04- Weremindful - A caçada- Castalia Cabott

Page 1


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Resumo Quando alguém sequestra a neta de um bom amigo, Hank Herickson oferece a sua ajuda. Seu plano é simples. Afastar seu amigo do perigo, resgatar sua neta e deixá-la a cargo de seu amigo Chipp Rummers. Mas às vezes os planos se complicam, principalmente se um Weremindful se apaixona. O lobo está em caça e ao que parece sua presa era Cassie. Cassidy Thunderwhite é professora na Reserva de Blackfoot. Quando não aceita vender suas terras é raptada. Jamais imaginou que um lobo viria por ela e que viria decidido a governar a sua vida. E isso ela não iria permitir. Mas não é o único, alguém mais esta caçando Cassie e Hank terá que defendê-la.

Grupo Romances e Cia. Pesquisa: Gr e Cia. Rev. Inicial: Rosa Inocente Rev. Final: Priscila Formatação/Arte: Déia

Grupo Romances e Cia.

Página 2


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Comentário Rev. Rosa Inocente Essa série me deixa cada vez mais empolgada... Esse é gostoso de ler, com cenas bem hots e com certeza é o elo para os próximos livros da série. A união dessas were-companheiras é hilária, se tiver que cair uma, cai todas... rsrsrsrs... Vamos aos protagonistas... ele é um were que já se aceitou como e sabe o que quer, ela... bem, tenho minhas reservas, pois ela se demonstrou muito preconceituosa e indecisa... Mas depois ela se redime! Super recomendado!

Comentário Rev. Priscila

Esse foi o primeiro livro que li da série. Achei uma mistura de florzinha com hot, uma vez que o mocinho se apaixona muito rápido pela mocinha, apesar de ela ser uma teimosa e cabeça dura. Tem poucas, mas boas cenas hot. Vai agradar bastante a quem gosta de lobisomens altos, fortes e peludos! Boa leitura!

Grupo Romances e Cia.

Página 3


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 01 Quando o homem altíssimo desceu do avião o ancião sorriu, Hank Herickson tinha chegado. Joshua Thunderwhite havia completado nesse verão 78 anos, de boa saúde ainda que de passos vacilantes, estendeu a mão para cumprimentar seu velho amigo. Hank o abraçou e o levantou do chão. Era assim que fazia desde a primeira vez que se viram, quando um jovem lobo inexperiente havia caído em uma armadilha que teria sido mortal se o homem não houvesse aparecido. Esse dia Joshua libertou um lobo, se encontrou com um homem e ganhou um amigo para a vida inteira. E esse amigo havia pedido ajuda. Sua neta Cassidy havia desaparecido e se alguém poderia encontrá-la esse era Hank. - Tem tudo? As duas caminhonetes? – Perguntou Hank a Joshua. - Tudo. – Lhe estendeu uma penca de chaves que Hank pegou, seu olhar estranho levou Joshua a acrescentar. – A da reserva tem a chave reserva embaixo do carpete, a outra caminhonete está do lado de fora da reserva, no setor B5. Will te levará até a casa de Cassidy. – Acrescentou Joshua dando-se a volta e apresentando-lhe o um jovem de não mais de vinte anos. – Will Waterhold, conheça a meu amigo Hank Herickson. Will, ao igual de Joshua, não podia esconder sua herança cheyenne, lhe sorriu afavelmente e lhe estendeu a mão. Hank a recebeu e a apertou com força. Tirou de seu casaco um envelope e o estendeu para Joshua. Olhou para o painel do aeroporto. Grupo Romances e Cia.

Página 4


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Ty Rummers estará lhe esperando. Não saia de Ketchikan até que vá te buscar, será melhor que se apresse e não se preocupe. - Traga-me a minha neta de volta, garoto. - A trarei, Joshua. O ancião somente esboçou um sorriso e se dirigiu até uma das portas da saída. Seu voo ao Alaska estava a ponto de decolar. Quando o viram subir, Hank girou para Will. - Bem, leve-me a sua casa e conte-me o que sabe. - Cassidy vive na casa do Centro Nizipuhwahsin1 na reserva desde que chegou da universidade. Faz mais ou menos dois meses chegaram uns homens a Browning, disseram que estavam fazendo um estudo para criar um grande complexo turístico que criaria diversas oportunidades de emprego, começaram a andar ao redor e percorrer as redondezas da Reserva até que compraram todas as terras que rodeiam a reserva, quando Joshua disse que não venderia, vieram então falar com Cassidy e lhe fizeram uma proposta muito grande. - Quanto? - Duzentos e cinquenta. - Deixe-me adivinhar, ela disse não. - Exatamente. - E quando foi isso? – Perguntou Hank. - Semana passada. - E faz três dias desapareceu. O garoto se via claramente consternado. - Ela, e... senhor Herickson, uma ... natsowaaki2 ... uma professora muito boa. “Imagino e está apaixonado por ela”, pensou Hank enquanto olhava para fora. Em algum lugar haviam retido a jovem e somente esperava chegar a tempo. - Tem alguém para te levar de volta? – Lhe perguntou ao chegarem no Centro.

1

Criado em 1994 por Darrel Kipp, o Centro Nizipuhwahsin, Nosso idioma originário, é uma escola desde o jardim de infância para crianças até o oitavo ano, que utiliza a docência quase que por inteiro no idioma indígena.

2

Natsowaaki: mulher bonita.

Grupo Romances e Cia.

Página 5


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Sim. Meu amigo Patrick, ali está ele. – Will acenou a um jovem com a cara cheia de piercing esperando-o em uma moto não muito nova. - Deixará a caminhonete? - Sim, onde Joshua me disse para deixar. - Excelente. Ambos desceram da caminhonete. Hank tomou o caminho para a casa adjacente ao centro. A casa era uma construção pequena pintada de branco e tinha uma grande quantidade de flores brancas ao redor. Margaridas, rosas. Hank abriu a porta. Fechou os olhos e inspirou, necessitava encontrar o cheiro da jovem se queria encontrá-la. Se dizia que Hank Herickson era o melhor rastreador Weremindful que se podia encontrar e assim era. Hank era uma rara combinação genética. Uma avó jamaicana havia lhe dado a cor da pele, um tom escuro muito mais do que um furioso bronzeado e ao qual os seus olhos incrivelmente verdes faziam luzir ainda mais escuros em contraste. Uma cabeleira ondulada que usava em duas largas tranças atadas que não eram rastafári, mas davam essa impressão; de seu pai norueguês, havia herdado os olhos verdes e uma perspicaz inteligência; de sua mãe mexicana, o longo e afilado nariz, as espessas e longas pestanas, o arco de suas sobrancelhas e definitivamente seu sentido de humor. Normalmente vivia em Hermosilo, Novo México, ali tinha ido quando deixou Clavijo e se converteu em um vaqueiro de rodeio. Sua estranha empatia com os animais o havia convertido em uma celebridade e muito rico. Cada dólar ganho foi invertido em um rancho onde criava cavalos para rodeio. Havia roubado a ideia de seu amigo Wolff Carter e nunca havia se arrependido. Quando Joshua o havia chamado pedindo ajuda, não lhe importou cruzar o país para ajudá-lo. Esse homem havia salvo sua vida quando era somente um garoto. Agora devia retribuir-lhe, não tinha muito tempo, se queria encontrar a garota desaparecida. Abriu os olhos e observou seu entorno. A casa era muito pequena, limpa e ordenada. Uma pequena sala com uma biblioteca, uma mesa cheia de papéis, nada fora de seu lugar a não ser uma xícara de café sobre a mesa. Com meia taça cheia. Seguramente estava trabalhando e alguém lhe bateu na porta. Quando abriu a levaram.

Grupo Romances e Cia.

Página 6


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Abriu a porta de seu quarto todo em ordem, uma bata sobre a cama e roupa em uma cadeira. Hank se dirigiu até a cama e tomou a almofada e pôs sobre seu rosto e inspirou. O cheiro de mulher encheu seus sentidos, fechou os olhos e o memorizou, esse cheiro o levaria a ela. Cheirava a flores, um toque de jasmim e alguma outra flor. Ou uma mescla delas, já recordaria que flor cheirava assim. Quando percebeu que já tinha memorizado, soltou a almofada e começou a desnudar-se. O lobo era muito mais rápido e mais sensível. Se alguém poderia alcançá-la e rápido esse era o lobo.

“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesa... não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... seu corpo não pesa... flutua no ar... somente é ar... é lobo... somente lobo.”

Um leve ondear de matéria, e o homem deu lugar ao lobo em seu interior, e saiu para o deserto seguindo o cheiro de jasmim e desse algo mais.

Grupo Romances e Cia.

Página 7


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 02 O perfume de Cassidy era tênue, mas o lobo conseguiu o perceber. A terra de Montana era magnífica. Enormes extensões de bosques de abetos, pinhos e coníferas, com picos nevados ao longe e lindos lagos de águas azuis. Mas também extensas pradarias. Aqui nessa região próxima ao Parque Nacional Glacier se assentaram os Peles Negras procurando refúgio contra os ventos do inverno das planícies. Mas não até Browning. Mas bem até o limite norte da Reserva. Doze horas depois de sair da casa de Cassidy, o lobo se deteve observando o horizonte. Colinas abaixo podia ver as luzes do que parecia ser um acampamento. Máquinas escavadoras, “muitas até para quem pensa construir um hotel”, caminhonetes e outros carros. Havia pelo menos quatro casas ambulantes muito grandes e haviam levantado dez tendas. Seu olfato lhe havia confirmado que Cassidy Thunderwhite estava ali embaixo. O lobo se sentou na verde erva e esperou a noite Ninguém tinha uma visão periférica melhor do que o lobo. Ainda quando somente podia ver em preto e branco. De onde estava o lobo, o homem em seu interior procurou as debilidades daquele acampamento para poder entrar. Ao anoitecer o movimento parou e viu ao menos umas vinte e cinco pessoas ingressando em uma das casinhas. Certamente era utilizada como refeitório. O lobo começou a aproximar-se. Esperaria seu momento. Não podia senti-la, somente cheirá-la. Seu agudo ouvido havia captado algumas conversas, e de algo estava certo, ninguém estava construindo ali um complexo turístico, por Grupo Romances e Cia.

Página 8


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

mais perto que estavam de Yellowstone que estivessem. Havia algo mais, mas não podia saber o quê. Ainda mais quando sua prioridade era encontrar a neta de Joshua. Quando a noite chegou, avançou até as tendas, em nenhuma ela estava. Assim incursionou até o setor das casas ambulantes. Em uma delas encontrou esse efusivo cheiro de... madressilvas, sim agora se dava conta de seu cheiro: madressilvas. A porta estava fechada, assim que talvez fosse hora para o homem cooperar. Se retirou até atrás, de onde estava tinha certeza que ninguém o veria e assim esperou a troca. A troca de lobo a homem requeria um grande poder de concentração, devia entrar na sua consciência procurando encontrar o Estado Theta, ali era possível visualizar dentro dele mesmo a imagem do homem e tirá-lo para fora.

“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesa... não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... seu corpo não pesa... flutua no ar... somente é ar... é lobo... somente lobo.”

O homem se moveu rapidamente com as habilidades do lobo, tirou de um varal cheio de roupas para secar, provavelmente dos trabalhadores, uma calça e a pôs, descalço avançou até a casinha onde deveria estar a neta de Joshua. Quando entrou, um homem estava dormindo no que deveria ser a sala de refeições da casinha. Hank se aproximou, pegou uma lanterna na mesa e bateu com força em sua cabeça. O homem não despertou. Hank seguiu seu olfato, a porta estava fechada. A abriu e entrou. A porta dava a um pequeno dormitório onde somente havia uma cama que se podia levantar para obter mais espaço. Sobre ela, feita um nó, dormia quem estava procurando. Seu perfume era inequívoco. A luz não era muito clara, mas a jovem com certeza estava com as mãos e pés atados. Quando se aproximou a seu lado para chamá-la seu extraordinário sentido de olfato lhe disse que ela não iria despertar, o cheiro de peyote3 quase cobria o cheiro natural de madressilva dela.

3 Pequeno cacto sem espinhos próprio da região sudoeste dos Estados Unidos, incluindo os estados do Novo México e Texas, também no centro do México. Contém numerosos alcaloides, entre eles a mescalina, que é um poderoso alucinógeno.

Grupo Romances e Cia.

Página 9


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Acorda! – Sussurrou em seu ouvido, mas ela nem se moveu. Hank decidiu levantá-la com manta e tudo e tirá-la dali. Não pesava nada, era uma jovem pequena. Em estado de alerta resolveu deixar a porta fechada como estava e sair com ela. Quando chegou do lado de fora começou a afastar-se com rapidez. Seu estado físico lhe permitia um bom desenvolvimento, mas as habilidades e a força do lobo lhe permitiam uma considerável resistência física. Cuidando das pegadas que deixava para trás, se afastou. Seu destino era uma das cavernas que Joshua deixou marcadas no mapa que lhe havia deixado. Dali iria primeiro para o refúgio e logo para o aeroporto com destino a Ketchikan. Duas horas depois chegou à caverna, a noite já estava fechada, seguia vestido somente com uma calça e descalço. Havia conseguido que o lobo lhe emprestasse seu grosso pelo, isso requeria uma prodigiosa capacidade de concentração que pouquíssimos Weremindful possuíam, mas Hank podia fazê-lo. Sua leve carga nem tinha se mexido, assim a acomodou sobre a manta com a qual a havia tirado da cama e a colocou no chão da caverna. - Fogo. – Disse para si mesmo. O homem ascenderia uma fogueira. Saiu e procurou por lenha seca e com uma pederneira acendeu uma fogueira, lhe acrescentou muita lenha e olhou para seu vulto coberto. Continuava sem se mexer. “Será que está bem?” A dúvida o fez se aproximar e abriu a manta, o reflexo da fogueira dava a seu rosto e a sua pele o tom do ouro. Quando tirou a manta de seu rosto, começou a desatar suas mãos. Logo retirou o cabelo do seu rosto. “É... linda...” se disse, sua pele tem o tom de alabastro dourado, usava uma longa e espessa franja que cobria sua sobrancelha, parecia ter uma cabeleira escura e curta, chegando a seus ombros. Estava adormecida, respirando pacificamente, suas longas pestanas eram igualmente escuras e encurvadas. Tinha um narizinho pequeno e arrebitado. Seus lábios eram perfeitos, uma adorável boca. Hank sorriu para si mesmo. Adorável. Nesse momento ela passou sua língua rosada pelos seus lábios, sem sequer pensar Hank simplesmente aproximou sua boca à dela e sua língua procurou a de Cassidy. Seu sabor o surpreendeu. A pequena língua se aderiu a dele e Hank começou a chupá-la. Cassidy deu um pequeno gemido que repercutiu diretamente em seu pênis, que saltou buscando avisar que estava bem ali. Hank não soltou Cassidy, aprofundou seu beijo enquanto ela procurava se aproximar um pouco mais a sua pequena fonte de prazer. De repente Hank se viu passando Grupo Romances e Cia.

Página 10


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

o braço por debaixo do corpo dela e levantando-a para aprofundar ainda mais o beijo. Cassidy respondeu fazendo exatamente o que ele fazia. “O peyote” ele pensou, mas não se deteve. Quando Cassidy ergueu seus braços para abraçá-lo e gemeu, Hank compreendeu que seu gemido era de dor e não de prazer. A soltou enquanto via como seu rosto refletia a dor que sentia enrugando seu narizinho. Hank a deixou no chão mais uma vez sobre a manta e procurou a causa de sua dor. Levantou seus braços, haviam escoriações onde ela esteve amarrada. O mais provável é que a mantiveram amarrada nessa mesma posição desde que a levaram. A voltou a cobrir e ela voltou a adotar a posição fetal. Hank avivou o fogo. Fazia frio. E se queria mantê-la quente o lobo teria que fazê-lo.

Quando Cassidy despertou se sentia mareada. Não sabia onde estava porque não reconhecia nada. Acreditava que era um sonho. Em seu sonho estava em uma caverna e a seu lado velando seu sono um lindo lobo negro. Quando tentou levantar sua cabeça não conseguiu. O lobo se aproximou a ela e Cassidy lhe sorriu. Estirou sua mão e acariciou o espesso pelo debaixo de sua mandíbula. - Lobo bonito! – Sussurrou Cassidy fechando os olhos e voltando ao sono devido ao peyote. O lobo nunca tinha visto nada mais lindo. “Lobo bonito.” A única coisa linda nessa caverna era ela. Seus olhos, enormes, escuros, o haviam encadeado, mas o sorriso que lhe dedicou o deixou sem ar. Por um segundo ela pareceu brilhar como se fosse ouro líquido. Seus lábios rosados o chamaram com força e haveria atendido ao chamado se ela não tivesse fechado os olhos uma vez mais. Devia tirá-la dali.

Grupo Romances e Cia.

Página 11


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Joshua havia preparado uma cabana afastada de sua própria terra. Ali havia deixado uma caminhonete, roupa e o que necessitariam em caso de emergência. Precisava chegar até o Parque Gracier. Procurou dentro de si mesmo pela imagem do homem e quando o encontrou completou sua troca e logo vestiu sua calça jeans. Levantou sua adormecida carga e reiniciou a viagem. Enquanto caminhava com ela em seus braços, a paisagem trocava em frente aos seus olhos, de uma planície extensa a um bosque que se voltava cada vez mais e mais fechado. Os agudos sentidos do lobo estavam alertas, sabia que deviam estar procurando por eles e de nenhuma maneira a poria em risco. Sua carga em seus braços dormia coberta pelas mantas. Por um momento havia deslizado a manta para ver seu rosto. Seu pequeno bebê dormia. Hank tomou uns momentos para vê-la sob a luz direta do sol, o lobo não via cores, mas o homem sim, ela tinha cabelos negros, muito escuros, quase tanto como o seu. Mas sua pele era de um incrível tom dourado. Seu rosto de traços finos e delicados se via rosado, ao menos não tinha muito frio. Hank voltou a cobrir e seguiu com sua marcha, devia chegar antes do anoitecer ou ela despertaria.

Grupo Romances e Cia.

Página 12


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 03 Quando falou com Joshua, havia sido muito meticuloso nos seus planos. Joshua desapareceria imediatamente. Viajaria até Ketchikan onde Chipp lhe daria alojamento. Mas antes prepararia um lugar afastado onde poderia levar Cassidy. Enquanto caminhava, com esse cálido pacote em seus braços, por um segundo pensou no que teria lhe acontecido se ele não a houvesse encontrado, se houvesse chegado um pouco mais tarde... Sem nem sequer pensar, o lobo apareceu grunhindo sem aviso. Não lhe agradava nem mesmo a ideia de não tê-la encontrado. Havia algo nela. Talvez o seu estado indefeso. “Ou talvez passo muito tempo sozinho” se questionou. Ver seus amigos em Clavijo casados, completamente apaixonados e muito felizes, ver Ty sorrindo de orelha a orelha quando lhes contou que Jane estava grávida o havia colocado nostálgico. De que valia ter o melhor rancho que o dinheiro poderia comprar se não havia ninguém com quem compartilhá-lo. E esta pequena coisinha que dormia em seus braços, o havia subjugado. Seu cheiro, seu sabor, ou seu incrível sorriso, ou quem sabe o tom dourado de sua pela chamava tanto ao homem, quanto ao lobo e isso nunca havia acontecido. Sempre até esse momento o homem havia sido o dominante. E aqui estava claramente grunhindo lupinamente enquanto atravessava o bosque somente por imaginar que poderia não tê-la. Havia memorizado a topografia do lugar e sabia que estavam a não menos de duas horas. Quando chegassem ao refúgio a deixaria e averiguaria o porquê de sequestrá-la, a verdadeira razão. As máquinas escavadoras e os uniformes dos empregados eram de

Grupo Romances e Cia.

Página 13


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

mineiros e não de construtores, procuravam algo e acreditavam que tinham encontrado, por isso queriam as terras. Quando divisou o acampamento se surpreendeu, ali estava um pequeno morro adjacente a um lago impressionantemente azul. Joshua havia lhe dito que ali somente ia seu pai levando-o para pescar, e o pai de seu pai. Era um lugar quase que inexpugnável. Tinha uma péssima estrada de terra que alguns na reserva conheciam, mas não eram muitos. Hank aguçou seus sentidos. Somente o murmúrio das aves e o chocar das águas em suas margens. Com sua carga em seus braços se aproximou da porta e a empurrou com força. Ao abri-la entrou. A cabana era pequena. Um cômodo só com uma pequena janela fechada com caixas velhas, uma mais velha chaminé e uma espécie de catre. Sobre este deixou sua carga. “A quarta tábua desde o umbral, tire e aí encontrará tudo que necessitará”, Joshua havia sido bem preciso em suas instruções. A procurou e a levantou, tirou uma enorme mochila de dentro. Quando a abriu encontrou uma caixa de metal, a abriu e encontrou fósforos, uma faca, uma colher, um garfo e um copo. Depois uma série de latas. “Comida.” Logo achou dois pequenos pacotes. Ao abrir um deles, desenrolou-se um amplo saco de dormir limpo e roupas para eles. Calças grossas, botas, meias, camisas e uma jaqueta. E uma bolsinha pequena. Roupa interior para Cassidy, uma toalha, sabonete, escova de dente e um pente. Quando olhou a seu pequeno pacote, meteu a bolsinha dentro das tábuas de novo. Queria sua mulher sem roupa íntima. Quando se deu conta do que tinha feito, colocou sua mão de volta no buraco para recuperar a bolsinha, mas se arrependeu e voltou a deixá-la. Por último encontrou uma jaqueta que pelo seu tamanho era para Cassisy. Hank se pôs de pé e colocou o saco de dormir no chão, abriu o seu e os uniu. Logo se dirigiu até o pequeno catre e pegou sua carga, a descobriu e a colocou dentro do saco de dormir. Saiu e retornou um momento depois com lenha seca. A colocou na chaminé e acendeu o fogo. Armou a pequena cozinha e saiu de novo, quando regressou colocou uma lata com água do lago nela. Pôs uma lata com comida do lado do fogo e se dirigiu até Cassidy. A levantou da cama e começou a desnudá-la.

Grupo Romances e Cia.

Página 14


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Apenas a tocou e suas unhas cresceram. Nem sequer havia pensado no lobo e lá estava ele, tão desejoso quanto ele de desnudá-la. “Pervertido.” Hank sorriu, queria colocála cômoda, tirar-lhe a roupa que usava fazia três dias, limpá-la e colocá-la em um lugar cálido e limpo. Queria afastá-la da imunda manta com a qual a havia coberto as últimas horas. “E queria vê-la nua, necessitava vê-la nua.” Se apoiou no catre e a sentou em seu colo. Ela estava usando um suéter de cor azul com desenhos geométricos em rosa, azul fúcsia e verde, primeiro lhe tirou o suéter. Debaixo dele ela usava uma camisa manga longa de flanela. Quando a tirou a olhou. Ela seguia drogada. Olhou a comida esquentando. Sabia que deveria obrigá-la a comer algo se queria que ela saísse do torpor causado pelo peyote. Suas longas unhas o impediam de manusear com cuidado o feche do sutiã, assim nem sequer o tentou. Quando lhe tirou o sutiã o lobo rugiu com força. Alguém tão pequena e delicada não podia ter seios desse tamanho. Eram grandes, com mamilos gordos que se encrespavam devido ao frio, pareciam dois pequenos botões de rosa, impudicamente erguidos, de um marrom suavemente escuro. Sua pequena carga tinha grandes, deliciosas e perfeitas tetas. O sonho molhado de qualquer homem... ou lobo. Uma de suas mãos se elevou até um deles e o cobriu. Seu lobo interior rugiu de satisfação, suas mãos os cobriam com perfeição, eram do tamanho... perfeito. Como se houvessem sido feitos para ele. Sua doce carga seguia adormecida em seus braços, mas se moveu para aconchegarse em seu corpo. A forma como toda sua pele havia se encrespado o tirou de seu torpor de luxúria no qual havia caído acariciando seus peitos, beliscando seus mamilos, friccionando os duros bastões. Colocou-a sobre o catre e tirou suas botas, meias e suas calças. Embaixo ela usava uma pequena calcinha de algodão. Quando a tirou o recebeu uma boceta toda dourada igual a toda sua pele. A tinha deliciosamente depilada. Hank ficou dois minutos encantado, como um animal noturno diante de um halo de luz, olhou sua boceta e seus dedos deixaram cair a um lado sua calcinha e a tocaram. Sua pele era incrivelmente sedosa, suave, infinitamente suave. Um de seus dedos acariciou toda sua racha de uma ponta a outra para logo começar de novo, mas desta vez abriu seus lábios, procurou e encontrou seu clitóris, o cariciou com um dedo primeiro, se apoiou sobre o tenro broto e moveu a gema de seu dedo em círculos sobre ele sem soltá-lo. Logo o tomou com dois dedos, como resposta o botão se endureceu e contra toda lógica e controle Hank se desceu de joelhos ao lado do catre e o percorreu com sua língua. Quando o tomou em sua boca, apertou com seus lábios Grupo Romances e Cia.

