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ENTREVISTA John Park e a construção dos violões Crafter
JOHN PARK E A CONSTRUÇÃO DOS VIOLÕES CRAFTER
A Crafter está presente no mercado brasileiro graças ao trabalho em conjunto com a Izzo Musical. As empresas preparam várias novidades para este ano e teremos alguns violões interessantes disponíveis em breve
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Aempresa é liderada atualmente pelo CEO John Park, a terceira geração na história da Crafter. Seu avô, HyunGeon Park, começou a construir violões em 1972, há quase 50 anos, com quatro artesãos, no porão de sua própria casa. Suas guitarras eram muito conhecidas pela qualidade no mercado coreano. Nos anos 1990, o pai de John, InJae Park, passou a divulgar essas guitarras no mercado internacional, estabelecendo a marca Crafter. Ele mostrou sua paixão e know-how nas guitarras acústicas da Crafter Guitars por quase 30 anos. Hoje, John tenta manter a reputação da Crafter e introduzir guitarras de melhor qualidade no mercado.
A linha de produção da Crafter está localizada em Seul, na Coreia. “Como a única grande linha de produção de violões na Coreia atualmente, sempre tentamos construir os melhores instrumentos, com a melhor tonalidade e os melhores componentes. São obras-primas que trazem estruturas acústicas inovadoras para obter o melhor som e alta qualidade. Tudo construído com esforço e paixão”, comentou John Park. Contamos mais na entrevista a seguir.
Quando a marca começou a ter presença no Brasil? A Crafter foi introduzida na década de 1990 e a Izzo começou a trabalhar conosco em 2019. Então, 2021 é o terceiro ano trabalhando junto com a equipe da Izzo. Estamos muito felizes com essa parceria. Eles são bastante ativos e investem muito para apresentar mais e melhores soluções acústicas aos clientes/músicos no Brasil.
Em que as duas empresas estão trabalhando atualmente? Com o pessoal da Izzo, a equipe da Crafter pode fazer um branding mais agressivo. Eles têm um sistema mais específico para marketing, vendas e branding. A partir de 2021, apresentaremos mais guitarras premium de tampo sólido, como as séries STG Pro e Mind Pro. Gostaríamos de apresentar e trazer mais e melhores violões para o mercado brasileiro, especialmente de nossa linha de produção chinesa.
InJae Park
John Park
Que diferenças podemos encontrar nos violões coreanos? A equipe da Crafter tem se concentrado em fazer violões por 50 anos, o que nos proporcionou ter nossa própria estrutura acústica, know-how e habilidades. Além disso, os artesãos da linha de produção são muito habilidosos e todos eles amam a Crafter Guitars. Esses fatores ajudam muito na Gerente de compras
Detalhes dos violões
Estoque de madeiras Tratamento de madeiras
Construção do instrumento
Captação na boca do violão
construção de violões de boa qualidade.
Em relação à tecnologia, estamos usando nossa própria maneira de unir o corpo e o braço: chama-se DoveTail Extention. Tornamos a seção de junta longa mais longa ainda, assim como alongamos a seção de junta do corpo. Isso torna os violões muito mais estáveis nos trastes altos e ajuda as vibrações das cordas a se moverem melhor para o braço e o corpo.
Qual é o objetivo da empresa no momento de criar um violão? Sempre pensamos em violões com bom som, com capacidade de reprodução estável e confortável a partir de uma estrutura acústica sólida. Todos nós amamos a Crafter e suas guitarras acústicas. Cada série tem sua própria concepção.
