Dissertação de Trabalho Final de Graduação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi como requisito para obtenção do grau de bacharelado.
Nayara da Silva Paula o r i e n ta d o r Prof. Ms. Sarkis Sergio Kaloustian
são paulo 2017
avaliação
Nome: PAULA, Nayara da Silva. Título: Escola-Parque em Praia Grande. Dissertação de Trabalho Final de Graduação apresentada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Anhembi Morumbi como requisito para obtenção do grau de bacharelado.
Autorizo a reprodução e a divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Aprovado em
banca examinadora
Capa e diagramação Giovanna Souza
Professor Revisão de texto Raquel Benchimol Rosenthal Fotografias, mapas e diagramas produzidos pela autora.
Instituição Julgamento Assinatura Contato: nayaradepaula@icloud.com
Professor Paula, Nayara da Silva. Escola-Parque em Praia Grande/ Nayara da Silva Paula; orientador Ms. Sarkis Sergio Kaloustian. São Paulo, 2017. Dissertação de Trabalho Final de Graduação (Bacharel em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Anhembi Morumbi, 2017. 1. Paisagem e Ambiente. 2. Escola-Parque. 3. Espaço Público. 4. Áreas de Desenvolvimento Sustentável. 5. Litoral. I. Título: Escola-Parque em Praia Grande
de junho de 2017.
Instituição Julgamento Assinatura Professor Instituição Julgamento Assinatura
aos meus pais
agradecimentos
A
gradeço a Deus, para quem e pelo qual são todas as coisas. Com profundo amor, agradeço aos meus pais, Carlos e Atenas, a quem dedico este trabalho.
Sem vocês este projeto não teria sido possível, pois durante toda a minha jornada acadêmica me deram todo o amor, apoio e suporte de que precisei para persistir. Se desdobraram em tempo e dinheiro, para que eu pudesse continuar estudando e superar meus desafios. Ao Prof. Ms. Sarkis Kaloustian, que me guiou por todo o percurso de gerar novo conhecimento e do ato de projetar, sempre com muita paciência e me incentivando a prosseguir com dedicação e empenho. Ao Prof. Dr. Roberto Sakamoto Rezende, por ter sido um grande colaborador na fase inicial deste trabalho, assim como a todos os professores que participaram ativamente de minha formação como arquiteta, em especial Prof. Ms. Luis Fernando Campanella Rocha, Prof. Dr. Leonardo Coelho Loyolla, Prof. Dr. Roberto Laudelino Schweigert, Prof. Dra. Stamatia
escola–parque em praia grande
Koulioumba, Prof. Dr. Claudio Manneti e Prof. Dr. Cláudio
resumo
F. Lima. Vocês são gigantes. À Universidade Anhembi Morumbi e ao Governo Federal do Brasil, que tornaram possível meu ingresso na universidade
PAULA, Nayara da Silva. Escola-Parque em Praia Grande. 2017.
e também nesta graduação, pois subsidiaram todos os meus
Trabalho Final de Graduação. Faculdade de Arquitetura e
estudos através do Programa Prouni.
Urbanismo. Universidade Anhembi Morumbi, 2017.
À Patrícia Manzalli e a toda a equipe da SACS Consult, que colaboraram significativamente com meu ingresso no mercado de trabalho e também com meu desenvolvimento profissional e pessoal. Ao meu primo Rodrigo, que, mesmo quando criança, sempre
A monografia que se segue pretende desenvolver um programa projetual e diretrizes que resultem num projeto de Trabalho
me incentivou a perseguir meus sonhos, sendo este trabalho a
Final de Graduação a partir de um território ainda muito inex-
concretização de um deles. Ao Reinaldo e a Joyce da Costa, pela
plorado no Brasil: a área de transição entre as áreas urbaniza-
ajuda e suporte às expedições de visitas técnicas.
das das cidades balneárias do Estado de São Paulo e a Área
Aos meus colegas de classe, que contribuíram muito com
de Proteção Permanente do Parque Estadual da Serra do Mar.
o processo do aprendizado ao longo do curso, e ao meus ami-
Este trabalho tem o intuito de desenvolver um experimento que
gos, que sempre me incentivaram e ajudaram, em especial a
apresente soluções às seguintes problemáticas: impulsionar uma
Giovanna Souza, Marina Araújo, Dilvan Cedraz, Ingrid Traldi,
potencialidade local (um modelo educacional) para suprir as
Naara Saboia e Jeniffer Duarte.
necessidades de uma comunidade carente, conter a expansão
E, finalmente, a Bruno Gusmão, meu namorado, pela compreensão e apoio, principalmente na reta final deste trabalho.
urbana hoje espraiada, condicionar um adensamento urbano à medida que a população cresce, estabelecer uma maior integração social na cidade complementando suas funções, proteger as unidades de conservação ambiental. Na primeira parte deste trabalho, é desenvolvida uma contextualização; na segunda, são desenvolvidas diretrizes de projeto, na terceira parte, são apresentados estudos de caso e sua análise crítica; e na ultima é apresentado o desenvolvimento da proposta projetual. Palavras-chave: Escola-Parque. Paisagem e Ambiente. Espaço Público. Áreas de Desenvolvimento Sustentável. Litoral.
escola–parque em praia grande
abstract The following monograph intends to develop a project and its guidelines for a final graduation essay that’s based on a subject very unexplored in Brazil: the transition area between
l i s t a d e f i g u r a s, m a p a s, t a b e l a s & siglas figuras
the urbanized districts of São Paulo’s seaside cities and the permanent protection area of Serra do Mar State Park. This
Capítulo 1
study brings us teorichal bases to support an experiment
Figura 1. Super Escola. Imagem retirada de anúncio do Jornal da Prefeitura. Figura 2. Padrões de malha urbana encontrados em Praia Grande. Elaborado pela autora. Figura 3. Rua longilínea, tipologia típica na malha urbana consolidada em Praia Grande. Fotografia da autora. Figuras 4 e 5 Edifícios verticalizados próximos à orla nos bairros do Canto do Forte e Ocian. Fotografias da autora. Figura 6 e 7. Edifícios horizontalizados próximos à orla nos bairros de Vila Tupi e Colônia de Sindicatos. Fotografias da autora. Figuras 8 e 9. Casas geminadas com telhado de duas águas e beiral estendido. Fotografias da autora. Figura 10. Prefeitura Municipal de Praia Grande. Av. Presidente Kennedy, Vila Mirim. Fotografia da autora. Figura 11. Ginásio Municipal Falcão, na Av. Presidente Kennedy. Projeto Super Escola. Fotografia da autora. Figura 12. Casa térrea no bairro Cidade das Crianças, acesso no limite com a calçada. Fotografia da autora. Figura 13. Limite da rua com o perímetro do Parque Estadual da Serra do Mar. Cidade das Crianças. Fotografia da autora. Figura 14. Padrão construtivo em rua do bairro Cidade das Crianças. Fotografia da autora. Figura 14. Favela de Caieiras, núcleo precário em processo de urbanização. Fonte: A Tribuna, 2 maio 2013. Acesso em: 11 jan. 2015. Figuras 15, 16 e 17. Ruas sem saída, no bairro Jardim Princesa. As casas estão dispostas aos pés da Serra do Mar, no limite com o perímetro do Parque Estadual. Fotografias da autora.
that’ll provide solutions to these problems: to promote a local and potential educational model to suply the needs of a poor community, to contain an urban expansion that’s out of control nowadays, to condicionate a densification according to the growth of population, to establish a greater social integration in the cities and complement its functions, to protect the units of environmental conservation. A contextualization is developed in the first part of this study; in the second chapter, the project guidelines are stabilished; in the third, cases are exposed and so their critical analysis; and in the last chapter, the development of the design proposal is presented. Keywords: School-Park. Landscape and Environment. Public place. Sustainable Development Areas. Coastland.
Figura 18. Homem a caminho do trabalho, na ciclovia à beira-mar. Fotografia da autora.
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Figura 19. Pessoas indo em direção a São Vicente, seu destino de trabalho, em ciclovia à beira-mar. Está em boas condições e é a mais frequentada. Fotografia da autora. Figura 20. Ciclovia ao longo da Av. Presidente Kennedy está em boas condições de sinalização e é bem frequentada. Fotografia da autora. Figura 21. Ciclovia no bairro Princesa – entre a rodovia e a serra. Atentar ao desnível perigoso no percurso, a falta de proteção em ambos os lados que margeiam a ciclovia: de um lado a avenida e, de outro, o córrego, sem nenhuma proteção. Além disso, sua largura também é insuficiente. Também é bem frequentada. Figura 22. Ciclovia no bairro Imperador. Trecho de alta periculosidade. Não há boa sinalização ou segurança no percurso, nem iluminação. É um trecho isolado onde ocorrem muitos assaltos, e infelizmente é o caminho de acesso utilizado por adolescentes que moram nos bairros periféricos e frequentam os ginásios da Superescola do outro lado da Rodovia, ou para ir até o centro comercial da cidade. Figura 23. Córrego que fica ao lado da ciclovia. Não há nenhuma proteção ao ciclista. Figura 24. Beira da avenida que dá acesso aos bairros entre a rodovia e a serra. Local onde fica a única ciclovia dessa faixa da cidade. Fotografia da autora. Figura 25. Praça Elos, no Boqueirão. Esculturas de personalidades mundiais, feitas pelo artista plástico Gilmar Pina. Também presentes na entrada da cidade, em frente A Tribuna e ao Palácio das Artes, na Praça dos Emancipadores. Fotografia da autora. Figura 26. Praça Ceferino Gonzáles Vega. Composta por uma rotatória de intenso fluxo, possui 4 fragmentos, juntos às esquinas, com recantos sob pergolado, e espelhos d’água, para contemplação. As demais praças que possuem esta mesma configuração não possuem mobiliário urbano ou sombreamento, sendo apenas lugares de passagem com algum respiro das edificações em suas esquinas como a Praça Dr. João Paes de Barros. Fotografia da autora. Figura 27. Praça Lions, próxima à orla da Praia, à beira da avenida. É um dos pontos preferido dos turistas para tirar fotografias. Fotografia da autora. Figuras 28, 29 e 30. Praça Nossa Senhora de Fátima. Fotografias da autora. Figura 31 e 32. Praça Valdemar Lopes Ferraz. De uso local, é uma praça de estar, com pergolado, portais e áreas de permanência. É uma rotatória. Fotografia da autora.
Fotografia da autora. Figura 33. Praça Dr. Roberto Andraus. Próximo à praia, no bairro Ocian, em frente à igreja matriz. É uma praça bastante frequentada por idosos que gostam de jogos, durante a semana, e por turistas em temporada e pelos fiéis da igreja, aos fins de semana. Figura 34. Praça Paul Harris, no Canto do Forte, próxima à praia. Não há sombreamento algum para o usuário. Fotografia da autora. Figura 35. Praça Paul Harris. A qualidade espacial é totalmente ineficaz, e a forma não convida à permanência. A maioria das praças em Praia Grande são assim. Fotografia da autora. Figura 36. Praça Elizeu Xavier. A foto foi feita numa manhã de segunda-feira, quando várias praças estavam sendo limpas pela prefeitura. Moradores informaram que a manutenção é frequente, mesmo fora de temporada. Fotografia da autora. Figura 37. Praça das Américas. Não possui muitas áreas sombreadas. Como estas há muitas praças na cidade que abrigam monumentos ou alguma escultura. Fotografia da autora. Figura 38. Praça Japão. Qualidade média da praça, há áreas de permanência usadas pela população com baixa intensidade. Figura 39. Praça Japão. Na imagem, uma senhora estava passeando com seu cachorro. Fotografia da autora. Figura 40. Praça Eduardo Dias Coelho. Fotografia da autora. Figura 41. Praça Eduardo Dias Coelho. Essa área de permanência, embora tenha a intenção de aproximar as pessoas num recanto íntimo de convivência, não o faz, porque as dimensões não são próximas nem tão distantes o suficiente. É um lugar desconfortável. Fotografia da autora. Figura 42. Há playgrounds em algumas poucas praças próximas à orla, mas não são muito apropriadas fora de temporada. Os brinquedos da praia são mais utilizados. Fotografia da autora. Figura 43. Praça Integração dos Bairros. Pouco arborizada, em meio à avenida comercial, dá destaque à pequena edificação de cunho governamental e abriga área de embarque e desembarque. Fotografia da autora. Figura 44. Crianças conversando sob pergolado, e ao fundo a biblioteca comunitária. Fotografia da autora. Figura 45. Quadra de skate e trailer com venda de lanches. Fotografia da autora. Figura 46. Quadras poliesportivas e banheiro público. Fotografia da autora.
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Figura 47. Nesse galpão são ministrados cursos profissionalizantes, com o intuito de reinserir jovens e adultos na sociedade, fomentados por instituição religiosa, em parceria com a prefeitura municipal. Também abriga uma biblioteca comunitária. Fotografia da autora. Figura 48. Associação Cidade da Criança é uma instituição religiosa que presta serviços sociais à comunidade. Fotografia da autora. Figura 49. Escola Cidade da Criança, à margem de um pequeno rio canalizado, onde é despejado esgoto a céu aberto. Fotografia da autora. Figura 50. Campo de Futebol. É bem frequentado, em todos os horários do dia. Fotografia da autora. Figura 51. Praça do Conjunto, com edificação em ruínas ao fundo. Não há qualidade espacial ou de convívio e permanência. Fotografia da autora. Figura 52. A via de acesso ao complexo fica um pouco afastada das residências do bairro. Fotografia da autora. Figura 53. Capela Santa Luzia. Fotografia da autora. Figura 54. Única sinalização observada no perímetro do Parque da Serra do Mar dentro dos limites do município de Praia Grande, já próximo à entrada da cidade de Mongaguá, no bairro Cidade da Criança. Há apenas uma base da polícia florestal. Fotografia da autora. Figura 55. Tour Náutico no Piaçabuçu. Disponível em: <www.caiçaraexpediçoes.com>. Acesso em: 7 out. 2016. Figura 56. Morro Xixová-Japuí, avistado ao chegar na cidade, pela rodovia Anchieta. É um demarcador da paisagem. Fotografia da autora. Figura 57. Pista de Atletismo de Praia Grande. Guia do Editorial, 23 fev. 2015. Disponível em: <http://guiadolitoral.uol.com.br/>. Acesso em: 2 nov. 2016. Figura 58 . Campo de Futebol. Fotografia da autora. Figura 59. Escola de Canoagem da SABESP.Fotografia da autora. Figura 60. Fachada da Escola Ambiental. Fotografia da autora. Figura 61. Laboratório de experiências biológicas e físico-químicas.Fotografia da autora. Figura 62. Laboratório de reciclagem.Fotografia da autora. Figura 63. Corredor de Laboratórios. Fotografia da autora. Figura 63. Museu da Mata Atlântica. Fotografia da autora. Figura 64. Laboratório de Informática. Fotografia da autora. Figura 65. Sala de aula. Fotografia da autora.
Figura 66. Garagem de barcos.Fotografia da autora. Figura 67. Quiosque, e encontro da praia com a praça linear. Praia do Boqueirão. Fotografia da autora. Figura 68. Brinquedos na Praia Canto do Forte. Fotografia da autora. Figura 69. Embarcações de pequeno porte em ancoradouro da Cidade Ocean. Fotografia da autora. Figura 70. Praça linear na Praia de Solemar. Ao contrário das praias nobres, esta não possui qualidade espacial de permanência, nem um investimento acentuado de equipamentos como se observa nas demais praias. Fotografia da autora. Figura 71. Brinquedos na Praça de Solemar. Em contraposição aos brinquedos dispostos em Canto do Forte até Caiçara, nesta praia, os brinquedos são de material inferior. Fotografia da autora. Figura 72. Quiosque na Praia de Solemar. Fotografia da autora. Figura 73 . Praia de Solemar. Fotografia da autora.
Capítulo 2 Figura 1. Desenho Conceito da Cidade Jardim proposta por Ebenezer Howard, orginalmente publicada em “Gardens Cities of tomorrow” (Wikimedia Commons) Figura 2. Parque Ibirapuera, vista aérea. Site Oficial, 2016 Figura 3. Piquenique no Central Park de Nova Yorque. Site Oficial, 2015. Figura 4. Croquis das escolas classe (1948), São Paulo, por Hélio Duarte. Fonte: Revista Pini, 2009 Figura 5 (à esquerda). Escola-Parque. Figura 3 (à direita). Oficina de artes industriais. NASCIMENTO, 2012, P. 49 Figura 6. Escolas projetadas por Hélio Duarte e Eduardo Corona pelo Convênio Escolar, em São Paulo. Fonte: Revista Pini, 2009. Figura 6. Escolas projetadas por Hélio Duarte e Eduardo Corona pelo Convênio Escolar, em São Paulo. Fonte: Revista Pini, 2009. Figura 7. CIEP – vista aérea. NASCIMENTO, 2012, P. 65. Figura 8. CEU Vila do Sol (2008), no Jardim Ângela, em São Paulo. Fonte: Revista Pini, 2009. Figura 9. Praia Grande – vista aérea. Google Earth, 2016. Figura 10. Fluxograma. Elaborado pela autora, 2016.
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escola–parque em praia grande
Capítulo 3 Figuras 1 e 2. Jardim Australiano. Fotagrafias por John Gollings, Bem Wrigley e Peter Hyatt. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-128890/o-jardim-australiano-slash-taylor-cullity-lethlean-plus-paul-Thompson. Acesso em 20 de agosto de 2016. Figura 3, 4, 5, 6, 7 e 8. Jardim Australiano. O partido estético leva o visitante a entrar na paisagem por meio de uma narrativa, que o leva a vivenciar e emergir na fauna australiana. Fotagrafias por John Gollings, Bem Wrigley e Peter Hyatt. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/01-128890/o-jardim-australiano-slash-taylorcullity-lethlean-plus-paul-Thompson. Acesso em 20 de agosto de 2016. Figura 9. Diagramas eaborados pela autora Figura 10. Vegetação Alta destacada em verde. Elaborados pela autora. Figura 11. Área alagável em azul. Elaborados pela autora. Figura 12. Circuitos de circulação destacadas em vermelho. Elaborados pela autora. Figura 13, 14, 15 e 16, 17. Minghu Wetland Park. Disponível em: http://www. archdaily.com.br/br/778365/minghu-wetland-park-turenscape. Acesso em 10 de outubro de 2016 as 16h04min. Figura 18. Parque Barigui. Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 91 Figura 19. Planta do Parque Barigui. Redesenhada pela autora. Figura 20. Antigo moinho de fubá. Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 115. Figura 21. Área esportiva. Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. . 118 Figura 22. Lâmina d’água, parque infantil. Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 118. Figura 23. Planta do Parque Lago Azul. Redesenhada pela autora. Figura 24. Parque Tanguá. Belvedere. Fotografia da autora. Figura 25. Espelhos d’água e jardim francês, feito em homenagem ao artista curitibano Poty Lazzarotto. Fotografia da autora. Figura 26. Lago e pista de corrida. Fotografia da autora. Figura 27. Vista do Mirante, o lago, bistrô e trapiche em primeiro plano e bairro adjacente ao fundo. Fotografia da autora. Figura 28. Vista do trapiche, lago, pedreira, belvedere e túnel com mirante ao fundo. Fotografia da autora.
