Abeta Summit 2017

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Sejam bem-vindos!!!

Abeta Summit 2017 1a edição Outubro 2017 5 Abeta 8 Território Mantiqueira 10 Projeto Águas da Mantiqueira 12 Passarinhando por aí... 14 Caminhando por aí... 15 Programação Abeta Summit 2017 20 Lições em duas rodas 22 Um alerta para a preservação ambiental!

Bem-vindos ao ABETA SUMMIT 2017, o maior encontro brasileiro sobre Ecoturismo, Natureza e Turismo de Aventura! Sua presença é a razão de ser do nosso encontro. Agradecemos por estarem aqui! Estamos muito felizes em ter como destino anfitrião o Território Mantiqueira, um lugar onde o turismo, a cultura e o ambiente natural formam um conjunto diferenciado de atrativos especiais para o desenvolvimento do turismo sustentável. Estamos nos sentindo em casa! Sinta-se em casa você também. Importante destacar, que num ano tão difícil para o Brasil, como este que estamos vivendo, o ABETA SUMMIT MANTIQUEIRA, só foi possível pela união das lideranças políticas e empresariais do Território Mantiqueira que não mediram esforços para realizar este evento. Desfrute da hospitalidade e das belas paisagens locais, e principalmente, aproveite o diversificado conteúdo das palestras, painéis e das demais atividades do evento, que tem como objetivos, gerar conhecimento, fomentar relacionamentos e proporcionar momentos de diversão e bem-estar para todos os participantes. Divirta-se e aproveite! E por fim, mas não menos importante, nosso sincero e caloroso muito obrigado aos prefeitos, secretários, empresários e a população em geral, por acolher com tanto carinho o ABETA SUMMIT 2017 Teriana Selbach Presidente da Abeta

24 Associação Férias Vivas - 15 anos 26 Como as novas tecnologias digitais impactam a jornada de consumo no turismo? 27 Profissionais do Turismo 28 Destinos turísticos inteligentes 32 Sustentabilidade! A raiz do nosso negócio

expediente ABETA - Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura Presidente: Teriana Selbach Vice-presidente: Adriana Schmidt Diretor de Relações Institucionais: Giancarlo Valia Diretor de Qualificação e Sustentabilidade: Ana Aveline Diretor de Comunicação: Gil Cunha Diretor de Mercados: Lenauro Mendonça Diretor Técnico: Evandro Schutz

Bem-vindos ao Território Mantiqueira

Diretor Executivo: Luiz Del Vigna

Com enorme satisfação damos nossas boas-vindas aos participantes da 14a edição do ABETA SUMMIT (Congresso Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura). Recebê-los no Território Mantiqueira, além de um orgulho, representa também a consolidação do potencial turístico desta região. Que este encontro permita a reflexão e o conhecimento em todas as esferas do turismo em prol da natureza, sustentabilidade e desenvolvimento. Aproveitem!

Edição Diagrarte Editora Ltda-ME www.diagrarte.com.br (19) 99932-1809 contato@diagrarte.com.br

Daniela de Cássia Santos Brito Presidente da ADITM (Associação de Desenvolvimento Integrado do Território Mantiqueira) e Prefeita de Monteiro Lobato/SP

Bem-vindos a Santo Antônio do Pinhal A população de Santo Antônio do Pinhal recebe com alegria os participantes do ABETA SUMMIT 2017. Sediar este importante evento é um marco para o Território Mantiqueira, visto que a reunião de diferentes setores traduz as inúmeras possibilidades que o turismo sustentável pode propiciar ao crescimento do nosso país. Que todos vocês sintam-se em casa e vivenciem bons momentos de aprendizagem e lazer em nosso município. 4

Clodomiro Junior Prefeito de Santo Antônio do Pinhal/SP

Projeto gráfico e Jornalista Responsável Elaine Cristina Pereira (Mtb 15601/MG) Revisão Marília Bustamante Abreu Marier Fotos capa: Roberto Torrubia e Acervo Abeta Impressão: Vox Gráfica Distribuição Gratuita - impressa e eletrônica Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores Direitos reservados. Para reproduzir é necessário citar a fonte. Para versão eletrônica acesse www.diagrarte.com.br/naturale-edicoes www.abeta.tur.br Impresso no Brasil com papel originado de florestas renováveis e fontes mistas. outubro 2017


"Acreditamos que o Brasil se transformará em um destino de Ecoturismo e Turismo de Aventura de classe mundial, sustentado por uma rede de empresas com excelência de serviços e compromisso socioambiental."

Nossa história começa lá em 2004, quando um sonhador grupo de empresários acreditou que um Brasil mais natural, mais sustentável, mais desenvolvido e mais ético era possível. Assim, esse grupo resolveu juntar seus sonhos, criando a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura – ABETA. Desde então, fluindo como um rio, seguimos sonhando em transformar o Turismo de Natureza e a Cultura da Vida ao Ar Livre em atividades econômicas sustentáveis, socialmente justas e ambientalmente viáveis. Sonhamos em proporcionar retorno financeiro para os empreendedores, geração de renda para as comunidades e impostos para a sociedade. Acreditamos no empreendedorismo, na livre iniciativa responsável e na vontade de fazer algo além da fronteira pessoal. Acreditamos que o Brasil se transformará em um destino

de Ecoturismo e Turismo de Aventura de classe mundial, sustentado por uma rede de empresas com excelência de serviços e compromisso socioambiental, capaz de proporcionar experiências prazerosas e seguras aos clientes. Nesses quase 15 anos de atividades, a ABETA ajudou a desenvolver inúmeras Normas Técnicas nacionais e internacionais aplicáveis ao segmento, capacitou milhares de profissionais, atuou junto ao Ministério do Trabalho para o reconhecimento da profissão de Condutor de Ecoturismo e Turismo de Aventura, assumiu assento no Conselho Nacional de Turismo, no Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação Nacional do Comércio, e também assessora legisladores estaduais e municipais na elaboração de Projetos de Lei que beneficiam o segmento. Fazemos parte de inúmeros conselhos estaduais de turismo e

