#95 Música & Mercado - Março/Abril 2018

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ANIVERSÁRIO

Em comemoração, ASK foca os produtos PÁG. 36 Assine e receba antes!

FÍSICA OU ON-LINE? | MARÇO E ABRIL DE 2018 | Nº 95

MÚSICA & MERCADO

A REVISTA DO SITE: W W W.MUSICAEMERCADO.ORG | MARÇO E ABRIL DE 2018 | Nº 95 | ANO 16

TIAFLEX POR DENTRO

Saiba como são feitos os cabos e acessórios da empresa, que está lançando novos produtos. PÁG. 26

OS ACESSÓRIOS DA FREE SAX’S

Com produção totalmente brasileira, a marca procura se consolidar não só no País, mas também no exterior. PÁG. 30

Sérgio Pais, presidente da Roland Brasil

POWER PLAY NO MERCADO

Com 3 anos de vida, a companhia apresenta seus produtos e anuncia crescimento do catálogo. Veja mais na PÁG. 34

FÍSICA OU ON-LINE? Sérgio Pais, presidente da Roland Brasil, analisa o mercado atual, destacando diferentes tendências nas vendas físicas e on-line. Como a Roland está se adaptando a essas mudanças? O que está acontecendo no mercado brasileiro? PÁG. 44

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SUMÁRIO

44 CAPA

SEÇÕES

O PARADOXO ENTRE O VAREJO FÍSICO E O ON-LINE

14 EDITORIAL 16 ÚLTIMAS 20 SETUP Mastodon 78 DESIGN E INOVAÇÃO 80 PRODUTOS Os lançamentos e destaques das melhores marcas do mercado 88 5 PERGUNTAS 90 CONTATOS Os nossos anunciantes você encontra aqui

Como muitas empresas no mercado, e no mundo, a Roland Brasil também está mudando e se adaptando segundo novas tendências e movimentos no mercado. A vida física e on-line é sem dúvida um dos hot topics do momento. Sérgio Pais, presidente da Roland Brasil, analisa tudo a respeito. MATÉRIAS

COLUNAS

22 MUNDO DIGITAL 6 dicas de marketing digital para o mercado da música

60 Reflexões de um mercado

26 FÁBRICA Tiaflex conta sobre sua fabricação e novos produtos

por Joey Gross Brown

28 MERCADO Presença da Oversound no exterior

62 A importância de feiras

30 ENTREVISTA Os acessórios da Free Sax’s

como a Music Show por Luiz Carlos Rigo Uhlik

32 ESTRATÉGIA Harman anuncia novo diretor da divisão Professional Solutions para a América do Sul 34 EMPRESA A energia da Power Play 36 ANIVERSÁRIO ASK em festa e com estratégia forte 38 CORPORATIVO RMV é vendida: família Del Valhe

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adquire 100% das cotas da empresa 40 PLANEJAMENTO Arwel prepara estratégias para suas marcas 42 GESTÃO Anafima inicia trabalho com nova diretoria para o triênio 2018-2020

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50 EXPANSÃO Auratec fez 10 anos e muda para nova planta 52 LOJA Foco no cliente na Elo Musical 54 TECNOLOGIA Marketplace para alugar instrumentos 56 PERFIL Entrevista com Fabiana Batistela, diretora da SIM São Paulo 64 PÓS-FEIRA NAMM Show 2018

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76 PRÉ-FEIRA Music Show

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EDITORIAL DANIEL A. NEVES

CEO & Publisher

CEO & PUBLISHER

Daniel A. Neves

“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.”

Diretora de Redação

Paola Abregú

— Charles Robert Darwin*

Diretor de Arte

Dawis Roos Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022 Departamento Comercial (Internacional)

sales@musicaymercado.org

ESTAMOS PREPARADOS PARA AS MUDANÇAS?

Administração e Finanças

Mais uma vez falaremos sobre mudanças nesta edição. Mudanças que aparecem não só na nossa indústria, mas no comércio em geral. Estratégias diferentes, clientes diferentes, plataformas de venda diferentes… Estamos prontos para tudo isso?

Rosângela Ferreira Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

Beatriz Mendes Ferreira assinaturas@musicaemercado.org Colaboradores

Ann Lévizon, Carlos Cruz, Joey Gross Brown, Luiz Carlos Rigo Uhlik e Miguel De Laet

Tanto do lado da empresa quanto do consumidor as regras do jogo estão

sendo modificadas. Na matéria de capa você poderá ver uma interessante entrevista com Sérgio Pais, CEO da Roland Brasil, abordando diversos tópicos superatuais que se apresentam no caminho dos nossos negócios. Os brasileiros estão prontos para se adaptar? O nosso jeito de vender e comprar poderá evoluir e ser renovado como nos grandes países do mundo? Destaco uma frase que ele disse durante a entrevista: “Existem três mun-

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Gráfica Grafilar Música & Mercado®

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Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

dos de experiência em nosso mercado: em uma feira, em uma loja e em um site”. Estamos aproveitando essas oportunidades do modo certo? O que a sua empresa está fazendo e/ou oferecendo nesses aspectos? É tempo de refletir e agir. Falando em feiras, o NAMM Show este ano deu um salto enorme na sua organização, atraindo mais empresas, especialistas e público relacionado com o áudio. Essa decisão já se provou ser um êxito, e com uma simples mudança o evento conseguiu se posicionar como a melhor feira para o nosso mercado. Já em nosso país, foi apresentada a feira Music Show, que promete tra-

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zer um modelo renovado para expositores e visitantes. Deixo você com muito material para ler, apreciar e pensar! * Charles Robert Darwin (1809-1882) Naturalista britânico que formulou sobre bases científicas a moderna teoria da evolução.

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As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais

ÁUDIO

D.A.S. Audio tem novo gerente de vendas para retail

B&C Equipe da Eighteen Sound Speakers completa a compra da Eighteen Sound A B&C Speakers iniciou o ano com o fabricante de transdutores Eighteen Sound como parte do seu grupo, após finalizar a aquisição da empresa em dezembro passado. “Estamos orgulhosos de somar a Eighteen Sound e a Ciare ao nosso grupo, e esperamos oferecer a ambas as marcas acesso a mais recursos. Agora podemos agregar nosso conhecimento em fabricação e desenvolvimento, ajudando a fornecer uma linha de produtos completa, construção de qualidade e experiência do usuário otimizada”, disse Lorenzo Coppini, CEO da B&C. Ron Tizzard, diretor de vendas para a B&C, adicionou: “São duas grandes marcas com um forte legado e cultura, que esperamos seguir fortalecendo. Ambas, a Eighteen Sound e a Ciare, já contam com vários clientes OEM dedicados e uma rede de distribuição bem desenvolvida que exigirá algumas mudanças”. As marcas B&C, Eighteen Sound e Ciare se apresentaram juntas pela primeira vez no NAMM Show.

Pepe Reveles é o novo VP de vendas e marketing para Focusrite

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AES Brasil Expo 2018 Depois do cancelamento no ano passado, a organização da AES Brasil Expo anunciou as datas para sua edição de 2018. A 21ª Convenção e Exposição de Tecnologia, Áudio, Vídeo, Iluminação e Instalações Especiais acontecerá de 21 a 24 de maio e o local escolhido é o Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O que será que trará esta edição de diferente? Aguardamos mais informações em breve.

QSC celebra cinco décadas

A Focusrite anunciou a entrada do veterano da indústria como novo vice-presidente de vendas e marketing para a América Latina. Com quase 25 anos de experiência na indústria, Pepe Reveles recentemente fez parte da equipe da Avid, onde comandava a divisão de áudio para a América Latina. Agora, estará se reportando a Damian Hawley, diretor global de marketing e vendas da Focusrite, e será responsável por estender o alcance da marca à base de clientes na região, trabalhando para expandir a presença latino-americana da Focusrite/Novation em todos os mercados verticais.

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A D.A.S. Audio of America, Inc., a divisão norte-americana da espanhola D.A.S. Audio, anunciou a contratação de para o cargo de gerente de vendas para retail para a América Latina, com a clara intenção da empresa de desenvolver ainda mais o mercado latino. Arguello estará trabalhando com base em Miami e será responsável por dirigir as vendas varejistas para o mercado de instrumentos musicais, desenvolvendo estratégias personalizadas para cada país da região.

O ano de 1968 foi de inovações no mundo todo, incluindo, entre muitas outras, a introdução do Jumbo Jet 747, os primeiros humanos a dar uma volta ao redor da lua, o lançamento da música “Hey Jude”, dos Beatles e o nascimento da empresa que hoje conhecemos como QSC e que surgiu sob o nome Quilter Sound Things em um pequeno prédio industrial em Costa Mesa, Califórnia. O foco original da empresa eram os amplificadores para guitarra feitos à mão, mas depois tudo evoluiu para os amplificadores de potência e os sistemas de áudio. O 50º aniversário da QSC será comemorado ao longo do ano com numerosos eventos, atividades e lançamentos de produtos que se realizarão em diferentes partes do mundo.

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INSTRUMENTOS MUSICAIS Arwel apresenta novo supervisor comercial A equipe da Arwel busca a cada dia aprimorar seus serviços e, para isso, é indispensável ter um grupo de profissionais qualificados. Foi com esse objetivo que a empresa começou uma reestruturação interna e anunciou a contratação de Marcelo H. Silva Santos como supervisor comercial. Marcelo acaba de chegar para agregar ao time da empresa seu vasto conhecimento adquirido ao longo de 25 anos no mercado. “Marcelo tem se engajado com a equipe de vendas e estipulado metas para alcançar representantes por todo o País, já tendo obtido sucesso com profissionais em Pernambuco e no Distrito Federal”, contou Kimberlly Andrade Custódio, responsável pelo departamento de marketing da Arwel.

Musical Express no festival Batuka! Brasil Em dezembro do ano passado, as marcas Evans e Promark — distribuídas no Brasil pela Musical Express — participaram da 15ª edição do festival Batuka! Brasil, realizado no espaço Unibes Cultural, em São Paulo. O evento contou com exposição de instrumentos e acessórios musicais no segmento de percussão, além da participação dos endorsees Dom Famularo (Estados Unidos), Vera Figueiredo, Giba Favery, Eloy Casagrande e muitos outros.

Musical Paganini com mais representantes A Musical Paganini, empresa que atua no mercado de instrumentos e acessórios há vários anos, anunciou mais três representantes para ampliar sua presença em São Paulo, Sergipe e Alagoas. A Bonilha Representações, liderada por Júlio César Bonilha, e Carlos de Lima Araujo se encarregam agora do interior de São Paulo, enquanto a Kits Representações estará trabalhando em Sergipe e Alagoas. “Essas mudanças têm como objetivo melhor atender nossos clientes, afinal, foram eles próprios que fizeram algumas indicações”, disse Daniel Ianicelli, diretor comercial da empresa. Com tudo isso, mais a linha nova de importados e os lançamentos para 2018, a Musical Paganini espera ter um aumento bem considerável nas vendas e um crescimento maior ainda este ano. Mais novidades em breve!

Luen apresenta novo site e representantes A empresa fabricante de percussão lançou um site com visual renovado, destacando não só os produtos no catálogo da marca, mas também a história da empresa e a qualidade das matérias-primas que utiliza. O site ainda inclui uma área para encontrar representantes em cada Estado, artistas que usam os produtos, download dos catálogos e a possibilidade de se cadastrar para receber as newsletters. Falando em representantes, a Luen anunciou o novo representante para as regiões de Brasília, Goiânia e Tocantins — Marivaldo Peixoto, da A Musical Representações, se encarregará desses territórios. Veja mais em: www.luen.com.br.

Campanha Voando Alto com Izzo Em comemoração ao seu primeiro centenário, a “Campanha Voando Alto com Izzo” da Izzo Musical vai levar 100 pessoas em um voo fretado, com destino às paradisíacas ilhas do Caribe. Cinquenta clientes e seus respectivos acompanhantes voarão alto com a Izzo e desfrutarão de uma viagem maravilhosa em um resort All inclusive, com o requinte e o padrão exclusivos. A campanha está vigente e contempla o período de compras até 31 de outubro de 2018. Em uma ativação diferente para a campanha, clientes de diferentes regiões do Brasil receberam simultaneamente — dia 20 de janeiro — em suas lojas, promotoras trajadas de “Comissárias de Bordo Izzo” que entregaram pessoalmente o passaporte convite para que os clientes da empresa possam participar. Veja mais em voandoaltocomizzo.com.br

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ÚLTIMAS

INSTRUMENTOS MUSICAIS Izzo recebe prêmio no NAMM Show No final de janeiro, a Izzo participou do NAMM Show, durante o qual foram entregues os prêmios NAMM Milestone. Esses Simone e Priscila Storino prêmios, aprerecebendo o prêmio sentados pelo CEO e presidente da associação NAMM, Joe Lamond, reconhecem os negócios musicais que têm crescido em ambientes comerciais desafiadores e que conseguiram atingir um aniversário marcante. Um deles foi a Izzo Instrumentos Musicais, empresa que este ano comemora seu 100º aniversário e que apresentará diferentes promoções e prêmios durante o ano todo. Para receber o reconhecimento, estiveram presentes na cerimônia Simone e Priscila Storino. Comentando sobre os ganhadores em geral, Lamond disse: “Em nome de todos os membros da NAMM, é uma verdadeira honra reconhecer esses indiví­duos e negócios pelo seu serviço tanto na indústria de produtos musicais quanto nas suas próprias comunidades. Cada um tem demonstrado perseverança e paixão para suplantar os desafios apresentados ao longo do tempo, inspirar a muitos outros e criar um mundo mais musical para o benefício de todos”. Características que, sem dúvida, encontramos na Izzo. Parabéns!

Orange Amplification comemora metade de século Criada em 1968, este ano a Orange Amplification comemora seu aniversário de ouro. Nas últimas cinco décadas, a empresa aproveitou todas as oportunidades para inovar sem deixar de ser fiel à sua identidade e som distintivos. Alguns dos melhores músicos do mundo, incluindo Jimmy Page, Prince, Stevie Wonder, James Brown, Oasis, Mastodon, Madonna, Jim Root, Billy Gibbons, Geddy Lee e Glenn Hughes, têm atuado diante dos emblemáticos amplificadores da Orange. Para celebrar seu aniversário dourado, a Orange festejará o ano todo promovendo o lançamento de novos produtos e merchandising comemorativo, junto com vídeos que cobrem amplificadores únicos, entrevistas com personagens importantes (passado e presente) e mais conteúdo centrado nos seus 50 anos de história.

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Emil Casseb agora na Turbo Music Emil Casseb, profissional que já trabalhou na Yamaha e na Shure no Brasil, inicia o seu mais novo desafio agora na Turbo Music. Ele passa a integrar a equipe interna da empresa iniciando um trabalho direcionado com as marcas JTS e Studiomaster.

Novas cores para a série Armory da Mapex A marca de baterias lançou as novas cores e Black Dawn usando a cobertura chamada Olive Exotic. Esses novos acabamentos estão sendo aplicados nas carcaças híbridas da série Armory — uma linha com altas vendas —, que são construídas com camadas de bétula/ bordo/bétula, em espessura de seis camadas de 7,2 mm.

Gig Gear expande distribuição com Cineshop Brasil A Gig Gear LLC, fabricante das luvas protetoras Gig Gloves para profissionais que trabalham na produção de áudio e música, como também outros técnicos na produção de entretenimento e eventos ao vivo, está aumentando sua presença no País com a nomeação da Cineshop Brasil como seu distribuidor brasileiro autorizado. Com base em São Paulo, a Cineshop distribui produtos para as indústrias de produção de entretenimento, cinema e teatro. “À medida que a Gig Gear continua fazendo com que as luvas Gig Gloves sejam um padrão para os profissionais nos Estados Unidos, temos procurado ativamente crescer no ambiente internacional”, disse Danny Shatzkes, fundador da Gig Gear. “Fechar a parceria com a Cineshop Brasil nos permite agora levar nossos produtos para o emocionante mercado sul-americano pela primeira vez, e não poderíamos estar mais felizes de trabalhar com eles. Com este passo, poderemos satisfazer as demandas dos profissionais no Brasil e, esperamos, também em outros países da América do Sul.”

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ILUMINAÇÃO Claypaky lança seu 1º aparelho spot LED

Está chegando a grandMA3 da MA Lighting

Trata-se do e é o novo spot profile com tecnologia LED da empresa. Conta com um motor de luz LED branca de 880 W que consegue 46.000 lúmens (saída de 24.000 lúmens) com temperatura de cor de 6.500 K, enquanto um motor de luz opcional de alto CRI (>90) produz 34.000 lúmens a mais (saída de 17.500 lúmens) e temperatura de cor de 5.600 K. Com este design e desenvolvimento, a Claypaky afirma poder produzir um aparelho LED com alta emissão de luz, comparável com um aparelho de 1.500 W de geração anterior, mas com um consumo de energia ao redor de 1 kW. Pio Nahum, CEO da Claypaky, disse: “Sendo nosso primeiro aparelho spot LED, o Axcor Profile 900 marca um novo caminho para a Claypaky. Esta é uma conquista que destaca nosso compromisso em melhorar a arte da iluminação, e ansiamos ver o que nossos amigos podem ganhar no mundo do design de iluminação com ele”.

Pertencente ao legado de mesas grandMA, a representa um novo pensamento baseado no que é possível fazer em uma plataforma de controle de iluminação. A nova arquitetura do sistema incorpora novas funções e conceitos, apresentados em uma interface de usuário que foi criada para tarefas práticas mais intuitivas. Os modelos full-size e light da grandMA3 apresentam uma grande área de tela multitátil, junto a um novo design térmico. É possível acessar diretamente as informações codificadas dedicadas e reproduzi-las em telas menores, permitindo a configuração total das telas maiores para que se ajustem às necessidades do usuário. O software de controle da grandMA3 utiliza um novo conceito de função flexível, desenvolvido para replicar os componentes físicos do mundo real. A mesa oferece uma rede de trabalho melhorada, tecnologia avançada de processamento, integração, conectividade, efeitos melhorados e as versões onPC do software grandMA3, que está disponível para Windows 10 e macOS. Mais detalhes estarão disponíveis após o dia 10 de abril na feira Prolight + Sound em Frankfurt, Alemanha.

OPORTUNIDADES MR Cabos procura representantes no País

A MR Cabos e Acessórios é uma marca idealizada e desenvolvida pela Mister Mix, que já atua no mercado há seis anos, buscando sempre inovação e tecnologia. Com o objetivo de melhorar o atendimento e estar mais perto de seus clientes, a empresa está buscando representantes para as regiões de Minas Gerais (capital), São Paulo (interior), Ceará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiais/DF. “Para fazer parte de nossa equipe de representantes, procuramos alguém que já tenha experiência na função, conhecimentos sobre os produtos que vendemos, e que goste de trabalhar no mercado”, disse João Felipe, gerente comercial da Mr. Mix. Interessados podem entrar em contato no telefone (21) 3375-1063 ou por e-mail comercialmrmix@hotmail.com

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om duas indicações ao Grammy 2018 por seu álbum Emperor of Sand e a música “Sultan’s Curse”, é o momento de explorar os equipamentos usados pelos integrantes da banda de heavy metal Mastodon. Formada no ano 2000, a Mastodon, originária da Geórgia, Estados Unidos, é composta pelo baixista Troy Sanders, os guitarristas Brent Hinds e Bill Kelliher e o baterista Brann Dailor. n

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Brann Dailor (bateria) Dailor é endorser e usuário das baterias e hardware Tama, dos pratos da Meinl, das peles da Evans e das baquetas Vater. Bateria: Tama Starclassic Performer B/B: bumbo 22”x18”, tom 10”x8”, tom 12”x9”, tom 13”x10”, floor tom 16”x16”, snare 14”x6” Starphonic Brass. Pratos: Meinl: 14” Mb20 Heavy Soundwave Hi-Hat, 18” Mb20 Heavy Crash, 20” Mb20 Heavy Crash, 8” Classics Medium Bell, 21” Mb8 Ghost Ride. Peles: Evans: para o bumbo: EQ3 Clear – EQ3 Reso Black; para os toms: G2 Clear – G1 Clear; para o snare: Power Center Snare Batter: 300 Snare Side. Hardware: Tama: Speed Cobra Double Bass Pedal, Iron Cobra Lever-Glide Hi-Hat Stand, 1st Chair Ergo-Rider Drum Throne. Baquetas: Vater: 5B.

