Amano Rassé
Metafísica do Ócio
Primeira Edição Rio de Janeiro 2003
Copyright © 2003 Paulo Nagao Coordenadores: Lurdinha Varela & Vanusa da Júlia Preparação: Luiz Paulo Nascimento e Dudu Stein Diagramação: Rafael Goss Ilustração da capa: Paulo Nagao & Nando Costa Designer Gráfico: Nando Costa Revisão: Leonardo Martinelli Impressão e acabamento: Rodrigo Moura
R179m Rassé, Amano. Metafísica do ócio / Amano Rassé. - 1 ed. - Rio deJaneiro : A. Rassé, 2003. 176p. ; 21cm.ISBN 85-90362-61-21. Gentiliza, 19171996. 2. Poesia. 3. Arte. I. TítuloCDD-920.71
Todos os direitos desta edição reservados a PAULO NAGAO Av. dos Italianos, 324 - Rocha Miranda - RJ CEP 21510-100 Tel. (21) 3350-0553
Sim,sei bem que nunca serei alquém Sei de sobra, que nunca terei uma obra Sei,enfim, que nunca saberei de mim Sim,mas agora enquanto dura esta hora este luar,estes ramos esta paz em que estamos deixe-me crer o que nunca poderei ser. (Fernando Pessoa19)
“A glória sempre chega tarde para as cinzas” (Marcial)
SUMÁRIO Prólogo..............................................................10 Gentileza: Uma pequena biografia.........13 -
Capitulo I: Por Gentileza...............19 Canto de Rassé...........................................20 Asas............................................................21 O vento e a maré.......................................22 No limíte.....................................................23 A indelével magnitude do céu...................24 Adúltera castidade.....................................25 Immortalidade...........................................27 A desmesura da heteronomia....................28 Ausência de espírito..................................29 Entrando pelo cano...................................30 Orgulho divíno...........................................31 Sonho de um fóssil....................................33 Abdução.....................................................34 Deus...........................................................35 Páthos Aeternu..........................................36 Venturas.....................................................37 Indie gentes...............................................38 Os assombrados........................................39 Outros nós................................................40 Conformação Confirmada.........................41
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Metempsicose......................................42 O canto.................................................43 Lutas.....................................................44 Alegoria................................................45 Antônimo à paz....................................46 Ubiqüidade incognoscível....................47 Plágio II...............................................48 A montanha.........................................49
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Capítulo II................................50 (rainhas & feiticeiras)
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À rainha do (mar) deserto ou ao canto melancólico da sereia...........................51 Canção para Priscila.............................52 Bluff......................................................53 Something in the Box...........................54 (armário de Freud ) Orgulho……………………………...............55 Só no verbo……………...........................56 Confissão..............................................57 Desencanto...........................................58 Sementimento......................................59 Pompoarista.........................................60 À costela................................................61 Metrômana...........................................62 Nós II....................................................63 Eros, Blue na hedonismolândia..........64 A verdade que cai.................................65
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- Fotos by Paulo Nagao......................67 à 76 -
Capítulo III (Recado do mal).........77 tratado sobre o mal..........................78 Recado do mal........................................79 Recado do mal........................................82 Homeóstase em curto............................83 Perdendo a fé.........................................84 Maldição (In articulo mortis)................85 Queda....................................................86 Relutâncias............................................87 A sinfonia..............................................88 ?.............................................................89 Ouro contra a alma................................90 A teimosia da hora que dói....................91 Drácula..................................................92 Quinhão quimérico...............................93 Pesar hipostático...................................94 Hipocondria...........................................95 Sayonará Kamikaze...............................96 7..............................................................97 Devir metálico.......................................98 Tentação danada...................................99 Peça mal encaixada................................100 Matador de pistoleiros...........................101 Serial killer.............................................102 Kamikaze desertor.................................103 Fuga ?.....................................................104 Medo......................................................105 Sangue, suor & lágrimas........................106
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Doce de ilusão.......................................107 Mal morto.............................................108 A três graus da realidade......................109 Estrela D’alva........................................110 Má semente..........................................111 A balada do ímpio.................................112 Euthanasia.............................................113 Ô atúdi...................................................114 Linha partida.........................................115 Capítulo IV (Triste é o infinito)...116
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Mascote de Netuno................................117 Um som no silêncio...............................118 O sal do mar...........................................119 A tela......................................................120 Sonho numinoso....................................121 Eterno retorno.......................................122 Absinthium............................................123 Invisível sensação..................................124 Outro ócio..............................................125 Dia feliz..................................................126 O retorno do eterno desejo ..................127 A tela II..................................................128 Porta/retrato..........................................129 8 (Infinito).............................................130 Kurdt Cobain..........................................131 O melhor de mim...................................132
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Calango.................................................133 Clone d’eu.............................................134 My own land.........................................135 Refém da cultura……………...…..………..136 Tipo de câncer.......................................137 Atalho ( do Gênesis ao apocalipse).......138 Pedra.....................................................139 À sabedoria dos mortos........................140 Bala perdida..........................................141 Buraco negro.........................................142 Satisfação ( a assassina do desejo )......143 Um nome de obra.................................144 Aos dragões...........................................145
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O homem atemporal........................146
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Epílogo..................................................150
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Glossário..............................................152
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Notas.....................................................165
- Outra vez (por toda eternidade) By Friedrich (Zaratustra) Nietzsche.172
Prólogo “A fuga do tédio é a mãe das artes” (F. Nietzsche15) Será que nada mudará o curso nocívo para onde o mundo segue ? Parece que não. Os homens parecem sempre ávidos por ilusões que deturpam a humildade e a sabedoria, convocando a vontade para eivar o espírito. Os mais abastados financeiramente fazem-se vítimas de seu superestimado conforto enquanto na intolerância reina vossa indiferença (ninguém quer perder ou dividir, somente ganhar). Perdem tempo tentando, em cínicos atos de suposta solidariedade, mostrarem suas boas ações oferecendo esmolas com intenções dúbias e comoção conveniente (dizem estarem fazendo sua parte, há, há, há! Perdoem minha inapetencia, não me cabe criticá-los). Oh! Como são bons guerreiros... sabem de pronto contra-atacarem o que lhes ameaçam o império que segue à risca as normas ou mandamentos do “Capetalismo”. A última moda frívola disfarçada numa espécie de design que adequa-se perfeitamente às suas necessidades desnecessárias e idiossincráticas, prometendo-se antídoto eficaz (provisório ?) para a monotonia tediosa que é o vosso viver egoísta. Sinceramente não os culpo (quem sou !?!)pois a natureza humana é indômita (somos perfeitos ao nascer ?)e percebo que a cultura e os meios de comunicação se encarregam de envenenarem nossa pré-disposição biológica para a autodestruição em massa com seus vários signos e sinais que absorvemos quotidianamente. Toda forma de manifestação pacífica que ameaça o crescimento econômico-industrial, mesmo que aparentemente benéfico para a maioria, é tido muitas vezes como ato quixotesco, banalizando obem estar social, impondo uma ditadura disfarçada de democracia, legando milhões ao desespero e incredulidade na vida e viabilizando o retorno da barbárie e suas “pedras” (milhões de anos de evolução para isso ?). Onde está a tecnologia para a fome? Não há. A tecnologia avança com
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maior intencidade e intencionalidade para a guerra, para a destruição dos inimígos invisíveis que criamos à partir de nosso embrutecimento sentimental e intelectual. Na atual globalização, onde esbarra o censo comum? Será que na imposição da cultura mais poderosa e influente? Quem mediará o entendimento necessário ao bom convívio mundial? A ONU ou algum líder extraterrestre que se apresentará assim que o descontrole no planeta ameaçar extinguir a vida na terra?” Uma grande perda para um grande ganho”, assim definem a situação os que são favoráveis a guerra. Sinto muito por “nós” todos. Só nos resta a teima na esperança de suavisar-se o mal desmedido que nos acomete e direciona para a grande náusea do viver. (......) (.....)abrindo meu peito à todos, sem modéstias, pilantragem ou pretensões literárias maiores, venho por meio deste apenas tentar satisfazer o meu pequeno desejo de poder deixar minhas vãs divagações como presente à amigos (as). Inocentes impressões sobre o que chamamos “vida”. O óbvio de que já não há mais novidades no campo literário é um clichê que não me diz respeito (deixemos esta séria impressão para os acadêmicos). Meu único compromisso é com minha liberdade de expressão, então não vejo porquê me anular se não tenho nenhum compromisso com verdades absolutas, pois o absoluto é algo muito pessoal para se dividir com estranhos à nossa realidade íntima. Auto-didata, sou préia fácil passivel de críticas e comparações, mas reconheço minhas limitações e agradeço as intenções (sejam quais forem).Recentemente minha maior preocupação tem sido tentar achar uma maneira descomplicada de gozar uns momentos com fulana que me encantou -entre beijos e vulva- afinal, não sou santo, apenas mais um filho bastardo de Deus. Na minha natural inapetência com relacão à vida, já não me satisfaz ficar resmungando ladainhas, apontando dedos ou levantando bandeiras, não que esteja me omitindo cagando e andando para os problemas que não criei, mas não tenho fórmulas mágicas para apre-
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sentar; o exemplo deveria vir na verdade dos vampiros que elegemos como salvadores da pátria, à quem doamos o “sangue nosso de cada dia” -esses impostos e taxas, puta merda, nos roubam com uma facilidade... -Pô, acabei fazendo um mini-discurso sem querer. Sério para mim é o sorriso do neném, o resto são: vaidades, frivolidades e curiosidades de quem busca a celebridade e o poder, flutuando no vento da falsidade. Um desejo seria a paz utópica que todos buscamos, e se o pessimismo se apresentar em algumas passagens, tentem entendê-lo como reflexo intuitivo da natureza mais selvagem que temos, a que percebe que estamos errando além da medida, negligênciando sentimentos nobres. O limíte nos limita ao medíocre, pois abandonamos espontâneamente o sacrifício quando este chega a linha tênue do insuportável (O que há atrás da porta ?) No geral ”we can get no satisfaction” mas pelo menos tentamos. O mundo do olhar pode ser mágico e poético, pois em alguns pequenos detalhes estão grandes questionamentos, captar estes momentos é pura arte. Para finalizar este papo furado, minha grande estima e agradecimentos aos rabiscadores de palavras e idéias: John Fante17, F.Nietzsche & August Strindberg1 e no campo da fotografia H.C.Bresson20, Robert Capa21 & Robert Doisneau22, entre outros charlatões que clicaram por aí. Amigos, irmãos, inimígos, indiferentes, vivamos a grande fantasia de Deus. Amano Rassé
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Um ícone da cultura urbana carioca (uma pequena biografia de José Datrino, o profeta Gentileza.) -“A loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus, mais forte que os mesmos.” (I Cor.-1-25) Nascido e cafelândia, município de Mirandópolis (interior de São Paulo) em 11 de abril de1917, José Datrino foi um exemplo de como o diferente pode ter várias interpretações, boas ou ruins. Tido como esquisito desde a infância, José sempre foi visto pela vizinhança como um garoto biruta “menino artes do diabo”, como ele próprio se definia. José teve uma infância pobre mas muito digna. Aos 12 anos começou a trabalhar como carroceiro, profissão que herdou do pai; tinha um bom coração e era extremamente amável com os animais, sendo muitas vezes solicitado para amansar equínos mais alterados (cavalos, jumentos...) por vizinhos que sabiam de seu jeito manso com os bichos; ele sempre foi bem sucedido em suas intervenções com esta finalidade. Mas o tempo passou e José começou a sentir uma necessidade de ampliar seus horizontes pois Mirandópolis já não comportava a dimensão que ele buscava em seu íntimo, e, aos 18 anos, trata de juntar o que pode carregar e parte de encontro ao desconhecido, destino final: Rio de Janeiro. Cidade nova, vida nova. José tratou logo de providenciar sua subsistência na então capital do Brasil. Com alguma sorte e muita determinação ele obteve grandes conquistas, talvez até mais do que o próprio esperava. José casou-se com a senhora Emi Camono, com quem teve 5 filhos, construiu um razoável patrimônio que na época eram: Casa própria, 2 terrenos e uma pequena frota com 3 cainhões com que fazia entregas em distribuidoras de bebidas. Será que apesar de tudo que tinha, ele estava satisfeito com a vida em sí, com a situação que o rodeava no quotidiano? Como saber? Porém certo dia, um fato mudou completamente sua vida; algo que aconteceu quando se dirigia para uma 0en-