Página 15


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

cuidando de não mordê-la com seus longos caninos e o chupou. Uma, duas, três vezes, e logo mais. Seu cheiro o encheu e Hank soube que nunca havia saboreado ou cheirado algo mais gostoso. De repente sua cabeça se moveu e olhou sua boceta. Suas mãos se colocaram embaixo de suas nádegas e a levantaram somente um pouco, o suficiente para meter sua língua em seu centro. “Minha.” Pensou, “minha.” E quando o fez, quando encontrou o céu na terra, Cassidy gemeu. Um gemido de dor que o fez soltá-la imediatamente. Podia ver em seu rosto que algo não ia bem. Na posição em que estava, ajoelhado no chão, moveu com cuidado seu corpo e a dobrou o suficiente para ver suas costas. Profundas nódoas negras a cobriam. Alguém a havia chutado. Sem sequer pensá-lo um lobo negro tomou seu lugar. O lobo e homem buscavam um pouco de controle. Desprendeu a braguilha, abriu a calça e a tirou. Logo completou a troca, quando viu que Cassidy procurava a posição fetal se concentrou. Ela necessitava ao homem.

“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesa... não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutuar... seu corpo não pesa... flutua no ar... somente é ar... é lobo... somente lobo.”

O homem se pôs de pé, procurou uma toalha e a molhou na água quente, regressou a Cassidy. Começou a limpá-la. Suavemente, com cuidado. Logo a levantou e a colocou de novo sobre o saco de dormir. Antes de cobri-la a colocou de costas. Se aproximou dela, pôs suas mãos quase roçando sua pele machucada com suas palmas abertas sobre ela e se concentrou. De sua herança paterna, Hank reconhecia o lobo que estava dentro dele, mas de sua avó havia recebido um dom infinitamente mais valioso. A magia para muitas coisas, mas sobretudo para curar. Sua mãe somente dizia que no fundo ele era um Xamã para a felicidade de sua avó. Essa magia, dom ou habilidade, não importava o nome, o havia ajudado várias vezes, colocou suas mãos sobre os machucados de Cassidy e uma forte energia se expandiu através dela enchendo-a de calor. O havia feito antes, consigo mesmo, com alguns amigos, mas nunca havia visto o que acontecia nesse momento. A pele machucada debaixo de suas mãos parecia desprender uma auréola radiante de luz dourada. Todo o corpo de Cassidy brilhava.

Grupo Romances e Cia.

Página 16


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Hank manteve a energia um pouco mais e a cortou. O corpo de Cassidy pareceu brilhar por mais uns segundos e depois adquiriu o seu tom dourado de novo. Hank a cobriu. Quando a sopa estava quente, abriu a lata e se aproximou com ela e uma colher. Levantou Cassidy em seus braços e disse: - Bem, bebê, vai tomar três colheradas de sopa, está quente, é nutritiva e te ajudará a eliminar o peyote. Abre sua boquinha, bebê. – Hank havia levado a colher até seus lábios e deixou cair em sua boca uma colherada pequena. Quando Cassidy sentiu o sabor em sua boca tentou afastar-se. - Não... não – Disse em um sussurro. - Uma mais, bebê, esta salgada e irá lhe fazer bem, uma mais... Apesar da resistência de Cassidy, Hank conseguiu que tomasse uma colheradas a mais. Logo a encostou de novo. Ao usar a magia muitas vezes ficava esgotado e haviam passado muitas coisas desde que havia chegado de Ketchikan. Tirou suas roupas e se deitou junto de Cassidy no saco de dormir. Diante de seu calor Cassidy se moveu para se acomodar junto a ele. Quando esteve sobre seu corpo uma de suas mãos se meteu entre seu peito e agarrou com seus dedos um punhado de pelos. Os apertou e pareceu que pegou no sono imediatamente. Hank se sentia na glória. Sua pequena estava dormindo sobre ele, nua, tranquila e sem dor. A hidratação afastaria o efeito do peyote e o melhor, uma de sua mãos se encaixou sobre suas nádegas. Era tão pequena que sua enorme mão parecia cobri-la por completo. Como se houvesse sido desenhada para apertá-la, sua mão se curvou sobre ela. Podia sentir seus dedos acariciando sua nua boceta. Um movimento e um de seus dedos estava procurando seu centro. Tinha medo de machucá-la, não tinha conseguido retrair suas unhas, assim que com muito cuidado começou uma lenta inspeção que o foi levando mais e mais profundo. Sua outra mão acariciava suas costas, ali onde haviam estado os horríveis machucados. A mesma mão procurou introduzir-se entre os dois e acariciar seus peitos. Mas Cassidy não estava disposta a ceder espaço e mover-se para facilitar-lhe o acesso. Hank sorriu e deslizou com sua mandíbula a espessa franja e lhe deu um beijo. Completamente esgotado caiu no sono.

Grupo Romances e Cia.

Página 17


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 04 Os despertou o som de um grunhido animal. Em um minuto estava calidamente segura envolta no mais perfeito casulo e no seguinte era trazida bruscamente para a realidade, sem saber onde estava, nem como havia chegado ali. Nem sequer quem era o altíssimo homem negro que estava parado nu ao seu lado. Não podia ver seu rosto, apenas seu corpo. Alto, muito alto, com um corpo robusto de músculos planos e duros. De onde estava, quase sentada no chão em um saco de dormir, somente conseguia ver suas impressionantes coxas, uma escura bolsa entre suas pernas e o que era evidentemente um longo e enorme pênis que podia ser visto pendurado entre suas pernas abertas. Se esta imagem em sua frente já não fosse o suficiente aterradora o era a do enorme lobo marrom que acabava de entrar. O barulho que a havia despertado havia sido o lobo empurrando com força para arrombar a frágil porta da cabana. Seus dentes eram longos e pontudos, estava claramente furioso, de seu focinho caia uma espécie de baba. “Estava raivoso.” Foi seu primeiro pensamento sobre ele. Tinha toda a sua pelagem eriçada fazendo-o parecer gigantesco. Grunhia olhando o homem negro diante dela. O terror a fez retroceder sentada no chão até alcançar a parede as suas costas. De repente escutou a clara e sonora voz do homem. - Não sei quem é, mas seria muito melhor que desse meia volta e fosse embora, isso se quer continuar ... vivo. Seu tom era tão frio e desapaixonado que Cassie se estremeceu. “O que está acontecendo? É um pesadelo”, se repetiu. “É um pesadelo.” Grupo Romances e Cia.

Página 18


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Em um piscar de olhos o homem caiu ao chão em frente a besta e o mais incrível aconteceu diante de seus olhos: o homem já não era homem, era um enorme lobo que se lançou e empurrou ao lobo marrom para fora com a força do seu corpo. De onde estava ainda paralisada, tentou recuperar algo de sua sanidade, podia ouvir a luta. Os golpes e grunhidos. Cassie tentou levantar-se, mas não pôde, se arrastou quase até a porta. Seu coração golpeava com força dentro de seu peito. Ao chegar ela tentou pôrse de pé, queria fechar a porta, queria despertar do verdadeiro pesadelo que estava a sua frente. Quando se pôs de pé suas pernas estavam tão débeis que teve medo de desmaiar. Olhou para fora. A manhã estava começando e a luta era feroz. Ambos animais estavam sangrando. Obviamente tentavam pegar um ao outro pelo pescoço. O lobo negro conseguiu agarrar o cangote do outro e evidentemente cravou seus dentes com força, o sangue saltou e o lobo negro moveu de um lado a outro o lobo marrom até que Cassie pode ouvir um crack. Havia quebrado a medula do pescoço. O lobo negro jogou o marrom tirando-o de cima dele apenas com um movimento de seu focinho. O animal caiu vários metros a frente e já não se movia. O lobo negro o contemplou sem mover-se do lugar. Seu nariz estava tão eriçado que ele parecia ter o dobro do tamanho do lobo caído e estava sangrando muito mais. Quando o lobo deu a volta a viu. Cassie estava nua e aferrada à porta olhando-o. O lobo se abaixou até pôr a cabeça no chão e de repente Cassie sentiu que estava a ponto de desmaiar, o lobo pareceu ondear, como uma onda em alto mar, para dar lugar ao homem que parou e a olhou de onde estava. Cassidy caiu desmaiada.

Quando Cassidy despertou o homem estava sentado a seu lado olhando-a. Estava vestido e parecia esperar que ela despertasse. No mesmo instante Cassidy recordou o que

Grupo Romances e Cia.

Página 19


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

havia acontecido, tentou levantar-se e afastar-se o mais possível. A habitação era muito pequena e não podia ir muito longe. O homem a olhava em silêncio. Nunca havia visto um homem assim. Ainda sentado no chão com suas pernas dobradas por baixo era imenso. Este homem era um gigante. Sua pele tinha a cor de chocolate, mas claro, café com leite. “Mestiço”, pensou Cassie, como uma pura índia cheyenne sabia sobre a mistura de raças, se a cor de sua pele não o delatasse esse incríveis olhos verdes o fariam. O homem parecia uma fortaleza, seus ombros definitivamente não passariam pela porta. Cassie olhou a porta. Havia sido colocada em seu lugar. Logo seu olhar se dirigiu de novo ao homem. Parecia levar seu longo cabelo em “rastas? Não, não rastas, tranças, o levava trançado.” - Quem... o que... é? – Gaguejou. - Quem? Um amigo de seu avó, Hank Herickson e o que sou? Um weremindful. - Hank Herickson...? – Repetiu. Havia ouvido seu avô falar do astro dos rodeios. Mas seu avô nunca havia lhe dito que ele era um... – Weremindful? - Poderia dizer que eu sou um homem lobo consciente. Cassie balançou sua cabeça e aí compreendeu algo mais. Estava nua e com seus peitos ao ar. Seu cabelo era muito curto para que os cobrisse, assim que estirou suas mãos e agarrou o saco de dormir para se cobrir. Hank se divertiu. Nunca havia visto nada mais lindo. O tom de sua pele, era profundamente dourado, a cor do seu cabelo, seus rasgados e aveludados olhos negros com essas infinitas pestanas. E seus peitos... Deus, seus peitos eram gloriosos, magníficos, um homem deveria prender-se neles cada vez que pudesse, e não voltar a soltá-los. Ele o faria. De repente seu pênis se ergueu quase descontroladamente, somente de imaginar-se mamando nas tetas dela, ele preso nos mamilos dela, chupando com força, suave, lento, rápido, de todas as maneiras, mas preso nesses preciosos e gordos mamilos. E junto com o golpe de seu pênis surgiram também suas unhas, sua barba, seu cabelo e seus incisivos se alongaram assustando-a ainda mais. “Homem lobo consciente? Sim, claro. Homem louco inconsciente era melhor.” Cassie tentou retroceder, mas já havia retrocedido tudo o que era possível. - Desculpe, bebê. – Assinalou com a mão e logo seus dedos se elevaram até seus dentes. – Ao que parece não posso controlá-los quando te olho. De repente me imaginei Grupo Romances e Cia.

Página 20


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

chupando suas lindas tetas e somente cresceram. Acredite em mim. Nenhuma mulher que já conheci me causou esse efeito. Cassie engasgou. Se esse homem pensava que utilizando o sexo explícito iria tranquilizá-la estava completamente equivocado. Estava aterrorizada, este louco... homem, lobo ou o que fosse a assustava tanto quanto o próprio sexo. Sua brevíssima experiência amorosa com Tom Lenox a havia deixado traumatizada e completamente segura de que não havia nela nada sexual. - Não tem nada a temer Cassidy, seu avô me mandou procurá-la. - Cassie. – Lhe disse inconscientemente. – Meu avô? Oh, Deus, não entendo nada. Você é um lobo! Você é um lobo? Acredito que vi... - Sou um lobo, bebê, mas não precisa ter medo de mim. Jamais te machucaria. - Esse lobo...? – Cassie assinalou para fora. - Era um weremindful. - Como você? - Sim, bebê, como eu... acredito que por isso nos encontrou. Cuidei dos humanos, mas não dos were. - Humanos...? Você disse humanos... Não são humanos, verdade? Se via completamente aterrorizada. Hank tentou aproximar-se e ela gritou e tapou o rosto com as mãos. Começando a chorar histericamente. Hank congelou no lugar. - Cassie. – Disse com força. – Olhe pra mim, bebê. – Como Cassie não o obedecia, o repetiu com mais força. – Cassie, olhe para mim, se não o fizer vou tocá-la! Cassie levantou seu rosto molhado pelas lágrimas. - Terá que confiar em mim, Cassie. Seu avô me mandou te procurar e vou levá-la até ele. - O que faço aqui? Como cheguei aqui? Por que meu avô te mandou me procurar? – Enquanto perguntava suas lágrimas corriam pelas suas bochechas. O coração de Hank se rompeu. Não podia vê-la chorar. Queria aproximar-se, abraçála, mas estava aterrorizada. Ninguém, somente os weremindful haviam visto seu lobo, e ela o havia visto lutar e matar um outro.

Grupo Romances e Cia.

Página 21


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Eu também tenho muitas perguntas que ainda não foram respondidas, Cassie. Mas tentarei responder as suas. – Entre elas “o que fazia um weremindful atacando outro tão longe de Clavijo?”, pensou. Quem era? Evidentemente um jovem e já faziam mais de dezoitos anos que ele havia saído de Clavijo. E vivia bem com isso. Não havia regressado. Não depois do que Carter havia feito a Wolff.

Uma hora mais tarde, Cassidy havia escutado toda a história. Esse homem havia lhe carregado nos braços por quase dois dias completos, a tinha protegido do frio, do peyote, do lobo e mesmo assim tinha medo dele. Mas, um homem lobo? E ela o havia visto com sues próprios olhos, ninguém havia lhe contado, não era uma história ou um romance de Christinne Feehan ou de Lora Leigh, ela o havia visto trocar de forma diante dela. Não havia truques. Nem magia. Ou ainda estava drogada? Hank podia ver os mecanismos de sua cabeça funcionando. Mas havia coisas mais urgentes e uma delas era procurar um novo refúgio. Se os haviam encontrado ali, nada os assegurava de que não haviam mais a procura deles. Tinha que dar adeus a sua ideia de voltar ao acampamento e se assegurar do que acontecia ali. Tinha muito claro qual era sua prioridade. - Temos que ir. - Lhe disse olhando-a. Cassie somente negou com sua cabeça, apertou o saco de dormir e somente negou com a cabeça. - Tenho... tenho que voltar para minha casa. – Lhe disse, tentou levantar e parou. – Oh Deus, não tenho roupa... não tenho roupa... – Começou a chorar olhando ao redor procurando algo para usar. – Onde está minha roupa? Porque estou sem ela? – O tom de Cassie era doloroso. Hank percebeu sua angústia. Quando tentou aproximar-se dela. Ela se moveu para trás afastando-se. Hank ficou parado em seu lugar. Grupo Romances e Cia.

Página 22


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Cassidy você está sem roupa porque eu as tirei. Faziam três dias que usava a mesma roupa, então as tirei e as lavei. Seu avô enviou uma mochila com roupa para você. Vou sair do quarto assim você pode se vestir. – Hank se pôs de pé e pegou a sacola de roupa para Cassie de cima do catre e a pôs sobre o saco de dormir. – Depois que se vestir nós teremos que sair. Não podemos ficar aqui porque é muito provável que nos encontrem. Cassidy aproximou a roupa de si e as levantou. As reconheceu como sendo suas. Levantou cada peça e as colocou a seu lado com uma mão, enquanto que com a outra cobria os peitos. Quando terminou de olhar todas as peças que tinha diante de si, olhou para Hank com os olhos marejados cheios de lágrimas. - Não tem roupa íntima. – Sussurrou baixinho com vergonha, enquanto grossas lágrimas lhe caíam pelo rosto. Hank fechou os olhos, se deu a volta, meteu as mãos debaixo da quarta tábua e tirou uma bolsinha. Estendeu a mão até que ela pegou a bolsinha e logo se deu a volta e saiu da cabana. Quando Cassidy o viu sair, secou as lágrimas. Tinha que pensar em algum plano. Isto era um pesadelo e não queria fazer parte disso. Começou a vestir-se.

Grupo Romances e Cia.

Página 23


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 05 Quando Cassidy saiu da cabana o homem estava parado, atirando pedrinhas no lago. Ela mal saiu e ele se virou, a olhou e começou a caminhar até ela, Cassie se moveu afastando-se. Hank se irritou. “Que merda”. Não iria machucá-la, mas ela não sabia disso. Cassie o viu passar a seu lado e entrar na cabana. E o fez. Começou a correr. Queria afastar-se dele. Não se sentia muito forte, mas poderia fazê-lo, podia correr e isso faria. Quando Hank saiu com a mochila se deu conta. “Garota insensata, acaso não sabia do que escapou e que a estavam procurando?” Fechou a cabana. Enquanto ela se vestia havia ocultado o corpo do lobo e esteve pensando nos próximos passos. A ideia de deixar Cassie na cabana e regressar para averiguar qual era o motivo de toda essa movimentação já não era viável. Quando viu entrar o lobo instintivamente percebeu que era um weremindful e se havia um, podia apostar que haviam mais por trás. Homens e lobos costumam andar em manadas. Outros viriam atrás deles. Isso fazia com que a cabana não fosse mais segura e muito menos deixar Cassie sozinha nela. A levaria para ficar com Chipp, Wolff e Ty, a deixaria com eles e voltaria. “Poderiam tê-la matado”, essa ideia lhe provocou calafrios. Se Cassie estivesse com outra pessoa há essa hora estaria morta ou de volta ao lugar de onde a tinha tirado. “Poderia estar morta” se repetiu e a muito tonta ainda fugia sem sequer dar-se conta do perigo que corria. A alcançaria, isso não o preocupava. A deixaria pensar que estava a salvo e lhe daria uma lição. Fechou os olhos e sentiu seu cheiro. E saiu atrás dela. Grupo Romances e Cia.

Página 24


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Duas horas depois, Cassidy havia sentado embaixo de uma árvore procurando recuperar o fôlego. Já sentia seu cérebro mais limpo. Recordou de seu avô falando de Hank mais de uma vez. Lhe havia contado que ele era um astro do rodeio. Que tinha um rancho e que nele criava cavalos, que havia sido um marine quando jovem, ou algo assim e que era um homem confiável e decente. Com esse aspecto ninguém poderia dizer que era confiável. “Por Deus”, o homem tem dois metros, era enorme. “E era um lobo”. Seu avô jamais havia lhe dito que ele era um lobo, talvez ele não soubesse, ele nunca haveria colocado a sua segurança nas mãos de um... de um... lobisomem. Se até custava de acreditar na existência deles. Os lobisomens não existiam, eram apenas material literário. Pelo menos tinha se livrado dele. Cassie sorriu. Sim, havia se livrado dele. Ficou muito tempo pensando na cabana no que deveria fazer e decidiu que devia fugir desse... desse lobisomem... Deus! Custava acreditar no que tinha visto. Não queria estar próxima desse tipo de coisa... sim... tinha se livrado dele. Tinha de seguir. Tinha mais algumas horas para encontrar algum lugar para se refugiar. Não sabia como havia chegado a essa cabana, mas tinha que afastar-se. Cassidy se levantou e quando tentou dar um passo, em frente a ela apoiado no tronco de um abeto de braços cruzados, com sua jaqueta nas mãos olhando-a como se nunca tivesse tirado os olhos dela, estava ele... o lobisomem. Cassidy ficou congelada. Nem sequer o havia ouvido, Não havia ouvido nada e ela estava prestando atenção. O homem parecia zangado, realmente zangado. - Pronta? – Lhe perguntou. Cassidy olhou a seu redor e começou a correr. - Demônios! – Disse Hank. Tirou a mochila, guardou a jaqueta de Cassie, com absoluta calma, completamente seguro de que por mais que ela corresse lhe alcançaria em alguns segundos. E saiu atrás dela. Sua força e velocidade não eram páreo para Cassie, dois minutos depois já a tinha alcançado e tirado do chão. Quando Hank se lançou por ela, a pegou nos braços e caiu no chão a pondo sobre ele e evitando golpeá-la, logo se deu a volta sobre ela. Cassie estava esgotada, mas não desistiria. - Solte-me! Solte-me! – Gritou tentando golpeá-lo no peito com todas as suas forças. Grupo Romances e Cia.

Página 25


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Deixe de me golpear, bebê, vai acabar se machucando. Hank havia se localizado sobre ela. Seu enorme peso lhe havia deixado completamente indefesa, o único que poderia fazer era golpeá-lo com seus punhos fechados e isso estava fazendo. Hank pegou suas mãos e as subiu sobre sua cabeça. Não foi uma boa ideia, seus túrgidos peitos se elevaram e com isso o lobo se excitou. Quando Cassidy viu surgir os traços do lobo seus intentos aumentaram. - Não, não, não! – Gritava tentando sair de onde estava. Hank não fez caso de seus esforços, abaixou a cabeça e manteve a dela imobilizada e procurou a boca dela com a sua. Apartou seus lábios com os dele e meteu sua língua em sua boca. Cassie o mordeu arrancando sangue. Hank liberou sua boca, lambendo com sua longa língua o sangue que caía de sua boca. Procurou seus olhos. - Morda-me de novo e farei com que o lobo saia por completo para brincar com você, bebê! – Lhe disse em um tom obscurecido, profundo. Cassie deixou de respirar. Podia ouvir suas palavras com um eco em cada uma das células de seu corpo. Parecia percorrê-la por inteiro, ressonando muito tempo depois de ele ter calado. Seus olhos verdes brilhavam de uma forma quase sobrenatural, ameaçadora. - Por favor, me deixe, não me machuque! – Lhe rogou quase sem voz. - Jamais te machucaria, bebê, terá que acreditar em mim. O lobo nunca te machucaria, só te daria prazer. Os olhos de Cassidy cresceram ainda mais, estupefatos. Hank meteu a língua na boca de Cassie e procurou a sua com ousadia. Quando a encontrou a enlaçou com a dele e a chupou. Seu sabor encheu sua boca, seus sentidos e seu pênis. Como uma explosão sem controle seu pau se elevou dentro de suas calças. Hank soltou seus lábios para se mover um pouco procurando uma melhor encaixe do seu pênis que mais parecia rocha entre suas pernas. Quando Cassie notou a grande protuberância empurrando-a, seus olhos se abriram ainda mais, se isso fosse possível. Hank notou sua surpresa e abaixou sua cabeça beijando-a novamente. Desta vez um beijo suave, terno, enquanto seu pênis se movia corcoveando em cima da boceta dela.

Grupo Romances e Cia.

Página 26


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Cassie poderia ter se defendido. Sim, de sua força, de sua violência, mas não da suave ternura com a qual a beijava. Ele parecia saber exatamente o que fazia. Nunca havia sido beijada dessa maneira. Em seu breve encontro com Tom Lennox, nunca a havia beijado assim. Quando havia sentido a língua de Tom, havia se sentido mal até que Tom teve que soltá-la, para vê-la vomitar. Tinha sido o início e o fim do breve encontro de Cassie e Tom. Mas não sentia nada disso agora. Seu beijo era... delicioso... sim, delicioso... não. Não podia pensar que fosse delicioso, não... quando sua língua se enroscou com um longo canino, Cassie compreendeu o que estava fazendo, estava deixando que um... animal a beijasse. Cassie retrocedeu e disse: - Me solte, agora! Não permitirei que nenhum animal me toque dessa maneira. Hank a olhou e saiu de cima dela. Enquanto as palavras saíam de sua boca Cassie se arrependia. Tremendamente arrependida. O viu se mover até onde havia deixado as coisas e levantá-las. Dois passos mais à frente, girou e disse: - Você tem duas opções, ou me acompanha voluntariamente ou te levo atada. E não há lugar neste mundo onde possa se esconder de mim. Logo se virou e regressou. Cassidy seguia no chão, os olhos cheios de lágrimas. Se pôs de pé, sacudiu as folhas e ervas que se prenderam em sua roupa e o seguiu. “Deus”, Hank estava absolutamente arrependido. Nunca em sua vida, e não conhecia ninguém que o houvesse feito, havia tocado uma mulher quase em processo de troca para lobo. Nunca. E o havia feito com a neta do homem que mais amava no mundo. Nunca havia tocado uma mulher e seu lobo havia aparecido. Nunca. Ela tinha razão, “que mulher, normal, aceitaria ser beijada e manuseada por um animal?” Era lógico que estivesse aterrorizada, como era normal que sentisse repugnância por ele. Não entendia como o lobo dentro dele havia aparecido sem ser convocado. Necessitava um grande esforço convocá-lo, ainda mesmo para ele que se exercitava para isso há anos, havia lhe custado muito tempo para encontrar seu lobo. Anos de estudo paciente procurando encontrar o lobo que era. Anos de tentativa, primeiro teve que conciliar tudo o que era, jamaicano, norueguês, mexicano, americano, muita herança. E a magia, a magia também havia conspirado. Como conciliar tudo isso em um jovem cheio de hormônios que só queria ser vaqueiro? E com os Grupo Romances e Cia.

