardware e eletrônica que saem do padrão de instrumentos de linha e entregam, a cada guitarrista que adquire uma Suhr, um instrumento Custom Shop. Inclusive o

guitarrista pode encomendar a sua Suhr com as especificações que desejar. É preciso aguardar um prazo para a fabricação do instrumento customizado, mas já pensou em ter uma Suhr exclusiva? Conte sobre a distribuição no Brasil. Elton: Já estamos trabalhando com algumas reven-

das pelo Brasil, mas abertos a negociar com novas revendas e aumentar ainda mais o alcance da Suhr em nosso país. Estamos trabalhando mais estreitamente com a fábrica para fortalecer ainda mais a Suhr no Brasil. Estamos confiantes de que, com o fim da pandemia e o reaquecimento do mercado como um todo, possamos executar ações físicas que trarão grande impacto ao mercado. Mesmo assim, já estamos colhendo ótimos frutos dessa parceria com a Suhr. Temos em nosso time de parceiros empresas sempre atentas à qualidade e à confiabilidade de seus produtos. PreSonus, RCF, Marshall, Lewitt, Audix, entre outros grandes players do mercado da música fazem parte da nossa rede de distribuição, e agora se uniu à CBorges a marca mais comentada e elogiada dos últimos anos: a Suhr Guitars!

Esses novos captadores são chamados de M.A.T., para ponte e braço, e vêm instalados na Mateus Classic T. O futuro é muito promissor para Mateus e nós, da Suhr, estamos extremamente felizes em apoiar e colaborar com um artista tão incrível. Elton: Sem sombra de dúvida, a Suhr Mateus Asato é o modelo de maior destaque da marca. Essa obra de arte que leva o nome do virtuosíssimo guitarrista brasileiro Mateus Asato é a nossa maior aliada na divulgação e fortalecimento da marca no Brasil. n

Conte sobre a parceria da Suhr com o guitarrista brasileiro Mateus Asato. Justin: Em 2013, Mateus Asato recebeu sua primei-

ra guitarra Suhr Classic Antique. Mal sabíamos na época que ele viria a se tornar um dos guitarristas mais inspiradores e requisitados do mundo. Ele já se apresentou com artistas como Tori Kelly e Jesse J, só para citar alguns. A Suhr criou três guitarras exclusivas para Mateus, que atualmente estão disponíveis para encomenda. Ao longo dos anos de trabalho conjunto, John aprendeu os meandros da forma de tocar de Mateus e seu tom, e usou esse conhecimento para projetar o captador humbucker do guitarrista, o Asatobucker. Mais recentemente, John e Mateus se uniram novamente para projetar um conjunto de captadores para a mais nova guitarra signature do músico: a Classic T.

John Suhr, construtor e fundador da empresa

Mais informações suhr.com Suhr.Custom SuhrCustom


INTERNACIONAL: PHONIC

PHONIC E SUA HISTÓRIA NO MERCADO DE ÁUDIO O CEO da Phonic Corporation, Stephen Wang, explica como entrou no mercado de áudio, fundou uma empresa internacionalmente atuante e reconhecida, fala sobre o desenvolvimento de seus produtos e revela alguns segredos de sua administração Stephen e a Phonic

Stephen Wang

Solução da Phonic para live streaming

A linha V Hybrid é o lançamento mais recente da empresa. Integrando áudio e vídeo, ele traz a familiaridade dos botões e faders de áudio para o mundo de streaming ao vivo de vídeo. O modelo V8.2 é uma mesa de mixagem com oito entradas de áudio e duas de vídeo, com conectores 3G-SDI e interface. Tem saídas de vídeo “loop thru” diretas em cada entrada para monitorização; saída de programa principal 3G-SDI para visualizar a mixagem de vídeo final; conector de webcam virtual USB-C para streaming ao vivo de vídeo e áudio; transições de vídeo selecionáveis (cut, dip e mix) com tempo de transição ajustável; entradas combo Neutrik aceitando tanto conectores de entrada XLR quanto ¼”; e Bluetooth integrado para streaming sem fio de áudio de aparelhos inteligentes. Além disso, conta com interface de áudio estéreo USB para streaming de áudio para computador em qualidade superior aos CDs e suporta vídeo Full High Definition 1.080 p até 60 fps. O modelo V16.2 é o irmão maior, com 16 entradas de áudio e duas de vídeo.

18 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Engenheiro com MBA pela Oklahoma University, Stephen Wang entrou na indústria da música de forma modesta há quase cinco décadas, mas em pouco tempo criou uma das maiores fabricantes de mixers do mundo, detendo, no começo de 1980, 85% do marketshare. Segundo ele, no início, cada país tinha pelo menos uma grande marca, por não existir nenhum meio dinâmico de divulgação em grande escala, como a internet. Em dado momento, mesmo dominando essa fatia considerável do mercado, Wang achou que era hora de expandir. Foi quando decidiu parar gradativamente o processo de produção de mixers e partir para o áudio profissional. Após três anos de trabalho, tornou-se parceiro da Yamaha, o que durou duas décadas. Depois prestou serviços OEM para grandes marcas, como Roland, Electro-Voice, Fender, Dynacord e Audio-Technica. Atento às contínuas mudanças do mercado, o empresário percebeu que haveria muito mais empresas chinesas concorrendo com eles na posição de OEM business e que, portanto, era hora de lançar seus produtos com uma marca própria. Assim nasceu a Phonic, contando hoje com distribuidores em 50 países e da qual, além de fundador, Wang é o atual CEO. Atuando há quatro décadas no mercado de áudio, a companhia é uma das poucas do segmento a possuir um set de tecnologia completo e a fabricar produtos de pro audio com bom custo-benefício. Essa vantagem se deve ao fato de a empresa ter conseguido apoio de engenheiros japoneses e ocidentais, que mostraram como fabricar bons equipamentos gastando o mínimo possível. Os anos de experiência e ótimos contatos feitos pelo CEO renderam à empresa uma biblioteca com mais de 300 designs de produtos, facilitando o processo de criação dos novos. “Isso melhora muito as coisas, pois, com esse acervo, na hora do desenvolvimento é só escolher um design e inovar em cima do que já temos, o que diminui o custo de pesquisa e desenvolvimento. Ou seja, não precisamos começar do zero, apenas aprimorar um desenho que já existe”, explica Wang.

A escolha do segmento Após se tornar conhecido no setor de pro audio, Stephen Wang conta que escolheu esse mercado específico por um motivo bastante simples: amor à música. O empresário também acredita que esse setor concentra pessoas mais “interessantes” do que outros. Ele ainda atribui a ascensão da empresa ao fato de estar sediada em Taiwan, um dos maiores centros industriais e tecnológicos do mundo, o que facilita o acesso a qualquer tipo de componente eletrônico. Esses fatores, somados à vasta experiência administrativa de Wang, permitem à Phonic prover cada vez mais tecnologia para o consumidor fi-

nal, considerando que quanto mais simples ela for, mais coisas o cliente poderá fazer com ela. A simplicidade é levada bastante a sério pelo CEO. Sempre otimista, até a crise econômica mundial há alguns anos foi encarada com brandura pelo empresário, que, na época, afirmou: “Acho que a crise internacional é positiva para a nossa empresa, pois agora temos tempo para revisar cada um dos produtos em termos de especificações e design, além de custo e qualidade. Quando se tem bons negócios e a economia está boa, você só continua a produção. Já com a crise é necessário rever tudo, fazer com que o produto seja mais competitivo e, consequentemente, atrair mais consumidores. Esse tempo é bom para revisar cada um deles”. “Em momentos de crise, a maioria das empresas reclama da baixa lucratividade e de queda nas vendas, mas continuamos achando lojistas que continuam a fazer dinheiro. E como eles fazem isso? Primeiro: oferecem o melhor serviço. Segundo: os consumidores têm facilidades para comprar na loja, em relação à forma de pagamento. Terceiro: possuem preços competitivos. E, por fim, quarto: possuem muita informação sobre os produtos.” Essas dicas podem ser usadas também na época que vivemos atualmente, com a crise trazida pela pandemia, não acham?

O que a Phonic faz com seu dinheiro? De acordo com o executivo, a maior parte dos rendimentos da empresa é direcionada a campanhas internas de motivação e pesquisas, um diferencial entre outras empresas que, quando começam a expandir, passam a ostentar e, em momentos difíceis, acabam sofrendo as consequências de forma mais impactante. “Muitas companhias crescem e começam a investir em equipamentos desnecessários, o que lhes causa um aumento de débitos. Nós não fazemos isso. Somos compactos. Existem empresas que compram coisas que sequer sabem se vão usar. Nós, não. Pro audio é o que fazemos e é isso que irá encontrar em nossas fábricas. Não precisamos carregar um monte de bagagem, queremos ser leves, pois o mercado é dinâmico, se move rápido e, assim, é mais fácil para acompanhá-lo, seja no segmento de gravação ou no de pro audio”, explica. Para reforçar, Wang faz uma analogia interessante: “Uma empresa deve se mover como um leopardo. Ele não tem algumas costelas, é magro e muito rápido. Ele consegue alcançar seu objetivo com uma velocidade impressionante. Acho que uma boa empresa deve ser assim”. n Mais informações phonic.com equipo.com.br


Primeiro console de mixagem pessoal

16 auxiliares e 8 matrix

24 Faders Motorizados

48 Canais de entrada

8 entradas combo e 8 saídas XLR

Tela Touch Screen de 10"

Grava e Reproduz 48x48 via USB 2.0

Grave como quiser

Possui uma interface capacitiva touch screen com controles rotativos e muito sensíveis, que garantem uma maior facilidade de operação. Três seções de fader separadas e uma seção de controles personalizados que podem ser configurados de maneira fácil e intuitiva para atender às suas necessidades pessoais.

Mais efeitos

O conjunto de 8 processadores estéreos real time fornece uma ampla gama de efeitos de modulação, equalização, dinâmica e não lineares, e até quatro amplificadores clássicos de guitarra com simulações de gabinete.

Evidente

A inovadora seção de edição de canais da WING foi projetada desde o início para uma visão geral imediata do status do canal e fluxo de operação. Os controles rotativos sensíveis ao toque permitem que as informações mais relevantes sejam exibidas na ponta dos dedos.

DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO

@behringerbrasil


REPRESENTANTE

CAASI REPRESENTAÇÕES TRABALHA NA ATUALIZAÇÃO DIGITAL Ser representante nunca foi fácil e, com a pandemia, eles também estão tendo que se adaptar à vida digital. Esse é o caso de Isaac Mirai, que trabalha na atualização do seu site e das redes sociais para fornecer ferramentas certas a lojas e consumidores

I

saac Mirai nasceu rodeado de eletrônica, pois seu pai tinha uma loja em Belo Horizonte (MG) dedicada a esse setor. Em 1982, aos 17 anos, Isaac começou a trabalhar na loja, mas não gostava muito de ficar dentro dela — achou o trabalho dos representantes mais interessante. Ele queria ir para São Paulo, tentar uma nova possibilidade, e seu pai indicou um amigo lá chamado Enéias, da Eletrônica Centenário, que importava válvulas de TV. Ele começou a trabalhar com essa empresa, e logo obteve indicações da Trancham e da antiga Cardeal (multímetros), conseguindo “uma boa pasta para começar”. “Fica o registro de gratidão a todas as lojas da Grande BH que, mesmo eu sendo filho de um concorrente, me cercaram de carinho e me ajudaram, dando-me oportunidades. Alguns deles até me indicaram a outras pastas”, lembra Isaac. Com o passar dos anos e as novas TVs, com válvulas e componentes sendo trocados por placas, Isaac passou a vender para a marca Multivisão (suporte de TV) e seguiu por outros caminhos, como magazines, lojas de móveis e eletrodomésticos e distribuidores. Enfim chegou à Microdigital, por meio do representante Nathan Kacowicz, que trabalhava com a Casio em Minas Gerais e ensinou a Isaac o dia a dia da profissão. Isaac foi indicado ao sr. Yamashita, com quem também aprendeu muito. “Alguns dos primeiros ensinamentos foram que com ‘uma venda temos que pensar na reposição e na venda futura, no compromisso com o cliente e com a representada’; ‘se o dia não foi de vender é porque é dia de gastar’; ‘um hotel com cama boa e um ótimo café da manhã não é luxo, é investimento para o dia seguinte’; ‘nunca fale mal do seu concorrente, um dia você pode trabalhar lá’. Coisas triviais e simples, mas que até hoje são regrinhas básicas que aprendi e consegui repassar ao meu filho, Jacques Saul, claro, com mais algumas pitadas. Ele segue carreira solo, independente, e já trilha um caminho de sucesso e reconhecimento do mercado. Nathan foi não apenas um divisor de águas, mas é para mim com certeza o maior incentivador e, durante anos, o espelho de aonde eu poderia chegar”, detalhou Isaac. Hoje com 57 anos, 37 de carreira, Isaac trabalha no Espírito Santo desde julho de 1998. “Feliz com a profissão, a ela devo tudo que tenho e o que sou.”

Ser representante Atualmente a Caasi Representações trabalha com as marcas Port One, Leacs, Torelli, Bag Show, Dylan, Cajon Percussion e Vogga. “Fala-se muito nas dificuldades de ser representante hoje, mas não há como não se lembrar de

20 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

que sem rede social e sem estradas asfaltadas, por exemplo, a distância era muito maior, que os pedidos eram enviados por carta ou telex, que a comunicação era quase zero, que um roteiro como o Sul de Minas era feito em duas semanas e fora de casa”, lembra. “Hoje você tem rede social, telefone celular, uma série de aplicativos de reuniões digitais, site, enfim, vivemos uma era de comunicação fácil, inclusive para o consumidor final. Creio que agora, com a chegada forte do e-commerce e o retorno de magazines comprando instrumentos musicais, o Isaac Mirai cenário muda radicalmente. Caberá ao representante preservar seu mercado e isso passa a ser um olhar macro sobre o Brasil, porque o cliente digital não vende apenas no meu estado, mas no País todo, com diferença tributária e desigualdade social enorme entre as regiões.” Isaac conta que para um representante é necessário ter conhecimento de mercado, mais ainda de produtos, de logística, de tributos e, principalmente, da escolha certa dos clientes para cada linha de produtos, de forma tal que a harmonia entre loja física, virtual e magazines ocorra. “Temos que tomar conta das lojas físicas, pois são elas que lançam produtos sem relevância digital e os tornam altamente relevantes. É nossa obrigação cuidar do lojista especializado, ele não pode ser esquecido jamais. Mesmo que ele também tenha sua filial virtual, a manutenção das lojas físicas é de suma importância, pois é lá que se cria a pré-venda, o desejo de ter um instrumento musical, é lá que fazemos workshops, que nos conectam com o consumidor e trabalham com muitos itens das marcas representadas.”