Como exemplo, você pode conferir aqui algumas breves ideias de cada violão para nossos modelos da linha Silver 2021. • Série STG Pro: Série premium de violões com tampo maciço. Possui filete totalmente em madeira, incrustações de madeira Crafter Signature, tarraxas Grover douradas, cordas Elixir, design de estrutura (bracing) sensível para melhor som, sistema de equalização de alto grau DS-2 e acabamento brilhante. • Série Mind Pro: Som vintage e tradicional, aparência da série de violões de tampo maciço. Também tem filete de madeira com pontos tradicionais e aparência de espinha de peixe. Traz tarraxas abertas, estrutura de som vintage para o tampo, sistema de equalização de alto grau DS-2 e acabamento acetinado. • Série Mino/Big Mino: Guitarras menores com várias características. Têm uma aparência basicamente simples, com incrustações de borboletas na escala. Esta série de aparência vintage tem tarraxas abertas em uma cabeça com fenda e o apoio de braço no corpo oferece uma tocabilidade muito mais confortável. Essas séries ganharão pré-amplificador DS-2 em 2021 para melhor som. Sobre o tamanho do corpo, na série Mino é o mesmo dos violões Mini, como a série HM. Os músicos podem sentir que este é 3/5 do tamanho de uma guitarra normal. O tamanho do corpo da Big Mino é ligeiramente menor do que o corpo OM. Este equivale a 4/5 do tamanho de uma guitarra normal. • Série Standard: São os violões mais comuns, com aparência e som normais, filete ABS branco normal, cabeça Crafter Signature e ponto comum na escala. Pré-amplificador S-1 na lateral do corpo. • Série Able: Tem uma tocabilidade muito confortável, com bordas redondas e sistema de pré-amplificação nas laterais. • Série Silver: Esta série não é igual às outras. Usamos material de boa qualidade, como tampo laminado em mahogany africano e Engelman spruce, mesmo para o violão/série mais baratos (a série 100). Nossa qualidade é bastante estável e a reação do mercado é sempre boa.
Conte um pouco sobre a fabricação desses violões. Estamos construindo violões high-end da linha de produção coreana e providenciando violões de alta qualidade nas linhas de produção chinesas. Mas, da mesma forma, usamos madeira da melhor qualidade para todas as linhas de produção. Costumamos tentar secá-la pelo menos por três anos, para que a madeira fique pronta para ser trabalhada. A madeira sólida que usamos para nossos violões é estritamente classificada e escolhida por nós.
Mesmo para os modelos mais baratos, tentamos sempre usar a melhor madeira. Como o mahogany africano para o braço e o tampo de Engelman spruce, mesmo para os modelos laminados. O tampo laminado de Engelman spruce tem uma aparência e som muito melhores.
Quando trabalhamos a madeira nos violões, especialmente para o braço, usamos CNC 3D, que pode criar o formato do braço exatamente da mesma forma que projetamos no desenho 3D por computador. Isso nos faz oferecer aos clientes e músicos a mesma forma confortável de braço.
Qual é o valor da marca para as lojas? Existem muitas marcas de violões acústicos no mundo, e cada uma tem suas particularidades, incluindo sua herança e história. A Crafter é uma das opções no mercado para os músicos, mas nossa empresa tem 50 anos de história, habilidades, técnicas e know-how. Temos certo orgulho pela confiança em fazer um dos melhores violões. Se você tocar um Crafter, também fará parte do nosso orgulho. Todos os violões Crafter sempre serão criados para serem os melhores.
Que modelos você poderia destacar na linha coreana? Os músicos precisam testar nossas séries LX 2000 e 4000. A linha LX 2000 tem tampo de spruce alpino torrificado com fundo e laterais em rosewood indiano. Ela fornece um som muito forte e vintage. É um violão totalmente diferente. O tampo torrificado fornece sensação e volume muito diferentes. A linha LX 4000 tem tempo de spruce alpino de qualidade com fundo e laterals de Macassar ebony. Originalmente, essa madeira tem sido usada para guitarras muito sofisticadas, como bandeira única para as marcas que tem apenas um construtor. Tem aparência exótica e som muito sólido. Pessoalmente, amo a madeira Macassar ebony. n
Trabalho artesanal na fábrica
Mais informações izzo.com.br
Izzo.Musical
IzzoMusical
CIFRA CLUB: 25 ANOS DE INOVAÇÕES NO UNIVERSO DO APRENDIZADO MUSICAL
O maior site de conteúdo para aprender música on-line faz aniversário e apresenta uma grande novidade para o mercado: uma plataforma para assinar e acessar todo tipo de conteúdo
Cifra Club. O nome parece familiar, não é? Claro que é! Todos os interessados em música, especialmente os que querem aprender, têm se encontrado com esse nome em algum momento dos últimos 25 anos. O site é o mais importante no Brasil em educação musical, repleto de vídeos e dicas para aprender a tocar instrumentos, afiná-los e muito mais.
