Música & Mercado #45

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ALERTA: SAIBA COMO DIFERENCIAR UMA GIBSON VERDADEIRA DE UMA FALSA PÁG. 58

✓ GERENTE COMPRADOR

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | NOVEMBRO | DEZEMBRO DE 2009 | Nº 45 | ANO 8

SANTA IFIGÊNIA S/A | NOVEMBRO E DEZEMBRO 2009 | Nº 45

MÚSICA & MERCADO

VENDEDOR 1 VENDEDOR 2 VENDEDOR 3 PASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS

INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS

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INVISTA DESDE JÁ EM INSTRUMENTOS MUSICAIS INFANTIS E ANTECIPE O FUTURO DE SUA LOJA COM A MÚSICA NAS ESCOLAS PÁG. 80

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Lojista Prisma Pro Audio

O grande problema, ao menos em nossa região, é a concorrência do mercado informal (muamba) e até lojas que têm uma estrutura mais informal e não têm os mesmos custos. Fale sobre o mix de produtos da loja. Qual é a porcentagem de importados?

Grande. A prova é que dos mais de 4 mil itens que temos em estoque, 67% das vendas são de produtos importados, contra 33% de produtos nacionais. Porém, temos de ter muito cuidado com o produto chinês, pois existem artigos de todos os tipos e qualidades.

Normalmente, quando aparece uma marca nova no mercado, compramos uma ou duas peças para testar antes de começar a trabalhar regularmente. A empresa desenvolve projetos de sonorização?

Sim, e temos parcerias (e consultorias) com profissionais de todo o Brasil, com os quais desenvolvemos projetos nas áreas de áudio e vídeo. Praticam o marketing em sua loja? Como ele é feito?

Em publicidade, somos anunciantes A loja também tem um espaço voltado para a venda de instrumentos musicais

Germano Kannenberg, sócioproprietário da Prisma Pro Audio

regulares — acho que há mais de dez anos — das revistas Backstage e Música e Tecnologia. Fomos a primeira loja anunciante da região Sul. Patrocinamos um programa em uma rádio FM local, que toca bandas da região. Comerciais de TV e anúncios em jornal são feitos ocasionalmente. Utilizamos muito o marketing de brindes, como: camisetas, bonés, chaveiros, palhetas, canetas, adesivos e outros, muitas vezes feitos em parceria com marcas de fornecedores. Todos os produtos vendidos na loja saem adesivados com o logotipo Prisma Pro Audio. Na nossa cidade existe uma festa chamada Oktoberfest, da qual participamos em parceria com uma rádio FM local, montando o estúdio que a rádio usa para transmitir durante a festa de dentro do parque. Como está o crescimento da empresa?

“O cliente é bem variado: músicos, empresas, prefeituras, escolas, universidades, igrejas, DJs etc”

De 2002 até 2005 crescemos 93%, sendo que o maior índice foi em 2004, quando o crescimento foi de 32% (em função de uma reforma feita na loja, que reinauguramos em agosto de 2003 com uma área comercial 100% maior). O único ano em que não crescemos foi 2006. Na verdade, tivemos um crescimento negativo de 5%, mas vínhamos de dois anos muito bons. Em 2007 e 2008 tivemos um crescimento em torno de 9% ao ano, com base mais nos produtos de pró-áudio de importação própria. Nossa meta para 2009 é crescer de 10% a 15%. 

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PRODUTOS C. IBAÑEZ

PING RIDE 7A

A baqueta Ping Ride é uma 7A clássica, cabeça de bola e ponta de madeira. Seu forte é o som produzido nos pratos e ride. Possui 400 mm x 13,6 mm. Contato: (51) 3364-5422 ou www.cibanez.com.br

YAMAHA

CVP-409GP

Clavinova da linha de pianos digitais. Possui tamanho reduzido e acabamento em polished ebony. O CVP-409 tem tecnologia IAFC, para uma sonorização de piano acústico, e permite a gravação do desempenho do músico.

Contato: (11) 3704-1377 ou www.yamahamusical.com.br

MEINL CYMBALS BYZANCE

Trata-se do Benny Greb Signature 20” Sundride. Possui duas superfícies – em cima e embaixo – tendo uma característica mais seca e rápida e de curta resposta.

Contato: (43) 3324-4405 ou www.primemusic.com.br

GROOVIN

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Violão Unique com corpo em jumbo cutway, tampo em spruce, laterais e fundo em mogno laminado, braço em mogno, escala com 20 trastes em rosewood, marcação em abalone com madrepérola, captação de piezo elétrico e preamp ET-5 com afi nador. Contato (11) 2199-2999 ou www.equipo.com.br

HQ

ECOPAD

Pad de borracha, ecologicamente correto, feito de pneus reciclados e base de resíduos de madeira. A série possui três modelos, um pad montável de uma superfície com 6”, um de 12” de duas superfícies e um pad de 9” com um simulador de som de caixa ajustável na parte inferior. Contato: (11) 3158-3105 ou www.musical-express.com.br

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© 2009 Red Chip Company Ltd. As especificações técnicas e a aparência estão sujeitas a alteração sem aviso prévio. A Red Chip não se responsabiliza por nenhuma perda oriunda de fundamentação, seja ela parcial ou total, em qualquer descrição, fotografia, imagem ou declaração constante da presente. 985-90000-01412

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EXPEDIENTE Editor / Diretor

Daniel A. Neves S. Lima Diretora de Comunicação

Ana Carolina Coutinho - MTB: 52.423 Coordenadores de Comunicação

Produto é tudo igual?

Itamar Dantas Miguel De Laet

Muitos empresários estão indo para a China sem fazer as contas

Depto. Comercial

Eduarda Lopes Carina Nascimento Relações Internacionais

DANIEL NEVES

Nancy Bento Roberta Begliomini Padovan Administrativo/Financeiro

Carla Anne Direção de Arte

Dawis Roos Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

Barbara Tavares assinaturas@musicaemercado.com.br Colaboradores

Henry Ho, Fabiano Brum, Yole Scofano, Vicente Sevilha, Cláudio Torres Música & Mercado®

Caixa Postal: 2162 CEP 04602-970 – São Paulo – SP. Todos os direitos reservados. Autorizada a reprodução com a citação da Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados. Publicidade

Anuncie na Música & Mercado comercial@musicaemercado.com.br Tel./fax.: (11) 3567-3022 www.musicaemercado.com.br E-mail: ajuda@musicaemercado.com.br M&M no Orkut: http://tr.im/ydf6 Twitter: twitter.com/musicaemercado Parcerias/Partners Frankfurt • China

Estados Unidos

Impressa no Brasil / Printed in Brazil

HÁ QUEM AFIRME: TECNOLOGIA É TUDO aquilo que foi criado depois de nós. Lembro-me de quando surgiu o Corel Draw e todo mundo tinha um sobrinho que fazia logotipo. Depois veio a fotografia digital e surgiram vários “fotógrafos”... Em nosso ramo também houve a comoditização dos instrumentos musicais e de áudio. Isso, aliado à facilidade de se produzir na Ásia, fez com que muitos empresários esquecessem o poder que marcas consagradas têm de elevar a margem de lucro e, dessa forma, estão indo para a China sem fazer as contas. ARGUMENTAM QUE CONSUMIDOR COMPRA PREÇO,

mas não é bem assim - ou quando você vai ao mercado procura pela carne mais barata? Tornar produtos lucrativos em commodities é uma tarefa arriscada, joga o mercado para baixo. REVELAMOS OS SEGREDOS DA SANTA IFIGÊNIA nesta edição. Na

matéria, mostramos os produtos de ponta que você pode encontrar lá e, ainda, damos uma prévia do polêmico projeto que prevê a desapropriação. Será que o setor de áudio vai perder sua local de referência? PARA A SUA LOJA ENTRAR EM 2010 com toda a parte contábil em

ordem, preparamos matérias fundamentais nesta última M&M do ano. Confira nossos especiais sobre Sped e Substituição Tributária. Ah, e venda muito no Natal explorando os instrumentos musicais infantis!

O ANO DE 2009 FOI SURPREENDENTE.

Iniciou cheio de receios e apreensões que com o passar dos meses tornaram-se menos frequentes. Números do segundo semestre confirmaram: a crise econômica veio para o Brasil, ficou cinco minutos e foi-se embora. A fama que conquistamos como mercado promissor transformouse em certeza: o mundo aplaude nosso país — Copa, Olimpíadas e Expomusic 2009 (confira na pág. 114) que o digam. Por isso, lembrese, produto não é tudo igual, revista não é tudo igual, país muito menos. O Brasil promete! Excelente 2010! DANIEL NEVES

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SUMÁRIO SEÇÕES 26 EDITORIAL Produto é tudo igual? 30 ÚLTIMAS A bola dentro da Argentina 42 ENQUETE Faça seus funcionários renderem mais 92 LOJISTA Eletro Musical / MG 98 VIDA DE LOJISTA Musical Vilhena / RO 106 PRODUTOS Expomusic + Music China + Design 102 TESTE Sax tenor Michael 124 PAINEL DE NEGÓCIOS Anúncios + representantes 130 CINCO PERGUNTAS Sped

MATÉRIAS 46 REDES SOCIAIS Muito além do Orkut e do Twitter 52 INTERNACIONAL A Gibraltar conta os segredos de sua expansão internacional 56 EXPANSÃO As melhores dicas para abrir uma filial

58 FUJA DESTA CILADA Os detalhes para você reconhecer uma Gibson falsificada 64 ACERTE NA CONTRATAÇÃO por Yole Scofano

66 SANTA IFIGÊNIA S/A Renovação urbanística e grandes desafios para 2010 78 THIS IS IT! por Fabiano Brum

80 CRIANÇAS EM FOCO Aproveite o Natal para investir em instrumentos musicais infantis 86 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Saiba tudo sobre as novas formas de recolher o ICMS 104 MUSIC CHINA 1,35 bilhão de chances de negócios 114 EXPOMUSIC 2009 Feira surpreende e traz boas perspectivas para 2010

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Bola dentro A Argentina saiu na frente e ainda bem que não estamos falando de futebol! Já está funcionando nas terras de nossos hermanos um site que concentra e divulga todas as denúncias de roubo de instrumentos musicais. O www. instrumentosrobados.com.ar serve como consulta fundamental para lojistas que negociam equipamentos usados. Vamos reconhecer a excelente iniciativa de nossos vizinhos e, com certeza, adotá-la nas terras tupiniquins.

Quebrando recordes

Novas contratações

Piano do seu jeito

Marcel Lavorat, ex-supervisor de vendas da Tagima, está de casa nova: é o novo gerente comercial da Wolf Music. Sua prioridade será difundir a marca internacional de violões Walden e produtos Wolf no mercado brasileiro.

A Fritz Dobbert lança um novo produto para sua linha de pianos verticais, o FD121. O piano vem nas cores preto, imbuia e mogno, mas, assim como qualquer outro produto da Fritz Dobbert, o cliente pode personalizá-lo como quiser. Basta entrar em contato com a empresa pelo telefone (11) 3973-7900 e apresentar sua ideia.

Schneider agora usa Sabian Equipe comercial da Quanta: sucesso

No início do mês de julho de 2009, a Quanta Music renovou sua equipe comercial. A aposta em profissionais cada vez mais especializados, associada à recuperação da economia mundial, ajudou a quebrar recordes mensais no faturamento da empresa. No primeiro trimestre de trabalho, a equipe vendeu 33% a mais do que a média anual anterior. O novo gerente comercial da empresa, Joey Gross Brown (o segundo da esq. para a dir.), tem 22 anos de experiência em gestão no setor de instrumentos musicais e de áudio e já dirigiu algumas das principais marcas do mercado. “Adotamos uma nova política comercial de transparência. Queremos deixar as regras do jogo bem claras para os nossos clientes e parceiros”, afirma Brown.

Cristoph Schneider, baterista da banda de rock alemã Rammstein, muito conhecida mundialmente, juntou-se ao time de endorsees da Sabian. A mudança para a marca veio após a gravação de seu último CD, Liebe ist für alle da.

Baixe já o seu! De dois em dois anos, a Musical Express atualiza e relança o seu catálogo. A edição 2009/2010 já está disponível e traz novidades em suas 300 páginas, como as esteiras e batedores de bumbo Puresound, peles Uno by Evans, baterias PDP by DW, baquetas 3Drumsticks by DW, acessórios e flautas da Yamaha e estojos e bags TKL. Já as ferragens Gibraltar, a mais nova marca distribuída pela empresa, ganhou catálogo próprio. Você pode baixar esses e outros catálogos da distribuidora no site: www.musicalexpress.com.br/br/downloads.

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Venda mais no Natal A revista Exame PME publicou uma pequena matéria na sua edição 21 (outubro/novembro) com excelentes dicas para otimizar as vendas de fim de ano. Foi consultado o especialista Renato Antonio Romeo, da SaleSolution, que fez uma lista com fórmulas simples que garantem alavancar suas vendas na reta final de 2009. Nós as adaptamos para você: • Passeando pela loja. Quanto mais o cliente passeia pela sua loja, maior a probabilidade de comprar alguma coisa. Por isso os produtos em oferta devem ficar no fundo da loja. • Perguntar não ofende. Uma das ordens primordiais para os vendedores é que eles perguntem ao cliente por que ele quer determinado produto. Isso deve ocorrer antes mesmo de mostrar o produto ao cliente, pois, se não tiver aquela mercadoria na loja, o vendedor já está preparado com argumentos que levem outra solução e novas opções de compra ao cliente. • Lei de trânsito. Nas lojas brasileiras também vale a lei da mão direita. Posicione as mercadorias com maior margem de lucro do lado direito, pois elas são as primeiras a serem vistas por quem entra na loja. Assim você aumenta as chances de interesse por esses produtos. • Regra básica de incentivo. Para estimular seus vendedores e ainda garantir atendimento nota 10, faça o seguinte: dê a todo cliente que entra na loja um cartão verde e outro vermelho. Se ele gostar do atendimento, deposita o verde na urna (que deve ficar na saída da loja); caso tenha desaprovado, coloca o vermelho. No término do dia você conta e só dará prêmios à equipe se a quantidade de cartões verdes superar a de vermelhos. Os vendedores se empenharão 100% do tempo, pode ter certeza.

Publicação da Música & Mercado é destaque em site internacional

Florence é a nova distribuidora Gemini A marca, fundada em 1974 e conhecida mundialmente por seus produtos de áudio e para DJs, já está sendo distribuída no Brasil pela Florence Music. “Estamos muito honrados por termos sido escolhidos como novos distribuidores no Brasil e, sobretudo, por atingir um novo público”, diz Renata Gomes, gerente de marketing da distribuidora.

A entrevista com o designer de produtos dos violões Walden, o chinês Jonathan Lee, publicada na edição 25 da revista Violão PRO, está integralmente disponibilizada no site da fabricante chinesa, traduzida e com destaque para a capa da edição. Publicada pela editora Música & Mercado, a VP é a única revista específica no Brasil para os amantes do violão, que a encontram em bancas de todo o País. Confira a matéria completa no site da Walden: www. waldenguitars.com/news_2009_ ViolaoPro_Interview.html. É, a editora M&M está ganhando o mundo!

Os melhores negócios são feitos aqui! A Feira da Música para 2010 já tem datas e locais definidos e você já pode se programar. Realizadas pela Música & Mercado, as feiras acontecem diretamente em sua região, possibilitando um contato direto de sua loja com os principais fabricantes e distribuidores do País. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3567-3022, ou e-mail assinaturas@musicaemercado.com.br. São José do Rio Preto / Bauru

27 e 28 de fevereiro

Curitiba

20 e 21 de março

Porto Alegre

17 e 18 de abril

Rio de Janeiro

22 e 23 de maio

Belo Horizonte

19 e 20 de junho

Goiânia

24 e 25 de julho

Salvador

14 e 15 de agosto

Belém

6 e 7 de novembro

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Mettalica, Sennheiser e Wireless 3G Independente A capital gaúcha foi escolhida pela fabricante italiana de alto-falantes B&C Speakers para sediar o primeiro centro de distribuição e vendas da empresa no Brasil. Quem vai cuidar do seu gerenciamento será Maicon Hendler, que está no mercado há mais de 11 anos. “Entramos no mercado brasileiro para nos aproximarmos dos clientes e oferecer uma pós-venda mais qualificada e confiável. Nossa proposta é intensificar o relacionamento com nossos públicos por meio de suporte técnico e comercial, desenvolvendo aplicações e soluções de excelente relação custo-benefício para seus produtos e necessidades”, revela. O objetivo é ampliar a atuação da empresa no hemisfério Sul — em países do Norte, ela já está consolidada. No Brasil, a empresa também dará suporte aos distribuidores terceirizados de outros países da América do Sul. “Porto Alegre foi escolhida por ter uma localização estratégica com relação a mercados nos quais intensificaremos nossas operações”, explica Hendler. A B&C Speakers Brasil começa a operar oficialmente a partir de dezembro.

Em virtude do lançamento de sua nova linha de sistema sem fio, a Evolution Wireless G3, a Sennheiser trouxe para o Brasil Robb Blumenreder, gerente da equipe industrial da empresa, para uma série de palestras sobre o novo produto, realizadas em outubro nas principais capitais do País. Voltado para lojistas e técnicos de áudio, o workshop demonstrou diferentes formas de uso dos produtos e ofereceu exemplos práticos com piano, flauta, trompete, trombone, bateria e vocal. “Conseguimos nos aprofundar em tópicos técnicos do treinamento, além de destacar pontos-chave de venda. Acredito que a Blumenreder, da Sennheiser, ação foi muito positiva e esteve no Brasil ministrando palestras espero que mais iniciativas como essa surjam em breve, pois bricante de microfones foi a de dessa forma todos os lados ganham que o Metallica decidiu incluir a em conhecimento e mercado”, afirtecnologia dos sistemas de momou Ricardo Abellan, gerente de nitores pessoais (IEMs) da Série marketing da Equipo, distribuido2000 para a turnê mundial de dira da Sennheiser no Brasil. vulgação de seu último trabalho, Outra notícia boa para a fao disco Death Magnetic!

Pode contar com eles A Krest Cymbals reuniu seus principais representantes em uma convenção realizada em setembro na empresa. O objetivo foi informar os parceiros sobre as estratégias da marca e apresentar os novos colaboradores que representarão a Krest em diversos Estados brasileiros. Nas fotos, da esq. para a dir.: Adriano Vianna (AL/PB/PE/RN/SE), Denise Maito (PR), Paulo Ricardo Martins (ES) e Roger Aguiar (RS). Falando em estratégia, a Krest vem investindo no mundo digital, aproveitando as vantagens de relacionamento que o universo virtual oferece. Com o novo site, inaugurado em outubro, por exemplo, a marca conseguiu alavancar o seu número de seguidores no Twitter. Talvez eles estejam aproveitando as dicas da Música e Mercado... ... Confira o site reformulado: www.krestcymbals.com.br. 34 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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Ventura: a Tokai no exterior A fabricante brasileira de órgãos eletrônicos Tokai vai usar outro nome para explorar o mercado internacional: Ventura. “O problema é que no Japão existe uma fabricante de guitarras chamada Tokai que possui registros em alguns lugares do mundo”, explica Juliano Hayashida, diretor da empresa. A Tokai japonesa não é conhecida por aqui. Existe desde 1942 e distribui seus produtos apenas na Ásia e Europa. No Brasil, a Tokai continuará operando com o nome que se tornou referência em seu segmento. A Ventura já está oficialmente operando. A Armadillo Enterprises, nos EUA, já está distribuindo a marca no país. Para saber mais, acesse: www.armadillonet.com/Ventura.

