Avoz da fatima 1922 1930 otimizados

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LEIRIA., 18 de Outu.bro clc 1.0.22

Ano I

(COM

AP.I?.O''V AçÀO ECLESXASTICA) .A.dmlnl,s-trador: PAOOE M. PEf?F.IRA DA SILVA

Diroo-tor, 'Proprio-torlo o Editor

REDACçÀo E ADMtNISTRAçAo

DOUTOR MANUEL MARQUES D0S SANTOS Composto e impresso nu Imprensa Comercial,

a Sé -

RU.A D- NUNO Leiria

H que "imos

Beato Nuno de Santa Maria (D. Nuno Hlnares Perelra)

SoLLICITADo desde a primeira hora

a

a prestar Voz da Fatima, na mais larga medida possivel, o concurso da mlnha alias humilde e despretenciosa collabora.;ào, nào posso deixar de acceder a tào honroso convite, ji pela gentileza e captivante insistencia com que me é feito, ja porque assim m'o impòe a indole particular desta revista que sem duvida vem preencher uma verdadeira lacuna e quf.' tào querida deve ser de todos os pvrlugul:'zes que amam entranhadamt:nte a Egreja e a Patria. Ninguem ignora hoje no nosso paiz que, ha precisamente 5 annos, urna sèrie de acontecimentos de todo o ponto extraordinarios e por emquanfo inexplicaveis se desenrolou em piena serra d'Ayre, a pouco mais de dois kìlometros da aldeia da Fatima, num locai conhecido pela designacao popular de •Cova da lria• e situado beira da estrada, que liga Villa Nova d'Ourern historica villa da Batalha e it pittoresca e g1aciC1<1a cidade do Liz. Nn dia treze de Maio de 1917, tres creanças, Lucia de Jesus, Francisco Marto e Jacinta Marto, respectivamente de dez, nove e sete anos de edade, andavam apasc~ntando um rebanho de ovelhas, quando, bora do melo-db solar, depois de rezarem em commurn o terço <lo Rosario, corno costumavam fazer, lhes apareceu de repente sobre uma peyuena azinheira um vulto de donzella de celestial beleza. ,A Appariçào, diz o auctor deste arllgo no seu livro 0s

episodios maravi/hosos de Fdtima, parecia nào tér mais de dezoito an11os de edade. O vestido era de urna alvura purissima de neve, ass,m corno o manto, orlado de ouro, que lht: cobria a cabeça e a maior parte do corpo. O rosto, lle 11111a 1101),eza d~ linhas lrreprehcn!-1vr.l e qu~ ti11ha um :iao sei qué <.h ::,,o brtinatu,al e divino, aprese11tava-M· serc;w e ~rave e c·w10 que toldadu Je uma leve sombra de tristeza. Das maos, juntas a ~ltura do peito, penJia-lhe, rema-

ma hora, no dia treze dos meses seguintes, alé Outubro. Nesses seis méses a concorrencia de devotos e curiosos ao locai das apparic,:0es fol augmenfando consideravelmente de mes para mes. Segundo os calculos mais exactos, estiveram presentes trinta mii pessoas em treze de Setembro e cerca de setenta mii em treze de Outubro. Durante a~ appariç~es esfabelecia-se entre a Visào e a Lucia um dialogo, em que aquella fazia inocente pastorinha diversos pedidos e promessas. Disse entre outras cousas, que recomendasse a todos a recitaç~o do terço e o arrependimento dos pecados para applacar a justiça divina e suspender castigos imminentes, communlcou um -segrcdo e pediu que se erlgisse uma capella em sua honra. Signaes extraordinarios no ceu e phenomenos meteorologicos de origem desconhecida attrahiam as attençòes da multidao ernquanto durava o colloquio my.sterioso, merecendo especfal referencla urna densa e formosa nuvem branca que envolvia a azinheira e as creanças e que s6 a certa distancia se tornava visive!. Entre as promessas ou prophecias ha urna a que se nao pode negar um valor excepcional, porque da parte da Visào 1inha evidentemente por objeclivo demonstrar a realidade das apparlç0es e o seu caracter sobrenatural. • A VisAo, logo nas prìmeiras appariç0es, annunclou que no dia treze de Outubro havla de operar um mllagre para que toda a gente acredl· tasse que era realmente a Senhora do Rosario, corno ella se intitulou nesse mesmo dia, que se dignava apparecer mais urna vez em terras de Portugal afim de tyodigalisar graças e bençàos a todos os que a ella recorressem. E de facto nesse dia entre todos hora do meioassaz memoravel, dia astronomico, depois do colloquio habitual, em presença de urna multidòo i1111umeravel composta de pessoas de todas as classes e condiç0es sociaes e procedentes de todos <1s pontos do palz, cujns sentimentos ~ traduziam, constltuindo por issò mesmo a mais authentica e tégitima re-

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.A:.LV.ARES PERE:r.R:A

(BEATO NU~O DE SANTA J\I\RIA)

a

N.0 1

Enando o loc11l da Co~a da Ha no antiD. Nuno Alvares Pere1r<1, e preci.samente naquele logar onde elle, segun 1o a traJ1çiin, estcve n or~r nas vespe ras da bHdlh ~ d.: Aljubarrota, tl11nJose 01 p·incip1<es fenomeno, na occasi5o cm quc Roma trntava de.elevar o Santo Con<lest 1vt:I é, honras <los Rltares e sendo elle a figura mais grandiosa ùd nossa h1stor1a, julgamo-1 nosso dever pagar-lhe este pequoà!nino tributo, implorando b.:nçaos para a nossa Patria, que r tambcm é a su~, e para a go Condado de Ourem, de

nossa rev1sta ,

tado por uma cruz de ouro, um lindo rosario, cujas cor:tas, brancas de armloho, pareciam perolas. De lodo o seu vulro, circundado de um esplendor m 1is brilhante que o ùo sol, ir-radiavam feixes de IÙ1, especial111ente do rosto, de uma formosura "1mpossivel de descrever e supenor a qualquer beleza humana•. A Appariç!\o pediu creanças que voltasscm aquelle sitio, A mes- ·

as

..

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' · V oz· dn. Fé.tima presentaç!o nacional, um phenomeno estranho, um successo inaudito, um prodigio tao estupendo que jamals se apagara da memoria dos que a elle tiveram a dita de assistir, se realisou no logar onde, segundo tradiçOes respeitaveis, o Santo Condestavel, que a Egreja nesse anno elevava as honras dos altares, esteve orando na vespera da batalha de Aljubarrota. - cO sol, corno disse um grande diario, tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos f6ra de todas as leis cosmicas•, o sol girou vertiginosamente sobre o seu eixo corno a mais bella roda de fogo de artificio que se possa lmaginar, revestindo successivamente todas as cOres do arco-iris e projectando em todos os sentidos feixes de lul de um effeito surprehendente. E este pheaomeno, astronomico ou meteorologico, que os apparelhos dos observatorios nilo registaram, repetiu-se por tres vezes distinctas, durando no seu conjuncto cerca de dez mlnutos. A nova de acontimentos tao maravilhosos foi logo transmitttlda pela imprensa de grande circulaçilo a todos os angulos do paiz e pelo telegrapho até aos confins do mundo. Desde entào a torrente caudalosa das multidoes fem se despenhado ininterruptamente sobre aquella estancia privilegiada. A fama de curas assombrosas de vlctlrnas de toda a sorte de enfermidades, de conversOes admiravels de impios e descrentes de todas as classes sociaes, da morte tragica de creaturas desvalradas pelo sectarlsmo anti-religioso que a pretexto das appariçoes ousaram blasphemar da Virgem bemdita, concorreu poderosamente para engrossar cada vez mais essa torrente, provocando manifestaçòes de fé e piedade em nada inferiores As dos mais celebres sanctuarios consagrados a augusta Màe de Deus e dos bomens. D'ora avante nada seni capaz de deter a marcha vlctoriosa da formidavel vaga humana que, num vae-vem continuo, se precipita em catadupas gigantescas sobre os cumes aridos e escalvados da serra d' Ayre. As potencias infernaes, utilisando corno instrumentos cegos e inconscientes alguns raros indivlduos de urna inferioridade menta! incompativel com o progresso e a civilisaçào moderna, teem envidado os malores esforços e lançado mao de todos os meios, ainda os mais ignobeis, para obstar A repetiçào dessas scenas subllmes e commoventes que atfestam krecusavelmente a pujante vitalidade religiosa de um povo inteiro. Em Fevereiro do corrente anno um grupo de .. • infelizes, que Nossa Senhora ainda ha de converter, destruiu com bombas de dinamite a capellinha erigida pela piedade popular em commemoraçllo das apariçOes. Por vezes a auctoridade civil, ludibriada por essas pessoas tcm prestado, embora sempre de mi vontade em vlrtude do ridiculo a que se expOe esgrlmlndo contra moinhos de vento, um concurso valioso mas

contraproducente a effectivaçilo dos seus planos machiavelicos, que pretendem em vào cohonestar com o pretexto de que as manifestaçOes da Fatima revelam ou peto menos significam o que quer que seja de hostil as institulçoes vigentes. Nada mais absurdo nem mais pueril do que tao ridiculo pretexto. Toda a gente sabe que essas manifestaçoes sao de indole puramente religiosa, nao tendo havido jamais a minima perturbaçao da ordem publica, a mais ligeira nota discordante, um acto menos correcto ou menos deferente, seja para quem fOr. A auctoridade ecclesiastica durante quatro annos manteve-se inquebrantavelmente numa attitude de benevola expectativa, resistindo a instantes sollìcitaçòes de toda a ordem que, aliAs com o maior respeito e na melhor das intençoes, lhe eram feitas pelo elemer,to popular e por entidades categorlsadas, das opinioes politicas mais divcrgentes, para intervir num pleito de tanta importancia, ja em si mesmo, ja pelas suas consequencias, e decìùi-lo com o dictame seguro e incontrastavel do seu sagrado e venerando maglsterio. Ha meses, porém, julgou chegado o momento opportuno de quebrar o seu silencio e fé -lo com urna prudencia e sabedoria admiravel de que s6 a E~teja conhece o segredo, auctorisando o culto publicu de Nossa Senhora na Cova da lrla, mas reservando-se o juizo definitivo sobre o caracter das appariçocs e a origem e natureza dos phenornenos astronomicos e meteorologicos alli succedidos desde treze de Maio até treze de Outubro de 1917, assirn corno das curas extraordinarias atribuidas a intercessfo de Nossa Senhora do Rosario da Fatima.· Ao rnesmo tempo nomeava urna commissao incumbida de proceder a um longo e rigoroso inquerito e de elaborar um relatorio fundamentado depois de ouvir o depoimento de testemunhas fidedignas e a opinlao de peritos idoneos e notaveis pelo seu criterio, intelligencia e saber.

• Tal é, em traços largos, a historia dos acontecirnentos maravilhooios da Fatima. Faz hoje precisamente cinco annos que se deu a sexta e ultima appariçao. Durante esse largo periodo de tempo verificaram-se factos, episodios e lncidentes dignos da attençao e do exame inteligente de todo o homem culto e estudioso. De v arios pontos do continente portugués e até do extrangeiro, da Hespanha, da França, da lnglaterra e do Brazil afluem centenas de cartas pedind~ informaçoes e esclarecimentos relafivos as appariçoes e as curas consideradas miraculosas. Nota-se urna anciedade geral em todo o paiz pelo conhecimento exacto e completo de tudo o que se passa na Lourdes portugu@sa e de tudo o que a ella diz respeito. Por outro lado falla-se vagamente de um sem numero de curas extraordinarias atribuidas ao pa- ,

trocinio de Nossa Senhora do Rosario da FAtima, mas ignoram-se circunstancias e pormenores que seria conveniente recolher e registar. D'aqui se deprehende qual seja a missao da presente revista. Ella esta natura1mente destinada a constituir um centro permanente de recepçào e transmissao de noticias e informaçoes, propondo-se inserir nas suas colunas tudo aquilio que se relaclonar com o caso da FAtima e fòr julgado <iigno de archivar-se. O unico desejo, o anhelo ardente, a suprema aspiraçiio de todos os redactores desta revista é descobrir a verdade, onde quer que se encontre e seja ella qual fOr. Esta publicaç~o é, pois, um campo aberto a todas as pessoas sinceras e bern intencionadas, quaesquer que sejam as suas crenças religiosas e as suas opinioes politicas, que queiram contrihuir com o seu esforço para o estudo do magno problema de Fatima e para o apuramento definitivo da verdade. Acceita por isso e agradece a sua collaboraçao, se com ella se dignarem honra-la. E creio interpretar cabalmente o sentir daquelles que, numa epocha eriçada de tantas e tao graves difficuldades para a imprensa periodica, se abalançaram a ernpreza arrojada e quasi herolca de lrazer a publico esta revista perfilhando, ao concluir o meu primeiro artigo, as palavras . que passo a transcrever, de um grande pensador francés da actualidade, Gaetan Bernoville. e Dirigimo-nos, escrcve o illustre director da magnifica revista litteraria catholica Les lettres, nao s6mente aos catholicos, mas a todos os espiritos reflectidos e a todos os coraçoes generosos, aos verdadeiros patrlotas, aos verdadeiros trabalhadores. que sabern com que duro labor é feita em todos os dominios a investigaçao da verdade, a todos os homens inlelligentes, a todos quantos ousam pensar. S6 recusamos collaborar com os imbecls, com os sectarios, com os arrivistas, com aquelles que prejudicam urna causa por estupidez ou fanatismo e com aquelles que della se servem em vez de a servirem. A vida é muito curta para que nos reslgnemos a perder tempo em conversaçnes inuteis ou em negociaçòes estereis, mas sempre que encontramos urna personalidade de valor, um pensamento forte e probo, urna vontade recta, urna alma que quer dar-se a alguma cousa de prestavel, detemo-nos para discutir. para aprender ou para amar.• DE MONTELLO -NO-f A, --VISCONOE Cumpre-me ndvertir os meus

benevolos e prundos leitores, e faço-o ho· je de urna vez por todas, de que submetto inteirameote ao juizo da Santa Egreja, corno é indeclmavel dever de um catholico, todos .~s artigos que publicar OP.sta revista, e de um modo especial tudo qu 11to se referir ds appariçoes e curas da Ft\tlma, cujo caracter sobrenatural, se por ventura e teem, s6 ao magisterio ecclesiastico assista auctoridade e competencia para apreciar e reconhecer. V.de M.


Voz dn. Fatima

PROVISAO JOSÉ ALVES CORREIA DA

SILVA,

POR GRAçA DE DEUs E DA SANTA St, BISPO DA DIOCESE DE LEIRIA:

Aos QUE ESTA JlllOSSA PnoVISAO VJREM: SAUD&, PAZ E BP.:NçA.o EM JESUS CHRIS• T0 1 Nosso SJ>:NHOR 11: SALVADOR:

ENTRE

todas as provas com que Nosso Senhor Jesus Christo demonstrou a divindade da sua missao sobre a _terra estao em primeiro legar os m1lagres. Imrierou aos ventos e as tempestades ( ); dominou as ondas do mar ('); resuscitou mortos (3); curou lepr6sos ('); deu vista a cegos (5); ouvido aos surdos (6); fala aos mudos (7); andar aos paraliticos (8); spelando frequentemente para esses prodigios, a fim de justificar a sua doutrina (9). A Santa lgreja tem sido tambem favorecida com milsgres. A sua rapida expansao apessr de tantos obstaculos, a sua estabilidade quando tudo muda no meio do mundo, a sua resistencia :is perseguiç6es ero que ha todo3 os requintcs da ferocidade, os eilcitos admiraveis produzidos pela sua acçao socia I, a constancia dos martyres através dos mais atrozes supplicios-a \ém dos milagre-, e appariçoes extraordinarias pelos seus apostolos e pelos seus sar.tos - sao outras tant~s ~r~vas da sua origem e assistenc1a divinas. O milagre, de si raro, é um signal sensivel excedendo, ab:.oluta e relativamente, as forças da natureza visive) ou invisivel - nao podendo, por consequencia, ser atribuido senao a

Deus.

.

Por 1:xemplo: a constancia dos martyres em todos os seculos e edadcs é superior as leis monies; a ressurreiçiio d'um morto deroga as leis da ordem phisica, assim como as prophecias sobre os futuros livres e contingentes nao se explicam pelas leis intelectuaes. Para que um facto da ordem phisica, moral ou intelectu~I seja miraculoso-nao basta ter a Deus por auctor. Nao sao milagres, no sentido rig.oroso da palavra, a creaçao dv mundo, a creaçiio das almas ou ainda os efeitos sobrenaturaes dos Sacramentos, porque todos estes factos-embora produzidos dircctamente por Deus -sao phenomenos naturaes, nao excedendo a ordem natural. N'uma palavra o mìlagre ha de distinguir-se de taf maneira das forças da natureza cre:.tda que ao presencialo, .possamos ~izer corno os t:i:gypcios a vista dos m1lagres de Moysés-estd

aqui o dedo de Deus I (10).

•••

E podera Deu, ir contra a!\ leis infinitament~ sabias que impoz aos sercs? Ha . le1s1 fundadas sobre u propria cssenc1a ctas cou~as - e, corno taes, imutaveis, absolutas, as quaes o proprio 0cus nao pode abrogar. Sa.o des(•l Mare. IV, 39.-(ll) Mat. VIII, i3-i7.(3) Mat. IX, 18-i6.-(4l Lue. XVII, 17-19.(5) Jodn. IX; Mare. VH, 3:i-47. - (6) Mat. XI, 5. - (7) Mar. VII, 3i-47. - 18) Mat. IX, 1-7.-:9) Joen, X, 37.-(10) Ex. VIIT, 19.

ta especie as leis mathematicas e geo-

metr1cas : repugna um circulo quadrado, corno repugna que a intelligencia fique i ndiferente perante a evidencia percebida. Mas ao lado d'essas leis necessarias e essenciaes ha a considerar as leis phisicas cujo caracter é contingente, tsto é, nao repugna supor a s_ua nao existencia, mudança ou mod1ficaçao por imposiçao d'ordem superior. Todas as maravilhas da industria humana consistem precisamente em modificar as leis da natureza, domina-hs ou dirigir o seu curso. Pode o homem desviar as aguas d'um rio, utilisa-las para a produçao d'energia electrica que nos da luz, calor, movimento .•• Sendo assim, porque niio admitir que a intervençao d'uma vontade infinitamente superior qual é a de Deus, possa tambem produzìr efeitos muito superiores? Por outro lado, o milagre, que é urna man1fcstaçao do poder de Deus, concorre para o esplendor.da sua gloria e bondu.de, vin:io te~temunhar algu ma vt:rdadc ou prece1to que o Senhor quer fazer acreditar ou praticar pela creatura E' certo que o Senhor desdobra continuamente diante de n6s as maravilhas da sua Omnipotencia e Sabedoria. - V cmos a Deus na luz dos astros que rohm sobre nossas cabeços, na terra quc se revolve debaixo dos nossos pé-,, nas ondas q ue se agitam no abysmo dos mares, no raio que fende os esrnços, no sol que :1os alumia, na arvorc ~igantesca da fioresta e na humildc fior dos valles ...

Os Ceus e a terra cantam a gloria de Deus, diz D,ivid (11). Mas cs&as maravilhas do mundo, por serem communs, nao nos comovem corno os factos extraordinarios chamados milagres. E niio ~e diga que o milagre transtorna a ordem da natureza e da sciencia - uma tal objt!cçao nao pode oppor-se.', porquanto d'um lado o milagre é muito raro, d'outro lado acresce que as mod1ficaçot!s, introduzidas no munda materiai, nao lhe alteraram a face nem impossibilitaram as investigaçocs scientificas - Nao s6 os homens mas tamb~m os elementos da naturezo, d'outro lado, t~m iotroduzido no mundo materiai muito mais mudanças do que todos os milajres do christianismo - e comtudo nao destruiram as leis naturaes.

••• Se é certo que o campo dos conhecimentos humanos é muito restricto, se é certo que estamos muito longe de conhecer todas as leis qoe a Sabedoria infinita impoz as crea.turas -tambem nao é menos verdade que conhecemos as forças geraes da natureza relativamente a certos efeitos mecanicos, chimicos, organicos, vitaes, sensitivos, intellectuaes . •• Se ha factos extraordinarios cujo caracter sobrcnatural pode ser de tàl maneira oh.scuro que é difìcil demonstra-lo ha outros cuja sobrenaturalidade é tao manifesta que rasoavelmente nao p6dem deixar de admittir-se corno (11) Ps. XVII, 2.

verdadeiros milagres taes corno: as curas rapidas de lesoes organicas, ou a resurreiçao de um morto, etc .••

•• • Igreja tem

A Santa sido sempre d'urna grande exigencia na verificaçao dos milagres.-O sabio Pontifice Bcnto XIV escreveu um livro cheio de regras admiraveis introduzidas no novo Direico Canonico-para guiar o theologo na discussao do caracter sobrenatural dos factos apontados corno miraculosos. E' conhecida a historia d'um senhor ingle5.t protcsta_nte, que, de pas~agem em ltoma, fo1 apresentado ao 1llustrè Cardeal Lambertini, mais tarde Papa. O protestante sp.resentava duvidas sobre os milagres. O Cardeal mostra-lhe um processo de ca,nonisaçao. O senhor ingles leu e estudou attentamente este processo, e volùndo a restituì-lo, declarou: - «se todos os milagres fossem verificados corno cstes, nada se poderia objectar.» «Pois be;n, respondcu o Cardcal, a S;rnta I3reja nao julga essas provas suffic1entes» .•• (Continua)

Em Lourdes Desde 1890 a 1914 estiveram em Lourdes no bureau das verificaçoes 6.983 medicos, tendo-se verificado nesse tempo 4.445 milagres. , A estes e aos realisados antes e depois daquelas datas temos a acres-' centar os deste anno, alguns dos quaes foram presenceados por peregl1nos portuguez~s. • Entre outras curas foram verlflcadas oficialmente a de Magdalena Rouxel, de vinte e sete annos, atacada de tuberculose pulmonar de que ficou completamente curada, a de Margarida Mortel, de Saint Raphael (Varo), que sofria de peritonite tuberculosa e que se sentiu curada durante a procissAo de 22 de agosto e depois de ter recebido os ultimos sacramentos em virfude da gravidade do seu estado. Registou se tambem a cura de Santina Oatl, de Bergamo (Italia) que ha dez annos sofria de peritonite tuberculosa. Ap6s o banho sentiu-sé subitamente curada. Fol muito comentada a abjuraçao e baptlsmo dum instruido judeu que foi a Lourdes procurar motlvos de zombarla contra a religiAo e acabou por se converter. E ••• assim vae Nossa Senhora continuando a espalhar as suas graças e misericordias I

Pedido O Zz. nio proprietario dos terreno: da ' Cova da lrìa, dssejando manaar tubo· rt.sar os mesmos terrenos , Julgando gae ,: arvor,s melhoru e mais ateli para ali serio as oliveira:, ac,ita r1co1hectdaz:rw1t, gualgo:er oferta d'agaelas 4rvo111 para plantafào.


Voz dt'l; Fat.ima.

frei Pio

O .Rosàrio O més d'outubro foi consagrado por S. S. Leào XIU a devoçào do Santo Rosario a cuja recitaç~o incitou o povo christao em c~rca de urna duzia de enciclicas. Elle mesmo, apesar da multiplicidade das suas occupaçòes, o recitava todos os dias. Hoje nao ha catollco algurn digno de tal nome que se julgue dispensado de trazer sempre comsigo e de recitar o seu terço. E para avaliarmos quanto esta devoçào agrada Santissima Virgern e é eficaz para obterrnos a sua proteçoo basta considerar que aparecendo ern Lourdes, escolheu, corno na Fatima, urna creança que trazia e rezava o terço. U, corno ca, Nossa Senhora trazia o Rosario pendente do braço, nao se retirando nas dezoito apariçòes de Lourdes, senào depois de Bernardete ter terminado a recitaçào do terço. Ca, ha ainda a particularidade de o ultimo dia dos factos extraordlnarios ser em outubro - mes do Rosario e numa freguezia e numa Oiocese, onde a maioria das familias reza o terçl'.l em commum. O Rosario é, na verdade, uma devoçao encantadora. Do primeiro ao ultimo misterio Jançamos urna vista d'olhos sobre toda a vida do Salvador e da Santissima Virgem de quem aprendemos a necessidade e valor da explaçào e 11ofrimento, da humildade, da castidade, e de todas as outras virtudes. Cada Avé Maria é um hynno, sempre repetido e sempre novo, de Saudaçào, Amor e Agradecimento aster~ nuras d'aquela MAe Santissima. Que o nilo esqueçamos n6s, que o nao esqueça este IJOSSO Portugal, a terra de Santa Maria, que Eia ha de mais urna vez salvar.

a

ATENçAO A comlsoAo canon~ca enoarregada de estudar oa acontecimentos da Fatima pede encareoidamente a todaa •• peaa6a• qua a lnformem de tudo quanto aouberem1 queP • favor.1 quer contra elle•, di• rigindo-ae em oa~rta ou pe-,;eoalmente, ao

Rev.m0

Promotor da Fé, Dr. Ma• nuel Marques doa Santo•, Seminario de Lelria.

11 ti mento reltgtoso da Cova da Irfa (Fttlma) No dia 13 do ultimo m@s reatlzou-

se, como de coi;tume, a peregrinaçào

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aquele locai havendo Missa c11mpal e sermào prégado pelo Rev. Cados

A. Pereira Gens, paroco de Our~m. Apesar da Missa i:.er bastante tarde, commungaram, ainda assim, cérca de trin ,~ pessoas.

Um homem a quem o amor de 0eus produz clcatrlzes, donde todos oa dlas brota sangue. Urna vlda que se conserva sem que os medlcos saibam explicar corno. Um organismo que resiste a 60 graus de temperatura. Prodiglos que admlram, e factos que despertam curlosidade e Interesse Multo interessante e edificafiva a biografia d'este frade capuchinho, que actualmente vive num convento da sua orJem, perto da aldeia de S. Jo!o, da cidade de Foggia, antigo reino de Napoles, na Italia. Copiamos do Correio de Coimbra, transcripto do Diario do Minho de 25 de julho ultimo:

«Frei Pio é né! vcrdade um homem cxtraordinario. B.1~ta dizer que tem as rnaos chagadas, corno as do pr6prio Jesus Cristo e q ue foi favorecido por Oeus com essas chagas miracu losas, corno o serafico fundador da ordcm a que pcrtence, o doce «poverello» dc Assis. Muito poucos tem sido ps favorccidos pela ventura rara de beijar essas maos de cbagas miraculosas. Eu tive essa ventura. Assbti a missa dc Frei Pio, contemplei-o durante bastante tempo, folei-lh~ •.. e a minha impressao é tamanha e a emoçao que senti foi tao violenta e tao agradavcl ao mesmo tempo que nao !jci como cxteriorizar o meu contentamento.

Quem é Frei Pio

Nao

ha naquele homcm nada que uao impressione. As fulas, as maneiras, o seu porte, a sua mi~sa ... ah ! sobretudo ve-lo no a ltar, oforecendo o Santo Sacrificio ... cnca nca, hipnotisa. l)a vontadc de ficar ali sempre. Uma tossczinha séca e aguda, que part;!Ce dcspedaçar-lhe o peito, acomcte-6 com frequ~nc1a. Ap1a1r disso qua~i codas a~ ma_nh1is vai ao confos~iomirio . D1z missa com o fervor dum sei-afim. Todo:s os assistentl!S cl1orarn, quando ele celebra. Quando distribue a Sagrada Comunhao procura cobrir as maos com a alva, para que oao vejam as chagas. Estas siio a teda a largura da mao pdo lado da palma e do tamanho dum t<duro espanhol» pelo lado contrario. Tem eguais chagas nos pés. As • piantasi) intdramcnt<: chagadas e por cima chagos em forma de moedas, que lembram duas rosas. Tcm tambem duas chagas no peico, sobrc o coraçao. Todos os dias mana san_gue de todas elus. Tet:m a cor rosa ml!ito viva e ex11lam um dc:licadis~imo aroma. S6 para dizcr missa é q ue as de~obre. F6ra dés&e acto oculta-as com umas luvas. Para vcr-lbas u~um muitos do C5tatanema dc ajudar lhe a misssa. E' pr0cc~o. posto cm pratica por m~t_OS e1,tr.10ge1ros, o q uc ren~c ~o sacnstao uma conta calada, pois disputa-se a custa de apreciuveis gorgetas a .h?nra de ajudar a missa ao santo rellgtoso. Muitos ha ainda que mais para

ver-lhe as maos do que por devoçiio e amor a Jesus Sacramentado se aproximam da Sagrada Mesa. A sua curiosidade oao tarda a converter-se em mistico fervor. Muit0s incrédulos, tocados da candura daquele homcm extraordinario tem pcdido a c0nfissao. Frei Pio nao consente q ue lhe tirem foto8rafias, posto que !ho tenham pe:i1do dc mii mandras, servindo-sc de mii estrarngemas. A sua exiatencia, a conservaçAo da sua vida parece-me ser um c:mtinuo milagre. Pois corno :::xplicar naturalmente quc um homcm continue vivendo com ((sessenta graus dc temperatura?,. Que horror! Os médicos nao sao capazes de explicar o facto, q ue se torna ai nda de mais dificil cxplicaçao, se considerarmos que, em virtude dessa alta temperatura, F'rei Pio esta sujeito a urna transpiraçao abundantissima que o debilita enormemente. Ha muitas curas extraordinarias, factos de bilocaçao, d escoberta dos segredos da alma. A 20 de Setcmbro de 19t8, ao sair do coro desaparcceu dc entre a comunidade. Surprccndidos os religiosos, seus compao hciros, procuraram-no porto· da a parte e dcpois de muito trabalho foram encontr~-lo desfalecido e com as chagas miraculosas impressas no corpo, a carne viva, o sangue fresco. Eram mais pequenas do que hojc e tinham um cheiro muito pronunciado a rosai, qui! ainda conscrvam. Sao muitos ùS prodigios que se contam de Frei Pio. Um dia foi a aldeia de S. Joao e curou um doente que os médicos tinhc1m d eclarado perdido. lsto sem sair do convento ou deixar de assistir com os religiosos seus companhl!iros aos actos da comunidade. Duas v1:zes passou da sacristia ao confessionario duma maneira invisivel. E' frequente descobrir as consciéncias dos que se: lhe confessam, antes de ouvi-los dc c.onfissao».