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ção Brasileira de Agências de Viagens (ICCABAV). E isso tudo só foi possível com a união de esforços. Acreditamos que o Associativismo é uma poderosa força de transformação, pois nele, somos todos responsáveis pelos sonhos coletivos. Se quiser fazer parte deste sonho, seja bem-vindo! Juntos seguiremos mantendo a ABETA como referência em profissionalismo, seriedade e compromisso com o Turismo de Natureza no Brasil. #TAMOJUNTO ABETA

Foto: Ricardo Martins

de unidades de conservação nos três planos da administração pública. Trabalhamos junto ao Ministério do Turismo e da Embratur para fomentar o segmento, participando de inúmeras feiras nacionais e internacionais, apoiando os Escritórios Brasileiros de Turismo na Europa e nos Estados Unidos. Conduzimos uma plataforma de comunicação baseada em mídias sociais, e estamos desenvolvendo uma nova plataforma de capacitação profissional em parcerias estratégicas com entidades como SENAC, SEBRAE, Outward Bound Brasil (OBB) e Instituto de Capacitação e Certificação da Associa-



Por André Barreto

“Um destino sem fronteiras”. É assim que podemos apresentar o Território Mantiqueira, um dos lugares mais fascinantes do Brasil e um dos ecossistemas mais relevantes do mundo, integrante na lista das Reservas da Biosfera da ONU (Organização das Nações Unidas). Sua cadeia montanhosa abrange três estados: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas são nas serras paulistas e mineiras que podemos encontrar os mais altos picos, com altitude que variam entre 700 até 2.798 metros, o que faz da Mantiqueira um destino perfeito para o turismo de aventura e esportes radicais. Além disso, a grande riqueza da região está mesmo na sua diversificada vegetação e nas milhares de nascentes que alimentam importantes bacias hidrográficas e que deram origem ao nome da serra, que em Tupi Guarani quer dizer “montanha que chora”. Todos esses tesouros naturais presentes na Mantiqueira consolidam o propósito de incentivar o ecoturismo, no objetivo de desenvolver esse importante setor econômico entre os municípios localizados em suas montanhas. Além de possibilitar a preservação das matas remanescentes do


processo de ocupação, visto que o território já se tornou um roteiro certo para aventureiros e viajantes que fogem das movimentadas capitais em busca de contato com a natureza, sossego e romantismo. Assim, desde 2005, a Associação de Desenvolvimento Integrado do Território Maniqueira (ADITM) trabalha no objetivo de desenvolver políticas públicas para o desenvolvimento da região de uma forma pioneira, unindo os estados de São Paulo e Minas Gerais em ações conjuntas que promovem o território em benefício da população e para o bem-estar do turista, ambos conscientes de seu papel na utilização dos recursos da natureza. Valorizar as características de cada localidade e implementar programas de cooperação mútua entre o poder público e o privado é o desafio da ADITM para o futuro. A associação deseja unir mais municípios em sua jornada em prol de um território grandioso em extensão e em potencialidades. Atualmente, sete cidades integram o Território Mantiqueira por meio da ADITM. Do lado paulista estão Campos do Jordão, Monteiro Lobato e Santo Antônio do Pinhal. Já no lado mineiro, podemos encontrar os municípios de Cristina, Gonçalves, Maria da Fé e Piranguçu. Todos eles possuem em comum cenários com belas paisagens, matas, cachoeiras, picos e florestas. Eles também expressam uma rica identidade cultural que envolve festas tradicionais, produção associada ao turismo, culinária, música, dança e artesanato. Todas essas combinações fazem deste lugar um verdadeiro mundo de opções para os visitantes e, principalmente, um orgulho para a sua gente. Enquanto as fronteiras diminuem, o Território Mantiqueira se torna cada vez maior. Venha nos visitar! www.territoriomantiqueira.com.br.


Projeto Águas da Mantiqueira Conduzindo Vida Por José Roberto Manna de Deus e Clodomiro Correia de Toledo Junior

"O aspecto central deste trabalho consiste em estudos para conservação da biodiversidade e recursos hídricos, uso e ocupação sustentável dos espaços rurais e urbanos distribuídos em bacias hidrográficas, resultando em diretrizes de gestão territorial."