O trabalho atual Isaac explicou que o trabalho antes da pandemia estava mais focado em estar presente nas lojas, falando sempre com os vendedores, informando sobre produtos, novidades, tendências e necesidades. Aos compradores, apresentava quase que uma consultoria do seu produto: “Assim, no dia a dia, aliado às redes sociais, você monitorava uma relação de confiança, venda e reposição, além de sempre saber das necessidades dos clientes. Claro, não só isso, mas o principal era focado na presença, porque trabalhar em escritório não é o que as representadas esperam de um representante”. Hoje, com a situação de pandemia que o mun-

do vive, mais uma vez o representante comercial tem de se reinventar, sair da comodidade, aprender a trabalhar de forma virtual e menos presencial, ler o mercado pelas mídias e desenvolver o hábito de sempre ter contato com toda a cadeia do mercado. “É uma época de aprendizado, e creio que pegou o mundo todo e todos os segmentos. Estamos aprendendo a trabalhar mais uma vez”, enfatizou. Isaac trabalha atualmente em parceria com a empresa Panda Marketing, a fim de reestruturar suas redes sociais, fazer um site interligado e proporcionar facilidade para o mercado visualizar os produtos, os lançamentos e todos os catálogos das marcas representadas, além de proporcionar uma comunicação fácil, à qual o consumidor final tenha acesso e saiba em que lojas da região pode encontrar os produtos e quais e-commerces os estão vendendo. “É uma forma de levar mais informação a todos. Espero em breve estar com tudo isso funcionando em harmonia.” “Gostaria de passar uma mensagem para os amigos que vivem de áudio pro e música, pela dificuldade do momento, sem grandes shows para este ano, igrejas fechadas, sem muitos orçamentos de instalação e/ou até manutenção de áudio, sem barzinhos com música ao vivo e sem previsão de retorno ou de como vai ser esse retorno. As escolas de música estão paradas, os professores de música, sem alunos, e muito mais. Isso vai passar. O mercado de áudio pro é gigante porque vocês o fizeram acontecer. Logo isso será apenas mais uma página virada. ‘Sem música a vida seria um erro’. Força, turma!”. n Mais informações (27) 98814-5054


MatrixBrute Quando foi a última vez que você sentiu seu coração bater mais rápido? Quando foi a última vez que você ouviu sons que nunca tinha ouvido antes? Quando foi a última vez que você tocou um instrumento que realmente inspirou prazer e criatividade? MatrixBrute é um fantástico sintetizador analógico. Oferecendo três osciladores Brute, um filtro Steiner-Parker e um filtro ladder, cinco efeitos analógicos e a incrível matriz de modulação. Uma gama possibilidades sonoras nas pontas dos seus dedos!

Distribuidor Arturia no Brasil

www.cborges.com.br cborges@cborges.com.br


CAPA: GOPE

O LEGADO DA GOPE NA PERCUSSÃO BRASILEIRA

A reconhecida Gope tem uma rica história, não só como empresa, mas também pelo valor humano que a acompanha. Experiência, perseverança e amor marcaram o caminho. Conheça mais nesta entrevista com Humberto Rodella e Narjara Campos Rodella

A

Gope Instrumentos Musicais tem uma história que merece ser compartilhada. Às vezes os usuários não percebem o que acontece dentro da fábrica, as dificuldades que uma empresa tem de passar para obter posicionamento no mercado, para sobreviver, para não deixar o sonho morrer. A Gope nasceu de uma família batalhadora, impulsionada principalmente pelo amor à música, à fabricação de instrumentos e também às ações para ajudar o próximo. Tivemos a honra de entrevistar Humberto Rodella, fundador da Gope, e sua filha Narjara Campos Rodella, atual CEO da empresa, para descobrir mais detalhes. A entrevista com Humberto, o jeito de ele contar sua história foi tão gostoso de ouvir que decidimos abrir uma exceção e deixá-lo explicar passo a passo como nasceu, se desenvolveu e evoluiu a empresa, o mercado e a fabricação de percussão no Brasil, setor em que ele e suas criações sempre deixarão sua marca.

Uma família musical. O começo da Gope, por Humberto Rodella Vou começar essa história pelo meu tataravô, lá na Áustria. Seu nome era Franz Weingrill, um “Meister - Blasinstrumentenbau” (mestre na fabricação de instrumentos de sopro). Em 1868, nasce seu filho, meu bisavô, Pietro Giuseppe Weingrill, pai de nove filhos, três homens e seis mulheres, entre elas minha avó, Ignez Weingrill. Franz e Pietro juntaram-se aos milhares de imigrantes europeus que vieram para o Brasil no final do século XIX e trouxeram toda a sua família. Já no Brasil, Pietro Giuseppe Weingrill seguiu os passos do pai e fundou uma empresa de sopro, mas não aceitava a ideia de a empresa ser administrada por mulheres, deserdando todas as suas filhas, deixando apenas os filhos homens como herdeiros. Isso fez minha avó, Ignez Weingrill, seguir outro caminho, indo para Araraquara, onde conheceu meu avô Umberto Rodella. Em sua terra natal, na Itália, ele fabricava concertina, daí sua habilidade em afinar acordeons. Casados, tiveram meu pai, Oswaldo Rodella, e mais três filhas. Considero minha história na música um dom herdado de família, desde meus tataravós. Nasci em 9 de maio de 1941, na capital de São Paulo, mais precisamente no centro da cidade. Com 3 meses de vida fui morar na Rua José Getúlio, n. 154, com meu pai, Oswaldo Rodella, e minha mãe, Rosa Benedetti.

Meu pai tinha experiência com sopro, então tudo que não estava relacionado a isso era novidade para nós. Ele tinha uma visão para a frente, inventava peças e formas de fazer, e eu, muito joven, olhava Humberto Rodella e Narjara Campos Rodella 22 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado


Meu pai e meu avô Umberto nessa época trabalhavam na fábrica de sopro dos seus tios. Lá meu pai sofreu um acidente, em que perdeu os dedos médio e anelar da mão direita, sendo afastado da empresa junto com meu avô. Quando eu tinha 4 anos, minha irmã Suely nasceu e, ao completar 11, meu pai e meu avô Umberto compraram uma casa na Rua Sinimbu. Essa casa tinha dois andares e um porão. Nesse porão começamos um pequeno negócio de conserto de acordeons. Fazíamos diversos consertos em acordeons importados. Nosso principal cliente era a Casa Manon. Trabalhávamos meu pai Oswaldo, meu avô Umberto e eu. Aprendi desde os 8 anos de idade sobre as notas musicais e assim ajudava a afinar os instrumentos que chegavam. Com a experiência do meu pai, além dos consertos, iniciamos a fabricação de estojos de madeira para acordeom. Naquela época eu estava com 13 anos de idade. Por volta de 1957, aos 15 anos, tive meu primeiro contato com o mundo da percussão. Éramos vizinhos da Escola de Samba Lavapés, primeira escola de samba de São Paulo. Devido à carência de instrumentos, pediram ajuda ao meu pai para confeccionar os tambores para que a escola pudesse ensaiar. Sabíamos que na Rua do Glicério, paralela à rua em que morávamos, havia muitas oficinas e funilarias de automóveis, e as latas de tinta e outros materiais eram descartados. Comprávamos essas latas, transformávamos suas características, pintávamos e colocávamos a pele animal, nascendo assim tambores para que a escola pudesse ensaiar. Nossas fornecedoras, as funilarias e automecânicas, me inspiraram a colorir, cromar e acrescentar partes aos instrumentos. Nessa época, nossa empresa se chamava Oswaldo Rodella & Cia Ltda., tendo como sócios Umberto Rodella e Oswaldo Rodella. Afinávamos e confeccionávamos estojos de acordeom; também fabricávamos alguns tambores de madeira sob encomenda e ajudávamos a escola de samba com os tambores de que precisasse. Já usávamos “Gope” como nome fantasia. O nome Gope veio de uma conversa com meu pai. Queríamos um nome que pegasse, um nome forte: “Pego, pego, pego”... Não, esse não era o nome, mas Gope sim, era esse o nome! Em 1960, meu tio Marcelo Benedetti, percebendo as habilidades do meu pai no manuseio da madeira e de tambores de lata, pediu que ele fizesse uma bateria, e assim surgiu a primeira bateria Gope, produzida manualmente por Oswaldo Rodella com tambores de madeira e pele animal. Meu tio Marcelo levou o instrumento para Poços de Caldas (MG) e a aceitação dos bateristas da região foi imediata! Além de trabalhar ajudando meu pai, eu estudava, e em 1961 me formei como técnico em contabilidade. Meu sonho verdadeiro era estudar medicina, mas precisava trabalhar e ajudar em casa desde muito novo, por esse motivo não consegui me concentrar nisso. Em 9 de maio de 1962, dia em que completei 21 anos, recebi um presente do meu pai: a empresa passaria para o meu nome. Então, decidi que a razão social seria Gope Instrumentos Musicais Ltda. Em 1962, meu avô Umberto morre, e meu pai e eu continuamos trabalhando. Nesse momento já estávamos focados em fabricar baterias. Nos tornávamos a primeira fábrica de bateria do Brasil, 100% nacional. Revestíamos a bateria com um material chamado celuloide, um material extremamente inflamável. Em 1963 me queimei pegando um rolo de celuloide em chamas para salvar minha casa. Após minha recuperação, que demorou quase um ano, pois minhas mãos, meu rosto e meu peito ficaram muito comprometidos com as queimaduras, percebi que precisava de mais espaço para confeccionar as baterias e mudei minha família para um apartamento, ficando sozinho na casa da Rua Sinimbu, que virou minha casa e a fábrica. Em 1965, deixava uma bateria montada para que os músicos tocassem. Isso fez com que minha casa/fábrica se tornasse um encontro de músicos. Entre eles, estavam os músicos da Jovem Guarda, que passaram a ensaiar em minha casa. Muitas vezes Roberto Carlos vinha ensaiar junto. Com essa amizade, comecei a frequentar as gravações do programa Jovem Guarda nos estúdios da Record, na Rua da Consolação, em São Paulo. Percebi que cada músico trazia sua bateria, e isso era um grande problema para o cronograma do programa, que se atrasava a cada montagem e desmontagem, além dos problemas para microfonar bateria por bateria. Sugeri a Hélio Ansaldo, o diretor do programa, uma forma de reduzir esse problema: colocarmos uma bateria feita pela Gope, que ficaria fixa no palco. Isso reduziria o transtorno que estavam passando. Imediatamente ele aceitou a ideia e então desenvolvi uma bateria para o palco do programa Jovem Guarda, apresentado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia, além do programa O Fino da Bossa, comandado por Elis Regina; Spotlight, cujo anfitrião era Wilson Simonal; Grandes Festivais, organizado por Sonia Ribeiro, entre outros. Estávamos presentes em momentos que podemos considerar o auge da produção musical no Brasil. Todos os bateristas que passaram por lá aprovaram nossa bateria. Era o segundo modelo, desenvolvido especialmente para as gravações. Hoje vocês chamam de merchandising, mas quando fiz, foi instintivo, foi apenas uma forma de ajudar o programa do Roberto Carlos. Viramos um sucesso! Com a dificuldade dos músicos em comprar baterias, porque só havia marcas importadas e muito caras, a bateria Gope tornou-se a bateria do músico brasileiro. Houve um crescimento no movimento musical no Brasil nessa época, com uma empresa nacional como fabricante. A bateria tornou-se acessível a todos. Com o crescimento da procura pelas baterias, em 1969 precisei expandir: aluguei um galpão na Rua Silva Bueno, Ipiranga (SP), com 500 m2, totalmente dedicado à fabricação. Após alguns meses, em 13 de outubro de 1971, com apenas 56 anos, meu pai morre. Precisei seguir sozinho. Em 1972, iniciei a exportação para a Europa e outros países, aproveitando o incentivo fiscal que o governo de São Paulo dava às indústrias. Também com-