Página 27


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

rodeios vieram os problemas, as festas, as mulheres, a bebida, a adrenalina de cada rodeio. Fortes motivos para impedir que encontrasse seu lobo interior. Fortes desculpas para não meditar. Um círculo vicioso: não podia meditar porque não tinha tempo, não tinha tempo porque estava muito ocupado com os rodeios, com as mulheres, com as festas, e o círculo se reiniciava. “E a magia”, latente, esperando, borbulhando com força, procurando um lugar dentro dele. O verão em que caiu na armadilha encontrou a si mesmo. Cair na armadilha de lobos, feita para lobos, não para weremindful, foi a maior vergonha que poderia ter lhe acontecido. Se não fosse por Joshua Thunderwhite o ter encontrado estaria morto. Compreender que nenhum dos seus sentidos, seja de homem, de lobo ou magia havia detectado a armadilha o golpeou com força. Ficar olhando o céu azul pensando que morreria sangrando o fez compreender que o primeiro que deveria fazer era encontrar a si mesmo e isso significava encontrar o lobo dentro dele e a magia que lhe pertencia. Porque era isso que ele era: homem, lobo e magia. Saber quem era o fez trocar pela primeira vez, ali, preso a uma armadilha mortal, sua primeira troca de homem a lobo. Se Joshua não houvesse aparecido, se não houvesse tirado o lobo da armadilha teria sido também a sua última troca. Esse havia sido o dia mais importante de sua vida, esse dia se converteu em um verdadeiro weremindful. E ganhou um amigo para a vida inteira. Um amigo ao qual acabava de insultar beijando sua neta sem considerar a sua sensibilidade humana. Sim, estava zangado, zangado com sua falta de controle, por um momento havia voltado a ser aquele jovem irresponsável que sabia quem era. Beijá-la havia sido um erro. Mas como diabos o lobo havia surgido sem ser convocado? Nunca nem sequer ouviu falar que isso houvesse acontecido. Nunca. E havia ficado excitado. Tão excitado que até agora estava duro e ainda agora caminhava rápido para que Cassie não percebesse a monstruosa protuberância que sobressaía de sua virilha. Se ela o temia como lobo, se visse seu pau nesse momento, caminharia em direção contrária sem sequer parar para descansar. Mas havia sido delicioso, por um momento havia se sentido no céu, enquanto seu pênis roçava contra ela, Hank havia se lembrado de sua boceta dourada depilada. Tão suave,

Grupo Romances e Cia.

Página 28


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

tão infinitamente suave, dourada, com aqueles lábios tão docemente dourados, demônios! Tinha que deixar de pensar nela ou não poderia caminhar. O... lobisomem caminhava a sua frente. Não havia se virado nem por um instante depois de que a havia ameaçado. E estava agradecida por isso. Ainda sentia seu rosto vermelho de vergonha pelo que havia dito. Por Deus, esse... esse... homem ou lobo, ou seja lá o que fosse, tinha salvo a sua vida, ao que parece duas vezes, havia atendido ao chamado de seu avô e o havia ofendido tratando-o como um... animal. Mas ele era um animal. Era. Ela o havia visto, o havia visto agachar-se e de repente, como por arte de magia aparecer um lobo. Era um lobo. Um lobisomem para falar a verdade. Não deveria sentir-se ofendido, porque deveria fazê-lo, era um... fenômeno. Ele era o culpado, primeiro por tirá-la do chão como se fosse um touro de rodeio, ou um bezerro, isso não importava e logo a beijando, isso foi o mais ofensivo, uma manifestação de força masculina, não devia beijá-la, mas o que realmente a preocupava, na verdade a preocupava, foi sentir que o seu beijo era... delicioso. Por Deus! Havia levado anos tentando aceitar que era assexuada. Anos para comprovar que a atenção masculina não lhe atraía, que o cheiro de um homem, o seu contato a enojavam. Até havia se perguntado se lhe agradavam as garotas. O que lhe havia dito seu analista? Sim, agora se lembrava. “É uma jovem normal Cassidy, somente não encontrou o homem certo.” Por Deus Santo! Tinha saído com Luke Harrington III, o garoto de ouro da Universidade, tinha ido jantar com ele, tinha aceitado os seus presentes, suas atenções diante de todos, até havia conhecido seus pais, e o único que sentiu foi asco. “ASCO.” Do garoto mais desejado da Universidade. Quem era o fenômeno na verdade? Ela. E seu comportamento tão depreciativo e tão pouco piedoso comprovava isso. Havia tentado ser grosseiramente irritante e havia conseguido. Como poderia olhá-lo nos olhos novamente? E se ele não pudesse evitar ser como era? Que tal se ele fosse apenas uma vítima? Assim como ela nasceu índia, ele nasceu... lobisomem. E o havia insultado de uma forma tão horrível. O que lhe havia dito Luke III? “É a cachorra mais fria que conheci. Me esquenta mais o meu carro do que você.” Cachorra! Luke tinha razão, era uma cachorra e tinha acabado de insultar um lobisomem, e se ser lobo fosse uma enfermidade? Podia ser, existiam tantas doenças raras. Uma vez viu um filme, como se chamava mesmo? Sim. “O homem elefante”, e esse pobre homem havia sofrido por toda sua vida. E se Hank Herickson também estivesse sofrendo? Grupo Romances e Cia.

Página 29


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Seu beijo havia sido delicioso, mas mais que isso, tinha que ser sincera consigo mesma, estava molhada. Sua calcinha estava molhada, porque quando esse... pobre homem se havia esfregado contra ela havia sido surpreendente, estranho e... glorioso. Ao menos já sabia que não era lésbica. E já era hora, tinha vinte e três anos e nunca havia se molhado por ninguém. E a primeira vez foi logo com um lobisomem. Porque não com Luke III? Agora deveria desculpar-se. Se alguma vez o alcançava, porque por agora já lhe levava uns cem metros de vantagem.

Grupo Romances e Cia.

Página 30


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 06 Três horas mais tarde olhar as costas do parrudo desconhecido já era insuportável. Pensava ele por acaso levá-la caminhando até Nova York? Já não dava mais e os poucos sentimentos de bondade e compreensão por sua involuntária condição de lobisomem já haviam desaparecido sem rastro. Apenas olhava suas costas e isso porque media bem uns dois metros. Se fosse de seu tamanho, um decente um metro e cinquenta e oito, já teria desaparecido nos verdes arbustos. Aonde se dirigia? Pelo menos parecia saber. Não havia lhe dito uma palavra desde que ela o havia insultado. Talvez estivesse esperando que ela se desculpasse. E o haveria feito, se ao menos tivesse conseguido alcançá-lo. Ela não tinha culpa se seus passos não eram tão longos quanto os dele. Tinha fome, estava irritada, cansada, muito cansada. Não entendia nem metade do que estava acontecendo, não podia deixar de ver em sua mente esses dois lobos lutando, nem a esse incrivelmente grande e musculoso se convertendo em um enorme lobo negro. Sem falar que cada vez que lembrava o primeiro beijo que trocaram se lembrava do horrível insulto que lhe havia dado. Lhe doía a cabeça, queria descansar, queria comer e queria voltar para a escola, corrigir seus trabalhos, queria voltar a sua vida, normal e tranquila. E não o faria se seguia acompanhando-o como uma cachorrinha obediente. “Porque deveria fazê-lo? Porque a ameaçou?” Bom, por acaso não havia conseguido defender-se e ele a soltou? O que poderia fazer-lhe? “farei o lobo jogar contigo, bebê... não te machucará, somente te daria prazer.” Recordá-lo provocou um calafrio que percorreu sua espinha. Tinha de recuperar as rédeas de sua vida e o faria agora. Grupo Romances e Cia.

Página 31


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Cassidy simplesmente se deteve e se deixou cair no chão com os braços abertos, as palmas da mão para cima e os olhos fechados. “Que não se dê conta, que não se dê conta”, começou a repetir-se. Hank sentiu o golpe e se deu a volta para olhá-la. E não a viu. Seu coração golpeou com força e ele caminhou de volta. Cinquenta metros atrás a viu no chão. Sem mover-se. E seu cérebro processou a imagem. “Lhe dispararam!” Enquanto corria até ela sabia que era impossível, o sabia, não ouviu nada, nada! - Cassie, Cassie! – A pegou nos braços enquanto a movia procurando alguma ferida sangrando. - O que... quer? – Perguntou sem sequer abrir os olhos. Seu tom era nervosamente belicoso. - Filha da puta, pensei que... – Hank se calou. – Que merda lhe aconteceu? - Não... não responderei se vai ser tão... grosseiramente mal educado. – Ao se ouvir falar a palavra compreendeu que a mal educada estava sendo ela, aí abriu os olhos. – Desculpe ... sinto haver sido tão mal educada! - O quê? – Perguntou um surpreendido Hank. - O sinto, sinto ter te chamado de... animal. Eu lamento. - Me importa uma merda pelo que sente. O que te aconteceu? - Estou... cansada, esgotada, com fome, quero voltar para minha casa, quero ir para a escola. Não sei o que estou fazendo aqui com você. – As lágrimas que não queria afloraram em seus olhos. Tentou seguir logo depois de tossir procurando dentro de si um tom que demonstrasse segurança. – Não te conheço. Não quero seguir caminhando, por favor, diga que me desculpa, na verdade não queria te ofender... - Não? – Lhe perguntou um sério Hank. - Não... sim. Tenho minhas razões... - Ah sim? Bem senhorita professora, não me importam suas razões. Fique de pé e caminha. - Não acredito que vá conseguir. - Não? Está bem. Então te carrego. Cassie considerou suas opções: A: a carregava, já o havia feito não?; B: a carregava, iria presa a seu corpo, Deus sabe por quanto tempo; C: a carregava e não o suportaria. Grupo Romances e Cia.

Página 32


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

A decisão foi simples. Se sentou e se levantou. Começou a caminhar na frente dele. Quando havia dado uns orgulhosos trinta passos um assovio a sobressaltou e a fez girar procurando a causa, o parrudo mal educado tinha as mãos em seus lábios e indicava o caminho oposto ao que esteve caminhando. Cassidy o odiou com todas as forças e teve que segui-lo.

Sabia que estava cansada. A haveria carregado com facilidade. A coisinha não pesava nada, mas não acreditava que seu lobo fosse suportar. Diminuiu seus passos e rezou que seus cálculos estivessem certos. Se estavam encontrariam o refúgio onde se encontrava a caminhonete da reserva em breve. Quando encontrou suas marcas de referências, os grandes abetos azuis em uma pequena colina, sorriu. Sem esperar avançou com mais rapidez. Quando Cassie lhe viu agilizar seu passo, cada centímetro de seu corpo protestou. - Filho da puta, maldito lobo desconsiderado, tenta me matar não é? Uma não muito sutil vingança pelo que disse. Tinha que ter sido mais enérgica. Se vai me matar mesmo eu vou te falar tudo o que tenho para lhe dizer depois de haver me feito caminhar pelas últimas horas... “Onde se meteu? Me deixou? Se arrependeu e me deixou? – O coração de Cassie batia desordenadamente. Tirando forças de onde não tinha apurou seu passo sem vê-lo. – Onde está maldito? Onde... O som de um assovio a parou em seco. Quando o assovio se repetiu olhou para trás as suas costas e viu o imbecil fazendo-lhe sinal como um dedo como se fosse um cliente chamando uma camareira. Isso a tirou por completo de suas estribeiras. Girou até ele e caminhou decidida a lhe dizer umas boas verdades. Hank sorriu internamente. Sua preciosa bebê estava vermelha de raiva. Sabia que seu assovio a deixaria irritada e pelo que parecia essa coisinha vinha decidida a dar-lhe o que merecia. Enquanto mantinha seu rosto, pelo que esperava, impassível, esperou por ela. Grupo Romances e Cia.

Página 33


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Maldito imbecil desconsiderado... – Lhe disse Cassie quando chegou a dois passos do gigante. Mas quando olhou nos olhos o lobisomem apareceu ante ela e a deixou muda. Hank havia deixado que ela chegasse até ele, mas quando a brisa trouxe seu perfume inundando-o, quando viu sua mãozinha com um dedo estendido na frente dele, o único em que pensou foi em beijá-la. E o lobo apareceu. Dentes, unhas, sua curta barba recortada se alongou e ela se aterrorizou. Tinha que dizer alguma coisa para acalmá-la, assim que decidiu não dar-se por percebido sua própria mudança. - O que dizia...? – Lhe perguntou em tom gélido. Deus, Cassie não podia acreditar no que seus olhos viam, seus olhos que eram de um verde esmeralda, de repente haviam se convertido em dois poços de um verde escuro que pareciam negros. - Não... não seguirei andando, não darei mais nenhum passo até que descanse... está... claro? Eu... ficarei aqui... mesmo. – Cassie assinalou o chão debaixo dela e no trajeto abaixou a vista e olhou suas mãos, longas e curvadas “unhas de lobo”. – E não... me importa o que faça. – Lhe disse apertando os punhos. - Está bem. – Hank girou e começou a caminhar deixando-a parada olhando suas costas. Quando Cassie acreditou que se jogaria ali mesmo no chão e choraria, viu ao homem tirando grossos ramos de coníferas de cima do que parecia uma... caminhonete? Quando viu que era mesmo uma caminhonete, Cassidy respirou. Hank tirou todos os ramos, abriu a porta do condutor e entrou nela, procurou debaixo do assento a chave e colocou no contato, quando o motor se esquentou simplesmente avançou, se dirigiu até onde ela estava e a ultrapassou de longe! Cassie não podia acreditar, ia deixá-la! A havia arrastado por horas e horas caminhando e ia deixá-la! Quando o veículo havia avançado uns cem metros, Cassidy ainda não podia sair do estupor. Duzentos metros mais à frente e quando somente ficava à frente dela um caminho de poeira foi que Cassie conseguiu reagir. - Maldito bastardo. Filho de uma cadela, lobisomem... animal... ahhhh – Seus pés golpeavam o chão e sua mente procurava mais alguns insultos verdadeiramente terríveis e

Grupo Romances e Cia.

Página 34


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

não recordou nenhum. De repente a caminhonete apareceu a sua frente e avançou em uma nuvem de poeira até parar a milímetros dela. O maldito a olhou de dentro e lhe disse: - Decidiu mover-se ou vai continuar aí? Cassidy tossiu debaixo da nuvem de poeira que a havia coberto. E caminhou até o outro lado da caminhonete e abriu a porta do passageiro e subiu. Não sem esforço, a caminhonete era muito alta. Apenas fechou a porta, ele arrancou e girou. Cassie teve que agarrar-se para não cair. “Me pagará por isso seu lobo maldito”. Pensou, sentindo-se melhor com a ideia. Por um segundo imaginou que ele estava abaixo e ela conduzia e o via desaparecer enquanto ela passava por cima dele com essa caminhonete deixando-o como um tapete peludo e felpudo no chão. Essa imagem a fez rir. Hank a viu e sorriu também. Pelo que parecia já não lhe tinha tanto medo. Havia sido um bom plano. Agora precisava de um lugar para passar a noite. E já sabia para onde iriam. O bebê precisava de um banho depois de ter ficado completamente cheia de poeira. Hank se sentia insensatamente feliz. - Conhece A Borbulha? – Lhe perguntou. Cassie duvidou em responder-lhe. Por um segundo pensou que o silencio seria um bom castigo. Mas se encontrou respondendo. - Não. - Bem, agora irá conhecer. – Hank não havia pensado em ir até lá. Tinha sido bem próximo A Borbulha o lugar onde havia conhecido Joshua. Havia descoberto essa cascata de água com Chipp e Wolff quando eram somente meninos. Ty e seus pais o haviam convidado em um verão e ali haviam passado dias inesquecíveis. A Borbulha era uma pequena cascata de águas termais, o que a convertia em uma raridade. Em uma paisagem idílica, uma pequena lagoa de água cristalinas se recolhia a cascata. Do profundo tom azul das águas se desprendia um suave vapor que fazia incrivelmente atraente a lagoa. Era um bom lugar. Alto e bastante escondido. Se alguém os seguia não seria tão fácil surpreendê-los. Hank parou a caminhonete, escutando o assombrado ohh de Cassidy frente à beleza do lugar. Começou a preparar um pequeno acampamento. Abriu o porta equipamento, tirou Grupo Romances e Cia.

Página 35


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

uma pequena sacola que simplesmente sacudiu e formou uma tenda. Colocou debaixo dela os dois sacos de dormir que tirou da mochila. E começou a procurar lenha seca. Quando Cassie o viu afastar-se buscando ramos e caminhou quase a passo de tartaruga, a viagem e o esforço lhe estavam cobrando o pedágio. Lhe doía cada músculo de seu corpo, como pôde, mancando, se deixou cair ao lado da lagoa em uma pedra. Não acreditava que seria capaz de se mover. Assim se sentou e decidiu que o lobo faria tudo. Depois de tudo ele era o responsável pelo seu estado. E seguia tendo fome. Lhe doíam tanto os pés, assim tirou as botas, as meias e começou a levantar as meias pensando em molhar seus pés no lago. Enquanto o fazia olhava ao... fosse o que fosse. Havia desaparecido de sua vista uns minutos. Inconscientemente o procurou com seu olhar ao seu redor. Quando o viu chegar montou uma fogueira em dois segundos. “Vamos lá garoto escoteiro”, ou deveria dizer “vamos lá garoto lobo”. Cassie sorriu de seu senso de humor. Descansar lhe punha de bom humor. Quando viu o fogo aceso Cassidy esperou vê-lo colocar uma lata de comida, mas o imbecil grosseiro e peludo... se aproximou dela. “Oh, Santo Deus! O que estava planejando?” Hank passou ao seu lado e começou a tirar as botas, logo as meias, e se pôs de pé para desprender a calça... está se despindo? Sim, isso parecia, e estava tirando a calça... está tirando a calça? Não sabia por que estava se questionando tanto, era óbvio que era isso que ele estava fazendo. Deus Santo, Ave Maria e por todos os Santos! Esse homem... lobo, somente ficou com uma camisa que apenas tapava sua zona privada e não parou por ai, agarrou as bordas de sua longa camisa e a subiu por esse incrível peito. Cassie se esqueceu de respirar. E tossiu. O homem... lobo se aproximou dela, “completamente nu” e pôs suas enormes mãos em suas costas e lhe deu golpezinhos que por pouco não lhe tiram do chão, mas a recordaram de como respirar, quando sua tosse passou simplesmente a deixou e se virou, em sua magnífica nudez entrou na água. Cassie ainda não havia saído de seu estado de assombro. Nunca havia visto um homem nu e nunca um como esse. Pensava que os homens assim formados eram apenas parte dos gibis e fruto da imaginação febril de algum bom desenho. Amplos ombros, bíceps impossíveis de rodear, proeminente peito. Deus! Esse era seu abdômen? Mas que esporte ele praticava para ter esses músculos tão delineados e parecidos com um tanquinho de lavar roupa? Uma fina, finíssima cintura e as mais soberbas e musculosas pernas que já havia Grupo Romances e Cia.

Página 36


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

visto, e isso... havia dito enorme? Isso ali pendurado, era... enorme e bom... havia começado a inchar... Que outra palavra poderia usar como sinônimo de enorme? Gigantesco? Assim, os lobisomens não era iguais aos homens comuns. Era... uma professora sem adjetivos. Sim. Isso era ela, uma professora sem adjetivos, porque esse homem era enorme, grandioso, impressionante, imponente, por todos os lados, todos e essa pele, esse tom de oliva, suave e sedoso. Coberto por um fino pelo que a chamava a tocá-lo. Os dedos de Cassie se apertaram e quando o filho da puta totalmente impudico se virou e lhe mostrou suas costas, Cassie agradeceu aos céus por estar sentada senão teria caído sentada em sua bunda. Suas costas eram igualmente... imponentes como a sua frente. Somente que tinha umas nádegas nas quais seguramente como geralmente dizia Lora (teve que recordar o que havia lido agora) poderiam saltar uma moeda. Uma bunda dura, duríssima e perfeita. Cassie lembrou de si mesma no espelho e soube que ela nunca teria essa tonicidade, nunca. “Filho da puta, não pode fazer isso!” Hank acabava de destrançar seu grosso cabelo. Quando o soltou chegou quase até sua cintura e Cassie simplesmente deixou de respirar. Uma manta preciosa de um longo cabelo negro, cachos que a convidavam a fundir seus dedos nele. Ao menos o lobo mergulhou na lagoa e isso a salvou dele vê-la mais vermelha de vergonha. Sua pressão arterial jamais havia tido problemas, nesse momento estava na estratosfera. Um forte assovio a tirou de seu estupor, o infame nudista, impudico, desavergonhado acabava de assoviar para ela? Outra vez? Quando o olhou, o viu fazendolhe um sinal que lhe dizia: Entra? Vem aqui? Vamos? Nem louca. Cassie se deu a volta, deixou de olhar para a lagoa e esperou que sua vergonha baixasse. Hank estava seguindo uma plano muito simples: a acostumaria ao lobo, faria que deixasse de temê-lo. Já não tentaria ocultá-lo, não podia controlá-lo. Quando ela deixasse de temê-lo, quando o conhecesse... a seduziria. A queria para ele. Essa era a verdade. Queria ter toda essa pele dourada para ele, queria essa preciosa boceta o apertando com tanta forca que se ela não saberia onde começava e nem onde terminava. Era preciosa, forte, inteligente e seria sua. Já o havia decidido. Era só questão de tempo. Grupo Romances e Cia.

Página 37


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Começaria por fazê-la entender o quanto o necessitava. Deixá-la pensando o que faria se a abandonasse foi a primeira parte do plano. Esses poucos momentos em que a deixou acreditando que não voltaria a fariam valorizá-lo um pouco mais. Enchê-la de poeira tinha sido obra do seu retorcido senso de humor. Parecia uma onda de vapor. Como se uma coisinha pequenina como ela poderia fazer-lhe algo. A segunda parte era fazer-lhe ver o que estava perdendo. Sabia que estava em boa forma. Na verdade tinha que viver tirando as mulheres de cima de si mesmo. E ela era uma mulher e seria a sua mulher. E pela forma em que tinha lhe olhado, a segunda parte de seu plano havia sido perfeita. E agora era hora de sua mulher deixar de sentir-se dolorida. Agilmente Hank saiu da lagoa sem fazer ruído. Podia mover-se com agilidade e a habilidade de um lobo caçando, e isso estava fazendo, caçando, somente que sua presa era uma diminuta, ofuscada e temerosa mulher. Hank, o lobo, estava caçando e sua presa não teria escapatória nenhuma.

Grupo Romances e Cia.

Página 38


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 07 De repente algo a molhou, quando olhou para cima, esse homem estava seu lado. Como havia chegado...? Nem sequer pôde completar o pensamento, pois um segundo depois a jogava dentro do lago. Quando saiu procurando ar e tentando respirar uns fortes braços a sustentavam. - Es-tú-pi-do! Lobo estúpido. O que está fazendo? – Cassidy tentava gritar-lhe enquanto cuspia água. Assim sua mulher não parecia lhe temer tanto. Isso era perfeito. Seu plano estava funcionando. Então simplesmente pôs sua mão em sua cabeça e a afundou mais uma vez. Quando a levantou, a ergueu na água e a pôs em um lugar que sabia que ela poderia ficar em pé. A deixou ali e começou a tirar-lhe a camisa, em vez de lhe tirar o sutiã o cortou, e logo começou a desprender sua calça e quando ela tentou detê-lo, grunhiu para ela. Forte, simples e eficaz. Um desses grunhido ferozes e ela se congelou no lugar. O resto foi fácil. Mais dois segundos e ela estava a seu lado completamente nua. Hank pegou a roupa e saiu da lagoa deixando-a sozinha. Os lobos sabiam como jogar com suas presas. Cassie o viu se afastando do lago levando suas roupas e gritou-lhe: - Maldito!

Grupo Romances e Cia.

Página 39


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

E o que fazia ali? Não podia sair, estava nua. Não lhe daria o gosto a esse asqueroso exibicionista. A água estava tão quente e agradável. Cassie submergiu e voltou a emergir, não podia nadar pois o lago era muito pequeno, mas podia flutuar e isso fez. Se houvesse se dado conta de que ao flutuar dava uma bela visão de seus peitos à luz do entardecer a um lobo babão teria procurado outra posição. Hank se vestiu e começou a preparar a ceia. Não haveria muito, somente sopa em lata. E sorriu. Seu precioso bebê teria que sair da água. Quando a sopa estava quente simplesmente assoviou. O assovio a tirou da pequena felicidade de ser molhada suavemente pela água quente que caía da pequena cascata. Não podia sair nua. Não podia fazê-lo. Mas tampouco poderia ficar ali eternamente. De repente odiou que a colocasse em uma situação como essa. O odiou com todas as suas forcas. - Saia ou vou por você! - Disse o ogro odioso. Cassie apertou suas mãos em punhos, fechou os olhos e começou a caminhar até a borda. Cada passo a colocava mais e mais furiosa. Com cada passo seu corpo ia ficando descoberto. Seus peitos eram magníficos. Suas presas estavam totalmente crescidas agora. Queria mordê-la. E iria fazê-lo. Eram grandes, principalmente para uma coisinha tão pequena quanto ela. Perfeitos de qualquer ângulo. Pesados, com uns mamilos duros, longos. Havia visto muito poucos mamilos com esse tamanho. Sua mulherzinha era perfeita. Não havia nada de pelo nela. Somente suavidade, pele dourada e lisa. Quando a água ondulou em sua boceta, as pequenas ondas o fizeram se sentir enciumado, Hank percebeu que não conseguiria controlar ao lobo até que ela chegasse até ele. Cassidy olhou o homem à sua frente. Seu magnífico corpo estava coberto por um pelo mais forte, mais espesso, seus olhos eram quase negros e as presas apareciam por baixo de seus lábios. Cassidy não sabia o que fazer, se dar rédea solta à lista de insultos que afloravam naturalmente em sua cabeça ou retrocedia diante desse... gigante escuro de quase dois metros de altura.

Grupo Romances e Cia.

