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Liderança Positiva e Felicidade 5.0

LIDERANÇA POSITIVA

Nunca pensámos que o Curso Online de PósGraduação em Liderança Positiva e Felicidade 5.0 tivesse tanto sucesso. 25 alunos inscritos na 1.ª edição, que vieram de várias regiões do planeta: Angola, Madeira, Faro, Vila Nova de Famalicão, Caldas da Rainha, Alcanena, Benvente, etc., e estavam a trabalhar em diferentes organizações: Leroy Merlin, Lidl, BA Glass, Auchan, Macro Group, Rovensa, Instituto dos Registos e do Notariado, Centros de Saúde, Magis Quialis, Repartições de Finanças, Associação Slow Movement, ONG The Big Hand, Santa Casa da Misericórdia, Biblioteca Municipal, Escolas do Ministério da Educação.

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Os professores deste curso têm experiência e conhecimento nas suas áreas de atuação. Nos últimos anos, os nossos professores têm desenvolvido ferramentas portuguesas para trabalhar os temas de forma mais adequada à realidade do nosso país. Para os seminários temos convidado especialistas de elevado valor: Happienss Manager da SONAE, Wellbeing Coordinator da EDP, Presidente da Comissão Técnica 219 “Bem-Estar e Felicidade Organizacional” da Associação Portuguesa de Ética Empresarial e Executive Director da M&A Worlwide.

Neste artigo, gostariamos de partilhar com o leitor uma das experiências que tivemos. Foi na conferência em formato híbrido que realizámos no passado dia 27 de maio no auditório do ISLA Santarém. Eram 16h15 quando começámos a mesa redonda sobre “Felicidade e Liderança nas Instituições”. O moderador foi o professor Jorge Humberto Dias, coordenador científico do curso. As oradoras convidadas foram a Dra. Irene Vieira Rua, diretora de pessoas e cultura organizacional na empresa Doutor Finanças e a Dra. Paula Dinis, Chief Happiness Officer da empresa Loba.

A primeira oradora começou por questionar o significado da Felicidade 6.0, na sequência do artigo científico escrito pelo professor Jorge Humberto Dias com o título “Revolução Felicitária, Happiness Manager e Felicidade 5.0”, publicado no volume 2 do projeto de investigação “Perspetivas sobre a Felicidade. Contributos para Portugal no World Happiness Report da ONU”. A Dra. Irene Vieira Rua considerou que o essencial no futuro vai ser a autenticidade e o bom líder vai ser um profissional que ilumina os outros, que olha para dentro, apesar de todos sabermos que não existem receitas. Para a Dra. Irene, a felicidade é uma responsabilidade pessoal intransmissível, tendo recordado a fórmula científica da professora americana Sonja Lyubomirsky, que considerou que 50% da felicidade humana é influenciada pela genética, 10% pela circunstância e 40% pelas ações intencionais da pessoa. A Dra. Irene considerou que deveríamos investir a nossa atenção nestes 40%.

A segunda oradora falou na importância de saber gerir as pessoas e as empresas de forma orgânica e sem o peso dos departamentos. A Dra. Paula Dinis recordou uma das principais tendências da atualidade e que está a procupar muitos CEO’s: a enorme rotatividade de profissionais e a escassez de talento. Posto isto, a Dra. Paula partilhou com o público que o trabalho da Chief Happiness Officer na empresa Loba conseguiu reduzir essa rotatividade. Os profissionais começaram a querer ficar mais naquela empresa. Esta é talvez uma das principais razões que explica o facto de estar a aumentar o número de empresas que contrata Happiness Managers. E por isso as Universidades estão a oferecer cursos de Pós-Graduação sobre felicidade, bem-estar,