Ela quer você A Giannini procura representantes para as seguintes regiões: Roraima, Manaus, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Pará e Amapá.

‘Say no More’ com Audix! Charly Garcia, um dos maiores ícones roqueiros da Argentina, é o mais novo endorsee da Audix. Os microfones serão utilizados em sua nova turnê, “Say no More”.

Michael investe na web 2.0 Continuando as comemorações de sua primeira década de vida, a Michael lançou em 16 de novembro um site completamente remodelado no endereço www.michael.com. br. Segundo o marketing da empresa, o novo projeto promete, além de design mais moderno e arrojado, a exploração do conceito web 2.0, com muita participação e interação dos internautas. “Os usuários serão fundamentais na geração de conteúdo e de ideias”, explica Daniel Lucas, um dos

responsáveis pelo projeto. Por enquanto, você pode conferir o hot site de pianos da marca. Hot sites são micropáginas da internet lançadas com a finalidade de divulgar produtos específicos em campanhas de marketing. Em www.michael.com. br/pianos você pode acessar informações completas sobre a linha de pianos da marca, inclusive download do catálogo. Confira!

Sons da Itália Um festival italiano pró-exportação de instrumentos musicais finalmente chegou ao Brasil. É o Suono Itália (Sons da Itália), que pretende levar a outras culturas um pouco da arte e música italianas, mas, sobretudo, divulgar a qualidade dos instrumentos fabricados no país. Com exposição de diversos instrumentos, o evento também trouxe masterclasses e apresentações. O Suono Itália ocorreu entre os dias 11 e 14 de novembro, na cidade de São Paulo, e foi coordenado pelo Instituto Italiano para Comércio Exterior e o Ministério de Desenvolvimento Econômico da Itália em colaboração com a Associação dos Fabricantes de Instrumentos Musicais. No Brasil, a Anafima, juntamente à parceria que mantém com a Apex (Agência Brasileira de Promoção e Exportações e Investimentos), está tomando iniciativas similares para divulgar a qualidade dos produtos brasileiros pelo mundo!

Meteoro lança diversos produtos na comemoração de seus 25 anos A Meteoro comemorou 25 anos e aproveitou para lançar novos produtos, como dois novos cabeçotes que chegaram para completar a linha MW. Outro destaque foi na linha de pedais da marca, com o valvulado Revolution Tube Drive. Para conferir todos os produtos lançados em homenagem ao aniversário, acesse www. amplificadoresmeteoro.com.br.

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Novas lojas A Hendrix World Music, considerada uma das mais tradicionais lojas da rua Teodoro Sampaio, polo varejista de instrumentos musicais na capital paulista, inaugurou mais uma fi lial. “Estamos abrindo essa loja em um momento muito bom para o mercado em geral. É fim de ano, período em que as vendas normalmente já crescem, e o fantasma da crise parece que desapareceu. Então, as expectativas não poderiam ser melhores!”, conta o dono da loja, Vladimir João Teixeira. Em Recife, o grupo Bartô Eletrônica acaba de inaugurar mais uma loja de instrumentos musicais, a Pop Music, que já está funcionando na rua da Concórdia, centro da capital pernambucana.

Top of Mind 2009 Está chegando o prêmio Top of Mind 2009 do setor de áudio e instrumentos musicais. A premiação das principais marcas do segmento ocorrerá no dia 1º de dezembro, em São Paulo, SP. A pesquisa deste ano, realizada pelo Datafolha, entrevistou cerca de 360 lojistas de todas as regiões do Brasil e vai diagnosticar as marcas mais lembradas de 2009 pelos empresários. A pesquisa mediu a presença da marca na memória do entrevista-

do, avaliou seu grau de popularidade e o prestígio junto às lojas brasileiras. O evento é promovido pela editora Música & Mercado, com patrocínio da Musikmess e apoio da Namm e Music China. Conheça as marcas mais lembradas do setor e defina suas estratégias para o ano que está chegando. Mais informações com relação aos critérios de análise para o prêmio você encontra em nosso site: www.musicaemercado.com.br ou pelo e-mail: publicidade@ musicaemercado.com.br. Confira o resultado na próxima edição.

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Como vender mais gaitas?

Yamaha lança série NX

Para incentivar o consumo de gaitas, a Bends Harmônicas criou o projeto Aprenda Gaita Grátis. Funciona assim: um instrutor da empresa vai diretamente ao ponto de venda e ministra um treinamento de gaitas para alunos interessados. O programa já tem mais de 3.800 inscritos e está partindo para a sua 5ª edição. Para Samantha, diretora de marketing da Bends, a iniciativa tem conseguido resultados positivos. “Com essa iniciativa, a Bends conquistou uma comunidade fiel de amantes da gaita. Isso resultou em cumplicidade, pois estes alunos admiram a Bends por fomentar a cultura de gaitas no País e valorizar a educação musical.” O lojista também sai ganhando, já que as aulas estimulam as vendas de gaitas na loja. Para saber mais informações, ver agenda de workshops e solicitar o evento na sua loja, acesse www.bends.com.br.

A empresa japonesa disponibiliza ao mercado um linha versátil de violões, desenvolvida tanto para animar uma roda de amigos e também com todos os componentes para gravação em estúdio. São três modelos que compõem a série NX: NCX900R, NTX700, NTX900FM, todos equipados com o A.R.T. system (sistema de captadores), especialmente desenvolvido para violões de nylon. Ainda possuem dois tipos de corpo (clásline),), criasico e thin line dos para atender a vários estilos de músicos.

Os músicos e seus bags Como novos endorsees, Felipe Andreoli, Marcelo Barbosa e Rafael Bittencourt vão desfi lar seus instrumentos acomodados em bags fabricados pela Condortech do Brasil.

Grife da pesada! A EMG, conhecida pelos seus captadores utilizados por grandes nomes do rock metal como Zakk Wylde e Kirk Hammett, lançou uma loja virtual para comercializar camisas, bolsas e bonés da marca. A empresa informa que esses são apenas os primeiros itens e que, para o ano que vem, os fãs da marca poderão contar com novos produtos EMG Pickups.

Arte no prato O estúdio Hellno, do baterista Nô (ex-integrante do Dead Fish), lança a Pratarte, uma exposição de arte aplicada em pratos de bateria, em parceria com a Orion Cymbals. O objetivo é divulgar a arte e estimular os artistas brasileiros, e para isso, a intenção é de que a exposição se torne itinerante pelo Brasil. Para agendar uma visita, adquirir alguma peça ou levar a exposição para a sua loja, entre em contato com o estúdio Hellno pelo telefone (11) 3973-7900 ou pelo e-mail contato@hellno.com.br. Você também pode ver mais detalhes no site da Orion Cymbals: www.orioncymbals.com.br

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A tecnologia e a Dunlop A empresa Dunlop Manufacturing, fabricante estadunidense de acessórios musicais, aposta na tecnologia para se destacar da concorrência. Matt McDevitt, diretor de vendas internacionais da companhia, falou com a Música & Mercado sobre tecnologia. Vocês acreditam que os instrumentos tradicionais tendem a desaparecer com o avanço da tecnologia?

Em uma indústria como a nossa sempre haverá lugar para efeitos e instrumentos manufaturados. Os músicos buscam constantemente melhorar sua sonoridade. Existem infi nitas possibilidades dentro de um simples produto e o que é bom para um músico pode não ser para outro. Também porque sempre haverá lugar para os pequenos fabricantes e os incentivadores do “faça você mesmo”.

Dunlop fabrica diversos tipos de acessórios

Em que a tecnologia contribui para o mercado de áudio e instrumentos musicais?

A tecnologia pode ajudar o mercado a crescer. Todas as formas de acesso à educação musical contribuem para o crescimento de uma base de mercado muito mais ampla. Quanto mais o consumidor sabe sobre seu instrumento, mais informada será sua decisão de compra do novo equipamento. Vocês acreditam na evolução do e-commerce?

Os consumidores que usam internet para influenciar suas decisões de compra têm a possibilidade de pensar mais sobre a compra do que aqueles que não a usam. Os consumidores podem ler newsletters, assistir demonstrações em vídeo on-line ou buscar preços diferentes, e tudo pelos seus computadores. Sempre haverá um espaço para as lojas físicas, já que nós gostamos de experimentar os produtos pessoalmente, antes de comprá-los. Mas, no futuro — que também já acontece hoje —, as lojas que se encontram a quilômetros de distância terão de competir com as lojas virtuais. 

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Enquete

ELETROMUSIC

TAM

Faça seus funcionários renderem mais Quatro gestores do ramo dão dicas de como reconhecer as deficiências de seus funcionários, eliminá-las e fazê-los render mais

P

reservar bons funcionários e saber lidar com os que não conseguem se adaptar à função são desafios para empresários de qualquer segmento. Na área de vendas, o setor dos instrumentos musicais e de áudio ainda traz uma particularidade: além de ser bom vendedor, o funcionário deve estar antenado às novidades e lançamentos, sempre buscando mais informações sobre os produtos que vende e aperfeiçoando-se na sua função. Os gestores a seguir dão dicas de como trabalhar as deficiências de um funcionário problemático sem perdê-lo.

Perguntas

1.

Quais características você aponta para descrever um funcionárioproblema?

2. 3.

Como você lida com ‘funcionáriosproblema’?

Como você faz para preservar pessoas de talento na empresa?

4.

Quais são os conselhos essenciais para a contratação?

Maria Regina R. de Oliveira Eletromusic Rio Bonito, RJ A irresponsabilidade, o desamor ao que faz e a dificuldade de relacionamento com a equipe são características que mostram que um funcionário não está atendendo às necessidades da empresa. Ele deve aceitar e, se possível, corrigir os próprios erros para se adequar. Tento ser paciente e tolerante a ponto de incentivá-lo a reconhecer o erro e procurar melhorar. Não só em prol da empresa, mas, principalmente, para seu próprio desenvolvimento. Sempre me coloco em seu lugar para olhar o problema de outro ângulo. Só assim consigo agir com justiça e solidariedade, não só como patroa, mas também como amiga. Procuro mostrar a importância da eficiência do seu trabalho para o crescimento da empresa, fazendo-o participar das resoluções e decisões das atividades. Valorizo muito o espírito de equipe, a amizade e o companheirismo. Procuro ter com meus funcionários um convívio bem informal, em que trabalhamos com seriedade, mas também compartilhamos momentos de descontração, o que tem sempre trazido resultados positivos para a empresa. O candidato deve demonstrar esforço, dedicação, amor à atividade e visão de crescimento. O bom funcionário é aquele ‘que veste a camisa’ da empresa!

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Tamborim de Ouro Bumba Records

José Pacelle Bringel Tamborim de Ouro João Pessoa, PB Antes de tudo, precisamos distinguir um funcionário-problema de um funcionário com problemas. Temos adotado medidas para que isso não ocorra, tais como uma seleção criteriosa na admissão, treinamento permanente e política de incentivos.

Sempre procuramos compreender o que ocorre com nossos funcionários. Com o treinamento e o relacionamento constantes, temos evitado esse tipo de ocorrência.

Procuramos oferecer sempre mais do que o mercado de trabalho oferece. Liberdade para trabalhar; reconhecimento do seu talento; política salarial com prêmios pelo desempenho; motivação pessoal e profissional; ambiente de trabalho saudável e agradável.

O perfil do candidato deve ser analisado com muito critério. Alguns aspectos são importantes no nosso ramo de atividade, tais como o grau de escolaridade; o conhecimento dos produtos; a postura afável e que transmita confiança ao cliente; e a versatilidade para o desempenho de várias funções correlatas. Estas são características fundamentais para um funcionário adequado.

Márcio Menezes Bumba Records Teresina, PI Basicamente, o vendedor de instrumentos musicais deve conhecer o produto que está comercializando. Mas só isso não é o suficiente. Ele deve demonstrar interesse no seu crescimento profissional e no da empresa.

Faço um trabalho baseado na motivação, mostrando as possibilidades de seu crescimento no setor em que atua.

Musical Grellmann

Douglas Grellmann Musical Grellmann Foz do Iguaçu, PR Funcionário-problema é aquele que demonstra falta de atenção ao seu trabalho, não tem interesse em procurar as novidades do mercado e só consegue vender ‘com desconto’.

Temos um curso em nossa associação comercial sobre foco em vendas e damos dicas de como lidar com determinados tipos de cliente, para chegar às vendas com maior lucro.

Invisto em sua qualificação e aponto novas perspectivas para crescimento dentro da empresa.

Para segurar um funcionário padrão, recompensamos financeiramente os que atendem às nossas metas e perspectivas.

Fazer uma entrevista para verificar a qualificação profissional do candidato e se ele tem algum tipo de envolvimento no setor dos negócios da música, seja de entretenimento ou experiência com vendas.

Atualmente fazemos um questionário desenvolvido por uma psicóloga, em que o resultado busca encontrar o colaborador mais apto para a função desejada dentro da empresa.

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Mundo Digital Relacionamento

Além do Twitter Conheça outros sites de relacionamento e confira as dicas de como utilizá-los para fazer a sua loja bombar na web Por Cláudio Torres

U

ma das atividades mais populares no marketing é a ação promocional ou, como muitos chamam, a ‘Promo’. E apesar de a promoção de vendas estar diretamente ligada ao desejo de toda empresa em incrementar seu faturamento, sua forma tradicional toca no lado mais sensível da empresa: o bolso. A Internet elimina o entrave, porém, geralmente encontramos na web ações promocionais tímidas, que normalmente servem de apoio para outras campanhas ou para promoções em pontos de venda ou apenas informando sobre descontos. É possível explorar muito mais do que isso: você pode criar ações promocionais exclusivas para a Internet aproveitando as redes sociais dos próprios consumidores. A propagação de sua ‘promo’certamente será viral. O resultado pode ser muito rápido e a relação custo-benefício bastante atraente. Para começar, faça-se uma pergunta fundamental: o que o meu consumidor quer? Claro, todo consumidor quer descontos, mas você precisa se lembrar dos três principais desejos do comprador on-line, antes de definir sua ação promocional: informação, entretenimento e relacionamento. Somente trabalhando com esses três aspectos sua ação será eficiente no mercado on-line.

1.

Informação

A ação deve informar sobre a oportunidade única dispo-

! e s e t c e n Co nível somente pela Internet. A oferta pode estar associada diretamente ao produto ou a alguma outra ação atraente para o público-alvo.

2.

Entretenimento

A ação deve fazer com que o consumidor participe e se envolva em algum tipo de evento, precisa entreter. Os sorteios parecem atraentes, mas são muito estáticos para a Internet: competição, gincana ou jogo geram resultados mais interessantes dentro da dinâmica que a rede exige.

3.

Relacionamento

A ação deve envolver a rede de relacionamento do consumidor. Você precisa explorar, de forma consciente, a rede social à qual o consumidor pertence. Ele deve se sentir importante na medida em que a promoção valorize não só a ele, mas também a seus amigos e as pessoas com interesses em comum. Conheça, então, alguns sites (e dicas) para implantação em campanhas promocionais, adaptados a clientes segmentados – digamos assim. Explore a Internet como ela merece!

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Mundo Digital Relacionamento

Pollgate

(www.pollgate.com.br) Rede social baseada em enquetes multimídia sobre diversos assuntos. Neste site, sua loja pode promover produtos ou serviços a partir de enquetes, que serão respondidas pelos internautas. Também é possível criar uma ‘gincana’ premiando os internautas que inventarem e disponibilizarem uma pergunta relacionada a sua loja, produtos e serviços. Ganha quem obtiver o maior número de respostas.

Meusparabens

(www.meusparabens.com.br) Uma ferramenta web que permite ao internauta agendar os aniversários dos amigos e ser lembrado deles. Com ela, sua loja pode se promover oferecendo premiação aos aniversariantes cadastrados ou motivando o consumidor em potencial a colocar os aniversários dos amigos para, posteriormente, enviar oferta promocionais a esses aniversariantes.

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Mundo Digital Relacionamento

Estilook

(www.estilook.com) Amantes e profissionais de moda se encontram neste site, onde os usuários divulgam seu próprio estilo. Nele sua empresa pode criar uma promoção em que os consumidores publicam fotos “estilosas” com o seu produto, sendo que os melhores ‘looks’ (votados pelos participantes da própria rede social) ganham algum tipo de prêmio.

GoZub

(www.gozub.com) Site tipo Twitter. Possibilita também o envio de informações para o celular e para o MSN e similares. Enfim, sua informação chega à pessoa onde ela estiver! Inclusive, a empresa pode se utilizar da infraestrutura do GoZub, com seu próprio logo, e promover uma campanha promocional, integrada ou não ao site, direcionada tanto para seus clientes quanto para consumidores em potencial.

de fora Não deixe o Twittteer de computado-

fabrican Você sabia que a Dell, com $ 3 milhões de dólares res, vendeu mais de US uma Pois é, o microblog tem marketing pelo Twitter? ite rm itter Promo” que pe ferramenta chamada “Tw acidade nais utilizando a sua cap lançar ações promocio ornsf tra ramenta, é possível viral. Utilizando essa fer em ção em uma competição mar a oferta da promo mo co dor divulga a promoção que o próprio consumi aqueles um benefício. Vencem objetivo de ganhar alg . Assim o s ao site da promoção que levarem mais visita ormanem uma promoção, inf consumidor se envolve rdível e, uma oportunidade impe do seus amigos sobre miado neficia dela, sendo pre ao mesmo tempo, se be resiste? pela divulgação. Quem

Siga a Música & Mercado no Twitter: twitter.com/musicaemercado CLÁUDIO TORRES é autor do livro A Bíblia do Marketing DIgital, lançado pela editora Novatec. Graduado em engenharia pelo ITA, fez pós-graduação em Marketing na Suécia e atua como consultor e palestrante em marketing digital e mídias sociais. E-mail: claudio@infobot.com.br

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Distribuição Mercado

Guia prático para conquistar as Américas KMC conta os segredos para explorar novos mercados, seus objetivos para a América Latina e revela o que há por trás da mudança da distribuição da Gibraltar no Brasil

J

Diretoria de vendas e marketing da KMC Gibraltar. Da esq. para a dir.: Ken Fredenberg, Stephen Goodrich e John Shand

NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE AS BATERIAS ELETRÔNICAS TÊM CAUSADO UM GRANDE IMPACTO NO MERCADO NOS ÚLTIMOS ANOS

ohn Shand está há mais de 20 anos na KMC Music. Atualmente é diretor de gerenciamento internacional e vem se dedicando ao desenvolvimento de produtos para mercados estrangeiros. Em breve conversa com a Música & Mercado, Shand apresentou as estratégias da empresa para ampliar a sua participação no mercado brasileiro e América Latina. Uma das principais ações foi a troca da distribuição das ferragens Gibraltar no Brasil (conforme você leu em primeira mão na M&M 44), que passaram para o portfólio da Musical Express. Todos os esforços da KMC estão direcionados para conquistar e fidelizar consumidores por meio dos produtos inovadores da empresa. Para se ter ideia, somente as ferragens Gibraltar já são exportadas para mais de 50 países. Para a KMC é um bom número, mas, como dizem, eles querem mais! O que levou a KMC a trocar a distribuidora exclusiva da Gibraltar no Brasil?