Figura 29. Planta do Parque Tanguá. Redesenhada pela autora. Imagem 30. Perspectiva isométrica. Parque Tanguá. Trillo Comunicação e Design. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 153 . Figura 31, 32 e Figura 33. Cachoeira Macacu, RJ. Croquis por Carlos Artêncio e coloridos pela autora. Figura 34. Parque São José. Playground. p. 225 Figura 35. Bosque Zaninelli. Anfiteatro, Universidade Livre do Meio Ambiente. P. 73 Figura 36. Parque das Araucárias. Centro de Educação Ammbiental. P. 181. Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012. Figura 37. (acima). Bosque do alemão. A torre dos filósofos. P. 63. O parque foi visitado pela autora. Figura 38. Parque São José p.222. Figura 39. Parque Ecológico Paulo Gorski, pg 48. Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. Figura 40. Escola Abedian. Planta primeiro pavimento. Disponível em: htpp:// http://www.crab-studio.com/abedian-school-of-architecture.html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017. Figura 41. Escola Abedian. Planta segundo pavimento. Disponível em: htpp:// http://www.crab-studio.com/abedian-school-of-architecture.html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017. Figura 42,43 e 44 Escola Abedian. Disponível em: htpp://http://www.crab-studio.com/abedian-school-of-architecture.html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017. Figuras 45, 46, 47, 48. Green School. Disponível em: https://www.greenschool. org/. Acesso em: 20 de abril de 2017. Figura 49. Colégio Miguel de Cervantes, vista aérea. Imagem cedida pela Instituição. Figura 50. Clusters. ZEIN, 2005 p. 142 apud Batagliesi Arquitetos + Designers. Figura 51. O playground da cidade da criança foi feito sob medida para este projeto, e é intimamente ligado aos clusters, dando privacidade e proteção às crianças. fotografia da autora. Figura 52. Espaço adjacente às salas de aula. Fotografia da autora. Figura 53. Ala da biblioteca destinada aos alunos menores. Fotografia da autora. Figura 54. Detalhe das aberturas das salas de aula: caixilhos, beiral, brisesoleil e jardim. Fotografia da autora. Figura 55. Maquete volumétrica do conjunto, volumes em branco e piscinas na parte inferior esquerda são a próxima reforma a ser realizada pelo escritório
ACR Arquitetura. Fotografia da autora. Figura 56. Edifício do Ensino Médio, Detalhe das aberturas e proteção solar respeitam a identidade arquitetônica do projeto original de Rino Levi. Fotografia da autora.
Capítulo 4 Figura 1. Dornach Goetheanum, a sede mundial do movimento antroposófico, na Suíça. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Dornach_-_ Goetheanum2a_small.jpg. Acesso em 17 de maio de 2017. Nova Caledônia, 1998. Disponível em: http://ciclovivo.com.br/noticia/centro_ cultural_em_ilha_do_pacifico_e_um_classico_da_arquitetura_sustentavel Acesso em 17 de maio de 2017. Figura 2. Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou, projeto de Renzo Piano em Figura 3. Casa da Cascata, Frank Lloyd Wright, 1974. Disponível em: http:// www.archdaily.com.br/br/01-53156/classicos-da-arquitetura-casa-da-cascatafrank-lloyd-Wright. Acesso em 17 de maio de 2017. Figura 4: Mapa de entorno. Terreno circulado em vermelho. Google Earth, 2016. Figura 5: Localização do terreno escolhido. Google Earth, 2016 Figura 6: Escola-Parque: Fluxograma. Elaborado pela autora. Figura 7: As placas OSB podem ser utilizadas como vedação, cobertura e estruturalmente também, em vigas e pilares.. Fonte: Catálogo de produtos da LP Biuding Products. Figura 8: Porta pivotante com vedação muxarabi. No projeto este modelo foi adaptado em trilhos de correr. Disponível em: http://klikabol.com/2013/10/ hotite-popast-v-buduschee-pryamo-seychas.html. Acesso em 16 de maio de 2017. Os croquis, desenhos técnicos e imagens 3D foram elaborados pela autora.
mapas Mapa 1. Baixada Santista: município de Praia Grande destacado em laranja. Elaborado pela autora. Mapa 2. Praia Grande: vias estruturais em roxo e mancha urbana em cinza. Elaborado pela autora.
Mapa 3. Praia Grande: relação de domicílios ocupados. A cor amarela representa os menos ocupados e a cor vermelha, os mais ocupados. Mapa 4. Praia Grande: atendimento de tratamento de esgoto. Elaborado pela autora. Mapa 5. Praia Grande: zonas de interesse social. Elaborado pela autora. Mapa 6. Praia Grande: cobertura vegetal. Elaborado pela autora. Mapa 7. Praia Grande: degradação ambiental. Elaborado pela autora.
ta b e l a s Tabela 1. Master Plan: Programa Detalhado – Espaços Livres. Elaborado pela autora, 2016 Tabela 2. Master Plan: Programa Detalhado – Espaços Edificados. Elaborado pela autora, 2016 Tabela 3. Projeto Escola-Parque: Programa Detalhado. Elaborado pela autora, 2017
siglas AGEM: Agência Metropolitana da Baixada Santista C.A.: Coeficiente de aproveitamento PA: Área de Proteção Ambiental ha: hectare IAAF: International Association of Athletics Federations IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Km: quilômetros Km2: quilômetros quadrados m: metros m2: metros quadrados PDE: Plano Diretor Estratégico PMD: Plano Metropolitano de Desenvolvimento PESM: Parque Estadual da Serra do Mar PEXJ: Parque Estadual Xixová-Japuí Quant: Quantidade REPG: Resumo Executivo de Praia Grande RMBS: Região Metropolitana da Baixada Santista
SABESP: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo T.O.: Taxa de Ocupação T.P. : Taxa de Permeabilidade ZEIS: Zonas Especiais de Interesse Social
sumário capítulo 1
premissas
|
Introdução 28 1. Praia Grande 32 2. Paisagem urbana 40 3. Morfologia urbana 44 4. Sistema de espaços livres em Praia Grande 50 5. Considerações finais 72 capítulo 2
|
diretrizes do partido
arquitetônico 1. Plano geral 76 2. Evolução da educação no Brasil 86 3. Primeira área estudada 90 4. Fluxograma do plano geral 92 5. Programa do plano geral 93 6. Considerações finais 96 capítulo 3
|
repertório
|
projeto
1. Parques 100 2. Escolas 113 capítulo 4
1. Escola-Parque 122 2. Linha pedagógica adotada 123 3. Terreno 129 4. Programa detalhado 132 5. Fluxograma 135
6. Diretrizes e justificativas 136 7. Croquis 141 8. Desenhos técnicos 148 9. Maquete eletrônica 164 r e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s 174
cap Ă tu l o 1 premissas
capítulo
escola–parque em praia grande
introdução
1 |
premissas
mental teórico desse processo de desenvolvimento projetual e suas interfaces. tema O local de estudo é a periferia de um município balneário do litoral de São Paulo. Busca-se compreender o sistema de espaços livres e públicos da região, as dinâmicas que a atividade turística causa na população residente e suas inter-relações, a paisagem resultante dessas dinâmicas sociais, e a relação da cidade com a floresta, bem como identificar um projeto poten-
O
cial que supra alguma necessidade real do local. trabalho final de graduação para grau de bacharel em arquitetura e urbanismo é um per-
objetivos
curso intelectual que busca a síntese expressa
de todos os conhecimentos que foram adquiridos durante
Elaborar um projeto de um parque urbano que atenda às necessida-
a formação, de maneira que se solidifique a relação das
des específicas de um lugar, configurando uma paisagem marcante
partes interdisciplinares no conjunto do todo – o con-
para o município de Praia Grande, um espaço público que sirva
texto, que seja feito um diagnóstico de sua problemática
de mecanismo para o direcionamento do crescimento da mancha
– o programa, e por fim, elaborado o desenho arquitetô-
urbana, integre as diversas interações sociais num só lugar, colabore
nico, a arquitetura em si.
com a educação ambiental para preservação da reserva estadual da
O ato de projetar na área de arquitetura e urbanismo exige o entendimento de aspectos variados, porém interliga-
Mata Atlântica existente no município, qualifique um bairro periférico de uma cidade balneária, identificando seu potencial.
dos entre si, e cujo objetivo final sempre é produzir um projeto, dar forma à reflexão e conduzir à resposta. Projeto este
j u s t i f i c at i va
que, como produto de um processo, implica compreender um
30
território específico em sua totalidade sistêmica: suas carac-
As áreas de transição entre manchas urbanas consolidadas e
terísticas físicas, naturais, morfológicas, culturais, administra-
áreas de proteção permanente ainda são pouco exploradas nos
tivas e econômicas. Neste caderno será apresentado o ferra-
projetos dispostos pelo país. Comumente, essas áreas estão 31
capítulo
escola–parque em praia grande
em conflitos administrativos, cujas legislações são gerais e não atendem às necessidades específicas de cada localidade em que ocorre esse encontro distinto de ocupação territorial. Não há um planejamento eficaz que atenda às necessidades do ecossistema natural e da ocupação antrópica local, ficando esses locais à mercê do acaso, sendo muitas vezes áreas de ocupação
1 |
premissas
• visita técnica à cidade e aos parques expoentes do município de Curitiba-PR; • visita técnica às escolas relevantes ao trabalho proposto, na cidade de São Paulo. • desenvolvimento do partido de projeto, programa e diretrizes projetuais.
irregular ou áreas de intensa degradação e poluição. Dentro desse contexto, faz-se necessário que experimentos acadêmicos
linha de exposição do conteúdo
perscrutem tal assunto, a fim de promover novos mecanismos da lei e empreendimentos, públicos e privados, que intervenham
Ao longo da dissertação, o leitor é convidado a percorrer um
adequadamente nessas áreas tão fragilizadas. Pertinente, então,
caminho de compreensão abrangente sobre o tema abordado,
elaborar um projeto que abranja tais problemáticas, como expe-
pertinente ao processo da elaboração de um partido de pro-
rimentação nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo.
jeto, cujo objetivo é a produção do projeto arquitetônico como síntese da aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo da
método
formação da autora em Arquitetura e Urbanismo. A dissertação está dividida em quatro partes:
Para alcance dos objetivos, lançou-se mão de um método que englobou: • estudos bibliográficos sobre os temas referentes aos campos disciplinares de interesse; • levantamento histórico, socioeconômico e cultural sobre a ocupação e evolução da Região Metropolitana da Baixada Santista e do município de Praia Grande; • visita em campo no município e na área onde o projeto será inserido;
• O primeiro capítulo forma o escopo do trabalho e introduz o leitor ao contexto e ao tema, justificando, por fim, o projeto a ser elaborado; • O segundo capítulo desenvolve esse tema e analisa graficamente estudos de caso; • O terceiro capítulo apresenta as diretrizes gerais a cerca do projeto; • O quarto capítulo apresenta o projeto final que foi desenvolvido.
• confecção de mapas esquemáticos e desenhos que explicitam os dados encontrados e análises da pesquisa e na visita técnica; • estudos de caso e análise gráfica de projetos que resolvem bem questões inerentes ao projeto proposto; 32
33
capítulo
escola–parque em praia grande
1 . p r a i a
grande
1 .1 . lo ca l i z aç ão Praia Grande é uma estância balneária pertencente à Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS). Faz parte do pólo econômico atrativo da região, que irradia a partir de Santos. A apenas
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premissas
1 2
Mapa 1. Baixada Santista: município de Praia Grande destacado em laranja.
Elaborado pela autora.
Mapa 2. Praia Grande: vias estruturais em roxo e mancha urbana em cinza. Elaborado pela autora.
72 km da capital de São Paulo, localiza-se nas coordenadas 24°00’ S 46°00’ W, faz divisa com os municípios de São Vicente a Nordeste (município do qual foi emancipado em 1967), com Mongaguá a Oeste e com o Oceano Atlântico à Leste, Sudeste e Sul. 1.2 estrutura e mobilidade Seu território abrange 147 km² e é estruturado por duas principais vias, que atravessam o município longitudinalmente: a via expressa Norte e Sul, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, e a Av. Padre Manoel da Nóbrega. Numa dinâmica pendular, a população residente em Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá atravessa Praia Grande diariamente por essas vias para chegar a seus destinos de trabalho – o porto de Santos, o pólo petroquímico de Cubatão e o setor de serviços de São Vicente –, causando intenso tráfego. Essa estrutura é tão intensa, que divide a cidade em duas: da rodovia para o mar, configura-se um tipo de ocupação distinto do que ocorre da rodovia para a serra.
34
35
capítulo
escola–parque em praia grande
1. 3 ocupação territorial
1 |
premissas
Imigrantes passou a interligar o planalto da região metropolitana da capital ao município. Mas também desde a década de 1970,
A via expressa sul, que corta a cidade, também divide nitida-
ao fazer parte da área de influência de Santos, sendo destino de
mente as concentrações de renda: na orla estão os mais ricos
inúmeros turistas desde então, bem como o local escolhido para
e em direção à serra se concentra a população de mais baixa
implantar colônias de férias dos sindicatos dos trabalhadores da
renda. Isso se dá devido à ocupação inicial da orla por empreen-
região industrial do ABC de São Paulo.
dimentos de turismo para a atividade de veraneio e, posteriormente, com os investimentos acentuados e a facilidade de
1.5 economia
acesso por infraestrutura. Além da emancipação do município, a população de baixa renda veio migrada da metrópole da capital
Segundo o Resumo Executivo de Praia Grande (REPG), ela-
paulista, pelas atratividades industriais de Santos e de Cubatão.
borado pelo Instituto Pólis em 2012, em torno de 80% da sua
O gabarito e a densidade das edificações também acompa-
população está em idade ativa, porém apenas metade está
nham a mancha urbana organizada pela renda: nos bairros mais
ativa economicamente. O município concentra o maior índice
privilegiados, com vista para o mar, são extremamente maiores que
de desocupados em toda a RMBS e, dentre os que trabalham,
nas demais áreas. Embora seja densamente construída, é uma área
aproximadamente 40% possuem empregos informais. Entre os
subutilizada, já que é utilizada sazonalmente.
empregos formais de maior significância econômica estão comér-
Não há uma intervenção do poder público voltado à implantação
cio e reparos de veículos e motocicletas, administração pública
de políticas de uso e ocupação do solo que visem diminuir a pressão
(devido à grande demanda decorrente de assuntos relacionados
da especulação imobiliária sobre as áreas nobres do município.
ao pré-sal), serviços domésticos, alojamento, comunicação, hotelaria e alimentação. O município também é o destino preferido
1.4 população fixa e flutuante
de chefes de família aposentados, que residem próximo à praia, a fim de receber sua família aos fins de semana. Essa demanda
Em alta temporada, Praia Grande atrai mais de um milhão de
populacional tem crescido exponencialmente nos últimos anos.
pessoas aos seus 22 km de praias, quatro vezes mais o tamanho de sua população, que é de 287.051 habitantes - segundo o IBGE
1.6 infraestrutura
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no senso de 2013.
36
Quase metade dos domicílios de Praia Grande são de uso
A faixa entre a rodovia e o mar possui uma boa infraestrutura em
ocasional, número que se dá principalmente devido ao investi-
diversos tipos de serviços e instalações. Já a faixa dos fundos da
mento que ocorreu durante a década de 1990, quando a Rodovia
cidade - entre a rodovia e a serra - possui uma qualidade de vida 37
capítulo
escola–parque em praia grande
completamente diferente, como será exposto a seguir. Como é possível observar nos mapas produzidos pelo Plano Diretor (PD) da cidade, as instalações sanitárias, a drenagem, a pavimentação e a coleta de lixo são inexistentes nos núcleos mais precários, categorizados pelo PD como ZEIS 1 (Zonas de Interesse Social) - áreas ocupadas por pessoas de baixa renda indicadas para regularização física, urbanística e fundiária. Já o abastecimento de água, as instalações elétricas e a iluminação pública são suficientes e adequados em todo o município. Nesses bairros, há escolas e creches suficientes, e os postos de saúde já estão sendo implantados também nos bairros mais precários. As praças, as áreas livres e os espaços públicos
1 |
premissas
1
Mapa 3. Praia Grande: relação de domicílios ocupados ao longo do ano. A cor amarela representa os menos ocupados e a cor vermelha, os mais ocupados.
Elaborado pela autora.
2 3
Mapa 4. Praia Grande: atendimento de tratamento de esgoto. Elaborado pela autora.
Mapa 5. Praia Grande: zonas de interesse social.
Elaborado pela autora.
para lazer são praticamente inexistentes, com exceção da praça Helena Cardozo Bernadino, no bairro Samambaia, que, apesar do bom programa e da apropriação da população, não possui manutenção adequada (vide figuras 42, 43 e 44). Nos núcleos de assentamentos precários, a marginalização juvenil é um grande problema a ser enfrentado pela segurança pública e pela secretaria de cultura e educação, e furtos e drogas são frequentes. A mobilidade urbana também é um ponto ruim. Nesses bairros quase não circulam linhas de ônibus, e o acesso à parte mais desenvolvida da cidade é dificultado pela via expressa e a existência mínima de passarelas ou pontos de travessia. 1 . 7 p r e c a r i e da d e h a b i tac i o n a l e regularização fundiária Há cerca de 68 núcleos de ocupação precária no município (REPG, Instituto Pólis, 2012). 38
39
capítulo
escola–parque em praia grande
As categorias de Zonas de Interesse Social (ZEIS) expressas no artigo 28 do Plano Diretor são as seguintes: • ZEIS 1: Áreas ocupadas por população de baixa renda, indicadas para regularização física, urbanística e fundiária; • ZEIS 2: Glebas e áreas vazias ou pouco ocupadas indicadas
de diminuir o índice de ociosidade e marginalização dos jovens munícipes, e, como objetivo secundário, estimular o exercício físico para idosos. São oferecidas diversas modalidades esportivas e culturais para crianças de faixa etária entre 7 e 14 anos de idade,
social;
em ginásios e complexos esportivos espalhados por toda a
ou lotes vazios adequados para a implementação de programas habitacionais de interesse social.
premissas
as experiências culturais da criança e do adolescente, a fim
para a implantação de programas habitacionais de interesse • ZEIS 3: Áreas urbanizadas com parcela significativa de terras
1 |
cidade. E também são promovidos diversos campeonatos e festivais culturais ao longo do ano, para todas as idades. As atividades são gratuitas, e qualquer munícipe pode participar, estudando em escola estadual, municipal ou
O Plano Diretor define os núcleos subnormais como os que se enquadram nas seguintes situações: • não sejam dotados dos serviços públicos de água e/ou energia elétrica; • não tenham acesso por rua oficial; • contenham 10 ou mais domicílios em condições inadequa-
privada. Dentre as modalidades esportivas estão: surfe e jogos de areia, esportes de quadra (futebol, vôlei, handebol, basquetebol), atletismo, ginástica artística, esportes de campo, tênis de mesa, karatê, taekwondo, judô, canoagem, remo, vela e natação. Esse é o Porto dos Esportes. Há também o programa Porto das Artes, que ensina
das de salubridade, caracterizadas por falta de iluminação e
ballet clássico, jazz, sapateado, e danças populares, e o
ventilação;
Porto do Saber, que consiste numa biblioteca municipal
• contenham 10 ou mais domicílios em que residam mais de 4 pessoas por cômodo.
(localizada no bairro Ocian) e numa rede de bibliotecas comunitárias, distribuídas nos bairros periféricos da
1
Figura 1.
Imagem retirada de anúncio do Jornal da Prefeitura.
cidade, onde a população tem acesso a livros, computado1.8 super escola
res com internet e pode participar do circuito rotativo de contadores de histórias.