Em 2013, a revista científica Science publicou um artigo com a análise de mais de 170.000 áreas naturais protegidas, identificando a Serra da Mantiqueira como a 8ª mais importante em todo o mundo por sua biodiversidade. As formações de vegetação florestais e campestres e a fauna da maioria das espécies da Mata Atlântica, distribuídas no relevo desta cordilheira, permitem a ocorrência de um clima único e a maior concentração de água mineral em quantidade e qualidade no planeta. Estas características peculiares conferem à região uma função essencial no abastecimento das comunidades locais e do Sistema Cantareira em São Paulo do qual dependem 6 milhões de pessoas. Desde abril de 2017, uma equipe de consultores associados à Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio — Fundepag em parceria com a Fundação Toyota do Brasil — FTB e Secretários e Técnicos da Prefeitura de Santo Antônio do Pinhal/SP desenvolvem um Projeto de ocupação sustentável dos pequenos municípios da área, centrado na conservação da biodiversidade e recursos hídricos, denominado Águas da Mantiqueira. A sua implantação foi planejada inicialmente para Santo Antônio do Pinhal seguido de Gonçalves e Sapucaí-Mirim (MG), municípios que possuem juntos 11.000 hectares de vegetação natural — considerada a perfeita embalagem da água — e formam um potencial corredor ecológico contíguo ao Sistema Cantareira. O aspecto central deste trabalho consiste em estudos para conservação da biodiversidade e recursos hídricos, uso e ocupação sustentável dos espaços rurais e urbanos distribuídos em bacias hidrográficas, resultando em diretrizes de gestão territorial. A comunidade local, por sua vez, participa incentivando o envolvimento coletivo e o estabelecimento de políticas públicas adequadas à região da Serra da Mantiqueira. Em 2015, o Ministério Público dos Estados de São Paulo e Minas Gerais reconheceu esta experiência singular no país como estratégica ao desenvolvimento equilibrado da região sudeste e às empresas interessadas em Responsabilidade Social e Sustentabilidade por atender o novo modelo de desenvolvimento sustentável definido nos 17 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e suas 169 metas para as quais será preciso um esforço compartilhado entre União, Estados, Municípios, Sociedade e Setor Privado.

10 outubro 2017



Tietta Pivatto

Fotos aves: Luciano Lima

Por Guto Carvalho - Avistar

Viajar pressupõe a existência de lugares: a gente viaja de um lugar para outro, podemos viajar na maionese, ou ainda viajar de um estado de espírito (conhecido), para outro (desconhecido), mas fora isso, a viagem estabelece a existência de um lugar, ou melhor dois lugares, um de partida e um de chegada, uma origem e um destino. Claro que podemos também viajar por aí... quando partimos sem destino, nesse caso, a viagem é a liberdade. Passarinhar ou observar aves é sair a campo para observar (fotografar, gravar, filmar) aves. Passarinhar implica também em algum deslocamento: uma caminhada, trilha ou um barquinho descendo o rio a esmo. Diferente da viagem tradicional, a passarinhada não pressupõe um destino físico, espacial. Ao contrário, os destinos são os passarinhos — e eles voam — observadores viajam rumo a uma determinada espécie, ou um conjunto delas. Um destino de sucesso pode ser tanto os famosos comedouros da Trilha dos Tucanos, quanto um improvável pouso de um maçarico raro numa lagoa urbana de Belo Horizonte. Passarinhar é um estilo de vida, algo que nunca desliga na vida da pessoa, especialmente daquelas que freiam o carro em plena marginal, só para confirmar que lá acima da antena de celular está um falcão-peregrino voltando da migração. Esse olhar aguçado revelou, passarinhando por aí, centenas de novos lugares e destinos em todo o Brasil. Lugarejos sem o menor apelo turístico que são descobertos como "hotspots" de biodiversidade. Uma atividade que se expande, uma rede que se consolida. Uma tribo com seus jargões e manias, como os surfistas, uma teia descentralizada, certificada ponto a ponto pelo conhecimento que gera, pela ciência que produz enquanto lazer. Passarinhar no Brasil tem registrado um crescimento expressivo. Em menos de 12 anos, a comunidade de observadores saiu

de pouco mais de centenas para algumas dezenas de milhares. Mas se o crescimento é grande, qual a tendência? Para onde vai esse povo? Basta olhar à frente e ver o que acontece nos Estados Unidos, onde as pesquisas indicam haver cerca de 45 milhões de observadores de aves (FWS2016), um número gigantesco, composto principalmente por "backyard birders" — observadores de fundo de quintal — gente que observa as aves em casa, no quintal. Desse total, pelo menos 16 milhões são também "away from home birders", ou seja, viajam ao menos 2 milhas para observar e agregam serviços turísticos à sua atividade. Se por um lado passarinhar em si não é uma atividade turística, é inegável que essa rede precisa de serviços. Entender essa demanda e suas peculiaridades é fato crucial para o sucesso. Inicialmente em pequenos passos, um comedouro abastecido, um bebedouro de beija-flor ativo, uma lista básica das espécies observadas no dia a dia, até as espécies raras que ocorrem na região. O processo pode ser lento ou rápido, depende do empenho e da divulgação nas redes apropriadas. Acima de tudo informe-se, conheça a atividade e faça tudo baseado em informação segura, para evitar, por exemplo, o vexame daquele grande hotel à beira de um parque nacional que imprimiu milhares de folhetos, ilustrado com um passarinho muito popular e reconhecido, só que da Inglaterra. Conhecer as suas aves é condição "sine qua non" para surfar nas ondas da passarinhada. Por isso, meu conselho desde sempre... quer receber "birdwatchers" em sua pousada (destino, operadora, agencia, hotel...) é simples... Compre um binóculo, um guia de aves e saia passarinhando por aí...