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

www.musicaemercado.org 23


CAPA: GOPE

Equipe atual na fábrica da Gope

prei uma área de 10.000 m2 na cidade de Embu Guaçu. Após ter comprado o terreno, descobri que não poderia iniciar a construção do galpão, pois a cidade não tinha rede elétrica trifásica, não conseguiria ligar as máquinas. Enquanto aguardava energia elétrica para iniciar a construção, o galpão que alugava na Rua Silva Bueno foi desapropriado para a construção do Mercado Municipal do Ipiranga. Tive que procurar outro lugar e aluguei um galpão “abandonado” de um senhor italiano, na Avenida Celso Garcia, n. 1339. O galpão tinha 3.000 m2, estava destruído. Havia telhas de barro quebradas por todo o telhado. Iniciei a fabricação dos instrumentos em um pequeno pedaço do galpão em que não chovia e devagar fui consertando o telhado e aumentando a linha de produção. Com uma área maior, pude expandir e desenvolver novos produtos. Conheci a pele de náilon e precisava trazer isso ao Brasil. Então, em 1974, comecei a fabricação de peles de poliéster. Primeira empresa brasileira fabricante de peles. Fabricávamos baterias, pele animal, pele de poliéster e instrumentos de carnaval em geral. Após três anos instalado, o dono do galpão faleceu, e percebi que em breve precisaria mudar novamente. Foi quando comecei as obras no terreno de Embu Guaçu. Em 1975, iniciei uma pequena construção, de 8 metros de largura por 10 metros de comprimento. Dormia aos fins de semana nesse espaço para poder acompanhar as obras. Meu primeiro galpão tinha 10 metros de largura por 100 metros de comprimento. Além da obra, mantinha o galpão alugado na Celso Garcia como fábrica e loja. Quando o primeiro galpão ficou pronto, passei a fabricar peças de madeira em Embu Guaçu e os metais ficaram na Celso Garcia, junto com a loja. Nessa época comecei a conviver com os militares, fornecendo os instrumentos de fanfarra para todo o exército brasileiro. E, de forma sutil, a ser procurado pelas escolas de samba cariocas. Em 1977 recebi o título de comendador, a Medalha Anita Garibaldi, o colar Giuseppe Garibaldi, Grã-Cruz da legião Garibaldi; da Ordem da Solidariedade Conselho do Brasil, um novo título de comendador; do Conseil National de L’ Institut Humaniste de Paris, a láurea máxima “La medaille de reconnaissance”. Honrosamente recebi também da Ordem da Solidariedade a medalha cultural de D. Pedro II e do governo de São Paulo, o título de Embaixador do Samba. Todos esses títulos são dados a pessoas que se destacam por ajudar a engrandecer a sociedade e a cultura brasileiras. Em 1978 comecei a construção dos galpões para mudança da fábrica. Foi uma aventura. Era tanto material que acabei criando uma máquina de fazer blocos e comecei a fabricação dos meus próprios blocos. Nesse mesmo ano comecei a ven-

der para as maiores escolas de samba do Brasil. A década de 1980 foi um grande momento para a nossa história. Tornei-me presidente da escola de samba filhote da X-9, atual X-9 Paulistana, que ajudei a fundar junto com Luiz Ademar de Moura Campos. Em 1982 vencemos o carnaval, desfilando no grupo III. Fiquei na agremiação até 1983. Era muito influente em todas as escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ajudei, doei e participei ativamente de diversas escolas que não tinham condições financeiras, além de fornecer instrumentos para todas elas. Convivia com todos os presidentes, mestres de bateria e principais diretores das escolas. Contribuí em diversos aspectos para o carnaval brasileiro. Entre alguns fatos relevantes de que me lembro, estava em uma reunião fechada com presidentes das agremiações quando um problema surgiu: como seria o cronograma dos desfiles, já

Em 1974, comecei a fabricação de peles de poliéster. Primeira empresa brasileira fabricante de peles. Fabricávamos baterias, pele animal, pele de poliéster e instrumentos de carnaval em geral

24 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

que muitos homens ali participavam ativamente dos desfiles de São Paulo e do Rio. Então sugeri que fizéssemos os desfiles de São Paulo na sexta e no sábado e os do Rio de Janeiro no domingo e na segunda. Trouxe o primeiro grande carro alegórico a um desfile de São Paulo, já que isso só acontecia no Rio de Janeiro. Também me recordo que alguns ritmistas da Imperatriz Leopoldinense não podiam aparecer publicamente, e como forma de ajudá-los com essa questão, me veio a ideia de fabricar uma caixa repique menor, que pudesse ser tocada de forma mais alta, apoiando quase no ombro do ritmista. O instrumento cobriria o rosto, adicionaríamos um chapéu e o problema estava resolvido. Essa forma de tocar é utilizada até hoje. Criamos um chocalho, mas queria um nome melhor, então o registrei como “rocar”, em homenagem a Roberto Carlos, suas iniciais. Temos essa patente. São muitas histórias relacionadas ao carnaval, muitas curiosidades que vivi. Em 1981, com exponencial destaque entre as indústrias do Brasil, tive a honra de ganhar o título honorífico de Cavaleiro Comendador, dessa

vez da Augusta Fraternidade dos Cavaleiros da Ordem de Samuel Aun Weor. Em 1982 já exportávamos para mais de dez países e tínhamos mais de 140 produtos na linha de percussão. A Gope não devia sua fama apenas à qualidade de seus instrumentos, mas também ao seu trabalho de divulgação e incentivo aos novos cantores e grupos de samba. E assim fui procurado por Neguinho do Samba para ajudar a Banda Mirim do Olodum. Ajudei porque eram crianças que precisavam de mim. Fiquei apaixonado pela ideia e dali surgiu uma grande amizade, com meu querido amigo Neguinho do Samba. Em 1983 comprei a marca de sopro Galasso e todos os seus equipamentos. Passei a fabricar a linha completa de instrumentos de sopro. No ano de 1984, estávamos com mais de 10 mil m2 de galpão construído e a fábrica a todo vapor, com mais de 430 funcionários. Em 1985 recebi, da Sociedade Cultural e Condecorativa do Brasil e Ordem de São Maurizio de Thegas, o título de Grã-Cruz. Tínhamos cinco caminhões para entregas em toda a Grande São Paulo, ônibus para buscar os funcionários, as maiores empresas varejistas como clientes, além do respeito dos maiores cantores e músicos do Brasil. Recebi em minha fábrica todos os artistas, de diferentes segmentos, de Alcione a Raul Seixas e outros. Fabricávamos pele, violão, cavaco, guitarra, banjo, viola, flauta, trompete, saxofone, corneta, trombone, peles, bateria de madeira, bateria de acrílico, todos os instrumentos de percussão, pratos, ferragens, pedais de bateria. Todos os processos e peças eram feitos dentro da Gope. Em 1988 lancei o surdo com tripé para que os músicos pudessem tocar em pé ou sentados. Foi um sucesso e um grande momento para o samba. No ano seguinte estávamos com força total na feira Musikmesse, em Frankfurt. E chegamos à fatídica década perdida para a economia, 1990, e o confisco do Collor. Estava na Europa, ia expor na feira de Frankfurt, cumpri meus compromissos, encerrei minha viagem e retornei ao Brasil. Continuei trabalhando, todos os dias, um dia de cada vez. Tinha uma grande estrutura e um vasto estoque de matéria-prima, por isso consegui manter a fabricação e a quantidade de funcionários, mas meus clientes não conseguiam honrar seus pagamentos e a indústria foi desacelerando. Dia após dia os números pioravam. Com a abertura das importações, os altos custos da matéria-prima, altos encargos, queda de venda e fatores internos, era impossível em um espaço tão curto ser competitivo em relação aos preços dos instrumentos que chegavam ao Brasil. Interrompi linhas de fabricação, pois o valor de custo da matéria-prima era maior que o preço de venda de instrumentos prontos e ainda sobrava dinheiro. Assim, segui apenas a fabricação de pe-


Galpão, fábrica e escritório da empresa

les e instrumentos de percussão. Pensei que poderia fechar, sim, mas nunca pensei em desistir. Com uma equipe menor, menos produtos, grandes dificuldades, continuei. Em 1991 lancei o modelo chamado pandeiro de chorinho. Foi um sucesso, os músicos precisavam disso. Me lembro quando comecei, daquelas visitas a funilarias do bairro para conseguir material para fabricar os tambores. Aquelas cores eram tão lindas e vibrantes, precisava que a Gope tivesse lindas cores também. Então, em 1993 equipei a empresa e lancei instrumentos coloridos. Quanta vivacidade aquelas cores carregavam, precisava mostrar isso para o público. Fomos expor na Expomusic. Nesse mesmo ano ganhamos o campeonato de futebol das indústrias com nosso time. Foi um lindo momento para a equipe de colaboradores da Gope. Ainda em 1991 fui novamente procurado por Neguinho do Samba, agora para falarmos de uma banda só de mulheres humildes e negras. Ajudei com nossos instrumentos no que eles precisavam, mesmo sendo um momento muito difícil para a Gope. A recompensa por fazer o bem não demorou a chegar. Em 1996 tivemos a gravação do clipe de Michael Jackson “They Don’t Care About Us”, com meu amigo Neguinho do Samba à frente dos tambores do Olodum. Estávamos no mundo inteiro, que momento magnífico! Até o dia de hoje esse clipe é assistido e no YouTube tem mais de 761 milhões de visualizações. Não posso deixar de frisar que as exportações não pararam, e isso nos manteve vivos durante os piores momentos da crise interna no Brasil. Em 1997 fechei definitivamente o comércio da Rua Celso Garcia e reabri em dois novos pontos: na Rua Belém, zona leste de São Paulo e na Rua General Osório, no centro. Também lancei a linha Pagode. Que sucesso! As coisas estavam melhorando novamente. Em 1998 confeccionei a inovadora linha de instrumentos com pintura explosão. Foi um sucesso, estávamos à frente da inovação em percussão novamente. Também tinha retomado

a fabricação de cornetas, e fomos à Expomusic para expor esses lançamentos. No ano de 2000, minha querida mãe faleceu. Segui trabalhando e confeccionei uma linha de baterias premium, além da linha de peles Batera (marca patenteada). Lançamos expondo na Expomusic. Éramos uma das únicas empresas a fabricar uma linha completa de peles para bateria, produzidas 100% no Brasil. Em 2003 fiquei gravemente doente, um aneurisma abdominal, e novamente me vi em um momento delicado. Foram meses de internação, além de um pós-cirúrgico longo. Mas Deus cuidou de

Em 2009 fiquei gravemente doente de novo, dessa vez um aneurisma na carótida, mas recebi um reforço. Minha filha mais nova, Narjara, formou-se em sua primeira faculdade e começou a me ajudar na Gope, aos 19 anos de idade. Ainda em 2009 expomos na Expomusic, foi lindo. Estávamos com um estande sempre lotado. Recebi muito carinho de apaixonados pela marca, lojistas parceiros e artistas. Retornei ao trabalho em 2010, totalmente recuperado e com mais motivos para seguir. Em 2012, após tantos anos, voltamos a expor na MusikMesse, em Frankfurt. O carinho e a aceitação do mercado me davam força. Chamavam-me de Mister Gope. Inúmeras pessoas que não conhecia, do mundo todo, se dirigiam a mim para conversar, felizes por estarem ali. Foi um momento gratificante para mim. Em 2014, ano de Copa, fizemos uma linha com as cores do Brasil, com um grande evento de lançamento em nossa loja, além do lançamento da linha Trio Preto+1. Ali com certeza deu-se a consolidação dos instrumentos coloridos. Expusemos na Expomusic e levamos muita cor e variedade à feira. Foi um momento em que o nosso público teve contato com os instrumentos coloridos e a aceitação dessa novidade ficava cada vez maior. Nesse mesmo ano ingressamos nas mídias sociais. Hoje já temos mais de 110 mil seguidores de forma orgânica. Em 2015 abrimos nossa primeira revenda exclusiva dos produtos Gope, a Pego Instrumentos. À frente do negócio, um grande amigo da família, Jorge Quininho. Foi uma aventura, tivemos que enfrentar muitos questionamentos, como tudo que é novo, mas o amor com que iniciamos essa empreitada foi o segredo do sucesso que nos tornamos no Rio de Janeiro. Em 2016 fomos atingidos por um tornado, que destruiu 80% da minha fábrica. Nesse dia senti que um pedaço de mim havia morrido, mas me considero muito abençoado por não ter perdido nenhuma vida com a queda do galpão. Material nós podemos reconstruir, e foi o que fiz. Alguns dias após a queda, já estávamos reconstruindo,

Em 2016 fomos atingidos por um tornado, que destruiu 80% da minha fábrica. Nesse dia senti que um pedaço de mim havia morrido, mas me considero muito abençoado por não ter perdido nenhuma vida com a queda do galpão tudo e após alguns meses retornei ao trabalho. Em 2004 investi em maquinário e lancei a nova linha de congas, djembês, atabaques e bongôs, uma linha com padrão de mercado internacional. Foi um grande momento para a Gope. Em 2007 encerrei as atividades da loja na Rua Belém e abri um novo ponto de vendas, também na Rua General Osório. Continuei meu processo de criação e em 2008 lancei os novos corpos de alumínio, sem reforço, deixando os instrumentos mais leves que qualquer outro. A percussão brasileira novamente dá um salto em evolução. O som do instrumento ficou perfeito, sem dúvida esse lançamento foi um momento gigante ara nós.

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

www.musicaemercado.org 25


Humberto e Narjara continuam em constante atividade para inovar no mercado

finalizando uma construção de 9.000 m2. Em 2017, junto com minha filha, lançamos a Linha Selfie. Foi um sucesso absoluto e até hoje segue como a linha mais vendida entre os coloridos. Vendemos essa linha para o mundo todo. Nesse ano também abrimos nossa segunda revenda exclusiva, a Senzala Instrumentos, no coração do Pelourinho, em Salvador (BA). No dia da inauguração da loja tivemos o lançamento da Linha Didá, uma linha com efeito social. Foi um dia memorável. Em 2019 expusemos na feira Music Show e Music SA de Florianópolis, lançando a linha Stories e os pandeiros Super Leve. Chegamos a 2020 com um plano de expansão agressivo. Diante da recessão do mercado, ficamos preocupados com como tudo isso iria acabar, mas nossos clientes são apaixonados e mesmo sem shows continuaram comprando nossos produtos, ainda que fosse apenas para tocar em casa. Em julho desse ano lançamos a linha Aprendendo Percussão, uma linha jovial e moderna, que está sendo um sucesso. Chegamos a dez lojas revendedoras exclusivas da Gope e estamos apenas no começo. Agradeço a oportunidade de contar um pouco da real história da percussão brasileira a empresários, lojistas, músicos e apaixonados. Agradeço também o amor das minhas quatro filhas, dos meus dois netos e da minha amada esposa Marta, que sempre esteve ao meu lado.