E FELICIDADE 5.0

saúde mental, inteligência emocional, etc. Depois destas duas comunicações, o moderador passou a palavra para o público, que de imediato quis fazer várias questões. A Dra. Mónica Penilo, gestora na empresa Leroy Merlin, e que frequentou esta Pós-Graduação, perguntou às oradoras quais eram as estratégias que as suas empresas usavam para reduzir o turnover. A Dra. Paula Dinis foi a primeira a responder, dizendo que a sua empresa criou um plano de carreira, investigou os processos que existiam para os poder melhorar e aperfeiçoaram a avaliação de desempenho. A Dra. Mónica colocou ainda outra questão: Como aumentar as taxas de participação? A Dra. Paula disse que seria importante ter um atendimento cada vez mais personalizado. A Dra. Irene Vieira Rua também respondeu às questões, dizendo que na sua empresa avaliam o clima organizacional com uma periodicidade semestral e depois partilham os resultados. Em tom irónico disse que ter mesas de ping-pong nas empresas já não serve a felicidade de ninguém. Referiu que é importante ter horários flexíveis e que clima é diferente de cultura. O clima é a parte mais visível, enquanto que a cultura é a parte mais invisível. Para a Dra. Irene é fundamental ter consistência, desvaloriza as redes sociais e considera que os clientes não devem ser contactados à meia-noite. É também essencial ter segurança psicológica e ter a liberdade para poder confrontar os líderes. A Dra. Irene partilhou com o público o emplower branding da sua empresa: “Aqui tu podes ser o que tu quiseres”, considerando que a diversidade tráz mais valor e criatividade.

A segunda questão do público veio da Happiness Manager da Macro Group, Isabel Pereira, que também frequentou esta Pós-Graduação: Ouvi dizer que a empresa Doutor Finanças faz entrevistas de recrutamento na rua… é verdade?

A Dra. Irene Vieira Rua disse que sim, pois valoriza-se a naturalidade. Foi ainda partilhado que o CEO Rui Bairrada tem um projeto que consiste em trazer convidados especiais para almoçar na empresa e partilhar as suas ideias.

A terceira intervenção do público veio de várias pessoas: a Dra. Beatriz Madureira, que é Happiness Manager na empresa Lapa, fez um comentário: “Sinto que as pessoas precisam de ser ouvidas.” A Dra. Mónica Penilo referiu que na sua empresa faz de coach, diretora, psicóloga, etc. E por isso perguntou às oradoras: “Como ouvir melhor as pessoas?” A engenheira Liliana Sequeira, que é docente convidada nesta Pós-Graduação, perguntou se a auditoria interna deixa liberdade aos colaboradores.

Na reação às intervenções do público, a Dra. Irene Vieira Rua disse que a sua empresa também tem auditores externos e que ainda está a aguardar o relatório do Great Place to Work. A Dra. Paula Dinis disse que têm investido bastante nos atendimentos personalizados aos colaboradores.

Depois deste intenso debate, e estando nas 17h30, o professor Jorge Humberto Dias teve de encerrar a conferência, referindo que o ISLA está já a trabalhar na 2.ª edição da Pós-Graduação, que deverá começar em outubro próximo. Está também a ser pensada a possibilidade de ser criado um Mestrado sobre estes temas, para que as centenas de profissionais com Pós-Graduação realizada possam ter a oportunidade de adquirir um grau académico e realizar um trabalho/projeto mais aprofundado.

Por fim, dizer que os trabalhos finais dos alunos da 1.ª edição foram altamente impactantes para as suas vidas e organizações, tendo explorado temas que aprenderam neste curso, como Felicidade 5.0 – A Nova Revolução Laboral, Escolas Felizes, História de vida de um investigador, Plano de Felicidade para uma empresa de seguros, Entrevistas a Happiness Managers, Estudos-de-Caso sobre empresas que investem em Felicidade, Aplicação de ferramentas de medição da felicidade dos profissionais de saúde num Unidade Orgânica do Ministério da Saúde, etc.

“Escolhe um trabalho que gostes e jamais terás de trabalhar um dia na tua vida.” (Confúcio) 

Jorge Humberto Dias e Luís Jacob

Coordenadores da Pós-Graduação Liderança Positiva e Felicidade 5.0

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