Ocupando o vazio

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NATHÁLIA DE ARAÚJO GRIPPA

ocupando o vazio. Novas formas de habitar e atravessar o centro de São Paulo.

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NATHÁLIA DE ARAÚJO GRIPPA

ocupando o vazio. Novas formas de habitar e atravessar o centro de São Paulo.

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO NOVEMBRO DE 2014

ocupando o vazio. Novas formas de habitar e atravessar o centro de São Paulo.

NATHÁLIA DE ARAÚJO GRIPPA | RA 201004725 ORIENTADOR FERNANDO GUILLERMO VÁZQUEZ RAMOS

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“O direito à cidade é uma visão mais ampla que o simples direito à moradia, porque muitas vezes os déficits habitacionais são tão crí"cos que não podem ser solucionados sem que primeiro se dê um correto direcionamento às questões urbanas”. Jaime Lerner 6


AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente ao Fernando Vázquez, pelas orientações, ensinamentos e o conversas no decorrer do ano. Aos amigos, que es!veram por toda caminha da da faculdade em especial ao Jhonny e Weslley, pelas discussões, referências e amparo, durante a graduação. A equipe do H+F que esteve presente no ul!mo ano, pelas conversas, principalmente ao Eduardo Ferroni por toda ajuda ao final do trabalho. Aos meus pais (Sara e Natal) e o meu irmão (Guilherme), pelo suporte constante, persistência e incen!vos que foram fundamentais não só na minha formação, como na minha vida. E ao André, por toda a compreensão, apoio, paciência e dedicação, que foram essenciais para que eu conseguisse chegar onde eu estou.

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SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO

1. ANÁLISE URBANA

3. QUADRA

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

3.1 ANÁLISE MORFOLÓGICA

1.2 ESVAZIAMENTO E DETERIORAÇÃO DO CENTRO

3.2 SITUAÇÃO ATUAL

1.3 GALERIAS: PERMEABILIDADE DO TÉRREO

3.3 EDIFÍCIOS

2. AGENTES E AÇÕES

4. PROJETO

2.1 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL

4.1 CONCEITO E INTERVENÇÃO

2.2 PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS NO CENTRO

4.2 PROGRAMA

2.3 MOVIMENTOS DE MORADIA E OCUPAÇÕES

4.3 PROJETO DA QUADRA

CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO O centro de São Paulo, mesmo contendo grande disponibilidade de infraestrutura e a vidades, tanto econômicas como culturais, perdeu população residente e aumentou o número de edi cios vazios. Isso ocorreu devido a vários fatores, como o deslocamento populacional, de usos e de órgãos públicos, a troca de demanda a par r da década de 1950, inves mentos em outras áreas (Av. Paulista e Berrini), valores menores em outras regiões e a possibilidade de ver calização fora do centro. Na década de 40, andar pelo centro de São Paulo já era uma a vidade intensa, surgindo a necessidade de novas rotas de passeio. O então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, criou um decreto incen vando o térreo permeável e criação de galerias, com lojas e restaurantes. Hoje, as galerias ainda são muito usadas por quem trabalha no centro, entretanto existem galerias que sofreram grande degradação, tornando-se, muitas vezes, vazias e perigosas, necessitando de requalificação para manter sua essência. Cerca de 368.753 pessoas trabalham na região do Centro, Sé e República e em contrapar da somente 59.917 moram no centro, 10

ou seja, cerca de 84% das pessoas que trabalham se locomovem de suas casas (muitas vezes em áreas periféricas). O deslocamento promovido gera conges onamento e em contrapar da diminui o tempo de produ vidade, além de diminuir o tempo que poderiam ter de lazer. Hoje, o espaço público está novamente em pauta com a aprovação do Plano Diretor Estratégico, programas de u lização dos espaços ociosos, edi cios sem função social, fachadas a vas e novos eventos com o Centro A vo, promovido pela prefeitura de São Paulo. São essas questões a serem desenvolvidas nesse trabalho, como a de requalificação das galerias e de espaços edificados sem função social, tendo em vista, a quadra que possui todas essas problemá cas e grande potencial de requalificação, localizada no centro de São Paulo, lugar que já foi música de Inezita Barroso e Caetano Veloso.


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CAPÍTULO 1 ANÁLISE URBANA - SÉ E REPÚBLICA

Figura 2: Vista da Avenida São Luiz pela Galeria Metrópole. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

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1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA

1. ALEIXO, Cynthia Augusta Poleto. Edi!cios e galerias comerciais: arquitetura e comércio na cidade de São Paulo, anos 50 e 60. 2005. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005, p.52. 2. ALEIXO, Op. cit, p.63 3. ALEIXO, Op. cit, p.67

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O centro de São Paulo inicia-se no século XVII, com a formação do Triângulo Central, limitado pelas três ruas: a Rua Direita de Santo Antônio, a Rua do Rosário e a Rua Direita de São Bento. Todas as edificações que estavam construídas no triângulo central foram por inicia va do governo. Com o aumento da população de São Paulo, em 1870, a cidade começou a receber inves mentos para sua melhoria, isto é, as an gas edificações foram subs tuídas por novas construções de jolo cozido¹. O processo de loteamento de grandes chácaras, novas aberturas de vias e o adensamento das áreas vizinhas ocorreu entre o final do século XIX e o começo do século XX, demonstrando um forte crescimento populacional e industrial de São Paulo. Em 1933, já com o fim da crise de 29, o centro começou o processo de ver calização e adensamento, conforme os preços das áreas centrais se intensificavam². Porém, conforme os arranha-céus cresciam, o centro histórico se conges onava, diversas pessoas circulavam diariamente nas ruas estreitas do centro, criando um problema urbano. O “Plano de Avenidas” foi um estudo feito pelo engenheiro e arquiteto Prestes

Maia, que considerava a construção de novas avenidas o único meio de solucionar o problema do centro e, além disso, expandi-lo.

PASSAGEM PARA O “CENTRO NOVO” Maia assumiu a prefeitura no final da década de 30 e, por consequência, o Plano de Avenidas foi iniciado na mesma década, porém a cidade nha sofrido diversas mudanças desde o início do estudo, resultando em uma série de ajustes para adequar o projeto nas condições vigentes. Segundo Aleixo³, mesmo com o Plano de Avenidas, para Maia o Centro Histórico deveria ser subs tuído, uma vez que o mesmo apresentava problemas graves e irreversíveis se fosse man do sozinho, ou seja, “somente um novo, em uma nova localização, teria condições de resolver esses entraves”. Sendo assim, “o novo centro se instalaria para além do Anhangabaú, em direção àsruas Barão de Itape ninga, São João e Avenida Ipiranga”. A expansão para o Centro Novo foi concluída na década de 40, tornando-o um espaço intelectual e cultural da cidade. Além desses, novos edi!cios comerciais e de serviços, como as galerias, foram construídos.


Essas galerias criavam ruas internas e aumentavam o número de vitrines das lojas. Por fim, “São Paulo, nos anos 50, era uma cidade marcada pela pluralidade em busca de sua modernidade”4.

4. ALEIXO, Op. cit, p.70 a 72.

Figura 3: A Sede do Circolo Italiano, na Avenida São Luís, onde hoje se ergue o Edi#cio Itália. Fonte: h"p://ieccmemorias.wordpress.com/2012/06/05/, acessado em maio de, 2014.

Figura 4: Vista da cidade de São Paulo 1920. Fonte: h"p://sampahistorica.wordpress.com/page/1/, acessado em maio, 2014.

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1.2 ESVAZIAMENTO, DETERIORAÇÃO E VACÂNCIA DO CENTRO

5. BOMFIM, Valéria Cusinato. O Centro Histórico de São Paulo: a vacância imobiliária, as ocupações e os processos de reabilitação urbana. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - CADERNOS METRÓPOLE, N. 12, 2º sem. 2004, pp. 27-48.

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Quando se discute a questão de São Paulo e como as transformações levaram a cidade a ser como ela é hoje chega-se ao esvaziamento da área central, usa-se os dois termos, vazio construído e vacância para demonstrar o que isso gera na cidade. São classificados pela Valéria Bomfim (2004), sendo vazio construído, como imóveis que não estão abandonados, mas fechados ou vagos, sem uso, e vacância como a relação entre o número de espaços edificados vazios com os demais edi"cios de uma determinada área. O centro vem perdendo população residente e aumentando o número de edi"cios vazios, isso ocorre devido a fatores como o deslocamento populacional, de usos e de órgãos públicos, a troca de demanda a par#r da década de 1950, inves#mentos em outras áreas (Av. Paulista e Berrini), valores menores em outras regiões e a possibilidade de ver#calização fora do centro. “O capital imobiliário foi o grande catalizador do processo. O abandono, a desvalorização e a apropriação da região por grupos sociais de menor poder aquisi#vo e por a#vidades de menor rentabilidade, ilegais e informais, marcam esse processo.”5 Com a ida do inves#mento para outras áreas de São Paulo, muitos donos de

edi"cios na área central deixaram seus edi"cios fechados esperando a valorização imobiliária para então des#nar um novo uso, ou então, vendê-los por uma grande quan#a de dinheiro, porém, com o passar do tempo, os edi"cios foram ficando degradados, outros pararam de pagar os impostos, tornando inviável para os atuais donos inves#r nesses edi"cios e não vendendo por conta das enormes dívidas que seriam levadas juntas ao edi"cio. Segundo o IBGE, a República está perdendo densidade populacional desde 1980 como consta na tabela, entretanto a quan#dade de comércios populares vem aumentando e a quan#dade de pessoas que frequentam o centro é grande. O centro hoje mudou o caráter das grandes lojas de grifes e estabelecimentos da elite, para um lugar onde a maioria dos frequentadores são pessoas com menor poder aquisi#vo e que dificilmente moram no centro, visto que o custo de moradia está cada vez mais elevado, obrigando esta população a se direcionarem para favelas, loteamentos irregulares e até outras cidades ao redor de São Paulo, cujo custo de vida é menor. São Paulo possui, segundo o Plano