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trega em N. Iguaçú (município da baixada fluminense). José deveria fazer uma entrega na fábrica de bebidas Ibéria (na rua 13 de maio)quando, durante o percurso, de repente sentiu um poderoso sentimento invadir-lhe o âmago. Em seu relato, ele descreveu o aconteciento da seguinte forma: “Em um instante, uma uma calma quase delirante me invadiu, senti que conversava com o todo (Deus?)não com palavras, mas com o pensamento; senti uma alegria indescritível, conseguia, de alguma forma, ver e sentir tudo ao mesmo tempo inexplicavelmente (Epifânia?) e à partir daquele momento senti que o que me movia, movia para o bem, me sentia bom; então só restou-me despojar-se de todo bem material que havia adquirido, deixando que minha família se encarrega-se de fazer o que bem entendesse com aquilo tudo.”Isto aconteceu em 23/12/1957. “O senhor é quem dirige os passos do homem, como poderá o homem compreender seu caminho ?” (Prov. 20-24) Seus familiares acharam aquilo tudo muito estranho e logo se encarregaram de interná-lo, como se José estivesse acometido de algum surto psicótico ou algo semelhante. Encaminharam-no então para a clínica psiquiátrica do Dr. Eiras. Durante sua estadia na clínica ele afirmou que levou até choque elétrico paraque parasse de fazer suas profecias, mas o psiquiátra que cuidava de José acabou convocando a famíliado profeta para comunicar-lhes que o que José apresentava nada tinha a ver com loucura, na verdade ele parecia mais lúcido que a maioria dos ditos “normais”.Liberado, José então começou sua peregrinação de profeta urbano à partrir da praça XV(centro do Rio), onde pregava nas barcas e arredores.Teve vários codinomes antes de se tornar definitivamente o gentileza como é conhecido hoje.Foi “Jozzé Agradecido,“Profeta das estrelas”, “Pregador da lancha”e “Gentileza das flores”.Gentileza tinha a simpatia de muitos, quando não dava para voltar para casa(em Guadalupe, zona norte suburbana) ele às vezes dormia na
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subsistência do exército, em niterói; e sempre encontrava uma boa alma que lhe dava de comer, as vezes um dono de bar, no mercado das flores, as vezes um camelô;...José só não aceitava esmola em dinheiro, pois acreditava que o mesmo destrói o amor e cega as pessoas.Outro fato marcante na história do profeta foi a tragédia que ocorreu em niterói em 17/12/1961, um incêndio destruiu o Gran circo norteamericano, vitimando fatalmente quase 500 pessoas.Este acidente gerou boatos que ficou no imaginário popular, o de que sua família teria morrido no acidente, boato sempre desmentido pelo próprio profeta.Porém, José ficou profundamente triste com este episódio; ele permaneceu no local do acidente por um longo período, cercando-o com aramefarpado, plantando e ali vivendo durante longo tempo à meditar e chegou a comparar o acidente do circo com o mundo, disse ele certa vez:- “A derrota de um circo queimado é o mundo representado, porque o mundo é redondo e o circo arredondado”. (Será que ele suspeitava, ao pé-da-letra,que o mundo caminha para a hecatombe nuclear, assim como outro profeta chegou a afirmar logo após o dilúvio bíblico ?Que o mundo já acabou em água e o próximofim acontecerá em chamas que cairão do céu ? “A desgraça não deixará a casa daquele que retribuir o mal pelo bem” (Prov-17-13) Gentileza era um defensor incondicional da moral , ele se irritava com os costumes que lhe pareciam liberais demais, criticava as mulheres que se exibiam com os modismos da época(mini-saia,maquiagem excessiva ou qualquer outro ato que representasse despudor explícito). Pregava a gentileza entre as pessoas e não concordava com as frases: “Obrigado e por favor”preferindo respectivamente “Agradecido e por gentileza”, esta era a forma que tinha de não achar que estava humilhando, de certo modo, o próximo. Gentileza percorreu vários estados brasileiros levando sua
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mensagem;sofreu alguns mal entendidos em seu percurso de pregador. No município Aquidauana(Mato Grosso)por exemplo, o então prefeito da época, Sr. João Portocarrero ordenou que aparassem a barba e o cabelo do profeta e em seguida o colocassem no cárcere.Gentileza ficou 2 dias preso por, supostamente, “vadiage”; como se o profeta fosse um hippie ou um vagabundo.Mas, mesmo depois de toda humilhação, ao ser libertado,ele fez questão de frisar o acontecimento da seguinte maneira: - “O prefeito tinha óculos escuros e parecia o demônio,mas não fiquei com raiva dele;sou louco sim,mas louco por salvar e doido por amar”. Em outro episódio foi mais feliz;passando por João Pessoa (Paraíba) admitiu que foi muito bem recebido; comentou que muitas pessoas caminhava de 15 à 20 léguas para vê-lo e acompanhá-lo, alguns até lhe pediam benção. O profeta chegou a estender sua peregrinação à países vizinhos como Peru e Bolívia. Gentileza tinha em sua caligrafia uma simbologia oculta que ele define da seguinte forma: - “Quando escrevo Univvverrsso, por exemplo, as letras dobradas significam “o filho” e as triplicadas “a santíssim trindade”. Em amor (outro exemplo), quando uso somenteum R, quero dizer amor carnal ou material; quando uso 3 érres, amorrr universal. Seu sobrenome, Datrino, quer dizer de três ou enviado pelo trino em italiano. Para Gentileza, o capitalismo é um dos principais males da humanidade e denominava esse mal de “Capetalismo”; e comentava: - “O diabo é o capital. Se o homem quer mais dinheiro, consequentemente quer mais diabo”. Mas infelizente, Gentileza como todos nós, simples mortais também tinha suas dificuldades básicas. Partindo deste princípio sua família conseguiu aposentá-lo como mentalmente insano pelo INSS e Gentileza passou à receber uma merreca todo mês para custos pessoais. Quando o assunto era religião ele disparava: - “Não se pode pronunciar o nome de Jesus como salvação
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cobrando dinheiro e nem se deve usar a bíblia debaixo do braço como se fosse desodorante. Há crentes que confiam na bíblia e desconfiam de seus semelhantes; Jesus não andava com a bíblia debaixo do braço e confiou em todos. O corpo do homem é o templo de Deus; os templos de pedra e ostentações deve serdestruidos assim como seus simbolos figurativos. Um papa que vive em um templo de ostentação e seus mensageiros que andam de cadilaque não podem nem tem autorização para transmitirem mensage divínapara ninguém. Que caiam os templos e eleve-se o espírito do homem. A bíblia engana e explora, pois seus criadores omitiram muitas verdades, deixando o conteúdo que lhes convém. Espírito Santo são todas as criaturas que respeitam seus semelhantes, quem não respeita tem espírito de porco”. Gentileza também tinha suas máximas, em uma delas, ele comenta: - “Em um cemitério havia uma caveira; certo dia alguém se aproximou dela e lhe perguntou: - “Hei, caveira,quem te matou ? E ela respondeu: - “Foi a língua ferina..” Em seguida ele adverte: -“Cuidado cabecinhas da humanidade, cuidadolinguinhas...”. Gentileza tinha profunda admiração pelo mártir inconfidente “Tiradentas”, e todos os anos, no dia 21 de abril, ele fazia questão de marchar ao lado da polícia militar em comemoração e respeito ao ídolo. À partir dos anos 80, Gentileza inicia sua mais significativa obra; a inscrição dos 55 paineis que transmitem seu pensamento à todos. Começa a trabalhar os escritos em frente a rodoviária Novo Rio, no viaduto do gasômetro (entre as avenidas Francisco Bicalho e Rodrigues Alves) que estende-se até o começo do viaduto na avenida Brasil(altura do cemitério do cajú). A obra é, de certo modo, um patrimônio do cenário urbano carioca e foi salva graças a sensibilidade carismática de pessoas como o professor Leonardo Guelman, mestre do departamento de artes da UFF, que viabilizou a restaução dos escritos além
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de prestar várias homenagens ao profeta em 1999. Gentileza acabou conquistando a empatia de celebridades artísticas e intelectuais dos mais diversos ramos, tendo incluisive participado de um longa metragem italiano chamado “Uma rosa para todos” onde contracenou com a atriz Claudia Cardinale. Também foi fonte de inspiração para um vídeo-documentário em que foi biografado por Luis Eduardo Amaral e Vinícius Reis, apresentado no Riocine de1995 no CCBB. Neste mesmo ano nosso querido profeta sofre um acidente que lhe fratura uma perna (dizem que caiu quando pintava uma pilastra), então retornaparaMirandópolis e é hospitalizado, aproveita para tentar tratar também problemas com varizes, mas sua fratura era grave e necessitava de cirurgia para colocação de pinos. Sendo cardíaco, os médicos perceberam que Gentileza não resistiria a cirurgia, mas a essa altura pouco se podia fazer, pois o quadro se agravou e Gentileza acabou falecendo por insuficiência cardíaca no dia 29 de maio de 1996.
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Capitulo1 Por Gentileza “ A gentileza é uma moeda falsa,só os tolos a economizam.fazer inimígos por falta de gentileza é uma verdadeira loucura,é como atear fogo em sua própria casa”. (A.Schopenhauer14)
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Metafísica do òcio
-Canto de RassE Sinceridade que fere.. No corpo, mil abandonos; por não ser como nos querem mas por ser o ser que somos Tentamos somar em igual e inverteram-se os valores; mas, senhoras e senhores, não se percam da moral. Nada paga nossa fome ou apaga nosso facho. O que esperar do homem a não ser um golpe baixo ? Há um som no inaudito que não cabe na razão. Não há deus, feio ou bonito, que resista a solidão. Dê adeus ao que não sabe como sendo “natureza;” há um canto de beleza onde toda vida cabe.
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Por Gentileza
Asas Inominável desejo.... Pesadelo dos que o negam para construírem ruínas em onírico surrealismo. Aquarela que fere à luz aos que repugnam-se sob cores fortes e atrevidas. Caverna de Platão: são dela sombras. Com asas, vou à luz. Sou a luz. Degustou ? Lembre ao paladar a iguaria que nutre os sentidos; convença ao “eu” inimigo enquanto o céu chora.
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Metafísica do òcio
O vento e a maRE Copos dançam...,(correta fotometria) Dezoito B, fumaça preta, e, na ponta da caneta, consumou-se a profecia. Maré-morta, é lua nova Fragor da imensidão Abissal escuridão Repouso de caravelas Cada dia, sol ou chuva Cada noite, par ou impar Cada estrela ou ardentia Tem cheiro de maresia Ouço a prosa dos coqueiros (um singular dia leto). É vento sul marinheiros.... Mar: jazigo perpétuo ? À tarde de um dia quente visto daquela falésia trás perguntas que embriagam ao mais sábio pescador O mundo está ocupado Trabalhando o existir Não existe eternidade Tampouco felicidade A inocência que era doce Amargou quando cresceu Já raiou a madrugada Mais cedo a tarde morreu.
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Por Gentileza
No limite Saber ? Eterno mistério do aprender e esquecer.. Mas quando o intelecto é uma grande construção inacabada pelo desgoverno da razão; fica um sabor Que não se consegue classificar. Fica a dúvida que não quer se dissipar. Fica a não satisfação do paladar. E esvai-se a vontade de prosseguir Fincando-se o desejo de estacionar. Mas o querer é um aríete Na porta do futuro.
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Metafísica do òcio
A indelEvel magnitude do CEu Origem, dê-me a mediocridade, para que eu possa destruir o mito do instante eterno. Elétrico e pulsante desterro, distante da curva do tempo; maior que o momento da ordem sagrada da desgraça divina e do eu descarnado; semeando o caminho, iluminado pelo sol da alma. A mediocridade do não ser para destruir o que é. Penso, logo: inexisto Existir requer não querer. Como não ? Você pensa ? A mediocridade é o ponto no meio do nó que remenda o existir, mediando o divino niilismo selvagem da liberdade do azul.
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Por Gentileza
Adultera castidade(a duvida das criancas) Sons que, se pesam vazios, outrora ubiqüidade, pesam o que fostes: Fósseis do amanhã. Abduzindo a estrela interior (a um estado apático ?); de singular necessidade a trivial desejo: O sangue negado à maçã Epifania sob intemperança ? Vaga e vã lembrança... A noite admoesta Pelo saber de uma criança, vivendo a vida dos adul(têros)tos, A mímica é o que nos resta.
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Metafísica do òcio
.....fim de festa -é como me sinto agoracomo a aranha que fixou teia onde nada resta; tipo no 30o andar de um apê dedetizado, o que se pode esperar neste quadro abandonado ? o inferno está nu ante meus olhos vazados, que não vê a forma da nuvem noturna; a lua é nova,a noite nublada,a luz em black out. Espero impassível noticias suas, mesmo que as folhas me venham em branco; mas, se no envelope me vem o seu nome, respiro a vida. Como brinquedo de, outrora infância, que num estalo ficou para trás, o que venero procede-me à tolo, de tão comum, nos tornam iguais. Canto o que nunca vão esquecer, pois como se esquece o que nunca se ouviu ? A morte é o fim ? O que é morrer ? Um novo espaço ? Cheio ou vazio ? Fidelidade ? Só à solidão que sempre me acolhe sem reclamar; me ouve o lamento,e por um momento, a salgada lágrima é gota do mar.
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Por Gentileza
Immortalidade Escrevo para ninguém o que nunca será lido. Soldado raso se afogando na piscina da academia. Como a nota solta que sobrepõe-se ao tom vigente, ou chave perdida na calçada que abre a porta da noite Onde a luz é artificial e a conduta automática. Tenha pena e papel, um dicionário exibido; feridas, remédios e sonhos esquecidos E poderá ter O melhor de si.