Mudanças de distribuição são estrategicamente dirigidas na KMC e, como resultado, não podemos divulgar os detalhes dos motivos pelos quais as mudanças são feitas. No entanto, es-

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Distribuição Mercado

tamos animados com a dinâmica do marketing, das vendas e dos planejamentos inovadores apresentados pela Musical Express ao longo dos anos — responsáveis por destacá-los como um distribuidor ‘top’ para produtos de alta qualidade. Estamos especialmente interessados em seu foco em acessórios, e acreditamos que esse direcionamento vai ajudar a Gibraltar a ganhar uma boa fatia do mercado nos próximos anos. Quais são os maiores mercados da Gibraltar hoje? A que características vocês atribuem o sucesso nessas regiões?

Alguns dos nossos maiores mercados são aqueles em que a distribuição se mantém estável durante um longo período de tempo. A área de atuação da Gibraltar é grande e abrange vários segmentos do mercado de percussão. Ter um distribuidor local de longo prazo é o melhor plano para o sucesso. Temos sido mais ativos em vários mercados europeus e na

Kaman Music Corporation Fundada em 1945 com o nome de Kaman Aircraft, o intuito de Charles Kaman era construir helicópteros. Pouco mais de 20 anos depois, logo após ter perdido um grande contrato militar, Kaman ficou fascinado com um violão Martin. A fim de diversificar os negócios, uniu seu espírito pioneiro (é conhecido como o primeiro designer de helicópteros) à alta tecnologia e know-how de sua empresa para criar um violão com um material mais moderno. Assim, em meados dos anos 60, nasceu a Ovation. Hoje a Kaman Music é uma das principais fabricantes de instrumentos do mundo. Além do violão, produz guitarras, baterias, violinos, instrumentos de percussão, ferragens e amplificadores. Algumas de suas outras marcas são: Sabian, Genz Benz, Gibraltar, Gretsch, Takamine, Hamer, Toca, Seiko e Becker Instruments. Em 2007, a Fender Musical Instruments Corporation, FMCI, comprou a Kaman, que passou a se chamar KMC. A FMCI é considerada uma das maiores empresas de instrumentos musicais do mundo.

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Distribuição Mercado

Austrália, por isso nosso sucesso tem sido grande nos últimos anos nesses locais. Achamos que a promoção contínua e a disponibilidade de produtos da Gibraltar, combinadas com uma comunicação profissional e eficaz aos revendedores e consumidores, compõem a melhor estratégia para o sucesso em longo prazo.

zes por informar que a Gibraltar já oferece produtos que são de interesse para os bateristas que utilizam a tecnologia digital. Na verdade, lançamos vários produtos projetados especificamente para bateristas high tech, por exemplo, as nossas GEMS (estantes para suporte de equipamentos eletrônicos), e tem mais novidade chegando.

Quais são os novos mercados que a KMC quer explorar com os produtos da Gibraltar?

Quais são as principais dificuldades de distribuição que vocês vivenciam sendo representados, por exemplo, em todos os países latino-americanos?

Qualquer mercado em que haja um número suficiente de bateristas e percussionistas procurando maneiras inovadoras para montar e expor seus instrumentos é um mercado em potencial para a Gibraltar. Ainda temos muito espaço para crescer nos mercados em desenvolvimento, como China e Índia!

A América Latina apresenta uma série de desafios para a distribuição. É uma grande área geográfica com uma variedade de mercados com diferente potencial econômico. Muitos são pequenos demais para suportar um modelo de distribuição normal, assim são compostos apenas de lojas de varejo que fazem a importação direta, por conta própria. Isso representa um claro desafio para os fabricantes que procuram desenvolver suas marcas. Felizmente, o Brasil é um dos mercados mais sofisticados e desenvolvidos na América Latina e oferece uma grande oportunidade para uma empresa bem financiada de distribuição profissional.

Em termos de inovação, quais são as novidades da Gibraltar?

Estamos constantemente melhorando e aperfeiçoando os produtos existentes e introduzindo novos itens para bateristas. Como exemplo, vamos salientar que o novo sistema Stealth de suporte da Gibraltar — que é uma grande melhoria na versatilidade e flexibilidade sobre projetos de sistemas tradicionais de rack — foi agraciado com o prêmio US Merchandise Musical Review de Melhor Acessório de Percussão em 2008. Isso ajuda a ilustrar o reconhecimento do espírito inovador da Gibraltar. Quais são as linhas de produtos da Gibraltar mais adequadas ao mercado brasileiro?

A Gibraltar tem uma linha completa de ferragens para bateria/percussão e acessórios com muitos produtos inovadores. Talvez a característica mais interessante de toda a marca é que as ferragens são projetadas para oferecer soluções para bateristas e percussionistas, melhorando o desempenho e a eficiência de seus setups, independentemente da marca da bateria que estão usando. Assim, as ferragens da Gibral-

Qual é a porcentagem das vendas da KMC na América Latina em relação às outras regiões do mundo? Display Service Center – Com as principais peças de reposição — chaves de afinação, feltros para estante de prato, borboletas — Shand considera esse display indispensável para todas as lojas

tar podem ser usadas por qualquer baterista, e, claro, sabemos que há milhares de bateristas no Brasil! A participação da bateria eletrônica vem crescendo no mercado musical. Qual o impacto dessa tendência nas vendas de ferragens?

Não há dúvida de que as baterias eletrônicas têm causado um grande impacto no mercado nos últimos anos. Estamos feli-

A América Latina tem sido uma das regiões de maior crescimento para os produtos KMC nos últimos anos. A estabilidade política, a reforma econômica, bem como o desenvolvimento de uma ‘classe média’ de consumidores colaboraram de forma decisiva para esse aumento. Naturalmente, o fato de toda a região ter uma cultura vibrante e diversificada em termos musicais também contribuiu significativamente para o nosso sucesso! 

Para saber mais: • kamanmusic.com • musical-express.com.br/gibraltar • http://tr.im/D8e9

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Gestão Expansão

Multiplique seu negócio As melhores dicas para você abrir uma filial

O

s empresários que desejam expandir seus negócios muitas vezes acabam brecando seus investimentos por medo de dificuldades que podem advir no processo ou receio de insucesso diante de uma insegurança econômica generalizada, como ocorreu no início deste ano. É um paradoxo, mas são justamente os momentos difíceis que proporcionam as melhores oportunidades para sair em busca de novos mercados. “É nesse cenário atribulado que se encontrarão novos modelos de negócios e novos talentos, que outros estão menosprezando”, explica a consultora de marketing Adriana Trillo.

Se você deseja expandir, seja abrindo uma filial ou mudando a sede para um espaço maior, planejar é primordial para conseguir bons resultados. Muitos são os fatores que se devem considerar, como os custos de distribuição, por exemplo. É importante que você tenha claro o impacto que a nova operação vai gerar na estrutura financeira da empresa, sem ‘achismos’, baseado em projeções concretas fornecidas pelo seu departamento administrativo. Outro fator a considerar, e planificar, é a relação com o consumidor: “Uniformidade no preço, identidade institucional, design da fachada, atendimento ao

cliente, tudo isso uniformizado e padronizado são fundamentais. Uma boa ideia é redigir manuais de atendimento aos vendedores”, destaca Juan Tossici, da Tossici Comunicação. Outra dica fundamental tem a ver com a escolha entre alugar ou financiar a compra da nova loja. Segundo Tossici, o melhor é um aluguel com opção de compra. Hoje sobrevivem as empresas que têm flexibilidade: “O aluguel é a melhor opção. Se for um leasing, melhor ainda”, afirma o consultor.

A segurança dos números A distribuição geográfica das filiais em relação à matriz pode contribuir também para o sucesso do empreendimento. Colocar uma nova loja próxima à outra que já existe pode fazer com que aumentem os custos administrativos sem, com isso, aumentar as vendas. O consultor especializado em empresas Juan Ignacio explica: “Se a nova loja está próxima da outra, o empresário não terá os benefícios de uma expansão mercadológica e de território. Pior, estará, na verdade, multiplicando os problemas que o primeiro local já tem”. E voltando a falar de números concretos, é fundamental avaliar corretamente a demanda que a nova loja pode gerar. O erro mais comum é fazer essa análise com base em quanto a loja precisa vender para cobrir os custos

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Gestão Expansão

e, assim, ganhar por margem. Não está errado, o problema é que fazem isso sem dados fundamentados sobre a existência ou não da demanda de seus produtos, demanda tal que justifique o investimento na nova loja. Calma, você não precisa procurar uma empresa especializada em pesquisa de mercado (apesar de ser o ideal, veja quadro ao lado), é possível fazer uma boa análise por outras formas. A especialista em marketing Adriana Trillo mostra o caminho: “Você deverá considerar alguns aspectos, como, por exemplo, sazonalidade do produto, capacidade de armazenamento, tempo de reposição das mercadorias, estimativa do retorno do cliente, capacidade socioeconômica da região, prioridades de consumo etc. Essas

Ao pensar em expandir, analise Orçamento É melhor contar com capital próprio e considerar a possibilidade de insucesso que não altere a operação existente.

Tempo Opte por demorar mais do que havia planejado para abrir a nova loja, do que ser precipitado e perceber que a celeridade contribuiu para o fracasso. Na inauguração tudo deve estar pronto, desde o treinamento dos vendedores até a checagem de estoque.

Necessidade Você deve se perguntar muitas vezes: é preciso uma nova loja? Lembre-se: investimentos levam tempo para gerar retorno.

Distribuição O ideal é que o aumento de custos da nova loja seja compensado com uma distribuição eficiente por conta do fornecedor, sem ter de ficar levando mercadoria de uma loja para outra.

análises trarão uma previsão concreta do retorno do capital investido. Portanto, em quanto tempo você irá recuperar este investimento”. Do ponto de vista da capacidade de investimento, Ignacio lembra um estudo do pesquisador e professor Sankaran Venkataraman, do Instituto Batten, da Universidade de Virgínia, nos EUA. “Venkataraman sugere que não se devem aplicar capitais de terceiros em um novo negócio. A justificativa é básica: a empreitada pode não ser bem-sucedida, e se isso ocorrer apenas com o seu capital, a perda é menor”, finaliza. 

Anote aí!

de capital, vale a pena investir em Se a previsão orçamentária para a expansão estiver com sobra Por meio dela você pode estudar uma pesquisa de mercado bem dirigida e de empresa conceituada. suas principais necessidades, o tipo detalhadamente a região, o nível socioeconômico da vizinhança, a concorrência, a aceitaç ão de seu de consumo mais demandado no local, se existe e como trabalha s jogar a âncora se não sabemos onde produto etc. “Uma pesquisa de mercado é vital. Nunca podemo estamos ou que tipo de água há ali”, brinca o consultor Juan Tossici.

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Serviรงos Utilidade

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Verdadeiro ou falso? É crescente e alarmante o número de produtos falsificados vindos da Ásia. No Brasil, alguns já começam a se difundir e causar sérios prejuízos para o mercado. Além de perdas óbvias para as lojas que comercializam produtos usados, principais vítimas do golpe, a perda de credibilidade das marcas é inevitável. A Música & Mercado preparou uma série de matérias especiais que ensinam você a reconhecer as características que diferenciam um instrumento original de um falso para que sua loja nunca caia nessa cilada Por Henry Ho

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Serviços Utilidade

É

impressionante a proliferação crescente de guitarras falsificadas oriundas da China. Ícones de consumo como Gibson, Fender, PRS, Ibanez, Gretsch, Taylor e Epiphone sofrem com vigor dessa indústria paralela. As falsificações infringem o direito de propriedade e alimentam o comércio ilícito. É importante distinguir réplica, cópia e falsificação. A réplica é uma reprodução perfeita, concebida com a intenção de recriar com exatidão uma peça original que agrega conceitos e fatores históricos. Ou seja, é a arte de reeditar um design ou um referencial com absoluta minúcia. Esse tipo de clonagem não visa dividendos comerciais, apenas recria a peça baseada num conceito. Já a cópia é produzida em larga escala e sem autorização do fabricante original. É o típico exemplo de apropriação do patrimônio intelectual sem a intenção de se ‘passar’ pelo original. É caso de empresas tradicionais no mercado que produziram exemplares similares ou inspirados no original,

ESTELIONATÁRIOS CONDENADOS Os falsificadores chineses sofreram um duro golpe em recente investida das autoridades legais da China. O chinês Yu Hui, a pseudoempresária Li Dan e alguns de seus familiares foram condenados a três anos de reclusão pelos crimes que envolvem a comercialização direta e indevida de instrumentos falsificados. Yu Hui, um dos condenados pela comecialização ilegal, tem um site na internet sobre guitarras e venda desses equipamentos: www.paylessguitar. com/index.asp. Fuja dele!

contudo utilizam logomarca própria. Agora, a falsificação é uma reprodução de baixo custo que exala a contundente intenção de ludibriar o consumidor. Utiliza a logomarca original de maneira indevida e sugere, de forma técnica e visual, que a peça é genuína. As falsificações fogem de padrões definidos por leis de copyright, regras de patente e domínio de marca registrada. Não recolhem royalties e Os modelos Gibson Les Paul Standard e Custom estão entre os mais falsificados

HENRY HO é músico, luthier e técnico de palco. Fundador da B&H Escola de Luthieria, é também consultor técnico de várias empresas do mercado musical. Site: bhluthieria.com

são produzidas sem autorização dos fabricantes originais. É o caso das guitarras falsas com a logomarca Gibson – exemplares feitos na China que são vendidos no comércio eletrônico por custos econômicos. A falsificação rompe com a ética e a estética, apresenta um plano perspicaz que incita o desejo e o consumo. Mas é a escolha dos desavisados. E, você sabe, a melhor garantia para se prevenir contra esse tipo de golpe é adquirir o instrumento diretamente com o seu distribuidor oficial no Brasil. Lembre-se, o lojista que repassa mercadoria ilegal também é responsabilizado criminalmente. Veja as diferenças das especificações técnicas de uma Gibson Les Paul autêntica e uma falsificação produzida na Ásia:

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Serviços Utilidade

Falsa

Verdadeira

HEADSTOCK Logo ‘fora de

HEADSTOCK Logo

centro’ com deslocamento acentuado. O material utilizado no logotipo é de madrepérola artificial, com coloração clara e opaca. • Capa protetora do tensor possui 0,7 mm de espessura fixada com três parafusos e o formato é diferente do original. • A angulação do headstock é sutil, abaixo dos 7 graus.

centralizado e levemente inclinado. A madrepérola utilizada na incrustração do logo tem coloração amarelada. • Capa protetora do tensor possui 2 mm de espessura fixada com dois parafusos e formato de ‘sino’. • A angulação do headstock é acentuada, de 14 a 17 graus.

BRAÇO Contornos traseiros com definição de formato.

BRAÇO Contornos traseiros sem muita definição de

Voluta com relevo. • Nut ou capotraste de plástico com acabamento grosseiro. • O acabamento lateral dos trastes e frisos é arredondado em demasia.

formato. Voluta sem relevo. • Nut ou capotraste confeccionado de Corian, material sintético que combina minerais naturais e polímero acrílico puro. • O acabamento lateral dos trastes e frisos é pouco arredondado.

CORPO Cavidades de captadores são sujas e cobertas com

CORPO Cavidades dos captadores são limpas e permi-

tinta preta. Às vezes, não é possível visualizar a espessura do tampo frontal. As cópias mais grotescas utilizam películas plásticas que imitam os veios da madeira do tampo superior. • Cavidade da parte elétrica apresenta formato diferente da original e os componentes elétricos estão fixados diretamente na madeira.

tem a visualização do tampo frontal de maple. • Cavidade da parte elétrica escavada com simetria e interior limpo. Os componentes elétricos são montados sob uma capa metálica.

HARDWARE Captadores de visual similar aos originais. Mas a semelhança é apenas visual. A base inferior do pickup é rústica e não contém o logotipo Gibson. Ponte, tarraxas e ferragens de procedência desconhecida. Os condutores externos são cobertos por capa de plástico maleável.

HARDWARE Captadores originais. Basta verificar a base inferior do pickup, que contém o logotipo Gibson. • Pontes, tarraxas e ferragens de procedência identificável. Componentes elétricos de qualidade fornecidos por empresas conceituadas. Os condutores externos dos captadores são de malha trançada ou são cobertas por capa de plástico de material térmico e durável.

ACABAMENTO Verniz bicomponente denso extre-

ACABAMENTO Verniz nitrocelulose com camadas

mamente brilhante.

finas sobrepostas e brilho moderado.

MATERIAL Utilizam as seguintes madeiras: Nato, Asian

MATERIAL Tipos e madeiras mais usuais: Mahogany,

Maple, Sen, Basswood, Grenadilha e Kiri.

Maple, Indian Rosewood, Brazilian Rosewood e Ebony.

NÚMERO DE SÉRIE As reproduções falsas possuem números de séries inseridos com silkscreen silkscreen.. As originais apresentam as numerações gravadas na madeira em relevo. Mas, atenção, alguns modelos originais utilizam o processo de silkscreen (a Custom Shop e a Les Paul Classic). A numeração das guitarras falsas não fornece o ano, nem o lote de fabricação. 