A pedido dos moradores, e em resposta às campanhas eleitorais
O projeto tem sido bem sucedido, apesar da pouca
do atual presidente reeleito Mourão, em Praia Grande está sendo
verba que é investida, e da necessidade de financiamento
desenvolvido há 3 anos um projeto de cultura e educação promo-
privado para subsistir.
vido pelas secretarias municipais, denominado Super Escola. Esse projeto tem como objetivo complementar os estudos e 40
41
capítulo
escola–parque em praia grande
2 . p a i s a g e m
urbana
2 .1 s u p o r t e n at u r a l
1 |
premissas
rido numa fragilidade ambiental sem igual, e seus ecossistemas estão ameaçados não só pela evidência histórica do que já se perdeu, como também pelos conflitos sociais presentes. O Plano Diretor municipal denomina Zona de Transição a
Praia Grande está inserida em quatro unidades de conservação
faixa de cobertura vegetal que fica entre o que se delimita como
ambiental, que ocupam 40% do território total do município, e
perímetro urbano e a Área de Proteção Ambiental, classifican-
atualmente 66,55% de sua área é coberta por vegetação natu-
do-a ainda como zona de desenvolvimento sustentável e área de
ral de domínio da Mata Atlântica. Sua altitude de apenas 5 m
baixa densidade. No entanto, não especifica com clareza quais
em relação ao mar sobressalta a imponência de dois grandes
seriam as diretrizes e as atividades permitidas na área, o que
suportes naturais: a Serra do Mar ao fundo da cidade e o morro
compromete a sua proteção.
Xixová-Japuí. Praia Grande faz parte do Ecossistema Atlântico,
A unidade de conservação ambiental municipal da cidade, que protege os remanescentes manguezais da região, também
dotado de vegetação de baixa e alta restinga nos solos
está comprometida, pois tem como vizinhos bairros de assen-
mais arenosos próximos à praia, vegetação característica
tamentos precários, que foram regularizados posteriormente e
da Mata Atlântica em solo mais argiloso, nas proximidades
cuja população não é educada ambientalmente e polui esse par-
com a Serra do Mar, e de manguezais em áreas mais frag-
que com resíduos sólidos e líquidos, pois serviços básicos como
mentadas, às margens de importantes rios e córregos. Sua
o tratamento de esgoto e coleta de lixo não atendem de maneira
rede hídrica é riquíssima, porém em perímetro urbano já
adequada justamente essa região.
foi altamente modificada. O município também conta com a Área de Proteção
E, por fim, talvez o mais preocupante, no Parque Xixová Japuí verifica-se um quadro de imenso desequilíbrio e fragi-
Ambiental (APA) Marinha Litoral Centro Decreto Estadual
lidade ambiental, pois é vítima de diversos conflitos sociais e
53.526 de 08/10/2008, pertencente ao Setor Carijó, que
interesses antrópicos. De um lado, os índios residentes do par-
possui 270.240 hectares de extensão e é administrado pela
que, que buscam direitos de exploração dos recursos da reserva,
Fundação Florestal.
para sua sobrevivência; de outro, os vizinhos, moradores lindeiros da área e que se sentem incomodados com os índios e com
2.2 interferência humana na paisagem
os turistas. No outro extremo, os empreendedores imobiliários, que se empenham para acentuar significativamente os empreen-
42
Embora Praia Grande, em comparação com a região central da
dimentos na região, o que sem dúvida pressionará o massivo
RMBS, seja um remanescente ambiental significativo, está inse-
vegetal e sobrecarregará o seu suporte. 43
capítulo
escola–parque em praia grande
No meio de tal conflito estão ainda os ativistas, que defendem a conservação integral da APA, sem visitação humana, e os defensores do ecoturismo e da exploração sustentável dos seus recursos naturais. Ainda se tratando de interferências significativas na paisagem, no contexto de pressão urbana sobre a floresta, há áreas
1 2
1 |
premissas
Mapa 6. Praia Grande: cobertura vegetal.
Elaborado pela autora.
Mapa 7. Praia Grande: degradação ambiental.
Elaborado pela autora.
com grande cobertura vegetal que ainda sobrevivem dentro do perímetro urbano, mas estão com os dias contados. O massivo, composto pelos bairros Imperador, Andaraguá e Santa Marina, sofrerá intensas especulações imobiliárias, e concedido também pelo PDE, para ser uma área industrial de baixo impacto e comercial com porte regional, dado o fácil escoamento de mercadorias e pessoas pela rodovia. Mas não se apresenta nenhum diretriz que leve em consideração os níveis de impacto ambiental que causará. No momento presente, o planejamento urbano tem o palpável desafio de conciliar tanto os interesses sociais e econômicos incidentes num mesmo território como respeitar a capacidade do suporte natural presente sem sucumbi-lo.
44
45
capítulo
escola–parque em praia grande
3 . m o r f o l o g i a
urbana
3.1 m a l h a v i á r i a e lot e a m e n to s Seguem alguns desenhos padrão por toda a cidade, unidos como uma colcha de retalhos. Dentre os padrões estão a estrutura espinha de peixe – mais encontrada nas periferias, onde o trá-
1 |
premissas
1 2
Figura 2. Padrões de malha urbana encontrados em Praia Grande.
Elaborado pela autora.
Figura 3. Rua longilínea, tipologia típica na malha urbana consolidada em Praia Grande. Fotografia da autora.
fego é menos intenso; a malha retangular – predomina na paisagem da orla; e os lotes geometrizados ao redor de uma praça central, que também possui a função de rotatória, padrão muito encontrado nos bairros localizados entre a rodovia e o mar, onde há um tráfego maior durante os períodos de alta temporada. Evita-se com esse padrão morfológico o congestionamento por automóveis na área intraurbana, sendo indispensáveis apenas nas avenidas principais, como as avenidas Presidente Kenedy, dos Trabalhadores e Presidente Castelo Branco. Esse desenho de malha viária atende bem ao local. Há problemas de mobilidade apenas nas transições entre as vias locais e expressas, causando conflitos entre ambos os lados da cidade, que são divididos por ela. Não há curvas na malha estrutural das vias, de maneira que toda rua tem um horizonte ilimitado, tornando a paisagem monótona e, se não fossem as diversas praças salpicadas, seria ainda mais difícil de diferenciar, por falta de pontos referenciais. Nos bairros onde a ocupação foi desordenada e a regularização fundiária ainda não está consolidada, as residências são muito aglomeradas e inexistem ruas, ou elas são estreitas em demasia, e, em predominância esmagadora, não são pavimentadas.
46
47
capítulo
escola–parque em praia grande
3.2 tipologia construída
1 |
premissas
coberturas em laje. As únicas exceções a esse padrão são os ginásios da Super Escola e a Prefeitura Municipal, que se desta-
Ao longo da orla, partindo do Canto do Forte, Boqueirão e Bairros Ocian, em direção a Solemar, percebe-se uma densidade
cam por sua qualidade arquitetônica. Nos bairros que ficam entre a rodovia e a serra, as casas são
construtiva alta, que vai decrescendo. A implantação no lote é
térreas ou de dois pavimentos, a maioria segue um mesmo padrão
de quase 100%, com pouca permeabilidade do solo e quase ou
construtivo, semelhante ao que se encontra ao longo das vias
nenhuma arborização. Nalguns empreendimentos observam-se
principais, com coberturas em laje e assentadas em alvenaria,
estacionamentos subterrâneos ou no fundo do lote. Não há mui-
mas outras seguem o padrão das casas geminadas, já descrito.
tos espaços para lazer intralote, salvo os que possuem piscinas
Diferentemente da área próxima ao mar, a vegetação é escassa, e
e às vezes uma quadra poliesportiva. Esse fenômeno se deve ao
a área permeável intralote nos bairros é residual ou praticamente
alto valor da terra aplicado a esses terrenos pela especulação
nula. Não há áreas destinadas à recreação infantil a não ser os cam-
imobiliária e também a proximidade da praia.
pinhos de futebol improvisados em terrenos baldios, a garagem é
Os empreendimentos imobiliários verticais aparecem de
coberta e fica no limite da rua e também no limite lateral do lote.
maneira consolidada nos bairros Canto do Forte, Boqueirão,
Nos núcleos mais precários, como em Maxland e Jardim
Vila Guilhermina, Aviação, Tupi e Bairros Ocian, de maneira mais
Marília, há residências de caráter provisório, construídas com
esporádica em Vila Mirim e Vila Caiçara, e pontualmente e dis-
materiais impróprios, como papelão, tábuas e telhas. Durante
persa nos bairros Flórida e Solemar.
a visita técnica realizada, não fora possível adentrar estes
Na área da cidade que fica entre a rodovia e o mar, os lotes são maiores e as casas são térreas e possuem recuos frontais,
bairros devido à alta periculosidade de furto do equipamento fotográfico.
laterais e de fundo, nas quais há um percentual maior de áreas permeáveis e onde se plantam roseiras e árvores frutíferas e se abrigam animais domésticos. Há também um grande número de casas geminadas, elas possuem um único telhado de duas águas, cujo beiral se prolonga da edificação até o limite com a calçada, abrigando uma garagem; nelas há um pequeno corredor lateral, e não são dotadas de nenhuma arborização. Ao longo das vias principais a ocupação é predominantemente comercial, e sua tipologia construtiva se dá de maneira fastigiosa, com edificações térreas, aberturas estilo garagem e 48
49
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
Figura 4. Edifícios verticalizados próximos à orla nos bairros do Canto do Forte e Ocian.
Fotografia da autora.
Figura 5. Edifícios verticalizados próximos à orla nos bairros do Canto do Forte e Ocian. Fotografia da autora.
3 4
Figura 6. Edifícios horizontalizados próximos à orla nos bairros de Vila Tupi e Colônia de Sindicatos.
Fotografia da autora.
Figura 7. Edifícios horizontalizados próximos à orla nos bairros de Vila Tupi e Colônia de Sindicatos. Fotografia da autora.
5 6
Figura 8. Casas geminadas com telhado de duas águas e beiral estendido.
Fotografia da autora.
Figura 9. Casas geminadas com telhado de duas águas e beiral estendido. Fotografia da autora.
7 8
Figura 10. Prefeitura Municipal de Praia Grande. Av. Presidente Kennedy, Vila Mirim.
Fotografia da autora.
Figura 11. Ginásio Municipal Falcão, na Av. Presidente Kennedy. Projeto Super Escola. Fotografia da autora.
9 10
Figura 12. Casa térrea no bairro Cidade das Crianças, acesso no limite com a calçada.
Fotografia da autora.
Figura 13. Limite da rua com o perímetro do Parque Estadual da Serra do Mar. Cidade das Crianças.
Fotografia da autora.
50
1 |
premissas
11 12
Figura 14. Padrão construtivo em rua do bairro Cidade das Crianças.
Fotografia da autora.
Figura 14. Favela de Caieiras, núcleo precário em processo de urbanização.
Fonte: A Tribuna, 2 maio 2013. Acesso em: 11 jan. 2015.
51
capítulo
escola–parque em praia grande
4 . s i s t e m a
de espaços livres em praia grande 4 .1 r ua s e ca lça da s
1 2 3 4 5 6
1 |
premissas
Figura 15. Ruas sem saída, no bairro Jardim Princesa. As casas estão dispostas aos pés da Serra do Mar, no limite com o perímetro do Parque Estadual.
Fotografia da autora.
As calçadas são de dimensões confortáveis nos bairros próximos à orla e insuficientes nos bairros periféricos. De maneira geral, as ruas principais são pavimentadas com asfalto e as vias locais são permeáveis, possuem piso Intertravado. Nos bairros periféricos, como Ribeirópolis, Quietude e Vila Sônia, é comum a ocorrência de arruamentos em terra e areia, pois são áreas que ainda não foram totalmente regulamentadas. Nos bairros próximos ao mar, as ruas são arborizadas, embora não sejam tão significantes a ponto de gerar algum sombreamento. Nos bairros periféricos, a arborização em perímetro urbano é quase inexistente, salvo próximo às escolas, e bananeiras ou jaqueiras plantadas aleatoriamente em alguns quintais. Para intervir nesse quadro, a escola ambiental do Portinho, em conjunto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente estão desenvolvendo um projeto de plantio da cidade, em que mudas são doadas a essas populações, para que possam plantá-las em seus bairros, com uma campanha de conscientização também
Figura 16. Ruas sem saída, no bairro Jardim Princesa.
Fotografia da autora.
Figura 17. Ruas sem saída, no bairro Jardim Princesa.
Fotografia da autora.
Figura 18. Homem a caminho do trabalho, na ciclovia à beira-mar. Fotografia da autora.
Figura 19. Pessoas indo em direção a São Vicente, seu destino de trabalho, em ciclovia à beira-mar. Está em boas condições e é a mais frequentada.
Fotografia da autora.
Figura 20. Ciclovia ao longo da Av. Presidente Kennedy está em boas condições de sinalização e é bem frequentada. Fotografia da autora.
sendo desenvolvida no local. 4.2 ciclovias Praia Grande é a cidade das bicicletas. Em 2015, o jornal Gazeta de São Paulo, na sessão Litoral, afirmou que já eram 78,8 km por toda a cidade. É a maior malha de ciclovias do estado, e maior 52
53
capítulo
escola–parque em praia grande
à beira-mar do país, sendo constatado que pelo menos 20% da população do município utiliza a bicicleta diariamente para suas atividades diárias, como ir à escola, ao trabalho, ou apenas para se exercitar. O PMD (Plano Metropolitano de Desenvolvimento) da AGEM (Agência Metropolitana da Baixada Santista) prevê que, até 2030, mais 20% da população utilizará esse veículo para ir ao trabalho e à escola, e mais 10% utilizará transportes públicos, item também previsto no plano diretor municipal. Ainda assim, a qualidade de sinalização e segurança das ciclovias de Praia Grande está a desejar nos bairros entre a rodovia e a serra. Ainda há muito trabalho por fazer para melhorar a mobilidade nesses bairros. Durante as entrevistas realizadas em campo, outro ponto que os moradores destacaram foi o da interligação entre as ciclovias, que ainda não acontece de forma eficiente nos cruzamentos da via expressa sul. Também são escassos os investimentos em bicicletários pela cidade e a possibilidade de alugar bicicletas.
1 |
premissas
1
Figura 21. Ciclovia no bairro Princesa – entre a rodovia e a serra. Atentar ao desnível perigoso no percurso, a falta de proteção em ambos os lados que margeiam a ciclovia: de um lado a avenida e, de outro, o córrego, sem nenhuma proteção. Além disso, sua largura também é insuficiente. Também é bem frequentada.
Fotografia da autora.
2
Figura 22. Ciclovia no bairro Imperador. Trecho de alta periculosidade. Não há boa sinalização ou segurança no percurso, nem iluminação. É um trecho isolado onde ocorrem muitos assaltos, e infelizmente é o caminho de acesso utilizado por adolescentes que moram nos bairros periféricos e frequentam os ginásios da Superescola do outro lado da Rodovia, ou para ir até o centro comercial da cidade. Fotografia da autora.
4.3 praças 4 . 3 . 1 entre o mar e a rodovia Em Praia Grande há muitas praças, distribuídas de forma satisfatória por toda a área que fica entre a rodovia e o mar. Em sua maioria são rotatórias ou espaços residuais da malha de loteamentos e ruas. São cerca de 74 praças numa área de 22 km². O paisagismo e o programa são de estilo moderno ou contemporâneo. Algumas praças possuem uma função puramente escultórica, em que se dispõem monumentos ou esculturas de 54
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capítulo
escola–parque em praia grande
caráter cívicos, como a Praça Elos ou a Praça dos Emancipadores. lugar, principalmente em trânsito rápido, por automóvel.
1
A praça Nossa Senhora de Fátima tem um porte maior e um de permanência com pergolado, portais, quiosques para feirinha gastronômica e de artesanato, uma fonte e um pequeno parque de diversões. É um ponto turístico da cidade bem vivaz em Algumas não têm qualidade alguma de espaço paisagístico,
2
a vegetação e o mobiliário são dispostos de forma aleatória, e
4
um espaço de qualidade em ambiência e são apropriadas para o flanar, o conversar, dar uma volta com o cachorro ou levar as crianças para andar de bicicleta e brincar no playground. De tes, mesmo fora de temporada.
3
4 . 3 . 2 entre a rodovia e a serra Praticamente inexistem locais de encontro e de lazer entre a rodovia e a serra. A qualidade de vida é inferior, e mesmo estando tão próximo ao PESM, o contato com a natureza é escasso, as áreas livres destinadas à recreação infantil são pra-
Figura 25. Praça Elos, no Boqueirão. Esculturas de personalidades mundiais, feitas pelo artista plástico Gilmar Pina. Também presentes na entrada da cidade, em frente A Tribuna e ao Palácio das Artes, na Praça dos Emancipadores.
Fotografia da autora.
o espaço não é apropriado pela população. Outras possuem
maneira geral, a manutenção e a limpeza das praças são frequen-
Figura 24. Beira da avenida que dá acesso aos bairros entre a rodovia e a serra. Local onde fica a única ciclovia dessa faixa da cidade. Fotografia da autora.
caráter de encontro, possui playground e mesas de jogos, área
períodos de temporada e abandonado no cotidiano.
1 2 3
Fotografia da autora.
Ao longo da orla há a Praça Lions, que é cenográfica, possui pode-se tirar uma boa fotografia de recordação para o visitante.
premissas
Figura 23. Córrego que fica ao lado da ciclovia. Não há nenhuma proteção ao ciclista.
Essas são apenas para a contemplação por quem transita pelo
uma fonte com um barco, onde está inscrito o nome da cidade, e
1 |
Figura 26. Praça Ceferino Gonzáles Vega. Composta por uma rotatória de intenso fluxo, possui 4 fragmentos, juntos às esquinas, com recantos sob pergolado, e espelhos d’água, para contemplação. As demais praças que possuem esta mesma configuração não possuem mobiliário urbano ou sombreamento, sendo apenas lugares de passagem com algum respiro das edificações em suas esquinas como a Praça Dr. João Paes de Barros.
Fotografia da autora.
4
ticamente inexistentes, com poucas exceções, como os campos de futebol que estão sendo aos poucos implantados pela 56
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escola–parque em praia grande
1 2
Figura 27. Praça Lions, próxima à orla da Praia, à beira da avenida. É um dos pontos preferidos dos turistas para tirar fotografias.
Fotografia da autora.
Figura 28. Praça Nossa Senhora de Fátima.
Fotografia da autora.
58
3 4
Figura 29. Praça Nossa Senhora de Fátima.
Fotografia da autora.
Figura 30. Praça Nossa Senhora de Fátima.
Fotografia da autora.
5 6
Figura 31. Praça Valdemar Lopes Ferraz. De uso local, é uma praça de estar, com pergolado, portais e áreas de permanência. É uma rotatória. Fotografia da autora
Figura 32. Praça Valdemar Lopes Ferraz.
Fotografia da autora.
7
Figura 33. Praça Dr. Roberto Andraus. Próximo à praia, no bairro Ocian, em frente à igreja matriz. É uma praça bastante frequentada por idosos que gostam de jogos, durante a semana, e por turistas em temporada e pelos fiéis da igreja, aos fins de semana.
8
Figura 34. Praça Paul Harris, no Canto do Forte, próxima à praia. Não há sombreamento algum para o usuário.
9 10
Figura 35. Praça Paul Harris. A qualidade espacial é totalmente ineficaz, e a forma não convida à permanência. A maioria das praças em Praia Grande são assim.
Figura 36. Praça Elizeu Xavier. A foto foi feita numa manhã de segunda-feira, quando várias praças estavam sendo limpas pela prefeitura. Moradores informaram que a manutenção é frequente, mesmo fora de temporada.
1 |
premissas
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Figura 37. Praça das Américas. Não possui muitas áreas sombreadas. Como estas há muitas praças na cidade que abrigam monumentos ou alguma escultura. Figura 38. Praça Japão. Qualidade média da praça, há áreas de permanência usadas pela população com baixa intensidade.
Fotografias da autora.
