Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
Resumo Ty Brunet tem dedicado a sua vida ao serviço da Lei, procurando o único que sempre lhe foi negada: encontrar os assassinos de seus pais e justiça. Não existia outra coisa em sua vida. Até que a conheceu. Ela não era o tipo de mulher que o atraia. Preferia as mais altas, morenas, de longas pernas e boca ampla. Jane Monroy sempre esteve sozinha. Uma jovem e brilhante médica que havia ficado no Alaska porque acreditava que ali ninguém iria procurar por ela. Como médica a vida de seus pacientes era o único que tinha importância e se devia acompanhá-los em situações difíceis, o faria. Com Summer e Keiji tentando lhe encontrar um parceiro, acreditava que não tinha muito mais opções do que acabar com um polvo necessitado. Até que esse homem entrou no hospital levando um paciente. Ty Brunet lhe interessava, mas não pelos motivos românticos. Talvez esse homem lhe desses o seu primeiro Premio Nobel. Agora ela tentaria curá-lo e ele se afastaria dessa pequena ruiva. Eles estavam destinados a se encontrar sem saber que se haviam procurado a vida inteira.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Pesquisa: Gr e Cia. Rev. Inicial: Rosa Inocente Rev. Final: Léia Formatação/Arte: Déia
Comentário Rev. Rosa Inocente Gente, vou dizer uma coisa para vocês, esses homens Weremindful são demais, mesmo o Ty, sendo tão descrente de que a pobre Jane era a sua predestinada, não teve jeito. Caiu sobre a força do desejo e as cenas
dos
dois
são
lindíssimas
e
quentíssimas... O livro é hilário, a Jane se atrapalha toda, faz uma verdadeira confusão, mas adora quando o grande lobo mau, finalmente come a Chapeuzinho Vermelho! Vocês vão amar, tenho certeza! E essas duas, Summer e Keiji... ainda vão aprontar muito. Ri demais com as armações delas. Leiam e se divirtam também!
Comentário Rev. Léia A Busca é um livro inteligente, engraçado e muito hot. Amei revisa-lo. O Ty é o homem que toda mulher procura sensível, apaixonado e com um sesso se humor fora de sério. Jane é uma menina mulher com uma carreira bem sucedida, mas que se priva da verdadeira felicidade ate que encontra o lobo da sua vida e jamais vai se sentir só novamente. Bom, gente o Alaska de frio não tem nada. Aproveitem o livro e preparem o ventilador porque vai precisar. Kkkkk
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
Castalia Cabott
Weremindful 03
A Busca Capítulo 01 O helicóptero desceu sobre o teto do hospital São Lucas, em Ketchikan, Alaska. O enorme homem que desceu dele nem esperou que ele pousasse, saltou e vigiou como o aparato descia. Parecia tão grande para sequer caber dentro da nave, mas de qualquer forma parecia que cabia uma vez que desceu junto com ele. Ali estava. Apenas esperou o helicóptero tocar no chão para ajudar a transportar a maca com o paciente. A doutora Jane Monroy esperava junto a duas enfermeiras. A nave nesse momento saia com muita força o que fazia com que ela não conseguisse enxergar direito e nem movimentar-se com sua agilidade normal, o que acontecia um pouco também por causa do casaco de plumas que estava vestida. O que fez com que quando se aproximasse do Dr. Wells que desceu pela outra porta apenas visse que trazia duas pastas em suas mãos, uma vinha com os formulários de atendimento requeridos e na outra o histórico do paciente. - Olá Monroy. - Disse o doutor Wells. - Aqui tem, é todo seu agora. - Porque tanto mistério? - Perguntou Jane recebendo as pastas que lhe estendia Wells. - É coisa do FBI, portanto, terá que falar com eles, eu termino aqui. - Wells lhe deu a mão, a sacudiu em saudação e voltou a subir a nave. Jane olhou para trás, mais a frente o homem que havia saltado do helicóptero ajudava a descer a maca de um lado, com ele desciam dois homens, não eram tão grandes, mas tinham a mesma aparência ameaçadora. Jane seguiu a seu novo paciente. O único que sabia é que chegaria hoje. Tim Arenas tinha lhe pedido para ir ao seu escritório fazia uns dias e a havia comunicado da sua chegada.
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- Doutora Monroy? Você é a doutora Monroy? - Sim, eu sou. - Disse Jane Monroy, estava costumada a que as pessoas duvidassem de seu título e se surpreendessem pelo seu aspecto. - Um momento e o senhor Arenas a receberá. Quando a secretária a deixou Jane Monroy olhou pela janela. O sol dava em cheio nela e podia ver seu rosto. Na verdade, seu aspecto nunca a havia ajudado. Tinha vinte e sete anos e ainda não parecia ter passado dos vinte. Pode ser que no mundo das modelos isso fosse uma benção, mas no da medicina era todo o contrário. Seus pacientes novos se surpreendiam ao conhecê-la. Alguns sempre esperam encontrar uma pessoa de mais idade, com experiência e aparência de tê-la, e ela parecia não ter nenhuma. Por um tempo tinha tentando um disfarce, um apertado coque, velhos óculos passado da moda, mas havia sido um completo fracasso, assim que agora se assumia como era não muito alta, na verdade não passava de um metro e sessenta, com um longuíssimo cabelo de cachos vermelhos e uns impressionantes olhos azuis. “Janieblue”. Recordar o apelido com que sua mãe a chamava a fez voltar dez anos atrás, quando uma jovem Jane olhava como dois homens colocavam o caixão que continha o corpo de sua mãe na simples fossa do cemitério. Nem sequer pôde velar por ela. O caixão e fossa foram comprados com a venda de um par de brincos de ouro com diamantes, as únicas joias que sua mãe havia conseguido esconder de seu pai. Os paramédicos da emergência pública haviam tentado reviver sua mãe, mas havia sido inútil. Havia sido testemunha de seu último pedido e de suas últimas palavras: - Cuide-se Janieblue, e... Não deixe que Paul te encontre. Te amo filha... Somente isso. Um forte suspiro e nada mais. Quando a fossa foi coberta com areia Jane olhou ao redor.. Não havia ninguém. Somente ela. Uma pequena bolsa com seus escassos pertences e uma passagem para o Alaska em seu bolso. E a solidão como sua nova companheira.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Com apenas dezessete e nem parecendo ter mais de doze, já havia decidido o que faria de sua vida. Iria conseguir um trabalho e estudar. Iria para longe o suficiente para não precisar encontrar seu pai nunca mais. Secou as últimas lágrimas: - Um dia volto por você mamãe. - Lhe havia dito enquanto lhe atirava um beijo de despedida a sua mãe. E Jane Monroy tinha cumprido a sua promessa.
A nota de Arenas tinha sido muito curta.
“Dra. Monroy preciso da sua ajuda profissional. Pode se reunir comigo na Delegacia de Policia de Ketchikan? Se trata de Luiggi Sotello.”
Por Luiggi Sotello faria qualquer coisa. Devia-lhe tudo o que era. - Dra. Monroy, passe, por favor. - Disse a amável secretária. O escritório de Timothy Arenas era grande e funcional. O homem tinha o rosto que transmitia paz e serenidade. Levantou seu corpulento físico e a saudou apertando com força sua mão. Indicou-lhe uma cadeira. - Dra. Monroy, lhe agradeço a ajuda. Sotello me disse que poderia confiar que viria. - Não o mentiu. Em que posso ajudá-lo? - Posso lhe perguntar como conheceu Sotello? O rosto de Jane se iluminou. Tim Arenas e surpreendeu. Ela tinha uma aura como... mágica, sim, essa parecia ser a palavra mais adequada. No ofício em que devia julgar e conhecer rapidamente as pessoas compreendeu que tudo o que Sotello havia lhe dito sobre ela era certo.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca “É uma jovem brilhante, tem o coeficiente intelectual de um gênio. É uma médica muito boa. Se alguém deve acompanhar-me deve ser ela.”
- Faz dez anos, dez dias depois que cheguei a Ketchikan encontrei sua carteira e a devolvi. Em troca me deu um trabalho e foi meu avalista no empréstimo universitário. O que não havia lhe contado é que nesses dez dias tinha se desesperado em busca de um trabalho, ninguém queria empregar uma menina e as únicas ofertas de trabalho que havia recebido eram para abrir as pernas. Quando encontrou e procurou o dono dessa carteira cheia de dinheiro para devolvê-la jamais imaginou que o dono dela falasse italiano igual a ela, nem que terminaria lhe oferecendo um emprego no negócio de um de seus clientes, nem que seis meses depois aceitaria ser seu avalista no empréstimo para estudar medicina. Havia devolvido esse dinheiro um ano depois de recebê-lo e desde então, quase sete anos depois, não havia voltado a ver Sotello, nem sabia onde morava. - Porque me pergunta isso? - Interrogou Arenas. - O que aconteceu? - Luiggi Sotello acaba de ser submetido a um transplante de coração em Chicago. E precisa de um médico que o acompanhe, alguém de confiança. - Um médico? E me procurou através da polícia? O que é que não está me contando? Arenas sorriu. Sim. Seu aspecto em nada condizia a sua mente - Luiggi Sottelo desapareceu faz quase sete anos. - Eu sei, não voltei a vê-lo. - Na realidade entrou no Programa de Proteção a Testemunhas. - Luiggi? - Assim é, Drª Monroy. Ele... - Chame-me Jane, por favor. - Lhe interrompeu. - Obrigado, Jane, ele foi um elemento muito importante para desarticular uma quadrilha financeira que envolvia quatro países. - Luiggi era contador. - Exato Jane, mas basicamente é um homem decente. Lamentavelmente a única maneira de ele nos ajudar e seguir com a vida era entrando no Programa de Proteção a Testemunha. - Entendo Senhor Arenas, mas o que precisa de mim agora?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Precisa de um médico de confiança que o acompanhe em todo o processo do póstransplante. Jane baixou os olhos e apertou as mãos, levantou sua cabeça e procurou o olhar de Arenas. - Então passou por um transplante de... Arenas simplesmente levou seu dedo indicador até o coração e bateu três vezes. - Entendo, conte comigo. Arenas sorriu amplamente. - Assim, sem nada mais? - Tudo o que sou devo a Luiggi, e jamais poderei pagar-lhe. - Bom isso não foi o que ele me disse. O rosto interrogante de Jane o obrigou a explicar-se. - Disse que era a jovem mais brilhante que já conheceu e que seu maior orgulho foi ver você receber seu diploma - Disse que ele me viu? - Não o sabia, mas havia pensado nele e em sua mãe quando recebeu o diploma. - Sim, o fez. Os olhos de Jane se encheram de lágrimas. - O que devo fazer? - Luiggi chegará de Chicago em dois dias. Virá com custódia do FBI, mas precisa se recuperar e ele nos pediu que fosse no seu hospital. Também devemos muito a Sotello. - Está em perigo? Arenas não queria assustá-la, mas a recompensa que a máfia havia posto por Sotello era tão grande que jamais estaria livre do perigo. - Agora se chama Frank Castillo. E a Lei o deve suficiente para mantê-lo protegido. - Quando chega? - Perguntou Jane. - No sábado, em um voo especial. Diretamente ao hospital até que se recupere, já falei com o diretor do hospital, ficará em um setor separado do hospital e logo depois de irse tudo voltará a sua normalidade. Ninguém irá pensar em encontrá-lo no hospital de uma mediana cidade do Alaska. O sorriso apareceu imediatamente no rosto de Jane. - Excelente senhor Arenas, tenho um turno de três dias, assim que serei eu a estar ali quando chegar.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Arenas viu que Jane se punha de pé e a imitou. Ela estendeu a mão. - Suponho Jane que não preciso lhe pedir absoluto segredo sobre isso. - É claro que não e obrigada por confiar em mim. - Bom isso se deve a Castillo. Foi um prazer Jane Monroy. Quando saiu Arenas sorriu. Era uma agradável jovem.
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Castalia Cabott
Weremindful 03
A Busca Capítulo 02 Chipp Rummers havia se aproximado e juntos revisaram a equipe e as instalações para alojar Castillo, se bem que ele não estaria a cargo da segurança ou da proteção do homem, seu posto como Xerife o deixava como contato. Logo haviam se despedido e ele a avisou que estaria ali quando o paciente chegasse. Dois dias depois estavam conversando enquanto tomavam café quando lhes avisaram que o helicóptero estava chegando. O paciente seria alojado na ala isolada e protegida do hospital, a qual só teria acesso ela, seus enfermeiros e Rummers. Evidentemente o homem era importante. Enquanto olhava como colocavam o paciente em sua cama Jane tirou seu grosso casaco. Por baixo ela tinha o amplo uniforme do hospital de calça e jaqueta, mais um gorro, tinha estado operando e ainda não o tinha tirado. Cobria seu longo cabelo recolhido no gorro habitual. O enorme homem passou sem ajuda seu paciente da maca para a cama de hospital, isso a fez sorrir. Considerando sua altura e sua força lhe cairia bem ter a esse tipo como ajudante. Colocou sua jaqueta nas costas de uma cadeira e esperou que o gigante se movesse. Para seus escassos e nunca aceitos metro e cinquenta e nove, uma pessoa próximo dos dois metros era para ela um gigante. Quanto mediria? Um e noventa? Mais. O homem se deu a volta e se apoio em uma das laterais da cama. Quando Ty Brunet acomodou ao paciente pode observar que uma jovenzinha de não mais de quatorze anos se aproximava e sussurrava: - Luiggi Sotello.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Ty ficou congelado, não foi informado que alguém no hospital saberia quem era o homem, nem ele o sabia, ainda quando sabia que o Programa de Proteção a Testemunha estava cuidando dele. Quando tentou olhar para a jovem se encontrou escutando sussurro entrecortado de Sotello. - Janieblue. - E esboçou um sorriso. - Doutora Monroy para você agora senhor Castillo. - Disse em voz tão baixa que somente seu extraordinário ouvido de lobo pode escutar. E beijou a frente do homem. “Doutora Monroy” se repetiu mentalmente. Detrás dele sentiu um enorme corpo se movimentando, seu instinto policial se impôs girando imediatamente, Chipp Rummers se dirigia a ele com grandes passos e trazia com ele um largo sorriso. Ty o abraçou dando tapas em suas costas. - Como esta? - Lhe perguntou. - Muito bem, não te esperava ver aqui. - Lhe respondeu Chipp. - Keiji? O sorriso de Chipp foi resposta suficiente. - Te esperando. - Disse com humor. Ty recordou sua última conversa com Keiji e também sorriu. - Segue com a mesma ideia? - Firme e estável. - Respondeu Chipp. - Deus. - Disse Ty sorrindo. - Nunca se dará por vencida não é verdade? - Não, não vai parar até casar-te, mas... - Chipp se interrompeu olhando a seu lado. Quando Ty girou estava a seu lado a jovem chamada Doutora Monroy. - Jane. - Disse Chipp. - Já conhece o inspetor Brunet? - Chipp assinalou a Ty, Jane também girou e o olhou. - Ty Brunet, a doutora Jane Monroy, estará a cargo de Castillo até sua recuperação. Quando Ty a olhou Jane fez algo que iria mudar tudo. Tirou o gorro que prendia seu cabelo e uma cabeleira de vermelho dourado apareceu dando-lhe uma aura mágica. Sacudiu seu longo cabelo e o olhou para saudá-lo. “Chapeuzinho vermelho” disse a si mesmo. Os olhos que o olhavam eram incrivelmente azuis, “Janieblue”. A coisinha estendeu a mão e de repente Ty percebeu que não poderia tomar-lhe. Pela primeira vez em sua vida o lobo em seu interior se fez presente alargando suas unhas, dentes e dando a seu rosto uma barba de cinco dias que há dois segundos não estava ali.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca A mão de Jane ficou no ar. Jane olhou a Chipp sem entender, quando o homem passou quase a empurrando com seu grande tamanho e saindo enquanto ladrava muito mais do que falava. - Vem. Chipp a olhou tão surpreendido quanto ela. - Me permite? - Lhe disse e saiu atrás do mal educado. Ty saiu e se dirigiu ao terraço. - Como pode ser tão... - Quando Chipp viu seu rosto soube o que havia acontecido. E caiu na gargalhada, com força. - Deus Santo, quando Keiji e Summer souberem vão amá-lo. Não somente acaba de conhecer a mulher que queriam te apresentar faz uns três meses, como seu lobo se fez presente somente em vê-la. - Não vejo a graça disso. Diga-me que demônio está acontecendo? Por acaso ela é a famosa candidata? - Não poderia acreditar, sua voz expressava sua surpresa e desgosto. - A mesma que você evitando faz tempo. - O que demônios está acontecendo? - Lhe perguntou olhando suas mãos de longas e encurvadas unhas. Seu tom refletia por igual ira e incredulidade. Estava tão angustiado que Chipp ficou sério. Ty era o homem mais controlado e frio que jamais havia conhecido e o conhecia desde que ambos eram meninos em Clavijo. Ty Brunet era um pouco mais alto que ele, o que queria dizer que superava um metro e noventa e três, moreno, de pele pálida, não podia negar seus ancestrais espanhóis, talvez romanos. Levava seu longo cabelo bem preso na nuca com um elástico de cabelo. Tinha olhos profundamente escuros, nariz afilado e uma cicatriz marcava sua sobrancelha direita, uma linha fina que dividia sua sobrancelha em duas. Quando Keiji havia perguntado a Chipp de onde havia saído aquela cicatriz que evitava que seu rosto fosse capa de revista, lhe havia contado o que havia sido uma briga com uma faca. Ty jamais havia se perdoado por essa cicatriz, mas não por razões estéticas. O frio e pragmático Ty Brunet nunca suspeitou que o assassino em série ao qual estivesse procurando o FBI, não era um senão quatro, e tão pouco havia previsto que o atacariam. Os estava perseguindo muito de perto e muito confiado nas suas habilidades de lobo. Os havia agarrado, mas a cicatriz ficou para lembrar-lhe de jamais deixar de esperar o inesperado. A lição foi dura. Senão fosse pelo seu lobo interior provavelmente teria perdido seu olho direito. Agora essa mesma cicatriz lhe dava uma aparência muito mais fria. Ninguém queria discutir com Ty, nem mesmo trabalhar com ele. Ele preferia assim. Trabalhar sozinho lhe
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca permitia utilizar seus dons de lobo com maior tranquilidade e sem testemunhas das quais se ocultar. Sua inteligência, mais a força, astúcia e seus dons de lobo o haviam convertido em uma lenda no FBI. Mas o acidente da cicatriz o fez perceber com quanta soberba manejava todos seus dons. Nunca lhe aconteceria de novo. E aqui estava “zangado! Não, não zangado, furioso”. Quando nunca o havia visto nem sequer zangado. As coisas iam ficar muito interessantes. - Vem amigo, Wolff e eu temos algo para te contar. Deixe-me dispor de tudo com Castillo e tenta se acalmar. Tentar me acalmar? Chipp não tinha a menor ideia da magnitude do que o passava. Havia sido o Weremindful mais jovens em encontrar seu lobo. O que melhor o fazia. Rápido, sereno. Controlado. O controle era tudo. Oque tinha essa mulher? No mesmo instante em que ouviu sua voz percebeu que o lobo começava a manifestar-se. Jamais escutou que algo assim houvesse acontecido. Nem sequer havia convocado seu lobo e aqui estava ele, experimentando a mudança. - Vamos Ty. O que Wolff e eu vamos te contar lhe deixará fascinado. - Lhe disse com um sorriso.
Wolff Carter, Chipp Rummers1 e Ty Brunnet atraiam os olhares de todos que estavam no Café. Não era muito frequente que homens que mediam mais de um metro e noventa se sentassem nessas cadeiras pequenas para tomar café da manhã juntos, mas também chamavam atenção por causa das suas cores, um de cabelo castanho com olhos azuis como o céu do Alaska, um loiro de cachos quase brancos com profundos olhos negros e um moreno de profundos e insondáveis olhos negros desses que valem a pena dar-se a volta e olhar, sem perder esse ar ameaçador que os cercava.
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Wolff personagem principal do livro Weremindful 1, Chipp do livro Weremindful 2.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Os três se conheciam desde meninos e compartilhavam a mesma herança Weremindful. Lobos conscientes, homens que podiam mudar para lobos. Homens com as habilidades de lobo e lobos com a inteligência de homem. Ty estava se negando a acreditar no que Wolff e Chipp lhe contavam. Joseph, seu pai, seu melhor amigo e mestre jamais lhe havia falado sobre isso. Supunha-se que Ty era o melhor Weremindful de muitas, muitas gerações e nunca haviam lhe dito que poderia encontrar seu lobo só de ver uma mulher, a sua companheira? Demônios, ele nem sequer queria uma companheira. E mais, não queria mulheres em sua vida, sexo sim, seguro, mas mulheres permanentes não. Menos ainda uma companheira. Ainda tinha muito que fazer. E encontrar os assassinos de seus pais era seu único objetivo. Essa era a razão pela qual tinha ingressado no FBI. E a razão pela qual tinha se proposto acompanhar a Frank Castillo. Havia uma débil pista que queria investigar. O editor do catálogo Gupta e Hadraker III, havia incluído a imagem de uma “Karshapana de Magadha”2, e essa moeda estava em algum lugar de Ketchikan. Desde que Wolff tinha se instalado nesse lugar havia gostado dessa terra. Até havia construído sua própria casa. Ketchikan e seus bosques eram o que ele e o lobo amavam. E descobrir que a “karshapana de Magadha” se encontrava ali havia adiantado seu regresso. Chipp foi quem lembrou, que seus pais haviam tido uma ampla coleção de moedas trazidas pelo seu antepassado Rodrigo Solis, quando chegaram a América. E jamais as haviam voltado a ver depois das mortes de seus pais. Talvez sem sabê-lo haviam encontrado o motivo. Era uma pista, uma pequena, mas ao fim e a cabo, depois de tantos anos de busca, era uma pista. E pensar que durante muito tempo haviam pensado que Jerome Carter as tinha roubado já que cada uma delas valia uma fortuna. Agora tinha a oportunidade de ver se os dois feitos estavam relacionados. “Mas uma companheira?” Era completamente impossível. “o Nehann?” Menos que impossíveis somente histórias. O que diziam não tinha o menor sentido. Seus amigos haviam perdido o senso nas mãos dessas mulheres intrometidas que tinham. - São somente histórias, velhos mitos sem sentido. – Lhes disse Ty completamente convencido. 2
Moeda antiga de prata retangular de 20x14 mm e 3,4 gramas cunhada entre os 445 e 413 A.C., durante os reinados de Annurudha, Munda e Nagadasaka, um antigo reino de Magadha do Norte da Índia. Em seu verso vê-se cinco marcas ou empurrões, mostrando diversos símbolos astrais e de animais ou plantas. E no outro lado marcas não oficiais, presumivelmente de troca forma.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Não seja estúpido Ty. – Lhe disse sério Wolff. – Diga-me então o que fez aparecer seu lobo sem o convocá-lo? Ty o olhou zangado. – Não sei, mas o averiguarei.
