Revista Theotókos - Edição 7

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Paróquia Santa Maria – Demarchi – São Bernardo do Campo

Edição 7 | Junho e Julho de 2015


Eucaristia: Memorial Vivido e Celebrado

Expediente A revista THEOTÓKOS é uma publicação bimestral da Paróquia Santa Maria e produzida pela Pastoral da Comunicação Rua Albino Demarchi, 1233 - Demarchi São Bernardo do Campo – SP – Tel.: (11) 4347-7999 Endereço para correspondência: Rua João Morassi, n° 40 – Demarchi – São Bernardo do Campo - SP Pároco Padre Gonise Portugal da Rocha Jornalista responsável Lígia Valezi da Silva (Mtb 72617) Projeto gráfico e diagramação Nathalia Araújo e Thaís Araújo Revisão Taíse Palombo Comercial / Financeiro Ana Maria dos Reis e Celia Beghini Barrionuevo Impressão MM Produções Gráficas Tiragem 2.000 exemplares Colaborou com esta edição: Pastoral do Dízimo Horário das Missas Paróquia Santa Maria Domingos: 7h, 10h e 18h Segundas, quintas e sextas-feiras: 19h Sábados: 15h Capelas Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora de Fátima Domingos: 8h30 Terças-feiras: 19h Comunidade Vila das Valsas Sábados: 19h30 Expediente da Secretaria Terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h Sábado, das 8h às 11h www.paroquiasantamariasbc.com.br santamariademarchi@gmail.com : santamariademarchi

Amados irmãos, a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, usualmente conhecida como solenidade de Corpus Christi, que iremos celebrar, acontece na quinta-feira depois do domingo em que festejamos a Santíssima Trindade. Nos lugares onde ela não é uma festa de preceito, fica transferida para o domingo seguinte. Esta solenidade foi instituída em 1264 pelo Papa Urbano IV, para a glorificação específica da ‘presença real de Jesus Cristo na Eucaristia’. A adoração eucarística está em estreita sintonia com o mistério pascal e com a participação na Ceia do Senhor. Por isso, as procissões são antecedidas da celebração da Missa. Após participar da mesa da Palavra e da mesa da Eucaristia, o povo de Deus sai em caminhada, a fim de expressar publicamente sua fé na presença de Jesus na hóstia consagrada. A procissão também expressa que somos um povo peregrino, rumo à casa do Pai, com Jesus no meio de nós a nos guiar e alimentar. Vivamos em plenitude esta solenidade, para que ela fortaleça, em nós, a comunhão com o pai e com os irmãos. Na festa de Corpus Christi, olhamos sobretudo para o sinal do pão. Ele recorda-nos também a peregrinação de Israel durante os quarenta anos no deserto. A Hóstia é o nosso maná com o qual o Senhor nos alimenta, é verdadeiramente o pão do céu, mediante o qual Ele se doa a si mesmo. Na procissão, nós seguimos este sinal e assim seguimos a Ele próprio. E Lhe imploramos: guia-nos pelos caminhos dessa nossa história! Mostra sempre de novo à Igreja e aos seus Pastores o caminho justo! Olha para a humanidade que sofre, que vagueia insegura entre tantas interrogações; olha para a fome física e psíquica que a atormenta! Concede aos homens pão para o corpo e para alma! Dá-lhe trabalho!!! Concede-lhe luz! Concede-te a ti mesmo a ela! Imploramos a Jesus que nos guie e nos mostre o caminho justo. Por isso, diante da vida sem sentido, Jesus, nos revela a vida íntima de Deus; diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus apresenta a vida em Deus como valor supremo; diante do individualismo, Jesus convoca a viver e caminhar juntos; diante da exclusão, Jesus defende os direitos dos fracos e o direito de uma vida digna para todo ser humano; diante da natureza ameaçada, Jesus nos convoca a cuidar da integridade da criação. A oração da coleta da Missa da solenidade de Corpus Christi, de certa forma, antecipa e resume o que será proclamado na Liturgia da Palavra: “Senhor, Jesus Cristo, neste admirável Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do Vosso Corpo e do Vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da Vossa redenção.” Pedido que se completa na oração após a comunhão: “dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso Sangue”. Que o zelo, amor e cuidado de Santa Maria a Jesus, seu Filho Amado, que se torna Eucaristia no altar da Cruz, inspire a todos nós a uma maior, sincera e profunda intimidade com Jesus no Santíssimo Sacramento.

Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco


“Ao levar a Eucaristia pelas ruas e praças, queremos submergir o Pão descido do céu no cotidiano de nossa vida; queremos que Jesus caminhe onde nós caminhamos e que viva onde vivemos.” (Bento XVI) Na quinta-feira santa, revivemos a instituição da Eucaristia, porém, por ter outras memórias nessa celebração, contamos com um dia especial para exaltarmos e venerarmos a Santa Eucaristia. A solenidade de Corpus Christi (do latim, o Corpo de Cristo). Você sabe como surgiu essa festa? No final do século XIII, surgiu em Liège, Bélgica, um Movimento Eucarístico com centralidade na Abadia de Cornillon. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como a exposição e benção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na missa e a festa do Corpus Christi. Foi Santa Juliana de Mont Cornillon a escolhida por Deus para ter uma visão da Igreja, com a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que foi revelada como a liturgia e a mancha a ausência dessa solenidade. Juliana comunicou esta aparição a Dom Roberto de Thorete, bispo de Liège, e a outros doutos da Igreja, como Jacques Pantaleón, que mais tarde foi eleito o Papa Urbano IV. O bispo Roberto ficou impressionado e, como nesse tempo os bispos tinham o direito de ordenar festas para suas dioceses, convocou um sínodo (encontro de representantes das diversas classes de fieis para tratar de assuntos relevantes e propor encaminhamentos para as questões discutidas) em 1246 e ordenou que a celebração fosse realizada no ano seguinte. Dom Roberto não chegou a participar da festa, visto que faleceu alguns meses depois do sínodo, mas a mesma foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, na quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade. Por volta do ano de 1263, com o papado de Urbano IV, ocorreu em Bolsena, cidade próxima

a Roma, um milagre Eucarístico: um sacerdote tinha dúvidas de que a consagração fosse algo real e, ao partir a Sagrada Forma, viu sair dela sangue que empapou o corporal. O Santo Padre, movido pelo prodígio e pela petição de vários bispos, fez com se estendesse por toda a Igreja a festa de Corpus Christi, por meio da bula “Transiturus”, de 8 de setembro de 1264, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes e atribuindo muitas indulgências a todos que participarem da Santa Missa. A morte do Papa Urbano IV, em 2 de outubro de 1264, um pouco depois da publicação do decreto, prejudicou a difusão da festa. O Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou mais uma vez a adoção dessa festa. Em 1317, é promulgada uma recopilação de leis, por João XXIII, e assim a festa é estendida a toda Igreja. Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração, porém, essas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV. Em virtude dos protestantes, da Reforma de Lutero e dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, o concílio de Trento (15451563) fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a procissão eucarística pelas ruas das cidades, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na hóstia.

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Fontes: ACI Prensa/ Portal Paulinas

