Theotokos 14

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Paróquia Santa Maria – Demarchi – São Bernardo do Campo

Edição 14 | Agosto e setembro de 2016


Santa Maria, a vocacionada do Pai Expediente A revista THEOTÓKOS é uma publicação bimestral da Paróquia Santa Maria e produzida pela Pastoral da Comunicação Rua Albino Demarchi, 1233 - Demarchi São Bernardo do Campo – SP Tel.: (11) 4347-7999 Endereço para correspondência: Rua João Morassi, n° 40 – Demarchi – São Bernardo do Campo - SP Pároco Padre Gonise Portugal da Rocha Jornalista responsável Lígia Valezi da Silva (Mtb 72617) Revisão Giovanna Roggi Projeto gráfico e diagramação Nathália Araújo e Thaís Araújo Impressão Ágora Gráfica Tiragem 1.250 exemplares Colaborou com esta edição: Kauan Casimiro Silva (Anuncie Aqui) Horário das Missas Paróquia Santa Maria Domingos: 7h, 10h e 18h Segundas, quintas e sextas-feiras: 19h Sábados: 15h Capelas Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora de Fátima Domingos: 8h30 Terças-feiras: 19h Comunidade Vila das Valsas Sábados: 19h30 Expediente da Secretaria Segunda a sexta, das 8h às 18h Sábado, das 8h às 12h e das 13h às 16h www.paroquiasantamariasbc.com.br santamariademarchi@gmail.com

: santamariademarchi

Queridos irmãos, no mês de agosto a Igreja dedica especial reflexão sobre as vocações. Quero refletir a vocação tendo como modelo nossa padroeira, Santa Maria. A jovem de Nazaré era, desde sua concepção, escolhida por Deus para ser aquela que traria seu Filho à vida humana. Alguns poucos traços de sua personalidade são conhecidos. Sabe-se que era virgem e que tinha o hábito de meditar os acontecimentos de sua vida, o que a veremos fazer em diversos momentos. Fiel ao seu Senhor, era capaz, porém, de questioná-Lo quando Suas propostas lhe pareciam difíceis ao entendimento humano. Mulher de fibra, andou por caminhos tortuosos, enfrentando viagens duras para uma gestante e, logo após o parto, seguiu para uma terra estranha a fim de proteger seu Filho. Acompanhou o crescimento do Menino, ensinando-lhe as bases da experiência de Deus. Como mãe, certamente, sentiu Sua partida, ao mesmo tempo em que orgulhava-se de Sua missão. Chorou Sua morte injusta e alegrou-se com o anúncio da ressurreição, a partir da qual passou a abençoar a Igreja nascente. Todas essas características de Maria são pontos de reflexão sobre a vocação de cada um de nós. À sua virgindade sobrepõe-se o atributo da pureza, que lhe garantia um coração livre para experimentar a ação de Deus em sua vida e fazer Dele o fiel companheiro de caminhada, a quem se questiona e com quem se descobre novos e novos caminhos. Assim devemos viver nossa vocação de cristãos: puros de coração para que possamos ver a Deus, como Jesus conclama nas bem-aventuranças, e fazer Dele também nosso companheiro constante. Devemos pedir a graça da fortaleza que ungiu aquela mulher, fazendo-a caminhar e partir para novos e constantes desafios. O cristão precisa desalojar-se do comodismo da rotina diária e não ter medo de enfrentar outros rumos. Precisamos acompanhar Jesus em sua missão, trazendo-a para perto da missão individual que Dele recebemos como dom, podendo, assim, testemunhar com nossas vidas a presença do Cristo vivo, certeza maior da fé que da Igreja recebemos. Podemos viver com Maria a plenitude de nossa vocação. Sua vida é tão rica que nos dá inúmeras pistas para dela tirar exemplo e nos aproximarmos da jovem e da mulher que Deus escolheu para mãe da humanidade e da Igreja. Em nossa oração pessoal, repitamos diariamente um pedido especial à Maria: “Vem, Maria, vem Vem nos ajudar Neste caminhar Tão bonito rumo ao Pai”

Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco


“Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda parte.” Esta foi a resposta dada pelo diácono Lourenço ao Imperador Romano Valeriano, quando este impôs à Igreja de Roma que entregasse a ele todos os tesouros que possuía. Os tesouros que Lourenço apresentou eram os órfãos, cegos, coxos, viúvas, idosos, pobres da cidade. São Lourenço viveu durante o século III, período em que a Igreja foi duramente perseguida pelo Império Romano. Em consequência disso, muitos foram os mártires (testemunhas, em grego) que derramaram seu sangue, associando assim, seu martírio à Paixão de Cristo. Tal perseguição foi cessada em 313, por ordem do Imperador Constantino, expressa no Edito de Milão. A partir daí, os cristãos obtiveram liberdade de culto, pois até então, reuniam-se e celebravam a Eucaristia nas catacumbas de Roma, sobre o túmulo dos mártires. Por isso, muitas de nossas igrejas possuem relíquias dos santos mártires sob o altar onde se oferece o sacrifício eucarístico. Embora a perseguição fizesse muitos mártires, o número de cristãos só aumentava, pois “o sangue dos mártires derramado em terra, tornou-se semente para novos cristãos”, segundo o axioma da espiritualidade do martírio, vigente nos primeiros séculos da Igreja. Uma das principais funções dos diáconos é a de servir à mesa dos pobres (cf. Atos 6,1-7), por isso, Lourenço, que era diácono da Igreja de Roma, ordenado pelo papa Sisto II, também mártir, recebeu a missão do próprio papa de dis-

tribuir aos pobres todos os bens que possuía, pois sabia que nada levaria ao encontro face a face com Deus. Ao saber disso, Valeriano ordenou ao diácono Lourenço que entregasse estes bens a ele. A resposta de Lourenço nós já sabemos, porém a isto, seguiu-se sua prisão e cruel martírio. Lourenço foi posto sobre um braseiro ardente, e ali foi “assado”. Sabe-se que à história dos mártires alguns dizeres foram agregados, dos quais alguns deles não nos são possíveis conhecer sua veracidade. Diz-se que Lourenço fez a seguinte piada ao carrasco que o colocou sobre a fornalha: “Vira-me, que já estou bem assado deste lado”. O fato é que Lourenço se manteve firme e convicto em seu serviço a Cristo, na certeza da ressurreição e enraizado na “esperança que não decepciona” (Rm 5,5). Lourenço foi martirizado em 10 de agosto de 258, data em que, todos os anos, celebramos sua festa. A cidade de Roma foilhe grata, pois lhe dedicou nada menos que 34 igrejas, sendo a primeira no local de seu martírio. Nem mesmo Pedro e Paulo, principais padroeiros da cidade, tiveram tanta honra. Que nossos diáconos, permanentes e transitórios, inspirem-se em seu padroeiro, que “distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre” (2Cor 9,9); a fim de assumirem com desejo profundo o serviço dos mais pequeninos (cf. Mt 25,40).

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Rudnei Sertorio Seminarista


Entre os dias 18 e 26 de junho, o bispo da Diocese de Santo André, Dom Pedro Carlos Cipollini, realizou a visita missionária na região São Bernardo do Campo – Anchieta. O bispo conheceu as paróquias e capelas que compõem a região, além de visitar famílias, doentes, casas de recuperação, entre outros. Cada paróquia enviou alguns missionários

para acompanhar Dom Pedro nesta missão. Aqui, alguns deles contam um pouco como foi essa experiência.