Jane estava lutando contra a mesma história de sempre. - Não poderei ir, o lamento, garotas. - O lamenta? Vamos Jane, você faz isso de propósito. – O tom de Keiji não deixava duvidas de que estava molesta. – Este não será outro de seus famosos acidentes verdade? Sabe quanto nos custou a Summer e a mim conseguir que o candidato esteja presente? Anda Summer o diga. - Não é justo que tirem a luz os acidentes, foram bem reais. - Reais? Que casualidade não, justo quando programamos ou falamos de que conhecerá o candidato, plaff, a Doutora Monroy está muito ocupada com algum problema. – Disse Summer no tom de “essa desculpa já conhecemos”. As garotas haviam passado pelo hospital, sua missão, a única missão que tinham desde faz meses, e essa era, conseguir que Ty e Jane se conhecessem. A chegada de Ty em Ketchican definitivamente melhorariam as coisas. Fariam uma ceia de bem-vinda a Ty, convidariam Jane e o destino faria sua parte. Mas nem sempre os melhores planos se cumprem. A cabeça dura da Jane, como sempre, tinha “muito trabalho”. - O candidato? Deus, mulheres, vocês não têm mais nada para fazer? Podem me explicar como duas “brilhantes” jovens a única coisa que têm para fazer é me perturbar durante meses com um “magnífico” candidato que ao que parece também se nega as suas manipulações somente porque estão aborrecidas ou acreditam que o melhor que podem fazer é perturbar a “pobre solteira Jane” só porque estão casadas? Jane havia perdido os estribos. Summer e Keiji nem sequer abriram a boca. - Será que não entenderam que não quero saber nada de homens? N – A – D – A. Qual a parte de “não estou interessada que me procurem um marido” vocês não
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca entenderam? Parece mentira, porque não procuram um emprego? Ou... ou fazem algo? Quantas vezes tentaram marcar esse encontro? Três, quatro...? - Sete. – Disse Keiji rapidamente. Sua resposta enfureceu ainda mais a Jane. – Tenho uma paciente para atender. A – TEN – DER e não, repito, não quero voltar a escutar nada sobre esse maravilhoso candidato. Escutaram-me garotas? Ambas afirmaram com a cabeça enquanto viram Jane se retirar. Depois de um largo silencio Summer olhou para Keiji: - Sabe que domino cinco idiomas? Keiji lhe respondeu negando com sua cabeça. Depois de um novo silencio foi Keiji quem falou. – Sabe que gerenciei um negócio desde os quatorze anos? - Não. – Foi à resposta de Summer. - Bem, Jane tem razão. - Sobre o candidato? - Não, sobre isso não. Sobre que deveríamos buscar algo para fazer. - Algo como o que? - Enquanto Jane se acalma pensei que poderíamos abrir uma Agência Matrimonial. Summer a olhou e ambas caíram em uma gargalhada. - De verdade acredita nisso? Acaba de sair pela aquela porta a nossa única candidata, e pelo que parece acabamos de perdê-la. Isso não nos faz muito boas casamenteiras, não acredita? - Ty está na cidade e ela também, quanto mais podem fugir? Além do mais pensa, no Alaska tem mais homens que mulheres, assim poderíamos ter êxito. – Disse Keiji. - E de onde tiraríamos essas mulheres? - Já tenho tudo calculado. – Respondeu Keiji. – Depois que unirmos Jane a Ty seguiremos com minha chan3. - As garotas? – Summer a olhou. – Considerando como babam pelos nossos lobos acredito que essa seja uma boa ideia. Poderíamos convidar alguns mais de Clavijo para conhecer o Alaska.
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Amigas em japonês
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Ambas voltaram riram. - Primeiro. – Disse Keiji. – Teremos que ser mais inteligentes que Jane e Ty. Não pode ser que nos tenham conseguido escapar durante sete vezes. E se Jane se zanga e Ty se nega... - Jane é como um elfo, toda beleza, doçura e magia. Jamais se zanga... Exceto se a perseguimos demais. – Ambas riram em voz alta enquanto saiam do hospital. – E quando lhe passe a zanga teremos nossa artilharia bem pronta e apontada. - Bem, agora teremos nosso jantar de boas vindas a Ty sem Jane, mas quem sabe, alguma coisa não muda até lá.
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A Busca Capítulo 03 Ty Brunet conduzia até sua casa nos arredores de Ketchikan. Ele não entraria nisso. Não entraria no delírio que Chipp e Wolff haviam caído. “O nehann?” Jamais ninguém havia proclamado ter sentido o Nehann, era um mito, uma espécie de Sasquatch ou Yeti, ou monstro do Lago Ness. “Sua companheira?” Por Deus ela nem sequer se parecia com as mulheres que o agradavam: altas, morenas, curvilíneas, de bocas generosas e com bastante carne onde agarrar-se. E a força suficiente para suportar a maneira que gostava de fazer sexo. E o que tínhamos para companheira?
Por Deus, só lhe faltava a cesta e seria uma perfeita
Chapeuzinho Vermelho. Uma pequena garota de gloriosa cabeleira... “gloriosa?” Por Deus, não. Em que estou pensando? Uma menina de cabelo vermelho que não chegava nem no umbigo. De repente o rosto da “Doutora Monroy para você agora” apareceu ante ele. Sua pele tinha um precioso... não. Somente um tom dourado, bom sim, não podia negar que era um “precioso tom dourado”. O nariz estava cheio de sardas como se alguém houvesse lhe atirado um monte de estrelas. Todo seu corpo seria pintado de sardas? As ruivas nunca o haviam agradado. E nunca havia se deitado com uma e nunca, jamais havia se perguntado que partes ou não de seus corpos estaria coberto de sardas... seu nariz era pequeno e arrebitado, “ela é tão bonita como um elfo”, lhe havia dito Keiji uma das tantas vezes que encontrou uma desculpa sua para conhecê-la. “- Elfo? – Lhe havia contestado. – E teria algo assim como um pênis pequeno? Não a descreveria melhor como uma fada, que tal... ela é a fada mais linda do bosque, isso me iludiria mais do que aceitar um encontro a cegas com um elfo?” Elfo ou fada, ela tinha um aspecto de algo mágico..., com esses enormes olhos... “Janieblue”. Porque Sotello a tinha chamado assim? Esse era um apelido carinhoso? Como é
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca que a conhecia e porque a chamaria assim com tanta familiaridade? Sotello era um ancião. Quantos anos tinha? Sessenta, setenta? E a chapeuzinho? Dezesseis, dezessete? – Sorriu para si mesmo. – Bom, é uma doutora, seguro que passa dos vinte anos. Quando estacionou e guardou a caminhonete, depois de abrir as janelas para que o ar frio corresse pelas amplas habitações da casa que não tinha nem três meses que acabara de construir com Chipp e Wolff decidiu que era hora de saber algumas coisas mais concretas sobre a Doutora Monroy. Mas antes... Ty necessitava de seu lobo. Havia chegado a sua casa quando a noite se insinuava no horizonte. As palavras de Wolff e Chipp o haviam confundido. O bosque de abetos que rodeava sua nova casa como sempre o deixava sem ar, era um lindo lugar. Antes de fazer nada, tirou sua roupa e adotou a posição de troca. Necessitava correr. Necessitava pensar. A troca de homem a lobo era um ato produto de uma profunda meditação. Para converter-se em lobo devia alcançar o Estado Alfa, isso significava afastar-se de todos os sentidos do homem e adentrar em sua própria psique até chagar ao estado Alfa, o único, ao menos que soubesse meio de encontrar ao lobo dentro de si mesmo. Sacudiu seus pensamentos, começou a meditar e concentrou-se.
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
Com um leve ondear da matéria apareceu ali um forte lobo longo e profunda pelagem negra. O homem havia desaparecido. O lobo levantou seu focinho para cima, se embebeu dos cheiros da casa e estendeu seus sentidos mais adiante dela e se aventurou até o exterior. Correr e caçar. Funções básicas que o homem necessitava para recobrar o controle das coisas ao seu redor. Cada porta da casa havia sido preparada para dar entrada e saída aos lobos. Por uma delas o lobo saiu para o bosque.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Duas horas depois um lobo esgotado e feliz regressou a casa. Se se encostou à almofada da sala de estar principal e se dispôs a encontrar o estado Beta, esse estado da inconsciência onde ficava guardada a imagem do homem que era.
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
Banhou-se e se dispôs a fazer o que tinha querido desde o mesmo segundo em que pisou em sua casa: saber quem era essa doutora Monroy e porque conhecia Sotello. Sentou-se em seu computador e usando sua chave pessoal se meteu nos ficheiros do FBI. Digitou “Jane Monroy”. Nada apareceu. “Bem Chapeuzinho, segundo parece nos tem feito nada que mereça a atenção de estar nos arquivos do FBI.” Saiu dali e entrou no sistema do Hospital de Ketchikan. Ali abriu seu arquivo. Jane A. Monroy. 27 anos. “Vinte e sete anos? Talvez fosse seu aspecto de elfo. Mas ninguém diria que ela tinha essa idade.” Médica que tinha se formado com honra em Yale. “Yale? Se necessita de muito dinheiro para Yale.” Especialidade... Sua vista passou por seu longo currículo. Evidentemente a Doutora Monroy tinha um currículo impressionante. Vejamos em Yale. Debaixo do nome Jane A. Monroy se abriu como em um ventilador suas qualificações. Suas notas a envergonharam. Havia se formado em tempo recorde e com honras. O informe dizia “Coeficiente Intelectual de cento e cinqüenta”. Iguaaaaaal! Um pequenino gênio.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Outro elemento discordante, não somente lhe agradavam mais as altas, com curvas, mas simples e terrenas, nada de gênios sobrevalorizadas. Ser inteligente não estava em sua lista de pré-requisitos para uma boa foda. E nada mais. Nem sequer uma multa de trânsito. E de onde conhecia a Sotello, alias Castillo? A doutora tinha muito para contar-lhe. Pegou as chaves de sua caminhonete e saiu até o hospital em busca de suas respostas. “E para controlar como estava Castillo”, teve que recordar isso a si mesmo, não estava somente indo vê-la. Quando chegou se dirigiu ao setor onde haviam colocado Castillo. Dois de seus homens vigiavam a porta e estavam atentos, entrou, saudou e perguntou por ela. - A doutora Monroy? A enfermeira que estava na cadeira diante dele o olhou com seriedade. Essa era a reação habitual nas pessoas quando ele lhes falava. - Nos disse que revisaria seus pacientes. - Devo entender que logo irá embora? - Não. Não senhor Brunet, ela está de plantão esta noite, provavelmente a encontre em seu intervalo na sala de descanso no edifício central. - Obrigado. – Respondeu com frieza e saiu para encontrá-la. Quando entrou no quarto não encontrou ninguém. Uma sala em penumbra com profunda quantidade de cômodos simples, prateleiras nas paredes cheias de jalecos e uma biblioteca a um dos lados. Do outro lado uma espécie de cafeteira. Janelas com grossas cortinas de correr fechadas. Estava prestes a sair quando seu ouvido extraordinário pode ouvir o leve e compassado ritmo de uma respiração suave e tranqüila. Sigilosamente se moveu adiantando-se para olhar sobre o amplo sofá que dava às costas a porta de entrada. Ali estava Chapeuzinho feito um nó no sofá. Havia recolhido suas pernas dobradas e suas mãos agarrava quase acima de sua cabeça uma suave almofada. Estava adormecida, a pouca luz do quarto caia sobre seu cabelo e parecia uma explosão de cobre fundido.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Sem sequer dar-se conta Ty se aproximou e se sentou frente a ela, seus longos cílios, não, não, longos, longuíssimos, refletiam a sombra em suas bochechas. Apenas umas poucas sardas douradas se espalhavam por ali. “Deus, estou me pondo em curso”. Mas sabê-lo não o fez desistir de sair dali ou trocar o caminho dos seus pensamentos. Seu agudo olhar de lobo se pôs em sua boca. “Deus”. Somente de imaginar seu pênis em sua boca. “De maneira alguma caberia ali.” Existia um motivo de gostar de mulheres de bocas largas, gostava de ser bem atendido oralmente. Sua boca era apenas um casulo rosado. “Casulo Rosado?” De onde merda estava tirando semelhantes vulgaridades? Ele havia realmente pensado nisso? Não havia dúvida, estava irremediavelmente louco. Ele e seu lobo. Porque sem sequer dar-se conta o lobo estava se fazendo presente e Ty não pode respirar por um segundo dando-se conta que jamais o lobo tinha iniciado o processo de troca sem antes ele chamá-lo, sem sequer pensar nisso. Sua respiração se transformou em um gemido quando se deu conta disso, Um gemido que não fez nada mais do que despertar a doutora Monroy que ao que parecia tinha sono leve. Quando abriu os olhos tinha a sua frente o senhor Gigante Mal-educado olhando-a fixamente, parecia um coelho a ponto de dar um bote em um coelho, nesse caso ela. A ideia a fez saltar do sofá e erguer-se em frente a ele. Por Deus! Porque tinha que ser tão alto? Havia algo indigno e indefeso em ter que olhar para alguém de baixo para cima. - Aconteceu algo com o senhor So... Castillo? – Lhe perguntou mais para tirar essa sensação de indefesa de cima do que para sabê-lo. Se houvesse acontecido algo já teriam lhe informado. -Não, não aconteceu nada ao senhor... Castillo. – Respondeu Ty. Se deu conta que seu tom de voz estava perturbado pelos caninos que haviam se alongado ainda mais olhando para a coisinha pequena na sua frente. - Você se sente bem? – A força do que ele era se impôs em Jane. Demônios, quando ela se aproximou se deu conta de algo mais, era dele esse perfume que inundava sutilmente o quarto, e que somente seu grande olfato podia sentir, não somente na sala de descanso senão em todo o maldito hospital. Flores brancas, jasmins e rosas. Deus, ele gostava que suas mulheres cheirassem a Quartz ou Chanell nº5, não flores. E sempre se assegurava que cheirassem como gostava lhes enviando de presente um frasco desses perfumes.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando se aproximou do gigante Jane percebeu que ele parecia muito diferente do homem que nem sequer a havia saudado horas antes. Evidentemente padecia de Hipertricoses Lanuginosa Congénita4 ou talvez da Síndrome de Ambras5. A cientista nela saltou exultante. Podia até ver seus caninos. - Você se sente bem? – Repetiu Jane e se aproximou decididamente dele. Ty recuou vivamente. E Jane compreender. Talvez o homem toda sua vida houvesse lutado com a descriminação obvia que uma estranha enfermidade provocava. Com razão havia se negado a saudá-la. Olhou suas mãos. Sim, as unhas se viam longas e grossas. Jane sorriu e sem pensá-lo tomou suas mãos entre as suas e a sacudiu saudando-o. -Muito prazer em conhecê-lo senhor Brunet, mas, por favor, não se sinta mal por sua enfermidade. Sou uma médica, posso entendê-lo. - Minha enfermidade? – Ty não podia esconder seu assombro. “De que demônios estaria ela falando?” - A hipertricose lanuginosa Congénita ou talvez seja a síndrome de Ambras? Ty nem sequer podia fechar a boca. “Ela acreditava que estava doente?” - O atende algum médico? Seria interessantíssimo se me permitisse estudá-lo. “Estudá-lo?” Pela primeira vez em toda a sua vida, Ty e seu lobo queriam coisas diferentes. Ty queria sair dali e seu lobo queria montá-la. Sem sequer pensá-lo escutou a vontade do homem e saiu da sala sem dizer-lhe uma só palavra. - Bem, acredito que o homem não queira entrar nas estatísticas. – Jane sorriu. Sempre havia se sentido atraída pelas histórias de homem-lobo e agora tinha ao alcance de
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A autora toma algumas licenças literárias, modificando um pouco a Hipertricoses Lanuginosa Congénita. É uma enfermidade extremamente rara já que somente foram documentados 50 casos desde a Idade Média. As pessoas que sofrem dela têm o corpo coberto por um macio lanugo longo, exceto nas palmas das mãos e nos pés. A longitude ao qual pode chegar o macio lanugo é de 25 centímetros. Lanugo é um pêlo fino e esbranquiçado, como se fosse uma penugem, que aparece normalmente nos recém-nascido nos ombros e braços, desaparecem normalmente depois do primeiro mês do nascimento. Nos que padecem desse tipo de hipertricose o lanugo persiste e pode crescer por toda a vida ou desaparecer ao longo dos anos. 5
Outra enfermidade rara, nessa variante o pêlo é mais grosso, possui coloração e em todos os casos cresce ao longo de toda a vida, como costuma acontecer com essas anomalias tão raras, apenas existem poucos estudos. Somente se sabe que devem acontecer devido a uma mutação que se expressa de forma autosomica dominante. A maioria das vezes o individuo a adquire por herança familiar, mas outras vezes podem ser mutações de forma espontânea. De todas as formas não se sabe a locazição genética e nem como atua a citada mutação.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca suas mãos aquele que poderia ser o primeiro caso norte-americano, somente para ela. Seu sorriso aumentou. Se conseguisse agarrá-lo.
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A Busca Capítulo 04 Nem sequer tinha dormido, assim quando as viu aparecer em sua casa seu mau humor alcançou a estratosfera. Summer e Keiji, loucas em sua cruzada em que ele era a vítima. - Olá Ty, que sorte te encontrar. - Disse Summer descendo da caminhonete. Ty somente grunhiu e a abraçou lhe dando a volta no ar e beijou a sua bochecha. Logo foi a vez de Keiji. - Não posso. - Foi a primeira coisa que lhes disse. - Deus, pelo menos tenha a educação de nos escutar. - Disse Keiji enquanto a punha no chão. - Somente decidimos dar uma passada, tem tanto tempo que não te vemos. - Disse Summer. - Somente brevíssimos trinta dias. - Lhes contestou com um grunhido. Entrando em casa. Nem perguntou nada e seguiu para a cozinha enquanto as mulheres o seguiam. Summer pegou três xícaras grandes e as entregou a Ty. Keiji espiou dentro do armário a procura de biscoitos e os pôs sobre a mesa, Summer estendeu a mão e começou a comer um. Logo os três se olharam. - Está bem, me rendo. - Lhes disse e quando viu que elas sorriam e iam começar a falar, levantou a mão com as palmas para frente, num claro sinal de espere. - Com uma condição. Summer fez o gesto de “vá em frente”.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Bem. A conhecerei, mas não, repito não me comprometerei a casar-me com ela por mais que tenham a louca ideia de que é minha companheira. - Quando tentaram dizer algo voltou a cortá-las. Sua mente recordou a conversa com Chipp e Wolff. “Não”... se disse novamente “impossível”. - Ajajajajajajá, sem falar. Irei a ceia, serei amável e nada mais, nem sequer a levarei a sua casa, se não me agrada. Se não estão de acordo, terei um montão de problemas para resolver que me impedirão de comparecer ao jantar. Fui claro? Ambas não podiam parecer mais contentes. - Muito claro. O jantar será as oito em ponto. - Deus Keiji, pelo menos espero que seja uma preciosa e alta morena. - acrescentou enquanto se dava a volta para pegar o açúcar. Summer e Keiji se olharam sem respirar por um segundo. Mas quando Ty girou de volta elas já tinham tomado uma decisão. - É claro! - É claro! - Boas meninas. - Lhes disse Ty saindo em direção do quarto e dizendo... - Vejamos o que o tio Ty trouxe para vocês de Chicago. - Mas... - Sussurrou Summer. - Shhh... - Lhe fez sinal Keiji pondo um dedo sobre a boca e outro sobre o ouvido fazendo referência a super audição dos lobos. Summer afirmou com a cabeça. E se dispôs a esperar que estivessem a dois quilômetros dali.
Eram onze da manhã quando Ty retornou ao hospital. Dirigiu-se direto até o setor privado. Saudou seus homens, já haviam realizado a troca, e se dirigiu ao quarto de Castillo. Quando entrou todo o controle que havia juntado desde o dia anterior se desfez em plumas. Jane estava sorrindo amorosamente para Castillo enquanto lhe servia em colherinha um iogurte. E riam. Estava paquerando com o ancião. A Chapeuzinho Vermelho estava
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca mostrando que não havia muito de chapeuzinho nela. Não se limpava tão “maldita demasiado amorosamente” a boca de Castillo. Como se fossem amantes. E foi Castillo quem o viu primeiro. - Inspetor Brunet. Quanto me alegra vê-lo! - Sim, já vejo! - Disse Ty sem dissimular sua raiva. Castillo olhou para Jane e ela lhe sorriu compreensivamente. Levantou-se da cadeira ao lado da cama e olhou a Brunet. - Como está senhor Brunet? Deixo-lhe para que faça companhia ao meu paciente preferido. De repente Ty observou o quanto ela parecia cansada. - Dormiu de noite? Perguntou abruptamente. Jane se surpreendeu. - Sim, é claro! - Lhe disse e olhou a Castillo. - Voltarei para me despedir antes de sair. - Jane disse para Castillo. Girou para a saída e saudou Ty com um leve inclinar de cabeça. - As duas? - Perguntou Castillo. Sem dar-se a volta Jane confirmou com as mãos. - Se vai embora as duas, quer dizer que não acabou de chegar? - Não, passou a noite aqui. - Passou a noite! - Ty se mostrou visivelmente incomodado. - Assim que ela não dormiu então. Já me parecia que estava com orelhas... - De repente se deu conta do que estava falando e a quem. A “seu amante”. - Calma homem, calma! Essa menina parece de cristal, mas é muito forte. De repente Ty percebeu que essa era a hora de conseguir mais informações sobre ela. - Quanto tempo faz que a conhece? - Lhe perguntou sem sequer pensá-lo.
Jane esta esgotada. Havia enchido a banheira e havia entrado nela fazia mais de uma hora. O rosto de Ty Brunet não podia deixá-la em paz. E não era somente por causa de seu problema médico. Esse homem era uma montanha de raiva acumulada. Não falava, ele
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca ladrava evidentemente seus problemas de Hipertricoses o fazia muito dano. Custava-lhe ser amável. Quando viu a forma em que olhou pra Luiggi sentiu pânico, parecia que lhe comeria, e o modo como olhou para ela, como se estivesse enojado. Talvez pensou que havia falado alguma coisa sobre sua doença com Luiggi. “Que loucura!” Era uma profissional. Seus dentes eram tão visíveis que se surpreendeu que Luiggi não a houvesse retido, com medo. E como havia apertado suas mãos... “pobrezinho”, talvez te dava profunda vergonha sua enfermidade. Depois de tudo parecia que o gigante era na verdade um pequeno menino. E sim, uma enfermidade assim costuma marcar as pessoas. Na Idade Média se queimavam homens assim como se fossem lobisomens. Era um homem incrivelmente magnético, se estava por perto era impossível não notá-lo. Se até dava a sensação de que ocupava todo o quarto quando entrava. Rummers e Carter eram altos, mas nunca lhe haviam dado a sensação de lhe roubar o ar. Havia algo nesse homem, algo que lhe atraia profundamente. Primeiro pensou que fosse sua falta de educação, logo sua enfermidade. Vamos lá, encontrar um caso de Hipertricosis ao seu lado é quase uma oportunidade de conseguir o “Nobel”, agora percebia que o que realmente lhe atraia nesse homem eram aqueles esplendidos olhos escuros, ou seu corpo tão musculosamente definido que somente poderia pertencer a um atleta de alta competição, ou esse incrível cabelo. “Como se pareceria com o cabelo solto? E como conseguiu aquela cicatriz?” Não, não. O que lhe atraia na realidade era que no fundo era um cachorrinho emburrado devido a sua enfermidade. - Será melhor que me levante ou não chegarei a tão famosa ceia para conhecer o famoso “candidato”. Havia sido muito clara com Keiji e Summer. “Quero um homem atraente, inteligente e baixo, ouviram bem; baixo, ao que não tenha que olhar para cima”. - Por Deus Jane. O que é que tem com os homens altos, que não te agradam? Chipp é altíssimo e não o trocaria por nenhum homem do mundo. - Keiji havia lhe dito sonhadoramente. - Pois os homens altos me dão torcicolo, falar com Chipp ou Wolff me dá torcicolo, e os vejo poucas vezes, imagine o que seria uma vida de falar com um homem altíssimo. Não
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca obrigada, e outra coisa... - Acrescentou Jane. - Nada de insistir que me acompanhe até em casa, não quero ter que lutar contra um polvo necessitado na porta da minha casa. - Um polvo necessitado? - Perguntou Summer rindo. - Que outra coisa acredita que é um homem que aceita que vocês lhes escolham um encontro? Se não a pode conseguir por si mesmo, evidentemente faz bastante tempo que não tem sexo e sua vida social deve ser um desastre. - Foi a resposta de Jane. - Está dizendo que não importa quem seja o candidato a sua resposta para ele vai ser um retumbante não, verdade? - A interrogou Keiji. O riso bailava em seus olhos. - Exato menina sabida. Por fim entendeu. Aceito pela única razão de que este é o último. - Primeiro. - Concertou Summer. - Primeiro e último encontro que me fazem. Ficou claro para vocês? - Claríssimo. - Disse Keiji. - Claríssimo. - Acrescentou Summer. Ambas se olharam e... Calaram.
Jane se olhou no espelho. Depois de estar todo o tempo de uniforme de hospital se via muito diferente. As botas altas até os joelhos de cor negra e com estras calcanhar lhe elevavam uns bons cinco centímetros. Estava usando um vestido de veludo azul escuro, com um decote redondo e um corte em baixo do busto que lhe dava amplitude a sua saia que chegava aproximadamente a uns dez centímetros sobre os joelhos e um pequeno camafeu. Havia recolhido seu longuíssimo cabelo em um coque muito alto e deixou umas pequenas mechas livre em suas costas. Brilho labial com um tom um pouco rosado, um pouco de base no rosto, mas para cobrir suas sardas do que para qualquer outra coisa. Estava pronta para conhecer o polvo.