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Metafísica do òcio
A desmesura da heteronomia Vejo, no infinito que não alcançam, toda esperança encarcerada. Um mal insinuando-se atávico enquanto me torno inviável. Profanando a terra sagrada, sem compromisso, confesso: Ser honesto não está sendo escudo para o mal esparso. Vejo claramente onde não alcançam..... Ao que não compreendem chamam(lowcura?)inaudito. Descobri que muitos sóis queimaram-me as peles. Eu, no Egito onde pisou Davi, ou nas planícies a observar mastodontes. Eu, que não me atrevo a falar dos outros mundos que minha visão não pôde dividir, debati com Friedrich e discordei de Sigmund, usei e abusei do Deus e do diabo......... Ilumino-me com a unidade ou enlouqueço na cidade ?
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Por Gentileza
AUSeNCIA DE ESPiRITO Onde o ímpio toma posse o bruxismo dá o tom. Minha sede, que era grande, afogou-se na injustiça. E a melhora esperada no além ou no espaço dança valsa em descompasso para nosso desconforto. Minha nobre servidão quer, se o título couber, o de um não cobrador mas o de um equilibrista. Um pensar que era certeza e em um tronco rabiscou-se não passou para o papel, não vingou na celulose. Vejo um trem que vem sem sono ao me equilibrar na linha; na real, não tenho medo, entre os tantos que não tenho. Não enxergo mais o som nem consigo ouvir as cores vivo ilhado quãol coqueiro das tirinhas do jornal; nem o náufrago me ouve se o espírito anda mal. 29
Metafísica do òcio
ENTRANDO PELO CANO Eu, arquétipo do instinto universal, morri-nascendo em um sítio ancestral e quando dei por mim, quem disse que era eu ? E a saudade do nada de onde vim bateu-me como sinergia. Na ginga, o que eu sentia era um lapidar sem fim. Hoje, nada sei do que aprendi. Do que era belo ? Esqueci...... às margens do rio Lete Com a marca do desengano cruzei o caminho do cano, Sob epitáfio me encontro, inerte.
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Por Gentileza
O orgulho divino Fui dormir com os pingos da chuva que molharam a mimosa vila pois, barrado ao ir visitá-la, percebi vencendo o banditismo Acordei como um velho da cama 2 por 4, selvagem e livre; quero dicas de filosofia e bem menos que um prato com carne. Mary Jane soprou-me na alma : O que podes querer dessa vida ? O que não me parece tão doce..... (O que sim é o amor que não posso ?) O Messias me disse em silêncio: -”filho, não leves a culpa tão longe.. -”Deus ancestral, onde posso esconder-me ?” -”No que se quer bom, no que lhe faz bem.” “-Origem, minha escola não sabe do amor, dizem que o livre-arbítrio é a senha da maldade o maniqueísmo não me convenceu cansei das falsas verdades. Mary Jane me faz burburinhos, prometendo-me mundos e fundos se não faço questão dessa merda que sentido a razão quer seguir ?
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Metafísica do òcio
O profeta deixou seu legado de beleza teórico-utópica, sempre teimam em (vão) imitá-lo, não adianta tentar enganá-lo Toda luz tem sua intencidade, Iluminam ou queimam o filme. Imploramos nossa liberdade pela perpetuação da espécie.
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Por Gentileza
Sonho de um fossil Adormeci...... abriu-se a janela, e perante o tudo, viável vazão; Visava de perto minhas vitórias, Castelos & rainhas como galardão Vivia uma estória que desconhecia (Tão surrealista, de um fértil artista ?) Se vidas passadas, não sei explicar nem sei se de fato queria voltar ao mundo real, que nos tornam iguais aos incompreendidos, aos que sentem dor, aos que não tem asas, aos que não tem casa, e morrem sozinhos na sombra da dúvida.
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Metafísica do òcio
Abducao Eu vi o fim do mundo.... Ele vinha com cores e luzes piscando, Acelerado e pelo caminho mais improvável Quis esconder-me, mas não havia um porto seguro. Tão sem motivo como a ubiqüidade, tão sem charme quanto a infelicidade, tão assustador quanto o desconhecido, tão sem valor como o fudido Mas, se divago, e isto vale tanto quanto um prato vazio na mesa de um faminto; apelo pela virtude na caixa de Pandora para desconforto do infinito.
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Por Gentileza
Deus Dá e não cobra Pede, não rouba Nunca vai sem voltar Difícil de se derrotar É a nudez da roupa A perdiz e a cobra.
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Metafísica do òcio
Pathos aeternu Vês através do meu olhar... O que subjetivamente captou-se Numa fração de segundo É eternizado momento. Vês através do meu olhar O desejo oculto De parar-se a vida Na coesão do tempo Vês através de meu mundo De alegria,desalento Contentamento,pesar Você sabe como me sinto ? Então tente, experimente Através do meu olhar
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Por Gentileza
VENTURAS ....como se jogasse sal no mar almejando torná-lo mais salgado ela, em desespero, subjugava-se sem perceber entregando-se à paixão que é vaidade foi vencida. Que seja o vosso desprezo Pelas coisas vãs, por fúteis Vossa nutrição sobre-humana Pois convém estar-se atento ao meio Para não serdes afetados pelas veleidades.
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Metafísica do òcio
INDIE GENTES Bebo comigo mesmo Apenas eu e eu Como é boa a vida Quando a névoa De uma agradável embriagues Baixa seu véu Sobre as misérias da existência E aquele que contra mim se dirige Se despercebe na contra-mão Entrementes, o amor nega-se em habitar Onde o ódio já morou O ódio arranhou o que era liso E para nossa tristeza Nossa alegria é dor alheia Lá vem as pedras em vôo rasante.
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Por Gentileza
OS ASSOMBRADOS Comigo, em meu íntimo, Deus sabe O tempo corre, a alma cobra O corpo entende, a persona disfarça EU não sei, o tempo passa TU não vens, me sinto caça ELE(s) não te quer (em) de volta NÓS estamos sem direção VÓS entendeis o que digo ? ELES têm medo de assombração
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Metafísica do òcio
AOS OUTROS NoS Seguidores da invenção A pele da culpa são suas vestes Que desculpa vai querer Vosso deus se é criação ? Downtown 12:34(a.m.) wednesday O centro está para o silêncio Como o surdo para a floresta noturna.
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Por Gentileza
CONFORMAÇÃO CONFIRMADA Adoro as disparidades do sentimento Amo as adversidades do quotidiano, Não me seria sem os opostos. O que viveria se mesmice a vida fosse ? O que sobraria do pluralismo Que se quer a vida Se o igual fosse ubíquo ? Entre os dias, nada é novo E o dejà-vú só confirma A teoria do eterno retorno Como também a saudade se esconde Para pregar sustos. A distância entre nós Não é medida por tempo ou metros Mas por tombos e mordidas Decerto, nada acadêmica é a vida. Então, deixe-me acordar em seu coração Pois no ontem que não me lembro Sonhei com você Coberta de sangue e pétalas de rosa.
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Metafísica do òcio
METEMPSICOSE Aspecto: obra mal construída ? Não; manutenção equivocada. Necessidades pedantes Ou regras a se contestar ? Na metempsicose adquiriu-se dívidas pendentes ? Crônica hipocondria... Corpo e alma apresentam Diagnóstico apoquentador Um mal atávico Faz-nos atécnicos sociais. Sorte perdida de um grande e vil desejo.
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Por Gentileza
O CANTO Se não consigo ignorar minhas fraquezas Atrasado para a festa estou Onde as virtudes se elevam Para além de um céu que manifesta O que alguém jamais cantou.
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Metafísica do òcio
LUTAS Na fome do alto mar Se chove – e o barco ébrioCom garfo e desesperança Fito a sopa derramar Menino não vá lá fora, Não leve bala nas costas Os ômi não receberam Se vai,buscou sua hora . Regue a santa planta paz Que um profeta nos legou Poesia iluminada a esperança creditada. Não devolva mal com mal a prefeito ou general Seu silencio será manto Enquanto a guerra não vem Não atice seu demônio Para não cansar o santo.
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Por Gentileza
ALEGORIA Ficou um pouco e acariciou a alma Custou o sacrifĂcio do abandono Deixou um sabor que alimenta um retorno Quis-se, em infinitivo impessoal Fazer a festa.
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Metafísica do òcio
ANToNIMO A PAZ Amantes se deitam E órfãos acordarão O interruptor se desliga Tudo é silêncio O descaso persiste... Segue-se à escuridão.
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Por Gentileza
UBIQUIDADE INCOGNOSCiVEL Um pouco para dormir outro pouco para dormitar e a indigência cairá sobre tí Um pouco para sorrir e muito por se chorar pelo tanto que não te deixa mais sentir Que a vida não precisa do tanto que o tanto promete a vida se repete ao tanto que não se quer Mas, até quando não quero estou te querendo pelo que ficou entre nós dor, se lembrando, dor, se esquecendo.
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Metafísica do òcio
PLaGIO II Meu caminho parece vazio... Sei que o usarei até o fim ? Percebo: ele jamais será preenchido. Gostaria de vê-los com melhor intenção... De me conhecer então!!!!!!... Talvez quando esquecer o “mais”. Num canto não se fala (melodia) Recatado e selvagem (liberdade ?) Gastando a imunidade (insegurança) Impondo uma situação (arrogância ?) Deixando a liderança (despreparo ?) Falando à ignorância (confusão ?) Falsa beleza discute brincando (fato)
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Por Gentileza
A MONTANHA As circunstâncias evaporam minha face E o capetalismo se apresenta Com doses tão maciças de enganos Que raptam, saturam sentimentos Luxúria disfarçada em descrição Conveniência adora insinuar-se Imaginando o topo do vazio O empírico mastiga na epiderme A lei de incentivo à cultura Flutua na matéria escura De um sonho que se sonha só E a rigidez muscular Baixando, quer relembrar: Retornaremos ao pó.
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Metafísica do òcio
Capítulo II ++++Rainhas & feiticeiras+++++
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Rainhas e Feiticeiras
RAINHA DO (MAR) DESERTO OU AO CANTO MELANCÓLICO DA SEREIA A alma da mágoa vai pelo se dorso(1) Se profanei a terra sagrada Pelo artifício da eternidade(2) Tudo que creio lá ter ocorrido foi uma visão.(3) Mas, nosso momento, se dispersou-se, Dali de trás há de voltar,(4) Pois já estou farto de ficar Onde se está sempre só.(5) Agora, acariciando sua foto desfocada - com uma frágil graça de menino – (6), sinto por nós dois.... valeu a pena ? (7) do grande que queria para tí, o pequeno que te leguei é só uma gota no oceano.(8) e por todos os erros, por não merecer sua canção que minha quilha estale (9) e que eu jaza no mar .10) (1)-{Pelo mar}-Augusto dos Anjos. 13 (2)-{“Into the artífice of eternity”-Sailing to Bizantium =velejando para Bizâncio}W.B.Yeats10 (3)-{“All I believe that happened there was vision”-The disappearing island=A ilha esvanecente} Seamus Heaney4 (4)-{Und kehrt von hienten zuruck”- Das fraulein stand am meere = Um jovem a beira mar}Heinrich Heine 12 (5)-{“On y est toujours tuot seul”-Les isles=as ilhas} Boris Vian16 (6)-{tarde no mar} Florbela Espanca7 (7)-{Mar português}-Fernando Pessoa 19 (8)-{“”-balada da gota no oceano} Bertolt Brecht5 (9)-{“Ô que ma quille éclale”-Le bateau ivre = O barco ébrio} Arthur Rimbaud2 (10)-{Ô que j’aille à la mer”}::::::::::::::::::::::::
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Metafísica do òcio
CANÇÃO PARA PRISCÍLA Leve, o vestido te envolve calado Lábios me secam por todos os lados Lento desejo galopa meu plexo Louco tic-tac frenético ardente Num silencioso olhar te desenho Em silhuetas que escondem-se às vestes Cheiros, sabores, tão perto-distantes Ruínas sérias na vã castidade. Apelo aos céus por este segredo Devido ao difícil contato direto Como a insegurança encontrou o caminho ? Sua indiferença: Um espinho em meu flanco. Dei tudo de mim em meu pensamento Voei ao destino de sua janela Nunca imaginei o quanto era bela minha humildade chamando seu corpo Chorei mentirinhas de olhos contritos Querendo seu beijo num átimo instante Mesmo que não caiba em mim seu amante Espero seguro uma segunda chance Seus olhos, meus olhos: conversa bonita Será ? já brigaram por mútua atenção ? Dou-te meu afeto em ato contínuo Querendo ninar-te com minha canção. 52
Rainhas e Feiticeiras
BLUFF Meu sangue evaporou pela chaminé do crematório E respirado foi pelo colibri; o ente alado Das cinzas? nem alma, tampouco escritório, mas da língua na flor, ali me tens estacionado Vertido e calado o desejo está Transborda ao além dessa vida que, ao se entrar não se vê saída, como espero em outra te achar ? Curvei-me ao som das estrelas flores que brilham no tempo e contemplam-me a escravidão Mas se tudo parece perdido encontro saída fingindo. Um blefe: minha salvação.