Voz da Fatima Esta revistasinha, cujo primeiro numero hoje aparece e que se destina a registar os acontecimentos da Fatima, sera publicada no dia treze de cada m~s e destrlbulda gratuitamen te aos peregrinos que ahi forem nesses dias, esperando-se que os que a receberem contribuirao com qualquer donativo para as despezas do papel e impressa.o. Para este fim se abre desde ja neste logar uma subscrlpç4o ficando com direito a receber a Voz da Fd· tima pelo correlo os que nos enviarem dez mii réis (dez escudos). um anonimo • . • • . . 500$000 réis Dr. M. Marques dos Santos . . .••.•.• 10$000 > p_e M. Pereira da Silva I0SOO0 » P.e Augusto Maia •.• I0SOOO • p_e Manuel do Carmo Ooes . .•• • ••• . . 101000 > p_e Joaquim José Car10$000 > valho ••••• • •• • •


LEIRIA, l.S de Novem.bro de 1.9~2

Ano I

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(OOM APROVAç.À.O EOLESIASTIOA) Director~ Proprietario e Edi-tor

Admlnilla'trador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES 00S SANTOS Composto e impresso na Imprensa Comercial, a Sé -

5 annos depois

Leiria

REDACçAO E ADIIHNISTRAçAO

'.RU.A D. NUNO .ALVA'.RES PEREIRA (Bl':ATO NUNO DE SANTA MARIA)

onze horas quando nos apeamos junto da egreja parochial. Em torno d'ella o espectaculo é imponente. LA dentro realiza-se a festa do Sagrado Coraçao de Jesus, festa sobremodo sympathica e commovente a que da um realce e encanto extrAordinario a solemnidade da prlmeira communhao das creanças. Urna multidao compacta enchia litteralmente o vasto e antiquissimo templo e apinhava-se na rua proximo das portas, irnpedindo o ace.esso. Mais de quarenta missas ~e tinhani celebrado alli naquela manha. A' missa solemne comungaram cerca de tres mii e duzentas pessoas lncluindo as creanças. No largo terreiro adjacente egreja veem-se dezenas e dezenas

Atvoreceu o dia 13 de Outubro de 1922, polvilhado da luz de ouro do sol e embalsamado com suaves fragrancias, corno um dia formoso entre os mais formosos do Outono, sem urna nuvem a empannar o brilho do ceu e sem urna brisa agreste a fustigar a terra. Os sinos da capital acabavam de tanger compassadamente as nove horas. Na estaçao do Rocio numerosos peregrinos sobem apressadamente para o comboio da lìnha 4, que esta prestes a partir. Entre elles destacam-se algumas das fi~uras mais distinctas do laicado catholico : professores, medicos, advogados e jornallstas. Ouve-se o sitvo estridente da locomotiva e o comboio poe-se em movimento. Nas estaçoes do percurso surgem de vez em quando grupos de peregrinos ou peregrinos isolados. Em Santarem a 1otaçao do nosso compartimento esta completa. Em Torres Novas apeiam-. se muitos peregrlnos que no dia seguinte de madrugada partirao em trens, camions e automoveis para a terra do mytterlo e do prodigio. Proseguimos a nossa vlagem. Oepois de longa demora no Entroncamento, o , combolo recomeça a sua marcha e · OS TRES VIDENTES DA FATIMA as duas horas e mela apeamo-nos em Chiio de Maçlls. Um carro, que FRANCISCO, LUCIA E JACINTA aguardava a nossa chegada, conduzde vehicutos. Cumprimentamos varlos nos rapidamente a Ourem. No dia amigos e conhecidos que vao appaimmediato, ap6s a missa e o petit recendo de todos os lados. A chuva dlieuner, seguimos para a Fatima, começa de novo a cahh, miudinha e atravez da serra. Durante a noite tiimpertinente! Querendo observar tunha cbovldo bastante. A'quela hora, do minuclosamente, dirigimo-nos a p~>rém, nem urna gotta d'agua cabla pé para a Cova da lria. Pela estrada, do ceu, onde corriam velozes algunum percurso de dois kilometros e mas nuvens que por vezes ensommelo, circularn milhares de pessoas brayam o _sol. Quando, ja proximo de num vaevem continuo. FAtima av1stamoa a estrada que liga Tres quartos d'hora depois avistaVjlla Nova d'Ourem aquella povoamos do meio da estrada o logar, que, çao, ficamos ijgradavelmente surpresegundo os pastorinhos da vislln, fni hendidos e sol)remanelra encantados consagrado pela presença da Virgem com o ~ imiravel acenario que se deSantissima. Urna enorme vaga hum asénrolava deante dos nossos qthos. na, de muitos milhares de pessoas, Sublam a estr~da, numa extensllo rodeia a capella commemorativa das de multos kilometros, inumeros vehiappartç0es, wnl-destrnlda pelo neculos de todas as especles e de todos fando attentado de Março. De toda os tamanbos replectos de gente. Eram

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a parte aflue gente a cada momento. De vez em quando urn, novo grupo de peregrlnos vem occupar o seu posto junto da capella. Todas as provinclas de Portugal, desde o Minho e Traz-os-Montes até ao Alemtejo e Algarve, se acham aqui representadas, nesta grandiosa e incomparavel homenagem nacional de amor e rnconhecimento ~ Virgem do Rosario. La veem os peregrinos do Porto e os de Lisboa, estes muito mais uumerosos do que aquelles. A chu-.a cahe agora com violencia, mas ninguem se retira. Pelo contrarlo, a immensa mote humana engrossava cada vez mais. Muitos peregrlnos rezam o terço em grupos, alternadamente e em voz alta. Urna nobre senhora de Faro volta-se para o irmao, conego da Sé daquella cldade, e com os olhos marejados de lagrimas diz-lhe: • Este espectaculo impressiona-me e commove-me profondamente.> Subito, -0uve-se o som argentino de urna campainha. E' o si .. gnal de que a missa campai vae co• meçar. Celebra-a o vigarìo da vara de Ourem. Um sacerdote de Lisboa sobe a um pulpito improvisado e com voz sonora e vibrante profere durante o Introito os artigos do Credo que o povo repete com calor e enthusiasmo, numa sentlda e tocante proflssAo de fé. Em seguida principia a recltaçAo do terço. J4 nAo sllo grupos isolados que rezam. E' a oraçAo unisona da multidllo, o rumor fremente de una verdadelro oceano d'almas. SAo dezenas de milhares de boccas que erguem as suas vozes para o Cau fundlndo-as numa prece collectiva a gloriosa Rainha do Rosario. Ouve-se d~ novo o som da campalnha. E' o toque de Sanctus. A oraç~o torna-se ainda mais intensa e fervorosa. E' que seapproxlma o momento angusto e soJemne da consagraçAo. Jesus, o rei do Ceu e da Terra, esta prestes at descef sobre o attar, a voz portentosa-do ungido do ~enhor. Logo que Il campainha annuncia a realisaçao do grande my·derio do amor de Oeus, • multi.làci, no .-,rdor da sua fé, curva-sé revi>r:: 111e , l.joelha e adora o Verbo humqnado, occulto aos olhos do corro i,.oh o Vl'u dGS especles eucharis-


Voz da Fathna ticas. Do alto do pulpito resoam as invocaçOes que o sacerdote profere, repetindo tres vezes cada urna d'ellas. Senhor, n6s Vos amamos. Senhor, n6s Vos pdoramos. Senhor, n6s esperamos em V6s. Senhor, curae os nossos enfermos. Sagrado Coraçao de Jesus, tende piedade de n6s. Hosanna, hosanna, hosanna ao filbo de David. O' Maria, saude dos enfermos, rogae por n6s. Nossa Senhora do Rosario, abençoae o nosso Portugal. Ap6s as invocaçòes canta-se o locante e Adoremus in aeternum Sanctissimum Sacramentum.> Resada a ladainha de Nossa Senhora, ministrase a Sagrada Communha6. Mais de duzentas pessoas, num fervor de extase, recebem em seus peitos a Jesus Hostia. O cantico popular e Bemdito e louvado seja o Santissimo Sacramento da Eucharistia,> é repetidas vezes cantado por um còro a que a multidào responde alternadamente. ,fructo do ventre sagrado da Virgem purissima Santa 1\i1aria. • Ha quem veja signaes extraordinarios no ceu. Terminada a Missa, sobe ao pulpito o rev. dr. Francisco Cruz, de Lisboa. Pronuncia algumas palavras, singelas e desataviadas, mas que penetram suavementt:, até ao fundo dos coraçòes. E' um santo que esta fallando. A sua figura emaciada e ascetica, o seu ar acolhedor e calmo, de uncçao e suavidade angelica, a fama das suas iocomparaveis e assombrosas virtudes s6 por si, valem bem um longo e substancioso sermào. Durante cerca de meia hora discorre com eloquencia apostolica sobre a devoçao Virgem do Rosario e encarece a necessidade da oraçao e da penitencia. Concluida a pratica, muitos peregrinos retiram. Mas a maior parte delles tem dif~culdade em arrancar-se daquelle cantinho do Ceu .que seduz e fascina as almas e prende e captiva os coraçòes. Sao talve;z quarenta mii pessoas. Distribuem-se gratuitamente milhares de estampas de Nossa Senhora do Rosario e de exemplares da e Voz da Fatima> que sao acolhidos com alvoroço e proourados anciosamente. 0s treos, camions e automoveis vao parlindo pouco a p<,uco. AB primeiras sombras da noite descem sobre a Serra. Somente alguns rarQs grupos dQ pessoas dos arredores ~e conservam ainda em oraçào IUJmilde e piedosa junto do padrao commemorativo dos sucessos maravilhosos. Entretanto ao longe, nas estr~das e pelo,' atalhos da montanha, Gs peregrinos que regressam aos seus lares, depois de urna viagem longinqua e incoramoda, vao murmurando as auas preces ou entoando os seus canticos reli,ziosos com a alma a trasbordar de urna alegria que nao é deste mundo e acariciando a fagueira eaperaoça de voltarem brevemente a.quelle centro incemparavel de dev.oçao e de amor a Virgem, onde flcaram presos para se111pre os seus coraçòes pledosoli e agradecidos •••

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VISOONDE O~ MONTELLO

· 0s tres videntes da F~tima Francisco, Lucia e Jaclnta Lucia de Jesus, a mais velha das tres creanças privilegiadas, tinha, na epocha das appariçoes, dez annos de edade, feitos em 22 de Março. Foram seus paes Antonio dos Santos, fallecido em 1918, e Maria Rosa dos Santos. Tem um irmao e quatro irmàs, todos mais velhos do que ella. Fez a su.a primeira communhào aos oito anos. Esta actualmente num collegio a educar, com acquiescencla e satisfacçao da familia e a expensas . de urna generosa senhora, que por eia se interessou. E' a verdadeira protagonista das appariçòes, pois s6 a ella se dignou fallar a Senhora mysteriosa. Francisco Marto e Jacinta de Jesus Marto eram primos da Lucia e tinham aquelle nove annos e esta sete annos de edade. 0s paes chamamse Francisco Marto e Jacinta de Jesus Marto e moram, assim corno a mae da Lucia, no logarejo de Aljustrel, que fica situado a ce~ca de um kilometro da egreja paroclual de Fatima, a esquerda da estrada que conduz a Cova da lria. A Jacinta via a Appariç§o e ouvia distinctamente as palavras que ella pronunciava dirigindo-se Lucia, mas nuoca lhe fallou nem tao pouco a Apt>ariçao lhe dirigiu a palavra. O Francisco s6 via a Appariçao, nao ouvindo nuoca o que ella dizia Lucia, apesar de se encontrar a mesma dlstancia e de gozar dum excellente ouvido. As duas innocentes creanças ja nao pertencem a este mundo .• Francisco Marto adoeceu no dia 23 de Oezembro de 1918 com um ataque de bronco-pneumonia e morreu no dia 5 de Abrll do anno seguiate, depois de se ter confessado e de ter recebido o Sagrado Viatico com os mais edificantes sentimentos de piedade. Os seus restos mortaes repousam em campa rasa no humilde cemiterio parochial de Fatima. Jacinta de Jesus Marto, caMu de cama a 23 de Dezembro de 1918, atacada egualmente pela morttfera pandemia que entao grassava por todo o mundo. Essa doença tao longa e tao cruel foi um verdadelro martyrio para a pobre creança, que expiava no seu · corpo innocente os peccados alheios. Morreu em LisbOa, no hospital de D. Estephania, no dia 2U de Ft:vereiro de 1920, tendo-se confessado e commungado varias vezes durante a doença. Affirmou que Nossa Senhora lhe tinha apparecido por duas vezes dias antes, fazendo-lhe varias revelaçoes, condemnando os exageros do luxo e as modas indecentes e declarando que o peccado que levava mais almas ao inferno era o peccado da carne. Os seus despojos mortaes foram encerrados em caixao de chumbo e transportados pelo caminho de ferro, para o cerniterio de Villa Neva d'Ourem.

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V. de M.

To<las as grandezas <la terra, todos os progressos mater1aes 1 toda·;i as pom1;>as do mundo s6 valem quando ser'fem de pedestal para d'elle se Yer melltor o Ceu.

Repetiçao do phenomeno solar de 1917? No dia 13 de Outubro ~ltimo, em Fatima, no logar das appariçoes, durante a ultima parte da missa campai, algµmas mulheres e raparigas do povo que estavam perto de n6s nao faziam senao olhar para o sol e proromper em exclamaçoes de su rpreza que traduziam a profunda commoçiio ~e . q~e se ac~a va/Il possuidas. A princ1p10, nada d1ssemos e ab<.tivemo-nos, propositadamente, de olhar para o sol. Trata-se, pcnsamos n6s de uma illusa.o de creaturas simple; e ingenuas ou de um pheoomeno vulgar de auto-suggestao. Desejam ver e por isso mesmo j u lgam ver o que quer que seja de extraordinario no firmamento. Ao começar a pratica, as exclamaçoes redobraram de intensidade a ponto de nao se podcr ouvir o que o orador dizia. Perdemos entiio um pouco a serenidade, voltamo-nos para as pessoas que em grande numero olhavam commovidas para o ceu e dissemos bruscamente: <eOlhem muito embora, mas façam favor de se c~lar e de!xar ouvir o prégador». V1mos entao urna 5enhora de Lisboa, nossa conhecida, que nao podendo conter por mais tempo a commo-çao deixou cahir as lagrimas copiosamente e volveu-nos um olhar que traduzia a pena que lhe causavam a nossa i ndifferença e rudeza. Apesar <lisso, fitamo-la com um ar severo, pretendendo significar-lhe dessa forma que tanto maior era a sua responsabilidade pelas affirm~oes que implicitamente fazia quanto a sua elevada cultura intellectual e educaçiio religio5a aprimorada excediam a da pobre gente do povo, que imaginava ver signais extraordinarios onde quando muito haveria meros e!leitos de luz, mais apparenres do que reaes. D'ahi a momentos, 04tra senhora, que estava ao nosso !ado e que até entao troçara de todos os que assegu• ravam esrar vendo signaes mysteriosos no ceu, olhou para o sol e, de. pois, voltando-ie para os circunstantes, disse num tom serio e grave: «Mas, realmente, ve-se agora o que querque seja de extraordinario.» Decidimo-nos en:ao a olhar de relance .para o ceu e, com grande surpreza e estupefacçao, vimos deante dos nossos olhos o phe,1omenode 13 de Outubrode 1917 embora com menor intcnsidade e durante menos tempo e sem as explosoes lurninosas desse dia. Arrependemo-nos de ter sido tao severo e tao rude para com o proximo. Concluidos os actos religiosos, traçamos discretamente impressoes s@bre os signaes do ceu . .::om amigos n~sos e outros peregrtnos conheci• dos, que nos pareciam pouco acessiveis as influ<;_ncias da suggestao e da auto-sugsestao. Muitos affirmavam ter visto os signaes, outros negavam, accrescentan~ dt> estes, quasi todos, que nao haviam olhado para o sol. No dia se~uime, na estaçao de Chiio de Maças, um dos espiritos mais cultos de Portugal, com (ar~a folha de serviços a causa da Egre1a e da Patrla1 affirmou-n01 tèr visto durante a m1ss11, um ph~ •I


nomeno inteiramente identico ao de 1917, conforme o descreveram os jornaes daquelle tempo. Dias depois leinos em A Epocha de 16 de Outubro, numa chronica do ·enviado especial daquelle diario a Fatima, umas allusé5es desprimorosas para os que <leclaravam ter visto coisas estranhas, phcnomenos indcscriptiveis. Suppunha o jornalista que esses phenomenos eram productos de suggestao ou de crcndice ignorante, affirmava que tinha olhado o sol e nao tinha visto nada e concluira, dizendo que <rnao acreditava nessas cousas estranhas nesses ~henomenos indescriptiveis qu~ alguns 1ngenuos de boa vontade julgavam ter visto». No dia seguinte recebemos do nosso illustre interlocutor da estaciio de Chao de Maças, escripta da ~ua casa do Alemtejo, urna carta vibrante de indignaçao em que lamentava as cxpressoes do reporter de A Epocha. Quando acabamos de ler esta carta, escrtpta por urna g_rande figura da nossa terra, nota ve! pelo seu caracter, pelo. seu saber e pelas suas virtudes, sent1mo~ sinceros e vivos remorsos do nesso procedimento para com os pobres filhos do povo, de cuja ~implicidade dcsdenhavamos, a semelhan.ça do phariseu do Evangelho, negando• corno o dito reporter, mas com maior respoosabilidade do que elle o quc os outros diziam ver, ma~ qu~ n6s ainda nao viamos... V. M.

Hs curas da \!atima Abrimos neste segundo numero da

Voz da Fdtima urna nova secçào su-

bordinada a epigraphe «As curas da Fatimac, em que todos os mezes iremos publicando, dentro dos limites compativeis com a estreiteza do jornal, a descripçao de curas interessantes de que temos conhecimento e de outras que os nossos presados leitores se dignarem communicar-nos, desejando que o façam sempre com a maior somma possivel de esclarecimentos, pormenores e indicaçoes uteis para o estudo consciencioso do facto respectivo. C~mo s6 a Santa Egreja tem auctoradade e competencia pa'ta reconhecer a sobrenaturalidade de qualquer cura extraordinaria, é claro que submettemos inteiramente ao seu juizo as afirmaçoes e apreciaçoes q~e neste logar se fizerem, estando d1spostos, corno· filhos submissos a repudia~ tudo o que ella por vent~ra achar d1gno de censura no qué aqui .se escrever. Toda a COFrespondencia relativa a .esta secçao deve ser enviada ~o di.rector o ex •m<> e re mo da Voz da Frt,·,,.,,. " ,,.,.,., v. sr. Dr. Manuel Marques dos Santos-Leiria. Do nosso volumoso dossier sObre as curas de Fatima, extrahimos hoje os documentos que em seguida transcrevemos e que os amigos do nosso jornal certamente hìio de Jer com muito agrado. cQuinta d'OttJ-Correio d'Orta ••• _Sr. Visconde de Montello-Junto env10 a V. a descripçao dum mila.ire de Nossa Senhora da Fatima, pe-

dindo a V. o favor de o publlcar quando lhe fòr possivel. Na ocaslllo em que o meu sobrinho esteve doente apparecia no semanario catholico A Ouarda urna série de artigos em que se narravam alguns milagres intercessao da mesma atribuidos Senhora da Fatima e cuja leitura me suggeriu a idéa de recorre_r a San~ssima Virgem sob essa invocaçao, promettendo enviar a V. a descripçao do facto, se Ella se t1ignasse ouvirme. Ja ha mais tempo devia .ter cumprido este meu dever, mas ignorava para onde havia de remetter a carta. Justamente agora tive conhecimen~o do livro publicado por V., com o t1tulo: Os episodios maravilhosos da Fdtima e nelle vejo a maneìra de me dirigir a V. - Pedindo mii desculpas da minha ousadia. subscrevo-me com toda a considt:raçào de V., etc.

PROVISAO JOSÉ ALVES CORREIA DA SILV A, POR GRAçA DE DEUS E DA SANTA B1sro DA n,ocEse

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D. Maria do Carmo da Camara ( Belmo,zte),. Segue o documento a que se refere

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carta que preced'e:

-.Oraça alcaflçada por intercessào de Nossa Senlzora do Rosario da Fatima. - Em prùzcipios de Maio de 1919 tinha um sobritzlto gravemellte cnfermo. Era de compleiçào bastante /roca e, tendo jd 13 mezes, aituia !lii.o tùzha dente nenltum. Ora!ldes eram as mùllzas apprelzensòes e o med;co 11ào ti!lha duvidas sobre a gravidade do seu estado. Qae jazer nesta a/Jliçào? Invocar Maria Santissùna do intimo d'alma para que ifltcrcedesse por mim junto de seu Divino Fillzo e dispensasse a sua matemat protecçfio ao itmocentinlio. Tinha collhecimento da protecç/J.o da Santissima Vireem sob a ùzvocaçào de Nossa Senhora da Fatima peto relato publicado no jornat e.A Ouarda>. Com este novo titulo çz invoquei e, tendo collocado sob o traves• seiro da creança uma porçào de terra do logar das appariçòes, constatei que, logo depois, sem iflcommodo, l/ze appareceu o primeiro deflte, e o segundo justamente no dia treze de Maio, allniversario da primeira appariçiio. O seu estado geral mellwrou e a de11tiçào continuou a fazer-se bem. Assitn fui /evada a reco!llzeccr que mais urna vez a gloriosa Mae de Deu.s por este facto, que considero miraculoso, manifestou a !Ua proteccào a quem assim a invoca, para que desappareçam as duvidas que se leva.ntam sobre a realtdade da sua appariçt!o em Fdtima. Fiz promessa de, sendo ouvtda a mirzha préce, tomar publica a narraçilo que acabo de fazer, · pois crelo, emqua,zto a Eereia 1lilo disse, o colltrario, que mais uma vez em Fdtima a Santissima Virgem veto a terra escolher sitio ond~ um novo sanctuario lhe seja dedicado, para que setts fithos saibam ser fervorosos no cumprimento dos seus deveres dt christàos e caminlzar pela estrada da virtude, que é a que conduz d possivel felicidade neste valle de lag-rimas e a verdadeira e eterna felicidade do Ceu. D. Maria do Carrflo da Camara (Belmonte)-Quirzt.1. a'Otta, 22-X/ -921.» V. de M.

DE LEIRIA:

Aos QUE ESTA NOSSA PROVIS~\O VIREM: SAUDE, rAZ E BENçAo EM Je:sus CttRIS· TO, Nosso SENHOR E SALVADOR:

I

( Contiuuaçiio)

T

ODAS

estas generalidades sobre o miln-

Etre vem o proposito do muito que se tem

dito e até escripto sobre certos factos passados na Cova da Iria, freguesia da Fatima, vi~airaria e concelho d'Ourem. Nao é nem pode ser indiforente a acçiio pastora! que fomos chamado~ a desempenhar nesta diocese de Leiria qualquer facto que se ligue com o culto da 'nossa Santa Religiiio. Mais ou menos todos os dia,, mas espe• cialmente no dia 13 de cada me~, ha na Fatima grande concorrencia de pe~soas vindas de toda a parte, pessoas de todns as cotegorias socii1is que vlio ahi orar e agra decer a Senhora do Rosario beneficios que, por seu intermedio, tèm recebido. Conta-se que no an'.' de 1917 houve alli uma serie de phenomenos presenciados por milhares de pessoas de todos a~ clas~es da sociedade e anunciados com bastante antecedencia por umas creancinhas rudes e simples a quem, diziam, a Senhora nparecera e fìzera certas recomendaço~s. DJhi em <lionte nao mais deixou de haver concorrendo. DJs tres creaoças que se diziam favorecida~ pela Apariçao, faleceram duas antes da nossa critrada nesta Diocese. Interrogamos varias vezes a unica sobrevivcnte. A sua narraçao e as suas resrostas suo simrles e sinceras-nt:las niio Ji:scobrimos nada contra a fé e moral. Poderia exercer 11quela creanç.i, hoje de 14 anos, urna 11~flucncia tal que explicasse a concorrenc1a do povo ? D1sporio ella de tal prestigio ressoal que alli arrestasse aquelas mn~sas humanns 'f l :nror-se-ia pi:las sua'S qualiJades rre.:oces a pomo de fazer com•ergir para junto d'eli1 tantos milhares de ressoaa? Niio é provnvel-tratando-se de urna crennça sem instruçao de especie alguma e d'urna rudimentarissima educaçao. Demais a mais a pequena saiu da terra, nuoca p,ais la &{)areceu - e nao ob,tante o rovo acorre ainJa em maior numero :i Cova J1:1 Iria. Explic1ra ror ventura este ~j11nt11mento o apr.rnvel e pitoresco do locai? Nao. E' um s1tio ermo, vuJgar, sem arhorisaçao, sem agua, longe do caminho de f.:rro, p1rd1.to nas dobras d'urna serra, desp1Jo Je todos os atractivos naturaes. Ira o povo por causa da Capela ? As pessoas devotas tinham editicado alh uma pequena ermida, tao pequenina que oem se podia celebrar a Santa Missa dentro d'ella. No mes de fevereiro d'e1te ano, un~ infelize5 cuja ma acçiio a Virgem Sanmsima perdoe, foram I:\ de noit e e com bombas dc dinamite destruiram-na, lançanJo.Jhe cm seguida o foso. Aconselhumos a 9ue nao se recdificas,e - niio so na previsao de novos a ten tados, mas tambem porque queriamos exr,t:rimentar os mo11vos que levam idi tanunho ajuntamcnto de povo . Poii bem. Lo11ge de diminuir, a multiJiio é de cad.i vei: rn .us nutn~roSJ,

••• A Allctor1d.ide eclesiastica tem-se mantiJo na cxpeccntiva. O Rev. Clero Jesdc • princi~io absteve-se de tomar parte em qualquer manifestaçao: ap:nas uluma'Tlent~ 1 permitlmos que houvesse la urna Missa resada e sermio nos dias de granJe concorrencia popular. A Aucroridede civil tem emprtgado todo~ os meios-inclusivé as penegu1çou, prisoes e nmeaça, da 1od11 11 ordem pua acabar com o movimento reh~ioso nequele logar. Todos esso~ esforços tém ~ido infrutife ros. E nini;nem podera 1dìrrunr q_uc a' Auctorid11dl' eccJeqi~scica imrulwine a fé OMI Ap~rl<;C>-s n:u1to pelo con trùri,, . E111 vista dc quanto acabamos dc ur,or, par~·

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Woz da Fé:thnn.

ce-nos ser nossa ohrigaçao estudar e man. dar estudar es te caso, e organisar o processo ~egunJo a1 leis canonicas. Para este efeico oomeamos a seguiate Comissao: Rev. Joao Quaresma, Vigario Gera! da Diocese. Rev. Faustino José Jacinto Ferreira, P.rior do Olivai e V1Etario da Vara de Ourem. Rev. Dr. Manuel Marques dos Santos, Professor do Seminario. Rev. Dr. Joaquim Coelho Pereira, Prior da Batalha. Rev. Dr. Manuel Nunes F'ormigao Junior, Professor do Seminario Patriarchal, com auctorisaçao de S. Em.cin. Rev. Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves, Prior de Santa Catharina da Serra. Rev. Agostinho Marques Ferreira, Parocho da Fati11Ja. Esca Comm1ssiio agregar4 a si ou proporli a nomeaçfo de ptritos (c. 2088, § 3; 2113 § I e 2). Nomeamos o Rev. Dr. Manuel Marq,ues dos Santos promotor da Fé, o qual receber4, segundo as regras do Direito, o depoimento de tes temunhas quanto possivel ocuJares (c. 2040). Para euxilier o R. Promotor da Fé nomeamos corno notnrio, o R. Manuel Pereira da Silva, Professor do Sem1nArio. Ordenamos a toJos os fieis da nossa Diocese (c. 2023-2025) e pedimos aos de Dioceses extrenhas que deem conta de tudo quanto souberem quer a favor 9uer contra as apariçoes ou facto11 extraordmarios que lhes digam respeico, e testifiquem especlalmente se nellas houve ou ha qualquer exploraçao, supcrstiçiio, doutrinas ou cousas dcpr1mentes para a nossa Santa Religiiio. Qualquer dos membros da Comiss!io fica auctorisado a receber nomes dos 9ue dcvem ou querem depor, os quaes serao chamaJos na devida alturo.

••• lei d11 historia,

A primeira afirmava o grande Papa Lelio Xlll, é nunca dizer falsidades; a segunda é ounca recear dizer a nrdade. A lgreja tem sede de verdade, porque foi fundada por Aquelle que dis$e: 11Eu sou a verdade.... Por isso, se os factos, passados na Fatima, que se apontam corno sobrenaturaes, slio verdadeiros, agradeçamos a Nosso Senhor que se dignou mandar•nos viaitar por sua Santissima Mlie pare augmentar a nossa fé e corrigir os nossos costumes;-se siio falsos, conveniente é que se descubra a sua falsidade. Nos tempos de duvida e desorganisa5ao que atravessamos, é de tal importancia JUI• garmo-nos e estar de posse da verdede que esta conscienc1a basta para resistir a todas as cootraried&des e ,encer todos os obstaculos. A duTida enerva e mata; a verdade ale,nta e vivifica. A verdade é a grande força que a Igreja tem possuido tempre e ninguem lh'a tira. Podem armar contra ella perseguiç6es e fazer correr rios de sansue; podem arran• car lhe os bens materiaes e reduzi-Ja 4 mendicidadc;-escarnece-la e ludibri,-la. A lgreja, de posse da verdade, fica de pé no meio do tumulo dos seus perseguidores.

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Continuemos a invocar a Virgem Mae do Céo, sejamos exectos no cumpr1mento dos nossos Jeveres christiios, sejamoa catholico1 de palavras e de obras, eapalhemos a Oraçlio do S. Rosario e esperemos Pf.lo Juizo da Santa lgreja, certos de quc esto serà o echo do Juizo de Deus. Esta nossa Provisao sera lido em todu as ign:jas e capellas da Nossa Diocese para que d'ella todo1 tomem perfeito conhecimento. LeiriB, 3 de Maio, dia d.L Jnvençiio da Santa Cruz, de

,9,,.

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JOSE,

BJSPO DE lEIRIA

l'\EZ DAS AtJY\AS Judas Machabeu, ap6s um combnte em que pereceram os seus soldados, mandou fazer um peditorio e coviou para Jerusalem as esmola, colhidas, afim de se offerecer ~m sacrificio pelos soldados mortos cm

campanha- pois é um santo e salutar pensamento arar pelos mortos par4 qu.e sejam livres tle seu.s pecados. Tal era a crença na dlìcacia do sacrificio, da oraçiio e das obras boas para suffragar as almas dos mortos.

• Nosso Senhor Jesus Christo, longe de reprovar esta crença- confirmou-a e recomendou-a. Os A postolos prégaram zelosarnente e encareceram esta devoçao. Ajuntae-vos dizem as Constituiçoes l\.postoi'icas,

nos cemiterios, fazei a leitura dos livros sa[!rados, cantae Psalmos em honra dos martires e de todos os santos, e tambem por vossos irmtios qae morretam no Senhor - e ofjerecei depois a Eucaristia.

Esta devoçao atravessou todos os seculos e fixou-se em todos os paizes. O culto dos mortos mereceu a todos os povos o mais carinhoso acolhimento. Fundaram-se irmandades e contrarias de socorro as bemditas Almas do Purgatorio, instituirarn-se legados pios e anniversarios, multipli· caram-se as devoçoes, e os Surnmos Pontifices e Prelados da Santa Jgreja nao se cançaram de exhortar os fieis a applicaçao dos suffragios pelos mortos. E os fieis acudiram sollicitamente a voz dos seus Pastores. E' bem tocante o costume das ementas em que todos os domingos sao le~bradas a piedadé das familias as almas das suas obrigaçoes. Pelas ridentes aldeias do Minho é frequente encontrar, a borda dos caminhos, uns pequenos nichos de pedra, cobertos com a sombra d'um secular castanheiro nos quaes por baixo d'urna pintura representando o Purgatorio se le o comovido brado: «O' v6s que ides passando, lembrae-vos de n6s que estamos penandon. E o carninhante aproveitando a sombra benefica para repousar, ora pelos seus queridos defunto3• e deixa urna pequena esmola no nichosinho. Aqui na Extremadura é deveras impressionante ouvir o e/amor das Santas Almas, que os rapazes dos diffcrentes logares das paroquias vao entoando de porta em porta, n'uma romagern enternecedora, colhendo esmolas para mandarem rezar missas pela~ Almas.

. HOJC,

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Os cuidados absorventes do comercio e do industrialismo, a sede de enriquecer e a ancia de subir na escala socia!, iriio arrcfecer o culto dos mortos? lançar no esquecimento as Almas que soffrem no fògo do Purgatorio? Conservemos lntacto o thezouro dc devoçao que recebemos de nossos paes e leguemo-lo aos nossos vindouros. As Almas .do Purgatorio so(lrem la tormentos inauditos. O fògo que as abraza nao é menos intenso. no dizer de alguns theologos, que o do Inferno, com a diflerença s6 de ser tempor11rio e temperado pela esperança segurà da libertaçio d'aquele tenebroso carcere.

Socorrer as Almas do Purgatorior Assim o exige a gloria de Deus, que no Ceu ternamente aguarda os

seus_ :leitos; a~lm o exige a nossa grat1dao, que nao p6de ser indiferente aos queixumes d'aqueles que no munda sumamente se interessaram po_r ~6s; assi m o e~ige o nesso proprio 111tercsse que, JUnto de Deus, tera os methores defensores nas almas que libertarmos por nossos sufragios.