Página 40


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Nua como estava não lhe chegava mais que ao peito. E ver um homem converter-se em um yeti não era algo que se pode ver todo dia. Somente ficou quieta, respirando com dificuldade enquanto ele a olhava. O homem inclinou seu corpo e teve que obrigar-se a não retroceder. Não ia deixar que esse lobo a intimidasse. O homem baixou seu corpo e de repente pode sentir sua língua molhando um de seus mamilos, para logo metê-lo dentro de sua boca e chupá-lo com tanta força que Cassidy gemeu, liberando o ar que tinha contido desde que o viu inclinar-se diante dela. Cassie apertou suas mãos e as levantou tentando separá-los. Pôs suas mãos sobre os ombros dele e pensou em empurrá-lo. Mas somente pensou, as duras sucções a levaram direto a um orgasmo que jamais havia imaginado sentir. Se não estivesse com as mãos em seus ombros teria caído. O lobo não soltou seu mamilo. Simplesmente seguiu chupando-o enquanto a içava e a levava para o acampamento improvisado. Quando a colocou sobre o saco de dormir, Cassidy tremia e gemia com outro orgasmo violento. Hank começou a acariciá-la, seus ásperos dedos roçavam seus mamilos enquanto sua boca ia de um ao outro peito chupando-os com força e soltando-os, quando suas mãos se dirigiram a sua boceta, os longos braços de Hank lhe permitiram alcançá-la sem problema, sem deixar seus mamilos tentou enfiar um dedo com sua unha encurvada em sua boceta. Estava incrivelmente molhada. O perfume de seu gozo inundou a pequena tenda e seu grosso dedo procurou abrir caminho. Estava tão incrivelmente apertada que não era fácil. Quando sentiu seu dedo tentando ingressar, Cassidy disse: - Não. O pequeno “não” fez com que Hank se retirasse de seus peitos e de sua boceta. “Não, não me soltes”, Cassidy jamais havia se sentido tão viva, tão indefesa, seu corpo parecia que havia explodido e tentava recuperar sua sanidade. Não, não. Queria que a tocasse. Sim, isso era o que queria, que seguisse a tocando assim. Quando Hank a soltou compreendeu que mentia para si mesma. - Olhe para mim, Cassie! – Lhe disse em uma voz profundamente rouca.

Grupo Romances e Cia.

Página 41


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Quando Cassidy abriu seus olhos tentando sair da bruma do orgasmo, enquanto seu corpo tremia. O homem em sua frente, lambendo os dedos molhados por seus sucos, era mais lobo que homem. O homem procurou sua boca e a beijou, um beijo suave, doce, aprazível, uma leve sondagem de sua língua, enredando-se com a sua. Podia sentir seus longos dentes mover-se com cuidado em sua boca, roçando, beliscando, sondando sem machucar. Hank agarrou sua língua com a dele e a meteu em sua boca e logo a soltou. Cassidy compreendeu que nem sequer tinha forças para afastar-se dele. Ficou ali tratando de recuperar o ar que não sabia que havia perdido, ainda saboreando ao homem quando nem sequer a tocava mais. Hank havia saído da tenda. Quando Cassidy percebeu que estava sozinha na tenda se meteu no saco de dormir e procurou o esquecimento. Queria esquecer o que sentiu, queria desaparecer, ou melhor, queria que o tempo voltasse atrás e pudesse ter sua vida monótona e pouca excitante de volta. Não queria nada excitante. Nada e muito menos um lindo gigante tocando-a como jamais ninguém a havia tocado. Fora. Hank tirou sua roupa metodicamente e procurou o lobo dentro dele, somente teve que fechar seus olhos e recordar seu sabor. E o lobo estava ali. Isso o fez rir. Anos procurando o lobo e somente sentir o cheiro de sua mulher bastava para convocá-lo. Não entendia o que estava acontecendo. Hank olhou a noite aproximando-se rapidamente e saiu para correr. Quando regressou ela dormia coberta pelo saco de dormir. Hank procurou dentro de sua mochila e escreveu algo. Logo deixou a nota a um lado sobre as botas de Cassie e começou a despir-se. Se meteu no saco de dormir junto com ela. Cassidy não despertou, simplesmente se acomodou movendo-se até apertar-se contra ele. Correr havia esgotado o lobo. E o fez compreender algo totalmente inusitado que estava lhe acontecendo. Não podia controlar o lobo quando a tocava ou quando a via. Havêla deixado mais cedo foi o maior esforço que não acreditou ser capaz de consegui-lo. Sabia que ela havia lhe respondido. Sabia que havia conseguido que ela gozasse, mas também sabia que quando a tomasse queria que fosse porque ela desejava, e não porque estava mareada por um orgasmo que não é capaz de nem saber o que queria, e se havia aprendido algo sobre Cassie é que somente havia uma forma de fazê-la sua, ela entregando-se Grupo Romances e Cia.

Página 42


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

livremente. E para consegui-lo necessitava ganhá-la. Pelo menos já sabia algo sobre sua presa: não lhe era indiferente. Hank a cheirou, seu perfume inundava a tenda, inspirou profundamente memorizando o cheiro de madressilva de sua mulher. A aproximou a seu corpo e ela docilmente se acomodou sobre seu enorme corpo. Amanhã seria o dia em que ela se familiarizaria com o lobo. Uma boa caça não é produto do azar.

Grupo Romances e Cia.

Página 43


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 08 Quando Cassidy acordou, estirou os braços e sua mão se chocou contra um manto macio. Imediatamente abriu os olhos. O enorme lobo negro estava a seu lado. Sentado sobre suas patas olhando-a. Cassidy sentou cobrindo-se e o animal nem sequer se moveu. Somente parecia um enorme e despreocupado cachorro. Uma de suas patas cobria seu focinho e deixava apenas ver seus olhos de cachorro bom e... não parecia nem um pouco tentado a mover-se. Movendo-se sem se descobrir, pegou suas roupas e as colocou dentro do saco de dormir e começou a vestir-se ali mesmo. O lobo observava seus movimentos de onde estava tranquilamente sentado. Em sua mente o homem ria. - Filho da puta! – Sussurrou Cassie. Tirou a cabeça de dentro do saco de dormir e o olhou. Seus escuros olhos desprendiam chispas. Assim que simplesmente lhe tomou o bolo que tinha entre suas patas e o lobo nem sequer se mexeu. Cassie voltou a meter-se debaixo do saco de dormir. Quando Hank o sentiu cair em cima de sua cabeça e o deixou deslizar pelas suas orelhas e seu nariz. Quando chegou a seu focinho levantou a renda branca de seu sutiã destruído. O levantou e cheirou. - Grrrrrrrrrrr.

Grupo Romances e Cia.

Página 44


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

E não foi ele quem grunhiu. Cassidy estava furiosa. Se pudesse teria avançado sobre o lobo e o feito sangrar. Debaixo do saco de dormir seus movimentos se tornaram mais frenéticos. Quando tirou sua cabeça para olhá-lo, o lobo havia posto o sutiã em sua cabeça como se fosse o capuz da Chapeuzinho vermelho e a olhava como o mais inocente cachorro que já existiu. - É um maldito... cachorro. – Seu punho golpeou o chão sobre o saco de dormir e voltou a meter-se dentro. Quando saiu já estava vestida, ou meio vestida, já que o lobo havia destruído seu sutiã e escondido sua calcinha. Quando se pôs de pé o lobo já não estava dentro e ele levava uma nota em sua mão.

“Temos que chegar a Ketchikan. Siga em direção ao norte até a estrada e dali para o leste. H”

Acaso o imbecil pensava que bastava estalar os dedos e ela obedeceria? Por mais lobisomem que fosse não tinha ideia de com quem se metia. Se converteria em poeira antes de obedecê-lo. Porque lhe deixaria essa nota? Porque a teria escrito? Ele poderia dirigir a caminhonete, a carregaria para dentro, sem se importar se queria acompanhá-lo ou não acompanhá-lo, e dirigir-se ao norte.

O que estava acontecendo? O que estava lhe acontecendo? Acaso os lobisomens tinham os seus dias de ficarem como lobos, como os dias femininos...? E hoje era o seu dia de garoto lobo. Ou será que não podia perdoá-la pelo que lhe disse no dia anterior? Talvez estivesse tão magoado que resolveu castigá-la? Esse... energúmeno lhe havia manuseado e lhe havia feito “algo”. Não sabia o que havia sido, mas a havia tocado indecentemente e a havia contagiado com esse “algo”, porque de maneira nenhuma ela iria aceitar que tinha tido um orgasmo com um lobisomem. Nunca. Jamais. Ela não era adepta do sexo com animais. Era uma mulher normal, bom, não tão normal, sexualmente adormecida, uma pouca entusiasta... melhor dizendo, nada entusiasta, mas não deixaria que um lobo babasse sobre ela. O único animal que poderia aceitar seria seu Grupo Romances e Cia.

Página 45


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

totem protetor, seu avô lhe disse que o seu era a águia. Nada de lobos. E isso porque era uma concessão às crenças ancestrais do povo do seu avô. Lhe agradava que ele soubesse que ela respeitava todas essas coisas e ter um animal totem lhe acompanhando não era uma coisa ruim. Quando saiu da tenda com o papel na mão, o lobo já não estava por perto. O procurou ao redor, olhou na caminhonete e nada dele. -Grandioso! – Gritou para o ar. Havia um pouco de fogo, assim colocou uma lata de comida para esquentar e decidiu que iria comer antes de mais nada. Quando terminou de comer o lobo seguia sem aparecer. Cassidy começou a levantar acampamento, rapidamente. De pronto pensou que o fato do lobo não estar presente era maravilhoso. Poderia ir embora na caminhonete, “sem ele”. Seu ânimo melhorou muito. Quando colocou a mochila e a tenda na parte traseira da caminhonete, seu rosto era puro sorriso. Subiu na caminhonete e partiu. Por uns momentos somente viu detrás dela a poeira, mas somente por uns momentos. Porque logo viu correr atrás da caminhonete o odioso lobo. Apertou o acelerador e se negou a olhar para trás. Não queria ter nada a ver com esse... lobisomem. À medida que o perdia de vista, seu coração se encolhia. “Não podia deixá-lo aqui...” Esse homem havia salvado sua vida, seu avô o apreciava (ainda que não soubesse quem era ele...). Sim. É claro que podia deixá-lo. A havia... Deus! Nem sequer podia pensá-lo, esse homem havia... “amamentado-se” em seus peitos, como um bebê. Não como um bebê, isso é seguro. Não. Esse homem, esse lobo, merecia que o deixasse. Assim que apertou no freio e baixou a velocidade. Se supunha que ele poderia alcançá-la. Se supunha, porque não fez! Dois quilômetros adiante, deu a volta e retornou pelo maldito animal. E não o encontrou. E começou a chorar, não sabia se de raiva ou de pena. E se o havia perdido?

Grupo Romances e Cia.

Página 46


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

O lobo a observava. A havia visto retornar por ele, mas havia se mantido firme. Uma boa armadilha requeria que a presa confiasse. No dia de hoje, sua mulher apreciaria o lobo que ele era. Depois de regressar ao local que tinham acampado antes às margens da lagoa ela desceu e se sentou na mesma pedra que se sentou no dia anterior e esperou. E esperou. Uma hora. Duas horas. Três horas. Quatro horas. Cinco horas. E em todo esse tempo passou pelos diversos tipos de ânimo. O insultava com força, caminhava, golpeava o chão com o pé, o insultava mais um pouco, se sentava e chorava por havê-lo perdido. E vê-la chorar quase o havia matado. O único que queria era chegar até ela e consolála. Mas sabia que se aparecesse agora, tudo o que havia feito e planejado não valeria de nada. Assim apertou as garras e sentou para esperar. Privilégio do caçador.

Quando já não tinha nem insultos e nem lágrimas fez o que ele lhe havia ordenado, decidiu ir para Ketchikan. Quando entrou na caminhonete o maldito animal estava lá dentro olhando-a com olhos de cachorro em penitência. Cassidy contou até vinte e arrancou sem dizer uma só palavra. Não falou nada durante as horas seguintes. Grupo Romances e Cia.

Página 47


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

O caminho diante deles era uma longa estrada cercada por altíssimos pinheiros e bétulas. Com colinas não muito altas cheias de espessos bosques. Ketchikan estava a umas nove horas de distância, teriam que passar a noite em algum lugar. Cassidy decidiu que antes de anoitecer pararia para se instalar em algum motel. Esperava que até esse momento o maldito felpudo babão já tivesse terminado seu período. Era melhor que durasse apenas um dia mesmo, rogava que durasse um dia só. Quando viu a placa do motel não pensou e se desviou: - Não dirigirei a noite toda, assim dormiremos aqui. “Excelente ideia a de dormir”, pensou Hank lambendo-se. O felpudo somente colocou a língua para fora e arquejou. Cassidy lhe dirigiu um olhar intrigado. O que lhe havia dito? “Dormiremos aqui” Quando desceu da caminhonete nem sequer o esperou. A mulher exuberante e tão maquiada que parecia uma estrela de cabaré em decadência, a olhou como se fosse uma formiga insignificante. - Sim? - Dois quartos, por favor. – Pediu Cassidy. A mulher a olhou e olhou ao seu redor. - Somente temos um, você quer? “Deus, será que nada lhe sairia bem hoje.” - Sim. – De repente viu ao cachorro sentado em seus quartos traseiros olhando-a. – Vocês têm canil? – Perguntou cruzando os dedos. - Como? – Perguntou a alta loira tingida. - Tenho um cachorro. Vocês têm ou não um canil? A mulher se inclinou sobre o balcão. Por Deus, quase mostrava por completo os seus seios. - Isso é um cachorro? Não parece um cachorro. - Sim, um cruzamento com lobos. - Era para ele que você queria o outro quarto? Cassidy somente afirmou com a cabeça diante do olhar reprovador da mulher. - Não. – Acrescentou. – Não temos canil. È raro alguém viajando com seu cachorro. Pode prendê-lo do lado de fora, tem muitas árvores. Grupo Romances e Cia.

Página 48


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Cassidy de repente se sentiu melhor e sorriu para a mulher. - Excelente ideia. Assim o farei. - São vinte e cinco dólares a noite. Cassidy desceu de sua nuvem de felicidade. Olhou ao maldito cachorro e esse somente balançava a cauda. - Perfeito. – Disse Cassidy. – Volto já! Quando chegou ao carro pegou a mochila do maldito e começou a tirar as roupas dele, entre elas encontrou sua carteira e dentro dinheiro, bastante dinheiro. - Excelente! Quando voltou encontrou o seu lobo entretendo a tingida sem-vergonha. A puta desavergonhada tinha se agachado e maldito felpudo lhe passava a língua no rosto e nos peitos. - Hank! – Gritou tentando controlar-se. A mulher assustou-se erguendo-se e pondo uma mão sobre o peito que o asqueroso acabara de babar. - Garota! – Lhe disse rindo. – Você me assustou! Seu mascote é muito agradável e amistoso, ninguém o diria pelo seu tamanho. - Cobre-me por favor, estou muito cansada! – Cassidy lhe dirigiu o seu mais impessoal tom de voz de “professora acostumada a lidar com todo tipo de gente” que encontrou dentro de si. - Claro e não se preocupe em atá-lo do lado de fora, pode deixá-lo aqui. “Sim, claro, quando chover sapos!” Olhou ao maldito e sem dizer uma só palavra se encaminhou até o quarto sete. Enquanto saía podia escutar a voz balbuciante da mulher fazendo carinho a seu lobo. Sem dar-se a volta gritou com voz ativa. - Hank! O lobo seguiu sua dona sorrindo como somente os lobos conseguem. O plano funcionava às mil maravilhas. O pequeno quarto contava com um frigobar e um micro-ondas. Olhou dentro e tirou um sanduíche que esquentou no pequeno micro-ondas. Abriu uma lata de patê e bolinhos,

Grupo Romances e Cia.

Página 49


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

refrigerante, batatas fritas e colocou tudo em cima da pequena mesinha que somente tinha duas cadeiras e se sentou para comer. O maldito libidinoso a olhava movendo o rabo. - Devia ir ver se sua nova amiguinha não te dá algo para comer. – Lhe disse completamente furiosa, de repente se deu conta que não estava comendo e sim atacando a comida. O maldito apenas agachou sua cabeça e se encostou no chão olhando-a com olhos de cachorro morto de fome. Cassidy estava decidida a não lhe dar atenção. Nenhuma. E o lobo não se moveu. E ela seguiu comendo. E o lobo seguia ali. - Por Deus, não pode olhar para o outro lado! – Quando o lobo gemeu a culpa se espalhou por Cassidy. E se na verdade ele não pudesse controlar o animal? Quando foi a última vez que teria comido? Se começasse a pensar sobre isso não o faria, assim colocou um pouco de tudo em um prato e se pôs de pé e o pôs na frente dele no chão. O maldito presumido se levantou e subiu na cadeira que rangeu com o peso dele, quase não cabia, mas conseguiu se acomodar com as duas grandes patas apoiadas na mesa. Cassidy pôs os olhos em branco e levantou o prato colocando-o diante do maldito felpudo sobre a mesa. Logo o deixou e foi tomar banho. Quando saiu do banho tinha envolto uma toalha em seu cabelo, a soltou, o penteou e se meteu na cama. Não sentia o cachorro no quarto. Haveria saído para ver a tingida? Procurou escutar sua respiração, mas não sentiu nada. Não estava. Talvez tenha saído para fazer suas necessidades. Cassidy procurou uma camisa na mochila e a vestiu. O imbecil não havia perdido nada mais, apenas a sua roupa íntima que ele havia arruinado. Abotoou a camisa e se meteu entre os lençóis da cama que havia escolhido como sua, enquanto tentava escutar algum som, o dia cobrou sua cota e ela adormeceu. - Acorda maldita! – Disse a voz enrouquecida e seu ouvido. E Cassidy abriu seus olhos. Três homens haviam entrado em seu quarto de motel e não os havia sentido. “Hank!” - Onde está meu cachorro? – Foi o primeiro que perguntou. Grupo Romances e Cia.

Página 50


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

O da voz enrouquecida a olhou sem compreender. Olhou ao outro homem. Era muito mais alto que os outros dois e bastante musculoso. Levantou sua cabeça e inspirou cheirando o quarto. - Ele está aqui. Todo o quarto cheira ao maldito. – Imediatamente os homens começaram a mover-se com cuidado olhando em todos os lugares onde poderia se esconder um enorme animal. Um homem ruivo disse. -Será que está lá fora? – Olhou ao homem que havia cheirado o ar. – Está seguro que está aqui dentro? - Ele está. - Vamos maldita, já nos deu uma verdadeira dor de cabeça. – O homem a ameaçou com o rifle que levava. – Levante-se! “Onde está Hank?” O homem não esperou que Cassidy se movesse e a levantou por um braço e a tirou da cama. A camisa de Cassidy não lhe chagava nem ao meio das cochas. - Uau! – Disse o homem ruivo. – Olha a belezinha que nos mandaram buscar! Quando tentou tocá-la no rosto, Cassidy retrocedeu enojada. Um dos homens, o da voz enrouquecida a tomou com força pelo braço e a obrigou a avançar até a porta. No momento em que os três homens estavam ultrapassando o umbral do quarto, um enorme lobo negro encrespado os estava esperando do lado de fora. Sem dar-lhes tempo para pensar, o lobo passou por entre o homem alto e o outro ruivo e foi direto pelo homem de voz enrouquecida e o mordeu no braço com o qual sustentava Cassidy conseguindo que ele a soltasse de seu agarre. Quando Cassidy sentiu que estava livre engatinhou para trás retrocedendo para o quarto e fechando a porta. Cassidy correu para o banheiro e pulou a janela. Dali saiu correndo até a recepção do motel sem sequer olhar para trás, escutou um disparo, seu coração se deteve, mas seguiu adiante. E logo ouviu outro disparo. Quando entrou a mulher de cabelo tingido saia do quarto pondo uma bata, Cassidy não lhe disse nada, correu até o telefone e marcou o 911 e quando não atenderam começou a gritar: - Ajuda, eu preciso de ajuda... – Olhou para a mulher que não entedia nada. Grupo Romances e Cia.

Página 51


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- O telefone não funciona. – Lhe disse sem compreender o que acontecia. - Uns ladrões com armas estão disparando. Sim... Ajude-me! Mova-se! Tem alguma arma? A mulher disse que sim com a cabeça e olhou ao balcão. Cassidy o rodeou e procurou atrás dele e encontrou uma escopeta e lhe perguntou: - Está carregada? A mulher confirmou e Cassidy saiu correndo. “Hank, Hank, Hank” repetia seu cérebro como uma ladainha.

Grupo Romances e Cia.

Página 52


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 09 Hank havia visto Cassie entrar no banho e sorriu. Desceu da cadeira e saiu do quarto. Necessitava de um telefone. Uma breve visita à desolada recepção lhe serviu para compreender que o telefone não funcionava. Saiu da estrada procurando um telefone público. Cinco quilômetros à frente encontrou um. Esperou que não houvesse ninguém por perto e começou o processo de troca.

“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesa... não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutua... seu corpo não pesa... flutua no ar... somente ar... é homem... somente homem.”

Usando sua energia mágica digitou o numero de Chipp Rummers. - Alô. – Respondeu a voz do outro lado do telefone. - Chipp Rummers, por favor. – Disse Hank. - Um minuto.- Disse a voz e do outro lado Hank ouviu que gritava “Xerife Rummers, telefone.” - Alô. – A grossa voz de barítono de Chipp o saudou. - Chipp, é o Hank. - Hank, me alegra ter notícias suas, o ancião está desesperado. Você a tem, ela está bem? Grupo Romances e Cia.

Página 53


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- A tenho, está bem e eu preciso que faça outra coisa por mim. A gente que sequestrou a Cassie tem um acampamento armado no limite com a reserva, quase nas terras de Joshua. Para isso devem ter registrado algum tipo de papel. Necessito saber quem são. Não estão construindo como dizem que fazem, estão escavando, e isso me faz crer que essas terras são ricas em alguma coisa. Verifique para mim quais estudos foram feitos no subsolo cerca de cem quilômetros ao redor de onde supostamente irão construir esse complexo turístico. - Tomei nota amigo. Você está bem? O breve silêncio foi resposta suficiente. Chipp insistiu. - Está bem Hank? - Não sei lhe dizer. Sim, estou bem... mas está acontecendo algo estranho... com o lobo. - Algo estranho? Como estranho? – Chipp pensou durante um longo momento e lhe perguntou. – Tem algo a ver com essa garota que chama Cassidy Thunderwhite? A pergunta surpreendeu Hank. - Não sei. Na verdade não sei, mas posso lhe dizer algo, o lobo está sem controle... A risada forte de Chipp o surpreendeu ainda mais. - Amigo teremos muito que conversar quando chegar aqui, tem muitas coisas que precisa saber, mas isso só quando chegar aqui. Seja bem vindo ao clube. - De que clube esta falando Chipp? – Perguntou Hank sério. - Ao dos apaixonados. Depois de pensar por uns segundos Hank perguntou. - Você está me dizendo que o descontrole do lobo tem algo a ver com o que eu sinto pela Cassie? - Estou te dizendo que tem muito o que você deve saber assim que chegue aqui. E isso não posso te contar pelo telefone. Hank e Chipp sabiam que as chamadas da delegacia eram gravadas. - Bem amigo, suponho que estaremos aí dentro de umas horas. Nos veremos. Dito isso Hank desligou. Chipp sorriu. Pensou em Keiji e Summer. Outro candidato lhes escapava. Hank Herickson, o vaqueiro dos rodeios mais famoso de Clavijo apaixonado. Seria uma epidemia? Grupo Romances e Cia.

Página 54


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Hank se colocou em quatro patas e fechou sua mente e seus olhos para tudo no exterior, e as muitas interrogações que Chipp lhe deixou. Procurou o estado Alfa de meditação profunda e esperou para convocar ao lobo.

“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesa... não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutua... seu corpo não pesa... flutua no ar... somente ar... é lobo... somente lobo.”

Com o lobo no comando regressou. A uns quinhentos metros do motel percebeu o cheiro de outro weremindful e soube que Cassidy estava em perigo. Quando chegou à porta do quarto sete escutou as vozes. “- Vamos maldita, já nos deu uma verdadeira dor de cabeça. Levante-se! - Uau. Olha a belezinha que nos mandaram pegar!” O lobo tomou por completo o controle. Dois homens e um weremindful, provavelmente armados, sua única chance de liberar Cassie seria pegá-los de surpresa, assim se postou em frente à porta e esperou que a abrissem para sair. Seu único plano era atacar e tirar-lhes Cassie. Quando a porta se abriu o lobo arremeteu contra o homem que sustentava Cassie e o mordeu com todas suas forças, Cassie caiu livre e fez exatamente o que ele esperava. Fechou a porta e se trancou. Do lado de fora ficaram agora o ruivo e o weremindful. Hank não esperou e se lançou diretamente sobre o were, sabia que seria o mais perigoso. O were não esperava assim caiu sobre o peso do grande lobo negro. Hank foi pelo seu pescoço e de repente uma bala o obrigou a soltá-lo. Quando tentou cravar seus longos dentes só conseguiu morder o braço que o were levantou para proteger-se. Hank se virou e colocou o corpo do were como escudo para o outro homem armado, a segunda bala passou raspando pelas suas orelhas. Sem soltar ao were pôde sentir como o homem dava lugar ao lobo. O filho da puta era muito bom. De repente ouviu um disparo e um grito. - Não! Soube que era Cassidy, levantou seu olhar e a viu disparar no outro homem armado, quando o homem tentou dar-se a volta para disparar-lhe ela deu o segundo disparo e acertou a apenas dois centímetros do pé do ruivo que ficou quieto. Grupo Romances e Cia.