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Troy Sanders (baixo)

Bill Kelliher (guitarra)

Brent Hinds (guitarra)

Sanders começou a tocar quando pegou o baixo do seu irmão mais velho e decidiu testá-lo — e o baixo ainda era para canhoto, e ele era destro. Meses depois convenceu seu pai a comprar um baixo para ele. Na Mastodon, compõe suas próprias linhas de baixo e é conhecido por tocar com diferentes estilos e técnicas, além de usar tanto os dedos quanto uma palheta. Baixo: Troy conta com baixos de diferentes marcas, como Godlyke, Yamaha, Ibanez, Fender, Wal e Warwick. Entre seus instrumentos mais destacados estão os modelos Prophecy II, Precision, Jazz, Jaguar Deluxe e Jaguar Signature, da Fender. Da Squier, também tem um modelo Jaguar Signature, que se une ao Streamer Stage II da Warwick e aos modelos da Yamaha BB2004, BB2024 e TRB1004j. Amplificadores: Aqui vemos o amplificador e a caixa Blacksmith da TC Electronic, as caixas Orange AD200B e SP410, um Ampeg SVT-VR stack e um cabeçote SVT-4 PRO, caixas Mesa 8”x10”, um cabeçote Mesa Engineering Titan V12, outro cabeçote Mesa Boogie Big Block 750 e uma caixa 4”x12” (pedais sintetizadores). Pedais e efeitos: Troy costuma usar pedais como MXR Octave Deluxe, MXR El Grande Bass Fuzz, vintage Sovtek Big Muff Pi, Cobrahawk B12 Fuzz, Moog MF-104SD Moogerfooger Analog Delay, pedais para baixo Moog Taurus, Electro-Harmonix POG Polyphonic Octave Generator, DiGiTech Bass Whammy, o RV-5 Digital Reverb e o GEB-7 Bass Equalizer da Boss, Morley Wah Pedal, Voodoo Lab Pedal Power 2 Plus, Sanford Bluebeard Fuzz, Fern DI, o Tall Font Russian da Wren and Cuff, o Corona Chorus da TC Electronic e um condicionador de potência Monster Power Pro 2500.

Na Mastodon, Kelliher desempenha vários papéis, incluindo coro, partes complexas de guitarra e às vezes guitarra principal, dividindo com Brent Hinds a função de guitarrista. Desde 2016, Kelliher é endorser da ESP Guitars, que lançou dois modelos signature para ele: a high end ESP Bill Kelliher e a LTD BK-600, de custo mais acessível. As guitarras têm um corpo no estilo Eclipse, feito em mogno, sem corte de cintura, um set de três peças de mogno ao longo do braço com diapasão de ébano de 22 trastes e longitudes de escala de 24,75. Sobre o hardware, conta com sintonizadores de bloqueio e tunomatic Tone Pros e pontes de bloqueio stoptail. Também utiliza captadores signature de Bill Lace Dissonant Aggressor com um switch de três vias e botões de um só volume e tom. Amplificadores e efeitos: Tanto Bill quanto Brent usam a série Thunderverb da Orange, e Bill foi visto com o Dual Rectifier da Mesa Boogie. A Friedman Amplification lançou um amplificador signature para o Bill chamado Butterslax. A pedaleira de Kelliher inclui um Tube King da Ibanez, um TU-2 Tuner da Boss, um M-135 Smart Noise Gate da MXR e um pedal Jamman Looper da DiGiTech. Devemos incluir também o Source Selector 1X6 Rack Mount Audio Switcher, da Audiotech Guitar Products.

Originalmente tocando o banjo, Hinds aprendeu seu estilo característico de seleção híbrida rápida emulando digitações de banjo na guitarra. Com frequência utiliza as escalas menor pentatônica, menor natural e harmônica menor na sua execução, bem como muitos hammer-ons, pull-offs e legatos. Uma das suas guitarras favoritas é a reconhecida Flying V da Gibson, embora também encontremos uma Goldtop Les Paul, uma Les Paul Florentine, uma Lucite Flying V construída pela Electrical Guitar Company, uma Gibson SG, uma Gibson SG Custom, uma Gibson Explorers, uma Dan Armstrong Plexi da Ampeg e uma Michael Kelly Phoenix Hollowbody. Também possui duas guitarras personalizadas First Act: uma de seis cordas e uma DC Lola de 12 cordas. Em 2016, a Epiphone Guitars anunciou uma guitarra signature para ele, baseada na sua Silverburst Flying V Custom que apresenta seus captadores característicos Lace Hammer Claw. NOTA: Brent esteve presente no estande da Orange Amplification durante a feira NAMM Show 2018 no final de janeiro. Amplificadores e efeitos: A Boss encabeça a lista com o Compressor CS-3 e o Tuner TU-2, somando-se depois a Monster Effects com seu Mastortion, a Ibanez com o Tube Screamer TS-9, o Line 6 e o DL4 Delay Modeler, o Pedal Power da Voodoo Labs e um Enema FX Mingebox. Desde 2014, Brent está usando a JMP Series da Marshall e um Diezel VH-4.

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MUNDO DIGITAL

6 DICAS DE MARKETING DIGITAL PARA O MERCADO DA MÚSICA Dicas de marketing digital e aplicativos para empresas, lojas físicas e on-line

P

or falta de percepção para o mundo digital, muitas empresas e lojas perdem grandes oportunidades de divulgação, quando não desperdiçam dinheiro tentando fazê-la da maneira errada. Não se relacionar com o público, ignorar as plataformas de vídeo, não conhecer a diferença entre as mídias sociais são alguns dos erros mais comuns. Ana Tex, empreendedora, palestrante e consultora em marketing digital, e uma das maiores referências em novas mídias, separou algumas dicas e aplicativos para quem quer alavancar seu negócio. Confira!

1.

Faça um planejamento

O primeiro passo para quem quer promover seus produtos nas mídias sociais é fazer um planejamento. Com o mercado musical não é diferente. Antes mesmo de dar início à divulgação do seu trabalho, o empresário precisa saber quais são seus objetivos a curto, médio e longo prazo. Ciente de seus objetivos, ele deverá definir sua identidade, a mensagem que quer passar com seu trabalho, seu público e os passos para atrair essa audiência. Querer ser uma referência em seu segmento é um objetivo muito genérico. O lojista que quer inovar precisa ter um diferen-

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cial. Comece fazendo uma pesquisa de mercado, analisando a concorrência, descobrindo quais são as deficiências do seu nicho e, acima de tudo, procure identificar o que o público está buscando e que ainda não foi suprido. Uma ferramenta interessante para mensurar o que as pessoas estão buscando na internet é o planejador de palavras do Google AdWords, que faz um relatório completo da palavra-chave de seu interesse. Você pode digitar no campo de busca “bateria”, por exemplo, e ele te dará um relatório dos últimos meses mostrando quantas pessoas estão procurando por essa palavra e como elas estão procurando, além de mostrar outros dados. Outra ferramenta interessante é o Google Trends, que também faz esse relatório de pesquisa por palavra, além de mostrar o ranking dos países e estados que mais buscam pelo assunto, quais as pesquisas relacionais no Google e por aí vai.

2.

Conheça e inspire seu público

Hoje em dia existem diversas maneiras de identificar o seu público-alvo. O Google Adwords e o Google Trends, citados anteriormente, podem ajudar nesse processo, bem como o SimilarWeb, específico para a análise de concorrência. O Similar faz um relatório completo de qualquer site. Ele apresenta a classificação do site segundo o ranking global, nacional e nas classificações do seu mercado, além de outras informações, como tráfego e tempo de visitas. Para monitorar as redes sociais, existem o Sumorank e o Wisp social. Específico para monitorar seguidores no Instagram, o Wisp informa dados como gênero dos seguidores, idade e de onde eles são, o que é muito relevante caso você queira fazer um evento em determinada região. Também há o Sumorank para o Facebook, com o qual

você pode analisar as interações, definir o melhor dia e o horário mais popular, que tipos de post e vídeo geram mais engajamento e assim por diante. O empresário ainda pode optar por atrair mais audiência por meio dos grupos de seu produto nas mídias sociais, elaborando ações específicas para ele. No entanto, precisa ter consciência de que o mais importante é a qualidade do seu público e não a quantidade. Casando a sua mensagem com o público certo, você aumenta em até 70% as chances de sucesso. Por mais que você não considere sua audiência tão expressiva, procure inspirar e fidelizar esse público. O aumento no número de seguidores será uma consequência natural da recomendação e do compartilhamento por parte dos seus clientes. Logo, conheça quem são as pessoas que acompanham seu trabalho e interaja com elas. Seja por meio das lives do Face e do Instagram, dos textos do Twitter, fazendo campanhas no Facebook, publicando fotos com seus fãs no Insta ou teasers dos lançamentos etc. Existem múltiplas formas de inspirar seu público, basta ter força de vontade.

3.

Saiba como divulgar seu material nas mídias

As mídias sociais podem ser utilizadas de diversas formas para divulgação. Algumas das mais populares são o Instagram, o Facebook e o YouTube, que estão no Top 10 das maiores redes sociais do mundo. O Instagram é mais específico para postagem de fotos, mas possui recursos de lives e vídeos de curta duração, que podem ser direcionados para outras mídias por meio de links. Outra vantagem dessa mídia é o Stories, que pode ser usado para educar e inspirar o público. Nele, empresas ou lojas podem registrar participação em feiras, marcar localização,

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hashtags, entre outros. O Instagram é uma das mídias mais promissoras, justamente pela praticidade e rapidez, já que muitos usuários do Facebook não têm paciência para clicar diretamente nas fanpages para visualizar conteúdo. O mesmo vale para o YouTube, que a cada dia mais assemelha-se a uma videoteca do que a uma rede social. A plataforma é a segunda maior fonte de pesquisa, perdendo apenas para o Google. Logo, é fundamental que a empresa tenha seu trabalho disponível nessa plataforma, aumentando assim as chances de ser encontrada pelo público. Além disso, pode-se utilizar o YouTube para fazer vlogs das marcas, bastidores da participação em feiras, vlogs de dicas de uso de produtos etc. Ao contrário do que muitos pensam, o Twitter também é uma plataforma valiosa. Não é à toa que está no ranking mundial. O trending topic do Twitter é referência quando se quer informação em tempo real. Dessa forma, a empresa pode tanto atualizar seus seguidores como também ficar por dentro das novidades das marcas e influências de seu segmento. Já o Facebook, maior rede social do mundo, possui algumas semelhanças com o Instagram, mas é mais abrangente, além de possuir ferramentas que ajudam na segmentação e em anúncios, como o Facebook ADS. No caso de um lançamento de produto, por exemplo, é possível fazer um anúncio direcionado para o público da cidade e ainda mensurar o alcance e outros resultados.

4.

Utilize os aplicativos de vídeo ao vivo

YouTube, Facebook e Instagram são as principais referências quando se trata de exibição de vídeos. Com a chegada das lives, essas redes ficaram ainda mais interativas. A empresa que quiser melhorar a divulgação

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MUNDO DIGITAL do seu trabalho deve se valer dessas ferramentas. É possível fazer transmissões ao vivo das ações dentro de uma loja, interagir com o público pedindo fotos com seus instrumentos, anunciar a agenda de feiras, promover um bate-papo descontraído com os usuários. Porém, cuidado para não se empolgar demais e fazer cinco transmissões ao dia, ainda mais quando a mídia não é específica para esse fim. O Facebook, por exemplo, possui um algoritmo que seleciona os assuntos mais relevantes do feed de notícias dos usuários, colocando-os no topo. Logo, várias transmissões ao dia não são reconhecidas pelo dispositivo como relevantes. Ou seja, uma ou duas transmissões na semana são o suficiente para essa mídia. Outra dica é fazer vídeos ao vivo somente quando tiver algo de relevante a dizer, do contrário as pessoas perderão o interesse no seu vídeo, o que certamente resultará na queda de audiência. Também é recomendável recapitular várias vezes o tema do vídeo, a fim de atualizar os novos espectadores a respeito do assunto da transmissão. Além disso, a qualidade do vídeo e da conexão com a internet deve ser levada em consideração. As lives têm diferentes resultados quando realizadas no Facebook e no Instagram. A vantagem da primeira é a margem de alcance, que é muito maior, já que é a mídia social mais usada no mundo. Além disso, apresenta métricas com informações sobre quantidades de espectadores, pico da audiência, compartilhamentos, reações etc. Já o Instagram Live possui limite de transmissão de até 1 hora e não conta com um sistema de análise de métricas tão eficiente como o Facebook Live; também tem a condição de transmitir apenas pelo celular. Para quem quer variar e engajar mais audiência por meio dessas transmissões, já existem aplicativos específicos para

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lives. Dois exemplos são o Periscope e o Bigo Live. O Periscope é uma plataforma de streaming de vídeos que permite realizar lives direto do smartphone, além de suportar uma grande quantidade de espectadores de várias partes do mundo com capacidade para interações em tempo real. É possível abrir uma conta por meio do login do Twitter ou baixando o app. Uma das principais características do app é o mapinha que mostra em tempo real as transmissões que estão sendo feitas ao redor do mundo. Logo, o espectador pode ser direcionado para qualquer uma dessas lives sem ter a necessidade de ser seguidor dessas pessoas. O aplicativo é muito vantajoso pela margem de alcance, podendo atrair rapidamente novas audiências, inclusive de outros países. Semelhante ao Periscope, o Bigo Live também é um app de transmissões ao vivo, mas este já possui uma categoria específica para cada segmento. Os dois aplicativos contam com muitos recursos de interação e estão disponíveis para download nas versões Android, iPhone e IOS. Cabe ao empresário experimentar qual app gera mais audiência, lembrando que em ambos os casos ele precisa direcionar esse público para o seu canal no YouTube.

5.

Cuide da qualidade do seu material e publicações

É de extrema importância ter um material de qualidade, pois como em qualquer outro mercado, o seu produto será comparado com outros. Logo, é indispensável que a empresa estabeleça um “padrão de excelência” para que seu trabalho não caia no esquecimento. Ainda que a produção seja mais sofisticada e demande mais tempo e investimento, no final você terá um retorno muito mais satisfatório por parte do seu público. Logo, opte por um bom estúdio para

a gravação dos vídeos, produção das fotos etc. Com certeza essa escolha impactará o resultado final. Para facilitar esse trabalho, passe a acompanhar as páginas das marcas que são referência para você, ou até mesmo da sua concorrência. Você vai deparar com um conteúdo mais limpo e bem estruturado, que não está ali por acaso. Por mais simples que seja a postagem, ela certamente terá um fundamento. Por isso, não faça postagens aleatórias e sem sentido, até porque os seus perfis precisam ter uma linguagem padrão. Outro erro comum é a má utilização de recursos-chave — não marcar as hashtags de forma adequada, ou colocar demais; usar sempre as mesmas hashtags, sem distinguir as que já caíram em desuso no seu segmento. Ir a eventos e feiras importantes para a sua empresa e não marcar a localização do evento também é um vacilo. Outra situação de negligência é se esquecer de destacar os posts e anúncios mais relevantes para a sua página. Se a sua empresa está lançando um novo produto, ou está prestes a fazer um evento, esses assuntos precisam estar no topo. Falta de organização e de estratégias nas publicações também interfere na qualidade do seu trabalho, dificultando a credibilidade por parte dos seguidores. Esses são alguns pontos que merecem relevância desde o planejamento. Investimento em material e em produção de conteúdo sempre será uma demanda constante.

6.

Conte com a ajuda de um especialista em marketing digital

Última e também uma das mais valiosas dicas: procure se inteirar mais sobre o marketing digital. Existem inúmeros cursos, até mesmo on-line, que podem ajudá-lo nesse processo. Lembre-se: estar nas redes sociais, hoje, é primordial para qualquer negócio. n

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FÁBRICA

TIAFLEX CONTA SOBRE SUA FABRICAÇÃO E NOVOS PRODUTOS Com foco na qualidade e no bom atendimento, a empresa apresenta uma variedade de produtos novos, não só relacionados com cabos, mas também com outros acessórios

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undada em 1985, a Tiaflex iniciou suas atividades fabricando uma linha de fios para sonorização automotiva, alto-falantes, caixas acústicas e outros. “A fabricação de fios e cabos está no DNA da empresa, pois sempre foi focada em fazer seus produtos com a máxima qualidade desde o seu nascimento até os dias atuais”, disse o engenheiro Mateus Andalécio, gerente comercial da Tiaflex. O gerente explicou que a empresa necessita estar em constante evolução tanto na parte industrial (máquinas e processos) quanto no atendimento, a fim de suprir as necessidades do mercado e de seus inúmeros clientes, que foram “conquistados com qualidade, atendimento, agilidade, honestidade e preço justo”. Para isso, a sistemática industrial da Tiaflex está em constante evolução com as novas tecnologias, contando com máquinas de última geração para otimizar processos, minimizar perdas e, o mais importante, manter a qualidade em todo o processo desde a matéria-prima até o produto final.

Cleber Andalécio (gerente administrativo), Mateus Andalécio (gerente comercial) e José Mario Andalécio (gerente industrial)

Processos e qualidade Sediada em São Paulo, a Tiaflex fabrica, comercializa e distribui sua variedade de cabos e acessórios contando com uma equipe eficiente em cada

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setor da empresa. “Nossos profissionais de engenharia e nossos experientes técnicos analisam novos modelos e projetos quanto à sua viabilidade, características físicas e elétricas (normas aplicáveis), além de custos, é claro”, comentou Mateus. Os projetos — de fio ou cabo — podem ser específicos para determinado cliente, de acordo com as especificações exigidas por este, ou mais abrangentes, que atendam às necessidades do mercado brasileiro de uma maneira mais generalizada. Resumidamente, o passo a passo de produção seria: a partir do projeto feito pela engenharia, é produzida uma amostra (protótipo), então são feitos testes de engenharia e qualidade. Estando todos os pré-requisitos atendidos, gera-se uma ficha de produção que entra no processo de fabricação. A empresa mantém disponibilidade contínua de todos os itens comercializados, pois industrializa seus produtos direcionada à reposição de seu próprio estoque, entendendo que o item, estando disponível em estoque, propicia que os clientes sejam atendidos com agilidade e rapidez. “A nossa superação é diária, sempre com muito trabalho sério, claro, justo e honesto”, detalha Mateus. “Outra ferramenta de nossa superação está principalmente no quesito qualidade. Procuramos atender nossos clientes com produtos de qualidade, preço justo e agilidade na entrega. Esta é a nossa filosofia como empresa brasileira desde a fundação.” Dessa forma, o controle de qualidade abrange desde a escolha da matéria-prima, passa pelo processo industrial por meio de análises periódicas de amostras via laboratório de engenharia, mensurando as grandezas físicas e elétricas, e tudo é rastreado até o produto acabado. Mas o que a empresa espera em 2018? “Manteremos as expectativas e o pensamento positivo sempre, acreditando que as coisas vão melhorar! Porém, precisamos fazer a nossa parte, concretizar nossos planos com muito trabalho, muito empenho, muita dedicação e, principalmente, procurando fazer sempre o melhor”, concluiu.

Convidamos você a conhecer um pouco sobre a fabricação e os novos produtos nas imagens destas páginas. n Mais informações tiaflex.com.br TiaflexJomacler

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MERCADO

PRESENÇA DA OVERSOUND NO EXTERIOR Com fabricação no Brasil, a empresa já atua em diferentes mercados internacionais, mas continua seu caminho para fechar novas parcerias em outros países vizinhos

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Oversound Speakers é uma indústria reconhecida no mercado de áudio pela qualidade de sua produção de alto-falantes, drivers e tweeters profissionais, direcionados para usos estruturais técnicos e/ou automotivos. Com sede no Estado de São Paulo, a empresa está instalada em um parque fabril de 14.000 m2 de área total, com uma arrojada sede administrativa e grande potencial produtivo. Com 25 anos de experiência no segmento, a Oversound alia inovação à alta tecnologia e um sistema de produção praticamente artesanal para oferecer ao mercado uma extensa gama de produtos capazes de atender aos mais variados projetos de sistemas sonoros, presentes atualmente no mercado brasileiro, Américas, Europa, Japão e pronta para expandir sua presença em novos territórios. Pedro Sobrinho, consultor em comércio exterior da Oversound Indústria e Comércio Eletro Acústico Ltda., conta mais sobre a atuação da empresa dentro e fora do Brasil. Quando começaram a atuar no mercado exterior?

Antes mesmo dos anos 2000, a organização já atuava no comércio exterior,

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comprando matérias-primas de fornecedores internacionais e distribuindo para países da América do Sul. Todavia, o maior aquecimento das exportações pôde ser notado a partir de 2015, quando, após um período estratégico de maturação dos produtos no mercado interno, foram direcionados esforços para a internacionalização da marca Oversound e, desde então, entramos em mercados como Chile, México, Estados Unidos e Japão. Como tem sido a evolução do trabalho no mercado internacional?

É fato que a concorrência internacional tem proporções compatíveis com o tamanho do globo, assim como é fato que o acesso e a quantidade de informações disponíveis contribuem para que o consumidor faça escolhas cada vez melhores. Estamos certos de que este é o fator primordial que tem conduzido a penetração da marca Oversound no exterior: nós conhecemos as exigências do nosso mercado e prezamos pela qualidade dos nossos produtos. A tecnologia utilizada no desenvolvimento de nossos falantes, drivers e tweeters é adequada para um grande player do segmento, mas agregamos ainda mais valor aos nossos produtos

Pedro Sobrinho, consultor em comércio exterior da Oversound

por meio de um processo de produção primoroso e praticamente artesanal. Em quais países estão presentes?

A marca possui representatividade no mercado global com canais de distribuição presentes do extremo leste, com o México, ao extremo oeste, com o Japão, onde, inclusive, conquistamos expressivas premiações e obtivemos sólidos resultados em competições do setor automotivo desde que entramos no segmento. Além desses, resultados conquistados em países como os Estados Unidos e o Chile também nos deixam bastante satisfeitos com a receptividade do mercado à potência do grave brasileiro, bastante característico dos produtos Oversound. Quais os países sob o foco da empresa para o futuro?