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escola–parque em praia grande
Superescola em antigos vazios urbanos, terrenos subutilizados e algum campo de várzea improvisado, ou chácaras e sítios. Mas dois projetos se mostraram interessantes, por sua qualidade de promover encontros e suprir a necessidade local, mesmo que de uma forma pouco significativa em relação ao todo. São eles: 4 . 3 . 2 . 1 praça helena cardozo bernadino No bairro Samambaia, a praça fica próxima à localidade aglomerada de diversas escolas estaduais e municipais e possui um assíduo público adolescente que frequenta o lugar nos horários livres após a aula. Funciona como um cul-de-sac para diversas ruas, numa extensão de 1km e largura de 38m, e abriga um afluente do Rio Branco, canalizado. A praça possui área arborizada com um banco e pergolado circular, uma biblioteca comunitária do programa Porto do Saber, duas quadras poliesportivas, uma pista de skate e uma
1 2 3
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premissas
Figura 39. Praça Japão. Na imagem, uma senhora estava passeando com seu cachorro.
Fotografia da autora.
Figura 40. Praça Eduardo Dias Coelho.
Fotografia da autora.
Figura 41. Praça Eduardo Dias Coelho. Essa área de permanência, embora tenha a intenção de aproximar as pessoas num recanto íntimo de convivência, não o faz, porque as dimensões não são próximas nem tão distantes o suficiente. É um lugar desconfortável.
Fotografia da autora.
4
Figura 42. Há playgrounds em algumas poucas praças próximas à orla, mas não são muito apropriadas fora de temporada. Os brinquedos da praia são mais utilizados. Fotografia da autora.
praça seca, onde as crianças brincam de bicicleta, bola e patins. Infelizmente o projeto não faz conexão alguma com o córrego, mas, ainda assim, tem um caráter cultural bem expressivo e é um local apropriado pela população. 4 . 3 . 2 . 2 complexo educacional cidade da criança No bairro Cidade da Criança há um complexo educacional muito interessante. É uma área livre verde, bem arborizada, um pouco afastada das residências, onde tem uma escola municipal, um campinho de futebol, uma capela, uma biblioteca comunitária, uma base de assistência social e um núcleo de cursos profissio60
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premissas
nalizantes para a faixa etária jovem. Nesse bairro a população é muito carente e não há saneamento básico. O esgoto é despejado nos rios, a céu aberto. 4.4 entre a rodovia e a serra O Parque Estadual da Serra do Mar (PESM) é uma Unidade de Conservação Permanente pelo Decreto Estadual n° 10.251, de 31/08/1977. Tem aproximadamente 315 ha em toda sua extensão, abrange 25 municípios do sul paulista e é administrado pela Fundação Florestal. Abriga grande parte da bacia hidrográfica do Rio Ribeira e Iguape, um maciço de Mata Atlântica, fauna e flora de diversidade inestimável. Possui dez núcleos, que dispõem de educação ambiental e ecoturismo à população. Do perímetro de Praia Grande, ocupa 4.531 ha, 30,61% de seu território total. Possui um bom nível de preservação da vegetação natural e também não apresenta ocupações irregulares significativas. No âmbito do Programa Serra do Mar do Governo do Estado de São Paulo, existe a previsão de remoção de cinco moradias localizadas na região do Jardim Melvi, bem como a
1 2
Figura 43. Praça Integração dos Bairros. Pouco arborizada, em meio à avenida comercial, dá destaque à pequena edificação de cunho governamental e abriga área de embarque e desembarque.
Fotografia da autora.
Figura 44. Crianças conversando sob pergolado, e ao fundo a biblioteca comunitária. Fotografia da autora.
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3 4 5
urbanização em 2008, que foi feita em moradias de bairros linFigura 45. Quadra de skate e trailer com venda de lanches.
Fotografia da autora.
Figura 46. Quadras poliesportivas e banheiro público.
Fotografia da autora.
Figura 47. Nesse galpão são ministrados cursos profissionalizantes, com o intuito de reinserir jovens e
adultos na sociedade, fomentados por instituição religiosa, em parceria com a prefeitura municipal. Também abriga uma biblioteca comunitária. Fotografia da autora.
6
Figura 48. Associação Cidade da Criança é uma instituição religiosa que presta serviços sociais à comunidade. Fotografia da autora.
deiros do parque (Fundação Florestal et al., 2010). Em 2015, de acordo com o site da Prefeitura de Praia Grande, foi inaugurada uma base do parque no município, a base do Guaraiúna, parte do núcleo de Itutinga Pilões de Cubatão. A base ainda está em implantação, localizada aos fundos do bairro Melvi, e prevê um programa que abrange uma exposição permanente sobre as áreas de conservação da região, um ponto de encontro para palestras, seminários, exposições itinerantes e 63
capítulo
escola–parque em praia grande
alojamento. No posto, os turistas que visitarem a cidade também poderão agendar passeios nas trilhas de Guaraiúna, Soldado, Serraria, Lambari e Laranjal, visitar a cachoeira e praticar esportes de aventura em alguns trechos da reserva. A gestão ficará por conta das secretarias municipais do meio ambiente e da educação. No entanto, no site oficial do PESM, até o presente momento desta pesquisa nada se diz a respeito dessa base, e nem é de conhecimento dos moradores de Melvi. O projeto provavelmente está engavetado. 4.5 parque piaçabuçu A Unidade de Conservação Permanente pela Lei Complementar nº 152, de 26/12/1996, tem uma área de 826 ha e abriga o rio Piaçabuçu. É uma área importantíssima do ecossistema de mangues e também um patrimônio histórico, pois era o caminho utilizado pelos colonizadores, que ligava Santos a Itanhaém. É administrado pela Prefeitura Municipal de Praia Grande. O parque não possui equipamentos para o uso da população e sofre com o depósito de lixo e a exploração ilegal. Não possui uma fiscalização, nem investimentos devidos, apenas uma legislação que impede a ocupação territorial antrópica do local. Na área pertencente ao Parque se localiza o assento irregular mais precário do município, prolongamentos dos bairros Antártica, Ribeirópolis e Vila Sônia. O rio Piaçabuçu, que se localiza den-
1 2 3 4 5 6
1 |
premissas
Figura 49. Escola Cidade da Criança, à margem de um pequeno rio canalizado, onde é despejado esgoto a céu aberto.
Fotografia da autora.
Figura 50. Campo de Futebol. É bem frequentado, em todos os horários do dia. Fotografia da autora.
Figura 51. Praça do Conjunto, com edificação em ruínas ao fundo. Não há qualidade espacial ou de convívio e permanência.
Fotografia da autora.
Figura 52. A via de acesso ao complexo fica um pouco afastada das residências do bairro. Fotografia da autora.
Figura 53. Capela Santa Luzia.
Fotografia da autora.
Figura 54. Única sinalização observada no perímetro do Parque da Serra do Mar dentro dos limites do município de Praia Grande, já próximo à entrada da cidade de Mongaguá, no bairro Cidade da Criança. Há apenas uma base da polícia florestal. Fotografia da autora.
tro do parque, é utilizado para tours turísticos navegáveis, com embarque no município de São Vicente.
64
65
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
Figura 55. Tour Náutico no Piaçabuçu.
Disponível em: <www.caiçaraexpediçoes.com>. Acesso em: 7 out. 2016.
Figura 56. Morro Xixová-Japuí, avistado ao chegar na cidade, pela rodovia Anchieta. É um demarcador da paisagem. Fotografia da autora.
66
3 4
Figura 57. Pista de Atletismo de Praia Grande.
Guia do Editorial, 23 fev. 2015. Disponível em: <http://guiadolitoral.uol.com.br/>. Acesso em: 2 nov. 2016.
Figura 58 . Campo de Futebol. Fotografias da autora.
5 6
Figura 59. Escola de Canoagem da SABESP.
Fotografias da autora.
7 8
Figura 61. Laboratório de experiências biológicas e físico-químicas.
Fotografia da autora
Figura 60. Fachada da Escola Ambiental.
Fotografia da autora.
Figura 62. Laboratório de reciclagem.
Fotografia da autora
9 10
Figura 63. Corredor de Laboratórios.
Fotografia da autora .
Figura 63. Museu da Mata Atlântica.
Fotografia da autora.
11 12
1 |
premissas
Figura 64. Laboratório de Informática.
Fotografia da autora
Figura 65. Sala de aula. Fotografia da autora
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capítulo
escola–parque em praia grande
4 . 6 p a r q u e e s ta d u a l x i x o vá - j a p u í ( p e x j )
O Portinho de Praia Grande, ou Parque Municipal Ézio Dall’Aqua,
Estadual nº 37.536, de 27/09/1993, e possui 901 ha, sendo 554 ha em
é um complexo multiuso que abriga o Programa Cidade Nova,
Praia Grande e os demais no território de São Vicente O parque
a Navega São Paulo – escola de navegação e canoagem da
é um fragmento da Mata Atlântica em área urbana e possui valor
SABESP –, e possui também uma área de pesca, de quadras de
cênico e natural fortíssimo. É administrado Pela Fundação Florestal.
tênis e futebol, uma área de churrasqueiras e mesas para piqueniques e uma escola ambiental. O lugar é bastante frequentado
sui diversas trilhas, algumas das quais dão acesso a um mirante,
durante toda a semana, como um clube de lazer e esportes,
outras a edificações históricas e outras ainda à praia de surfis-
porém por uma faixa econômica um pouco mais elevada e pela
tas. Segundo o Portal do Governo de São Paulo, em média 69
faixa etária mais jovem.
pessoas frequentam o parque diariamente entre os meses de janeiro a março.
premissas
4.8 portinho
É uma Unidade de Conservação Permanente pelo Decreto
O parque, onde reside uma tribo indígena tupi-guarani, pos-
1 |
Embora não haja mais um controle na entrada do complexo, e ele se localize em uma área estratégica em nível regional, o acesso ao local é dificultoso porque deve ser feito pela rua Paulo
4 . 7 p i s ta d e at l e t i s m o
Sérgio Garcia, conectada apenas pela rodovia Ayrton Sena, na altura que adentra o perímetro da cidade – relativamente res-
A pista de atletismo de Praia Grande é aberta ao público, moni-
trito, já que só é possível por veículos privados, ou quando há
torado por seguranças e professores-técnicos de atletismo, e
algum programa especial da prefeitura e ela dispõe de veículos
funciona durante o dia e também à noite. Próxima ao terminal
próprios para levar a população ao local.
rodoviário, é bem acessível à maior parte da população, exceto
A Escola Ambiental abriga um museu biológico, uma biblio-
aos bairros de assentamentos mais precários, que ainda não pos-
teca ambiental, oficinas de reciclagem, laboratório para expe-
suem acesso ao transporte público. A pista possui piso sintético
riências biológicas e físico-químicas, estufa com hortas, plantas
de padrão internacional, com certificado de homologação de
ornamentais e mudas de árvores, e atende todo o município,
recordes pela International Association of Athletics Federations
desde crianças que vão em excursões escolares, até adultos em
(IAAF), de maneira que está habilitada a receber eventos espor-
programas de inserção social.
tivos internacionais, e com frequência abriga eventos esportivos municipais e regionais, e também às atividades da Super Escola.
Dos programas desenvolvidos dentro da escola ambiental estão Viva Bem a Vida, Amar o Mar, Conhecendo o Manguezal, Semana da Água, Semana da Primavera e Semana do Meio Ambiente.
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69
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2 3 4 5
Fotografia da autora .
As praias, indubitavelmente são a área livre pública mais apro-
Figura 67. Quiosque, e encontro da praia com a praça linear. Praia do Boqueirão.
priada da cidade. Seja pelos turistas, pelos moradores de tem-
1
2
poradas, ou pelos residentes do município. É frequentado por todas as classes sociais. Durante a alta temporada é onde se encontra diversão, des-
Figura 68. Brinquedos na Praia Canto do Forte.
canso, e interação social.
Fotografia da autora..
Festivais musicais, feirinhas de artesanato, quiosques e res-
Figura 69. Embarcações de pequeno porte em ancoradouro da Cidade Ocean.
taurantes dão movimento e vivacidade ao local.
Fotografia da autora
as crianças para brincar durante a semana nos dias comuns e
Figura 70. Praça linear na Praia de Solemar. Ao contrário das praias nobres, esta não possui qualidade espacial de permanência, nem um investimento acentuado de equipamentos como se observa nas demais praias.
Para os residentes, onde se encontra trabalho ou se leva
3
4
6
Fotografia da autora
menos movimentados. Durante o cotidiano dos dias comuns, é onde se faz exercício, se diverte, se encontra, faz-se seu ritual religioso, ou apenas transita para ir ao trabalho. Mas até nas praias verifica-se um grande contraste social: De Canto do Forte ao Bairro Caiçara, as praias possuem
Fotografia da autora
Figura 71. Brinquedos na Praça de Solemar. Em contraposição aos brinquedos dispostos em Canto do Forte até Caiçara, nesta praia, os brinquedos são de material inferior.
premissas
4 .9 p r a i a s
Figura 66. Garagem de barcos.
Fotografia da autora.
1 |
5
6
equipamentos variados e boa infraestrutura: quiosques com atendimento de mesas e guarda-sóis, bases de salva-vidas, atividade comercial, restaurantes, aluguel de barcos atrações esportivas, praças equipadas com mobiliário adequado, e que recebe manutenção regular, arborização e iluminação satisfatória. De Real a Solemar a qualidade das praias é totalmente diferente. Local que tem mais emissários submarinos, é um local mais popular, procurado por pessoas de mais baixa renda. A praça à beira mar não possui nenhuma qualidade de permanência, mobiliário urbano, iluminação adequada ou arborização suficiente para sombreamento. Os equipamentos e infraestruturas
70
71
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
são escassos, e quando existentes, são de baixa qualidade. Mas ainda assim, atendem bem à faixa econômica que a procura. Fora
1 |
premissas
Figura 72. Quiosque na Praia de Solemar.
Fotografia da autora
de temporada, se torna num lugar deserto, as casas de veraneio ficam vazias, as praias também, e não há policiamento.
Figura 73. Praia de Solemar. Fotografia da autora
1
2
72
73
capítulo
escola–parque em praia grande
5 . c o n s i d e r a ç õ e s
finais
local, principalmente para as crianças e os jovens. O projeto recém-implantado pela última gestão do município - a Super
preender sua história, evolução, contexto social, econômico, territo-
Escola, é um grande promotor de um estilo de vida que
rial e construtivo, e com pesquisa aprofundada em visita em campo,
combate à ociosidade, a marginalidade e o desemprego. É
registros fotográficos e entrevistas com moradores e funcionários
uma oportunidade original de organização da cidade através
públicos, fora apresentado e desenvolvido ao longo deste capítulo.
de pólos de educação depolarizados, que criam uma rede
conclusões: • Há um quadro emergente de conflitos entre a expansão
premissas
de modalidades artísticas e marciais que são estimuladas no
Foi feita uma análise cidade de Praia Grande, que buscou com-
Diante dos diagnósticos da autora, surgiram as seguintes
1 |
de atividades e vivacidade por todos os bairros em todos os horários do dia. Além de ser um começo para o jovem, para uma iniciação profissional, gerando valores queo preparam
urbana e a proteção das áreas ambientais protegidas por
para o mercado de trabalho e também atribui habilidades
lei, que englobam ecossistemas delicados, como manguezal,
morais, educação ambiental, identificação pelo lugar e res-
restinga, mata atlântica e biossistema marinho.
ponsabilidade por onde mora.
• O plano diretor estratégico do município prevê uma faixa de transição entre a cidade e a floresta, para amenizar este pro-
Diante destas premissas decidiu-se seguir uma linha insti-
blema e motivar um desenvolvimento sustentável na área.
tucional no projeto a ser desenvolvido, combinando as necessi-
No entanto, não apresenta diretrizes urbanas satisfatórias
dades locais com as necessidades metropolitanas, e em busca
para tal diretriz de expansão da cidade. Então, faz-se neces-
de aliar um programa de necessidades que atenda as deficiên-
sário neste trabalho, explorar alternativas de ocupação nesta
cias presentes na população residente, como também ao meio
faixa de urbanização tão delicada e atualmente degradada
ambiente em que esta população se insere.
pela ocupação antrópica irregular.
Um plano geral (em escala urbana) será apresentado no capí-
• A paisagem de Praia Grande é peculiar, além de uma configura-
tulo 2, e um plano específico no capítulo 3 – este determinará
ção territorial e vegetal únicas, também possui características
então o projeto arquitetônico a ser de fato desenvolvido neste
construtivas próprias, que devem ser reconhecidas, são estas:
Trabalho Final de Graduação.
os grandes beirais, as perspectivas infinitas, a forma com que se dispõem as malhas viárias, as arquiteturas de marco que enaltecem uma forma contemporânea, e a arte escultórica. • Foi verificada uma vocação e potencialidade em Praia Grande: a celebração e prática do esporte, e a variedade 74
75
cap Ă tu l o 2 diretrizes d o pa r t id o a r qu it e tĂ´ n ico
capítulo
escola–parque em praia grande
1 . p l a n o
geral
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
população no espaço público, a responsabilidade ambiental e a qualidade de vida humana. Este plano geral consiste num grande parque, que percorre toda a extensão de floresta secundária, denominada Área de Transição e Desenvolvimento Sustentável, cuja forma seria um grandioso espaço livre, em formato de franja, que proteja a Serra do Mar e contenha a expansão urbana espraiada, inadequada para o local. Neste parque, carrega-se um conceito de cidade jardim, em que esta faixa é onde se encontram os equipamentos públicos e instituições governamentais. Uma área de grande engajamento social e que funciona porque assume uma imensa responsabili-
A
dade pública que é estruturada para servir as necessidades da pós a pesquisa aprofundada dos aspectos sociais,
população. São estes os temas abordados nas diretrizes.
econômicos, culturais, territoriais e geográficos da cidade e contexto em estudo, através das pesquisas e
visita de campo, e, identificadas suas deficiências, qualidades
1 .1 o pa r q u e c omo u n i da d e d e c o n s e r va ç ã o e á r e a d e m a n e j o s u s t e n táv e l
e potenciais, foram elaboradas diretrizes de projeto, apresentadas a seguir pela autora, buscando seguir em progres-
No período entre 1970 e 1990 houve uma criação intensiva de
são o desenvolvimento e descoberta de um programa satisfa-
parques no Brasil, as razões foram por tendências internacionais
tório a ser proposto no projeto final de graduação.
que influenciaram as decisões políticas internas.