Página 55


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Foram os segundos necessários para o lobo marrom corcoveando se virar e tentar cravar seus dentes no pescoço do lobo negro, Hank ferido e sangrando retrocedeu, mas no mesmo movimento para trás agarrou o outro lobo, aferrando-se a sua pata dianteira. O grito de dor lhe garantiu que tinha conseguido fraturar um osso. Os dois lobos encrespados começaram uma série de voltas sobre si mesmos. Os dois estavam feridos e nenhum dois queria abrir mão de sua presa. A poeira que levantavam quase não lhe permitia ver o que estaca acontecendo. Cassidy rezava para que Hank estivesse bem, sem deixar de apontar a escopeta para o homem ruivo. Pelo rabo de olho podia ver como os lobos lutavam entre ferozes grunhidos enquanto algo a banhou. Quando olhou sua camisa compreendeu que era sangue e rogou com todas as forças de que não fosse de Hank. -Não, Hank, que não seja seu! As lágrimas afloraram com força em seus olhos. Os tiros e ruídos tiraram de seus apartamentos os demais viajantes que se aproximaram para ver o que estava acontecendo. De repente alguém gritou atrás de Cassidy: - Que demônios...! Cassie se deu a volta e viu um montão de gente. Por um segundo pensou “descobriram Hank”. Um dos homens se aproximou dela e tomou a arma de sua mão e procurou disparar nos lobos. O homem pensou que a confusão era por causa da luta entre os lobos dentro do terreno do Motel, assim que se lançou a atirar e acertar em cheio um dos lobos. Cassidy enlouqueceu e correu pra cima do homem empurrando a arma quando o homem tentava realizar o segundo disparo. - Não, não, é meu cachorro, é meu cachorro. Não dispare! – Cassie saiu de cima do homem e correu até os dois lobos caídos. Se pôs na frente do enorme lobo negro ferido e se deu a volta dizendo: - É meu cachorro, não dispare, não dispare! Seus soluços eram agonizantes. O homem surpreendido a olhou e apontou a escopeta para cima. Cassie se deu a volta e começou a gritar: Grupo Romances e Cia.

Página 56


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

-Hank, Hank! A mulher da recepção chegou correndo e vendo o panorama, vendo o homem com a escopeta na mão a tirou e lhe disse: - É o cachorro dela! Cassie se ajoelhou no chão e com lágrimas nos olhos observou aos presentes. Tinha que fazer algo. - Alguém pode me ajudar a colocá-lo na caminhonete? – Perguntou chorando. – Preciso levá-lo ao veterinário mais próximo. Dois homens se adiantaram e tentaram levantar o lobo, era tão pesado que o homem da escopeta se aproximou para ajudá-los. - O veterinário mais próximo em Ketchikan. – Disse um dos homens que a ajudava. Os homens iam colocando o lobo na parte traseira da caminhonete quando Cassie gritou: - Não, coloquem-no na frente, por favor, na frente! Vou pegar minhas coisas. Os homens subiram o lobo e ela saiu correndo até o quarto, juntou tudo, calçou os pés, vestiu uma calça e voltou correndo para o carro, alguém havia colocado no assento do carro um saco preto desses de lixo. Cassidy jogou descuidadamente na parte de trás a mochila e subiu ao assento de condutor. Olhou para Hank que não se movia a seu lado e procurou respirar. Arrancou e saiu rumo a Ketchikan. Nem sequer sabia onde ia, somente sabia que tinha de chegar a um veterinário. Hank percebeu com absoluta claridade o caos emocional de Cassie, se concentrou até encontrar o estado Theta buscando dentro dele a imagem do homem e o convocando:

“Inspirar, respirar, flutuar, deixar o corpo leve, não pesa... não tem pés... não tem pernas... não tem mãos... flutua... seu corpo não pesa... flutua no ar... somente ar... é homem... somente homem.”

- Cassie. – Disse Hank em sussurro. E a surpresa a fez perder o controle da caminhonete, saindo para o acostamento. Quando conseguiu controlar o veículo, freiou e se voltou para Hank. Grupo Romances e Cia.

Página 57


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Hank estava sentado sustentando-se e buscando o seu olhar. - Cassie... Cassie não o deixou falar avançou sobre ele e se jogou em seus braços, chorando sobre seu peito. Com esforço Hank conseguiu afastá-la e lhe pediu. - Cassie, me olhe e escute com atenção. – Era evidente que falar era um esforço para ele. Cassie o olhou e seu coração se encolheu. Havia sangue caindo de uma de suas orelhas, tinha um enorme buraco de bala no ombro que ainda sangrava, seu corpo parecia ter passado por uma cama de arame farpado. Cassie não conseguia sequer falar. - Cassie. Eu posso curar-me, preciso apenas de tempo. Voltarei a me transformar no lobo e me curarei, não tenha medo. Estou... estarei bem, segue conduzindo e deixe que me cure. Poderá fazer isso? Cassie afirmou e aproximou sua boca da dele e o beijou. Um beijo doce e terno. Sua pequena língua se meteu em sua boca e procurou pela dele. Cassie necessitava desse contato desesperadamente. Hank respondeu a seu beijo agarrando por um breve tempo sua língua e chupando-a. Cassie se colocou para trás e o olhou. - Por favor, volte bom! Hank esboçou um sorriso. - Eu prometo, bebê. – Acrescentou. – Não sei quanto tempo me levará, mas siga até Katchikan... e procure o xerife Rummers, ele é... como eu. – Cada vez lhe custava mais falar, se calou e fechou os olhos. Um simples ondear de matéria permitiu ao lobo ocupar seu lugar. Cassie o olhou, acariciou seu nariz e pôs um beijo em sua frente. Logo voltou sua atenção ao volante, ligou o motor e regressou à luta. A medida que avançava o caminho até Ketchikan ia secando as lágrimas que caiam por suas bochechas.

Grupo Romances e Cia.

Página 58


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 10 A cada momento do caminho Cassie olhava ao lobo. Havia parado uma vez e havia tirado de trás o saco de dormir, com ela o havia abrigado e seguiu viagem. Ao chegar a Ketchikan perguntou onde era a delegacia da polícia. Estacionou e entrou. Zack Mendez, o ajudante de Chipp estava fazendo algumas anotações e levantou sua cabeça para olhar a pequena mulher que estava entrando. Parecia uma boneca de porcelana chinesa, uma morena de cabelo cortado quadrado na altura dos ombros, uma espessa franja e... olhos inchados. Sem nenhuma dúvida nenhuma tinha problemas. - Senhorita, em que podemos ajudá-la? - Perguntou cortesmente o jovenzinho. - Procuro o... xerife Rummers. – Disse com voz vacilante. - Rummers, é claro, se sente senhorita... - Thunderwhite. - Se sente senhorita Thunderwhite e já lhe chamo. – O jovem não esperou ela se sentar e Cassidy ficou parada apertando suas mãos com força. Não queria estar longe de Hank, lhe preocupava que não havia se movido durante horas. - Cassidy? – Um homem de incríveis cabelos dourados e profundos olhos negros disse seu nome. - Sim, Cassidy Thunderwhite, você é Rummers? - Sou sim. O homem também era altíssimo, Cassidy se encontrou olhando para cima. Grupo Romances e Cia.

Página 59


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Você está bem? Onde está Herickson? – Lhe perguntou Chipp. Os olhos de Cassie se encheram de lágrimas. - Está ferido... um lobo o atacou e homem lhe disparou... e não se mexe faz horas... ajude-o, por favor... Chipp se aproximou a Cassie e tomou suas mãos. - Diga-me onde está Cassidy, onde ele está? - Lá fora. – Lhe disse e girou para sair correndo. Chipp a seguiu. Quando chegou à caminhonete e abriu a porta do passageiro, Chipp a deslizou e se aproximou do lobo. Pôs a mão debaixo de seu nariz e sentiu as fortes e tranquilas batidas de seu coração. Conhecendo as habilidades de Hank sabia que ele devia estar curando a si mesmo. Se virou e olhou a Cassidy. - Tem que levá-lo a um médico, por favor... - Cassidy, ele ficará bem, estará bem. Suba, eu dirijo. – Lhe disse e Cassie subiu na alta caminhonete, se acomodou ao lado do lobo e acomodou sua cabeça em seu colo. O lobo não se moveu. Chipp os levou até sua casa. Enquanto conduzia fazia uma chamada telefônica. Ao chegar, Wolff, Keiji e Summer saíram para recebê-los. Chipp desceu e deu a volta na caminhonete e abriu a porta da passageiro. Estendeu sua mão a Cassidy e ajudou a descer. Olhou aos presentes e a apresentou. - Esta é Cassidy Thunderwhite, a neta de Joshua. Cassidy, minha esposa Keiji, Summer e Wolff, somos amigos de Hank. Cassidy somente saudou com a cabeça e disse quase sem olhá-los. - Olá. Wolff se adiantou e com Chipp levantaram Hank e o colocaram para dentro da cabana, para o dormitório de hóspedes. Cassidy os olhou entrar e Keiji e Summer se aproximaram dela e a beijaram. - Vem, Cassidy. – Lhe disse Summer. - Hank estará bem, você já verá. A levaram para dentro e seguiram Wolff e Chipp. Quando entraram no quarto, Wolff estava verificando as feridas de Hank. - Estão fechadas. Isso significa... Grupo Romances e Cia.

Página 60


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Que logo despertará. – Completou Chipp olhando para Cassidy. Haviam colocado Hank na enorme e firme cama, Cassidy simplesmente subiu sobre ela e acomodou a enorme cabeça do lobo em seu colo. Summer e Keiji a olharam e compreenderam. - Hank só precisa descansar Cassidy, e quando sentir que seu corpo se curou ele despertará. - Já tem horas que... não se move, ele me... prometeu... que despertaria, ele... me prometeu. Keiji se sentou na cama e segurou sua mão. - Cassidy, se ele te prometeu ele o fará. Somente tenha um pouco mais de paciência. Nada mais. Agora estão bem, ambos. Estaremos na sala, qualquer coisa... - Ele assovia. – Disse Cassidy com o primeiro esboço de sorriso em seu rosto. – O muito sem vergonha somente sabe assoviar. - Muito sem vergonha? Vejam só, parece que conheceu ao verdadeiro Hank. – Disse uma risonha Summer tentando criar um ambiente mais positivo. Cassidy sorriu e olhou a Chipp. - É verdade que está... bem? - É verdade, Cassidy. Ele está. - Obrigada. – Lhe disse Cassidy e beijou a cabeça do lobo. - É melhor que saiamos, os dois precisam descansar. – Disse Keiji levantando-se da cama e iniciando a marcha de saída. Wolff foi o último a sair e fechou a porta. Cassidy agarrou um travesseiro e pôs em seu rosto e começou a chorar. Todos na sala puderam senti-la. - Oh, Wolff! – Disse Summer procurando seus braços. - Estão bem, princesa, somente está descarregando a tensão, eles estão bem. – Lhe disse Wolff beijando sua mulher. Chipp se sentou no cômodo sofá da sala e Keiji se sentou em seu colo. - Bem, há algumas coisas que vocês não sabem. – Lhes disse, causando interesse em todos. Wolff e Summer se sentaram. – Segundo parece, Hank descobriu que seu... lobo está se comportando de maneira estranha... – Um sorriso pícaro iluminou o seu rosto. Grupo Romances e Cia.

Página 61


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

E todos esboçaram sorrisos. - Adeus Hank Herickson da lista de solteiros a unir! - Disse Summer com um amplo sorriso, tentando afastar a angústia que sentiu ao ouvir Cassidy chorar.

Quando Hank despertou, o fez no melhor lugar possível, nos braços de Cassidy. Sua preciosa mulher estava adormecida abraçando-o com forca e ele sabia que a quem abraçava era ao lobo. Sim senhor, a estratégia de caça havia sido um completo êxito. Ela era sua. Completamente sua. Mas no processo havia passado por um inferno. Havia esperado mais de um were atacando-a, geralmente os seus andavam em manadas. Aí estavam Ty, Wolff e Chipp para comprová-lo. Mas não havia esperado que pudessem segui-los a Ketchikan, nem que o lobo fosse ser tão forte e poderoso. Desde bastante tempo os jovens weremindful já não apareciam. A vida moderna e seu ritmo vertiginoso, o consumismo, a procura por uma vida cheia de adrenalina borbulhando de imagens, drogas e músicas fortes, não deixavam margem para a meditação, única forma de falar com o lobo interno. Era um trabalho que os jovens não queriam ter. E para quê? Não havia nenhum ganho aparentemente, ou benefícios e sem grandes riscos. Se alguém descobrisse sua raça isso seria a causa de muitos infortúnios. Uma raça tão diferente somente levaria ansiedade ao homem normal. Havia sido uma dura luta e aqui nessa cama tinha a sua recompensa. Seu plano havia sido impecável. Se moveu sigilosamente, como se estivesse espreitando uma besta inocente, solou os botões da camisa de Cassie. Por um segundo olhou as gotas de sangue sobre ela e supôs que fosse seu. Mas agora estava bem, tudo estava bem. Olhou para Cassidy e abriu sua camisa. Seus exuberantes seios apareceram diante dele. Todo um banquete, duramente ganhado.

Grupo Romances e Cia.

Página 62


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Para ele. Somente para ele. Hank agachou sua cabeça e se aderiu a um mamilo. Uns segundos de estimulação e já os tinha do jeito que mais gostava, duros, longos e perfeitos. Cassie se moveu para facilitar-lhe o acesso. “Perfeito”, pensou Hank e seguiu sugando com forca enquanto seu corpo procurava apertar o pequeno corpo de Cassie. - Hank? – Perguntou uma semi-adormecida Cassie. Hank sorriu, mesmo adormecida sabia que era ele e somente ele podia tocá-la dessa maneira tão íntima. Um profundo sorriso de satisfação o cobriu. - Hank? – Repetiu Cassie abrindo os olhos. – Hank? Hank! – Gritou e o empurrou para trás. – Está bem? Está bem! – Gritava enquanto o verificava. O magnífico corpo de Hank não apresentava nenhuma marca, nem ferida, nem cicatriz, somente essa esplêndida pele escura, tão suave e lisa que parecia deslizar pelas mãos de Cassidy como o mais fino tecido. Depois de haver comprovado centímetro por centímetro, sentada montada sobre o corpo nu que estava completamente são, Cassie buscou seu olhar e o encontrou... concentrado olhando aos seus seios com tanto apetite que se sentiu como um coelhinho a ponto de ser sacrificado pela luxúria desse grande lobo negro e Cassie explodiu. - Maldito, bastardo, como pôde fazer isso comigo!

Na sala Keiji deslizou um suave. - Acho que o lobo está com problemas. - Sim. – Acrescentou Summer com um sorriso. – E de alguém que parece conhecê-lo muito bem. - Meninas. – Disse Chipp e também sorriu. – Shhh, quero escutar.

Grupo Romances e Cia.

Página 63


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Fazer? – Hank não entendia nada, sair de seu estado de luxúria tinha sido um pouco difícil, Cassie parecia zangada. – Está zangada, por que? Cassie saltou da cama tentando prender os botões de sua camisa e o olhou, estava a ponto de sofrer um colapso. - Zangada? Nãããããoo. Porque deveria estar zangada, deixe-me pensar... por ter se convertido em lobo pelo dia inteiro e me deixar preocupada, sem saber se lhe acontecia algo ou não... ou por ter ido e me deixado sozinha com esses mafiosos que nem sei o que querem comigo... – Os gritos de Cassie ressoavam na casa inteira. – Ou talvez por deixar que lhe acertassem um tiro quando não havia nem um veterinário, ou médico ou seja lá o que for que pudesse te atender em quilômetros ao redor ou que tal por babar naquela tingida da recepção do motel? - Mas... – Tentou diz Hank. - Cale-se! – Lhe gritou Cassie com seu melhor tom de professora. – Não terminei ainda. Ou pensa que sou tão estúpida que basta você desprender minha camisa e cairei rendida embaixo de suas patas? É... é um maldito... aproveitador, sim, isso é o que você é. Um pervertido sexual. E não vou deixar que me toque de novo... está claro?

- Isso me soa familiar. – Disse Summer na sala olhando a Wolff. Ele lhe sorriu e fez uma ameaça com o dedo.

- E... Deus meu, não pode se excitar quando alguém lhe diz que não vai te deixar tocála mais. Grupo Romances e Cia.

Página 64


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

A enorme ereção de Hank foi acompanhada pela aparição de um espesso pelo que cobriu seus membros e peito, de um lupino sorriso que deixou ver seus longos incisivos e de um olhar que fez Cassidy tentar se afastar do lobo antes que a comesse como um coelho. Mas o lobo foi mais rápido e dois segundos depois a havia puxado para debaixo dele na cama. Seus olhos verdes haviam perdido o riso e buscaram os seus. - Eu lamento, bebê, lamento haver te assustado assim. Me deixa louco Cassie, não me deixa pensar e quando te tenho por perto nem sequer consigo controlar o lobo. Te amo, pequena. Te amo.

Embaixo Summer se levantou e estendeu suas mãos para Wolff enquanto dizia: - Pontos para o lobo, vamos antes que todos comecem a cair na luxúria. - Boa ideia. – Disse Chipp. – Vamos deixá-los a sós. Têm muitas coisas que acertar. - Não, quero ficar. – Disse Keiji sem mover-se. Chipp a levantou em seus braços e a tirou da casa. - Vamos, florzinha, te convido para almoçar. Keiji lhe sorriu e se pendurou em seu pescoço.

Grupo Romances e Cia.

Página 65


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 11 Cassie jamais havia dado a oportunidade de ninguém lhe dizer “te amo”. Havia corrido tão longe quanto possível dos homens desde que havia vomitado em Tom Lennox. Esses olhos profundamente verdes pareciam não mentir. - Me ama? – Lhe perguntou Cassidy. - Eu te amo. – Repetiu Hank. - Está louco, sabe disso, verdade? - Sim. – A simples resposta de Hank acompanhou um sorriso enquanto uma de suas mãos deslizava a franja da sua testa. – Totalmente louco por você, desde o mesmo instante em que abri aquela manta e olhei pro seu rosto. Era a coisa mais linda que jamais vi Cassie. E estava ali em meus braços, acreditei que morreria de emoção por ter te encontrado. Lamento haver deixado que levantasse o acampamento sozinha, queria... queria que conhecesse o lobo, parecia assustar-te tanto. Não queria que o olhasse com o horror, com medo. - Mas... – Tentou falar Cassie. E Hank pôs um dos seus dedos em seus lábios. - Shhh, escute-me, por favor. Lamento ter deixado que esses homens entrassem no motel, havia saído à procura de um telefone. Tem razão, eu sou um pretensioso, nem sequer pensei que poderiam nos rastrear e minha soberba poderia ter... – Não conseguiu completar a frase, não precisava, ambos sabiam o que poderia ter acontecido. – Mas sobretudo lamento profundamente haver te assustado tanto deixando-me ferir. Fazer-te digerir

Grupo Romances e Cia.

Página 66


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

chorando todo o caminho até Ketchikan, isso me destroçou e jurei pra mim mesmo que jamais vou te deixar sofrer assim por mim de novo, bebê. - Me sentiu? Hank somente afirmou. - E enquanto é lobo, me sente? Dessa vez assentiu e sorriu. - Quer me pegar? Cassie o olhou e negou. - Não sabe muito sobre mim não é, Cassie? Pergunta. O que quiser. Cassie se sentou aos pés da cama. - Fale-me sobre o que é... - Sou um weremindful, poderia dizer que pertenço a uma raça diferente da humana. Ninguém sabe nossa origem, alguns dizem que viemos da Ásia, outros da Europa... mas, sim, sabemos que chegamos à América buscando paz na expedição que fracassou na costa do Golfo do México de Alvar Núnez Cabeza de Vaca em 1527. Os weremindful que chegaram fundaram um povoado em Sonora, no Novo México: Clavijo. Cem de cada cem homens em Clavijo são weremindful, lobisomens conscientes. - Consciente, significa que sabem o que são? - Na realidade significa que são lobos inteligentes, lobos com a inteligência do homem e homens com as habilidades do lobo. - Te dói quando muda? Hank sorriu. - Não. Somente busco dentro de mim a imagem do meu lobo, procuro senti-lo em um estado de meditação profunda e ele aparece, é como se te pedisse para imaginar um casaco e de repente ele aparece em suas mãos, como nascido de sua mente, sem dor. O difícil é encontrar essa imagem. Fazê-lo requer anos de treinamento, de deixar o eu consciente e ingressar em estados mais profundos de meditação, para imaginá-lo e moldar a matéria buscando a forma do lobo. Por isso cada vez somos menos. E talvez por isso um dia nossa raça desapareça. - Diz que quando me toca...

Grupo Romances e Cia.

Página 67


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Quando te toco, bebê, não posso controlar o lobo e eu não sei o que está acontecendo. O lobo somente te vê – Lhe disse mostrando suas mãos com longas unhas encurvadas. – E aparece. - Você me disse que meu avô te procurou para me buscar, de onde conhece ele? - Faz dezessete anos, quando eu tinha vinte, Joshua salvou um lobo de uma armadilha humana. Esse lobo era eu. - Ele sabe que é um lobisomem? – A surpresa de Cassie foi profundamente genuína. - Sim, bebê, ele sabe. É, junto com meus amigos e aqueles que conheço de Clavijo, a única pessoa que sabe. - E te mandou me procurar... Hank não o sabia, mas acabava de pular o muro que Cassie havia levantado. Seu avô amava esse homem e sabia quem ele era. Lhe havia pedido ajuda, e isso só podia significar que confiava a ele sua vida. - Quando... – As cores subiram pelo rosto de Cassie violentamente. – Quando me fizer... quando me... - Quando te faça amor... o quê? - Será um... lobo? Hank estava sentado na cama, os lençóis amontoados em sua cintura, apertou suas mãos e a olhou. - Não sei... – Seu tom era sério, sincero. Na verdade não sabia. - Mas já... fez sexo... – Foi a vez de Cassie apertar suas mãos. Hank se moveu para a frente a tomou pela cintura e atraiu até seu corpo. - Já tive sexo, sim, bebê, mas nunca meu lobo foi liberado na frente de nenhuma mulher. Não posso explicar isso. Não sei o que acontece. Mas isto sei: eu e o lobo somos a mesma pessoa. Somos somente um ser. – “Não totalmente” pensou Hank, sabendo que não dizia completamente a verdade. – Habitamos o mesmo corpo. E somente somos homem ou lobo diante de uma decisão mental consciente. Não o que acontecerá quando fizer amor com você. Mas espero averiguá-lo... – Acrescentou olhando-a nos olhos. - Agora. – Lhe disse Cassidy olhando em seus profundos olhos verdes. – O averiguaremos agora. - Está segura? – O coração de Hank parecia um tambor. Grupo Romances e Cia.

Página 68


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Cassie colocou sua mão sobre seu coração e o sentiu bater vertiginosamente e sorriu. “Sim”, estava completamente segura. - Sim, eu estou. Mas tem algo que deve saber... Hank sorriu ao vê-la completamente ruborizada, falar de sexo não era tão simples para seu bebê. - Nunca fiz isso e... – Cassie baixou a cabeça tentando ocultar-se debaixo de seu espesso cabelo escuro. – E Harrington III disse que seu carro era mais... quente que eu. Hank soltou uma sonora risada que deixou Cassie assustada. - Terá que me lembrar de mandar um bom vinho para esse tal de terceiro, tão somente por conseguir espantar os homens da sua vida. – Logo baixou a cabeça. – Deixe-me esquentá-la, cubinho de gelo. – Acrescentou com um sorriso e lhe deu um beijo. Um beijo longo e profundo enquanto começava a desprender sua camisa mais uma vez. – Estamos nos esquentando? – Perguntou. Quando Cassidy conseguiu desprender seus lábios dos dele lhe disse: - Oh sim, acredito que sim. - Excelente, agora vejamos se conseguimos colocá-la mais cômoda. – Começou soltando os últimos botões de sua blusa e tirando-a. Quando jogou a camisa ao chão, olhou nos seus escuros e aveludados olhos negros e logo a seus peitos. Baixou a cabeça e tomou um dos seus mamilos em sua boca. O chupou com força e soltou para fazer o mesmo com o outro, logo a tomou pela cintura e empurrou para trás, recostando-a na cama. Se ajoelhou entre suas pernas, desprendeu sua calça jeans e logo baixou zíper para tirá-la facilmente. Quando a tirou pôs suas mãos sobre seus pés. E os acariciou. Uma longa e lenta carícia. Os levou até sua boca e tomou o dedão de cada pé e os chupou. Cassie sorriu e tentou respirar normalmente. Logo Hank começou uma excitante viagem subindo pelas suas pernas. Cassie podia sentir as juntas de seus dedos e a suave textura do toque de suas unhas, lentamente, suas grandes mãos haviam coberto completamente os pés de Cassie, logo suas panturrilhas, a delicada zona debaixo de seus joelhos, suas coxas. Ali abriu suas pernas e as colocou a ambos os lados de seus ombros. Seu olhar queimava quando posou em sua boceta nua.

Grupo Romances e Cia.