O Cifra Club está fazendo 25 anos e continua inovando com novas propostas para o público. Nesta entrevista, Gabriel Fernandes, fundador, Adriano Ferreira, COO, e João Souza, responsável pela publicidade, contam sobre o começo da empresa, como tudo funciona e as mais recentes novidades.
Como tudo começou
O idealizador do Cifra Club é Gabriel Fernandes. Ele passou a se interessar por música por meio do seu pai. “Ele sempre tocou violão e viola nos momentos de descanso. Como era criança, ficava curioso com a mecânica de funcionamento do instrumento, mas até então não havia aprendido nenhuma nota”, lembra Gabriel. “Comecei a tomar interesse pelo ato de tocar aos 13 anos. Na época, morava no interior de Minas. Meu pai começou a me dar dicas e ao mesmo tempo tive contato com as primeiras revistas de cifras. Passei a evoluir sozinho, com as ferramentas que tinha em mãos.”
Na mesma época em que aprendia a tocar violão, surgiu a necessidade de montar sua própria pasta de cifras. “Como meu repertório foi aumentando, resolvi montar minha lista digital. Transcrevi todos os conteúdos para o Word e assim tinha uma versão digital e uma física de minhas músicas”, contou.
Chegou o ano de 1995, quando o primeiro provedor de internet começou a operar na sua cidade, São Lourenço. “A ansiedade para navegar nas redes era tamanha que fui o primeiro inscrito no provedor local. Antes disso já havia tido um breve contato com a internet por meio de CDs (“15 horas grátis de internet”) que você ganhava de brinde ao comprar algumas revistas de informática.”
“Com o passar do tempo fui adquirindo conhecimento por curiosidade. Aprendi a fazer uma página e logo hospedei meu primeiro projeto no Geocities, o Gabriel’s Home Page. Na época, eu subia conteúdos randômicos, como piadas, imagens etc. Assim que tive a ideia de subir meu banco de cifras, pensei em um nome novo para a página. Após um tempo de reflexão, fechei em Cifra Club, pensando na ideia de o site ser um clube de cifras. Com isso, no dia 15 de novembro de 1996, formalmente nasceu o Cifra Club.”
Como foi o início do projeto, tendo em mente que em 1996 poucas pessoas tinham acesso à internet e a educação on-line não era um recurso popular? Gabriel: Após a criação formal do site, comecei a fazer uma série de cadastros em ferramentas de buscas da época, como o Cadê? e o Altavista. Com isso, o site começou a ter maior alcance e cada vez mais recebíamos e-mails com cifras que outras pessoas haviam redigido. Assim seguimos até o ano de 1999. Com a minha entrada na faculdade de engenharia mecânica, por um tempo deixei de lado as atualizações do site. Após alguns anos, meu atual sócio — Samuel Vignoli — entrou em contato comigo, falando que poderia ser parceiro no projeto. Compramos o domínio cifraclub. com.br e começamos a primeira reformulação de layout e conteúdo. Nasceu então a Studio Sol, empresa que abrimos para podermos contratar funcionários e emitir nota fiscal.
Quando o Cifra Club começou a ter mais sucesso? Gabriel: O crescimento relevante do site teve início entre 2001 e 2002, a partir do momento em que colocamos mais profissionais dedicados a ele. Com isso, tivemos uma melhoria do site e de seu conteúdo, o que gerou um aumento nos acessos e, consequentemente, no volume de receita publicitária. Em 2004 fui para a Inglaterra estudar inglês e, enquanto isso, o Samuel estava nos últimos períodos da faculdade de publicidade. Naquela ocasião nosso site vinha crescendo significativamente. O Samuel concluiu o seu estágio e passou a se dedicar integralmente ao Cifra Club. Com o crescimento do site, tive que tomar uma decisão importante, pois não estava conseguindo conciliar a faculdade e o trabalho no Cifra Club da maneira que gostaria. Optei por largar a faculdade, mudar para Belo Horizonte e me dedicar integralmente ao Cifra Club.
Como opera o Cifra Club hoje? Adriano: O Cifra Club conta com uma grande equipe de colaboradores, desde desenvolvedores e designers até músicos, editores de vídeo/áudio e cinegrafistas. Também temos um time especializado em moderar e melhorar a qualidade dos conteúdos do site, além de equipes de suporte, marketing, vendas, jornalistas etc.