Neste capítulo é apresentado um panorama de um plano
78
As cidades estavam crescendo exponencialmente, e com
geral, que visa atender de um lado as necessidades que foram
elas os problemas sociais também. O aparecimento desenfreado
identificada na população de Praia Grande, que são infraes-
de favelas nas áreas menos valorizadas comercialmente implodi-
trutura, educação, lazer, estímulos para o desenvolvimento da
ram, e foram a causa de inúmeras perdas ambientais irreparáveis
economia, um nível maior de autonomia financeira em relação à
para o país, pois as famílias mais pobres que buscavam opor-
Santos, e harmonia com a atividade turística, melhorias na rela-
tunidades na cidade, acabavam se instalando em áreas frágeis
ção entre população flutuante e população residente, e por fim,
ambientalmente, como margens de rios e encostas de morros
porém ainda mais importe, o equilíbrio na relação entre espa-
íngremes, sem infraestrutura, degradavam seu meio ambiente,
ços livres e edificados, a paisagem e a cidade, a apropriação da
e matavam os ecossistemas por onde se espraiavam. 79
capítulo
escola–parque em praia grande
Também a insalubridade e as enchentes das cidades, fizeram
recuperação dos ecossistemas e assumem um papel de
a ocupação territorial e destinassem locais específicos que des-
focos de irradiação de novas posturas frente ao meio
sem um respiro à mancha urbana e pudessem ser utilizados para
ambiente e as consequentes mudanças paradigmáticas. vação é preciso que esteja inserido nas esferas das quais
jornadas de trabalho durante a expansão industrial brasileira
os parques têm independência para subsistir como equi-
e a ascensão da população operária, e mais tarde, a luta pelos
pamento público, são estas territoriais, políticas, sociais e
direitos trabalhistas, também manifestaram a urgência de se criar
simbólicas. Estes pilares tornam os parques mais frágeis
espaços públicos de área livre e verde destinados à recreação e
frente as mudanças sociais e as de prioridade que ocorrem
ao encontro, visando educação, a saúde mental e psíquica, prin-
ao longo de mandatos governamentais, impactando no
cipalmente para as crianças.
programa do projeto, que deve ser frequentemente revisado e atualizado. Por isto é um contínuo desafio manter
Transição e manejo sustentável, na faixa de vegetação de floresta
a manutenção de um parque, e protegê-lo das inúmeras
secundária, que fica entre o limite do perímetro urbano e a Serra
intempéries a que está suscetível, o que se faz necessário
do Mar, e delimita esta zona como de baixa densidade e impacto
desenvolver uma gestão eficaz e contínua, que faça um
mínimo ambiental (vide mapa 6). Porém não deixa claro em suas
correto manejo da biodiversidade, arrecade recursos sufi-
especificações quais atividades devem ser desenvolvidas nesta
cientes às demandas do parque e atenda aos interesses
área, e que seriam consideradas sustentáveis, neste contexto de
das comunidades locais, que usufruirão do espaço.
ecossistema único, e patrimônio social, sendo necessária uma
vido terá como premissa garantir a preservação da fauna
lização social. Por isto, este projeto é pertinente, pois tem como
e da flora local, e a utilização sustentável dos recursos
objetivo explorar possibilidades de uma ocupação antrópica
naturais disponíveis, através de pesquisas científicas, e da
desta área com responsabilidade ambiental, embora o terreno
educação ambiental.
Diversos autores defendidos por Pimentel (2008, p.31)
1
Figura 1. Desenho Conceito da Cidade Jardim proposta por Ebenezer Howard, orginalmente publicada em “Gardens Cities of tomorrow” (Wikimedia Commons)
Diante destas considerações, o projeto a ser desenvol-
análise dos atributos biológicos da área aliados a uma contextua-
escolhido ainda fique dentro do limite urbano.
80
Para um parque ter êxito como unidade de conser-
O ativismo ambiental ascendente no mundo, as longas
O Plano Diretor de Praia Grande prevê uma Área de
diretrizes do partido arquitetônico
transcendem sua importância básica na preservação e
com que o poder público criasse políticas urbanas para ordenar
drenagem das águas pluviais.
2 |
Como aparato da lei, o Código Florestal Brasileiro prevê, no artigo II, incluído pela Lei nº 12.727, de 2012, a pro-
afirmam que “os parques representam um forte aparato legal
teção absoluta e integridade dos manguezais arbustivos e
de controle sobre o território, e portanto, são propostos como
dos processos ecológicos essenciais a eles associados, sua
pedra fundamental das estratégias de conservação. Os parques
produtividade biológica e condição de berçário de recursos 81
capítulo
escola–parque em praia grande
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
pesqueiros. Na Lei no 10.257, de 2001, quanto ao regime de prote-
é crucial para angariar aliados na sua defesa existencial. Neste
ção às áreas verdes urbanas, no artigo III e IV, licita a exigência de
contexto, é imprescindível que o parque não tenha apenas sua
áreas verdes livres em empreendimentos comerciais e na implan-
presença física, mas principalmente ideológica para a cidade no con-
tação de infraestrutura e na compensação ambiental.
texto em que influencia, a população precisa ter orgulho de ter um parque para seu uso e que configure beleza à cidade, ela precisa ver
1.2 o parque como espaço público
o parque como uma riqueza cultural e ambiental, como integrante imprescindível de seu cotidiano, e cartão postal para o turista.
Segundo Mohr, 2003, p.39, quanto aos parques urbanos:
“
1. 3 o parque como recreação e esporte Podemos definir o tipo funcional do parque contemporâneo
como o espaço aberto de grandes dimensões, dotado de praças,
A recreação e o esporte são atividades lúdicas que proporcio-
caminhos, eixos, áreas para recreação, conjuntos para esportes,
nam bem-estar físico e mental, integram o indivíduo ao meio
massas e indivíduos vegetais, corpos d’água, edículas e edifica-
social, desenvolve hábitos relacionais saudáveis, diverte, ensina,
ções, mobiliário, elementos de comunicação, entre outros, onde se
desenvolve a criatividade, a comunicação e o equilíbrio emocio-
realizam atividades complementares às demais funções urbanas:
nal, melhora os valores éticos e morais, diminui o stress, ocupa o
estar, circular, encontrar-se, recrear-se, desenvolver-se cultural e
tempo ocioso e contribui para a vazão de excesso de energia.
cientificamente, recuperar as capacidades físicas e psicológicas”
E de acordo com pesquisas feitas em 2014 pelo centro médico universitário de Amsterdã, Holanda, as pessoas que tem contato
Ainda Segundo Mohr, “espaços, edificações, equipamentos,
com a natureza regularmente tem 21% menos chance de desenvol-
vegetação, e mobiliário urbano são componentes do parque
ver depressão, pois atividades físicas realizadas ao ar livre à luz do
urbano, e permanência, fruição, circulação e acessibilidade são
sol reduz a agressividade, melhora o funcionamento do cérebro, a
condições para sua utilização. ” O sujeito do parque é o ser
qualidade do sono, e estimula o pensamento meditativo.
humano em todas as faixas etárias, para seu desenvolvimento
O parque urbano é um catalisador de mentes, e tem o
físico, psíquico e social, principalmente para a primeira idade.
poder de transformar uma sociedade mais saudável, física,
Por isto, o meio ambiente não está em seu modo integral, intocá-
psicossocial e cognitivamente.
vel, e sim organizado e adaptado à mente e experiência humana, numa composição poética e visceral para alma do homem.
1.4 o parque como destino turístico
Pimentel (2008), explica que a percepção das pessoas sobre os parques influencia o seu comportamento e a gestão dessa imagem 82
A Organização Mundial do Turismo (OMG), define o turismo 83
capítulo
escola–parque em praia grande
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
1 2
como atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um
Figura 2. Parque Ibirapuera, vista aérea.
Site Oficial, 2016.
período consecutivo ou inferior de um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras.
Figura 3. Piquenique no Central Park de Nova Yorque.
A atividade turística de Praia Grande possui uma abrangência regional, é o destino preferido da baixa e média renda
Site Oficial, 2015.
residentes na Região Metropolitana de São Paulo, em especial a massa operária do ABC de São Paulo, devido à facilidade de acesso: Praia Grande é um dos primeiros municípios balneários alcançados pela Rodovia Anchieta e Imigrantes ao descer do Planalto pela Serra do Mar. Mas também é um destino local de muitos residentes de Santos, e numa área de influência maior,
1
destino de férias de diversas cidades interioranas do Estado. Seu turismo é caracterizado por curta duração em baixa temporada - normalmente sendo procurado por suas praias aos fins de semana em dias de calor, e por média duração durante a alta temporada, nas férias escolares, onde as residências de veraneio são ocupadas por familiares e as colônias de férias dos sindicatos são frequentadas. São suas mercadorias turísticas sua paisagem natural, seus atrativos desportivos, o ecoturismo das áreas protegidas e reservas naturais, as atividades de pesca, entretenimento e repouso. Para dar suporte à atividade turística, são necessários investimentos em bens, como infraestrutura, construções, alimentos e produtos diversos, como roupas de banho, brinquedos para praia e ativi-
2
dades ao ar livre, etc. Também é imprescindível a oferta de serviços, como um transporte de qualidade, boa hospedagem e alimentação. A vocação de Praia Grande é turística desde sua criação, e todos seus investimentos estruturadores foram aplicados nesta atividade econômica. Porém, desde a ocupação da cidade com os 84
85
capítulo
escola–parque em praia grande
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
moradores de classe operária e renda baixa, conflitos intensos tem
efetiva, conforme fora planejada. O projeto arquitetônico deve
se estabelecido, o que se faz de profunda importância estabelecer
prever a multiplicidade de possibilidades aplicada à sua funcio-
um rede de ações e participação colaborativa horizontalizada.
nalidade, pois as demandas se alteram ao longo do tempo, e os
Para desenvolver um turismo sustentável diante deste novo contexto, Bessa (2011), recomenda que para uma paisagem susten-
estilos de vida também. Um programa educacional em um parque pode ser a âncora
tável é necessário um processo que engloba o empoderamento
que garantirá esta manutenção e apropriação em seus diver-
da comunidade local sobre o processo decisório e desenvolvi-
sos momentos temporais. Conduzindo o público a reler o lugar
mento local. Tomando como ações um planejamento que emprega
quantas vezes forem necessárias ao longo das décadas, e extrair
técnicas adequadas para implantar infraestrutura, mantenha as
dele todas as suas competências. Martins (2012, p.56) considera
instâncias de decisão sempre horizontalizadas, atendendo aos
“(...) o ambiente [educacional] e seu potencial como elemento
interesses locais, com transparência, e produzindo projetos de
favorecedor da interação, desempenho, aprendizagem e desen-
menor custo e impacto ambiental, tratando os problemas de
volvimento dos indivíduos”.
forma consorciada, utilizando-se de arranjos institucionais. Ainda
A educação infantil aliada ao contato com a natureza esti-
na estratégia de empoderar o morador local, é importante tam-
mula um estilo de vida saudável, e promove a aprendizagem atra-
bém valorizar seus potenciais locais, sua cultura, seu cotidiano
vés de atividades investigativas dos fenômenos naturais, dando
e características, como produto de uma sociedade local que tem
autonomia à criança e estimulando sua criatividade e vontade de
muito mais para oferecer ao visitante muito além de suas praias.
aprender. Pimentel (2008) concluiu que as percepções sensoriais são fundamentais para a interação humana com a natureza
1.5 o parque como escola
e eficaz educação de uma consciência ambiental. Para jovens e adultos, o parque pode ser o lugar ideal para desenvolver novas
O parque pode assumir inúmeras especificidades, e ser apro-
tecnologias, aprender sobre a fauna, a flora e o manejo econô-
priado para diversos usos, intrínsecos a ele, ou aliados, e para
mico dos recursos naturais, fomentando o aproveitamento do
serem ou não implantados, dependem das características singu-
potencial econômico de onde se vive.
lares de cada lugar. Nenhuma localidade é igual a outra, e cada projeto necessita de uma solução personalizada. A economia de uma região e a cultura de uma sociedade são dinâmicas, e a gestão do parque também necessita acompanhar essas mudanças, para que a população não abandone o local e para que haja uma manutenção regular, e a apropriação do espaço público seja 86
87
capítulo
escola–parque em praia grande
2 . e v o l u ç ã o
no brasil
da educação
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
1 2 3 4 5 6
Figura 4. Croquis das escolas classe (1948), São Paulo, por Hélio Duarte.
Fonte: Revista Pini, 2009
2 .1 e s c o l a s - c l a s s e e e s c o l a s - pa r q u e Vários experimentos de educação ambiental e saúde social já
1
2
foram realizados na era moderna do país, dentre estes Dalben e Danailof (2009) destacam o trabalho do médico sanitarista Arthur Paulo, foi responsável pela disseminação da ideia de educação
Fonte: Revista Pini, 2009.
ao ar livre no Brasil entre os anos 1930 e 1940. Ele desenvolveu e a Fazenda Experimental Mista de Pindamonhangaba.
3
4
Seu exemplar mais exponencial foi o Parque da Indústria 1929. Abrigava a Secretaria da Agricultura e, embora não tenha sido projetada para tais fins, dispunha da Escola de Aplicação
dades escolares, que também dispunha de equipamentos que
Figura 7. CIEP – Vista aérea.
NASCIMENTO, 2012, P. 65.
ao Ar Livre. As aulas infantis eram ministradas ao ar livre, havia ticamente agradável, o que se adequava à diversidade das ativi-
Figura 6. Escolas projetadas por Hélio Duarte e Eduardo Corona pelo Convênio Escolar, em São Paulo. Fonte: Revista Pini, 2009.
Animal, localizado no bairro da Água Branca, criado em julho de
espaço suficiente para diversas atividades, e o espaço era este-
NASCIMENTO, 2012, P. 49.
Figura 6. Escolas projetadas por Hélio Duarte e Eduardo Corona pelo Convênio Escolar, em São Paulo.
Neiva, que em conjunto com a Secretaria de Agricultura de São
vários projetos deste cunho, como o Instituto de Pesca em Santos
Figura 5. à esquerda: Escola-Parque. à direita: Oficina de artes industriais.
5
6
Figura 8. CEU Vila do Sol (2008), no Jardim Ângela, em São Paulo. Fonte: Revista Pini, 2009.
prestavam suporte a educação. A proposta educacional visava o desenvolvimento biológico e psíquico das crianças de forma saudável e estimulante. Durante a gestão de Mário de Andrade (1934-1938) esse projeto alcançou um novo viés, que integrava os parques às escolas tradicionais, e abriam as atividades à sociedade local. Tinha o intuito de domesticar a classe operária, higienizar a cidade, configurar uma identidade nacional à massa de tantos imigrantes que aportavam o país, ocupar o tempo 88
89
capítulo
escola–parque em praia grande
livre das crianças e educá-las para o mercado de trabalho. Infelizmente, apenas 3 parques foram inaugurados em sua ges-
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
como fora na Escola-Parque de Salvador, em vez disso buscava-se através da forma proclamasse novos modos de ser escola.
tão de 8 anos, havia o projeto de mais 46 parques que seriam construídos na cidade. Em pleno entusiasmo do prefeito e sua equipe
2.2 cieps e ceus
progressista escolanovista, uma equipe política de hierarquia superior à do prefeito, era conservadora e precursora do Estado Novo,
No Rio de Janeiro, por iniciativa do governo de Leonel Brizola,
e impediu que Mário desse prosseguimento a seus projetos.
foram criadas os CIEPs (Centro Integrado de Educação Pública),
Em 1948, São Paulo firmou um Convênio Escolar entre o
centros de ensino que atendiam as populações mais carentes com
município e o Estado, a fim de aplicar uma porcentagem
um modelo novo de educação integral. Projeto idealizado por Darcy
dos impostos na educação. E nas próximas décadas o
Ribeiro na década de 90, inspirado pelas ideias de escola parque de
arquiteto Hélio Duarte foi o precursor de novos empreen-
Anísio Teixeira. Foram desenvolvidas pelo arquiteto Oscar Niemayer
dimentos modernos voltados para a educação, até atender
e sua equipe, e pela fábrica de escolas pré-moldadas de Lelé. Mais
à demanda populacional a ser escolarizada. Duarte teve
de 500 escolas foram construídas num período de 8 anos. As salas
contato com Anísio Teixeira, que na década de 50, fun-
de aula eram alongadas e a biblioteca sempre era um volume que se
dou a primeira Escola-Parque do país, o Centro Escolar
sobressaia da volumetria.
Carneiro Ribeiro, em Salvador-BA, o projeto seguia o estilo
Em São Paulo, a prefeita Marta Suplicy (2001-2004) empreen-
das escolas comunitárias norte-americanas e os ideais
deu uma política educacional poderosa, os CEUs (Centro
sociais da arquitetura característicos do modernismo, e a
Educacionais Unificados), espaço complementar com atividades
escola como ponto de convívio da humanidade. Foi a inspi-
culturais e esportivas para os alunos e abertas para toda a comu-
ração de vários movimentos de reformas educacionais que
nidade aos finais de semana. Marcadas fisicamente pelas piscinas
se seguiriam no país. Sua forma era marcada pela biblio-
e creches em forma circular.
teca circular e a grande cobertura radial em concreto. Segundo Bastos (2009) os programas das escolasclasse de Duarte eram bem amplos, haviam salas de dança, ginástica e ginástica corretiva, consultórios médicos e dentário, hortas, viveiros, laboratórios, museu escolar e anfiteatro, este sempre possuía uma forma trapezoidal. A arquitetura moderna das escolas paulistanas e cariocas, no entanto, não eram acompanhadas de uma reforma escolar 90
91
capítulo
escola–parque em praia grande
3 . p r i m e i r a
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
área estudada
• área: 1.380.000 m2. • Localização: Bairro Ribeirópolis. • Ventos predominantes: Sudeste. • Temperatura média anual: 22 ºc • Clima: Subtropical úmido. • Bairros vizinhos: Esmeralda e Andaraguá. • Acessibilidade: Será preciso criar um eixo viário que conecte a gleba à Rodovia Manoel da Nóbrega para acesso regional. Nota: Fica à margem da faixa de zona sustentável.
n t erre
o
1
Figura 9. Praia Grande – Vista aérea. Área em branco: Terreno; Área em vermelho: destinada pelo PDE para desenvolvimento industrial regional; Área em azul: destinada à eixo comercial regional; Linhas roxas: vias estruturais de tráfego. Google Earth, 2016.
92
93
capítulo
escola–parque em praia grande
4 . f l u x o g r a m a
do plano geral
5 . p r o g r a m a
2 |
diretrizes do partido arquitetônico
do plano geral
espa ç os livres item
setor
ambiente
d e ta l h e
função
usuários
área útil / ambiente
q u a n t. / ambiente
área tota l
1.1
Atividades
Playground
Ao Público Infantil
Recreação
60
100 m2
3
300 m2
1.2
Atividades
Academia ao ar Livre
Ao Público em Geral
Ginástica
30
50 m2
3
150 m2
1.3
Atividades
Velódromo
Para Aulas e Praticantes, 250m
Atividades Desportivas
500
2.500 m2
1
2.500 m2
1.4
Atividades
Pista de Esqueite
Ao Público em Geral e Campeonatos
Recreação
100
300 m2
1
300 m2
1.5
Atividades
Quadra de Areia
Para o Público em Geral e Campeonatos
Atividades Desportivas
12
324 m2
4
1.296 m2
1.6
Atividades
Quadra Poliesportiva
Para Alunos, o Público em Geral e Campeonatos
Atividades Desportivas
26
720 m2
4
2.880 m2
1.7
Atividades
Quadra de Tênis
Para Alunos, o Público em Geral e Campeonatos
Atividades Desportivas
4
264 m2
4
1.056 m2
1.8
Atividades
Quadra de Basquete
Para Alunos, o Público em Geral e Campeonatos
Atividades Desportivas
30
420 m2
1
420 m2
1.9
Atividades
Quadra de Futebol
Para Alunos, o Público em Geral e Campeonatos
Atividades Desportivas
26
10.800 m2
1
10.800 m2
1.10
Atividades
Cancha de Bocha
Dimensões 26,50 x 4m
Atividades Desportivas
8
106 m2
2
212 m2
1.11
Atividades
Pista de Patinação
Para o Público em Geral e Campeonatos
Recreação
50
400 m2
1
400 m2
1.12
Atividades
Auditório
Para Alunos, o Público em Geral e Eventos
Atividades Culturais
200
300 m2
1
300 m2 20.614 m2
1
1 94
Figura 10. Fluxograma. Elaborado pela autora, 2016.