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Metafísica do òcio
“Something in the Box” Yes, indeed, i’m alone again & here come emptiness crashing in It’s either: love or hate What can i find between ? Cause i’ve given to witches What i would like to given to an queen
“Armário de Freud” Sim, de fato, estou só novamente É, lá vem a solidão me arrebentar Está entre ambos : amor & ódio. O que posso no meio achar ? Pois tenho dado para bruxas o que para uma rainha gostaria de dar
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Rainhas e Feiticeiras
Orgulho O orgulho ferido de uma mulher Seta com veneno, mal me quer O raro que em mim habita abstrai-se a relações. Tantas soluções e quero o deserto. Amante da solidão me tornei E nem o sonho de quem não sei Vai trazer a diferença Quero a paz como conseqüência enquanto a guerra não vem.
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Metafísica do òcio
Só no verbo Solidão, mal para quem pensa Pensar, mal para quem sente Sentir, mal para quem vive Viver, mal para quem espera Esperar, mal para quem ama Amar, mal para quem é só.
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Rainhas e Feiticeiras
Confissão Amor de minha carne em pedaços Meu espírito desconhece em ti necessidade Se sua ausência me causa tormento Sei que ignoras meu lamento Dissimulando o que é verdade: Para além da vontade me prende seus laços.
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Metafísica do òcio
Desencanto Chamei seu nome ao acordar senti sua ausência ancorar e sua falta vestiu-me de dor meu orgulho virou seu tapete Meu encanto cantou em falsete Esqueci como te conquistar ? Queria esquecer que te vi Pois vejo meu pranto rolar Quando lembro que me és querida Me fere ainda, saber como és má.
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Rainhas e Feiticeiras
Sementimento Minha chama que te quer Quer inundar-te com fluido semeador Quero te molhar fazendo amor Derramar-te todo meu sementimento Jorrar no seu jardim O todo que há em mim. Sussurrando em seu ouvido, Num ensejo imortal de êxtase, Volúpia e contentamento. Ouvir-te chorar sorrindo, Som de inimitável momento Pois nada é melhor que o ato, Nenhuma comida, nenhuma bebida. O ato é pedra fundamental. Gozar, de fato(no ato), procede à vida
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Metafísica do òcio
Pompoarista Forma, na função que escondia ao tamanho de um homem ou mulher aperto, um golpe na falocracia só brinca-se quando ela quer.
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Rainhas e Feiticeiras
À costela ( com educação) Luz e sombra te qualificam. Tu, por quem a terra tornei maldita Pela sedução de seus encantos Tornei-me um santo desfaçado Por um momento não me sou Pois meus sentidos falam por nós Tens umidade tão relativa a ereção do meu desejo Posso então, em um ensejo, Penetrar-lhe o jardim encantado ?
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Metaf铆sica do 貌cio
Metr么mana O leite de um escravizado derramei em ti ofegante dentro de um amor distante g么zo desafogado
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Rainhas e Feiticeiras
N贸s II Leve nossa mistura a nona lua escorrida e, quando o nascente for vida que seja do n贸s criatura
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Metafísica do òcio
Eros, blue na Hedonismolandia Se o todo à descobrir-se fosse o querer de tudo que se quis, quis esquecer pois, toda dor se quer distante ? eternidade se quer prazer. Há cor de céu na minha pele e cor de mar ao meu redor mas sua cor, tão desbotada..... porquê nunca arrisca nada ? Guardei o ontem para você.... ontem te vi ! amanhã o quê ? Se dúbio é por não saber me ganhe, perca para ti multipliquemo-nos ao devir.
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Rainhas e Feiticeiras
A verdade que cai Deitada e despida de alento Com sonhos rugosos ao vento em largo e imoral pensamento Seu pétreo ânimo se esvai centelha do arquétipo uno ( costela e constelação ) abuso no espesso vermelho infâmia à minha noção Jocosa artimanha da falta quão corda poída à sonata desfecha-se, errante a visão Nem todo desejo é amor cuspindo, vi o meu, impostor na gosma que ficou na mão.
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Metafísica do òcio
Fotografias By Paulo Nagao
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Fotografias By Paulo Nagao
Casa mรกgica
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Metafísica do òcio
Rua de areia, lua cheia.
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Fotografias By Paulo Nagao
Falocracia em evidĂŞncia
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Metafísica do òcio
O caminho do bonde.
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Fotografias By Paulo Nagao
Light your zippo & smock your death.
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Metafísica do òcio
Velho depoimento.
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Fotografias By Paulo Nagao
King of blue.
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Metafísica do òcio
Adultério ?
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Fotografias By Paulo Nagao
Solid達o perfeita
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Metafísica do òcio
Velho mar
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Recado do Mal
Capítulo III
Recado do mal “ Peregrinos, viajantes, se me queres seguir, respirarás mais livremente, pois no meu universo rerina a desordem e isso é que é liberdade.” ( August Strindberg1)
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Metafísica do òcio
“Tratado sobre o mal” Todos os dias as paixões vestem-se de 360 tipos de vestes “divínas”, convidando o caminhante a tomar o rumo errado, mas, a menos que as paixões para o pecado se manifestem numa delas, satanás não conseguirá penetrar no coração e no ser interior do caminhante .Quando surge a pré disposição para a paixão, satanás se aproveita dela e a promove projetando-a no coração; isto é o que se conhece por : tentação -Algumas mentiras que são motivo de queda: O imaginário que criamos para nós mesmos ser o verdadeiro “eu”, e a de que nosso pequeno “ego”, nossa coleção de desejos e medos mutáveis todos ativados por acontecimentos externos é o soberano de todo o nosso ser, sendo permanentemente livre. -Destruição do ego(pelo poeta persa Farid Ud Din) -A conferência dos pássaros: -“Ah, tolo convencido, espírito do demônio !-exclamou a polpa-Tú te afogaste totalmente no egoísmo. O diabo entrou na tua cabeça, toda a tua perfeição e virtudes nada mais são que produtos da tua imaginação.Enquanto te deixares assombrar por idéias tão diabólicas, permanecerás distante da verdade. -”ouve esta estória: - “Um dia Deus todo poderoso mandou que Moisés fosse aprender alguns segredos de Éblis. Moisés foi ter com Éblis e pediu que lhe ensinasse um segredo.- “Lembre-se desta unica lição:-disse Éblis-Nunca deves dizer “eu”; caso contrário te acharás na mesma condição que estou”. Satan só invade se houver uma brecha aberta pelas fraquezas, se houver um manifesto de submissão voluntária, e os inimígos involuntários da psique humana são: A vaidade e o amor pelo ego;assim sendo,dominar as paixões é dominar o mal.Orgulho e ilusão:as duas armas particulares do diabo.
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Recado do Mal
Os caminhos da tenteção são: A faculdade dos sentidos, da imaginação e da memória sensitiva. -A principal função do diabo com relação a religiosidade pessoal é alimentar a pessoa que busca a paz espirirual com ilusões que possam minar sua fé, enganando-as com visões imaginárias e colocando uma máscara diante de suas próprias características verdadeiras, mas o pior que o diabo pode fazer é manter a alma no relativo quando ela é chamada para o absoluto. Satan=Eu adversário de mim mesmo. diabo=Autovontade caluniadora que atrapalha a busca pelo caminho das virtudes.
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Metafísica do òcio
Recado do Mal Refugos da civilização....ela é a única ocorrência recente.Vivemos sob o signo da velocidade, na era dascoisas efêmeras, das coisas que não foram feitas para durar; e, neste sentido não me cabe explicar o mundo ouatribuir-lhe valores morais ou imorais.As conclusões cada um deve tirá-las à partir de uma reflexão pessoal e de uma consideração sobre o seu papel na cena do mundo.
Refuses from civilization.....this is the only recente occurence.We live under the sign of speed, in the age of ephemera and of things that are made not to last.And this
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Recado do Mal
sense it is not up to me to explain the world orassign it moral or imoral values.Conclusions are made for each to draw out of their own personal reflection and from consideration of their role in the world.
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Metafísica do òcio
Recado do mal Eu quis, e tudo por tal, fiz Fiz tudo que pude para ser Isoédrico a face do bem Mas, a minha maneira Ignorei a face cruel do mundo E ao cruel, acrescento meu intento pérfido Jurei mentiras com sabor pesado Indigestas ao paladar refinado Concebo que caí na armadilha Que, reconheço, ajudei a montar Cheguei onde quis E o deserto é o meu lar Um vazio, um silêncio, uma dor indivisível Manisfesta-se sem pressa Sou préia da cobiça que encanta quão serpente Rinha : passado x futuro = Recado do mal presente Imprevisível como a luta Da morte com o que é vida, Duas senhoras desiludidas Com a inércia que infectou o tempo. Veda-se o ciclo e desnuda-se a questão: Onde queremos chegar com essa evolução ?
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Recado do Mal
Homeóstase em curto No dicionário do próximo tempo, Talvez encontre as palavras Para as imperfeições do sentimento Meu futuro apresenta-se perdido Assim como minha fé Sinto-me tão imaturamente jovem Tão lascíviamente velho, tão inútil Andando no pensamento do demo( o que devo ?) Nada peço.... Senhor do meu tempo não sou De nada sou dono Nem do abandono, nem da dor Nem da chuva e nem do meu cetro. Uma molécula inerte no corpo do mundo ? Sigo, sugado pela violação dos direitos humanos, Negado pela sabedoria adquirida Esculhambado pela idéia de Deus Ou a porra que for Ainda não sinto a superação pela transcendência.
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Metafísica do òcio
Perdendo a fé Sinto-me findando num grande mal que 7 demônios planejaram para mim percebo, em verdade, num estado epifânico um grande que é o não, num pequeno fim Deus se fez orgulho onde esperava-se misericórdia ? É dúbio, por incompreensível nas veleidades que a vida entorna ? A fé é tudo para quem nada quer e eu que tudo quero, nada tenho como consolo a não ser esse grande embolo que me faz perdê-la.
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Recado do Mal
Maldição ( In articulo mortis ) Os acidentes do desejo empírico Causas que refutam mananciais a malandança fere o espírito malambeiro das queixas fatais Homeóstase contra o inaudito malandéu, que posto buscas ? O de servo dos aflitos ? Quem suga a seiva à suas custas ? uma semente febril vaga vã ? Ardente : lucífluo inconstante lucífugo adivinhando a manhã Na crença da tônica dominante Lá vem a noite disparada faço uma prece e puxo a tomada?
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Metafísica do òcio
Q
u
e
d
Que paira por onde não se quer Já vindo ao encontro. Com a mão desdenhosa de Deus Levando a palavra certa. Quando se acredita no D( eu )S, Certa é a consequência : Do vasto caminho rumo a dispersão Onde habita o sem fim. O branco imaculado agoniza Perante o incerto que enlaça a noite faz-se a devassa Para não passar-se por branco. Por motivo de força maior : A eminência Pelo “Plainte D’automne” de Mallarmé11 Sem falocracia ou misantropia ? Para honrar na decadência Tudo o que fizemos pela mulher E só receber na carne : covardia.
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a
Recado do Mal
Relutâncias Não adianta bater na porta da casa do surdo Pois mesmo que ele te atenda não compreenderá suas palavras de estrangeiro Que expressam rancor e desorientação Cintilar de um abismo. Mas..... Como se oferece o que não se tem ? Como se acredita no que não se entende ? Como não beber do mal se secou-se o bem ? Minhas lágrimas misturam-se ao leite derramado E é isto que me deixa bolado.
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Metafísica do òcio
A sinfonia Sincretizada, a razão esmaecia mas não deixei o poeta na solitária Nelson Rodrigues, de fato, coraria com o caráter da dúvida de Cristo Passou rente a pele, e, por alguns instantes, iguais Buddha, Gandhi, Sidarta; Síntese ao conjunto da obra Que belo design Na sala de estar Do apocalipse Sei que antes do fim Tocarão por mim 4 cavaleiros.
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Recado do Mal
“ ? “ Aquiloquenuncasaberemos explicarexatamentecomo deveriamosmasoinversoseria certezadaquiloquenãogerariaoqueé
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Metafísica do òcio
Ouro contra a alma Não há direção que não leve ao brilho.... Moscas ociosas voam na penumbra Erguendo e derrubando civilizações Pelo mais vil dos sentimentos. Dividido, entre dentes ciganos Na ascenção e queda babilônica Mostra a ilusória direção Que leva às asas da mosca azul Preâmbulo nono do tolo Estulto por natureza Atávica sede branca Fadado ao concreto Por tombo fatídico Em troco de tiros.
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Recado do Mal
A teimosia da hora que dรณi Lรก vem mais um dia com chagas abertas a alma esvazia ( promessas incertas ) sou sรณ rebeldia na certeza concreta De que o certo errou Me sinto uma peรงa num jogo de sombras sou luz que findou.....bem que te queria. lรก vem nais um dia.
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Metafísica do òcio
Dracula Por tanto desencanto, atento à tentação Sozinho em mim, divago, em meio a escuridão Dominus, alcatéias, ao som do anoitecer Não temo mais a morte, o que é mesmo viver ? À noite aliado, na sombra derramado Com a febre de um sol, da terra sou o sal Um cio, um desejo, meu fio condutor Ainda que tardio e laborioso; amor... Quando tudo acabado à luz de um dia eterno Num raro dejá vù retorno ao passado Bebo da tempestade, me justifica a cruz ? Confinado nas trevas, ex condutor da luz.