Página 69


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Mel dourado. Agora me dou conta que essa é a exata cor de sua pele. Mel dourado. É a mais linda boceta que jamais vi de mel dourado. E é somente minha. Mel, sim, esse é seu gosto, assim, tem gosto de mel. Hank pôs suas mãos debaixo da bunda e levantou Cassidy até sua boca. Sua língua se deslizou por sua boceta, como se ao invés de lobo fosse um gatinho lambendo todo seu creme. E isso pegou. Cassie estava pronta e preparada para ele. E isso o encheu de alegria. Hank a comeu como se ela fosse o mais gostoso manjar dado a um homem faminto. Podia ouvir seus gemidos e sentir seus involuntários movimentos enquanto a mantinha presa a sua boca. Quando Hank levantou seus olhos pôde ver os mamilos de Cassidy tão dilatados que pareciam pequenos botõezinhos esperando por ele. Amava esses mamilos. Sem deixar de chupar sua boceta, buscou um de seus mamilos com suas mãos, tomou-o entre seus dedos e o puxou com força. Pode sentir a resposta de Cassie enchendo sua avarenta boca com seus sucos. Cassidy somente conseguia gemer, rogando que não parasse. Estava quase pendurada nos ombros de Hank, somente sua cabeça e seus ombros se mantinham sobre a cama enquanto seu corpo tremia incontrolavelmente. Apertando com movimentos convulsivos ao Hank. E Hank não se deteve. Havia metido sua língua em sua doce cavidade e procurava sem consolo seu prêmio. E continuou, e continuou, e continuou. Quando Cassidy era somente um vivo soluço, Hank a soltou. Seu rosto brilhava com seus sucos que haviam molhado sua barba e seu bigode fazendo-os parecer como se fossem pequenos halos de luz enquanto sua língua recolhia seu rastro em seus lábios. A colocou na cama e a virou. A levantou para trás tentando colocá-la de joelhos. - Apoie-se nos joelhos, bebê, por favor, suba em seus joelhos. – Lhe pediu. Cassie somente conseguiu soluçar, tentou se pôr em seus joelhos, mas não teve forças. Hank olhou ao respaldo da cama e pegou os travesseiros que tinha ali, levantou o corpo esguio de Cassie e os colocou debaixo da pélvis dela. Logo a aproximou, arrastando com ela os travesseiros e pegou com sua mão direita o seu pênis e posicionou a gorda e vermelha cabeça de seu pau. Ela estava tão molhada que foi fácil introduzir a cabeça, mas tão apertada que foi praticamente impossível avançar mais um centímetro adiante dentro dela. Hank tirou seu pau e desceu sua mão metendo um dedo dentro dela e convocando sua Grupo Romances e Cia.

Página 70


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

magia. Ela tinha fortes contrações de suas sucessivas convulsões orgásticas ganhas com sua boca. Meteu seu dedo e avançou suavemente dentro de Cassie, sentindo sua contrações apertá-lo até deixá-lo louco, quando chegou à sua barreira virginal, concentrou todo o seu poder curativo no seu corpo e a rompeu abrindo seu caminho e curando o pequeno rasgo. Tirou seu dedo e pegou seu pênis introduzindo-o nela suavemente, tentando lhe dar tempo para que se acostumasse ao seu tamanho. Estava tão apertada que Hank soube que não duraria tanto quanto desejava. Quando conseguiu instalar toda sua longa vara, Cassidy somente arquejava buscando ar. Podia sentir o lobo tomando o comando, queria tanto como ele estar ali, profundamente enraizado, tocando seu centro, dois fortes empurrões e Hank se sentiu completamente empalado... e gozou. Forte, muito forte. Um jorro de sêmen longo e abundante que lhe facilitou deslizar-se enquanto sentia que seu pênis aumentava se engatando em seu interior, até que já não podia mover-se e o prazer de sentir-se engatado pela primeira vez em sua vida estender-se desde seu pênis até cada uma das células do seu corpo. E de repente a sentiu. Uma onda de energia tão forte e potente que os golpeou como se houvessem recebido sem proteção um choque elétrico, sacudindo-os como uma explosão, deixando-os sem ar. Cravou seus longos incisivos no ombro de Cassie sem sequer dar-se conta. E o prazer foi total, completo, o mais forte que jamais sentiu. E pela primeira vez em sua vida, conheceu a total unidade com seu lobo e com sua mulher. “Sua mulher”. De repente nessa incrível bruma de prazer um conhecimento golpeou seu cérebro tão forte quanto a energia que acabara de sentir. Cassie era “sua”, sua companheira e ambos se pertenciam. O homem, o lobo e sua companheira. E só essa compreensão elevou a energia com uma potência esmagadora e eletrizando seu longo cabelo e o de Cassie. Quieto, engatado com força. Hank sentiu que não podia recuperar o ar, ambos respiravam com força, enquanto a boceta de Cassie parecia afogar o inchado pênis de Hank. Precisaram de uns minutos para recuperar o ar. Hank nem sequer havia podido se mexer e todo o peso de seu corpo cobria o pequeno corpo de Cassidy, e sem pensar, ondas de prazer indescritível percorriam seu corpo, podia senti-las em ambos. Sabia que tinha que

Grupo Romances e Cia.

Página 71


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

aliviar o peso de cima de Cassie, então se deixou cair sobre os travesseiros de um lado levando Cassie com ele, ainda firmemente engatado nela. Sustentando-a com força, uma de suas mãos cobriu um de seus peitos aferrando seu mamilo com suas garras. A outra tirou o eletrizado cabelo de Cassie de seu rosto. Podia sentir a força com a qual batiam seus corações. - Cassie... bebê, você está bem? - Creio… que sim. – Mal tinha forças para responder. Quando tentou mover-se para se acomodar a essa nova posição encostada de lado em Hank não imaginou o que iria acontecer com esse pequeno movimento. - Por Deus! – Disse Hank e sem poder conter-se empurrou-se com força dentro de Cassie e começou a bombear nela nessa posição. Se não fosse pela força com a qual a sustentava teria a afastado de seu corpo com as suas fortes investidas. Ainda assim Hank não conseguia se esquivar do próprio impulso e do lobo de empurrar-se nela com mais força, e seguiu seus instintos. A moveu para acomodá-la sobre os travesseiros e começou a cavalgá-la com todas as suas forças, dentro e fora, dentro e fora, muitas e muitas vezes. Desta vez, a montou por muito, muito tempo. Teve que colocar seus braços quase completamente cobertos pelo espesso pelo diante dos ombros de Cassie para que ela pudesse se sustentar, abrigando-a e fechando-a neles. Hank a cavalgou até esgotar-se, até ficar sem forças e alcançar um novo e bestial orgasmo que os envolveu enquanto seus gritos ressoavam com força na casa deserta. A energia dos seus orgasmos os jogou na inconsciência. Quando Hank acordou ainda estava sob Cassie. Ela parecia dormir, suas mãos estavam aferradas a seus braços e Hank se moveu com ela, colocando-a de lado sem sair de seu corpo. Estavam molhados, seu longo cabelo estava todo enredado e quando observou o rosto de Cassie percebeu que ela também tinha seu cabelo todo molhado, parecia que tinha acabado de sair da ducha. Com muito cuidado Hank se moveu para sair de dentro dela. Quase não podia mover-se, estava completamente esgotado, mas conseguiu mover-se até poder colocar sua mão sobre a boceta de Cassie. A havia montado bestialmente, mais lobo do que homem e queria aliviá-la, quando sua mão tocou sua boceta, estava toda molhada com sua semente e seus sucos combinados, seus lábios se sentiam inchados e ao invés de curá-la Hank sentiu o bestial instinto de montá-la de novo. Obrigou a si mesmo a se Grupo Romances e Cia.

Página 72


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

concentrar e buscar a mágica energia dentro dele. Pôs sua mão sobre a boceta e viu a luz dourada que mostrava seu poder. Cassie gemeu e se apertou contra sua mão. Se moveu em uma imitação do ato sexual sobre sua mão, esfregando-se contra ela, buscando-a, umedecendo-a. E o lobo rugiu. Sem mover-se colocou suas pernas abertas e voltou a penetrá-la, de frente. Cassie nem sequer abriu os olhos, somente estendeu seus braços e atraiu o lobisomem para seu corpo enquanto Hank reiniciava sua magia. Hank nunca havia montado uma mulher de frente. Sentir os salientes peitos de sua mulher golpeando seu peito, seus preciosos movimentos, enquanto se empurrava nela, baixar sua cabeça e pressionar seus peitos, chupando-os no mesmo selvagem ritmo com que a amava os levou rapidamente a um orgasmo que moveu a cama. Hank não sabia se pela força dos seus empurrões ou se pela energia que os rodeava quando alcançaram o orgasmo. O sono o encontrou sem reposta.

Grupo Romances e Cia.

Página 73


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 12 Hank reagiu quando ouviu o som de uma caminhonete estacionando. Com muito cuidado saiu de dentro de Cassie sentindo que se excitava novamente. Quando conseguiu tirar seu pênis de dentro de Cassie já estava duro e erguendo-se. Mas sabia que não “devia” tomá-la de novo. Precisava sair, precisava falar com Chipp e terminar o que havia pensado. E quando terminasse tudo isso a reclamaria como sua. Quando tentou levantar-se caiu de lado na cama. Suas pernas não o sustentavam. E sorriu. Olhou para Cassie nua sobre a cama apertada contra os travesseiros atravessados na cama, viu seu pequeno e dourado corpo, olhou seus peitos com esses mamilos marrons perfeitos e sorriu. A cobriu com a manta. Essa coisinha preciosa o havia esgotado. Completamente esgotado. Não tinha forças nem para levantar-se, apesar de sua vara erguida tentar desmenti-lo. Se firmou com cuidado e foi meio cambaleante para o banheiro. Embaixo da ducha pensou sobre o que havia acontecido. E recordou. Acaso isso que havia sentido seria o Nehann? Incrível. Essa energia que os havia unido somente podia ser o Nehann. Hank sorriu. Havia sido abençoado, havia encontrado a sua mulher, a sua companheira. E agora haviam sido agraciados pelo Nehann. Teria que falar com Wolff e Chipp. Se dizia que o Nehann era apenas um mito, algo que se contava de geração para geração. Somente aqueles weremindful muito poderosos conseguiram chegar a conhecê-lo. Será que ele era um desses afortunados? Já se sentia milionário por ter

Grupo Romances e Cia.

Página 74


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

encontrado Cassie, mas sentir que havia vivenciado o Nehann superava suas mais selvagens fantasias. Lhe havia levado muito tempo para encontrar a seu lobo. Havia chegado a pensar que nunca o conheceria. Quando Chipp, Wolff e até Ty encontraram seus lobos e ele não, pensou que seria mais um daqueles weremindful que passariam a vida sem conhecê-lo. Havia dedicado muito, muito tempo a procurá-lo dentro de si e a primeira vez que o conseguiu achou que jamais seria tão feliz. Mas havia se equivocado. Ter Cassie e saber que era sua, superava amplamente essa experiência. E conhecer o Nehann era puro mérito de Cassie. Talvez isso era o Nehann, encontrar a perfeita companheira do homem e do lobo. E Cassie era perfeita. Quando saiu vestiu umas calças jeans, uma camisa, meias e descalço saiu procurando por Chipp. Chipp estava conversando pelo rádio com Ty. - Sim, eu direi. Então nos encontramos mais tarde. – Disse Ty pelo rádio. - Nos vemos mais tarde Ty, câmbio e desligo. Quando girou a cadeira do escritório encontrou Hank olhando-o diante da porta. Hank entrou e procurou um lugar para sentar-se. Chipp sabia que algo estava acontecendo, assim guardou silêncio. Hank levantou sua cabeça do chão e lhe perguntou: - Alguma vez você sentiu o Nehann? O amplo sorriso de Chipp respondeu por ele e aliviou os ombros de Hank. - Se lembra quando te falei que tinha algumas coisas que tínhamos que conversar pessoalmente? Bem, essa era uma delas. - Então, você o sentiu. - Cada vez que faço amor com Keiji. - Pensei que era um mito. - Sim, nós também. – Disse Chipp. - Nós? Quem mais o sentiu. - Wolff foi o primeiro, e Ty. Mas o Nehann não vem sozinho Hank. Traz outros problemas... Grupo Romances e Cia.

Página 75


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Problemas? Como o quê? – Hank esperou a resposta adiantando o corpo. - As garotas sentem o que acontece com a gente e nós o que acontece com elas. - Sentimos? Como assim? - Se por algum acaso nos ferimos a nossa companheira sente a mesma dor que nós. E as garotas desenvolvem a habilidade de cura do weremindful. E não somente isso: escutam melhor, veem à noite... não podem se transformar em lobo, mas têm todas as habilidades que têm os homens. - Nunca ouvi falar sobre isso. Sabe porque isso acontece? - Não, Jane está tentando fazer alguns estudos. Mas o único que sabe com certeza é que parte de nosso DNA e das meninas são mudados. - Parte? - São acrescentados a sua cadeia de cromossomos, dois pares novos, dois que pertencem ao lobo. - Está me dizendo que a estrutura do DNA delas foi modificado? - Exatamente. Jane acredita que a natureza é muito sábia e de alguma forma prepara seus corpos para a procriação. - Mas você não acredita nisso. Por que? – Perguntou Hank. - Porque faz anos nossos homens se unem a mulheres humanas e nunca nenhum deles sentiram o Nehann, ao menos que saibamos. - É verdade, e que explicação Jane dá para isso? Chipp sorriu. - Ela pensa que é o amor. Hank também sorriu. “Sim”, ele pensava o mesmo. Hank levantou a vista e viu Wolff parado na porta com os braços cruzados. - Elas sentem tudo? – Perguntou de novo. - Tudo.- Respondeu Wolff. - Isso é horripilante amigos. – A mente analítica de Hank analisou as implicações disso tudo. - É. - Chipp. – Lhe disse Hank olhando-o. – Averiguou tudo o que lhe pedi?

Grupo Romances e Cia.

Página 76


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Sim, tenho tudo. – Lhe respondeu. – Mas há alguém na sala com quem você deveria falar antes. Diante do olhar interrogante de Hank, Chipp acrescentou: - Joshua. - Por favor, me diga chegou faz pouco tempo. – Disse sorrindo Hank, lembrando dos seus próprios gritos e dos de Cassie. - Sim, amigo. – Responderam Wolff e Chipp juntos.

Alguém bateu na porta, Cassie estava na cama completamente desordenada e levantou sua cabeça. - Podemos entrar? – Lhe perguntou a pequena japonesa com os olhos mais azuis que já havia visto. Cassie que nem sequer sabia como estava, afirmou enquanto se olhava para ver se estava coberta. Atrás da japonesa apareceu uma belíssima mulher ruiva, tão linda que parecia uma fada, evidentemente grávida e a jovem loira que havia visto quando tinha chegado. As três entraram e se sentaram na cama sem nenhum tipo de afetação. - Olá. – Disse a ruiva. – Sou Jane Monroy Brunet. E estirou sua mão enquanto um caloroso sorriso cobria seu rosto. Tinha olhos azuis, muito intensos. Deus, estas mulheres eram muito lindas na verdade, de repente se sentiu despenteada e desarrumada. Assim que tentou arrumar um pouco os seus cabelos com uma das mãos enquanto a outra sustentava a manta cobrindo seus peitos. - Olá. – Lhe respondeu. - Muito prazer, por Deus, você é linda! – Disse com absoluta sinceridade Jane. – Parece uma boneca, amaria ter essa cor de pele e nenhuma sarda. Eca! - Diz de verdade? Obrigada. Acredito que suas sardas são lindas! Grupo Romances e Cia.

Página 77


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Lamentamos ter te acordado. – Disse Keiji olhando a suas amigas. – Não, na verdade não lamentamos, estávamos loucas para conhecê-la e não parecia que ia acordar. Estamos muito felizes por você estar aqui e por ver Hank tão bem. - Agora nos diga, Cassidy... as coisas voaram? – Perguntou Jane impaciente, queria provas para a sua teoria de concepção. - Voaram? – Cassie não sabia o que ela queria saber com essa pergunta. - Já sabe... quando você e Hank... – Não completou a frase, mas levantou as sobrancelhas travessamente. - Ohh. – Disse Keiji pondo-se vermelha. Logo sorriu. - Não, não voaram... acho... estava muito... - Cheia? – Perguntou Summer. - Ocupada? – Perguntou Keiji. - Ahh... – Jane pensou em algo para dizer e não lhe ocorreu nada, assim acrescentou. – Apertada? As quatro se largaram a rir. - Lamento, não queríamos parecer umas intrometidas. – Disse Keiji. - Não, não queriam, porque o são. – Acrescentou Jane. – E sei do que falo. - Vamos, Jane, deveria ser eternamente grata a nós, pois foi graças a nós duas que conheceu seu lobinho. – Summer a olhou e moveu sua cabeça como se estivesse dizendo “sua ingrata”. Cassie levantou sua cabeça, ela disse “lobinho”? - Meu lobo e eu já estávamos destinados a nos conhecermos, assim que não esperem que esqueça que passaram quatro meses me atormentando para conhecer todos os solteiros que conheciam. “Ela disse” pensou Cassie. - Ele foi o único, Jane, eu juro. – Disse Summer e levantou sua mão. Cassie juntou coragem e perguntou: - Seu homem é um... – Não sabia como perguntar. - Weremindful? – Perguntou Summer. Cassie afirmou.

Grupo Romances e Cia.

Página 78


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- É. – Disse Summer. – E o de Jane e o de Keiji. Cassidy, você caiu no meio de uma manada. - Imagino que tenha muitas perguntas. – Disse Jane apoiando uma almofada para se apoiar nos pés da cama. - Eu... – Cassie também se recostou para trás levando consigo a manta e apoiando um travesseiro em suas costas. – Acreditava que os homem... lobos não existissem. - E eu. – Disse Keiji. - E eu. – Acrescentou Summer. - E eu. Considerando os resultados... – Deu palmadinhas com doçura em seu ventre. – Suponho que devemos acreditar não é? As quatro sorriram. Summer adiantou uma mão e acariciou suavemente o ventre de Jane. - O Nehann segue igualmente forte? – Lhe perguntou. - Como quando concebi? - Sim? - Não tão forte, as coisas já não caem. – Olhou para Cassie e explicou. – Quando eu e Ty fizemos amor pela primeira vez, as coisas do quarto começaram a cair e a mover-se como se um furacão as estivesse arrastando. Agora a energia do Nehann se sente... - O que é esse Nehann? – Interrompeu Cassie. - Cassidy o que você sentiu quando Hank a tomou? – Jane lhe perguntou sem responder-lhe. - Acreditei que morria. Podia sentir Hank... – Tocou seu ombro onde uma pequena linha vermelha indicava o lugar onde a havia mordido. – Mordendo-me, mas senti algo mais, pude sentir... é difícil de explicar. - Como se sua alma se unisse à dele? – Summer lhe sorriu. - Sim, sei que soa fatal e sentimental, mas sim. Senti que esse era o lugar mais perfeito do mundo, algo nasceu... em meu interior. – Cassie colocou sua mão em sua pélvis. – E começou a subir pelo meu corpo como se fosse uma onda até que... - Explodiu e se estendeu por todo o quarto. – Disse Keiji. - Sim.

Grupo Romances e Cia.

Página 79


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Bem, Cassie, isso é o Nehann. Diz que é o momento em que o homem e o lobo encontram sua companheira de vida - Uau! – Disse Cassie. – Pois não se pode tolerar tanta energia. Diminui, não é? – Olhou para as três. Todas disseram que não com a cabeça. - Pense-o desse modo,

Cassie: é uma garota de sorte, não só conseguiu esse

homem maravilhoso, mas também a esses orgasmos maravilhosos. - E são meus. – Disse Cassie. - E são seus. – Afirmou Keiji sorrindo. – Isso e devemos nos assegurar de não estarmos na mesma cabana ou a destruiremos. – O disse séria meneando a cabeça como se estivesse o reafirmando. - E ter casas firmes... – Acrescentou Cassie. - E bem isoladas... – Sugeriu Summer. - E boas camas. – Afirmou Jane, dando fortes palmas no respaldo de madeira da cama. Uns segundos depois todas caíram na gargalhada - Diga-me, Cassie, Hank também tem alguma coisa contra roupas íntimas? – Perguntou Keiji. Todas voltaram a rir. - Deixe-me te contar, Keiji... – Começou Cassidy. - estávamos em um lugar chamado “A borbulha” e...

Grupo Romances e Cia.

Página 80


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 13 Quando Ty, Chipp, Joshua, Wolff e Hank terminaram de analisar as informações que haviam conseguido com Chipp e Ty, todos tinham muito claro qual havia sido o motivo do sequestro de Cassidy. - Sairei para Browning hoje à tarde. – Lhes informou Hank. - Irei com você. – O tom de Wolff foi tranquilo e seguro. - É um assunto pessoal, Wolff. – Lhe respondeu Hank. - Se não houvesse conhecido Summer eu não o diria, mas sabe muito bem o efeito do Nehann para elas. Não vou por você, vou por Cassidy. Entre nós dois poderemos evitar que se machuque. Hank ia negar-se, mas compreendeu o que ele queria dizer. Já não podia correr riscos sabendo que Cassie sentiria tudo o que lhe aconteceria. Assim aceitou. - Há algo mais... – Lhes disse. – os Were... - Dois, não é verdade? Isso não é algo incomum? – Perguntou Ty. - Incomum e preocupante, considerando que iam com a intenção de te matar. – Disse Wolff. – E todos nós sabemos: os Were não se matam entre eles. Um louco pode fazê-lo, mas isso é raro... mas dois? - E o que fazem envolvidos com Taggart? – Perguntou Ty. Joe Taggart havia aparecido nas investigações de Chipp e Ty como o responsável por pelo menos comprar as terras adjacentes à reserva de Blackfoot e às terras de Joshua. - Necessitamos descobrir, de onde vêm, quem os manda e o que buscam. Grupo Romances e Cia.

Página 81


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Gostaria de ajudá-los.- Disse Joshua que havia permanecido calado escutando tudo o que Chipp e Ty haviam encontrado. - E o fará, nos deixando espaço para podermos agir. – Lhe disse Hank sem dar-lhe tempo para responder. - Irei procurar por Jerome. – Acrescentou Ty e olhou para Wolff. – Quero saber se sabe algo sobre os Were. - Sabe que será muito difícil que lhe diga a verdade. – Lhe disse Wolff. - Isso desconfio, mas ouvirei sua reação e saberei se está me escondendo algo ou não. - Bem, Hank e eu estaremos indo para Browning esta tarde, Ty viajará para falar com Jerome, Joshua... já que quer ajudar poderá acompanhá-lo. – Acrescentou sorrindo, olhou a Joshua e logo acrescentou. – se quiser, é claro. Joshua olhou para Ty e quando viu o sorriso de alento que lhe deu, ele também sorriu. - Sei que não precisa de mim garoto, mas pelo menos terá um companheiro para conversar na viagem. Hank estava claramente agradecido, todos os presentes sabiam o quanto amava ao velho e que graças a ele seguia vivo. Olhou a Chipp e moveu a cabeça em sinal de agradecimento. Chipp apenas assentiu. - Bem, que tal se apressarmos o almoço, temos muitas coisas para fazer. - Boa ideia. – Disse Wolff. Hank podia sentir Cassie tomando banho no quarto. Suas unhas se alongaram só de se imaginar acompanhando-a. E não tinham tempo, Deus, precisava de uma casa. Depois do que haviam vivido sabia perfeitamente que era impossível que fizessem amor silenciosamente. Além do mais, Hank sorriu, sua bebê era muito ruidosa. Mas queria pelo menos vê-la, por que não? Enquanto se dirigia ao quarto Ty o olhou e disse: - Bem amigos, mantenhamo-nos a tempo. Devo ir, Jane tem alguns pacientes para ver e deve já estar olhando o relógio. – Ty se moveu para a saída para encontrar-se com Jane que vinha buscá-lo - Já vamos, Chapeuzinho? – Lhe disse enquanto se abaixava para abraçá-la e beijá-la. Jane acompanhou seu beijo. Grupo Romances e Cia.

Página 82


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Sim, vinha te chamar. – Olhou aos presentes e lhes disse? – Senhores! Ty a pegou pela mão e se dirigiu a saída. Da cozinha Keiji gritou: - Não se esqueça, Jane! - Como se fossem permiti-lo. – Murmurou. - Te escutamos, bruxa ruiva! – Gritou Summer. Jane sorriu e lhe mostrou a língua. Hank aproveitou e saiu por trás deles. Quando entrou no quarto pôde sentir Cassie ainda no banho. Assim sentou na cama apoiando-se nos travesseiros encostados no respaldo da cama. Pegou outro travesseiro e o cheirou. Os lobos eram criaturas olfativas. E o travesseiro estava impregnado do cheiro de madressilvas de Cassie. Quando a viu sair do banho envolta em uma ampla toalha, lhe sorriu baixando a almofada para a sua virilha. Cassidy lhe devolveu o sorriso e começou a deslizar a toalha deixando–o ver seu precioso corpo. O pênis de Hank respondeu, como sempre próximo a ela, endurecendo-se dolorosamente. - Tem certeza que quer isso, bebê? – Disse isso acariciando ostensivamente o seu pacote. – Joshua está lá embaixo. Cassie abriu seus olhos enormes, se pôs avermelhada, se cobriu e correu até a cama, pegou a roupa que Keiji havia deixado e foi para o banheiro se vestir. Hank acariciou o pacote entre suas pernas e também sorriu. Era o mais adequado. Se levantou e arrumou a cama enquanto Cassie se vestia. Logo se sentou na cadeira que estava próxima à janela e esperou que ela saísse. Quando Cassie saiu vestida, o olhou e soube que algo estava acontecendo e seja lá o que fosse não lhe agradaria. Se sentou sobre a cama e dobrou suas pernas abaixo de suas coxas, apoiou seus cotovelos em seus joelhos e suas mãos apoiaram seu queixo. O olhou e esperou. Ele lhe diria, fosse o que fosse. - Esta tarde viajarei com Chipp e Wolff a Browning. – Disse Hank. - Eu irei com você. – Disse Cassie. - Não, bebê, ficará aqui com as garotas. Grupo Romances e Cia.