2.1
Circulação
Ciclovia
Aos Ciclistas
Atividade Física
-
-
-
-
2.2
Circulação
Pista de Corrida
Ao Público em Geral
Atividade Física
-
-
-
-
2.3
Circulação
Pista de Caminhada
Ao Público em Geral
Atividade Física
-
-
-
-
3.1
Permanência
Pergolado
Área para Encontros e Convívio
Descanso
20
300 m2
4
1.200 m2
3.2
Permanência
Redário
Área Arborizada para Estender Redes
Descanso
50
500 m2
1
500 m2
3.3
Permanência
Churrasqueria
Mesas com Churrasquerias Cobertas
Convívio
100
500 m2
1
500 m2
3.4
Permanência
Áreas de Piquenique
Para Piqueniques e Jogos, Clareira
Convívio
200
1.000 m2
1
1.000 m2
3.5
Permanência
Trapiche
Para Apreciar o Lago
Contemplação
80
200 m2
1
200 m2
3.6
Permanência
Mirante
Observatório da cidade de Praia Grande
Contemplação
40
100 m2
1
100 m2
95
capítulo
escola–parque em praia grande
item
setor
ambiente
d e ta l h e
função
usuários
área útil / ambiente
q u a n t. / ambiente
área tota l
3.7
Permanência
Praça de Esculturas
Esculturas e Brinquedos D’água
Contemplação
300
5.000 m2
1
5.000 m2
3.8
Permanência
Jardins
Para Aulas Sensoriais
Contemplação
20
100 m2
4
400 m2
diretrizes do partido arquitetônico
item
setor
ambiente
d e ta l h e
função
usuários
área útil / ambiente
q u a n t. / ambiente
área tota l
12.1
Apoio
Bicicletário
Aluguel de Bicicletas, Armazenamento e Consertos
Apoio
6
100 m2
1
100 m2 462 m2
8.900 m2
4.1
Preservação
Lago
Lago Represado
Preservação
-
10.000 m2
1
10.000 m2
5.1
Apoio
Estacionamento
560 Vagas
Estacionar
-
7.000 m
1
7.000 m
2
2 |
13.1
Institucional Secretaria do Meio Ambiente
Recepção
Operacional
4
10 m2
1
10 m²
13.2
Institucional Secretaria do Meio Ambiente
Salas
Operacional
3
10 m2
5
50 m2
13.3
Institucional Secretaria do Meio Ambiente
Sanitários (Feminino e Masculino)
Apoio
1
5 m2
2
10 m2
14.1
Institucional
Base da Polícia Florestal
Recepção
Operacional
1
10 m2
1
10 m2
14.2
Institucional
Base da Polícia Florestal
Salas
Operacional
3
10 m2
8
80 m2
14.3
Institucional
Base da Polícia Florestal
Sanitários (Feminino e Masculino)
Apoio
2
10 m2
2
20 m2
14.4
Institucional
Base da Polícia Florestal
Copa
Apoio
6
15 m2
1
15 m2
2
17.000 m
2
6.1 6.2
Preservação Preservação
TOTAL
46.514 m2
Bosque
Área de Preservação com Trilhas
Preservação
Controlado
10.000 m2
1
10.000 m2
Floresta
Área de Preservação com Arvorismo e Tirolesa
Preservação
Controlado
40.620 m2
1
40.620 m2
TOTAL
60.620 m2
200 m2
Tabela 1. Master Plan: Programa Detalhado – Espaços Livres. Elaborado pela autora, 2016.
espa ç os constru í dos item
setor
ambiente
7.1
Apoio
Casa de Manutenção
8.1
Apoio
Administração
8.2
Apoio
8.3
d e ta l h e
função
usuários
área útil / ambiente
q u a n t. / ambiente
área tota l
15.1
Educacional
Salas de Aula
-
Aulas
20
60 m2
10
600 m2
15.2
Educacional
Coordenação
Também, Secretaria e Sala dos Professores
Administração
5
10 m2
8
80 m2
15.3
Educacional
Áreas de Convívio
Para Aulas e Recreação
Aulas de Lazer
100
200 m2
2
400 m2
15.4
Educacional
Laboratórios
Ex: Informática, Físico-Química, Artes
Aulas
20
100 m2
6
600 m2
15.5
Educacional
Salas de Oficina
Ex: Oficina de Reciclagem, Artesanato e Gastronomia
Aulas
20
100 m2
5
500 m2
15.6
Educacional
Cozinha
-
Apoio
6
20 m2
1
20 m2
15.7
Educacional
Refeitório
-
Alimentação
300
400 m2
1
400 m2
15.8
Educacional
Salas de Triagem
Para Exames Médicos Funcionais
Saúde
2
10 m2
6
60 m2
15.9
Educacional
Sanitários
Feminino, Masculino e PDE
Apoio
10
30 m2
3
90 m2
15.10
Educacional
Biblioteca
Com Eventos para a Comunidade
Aulas e Pesquisa
100
400 m2
1
400 m2
15.11
Educacional
Cinemateca
Com Eventos para a Comunidade
Aulas e Eventos
100
200 m2
1
200 m2
15.12
Educacional
Pavilhão de Exposições
Aberto à Comunidade
Cultural
200
500 m2
1
500 m2
15.13
Educacional
Museu da Mata Atlântica
Aberto à Comunidade
Cultural
100
300 m2
1
300 m2
Manutenção
2
60 m2
1
60 m2
Recepção
Administração
4
10 m2
1
10 m2
Administração
Salas
Administração
2
12 m2
3
12 m2
Apoio
Administração
Sanitários (Feminino e Masculino)
Administração
2
10 m2
2
20 m2
9.1
Apoio
Lanchonete
Área de Preparo
Alimentação
4
15 m2
1
15 m2
9.2
Apoio
Lanchonete
Mesas
Alimentação
50
100 m2
1
100 m2
9.3
Apoio
Lanchonete
Sanitários (Feminino e Masculino)
Apoio
2
10 m2
2
10 m2
10.1
Apoio
Bistrô
Cozinha
Alimentação
1
15 m2
1
15 m2
10.2
Apoio
Bistrô
Área de Servir
Alimentação
1
10 m2
1
10 m2
10.3
Apoio
Bistrô
Mesas
Alimentação
50
80 m2
1
80 m2
10.4
Apoio
Bistrô
Sanitários (Feminino e Masculino)
Apoio
2
10 m2
2
10 m2
Tabela 2. Master Plan: Programa Detalhado – Espaços Construídos.
11.1
Apoio
Sanitários do Parque
Feminino, Masculino e PNE
Apoio
5
20 m2
4
20 m2
Elaborado pela autora, 2016.
4.300 m2
TOTAL
96
4.812 m2
97
escola–parque em praia grande
6 . c o n s i d e r a ç õ e s
finais
Este master plan tem uma escala muito grande para ser abordada num trabalho final de graduação, devido ao curto espaço de tempo para desenvolvê-lo satisfatoriamente, porém considerouse interessante registrá-lo neste caderno, já que segue a linha de raciocínio da autora ao identificar e escolher o que deveria projetar neste trabalho, e faz parte da pesquisa e explorações que foram realizadas durante o nono semestre. Foi decidido projetar, detalhar e desenvolver mais profundamente apenas uma parte dele, a parte institucional, a saber, uma escola-parque, e o terreno também será outro que difere do apresentado até esta etapa do trabalho. (vide capítulo 4-Projeto). Deixando assim um convite a outros desmembramentos que possam ser feitos posteriormente a partir das constatações e hipóteses lançadas aqui.
98
cap í tu l o 3 repertório
capítulo
escola–parque em praia grande
1
1 . p a r q u e s 1 .1 ja r d i m au st r a l i a n o Localizado em Cranbourne, Austrália, é o maior jardim dedicado
2
à flora australiana. Foi projetado por Taylor Cullity Lethlean e Paul Thompson, em 2012 para o Royal Botanic Gardens, antes uma antiga pedreira de 40.000m², hoje, revitalizada ambientalmente, Num equilíbrio entre o natural e o partido estético organizado pelo homem, e, num estreito contato com a água, este jarvisitante, além de desenvolver jogos, oficinas, e eventos culturais
1
3
no local, para toda a população. 1.2 minghu wetland park Localizado em Liupanshui, Guizhou, China. O parque foi projetado pelo escritório Turenscape, liderado pelo arquiteto Kongjian Yu. Possui 90 hectares, é composto por uma série
4
de lagos alagáveis e cascatas para aeração das águas. O proShuicheng e a ecologia ribeirinha, além de proporcionar um espaço público generoso à população local.
ções ao circuito.
102
Fotagrafias por John Gollings, Bem Wrigley e Peter Hyatt. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/ br/01-128890/o-jardim-australiano-slash-taylor-cullity-lethlean-plus-paulThompson. Acesso em 20 de agosto de 2016.
2
Figura 2. Jardim Australiano.
5
3
Figura 3. Jardim Australiano. O partido estético leva o visitante a entrar na paisagem por meio de uma narrativa, que o leva a vivenciar e emergir na fauna australiana.
Fotagrafias por John Gollings, Bem Wrigley e Peter Hyatt. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/ 01-128890/o-jardim-australiano-slashtaylor-cullity-lethlean-plus-paul-Thompson. Acesso em 20 de agosto de 2016.
4 5 6
Figura 4. Jardim Australiano.
Figura 5. Jardim Australiano.
Fonte: vide figura 3.
Uma passarela atravessa o lago represado, e liga as diversas área alagável, e estas, por sua vez, conectam as diversas edifica-
Figura 1. Jardim Australiano.
Fonte: vide figura 3.
jeto foi concebido para revitalizar a drenagem da bacia do Rio
partes da cidade com as trilhas orgânicas geradas em torno da
repertório
Fotagrafias por John Gollings, Bem Wrigley e Peter Hyatt. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/ 01-128890/o-jardim-australiano-slashtaylor-cullity-lethlean-plus-paul-Thompson. Acesso em 20 de agosto de 2016.
e transformada num dos belos destinos turísticos de Melbourne.
dim oferece uma experiência educacional, sensorial e artística ao
3 |
6
Figura 6. Jardim Australiano.
Fonte: vide figura 3.
103
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
Figura 7. Jardim Australiano. Fonte: vide figura 3.
1
2
7
8
3
4
9
10
5
6
11
12
5 6
7 8 9
3 4
Figura 9. Análise gráfica Jardim Australiano (Circulação).
Diagramas elaborados pela autora.
Figura 8. Jardim Australiano. Fonte: vide figura 3.
Figura 9. Análise gráfica Jardim Australiano (Campo visual de interesse). Diagramas elaborados pela autora.
Figura 9. Análise gráfica Jardim Australiano (Ambientes Estruturadores).
Diagramas elaborados pela autora.
Figura 9. Análise gráfica Jardim Australiano (Cobertura Vegetal).
Diagramas elaborados pela autora.
Figura 10. Minghu Wetland Park. Vegetação alta destacada em verde.
Diagramas elaborados pela autora.
Figura 11. Minghu Wetland Park. Área alagável em azul.
Diagramas elaborados pela autora.
Figura 12. Minghu Wetland Park. Circuitos de circulação destacadas em vermelho.
10 11
3 |
repertório
13 Figura 13. Minghu Wetland Park.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/ br/778365/minghu-wetland-park-turenscape. Acesso em 10 de outubro de 2016 as 16h04min.
Figura 14. Minghu Wetland Park.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/ br/778365/minghu-wetland-park-turenscape. Acesso em 10 de outubro de 2016 as 16h04min.
12 13
Figura 16. Minghu Wetland Park.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/ br/778365/minghu-wetland-park-turenscape. Acesso em 10 de outubro de 2016 as 16h04min.
Figura 15. Minghu Wetland Park.
Disponível em: http://www.archdaily.com.br/ br/778365/minghu-wetland-park-turenscape. Acesso em 10 de outubro de 2016 as 16h04min.
Diagramas elaborados pela autora.
104
105
capítulo
escola–parque em praia grande
1. 3 parque barigui
Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 91.
proteger o rio com mesmo nome, tem 1.400.000 m² e foi implane para proteger a mata ciliar do rio, abrigando 3 grandes bos-
1
ques de mata nativa primária e um grande lago represado. É considerado um parque democrático, por ser procurado por
Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 115.
Figura 21. Parque Lago Azul. Área esportiva.
Figura 22. Parque Lago Azul. Lâmina d’água, parque infantil.
Possui restaurante, lanchonete, trilhas, equipamentos para ginástica, canchas esportiva, quiosques, churrasqueiras, paviCom o projeto de interligação com os parques Tingui e
Figura 20. Parque Lago Azul. Antigo moinho de fubá.
Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 118.
diversidades culturais e de faixas etárias ao longo de um mesmo dia.
lhões de exposição e um museu do automóvel.
repertório
Figura 18. Parque Barigui.
Localizado em Curitiba, Paraná, o Parque Barigui foi criado para tado em 1972.Foi idealizado para recreação da população local
1 2 3 4
3 |
2
Fotografia por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 118.
Tanguá, deve formar o maior parque linear do país. 1.4 parque lago azul Municipalizado apenas em 2008 e com uma bagagem histórica rica, o Parque Lago Azul, na zona sul de Curitiba, Paraná, possui 128.500m² de pura vivacidade.
3
Possui diversos atrativos e a opção perfeita para passar um fim de semana. Há um parque infantil, trilhas, mirante, recantos, canchas de vôlei e futebol, churrasqueiras, redário, um lago onde se pode pescar e um antigo moinho de fubá.
4 106
107
capítulo
escola–parque em praia grande
1
1
2 Figura 19. Planta do Parque Barigui.
Redesenhada pela autora.
1. Salão de atos / Restaurante 2. Pavilhão de exposições 3. Núcleo de proteção ao cidadão 4. Heliponto 5. Sanitários 6. Bistrô 7. Lanchonete 8. Churrasqueiras 9. Memorial
108
10. Pista de patinação 11. Bosque / Trilhas 12. Museu do Automóvel 13. Academia de ginástica / Lanchonete / Chaminé 14. Canchas esportivas 15. Rio Barigui 16. Sede de manutenção 17. Equipamentos de ginástica 18. Estacionamentos 19. Ponte 20. Lago
2
Figura 23. Planta do Parque Lago Azul.
Redesenhada pela autora.
1 Portal 2. Ponte 3. Estacionamento 4. Pista de Caminhada 5. Bistrô 6. Moinho/ Roda d’água 7. Quiosque 8. Lago 9. Praça
3 |
repertório
10. Córrego 11. Vertedouro 12. Churrasqueiras 13. Cancha Esportiva 14. Parquinho orgânico 15. Praça d’água 16. Bosque 17. Parquinho Infantil 18. Guarda Municipal / Administração 19. Campo de Futebol 20. Bicicletário 21. Mirante
109
capítulo
escola–parque em praia grande
1 . 5 pa r q u e ta n g u á
Fotografia da autora.
pertencia à família Gava, às margens do Rio Barigui, o Parque É uma unidade de conservação municipal.
1
2
Proporciona educação ambiental, recreação, cultura, esporte e lazer. Possui uma pista de corrida, ciclovia e um túnel de cerca de 50 metros, aberto na rocha bruta do paredão que une dois visitantes à um mirante, que dá uma vista espetacular do lago. de meia lua com três andares foi construído. Este possui decks
Figura 25. Parque Tanguá. Espelhos d’água e jardim francês, feito em homenagem ao artista curitibano Poty Lazzarotto.
Fotografia da autora.
Figura 26. Parque Tanguá. Lago e pista de corrida.
Fotografia da autora.
lagos. Por dentro deste túnel, uma passarela de madeira leva os Dois anos após sua inauguração, um belvedere em forma
repertório
Figura 24. Parque Tanguá. Belvedere.
Localizado em Curitiba, Paraná, numa antiga pedreira que Tanguá possui uma área de 235.000m², e foi implantado em 1996.
1 2 3 4 5
3 |
3
metálicos que dão vista para as cascatas que ficam sob a construção, também possui um bistrô, banheiros, loja de souvenirs, torres de observação e um mirante de 65 metros de altura, de
4
Figura 27. Parque Tanguá. Vista do Mirante, o lago, bistrô e trapiche em primeiro plano e bairro adjacente ao fundo. Fotografia da autora.
Figura 28. Parque Tanguá. Vista do trapiche, lago, pedreira, belvedere e túnel com mirante ao fundo.
Fotografia da autora.
onde pode-se avistar todo o parque, o rio, a rica vegetação, e ao fundo, as residências vizinhas. 1.6 referências
5
O Parque Cachoeira Macacu, no Rio de Janeiro, possui diversos espaços que integram o visitante à natureza. Nos trajetos, é comum se deparar com elementos visuais de destaque, que compõem uma paisagem criativa e proporcionam bem estar ao observador. Nas áreas de permanência, o conforto se manifesta na interação entre os mobiliários, o piso e os elementos da paisagem. E nas áreas esportivas, a natureza envolve o espaço, configurando uma atmosfera única. 110
111
capítulo
escola–parque em praia grande
1
1
Figura 29. Planta do Parque Tanguá.
Redesenhada pela autora.
1. Mirante / Sanitários / Bistrô 2. Jardim Poty Lazarotto 3. Portal 4. Estacionamento 5. Rio Barigui 6. Churrasqueiras 7. Túnel 8. Passarela 9. Cascata
112
10. Lanchonete / Deck 11. Mirante 12. Praça 13. Ponte 14. Pista de cooper 15. Pergolado 16. Lago 17. Recanto 18. Pedreira com cascata 19. Manutenção 20. Guarda Municipal
2
3
4
5
6
7
2 3
Figura 30. Perspectiva isométrica. Parque Tanguá.
Trillo Comunicação e Design. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 153 .
Figura 31. Cachoeira Macacu, RJ.
Croquis por Carlos Artêncio e coloridos pela autora.
4 5
Figura 32. Cachoeira Macacu, RJ.
Croquis por Carlos Artêncio e coloridos pela autora.
Figura 33. Cachoeira Macacu, RJ.
Croquis por Carlos Artêncio e coloridos pela autora.
6 7
3 |
repertório
Figura 34. Parque São José. Playground.
Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, p. 225.
Figura 35. Bosque Zaninelli. Anfiteatro, Universidade Livre do Meio Ambiente.
Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, p. 73.
113
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
2.
Figura 36. Parque das Araucárias. Centro de Educação Ambiental.
Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, pg. 63. O parque foi visitado pela autora.
3 4
escolas
arquitetura e design
1
Foi projetada pelo CRAB Estúdio em 2013, em Queensland, Austrália. Possui 2.500m² de área construída. Suas salas multifuncionais possibilitam diversas configurações de layout, adaptando-se a aula proposta no dia. O espaço orgânico e integrado
Figura 38. Parque São José.
dá suporte a atividades diversificadas, muitas vezes simultâneas,
Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, p. 222.
Figura 39. Parque Ecológico Paulo Gorski.
repertório
2 .1 e s c o l a a b e d i a n – fac u l da d e d e
Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, p. 181.
Figura 37. Bosque do alemão. A torre dos filósofos.
3 |
sem nenhum problema de distração. O uso da iluminação zenital,
2
e de grandes aberturas na edificação, além das escolhas de materiais como a madeira, o vidro e o concreto, proporciona eficiência energética e conforto ambiental eficaz. O espaço construído traz
Fotografias por Bernardo Stavisky. Curitiba, Ecocidade, 2012, p. 222. pg 48.
estímulo à criatividade e autonomia ao estudante. 2.2 green school (bali)
3
Criada em 2007 pelos designer John e Cynthia Hardy, e desenvolvida pela PT Bambu, a Escola Verde foi o embrião de uma comunidade sustentável, e estudos aprofundados de arquitetura com bambu e uma sociedade comunitária. Localiza-se em meio a selva, em Bali, entre os dois lados do Rio Ayung e Sibang Kaja. No campus há 7.542m², e o ensino desde o jardim de infância até o superior. Sua planta em espiral, com grandes beirais e total-
4
mente aberta, sem vedações, são as características principais do projeto arquitetônico. Os móveis também são de madeira, e não há divisões entre as salas de aula, as varandas integram o interior com o exterior, estendendo o espaço em que se pode ter aula.
114
115
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
Figura 40. Escola Abedian. Planta primeiro pavimento.