Taíse Palombo Membro da Pascom


Filomena Aparecida de Jesus Campos (68), tar. Ao analisar os resultados, relutou, mas confirmou esposa de Flávio Campos (69) e mãe feliz e orgulho- que se tratava de um câncer e que eu deveria passar sa dos filhos Flávia Maria Campos (35) e André Luiz por uma cirurgia. Impactada com a notícia, sendo eu Campos (33). uma mulher e, como todos, um ser humano, limitada e Mãe, esposa, ministra da Eucaristia, integran- frágil, comecei a chorar e o nervosismo foi inevitável. te do grupo do terço, missionária da Mãe Rainha e Ao sair do consultório, o Dr. Rogério viu que era voluntária nas festas promovidas pela Paróquia San- muito católica, e indicou-me um laboratório ao lado. ta Maria, ela encontrou um tempinho para receber e Eu, sem entender, perguntei qual era o laboratório E compartilhar com a revista Theotókos uma história e ele gentilmente apontou para a igreja matriz. Saí e fui experiência inspiradoras e enriquecedoras. direto para a igreja com os exames em mãos. Saí do Desde muito cedo, sempre participante da santa mis- médico que cura as doenças e me dirigi ao médico sa, aprendeu com seus pais e irmãos a colaborar com da alma. Neste dia, me confessei e conversei com o a evangelização, oração e atividades na Igreja Católi- padre sobre minha situação, então pedi uma benção. ca. Estava preparada para a luta, para as idas e vindas Atuante na Paróquia Santa Maria há mais de aos médicos, várias consultas médicas e exames. 30 anos, ela viu crescer a comunidade Na ocasião, o padre José Aguirre junto com todas as capelas que a com- “Agradeço a Deus conversou muito comigo e me deu muita põe. força. Por eu ser do movimento da Mãe todos os dias pela É com a base firme na família minha vida e pelos Rainha, pedi muito por sua intercessão. e enraizada na fé que Filomena nos amigos que colocou Era próximo da Semana Santa, então conta, emocionada, como superou uma pedi para a coordenadora da liturgia me fase de grande sofrimento e muitas em meu caminho, colocar para trabalhar para eu não ter digo, ‘os anjos da aflições. tempo de pensar no que iria passar de“Foi durante um ‘check-up’ e re- nossa vida’.” pois. alização de exames de rotina que me A família ficou ainda mais unise dei conta de que não havia realizado uma mamogra- da neste momento e, dois dias antes de ser operada, fia, pois era habituada a fazer o exame anualmente. minha filha percebeu minha ansiedade e nervosismo Portanto, devido ao esquecimento, imediatamente e convidou alguns amigos para me fazerem uma visita marquei uma consulta e realizei o exame penden- surpresa. Quando a campainha tocou, fui abrir a porte. Tão logo peguei o resultado, fui encaminhada ao ta e entraram vários amigos nossos que mal cabiam mastologista. Já na primeira consulta levei um susto na sala. Me emocionei e chorei quando todos juntos que me deixou sem chão, apesar da fé. Estava com começaram a cantar e rezar por mim. Foi muito legal! câncer de mama. Para ouvir uma segunda opinião, fui No dia em que fui para a cirurgia, nosso grupo a outro médico, que na época atendia no centro de São que rezava o terço iniciou uma novena de São PereBernardo do Campo. Seguindo os procedimentos, ele grino (santo protetor contra o câncer) e também pedi pediu para realizar novos exames para complemen- a intercessão da Mãe Rainha. E me comprometi que

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assim que tivesse alta e autorização médicas, iria ao santuário da Mãe Rainha, em Atibaia. No dia 16 de abril de 2009, passei pela cirurgia que durou quase 10 horas, por se tratar de um câncer muito agressivo e, como o próprio cirurgião disse, Deus tocou e conduziu a operação para que ele retirasse por inteiro todo e qualquer vestígio do câncer, para evitar que o mesmo se espalhasse para outras áreas. Ver o próprio médico atribuindo a cura a Deus e ao poder da oração é motivo para agradecer a Deus ainda mais. ‘Foi Deus na minha mão’, afirmou o médico. Já no dia seguinte, com a ajuda dos médicos, conseguia fazer alguns movimentos dentro da UTI. No terceiro dia tive alta. Fiquei apenas três dias hospitalizada! E para honra e Glória do Senhor não foi preciso fazer nenhuma sessão de quimioterapia nem radioterapia, dois procedimentos que me assustavam muito. Então, retornando as atividades do cotidiano, fui ao santuário da Mãe Rainha e dias depois na igreja de São Peregrino, na zona sul de São Paulo. Para minha surpresa, no dia em que eu e minha filha fomos à igreja de São Peregrino, a equipe de acolhida, sem nos conhecer, pediu para que eu e minha filha entrássemos na igreja levando o quadro do santo. Neste mo-

mento, chorei de emoção, mais uma ação de Deus em meu favor. Agradeço a Deus todos os dias pela minha vida e pelos amigos que colocou em meu caminho, digo, ‘os anjos da nossa vida’. Recebi muitas visitas e carinho de diversas pessoas, pude ver o quanto sou querida e quantos são amigos de verdade e que posso confiar. Hoje estou curada para Honra e Glória do Senhor! ” “’Jamais perder a fé e cada vez mais segurar muito na Mão de Deus e força da família, sem chorar e com um sorriso no rosto, firme na confiança de que Deus está agindo em nosso favor’. É a mensagem que deixo para todos!”

