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EUR 3,50 R$ 10,70

1984-6711

ANO 2 - 7/8 2009 - EDIÇÃO 7

ISSN 1984 - 6711

BRAZIL


www.zezzomais.com.br


LOOSHstudio LOOSHstudio



LOOSHstudio

todos os seus desejos em um Ăşnico ambiente


A proposta da NANU!! é tirar da cena comum pessoas, imagens e ideias, questionando e conectando os diversos conceitos do mundo contemporâneo. iniciativa LOOSHstudio Fotografia e Design SS NANU!! #7 Julho . Agosto 2009 acesse a versão virtual em www.nanu.com.br editora chefe Susana Pabst diretor de arte Guilherme Bauer jornalista Nilma Raquel . DRT/SP 23887 revisão Soila Freese . DRT/SC 2004 edição de arte Gabriela Schmidt Fernando Denti finalização LOOSHstudio Fotografia e Design SS departamento comercial Priscila Figurski projeto editorial, design e tratamento de imagens LOOSHstudio Fotografia e Design SS conselho editorial Susana Pabst e Guilherme Bauer

Agradecemos a todos os nossos colaboradores de texto e arte, Alisson Corrêa, Caroline Brüning, Douglas Dwight, Eduardo Kottmann, Godofredo De Oliveira Neto, Guilherme Correa, Helena Schürmann, Ike Gevaerd, Jaqueline Nicolle, Joice Simon Alano, Juliana Gevaerd, Kael Santana, Leon, Nilma Raquel, Pedro Hering, Siwla H. Silva, Soila Freese, Solange Kurpiel; também aos anunciantes, pontos de distribuição, e a todos que, direta ou indiretamente, contribuem para concretização da NANU!, e que desde sempre apoiaram nosso projeto. Muito obrigado!

capa Miguel Estelrich fotografia Susana Pabst edição LOOSHstudio Fotografia e Design SS

Periodicidade . Bimestral Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem neces- Impressão . Impressora Mayer sariamente a opinião da revista. Distribuição . Principais bancas do Vale do Itajaí, região norte e litorânea do Estado de Santa Catarina, Banca Shopping Iguatemi em Florianópolis, Livrarias Cultura de São Paulo, Porto Alegre, Brasília e Recife, e Haddock Lobo Books & Magazines, São Paulo. Internacionalmente a revista é distribuída em Berlim pela Do You Read Me!? e por A Livraria, especializada em publicações brasileiras.

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janelas

KAEL SANTANA

www.flickr.com/photos/kasabian kaelkasabian.blogspot.com kaellima@yahoo.com.br NANU!

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COLABORADORES JOICE SIMON ALANO

A consultora discute o papel dos objetos de desejo e das marcasícone no mundo da moda.

JULIANA GEVAERD

O que move o trabalho brilhante de um criador de moda? A estilista responde.

JAQUELINE NICOLLE

Ela fala sobre os limites entre consumo e consumismo e a paixão pelas novidades fashion.

HELENA SCHÜRMANN e Alisson Corrêa

São os responsáveis pelo styling do editorial City Hotel, e é de Helena a matéria “Eu me visto assim”.

NILMA RAQUEL

CAROLINE BRÜNING

SOLANGE KURPIEL

SOILA FREESE

A jornalista escreve sobre a “mania de bocão” das mulheres e seleciona batons e glosses para todos os bolsos e gostos.

Direto de Paris, onde cursa o Mestrado em Comunicação na Sorbonne, a jornalista lança um olhar sobre a influência de Coco Chanel na moda do dia-a-dia.

A psicóloga estreia na NANU! explorando de forma bem humorada o comportamento e o cérebro dos apaixonados.

A incrível trajetória do artista plástico e bailarino baiano radicado em Blumenau, Pedro Dantas, é apresentada pela jornalista.

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KAEL SANTANA

DIALA MORTRIX E D.RU

PEDRO HERING

EDUARDO KOTTMANN

GODOFREDO DE OLIVEIRA NETO

IKE GEVAERD

Um ensaio sobre o polêmico “Minha mãe”, de Georges Bataille, é a primeira participação do premiado escritor na NANU!.

Divide com os leitores o privilégio e todo o burburinho dos bastidores de desfiles de John Galliano.

DOUGLAS DWIGHT

LEON

SIWLA H. SILVA

GUILHERME CORREA

O artista plástico de Santos, que já mostrou seu trabalho em exposições por todo o Brasil, mostra seus traços nas Janelas desta edição.

Além de trazer o que rolou nas festas mais disputadas, ele apresenta a estrutura e o luxo do Parador Estaleiro Guest House.

O talento dos artistas recém-revelados pelo cinema brasileiro é o tema do dramaturgo e roteirista baiano.

A pesquisadora faz um tributo aos sabores que despertam todos os sentidos.

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A dupla explora as diferentes emoções despertadas pela obra arrebatadora e nada convencional do americano Matthew Barney.

O produtor de moda e nondj, descreve como o seu lado passional interfere nas mudanças que acontecem em sua trajetória.

A diva Billie Holiday com sua voz inigualável - e sua triste história de vida -esquenta a troca de mensagens entre o colunista e seus amigos.

O premiado sommelier destaca as qualidades da uva Riesling e sua “desconcertante sutileza”.


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www.lglacibaruffi.com.br

FLORIANÓPOLIS - BLUMENAU - JOINVILLE -CURITIBA

LOOSHstudio


SUMÁRIO a palavra única inbox loucura na medida we love atração passional chanel e a moda da rua eu me visto assim eu, modelo passional todas querem ser angelina poderosa boca passion john galliano back stage upgrade na praia do estaleiro passion pit! 12

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EDITORIAL SUSANA PABST

A PALAVRA ÚNICA Nunca protelei tanto o momento de escrever o editorial como nesta edição. A razão de tanta espera não se deve à complexidade do tema, mas à palavra que o define. Tentamos fugir dela de todas as maneiras, depois que vimos nossa suposta originalidade ser abalada pela temática da maior semana de moda do país. Fato absurdamente irônico, pois quando definimos a NANU! 7 como Passional, quisemos justamente evitar quaisquer referências já previstas, etc, etc. Sinal dos tempos ou inconsciente coletivo? A originalidade que me perdoe, mas coerência é fundamental. Digo isso porque todas as cabeças que trabalharam nesse projeto respiraram o “ser passional” por dois longos meses. E substituí-lo seria não somente injusto, mas impossível. Claro que sinônimos sempre podem ser um recurso, mas não nesse caso. Passional é uma palavra única. Ok, refere-se a paixão, mas está muito longe de ser só isso. Passional não tem paralelo na língua portuguesa. O adjetivo envolve tantos outros adjetivos que nenhuma palavra pode descrevê-lo da mesma forma. Ser passional é ser intenso, profundo e desmedido. É ser perturbado, ilógico, devastador. Também amoroso, inconformado, irracional, quente, espontâneo, inconsequente, volúvel, enfim! As fotos desta edição foram pensadas nesse ser complexo e o não-modelo da vez adequou-se perfeitamente ao perfil. “Ninguém melhor do que Miguel Estelrich”, foi o que pensamos ao definir o tema. Sou imensamente grata por ele ter topado o desafio, pois também o vejo de forma insubstituível. Cada movimento seu durante o ensaio teve a intensidade necessária para interagir e sobrepor-se ao ambiente frio e lúgubre onde o inserimos. O resultado não poderia ter sido mais perfeito.

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Confesso que me sinto incomparavelmente feliz em relação a edição 7. É a partir dela que a revista toma, sutilmente, a forma desde o início idealizada. Além do incremento gráfico, ela avançou em muitos sentidos. Um dos exemplos disso é o estilo artsy e irreverente do ensaio City Hotel, que concebemos aqui no LOOSH. O fundo de inspiração são fotografias de apelo despretensioso, e com um certo toque amador (foram dispensados vários recursos técnicos em favor da espontaneidade), aliado a um delicioso enredo after party.

As janelas também estão incríveis e cada vez mais fiéis à nossa proposta inicial, onde apresentamos obras de artistas visuais e trechos de escritores/poetas em seu verso. A frases garimpadas por nossa equipe conversam com o tema passional e, dessa vez, a autoria vem de nomes consagrados da literatura. Porém, objetivamos disponibilizar em breve esse espaço para escritores emergentes que tenham interesse em divulgar a sua obra em nossa revista, sempre com textos exclusivos.

De outro lado, nosso conteúdo cresceu ainda mais: Godofredo de Oliveira Neto, formado pela Sorbonne, professor de literatura da UFRJ, e ganhador do Prêmio Jabuti de literatura, é nosso novo e mais ilustre colaborador, o que nos dá motivos extras para comemorar. Autor de livros como o Bruxo do Contestado e Menino Oculto, todos os seus romances se passam em Santa Catarina e, curiosamente, Blumenau sempre faz parte do enredo. Também contamos com a especial colaboração da jornalista Solange Kurpiel, que cursa mestrado em comunicação em Paris, do dramaturgo Douglas Dwhite e da psicóloga e blogueira Caroline Bruning. Ainda nossa produtora de moda Helena Schürmann inaugura sua página de estilo, falando sobre looks especialmente selecionados para esta edição.

A edição 7 é também super-especial porque a NANU!! aumenta, a partir dela, seus pontos de distribuição, podendo ser encontrada também nas lojas da Livraria Cultura de todo o país e na Haddock Lobo Books & Magazines, loja cult de revistas de São Paulo. Também está na loja “A Livraria”, de Berlim, dedicada exclusivamente a publicações brasileiras. Nesta jornada acelerada em que nos encontramos, temos que agir com desmesura, amor e obsessão por nossos objetivos. Afinal de contas, a NANU! é passional.

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INbox A Arlete escondida SUSANA, MAIS UMA VEZ ,QUERO ELOGIAR SEU TRABALHO. ESTÁ BELÍSSIMA A REVISTA! VOCÊ MOSTROU COM SABEDORIA E SENSIBILIDADE A ARLETE ESCONDIDA TANTO TEMPO!!!! ALIÁS, ELA ESTÁ MARAVILHOSA!!!!

Nosssaaaaaaa!! Podemos definir a revista NANU com uma SÓ palavra..Sofisticação... Eu, como futura leitora dessa revista, quero agradecer por toda a dedicação desses profissionais.. Beijos.

Abraços, Thereza

Viviane, Blumenau

Moderna e arrojada Oi Guilherme, tudo bem? Acabei de receber a revista NANU!! 6 - Tudo sobre minha mãe. Parabéns a você e A Susana, a revista está muito bonita. Das edições que tenho, essa sem dúvida, é a melhor de todas. Projeto gráfico moderno e arrojado, sumário em novo conceito, up nos anunciantes... Três anunciantes com página dupla sequenciais. Inovaram com editorial moda masculina... Capa de muito bom gosto, quase não dá pra dizer que é a mesma revista. Parabéns a toda a equipe.

Abraços, Rosangela Carvalho da Silva Erpen

Olá Achei super interessante a matéria sobre intervenções urbanas que a revista NANU trouxe neste mês. Respondendo a solicitação da Gabriela Schmidt, estou enviando meu trabalho de intervenção urbana realizado ano passado nos outdoors da cidade de Blumenau. Daiana Schvartz

Assinatura 1, 2, 3...

Sem parar

Olá! Faço moda aqui em Criciúma e gostaria de saber mais informações sobre como funciona a assinatura da NANU!!. A revista é apenas distribuÍda em Blumenau? São quantas edições por ano? Tem desconto para estudante? Valor e forma de pagamento? Fico no aguardo.

Olha, eu não sei como fui parar no site da revista, mas sei que não queria mais parar de ver. Muito bonito tudo. Muito bom de se por em frente aos olhos. Queria saber como faço para receber em casa, assina? Prefiro tocar e sentir o cheiro do cuidado que parece ser dedicado a cada edição da NANU!!

Muito obrigada. Bruna, Criciúma

Nathália Schubert

Caro leitor,

Envie sua opinião, crítica ou sugestão, que poderá ser publicada neste espaço, para contato@looshstudio.com.

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FASHION JOICE SIMON ALANO

LOUCURA NA MED É realmente incrível ver a paixão pela aquisição de coisas que perderão seu valor e deverão ser substituídas por outras novas, criando um ciclo interminável.