outubro 2017



Caminhando por aí.... Por Rodolfo Koeppel

Iniciei uma nova fase (que, espero, durar muito!) e comecei dando o primeiro passo. Sempre tem um primeiro dia, né? Aprendi no Curso de Treeking: para caminhar 1.000 km basta dar um passo... depois outro... Em abril/2017, percorri o Caminho dos Anjos, no sul de Minas Gerais. A trilha tem 248 km. Andamos, eu e meus dois cães, alguns trechos mais vezes... chegamos aos 300 km. Não uso GPS, só uso PPI. Sei que é “logo ali” então não preciso medir... Cada noite, numa pousada diferente. Novos amigos. Dias depois, fiz mais 200 km na Appalachian Trail, na Pensilvânia. Pimba! 500 km em 19 dias! Posso resumir tudo numa pergunta: “Por que eu não fiz isto antes?” E respondo: “Eu fui um babaca!” Queria resolver os problemas do mundo, usando tecnologia de informações (TI). Assim, o que eu também gosto de fazer, foi encaixado nos buracos que sobravam em meio a mega-projetos. E não foi pouco tempo, foi meio século! Tem gente que morre antes... Entrei em TI em 1966, economista, mergulhei em projetos de desenvolvimento regional. Resolvi alguns problemas e criei outros, desemprego pelo incentivo ao uso intenso de tecnologias. Este é o mundo, não se pode fugir da realidade. Ocorreu-me agora: Desemprego ou oportunidades de negócios? Todos vão ter mais tempo para caminhar e prestar serviços para aqueles que nos visitarem! Agora eu sei e pratico: O futuro agradável, humano, divertido e dinâmico, está no setor de prestação de serviços turísticos. Nós, mineiros, temos história, névoa e garoa, gastronomia, panoramas, música, neblina, frio, calor, cachoeiras, gente, poesias, “causos” e tantas coisas eternas. Pois o turismo na Natureza sempre é diferente, é duradouro, é lúdico. Os Estados Unidos têm agora um problema complicado: estima-se em 140 milhões de estreantes no turismo de Natureza. Imaginaram o mercado potencial de serviços turísticos? E lá se paga em dólar! Os espetaculares Parques Nacionais deles não suportam isto. Para algumas regiões, só tem inscrições, pela Internet, com um ano de antecedência. Os novatos – milhões! – não sabem ainda como se comportar, tudo é novidade! (ou seriam oportunidades de negócios?). Até as “redes sociais” (Redes? Eu carrego uma só, a minha, na mochila, pesa 150 gramas. Ela é muito social...) ajudam nisto: mostram que a coisa é saudável, divertida. Que todos precisam de atividades e prazer. E assim, as atividades de treeking explodiram. Também ocorre no Brasil, ainda em pequena escala. Tá chegando a hora... Acho que vai faltar neguinho para servir de guia profissional!

Vamos caminhar juntos? O projeto TOP – Trilhas de Ouro Preto é uma proposta para receber o que vem por aí. No nosso município, com 14 distritos, um mundo de lugares bonitos, até Patrimônio da Humanidade. Logo depois da Praça Tiradentes você pode encontrar (amanhã cedo, pois tudo ainda precisa ser organizado!) mais de 80 trilhas formando um sistema integrado. Tem também outra proposta – ALOP (Associação de Ludâmbulos* de OP). Que que é isto? São aqueles malucos que passeiam pelo prazer de caminhar – Ludis + Ambulant. ALOP + TOP. Software + Hardware = Prazer garantido! Entendeu tudo? Tem três classes: Classe-A (a Pé), Classe-B (Bicicleta) e Classe-C (a Cavalo). Ooops! Você notou? Parece que eu tenho preferência pela Classe A... Jamais teremos a Classe M (motos) ou a Classe X (fora de estrada). “Nós” queremos ouvir o cantar dos pássaros, o ruído gentil dos riachos, o estrondo das quedas d’água, a brisa suave no nosso rosto e coração. “Eles” gostam de barulho, de jogar latas pela janela, de chegar rapidamente. Quem caminha 40 km num dia, sabe que devagar se vai ao longe. Demora, mas quanto mais demora, mais bonito é. E os novatos, sendo bem atendidos, retornarão. Queremos que mais pessoas vejam como a Natureza é bonita e a convivência humana é algo fantástico. Mas, cuidado amigo, precisamos observar o ditado latino: "Festina Lente"! Apressa-te lentamente. Em Minas, isto tem que ser mais rápido, pois nos tornamos especialistas em destruir. Precisamos ser especialistas em construir. E assim, trazer para nossa convivência e sonhos, muita gente nova, de qualquer idade. Nova no turismo na Natureza. Cabe todo mundo neste caminho. Vamos caminhar juntos, sem lenço nem documento, mas também sem fone de ouvido, sem jogos eletrônicos, sem medo. (*) Entre Ludâmbulos, tudo gente boa, sou conhecido por Bubi. Em alemão: menino pequeno. Já pesei 185 kg... Farei 72 anos em outubro. Não uso fone nos ouvidos, prefiro ouvir a brisa, as águas e as pessoas com quem caminho. E GPS não faz parte da minha mochila. Prefiro usar a metodologia PPI (leia-se Pi-Pi-Ai, em inglês). Esta metodologia tem um fator randômico que torna tudo mais interessante: você tem que achar uma pessoa que saiba responder o que você vai perguntar. A técnica, quem me ensinou foi o Luizão, da ABETA: Pare e Peça Informações! E aí você aproveita a parada, aciona o PPI e inicia uma conversa para sempre inesquecível. Ativado o PPI, automaticamente outro módulo será ativado: a ONO – Olho no Olho que leva você a conhecer melhor todos que gostam da Natureza. E, instantes depois, será ativado o módulo CCCS! – Coração com Coração Sempre! Portanto, use e abuse: Felicidade = PPI + ONO + CCCS! Para Sempre!