Identificamos, por meio de nossas pesquisas de mercado, características muito relevantes entre os países da América do Sul e os produtos que desenvolvemos. Existe uma tendência para estreitar o relacionamento com esses mercados, ainda que sem abrir mão dos territórios onde a marca já estabeleceu presença. Muitos desses

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mercados gostam do som brasileiro de “batidão”, uma especialidade da marca. Que estratégia de marketing e vendas estão usando para posicionar a marca no exterior?

Sempre prezamos pela satisfação do cliente e somos comprometidos com a qualidade dos nossos produtos. Mas, com o tempo, aprendemos que o melhor caminho para a construção de relações duradouras é atuar em proximidade com nosso público consumidor. Foi isso, inclusive, que nos fez identificar desconfortos recentes e nos possibilitou ajustar significativamente nossa atuação para voltarmos a atender à expectativa de nossos clientes. E é dessa forma que conduziremos nossa penetração nos mercados vizinhos: mais do que uma simples venda de produtos, acreditamos em um ambiente evolutivo de proximidade e desenvolvimento conjunto. Estão trabalhando diretamente ou com distribuidores?

Atualmente operamos com uma equipe direta, mas consideramos a parceria com distribuidores parte da nossa estratégia de inserção da marca. Estamos mapeando algumas oportunidades e parcerias que sejam capazes de alavancar nossa penetração nos mercados-alvo. Como seria o trabalho com esses distribuidores?

Valorizamos parcerias duradouras, nas quais os resultados possam ser construídos em conjunto e os ganhos percebidos por ambos os lados. Sempre prezamos pelo resultado dos nossos trabalhos, e algumas experiências recentes nos sensibilizaram para a importância do atendimento ao cliente e o cumprimento de nossos compromissos. Assim, temos sido bastante criteriosos na escolha de novas parcerias, mas estamos sempre dispostos a receber em nosso time todos aqueles compro-

Destaques no exterior Os falantes Steel de 6” e 8” se destacam nos Estados Unidos, já que podem ser instalados em portas de carros. São leves, potentes e bastante acessíveis se comparados com outros do mercado. Os falantes de 10”, tais como 450W10 e 10 Steel 300, também possuem representatividade tanto para caixas de som e “chucheros” quanto para instalação automotiva.

Podemos destacar ainda as unidades do MG 8-800. Com cones importados feitos com alta tecnologia, são falantes potentes e compactos, com médio grave profissional, ideais para sistemas multivias e desenvolvidos para atuar em uma ampla faixa de frequência.

metidos com a entrega de um serviço responsável, com alto grau de solidez e elevados índices de confiabilidade. O que trará 2018?

Nosso profissionalismo nos move no caminho da inovação. Já há certo tempo trabalhamos no desenvolvimento de um produto diferenciado e referencial diante do que o mercado entrega atualmente. Ainda que eu não possa detalhar algumas informações relevantes agora, posso antecipar que nossa presença na feira AES de março está sendo muito aguardada pelo público. Firmamos algumas parcerias

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com referências do segmento e será um momento de retomada e clara diferenciação no mercado de áudio profissional. Além disso, a Oversound seguirá em 2018 mantendo sua essência, mas estará cada vez mais em proximidade com seu consumidor e ainda mais comprometida em oferecer ao mercado produtos de excelência, que servirão de suporte para propagar aos nossos clientes somente boas vibrações! n Mais informações oversound.com.br OverSoundAltoFalantes

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ENTREVISTA

OS ACESSÓRIOS DA FREE SAX’S Com mais de duas décadas de presença no mercado, a empresa fabrica tudo no Brasil com componentes nacionais e agora está incursionando também no exterior

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Free Sax’s é uma empresa 100% nacional que atua no mercado há mais de 20 anos oferecendo uma completa linha de acessórios para saxofones, flautas e clarinetes. Surgiu da decepção de um músico que, necessitando de determinado acessório, consultou as melhores casas do ramo e não encontrou o que precisava. Foi então que resolveu fabricar uma correia para seu próprio uso. Aproveitando a oportunidade, comprou um pouco a mais de material e fez algumas peças, oferecendo aos seus amigos saxofonistas. Resolveu também mostrar para o saudoso Bove José (“Seu Bove”, como o chamava). Para sua ale-

Hoje a marca Free Sax’s está sólida no mercado nacional e temos credibilidade dos nossos clientes devido ao trabalho sério que realizamos ao longo do tempo gria e surpresa, Seu Bove gostou muito e comprou todas as peças. Encomendou mais algumas e orientou mudanças a serem feitas para melhorar o produto. Tempo depois começou a desenvolver também escovas secadoras, abraçadeiras de couro para boquilhas, cobre-boquilhas, varetas para afinação

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de flauta, estantes para saxofone, flauta e clarinete, vários tipos de correias para saxofone e uma linha completa de lubrificantes, abafadores para pratos de bateria, espaleira para violino, breu para instrumentos de corda, apoio de espigão de cello, entre outros. A sede da empresa — com 11 fun-

cionários — fica em São Lourenço da Serra, SP, e na fábrica contam com máquinas que foram desenvolvidas especificamente para atender às necessidades do negócio. A Free Sax’s usa material nacional em todos os seus produtos e sua linha é composta por cerca de 80 itens diferentes.

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Hoje, a Free Sax’s atende o mercado interno e já dá os primeiros passos rumo à exportação, disponibilizando a músicos profissionais e amadores uma ampla variedade de acessórios para instrumentos de sopro, arco e bateria. “Como toda empresa, no começo tivemos muitas dificuldades e, com o passar do tempo, aos poucos fomos melhorando e criando novos produtos. Devagar ficamos conhecidos no mercado. Hoje a marca Free Sax’s está sólida no mercado nacional e temos credibilidade dos nossos clientes devido ao trabalho sério que realizamos ao longo do tempo. Procuramos ser rápidos no atendimento e na entrega de pedidos, além de manter nossos estoques sempre abastecidos para conseguir agilidade no processo”, contou Idesbaldo da Silva Coimbra, presidente da empresa. Veja mais nesta entrevista. O que é importante ter em consideração no momento de criar ou lançar um novo acessório para este segmento tão específico?

Também sou músico saxofonista, então estou sempre pesquisando o que pode dar certo no mercado. Quando descubro alguma coisa nova, vou no “boca a boca” para ver a opinião dos usuários e, se der certo, lanço o produto. Mas não são só

maravilhas, não. No passado lancei alguns produtos que não deram certo e tivemos que tirar da linha de produção. Qual é o diferencial da Free Sax’s?

Somos diferenciados pela qualidade dos produtos. Somos pioneiros no Brasil. As primeiras escovas secadoras nacionais foram desenvolvidas pela Free Sax’s. Assim como as abraçadeiras de couro para boquilhas de instrumentos de sopro com e sem ressonador de metal. Bem mais tarde apareceram alguns concorrentes, mas não conseguiram se manter e sumiram do mercado. Depois apareceram outros tentando copiar nossas ideias, mas também não tiveram êxito, devido à marca forte que nos tornamos no mercado brasileiro. Oferecemos confiança e credibilidade, então o cliente não troca os produtos da nossa marca, que ele já conhece, por um aventureiro. Ouvi isso diretamente de clientes nas Feiras da Música de que participamos, nas lojas, por e-mail, por telefone e outros canais de contato. Que estratégias estão adotando para promover a marca?

Procuramos divulgar nossa marca em revistas, internet e redes sociais, apresentando lançamentos de novos produtos. Também tem o “boca a boca” por

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meio do qual um indica para o outro, um amigo indica para outro amigo, um professor indica para o aluno, um músico indica para outro músico e por aí vai. Ainda é o melhor marketing que conheço e que tem dado certo na empresa. O que você acha do mercado de acessórios no Brasil?

Está melhorando a cada dia. O consumidor necessita e gosta de acessórios musicais, assim tentamos atender a essa necessidade. Uma grande vantagem que vejo em nossos produtos é que o giro nas lojas é grande. O estoque da maioria dos lojistas não fica parado, dá giro e gera lucro ao empresário. Isso é bom porque o cliente volta a comprar, gerando um ciclo de negócios lucrativo para ambos os lados. Quais são os planos para 2018?

Pretendemos lançar novos produtos e melhorar ainda mais os que já temos. Pedimos aos nossos clientes e parceiros que aguardem, pois virão grandes novidades, mas não posso adiantar nada porque o projeto ainda não está concluído. Será uma surpresa! n Mais informações freesax.com.br

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ESTRATÉGIA

HARMAN ANUNCIA NOVO DIRETOR DA DIVISÃO PROFESSIONAL SOLUTIONS PARA A AMÉRICA DO SUL Bruno Moura assume a diretoria de vendas e marketing da Harman, ficando responsável por gerenciar equipe comercial, portfólio de produtos e relacionamento com clientes na região

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Harman International, subsidiária integral da Samsung Electronics Co. Ltd., anunciou oficialmente a contratação de como seu novo diretor sênior de vendas & marketing da Divisão Professional Solutions para a região da América do Sul. Após dois anos, Manoel Sieiro, que até então ocupava o cargo, deixa a companhia para se dedicar a projetos pessoais. Bruno Moura reporta-se diretamente a Rodrigo Kniest, diretor presidente da Harman na América do Sul e também para Bryan Bradley, atual SVP e GM da divisão Professional Solutions para as Américas. Nessa função, o executivo irá liderar as áreas de vendas e marketing, apoiando o crescimento sustentável e lucrativo da divisão Professional Solutions em toda a América do Sul, sendo responsável, também, por todos os aspectos comerciais do negócio na região, incluindo vendas, desenvolvimento de negócios, marketing, gestão de equipe, portfólio de produtos e gerenciamento de relacionamento com os clientes. Moura possui uma carreira extensa e bastante consolidada na área de vendas e marketing, tendo mais de 17

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anos de experiência em players globais, incluindo Apple, Microsoft, Lexmark, Infinity e Gympass. O profissional traz como bagagem um bacharelado em Marketing pelo Centro Universitário da Cidade, no Rio de Janeiro, MBA executivo em Gestão Empresarial pelo Ibmec e MBA pela Universidade da Califórnia. “É com satisfação que recebemos Bruno na nossa equipe. A sua extensa e exitosa carreira em empresas baseadas em tecnologia e inovação nos traz a convicção de que ele não apenas se encaixa muito bem no estilo da nossa empresa, como também vai contribuir para elevar o nosso desempenho a novos patamares”, destaca Kniest.

Contratação sinaliza mais do que parece A contratação de Bruno Moura mostra a velocidade com que a Harman do Brasil está tomando suas decisões. Após ser incumbida de dirigir as operações da América do Sul, a empresa sinaliza a necessidade de profissionais cada vez mais aptos a cumprir as demandas e adaptados às mudanças internas e condições voláteis do mercado.

A partir do momento em que a Harman foi adquirida pela Sansumg, novas regras foram colocadas no jogo.

Coordenando a divisão Professional Solutions A divisão Professional Solutions, que Moura coordenará com seu time, oferece equipamentos para grandes instalações, como shows, cinemas, casas noturnas e eventos esportivos. Nos últimos anos, teve 75% dos equipamentos de som e iluminação instalados durante a Olimpíada do Rio 2016 e em oito dos 12 estádios de futebol oficiais da Fifa durante a Copa do Mundo de 2014. Em 2017, a Harman foi destaque no Rock in Rio, iluminando os palcos do maior festival de rock do mundo com sua linha Martin. A divisão cresceu mais de 10% em 2017 na América do Sul e representa uma fatia importante do faturamento líquido global da Harman, que hoje está na casa dos US$ 6,9 bilhões. n Mais informações harman.com

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Percussãocom comalma almade depercussão percussão Percussão novas congas luen, a essência dos instrumentos está de volta, aliada a mais alta tecnologia novas congas luen, a essência dos instrumentos está de volta, aliada a mais alta tecnologia

CaioIgnacio Ignacio Caio A nova série de congas foi desenvolvida A nova série de congas foi desenvolvida conjunto com o músico e especialista emem conjunto com o músico e especialista produto Caio Ignacio. de de produto Caio Ignacio. Caio possui mais anos de carreira, Caio possui mais de de 30 30 anos de carreira, com trabalhos realizados todo o Brasil, com trabalhos realizados em em todo o Brasil, Argentina , Japão e Estados Unidos. Argentina , Japão e Estados Unidos. Participou efetivamente do desenvolvimento Participou efetivamente do desenvolvimento Congas Brasil outras marcas) dasdas Congas no no Brasil (em(em outras marcas) e agora aplicou todo conhecimento e agora aplicou todo esseesse conhecimento e know-how nessa nova de produtos. e know-how nessa nova linhalinha de produtos.

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EMPRESA

A ENERGIA DA POWER PLAY

Com três anos de participação no mercado, a empresa reforça seu posicionamento entre os músicos e destaca a qualidade dos seus produtos

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Power Play Musical Ltda. nasceu em 2015 a partir do espírito empreendedor do sócio Jesus Altíssimo, com foco inicial em fontes para pedais e pedaleiras para guitarra, sua especialidade musical. Em 2016 Evaristo Fernandes ingressou na empresa, assumindo o departamento comercial e ampliando o leque de produtos. “O crescimento tem acontecido dentro das expectativas e do plano estratégico da companhia. A aceitação dos produtos e da empresa pelos clientes e lojistas tem nos surpreendido positivamente”, destacou Evaristo. Evaristo Fernandes, diretor executivo

Produção brasileira

Graças à ampliação do catálogo, atualmente a empresa conta com a linha de fontes, cabos extensores e cabos conversores que alimentam praticamente 99% dos produtos do mer-

cado mundial de pedais, pedaleiras, teclados e sistemas wireless. Falando em estoque, a estratégia da empresa é definida parte em make to stock e parte em make to order. Nessa estratégia, define-se o montante financeiro para investir em novos produtos e no desenvolvimento e upgrade dos produtos existentes. Toda a produção é feita no Brasil, realizada por parceiros comerciais estratégicos, fortalecendo o relacionamento com a indústria nacional. “Nossa equipe é formada por pessoas extremamente apaixonadas pela música e por solucionar problemas,

Pensamos nos novos produtos contando com a experiência musical que temos e considerando as necessidades dos Diferenciais dos músicos e clientes produtos da Power Play

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melhorar e facilitar a vida dos músicos e do mercado musical. É exatamente isso! Pensamos nos novos produtos contando com a experiência musical que temos e considerando as necessidades dos músicos e clientes”, adicionou o diretor executivo. A Power Play possui laboratório próprio para desenvolvimento, fabricação e suporte técnico, acelerando e facilitando a concretização dos projetos e reforçando a assessoria para os clientes. O trabalho da empresa é definido por uma análise estatística e estratégica focada nas demandas do mercado. Os clientes hoje exigem qualidade, confiabilidade e inovação dos produtos. “O que temos percebido é uma busca mais intensa dos clientes por soluções conjugadas e uma qualidade superior como diferencial”, explicou. Haverá mais novidades para tecladistas Power Play no mercado

Os produtos da empresa estão presentes em uma grande quantidade de lojas por todo o Brasil, atendendo desde os grandes magazines até negócios menores, porém, não menos importantes. Mas a Power Play sonha com mais. “Hoje atuamos somente no Brasil, mas em nossos planos temos Assinado por Téo Dornellas a exportação como um mercado a ser explorado”, contou Evaristo. tratégia para consegui-lo se encontram No entanto, a empresa continua com a realização de diferentes workshops ao suas diversas ações para se posicionar no longo do ano, testes (reviews) com múmercado nacional e virar preferência e sicos renomados e divulgação dos proreferência para os músicos locais. Na es- dutos, seu uso e o trabalho da empresa

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via redes sociais e internet. Apesar da concorrência de grandes marcas internacionais e da fabricação chinesa no País, a empresa continua firme e forte para vencer todos os obstáculos. “A única maneira de superar a concorrência é focar a inovação, a qualidade dos produtos e preços competitivos, além, obviamente, de um atendimento diferenciado aos clientes”, enfatizou. “O mercado de áudio brasileiro é competitivo, está em expansão e demanda maior nível de exigência dos clientes em inovação e tecnologia.” Tendo isso em mente e seguindo com seus planos, a empresa está com “expectativas positivas” e vislumbrando um crescimento de 20% para 2018. “Vêm muito mais novidades por aí!” n Mais informações powerplay.com.br PowerPlayBra PowerPlay_Brasil

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ANIVERSÁRIO

ASK EM FESTA E COM ESTRATÉGIA FORTE A ASK comemora 30 anos em 2018 e prepara uma série de novidades para adaptar seu catálogo e surpreender o público

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m agosto de 1988, dois empreendedores decidiram fundar a ASK: um focado na área administrativo-comercial e o outro na industrial. Inicialmente, a empresa ocupava um galpão de 50 m² nos fundos de um quintal, com maquinário emprestado. Ainda não sabiam exatamente o que fazer, mas atuavam no setor de metalurgia: fabricavam diversos produtos sob encomenda, como suportes e racks para TV e vídeo — que, durante os três primeiros anos, foram os produtos que tiveram mais saída —, suportes para violão e guitarra etc. Em 1991 veio a crise e os sócios partiram em busca de outros mercados. A ida a São Paulo, para expandir as vendas que anteriormente só atendiam os mercados de Petrópolis e Juiz de Fora, foi o que alavancou a produção no segmento musical. A empresa já havia fornecido alguns suportes e racks para músicos da região, então já tinha alguma experiência nessa área e decidiu fabricar mais produtos. Como não havia ninguém fazendo isso, descobriram o chamado “oceano azul” e a empresa cresceu muito em função dessa entrada no setor musical. “O primeiro catálogo foi desenhado à mão, com colagens de fotografias dos produtos, em papel fotográfico. A primeira participação na Expomusic foi em 1993, ainda no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. A partir daí, participamos em praticamente todos os anos seguintes”, contou Leonardo

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Leonardo Kodato, diretor-executivo da ASK

Kodato, diretor-executivo da ASK. “Expandimos o mercado para outras capitais, como Belo Horizonte, e, em 1994, saímos do antigo galpão para nos instalar em uma nova sede, em Três Rios, onde estamos até hoje.” Em 1995 a empresa contava com quase 40 colaboradores, o triplo do número de 1994. Em 1998, compraram a fábrica de suportes da Metalline (SP); em 2001 fizeram sua primeira exportação, para a Argentina, participando também pela primeira vez de uma feira internacional, a Expomusica de Buenos Aires. “De lá para cá ampliamos rapidamente o mercado, vendendo para todo o Brasil, de norte a sul. Passamos pela experiência de importação, participamos de diversas feiras de música pelo País, fizemos parcerias com grandes artistas

do cenário musical brasileiro”, adicionou. A sede atual continua sendo em Três Rios, RJ, contando com uma estrutura completa — vestiário, restaurante e sala de treinamento próprios. “Investimos também em um grande ERP justamente para entregar processos melhores e mais ágeis, gerando menos custos e mais eficiência nos serviços prestados”, disse Leonardo. Atualmente contam com um quadro de 70 colaboradores, divididos nos departamentos de produção, qualidade, P&D, administrativo, financeiro, comercial, jurídico, departamento pessoal, recursos humanos, controladoria e direção. Quase todos os produtos são fabricados dentro da empresa, operando com maquinários importados e nacionais, alocados entre os setores de

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Na Expomusic após a compra da Metalline

ASK e colaboradores na nova sede em Três Rios, 1995

Estande na Expomusic 1993

Hoje, equipe trabalhando no escritório

Estande na Expomusica Buenos Aires, Argentina, 2001

estamparia, soldagem, pintura, montagem, embalagem, injeção plástica e ferramentaria. Hoje fabricam cerca de 270 mil unidades por ano.

As três décadas A empresa está fazendo 30 anos em 2018, três décadas durante as quais passou por diversas experiências com importação, exportação, exploração de novos mercados, diversificação de mix, mudança de planta industrial, abertura de novos escritórios e muito mais. Leonardo explica: “Com isso aprendemos que o Brasil, apesar de todos os seus problemas, é uma terra de grandes oportunidades para todos aqueles que querem trabalhar duro e honestamente. Agora estamos modernizando a gestão administrativa, reduzindo custos, investindo em tecnologia e inovação. É o caminho que qualquer indústria deve seguir ao olhar para o amanhã”. “Trinta anos de história significam, para mim, muito mais que um aniversário. Significa que carregamos um longo legado de prosperidade, qualidade e ótimo relacionamento com os nossos colaboradores, clientes e parceiros de negócios. É uma grande responsabilidade, mas também um grande orgulho ser parte de uma empresa que literalmente apoia a música. São também 30 anos acreditando em nossa região, o que é motivo de grande satisfação, tendo em vista a situação pela qual nosso país passa atualmente.” “Posso dizer com convicção que a ASK chegou aos seus 30 anos de vida graças aos parceiros e clientes que confiaram em nós e nos apoiaram nessa

jornada. Por esse motivo, faremos nossa primeira convenção de representantes, um evento especial para nossos colaboradores internos, e promoções especiais para clientes parceiros. Isso fora os lançamentos de produtos, a renovação da linha, a ampliação do mix de produtos e outras novidades”, informou Leonardo.