Municipal de Habitação6, 10.724 habitações em favela e 11.086 em cor ços, totalizando 21.810 habitações em situações precárias ou informais, concentrando 4,7% somente na região central de São Paulo. Um estudo feito pela fundação Seade es ma a existência de 163 mil famílias com renda de até três salários mínimos, que comprometem 30% do seu salário pagando aluguel, outras 13 mil que estão em situação de rua aguardando a solução pelos programas da Sehab7. A região central possui cerca de 368.753 pessoas trabalhando na região da Sé e República e em contrapar da somente 59.917 moram no centro8, ou seja, se comparar quem trabalha com quem mora, cerca de 84% das pessoas que trabalham têm que se locomover até suas casas, aumentando o maior tempo de deslocamento e conges onamento e, em contrapar da, diminuindo o tempo de produ vidade. É possível verificar nos mapas a seguir a discrepância de quadras que são predominantemente residenciais das que são comerciais e de serviços, ou seja, é visivelmente a necessidade de habitação no centro, seja em novos edi cios feitos pelo governo, ou até mesmo a u lização de edi cios vazios. Portanto, é cada vez mais comum ter no cias de edi cios vazios que foram ocupa-

dos, já que, com o descaso do Governo, os Movimentos de Moradia resolvem por conta própria os problemas de moradia, usando esses edi cios ociosos do centro para abrigar a população de baixa renda.

6. Habisp, 2009, p.12, disponível em: h!p://www.habisp.inf.br/theke/ documentos/pmh/pmh_cartilha/, acessado maior de 2014. 7. Pesquisa OD Metro, 2007, disponível em h!p://antp.org. br/_5dotSystem/download/dcmD o c u m e nt / 2 0 1 4 / 0 3 / 1 1 / 3 2 8 C 0981-C7F3-4AD7-BC24-A8BF9A7BE22C.pdf, acessado em maio de 2014.

Figura 5: Vista da cidade de São Paulo 1920. Fonte: h!p://sampahistorica.wordpress.com/page/1/, acessado em maio, 2014.

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[FIGURA 6] USO PREDOMINANTE DO SOLO: COMÉRCIO E SERVIÇO O mapa demonstra grande concentração de comércio próximo a Praça da República e a Av. Prestes Maia.

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Mapa elaborado pela autora com base no MDC e dados do Google Earth, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano/ Departamento de Esta!s"ca e Produção de Informação - Dipro, 2014 e Plano Urbanís"co Parque Dom Pedro II, Coor. MEYER E GROSTEIN (FAUUSP-FUPAM), escritórios UNA, H+F E Metrópole Arquitetos, 2011

LEGENDA QUADRA VIAS PRINCIPAIS ÁREA ESTUDO ABRANGÊNCIA

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[FIGURA 7] USO PREDOMINANTE DO SOLO: HABITAÇÃO 750M

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As quadras com o uso predominante de habitação ficam a oeste do centro.

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Mapa elaborado pela autora com base no MDC e dados do Google Earth, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano/ Departamento de Esta!s"ca e Produção de Informação - Dipro, 2014 e Plano Urbanís"co Parque Dom Pedro II, Coor. MEYER E GROSTEIN (FAUUSP-FUPAM), escritórios UNA, H+F E Metrópole Arquitetos, 2011

LEGENDA QUADRA VIAS PRINCIPAIS ÁREA ESTUDO ABRANGÊNCIA 0

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[FIGURA8] EDIFÍCIOS VAZIOS Os edi!cios vazios estão dispersos no centro, porém a uma pequena aglomeração próxima a Praça da República.

750KM

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Mapa elaborado pela autora com base no MDC e dados do “Tributos imobiliários e imóveis vazios no Centro de São Paulo - Anexos”, SILVA; BIAVA; SÍGOLO, 2009.

LEGENDA

QUADRA VIAS PRINCIPAIS ÁREA ESTUDO ABRANGÊNCIA

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1.3 GALERIAS: PERMEABILIDADE DO TÉRREO

8. “Art. 9 – As construções com mais de 20 pavimentos deverão ter ao nível do passeio público reentrância (portal, galeria, colunata ou arcada aberta), ocupando, no mínimo, 1/3 da frente do lote, com profundidade e super#cie nunca inferiores, respec!vamente a 3,5ms e 30m2,”, COSTA, 2010, P. 130. 9. COSTA, Sabrina Studart Fontenele. Relações entre o traçado urbano e os edi!cios modernos no centro de São Paulo. Arquitetura e Cidade (1938/1960). 2010. Tese (Doutorado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. 10. HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. 2. ed. São Paulo: Mar!ns Fontes, 1999. p. 76.

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As galerias do Centro Novo foram incen!vadas pelo poder público no mandato do Prefeito Prestes Maia, criando o decreto-lei nº 41, de 3 de agosto de 1940, que visava a criação de térreos permeáveis e espaços de fluidez ao longo da Avenida Ipiranga8. Essa lei promove, a par!r de incen!vos constru!vos, que inves!dores executem projetos mais altos na área central9. Esses novos percursos, criados dentro de lotes, proporcionavam espaços de convívio, lazer e permanência nos térreos, isto é, esses espaços sem públicos proporcionavam uma nova dinâmica no centro. Segundo Hertzberger (1999), “O princípio da galeria voltou a adquirir relevância local quando o volume do trânsito nos centros das cidades tornou-se tão pesado que surgiu a necessidade de áreas exclusivas para pedestres, i.e., de um “sistema” exclusivo para pedestres ao longo do padrão existente das ruas.”10. O princípio das galerias é apontado pelo autor como sistema que desloca a fronteira entre o público e o privado, tornando-o espacialmente mais acessível. As galerias do Centro Novo proporcionaram melhor qualidade no passeio e novas formas de circular na caó!ca São Paulo. Foram criados ao todo 21 edi#cios

com o térreo permeável (ver mapa próxima página) sendo eles: Conjunto Zarvos e Ambassador, Edi#cio Louvre, Edi#cio Conde Silvio Penteado, Edi#cio Itália, Copan, Galeria das Artes, Galeria 7 de Abril, Galeria Ipê, Galeria Nova Barão, Galeria Itá e R. Monteiro, Galeria Guatapará, Grandes Galerias, Galeria Olido, Galeria Apolo (Boulevard Centro), Conjunto Presidente, Galeria Louzã, Galeria Califórnia, Galeria Itape!ninga, Galeria Metrópole, Edi#cio Esther e Arthur Nogueira e Edi#cio Eiffel. Atualmente, as galerias con!nuam sendo muito usadas, exceto o Edi#cio Itália que possui uma das entradas fechadas e suas lojas voltadas para fora, e o Edi#cios Esther e Arthur Nogueira, que duas das suas entradas ficam fechadas. As galerias que apresentam maior fluxo de pedestres são aquelas que possuem programa melhor resolvido e que conseguem desenvolver uma passagem significa!va entre dois ou mais lugares, sendo as três com maior fluxo: a Galeria Metrópole, com três acessos e grande diversidade de restaurantes, agências de turismos e escritórios, a Galeria Barão de Itape!ninga, que possui grande diversidade de lojas, como lojas de vinil, roupa, etc. e a Galeria do Rock, que


possui além das roupas de banda, estúdios de tatuagem e cabeleireiros. Com a ida das lojas e bancos para a Avenida Paulista, as galerias começaram a apresentar uso predominante popular, já que a maioria das lojas e restaurantes é usada principalmente pelos trabalhadores dos comércios ao redor. Porém, é possível observar, principalmente nas galerias com maior fluxo, um aumento de jovens da classe média e alta que estão abrindo seus empreendimentos, além de lojas de marca conhecidas que estão voltando ao centro.

Figura 9: Vista Praça Dom José de Barros e as mesas do Bar Dom José, na Galeria Metrópole. Fonte: Acervo Autor, 27/06/14.

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[FIGURA 10] GALERIAS DO CENTRO NOVO

1 - Edi cio Eiffel 2 - Edi cio COPAN 3 - Edi cio Itália 4 - Edi cio Conde Silvio Penteado 5 - Edi cio Louvre 6 - Conjunto Zarvos e Ambassador 7 - Galeria Metrópole 8 - Edi cios Esther e Arthur Nogueira 9. Galeria Itape ninga 10 - Galeria Califórnia 11 - Galeria Louzã 12 - Galeria das Artes 13 - Galeria 7 de Abril 14 - Galeria Ipê 15 - Galeria Nova Barão 16 - Galerias Itá e R. Monteiro 17 - Galeria Guatapará 18 - Grandes Galerias 19 - Conunto Presidente 20 - Galeria Olido 21 - Galeria Apolo

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[FIGURA 11] PA RT I C U L A R I DA D ES E FLUXO DE PESSOAS NAS GALERIAS.