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Ty se olhou no espelho. Nada extraordinário. Calças jeans e camisa. Bastante para alguém obrigado a usar traje negro com camisa branca e gravata no tom como agente do FBI 24x76. O jeans o fazia se sentir confortável e necessitava se sentir muito confortável se tinha que suportar um jantar com a famosa candidata. Menos mal que seria alta e morena, esperava que tivesse longas pernas. E se estava bem, a levaria até em casa e a foderia, assim tiraria de sua cabeça a Chapeuzinho. Seu lobo se tranqüilizaria. Castillo havia sido muito eloqüente. A Doutora Monroy era na verdade um inocente Chapeuzinho Vermelho. Havia-lhe contado como a havia conhecido, tudo o que havia conseguido por si mesma, e que era absolutamente confiável. Contou-lhe como lhe havia devolvido sem que ele lhe pedisse cada centavo gasto em sua educação. Do feliz que estava de haver podido ver em uma jovenzinha um futuro promissor por diante. Sem falar que era muito orgulhoso de sua inteligência. E ela era todo um mito em Yale. Era uma doce Chapeuzinho Vermelho. Sentia-se aliviado e seu alívio não tinha nada a ver com confirmar que não eram amantes e nem o haviam sido, senão pelo fato de podia confiar nela. Exatamente.
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Vinte quatro horas, sete dias por semana.
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A Busca Capítulo 05 Quando sua antiga caminhonete estacionou observou um jipe um tanto antigo. Surpreendeu-lhe que sua morena viajasse em algo assim. Algo em comum. Começava bem. Antes de tocar a porta uma preciosa Keiji lhe abriu a porta e saiu para recebê-lo. - Se não chegasse em três minutos iria mandar a manada em sua busca. - Aqui estou disposto ao sacrifício. - Lhe disse aceitando seu beijo na bochecha. - E isso? - Perguntou Keiji tirando o pequeno pacote de suas mãos e fazendo-o soar perto de sua orelha. - O que é? É para mim? - Não. - Lhe disse tomando-o dela. - É para a candidata. Channel nº5. - Uau! Assim, você quer fazê-la lhe perdoar por todas as vezes que não apareceu, não? Ty a abraçou e se dirigiu até a casa. Ao entrar atrás de Keiji o primeiro que sentiu debaixo do cheiro da comida foi o perfume de flores... Chapeuzinho, pensou. “Não”... se disse. “Seria demais”. Havia aceitado esse encontro com o único objetivo de aceitar esse encontro era deitar-se com uma morena sem o trabalho de procurá-la e “tirar da sua cabeça a Chapeuzinho”. E ali estava ela. Preciosa. Vê-la e sentir o lobo aflorar foi uma questão de segundos. E todos o olharam congelaram. Como um só corpo todos se viraram e olharam a Jane. O que todos esperavam é que Jane saísse correndo ao ver sua transformação.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Jane simplesmente se pôs de pé nessas elegantes botas e caminhou até Ty, se aproximou e estendeu sua mão. Ty em completo estado de coma estendeu a sua em um ato reflexo mais que consciente. Jane se pôs nas pontas do pé e antes de deixar um beijo em sua bochecha sussurrou ... ela acreditava que somente para eles, mas com o sentido dos lobos em cada um dos presentes, foi como se tivesse gritado. - Não se preocupe. Ele decidiu que tinha que reagir. Estava completamente subjugado. Chapeuzinho se via linda. Cheirava a flores. Um perfume que estava subjugando o homem e ao lobo em igual. Ninguém devia cheirar dessa maneira. “Não se preocupe”, se repetiu. Porque não deveria se preocupar ele? Ela é que deveria se preocupar. Porque se não estivesse tentando manter o controle sobre o lobo, a levantaria e a levaria para a cama mais próxima. Essa linda coisinha havia conseguido pô-lo tão duro que suas presas, unhas e barba longa foi o que menos lhe importou. Se havia posto calça jeans e não sabia se deveria se sentir contente ou afligido. Sentia que arrebentariam em qualquer momento. Quando ela o havia beijado na bochecha, havia sentido seu pênis saltar sem controle. Assim como Jane se aproximou, se separou; e olhou a Keiji e Summer. - Lhes ajudo na cozinha meninas? Summer e Keiji reagiram e a seguiram até a cozinha, completamente mudas. Jane caminhava na frente delas e sua cabeça estava um caos. Estava absolutamente desconcertada, o que fazia Ty Brunet na casa de Chipp? “É policial”, certo, isso podia ser um colega. Chipp teve a gentileza de convidar para jantar um forasteiro. Isso poderia entender. Mas poderia entender a maneira como tão evidentemente todos a olharam quando ele apareceu todo coberto de pêlos parecendo o homem lobo americano. Acaso pensavam que somente porque era doutora ia começar a tratar o pobre ali, no mais tentaria lhes explicar o que passava com ele? Teria de falar com elas e explicar-lhes que enfermidade tinha o pobrezinho, mas ainda, como poderia tratá-lo. O silêncio que se havia produzido ao chegar foi tão embaraçoso. Esperava que sua reação houvesse conseguido que Brunet se distraísse e não notasse como os havia surpreendido.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca E ela também estava surpreendida. Não havia lido em nenhum livro de textos o quão abruptas eram as mudanças na hipertricosis. Isso abria toda uma linha de investigação. Sempre havia lido que era permanente. Assim que o senhor Brunet era todo um desafio científico. A felicidade correu em seu interior. Desviar as garotas para a cozinha foi outra ideia brilhante.
Ty olhou a seus amigos e simplesmente levantou um dedo e acenou para cima. Começou a caminhar. Em cima estava o quarto de música e de computador de Chipp. Quando Chipp e Wolff entraram Ty já estava se sentando. Chipp o olhou e perguntou: - Com o que você não deve se preocupar? - Não sei, mas acredito que seja sobre compartilhar minha doença com vocês. Wolff e Chipp o olharam um segundo sem entender. - Me perguntou se algum médico atende a minha Hipertricosis Lanuginosa Congênita esse poderia estudar-me. Wolff e Chipp só demoraram uns largo minuto para começar a gargalhar tão forte que Ty não conseguiu deixar de rir também. Quando as risadas cessaram Ty os olhou e lhes disse: - Quero que repitam palavra por palavra o que me disseram antes sobre o Nehann e de minha companheira na cafeteria.
No mesmo segundo em que as meninas entraram na cozinha, Summer a olhou e perguntou? - Viu isso? – Parecia muito preocupada.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Jane as olhou seriamente e lhes disse: - Sentem-se! Quero que me escutem atenciosamente. – Ela ficou em pé. – Não está certo vocês olharem desse modo o senhor Brunet. Ele não tem culpa da sua doença, sim, não me olhem assim com essa cara, está doente e sua enfermidade é bem rara, não existe muito que se possa fazer. Não é legal que o olhem como se tivesse duas cabeças. Machucam sua autoestima e sua confiança. Devem pensar como se ele tivesse uma gripe. Isso é, devem imaginar que seu problema de hipertricosis é tão comum como uma gripe. Vocês me entenderam? – Havia terminado apoiando suas mãos em sua cintura numa postura imperativa. Evidentemente esperava uma única resposta e essa devia ser afirmativa. Summer olhou a Keiji e de repente ouviram as profundas risadas dos homens acima. - Graças a Deus. – Disse Jane. – Chipp e Wolff o fizeram se sentir melhor. - Jane, tem algo que precisamos lhe contar... Começou a dizer Summer, mas Keiji a interrompeu. - Entendemos tudo, o que Summer quer dizer, é que lamentamos muito que o seu candidato não tenha podido vir hoje a noite. – A evidente mentira de Keiji foi imediatamente captada por Summer. Se tudo saísse perfeito. Ambos estavam tão interessados um no outro que era muito provável que a noite terminasse com eles na mesma cama. O sorriso de Keiji foi respondido com o mesmo entusiasmo em Summer. O sorriso de Jane também era enorme. – Não pode vir, de verdade? Sinto muito mesmo. De qualquer forma já é bastante difícil para o senhor Brunet lidar conosco, imagine se houvesse outro desconhecido. Keiji sorriu e olhou a Summer. – E Brunet te preocupa muito, não? – Lhe perguntou. - Conhecendo-as diria que sim, mas devem acreditar em mim quando digo que não, repito, não tenho interesse amoroso nesse homem, é puro interesse científico. - “Esse homem me dará um prêmio Nobel”, pensou. - É claro! – Disse Summer. – Cuida da sua autoestima. - É claro! – Disse Keiji. – E não nos esqueçamos da sua confiança. – E absolutamente enlouquecida avançou sobre Jane, a abraçou e beijou. Morrendo de vontade de dar saltinhos de felicidade. Quando a soltou foi a vez de Summer. - O que está acontecendo? - Somente gostamos muito de você, isso é tudo. E agora a comida.
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Quando todos se reuniram ao redor da mesa, Ty estava em um humor de cão. Não era para menos, não podia acreditar que essa delicada coisinha fosse sua companheira. Impossível, mas “que outra explicação teria para a aparição do lobo sem ser convocado?” Tudo era um endemoniado mal entendido ao qual não conseguia dar sentido. Talvez houvesse algo nela que provocasse seu lobo, não sabia o que... Bom, seu cheiro, talvez fosse isso. Não podia entender como, mas parecia que assim o era. Ela não lhe agradava. Bom, honestamente. Seu pênis desmentia isso. Sim, algo nela atraia o animal dentro dele e seus instintos sexuais eram isso, instintos animais. O que tinha que fazer era desmentir tudo o que Wolff e Chipp lhe contaram. Não a tocaria, não correria o risco de sentir esse Nehann, que somente deviam ser os tremores de uma boa foda de dois homens que babavam por suas mulheres. Alucinação coletiva. Nada mais. Sim, não a tocaria e seu problema “hipertricosis” se iria. Isso era perfeito. Chipp e Wolff pareciam hippies dos anos setenta, absolutamente felizes, se sentiam completamente felizes de que Ty houvesse encontrado sua companheira. Os três haviam passado uma vida muito solitária e deles, Ty era quem mais o necessitava. Fazia bastante tempo tinha se tornado quase insensível, o único que lhe interessava era a busca pela causa da morte de Joseph e Gemma, seu trabalho no FBI e as morenas altas, e tudo de uma forma impessoal. Olhando a pequeno elfo sentada na sala os dois riam de uma piada compartilhada entre eles. Era perfeita para Ty. Summer e Keiji também se sentiam nas nuvens. Tudo havia saído melhor que o planejado. Por fim Ty e Jane tinham se conhecido, depois de meses de tentativas fracassadas. E Ty havia respondido a sua companheira de uma maneira tão profunda que não havia nada que interporia entre os dois. Realmente tudo estava perfeito. Jane olhou a Ty tão zangado e se sentou ao seu lado, sem sequer perguntar se aquele lugar lhe correspondia, para sussurrar para ele, “e para todos”. – Não se sinta mal, já falei com as garotas. Elas já entenderam que está doente.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando as gargalhadas gerais encheram a sala, Jane percebeu que havia perdido alguma piada que devia ter sido contada por alguém. Todos riram até quase as lágrimas, menos Ty e ela. Para consolá-lo tomou sua mão de debaixo da toalha da mesa e a pôs no dorso de sua mão e deu duas ternas palmadinhas. Quando Ty sentiu sua mão pegando a dele sentiu seu mau-humor evaporar-se como em um passe de mágica. Deu a volta em sua mão e a abriu para apertar a mão da chapeuzinho com força. O doce sorriso em seu rosto apagou para sempre a imagem de qualquer morena de longas pernas futura ou passada na vida de Ty. Nesse mesmo segundo percebeu que tanto ele como seu lobo estavam profundamente apaixonados pelo Chapeuzinho Vermelho. Os dedos da Chapeuzinho brincaram com suas largas unhas. Era incrível. Essa preciosa coisinha estava o defendendo diante de todos e dando-lhe ânimo. O lobo dentro dele rugia de felicidade. Quando levantou o rosto para Keiji a pegou os observando. Uma suspeita se fez presente em sua cabeça confundida. Por acaso as muito sem vergonha o haviam enganado e a Chapeuzinho era seu encontro morena de longas pernas? Olhou a Summer. Não precisava nem perguntar. Essas cachorras traidoras. Que se esquecessem de novos presentes no futuro. - E como está Chicago? – Perguntou Wolff a Ty, tentando romper o silencio; Ty ainda não tinha regressado completamente o lobo a seu interior, de forma que todos eram testemunhas da sua fisionomia quase canina. - Carne? – Perguntou Summer a Jane. Também tentando aliviar o clima. - Não, obrigada. Sou vegetariana. Todos a olharam. - E desde quando é assim? – Perguntou Keiji. - Desde que abri meu primeiro cadáver. Ty que estava bebendo se engasgou. Sem nenhum problema ela soltou sua mão e lhe passou um guardanapo. Ty seguia em estado de estupor. “Deus, pequena, ruiva e vegetariana.” A mulher que havia esperado toda sua vida... “não encontrar”. O clima podia ser cortado com uma faca. Ty somente pensava como iria fazer para levá-la para a cama, mas também em seu medo de não machucá-la. “Demônios”. O que faria
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca se ela fosse virgem? Ok, descartado, ninguém tão linda passaria pela Universidade sem namorar. Mas era impossível que o lobo fosse cuidadoso. Jamais havia feito amor com uma virgem. Bem, havia descartado que ela fosse uma, fim da questão A. E agora a B: E se ela não pensava o mesmo? E se ela não o desejava? O cós de sua calça não podia negar o evidente, a havia desejado desde a primeira vez em que a viu, mas... acaso havia cheirado se ela o desejava? De repente foi consciente de seu acrescentado sentido de olfato estendendo-se até Jane para saber se ela o desejava. Mas o que recebeu de volta foi somente um intoxicante e embriagador cheiro de flores brancas. “Que maldito demônio!” Jamais havia deixado de perceber o cheiro de uma calcinha molhada de desejo de uma mulher. E agora não? Ou será que ela não o desejava? De repente se sentiu profundamente incômodo. Ela não o desejava? Perfeito. O desgosto se levantou dentro dele como um tsunami. Uma vez mais estava de mau humor. Perfeito. - Ty, mais carne? – Perguntou Keiji. Ty a olhou como se Keiji tivesse duas cabeças. “Perfeito, agora não tinha nem sequer apetite!” E isso, jamais havia acontecido. - Não, estou sem apetite. – Lhe respondeu com um grunhido. Jane se voltou até ele e lhe perguntou: - Sempre tem tão pouco apetite Senhor Brunet? Ty nem sequer lhe respondeu, pegou o guardanapo que estava em seu colo e escondeu o rosto. Um novo silencio se fez na mesa. E quando sentiu essa mãozinha dando tapinhas consolaras em suas costas foi a gota que transbordou o copo. - Não se preocupe Inspetor Brunet. – Disse a doce voz de Jane Monroy. - Está entre amigos e se não tem muito apetite todos o entenderemos, não é verdade? – Olhou a todos, exigindo com seu olhar que todos dissessem sim. Wolff e Chipp estavam vermelhos, não de vergonha e sim do esforço que estavam empregando tentando segurar as gargalhadas. Summer e Keiji estavam pálidas. Pensavam que a qualquer momento Ty se levantaria da mesa e sairia dali. O som de um telefone impediu que isso acontecesse. Jane se levantou até a sua pequena bolsa e abriu o telefone. Escutou e simplesmente disse. – Estou indo.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Girou até eles e lhes disse: - Precisam de mim no hospital. Lamento Keiji. - Te levarei. – Disse Ty pondo-se de pé. - Não é necessário, trouxe meu jipe. - Te levarei e aproveitarei para ver Castillo. – Tomou sua jaqueta e saiu sem sequer olhá-la. - Eu levarei seu Jipe até sua casa, Jane. – Lhe disse Wolff enquanto a ajudava a colocar seu casaco longo. - Não se preocupe Jane. – Disse Keiji saudando-a. Jane saiu e Ty a estava esperando para subir em sua caminhonete. Obvio para um homem tão grande como ele, de um modelo um pouco antigo, mas enorme em suas dimensões. Quando Jane chegou à porta olhou para cima como se tivesse que escalar o monte Mackinley. Quando estava para regressar a seu cômodo e amado jipe se sentiu ser erguida, levantada no ar e depositada no assento. Ty a havia tomado pela cintura e sem sequer dar-se conta a havia levantado. Jane respirou não somente devido à surpresa senão pela sensação estranha de ter as mãos desse homem em seu corpo. - Obrigada... – conseguiu responder antes de Ty fechar a porta. Deu a volta na caminhonete, subiu e arrancou. Ty estava sério, perdido em seus pensamentos. Jane o olhou. Era tão grande. - Quanto mede? – Perguntou sem se dar conta. Ty a olhou brevemente e respondeu. – Um e noventa e quatro. Jane sorriu. – Sem sapatos. – Disse com humor. Ty a olhou de novo e sorriu também. – Sem sapatos. - E quanto tempo tem que está na polícia? - Desde que completei vinte anos, faz dezoito anos. – Respondeu sem olhá-la. “Trinta e oito anos.” Fez as contas Jane. - E faz quanto tempo que tem o problema de Hipertricosis? Quando viu Ty respirar profundamente supôs que não havia sido uma boa pergunta. - Desculpe, não queria perturbá-lo. - Não me perturbou. O que lhe disseram do hospital? “Pobrezinho, trocando de tema.” – Acidente em cadeia. Quatro carros. Veja.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Nesse momento puderam ver a quantidade de veículos chegando com eles ao hospital. Em uma cidade pequena algo assim conseguia muita atenção. Ty parou o veículo. Abriu a porta e desceu. Jane havia aberto a sua porta também, mas não pode descer. Dessa altura somente podia fazê-lo saltando e de salto agulha, mesmo sendo de uma bota, não seria nada mais que um suicídio. Seu problema se resolveu em dois segundos, a alta figura de Ty a estava observando. Ela somente estendeu seus braços até ele e Ty se rendeu por completo. A tomou pela cintura e a atraiu até ele e a beijou na boca, não foi um beijo longo, mas sim profundo. De repente sua língua abriu caminho até a dela e Jane não teve mais remédio que dar-lhe passo. Seu sabor a golpeou como se fosse uma locomotiva. Foi tão estranho beijá-lo, enredar sua língua entre seus dentes e sentir sua língua buscando a sua. De repente a soltou e ela se sentiu sem ar. Como um furacão no oceano, sentiu como seu corpo respondia ao dela. Jamais havia se molhado por um homem e aqui estava babando por um desconhecido que lhe daria seu primeiro Nobel. Ty inalou e sorriu. Um sorriso de orelha a orelha enquanto a baixava ao chão. As pernas de Jane tremeram. “As botas”, se disse Jane. “Meu beijo”, pensou Ty. De repente a gritaria dos repórteres avançou sobre Jane. Os microfones e as luzes em sua cara a obrigaram a retroceder e se chocar contra Ty. Ty se adiantou abraçando Jane e começou a avançar como uma escavadeira. Ninguém conseguiria se aproximar dela o suficiente, nem para roçar nela. - Obrigada. – Lhe disse Jane. Em quanto transpassou a porta uma enfermeira lhe alcançou com uma bata e Jane caminhou até a sala de emergências, a enfermeira já ia falando de pacientes e do que lhes tinha acontecido. Ty ficou parado e ficou olhando a Chapeuzinho desaparecer em seus altos saltos agulhas. Pensou durante um momento, pegou seu celular e ligou para Chipp. - Chipp, diga-me onde mora Jane. - Jane, em Morrisson e... espera... – Evidentemente passou o telefone a Keiji. - O que aconteceu Ty?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Diga-me onde vive Jane. Tem muito trabalho por diante e usa um calçado que vai matá-la. - Morrison, 1238. É uma pequena casa, deixa a chave debaixo do tapete. - Um lugar muito improvável não? Obrigada Keiji. - Ty? – Gritou Keiji. - O que? – Perguntou sério. - Que doce que você se preocupe com ela. - Você e essa intrometida da Summer me devem uma boa explicação. – Lhe disse e cortou. Seu rosto refletia um sorriso. Ty guardou seu celular colocando-o no cinturão do cós de suas calças e saiu para sua caminhonete. Fora as pessoas seguiam amontoadas. Ao que parecia estavam chegando os parentes dos feridos. A casa de Jane não ficava muito longe, apenas a duas quadras do hospital. Como Keiji lhe havia informado a chave estava debaixo do tapete na entrada. A pegou e entrou. Seu perfume fresco e sutil encheu seus sentidos. Muitas plantas... de plástico. Assim que minha “Chapeuzinho não consegue manter suas plantas vivas
... livros por todos
os lados e sobre a pequena mesa da sala principal vários livros estavam abertos, se aproximou, se sentou em um cômodo sofá e folheou os livros; todos tratavam o mesmo tema: “Hipertricosis”, Ty sorriu. “Janieblue” teria uma grande surpresa. De repente se levantou e se dirigiu para aquele que parecia ser seu quarto. Jamais poderiam fazer amor nessa cama, parecia mais a cama de “Cachinhos de Ouro”. Todo o quarto era como um quarto de uma menina. Rosas e tons pastel nas cortinas, na colcha, almofadas, bem podia imaginá-la como uma princesinha de contos de fada, somente que o fato é que era um elfo ruivo e... vegetariano. Parou na porta e olhou a mesa de cabeceira, abriu e viu um par de sapatilhas com solado de borracha, as pegou em suas mãos e se dispôs a sair. Estava já se aproximando a porta quando se deteve. “Não, não o faça, é um policial, recorda!” Tentou convencer-se sem consegui-lo, girou e abriu o gabinete do pequeno armário de várias gavetas a um lado do quarto.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Seu perfume o inundou, fechou os olhos e lembrou de seu sabor. Seu pênis alcançou uma dimensão incomoda enquanto suas unhas cresciam sem controle. Olhou-se no espelho. Se ainda ficava alguma duvida do que Chipp e Wolff haviam tentado lhe dizer se evaporou ao ver o rosto refletido nele. Assim que isso era o que a Chapeuzinho via quando o olhava. Um rosto de olhos escuros, em um dos quais uma longa e delgada cicatriz rompia até cortar uma de suas sobrancelhas. Uma barba espessa de talvez uma semana e seus lábios estavam um pouco mais volumosos pelos longos incisivos que sabia que se escondiam atrás deles. Levantou suas mãos ao espelho. As mãos do homem estavam cobertas por um fino e espesso pelo escuro e coroadas com longas unhas e grossas um pouco encurvadas. E somente havia sentido seu cheiro e um pouco do seu sabor. Chapeuzinho tinha o completo controle do lobo dentro dele. O que faria a respeito? Ou melhor, ainda... o que havia mesmo se dito, que nunca tocaria nela? Se seu corpo estava tendo esse tipo de reação evidente não estávamos falando de uma alucinação coletiva. Então o Nehann... se preocuparia com isso depois, talvez nem sequer estava destinado a senti-lo. De repente suas longas unhas se enredaram em algo, levantou e encontrou uma pequena calcinha vermelha. “Obvio, que outra cor iria usar a Chapeuzinho Vermelho”. De suave algodão, as olhou e percorreu sua textura. Seu agudo sentido de olfato recolheu seu cheiro. Seu pênis se sacudiu com tanta força que teve que apoiar-se e abrir as pernas. Seus olhos se concentraram em um corpete branco, quase transparente com pequenas florzinhas de renda em alto relevo. Seu pênis suplicou por alívio. Baixou seu zíper e tomou seu longo membro nas mãos, o percorreu de cima a baixo, e o soltou. “Não, não podia fazer isso”, se disse. Sua enorme verga com força se estendeu até seu umbigo, curvando-se e recostandose no seu estômago. Em sua ponta podia se ver claramente uma pérola de sêmen. Voltou a tomar seu pênis na mão e a fechou ao redor dele, como se fosse uma luva. Espalhou sua própria umidade ao longo de todo seu membro. Suas mãos eram muito grandes e o haviam rodeado por completo, Começou a masturbar-se. Olhando a roupa intima de Jane não lhe levou muito tempo sentir-se a ponto de explodir. O algodão recebeu seu sêmen. Quando recuperou seu senso percebeu da magnitude do que havia feito.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Tinha acabado de gozar somente olhando suas roupas intimas e sentindo seu cheiro impregnar cada parte de seu corpo. “Já não tinha mais volta Ty Brunet”, se disse. Apertou sua calcinha em suas mãos. E a meteu no bolso da sua calça. Foi até o banheiro, se limpou e regressou a pegar a sapatilha que tinha vindo buscar. Quando chegou ao hospital, se aproximou da enfermeira que havia recebido Jane uma hora atrás. - Senhora... – Olhou sua identificação. – Morgan. Me faria a gentileza de levar isso aqui para a Doutora Monroy. É um calçado mais cômodo. – Lhe indicou antes que ela perguntasse. - É claro, senhor... – Esperou que dissesse seu nome com um sorriso. - Brunet. A enfermeira desapareceu de suas vistas, assim se dirigiu até as dependências de onde haviam colocado Castillo.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
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A Busca Capítulo 06 - Doutora Monroy, esse seu incrivelmente bonito homem me pediu que lhe entregasse isso. Jane a olhou absolutamente confundida, abriu a bolsa de papel e encontrou suas sapatilhas. “Minhas sapatilhas? Mas como?” - Quem te entregou isso? - Esse bonito bombom que tinha escondido. – Acrescentou Sara Morganm dando-lhe um golpezinho brincalhão no ombro. Quase vinte centímetros maior que Jane e com quase 50 quilos a mais, conseguiu movê-la sobre seus altos saltos. - Bonito bombom? – Jane sorriu. Agora sim que não estava entendendo nada. Não conhecia a nenhum bonito bombom. - O morenaço. – Acrescentou Sarah. - Morenaço? - Vamos Doutora Monroy, o homem... Brunet, lhe trouxe um calçado mais confortável. - Brunet? – De repente Jane se enfureceu. – Me surpreende Sarah. – Lhe disse em tom de voz cortante. – É uma enfermeira. Como pode fazer menos desse homem. – Tomou a bolsa de papel de sua mão e girou zangada. Sarah jamais imaginou o que havia acontecido. Que aquela que acreditava era a melhor enfermeira do Hospital se burlasse de Brunet por sua enfermidade era sem precedente. Quando chegou a sala de descanso se sentou no sofá de sempre e desprendeu suas longas botas. Não sabia como Brunet as havia
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca encontrado. Talvez Keiji as havia levado, mas estava infinitamente agradecida e seus pés também. Estava amarrando os cadarços quando seu coração disparou e não por causa de um ataque. Nunca, jamais, ninguém tinha se preocupado com ela. E ele havia levado para ela uma sapatilha sem nem ela se dar conta, somente por saber que ela ainda tinha muitas horas de serviço por diante. Um enorme sorriso iluminou seu rosto e seu coração se aqueceu. Esse homem... era... exasperante, mal-educado, e o homem mais doce que já havia conhecido. No momento em que acabou de amarrar o cadarço entrou na sala a enfermeira Sarah: - Doutora precisam de você na sala três. Sala três, um dos mais graves dos acidentados. Jane saiu correndo.