Cláudio Brandão Membro da Pastoral da Comunicação

Glorioso santo que, obedecendo à voz da graça, renunciastes generosamente as vaidades do mundo para dedicar-vos ao serviço de Deus, de Maria Santíssima e da salvação das almas, fazei que nós também, desprezando os falsos prazeres da terra, imitemos o vosso espírito de penitência e mortificação. São Peregrino, afastai de nós a terrível enfermidade, preservai-nos a todos nós deste mal, com vossa valiosa proteção. São Peregrino, livrai-nos do câncer do corpo e ajudai-nos a vencer o pecado, que é o câncer da alma. São Peregrino, socorrei-nos, pelos méritos de Jesus Cristo Senhor Nosso.

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A enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre os problemas mais graves da humanidade. Esses problemas podem levar uma pessoa à angústia e, às vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também podem tornar a pessoa mais madura para discernir sua vida. O fato é que as doenças, geralmente, levam as pessoas a buscar mais a Deus. A enfermidade se torna caminho de conversão e o perdão de Deus dá início à cura. Chega-se à conclusão de que a doença, de uma forma misteriosa, está ligada ao pecado e ao mal, e que a fidelidade está junto a Deus. “Porque Eu Sou Aquele que cura e que te restaura” (Ex. 15, 26). Deus é misericordioso e tem o poder de curar, mas também de perdoar os pecados. Ele cura o corpo e a alma. Jesus estava entre nós em carne e espírito, hoje Ele continua vivo entre nós só em espírito. Ele curava os doentes com saliva, lama e imposição das mãos. Os doentes queriam tocá-lo porque dEle saía uma força que a todos curava. Também nos sacramentos, Cristo continua a nos tocar para nos transformar. Quando Jesus morreu na cruz por nós, Ele carregou nossas enfermidades e todos os nossos pecados. O Espírito Santo dá a algumas pessoas o carisma especial de cura para manifestar a força da graça do Ressuscitado. A Igreja recebeu esta missão do Senhor e esforça-se por cumpri-la tanto pelos cuidados aos doentes como pela oração de intercessão e, de modo especial, pela Eucaristia, pão que dá a vida eterna. A Igreja crê e confessa que existem entre os sete sacramentos uma unção

especialmente destinada a reconfortar aqueles que são provados pela enfermidade: a unção dos enfermos. O sacramento da unção dos enfermos é conferido às pessoas com doenças perigosas, ungindo-as na fronte e nas mãos com o óleo sagrado. Este sacramento não é direcionado àqueles que estão à beira da morte, mas para os doentes, os debilitados fisicamente, antes de fazer uma cirurgia, ou na velhice. Se o enfermo recobrar a saúde, mas tiver uma recaída, pode receber o sacramento novamente. Só os sacerdotes podem administrar esse sacramento. É dever dele instruir os fiéis sobre os benefícios do mesmo. Esse sacramento é uma celebração litúrgica e comunitária, quer na família, no hospital, ou na igreja; seja para um doente, ou um grupo de enfermos. A graça especial do sacramento da unção dos enfermos tem como efeitos: • A união do doente com a Paixão de Cristo, para seu bem e de toda Igreja; • O reconforto, a paz, e a coragem e a coragem para suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice; • O perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo sacramento da penitência; • O restabelecimento da saúde, se isso convier à salvação espiritual; • A preparação para passagem à vida eterna. Leonora Robbi Coelho Ministra extraordinária da Eucaristia e membro da Pastoral do Batismo