Nada é mais mortal do que a paixão, deliciosa se saboreada com moderação, porém fatal se acometida por fugazes devaneios de inconsequência. Pessoas excessivamente emotivas e/ou com rasa autoconfiança podem sofrer facilmente desse “mal”. Pausa para avaliar esta afirmação... Ok, as que se julgam fortes e autoconfiantes também sofrem. Como se trata de uma coluna de moda, nada mais apropriado do que falar sobre a fraqueza passional que assola a nós, pobres mulheres, em nossa eterna “faltadetudonoguardaroupa”. Fortes ou fracas, financeiramente abastadas ou não, altas e magérrimas ou com uma estatura “normal”. Não importa! Somos todas movidas pela paixão de ter qualquer coisa que esteja na moda (melhor seria TUDO o que esteja na moda, não é?). Escrevendo o artigo final para um MBA em Moda com o tema “Marcas de moda, um fascínio, emoções e sensações vendidas ao consumidor” – ufa! – descobri que a vontade de ter se resume, quase sempre, a querer ser ou parecer algo que apenas determinada peça poderá proporcionar . O livro do psicanalista Erich Fromm (1976) “Ter ou Ser” fala atemporalmente da necessidade de termos para sermos: alguém, aceitos, felizes... Uma das colocações do autor diz: “Consumir é uma forma de ter e talvez a mais importante de todas na atual sociedade industrial da abundância. Consumir tem características ambíguas: liberta a ansiedade, dado que aquilo que se tem não nos pode ser

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retirado; mas ao mesmo tempo exige que se consuma cada vez mais, porque tudo o que se consumiu depressa perde o seu caráter satisfatório. Os modernos consumidores podem se identificar pela seguinte fórmula: Eu sou igual ao que tenho e ao que consumo”. Incrível não é? Interessante não apenas pela veracidade, mas também pela simplicidade com que esta afirmação nos é dita e – sem hipocrisia – aceita. Inconscientemente agimos passionalmente na hora de consumirmos algum objeto que nos trará reconhecimento social. Não se trata apenas do status de parecer ter mais do que realmente se tem, e sim de parecer alguém mais descolado, mais fashion, mais interessante. A moda nos proporciona isso. As grandes marcas são as primeiras responsáveis pelo desejo, em seguida os formadores de opinião, pessoas facilmente corrompíveis por qualquer novo wishlist exclusivíssimo. Atualmente graças à facilidade tecnológica, descobrimos in time o que é cool, quem está usando o quê, ou descobrir por que uma Birkin é tão ovacionada. O site Who What Wear Daily – www.whowhatweardaily.com – aponta diariamente as principais tendências usadas pelas celebridades mais fashion mundo. Seria algo como: se elas usam é legal! Simples assim e funciona. Desde que o site entrou no ar os acessos aumentam exponencialmente. Sim, este é um assunto discutível, com certeza a esta altura várias pessoas devem estar torcendo seus narizes e pensando: isso não


DIDA se aplica a mim. Que ótimo! Vejamos a próxima vez que alguém elogiar você por determinada coisa que esteja usando... Piadas à parte, é realmente incrível ver a paixão pela aquisição de coisas que, como Fromm afirmou, perderão seu valor e deverão ser substituídas por outras novas, criando um ciclo interminável. Eu mesma, sendo uma profissional do “mundinho” fashion e acostumada às extravagâncias da moda, por vezes me espanto com a loucura consumista de algumas pessoas. Vejam mybirkin. blogspot.com , trata-se de alguma Carry Bradshaw só que aficionada por Birkins ao invés de Manolos . Bem, neste blog a autora cria discussões “profundas”, por exemplo, qual telefone combina mais com uma Birkin? Qual é a melhor cor para a primeiríssima Birkin de sua vida? E olha que tem assunto, o blog é recheado de curiosidades, celebridades e bolsas, claro! Loucura, fascínio, obsessão... Enfim, eu prefiro chamar de paixão. Tão incompreensível quanto a ambição por carros, a loucura por bichos de estimação ou qualquer outra mania que não seja comum a todos. A paixão obsessiva por coisas pode se tornar doença e falir a alma de qualquer pessoa, ou então, pode ser razoável e deliciosa se for ponderada e usada com pitadas de loucura, mesmo na moda, o que realmente não é nada fácil, posso afirmar!

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FASHION JAQUELINE NICOLLE

n o i s s a p r u o d n e p s to with fashion Quem nunca caiu em tentação e comprou uma peça de roupa que ultrapasSasse as médias de seu orçamento? Quem nunca se deixou levar pelo impulso e comprou uma camiseta ou uma calça a mais? Que se manifeste quem nunca sentiu prazer em fazer compras!

Hoje, presenciamos uma quantidade absurda de ofertas de produtos e serviços se comparadas as verdadeiras necessidades humanas, isso porque, o sistema financeiro a qual pertencemos tem ciclos muito rápidos, é alimentado e só funciona a partir do consumo. A moda é uma prova clara disto. Grandes coleções são lançadas por ano e pequenas intermediam um preview do que está por vir. E como se não bastasse ainda existem grandes redes do fast fashion que lançam no mercado produtos novos a cada semana. Como consequência direta – não poderia ser outra – o cosumo em quantidades extraordinárias e em tempo recorde. Até ai tudo bem, o mercado oferece e nós consumimos, mas a verdade é que o meio ambiente sofre com a quatidade de matéria-prima extraída do planeta e seus resíduos subsequentes. Existe um outro problema que exige atenção, são os comportamentos compulsivos de alguns dos seres humanos, causados por uma série de fatores emocionais, que podem causar consequências físicas, psicológicas e sociais sérias. Da mesma forma que outros comportamentos compulsivos, a pessoa é praticamente dependente da ação de realizar compras, já que a mesma lhe proporciona bem-estar e alívio de tensões emocionais como angústia e ansiedade. No entanto, é importante ressaltar que existe uma grande diferença entre comprar por impulso e comprar por compulsão. Um tem como causa uma atração instantânea pelas

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qualidades que o produto apresenta ou por preços convidativos. No outro caso o produto não é o objetivo, e sim o ato de realizar a compra. É uma atitude que exclui o prazer pela aquisição do produto. Da pra ter uma idéia de como a moda influencia um comprador compulsivo no recém lançado filme “Confessions of a Shopaholic”, que faz parte de uma série de livros. O longa conquistou suas leitoras que, como a personagem principal, estão sempre pré-dispostas a um ataque de compras. Mas, aos nossos amantes da moda, fiquem calmos, pois é graças a suas aquisições que o mercado da moda tem a imponência que tem hoje, e talvez seja graças ao “crime” cometido de comprar por amor que a moda exista.


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FASHION JULIANA GEVAERD

ATRAÇÃO PASSIONAL A verdadeira criação surge no exato momento que nos entregamos ao impulso do instante. Na criação é a paixão que impulsiona os sentidos, o controle e a vontade. É como um catalisador que acelera o processo criativo, estimula a reflexão e gera novos conceitos, apesar da oposição sutil dos preconceitos e do senso crítico sempre presente. A verdadeira criação surge no exato momento que nos entregamos ao impulso do instante, permitindo conceber uma “ciência única”, dirigindo as causas que movem todo o universo da moda. Parabéns aos estilistas que se importam com esta premissa e conseguem, além de compreendê-la, sobreviver comercialmente, sendo fiéis aos seus princípios. Conheço alguns que, com muito estilo, destacam-se em nosso meio e deixo aqui registrado meu respeito e admiração pelo seu trabalho. André Lima, mestre em transformar o feminino em algo sublime e poderoso. Clô Orozco (Huis Clos), onde o que é belo torna-se único. Daniele Jensen (Maria Bonita) anos luz, explodiu há séculos a estrela em pó. Juliana Suassuna (Osklen) comandando com muito know how e discernimento uma equipe de gigantes. Lanza e Ale (Mara Mac) completos em graça e estilo, Martinha Ciribelli (Animale) pura pesquisa e alta tecnologia aliada a sua delicada percepção e conhecimento, sempre dá o que falar, assim como Rony Meysler (Reserva).

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ofashionweek.com.br Fotos: Site www.saopaul


FASHION SOLANGE KURPIEL

CHANEL e a moda

da rua

Quando rasgou os corpetes apertados e aboliu as infindáveis rendas e babados, Chanel quis que, através da simplicidade e da praticidade, a mulher moderna se sentisse livre, poderosa e sedutora. A abolição dos espartilhos. A criação do famoso conceito do “pretinho básico”. As roupas de malha e as camisas simples para o dia-a-dia. Os sapatos sem salto ou bastante baixos. Essa é a moda na França, afinal de contas “simplicidade é a chave da verdadeira elegância” e, sobretudo, “o luxo precisa ser confortável, senão não é luxo”. As célebres frases da revolucionária Mademoiselle Coco Chanel ainda hoje ecoam alto nas ruas da capital francesa. A ideologia proclamada no século passado é também relembrada nas telas do cinema, com o recém-lançado filme “Coco avant Chanel”, de direção de Anne Fontaine. Longe dos nervosos centros turísticos da cidade, vamos dar um rápido giro pelos costumes da moda do dia-a-dia das parisienses. Por meio de um olhar clínico ou simplesmente habituado à vida de lá. Um forte traço da cultura francesa é preferir sempre qualidade e não quantidade. Na moda isto fica evidente quando percebemos que as mulheres compram peças chaves e produzem inúmeras combinações a partir do que tem. As preferências das cores ostentam a neutralidade. O preto, o cinza e o vermelho pintam as ruas e os guarda-roupas e a associação destes tons no vestuário busca um toque de primor e versatilidade.

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Foto: © Marcel Hartmann


Fotos: © Chantal Thomine-Desmazures

Para sobreviver ao frio e às chuvas eternas da capital: casacos de lã ou os impermeáveis. Os mesmos que são mantidos por invernos e mais invernos. Esta é outra particularidade curiosa das francesas, a fidelidade a um estilo próprio. Apesar de estarmos no país referência em marcas e tendências e, claro, encontrarmos meninas ditando e seguindo ousados e coloridos modismos, as parisienses, em geral, parecem incorporar a ideia de que a moda da passarela não é para todas. Assim, mais vale encontrar o que veste melhor no corpo e no dia-a-dia e mantê-lo como um estilo só seu. Nas pernas a opção mais comum entre as francesinhas é o jeans escuro e justíssimo, para expor as longas e finas pernas. Pode ter certeza, ao passear pelas ruas de Paris é possível comprovar que as francesas são as mulheres mais magras da Europa e também as mais esbeltas do mundo (comprova pesquisa recente). No pé o conforto dita moda e as francesas continuam de ouvidos colados aos conselhos de Coco. As suas ballerines – as nossas sapatilhas – já se consolidaram por aqui há muito tempo. Uma cena curiosa e muito comum de se ver são mulheres que sacam da bolsa (normalmente enorme) o sapato alto e trocam minutos antes de entrar no local de trabalho. Os acessórios não fogem à regra da discrição. Brincos, colares e pulseiras muito pequenos e delicados. O que dá o toque mais sofisticado são les echarpes. Faça frio ou faça calor, elas incrementam o visual e aí até vale arriscar um pouco no colorido. Para encerrar a maquiagem impecável: suave e com alguns traços mais marcados. Nos cabelos um toque rétro com os grampos de cabelo como aqueles das nossas avós. As francesas costumam prender o cabelo de uma forma aleatória. Elas deixam alguns fios soltos o que dá um ar despojado e mais moderno ao visual. Quando rasgou os corpetes apertados e aboliu as infindáveis rendas e babados, Chanel quis que através da simplicidade e da praticidade a mulher moderna se sentisse livre, poderosa e sedutora. No final do século XX, a consolidação da mulher na vida econômica e a rebeldia à submissão vestiram muito bem a tendência de moda que, nos dias de hoje, já virou cultura.

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FASHION HELENA SCHÜRMANN

EU me visto

assim... ? ê u q r po

Bruna Buerger empresária

“Minha grande inspiração é o meu interior, minha personalidade, meu jeito de ser e de viver. É quase involuntário, espontâneo. Observo, analiso e sinto tudo que me cerca e adapto ao meu vestir.”

Pelas ruas, observo! E absorvo informações. Porque me ensinam, me chamam a atenção ou simplesmente me inspiram,questionei! Moda de rua ou rua da moda? Como definir? O que vem antes? Nesta era virtual o homem não dorme. A informação 24 horas. O que vale é a INSPIRAÇÃO. “Tudo muda o tempo todo no mundo”. O que vestir hoje? Não imite. Saia na rua. Faça a sua moda. CRIE O SEU ESTILO. Aconteça. Como? Por quê? Esqueça as regras. Entusiasme-se. Siga seu intuito. A palavra-chave-indiscutível é inspiração. Todos podem, todos devem! Questione, ouse, mude. Desfile o seu “modus”. Crie o seu estilo em qualquer rua. O espaço é seu. Permaneça atemporal... “Cada um veste seu cada qual”

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Fabiane Arcoverde produtora de beleza

“Uso a roupa como forma de expressão, remete meu estado de espírito.Não sigo um estilo único,mas gosto do inusitado, de seguir tendências sem ser escrava da moda.Uso ela a meu favor mas acima de tudo prezo o conforto.”


Bruno Bonet

Fotos: HELENA SCHÜRMANN

empresário

“Sempre opto pelo conforto, pela qualidade e pela moda. Nunca esquecendo que menos é mais, e que o primeiro passo para não errar é acreditar em você e no que te faz sentir bem.”

Lis Wladyka empresária

“Tudo depende do meu estado de ESPÍRITO...” Posso ser um mulherão de salto ou uma mulher invisível”. Adoro!!!”

Manoela Nemetz estudante

“Amo moda, sou uma mulher romântica, apaixonada por tudo que é bonito, adoro garimpar peças exclusivas em lugares desconhecidos e viajar é minha inspiração.”

Antonia Rodrigues designer de acessórios “Minha inspiração aflora quando acordo e sinto o dia e o momento! Vejo a roupa como um meio de comunicação, e através desta repasso minha atitude.”

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EU, MODELO NILMA RAQUEL

MIGUEL

ESTELRICH

“Eu me vi em várias fotos”

ao contrário do que aconteceu com a maioria dos fotografados até agora, o que surpreendeu Miguel foi justamente o fato de ter se reconhecido nas imagens.

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A ideia para esta edição da NANU!! foi, desde o começo, colocar um homem na capa. Diante das abordagens da revista, sempre fora do convencional, que homem teria atitude - e estilo, é claro – para “segurar” o ensaio com um não-modelo? Parceiro da NANU!! desde o início e amigo da equipe, o nome do cabeleireiro Miguel Estelrich surgiu num insight da fotógrafa Susana Pabst, seguido de um “como eu não pensei nisso antes?”. Era óbvio que a imagem emblemática que esta edição pedia era a de Miguel. Argentino, descendente de sicilianos e catalães, o cabeleireiro radicado em Blumenau há 15 anos e preferido pelas meninas locais que entendem das coisas, é a personificação da intensidade proposta como tema para a revista número 7. “Entre meus antepassados, só mesmo os índios é que dão uma centrada no meu sangue quente”, admite um temperamental Miguel. A personalidade forte – e adorável – serviu só para transmitir às fotos que você confere no nosso ensaio principal todo o calor imaginado por Susana Pabst. Na hora da sessão, o fotografado usou sua experiência como cabeleireiro e maquiador, e se preparou. De resto, deixou a equipe trabalhar e se soltou durante os cliques. “Foi superfácil”, diz ele rindo. “Eu ia me movimentando, a Susana orientando. A diferença de um fotógrafo bacana é que ele sabe captar os momentos certos”. Entre os looks montados por Eduardo Kottmann, o preferido de Miguel foi aquele em que aparece

Fotos: GUILHERME BAUER

com uma jaqueta de couro preta e um tapa olho. Ele também diz ter achado incrível a foto da capa, em que uma roupa sua foi virada ao avesso e se tornou um casaco de peles. E ao contrário do que aconteceu com a maioria dos fotografados até agora, o que surpreendeu Miguel foi justamente o fato de ter se reconhecido nas imagens. “Eu me vi em várias fotos”, diz. Ele aponta sua melhor tradução na que o mostra envolto em uma nuvem de fumaça. As fotos, inclusive, vieram ao encontro de um desejo antigo do dono da Peluqueria. Desejo de fazer um ensaio, só para sua realização pessoal, uma vez que não tinha nenhuma experiência como modelo. Apesar de a beleza de Miguel ser uma unanimidade entre quem o conhece, ele diz que sempre se achou “normal”. “Acho que todo mundo tem que aprender a conviver com o que não gosta e evidenciar o que gosta em si mesmo”, avalia. Segundo ele, “tudo é uma questão de narcisismo, vaidade, autoestima, insegurança”, lembrando que fazer as fotos foi como continuar um processo de trabalho interior, já propiciado pela análise que faz semanalmente. Além disso, com o resultado estético aprovadíssimo, Miguel faz a ressalva de que, mais do que tudo, a sessão de fotos foi diversão total. “E eu adorei brincar”.