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RECURSOS HUMANOS YOLE SCOFANO é radialista, consultora de empresas e ministra treinamentos focados em desenvolvimento empresarial nas áreas de vendas, liderança e gerenciamento de rotinas. E-mail: yolescofano@gmail.com

ACERTE NA CONTRATAÇÃO CONHEÇA AS DICAS PARA FORMAR UMA BOA EQUIPE: 80% DEPENDE DE VOCÊ E DE SEU PLANEJAMENTO

A

tualmente, formar uma boa equipe de vendas vai muito além do que simplesmente contratar alguém com experiência anterior. É comum, em muitas empresas, ver que as contratações ainda são realizadas de forma muito rápida e sem o devido planejamento de inserção do novo empregado. Há companhias que contratam num dia e no outro já entregam o catálogo e dizem: “Agora vai vender que chegou cliente”... O indivíduo chega completamente perdido, não é instruído para saber por onde começar, fica ansioso. Se a loja possui circuito interno, então, nem se fala. O ‘novato’ vai pensar o tempo todo que seu chefe está de olho em seu comportamento e, se isso não bastasse, os colegas, que até então não sabiam de nada quanto às novas contratações, já começam a especular quem será mandado embora e a dizer que não foram com a cara do fulano... Típico cenário para que o contratado dure pouquíssimo tempo na empresa. Depois o que se pensa? “Puxa vida, na entrevista parecia ter tanta disposição e no final das contas ficava parado o dia inteiro sem fazer nada” ou “Era muito calado, não era capaz de vender nada”. Invista agora Você precisa começar já a investir em tempo e planejamento para assegurar a qualidade de suas contratações e obter os resultados tão desejados. Uma das primeiras ações é 64 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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RH Contratação

escrever uma carta de apresentação sobre a sua empresa. Pode parecer simples, mas é fundamental que ela transmita informações institucionais para o novo empregado: há quanto tempo a companhia atua no mercado, quem são os gestores (deve conter organograma geral), valores, objetivos, tamanho, número de funcionários, políticas sociais, principais produtos e serviços, assim como principais concorrentes e clientes etc. Quando definir o futuro contratado, adapte a apresentação para o cargo que ele ocupará: quem são os integrantes da equipe com quem ele irá trabalhar, quais são os principais produtos com os quais ele lidará, o que se espera de sua atuação, função e comportamento. Tudo isso só para começar! O seu novo colaborador precisa de conhecimento amplo sobre a empresa que ele vai representar, e tanto ele quanto a antiga equipe vão se sentir mais seguros se você apresentá-lo nominalmente, ou eleger alguém que possa fazê-lo, como o novo funcionário da empresa. Ah! Se puder, informe também qual será a sua função — tudo isso levará à sensação de segurança por parte de todos. Assim, o processo de integração acontece de forma mais natural e ameniza certos desconfortos causados nos colaboradores mais antigos. Saiba que é comum que novos integrantes não sejam muito bem recebidos pelos outros funcionários, pois o ‘novo’, além de ser um ‘desconhecido’, interfere diretamente na zona de conforto dos demais. A saída para essa questão está na própria equipe. Eleja padrinhos ou madrinhas como responsáveis pela orientação do recém-chegado quanto às dinâmicas diárias da empresa, compartilhando a responsabilidade sobre sua adaptação. Isso não isenta os gestores de realizarem um acompanhamento bem próxi-

mo nos primeiros dias de integração. Importante ressaltar que a integração deve ser realizada antes que o novo colaborador venha a ter contato direto com os clientes, o que só deve ocorrer quando o contratado tiver conhecimento pleno de que papel representa para a empresa, para os integrantes de sua equipe e para seus futuros clientes. Todo esse processo acontece de forma gradativa e deve ser encarado com muita seriedade. E depois? Após o processo de integração, é interessante que os gestores expliquem o que esperam em termos de resultados. Não basta o empresário ou o gerente de vendas saber o que quer, os objetivos devem ser transparentes para toda a equipe, com metas realistas e bem traçadas. Lembre-se: quando estabelece metas, você faz com que as pessoas trabalhem em sinergia, todos vão em busca dos mesmos obje-

tivos. E se sabemos onde precisamos chegar, com um planejamento adequado, certamente fica muito mais fácil alcançar o objetivo. Outra coisa: defina estratégias, planeje e gerencie de maneira competente as suas vendas. Invista em treinamento constante, acompanhe e compartilhe resultados, perguntese sempre: qual o perfil que desejo para a minha equipe? O que espero de minha equipe? Como espero que minha equipe atue? Todos sabem qual o objetivo que precisamos alcançar? Como posso incentivá-los a aumentar as vendas? Quais são as ferramentas de que minha empresa dispõe para auxiliar em meu trabalho? Estamos utilizando de forma eficaz os meios de comunicação com nossos clientes (internet, mala direta, mailing)? Tudo parece um pouco mais trabalhoso no início, mas os resultados podem ser surpreendentes! Boa sorte, boas vendas e até a próxima! 

Endomarketing

é a ação s e rápida: endomarketing Numa definição simple presa. Estia os funcionários da em de marketing voltada par a, a busca to de ideias, transparênci mula o compartilhamen tem por e participação integrada, conjunta por resultados, a empresa. produtividade em toda finalidade o aumento da , informação são: ética, interatividade Alguns de seus pilares tação, uma Para começar sua implan e multidisciplinaridade. a equipe. sões e observações com boa dica é trocar impres os qual a empresa e declare a tod Elabore a cartilha da sua fotos, crie dos integrantes. Inclua importância de cada um loja, ou emdos produtos e de sua uma identificação visual cionários. em voltada para seus fun presa, com uma linguag equipe: isso iro os produtos para sua Encante e venda prime scobrie muitas empresas já de se chama endomarketing ção positiva! nefícios dessa comunica ram, nas vendas, os be

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Áudio é aqui! Polo de áudio e eletrônicos em São Paulo espera renovação urbanística e se prepara para novos desafios em 2010 Por Miguel De Laet • Colaborou: Daniel Neves • Fotos: Itamar Dantas

C

om 200 anos de existência, o bairro de Santa Ifigênia está, desde maio de 2009, esperando prometidas mudanças estruturais a serem realizadas pela prefeitura de São Paulo. Não é para menos, a caótica e degradada área é o principal ponto de convergência da indústria de áudio e eletrônicos no País. No mercado musical, poucos nunca ouviram falar da Santa Ifigênia, um bairro movimentado na região da Luz que descobriu cedo a sua vocação comercial devido à proximidade da estação ferroviária, que no passado serviu à indústria cafeeira e transportava os imigrantes europeus

Revolução de 1932

A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro daquele ano. O objetivo era derrubar o Governo Provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova constituição para o Brasil. Os combates envolveram mais de 35 mil soldados do lado paulista, que enfrentaram cerca de 100 mil combatentes governistas. Os dados oficiais apontam 830 mortos, mas estima-se que o número tenha sido muito maior. Os paulistas se renderam depois de três meses, mas tiveram sua vitória política. Por pressão, já nacional, em 1934 foi convocada uma Assembleia Nacional Constituinte. Desde 1997, o dia 9 de julho, data considerada início da Revolução de 1932, é feriado em todo o Estado paulista.

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estabelecidos em São Paulo. Logo após a Revolução de 1932 (veja box na página anterior), o governo suspendeu quaisquer melhorias no bairro. O resultado foi a sua transformação em um local de prostituição e desvalorização imobiliária. Muitos imigrantes de todo mundo também se instalaram na região, que, pouco a pouco, foi ganhando um caráter comercial durante o dia. Com o passar dos anos, antigos lojistas que trabalhavam com o comércio de outros produtos acabaram mudando o ramo do negócio para o mercado de áudio. “A matriz da empresa em que trabalho tem 30 anos e seu fundador vendia anteriormente roupas no mesmo local”, informa Tiago Soares de Oliveira, da MDA Som.

Para onde eu vou? Polo no comércio de áudio do País corre o risco de ser desapropriado

Como transformar uma rua em um sucesso Do ponto de vista do marketing, polos comerciais sempre foram promotores do consumo. Na história sempre foi assim, da concentração de mercadores em Veneza, na Itália, ao centro de Frankfurt, na Alemanha. Não é à toa que shopping centers, abertos ou fechados, atraem tantas pessoas. De maneira geral, existe uma conta que faz a atração a um local comercial ser maior ou menor: número de potenciais consumidores versus concentração de negócios, atividades culturais e estrutura para receber o volume de compradores compatíveis com o local. De acordo com Rubens Sergey, especialista em marketing de varejo, o segredo para uma loja aumentar seu número de clientes é quando uma concorrente abre ao lado e, claro, onde há consumidores potenciais para ambos – mesmo que você não acredite nisso, basta pensar em nosso próprio padrão de consumo: normalmente vamos a pontos comerciais onde será mais fácil encontrar ofertas e quantidade, além da qualidade esperada.

A

degradação do bairro de Santa Ifigênia, que mostra todas as suas características à noite, quando a região passa a ser conhecida como Cracolândia, levou a prefeitura de São Paulo a dar andamento ao polêmico projeto Nova Luz, que promete revitalizar o bairro, mas passando à iniciativa privada a responsabilidade de negociar a desapropriação de imóveis. O conflito de interesses é claro, já que por ser uma região comercial de fama nacional, todos querem se beneficiar da reputação do local. Essa é a questão que vem tirando o sono de todo comerciante da região e de todos os outros varejistas que utilizam a Santa Ifigênia como principal fornecedora para equipamentos de áudio. “Não querem saber para onde vamos. Pensam: ‘Vocês que se virem!’. Não sabemos o que vai ser feito. Estamos esperando no ‘corredor da morte’, aguardando a punhalada”, considera Jaime Ito, proprietário da Ito Som. Realmente a requalificação urbana da Nova Luz é um assunto que aterroriza os lojistas. O projeto de reurbanização da área não é assunto novo. Nos anos 40 já haviam sido feitas algumas melhorias na região e nos anos 80 o prefeito Jânio Quadros também tinha planos para a Santa Ifigênia. Durante o governo de Marta Suplicy houve o Projeto Belezura, com a intenção de revitalizar o centro. A principal diferença para o caso atual é justamente a prática, já que o projeto prevê a transferência de direitos de desapropriação à iniciativa privada. O objetivo é tentar acelerar o processo de desocupação de áreas com dinheiro de empreendedoras, mas como isso será

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E é justamente esse fator que torna a região da Santa Ifigênia muito procurada: a facilidade de encontrar variedade, qualidade e produtos de última geração em áudio e equipamentos de ponta. “Hoje a simplicidade de se trabalhar com equipamento de som profissional é muito grande. Uma mesa digital consegue ter todo rack de periféricos dentro da memória dela”, explica José Roberto Cheda, proprietário da Cheda’s Sonorização Profissional, há 34 anos na região. Outro ponto comentado por profissionais da região é a entrada do sistema line array no mercado, que reduziu peso e volume das caixas de som sem perder a eficiência. “Antigamente você precisava de um caminhão para levar um equipamento, hoje você leva com uma van”, ilustra o empresário.

Roland M400 com sistema REAC: diferencial competitivo

Yamaha M7CL48: a empresa ainda domina (com folga) o mercado de mesas digitais

Se por um lado sistemas complexos despontam em vendas, por outro, nem sempre o produto com maior volume de venda é o de última geração. “Como line array de ponta, existem os sistemas da Nexus, Eletro-Voice e o VerTec da JBL. Contudo, os mais comercializados são os modelos da DAS, que têm grande variedade e relação custo-benefício bem interessante”, reforça Cheda. Ele des-

taca o trabalho da Decomac Brasil, a importadora da DAS, que seguiu a estratégia de deixar o cliente testar o produto antes de comprá-lo, além do apoio que deram aos lojistas, inclusive na pós-venda. Dos nacionais, especialistas da região destacam a Attack, entrando na briga com os importados, e a Selenium, que vem aperfeiçoando a sua linha e desenvolvendo bons line array.

Mesas digitais Quanto às mesas digitais, as mais destacadas durante esta reportagem na Santa Ifigênia, tanto em vendas como em recursos, foram as fabricadas pela Yamaha. “De pequeno a grande porte, a Yamaha domina o mercado de mesa digital. Hoje você não vende Yamaha, o cliente compra”, explica Cheda. E há outras empresas investindo para ganhar espaço nesse segmento, como

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Phonic, Roland, entre outras. Alex Lameira, gerente de produtos da Cakewalk/RSS/Edirol, marcas da Roland, reconhece a força da Yamaha nesse setor. “A Yamaha é a líder no mercado de mesas digitais, mas a Roland vem trabalhando pesado para conquistar uma boa fatia do mercado. A principal arma é a praticidade que a tecnologia REAC trouxe para o áudio profissional.” REAC (Roland Ethernet Audio Communication) é uma tecnologia de transferência de áudio original da Roland. Segundo a fabricante, essa tecnologia é imune à indução externa, à degradação da qualidade e a ruídos existentes tipicamente em cabos analógicos. Os lojistas também destacam outros produtos com bom giro no mercado, os CDJs, equipamentos voltados para DJs. “Eles são um público sempre ligado às novidades”, diz Fábio Dourado, da Casa do Alto-Falante. Tiago

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efetivamente acordado com os lojistas ainda é uma incógnita. “Houve a desapropriação de alguns imóveis que a prefeitura vinha fazendo e depois a coisa começou a se descaracterizar. Não tínhamos informação do que era o projeto em si, como um todo. Entrar na prefeitura e ver o projeto, você não consegue”, lamenta-se José Roberto Issa Cheda, proprietário da Cheda’s Sonorização Profissional.

Por que revitalizar Todas essas intervenções – dos anos 40, 80 e de agora – têm o objetivo de valorizar os espaços culturais dos arredores, implantar áreas verdes, locais de convivência e relações sociais, atrair novas atividades econômicas e, é claro, potencializar aquilo que a região tem de melhor: o comércio. Segundo o projeto Nova Luz, as áreas degradadas serão erradicadas e está prevista uma área para residências destinadas à população de baixa renda. Parece bonito, não é? Não para os comerciantes da região. Robson Ayres, presidente do Clube dos Lojistas da Santa Ifigênia, chegou a apresentar uma ideia interessante à prefeitura de São Paulo, sugerindo a preferência de compra dos futuros imóveis residenciais da região pelos atuais trabalhadores da Santa Ifigênia. Ele usou o bom senso, já que a ideia traria,

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Soares, da MDA Som, cita os amplificadores com entrada USB e os microfones USB como produtos inovadores. No entanto, os produtos mais vendidos na loja dele são microfones sem fio da Karsect e da TSI.

Mapa da polêmica: lojistas ainda não sabem se serão desapropriados

Garantia ‘soy jo’ X internet Muitos lojistas — principalmente os menores — concordam que o movimento na região diminuiu em relação aos anos anteriores. Eles evidenciam duas causas: a concorrência com a internet e o mercado paralelo. O primeiro pela praticidade e rapidez na pesquisa de orçamentos e encomenda do produto, além da ‘prontaentrega’ e do pagamento eletrônico. Já o segundo, por estar relacionado a produtos contrabandeados, oferece preços abaixo do praticados no mercado legalizado. Os reflexos são diretos: “Diminuímos muito o número

Formação profissional Em sua maior parte, profissionais da Santa Ifigênia possuem ensino médio completo e um curso técnico, quando trabalham no cargo de gerência, mas nem sempre estudaram algo relacionado ao segmento. Via de regra, entram no setor por acaso e mudam de empresa, mas não de segmento e região. Tiago Soares, por exemplo, trabalhou em vários estabelecimentos da Santa Ifigênia antes de entrar na MDA Som. Já Roberto Barbosa, gerente da Real Som Eletrônica, começou há 15 anos na empresa como office-boy. Sobre qualificação, os profissionais de áudio da região apontam a importância dos cursos de atualização e palestras promovidas pelas fabricantes para auxiliar no conhecimento sobre os produtos e otimizar a chance de venda. Reforçam ainda a carência de cursos de especialização em áudio no País. Roberto Cheda alerta que os cursos e workshops promovidos pelas fabricantes, apesar de serem fundamentais, ainda não são a alternativa mais adequada, pois o volume de informação — muito grande — e o tempo curto fazem com que a apresentação seja muito superficial. Ele sugere: “Seria interessante fazer uma apostila e en-

tregar para o pessoal. As próprias empresas, por exemplo, poderiam ter um departamento de comunicação entre loja e empresa para realizar consultas técnicas. Quando você conhece o produto, consegue vendê-lo melhor”, esclarece. Fábio Dourado, da Casa do Alto-Falante, chegou a fazer curso de áudio e mixagem profissional na escola Curso de Áudio e Música, CAM, e diz ter auxiliado e muito em seu trabalho. Além da CAM, que fica em Campinas, SP, existe o Instituto de Artes e Técnicas em Comunicação, Iatec, no Rio de Janeiro, RJ, e a Omid, em São Paulo, SP. Conheça-as pelos sites: www.camaudioemusica. com.br; www.iatec.com.br; www.omid.com.br.

Faltam escolas especializadas na qualificação de profissionais do áudio

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de funcionários”, lamenta-se Jaime Ito, proprietário da Ito Som. Para os diversos lojistas entrevistados pela Música & Mercado a opinião foi unânime: as vendas pela internet afetam a venda das lojas de rua. “O cliente está inteirado. Antigamente, ele saía de sua residência para fazer uma pesquisa, procurava três orçamentos, ficava o dia inteiro percorrendo as ruas, fazia amizade com o vendedor e comprava pelo atendimento ou por impulso”, explica o vendedor Tiago Soares, da mesma loja. A internet é uma realidade e, sim, está mudando a forma de orçar e analisar produtos. “A marca é a garantia de qualidade do produto, as lojas devem entender que os consumidores irão chegar com a opinião já formada sobre o produto”, afirma Manel Punti, presidente da Comusica, associação espanhola da indústria da música, uma das mais atentas sobre o efeito internet

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sobretudo, qualidade de vida ao cidadão, pois excluiria o tempo gasto no transporte até o local de trabalho – duas a três horas, uma das principais dificuldades de quem reside em grandes cidades. “O seu Robson passou essa ideia para eles. Por que ela não foi adotada? Por que não foi passado isso em aberto? Como é que eu posso ser desapropriado? Estou há 30 anos nesta loja! Para onde vou? Eu nem sei o que vou receber de indenização...”, questiona, revoltado, o empresário Roberto Cheda. Ninguém realmente sabe o que vai acontecer. “Eles não revelam quais imóveis serão desapropriados para preservar a empresa que vencer a licitação da especulação imobiliária”, dizem os comerciantes. Sem saber quais são exatamente os imóveis que serão ‘vendidos’, a insegurança é generalizada, refletindo no valor imobiliário da região. O preço do metro quadrado há cerca de dois anos era de R$ 2 mil; hoje, afirmam os lojistas, ninguém se interessa nem por R$ 600.

O que diz a prefeitura? A Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Cidade de São Paulo informou que as lojas da região não serão desapropriadas. Disseram ainda que a lei tem o objetivo de favorecer os comerciantes, renovando a área e recuperando imóveis históricos. Segundo o governo paulistano, a desapropriação será destinada apenas aos imóveis abandonados, geralmente habitados por traficantes e infratores. Além disso, a área

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no mercado musical. “No futuro breve será difícil para as ‘lojas físicas’ competirem em preço. O grande diferencial será o serviço”, complementa. Para Soares, que além de vendedor também cuida do gerenciamento do site da Ito Som, “o consumidor pesquisa centenas de lojas em minutos e compra onde estiver mais barato”. Segundo ele, apesar disso, as vendas do balcão ainda superam as da internet, mas os números do e-commerce estão crescendo bastante. O argumento dos consumidores é que eles encontram produtos mais baratos na internet. “Mas com qual garantia?”, proclamam os lojistas, unânimes. Se por um lado é verdade que o consumidor de produto ilegal não está interessado em atendimento ou garantia, na própria região, é notório saber quem são os comerciantes que também trabalham com produtos contrabandeados e realizam fraude fiscal. “Muitos sonegam tributação e origem de produtos, e as empresas idôneas não conseguem vender pela diferença de impostos”, desabafa Tiago Soares, da MDA.