Brunet ficou com Castillo nas seguintes dezoito horas. Quando olhou ao relógio levantou pela décima vez o telefone. - A Doutora Monroy. – Disse para a operadora. - Acaba de terminar uma operação. Agora posso colocar ela em comunicação. O faço agora? - Não, obrigado. Ela está na sala de descanso? - Não sei dizer senhor, mas é provável. - Bem, obrigado. – Disse Ty e desligou. Castillo o olhava. Ty havia perguntado por ela uma vez por hora durante as últimas dez horas. - Acaba de terminar de operar. Vou levá-la para casa. Faz dezoito horas que não dorme e esteve toda a noite de ontem... não... anteontem acordada. – Lhe disse Ty sem que Castillo lhe perguntasse nada. - Bem, dê-lhe minhas saudações. – Lhe disse Castillo, durante as últimas dezoito horas Jane havia falado três vezes com a enfermeira a cargo de Castillo, lhe havia mandado
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca saudações e pedido desculpas, mas o acidente tinha colocado o hospital de cabeça para baixo. Quando viu sair Brunet, Castillo sorriu. Esse homem não havia deixado de pensar nela nem um segundo desde que havia chegado, nem se havia movido do hospital tão pouco.
Quando Ty entrou na sala de descanso. Dois médicos comiam na mesa localizada a um lado. Os saudou com a cabeça e perguntou: - A doutora Monroy? Um dos médicos lhe fez um sinal de silêncio com a mão e outro assinalou o sofá. Quando caminhou até o sofá a viu, sua preciosa Chapeuzinho era uma bolinha no sofá. Havia coberto a cabeça com a bata e recolhido às pernas embaixo de seu corpo. Aproximou-se e se inclinou baixando até ficar na sua altura. - Janieblue. – Sussurrou. Ela nem se moveu. – Janieblue. - Ummm... – Respondeu ainda adormecida. Ty sorriu. - Vamos para casa Chapeuzinho. Ty a levantou em seus braços e saiu com ela do Hospital. A enfermeira Morgan sorriu quando viu a doutora Monroy pendurada profundamente adormecida nos braços desse pedaço de homem. - Estou levando-a enfermeira. E ela vai tomar o resto do dia de descanso. – Sem deixar nenhuma opção. Ty levou sua carga para a caminhonete. A depositou no assento e quando subiu arrancou em direção a sua casa. Era impossível que ele conseguisse se acomodar na caminha dela. Ao chegar a sua casa estacionou sua caminhonete na garagem ao lado da casa. A casa tinha um ar cálido e moderno, muita madeira, amplos cômodos: sala de estar, cozinha, escritório, dormitórios e um amplo banheiro. Localizada em um terreno selvagem, a beleza da cada estava no seu entorno. Nunca o havia pensado, mas parecia uma casa construída
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca para um conto de crianças, para Chapeuzinho Vermelho na verdade. Esta ideia o fez sorrir. Uma chaminé que a manteria quente nos duros e longos invernos do Alaska. Móveis de carvalho, duros, maciços, sofás cômodos de couro marrom. Uma biblioteca de livros científicos. Algumas fotografias de cenários naturais e animais do Alaska, e justo acima da biblioteca uma enorme foto de Joseph, Gemma, Chipp e ele, nos dias mais felizes da sua infância. Ty levou sua preciosa carga até o sofá e a deixou sobre ele, como ela não se moveu a cobriu com uma colcha com motivos mexicanos, foi ao banheiro e abriu a torneira da banheira e começou a enche-lá. Procurou pelo sabão líquido para fazer espuma, mas achou que pinho era masculino demais para a Chapeuzinho, então escolheu um sabão neutro. Quando a banheira estava cheia, desligou e foi em busca da sua convidada. Seguia tal e qual a tinha deixado. A levantou. - Não pensa acordar Janieblue? – Lhe perguntou enquanto se sentava em uma espreguiçadeira no banheiro, dessas em que dormem os bebês. A havia comprado não sabia o porquê, já fazia alguns anos e havia colocado no banheiro. Tão pouco sabia o porquê. Sentou com sua carga em seu colo. Começou tirando-lhe as sapatilhas que havia levado para ela. Seus pés eram pequeninos, Deus, ela era toda pequenina. “Chapeuzinho de bolso.” - Não vai despertar Chapeuzinho de bolso? – Insistiu Ty e Jane nem sequer se moveu. Ty buscou em suas costas o fecho e o abriu. Começou a deslizar o vestido de veludo azul escuro lentamente por seus braços. Debaixo ela levava um conjunto de sutiã e calcinha de cor lilás muito suave. Ty sorriu e se pôs acalorado recordando o que havia feito com suas calcinhas vermelha. “Assim que a minha pequena ruiva não esta completamente coberta de sardas”, se disse percorrendo seus ombros, seus braços e seus peitos, apenas umas poucas e pequenas sardas que estava seguro podia ate contar algum dia. Quando o vestido esteve fora de seus braços, desprendeu seu sutiã e acariciou as marcas que os elásticos haviam deixado. Sua pele parecia seda, podia sentir as profundas diferenças entre a suavidade da sua pele e a aspereza de seus dedos. Ainda assim percorreu as marcas, apenas roçando-as. Ty nem sequer percebeu em que momento suas unhas cresceram. Quando o sutiã caiu no chão olhou seus peitos. Eram magníficos, grandes, incrivelmente suaves ao tato, com gordos mamilos rosados e uma aureola que o voltou louco, parecia do tamanho de sua boca. Morria de vontade de ver se coincidia. Cuidado Ty,
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca ela está exausta, trabalhou por mais de dezoito horas sem parar. As largas pestanas que faziam sombra em suas bochechas o comoveram, baixou o vestido até sua bunda e dão desceu-o junto com sua calcinha, a levantou alguns centímetros, só o suficiente para baixálos juntos: vestido e calcinha. Nem ele, nem seu lobo, estavam preparados para ver o espesso pelo avermelhado de seu sexo. “Vermelho cobre”, uma mata de profusos cachos, que o fez babar literalmente. Por um segundo teve que fechar os olhos e buscar a imagem do homem dentro dele, porque o lobo já havia tomado o mando. Sentia seu coração galopar sem controle enquanto seu cérebro tentava racionalizar. Por Deus, lutou por deixar de perguntar-se se sua vulva tinha o mesmo tom avermelhado de seus cachos. Seus dedos se apertaram em punhos. Um suave gemido de dor de Jane o tirou da pura luxuria em que se encontrava. Provavelmente a havia arranhado com alguma das suas unhas. - O sinto Chapeuzinho. O sinto bebê. Buscando recuperar o controle se levantou com ela nos braços, o vestido com sua calcinha caiu aos seus pés. A levou até a banheira e colocou dentro. - O que... o que está fazendo... – Lhe perguntou adormecida Jane. - Estamos lhe dando banho, Janieblue. Quando Jane ouviu seu antigo apelido, que ninguém conhecia, soube que estava sonhando. Um delicioso sonho onde um homem lobo a banhava. Fechou os olhos e se deixou levar pelo sonho. Ty a havia instalado na banheira quando viu que ela fechava os olhos. Sorriu disposto a banhá-la, ao tentar pegar o sabonete se deu conta de que teria que colocar as mangas de sua camisa dentro da água, assim que a desvestiu rapidamente. Desnudo se aproximou dela e Jane sorriu. Sim. Era o melhor sonho que tinha desde que sonhou que ia a Disneylândia. Esse homem era puro músculo. Magro, forte, e tão poderosamente masculino que sentiu sua boceta dilatar-se. Nunca havia tido um sonho úmido, na verdade nunca tinha ficado molhada por ninguém. Na Universidade ninguém lhe deu a oportunidade ou se aproximou com intenção amorosa dela, todos sabiam que era menor de idade. E era muito inteligente. Barreiras impenetráveis, que se mantiveram até depois de formada. Já não era de menor, mas ainda era muito inteligente. Um alto coeficiente intelectual não melhora suas relações amorosas.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Nem as inicia. E sem adicionar ter que trabalhar vinte horas em uma profissão demandante, completava o triste panorama de um solteirona sem esperanças aos vinte e sete anos e sem sinal de mudança em um futuro próximo ou mais ao longe. Mas seu sonho...vamos lá, seu sonho era extraordinário. Enormes mãos, fortes, raspando centímetro por centímetro de sua pele deliciosamente. Água quente, e uma sensação de segurança tão esmagadora que a fez estirar-se na banheira. Quando Ty viu seus peitos o lobo ficou incontrolável. Pôs um de seus braços atrás de suas costas e manteve seus peitos acima da água enquanto sua boca prendia o mamilo. Pode sentir em sua boca como o broto se endurecia. O lobo abriu sua boca bem grande para agarrar tudo o que pudesse e ficou eufórico quando percebeu que seus peitos eram maiores do que sua boca. Se amamentou com força fazendo com que Jane gemesse. Seu sabor, seu doce gemido apagaram de sua mente qualquer outra coisa que não fosse chupá-la. De um mamilo passou para o outro. E chupou, chupou e chupou até que sentiu Jane tremer com as convulsões de um orgasmo. O lobo soltou seu peito e a levantou. Sua pele completamente engrossada estava pedindo a gritos que adotasse a posição e completasse a troca, mas não podia fazê-lo com ela dormindo em seus braços. Pegou uma das suas toalhas e a cobriu com ela enquanto a levava até a cama. A secou e a pôs sobre a cama. Abriu as colchas e a colocou entre elas. Acomodou sua cabeça nos travesseiros e soltou seu coque. Um longo cabelo cacheado. Ty percebeu que fazia quase dois dias que estava com o cabelo preso e sem sequer perceber começou a massagear seu cabelo. Jane dormia. E o lobo se enterneceu por seu rosto de elfo gemendo suavemente enquanto a massageava. E retrocedeu um pouco. Contra todos os seus princípios se deu a volta e deitou-se com ela na cama. Jane percebeu seu calor e se aproximou de seu corpo. - Meu lobo. – Disse em um sussurro Jane. E Ty fechou os olhos, mordeu seus lábios e atraiu Jane até seu corpo e sua... tremenda ereção. A pequena ruiva montou sobre ela metendo-se entre suas pernas. Não somente isso. Se movimentava contra seu pênis. Um suave vai e vem de frente para trás, um doce roce de sua suave e úmida boceta contra sua endurecida verga.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca E o lobo grunhiu. O suave ressonar de Jane impediu que a tombasse de quatro e a tomasse. Ty tentou acalmar seus sentidos fazendo o que fazia a mais de quinze anos, iniciou seus exercícios de relaxamento até que adormeceu.
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A Busca Capítulo 07 Quando Jane despertou a primeira coisa que percebeu é que não estava no hospital, senão... Abraçada a um corpo... Vivo... E masculino... E sem roupas... Isso foi suficiente para evaporar os restos do sono que ainda ficava. Ergueu-se lentamente procurando fugir e abriu os olhos dolorosamente, não queria ver com quem havia dormido, mas tinha que fazê-lo. O homem que dormia a seu lado era moreno e lindo, “um bonito bombom, morenaço”. Deus, quem é? Jane olhou seu rosto, um longo cabelo negro. Podia ver umas madeixas soltas quase roçando sua cintura, um manto negro, grosso, abundante. Longas pestanas negras, profundamente arqueadas, um rosto lindamente masculino e que nem mesmo essa cicatriz fina e longa era capaz de prejudicar. “Uma cicatriz? UMA CICARTIZ??” Ty Brunet. O grito ressoou em seu cérebro com potencia nuclear. Estava na cama com Ty Brunet. De repente recordou. E sua hipertricosis? Deus, esse homem com certeza lhe daria um prêmio Nobel. Jane se sentou em seu lado. Estava completamente adormecido. Um gigante em repouso. Uma suave respiração levantava e abaixava um impressionante torso... Como será?... Sem questionar-se ou dar-se tempo para fazê-lo e com infinito cuidado puxou a
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca manta que o cobria até o peito. “Deus, se algum dia quiser saber como são os melhores peitorais do mundo procure por Ty Brunet.” E seus bíceps? Jane pôs suas mãos sobre eles se tocá-los e mal conseguiu cobrir a parte da frente deles, nem sequer sonhou em rodeá-los. Um deles tinha um estranho desenho tatuado, uma larga série de patinhas de lobo rodeadas por uma jóia. Um suave e fino pêlo cobria seu peito. Os dedos de Jane se moveram graciosos e silenciosamente tirando um pouco mais a mantas. “Puro interesse médico” se disse enquanto seus olhos seguiam a flecha que apontava diretamente até embaixo... quando a folha caiu um pouco mais na frente... encontrou a massiva ereção, a maior que seus olhos já havia posto os olhos. Era uma barra incrivelmente grande, grossa e longa... apontando desde um escuro ninho de cachos negros e pelo visto diretamente para sua boca. Jane respirou com força buscando um pouco de ar, pois repentinamente tinha desaparecido do quarto. - Te agrada o que vê Chapeuzinho Vermelho? – Perguntou a rouca voz de Ty. Os incrivelmente azuis olhos de Jane se abriram espantados que a houvesse pego olhando... “isso”. - Senhor Brunet! – Exclamou. Ty olhou fascinado como desde de seus peitos até seu rosto subia esse tom rosado que destacou suas sardas douradas em seu nariz. Jane nem sequer se perguntou o que olhava Ty Brunet, já o sabia e por isso puxou um pouco mais a colcha e se cobriu, mas o pedaço de colcha que puxou foi o suficiente para descobrir completamente a ereção de Ty, sua verga erguida se recostou contra seu abdômen pelo seu próprio peso. E não é que nunca tinha visto uma ereção, pelo amor de Deus era uma médica. Mas ver “isso” tão cheio de vida, movendo-se sozinho sobre o duro abdômen de Ty Mais adiante, ao puxar a coberta tinha deixado algo mais a vista... havia descoberto a pesada bolsa dos testículos, escura... enormes... “Deus, estava em problemas!” Ty se levantou a pegou em seus braços e a recostou sobre a cama. Os dados foram jogados. Havia perdido. Completamente. Totalmente. Nem sequer se perguntaria se era ou não sua companheira. “Era sua”. O lobo surgiu nele e Jane disse “ohhh”.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Diante de seus olhos o lindo rosto de Ty estava cobrindo-se de barba, olhou seus braços que ainda a sustentavam recobrindo-se de pêlos. Olhou seu rosto e pode notar seus incisivos, até uns instantes atrás não estavam ali. - É um estranho caso de hipertricosis senhor Brunet. – Disse Jane. – Talvez um caso nunca detectado. Ty sorriu e abaixou sua cabeça para beijá-la. Desta vez tomou todo tempo do mundo. Uma lenta exploração de sua língua, uma lenta e doce exploração de todas as suas curvas, de seus dentes, de sua língua. A agarrou com a sua e a atraiu até dentro da sua boca. Ty jamais havia provado nada mais gostoso. Jane respondeu fazendo aquilo que ele queria se enrolou na sua língua. Aprendeu seu sabor e se perdeu nele. Quando Ty chupou sua língua ela repetiu o mesmo com a dele. Se sentia embriagada, bêbada e não queria que ele deixasse de beijá-la. Quando Ty se afastou para tomar ar ela se queixou. - Não... – Lhe disse como se estivesse drogada. Sentiu mover-se algo sobre sua barriga, e soube que era seu pênis, olhou para baixo e viu sua enorme cabeça avermelhada e soube que o queria... Agora. Dentro dela. Profundamente dentro dela. E quando ele a olhou e viu nos seus olhos azuis a mesma fome selvagem que o corroia, Ty balbuciou: - Chapeuzinho... nunca fiz isso... Jane nem sequer o deixou completar o que estava falando. Pôs sua mão sobre sua boca e disse: - Não se preocupe, eu também sou virgem. Mas sei o que teremos que fazer. Ty ficou congelado, um longo minuto no qual tentou entender o que ela lhe havia dito e o que foi que ela havia entendido. “Acaso acredita que sou virgem? Ela é virgem?” Seus piores pesadelos e temores tomavam corpo. De repente sua cabeça compreendeu seu comentário em toda sua magnitude. E se lançou a rir. Teve que sair de cima dela para rir. Com força.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca “Está nervoso, meu pobre amor.” Jane também se congelou. O que acabava de pensar? “Amor? Acaso havia se apaixonado desse homem? Mas se nem sequer o conhecia? Não sabia nada dele a não ser que sofria de uma estranha variedade de Hipertricosis e que era virgem... E o amava.” O deixou rir até que Ty somente deixou em seu rosto uma expressão de absoluta felicidade. - Pequena Chapeuzinho. – Lhe disse. – Tem algumas coisas que deve saber. Jane se sentou sustentando sobre ela a colcha e levou uma mão até seu braço em um gesto de calma. - Não se preocupe. Já te disse, eu também sou virgem e tenho certeza que o faremos bem. - Não... Começou a dizer Ty quando Jane o interrompeu: - Não? – Jane sorriu. – Claro que sim, não fique com medo... – Seu tom era o perfeito tom que usava quando tentava alentar a seus estudantes residentes a provar suas alas, enquanto lhe dava pequenas palmadinhas em suas mãos. – Pois o primeiro que dizem os livros você já tem. – Seus dedos assinalaram sua verga. – “Isso” está mais do que preparado. Não tenha medo. Sou médica. E sei como funciona. Ty não pode mais e lhe beijou. Um beijo longo e úmido. Quando a soltou
lhe
disse: - Vou te dizer algumas coisas e quero que me ouça até que termine, certo? Ficou claro? - Mas... - Sem mas chapeuzinho, somente vai me escutar. Afirma com sua cabeça se a resposta for sim. Jane cabeceou afirmativamente. Ty se sentou de frente para ela com as pernas cruzadas de baixo de suas cochas. “Parece um índio pele vermelha” pensou Jane, dispondo-se a escutar o que era isso que o preocupava tanto. Mas seus olhos viajavam sobre o corpo desse maravilhoso espécime. O fino pelo que o cobria o fazia mais atrativo. Como era possível? “Vai ver lhe agradam os peludos e nem o sabia?”
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Ty a olhou e estalou os dedos na frente de seu rosto. Jane baixou de sua nuvem de contemplação amorosa e o olhou disposta a prestar todo o apoio a esse homem. Sem importar o que lhe dissesse. - Não sofro de Hipertricosis aguda ou grave. Não sofro de enfermidade alguma, na verdade os da minha raça adoecem muito raramente. “Estou em um sonho não. Esse esplendido homem é louco. Não é justo.” – Minha raça? – Realçou suavemente. - Disse que não falaria até terminar, lembra? Uma nova cabeceada de confirmação que sim, já haviam falado sobre isso. - Bem, sim, minha raça. Uma raça muito antiga, tanto que ninguém sabe exatamente quando foi sua origem. Ainda que alguns digam que nossa origem tenha sido na Rússia. Sou um Weremindful, uma raça de homens lobos... – A boca aberta de Jane o obrigou a levantar a mão. – Não fale! – O sorriso de Jane desapareceu. – Acredito que muitas das lendas do cinema e da literatura tenham sido criadas sendo inspiradas pelo nosso povo. Sim, chapeuzinho, sou um lobo. E posso demonstrá-lo. Estou seguro que tudo o que sua mente analítica pode desejar sejam provas. Quer uma prova? Ahahahaha... sem falar, apenas confirma com a cabeça... somente confirma. Jane o olhou, séria. “Completamente louco. Se ele começasse a uivar nesse momento seria a mulher mais infeliz do mundo. Pobrezinho. Talvez a hipertricosis fosse tão grave tenha afetado seu cérebro. Deus, que injusto. Um homem tão lindo e inteligente, completamente pirado.” Assim fez o que qualquer doutor faria. Seguiria a corrente, assim confirmou. Ty se levantou e ficou parado gloriosamente nu em pé ao lado de sua cama. - Não tenha medo Janieblue, terei o corpo de um lobo, mas... “Deus, está completamente louco.“ - ... Minha mente será completamente consciente de tudo. Não irá me escutar falar. “Ao menos tem um pouco de coerência na sua loucura, um lobo falando, sim, ai sim seria caso de camisa de força.” - Agora recorda isso: o que terá na sua frente serei eu dentro de um corpo de lobo. Está claro?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Jane afirmou. Seus olhos já começavam a encher-se de lágrimas. “Alguém tão jovem e tão lindo, louco de atar. Não havia justiça, parecia destinada a apaixonar-se por...” Enquanto Jane se revolvia em seus pensamentos Ty se pôs de quatro patas e convocou seu lobo.
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
Uns segundos depois a enorme figura de Ty ondeou, como se não fosse real e fosse à verdade sua imagem refletida em um espelho de água que alguém acabou de revolver. “Parecia destinada a apaixonar-se por... um ... lobo.” Ali onde Ty estava havia aparecido um enorme lobo negro. Que parecia olhá-la sem mover-se. Jane se esqueceu de que estava sustentando o lençol sobre seus peitos nus e a soltou para levantar suas mãos até seus olhos, esfregar e esperar... sim, esperou uns segundos. Esta alucinação passaria, assim que abrisse os olhos sabia que fosse o que visse seria ruim, um: seu lindo senhor Brunet a ponto de entrar em uma camisa de força ou, dois: um lindo lobo negro o que indicaria que ela é que entraria em uma camisa de força. Esperou um minuto, dois e quando pensou que não poderia continuar adiando a realidade, fosse a qual fosse, abriu os olhos. Ali, onde estava Ty, seguia parado um enorme lobo negro. O lobo se levantou e saltou em cima da cama. O que fez Jane recuar, o lobo se aproximou e a cheirou, logo se aproximou um pouco mais e lambeu com sua enorme língua um de seus mamilos. Uma longa caricia úmida que repetiu no outro seio. Jane sentia que não respirava. O lobo a soltou e recuou, Jane o olhou e estirou sua mão e tocou sua longa pelagem. Se sentia tão real, “é real, é real” se repetiu Jane. Jane se moveu sobre a cama e saiu dela, completamente nua e olhou ao lobo, rodeou a cama olhando-o, sem tirar a vista dele, enquanto o lobo ficava completamente quieto aceitava a inspeção minuciosa dela.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Todo nesse lobo era imenso, inclusive... seu membro. Deus, não podia pensar em outra coisa... Por acaso alguém já havia visto um homem lobo? “Não. Nunca. Não existem.” E ela acabava de ver um homem converter-se em lobo e o único que olhava era seu membro. Deus, se supunha que tinha um coeficiente intelectual de um gênio. E se reduzia a olhar o membro de um homem lobo? Ty se recostou sobre a cama olhando-a e começou a recuperar a sua forma de homem dentro dele.