Mapa elaborado pela autora como base no desenho de Sabrina Costa, “Relações entre o traçado urbano e os edi!cios modernos no centro de São Paulo.” 2010, P.170.

LEGENDA USADO COMO HALL SERVE DE PASSAGENS ESTAR E LAZER POSSUI GRADES LANCHONETE TÉRREO LANCHONETE 2º PAV. EXPOSIÇÃO FLUXO

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EXEMPLO GALERIAS USADAS COMO ESTAR E LAZER

Figura 12: Pavimento t茅rreo da Galeria Metr贸pole. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

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Figura 13: Segundo pavimento da Galeria do Rock (Grandes Galerias) Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.


Figura 14: Espaço “Vitrine da Dança” na Galeria Olido. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

Figura 15: Vista dos dois pavimentos da Galeria Nova Barão. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

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EXEMPLO GALERIAS USADAS COMO PASSAGEM

Figura 16: Vista da Pasagem do Edi!cio Copan para o Edi!cio Conde Silvio Penteado. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

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Figura 17: Vista da Galeria Calif贸rnia. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.


EXEMPLO GALERIAS USADAS COMO HALL

Figura 18: Vista do Edi!cio Itรกlia com as lojas voltadas para fora e com o lado fechado. Fonte: Acervo do Autor, 14/07/14.

Figura 19: Vista do Edi!cios Esther e Arthur Nogueira. Fonte: Acervo do Autor, 07/11/14.

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CAPÍTULO 2 AGENTES E AÇÕES

Figura 20: Vista da Rua Barão de Itape!ninga, pela Galeria Nova Barão. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

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2.1 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL

1. BONDUKI, Nabil Georges. Origens da habitação social no Brasil: arquitetura moderna, lei do inquilinato e difusão da casa própria. São Paulo: Estação Liberdade; Fapesp, 1998, p. 73. 2. BONDUK, 2004, Op. cit, p.74. 3. BONDUK, 2004, Op. cit, p.82 .

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O centro de São Paulo tem sido foco de diversos projetos e intervenções, sejam elas públicas ou de movimentos de moradia. Portanto, para compreender toda a dinâmica julga-se necessário analisar quando começou a discussão sobre Habitação Social no Brasil, para analisar a problemá ca da moradia no centro de São Paulo. Primeiramente, serão analisadas as ações governamentais, sejam estaduais, federais ou municipais, mas que tenha influenciado em projetos no centro, por fim, os movimentos de moradia, que foram tão importantes quanto as inicia vas públicas. Segundo Nabil Bonduk (2004), foi durante a ditadura Vargas (1930 - 1945) que as questões da habitação foram colocadas em cena, já que os operários usavam parte significa va de seus salários para o pagamento do aluguel, por consequência, isso refle a no modo de vida e nas questões ideológicas. Novos temas sobre a habitação foram surgindo e separados em duas categorias: a habitação como meio de reprodução social e habitação como elemento de formação ideológica, polí ca e moral¹. Dentro deste cenário de discussões sobre habitação foram criadas novas en da-

des públicas e privadas, a fim de inves gar e debater sobre o desenvolvimento nacional e, em 1931, o Ins tuto de Engenharia criou o primeiro “Congresso de Habitação” e o Idort (Ins tuto de Organização Racional do Trabalho) promoveu, em 1941, a “Jornada de Habitação Econômica”, além disso, o Idort produziu debates sobre administração municipal, transportes, alimentação e desperdício, por quase 30 anos². Mesmo com os diversos debates mul disciplinares sobre habitação, ainda nham poucos arquitetos fazendo conjuntos habitacionais, em 1941, foi construído o primeiro conjunto habitacional pelo IAPs (Ins tutos de Aposentadorias e Pensões)³. Em 1942, com a Lei do Inquilinato, o Governo congelou os aluguéis, interferindo no mercado de locação. As contestações sobre a lei foram agravadas no Pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), já que a consideravam como uma das causas da crise habitacional, porém, especialistas a consideravam como uma das melhores soluções para a época. Após a crise de moradia a elite incen vou que os cor ços fossem eliminados e os trabalhadores fossem morar na periferia, segregando a cidade.


HABITAÇÃO ESTATAL Os primeiros Órgãos Federais de Habitação Social foram os IAPs, que se fortaleceram no final do Estado Novo, com a crise habitacional entre 1945 e 1954, quando o país estava em processo de formular uma polí"ca habitacional, sem o predomínio dos interesses econômicos ou corpora"vos4. Entre 1937 e 1964 os IAPs (Ins"tutos de Aposentadorias e Pensões) e a FCP (Fundação da Casa Popular) construíram cerca de 143 mil unidades habitacionais, sendo considerados de modo qualita"voos melhores, por proporcionar novas "pologias de espaço e novas tendências urbanís"cas5. O conjunto habitacional mais conhecido e importante da arquitetura brasileira é o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho), projetado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, no Rio de Janeiro. Foi construído entre 1940 e 1950, possui uso misto sendo comércio, habitação e recreação com uma ampla circulação nos andares proporcionando o convívio entre os moradores, tendo como fechamento o elemento vazado. O edi$cio foi concebido pelo Departamento de Habitação Popular do Distrito Federal. Mesmo com a questão habitacional sendo considerada responsabilidade do

governo, até 1964, os interesses contraditórios, a descon"nuidade administra"va e a falta de prioridade na questão habitacional impediram a implementação de uma polí"ca habitacional6. A ausência e o descaso público para resolver os problemas habitacionais nos anos seguintes fez com que a população procurasse alterna"vas por conta própria, isto é, soluções informais como as favelas e os loteamentos precários. 4. BONDUKI, Nabil Georges. Origens da habitação social no Brasil: arquitetura moderna, lei do inquilinato e difusão da casa própria. São Paulo: Estação Liberdade; Fapesp, 1998, p. 99. 5. BONDUK, 2004, Op. cit, p.127. 6. BONDUK, 2004, Op. cit, p.99.

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2.2 PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS NO CENTRO

7. TSUKUMO, Isadora Tami Lemos. Habitação social no centro de São Paulo: legislação, produção, discurso. 2007. Dissertação (Mestrado em Habitat) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007, p. 62. 8. Idem 09. TSUKUMO, 2007, Op. cit, p. 64.

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As discussões sobre a revitalização do centro e a melhoria nos cor!çossão pauta dos governos desde a década de 70, no entanto somente na década de 90 com a influência dos movimentos de moradia, as questões da moradia no centro receberam um peso maior7. O período a ser analisado está, ente 1990 e 2014, iniciado no governo da prefeita Luiza Erundina (PT) até o mandato do atual prefeito Fernando Haddad (PT), iden!ficando a produção mais qualita!va e quan!ta!va para o centro. LUIZA ERUNDINA (PT) | 1989 - 1992 O governo de Luiza Erundina mudou não só a dinâmica da habitação no centro, como proporcionou diversas mudanças na polí!ca, assim como, pagamento de dívidas, reestruturação no quadro polí!co, novos programas governamentais, etc. Porém, seu foco é a revitalização das favelas e dos cor!ços na cidade de São Paulo. Os primeiros projetos de habitação social no centro foram construídos no governo de Erundina, assim como a criação do “Programa de Produção de Habitação de Interesse Social”, realizado pela Secretaria de Habitação (SEHAB), que realizou dois mu!-

rões importantes: Celso Garcia e Madre de Deus, foram construídos em áreas de cor!ços, provando que é possível a construção de habitação na área central, considerando a demanda de cor!ços8. Além disso, segundo Tsukumo (2007), Erundina também propôs um novo Plano Diretor, que mesmo não sendo votado, abriu caminhos para novas discussões como as ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), para garan!r que a população de baixa renda tenha, por direito, espaço para habitação e lazer em diversos lugares na cidade, principalmente no centro de São Paulo9. MALUF (PDS) | 1993 - 1996 CELSO PITTA (PPB) | 1997 - 2000 (PDS) | 1993 – 1996 | CELSO PITTA (PPB) | 1997 - 2000 O projeto proposto no mandato de Erundina no “Programa de Produção de Habitação de Interesse Social”, foi paralisado no mandato do prefeito Paulo Maluf e concluído no mandato da Marta Suplicy (PT). Após o encerramento do programa, Maluf dedicou-se ao Projeto Cingapura, nas favelas em áreas consolidadas, próximas às vias importantes, subs!tuindo-as por conjuntos