Cheda’s Sonorização Profissional: há 34 anos na região

Nota fiscal é a garantia dos grandes clientes Quem não reclama por ter de disputar o mercado com produtos ilegais Real Som: já tradicional na Rua dos Andradas são lojistas que vendem para empresas profissionais de sonorização e lo- lização, cada vez mais atuante. Além posto a gastar certamente irá querer cação de equipamentos de áudio. “Ele disso, o investimento em equipamento contar com a garantia. Os pequenos comerciantes tam(empresário) prefere, até por seguran- de áudio é muito alto. Consumidor disbém sentem pressão dos preça, pagar um pouco mais ços praticados pelas grandes caro em lojas conhecidas lojas, que possuem negociaque forneçam produtos de Outros polos de áudio do País Belém, PA ................................Rua Manoel Barata ção, pois seu giro e volume procedência garantida”, diz Belo Horizonte, MG ...................... Rua dos Carijós são maiores, e podem trabaCheda. A razão é simples: Fortaleza, CE.......................... Rua Pedro Pereirão lhar com valores, muitas ve“Ele está na rua, na estraGoiânia, GO .............................Rua Senador Jaime zes, imbatíveis. “Não tenho da, e necessita de um seManaus, AM .................................Rua Dr. Moreira condições de praticar os preguro para o equipamento. Natal, RN ..............................Rua Pres. José Bento ços que têm por aí. Fazemos Para isso, precisa da nota Porto Alegre, RS .........................Rua Alberto Bins um preço de sobrevivência e fiscal”, explica. Recife, PE .................................. Rua da Concórdia temos clientes que dão preOutro fator que reforça a Rio de Janeiro, RJ .................República do Líbano ferência ao atendimento”, importância de se comprar declara Ito. Roberto Barboum produto legal é a fisca72 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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desapropriada, de quase 270 mil m2, será utilizada para a construção de residências para famílias de baixa renda e prédios que serão destinados ao Poder Público, como a sede da Polícia Metropolitana de São Paulo, por exemplo. O processo ainda está em licitação para escolher o escritório de arquitetura que será o responsável para, num prazo de dez meses, apresentar um projeto que contemple todas as especificações da prefeitura. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano disponibilizou mapas em seu site sobre a reurbanização (acesse este endereço para conferi-los: http:// tr.im/ELjl) — neles não estão especificadas quais propriedades serão desapropriadas. Para as empresas que querem investir na região, serão concedidos incentivos fiscais; quem se instalar nos arredores receberá desconto de 50% no IPTU e de 60% no ISS. Tudo indica que o assunto demorará a se resolver. O processo de licitação é lento e não existem informações claras a respeito. Além disso, como as acusações envolvem políticos ligados ao atual prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, a maioria dos lojistas acredita que o processo irá se arrastar até as próximas eleições municipais, em 2012.

Empresas fora do nosso setor interessadas em ocupar a região

Segundo a mídia, conheça algumas empresas que têm interesse declarado em ocupar a Santa Ifigênia: Atento Brasil; Audatex; Bracor Empreendimentos; BRQ Soluções de Informática; BR Properties; DMF Construtora; Digisign; E-Safetransfers; IBM; Instituto Moreira Salles; Klar Indústria e Comércio de Eletroeletrônicos; Magna Web; Mercado Eletrônico; Meta Serviços em Informática; Microsoft; TMS Call Center; TNL Contax.

Vereadores cassados A indignação dos comerciantes gerou um pedido de cassação de alguns vereadores de São Paulo, por conta de muitos deles terem supostamente privilegiado empresas de construção civil na reurbanização da Santa Ifigênia, já que elas financiaram suas campanhas – um escândalo que levou à cassação de 13 vereadores da cidade.

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sa, da Real Som, concorda e afirma que sua loja nem entra nessa guerra: “Hoje, nesse mercado, oferecemos um trabalho diferenciado, uma pós-venda eficiente e não o preço”, completa. Se brigar pelo preço é inviável, o diferencial das lojas menores deve ser o atendimento, mas também especialização e aumento de volume nas compras com número menor de fornecedores, para obter vantagens na negociação.

O futuro da região Como em muitos outros pontos comerciais, a região da Santa Ifigênia já sente os efeitos do comércio on-line,

mas não é só esse fator que preocupa os lojistas, que mencionam também outros fatores: “O movimento tem caído um pouco, sim, acho que por conta da venda eletrônica. E os outros bairros, de certa forma, estão conseguindo cativar clientes”, explica Fábio Dourado, gerente comercial da Casa do Alto-Falante. A opinião é endossada por Roberto Barbosa, da Real Som Eletrônica, que aponta o fortalecimento do mercado da internet e também das lojas de bairro como fatores determinantes para a diminuição das vendas. O proprietário da Ito Som é ainda mais enfático: “Antes era possível trocar de carro

todo ano com um comércio como esse. Hoje não é mais assim”. Mas há quem discorde. “De maneira geral, o movimento vem aumentando. Antes a Rua Santa Ifigênia era o foco. Hoje você tem as transversais: Timbiras, Aurora, Vitória e Gusmões. A Rua do Seminário vem se destacando com o segmento de som”, diz Roberto Cheda. O empresário lembra que diversas lojas do Brasil estão crescendo, especialmente aquelas que utilizam a internet como aliada. Como exemplo, ele cita a Lamarca Pro-Áudio, de Limeira, no interior de São Paulo: “Ele vinha aqui comprar material e

Igrejas: um bom negócio? O que move o mercado da Santa Ifigênia não é apenas a venda de produtos para a maior parte dos varejistas espalhados pelo Brasil. A região também se destaca por oferecer a sonorização de empresas, em especial de igrejas, como um bom negócio. Edimar Mariano do Santos, proprietário da Casa do Alto-Falante, atualmente terceiriza esse tipo de serviço, mas enxerga o potencial que ele oferece e pretende investir nesse diferencial em breve. Fábio Sonorização e miudezas: igrejas ainda são os principais consumidores Dourado, seu gerente comercial, destaca, além das igrejas, os DJs e as empresas que faa distância. Tiago Soares, da MDA Som, lembra que a zem locação de som como seus principais consumidores. venda para as igrejas é muito grande, mas elas buscam A maioria das lojas não conta com instaladores, mas melhor preço, não se preocupam com qualidade e, geralterceirizam ou até indicam um profissional que execute o mente, fazem pequenas compras, como microfones, caserviço. Algumas lojas se beneficiam pela tradição e conbos, entre outras miudezas. Por outro lado, as faculdades fiança que conquistaram no mercado. “Tem instaladores e escolas de ensino a distância investem mais: buscam e projetistas que indicam a loja. Eles elaboram um projeto produtos inovadores e de qualidade garantida, pensando e aconselham alguns locais onde o cliente pode encontrar na maior vida útil, praticidade e benefícios que esse atrio produto. Aí o cara vem e cota. Tem cliente que nem cirbuto assegura. Mesmo assim, Soares lembra que cerca cula. Informa que o projetista pediu para fazer a compra de 40% de seu faturamento é assegurado pelas Igrejas, aqui mesmo e acabou. Só diz: vê o que você pode fazer ou seja, ainda são seus principais consumidores; mas o de melhor pra mim”, garante Cheda. futuro antecipa uma outra realidade, a popularização dos Outro nicho que também vem se demonstrando muicursos a distância. Sua loja já está se preparando para to promissor são as escolas que trabalham com cursos atender a esse mercado?

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Capa Sta. Ifigênia

MDA Som: a internet como aliada

aproveitava para levar para o pessoal de Limeira. Demos um incentivo para o Lamarca montar uma loja na região. De uma coisa pequenina você vê o que é a Lamarca Pro-Áudio hoje. Igual a ele você observa diversos polos crescendo Brasil afora” (veja quadro na pág 72). Quando questionado se o fortalecimento de outras regiões pode enfraquecer as vendas dos lojistas da Santa Ifigênia, Cheda foi enfáti-

co: “A concorrência é boa. Ela te ajuda a aprimorar. Quem ganha com isso é o consumidor”. Segundo Cheda, o cliente que compra um produto em uma loja fora de sua região pode ter dificuldades para ser bem atendido. Qualquer problema que ele possa ter, seja sobre o próprio equipamento, sobre a necessidade de manutenção, ou qualquer outra orientação, a barreira geográfica

Casa do Alto-Falante: investimento em sonorização

atrapalha. “Como é que ele vai, via telefone, ficar pegando informação? Se ele tem alguém na região que dá esse suporte, para ele é bem melhor”, diz. No final, ter polos de áudio distribuídos pelo Brasil fortalece o próprio setor, que cresce como um todo. É bom para todo mundo! 

Especialistas do mercado, da esq. para a dir.: Tiago Soares, da MDA Som; Jaime Ito, da Ito Som; Roberto Cheda, da Cheda’s Sonorização; Edimar Mariano dos Santos e Fábio Dourado, da Casa do Alto-Falante 76 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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ORGANIZAÇÃO FABIANO BRUM é palestrante nas áreas de Marketing, Motivação, Atendimento e Vendas. De maneira inteligente e criativa, alia seu conhecimento musical aos temas de seus treinamentos. E-mail: contato@fabianobrum.com.br • Site: www.fabianobrum.com.br

THIS IS IT! AFINE-SE PARA O SUCESSO COM AS LIÇÕES DE MICHAEL JACKSON

P

or suas contribuições e inovações no mundo da música, Michael Jackson ficará para a história. Amado por uns, odiado por outros e ignorado por poucos, fato é que Michael Joseph Jackson, nascido em 29 de agosto de 1958 e morto em 25 de junho de 2009, foi um grande empreendedor no mercado de entretenimentos. Porém, ele também cometeu inúmeros equívocos do ponto de vista estratégico. Neste texto, vamos abordar esses dois lados dessa personalidade tão polêmica.

MICHAEL EMPREENDEDOR

Não existe idade para empreender Jackson começou a cantar e dançar aos 5 anos, iniciando-se na carreira profissional aos 11, como vocalista dos Jackson 5. Dois anos depois, em 1972, já iniciava sua carreira solo. Acerto em parcerias O compositor sempre foi reconhecido por fazer parcerias estratégicas que lhe renderam excelentes resultados, como a que fez com o produtor Quincy Jones. Off the Wall Wall, o primeiro trabalho que lançaram, vendeu mais de 20 milhões de cópias. Outros nomes com quem trabalhou são: Paul McCartney, Slash (guitarrista do Guns N’ Roses), Eddie Van Halen e Lionel Ritchie. Independência e autoconfiança Graças ao sucesso na carreira solo, libertando-se de anos de maus-tratos e humilhações, em 1983 Michael

demite seu empresário, o próprio pai. No especial para a TV sobre os 25 anos da gravadora Motown, Jackson exige cantar uma música própria — diferentemente dos demais convidados, que relembraram antigos sucessos da gravadora — e ao som de Billie Jean,, Michael surpreende o público e o mundo com o passo moonwalk!! Em várias ocasiões, Jackson investiu seu próprio dinheiro para bancar suas ideias — algumas eram tão ousadas que assustavam sua gravadora. Visão e inovação Em 1982, Thriller chegou às lojas vendendo 1 milhão de cópias por semana. Foram 140 discos de ouro e platina, e mais de 100 milhões de cópias vendidas. O clipe também impulsionou as vendas. A três semanas do Natal de 1983 ele lançou o vídeo de Thriller — seu projeto mais ambicioso. O clipe se tornou referência máxima do gênero e um dos pilares da cultura pop, além de ajudar a popularizar a MTV. Marketing criando uma marca O compositor sabia muito bem como usar algumas ferramentas de marketing. Era notável sua capacidade de criar marcas. Como Elvis Presley já era ‘O Rei do Rock’, Jackson batizou-se de ‘O Rei do Pop’. Além disso, ele soube criar outras referências junto aos fãs, como o passo moonwalk,, a luva branca em apenas uma das mãos, as roupas, e por aí vai. Responsabilidade social Michael Jackson fez contribuições para

dezenas de casas de caridade, além de promover outras inúmeras ações sociais. Em 1985 foi o principal responsável pela megacampanha USA for África, com a música-tema We Are the World (Nós Somos o Mundo), composta em parceria com Lionel Ritchie. Estima-se que somente esta ação tenha gerado quase 50 milhões de dólares para a causa. Em 2001, Michael Jackson ganhou do Guinness Book o título de artista que mais contribuiu com obras de caridade em toda a história.

EQUÍVOCOS DA ESTRATÉGIA

Sucesso no passado não garante sucesso no futuro Embora o álbum Thriller tenha sido o grande sucesso da carreira de Michael Jackson, talvez também tenha sido motivo de muitos dissabores devido à importância que esse disco ocupou no mundo do entretenimento. Jackson praticamente passou o restante de sua carreira tentando ‘bater-se’ a si mesmo, gastando verdadeiras fortunas produzindo discos e vídeos que pudessem ter a mesma repercussão. Se tivesse observado mais atentamente o

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Organização Fabiano Brum

cal, ele não media custos, nem calculava seus riscos. Em Invincible (2001), seu último disco lançado em vida, Jackson gastou US$ 30 milhões. Considerado um dos álbuns mais caros da história, foram comercializados apenas 10 milhões de cópias. Do ponto de vista do empreendedorismo, isso é um erro grave, pois o empreendedor foca em resultados, correndo riscos, mas riscos calculados. mercado fonográfico, em vez de procurar sempre superar-se, ele poderia ter evitado perdas e colhido melhores resultados. Excesso de perfeição e adiamento de projetos Perfeccionista ao extremo, Michael adiava por anos o lançamento de novos projetos. Isso causava uma espécie de bola-de-neve em suas dívidas. As pressões que o cercaram após o sucesso de Thriller e as cobranças que se impunha fizeram-no compor 50 canções para escolher apenas 11, que entraram no disco Bad (1987). Depois que Dangerous (1991) e History (1995) não alcançaram as vendas que ele esperava, em 2000 Michael voltou aos estúdios com cem composições inéditas para escolher 16 que entrariam em Invincible (2001).

Reclusão e desatualização A excentricidade, o desequilíbrio emocional e as constantes polêmicas em que se envolvia tornavam Michael Jackson cada vez mais recluso e ‘desantenado’ com o mundo. Com isso ele passou a ignorar a realidade de seu mercado e de seu público. Assim, pouco a pouco deixava de lado sua veia empreendedora. Apenas como comparação: enquanto Walter Elias Disney criou a Disney World com a missão de construir um mundo onde

‘todos’ pudessem ser crianças, Michael Jackson criou Neverland, um mundo onde ‘ele’ pudesse ser criança.

THIS IS IT

(É Isso e Pronto) Em 2009 Michael surpreendeu o mundo ao anunciar o fim de sua aposentadoria com uma série de 50 shows em Londres. Infelizmente, não pudemos apreciar tais espetáculos pois, na manhã de 25 de junho de 2009, Michael Jackson sofreu uma parada cardíaca e morreu. Apesar de toda a polêmica por trás da vida e da morte deste grande astro, o ‘saldo da balança’ foi positivo para o músico. As demonstrações de admiração dadas por fãs, personalidades e imprensa mundial mostraram como foi grande a sua contribuição para o mercado musical e que sua imagem não estava tão desgastada como muitos imaginavam. Dessa forma saiu de cena o Rei da Música Pop e nasceu o mito envolto em mistérios. 

Não calcular riscos e gastar mais do que se ganha As extravagâncias e o perfeccionismo de Michael lhe custaram, realmente, muito caro. Embora tenha tido muitos acertos, inclusive criado referências no mercado musi-

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Mercado Vendas

Criança hoje, comprador amanhã Investir em instrumentos infantis garante o futuro da sua loja. Aproveite o Natal e a chegada da lei de música nas escolas e assegure a longevidade do seu negócio Por Ana Carolina Coutinho

Foto cedida pela Casarotto

V

ocê achou este título um pouco perverso, capitalista demais? Realmente é, e o conceito que encerra é a mais pura verdade. O que posso afirmar é que você pode, e deve, ter a consciência limpa. Quanto mais vender instrumentos para o público infantil, mais estará ajudando a construir uma geração segura, feliz e inteligente! Segundo psicólogos, o contato com instrumentos musicais desenvolve habilidades intelectuais e sensoriais que garantem sucesso na vida: concentração, sensibilidade, calma, aptidão motora, criatividade, sociabilidade e aprendizagem. “Como têm as funções cerebrais mais estimuladas, as crianças aumentam as possibilidades de adquirir conhecimento”, explica a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp), numa entrevista ao site da revista Crescer (http:// tr.im/EmYh). O nicho infantil vai explodir nos próximos anos, pois a obrigatoriedade da música nas escolas promete alavancar o setor. Tanto que o principal destaque da Expomusic 2009 foi a quantidade de empresas que lançaram produtos

O contato com instrumentos musicais desenvolve a criatividade, a inteligência e a sociabilidade das crianças

PARA ESTIMULAR O VAREJO DO SETOR, A MICHAEL REALIZA PARCERIAS COM LOJISTAS, LEVANDO OS PERSONAGENS DO MICHAEL CLUB E CRIANDO UM ESPAÇO LÚDICO NOS PONTOS DE VENDA

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Mercado Vendas

Há uma grande variedade de marcas de baterias infantis no mercado

especialmente para as crianças, reservando grandes espaços para expô-los em seus estandes. Faz sentido. Nos Estados Unidos, onde o ensino de música nas escolas é obrigatório há mais de 70 anos, a venda de instrumentos infantis cresce, em média, 100 mil unidades por ano. A musicalização nas escolas também prevê a alavancagem direta no ponto de venda, pois fica ao encargo dos lojistas suprimir a demanda das es-

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colas, já que os fabricantes e distribuidores não trabalham com venda direta. Além disso, estima-se um crescimento de 580% no número de estudantes de música em locais específicos! Construir hoje o mercado de amanhã deveria ser algo bem claro na gerência comercial de lojistas e fornecedores. Afinal, o futuro da empresa vai depender da criança que um dia se interessou por algum instrumento.

Na prática, porém, poucos fornecedores trabalham exclusivamente para esse público. Para elaborar esta matéria, por exemplo, fomos em busca de possíveis entrevistados com esse perfi l. Sabe quantos encontramos? Nenhum... Quem chegou mais perto foi a Casarotto, conhecida no setor por vender miniaturas de instrumentos musicais e que desde 2006 também produz instrumentos infantis.