Página 83


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Hank, talvez não tenha lhe dito, mas eu não sou uma garota submissa e nem sempre farei o que você mandar e não... não quero ficar longe de você. Hank sorriu, o sorriso iluminou seus olhos verdes. - Meu cubinho de gelo é na realidade uma gatinha? – Viu como Cassie ruborizava e continuou. – Também não quero ficar longe de você, mas não posso te levar sabendo que as coisas não serão simples, quero saber que estará segura para poder fazer as coisas que preciso fazer. Acredito que as pessoas que te sequestraram querem suas terras e não sei para quê a querem, isso é o que vou averiguar e também tratarei de encontrar o maldito que tirou você de sua casa. - Então, não estão construindo um complexo turístico? - Não se as informações que Ty conseguiu estão corretas e isso é o que quero averiguar. Nós encontraremos com um amigo nosso de Clavijo que é geólogo, ele verás os informes e fará as provas necessárias. - De Clavijo? É outro Weremindful? - Sim, mas esse é dos bons. Ao que parece isso tudo é ideia de um tal Joe Taggart, evidentemente quando ordenou que te sequestrassem não estava em Browning porque tinha uma reunião empresarial em Londres. Isso salvou sua vida. Ao menos, isso é o que acredita Chipp. - Não recordo muito o que aconteceu, somente que alguém abriu a porta da minha casa e dois homens entraram, nada mais. Nem sequer recordo seus rostos. - Não é de se estranhar, quando te achei estava tão drogada com peyote. E isso também salvou sua vida, acho que devo estar agradecido por esses safados terem te drogado. - Hank, deixe eu te acompanhar. Hank se levantou de sua cadeira e se sentou ao seu lado na cama atraindo-a para seu colo. - Chipp, Wolff e eu poderemos com eles. Além do mais, teremos Shaun e ninguém se mete com ele. – Lhe disse sorrindo. - Prefiro saber que está aqui, esperando por mim e ansiosa pelo meu regresso a essa preciosa boceta dourada. Quando disse isso, Cassie escorregou para o chão em frente à cama de joelhos e começou a abrir a calça de Hank. Grupo Romances e Cia.

Página 84


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Hank abriu mais as pernas para lhe dar acesso e apoiou seus dois braços ao lado fazendo com que se inclinasse para trás, enquanto olhava como Cassie tirava seu longo e já duro pênis de dentro de sua calça. Quando Cassie lhe tirou, seu pau se ergueu procurando pela sua boca, assim, simplesmente entrecerrou seus olhos e ficou observando-a. - É tão lindo! – Lhe disse com doçura enquanto o sustentava entre suas mãos. - É todo seu, bebê. Cassie olhou a perfeita cabeça, gorda e enorme, assim tirou sua língua e como se fosse um pirulito doce o lambeu desde onde estava suas mãos até em cima, para chegar até o seu topo e escorregar sua língua por todo ele. - Não brinque, bebê, chupe-o. – Lhe disse Hank elevando suas mãos e pegando seu pau para metê-lo na boca de Cassie. Era enorme e ela teve abrir bem sua boca para poder tomá-lo, quando a cabeça do seu eixo entrou por completo, Hank soltou sua vara e segurou a cabeça de Cassie para movê-la até encontrar um ritmo dentro e fora de sua boca. Hank podia ver como a umidade de sua boca deixava a ponta de seu pau brilhando cada vez que o tirava. De repente sentiu o lobo fazer-se presente e sorriu, seu pênis inchou e soube que ela não poderia mais tomá-lo facilmente. Um grito de Keiji vindo debaixo o impediu de fazer o que estava pensando, levantála, colocá-la de joelhos sobre a cama e montá-la. - Desça, bebê, e diga que desço já, pois não posso descer duro como estou. Cassie se embargou com toda sua carne dentro de sua boca e assim o soltou, lhe deu um beijinho inocente em seu pau, se levantou e saiu do quarto. Hank escutou perfeitamente quando disse a todos: - Hank está... lavando... as mãos. Joshua gritou seu nome e Hank sorriu, imaginou seu cubinho de gelo avermelhandose, pelo menos Joshua a havia salvo. Hank se apoiou para trás na cama enquanto trabalhava metendo seu pênis dentro de sua calça. Tomaria mais uns minutos para que o lobo regressasse para dentro de si e se uniria a todos para o almoço. Browning o esperava.

Grupo Romances e Cia.

Página 85


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 14 Joe Taggart estava furioso. Nada havia saído como havia planejado. Fazia seis meses que vinha preparando o cenário que lhe permitiria converter-se no homem mais rico do mundo, e um velho decrépito havia desbaratado todos os seus planos pedindo ajuda a Hank Herickson, que havia levado nos narizes dos ineptos que havia contratado, a única pessoa que o impedia de alcançar o que merecia e aquilo pelo qual havia trabalhado. Taggart digitou o número de Jerome Carter e esperou que ele atendesse: - Alô. – Disse uma voz sonolenta. - Carter? Aqui fala Taggart, que merda você me mandou que não me serviram de nada? - Os gritos de Taggart despertaram completamente a Carter. - Do que está falando? - Te pedi gente capaz e não ineptos. Os dois tipos que você me mandou passaram para uma vida melhor. - O que? Como assim melhor vida? O que aconteceu? - O que aconteceu? Aconteceu que alguém entrou em meu acampamento e levou a garota e os que eu mandei atrás dela não voltaram. Tenho um homem na prisão e os seus cachorros estão presos. Tudo feito por um tal Hank... - Herickson. – Lhe cortou Jerome. – Hank Herickson, é um tipo perigoso, muito perigoso. Se soubesse que você iria por ele teria lhe mandado mais gente. - Se soubesse? Como desgraça você acredita que eu saberia disso? Tenho muito em jogo, Carter, muito, e você também. Quero tirar Hank Herickson desse mundo. Me ouviu? Grupo Romances e Cia.

Página 86


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Não será fácil. Herickson não é qualquer um, é um homem muito duro. - Não me interessa quão duro ele seja, o quero fora de meus negócios, está claro? Tire-o do meu caminho ou será melhor que procure um emprego senhor Alfa, porque acabará o meu generoso apoio. Estamos entendidos? Jerome mordeu o lábio até tirar sangue, mas respondeu. - Sim, estamos. Do outro lado o ruído de um clique seguido do som de linha livre lhe indicou que Taggart tinha cortado a ligação. Lançou o telefone na parede e começou a caminhar de um lado ao outro. - Maldito, maldito! – Gritou agarrando a cabeça. Tinha que pensar, tinha que fazer algo sobre isso.

Não havia sido fácil para Cassie deixar Hank ir. Com a desculpa que estava cansada havia ido para o quarto. Em dois minutos todas as mulheres entraram em seu quarto, Jane, Keiji e Summer se meteram com ela na cama. Havia estado chorando e elas sentiram. - Não nos expulse. – Lhe havia dito Keiji quando entraram e saltou na cama. Como seus homens não estariam e Chipp estava de plantão na delegacia, Keiji sugeriu que ficassem todas ali para dormir. A cama era grande o suficiente para as quatro. - Não se preocupe, Cassie, Hank e Wolff resolverão tudo. – Lhe disse Summer em um tom baixo e confiante. - Eu lamento, é que tenho um estranho pressentimento. – Disse Cassie. - Pressentimento? – Perguntou Jane. – De que tipo? - Não sei de que tipo. - Tente dormir, Cassie, eles estarão bem. – Disse Jane. Todas fizeram silêncio. Grupo Romances e Cia.

Página 87


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

De repente Cassie saltou da cama. Todas se levantaram para olhá-la. Quando Cassie começou a se vestir se deteve em seco e as olhou: - Sei que não entendem, mas tenho que ir, não sei porquê, na verdade não sei. Mas tenho que fazê-lo. - Eu te acompanho. – Disse Summer. - E eu. – Disse Keiji. - Eu... – Tentou dizer Jane. - Você não. – Gritaram todas. - Por que não? – Lhes perguntou da cama Jane. Keiji a olhou e lhe disse - Porque carrega contigo uma nova vida, recorda? – Assinalando para a sua barriga. - Acredito que isso não é justo, a gravidez é uma função normal, não uma enfermidade ou incapacidade, somente estou com cinco meses de gravidez, estou perfeitamente sã e não há forma de eu ficar aqui sozinha enquanto vocês saem sozinhas só Deus sabe para onde. - Jane, me olhe. – Disse Summer. – Quer pôr em risco o seu bebê? - Não é justo. – Disse Jane em um tom abatido. - Bem, ficará e cuidará de tudo, se nos telefonarem e também nos emprestará o seu Jeep. – Summer rapidamente tomou as rédeas do comando. – O que levaremos? - Casacos? – Sugeriu Jane. - Armas? – Perguntou Cassie. - Alguma comida. – Afirmou Keiji. Todas se deram a volta para olhá-la. Keiji levantou suas mãos para cima e saiu para pegar uma vasilha e providenciar alguma comida. Vinte minutos mais tarde Cassie, Keiji e Summer se despediam de uma chorosa Jane rumo a Browning. Levavam seus casacos, duas pistolas, uma vasilha plástica repleta de sanduíches e uma garrafa de café. Summer conduzia, Cassie ia ao seu lado e Keiji com o telefone falava com Jane. Formava parte do trato, iriam comunicar-se de hora em hora. O planejado era que elas apenas iriam verificar e quando vissem que estava tudo bem dariam meia volta e regressariam a Ketchikan. Grupo Romances e Cia.

Página 88


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Shaun Newman os estava esperando na única pousada de Browning. E todos os olhares se dirigiam para ele. Não somente porque passava de um metro e noventa e cinco, nem por seu aspecto moreno, cachos curtos e olhos igualmente escuros, senão porque lhe faltava uma mão e em seu lugar levava um gancho de pirata. Quando viu seus amigos estacionarem deixou seu assento na sala central da pousada e saiu para encontrá-los. O primeiro que viu foi Wolff, estava descendo uma bolsa de viagem, detrás dele, Chipp, sem seu uniforme de polícia e Hank, o maior dos três. Wolff avançou e se abraçaram com Shaun golpeando suas costas. - Maldito pirata, te esperamos no casamento de Ty e não apareceu. - Estava na Malásia, não deu tempo de chegar. – Shaun tinha uma empresa que se ocupava de realizar estudos geológicos em todas as partes do mundo. Shaun abraçou Hank e logo a Chipp. – Venham, aluguei dois quartos. Se dirigiu até as escadas e subiram ao primeiro piso. Shaun meteu a mão em seu bolso e tirou um chaveiro, jogou-o para Hank que o pegou no ar. - O número cinco. – Lhe disse. – Estamos no quatro. Hank abriu o quarto cinco, deixou sua bolsa e atrás dele entrou Chipp e foi direto para o banheiro. Quando saiu, Hank estava abrindo as janelas. - Vamos? – Lhe perguntou. Hank terminou de abrir a janela e saiu atrás dele. Na porta do lado bateram e entraram, Wolff estava colocando uma série de papéis sobre a mesa, Chipp viu que eram os informes. - Quer dizer que essas terras são de sua garota, Hank? – Lhe perguntou sorrindo. – Bem vaqueiro, suponho que poderá comprar um rancho maior, ou vários ranchos. Melhor ainda, se fizer uma boa oferta, talvez te vendam o Alaska e aí você nos dá uma parcela disso.

Grupo Romances e Cia.

Página 89


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Vamos ao ponto, Shaun... de que merda estamos falando? – Disparou Hank. – Petróleo? É disso que falamos? - Petróleo? Não, algo muito melhor: urânio. As terras da sua mulher estão pousadas no que eu acredito ser a maior reserva de urânio que alguém já viu. Chipp lançou um assovio, as peças encaixavam perfeitamente. - Então ao que parece as coisas podem ter sido assim: Joe Taggart fez um estudo do solo, podia estar procurando ouro, prata ou algo assim, e se deparou com um depósito de urânio. Preparou uma fachada, um projeto turístico e começou a comprar as terras vizinhas ao deposito, parte da fachada. Mas as terras que quer na realidade são as de Joshua Thunderwhite e nem este e nem sua neta querem vender. O que faz? Sequestra Cassidy. - Porque não a matou? – Perguntou Wolff. - Estava em Londres, recordam que isso disse o informe do FBI? E o que iria fazer em Londres, senão procurar algum laboratório clandestino para processar o urânio? Isso pode ter salvado a vida de Cassidy. – Disse Hank enquanto sentia um calafrio percorrer sua espinha. Se não tivesse sido por ele provavelmente ela teria morrido. Podia sentir seu sentido mágico fervendo pelas suas veias e por um segundo pensou que talvez fosse somente por isso, talvez estivesse somente nervoso por conhecer o provável final daquela história. Mas estava acontecendo algo, algo que ainda não sabia o que era. Mas ele sabia. – Obrigada Shaun, ficará com a gente? - Não, tenho uma reunião de trabalho em Montana amanhã bem cedo, meu avião sai em duas horas. Só vou até aqui. Mas se por acaso me necessitarem é só chamar que volto o quanto antes... - Não, não será necessário. Obrigada de novo. Virá conhecer as garotas? - Virei. Quero ver do que me salvei. - Se salvou? Já será a sua vez e o que vocês acham? – Lhes perguntou Chipp. – Devemos contar-lhe - Contar-me o quê? – Quis saber Shaun. – É sobre o caso? - Deixe-nos contar algo amigo e somente porque não acreditará. – Lhe disse Wolff. – Se trata do Nehann. - O Nehann? O que é isso?

Grupo Romances e Cia.

Página 90


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- E onde ficaremos? – Perguntou Keiji no volante. As três haviam se revezado na direção e estavam a menos de cinco quilômetros da única pousada de Browning. - Próximo a pousada. – Disse Cassidy. – E...? – Perguntou a Summer que estava falando pelo telefone celular. - Alô, sim, senhorita... somente quero saber se meu marido Wolff Carter ainda está na pousada..., não, não, não é necessário, é somente que estou preparando uma festa de aniversário de casamento e não quero que ele encontre a bagunça que está aqui em casa agora... sim. Ah sim, lhe agradecemos muito. Sim, se surpreenderá demais quando chegar e ver. Obrigada. – Desligou e com um sorriso olhou a Cassidy e Keiji. Estão ali! Cassidy aplaudiu. - São nossos. - Sim. – Disse Summer tirando um sanduíche e dando-lhe uma mordida com um sorriso no rosto. - Ok. – Disse Keiji. – Nos poremos próximas à porta da saída e ali esperaremos que saiam, os seguiremos, os manteremos vigiados e quando terminarem voltaremos para casa e aqui não aconteceu nada. Summer, lique para Jane e lhe conte. Veremos quão bem funciona a visão lupina. Cinco minutos depois estavam instaladas quase a cem metros da pousada esperando. Eram oito da manhã. Às onze e meia estavam enlouquecidas dentro de um jeep, sem comida, sem bebida e completamente doloridas. - Ligue de novo. – Pediu Keiji, não podem ter passado a manhã toda aí. Summer chamou, falou e lhes disse: - Não saíram e nem entregaram a chave. Estão aí.

Grupo Romances e Cia.

Página 91


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Às oito da manhã, Chipp, Wolff e Hank saíram da pousada pela janela. Três lobos se moviam mais rápido. E em uma região selvagem são menos suspeitos que três homens altíssimos, que sempre chamavam a atenção e mais ainda com Hank, sua altura, sua cor e essas tranças que pareciam rastas e obviamente não o eram. Chegar até o lugar de onde tinha tirado Cassidy não foi difícil. Uma vez ali, procuraram a casinha ambulante onde supostamente estaria a administração. E esperaram a sua oportunidade. Um carro chegou e ali desceram quatro tipos. Altos, muito altos, “weremindful”, pensaram em uníssono. “Que merda é essa, uma convenção de were?” pensou Chipp. Hank queria encontrar o filho da puta que estava ameaçando a sua mulher, mas ele também queria saber qual era a relação que havia entre esses weres e Taggart. Muitos Weremindful haviam deixado Clavijo, procurando outra forma de vida e afastando-se das regras não escritas de uma manada, obedecendo a um Alfa com o qual não estavam de acordo. Mas que ele soubesse, os were preferiam não atacar seus iguais. Exceto Jerome e esse tipo usou a astúcia para se livrar de Wolff. Se aproximaram e seus agudos ouvidos puderam escutar a conversa. - Quero esse Herickson fora. - Onde está? – Perguntou um dos weremindful. - Se eu soubesse não teria mandando que me enviassem vocês. Se supõe que vocês podem rastreá-lo e assim darem um fim nele. Não pago uma fortuna a Carter por seus lobos para não me servirem de nada e não lhe darei mais nada se não ver resultados. De que merda me vale se vocês podem se transformar em lobos senão fazem o que devem fazer? Chipp registrou a informação, assim que Jerome Carter havia decidido ampliar seus horizontes e enviava sua gente para fazer os trabalhos sujos pelos quais cobrava. Considerando as habilidades dos weremindful seria um negócio muito produtivo para vários projetos. Jerome Carter estava apenas anunciando o fim de sua raça. Porque quando o mundo descobrisse quem eram e o que podiam fazer nada seria igual para ninguém. - Carter disse que você nos pagaria. Não trabalhamos sem pagamento. - Disse outra das vozes.

Grupo Romances e Cia.

Página 92


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- E eu não sou tão estúpido de pagar sem ver nenhum trabalho. Tragam-me a garota e serão ricos. - E pagará essa fortuna só para construir um hotel? – Disse uma voz. - Não lhes interessa o que farei com a terra, somente deve lhes interessar que pagarei bem, diria que muito bem por um trabalho bem feito, quero a garota “viva”. Taggart olhou aos quatro homens e pareceu mudar de ideia. - Louis, traga-me um chumaço. Quando o tal Louis saiu deixando a porta aberta, três enormes lobos, decidiram que essa era a sua oportunidade. E entraram para encontrar-se com quatro weremindful e um Joe Taggart sentados fumando. Quando os três lobos se fizeram presentes, para quem olhasse somente seria um ondeio de matéria, para qualquer weremindful um processo duro e profundo de concentração, mas o resultado era o mesmo: Hank tomou a forma de homem. - Senhores. – Saudou com um aceno de cabeça como se não estivesse nu e aquela fosse uma reunião social. Taggart olhou ao enorme homem à sua frente e compreendeu o que Carter lhe havia dito, esse homem gritava “perigo” somente com sua presença. Olhou aos quatro homens que haviam se colocado de pé e sentiu o júbilo do número a seu favor, cinco contra três, por mais perigosos que parecessem, ele tinha quatro lobos do seu lado. - Herickson. – Disse. – O famoso vaqueiro. Levou algo que me pertence e a quero de volta. - Te pertence? Está muito confiante Taggart. Bom, eu estaria se não estivesse informado das últimas notícias. Taggart tirou seu sorriso vaidoso do rosto. E esperou. Quando um dos homens sentados tentou mover-se, o enorme lobo dourado mostrou seus dentes e grunhiu. Taggart sentiu que um frio lhe subia pela espinha de cima abaixo. - Pobre Taggart, talvez devêssemos lhe contar que já nos comunicamos com as autoridades do governo e as pusemos a par do deposito de urânio. O rosto de Taggart empalideceu.

Grupo Romances e Cia.

Página 93


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- E ainda mais, o sinto, vendemos ao governo as terras de Thunderwhite. Pelo que desde já o Estado de Montana é dono do... como disse Newman? Ah sim, o maior depósito de urânio que jamais viu. E pelo que sei, já viu quase todos do mundo. Taggart parecia que não podia respirar. - Matem-nos. – Lhes gritou e a pequena sala da casinha ambulante ficou muito pequena. Na estreita sala, Taggart estava instalado atrás do pequeno escritório, em frente a ele, dois dos weremindful e a cada lado do escritório, os outros dois. Todos haviam tomado assento em pequenos bancos empilháveis exceto Taggart que estava sentado em uma firme e maciça cadeira. No mesmo instante em que Hank caía para buscar o lobo dentro dele, Chipp e Wolff se adiantaram o cobrindo dos dois homens sentados diante dele, tirando-lhes a possibilidade de buscar a seus lobos e atacá-los. Ambos tiveram êxito. A surpresa permitiu lhes tomar aos dois homens que não puderam sequer se pôr de pé e mordê-los com força na jugular. Os homens caíram de seus bancos em uma trilha de sangue. Chipp e Wolff os tinham soltado mas agora eram eles que seguravam aos lobos pelos focinhos, tentando parar a briga mais do que defender-se. Quando Chipp e Wolff conseguiram se afastar, os homens tateavam tentando diminuir o sangramento que saia aos jorros. Os homens ao lado do escritório haviam tido suficiente tempo para trocar e saltar de onde estavam para atacar a Wolff e Chipp enquanto estes tentavam soltar-se dos homens feridos. Chipp e Wolff nem sequer tiveram tempo de virar-se quando os lobos haviam avançado sobre eles. Chipp foi ferido com uma garra na parte superior de seu braço direito e girou para defender-se de seu atacante, procurando igual ao outro lobo arrancar um pedaço do seu lombo, o do lobo que o alcançara. O outro lobo tinha avançado sobre Wolff tomando-o pelo pescoço e cravando seus longos dentes. Wolff se deixou cair para trás com todo o seu peso, fazendo exatamente o contrário do esperado, ao invés de afastar-se do agressor se empurrou sobre ele deslocando seu atacante que caiu com todo o seu peso e o peso de Wolff no chão golpeando-se com

Grupo Romances e Cia.

Página 94


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

tanta força que teve que soltar Wolff que sem duvidar avançou direto na jugular e quando o tomou apertou com tanta força enquanto o sangue escorria pela sua boca. A troca de Hank foi instantânea e ele se lançou sobre Taggart, que somente havia pensado em abrir a gaveta e pegar uma arma. No mesmo instante em que o lobo negro voava sobre o corpo de Taggart, este disparava. A bala roçou em uma das patas de Hank, mas não o deteve, caiu sobre Taggart tirando a arma e o atirando ao chão. Ninguém se mete com um weremindful se não está disposto a pagar o preço por isso, os dentes que se fincaram no seu pescoço foram a última coisa que viu Taggart. O disparo, os ruídos da luta, que não havia durado nem cinco minutos, atraíram os homens próximos à casa ambulante. Era quase meio dia e a maioria dos homens estavam escavando. Sem tentar fazer a troca de sua forma, Chipp abriu passo pela porta, seguido de Wolff e Hank. Nada puderam fazer os homens para perseguir as três feras. Que se perderam nos matos. Dois quilômetros mais adiante Hank se deteve, quando Chipp e Wolff fizeram o mesmo. Ambos pensaram que talvez estava mais ferido que o que haviam pensado. Logo viram Hank encostar-se no chão e regressar ao homem. Seu rosto era uma máscara de fúria. Os olhou e gritou. - Maldita seja, troquem, agora. – Lhes disse Hank. A ordem não se fez esperar. Um segundo depois o leve ondear da matéria deixou ver os dois homens. Chipp sangrava profusamente pelo ombro, Wolff em seu pescoço, o sangue escorria pelas suas costas e parte de seu peito. - Elas estão aqui. – Ladrou mais do que falou Hank. - Quem? – Disse Wolff sem compreendê-lo. - Essas metidas intrometidas estão aqui, Keiji, Summer e Cassie. - Tem certeza? – Perguntou Chipp. - Muito seguro, deixem-me curá-los, elas estão sentindo a dor de vocês. – Hank pôs suas mãos sobre as feridas, primeiro as de Wolff. Como sempre a luz se faz mais intensa e quente, Hank fechou seus dedos e procurou pelo braço de Chipp e fez o mesmo. Quando terminou, Hank fechou seus olhos e uma luz incandescente cobriu todo seu corpo. - Filho da puta. – Disse Chipp, já nada lhe doía. Sempre lhe havia impressionado o estranho poder de Hank. Aproximando-se junto com Wolff ao corpo brilhante de Hank. Grupo Romances e Cia.

Página 95


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Um minuto depois Hank deslizava para o chão e foi amparado pelos seus amigos. - Tem certeza, não é? – Perguntou Chipp. - Sim, completamente. Deixe-me recuperar por alguns minutos e depois vamos pelas garotas. Estão bem, mas algo as preocupa e muito. - Nós, talvez? – Sugeriu Wolff. - Sim, mas algo mais.

Grupo Romances e Cia.

Página 96


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 15 Keiji estava batendo no volante ao ritmo do rádio quando as portas do jeep se abriram simultaneamente. Quatro homens altíssimos se puseram em frente às portas e sem dar-lhes tempo para nada as desceram do carro e as colocaram abaixo. Keiji tentou empurrar o homem que a levava e para sua sorte a força que empregou o surpreendeu e conseguiu se soltar, quando sentiu que estava livre começou a correr. Uma voz muito fria e controlada lhe disse: - Se você se for mataremos suas amigas. Keiji ficou quieta no momento. Notou duas coisas: o homem não havia gritado e sim sussurrado, então sabia que poderia ouvi-lo. “Mas como?” E a outra, eram muito altos, “weremindful”. A seguinte pergunta que se fez e que a fez voltar-se foi “eram dos bons ou maus?” - Boa garota. – Disse o homem. Quando agarrou Keiji pelo braço, um pouco acima do cotovelo, ela gritou. Uma dor lacerante passou pelo braço de Keiji, enquanto sua mão se aferrava a seu ombro direito. Um segundo depois Summer caiu adiante levantando suas mãos como se alguém a tivesse atacado, o homem que a carregava foi surpreendido, mas não a soltou. As pernas de Summer não a sustentavam. - Que merda...? – O homem da voz fria olhou as mulheres gritando de dor. Sabia que não havia lhes feito nada. “Porque gritavam? O que estava acontecendo?” Cassie as havia visto gritar e ela também gritou: Grupo Romances e Cia.