14 outubro 2017


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18 outubro 2017



Lições em duas rodas

Por Adriana Marmo - Vento na Saia e Aliança Bike

"Aprendi nesse caminho com as mulheres fortes e afetuosas com quem cruzei nas pousadas, nos bares e nos restaurantes que o cicloturismo é sinônimo de prosperidade e crescimento para todos os envolvidos."

Fiz a minha primeira viagem de bicicleta sozinha. Saí de casa com pouca noção do que tinha pela frente. Meu maior temor, na real, era sair do bairro de Perdizes, em São Paulo, e chegar ao Terminal Rodoviário do Tietê. Ali embarcaria em um Cometa até Águas da Prata, meu ponto de partida no Caminho da Fé. Encaro essa combinação – Serra da Mantiqueira + um jeito meio destrambelhado de organizar uma viagem – como perfeita! Decidi e parti em menos de uma semana e assim não dei tempo para que ninguém colocasse qualquer tipo de medo e quem sabe até me fizesse desistir. Essa aventura aconteceu há pouco mais de dois anos e até hoje esse Caminho continua dentro de mim. Foi a viagem mais profunda e esclarecedora que fiz em minha vida. Na garupa, eu carregava as cinzas da minha mãe, que tinha partido há pouco mais de um mês. O nosso encontro, ao longo dos oito dias que durou a jornada, foi repleto de entendimentos. O cotidiano da estrada, a paisagem exuberante da Mantiqueira, o barulho do movimento das engrenagens da bicicleta, o silêncio quebrado apenas por mugidos e canto de pássaros me mostraram a gratidão imensa que eu sinto por essa mulher. Não falo de suas ações, mas das omissões. Foram elas que me tornaram pronta para empurrar a minha bicicleta em tantas subidas e me orgulhar disso, ter a calma e paciência necessárias para consertar o bagageiro da bicicleta e, principalmente, ter os olhos atentos para entender a grandeza de tudo aquilo. Aprendi nesse caminho com as mulheres fortes e afetuosas com quem cruzei nas

pousadas, nos bares e nos restaurantes que o cicloturismo é sinônimo de prosperidade e crescimento para todos os envolvidos. Dona Inês, dona Natalina, dona Cida, o Maurão do bar e tantos outros têm histórias parecidas. Estavam para abandonar suas roças e seus trabalhos para viverem entediados e de favor com os filhos na cidade. O caminho trouxe rendimento e novo sentido para a vida de cada um deles. E, principalmente, os manteve no território. Para o cicloturista, a riqueza se apresenta de outra maneira. Além de ser uma forma econômica de encarar a estrada, ir de uma cidade a outra contando apenas com o esforço do próprio corpo é uma experiência intensa, transformadora e cheia de aprendizados e conexões com o espaço e as pessoas. As viagens que fiz pelo Nordeste, pelo litoral norte e interior de São Paulo e também pela Holanda e Itália me fizeram acreditar muito no potencial do cicloturismo no Brasil. Na Alemanha, por exemplo, esse universo agrega 21 milhões de pessoas e movimenta cinco bilhões de euros ao ano. No começo de 2018, teremos dados sobre o setor por aqui com a divulgação do estudo Economia da Bicicleta no Brasil, que a Aliança Bike faz em parceria com o LABMOB da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e que vai mostrar em várias dimensões o impacto desse meio de transporte na economia. Por meio de dados secundários e o estudo de caso sobre o Circuito do Vale Europeu, teremos grandes chances de entender em que lugar estamos e por quais caminhos devemos pedalar.

20 outubro 2017



Um alerta para a

preservação ambiental! Documentário Brasiliensis faz uma reflexão sobre a proteção do peixe Dourado na bacia do rio Uruguai Por Priscila Gomes

evidencia ainda que o problema, na verdade, é maior do que se imagina. Além do meio ambiente, esse contexto se reflete na organização da sociedade. Ribeirinhos precisam encontrar novas formas de renda e o assunto entra em pauta na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Discussões políticas, culturais e econômicas também surgem em torno do protagonista da trama: o Dourado.

com o meio ambiente é um dos efeitos que o documentário “Brasiliensis – as ameaças ao Dourado na bacia do rio Uruguai” pretende causar em quem assiste a história. O filme, realizado pela produtora Hoffmann Entretenimento e Audiovisual e financiado pela Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, chegou às telas em 2017. O enredo aborda a situação do peixe Dourado na bacia do rio Uruguai, no estado gaúcho, e os conflitos ambientais e sociais que surgem a partir do cenário atual da espécie. Em 2002, o “Rei do Rio” – como é popularmente conhecido – entrou para o livro vermelho de animais ameaçados de extinção do Estado, o que ocasionou a proibição da pesca, transporte e comercialização. Na renovação do estudo, em 2014, o "status" de vulnerável permaneceu na lista. Com esse pano de fundo, o filme mostra os diferentes fatores que contribuem para a fragilidade da vida desse peixe. A narrativa

BRASILIENSIS O título do filme é inspirado no nome científico da espécie que abriga as águas do Uruguai, o "Salminus brasiliensis". Ele é um migrador de longas distâncias e tem a tendência de desovar nas cabeceiras dos rios. As larvas e os peixes menores voltam para as partes mais baixas para se desenvolver e completar o ciclo de vida. O Dourado ainda se destaca como um predador, essencial para a cadeia alimentar. É também uma das principais espécies de interesse comercial da bacia, além de ser um atrativo para os pescadores esportivos por fazer belos saltos. Para mais informações acesse: www.brasiliensis.com.br.