habitacionais. Foi criado o “Programa Pró-Centro”, em 1993, que !nha como obje!vo requalificar o centro no perímetro histórico, que segundo Maluf, era di#cil seu acesso, circulação e estacionamento. Poucos edi#cios foram, de fato, construídos. No mandato do Celso Pi$a, con!nuou o Programa Pró-Centro e elaborou-se o “HabiCentro”, prevendo Habitação de classe média, Operação Cor!ço, Projeto terceira idade e Projeto residencial estudan!l, sendo influenciado pela Associação Viva o Centro. Apesar dos movimentos de moradia pressionarem para que tenha projetos de habitação social, nada foi feito, “[...]e no mesmo perímetro de vigência do Pró-Centro foi aprovada a Operação Urbana Centro (lei 12.349/97), que previa incen!vos à renovação urbanís!ca através de demolições e remembramento, mudança de uso, construção de garagens não computadas na área edificada final e coeficiente de aproveitamento podendo chegar a 6,0. Ou seja, a operação ia no sen!do oposto ao incen!vo à habitação social no Centro.” 10 Por fim, segundo Tsukumo (2007), grada!vamente ficou evidente a proposta de higienização social da Associação, levando universidades e movimentos sociais a criarem o Fórum Centro Vivo, que veio em

oposição à Associação Viva Centro e defender os direitos dos moradores e trabalhadores da região, numa proposta de reabilitação com inclusão social.¹¹ MARTA SUPLICY (PT) | 2001 - 2004 No mandato de Marta Suplicy foi iden!ficada necessidade de reformulação do Plano Diretor, visando melhorar a área central, com enfoque no Estatuto da Cidade. Foi neste período que teve a produção mais significa!va, em quan!dade e qualidade, em habitação social e instrumentos urbanís!cos no centro. O “Programa Morar no Centro”, foi um dos itens para a reabilitação do centro, trazendo não só as questões de cor!ços levantadas por Erundina (PT), como outros assuntos per!nentes à época. Além desse programa, teve o PAR (Programa de Arrendamento Residencial – Reforma), produção de CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) pelo PAC-BID (Programa de Aceleração do Crescimento - Banco Interamericano de Desenvolvimento), entre outros programas municipais, como o Locação Social, Bolsa Aluguel, Perímetros de Reabilitação Integrada do Habitat e Programa Cor!ços12. O Plano diretor foi sancionado em 2002, estando vigente até 31 de julho de

10. TSUKUMO, Op. cit, p. 31. 11. TSUKUMO, Op. cit, p. 65. 12. TSUKUMO, Op. cit, p. 65.

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2014, quando o novo Plano Diretor Estratégico foi aprovado pelo atual prefeito Fernando Haddad (PT).

13.HELOU, Tânia Nascimento. Ocupa Centro, Ocupa São João. 2012. TFG (Trabalho Final de Graduação) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012, p.45.

36

JOSÉ SERRA (PSDB) | 2005 - 2006 KASSAB (DEM/PSD) | 2006 - 2012 Os programas propostos por Marta Suplicy (PT), foram paralisados no mandato de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM/PSD). No mandato de Kassab, o programa Bolsa Aluguelfoi retomado, com o nome de “Parceria social”. Outro programa desenvolvido em seu mandato é o OUC (Operação Urbana Centro) Nova Luz, que !nha como obje!vo requalificar o bairro da Luz, porém era um projeto de requalificação e higienização do centro, que possibilitava a inicia!va privada intervir de forma significa!va nos projetos. O projeto acabou sendo engavetado no final do seu mandato13. Além disso, aconteceram as ações violentas na cracolândia e diversos incêndios em favelas. Algo posi!vo no mandato foi a Lei Cidade Limpa, que, até hoje, proíbe propagandas em outdoor na cidade de São Paulo. FERNANDO HADDAD (PT) | 2013 - ATUAL Fernando Haddad foi nomeado prefeito em 2013, sendo suas principais promessas: manter o valor do metrô/ônibus,

corredores de ônibus e o Plano Diretor, considerando principalmente, Saúde, educação, mobilidade urbana e habitação. O Projeto de Lei de Revisão do Plano Diretor Estratégico (PL 688/13) foi sancionado e entrou em vigor no dia 1º de agosto de 2014, visando revisar o Plano Diretor Estratégico, além da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, Planos Regionais Estratégicos, Leis Urbanís!cas Específicas e o Código de Obras e Edificações. Diversos programas já estão sendo aplicados, enquanto outros estão em projeto. As estratégias no novo Plano Diretor foram separadas pela Gestão Urbana de São Paulo como de preservação, conservação e recuperação urbana e ambiental, em especial nas áreas com importantes recursos naturais onde a expansão urbana deve ser con!da. A qualificação das áreas urbanas consolidadas, localizadas nas porções centrais da cidade, são consideradas principais pelo Plano Diretor, já que são dotadas de sistemas de transporte público cole!vo e servidas com boa oferta de oportunidades de emprego, equipamentos e infraestruturas urbanas. A estruturação metropolitana visa equilibrar a distribuição entre emprego e moradia, ou seja, descentralizar a oferta de emprega, gerando economia em outras


partes da cidade e diminuindo o tempo de deslocamento das pessoas. E a redução da vulnerabilidade social e urbana a par!r de inves!mentos públicos que promova a par!r de projetos a inclusão social14. Um dos programas é o “Casa Paulista”, feito pelo empresário Philip Yang, fundador do Ins!tuto de Urbanismo e de Estudos para a Metrópole, o Urbem, que tenta unir o pensamento urbanís!co com o econômico. Este projeto tem como Parceria o Público e o Privado (PPP), que junta Habitação Social com Reforma Urbana, ou seja, requalificando a região central de São Paulo. O Programa Casa Paulistatem três obje!vos principais que seriam uso misto, fazendo com que a cidade !vesse o térreo comércio/serviços e no corpo do edi#cio habitação e escritórios, a ocupação plural, tendo diferentes classes sociais num mesmo edi#cio, evitando a gentrificação e, por úl!mo, fazer com que as novas habitações estejam próximas a meios de transporte rápido. Dentro deste projeto foi indicado que serão construídas mais de 20 mil habitações no centro de São Paulo, porém, somente 12.500 seriam des!nadas a pessoas que possuem renda de até 5 salários mínimos e os demais seriam para pessoas que !vessem uma renda superior.

Com a primeira etapa do projeto aprovada, São Paulo entra em uma nova etapa de desenvolvimento, com projetos que priorizam os que mais necessitam, possibilitando a inclusão social, como o adensamento e a construção de Habitação Social no centro de São Paulo.

14. Estratégias do novo Plano Diretor Estratégico (PL 688/13). Gestão Urbana de São Paulo. Disponível em:<h$p://gestaourbana. prefeitura.sp.gov.br/projeto-de-lei-do-plano-diretor-estrategico-pl68813/>.Acesso em: 11 ago. 2014.

37


2.3 MOVIMENTOS DE MORADIA E OCUPAÇÕES

15.HELOU, Tânia Nascimento. Ocupa Centro, Ocupa São João. 2012. TFG (Trabalho Final de Graduação) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012, p.47. 16. BOMFIM, Valéria Cusinato. O Centro Histórico de São Paulo: a vacância imobiliária, as ocupações e os processos de reabilitação urbana. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - CADERNOS METRÓPOLE, N. 12, 2º sem. 2004, p. 28..

38

A luta por moradia começou fortemente na década de 70 e 80, com o apoio de intelectuais de esquerda, que buscavam melhores condições de salários e moradia digna. A par r da década de 90, a luta con nuou para melhoria de salários, porém, o foco principal seria as polí cas habitacionais e propostas de projetos de infraestrutura e equipamentos nas periferias15. Na década de 80, os grupos atuantes nas periferias se consolidaram e invadiram um terreno, com o intuito de transformá-lo em habitação social. Na mesma década, no centro, nasciam os movimentos de moradia, com a mobilização do Movimento Unificação dos Cor ços, dando origem à Unificação da Luta dos Cor ços, na década de 90. “Desde 1996, a mídia falada e escrita apresenta manchetes sobre ações de grupos sociais organizados em movimentos de luta por moradia que ocupam imóveis vazios na área central de São Paulo. As ocupações foram estratégias adotadas pelos movimentos sociais para denunciar a falta de polí cas habitacionais de interesse social e a presença de inúmeros imóveis vagos na área central em São Paulo.”16 Com o alto índice de edi cios ociosos no centro e a quan dade de cor ços, fo-

ram criadas ações e discussões, que nham como visão a u lização desses edi cios para moradia. Essas ocupações são feitas em conjunto e u lizam as redes sociais para enfa zar tal ocupação, demonstrando a todos a gravidade do problema, para que o governo crie polí cas habitacionais no centro que priorize os que mais necessitam. Neste ano (2014), aconteceram diversas invasões, manifestações e reivindicações de direitos como nunca antes e a par r disso é possível iden ficar que cada vez mais a população está debatendo com o Governo para cobrar não só promessas, mas resultados, e a aprovação do novo Plano Diretor é só o começo para a nova São Paulo. O edi cio Aquarius (faz parte deste trabalho) teve sua segunda reintegração de posse, a primeira em 2011 e a segunda em setembro deste ano, que foi feita à força, desconsiderando as 300 famílias que estavam morando e que não teriam para onde ir. Este caso mostra como é importante resolver tal problemá ca, porque o caso da habitação é muito grave e este ciclo de invasão e reintegração acontece muito rápido, e os programas habitacionais precisam acompanhar isso.