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Mercado Vendas

PALAVRA DE LOJISTA A Eletrônica Musical surgiu em 1987 e a venda de violões e baterias infantis já é conhecida na cidade de Fortaleza (CE). Com o crescente interesse das crianças, investiram na escola Viva Música Viva e aumentaram seu rol João Carlos Mota, gerente da Eletrônica Musical de produtos para guitarras, reta. Qualquer celular já traz atributos percussões e pianos acústicos. Concomo tocador de MP3, rádio AM/FM, versamos com o diretor comercial da jogos, câmera e muito mais. Esse segEletrônica Musical, João Carlos Mota mento investe pesado em propaganda de Souza, para ter uma opinião espeem todos os meios de comunicação e cializada sobre o varejo do setor. os preços baixam constantemente. O que levou a Eletrônica Musical Em termos de vendas, qual é a a vender para esse público? melhor época? Como revendedores de instrumenOs motivos de datas específicas tos musicais, precisamos incentivar e como Natal e Dia das Crianças são despertar no público infantil o desejo de fato interessantes para as vendas. de tocar um instrumento musical. Mas no nosso segmento precisamos fazer com que todos os dias sejam Qual é o instrumento infantil mais especiais. Realizar workshops, deprocurado? monstrações, promover shows, esOs instrumentos de cordas, principaltar onde a música estiver. Despertar mente o violão e a guitarra, são os mais o interesse em tocar um instrumento procurados, talvez por serem instrumusical, esse é o nosso desafio. mentos com preço mais acessível. Se a criança perder o interesse pelo instruQual é a importância cultural em mento, não foi gasto muito dinheiro. estimular a música nas crianças? Resgatar nossas raízes culturais, preEntre os outros segmentos com servar nossa memória musical. O Brasil que trabalha, qual a participação é um país de dimensões continentais, total na produção de instrumennosso folclore é muito rico, com muitas tos musicais infantis? manifestações regionais e até locais. A Ainda muito pouco. Estamos na fase festa do boi no Maranhão, o maracatu de investimentos. Existe uma condo Ceará, o vaneirão do Rio Grande do corrência muito grande desses proSul, influências italianas, alemãs, portudutos infantis com brinquedos em guesas... Isso tudo ferve em um grande geral, principalmente os eletrônicos. caldeirão musical. Precisamos incentivar nossos filhos a se interessarem Como vocês lidam com a concorpor toda essa enciclopédia musical. rência dos instrumentos musicais Estimular e despertar a música no púde brinquedo e games? blico infantil traz a garantia de termos Temos certeza de que não só os gapessoas mais fortes para enfrentar as mes, mas tudo na área de entretenidificuldades que a vida oferece. mento nos traz uma concorrência di-

CEM MIL PRODUTOS PARA A UNICEF

A tradicional marca de instrumentos de corda Giannini nunca desprezou esse mercado. Há mais de 60 anos fabrica uma linha especial de violões para crianças até 12 anos. “Sempre projetamos na criança o consumidor de instrumentos mais sofisticado no futuro”, afirma Flávio Giannini, diretor da empresa. Giannini aponta que o setor vem crescendo há algum tempo e ganhando mais força nos segmentos de violão e flauta, por conta da alteração da mudança de foco no ensino de música, que antes era mais específico para piano. Assim como a Giannini, a Quirino Instrumentos Musicais começou com instrumentos para adultos e logo diminuiu o tamanho dos produtos para também atender à demanda infantil. Seus instrumentos compõem a ‘bandinha’ completa para crianças, equipamentos voltados mais para fanfarras e bandas escolares. É interessante notar que quando a empresa decidiu fabricar para esse público, há duas décadas, já não existia a obrigatoriedade de música nas escolas, abolida em 1979 (veja quadro na pág. XX). “Percebemos que, na ocasião, o mercado estava carente”, explica a consultora em vendas da fábrica, Célia Quirino de Oliveira. Foi uma boa estratégia. Em 1998 a empresa ganhou uma licitação e vendeu 100 mil produtos infantis para a Unicef. Analisou o mercado, viu uma oportunidade, apostou e ganhou. E, melhor, se antecipou e adquiriu experiência, que será muito útil nos próximos anos. Não há tanto tempo quanto a Quirino, mas também observando um nicho comercial pouco explorado, a distribuidora Izzo Musical importa instrumentos para crianças há mais de cinco anos. “Agora, com a volta do ensino musical às escolas, iremos reforçar ainda mais nossa participação no segmento. Estamos nos preparando para ter a linha completa de instrumentos infantis, agregando diversos

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Mercado Vendas

itens à nossa linha, para poder oferecer ao mercado o set completo de instrumentos e acessórios para desenvolvimento desse projeto tão importante”, afirma a gerente de marketing da empresa, Simone Storino.

FAZENDO O BEM

A fabricante mineira de instrumentos Michael já expôs na Expomusic deste ano uma série de novos produtos voltados para os pequeninos. Eles começaram em 2008 com pianos específicos e acabam de lançar as minibaterias. “Foram quase 12 meses para concepção da nova linha, incluindo a criação do nome Michael Club, o desenvolvimento da marca e dos personagens que figuram nos instrumentos e manuais, a criação das embalagens, testes e ajustes nas primeiras amostras, até a entrega dos produtos nas lojas”, conta o responsável pelo marketing da empresa, Daniel Cardoso Soares.

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O que a Ágatha quer? Com 6 anos de vida, Ágatha Mendes é fã de instrumentos musicais. Seu pai prefere lhe dar um piano, mas o que ela deseja mesmo é uma bateria. “Já sei bater. Gosto mais do prato porque faz um barulho alto e diferente. E a bateria não é cara, é mais barata que o piano”, revela a pequenina, que já tem até argumentos para convencer o pai...

Para estimular o varejo do setor, a Michael realiza parcerias com lojistas, levando os personagens do Michael Club e criando um espaço lúdico nos pontos de venda, e convoca: “Cabe aos lojistas também investirem na proposta, que é tão comum nos grandes magazines, mas ainda

inédita no nosso segmento”. Conhece aquela frase “A hora é agora”? É um chavão que se enquadra bem para este momento. O Natal está aí e é a melhor oportunidade para otimizar as vendas. De acordo com Simone Storino, da Izzo Musical, a data é melhor ainda do que o

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Mercado Vendas

Dia das Crianças. “O Natal ainda se destaca, pois é uma época em que há mais recursos nas mãos dos consumidores. Esperamos um crescimento na ordem de 20% em relação a 2008, pois ampliamos muito nossa linha infantil e assim podemos oferecer um leque de produtos bem interessante para as lojas.” A informação é corroborada pela Michael: “Em alguns meses no fi nal de 2008, o volume das vendas de instrumentos musicais infantis chegou a dobrar”. E ainda pela Giannini, que vê um aumento de 20% a 30% nas vendas natalinas. Diga-me, lojista, o que você está esperando? Faça um bem para sua empresa, para as crianças, para o futuro: invista em instrumentos musicais infantis! 

NOS ESTADOS UNIDOS, ONDE O ENSINO DE MÚSICA NAS ESCOLAS É OBRIGATÓRIO HÁ MAIS DE 70 ANOS, A VENDA DE INSTRUMENTOS INFANTIS CRESCE, EM MÉDIA, 100 MIL UNIDADES POR ANO

Anote aí

al sobre a Matéria especi nas escolas musicalização ição na próxima ed e-se! ar ep Pr da MM.

INSTRUMENTOS

RMV

Baterias

Para saber mais

• revistacrescer.globo.com/Revista/ Crescer/0,,EMI66583-15152,00.html

FAIXA ETÁRIA

FRASE

CONTATO

4 a 8 anos

“O comprador dos instrumentos infantil de hoje é o músico de amanhã e tratar bem o consumidor sempre traz resultados excelentes.”

(11) 2404-8544 rmv.com.br

3 a 8 anos

“Podemos dizer apenas que a venda de instrumentos musicais infantis tem superado com frequência as vendas de alguns de nossos produtos de linha mais tradicionais.”

(31) 2102-9270 michael.com.br

(11) 2211-5533 quirino.com.br

MICHAEL

Minipianos e baterias

QUIRINO

Agogô, afuxê, bateria infantil, bloco sonoro, campanela de guizos, clave de rumba, cowbell, flauta doce e todos outros que compõem a bandinha infantil

2 a 9 anos

“Notamos certa resistência por parte dos lojistas no comércio da linha infantil e nós, fornecedores, precisamos trabalhar em cima desta mentalidade.”

CASAROTTO

Guitarra, contrabaixo, violão e microfone

3 a 12 anos

“50% de aumento nas vendas do Natal.”

(11) 2211-9080 casarotto.com.br

IZZO

Guitarra, bateria, bandinha, violão, saxofone, percussão e flauta doce

7 a 12 anos

“Nossa meta para 2010 é subir esse número [faturamento] para 15%, podendo chegar a 30% em dois anos.”

(11) 3797-0100 izzomusical.com.br

7 a 12 anos

“Tudo o que se ensina para uma criança será a base de seu caráter, da sua sensibilidade e da cultura geral quando adulto.”

(11) 4028-8400 giannini.com.br

GIANNINI

Violão

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Impostos Substituição Tributária

Substitutos e substituídos Tudo o que você precisa saber sobre a Substituição Tributária do ICMS Por Ana Carolina Coutinho

E

m dezembro, a Substituição Tributária fará seu primeiro aniversário vigorando para os produtos do setor de instrumentos musicais. Na prática, a lei ainda dá seus primeiros passos em busca do pleno funcionamento, que promete mais fiscalização e menos sonegação. Para os empresários do setor, muitas dúvidas permanecem sobre o novo sistema. Uma das questões

Atenção para o IVA-ST A Secretaria da Fazenda explica. O IVA-ST (Índice de Valor Adicionado Setorial) é a margem de valor agregado obtida em pesquisas de mercado que estima o acréscimo de valor que a mercadoria terá até a venda ao consumidor final. Para conhecer os IVA-ST é preciso consultar as legislações pertinentes (para o setor de instrumentos musicais, a última portaria vigente foi a de número 211 e pode ser consultada no site da Secretaria da Fazenda pelo seguinte endereço: http://tr.im/E8Ry. Lá você também encontra a fórmula que serve como base de cálculo para o índice. Vale lembrar que esses índices sofrem alterações de tempos em tempos, por isso fique atento! Para apresentar um resumo, com apenas alguns produtos, os IVA-ST atualmente são: Materiais de construção .........................................................de 28,17% a 75,98% Medicamentos .............................................................................de 33% a 41,38% Refrigerantes, Cervejas e Bebidas Alcoólicas ...................44,72% ou lista/pauta Produtos de Limpeza .............................................................de 12,62% a 80,85% Perfumaria e Higiene Pessoal .............................................de 38,90% a 165,55% Pilhas, Baterias e Lâmpadas ............................................................................ 40% Papel ..............................................................................................................17,32%

O contador Vicente Sevilha esclareceu as principais dúvidas que chegam ao seu escritório

Produtos Alimentícios Industrializados ................................de 20,23% a 85,98% Instrumentos Musicais..............................................................................62%

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Impostos Substituição Tributária

mais recorrentes refere-se à atribuição de quem deve recolher o imposto: é o primeiro da cadeia produtiva. Grosso modo, em nosso segmento, o fabricante/importador (o substituto) é o responsável pelo recolhimento, mas não o paga! Sim, o valor do imposto é pago pelo lojista (substituído). Como? Na hora em que o varejista compra o produto, ele já paga o imposto para o fornecedor — que deixa claro na nota emitida o valor do ICMS ST, tudo com base na nova legislação, e com a alíquota de 62% para o segmento de instrumentos musicais. Um exemplo: nos Estados Unidos algo similar ocorre em todos os segmentos do varejo, porém, de acordo com as leis daquele país, a transação se dá entre lojista e consumidor final. Quando assistir a um filme em que algum norte-americano compra um produto, repare no momento em ele vai pagar — o responsável pelo caixa sempre fala: “São 20 dólares mais imposto. Total 22 dólares”. É a mesma situação que ocorre em nosso segmento, segundo a Substituição Tributária (ST), mas entre fornecedor e lojista. Para esclarecer melhor esses e outros pontos, muito mais polêmicos, o consultor e contador Vicente Sevilha Júnior destacou uma série de questões que geralmente chegam ao seu escritório. Vamos a elas:

operações de venda subsequentes a serem realizadas por seus clientes. Na prática, como funciona a ST?

O fabricante, ao vender seus produtos, efetua dois cálculos distintos: o cálculo do valor do ICMS relativo à sua venda e o cálculo do valor do ICMS que seria pago pelo lojista no antigo sistema, quando ele vendia os produtos ao consumidor fi nal. Agora, no momento da emissão da

nota fiscal, além de emitir o valor do ICMS próprio, o fabricante/importador também vai cobrar do lojista o valor do ICMS que seria dele. Já o lojista não recolherá mais nenhum ICMS quando vender esses produtos, pois já o pagou pela ST quando os comprou. Como o fabricante determina o preço de venda do lojista para calcular o ICMS ST?

O fabricante/importador deve utili-

O que é a Substituição Tributária?

É um sistema por meio do qual o governo, com base legislativa, substitui determinado contribuinte atribuindo a outro a responsabilidade do cumprimento de obrigações. Como se aplica a ST no ICMS?

No caso do ICMS, a Substituição Tributária tem se concentrado em atribuir ao fabricante ou importador, no momento da venda de seus produtos, a responsabilidade de pagar o ICMS normalmente e cobrar de seu cliente — e repassar aos cofres públicos — o ICMS devido nas

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Impostos Substituição Tributária

zar como preço de venda (que deverá ser praticado pelo lojista) o valor final ao consumidor — autorizado ou fi xado por autoridade competente ou sugerido por ele mesmo (neste caso, devendo ser aprovado e divulgado pela Secretaria da Fazenda). Na ine-

xistência desses dados, o fabricante/ importador aplicará o percentual de margem de valor agregado estipulado pelo Índice de Valor Adicionado Setorial – IVA-ST (veja quadro na pág. 91), divulgado e estipulado também pela Secretaria da Fazenda.

O desastre da Substituição Tributária Luís Nassif é considerado um jornalista de referência da imprensa econômica do País. Em 22 de julho ele escreveu um texto comentando a nova política tributária em sua coluna do jornal Último Segundo. Como se pode ver pelo título que escolheu para nomear o artigo — o mesmo deste box —, Nassif não foi simpático à nova lei, apontando diversos equívocos na nova legislação. Separamos para você alguns argumentos que embasaram o artigo do jornalista. Você pode ler o texto completo em tinyurl.com/yfsc4wo. “A Secretaria da Fazenda precisa ter um preço de referência para aplicar a ST. Encomendou uma pesquisa à Fipe que utilizou a Nomenclatura do Mercosul, que levantou os preços médios de cada produto. Vamos a exemplos concretos: não leva em conta diferentes qualidades de produto. Torneira entra na nomenclatura como um produto único. Em apenas uma página na Internet é possível encontrar torneiras de R$ 1.199,00 a R$ 68,80. Há torneiras de luxo que custam R$ 2.959,00 (...) e torneiras de R$ 10,00. Suponha que a média tenha dado R$ 50,00 — 18,5% de R$ 50,00 é R$ 9,25. É o que se terá que pagar por cada torneira, independentemente do preço. No caso da torneira de R$ 2.959,00, esses R$ 9,25% representarão 0,31%. No caso da torneira de R$ 10,00, representará uma alíquota de 92,5%. Não leva em conta diferenças de preços entre regiões. Um fogão de seis bocas Alecrim CF476A – Consul, por exemplo, pode sair por R$ 569,00 nas Lojas Colombo e por R$ 829,00 nas Lojas Americanas de um shopping nobre da cidade. Não leva em conta as liquidações. Em dezembro um produto é vendido pelo preço cheio, pagando 18% de ICMS. Em janeiro, se a loja fizer uma liquidação e vendê-lo com 50% de desconto, o ICMS corresponderá a 36% do preço de venda (...).

Mas o que acontece se o lojista vender os produtos adquiridos por preço maior do que aquele utilizado pelo fabricante no momento da cobrança do ICMS ST?

Na hipótese de o valor da mercadoria ter sido maior que o da base de cálculo utilizada para a retenção, observada a disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, a retenção do ICMS ST não exclui o pagamento de complemento. Quando não é correta a aplicação da Substituição Tributária no ICMS?

São várias situações: quando a mercadoria está em processo de industrialização; quando a operação subsequente estiver amparada por isenção

Fundo de quintal (...) Ao jogar todo o pagamento no fabricante, independentemente do setor, tem-se o caso do alambique do interior passar a se responsabilizar pelo pagamento de ICMS da rede Carrefour, por exemplo (...).

O fim do Simples A ST praticamente acabou com o Simples, o sistema que permitia a meio milhão de pequenas empresas pagar menos tributação. Como tudo irá para a ST, não haverá como diferenciar a pequena farmácia de bairro das grandes redes de drogaria (...). Mata-se o grande avanço representado pela nova Lei Geral das Pequenas e Micro Empresas, primeira tentativa de formalizar o pequeno empresário. (...)”. Fonte: Jornal Último Segundo (ultimosegundo.ig.com.br)

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Impostos Substituição Tributária

ou não incidência; quando for outro estabelecimento do mesmo titular, desde que não varejista. E, ainda: quando outro estabelecimento for responsável pelo pagamento do imposto, em relação à mesma mercadoria ou a outro produto enquadrado na mesma modalidade de substituição. Se o fabricante deixar de aplicar a Substituição Tributária, o que o

lojista deve fazer?

Se o lojista receber uma nota fiscal de produtos sem o valor da retenção da ST, ele deve, primeiro, comunicar o erro ao fornecedor para que ele o corrija. Se isso não acontecer, o próprio lojista deve recolher o ICMS ST no ato da entrada dos produtos em seu estabelecimento. A regra também vale quando o lojista comprar produtos de fornecedores sediados em Estados

que ainda não aplicam a Substituição Tributária para determinado produto, ou nos casos em que o ICMS ST foi cobrado pelo fornecedor em valor menor do que o correto. Como fica a nota fiscal de venda a ser emitida pelo lojista que já pagou o ICMS ST na compra?

O lojista — no nosso setor, o chamado substituído — emitirá o documento fiscal sem destaque do valor do imposto, que conterá, além dos requisitos normais, a seguinte indicação: “Imposto Recolhido por Substituição – Artigo... do RICMS”. Quais são os produtos sujeitos à Substituição Tributária?

A lista de produtos sujeitos ao recolhimento do ICMS no sistema de Substituição Tributária é grande e cresce a cada dia, a exemplo da lista de Estados que aplicam o regime. Os contribuintes devem ficar muito atentos aos detalhes das listas. Podemos destacar, como mera ilustração, os seguintes produtos: • Materiais de construção • Medicamentos • Refrigerantes, Cervejas e Bebidas Alcoólicas • Produtos de Limpeza, Perfumaria e Higiene Pessoal • Pilhas, Baterias e Lâmpadas • Papel • Produtos Alimentícios Industrializados • Instrumentos Musicais. 

dúvida? unta Ainda tem a perg ail com su e-m ra: Envie um ibutária pa tituição Tr s b u S re b .b so o.com r. aemercad ic s u m @ texto questão rcado faz e M & a c A Músi ocê. cer para v de esclare

Para saber mais

• Cartilha da Fiesp: http://tr.im/E8RU • Duas páginas da Secretaria da Fazenda sobre ST: http://tr.im/E8SO e http://tr.im/E8SW

• Lei completa: http://tr.im/E8T5 • Sevilha Contabilidade: www.sevilha.com.br

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Lojista Eletro Peças Divinópolis

Pé na tradição, olho nas tendências

Igrejas e bandas de baile são os principais clientes da loja

A Eletro Musical cria diferenciais para que sua loja não vire um showroom frente à concorrência da internet Por Itamar Dantas

A

Eletro Musical é uma empresa familiar tradicional, com mais de 40 anos de experiência no mercado de Divinópolis (MG). Fundada por Geraldo Dias de Aquino, a loja atuou por muitos anos no segmento de eletrônica. Nos anos 90, os irmãos Petrônio e Rogério, filhos de Geraldo, assumiram o negócio e fizeram sua transição para os instrumentos musicais. Hoje, após quase 20 anos atuando no ramo musical, a

loja abandonou os componentes eletrônicos e se dedica integralmente à venda de instrumentos e áudio. Para Rogério Aquino, sócio-proprietário da loja, o mercado de Divinópolis precisava de uma loja para atender os músicos com excelência e trazer para a cidade um verdadeiro mix de produtos, por isso ele e seu irmão estão sempre atentos às novidades do setor para aquecer o mercado. Segundo Rogério, a

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Lojista Eletro Peças Divinópolis

tradição de 40 anos, aliada à constante busca por novos produtos, traz para a loja o sucesso nas vendas e o crescimento constante dos negócios. Quais foram suas principais expectativas no início da transição para o trabalho com instrumentos musicais? Elas se confirmaram?

Quando a Eletro Musical passou a comercializar instrumentos musicais — início da década de 1990 —, o mercado ainda era muito complicado. Faltavam informação e fornecedores de produtos. Hoje, a oferta de produtos é muito maior. A expectativa inicial era conciliar o mercado de componentes [eletrônicos] com o segmento de instrumentos e áudio, mas, com o passar dos anos, tivemos de abrir mão da eletrônica e hoje somos um negócio 100% musical.

das. O áudio normalmente tem valor agregado mais alto e representa em torno de 30% do faturamento. Porém, por ter uma variedade maior de produtos, os instrumentos musicais ultrapassam essa parcela do orçamento. Ficamos atentos para que haja um equilíbrio nas vendas. As igrejas e bandas de baile normalmente fazem investimentos permanentes nos dois setores e são clientes importantíssimos para nossa loja.