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FOTOGRAFIA

SUSANA PABST

Styling Eduardo Kottmann Gabriela Telles Moreira Conceito LOOSHstudio Agradecimentos Companhia Hering

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Capa; River Stone Gravata; Urban Man

Cueca; Just for Man para Maina Bis Meias; Lupo para Urban Man Coturno, acervo

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Tricot; Dudalina para Maina Bis Cachecol; H&M Cueca, Just For Man

para Maina Bis Suspens贸rios; Marc Jacobs

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Body Diva Couture e Legging Kampalla para Alameda 40 Cinto Alameda 40 36

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Luva Santa InocĂŞncia Camiseta e colares acervo

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Jeans; Zezzo+ Cintos; acervo

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Regata; Hering Bota e Cueca; Calvin Klein para Maina Bis Jeans; Zezzo+

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Casaco; Osklen para Maina Bis Regata; Hering Calรงa; YXL Clothing Sapato e Chapeu; acervo NANU!

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Bolsa; Marc Jacobs Cueca; Just For Man para Maina Bis Casaco e Coturno; acervo

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Camiseta Equus Jeans Colares MarcusSoon e Arezzo Colete Diva Couture para Alameda 40 Bota Arezzo Jaqueta, legging e pulseiras acervo

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Capa; River Stone

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Colete; acervo Gravata; Gioni & Gioseppe para Urban Man

Camisa; Albori Jeans; Zezzo+

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Jeans; Zezzo+ Gola; acervo

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NILMA RAQUEL GLAMOUR

Todas querem ser

ANGELINA A boca continua sendo objeto primeiro de atração entre dois corpos. A química de um beijo geralmente sela e determina os rumos de uma paixão.

“As almas encontram-se nos lábios dos enamorados”, disse o poeta inglês Shelley no auge do Romantismo do século XVIII. Apesar de hoje em dia os enamorados estarem interessados em ir muito além dos lábios para encontrar a alma dos parceiros, a boca continua sendo objeto primeiro de atração entre dois corpos. Afinal, a química de um beijo geralmente sela e determina os rumos de uma paixão. Não por acaso, em inglês, a parte superior dos lábios é apelidada de Cupid’s bow, ou o arco de Cupido. A forma mais desejada para um lábio, desenhando dois pequenos e perfeitos montes abaixo do nariz, prontos para atrair o ser amado. Sua boca é o arco, Cupido entra com a flecha e zapt, coração fisgado. Será por este componente românticoerótico dos lábios que a mulherada enlouqueceu nos últimos tempos e quer manter a todo custo uma boca carnuda, sexy, em eterna oferta a um possível novo amante? Temos que lembrar ainda que lábios são volumosos em gente jovem. À medida que envelhecemos, eles perdem sua plenitude. Ficam mais murchos e rodeados de rugas, demonstrando sinais inegáveis do avançar da idade. E sabemos, na sociedade de nossos tempos, que a aparência combinar com a data de nascimento é pecado quase mortal. Junto a isso temos o fator genético. Quem nasceu de lábios finos teria que pedir uma nova oportunidade e talvez uma nova combinação genética ao Criador para voltar com a boca da Mônica Belucci ou da Scarlett Johansson. Vai, tudo bem, igual aos da Angelina Jolie – como não falar da boca dela? E aí tome preenchimento, toxina botulínica, colágeno, thermacool lips, implantes... Resultados? Às vezes eficientes, mas como todos vemos nas ruas e nas revistas, às vezes também desastrosos. Vale a pena arriscar? Talvez sim. Afinal, neste mundo os problemas e soluções residem na medida. O profissional com quem você se trata é competente e tem formação comprovada para o procedimento que você procura? Você tem espelho em casa e costuma ouvir o que ele tem a dizer sinceramente? Tem uma amiga do peito que pode lhe advertir se você está passando dos limites? Beleza, então vá em frente. Senão, talvez seja melhor investir nos batons apimentadinhos que estão pintando no mercado, que dão um up na boca, custam mais barato e não oferecem risco ao seu visual. Melhor manter seus honestos lábios originais de fábrica do que ganhar uma boca de Pato Donald, quando o que você sonhava era em ser Angelina.

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PODEROSA Boca

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Poucas mulheres conseguem sair de casa sem um batom. A boa notícia é que agora a maioria dos produtos associa cor, brilho, ativos anti-envelhecimento e proteção solar. Aqui, opções para todos os gostos e bolsos, desde brilhozinhos para uso diário, passando pelos discretos mates até vermelhos poderosos. 11

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1 -Batom longa duração Crazy Akakia, com formato de coração, com vitaminas E e C,. R$ 19,50. Tel.: (48) 3283.6000. www.akakia.com.br 2-Lápis para contorno dos lábios Soft Lip Liner Artdeco, à prova d’água, R$ 38. Tel.: 0800-7733450 - www.frajo.com.br 3-Kit Lip Gloss Beauty Teen Sparkkli Home Spa nas cores rosa pink, rosa claro e transparente com glitter - R$ 48.– Tel.: (11) 3846-6848 - www.sparkklihomespa.com.br 4-Gloss Saad com ingrediente Maxi Lip para efeito 3D, com vitamina E e óleo de Jojoba, R$ 62,90. Tel.: (11) 2197-8940 - maquiagem@saad.ind.br Gloss Lovely Red Nivea para uso diário, com essência de frutas vermelhas, R$ 9,57. Tel.: 0800 77 64832 - www.nivea.com.br

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5-Batom Diamante Celebrare O Boticário com partículas iluminadoras e diamante e FPS 15, disponível em cinco cores, R$ 26,90. Tel: 0800 41 30 11 – www.boticario.com.br

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6-Gloss Luzes Racco na cor amêndoa, com DMAE, na embalagem de apenas três gramas, ideal para ser levada na bolsa, R$ 19,90. Tel.: 0800-6010303 - www.racco. com.br 7-Batom ColorStay Soft & Smooth Revlon na cor Red Velvet, com SoftFlex®, desliza facilmente, permitindo um retoque uniforme e natural, R$ 59,20. Tel.: 0800 7733450 - www.frajo.com.br 8-Automatic Lip Crayon Shiseido, lápis labial usado para delinear ou como batom, disponível em cinco cores, R$ 91. Tel.: 0800 148023 – www.shiseido.com.br 9-Batom crystal Tracta na cor Flávia, com FPS 15, cristais de Turmalina, Vitamina A e E, R$ 19,52. Tel.: 0800 122911 - www.farmaervas.com.br 10-Batom Mate Contém1g cor de boca, com textura cremosa e aveludada, sem brilho, em embalagem com espelho interno, R$ 24,90. Tel.: (11) 3660.0378 - www.contem1g.com.br 11-Gloss Bijou Bourjois, que vem dentro de uma shine disco ball, na tonalidade Rose Précieux, com um perolado, R$ 109. Tel: 0800 7043440 – www.bourjois.com 12-Batom Rouge Interdit Givenchy na cor Maharani Henna, da nova coleção inspirada na Índia, R$ 87. Tel.: 0800-170506 – www.givenchy.com 13-Batom Lipstick Classic Kryolan cor de boca com vitamina E que estimula o mecanismo de hidratação natural da pele, R$ 85. Tel.: (11) 3045-0087 – www.kryolan.com.br 14-Batom nutritivo Baume au Cœur Guerlain, mistura a textura do balm com o efeito de um gloss, nos tons rose venus, coeur caramel e cocoa love, R$ 129. Tel.: 0800 7043440 Edição de produtos: Nilma Raquel Fotos: Divulgação

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MISCELÂNEA GABRIELA SCHMIDT

passion É, a paixão está escorrendo pelas bordas nos quatro cantos do mundo. Aproveitando o gancho do ano da França no Brasil, o São Paulo Fashion Week verão 2009/2010 teve como tema Passion.

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Tatuagem com o logo old school desta edição do SPFW foi distribuída durante o evento. Gente por todos os lados com ela pelo corpo.

daqui

Através de uma performace surpresa organizada pela estilista africana radicada na França Sakina M’Sa, os alunos do curso de Design de moda da Universidade Anhembi Morumbi tiveram seus trabalhos apresentados ao público, entre esses estudantes está Isadora Zendron, que é aqui de Blumenau e teve um look seu desfilando nos corredores da SPFW

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A homenageada da vez no SPFW foi a ex-modelo casada com o milionário Jean-Luc Lagardère, Bethy Lagardère, que além de expor seus 33 modelos de alta costura nos corredores da Bienal, teve 60 páginas na revista MAG!Passion, falando sobre sua vida.

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pop up

Gravuras, ilustrações, fotografias, peças de de coração, camisetas by Colette, livros, bonequinhos, itens divertidos e mais mil peças legais fizeram parte mais uma vez da Pop Up, loja ícone do SPFW que reúne algumas das grifes mais interessantes do momento.

Exposição Passion Paris, divulgando os estilistas da nova geração parisiense.

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A marca Cavalera, com a coleção “SP é minha praia!”, teve na passarela tênis customizados por ilustradores e pintados manualmente. A inspiração foi a arte da bandeira do estado de São Paulo e a águia da Cavalera. Um dos convidados foi o Emílio Olbrisch Jr, do Estúdio Fake It/Flederweiss, de Brusque, que já tem a marca como cliente e desenvolveu estampas também para esse desfile. Os patins e os tênis da foto foi ele quem fez.

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Parte da equipe do LOOSH e amigos no bar Favela Chic, da Nova Schin.

Nilma Raquel e o estilista Mario Queiroz , nos bastidores.

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POR AÍ IKE GEVAERD

JOHN GALLIANO

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Fotos: Ike Gevaerd

AS TENDAS DO GALLIANO Desfile 1 – John Galliano

FIGUERES

Primavera/Verão - Masculino Avenida Montaigne, Paris, inverno de 2008, em frente à Maison Dior. Eu falei à Clarice, minha companheira na viagem: vamos ver se o Bill está por lá. Bill é o Bill Gaitown, braço direito de John Galliano e amigo de Clarice. Entramos na recepção da sede da Dior e perguntamos se Bill estava. Estava. Veio ao nosso encontro deixando por algum tempo

a finalização do desfile de Galliano que iria acontecer no outro dia. Papos em dia, saímos de lá com os convites para o show que iria acontecer no outro dia no Museu do Homem. O museu, local escolhido por Galliano para o desfile, já é um espetáculo; assistir à um desfile dentro dele, outro. Depois do show fomos ao encontro de Bill no backstage, onde os modelos se despiam e se vestiam. Ao lado, estava

montada a tenda do Galliano. Seguranças controlavam a entrada, onde só convidados e imprensa pré-selecionada tinham acesso. Dentro dela, Galliano dava entrevistas à imprensa mundial e atendia com muita simpatia os que foram prestigiar seu desfile. Fotografias, champanhe e muito glamour. Para terminar a noite um jantar no restaurante do Museu, com a Torre Eiffel como fundo. NANU!

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Desfile 2 – Maison Dior Primavera/Verão - Feminino Prado de Paris, onde acontecem as corridas de cavalo. Almoço no restaurante do Prado, o desfile era à tarde. Batalhão de fotógrafos disputavam celebridades e modelos. Dentro da grande tenda montada no gramado do Prado um cenário surpreendente nos esperava com lugar marcado, três cadeiras atrás do presidente da Dior. Outro show, modelos maravilhosas apresentavam as criações da estrela fashion, a música era rock e as roupas brilhantes. Outro backstage, desta vez mais clean, modelos de todo o mundo eram “desmontadas” por suas equipes. De repente, escuto “Ike, me ajude”. Era Mariel, secretária do Bill carregando uma caixa de Moët Chandon e pedia auxílio. Lá fomos de novo para a tenda do Galliano, onde desta vez já conheciamos outras pessoas do desfile anterior. Flagrantes dos dois backstages estão ilustrando este relato.

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NANU! LOOSHstudio


PEDRO HERING TRANSITANDO

UPGRADE na praia do estal eiro 2009 chegou chegando na minha opção preferida de hospedagem no fervido Litoral Norte catarinense.