Vem mais por aí Em sua nova gestão, a ASK está focando o aprimoramento das suas linhas atuais, reforçando ainda mais a qualidade que os produtos ASK sempre tiveram. Em 2017 definiram seu posicionamento de marca com a campanha “Confiança em suportes” e agora direcionam toda a sua estratégia de comunicação e desenvolvimento de produto para esse mote. Além disso, estão abrindo novas divisões com foco no mercado local. “Três Rios tem se desenvolvido muito e vimos aqui, em nosso próprio município, boas oportunidades de negócios. Mas claro, somos uma empresa de música. Tudo aqui respira música e pretendemos manter esse DNA. É isso que nos move para inovar cada vez mais”, enfatizou Kodato. Com isso em mente, a empresa programa uma renovação completa no seu mix de produtos e iniciará a divulgação a partir do segundo trimestre. Também

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querem impactar o mercado trazendo uma proposta diferente de suporte, voltada para um público mais exigente quanto ao design. Leonardo explica: “Os usuários brasileiros estão cada vez mais exigentes e isso tem nos impulsionado a desenvolver produtos mais adaptados para a realidade de cada cliente. Por ser um país continental, percebemos que cada região tem suas peculiaridades não só na forma de negociação e relacionamento com o consumidor, mas também na utilização dos produtos”. “O mercado de suportes tem ficado cada vez mais exigente, o que é bom para nós. Um suporte que antes tinha mais de uma utilidade, por exemplo, hoje não serve tão bem. Isso mostra que temos aí uma demanda crescente por acessórios que se encaixam melhor ao perfil do usuário.” “O mercado passa por um momento de transição importante e, mais do que nunca, precisamos estar próximos de nossos parceiros, apostando sempre em inovação, tecnologia e desenvolvimento das pessoas”, concluiu. n Mais informações ask.ind.br ASK.OficialPage

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CORPORATIVO

RMV É VENDIDA:

FAMÍLIA DEL VALHE ADQUIRE 100% DAS COTAS DA EMPRESA Família Rampazzo vende sua participação na RMV para a família Del Valhe

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radicional empresa brasileira fabricante de baterias, suportes e peles para instrumentos, a RMV inicia 2018 com o controle acionário adquirido integralmente pela família Del Valhe. Marino Del Valhe, cofundador da companhia, fez o aporte para a compra das cotas pertencentes a Anselmo Rampazzo, agora ex-sócio da RMV. A atual gestão executiva ficará a cargo de Marino R. Del Valhe, filho de Marino Del Valhe. Anselmo Rampazzo se retira para desenvolver outros projetos profissionais. O plano é recuperar as operações e

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Focamos a produção nos principais itens de giro rápido e com preços competitivos

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o caixa da RMV em curto prazo e retomar sua posição no mercado. A empresa vinha notoriamente apresentando dificuldades de entrega devido a problemas financeiros. “Diminuimos o mix para atender o mercado. Focamos a produção nos principais itens de giro rápido e com preços competi-

tivos. A qualidade e a entrega serão garantidas, pois esses são nossos processos mais estáveis”, explica Marino R. Del Valhe, diretor da empresa. Nesta etapa, a RMV fabricará somente baterias, peles e suportes. Com exceção da zabumba, os demais instrumentos de percussão, bem como violões, flautas e importados, não farão parte do mix de produtos da empresa no momento. n Mais informações rmv.com.br RMVinstrumentosmusicais

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PLANEJAMENTO

ARWEL PREPARA ESTRATÉGIAS PARA SUAS MARCAS A distribuidora está trabalhando com diferentes marcas, tendo um plano detalhado para posicioná-las no mercado local e a adição de uma novidade

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o ano de aniversário (veja matéria na edição de janeiro/ fevereiro), a Arwel continua focando o crescimento das marcas que representa no território brasileiro, entre as quais conta com uma que foi adicionada recentemente: a Grace e seus produtos de breu para instrumentos. Erico Weingrill, diretor da empresa, explica mais sobre a empresa e seus produtos nesta entrevista. Com quais marcas estão trabalhando atualmente?

Trabalhamos com um grande número de marcas próprias, de importação exclusiva ou direta, como também indireta. Mas priorizamos o parceiro fabricante nacional, como Giannini, Rouxinol, Luen, Dember, Paganini, Torelli, Woodwork, Liverpool, Free Sax’s, Malagoli, Raij, Di Pardini, Deval, Equipe trabalhando nas estratégias da empresa Keytron, entre outros. Para a marca Grace, acabamos de Já as marcas, são muitas, além das acima citadas: Alonso, Fibracell, Cap- fechar a exclusividade de distribuição. tain, Bari, Anton Breton, Cremona, Desde janeiro de 2018, fazemos toda a Giuseppi, Catala, GVC, Gonzalez Ruler, parte comercial e de marketing da emYamaha, Rico, Remo Unicorn, Dudu presa para os produtos sob este selo, Portes, Grover Allman, Nig, Canário, em que não só continuamos a fornecer SG, São Gonçalo, Fenix, Omega, Trave- para as lojas, como também temos prolite, Passarinho, D’Addario, Cobra, Tita- postas para outros distribuidores trabalharem em igual condição à Arwel. nium, Sound, Talwar Brothers etc.

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Assim, se o lojista precisa comprar um item específico da Musical Express, da Izzo ou da Deval, por exemplo, poderá incluir em seu pedido o Breu Grace com valor exatamente igual ao praticado na Arwel, pois daremos a ele condições para, se quiser, trabalhar em igual condição. Quais estratégias de vendas e marketing estão usando?

A principal estratégia sempre é o atendimento ao lojista com bons produtos e preços competitivos. Porém, sempre fazemos ações pontuais para incentivar o consumidor e nos comunicar melhor com o lojista. As marcas nacionais distribuídas por nós já têm uma campanha de marketing própria para o consumidor. Por menor ou maior que esta seja, temos que acompanhar e com-

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plementar com pequenas ações que geram melhor presença desses produtos para que o consumidor possa também encontrá-los na loja de sua região. Já no caso das marcas próprias, fazemos todo o trabalho de marketing. Nossa divulgação tem sido muito bem-sucedida para as palhetas de instrumentos de sopro da Ruler, por exemplo, e também para a Foco no consumidor e nos lojistas Gonzalez, pois a primeira, na contramão da queda do mercado, viu sua participação no mercado subir muito além do esperado por ser um produto de alta qualidade com um dos menores valores no varejo e somente acima de produtos muito ruins — as palhetas produzidas no Oriente não são feitas com a cana ideal, somente aquelas feitas com Arundo Donax (nome científico da planta) conseguem obter ótimos resultados sonoros. Já a segunda marca se manteve constante, então, se o mercado geral de palhetas teve uma retração de 40%, essas marcas conquistaram uma fatia maior, deixando-nos muito satisfeitos com nossas microações pontuais e constantes praticadas para cada uma delas. Nosso trabalho foi notado pela marca Grace. Como a fábrica gostaria res atacadistas com as mesmas condide obter resultado semelhante com ções de fornecimento dos que adquiriseus produtos, além de poder se dedi- rem os breus Grace da Arwel. car mais à produção para lançar novos itens nos próximos anos, a partir O que é que os usuários de 2018 ficaremos a cargo das áreas brasileiros estão pedindo mais? comercial e de marketing de seus pro- O instrumento mais vendido no Brasil é dutos, em que continuaremos com o o violão, seguido por seus parentes viosistema de múltiplos distribuidores la, cavaquinho, guitarra e contrabaixo, para atingir o maior número de lojas com outros instrumentos de cordas, na distribuição. Porém, agora esses como o clássico violino, vindo até a frendistribuidores irão repor seus esto- te de alguns parentes do violão. Então, ques comprando da Arwel e não mais logicamente o que mais se vende são diretamente da fábrica. Já os lojistas as cordas e os jogos de cordas (sets). Na terão múltiplas opções de distribuido- Arwel, por tradição, os acessórios para

instrumentos de sopro estão numa segunda faixa, com excelente volume de procura e satisfação após o nosso atendimento, pois muitos lojistas pensam em sopro e se lembram de nós, entre outros motivos, por ter lhes dado ajuda nesta linha. Além disso, foi a nossa primeira linha de produtos em instrumentos musicais.

Para a marca Grace, acabamos de fechar a exclusividade de distribuição, em que faremos toda a parte comercial e de marketing da empresa

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Como continuará o trabalho da empresa?

Pensamos principalmente no máximo esforço e na dedicação ao papel assumido de distribuidor. Seguimos lutando dia após dia para oferecer o melhor atendimento ao lojista, com produtos com qualidade e preços competitivos. Por mais que o nosso país tenha estado, nos últimos anos, num momento ruim, as lamentações não surtirão resultado, mas o trabalho, sim. Acreditamos que o trabalho dignifica e recompensa quem se esforça. Nós, da Arwel, confiamos plenamente em nossa capacidade de planejamento para gerar estratégias e transformá-las em ações que beneficiem as lojas. Temos, sim, que ter produtos para iniciantes que não querem investir muito, para amadores e semiprofissionais, como também para quem quer produtos de alta qualidade. O elemento principal das estratégias bem-sucedidas neste momento são as minimalistas, que foram direcionadas a um determinado nicho de mercado, sem ampla expectativa de resultado, mas objetiva e focada num pequeno espaço do alvo todo. Continuaremos por essa linha! n Mais informações arwel.com.br Arwel.Instrumentos

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GESTÃO

ANAFIMA INICIA TRABALHO COM NOVA DIRETORIA PARA O TRIÊNIO 2018-2020 Associação Nacional da Indústria da Música reforça compromisso com a formação profissional do mercado e a geração de demanda

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Conselho Diretor da Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima), entidade que congrega as empresas das categorias de Instrumentos Musicais, Áudio Profissional, Áudio Instalado e Som Automotivo, elegeu por aclamação em chapa única a diretoria para o mandato de 1º/01/2018 a 31/12/2020. A nova diretoria é composta por profissionais responsáveis pelas qua-

tro categorias que a associação coordena, iniciando as atividades em 2 de janeiro. “Temos muito claro o objetivo de trabalhar visando a profissionalização e o crescimento dos mercados em que atuamos”, explica Daniel A. Neves, presidente da Anafima. Até o final de janeiro, o calendário de reuniões estará sendo lançado e as ações colocadas no cronograma da associação. “Cada vertical trabalhará de forma inde-

Diretoria Anafima: gestão 2018 - 2020 Função

Nome

Empresa

Presidente

Daniel A. Neves

Música & Mercado

Vice-presidente

Rodrigo Kniest

Harman do Brasil

Tesoureira

Luciana Chen

PHX

Diretor de Instrumentos Musicais

Alexandre Seabra

Sonotec

Diretor de Áudio Profissional

Márcio Raul Del Trejo

Eros Alto-Falantes

Diretor de Áudio Automotivo

Thiago Calza

Stetsom

Diretor de Áudio Instalado

José Rivas

Shure do Brasil

Diretora de Educação Musical

Liane Hentschke

Conexão Sonora

Conselho Fiscal Efetivo

Simone Storino

Izzo Musical

Conselho Fiscal Efetivo

Marco Vignoli

Núcleo Musical

Conselho Fiscal Suplente

Geraldo Belline Júnior

GBL & SW Metalúrgica

Diretor de Marketing Instrumentos

Norton Vanalli

Sonotec

Diretor de Marketing Automotivo

Iremar Silva

Stetsom

Diretor de Varejo MI

Marcelo Tadeu Aziz

Made in Brazil Music Store

Diretor de Varejo Áudio Automotivo

Em breve

Em breve

Diretor(a) de Relações Institucionais*

Valéria Gadioli/

Escala Musical/Victorino

Gustavo Victorino

Advogados Associados

Diretor de Luthieria e ME

Rafael Romano

MK Color

Diretor de Novos Negócios e Inovação

Eduardo Maia

MGM

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pendente. Os diretores são responsáveis por captar a demanda de seus setores para que possamos desenvolver as ações de forma prática e efetiva”, completa Neves. A presidência reforça sempre a necessidade de a diretoria ser sensível e proativa quanto às demandas setoriais.

Novidades na gestão 2018-2020 Com o crescimento da Anafima em 2017, a entidade abriu novas frentes de trabalho, como a vertical setorial de áudio/ vídeo instalado e o reforço na categoria de áudio automotivo e seus acessórios, com a entrada da Diretoria de Marketing e outra voltada ao varejo, esta em processo de análise do responsável. Outra novidade são as diretorias com foco nas micro e pequenas empresas e em tecnologia e novos negócios.

Grupos de trabalho Cada vertical da Anafima elaborará seus grupos de trabalho para atender às demandas postas pelo setor com profissionais das empresas associadas. Apenas como exemplo, a Anafima possui grupos de trabalho para as ações do Senai, Anatel, Relações Políticas, Sebrae etc. n Mais informações anafima.com.br AnafimaBrasil

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CAPA

O PARADOXO ENTRE O VAREJO FÍSICO E O ON-LINE Sérgio Pais, presidente da Roland do Brasil, traz o pensamento da empresa para posicionar a marca num ambiente em mudanças conceituais no varejo brasileiro

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irigir uma empresa como a Roland não é fácil, mas pode ficar mais simples se houver conhecimento do mercado e das estratégias corretas para reagir da maneira apropriada. Será que estamos fazendo as coisas certas? Conheça a seguir as opiniões de Sérgio Pais. Começar a carreira longe do setor de instrumentos musicais e áudio deu a Sérgio Pais, presidente da Roland Brasil desde 2016, outra perspectiva sobre o mercado e até permitiu um olhar mais imparcial e focado em estratégias e opiniões muito úteis para liderar a empresa. Sérgio é graduado em administração de empresas, com MBA em gestão executiva pela Insper e, em seus 15 anos de carreira, atuou em companhias de diferentes segmentos, como consultoria, serviços e saúde. O mercado muda e as empresas também, precisando se adaptar às diferentes situações para continuar em posições superiores. Nesta entrevista, Sérgio Pais revela seus pensamentos e como a Roland e seu time pensam sobre a relação mercado físico e on-line. Que principais fatos você percebeu desde que começou na Roland do Brasil?

Aconteceram mudanças nos dois cenários, tanto na Roland como no mercado. Antes tínhamos um mercado com alta demanda, comprador e com pouca influência do canal e-commerce, ou uma influência limitada aos players daquele mercado.

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Eu gosto muito de cross-branding. Gosto demais e acredito que nosso mercado tem um potencial magnífico para fazer esse tipo de trabalho Agora temos um mercado que inverteu rapidamente a demanda, que deixa de ser comprador, exige muito esforço de venda e marketing das empresas. Você começa a brigar por um filão muito pequeno, e ao mesmo tempo tem a entrada de grandes varejistas que olham para essa margem e não estão acostumados com esse padrão. Tudo isso em um período de três anos, que é relativamente curto, pensando em um mercado que vinha crescendo, de 2004 a 2012, uma média de dois dígitos por ano. De repente, tem-se uma inversão. Quando começou a inversão da curva no Brasil, justamente no final de 2013 para 2014, houve o movimento da Roland no exterior, em 2013, então todos os fatores, de certa forma, convergem.

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O que a Roland está fazendo para minimizar os atritos entre marketplace, e-commerce e loja física?

Vou dividir minha resposta em partes. O primeiro ponto: nitidamente o faturamento do mercado como um todo despencou. Se formos analisar o mercado na área em que a Roland atua, houve um declive de 45% ao longo de quatro ou cinco anos, uma queda muito significativa. Manter o mercado com o número de lojistas atendidos pela Roland e com uma queda tão abrupta é difícil. Em contrapartida, acaba sendo um mercado forçado não só pela relação e a dinâmica do marketplace ou do varejo on-line versus o varejo físico; esse seria o primeiro ponto. Concomitantemente, há o incremento da concorrência que beira a deslealdade. Em alguns casos, não importa o motivo — seja por sonegação, contrabando, seja pela discussão dos sistemas tributários, Simples versus Lucro Presumido, enfim, há uma distorção concorrencial gigantesca, principalmente ao longo dos últimos três anos. E o que a Roland tem feito?

A primeira ação foi tomada já no início de 2017: reduzir o número de dealers. Não estou falando só no número de dealers on-line, mas no número de dealers como um todo. Isso não é uma postura arrogante da Roland, é uma postura necessária pelo tipo de produto que nós temos. Enquanto existem teclados de entrada a R$ 400, o teclado de entrada da Roland não sai por menos de R$ 1.600, então seria quase um ‘abuso’ eu chamar isso de teclado de entrada. Teclado de entrada talvez para mim, mas quando penso na realidade do nosso país, talvez esse não seja um produto de entrada. É a brincadeira do carro popular: é uma heresia chamar hoje um automóvel de R$ 50.000 de carro popular quando se olha a renda da população. Então, temos essa dificuldade. Você me pergunta: “Você gostaria de estar em todos os pontos de venda?”. Minha resposta é imediata: “Sim, eu adoraria ter meu produto exposto em todos os pontos de venda”. Mas é factível? Não. Foi uma decisão muito mais estratégica do que afobada. É o que eu adoraria, mas é uma questão de capacidade e nós não conseguimos estar presentes em todos os pontos hoje. A redução do número de lojas atendidas pela Roland foi significativa?

Foi bastante significativa. Não estou falando de uma queda de 10%, foi uma quantidade muito superior e, nesse caso, estamos falando só dos dealers físicos.

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Do outro lado, houve também uma mudança no foco de distribuição aos dealers que atuam no mercado on-line. Em um primeiro momento, para o ‘grande magazine’, como o mercado chama as grandes lojas de departamento. Nelas, mudamos a estratégia de atuação. Em alguns casos, deixamos de atuar com alguns desses lojistas por entender que existem estratégias diferentes. Se um dealer segue mais ou menos a estratégia da Roland, faz todo o sentido trabalharmos em conjunto. Entretanto, se um dealer segue uma estratégia distinta daquela na qual acreditamos, talvez não faça tanto sentido e pode ser que se crie uma discordância ao longo do tempo. Não porque a Roland esteja errada ou os dealers estejam errados, mas simplesmente porque existe uma divergência em relação às estratégias. Esse processo de reorganização do número de dealers da Roland já terminou?

Sejam eles on-line ou físicos, a Roland ainda não finalizou esse processo, e ele deve se estender ao longo de 2018. Falando um pouco do que se pode esperar da Roland, vamos manter esse processo de reorganização do mercado, até porque não dá para assumir uma posição hipócrita aqui. Você não consegue fazer esse movimento de uma hora para a outra; primeiro, porque assusta demais o mercado; segundo, porque você teria uma queda totalmente abrupta no faturamento. Do ponto de vista conceitual é lindo, porém, na prática você não consegue fazer isso. A expectativa é que até o final deste ano a gente consiga finalizar esse processo. Como você vê a política dos e-commerces?

O que eu vejo do mercado on-line hoje

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Sérgio trouxe um ponto de vista diferente para a Roland

A Roland mudará a estratégia para trabalhar com os dealers

é que infelizmente boa parte dele tenta “vender preço”. Precisava ser assim? Não. É assim que funciona globalmente? Não. Nosso mercado especificamente funciona assim? Sim, é um

mercado que vende preços. Bom, então, se você for vender um piano de R$ 15.000 on-line, terá mais dificuldades do que se fosse vender em uma loja, mas é possível vender, sim, só que com

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o giro muito mais baixo, caso contrário, você é obrigado a brigar por preço. Será que o setor tem uma cultura de excesso de ‘livre mercado’? Conceituando o ‘livre mercado’ até para as vendas ilegais...

Pode ser que sim. Vamos falar das estratégias, de como surgiu o e-commerce e no que o Brasil transformou o e-commerce. O e-commerce surgiu nos Estados Unidos em um mercado que já tinha a cultura do catálogo. Já existia a cultura de pegar o telefone, ligar e comprar, e a internet veio como uma ferramenta para facilitar e criar maior conveniência para tudo aquilo. Se não gostar, devolve. Essa cultura de “ida e volta” já existia nos EUA. Nós copiamos de maneira muito rápida, só que sem base e sem cultura para isso. O final da história é que estamos aprendendo a conviver com isso. Quem diria que o mercado de roupa feminina virtual poderia avançar do jeito que tem avançado? Mulher, que gosta de ir, de vestir, experimentar várias roupas e tal. “Mas tudo bem, a mulher experimenta a roupa, não gostou, coloca na caixa de volta e pronto!” Temos problemas. No Brasil não é fácil fazer isso, o custo logístico no País é alto, não é o mesmo custo padrão dos Estados Unidos. Muitas empresas que atuam nesse setor estão operando há cinco ou dez anos e nunca deram lucro. Eu concordo com você, sim, que a gente transformou — independentemente da influência de alguma plataforma — esse mercado em um mercado voltado a preço, mas não precisava ser assim. Agora, eu falo que não deveria ser assim e que poderia ser diferente, mas só que não é um processo de curto prazo: o consumidor poderia comprar

Conhecendo as novidades internacionais

Você é dono do seu produto até o momento em que dispõe o conteúdo dele no celular um instrumento de valor agregado na internet? Poderia, só que depende de duas coisas: de um ótimo atendimento e de um belo conteúdo. Se eu tiver ambos, a tendência é que eu compre aquele produto e, claro, sempre há a possibilidade de devolver se eu não gostar. Se isso acontecer, eu consigo enxergar que a venda pela internet pode ser rentável para o varejista e extremamente saudável para o mercado como um todo, porque ela gera demanda também, mas no modelo que temos hoje, infelizmente nosso mercado ainda tem muito que aprimorar. Como o comércio on-line gera a experiência no consumidor que irá impactar a marca e a loja?

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Como é a experiência que as próprias empresas propõem hoje?