Conte um pouco sobre o backstage da produção de conteúdo do Cifra Club. Adriano: O processo de produção de conteúdo é bastante minucioso. Normalmente os gestores são responsáveis por escolher os conteúdos que serão produzidos e os instrutores que desenvolvem os roteiros. Após isso, acontece a gravação e, em seguida, a edição do vídeo, que passa por um processo rigoroso de revisão. Um vídeo pode demorar até três meses da fase de roteirização até ser publicado em nosso canal no YouTube.
Há parcerias com marcas ou fabricantes que fornecem equipamentos para os vídeos/aulas? João Souza: Assim como nos maiores canais de mídia de nosso país, trabalhamos por meio da venda de espaço publicitário por projeto executado em nosso canal. Dividimos todo o conteúdo produzido em linhas editoriais específicas, que contam com patrocinadores (muitas vezes exclusivos) condizentes ao perfil de cada público. Dessa forma, conseguimos expor produtos que estejam ao alcance de grande parte de nossa audiência. Hoje contamos com marcas de renome nacional e internacional ao nosso lado, como Shure, Eagle, Pearl, D’Addario, entre outras. Com isso conseguimos manter um padrão de excelência do conteúdo altíssimo e ao mesmo tempo divulgamos marcas que se destacam por serem referência no mercado, agregando valor para o público e o anunciante simultaneamente.
Falando sobre o ambiente físico, onde acontece “a magia” do Cifra Club? Adriano: O Cifra Club possui um estúdio de gravação em um prédio na região da Savassi, em BH. É lá que fica aquele cenário característico dos triângulos de madeira e onde é produzida a maioria dos nossos conteúdos. Devido à pandemia, tivemos que nos adaptar e estamos, há mais de um ano, trabalhando em home office, com os instrutores gravando os conteúdos de suas próprias casas.
Conte sobre a presença do Cifra Club no restante da América Latina. Adriano: O Cifra Club sempre foi bastante acessado no mundo inteiro e recentemente temos feito um trabalho importante de internacionalização, com foco nos países de língua espanhola.
México, Portugal, Argentina e Colômbia, por exemplo, são países que estão crescendo bastante em número de acessos. Além dos países que têm como língua nativa o espanhol, enxergamos
Gabriel Fernandes e seu pai
Adriano Ferreira (foto: Gabriel Buenos)
Samuel Vignoli (foto: Gabriel Buenos)
Instrutores do Cifra Club
Gravação de vídeos Construção do estúdio
Escritório
Gravação de vídeos
um potencial muito grande nos países de língua inglesa e já estamos trabalhando para aumentar nossa presença também nessas regiões.
Aniversário e novidades
Agora estão comemorando 25 anos desde o início do projeto. Analisando tudo o que o Cifra Club passou, quais foram as fases que atravessaram e como o projeto foi se reinventando com o passar dos anos? Gabriel: Ao longo dos 25 anos de empresa, podemos levar em conta três principais momentos de reinvenção. O primeiro seria a criação de nosso canal no YouTube. Na época, as videoaulas eram restritas a DVDs e fitas VHS; conteúdos desse tipo na internet eram escassos e realmente fomos precursores nesse tipo de ensino. Também vemos com muita importância o trabalho de desenvolvimento de nossos aplicativos. Hoje mais de 70% de nossa base consome nossos serviços por meio de seus celulares, assim conseguimos auxiliar milhões de usuários todos os meses, com soluções tecnológicas na palma de suas mãos.
Por último, consideramos o momento atual como o mais recente período de reinvenções. Nos últimos 12 meses lançamos uma série de projetos que têm como objetivo mudar a relação com nossa audiência, aproximando cada vez mais o público de serviços e produtos comercializados pelo Cifra Club. Nesse período nasceram projetos como o nosso primeiro curso pago, o Fingerstyle, nossa loja de suvenires e, por último, o Cifra Club Academy.