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dos do Psicoração e que continue sempre este encontro. Que Jesus possa tocar o coração de vocês que estão lendo meu depoimento e que compareçam ao Psicoração, é momento para oração, interagir e dialogar.” O PSICORAÇÃO é um grupo aberto e gratuito de encontro com a comunidade que visa integrar fé e psicologia, oferecendo meios de melhorar as relações pessoais e interpessoais, ou seja, consigo mesmo e com o outro. O grupo começou em abril de 2005 com as psicólogas Neusa Alves e Bianca Faggian, juntamente com Elza Reis e outros intercessores da equipe da Renovação Carismática Católica (RCC) da Paróquia Santa Maria. Foram inspiradas pelo Encontro de Cura e Libertação “Curados a Caminho”, realizado em 2004, encontro este que envolveu, além da espiritualidade, palestras psicológicas. Desde meados de 2008, a psicóloga Marlene R. N. Vieira começou a fazer parte da equipe e a partir de 2011, “recebeu o bastão” das psicólogas Neusa e Bianca que precisaram deixar o projeto por aumento nas suas rotinas profissionais. A equipe atual conta com quatro psicólogas que além do grupo fazem também atendimento em psicoterapia na paróquia e atendem no aconselhamento às segundas-feiras, antes da missa de cura e libertação. São elas: Marlene R. N. Vieira, Silmara Manzoni, Eliane Fígaro e Gildete Reis. Na intercessão estão presentes Elza Reis, João Reis, Lauro Gomes, Denise Nunes V. Rita e eventualmente Socorro dos Anjos e Geovania. PSICORAÇÃO - Encontro de Psicologia e Fé (oração de cura e orientação psicológica), realizado por psicólogas e intercessores que juntos orientam o grupo nos mais diversos temas, como: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, relacionamentos familiares e outros. Objetivo do Psicoração: Reunir pessoas que queiram trocar experiências do dia-a-dia. Um momento de orações, relaxamentos, vivências, dinâmicas, informações, formação humana, reflexão e orientação, buscando o autoconhecimento (como é dito no Evangelho de João 3,7: “Necessário vos é nascer de novo”). Todo esse movimento visa fortalecer a afetividade, harmonizando os sentimentos e emoções, buscando o sentido da vida. O Psicoração é gratuito e um grupo aberto a todos. É só comparecer. Acontece toda última sexta-feira de cada mês, das 14h às 16h, no Anfiteatro da Paróquia Santa Maria.

2) Leonardo Possidonio Rodrigues Duarte (33 anos): “Faz sete anos que frequento o Psicoração e gosto do lugar. Toda última sexta-feira do mês eu vou para me sentir bem. Gosto de chegar na hora certa e de ver as pessoas. Sempre virei ao Psicoração mesmo que eu esteja cansado porque eu fico animado.” 3) Marli Gonçalves: “Faz muito bem pra mim participar do Psicoração. Eu pensava que só eu tinha problemas, mas ao compartilhá-los percebi que é bem ao contrário. Não me senti mais uma ilha deserta, fui me acalmando. O ambiente é realmente familiar com uma acolhida muito calorosa. Aqui há espaço para a gente falar e ser ouvida. O Psicoração abriu minha mente pois pude sentir a visão de pessoas diferentes e de diferentes idades. Saio do encontro me sentindo guerreira.” 4) Fátima Luiza Manhani: “No Psicoração o que chama a atenção é a oração junto com psicologia, nunca tinha visto. Tem toda uma acolhida e a gente tem oportunidade de compartilhar nossa vivência. A gente consegue identificar nossos conflitos e ver que podemos lidar com eles. Se não conseguimos sozinhos podemos buscar ajuda da igreja, de psicólogos, psiquiatras, médicos, instituições públicas. Não estamos sozinhos, só temos que nos dispor em buscar ajuda.” 5) Caetano Demarchi: “Gosto muito do Psicoração. Não vejo a hora que chegue o dia. Aprendi muito com o que a gente ouve de um e de outro. É uma troca de experiências. Gosto principalmente das dinâmicas. São lições que ficam gravadas. Mostra muito a vivência da gente, a realidade. Em casa a gente fica refletindo sobre tudo o que foi debatido.” 6) Ivone Ayalla Rubino: “O Psicoração é uma benção. Aprendo muita coisa que posso aplicar na minha vida. Tudo que aprendo já vou logo contando para a minha filha. Hoje em dia ninguém liga pra ninguém, mas no Psicoração a gente é acolhido, recebido com carinho. Todos ficam à vontade para compartilhar. Sinto-me num ambiente iluminado, cheio de amor.”