Você usou uma palavra que talvez

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seja que mais temos utilizado na Roland ao longo dos últimos meses: experiência. O meio digital mudou totalmente a relação. Se você pegasse alguns anos atrás, de fato havia novidades. Hoje você lança no NAMM e amanhã já tem 50 blogs falando globalmente sobre o produto, provavelmente uns 150 fóruns discutindo o produto, e isso no dia seguinte. E já criando, diga-se de passagem, um estereótipo para aquele produto, seja ele positivo ou negativo. Isso quer dizer: você não é mais dono do seu produto, é uma ilusão; você é dono do seu produto até o momento em que dispõe o conteúdo dele no celular ou diante de uma câmera. A partir daí, você já não é mais dono do produto, o posicionamento dali para a frente é o que você falou e contou nos poucos segundos que teve. A dinâmica hoje é muito diferente. Depois, o trabalho que você tem para corrigir os poucos segundos que teve para se posicionar é brutal e extremamente custoso.

Existem três mundos de experiência

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CAPA

em nosso mercado: em uma feira, em uma loja e em um site. O que de fato oferecemos de experiência nesses três blocos hoje? Em minha opinião, muito pouco, a mesma experiência que se oferecia 15 anos atrás. Eu nunca fui um consumidor muito habitual de instrumentos, mas quando pego aquele primeiro violão que comprei há 12 ou 15 anos, talvez meu formato de compra seja muito parecido com aquele formato que eu tinha nesse mesmo período. Desafios que a gente tem: quando eu falo de uma feira, não é tanto pelo produto que o consumidor vai até lá, pois isso ele já conhece; talvez queira testar e ter a oportunidade de pegar o produto. Então, a primeira pergunta que eu faço é: será que a gente dá a oportunidade de esse cara pegar no produto, já que só ver não é mais suficiente?

Instrumentos e áudio na Roland

Lançamentos Roland

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Há ainda várias exposições em que eu posso olhar, mas não tocar. Olhar eu olho em casa; se eu não tiver uma experimentação, para que ir a uma feira? Tenho batido muito na tecla e gosto muito de cross-branding. Gosto demais e acredito que nosso mercado tem um potencial magnífico para fazer esse tipo de trabalho. Acho que trazer entretenimento e experimentação para a feira, agregar outras questões e não olhar para outros segmentos como concorrentes, e sim como potenciais alavancadores de negócios, talvez sejam os grandes desafios. Quando eu olho para a loja é a mesma coisa; o cara hoje paga para não ter que ir até o banco; paga para não se deslocar até o supermercado se for possível; paga para não ir até a loja. É claro que com instrumento é diferente, o sujeito que é apaixonado quer testar, mas o que acontece quando ele chega à loja? Qual é a experiência que ele tem? Como é o vendedor que está na loja? Não vejo que mudou muita coisa, sinto falta da iniciativa do fórum de discussão, da inconformidade, da insatisfação. Não vejo essa energia e a vontade de sentar e começar uma discussão, um brainstorm, uma discussão besta que seja, mas vamos começar uma discussão em torno desse tema. O terceiro ponto é a experiência de e-commerce que já discutimos. Aí eu não vejo experiência alguma, vejo simplesmente um processo de compra. Eu entro, pesquiso o preço e compro. Minha única experiência é receber aquele produto no prazo, se tudo der certo. Então, essa é toda a experiência. Mas... poxa! Será que eu não tenho vídeos? Será que eu não estou criando a possibilidade de ter vídeos? Vou dar um exemplo do que acontece com a gente lá fora: o nosso

“Olhar eu olho em casa, se eu não tiver uma experimentação, para que ir a uma feira?”

A marca Boss também pertence à Roland

site tem muito menos relevância no lançamento de um produto do que os sites de alguns dos nossos dealers, porque no momento do lançamento eles já fizeram um vídeo, um review de determinado produto e o deles tem muito mais credibilidade do que eu falando do meu próprio produto. Tem todo um trabalho ali de entregar conteúdo para o cliente e estimular os desejos do sujeito. No final, estamos falando de experiência em todas as vertentes. Acho que temos oferecido

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pouca experiência. Não estou dizendo que é fácil, mas, em contrapartida, não enxergo iniciativas em um caminho contrário, seja nossa como fornecedor, seja do varejo, isto é, estou falando de toda a cadeia. Queria que discutíssemos isso um pouco mais e reclamássemos um pouco menos. n Mais informações roland.com.br RolandBrasilOficial

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EXPANSÃO

AURATEC FEZ 10 ANOS E MUDA PARA NOVA PLANTA O aniversário no ano passado marcou uma data importante para a empresa. Em pleno processo de mudança de instalações, a Auratec já está pensando nos planos para os próximos dez anos

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etrônio Cunha dos Santos Junior, atual diretor comercial, fundou a Auratec em 2007 com o objetivo de ousar no mercado de estruturas metálicas para eventos. Desde então, a empresa tem lançado produtos e formas de operar inovadoras, do processo produtivo até o atendimento ao cliente. Inicialmente, o objetivo era democratizar o acesso a estruturas, focando clientes e eventos de pequeno e médio porte. Com o amadurecimento da empresa e o desenvolvimento de tecnologias e processos, foi natural o caminho para atender também os clientes de grande porte e megaeventos. “Hoje, após alcançarmos um nível técnico elevadíssimo, temos portas abertas para trabalhar com projetos especiais, inclusive em outros mercados. Ainda assim, continuamos fiéis às nossas origens, atendendo bem de iniciantes a referências do mercado”, contou Petrônio.

Foco em estruturas O diretor comercial lembra o começo da história: “Começamos no mercado de locação de equipamentos e nele enxergamos a oportunidade de ingressar na fabricação de estruturas. Éramos clientes de pequeno porte e não conseguíamos comprar estruturas, assim como os demais concorrentes do nosso tamanho. A partir daí, resolvemos inverter o caminho, saindo da posição de locador para

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Equipe na Expomusic 2017

sermos fabricantes. Deu certo!” Desde 2012 a empresa trabalhava com duas unidades, sendo uma dedicada exclusivamente à fabricação e outra para o comercial/administrativo e expedição. Agora, a Auratec está inaugurando um novo espaço, que reune toda a empresa numa só planta na cidade de Betim, MG. São mais de 3.000 m² de área construída, que abrigam até cem pessoas, de todos os departamentos da empresa. “Desde o carnaval tudo já está funcionando no

novo endereço”, disse Petrônio. Em relação à fábrica, a empresa conta com duas linhas de produção: uma dedicada a estruturas em aço e a outra a estruturas em alumínio. Há máquinas nacionais e importadas, incluindo duas linhas de solda robotizada, uma exclusividade da Auratec no Brasil.

Primeira década O ano de 2017 marcou um aniversário importante para a empresa. Fo-

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ram os dez primeiros anos de participação no mercado. “Fechar a primeira década é uma conquista importante para nós, ainda mais estando inseridos no mercado brasileiro e tendo passado por duas crises econômicas em tão pouco tempo. Simultaneamente, nossa respon- Os 10 anos da Auratec em 2017 sabilidade é cada vez maior para continuar com brilho nos olhos e estar sempre ousando e inovando”, comentou Petrônio. Como parte da celebração, a Auratec apresentou um selo comemorativo em 2017 que deu início a uma nova identidade visual e a um novo site, que entrou no ar em fevereiro e foi tão impactante quanto o primeiro, lá em 2008. A empresa fez uma grande campanha no mês de aniversário, focando os clientes que a acompanharam desde o início, envolvendo redes sociais e promoções. Ainda na Expomusic 2017 montaram dois estandes com a temática dos 10 anos, além de comemorar internamente com a equipe. Também já começaram a planejar os próximos dez, adiantando que a exportação está na pauta para o futuro. tes, mas ainda mais motivados para “Em 2010 fizemos o nosso primeiro os próximos dez anos!”, enfatizou. planejamento de longo prazo, e à época objetivávamos alcançar em 2014 o Acompanhando tendências status de referência como fabricante Com equipamentos de áudio e ilumide estruturas no mercado brasileiro. nação menores e mais compactos, a Hoje somos considerados uma gran- empresa está percebendo uma necesde referência, com uma abrangência sidade atual diferente para a montanacional consolidada, diversos ca- gem. Petrônio explica: “As estruturas nais de atendimento, mais de 20 mil são produtos auxiliares no mercado clientes ativos, com o maior portfó- de eventos, ou seja, somos um nicho lio de produtos entre os fabricantes de mercado acoplado à enorme locobrasileiros, a planta fabril mais mo- motiva que é o mercado de entreteniderna do País e uma série de outros mento no Brasil. Sendo assim, nosso indicadores que nos deixam conten- dever não é reinventar o nosso nicho,

A Auratec está inaugurando um novo espaço, que reunirá toda a empresa numa só planta na cidade de Betim, MG

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O mais recente Ano passado, a Auratec lançou uma linha de Barricadas e o modelo de treliça AL-P38. Além disso, foram atualizadas as linhas A25, AL-P30 e AL-P50. Em 2018 a empresa promete mais lançamentos e atualizações, que serão divulgados ao longo do ano.

mas acompanhar as tendências do mercado que nos sustentam. Isso significa estar alinhado com as tendências dos nossos clientes no mercado local e acompanhar a movimentação do mercado global. Por exemplo, temos observado nos últimos anos que o custo de logística e mão de obra está cada vez maior para os nossos clientes, e isso nos leva a desenvolver produtos e soluções que exijam equipes mais compactas, menor espaço para transporte e armazenamento e maior durabilidade. Os equipamentos de som e iluminação estão cada vez mais leves, portanto não adianta focar ‘trambolhos’ para capacidades de carga cada vez maiores. Ao mesmo tempo, os eventos exigem cada vez mais qualidade estética, e precisamos apresentar soluções especiais que permitam uma diferenciação por parte do nosso cliente e assim por diante. É assim que a gente faz: trabalhamos para antecipar ou responder rapidamente às necessidades do mercado em vez de tentar fazer todo o mercado se adaptar às nossas invenções”. n Mais informações auratec.com.br Auratec

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LOJISTA

FOCO NO CLIENTE NA ELO MUSICAL A loja fica em Bauru, SP, mas seu trabalho se expande também para outros Estados. Com instrumentos e equipamento de áudio em estoque, realiza interessantes eventos para agregar valor e serviço ao cliente

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ocalizada na cidade paulista de Bauru, a loja Elo Musical foi fundada na década de 1980. Inicialmente trabalhando com representação de lojas de São Paulo, aos poucos foi incrementado seu mix de produtos. Em 1995, mudou-se para a Avenida Duque de Caxias, esquina com Rua Antonio Alves, umas das principais vias de acesso da cidade, onde se encontra até hoje com ambiente climatizado e amplo estacionamento. No início a loja trabalhava somente com instrumentos de sopro e órgãos eletrônicos. Aos poucos vieram os violões, guitarras, baixos, baterias e outros. “Na década de 1980 só tínhamos acesso a instrumentos nacionais. Com a abertura do mercado para os importados nos anos 1990, começamos a trabalhar com as marcas mais consagradas do mundo da música”, contou Ondil Fogaça da Silva Junior, gerente comercial. Com a implantação do Plano Real em 1994, e a equiparação do real com o dólar, os produtos importados ficaram ainda mais baratos e atrativos. Nessa época, 90% do estoque da loja era de produtos importados. A partir do ano 2000, com a contratação de um dos mais experientes técnicos de som da região, a loja se especializou em sonorização de ambientes como igrejas, casas de shows, indústrias e hospitais.

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A loja em Bauru

Hoje, a Elo Musical conta com uma área de 270 m² de instrumentos expostos, mais estoque, escritório e estacionamento, atendendo Bauru e região. Além da loja física, uma ferramenta forte da empresa é o seu site, criado em 2010. “Mesmo não tendo uma venda on-line expressiva, o site é fundamental, pois todos pesquisam os produtos no Google antes de comprar. Aproximadamente 70% dos clientes que chegam à loja já viram o produto no site”, disse. Esse fator, junto com as indicações de clientes, permite à loja vender também em Estados fora de São Paulo.

Produtos disponíveis A empresa conta com uma ampla variedade de instrumentos musicais e produtos de som em seu estoque, sen-

do os equipamentos de áudio, violões, teclados e pianos eletrônicos os mais pedidos por seus clientes. Essa variedade também pode ser encontrada nas marcas disponíveis de instrumentos, como Tagima, Takamine, Epiphone, Fender, Ibanez, Crafter, Eagle, Giannini, Memphis, Phoenix, Rozini, Strinberg, Jupiter, Yamaha, Shelter, Casio, Korg, Roland, Tokai, DBX, Marshall, Meteoro, Landscape, Pearl, Nagano, RMV, FSA, Contemporânea, Luen, Zildjian, Krest, Zoom, Boss, Focusritte, Santo Angelo e outras. Na parte de áudio, tem Yamaha, Soundcraft, WLS, JBL, Shure, AKG, Oneal, Behringer, Karsect, LeSon, Superlux, Tag-Sound, Attack, PLS e mais. É importante destacar as várias marcas nacionais no estoque. Como

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Diversas marcas de guitarras

Violões nacionais e importados

Pianos eletrônicos entre os mais pedidos

Variedade em instrumentos de sopro

detalhado anteriormente, elas são Rozini (violão, viola e cavaco), Giannini (cordas), Tokai (órgão eletrônico), Oneal (equipamentos de áudio), Attack (equipamentos de áudio), Contemporânea (percussão), Luen (percussão), FSA (cajons) e Santo Angelo (cabos). “A aceitação dessas marcas e de seus produtos é boa devido à qualidade que apresentam na relação custo-benefício”, comentou Junior, destacando que um grande diferencial da loja é a “credibilidade junto aos clientes, graças à transparência e à honestidade no atendimento. Também contamos com vendedores especialistas por área que prestam consultoria aos clientes. Só vendemos o que de fato irá atender às necessidades dos clientes”.

Eventos fazem parte Além de um bom atendimento, a Elo Musical também se importa com o re-

lacionamento com os clientes por meio da realização de workshops, sempre com entrada franca. A loja tem parceria com uma casa noturna vizinha — o Jack Music Pub —, que conta com uma estrutura completa para esses eventos, como acomodações, som etc. Para 2018 estão previstos workshops de guitarra, de metais (trompete, trombone e trompa), de baterias e outros, que serão anunciados em breve. Também haverá o 3º Encontro de Bateras de Bauru, que promete ser ainda maior do que os dois primeiros, contando com a participação de bateristas da cidade e região. Sem dúvida essas iniciativas ajudam a movimentar o mercado, um setor restrito e com muita concorrência. Junior explica: “Acho o mercado musical brasileiro pequeno, se comparado com o tamanho da nossa economia. Hoje o que mais fomenta o nosso segmento são as igrejas que investem em

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equipamentos de áudio e a música gospel, tanto de igrejas evangélicas como das católicas. Nas igrejas, as pessoas têm um contato direto com música ao vivo e se sentem motivadas a aprender a tocar um instrumento. Além disso, para aumentar o mercado musical, imagino investimentos nas escolas com o ensino obrigatório da música, formação de orquestras e fanfarras, e apresentações de músicos e bandas”. “Pelo nosso lado, a empresa continuará focando a qualidade no atendimento, a parceria e o treinamento em igrejas, a venda de produtos com maior valor agregado e a captação de novos clientes por meio de ferramentas digitais como Google e Facebook”, finalizou. n Mais informações elomusica.com.br EloMusicalBauru

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TECNOLOGIA

MARKETPLACE PARA ALUGAR INSTRUMENTOS Foi lançado recentemente o marketplace Music In, um site que permite conectar músicos e artistas para alugar equipamentos, instrumentos e espaços entre si

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projeto se baseou em vários objetivos, pois não só possibilita aumentar a renda de muitos músicos no Brasil que estão com o instrumento depreciando em casa e precisam de um dinheiro extra, mas também ajudar músicos que necessitam de um instrumento de última hora, aqueles que estão em viagem e acham difícil transportar seus instrumentos ou até principiantes que não podem comprar um instrumento ainda por questões econômicas. O que eles podem fazer então? Alugá-lo! “Tive essa ideia quando estava trabalhando pela Uber na Vila Madalena e deparei com um músico que não podia tocar, pois havia esquecido um equipamento. Era 1h da manhã e ele

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não tinha onde arrumar. Agora, com a Music In, basta ele entrar no site que nós localizamos”, disse João Bastos, CEO e cofundador da Music In. O site começou a funcionar no dia 26 de agosto de 2017, e já no dia 28 teve 60 pedidos de aluguel. “Mas nossa operação não suportou devido à demanda e foi necessário aumentar o número de anunciantes”, explicou.

Como funciona No site — e em breve app para Android e iPhone —, usuários de todo o Brasil podem se cadastrar e anunciar ou procurar o instrumento ou equipamento de que precisam. A Music In até oferece garantia quanto a roubo e danos ao aparelho

do locador, além do seguro pioneiro de instrumento musical em parceria com a Bradesco Seguros, no qual, com o valor de um aluguel, em média, você paga o seguro anual de seu instrumento. Atualmente o site tem 300 anunciantes, mas a meta é chegar a 500. Os anunciantes, que estão sendo cadastrados neste momento como Beta, terão destaque no site e prioridade em ações futuras. Anunciar é gratuito e, para fazer um pedido, a pessoa não precisa estar cadastrada como usuário. n Mais informações musicin.com.br MusicInOficial

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OS CLIENTES IZZO TERÃO CONDIÇÕES ESPECIAIS NAS MARCAS ABAIXO AO EFETUAREM COMPRAS NESTE BIMESTRE. QUANTO MAIS CUPONS, MAIOR SERÁ SUA CHANCE DE GANHAR UMA VIAGEM PARA PARIS E UMA VISITA EXCLUSIVA A SEDE DE UMA DAS MAIORES MARCAS DE SOPRO DO MUNDO: VANDOREN NÃO PERCA! ENTRE EM CONTATO COM SEU CONSULTOR DE VENDAS

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PERFIL

FABIANA BATISTELA, DIRETORA DA SIM SÃO PAULO É difícil organizar um evento de música? Como se posicionar em um mercado tão complicado? As respostas poderão até ajudar você com os eventos da sua empresa

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abiana tem mais de 18 anos no mercado da música, 15 como diretora e fundadora da Inker e, há cinco anos, é diretora da Semana Internacional da Música em São Paulo. Ela também foi responsável por trazer várias bandas internacionais para o Brasil, muitas delas pela primeira vez, como os Pixies ao Curitiba Pop Festival 2004; Cat Power, Mudhoney e Yann Tiersen à Virada Cultural Paulista 2010; Cypress Hill e Damien Marley ao Festival M.A.C. 2015 e Supergrass e Cardigans ao Campari Rock 2006.

A SIM São Paulo aconteceu entre 6 e 10 de dezembro de 2017 e completou seus primeiros cinco anos, consagrando-se cada vez mais no calendário anual da cidade. Além de reunir representantes de vários países e representar o Brasil nas principais feiras de música pelo mundo, como Primavera Sound, Imesur, Reeperbahn e Miden, novas parcerias estão surgindo. Este ano, Austrália, Canadá e Argentina fizeram suas programações em casas noturnas de São Paulo, por exemplo. Além disso, em 2017 a SIM seguiu uma regra especial: metade da programação de showcases e palestrantes foi feminina, para reforçar o espaço da mulher no meio artístico e também no mercado de trabalho. Quer saber mais sobre a Fabiana e a edição 2017 da SIM? Veja mais a seguir.

2015, o SIM Transforma — que é a nossa conexão com a periferia; em 2017 lançamos o Prêmio SIM; e para a próxima edição, 2018, vamos ter o Data SIM.

Como está sendo dirigir a SIM nesses cinco anos?

Como surgiu a ideia de que metade da programação de showcases e palestrantes em 2017 tinha que ser feminina?

Dirigir a SIM São Paulo é um grande desafio. Em um mercado que ainda está em desenvolvimento, em transformação, muito já mudou desde a primeira edição. Acho que a SIM tem crescido junto com o mercado brasileiro. Equipes crescendo, programação também, comissões de vários estados e países. São várias as frentes que abrimos, além de toda a programação no Centro Cultural São Paulo, toda a programação dos showcases, programação noturna. São três frentes: uma desde

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E as novas parcerias com diferentes países?

Em 2017 foram 21 países participando da SIM. Três comissões oficiais: uma da Austrália, outra do Canadá e outra da França — patrocinadas pelos governos de seus países por meio de escritórios de exportação, consulados e embaixadas. Além desses, algumas comissões independentes do mercado, como a do México, que foi financiada pela BMA, Chile, Portugal e várias outras comissões. Temos fortalecido essas conexões e parcerias com os outros países e a cada ano agregamos mais parceiros internacionais às nossas atividades.

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Para que a gente incentive o protagonismo feminino no mercado da música. Isso se dá na parte de programação artística, programação de conferência, produção (onde 90% já são mulheres). Essa regra é para prestarmos atenção não só no primeiro nome que vem à nossa cabeça, que normalmente é masculino. Tem muita mulher no ramo da música e normalmente elas não são protagonistas. Na maioria das vezes, é um sócio homem com as mesmas responsabilidades que fala pelo projeto.