Base musical Humberto, seu pai também fabricava instrumentos. Como isso ajudou você, estando em contato com a música desde pequeno? Humberto: Com 8 anos meu pai contratou um pro-

fessor para me ensinar a tocar sanfona. Depois, aos 16, comecei a aprender saxofone. Aprender foi natural, sinto o som no meu corpo e na alma. As ideias estão dentro de mim, as imagens surgem, tenho uma origem musical. Vejo a música com forma. Os instrumentos existem, mas quando olho para eles, consigo pensar na evolução daquela peça. Misturo características de instrumentos diferentes, sempre desmontei tudo. Eu recebia os instrumentos e desmontava, entendia a estrutura, e isso me fazia conseguir criar algo novo ou melhorar o existente. Deu-me a possibilidade de descobrir novos sons, misturas e evoluções. Não saberia explicar melhor que isso, porque está dentro de mim. Você estava em contato com vários artistas importantes nos primeiros anos. Como foi isso? Humberto: A grande conquista de uma marca de

instrumento musical é receber apoio de músicos e professores. A forma de pensar deles é diferente, eles sabem, eles convivem com o som e têm necessidades, e com essas informações, novos instrumentos são lançados. Por conviver, ouvir e entender o que eles falavam, comecei a usar suas necessidades para evolução. A convivência com eles me mostrou a sensação de um som, a aprovação de um timbre. Acredito que essa foi a maior contribuição que os artistas que passaram pela minha vida me trouxeram.

Agradeço a oportunidade de contar um pouco da real história da percussão brasileira a empresários, lojistas, músicos e apaixonados 26 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Que dificuldades seu pai encontrou no caminho quando começaram na percussão? Humberto: Meu pai tinha experiência

com sopro, então tudo que não estava relacionado a isso era novidade para nós. Ele tinha uma visão para a frente, inventava peças e formas de fazer, e eu, muito jovem, olhava. Com o tempo, as criações passaram a ser minhas e do meu pai, mas ele era operário, não sabia vender e cuidar dos negócios. Usei o conhecimento e as habilidades da minha família em criar para atender às necessidades dos músicos. Eu queria ser dono da minha própria empresa. Meu maior desafio surgiu quando percebi que precisava ter respostas para as necessidades dos músicos, para a necessidade daquele som específico. Tinha de evoluir o que era ruim para os músicos e buscar uma solução. Quando comecei, eu não tinha nada, não tinha cultura, material, nada. Comecei com pedaços de madeira e latas, fazia com o que tinha. Era natural, a criação de instrumentos estava dentro de mim, é da minha origem fabricar instrumentos musicais, está na minha alma, então não tive dificuldades, pelo contrário, tive muita facilidade em desenvolver os produtos. Como você foi se adaptando às mudanças não só na fabricação, mas também com o crescimento da empresa? Humberto: Evoluindo junto. O que meu cére-

bro pensa minhas mãos transformam em ação. Acompanhando a evolução, você consegue crescer. Precisamos buscar meios de colocar em prática o que sonhamos e desejamos. Narjara, seu pai continua ativo na empresa? Narjara: Sim, ele ainda faz parte ativamente da

empresa e sempre, enquanto tiver forças, estará à frente da Gope. Somos uma dupla. Eu cuido ativamente de investimentos, estratégias de crescimento, treinamento de equipe, comercial e compras, enquanto ele cuida da qualidade dos produtos, do desenvolvimento, das novidades e


1965: Primeiro merchan: uma bateria para Roberto Carlos, da Jovem Guarda

1980: Bateria Gope

1986: Lançamento de Bateria Gope em acrílico

1998: Gope inova com pintura explosão

dos detalhes das peças. Ele é a origem de tudo, o amor pelo som e a força de ser humano. E por isso amamos o colorido, a alegria que um instrumento pode proporcionar. Humberto, como você enxerga o mercado musical de hoje e os negócios? Humberto: A evolução mudou tudo. A comunica-

ção entre os países, a mistura de culturas trouxe as mudanças. Antigamente não tínhamos opções, concorrência, variedades, soma de interesses entre diferentes segmentos musicais. A música passou a ter efeito na imaginação das pessoas. Ano a ano o mercado se modifica e nunca vai ser a mesma coisa. A evolução é natural, dia a dia o mundo vai passando por mudanças e com isso sempre teremos novos produtos, novos clientes, novos desafios. Podemos vender todo ano algo novo para o mesmo cliente, por isso o mercado da música nunca irá parar. Musica é paixão.

Gestão Narjara Narjara, agora você, como CEO, continua com a visão de negócios do seu pai? Narjara: Ouvindo meu pai falar, percebo como

seria impossível não concordar. Ele é um homem muito maior do que números, é um homem de sentimento. A Gope nunca será uma empresa que visa o lucro como principal ativo, nossa missão sempre será proporcionar o melhor som ao mundo. Inovar e trabalhar duro sempre, mas por amor. Como você descreveria seu pai, como pai e como homem de negócios? Narjara: Meu ídolo, um homem admirável. Ele

é amigo, protetor com a família, absolutamente visionário, prestativo com todos a sua volta, corajoso demais. Ele dedicou a vida a criar o que as pessoas precisam. Ele é um homem forte, consegue sempre ser otimista, mesmo em momentos difíceis, e nunca perde a fé. É muito evidente quando se está perto de alguém genial, e tenho total certeza de que ele se enquadra. Nos negócios, fico impressionada com a sua coragem. Parece que não tem medo de nada, e sempre sabe a resposta para as minhas perguntas. Espero continuar escrevendo uma história vitoriosa. Ser filha deles, Humberto e Marta, foi um presente que Deus me deu.

O que mudou desde que você se tornou CEO? Narjara: Tudo e nada! Eu nasci dentro da Gope,

desde pequena minha brincadeira era cortar pele, carimbar notas, montar instrumentos, fazer caixa, enfim, fabricar instrumento para mim é como uma deliciosa brincadeira de adultos, mas a maturidade me ensinou sobre aumentar a rentabilidade de cada peça, como melhorar as negociações e traçar novas estratégias para o crescimento da empresa. Sempre irei me sentir leve por fabricar instrumentos, mas a cada ano que passa minhas metas aumentam e minhas cobranças, também. Hoje, diferente de antes, busco resultados em produtividade com menos esforço. Trouxe o sistema Lean Manufacturing para a empresa, além de altos investimentos na aquisição de novas máquinas. Várias ações fizeram com que a Gope desde 2009 não parasse de crescer. Ano após ano tivemos melhores resultados. Novos projetos, novas equipes, novos desafios, novas aquisições, nova identidade visual, nova linha de produção, novos produtos. Assim está sendo minha gestão. Como a fábrica evoluiu? Narjara: Nosso processo era extremamente ma-

nual, mas hoje faço altos investimentos para automatizar cada etapa. Em 1980, quando fabricávamos de guitarra a baterias, de saxofone a pratos, tínhamos mais de 430 funcionários. Hoje estamos com 30 pessoas. Sempre modernizando as formas de fabricar os instrumentos, buscando processos de produção e máquinas mais produtivos. Como você se preparou para esse papel importante na empresa? Narjara: Sou a filha mais nova das quatro mu-

lheres, nasci em 1989, mas só em 2009 comecei a trabalhar na Gope. Então, infelizmente não consegui ver meu pai em seus melhores momentos na Gope. Fui para cobrir um buraco que sua ausência, devido ao seu estado de saúde, estava causando na empresa. Foram momentos muito difíceis. Tinha medo de perder meu pai e medo de tudo aquilo que precisava enfrentar todos os dias. Mas não desisti. Um dia após o outro eu estava lá, tentando resolver o máximo de problemas que conseguisse, sem parar, todos os dias. Minha persistência com certeza teve bons

resultados aos olhos de Deus, que sempre colocava a pessoa certa na hora certa perto de mim, e preciso confessar que até hoje é assim. Acho encantador tudo que vivi e aprendi até aqui. Até nos piores momentos eu agradeço, porque tudo que passei me preparou para estar onde estou, me preparou para esse momento tão lisonjeador de estar escrevendo isso para vocês, e me prepara para os outros vários momentos que virão.

Mais Gope A Gope ainda vende no exterior? Narjara: Sim, atualmente exportamos para cinco

continentes. Tratando-se de percussão brasileira, nossos produtos são referência para o mundo. É muito trabalho e a busca para melhorar nosso atendimento é constante, mas os resultados nos mostram que estamos na direção certa.

Humberto, o que você acha de seus produtos, que começou a fabricar humildemente em São Paulo, agora estarem presentes no mundo? Humberto: Fico muito feliz por tudo que consi-

go desenvolver e fazer. Sou muito vitorioso, um homem realizado, mas considero que realizei 70% dos meus sonhos, e esse número nunca vai diminuir porque todo dia tenho novos sonhos! Um dos melhores momentos para mim é quando crio algo um passo à frente do que já existe. É a evolução do pensamento. Qual é o próximo passo da Gope? Humberto: Ainda espero poder fabricar todos

os produtos que desenvolvi antes. Competir de forma justa. A desvalorização do real está nos dando a oportunidade de estudar, voltar para muitos de nossos produtos que fui obrigado a parar de fabricar. Aguardem novidades, pois estou aqui, sempre de olho no que posso fazer para contribuir para a música. Sou um criador de som, preparado para atender e fazer a humanidade feliz. A música traz paz e felicidade para a alma. n Mais informações gope.net GopeInstrumentos GopeOficial

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

www.musicaemercado.org 27


LOJA R. SOLER GUITAR SHOP

R. SOLER GUITAR SHOP ABRE SUAS PORTAS EM PRESIDENTE PRUDENTE (SP)

A loja R. Soler Guitar Shop foi inaugurada no dia 7 de novembro no centro de Presidente Prudente (SP), disponibilizando guitarras handmade de marca própria, acessórios e mais

O

homem por trás do projeto é Rafael Soler, luthier e proprietário da R. Soler Guitar Shop. Rafael toca violão e guitarra desde a adolescência, e com 18 anos já arrumava e regulava seus instrumentos e também os dos amigos. Aos 20 começou a trabalhar como luthier em uma pequena loja de instrumentos, onde atuou por quatro anos, até que o local fosse fechado e transfe- Rafael Soler Músicos na loja rido para outra cidade. Quinze dias depois passou a trabalhar em uma grande importadora de instrumentos musicais e nesse grupo atuou por 16 anos, até seu desligamento, por conta da pandemia. Foi assim que surgiu uma nova era na carreira dele. “De alguns anos para cá, eu já estava investindo na minha oficina de fabricação de guitarras e baixos”, Loja em Presidente Prudente Inauguração com clientes e amigos contou. “Com o meu outro lugar”, comentou Rafael. produtos e sempre com o melhor preço possível! desligamento da empresa, tive a oportunidade de O loja funciona como showroom da R. Soler, “Como o próprio nome da loja diz, aqui é pôr em prática esse sonho que já tinha há muitos marca de guitarras e baixos feitos pelo Rafael, uma guitar shop. Então é uma loja direcionada anos, que era empreender nesse segmento, ser com alguns instrumentos em pronta entrega, totalmente às cordas. O segmento de instrumeu próprio patrão e ter meu próprio negócio.” além de toda uma linha de peças e acessórios mentos musicais é muito vasto e quando uma Com o valor do acerto pelos anos de trabapara instrumentos de corda, uma linha de loja se propõe a vender ‘de tudo’, acaba tendo lho, Rafael teve o capital de que precisava para equipamentos seminovos e luthieria completa que ter uma amostra de cada área e nisso peca investir na construção da sua própria loja. “O de instrumentos de cordas. na variedade. Aqui é totalmente o oposto. É um terreno eu já tinha na frente da minha casa, Por enquanto, o trabalho é focado na loja mergulho na área das cordas. O cliente vem saum espaço onde antigamente havia um grande física, mas Rafael não descarta atuar no merbendo que vai achar o que precisa”, detalhou. jardim. A pandemia também me proporcionou cado on-line no futuro. “Como trabalho há No final da nossa entrevista, pedimos para o a lacuna para poder construir enquanto todos mais de 20 anos com atendimento ao público, Rafael dar algumas dicas para empreendedores estavam em lockdown. Assim tive tempo para foi natural optar por empreender em uma loja que querem começar seu negócio nesse período preparar e organizar tudo com muita calma e física. Gosto muito dessa proposta, de o cliende pandemia: “Inove! Seja diferenciado no que obter um ótimo resultado final”, agregou. te vir até aqui, bater um papo, tocar e testar o faz. Hoje temos muito ‘mais do mesmo’ por aí Inauguração da loja instrumento como se estivesse em casa. É um e ninguém aguenta mais isso. Busque diferenA R. Soler Guitar Shop abriu suas portas no sátipo de trabalho que só é possível assim, princiais que farão seus clientes se surpreender e, bado, 7 de novembro, com a presença de clientes, cipalmente nos tempos atuais, em que tudo ou com isso, a fidelização é uma consequência. músicos e amigos. “A inauguração foi muito legal. quase tudo se tornou frio e sem contato direto E, principalmente, faça o que você ama, pois o Ficamos tocando até o final da tarde. Disseram do artista com seu consumidor.” cliente percebe isso até no seu olhar”. que se sentiram em casa. Aproveitei um espaço O trabalho de Rafael terá a prestação de serMuito sucesso, Rafael! n que tenho na lateral da loja, disponibilizei para viço como ponto central. “Por ser luthier, meu um amigo que faz hambúrgueres artesanais e ele foco é a manutenção de instrumentos e a fabriMais informações montou sua estrutura. Foi um dos diferenciais cação de guitarras e baixos de forma artesanal. @R.SolerCustom do evento, pois o pessoal ficou de manhã até a Meu intuito é a cada dia oferecer um serviço meSolerCustomGuitars tarde curtindo, sem precisar sair para comer em lhor, uma melhor estrutura, mais variedade de

28 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado


Potência, timbre e confiabilidade. Amplificadores Elite Audio Acoustics

Line Array KW Audio o que existe de melhor está aqui!