Página 97


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- O que está acontecendo? – Conseguiu dizer antes de sentir que ficava sem meia perna. A dor era tão intensa que se o homem não a sustentasse haveria caído direto no chão. Sentia que sua perna queimava. Seus olhos se encheram de lágrimas, não entendia nada, as três começaram a soluçar sem sequer saber o que estava acontecendo. - Levante-as! – Disse o homem que mandava. Cassidy, Keiji e Summer não podiam fazer mais nada que gemer de dor. De repente estavam no ar enquanto as colocavam em uma caminhonete fechada. Uma vez ali somente se moveram por alguns minutos, talvez dois. Abriram as portas da caminhonete e estavam no interior de uma garagem. Dali as levaram carregadas para dentro e as colocaram em sofás. As três gemiam e choravam. Nem sequer se deram conta que não estavam mais na rua. Um dos homens se aproximou a Cassidy com uma maleta, abriu-a e tirou um estetoscópio. Ela quase não o via, seu rosto estava banhado de lágrimas e era mais do que óbvia sua dor. - Escute-me, sou médico, sou o doutor Ocean, me escutou? – Tentou tomar seu pulso, corria desenfreado. – Diga-me o que está sentindo? Keiji somente disse: - Ombro, Chipp. - Seu ombro, sim. – Começou a verificá-la. - Que merda está acontecendo? – Perguntou a voz que estava no comando. - Não sei, Michael. – Lhe disse o doutor. – As três estão sofrendo, mas nenhuma das três tem nada, seu ombro parece bem, fisicamente não se vê nada, nada! Exceto seus olhos, suas pupilas estão dilatadas... não sei o que lhes passa. - Algo como histeria coletiva? Blue Ocean olhou a seu companheiro: - Pode ser, Mac, mas não posso afirmá-lo. O homem que havia sustentado Summer regressou com uma garrafa de whisky. Ela havia se enrolado em uma bola em cima do sofá. Se aproximou ao sofá e se ajoelhou ao seu lado e pegou sua cabeça: - Toma um gole. – Lhe disse, mas Summer nem sequer se movia, seu rosto estava banhado em lágrimas. Derek olhou para Blue. – Demônios, Blue, faça algo! Grupo Romances e Cia.

Página 98


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Se soubesse o que lhes está acontecendo eu faria. Mas não tenho a mínima ideia. - Wolff. – Disse Summer em murmúrio. – Wolff! - Wolff? Wolff Carter? Conhece Wolff Carter? – Perguntou Derek. O homem da voz de comando disse em voz alta: - Essa daqui disse Chipp. – Assinalando Keiji. O outro homem que estava olhando Summer levantou sua cabeça vivazmente: - Chipp. Chipp Rummers? Michael levantou sua cabeça olhando para Garret. - Muitas coincidências, não acreditam?Chipp Rummers e Wolff Carter. Blue estava tomando o pulso de Cassie e lhe perguntou: - Bem, pequena, diga-me algo, como se chama seu companheiro? - Hank… Herickson e ele vai te matar... – Lhe disse Cassidy em meio a sua dor. Sua testa estava molhada, assim Blue a secou. E olhou a Michael. - São suas mulheres. – Lhes disse. - E que merda fazem elas aqui? – Perguntou em rugido furioso. - A pergunta seria, o que está acontecendo com elas? – Sussurrou Mac. De repente Keiji se sentiu completamente despejada. Nada lhe doía e seu corpo tentou se acostumar a essa nova sensação, um momento antes a dor era tão intensa que sentia que poderia de desvanecer e agora não estava mais ali. Havia ficado nela apenas como se fosse uma dor muscular. Como uma recordação da dor anterior. A única coisa que entendia é que estava em uma casa estranha com cinco desconhecidos, que evidentemente eram weremindful. Olhou ao homem que estava sobre Cassidy e lhe disse: - Melhor afastar-se dela agora ou Hank lhe converterá em poeira. Todos levantaram suas cabeças e a olharam. Keiji se pôs de pé e se aproximou de Cassidy, lhe tirou a gaze com a qual Blue estava lhe secando e seguiu com sua tarefa, enquanto olhava Summer que se recuperava igual a ela, ambas sabiam o que havia acontecido. Os seus haviam sido feridos. Sentadas uma a cada lado de Cassidy, a abraçaram. Cassidy gemeu e respirou profundamente. Summer e Keiji puderam sentir como aumentava seu calor corporal, para logo voltar ao normal. Keiji tirou a espessa franja da testa de Cassie e a olhou: - Cassie, você está bem? Grupo Romances e Cia.

Página 99


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Sim. – Respondeu, sua voz havia enrouquecido e se acomodou no sofá. De repente as três observaram aos cinco homens que estavam em pé olhando-as. - Quem são vocês? – Perguntou Keiji - O que querem? – Perguntou Summer. - Onde estamos? – Perguntou Cassidy. E o telefone celular na calça de Summer soou e as três saltaram. Sem sequer esperar a que lhes negassem o direito de responder Summer o abriu e disse olhando aos homens que pareciam estátuas olhando-as sem mover-se: - Sim? - Summer, não me ligaram, estão bem? – A voz de Jane soava preocupada. - Não sei lhe dizer Jane. – Olhou desafiante ao que parecia mais malvado. – Estamos bem? – Perguntou. - Se é a mulher de Wolff Carter diria que sim. – Foi a resposta do homem. Summer respirou. - Jane, te ligo em dez minutos, se não o fizer ligue para Ty. - Ty Brunet? Suponho. – Disse o homem com voz de comando. – Então a tal Jane... - É sua esposa. – Respondeu Summer. - Querem me dizer que merda fazem aqui? – Gritou o homem. - Isso nós também gostaríamos de saber. – Disse uma voz entrando pela porta traseira, seguido de outros dois homens completamente nus. - Hank. - Wolff. - Chipp. As mulheres se levantaram do sofá um pouco vacilantes, mas se atiraram sobre os homens, abraçando-os. Um segundo depois começaram a verificá-los. Keiji o ombro, Summer o braço direito e Cassie a perna direita. - Está bem? – Perguntou Cassie. - Estamos bem. – Respondeu Hank, colocando Cassie para trás, assim como fizeram Wolff e Chipp. Hank girou e olhou aos homens que pareciam se divertir com tudo o que estava acontecendo. Os homens se olharam até que Chipp avançou: Grupo Romances e Cia.

Página 100


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Filho da puta! – Lhe disse a um deles e o abraçou efusivamente. – Quanto faz que não nos vemos? – Lhes perguntou. – Seis, sete anos? - Oito. – Disse o homem com voz de comando. - O que fazem aqui? – Perguntou Wolff. - Nos mandou o governo. Supostamente na pousada se encontravam três homens que tínhamos que proteger. Mas se houvéssemos sabido que eram vocês, não teríamos nos incomodado em vir até aqui. Nos disseram Thunderwhite. Alguém chamou duas vezes perguntando pela casa, assim triangulamos a chamada e descobrimos três mulheres em um jeep vigiando a pousada. - Thunderwhite é o avô da minha mulher. – Acrescentou Hank. – É muito bom te ver. – Lhe disse estendendo a mão e começou a saudar um por um com palmadas nas costas, risadas e apertos de mãos, enquanto as mulheres somente olhavam assombradas. Keiji as olhou e disse: - Suponho que estão entre os bons. Chipp se virou e lhe disse: - Dos melhores. Agora, que merda fazem vocês aqui? Todas se olharam. E Cassie disse: - Eu tive um pressentimento. - O quê? – Disse Hank, outra vez furioso. – Isso foi ideia sua. As três responderam juntas: - Não. – Disse Summer. - Não. – Acrescentou Keiji. - Sim. – Respondeu Cassie e quando se deu conta do que tinham respondido suas amigas acrescentou: - Não, quero dizer não. Hank as olhou com o olhar mais frio que pôde conseguir. - Bem, senhoras, me alegra que sabem... pôr-se de acordo. Um pouco tarde, mas em acordo, ao final e ao cabo. – Olhou as três. – Como chegaram? - No jeep de Jane. – Lhe disse Keiji. - No jeep de Jane. – Repetiu Chipp e pelo seu tom não deixou dúvidas de que não queria saber mais nada. Hank olhou para Michael Garrahan. Grupo Romances e Cia.

Página 101


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Temos que conversar. - Passemos para o outro cômodo. – Disse Michael. - Não. – Hank olhou as mulheres. – Irão para a pousada. Peçam a chave do quarto cinco. Agora! - Mas... – Summer tentou falar. - Agora! – Disseram em uníssono Chipp e Wolff. As três se moveram para fora. Quando saíram começaram a caminhar para a pousada. De repente Summer disse em sussurro: - Por acaso vamos deixar que nos tratem como meninas? Keiji e Cassidy se detiveram e a olharam. - O que está pensando? – Perguntou Cassidy. - Estão bem, verdade? Voltemos para casa. - Sim. – Disse Cassidy, de repente seu rosto se iluminou. – E minha casa está aqui em Browning. - Está segura? – Lhe perguntou Summer. - Muito segura e não se preocupem, Hank é um rastreador não é verdade? Ele me encontrará, somente que não onde me ordenou. Um enorme sorriso iluminou seus rostos. - Bem. – Disse Keiji. – Vamos ver se certos brutamontes aprendem como tratar a suas mulheres. – E tirou do bolso de sua jaqueta suas chaves. – Vamos Summer?

Blue olhou para Hank e lhes disse: - Elas pareciam estar feridas. Hank o olhou e somente disse: - O Nehann. Grupo Romances e Cia.

Página 102


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- O Nehann? – Blue soou francamente desconcertado. – Estamos falando mesmo do Nehann? - É complicado de contar. – Lhes disse Wolff. – Mas é certo. Aquilo que acreditávamos ser somente um mito, para nós é uma realidade. Garret Thompsom apareceu com umas calças, camisas e as jogou, Wolff as pegou no ar, as distribuiu e começaram a se vestir. - Por isso queriam que não estivessem no outro quarto? – Perguntou Derek. - Por isso mesmo. Elas tem uma audição e uma visão mais desenvolvidas. - Gostaria de saber algo mais sobre o Nehann, mas agora temos outras prioridades. Hank acenou. - Joe Taggart. - Exato. – Disse Michael. – Joe Taggart. - Bem Mike, ele já não deve te preocupar. - Se meteu com quem não devia, né? E pelo que parece foi com uma manada de lobos. - Sim, e mais ainda, ele tinha com ele quatro weremindful sob as ordens de Jerome Carter. Mike olhou para Wolff, Jerome era seu irmão, e se bem que não tinham uma relação, seguiam sendo irmãos. - O que acredita que está acontecendo? – Lhe perguntou. - Não tenho a menor ideia, mas com eles são seis weremindful envolvidos. E pode ser, mas não tenho certeza, que os weremindful não soubessem de nada, ainda que Jerome não seja tão inocente e que se relacione como uma ampliação dos seus interesses. Acredito que está usando as habilidades dos weremindful, oferecendo-lhes como mão de obra e cobrando bastante por isso. - Isso o faz muito perigoso... para todos nós. – Disse Chipp. - Joe Taggart sabia sobre os weremindful, e os homens que acompanharam ao que seguia Hank até borbulha também. Ty viajou para falar com Jerome. Ele deve nos dizer algo em breve, ainda temos amigos ali. E como chegaram até aqui? - Depois que saímos dos SEAL. – Lhes disse Michael. – Montamos uma Empresa de Investigações. O governo é nosso melhor cliente, nos pediu ajuda para protegê-los, enquanto Grupo Romances e Cia.

Página 103


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

fazem cargo de tudo, então viemos. Porém não sabíamos que eram vocês, nos disseram que Joshua Thunderwhite e sua neta estavam sendo ameaçados e que tudo era relacionado a um depósito de urânio. Pensamos que tinha algo haver com a reserva Blackfoot. Quando chegamos nos disseram que estavam ainda no quarto, aí nos informaram que haviam ligado e perguntado por vocês, então soubemos que estavam sendo vigiados, assim simplesmente esperamos e as encontramos. O resto já sabem. Bem. – Completou Michael. – O que está acontecendo?

Grupo Romances e Cia.

Página 104


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Castalia Cabott

Weremindful 04

A Caçada Capítulo 16 Quando chegaram à pousada elas não se encontravam ali. Sem dizer uma só palavra ambos o olharam a Hank que deixou sua magia atuar. - Regressaram a Ketchikan. - O quê? – Disse Chipp. – Vou matá-la. - Vamos matá-las. – Acrescentou Wolff enquanto começava a guardar o pouco que havia trazido em sua bolsa. Chipp o seguiu. Quando viram que Hank estava imóvel, o olharam preocupados. - O que foi? Está acontecendo algo mais? – Perguntou Wolff. - Sim. – Grunhiu Hank. – Cassidy não partiu com elas. - Assim que está se rebelando. – Chipp sorriu. – Imagino que terei que castigar Keiji, isso melhora substancialmente o dia de hoje. Wolff se virou procurando sua jaqueta e olhou para Chipp. - Vamos? - Vamos. – Respondeu Chipp. – O veremos em breve? - Logo amigos. Obrigado. Não tive tempo de dizer-lhes, mas obrigado. - Foi um prazer. – Chipp deu palmadas nas costas de Hank e se encaminhou para a saída. Wolff fez o mesmo e o seguiu.

Grupo Romances e Cia.

Página 105


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Hank procurou sua bolsa, arrumou tudo e ligou para alugar um carro. Certa pessoinha levaria uma surpresa. Um bom caçador deve ser astuto e duro.

Cassidy estava esperando, sabia que Hank viria por ela. Havia organizado todos os papéis em cima da mesa, parecia que havia se passado uma eternidade desde que esses homens haviam entrado intempestivamente em sua casa e em sua vida. Não podia acreditar em tudo que aconteceu com ela nos últimos dias. O que aconteceria com ela e Hank? Havia sido tudo tão rápido. Jamais imaginou que algum dia se apaixonaria. Mas ela estava. Profundamente. Quando havia sentido essa dor na perna soube que era com Hank, ninguém precisou lhe dizer. Ninguém lhe disse que amar um weremindful era sentir o mesmo que ele sentia. Era aterrorizador. Quase um desconhecido, um estranho. Um homem... lobo. Quantas coisas mais desconhecia? Havia aceitado faz muito tempo que ela e o sexo eram absolutamente incompatíveis. Nunca havia desejado ninguém, nem ansiara o que agora queria com tanta força: um homem, em sua cama, seu. E depois disso: uma família, filhos. Alguém a quem amar. Havia conversado muito com Keiji e Summer, elas lhe contaram durante a viagem como conheceram a seus homens e como havia sido incrivelmente simples aceitar o que eles eram. E seguia sendo incrivelmente estranho. Por Deus! Esse homem mostrava claramente que pertencia a uma outra raça. E a forma com que havia se curado? E o que as garotas lhe haviam dito? Que eram mais fortes, se curavam com rapidez e tinham uma audição

Grupo Romances e Cia.

Página 106


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

extraordinária? “Supergarotas”, Keiji disse que Jane costumava dizer que eram “As garotas superpoderosas”. Era uma verdadeira loucura. De repente ouviu um carro parar em frente a sua casinha. E sorriu. Quando foi abrir a porta era Bonnie Slater, uma colega de trabalho da escola que estava preocupada com seu desaparecimento. Logo depois de deixá-la entrar e oferecer-lhe algo, começou a lhe contar brevemente tudo o que aconteceu. Falava com sua amiga Bonnie, mas esperava ansiosamente que Hank chegasse. Três horas depois Bonnie se foi e Hank não havia chegado. Cinco horas mais tarde Cassidy tinha levado o telefone para a cama e o tinha em seu colo. Ninguém ligou. Quando a noite chegou, Cassidy estava tremendamente preocupada. Onde estava Hank? E se havia lhe acontecido algo. “Não.” Devia descartar essa ideia, se lhe acontecesse algo ela o sentiria. Às dez da manhã não aguentou mais e se dirigiu à pousada de Browning. Já não estavam ali. Haviam dado baixa no dia anterior, depois das duas da tarde. Havia voltado com Chipp e Wolff pensando que ela iria com Keiji e Summer. Se dirigiu à velha caminhonete e digitou o número de Keiji. - Alô. – Disse uma sonolenta Keiji, o castigo de Chipp tinha durado a noite toda. - Keiji, é Cassidy. - Cassie, aconteceu algo? - Hank voltou com Chipp? - Não, Chipp me disse que ele ficou em Browning. Ainda não o viu? Cassie ficou pensando uns segundos e de repente compreendeu. - Esse maldito peludo, está outra vez me dando uma lição. Obrigada, Keiji. Não se preocupe. Esse felpudo com cérebro me ama e terá que vir por mim. - É claro que irá te encontrar, me mantenha informada. - O farei. – Cassie desligou e se dirigiu a sua casa. Se esse saco de pelos acreditava que ela iria por ele, estava completamente equivocado. Havia dito a ele que nem sempre seria uma mulher dócil e não faria tudo que ele mandasse. Assim esperaria sentada. Hank viria por ela. Grupo Romances e Cia.

Página 107


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Uma semana depois Cassie havia reduzido sua vida a trabalhar meio período na escola, sendo a melhor candidata à professora zumbi do ano, chorar todas as noites e insultá-lo todas as tardes. Essa tarde não parecia ser muito diferente de todas as outras infames tardes anteriores. Assim decidiu que iria por ele. Ligou pedindo uma passagem para Hermosillo, falou com seu avô, falou que iria atrás de Hank e desligou para arrumar sua mala. Quando de repente ouviu um pequeno ruído na sala. Pegou uma vara que passou a ter dentro de casa e saiu disposta a descarregar sobre lá quem fosse toda sua raiva, dor e angústia. E se encontrou com o candidato perfeito: Hank. Deus, como o havia sentido sua falta. Maldito homem. Primeiro pensou em golpeá-lo com a vara. Na verdade Hank também pareceu pensar o mesmo quando olhou para suas mãos. Quando olhou em seus olhos soltou a vara no chão e saltou sobre ele. Hank a recebeu no ar e a sustentou contra seu corpo enquanto baixava até sua boca e a beijava. Um longo, longo beijo. Dois segundos depois a estava pondo sobre a cama enquanto tentava desnudá-la. Suas mãos com essas unhas curvadas não eram muito eficientes, mas conseguiu enquanto Cassie fazia o mesmo com as suas roupas. Hank lhe tirou a camisa, o sutiã, que tirou desordenadamente, logo a pôs sobre a cama e tirou sua calça e depois sua calcinha vermelha. Quando a teve nua sobre a colcha de rosas em tons pastéis, Cassie tentou seguir e tirar sua calça, mas Hank não deixou e a obrigou a ficar ali quietinha, de costas enquanto a olhava. Seu olhar queimava. Havia sofrido por uma semana, uma semana de tormento, tentando mostrar-lhe que não devia fazer o que queria, que tinha de obedecer-lhe, para logo mandar tudo ao diabo e vir por ela, a golpearia, faria isso. Nada de ausências como castigo, ele não tinha porque sofrer o mesmo castigo, depois de tudo não havia sido ele que tinha se colocado em perigo. O que teria acontecido se os homens weremindful que tinham encontrado estivessem sob o comando de Taggart? O que haveria acontecido se Grupo Romances e Cia.

Página 108


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

simplesmente a houvessem matado? Quando sentiu que elas não estavam onde deviam, quando sentiu o medo de Cassie somado à dor de sua ferida soube que, se a perdesse, morreria junto com ela. Até o momento em que chegou na casa em que estavam rezou como jamais havia feito em sua vida, para que estivesse bem. Nunca esteve mais aterrorizado em sua vida e nunca sentiu tanta vontade de golpear-lhe do que quando a viu. E isso o assustou. O assustou a forma como ela o controlava. E este era um sentimento que nunca havia sentido e do qual não havia se agradado, pois soube que se algo acontecesse com ele não haveria mais ninguém entre ela e os homens maus. Quando decidiu castigá-la quis lhe fazer sentir um pouco do que havia sentido, uma amostra para que nunca mais fizesse algo tão estúpido. Mas havia sido a lição mais dura que jamais deu... ou recebeu. Vê-la ali, com esse rostinho precioso olhando-o quase chorando porque não a deixava tocá-lo. Chamando-o com seus braços abertos “Hank” e abrindo suas pernas deixando-o ver sua preciosa boceta dourada. Podia ver sua carne rosada entre seus lábios, brilhava. Não somente sua voz o chamava, seu corpo também o fazia, quando olhou seus peitos, seus mamilos estavam duros, alongados, enormes, como sabia que ficariam se os houvesse chupado. Hank tirou sua calça, seu enorme pau, escuro e longo, tão duro que parecia ferro fundido se elevando até seu abdômen com músculos fortemente marcados, Hank respirou profundamente e disse: - Dê a volta Cassie, se coloque sobre suas mãos e joelhos. Cassie obedeceu no mesmo instante. Se pôs de joelhos e esperou. Hank ficou olhando sua bunda, suas firmes nádegas, a profunda linha que se abria em seu volumoso sexo. Sua preciosa boceta jorrava e seus sucos inundaram seus sentidos. Inspirou com força e encheu seus pulmões. - Hank. – Reclamou Cassie. – Por favor, amor! – Cassie girou seu corpo procurando encontrar seu olhar e conseguiu ver Hank, metade homem, metade lobo. Todo seu corpo havia se enchido de uma espessa e sedosa pelagem, seu grandioso pênis seguia sedoso, duro e maior, se isso fosse possível. Seu rosto apresentava uma barba maior do que a que costumava usar, seus olhos verdes apenas se viam debaixo das grossas pestanas. Hank parecia respirar com dificuldade. – Hank, por favor... Grupo Romances e Cia.

Página 109


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

Hank se perdeu, subiu sobre a cama, pegou Cassie pelos quadris para sustentá-la e se empalou com força, obrigando-a a recebê-lo por completo. Cassie gritou, mas de puro prazer. Seu corpo saltou sobre a cama enquanto Hank a sustentava e estabelecia um ritmo duro que em poucos minutos os fez submergir em um orgasmo que os deixou sem ar. Enquanto Hank se derramava profundamente dentro dela, começava a se inchar, empurrando as paredes de sua vagina até que ela pensou que seria impossível contê-lo. O prazer explodiu sem dar-lhes pausa, a energia cresceu desde onde estavam firmemente unidos e foi crescendo, expandindo-se por seus corpos. Cassie chorava e Hank soluçava. Podia sentir a energia rodeando-os e cobrindo o quarto. Hank não deixava de ejacular. O prazer era intenso e asfixiante, ambos caíram sobre a cama procurando encontrar um pouco de ar e encontrar a sanidade. Cassie podia senti-lo fortemente engatado em seu ventre e de repente se sentiu feliz, incrivelmente feliz, com esforço levantou sua mão e procurou alcançar o barbudo rosto de Hank. Hank a ajudou baixando o rosto até ela. As mãos que haviam sustentado seus quadris agora apoiavam seus peitos, enquanto seus dedos puxavam seus duros mamilos. Quando Cassie acariciou seu rosto lhe disse dificultosamente. - Eu... te amo, Hank! - E eu... a ti, bebê, te amo. Uns minutos depois quando respiravam mais comodamente e a energia no quarto se havia acalmado, Cassie acrescentou: - E se voltar a me deixar sozinha outra vez... eu morrerei... Hank, por favor, meu amor, não volte a me deixar sozinha. - Eu lamento, bebê, fiquei tão assustado... tão assustado que o único que quis foi te castigar. - Castigar-me? Isso é o que esteve fazendo? Pois você conseguiu. Diga-me o que quer e eu o farei. Somente diga-me. Hank beijou sua cabeça. - Quero saber que sempre estará segura. Somente isso. Não quero voltar a sequer imaginar que algo possa te acontecer. Cassie se moveu afastando-se de seu pênis e se deu a volta para olhá-lo. Grupo Romances e Cia.

Página 110


Castalia Cabott – Weremindful 04 – A Caçada

- Lamento haver atuado impulsivamente. Senti que devia estar com você. Não queria estar sem você. Nunca. Prometa que não voltará a me deixar. Prometa e nunca mais voltará a se preocupar por mim, porque estarei sempre presa a você. Hank a olhou e procurou por sua boca, metendo sua língua dentro da sua boca e buscando a sua língua, a acariciando com ternura e chupando-a, a atraindo para a sua boca. Logo a soltou. - É um trato? – Lhe perguntou olhando-a em seus olhos escuros. - É. – Disse Cassie com um enorme sorriso em seu rosto. – Acredita que pode atrair meu lobo de volta? - Bom, poderia convencê-lo. – Lhe respondeu. Cassie começou a descer seu corpo até colocar-se entre suas pernas que ele abriu para dar-lhe espaço enquanto Hank olhava como Cassie pegava entre as mãos seu longo pau e começava a lambê-lo. Hank a olhava enquanto seu corpo respondia estremecendo-se. De repente compreendeu quem nessa cama era a presa e quem era o caçador. Jamais imaginou que se sentiria tão bem não sendo nada mais que um coelho. E melhor que ninguém o soubesse. Um werecoelho seria a piada de todos os seus amigos weremindful. Mas era uma delícia!

Grupo Romances e Cia.

Página 111


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.