22 outubro 2017

Fotos: Divulgação Brasiliensis

Refletir sobre a relação do homem



Associação Férias Vivas comemora 15 anos e lança o aplicativo

Eu Vivi Por Aline Bammann

"Queremos incentivar o turista brasileiro a se empoderar do controle de sua segurança.

Saber dos riscos é o primeiro passo para a prevenção."

Transformar uma grande dor em algo positivo para toda a sociedade é um feito que poucos têm capacidade de fazer. Foi a partir de um drama pessoal que Silvia Basile (foto) virou referência em práticas de segurança e qualidade no turismo. Mãe de 3 filhos, em 2002, Victória, a caçula, morreu. Era para ser mais um momento de férias divertidas em família. O hotel, em Alagoas, era considerado um dos melhores. Mas monitores inexperientes, falta de prevenção e descaso fizeram com que a alegria se transformasse em tragédia. Em passeio a cavalo oferecido pelo hotel, Victória teve a barrigueira afrouxada, o que levou a sela a rodar. Seu pé ficou preso no estribo e ela foi arrastada pelo animal por quase 800 m. Após ter perdido a filha, então com 9 anos, por conta do amadorismo e descaso do hotel, a dor da família foi canalizada para a criação da Associação Férias Vivas, iniciativa social que promove a adoção de práticas seguras no turismo. “Percebi que o acidente não havia sido fortuito e que as atividades de turismo no Brasil careciam de segurança e fiscalização”, conta Silvia, que recebeu o prêmio Shift Agentes Transformadores como reconhecimento pelo seu trabalho social que hoje já soma 15 anos. Desde o início das ações de regulamentação do setor de turismo, foram elaboradas e aprovadas 32 normas técnicas de segurança em turismo de aventura, um marco nacional que foi base para muitas ações de desenvolvimento do setor dentro e fora do país. Essa conquista foi fruto da dedicação de pessoas e organizações parceiras motivadas pela convicção de que, para avançar na adoção de práticas seguras, o setor de turismo demanda conhecimento técnico e normas de referência específicas para cada atividade. Silvia diz que, apesar de considerar que já ocorreram grandes avanços, ainda há muito a ser feito. “Temos enfrentado com os consumidores a barreira da negação, do ‘comigo essas coisas não acontecem’, e com os fornecedores

a ideia de que segurança é custo, e não investimento”. A Associação Férias Vivas criou um portfólio de ações voltadas para a disseminação do turismo consciente. No site da ONG (www.feriasvivas.org.br) é disponibilizada uma biblioteca dedicada ao tema, com dicas de prevenção e segurança, artigos de gerenciamento de risco, análises sobre a legislação vigente, assim como orientações jurídicas para as famílias vítimas de acidentes. O objetivo é que as tragédias que ocorreram com estas famílias não sejam recorrentes. “Queremos incentivar o turista brasileiro a se empoderar do controle de sua segurança. E como fazer isso? Antes de tudo, colocando o assunto em pauta, cobrando a certificação dos prestadores de serviço e divulgando os casos de acidente. Saber dos riscos é o primeiro passo para a prevenção. O que dá certo deve ser copiado e o que está errado tem que ser denunciado,” explica Aline Bammann, que apresentará o aplicativo "Eu Vivi Esta Experiência", nova ferramenta de conscientização criada pela ONG, no Abeta Summit de 2017. O aplicativo "Eu Vivi Esta Experiência" reúne informações sobre boas práticas na prevenção de acidentes, identifica situações de risco e divulga casos reais de acidentes ocorridos em locais de turismo e lazer. O aplicativo já está disponível para os sistemas Android e iOS e todos podem participar gratuitamente.