Caixas acústicas profissionais QUATTRO sistemas de som para grandes aplicações

www.4VIAS.com.br • (11) 3256-5665 WhatsApp (11) 9-9225-8008


VISÃO DE PROFISSIONAL

MARQUINHO SAX: “2020 FOI UM ANO DE MUITA CRIATIVIDADE”

Na pandemia, os músicos tiveram que se reinventar e procurar modos de continuar ativos. Isso impulsionou a criatividade ainda mais. Como? Conheça aqui a experiência de Marquinho Sax

M

arquinho Sax tem uma trajetória na música de quase 30 anos e, com certeza, deve ter passado por muitos momentos bons e não tão bons na sua carreira. Muitos podem pensar que a pandemia foi um golpe baixo para os músicos e o mercado musical, mas, afortunadamente, isso não é totalmente certo. Os shows pararam, sim, mas o mercado não parou. As empresas continuaram trabalhando em novos produtos e serviços, e os músicos também tiveram que se reinventar, buscando modos de continuar tocando, de subsistir, de interagir. No meio disso, também surgiram oportunidades para seguir crescendo e ser ainda mais criativo. “Mesmo depois de tantos anos atuando ativamente em diversas áreas no cenário musical, a pandemia foi um enorme estopim para a minha criatividade”, conta Marquinho Sax, saxofonista, professor de saxofone e palestrante. “Nos primeiros dez dias fiquei em choque. Como eu já transmitia lives há muito tempo, dei ênfase às lives temáticas, com aulas gratuitas, na intenção de ajudar os colegas saxofonistas, mas logo na sequência criei um projeto voluntário chamado ‘Música na Varanda’, com o qual eu visitava os condomínios verticais e realizava gratuitamente um pocket show. Foram aproximadamente 3.500 famílias (apartamentos) atingidas diretamente e, segundo pesquisa realizada por uma associação de síndicos, 10 mil famílias atingidas no total, somando os prédios vizinhos. Para poder tocar e me proteger, tive a ideia de criar uma máscara facial que me permitisse tocar. Levei a ideia para uma confecção e eles colocaram um zíper. Desde então, após demonstrá-la em vídeos, a empresa passou a fabricar esse modelo sob encomenda e até estão vendendo para outros países!”. Está vendo? Este é um exemplo de que, mesmo nos momentos que parecem mais difíceis, sempre há uma luz no final do caminho. Quer mais? Marquinho continua: “Na expectativa de que em julho as coisas voltariam ao normal, não dei sequência ao projeto nos condomínios, mas desenvolvi um acessório revolucionário para saxofone. Uma empresa gostou da ideia e juntos lançamos o acessório, que já se tornou um sucesso entre os saxofonistas no Brasil: o UP! by Plastireed & Marquinho Sax. Além disso, participei de diversos vídeos collab com vários artistas do Brasil, Peru, Venezuela e também ministrei uma masterclass para músicos do Panamá”. No nosso mercado, a criatividade também vem da mão do equipamento. Marquinho conta mais sobre a tecnologia que ele usa nesta entrevista. O que você tem feito nos últimos meses?

Desde o início de setembro, as atividades voltaram para mim nos restaurantes e no laboratório de análises clínicas, que não parou mesmo durante a pandemia. Aliás, foi lá que eu testei pela primeira vez a máscara com abertura para músicos de sopro. Continuou gravando em casa e fazendo streaming?

Sim, eu já transmito lives há muitos anos, mas com a quarentena preparei um home studio mais elaborado, com um cenário aprimorado, para poder oferecer um visual mais interessante. Estou usando uma interface iRig Pro Duo com uma mesa digital que me acompanha desde 2015. Se for um show ao vivo, que equipamento costuma usar?

Este é o meu principal meio de atuação. Trabalho com “música ao vivo” de segunda a segunda, e desde dezembro de 2019 estou usando apenas um iPad conectado ao meu PA portátil. Hoje tenho dois sistemas Mackie, sendo um PA line array compacto SRM-Flex e uma caixa Mackie FreePlay Live. Para uma performance mais interessante, também uso uma pedaleira TC Helicon Voice Live Play Electric com um microfone wireless iVox. Isso é interessante. Como a tecnologia ajuda na sua profissão? Algumas pessoas podem pensar que é só ter um sax e pronto, mas o equipamento vai muito além, não é?

Durante todos esses 27 anos sempre precisei montar o meu próprio equipamento de som, exceto quando estou de sideman. Isso foi ótimo porque me impulsionou a buscar um equipamento cada vez mais prático, rápido e fácil de montar. Com este equipamento que uso desde dezembro de 2019, a minha vida literalmente mudou! Nada de cabos, nada de mesa de som física. A tecnologia Bluetooth presente neste meu novo equipamento me permite trabalhar apenas com o PA portátil e um iPad.

30 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado


A tecnologia mudou também o modo como você produz música?

um tamanho perfeito, com uma versatilidade de tirar o fôlego. Eu jamais poderia imaginar que seria possível uma única caixa de som, o mesmo equipamento, ser usado para tocar minha playlist enquanto faço minhas atividades do dia a dia no escritório, ser o meu home theater e ainda poder ser usado como PA para eu trabalhar.

Antigamente, para uma boa captação dos meus instrumentos, eu atendia os arranjadores e produtores nos seus respectivos estúdios ou em algum grande estúdio no qual estavam trabalhando. Atualmente, com pouco equipamento, consigo captar, preparar e mandar o material no conforto do meu home studio e enviar com uma qualidade altíssima. Viva a tecnologia!

Você usa software? O que você acha dos softwares para criação musical?

Você é endorser de alguma marca?

Sim. Recebi convites de parceria de algumas empresas das quais já era cliente e apaixonado por seus produtos, e com alegria eu os endosso. São elas: Barkley Mouthpieces – boquilhas para saxofones. Uso nos meus três instrumentos desde 2005 e recentemente a empresa lançou uma boquilha com a minha assinatura, a MS8 Signature Marquinho Sax.

Performance na rua com caixa FreePlay Live

Eagle Instrumentos Musicais –

saxofones de altíssima qualidade, que utilizo desde 2004. Em 2010 recebi deles um convite para uma parceria que completa dez anos Sistema Mackie SRM-Flex com chave de ouro, pois em breve Saxofones Eagle iremos lançar o Eagle MS80 Signature Marquinho Sax, um saxofone de categoria profissional com várias customizações que eu solicitei. Silverstein Works – empresa norte-americana de acessórios para instrumentos de sopro. Eu os endosso desde 2006 utilizando suas incríveis abraçadeiras e, em outubro de 2019, na minha participação na Music China, eles me convidaram para conhecer as palhetas sintéticas Alta Ambipoly. Em janeiro, na NAMM Show 2020, selamos mais essa parceria e passei a Barkley Mouthpieces endossar também as palhetas. e Silverstein Works UP! Criado com a PlastiReed Um dos mais famosos e talenEntão, quando começou a usar Mackie? tosos luthiers de sopro do Brasil, Will Pitondo, No final dos anos 1990, tive uma mesa de som me convidou para conhecer o tudel para saxofopequena, incrível, mas foi no final de 2019 que nes totalmente handmade. Eu me apaixonei e o troquei todo o meu PA — seis caixas no total endossei logo após a primeira nota tocada com — por dois sistemas Mackie. No laboratório, em ele: o Tudel Super Neck kl Will Pitondo. 2020 foi restaurantes pequenos e para as serenatas ou o ano dos lançamentos signature. Recebi um apresentações ao ar livre, onde não há a opção convite da empresa Safe Box Cases para assinar de energia elétrica, uso a caixa Mackie FreePlay uma linha de cases Marquinho Sax. Também em Live; nos eventos maiores, como festas de ca2020, juntamente com a PlastiReed, desenvolvi samento, jantares dançantes ou quando posso e assino o estabilizador e potencializador de hartocar mais alto, uso a caixa Mackie SRM-Flex. mônicos UP! Plastireed & Marquinho Sax. O UP! Em algumas ocasiões, eu somo as duas! A prinpotencializa os harmônicos em toda a extensão cipal vantagem que ambas me proporcionam é do instrumento. Evita a refração do som na rea praticidade de não precisar mais usar mesa de gião inicial do tudel, evitando perda de harmônisom. A FreePlay, em especial, além de ser muito cos importantes enquanto promove a estabilidadiscreta, tem o fato de ter uma grande autonode nas notas das extremidades (graves e agudos). mia quando utilizada apenas “na bateria”. Ela Ainda no final de 2019 recebi uma proposta de me permitiu fechar muitos, muitos contratos parceria com a empresa Seegma Pro Audio para durante a pandemia, pois as homenagens de utilizar exclusivamente os sistemas de som Macaniversário, serenatas românticas e festivas fokie. Sempre fiquei encantado com a alta qualidade ram o grande carro-chefe e que me garantiram das mesas de som Mackie, tanto que na primeira continuar trabalhando durante a quarentena. oportunidade comprei uma. A fidelidade do som desses produtos é o que mais me encanta. Falando no geral, tem algum produto ou Em outubro conheci o PA portátil Mackie instrumento que você goste mais de usar? SRM-Flex na Music China 2019. Ele ainda não Amo todos os meus instrumentos, acessórios e havia sido lançado na América. Quando retorequipamentos. Eu me considero um grande prinei ao Brasil, enviei uma foto desse PA para vilegiado por poder usar apenas produtos top de um grande amigo que trabalha na Seegma Pro linha, me sinto como um piloto de Fórmula 1, Audio, mas ainda não sabia que eles estavam que são profissionais que trabalham com o que assumindo a marca no Brasil. Quando soube, há de melhor disponível no mercado automobifiquei muito feliz e, na sequência, participei de lístico. É até difícil eleger apenas um item para uma demonstração para os revendedores. Nescitar, mas, neste momento, a minha queridinha sa ocasião, recebi o convite para essa parceria, é a Mackie FreePlay Live, um som perfeito em que para mim é uma enorme honra!

Sim, uso o ProTools para as gravações e produções de áudio particulares e de outros produtores. Acho softwares maravilhosos. São ferramentas fantásticas que permitiram e permitem ao músico moderno extravasar sua criatividade em diversas áreas da música, seja na notação musical, no caso de um arranjador que consegue preparar uma grade para uma orquestra ou big band em apenas uma fração do tempo que era necessário antigamente, quando o mesmo possuía apenas papel e a caneta. Atualmente recebo guias de produções incríveis para adicionar o sax e a cada dia as guias estão mais perfeitas, o que facilita muito a interpretação para nós, solistas. Falando sobre criação e o mercado musical em geral, como você vê esse aspecto no Brasil hoje?

O brasileiro sempre foi e tem essa fama de ser muito criativo. Apesar de a pandemia do novo Covid-19 ter sido um acontecimento inesperado e um período muito triste, para o brasileiro também foi uma fase que despertou ou turbinou a criatividade, tanto de músicos e produtores que se adaptaram à nova realidade e se reinventaram com novas formas de apresentar sua arte, como de fabricantes e lojistas que, por sua vez, também tiveram que se adaptar. Vi muito comerciante que outrora não investia no e-commerce correndo para montar sua loja virtual, assim como também vi e estou vendo um significativo aumento nas vendas. Isso mesmo! Logo após o primeiro momento, quando as criações e inovações ainda estavam incubadas, notei grande interesse por parte de músicos hobistas em reativar suas habilidades investindo em novos instrumentos e equipamentos para se ocuparem ou suportarem melhor a triste quarentena. Apesar de muitos lojistas e intermediários desse setor falarem o oposto, eu vi e vejo esse aumento, logo concluo que em um período difícil como este que estamos passando foi muito interessante ver quanto a população em geral passou a valorizar mais a música! Ansioso para que os grandes espetáculos retornem. Sigo com os meus pocket shows! Em que você está trabalhando atualmente?

Neste momento estou retomando as performances ao vivo e, juntamente com as empresas que endosso, preparando o lançamento de três produtos com a minha assinatura, uma enorme honra e responsabilidade para mim. São eles: o saxofone Eagle MS80 Signature Marquinho Sax, a boquilha Barkley MS8 Signature Marquinho Sax e a linha de estojos Safe Box Cases MS800 Signature Marquinho Sax. n Mais informações Marquinho.Sax MarquinhoSax

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

www.musicaemercado.org 31


VENDAS

*Autor: Manuel Monteiro, especialista em vendas físicas e on-line. Contatos: (81) 99566-5865 Whatsapp, Instagram: @manuel.m.jr e Facebook Manuel Monteiro.

DIFERENÇAS ENTRE VENDER NA INTERNET E VENDER NA LOJA FÍSICA

Com a aceleração do hábito de comprar e vender on-line, muitos vendedores estão na dúvida sobre como vender na internet e na loja física. Vamos mostrar aqui algumas diferenças

E

m uma loja física, o relacionamento com o cliente acontece de uma forma próxima, olho no olho, na qual rola uma abordagem e um atendimento no qual, de início, foca-se aquilo que o cliente procura. Quando finalizada a venda, encerra-se o processo. Por sua vez, na internet, após a venda tem-se a fase de entrega, acompanhamento e, em muitos casos, avaliação do cliente. Uma coisa que muitas empresas ou pessoas não fazem é se preocupar com a questão do pós-venda. Pós-venda é fundamental para quem quer realmente crescer no mercado digital. Fazer um pós-venda no mercado on-line não é tão simples assim, até porque quem trabalha forte com vendas on-line e tem um grande fluxo de vendas tem de ter pessoas para poder dar um suporte e fazer um pós-venda que realmente valha a pena. O fato é que uma empresa que trabalha com lojas físicas e ao mesmo tempo com vendas on-line de forma geral, por meio de um site próprio, marketplaces e redes sociais, tende a ter um número de vendas no virtual bem maior do que no físico, por conta da demanda de clientes em todo o Brasil e do crescimento a cada dia das vendas on-line em todo o mundo.