EDIFÍCIO SÃO MANUEL (MARCONI) O Edi!cio São Manuel, fica na Rua Marconi e é chamado de Ocupação Marconi. Este edi!cio foi ocupado no final de 2012 por membros do MMPT (Movimento de Moradia Para Todos), que se reuniram na Praça da Sé, à noite, a fim de tomar posse do prédio. Todo o processo aconteceu sem que ninguém percebesse, já que se conseguissem se estabelecer por dois ou três dias a polícia nada poderia fazer à força, somente com mandado judicial. A Ocupação Marconi possui regras próprias, criadas onde todos são obrigados a seguir As regras variam entre dedicar duas horas diárias à manutenção do edi!cio, ajudar na cozinha, não ter barulho após as 22 horas, não poder entrar bêbado ou usar drogas dentro do edi!cio e brigar nos corredores, pois isso resultaria em expulsão do infrator17. Os moradores pagam por mês 160 reais para as despesas do prédio, além de 10 reais semanais para poder ter almoço e jantar todos os dias, para quem trabalha e não tem onde deixar os filhos tem creche onde as pessoas pagam 120 reais semanais. O prédio possui wi-fi, hospedagem e portaria 24 horas18. Apesar de ter todas as regras e valores concretos, os moradores tentam junto com os integrantes de o MMPT regula-

rizar a situação do edi!cio, transformando-o no programa Minha Casa Minha Vida, assim eles poderiam pagar o aluguel para o Governo e regularizar sua situação.

17. CARIELLO, R. “Urbanista Acidental.” Piauí, Rio de Janeiro, nº84, 2013, p. 14 – 16 em 23. Setembro. 2013 18. MMPT. “Saiu no Estadão”. Disponível em:<h#p://www.mmpt. com.br/saiunoestadao/>.Acesso em: 23 set. 2013.

Figura 21: Vista da Rua São João, pela Hotel Aquarius, na reintegração de posse. Fonte: h#ps://scontent-a-mia. xx.fbcdn.net/hphotos-xfa1/v/ t1. 0-9/10616122_735260136 523041_70552328001972869 81_n.png?oh=0347a39d13fe55cb7279fa7632b29e50&oe=54C8D6FB, 17/09/14.

39


40


CAPĂ?TULO 3 QUADRA

Figura 22: Vista da Rua 24 de Maio, pela Galeria do Rock (Grandes Galerias). Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

41


3.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS

1. PPT / Gilberto Calixto Rios acessado em: maio, 2014. 2. Idem. 3. Sra. Eli Mendes, “Rua Ipiranga”. Disponível em:<h%p:// saudadesampa.nafoto.net/photo20130715142147.html>.Acesso em: 12 maio 2014.

No século XVII foi aberto um caminho entre a atual Praça do Correio e Largo do Paissandu, a fim de facilitar a passagem dos colonos. Após a criação da Igreja Nossa Senhora do Rosário do Homens Pretos, em meados de 1700, o fluxo de pessoas começou a crescer, com isso, abriu-se uma rua entre a Ponte do Açu e a rua São Bento, e nos anos posteriores, ela já chegava até a atual avenida Ipiranga. Esta rua recebeu o nome de rua de São João, o santo protetor das águas. Somente no século XX que se transformou em avenida¹. No começo do século XX, a então avenida São João foi alargada e em 1967 os

bondes pararam de passar em toda cidade. Nesta mesma década, a Av. São João já começava a se transformar na “Cinelândia paulista”, tendo cerca de 12 cinemas, incluindo o Cine Ritz (hoje Hotel Aquarius) ². A Av. Ipiranga teve início diferente, já que ela foi resultado da junção de dois becos, o “Beco dos Curros” e o “Beco do Mata-fome” em meados do século XIX, sendo a Rua “Ypiranga”. Somente na Gestão de Prestes Maia que passou de rua, para a atual Av. Ipiranga, já alargada em vista da valorização do automóvel³. Na década de 60, começaram a inves#r em galerias e edi$cios mul#funcio-

27 26

42

24 25

Figura 23: Recorte do levantamento aerofotográfico de 1954 da região do projeto, com indicações das imagens.


nais, que serviriam tanto como comércio e serviço, como habitação, assim como o Boulevard Centro (1962) localizado na rua Dom José de Barros4.

4. ALEIXO, Cynthia Augusta Poleto. Edi!cios e galerias comerciais: arquitetura e comércio na cidade de São Paulo, anos 50 e 60. 2005. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005, p. 230.

Figura 24: Av. São João (1953), a esquerda an!go cinema Brodway (A) e a direita o an!go cinema Ritz (1943), onde hoje fica o Aquarius Hotel (B). Fonte: h#p://saopaulo-40s-50s-60s.blogspot.com. br/2013/02/cinemas-an!gos.html, acessado em: abril, 2014.

Figura 26: Hotel Exclesior e Cine Ipiranga (1941) na Av.Ipiranga, projetado pelo arquiteto Rino Levi. Fonte: Rino Levi, 1974, p50.

Figura 25: Av. São João (1950), a esquerda o an!go cinema Ritz (A) (1943) e o Hotel Cinelândia (B) (1920). Fonte: h#p://sampahistorica.wordpress.com/, acessado em abril de 2014.

Figura 27: Av. São João (1950), destaque para o an!go Cine Ritz (A) (1943). Fonte: h#p://saudadesampa.nafoto.net/photo20120117083806.html, acessado em: abril, 2014.

43


3.2 ANÁLISE MORFOLÓGICA

44

A área do projeto faz parte da Operação Urbana Centro, que abrange a área do “Centro Velho” e o “Centro Novo” e tem como função principal criar condições adicionais no uso e ocupação do solo, isto é, conceder bene cios diferenciados para os proprietários de imóveis na área de intervenção. Esta polí ca visa dinamizar o centro, fazendo que haja interesse em inves mentos futuros. Na escala do quarteirão escolhido para desenvolver o projeto, trecho dele já faz parte do programa Casa Paulista (Parte do Setor B3) para requalificação e um edi cio da quadra faz parte do programa Renova Centro e já está em processo de requalificação para se transformar em habitação para idosos. A Agência Casa Paulista é outro programa de intervenção no centro promovido pela Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, que tem como ponto principal a parceria público-privada (PPP), a fim de viabilizar a criação de unidades habitacionais de interesse social na Área Central, cujo obje vo é construir e u lizar os imóveis subu lizados promovendo a renovação urbana. A escolha do quarteirão foi feita pela diversidade de projetos con dos na

quadra, tendo dois edi cios tombados, três edi cios vazios, um edi cio ocupado e uma galeria que atravessa o quarteirão, além das diversas ocupações que já aconteceram no quarteirão em edi cios vazios. As ruas que limitam o quarteirão são: Av. Ipiranga, Av. São João, Rua Dom José de Barros e a Rua 24 de Maio. A área escolhida tem fácil acesso a equipamentos de cultura, saúde, educação e de lazer, além, é claro, do fácil acesso a ônibus e metrô. As avenidas Ipiranga e São João são densas e possuem uma grande diversidade de usos, como: comércios, hotéis, cinemas, restaurantes, etc. A Rua 24 de Maio e Dom José de Barros estão diretamente numa parte pedestrianizada e possuem um grande fluxo de pedestre que trabalham na área.


[FIGURA 28] LOCALIZAÇÃO

Mapa elaborado pela autora com base no MDC.

LEGENDA QUADRA

0

5

25

45


[FIGURA 29] GABARITO

Mapa elaborado pela autora com base no MDC e dados do Google Street View e Google Earth.

LEGENDA (PAVIMENTOS) ATÉ 2 PAV. 2 A 4 PAV. 4 A 6 PAV. 6 A 10 PAV. 10 A 14 PAV. ACIMA DE 14

46

0

5

25


[FIGURA 30] FLUXOS

Mapa elaborado pela autora com base no MDC e dados em campo.

LEGENDA CARROS テ年IBUS PEDESTRES

47


[FIGURA 31] USO DO SOLO PAVIMENTO TÉRREO

Mapa feito pela autora com base no MDC e dados do Google Street View, Google Earth e em campo.

LEGENDA RESIDENCIAL SERVIÇO COMÉRCIO INSTITUCIONAL VAZIO

48

0

5

25


[FIGURA 32] USO DO SOLO 1º PAVIMENTO

Mapa feito pela autora com base no MDC e dados do Google Street View, Google Earth e em campo.

LEGENDA RESIDÊNCIAL SERVIÇO COMÉRCIO INSTITUCIONAL VAZIO MISTO OCUPAÇÕES

0

5

25

49


[FIGURA 33] BENS TOMBADOS

Mapa feito pela autora com base no MDC e dados dos órgãos de Preservação do Patrimônio Histórico da Cidade e do Estado de São Paulo, CONPRESP e CONDEPHAAT.

LEGENDA (PAVIMENTOS) TOMBADOS

50

0

5

25


[FIGURA 34] EDIFÍCIOS SUBUTILIZADOS, VAZIOS E ABANDONADOS

Entende-se como Lote Urbano Subu lizado, os lotes que não a ngem o Coeficiente de Aproveitamento Mínimo igual a 2.

Mapa feito pela autora com base no MDC e dados do Google Street View e em campo.