Depoimentos relatados a Sonia Aparecida da Silva

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Pai, uma palavra com três letras, mas do tamanho do alfabeto. Falar de pai, não se esquecendo de dizer do Pai Nosso que está no céu, pois se hoje faço esta homenagem em agradecimento à minha existência e de todos os pais, também não posso deixar de agradecer ao meu pai. Deus já o acolheu no seu reino, mas mesmo sendo um humilde carpinteiro, pedreiro e praticamente analfabeto, deixou um grande legado. Pai de seis filhos, ele educou e ensinou o respeito e a consideração aos mais velhos. Hoje posso dizer que, com o seus ensinamentos e testemunho de vida, foi um grande aprendizado para minha vida de solteiro e mais ainda para a de casado, ou seja, do pai que sou hoje. Vivi uma vida de solteiro desregrada, com bebidas e mulheres, pois sempre fui um filho visto como a ovelha negra da família, mas hoje sou exemplo para meus familiares e amigos. Sou considerado um bom pai, marido e irmão, principalmente pelo fato do meu amor e fé em nosso Senhor Jesus Cristo, que hoje é o sentido da minha vida, sem esquecer a minha mãezinha Maria Santíssima. Agradeço todo dia pela minha esposa Gisele e pelos meus filhos Bruno, Julia e Maria Eduarda, que Deus me deu para cuidar e conservá-los em Deus. O meu encontro com Deus começou ainda pequeno, na cidade de Teodoro Sampaio, interior de São Paulo. Minha querida

mãe fazia com que eu fosse todos os domingos à missa na igreja matriz. Ali foi plantada a semente, com o Batismo, Primeira Comunhão e a Crisma. Como a maioria dos jovens, também me afastei um pouco da doutrina cristã, me deixei ser levado pelas paixões mundanas, mas o meu encontro definitivo com o Senhor veio quando, casado e pai do meu primeiro filho, comecei a frequentar com minha esposa a Paróquia Santa Maria, ainda com o nosso padre emérito José Aguirre. Comecei a participar dos encontros da Pastoral Familiar. Logo mais veio o convite para coordenar a pastoral e depois para trabalhar no ministério extraordinário da Comunhão, no qual já estou há quase dez anos. Hoje posso dizer que, com nosso pároco, padre Gonise, as minhas atividades na paróquia aumentaram, graças a sua dedicação, respeito e, acima de tudo, confiança em mim e na minha família. Desde já, desejo um feliz Dia dos Pais a todos os pais da nossa Paróquia Santa Maria e que Deus os abençoe.

Silvano Alencar de Oliveira Ministro extraordinário da Comunhão

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“Após sua vida terrena, a Virgem Maria cai em sono profundo, mas após um tempo ela é elevada de corpo e alma, sendo assim coroada Rainha dos céus e da terra.” A ressurreição de Jesus Cristo nos garantiu um lugar especial no reino celeste, e com a Assunção de Nossa Senhora, Deus nos mostra o prêmio eterno para aqueles que seguem os caminhos do Senhor e dizem “sim” ao projeto de misericórdia do Pai. Quando Maria é recebida no céu, junto ao seu Filho, Deus glorifica sua filha, a nova Eva. Aquela que se colocou totalmente a serviço do Senhor e do próximo, como fez à sua prima Isabel em sua visitação. E com sua maternidade virginal, a Santa Mãe de Deus recebe, em sua Assunção, a coroa da rainha, a humilde serva de Deus elevada à majestade divina. Nossa Senhora, sendo esposa, mãe e filha, age com imensa misericórdia rogando e suplican-

do em favor de seus filhos muito amados. E, um dia, ela espera ansiosamente receber em seus braços maternos seus queridos filhos. Tomemos Maria como exemplo de vida, dizendo sim a Deus e sendo misericordiosos, para que, um dia, possamos receber a coroa da justiça, e assim, junto a Virgem, glorificar e adorar a Deus pela eternidade. Maria Santíssima, Mãe de misericórdia, rogai a Santíssima Trindade por nós. Amém.

Paulo Henrique Domingues de Vasconcellos Filho Pastoral da Comunicação

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que tratamos o nosso celular? E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa? E se déssemos umas olhadas nela várias vezes ao dia? E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa ou no escritório? E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos? E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela? E se a déssemos de presente às crianças? E se a usássemos quando viajamos? E se lançássemos mão dela em caso de emergência? Ao contrário do celular, a Bíblia não fica sem sinal. Ela “pega” em qualquer lugar. Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a conta e os créditos não têm fim. E o melhor de tudo: Não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a vida. Autor desconhecido A utilização deste texto na revista foi uma sugestão do senhor Caetano Demarchi, que faleceu no dia 28 de maio. Fica neste registro, uma homenagem da Paróquia Santa Maria a um de seus grandes benfeitores. REVISTA THEOTÓKOS - 07 -



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