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A Praia do Estaleiro Guest House inaugurou no final do ano passado duas novas casas e um luxuoso salão de eventos. Localizado de frente para o Atlântico, o empreendimento comandado pelos Schurmann (o pro prietário é sobrinho do famoso navegador Wilfredo Schurmann) é um dos highlights da hotelaria em Santa Catarina. Com acesso rápido para os melhores superclubes do Brasil, Green Valley e Warung, e a poucos quilômetros do agito de Balneário Camboriú a locação é ideal para casais e grupos de amigos. Recentemente o empresário de moda Alexandre Birmann e a modelo blumenauense Johanna Stein fecharam a guest house durante um final de semana. Com heliponto e muita segurança, a dica é perfeita para os viajantes mais exigentes. As novas casas são de altíssimo padrão e contêm três suítes de luxo e uma master no piso superior. A vedação acústica é excelente, garantindo total privacidade. Banheiras com vista para o mar e cromoterapia, telas de LCD Full HD de 42“ Philipps Ambilight em todas as suítes, aparelhos de DVD, ótimo sound system, amplas sacadas com rede e muito espaço garantem o conforto. O enxoval é muito bem elaborado com toalhas de algodão egípcio e lençóis 350 fios. O serviço de “boa noite” é impecável. Na área de convivência das casas novas há uma enorme sala de estar com tela de LCD Full HD de 52”, sala de jantar e uma cozinha muito bem equipada, ideal para quem gosta de preparar suas próprias refeições. As casas ficam ao redor da piscina, perto de um jardim com direito a muitas carpas japonesas. O clima oriental fica ainda mais acentuado com as esculturas de Bali espalhadas pelos jardins. Mais de uma centena de coqueiros garantem um mood pra lá de tropical. A outra grande novidade, além das casas, é o salão de eventos com capacidade para 300 pessoas. O estilo balinês é a inspiração do espaço que fica ao lado da piscina e quando não está montado para festas funciona como um luxuoso lounge. O revestimento das paredes se alterna entre a madeira de demolição e o vidro. Os mobiliário de toda a guest house é da Sierra Móveis. O chef Daniel Sontag, ex-Pulau Magik de Floripa, é responsável pela gastronomia do local . “Mas eu sempre dou os meus palpites”, conta Cláudio Schurmann, um expert em boa mesa. A minha dica gastronônica é a famosa Paella feita pelo proprietário, um sucesso entre os habitués do espaço. Para quem quer se hospedar comme il faut em Santa Catarina a Praia do Estaleiro Guest House é uma ótima opção. Super recomendo!

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PRISCILA FIGURSK NONSENSE

PASSION IT! Como sou meio avessa a coisas insípidas, o universo passional sempre me seduziu mais do que o dos procedimentos tradicionais.

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Sempre me considerei orgulhosamente um ser passional, embora a maioria das pessoas use esse termo carregado de conotação negativa, inclusive quando relacionado a mim - o passional sempre ligado a atos inconsequentes, desagradáveis e egoístas. Dentro do meu mundo, passional é sinônimo de veemência traduzida em atos e palavras, honestidade e sinceridade desprovidas de medo para com antipatias. Como sou meio avessa a coisas insípidas, esse universo sempre me seduziu mais do que o dos procedimentos tradicionais. Passional deriva de paixão, uma “emoção de ampliação quase patológica do amor. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele”. Nossa cultura define paixões como afetos, emoções ou movimentos da sensibilidade, os componentes naturais da nossa psicologia. São esses fatores que nos inclinam a agir, ou não, em vista do que se percebeu como bom ou mau. A paixão fundamental é o amor, provocado pela atração do bem, mas as paixões não são nem boas nem más por si mesmas. As paixões são boas quando desencadeiam uma boa ação e são más no caso contrário. Eis o ponto de partida da eterna batalha humana entre vício e virtude. René Descartes, lá em 1600, já filosofava sobre o assunto. Em seu livro “Paixões da Alma”, uma tentativa de compreender os sentimentos das paixões e tirar conclusões éticas a respeito, ele afirma que os sentimentos são inerentes ao ser humano e dominam-lhe o corpo, de maneira que o mal presente neles seria fruto das distorções geradas pelo próprio homem, numa interdependência entre corpo e alma. Para Descartes, a conclusão é que apesar de estarmos condenados a sentir paixões, podemos controlá-las, sendo uma questão de método. Nossas paixões, quando controladas por métodos pessoais e intransferíveis com base em vícios e virtudes individuais, nos levam a fazer nossas melhores escolhas e estão totalmente ligadas à nossa realização pessoal. Para mim, a conclusão é que sem paixão, aquele ímpeto de seguir em frente, o impulso criativo que nos move, a honestidade para conosco mesmos, a vida perderia toda a graça.

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VIDA URBANA EDUARDO KOTTMANN

Neste espaço e principalmente na minha vida, sempre fui em busca das coisas que acredito, e nesta edição mais do que nunca, meu aspecto passional fica ainda mais em evidência. Idealizar vontades e compartilhá-las sempre fez parte da minha personalidade. O “meu” ser passional se mostra extremista e ao trocar ideias com amigos analisando este pensamento, percebi que atitudes são movidas pela paixão. Paixão essa que nos faz mudar de vontade o tempo inteiro. Cada um tem suas paixões e vai em busca de suas vontades. Assim como tudo na vida, vontades se renovam o tempo inteiro e minha nova busca é em direção da reinvenção. Vontade de ter um olhar novo sobre coisas das quais estou acostumado a ver, mas muitas vezes sem enxergar por “todos os lados”. Meus desejos nem sempre são de agrado ao senso comum. As pessoas são livres para se identificarem ou não com eles, mas acredito que quando temos nossas vontades claras para nós mesmos a compreensão alheia se torna muito mais fácil. É por isso que, talvez neste momento, só palavras não sejam suficientes para explicar as mudanças que estão acontecendo. E assim como fui apresentado pela NANU!! em suas primeiras edições como o Duh Killerpopbitch produtor e DJ, hoje me reapresento dizendo que sou, antes de tudo, uma pessoa muito apaixonada por tudo que faço e com muitas vontades. Vontades que me tornarão aquilo que eu quiser ser! Keep on Moving!

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Duh veste: Camiseta; Manifesto Triton Suspens贸rio; Marc Jacobs Acess贸rios; UrbanOutfitters

Douglas veste: Camiseta; Brian Lichtenberg Suspens贸rio; Marc Jacobs Acess贸rios; UrbanOutfitters

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city hotel FOTOGRAFIA

SUSANA PABST

Styling AHA Estilo Beleza Fabiane Arcoverde Modelos Amanda Griza

Mariana Conte Conceito LOOSHstudio Tratamento LOOSHstudio

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Fotografia Susana Pabst / LOOSHstudio Styling AHA Estilo - Alisson Corrêa e Helena Schürmann Make Alan Pires Modelo Leonardo Eicke - Ford Models Agradecimento Aeroclube de Blumenau

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Amanda Pelerine; Rosana Bernardes para Vive La Vie Regata; Le Li Blanc para Vive La Vie Cueca; Calvin Klein acervo Colar; Rosana Bernardes para Vive La Vie Relógio; DKNY acervo Anéis; para Lizzi Savaris Mariana

Colete; Talie NK acervo Meia-calça; acervo Relógio; Rolex acervo Anéis; para Lizzi Savaris

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Mariana

Colete; malha AMP para Moving Meia calça; Young Spirit para Moving Tricot; Young Spirit para Moving Colar; Daslu para Vive La Vie Pulseira; acervo

Amanda Pulôver, jeans, cinto tênis Jaqueta; alfaiataria Forumepara ViveBASE La Vie Moletom BOUVIER paraSommer URBAN Camiseta; para MAN Moving Óculos DIESEL e Short relógio para LAPPIDUS plush;EMPÓRIO Jo de Mer paraARMANI Kiki Hoffmann Holiday Boutique Mala de mão e porta agenda L & G

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Camisa VIDE BULA e camiseta LOS DOS Jeans VIDE BULA Cachecol SPIRITO SANTO Mala de m達o GOLA Sapato COSPIRATTO Tudo para ALBORI

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Amanda Body plush; Club Bossa para Kiki Hoffmann Holiday Boutique Meia-calça; acervo Colares; Rosana Bernardes para Vive La Vie

Pólo BOUVIER para URBAN MAN Jeans CONVICTO para URBAN MAN Óculos DIESEL e relógio JEEP para LAPPIDUS

Mariana Camiseta; Coca Cola Clothing Luvas; Spezzato para Belle Vie Lenço; Ani Anik para Vive La Vie Nômade Bolsa; Redley

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Camisa e calça POLO RALPH LAUREN, sapato COSPIRATO para ALBORI, Gravata ALBORI Óculos e relógio EMPÓRIO ARMANI para LAPPIDUS

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Mariana

Jaqueta perfecto; acervo Vestido; Bárbara Bela

para Vive La Vie

Jaqueta de sarja, tricô, camiseta e tênis BASE Calça jeans CONVICTO para URBAN MAN Cachecol acervo Maleta com rodas L & G

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Mariana Camiseta; Marc Jacobs Short paetĂŞ; Vive La Vie

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Top Scarlate; para Kiki Hoffmann Holiday Boutique

Amanda

Camiseta; Coca Cola Clothing Vestido; Spezzato para Belle Vie

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Amanda

Vestido veludo; Cant達o para Belle Vie

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Trenchcoat; Club Bossa para Kiki Hoffmann Holiday Boutique Bolsa; Alamanda Sapataria Sandalia; Alamanda Sapataria


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Mariana Kaftan; Ani Anik para Vive La Vie / Nômade Meia; acervo Sandálias; Alamanda Sapataria Anéis; para Lizzi Savaris

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Amanda

Vestido; Young Spirit para

Moving

Jaqueta; ACT para Moving Luva; Young Spirit para Moving Botas, sapatos e sandรกlias;

Alamanda Sapataria

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Amanda Vestido; Young Spirit para Moving Jaqueta; ACT para Moving Luva; Young Spirit para Moving Botas, sapatos e sandรกlias; Alamanda Sapataria 92

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Mariana Casaco; Cantรฃo para Belle Vie Amanda Blusa; Sur para Kiki Hoffmann Holiday Boutique Meia-calรงa; Young Spirit para Moving NANU!

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cabelo

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arte

Rua Gertrud Hering, 97 - Bom Retiro - Blumenau 47 3322 0048

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CULT DIALA MORTRIX E D.RU

PERTURBADORA IMAGEM Uma surpreendente E particular VISÃO do ser humano, que ao mesmo tempo é fantástica, apaixonada e devastadora.

Pensando em um artista passional, pensamos logo em Matthew Barney. Como assim, “pensamos logo em Matthew Barney”? Afinal, não há qualquer abordagem romântica em sua obra. Há milhares de artistas que nos fazem chorar explorando o amor como temática. Ok, o motivo é menos óbvio, mas igualmente relevante: a entrega absoluta com que ele se dedica ao seu trabalho, e que envolve, necessariamente, um absoluto sentimento de paixão. Ou também a sua particular visão do ser humano, ao mesmo tempo fantástica, apaixonada e devastadora. Mas como se entregar às palavras para falar sobre quem as pouco usa? Há sempre o eminente perigo de, com nossa verborragia, quebrarmos o seu encanto. Ao falar pouco, Matthew aborda conceitos mais sutis, metáforas visuais onde todas as imagens, por mais supostamente imorais, tomam sentido sublime diante de suas propostas.

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Contando com orçamentos gigantescos de origem pouco conhecida (supomos que Barney seja um homem de muitos contatos), ele consegue dar vida própria às suas instalações, não as obrigando a dizer nada e ao mesmo tempo, não as explicando à primeira vista. Por fim, dentro de tudo encontra-se a latente paixão, que transborda das obras e atinge o espectador como um raio. Cremaster, um de seus mais conhecidos trabalhos, é uma série com cinco filmes, em que cada um deles representa um estágio simbólico do processo de desenvolvimento do músculo, também chamado de Cremaster, responsável pela diferenciação do órgão sexual masculino e feminino. Nenhum deles tem narrativas lineares, assim como foram filmados fora de ordem. Eles envolvem dirigíveis, abelhas, baterias, criaturas místicas, enfim, há toda uma narrativa envolvida. Barney em algum de seus trabalhos, como The Order (um vídeo introduzido em Cremaster 3), uma metáfora para maçonaria, conta com a colaboração de várias pessoas para criar um cenário surreal envolvendo uma escalada que se passa dentro de um prédio. Cada andar representa uma etapa e cada uma apresenta diferentes colaboradores. As mulheres dançarinas, a disputa de bandas, a mulher com

Ilustração: Storm Cloud; Time to Leave; Visitor in the Shades of Twilight.

pernas de vidro e de tigre, o escultor Richard Serra criando durante o vídeo, servem para compor a escalada que o próprio diretor (Barney costuma aparecer em vários de seus trabalhos) faz. Na série Drawing Restraint (em tradução livre “restrição do desenho”), onde um dos artistas convidados tem sempre uma restrição artística para criar o desenho, o artista faz uso de várias linguagens, produzindo inclusive um filme onde apresenta um encontro misterioso envolvendo a construção da espinha dorsal de uma baleia franca. Barney escolhe se envolver no mais absoluto silêncio para, somente com imagens, desvendar o âmago selvagem por vezes denominado de natureza humana. A figura entre homem e criatura esconde muito mais do que simplesmente a excentricidade da criação: revela o metafísico. Assim, Barney envereda-se por entre as mais inusitadas formas de mostrar assuntos por vezes universais. E com um adendo: sem anunciá-los escancaradamente. E ainda assim, remete ao público estupefação e admiração logo de primeira. Por mais moderno e arrojado que seja seu trabalho, não se classifica ao dito “cool”: ultrapassa-o por não haver pretensões, senão as de levar a quem ouve/observa o pretendido. Barney, com sua visão perturbadoramente passional, encanta, enoja, horroriza e emociona quem conhece o seu trabalho.

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MOVIDO PELA PAIXテグ

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NANU! Fotos: Ana Claudia Lubitz

CULT SOILA FREESE


O menino de família humilde do sertão brasileiro ganhou o mundo através de sua arte.