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24 outubro 2017



Como as novas

tecnologias digitais impactam a jornada de

consumo no turismo? www.google.com.br

Por Fernando D’Angelo

A atual revolução tecnológica vem causando mudanças que impactam diretamente no comportamento, costumes e rotina das pessoas. A difusão do acesso à Internet e à informação, a massificação dos dispositivos móveis (smartphones e tablets), as redes sociais, os ágeis serviços de comunicação online, os serviços colaborativos e a economia do compartilhamento, entre outros, estão mudando a jornada de consumo das pessoas. E no setor do Turismo, não é diferente. Em uma visão macro, a jornada de consumo no turismo continua a mesma: os viajantes exploram possíveis destinos, definem a viagem, efetuam as reservas, se preparam para viajar, usufruem da viagem e compartilham a experiência vivida. No entanto, a forma como os turistas executam cada uma dessas etapas está mudando de forma radical por conta das novas tecnologias digitais. Em resumo, pesquisas sobre possíveis destinos são feitas online, as decisões são tomadas com base em depoimentos de outras pessoas na internet, as reservas são feitas e pagas através de meios digitais, as conversas são feitas através de plataformas de conversa instantânea e as impressões e vivências do viajante são compartilhadas nas redes sociais, em um movimento que mistura o mundo online e o off-line. E neste cenário, os esforços de propaganda e publicidade representam uma pequena parcela da influência na tomada de decisão dos turistas. Em contrapartida, a opinião coletiva pode levar um empreendimento ao sucesso ou ao fracasso de forma quase instantânea, exigindo das empresas do setor uma presença ativa e de qualidade em todas as etapas da jornada de consumo como forma de garantir uma boa reputação online. Isso significa que, além de fornecer um serviço de qualidade, é necessário publicar online o máximo de informações possíveis sobre o seu empreendimento, estar presente nas principais ferramentas de vendas online, disponibilizar canais de comunicação ágeis e ter voz ativa nas plataformas sociais. Se o seu empreendimento está com dificuldades de ação em algum desses pontos, está correndo o risco de ficar fora da nova jornada de consumo do turista e perder vendas. 26 outubro 2017


Foto: Ion David

Profissionais do

Turismo Por Álvaro Machado

"A formação de profissionais sensibilizados pelas questões ambientais, com conhecimento das relações naturais, de seus sistemas e possíveis interações e impactos aliará sustentabilidade ao desenvolvimento local."

O Planejamento e a adequada Gestão do Ecoturismo deve ser uma das preocupações de todos os interessados no desenvolvimento do Turismo Sustentável, seja na atividade profissional, seja durante o período de formação acadêmica. O desenvolvimento de opções de planejamento pode, assim, tornar-se um caminho adequado tanto para as sociedades locais, quanto para a atividade turística, que se encontra diretamente influenciada pelo número de pessoas que viajam para vivenciar experiências em áreas naturais, buscando constantemente a organização de bens e serviços ordenados em sintonia com a perspectiva dos clientes e com os princípios do Ecoturismo. Ao entender o Turismo como um consumidor de espaços, pois é onde a atividade ocorre, e seu crescente consumo, torna-se importante o conceito de sustentabilidade em toda ideia de planejamento de áreas naturais que receberão um projeto de ecoturismo, sem restringir-se à questão espacial/ambiental, mas, também às questões sociais, históricas e culturais. Cabe assim, formar profissionais sensibilizados pelas questões ambientais, com conhecimento das relações naturais, de seus sistemas, interações e impactos. O Turismo surge, assim, como "uma atividade catalisadora capaz de aliar sustentabilidade ao desenvolvimento, a partir do momento em que esta, quando bem planejada e incentivada, passa a trabalhar e executar os princípios da sustentabilidade" (SANTOS, 2009, p. 2). O Ecoturismo ocorre em áreas naturais, preservando o patrimônio cultural e envolvendo a comunidade daquele local e, para entender como seu surgimento pode ser capaz de responder à nova e imaginada postura da sociedade diante do ambiente natural, é fundamental compreender seus conceitos e entender como o processo de criação e ordenação do produto “sustentá-

vel” é apreendido pelo mercado turístico como resultado de um novo entendimento da relação do homem com a natureza. Na tentativa de analisar o Ecoturismo, Hintze identifica-o como um conceito polissêmico de difícil compreensão e de fácil manipulação por parte dos interessados em seu estudo conceitual e práticas de mercado. Em sua análise, o Ecoturismo nasce como uma alternativa ao turismo convencional e pode ser considerado como “uma nova forma de contato entre seres humanos e natureza” (HINTZE, 2009, p.42). De acordo com Drumm/Moore (2003), o Ecoturismo é uma estratégia de gestão relativamente nova e que, portanto, requer gerenciamento intensivo e bem direcionado para que atinja sucesso. A indústria do Turismo é ampla e envolve uma gama de profissionais que incluem os turismólogos e os futuros profissionais graduados em um Curso de Turismo. Para Drumm e Moore (2003), os profissionais de Educação do Turismo “facilitam o aprendizado ao formularem questões de modo a assegurar que o Ecoturismo atinja as metas estabelecidas” (p. 28). Caberia, de acordo com os autores, aos professores universitários, desenvolver e levar a cabo pesquisas, apresentar dados a respeito de padrões do turismo, catalogar a fauna e a flora, documentar os impactos do turismo, fornecer material para direcionar as discussões e facilitar o compartilhamento das informações por meio de canais disponíveis. Assim, aliar conhecimento e prática é fundamental para a boa formação de profissionais que responderão pelo futuro do Turismo e de sua ligação com a ancestralidade dos ambientes naturais a serem consumidos pelos visitantes. Essa é hoje a principal tarefa daqueles que conduzem os novos profissionais na busca do conhecimento. 27

outubro 2017


Destinos Turísticos Inteligentes

o que isso tem a ver com meu negócio? Fernando Kanni – Centro Universitário SENAC/SP

"Destinos turísticos inteligentes – DTI, cujo valor se baseia em estruturas turísticas diferenciadas que facilitam a interação e integração do visitante, antes, durante e depois da viagem e incrementam a qualidade de sua experiência com o destino, por meio do uso de metodologias e tecnologias inovadoras."