3 4 5 6 7
3 |
repertório
Figura 44. Escola Abedian.
Disponível em: htpp://http:// www.crab-studio.com/abedian-school -of-architecture.html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017.
Disponível em: htpp://http://www.crab-studio.com/abedian-school-of-architecture. html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017.
Figura 41. Escola Abedian. Planta segundo pavimento.
4
Disponível em: htpp://http://www.crab-studio.com/abedian-school-of-architecture. html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017.
Figura 42. Escola Abedian.
Disponível em: htpp://http:// www.crab-studio.com/abedian-school -of-architecture.html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017.
Figura 43. Escola Abedian.
Disponível em: htpp://http:// www.crab-studio.com/abedian-school -of-architecture.html. Acesso em: 02 de janeiro de 2017.
1
3
5
Figura 45. Green School.
Disponível em: https://www. greenschool.org/. Acesso em: 20 de abril de 2017.
Figura 46. Green School.
Disponível em: https://www. greenschool.org/. Acesso em: 20 de abril de 2017.
6
7
2
116
117
capítulo
escola–parque em praia grande
3 |
repertório
2 . 3 c o l é g i o m i g u e l d e c e r va n t e s Foi projetada pelo CRAB Estúdio em 2013, em Queensland, Austrália. Possui 2.500m² de área construída. Suas salas multi-
7
funcionais possibilitam diversas configurações de layout, adaptando-se a aula proposta no dia. O espaço orgânico e integrado dá suporte a atividades diversificadas, muitas vezes simultâneas,
2 3
4
1
sem nenhum problema de distração. O uso da iluminação zenital, e de grandes aberturas na edificação, além das escolhas de materiais como a madeira, o vidro e o concreto, proporciona efi-
6
8
10
ciência energética e conforto ambiental eficaz. O espaço construído traz estímulo à criatividade e autonomia ao estudante.
7
9 1
1
Figura 49. Colégio Miguel de Cervantes, vista aérea.
Imagem cedida pela Instituição.
1. Mirante / Sanitários / Bistrô 2. Jardim Poty Lazarotto 3. Portal 4. Estacionamento 5. Rio Barigui 6. Churrasqueiras 7. Túnel 8. Passarela 9. Cascata
118
5
10. Lanchonete / Deck 11. Mirante 12. Praça 13. Ponte 14. Pista de cooper 15. Pergolado 16. Lago 17. Recanto 18. Pedreira com cascata 19. Manutenção 20. Guarda Municipal
119
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2 3 4
Figura 47. Green School.
Disponível em: https://www.greenschool. org/. Acesso em: 20 de abril de 2017.
Figura 48. Green School.
Disponível em: https://www.greenschool. org/. Acesso em: 20 de abril de 2017.
Figura 50. Clusters.
ZEIN, 2005 p. 142 apud Batagliesi Arquitetos + Designers.
Figura 51. Colégio Miguel de Cervantes. O playground da cidade da criança foi feito sob medida para este projeto, e é intimamente ligado aos clusters, dando privacidade e proteção às crianças. Fotografia da autora.
5
Figura 52. Colégio Miguel de Cervantes. Espaço adjacente às salas de aula.
Fotografia da autora.
6 7 8
1
2
3
4
5
6
7
8
3 |
repertório
Figura 53. Colégio Miguel de Cervantes. Ala da biblioteca destinada aos alunos menores. Fotografia da autora.
Figura 54. Colégio Miguel de Cervantes. Detalhe das aberturas das salas de aula: caixilhos, beiral, brise-soleil e jardim.
Fotografias da autora.
Figura 55. Colégio Miguel de Cervantes. Maquete volumétrica do conjunto, volumes em branco e piscinas na parte inferior esquerda são a próxima reforma a ser realizada pelo escritório ACR Arquitetura. Fotografias da autora.
9
Figura 56. Colégio Miguel de Cervantes. Edifício do Ensino Médio, Detalhe das aberturas e proteção solar respeitam a identidade arquitetônica do projeto original de Rino Levi. Fotografias da autora.
120
9
121
cap Ãtu l o 4 projeto
capítulo
escola–parque em praia grande
1 . escola-parque 1 .1 t e m a
2 . linha
2 .1 a p e dag o g i a wa l d o r f Segundo a Federação das Escolas Waldorf no Brasil, a peda-
Grande, município integrante da RMBS (Região Metropolitana
gogia Waldorf é um dos maiores movimentos educacionais
da Baixada Santista), num contexto de preservação ambiental e
independentes do mundo, e tem suas propostas político
contenção da expansão urbana descontrolada.
pedagógicas avaliadas como uma das mais completas e adequadas aos novos parâmetros educacionais mundiais. A primeira escola Waldorf foi fundada em 1919 pelo filósofo, cientista e artista austríaco Rudolf Steiner para os
Este projeto visa atender as necessidades locais de infraestru-
filhos de operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astoria,
tura básica para uma região, em concordância aos desafios que
em Sttugart, Alemanha, num contexto social pós Primeira
o contexto social, ambiental, histórico e econômico impõem a
Guerra Mundial.
um território.
projeto
pedagógica adotada
Projeto de uma Escola-Parque na cidade balneária de Praia
1.2 objetivo
4 |
Atualmente há cerca de 800 escolas Waldorf por todo o mundo, sendo 13 no Brasil.
1 . 3 j u s t i f i c at i va
“
A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres, que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.” Rudolf Steiner
2.2 antroposofia Foi identificada durante a pesquisa, a necessidade de explorar projetos arquitetônicos e um planejamento urbano efetivo que pro-
A antroposofia é a filosofia em que se inspirou a pedagogia
porcione forma ao que se denomina atualmente pelo PDE como
Waldorf. Ela é o estudo do homem, uma ciência empírica
“área de desenvolvimento sustentável”, conceito também citado
moderna que amplia o conhecimento para a realidade aní-
mas pouco explorado pelos planos urbanísticos já elaborados pela
mico-espiritual. As pesquisas antroposóficas foram funda-
AGEM, que ficam entra a faixa em que se encontra a APA da Serra
mentos para diversas iniciativas sociais de grande impacto
do Mar e a área urbanizada dos municípios litorâneos do Estado
nas ciências: a pedagogia waldorf, a medicina e farmacolo-
de São Paulo. Uma Escola-Parque então é um programa relevante
gia, a agricultura biodinâmica, a educação terapêutica e a
a ser desenvolvido, a fim de trazer estas questões ao debate e o
pedagogia social.
aprimoramento de futuras diretrizes projetuais e possibilidades de desenvolvimento urbano na região estudada. 124
125
capítulo
escola–parque em praia grande
2.3 a arquitetura e a antroposofia A arquitetura antroposófica valoriza a expressão do ser humano através das artes plásticas, algo que Rudolf Steiner nomeia como “metamorfose da forma” - interpretar a natureza através da alma humana. Adota-se como partido a arquitetura orgânica, e apresenta uma composição de ângulos diversificados e curvas, propondo um senso estético semelhante à ordem que compõe a natureza, buscando uma linguagem formal diversificada e autêntica, que confere ritmo, arte e vivência anímica ao usuário, onde a arquitetura, a pintura e a escultura se expressam em uníssono. 2.4 grade curricular Os ciclos de desenvolvimento da criança são divididos em três
4 |
projeto
1
Figura 1. Dornach Goetheanum, a sede mundial do movimento antroposófico, na Suíça.
Disponível em: https://commons. wikimedia.org/wiki/File:Dornach_-_ Goetheanum2a_small.jpg. Acesso em 17 de maio de 2017.
2
Figura 2. Centro Cultural Jean-Marie Tjibaou, projeto de Renzo Piano em Nova Caledônia, 1998. Disponível em: http://ciclovivo.com.br/ noticia/centro_cultural_em_ilha_do_pacifico_e_um_classico_da_arquitetura_sustentavel Acesso em 17 de maio de 2017.
3
Figura 3. Casa da Cascata, Frank Lloyd Wright, 1974.
Disponível em: http://www.archdaily. com.br/br/01-53156/classicos-da-arquitetura-casa-da-cascata-frank-lloydWright. Acesso em 17 de maio de 2017.
setênios, considerando então a maturidade como ser humano formado, aos 21 anos. Os conteúdos são expostos respeitando as fases intelectuais da criança. Cada criança é vista e respeitada como uma individualidade, com talentos, capacidades e objetivos de vida a serem desvendados, a autonomia, responsabilidade e liberdade são os propósitos da educação. Busca-se ser humano global: cabeça, coração e mãos, em que há um equilíbrio entre o corpo, a alma e a mente. 2 . 4 .1 p r i m e i r o s e t ê n i o O primeiro setênio é de 0 a 6 anos, onde ocorre a educação infantil. O currículo é composto por matérias de arte, música, arte plástica, trabalhos manuais , jardinagem, culinária e horticul126
127
capítulo
escola–parque em praia grande
tura. Atividades de movimento, como a fala, a coordenação, late-
4 |
projeto
2.4.2 segundo setênio
ralidade, dentre outras, também são abordadas neste período. A fantasia e a criatividade são estimuladas através de histórias,
O segundo setênio é de 7 a 14 anos, onde ocorre o Ensino
teatros e dramatizações, canções, o brincar livre e a participação
Fundamental. É quando a criança começa a ser alfabetizada, a
espontânea nas atividades diárias desenvolvidas com as crian-
conhecer as letras e os números, com base em tudo o que já
ças. A vivência desta faixa etária deve ser ver que “o mundo é
experienciou. A criança deve sentir que “o mundo é belo”, onde
bom”, e os ritmos são de extrema importância para o desenvolvi-
ela começa a experimentar através do intelecto, o trabalho
mento da criança, para que possa aprender através da repetição
colaborativo começa a ser desenvolvido, e o respeito à natureza.
e imitação. São estes:
A aprendizagem é cognitiva, um primeiro contato com o mundo
• Ritmo semanal: A cada dia uma atividade diferente: desenhos, modelagem, culinária, trabalhos manuais, pintura, trabalho corporal, manuseio da horta. • Ritmo mensal: em cada mês um tema diferente é desenvolvido nas rodas historiadas e contos, de acordo com a época do ano. • Ritmo anual: em cada estação do ano é enfatizada a sua carac-
é feito por imagens e memorização, é desenvolvido o raciocínio matemático e a resolução de problemas. Além das disciplinas que constituem o currículo de uma escola tradicional, o aluno também aprende artes cênicas e plásticas, música, crochê, costura, bordado, culinária, jardinagem, marcenaria e euritmia.
terística com festas, teatros de mesa e contos de época. • Movimento: É dada grande importância ao movimento para
2.4.3 terceiro setênio
qual são proporcionadas as melhores condições e estímulos preparando a criança para aprendizagem no ensino
O terceiro setênio corresponde ao ensino médio. A vivência nesta
fundamental.
faixa etária é baseada em que “o mundo é verdadeiro”, onde o jovem se abre para a vivência que e crescimento em liberdade e
Nesta fase deve ser promovida a compreensão da realidade e individualidade, o contato com os elementos da natureza e a experimentação através da observação dos sentidos, o tato, o paladar, o movimento, o equilíbrio e a coordenação motora, as associações imagéticas e o desenvolvimento da criatividade através da imaginação e contato social.
responsabilidade. O professor é um facilitador do aprendizado, mas o aluno tem maior autonomia em seu desenvolvimento. As habilidades desenvolvidas são o equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito (o emocional). E o aprendizado baseia-se em experimentar, avaliar, pensar e solucionar. A sociabilidade, o autoconhecimento, a compreensão de seu propósito e papel no mundo são essenciais.
128
129
capítulo
escola–parque em praia grande
2.4.4 relação entre professores e alunos
4 |
projeto
3 . terreno O terreno está localizado na posição geográfica 24°01’00.77”S
A relação entre professores e alunos é mais individualizada,
46°30’39.63”O, na Av. Ascenso Ferreira, com encontro com a Rua
em vez de aulas expositivas, as atividades são interativas, onde
Virgílio Várzea, bairro de Tupi, vizinho a Ribeirópolis, Andaraguá
é estimulado o aprender a aprender, e o papel do professor é
e Esmeralda, periferia da estância balneária de Praia Grande,
um facilitador do aprendizado, tutor, e não um palestrante que
integrante da Região Metropolitana da Baixada Santista, no
expõe conteúdos. Valores como respeito, solidariedade e empa-
Estado de São Paulo.
tia são os pilares desta relação.
Os ventos predominantes são sudoeste, a temperatura anual é de 22 °C, com mínima de 15 °C no inverno, e máxima de 39 °C
2.4.5 participação da família na escola
no verão, possui um clima subtropical úmido e alto índice de pluviosidade, o bioma em que está inserido é característico da faixa que fica entre os resquícios de restinga e predominância de
Na pedagogia waldorf, a família participa ativamente de todas as
mata atlântica, e fica próximo à Serra do Mar, e aos manguezais
decisões da escola, não existe diretor, e sim um sistema de gestão
da bacia hidrográfica de Piaçabuçu.
participativa, comissões de trabalho, onde os pais podem se enga-
Este terreno foi escolhido por estar no bairro mais margina-
jar na integração social, padrinhos, captação de recursos, obras,
lizado da cidade, e que, em coincidência - conforme observado
festas e comunicação. Com frequência são promovidas palestras
nos mapas da AGEM, possui a maior ocorrência de ocupações
aos pais e toda a comunidade, e as práticas aprendidas pelos alu-
irregulares, e ZEIs, tem uma porcentagem maior de crianças e
nos na escola também são exercidas em casa, como assistir menos
jovens em relação às outras faixas etárias, , e estas, precisam se
TV, reciclar, fazer mais trabalhos manuais, se alimentar de maneira
locomover ao bairros vizinhos para irem à escola, já que há uma
saudável, cozinhar e construir os próprios brinquedos.
precária. Também nesta região há uma porcentagem maior de ociosidade em idade ativa de trabalho. Durante a visita técnica realizada, foi o único bairro que não foi possível visitar, devido à baixa receptibilidade da população. e durante as entrevistas com educadores do Projeto Escola, foi verificado também, que é o local mais difícil de se trabalhar com projetos sociais. Além dos fatores socioeconômicos e culturais, é um terreno que sofre erosão naturalmente, devido à drenagem da água, e
130
131
capítulo
escola–parque em praia grande
que por isso, está desmatado. Suas águas estão poluídas por lixo e esgoto, e a floresta está sendo totalmente degradada nesta
1 2
São Vicente Serra do Mar
São Paulo Jd. Quietude
Google Earth, 2016.
Terminal Rodoviário
Há um córrego que passa na frente desta gleba, e corre canalizado, em paralelo com a rua, as laterais e fundo do terreno são cobertas por vegetação densa e exuberante, com ecossistema riquíssimo, porém poluída e degradada por ação antrópica.
Área de Transição
Há muitos terrenos vazios em suas proximidades, e apesar de materiais impróprios. Na área coberta por vegetação mais densa,
Figura 5: Localização do terreno escolhido.
Google Earth, 2016.
Ribeirópolis
ser um local loteado, há muitas residências construídas com
projeto
Figura 4: Mapa de entorno. Terreno circulado em vermelho.
Cidade Ocian
região, em ritmo acelerado.
4 |
Oceano Atlântico
Jd. Mirim
Mongaguá
há caminhos que levam para sítios isolados na mata. Principais distâncias: • 80m da Rodovia • 20m de uma linha de transmissão
Presídio Distribuidor de Energia
• 100m do Rio Piaçabuçu • 73m de estação de energia elétrica
Linha de Transmissão Rodovia Manoel da Nóbrega
• 100m de um presídio • 200m do terminal rodoviário da cidade • 320m da praia Uma outra justificativa para o local escolhido, é a proximidade Av. Ascenso Ferreira
com a faixa de desenvolvimento sustentável, delimitada pelo Plano Diretor Estratégico, e também com a área ainda não urbanizada, que será destinada a um futuro pólo tecnológico. É um local de
JARDIM TREVO
fácil acesso regional, e apesar de atualmente estar num encrave que separa a periferia do centro da cidade, possui proximidade com o mesmo, sendo então uma ótima oportunidade para ancorar intervenções urbanas que conectem os dois lados da cidade.
132
133
capítulo
escola–parque em praia grande
4 . programa
detalhado
projeto
edif í cio 3 | fundamental e médio
edif í cio 1 | P rimário
item
a mb i e n t e
á r e a ú lt i l ( m 2 )
q ua n t.
%
3.1
Saguão de entrada
209,93
1
4
3.2
Salas de aula
1930,66
12
36
item
ambi ente
áre a últil (m 2 )
quant.
%
3.3
Biblioteca
227,38
1
4
1.1
Saguão de entrada
267,58
1
17
3.4
Mini auditórios
454,76
2
9
1.2
Pátio interno
138,58
1
9
3.5
Salas de música
128,85
2
2
1.3
Salas de aula
479,82
4
30
3.6
Ateliê de artes
128,85
2
2
1.4
Enfermaria
18,69
1
1
3.7
Laboratórios
333,36
1
6
1.5
Sala de planejamento
18,69
1
1
3.8
Varanda
631
2
12
1.6
Depósito
15,32
2
1
3.9
Sanitários
146,31
6
3
1.7
Sanitários
74,5
6
5
3.10
Cozinha
60,37
1
1
1.8
Varanda
522,92
2
33
3.11
Câmara Fria
6,57
1
0
1.9
Circulação
56,27
4
4
3.12
Depósito
20,43
1
0
TOTAL
1592,37
100
3.13
Lavabo
2,25
1
0
3.14
Refeitório
334,79
1
6
3.15
Recepção
58,46
1
1
edif í cio 2 | jardim de infância
134
4 |
item
ambi ente
áre a últil (m 2 )
quant.
%
3.16
Salas de reunião
139,56
2
3
2.1
Saguão de entrada
168,06
1
8
3.17
Sala de professores
60,75
1
1
2.2
Pátio interno
151,7
2
7
3.18
Vestiário de funcionários
71,2
3
1
2.3
Salas de aula
1280,8
8
63
3.19
Almoxarifado
10,8
1
0
2.4
Cozinha
54,95
2
3
3.20
Circulação
359,469
-
7
2.5
Sanitários
32,01
6
2
TOTAL
5315,749
2.6
Varanda
321,28
2
16
2.7
Circulação
32,16
2
2
TOTAL
2040,96
100
100
135
capítulo
escola–parque em praia grande
áreas livres item
ambi ente
áre a últil (m 2 )
quant.
%
4.1
Auditório
207,4
1
2
4.2
Deck
137,84
1
1
4.3
Lago
1970,01
1
18
4.4
Pista de Corrida
233,98
1
2
4.5
Quadras
521,52
2
5
4.6
Teatro Arena
346,36
1
3
4.7
Playground
2492,2
1
22
4.8
Fazendinha
260,07
1
2
4.9
Caixa de areia
314,16
1
3
4.10
Horta
1006,2
1
9
4.11
Estacionamento
2737,32
1
25
4.12
Embarque/Desembarque
254,53
1
2
4.13
Doca
615,47
1
6
4.14
Área Gramada
6918,88
1
11531
4.15
Portaria
60
1
1
TOTAL
11097,06
4 |
projeto
5 . fluxograma JA R D I M D E I N FÂ N C I A
FA Z E N D I N H A CA SA N A Á RVO R E
MINHOCÁRIO H O R TA
PRIMÁRIO P L AY G R O U N D R E F E I TÓ R I O B I B L I OT E C A
JARDINS
ENSINO F U N D A M E N TA L
L AG O
ENSINO MÉDIO
AU D I TÓ R I O
T E AT R O A R E N A QUADRAS P I S TA D E C O R R I D A DECK
A D M IN IST RAÇ ÃO INSTITUCIONAL
E S TA C I O N A M E N T O
100
P O R TA R I A
APOIO CONVÍVIO
área total
%
á r e a co nstru í da
8949,08
54,40
áre as li vres
11097,06
45,60
á r e a do terreno
24337,30
100
tax a de p erme ab ilidade (t.p)
43
tax a de o cu pação (t.o)
26
co efi ci ente de ap roveitamento (c . a)
2,9
1
1
ÁREAS LIVRES
Figura 6: Escola-Parque: Fluxograma. Elaborado pela autora.