O destino o colocou no caminho, mas foi a determinação de Pedro Dantas que o tornou um artista completo: bailarino, pintor e escultor. Se o tema desta edição está relacionado à paixão, não poderia aqui deixar de falar de Pedro Dantas Rodrigues, artista que tive a imensa felicidade de conhecer mais na produção de um vídeo sobre a sua vida e obra. O documentário será lançado no segundo semestre deste ano. A produção é da AW Vídeo de Blumenau, com direção geral de Celso Carlos Castellen, direção de fotografia de Leandro Beduschi, direção de produção e roteiro Soila Freese. O média-metragem recebeu apoio do fundo municipal de cultura de Blumenau. A obra é narrada pelo próprio Dantas e relata sua trajetória desde a sua saída da Bahia até os dias atuais, onde se dedica à pintura e à escultura em Blumenau. Para mim, Dantas é a prova de que a paixão é o elemento essencial para que a vida seja intensa e vibrante. Viver movido pela paixão vez de Dantas um ser humano inspirador. O amor incondicional pela dança o transformou em um artista único. Nascido em 1941, em Mirandela, Bahia, Pedro Dantas teve o destino guiado pela paixão pela dança. O menino de família humilde e numerosa do sertão brasileiro ganhou o mundo através de sua arte.Transformou o amor e a perseverança em passos de balé, traços de pintura e movimento em bronze. O destino o colocou no caminho, mas foi a determinação de Dantas que o tornou um artista completo: bailarino, pintor e escultor. Aos 7 anos de idade, foi morar com uma tia em São Paulo. Quando chegou à capital paulista, foi recebido pela vizinha da tia, professora de balé. Sua caminhada artística

começou efetivamente nessa época e passou também pela Escola Municipal de Balé do Rio de Janeiro e as melhores companhias do mundo, como a da italiana Carla Fracci. Além de Carla, nos palcos e nas escolas, Dantas dividiu a cena com outros grandes talentos como Nureyev, Maria Olenewa, Bertha Rosanova, Emílio Martins e Vaslav Veltechek, para citar alguns nomes. Com apenas 21 anos, decidiu viver intensamente a vida de bailarino na Europa. Foi em solo europeu que Dantas reacendeu uma velha paixão: as artes plásticas. Ele recorda que a avó era poteira e o avô trabalhava com madeira. “Nós éramos artistas primitivos, artesãos”, lembra. Ainda pequeno, observando a avó, o artista começou a trabalhar com a argila. Nas duas décadas em que permaneceu na Europa, aproveitou também para estudar e aperfeiçoar seus conhecimentos na pintura e na escultura. A inspiração veio da sua maior paixão: a dança. Blumenau foi o lar escolhido quando voltou ao Brasil. Dantas explica que se apaixonou pela cidade. O retorno à pátria natal aconteceu quando ele já pensava em se aposentar e se dedicar à coreografia, à escultura e à pintura. O convite feito por Ingo Hering para trabalhar na Escola de Dança do Teatro Carlos Gomes foi aceito prontamente. “Me apaixonei por Blumenau, estou aqui até hoje”, conta. O carinho de Pedro Dantas por Blumenau é perceptível assim que ele começa a falar da cidade. Pelo seu grandioso currículo, ele poderia ter escolhido qualquer grande centro no retorno da Europa, mas permaneceu

e construiu sua obra no interior de Santa Catarina. “As obras de Dantas dançam”. Ouvi isso da boca de mais de 20 entrevistados, entre ex-alunos, bailarinos, críticos de arte, artistas e amigos. Não apenas ouvi, mas pude sentir em suas pinturas e esculturas. As obras em bronze mostram não apenas toda a leveza da dança e seus bailarinos, mas principalmente a percepção e a sensibilidade que dá a cada escultura o movimento leve e harmonioso da dança. O artista trabalha em bronze porque acredita ser o material mais perene que existe. Para ele todas as obras são valiosas, até mesmo aquelas que ainda estão apenas no pensamento. Mas o importante na arte é imortalizá-las. Em Blumenau, Dantas tem seu nome cravado não apenas na contribuição cultural que trouxe através da dança, mas também nas peças que estão no jardim do Teatro Carlos Gomes. “Eu gostei de ter feito o Carlos Gomes, porque foram obras que me imortalizaram em Blumenau. Tenho meu nome imortalizado em duas placas de dois grandes monumentos.”, conta. Uma das descrições mais completas sobre Dantas e seu trabalho é da crítica de arte Roseli Hofmann Schmitt. Para ela, Dantas “é dança, ele é movimento. Ele é isso, como pessoa é muito forte nele. É como se estivesse sempre pairando no ar, mesmo quando anda, quando conversa, fala, é como se ele estivesse pairando no ar, em movimento, no giro, numa pirueta. É sempre dança. Ele tem esse movimento no jeito de ser, de ver o mundo com muita musicalidade, ritmo. Isto está presente na obra dele”.

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CULT DOUGLAS DWHITE

A arte de REVELAR TALENTOS Apostar em atores novos ou não-atores, muitas vezes, é o grande trunfo de um filme. Essa é uma prática que vem se repetindo cada vez mais nas produções nacionais.

Atualmente, há três tipos de produções cinematográficas no país. De um lado, produtoras que apostam em filmes, estrelados por atores consagrados, com grande apelo comercial – como uma extensão das novelas da TV. Do outro, realizadores mais ousados optam por temas mais originais e por um elenco de atores desconhecidos e talentosos. E no meio disso tudo, os cineastas independentes que fazem filmes descompromissados com o retorno financeiro e que nos revelam gratas surpresas. E o público que sai ganhando. Apostar em atores novos ou não-atores, muitas vezes, é o grande trunfo de um filme. Essa é uma prática que vem se repetindo cada vez mais nas produções nacionais. No festival de Cannes de 2008, o prêmio de Melhor Atriz foi para a brasileira Sandra Corveloni por sua atuação em “Linha de Passe”, de Daniela Thomas e Walter Salles. Antes da consagração, na França, Sandra, com uma

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grande experiência no teatro, só havia atuado no cinema em dois curtas. De que outra


forma poderia ser feito “Cidade de Deus”, se o diretor Fernando Meirelles não pudesse contar com a participação de moradores da própria comunidade? A inclusão de não-atores no elenco foi fundamental para ajudar a contar a história do cotidiano de uma favela de forma tão pungente e realista. Com “Central do Brasil”, Walter Salles nos contemplou com os desempenhos memoráveis de Fernanda Montenegro e Marília Pêra e ainda com a performance de Vinícius de Oliveira como o garoto Josué, que emocionou platéias do Brasil e de vários países. Vinícius foi descoberto pelo cineasta num aeroporto do Rio lustrando sapatos. O ator pode ser visto ainda em “Abril Despedaçado” e “Linha de Passe”. Atrizes hoje consagradas foram reveladas pelo cinema como: Marcélia Cartaxo (“A hora da estrela”) e Ana Beatriz Nogueira (“Vera”) – ambas vencedoras do Urso de Prata de Melhor Atriz do Festival de Berlim. E também Dira Paes que, de 1985 a 2008, atuou em 25 filmes e recebeu 14 prêmios. Em o “Céu de Suely”, de 2006, o público pôde conhecer o talento, o carisma e a beleza da atriz Hermila Guedes que, atualmente, pode ser vista no seriado global “Força -Tarefa”. A gaúcha Leona Cavalli já trabalhou em 12 filmes, entre os quais se destacam “Amarelo Manga”, “Carandiru” e “Olga”. Mais recentemente entre as atrizes, podemos citar Alice Braga, que depois de atuar em produções nacionais como “Cidade de Deus” e “Cidade Baixa”, firma-se com uma carreira internacional. Com “O que é isso, companheiro?”, de 1997,o cineasta Bruno Barreto mostrou

o talento de Matheus Nachtergaele para o grande público. De lá para cá, o ator paulistano não parou mais e só no cinema já atuou em 28 produções. Desde sua estréia, num curta-metragem, o baiano Wagner Moura já coleciona 20 filmes em sua trajetória. Ele protagonizou o megassucesso “Tropa de Elite”, “Abril Despedaçado” e o divertido “Deus é Brasileiro”, de Cacá Diegues, que lhe rendeu um convite para participar de um episódio do seriado “Carga Pesada”. A partir daí, Wagner entrou para o time dos grandes atores brasileiros do teatro, da TV e do cinema. Lázaro Ramos, que fez seu primeiro protagonista em “Madame Satã” (2002), de Karim Aïnouz, se prepara agora para estrear seu vigésimo trabalho cinematográfico em “Amanhã Nunca Mais”. Mas da nova safra de atores que despontam nas telonas o recordista é o baiano João Miguel que, em apenas quatro anos, traz em seu currículo 11 longas como “Cinema, Aspirina e Urubus”, “Eu me Lembro”, “Cidade Baixa” e o antológico “Estômago”. Nesse filme podemos destacar ainda a atuação da estreante Fabiula Nascimento numa interpretação cheia de nuances. Já o gaúcho Flávio Bauraqui é outro que vem se tornando figurinha fácil do cinema nacional. Ator/cantor de sucesso dos musicais cariocas, ele estreou em “Madame Satã”, no papel do travesti “Tabu”. Recentemente, acabou de rodar seu 12º longa-metragem, “O Senhor do Labirinto”, no qual interpreta o artista plástico Arthur Bispo do Rosário. Vale registrar que curiosamente, num caminho inverso, alguns atores que começaram a carreira na TV, conseguiram se destacar no cinema e se livrar do estigma de “globais” e do preconceito de alguns cineastas. Bons exemplos disso são as trajetórias profissionais de Selton Mello, Caio Junqueira, Leandra Leal, Daniel de Oliveira, Camila Pitanga, Maria Flor, Caio Blat, Mariana Ximenes, Murilo Benício e Rodrigo Santoro.

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CULT LEON

LadyDay Muito do que foi escrito sobre ela é fruto da imaginação dela ou de outros. Diz a lenda que ela começou a cantar depoisde tentar um bico como dançarina. From: Leon To: Iury Subject: Billie Já deves ter percebido que ando repassando nossos e-mails para a NANU! Fico triste por essa tua opinião sobre o jazz contemporâneo. Tem muita gente produzindo bons discos e sempre me surpreendo com o poder que o jazz tem de se reinventar. Em compensação, entendo a tua aversão e acho que, em parte, ela foi causada pela explosão do chamado smooth jazz (gênero que escutei muito, mas ficou abandonado no armário). Existem bons sites com dicas de jazz e informações atualizadas sobre o que anda acontecendo no meio. Entre tantos, destaco o trabalho do jornalista Emerson Lopes, que apresenta um podcast no portal do Estadão (www.sobresites.com/jazz/index.htm e nosreme73.multiply.com/journal). Mas como o tema desta edição é “Passional”, não encontro alternativa senão me render ao passado e afirmar: ainda não surgiu ninguém como Billie Holiday. Confesso que não foi amor à primeira ouvida e penei um bocado até acostumar os ouvidos. Somente quando ouvi o disco “Lady in Satin” foi que percebi a profundidade, a paixão e a dor que ela conseguia transmitir. Billie teve uma infância difícil. Quando nasceu (seu verdadeiro nome era Eleanor Fagan Gough), em 1915, sua mãe tinha 13 anos e seu pai apenas 15. Ela contou em sua autobiografia: “Mom and Pop were just a couple of kids when they got married. He was eighteen, she was sixteen and I was three”. Negra, pobre, vítima de estupro, trabalhou como prostituta em diversos bordéis e aos 15 anos já havia sido presa algumas vezes. Muito do que foi escrito sobre ela é fruto da imaginação dela ou de outros. Diz a lenda que ela começou a cantar depois de tentar um bico como dançarina. O vexame foi tamanho que um dos músicos teria ficado

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com pena e perguntado se ela sabia cantar. Aos 18, já cantando em clubes noturnos, foi descoberta por John Hammond que a levou para gravar com Benny Goodman e depois com Teddy Wilson (dois gênios do swing que tocaram com Gene Krupa e Lionel Hampton). Também gravou com o saxofonista Lester Young, que foi quem lhe deu o apelido de Lady Day, também nos anos 30. Veio a fama e Billie gravou pela Columbia Records até o final dos anos 30, quando cantou no clube Café Society a polêmica música “Strange Fruit”. Por motivos óbvios, a música (que descreve um linchamento/ enforcamento, comparando o corpo pendurado com uma fruta) gerou certo desconforto com a Columbia, que recusou a gravação (“Strange Fruit” acabou sendo gravada pela Commodore). Por curiosidade, ao contrário do que muitos pensam, a música não foi composta por Billie, nem por um negro e sim por um professor do Bronx, judeu, chamado Abel Meerepol (http:// en.wikipedia.org/wiki/Abel_Meeropol). Em 1947, ela fez uma ponta em um filme com Louis Armstrong. Fez o papel de uma empregada. No livro “Lady Sings the Blues” ela se queixa, amargamente, que nos filmes só havia papel para negras: ou como prostituta ou como empregada. (“You just tell one Negro girl who’s made movies who didn’t play a maid or a whore. I don’t know any. I found out I was going to do a little singing, but I was still playing the part of a maid”.). Nesse mesmo ano ela foi presa por porte de drogas, retornando um ano depois, triunfal, com um concerto no Carnegie Hall. Com a prisão de 1947 ela perdeu o direito de cantar em clubes (havia na época da “Prohibition” uma autorização especial para os artistas trabalharem nos clubes noturnos - New York City Cabaret Identification Card) e essa situação perdurou até o fim da vida dela, 12 anos depois. Aqui no Brasil havia em catálogo uma co-

letânea de nove CDs (“The Quintessential Billie Holiday”), cobrindo o período de 1933 a 1942, com as gravações na Columbia Records; assim como outras duas coletâneas: The Lady’s Decca Days, que cobria o período de 1944 a 1950 e as gravações pela Verve, de 1945 a 1959. Os anos 50 se passaram em uma sucessão de abusos e maus hábitos (drogas e bebidas) e maus maridos, que deixaram marcas na sua saúde e também na voz. Em 54 ela fez a primeira turnê pela Europa, repetida em 58 e 59. O disco “Lady in Satin” foi seu último trabalho lançado em vida, no ano de 58 (em 59 ela gravou na MGM com a mesma orquestra, mas o disco só foi lançado após a sua morte). Acompanhada pela orquestra de Ray Ellis, Billie já dava claros sinais de cansaço na voz. O álbum foi mal recebido pelo público e o próprio Ellis não gostou do desempenho de Billie, no início. Ela havia perdido muito da sua voz, principalmente nos agudos, tendo dificuldades de manter o tom. A crítica especializada chegou a se referir ao álbum como “a voyeuristic look at a beaten woman”. Todas as músicas eram inéditas no repertório de Billie, todas falam de amor, de amores perdidos, traídos, correspondidos ou não, de paixão e suas variantes. Ray Ellis disse, em 1997, que só percebeu quão grandiosa foi a performance de Billie quando escutou as músicas, semanas após a gravação e já com a mixagem definitiva. Ele admitiu que inicialmente só ouviu musicalmente e não emocionalmente. Em 31 de maio de 1959, Billie foi internada sofrendo de cirrose e complicações cardíacas. Foi novamente presa por porte de drogas e policiais ficaram guardando a porta do seu quarto de hospital até a sua morte, de cirrose hepática, em 17 de julho. Ela não teve filhos. Devo essa ao Vavá, que me apresentou The Lady Day lá nos anos 80.