A. M.

Voz da Fatima DespeHa. Composiçao, impressao e papel de 6:000 exemplares do 1.0 numero..•.. Ctic/Jés e outras despeza~ Soma.• Subscripçao Transporte••..•••• Augusto Reis.•..•..•• Dr. Luiz d'Oliveira.••.. Anonimo.•...••••••• Dr. A. F. Carneiro Pacheco D. Emilia Neves•...... Padre Jacinto A. Lopes•• D. Filomena Miranda ••• Anonimo ••••....••• P.e M. Marques Ferreira D. Joaquina A. Pinto Baptista .......•..•• Um grupo de seminarlstas de Vìseu . . • • . . . . . • D. José Maria de Figueiredo da Camara (Belmonte) . • . • . . . . • . •

Oiberto F. dos Santos .• D. Maria da Conceiçllo Alves de Matos .•••. Manuel Antonio Lopes •• Anonimo ..••..••.•• D. Maria Eduarda Vasques da Cunha •.•... D. Laura de Avelar e Silva D. Leonor de Constancio Padre Joào F. Quaresma Padre J. F. Oonçalves das

Neves . .......... .

220:000 43:900 263:900 550:000 5:000 15:000 10:000 20:000 10:000 10:000 10:000

4:400 10:000

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 7:500 10:000 J0:000 12:000 10:000

10:000

D. Anna Corrente Soares l 0:000 Condessa de Mendia..• 10:000 Padre Augusto José da Trindade.....••..• 10:000 D. Maria d' Apresentaçào D. Oonçalves ..•..• 20:000 Padre Manuel Ant6nio da Concelçao •••••• 10:000 D. Magdatena R. Mendes 10.000 de Matos ••••••.•• D. Luiza Magdalena d' Al· buquerque.•••••••• J0:000 D. Maria Julla Marques Ferreira . ........•• 5:000 10:000 Manuel Ribeiro da Silva 10:000 D. Amelia L. Mendonça D. Aurora Barbara Charters d' A. Lopes Vieira 10:000 Padre Candido Mala •.• 10:000 D. Carolina Isaura Lopes Card oso•••••..••• 6:000 O. Albertina Cardoso ••• 2:000 D. Maria Joana Patricio • 10:000 15:000 José d'Oliveira Dias .••. Soma. • • • • 931:900 O nosso jornal é distrlbuldo gratuitamente nos dias 13 de cada mès na Fatima. Quem envlar a esta redacçao a quantla de dez mli réis tera diretto a ser-lhe enviad:1 A Voz da Fdtima:.

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pelo correlo durante um anno.


LEIRIA, 18 de Dezembro do 1.922

.Ano I

(COM

APROV Aç.A.O ECLESIASTICA)

Director, Proprietario e Editor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto

e

N.0 S

impresso na Im r rensa Comercial, é Sé -

13 de Novembro Na f6rma dos mcses anteriores, realizou -se tambem no passado dia treze de Novembro, na Cova da Iria, a costumada commemoraçào mensal religiosa dos acontecimentos maravilhosos da Fatima. O ceu conservouse sempre limpo de nuvens e o sol dardej ou sem cessar os seus raios vivissimos que distribuiam prodigamente por toda a\ natureza luz e calor. A,o meio dia e meia hora, pouco mais ou menos, principiou a missa que foi celebrada pelo rev. Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves, Prior de Santa Catharina da Serra. Durante a missa rezou-se o terço, entoando-se alguns canticos piedosos por occasiào da cornmunhào. Receberam devotamente o Pao dos Anjos algum~s dezenas de pess0as. Depois da missa o Rev. Dr. Manoel Marques dos Santos, professor no Seminario de Leiria e director da «Voz da Fciti!f18>, a convite do rev. parocho subao ao pulpito e proferiu, de improv~so, urna locante allocuçao, em que d1scorreu sobre a necessidade da penitenc!a para obter a salvaçi'io eterna, fnsando que por penitencia se devia entender sobretudo o arrependimento dos peccados, a confissao sacramentai e a conformidade com a vontade de Oeus em todas as tribulac;òes da vida. Fòram distribuidos muitos exemplares do segundo numero da «Voz da FAtima>, que do mesmo modo que o primeiro numero, despertou, corno era natural, 0 érnalor interesse. Estavam presentes e rea ,te mii pessòas, vindas na sua gra nd e rnaioria, das povoaçòes visinhas. O concurso de fieis ao locai d~s appariçòes neste dia foi muito '1aminuto, se o compararmos com o do~ outro~ méses, por motivos bastan e Qbv,os : a commemoraçao do m~s precedente que attrahiu innumeras o~c:"0~s que nào poderiam voltar C?m fadhdade logo no mes immediato,. a ctrcunstancia de nào passar o anniversario de nenhuma appari~lio, "' g·a 1de intensidade ùos trabaJhos agricolas nesta epocha, etc.

Admlnistrador: PADRE M. PEl?EIRA DA SILVA REDACçAO E ADMl!'ltSTRAçAO

EU.AD- N"UN"O

ALVA:RES l?EREIR.A

(BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

Leiria

se~re, e que no dia 13 de Outubro lhes dirla um segredo. Esta voz correu logo pelos logarrjos em redor mas ninguem podia acreditar, parecendo quasi impossivel que a Virgem baixasse dos céus a terra e viesse aparecer a tres rudes crianças nas chas asperas e aren6sas da Serra d' Aire. E' chegado o dia 13 de Junho e eu desejoso por saber o que se passa encaminho- me para o locai afim de me certificar do que ha de verdade. Eram 11 e a/ 4 quando chego t dita Cova e encontro ali na espectativa umas 12 pessòas. Dirijo-me a alguem e pergunto: Entao onde estao essas crianças que v~em aqui N. Sr. 8 ? e urna voz me responde: espére que ainda nao é tarde. Pasgados momentos eis, af veem elas, acompanhadas LUCIA Dè JESUS, PROTAGONISTA DAS APARiçOES dum pequeno grupo. Ajoelham-seI junto da celebre azinheirinha e4>rinDurante os actos religiosos a mulcipiam a rezar o terço. Conto as pestid au guardou o maior silencio e resòas e vejo que estào presentes umas colhimento, ouvindo-se apenas o 40. Terminada a Jadainha a Lucia murmurio cadenciado das oraçòes di2: «la vem Eia> e manda ajoelhar. recita,fas em comum. i\ntes e depois Principia interrogando e respondendo da 1111::ssa a multidào maravilhada roa algue.m que os meus olhos nào véem deou o poço, de muitos metros de nem os ouvidos ouvem. E' a segunprofundidade, ha pouco concluido, da apari<,,ào e mais urna vez ali aflrma que a agua limpida da nascente, reperante o reduzido numero de espebentando ultimamente com força, em ctadores-porque ainda se lhe nao seguida as primeiras chuvas do Oup6de chamar crentes que Eia lhe tono, encheu completamente, a ponesta dizendo que vem ali todos os to de tra~bnrdar. A's quatro horas da mezes e que a 13 de Outubro sera a tarde raros eram os devotos que ainultima vez e entào dira um segredo. da se encontravam junto da capéla A Lucia volve o olhar através do comemorativa das apariçoes, rezando espaço corno que a acompanhar com as suas ultirnas préces e fazendo as a vista alguem que se eleva e corno suas saudosas despedidas gloriosa estasiada vai indicando o rumo que Rainha Jo Santo Rosario. eia leva até se perder no Infinito. Eu como descrente quero negar mesmo VISCONDE DE MONTELLO até tudo que estou vendo mas contemplando a atmosféra vejo que tudo se encontra turvado. Parece que duas • « ••• correntes de ar opostas se veem encontrar ali levanta11do urna nuvem de Em maio de 1917 · correu um boapoeira. O tempo escurece e pareceto qui: H~s cli , . is - pastores de m~ estar ouvin 10 uin trovào sub-tergado r,t" lo r •c· t.rnd •l o terço em c0ro r,,1. itin da , ·01,a u:i lria, fregueranN). Sinto 4ue a temperatura é quazia d.: F,itinw , lh~!t 1in!J·a aparecido si sobren::itural e tenho medo de esuma senhora vesti la de branco ditar aJi. Regresso a casa pensando em tal k,10meno e cogitando urna mazendo lhes que nào tivessem medo nein <le u intr<:pretM. Minha mlle que erJ N. 5e11hora do Rosario; que perp•.nta-me o que vi, ao que responvies-~em ali tod!'S os me,zes no dia do que nao sei, mas ten!10 a certeza 13 rczm o terço que lhes apareceria

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-----------Sr. Promo tor da Fé

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' Voz da, Fé.t-,in:1n, ' ~---~---~------,-------~--------------------------t

que, embora haja misterio, nào vem a ser bom. Nao quero crer e condeno em toda a parte tal apariçào. No dia 13 de Junho ha muito mais concor-

rencia. Oao-se os mesmos fenomenos que no mez passado. A fama alastra e agora o locai é um dos grandes centros frequentados por pess0as de todas as classes. Em 1~ de Agosto aumenta o povo e quem contem;,la a Cova, que forma urna bacia, dos pequenos montes ou outeiros 'que a cercam vè um espetaculo tocante. Oe toda a parte chegam peregrinos entoando descantes sentindo nos viver umas horas felizes. Jà passa da hora e as crianças nào aparecem; o povo espera impaciente quando corre urna voz pnr cima daquela massa de povo que o sr. administrador de Ourem as tinha \evado. Ouvem-se protestos e quando vào começar a debandar ouve-se uma gritaria e4Jlma onda de cabeças voi ve se para o ceu afirmando cada um o que esta vendo. Eu entào olho para o ceu e vejo as nuvens m11dando de còres e correndo em diversos sentidos. O dia 13 de Setembro amanheceu scm uma nuvem no horizonte. Um sol abrazador nos faz procurar a sombra. A Lucia reza o terço hora lndicada. Segue-se a conversaçào com a dita Senhora e assim que dii: la vai eia, o sol escurece a pontos de se ver a lua e as estrelas que circundam o firmamento. O calòr dimlnue e urna aragem nos vem mimosear a fronte. Entào vet.m -se la muito em cima cortando os ares do Oriente para o Ocidente uns corpos muito pequeninos brancos corno a neve. Ha quem afirrne serem pombas mas ve-se perfeltamente que nào sào aves. Na encosta do lado do nascente estava o reven!hdo Padre sr. Joaquim Ferreira Gonçalves das Neves, paroco de Santa Catarina da Serra, e eu corno vejo que talvez esteja olhando sem ver nada, dirijo-me a ele e pergunto lhe o que ve, respondendo-me que nào ve nada. lndico-lhe urna 1irecçao e imediatamente disse que jà esta vendo. Passado o fenomeno. voJ encontrar o mesmo senhor de joelhos pedindo o terço. Parece-me ser este o primeiro ministro da Egreja que rezou em cornum naquele recinto bemdito. O dia 13 de Outubro acorda corno um dia de oesada invernia, embora a eh uva cala· com lentidào. Durante toda a manhll chove sem cessar. Os caminhos e estradas vào repletos de g~nte que vindas de longes terras nào faziam conta que chovesse ern virtu· de de haver muito;i mezes que nem urna plnga cail. Chegados ao locai 1am acendendo fogueiras até que se apruximasse a hora. Ao loi:ar da Ch·:1ioça, que dista urna legoa, fòram ficar rnuitas pess0as entre elas dois senhores, um sr. F·~rrelra, de Lelria e outro de ao pé das Caldas, que dizt!m . u o tdre e dr. No dia st!guinte, com ll ctwvesse muito e nào estando acostum ,dns ao n~or do tempo, nào podiam seguir viagem demais nào tendo com que se resguardar da agua. Niio havia quem emprestasse guar-

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das chuvas porque os que havia eram poucos para as precisòes. Eu entào peguei num inutilizado e dando-lhe um concerto servlu para um e ao outro emprestei o meu, indo sem ele, . chegando tambem todo a escorrer. Chega-se o momento da apari.;ao e passa-se o que todo o mundo sabe. O sol gira em torno de si mesmo e todos que se encontravam molhados aparecem enxutos corno fui eu um deles. Apareceu um sr. de Leiria a distribuir ilustraçòes com os retratos das tr~s crianças e de N. Senhora, encarregando-me dum maço apezar de me nào conhecer. Odi para o futuro encontra-se ali sempre um movimento de vai-vem de gente dominada pela fé: uns pedindo favores e oulros agradecendo graças concedidas. Vem a gripe pneumonica que assolou o paiz e ai acorrem os crentes formando procissòes nas suas terras, indo através das serras peJcegulhentas e das charnecas desertas, altas horas da nolte, debaixo dos mliores vendavais pedir a essa Virgem consoladora dos af11tos, proteçào e misericordia. A fé vai aumentando e de toda a parte se ouvem afamar os milagres. Eu, apesar de tudo continuava a descrer, seguindo a prudencia da Santa Egreja. Havia 12 anos que eu padecla do estòmago; vomitava tudo que comia. Consulto os melhores medicos com a esperança de me curar por meio da medicina, mas debalde o faço • Estou desenganado mas restam-me ainda os hospitais de Lisb0a corno unico recurso. Dirijo-mc ao hospital de S. José, sou observado pelo sr. dr. Damas Mora, director do Banco do mesmo hospital. Como o meu estado fòsse pouco satisfat6rio o mesmo sr. mandou -me baixar ao hospital do Destèrro onde me operou a 18 de Dezembro de 1917 tendo corno ajudantes (ainda que nào me recorde bem) os srs. drs. Hermano Medeiros e Bai~ bino do Règo. Oevldo ao muito frio constipei-n1e e, fòsse por isso ou por outra causa, no dia seguinte estava ardendo em febre e com urna pneumonia. E' chamado o médico de serviço e, depois de me observar bem, diz que estou irremediavelrnente perdido. Tenho os pulm0es ambos atacados; a febre esta sempre acima de 40 graus. Mandam me aplicar ventosas umas ap6s outras, mas era preciso tornar remédios que combacessem a febre e isso é impossivel porque no estomago nào p6de entrar nada. A operaçào era das mais melindrosas e por conseguinte s6 podia esperar a morte. Estava quasi sempre variado mas, nos pequenos intervalos que tinha lucidez, pensava na minha situaçao e via que era critica. Vejo que m0rro num hospital sem o conforto que os ministros durna religiAo levam as almas n;is negras e a:ribuladas horas; sem v~r cabeceira do meu leito urna màe, lrmàos, irmàs, pess0as de fami~ lia e amigos que me animem e fortaleçam. Antes que baixe ao covai dum cerniterio quero ainda escrever a minha màe dizendo-lhe que m0rro, que

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peça e mande pedir por mim, que ali nào tenho quem o faça. Esse pedido fol feito pelo reverendo paroco de Santa Catarina pareceme que em dia de Nata! A missa das Almas.'Do mundo n~o posso esperar nada e entao vem-me a imaginaçào tudo que se passou nessa Cova bendita, dessa Virgem que disse ser a Consoladora dos afl itos. Bem s~ que tenho de morrer mas é triste nào ter a consolaçao de ver nesse momento cruciante e transe doloroso, em volta de meu Ieito, quem ore e de conforto. Entào animado com urna grande fé peço a Nossa Senhora do Rosario da Fatima que, se possivel fòsse eu ainda poder um dia ir a minha terra ver minha familia, faria urna festa em sua h oora e mandaria prégar um sermlio, indo ao locai rezar um terço. No dia seguinte ja Mo tinha febre e passados dois dias estava completamente curado dos pulmòes. Aos medicos parecia um son ho, quando me julgavam morto aparecialhes curado. Poi a medicina? Nào porque n~o tomei remedios .. Entà~ urna pneumonia e febre a 40 grnus cura-se em trez dias, e por acaso? J escaparia alguem operado do estomago que fosse atacade por urna pneumonia? Que responda quem souber. Poderào dizer que melhorava da mesma forma, mas corno tenho a certeza que so escapei por melo dum grande milagre e da grande fé com que me apeguei com N. Senhora, heide dizer isto sempre e em toda a parte, custe o que c.ustar. Essa promessa mandei encarregar o sr. prior de Santa Catarina de a cumprir assim corno prégou o sermào em acçào de graças na dita festa na pequena ermida da Chainça em Setembro de 1919. A Cova da lria é para mim um cantinho do Céu a quem devo a vida .•• Desculpe V. o tempo que inutilmente lhe tomei. Sou um humilde cat61ico que vejo na religiao que professo o unico pedestal onde o mundo se firma. S. de V. m. 10 a.10 ven. 0 r e obg.0 .-lnacio Ant6nio Marques, de 26 anos de idade, natural da Chainça, freguesia de Santa Catarina, filho de José Antonio Nùvo (falecido) e de Josefa Marques, residente em Lisb0a, Rua dos Herois de Kionga, 43.

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Aos 23 de Novembro de 1922.

lnacio Antonio Marques empregado nos Correios»

lnformacoes uteis As pess0as que quizerem ir a Fatima utilisando a locomoçao ferroviaria, p6dem tornar bilhete para as estaç0es de Leiria, Torres Novas ou CMo de Maçàs, devendo partir na vespera do dia em que desejem fafazer a visita ao locai das appariçòes. Em todas as tr@s estaçòes de caminho de ferro ha carros de carreira, respectivamente para Leiria, Torrea Novas e Vila Nova d'Ourem, mas apenas na de Leiria se encontram sempre logares disponiveis em grande numero. Tambem s6 naquella cidade existem hoteis com todo o conforto moderno, corno o Hotel Llz, o Hotel Centrai e o Hotel Marques, havendo


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Voz da Fatima ainda muitas casas particulares que recebem hospedes. Uma comissao permanente presidida pelo ex.mo Comendador Joào Cortez da Silva Curado, encarrega-se obsequiosamente de ~o_rnecer esclarecimentos e prestar aux11to aos peregrinos afim de conseguirem alojamentos e transportes sem correrem o risco de ser victimas de odiosas especulaçoes. Os reverendos dr. Manuel Marques dos Santos, no Seminario, e dr. Sebastiao Brites, na Sé, darào aos peregrinos as indicaçoes que lhes sollicitarem. Em Torres Novas e em Vita Nova de Ourem tambem se p6dem obter, com relativa facilidade, meios de transporte para Fatima. Lembram nos, entre outras, as alquilarias de Espada e de Francisco Fernandes em Villa Nova d'Ourem e dos irmaos lzidros em Torres Novas. Em 13 de Maio e em 13 de Outubro costuma haver, todos os annos, carreiras de camions de Torres Novas e de Leirla. De Torres Novas o preço de cada Jugar tem sido, até hoje, de dez escudos o maximo, ida e volta, sendo necessario reservar logares com algumas semanas de antecedencia. 0s outros meios de transporte para esses dias teem igualmente ere ser alugados muito tempo antes. De Torres Novas para a f atima um trem para quatro ou cinco pessòas, ida e volta no mesmo dia, nào custa menos de sessenta escuùos. Em occasiòes de pouca concorrencia obteem-se alojamentos ero Torres Novas no Hotel Madeira e em Villa Nova d'Ourem no Hotel Espada e na Hospedaria Centrai de Maria Joanna e irmà. Alguns peregrinos do norte do paiz teem alugado carros em Thomar, onde as alquilarias sao numerosas e estao bem providos de materiai e de gado, para os irem esperar estaçao de Chao de Maçàs chegada do comboio da madrugada do dia 13 e <:Onduzirem-nos mesma estaçào a ftm de tomare111 o comboio da noite. Em Fatima com difflculdades e por favor se conseguir! hospedagem -em casas particulares, de bons camponezes, que nào p6dem proporcionar cornmodidades de especie alguma aos seus hospedes. A distancia da estaçào a villa de Torres Novas é de 7 kilometros, da vita a Fatima cinco leguas atravez da serra e oito leguas por Villa Nova d'Ourem, de Chao de Maças a Villa Nova d'Ourem doze kllometros, de Villa Nova d'Ourem A Fatima doze kllometros e finalmente de Leiria FatimJ quatro leguas.

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Para se 'Cnmprir Rev.m0 Sr. Cltt[!tJU. ao meu cotllzecimen.to que ,no dia 13 do corrente se l,znç,'lram foguetes na Cova d' /ria e até lzavia !;/nh.a para vender no mesm'.J taca/ I Se permiti o culto naquelte logar, f oi com o mani!estaçào d'amor e reparaçào a N iJssa Senhora, cujo auxilio precisamos de rogar, Jazendo penitencia pelas nossas proprias fai-

tas, pelas do nosso querido Portugal e de todo o mando. Aquele lol[ar é d' oraçiio e penitencia. Mais nada. Em vista do que, determino o se• guinte: 1. 0 Nào é permitido o uso de fo· guetes na Cova d'/ria. No caso de algum devoto ter I eito a promessa de os lançar, auctoriso V. Rev.C'4 ou outro sacerdote, no exercicio das suas ordens, a commuta-la, revertendo a esmola a favor do culto a Nossa Se· nhora. 2. 0 Niio é permitida a venda de vinho ou outras bebidas alcoolicas naquelle logar. O abuso do vin.ho é in/etizmente causa de mu.itas profanaçòes e muitas desordens. Nào posso permitir qae o culto a Nossa Senhora seja ocasiào de pecados. Elltarrego V. Rev. c,a , como Parocho d'essa freguezia, de zelar pelo cu.mprimmto exacto d' estas determinaçòes, e, no caso de niio ser obede· cido, o que nào espero, prohibo a celebraçiio da Santa Missa naqu.elle logar, sob pena de suspensào ao Presbytero que ousar faze-lo. V. Rev.c•a lerd este oficio na igreja parochial, de forma que d' elle o povo tome boa noticia para ser cumprlda. Deus Ouarde a V. Rev.c,a leiria, 18 de novembro de 1922.

Rev."' 0 Sr. Paroclzo da Fatima

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JOSÈ, Bispo de Leiria

A Eucaristia

e o Natal

Vae-se afinal comprehendendo que nao ha verdadeira vida christa sem a Eucaristia. lmpossivel a piedade sem a Comunhao frequente. Assim o viio entendendo as almas que por toda a parte desabrocham em ancias d'urna vida espiritual intensa. Urna grande seara loura, apta para a ce1fa, esperando apenas operarios se ostenta no grande campo da lgreja. Nesta tudo gira em volta da Santa Eucaristia, que é o eixo ou o centro deste radioso systemc1 solar das almas. Como Jesus mesmo diz no Santo Evangelho, nao nos deixou orflios subindo ao Céu no dia da Ascenç4o. Ficou realmente presente na Santa Eucaristia. Quando passa nas nossas procissòes é Elle o mesmo que passava pelas ruas das cidaqes.e pelos caminhos das aldeias da Palestina, nada tendo perdldo o seu coraçdo do Amor e compaixao por todos. Nos tronos das nossas lgrejas é Elle que da audiencla as suas creaturas. Nos nossos sacrarios é Elle que as e<ipera, desiluJidas e batidas das ventanias da vida e do pecado. No altar é Elle que se i111:nola medianeiro entre a justiça de Deus t as nossas iniquidades. Na Santa Comunhào é Elle que se déi a n6s para que vivamos a Sua Vi-

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da, ficando Elle a sentir, operar e viver por n6s. Até agora nada perdeu, pois, de Seu Amor. E' por n6s, que agora vivemos, que Elle esta ainda na Santa Eucaristia onde ja nao estaria se a tivesse lnstituido s6 para outros tempos ou outras pessOas. E' certo que todos n6s acreditamos na sua presença e no seu AmOr na Santa Eucaristia, mas o que é tambem verdade, é que procedemos, até os melhores, corno se Elle ali nao estivesse. Nào temos, ordinariamente, para com Elle nem mesmo as delicadesas que as pessòas bem educadas costu• mam ter para com todos. Um extranho e desconhecido para muitos, que somos capazes de passar junto d'urna igreja onde esta e nem sequer pensamos nelle. Quao longe estamos, pois, d'aquelle espirito de verdadeira fé e amor que nos devia animar. Santa Margarida Maria, por exemplo, dizla: «Tenho um desejo tao grande da Sagrada Comunbào que se fOsse necessario andar descalça por um caminho de brazas, parece-me que nada me custaria em comparaçao do que sofreria com a privaçao d'este bem. Nào ha coisa nenhJma que me possa dar alegria senslvel senao este pào de amor; e depois de o receber fico corno que anìquilada deante do meu Deus, mas com alegria tao grande que, algumas vezes, durante a acçào de graças, todo o meu interior esta num silencio e respeito profundo, para ouvlr a voz d'aquelle que é todo o contentamento da mlnha alma. Nas vesperas da Comunhlio sentiame abismada num tAo profundo silencio que nao podia fatar senao éi força, pela grandeza da acçao que ia fazer, e depols de a ter feito a minha vontade era nao beber, nem corner, nem ver, nem falar, tanta consolaç:Io e paz eu sentia. Escondia-me enUlo quanto podia, para aprender a amar o meu soberano bem, que tanto me apertava para que lhe tornasse amor por amor.• Para N. Senhor na Eucaristia devem convergir, portanto, todas as devoçOes. Na Fatima, corno em Lourdes, é Elle que deve ser o objecto principal das nossas atençoes e do nosso cul-

to! Oraças a Deus j~ ha na nossa Olocese de Leiria fregueslas onde as ComunhOes asceodem a c@rca de sessenta mii por anno, o que di urna média de mais de mii por semana. Ao R. Paroco de urna freguesia das mais pequenas da Diocese temos as vezes perguntado: Quantas ComunhOes teve hoje? Poucas, responde elle, s6 49 I Comecemos, pois neste més, urna vida m1is intensamente Eucaristica e assim festejariamos cond1gnadamente o Nata!. Na Santa Comunh:Io teremos a fellcldade de estreitar no nosso peito Jesus Menino realmente presente como outrora nos braços de sua Santissima Màe.


A presença real de Jesns na SS. Encharistia conflrmada pela Historia O menino Jesus na Hoatia Em 1903, os padres Redemptoristas d'Astorga foram dar urna missiio na parochia de S. Martinho de Monzanc:da, arcebispado de Trives. Hav ia poucas esp<:.ranças de resultado, e o desanimo chegou a apoderar-se dos Padres missionarios. Com o Jim de conseguir urna grande assistencia de fieis, annunciaram, para a tarde do dia 20 d'abril, uma illuminaçao extraordinaria, na ocasiao do exercicio chamado de reparaçao. Foi entao que N. Senhor se d1gnou mostrar um raio de sua infinita bondade. Durante a exposiçao solemne do SS. Sacramento, dez fieis que assistiam, d'entre elles o parocho, rapazes e raparigas, de 6 a 19 annos, viram que a Santa Hostia se converteu e transformou n'um formoso menino de um ou dois annos, vestido d'urna tunica. bran_ca. Um d'elles notou que o menrno tJnha as maos crguidas so· bre o pcito e o rosto respla ndecente de raios mais vivos do quc a luz de cem velas, gue compunham a illuminaçao; sete viram-no com physionomia sorridente, os braços estendidos, a face C 0$ maos tao brancas que O comparorom com a cor do papt[ que tÌI b .. m deantc de si para prestar declaraçoes no decurso da informaçao; um s6 viu o corpo do menino, vestido tambem de tunica branca, sem podtr chcgar a ver- os braços e a face, aresar da attençao com que olhava. O rarocho, que <:stava de capa, ajoelhado no degrau do altar, comtemplcu-o durante 20 minutos, vendo os rés e as maos do menino com buracos e seu coreçao descoberto a presentava urna abertura notavel, d'onde lhc parecia ver sa1r grossas gottas de sangue. Urna mulher de 43 annos 8 dias depois, assegurava ter visto 'na custodia, durante meia hora, quando os Pedres estavam a collocar a cruz que costumam deixar nas aldeias corno recordaçao da Missao, um menino muito formoso, vestido de tunica branca com grandes flores de cor encarnada; é a undecima pessoa que disse ter sido javortcida pela visao. Estas informaçoes encontram-se n'utna carta do dr. T. del Barrio, publicada na lolfzpora del Sanctuorlo d'agosto dc 1903 ' O auctor d'eHa carta foi o encarregado pt:lo arcebh,po da diocesse para colh<.r es declaraçocs sobre este facto dlbaix~ de j~ramtnto, e rode obser~ var a s1mpllc1dade e sincl rida de das pessoas fa vorecidas com a vista do prodiij i~. Du e.s ~e~ternunhas, sendo urna o JUIZ munic1pal, arnbas t!ìcolhidas pelo P?VO para attes_tar e assignar as sobr~d1tas dccla raçoes, assc:v<. raram ~ob iuremento que as condiçoc.;s morals dc todos _e de cada um d<•s que depc~crum, ass11n ccmo a c11 (;umstancia de ter<:m presencicdo ~imultaneamentc o prcdigio, retirando-se para suas casas por carninhos differentes e para aldeias difitrrntes; a alcgria e seaurar.ça cc m que elles declaravam o ciue rffirmaram ter visto, sem a me-

nor contradiçao, nao obstante as per~untas quc lhes eram feitas,-tudo Jsto prova d'um modo cluro e evidente a certeza do que declarnvam. Demais o fructo d'essa missao foi abundantissimo corno nuoca, o que esta a mostrar a realidade do facto narrado que alias era a crença immemoravel dos habitantes d'aquella parochia.

O sacerdote ..• Sublime, mas tcmivel situaçao a do sacerdote, vivendo no meio do mundo e nao sendo d'cste mundo ! • , . - Extranho aos negocios do seculo, ao qual com tudo mil la~os o ligam .. ... - Obrigado a ver em cada fam1ha a sua propria, sem pertencer a nenhuma ... Devendose a todos, sem direito de se recusar a ninguem ... - Chamado a curar nos outros as chagas que elle deve ignorar em si mesmo ... - Nao pedindo a seus semclhantes seniio que lhe façam conheccr oc; seus sotrimentos, para lhes deixar os seus prazeres ... - Sempre prom_pto a abrir M desgraçado um coraçao que elle tem de ter _fechado as paixoes ..• - PrC1mpto a 1r onde o seu rninisterio o chama, feliz da solidao que a sua vocaçao lhe creou ... - Indo dos homens a Deus para lhe oferecer as suas oraçoes e de Deus para o h~mem para lhe anunciar o perdao ... -· Conservando-se assim entre o tempo e a eternidadc, o pé sobre a terra onde cumpre a sua missao, a foce voltada para o ceu d'onde lhe veem a luz e a força ! ... Cùmo c;sta vocaç-iio do padre é sublime ! Como ella é temivel para a fraqueza hum&-11a e quanto é digno da nossa sympathia e dos nossos respeitos .iquele, que fiel a0 chamamento Otus a accc1ta com humildade ! O sact:rdote é o homem cujo coraçao comprehcndcu o Coraçi:io de Jesus e que. a seu excmplo, se sacrifica pela salvaçao dos homens' ..• E, em viiita d'isto quem lhe paga a divida de rcconhedmento a que tem tantos direitos ? Porque elle nada pcde, sera isso razao para esquecer esse servo de Deus que, tlle tambem, pode ter os seus sofri~entos, suas_ fraquezas, suas tentaçoes e suas msrezas ? •.• As cruzcs da sua vida sao o dobro das dos outros ! . . . Nao acurdemos a cokra divina esquecendo os seus Christos. - Tenhamos deante de Deus o merito é a gloria de ter ajudado esses paes da:. nossas almas nos seus tra~ttl~C>s e nas suas provas, de os ter ass1st1db nas suas necessidades, afim de que a nossa ingratidao e as nossas friezall os nao forcem a a ba ndonar a n0ssa porta, sa•

ae

cudindo o

po de

seus pés.

O nosso jornal é dic;frihui do gratuitamente nos dias 13 de cada m~s na Fatima. Quem envlar a esta red acç,n a quantia de de.l mii rei.:; tNa dueito a ser- lhe enviada A Vvz da ratima pelo correlo durante um ano.