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Recado do Mal
Quinhão quimérico Matuto com minha razão, A bola só bate na trave, Desclassificou-se a paixão Meu tempo me morde sem pena Fazendo da vida promessa pequena Fingindo, rejeito o tesouro Findando, nem o bronze opaco Recados de um fel paraíso Pelo apreço ao inferno do mel Não penses o saber de um sorriso Não penses o que não é preciso* (*sinonímia: exato )
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Metafísica do òcio
Pesar hipostático Desgraçado e sem luz eu, música melancólica e noturna, com amarguras atemporais, Escarnado pelos hipócritas e vampirizado no bem estar pelos camaradas do interesse, jamais serei exceção. somente alvo de chacotas Se me pesar a insegurança. No auto-caminho a direção é indefinida. mas não se preocupem, não quero vosso sangue Nem involuntariamente. Sintam-se super seres Enquanto o peso da gravidade faz-se indiferente Exijam, corram, galopem Enquanto o sangue está quente.
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Recado do Mal
Hipocondria Queria submergir do sumo de ti Um desejo confesso, por breve Aflorando em candura. E, solto no mundo Um coração vagabundo Que no ócio quebranta E banaliza a imensidão Quando a luz matinal Ilumina sonhos vazios Toda classe de angustias Adoece o sorriso Romântico estado, Comensurável pelos destroços E apelos invisíveis, Santos que nunca serão canonizados arquétipos atemporais Da desgraça divina, Que se perdem Para se encontrarem Onde o nada é começo e fim. Espíritos comprimidos, Quase esmagados, Reclamam ao corpo um pouco de espaço. Compêndio do que somos, Desde sempre; amém. 95
Metafísica do òcio
Sayonara kamikaze Deus; quem criou não foi você ! auto-ajuda : Quem vai querer ? Força de Deus é o amor ? Ódio de Deus é opressor ! Não sei de Deus ! Sabe de mim ? Acho que sim ! dias que não ? como saber quem foi Adão ? sabes Walt-Chaplin ? Não sei de mim ! sabeis vós ? ontem acordei....não sei quem ! fui ! Fim.
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Recado do Mal
“ 7 “ A calúnia do “eu” adversário Que mora a este do édem Enfraquece a corente 7 cadeados nunca serão Pois o oitavo é o primeiro e saem ficam Vênus e marte Nas mãos da origem.
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Metafísica do òcio
Devir metalico O coração do cérebro Perpetua a indiferença No peito, descrença Temor de um novo cálice ? Tecnoluminosidades Cibermodernidades Mitos e crenças Escorrem pelo ralo. Não vou de salvador Gabar-me ao mundo inteiro Apenas vagabundo Em cárcere no mundo Sou mais um prisioneiro Que se desencantou
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Recado do Mal
Tentação danada O egoísmo diz que não acredita para usar-se no oculto o desespero diz que ainda é cedo mas a pressa já passou a caneta é encantada pelo movimento ascendente o sorriso de uma ladra É o que a vida mostra em dentes A saúde não é pública e a privada entupiu puta que o pariu !!!!! A paciência dormiu ?
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Metafísica do òcio
Peça mal encaixada Para que tudo funcione É necessário que o que não presta participe Ao quotidiano se antecipe E dos enganos se apodere Para que tudo funcione Os opostos devem olhar-se E comerem juntos o mesmo menú : Sonhos cozidos no destino cru. E, quando avistarem o abismo Sem desculpas ou cinismo Ambos se surpreenderão Um velho sentimento novo Brilhará aos olhos de ambos : A luz e a escuridão.
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Recado do Mal
Matador de pistoleiros Se vossa pena, na hipótese, é ausente E, se a presente não escreve Nem da dor eleva ou ferve Adeus à sua alma e sangue quente No crepúsculo vermelho Há um frio que não tem charme Um fogo-fátuo que deixa a carne E o vazio que ficou no espelho A música : meu algoz agonizando A minha nem sabe, a dele chorando O mesmo fim que é fim sem fim Barriga pra cima, o chão toca as costas Pra supertição ? Não tenho respostas Mas sei : minha vida dependeu de mim.
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Metafísica do òcio
Serial Killer No ponteiro dos segundos igualam-se segredos ouvindo a hora morta prostrado atrás da porta decerto, choverá novamente onde é desnecessário enquanto a garganta não alcança o da cigarra a língua, ensebada, jaze silenciosa na rigidez cadavérica De um corpo mutilado. O sangue pisado Lembra o fígado bovino; Molemente. A astúcia nos esfriou Adeus sensibilidade Bem-vindo estado decadente
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Recado do Mal
Kamikaze desertor Não, não sou fruto bendito De um ventre imaculado No livro do céu não estou inscrito Resta-me o inferno como legado Acordados p’ra real Estão todos os sentidos Se algum ainda sobrou Nesse novo inferno astral Na dúvida, Deus faz castelo Na certeza, esconde-esconde Até onde a brincadeira Faz questão de machucar ? Onde atua o positivo Toda porta se destranca Toda força se reúne E recebe o de costume.
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Metafísica do òcio
Fuga O tempo te consome lento Tecido orgânico morto Barquinho que balança ao vento No mar do mundo, sem porto Crias do inconsciente Forjando um momento feliz Quem diz que sabe, esse mente Quem sabe espera, não diz Que recompensa um pobre Na morte de um rico terá Se a ambos é o mesmo quinhão ? Morre o plebeu e o nobre Alguém sabe como será ? Não há para onde escapar....
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Recado do Mal
Medo Encontrei-me novamente com o que nunca se perdeu Medo : agora é da graça que se tem Dívida que além do além se faz Manter é que são elas : a fé Belzebú mais que se engana Satanás chora sozinho Nome ruim não falta a falta Nem o sol abre o caminho Covardia évem cantando Madrugada se queixando Credo em cruz, Ave-Maria Deus mergulha no inaudito Na garganta, um mudo grito É o velório da alegria.
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Metafísica do òcio
Sangue, suor & lágrimas De humilde com peça não vale não existe bandido no céu socialmente do lado de fora a revolta ameaça invadir Nós, omissos e silênciosos coniventes, seguimos com medo dos que dormem sem culpa ou remorsos tão imunes estão no governo. O volume de suas piscinas faz corar de inveja a Patinhas Nos gozam & gozam Com nosso sangue suor e lágrimas
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Recado do Mal
Doce de ilusão No fruto da dúvida o mal se faz presente Bate à porta, invade o recinto de penetra Para desequilibrar a balança da razão Quem esqueceu a porta aberta ? Qual motivo para estar contente ?
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Metafísica do òcio
Mal morto Mande-me um veneno e cuspa nele Mate-me um segundo e ressucite-me Fique um instante e desapareça para sempre Levando o ódio sobre mim e minha alma juntos O peso do tempo É inquilino do céu que tange a aurora Uma incógnita corta o ar Passando-se por lira 7 sinos sinistros escarram na vaidade à esquerda do bem mora algo perverso reprimido na negação outro dia vazio pela inércia infrutífera ecoa vozes desinspiradoras, cuchicho faltoso miro ao devir crendo que há de chegar o que espero do bem à vir ? -” A morte de beira-mar”.
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Recado do Mal
A três graus da realidade Visagem que nunca vi a não ser pela imagem que criei No âmago, mesmo sem ver, sentí Impalpável dissociação que inventei.
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Metafísica do òcio
Estrela D’alva No mal que, se vive e não quer se acabar espera acordar num planeta livre ? Já tive demais me fez vomitar talvez retornar alguns ancestrais À luz do farol quem quer carregar o que não se quer ? Se o céu não fechar pré e pós ao sol brilhará cifér.
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Recado do Mal
Må semente Antes de dormir o dia martelei sobre os enganos voluntariosos danos que fulminam a empatia Eloqßência em exaspero ecoava o mal estar sem controle, sem virtudes O que mais a se esperar ?
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Metafísica do òcio
A Balada do ímpio Nada vem mais fácil que o querer Pois não pensar já o é Quero tanto o que não quero Que quero desaprendê-lo; Desconstruir e reformar, Ser novo nome e lugar, Inspirar cuidado e zêlo Quero tanto o que não quero, Que nem pensei como é Ganhar e depois perder.
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Recado do Mal
Euthan谩sia morrer d贸i menos que viver ?
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Metafísica do òcio
“O ATÚDI” Parcelo o existir em dívidas eternas até onde nos cabe viver essa engrenagem ? Quanto mais se tira maior fica que grande buraco... De mim sou coveiro ? nunca vejo o desejo empatar quero a chance de me derrotar revelar-me nova direção. Aprender e guardar o que presta. em verdade, tudo que me resta é : “- jogar fora a imaginação”.
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Recado do Mal
Linha partida Lá, onde pisei Ficou um sentimento Que desatou-se de mim. Estado espiritoemocional Irresgatável ao devir. Passou como areia Na ampulheta de Kronos Que sorri com ironia e indiferença. Serei preparado pelo acaso E separado pelo infinito Para a luta eterna e vâ ? Achei e perdi um sabor; Inclassificável é o amor.
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Metafísica do òcio
Capitulo iv : Triste é o infinito “A poesia é uma exogência devastadora do absoluto” (Charles Baudelaire8)
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Triste é o Infinito
Mascote de Netuno ( vem sob que nome ? ) Autômanos sob influência De espírito rebelado Arbítrio liberado Avulso à contingência Paixão à shamisen O pai me deu o acorde E, até que se acorde Ainda sou ninguém Tudo que não sei Sabes tú Hamingway23 ? “ belo dragão do mar” e o que não sabia, nem o toureiro, um dia, poderá derrotar: ( Tsunami ).
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Metafísica do òcio
Um som no silêncio Eu canto calado.... há um mar no silêncio não penso e amanso extasiado. No entanto, há quem pense num sonho acordado : o vento ameno que me sopra de lado também me pertence ? Um canto calado, uma prece mental; e no espelho padeço em reflexo; enfim.... terá validade essa minha canção ? por dúbia veemência canto mesmo assim. Se luz pequenina a fé derradeira me descontamina Se o sol me abraça Na há nuvem negra Que me tire a graça.
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Triste é o Infinito
O sal do mar Berrante assombro......... Híbrido de paúra com gosto salobre Literal afogar no desejo de ser anfíbio Mas o sal......... Se pelo menos os brônquios fossem guelras.... Onde a vida começa, deve terminar ? Mas o sal......
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MetafĂsica do òcio
A tela A pintura, silenciosa, conjura. cilada grave ? cores gritam dissimulando.
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Triste é o Infinito
Sonho numinoso Amar Basta ? Conservando o Desejo Empenado à Felicidade, Ganharemos ? Hoje, Inveja-se os justos, kantismo ? Lua Minguante Nasceu Orgíaca Para Que Rodeiem Suas Tentações. Uma Vontade Weak, Xilolatria ? .....Youth Zaori.
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Metafísica do òcio
Eterno retorno Na simulação dúbia Um perigoso insinuar Meu sorriso, ao partir Vacilou, pôs-se a chorar Só mesmo dona alegria Outono de primavera Para iluminar a sombra Que na dúvida descansa Dejá vù denunciou ? R.E.M. faz retornar ? Sem lembranças da infância ? Bem que se desconfiou... Tente na boa levar Só não mate a esperança.
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Triste é o Infinito
Absinthium Abdico por ser pérfido abismado com a chaga que me causou o amor que não salvei para nós, abismou. desvio então intenção e amargura para o doce torpor bucólico da artemísia Absinto-me, perene que seja Enquanto o tudo faz sentido para o nada colher o tudo ficou no pretérito, Morreu antes de nascer.
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Metafísica do òcio
Invisível sensação, sensível visão Bebo o fim do dia Em uma cama cheia de espaço Por vazia Nos braços, amarras e nóis Que, atamo-nos sós Ao ermo sem par Cria de um cheiro invisível Orgíaco, perene Pois teima em durar Resgate e conserte esse meu coração Que insiste em cantar No tom : Em
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Triste é o Infinito
Outro ócio Água sagrada cai do céu molhando a nuvem e a águia batizando o mal preságio e Levando um desasossego. Ninguém sabe o que quebrei construíram o que não sei No silêncio que é distante canta o Buffalo outro blue Choveu noites sobre o sol Tipo Slide, sound steel sobrou todo desperdício que o tempo me legou O que faço agora então Com todo esse tempo vão ? Acho que vou descançar No descanço, vou pensar.
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Metafísica do òcio
Dia feliz Sereno como o sereno... Grato como um gato Durante o sono tranqüilo em uma manhã de outono Satisfeito com a vida E indiferente à quantas mortes me esperam. Meu corpo tem prazo de validade Relativo ao tempo que inventamos E minha alma medita conclusões À respeito do (estado) conforto. O conforto está onde não imaginamos E o encontramos ao acaso De uma realidade idealizada. É desconfortável amar durante uma cavalgada ? . ou pior seria estar-se morto ? É, a vida é engraçada Uns com tanto E outros sem nada E eu com isso ?