Qual é a realidade do mercado de instrumentos na sua região?

As cidades da região são muito próximas. Temos aqui, no entorno da cidade, umas seis lojas especializadas e em Divinópolis mais duas menores. A concorrência é saudável. Só que hoje encontramos outras formas de concorrência: pessoas que vendem instrumentos musicais por encomenda e também a internet. Tomamos

Você tem foco em produtos de áudio e instrumentos musicais. Como é possível agregar as vendas dos dois tipos de produtos?

Nossas vendas até que são bem dividi-

As igrejas e bandas de baile normalmente fazem investimentos permanentes nos dois setores e são clientes importantíssimos para nossa loja mm45_lojista.indd 93

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Lojista Eletro Peças Divinópolis

muito cuidado para que a nossa loja, que procura ter um verdadeiro mix de produtos, não se transforme em um showroom, em que o músico vem, experimenta o instrumento e acaba comprando pela internet. Para que isso não ocorra, precisamos oferecer diferenciais para que as pessoas procurem a nossa loja na hora da compra. Ao contratar vendedores, você leva em consideração aqueles que são músicos ou prioriza mesmo a experiência anterior como vendedor?

Os vendedores obrigatoriamente precisam ser músicos. Precisam tocar um instrumento, dominá-lo. Não precisam ser multi-instrumentistas, mas devem ser músicos para ter sensibilidade ao atender um músico que procura a loja. Se eu pego um vendedor de linha branca, que vende fogão, geladeira, ele vai conseguir vender um violão, mas não conhece o produto. Então, prefiro que o vendedor seja músico, para que entenda

Vendas: da esq. para a dir., Daniel, João, Carlos, Rodrigo, Roberto e Rogério

o cliente e atenda às suas necessidades com naturalidade. Em sua opinião, qual é a tendência de produtos para 2010?

Um segmento que já é uma realidade,

TOMAMOS MUITO CUIDADO PARA QUE A NOSSA LOJA NÃO SE TRANSFORME EM UM SHOWROOM, EM QUE O MÚSICO VEM, EXPERIMENTA O INSTRUMENTO E ACABA COMPRANDO PELA INTERNET

mas que parece que vai estourar em 2010, são os produtos voltados para tecnologia. As interfaces de áudio para gravação caseira são equipamentos simples, em que o músico consegue, com uma pequena mesa e um software, fazer suas gravações em casa. Esses produtos devem deslanchar nas vendas do próximo ano. É notório que as igrejas têm se tornado um cliente fundamental para os varejistas do nosso segmento. Essa impressão se confirma para a Eletro Musical?

Sim, tanto as evangélicas como as católicas. Os músicos amadores e profissio-

Eletro Peças Divinópolis Ltda. Participação Guitarra / Baixo – 15% Violão – 20% Áudio profissional – 30% Acessórios – 15% Teclas – 7% Bateria / Percussão – 10% Sopro – 3%

Nome fantasia: Eletro

Musical Aquino Neto e Petrônio M. Aquino Fundação: Dezembro de 1968 Área total: 600 m² Número de funcionários: 12 Endereço: Av. 21 de Abril, 391 – Divinópolis / MG Telefone: (37) 3221-5719 Site: www.eletromusical.com.br Proprietários: Rogério

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Lojista Eletro Peças Divinópolis

nais hoje representam muito também, principalmente pelas facilidades que temos para financiar as vendas. Quais são as estratégias da Eletro Musical para vender mais?

Buscamos fazer treinamento contínuo dos funcionários, ter um ponto de venda atraente e produtos com alto índice de giro. A cada dia que passa, tentamos acertar mais na compra dos produtos. Qual é o diferencial da Eletro Musical?

O objetivo da empresa é atender bem

O cliente recebe atenção especializada

Ter um bom mix de produtos é uma das prioridades na Eletro Musical

sempre, oferecer bons produtos e criar um bom relacionamento com o cliente através da pós-venda. Como foi o ano de 2009 para vocês? Quais são as previsões para as vendas de final de ano e 2010?

Este foi um ano difícil, como já estava sendo anunciado. Porém, com muito trabalho, estamos conseguindo números superiores a 2008 e temos boas expectativas para o fim do ano. O mesmo período do ano passado foi o pior último trimestre de todos os tempos. Já 2010, vamos aguardar...  96 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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Vida de Lojista Musical Vilhena

Neste espaço são publicadas experiências vivenciadas ao montar uma loja. Para contar sua história, envie o depoimento e fotos (em 300 dpi) para texto@ musicaemercado.com.br, com o assunto “Vida de Lojista”

Pequena notável: Musical Vilhena cresce no mercado de Rondônia e região a partir da determinação da família de Júlio Correa

Relacionamento é a chave do negócio Com foco no público evangélico, a pequena Musical Vilhena aposta na pós-venda para crescer

C

riada em 2006, a Musical Vilhena é uma loja que começa a despontar no mercado de Rondônia e a sua história é, em determinados aspectos, comum ao setor de instrumentos musicais. Depois de seis anos trabalhando como representante comercial no interior de São Paulo, Júlio Correa resolveu abrir o seu próprio negócio, aproveitando o bom relacionamento que já tinha com os fornecedores e o mercado. No entanto, a peculiaridade da história dessa loja se dá na razão que inspirou o empreendimento. “Decidi abri-la porque em 2005 reencontrei a Adriana, que eu havia namorado há muito tempo, mas que estava residindo em Vilhena, Rondônia. Como ela não podia vir para São Paulo, e queríamos muito ficar juntos, resolvi montar a loja

na cidade dela”, revela Correa. O caráter romântico do início da loja, porém, não diminuiu os obstáculos do casal no novo desafio. Inicialmente, eles alugaram uma loja de 77 m2 no centro da cidade, mas o alto preço do aluguel, somado à dificuldade para comprar produtos a prazo, no início da empreitada, inviabilizaram a continuidade no local. Júlio e Adriana resolveram então comprar um terreno e construíram uma nova loja, mas um pouco menor, com 55

m2. A partir dali, o negócio deslanchou! Correa conta que, de lá para cá, a loja vem ampliando seu mercado gradativamente. “Além dos consumidores de Vilhena, estamos atingindo novos clientes em cidades mais distantes, situadas no interior de Rondônia e também em outros Estados, como Acre, Amazonas e Mato Grosso, ratificando, assim, o crescimento da loja.” Nos primeiros meses, Júlio pediu orientação para alguns amigos lojistas

Uma das estratégias que dão mais retorno para Júlio é o relacionamento com o cliente, que se firma pela pós-venda e pela prestação de serviços adicionais

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Agradecemos aos músicos profissionais e amadores, aos lojistas e distribuidores, aos representantes e fornecedores, e a todos aqueles que reconhecem a qualidade de nossos produtos e sabem dos nossos esforços ano após ano para sempre inovar e oferecer a melhor solução em cada um de seus usos específicos. Esta união nos torna fortes para conquistar nossas metas. Por isso a Família Le Son deseja a vocês um Natal cheio de amor, paz, alegria e boas festas. Que o ano de 2010 possa trazer saúde, desenvolvimento e realizações de novos planos e projetos.

Feliz Natal e próspero Ano Novo!

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Vida de Lojista Musical Vilhena Instrumentos musicais, áudio

e representantes a fim de saber a e acessórios compõem o mix quais produtos deveria dar priori- de produtos da Musical Vilhena dade na venda. Seguindo o conselho dos amigos, focou nos equipamentos mais procurados, como violões, microfones e amplificadores, e ‘tocou o barco’. Mas, depois de um tempo, ele precisou, por exigência mercadológica, ampliar o seu leque de opções. Hoje, Os principais clientes da loja são as a Musical Vilhena oferece, além dos tradicionais instrumentos musicais, igrejas evangélicas. E Júlio se esforça equipamentos de iluminação e siste- para atender com atenção esse mercamas de áudio. “Tal transição deve-se do. “Noventa por cento das vendas são à procura dos próprios clientes. Eles efetuadas para igrejas evangélicas — e sugerem para a loja incluir no mix de uma pequena parte para as demais reprodutos os itens que estão procuran- ligiões, escolas e músicos em geral. Os do, visando obter melhor preço, o que templos evangélicos possuem muitos eles acabam encontrando na Musical equipamentos de áudio e instrumentos musicais de diversos tipos e modelos. Vilhena”, conta o empresário. Júlio Correa mostra com orgulho sua loja e os principais produtos vendidos: os violões

Rondônia, aliás, é o único Estado brasileiro a ter um feriado pelo Dia do Evangélico.” Com essa alta demanda que as igrejas proporcionam ao setor, uma das estratégias que dão mais retorno para Júlio é o relacionamento com o cliente, que se firma pela pós-venda e pela prestação de serviços adicionais, como a instalação e o suporte aos equipamentos vendidos. O ano de 2009 foi de afirmação para a Musical Vilhena. Agora, a loja começa a investir em publicidade para alcançar cada vez mais clientes e consolidar sua marca. Expectativas para o futuro? Júlio espera manter o ritmo: “Esperamos crescer mais nos três últimos meses deste ano, visando continuar a sonhar em 2010, mas sempre com os pés no chão”. 

Musical Vilhena Júlio Tavares Correa Área da loja: 55 m² (até setembro de 2009), 80 m² (a partir de outubro) Endereço: Rua Gonçalves Dias, 321 Centro - Vilhena / RO Tel.: (69) 3321-5408 Site: www.musicalvilhena.com.br E-mail: musicalvilhena@hotmail.com Proprietário:

Participação

CURIOSIDADE

Cordas – 35% Áudio – 30% Acessórios – 15% Bateria / Percussão – 10% Teclas – 5% Sopro e outros – 5%

O único Estado brasileiro com feriado evangélico DIA DO EVANGÉLICO No dia 21 de dezembro de 2001 foi publicada no Diário Oficial do Estado de Rondônia a Lei Estadual nº 1.026, que previa, para o Estado, o único feriado religioso brasileiro não católico. O Dia do Evangélico é celebrado anualmente em 18 de junho, data em que a Assembleia de Deus, há 98 anos, chegou ao Brasil. A população de evangélicos no País já ultrapassa 26 milhões de pessoas, 53% dessas só em Rondônia, segundo dados coletados pelo IBGE em 2007. As igrejas são, realmente, um dos grandes consumidores de áudio e instrumentos musicais. Essa influência já pode ser notada em países da África e América do Sul, com maior demanda do setor justamente pela penetração de igrejas evangélicas nessas regiões.

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TESTE

Sax tenor Michael WTSM55 Custo-benefício: nota máxima Por Marcelo Monteiro*

O

sax tenor Michael WTSM55 vem em um lindo estojo preto, resistente e com excelente acabamento. Possui compartimentos para a boquilha e tudel separados, além de um compartimento para acessórios (correia, palhetas etc.). Vem acompanhado por uma correia de náilon e mosquetão de ferro com uma camada de plástico para não arranhar a alça do instrumento, um par de luvas brancas, boquilha de massa, uma palheta e um pad saver para o corpo do instrumento. Esteticamente, é um lindo instrumento. Sua anatomia é muito boa, o que torna confortável tocar o Michael WTSM55. A única ressalva são as chaves de agudos da mão esquerda, um pouco curtas. Para pressioná-las, é necessário maior movimento da mão esquerda. No caso da execução de notas rápidas, pode até ser um pequeno empecilho, mas esse problema é resolvido com uma espécie de borrachinha que se coloca nessas chaves, justamente para facilitar a pegada e o manuseio. Esse instrumento apresenta ainda a chave de Fá sustenido aguda. Tudo está em ordem, as chaves bem alinhadas e as molas impecáveis. Não há nenhum tipo de vazamento. Sapatilhas com refletores de metal e vedando perfeitamente as chaminés — perfeito. Esse instrumento possui certa facilidade para se tirar o som, por conta da boquilha um pouco fechada e da palheta, branda, características ideais para iniciantes. Com a combinação ‘boquilha–palheta’ original, o som se torna um pouco apagado, sem muito corpo, principalmente na região médio-aguda. Essa característica, certamente causada pela abertura da boquilha e a numeração da palheta, pode ser mudada com uma boquilha Otto Link 7* e palheta Vandoren Java 2½ — sugira ao seu cliente essas opções de compra. Testamos e houve uma enorme diferença na qualidade do som, com mais volume e corpo, tanto nos graves como nos agudos. Não há problemas com a afinação e a mecânica é boa. As molas funcionam perfeitamente em toda a extensão do instrumento. Quanto à sonoridade, usando a boquilha Otto Link, o timbre ficou bem brilhante, sobretudo nos agudos. É um instrumento que responde bem tocando notas rápidas. O Michael WTSM55 é ótimo para estudantes, pois responde bem em toda a sua extensão e não é difícil de tirar som. Para ser usado em shows, pode se encaixar muito bem em naipes de metais. Em solo, falta volume e corpo, mas uma boa microfonação e equalização podem resolver. Já para gravações é um pouco mais complicado, pois essa pequena falta de som influencia o resultado final, mas para gravar em naipe de metais, a soma com os outros instrumentos

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FICHA TÉCNICA MODELO Sax tenor WTSM55 FABRICANTE Michael INDICAÇÃO Estudantes e para apresentações ao vivo.

PRÓS Afinação e custo-benefício. CONTRA Posição das chaves agudas e da ‘mesa’. O Michael WTSM55 é ótimo para estudantes, pois responde bem em toda a sua extensão e não é difícil de tirar som

PREÇO SUGERIDO R$ 2.641,80 GARANTIA 3 meses AFINAÇÃO

pode dar um belo resultado. Assim, o sax tenor Michael WTSM55 pode ser considerado um instrumento bom para estudar e para alguns trabalhos ao vivo. 

Muito bom

*Marcelo Monteiro, saxofonista e flautista, integrante do

CUSTO-BENEFÍCIO Excepcional

Projeto Cru, Luz de Caroline, Freegideira, Donazica e Comadre Fulozinha, além de trabalhar com composições próprias

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* MATÉRIA GENTILMENTE CEDIDA PELA EQUIPE EDITORIAL DA REVISTA SAX & METAIS

SONORIDADE Bom

QUER FALAR COM O AUTOR DA MATÉRIA?

MECÂNICA

marcelomonteirosax@gmail.com

Muito bom

TIRE SUA DÚVIDA COM O FORNECEDOR www.michael.com.br Tel.: (31) 3306-9393

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Feira Music China

1,35 bilhão

de chances de negócios

Music China 2009 atrai atenção do mundo devido à política do país para driblar a crise com o incentivo ao consumo interno

E

ntre os dias 12 e 15 de outubro aconteceu a Music China em Xangai. Numa área de mais de 65.000 m2, 1.164 expositores de 24 países se reuniram para mostrar seus produtos e fazer negócios. Apesar do número de visitantes ter caído um pouco (–1,7%) em relação ao ano passado, ainda foi representativo, com mais de 42 mil pessoas prestigiando a feira — para se ter ideia, elas vieram de 86 países. O evento, realizado no Shanghai New International Expo Centre (SNIEC), atrai a atenção mundial, e não só pelos números mostrados acima. A China é uma economia em plena expansão e tem papel fundamental no desenvolvimento da indústria de instrumentos musicais. Seus produtos invadem prateleiras de lojas do mundo inteiro pelos baixos custos

de produção, determinando que a maioria dos fabricantes de instrumentos opte por produzir seus equipamentos no país, antes de difundi-los pelo globo. Com população de 1,3 bilhão de habitantes, e também por sua extensão continental, o país vem ampliando assustadoramente a participação no mercado internacional. Em 2008, apresentou um crescimento do produto in-

terno bruto, PIB, em aproximadamente 9%; para 2009, o governo chinês está otimista em atingir a meta de 8% de crescimento, perda mínima se considerarmos as turbulências econômicas deste ano. Mas tem um motivo: com a queda nas exportações durante a crise, o governo chinês desenvolveu um pacote econômico com investimentos de cerca de US$ 585 bilhões para manter seu

O SETOR DE ÁUDIO E INSTRUMENTOS MUSICAIS ESTÁ EM PLENA EXPANSÃO E É UM DOS SEGMENTOS ECONÔMICOS MAIS PROMISSORES NA CHINA PARA OS PRÓXIMOS ANOS

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Feira Music China

crescimento em níveis espetaculares. O pacote enfocou as vendas no varejo e no desenvolvimento industrial; e a indústria de instrumentos musicais também foi beneficiada com essa estratégia. Junto a essa política, outras características apontam para o desenvolvimento do nosso setor no mercado chinês. Com o aumento da renda per capita da população, aliado ao incentivo à educação musical no país e à criação de centenas de programas de entretenimento para as novas mídias, o setor de áudio e instrumentos musicais está em plena expansão e é um dos segmentos econômicos mais promissores na China para os próximos anos. E o mundo inteiro está de olho nesse mercado, fato comprovado pelo sucesso da Music China! 

1. Charlie Chang, da Eagle; 2. Alexandre Seabra, da Sonotec; 3. Ney Nakamura, Márcio Zaganin, Éber Policate, da Tagima e Célio Ramos, da EM&T; 4. Wladimir Teixeira, da Hendriz; 5. Marco Aurélio, da Michael; 6. Eric Haas, Maximiliano, Hércules e Zé Luis, da Meteoro; 7. Roberto e Georgio Giannini; 8. Priscila Storino, da Izzo Musical, e Rogério Raso, da Santo Ângelo WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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Calendário 2010 O objetivo principal da feira é unir as lojas e empresas para gerar negócios que sejam vantajosos a ambos. Você poderá negociar e comprar com mais de 30 empresas que compõem o mix de sua loja. Aqui você encontra as marcas mais renomadas do mercado.

LOCAIS (REGIÕES)

DATAS PARA 2010

São José do Rio Preto ou Bauru

27 a 28 de fevereiro

Curitiba

20 a 21 de março

Porto Alegre

17 a 18 de abril

Rio de Janeiro

22 a 23 de maio

Belo Horizonte

19 a 20 de junho

Goiânia

24 a 25 de julho

Salvador

14 a 15 de agosto

Belém

6 a 7 de novembro

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PRODUTOS

Estantes de instrumentos deixaram de ser apenas commodities. Imagine algo prático, leve e fácil de carregar. A Hercules, empresa Taiwanesa do grupo KHS, o mesmo que produz Walden, Jupiter e Mapex trabalhou dia e noite para obter o melhor resultado. Veja as criações que têm feito a cabeça dos músicos de todo o mundo

INOVAÇÃO E PRATICIDADE

SUPORTE PARA VIOLÃO OU GUITARRA

Um novo conceito que alia design moderno, tamanho compacto, praticidade na montagem e estabilidade para segurança do instrumento. Para guitarra ou violão, o lançamento da Hercules foi desenvolvido para músicos exigentes que adoram um design diferenciado. São dois modelos: GS601B (violão) e GS602B (guitarra).