Voz da Fatima Despez1& Transporte do n. 0 anterior 263:900 Composiçao, impressao e papel de 2:000 exemplares do n.0 2 . . . . . . • • • . • . . 100:000 Outras despezas . . . . . . . 69:970 Soma .. - 424:870 SubaoripçAo Trans porte • . . . . . . . 931 :900 D. Maria da Nazareth d' A Imelda e Silva ...... . 10:000 D. Maria da Conceiçao Ribeiro . . . . . . . . . . • . .. 10:000 D. Leonor Manuel (Atalaya) ....•...•••.• 10:000 Antonio I. Yicente ....• 2:500 José Bernardo .....•• , 10.000 Dr. J. Gago da Camarn .• 10:000 D. Maria José Tinoco Borges .............• 10:000 D. Maria Teresa Moura Pinheiro.......•••• 10:000 P.e A. Santos Alves .... 10:000 P.• Raphael Jacinto ....• lù:000 D. Carolina da Silva Correla de Lacerda Mendes Mimoso .•. , ...•. •. 10:000 D. Estephania Maria da Silva Correia de Lacerda Mendes . . . . • . . . . . . 10:000 Dr. fose Catarino da Si Iva Garcez .•. ........• 10:000 Conego Francisco Maria Felix ............• 10:(10() D. Matilde Guerra Sampaio ...•.•......• 10:000 D. Maria Julia Sampaio Caldas Frazao ..... . 10:000 Dr. José Alexandre Caldas Frazao •.....•... • 10:000 D. Maria da Piedade Paiva 10:ùOO D. Luiza Stadlin . . . . . . • 10:000 D. Maria Salomé Dias Ermida .•..•.••• . ..• 10:000 D. Maria do Ceu Jgnacio B. Morgado (mensa!) 5:000 Esmolas colhidas no dia 13 23:000 Conego F. A. Sequeira •. 12:000 Anonimo .....•..•.• 6:000 P,e Miguel Jorge .•.••• 10:000 P,e Francisco Pereira .•• 15:000 Joào dos Santos Pereira 20:000 Monsenhor A. M. dos Santos Portugal ... , ..• 10:000 Dr. Gonçalo d' A. Garreth 10:000 D. Maria das Dores Tavares de Souza •••.• 10:000 Julio de Moraes •.•.•.. 10:000 D. Elvira Pereira da Silva 2:500 lgnacio Antonio Marques 5:000 P.e Jo4o Lopes Oomes .. 10:000 Francisco Telles d' Andra10:000 de Ratto ..•.•.•• • • Leonardo Reis Baiao .•. 2:500 D. Maria Rosa Cunhal .• 10:000 Antonio Marques Oidio 10:000 A. Rodrigues Pintasilgo 10:000 Julio Gonçalves Ramos .. 10:000 Joaquim Dlas Aroso •... 10:000 Manuel T. de Carvalho.• 10:000 D. Clotilde Raposo de Sous1 d' Alte. . . . . . . . 10:000 D. Maria Yeiga d'l\raujo. 10:000 D. Maria do Carmo Raposo de Sousa d'Alte.. 10:000 D. Maria Carlota dc Mattos Mancellos d' Arai:tao. 10.000 P.e Augusto da Sllva ..• 10:000 D. Celeste Maria de :::,ouza 1O:OOQ Soma • • • l.4'05:400

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LEIRIA, 18 de Janeiro de 1.023

Ano I

(COl\'.I APROVAçÀ.O ECLESIASTICA) DJroc1:or, Proprie-tarlo e E(litor

A.dmlni•trnùor: PADRE M. PE!lEIRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACçAO E ADMINISTRAçAO

Compos to e impresso na Tmprensa Comercial, é Sé - Leiria

RU.A :O- NUNO ALV.ARES PEREIRA (BEATO NtJ,,o DE: SANTA MARIA)

automovel que nos esperava na estrada e que, atravez da serra, nos conduziu a Torres Novas, e dalli, depois de jantar, estaçao do Entroncamento, onde tontamos o rapido Porto· LisbOa das nove horas e trinta e clnco minutos da noite.

13 de Dezembro I

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Como nos m~ses precedentes, realisou se tambem no dia 13 de Dezembro, na Cova da !ria, a 'commemorac.;:Io religiosa dos acontecimentos dl· Fatima .. Celebrou o santo sacrificio da Missa o rev. Augusto de Suusa Maia, secretario de Sua Excellencia Reverendissima o Senhor Bispo dc Lciria, que subiu ao altar improvisado em frente da capéla das appcirìçoes uma hora da tarde (hora officiai). Pouia computar-se em cerca de mli pcssOas a assistencia que nc:'i.,e momento se comprimla em torno da ara do sacrificio. Pertenciam a todas as classes sociaes, mas eram na sua grande maioria humildes filhos do povo. Faz-se silencio profundo, qu.• se mantem durante toda a missa e _todus ,1j oelharn na terra fria e humI .la. ,\ 111ult1dào cheia de profundo !eSflCi!o pela sanlidade do logar e 1mmersa rm piedosissimo recolhirnento, eleva sem cessar as suas preces fervorosas para o Ceu. O rev. José do Espirilo Santo, parocho do Regucngo do Fétal, s6be ao pulpito e C\ .neç,1 a recitar o terço do rosario, i.1l 1ernadam~11te com o povo, que intem mpc cspun taneamente as suas devoçòl!s paniculares para orar em commum. Ao offt>rtorio a recitaçào do ter~o é suspensa por alguns momento:; a um signal do rev. parocho de Fatima qu e, junto do altar, convida es pessòt1s que desejam receber o Pào dos Anjos a levantar a mao ao alto, para se saber o numero de part:cuh1s que é preciso consagrar. A communhllo, emquanto o celebrante destribue a Sagraùa Eucharistla, o povo cntt>a em cOro o 13emdito esse cantico t~o christa.o tào portu~ &uès e tào popular que ~ossos paes nos legaram corno preciosa herança e que tào sentidàmente traduz a devoc;ào da alma nacional ao Augustissimo Sacramento dos nossos altares. Terminada a missa e resadas as ultimas oraç01:s 1 o rev. prior do Re~uengo do f eta! prégou um substanciu~o sermao, que durou quasi Jres quart"s a'hora, tornando para

VtSCONDE DE MONTELO

Tornae-vos e permanecei Anjos. Peregrinar corno Anjo nesta terra coberta de p6 e nào ser ·manchado de sua iòiundicie, passar por cima de carvòes cm brasa sem se queimar, atravessar por entre espadas sem se • vulnerar, quanto isto é magnifico quanto lsto é desejavel I '

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LUCIA DE JESUS E SUA FAMILIA

thema a invocaçào e Auxilio dos chrisH!os• da Ladainha Lauretana. Um dos pontos mais notaveis e mais intercssan tes do seu discurso foi sem duvida aquelle em que demonstrou que a ignorancIa da doutrina christ~. mesmo nas pessOas mais intelligentes e mais cultas, era a causa mais frequente ùo aIheismo pratico e da indifferença ern materia de religiao. Ap6s as cerimonias religiosas, urna grande parte da multidào dirigiu-se para junto do pOço recentemente aberto na rocha viva, cerca de quarenta metros em frente da fachada da capéla. immenso reservatorio estA cheio d agua, a trasbordar, exactamente corno no dia 13 do mes anterior. Muitas pessoas enchem com o liquido cristallino :iumerosos recipientes de varias f6rmas e tamanhos. Sào ja quatro horas da tarde. O povo começa a dispersar. Distribuemse pelos peregridos centenas de exemplares do terceiro numero da e VOZ DA FATl~IA• Alguns fieis narram commovldamente, num tom dc sinceridade irrecusavel e em termos de urna singelez.i encantadora, as graças espirituaes extraordinarias e as curas maravilhosas com que dizem ter sido favorecldos pela misericordiosa Raìnha do Rosario, sob a, invocaçao de Nsssa Senhora de Fatima. A's cinco horas &ubiamoa para o

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Caracter das peregrinacoes a Fatima A peregrinaçào a Fatima no dia 13 de cada mes reveste um caracter intelramente especial, nao se assemelhando de modo nenhum éis romarias e cirios que hoje se fazem em muitos santuarios do nosso paiz e que redundam por via de regra em desprestlgio da religiao e prejuizo das almas. • Os cirios pagaos do sul e as romarlas protanadas do norte nào téem nada 'de analogo nas outras naçoes, constituindo um triste e vergonhoso monopolio do nosso Portugal nos ultimos tempos. Essas manifestaçOes apparentemente rellgiosas sào muìtas vezes sirnples pretextos para divertimentos e folguedos improprios de christàos que o nao sejam àpenas de nome. Nào raro dao ensejo a scenas repugnantes de embrlaguez e devassidllo e originam inìmizades, desordens e alé assassinatos. Sao lnnegavelmente symptomas lamentaveis de accentuacia e profunda decadencia sob o ponto de vista religiose. que a feiçào piedosa e grave das peregrinaçOes de origem recente te•~ procurado deter na sua marcha graduul e progressiva. A E~H:ja tinha tudo 11 lucrar e nada a perder com o desaparecimento definitivo da maior parte dessas romagens assim òesna-


Voz da. Fé.timn.

turadas e desviadas do seu fim primitivo. Mas em Fatima, a terra cto mysterio e do prodigio, ja nào sucede a mesma cousa. A tembrança sempre viva das appariçOes e dos successos maravllhosos de que aquela terra é theatro, a atmospbera saturada de sobrenatural que alli se respira, o temor religioso que insensivelruente se apodera de todos os que se approximam do centro das maiores manifestaçOes periodlcas coltectivas de Indole religiosa que registam os annaes de Portugal lmpedem a explosAo das paixòes humanas e conservam a dlstancia aquelles que por ventura sejam tentados a visitar o locai das appariçoes sem sentimentos de piedade ou pelo menos de respelto. Por isso os peregrinos durante a viagem entregam-se 11 oraçào, entoam canticos em honra da Virgem ou guardam um silencio r<:lativo que nào exctue a vivacidade natural e innocente de gente moça e a alegria sa das conscienclas sem macula. A'-ai 10 horas da manha ha,na egreja parochial de Fatima missa, communhao geral e bençllo do Santissimo, a que os peregrinos devem diligenclar assistir. O sitio das appariçoes fica approximadamente a dois kilometros e meio da egreja parochial. Quando a concorrencia é mais mumerosa e a auctoridade civil nào se tembra de por embargos, organisa-se um:1 tocante e vistosa procis- sào que sahe do vasto e antiquissimo templo em direcçao Cova da lria. Alli, ao meio dia solar, hora sotemne do contacto mysterioso entre o Ceu e a terra durante as appariçOes, celebra-se, sempre que o tempo o perrnltte, uma missa resada, em que se ministra a Santissima Eucharistia, havendo em seguida sermao, que costuma ser prégado nos dias mais solemnes e de maior concurso de povo por um dos. mais dislinctos ornamentos do pulpito. Como a egreja da freguesia esta beira da estrada que conduz ao local das appariçòes, os peregrinos ainda que nlio se esteja realisando AenhtJm acto do culto oostumam louvavetmente suspender por instantes. naquela altura a sua marcha para fazerem urna breve vjsita a Jesus Sacramentado.

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V.

DE

M:

A pureza comunica ao espirito establlldade, A alma harmonia de afectos, é1 fronte serena alegria, aos othos suave e claro brllho.•.

Sllfel"sti~!'lo De vez em quando o correlo traz

a esta ou aquela pessOa, tida por

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piedosa, um postai ou carta em que se recnmenda, ou antes se m11nda resar uma certa oraçiio e espalha-la por um determinado numero de pessOas; e se assim nao fizer lhe ha de suceder alguma desgraça corno a um pai que peto niio fazer lhe morreu urna fllha unica. Como agora recrudesceu a propa-

ganda desta superstlçao avisamos as pessOas sinceramente relìgiosas que receberem a tal ora~o, a que lhe nào liguem a menor importancla, devendo rasga-la e nao a propagar, pois, com os efeitos superstlciosos de premio ou castigo que lhe atribuem, ou é fruto de pessOas ignorantes, que s6 mal fazem verdadeira piedade, ou, talvez até de perversas que queiram arnesquinhar a propria pledade. Toda a cautela, pois, é pouca.

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Nlio imaginamos nunca todo o bem que fazemos quando f azemos bem.

Hs curas da f utima Temos hoje o grande prazer espiritual de proporcionar aos numerosos amigos da Voz da Fatima a leitura de uma carta em que se narra com encantadora singeleza uma cura sobremodo interessante atribulda a poderosa intercessAo de Nossa Senhora do Rosario da Fatima. Tratase duma creança gravemente enferma, em perlgo de morte imminente e julgada por quatro médicos irremediavelm~nte perdida, que principiou a melhorar e se restabeleceu de todo depois de lhe terem sido ministradas algumas gotas d'agua da Fonte que rebentou no locai das appariçOes. Esta carta foi endereçada em Novembro passado ao ex.mo sr. dr. Eurico Lisbòa, dlstincto médico ophtalmologista da capitai, que se dignou permlttir a sua inserçào no presente numero da Voz da Fatima. Em nome da dlrecçfto deste jornal agradecemos t reconhecldamente ao ilustre e benemerito homem de sciencia tao penhorante gentileza, que constltue mais uma prova do seu grande interesse e da sua nuoca desmentida dedicaçao pela obra de Nossa Senhora do Rosario da Fatima. Publicamos a carta com a redaçao, orthographia e pontuaçao da sua piedosa auctora que, sendo de nacionalidade ingleza, se exprime nao obstante na lingua de Camoes com urna facilldade muito rara em subdltos de Sua Magestade Britannica. E' do teor segulnte:

•2 West Il()»Ah Stret New York Citv N. Y . U. S. America 5-11-1922 Ex. mn Senhor Doator Como flz uma promessa de pablicar uma cura se reallzasse, venho por este melo pedir a V. Ex.• a Jineza de o Jazer. Sou inglesa, tenho vivido em Lisboa 11 anos, mas como tenho Jamilia em Nova York, resolvi viver com e/es. Antes de sair de llsboa pedi a umll mulhersinha que I desse sitio de N. S. de Ftitima que me mandasse de Id uma pouca de aima, o que eta multo prontamente fez: e iuntamente um pouco da mesma terra. Ddxei Jisboa no dia 20 de /ulho passado. Cheguei a Nova Yo,k no dia 1 de Aeosto no vapor ,Canada... ffav/a a bordo ama pequenlta cu/os p11is s6o da Syria mas bons Catholicos. A pequenita adoeceu co,N- a febre typhold desde o dia 23 o• 24

de /ulho. Fez-se tudo quanto/o/ pos· sivel para a salvar. /invia 4 médicos a bordo, I fra11cés que é do proprio vapor e.Canada,• I Italiano que so era destinado para a colonia Italiana, e 2 médicos portu[lueses, 1 era empregado para a colo1zia portuguesa o outro viajava para a f'lrovidence para os seus interesses. Esta pobre criança piorava cgda vez mais,· até_que os 4 médicos fizeram juflta ma,s qae uma vez; e o rcsultado foi que nao podia viver. /da pobre criança nem /alava, nem conliecia 1zirtguem nem dava sinals de vida. Os pais estavam como doidos; e al! parecia-me que o poi clzeeou a querer atirar-se ao mar qua11do soube que a fllha ia morrer e ser deitada ao mar. 7iveram que o agarrar. Como tinha eu essa aeua pedi ao medico se dava licença que a menina bebesse um l!Olinho de cada vez. Ele respo11dea-me, pode taze-lo, mas pode crer que esta condenada. NIJ.o passa desta 11oite. A'manhil , nl!o verti. a luz do dia. E todos os 4 medicos dlsseram-me o mesmo. Jmagine, Senhor doutor, qu.1nto rezei que N. S. de Fatima desse vida a essa pobre inocente, cujos pais estavam com/J doldos, fora de si. Metta do vel-os que resolvi a rezar multo pela pobre criança I Com certeza eUs tambem rezavam. muito I So visto I Nào é possivel descrever a qae se passava a bordo com a anci"dade entre as Senlwras pela paure criancinha. E todos com midv qhe f icavamos de quarentena se a menlna morresse a bordo e fosse deitada ao mar. Para finalisar dieo-llle que na notte que a morte vin/la roabar os pals da sua fillza querida, delllze a agua, e eraças a Deu.s ntlo morrea mas começou a mostrar melhoras e Jelizmente desembarcou para continuar o seu tratame11to no hospital de Providmce. Como sempre tornei interesse neste caso, escrevi aos pais para dar alguma noticia a respetto dessa men.lna. Vinlta noticias satisjatorlas atl que ha uns 2 mezes que eta jd est4 boa de todo. Prometl de escrever a V. Ex. para a publicaçilo corno sei que o Senhor doutor é bom Catolico e tem grande devoçiio a N. S. de Fdtima. Nào mando publicar os nome& porque os pais nem sabem que escrevo ao sr. doutor. Peço que me desculpe se for incomodo. Sem mriis assunto de V. Ex.a M. 10 obg.da ( Miss) M. C. BARRES P. S. So depols de tomar a aeua de N. S. de Fatima que a menina começou d melhorar. Com toda a certeza f ol um ml/agre. Peço descutpa dos borròes e erros mas estou com pressa.-Barres.• ~I. J!! V. Nosso Seohor a Santa Catarina de Sena a proposito da Santa Con1Unhao: «se tu filha tlveres aces 1 urna candela e todo o mundo cIIegar a acender luz nela nao repartiri:ts a tuz e o fogo sem se diminuir? E nao te parece que levarla mais luz n que trouxesse urna vela e um clrlo mélior?•


-------------------'-..........;V:...!o~z~~d~n,~~F:_ . ~a~t~i~m~a~----------- - - ..

Como se regenera urna paroquia A

vos. o Sacerdotes (Moloch I,-6)

. O Santo Cura d' Ars pode ser con.s1derado coma modélo dos padres Apostolos da Eucharistia. Um dia urna pessoa extranha ~ Ars veio confessar-se ao Santo Este obteye d'ella, nao sem alguma ·resiste~cia, que commungaria todos os quinze d1as. Um pouco mais tarde decidiu-a a faz~l-o todos os oito dias e depois mu1tas vezes por semaaa. Como ella se queixasse de ser s6 .a Santa Mesa oa sua paroquia, Monsenhor Vianney diz-lhe: e Prometeime ganhar alguma de vossas amigas a vossa causa.• A coisa parecia difficil. Contudo a zeladora conseguiu e depois de ~lgumd tempo levava ao seu director ua s e suas amigas que tinha conqu 1Sfa~o. O Santo diz-lhes: « Douvos seas mezes. Voltareis depois mas cada urna ha-de trazer duas ou tres pessoas resolvidas a commungar ao rnenos em cada domingo.• Oeclara_ram a empresa impossivel mas ao hm de seis mezes voltaram doze: 8 paroquia estava transformada e O paroco veio pessoalmente a Ars para agradecer ao servo de Deus. _Qual é o paroco (e até muitos leigos) que nào possa imitar este ,e~emplo?

Certe lntereaaante Sr. Director da cVoz da Fatima> . Um devoto da Senhora do Rosa110 da Fatima, nao mandando o conçao por nào poder, envia todavia o pequ~no 6bulo de 20$00 (que vai J~nto) pedfndo a V. a flneza de env1ar um numero da e Voz da Fatima» durante um ano a A. H. R. _ Caixa postal 453-Rio de Janeiro. Como relato, tenho a satisfaçao de p~rticipar a Redacçào de que V. é d1gno director, que ja mares em f6ra em pieno Allantico,-llha da Madeira, Càmara de Lobos,-a intercessào • earinho~a da 5enhora da Fatima se fez sentir: Trata-se dum pobre pescador que, .andando havia um mes na pesca do .atum, nào tlnha ganho um ceitil. Esse pescador por signal era meu Pae.-A esposa em casa, chela de penuria, prometeu 10$00 a Senhora da f .itima se nesse dia o ma rido que est~va no mar, ganhasse 50$00. Nào sena milagre, mas a coincidéncia de nesse dia (era no més de Dezembro 1 ransacio) ter éle ganho nao 50$00 ma_s 7os_oo, s6 ao v61o se deve atribuir, pois o meu Pai contando ja os seus 50 ~nos nuoca ganhou tanto num s6 dia I Tenho presente a carta em que me relntaram o facto e, para mawr prova, terlam ja recebido nessa redaçAo (a nllo ser que fasse dirigida ao Rev. 010 Paroco da Fat,ma) a esmoJa em cumprimento da graça .()btida. ••• 6-1-~23 De V. etc. cUm devoto da Virgem Senhora da Fatima•.

TEB8EJIIOTOS EJD PDBTD&Hl ~iio hou ve s6 o. de 1755 corno mutta gente podera Julgar. Pela nota que a seguir publicamos se vera. que o nosso paiz tem sido por varins vezes provado por tremores de terra ns vezes bastante violentos. A 29 dc fevcreiro do anno 309 houve um espantoso terremoto em Por• tugal, cujos c0eitos destruidores se pro~unciaram em todo o paiz, sendo sentrdo em quasi toda a Europa. Em 382 houvc outro que se sentiu em quasi todo o mundo, principal· mente nos nossas possess6es ultramarinas; muitas ilh ls fòram submergidas, das quais ain:ia hoje se veem algumas emincncias em frente do Cabo de S. Viccnte. Em 1033 (z9 de junho) succedeu a um cclipse do sol um grande terremoto no nosso paiz, seguindo-selhe esterilidadc e fome. Em 1309 (22 de fevereiro) houvc um grande terromoto em Portu ooal ' quc se propagou a toda a Europa, s~ndo os cstragos causados proporc1onaes n extcnsao da propJgaçao. llouve outro c:m 21 de setembro de 1318. . Em g de dezembro de 1320 repetlram-sc trcs vezes os abalos no espaço de tres horas; o primeiro foi grande, o segundo maior, e o terceiro tao violento, que se estendeu a tod~ a Europ:1, causando enorme panico. . Em IJH houvc um terremoto em L1sbo11, ,1uc dcstruiu a capclla m6r da Sé, mnndada _levanrar por D. A~on_so IV; arru1naram-se muitos ed1~c10s e morreu muita gente, Em 13,5 houve dois, e qualquer dellcs importante: um em 11 de Junh0, outro cm 4 de agosto. Ambos foram prcceJidos de sécas enormcs. Em 24 ~e agosto de 1356 tremeu todo o 1:1110 durante um quarto de hora_, e tao f~rtemente, que os sinos tanij•am p~r s! mcs1'!1os; a capella-m6r da Sé de LbbòJ abriu-sc, c·1iram muitas casas, e as que resistiram de pé ficaram arruin11dissimas. Durante este anno repetiram-se os abalos varias vezes nao s6 cm Pormgal, mas em lkspunha e outros paizcs. Este terremoto foi muito semelhant(! ao que soff1cu o n~sso pJiz em 153 t e 1755 • Em 1356 houve um que durou 30 segundos, sem causar estragos. O mes• mo acontcceu em 1395. Em 1504 reinand_o em Portugal D. Manuel, houve vanos abalos violen~issi!]1o~, q~e subverteram povoaçoes mtcrras e l1Zeram andar toda a gente fugida pelos campos. Em 7 dc janc1ro de 1531 começa a sentir-se grandes tremorec, de terra em todo o reino, ~ne obrigara_m os moradorèS das vrlas e cidades a ~air p.:1rJ ~s campos. Em Lisbòa fo1 ma1or u rmpres.,io, e Jiz-5e que nos seus arredorl!s se subvcrteram m oJ lt:t'i P<> vottçoes. No di I in ,io mesmo mez foi tao viùlcnto o sbalo, que lançou a terra mu1to:!I palacios, 1grcjas e mai., de _1:?00 . cas~s, dt:ixanJo as restnntcs 1ohab1tave1s e matsndo grande numcr:> dc pe~.,a.1s. Este abalo propagou-se por mais

de 6o leguas. O Tejo saiu do seu leito, alagando os campos. No mar a agitaçao foi tal que muitos navios foram a pique. Tambem soffreram muito S11nta· rem, ~lmeirim, Azambuja e outras povoaçoes. . Em TSS r (28 de janeiro) parccia em Lrsboil que o ar estava em fogo. Chove? agun da cor de sangue e sobreve1~ um terremoto, em que cairam mais dc 200 casas e morreram mais de 2:000 pessoas. Em 7 de Junho de 1575 houve no• vo abalo. Em 22 de Julho dc 1597 caiu em Lisboa uma grande parte do Monte de Santa Cathilrina. Este monte era eminente ao Tcjo no mcsmo sitio cm quc existe hoje a igreja parochial do mcsmo nome. Naquelle locai havia r 10 moradas de casas, formando trcs grandes ruas e um caes de pcdra a borda do rio. A's 1 1 horas da noite daquele dra o monte oscillou e submergiu-sc arrnstando todas aquell:is ruas, que dcsaparcceram num momento. ~ao ha memorias que provcm ter hav1do tremar de terra nessa ocasiao. Siio muitas, porém, as opinio~s o fa. vor daquelle phenomeno. . E_m 7 de agosto do mcsmo ano, na. rr_be1ra de Alc,intara (em Lisboa) rcuniram-se com grande ruido dois mont_es quc estavam separados, subindo 60 palmos um v.ille que os dividia ficando C:ite dep'lis excedenJo em 3d y,almo» os reforidos montes que antes o dominavam. Em 15913 (8 de j ulho) tremeu a terra cm Lisbò~ com tanta violenci::1, quc ~ gente ca,a po~ terra, e as casas tremram, fazenda ca1r os moveis. Repctiu-sc mais vezes com curto intervallo de tempo e com igual energia. Neste anc, principiou em Lisbò \ n pc'ltc, quc durou 5 annos, matando 80:000 pesi;oas. Em 16:.,9 houve muitos fortes trcmoc:cs de terra, mas i;ern perigo; o pamco era .enorme e constant.:·, niio houve, porem, estragos. Em 1722 (27 de dezembro) houve no Algarvc um violento tremnr de terra, quc, apesar da sua pouca dura_çao, causou muit?s _estragos. Em Villa Nova de Port1mao fìcarnm nr• ruinadas a igrcja do Collegio da Companhin, a igreja e convento dos Capuchos. Em Tavira cairam 27 moradns de c11sas, ficd ndo as resta ntes arruinadas. Em Faro cairam muitas casas e o torre da C11theJral. Em Loulé fìcou destruido o convento dos Capuchos. O ca,;tello de CastromJrim soffreu mu1tos estragos. Este. tremor de terra plrece ter si• do dev1do a urna erupça.o submarina entre Faro e T3vira; attribue-se a cste logo subcerreneo ao facto de c;e verem em janeiro e Dczl!mbro as arvores cobertas de foth 1s e flòres, e pouc• depor<i colher11m--;~ frutos sazonados corno no mcz dc: junho. D1.:p1.. is ù'cste furiuidavel ab1lo cujos cll..:itns fmam mu1tissimo desa;trol>QS1 i;epuiu-5e um p::riodo de repouso paru 11ortugal. Ch~·~ou fi nall!lentc o anno dc 1755, quc tau f~tal fo, par., o O<J,;s, 1 p .lll I! p;iru m u1to:. oulros, exccdcnJ0 po-


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rém todos os limites os dcsastrcs que aqui succdcram. Desde cntao outros abalos de terra tecm sidos sentidos mas nenhurn de tanta intensidadc e serios dcsastres como o de z3 de·abril dc 1904.

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A verdiiclCira pureza é tambem a luz do teu corpo. Eia comunica-lhe um certo esplendor, reveste-a de dignidade e beleza e lmprime-lhe um caracler celestial indescriptivel, que se salienta admiravelmente sobretudo em oposiçlio ao vicio aviltante e aborninavel.

Voz da Fatima Deapezae

Transporte • . • . . . • . • . N. 0 3 (na tipografia). . • .

424:870 112:50ù

Outras despezas . • . . . . .

26:000 Soma •. 563:370

SubaoripçClo

Dr. J. Coelho Pereira ... O. Maria Carolina Mendonça . .. .. . .•• . ..• D. Luiza Vadre Santa Marta (Andaluz) . .. .. O. Maria José de Lemos

10:000

Queiroz. . . . .. . . . . .

10:000

D. Emilia Fernandes Martins d~ Carvatho •.... Dr. Emico Lisbòa . . .. . . D. Cawlina Pinto Mendonça .. ' • ...... . . . D. Atberllna Julia da Silveira Atbuquerque..•• O. Marin Antonia Caldas Fraz:io Plnto da Cruz •.• Joào Sabino Caldas ...• O. Maria da Graça Duarte

10:000 10:000

15:000 20:000

10:000 15:000 • 10:000

20:000

Santos....•.... .••

12:000 10:000

nandes . . .......•••

10.000 10:000 10:000

Dr. Weiss d'Oliveira ..• D. Maria Bagulho fer-

Franl'isco Lehcastre . ..• Alvaro Sergio Rosa Mela Esm olas colhid.ts no dia

47:350

rand:t...•.. . .• • •.•

10:000 10:000 . 10:000

de Coimbra .... . ..•

D. Macia de Jesus Oriol Pena . .....•.•.. . •

P.• Antonio dos

Santos

D. Octavia Marini Garcia Ig~acio Antonio Marques Jerunimo Sampalo ....• C< ,me Fcrreira de Castro

M.iria Ribau . ... . ••.•

Um devoto de N. A. ( A. H. R.) .•...... ... .•

D. Matilde Barreto...• . D. Margarlda Manoel Pin-

to Coelbo ... , . . . • •

Francisco de Paiva Boleo P. 0 M. J. Rosa Nascimento

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 2:500 10:000 10:000 10:000 20:000 10:000 10:000 5:000 10:000

O nouo jornal sora deatrlbuldo 1ratultamente na Fatima nos dlaa 13

fle cada més.

Ouem t.nvlar a e1ta redacçao a quantla de du mli réis tera diretto a atr-lt.o Uiviatia a VOZ DA FATIMA,

iuranto um anno.

Foi descobccto ha pouco pelo Padre Pedro Bergamaschi1 director espiritual no seminario ae Montefia:>cone (em Italia), num convento de benedictin11s da mesma cidade, um manuscripto da abadessa ~Iaria Cecilia Baii, que ali viveu a partir de 1731,onde se relata avida interna de Jesus Christo e de S. José, dirada por Elle mcsmo a referida serva de Deus. Estao publicados dois volumes (quc tcmos presente) em italiano rcfcrcntes ti vida interna de Je~us Christo tanto na. sua vida particular como publica, andando a tratar-:;c da publicaçfio do volume sobre a vida de S. Jo~é. Ao lèl-os corno quc vamos st!guindo o fio de todos os pensamcntos do Salvador e sentimos as pulsaçoes do seu Coraçao adora vcl. Parccendo-nos que poucos leitorcs do nosso jornalzinho terao conhecimento do assumpto e quc ncles haveni urna n.1tural e justific,\da curiosidude e interesse dc conhecer o contc.uJo das rcferiJas rcvelaçifos, comcçarcrnos hoje n traduzir para nqui alguns capitulos a principiar pdo que diz rc:1peito a convcn,iio Je Santa Maria Mngdalena para quem foi dita a prirncirn vez, ao quc parecc, a tocante e consolaJorn parabola do Filho Prodigo. c-Na Bethania- Gom lazaro e Marta (voi. 11. pag 332)-Tinha muito n peno a !\alvaçao daquelns almas quc cu jJ. via que tao bcm :;e aproveitariam du minh ;l preg3çfo e da · graça. Por i~so dirigi-me com O!\ meus apo~tolos para Bethania, para prégétr onde residla Marta, senllora multo prif1cipal e devota , com l azaro seu

irm(lo.