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
Ty levantou sua cabeça e olhou a Jane. - Acredita em mim Chapeuzinho? – Lhe perguntou. O tom de sua voz parecia um pouco inseguro. Ty esperava que se pusesse a chorar ou se pusesse histérica e inclusive saísse gritando do quarto. Mas Jane somente o olhava, muda quieta, sem mover-se. Por longos, longos segundos... Finalmente Jane afirmou. Logo se aproximou até a cama. Subiu nela e se abraçou a Ty. Ty a levantou em seus braços. - Acredita em mim Janieblue? – Como Jane só cabeceou afirmando. Ty sorriu, sim, sua Chapeuzinho estava em choque. Então acrescentou. – Já pode falar Chapeuzinho. - Sim. Ty colocou para trás essa incrível cabeleira cor de bronze. A tirou de seu rosto e a beijou: - Sinto muito. - Que seja um lobo? - Não, de pensar que estava louco de pedra. Ty voltou a rir. Jane o olhou e acrescentou. – Tão pouco é virgem, né? - Somente de ruivas vegetarianas. – foi sua resposta.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Jane o olhou interrogativamente. - Jamais fiz amor com uma pequena virgem, Janieblue. - Como sabe o apelido que me pôs minha mãe? - Castillo. - E o que fará com respeito com relação a fazer amor com uma virgem? - Sou um homem lobo Chapeuzinho. - Eu sei. - Mas, tem mais algumas coisas. - Pelo amor de Deus. – Jane cobriu o rosto com as duas mãos, logo as baixou e o olhou. – Não me diga, por favor não me diga que também é um vampiro, porque não acredito que possa resistir. Qualquer coisa, menos isso. Ty sorriu. – Não Janieblue. Não sou vampiro. Mas, sim, vou te... morder. Muitas vezes. E também vou ficar preso em sua matriz quando estiver dentro de você. - Como os lobos... – Disse Jane. - Como os lobos... mas há algo mais... - Mais? Não estou sonhando, verdade? - Não chapeuzinho, temo que não. - Conte-me tudo. – Lhe pediu sentando em seu colo. Enfrentando seu olhar. Ela parecia tão pequena. Chapeuzinho de bolso. Sentia-se totalmente cheio de Jane, respirava-a, sentia-a, saboreava-a, Deus, a tinha completamente nua em seus braços, ‘confiadamente nua’ em seus braços. - Os weremindful são homens lobos, homens com certas habilidades dos lobos e lobos com a inteligência dos homens. Requerem-se muitos anos de treinamento para encontrar o lobo. Anos onde a meditação é o caminho até o lobo. Pode-se dizer que o que se aprende é que através da meditação se encontra o lobo interno no estado Alfa da consciência. Nem todos os weremindful podem fazê-lo, na verdade são cada vez menos os que o conseguem. Encontrei meu lobo muito antes que qualquer outro jovem em toda a história de Clavijo. - Clavijo? - E o povoado onde nascemos. - Nascemos?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Chipp Rummers e Wolff Carter. O privilegiado cérebro de Jane juntou as peças. – Entendo. – Como entendia. – Continue Ty. - Jamais havia ouvido dizer que o lobo aparecia sem que fosse convocado. Jamais. E somente tive que te ver e meu lobo apareceu. - Eu pensei que era hipertricoses... Está seguro que não é? - Sim, posso jurá-lo. - Desculpe. Pode continuar. - Quando te vejo... o homem que sou perde o controle Jane e não tenho ideia do quanto... e isso é o que temo... nem eu seu o quanto. - O que quer dizer? Me vê e perde o controle? – Um profundo sentimento de orgulho se ergueu dentro dela. Assim que esse era o efeito que tinha sobre ele. Ela, somente com sua presença conseguia descontrolar completamente esse gigante. Seu rosto não podia deixar de mostrar o imenso prazer que sentia com suas palavras. - Mas isso também é um risco chapeuzinho. Os anciãos de Clavijo sempre nos aconselharam a nos emparelhar com mulheres de nossa raça, elas são fortes e podem resistir a força do lobo. Você... preciosa... é uma coisinha tão pequena que jamais foi tocada e estou aterrorizado pensando que possa machucá-la. A cristalina risada de Jane o sobressaltou. - Não se confunda Ty, posso não medir um e oitenta, mas tão pouco não sou de cristal. Meus ossos são tão firmes como os de qualquer mulher, sei que não me machucará... – O olhou nos olhos e tirou uma mecha de seu cabelo escuro do rosto. – Nem você, nem o lobo. - Tem... algo mais, chapeuzinho. - Termina. - Segundo Wolff e Chipp quando te faça o amor, prevalecerá o lobo. Entende o que quero dizer Jane? Jane somente moveu sua cabeça negativamente. - É ele que vai te montar Janieblue, serei mais lobo que homem. - Mas... disse que é um lobo com a inteligência de um homem, verdade? Ty afirmou.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Então seu corpo será de lobo mas sua mente... - Minha mente, meu amor, meus sentimentos, minhas necessidades se unem a da mente do lobo interno. Sou eu quem te fará o amor. Mas o lobo e eu somos um só. E quando te tenho próximo, a forma do lobo é a que domina. Pode imaginar o que será sentir que estou dentro de você? - Não. – Sussurrou. – Mas vamos tentar. Ty sorriu. – Está completamente segura? - Completamente segura. Ty somente pôs suas mãos embaixo de suas axilas e a tirou de seu colo a colocando deitada na sua enorme cama. Jane ficou deitada de costas, surpreendida abriu os braços a seu lado e quando viu os escuros olhos de Ty olhando entre suas pernas simplesmente as abriu e o observou. Ty se ajoelhou entre suas pernas, em frente a sua boceta e levantou as suas pernas, apoiando-as em seus ombros. Abrindo-as amplamente. Jane podia jurar que sentiu a longa língua de Ty percorrendo seus lábios, saboreando-a antes ainda de ele tê-la tocado. E não havia se equivocado. Quando seu rosto baixou até seu sexo, uma enorme mão percorreu e acariciou seus profusos cachos vermelhos. Toda sua boceta era vermelha, o tom de seus cachos e o tom de seu suave interior, de seus lábios vaginais, o precioso capuz de seus clitóris. Tudo era de um suave tom avermelhado. - Linda! Linda boceta! Nunca... Nunca tinha visto nada mais lindo. – E se Ty não fosse um weremindful poderia jurar que ele estava ronronando. Quando Jane sentiu sua língua percorrendo-a desde seu anus até seu clitóris seu corpo se elevou, arqueando-se. Ty teve que sustentá-la. A mão que ainda se enredava em seus cachos cobriu seu abdômen para sustenta - lá no lugar. E de repente com a voz completamente enrouquecida lhe disse: - Shhh, Chapeuzinho Vermelho, deixa que o lobo te coma.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
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A Busca Capítulo 08 Ty passou a língua por cada canto de sua boceta, para logo se concentrar em sua fonte. Ali se meteu tão fundo como podo e chupou, chupou e chupou, uma e outra vez, enquanto Jane passava de um orgasmo a outro. Seus olhos estavam fechados e já não sabia onde estava. Completamente desnorteada. E quando acreditou que deixaria de respirar e morreria, Ty buscou seu clitóris, o tomou entre seus dentes e o mordeu. Jane perdeu o sentido. Quando Jane gozou uma vez mais, Ty soube que era o momento e a deu volta, colocando-a de barriga para baixo atravessada sobre a cama, colocou um travesseiro embaixo dela e começou a penetrá-la. Tinha medo de perder o controle, tentava ir devagar, não foi fácil meter sua cabeça, era enorme e ela era tão pequena. Sua boceta estava incrivelmente apertada, podia sentir suas batidas empurrando a cabeça de seu pênis enquanto acomodava seu grande tamanho, mas ela também estava incrivelmente molhada. Ty rogava que não a machucasse, rezava para que ela o acomodasse dentro dela, que pudesse adaptar-se a seu tamanho. E rezava para ter lucidez mental para continuar sendo cuidadoso. Quando seus sucos permitiram que deslizasse a cabeça em forma de ameixa dentro dela sentiu que voltava a respirar. Havia temido que não pudesse fazê-lo Havia sentido um verdadeiro pânico de que ela não pudesse com ele e o lobo a machucasse. Uma vez que sua cabeça entrou começou a mover-se ritmicamente, procurando ir mais fundo, avançando dentro de sua boceta mais e cada vez mais. Quando sentiu a barreira do hímen já quase não ficava muito pouco do homem nele. Empurrou-se com força e a rompeu.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca O prazer e a dor se fizeram um dentro de Jane. Podia sentir Ty se empurrando dentro dela e podia sentir como seu corpo recebia cada onda de prazer que seus empurrões provocavam, e quando sentiu seus testículos golpeando sua boceta, voltou a gozar, forte, muito forte. Começou a gemer, com força, agarrou os lençóis da cama e tentou manter sua sanidade agarrando-as com força. Seus soluços e gemidos se misturavam com os gemidos de Ty. Quando um novo orgasmo a percorreu, sua boceta convulsionou espremendo o enorme pênis de Ty e fazendo-o gozar com tanta força quanto ela. Podia sentir como seu leite banhava as paredes interiores de sua vagina e escorria por suas coxas. Uns segundos depois de seu clímax o pênis de Ty inchou dentro dela, agarrou até estirar as paredes e quando pensou que morreria, que seu corpo explodiria, algo mais aconteceu. Algo cobriu seu corpo, algo que nasceu do pênis de Ty profundamente grudado dentro de sua matriz, algo que saiu com toda força junto com sua semente, esse algo os rodeou, os abrigou e lhes deu a energia necessária para alcançarem outro orgasmo que não os deixou sentir nada mais. De repente tudo o que Chipp e Wolff o haviam dito teve perfeito sentido. Podia sentir como Jane, ele e o lobo se uniam de uma maneira que nem sequer havia podido imaginar quando os rapazes haviam lhe dito. Podia sentir, pela primeira vez em sua vida, que estava completo. Já não havia um lobo dentro dele, ele era o lobo e o lobo era ele, e ambos eram um com Jane. De repente o cobriu uma maré de satisfação tão plena que acrescentou energia dentro do quarto como se fosse eletricidade. Assim como quando ele mudava para o lobo gerava um ondear de matéria, todo o quarto começou a ondear também, e podia sentir como Jane, o lobo e ele eram somente uma energia, uma corrente que se iniciou em seu pênis e se dispersou por cada célula de seus corpos. Muito depois, completamente molhada, uma Jane vacilante perguntou a Ty: - Ty... o que... foi... isso? Respirando pesadamente e agitadamente, Ty tirou o cabelo úmido do rosto de Jane. – Acredito... que isso foi o Nehann. Jane fechou os olhos. O Nehann.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
Jane despertou com o conhecido som de seu bip. Olhou a seu lado e levantou sua cabeça, estava de barriga para baixo e Ty a cobria. A cama era um completo desastre. Parece que Ty os havia coberto com uma manta por cima. De repente os acontecimentos ocorridos a bombardearam, mas o bip do seu comunicador continuava soando com insistência. Deslizou suavemente e saltou da cama até o chão para sair da cama até a sala e pegar o aparelho. Caiu e o golpe despertou Ty. - Jane. – Gritou Ty e um segundo depois estava ao seu lado, mas quando quis parar não conseguiu e passou direto ao chão. Caiu com um forte ruído de joelhos no chão. - Ty. – Foi a vez de Jane gritar. - O que aconteceu... o que aconteceu com você? – Lhe perguntou levantando-a do chão com dificuldade, suas pernas não estavam firmes. Logo a levantou e a colocou na cama. – Deus meu, eu te machuquei não é verdade? Oh Deus, eu o fiz! - Estou bem, estou bem. Ty, Ty! – Lhe gritou quando viu que Ty estava a borda da histeria esperando que seus piores pesadelos se houvessem tornado realidade. – Olhe-me! Quando Ty a olhou, Jane lhe sorriu. Tomou seu rosto em suas mãos e lhe disse: - Jamais, jamais me senti melhor. - Você caiu não é verdade? Porque demônios você caiu? - Não sei, em todo caso nós caímos. Talvez porque nunca havia feito amor, ou porque você... – Acenou com o dedo até sua virilha apontando sua verga como uma flecha. – é enorme. A cara de desconsolo de Ty a fez rir. De repente se viu querendo tirar essa expressão de seu rosto. – Sim, é enorme, mas acredito que acabarei ficando viciada nele. Somente senti minhas pernas frouxas, mas me sinto bem e você? Ambos já estavam na cama. - Estou bem, não sei porque minhas pernas não me sustentaram. – De repente ouviu o biper. – Quer o seu bip? Jane afirmou e Ty se sentou na cama e quando se sentiu firme saiu do quarto e o pegou para ela.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Trouxe o junto com o telefone sem fio, os estendeu para ela e subiu de novo na cama. Jane olhou o número. – Do hospital. – Lhe disse. Ty se sentou atrás dela e deslizou seu longo cabelo até um lado para poder beijar cada sarda que tinha em seus ombros. A posição em que estava era incrivelmente tentadora. Suas mãos baixaram e tomaram seus peitos, os amassaram suavemente enquanto Jane tentava falar e se estirava arqueando suas costas, dando realce aos seus sensíveis peitos. Quando sentiu que nas mão de Ty já haviam crescido suas unhas, seus mamilos se converteram em duras pedras. Gordas e longas. Ty os tomou entre seus dedos com cuidado de somente agarrá-los com suas gemas e começou a puxá-los. Jane arquejou no mesmo momento em que atendiam sua chamada. - Doutora Monroy, é a doutora Jacob. Somente queria comunicar-lhe que não esqueça de sua reunião de orçamento as cinco. - Obri... obriga... obrigada. – Disse e desligou. Os puxões em seus peitos transformaram sua boceta em um rio. Seu cheiro inundou o sentido do lobo. Uma de suas mãos deixou seu peito e deslizou até embaixo. Se enredou entre seus cachos e afundou em sua boceta. Um longo dedo entrou dentro dela ao mesmo tempo em que sua boca beijava seu ombro, seus dedos puxavam seus mamilos. - Não me deixa muitas opções Chapeuzinho. – Lhe disse Ty e a levou para frente. – Poderá se sustentar em seus joelhos? - Não... sim... não sei. – Lhe respondeu agitadamente. - Vejamos. – Ty a colocou como queria, abrindo suas pernas. Logo pegou sua verga com uma mão e procurou sua entrada. Estava tão molhada que pode entrar suavemente. O seguinte empurrão o levou direto até a raiz. E Jane gemeu. E seguiu gemendo enquanto Ty deixava os instintos do lobo tomarem o mando. “Janieblue”. Foi o último que Ty conseguiu dizer com coerência. Antes que o Hehann os golpeasse outra vez com fúria.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Ty a havia levantado e banhado. - Temos duas opções. – Lhe disse. – O seu vestido de veludo de novo ou uma das minhas camisas, passamos por sua casa, você se troca e seguimos para o hospital. - Segunda opção. Usar uma camisa masculina que ficava enorme nela, sem calcinha era uma aventura. Quando a subiu em sua caminhonete, Ty a sentou bem próxima a ele. Primeiro sua mão se moveu incursionando para cima, encontrou sua boceta e se dispôs a jogar com ela. Mas Jane se moveu facilitando seu trabalho e de repente o dia ficou perfeito. Havia feito toda a viagem jogando com sua deliciosa boceta. Jane se sentia tão molhada que provavelmente tinha arruinado o assento da caminhonete para todo sempre, mas nem sequer isso a fez se sentir mal. A havia feito gozar duas vezes no curto trajeto. Ty havia metido um longo dedo em sua boceta e havia entrado e saído dela, sem pausas e em um ritmo delicioso. A áspera gema e seu tamanho provocaram uma fricção que a teve arquejando o caminho todo. Ty estava em glória. Sua Chapeuzinho de bolso era extremamente sensível. A havia feito gozar duas vezes e em cada uma delas havia lambido cada dedo recolhendo guloso seu néctar. – Não quero que volte a usar calcinha Chapeuzinho. – Lhe havia dito em tom escuro e enrouquecido, quando não teve resposta a olhou de lado. – Me escutou? – Podia ver como seu corpo tremia devido a seu ultimo orgasmo. Orgasmo que ele também sentiu. Havia-lhe levado muito tempo tentando controlar a caminhonete sentindo o mesmo que Jane sentia. O Nehann funcionava de uma maneira muito estranha, satisfatoriamente estranha, deliciosamente estranha, permitindo-lhe sentir o mesmo que sua mulher. Jane estava de lado sobre o amplo assento com a cabeça apoiada na borda da porta, suas pernas abertas a seus lados e os joelhos dobrados, de onde estava Ty podia ver sua amada boceta ruiva, molhada e brilhante. Havia metido e tirado seus dedos dentro dela uma e outra vez. Ty sorriu. Nunca poderia ter uma morena de pernas longas nessa posição. Sorriu completamente feliz. O tamanho da sua Chapeuzinho era perfeito. Se antes amava a sua caminhonete, ver Jane de pernas abertas e sua boceta convulsionando por ele e para ele, a fazia ainda mais perfeita. - Me escutou Chapeuzinho? – Voltou a perguntar. - Ummm. – Foi o único que respondeu Jane.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Era mais que suficiente. Quando estacionou em sua casa a ajudou a se sentar. – Está bem minha preciosa? - Magnificamente bem. Mas não acredito que possa caminhar até em casa. Ty de repente se sentiu envergonhado, sua boceta deveria estar sensibilizado com sua atenções das últimas horas. Se prometeu que não iria tocá-la até a... noite. Olhou a hora no relógio de lado, não faltava muito, somente umas doze horas. Tempo suficiente para que o Nehann fizesse sua tarefa, se o que diziam Chipp e Wolff estava certo, e como não haviam falhado até agora sabia que assim o seria, Jane assim como Keiji e Summer receberia algumas características do lobo. E a facilidade de se curar era uma delas. Desceu, deu a volta na caminhonete, abriu a porta e a levantou. Jane abriu a porta da sua casa e Ty entrou com sua carga. A levou direto para a banheira e ali a deixou. Quando deu a volta Jane estava tirando a camisa. Por um segundo pensou em acompanhá-la, mas se lembrou de sua promessa e assim seguiu até a sala e ligou a TV e decidiu esperá-la. - Ty? – Chamou Jane saindo do banheiro nua. - Sim? - Poderia converter-se em lobo de novo. Ty a olhou. E compreendeu. Essa inquisitiva mente dela devia estar considerando se o que estava acontecendo era real ou produto de sua imaginação. Ty tirou a roupa, se colocou de quatro e sem olhá-la se concentrou:
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
Quando em um simples ondear da matéria Ty deixou lugar a um enorme lobo negro Jane se aproximou. Se ajoelhou a seu lado e começou a inspecioná-lo. Seus dentes, sua língua, suas orelhas, suas patas, seu lombo, a cientifica em Jane observou seu lobo com completa atenção. Um longo, muito longo momento.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca O lobo deixou-se fazer isso. - É incrível, incrível. – Repetiu Jane. – Ty volte. – Lhe disse afastando-se uns passos. Quando Ty apareceu Jane simplesmente se aproximou a ele, o abraçou com força e repetiu. – É incrível. – O soltou e voltou ao banheiro. Ty sorriu. Começou a se vestir e se sentou em frente a TV ligada. Nunca imaginou o que aconteceria a seguir.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
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A Busca Capítulo 09 Quando Jane saiu do quarto levava um traje de calça e jaqueta de veludo marrom e uma blusa de seda marfim. Havia recolhido seu longo cabelo em um coque alto, havia colocado uns brincos com o desenho de pequenas moedas. Quando Ty a viu parou decidido a beija-la. - Duas coisas: o que falamos sobre as calças? E porque não esta usando o uniforme do hospital? - É que tenho uma reunião para pedir um aumento no orçamento e... Ty não a escutava, estava absolutamente congelado. A “Karshapana de Magadha” estava pendurada em seu pescoço. - Você gosta? – Perguntou Jane se aproximando quando viu que Ty olhava fixamente sua medalha. - Onde a conseguiu? – Perguntou sério. Tomou a moeda convertida em um pingente na mão e a olhou dos dois lados. - É a única recordação que ficou da minha mãe. Acontece algo? - Sabe que é uma moeda muita rara? - Não. Acreditava que era somente uma moeda antiga. Está acontecendo algo Ty? - Tem ideia de quanto vale? – O rosto de Ty estava sério e seu tom cortante. - Não, mas acho que não muito. O que acontece com ela? - Esta moeda vale dois milhões de dólares. Jane soltou uma gargalhada. – Está brincando? – A seriedade em seu rosto lhe indicou claramente que não estava brincando. – Isso é impossível. - Sabe como chegou a sua mãe?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Jane se pôs séria. E se afastou de Ty. – Sim. Foi a única coisa que deixou meu pai quando se foi nos deixando sozinhas. E nem sequer a deixou, provavelmente a perdeu. - Essa moeda Jane pertencia a minha família. Jane estava mais que assombrada. – A sua família? E como chegou ao meu pai? A roubou? E como sabe, devem haver muitas como ela, porque acredita que é essa? - Porque até onde sei ela é única? Imediatamente Jane tirou o colar e o passou deixando na mão de Ty... – Não sabia, lhe juro. Quando minha mãe morreu vendi tudo o que tínhamos e com o dinheiro viajei para aqui. Somente queria... Ty não falou, esperou que continuasse. - Meu pai não era boa pessoa, sabe. Cansou-se de seu infiel e maltratar minha mãe até que ela decidiu deixá-lo. Fugimos dele durante anos. Quando minha mãe adoeceu a única coisa que ela me pediu foi que não deixasse meu pai me encontrar. Por isso vendi tudo o que pude e com o dinheiro que reuni, simplesmente sai de casa com uma mochila e vim tão longe como pude pagar. Jane o olhou, havia abraçado a si mesma, enquanto levantava sua vista e o olhava. Ty conhecia a história, Castillo o havia contado. Sabia que ela tinha fugido de seu pai ausente e violento, que havia chegado a Ketchikan sem um centavo. Quando viu a sua pequena ruiva abraçando a si mesma perdida em recordações dolorosas, se aproximou dela, a levantou e se sentou no sofá com ela no seu colo. Inconscientemente começou a massagear seu pescoço. - Shhh, Janieblue, não queria trazer más recordações. - Me chamou Jane. - O que? – Perguntou Ty. - Me chamou de Jane, nunca me chama de Jane. O que mais há por trás dessa moeda? Sua pequena geniozinho. – Acredito que meus pais morreram por causa delas. - Delas, então existem mais? Está me dizendo que alguém os matou por causa das moedas. - Acredito que sim. Mas nunca pude comprovar, e sim, existem mais delas. Moedas únicas, antiguíssimas, incalculáveis...