LEGENDA (PAVIMENTOS) LOTE URBANO SUBUTILIZADO EDIFÍCIO ABANDONADO

0

5

25

51


3.3 SITUAÇÃO ATUAL A região do Centro Novo, tem uma densidade populacional elevada durante o horário comercial. São pessoas que vão a trabalho, para fazer compras ou a lazer. Sendo assim esta área torna-se um lugar perigoso durante a noite. A região também é muito densa de edi cios, porém, diversas áreas estão subu lizadas, ou até mesmo degradadas. Na quadra do projeto, por exemplo, o Boulevard Centro possui quatro condomínios, sendo dois condomínios de escritórios, um residencial e a galeria que é a principal, está completamente degradada. Outros edi cios na quadra também estão degradados, ou até mesmo vazios. O comércio é o ponto principal do centro, então, a intenção é valorizar esse comércio, levando em conta a qualidade

52

de vida neste espaço. A falta de habitação é outro ponto fundamental da leitura do lugar, não só da quadra, mas em toda a região do centro novo, portanto, a criação de habitação de qualidade seria essencial para um bom resultado final do projeto. A avenida São João, avenida Ipiranga e rua 24 de Maio possuem um fluxo intenso de pedestres e é confortável para andar. Porém, a rua Dom José de Barros não possui o mesmo caráter que as demais, pois com o pouco fluxo de pedestres, torna-se perigosa, portanto, parte do projeto é revitalizá-la. O projeto pretende criar novos caminhos dentro da quadra, que facilitaria a travessia dos pedestres e resultaria em uma nova dinâmica da região, e ficaria mais próximo à escala do pedestre.


[FIGURA 35] SITUAÇÃO ATUAL

0

10

50

53


54


36 37 42 43 38 39 44 45 40 41 46 47 Imagens: Autora, 2014.

55


1

2

3

4

5

6

6 7 8

Av. São João

9

10 11 12 13

Av. Ipiranga

Edi cios da Quadra

6 8

7

9

4

5

10 11 12

3 2 1

13 14

20 15 18

16 17 18 19

56

1. Ed. Santa Victória (Vazio) 2. Terra da Garoa 3. S/N (Pros!bulo) 4. Cine Roma (Adulto) 5. Hotel Aquarius (Ocupado) 6. Hotel Cineasta (Vazio) 7. Cine Paris (Adulto) 8. Habbis 9. Hotel Excelsior 10. Mc Donalds

11.Cine República (Adulto) 12. Restaurante 13. Ed. David C. Cury 14. Designer 15. Senac 16. Loja Surf 17. Vazio 18. Boulevard do Centro 19. Ed. Bacellar (Ocupado) 20. Ed. Suelly

* 18. Boulevard Centro: Entrada pela R. 24 de Maio e pela R. D. José de Barros CA menor que 2,0 * Ed. Terra da Garoa apesar de ter CA menor que 2, será man!do. * Ed. S/N apesar de ter CA maior que 2 será demolido.


13

14

15

16 17 18 19

19

Rua 24 de Maio

RUA

Av. São João

Av. Ipiranga

R. 24 de Maio

R. D. José de Barros

TOTAL CONSTRUÍDO

18

20

1

Rua Dom José de Barros

LOTE

USO

PAV.

ÁREAS (M²) LOTE

PROJEÇÃO

CONSTRUÍDO

TO

CA

1

Vazio

11

560,7

481,5

5.296,5

0,9

9,4

2

Serv.

1

622,2

580,7

580,7

0,9

0,9

3

Serv.

10

607,2

348,8

3.488,0

0,6

5,7

4

Serv.

4

382,7

190,5

762,0

0,5

2,0

5

Serv./Hab.

25

1.452,1

1.403,0

15.121,1

1,0

10,4

6

Com./Vazio

7

650,2

518,6

3.630,2

0,8

5,6

7

Serv.

3

593,6

285,2

855,6

0,5

1,4

8

Com.

2

158,2

158,2

316,4

1,0

2,0

9

Serv.

20

1.725,2

1.725,2

21.639,1

1,0

12,5

10

Com.

2

252,9

92,4

184,8

0,4

0,7

11

Serv.

3

226,4

154,3

462,9

0,7

2,0

12

Com.

3

188,7

120,1

360,3

0,6

1,9

13

Serv/ Com.

17

327,2

302,6

5.144,2

0,9

15,7

14

Serv. / Com.

7

165,5

129,2

904,4

0,8

5,5

15

Serv./ Com.

15

1.717,8

1.327,8

19.917,0

0,8

11,6

16

Com.

1

356,9

356,9

356,9

1,0

1,0

17

Vazio

1

288,2

288,2

288,2

1,0

1,0

18*

Serv./ Com./ Hab.

24

2.305,1

2.246,7

26.111,5

1,0

11,3

19

Com. / Vazio

9

166,1

150,2

1.351,8

0,9

8,1

20

Serv.

14

297,3

204,2

2.859,2

0,7

9,6

13.044,2

11.064,3

109.630,8

0,8

5,9

57


3.4 EDIFÍCIOS ABANDONADOS HOTEL AQUARIUS CROCE, AFLALO E GASPERINE, 1971 Av. São João, 587, 597 e 601.

5. HELOU, Tânia Nascimento. Ocupa Centro, Ocupa São João. 2012. TFG (Trabalho Final de Graduação) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012, p.47.

Desenhos elaborados pela autora com base nas plantas originais disponibilizadas pela Tânia Nascimento Helou.

Pavimentos: 3 Subsolos, Térreo e 22 pavimentos. Uso: Estacionamento no térreo, ocupação nos demais pavimentos (FLM). Situação: A única parte do edi!cio que conseguiu o Alvará de Funcionamento foi o subsolo, onde está localizado o cinema. O restante do edi!cio não conseguiu o Alvará, por estar vazio e pela falta de emolumento5. O hotel nunca funcionou, porém o cinema que se tornou um estacionamento da rede Trevo. Hoje o edi!cio está ocupado pelo FLM (Frente de Luta por Moradia) e segundo o site deles possui cerca de 400 famílias, nos 196 quartos de hotel. Essa não é a primeira invasão neste mesmo edi!cio, em 2010 aconteceu a primeira, pelo mesmo movimento, mas aconteceu a reintegração da posse.

48. Vista do edi!cio pela Avenida São João. Acervo do autor, 27/06/14.

58

0

5

10


3º Subsolo

Elevação

2º Subsolo

1º Subsolo

59


Térreo

60

0

5

10

Planta 1º

Planta 2º


Planta 3º, 4º, 5º, 7º, 8º, 10º e 11º

Planta 6º e 9º

Planta 13º, 14º, 15º, 17º, 18º, 20º e 21º

Planta 12º

Planta 16º e 19º

61


HOTEL CINEASTA ANTÔNIO CALDEIRA, 1920 Esquina da Av. São João, 625, 629, 633 e 639 com a Av. Ipiranga, 818.

6. CONPRESP, “Ata da 529ª Reunião Ordinária COMPRESP”. Disponível em:<h$p://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/upload/ Ata529_1328886788.pdf>.Acesso em: 15 maio 2014. 7. CONPRESP, “Resolução nº 37/92”. Disponível em:<h$p:// www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/ upload/d475b_37_T_Vale_do_ Anhangabau.pdf>.Acesso em: 15 maio 2014. 8. Z. Pedro, “Palacete dos Ar!stas”. Disponível em:<h$p://aculturadazonanortesp.blogspot.com. br/2013/03/palacete-dos-ar!stas. html>.Acesso em: 15 maio 2014.

Desenhos elaborados pela autora com base no MDC e observação em campo.

62

0

5

10

Pavimentos: Térreo e 6 pavimentos. Uso: Lojas no térreo, vazio nos pavimentos. Tombamento: ATA da 529º Reunião Ordinária do Conpresp em 17 de Janeiro de 2012, o processo de tombamento do Palacete dos Ar!stas foi deferido6 e segundo a resolução 37/92 da Área do Anhangabaú, seu nível de proteção é 3 (NP-3), que corresponde a bens de interesse histórico, arquitetônico, paisagís!co ou ambiental, determinando a preservação de suas caracterís!cas externas7. Situação: O hotel passou 50 anos funcionando, entretanto em 2001, teve que ser fechado, já que o mesmo não se sustentava e estava juntando dívidas. Em 2011 o edi"cio foi invadido pelo Movimento de Moradia (MMPT) e no mesmo ano o Cohab-SP comprou e desapropriou o imóvel para fazer parte do Renova Centro, a fim de transformá-lo em habitação para ar!stas aposentados idosos8. As obras começaram em 2012, com previsão para final de 2014.

35 - Vista do edi"cio pela Avenida Ipiranga. Acervo do autor, 25/04/14.

49- Vista do edi"cio pela Avenida São João. Acervo do autor, 25/04/14.


Planta Térreo

Planta Tipo (vazio)

Elevação

63


10. M. Edilson “ZEIS 3 - 588 - Rua Dom José de Barros, 337” Disponível em:<h#p://maps.moo"ro. org/need/2492>.Acesso em: 05 maio 2014.

EDIFÍCIO SEM NOME Esquina da Av. São João, 519, 537 e 541 e Rua Dom José de Barros, 329, 333 e 337. Pavimentos: Térreo e 8 pavimentos. Uso: Vazio ZEIS: ZEIS 3, Número de indicação, 588. Situação: Edi!cio está fechado e segundo o site Moo"ro.org10 e a Mapa de Zeis da Revisão do Plano Diretor (2014)¹¹, ele foi declarado como ZEIS. O pedido par"u da União dos Movimentos de Moradia - UMM, em junho de 2013 durante o processo de revisão do Plano Diretor Estratégico.