From: Iúry Subject: Re: Billie To: Leon Linda a história. Conhecia em pedaços, não assim inteira. Vou guardar. Isso já é pós-graduação em Lady Day. Gosto muito de alguns que você citou, como John Hammond, Benny Goodman, Gene Krupa e Lionel Hampton, e Lester Young. Agora, tem uma experiência que não sei se você já passou. Na casa do Vavá tem um pôster da véia na parede, já no final da carreira (ou das carreiras, se me entendes) com um “balde” de whisky na mão, que é uma das fotos mais significativas que eu jamais vi. É um pôster belíssimo, e eu que já tive a oportunidade de tomar alguns whiskys (e também whiskeys) naquela sala, posso te garantir que depois do quinto, a foto muda de figura. Só vendo para entender. Vou te mandar uma cópia que eu achei no Allposter, que imagino seja a referida. Mas para atestar, só o Vavá. Por sinal, eu gostaria que você retransmitisse essa história para ele. Você consegue essa folha no Brasil por uns 50 reais, já comprei lá e funcionou direitinho: entre em www.allposters.com e faça a busca com Billie Holiday. Agora imagina esta foto com um metro de altura, lá pela meia garrafa... Iúry

From: Vavá To: Leon, Iúry Subject: Re: Billie Meninos, É quase tudo verdade, e eu digo isso sob o olhar blasé da Billie Holiday na capa do indigitado livro, ali bem ao lado do “Ulisses” que o Iúry me emprestou e já sabia de antemão que eu não iria passar da página 93. A primeira vez que ouvi Lady Day foi aos 14 anos, num sábado, na Bruneti discos. Ela me foi apresentada pelo gerente da época, o Élcio. Todo sábado de manhã, nunca depois das 9h30, estávamos ali eu e o Guiga Carioni, de banho tomado, cabelo lambido e mais perfumados do que mão de barbeiro, manipulando os The Police, Donna Summer, Led Z., Stevie Wonder, Queen e o indefectível Supertramp. Tempo tão feliz. Não tenho certeza se fui eu que apresentei a Billie Holiday ao Leon, pois que foi ele quem me mostrou primeiro o “Lady in Satin”, que eu na época ainda não conhecia, mas com certeza devo ter falado muito nela antes disso, tanto que ele até parou de ouvir o Jethro Tull. Na mesma época, aliás, me perdi de um Triumvirat (“Illusions on a double dimple”), que estou procurando até hoje. Foi por (boa) influência do Leon, aliás, que fui escutar todas as músicas (e muitas vezes) do Nick Drake, de quem eu só conhecia dois ou três, e foi por influência do Iury - verdade seja dita - que eu escutei muito Frank Sinatra em meados dos anos 80, e sou muito grato por isso. É muito bom lembrar disso tudo, mas melhor mesmo se estivéssemos reunidos agora ouvindo o som e bebendo um belo uísque, on the rocks pra mim e pro Leon, e cowboy pro Iury, tô sabendo. Em homenagem aos queridos amigos vou me sentar aos pés da santa, digo, lady, e beber com ela um scotch, ou quem sabe um bourbon, who cares? Beijão, Vavá.

Lady in Satin Lado A “I’m a Fool to Want You” (Joel Herron, Frank Sinatra, Jack Wolf) “For Heaven’s Sake” (Elise Bretton, Sherman Edwards, Donald Meyer) “You Don’t Know What Love Is” (Gene DePaul, Don Raye) “I Get Along Without You Very Well” (Hoagy Carmichael) “For All We Know” (J. Fred Coots, Sam M. Lewis) “Violets for Your Furs” (Tom Adair, Matt Dennis) Lado B “You’ve Changed” (Bill Carey, Carl Fischer) “It’s Easy to Remember” (Lorenz Hart, Richard Rodgers) “But Beautiful” (w. Johnny Burke, m. Jimmy Van Heusen) “Glad to Be Unhappy” (Lorenz Hart, Richard Rodgers) “I’ll Be Around” (Alec Wilder) “The End of a Love Affair” (Edward Redding) [mono CL 1157 only]

Bonus tracks 1997 “I’m a Fool to Want You” [take 3 stereo] “I’m a Fool to Want You” [take 2]

“The End of a Love Affair” The Audio Story “The End of a Love Affair” [stereo] NANU!

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CULT CAROLINE BRÜNING

Considerando que somos a espécie mais desenvolvida no planeta, era de se esperar que nossos rituais de atração fossem menos desengonçados do que os dos animais do Discovery Channel... Interessante o que a paixão faz com as pessoas. A paixão, ao mesmo tempo que é bom, pode ser horrível. Dá aquela sensação de nervosismo, ansiedade, borboletas no estômago... As mãos suadas e aquele incômodo constante causado por palavras que você gostaria de dizer, mas ainda não conseguiu. Noites mal dormidas, ciúme infundado, dúvida, frustração e medo que pode levar a situações embaraçosas. Só que isso passa. A paixão não dura para sempre, mas pode ir e vir num mesmo relacionamento. E isso é bom. A paixão é o mecanismo que o cérebro criou para nos dar um sinal, meio distorcido às vezes, de que tal pessoa é um(a) excelente candidato(a) à perpetuação da espécie. Eu não queria soar como um documentário do Discovery Channel, mas acho que não tem jeito. A verdade é que a paixão não tem nada a ver com o que está na caixa torácica, mas sim entre as orelhas. É o cérebro que capta sensações e cheiros e ativa neurotransmissores

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que nos fazem sentir de diversas formas, inclusive apaixonados. De acordo com a teoria da evolução, isso acontece quando estamos diante de parceiros em potencial, no caso, os homens mais fortes e as mulheres mais férteis. Ainda em um formato de documentário, proponho o seguinte: pense que, no nosso mundo, a selva africana é uma balada. A maioria das pessoas numa balada está lá pela caça, tanto que, se você pensar bem, você escolhe a balada pela música e pelo tipo de pessoa que você pode encontrar lá, ou não? E tudo vale: as cantadas péssimas, olhares fixos, mexer no cabelo, fingir que não percebeu que o rapaz ficou olhando para você a noite toda, provocações no jeito de dançar... É maluco e é intenso. Para quem não está dentro do jogo, é quase cômico observar. Tudo isso é passional e pode durar só alguns minutos, outras vezes dura horas ou dias e as vezes em que tal pessoa vier à cabeça ou

cruzar com você na calçada, até dizer “oi” torna-se uma questão existencial. Isso acontece porque, como eu disse, o seu cérebro produz neurotransmissores que o deixam eufórico, fazem sentir desejo e excitação e você às vezes faz papel de bobo. Considerando que somos a espécie mais desenvolvida no planeta, era de se esperar que nossos rituais de atração fossem menos desengonçados do que daqueles animais no canal citado, mas parece que não. A verdade é a seguinte, quanto mais as pessoas aprendem com suas experiências, menos chances de sofrerem com a paixão. Já reparou que a tendência é sofrer menos ao fim de cada relação? Ficamos mais espertos com o tempo, mas isso não quer dizer que vai chegar o dia em que você não vai mais se apaixonar. Vai sim, e sempre.


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KAEL SANTANA

www.flickr.com/photos/kasabian kaelkasabian.blogspot.com kaellima@yahoo.com.br

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GODOFREDO DE OLIVEIRA NETO CULT

Desejo e Razão de

J. A. Boiffard, Papier colant et mouches, 1930. Illustration for George Bataille’s

Georges Bataille

Há temas que são proibidos em tempos e espaços universais. A impressão que a gente tem é de que, entre eles, estão sempre aqueles a relembrar dolorosamente aos homens e às mulheres que existe uma fera dentro deles pronta para o que der e vier. Evita-se, por exemplo, comer desbragadamente, entre a comida e a boca criaram-se instrumentos intermediários substituindo as mãos; certas pulsões, desejos e obrigações do corpo são realizadas em lugares isolados do grupo; apontam ânsias e vontades inomináveis contra seus semelhantes e por aí afora. Isso pelo menos nas sociedades que reivindicam um nível sofisticado de civilização (que, aqui entre nós, têm recaídas dramáticas - vide Segunda Guerra). Chama-se isso de processo civilizatório. E é o conflito entre desejo e razão humanista. E é também daí o afluxo aos consultórios dos psicanalistas e dos psiquiatras, dos advogados, do médico clínico geral, dos sortistas, dos templos e igrejas e das delegacias de polícia. E, claro, entre esses tabus está o incesto. Uma das grandes obras de ficção sobre o tema, e que marcou a literatura ocidental moderna, é o livro “Minha mãe”, de Georges Bataille, publicado em 1966, em Paris. Hoje o autor é venerado e integra a mais prestigiosa coleção de romances do ocidente, a coleção La Pléiade. Pois é: um livro que a gente imaginava fosse acabar na fogueira da indignação ou ao inferno dos meretrícios! E , no entanto, de fato, a coisa é pesada. Trata-se, como sabem, da história de um jovem que, apaixonado e fascinado pela mãe, leva esse sentimento ao gozo extremo, gozo que ela própria, a mãe, vai ensinar ao vivo e em cores ao filho virgem. A contemplação do rapazote diante das fotos obscenas da sua mãe, com quem ele conhecerá pela primeira vez o prazer da penetração, da ejaculação e do orgasmo, é o amor devoção, é o amor total e eterno, é a sensação prazerosa de ver a própria mãe em explícitas reações de júbilo e de felicidade. É inclusive em benefício do orgasmo da mãe que ele sacrifica o seu próprio desejo. Mais importante do que o seu prazer é provocar nela o prazer que ele não parece sentir com tanta intensidade. A transgressão, iniciada quando a mãe, com uma das suas amantes numa das tórridas cenas de sexo, desvirgina o menino extasiado, no fundo nada mais é do que o complexo de castração do filho fragilizado. E para a mãe é o amor pelo fruto das suas entranhas. E como então, pesado desse jeito, o romance “Minha mãe” é ovacionado no mundo das letras e das artes? É que, precisamente, acima deste real em que vivemos há um outro, a Biblioteca Universal das Letras. Lá, dialogam entre si, desde tempos imemoriais, fábulas e parábolas, contos, lendas e histórias que fazem do ser humano, ser humano (o real não é capaz disso). Uma lenda esquimó vai dialogar com uma história de Monteiro Lobato ou de um autor blumenauense contemporâneo, quer ele saiba quer não. No mundo das imagens idem. Os estudiosos chamam de Museu do Imaginário. Assim um filme de Glauber Rocha, por exemplo, quer ele queira quer não, dialoga com os bisões das paredes das cavernas de Altamira e de Lascaux. É o caso de “Minha mãe”. As tragédias gregas, com seus Édipos , Electras e Medéias, o canto XXXI do Inferno, de Dante e milhares de outros textos mitológicos velam noite e dia. Como se nos advertissem que aquele tal processo civilizatório é uma construção constantemente em marcha, quem achar que ele já está terminado é porque já virou bicho.

Acima deste real em que vivemos há um outro, a Biblioteca Universal das Letras. Lá, dialogam entre si, desde tempos imemoriais, fábulas e parábolas, contos, lendas e histórias que fazem do ser humano, ser humano.

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1.Susana e Arlete Pabst 2. Helena Schurmann, ALisson Corrêa 3. Cassiana Bernhardt Sang Soon Kim Miriam Roza 4. Samira Tomasellei Bruna Buerger Carolina Grossenbacker 5. Jefferson Rodrigues, Jefferson Delgado e Adriana Rodrigues 6.Debora Zutter e Jaqueline Nicolle 7. Sergio Souza, Neiva Souza, Fernanda Marins, Bernardo Knobbem 8. Rita e Bruna Boskovic, Roberta Vahldick 9. Joyce Scoz, Reinaldo Dreger, Maria Julia Zimmermann, Everton Soares, Debora Cheise 10.Adriano Rebelo, Janice Bell, Pedro Hering 11. João Karsten Neto Mirian Volf 12. Camila Kuppas, Naraline Martins 13. Amanda Zorzan Rita de Cassia 14. Dylan, Lydia Bauer, Lucas Bauer, Bob 15. Maristela Garcia, Malu Schmitz, Carolina Butolo 16.Mila Voss, Sissi Passarin, Nestor Jr 17. Fabrícia Schulz, Ana Paula Sutter, Fernanda Schulz 18. Cilmara Pamplona, Daiana Amarante, Fernando Coarreiras, Soila Freese 19. Dúh, Douglas 20. Gisleine Bernnardt, Cris Olinger, Amilton Schiessel 21. Emmy, Jean Topo, Ana Fukakusa, Paulo Priess 22. Junior, Tatiana, Pacher, Marcelo Bertoldi 23. Celso Salles, Susana Pabst 24.Alessandro Mafra, Manuela, Jacqueline Buerger 25. Mari Machado, Fabiana Rocha 26.Gabriela Schmidt, Priscila Figurski 27.Iara Hoffert, Bruna Krug, Francis Pereira 28. Guilherme Setter, Michelle Weise, Luiz Felipe Olinger 29.Mayara Santana. Luiz Hadlich 30.Fabiana Barbieri 31.Pedro Schmidt, Ellen Berezoschi, Gabriela Schmidt, Guilherme Setter, Mayara Santana, Luiz Felipe Ollinger 32. Vanessa Metzler e Susana Pabst 33. 34.Gisele Tarmowski, Sandro Spergort 35.Patricia Schwanke 36. Caroline Campos, Julian Gallash, Cláudia Joergens 37.Nilma Raquel, Guilherme Bauer, Susana Pabst 38.Rodrigo SOethe, Jenifer Soethe, Priscila Rocha 39. Rubens de Abreu, Debora Luchini, Iara Hoffert, Fernanda Teixeira, Larissa Ballod, Diego Cadore 40. Felipe Rischbieter, Wilaize Morais 41.João Arno Bauer Jr, Cristina Ziebarth 42. Carlos Henrique Albanaes, Roberto Villain, Evelásio Ayroso, Anarita Cristina Chaves 43. Jordana Scussel, Alisson Corrêa, Joice S. Alano, Helena Schurmann 44.Miguel Estelrich, Cris Hoffmann 45. Alexandre Machado, Carlos Eduardo Peixer.