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Acredita que meu pai...? - Não sei. Tinha mais delas? - Não sei. Eu nunca as vi. Essa moeda estava em uma gaveta da mesa de cabeceira de minha mãe, quando limpei para ir-me havia ficado ali. Nem sequer a teria visto se não tivesse havido um acidente com a mesinha de cabeceira. Tropecei e me apoiei nela, empurrando-a ao chão, a moeda saiu rolando, nem sequer sabia que estava ali. As vezes quando era pequena minha mãe me dava ela para brincar, assim que a trouxe de recordação. Jamais pensei que valesse alguma coisa. Dois milhões? Não é muito? - Essas moedas chegaram com meus antepassados na expedição que deixou Cabeça de Vaca vagando por oito anos do Atlântico ao Pacífico. Quando meus pais morreram nunca pudemos encontra-las. Chipp me disse que viu em uma livraria um catálogo de Gupta e Hadraker III, o editor, um tal Boidreaux, havia fotografado moedas e entre elas estava uma Karshapana de Magadha. - Eu sei, a emprestei, a encantou. Disse-me que era antiga, mas não que valia tanto. - Isso também é estranho. Devia saber o valor dela. Quanto tempo faz que a fotografou? - Uns seis meses. Não deveria ter me contado que valia uma fortuna? - Deveria havê-lo feito. Exceto... – A mente policial de Ty já buscava atar os cabos. – Summer e Keiji me disseram que havia tido uma série de desafortunados acidentes que nos impediram de nos conhecermos antes. Que tipo de acidentes? - Comuns. - Quais? - Fiquei sem freios uma vez, mas meu jeep tem muitos anos. E um carro quase me atropelou e terminou matando uma senhora que ia ao meu lado. Foi horrível. Outra vez minha cozinha explodiu de noite. Se não fosse uma emergência no hospital eu poderia ter... morrido. – Ficou calada um momento, indecisa. – Acredita que não foram acidentes? - Te aconteceu algo mais? Jane pensou um segundo e seus olhos se abriram enormes. – Houve um acidente no hospital que explodiu a caldeira da sala de descanso. Saiu nos jornais. Morreu Marie Mackenzie. Ela era ruiva como eu... Começou a tremer e Ty a abraçou.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Acredita que seja possível que alguém esteja tentando me machucar por causa dessa moeda? A caldeira tinha mais de sessenta anos, e a cozinha que explodiu também era muito velha. Ninguém estranhou o que aconteceu. E o da senhora que morreu, ela se zangou porque demorei olhando um cachorrinho e me empurrou para passar logo. Se não fosse pelo cachorrinho eu... teria... - Morrido. – Concluiu Ty. - Morrido. - Bem Chapeuzinho. Faremos algumas trocas. Primeiro se muda comigo, segundo, vai pedir licença no hospital. - Mas... – Tentou protestar Jane. - Sem, mas. Terceiro, falaremos com Chipp e buscaremos o editor. Tem o nome dele? - Raymond Boidreaux. - Começarei com o senhor Boidreaux, enquanto tem a sua reunião. – Ty pegou a moeda e a colocou de novo no pescoço de Jane. - Ty, não posso levá-la. - Porque não? – Perguntou Ty surpreendido. - Para começar não é minha, logo me disse que vale uma fortuna, ninguém anda carregando uma fortuna por ai. - Bem geniazinha. Tem razão, mas duas coisas: primeira, é sua. O tem sido por toda sua vida. E dois não pode levá-la a vista de todos até que averigüemos, se esses acidentes foram de verdade acidentes, deverá levá-la oculta. – Lhe disse e a meteu a corrente da moeda debaixo de sua blusa. – E próxima. – Logo levantou seu rosto e a beijou. Um longo beijo, um profundo beijo. Que a fez desejar que não a soltasse. Simultaneamente ao sentir endurecer o pênis de Ty ele a tirou de seu colo. - É perigosa Chapeuzinho. Vamos. Tem uma reunião e eu algumas coisas que averiguar.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
Castalia Cabott
Weremindful 03
A Busca Capítulo 10 Duas horas depois Ty entrou no setor onde estava Castillo e encontrou sua mulher rindo com ele. A pontada de ciúmes o estremeceu. Nunca havia sentido algo assim, nunca havia se sentido ciumento. O lobo o empurrou com força e teve que fazer uso de todas as suas forças para deixá-lo para trás. Sua fina audição tinha captado a conversa, eles estavam jogando cartas e a cristalina risada de sua Chapeuzinho o havia sacudido. Era isso o que havia incomodado o lobo, queria sua risada somente para eles. Procurou tranqüilizar-se antes de entrar. Havia falado com Chipp e havia colocado em marcha a procura pelo tal de Boidreaux. Provavelmente amanhã teria notícias. Por agora, ficaria com Castillo até que terminasse o turno de Jane e depois a levaria para casa. De repente seu pênis saltou. “A casa.” Nunca pensou que estremeceria só de pensar nela e em sua Chapeuzinho nela. Jane não sabia, mas desde essa noite alguém sempre estaria lhe vigiando e Ty se certificaria de que se ele não estivesse por perto sempre estivesse vigiada e acompanhada. Nada aconteceria a sua mulher. Ela não morreria como seus pais. Recordar as absurdas mortes que haviam marcado o fim de sua infância tiraram de sua alma os ciúmes e a luxuria. Quando entrou sua Chapeuzinho estava de pé e saia da habitação. Quando atravessou a porta, a fechou e saiu para encontrar Ty apoiado na parede com os braços cruzados como se estivesse esperando-a. Ninguém jamais a havia esperado, assim Jane sorriu e se lançou em seus braços. Ty apenas teve tempo de abri-los e recebê-la. Jane se recostou sobre seu corpo olhando para cima.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Nunca me agradaram os homens altos. – Disse. - Excelente. Não deve gostar de nenhum outro homem, alto ou baixo, exceto eu. – Ty a levantou surpreendentemente que Jane teve que agarrar-se a seu pescoço, e a moveu até colocá-la em cima da maca com rodinhas que tinha ficado ali encostada na parede para qualquer eventualidade com Castillo. Estavam em um quarto pequeno que não era nada mais que uma espécie de sala de espera. Sem janelas, somente duas portas, uma que dava para o quarto do enfermo e outra que dava na sala onde ficavam os oficiais que custodiavam Castillo. Ty a sentou na maca. E se meteu entre suas pernas. - Não te disse que não queria que usasse mais calças? – Perguntou Ty enquanto a lambia no pescoço e suas mãos acariciavam suas coxas sobre o tecido das calças que Jane usava. - O disse? – Sussurrou por sua vez Jane em seu ouvido, enquanto a beijava apertando entre os lábios o seu lóbulo e chupava-o. - Forte e claro. Mas com certeza você estava tendo um orgasmo e é possível que não tenha me ouvido. Me ouviu? - Hummm. – Disse enquanto a língua de Ty lambia seu pescoço e seguia até chegar ao lóbulo de sua orelha. As unhas longas de Ty começaram a soltar os botões da bata que ela estava usando. Debaixo dele Jane ainda usava a blusa cor de marfim. Com uma fome decidida ele mais que soltar os botões, os arrancou. - Nem calcinha, nem sutiã. Acredita que poderá lembrar de agora em diante Chapeuzinho? - Hummm. – Foi a resposta lânguida de Jane. - Diga-me. – Lhe ordenou Ty enquanto suas mãos rodeavam a plenitude de seus seios sobre o delicado encaixe do seu sutiã. Logo sua unha se introduziu no encaixe e o abriu. - Ohhhh. – Foi tudo o que Jane pode dizer ao ver como as unhas de Ty tinham simplesmente cortado toda a taça sobre seus seios deixando-os livre. – Sabe quanto custa um bom Vitória Secret? – Nem sequer esperou a resposta, a boca de Ty estava a abrasando.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca A cabeça de Jane caiu para trás, levantando ainda mais seus seios a Ty enquanto ele levantou suas mãos, cobriu com elas seus seios juntos, de modo que seus mamilos se juntaram e ele pode colocar ambos dentro da ampla boca do lobo. Jane olhou para baixo, seus olhos semicerrados, para encontrar seus olhos escuros nela. Deixou de chupar seus mamilos e lhe perguntou. – Gostou disso Chapeuzinho? - Sua boca voltou a seus peitos. O toque de seu bip soou e não a deixou responder. - Não... – Disse em protesto pela interrupção e o olhou enquanto Ty a soltava. - Precisam de você Chapeuzinho. – Lhe disse Ty rouco. - É um lobo muito mau. – Lhe disse Jane enquanto o observava atar debaixo de seus peitos as abas de sua blusa arruinada e fechava sua bata. Logo a desceu. As pernas de Jane não se sentiam muito firmes. Mecanicamente começou a sair da sala, girou com a intenção de lhe dizer algo, mas Ty a olhava de uma maneira tão intensa que a deixou muda. A cremalheira de sua calça estava a ponto de arrebentar. Sim, ela estava muito afetada, mas seu homem também estava. Voltou a girar e saiu. Ty estava aturdido. Estava a ponto de dar-lhe a volta e fazer amor com ela, em um lugar público, em um hospital. E ele era famoso por seu incrível autocontrole? Essa pequena chapeuzinho o havia convertido em gelatina. Esperou até tranqüilizar-se e entrou para falar com Castillo.
As nove em ponto havia completado todos os passos do seu plano. Estava parado esperando-a quando saiu. Seu turno devia ter se encerrado duas horas atrás. Quando a viu aparecer vinha acompanhada de uma enfermeira. Ela parecia cansada, sem dizer nada abriu a porta da caminhonete e quando ela chegou a seu lado a levantou e a sentou. Fechou a porta, escutou
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca a saudação de despedida da enfermeira enquanto dava a volta na caminhonete e se posicionava em frente ao volante. Ligou o motor e arrancou em direção a sua casa. Jane se descalçou e se aproximou apoiando a cabeça em seu braço. Ty entrou no acostamento e freio, a colocou em seu colo. Jane se acomodou abraçando-o. Ele arrancou de novo e continuou a viagem. Enquanto conduzia seguia pensando em seu plano. Falaria com Chipp e Wolff, deixaria Jane com Keiji e Summer. Viajaria a Anchorage. Ali se supunha que vivia Boidreaux. Teria uma pequena conversa com ele sobre os acidentes de sua Chapeuzinho. Pediria a Wolff e Chipp que viajassem até onde estava o pai de Jane. Procurariam algumas respostas. Sua Chapeuzinho estava profundamente adormecida quando desceu, a levou direto para cama e se sentou com ela no seu colo para desvesti-la, mas antes tirou o broche que prendia seu cabelo, logo massageou seu couro cabeludo uns segundos, enquanto Jane parecia ronronar. Logo passou a bata que não pode tirar no hospital porque embaixo só levava uma blusa amarrada embaixo dos peitos, a desatou e tirou, seus peitos apareciam entre o encaixe do sutiã que havia destruido, Ty sorriu. Havia feito um endiabrado trabalho no sutiã, talvez deveria começar a redecorar todos os seus Vitória Secret. Seus peitos se viam preciosos empurrados pelo resto do sutiã. O desprendeu e tirou. Colocou sua mulher na cama e a recostou. Desprendeu sua calça e começou a baixa-las junto com sua calcinha do mesmo tom do sutiã. O denso redemoinho de seu sexo atraiu sua atenção. Quando lhe tirou toda a roupa, se ajoelhou na extremidade da cama, levantou as pernas de Jane e dobrou seus joelhos apoiando seus pezinhos na colcha de cetim negro. Sobre ele toda ela parecia resplandecer. Jamais tinha parado nem dois minutos para observar o contraste da pele de uma mulher contra a colcha da cama, tão pouco tinha trazido nenhuma mulher para dormir em sua casa. Mas ver Jane completamente adormecida, “confiadamente adormecida”, uma pele dourada no fundo negro, e esse longo e lindo cabelo avermelhado exibido como se fosse um leque sobre ele, o comoveu. Sua boceta o chamava, pedia por ele, e seu lobo já estirava sua longa língua para percorrela, esta vez tomou seu tempo. Sua língua percorreu cada milimetro de pele, recolheu cada gota de creme, se enredou em seus cachos e os saboreou. Procurou sua pequena pérola e quando a encontrou começou a chupá-la, suavemente. Podia sentir como ainda dormindo o corpo de
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Jane se movia ritmicamente saindo a seu encontro. Sua língua se meteu em seu centro e começou a chupar enquanto sua boca se enchia com sua essência. Quando a sentiu alcançar seu climax. As convulções de prazer de Jane se prolongaram em seu corpo e de repente compreendeu que ele também havia gozado. Por isso havia sentido seus orgasmos na caminhonete. Essa era uma das tantas coisas que Chipp e Wolff lhe haviam dito e outra das coisas que tãompouco tinha acreditado. Acabava de gozar, com força, somente dando prazer a sua mulher. Não devia duvidar: o Nehann os fazia um. - Alguma vez deixará de surpreender-me Chapeuzinho? – Lhe sussurrou, enquanto se levantava para limpar-se.
Foi acordado pelo seu pênis. De repente compreendeu que sua ereção matutina estava sendo bem atendida. E quando abriu os olhos seu coração parou. Jane sustentava com uma mão uma gloriosa cabeleira desordenada de cachos que mantinha a um lado de seu rosto e com a outra mão sustentava uma impressionante ereção que cresceu ainda mais quando se deu conta que sua cabeça estava completamente metida na sua boca. Jane o olhava enquanto o chupava como se fosse uma casquinha de sorvete. Sua boca estava cheia, completamente cheia e ela a metia e tirava. - Bom dia lobo feroz. – Lhe disse sorrindo enquanto suas mãos tentavam sustentar a sua dura barra. Sua verga parecia ter vida própria quando Jane a chupou ruidosamente e a tirou de sua boca com um sonoro plop! Ty deixou a cabeça cair para trás e se deixou levar. Ninguém jamais o tinha amamentado assim. Havia conhecido muitas bocas, algumas muito maiores, mas o que essa pequena boquinha estava fazendo o estava levando cada vez mais e mais ao bordo. Quando o lobo já não pode ser contido a tirou, a fez recuar e lhe deu a volta.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando Jane percebeu que Ty estava descendo da cama tentou dar-se a volta, mas um segundo depois se sentiu ser arrastada até a borda da cama, somente meio corpo ficou sobre a cama enquanto alcançava apoiar seus joelhos no tapete. Um segundo depois Ty se empalou nela, Jane gritou, Ty gritou e o lobo uivou. O orgasmo compartilhado os engolfou. O Nehann caiu sobre eles com uma força como nunca tinham sentido antes. Ty inchou se prendendo com força no centro de Jane enquanto os fortes jorros de seu sêmen inundavam sua pulsante boceta. Jane soluçava enquanto Ty tentava conseguir ar. De repente compreendeu que não havia deixado de ejacular desde alguns minutos. E isto não haviam dito nem Chipp e nem Wolff. Seu pênis preso não deixava de atirar jorro atrás de jorro de quente sêmen, enquanto sentia como transbordava pelas pernas de Jane. As contrações da vagina de Jane somente pareciam alimentar mais o Nehann. A energia que despendiam começou a mover as cortinas do quarto. Ainda completamente perdido no prazer que compartilhavam Jane e Ty podiam sentir como as coisas caiam ao redor. Ty observou como o brilhante cabelo de Jane se erguia movido pela energia estática enquanto podia sentir o mesmo no seu. Somente se deixaram levar até que sentiram como a energia diminuía. Uns minutos mais tarde, ainda presos nela Ty recolheu todo o cabelo de Jane em um punho, tirando-o de seu rosto e a beijou. - Está bem Chapeuzinho? - Ummmm. – Jane levantou seu rosto, o virou e olhou para trás, arqueando-se o mais que pode para alcançar boca de Ty que havia saído a sua procura. Quando Ty deixou de beijá-la a levou com ele sobre seu peito. Havia ajoelhado do lado da cama, apoiando-se nela e acomodou o corpo desfalecido de Jane sobre o seu. Seu pênis estava tão inchado dentro dela que o movimento a fez gemer. Jane sentiu correr por todas as suas terminações nervosas, ondas de prazer que não eram mais que efeitos colaterais do violento orgasmo final. E pareciam não parar. - Pode sentir? – Perguntou a Ty. - Sim. – Ty havia fechado os olhos. O Nehann havia sido tão violento que pode sentir como o coleta sonhos que pendurava na janela ainda se movia.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Sempre é assim? – Perguntou Jane levantando sua mão e acariciando uma longa mecha do cabelo de Ty que havia caído sobre seu peito. - Não sei. Sou novo no Nehann. Posso lhe jurar Janieblue, jamais foi assim. Jamais. Ty e Jane enredaram seus dedos enquanto buscavam recuperar a calma. Jane dormiu e Ty a seguiu. Ainda adormecida sentiu quando se retirou de sua boceta e protestou.
- Vamos bela adormecida, levanta, Chipp nos espera. – A voz de Ty era risonha e extremamente satisfeita. - Bela adormecida? Tem algum fetiche com os contos infantis? – Perguntou Jane tapando o rosto com o lençol. - São quase meio dia, prometi a Chipp que almoçaríamos com ele, levanta Janieblue. Jane saltou da cama. - Meio dia? Nunca na minha vida levantei ao meio dia. – Lhe disse vendo-o sair do quarto, assim que levantou a voz e gritou. – E é sua culpa. É um lobo muito mal... - Tem cinco minutos! Quando estava o imitando em um sussurro enquanto não a via ele apareceu na porta com um verdadeiro sorriso lupino. - Não necessita mais tempo do que isso para se arrumar, já que não precisa mais usar calcinha e sutiã, Chapeuzinho. Fez um cômico gesto elevando suas sobrancelhas que pôs em relevo a cicatriz que a cortava e desapareceu. - Nada de calcinha, nada de sutiã, bastardo machista! – Repetiu para si mesma em um sussurro Jane enquanto olhava onde havia caído sua calcinha. - Te escutei perfeitamente Chapeuzinho. Deixa de ... me lisonjear. - Como... – Gritou, de repente trocou seu tom. – Como você me escutou? – Sussurrou fascinada.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca E pode sentir perfeitamente como Ty lhe respondia. – Wolff e Chipp dizem que é o Nehann. - Está sussurrando? - Assim é e não sinto que você esteja se mexendo. – Lhe respondeu enquanto ela podia sentir como ele cortava e espremia laranjas, podia sentir o cheiro das mesmas. - Está me dizendo que posso te escutar perfeitamente? - Não sei, me diga você. - Sim, sim, sim. – A sentiu gritar enquanto a sentia levantar-se. - E isso o que foi?- Gritou da cozinha. -Nada. “Somente meu Nobel em marcha,” pensou enquanto sorria. Quando apareceu na cozinha usava uma camisa de Ty sobre suas calças de veludo. Ty estava parado com as mãos nos bolsos traseiros de suas calças, havia colocado sobre a mesa na pequena ilha da cozinha, um enorme copo de suco de laranja. - Tome-o Chapeuzinho. - Sim senhor. – Disse Jane pegando o copo de suco e tomando tudo até que não ficou nada. Quando terminou passou a manga pela boca e o olhou sorrindo. – Algo mais? Lhe disse ronronando, o que fez ferver o sangue de Ty. – Veremos se passa na inspeção ou se terei que te mandar trocar de roupa. - Inspeção? – Perguntou surpreendida. – Oh, não! – Começou a dizer retrocedendo sem dar-se a volta procurando ganhar terreno. – Não deixarei que me revi... – Se deu a volta e saiu correndo, pelo rabo de olho viu Ty saindo atrás dela, alcançou na sala e a agarrou. - Solte-me! – Gritou entre risos Jane. - Por que faria algo assim? – Lhe perguntou pondo-a contra a parede, na típica posição de inspeção policial, abrindo suas pernas e sustentando suas mãos a altura de seus ombros. – Não se mova Chapeuzinho. –Lhe ordenou. - Ou terei que detê-la. Suas enormes mãos começaram a apalpá-la. Suas axilas, seus seios, demorando-se neles, acariciando-os. – Bom, tem sido uma boa menina Chapeuzinho, vejamos por aqui. – Lhe disse dirigindo-se a sua bunda. A acariciou e passou sua mão por sua boceta. - Umm, parece que terei de certificar-me... – Lhe disse metendo a mão na frente de sua calça e procurando seu centro.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando Jane o sentiu meter um de seus dedos na sua vagina se moveu para trás dando-lhe mais espaço. - Sim, acredito que passou Chapeuzinho. – Ty lhe deu a volta e a levantou, colocou-a de pé em cima do sofá de modo que ela ficou na sua altura. Ty levantou o dedo que havia incursionado dentro dela e o chupou olhando-a dentro de seus olhos incrivelmente azuis. Quando retirou o dedo da boca lhe disse: - Te amo Chapeuzinho Vermelho. Jane somente estirou seus braços e o abraçou pelo pescoço. Olhando-o em seus olhos lhe respondeu. - E eu a você lobo feroz, te amo! Quando Ty se dispôs a beijá-la o celular os sobressaltou. Enquanto Ty pegava o aparelho na cintura de sua calça, Jane se sentava no respaldar do sofá. - Tem que soar tão forte? – Lhe perguntou enquanto o olhava escutar quem falava do outro lado. - Bem, estamos saindo. – Disse Ty e desligou. A levantou em seus braços e com ela se dirigiu a sua caminhonete. - Não está tão alto, Chapeuzinho, é sua audição que melhorou consideravelmente. - Ty? Converteu-me em loba? - Não Chapeuzinho. Somente um pouco mais de pelo, alguma barba talvez... mas nada mais que isso. - Diga-me que é uma brincadeira. Ty a olhou sério e se dirigiu a caminhonete estacionada. - Nahnahnah... Ty sorriu, em algum momento teria que lhe contar sobre suas novas habilidades.
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A Busca Capítulo 11 - Oh Deus, conhecendo as duas sei que terão um ataque – Jane suspirou. – Terei que dizer a Summer e a Keiji que já devem parar de tentar me encontrar um candidato. - Candidato? – Interrogou Ty. - Faz meses que querem me apresentar a um polvo necessitado. Ty riu. - Polvo necessitado? - Já sabe, esses pobres tipos de homens que precisam que lhes encontrem uma parceira porque sozinhos não podem. - Por isso tem fugido dos encontros que elas tem lhe feito? - Sim, não estava interessada em homens... – O olhou e se deu conta de que não estava totalmente certa. – Suponho que esperava um lobo e nem sequer o sabia. O sorriso satisfeito de Ty lhe indicou que havia dito a coisa certa, Jane se felicitou por dizer o adequado. - Ao menos tentaram, a última vez que estive com elas me disseram que se com esse candidato não desse certo iriam me apresentar a um tal Hank... - O que!? Essa bruxas te disseram que lhe apresentaria a Herickson? A Hank Herickson? - Acredito que sim, não as escuto muito quando me falam desses candidatos. - Muito bem senhorita, dirá a essas duas intrometidas que é minha, M I N H A, e que chego a me inteirar que te apresentaram a Herickson vão se ver comigo. Fui claro? - Está ciumento! – Lhe disse com um sorriso. – Vamos lá! Obrigada meu amor! – Lhe disse beijando-o nas suas bochechas e regressando ao seu lado do assento. – Mas não se
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca preocupe, nunca me interessaram seus candidatos. Mas como conhece a esse Hank?... Não será outro... garoto lobo, sim? - Sim, ele é e eu vou te avisar Chapeuzinho, o lobo tem só uma companheira para toda a vida e você é a minha. E vai levar meus cachorrinhos e... - Seus cachorrinhos. Valha-me Deus. - “Não foi assim que imaginei o meu Nobel”. De repente ver-se vestida como uma rainha em Oslo recebendo o Prêmio Nobel das mãos de Carlos Gustavo com dois cachorrinhos atados a uma correia chorando por comida ou fazer xixi não foi uma boa imagem. Ty a olhou confundido. Somente Deus sabia o que se passava na cabeça da sua geniazinha. A casa de Chipp logo a frente cortou a conversa deles. Estacionou e parou a caminhonete. Obvio, a caminhonete de Wolff também estava ali. Ty estacionou e desceu ruminando contra Summer e Keiji por somente terem se lembrado de Hank Herickson enquanto rodeava a caminhonete para descer Jane.
Jane desceu completamente impactada ao saber que teria cachorrinhos e sua mente cientifica estava fazendo a lista das perguntas que Ty teria que responder. Quando a depositou no chão precisou apenas levantar sua cabeça para ver Summer e Keiji aparecer aos gritos, soube então quem seriam as primeiras a lhe dar respostas. As torpes pareciam apenas ter animo para sorrir como tontas. “O que acontecia a essas mulheres?” A beijaram na bochecha, logo seguiram seus homens, Deus, lhe dava torcicolo saudá-los. - Garotas. – Lhes disse. – Temos que conversar. E se encaminhou para o reino feminino, a cozinha. Summer e Keiji a seguiram. Uma hora depois a lista se havia reduzido a “podem me emprestar alguma roupa, não tivemos tempo de passar em minha casa.” Não. Não teria cachorrinhos. Não. Não se converteria em lobo e nem teria barba.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Não. Não ganharia nenhum prêmio Nobel considerando que falar dos Weremindful os converteria nas presas mais procuradas do país senão do mundo. Não. Não havia dois candidatos, somente um e sempre havia sido Ty. Não. Suas amigas não deixariam de incomodá-la até que houvesse um casamento. Não. Não havia nenhuma possibilidade que outra vez olhasse, ou Ty a deixasse, olhar a outro homem. Isso de amar a um lobo parecia que era para a vida inteira. E sim. Sim, agora era uma garota super poderosa. Não sabia se era Florzinha, Lindinha ou Docinho7, bem Lindinha podia ser Summer, Florzinha seria Keiji e ela por descarte teria que ser Docinho. Sim. Seu polvo necessitado, na verdade era um lobo necessitado. Podia assumi-lo. Agora... Ouvia mais. Cheirava mais. Era mais forte. Era mais veloz. E estava grávida.
Quando Jane apareceu na sala Ty estava concentrado olhando uns papeis, um arquivo de fotos. Os olhou de onde estava e não identificou ninguém. Ty levantou sua cabeça. – Vem aqui Chapeuzinho. – Lhe disse. Jane pensou que lhe daria um lugar na cômoda cadeira em que estava sentado, mas Ty a sentou em seu colo. - Quando foi a última vez que viu seu pai? - Lhe perguntou. Jane pensou e disse. – Acredito, porque não me lembro dele, que tinha uns três anos.