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Para você foi difícil trabalhar no mercado da música no começo?

ainda existe uma rota tradicional da música com os mercados mais desenvolvidos, como os Estados Unidos e a Inglaterra. Mas hoje vemos novos territórios crescendo muito rápido, como o mercado da América do Sul, Canadá — que está despontando — e o mercado da Austrália, que, se não me engano, atualmente é o sétimo maior mercado da música.

Fácil nunca foi! Difícil é agora, sempre. Vivemos em um país que não tem muito essa tradição de programas de apoio à cultura, de continuidade e formação de público, de capacitação de pro- Palestra de mulheres que trabalham com produção fissionais, de incentivo a programas de circulação, exportação e desenvolvimento de carreiras. Não contamos com políticas Que outros destaques públicas apropriadas. Vivemos houve na SIM SP 2017? sempre em um cenário desfaEm 2017 aconteceu uma edição vorável, desde o começo. No comuito especial, a de cinco anos. meço — 15 anos atrás —, era um Tentamos organizar mais ativimercado em transformação, no dades para conectar as pessomundo inteiro. Vimos algumas Show no CCSP as. Crescemos. Foram mais de oportunidades nesse mercado 2.500 credenciados, cerca de 30 e tentamos criar uma história mil pessoas circulando por toprópria, diferente, fazendo e das as novas atividades. O prêexperimentando o que a gente mio também foi muito imporquis. Algumas coisas deram certante, conseguimos destacar os to, outras não. Hoje o mercado é melhores do mercado em 2017. mais sólido, mais organizado, já Acho que foi um ano em que sabe o que funciona e o que não tivemos muitos representantes funciona. Existem empresas gi- Espaço da Habro na SIM SP 2017 da cultura, de vários estados e gantes que surgiram na última década na música e com isso há coisas O que você acha do mercado musical países, como cônsules, embaixadores, secretários de cultura e outros. mais fáceis e mais difíceis. Um exemplo brasileiro hoje? Um mercado que Abrimos conexão ainda com o é a competitividade, que é muito maior. certamente tem vida própria e mercado de instrumentos musicais Principalmente nesse último ano, a cri- não segue tanto as tendências do Brasil. Já tivemos participação de se econômica no Brasil não ajudou nem internacionais como outros países. O Brasil é um país que tem uma pro- grandes marcas, como Roland, Fenum pouco, e o mercado sofreu. dução artística gigante, brilhante, uma der, Pride, Habro, Anafima, ExpomuO que você pode contar das maiores e melhores do mundo. sic. Também fortalecemos a parceria sobre a organização da SIM? Aqui temos muita variedade de músi- com as instituições de ensino, tanto Quanto à conferência, temos um gru- ca, de artistas, de regiões, de estilos, de faculdades como escolas de música e po de consultores que fazem parte do fabricantes, e essa produção é muito music business. E terminamos a ediconselho consultivo da SIM. São 13 rica. Acho que hoje a grande questão da ção de 2017 com o mercado empolpessoas que se reúnem a cada 15 dias música do Brasil é saber como exportar gadíssimo para construir a SIM São e que trazem novidades de vários pa- todo esse conteúdo. Há vários países Paulo 2018. Já recebemos várias proíses, que conhecem o mercado e que que já ouvem muito música brasileira, postas e estamos muito felizes com o estão conectadas, sempre em várias mas temos que saber como aperfeiçoar que vai acontecer. n feiras e festivais do mundo inteiro, isso para levar para mais países ainda. sobre vários setores da música. Dis- Mais informações cutimos durante o ano sobre o que há E como você está vendo simsaopaulo.com.br de mais novo no mercado para trazer o mercado internacional? SIMSaoPaulo Quanto aos outros países, acho que ao Brasil na SIM São Paulo.

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ARTIGO | JOEY GROSS BROWN

REFLEXÕES DE UM MERCADO

JOEY GROSS BROWN

Senior Associate da Forecast Capital Participações, especialista em vendas e marketing corporativo. Atua como Liason e Project Manager para back offices, projetos de captação de capital e aquisições & fusões (A&M), tendo 24 anos de experiência em gestão no mercado musical.

Opiniões sobre o mercado hoje e o que podemos fazer para melhorar nosso negócio

“É incrível como se nota um conformismo nunca antes visto em todos os setores do comércio”

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que aconteceu? Não tanto tempo atrás eu tinha a melhor loja do mercado! — O que houve? Não tanto tempo atrás eu tinha a maior distribuidora do mercado! Poxa! — E eu, que não encontro um bom vendedor para acabar com o meu estoque?! — E as margens de lucro? Sumiram! — Amigos! O que faremos?

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Não. Não estou falando do mercado de instrumentos, nem do segmento de autopeças ou coisa que o valha. Estou simplesmente repetindo o Brasil desses últimos três anos. É incrível como se nota um conformismo nunca antes visto em todos os setores do comércio. Claro! É mais interessante contratar uma mão de obra barata, pois aí as margens, já pequenas,

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pelo menos se mantêm. E que se dane a economia de escala! “Afinal, eu sempre fui o maior e o melhor naquilo que faço.” E é também mais interessante observar que o “arroz e feijão” possui margens pequeninas, pequeninas, mas vende. Já novos caminhos, ou a diversificação, ou ainda a procura por mudanças nas estratégias e na estrutura comercial não vão trazer nem adicionar nada.

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“Já sei! Que tal vender no Mercado Livre ou na Amazon?” Sim! Boa! E vamos alimentar esse mercado somente com todos os produtos da nossa curva A. Dessa maneira eles ficam sabendo quais são os produtos mais vendidos e podem também ser nossos concorrentes amanhã! Sensacional! Fora os concorrentes ilegais e legais que importam e vendem direto — propaganda grátis! “Ora! Mas se não tivermos um sistema de venda on-line, como faremos?”

E que tal investir? O País está melhorando, não? Mas e a sua estrutura? Está preparada para isso? Sua loja acompanha as tendências globais? Nas feiras de negócios estrangeiras podemos ver todos os lançamentos, as tendências do mercado (não dá para tirar fotos destas) e para onde ele aponta. A última NAMM foi um tremendo sucesso e o mercado global parece aquecido. “Que se danem as tendências! O que importa é negociar meus compromissos sendo contido, tímido… Ops, melhor dizendo, conservador, mais seguro. Afinal, ninguém sabe o que vai acontecer neste ano de eleição.”

Que tal investir? “Investir no quê? Seu doido! Para perder ainda mais?” Sim, de fato a maré tem um exemplo interessante a ser observado. Baixa ou alta, ela sempre está lá. Os tempos mudaram, mas o ser humano (eu incluso) parece ter “emburrecido”. Para que investir na qualificação de mão de obra se esta nunca terá o devido reconhecimento financeiro? Já que tradicionalmente (adoro essa palavra, que serve só para algumas coisas) os vendedores do nosso segmento de fato não são vendedores e sim “estão” vendedores. Por que remunerá-los bem? A quem interessa capacitar se isso significa “aumentar o custo”? A quem interessa investir se o desânimo é geral? Poucos são os visionários que enxergam no trabalho a maneira mais inteligente de perseverar. A resiliência do nosso segmento é espantosa! No mau sentido. Espanta ver que ainda somos “um por mim e todos por mim”.

Escolher mudar “E quem queremos eleger? Ah! Essa é fácil, coloca o Lula ou o Bolsonaro! Mas o que vier tá bom...”

Não! Não está bom! Nem vai ficar! Sped social, Sped fiscal e continuamos achando que algo vai mudar na política. Nem com Jesus descendo em uma astronave! O princípio da mudança é de dentro para fora. Mudar é entender que as coisas não serão como antes (por isso mudar). Reter verdadeiros valores significa compilar casos de sucesso e não é uma despesa ou um “gasto”. Investir na verticalização de seu negócio com um estoque do tamanho de um elefante não é o caminho mais apropriado. Acabar com a tradição (lá vai essa palavra de novo) de fazer das compras um passeio gostoso não enxergo como proveitoso ao mercado. Assim como sentar a uma mesa todo dia, cobrando de seus vendedores a venda desqualificada e apenas rotineira, sem transformar seu estabelecimento em um local onde se tenha uma “experiência”; pior, esperar que a cadeia de suprimento faça isso por você também não vai aumentar seus lucros nem sua rentabilidade. Visualizar o negócio como uma maneira de multiplicar patrimônio, explorar fronteiras econômicas com segurança não requer muito. Requer afinco, seriedade, compromisso, boa equipe, estrutura magra mas eficiente, logística acelerada, outsourcing administrativo/financeiro, se for o caso. O maior diferencial é o valor que damos a cada “parte” da empresa no sentido de obter máximo desempenho, e este valor atribuído a cada departamento permite realizar melhores negócios e fomentar parcerias em todas as frentes, desde a compra até o recebimento. Explorar a diversidade tributária e vantagens coletivas obtidas por meio de associações ou cooperativas também é de suma importância para o caminho de sucesso. Não tenha medo de uma consultoria! Talvez a equipe consultora e gestora de seu projeto enxergue situações e oportunidades para melhorar a performance de seu negócio. Como, por exemplo, rateio de sistema ERP ou CRM, terceirização do departamento financeiro. E com a economia obtida nessas ações, que tal focar aquilo que é o propósito do seu negócio: vender? Que tal contratar uma mão de obra mais eficiente? Um gestor mais capacitado ou treinar sua atual equipe possibilitando cursos, pós-graduações e ensino para eles? Entre em contato comigo se desejar mais informações a respeito disso. E que tal soa “investir” agora? Tradicional? n @musicaemercado

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ARTIGO | LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

A IMPORTÂNCIA DE FEIRAS COMO A MUSIC SHOW

LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

É um amante da música desde o dia de sua concepção, no ano de 1961 uhlik@mandic.com.br

Sua empresa está participando de feiras no País? Pense bem, pois pode ser uma ótima oportunidade para continuar crescendo!

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nosso bom amigo, guerreiro audaz do setor de instrumentos musicais, Daniel Neves, fez, em janeiro, uma convocação para o segmento: Music Show - Feira Internacional da Música. Uma feira voltada para o nosso setor, combinando as experiências que já conhecemos da Expomusic, das feiras regionais que a Música & Mercado promove, junto com as melhores feiras do planeta, como NAMM Show e Musikmesse. A ideia é simples, segura, com a firmeza do que é bom para o setor, mas com uma boa pitada de inovação.

Por que é importante participar de uma feira?

1.

Para fortalecer a marca: in-

discutivelmente, a melhor forma de saber se o seu produto é bom para o mercado é “dando a cara pra bater”! Dessa forma, a força do produto em que você acredita fortalece o seu nome, a sua empresa, a sua marca, o seu trabalho...

2.

Para ampliar o networking:

sem relacionamento, esqueça qualquer empreendimento. Você precisa, diariamente, como um mantra, como uma oração, se relacionar com pessoas do setor e ampliar o seu potencial de amizades profissionais.

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“É inegável a importância da participarão em feiras e eventos comerciais”

3.

Para saber como está a concorrência: não preciso

4.

Para conhecer o perfil do concorrente e a qualidade dos seus produtos: o perfil

nem esmiuçar essa questão. Você precisa saber, de forma simples, como está o seu produto e a sua marca perante o produto e as marcas que estão concorrendo com você.

do concorrente não tem nada a ver com a concorrência. Muitas vezes o concorrente tem um produto melhor que o seu, mas trabalha muito mal o mercado. Portanto, saiba quais as ferramentas e o que o concorrente tem de melhor, ou pior, que você. Sem enrolação, basicamente é isso.

As vantagens Mas, como não estamos para brincadeira, vamos avançar no assunto feira de negócios, exposição de produto.

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É inegável a importância da participação em feiras e eventos comerciais, principalmente porque eles permitem a negociação imediata de produtos/ serviços e a possibilidade de ampliar o raio de influência da sua marca. O contato direto com o cliente possibilita vender e promover o seu produto, o seu lançamento. Igualmente, permite que você conheça, por meio do seu consumidor, a qualidade e o desempenho dos seus artigos. Afinal de contas, está todo mundo aí, expondo, e “dando a cara pra bater”. Com o “espírito de compra”, em eventos como a Music Show, o seu consumidor fica mais receptivo aos lançamentos e, principalmente, aos novos produtos e fornecedores. Com a concentração de ideias do setor, de ideias do segmento, a sua marca pode, e deve, influenciar o público considerado desconhecido, aquele que nem imagina que você existe.

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Mas as feiras de negócios têm a vantagem da competição. Como num campeonato, é possível saber que marca pontua mais, qual tem a melhor visibilidade, o melhor marketing, a melhor apresentação do produto, a melhor forma de encantar o cliente, os consumidores e endorsers mais requisitados, qual detém as inovações tecnológicas mais apropriadas para o momento. Aí, fica a pergunta: será que é importante participar de uma feira? Será que as minhas ações de marketing não são suficientes para alavancar os negócios e ampliar o potencial da minha marca no mercado?

Meditemos O que é importante na tomada de decisão quanto à participação em uma feira?

1.

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Esta exposição é importante para a apresentação do meu produto?

2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Tenho produtos que atendam às exigências que o mercado pede? Estou preparado para vender mais e melhor, com fornecimento contínuo dos meus lançamentos? O que está acontecendo com o setor? Será que é hora de expor e “dar a cara pra bater”? Quais são os meus objetivos ao participar da feira? Esta é a feira indicada para as minhas necessidades? Quanto vou gastar? Tenho condições de prever os resultados? Vai valer a pena?

9.

O aporte financeiro para o pós-feira vai garantir a competitividade do meu produto?

Se você respondeu positivamente a essas nove questões, a Music Show é, sem dúvida, a feira ideal para alavancar o mercado. A única sugestão que gostaria de acrescentar ao projeto é permitir a participação de agentes financeiros para incrementar o desempenho dos negócios. Esses agentes devem participar da Music Show como convidados, em espaço especial, com a anuência do promotor do evento e de forma gratuita. Em todas as boas feiras de que participei Brasil afora, e que não envolviam o setor de instrumentos musicais, a presença de agentes financeiros foi condição sine qua non para que a saúde do capital de giro dos expositores estivesse ao alcance dos bons resultados. n

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PÓS-FEIRA: NAMM SHOW 2018

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE INSTRUMENTOS E ÁUDIO ORGULHA BRASIL NO EXPERIOR Marcas brasileiras mostraram empreendedorismo e produtos na feira NAMM Show 2018, nos Estados Unidos

O

NAMM Show, feira internacional do mercado da música, ocorre anualmente em janeiro, na cidade de Anaheim, na Califórnia, Estados Unidos. Este ano a feira trouxe um significativo aumento de expositores ao aliar-se com entidades relacionadas ao áudio e à iluminação, como a AES (Audio Engineering Society), A3E (Advanced Applications Exchange) e Dante. O evento contabilizou mais de 115 mil visitantes, sendo 19.300 convidados internacionais. Duas mil empresas expuseram, totalizando a exposição de 7 mil marcas. Sim, isso é muita coisa! Outra empresa bastante conhecida dos fornecedores e músicos foi a Music Jungle, na figura de seus diretores que foram conferir as novidades da feira. Apenas para o leitor ter ideia, é impossível visitar a feira inteira com atenção, de tão grande e cheia de produtos que fazem a alegria de quem é apaixonado pelo mercado. Ah! Claro, a Música & Mercado estava lá, expondo e representando as mídias do Brasil.

Marcas brasileiras Durante anos, a indústria brasileira de instrumentos e áudio carregou a fama de ter produtos com baixo índice de inovação e qualidade. Esqueça isso. Nas últimas edições do NAMM Show observamos diversos fabricantes que romperam a barreira cultural voltada à exposição do produto barato para trabalhar qualidade, conceito, pro-

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duto e marca. Vamos dar uma volta nas marcas brasileiras com produção total ou parcial dentro do País que expuseram no NAMM:

Staner AudioAmerica

Giannini debuta violões com madeiras brasileiras Equipe da Miami Audio Musica no NAMM Show: Staner e Vokal foram destaques

Flávio Giannini e Riccardo Recchi, da Giannini: solidez na distribuição americana

Centenária marca de violão, com escritório, depósito e equipe americana operando já há sete anos nos Estados Unidos, trouxe para o NAMM Show 2018 as suas linhas de produtos feitos no Brasil e com madeiras 100% brasileiras, como a série Tranquilo Giannini, só de instrumentos maciços; a série Brasil, composta por violões com tampos maciços, com faixas e fundo laminados, entre outros. Além de serem produtos destinados à exportação, os instrumentos estão sendo vendidos no Brasil. Flávio Giannini, diretor comercial da empresa, destaca o trabalho internacional da marca, que atende em média 400 lojas como as famosas Sam Ash Music e Sweetwater, entre outras, com produtos Giannini.

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O braço norte-americano do grupo Renaer, a MAM (Miami Audio Music) trouxe para o NAMM Show os microfones Vokal VLR-502 e Vokal Vla42 UHF Duplo, ambos sucesso de venda no Brasil. As caixas Staner SR Alive Series também se fizeram presentes na maior feira de áudio e música dos Estados Unidos. A Eros Alto-Falantes, outra marca do grupo, esteve presente por meio de seu representante internacional.

Izzo Percussion expõe com seu distribuidor americano

David Kelley, distribuidor americano

No terreno da percussão brasileira, a Izzo é uma das empresas que vêm despontando na exportação e esteve presente no NAMM Show por meio

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de seu distribuidor norte-americano, o Kelley Distribution Group. Surdos, pandeiros, tamborins e outros tradicionais produtos de percussão foram expostos para o público.

Ukuleles Kalani é lançada no NAMM Show Na pegada de empreender e desenvolver marcas e produtos, a Izzo Musical aposMike Barroero, tou suas fichas comandando o em estande estande da Kalani próprio com a marca de Ukuleles Kalani. Maikel Barroero, International Sales Manager da Izzo, comentou: “A resposta do público para a nova linha de Ukuleles Kalani foi muito positiva. Os clientes adoraram nossa nova proposta comunicativa, que faz uma fusão entre culturas indígenas de diferentes regiões do mundo”. A Izzo Musical, na ocasião do NAMM Show, também recebeu uma homenagem do presidente da NAMM, Joe Lamond, para celebrar os 100 anos da marca.

Odery Drums comemora sucesso internacional Uma das marcas brasileiras mais consolidadas na exportação, a Odery Drums, assim como a Izzo, também esteve presente junto ao seu distribuidor americano. A marca de bateria brasileira possui uma ampla rede de distribuição, que vai da América à China, onde faz grande sucesso com produtos de alto valor e qualidade. Celebrando 15 anos de exposição no NAMM Show, a empresa trouxe o recente sucesso da marca, a linha Café Kit, além de caixas e o modelo Fluence

Fusion. Para Mauricio Cunha, diretor da empresa, “a NAMM é a feira mais importante do mercado nacional e o mercado estava superaquecido, com pessoas otimistas e confiantes. Para nós, foi uma feira muito produtiva, que trouxe um aumento no número de lojas comprando Odery e outros negócios por vir”.

PRV Áudio entre os Estados Unidos e o Brasil

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Rozini mostra seus novos modelos

Equipe da PRV Áudio

A marca brasileira radicada nos Estados Unidos trabalha com produtos brasileiros, italianos e asiáticos. A empresa é comandada pelos gaúchos Daniel Salomão e Melissa Zagonel, que elaboram alto-falantes para pro áudio e automotivo. A PRV é especialista em falantes com alta potência e baixa distorção, e vem ganhando o mercado global.

Tagima quer o mundo

Márcio Zaganin, Ney Nakamura e Cacau Santos

Tayler e Sanny Rozini e o músico Almir Pessoa

Após o trabalho de imagem, novo site e ajuste do desenho da marca, a empresa veio para o NAMM Show expor os modelos de violões da série Custom, como o Auditório e o Folk, além dos produtos que representam a cultura brasileira, como violas, cavacos, bandolins e a linha de percussão da empresa. Com um estande estilizado e carismático, a Rozini trouxe ainda o músico Almir Pessoa, que demonstrava a viola e colocava a música brasileira em primeiro plano.

Barkley Mouthpieces celebra 15 anos no NAMM Show

Extremamente bem estabelecida no Brasil, a marca de instrumentos e cordas Tagima investe pesado em seu plano de expansão internacional. Com escritório e depósito nos EUA e na China, a marca trouxe para seu estande no NAMM Show as guitarras

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fabricadas no Brasil sob a supervisão do renomado luthier Marcio Zaganin. Ele explica: “Estávamos também com designs exclusivos de que os americanos gostaram muito, como o Jet Blues, Stella e Millenium”. Produtos fabricados na Ásia, como as guitarras Woodstock, o modelo de violão Tagima Dallas, além do ukulele Tagima 21K também estavam à disposição do público. Vale lembrar que a empresa é uma das que mais investe em branding também no exterior, e faz parte das poucas que levam músicos brasileiros para tocar nas feiras.

Junior e Juliana, da Barkley: empreendedorismo na área do sopro

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PÓS-FEIRA: NAMM SHOW 2018 Na área de instrumentos de sopro e acessórios, a Barkley, fábrica de boquilhas e acessórios para instrumentos de sopro capitaneada pelo casal Juliana Rodrigues e Júnior Barkley, estreou este ano no NAMM Show com seu próprio estande. As linhas de produtos Malbec, Vintage e Pop Kustom chamaram a atenção dos músicos presentes no evento. Vale dizer que a empresa tem investido na internacionalização da marca por meio de seminários e outros eventos na América Latina.