Gestão do estoque A gestão de estoque causa menos problemas em uma loja física do que em uma loja on-line (sites próprios) ou vendas em marketplaces, pois vender um produto na internet sem tê-lo em estoque causa um grande transtorno, tanto para quem vende como para quem compra. Ao iniciar uma atuação digital sem garantir uma gestão de estoque eficaz, corre-se o risco de vender produtos sem que haja estoque e assim prejudicar o relacionamento com o cliente por atrasar a entrega ou, pior, não entregar. Isso, em determinados marketplaces, prejudica sua reputação, algo que conta muito quando o cliente vai definir com quem comprar.

Preço e concorrência A concorrência no mercado digital é bem mais acirrada do que em lojas físicas. Chega até a ser desleal. Os preços variam muito, até por conta da tributação de cada estado. Então, alguns vendedores de determinadas regiões se prejudicam muito por pagar impostos mais altos do que outros de outras regiões, e para eles poderem brigar no preço, acabam sacrificando suas margens de lucro. Outro fator que contribui para preços tão diferenciados no mercado digital é porque há muitos produtos de origem ilegal e até falsificados. Também por existir pouca fiscalização, o mercado acaba sendo bastante abastecido com esse tipo de produto.

Vantagens e desvantagens de quem compra e vende pela internet Vantagens para quem vende

Acredito que a única vantagem para quem vende na internet é poder oferecer seus produtos e serviços para uma quantidade de clientes maior, abrangendo todo o território nacional e até internacional, se for o caso. Para quem vende na internet, não existem fronteiras. Outra vantagem é usar os marketplaces para captação de clientes. Uma vez que o cliente compra com o vendedor,

32 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

o comprador recebe todos os dados dos clientes, podendo fazer contato e um pós-venda bacana. Assim ele irá fidelizar o cliente para sempre, aumentando seu leque de clientes para a empresa. Desvantagem para quem vende

Não vejo desvantagem para quem vende. O único fator a ser considerado é a margem de lucro, que tem de ser sacrificada, mas isso é compensado pela demanda no mercado digital. Se o processo for feito de maneira séria e organizada, o volume de vendas pode ser dez vezes maior do que o de uma loja física, por conta da demanda de clientes. Vantagens para quem compra

A principal vantagem para quem compra é poder usar a tecnologia, seja ela um celular, tablet ou um computador, e ter uma variedade grande de produtos na palma da sua mão, sem precisar sair de casa. Também por conta da concorrência acirrada na internet, os compradores acabam achando preços bem abaixo dos preços das lojas físicas. Outra vantagem é a comodidade, que é o que as pessoas que compram na internet procuram. Desvantagens para quem compra

É não ter 100% de certeza da procedência do produto que está adquirindo. E também não ter certeza de que irá receber seu produto em perfeitas condições, devido ao envio — muitas vezes, correios ou transportadoras manuseiam os produtos de maneira incorreta, provocando muitos problemas com produtos danificados. Outra desvantagem é comprar algo sem ver: muitos consumidores se frustram por achar que o produto era uma coisa e acabam recebendo outra. n Mais informações (81) 99566-5865 @manuel.m.jr Manuel Monteiro


INSTRUMENTOS MUSICAIS

Contato Vendas: (11) 3326-3809 vendas@arwel.com.br

fb.com/arwel.instrumentos @arwel.instrumentos (11) 96318-9938

Arwel de roupa nova para atende-los em 2021 , com a qualidade e atenção de sempre !!!


BEN DÍAZ

Gerente global de produtos da fabricante dinamarquesa SGM Light e Lighting Designer. Em seus mais de 20 anos de experiência, ele trabalhou em 28 países, em quatro continentes, com uma presença significativa no ambiente de treinamento. Muitas de suas publicações, vídeos educacionais e webinários estão disponíveis em seu site bendiazlightingdesigner.wordpress.com

ARTIGO: BEN DÍAZ

COMO SER PROATIVO PARA CRESCER: A SOLUÇÃO INVISÍVEL

As empresas nem sempre agem só por agir; é necessário observar o panorama e focar os movimentos no que é realmente necessário. Ser mais proativo pode ser a chave

Q

uando o fabricante produz, o distribuidor vende, o cliente compra e o usuário fica satisfeito, tudo faz sentido: é a solução visível que todos conhecem. Mas existem muitos outros momentos em que o fabricante reage à demanda, o distribuidor se concentra na prospecção, o cliente avalia sem decidir e o usuário se adapta sem estar realmente convencido. É nesse momento de indeterminação que uma empresa deve ser mais proativa, oferecendo soluções invisíveis para necessidades futuras. Ninguém tem uma fórmula mágica para sair dessas situações, mas sem dúvida elas podem ser estudadas, planejadas e enfrentadas se levarmos em conta que no mercado todas as circunstâncias são transitórias. Vamos definir alguns parâmetros-chave a serem preparados.

C

M

O usuário é o melhor aliado Às vezes, você esquece que os produtos são criados para o usuário, não para o cliente. Também deve ser lembrado de que, sem usuários, nenhum cliente pode criar um negócio. Essa é uma situação difícil para quem responde aos objetivos comerciais estabelecidos com antecedência, pois é extremamente difícil avaliar qual é a receita real gerada pelas ações do produto. Diz-se que os usuários geram potencial em vez de vendas. Mas a verdade é que os usuários criam a necessidade da venda e, portanto, são os motores de qualquer negócio. Hoje, temos muitas ferramentas para medir o impacto de nossas ações, sejam elas de marketing, treinamento ou suporte. Se usarmos comunicações digitais com usuários finais, seja por meio de registro para receber boletins por e-mail, redes sociais ou contato direto, é possível medir a interação que eles geram e criar um banco de dados ativo que reflete se estamos indo na direção certa. O modelo de trabalho Heart foi criado especificamente para avaliar essas relações. É uma ótima “solução invisível” e depende de um processo escalonado: Adoção. A primeira coisa de que precisamos é que o usuário aceite a comunicação conosco. Isso pode ser refletido em uma primeira reunião ou em uma recepção de interesse. Sucesso da tarefa. Propomos uma ação para o usuário e ele a completa. É o que acontece quando pedimos que um usuário interaja para acessar o conteúdo. Gancho. Ou seja, uma solicitação expressa do usuário para receber informações frequentes. Um relacionamento foi criado; ambas as partes estão conectadas e a mensagem é transmitida. Retenção. Sem dúvida, o passo mais difícil de todos, indica que o usuário interage com frequência. Ele pode participar de webinários, visitar feiras ou solicitar demonstrações. Satisfação. Quando um usuário está satisfeito com a marca, o serviço e, claro, o produto, ele o mostra. Pode ser um comentário, um review ou uma recomendação. Atingir a satisfação do usuário é, afinal, o

34 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Y

CM

MY

CY

CMY

K

sucesso de todos. Construir pontes de comunicação com o usuário é importante porque nossa indústria é sustentada apenas se todos entenderem seu papel. Quando o usuário recebe os cuidados e serviços corretos do fornecedor, recebe suporte e treinamento do revendedor e consegue apreciar a qualidade e o valor do fabricante, tudo está caminhando na direção certa.

Gerenciando a expectativa do cliente Em qualquer relacionamento comercial, deve haver um equilíbrio de forças entre duas partes, especialmente em questões de negociação e vendas diretas. No entanto, um relacionamento comercial também é um relacionamento entre pessoas e, portanto, certas expectativas estão implícitas. Definir essas expectativas é uma das tarefas mais importantes para o fabricante, o distribuidor e o provedor de serviços. Em um contexto profissional, todo cliente entende que ele não pode exigir preços melhores constantemente, nem é correto negociar condições de compra desproporcionais se não forem acompanhadas por volume ou visibilidade. Mas ele tem o direito de solicitar a atenção detalhada do distribuidor e o suporte do fabricante a partir do dia em que fez sua primeira compra. Este é o negócio visível e deve ser respeitado. Um relacionamento comercial não deve depender exclusivamente de dinheiro, mas do cumprimento dos acordos estabelecidos nesse relacionamento e deve tender à manutenção e desenvolvimento do acordo ao longo do tempo. Soluções invisíveis entre distribuidores e clientes têm muito a ver com o desenvolvimento deste negócio. Um distribuidor não é um carregador de produtos, mas um facilitador de soluções. Ele é quem sabe

o que fazer quando os problemas surgirem; quem entende as necessidades específicas do cliente e quem domina os diferentes canais disponíveis para obter os melhores resultados. Nada abaixo disso será capaz de atender às expectativas dos clientes. Mas é possível levar esse relacionamento ainda mais longe, por meio da experiência de marca. Quando não há recursos para investir ou o número de compras é muito alto, o cliente perguntará: “O que a marca faz por mim?” Um distribuidor deve garantir que o cliente entenda tudo sobre o produto, além de oferecer um tempo de resposta rápido e eficaz. De certa forma, é o porta-voz que amplia o que a marca oferece. “Por que devo continuar investindo nesta marca?” O distribuidor deve sempre ser um especialista em fidelização. Para fazer isso, precisa identificar as dúvidas e ser proativo o suficiente para responder a elas antes que os problemas surjam. Soluções invisíveis, como atendimento personalizado e direcionado, atividades regulares em grupo, atualizações de comunicação ou suporte contínuo raramente têm impacto em curto prazo, mas constroem relacionamentos duradouros, fortes e extensíveis.

Validação é tudo Assumir fatos não comprovados é o mal do nosso tempo e afeta muito os negócios. Conhecer clientes e usuários não é fácil, mas é fundamental para se fortalecer no mercado. A validação de relacionamentos por meio de métricas digitais, entrevistas frequentes, treinamento de produtos ou monitoramento pós-venda eleva os relacionamentos a um novo patamar, pois soluções invisíveis são construídas com base no valor agregado, e não no ajuste de preços. n


@


NELSON JUNIOR

ARTIGO: NELSON JUNIOR

Guitarrista, produtor, especialista de produtos, instrutor musical, sideman, atuante no mercado desde os 13 anos de idade, colaborador didático de publicações musicais e escritor.

MÚSICA É AGENTE DE MUDANÇA, NÃO DE MILITÂNCIA

Arte não é algo que seja isento de ideologia, porque o pensamento e o sentimento são suas bases enquanto matéria-prima

F

ilosofia é alimento ao pensador, portanto opinião é ferramenta do artista. Música como expressão de opinião é agente transformador e, com isso, o músico como opinante expresso e agente propagador de ideias consequencial acaba sendo o tal do “formador de opinião”. A propagação de ideias na arte deve servir como material de construção, e não o oposto, ou a propaganda ideológica toma a frente da arte e esta fica sendo pretexto de uma pregação, e não a finalidade, tornando dispensável o único item que deveria ser indispensável, que é a estética qualitativa. Sem valorizar o conteúdo, muitos se atêm à função da semiótica e da doutrinação, até mesmo em nulidade de talento.

A diferença entre o êxito e o erro é a prática do bom senso O que qualquer um pode fazer pode ser expressão de opinião, mas arte é outra coisa, e se diferencia da mediocridade. Música, em específico, é arte sensorial, que evoca sentimentos e estimula o pensamento. Mas música também é produto, em um mercado no qual a existência dessa arte cria praticantes, ouvintes, mas também uma infinidade de serviços e equipamentos, que existem ao redor

36 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

e em função da música. Quem fabrica um instrumento, acessório ou oferece um serviço qualquer no mercado da música não pode se ater a questões de ordem de militância de pensamento, pois no mundo dos negócios não habita a vida privada. Mas, e na vertente do “tocar”, seria saudável um excesso de doutrinação pela submissão ideológica? Isso tem se mostrado algo duvidoso, e embora o marketing de um artista e marca possa crescer na controvérsia, muitos assuntos acabam datados, então a análise que balanceia o tripé espontaneidade – negócios – bom senso deve se manter em equilíbrio. Ninguém precisa ser politicamente correto o tempo todo, muito menos ser antagônico, via de regra. E em um momento de muito blá-blá-blá de críticas, e pouco lá-lá-lá de notas, há a necessidade de ações ecoando harmônicas.

Qual deve ser a certeza do profissional da música? Que o ensino da música e a segurança na carreira de quem se profissionaliza garantam o mercado futuro, que garante consumidores de produtos e serviços de forma natural e em crescimento exponencial, o que gera lucro. Não adianta fugir da regra de que o artista pode fazer um show pirotécnico grandiloquente tendendo à política ideológica de esquerda, mas o preço da entrada é alto. Isso é viver no êxito do capitalismo, que movimenta a economia mundial. A praticidade de compreender a realidade es-

bofeteou muitos no advento dessa crise pandêmica que vivemos atualmente. A ausência de aglomeração em grandes eventos mexeu no bolso de muitos “ideólogos da arte”, que não estão contentes em vislumbrar menos hedonismo em sua vida. Vivemos do nosso trabalho, do valor que ele tem, em função de oferta e procura e de oportunidade, então há certas utopias desnecessárias, sim! O mundo é feito de oportunidades que duram o momento de perceber que elas existem, e agora é hora de união, não de cisão social, muito menos de posicionamentos que afastem empresas da realidade. E no mercado da música, é fácil perder o foco. Mesmo quando uma empresa usa sua marca numa campanha de teor social, as consequências devem ser vislumbradas. Militância puramente emocional, sem visão de longevidade das ações e seus benefícios, é um ato de deslumbre de jovens inexperientes, não de praticantes de negócios sérios. A diferença entre o êxito e o erro é a prática do bom senso. Sim, existem causas que são nobres o suficiente para necessitarem de mobilização, pois interferem no futuro geral da humanidade. Mas nunca as vi como bandeira ideológica de vida de ninguém, nem nas redes sociais, nem na vida cotidiana. O mundo pós-pandemia precisará de menos hipócritas e mais trabalho. Esse é o fato de maior relevância, e que ninguém nota, porque todos querem mudança, mas poucos querem mudar. n



LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

ARTIGO: LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@mandic.com.br

O MERCADO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS E A COGNIÇÃO Por que precisamos aumentar as vendas de instrumentos musicais? Por que o nosso mercado precisa crescer? A resposta não é somente uma questão que envolve a saúde do setor

A

resposta envolve a saúde física e mental da nossa população. Veja que interessante este termo: cognição. A cognição atua na aquisição do conhecimento. Funciona ativando a percepção, a atenção, a associação, a memória, o raciocínio, o juízo, a imaginação, o pensamento e a linguagem. Então, cognição é a forma como o cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre as informações captadas pelos nossos sentidos (incluindo humor, espírito e alma), bem como administra as informações armazenadas na memória, principalmente em função das experiências que vivemos no passado. Portanto, é a cognição que faz com que você tenha longevidade, e longevidade com saúde mental. Que atividade consegue influenciar, de forma decisiva, o poder da cognição? Arte, principalmente a música. Neste momento dramático das nossas vidas, em que um vírus colocou todo mundo em estado de alerta, a cognição é, sem dúvida, a melhor arma para enfrentar o medo. Quem toca um instrumento musical, quem toca piano, como no meu caso, trabalha a mente ativando todos os elementos que fazem parte dos nossos sentidos. A musculatura atua na execução de um tema, a memória é ativada para reproduzir a música, as nossas emoções e sentidos se mesclam ao corpo para reproduzir o melhor do nosso talento. Repare que temos, hoje, em torno de 210 milhões de habitantes no Brasil. Se a população acordasse com a intenção de comprar um instrumento musical, um instrumento musical qualquer, mesmo flauta doce, ou ukulele, não teríamos produto para entregar. Hoje não temos um estoque de 210 milhões de instrumentos musicais.