Estúdio usado para as gravações
Falando sobre este último ano, com o boom do ambiente digital para aprender durante a pandemia, como evoluiu o modelo de negócio? Adriano: No primeiro lockdown, logo após o início da pandemia, percebemos um aumento de acessos de quase 30% em nossos produtos. E isso reforça duas coisas muito importantes: o crescimento do ensino on-line, em qualquer segmento, e como a música pode auxiliar na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas. Isso nos fez acelerar e trabalhar em alguns projetos que já tínhamos em mente, como o lançamento de um curso pago do Cifra Club e a criação da nossa plataforma própria de cursos on-line, o Cifra Club Academy.
O que aconteceu com o Cifra durante a pandemia? Adriano: A Studio Sol sempre foi uma empresa muito digital e isso nos ajudou no processo de adaptação ao trabalho remoto. Após a decisão de todos os nossos colaboradores passarem a trabalhar de casa, no dia seguinte já estávamos com tudo operando praticamente de maneira integral em sistema remoto. Lógico que tivemos algumas dificuldades e adaptações, mas essa veia totalmente digital foi um diferencial para que não houvesse um impacto significativo, tanto de produtividade quanto de qualidade nas entregas.
Tivemos um aumento de acessos de quase 30% tanto no site quanto no canal do YouTube. O volume de conteúdos produzido, inicialmente, caiu um pouco. Acredito que essa foi a parte à qual mais demoramos para nos adaptar, pois a casa das pessoas não estava preparada para as gravações. Tivemos várias reuniões e acompanhamento em tempo real, como uma espécie de consultoria dos nossos profissionais de áudio e vídeo, para que os instrutores conseguissem realizar as gravações eles mesmos. Durante a pandemia, nosso curso sequencial de violão, o Aprenda, teve aumento de 109% em comparação com o mesmo período no ano anterior. Com isso notamos uma grande tendência de as pessoas reavivarem o sonho de tocar um instrumento, tirando a poeira do instrumento que estava parado em casa e utilizando o ato de tocar como uma atividade terapêutica em uma época de distanciamento.
O que você pode contar sobre a loja do Cifra Club? João Souza: Gostamos de dizer que a Cifra Club Store é a loja de quem ama música. Partindo desse princípio, criamos uma loja que não atende simplesmente os músicos, mas sim todo o universo que gira ao redor do lifestyle da música. Para isso focamos inicialmente a venda de suvenires e artigos de moda, como camisetas,
canecas e ecobags. Sobre objetivos, no futuro, queremos ser uma espécie de “Imaginarium da música”, sendo a primeira lembrança de itens ligados ao lifestyle musical. Para isso já estamos com lançamentos programados de chinelos, bonés, moletons, chaveiros, almofadas e palhetas.
Uma grande novidade é o Cifra Club Academy. Qual é o objetivo desse lançamento? Adriano: O Cifra Club Academy é uma plataforma que veio para suprir uma das principais carências do nosso trabalho no YouTube, que é a organização dos conteúdos. A ideia é oferecer cursos de diversos instrumentos e níveis, de maneira sequencial, em que o aluno poderá aprender diferentes instrumentos e assuntos, de qualquer lugar e por um preço mais acessível do que nas escolas de música.
O Cifra Club tem penetração em muitas cidades e regiões (e até países) onde não é possível encontrar um ensino de música de qualidade. Por meio do Cifra Club Academy conseguimos oferecer o mais alto padrão de qualidade das nossas aulas, com cursos totalmente focados no aprendizado gradual do aluno, incluindo exercícios, conteúdos complementares e uma plataforma exclusiva, com área para perguntas e outras funcionalidades. Para acessar, basta entrar em cifraclub.com.br/academy, escolher um dos planos e começar a estudar.
O mercado
Com tanta coisa acontecendo, como você vê o mercado musical atual no Brasil? Adriano: Sempre fui um grande crítico do mercado de música no Brasil. Acredito que fomentar o mercado da música é um dever de todos nós. Precisamos incentivar as pessoas a se interessarem pela música e só a partir daí vamos conseguir ter melhores resultados, com mais pessoas tocando e, consequentemente, um mercado mais aquecido. Existem boas iniciativas, mas todas muito isoladas. Precisamos de mais união, fazer um trabalho em conjunto para que cada vez mais pessoas tenham interesse pela música. Acredito que o Cifra Club tenha um papel fundamental nessa parte. Todos os dias tentamos incentivar as pessoas a tocar um instrumento, a se interessar pela música, tornando o aprendizado de música algo leve e divertido. Não importa se a pessoa vai apenas tocar por hobby ou se tornar um profissional, o importante é que cada vez mais pessoas se encantem pela música. A cultura é um passo essencial para mudar os rumos do nosso país.