Stay prova que suportes brasileiros conquistam as grandes marcas

A diretora da empresa, Helena Raso, e seu time no NAMM Show 2018

argumento de venda e motivo para cativar o consumidor no Brasil e no exterior. A Santo Angelo realizou diversas apresentações (open mic) de músicos em seu estande, como Kleber K. Shima e Duca Belinati, entre outros.

Brazilian Sax

Equipe da Stay na feira

Uma das mais respeitadas marcas de suportes para teclados do Brasil ganha reconhecimento internacional. Além do estande próprio, bem localizado na feira, a Stay foi destaque no estande da Korg, empresa de sintetizadores que passou a distribuir com exclusividade a marca nos Estados Unidos. A Stay, que iniciou o trabalho de exportação há cerca de três anos, é um dos expoentes do segmento, considerando o design autêntico do produto e sua funcionalidade.

Santo Angelo e cabos aromatizados

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Lançamento de produtos Como você deve imaginar, houve muitos produtos novos e tentaremos apresentá-los nas próximas edições. Encontre aqui a primeira parte!

ÁUDIO

A tradicional Santo Angelo novamente expôs seus produtos e inovações no NAMM Show. Desta vez, a fabricante brasileira anunciou a linha de cabos com aromas variados, como chocolate, menta e limão. A empresa aposta que o cabo aromatizado será um bom

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Marca brasileira Brazilian Sax, que pertence à loja virtual Saxshop. com.br, trouxe para o NAMM Show a braçadeiUma das novidades ra Ressonator, da Brazilian Sax que diminui o ponto de contato com a palheta, prometendo maior vibração. Outros destaques foram a linha de boquilhas e um saxofone com acabamento feito no País.

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Adam Hall A empresa apresentou novos produtos em cada segmento do mercado nos quais trabalha com suas

diversas marcas. Entre eles encontramos o Maui P900 da LD Systems, um conceito de design único de PA em coluna desenvolvido em colaboração com a Porsche Design Studio. Tendo recebido vários prêmios internacionais de design e produto (incluindo o German Design Award), esse sistema de PA combina tecnologia de ponta em um design icônico com materiais exclusivos. Também novo da LD é o Maui 5 GO, a versão alimentada por bateria do Maui 5, o premiado PA ultraportátil de coluna da marca e o sistema de array para turnês Curv 500 TS, que é a nova incorporação à série Curv 500, com quatro satélites. Sob a marca Cameo, foi apresentado o Zenit W 600, um aparelho wash com o indicativo ETL Listed e certificação IP65 para uso em exteriores. Com seus 40 LEDs RGBW de 15 W CREE, gera 21.000 lúmens e produz uma mistura de cor homogênea. Pela marca Gravity, foi lançado o suporte portátil para computador ou controlador LTS 01 B. Da Palmer, a novidade foi o Acoustic Pocket Amp, uma combinação de pedal de efeitos e pré para instrumentos acústicos.

Audio-Technica

Entre outros produtos, a empresa anunciou a incorporação do transmissor de mão ATW-T6002x à série 6000, pensado para funcionar com várias das novas cápsulas de microfone intercambiáveis. O transmissor é uma solução de espectro que permite aos usuários reunir 31 canais em uma largura de banda de 4 MHz. Oferece diminuição do ruído procedente do manuseio, conta com um corpo de metal, tela Oled, controles sensíveis ao tato e potência de RF comutável (2 mW/10 mW/50 mW). Seu adaptador de rosca standard permite o uso de seis novas cápsulas de microfone da Audio-Technica intercam-

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PÓS-FEIRA: NAMM SHOW 2018 biáveis, bem como outras cápsulas compatíveis. O sistema opera na banda de 944952 MHz, livre de emissões televisivas.

Celestion A empresa apresentou a linha de drivers coaxiais de formato pequeno TFX e a linha AF de drivers de baixo perfil, compactos e resistentes ao clima. Esta última é uma série de drivers AF pensada em line array, alto-falantes em coluna e aplicações de um só falante. Conta com dois modelos iniciais leves: o AF3010 de 3” e o AF4010 de 4”, e chega para complementar a série de drivers para line array AN. Ambos os modelos têm ímã de neodímio e cones de papel revestidos (à prova d’água) em um chassi de aço prensado.

DAS Audio Além dos novos modelos da Série Altea, mais novidades vêm com o novo sistema de distribuição de energia, sinal e dados DASnet Rack99 de 230 V; as adições à Série Vantec, com os modelos Vantec-20A e Vantec-118A para formar um line array de fonte curva; e os Event-212A e 121ª, que se somam à linha Event.

Eminence Desde dispositivos para áudio pro de pequeno formato até drivers para guitarra de neodímio de 15”, a empresa trouxe mais opções ao seu catálogo para todo tipo de aplicações. Entre os novos, encontramos o Alpha 5-8,

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que se soma à Série American de drivers para áudio profissional. É um midbass de 5”, com 8 ohms, potência programada de 250 W, cone resistente à água e proteção contra poeira, tornando-o apropriado para aplicações em line array ou em sistemas em coluna. Outras novidades incluem o tweeter APT:30, o tweeter SD28 Soft-Dome, o driver de compressão F151M-8 e muitos outros que serão divulgados nas próximas edições.

Powersoft

Depois de 13 anos da sua primeira participação, a empresa italiana voltou à expo mostrando seu crescimento no setor de amplificação no mundo todo. O estande da Powersoft estava dividido em quatro seções para mostrar da melhor forma possível seus produtos multimídia e de amplificação. Cada seção destacou uma tecnologia: o transdutor acústico de imã móvel M-Force, a linha de módulos de amplificação OEM da companhia — incluindo o novo MiniMod 4 para aplicações de baixa potência —, os amplificadores de rack para touring e instalações, e a unidade multimídia para exteriores Deva, tudo rodeado por um bar de recepção. Falando sobre os amplificadores, estavam presente as séries X e K para som ao vivo e touring, e as séries Ottocanali e Quattrocanali (na foto), dedicadas ao mercado de instalação. Além disso, a empresa realizou várias sessões de treinamento diárias sobre a nova versão de seu software Armonía e ofereceu cupons de desconto para os participantes como parte de uma iniciativa de marketing com a Rational Acoustics, criadora do software de medição Smaart, para adquirir esse software.

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Sennheiser

Com o lançamento da série Evolution Wireless G4 e dois novos sistemas sem fio XS Wireless 1 Dual Sets, a Sennheiser chegou à NAMM com novas soluções wireless. A Evolution Wireless é fabricada para adaptar-se a qualquer aplicação concebível. Suas intuitivas telas na peça central do sistema, além do receptor True Diversity, facilitam um uso rápido e simples. O Wireless Systems Manager Software (séries 300 e 500) e o Control Cockpit (série 300) simplificam a supervisão de instalações multicanal e garantem o fluxo de trabalho. Além disso, a empresa apresentou melhoras no seu sistema de microfones wireless Digital 6000, bem como na sua linha Ambeo.

Shure A empresa apresentou uma ampla linha de produtos, incluindo os mais recentes, como a série de fones SE. Trata-se de uma linha que apresenta tecnologia de isolamento sonoro e conta com uma variedade de configurações de cabo. Os modelos que se uniram por último à série foram o SE112 Wireless e o SE215 Wireless, que permitem comunicação por Bluetooth. O primeiro vem com cabos fixos e está disponível em preto; já o segundo vem com cabos removíveis e opções em quatro cores. Outros componentes mais recentes da série são o sistema de fone eletrostático KSE1500 e o amplificador de audição portátil SHA900. Além disso, o sistema Axient Digital da Shure ganhou um prêmio TEC na categoria de melhor sistema sem fio.

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INSTRUMENTOS MUSICAIS CORT No estande da Cort, os visitantes puderam conhecer os novos itens que chegam este ano. Entre eles, destacam-se os modelos da X Series, que tem estado no catálogo da empresa por vários anos, mas que agora se renova em aparência e ergonomia, como se pode ver no novo modelo X500 (na foto), que apresenta uma construção de cinco peças de bordo e panga panga, diapasão de ébano com rádio composto, captadores EMG e uma nova textura de “poro aberto”, entre

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outras características. A KX Series também recebeu um novo modelo KX500FF, que representa a incursião da Cort no crescimento da tendência dos trastes com leque para guitarras de sete ou mais cordas. Além das novas guitarras, a marca apresentou o modelo A5 Plus SCFF, um baixo de cinco cordas que conta com um corpo single-cut para proporcionar balanço de peso melhorado. Mas os instrumentos elétricos não foram os únicos que os visitantes puderam ver no estande, pois a Cort também levou seus modelos acústicos da Gold Series, dois novos modelos da ATV (Age To Vintage) Series, os modelos EasyPlay Acoustics e vários da Grand Regal Series.

D’Addario Planet Waves Entre as novidades da Planet Waves, vimos o DIY Solderless Pedalboard Power Cable Kit, o sistema para segurar correias Universal Strap Locks e o afinador NS Micro Clip-Free. O DIY Solderless Pedalboard

Power Cable Kit é a solução que a D’Addario traz para a instalação personalizada dos cabos DC na sua pedaleira. As fontes de alimentação comuns vêm com cabos pré-fabricados que eliminam o excesso de itens e a desordem na pedaleira. Com esses kits, você só tem que cortar o cabo incluso segundo a distância que precisar, colocá-lo no extremo da tomada e apertar o parafuso de fixação. Esse cabo tem três vezes a quantidade de cobre que os standard, para maior transferência de voltagem e confiabilidade, com tomadas configuradas para conexões retas ou em ângulo reto. O Power Cable Kit se completa com um teste de cabos para conferir facilmente que eles estejam conectados da forma correta antes da instalação.

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PÓS-FEIRA: NAMM SHOW 2018 Evans (by D’Addario) Na exposição estava a série de peles UV1 com revestimento UV patenteado, e o debute veio de uma linha de peles para bumbo com uma camada simples de 10 ml em opções EQ4 e Emad, disponíveis de 16” a 26”. O modelo UV EQ4 apresenta um anel de controle de matizes fixo que enfoca a resposta do tom do bumbo, enquanto as peles UV Emad têm damping ajustável para ataque e foco adicionais.

Promark (by D’addario)

A tecnología FireGrain nas baquetas foi o destaque apresentado na expo. Trata-se de baquetas feitas com madeira de nogueira americana endurecida por fogo. A empresa o define como “um revolucionário processo temperado com calor que transforma a nogueira americana comum das baquetas em material com durabilidade sem precedentes”. Essa tecnologia está disponível nos modelos Classic 7A, 5A, 5B e 2B, Rebound 5A e 5B, e Forward 5A e 5B.

Sabian

Além dos novos pratos de frequência reduzida FRX, a empresa lançou o crash HHX Legacy de 19”, que se soma à linha com uma opção de crash maior. Depois encontramos os novos pratos de prática de baixo volume Quiet Tone, pratos O-Zone agora disponíveis nos tamanhos 16” e 18”, dois novos pratos para a série Artisan de 18’’ e 20’’ e outros acessórios.

Zildjian

Vários foram os lançamentos este ano. Um deles foi o ride A Zildjian Uptown de 18” com um tamanho menor que um ride comum, superfícies sem tornear e martelamento extensivo. A nova coleção K Zildjian Sweet é uma extensão da conhecida família K focada na música popular de hoje com uma nova direção de cores de tons escuros. Compreende nove modelos, incluindo crashes de 16” e 20”, dois rides de tamanho maior, de 21” e 23”, e hi-hats também maiores, de 15” e 16”. O set Zildjian City Pack também foi lançado contendo quatro pratos, incluindo os dois novos modelos 18” A Zildjian Uptown Ride e 12” A Zildjian New Beat Hi-Hats, para montagens que precisem de um tamanho reduzido. Falando em baquetas, mais de 30 modelos de seus populares 5A e 5B foram recriados para melhorar seu estilo, durabilidade e resposta.

ILUMINAÇÃO ADJ Expandindo a Série Vizi de movings profissionais, o novo Vizi Wash Pro se apresenta como a luz wash mais potente da empresa. Conta com 19 LEDs Osram de 30 W RGBW e zoom motorizado entre

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5° e 50°. Seus LEDs estão dispostos em três círculos concêntricos, que podem ser controlados independentemente para permitir efeitos dinâmicos. Também novo é o Encore Burst 200, uma adição à série Encore de aparelhos profissionais para palco. Trata-se de uma unidade blinder/estrobo dupla com luzes LED brancas cálidas de 110 W (2.700 K), criando efeito de lâmpada de tungstênio com toda a economia de energia e a longa vida dos LEDs. Há ainda o Saber Spot DTW, com um só LED branco de 15 W, e duas novas versões que ganharam cor branca: o par LED a bateria Element HEXIP Pearl para exteriores e o moving LED Pocket Pro Pearl para aplicações móveis ou espaços com teto baixo.

Chauvet

Uma das novidades é o GigBAR Flex, um pack tudo em um que contém uma barra com dois LEDs Derbys, um par de LED RGB+UV Quad-color e luzes estroboscópicas. Outro dos novos é a luz de efeitos Wash FX2 com 18 LEDs de quatro cores RGB+UV, que pode ser usada como uma luz wash regular ou como um efeito suave com seis zonas de seguimento. Também foram apresentados o aparelho robótico de LED Line Dancer, o Duo Moon e o Mushroom. n

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PÓS-FEIRA: NAMM SHOW 2018

Bruno Moura e Equipe do Grupo Renaer presente Rodrigo Kniest (Harman)

Michel e Chahoud Dergham (Shure) e Aldo Linares (Harman) Urbann Boards e Odery

Daniel Neves e equipe da Tokai

Pedro Wood vendo as novidades

Sergio Bueno (Music Company)

Estande Casio

Estande Cort

D’Addario Woodwinds

Luigi Paoloni (FBT)

Estande Fishman

Equipe da ADJ

Monitores Genelec em ação

Mike van der Logt (Lewitt)

Lorenzo (B&C Speakers) e Bill (Verity Audio)

Renan Cesar (Sennheiser)

DJs ao vivo no estande da Gemini Cordas da D’Addario

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Equipe da Celestion

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PÓS-FEIRA: NAMM SHOW 2018

Equipe da Istanbul Agop

Setor de pianos para testar

Bateria Dios Series da ddrum

Novidades da D’Angelico

Peles Colortone da Remo

Estande da Ludwig

Técnica de martelado na Sabian

Estande da Peace Drums

Testando o som das cordas Elixir Estande da LD Systems

Musical Express visitando a D’addario

Jean-Philippe Borra (Prodipe)

Estande da Tycoon

Estande da Shure

Estande da Audio-Technica

Estande da QSC

Cordas da Martin Strings

Estande da Powersoft

Tecnologia FireGrain da Promark Estande da Zildjian

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Tel.: (47) 3342-4886 facebook.com/blesstech

Tel.: (11) 3225-1000 www.multcomercial.com.br

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PRÉ-FEIRA

TEM NOVO EVENTO NA ÁREA: MUSIC SHOW Music Show, a nova feira de pro áudio e instrumentos musicais, abrirá programa para trazer lojistas vip de todo o País e distribuidores da América do Sul

O

pavilhão de exposições São Paulo Expo tornou-se palco da reunião de lançamento do evento Music Show, evento que será realizado entre os dias 13 e 16 de setembro de 2018 e que terá como ponto de partida o chamamento para a reconceituação do mercado de pro áudio, iluminação e instrumentos musicais no Brasil. O mercado, que passou por uma queda acentuada nos últimos quatro anos, terá na Music Show um conceito que atenderá às demandas do consumidor final, que busca experiência e novidades, e às demandas dos profissionais e comerciantes, que necessitam de local adequado e silencioso para os negócios.

São Paulo Expo: o novo local da feira da música do Brasil A Music Show será realizada no São Paulo Expo, considerado hoje um dos mais modernos da América Latina, e vem recebendo as mais famosas feiras do Brasil, como o Salão Internacional do Automóvel e a Comic Con, só para citar algumas. A concepção e o planejamento da Music Show foram baseados na necessidade de crescimento do mercado. “Durante os últimos anos, o mercado se retraiu e foi natural se abrigar em eventos B2B”, explica Daniel A. Neves, que, junto com Fábio Mascotto, da Cenna Stands, desenvolve a Music Show. “Entretanto, temos a oportunidade de juntos mudarmos a forma como as feiras interagem com o setor.”

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Negócios de um lado, experiência para o público de outro Lojistas de áudio e instrumentos terão espaço vip separado do público final com acesso aos escritórios privados ou compartilhados das marcas expositoras sem a necessidade de ir ao espaço de interação com o público consumidor. O conceito, baseado nas feiras de negócio e em eventos internacionais, “é algo que estimula a disciplina de que o comprador necessita para realizar bons negócios”, explica Daniel A. Neves. Consumidores terão, por outro lado, um ambiente completamente voltado para a interação deles com endorsees e técnicos de produtos das marcas, que se dedicarão a atendê-los com tempo à disposição, sem disputar espaço e atenção com as lojas. “Sabemos que o consumidor quer algo a mais do que aquilo que está na internet”, diz Neves. “Entendemos que se deve respeitar este consumidor que prestigia o evento. As marcas devem trazer de volta o sonho de fazer o profissional da música se sentir importante. Este é o local para isso”, comenta.

Lojas vip convidadas para a inauguração Para o lançamento da feira, a produção da Music Show financiará o passaporte vip para até 400 lojas de toda parte do País, com passagens e hotéis pagos. “Não é só uma feira que estamos lançando, mas um modelo de revitalização do mercado da música em que todos

participam em prol dos mercados presente e futuro. O mercado tem a oportunidade de quebrar os paradigmas e mudar velhos conceitos”, enfatiza a direção.

Experiência para o consumidor e o meio digital A produção da feira prevê a experiência do consumidor com produtos e a ressignificação do branding como parte da criação do novo mercado. Fatores como a banda larga da internet, smartphones e a velocidade da comunicação fizeram com que a informação chegasse muito mais rápido ao consumidor do que as feiras. Em todos os países, as feiras de sucesso do mercado musical foram aquelas que compreenderam essa mudança e se tornaram amigáveis ao meio digital, separando, com sabedoria, a experiência do consumidor e a do lojista com as marcas expositoras.

Imprensa digital Como parte da interação entre o mundo digital e a Music Show, o evento terá credenciamento especial para os responsáveis pelas páginas e canais digitais com grande número de acesso nas redes, como Facebook, Instagram e YouTube, voltados ao mercado da música. n Mais informações e novidades FeiraMusicShow

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INOVAÇÃO E DESIGN

HYPERLAY: UMA AJUDA PARA RIGGING Se você trabalha com montagem, este app oferece a possibilidade de fazer cálculos automáticos para preparar seus shows

H

yperlay é um aplicativo calculador para rigging que ajuda oo usuário a calcular automaticamente vários aspectos precisos nas fases de pré-produção e montagem de um show, entre outras coisas. A criação é de uma empresa da Dinamarca que promove seu app como um produto “feito por riggers para riggers”. O app tem sido usado por profissionais deste segmento, produções e espaços, poupando centenas de horas e de dólares na montagem de diversos eventos. A ferramenta vem equipada com um grupo sofisticado de utilidades incorporadas que usam a tela tátil e os sensores do iPhone para ajudar o usuário a fazer seu trabalho rápida e facilmente.

O que o app pode fazer? O Hyperlay realiza cálculos de freios. O usuário pode criar uma ensamblagem de freios individuais, calcular forças internas entre as pernas e pontos de encaixe dos freios, obter informações detalhadas sobre espaço e altura do gancho até a ordem das vigas para tomar as decisões corretas. Também é possível calcular a distribuição de carga aplicada na sala. Basta escolher uma viga ou um componente da montagem para ver sua carga total. Pode-se ainda fazer uma lista de batentes inteligente, pronta para usar, na qual serão agrupados automática e visualmente os pontos alinhados para minimizar erros nos esboços. Por último, mas não menos importante, o app conta

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pontos e calcula a quantidade de aço na montagem toda, incluindo cabos, correntes, grilhão, masterlinks e coberturas.

Funções • Bearing Compass: aproveitando o

giroscópio do iPhone, a bússola incorporada do Hyperlay fala quando você está usando corretamente um freio. • Origin Control: com esta função de controle de origem, você pode mover e rotear rapidamente a origem de um show. • Units Switcher: muda a qualquer momento a medida em metros, milímetros, pés, polegadas, quilos, libras, kilo-newton e toneladas, a partir de qualquer localização no app. • Ruler: mede facilmente distâncias entre pontos ou entre pontos e vigas usando a ferramenta de distância

incorporada do app.

• Points Filter: filtra a lista de pontos

para mostrar só Stage Right ou Stage Left.