É fato que a operação de serviços turísticos se caracteriza pela atuação primordial de entes privados. No que se refere ao gerenciamento de destinos turísticos, o inverso não é necessariamente verdadeiro, pois, além das tradicionais deficiências de governança institucional nos entes públicos, mais recentemente, se tem novas oportunidades de gestões coparticipativas, de natureza público-privada – muito embora se trate de cenário distante do desejável. Diante do lamentável histórico nacional da atuação dessas entidades, qual é mesmo a missão de organizações dessa natureza? Cabe a elas incrementar o faturamento advindo da atividade turística nessas localidades receptoras – sejam elas um empreendimento, um bairro, uma cidade, micro ou macrorregiões, um país ou um conjunto de territórios nacionais. Deveriam exercer ainda o papel de concertação dos interesses das diversas partes envolvidas na economia gerada pela visitação, tendo como referência de sua atuação o zelo pela melhoria da qualidade de vida de suas comunidades e o desenvolvimento local em bases sustentáveis. Com o advento da web 2.0, e a reboque do desenvolvimento das chamadas "smart cities", ou cidades inteligentes, vem ganhando força o conceito de "smart destinations", ou seja, dos destinos turísticos inteligentes – DTI, cujo valor se baseia em estruturas turísticas diferenciadas que facilitam a interação e integração do visitante, antes, durante e depois da viagem e incrementam a qualidade de sua experiência com o destino, por meio do uso de metodologias e tecnologias inovadoras. Tais destinos turísticos inteligentes devem ser estruturados baseando-se em quatro ideias força: tecnologia, inovação, acessibilidade universal e sustentabilidade. Mas, o que isso tem a ver com o negócio em ecoturismo e turismo de aventura? É claro que um dos diferenciais da vivência em áreas naturais, muitas vezes remotas,

está na vantagem de, em muitos casos, se estar em ambiências rurais, sem energia elétrica ou conexão com a internet, em contato íntimo com a natureza selvagem. Contudo, como conciliar essa oportunidade de fuga das áreas urbanas ou do modo corrido do cotidiano nas grandes cidades, com o cidadão viajante cada vez mais conectado e sintonizado com aplicações computacionais cada vez mais amigáveis à palma da mão? Em nossa realidade brasileira, é cada vez mais notória a conveniência da articulação público-privada – sob bases reguladas e alinhadas aos rigorosos processos de boa governança corporativa, com ética e transparência, visando o fortalecimento dos agentes econômicos direta e indiretamente vinculados à cadeia produtiva do turismo, contemplando todos os atores sociais envolvidos no processo de planejamento, implantação, desenvolvimento, gestão e controle das atividades turísticas na escala territorial desejada. Se tratamos hoje de um mercado efetivamente global, se tem por um lado uma arena de competição de escala planetária, e por outro, novos modelos de negócios disruptivos e escaláveis, que passaram a ter um privilégio até então limitado aos entes gestores de destinos: a inteligência analítica acerca do comportamento de consumo turístico. Isto não apenas coloca em xeque a competitividade de milhares de destinos mundo afora, em seu esforço de se promover para atrair fluxos nacionais e internacionais, atraindo mais investimentos e atuando como curador e cocriador da oferta e dos serviços de Turismo, como também desequilibra a dinâmica do livremercado. É hora de união e de esforços conjuntos, que fortaleçam atores locais, em melhores condições de competição, numa arena cada vez mais digital – o "e-tourism" já não tem mais volta, ele veio para ficar, e em escala exponencial.

28 outubro 2017





ÁGUA

O planeta Terra é mais água do que terra, nosso corpo é composto principalmente de água, e o Brasil, tem muita água. É tanta água, que muitas atividades acontecem nesse meio e podem ser desfrutadas de diversas formas, pois é possível navegar, mergulhar e flutuar, brincar e sentir o gosto doce e o salgado, viver experiências de águas claras e escuras, agitadas e calmas, ou seja, é cenário rico pela própria natureza.

TERRA

Em terra firme dialogamos com os cenários, com os aromas e texturas, com outras pessoas e culturas. Em terra, somos o que somos, afinal somos terráqueos. Caminhar, pedalar, cavalgar, escalar ou mesmo subir nas árvores fazem parte das experiências possíveis em terra firme.

AR

O homem sempre sonhou voar, e a altura muda nosso ponto de vista das paisagens. Seja voando num balão, num voo duplo de parapente ou mesmo saltando de paraquedas, aventurar-se no ar, amplia nossa sensação de liberdade.

Quando o assunto são os recursos naturais para o turismo, somos o primeiro mundo, e quem diz isso é a Organização Mundial para o Turismo e o Fórum Econômico Mundial de Davos. O Brasil é um grande destino para as viagens na natureza e para as atividades da vida ao ar livre. De norte a sul, de leste a oeste, o país oferece paisagens incríveis,

inúmeros Parques Nacionais, diversidade de culturas e muitos destinos para serem explorados. E para aproveitar tudo isso, diversas atividades em terra, na água e no ar estão à disposição dos viajantes. Vale lembrar que as atividades de ecoturismo e turismo de aventura, apesar de usarem em suas práticas os chamados “esportes de natureza’, não são esportes radicais, pois quanto realizados com profissionalismo e respeito a legislação, são atividades divertidas, seguras e adequadas ao uso recreativo para todos os membros de uma família. Vivencie e preserve a Natureza!

32 outubro 2017




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