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Personagens da série de desenhos Meninas Super Poderosas, originalmente The Powerpuff Girls, desenho animado norte americano.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Quer vê-lo? – Perguntou Ty estendendo o arquivo que havia fechado enquanto entrava na sala. Jane duvidou uns segundos, mas estendeu sua mão e pegou o arquivo. E o abriu, a foto de seu pai estava ali. Não havia nada desse homem nela. Nada, nem físico, nem nada. Nem sequer sentimentos por ele. Era um completo estranho. Esse homem havia feito a vida de sua mãe um inferno e a havia usado como uma refém desde o mesmo momento em que nasceu para que sua mulher não o abandonasse. Até que um descuido permitiu que sua mãe fugisse com ela. Passaram quatorze anos fugindo. Não havia nada nela para esse homem. Devia-se pensar em um pai ausente, preferia pensar em Luiggi Sotello. Ele a havia amado mais e lhe havia dado mais que seu próprio pai. Como um homem pode machucar assim sua mulher e seus filhos? De repente deixou o arquivo sobre a mesa, afundou a cabeça no amplo peito de Ty e pôs uma de suas mãos em seu ventre. Enquanto Keiji e Summer lhe contavam tudo sobre o mundo dos Weremindful ela o soube. Simplesmente apareceu em sua cabeça e em seu corpo a percepção de seu bebê crescendo em seu ventre. Talvez fosse o Nehann. Keiji e Summer lhe haviam falado que jamais sentiram voar as coisas, ou seus cabelos se eletrificarem, nem nada parecido, somente uma tremenda energia, mas não com essas manifestações, elas não haviam sentido o Nehann dessa magnitude e Jane podia jurar que esse era o Nehann que gerava o bebê, quando comprovasse que realmente estava grávida diria a elas. Quando Ty pôs sua mão apoiada sobre a dela em seu ventre, o soube com certeza. A olhou sem palavras. Jane somente sorriu e Ty a beijou sem tirar a mão de seu ventre. Keiji e Summer os chamaram para comer. Ty cortou seu beijo e sorriu, um enorme sorriso. - Contamos para eles? – Perguntou sussurrando. - Ainda não, tenho que vingar-me dessas duas traidoras. – Respondeu igual. - Estupendo, eu também. – Ty pensou em Hank Herickson. - Não vão nos dizer o que...? – Perguntou Summer desde o outro lado. - O Nehann. – Disseram em uníssono. Mas referindo-se a poderosa audição de Summer.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Ummm. – Disse Keiji, não muito convencida. O almoço foi muito agradável. E o Nehann e as características dos werwmindful foram o centro da conversa.
Depois do almoço o tema da conversa trocou para a Karshapana de Magadha. Um café com uns biscoitos e uma longa sobremesa acompanhou a conversa. Em um momento Ty simplesmente comunicou o que já havia decidido com Chipp e Wolff. - Amanhã de manhã bem cedo viajarei a Anchorage a procura de Boidreaux. Chipp e Wolff irão por Paul Amaretti a Seatle e vocês senhoritas irão ficar aqui. -Não. - Não. - Não. As três responderam juntas. - Não lhes perguntamos. – Disse Wolff friamente. -Que pena. – Disse Summer. – A resposta seria a mesma. Porque deveríamos ficar aqui? - Porque necessitamos nos mover com rapidez. – Disse Chipp. - Não é uma viagem de prazer. É trabalho, estamos falando de um possível ladrão. - E assassino... – Acrescentou Keiji olhando a Jane. Jane recebeu seu olhar e o sustentou. – Sim... – As lágrimas afloraram a seus olhos. – Sim, é um assassino... Ty, eu... Ty não a deixou falar, a atraiu a seu colo. - Não nos adiantemos, o único que dizem os arquivos é que Paul Amaretti é um vigarista de pouca importância. Não que é um assassino. Depois que Chipp e Wolff o encontrarem averiguaremos algo mais. E não importa o que seja Chapeuzinho, nada irá mudar o que sentimos um pelo outro. - Assim é que se fala! – Gritou Keiji assustando a todos.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca De repente todos riram. Ty beijou Jane na cabeça. - Vem aqui florzinha, quase nos mata todos de susto. – Disse Chipp a Keiji sorrindo. Keiji saiu da cadeira em que estava e passou a seu colo. Chipp pegou seu longo cabelo negro e o enrolou em seu braço. - Esse homem... Paul Amaretti não significa nada para mim. – Lhes disse Jane dos braços de Ty. – É um desconhecido e seria... terrível que ele tenha sido o que provocou a morte... de seus pais. – Sua voz quase se rompia. – Nem sequer quero imagina-lo. – Quando as lágrimas correram por sua bochechas. Ty a beijou. - É suficiente. – Lhe disse e se levantou, colocando-a no chão. Olhou aos homens e disse: - Vamos? – Perguntou Wolff. - Aonde? – Perguntou Summer. - Coisas de lobos. – Disse Ty. - Coisas de lobos. – Disseram as três juntas. E se olharam. Os homens nem lhe deram chance de discutir, levantaram e saíram. - Boas meninas. – Disse alegremente Keiji. – As convido para fazermos coisas de garotas. - Deixe-me adivinhar. – Disse Summer. - Limpamos! As três riram.
Eram às sete da tarde quando Jane e Ty ingressaram no hospital para ver Castillo. O homem jogava cartas com um dos guardas. Estava tudo em ordem. Jane percorreu o hospital visitando os seus pacientes enquanto Ty ficava com Castillo. Duas horas e quarenta e cinco minutos mais tarde Ty esperava para arrastá-la para casa. A estava esperando a quase quarenta e cinco minutos sem sequer mover-se. Quieto, apoiado contra a parede.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Doutora Monroy esse lindo homem seu criará raízes se continuar lhe esperando. - Onde está? - Na recepção. - Obrigada Sarah, deixo estes arquivos com você e já vou, amanhã eu volto... - Qualquer coisa a chamo, já sei. Vai lá! Quando Jane entrou na recepção Ty era o único na sala e parecia dormir em pé. Aproximou-se até pôr-se justo embaixo dos seus olhos. O olhou desde baixo e uma travessa mão se moveu para acariciar sua braguilha. - Olá lobinho! Me leva para casa? Ty pegou sua mão que tinha se envolto ao redor de sua verga agarrando-a com força e a tirou. A pegou pelo braço e saiu com ela do hospital em direção ao estacionamento quase correndo. Abriu a porta do passageiro da caminhonete e a levantou sentando-a sem lhe dizer uma palavra, subiu em frente ao volante e arrancou. Jane se aproximou ao seu lado e começou a dar-lhe beijinhos pequenos no pescoço. - Desprende-a. – Grunhiu sem olhá-la. - Que coisa amor! – Jane sorriu. - Não jogue comigo Chapeuzinho, desprende-a! - É como sempre lhe digo, é um lobo mau! – Jane desprendeu o botão da sua calça e baixou o zíper. Debaixo de sua calça não usava nada. Quando os pequenos dedos incursionaram para dentro se encontraram com a cabeça vermelha e quente de sua verga subindo para saudá-la. Ty deu um suspiro quando ela o agarrou. - Joga com ele Chapeuzinho, como essa manhã. Chupe-o Janieblue! Outra vantagem do tamanho de Jane, se apoio no piso e pegou a gorda cabeça com sua boca. - Santo Deus1 Não... Não sei se é uma boa ideia Chapeuzinho. – A sensação de sua boca amamentando o seu pênis o fez fazer uma manobra perigosa. Jane não o soltou, podia sentir o prazer que ele sentia, outro dos dons do Nehann. O caminho para casa se fez insuportável e deliciosamente longo. Quando Ty conseguiu estacionar desceu da caminhonete e deu a volta, sua braguilha seguia aberta e sua enorme verga sobressaia como uma lança. Jane esperou que a descesse como sempre, somente que Ty não a colocou no chão, seguiu com ela nos braços e nem
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca sequer seguiu até o quarto e a cama, a colocou em cima do sofá, parada e começou a desvesti-la; Jane ficou quieta, suas mãos só tiveram tempo para desprender o longo cabelo de Ty e enredar neles seus dedos. Ty estava mais próximo do lobo do que do homem. Como a uma menina pequena trocando de pijama Ty desvestiu sua Chapeuzinho. Quando a teve completamente nua a deu a volta e a desceu recostando-a de barriga para baixo no braço do sofá, a pegou pela sua cintura com suas grandes mãos, sustentando-a em uma posição semi-erguida e a penetrou. Uma longa, firme e profunda estocada que os fez gemer por igual. Os pés de Jane não alcançavam o chão. Tentou apoiar um no sofá e agarrar-se com as mãos, os duros embates de Ty a sacudiam sobre o escorregadio couro. Se não fosse pelas mãos sustentando-a pelo quadril teria caído. O orgasmo os alcançou juntos depois de uns empurrões a mais. O Nehanns e sentiu com força e Ty se levantou levando Jane com ele e se recostou no sofá com ela esperando que seu pênis desinchasse e a soltasse. Jane levantou suas mãos e as meteu nos longos cabelos do lobo. - Irá atrás de Boidreaux. – Jane não lhe perguntou, simplesmente afirmou. - Assim é. – A respiração de Ty ainda era irregular. Simplesmente tinha os olhos fechados e sentia a sua verga completamente agarrada em Jane, os ecos do Nehann sobre eles e as suaves caricias em seus cabelos. Se sentia plenamente saciado. Enquanto suas mãos cobertas de longas unhas acariciavam o ventre de Jane, seu filho crescia ali e tudo era perfeito. - Deixará que Chipp e Wolff vão atrás de Amaretti. - Assim é. - Toda sua vida tem procurado a razão pela qual seus pais morreram e gora que pode ter em suas mãos as respostas manda Wolff e Chipp. - Assim é. Ty não lhe diria que não permitiria que ninguém a machucasse, nem a seu cachorrinho. E se o que pensava era certo, Boidreaux não voltaria a intentar contra a vida de sua mulher, o lobo cuidaria dele. A justiça dos Weremindful se aplicaria. - Vai atrás dele porque acredita que esteja por trás dos meus acidentes. – Voltou a afirmar Jane. – Já lhe disse o quanto te amo?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Porque não o faria Chapeuzinho? - Lobo vaidoso, ou será que deveria chamar polvo necessitado? Ty riu. - Lhe contaram não foi? - Sim, e também me contaram sobre as morenas altas, de largas pernas e ahh, não vamos esquecer as bocas, grandes bocas. - Ups, também isso. Essas bruxas precisam de alguém que as controle, pelo visto levam seus lobos pelo nariz. - Tem queixa da minha boca? - Jane questionou em um suave tom satisfeito pois conhecia a resposta. Isso do Nehann lhe permitia sentir o que Ty sentia e sabia muito bem que não havia queixas nesse departamento. Talvez devesse começar a pesquisar como funcionava esse Nehann. Ty voltou a rir. - Deus Chapeuzinho se alguma vez reclamar de estar no céu, por favor, me coloque na coleira. - Tem minha palavra. Mas se alguma vez te vejo ao redor de alguma morena alta e longas pernas vou arrancar os olhos a ti e a ela. Fui clara? - Muito clara. - Por via das dúvidas não esqueça minha perícia com o bisturi. - Ouch! O terei em conta. - Ty... - Umm? - Leve-me para a cama.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
Castalia Cabott
Weremindful 03
A Busca Capítulo 12 - Bem, trouxeram a lista?- Perguntou Jane a suas amigas mostrando-lhes um papel dobrado que passou a Sumemr. - Sim. - Disse Keiji. - A minha. - Disse Summer mostrando-a. - Excelente, este é o plano: estarei até o meio dia no hospital, passarão lá e me pegarão e iremos para a casa de Keiji. Enquanto estou trabalhando, as garotas de-so-cu-padas, ou seja, vocês averiguam preços e datas. A tarde olhamos as revistas, elegemos vestidos. E Summer faz o jantar. - Porque eu posso saber? - Até onde sei é a única que sabe cozinhar, não? Isso te faz a candidata perfeita.
Chipp e Wolff voaram a Seatle. Segundo os arquivos do FBI a última noticia que se tinha de Paul Amaretti o situava na cidade. Ali se encontrariam com Hank Herickson que voaria especialmente de Hermosila em Sonora para encontrá-los. Hank tinha um rancho, mas também era o melhor rastreador que já haviam conhecido. Se Amaretti estava em Seatle o encontrariam. Haviam marcado de se encontrar em um café ali mesmo no aeroporto. Não seria difícil encontrar-se. Homens de sua altura não eram muito comuns.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Hank estava atrás de um jornal, encostado na parede esperando. Chipp e Wolff o viram de longe. Hank era ao menos quatro centímetros maior que eles, e seu aspecto era francamente atemorizantes. Parecia um vaqueiro, se vestia como vaqueiro, e era um vaqueiro. Tinha um rancho nos arredores de Hermosila, Novo México. Seu rancho se dedicava a criação de cavalos e quando pediam e mereciam se dedicava a rastrear pessoas perdidas. Quando pararam a seu lado, Hank baixou seu jornal e lhes sorriu. Se levantou e abraçou aos homens. Hank era uma rara mescla genética. Uma avó jamaicana lhe havia dado a cor de sua pele, um tom escuro que não negava suas raízes negras, e um cabelo ondulado que usava longo e amarrado; um pai norueguês, os olhos verdes, uma mãe mexicana os finos rasgos cinzelados, junto a um delgado e longo nariz, e umas espessas pestanas ofensivamente negras e arqueadas sob sobrancelhas grossas. Diferente da maioria dos weremindful que conheciam, Hank levava barba e bigode. E como quase todos em Clavijo uma herança weremindful paterna com tantos ancestrais que se perdiam com as mesmas escuras origens de sua raça. De repente todos os olhares do salão, masculinos e femininos se dirigiram para eles. - Um café? - Lhes perguntou sentando-se, fazendo um sinal a garçonete. Chipp e Wolff o seguiram. Nesse momento uma garçonete se aproximou com um exagerado bamboleio dos quadris. - Posso lhes ajudar em algo? - Ronronou. Oferecendo muito mais que um café da manhã em um terminal aéreo. - Café, somente, negro, sem nada mais. - Disse Chipp. - E as pequenas? - Lhes perguntou Hank a seus amigos uma vez que a garçonete regressou com seu nada sutil menear de cadeiras. - Em casa. - Respondeu Wolff. - E o que me trouxe a Seatle? - Perguntou Hank olhando-os enquanto cruzava os braços.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando Ty Brunet chegou a Anchorage procurou a seu velho amigo e colega Tomas Weber na delegacia local do FBI. Tomas já tinha preparado um envelope pardo de papeis que indicavam a direção de Raymond Boidreaux. Para fazer tudo legal ele iria acompanhá-lo. O homem vivia em um luxuoso edifício de apartamentos. Segundo seus antecedentes tinha uma fama muito confiável como curador de museus e colecionadores. Ao que parecia era espantosamente rico, algo pelo qual havia sido investigado, ninguém sabia de onde tirava tanto dinheiro considerando que suas amostras não se destacavam por serem as melhores. Quando chegaram ao edifício, o homem da segurança insistiu que havia mais de uma semana que não o via. Não podia fazer mais nada. Assim Ty acompanhou Weber a delegacia e sem dizer-lhe nada depois regressou ao edifício de Boidreaux. A polícia podia não entrar, mas um lobo sim. E isso fez. Entrou pela porta de serviço e subiu agilmente os dezesseis pisos pelas escadas de emergência. Um homem em bom estado físico não chegaria em bom estado depois de uma subida assim, mas as habilidades do lobo gastaram felizes essa energia. Um gancho manipulado abriu com facilidade a porta do apartamento de Boidreaux. Sim, o tipo não estava ali. Mas alguém havia lhe feito uma visita e pelo visto procurava algo. “A karshapana?” Se perguntou Ty. “Janieblue”, repentinamente pensou em Jane. Algo lhe dizia que havia mais ali do que parecia. Percorreu todos os quartos observando. Ao menos poderia reconhecer o odor do intruso no apartamento. Procurava um indicio que lhe indicasse onde poderia encontrar Boidreaux. “O que havia acontecido?” Opção um: Boidreaux tira uma foto para o catálogo de moedas antigas e circunstancialmente se depara com a karshapana de Magadha. Fala com Jane e descobre que ela não sabe o real valor da moeda e vê ao seu alcance uma verdadeira fortuna, mas não lhe diz nada. Obviamente espera sua oportunidade para livrar-se dela. Talvez com acidentes fortuitos como meio. Mas, onde estaria Boidreaux agora? E quem estava atrás dele? Relaciona-se com a karshapana? É possível que quem houvesse convertido nessa desordem o apartamento estava procurando a moeda? Necessitava encontrar Boidreaux. Opção dois: Boidreaux tira uma foto para o catálogo de moedas antigas sem saber qual o real valor da moeda, isso explicaria a desordem, alguém estava procurando pela
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca moeda. Onde estava Boidreaux? E se esse alguém já sabia que a moeda estava no poder de Jane? Necessitava encontrar Boidreaux. Ty se deteve em frente a parede cheia de fotos, muitas fotos com a mesma paisagem e uma luxuosa cabana. Tirou seu celular e chamou Tomas. - Weber? Tem Boidreaux uma cabana de campo em algum lugar? - Espere um minuto. - Logo ouviu barulho de papeis. - Sim, uma cabana em... Evergreen 1289, isso fica a umas duas horas de Anchorage. Quer que te leve? - Passo para te pegar.
Chipp, Wolff e Hank subiram aos subúrbios em um bairro bem marginal de Seatle. A casa onde morava Amaretti parecia completamente desabitada. Quando tentaram golpear a porta para poderem entrar um garoto em cima de uma bicicleta lhes disse: - Não mora ninguém desde que morreu. - Desde que morreu quem? – Perguntou Wolff. - Aquele que morava ai. - Você sabe o nome dele? - Não. Mas veio a polícia e levou o cadáver. – O menino olhou para Hank e lhe perguntou. – Você é um vaqueiro? Hank somente cabeceou afirmando. - E tem cavalos? - Sim tenho cavalos. – Respondeu Hank. Uma mulher apareceu na janela da casa vizinha. – Bill. – Gritou. – Onde foi que te mandei? - É minha mãe, não quer que eu compre drogas. – Lhes disse como desculpa e seu foi. Hank saudou a mulher com um movimento de sua mão sobre o sombreiro e regressou a caminhonete. Chipp e Wolff já haviam retornado e estavam subindo. - Bem. – Disse Chipp. - Vejamos o que diz a polícia.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando chegaram ao Departamento de Polícia não puderam deixar de ser o centro das atenções. Pediram para falar com o chefe da delegacia e foram encaminhados até ele. Chipp se adiantou e os apresentou: - Hank Herickson, Wolff Carter e eu sou o xerife de Ketchikan no Alaska, Chipp Rummers. - Ralphie Groom. – Estendeu sua mão e saudou os três homens, lhes indicando que se sentassem. – Alaska, eh, estão um pouco longe... em que posso ajudá-los? - Estamos procurando por Paul Amaretti. Fomos informados que ele morreu e que a polícia recolheu seu cadáver. - Amaretti? Posso perguntar porque procuram por ele? – Olhou para Hank e perguntou: - Você é o Hank Herickson que participava dos rodeios? - Assim é. – Foi a resposta de Hank. O rosto do homem se iluminou. – Uma vez te vi no Kansas, foi fabuloso. Parecia um gato em cima do touro. - Um lobo. – Sussurrou Wolff e somente Chipp e Hank puderam ouvir. - Dizem que você se retirou. - Disse o homem, evidentemente era um fanático pelos rodeios, assim que Hank decidiu que ser um amável vaqueiro seria o melhor caminho para conseguir informações. - Assim é. Estamos procurando Paul Amaretti. Sabemos que ele era um vigarista de pouca importância, mas parece que há alguns anos roubou uma série de moedas antigas e no processo assassinou aos pais adotivos de Chipp Rummers. – Lhe disse em um tom amável e confidencial. O homem se inclinou sobre o intercomunicador e disse: - Paul, traz o arquivo de Paul Amaretti. – E desligou. – Agora me diga, ganhou muito participando dos rodeios? – Perguntou a Hank. - O suficiente para me aposentar e comprar o meu rancho. - Uau, que bom! - Com licença chefe, aqui está. – Disse o homem e entrou deixando um arquivo não muito grande em papel pardo. - Obrigado. – Lhe disse e abriu o arquivo e começou a folheá-lo. – Sim, o tipo faleceu de tiro faz uns quatro dias. – Passou o arquivo e Chipp o pegou. “Algo não estava certo”, pensou Chipp e perguntou: - Este cara é o cadáver que vocês
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca pegaram? - Sim, claro. – Respondeu Groom olhando a foto que Chipp mostrava. - Bom esse cara não é Amaretti, se chama Raymond Boidreaux e é curador de um museu e colecionador. - Está seguro? – Perguntou Gromm. - Muito seguro. Comparou as impressões? – Lhe perguntou Chipp. O rosto de Groom se avermelhou com força. – Não. Não imaginamos que não fosse Amaretti. Mas o faremos agora mesmo. - Já o enterraram? - Perguntou Wolff. - Temo que sim e o Estado pagou. – Lhe respondeu Groom levantando o telefone. Hank se levantou. Chipp e Wolff o olharam e souberam que deveriam fazer o mesmo e acompanhá-lo. Uns minutos depois haviam conseguido deixar os fanáticos admiradores de Hank e se dirigiram a caminhonete alugada. - O que aconteceu Hank? – Perguntou Chipp quando pisaram na rua. - Devemos nos apressar. Quando comprovarem que não é Paul Amaretti mandarão p CSI para investigar e encheram o local de odores, mas se vamos agora ainda podemos ter alguma oportunidade. – Hank, se sentou no volante enquanto esperava que seus amigos subissem.
Jane recebeu a ligação. – Alô? – Disse distraída checando um histórico clínico. - Doutora Monroy, aqui quem fala é o enfermeiro Stone. Suas amigas estão lhe aguardando no estacionamento. Jane olhou a hora no relógio. – Há essa hora? - Por isso me disseram que a avisasse, estão esperando que desça agora e têm algo para você. - Obrigada, já irei descer. – Disse ao homem. “Stone?”, devia ser novo.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Incomodada com a mudança de sua rotina Jane se levantou com prontidão e começou a protestar em um sussurro esperando que as habilidades lupinas de suas amigas a escutassem. – Espero que essas orelhas de lobo novas que as duas têm lhes diga o quanto irritada estou por me fazerem descer no meio da minha jornada com tudo o que ainda tenho que fazer. Deus, mulheres, não têm mais nada para fazer? Quando o elevador a deixou no subsolo ia tão concentrada que não viu o homem que a seguiu logo que atravessou a porta do elevador. - Filha. – Lhe disse e quando se deu a volta um spray molhou o seu rosto. Jane caiu inconsciente.
O primeiro que Ty sentiu foi como se escurecesse suas vistas. Uma sensação muito estranha. “Janieblue”, foi o segundo que passou por sua cabeça. Pegou o celular e digitou seu número. Ninguém respondeu. Desligou e marcou o número do hospital. - A doutora Monroy? - Acaba de sair faz uns cinco a dez minutos. – Lhe disse a recepcionista. - Obrigado. Ty pensou um segundo. Se estava dirigindo não atenderia o telefone. Teria que esperar e isso não lhe agradava. Se encaminhou até a delegacia do FBI. Duas horas e meia depois, Ty e Weber revisavam a cabana de Boidreaux. Tudo ali, igual ao seu apartamento estava uma completa desordem. Evidentemente alguém estava procurando por algo. Ty pegou o celular e voltou a ligar para Jane. Ninguém atendeu. Marcou o número de Keiji. - Alô? – Disse a cristalina voz de Keiji. - Keiji, é Ty. Onde está Jane?
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Acredito que no hospital. Ficamos de nos encontrar ao meio dia, mas nos avisou um enfermeiro que aconteceu um acidente e por isso ela iria demorar. - Quando chamaram? - Faz umas duas horas e meia, ou três. Quer que lhe digamos alguma coisa? - Não. Quero que vocês vão até o hospital e lhes diga que me chame. - Agora? O que está acontecendo? - Não sei... Chipp me disse que você pode sentir quando lhe dispararam. - Sente que aconteceu alguma coisa a Jane? Diante dessa palavra Summer que estava preparando uma salada se aproximou do telefone. - Não sei. – Murmurou Ty, algo estava acontecendo e não sabia o que era. Mas tinha certeza de que algo não estava bem. - Bem, sairemos nesse momento. – Disse Keiji. - Keiji.- gritou Ty. – Tenham cuidado. - Regressemos, tenho que voltar a Ketchikan. – Onde demônios estava Boidreaux. Subiu no automóvel de Weber e começaram o caminho de volta. Dez minutos depois seu celular tocou. “Chapeuzinho.” Pensou enquanto abria o aparelho, o identificador de chamada dizia: “Wolff”. - Wolff, o que acontece? - Temos um cadáver. - Amaretti? - Não. Raymond Boidreaux. - O que? Está seguro? - Completamente, mas dentro de umas cinco horas teremos certeza. - E Amaretti? - Não tem rastro dele. Mas Hank está seguindo o seu rastro, Chipp o acompanha. Eu fiquei para confirmar se o cadáver é de Boidreaux mesmo. - Está seguro? - Sim, eu mesmo vi a foto. - Então não espere, regresse. Algo... Algo está acontecendo com Jane e não sei o que é...