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Triste é o Infinito
O retorno do eterno desejo O sábio sabe ouvir-se para além do yellow gold. Sabe quietar-se para além do pale blue sea conforta-se no prussian blue sky E se desculpa ao objeto da cultura sabe-se além da criatura ?!?! antena psicoemocional... tem espírito insasciável em carne comedida Que nega-se à presa da hora última e aos desejos de espíritos outros que se alimentam do mesmo prazer primeiro O gozo dos deuses Nada mais belo que a morte do desejo desejo pela beleza que mata E, das cinzas, o querer : Fênix O próximo desejo O eterno retorno.
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Metafísica do òcio
A tela II Terracota que me espera O que te envolve no oculto É signo erudito elevando-se à mistico Na solidão do conteúdo um tormento se propaga ao revés definitivo : Amuleto atemporal. dor de cor conveniente lapso com landscape oliva-frio, coral-quente Canção bela e silênciosa Preenchendo a noésis Com luz tênue e ociosa.
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Triste é o Infinito
Porta/retrato Pícaro na quinta... O rendez-vouz de sempre Um desabar na frente convexa Anexa-se banalmente. Córtex vilanesco, No ato de libertação condenscendente procurando imitar a matéria inorgânica santa é a misericórdia da cólera ausente carne cortada Num instantâneo eterno Sangue gelado, Inverno. Correção humanetária incorrigível Lascívia dúbia ao imediato Um orgasmo inerte ao infiníto Um momento eterno no porta retrato.
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Metafísica do òcio
“8” hoje apareço cego. Amanhã se desculparão : “-Até ontem não sabia !” Infinito.
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Triste é o Infinito
Kurdt Cobain6 Deu-se cabelo de anjo. Hálito de bebê. Curva na asa do tempo, Quão perene é a temperança ? Número total de mortes De 3 gatos ingleses Soma de acesso Ao clube dos estúpidos Nenhum liquido o liquidaria Somente o insólito sólido Da idiossincrasia Predestinado a imortalidade Por transpirar sensibilidade morreu deixando a empatia.
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Metafísica do òcio
O melhor de mim Tenho uma insistente impressão De que estou com uma má expressão refletindo de graça o que o mundo quer ver “-mas o pior de mim, não.” E tenho reparado neles também tantas obras frívolas Que me consomem o que tenho de bom “-O pior de mim então....” Como um mal partido, muita moça não me quer quero da moça, calor Tara, tarada, mulher “-Com o pior de mim, não. Deixe a ilusão ficar mais um pouco Me enfeitiçando em estado de graça, Atentando e tentando O melhor de mim.
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Triste é o Infinito
Calango O vento soprava quente No brilho de um rio invisível Com a valentia risível ( por inocente ) De um copo de aguardente Lá ia o calango ébrio Com sede de mais viver E larga impaciência Sem medo de se perder A caatinga chora em silêncio A lágrima que não tem Achada à perdição ? A chuva é sonho perdido Não vem, é canto esquecido Cobrindo a desolação.
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Metafísica do òcio
Clone D’eu Eu me toquei !!!!!! me vendo como era quando com 7 anos; sem psicosequelas Qual a mim se igualará em processo natural ? qual de mim responderá por um crime a um tribunal ? cada um com minha face cada qual com sua persona confusão sentimental um, de olhar leve, sereno outro grave, com veneno Clones gêmeos : bem e mal ?
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Triste é o Infinito
My own land Descendente de um falóforo grego Levo o meu em procissão triste Pois, bípede, que mal anda ou faz segredo Quer correr mais rápido que a luz que existe. Caminhando como um lobo Chapeuzinho me quer na posição de riste Pois, se a roda parar O quanto adiantará empurrar ? O amanhã é eterno Pelo coração que a tudo assiste Eros e Vênus, filhos do sol Perto do céu, longe do inferno.
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Metafísica do òcio
Refém da cultura Não tenho armas para escrever apenas coração e vontade pequena a academia nunca me recrutará Pois a liberdade é um saber selvagem Os acessos da ocasião fazem a fama ou o ladrão. Os excessos na informação só sabem fazer confusão há um ponto na velocidade onde a segunda sílaba é a quarta. onde a vontade é morta, É aí que a coragem é viva. O desprezo é a arma do sábio ? Mas o orgulho não sabe tocar sem ferir Tenho, em mentira, desejado a mediocridade admirando a beleza e temendo o espírito Não se pode conceber Se não há como entender.
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Triste é o Infinito
Tipo de câncer* Todo excesso leva ao infortúnio. Amar demais não deveria ser diferente ? * Tipo : sujeito indeterminado de câncer : do signo de.
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Metafísica do òcio
Atalho ( do Gênesis ao apocalipse ) Fomos o que somos o que seremos o que fomos ? + + #¨ + #¨ ¨ + : começo # : fim ¨:?
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Triste é o Infinito
Pedra Vi com olhos de poeta o que não soube escrever confirmando a ignorância conturbando o entender; sinestesia analfabeta.
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Metafísica do òcio
À sabedoria dos mortos Palavras são cinzas de uma chama morta Pegadas na areia lambidas pelo mar Força motriz; conserta ou entorta Impele o sofista a se embaralhar. Pensar não é nada mais que desejar E o não desejar é o mesmo pensar Desejo se quero, se não, é desejo Procuro a medida em receita própria Verdades, mentiras, inquilinas, inqinas Parecendo totens para convencer Que a única porta é a da conversão Amo a eloqüência da suavidade Mas sou conivente com a gravidade Em busca inconstante pela perfeição.
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Triste é o Infinito
Bala perdida Do ontem voltei ( que corpo é este ? ) o espelho nos engana ao simularmos isenção ? hoje sorri para mim e para todos os “eus” Tentarei não me odiar quando a nuvem me alcançar E o céu tornar-se juiz Aos amigos e às amigas sobram-me dedos pelos que não fiz do orgulho à inércia, quem escolhe o que não quis ? Dos “Ismos”, capetalismo, difusor de um caminho Onde é fácil se destrair, tropeçar e cair sozinho. O messias salvador quer ser clonado ? Que belo céu depois da chuva........ matizes de azul com lágrimas para sudário. O senhor dos exércitos esqueceu de avisar que a guerra acabou isto tornou as virtudes pretensões cínicas e As cobranças necessidades fisiológicas Tornamo-nos famintos de atenção, Assombrados por opção Abandonados à sorte de uma “bala perdida”
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Metafísica do òcio
Buraco negro Com olhos e olhos Não via a energia Matéria do nada Que engole o tudo A luz que fugiu Formas forjou De certa fôrma O nós/ser surgiu Passou pelo Vênus Com o cheiro primeiro Da natureza Dissimular a beleza É tudo que temos Por um dia inteiro.
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Triste é o Infinito
Satisfação ( A assassina do desejo ) vejo grande arte em desnudar-te, com olhos famintos, buscando alimento em detalhes ocultos. Tudo é útil no nosso canto do cisne brilhamos no fosco ( satisfação ?) sigo agora com a calma dos que já não tem mais desejos. Que mal faria se fizemos bem ? Um novo desejo ? Insaciável verdade ! Um novo dia ? a velha e constante vontade.
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Metafísica do òcio
Um nome de obra Toda minha cautela entregou-se a lassidão Conforme informações invisíveis, foi-se Confirmou-se a aventura impotente, deu-se Como criança que mistura à inversão. . Tanta decadência na cadência Santa paz é inocência... Canta a insone presença O que só o poema apresenta Nem todo show é só bom Nem todo céu é só blue Nem toda chuva, esperança. Esqueça, ó Deus, a vingança Na terracota há um tom De cor para o pontal do sul.
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Triste é o Infinito
Aos dragões Me desculpe, pai, se sua ausência me tornou independente e, se lhe mostro os dentes espero não rosnar Perdão, ó senhor já pai pelo piano desafinado entre nós Pela falta de girassóis Pela pena última que cai Sigo rumo ao desconhecido Sinto não ter lhe convencido E por tirar de seu bolso uma moeda Mas, como sou frágil dragão Meu vôo, se vai sem direção Espera seus braços, na hora da queda.
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Metafísica do òcio
“O Homem Atemporal”. ...a interrogação faz eco nos neurônios enquanto o espelho rí dos destroços pela última noite. É, acordei com gosto de farra na boca e dor de briga pelo corpo; cansado, como se estivesse desnudo de nutrição e hidratação; ... “ressacado”. O mormaço do corpo da indecisa já não me aquece há tempos; gaguejei-lhe uma mensagem enquanto esforçava-me em pensamento para tentar eu mesmo entender tal mensagem (precisamos de ajuda para nos auto-entender ou de auto-ajuda para consertarmo-nos?) Será que o ócio é minha bola deferro à carregar-se, que bate e volta na barreira do limite? Todos apontam para o céu-como merecê-lo se não temos asas?; quem disse que os anjos nos invejam? Deve no mínimo ser louco, como todos somos; insetos buscando a luz na loucura da vida pública, pois privada é onde depositamos excrementos puros ou impuros do nosso “eu”, que, entrementes, regizija-se na dor alheia ou em ser devotado. Deus não é opressão, mas humildade, devoção e dever para a criatura que é (segundo nossa cultura) sua imagem e semelhança, que é sua representação fiel, se essa mesma fidelidade nos for retribuida em forma de entendimento, cognoscívelmente falando (Mas as coisas representam o papel dos homens e os homens o das coisas, formando assima raiz de todo mal-Simone Weil18). Mr. Franklin3 comentou: - “A profundidade do abismo marca a necessidade da dor profunda por meio da qual ele será transposto”. Simulamos necessidades e alimentamos clichês que teimam em círculos viciosos, dando a velha impressão de dèja-vú (tipo, já ví este filme), e aí me vem novamente como se martelando a cuca a idéia de que só há um verdadeiro 146
O Homem Atemporal
caminho: Amor sem paixão. Esculhambei a ordem universal com um sorriso irônico e sentido, forjando a divindade nos moldes da razão em que o onírico arte finaliza (sem cobranças?). Orgânicamente respondendo, o corpo fala, pedindo aquela moça de cabelos negros, pele queimada pelo sol do extremo sul, com vestido de renda, silhoueta de violão, sorriso maroto, seios fartos e firmes, lábios grossos, baixa estatura e pimenta, muita pimenta; se isto é coisa da maçã, não fui eu que inventei, mas me é funcional, de resto, a natureza e a gravidade se encarregam de cumprirem suas funções... Faço questão de deixar o posto de “Deus” à quem interessar (ninguém merece...) por desprezar as tentações. Meu orgulho que não existe faz-me indefesso e temerário, e, no risco de demonstrar tal fraqueza percebo: Ansiedade, minha tênue tristeza. Captando no ar, me indago: Como ter certeza de que não sei o que não aprendi ? (você acredita no agora?). A eternidade é minha decendência, ou seja; um eco no pensamento de meu filho, meu neto ou quem quer que pense e mim quando já não estiver mais neste plano divíno. Imaginei a transcendência:manifesto interior da luz mais forte que pode ser vista à luz do sol, que é a fonte de vida mais clara que existe (acabei caindo em paródia...) Eu que penso o que ninguém quer saber, penso no vazio onde a paz é eterna (e que quer paz eterna?). Como é enfadonho e cruel concordar com Nietzsche, umprofeta da estagnação e da desesperança, potencializando o niílismo e a banalização da cultura vigente. A nitidêz da grade me desaquece enquanto reflete-se em minha cortina, pestanas e retina sem sono. 147
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Não consigo calar a desordem de mim mesmo, enquanto mais do “apogeu vivant”, que mendiga barato o que não tem preço e que só não mata dentro de sí o que quer, o que não quer, lança ao acaso da imensidão; mas vê-se uma luz, sempre pertence à outrem essa luz, pelos dogmas reluzentes que guardamos no inconsciente, pelo santo nome de papai noel e por Alice no país dos inocentes. Bom, como tudo no inferno é de graça... (quem disse!?!) talvez quem cuchichou-nos à respeito foi o homem atemporal, homem comum de uma origem que quer-se natural, por um Deus predecessor, inconcebível e uno. A razão não nos pertence, adquirimos a mesma como bônus de um jogo onde a regra mor é o querer. O querer precede a razão? Sim e não, pois os sentidos enganam-se até aprenderem o mecanismo de defesa adequado ao desempenho no jogo da vida, onde percebe-se o reclamar-se de mais e o agir-se de menos. Existência, teu conforto é a supressão da vontade frívola; mas onde buscar uma existência feliz que não se apresente como sendo um anacronismo? Onde existo? Posso na minha imaginação? Estultice sofista...., mas é onde me querem louco que me bate o excesso de lucidêz. Uma ligeira epifânia se insinuou e afirmou que o mundo supra-sensível está enfraquecido, a filosofía ocidental está à beira do abismo-com relação à essencia do homem- e a cultura está fadada em um grande embuste, remontando carcaças ao invés de investir em algo realmente novo, útil e funcionalmente significativo. Sigo, apreendendo possibilidades de capturar poesia das circunstâncias e deixando o resto para depois do ócio. Minha homeóstase precisa do conserto emocional do bom humor (ou seria bom
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O Homem Atemporal
senso?), mas a existência insiste em tragédia! Positivistas de plantão acham que sempre sabem a fórmula da felicidade (qual seria?), não, não há garantias. Chamei então para (tentar) responder a esta questão o Sr. Bhatahhari e juntos chegamos à seguinte conclusão: Plágio:ao fim do mundo,com carinho O que buscas dúbio coração ? O descanço de um deus cansado de brincar de amar e odiar ? O que vai ser à não ser do jeito que deve ser e não do jeito que o querer pensa a via governar ? Não faças do passado féu nem do futuro aflição a vida é inconsistente goze o instante de alegria que chega sem avisar e parte, igualmente. No meu silêncio imaginário, ouço o toque de um birimbau mandingueiro enquanto tento esquecer o quão dura é a luta de mim contra eu mesmo, mas um pequeno conforto me afaga, o exemplo da velha guarda, dos que tardaram mas não falharam. Em uma hora que não vibrava, busquei uma forma de se descobrir o quão fundo é o poço. Eblis bem que confessou seu segredo pessoal à Moisés, mas como sou tinhoso... entrego então à divindade suprema todo o sumo de minha nada humilde existência.
