Mídias de áudio Digital

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Mídias de áudio digital como um meio publicitário Entrevista com Ed Brown Por Luís Fernando

A revista COMMUNIS entrevistou o cantor, podcaster e youtuber de 24 anos, Ederson Barbosa, ou “Ed Brown” como é conhecido pelo seu trabalho artístico. Apaixonado pela técnica de canto, foi em busca de estudar por conta própria, pois nunca encontrou alguém que estivesse disposto a ajuda-lo, muitas vezes por acharem que estariam criando um concorrente. Hoje, depois de se empenhar, tem grande conhecimento sobre música e arte técnica e vocal, e em março deste ano, resolveu criar um podcast, para que assim pudesse falar sobre tudo isso e ensinar outras pessoas a entenderem também, pois para ele, se você tem um conhecimento e não o compartilha com o próximo, seu conhecimento é inútil. Venha conhecer um pouco sobre a evolução das mídias de áudio e como elas podem ser usadas para transmitir mensagens, ensinamentos e compartilhar fatos.

Ederson - Então, a gente se comunica pelo som,

né? Então, pela nossa comunicação ser pelo som, a gente tem uma sensibilidade mais aguçada para essas coisas, por exemplo, se você assistir um vídeo e a imagem estiver ruim e o áudio estiver bom, você consegue assistir. Se o áudio estiver ruim, e a imagem estiver boa, você já não consegue. A gente é sensível pro áudio, né? O mundo todo tem som, então a gente tem uma sensibilidade maior. Então, antes, quando surgiu o rádio, as pessoas falaram assim “as outras artes vão acabar, o teatro vai acabar, essas coisas todas. Por que a gente agora tem essa comunicação dentro de casa, a música está dentro da nossa casa, então essas coisas vão acabar.” E você tinha essa informação toda do jornal, da música e tal, então, isso começou não a afastar as outras coisas, por que elas continuam existindo até hoje, o teatro continua aí até hoje, mas ela começou a deixar mais acessível, né? Essas coisas começaram a aparecer tanto na casa de quem tinha dinheiro, quanto na casa de quem não tinha. Só que o rádio também era uma coisa de não muito fácil acesso quando surgiu, era na casa das pessoas que tinham mais poder aquisitivo, assim como a TV. Então, esse negócio de que quando surgiu o rádio, estava na disposição de todo mundo, não é bem assim, mas

as pessoas de uma forma mais prática, as coisas começaram a chegar para as pessoas de uma forma mais rápida. Então, tudo ficou um pouco mais acessível, acho que o mundo da tecnologia começou a avançar, né? Isso favoreceu bastante as pessoas.

COMMUNIS – Uma das principais novidades

foi o processo de digitalização no meio do rádio no Brasil, quais as principais mudanças e impactos os ouvintes tiveram no processo de digitalização?

Ederson – Então, eu acho que foi o mesmo processo de quando surgiu o rádio, de quando surgiu a TV. Quando surgiu a TV, falou “acabou o rádio”, quando surgiu o Youtube falaram “agora a TV já era!”. Só que cada um está no seu lugar ainda, porque cada pessoa se identifica com um meio de comunicação específico. Tem gente que ainda lê jornal de papel, entende?

Ed Brown Foto: Kahleen Rodrigues

COMMUNIS – Historicamente o áudio foi um dos meios de comunicação mais importantes. E o rádio experimentou um processo de massificação entre os meios eletrônicos, desde a camada assalariada mais baixa de trabalhadores até a camada mais intelectual. O quão importante isso foi pro momento e pro avanço dos meios de comunicação?

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