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Saio no primeiro vôo. “Chapeuzinho, o que está acontecendo com você?”
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A Busca Capítulo 13 Se em algo era bom Hank Herickson era em rastrear. Era uma lenda entre os weremindful, podia seguir um rastro no ar ainda em uma cidade tão grande como Seatle. Havia estado outro homem na casa, um que havia deixado bem marcado seu rastro, forte, mas agora já não estava. Nunca comentava com ninguém, mas as vezes Hank acreditava que havia algo diferente com seu lobo, nunca comentava porque isso seria confirmar que não era como os outros. Forças mágicas o rodeavam, as vezes pensava que era a herança jamaicana de sua avó. Ainda em uma cidade grande como essa podia sentir o cheiro do homem mal. - Mas aqui é o aeroporto. – Disse Chipp. Ele conduzia o automóvel alugado. - Exato. Tomou um avião. - Sabe para onde? – Perguntou Chipp. -Não, mas pretendo descobrir no guichê que pegou a passagem.Fora isso é trabalho policial amigo. Chipp riu. Sabia que Hank era único e não lhe havia surpreendido que realmente soubesse. - Chamarei Wolff. – Disse Hank pegando o telefone e digitando seu número. - Wolff? Estamos no aeroporto. O veio até aqui. - Bem, estou indo para aí. Ty acredita que alguma coisa aconteceu a sua mulher. Já sabe para onde se dirigiu nosso suspeito? - Não, mas o saberei em dez minutos. - Bom, os vejo ai. – disse Wolff e desligou. - Wolff se reunirá conosco, está vindo para aqui. – Hank comunicou a Chipp fechando
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca o telefone. – Ty teme que alguma coisa aconteceu com sua mulher. Chipp somente o olhou. Não teve tempo nem sequer de responder ou de lhe perguntar alguma coisa, pois Hank já havia descido do carro e seguia o rastro. Quando entrou, Hank parecia contemplar o local. Se dirigiu direto ao guichê “Aerolinhas Alaska”. Compreenderam que Ty não havia se equivocado. Quem quer que fosse o homem que havia matado Boidreaux, estava viajando para o Alaska, e não era uma coincidência. Chipp tirou imediatamente três passagens para o próximo vôo.
Quando Jane Monroy despertou estava atada a uma cadeira. E um homem a olhava sentado em sua frente. - Vamos lá filhinha, acordou, já estava ficando preocupado com você. “Meu pai? Este homem é meu pai?” Se parecia com o homem da fotografia, mas nela Jane não pode perceber algo mais profundo, um sentido de maldade, que podia sentir rodeá-lo nesse momento. - Assim é, sou teu amado pai. E se você não fosse o retrato vivo de sua mãe não a teria reconhecido. Quando Jane quis se mexer se deu conta que suas mãos e pés estavam amarrados com uma forte corda. Olhou ao seu redor, uma casa, uma grande janela de vidro, com umas puídas cortinas abertas, através delas se podia ver o bosque, estavam longe da cidade. Tentou fazer pressão e nem sequer pode mover seus braços e pernas. - Quem é você? – Lhe perguntou, já sabendo a resposta. - Seu amado pai, acabo de dizer-lhe. - Porque estou amarrada? - Nem um “olá papai” sequer? Mas que filha mais desatenciosa. - Por-que-es-tou-a-mar-ra-da?- Repetiu em tom belicoso. - Olha só, parece que pelo menos alguma coisa herdou de mim. – O homem encerrou
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca sua frase com uma gargalhada que a surpreendeu. - O que você quer de mim? – Lhe perguntou. - Pois, é algo muito simples, você me diz onde está e te deixou ir encontrar com seu noivo e desapareço de sua vida. - Dizer-lhe onde está o que...? – Lhe perguntou Jane. - A Karshapana de Magadha. – Foi a resposta. - Não sei do que está falando. Paulo golpeou com força o rosto de Jane, o suficiente para tira-la da cadeira e jogá-la ao chão. O homem se aproximou a cadeira e a endireitou. Da boca de Jane escorria um filete de sangue. Sentia-se enjoada pelo golpe e realmente surpreendida. - Sim, você sabe do que falo, dessa moeda que deixou que esse imbecil do Boidreaux fotografasse para o catálogo Gupta. Essa moeda é minha, sua mãe deve tê-la roubado. Agora, me dirá onde a guardou e irei daqui, simples assim. Onde está? E não faça me zangar ou passará um tempo muito mal querida filhinha. – O tom de Amaretti não deixava duvida de como atuaria. - Não a tenho, entreguei a Ty Brunet, pertencia a sua família. O golpe quase a fez desmaiar. Amaretti chutou a cadeira no chão acertando uma de suas pernas. A dor a percorreu inteira. Quando a raiva de Amaretti amainou voltou a colocar a cadeira direita. O olho de Jane estava quase fechado. Agora saia abundante sangue de seu nariz, de seus lábios e de um corte em sua bochecha. “Ty, Ty, Ty.” Se repetia uma e outra vez Jane. Quando olhou ao homem sua vista estava nublada. - Diga-me onde está a moeda ou vou romper cada ossinho desse seu lindo corpo. - Não sei. Mas sim, sei de algo. Ty Brunet vai matá-lo. - Onde está a maldita moeda? – Gritou. O descontrole havia dominado Amaretti . Quando Jane não respondeu, Paul pegou uma das suas mãos e subiu um de seus dedos até quebra-lo Jane desmaiou.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca
Ty sentiu cada um dos golpes. Dois segundos depois de deixar Weber havia se dirigido até o aeroporto. Havia alugado um helicóptero e quarenta e cinco minutos depois estava no heliporto de Ketchikan. Quando a nave aterrissou e estava descendo sentiu o primeiro golpe. Perdeu o equilíbrio e compreendeu. Alguém estava golpeando Jane. Digitou o número da polícia e falou com Zack Mendez e o pôs em alarme sobre Jane. Quando terminou de falar, subiu em um carro alugado e seguiu para o hospital, necessitava um rastro para seguir e ali poderia consegui-lo. Quase perdeu o controle do carro com o segundo golpe. “Precisava encontrá-la.” Se, tão somente Hank estivesse mais próximo. Estava chegando ao hospital O primeiro que viu foi o Jeep de Jane dentro do estacionamento. Então sentiu a lacerante dor na sua mão esquerda e depois só escuridão. Ty freio e desceu do automóvel e caiu dobrado de dor ao chão. Ali em quatro patas, tentou afastar-se da dor de Jane e encontrar seu lobo. Se alguém poderia encontrá-la era o lobo. Com muito esforço tentou ficar de pé, esforçando-se para respirar através da dor e tirou a roupa, a colocou dentro do automóvel alugado e chamou seu lobo.
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
Quando o lobo se fez presente, percorreu o local buscando o cheiro de flores de Jane. Quando o percebeu, compreendeu que havia ali outro cheiro, o do homem que a tinha. Começou a segui-lo.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Quando Jane despertou seguia no mesmo lugar, sabia que havia fraturado um dedo e quase não podia ver. Olhou para o homem que passeava como um tigre preso em uma jaula pelo pequeno quarto da cabana. “Quanto mais poderia acontecer-lhe? A mataria?” Necessitava tempo, Ty viria por ela. Necessitava tempo. - Está em minha casa. - Mente. Continua-se... – Paul pegou um dedo da sua mão sã. - ... mentindo para mim, vou quebrar os ossos de sua mão. Diga-me maldita cadela. – Gritou e quebrou o dedo. - Ty! – Gritou Jane chamando-o. A dor se fez muito intensa, mas não desmaiou. - Onde está Jane, onde está a moeda? Diga-me ou vou... Nunca terminou a frase, um enorme lobo negro rompeu a janela arrastando consigo os cristais quebrados e se lançou sobre o homem. O atirou ao chão e ali agarrou com as mandíbulas abertas o pescoço do desgraçado. O moveu como se fosse um simples boneco de papel de um lado para outro. Ainda quase adormecida por causa da dor Jane sentiu o craque de uma espinha quebrada. Com a vista nublado compreendeu que o lobo estava completamente descontrolado. O lobo movia o homem de um lado para o outro. - Ty, Ty por favor, deixá-o. Deixá-o... – Lhe disse entre soluços afogados. - ... amor. Preciso de você... Ty. Ty. Algo na nuvem de fúria absoluta que o dominava penetrou no cérebro do lobo e soltou o homem, o quarto estava banhado de sangue. “Janieblue” precisava dele, sua mulher precisava dele. Podia senti-la chorar. O lobo girou e a olhou. Sua mulher o necessitava. Desceu a cabeça e se abstraiu da dor de Jane para alcançar o estado Beta.
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
O homem nu, manchado de sangue, caminhou até a cadeira. Jane estava desmaiada.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca As unhas do lobo ajudaram a romper as cordas e a liberou. Não podia acreditar no inferno que tinha vivido. Não somente havia sentido sua dor, senão havia conseguido ver Amaretti quebrar-lhe um dedo, havia ouvido seu grito chamando-o e de repente havia visto tudo vermelho. Nunca em sua vida havia sido puramente instinto animal. Nada mais. Queria matá-lo e o fez. De repente não sentiu a dor de Jane, somente a incrível satisfação de que estava destroçando o homem que a havia machucado. Ty a levantou nos braços e procurou a saída da cabana. A colocou dentro do automóvel alugado que evidentemente havia sido usado pelo maldito, mas não tinha outra opção, necessitava chegar ao hospital o quanto antes. A carregou com infinito cuidado e lhe prendeu o cinto de segurança. Nu como estava prosseguiu a marcha para o hospital. - Ty... – A vozinha de Jane o fez tremer. - ... te chamei... - Eu sei chapeuzinho, te escutei. Shhhhh, não fale... tudo irá ficar bem. - Queria a moeda... - Eu sei. Quando chegou ao estacionamento do hospital procurou o Jeep de Jane, ali havia deixado sua roupa. Se vestiu apressadamente e carregando Jane subiu com ela para a emergência. Quando os viram chegar todos correram até eles. - Por aqui. – Disse a enfermeira Morgan, assinalando a sala de cirurgia. - Lhe fraturaram as mãos. – Disse Ty colocando-a na maca. – Enfermeira, - Ty a olhou nos olhos. – Jane está grávida. A enfermeira Morgan cabeceou com preocupação. - Obrigado, mas espere lá fora. – Disse um companheiro de Jane, o doutor Walter Konig. Tinha acabado de escutar o que Ty disse. - Não. – Disseram Jane e Ty ao mesmo tempo. Ty olhou o doutor de uma forma tão selvagem que ele não teve coragem de insistir. Ty havia apoiado Jane na maca encostada a parede, quando o médico se aproximou somente lhe restou ficar aos pés da maca, seus olhos presos nos olhos azuis de Jane. O doutor revisou seus ferimentos e desinfetou-os, colocou uns pontos em sua bochecha. Verificou seu olho completamente fechado e revisou sua boca. Logo olhou a Jane
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca nos olhos. - Jane, acredita que o bebê está bem? - Sim, ele está. – Disse olhando para Ty. - Bem, é a melhor médica que conheço e se diz que o bebê está bem, então acredito. Me escuta bem? Acredita que o golpe afetou sua audição? - Não... As perguntas se sucederam enquanto os enfermeiros e outros médicos chegaram e encheram a sala de um baixo, mas ensurdecedor murmúrio. Ty nem sequer se mexeu quando entraram com a máquina de raio-X portátil. - Está grávida, evitaremos os raios. Quando Sarah Morgan levantar a mão de Jane, ela fechou os olhos diante da pontada de dor e Ty grunhiu, com força, o suficiente para que todos olhassem para ele. Ty nem os olhou. Seus olhos estavam nos dela, nunca a deixaram. Jane precisava desse contato, havia de aferrado ao seu olhar enquanto lhe curavam. - Jane lhe estabilizaremos as mãos, será só questão de tempo e estará melhor. - Obrigada Walter. – Disse em um sussurro. Ty sabia do esforço que estava fazendo para não chorar. Precisava que terminassem para poder abraçá-la. - Desculpe. - A enfermeira Morgan o tocou em seu braço. – Seu telefone está tocando. Ty a olhou totalmente perdido, até que notou que era seu telefone que estava tocando. Sem tirar os olhos dos de Jane, abriu o aparelho e atendeu. - Sim? - Ty. - Wolff, o que esta acontecendo? - Estamos te ligando a pelo menos duas horas. - É longo Wolff, estou no hospital com Jane. - Ela está bem? - Seu tom demonstrava insegurança e medo. - Agora sim. Tem as duas mãos fraturadas e uns cortes no rosto, mas está bem. - Chegaremos em umas duas horas, te procuraremos. Ty levantou o rosto e viu aparecer Keiji e Summer. As garotas o olharam e logo para a
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca maca e quando viram Jane se lançaram sobre ela. O Doutor Konig as deteve. - Por favor esperem lá fora. - Ela está bem? – Perguntou Summer e olhou para Ty. Ty somente afirmou com a cabeça. Keiji tomou a mão de Summer e lhe disse? – Esperaremos lá fora.
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Castalia Cabott
Weremindful 03
A Busca Capítulo 14 Jane estava encostada no sofá de sua sala. Enquanto todos os seus amigos haviam se reunido na casa de Ty. Por fim tinha conhecido Hank Herickson, era um homem impressionante, “mas não tanto como Ty.” Quando Ty encontrou seu olhar se aproximou até o sofá e se agachou a seu lado, acariciando sua bochecha com o dorso de seus dedos. - Você está bem chapeuzinho? Jane tentou sorrir o melhor que pode e seu rosto deixou. - Estou bem. Ty a beijou suavemente nos lábios, sua língua buscou a sua. Quando a soltou Ty se levantou e se acomodou no sofá a seu lado abraçando-a bem próxima a ele. Chipp tinha estado falando pelo telefone e desligou se sentando em frente a eles. - Bem, amigos, as coisas são bem simples. Joseph e Gemma viajaram no fatídico dia do acidente a Sonora para encontrar a um homem que acreditavam era um especialista em moedas antigas, o tipo se chamava Paul Amaretti, um vigarista de pouca importância. – Chipp olhou para Jane abraçada a Ty. – Amaretti acreditou que as moedas valiam alguma coisa. Mas nunca soube seu valor real. No dia do acidente deve ter avariado os freios do carro de Joseph e furtou as moedas. Amaretti procurou por um especialista, mas só levou uma moeda. Ali conheceu Raymond Boidreaux, um colecionador quase desconhecido. Boidreaux lhe disse que eram valiosas, mas lhe disse apenas um centésimo de seu valor. Amaretti lhe entregou apenas uma moeda e o seguiu fazendo durante vinte anos. - Deixe-me adivinhar, pagava a Amaretti uma miséria e logo a vendia pelo seu real valor. – Acrescentou Wolff.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Isso parece. O negócio favorecia a ambos, até que a ânsia de celebridade de Boidreaux o levou a fazer o catálogo. Pensava que se fizesse algo assim melhoraria sua fama, bastante mal por certo. Amaretti viu o Catalogo e a moeda, supôs que era um das que tinha roubado a Joseph e Gemma, suponho que pensou que se pegasse a moeda poderia conseguir mais dinheiro de Boidreaux por ela, já que haviam mais moedas no seu saco para vender. Boidreaux cometeu o erro de comentar com seu ex-sócio que a moeda de Jane valia dois milhões de dólares, Quando Amaretti soube compreendeu que si Boidreaux era rico era graças as suas moedas. Chamou a Boidreaux e disse que tinha a moeda, quando chegou a Seatle o matou, tomou sua identidade e viajou a Anchorage. Ao que demonstra a destruição que você viu no seu apartamento e cabana, Ty, foi Amaretti quem o realizou roubando tudo o que pode de Boidreaux. Dentre as coisas todas que roubou deve ter encontrado sua direção, Jane. Segundo parece, encontrou entre as coisas de Boidreaux e com luxo os detalhes de todos os “acidentes” que você sofreu. - Então ele realmente tentou matá-la? – Perguntou Keiji. - Sim florzinha, Boidreaux não deixaria escapar dois milhões de dólares tão facilmente. Quando Amaretti lhe disse que tinha a moeda, ele não acreditou, mas também não quis correr o risco completamente, assim é como mesmo sem querer se dirigiu para sua morte. Ty beijou a frente de Jane enquanto um dos dedos de Jane acariciava suavemente os longos dedos dele sobre as talas. - Antes de morrer deve ter falado de você, por isso Amaretti te encontrou. Talvez tenha lhe dado a informação em troca de sua vida, não sei. - E onde está a moeda? – Perguntou Hank. - Sim, onde esta a moeda Jane? – Lhe perguntou Chipp. - Esta com Castillo. – Disse Jane. - Castillo? – Ty sorriu. – Boa eleição, ninguém esta mais custodiado do que ele. E muito inteligente Chapeuzinho. - E... Amaretti matou seus pais... – Sussurrou Jane olhando Ty nos olhos. Ty a beijou. - Assim parece. Um de seus antigos comparsas acaba de nos confirmar, mexeu nos freios do carro e os seguiu, quando ocorreu o acidente, desceu, pegou as moedas e fugiu. –
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca Acrescentou Chipp. - O sinto... – Tentou dizer Jane. Ty não a deixou terminar. - Não, não Chapeuzinho, você não tem nada haver com aquele homem. – Ty voltou a beija-la. - Bem senhores, acredito que temos que ir. – Disse Summer pegando as mãos de Wolff e puxando-o para saírem da cabana, aos poucos todos foram saindo. Quando ninguém ficava, exceto eles, Jane o olhou e disse. - Vamos para a cama, estou cansada.
Dois meses e meio depois... Haviam colocado o altar atrás da casa de Ty, a fresca grama e as arvores frondosamente verdes, as colinas e o lago emoldurados por um belo dia. O oficial que realizaria a cerimônia estava embaixo de um carrossel natural a que haviam adornado com flores brancas e azuis. As damas de companhia vestiam longos vestidos vaporosos em tom de rosa pastel, encabeçavam a marcha Keiji, Summer, Rose, Patty, Pam e Chloe. As amigas haviam obrigado Jane a praticar o tiro de ramo, também haviam sorteado o próximo consorte, Hank Herickson. Que ao que parece Rose tinha ganho uma boa luta, depois de três sorteios fraudulentos. O primeiro quem ganhou foi Patty, ate que se deram conta que todos os papeis na bolsa diziam Patty, o segundo o ganhou Chloe, mas Pam descobriu que havia usado a mesma barata artimanha, a terceira ganhou Pam e Summer descobriu que havia sido chamada por que ela foi quem fez o sorteio. Assim Summer decidiu ela mesma tirar o papel e Keiji foi quem escreveu os nomes, ai o sorteio foi limpo e o ganhou Rose. Por via das duvidas as garotas puderam revisar o sorteio. As vezes a vida e injusta. Rose não podia acreditar que esse homem seria seu próximo marido. Agora somente tinha que ganhar o ramo. E pela cara das presentes seria uma luta, mas quem não arrisca não ganha.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca O emocionado noivo de impecável traje de etiqueta negro esperava ver sua noiva. Jane vestia um lindo vestido longo e branco ajustado ao corpo com uma cauda que nascia em um coque embaixo das costas, mangas abaloadas que se estreitavam nos cotovelos e uma capa vermelha que cobria seus cabelos vermelhos soltos e caia ao redor de seu vestido. A noiva vinha de braços dados com seu padrinho de casamento, Luiggi Sotello, ou melhor dizendo, Frank Castillo. Quando se deteve para entregar a noiva, Frank depositou um beijo em cada bochecha de Jane. Ty a recebeu e baixou o capuz de sua Chapeuzinho, seu longo cabelo vermelho estava coberto por uma rede de pequenas perolas brancas e estrass que faziam brilhar a sua longa cabeleira. Ty a beijou, um longo e profundo beijo que fez assoviar alguns dos presentes e se dispôs a emitir seus votos. Ty havia passado toda a sua vida procurando por justiça e a havia encontrado o bem mais precioso para qualquer homem, uma família. Sua mulher, seu filho, seu amigos, um lar. - Os noivos estão preparados? – Perguntou o juiz. Ambos se aproximaram do altar. Ty olhou sua preciosa mulher e lhe sorriu. Vê-la aparecer de capa vermelha o pos em uma vergonhosa posição. O cós de sua calca não havia sido feito para esse tipo de contingência. “Nada de calcinhas e nem sutiã, - Lhe havia dito no dia anterior. Acabavam de fazer amor e ainda estava profundamente preso nela. Com a desculpa de provar a nova cama haviam acabado nus e esgotados. Ty havia posto a mão sobre o ainda imperceptivelmente inchado ventre de Jane. - Não me casarei sem calcinha e sutiã, terá que decidir ou me aceita com elas ou terá que escolher outra noiva. Acredito que qualquer das amigas de Keiji se voluntariariam sem problemas. - Me entregaria assim, tão facilmente? - Não disse o que farei depois, recorda o que te adverti? Sou muito boa com o bisturi, ainda me recuperando das minhas fraturas. - Ninguém se dará conta. – Insistiu Ty. - Eu me darei conta.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Exato. Para que usar algo que não voltara a usar jamais? Um de seus longos dedos acariciou seu clitóris, tomando-o entre seus dedos fazendoa tragar saliva. Acabara de toma-la e já queria mais? - Me sacrificarei a uma segunda volta se me der a sua palavra. - Ty, como pode sequer dizê-lo! Sacrificara-se? Ty lhe deu a volta pondo-a de barriga para baixo, colocou um travesseiro embaixo de sua pélvis. Somente precisou mover-se para frente e para trás, assim conseguiu deslizar seu longo pênis muito lentamente e suavemente ate o exterior, deliberadamente lento, ate ficar quieto bem ali na entrada de sua boceta,
esperando expectante,
roçando-a
provocativamente, com um suave toque de sua cabeça. - Esta bem! Nada de sutiã e calcinha! – Choramingou Jane empurrando-se para trás tentando empalar-se sem consegui-lo. -Me da sua palavra doutora Monroy? - Sim, sim. Ty se empurrou para frente ate fazer soar seus testículos contra sua carne. - Sim, sim, tudo o que você quiser, mas não pare... não pare...” Uma hora antes da cerimônia lhe havia mandado um recado por Keiji. - Keiji diga a minha mulher que se ela não cumprir sua palavra haverá represálias. - Ele te disse isso? – Lhe havia perguntado Jane enquanto deixava as garotas colocarem essa renda de perolas em seu cabelo. - Disse, o que isso quer dizer? – Perguntou Keiji. - Coisas. – Respondeu Jane. - Como o que? – Perguntou Rose pintando suas unhas de um suave branco. - Sem importância. – Acrescentou Jane. - E quais serão as represálias? – Perguntou Pam passando ferro em um dos vestidos do cortejo. - Acoites? – Perguntou com simpatia e esperança Patty. - Ou palmadas? – Disse Chloe enquanto adornava o buque da noiva. - Não importa o que seja, aceita as represálias, se essas são as opções. – Sugeriu Sumemr. - Sim, concordo. – Disse Chloe.
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Castalia Cabott – Weremindful 03 – A Busca - Votemos. – Disse Patty. - Oh ,por Deus, mulheres pervertidas. Não e nada que lhes interesse. – Lhes disse Jane sem poder mover-se. - Voto pela represália. – Disse Patty decidida. - E eu. – Disse Pam. - E eu. – Disse Rose. - E eu. – Disse Summer. - Também tem meu voto. – Disse Keiji. - E o meu. – Disse Chloe. “Oh Deus”, pensou Jane e baixou sua cabeça vencida, “seria represália então”, se disse com um sorriso. - Te amo Chapeuzinho Vermelho! - Te amo Lobo feroz! “Acoites ou palmadas?” Se perguntou Jane. E você? O que diz amiga?
“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesar, não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... teu corpo não pesa... flutua no ar... sou ar... é lobo... sou lobo.”
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