Em sua opinião, como tem sido a evolução do segmento de educação musical no País desde o início do Cifra Club até agora? Adriano: Vi muita coisa rolar nesse tempo. Vi escolas de música nascerem e quebrarem, vi a maior feira de música da América Latina encerrar a operação. Mas também vi surgirem excelentes iniciativas e projetos. Cheguei a ter bastante esperança no projeto de ensino de música nas escolas, mas falta tração.
Acredito que popularizar o ensino de música é um grande passo a ser dado. A internet trouxe um grande avanço nesse sentido, mas a realidade do Brasil é diferente; muitas pessoas ainda não têm acesso à internet e o ensino de música nas escolas seria a maneira mais rápida de fomentar o interesse pela música. A música tem um poder transformador! Por meio dela muitas pessoas mudam de vida, encontram uma saída. Precisamos nos esforçar ainda mais, nos unir e cobrar dos nossos governantes. Tenho certeza de que essa iniciativa é o grande passo que precisa ser dado para o segmento no Brasil.
Que dicas você daria para quem deseja estudar música pela internet? Adriano: Para ter resultados em qualquer coisa é preciso ter disciplina, e na música não é diferente. A minha dica é para que as pessoas se dediquem, mesmo que pouco tempo, todos os dias. Não precisa passar horas estudando; alguns minutos por dia já vão te ajudar a evoluir. Tenha constância que os resultados virão. Outra dica é tornar o aprendizado algo prazeroso e o YouTube consegue trazer isso pra gente. Escolha bons canais de conteúdo para acompanhar, que te façam querer assistir aos vídeos, e divirta-se!
O que podemos esperar do Cifra Club no futuro? Adriano: As expectativas são as melhores possíveis. Estamos em um momento de transição. Assim como aconteceu em 2008, com o lançamento do nosso canal no YouTube, e em 2011, com o lançamento dos nossos aplicativos, 2021 tende a ser mais um marco na história do Cifra Club. Grandes projetos estão surgindo e esperamos cada vez mais democratizar o ensino de música, envolver a comunidade e crescer em conjunto.
A ideia é diversificar cada vez mais o Cifra Club, criando novos produtos e impactando a vida de cada vez mais pessoas, de hobbistas a profissionais e professores. Tem muita coisa nova ainda para surgir e estamos a todo vapor. O mundo está em constante evolução, precisamos enxergar um pouco fora do nosso mercado, entender o que está acontecendo e trazer para a nossa realidade. Só dessa forma conseguiremos continuar crescendo e inovando. Também acredito que precisamos de mais união, pois um mercado fragmentado é ruim para todos nós. O Cifra Club está de portas abertas para novas ideias, parcerias e projetos. Contem conosco para ajudar a melhorar cada vez mais o nosso segmento e fazer mais pessoas se interessarem pela música. n
Mais informações cifraclub.com.br CifraClub
AS PAIXÕES DE LEANDRO CAMY: O VIOLÃO E A MÚSICA
Músico instrumentista de Mato Grosso do Sul, Leandro Camy é atualmente artista da RedBurn e se encarrega de fazer vídeos para a marca. Conheça mais sobre ele a seguir
Leandro Camy é um músico instrumentista de Campo Grande (MS). Formado em música pela UFMS, sempre sentiu grande atração po essa arte. “Eu me lembro de sempre curtir muito ouvir música na infância. Em casa tocava de tudo, do rock ao sertanejo. Aos 11 anos pedi um violão de presente, então nasceu a minha segunda paixão: tocar”, comentou.
Da diversão de tocar com seus amigos passou a estudar música com muita seriedade. Então surgiram os primeiros trabalhos, aulas e apresentações em festas e bares, bandas e duplas locais, até que foi convidado para tocar nacionalmente com a cantora Janaynna e, em seguida, com a dupla Henrique e Diego. “Acompanhei a dupla por seis anos, o que me proporcionou a experiência incrível de ter feito turnês por todo o País e na Europa, de ter gravado um DVD e incontáveis programas de TV, como Faustão, Altas Horas, Música Boa, Hora do Faro, Fátima Bernardes e outros”, detalhou.