Pode isso? Temos, em nossas mãos, a melhor ferramenta para ativar a cognição: o instrumento musical. Entretanto, ainda não temos estrutura suficiente para influenciar as pessoas na aquisição de um instrumento, focando a cognitividade, a forma de manter a saúde mental e a longevidade. Um pássaro tem consciência de que ele é importante para a natureza, para o meio em que vive; entretanto, ele não sabe que tem essa consciência. Ele não tem a percepção, a cognição para entender o seu processo mental. O pássaro vai agir, sempre, em função do instinto!

38 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

Nós, homens e mulheres, temos este poder. Nós, do mercado de instrumentos musicais, temos a obrigação de conscientizar as pessoas ao nosso redor da importância de tocar um instrumento musical, qualquer que seja. Então, não nos resta outra saída senão fazer o nosso mercado crescer.

Como? Influenciando as pessoas, principalmente os hobistas, sobre a necessidade de manter a cognição em dia. Não vou desmerecer nada, nem ninguém; mas já percebemos que o nosso mercado NÃO vai crescer somente com a ação dos músicos profissionais, das pessoas ligadas ao entretenimento e das instituições de ensino musical. Essas instituições, esses profissionais não têm condições de ampliar o potencial de negócio. Mas o hobista, o músico diletante, as crian-

ças, o pessoal da terceira idade, esses, sim, têm condições de fazer o nosso mercado crescer, e crescer muito. O mais interessante é que eles estão ávidos por essa novidade, estão ávidos para aprender a tocar um instrumento musical e influenciar as pessoas que vivem ao seu redor. As mídias sociais são a prova concreta disso: todos se sentem verdadeiros artistas usando as ferramentas da internet. Não é isso que todos querem? Ser notados, ativar o poder da atração para talentos, promover habilidades que as pessoas sempre sonharam? Isso, sim, dá longevidade; isso, sim, faz com que as pessoas se eternizem por meio da sua arte. Particularmente, uso e abuso do poder da cognição para me manter jovem e atuante. Portanto, vou viver para sempre! Até agora está dando certo! n


CH

E PR

SW I T

JU N

O

T

A M PE O R O

!

C O M

AMPERO ONE

A pedaleira compacta com timbre gigante da Hotone!

| Preamps de Alta Qualidade | Touch Screen | Impulse Responses | Eletro Ritmo | Distribuidor Hotone no Brasil

www.cborges.com.br cborges@cborges.com.br


FEIRA: CONECTA+ MÚSICA & MERCADO

CONECTA+ MÚSICA & MERCADO UNIRÁ O SETOR PARA AMPLIAR O MERCADO DA MÚSICA Feira digital da Música & Mercado traz mais ofertas e rede social para integrar o mercado da música no Brasil

À

luz da pandemia de Covid-19, em que mais de 86% dos profissionais do mercado musical afirmam ter sofrido perda de renda durante essa paralisia do mercado musical, de acordo com a pesquisa “Músicos e pandemia”, lançada pela União Brasileira de Compositores e a Escola Superior de Propaganda e Marketing, a Conecta+ Música & Mercado trará ao Brasil o evento que é baseado no Swapcard, plataforma francesa de networking e feira virtual e customizada, dirigida ao mercado da música. A Conecta+ Música & Mercado é o encontro on-line desenvolvido para unificar e apoiar as pessoas que trazem a música para a América Latina — oferecerá mais de 120 horas de sessões

28 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

de desenvolvimento profissional e treinamento para todos os setores de produtos musicais, indústrias de tecnologia de áudio e entretenimento profissional, educação musical, entre outros. “Profissionais da música terão à disposição uma feira virtual inteligente e intuitiva, capaz de criar e ampliar laços profissionais, além de mostrar a força que o segmento tem e animar os ânimos para 2021”, explica Daniel Neves, presidente da Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima). “Os riscos de contaminação de Covid-19 nos eventos presenciais são reais, a preocupação deve ser de manter a indústria da música saudável, aquecida e a criação musical efervescente”, enfatiza Neves.

Feira e rede social de negócios A Conecta+ Música & Mercado traz oportunidades de negócios de feira de compra e venda e ainda cria uma interação com todas as lojas e empresários que desenvolvem negócios no setor, de escolas de música a estúdios de gravação, produtores musicais, entre outros. O mecanismo inteligente da ferramenta da Conecta+ Música & Mercado é baseado em inteligência artificial. Aliás, a Conecta+ usa a mesma plataforma da NAMM Believe in Musica, a mais consagrada feira de música do mundo. O evento terá a participação de mais de 50 marcas de instrumentos musicais e áudio nacionais e internacionais e conta com um


As marcas a seguir já estão confirmadas no evento. E ainda há muitas outras por vir. Não perca!

cadastro pré-preenchido de mais de 5 mil profissionais do Brasil e 3 mil da América Latina, Espanha e Portugal.

Gratuito A Conecta+ Música & Mercado é gratuita para os inscritos previamente. Os lojistas terão acesso às estratégias e ferramentas para promover seus negócios e carreiras, conectando-se com os principais líderes do setor e aprendendo diretamente com eles para enfrentar os desafios e prosperar em qualquer situação.

Simples: computador e celular “Lojistas devem ter uma ferramenta simples. A simplicidade é o ponto-chave do Conecta+ Música & Mercado. O evento tem uma interface parecida com a do LinkedIn, Facebook e ajuda a concentrar as novidades de produtos e fornecedores em um só local. Além de abrir para os lojistas a possibilidade de diversos consumidores encontrarem o que procuram para profissionais da música.

Alguns dos eventos que teremos: Adriana Sanchez coordena um painel de debates sobre as mulheres na sanfona; Junior da Violla trará um painel para discutir a viola com músicos portugueses; Andreas Kisser, do Sepultura, Rafael Bittencourt, do Angra e Marcelo Pompeu, do Korzus discutem o mercado de heavy metal no Brasil para músicos. Outro painel muito interessante são quatro repentistas nordestinos que vão debater sobre os desafios do repente. Isso só para citar alguns. O que chama a atenção no Conecta+ é a riqueza de conteúdo, respeitando a diversidade brasileira, do extremo popular até o refinado jazz nacional. Para participar, basta acessar www.conectamusica.com.br e fazer sua inscrição gratuita. n Mais informações www.conectamusica.com.br @ConectaMusicaeMercado ConectaMusicaeMercado

@musicaemercado

fb.com/musicaemercado

www.musicaemercado.org 29


PRODUTOS: ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS Crafter Mind Prestige B

Takamine GN75CE

Com fundo, laterais e tampo em mahogany, é um violão Orchestra, com fino trato nas madeiras e a exclusiva patente de leque harmônico (Bracing). Sua captação é o S-1 da Crafter, sistema interno que não corta a lateral do violão, mantendo assim sua integridade estrutural e timbre. Com piezzo elétrico e microfone, o S-1 proporciona o ganho do captador com o “tempero” do microfone, captando o som natural do violão. Escala e ponte em rosewood; 20 trastes, marcação da escala: dot; marcação da boca: espinha de peixe; tarraxas: Grover Vintage; cor Natural com acabamento satin. Acompanha bag de luxo. Contato: (11) 3797-0100 - izzo.com.br

Instrumento de visual ousado, o GN75CE surpreende músicos de qualquer estilo por combinar cores vibrantes, belas madeiras com seu fundo e laterais em quilted maple, marcações e escudo diferenciados. Por ser construído com tampo em solid spruce, tem um timbre equilibrado e alto volume quando desplugado. Além de tudo isso, possui acabamento impecável, braço em maple com escala em laurel, que conferem ótima tocabilidade e sistema eletrônico TK-40D. Disponível nas cores Transparent Black e Wine Red. Contato: (18) 3941-2022 - sonotec.com.br

Novation AFX Station

Edição limitada e totalmente nova do monosynth Bass Station II da empresa, desenvolvido em colaboração com a lenda da música eletrônica Richard D. James, mais conhecido como Aphex Twin. Foi pensada para os designers de som, possui a mesma configuração que tornou o Bass Station II o monosynth preferido de inúmeros produtores musicais. Ainda possui o modo AFX pré-instalado, que revoluciona o modo como esse monosynth pode ser tocado e programado. Cada tecla no instrumento pode ser um novo Patch, tornando-o um módulo de bateria analógico, uma flexível ferramenta para criação musical, um baixo ou ainda um instrumento-base. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

Captain Atabaque (timba)

A Arwel tem no seu catálogo diversos modelos de atabaques Captain. Trata-se de instrumentos feitos em madeira envernizada com aro cromado. Eles vêm nos tamanhos de 30 cm, 50 cm x 11”, 70 cm x 13” e 90 cm. Contato: (11) 3326-3809 - arwel.com.br

Violão eletroacústico modelo Folk, com madeiras spruce no tampo e nas laterais, e fundo em sapele. Possui ponte em rosewood e rastilho de plástico. Sua escala também é feita de rosewood com 20 trastes niquelados. Quanto à escala, possui marcações em madrepérola na parte frontal e pretas no friso lateral. O braço é feito de madeira catalpa, possui tensor e suas seis tarraxas são blindadas e cromadas. Possui captação ativa original Harmonics, um sistema de pré-amplificação e equalização do sinal (para isso utiliza bateria). Possui ainda display de LED, indicador de bateria, chave de fase e afinador embutido. Também conta com equalização separada em graves, médios e agudos, com um controle extra de presença que permite destacar faixas dos agudos de acordo com a dinâmica em que as notas são tocadas. Outro destaque além do controle de presença é o cutaway, que permite acesso às casas agudas e ajuda na tocabilidade do violão. Contato: (43) 3377-6600 - hayamax.com.br

Rack com suspensão exclusiva, 28.000 W RMS em seis canais, sendo quatro canais de 4.000 W RMS e dois canais de 6.000 W RMS, com gerenciador de energia e Patch. Peso total: 42 kg. Contato: (31) 98746-3536 / 97598-8385 - stagetec.com.br

42 www.musicaemercado.org

@musicaemercado

Este modelo faz parte da nova linha de baterias Rocket da D-One, marca do Grupo Renaer. Esta bateria é uma boa opção para os músicos iniciantes e semiprofissionais, possui cascos feitos em madeira 100% poplar com bordas 45º e acabamento revestido. É uma bateria acústica com bumbo 18x14”, caixa 13x6”, tom 10x7” e surdo 14x14”. As ferragens incluem máquina de chimbal, estante de caixa, estante de prato reta, estante de prato girafa, pedal de bumbo simples e banco. Não acompanha pratos. As estantes desse kit contêm pés duplos para melhor estabilidade, com configuração simples e rápida de montar. Contato: (18) 3941-2022 - sonotec.com.br

Strymon El Capistan

Harmonics GE-30BK

Powertec PW-Rack 28.6

D-One Rocket DR18

Pedal de delay pensado para oferecer as qualidades distintas, saturadas e quentes das máquinas de eco de fita. Tem tecnologia dTape feita à mão e oferece três tipos diferentes de máquinas de fita em um, cada um com três modos exclusivos. Com dez parâmetros para ajustar, o usuário tem amplo controle sobre a qualidade da fita, integridade da máquina e modelagem de tom. Vai do som de uma máquina de fita com qualidade de estúdio ao som flutuante de uma máquina que precisa de manutenção. Com controle de tempo, controle Mix, controle de fita, controle de repetição, Wow e controles Flutter, Tap e Bypass Switch. Conversores digitais de 24 bits / 96 kHz com SNR de 115 dB. Carcaça de metal. Inclui fonte de alimentação de 9V. Fabricado nos Estados Unidos. Contato: (92) 3622-7151 - cborges.com.br

Behringer MIDI Swing

A marca lançou o teclado controlador MIDI Swing, que é USB e tem 32 teclas. É o primeiro de uma nova linha de sequenciadores/controladores MIDI que apresentará a Behringer a preço acessível. Oferece controle total sobre qualquer sintetizador ou instrumento virtual em uma DAW via USB ou MIDI. Apresenta um sequenciador de 64 steps com uma sequência polifônica de oito notas combinada com 32 teclas de tamanho compacto. Tiras de toque de pitch e modulação fornecem muitas maneiras de se expressar em um pacote compacto e portátil. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

fb.com/musicaemercado

Luen Duo Lub-CL

Parte da nova marca Luen Drumheds, essa pele é composta por dois filmes clear, um de 7,5 mil e outro de 5 mil de espessura, mais um sistema exclusivo de controle de harmônicos PCB mais fluido entre as camadas. Diferentemente da DUO-CL, além de possuir fluido interno com aplicação automatizada (que garante maior padrão e uniformidade), ela é inteira colorida. Disponível nas cores: azul, vermelha e preta. Contato: (11) 4448-7171 - luen.com.br