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PEDRO HERING JOGOS DE INVERNO Florianópolis foi o olho do furacão no Sul do mundo no quesito entretenimento premium durante o mês de junho. A quinta edição do Winterplay, evento realizado pela Alliance Eventos e AS9, chegou chegando e durante um final de semana, encheu dois hotéis e quatro pousadas de Jurerê Internacional com o supra sumo da chiqueria animada do Brasil. Além de todas as celebridades, bem nascidos e gataria que deram o ar da graça no evento, a cereja do bolo foi Heineken Main Party que contou com a apresentação da dupla Copyright seguida por um show do DJ Edo Krause e sua orquestra. Como se não bastasse, o músico Junior Lima não se contentou em ficar nos camarotes e subiu ao palco para acompanhar Edo com sua poderosa guitarra mostrando porque é um dos mais talentosos artistas do Brasil. Festa memorável e surreal. Eu estive lá e registrei estes momentos para Nanu!! 1 Luana Queiroz e Jens Saltin 10 Michel Saad e Natalia Anderle, Miss Brasil 2008 2 Luisa Schwartz 11 A dupla de DJs Copyright 3 Russo e Flavia Brasca Fotos Pedro Hering / IMAGECARE 4 Daniel Erthal 5 Herbert Gris e Dorival Neto 6 Syomara Besen e Luiz Korff 7 O Dj Sandro Orta e o empresário Rony Mansur 8 Erika dos Mares Guia e Raul Frare 9 Felipe Solari, Bruno Gagliasso e Junior Lima 5

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Foi sucesso total de crítica a última festa no Warung Beach Club, em Itajaí, Santa Catarina. Quem foi até o clube da Praia Brava conferir o poder de fogo do DJ e produtor Lars Sandberg, aka Funk D’Void, ganhou um plus inesperado. Um “back-to-back” entre Paulinho Boghosian – residente do Warung Beach Club que abriu a pista – e Funk D’Void levou os presentes ao delírio fazendo esquentar a fria noite de inverno no Sul do Brasil. Trilha sonora de primeira. Aqui algumas fotos. 1 Os DJs e produtores Paulinho Boghosian e Funk D’Void 2 Barbara Atolini, a hostess do Warung, com Gustavo Conti, um dos donos do clube 3 Larissa Allemand e Zuca Lugarede na cabine de som do Warung 4 Patrícia Schoetter e Carla Muller na Praia Brava Fotos Pedro Hering / IMAGECARE


NOITE DE GALA CATARINENSE A Noite de Gala Catarinense mais uma vez reuniu a nata da sociedade catarinense no final de junho. O evento, comandado pela colunista do Jornal de Santa Catarina Neusa Manske Hoemke, homenageia personalidades de diversas areas de atuação. Entre as homenageadas deste ano a linda modelo Johanna Stein, a cartorária Ana Luiza Pedrosa da Nóbrega – que fez o “esquenta” mais disputado - e a fashionista Zita Roncaglio. Eu estive lá, como faço todo ano, e registrei alguns momentos para Nanu!! 1 Fernanda Nasser no “warm-up“ chez Ana Luiza Pedrosa da Nóbrega 2 Cachito e Guta Douat no esquenta nos Pedrosa da Nóbrega 3 Patrícia e João Paulo Kleinubing, convidados de Ana Nóbrega 4 Janice Bell e Liana do Valle 5 As irmãs Maria Eduarda e Ana Luiza Pedrosa da Nóbrega 6 Meganni Corbani 7 Ítalo Façanha e Gisele Fouquet 8 Neusa Manske Hoemke e Rosane Lopes 9 Johanna Stein e Alexandre Birmann 10 Miguel Estelrich e Paolo Pascolli

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A BREITKOPF de Blumenau promoveu o coquetel de lançamento do AUDI Q5. O evento contou com a animação da Vibe Bar Tenders, que desenvolveu drinks especialmente para o evento. Paulo Kakinoff, Presidente da AUDI Brasil, também esteve presente. 23

1.Douglas Ricardo Packer e Rejane Huewes 2.Enio Sardagna e Paulo Kakinoff 3.Raphael de Oliveira, Jaine Gomes, Ronnie Gauche, Nancy Montenegro, Sabrina Gaucher, Daniel Wachholz 4.Renato e Julian Morales, Rafael Breitkopf Sardagna, Aline Souza Farias, Jussara Souza Farias, Denir Farias Jr., Bruno Fritzke, Mario Augusto Buzinato 5.Raphael de Oliveira, Jaine Gomes, Carlos Soares e Carol Pires 6.Saulo de Lima, Paulo Kakinoff e Sueli de Lima 7.Marisa Breitkopf e Aldo Gonçalves 8.Rafael Breitkopf Sardagna e Julia Breitkopf Sardagna 9.Jussara Souza Farias 10.Samuel Oliveira, Pablo Novak, Juliano Schmidt, Djulia Lindermann e Juliana de Souza 11.Cristine Deboni, Valdete Muller e Lizete Alexius 12.Felipe Farias e Tais Weise 13.Juliana Laura da Silva e Marcio Mattos 14.Jader Sardagna, Graziela Nasato e Cynthia Breitkopf 15.Eder Silva e João Marcelo de Oliveira 16.Renato e Julian Morales 17.Mario Zendron e Jovi Capello 18.Rafael Antônio, Marinho da Silva, Afonso Zago e André Ricardo Grott 19.André Ricardo Grott e Afonso Zago 20.João Victor Boaventura, João Carlos Boaventura e Ivan Décio Wollinger 21.Patricia e Alan Segala 22.Fabio e Cildo Voelz 23.Richard Kalinowski, James Peiker, Adriano Borchardt e Alexandre Ferrari 24.Enio Sardagna, Alfredo Breitkopf, Paulo Kakinoff, Mario Zendron 25.Gilberto Mattiello, Tarcísio Cristofolini, Liliane Bento, Marli Rudnick, Frank Norman Hirt 26.Renan Huewes, Terence Buch 27.Rosali Karsten, Hanna Hirt Duebbers e Carla Annuseck Grando 28.Wagner Rodrigues e John Novack 29.Vadir Steinbach e Valdir Steinbach Jr. 30.Gabriela da Veiga e Nadir da Veiga Vier 31.Marcio Aurélio e Wagner Filho 32.Olívia Gonçalves de Souza, Margareth Di’Niss e Mário AUgusto Fusinato 33.Jane Sabel e André Morbach 34.Adilson Nilton Correia, Cesar Obenaus, Geraldo Pedrini, Enio Mário Sardagna 35.Marcos dos Reis, Jader Tomazi e Evelásio Vieira Neto.

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A Boutique Maina Bis, em parceria com a concessionária Chevrolet Santa Clara e com a grife Just For Man, convidou seus clientes e amigos para um agradável coquetel, que contou com desfiles e a exposição do Chevrolet Captiva, na terça, dia 09 de junho. 1.Hélio Roncaglio, Ana Glória Nardelli, Osmarina Roncaglio, Eneida Roncaglio, Deise Demarchi 2.Luciane Maestri e Sônia Amorim 3.Inara Pasquali e Cynthia Baumgartem 3.Arlete Holetz e Paulo Pfau 5.Gabriela Goés, Priscila Schmitt e Maria Eduarda Raymundi 6.Eliana Grahl Abreu 7.Viviane Hinsching da Silva e Vera11Leite 8.Osmarina Roncaglio, Valmir Beduschi e Ana Gloria Nardelli 9.Kaka Grossenbacher, Luzia Cordeiro, Camila Cordeiro e Osmarina Roncaglio 10.Cristina Ziebarth e Eneida Roncaglio 11.Nilma Raquel 12.Matilde Fachini, Renata Fronza Beber, Rosana Schindler e Juçara Roncaglio 13.Roberto Pereira, Deise Demarchi, SIlvana Kowalski Dagnoni e Carlos Dagnoni 14.Anderson Giovani e José da Veiga Roncaglio 15.Elisângela Fernandes e Rui Wagner Fernandes 16.Marcelo Valbão e Edislene Valbão 17.Hélio Roncaglio e Roberto Holetz 18.Ana Luiza Demarchi e Nanny Kohls 19.Muchi e Adolfo Maes 20.Maíse Tavares D’Amaral e Aline Ritzmann de Oliveira 21.Renata Fronza Beber e Susana Pabst 22.Luiz Barbieri, Ana Glória Nardelli e Bia Bauer de Souza 23.Miriam Roza e Mirela Moser 24.Rubia Cunha, Joice Pereira, Scheila Cunha e Natalissia Souza 25. Vera Weickert e Miriam Rosa 26.Ivy Zuege, Giovana T. de Aguiar e Fabiana Barbieri 27.Andrea Bauer, Mirela Moser e Fernanda Marins 28.Marcelo Peixoto e Pedro Henrique Benetti 29.Débora Vieira, Patricia Roncaglio e Amanda Otero

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Mostra Casa NovA

Bistr么 Tina Bauer 1.Leo Coelho, Alexandre Pecin, Antonio Luz 2.Aurelio Paladine e Elisa 3.Maria Alice, Paula, Fran, Elisa 4.Guido Boabaid e Paula 5.Ruth Bauer, Camila, M.Carolina e Bia Bauer Souza 6.Tina Bauer, Dea Barreto, Bia Bauer 7.Andre Panariello e namorada

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1. Gilberto Darolt e Laci Baruff,i Arlésio Holetz e Nara Holetz, 2.Jéssica Vidic, Janaína Moi 3.Celso Deschamps, Angela Guedes 4.Juliana Setti 5.Solange Ferreira da Silva, Viviana Mees, Elisete Esteves Mees 6.Alex Fener, Mara Tonini 7.Eliana Bendini Ferencz, Angela Guedes 8.Andressa Bhoemer, Adenise Bohemer 9.Samara Clauman, Leonardo Clauman Júnior 10.Julia Darolt, Gilberto Darolt e Laci Baruffi 11. Lacy Baruffi, Tereza Gracher, Maria Vargas 12.Carla Labes Soares 13.Adilson da Silva, Anelise Pacher 14.Flávia Bucker 15.Carla e Gislane Aparecida Claudino, Laci Baruffi 16.Laci Baruffi, Carlos Feliciano 17. Ligia Mara Beltramini, Julia Darolt, Adenise Bohemer 18.Eliane Bedini Ferencz, Celso Deschamps, Elizabeth Schaffer 19.Adrian Martinez, Flávia Martins, Laci Baruffi e Gilberto Darolt 20.Júlia Darolt, Laci Baruffi, Nirian Brahn

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A mais nova loja Laci Baruffi foi inaugrada em Balneário Camboriú. O coquetel reuniu amigos, parceiros e clientes no novo espaço da marca, na Avenida Brasil.

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POP AMBITION A Pop Ambition, um dos eventos organizados por Douglas e Duh, da FAKE IT!, aconteceu no Camorra. A atração principal foi o projeto SubTropics, de Floripa, união das bandas Mottorama, Discobot e Superpose.

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SCMC no butiquin

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As empresas envolvidas no SCMC (Santa Catarina Moda Contemporânea) se encontraram no Butiquim Wollstein, em Blumenau, para uma feijoada de confraternização. A NANU! esteve lá e registrou. Confira.

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1.Ligia Buerger, Luciana Fantoni 2.Geisa Tonello, Amélia Malheiros 3.Lorival Lobe Jr., Jacir Luiz Lenzi 4.Cristiano Buerger, Maria Izabel Costa, Rui Souza, Lygia Souza, Alvin e Adriana Rauh 5.Sérgio, Celize e Lais Pires 6.Denis Lunelli, Alfredo Fantoni, André Klein, Rui Souza, Afonso Eggert, José Antônio da Silva 7.Rui Souza, Eduardo Heinenberg 8.Arno Buerger 9.Julye Poffo, Thiago Francisco, Caroline Schuh, Leonardo Cruz, Patrícia Lima 10.Geisa e Elvira Tonello, Caroline Schuh 11.Marcelo Luciano, Karla Alexandra e Isete Lenzi 12.Gisele Prim e Fabiano Dalri 13.Isabela Heinenberg 14.Cristiano, Rosana e Maria Vitória Buerger 15.Joana e Denis Luiz Lunelli 16.Amélia Malheiros, Marcos César da Silva 17.Alessandra Bressiani 18.Fábio Wollstein 19. Eugênio Warmelling, Vaninha Krieger, Cristiano Buerger 20.Greice Lombardi, Everli Klein da Silva 21. Carlos e Maíse Tavares D’Amaral

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SIWLA H. SILVA JOIE DE VIVRE

Embora os estraga-prazeres (literalmente, neste caso), insistam em apontar a parca comprovação científica de um real efeito dos alimentos e bebidas afrodisíacos, quem já não experimentou aquele “calorão” se espalhando pelo corpo todo depois de um belo prato com pimenta marcante ou daquela taça de champagne dividida com o ser amado? Pelo sim, pelo não, nada de apelar para “garrafadas” ou montes de ovos de codorna (que sem graça!). Uma refeição gostosa e até - por que não? saudável, preparada com ingredientes e especiarias escolhidas a dedo, vai estimular todos os sentidos: a noite de paixão é só consequência. Para começar, algumas especiarias podem ser usadas por seus aromas estimulantes e por criarem um clima exótico: gengibre, canela, cravo, cardamomo, anis, noz moscada, açafrão, tomilho, manjericão, mostarda picante, jasmim, aroma de rosas. E ainda por cima têm nada ou poucas calorias! Por razões óbvias, esqueça alho e cebola. aromasUma estimulantes criam um comnão? o visual dos pratos, pois um conjunto de cores quentes refeição gostosa e até -Preocupe-se por que e vibrantes, em um belo arranjo, traz aquela sensação de calor e clima exótico: gengibre, canela, - saudável, preparada com ingredientes e ao relaxamento. Além disso, mesmo inconscienteaconchego necessária cravo, especiarias cardamomo, anis, noza dedo, escolhidas vai alguns estimular mente, alimentos têm formatos que levam à associação com a moscada, açafrão, tomilho, anatomia masculina e feminina – escolha-os! todos os sentidos. O sabor de alguns ingredientes, associados a seus aromas e texturas, manjericão, mostarda picante, também auxiliam a despertar a libido. Pimentas de vários tipos, claro!, jasmim, aroma de rosas. pelo seu poder de estimular o paladar e a circulação; ostras (clássico!), aspargos, morangos, chocolate, figos, mel, abacates, mel, nozes e amêndoas, molhos e doces cremosos. Não esqueça de um bom vinho; mas com moderação, já que o álcool pode dar sono e pôr todo seu trabalho a perder. E nem de um brinde a Afrodite, por milênios a protetora dos amantes e apaixonados.