Atualmente Leandro é responsável por todos os vídeos da RedBurn Guitars no YouTube, como reviews de violões, material de divulgação, vídeos de dicas e mais. empresa, percebi quanto era grande o potencial de crescimento da marca”, relembra o músico.
“Desde seu início, a RedBurn apostou em modelos com verniz fosco. Dando um salto em qualidade acústica, também apostou na captação Fishman, consagrada no mercado, e nas cordas D’Addario, excelentes também. Ela consegue alinhar muito bem qualidade com bom preço. Além disso, promete trazer sempre novos modelos. Tudo isso faz da RedBurn uma marca arrojada e inovadora, diferenciando-se muito das demais”, adicionou.
Sobre sua atual parceria com a RedBurn, ele conta: “Com a necessidade frequente de fazer reviews dos novos instrumentos que vão chegando, surgiu a ideia de alimentar o canal do YouTube e o Instagram com outros vídeos pertinentes aos amantes do violão, como comparativos, dicas, aulas, entrevistas com outros músicos e mais. Em 2020, com o início da pandemia, entendemos que estávamos no caminho certo: o canal continuou crescendo a cada dia, auxiliando e entretendo os apaixonados por violão”, explicou Leandro.
Meu modelo RedBurn: RB-MHG
O relacionamento com a RedBurn
Em 2018, Leandro estava em turnê com a dupla Henrique e Diego, e a música “Suíte 14” (da dupla) estava em primeiro lugar nas paradas de sucesso. Em meio à rotina de shows e programas de TV, o músico buscava uma marca que tivesse excelência na qualidade para uma parceria. “Foi quando descobri a RedBurn, recém-chegada ao mercado, com apenas um ano, e era da minha cidade. A alegria foi imensa. Quando conheci os violões pessoalmente, sabia que tinha encontrado a minha marca de violão definitiva. E conhecendo mais a fundo os donos, a visão e os valores da Perguntamos a Leandro sobre os violões RedBurn que ele possui: “Tenho vários modelos e, apesar de gostar de todos, no momento estou impressionado com o RB-MHG. Esse modelo, além de muito bonito, tem uma sonoridade linda, com agudos destacados e doces e o grave na medida certa. Utilizo este e os demais nas minhas gravações e apresentações”.
O RB-MHG possui o arm-rest, uma novidade da marca. “É um design no tampo que oferece um descanso para o braço do músico. Ficou show!”.
Tendo a oportunidade de tocar com todos os modelos da marca nos vídeos que faz, perguntamos também qual deles se destaca na linha. “É difícil dar destaque para um, pois cada modelo tem suas características de construção, que possibilitam sonoridades individuais. Mas para o meu gosto particular, o RB 100 se destaca por seu grave forte. Já para levadas de sertanejo, eu destacaria o RB 200 por seu agudo marcante. Na categoria dos de tampo sólido, percebo o RB-A10 como sendo um ‘tanque de guerra’, pronto para qualquer estilo — todas as frequências nele são fortes, e o RB-MHG como sendo a ‘cereja do bolo’, com timbre superequilibrado e agudos doces”, contou.
Para os músicos
a possibilidade de testar um deles, Leandro destaca como diferenciais entre outros violões disponíveis no mercado a característica half-cutaway, um corte diferenciado; o arm rest, descanso para o braço; e a grande variedade de opções de modelos com captação Fishman e verniz fosco.
Por outro lado, “para os músicos que acabam de adquirir um violão RedBurn, gostaria de deixar uma dica: toquem bastante e façam gravações, assim vão se desenvolvendo musicalmente para poder extrair cada vez mais do seu instrumento. A melhor escolha para quem quer se aprimorar é a RedBurn, por sua alta qualidade”, enfatizou.
Falando sobre o presente, Leandro continua produzindo vídeos para a RedBurn, que promete muitas novidades ainda para 2021, e está trabalhando com gravações on-line e produção musical no seu home studio. “Aproveitando, quero agradecer ao Flávio Oliveira e ao Leandro Meira, da RedBurn, por sempre confiarem no meu trabalho”, finalizou. n
Mais informações redburn.com.br
LeandroMSCamy
RedBurn Guitars