10. Gestão Urbana SP “Projeto de Revisão do Plano Diretor Estratégico” Disponível em:<h#p:// gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/ novo-plano-diretor-estrategico/>. Acesso em: 22 ago 2014.

50. Vista do edi!cio pela Avenida São João. Acervo do autor, 25/04/14. Desenhos elaborados pela autora com base no MDC e observação em campo.

Planta Térreo

64

0

5

10


Elevação Av. São João

Elevação Rua Dom José de Barros

65


10. ZANCHETTA, D. “Tombado, Cine Ipiranga vai ser reaberto ao público” Disponível em:<h$p:// blogs.estadao.com.br/diego-zanche$a/tombado-cine-ipiranga-vai-ser-reaberto-ao-publico/>.Acesso em: 04 novembro 2014.

Desenhos elaborados pela autora com base no MDC e no Rino Levi LEVI, 1974, P. 120.

66

0

5

10

HOTEL EXCELSIOR E CINE IPIRANGA RINO LEVI, 1941 Esquina da Av. Ipiranga, 786 e 770. Pavimentos: Térreo e 17 pavimentos. Uso: Térreo vazio e Hote nos pavimentos superiores. Tombamento: Tombado no dia 25 de outubro de 2010 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Ar!s"co e Turís"co (Condephaat), com resolução de que a sala do cinema deveria conservar grande parte sua concepção original, como delalhes de corrimão, luminárias e demais objetos importantes para o edi#cio, recmendando sua preservação total. Situação: Fechado deste 2005, interior encontra-se preservado, com proposta pela Prefeitura Municipal de comprar e inves"r para reabri-lo ao público como cinema de rua.

51. Vista do edi#cio pela Avenida Ipiranga. Acervo do autor, 23/03/14.


Panta TĂŠrreo

Planta Superior

67


EDIFÍCIO BACELLAR, 1946 Esquina da Rua 24 de Maio, 235 E 239 com a Rua Dom José de Barros. Pavimentos: Térreo e 8 pavimentos. Uso: Lojas no térreo, vazio nos pavimentos. Situação: Segundo o levantamento da Alejandra Devecci (2010)9, este edi!cio foi invadido e esteve ocupado. Hoje em dia o edi!cio foi reformado, mas encontra-se vazio. 52- Vista do edi!cio pela Rua 24 de Maio Google Maps, 25/04/14.

9. DEVECCHI, Alejandra Maria. Reformar não é construir. A reabilitação de edi!cios ver"cais: novas formas de morar em São Paulo no século XXl. 2010. Tese (Doutorado em Habitat)- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010, p.38.

Desenhos elaborados pela autora com base no MDC e observação em campo.

Planta térreo

Elevação Rua 24 de Maio

68

0

5

10

Elevação Rua Dom José de Barros

Planta "po (vazio)


69


70


CAPÍTULO 4 PROJETO

Figura 53. Vista da Rua Barão de Itape!ninga e Teatro Municipal, pela Galeria Nova Barão. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

71


4.1 CONCEITO E INTERVENÇÃO O principal obje!vo do trabalho é a requalificação urbana de uma quadra específica na Área Central que !vesse como papel integrador a habitação. Outro ponto seria usar o que mais representa a Área Central, que é a diversidade, seja de usos, pessoas, classe social, etc, a fim de que o projeto como um todo, possa melhorar a dinâmica não só dentro da quadra, mas nas calçadas e nas ruas. Neste sen!do os principais conceitos a serem adotados no projeto são:

a) Novas !pologias de espaços cole!vos de habitação, possibilitando ter habitação, comércio e serviços, promovendo o uso diversificado do espaço b) Pá!os internos permeáveis, com possibilidade de intervenções ar#s!cas, eventos e galerias abertas. c) Propor o adensamento em lotes que não a!ngem o coeficiente máximo da área. A par!r destes conceitos separei os edi$cios que farão parte do projeto e os que serão demolidos para poder fazer o programa de necessidades.

a) Exemplo de novas !pologias possíveis no espaço. Residencial Comercial Serviço / Escritórios 72


c) Pรก!os

Diagramas elaborados pela autora.

d) Adensamento

73


EXEMPLO EDIFÍCIO MÚLTIPLOS USOS

Figura 54: Conjunto Nacional, Av. Paulista. Fonte: Site UOL, acessado em 11/11/14.

Figura 55: Edi!cio Copan. Fonte: Site UOL, acessado em 11/11/14.

74


EXEMPLO OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO

Figura 56: Bryant Park, Nova York. Fonte: Acervo do Autor, 16/10/14.

Figura 57: Broadway, New York Fonte: Acervo do Autor, 16/10/14.

75


NOVOS FLUXOS E PASSAGENS A análise do fluxo de pedestres na percepção das galerias foram fundamentais para a primeira aproximação do par"do. A possibilidade de abrir uma nova “rua interna” que fosse geradora de novas dinâmicas fez com que a escala pedestre/edi#cio fosse mais convida"va. O primeiro diagrama ao lado mostra a relação hoje entre pedestre / edi#cio e também o fluxo dos carros e do ônibus. Apesar da Av. São João e a Av. Ipiranga serem largas ambas não possuem ciclofaixa, que facilitaria o deslocamento seguro no centro.

76

O segundo diagrama mostrado anteriormente feito com base no desenho do Sabrina Costa, mostra o fluxo dos pedestres por dentro das galerias. As galerias presentes no diagramas foram feitas para possibilitar aos pedestres um passei mais agradável, já que as ruas estavam cada vez mais movimentadas. Em destaque esta a quadra do projeto e a passagem proposta entre a Av. São João e a Rua 24 de Maio, possibilitando mais um caminho alterna"vo ao pedestre.


77


INTERVENÇÕES As intervenções na quadra acontecem em três etapas: a primeira são as remoções (esquema 1), tanto para os novos edi cios como para a rua interna e conexão entre Av. Ipiranga com a Rua 24 de Maio. A segunda etapa é a abertura do miolo da quadra, a requalificação dos edi cios e a construção dos dois novos. Por fim, a ul ma etapa seria as novas conexões na quadra, pela rua nova e pelo Cine Ipiranga. Diagramas elaborados pela autora, usando como base o MDC.

LEGENDA MANTER REMOVER INTERVENÇÃO

78


79


4.2 PROGRAMA

Propõe-se para a área incen vos para oferta de habitação e novas dinâmicas, como comércios e a requalificação dos existentes, salas comerciais, que iriam possibilitar novos empregos próximo ao metro, espaços de convívio e descanso no miolo da quadra, para quem frequenta ou quem esteja de passagem. A Praça interna, seria não só um lugar de passagem, mas um lugar de permanência e convivência, possibilitando que o comércio do Boulevard Centro (18) e Cine Ipiranga (9) possam abrir para o lado da passagem, deixando a escala do pedestre mais próxima ao contexto e também mais agradável. Os edi"cios baixos da Av. Ipiranga (7, 8, 10, 11 e 12) serão removidos e novos serão feitos, mantendo o gabarito da avenida e u#lizando o CA máximo exigido por lei. Esses edi"cios serão de escritórios e de habitações, porém o térreo de um dos edi!cios novos será des nado a um restaurante e um ves ário popular. O ves#ário popular veio a par#r do incen#vo ao uso de bicicleta na cidade, porém tenha onde even80

tualmente tomar banho. O Cine Ipiranga (9) será reaberto, sendo dividido em 7 salas, com duas novas aberturas, uma de ligação entre a Avenida Ipiranga com o miolo da quadra e a outra com a Nova Galeria ao lado. Os edi"cios Hotel Aquarius (5) e Hotel Cineasta (6) serão requalificados e terão novos usos o edi"cio Santa Victória (1), que é considerado Zeis no Plano Diretor Estratégico, será um Centro Cultura. . Cine Roma (4), Loja Surf (16) e o comércio que já está vazio (17), serão removidos para a criação da rua interna e terão no subzolo uma nova Galeria, que contem lojas e lugar para exposição. Os edi"cios Terra da Garoa (2), David C. Cury (13), Designer (14), Senac (15) e Ed. Bacellar, serão man#dos, não só o prédio, como os usos que estão hoje. O bicicletário ver#cal ficará na fachada lateral no Terra da Garoa (2), possibilitando com que as pessoas u#lizem o Bilhete Único para a liberação da posição da bicicleta.


EXEMPLO OCUPAÇÃO NO CENTRO DA QUADRA

Figura 58: JOANNEUMSVIERTEL. Graz, Austria. Nieto Sobejano Fonte: h!p://www.nietosobejano.com/project.aspx?i=4&t=JOANNEUMSVIERTEL#, acessado em outubro de 2014.

Figura 59: Chiado, Portugal. Fonte: h!ps://www.flickr.com/ photos/fadb/5490368736/ sizes/l, acessado em maio de 2014.

81


1

2

3

4

5

6

6 7 8

Av. São João

9

10 11 12 13

Av. Ipiranga

Edi cios da Quadra

A NG A IR . IP V A 9

6 8

1. Ed. Santa Victória 2. Terra da Garoa 3 | 4. Galeria 5. Hotel Aquarius 6. Hotel Cineasta 7 | 8. Novo 1 9. Hotel Excelsior 10 | 11 | 12. Novo 2

AV . SÃ OJ

OÃ O

7 5 3|4 2

10|11|12 13

1 14

R.

