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João de Deus e Filhos vai investir 40,7 milhões de euros na sua fábrica de Samora Correia
Assinatura de quatro contratos de investimento de 140 milhões de euros João de Deus e Filhos vai investir 40,7 milhões de euros na sua fábrica de Samora Correia
O Estado e quatro grupos privados assinaram contratos de investimento no valor de 140 milhões de euros. Um destes investimentos é o da empresa João de Deus e Filhos, que vai investir 40,7 milhões na sua fábrica de Samora Correia, Benavente, para a construção de duas novas linhas de produção de componentes para baterias elétricas e híbridas e de uma nova gama de intercoolers, o que vai permitir criar 100 novos postos de trabalho.
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AJoão de Deus e Filhos, uma empresa centenária dedicada ao fabrico de Sistemas Térmicos Automotivos, vai investir 40,7 milhões na sua fábrica de Samora Correia, Benavente. Em causa está a construção de duas novas linhas de produção que permitam a industrialização de duas novas tipologias de produtos: um chiller para baterias de veículos elétricos e uma nova gama de intercoolers arrefecido a água constituída por três soluções específicas: WCAC para veículos híbridos plug-in; WCAC para motores de combustão interna baseado em materiais avançados e sem geração de resíduos; e WCAC com novas configurações funcionais e geometrias internas. No total, serão criados 100 novos empregos a juntar aos 300 que são mantidos.
O investimento da empresa de Samora Correia é um dos quatro contratos fiscais de apoio ao investimento de 140 milhões de euros assinados com o
Primeiro-Ministro António Costa e Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, com dirigentes das empresas que assinaram os contratos de investimento, Lisboa, 20 julho 2021
Estado, sendo o segundo mais elevado, apenas superado pelo da empresa Tryba, que vai investir 49,3 milhões para instalar uma fábrica de vanguarda para produção de janelas e portas em alumínio e pvc, com tecnologia inovadora. Trata-se do primeiro investimento desta empresa em Portugal e cria 212 novos postos de trabalho.
Foram ainda assinados contratos com a Siemens Gamesa, que vai investir 34,9 milhões de euros no aumento da capacidade da sua fábrica com a instalação de seis novas linhas de produção para fabrico de novos modelos de pás eólicas para aerogeradores e aplicação de novas tecnologias de produção, o que representa a criação de 100 novos empregos e a manutenção de 700; e com a Vila Galé, que vai investir 16,4 milhões para construir dois novos hotéis em Manteigas e em Alter do Chão, sem desperdício de plástico. Neste caso, serão criados 71 novos empregos.
Os investimentos contratados pela Agência para Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP) em nome do Estado vão criar, no total, 500 novos empregos, manter 1600 postos de trabalho já existentes e aumentar as exportações da economia verde nacional. Os três investimentos industriais (componentes para automóveis, estruturas metálicas, equipamento para produção de energias renováveis) têm impacto nas exportações de bens, sendo que o investimento no turismo (duas novas unidades hoteleiras), tem impacto nas exportações de serviços.
Na cerimónia de assinatura dos contratos, o Primeiro-Ministro António Costa afirmou que todos os investi mentos “ilustram a importância de termos eleito a economia verde como motor do crescimento”. A economia verde e a transição digital são os motores eleitos pela União Europeia e por Portugal para a recuperação da economia, disse, destacando que “no primeiro trimestre de 2021, tivemos o melhor trimestre de sempre de investimento empresarial em Portugal, desde que esta série existe, desde 1999”.
O Primeiro-Ministro acrescentou que “em 2021, os contratos de investimento apoiados pela AICEP já são 92% do valor do melhor ano de sempre, que foi 2019, e ainda estamos em julho, havendo a oportu-
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mantém.
CRESCIMENTO DE 9% EM DOIS ANOS “As previsões são de que, entre 2021 e 2022, a nossa economia cresça 9%”, disse o Primeiro-Ministro, referindo que “temos já em execução os investimentos que assegurarão este crescimento sustentado da economia nos próximos anos, a manutenção dos postos de trabalho e a criação de novos para absorver o desemprego gerado pela crise”. O Primeiro-Ministro sublinhou que
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“Portugal tem hoje uma nova ferramenta para apoiar o investimento privado, o Banco de Fomento, e dispõe do maior conjunto de fundos comunitários de que o País alguma vez dispôs”, apontando o Portugal 2020, o Portugal 2030 e o Plano de Recuperação e Resiliência”. O PRR “tem, de encomendas às empresas, 11 mil milhões de euros, de apoio direto às empresas, mais de quatro mil milhões (para a descarbonização, a transição digital e as alianças para a modernização e reindustrialização), e tem ainda apoios indiretos pelos investimentos na qualificação dos recursos humanos, no combate a burocracia, e na dotação de infraestruturas para a melhoria da competitividade”.
CRISE
António Costa lembrou que “a economia portuguesa levou muitos anos a ajustar-se ao choque competitivo que sofreu no início deste século”, só tendo retomado uma trajetória de convergência com a União Europeia em 2017, crescendo acima da média desta.
“Esta recuperação deveu-se sobretudo a investimento na produção de talento - Portugal faz hoje parte, com a Dinamarca e a Alemanha do top 3 em engenheiros”, tem “uma incorporação muito significativa de tecnologia no tecido empresarial” e está “no top 5 dos países mais seguros do mundo”, disse, acrescentando que “estes têm sido fatores determinantes para a atração de investimento direto estrangeiro”.
O Primeiro-Ministro lembrou também que “a crise provocada pela pandemia em 2020 tem raízes conjunturais e não estruturais, o que explica que, apesar dela, a AICEP tenha celebrado 35 contratos de investimento novos”. “O melhor sinal de que os investidores compreendem a natureza conjuntural da crise” é o investimento no turismo, porque “passada a crise da pandemia, tudo o que fez de Portugal, por três anos consecutivos, o melhor destino turístico, continua a existir”.
“Os outros investidores, investem porque sabem que a capacidade competitiva do País tem continuado a aumentar”, de tal modo que “em 2020 tivemos um crescimento muito significativo nas exportações de bens”, afirmou.
MAIS DE MIL MILHÕES EM 2021
O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, referiu que “em 2019 tínhamos atingido o melhor nível de investimento estrangeiro, captado pela AICEP, com mais de 1100 milhões de euros em contratos de investimento produtivo e com componente tecnológica importante”.
“Em 2020, houve uma boa resistência do investimento à crise económica provocada pela pandemia, tendo Portugal entrado no quadro dos 10 países europeus mais favoráveis ao investimento estrangeiro”, disse.
Santos Silva sublinhou que “em 2021, no primeiro semestre, nota-se um forte aumento da capacidade de atração de investimento, tendo sido aprovados apoios para investimentos superiores a 1000 milhões de euros”, afirmando que “queremos fazer de 2021 o melhor ano de sempre da AICEP na captação de investimento”.
O Ministro acrescentou que “queremos fazê-lo com forte presença de capitais da União Europeia”, com “forte diversificação do investimento de fora da UE”; com “uma cada vez maior presença da diáspora”; e em “investimento produtivo e direcionado aos objetivos estratégicos de transformação da economia, no sentido mais sustentável e utilizando plenamente as tecnologias digitais”.
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