Furhmann Slapper

Pedal de efeito compressor para contrabaixo, um dos dez pedais da mais recente Linha One. Atua na dinâmica do instrumento por meio dos controles de Sustain, que regula o nível de compressão — quanto mais intenso, mais comprimido será o som — e Level, para determinar o nível de saída do pedal. Também possui duas chaves: Speed, para regulagem da velocidade da compressão, e Input, que controla o nível de entrada do compressor e liga os baixos de saída alta e saída baixa (ativo e passivo). Chaveamento: True Bypass. Controles: Level, Sustain, chaves Speed e Input. Alimentação: 9 V (pino central negativo). Consumo: 4 mA (mín) – 9 mA (máx). Dimensões: 6 cm (A), 7 cm (L), 11 cm (P). Peso: 350 g. Contato: (18) 3653-7020 - fuhrmann.com.br

ETC ColorSource Spot jr

O ColorSource Spot jr é o mais novo membro da família ColorSource, uma série de aparelhos de iluminação de preço acessível da ETC. Pesa apenas 5,5 kg, quase metade do peso de um aparelho ColorSource Spot de tamanho normal, e também custa a metade do preço! Está disponível em duas opções de matriz de cores: Original, para tons pastel sutis e luz branca para realçar os tons de pele, e Deep Blue, para cores mais saturadas e dramáticas. Tem um zoom integrado de 25° a 50° que é ideal para pequenos palcos, espaços de clubes e lojas de varejo, com alcances mais longos e mais curtos, e mais de 5.700 lúmens de brilho. Contato: (11) 2361-7592 - artecena.com.br

Gibson Jimi Hendrix 1969 Flying V e 1967 SG Custom

A Jimi Hendrix 1969 Flying V foi recriada em versões para destros e canhotos e apresenta um acabamento Murphy Lab Aged Ebony e ferragens douradas envelhecidas. Apenas 125 para destros e 25 para canhotos serão criadas como parte desta série. O certificado de autenticidade da Jimi Hendrix 1969 Flying V em Aged Ebony apresenta uma imagem de Jimi tocando essa guitarra na Isle of Wight. Por outro lado, a nova edição limitada Jimi Hendrix 1967 SG Custom apresenta um acabamento Murphy Lab Aged Polaris White e haverá apenas 150 modelos criados como parte dessa edição, feitos à mão pelos luthiers e artesãos da Gibson Custom Shop em Nashville, Tennessee, EUA. O certificado de autenticidade da Jimi Hendrix 1967 SG Custom em Aged Polaris White apresenta uma foto de Jimi tocando em The Dick Cavett Show com a guitarra SG. Contato: (11) 5535-2003 - royalmusic.com.br


MXR Pedal Tremolo volta com seis formas de onda

O M305 é o novo pedal de efeito tremolo que está de volta à linha MXR da Dunlop, combinando estilos vintage com seis formas de onda em um mesmo pedal. Representam fontes clássicas e icônicas do efeito, bem como novos sons inventados pela equipe de design da MXR. Primeiro, o estilo MXR recria o som orgânico e a pulsação do querido tremolo estéreo M159 MXR. Em seguida, o estilo Bias é inspirado na compressão exuberante e poderosa dos efeitos tremolo que vinham nos amplificadores valvulados do início dos anos 1960. O estilo Revo, uma inovação original, inverte a forma de onda do tremolo óptico para obter picos mais exagerados. O estilo Opto emula o tremolo pulsante suave gerado pelas células fotoelétricas em muitos amplificadores populares. Inspirado por um efeito de outboard icônico, a configuração SQR produz um tremolo instável e muito pronunciado. Finalmente, o estilo Harm recria o tremolo trippy, semelhante a uma fase, produzido por alguns raros amplificadores vintage. Contato: (11) 3797-0100 - izzo.com.br

Verity Audio Sub118TL/Sub118TLW

Caixa line array de ultrabaixa frequência de 18” que pode ser usada com o IWAC220 em suspensão ou no piso. A potência padrão AES pode suportar 1.200 W/8 ohms com saída contínua de pressão sonora de até 134 dB. Tem um design simétrico, com conectores Speakon na frente e na parte traseira. A caixa é de birch com processo de fabricação CNC e acabamento duradouro para ser usado em turnês pequenas a médias e aplicações onde seja preciso atingir uma distância de alcance médio. Resposta de frequência: 35-120 Hz. Sensibilidade: 97 dB. SPL máximo: >137 dB. Potência programa: 2.400 W. Driver LF: 18” ferrita. Bobina de voz: 4” (100 mm). Contato: (+1) 714-330-9169 - verityaudio.com.fr

Eko Guitars Ranger Futura

Violão projetado e montado na Itália usando spruce italiano sólido para o tampo, okoume para o fundo, laterais e braço e roupana sul-americana para a escala e ponte. A placa de som foi projetada especificamente para este modelo e é feita inteiramente com spruce italiano sólido. O truss rod recentemente projetado consiste em três barras de carbono posicionadas e fixadas no braço. Uma característica fundamental é a junta braço/corpo que, como no histórico Eko Ranger, é feita por quatro parafusos. Esta escolha, além de preservar a tradição da Eko, permite que o custo de produção seja mais contido e ao mesmo tempo confere ao instrumento características interessantes de ataque, resposta e sustain. A roseta decalque inspirada nos anos 1960 é um detalhe que se destaca e remete à época. A boca tem uma junta de ABS cor de marfim. Possui chaves de afinação Grover e captador removível de bobina única. Contato: (92) 3622-7151 - cborges.com.br

Aguilar Amps SL/Poseidon Green

Edição especial dos amplificadores SL em acabamento Poseidon Green, incluindo os modelos SL 112, SL 210, SL 115, SL 410x e SL 212. Cada um deles conta com uma etiqueta personalizada de “edição especial” e estão disponíveis para pedidos nos revendedores de cada país. A série

SL se caracteriza por oferecer caixas leves, com drivers de neodímio e crossovers personalizados, disponibilizando tecnologia moderna com uma imagem visual clássica. As caixas apresentam compensado de 12 mm, vêm com uma entrada Neutrik Speakon e duas de 1/4”, além de garantia limitada de três anos. Contato: (11) 2614-8349 - novitamusic.com.br

Lexsen Mixers com interface de áudio

Novidade da marca no mercado brasileiro. A ProShows está trazendo mixers analógicos de dois, três e quatro canais, para pequenos e médios eventos, com entrada USB e Bluetooth, Phantom Power +48V, LED indicador de Clip e Peak, com interface de áudio integrada, indicados para streaming, lives, podcasts e reuniões on-line. O Go Mix 1 USB é uma mesa de som de um canal com interface de áudio e Bluetooth; o Go Mix 2 USB é de dois canais, com interface de áudio e Bluetooth; e o Stream Mix 2 USB também oferece uma mesa de som com interface de áudio e Bluetooth. Contato: (51) 3034-8100 - proshows.com.br

Elite Audio Acoustics Elite 14.2 GT

Amplificador de potência desenvolvido para uso profissional intenso, como casas noturnas, grandes shows e eventos de longa duração. Tem 14.000 W RMS reais, 2 ohms @ 5min senoidal contínuo sem clip, ou seja, são 118,5 volts em cada canal, 7.000 watts RMS por canal de potência pura, sem onda quadrada, protegendo os falantes. Sensibilidade de entrada: 775 mv / 1,23 V. Impedância de entrada: 20 k balanceada. Resposta de frequência: 25 hz – 40 Kh. Fator de amortecimento: 1000@1 khz, 8 ohms. Distorção THD: 0,003%. Relação sinal ruído: >106 db. Consumo máximo: 18.200 W. Consumo musical: 9.100 W. Dimensões AxLxP mm: 89 x 489 x 565. Peso: 25,8 kg. Contato: (11) 3256-5665 - 4vias.com.br

Power Click F10 Modelo 2020

A Power Click anunciou o lançamento de uma nova versão do tradicional Power Click F10, que agora tem um visual mais moderno. É um sistema de monitoração de áudio composto de um amplificador projetado


PRODUTOS: ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS especialmente para uso com fones de ouvido. É fabricado com componentes de alta qualidade e circuito integrado de última geração. Possui um input (entrada de sinal) com jack J10 (duas vias, tipo guitarra), nível linha, alta impedância. Permite conexão com qualquer fonte de áudio (mesas de som, gravadores, CD, MD, instrumentos musicais, áudio de computadores, MP3 e outros). Contato: (21) 2722-7908- powerclick.com.br

Frahm GRT12 APP Preto e Branco Sistema de som ativo de três vias compacto, projetado para reprodução de música ao vivo, para eventos corporativos, DJs, palestrantes, academias e igrejas. Com subwoofer de 12”, caixa satélite com um driver de titanium e três falantes de 4”, o sistema possui 500 W RMS de potência. O grande diferencial da GRT 12 APP é um dispositivo que possui conexão Bluetooth,

USB e SD card que pode ser controlado por aplicativo da Frahm. O sistema vem com um bag para transporte da caixa satélite e do suporte. A caixa satélite, o suporte e os cabos Speakon — que seguem com o sistema ativo para ligação do amplificador na caixa satélite — são armazenados dentro do sub, o que facilita o transporte do sistema. Contato: 0800-047-8002 - frahm.com.br

Shure Duraplex

Projetado para enfrentar situações adversas, possui a primeira classificação de certificação IP57 da empresa, evitando que sujeira, poeira, água e suor prejudiquem o áudio. Consiste no microfone de lapela omnidirecional à prova d’água DL4 (5 mm) e no microfone headset omnidirecional à prova d’água DH5. Vem completo, com os acessórios necessários

SONORIZAÇÃO

para oferecer suporte a uma usabilidade simplificada: um estojo de transporte, bloqueador de vento de encaixe e espuma, clipe de gravata única e uma tampa de frequência estão inclusos. O DL4 também vem embalado com uma montagem adesiva. Os headsets DuraPlex DH5 vêm em várias cores (castanho, cacau, preto), com uma estrutura de aço escovado. As lapelas DL4 estão disponíveis em quatro cores (preto, castanho, cacau, branco). Contato: (11) 3215-0190 - br.shure.com

EVE Audio SC3070

A EVE Audio é uma empresa alemã focada na fabricação de monitores de estúdio. Projetado e montado em Berlim, Alemanha, o SC3070 é um monitor triamplificado near/ midfield em uma caixa compacta, adequada para gravação, masterização e estúdios domésticos, em que as habilidades de um sistema de três vias completo são necessárias, mas onde o espaço é limitado. Possui um transformador de movimento de ar patenteado RS3 (criado pela empresa) para reprodução de alta frequência; woofer de membrana tipo “ninho de abelhas” de fibra de vidro de 4” para médios; driver de baixa frequência de 7” com diafragma tipo “ninho de abelhas” revestido de fibra de vidro para resposta de graves; um amplificador classe D de 185 W para woofer SilverCone; um amplificador classe D de 100 W para driver mid-range SilverCone; um amplificador classe D de 50 W para AMT, e, na frente, traz controle de volume e equalizador de sala com botão giratório para integração em todos os ambientes de audição. Contato: (21) 4104-6990 - atproaudio.com.br

Strand Lighting NEO Compact 10

Mesa de iluminação de tamanho compacto, com dez faders, adequada para educação, teatros e centros religiosos. Vem com o software Strand NEO otimizado para um console menor, com sete motores de efeitos integrados, botões configuráveis pelo usuário, faders e opções para adaptar a mesa de acordo com o modo de trabalho do usuário. Apresenta uma tela de toque interna de 7” que facilita a programação de um show de luzes, enquanto a capacidade de adicionar um monitor de toque externo fornece todas as capacidades de programação do software NEO para aplicações mais complexas. Com quatro universos DMX (até 2.048 canais) de forma predeterminada e atualizável para dez universos (até 5.120 canais), a mesa oferece capacidades para praticamente qualquer tamanho de espaço. Contato: (11) 2909-7844 - hotmachine.ind.br

DTS Lighting Synergy 7 Profile

Projetor com uma saída de luz de até 55.000 lúmens. O moving usa uma fonte de LED branco puro de 1.050 W, junto com um zoom linear motorizado de longa excursão de 7° a 52° com foco automático. Também possui um sistema de framing rotatório de quatro facas. O Frost Filter linear permite fazer a transição gradativa de projeções de borda dura para borda suave. As lentes e o filtro frost permitem trabalhar com gobos mesmo quando eles estão fora de foco. Dois discos de gobo podem trabalhar juntos ou separadamente, incluindo uma nova função de “mosaico” para efeitos multicoloridos. O sistema de dissipação garante uma operação silenciosa constante. Na intensidade máxima, o nível de ruído medido é 36 dBA a 1 m (configuração do ventilador = ultrassilencioso). Outro recurso é o motor de efeito Dynamove, que oferece uma gama de efeitos dinâmicos semelhantes a 3D. Contato: (11) 2088-9919 - hpl.com.br



QUALIDADE DE ESTÚDIO PARA A SUA VOZ. SM7B  O MICROFONE VOCAL LEGENDÁRIO PARA SUA TRANSMISSÃO, PODCAST OU GRAVAÇÃO. Experimente e entenda por que o SM7B continua sendo a escolha número um para estúdios de transmissão pelo mundo. A resposta de frequência ampla preserva a beleza natural do som capturado, com qualidade e claridade intactas.

A escolha certa para a a sua próxima transmissão ao vivo. shure.com.br © 2020 Shure Incorporated

Escaneie e ganhe um desconto exclusivo:


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.