13 dc llezembro.. .. . p,e M•guel Ribeiro de Mi-

p,e \hel Alves de Pinho O. Alzjr a Vieira ...• . •• Jo::i., Severino Gago da c:unara...•.. . .. .. Ag11s1inho Marlinho Vieira D. iAntoui ,, Bispo Auxiliar

VIDH IHTJBMB BE JESOS GJIBISTO

Tinh;t tambcm muito a pcito a convcr~uo de Madalena, sua irrna, que era multo petadora e escandalosa. Ntio habitava por!m com elles mas residia num lugar que lite pertencia m'Jo multo lo11ge de Bethariia, para poJer, com mais hb.:rdaJ1;; viver a seu copricho e ia muitas vezes a /erusalem para fazer presa dalmas, de que o demorlio se servia para Jazer cair a ittcautajuventude nos seus laços. 0cscjava o meu Coraçao quc esta pccadora pubi ica vi esse depressa no arrt:pendimcnto e por isso andava, como um vea<lo sequioso, pela sua salvaç;io. Caminhei portanto p:tra Bethania onde i't tinha chegado a fama du minha prcgaçao e onde ;\1arta e Lazaro dcsejavam muito vcr-me e conneccrrne. Entrando, pois, naquela terra com os mcus apostolos onde cheg:.imoo; muito cançados e atlictos cm v1rtude da lon~a viagem, orci ao Pac e lhe pedi pela convcrsao daqucle povo e nlgum alimento para os mcus apostolos qui:! estavam muito ncccs,itudos porcontìnuos sofrimcntos e trnbalhos. Promcteu-me o Pac quc atcndcria as minhas ;;urlicas, corno fc2. Prcguci ali, onde dcpois da minha entrada ~e tinha juntu j.i muitu gente para ver-mc e ouvir-rnc e onde cstavu mmbem Lazaro. Ficaram todos admirndos da minlu divina subedoria e cclcsti11l doutrina e interiormen-

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te comovidos com as minhas palavras. -que eu lhes apreseotava com o cos• tumado zelo e fcrvor-louvavam o meu Pae por este me tcr mandado a elles. P<Xii muito por estcs ao meu Jivino Pae para que fossero iluminados e conhecessem a verdade que eu lhes pregava. E efectivam1::nte muitos ereram em mim. Terminada a predica, quando estava com os meus apostolos conhecidos de Lazaro, vendo este a nossa necessidade de alimento mc pediu que fos5e a sua casa com el !es. Reptl tnndo-se indigno de reccbcr-me cm sua casa, ganhou no entanto nnimo para convidar-me vendo a neccssidade que tinha. Aceitei o convite que com. tan· ta humildade me fez . Caminhei com os meus apostolos para casa de Lazaro, onde estava Marta sua i._::na a espernr-mc e fui por ela recebido cortezmente e co/Tl grande amor. Olhei para Marta com vulto sereno e olhos compa~ivos, a qual apenas me viu ficou ferida do mcu amor e com toda a cortezia mc lntroduziu em sua casa com os mcus apostolos. . Conhecendo a neces!">ida.Ue que cu tmha ~ os meus Apostolos prcparounos alimento com toda a solidtude. Antes de comermos fiz um breve discurso sobre a:. grand<:zas do meu divino Pae para infiamar 110 r;cu amor toda a gente quc ali cstava e para nugment,tr em ~lana a ùcvoçao e té para com a minha pessoa. Com este discurso ficnram todos in{hrn1dos em amor para com o meu divi.no Pae e para comigo e cu fiquci muno consolado pda boa vontade que eocontrava nos meus ouvintes, principalme:,te Marta e seu irmao Lnzaro, o qual foi depois meu querido e amado discipulo. P. (Conun(u)

Argumento deeisi'VO . Monsenhor Falliza, vig1rio apostolico da Noruega, conta esta interessantissima entrevista: No começo da nossa fu ndaçlio cm Tromsoé, veiu ter commigo um pro~cstan_te desta cidade e pergu ntou-me 11 que1ma roupa: -Padre, ainda ha papa? -Clara que ha, meu amigo, aioda ha um papa em Roma. A Igrcja Chatùlica nuoca esteve sem chcfe. -Pois, entao, inscreva-me jd no r6l dos catholicos. -Com muito gosto; mos, porque torna urna resoluçiio tao repentina? -Nada mais facil de entcnder. Luthero, fu ndador da no'isa religiuo, disse: e l~u serei a morte do p,1pa». Ora, se hoje, passados tn:s seculos e meio, ainda ha papa, Luthcro men. tiu, e Dcus niio csco_lheu para tun lar ou reformar a Igre1a «um mentiroso11 . Portanto, a obra de Luthtro n:io vale nada e nao serve p.1rn a salvuçao Je minha alma . Volto por isso a lgrcja que Luthcro nao devia tcr traido e abandonndo-a Egreju quc tem um papa. Era cl 1ro e logico. O born protc~tantc fez-se catholico. Com elle voi• tou a verdadeira fé t°'la a sua farnilia e forma hojc o esc6l da parochi~ dc Tromsoé.


LEIRIA, 13 de Fevereiro de 1.023

Ano I

(CO.l.\tJ:

N.0 5

-~Pfl0'1'" ., A()ÀO ECLESIASTICA)

Director, Proprietario e E<lit.o1.·

.A.dtnlulstrado~·: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

DOUTOR .MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACçAo E ADMrNtSTRAçAO

RUA D- NUNO ALVARES :PEREIRA

Composto e imprtsso na Tmprensa Comercial, li Sé_ Leiria

13 de Janeiro A chuva que cahiu abundante e benefica nos dias que precederam immc,.1iatamente o dia 13 de Janeiro fez desistir muitos fieis, sobretudo os que t>ram de terras distantes, de levar a tffdto a piedosa romagem que tinham projectado para esse dia. Tamb~m nos hesit.imos mais de urna vez perante o sacrificio que a peregrinaçao a Fatima debaixo de chuva representava e s6 na vespera, ao vermos o tempo melhorar e o sol brilhar num ceu sem nuvens, cortamos por todas as hesltaçOes e tomamos definitivamente a resoluçào de partir. E nào ficariamos bem com a nossa consciencia se nao fizessemos o que o nosso coraçào nos pedia. Quem ao menos uma vez foi a Fatima e se embebeu oa atmosphera que alli se respira, quer em dia de grandes manifestaçOes, corno em 13 de Maio e em 13 de Outubro, quer mesmo em dia de diminuta concorrencia, corno durante os meses frios e chuvosos do inverno, sente a necessidade irreprim1vel e quasi o dever de la voltar no dia 13 de cada m~s. por maiores que sejam os incommodos que tenha de soffrer, se obrigaçòes imperiosas nao obstam realisaçao de ta.o consoladora viagem. fol, pois, em face da dupla perspectiva de satisfazermos urna doce aspiraçAo da nossa alma e de empre• hendermos de novo a peregrlnaçao a f atima em condlçòes favoraveis de tempo que tomamoa o comboio da manM do dia 12 em direcçào a Torres f':'ovas, onde jantamos e donde segu1mos noite para o Pedrogam. Oalli partimos as dez horas da manha d~ dia seguinte, depois de auvirmos missa, para a Fatima, atravessando a serra <1' Ayre. O dia estava esplendido. Nào se divisava urna nuvem no firmamento, nlio soprava a • mals ligeira brisa, e o sol, diffundindo thesouros de luz acariciadora, aque• eia o ambiente communlcando-lhe urna temperatura s6 propria dos dias Jepidos da Primavera e do Outomno. De vez em quando encontramos aa aublda da serra pequenos rancllos

a

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F,tchad,t d,1 historica egreja da Graça de Sa11tarem onde repousam os dtspojos do i11sig11e descohridor Pedro Alvares Cabrai

de home11s e mulheres que se dirigem, a pé ou a cavallo, para a Fatima. A's onze horas e mela transpunhamos a orla do planalto de Boleiros. Dahi em diante a estrada ja nao é tao ingreme e tao accidentada. Um rapaz dos seus quinze annos, vestido decentemente, approxima-se do nosso carro, pedalando na sua bycicleta. Terminara como n6s a as• censao da serra e estava offegante e exhausto de cansaço. Discretamente iRterpellado acerca do objectivo da sua viagem feita em condiçOes Ulo incommodas, respondeu que tinha vlndo de Lisbòa na vespera e seguia em direcçào a Fatima a fim de lr buscar agua a fonte das appariçOes para seu pae que se achava gravemente enfermo. Eram iObremodo comrnovedoras a fé religiosa e a piedade filial que o levavam a emprehender uma vlagem tao longa e tao fatigante oa esperança de proporcionar remedio ou lenitivo aos males .dt estremeci<.lo auctor dos sews dias. En{retanto atravessimos o Balrro, a Amoreira, Bolelros e Montello e cheg~mos ao pé da egreja parochlal

(B&ATO Nl'NO DE SANTA MARIA)

de Fatima. E' quasi meio dia e mela hora. A partir daquelle ponto, nos tres kilometros de estrada que a inda nos resta percorrer, os peregrinos retardatarios sào mais numerosos. Passamos junto do pae do Francisco e da Jacinta, os dois videntes que morreram victimas da epidemia broncopneumonica de 1918. Da estrada avistamos o locai das appariçOes. Cerca de duas mii pessOas rodeiam a capella commemorativa das appariçoes que, bastante damnificada pelo attentado dynamitista de Março do anno passado, tinha sido restaurnda depois do dia 13 de Dezembro ultimo. A' J hora officiai principia a san- ~ ta missa, rezada pelo rev. parocho de Fatima. Ao mesmo tempo s6be ao pulpito o rev. parocho de Ourem, enicla logo a recitaçao do terço em commum. A multiùào, atenta e devota, ora co.-:1 fervor. A' elevaçào, interrompe-se a reza do terço, fazem-se as invocaçoes de Lourdes e em seguida canta-se o Salutaris. As préces sublimes do Psa/terio de Maria continuam a elevar-se para o Ceu. Entretanto de todos os pontos vem accorrendo novos peregrinos. Approxima-se o momento solemne da communhào. O respeito> o sllencio e o recolhimento toroamse ainda mais profundos. Dezenas de fieis de ambos os sexos preparam-se para alimentar as suas almas com o Pào dos Anjos. Começa a distribuirse a Sagrada Eucharistia. A multidao, em unisono, entòa o ' popular e commovente -.Bemdito e louvado seja•. E n'uma interrupçlio rapida, o ministro do Altissimo, com urna voz sentida e brilhante, reftete do alto do pulpito, as bellas e piedosas invocaçOes de Lourdes: ,Senhor, n6s vos amamosl Senhor, n6s Vos auoramosl V6s sois Jesus Cbristo, o Filho de Deus vivo! V6s sois a resurrelçlio e a vldol Senhor, se quizerdes, V6s podels curar-mt.:I Senhor, dizei uma s6 palavra e eu serel salvo! Jesus, filho de David, tende piedade de n6sf. Termlnada a missa, o rev. parocbo de Ourem principia o sermlio tornando para thtma as palavras Dominare

,


Voz dn. Fé."tiD'.ln.

nos tll et Fillns tuus do livro dos Juizes, c. vm, v. 22. Palla das virtudes da Santissima Virgem, do prestigio que Ella exerce sòbre as nossas almas, da necessidade que temos de a imitar. Conclue declarando ter pré- · gado o sermào em acçao de graças por um beneficio extraordinario que um fiel presente obteve da poderosa Rainha do Ceu. Depois do sermllo retira-se a maior parte dos peregrinos, ficando apenas alguns grupos de devotos a rezar junto da capella ou a encher reciplentes com agua da fonte maravilhosa alé que, proferlndo uma ultima préce e dizendo um adeus derradeiro formosa imagem da Virgem do Rosario, se pòem tambem a caminho das suas terras, cheios de saudade dos momentos ditosos passados naquele verdadeiro cantinho do Paraiso.

a

VtSCONDE DE MONTELLO

Oprojecto dos sanctuarios A piedade dos fieis deseja ardentemente levantar no locai das appariçòes um monumento grandioso em honra da Augusta Mae de Oeus. O projecto acolhido com mais enthusiasmo é o dà construcçilo de um templo no cimo do outeiro que domina a Cova da lria, no sltio onde os videntes dlzem ter-se dado a primelra appariçào, e de quatorze capellas ladeando urna avenida que conduza da estrada districtal até ao templomonumento. Este sera dedicado coroaçao de Nossa Senhora e as capellas aos outros mysterios do Rosario. Para cstas obras era absolutamente ìndlspensavel encontrar agua. Mas num raio de muitos kilometros nllo apparece agua na Fatima senllo em pequena quantidade e proveniente da chuva recolhida em charcos e ci~ternas. Por isso urna comissào de habitantes daquella povoaçao tomou a iniciafiva de mandar proceder a sondagens nos lerrenos adjacentes capella commemorativa das appariçoes. A prlmeira sondagem foi feita em 9 de Novembro de 1921, depois da prirnelra missa campai, a distancia de quarenta metros da capella. Tendo começado os trabalhos de manhA, ao meio dia ja todos os operarios saciavam a sède com a agua que forrou abundante da rocha viva. Nos ultimos méses de verlio a agua quasi desappareceu, depois que recomeçaram os trabalhos destinado~ a tornar maior a capacidade do poço, vendo se apenas lacrlmejar urna das paredes. Em princlpiod de Novembro de 1922, concluidas as obrns do poço, que tem agora muitos metros de profuod1 ia,de, a agua limpida da nascente, rebentando com força, em 8e~uida 4s 1rimelras chuvas do Outomno, encheu completamente o vasto resf rv atorio, corno tlveram occasi/io de vellflcar os nurnerosos fiels que em 13 desse m!s vlsitaram o togar das ap,ariç0es.

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V.

DE

M.

88 HPPBBIODES DE LOU~DES I

Bernadette Lourdes é urna pequena cidade dos Altos Pyreneus, graciosamente reclinada num oasis de verdura, em torno duma vetusta fortaleza que da encosta da montanha parece querer despenhar-se sobre ella e esmaga-la com o peso formidavel da sua mole gigantesca. Ao longe, na direcçao do Occidente, avista-se a flecha aeria da Basilica que semelha um dedo esguio apontando para o Ceu. A egreja, branca corno neve e assente no fianco de enormes rochedos, é ja por si uma appariçao que enche de alegria e esperança quem a contempla illuminado pela fé. Encanto e maravilha para os olhos, é-o ainda mais para a alma que se lembra de que dalli, daquelle logar bemdito, a Mie de Deus viu esta formosa paisagem, esta natureza deslumbrante, as ondas azuladas do Oave e todas estas alegres montanhas, polvilhadas de luz. As collinas que servem de moldura a pequena cidade e a tantas recordaçòes formam os ultimos contrafortes dos Pyrineus que veem expirar na planicie. tllas ja nao teem a rigidez nem a aspereza da cadeia de montanhas, descendo em suave declive e arredonclando os seus cabeços maravilhosamente entrelaçados. O Oave de Pau curva-se e f6rma quasi um semi-circulo para ir oscular a base do velho castello e receber a leste o ribeiro de Lapaca, depois corre em linha recta e passa rapidamente em frente da montanha das Espeluncas, assim chamadas por causa das numerosas cavernas abertas nos seus fl 1ncos. Outrora chegava até muito perto da gruta de Massabielle, que rtava sòbre a margem dì· reita no mesmo sitio em que o canal do Savy, misturado com o rib.eiro de Merlasse, que se despenha da collina, vinha perder-se nas suas aguas limpidas e transparentes. O Lapaca fazia trabalhar varios moinhos, entre os quaes o moinho de Bolv·, que estava sendo explorado havi.1 muito t mpo pela hmilia Castérot. Ern 1841 o chefe desta famllia, Justino Castérot, falleceu, deixando quatro filhas e um fil ho, Joao Maria. A mais velha, Bernarda, era casada com um honrado operario de Lourdes, a segunda, Luiza, que tinha dezaseis annos, resolveu mudar de estad1> para explorar o moinho. Escolheu para seu marido Francisco Soubirou'\, jovcm moleiro, que nao tinha outra tortuna senlio os seus braços. O casamento realizou-se na egreja parochlal dc Lourdes a 9 de Janeiro de 1843. Tendn-the a Providencia dado por esposa urna donzella que possuia alguns bens dc fortuna, Soubirous julgou-se rico e tornou-se desculdado no J?Overno da casa. Indolente por natureza, vigiando mal o fabrico, fornece11do quasi s6 farinhas defeituosas e, para mais, pouco aff.lvel e Insinuante, perdeu muito depressa a sua clientela.

Luiza parecla n~o dar por isso, nao tendo feito nada para suspender esta marcha vertiginosa para a ruima • .Por outro lado os filhos tinhamse tornado numerosos em poucos annos. O mais velho, uma menina, nasceu a 7 de Janeiro de 1844 e receb~u no di'a seguinte no baptismo o nome predestinado de Bernadette, ou filha de S. Bernardo. Fol madrinha sua tia Bernarda. Ella foi acolhida com alegria, porque a casa estava ainùa prospera, realisando-se urna grande festa no moinho por motivo de tào fausto acontecimento. Seis meses mais tarde Luiza conheceu que D~us a havia abençoado de novo e teve de deixar de amamentar a filha. Urna mulher de Bartrés-aldeia que ficava muito perto de Lourdes- Maria Aravant, que perdera pouco antes um filhinho de pou cas semanas, tomou conta da Bernadette e levou-a comsigo para a sua terra. Depoìs de a ter conservado em seu poder durante quinze méscs, a ama restituiu-a avida de familia, mas dedicou sempre grande affeiç"io a esta menina que ella alimentara com o seu leite. Bernardette era de compleiçào debil, de sau:ie enfermiça e estava ja atacada de asthma que bastante a opprimia. Crises de tosse frequentes sacudiam e devastavam o seu pequenino e delicado peito, e os paes, que começavam a sentir as angusHas da miseria, careciam dos melos necessarlos para lhe proporcionar urna alimentaçào substancial que era incompativel com os seus humildes recursos. A ruina da casa consumava-se pouco a pouco. Em 1855 Francisco Soubirous nao podendo pagar a renda do moinho do Boly teve de ceder o logar a outro mais diligente. Entao alugou no bairro de Lapaca um casebre, para onde foi morar com os seus seis filhos. Pessoalmente a sua situaçllo agravou-se tambem. Dahi em diante viu-se obrigado a trabalhar a dias, expiando assim duramente a sua lamentavel imprevidencia. Mas a pobreza tornou-se ainda maior e attingiu taes proporçoes que elle teve de se refugiar na antiga casa de detençao, chamada o carcere e situada na rua dos Pequenos Fossos. Esta casa deshabitada que ninguem querla por causa das tristes recordaç0es que evo~ cava, pertencìa a André Sajous, parente de Luiza. Esta circunstancia animou Francisco a pedi-la para habltar; foi-lhe cedlda gratuitamente e nella ìnstallou-se com sua infeliz familia. Era urna habitaçào escura e insalubre feita para os presos. Assim a pobre Bernadette conheceu ainda muito nova o que quer que seja das angustias e das privaç~es da gruta de Belem. Todavia os paes tinham continuado a ser pess0as honradas, christAos cumpridores dos seus deveres e conformavam-se nobremente com ;\ sua dolorosa situaçao, niio acusando 11inguem e atribuindo unlcame,,te 1 si proprios, a lnfollcìdade do SP.u viver. Franclsco entregava-se agorn com ardor ao f rnbalho e, vendn a filha mais velba doente, abatida e tiritando de frio, querla que ella vestisse


Voz da Fatini.a com mais agasalho do que as outras; em vez das papas de milho que constituiam a refeiçlio da familia, compra. va-lhe bom pao de trigo e até um pouco de vinho em que a mae tinha o cuidado de deitar umas colheres de assucar. Estas preferencias, por mais justificadas que fOssem, eram a causa de pequeninas invejas e despeitos que na ausencia dos paes se traduziam por verdadeiras perseguiçòes. A h umilde e encantadora crean· ça, dotada de urna doçura e mansidlio sem egual, deixava ordinariamente as irmas e ao irmaosinho o seu quinhao privilegiado e sobretudo nao se queixava nuoca ao pae. (Versiio do fr ançezl

A

QUAl~ESMA A Qaaresma, commemorando os quarenta ~ias e quarenta noites que Jesus Chnsto, em seguida ao seu baptlsmo no Jordlio, passara no deserto, abr~~nos um periodo de penitencia, punhcaçao e preparaçao para a festa da Paschoa. Segundo S. Jeronymo, o numero 40 anda associado a idea de pena e afflicçao. Durante quarenta dias e quarenta noites cairam as chuvas do diluvio, durante quarenta annos peregrinou o povo hebreu pelo deserto, em castigo de sua ingratid~o. Quarenta dias esteve o propheta Ezequiel, por ordem do Senhor, deitado sObre o seu lado direito, para figurar um cerco, que havia de ser seguido da ruina de Jerusalem. A Quaresma offerece-nos um meio ~fficaz para aplacarmos a colera de Deus e purificarmos as nossas almas. O principio da penitencia verdadeira esta no coraçao. Recordemos os exemplos do Fllho prodigo, da Peccadora, do publicano Zacheu e de S. Pedro. Partlndo porém do coraçao, sob o impulso da graça, a penitencla ha de traduzir-se em actos exteriores -0e abstlnencia e mortificaçao, a exemplo de Jesus Christo e conforme os preceitos da Egreja. Assim corno sob o nome de Jeju.m a E2reja comprehenJe todas as obras de mortificaçào chr1sta, tambem ~ob o nome de ora· çao abrange todos os piedosos exercicios com que o christilo se dirige a Deus. A frequencia mais assidua do templo, a assistencia ao santo Sacrificio, as leituras piedosas, a meditaçào das grandes verdades da salvaçào e dos soirlmentos do Redemptor, o exame de consciencia, assistencla as prégaçoes, a recepçilo dos sacrame11tos da Penitencia e da Eucharlstia,-els os principais meios de santificaçào compr<'ht'11didos na Of.u;Ao. N I tempo da Quaresma, n chtistao unir-se- ha, logo le~de que despertar, é1 s1ota Egreja, que começa os psalmos de Laudes pM estas palavras do Rei-Propheta: Tende compaix4o de

.plim, o Dtus, seeundo a vo~sa erande misericordia. - M/c;u, re mel, Deus, secundum maellam miserlcordiam 7uam. Atina! n6s s6 trau.~formamos o munda, na medid1 ecn que nos transformamos a n6, mesmos. Para que o fogo 1,e propaguc, é preciso que ele ~rda em n6s. Com um1 candeta apa· ,Bada nao se accnde outra.

AS GURAS DA fAIIMA Carta do Exmo Sr. D. José Maria de Ptguelredo Cabrai da Camara (Belmonte) « ••• Sr. Com os rneus respeitosos curnprimentos, vou apresentar a V. o relatorio, que talvez se nao possa chamar milagre, mas que foi um grande favor e uma grande graça que N. Senhora fez a urn men conterraneo que aqui habita em Otta, que tem ido muitas vezes a Cova da lria e propagado muito aqui a devoçao a N. Senhora do Rosario da Fatima. Se· gue o relatorio feito por elle e que • para aqui copio ipsis verbis: e Dia 12 de julho de 1922. Indo eu a Fatima torci um pé dando urna grande queda sobre uns pedregulhos no caminho para Vlla Nova d'Ourem onde cheguei em muletas para as quais apropriei uns paus que me emprestaram. No dia · seguinte, 13, dirigi-me para a Cova da lria onde apareceu N. Senhora do Rosario minha madrinha, e pedindo-lhe que me melhorasse, dei um banho ao pé na agua do poço, achando rapidas melhoras. Comecel logo a andar sem muletas. Poucos momentos depois chega a imagem de N. Scnhora do Rosario em procissào e nesta occasiào voltando a banhar o pé fìquei quasi bom. Oepois de agradecer a N. Senhora segui para Vila Nova d'Ourem onde entrei sem muletas, o que causou a admiraçao de muitas centenas de pessOas que me viram ... /osé Ramal/to.•

Outra carta (da Ex.ma Sr. Dona Laura de Avelar e Silva, da Quinta da Commenda-Alcanhoes): c21 d'Outubro. ... Sr. . . . Sornos umas crentes e apaixonadas da Fatima, pois tendo recorrido ja por duas vezes em grandes afliçoes a N. Senhora da Fatima, fo. mos de pronto socorridas. Urna vez quando de doença grave de urna sobrinhinha, que mal começou a tornar a agu I vinda <la Fatima começou sen. tintlo consideraveis melhoras e ja foi no dia 13 a Fatima a agradecer a Nossa !:>t:nhora o tel-a curado. De outra vez, fez precisamente no no dia 13 etneo annos, quando nos dirigiamos para Fatima estivemos prestes a ser victimas de um grave desastre de automovel, invocamos logo Nossa Senhora do Rosario da Fatima e Immediatamente ficamos sai· 8

vas.

Todos os que vi ram o que se passou e as pessOas que teem passado ao locai. e sabem o perigo imtn~nte em que estivemos, do unanimes em di· zer que s6 por milagre escapé\mos. Ja vé V •. • que nào podemos del" xar de ser devotos de Nossa Senhora da Fatima!• • ... Sr. Pedindo mii desculpas de me tornar tao maçadora vou pedlr a V .•• que publique Ra Voz dt1 Fdtlma mais

urna graça alcauçada pela agua que eu de la trouxe em maio. Um vizinho meu com urna pneumonia dupla desenganado pelo Sr. Dr. Leal, da Lourinha, estava na ultima, ja tinha afliçao na gart:?anta. A pobre mae ji lhe nào queria dar remedlo algum porque o seu filho estava prompto. Eu disse-lhe que era bom dar-lho porque emquanto havia vida havia esperança. Oepois vi tudo tào aflito por causa do fil ho que estava prestes a partir d'este vale de lagrimas e falei com a madrinha do doente e disse-lhe que se tivessem fé verdadeira lhe dava urna gotinha da agua de Nossa Senhora. Responderam-me logo que sim. Vim a minha casa e levei a agua a madrinha e tia d'elle que foi logo dar-lh'a. O doente bebeu e respondeu que aquela agua era beota, que antes queria da da fonte que a gente gasta. Naturalmente extranhou o gOsto. Disse eu A madrinha que logo que o doente bebesse agua, resasse tres Avé Marias a Nossa Senhora com multa devoçilo e eu vim para minha casa e comecel a fazer urna novena a Santa Rita de Cacla por intençao da Senhora do Rosario da Fatima e se o doente melhorasse mandar dizer urna Missa a Nossa Senhora. N~o sei se a mande dizer ou se mande o dinheiro para a Fatima .•• etc. Estrada (Athouguia da Baleia).

Celeste Maria de Souza•

SE JREDITBSSEJIIOS Dlii PDUGO ••• Que admiravel é o systema solar! O sol é o scu centro. Em voltJ delle gravitam oito grandc:s planetas e cm volta destes giram varios satl!lites. Atravessando os orbitas plan1:tarias, os cometas percorrem o espaço em di versas direcçoes . O sol tcm em volume 1.40+:82! vezcs maior que o da terra. A sua distancia desta é de 38 milhoes dc le• guas e a dos outros planetas que gi• ram em volta ddle, varia entrc 1; milhoes (Mercurio) e 1:147 mtlhoes de leguas (Neptumo). Este ph1neta gasta cerca de 164 annos e m ·1 > a dar urna volta a roda do sol Urirno, 84 annos; Saturno, 29 annos; Jupiter 1 1 an nos, etc. O espaço que o systema solar oc• cupa no ce':1 é de 7 milhoes de l,'.g-uas. E, todav1a, o nosso mundo é ape· nas um ponto no espaço, uma uniJa. de no complexo dos mundos. O telescopio revela-nos que cada estrela é o centro de outros sy.;temas; e existem milhoes de estrelas! A distancia e as dimeosO:!S destes milhoès de muodos espantam a nassa imaginaçao! A luz percorre 77:000 legua ... c.1da segu ndo e todnb o alpha 1-'. Centaur,;, qut é o mais proximo 110~, ga:.tou trez anno~ e oito mc1. ira fazer ,h~gar 11té n65 a sua lut ~ estrella pol.ir ~lstou 55 annos. 1\ .~,.m-1is remotas, vis1veb :i p ossos ol!w-., : mpr1:1r11ra1.1 .2:j1Jo or;rnos! if comtuJo, :it ., ~unJos in ,l ~ra· veis, I-rnçaJo:; 11 0 ,,;:;p.1ço com u n I ce-


Voz de. Fatima

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leriJade tao prodigiosa e com direcç,ocs tao diversas fo rmam um acordo e hnrmonia assombrosa ! Como n6s somos pequeninosl T odos que se dizem cristao~ sao sioceros com eles mesmos? E' cristao quc. m nao vive cristamentc? A l>Ua profìssao publica dc fé nao sera uma cspécie dc hipocrisia, pois dcsmentem com a vida o que professam com a

1toc.,? ...

Se o nosso catolicismo fosse desta ra~a, seria e;Léril,-como flores artific1ars que nao chegam a produzir sem ente. Traz,se as vezes o catolicismo nas atitud<:s, corno urna fior rara ao peito-porquc é elegante. Clama-se, e com razao, contra a falta de libcrdades rcligiosas, mas nao se usam as que se tém, indo por exemplo a Mis-

sa ...

Dcus é muito santo, pa ra ser um objccto de adorno. Quem ere n El e, rende-se, Lhe todo. Pela fé e rista da.se um passo fatai que nos lança na •.• Vida Extraordindria. Quem vive cm Deus, n5o mai,; vive cm si. A Vida divina e a vida banaL excluemse.

Fé em Deus Via-se, ha tempo, um rapasinho sentado a beira da estrada em frentc dum britador de pedra. -O' rapaz, grita o cantoneiro, ja t~ disse que niio te ponhas ~deante de mim que podes levar com algum estilhaço de pedra. -E' que eu, disse o rapaz, queria vér isso que vocemcce traz ao pesco-ço. Para quc traz esse dinheiro ao pcscoço, tio Joao? -!sto nao é dinheiro, homem. E' urna mcdalha que trago para que Dc,;us me ajude e me defenda, meu

rapaz. -Meu rae esta sempre a dizer que nao ha Deus e quc tudo isso é uma historia. -Sim? Elle diz isso? E apanhando um calhau da-o ao rapaz dizendo-lhe: torna, leva esta pe· dra a teu pae e diz-lhe que faça ou• · tra corno ella.

«Matosinhos, 4 de Fevereiro de 1923.

... Sr.

Nao seria comovente ouvi-lo cntoa do pclos peregrinos de F.itima? Nao traduz ele melhor quc tantos outros o pcdido de auxilio a :\Iac de Deus, auxilio de que hojc mais quc nunca nccessitamos? Qualgu er que scja o acolhim ento quc V. f1ça ao meu modcsto trabalho, terei sempre a consolaçfio de tcr querido contribuir para avivar a dcvoçao a N. S. de Fatima, a Qual crcio dever ja gro.ças preciosas. Com a maior consideraçao. De V. etc.

/. D. de Sousa Aroso

Avé, Estrela do mar, O' santa Mile de Deus, lmaculada Virgem, Feliz porta dos ceus. Do arclzanio Oabriel Tu ltas aceitado o Ave: 1rocalldo de Eva o nome Por outro mais suave, Aos reus desata os vinculos, Concede aos cegos luz, Dissipa os nossos males. Impetra bens a flux. Co1zfirma-1tos rza paz, O' Mae, mostra que és milel Se-llos refuf!io e amparo Na senda ardua do bem. Por tl as nossas preces Se digne de aceitar Teu Fillzo, que por ,ios Se quiz sacrificar. 0' Virgem Sillf!Ular, Da culpa nos isenta. O amor da castidade, Da paz ern nos aumenta . Que emfim junto de Ti Modelo de humildade, Alegres nos cantemos /esus na eternidade. Ao Padre stja gloria, Oloria a Cllristo tambem, O/orla ao 'Spirito Santo, I'or todo o sempre, Amen. J. D. de Sousa Aroso (Com a aprovnçio do Ex .mo Rev.•• Scnhor Bla-

po dc Leh la).

I

Se V. julgar que a traduçao que envio do belo cantico Ave, Maris Stella, é digno de figurar n!'.ls colunas da « Voz da Fatima», dar-me-ha nis10 muita honra. Ja tem sido cantado na egreja matriz da minha terra, e espero que, graças a boa Yontade de um eclesiastico meu amigo, se tornara breveniente popular nesta vila. E' entol)ndo cste cantico liturgico que os pescadorc1 brct6es que vao para a lslandia ou para a Terra NoYP levantam ferro : dcsfraldam as yelas, dcpois duma procissao e da bençio lançada pelo paroco, dc cima do cels. Nio seria belo ver o mesmo cost-um.e introduzido em Portugal, paiz de marinheir0& e terra de Santa Ma-

aia?

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ESPERANDO O CELI ... Urna s6 coisa me acalma, urna s6 mc sustem: é a Comunhao, 0eus faz. me sentir que é o soberano Consolador, o unico apoio duma alma doente. Ah! sem isto que i ria acontecer. Que fazcr dum coraçiio desolado e bastante fraco para se escJpar a todo o momento para ascrea tu ras? Se Deus o nao guarda esta perdido. Comprehcndo o desesl,c ro scm a Comrnunh:io: mas com e la, com esta divina assistcncia tudo muda em n6s. Ne.o soffremos menos mas liofircmos christamente; sofre-se em Deus e por Deus; sofre-1,e amando, o quc adoça tudo ••• esperando o Ceu. EUOENE 8E GueRIN

-V oz da ·Fatima Despezas Transporte . . . . .. o • Com o n. 0 4 (tipografia) Outrai; despezas (selos

563:370 · 130:000

etc.) . , • . . . . • • .•

21:000

Soma . ..