SEGURANÇA COM ESTILO SUPORTE PARA CLARINETES

Para garantir maior estabilidade na sustentação do instrumento, o novo suporte para clarinete da Hercules tem pernas mais largas, além de ser prático e compacto. Possui design exclusivo para caber dentro da campana do instrumento sem ocupar espaço no case. Destaque para o acabamento aveludado que protege o clarinete de riscos.

ar Onde encontr

Izzo Musical -0100 Tel.: (11) 3797 ical.com.br us www.izzom

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PRODUTOS GIBSON

EPIPHONE PROPHECY FUTURA CUSTOM EX

Corpo e braço em mogno, top em quilted maple, escala em ébano, 24 trastes, um captador EMG-81 na ponte e um EMG-85 no braço, controle de volume com push/pull, ferragens pretas, travas de correia. Contato: (11) 5535-2003 www.royalmusic.com.br

STAFFDRUM A SLIM SERIES

A bateria eletroacústica Slim Series possui cascos, canoas e canecas em alumínio, com profundidade de tambores bastante reduzida (1,1/2” nos toms e 4” na caixa e no bumbo). Cada tambor possui um sensor interno já em contato com a pele. A conexão é através de cabo P-10. O kit (10”, 12”, 14”, 20”, 13”) tem a opção de ser acompanhado com pratos e hi-hat eletrônicos, com módulo. Contato: (11) 3719-2660 • www.staffdrum.com.br

ASK

AMERICAN AUDIO

G3

RADIUS 1000

O modelo mais conhecido da ASK está de cara nova. Com o novo design, o suporte ganhou uma trava para o braço do instrumento e a base de apoio foi remodelada. O G3 serve para violão, guitarra e baixo.

O player CDJ Radius 1000 é o lançamento da American Audio. O tocador MP3/ CD para DJs vem com oversampling. Também reconhece discos e possui Advanced Track Search (busca de uma nova pista, enquanto a outra está reproduzindo), 10 segundos de memória antichoque, Seamless Loop, três botões Flash Start, Digital BPM Counter e saída digital.

Contato: (24) 2255-5253 www.ask.ind.br

Contato: (11) 3333-3174 • www.decomac.com.br

MEINL

MB20 HEAVY BELL RIDE 20”

O prato Mb20 Heavy Bell Ride 20” foi desenvolvido junto ao baterista Jason Bittner, da banda Shadows Fall. A série Mb20 é fabricada com martelamento manual da liga b20 com acabamento brilhante, podendo ser utilizada por músicos que vão do pop a estilos mais pesados como heavy metal.

Contato: (43) 3324-4405 • www.primemusic.com.br

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PRODUTOS

ORION CYMBALS BEX

Fabricada em liga de bronze B10, a linha Bex foi produzida para atender de iniciantes a profissionais. Tem os seguintes modelos disponíveis: splash de 8”; hi-hat de 14”; crashes de 16” e 18”; e também brilliant ride 20”e dark ride de 20”. Contato: (11) 3871-6256 www.orioncymbals.com.br

PLANET WAVES

COLEÇÃO THE BEATLES

Com exclusividade a empresa lança uma linha especial de palhetas e correias, destacando capas de discos e imagens clássicas e simbólicas do Quarteto de Liverpool. As correias são feitas com materiais ecologicamente corretos. Contato: (11) 3158-3105 www.musical-express.com.br

WALDEN G-740 CE

NIG

BSH - BASS SHAPER

O primeiro pedal para contrabaixo da NIG é um pré-amp com equalização de três bandas, botão shape, overdrive com modo ‘super’, noise gate, saída balanceada (XLR) — com controle pré e pós — e recurso ground lift. Com booster independente, também possui acionamento inteligente e efeito bypass, 100% analógico. Traz entrada para fone de ouvido.

Contato: (11) 4441-8366 • www.nigstrings.com.br

O violão flat de aço Walden G-740 CE possui shape Grand Auditorium, com tampo maciço em pinho; faixa, fundo e braço em mogno. A escala é em jacarandá. Equipado com tarraxas douradas, trastes em alpaca e circuito de captação ativo Fishman Classic 4. O acabamento é fosco. Acompanha umidificador Planet Waves e vem acondicionado num bag luxo Walden Guitars. Contato: (11) 3081-5756 • www.waldenguitars.com

SOFTCASE BAGS

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Feira Expomusic 2009

Nem gripe nem A nova fachada do Expo Center Norte: muito mais imponente

Em ano de crise econômica e gripe suína, as incertezas que assombravam a Expomusic 2009 foram logo suplantadas pelos bons resultados nos negócios e pelos lançamentos voltados ao público infantil Por Itamar Dantas

A

26ª edição da Expomusic foi realizada entre os dias 23 e 27 de setembro, em São Paulo (SP), e terminou com saldo positivo para lojistas, representantes, fabricantes e consumidores fi nais. Com um público superior a 50 mil pessoas, foram gerados aproximadamente R$ 180 milhões em negócios, aumento

de 11% em relação ao ano passado, mesmo patamar de crescimento em relação a 2007/2008 (não há fornecimento de dados sobre o número de transações realizadas). Com esses resultados, fi nanceiro e visitação, a Expomusic manteve sua posição no ranking internacional de feiras do setor, quarta posição, atrás da NAMM

(Los Angeles, EUA), Messe Frankfurt (Alemanha) e Music China. Entretanto, o cenário que se formava às vésperas do evento não era tão otimista. Os rumores da gripe suína não paravam de ‘pipocar’ nos noticiários de todo o Brasil, sobretudo pelas mortes ocorridas em São Paulo. Dias antes da feira, em 16 de setembro, o Ministério

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Feira Expomusic 2009

nem crise Mais de 50 mil pessoa s

visitaram o evento

Foram realizados R$ 180 milhões em neg ócios

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Feira Expomusic 2009

1. Antônio Carlos e Cláudia, Tonelli, da Musical Express; 2. Melk Rocha, da Bends Harmônicas; 3. Leandro Campos, da Florence; 4. Vladimir Souza, da Pro Shows; 5. Carlos, Cristiano, Roberto e Cirne, da baquetas Alba; 6. Sérgio Cruz, da Equipo; 7. Maurício Odery; 8. Charlie Chang e Eliseu Susin, da Golden Guitar; 9. Leandro Vieira, da Florence

Falando de (e sobre) nosso sucesso A Editora Música & Mercado tinha um estande que se destacava no setor de imprensa do evento. Foi a primeira vez que a M&M teve um espaço tão grande. Essas medidas foram essenciais para o novo projeto da M&M, o MusicTube — site que será lançado até o final deste ano e que pretende revolucionar o setor. Para dar andamento às inovações desse projeto, a M&M montou um estúdio de gravação dentro de seu espaço na Expomusic. Por lá passaram empresários e lojistas, que foram entrevistados e deram seus depoimentos sobre o setor, suas empresas e anteciparam as tendências para 2010. Mas foram os músicos que tornaram o espaço da M&M intransitável. Estava lotado! Isso porque, além de serem reconhecidos do grande público, gravaram minivideoaulas que atraíam quem passava no corredor. Sucesso total! Estiveram lá: Arthur Maia, Hugo Hori, Leandro Ferrari, Dino Verdade, João Castilho, Alexandre de Orio e muitos outros músicos que totalizaram a produção de mais de cem vídeos. Você poderá conferir no musictube.me. Aguarde e confira!

da Saúde divulgava 327 mortes pela gripe suína no Estado paulista — era o maior número de mortes de todo o País! Por outro lado, a crise econômica estava ficando para trás e 2009 estava se tornando o ano da discussão sobre a obrigatoriedade da música nas escolas. Assim, as expectativas negativas foram superadas e o que se viu foi a presença em massa de lojistas e empresários, que realizaram muitos negócios, alavancando, como tradicionalmente acontece, as vendas do setor. A feira também antecipou alguns números e as expectativas para os

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Feira Expomusic 2009

Eventos paralelos

Empresas que apostaram em eventos concomitantes à feira, ou antes dela, também tiveram seu reconhecimento por parte dos lojistas. As rodadas de negócios promovidas por Tagima, Adah, Crafter, Power Click, Attack, Prime Music, Pearl, Unic, Lyco e Anafima alavancaram ainda mais as vendas e trouxeram mais negócios para o setor de instrumentos musicais e de áudio.

TAGIMA DREAM TEAM

No dia 22 de setembro, tradicionalmente um dia antes da Expomusic, ocorreu a quarta edição do Tagima Dream Team, que, além da fabricante de violões, contrabaixos e guitarras, reuniu outras marcas do setor – Santo Angelo, Audio-Technica, Bose, LL Audio Technology, Octagon, EM&T, Bends, Quanta Music e NCA – para um dia inteiro de negócios. Mais de 400 lojistas compareceram ao evento, que também foi aberto ao público e contou com apresentações dos endorsers da marca, como Edu Ardanuy, Juninho Afram, Kiko Loureiro, Artur Maia, Ulisses Rocha, Mozart Mello, dentre outros. No final do dia, os lojistas e empresários puderam conferir uma palestra de Roberto Shinyashiki e o show de encerramento do evento com a banda Nenhum de Nós. A Tagima também participou da Expomusic.

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Rodadas de negócios e shows dos endorses movimentaram o TDT

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Feira Expomusic 2009

próximos anos são ainda mais promissoras. O mercado está ansioso com a lei que torna obrigatória a educação musical nas escolas. Até 2012, quando vence o prazo para implantação da lei, o faturamento do setor deve chegar a R$ 1,2 bilhão, segundo a Francal. É

mais do que o dobro previsto para 2009 — algo em torno de R$ 600 milhões, ainda de acordo com a produtora. E o número de estudantes de música deve aumentar dos atuais 5 milhões para 34 milhões a partir de 2012, crescimento de 580%. É muita coisa!

De olho nessas projeções, as empresas começaram já neste ano a lançar suas linhas especiais de equipamentos para crianças e adolescentes. E a Expomusic foi o palco perfeito para esses lançamentos. Guitarras, baixos, violões, pianos, softwares, dentre ou-

1. Rogério Raso, Pipoquinha, Arthur Maia e André Oliveira, da Santo Angelo; 2. Marcos Brandão, da Pride; 3. Equipe da Orion Cymbals; 4. Rafael Prin, da Liverpool; 5. José Luís, da Meteoro; 6. Marcelo Rossi e Ney Nakamura, da Tagima; 7. Daniela Medeiros e Carlos César, da Condor; 8. Juliano e Rodrigo Hayashida e Fábio Fonseca, da Tokai; 9. Nilton Corazza, da Roland; 10. Eduardo Chatzoglou, da Sparflex; 11. Nelson Alberti Elisandra Vieira e Luis Trivellato, da Quanta Music; 12. José Roberto Rozini e André Mattos, da Rozini 118 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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UNIC AUDIO

A Unic Audio realizou seu evento entre os dias 23 e 25 de setembro, paralelamente à Expomusic. Os lojistas puderam conferir os últimos lançamentos da empresa, como a primeira caixa amplificada com rádio FM digital do Brasil que, segundo Fernando Galles, diretor da Unic, é uma linha de amplificadores que promete alcançar imenso sucesso no mercado de áudio caseiro.

ANAFIMA

No dia 22 de setembro, a Anafima realizou seu evento em Guarulhos, na Grande São Paulo, cidade-sede da associação, levando aos participantes, formados sobretudo por fabricantes nacionais, diversas palestras que enfocaram os benefícios e facilidades para exportação de produtos e exploração do mercado estadunidense.

ADAH, CRAFTER, ATTACK E POWER CLICK

Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles™. Todos direitos reservados.

Feira Expomusic 2009

De 22 a 24 de setembro, as empresas Adah, Crafter, Attack e Power Click se reuniram para montar um evento paralelo à Expomusic. Cerca de 400 lojistas visitaram o espaço no Hotel Holiday Inn, em São Paulo, número que surpreendeu os organizadores. Para Eduardo Kika, gerente de vendas da Power Click, foi um sucesso. “A intenção era aproximar os comerciantes e fabricantes e o resultado foi obtido. Em 2010, pretendemos realizar o evento novamente.”

FBT promove seus produtos

A italiana FBT, fabricante de equipamentos de áudio, realizou o seminário Pro-Audio FBT no dia 22 de setembro. O evento contou com a participação de Alan Wood, consultor da empresa para a América Latina, e Luigi Paoloni, seu gerente de exportação. Segundo Paoloni, o evento serviu para consolidar a entrada da FBT, diretamente distribuída desde 2008, no mercado do Brasil e América Latina. “Estamos orgulhosos de estar presentes diretamente com a nossa marca no Brasil e outros países da América Latina. Temos a certeza de que é só o começo”.

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*O seminário também será realizado em outras cidades da América Latina nos últimos meses de 2009.

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Feira Expomusic 2009

tros produtos foram especialmente desenvolvidos para a garotada que já quer iniciar sua vida musical. Pelo que observamos, pais e filhos demonstraram empolgação com essas novidades, experimentando os equipamentos nos estandes que os disponibilizavam.

Mas não são apenas negócios e novos produtos que sustentam a Expomusic. Houve muita música nos espaços dos expositores e no Music Hall. E as mais de 50 mil pessoas que visitaram o evento puderam conferir várias apresentações dos endorsers de

diversas marcas e assistir a palestras e workshops. Em um ano com crise econômica e gripe suína, a Expomusic conseguiu unir diversão e bons negócios e, o mais importante, trouxe perspectivas positivas e resgatou o otimismo para o nosso mercado. 

1. Nádia Barros, da Octagon; 2. Emerson Righi e Cícero Luiz, da Oversound; 3. Carlos Leite, da Giannini; 4. Márcio Zaganin, da N. Zaganin; 5. Simone Storino, da Izzo; 6. Alan Leider, da Selenium; 7. Samuel, Kiko e Márcio, da Studio R; 8. João Yamashita, da Vanral e Microdigital; 9. Carlos Eduardo, da Adah; 10. Renê Luongo e Maurício Brazolim, Atelier Áudio; 11. Vera Machado, da Di Giorgio; 12. Seizi Tagima e René Moura, da Royal Music 120 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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Feira Expomusic 2009

PRIME MUSIC

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No evento realizado em 24 de setembro, a Prime Music trouxe para os convidados que visitaram o espaço no Hotel Comfort, também em São Paulo, os lançamentos de suas baterias e apresentaram para lojistas e representantes as ações que a empresa está desenvolvendo para atender com excelência a distribuição dos pratos da Meinl no Brasil.

PEARL BRASIL

A Pearl realizou seu evento paralelo no dia 24 de setembro para lançar sua independência no mercado brasileiro: a Pearl Brasil. Alessandro Bisetto, gerente-geral para a América Latina, e a diretoria da Pearl Brasil discursaram sobre as perspectivas da empresa no País e apresentaram alguns lançamentos mundiais da marca que inaugurarão esta nova fase da empresa no mercado nacional, como o pedal Demon Drive e a conga portátil Travel Conga. O baterista Raymond Massey e o percussionista Glen Caruba, gerentes de produtos da Pearl, apresentaram os lançamentos e demonstraram o que esses equipamentos são capazes de fazer nas mãos certas.

Correias e Palhetas Beatles

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13. Fábio Ribeiro, da Leac’s; 14. Roberto Guariglia, da Contemporânea; 15. Pardal Ferrari e Emil Casseb, da Yamaha; 16. Rita de Cássia, da Le Son WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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Feira Expomusic 2009

1. Roberto Hayashida, da Staff Drums; 2. Tássia e Maju Ramos, da NIG Music/Rouxinol; 3. Estande da Turbo Percussion; 4. Rui Nalin e Luis Roberto, da Eros Alto-falantes; 5. Everton Tosta, das Boquilhas Ever-Ton; 6. João Zanholo, da Staner; 7. Alan Leider, da Selenium; 8. Rogério Rego, da Habro; 9. Daniel Klajman, da Tecniforte; 10. Sérgio Cortellete, da Hayamax; 11. Hermenegildo Fran, da Michael; 12. Hélio Mestrello, da Antera; 13. Gesner Sousa, Onerr; 14. Guilherme Zauza, da Sotex; 15. Estande da Pioneer 122 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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CINCO PERGUNTAS SOBRE

SPED

Agora não tem mais jeito. As empresas que não se adaptarem ao novo sistema fiscal estarão sujeitas às punições previstas em lei. Não seja uma delas, tire aqui suas principais dúvidas sobre o Sistema Público de Escrituração Digital

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om o objetivo de combater a sonegação e tornar o relacionamento fiscal mais eficiente, o governo brasileiro já começa a praticar o Sistema Público de Escrituração Digital, SPED. Até 2010 todas as empresas com lucro real (tributável) precisarão estar adaptadas ao novo sistema. O caminho ainda é lento. No início de outubro, apenas 30 mil já tinham aderido. Uma grande queixa dos empresários é o custo dessa adaptação, que demanda investimento em tecnologia, treinamento de pessoal e outros custos. Mas, como tudo tem o lado bom, vale lembrar que a implantação do SPED é um passo inicial da Reforma Tributária. Por conta de a fiscalização ser em tempo real, em três níveis — Nota Fiscal Eletrônica; SPED Contábil e SPED Fiscal — e sem brechas para manipulações, o governo terá dados mais consistentes sobre quanto arrecada, pretendendo, a partir daí, executar planos de diminuição da carga tributária brasileira, uma das mais altas do mundo. Outros fatores positivos são: forçar a modernização das empresas; simplificar o sistema — tudo é integrado e eletrônico, dispensando livros contábeis e fiscais —; e também a unificação, com formulários padronizados, minimizando os custos para as empresas — antes cada Estado adotava a forma que melhor lhe convinha, dando enorme trabalho para companhias interestaduais. O sistema ainda causa bastante polêmica, sobretudo na esfera das PMES (pequenas e médias empresas), por isso conversamos com o consul-

Acredito ser uma excelente iniciativa, considerando os benefícios diretos e indiretos. Em um primeiro momento, os investimentos e esforços para a adaptação ao sistema preocupam as empresas, porém, a médio e longo prazo elas poderão verificar o retorno positivo. Mas qual será o real impacto nas micro, pequenas e médias empresas? Elas serão prejudicadas ou beneficiadas com o SPED?

Luiz Paulo Ferreira, consultor em soluções para o setor financeiro

tor Luiz Paulo Ferreira, da ZipeCode, empresa especializada em soluções para o setor financeiro, para esclarecer um pouco mais o assunto. Todas as empresas são obrigadas a migrar para o SPED?

Atualmente, 90 segmentos empresariais estão sujeitos à obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal Eletrônica, NF-e [inclusive o setor de instrumentos musicais]. Entre elas, as companhias que recolhem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O cronograma do governo prevê que até o fim de 2010 quase todas as companhias farão parte do sistema. Como você avalia a implantação do SPED?

Em termos gerais, todos serão beneficiados com a implantação do SPED. O impacto pode variar com o porte da empresa. No entanto, o sistema traz simplificação e transparência para toda a sociedade. Quais são as principais queixas levantadas pelas empresas sobre o novo sistema?

Adaptar os sistemas existentes ao novo e atender a todas as exigências técnicas. É verdade, a adoção do SPED depende de uma realidade de infraestrutura tecnológica mínima por parte das empresas. Existem muitas dúvidas em relação ao SPED. Como você vê o trabalho do governo para esclarecer o novo sistema?

Ele tem feito esforços na comunicação, publicando em portais como o da Receita Federal e melhorando seus próprios sites, mas concordo que o assunto é complexo. Além disso, à medida que o sistema aumenta sua abrangência, descobrem-se novas necessidades em cada realidade. 

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