• Safety First: o Hyperlay, como fer-

ramenta de rigging, coloca a segurança acima de tudo e fará que o celular vibre para avisar, por exemplo, se a carga foi excedida. • Venues: o Hyperlay contém um número crescente de salas e espaços de vários países onde o app já é usado para uma montagem mais inteligente em palcos e arenas. O usuário também pode carregar sua própria sala a partir do site do app. n Mais informações hyperlay.dk Hyperlay

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PRODUTOS Arwel Espaleira Rio Claro

Shure Mais fones SE

Encontrar a espaleira que combina mais com você nem sempre é uma tarefa fácil. É fundamental que seja confortável e de quali­ dade. As espaleiras Rio Claro estão de volta na Arwel. Tan­ to os modelos Spalla quanto os Viola Premium são regulá­ veis, possuem garras emborrachadas e corpo almofadado. Garanta mais esse produto em sua loja. Contato: (11) 3326-3815 • arwel.com.br

Contato: (11) 4996-4419 • shurebrasil.com

Luen Lançamento: novas congas A Luen apresenta um novo modelo de congas desenvolvido em conjunto com o músico e especialista Caio Ignácio, que segue uma linha até então não produzida pela empresa: uma série com o bojo maior e outro shape. “Modificamos todo o nosso processo de produção para chegar a esse resultado. Foi necessário mais de um ano de testes e a resposta do mercado está sendo muito acima daquela já otimista que tínhamos”, comentou Tiago Daniel, do marketing. Dispo­ nível em uma única opção de cor, a empresa anunciou que em breve terá mais. Tamanhos: 10½, 11½ e 12½, vendidos separadamente, em par ou em trio. Madeira: marupá. Contato: (11) 4448-7171 • luenpercussion.com

Para completar a linha de acordeões Benson, chegaram três novas cores para os modelos de oito baixos. De alta qualidade, os instrumentos são montados com palhetas de aço inoxidá­ vel, construídas para resistir a utilizações longas, frequentes e intensas. Possuem fole em linho e couro, e uma construção ressonante que garante som encorpado. Os modelos acom­ panham bag em tecido reforçado para maior praticidade e comodidade do acordeonista ao carregar seu instrumento. Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

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Izzo Sistema wireless DLP A empresa lançou recen­ temente a nova linha de sistemas com microfones sem fio de mão, headset e bodypack da DLP. São sistemas wireless completos e recomendados para qualquer tipo de aplicação. Ideais para performances como música ao vivo, gravações, encontros e conferências, transmissões, apresentações, teatro, áudio para vídeo e muito mais, deixando que você escolha qual microfone irá utilizar em determinada situação. Frequências homologa­ das pela Anatel, alcance de até 80 metros e funcionamento com pilhas AA, entre outras características. Contato: (11) 3797-0100 • izzomusical.com.br

Benson Mais cores em acordeões

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A Shure anunciou novas ofertas para fones de ouvido sem fio de sua conhecida linha SE de fones de ouvido isolantes, com funcionalidades selecionáveis para sistemas Android e Apple iOS integradas a novos modelos oferecidos em diferen­ tes faixas de preço. As novas opções estarão disponíveis em discretas variações de embalagem, proporcionando recursos sem fio e de comunicação móvel para entusiastas da música e versões de monitoramento para uso profissional.

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D’Addario Palhetas para ukulele (1FLT9) O feltro é o material ideal para palhetas de ukulele, pois as palhetas comuns produzem um timbre áspero neste instrumento. As palhetas de feltro para ukulele D’Addario criam um timbre quente com projeção sonora, enquanto o recorte elíptico interno proporciona aderência e flexibili­ dade. Além do ukulele, a palheta de feltro é uma alterna­ tiva para utilizar no baixo. Vem com 3 mm de espessura e está disponível em embalagens de 4 e 25 unidades. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

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Solid Sound Linha SanBai

Tannoy Nova linha Reveal

A linha SanBai Solid Sound foi desenvolvida utili­ zando náilon de 600 gramas, material resistente com textura especial. Possui reforço interno no headstock e corpo, apoio para o braço, pro­ teção externa emborrachada na base, alças tipo mochi­ la acolchoadas e dois bolsos grandes. Confira valores de pronta entrega para guitarra, baixo, violão e folk.

Nova linha de monitores profissio­ nais para estúdio que entrega ao usuário a tradição de 67 anos da Tannoy em design de som, pesquisa e desenvolvimento em alto-falantes. Nesta linha os detalhes fazem a dife­ rença, como o controle de ganho extra no painel, juntamente com o controle de afinação. A linha completa inclui as versões: Reveal 402 (50 W RMS), Reveal 502 (75 W RMS) e Reveal 802 (100 W RMS). A ProShows é a importadora oficial deste produto e já o possui em seu estoque. Confira a linha completa no site da empresa.

Contato: (41) 3596-2521 • solidsound.com.br

Audio-Technica ATW-T6002x A empresa anunciou a incorporação do transmissor de mão ATW-T6002x à série 6000, criado para funcionar com várias das novas cápsulas para microfone intercambiáveis. O transmissor é uma solução de espectro que permite aos usuários reunir 31 canais em uma largura de banda de 4 MHz. Oferece diminuição do ruído procedente do manuseio, conta com corpo de metal, tela Oled, controles sensíveis ao tato e potência de RF comutável (2 mW/10 mW/50 mW). Seu adaptador de rosca padrão permite o uso de seis novas cáp­ sulas para microfone da Audio-Technica intercambiáveis, bem como outras cápsulas compatíveis. O sistema opera na banda 944-952 MHz, livre de emissões televisivas.

Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

Bose Bose S1 Pro É um dos novos produtos da empresa e já está disponível na América Latina. Trata-se de um sistema portátil para uso profissional que funciona como alto-falante, monitor, ampli­ ficador e sistema sem fio de música via Bluetooth. Também novos são os mixers estéreo portáteis T8S e T4S, de oito e quatro canais, respectivamente. Contato: (11) 5041-8621 • engevideo.com.br

Contato: (11) 2975-2711 • pridemusic.com.br

D.A.S. Audio Mais modelos Altea O fabricante trouxe ao mercado novos modelos para a Série Altea de sistemas amplificados que usa a interface DAS­ control para personalizar a configuração desses sistemas ao máximo. Por exemplo, o Altea 700 é um sistema ativo biamplificado com um amplificador Classe D de 1.500 W com mixer de dois canais, e, além de usar DAScontrol, pode-se utilizar o aplicativo DASlink para monitora­ ção e controle remoto. Contato: (11) 3333-0764 www.dasaudio.com

Sennheiser Evolution wireless G4 A empresa lançou a série Evolution wireless G4 recente­ mente, adicionando novos sets à sua linha de produtos: um set combinado 100 (de mão e microfone de clipe), uma série 500 completamente nova para filmagem, bem como novos sets básicos para a série 300 (negócios e edu­ cação), com os quais o usuário pode complementar seu sistema segundo suas necessidades de forma econômica. Com a série 100, podem-se sincronizar agora 12 canais em questão de segundos, poupando valioso tempo du­ rante os ajustes. Também por este motivo, as séries 300 e 500 vêm com uma largura de banda de até 88 Mhz. Contato: pt-br.sennheiser.com

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PRODUTOS Liverpool Silenciadores de bateria

Kalani Séries de ukuleles

A Liverpool apresen­ ta uma grande novi­ dade: os silenciadores de bateria construídos em EVA Premium de alta qualidade, com espessura de 6 mm, encaixando-se perfeitamente nos tambores, até nas baterias mais simples, graças ao seu corte especial. Indicado para alunos do nível iniciante ao profissio­ nal e escolas de bateria. Tamanhos: 10”, 12”, 14”, 16” + bumbo. Contato: (47) 2107-3253 • baquetasliverpool.com.br

Orange Orange PPC212V2

Contato: (11) 3797-0100 • izzomusical.com.br

A Orange apresentou vá­ rios produtos novos, como os amplificadores The Ro­ cker 15 Terror, The Brent Hinds Terror, o Crush Mini e a caixa PPC212V, o primeiro alto-falante para guitarra vertical da empresa. Usando 50 anos de experiência no design de caixas, este modelo combina madeira de bétula de 15 mm e um design de fundo aberto para reduzir o peso. Usa drivers Celestion Neo Creamback e é apresentado como o parceiro ideal para a série Orange Terror, sendo capaz de emitir até 120 W de potência. Contato: (11) 5535-2003 • royalmusic.com.br

Focusrite Clarett USB Novas interfaces de áudio USB. A linha apresenta pré de microfone de baixo ruído (–128 dB EIN) com um design ultralinear de baixa distorção. A série tem três interfaces, que são: Clarett 2Pre USB (10 entradas, 4 sa­ ídas), Clarett 4Pre USB (18 entradas, 8 saídas) e Clarett 8Pre USB (18 entradas, 20 saídas). Com um campo dinâmico de até 119 dB, agora a Clarett pode ser usada com qualquer Mac ou PC suportando USB 2.0 ou posterior. Os cabos standard USB e USB Type-C inclusos se conectam ao computador e é possível gravar com latência superbaixa por meio de simula­ dores de amplificação e plug-ins de efeitos. Contato: (92) 3622-7151 • cborges.com.br

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A Izzo apresenta uma ampla variedade de ukeleles da marca Kalani. Com madeiras da África tropical, a Tribe é a opção de entrada para quem quiser aprender a tocar o instrumento ou praticar a técnica em nível principiante. A Kayke é uma evolução natural da série Tribe. A madeira de sapele é usada neste instrumento junto com o mogno. A série Kayke é o carro-chefe da Kalani e a Maori é a linha profissional, feita com madeiras selecionadas e diferenciadas, como koa. Por último, com a série KII, a marca ofere­ ce também uma opção para as crianças.

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Fishman Loudbox Mini Charge Amplificador para instru­ mentos acústicos potenciado a bateria. Conta com 60 W de potência, canais dedicados para instrumento e microfone e conectividade Bluetooth para playback. A bateria recarregável dura 12 horas, segundo a empresa, e o amplificador também tem reverb e chorus digital embutidos. Há disponível uma li­ nha completa de acessórios que inclui um bolso de transporte deluxe, carregador para carro de 12 V e carregadores de pare­ de para os Estados Unidos e outros países do mundo. Contato: (11) 4343-2900 • tagima.com.br

D’Addario Planet Waves Ferramenta PW-GBMT A ferramenta multiuso D’Addario fornece os equipamentos necessários para a maioria dos ajustes em sua guitarra e baixo. Possui chaves no padrão americano e no padrão métrico, feitas de aço S2 de longa duração, tratadas termicamente e com um design compacto. Característi­ cas: multiuso 10-em-1, três chaves hexagonais (Allen) pa­ drão americano (0,05, 1/8, 3/16), quatro chaves hexagonais (Allen) padrão métrico (1,5 mm, 2,5 mm, 3 mm, 4 mm), duas chaves Phillips e uma chave de fenda. Contato: (11) 3158-3105 – musical-express.com.br

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Sabian FRX

Celestion TFX

Vários novos produtos vêm da Sabian este ano, como os pratos de frequência reduzida FRX. A empresa destaca que não são pratos de baixo volume nem de prática, mas foram pensados para situações em que o volume do prato pode ser um tema desafiante. Disponíveis em hats de 14”, crashes de 16”, 17” e 18”, e rides de 20” e 21”, esses pratos são de bronze B20.

Linha de drivers coaxiais de formato pequeno. Conta com os dois drivers FX0512 e TFX0615, que vêm em um chassi de aço prensado e se apre­ sentam como um complemento de custo efetivo para a série FTX, para aplicações que incluem áudio para cinema e reforço sonoro em instalações fixas. Ambos apresentam motor de ferrita Celestion para baixa fre­ quência, e para alta têm um ímã de neodímio de 19 mm/0,75” (TFX0512) ou 25 mm/1” (TFX0615) com diafragma de seda.

Contato: (11) 2199-2999 • equipo.com.br

JBL 3 series Nova linha de moni­ tores de estúdio amplificados compactos. Inclui quatro modelos: o 305P MkII é um monitor de duas vias amplificado de 5”; o 306P MkII é um monitor de duas vias amplificado de 6”; o 308P MkII é um monitor de duas vias amplificado de 8” e o LSR310S é um monitor subwoo­ fer amplificado de 10”. Este último contém as portas pa­ tenteadas pela JBL Slip Stream e 200 W de potência para se encarregar das frequências graves. Contato: (51) 3479-4000 • harmandobrasil.com.br

Chauvet Freedom H1 A companhia liderada por Albert Chauvet apresentou adi­ ções à sua icônica série wireless Freedom, uma nova versão in­ teligente do seu popular GigBAR e uma série de outros novos pro­ dutos. Por exemplo, o novo Freedom H1 é um LED compacto completa­ mente sem fio, operado por meio de uma bateria, que incorpora um transceptor D-Fi e apresenta um só LED hexagonal RGBAW+UV de 10 W. Essa luz pode ser montada praticamente em qualquer lugar, inclusive na maioria das superfícies de metal, graças à sua base magnética. Contato: (11) 2909-7844 • hotmachine.ind.br

Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

Eminence Alpha 2-8 Desde aparelhos para áudio pro de pequeno formato até alto-falantes para guitarra de neodímio de 15”, a empresa trouxe mais opções ao seu catálogo para todo tipo de aplicações. Entre os novos, encontramos o Alpha 2-8, que apresenta uma bobina de voz de cobre de 0,64” e um ímã de ferrita de 2,7 onças. É um driver de 8 ohms com potência programada de 30 W e possui um campo de frequência usável de 200 Hz a 20 kHz. Contato: (47) 3342-4886 - blesstech.net.br

PR Lighting XLED 6019 Nova luz wash que contém 19 LEDs Osram RGBW (quatro em um) de 60 W, com troca de temperatura de cor linear de 2.700 K a 10.000 K. É capaz de produzir feixes paralelos aéreos para criar um wash unifor­ me e efeitos dinâmicos embutidos variáveis. Este moving oferece mistura de cor RGBW ili­ mitada, com macros e dimming 0–100%, ajustável linear­ mente. Outras características: estrobo eletrônico 0-25 fps, modos Rainbow, Wash, Beam, Profile e Effect; Pan 0–540° e Tilt 0–180°, com correção de posição automática, opera­ ção de 19 canais em modo standard e 92 canais em modo estendido. Também apresenta memória pré-programada, memórias de usuário e controle DMX wireless. Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

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PAINEL DE NEGÓCIOS

Disponível em três cores: preta, branca e marrom

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PAINEL DE NEGÓCIOS

Kamelê

Kamelê Kamelê

Kamelê

UKULELE SOPRANO ELÉTRICO KML 702 Tampo: Mogno Laterais e Fundo: Mogno Encordoamento: Nailon Branco Captador: 2 bandas Ativo Acompanha Bag c/ Espuma

UKULELE SOPRANO KML 700 Tampo: Mogno Laterais e Fundo: Mogno Encordoamento: Nailon Branco Acompanha Bag c/ Espuma

Kamelê

Kamelê

Kamelê

UKULELE CONCERT ACÚSTICO KML 701 Tampo: Mogno Fosco Laterais e Fundo: Mogno Fosco Encordoamento: Nailon Branco Acompanha Bag c/ Espuma

UKULELE CONCERT ELÉTRICO KML 703 Tampo: Mogno Fosco Laterais e Fundo: Mogno Fosco Encordoamento: Nailon Branco

Captador: 2 bandas Ativo Acompanha Bag c/ Espuma

R. José Lins do Rêgo, 190 - Jardim America, Guarulhos - SP, 07194-050

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CINCO PERGUNTAS

APERFEIÇOE O RELACIONAMENTO COM O CLIENTE Empresário ensina estratégias infalíveis para valorizar o cliente de forma a aumentar as vendas e o valor da marca

T

anto no ambiente on-line quanto em lojas físicas, existem maneiras já consagradas de melhorar o relacionamento com o cliente e deixá-lo ainda mais satisfeito com o serviço prestado. Diego Carmona, cofundador e CVO da plataforma digital Leadlovers, destaca alguns passos fundamentais para o cliente voltar sempre.

É importante identificar que tipo de cliente queremos?

Sim. Todo negócio deve ter um avatar, que é o cliente ideal. É preciso criar uma figura única que simbolize o principal público-alvo que você deseja atingir. Mesmo que a empresa possua um público amplo, é importante criar a imagem de uma única pessoa que consumiria o produto ou serviço. Isso ajuda você a ver o mundo com os olhos dos clientes, entender o que pode ser feito para melhor servi-los, e a diferença entre os clientes atuais e o que você gostaria em um mundo ideal. Poderíamos dizer então que o primero passo seria conhecer o cliente?

Claro! Para que os clientes se sintam acolhidos, é necessário conhecer detalhes mais aprofundados que apenas idade, classe social e sexo. Se você sabe quem é seu cliente ideal, visite os fóruns que ele visitaria e leia blogs de influenciadores de mercado. Saber quais são as verdadeiras dores e receios do público

ideal é uma forma de ‘falar a língua’ dele. Quando você entende completamente as etapas que o cliente percorre antes de adquirir um produto ou serviço — aprendizado, reconhecimento do problema, consideração e decisão — fica mais fácil planejar as ações que vão atingir as pessoas que estão em cada um desses momentos diferentes.

Oferecer descontos a quem indicar um novo cliente ou criar ‘vales-presentes’ podem ser ótimas maneiras de aumentar a base de clientes Como podemos melhorar a experiência de atendimento?

A melhor forma de deixar o atendimento perfeito para o cliente é antecipar as necessidades e expectativas. Um atendimento oferecido além das expectativas é uma arma poderosa. Por exemplo, precisamos fazer com que o tempo de resposta seja menor do que o prometido. Se você promete retornar um contato em uma hora, faça isso em meia hora. Também é possível antecipar futuros motivos de contato com base no histórico de comportamento.

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Que outro ponto pode nos ajudar?

Quando um profissional estuda profundamente a área em que atua, ele deixa de ser visto apenas como um vendedor, pois terá informações para dar uma verdadeira consultoria ao cliente. Esse tipo de atitude constrói a lealdade do consumidor. Quando você se torna um especialista, também passa a ser uma fonte confiável e constrói um relacionamento mais forte com o cliente. Alguma dica para fidelizar o cliente?

É necessário ter um sistema de cadastro dos clientes. Com ele é possível fazer um programa de fidelidade, dar descontos ou promover ofertas específicas que combinem com o comportamento de cada um. Oferecer descontos a quem indicar um novo cliente ou criar ‘vales-presentes’ podem ser ótimas maneiras de aumentar a base de clientes. Enquanto tantos vendedores encaram o cliente como um simples comprador, as chances de sucesso são maiores quando eles são encarados como pessoas, que têm desejos, dores, vontades. Quem enxerga cada e-mail da lista de contatos e cada novo nome na lista de vendas como um ser humano passa a compreender muito mais o valor do relacionamento entre vendedor e cliente. n

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CONTATOS AS EMPRESAS LISTADAS ABAIXO SÃO OS ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO. USE ESTES CONTATOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMPRAS E PRODUTOS. MENCIONE MÚSICA & MERCADO COMO REFERÊNCIA.

Instrumentos

Roland.....................................................11 3087-7700 roland.com.br • 71

Arwel....................................................... 11 3326-3809 arwel.com.br • 88

Studiomaster............................. 11 3624-9148 turbomusic.com.br • 13

Izzo............................................................. 11 3797-1000 izzo.com.br • 9,55 Eagle..........................................................11 2931-9130 eagle.com.br • 25

Acessórios ASK..................................................................24 2251-7050 ask.ind.br • 19

Amplificadores / Áudio Profissional

D’Addarío............................... 11 3158-3105 musical-express.com.br • 3

Audio-Technica...........................11 2975-2711 pridemusic.com.br • 6

Cordeiro Cabos....................11 2070-2300 mancinicabos.com.br • 90

Bless................................................... 47 3342-4886 blesstech.net.br • 63

Elixir............................................................. 11 3797-1000 izzo.com.br • 10

Celestion...................................................................... celestion.com • 79

Free Sax’s................................................................ 11 freesaxs.com.br •

JBL........................................... 51 3479 4000 harmandobrasil.com.br • 43

84....................................................................................

DAS Áudio.............................................11 3333-0764 dasaudio.com • 92

Musical Paganini ........... 11 4574-1191 musicalpaganini.com.br • 85

Eminence..................................... 47 3342-4886 (Bless Technology) • 75

NIG........................................................ 11 4441-8366 nigmusic.com.br • 67

Frahm ....................................................47 3531-8800 frahm.com.br • 39

Promark................................ 11 3158-3105 musical-express.com.br • 7

Focusrite/Novation.......................... 11 3018-3300 habro.com.br • 8

TC Eletronic..................................51 3554-3139 proshows.com.br • 57

Quick Easy..................................... 19 3902-4405 quickeasy.com.br • 73

Stagg........................................................41 3209 5505 portone.com.br • 5 Solez.......................................................... 34 3661-0845 solez.com.br • 31 Solid Sound................................. 41 3596-2521 solidsound.com.br • 86 Spanking .........................................47 3273-7246 spanking.com.br • 84 Tiaflex ....................................................... 11 2966-9095 tiaflex.com.br • 2 Vic Firth..................................................... 11 3797-1000 izzo.com.br • 69 Zildjian............................................11 2975-2711 pridemusic.com.br • 91

Bateria e Percussão CABOS ESPECIAIS

4hands.................................................... 31 3333-6820 4hands.store • 86 Karpius Cymbals ..........21 3657 3005 templodosinstrumentos.com.br • 11 Liverpool...........................47 2107-3250 baquetasliverpool.com.br • 87 Luen............................................................. 11 4448-7171 luen.com.br • 33 D One.....................................................18 3941-2022 sonotec.com.br • 59

Outros Vip Soft.................................................. 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 77

Feiras / Eventos Prolight+Sound Guangzhou..... prolightsound-guangzhou.com • 4 Musikmesse Frankfurt...................brazil.messefrankfurt.com • 15

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