7 14:370

Subscripçao (Continuaçao) Weiss d'Oliveira (2. 8 vez) . . . . . . . . Colhidas no dia 13 de janeiro . . . . . • . . . D. Maria d'A__presentaçao David Gonçalves D. Carolina da Concciceiçao Silva . . •••• Manuel Lucio d' Andrade D. Laura Teixeira C or• reia Branco . . . . . • Manuel Joaquirn d'Oliveira . . . • . . . . . • D r . Francisco Falcao •• D. Ang.:lica Pereira .•. O. ~1ariimna Augusta Chaves . • . . . . . . . D. Maria da C onceiçao Norberto . . . . . . . . D. Maria do Gloria Magalhaes Freire Caeiro da Matta . . . . . • • P.• Francisco Maria da Silva . . . . . . . . • . . D. Maria Jose Caldeira Marques . . . . . . . . Joao Taveira Sarmento D. Balbina Alvarez Rub nos de Domin~uez .. D. Eliza Coelho l\larques D. Clementina Maria Reis e Silva . . . • . . P.e Antonio Carreira Bonifacio . . • . . . . • D. Maria do Carmo Pessoa . . . . . . . . • D. Casimira da Luz Fonseca . .. . . . . . . . . D. Agueda Rosa Gomes Antonio Antunes Mota P. e Antonio Carreira Poças . . . . . • ..••• D. Izabel Virginia Ribeiro da Costa . . . • . . • P. e Joaquim Duarte Alexandre . . . . . • . . . • D. Ignacia de Moura Coutlnho da Silveira Montenegro •. : ..• Firmiano José Alves .. , D. Rosa lsabel Vasconcclos Galvio Baptista .• Dr. Joiio Mendes de Vasconcelos . . . • • . . . . D. Celeste Maria de Souza Um anonimo •.•.••. Antonia da Conceiçao .• Dr.

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2:Soo

AVISO

So teem diretto a receber durante am ano pelo correlo a VOZ DA FATIMA aa peH6as que noa envlarem a. quantla de dez mli réla. Nào maoda-

fazer cobraRça pelo correlo. Alguna subscrlptorea H teem quelxado de nào receberem o jornal. Nio é nossa a culpa pola que temoa feito a expedlçào com todo o culdado. Voltaremos a envlar 01 numeros publlcadoa b pess6as que o deaejarem e noa avlaarem de que nilo reoeberarn, a prlmelra remeaaa. lAOI


Ano

N.0 6

LEIRIA, 1a d a M a rço de 102 3

I

(COM API?.OVAç.ÀO ECLES I ASTICA) I

Director, Proprie tario e E ditor

.A.dtninil!;'trndor: P \ DRE M. P Ef?EIRA DA S ILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACçAO E A llMJXlST RAçAO

RU.A

,

Composto e impresso na' fmprensa Comercial, d Sd -

:o_

NUNO

A LV.ARES l?EREIR.A

(BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

l

LEIRIA'.J .... Vista parcin l

.la de 'Fe'lereirò O dia 13 de Fevereiro amanheceu rlsonho e esplendldo, embora sensivelmente frio, porque durante a notte cahira urna forte camada de geada que ensopava ainda os campos e os caminhos. A's oito horas o sol brilhava com vivo fulgor no , horlsonte distante, tornando o ambiente tepido e agradavel como num dos dias mais amenos e formosos da primavera. No firmamento I nao se exergava urna unica nuvem e apenas uma leve aragem agitava brandamente e a espaçoa as folhas mais altas das arvores da montanha. Toda a manht'l numerosos ,eregri- . nos accorreram ao locai da$ appariç~es, retirando uns depols de satisfelta a sua devoçao, ficando outros,

a

a maior parte, para assistir missa campai. Um peregrino de Castello Branco chegado na vespera tarde, movido por espirito de penltencia, tlnba feito junto da capella uma desconfortavel cama de matto, onde passara a noite ao frio e ao relento. A missa que foi celebrada pelo rev. dr. Manuel Nunes Formigiio, profes• sor do Seminario de Santarem, co-, meçou ao melo dia e meia hora. Estavam presentes cerca de duas mii pessOas, numero igual ao do dia treze de Janeiro. A attençao, o recolhlmento e o fervor da asslstencia commovlam e edificavam profundamente. O rev. parocho da Fatima, logo que o celebrante proferiu as primeiras palavras do santo sacrifìcio, começou a recitar o terço alternada· mente com o povo. ., Essa recitaç~o foi interrompida por varlas vezes para se cantarem os can•

a

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ticos piedosos e emocionantes do costume. A' elevaçiio fizeram-se: as invocaçOes de Lourdes. A sagrada communhao fol distribult1a a m$is de cincoenta •pessOas. No fim 1da missa o rev. parocho da Fatima, annunciou que nào havia sermào, aproveitando o ensejo para fazer diversos avisos e recommendaçòes e pronunciar quasi sem , o pretender, . urna sentida e commovente allocuç!o , sobre a San· tissima Virgem, e a virtude 1da penitencia ~e mortlflcaçao chrlsta,11 Entre as admoestaçOes que fez, urna das mais importantes dizla respelto A venda de ,artigos de toda e qualquer n;ttureza dentro do recinto sagrado. E' absolutarn ente prohìblda toda a especie de commercio naquelle lo• cal, corno repelidas vezes tem sidonotificado aos fieis peh, auctorldade ecclesiastica, de vi va voz e por escrl-:pto. Oepois do sermao multos pere· grlnos vao prover-se de agua da fon-

,


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te maravilhosa, a cuja influencia salutar se atribuem curas extraordinarias. Outros procurarn lugares aproprlados, longe do recinto das appariçòes, para cornerem tranquillamente os seus farneis. Alguns, formando grupos, ouvem com attençào e interesse o relato de prodigios que se dizem devidos intercessao de Nossa Senhora do Rosario da Fatima. Mas urna grande multidllo estaciona alnda" por muito tempo em frente da capella commemorativa das appariçòes erguendo ao Ceu as suas suplicas ou offi:!recendo os seus ex-votos. Algumas pessòas, em cumprimento de promessas, dirigem-ee de joelhos para a capella ou andam em torno della urna ou mais vezes, tambem de joelhos. A e Voz da Fatima> que se distribue com profusao e gratuitame:1te, é procurada e lida com a avidez do costume. A's cinco horas da tarde raros sào os fieis que ainda se conservam na Cova da lria fazenda as ultimas despedidas a Virgem do Rosario e preparando-se para iniciar sem dernora a viagern de regresso, sempre cheia dc gratas recordaçòes e impregnada sempre da mais profunda saudade.

a

V!SCONDE DE MONTELLO

V oz da Fa:t.inia pletamente curada, nao me tendo reapparecido a dor e a mancha até hoje. Para rnaior gloria e louvores a Nossa Senhora de Fatima e regosijo dos seus fieis, peço a V. a fineza da publicaçào desta cura milagrosa. Apresentaodo os meus cumprimentos, subscrevo-me de V., etc.

Laura Proença Fortes Fernattdes de Barros Avenlda da Republica, 83 - LisbOa.

e... Sr.-Em outubro p. p., um jornaleiro tevc em um dos pés urna enfermidade. A necessidade de ganhar o pào para sua pobre familia o obrigou a trabalhar, mal podendo durante 9 semanas, ao firn das quaes foi forçado a ficar de cama. Aplicouse-lhe sòbre a ferida um pouco d'algoclào embebido na preciosa agua. No dia, seguinte, febre, inchaçào, ingua, tudo tinha desaparecido e da ferida ap~ua!I restava a cicatriz produzida pela lancerai Toda a povoaçao de Geraldes, concelho de Peniche, sao testemunhas da prodigiosa cura que tanto tem contribuido para aumentar a fé a este bom povo. Honra e Gloria a N. S. Virgem da Fatima. -X.>

e a mim vinham-me impulsos de me ajoelhar junto della. Quando ella voltava da egreja, onde cotnmungava, sentia em mim urna atmosphera mais suave, mais serena; nessc dia tornava-se mais risonha .•• Parecia um anjo. Quando me prodigalisava cuidados, quando me pensava as minhas feridas, era urna irmà de caridade. Estou certo de que mais de urna vez a fiz soffrer; ella, porém nuoca m'o deu a entender. E assim durante seis annos dessa préyaçào, que me compenetrava e, m2u grado meu, grandeme11te me foi transformando, senti-me emfim tornado de desejo de amar a Deus, aquelle Deus que minha mulher amava, que lhe inspirava a d~dicaçào que eu muito precisava e as virtudes que faziam o encanto da minha vida. Nào podia comprehender bem o que se passava em mim; mas um dia em que ella acabava de commun~ar, instantaneamente, scm previa reflexùo, abri para ella os braços e lhe di:;se: «Joanna, leva-me ao teu confessor>. Tranquilla e serena com os olhos rasos de lagrimas, abraçou- me dizendo: «Bem sabia que tu me havias de ùar um dia esta consolaçào. Tenilo pedido tanto por ti. Obrigada I (Das Palhetas de auro)

Hs cnras da Fatima , •• Sr. Vlsconde de Montello. Lisb0a, 9 de Fevereiro de 1923.

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Venho communicar a V. o que comigo se passou referente a cura, que considero milagrosa, duma complicaçllo de phlebite. Em Mato do anno passado, ao levantar-me do leito, convalescente dessa doença, cujo tratamento dernorou cerca de dois mezes, appareceu-me urna mancha dolorosa na coxa da perna doente, dizendo os medlcos ser motivada pela inflammaçao duma vela. Essa inflammaçao manteve-se apesar de um tratamento culdadoso e repouso absoluto. Tendo diminuido de coloraçao, tentei novamente levantar-me, mas, todas as vezes que andava, a d0r na veia reapparecla e a lnframmaçtlo augmentava. Cont1nuei1assim mais de utn mez, com alternalivas de movimento e repouso for<,;ado. Os médicos f0ratn de opinlao que este estado se manteria durante mezes, cllzendo urn delles, considerado' unanimemente ·urna sumldade médl· • ca, que a doença e o tratamento seriam t muito, prolongados e 4ue seria tatvei r necessaria mais tarde a extr~cçio d~ssa veia. Nào ven<lo mt!lhorar o meu estado, recorri che1a de fé a Nossa Senhora de F~tima e ao deitar-me banhel a m 1ncha c im agua do locai das appariç0es que me ti11h11 sido cedlda por pess0a das rt!laç0es du• ma amiga minha. Com grande alegrla no dia seguinte verifiquei que estava multo melhor e passados dois dlas com-

Mulher christa Encontraram-se um dia dois amigos, dois velhos amigos de regimento. Era dia de festa, e um delles vinha da egreja, onde tinlta commungado. - Como é, observou-lhe o camarada, que tendo sido, corno eu, educado em acampamento, vaes agora a commungar assim, muitas vezcs na se mana? -Como? E' muito simples e curioso. Converteu-me um prégador, que nuoca me disse urna palavra de rellgiàu - minha mulher. Ella era piedosa. E eu, que desde solteiro, desde o principio a amava. respei tava sua fé, ainda que nào pensasse corno ella. Quando moc;a fa zia parte de todas as congregaç6es da sua parochia e assignava-se cPilha de Maria.> Estas duas palavrinhas faziam-me sorrir1 mas, nào sel porque, mio lh'o levava a mal. Mais Iarde deu~se toda a mim, mas fic1ndo o que era: piedosa, reli• giosa, assidua egreja; e nuoca notei que a piedade a prejudicasse no menor dos seus deveres. , , h toe Raramente me falava de Deus, mas eu lia no rosto o pensamento: e, quando por habito inveterado, eu deixava escapar alguma blasphemia,t via-a empallidecer. Alguma$ vezes mesmo uma lagrima furtiva lhe corria, pela h1ct!, mas em breve retornava o sorris!j e se mostrava sempre dedicada , nl!i tS ainda talvez que antes. Nunc11 me dizia que eu tinha felto mal, mali eu lia-lh'o no rosto., , u Quando mlnha vista orava, pela manhii e noite, e nunca deixou de o fazer, suas feiçoes se illuminavam;

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BS HPPHQIOOES DE L008DES Il

Bernardetta O inverno de 1855 foi rigoroso em extremo. Logo no principio dessa quadra do anno a tia Bernarda, que era, corno dissemos, madrinha de baptis1no, levou-a para sua casa e ahi a teve durante sete ou oito méses, tratando-a com bondade e prodigalisando-lhe cuidados ihtelligentes e carinhosos corno se ella f0sse sua propria filha. Oepois a creança voltou para a miserrima habitaçào da rua dos Pequenos Fossos, onde recomeçou a sua vida de privaçè>es. Todavia encontrava alli a sua querida mlle que a educava no temor de Deus e o séu bom pae que trabalhava com a maior diligencia para sustentar os seus seis filhos. Alli respirava urna atmosphera de religlao, de coragem e de piedade I , tranquilla. Todas as noites depois de urna cela frugai, fazia-se a oraçào em comum e depois, segundo con tam os visinhosJ ouvia--se uma voz fresca e pura que recitava a Ave-Maria; era a de Ber.. nadette que tinha ja entoaçòes pene.. trantes e dir-se-hia a voz dum anjo.) que vinha amenisar as trietezas do ~arcere. Aos domingos o pae e a màe assistiam aos actos religiosos na egreja parochial, onde se dirlgiam conduzindo os filhos pela mao ou le• vando ao collo aquelles que ainda mal podiana andar por seu pé. NaP aschoa ajoelhavam-se a1Rbos 4 meza eucharistlca para receber o Deu5"; que santilica e consoli, que eQsina o valor e o objectivo da vida e que


Voz dAi Fé.th:na. 'fejuvenesce perpetuamente a fé, a coragem e as almas. Era pois urna familia christà que Deus abençoava porque era amado por ella, um santuario de piedade em que a Virgem sem macula escol~la de~de jA um coraçao innocentiss~mo, d1gno de se tornar um dia seu Vtdente e seu apostolo. Durante o verao de 1857 Maria Aravant, preci-sando duma pastorinha para apascen• tar o seu rebanho, pediu Bernardette que ella nunca tinha perdido de vista, e esta sentiu-se feliz em voltar a ~artrés para junto daquella que conSlderava corno sua segunda màe. 0s paes deixaram-na com tristeza p~rtir, mas era urna bòca de menos a a lamentar e . ~ miseria o briga os po- • bres aos mais duros sacrificios do coraçào. . Em Bartrés nao passou despercebid~. Todos estimavam essa pastorinha t~o m~iga, sempre sorridente, de r~ st0 alluminando por dois olhos cand1dos e puros. Esta creança t/Io modesta, que procurava esquivar-se as vistas do mundo, era singularmente attrahente e 11inguem a deixava passar sem lhe diriglr uma palavra de interesse affecluoso, a que ella correspondla com urna timida amabilidade que augmentava ainda mais o encanto da sua pess0a. Um dia em que conduzia o seu rebanho para os planaltos de chibata na mito, cncontrou o par~cho e ~~udou-o com urna graça, urna simpltcadad.e e um respeito que muito rn1press1011aram o venerando pastor d'almas. Elle voltou-se para traz afim de a observar com attençao emquanto se afastava e depois disse ao professor que o acompanhava, o senhor Barlbet: -Se o retrato que o meu espirito f6rma das creanças de La Salette é exacto, esta pastorinha deve parecer.se bastante com ellas. E comtudo a virtuosa menina nao possuia nenhum desses dons da intelligencia que deslumbram nas creanças cujo esplrlto acorda lançando claròes encantadores. Tlnha falta de memoria e comprehendia com difficuldade, pelo menos na apparencia, as licçòes de doulrina que Maria Aravant lhe dava todas ~s tardes. Ora esta boa mulher nao Jgnorava que a humilde pastorlnha tinha quatorze annos completos e que ~assara a edade em que devia trr feato a s11~ primeira communhao. Mas a creança parecia nào ter mais de , tez a11nos, e por isso é que sein duv1Ja se haviam preoccupado mui.to pouco com ella até na catechese onde era relegat1a· para os ultimos lo: gares. Maria. Aravant reparava, tanto quanto p<,ss,vet, este esquecimento e q_ue,xava-se de que os seus esforços fo ,~m coroados dc 'resultados tào po:,cos ·. nimadores. -Bero-t1lelte linha cabeç1 dura di · e ell mais tarde, alias sem n~: nh11111a H.:11r,f1ra. Por mais quc n petisse as minhas licçoes nada con seguia e era necessario recomeçar toctos os dias. A's vezes nào podia deixar. c!e i111pacienlar-me e, despei~ tada, atirava com o livro para um

canto e dizia-lhe: cVae-te embora, Ah nunca has-de ser senào urna to:1ta e uma ignorante!• Bernadette fi· cava cheia de confusào, mas nào se affligia nem amuava. As palavras de Maria Aravant penetravam talvez mais fundo do que ella suppunha: sem duvida o Espirito Santo realisava a sua obra neste espirito emminentemente recto em que se comprazia, a piedade para com a Virgem augmentava e avigorava-se cada vez mais nessa alma innocente e ella consolava-se da memoria ingrata que vinha desfiando com amor as contas do terçosinho que comprehendia tào bem no intimo do seu coraçfto. Todavia Maria Aravant, no intuito de tranquillisar a consciencia, foi tcr com o parocho de Bartrés para lhe fallar da creança e da sua primeira communMo. O virtuoso sacerdote acolheu com benevolencia as suas J>,ropostas e deu-lhe alguns conselhos, mas os seus dias rie serviço na freguczia estavam contados, porque tinha sollicitado e obtitlo a sua admissào entrc os Benedictinos. Disse, pois, a sua parochiana: -E' possivel que Bartrés fique durante algum tempo sem parocho, e por isso convido-a a mandar Bernadette para casa da f:irnilia. Recommende-a da minha parte ao clero de Lourdes que a preparara para a primcira communhào. Este alvitre foi posto em prAtica. E assim nos primeiros dias de Janeiro de 1858 a humildc creança deixnva Bartrés e entrava de novo na pobre casa da rua dos Peqaenos Fossos. Todos pensavam que ella era completamente ignorante das cousas dc Deus corno o era das cousas da vida; mas, aos olhos do Ceu, corno ern grande, bella e adeantada em graçal Comtudo ignorava na sua slmplicidade que Deus e a Santissima Virgem, a quem rogava com tanta devoçào, podiam ter designios particulares de misericordia e de gloria sobre ella, creatura tao pequena e tào desprovida de tudo. Deus preparava-se para exaltar esta humilde rilha do povo. (Versìio do francez)

estA fechada a chave, e além disto, dentro ha umas cortinas, e Jesus ainda fica por detraz dellas. -Papa, insisliu a pequena, eu queria v!r a Jesus. O ministro procurou entreter a pequena, mostrando-lhe outras cousas na igrej:i, até que por fim condu• zlo-a para f6ra da porta. Passeando pela cldade, a mcnina, de quando em quando, perguntava por Jesus. Oadas algumas voltas, o pae entrou com ella num templo protestante. Ahi a criança relanceou a vista por todos os lados e nào vendo lamJ)ada alguma perguntou: -Papi, porque é que nllo est.i aqui lampada? -Porque ... porque aqui nilo esfa Jesus, respondeu-lhe timidamente o ministro. Entào, nada mais houve. A menina sonhou muilas vezes, e alto, naquella noite, fallando de Jesus. Durante o dia seguinte, com frequencia, repetla que queria v~r a Jesus. !sto produziu tal abato no animo dos paes, que estes terminaram por abraçar a rellgiao catholica, e com ella a pobreza, porque, com a sua conversào, o ministro perdeu urna renda de mil libras anuaes.

A AlEGBIA •Se tiveres a alcgria no coraç:fo, o tcu cspirito sera mais lucido, o teu pens~mc1~to mai~ bc1:n definido, n tua 1mag111açuo mais viva, n tua nlmn mais serena, as tuas disposiçi5es morais mais elevadas, a tua communicaçao com os outros mais amavel, a tua saudc mais solida, a tua picdade mnis terna, :t tu,l virtudc mais pronta ao sacrificio. M. Carton de \Vi art afirma os direitos d aleKria-A' alegria e nao s6mente a «alegrias» passageirn'l e intermitcntes. Qucr para cada um de no:;uma alegria que se confonda com a nossa existencia, que seja para n6s uma boa companheira de todos os dias e dc todas as horas. Saber encontrar a vcrJ:ideira alegria 6 o que se ignora no nosso tempo. A vcrdudeira alegria nao se ven• de nas lojas èia moda, e a vida ainda se ·cscurece mais dcpois dos fogos de palhn do prnzer. No~ procuramos a nossa alegrfa muito longc ou muito cm\ bai:to, quando ela esta em n6s menos. Sejamos alegrcs. ~A' f8rça de dcsejar e querer a salegrta ac:.1ba-sc por conquis. ta-la.n Temos afliçoes? Mas se o bom humor dos outro~ dissipa muitas ve• zes as sombras do nosso coraçao, porquc niio ha·de o nosso proprio bom humor fazer. o mesmo efcito? N~ste cttmpo, corno em muitos outros, o poèlcr da nossa vontade é maior do · quc ncSs julgamos». «Quem nos impedc todas as manhis, de convidarmos a nossa alma para a aleRria, e de lhc fazer o di&-•. curso que forinmos aqueles que qui• ze~scmos animar e \ còn\Olaa? Bem deitada!l as c:;ontas, niio seni avida trio rica ern argumt:ncos p,1rn 11 nlcgria corno em motivos dc dor? .•• •


Voz da Fé.UDlR «Se procuramos a alegria muito )onge de n6s, tambem a procuramos mu1to baixo. A alegria quer o ar das alturas. A verdadeira alegria s6 fioiesce a uma certa altura. Nao se encontra nem na lama dos prazeres grossdros, nem sob o duro rochèdo cfo egois.mo.» M. Carton de "\Viart diz-nos onde eia desabrocha, onde se escondem «os ninhos dc alegres pensamentos», no cumprimento dos deveres humildes, na bencv9lcncia para com os sercs e as coisas, no desejo dc tornar os ou· tros felizes e na satisfaçao de o con!eguir, no sentimento da natureza, nas boas leituras e nas bòas cançoes, no amor do lar e nas tcrnuras da familia. Mais alto! A verdadeira alegria ainda esta mais alto, num cume onde as Hòrcs nunca murcham: est.i na felicidade da crença. E' quando cremos que timelhor gozamos as pequenas felicidode!l, e que suportamos mais facilmente as peiores tribulaçoes». Ila homens quc trabalham sempre de bom humor, e que e:-tiio constantemente iluminados dum sorriso interior: a sua alma sempre igual, sempre radiante, tcm a serenidadc dos grandcs lagos. Qual é pois o seu s~gredo? , Eles vivem > numa conversaçao muda mas permanente com o além. 0 seu coraçao esta cm r-az porque o seu cspirito estd em Dcus. (De A Ulliiio)

as maos ao pescoço e afuga-o para lhe tirar a moeda que lhe restava. E feito isto seguiu o seu caminho asso blando, corno se nada f òsse com elle •••

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Quem ha ahi que se nao horrorise com semelhan!e crime?I E.' assim que se pagam os beneficios daquelle homem generoso, que tendo sete moedas, s6 reserva urna para si e até essa l'ha tirami Pois beml Talvez tu que me !es, sejas bem mais criminoso do que esse homeml Eu?l Diras tu, horrorisadol Sim, tu, tu proprio! Todo aquelle que profana o domingo, o dia do descanso, é semelhante aquelle pobre avarento e assassino. Deus na sua infinita Bondade, deu-nos seis dlas, para n6s trabalharmos, para ganhar• mos a nassa vida honradamente - e reservou para si apenas um-o do· mingo-o dia do Senhor, para n6s o servlrmos. E que fazemos n6s? Até esse dia lhe roubamos, até esse queremos para n6sl Nunca tinhas.pensado nlsso? Pois bem: Pensa a sério nisso. Nfio queiras ser ladrlio de Deus, e assassino de tua alma; e faze o proposito firme de nuoca mais profanares o domingo, occupando-te ern trabalhos servis. E' o terceiro manda· mento de Deus: - Ouardar domirtgos e f estas de guardai • PAULINO DA"' CRUZ

. PIO PBBTIDO EJII PEQDENIHOS •

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O pobre avarento • Catrilnhava certa noite por uma esirada um viandante que parecia rico e abastado. Encontrou no caminho um mendigo anùrajoso, cheio de fome e de cançaço, que se lhe dirlgiu a pedir-lhe uma esmolinha pelo amor de Deus. Condoeu-se o passageiro, da penuria do mendigo e num rasgo de generosidade disse-lhe: -AmiEol 7 odo o meu dinluiro s4o sete moedas de oiro. E' quanto me resta para completar a vial{em. Mas usando de economia, talvez me chegae ama moeda para as despezas indispensaveis. Aqui tem as sels moedas restantes1 dou-lhasl Que Deus o faça felizl Oesfez-se o pobce em àgradecimentos, mas andados alguns passos, entrou com elle o demonio da avare• za a aegredar-lhe: Seis moedas/ E' bem iJoml Nanca tu imaginaste que podias vir a te.r tanto dinheiro/ E se o passageiro te tivesse dado a outra fica,ias com st· te/ Sttel Era a eonta certa/ E dt· mais para que a. precisa elle? Tu 11odias ir atraz delle, tirar-lita/ Se ~lJe resistisse matava-lo e era cousa aeabadal A estrada estti deserta/

Nin.[!uem vii Sete moedasl f;ra a conta urtai ARdt1/ Maos d obra antes

qut tompa o dia/ Meu dito meu feitol Vae-se o pe4iote atraz do passagelro, lança-lhe

Foi, ha pouco, editado pela Livraria Moderna do Porto, a traduçào do lìvro do benedictino Dom Gaspar Le· fevre que nao temos duviùa dc recomendar aos nossos leilores. A Ji.. turgia, corno todos sabem, é o culto oflcial da Santa lgreja. Nào é apenas um conjunto de cerimonias mais ou menos impressionantes. Cada urna das cerimonias a que assistimos nos nossos templos, tem urna slgnificaçao, urna historia e en• sino. Para tlrarmos das cerimonias que praticamos ou vamos praticar, o devido fruto é preciso entende-las. E' o fim a que visa o livro do auctor da Liturgia. Felizmente ha hoje em todos os palzes urna grande tendencia para estes estudos que para muitos chrls· taos eram completamente desconhedos e constituem, portanto, uma verdadeira descoberta. 1 A liturgia procura «restaurar em Christo> a sociedade, glorificando. a Deus pelo exercicio digno e consciente do culto oficial que Jhe é devido e sanctlflcando o chrlstao pela participaçao actlva e consclente nas ,santas cerlmonlas da lgreja, .. Por isso, di.ala Pio X, que a litur· gla é a origem primaria e indispensavel do verdadelro esplrito chrlstilo. Recommendamos, pois, esta obra esperando della optlmos beneficios, para os devotos de Maria Santisslma.

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Voz da Fatima ~

oe,pesaa Transporte ••.•.••••• 7 q:370Impressao do n. 0 5 ••••• 136:500Outras despezas •...•.• ,. 18:100 - - -Soma ••

SubsoripçAo (Coninuaçiio)

D. Berta Delgado .•..•. 10:000 Esmolas colhidas no dia 13 de fovereiro na Fatima • 18:800 P. Manuel Pereira d'Oli10:000 veira ...••.•.•..•• Joaquirn Augusto Lacerda 5:000 D. Maria da Gloria Pcreira . . . . . . . . . . . . . . . 10:000 D. Maria Olimpia de Borgia Saa ved ra ••••.•. 5:000 José da Fonseca Castel10:000 Branco .......•••• D. Maria Amalia Capclo 10:000 Franco Cunha Matos.• Dr. Rau\ de. Magnlhaes •• 10:ooe> D. Luiza Ribeiro da Cunhu 10:000 20:000 D. Henrique de .Mustera .• 10:000 D. Herminia V. da Costa. D. ~1.aria José d' Almeida IO:ooo Telles •....•....•• D. M. d' Assumpçao Lucas 10:000 Condcssa de Sabugosa ... 1 10:000 10:ù0O Condessa de S. Lourenço D. Izabel de Mello Almada ' 10:ooQ D. Maria Amelia Ortig:io 10:000 de Mello .•..•....• D.· Cordalia Duarte Gol0:ooo mcs da Silva ..•..•• D. Laura Fernundcs de Barro::;•.••.... , ..• 10:000 D. Teresa Ferrcira , Mar10:000 ques . . . . . . . . • • .. • P. Manuel Marques Com19:000 bina .........•... 10:000 P. José Alves Duarte .•• 10:000 Manuel F. de Mello .••• D. i\Iaria Cletnentina AlJo:ooo vcs Pcixoto ....••.• 10:000 D. Ignes Baptista Tavarcs 10:000 Antonio Fragoso .•.•.. D. Cat.1rina Reverenda .• , 2:000 Anonitnas •.....••.. · 10:000 D. Maria das Neves Va- I • 10:000 rela Teoto,iio .•.•.• 10:000 D. Irene Rosa . . . . . • . , 10:000 D. Amelia C. da Fonseca. 10:000 D. 1\1. C. da S. N..... 2:700 Esmolas avulsas . . . . . • l 0:000, D. Joana de Jesus Ricardo P. Francisco A. da Sil'Va ro:ooo Valente ..••.•...• 10:000 D. Maria Izabel Henriques 10:000D. Bela Azevedo Ferreira Francisco de Freitas Cor10:000 . reia . . : . . . . . . . . . . 10:000 P. Julio Antonio do Vale D. Maria Carolina I<~ontes 10:000 D. ì\Iarla das Dòres Pinto 10:000Montenegro •.•.••••

---- O nos3o jornal é dlstribuldo gratuitamente nos dias 13 de cada (Tlés na Fatima. Quem enviar a esta redacçllo a quantia de dez mlt réis ter4 diretto a ser-lhe enviada a Voz da Fatima pelo correio durante um anno.


Ano I

,

N.0 7

LEIRIA,. 18 de Abr.il de "1028

'I'

(COM .AP.ROV Aç.ÀO ECLESIASTICA) ~

Director, Proprie-tarlo e Edit.or

Admini•t.ro.dor: PADRE M. PEflElRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impresso oa Jmpreosa Comercial,

a Sé -

Leiria

REDAcçfo E ADMINISTRAçfo

RU .A. D. NUNO ALV.A.BES J?EREI:R.A. ( BEATO NUNQ !)E SANTA MAR IA)

A N0SSA SENHORA DA (N.0 1)

(Letra e musica por um devoto do Santo Rosario) I:'\

PIANO E

CANTO


)

...

HYMNO

ANossa Seu~ora ~a fofima N.0 1

Por um devoto do Santo Rosario 1

Sobri os braços da azlnh1ira, tu vtast,, 6 Màs Cl1m1nta, visitar a lusa gente de guem ls a Padroelra, CORO Avi I Avi I Màt de Deus ! Avi! Cantam filhos teas f 2

Fol na Cova da !ria, quando o Terço Te rezavam, quando os sinos convidavam a orar - ira msio-dia. CORO 3

gus d1scsste la dos Cius /alar aos pastorinhos, tnnocentu, pobr,sinhos, Mà, de Fatima, Màe de D,us. CORO a

4

Penit,ncia e oraçào, s, nzssu lhes pediai, do Bozario gu, trazias mab pedi.sta a da1'çào. CORO

S,ja, pois, o Santo Terço, do Clu gu'rlda oraçào, luna e viva a devoçào ga, T, 0!1rte o luso berço, CORO

X

13 DE MARCO

6

E Tu Mde, 6 Mà, de Deas, ga, v1ncsst1 a Serpi, o Mal, salva, ampara Portagal, viDdo a t,rra, ou la dos c,us, CORO

7

JJo Bozdrio Virgem Pura, Md, de Fatima, Màe gu'rtda, Tu ur,is por toda a vida,

o

.nassa paz, no.ssa ventura. Outubro d1 1922, (Com aprov1çiio eclesiostica)

Nao é menos interessante a seguinte carta do autor do Hymno :

Sr.