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Metafísica do òcio
Epílogo. Não custa nada ser gentil, a não ser ao orgulho (mas este não é motivo de queda?). Para onde se vai quando caímos ? (o céu é o limite, m as a realidade da queda é o chão.) Entre os passos que aprendemos sozinhos, obedecemos a norma do passível e sob controle é o caminho, sob o controle do estado (manda quem pode, obedece quem te juízo) O espírito de porco em homens de profissão federal, estadual ou municipal (políticos e seus comandados) tem feito o povo gemer, com atos falhos que são semelhantes ou piores que cuspir no rosto de idosos ou martirizar criancinhas. A intolerância é abafada por medo de uma execução sumária pela velocidade do chumbo. A fragmentação dos ideais é fraqueza, união pelo bem comum, poder (Quem se manifesta ?). Construímos uma visão tão particular do mundo, onde cedemos facilmente ao desejo de se querer o que não necessitamos como básico e funcional, mas sim como artifício de uma aquisição paradoxal, que desconfia de sua real função e finalidade. À aproximadamente 7 dias passados, foi-nos apresentada a decodificação total do genôma humano enquanto ao mesmo tempo uma pneumonia atípica (asiática) multiplicava rápidamente suas vítimas (uma grande perda para um grande ganho?). A simplicidade perdeu lugar para a modernidade dos atos fúteis, onde se busca o vazio disfarçado de utopias e utopias e... O amor, por mais que se conteste ou questione, tornou-se subjetivo e caiu em descrédito, se transformando no sentimento mais bonito que “não” existe (que se habilita a amar incondicionalmente ?) O que é verdade? Difícil pergunta? Desconfio de umapequena verdade, a de que abandonamos Deus nos pequenos detalhes e sentimentos que viciamo-nos em ignorar ou por não querer dividir (ególatras ?), não me apraz apontar dedos, mas é muito fácil se omitir e lograr à distância dos problemas (porquê e por quem esquentar a cabeça se este papo de salvar a humanidade é coisa de maluco ?)
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Epílogo
Será então que Jesus era um hippie louco à divagar a salvação? Sempre haverá algum louco, uns simples outros cínicos, sempre haverá. .. como sempre haverá incapazes que, ao manifestarem suas capacidades auto-anulativas dirão: - “Esse papo de salvação e amor ao próximo é coisa de pederastra”. Pobres incautos, incultos. Não trago nenhuma boa nova, mas amar é sempre uma grande novidade, pena que essa novidade seja mais real no roteiro da novela das 8:00, amor-ficção. Como voltar no “tempo-entimento” para se poder dar crédito às boas intenções, se o que mais se ouve é que o inferno está cheio delas. Nossa capacidade de se ceder à cultura que absorvemos é letal para o espírito livre, então chora-se e range-se os dentes pelo óbvio, o de aceitarmos o está imposto. Não se muda nada se o pagamento não for feito com sangue, a seiva davida. Que Deus nos permita ser sinceros e que esta sinceridade se transforme em força e seja a base de umafé inabalável na vida, pois à morte todos estamos confinados. Deus é o único que nos sabe no fim. Que a paz de Gentileza esteja conosco.
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Glossário A Abdução – Afastamento de membro de sua fonte de origem. Abissal – Diz-se de região correspondente às grandes profundidades dos oceanos e lagos ou do que é formado à grandes profundidades na terra. Academia – Academia Brasileira de Letras (ABL). Aeternu – Eterno, sem fim. Âmago – A parte que fica no centro de qualquer coisa ou pessoa, parte central, essência. Apoquentador – Aborrecedor, impertinente. Ardentia – Brilho, cintilação de cores, fosforescência do mar visível à noite independente de luz direta. Aríete – Máquina de guerra com que se derrubava as muralhas ou porta das cidades sitiadas. Arquétipo – Modelo ou exemplar originário, de natureza transcendente, que funciona como essência e princípio explicativo para todos os objetos da realidade material, imagem primordial. Atavismo – Hereditariedade biológica com características psicológicas, intelectuais e comportamentais. Atécnico – Que não tem técnica, ciência ou arte, inapto. Atemporal – Em que não há tempo, fora do domínio do tempo. Autômano – Característica comportamental espontânea inerente a todos por reação automática dos sentidos devido a estímulos volitivos, provocando atos automático. Ação neurológica encadeada por estes estímulos nos tornam seres automáticos.
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B B-18 – Barco de pesca de médio porte que comporta motor com essa classificação de potência. C Calango – Nome dado a pequenos iguanídeos (lagartos) que vivem em lugares áridos. Apelido de homem do Sertão (Caatinga). Canonizado – Que se canonizou; declarado santo, glorificado. Caixa de Pandora (mit. Grega) – Pandora, primeira mulher, foi enviada à Terra por deuses gregos com uma caixa que continha um arsenal de desgraças (discórdia, guerras, doenças do corpo e da mente) para o homem, como vingança ao titã Prometeu por ter presenteado os homens com o fogo sem ser autorizado. Ela foi aconselhada a nunca abrir a caixa, mas sua curiosidade foi maior que seu temor e ao abrir a caixa liberou todos os males. Mas havia um único dom na caixa: a esperança. E antes que este dom também se libertasse, Pandora fechou a caixa. Esta metáfora é usada pelos gregos para explicar conceitos da natureza feminina como beleza, sensualidade e o poder da dissimulação e destruição. Cibermodernidade – Novidade no campo da ciência cibernética que modifica o cotidiano antropológico comportamental de uma época ou cultura. Clichê – Lugar comum, chavão, algo que por se repetir em demasia perde a graça. Coesão – Unidade lógica, coerência de um pensamento, de uma obra. Comensurável – Que tem ou admite medida comum, eu se pode medir.
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Compêndio – Pessoa ou coisa que resume ou simboliza em si um período histórico, uma teoria ou doutrina, uma ou diversas qualidades etc. Condescendente – Transigente, tolerante, compreensível. Conjurar – Tramar ou intentar em comum acordo para efetuar ação contrária a interesse de alguém ou algo. Convexo – Que tem relevo exterior curvo. Córtex – Camada periférica dos hemisférios cerebrais, formada de substância cinzenta. Sede de funções nervosas elaboradas com os movimentos voluntários. D Dejá vu – Forma de imaginação que leva o indivíduo a achar que já viu algo, alguém ou já passou por situação presente em passado recente ou remoto. Desfaçado – Descarado, imoral, impudico. Desmesura – Indelicadez, descortesia, falta de comportamento moral ou ético. Devir – Vir-a-ser, tornar-se; começar a ser o que não era antes; fluxo permanente que transforma todas as realidades existentes. Divagação – Pensamento ou raciocínio caótico, delírio, distúrbio. Dragão do mar – Peixe teleósteo perciforme da famílias dos tranquinídeos (Trachinus dracu) com nadadeiras dorsal e pélvicas estendendo-se pelo corpo alongado. E Éblis – Nome de Satanás, citado no Alcorão (livro sagrado Árabe), sinônimo de Diabo. Efêmero – Que apresenta ciclo de vida curto, que dura pouco. Empírico – Baseado em experiência prática.
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Entrementes – Neste ou naquele intervalo de tempo; neste meio tempo. Epifania – Revelação de natureza divina. Estulto – Insensato, néscio, estúpido, que não apresenta discernimento. Eterno retorno – Segundo Nietzsche a vida é um fluxo contínuo e eterno onde tudo já foi visto, vivido ou sentido, e a realidade corresponde à repetição infinita dessa vivência. Évem – No linguajar do nordestino, quer dizer: lá vem, já vem. F Falésia – Encosta alta e barrenta que sofre erosão marinha. Falocracia – Dominação social, cultural, simbólica exercida pelos homens sobre as mulheres. Falófaro-(Grécia antiga) o que levava o falo nas procissões Fogo-fátuo – Luz ou chama azulada atribuída à combustão dos gases metano e fosfina que quando entram em contato com o oxigênio do ar produzem o fenômeno. Esses gases são provenientes da decomposição de matérias orgânicas e são comuns em sepulturas ou áreas pantanosas. Fóssil – Diz-se do que se extrai do seio da terra (animal, vegetal, mineral) que foi enterrado e transformado pelo tempo. Fotometria – Campo da óptica que trata da medição das propriedades da luz e sua intensidade, usada na leitura de luz para fotografar. Fragor – Ruído, estrondo, estampido, estalo que se dá quando algo se parte.
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G Guelra- Brânquio, órgão respiratório de algumas espécies aquáticas. H Heteronomia- sujeição a uma lei exterior ou a vontade de outrem. Ausência de autonomia. Híbrido- Que ou o que é composto de elementos diferentes. Mistura. Hipocondria- Preocupação excessiva e compulsiva com estado de saúde acompanhada de sintomas que não podem ser atribuídas a nenhuma doença orgânica. Homeóstase- Processo de regulação pelo qual um organismo mantém constante o seu equilíbrio. Estado de equilíbrio das diversas funções e composições químicas do corpo. Humanetária- Metáfora correlativa entre humanidade e preocupação monetária. Diz-se de quem tem capitalista compulsivo. I Inaudito- De que não há memória, de que não há exemplo;novo;desconhecido. Incógnita- Aquilo que se desconhece e se busca saber. Enigma, mistério. Incognoscível- Que não se pode conhecer pela razão ou inteligência. Inércia- Falta de ação, imobilismo,estagnação,prostração.
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Inquinar- Tornar-se sujo, manchar-se, poluir-se. K Kamikaze- (Japão = Vento divino) Designação dada aos soldados da força aérea japonesa que, durante a segunda grande guerra, suicidavam-se atirando seus aviões carregados de bombas contra os navios da esquadra Norte-americana no oceano pacífico. L Landscape- (Inglês = Paisagem) Lascivo- Dado a sensualidade, aos prazeres do sexo, libidinoso. Lucífluo- De que deriva a luz, de que sai a luz (da verdade). Lucífugo- Que foge, evita ou receia a luz, inimigo da luz. M Malambeiro- Que ou aquele que vive se queixando. Malandança- desgraça, infortúnio, desventura, má sorte. Malandéu- Malandro que age de má-fé. Manancial- O que é considerado princípio ou fonte abundante de algo.
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Mandigueiro- Difícil de ser capturado ou derrotado em qualquer plano. Mary Jane-(marijuana) Canabbis Sativa, Maconha. Maniqueísmo- Dualismo religioso sincretista cuja doutrina consistia basicamente em afirmar a existência de um conflito entre o bem e o mal. Metafísica- Lógica do inaudito, fonte de princípios gerais para o conhecimento empírico, ou seja: o sentir natural em seu estado mais bruto e selvagem, independente da razão lógica da cultura e suas definições cientificas. Saber instintivo sentido pelo espírito em sua mais profunda percepção. Metempsicose- Reencarnação, passagem da alma de um corpo para outro(animal ou humana). Metromania- Ninfomania, desejo sexual anormalmente forte nas mulheres. Furor uterino. Misantropia- Ódio pela humanidade. Falta de sociabilidade, aversão ao homem e suas convenções. N Niilismo- Rejeição radical às leis e as instituições formais, em função de sua comprovada falência ao serem aplicadas como soluções, mas, mostram-se tão somente paliativas e retogradas. Aversão a conceitos ultrapassados que ainda perduram. Noésis- Pensamento, inteligência, exercício da razão.