24

OS RR

20 15

DE M

E ÉD

18

16|17

AI

O 18 19

82

13. Ed. David C. Cury 14. Designer 15. Senac 16 | 17. Galeria 18. Boulevard do Centro 19. Ed. Bacellar 20. Ed. Suelly

R.

D

OM

J

OS

BA

* 18. Boulevard Centro: Entrada pela R. 24 de Maio e pela R. D. José de Barros Manter Edi!cio, mudar uso Galeria Subterrânea Edi!cio Novo Manter uso


13

14

15

16 17 18 19

19

Rua 24 de Maio

RUA

LOTE

USO

PAV.

ÁREAS (M²)

LOTE

USO

PAV.

R. 24 de Maio

R. D. José de Barros

TOTAL CONSTRUÍDO

PROJEÇÃO

CONSTRUÍDO

PROJEÇÃO

CONSTRUÍDO

AREAS (M²) LOTE

Av. Ipiranga

20

1

Rua Dom José de Barros

LOTE Av. São João

18

TO

CA

TO

CA

1

Serv. / Inst.

11

560,7

481,5

5.296,5

0,9

9,4

2

Serv.

1

622,2

580,7

580,7

0,9

0,9

3

Com.

1

607,2

607,2

607,2

1,0

1,0

4

Com.

1

382,7

382,7

382,7

1,0

1,0

5

Serv./Hab.

25

1.452,1

1.403,0

15.121,1

1,0

10,4

6

Com./Hab.

7

650,2

518,6

3.630,2

0,8

5,6

7|8

Serv. / Hab.

11

751,8

751,8

4.349,0

1,0

5,8

9

Serv.

20

1.725,2

1.725,2

21.639,1

1,0

12,5

10 | 11 | 12

Com. / Hab.

10

668,0

668,0

4.199,2

1,0

6,3

13

Serv/ Com.

17

327,2

302,6

5.144,2

0,9

15,7

14

Serv. / Com.

7

165,5

129,2

904,4

0,8

5,5

15

Serv./ Com.

15

1.717,8

1.327,8

19.917,0

0,8

11,6

16

Com.

1

356,9

356,9

356,9

1,0

1,0

17

Com.

1

288,2

288,2

288,2

1,0

1,0

18*

Serv./ Com./ Hab.

24

2.305,1

2.246,7

26.111,5

1,0

11,3

19

Serv./Com.

9

166,1

150,2

1.351,8

0,9

8,1

20

Serv.

14

297,3

204,2

2.859,2

0,7

9,6

13.044,2

12.124,5

112.739,0

0,6

5,8

13.044,2

11.064,3

109.630,8

0,8

5,9

83


4.3 PROJETO DA QUADRA O projeto foi resultados dos diversos estudos desenvolvidos neste trabalho, assim como o desejo de possibilitar “um respiro” na quadra do centro e possibilitar novas transposições e dinâmicas que já acontecem .

IMPLANTAÇÃO 84


85


PLANTA GALERIA NÍVEL -3,50 0

5

25



PLANTA TÉRREO NÍVEL 0,00 0

5

25



PLANTA 1ยบ PAVIMENTO Nร VEL +4,00 0

5

25



PLANTA 2ยบ PAVIMENTO Nร VEL +8,00 0

5

25



PLANTA TIPO 0

5

PAVIMENTO 25



EDIFÍCIO AQUARIUS O Edi!cio Aquarius é o único da quadra que possui diferentes "pologias de plantas para os andares, portanto separei-o para mostrar os demais níveis.

3º Subsolo

96

2º Subsolo

1º Subsolo


Térreo

Planta 3º, 4º, 5º, 7º, 8º, 10º e 11º

Planta 1º

Planta 6º, 9º e 12º

Planta 2º

Planta 13º, 14º, 15º, 17º, 18º, 20º e 21º

Planta 16º e 19º

97 0

5

10


CORTE AA

0

98

5

25


99


CORTE BB

0

10 100

5

25


101


CORTE CC

0

102

5

25


103


ELEVAÇÃO RUA SÃO JOÃO

0

104

5

25


105


ELEVAÇÃO AV. IPIRANGA 0

106

5

25


107


ELEVAÇÃO RUA 24 DE MAIO 0

108

5

25


109


ELEVAÇÃO RUA DOM JOSÉ DE BARROS 0

110

5

25


111


VISTA AÉREA RUA SÃO JOÃO

112


113


114

VISTA AÉREA AV. SÃO JOÃO


115


116

VISTA DA PRAÇA INTERNA


117


VISTA DA GALERIA SUBTERRÂNEA

118


119


120

VISTA DA ENTRADA DA PRAÇA INTERNA


121


VISTA DO CRUZAMENTO ENTRE AV. IPIRANGA E RUA Sテグ JOテグ

122


123


124


CONCLUSテグ | BIBLIOGRAFIA

Figura 60. Vista da Rua Sテ」o Joテ」o, pela Galeria do Rock. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

125


CONCLUSÃO São Paulo, assim como as outras grandes metrópoles possui diversos problemas, que podem ser percebidos no dia a dia de quem frequenta, seja no transporte, na habitação, no lazer, muito além dos edi!cios abandonados. Acredito que a Revisão do Plano Diretor, é um grande passo para o a requalificação de São Paulo. Diversas ações no centro estão acontecendo e o que tudo indica é que só tem a melhorar. Espero que os novos projetos para o centro proporcionem lugar para todos, onde podemos ter segurança, lazer e qualidade de espaço público.

Figura 61. Vista da Rua Barão de Itape!ninga. Fonte: Acervo do Autor, 27/06/14.

126


127


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS LIVROS MEYER, Regina Maria Prosperi; GROSTEIN, Marta Dora. A leste do centro: territórios do urbanismo. São Paulo: Imprensa Oficial 2010. 319 p. ISBN 9788570607805 (broch.) MEYER, Regina Maria Prosperi; GROSTEIN, Marta Dora; BIDERMAN, Ciro. São Paulo metrópole. São Paulo: Edusp: Imesp, 2004. 290 p. ISBN 8531408032 (broch.) BONDUKI, Nabil Georges. Origens da habitação social no Brasil: arquitetura moderna, lei do inquilinato e difusão da casa própria. São Paulo: Estação Liberdade; Fapesp, 1998. 342p. ISBN 8585865911 (broch) HERTZBERGER, Herman. Lições de arquitetura. 2. ed. São Paulo: Mar"ns Fontes, 1999. 272 p. ISBN 8533610343 (broch.) Empresa Municipal de Urbanização. Caminhos para o centro: estratégias de desenvolvimento para a região central de São Paulo. São Paulo: EMURB, 2004. 420 p. ISBN 8598901016

128

MEYER E GROSTEIN (FAUUSP-FUPAM), UNA, H+F E Metrópole Arquitetos. Plano Urbanís!co Parque Dom Pedro II, 2011 LEVI, Rino. Rino Levi. Milano: Edizioni di Comunita, 1974. 181 p. (Archite#ura e urbanis"ca ) ISBN (Enc.) TESES BOMFIM, Valéria Cusinato. Os espaços edificados vazios na área central da cidade de São Paulo e a dinâmica urbana. 2004. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Construção Civil e Urbana) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. Disponível em: <h#p://www.teses.usp.br/ teses/disponiveis/3/3146/tde-26052004103020/>. Acesso em: 2014-03-03. DEVECCHI, Alejandra Maria. Reformar não é construir. A reabilitação de edi#cios ver!cais: novas formas de morar em São Paulo no século XXl. 2010. Tese (Doutorado em Habitat) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: <h#p://www.teses.usp.br/ teses/disponiveis/16/16137/tde-15062010-


132024/>. Acesso em: 2014-03-03. COSTA, Sabrina Studart Fontenele. Relações entre o traçado urbano e os edi cios modernos no centro de São Paulo. Arquitetura e Cidade (1938/1960). 2010. Tese (Doutorado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: <h!p://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-11012011-161418/>. Acesso em: 2014-05-05. ALEIXO, Cynthia Augusta Poleto. Edi cios e galerias comerciais: arquitetura e comércio na cidade de São Paulo, anos 50 e 60. 2005. Dissertação (Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005. Disponível em: <h!p://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-07012007-201920/>. Acesso em: 2014-05-12.

produção, discurso. 2007. Dissertação (Mestrado em Habitat)- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: <h!p://www. teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/ tde-23112010-110040/>. Acesso em: 201405-24. TRABALHO DE GRADUAÇÃO HELOU, Tânia Nascimento. Ocupa Centro, Ocupa São João. 2012. TFG (Trabalho Final de Graduação) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. Disponível em: < h!p://issuu. com/taniahelou/docs/caderno-"g/>. Acesso em: 2014-03-05. SITES www.outorga.com.br/ h!p://saudadesampa.nafoto.net h!p://www.mmpt.com.br/ h!p://www.ibge.gov.br/home/ h!p://maps.moo#ro.org/ h!p://www.habisp.inf.br/

TSUKUMO, Isadora Tami Lemos. Habitação social no centro de São Paulo: legislação, 129


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