Por duas vezes estive no ver:Io passado em Loudes, e, sempre que •>uvia cantar o Avé I ou orava, sentla-me transportado Falima, que tanto dest'jo ver elevada categoria da Lourdes Portugue.ia. Numa tarde, ouvindo os canticos e as preces dos percgrinos franceses, cu, que nem de pé quebrado sou poeta, e que muito pouca musica sei, puz-me a escrever as quadras e as notas simples que junto a esta, dedicadas e oferecidas a Nossa Se-

a

nhora do Rozario de Fatima, pensando que, se elas merecessem a aprovaçào de S. Ex.• Rev.m•, poderiam ser publicadas na e Voz da Fatima> e levadas pelas vozes dos nossos peregrinos até aos pés da Santissima Virgem do Rozario, que, la no ceu, vela por èste pobre Portugal. Nlio pretendo honras. O meu fim unico é contribuir, no que posso, que é bem pouco, para a honra e gl6ria d' Aquela que, esquecendo as nossas muitas ingratidOes, se dignou descer as terras de Fatima para nos dizer, a n6s, portugueses, pela boca dos tres inocentes pastorinhos, que fizessemos penltencia e oraçào. Desejo, pois, e peço-o, que V. oculte o meu nome e a minha morada. Desde 1895 que, por conselho duma santa religiosa de S. José de Cluny, tornei por minha devoçao especial, a Nossa Senhora, a devoçao do Santo Rozario. Por duas vezes, na minha vlda, chamei, em perìgo de morrer, pela Virgem do Rozarlo. A morte fugiu de mlm, espavorida. • Como nao hei de ser um dev°'o de Fatima? I Eu estou pronto a contribuir com o necessario para a publlcaçào do que mando, podendo tratar aqui, se preciso fOr, da impressao da musica, se S. Ex.• Rev.ma o Sr. Bispo a julgar merecedora da sua aprovacào. Com a mais subida consideraçào me subscrevo De V. etc.

22-2-923.

5

e •••

Voz da? ~"a-timR

a

Dia explendido de sol. O ceu terso e diaphano, de uo1 formoso azul claro, sem urna nuvem sequer a ofuscar-lhe o brilho suavissimo, confirmou urna vez mais as tradiçè)es seculares do ceu incoruparavel de Portugal. A viraçao fresca do norie, cicia brandamente nos vales e nas encostas da montanha, cingindo a espaços num amplexo ligeiro e quasi imperceptivel as copas verdejantes dos pinheiros esguios e das ramudas carvalhelras. As avesinhas, saltitando de arvore em arvore e de ramo em beira dos caminhos, ou cruramo zando os ares em ba:1dos rumorosos, chilreavam alegremente saudando o apparecimento do astro-rei e os maravllhosos esplendores da ma11ha. Dirse-ia que a primavera, a mais bella quadra do anno, saudosa deste formoso j ardim, afagado pelas brisas do mar, viera algumas sem:rnas mais cedo para dolrar a paysagem com as suas graças e com os seus encantos feericos e deslumbrantes. E na verdade a mole gigantesca da serra d' Ayre, que subimos vagarosamente nessa manhli polvilhada de luz, oferece aos olhos extasiados um espectaculo soberbo de magestade e de belleza indiscritiveis. Pela estrada, vindos dos pootos rn:iis distantes e dlvergentes, os peregrinos, chelos de um<t alegria sli e tranquilla, que se refl~cte nos seus rostos, dirigem-se l entamente em todas as espécies de

a

I vehiculos para a terra do mysterio e do prodigio, cujo nome milhòes de portugueses pronunclam hoje, exultando de jubilo, corno urna dulcissima esperança de perdlio e corno urna promessa fagueira de paz. Ao meio dia o sitio das appariçoes~ visto ao longe, do alto da estrada districtal, apresenta urna mancha negra de cabeças humanas em torno do singelo padrlio que a piedade dos fiels alli erigira em memoria dos episodios maravilhosos de I 917. Devem estar presentes cerca de mii e quinhentas pessoas. Meia hora depois principiou a missa campar, qu~ é cetebrada pelo rev. Manuel Marques Combina, parocho do Arrabai. Durante o santo sacrificio reza-se o terço, entoam-se canticos e fazemse as invocaçoes de Lourdes, corno nos meses anteriores. Nào ha sermào. Ap6s a missa, a assistencia começa a debandar. Mas muitos peregrinos ficam ainda por longo tempo, ou recitando as suas oraçOes em frcnte da linda estatua da Virgem do Ros~r1o, collocada numa extremidade do altar improvisado, ou rodeando a fonte da agua maravilhosa e recolhendo porçòes della em recipientes de todos os feilios e tamanhos. Alguns fieis oferecem os seus exvotos. O s~xto nwmero da e Voz da Fatima> é distribuido com profusllo. Ouvimos fallar vagamente de peregrinos vindos de terras distantes, entre elles urna senhora do Porto. Sem nos delermos por mais rempo, corno era nosso ardente desejo, tornamos a ocupar o nosso lugar no trem que nos tinha transportado ~ Fatima. Tr~s dias depois recebiamos de um amigo nosso do Porto um postai datado do dia 15, do qual tomamos a liberdade de transcrever o seguinte: cEscrevo- lhe sob a mais profunda impressllo causada pelo milagre antehontem realisad o na Fatima. Ja sabe? Assistiu? Foi urna verdadeira ressurreiçào. A miraculada é daqul; mora na Rua da Egreja de Cedofeìta, 1J. Uma maravilha I Os médicos tinham afflrmado que ella estava perdida, pois o cancro no colon tinha j-i ramificaçoes medonhas e nllo puderam sequer começar a operaç~o. Como descrever a impressao de tal prodigio? . • . •

Visconde de Montello

Commissao de inqnerito A comissao canonic'\ de inquerito aos acontecimentos de Fatima, nomcada por Sua Excelencia Reverendissima o Senh )r Bispo dc Lei ria, tem renlisado periodicamente as 1,uas sessocs, continuando com o maior zelo e sollicitude os trabalhos d.t import.tote e deLicada missao de que foi incum· bidn, no intuito supremo de apurar a verdade, qualquer que ella sej1t. J<:ntre outras deltberaçocs na ultima scssao, -realisaJu no dia ci neo do corrente niez, resolvcu convidar novamente e com o mais vivo empenho por intermedio da «Voz da tima. todas as pesso.1s que quc1rnm depor, a favor ou contra, ~obre tudo quanto se relacione com os aconteci-

Fa-


Voz da Fé.-tima. mentos de Fatima, a communica-lo com a possiyel brevidadc, de viva voz ou por esento, a qualquer dos membros da referida com issao. _Para utilidade dos interessados publicam-se a seguir os nomes e as residencias dos mesmos: Reverendissimos Padres Joao Quaresma, Dr. Manoel Marques dos Santos e Manoel Pereira da Silva, no Seminario de Leiria; Dr. Joaquim Coelho Pereira na Batalha e Manoel Nunes F~rmigao Junior em Santarem; Faustino José Jacinto Ferreira, no Oli_val (Vila_ Nova de Ourem), Joaqu1m Ferretra Gonçalves das Neves, e_m Santa Catharina da Serra; Agosltnho Marques Ferreira, na Fatima.

Apere~rit1o~òo

~e Moio

Como tem succedido nos annos anteriores, a peregrlnaçao do dia treze do pr6ximo m~s de Maio ha-de constituir um acto de fé ao mesmo te~po singelo e comovedor, em que mais urna vez se revelara o grande fundo de sa e solida religiosidade d3 bella alma portuguesa. Segundo a crença geral, baseada em factos que sào do dominio publico e que parecem ce~tos e incontestaveis, passa nesse dia o sexto anniversario da primeira appariçao da Santissima Virgem aos lnnocentes pastorinhos de Aljustrel, Lucia, Francisco e Jacinta. Oesde Maio de 1Q17 alé hoje que scenas indescritiveis da mais viva e profunda devoçao a augusta Padroelra de Portugal se teem desenrotado no cume da serra d' Ayre I Centenas de milhares de pessoas de todas as classes e condiçoes sociaes alli accorrem de todos os pontos do nosso paiz, fazendo de um planalto arido e escatvado da Extremadura o malor centro de devoçao do universo a gloriosa Màe de Deus, depois da estancia privllegiada de Lourdes. Quanto é grato e consolador constatar a orifém e o respeito admiraveis que reinarn nesses actos colectivos de piedade, espontaneos e desprete!'~iosos, em que jamais houve a minima nota discordante, em que nuoca se verificou o mais ligeiro incidente desagradavel I A Santa Egreja, sempre prudenie e reservada em assuntos de tamanha gravtdade, alnda nào se proounciou acerca da naturesa dos sucessos maravilhosos de Fatima. Entretanto ella nao prohibe .que naquelle lugar se tribute a Nossa Senhora do Rosario o culto que lhe é devido e que os seus filhos lhe prestam em tantos e tao celebres sanctuarlos da nossa querida Patria e do mundo inteiro que lhe sào especialmente dedicados. No corrente anno, corno em 1920 o dia treze de ~ aio occç~re num 'domingo. Esta cucunstanc1a fellz contribuir.i sem duvi<la em larga escala para tornar m~is numerosa e imponente a pere,truv\çao nactonal, que revestira um brUho e um encanto verdadeiramente excepcionaes. Conforme é costume, os peregrinos partirào de suas terras depois de se terem reconcil1ado com Deus pòr

meio do sacramento da penltencia. Em Fatima nAo lhes é possivel confessarem-se por fatta de sacerdotes disponiveis para os attender. Os das regioes mais pr6ximas ouvirao a santa missa nas suas freguesias antes de iniciare,u a vlagem. Os de longe poderào assistir a ella natguma das povoaçoes por onde passarem. Sabemos que para comodidade dos peregrinos haver4 missa e comunhao em Leiria, na Sé Catedral, as sete horas, em Torres Novas, na egreja de Sao Thiago, as seis horas, em Villa Nova de Ourem, na egreja parochial, as sete e as dez horas, em Fatima, na egreja parochlal, tambem as sete -e dez horas e na capella do lugar de Boleiros desta ultima freguesia, logo depois do nascer do sol. Na Cova da Iria a missa de communhao geral principiar! ao meio-dia e meia hora, sendo acompanhada a canticos popttlarcs e seguida de sermào pelo rev. dr. Santos Farinha, prior de Santa Izabel, de Lisboa.

Preces e canticos collectivos dos peregrinos durante a missa na Cova da lria Antes da missa o Credo de Lourdes. Emquanto o celebrante se paramenta o Satvt, tzobre Padroeira. Durante a missa o terço do rosario. Depois de cada mysterio a jaculatoria dos videntes, ji appn;ivada pela auctorldaùe eccleslAstica: Meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do /of!o d~ inferno e allivlai as atmas do Purgatorio, especiatmellte as mais abandonadas•. A' consagraçao da hostia : Eu vos adoro, Santissimo Corpo, Saneue, Alma e Divindade de Nosso Senhor fesus Christo, tào real e perfettamente como estaes no Céu.> Ao levantar da Hostia: <Meu Stllhor e meu Deus•. A' consagraçao do Calix: «Eu vos adoro, preciosissimoSangue, Corpo, Alma e Divilldade de Nosso Senhor /esus Christo, tào real e perteitamente como estaes no Ceu•. Ao levantar do Calix:. cMeu sen!lOr e meu Deus >. Logo em seguida as invocaçoes: -Senhor, nos Vos adoramos f -Senhor, nos temos conflança em V6sl -Senhor, n6& Voa amamos I • -Hoaanna, Hoaaanna ao Fllho de 0avld I 1 Bemdlto eeja O que vem em nome do Senhor I -Vos aols Je1us· Chrlsto, Fifho de Deus vivo I -Voa sola o meu Senhor o o meu Oeus t -Adoremus in aeternum SandiJsimum Sacramentum. (Canlado). -Senhor, cremos em Vos, m111 augmtintal :i nossa fé. -Vo snls 11 resurrelç!o e a vida ! -Salvai-noa, Jeaus, alias perecemas I · -Senhor, se o qulzerdes, podela curar· m0 I / -Senhor, dfnl so uma palavra e terel curado I - -Jeaus, f llho de Maria, , tende -pledade do mlru I ·, • .,

-Jesua, Fllho de Davld, tende pledade de nos I -Parce Domine, parce populo tuo, ne in aeternum lrascaris nobis (cantado). -Oh I 0eus vinde em noaso auxlllo, vlnde depressa socorrer-nos I -Senhor, aquele a quem amata eata doente I -Senhor, fazel que eu veja I -Senhor, fazel que eu ande I -Senhor, fazel que eu ouça l -Ma:e do Salvador, rogae por n6s I -Saude dos enfermos, rogae por misi A' comunhao: «Senhor, eu nào sou digno que vds entreis em minha morada, mas dizei uma so palavra e minlza atma sera salva.> (Tr~s vezes, rezado e cantado). O <Bemdlto e Jouvado seja o Santissimo Sacramento da Eucharistia, fructo do ventre saerado da Virgem Purissima, Santa Maria•. Depois da comunhllo as invocaç0es a Nossa Senhora: -Bemdlta seja a Santa e lmaculada Concelçào da Bemaventurada Vlrgem Maria, Mae de 0aus I -Nossa Senhora do Rosario, rogai por n6s I (3 vezes). -Mlnha Ma& Santissima, tsnde pledade de n6s I (3 vezes). -Nossa Senhora do Rosario, dal• nos saude por am'lr e para gl6rla da Santissima Trlndada I (3 vezes). -- Nossa Senhora do Rosario, convertei os pecadores I (3 vezes). -Saude dos enfermos, rogae por nòs. (3 vezes). ' -Socorro dos doentes, rogae por nòs I (3 vezes). -0' Maria. conceblda sem pacAdo, rogae por nh que recorremos a Vòs t (3 vezes). -Nosaa Senhora do Rosario, salvae-nos e salvae Portugal I

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Avé-Marias e oraçoes finaes. O Hymno de Fatima, n. 0 t. Sermao, Hymno n.0 3 e Qlleremos Deus. NOTA-As jaculat6rias acima mencionadas sllo as tlnicas que por ordem da autorldade ecleslastlca devem ser recitadas publicamente na Cova da lria e além das indulg~nclas que lhes estllo anexas pela autorldade apostolica, concede o sr. Blspo de Leiria 50 dlas a quem la as recitar.

Avisos aos peregrinos Recommenda-se com o mais vivo empenho aos peregrlnos de cada grupo que, sempre que seja posst• vel, entrem todos )untos na Cova da lria, conservando-se asslrn durante os actos do culto, e que para o regresso se reunam de novo proxlrno da capella comemoratlva das appa• rlç0es, sahindo formados do locai e entoando canticos ou rezando o terço. Para se manter a b0a ordem que é mister, todos os peregrino&, i,obretudo ducante a missa e o sermao, devem acatar promptamente as lnstrucç0es e avlsos que f0rern feitos pelo sacerJote que esliver no pulpito. Os meios de transporte, q1:alqucr que seja a sua natureza, fica rilo collocados a uma distancict conveniente

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No~ da Fathn.Jt. da capella para nao difficultarem o transito nem perturbarem de qual· quer f6rma os actos religiosos. Recorda-se mais urna vez a prghibiçao formai, feita pelo Senhor Bispo ~e Leiria e archivada pela e Voz da Fatima> num dos seus pri. meiros numeros, de se vender seja o que fOr, corno objectos de piedade, comestiveis e bebidas nas proximidades do locai das appariçoes. E' egualmente defeso corner ou beber no mesmo recinto, cumprindo aos peregrinos escolher os pontos mais afastados para esse fim. Sendo o locai em torno da capela destinado exclusivamente a oraçao, é para desejar que se guarde sempre alli, mesmo f6ra dos actos religiosos collectivos, a maior compostura, silencio e respeito, evitando-se a todo o custo conversas desnecessarias ou ruidosas e outros actos improprios da santidadc daquella estancia privileglada.

acquisiçao desta ou daquela virtude, a conversao de tal ou tal pessOa, etc., etc., lembrando-se de que a vinda a Fatima tem sido para muitos occasiao propicia para receberem assignalados favores e o principio de muitas conversoes. A Virgem Santissima apparecendo em Fatima, constitui ahi o seu throno de misericordias, e em Fatima corno ern menhuma outra parte, a nào ser em Lourdes, parece comprazer-se em receber as homenagens dos que vào sauda-la, recompensando-os sempre com generosidade. Todos os exercicios constantes do programa, devem pois, ser seguidos a risca e com a maxima pontualidade por todos os peregrinos, e nào bastara assistir a elles materialmente ou por mera curiosidade; é preciso que durante a peregrinaçao assista a todos os actos. As graças que vamos solicitar exigem dos peregrinos:

1. 0

Recomendaçoes geraes Flm daa peregrlnaçiJes - As peregrinaçoes f atima sao essencialmente actos de fé, e, corno tais, teem por fim alcançar de Deus, por intercessao de Nossa Senhora do Rosario a saude da alma e a do corpo. Sao, alem d'isso, outras tantas occasiOes favoraveis para exterlorisar os nossos sentimentos christaos, e tributar a Deus e a Sua Mae Santissima as homenagens que lhes silo devidas. E' portanto com espirito de fé que se deve emprehender urna peregrinaçao a tima. t.0 - Antes de tudo deve perdir-se a Deus a satide das almas. Foi essa a intençao da Santissima Virgem, quando apparecendo aos hurnìldes pastorinhos da serra d' Ayre, lhes recomendou que orassem pela convers~o dos peccadores e declarou que todos deviam fazer penitencia. 2.0 - A par da saude das almas, deve-se pedir tambem a cura, ou, pelo menos, as melhoras dos doentes que acompanham a peregrlnaçllo, e a de todos quantos, desejando acompanha-la, o nào puderem fazer por qualquer motivo. \ t Devem, portanto, todos os peregrinos alhear-se por completo de tudo quanto possa dlstrahi-los destes pledosos fins, procurando, pela piedade e pelos exercicios proprios da peregrinaçno, alcançar do Ceu, por lnterrnedio da Virgem do Rosario, o maior numero de graças e$pirituaes e te_mporaes. Além dos dois fins acima enumera{ado!I, nào devem esquecer-se outraa Jnteqçoe~ nào menos importantes, taes comò: o Sumo Pontìfice, o triun-pho e a liberdade da Egreja, Q augmento da fé sobretudo em Portugal, as difficuldades da hora presente, o desenvolvimento da boa imprensa e das ~obras soclais, ais vocaçòes eccleslastlcàs, etc. etc. , A todas -estas intençOes de intere!!; se geral podem e devem ainda 01 peregrlnos accrescentar outras de ordem particular ou pessoal, taes como: a de conhecer a propria vocaçào, ou

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,

Fa-

,

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devere$ do proprio estado, f

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Espirlto de oraçllo. - E' a

oraçao um dos meios mais efficazes ao nosso alcance para alcançar os favores do ceu; é o supplemento indispensavel da nossa fraqueza porque, se sem ella nada nos é possivel, com ella serernos poderosos.

2. 0 -Esplrlto ds peni •encia. Foi a penitencia bbjecto duma recommeodaçào especial de Nossa nhora, como foi dito acirna; é portanto com esse espirito que devem acceitar se as privaç5es, as fadigas, os incommodos da viagem, as deficiencias do alojamento, ou quaesquer outras contrariedades que possam sobrevir. 3.0 -Esplrito de carldade.-A caridade é a rainha das virludes; devera pois presidir a todos os actos praticados em Fatima pelos peregrinos. Deve o nosso procedimento ser motivo de edificaçào para todos, nacionaes e estrangeiros, porque, além de ser urna prégaçào viva, sera ao rnesmo tempo um meio excelente para favorecer a piedade e o recolhlmento, tào nccessarlos nestes dias da peregrinaçào, para attrahir as bençaos de Deus. , Façamos pois, a nossa peregrinaçào, com as melhores disposiçoes: ..... urna fe viva, que nos tornara propicia a misericordia divina, pureza de consciencia, procurando devéras a amizade de Deus, espirito de mortificaçào e de penitencia,como reparaçao das faltas commettidas e preservativo para as futuras, sempre possiveis, tudo acompanhado da crecepçao digna e frequente • do Augusto Sacramento da Eucharistia. Animados com este esplrito, podetemos apresentar-nos no locai das appariçOes a pedir confiadamente as graças oecessarias que de tao louge vimOi buscar, sem receio de vermos confundida a nossa esperança. Um sem numero de factos nos comprova a realidade e abundancia das graças obtidas petos peregrinos quti veem a Fatima, animados destes piedosos sentimentos. O fructo da nossa peregrinaçao dependera, sem duvida alguma, das disposlçoes de cada peregrino. Se todos, sem excepçAo fossero embebidos deste espirito, 4lém da edifi-

s~-

caç!o produzida naturalmente por tal manifestaçao de piedade, seriam incalculayeis as graças de toda a especie descidas do Ceu, sòbre cada urn de n6s e sObre a nossa querida Patria. Inutil sera recomendar a caridade para com os doentes. Estes, pela sua situaçào, devem ser objecto de todos os cuìdados e disvelos de todos os que os .acompanham. Além das oraçoes fervorosas que por elles devem fazer-se durante a viagem e no locai das appariçoes, cumpre aos peregrinos saos coadjuva-los em todas as circunstaocias, ja incutindo-lbes confiança e resignaçao, ja ajudando a transporta-los, ja preservaodo-os do sol ou da chuva. A caridade, quando é ve.rdadeira, é indus\riosa e nao deixara de suggerir a cada um, e em cada clrcunstancia, o modo mais efficaz de a pOr em pratica.

" 0s acontecimentos de Fatima 11 Com este titulo sahira brevemente

a luz da publicidade um novo opus-

culo devido a penna do nosso presado collaborador sr. Visconde de Montello. Em dlversos capitulos, todos de um interesse f6ra do vulgar, o seu autor refere epis6dios e notas inéditas, merecendo registo especial aquelle em que narra sucintamente vinte e cinco curas atribuidas intercessao de Nossa Senhora de Fatima. Sabemos que o sr. Visconde de Montello esta preparando a segunda ediçao, revista e consideravelment~ aumentada, do seu livro e Os epis6dios maravllhosos de Fatima •, cuja primeira ediçao, actualmente exgotada, bastante concorreu para levar ao longe, no paiz e no extrangelro, o conhecimento do mysterioso caso de Fatima. O folheto e 0s acontecimentos de Fatima > sera posto disposiçào do ptiblico no dia treze do pr6xlmo m~s de Maio, custando cada exemplar um escudo e sendo o produto liquido da venda destinado na sua totalidade para a obra de Nossa Senhora de FUlma.

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V.oz •da 'Fatima Oeapeza•

Transporte do n.0 anterior Jmpressao do n., 6. • • • . 20 resmas de papel • • • • Outras cJespezas • • • • • • Soma • •

868:970 86:000 907:200 35:200 1.897:370

Subscripçilo (Continua~lio)

O. Conceiçao Alcantara • • Manuel Lucio Andrade•. • D. Heloisa Moraes Neves O. Cecilia M. Ribeiro •. • D. Maria Olimpia de B. Saavedra (2.a vez) • •• • Antonio lgnacio Vicente (2 • vez) •••••• •• • • Manuel Gomes Gaspar • • Manuel Maria dos Santos. D . Francisca Santos •••• D. Maria José de Vascoocelos e S. d'Albergarla · de Napoles Rapozo • • ..

10:000 3:000 10:000 10:000

5:000 2:500 10:000 10:000 10:000

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LEIRIA, 13 d4' Maio de 1.023

Ano I

(OOM APROV AçÀO EOLESI.ASTIOA) .A.dmtn.lM-tro.dor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

Dlrec-to:1.·, Propriei.arlo e Ed.i-tor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impres~o na Jmpreosa Comercial, li

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Leiria

REDACç>.o E AD)flNlSTRAçAO

RUA D. J::.::J"UJ::.::J"O ALVARES l?ERE:IRA (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

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DE fflTil\lIA.

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(A

NOSSA

SENHOR.A DO ROSARIO)

Ilettt1&. do Viseoode de 1Y.[oote11o

e.Mb.~

1Y.[usiea do maesti:ro P.e Sabino Petreitra

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-.. Voz dÀ, Fé;thnn,

2 s .

Htmno de rutima (A Nossa Senhora do Rosario) Lettra do Vlsconde de Montello lnstca do maestro Padre Sabino Paullno Perelra

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Bm transpo1t1s de amor s ds gaso, das ctdadss, da serra e do val, todo am povo aqai v,m prsssuroso, vosso povo ltel -POR'IUGAL. CORO

Oh, qu, bellos os nossos d1sttnos : ver a Dsus, tace a /ace, s,m vea I N6s g1memos na terra p'regrlnos, zzossa patria qu1rida i o Ciu. 2

Aqui vimos, 6 doce Marta, temos preitos render-vos de amor, suspirando, de noit, e de dia, relrtgirto na magua e na dor. CORO

3

Agai vtmos, com alma contrita, .supplicar ao divino Jesas o p61dào para a culpa maldita, zntl thesouros de grafa e de luz. CORO 4

O romeiro debalde procura 1ntr1 os homens a paz descobrir, zzossas almas s6 acham ventura ness, vosso tào meigo sortir. CORO 5

Quando zugs a procella da vida , nas ondas nos busca tragar, .sois am ins, 6 V1rg1m gaerida, 1ols a m1stica estrella do mar. CORO

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Hoje , s1mpre rezando o rosa,io, 1ssas contas - esleras de luz, ,era doce 1st, nosso fadtirio, .r11ào l1ves 1spinhos s craz. CORO 7

Qrum nos dera, na e:.rtrsma agonia, 1aess1 patto, sacrario d1 amor, a pobr1 alma 1xhalar, 6 Maria, )unto a Cruz , na paz do Senhor l COROFINAL Oh, salva,-nos da ,terna dtsdita, para amar-vos faz,t-nos vtv,r; 116s qa,r,mos, Ratnha b1md1ta, 11r lt1ll a J,sas ou morr,rI J

"\T a~ da Fatima ,, (SubaorlQào) Por fatta de espaço niio ffirttm publicadas em abril toJas as quantìas até entiio recebidas, o que tambi:m niio podemos fazer ne~te numc:ro. Esperamos que em Junho sejam puh.hcaJos toJas as recebidas e as q1.1e se reccherem ,até entiio.

Aos Rev. os Sacerdotes ~extranhos a Diocese de Leiria Emquanto nilo determinar doutra f6rma, concedo aos Rev. Sacerdotes extranhos a esta Diocese, durante os dias da sua peregrinaçào Fatima, licença para celebrar e jurisdiçào para confessar conforme os poderes que tenham nas suas Oioceses. Oevem vlr munldos com os seus documentos que os Rev. Parochos teem o direito e dever de exigir e examinar• Quando algum Rev. Sacerdote d'esta ou d'outra Olocese, tiver devoçào de celebrar a S. Missa no dia 13 por ocasiao da peregrinaçào, avisara o Rev. Parocho da Fatima que o attendera, nao havendo 011ho compromisso ou inconveniente.

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Leiria, 1 de Maio de 1923.

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JOSÉ, 8ISPO DE LEIRIA

/\VISO S. Ex.eia Rev. 1110 o Senhor Bispo de f..seiria atendendo a grande quantidade de pessoas que desejam receber a S. Comunhao no dia 13 d'este m~s de Maio em N. Senhora da Fatima, sendo muito penoso ficarem até tarde em jejum depois de passarem a noite em viagem, concede que se celebre, as 9 horas da manhtl, a Santa Missa no mesmo locai e se distribua a qualquer hora a S. Communhao aos fieis que se apresentarem devidamente preparados. Antes do sermlio, sera o s. Sacramento exposto e no fim dada a bençlio aos doentes, que terao Ioga, reservado, e a todos os presentes. Todas as pessoas que nesse dia se dirigem aquele locai procurem ir com o maior recolhimento e espirito de penitencia. Que Nossa Senhora alivie os nossos queridos doentes e salve o nosso pobre Portugal I

Nas vesperas do Milagre (Il de Outubro de 1917) Convencido da sinceridade absoluta das tres creanças. que disseram ter visto cinco vezes Nossa Senhora no locai denomlnado Cova da [ria, da freguesia da Fatima, concelho de Vila Nova d'Ourem, e ter ella declarado que no dia 13 de Outubro havia de fazer que todo o povo acredltasse no seu appareclmento, voltamos pela terceira vez Aquela povoaçào. Embora receassem9s que as creanças fossem victlmas f de urna allucinaçllo, hypothese que alias tudo nos faz repudlar, ou que os acontecimentos extraordinarios que alti se realisavam fossem provocados pelo espirito das

trevas para fins desconhecidos, no nosso espirito ia-se radicando cada vez mais a convicçào de que a FAtima era o locai destinado pela Rainha do Ceu, Padroeira de Portugal, para theatro de novos prodigios, da sua bondade e misericordia. P~r esse motivo resolvemos partir com alguns dlas de antecedencia, tornando no dia 10 o comboio, que nos conduziu a Chào de Maçàs, estaçao do caminho de ferro mais proxima da que talvez venha a ser considerada, por mercé de Oeus, a Lourdes ou a La Salette portuguesa. Urna charrete transportou-nos a Vita Nova d'Ourem, donde, depois de havermos trocado impressòes com o Rev.0 Parocho daquela villa, sobre os acontecimentos que motivam a nossa viagem, seguimos para a Fatima onde nos apeamos as 11 horas da noite, dirigindo-nos Immediatamente para o logar de Montelo, a dois kilometros de distancia. No dia seguinte de manhà propuzemo-nos ir interrogar novamen te os videntes a Aljustrel, onde residem, a tres kilometros de Montello. Anteir disso, porém interrogamos Manuel Oonçalves Junior, de 30 annos de idade, casado, homem intelligente e dotado de muito bom senso e de faculdades invulgares de observaçao •

-=Depoimento de Manuel Gonqalves Junior Sào do teor seguinte as perguntas qùe lhe fizemos e as respectivas respostas: - Os paes das creanças de Aljustrel que se dizem favorecidas com appariçoes de Nossa Senhora teem b0a fama, sao gente honrada e de bons costumes ? - Os paes do Francisco e da Jacinta sào pess0as muito boas, profundamente religiosos e respeitados e estimados por todos. O pae tem fama de ser o homem mais serio do logar. E' incapaz de enganar alguem. O pae da Lucia frequenta pouco a egreja. Nào é, porém, de maus sentimentos. A mae é urna mulher honesta, religiosa e amante do trabalho. - O que pensam os habitantes da Fé\tima a respeito do que as creanças dizem? Nào as acreditam? Teemnas por mentirosas? Ou julgam·nas vlctimas de urna allucinaçao? - A principio o povo nào queria ir Cova da lria. Ninguem acreditava nas creanças. Em trezt! de Junho, dia da segunda appariçlio, havia festa na egreja da freguesia em honra de Santo Antonio. Na Cova da Irta estavam apenas, hora da appariçao, sessenta pess0as. Os pais de Francisco e de Jacinta tinham Ido de manhil cedo para Porto de Moz ! feira chamada dos treze, com o fim de comprar bois, e regressaram ja de nolte. Na sua ausencia a casa encheuse-lhes de gente que queria ver as creanças e fazer-thes perguntas. Presentemente urna grande parte do povo julga que as creanças fallam verdade. Pela minha parte estou convencido disso. -Nos dias das Appariçoes tem havido signaes extraordinarios ? Ha muitas pess0as que afirmem te-les visto?