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joe de vivre NANU!

grandes

chefs no Neumarkt

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A 1ª edição, em setembro de 2008, foi um sucesso arrebatador. Nomes como Claude Troisgros, Helena Rizzo e Dominique Guerin transformaram a praça de eventos do Shopping Neumarkt numa vitrine com o melhor da Alta Gastronomia contemporânea durante cinco dias. E este ano o evento promete ainda mais. Marcado para 10 a 14 de agosto, o 2º Neumarkt Gourmet já tem confirmado o elenco dos sonhos de qualquer gourmet: Bettina Orrico, chefe da Cozinha Experimental da revista Claudia; Emmanuel Bassoleil, do lendário Roanne e hoje comandando a cozinha do Skye, no hotel paulistano Unique; Fabrice Le Nud e suas doces obras de arte da Pâtisserie Douce France; toda a técnica e didática do mestre francês Laurent Suaudeau, e Roland Villard, do premiadíssimo Lê Pré Catelan, no Rio – junto a outros profissionais da região e de outros pontos do Brasil. Além da oportunidade de degustar as delícias preparadas por cada um dos profissionais convidados, o Neumarkt Gourmet promete apresentar a vanguarda em termos de técnicas, ingredientes e equipamentos usados pelos chefs de maior destaque em atuação na Alta Gastronomia do país. As aulas programadas para serem dadas em até três cursos por dia, devem reunir no ambiente preparado com apoio de marcas de renome do segmento, os clientes do Neumarkt que poderão ainda, levar apostilas dos cursos e brindes para casa.


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1. Bettina Orrico 2. Emmanuel Bassoleil 3. Dominique Guerin 4. Fabrice Le Nud 5. Pinheiro Machado 6. Claude Troisgrois 7. Roland Villard 8. Helena Rizzo 9. Laurent Suaudeau

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JOIE DE VIVRE NANU!

PURA E COM

ALMA

A Inox é uma bebida resultante de anos de pesquisa, com o objetivo é de retirar todos os elementos indesejáveis e prejudiciais à saúde, mas conservando as características organolépticas de uma excelente cachaça. Artur Bona tem aquela curiosidade típica dos inventores. Com uma vida inteira dedicada à pesquisa e desenvolvimento de equipamentos, o blumenauense é pai de um “destilado fino a partir de cana de açúcar” - como ele gosta de chamar - e que recebeu o nome de Inox. Até chegar à cachaça fina que fabrica através de sua empresa, a Puríssima do Brasil, Bona desenvolveu muito de seu raciocínio científico ao pesquisar energias alternativas quando estourou a crise do petróleo, ainda na década de 70. Foi o ponto de partida para um envolvimento com a produção de álcool e consequentemente a destilação artesanal, numa tentativa de transformar alambiques já instalados em produtores de combustível. O encontro com um empresário de Pomerode concretizou o desejo de colocar em prática a construção de uma destilaria para produzir um destilado de cana de açúcar de primeiríssima linha, e com todo o cuidado e detalhamento técnico aos quais estava acostumado em sua vida profissional. “O objetivo era um destilado de frutas. É um processo extremamente delicado, que requer conhecimento profundo de Microbiologia. Você tem que conhecer o ambiente de fermentação, a operacionalização não pode se dar ao Deus dará”, afirma, lembrando que em boa parte dos pequenos alambiques é assim que a bebida é feita, e por isso arrisca-se a vir com ela uma infinidade de subprodutos prejudiciais à saúde.

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Quando Artur Bona decidiu se dedicar à destilação de cana de açúcar enfrentou grande preconceito. “Ouvi que era bebida de pobre, bebida de vagabundo”. Segundo ele, a História explica: “A princípio a cachaça era exportada como bebida fina. Mas os produtores europeus de bagaceira – o destilado feito a partir das sobras da produção de vinho – começaram a combatê-la. Além disso, com a ascensão dos barões do café, só era bom o que vinha da Europa, e a cachaça entrou no pacote”. O resultado, segundo ele, é um mercado que ainda engatinha rumo a uma necessária padronização. “No processo de fermentação, se variar 0,5 grau, o caldo básico terá resultado diferente. Sempre disseram que é impossível fazer duas cachaças iguais, mas eu discordo”. Para Bona, ainda há muitos paradigmas a serem quebrados no Brasil, apesar do sucesso da cachaça no exterior. “Precisamos de um novo conceito para o destilado brasileiro”. Até por isso, ao criar sua Inox, Artur Bona quis fugir totalmente do estereótipo da cachaça que traz imagens de engenhos coloniais no rótulo, batizando-a com um nome que remete à modernidade e vem numa embalagem com design arrojado e totalmente diferente do convencional.

A chegada de um biólogo alemão, que tinha uma tradição familiar na produção de destilado de frutas ensinou muito a Bona, mas não foi suficiente para tocar o negócio para frente. Mas a essa altura, seu domínio da tecnologia de destilação o ajudaram a dar impulso a mais pesquisas. Ele aprimorou o uso de sacarímetros e densímetros e percebeu que o terreno onde a cana foi cultivada era importante – assim como o terroir dos vinhos. Mas na sua tentativa seguinte, o cuidado em laboratório para evitar os erros foi tão grande, que a sua cachaça virou álcool. “Ficou horrível, sem sabor e sem personalidade”. Três anos e dez mil litros de bebida depois, já com seu laboratório transferido para Jaraguá do Sul, Bona chegou ao seu processo particular de fabricação, que ele batizou de Fragmentação Escalar por Diferencial Térmico, impondo parâmetros rígidos para a gradação alcoólica e a acidez da cachaça que produz. O objetivo é a retirada de todos os elementos prejudiciais ao sabor e à saúde, conservando as características organolépticas de uma excelente cachaça. Já visando o mercado externo, ele queria um nome sonoro em todas as línguas. Coincidentemente, o nome escolhido, Inox, tem origem na língua grega

com o significado de puro, inocente. Bona, que de inocente não tem nada e sabe muito bem onde quer chegar, aguarda agora a parceria de um sócio investidor para continuar suas pesquisas e lutar com mais armas em um mercado super agressivo e cheio de armadilhas para quem está começando. Ele busca agora a certificação orgânica de seu produto – fabricado hoje nas versões tradicional e com manga ou maracujá - e de uma maior estrutura para aumentar seu volume de vendas sem perder a qualidade conquistada em tantos anos de dedicação, pesquisa e busca da maior pureza aliada ao melhor sabor.


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JOIE DE VIVRE GUILHERME CORREA

O desafio da casta camaleão Uma boa pergunta: por que a Riesling não desce do pedestal dos estudiosos e cai no copo da maioria?

Sempre que me perguntam qual a variedade de uva branca preferida, a minha resposta causa um pouco de desconfiança, ou talvez sejam os olhares que transmitam a idéia de que estou tentando me colocar num nível de conhecedor de vinho diferenciado, ou pior ainda, inatingível. Juro que meu objetivo não é de exclusão ou segregação. Li recentemente que o atual “meilleur sommelier du monde”, o sueco Andreas Larsson, também tem a Riesling como casta predileta, opinião também dividida pela maior parte dos famosos críticos, jornalistas e conhecedores de vinho no mundo. Uma boa pergunta: por que então esta uva não desce do pedestal dos estudiosos e cai no copo da maioria? O inspirado autor inglês Oz Clarke faz uma analogia da Riesling com um aluno que sempre tira notas máximas e tem toda a estima dos professores, mas que no recreio permanece sozinho e sorumbático num canto do pátio, assistindo angustiado à alegria das brincadeiras dos seus colegas menos brilhantes, e não se reconforta com os conselhos dos seus mentores: um dia chegará sua vez! Confrontada com a Chardonnay, a “rainha” das uvas brancas, pelo menos no quesito comercial, a nobre casta germânica parece não agradar multidões, pois seus atributos raramente são buscados pelos consumidores de vinho da atualidade. A não afinidade da Riesling com o carvalho novo e seus aportes abaunilhados e “doces”, e a sua acidez inoxidável parecem andar na contramão da autobahn do gosto moderno, enquanto que sua desconcertante sutileza não desperta emoções

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profundas em quem está começando a namorar o mundo do vinho. Vamos ser sinceros, o impacto de um delicioso Chardonnay do Novo Mundo é muito mais inteligível aos sentidos que estão por se desenvolver. Dessa forma, o amor pelo Riesling não deixa de ser um “gosto adquirido”. Além de tudo, quanto mais trilhamos os caminhos de Baco, concluímos que a noção mais poética e efetiva do vinho é a sua capacidade de expressar fielmente a realidade geoclimática do vinhedo que lhe deu origem, coisa que a Riesling faz muito bem, talvez mais precisamente do que qualquer outra uva branca do mundo. A casta camaleão se mimetiza de acordo com o solo e o mesoclima em que foi plantada, consubstanciando-se num perfeito veículo para expressão do terroir. Se não bastasse, esses vinhos emocionantes sobrevivem com louvor à prova do tempo, e vários deles só revelam suas virtudes após anos e anos de guarda. Apostando no amadurecimento do mercado brasileiro de vinhos, fiz uma seleção de produtores excepcionais de Riesling da Alemanha para a importadora Decanter, nomes como Hermann Dönnhoff, Grans-Fassian e Franz Künstler. De diferentes regiões do país, são vinhos que se aproximam da perfeição, ou melhor, da difícil tarefa de reunir força e delicadeza num único gole, o Santo Graal dos enólogos. Será que o nosso aluno brilhante jogará bola com os colegas? Afinal, boletim bonito é bem diferente de felicidade!


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Há cerca de seis meses um dos maiores empresários do ramo imobiliário da Rússia recebeu sua aeronave AugustaWestland. Com a assinatura da ¨maison Versace¨.

Ter suas próprias asas - ou melhor, hélices – para ir de um ponto a outro de uma cidade supermovimentada já é o máximo da auto-suficiência e do luxo. Imagine então ter um “brinquedo” que leva a assinatura de uma maison como a italiana Versace em seu interior? Esta é a proposta da AugustaWestland, fabricante inglesa de helicópteros distribuídos no Brasil pela OceanAir Táxi Aéreo. A parceria entre a AugustaWestland e a Versace foi firmada em 2007 com o objetivo de oferecer diversas possibilidades de design de luxo no interior dos helicópteros. As duas primeiras máquinas foram entregues a compradores em março de 2008 e desde então a assinatura Versace nos helicópteros da AugustaWestland tem sido um sucesso. Os clientes combinam as mais diversas possibilidades de decoração, que incluem revestimentos com detalhes cuidadosamente feitos à mão. Há cerca de seis meses um dos maiores empresários do ramo imobiliário da Rússia encomendou sua aeronave, um AW119 de seis lugares, decorada com estofados em couro azul e branco. Mas todo mundo sabe que investimento consciente hoje em dia vai além de uma aparência exuberante e conforto. Não bastasse a personalização da decoração e a possibilidade de incluir gadgets básicos como sistema hi-fi, , CD-DVD player, iPOD-mp3 player e climatização, as máquinas dessa nova era são também ecofriendly. Os modelos são planejados para operar com menor consumo, baixa emissão de ruídos e poluentes. Mas que luxo.

agradecemos a Fabio Bittencourt Exliberes/OCEAN AIR NANU!

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To see, or not tossir!!

Ilusão Amar Querer Achar que é´ Uma bela e nova mulher Um homem Uma sapata Um travesti Uma lancha Um avião Tudo é´ ilusão. Está nos olhos. A admiração vai da conivência de nossa vontade até´a igualdade das vontades. Nossos olhos que observam, deseja tudo o que vêem e não o que queremos. Só amamos aquilo que se parece com nossa vontade Está em nossos olhos e não em algo mais nobre, esta fonte. ´ ´ do cérebro O poder é e não da inteligência. Mais ou menos como se deixar levar ao espaço guiado pelo computador de 2001. A força das coisas íntimas, apenas as mais, mais... pequenas. Aquelas que não admitimos existir, dentro do nosso nobre ser. Esta que rege todas as ações com sinapses despercebidas da consciência, cria escravos de desejos inconfessáveis. Desejando irracionalmente, um mundo com isso e com aquilo, uma vida sem isso e sem aquilo. Separando cada vez mais o ser dos olhos ... e este cada vez mais, olho grande. Transformando em inferno, As horas Os dias A vida O olhar sem enxergar O amor A compreensão O belo A bela O diferente A igualdade

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tempo spaço de e curto e st para e n la e e u ar q do toda o imagin onstruin c s o m Estranh a s. pass e outro o vida , teresses d inha chamad utros, in o abelha ra s o o it lh u o M o d s. o s a tr v ou escra . obreiras, nas vêem Abelhas ossos ape n s o e d s, on ... tempo


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