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O Ócio- Antonímia de negócio. O ócio na verdade deriva de uma denominação que os antigos tinham de seu tempo livre para criar e desfrutar de conceitos relacionados a arte; momentos de inspiração que eram aproveitados com prazer e tinha um significado quase religioso e de valor inestimável, já o “negócio” era como se fosse tipo “ a negação do ócio”, pois o negócio era feito com intenções dúbias, maliciosas e com fins puramente lucrativos e sem o mínimo de prazer. Onírico- Relativo a sonho,que diz respeito ou tem o caráter, a natureza de sonho. P Pathos- Qualidade do que é transiente ou emocional. Poder de trocar o sentimento de piedade,tristeza ou ternura através de obra intelectual( texto,representação,música,...) Paúra- Muito medo, grande pavor. Plágio- Apresentação feita por alguém, como de sua autoria, de trabalho, obra intelectual ou etc.. Produzida por outrem. Pompoarista- Que pratica ou exerce o pompoarismo, que é a técnica que consiste em contrair o canal da vagina
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com força excessiva no que quer que lhe penetre, expelindo ou não o objeto ou órgão. Preâmbulo- palavreado vago que não vai diretamente ao fato. Préia- Pressa, como um animal caçado. Psicosequela- Metáfora para comportamento anormal ( Tic-nervoso,paranóia,neurose..)adquirida por experiência dramática vivida por qualquer indivíduo. PsicoemocionalR R.E.M.- (inglês = rapid eyes moviment) movimento rápido dos olhos. Quando estamos em sono profundo, há um estágio em que os olhos vibram intensamente e é onde os sonhos são mais abundantes. Rendez-vouz- Ponto de encontro, local escolhido para entrevista, conversaou etc..na gíria pop. Casa de libertinagem, sacanagem, bagunça. Ressacado- Metáfora para desidratação por ressaca de bebida alcólica. Rinha- local onde se realiza briga de animais(galos, pássaros, cães etc..) rixa, disputa. S Salobre- Que tem sabor salgado. Sayonará- (Japonês = Adeus)
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Sementimento- Metáfora para ejaculação sentimental voluntária; mesmo que essência da criação e perpetuação da espécie. Serial killer- Assassino que mata em série. Shamisen- Instrumento japonês de três cordas, tocado com paleta de marfim, tendo sua caixa de ressonância coberta por pele de gato ou cobra. Sinergia- Ação associada de dois ou mais órgãos cujo resultado seja a execução de um movimento ou a realização de uma função orgânica. Sinestesia- Cruzamento de sensações,associação de palavras ou expressões em que ocorre combinação de sensações diferentes numa só impressão(ex. um som evoca uma imagem,uma cor evoca um sabor..) Slide- (E.U.A.)= Deslizar, escorregar sobre algo. Acessório cilíndrico de vidro ou metal usado para tirar efeito sonoro das cordas de aço de violão ou guitarrra. Steel- (E.U.A.) Aço. Instrumento de cordas que tem afinação própria e que é tocado com slide. Surreal- O que resulta da interpretação da realidade à luz do sonho e dos processos psíquicos do inconsciente. T Tecnoluminosidades- Efeitos de luzes que tem propriedades alucinógenas em alguns indivíduos sensíveis a sua intencidade, alguns desenhos
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japoneses(Pokémon)apresentam características dessa natureza. Totem- Animal, planta ou objeto que serve como símbolo sagrado de um grupo social(tribo,clã)e é considerado como seu ancestral ou divindade protetora. Transcendência- Caráter inerente a um princípio ou ser divino que ultrapassa radicalmente a realidade sensível,e com a qual mantém, em decorrência de sua perfeição e superioridade absolutas, uma relação de soberania de distância. Tsunami- Vaga marinha volumosa, provocada por movimento de terra submarino ou erupção vulcânica e que cria ondas de até 35 metros e que arrasa tudo o que estiver num raio de 2 km da costa. U Ubiqüidade – Faculdade divina de estar concomitantemente em toda parte. V Ventura – Sorte (boa ou má), fortuna, destino, acaso. Vila Mimosa – Zona de baixo meretrício no centro do Rio de Janeiro (Pça da Bandeira). Vilanesco – Relativo a ou próprio de vilão, mal caráter. Visagem - Aparição sobrenatural, assombração, fantasma. W Weak – Fraco em inglês.
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X Xilolatria – Adoração por ídolo de madeira. Y Youth – Jovem em inglês. Z Zaori – Jovens que têm o dom premonitório de descobrir tesouros (na semana santa?)
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NOTAS : AUGUST STRINDBERG- (1894-1912)- Dramaturgo sueco, entusiasta do expressionismo e autor de vasta obra dramático-literária. Episódios de sua vida privada revelam uma personalidade de inquietude vertiginosa que quase o leva a loucura ( Tinha séria mania de perseguição espiritual ).
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ARTHUR RIMBAUD- (1854-1891)- Poeta francês que aos 16 anos já era considerado um virtuoso das letras(época em que lançou “Uma temporada no inferno”) Desiludiu-se com as letras e acabou se envolvendo com o comércio clandestino de armas, partindo para a África e para o oriente, onde contraiu, devido as más condições e esforços contínuos, sérios problemas com varizes que, ao agravarem-se, acabaram por fazê-lo abduzir uma perna e, em conseqüência de descuido, acabou vindo à falecer logo em seguida. 2
FRANKLIN LEOPOLDO E SILVA- Professor do departamento de filosofia da U.S.P., autor De “ A metafísica da modernidade”. 3
SEAMUS HEANEY-(1939)-Poeta da Irlanda do Norte. Um dos maiores poetas vivos, ganhador do Nobel e vários outros prêmios literários.
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BERTOLT BRECHT-( 1898-1956 )- Poeta, crítico e dramaturgo alemão que, em 1919 escreveu 5
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“Tambores na noite,” sua primeira peça, que estrearia em Munique em 1922, recebendo o prêmio Kleist. KURDT COBAIN-( 1967-1994 )- Cantor, compositor e guitarrista americano. Liderou o grupo de Rock alternativo “Nirvana”, grupo ícone do chamado movimento “grunge”de Seattle (Washingto) Teve uma infâcia trágica devido a separação dos pais, fato que o marcou profundamente por toda vida, vindo talvez a ser uma agravante em sua dependência pela heroína. Suicidou-se com um tiro de fuzil em casa. 6
FLORBELA ESPANCA-( 1894-1930 ) Poetisa lusitana precoce. Aos 9 anos escreve o que talvez seja sua primeira peça, intitulada “A vida e a morte”. Em 1915 lança “Trocando olhares”, que abre Caminho para rica obra literária, sempre custeada pela mesma. Teve uma vida de angustias e sofri-mentos, sendo inclusive rejeitada pela crítica de sua época. Fazia uso de drogas para dormir e sua morte é relacionada a dose exagerada de “Veronal.” 7
CHARLES BAUDELAIRE-(1821-1867)- Poeta Francês- Autor de “Paraísos artificiais,”que narra a experiência e conseqüências de um usuário de ópio e de haxixe. “Flores do mal,”outro título que lançou, foi proibido mas vendeu consideravelmente bem na clandestinidade até 1924, quando foi liberado pela censura da época.
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BUFFALO-( GRANT LEE PHILLIPS)- Cantor, compositor e guitarrista americano. Líder da Banda de rock alternativo “Grant Lee Buffalo.” 9
WILLIAM BUTLER YEATS-(1865-1939)-Poeta Irlandês-Yeats estudou teosofia com Charles Johnstons; era extremamente místico, o que o levou a participar de encontros com membros De uma sociedade hermética(esotérica)que tinha como líder Madame Blavatsky. Foi ganhador do Nobel de literatura em 1924. 10
STÉPHANE MALLARMÉ-(1842-1898)-Poeta francês- Um dos maiores poetas de sua geração, juntamente com Vitor Hugo & Charles Baudelaire. Conheceu a celebridade em vida e era muito respeitado por seus contemporâneos. “Um lance de dados” foi um divisor de águas na poesia feita até seu lançamento, tendo influência avassaladora e transformando toda poesia posterior, devido ao grande impacto que causou por seu estilo moderno. 11
HENRICH HEINE-(1797-1856)- Poeta e filósofo alemão- Contribuiu grandiosamente para a história da religião e filosofia na Alemanha do século XVIII (idade média até o idealismo alemão) que culminou com a revolução alemã. 12
AUGUSTO DOS ANJOS-(1884-1914)- Percussor da moderna poesia brasileira, lançou um único livro intitulado “Eu”. Foi ignorado pela crítica de sua época, mas, nas décadas seguintes, foi conquistando o 13
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merecido reconhecimento, tendo sido considerado um dos mais originais poetas que o Brasil já teve. ARTHUR SCHOPENHAUER-(1788-1859)- Filósofo alemão. Autor de “O mundo como vontade e representação”, um marco, iluminado pelo talento do chamado filósofo do pessimismo teve forte influência na geração de filósofos posterior, inclusive Nietzsche.
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FRIEDRICH NIETZSCHE-(1844-1900)- Filósofo alemão. Conhecido como o homem que matou Deus. Autor do genial “Assim falou Zaratustra”. Morreu de um colapso nervoso que o deixou semi-inconsciente e à beira da loucura. 15
BORIS VIAN-(1920-1959)- Poeta, romancista, dramaturgo, ensaísta, ator, trompetista, cronista de jazz, coreógrafo, impostor ? Vian pertenceu ao clã mítico dos desesperados, viveu em túmulo aberto, pois desde criança enfrentou a insuficiência cardíaca. Formou-se engenheiro pela École Centrale de Paris em 1942 e em 1946 publica “Vou cuspir nos seus túmulos” sob o pseudônimo Bison Ravi ( Bisão extasiado).Usava também outro, Hugo Rachebuisson(tirado do Dr. Hugo Hachebush, do filme “um dia nas corridas”, dos irmãos Marx). Como Vernon Sullivan (outro pseudônimo) teve sua obra proibida pelas autoridades francesas, por atentado a moral e os bons costumes, o que lhe rendeu um processo longo e desafeição da crítica até sua morte. 16
JOHN FANTE-(1909-1983)- Escritor americano. Sob o pseudônimo “Arturo Bandini” lança seu primeiro 17
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romance em 1938. No ano seguinte lança sua obra-prima “Ask the dust” (Pergunte ao pó). Fante é tido como um dos percussores da geração beatnik e, dizem, foi o escritor preferido do impagável escritor alemão Charles Bukowski. SIMONE WEIL-(1909-1943)- Formada em filosofia pela Sorbonne, foi a primeira mulher catedrática da França. Foi a discípula predileta do filósofo Alain. Formada em completo agnosticismo. Era apaixonada pelo tema da condição humana no mundo do trabalho, chegando a humilhar-se como operária para sentir na carne as dificuldades do ploretariado.
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FERNANDO PESSOA-( - )- Poeta português. Escrevia sob vários pseudônimos (Álvaro de Campos, Alberto Caieiro e Ricardo Reis). Todos tinham biografia própria. Pessoa é tido como maior poeta que Portugal teve o privilégio de produzir, com uma obra rica e vasta. 19
HENRI CARTIER-BRESSON-(1908- )- Fotógrafo francês. Bresson é tido como o maior fotógrafo de todos os tempos. É, sem dúvida, uma lenda viva, fonte de inspiração para toda uma geração. Começou como apaixonado pela pintura, mas uma foto de Martin Munkacsi o fez mudar de amor. Criou, junto com Robert Capa e David Seymour, em 1947, a agência de fotografia “Magnum”, referência mundial em fotojornalismo. 20
ROBERT CAPA-(1913-1954)- Nascido André Friedman, judeu húngaro, Capa é considerado o primeiro fotógrafo jornalista da história (com uma máquina Leica
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em punho; sua arma contra o fascismo). Capa detestava a guerra; cobriu vários conflitos na frente de batalha e acabou morrendo fazendo o que mais gostava ao pisar acidentalmente numa mina terrestre. Antes, porém, fundou a agência Magnum de fotojornalismo com os amigos Bresson, Chin (David Seymour) e George Rodger. Ficou rico e famoso em vida, chegando a morar nos melhores hotéis de Paris. Era amigo de celebridades como Ernest Hemingway, Picasso e John Houston. ROBERT DOISNEAU-(1912- )- Fotógrafo francês conhecido pela foto do beijo intitulada “O beijo do hotel Da villa” de 1950, que ao ser publicada levantou alvoroço pois apareceram várias pessoas afirmando serem os protagonistas da foto. Doisneau era um verdadeiro boêmio a vagar pelas ruas de Paris e dizia que Paris era um teatro onde se paga a entrada com tempo perdido. 22
ERNEST HEMINGWAY- (1899-1961)- Escritor americano. Hamingway lutou nas duas grandes guerras mundiais.Na primeira foi ferido na Itália e na segunda, ingressou na força aérea britânica participando de missões extremamente perigosas.Liderou a gerações de escritores neorrealistas americanos e fazia dos bares boêmios de Paris quartel general para reunir-se com escritores da chamada “geração perdida”, como Scott Fitzgerald e Gertrud Stein. Foi nobel de literatura em 1954 e tem no belo “O velho e o mar” seu livro mais famoso entre sua rica obra.Suicidou-se em 1961 com tiro de fuzil. 23
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Outra vez ( por toda eternidade ) Ó homem ! Presta atenção ! Que diz a meia-noite em seu bordão ? “ Eu dormia, dormia..... Fui acordado de um sonho profundo : Profundo é o mundo ! E mais profundo do que pensa o dia. Profundo é o seu sofrimento E o prazer – mais profundo que a ansiedade A dor diz: “-Passa momento !” Mas quer todo prazer eternidade Quer profunda, profunda eternidade. Friedrich-Zaratustra-Nietzsche )
“Se a glória vem depois da morte, eu não me apresso.” ( Marcial)
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textos em papel off set 75 gm. fotos em papel cherocolt(couchet) 100gm. págs.67 à 76.
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