Tabela 3. Projeto Escola-Parque: Programa Detalhado. Elaborado pela autora, 2017.
136
137
capítulo
escola–parque em praia grande
6.
diretrizes e justificativas 6.1 s i st e m a c o n st r u t i vo
Quanto ao sistema construtivo e volumetria, as seguintes diretrizes: • madeira reflorestada tipo eucalipto, laminada e colada, para a estrutura, aberturas e caixilhos. A madeira é material que utiliza menos energia e recursos para sua produção, e em estado natural, enaltece sua estrutura, além de conectar o
4 |
projeto
1 2
Figura 7: As placas OSB podem ser utilizadas como vedação, cobertura e estruturalmente também, em vigas e pilares.
Fonte: Catálogo de produtos da LP Biuding Products.
Figura 8: Porta pivotante com vedação muxarabi. No projeto este modelo foi adaptado em trilhos de correr. Disponível em: http://klikabol. com/2013/10/hotite-popast-v-buduschee -pryamo-seychas.html. Acesso em 16 de maio de 2017.
edifício à floresta e contexto em que está inserido. • placas osb (Oriented Strand Board): para as lajes, vedações e cobertura, por sua resistência ao fogo, à altas cargas estruturais, e também pelo apelo estético. • grandes beirais foram adotados como partido de projeto, para se adequar ao clima local de praia, e também para respeitar e aludir à arquitetura vernacular da região (ver figuras 8 e 9 do capítulo 1). • varandas em balanço: a varanda acompanha o perímetro de todas as salas de aula, porque é uma extensão do interior com o exterior, é a conexão entre todas as salas, como um único lugar, e a expressão da liberdade espacial que o ensino alternativo propõe. Para o jardim de infância e primário, é a escala da própria casa, o espaço intermediário que conecta a sala ao jardim, a sensação de pertencimento e acolhimento. Para os alunos maiores, é a oportunidade para a interação social e o contato com a natureza. • portas muxarabi percorrem todo o perímetro das salas de aula, e dão para varanda, elas são pivotantes e podem 138
139
capítulo
escola–parque em praia grande
correr em trilhos, sendo facilmente adaptadas para qualquer
vência (por isso a existência de um deck e um auditório ao
configuração espacial, conforme a necessidade. Permite a
ar livre). E por último o contato e interação dos alunos com a
ventilação completa das edificações, e aliados com os outros
água (através da pista de corrida que circunda o lago) e com
sistemas de eficiência energética, excluem a necessidade de
o contato com os animais de água, patos, peixes, etc.
refrigeração da construção. Tem um apelo estético alto, e
dos resíduos no Brasil são orgânicos. Além de um processo
usuário, diretriz a qual pretende atender o projeto.
educativo para os alunos e pais, também aproveita recursos
solo arenoso meio argiloso, com matacões.
projeto
• sistema de compostagem: segundo o Ecycle, mais da metade
também promove a liberdade e flexibilidade do espaço pelo • fundações em estaca em concreto: devido à instabilidade do
4 |
para plantar na horta a comida a ser usada merenda. • coleta seletiva do lixo e reciclagem: os materiais recicláveis podem ser utilizados pelos próprio alunos nas alas de
6.2 eficiência energética e s u s t e n ta b i l i da d e
trabalhos manuais nas atividades escolares. • O uso de cisternas possibilita o reaproveitamento das águas da chuva para a manutenção da vegetação do paisagismo, e
Para um melhor desempenho energético na construção e no
controle das águas do lago, bem como a reciclagem da água
conjunto serão utilizadas as seguintes medidas:
para uso nos sanitários.
• teto jardim, com o intuito de melhorar o conforto térmico das edificações, e dar um controle melhor para a drenagem
6 . 3 c o n tato c o m a fa u n a e a f lo r a
das águas. • painéis fotovoltaicos nos telhados, sua localização, entorno, e posição solar favorecem a utilização de energia solar,
contínua do aluno com a natureza, fazendo com que o espaço
medida que economiza energia elétrica dá autonomia ao
arquitetônico tenha influência na educação ambiental e auxilie
conjunto. Além de promover a prática e pesquisa de alterna-
na compreensão do mundo através da experiência. Os elemen-
tivas sustentáveis na construção.
tos explorados foram:
• o lago tem diversas funções: a primeira é drenar o excesso
140
Também buscou-se neste projeto, estabelecer uma interação
• horta e minhocário: trazendo para a criança a prática da
de água do local, que como citado anteriormente (ver item
jardinagem e dos ciclos de plantações e energia - sol, a
3), o projeto está inserido numa área alagável, em que o solo
semente, a rega, a água, o preparo e consumo do alimento.
sofreu erosão pela força da água. A segunda é proporcionar
• fazendinha: estabelece o contato com os animais, o toque, o
conforto térmico ao edifício maior. A terceira é ser um local
cuidado, a alimentação. A fazendinha pode abrigar tartaru-
âncora do projeto, e um ponto de encontro, aulas e convi-
gas, coelhos, galinhas, porquinhos, etc. 141
capítulo
escola–parque em praia grande
• vegetação: a paisagem circundante é exuberante, o mar em menos de 3 km, e a floresta. Pertinente então todo o con-
4 |
projeto
7 . croquis
junto ser muito bem arborizado, enaltecendo as espécies nativas, por meio da ecogênese, recuperar o ecossistema área degradada, e também proporcionar conforto térmico, emocional e cognitivo ao usuário. • madeira: a pedagogia Waldorf valoriza muito o contato com a madeira na brincadeira, uma das atividades curriculares é a marcenaria, e a arte de trabalhos manuais. No projeto, a madeira está presente em todos os lugares, e em sua forma pura: nas construções com estrutura aparente, nos brinquedos, no playground, nas pontes, no portal e nas árvores. O contato com os quatro elementos da natureza também é muito valorizado na pedagogia adotada, então procurou-se atender a esta diretriz no espaço arquitetônico: • água: através da irrigação, brincadeiras, os sistemas de reciclagem da água e a convivência aliada ao lago. • terra: a caixa de areia e a simplicidade na paginação de pisos e materiais utilizados no paisagismo possibilitam o brincar em contato com a terra. Também as atividades com o minhocário oportuniza este contato. • ar: através da proximidade com densa vegetação e o frescor do lago, os instrumentos de sopro aliados a grade curricular, e as atividades como o balanço e o escalar fazem com que a criança experiencie este elemento.
1 2
Imagem 1. Green School Bali. Imagem 2. Estudos de volumetria.
Elaborados pela autora.
• fogo: através de aulas de gastronomia ou nos espaços de contar histórias (teatro arena), em que se podem acender velas e criar laços sociais mais profundos. 142
143
capítulo
escola–parque em praia grande
3 4
4 |
projeto
Imagem 5. Estudos de volumetria. Imagem 5. Jardim de Infância. Primeiros Estudos.
Elaborados pela autora.
3
1 2
Imagem 3. Estudos de volumetria. Imagem 4. Primeiro croqui de implantação do projeto.
4
Elaborados pela autora.
144
145
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
3 4
Imagem 6. Jardim de Infância. Primeiros Estudos. Imagem 7. Jardim de Infância. Primeiros Estudos.
4 |
projeto
Imagem 8. Estudos de volumetria.
Imagem 9. Ensino fundamental e médio. Estudos de volume e implantação.
Elaborados pela autora.
Elaborados pela autora.
3
4
146
147
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2
3 4
Imagem 10. Fachada Principal.
Imagem 10. Escola-Parque Impalantação.
4 |
projeto
Imagem 11. Estudos de volumetria e composição. Imagem 12. Estudos de volumetria e composição.
Elaborados pela autora.
Elaborados pela autora.
3
4
148
149
capítulo
escola–parque em praia grande
8 . desenhos
técnicos
4 |
projeto
11 16
8 .1 p l a n o g e r a l 11 1. Acesso 2. Portal 3. Córrego 4. Embarque/Desembarque 5. Estacionamento 6. Doca 7. Lago 8. Auditório 9. Deck 10. Pista de corrida 11. Quadras 12. Teatro Arena 13. Playground 14. Caixa de areia 15. Fazendinha 16. Horta 17. Edifício 1 18. Edifício 2 19. Edifício 3 20. Reservatório d’água 21. Teto Jardim 22. Clarabóia
13
15
18
17
18
17
16
12
14
11
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14
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19 7
20 10
9
22
6
8 7 21
6
5
8
2 3
5
2 3
1
10
9
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1
4
1
4
2
1 2
Imagem 13. Implantação com térreo. Elaborado pela autora.
Imagem 14. Implantação com cobertura.
Elaborado pela autora.
150
151
capítulo
4 |
projeto
B
escola–parque em praia grande
8.2 edifício 1 : primário VISTA 3
VISTA 3
1
2
4
3
5
7
6
2
3
4
5
6
7
7
A
6
4
7
4 6
VISTA 4
4 VISTA 2
A
VISTA 2
VISTA 4
B
1
4
7 2
7
4
2
3
1 - ACESSO 2 - SALA DE AULA 3 - PÁTIO 4 - SANITÁRIOS 5 - DEPÓSITO 6 - PEDAGOGIA 7 - VARANDA
7 2
3
B
5
B
7
4
2
5
3 A
A
2
2
2 A
C
A
2
C
1
D
13
0 1
12 5
10
E
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
1
Imagem 14. Edifício 1. Planta pavimento térreo.
Elaborado pela autora.
152
11 10 9 B
1
0 1
D
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. PÁTIO 4. SANITÁRIOS 5. DEPÓSITO 6. PEDAGOGIA 7. VARANDA
TA
VIS
5
10
13 12
N
PLANTA MEZANINO
11 E
10
TA
1
VIS
9
1
2
B
7
N
7
3
2
Imagem 15. Edifício 1. Planta pavimento mezanino. Elaborado pela autora.
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. PÁTIO 4. SANITÁRIOS 5. DEPÓSITO 6. PEDAGOGIA 7. VARANDA
153
1 - ACESSO 2 - SALA DE 3 - PÁTIO 4 - SANITÁR 5 - DEPÓSIT 6 - PEDAGO 7 - VARANDA
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2 3
Imagem 16. Edifício 1. Corte AA. Imagem 16. Edifício 1. Corte BB. Imagem 17. Edifício 1. Vista 1.
4
Elaborados pela autora.
154
2
5
3
6
4 5 6
4 |
projeto
Imagem 18. Edifício 1. Vista 2. Imagem 19. Edifício 1. Vista 3. Imagem 20. Edifício 1. Vista 4.
Elaborados pela autora.
155
capítulo
escola–parque em praia grande
projeto
B
8.3 edifício 2 : jardim de infância
4 |
1
2
3
4
VISTA 3
5
6
6 B
4
3
VISTA 3
5
6
B
6
1 - ACESSO 2 - SALA DE AULA 3 - PÁTIO 4 - SANITÁRIOS 5 - COZINHA 6 - VARANDA
A
C
2
2
6
C
2
2
6
D
2 2
2
6
VISTA 2
VISTA 4
B
2 VISTA 2
2
VISTA 4
1
1 - ACESSO 2 - SALA DE AUL 3 - PÁTIO 4 - SANITÁRIOS 5 - COZINHA 6 - VARANDA
A
B
6
4
E
4
4
5
3
B
6
D B
4
E
4
4
5
1
N
0 1
5
10
B
PLANTA MEZANINO
6
0 1
5
B
1
VISTA 1
2
2
Imagem 22. Edifício 2. Planta pavimento mezanino. Elaborado pela autora.
Imagem 21. Edifício 2. Planta pavimento térreo.
Elaborado pela autora.
156
3
G
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO
1
1
10
B
F N
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. PÁTIO 4. SANITÁRIOS 5. COZINHA 6. VARANDA
VISTA 1
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. PÁTIO 4. SANITÁRIOS 5. COZINHA 6. VARANDA
157
capítulo
escola–parque em praia grande
1 2 3
Imagem 23. Edifício 2. Corte AA. Imagem 24. Edifício 2. Corte BB. Imagem 25. Edifício 2. Vista 1.
4
Elaborados pela autora.
158
2
5
3
6
4 5 6
4 |
projeto
Imagem 26. Edifício 2. Vista 2. Imagem 27. Edifício 2. Vista 3. Imagem 28. Edifício 2. Vista 4.
Elaborados pela autora.
159
capítulo
escola–parque em praia grande
4 |
projeto
A
8 . 4 e d i f í c i o 3 : e n s i n o f u n da m e n ta l e m é d i o
B
9.0
2
15
9.0
9.0
9.0
B
16 A
13
9.0
VIST
A3
5
VISTA 4
12
9.0
9.0
60.000 L 30.0
9.0
C
3
S
3
i=8,3%
S
4
10.0
11 9.0
10.0
3
1
7
6
10.0
S
9.0
3
3 S
4
2
21
21
2
S
B
2
2 2 2
10.0
8 S
9.0
VISTA
2
S
C
2 VISTA
1 - ACESSO 2 - SALA DE AULA 3 - BIBLIOTECA 4 - SANITÁRIOS 5 - MARCENARIA 6 - COZINHA 7 - CÂMARA FRIA 8 - DEPÓSITO 9 - REFEITÓRIO 10 - RECEPÇÃO 11 - SALA DE CONFERÊNCIAS 12 - SALA DE PROFESSORES 13 - ARMÁRIOS 14 - VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS 15 - ALMOXARIFADO 16 - SALA DE REUNIÃO 17 - JARDIM 18 - VARANDA 20 - LABORATÓRIO 21 - SALA DE MÚSICA 22 - AUDITÓRIO 23 - TETO-JARDIM
17
14
10.0 10.0
10.0
C
VIST
A1
S
2
9.0
B
9
10 10.0
2
10.0
N
0 1
5
10
A
PLANTA 1º PAVIMENTO ESC. 1:500 C
VIST
A1
2
N
0 1
5
10
A
1 - ACESSO 2 - SALA DE AULA 3 - BIBLIOTECA 4 - SANITÁRIOS 5 - MARCENARIA 6 - COZINHA 7 - CÂMARA FRIA 8 - DEPÓSITO 9 - REFEITÓRIO 10 - RECEPÇÃO 11 - SALA DE CONFERÊNCIAS 12 - SALA DE PROFESSORES 13 - ARMÁRIOS 14 - VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS 15 - ALMOXARIFADO 16 - SALA DE REUNIÃO 17 - JARDIM INTERNO 18 - VARANDA 20 - LABORATÓRIO 21 - SALA DE MÚSICA 22 - AUDITÓRIO 23 - TETO-JARDIM
A3
VISTA 4
9.0
14
3
VIST
3
13
3
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO ESC. 1:500
1
1
Elaborado pela autora.
Imagem 29. Edifício 3. Planta pavimento térreo.
Elaborado pela autora.
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. BIBLIOTECA 4. SANITÁRIOS 5. MARCENARIA 6. COZINHA 7. CÂMARA FRIA 8. DEPÓSITO 9. REFEITÓRIO
160
2
Imagem 30. Edifício 3. Planta 1o pavimento.
10. RECEPÇÃO 11. SALA DE CONFERÊNCIAS 12. SALA DE PROFESSORES 13. ARMÁRIOS 14. VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS 15. ALMOXARIFADO 16. SALA DE REUNIÃO 17. JARDIM INTERNO 18. VARANDA 20. LABORATÓRIO 21. SALA DE MÚSICA 22. AUDITÓRIO 23. TETO-JARDIM
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. BIBLIOTECA 4. SANITÁRIOS 5. MARCENARIA 6. COZINHA 7. CÂMARA FRIA 8. DEPÓSITO 9. REFEITÓRIO
10. RECEPÇÃO 11. SALA DE CONFERÊNCIAS 12. SALA DE PROFESSORES 13. ARMÁRIOS 14. VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS 15. ALMOXARIFADO 16. SALA DE REUNIÃO 17. JARDIM 18. VARANDA 20. LABORATÓRIO 21. SALA DE MÚSICA 22. AUDITÓRIO 23. TETO-JARDIM
161
capítulo
A
escola–parque em praia grande
B
2
VIST
VISTA 4
A3
2
C
3
3 S
4
Imagem 32. Edifício 3. Corte AA. Imagem 33. Edifício 3. Corte BB. Imagem 34. Edifício 3. Corte CC.
Elaborados pela autora.
2
2
projeto
2
S
VISTA
2
B
2
2 2 2
C
VIST
A1
3
N
0 1
5
10
PLANTA 2º PAVIMENTO ESC. 1:500
1
A
1 - ACESSO 2 - SALA DE AULA 3 - BIBLIOTECA 4 - SANITÁRIOS 5 - MARCENARIA 6 - COZINHA 7 - CÂMARA FRIA 8 - DEPÓSITO 9 - REFEITÓRIO 10 - RECEPÇÃO 11 - SALA DE CONFERÊNCIAS 12 - SALA DE PROFESSORES 13 - ARMÁRIOS 14 - VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS 15 - ALMOXARIFADO 16 - SALA DE REUNIÃO 17 - JARDIM 18 - VARANDA 20 - LABORATÓRIO 21 - SALA DE MÚSICA 22 - AUDITÓRIO 23 - TETO-JARDIM
2 3 4
4 |
1
Imagem 31.Edifício 3. Planta 2o pavimento.
Elaborado pela autora.
1. ACESSO 2. SALA DE AULA 3. BIBLIOTECA 4. SANITÁRIOS 5. MARCENARIA 6. COZINHA 7. CÂMARA FRIA 8. DEPÓSITO 9. REFEITÓRIO
162
10. RECEPÇÃO 11. SALA DE CONFERÊNCIAS 12. SALA DE PROFESSORES 13. ARMÁRIOS 14. VESTIÁRIO DE FUNCIONÁRIOS 15. ALMOXARIFADO 16. SALA DE REUNIÃO 17. JARDIM 18. VARANDA 20. LABORATÓRIO 21. SALA DE MÚSICA 22. AUDITÓRIO 23. TETO-JARDIM
4
163
capítulo
escola–parque em praia grande
1
3
2
4
1 2 164
Imagem 35. Edifício 3. Vista 1. Imagem 36. Edifício 3. Vista 2.
3 4
4 |
projeto
Imagem 37. Edifício 3. Vista 3. Imagem 38. Edifício 3. Vista 4.
165
capítulo
escola–parque em praia grande
9 . maquete
1
Imagem 39. Fachada Principal: acesso.
Elaborado pela autora.
166
4 |
projeto
eletrônica
1
167
capítulo
escola–parque em praia grande
1
Imagem 40. Edifício 3 e auditório ao ar livre, vistos do lago.
Elaborado pela autora.
168
4 |
projeto
1
169
capítulo
escola–parque em praia grande
1
Imagem 41. Playground visto do edifício 3.
Elaborado pela autora.
170
4 |
projeto
1
171
capítulo
escola–parque em praia grande
1
Imagem 42. Primário e Jardim de Infância.
Elaborado pela autora.
172
4 |
projeto
1
173
capítulo
escola–parque em praia grande
1
Imagem 43. Quadra e Edifício 3.
Elaborado pela autora.
174
4 |
projeto
1
175
referências bibliográficas
escola–parque em praia grande
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referências bibliográficas
escola–parque em praia grande
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fotografias As fotografias indicadas foram feitas pela autora deste trabalho durante as visitas técnicas realizadas.
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