DEPOIMENTOS: 1) Leandro Rodrigues da Silva (29 anos): “Frequentador das missas das segundas-feiras, eu sempre ouvia falar sobre o Psicoração nos avisos, e aí me veio a vontade de conhecer. Mesmo sendo tímido, resolvi participar. Chegando na primeira vez me senti bem, todos me acolheram bem. Fui para casa e decidi sempre frequentar. Posso afirmar a todos que é uma benção. Quem tiver oportunidade participe. Eu estava numa fase ruim da minha vida, muitos problemas familiares, no trabalho e outros. Eu só tenho que agradecer a toREVISTA THEOTÓKOS - 09 -

Marlene Vieira Membro da equipe de psicólogas da Paróquia Santa Maria (Colaborou Sérgio Monteiro Gomes)


Os católicos adoram imagens? Por quê? Nós, católicos, somos comumente acusados de adorar imagens e santos e de sermos idólatras. Não sei quanto a você, mas, quantas vezes, eu já me vi em situações embaraçosas com irmãos de outras denominações religiosas no que diz respeito a esse assunto? E quando não conhecemos a doutrina de nossa Igreja, é muito comum sairmos dessas situações com raiva, frustrados ou coisa parecida. Na verdade, nós precisamos aprender mais sobre a nossa fé. Precisamos aprender aquilo que professamos. O católico não adora imagens. O católico venera os santos. Existe uma diferença entre adoração e veneração. Adorar = Prestar culto a… Venerar = Reverenciar, fazer memória, ter grande respeito… A adoração ocorre quando existe um culto no qual é envolvido um sacrifício. Se você pegar o Antigo Testamento, vai encontrar várias passagens bíblicas que mostram que quando os judeus iam adorar, ofereciam algum animal em sacrifício a Deus. Esse tipo de sacrifício é conhecido como sacrifício cruento, ou seja, com derramamento de sangue. Ao morrer por nós, na Cruz, Jesus se ofereceu em sacrifício por nós. Ofereceu sua Carne e o seu Sangue. Por isso, o chamamos de Cordeiro de Deus. Na celebração da santa Missa, nós renovamos (tornamos novo) esse sacrifício. Porém, no momento da Celebração Eucarística há o sacrifício incruento, ou seja, sem derramamento de sangue. Quando adoramos o Santíssimo Sacramento, adoramos o próprio Corpo de Cristo, e o fazemos somente em virtude do santo sacrifício da santa Missa, por meio do qual o pão se transforma no Corpo de Cristo e o Vinho se transforma no Sangue de Nosso Senhor. É por isso que, muitas vezes, ouvimos a Igreja nos dizer que o maior culto de adoração é a Santa Missa. Não existe adoração sem sacrifício. Já a veneração é semelhante àquilo que os filhos têm para com os pais, quando pedem algo a estes, elogiando-os, agradecendo-os… Fazem isso porque admiram, respeitam e amam os pais.

segundo ele, só caberia ao Criador. Isso acontece porque eles não vivem a real dimensão da adoração. Mas e as imagens? No século I, não existia máquina fotográfica. Mas as pessoas gostavam de se recordar dos entes queridos. Assim como, hoje, fotografamos alguém e guardamos aquela foto, naquela época, se reproduziam imagens, desenhos, estátuas… Era uma prática comum. De forma que esses objetos acabaram se tornando um meio de relembrar, de fazer memória a pessoas amadas e queridas. Nós, católicos, em particular, o fazemos para prestar memória àqueles homens e mulheres que viveram a radicalidade da fé: os santos. Uma fé cheia de virtudes e, muitas vezes, de martírio. Fé esta que gerou neles a santidade. Se não podemos ter essas imagens, tampouco podemos ter fotografias de pessoas que já se foram. Duvido muito que aqueles que nos acusam de idolatria joguem fora as fotos e lembranças de pessoas queridas. Assim como duvido que eles se esqueçam das virtudes dos seus… Nós, católicos, em especial, temos e devemos ter, sem medo, imagens dos santos e das santas de Deus em nossas casas. É importante reverenciá-los, lembrando-nos das virtudes e do amor deles por Jesus Cristo, e pedindo-lhes a intercessão junto a Deus. Afinal, eles estão no céu. Fazem parte do corpo místico da Igreja. E se você não crê na intercessão, meu amigo, não peça que ninguém reze por você. Adorar: somente a Deus. Prestar culto: somente a Deus. Mas venerar? Venere, sem medo, a todos os santos e santas de Deus. E se alguém, um dia, vier acusá-lo de idolatria ou coisa semelhante, não esquente a cabeça. Fique em paz. E lembre-se de que apenas os que participam do santo sacrifício da santa Missa é que fazem a verdadeira adoração.

Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco

Percebe a diferença? Então quando alguém, que não conhece o real sentido da adoração, vê um católico venerando um santo, acaba o acusando de fazer algo a uma criatura que,

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