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Voz da Fé.tbn.a -Os signaes fòram muitos. Em .Agosto quasi todos os que estavam presentes viram esses signaes. Urna carrasqueira. nuvem baixou até Em Julho notava-se o mesmo. Nào havia poeira no locai. A nuvem em-

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poou os ares que pareciam ennevoados. - Houve mais algum signal? -Viam-se no ceu, proximo do sol, umas nuvens brancas que se tornaram successivamente vermelhas vivas (c0r de sangue), c0r de rosa e amarellas. O povo tornava-se desta ultima c0r. A luz do sol deminuiu bastante de intensidade. Sentiu-se tambem um rumor de origem desconheclda em Julho e em Agosto. - Suspeita-se de alguem que tenha induzido as creanças a representar urna comedia? - Nào, nem isso é verosimil. -Tem vindo muita gente de f6ra vèr as creanças e fallar com ellas? - Tem vindo innumeras pessòas de toda a parte. - Ellas acceitam o dinheiro que lhes queìram dar? - Teem acceitado qualquef cou.sa, quando teimam muito com ellas, mas nào acceitam por sua vontade. - As familias sào pobres? Vivem do seu trabalho? Teem propriedades? - Nào sao pobres. Sao até abastadas. E se a familia da Lucia nào o é mais, isso é devido a circunstancia de o pae ser pouco activo, descurando assim o amanho das suas propriedades. - Ha na Fatima pess0as que tenham estado ao pé das creanças durante as apparlçoe~? - Em Julho estiveram ao pé dellas Jacinto d' Almeida Lopes, do logar da Amoreira e Manoel d'Oliveira, deste de Montello. - O que faz Lucia durante o tempo da appariçào? - Rt!sa o terço. Quando se dirige A ~enhora, falla alto. Eu proprio a ouv1 em junho, porque estava proximo. Algumas pess0as aHirmam que • ouvem o som das respostas. -O locai das appariçoes é muito frequentado tambem nos outros dias por pess0as piedosas ou por curio-

10s? - E' muito frequentado. sobretu-

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do aos l>omingos. A maior concorrencia é a noite. Vao alti muitas pessOas, de perto e de longe, e mais ainda de f6ra da freguesia. Rezam o terço e ent0am canticos em honra da Virgem. Terminado este interrogatorio, puzemo-nos a caminho de Aljusfel e, cbegado aquelle togar, dirigimo-nos imm~cliatamente a casa de Lucia. Estava junto da sua habitaçào dando aervenlia a um pedreiro que concertava ~ telhado. Logo que nos viu, cumpC1mentou- nos respeitosamente. A màe appareceu no mesmo instante e accedeu d<t melhor vontade ao i,edido de nos deixar interrogar novamente a rilha. Primeiro, porém, fizemos-lhe algumas perguntas.

--Oepoimentca da m:le da Lucia

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Sua filha é parente do Francis-

co e da Jacinta?

- E' prima, porque meu marido é irmào da mae delles. - Como soube que Nossa Senhora appareceu a sua filha da primeira vez? Foi ella que lh'o contou? - Tive conhecimento desse facto pela familia das outras creanças, porque a Lucia a principio guardou segredo e até cbegou a aconselhar os companheiros a nao dizerem nada com receio de que lhes ralhassem. S6 depois de ìnterrogada por mim é que disse o que tinha visto. - Nunca reprehendeu sua filha por ter Ido Cova da lria? Deu-lhe sempre inteira liberdade de ir no dia 13 de cada mes ? -Nuoca a prohibi de ir a esse sitio. Umas vezes perguntava-the se queria ir, eia respondia affirmativamente, outras vezes ella mesma dizia que ìria se eu lhe désse licença. - As tres crednças costumam ir sòsinhas · ao locai l1as appariçoes ou vao acompanhadas de outras creanças? Vào s6s. Quasi sempre vao tambem outras creanças, mas acompanhadas dos paes e ficam ao pé delles, nao se juntando com a Lucia e os primos della. As creanças guardavam gado, nao é verdade? A quem é que esse gado pertencia? - A Lucia guardava um pequeno rebanho de ovelhas e os primos outro. Pertenciam os rebanhos as respectivas familias. A's vezes juntavam o gado, mas unicamente porque queriam. As ovelhas que a Lucia guardava, ja as vendi. - Como é que as creanças teem ido vestidas ? - Da primelra vez 1am mal arranjadas, corno andam quasi sempre os pastores. Das outras vezes, no dia 13 de caqa m~s, vao vestidas de fa. to ctaro e levam um lenço branco na cabeça. - Consta-me que possue um livro intitulado Missa.o abreviada e que as vezes o I~ a seus filhos. E' verdade? - E' verdade; possuo esse livro e tenho-o lido a meus filhos. - Leu a historia da appariçao de La Salette deante da Lucia e de outras creanças ? - S6 deante da Lucia e dos outros meus filhos. - A Lucia fallava as vezes na historia de La Salette, mostrando de qualquer modo que essa historia tinha produzido grande impressAo no seu espirito? - Nunca lhe ouvi dizer nada a esse respeito, se bem me recordo. - Quando as creanças fòram presas pelo administrador de Vita Nova d'Ourem, foi alguem reclamar que as restituisse aos paes? - Um irmAo do Francisco e da Jacinta foi fallar com ellas a casa do administrador. A senhora do administrador perguntou se ia buscar as creanças, ao que elle respondeu negativamente. Foi o proprio administrndor que as veio trazer F attma. -Tem vindo muita gente v~r sua fllha? - Tem vindo muita gente quasi todos os dias.

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3 Concluido este Interrogatorio con• vid!mos quatro individos dignos de todo o crédito a assistir corno testemunhas ao interrogatorio da Lucia: Anastacio da Thereza, Gonçalves da Silva, Manoel Henriques, todos de Aljustrel, e Francisco Rodrigues, da Moita do Martinho. Immediatamente demos principio a inquiriçAo da videate.

Interrogatorio de Lucia Disseste-me ha dias que Nossa Senhora queria que o dinheiro offerecido pelo povo f0sse !evado para a egreja da freguesia em dois andores. Como é que se arranjam os andores e quando é que elles devem ser levados para a egreja? - Os andores compram-se com o dlnheiro oferecido e serào levados para a egreja nas festas da Senhora do Rosario. - Sabes com certeza em que sifio é que Nossa Senhora deseja que seja edificada urna capella em sua honra? -Nào sel ao certo, mas jutgo que quer a capela na Cova da lria. - O que é que Ella disse que havia de fazer para que todo o povo acreditasse que ella appareceu ? - Disse que havia de fazer um milagre. - Quando foi que ella diske isso? - Disse-o umas poucas de vezes, mas s6 urna vez, na occasiao da primeira appariçào, é que lhe fiz a pergunta. - Nao tens medo que o povo te faça mal se niio vir nada de extraordinario nesse dia? - Nao tenho medo menhum. - Sentes dentro de ti alguma coisa, alguma força que te areaste para a Cova da lria no dia 13 de cada mès? - Sinto vontade de la ir e ficava triste se nao f òsse. - Viste alguma vez a Senhora benzer-se, rezar, ou desfiar as contas do Rosario? -Nào vi • - Mandou-te rezar? - Mandou-me rezar umas poucas de vezes. -Disse-te que rezasses pela conversAo dos peccadores? - N§o disse; mandou-me s6 rezar a nossa Senhora do Ros!rio para que acabasse a guerra. - Viste os signaes que as outras pess0as dizem ter visto, corno urna estrella, rozas a despregarem do ves• tido da Senhora, etc. ? - Nilo vi a estrella nem outros signaes extraordinarios. - Ouviste algum rumor, trovao ott tremor de terra? - Nuoca ouvi. - Sabes tér. .- Nao sei." - Andas a aprender a lèr? < - Nào and(). - Como cumpres entao a ordem que a senhora te deu n'esse senti• , do.

- I ••••••••••• - Quando dizes ao povo que ajoelhe e rcze, é a Senhora que manda que o di gas? - Nao é a Senhora que manda, sou eu que quero.


4

Voz da Fé.tima

- Sempre que ella apparece, tu ajoelhas. - A's vezes fico de pé, outras vezes ajoelho-me. - Quando falla, a sua voz é doce e agradavel ?

-E'. -

Que edade parece ter a Senho-

ra? - Parece ter uns quinze annos. - De que cOr é o cadeado do Rosario? - E'branco. -E a do cruclfixo? - O crucifixo tambem é branco. - O veu cobre a testa da Senho-

ra? - Nao cobre, vc-se-lhe bem a testa. - O esplendor que a envolve ~ bonito? - E' mais bonito que a luz do sol e multo brllhante. - A Senhora nuoca te saudou oom a cabeça ou com as màos ? -Nuoca. - Nuoca se sorriu para ti? - Tambem nao. - Costuma olhar ~ara o povo? - Nuoca a vi olhar para elle. -Ouves as conversas, rumores e gritos do povo durante o tempo em que estas vendo a Senhora? - Nao ouço. - A Senhora ped'iu-te em Maio que volt~sses todos os mesès até Outubro a Cova da Iria? - Disse que voltassemos la de mes a mes, durante seis mezes, no dta 13. - Ouviste ler a tua mae o livro chamado Missiio abreviada, onde se conta a historia da appariçao de Nossa Senhora a urna menina ? - Ouvl. - Pensavas muitas vezes nessa historia e faltavas della a outras creanças? -Nao pensava nessa historia nem a contei a ninguem. Conclulda esta inquirlçlio, diri,:imo-l'les a casa das outras duas creanças, procedendo alli a sua inquiriçao, na presença do pae e de alguRtas das lm1as. Interrogamos primeiro a Jacinta.

---

Interrogatorio da Jaolnta

- A

Senhora recommendou que rezassem o terço ? - Recomendou. -Quando? - Quando appareceu pela prlmei-

ra-vez.

1

-

Oltviste tambem o segredo ou foi s6 a Lucia que o ouviu ? - Eu tambem ouvi. - Quando o ouviste? - Da segunda vez, no dia de Santo Antonio. - Esse segredo é para serem ri-

cos. -

Nao é.

- E' para serem bons e felizes ?

,

-E'. E' para bem de todos trcs. -E' para lrem para o Ceu?

-Nào é. - Nào podes rev&lar o segredo ? - Nào posso. - Porque? - Poque a Senhorn disse que n~o isses:cmos o segrede a 1i1guem.

- Se o povo soubesse o segredo, ficava triste ? - Ficava. - Como tlnha a Senhora as maos? - Tinha-as erguidas. -Sempre erguidas? -A's vezes voltava as palmas para o ceu. - A Senhora disse em Malo que querla que fOssem a Cova da lria maia vezes? - Disse que queria que fOssemos la durante seis méses, de mes a m~s, até que em Outubro dissesse o que querla. - Ella tem na cabeça algum resplendor?

- Te111. - Podes olhar bem para o rosto ? - Nao _posso, porque faz mal aos olhos. - Ouviste sempre bem o que a Senhora disse? -Da ultima vez nlio ouvi tudo por causa do barulho que o povo fazia. Segue-se a inquiriçào do Francisco.

-~--

Interrogatorio do Francisco - Que idade é que tens ? - Tenho nove annos feitoi. - S6 ves a senhora ou ouves tambem o que Ella diz. - S6 a vejo, olio ouço nada que Ella dlz. - Tem algum clarao em volta da cabeça? -Tem. -Podes olhar bem para a cara dela? -Posso olhar, mas pouco, por causa. da luz. - Tem alguns enfeites no vestido? - Tem uns cordOes de ouro. - De qu'! cOr é o crucifixo do Ro-

sario?

- Tambem é branco. -O povo flcava triste se soubease o segredo? Y. de M. - Ficava.

Cura de D. Thereza de Jesus Martins D. Thereza de Jesus Martina, de

19 annos de edade, casada com Antonio Coelho Lucas, empregado publico, moradora na Avenida das COrtes, 111, 4.0 , E., Ll!boa, começou a sentir-se muito fraca, trcs meses depois do seu casamento, cele~ brado a 3 de Dezembro de 1921 na fregucsia de A-dos-Cunhados, concelho de Torres Vedras, onde nasceu e vivla com sua familia e donde nesse rnesmo dia retirou para a capitai. Receando causar inquietaçao ao marido, nao lhe quiz a principio dizer nada acerca do seu estado de saude, mas, corno algum tempo depois deltasse sangue em abundancia pela boca, apressou-se a pO-lo ao corrente do que se passava. De accordo com elle fol consultar o sr. dr. Cassiano Neves, que reconhecendo a sua extrema fraqueza e verificando que o pulreào direito estava affectado, lhe recommendou urna alimentaçào subst-ancial e um rcpouso absoluto.

Algum tempo depois procurou o dr. Vicente Pedro Dias, que, tendo-a observado e constatado a existencia de hemoptises a aconselhou a mudar de ares, saindo de Lisboa. Por duas vezes passou urna temporada na terra da sua naturalidade, regressando um pouco melhor capitai, mas peorando algumas semanas mais tarde e da segunda vez çonsideravelrnente, tornando-se o seu estado mais grave do que nuoca. Na esperança de que mudando de médico e de tratamento obteria as melhoras que tanto desejava, procurou no seu consutt6rio da Rua do Alecrim o dr. Antonio Augusto Fernandes, o qual diligenciou interna-la no sanat6rio de Portalegre, o que nao conseguiu por nào haver vaga naquella occasiao, Indo por esse motivo a enferma provisoriamente para o pavilh5o de tuberculosos n.• 5 do hdspital do Rego, no Campo Grande. Nào podia, comtudo, reslgnar-se a ficar no hospital, isolada da familia, no meio de pcssoas desconhecidas. A cama que lhe dttslinaram tinha o numero 13. Esta circtrnstància afli~iu-a tanto que chegou a dizer enfermeira q,ue preferia morrer aos pés da cama a deilar-se nella·. A sua afliçao torrou-se ainda maior quando, por indiscriçao de uma empre~ada, soube que estav..i tuberculosa. I tsistiu por isso com o m·tis vivo empenho para qt:e, sem demMa, Il e fOsse dada alta, pois desejava ir morrer nos braços da m~,e. Ao mesmo tempo escreveu ao marido e a nrndrinha de casamento, O. Berta Ouimaraes de Carvalho (Chancellelros), moradora no mesmo prédio da Avenida das Còrtes, 2.0 andar, pedindo que a tirassem do hospital, porque. corno ella se expressava, ni'io podia la estar de maneira nenhuma. Antes da sua entrada no pavilhllo, a madrinha dera lhe um frasca com agua de Lourdes e outro, mais p&queno, com agua de FAtima. A doente ji tinha ouvido f 1llar de Nossa Scnhora de Fatima, mas nao sabla que a Virgem Santissim:i havia appa- • recido alll e que mu1tas curas extraordinarias eram atribuidas sua lntercessao. No pr6prio dia em que entrou no hospltal, logo que teve conhecimento de que estava tuberculosa e nao simplesmente fraca, corno até entào julgara, sentiu urna tao granlife conliança em Nossa Senhora de Fatima, que se poz a Invoca-la debulhada em lagrimas e prometteu que, se ella houvesse por bem cura- 11 la, faria urna peregrinaçao ao seu sanctuario, oferecendo nessa ocasiào duas velas de cera da sua altura e percorrendo de joelhos a dlstAncia que Jhe tosse posslvel até junto da sua veneranda Imagcm. Todos os dias renovava as suas supplicas cada vez com mais fervo!', recitando o terço do Rosario e tornando desde o prlineiro dia algumas gottoo de agua da fonte da Cova da lria. Entretanto o marldo e a madrlnha responderamlhe, procurando convencè-la de que para seu bem devia continuar no hospital. No quarto dia apoderou-se do seu esplrito uma trisleza tào profunda que, apesar da opiniao contraria do marido e da maddnha, pediu novamente alta ao médico, .que

a

a

a

.

\


5

Voz da Fé.tiJ:na se recusou a dar-lha, observando que ella nao se achava em estado de ir para casa. Chorou porém, e insistiu tanto ,ara que lhe fizessem a vontade que lhe permittiram sahir. Sem avisar a familla, encaminhouse logo em direcçao a um electrico, para o qual subiu com muita dificutdade. Se nao fora a caridade de aliUns passageiros, teria cahido deiamparada no chào, exhausta de forças. Tendo-se apeado ao pé da porta àa rua, subiu a muito custo e muito devagar as escadas. Em casa estava a sogra aue, vendo-a naquelle estado, extremamente magra, fraquissima e com urna pallldez cadaverica, desatou a chorar. A' noite chegou o marido que ficou consternado ao ve la tào mal e a quem disse que, sabendo que estava tube~culos~ e completamente perdida, dese1ava Ir morrer junto da mae. Quatro dias depois partiu para a terra da sua naturalidade. Alli conti-

fornecido. Ap6s dois meses e melo de permanencia na terra, regressou a Lisboa. Foi no dia 17 de Outubro. Nesse dia, antes de partir, tomou urna colher de ~gua de f Atima que lhe deram umas senhoras do seu conhecimento. Foi a ultima vez que bebeu dessa Agua. A 25 do mesmo mès voltou ao consult6rio do dr. Fernandes para que elle examinasse o seu estado. Ao vè-la na sua presença, tao differente do que era, forte, g6rda, c6rada e apparentando urna saude esplendida, o illustre clinico nlio poude reprirnir um movimento de surpreza. Observou-a com toda a attençlio e minuciosidade e por fim declarou que, tendo-a julgado perdida, a achava a~era completamente curada, o que reputava ine,:plicavel, quer se considerasse o estado desesperado da enferma, quer se considerasse a rapidez corno se tinha effectuado a cura.

vir, administrando-the o sacramento da Extrema-Uncçiio. O estado da en(erma era considerado quasi desesperado. Durante todo o dia esteve gemendo continuamente aem ver nem ouvir e sem responder 611 per~untas que lhe faziam. 0s olhos ti• depressa se lhe eovidraçavam, como recuperavam a sua limpidez habitual. O dr, Figueiredo Valente, que a veio ver pela prime1ra vez na quaru-feir'I no1te, julgan- • do rcconhecer alguns dos symptomas da meningite, ordenou quc sem demora fizesse uma punçao nR coluna vcrteltral constatando a analyse do liquido extraid; a existencia de umd infecçao nas m~ninges, proveniente do microbio do sarampo. A puncçiio realisou-se 1h cinco horas da tarda e foi foita pelo dr. Romao Fcrreirn Loff'. A noite immediata fo, horrivel, tendo • diagnoHice t!e meningite sido comrrovade pelos gemidos e Rritos carncteri~ticos desaa afec~ao que duraram toda a noite. No dia se~umte, primeira sexca feira de Marçe, dedicada ao Sagrado Coraçiio de Jesus, cuja imagem tinha sido enthronisade no lar desta familia cri~t5, foi chamaJo o co.1fessor de ca,;a para admini~trar o sacrnment• da Penitencia a enferma, o que nao lhe foi pos~ivel, porque elh n em sequt! r o reconheceu. A baronesa dc Alm eirim, tia pater-

a

s•

Attestado médlco

Antonio Augusto Fernandes, médico pela Faculdade de Medicina do Porto: Attesto que a sr.a D. 7hereza de /esus Martùzs, de 19 amzos de idade, natural de A-dos-lunhadoi, conul/zo de 1orres Vedras, foi por mim mtada em /unilo e Jallzo de 1922, de tuberclllose pulmo11ar, com hemoptlses, febre vesperal, emmagrecimento, suores nocturnos; hojt nilo Sllbsistem sitzais clinicos d(Jssa doe11ça. E por ser verdade passo o presente que assigllo e }uro por minha ho1tra. Lisboa, 15 de /a,ieiro de 1923. (a) Antonio Augusto Fernandes (Segue o reconhecimento)

V.de M.

/

D. Thereza de Jesus Martin~ I

nuou a rezar a Nossa Senhora de Fatima e a ingerir algumas gottas de agua da fonte do locai das appari-

çOes. Logo quc: bebia um golinho de

agua e fazia as suas oraçòes, as pontadas de que soffria desappareciam coma que nor e,canto e senlia-se alliviada, satisfelta e bem disposta. Nuoca deixou de rezar o terço, o q~e fazia duas e tr~s vczes em alguns d1as. U.n mès depois estava completamente cur::ulu. De dia para dia, desde que coml!çou a beber a agua • de Fatima, quando ainda estava no Pavilhào, o sangue que deitava pela bocco tra menos abundante. Oito dlas depr,is de ter chegado terra da sua naturalidade, o fluxo de sangue acabou e a febre passou -llie quasi de todo. Ao cabo i de trés sernanas, as pontali.iti t,nham desaparccldo. Prec:isament~ ncssa occasiào exgotara-t-,.! a p~q11~r.,1 prnvi~fio de a~ua de Fatima, que a 1119drinha lhe tinha

a

Cura da menina Maria Amalia Canavarro Maria Amalio do Amara) Je Pa~~o~ de Sous:: Canavarro, qut: completara 13 annos de ~dade no dia 13 do pr<h1mo mé:i de Julh o , fi •ha do dr. Joao de Pa.-0 soi: de Sousn Canav.rro e ùe IJ. Amalia do Amara) Ca brai d-, Sou5n CanJvarro, ja fallecida, na turai e morndora em Santareni, mas v1vcnJo accidentalmente elll l.isboa, na Traveha dc Santa Gertrud es, n.• 6, foi assistir na iiexta feira, :23 ùe F-!verr.iro, a solemne proc1ssfo do Senhor dos P,usos na egrcja da Graça, e pesar de ~en1ir <lesde pela m11nhii um le•e incumoùo de sa(1de de que n5o se queixou logo com receio de que a nlio deixas,em sair e a que de prin~ipio niio lii;:ou nenhuma irnportnneiu. No dia seKumte, porém, o thcrmometro acur:iva a cx1sten..;ia do alguma febre, tendo st,lo por e sse motivo prevc.niJo o médico da fJm11ia, dr. Antonio Pcr"ira Cabra1, que, acbnnJo-se um pouco adocntado e n.io podeoJo por is~o visH.ir a enftrm1 nesse ùta, rc:comcndou que lhe fìzessem o rne,mo trntamento que hav1a pre.scrirto p1ra os irmiis, as qu,11s toJas rec en tt:mentu tinham uJo sarampo. A doença lél seguindo com rt:gulariùaJe o seu cur~o, quando ci neo J1as depo1~. quarta fe1ra, \'Ìnte e oito, o e~ta Jp da enftr1 n11 se nmm1vou de rep ~nte, sobr~vindo-lhe li noite u,na espccie de Je~mato, de cara.:ter profundamente a--~u~wdor. Pa ssou todR a noitc muit<> mal. N 1 .:iuint&-feira de mnnh5 foi presa de um 8 taque violent1s~11nrr. A cara e as m:ios torn,1r1 m-«e roxu, os olhos tmb3ciHram-se, ti.:ando toùa~ as pes5oa~ que r ·)de11vem o lc1to da pobre mt:nìna p!,,na:neut~ convenciJns de que eram eh,•~ 1d,1s ,n ~"U~ ultim')• mom,mto". C:du•u va 1mmen , d<', \'è-111 ~' tfrer 11n10 . O coad1utor d..i frt:g ·1 ·zin i.le S,nt, Tiabel, que foi n1JuÙildo ch.i,n;.r com llrcen.:ia, apressou-se a

Me11ina Maria Amuha Canav11rro

I

na dil mcnina e senhor-1 de acri~ola<los sentimen1os rtd1~1osos, ped1u ao re,p1::1t.ivel sacerJutt.-, quJmlo eHc ~e Je~ped111 , que ohtiv, sso Je pesso11 conhccidu 111.cu.na porçao de agua Je LourJe~ r,ua a dar a hcber a sobrinha, poi~ cm cas:i f'ii nito ha via dessa algua, qu e ahé, costumavqm ter El le nssim o promeneu, d izen,lo que,. logo que a alcunça~~e, se ùnrìR rrl'ssa em vir trazE-la aquella fam1lta, que com tan1a. pena sua via 1rnmers11 na mator affi1çiio e angusti 1. Ali;unrn, hora~ mAi5 t arde apparcceu uma senhoro das relBçoc:s dn fJmiliir. quc1 informada pelo referiùo eccles1utico dc tudo quanto se t!Atavn pas,ando e do pediilo da baroner:a, Sll olf~reccrn P"ra\ir pesso:ilmente lew1r niio sò at\un de Lourdes, corno tamb~m terra do: Flittma e uma lasca do t ronco da n ~inheira t: m qu ,., se• gun,lo o dero1 nento doq v11l entes de Alj1.:s• trel, Nossa Sen h or11 Jo Rosario pou,av11 os ~ccs pé!I virginois dur,inte as Mppar1çoe1. Na occ,1siiio em que chegou e ~a senhora esuvnm fazenoo um,1 .:onfc:rencrn o méJico o:uiHente e os Jrs. FigueìreJo Volente er Sim6es Ferreira. A opiniio unanime do• trcs di~tinctos cltnico~ depo1s de eum1narem attentamente o estado d,, enferma foi quc el!11 se achav,1 pcrdiJa scm r"medio. Dehnldc se ttnha lançado mao do todos os recursos da ~.:iencia e nJdo maii e,a possivel e:tpcrimcn1ar rura salv~r a eoferma. A haroneso. r:o auge da a1fl cc.io, fu nm1 promes·,a A Nossa S,mhora ue Fatima p,1ra ohter Ja ~ .. a m1serìcordia um milagre em r.. vor J11 sobnnha querida. A, creddH choravam conv11•srn1ence. A~ irm5s d .1 en• tc:rm.1, ,\lar111 <111 Conceiçiio, Mario l. uiza, lz.ibt!I ~ Jria e Mari:i do Ca rmo, 10,la ~ mais nQv11-. d,, que e!lu, cx,,·p to II rr1 1 .. r , -tue vai fazer 1,1 JJtor;: nnnn•, niio f,1zi ,., ,utro1 co•Jsa sen:io 11e11-11 Har, 11110 ,1 .111 : iJde in.lu,cntivel, d~ pcsseas que se crur.a 1

,•.i•


Voz da Fatima

6 nos corredores, se a Amalinh11 j:i tinha morrnlo. Logo que os mé,licos, tcrminaJa a conferencia, :ie despeJiram e retiraram, as creadas foram aquecer agua para misturar com a terrd do locai dus arpariçoJs. A haroneza niio quiz 1ntenc1onalmento: urilisar-se da agua de Lourdes, para que n cura da sobrinh a, a verifìcar-,e, corno espereva, constitui ~sc urna rrova cvidenlo da origem sobrendtural Jos acontt.cimentos maravilhosos de Fa11ma. Eutreran 10 foi collocada n Jasc.. do tronco da azinhcira na mao da enferma, qu.: nao a senua n1:m unhJ fò rças para a sustentar. Uma d,1~ pe•soa5 que lhe a5sisuam na doe:iç,1 exrlicou o que era esse ohjecro e peJm lite que o acce1111~~c A menino ouviu a exrh.:açao e o pcd1do e tentou fechar a miio, o qm: con$eguiu, s,•JluranJo assim a reliquiu da az10he1ra. Momento~ dcpo1s a tia perguntou-lhe se qucrh tom,1r urna colhl·r dc llgun com terra de Fatima, r,isponJcndo lbe elio :,ffirmativomt:nle so com a cah~ça porque r.inda niio podio fallar. Fc>1 pre ... 1so intr0Juz1r-lhe a égun pelos canto s da bocca, porque lhe e ra impo ssivel abr1-la. Tendo lhe umo pessoa de lam11ia recom menJnrJo que dissess.: a jaculatoria aN"os,n Senhor:i dc Flltima, rogae por mim», proforiu-a com vivu piedaJe, mas fozendo um enorme esforço A pouco e pouco, porém, li mediJa que reJ)et1a a riedosa 1nvocaçiio, o c~forço que 1::mpre~avu para n pronunciar ia d1minuindo. l)epois diz1a es· ponraneamente e frequentes vezes com urna fé e um fervor tiio do intimo da alma que comoviam a, pessoas pr.:sentes a ponto de lhes arrancq r Jaµrimas. nNos~a Se nh ora de Faunu, soccorrei-me, socorre1me IQ Pnss111Jos pou..:os m111utos começou a fallar. Mudou o boccado do tronco da azioh e1ra de urna Jas miios J):tra a outra. A' tard, re,onhe.:.:u o confotso r qui: tinha vinJo suber do seu estoid o, fìcando mu1to cont en,e pc,r lhe ter ouvi lo &ffirmar que nao se es4ucceria dc rezar pela sua cura. Nessa mesma tar<le mteressava-se jli por tuJo quanto se d1z1n em torno della, e no dia St:!!Utnte, de manha, conversava sem cuato 01:m c1111saço e a luz d~ sol nao a incomod avo, ass1m corno, noite, n enhu ma impres ; ao d1::sngrad11ve l lhe causava a Juz das LimpoJ,1s d~crricns. A~ melhora, accentuav;im ~e cada vez mais de bora para bora. No. domingo, logo de manha ce.io, o méJko .1s,1,tente, que durnnte as tres ultimas noi tes unha dorm1do em casa da enft:rmo, exammou-a detiù11mcnte e ar,ressou-se a de !arar, com sUrJ)reza e alegria qut: mRI poJ1.i reJ)rtm1r, que ella estava complet • mt:nte l,vre dc perigo. Arczar Ju nRturun e trav1Jade da Joença, a menina n:.io sofre de amnesia nem ficou com qualquer outro dcfeao. Actualmcn te, onze de Abnl, apresenta um u~pecro excellcnte e esta bdstante outrn.l.i . D !\de n tarde ùe sexta feir1 1 dois <le Março, tcin m,mifi:stn<lo I tlr1r1s vezes o seu •ivo desl jo de ir d ra1im.i, dizendo que niio quer qut: ningul'm lht: pJgue o b1lhete do caminho dt: ferro, poi, o ha de pa~ar a sua çust~, com o producto do seu tr11balho .•• La ira df•ctiv.11ne111e n piedo~n menina, no d111 tr~ze Je l\ta10, a es~a terra privilegiatla do Ceu, niio no comboio, mas de automovt:I, juntamente com sua familia, afim ùe agraùeccr a augu~ta Virgem do Rosllr10 a cura euraordint\ria de que foi objecto.

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Atteetado médioo Antonio Parreira Cabrai, médico cirurgiiio pela Umversidade de Coimbra, dee/aro que trate, a menar ,\.Jar,a Amal,a Amaral Cabrai de S011sa Ca11avarro, de meningite, consec11t1va a sarampo, diagnostico et>njirmado pela a11alyse do liquido cephalo-racl11d1ano. Esteve a doente em euado de c:ama absoluto e chegou a ser o pro,:_110s1ico, o ma,s carrepado puss,vel. Apds 48 horas therapeuttca mtensrva, desapparueram •s symptomas mais alarma11tes e a conva/esceni;a decorreu sem complrcaçoes. A sua Fd v,va em que Nossa Senhora de Fatima a melhoraria depressa, por certo foi poderoso a11x1l1ar 11a raprde1 da convalescença. O gu~ por ser verd,1de attesto e assig110..Lishoa, 27 ae Abril de 1923. (a) Antonio Parreira Cahral

,e

Segue o reconliecimento.

V. de M,

A peregrinaçao nacional (\3 de \\laio de \9~~) Dia 13 de Maio de 1922 ! Que deliciosas re,ordaçoes nao suscita esta d ata memoravel nas almas crentes e piedosas de um paiz inteiro ! Cinco annos sao passados depois gue, segunùo o testemunho de tres inno_cen tts creanças, a augusta e gloriosa Rainha do Ceu se di~nou apparecer pela primeirn vez na cumeada da serra d'Ayre para derramar graças dc predilccçao sobre o povo que a havla cscolhido corno sua Padroeira. Fatima! E' para esta terra bemdita, para o seu imponente sanctuario, gue tcm por pavimento a mon.tanha, por parcdes o horisonte e por cupula a abobada celeste, para a sua singela capellinha, que maos sacrilegas ousaram tocar, para a sua fonte maravilhosa, manancial perenne de curas extraordinarias, é para e')te verdadeiro cantinho do Paraiso que no dia de hoje se volvem, de todos os pontos dc Portugal, os olhos e os coraçoes de centenas de milhares de fieis ! Nesta horo solemne entre as mais solemnes, nuo ha cidade por mais remota e csquecida, nao ha aldeia, ainda a mais hnmilde e ignorada, onde ao menos alguns labios nao suspirem, tremulos de commoçao, o nome dulcissimo dc Fatima, onde se• quer alguns coraçot!s nao palpitem de jubilo t! cnthusiasmo ao evocar o suave e mystico encanto que este nome encerra. Ainda ha bem pouco tempo Fatima era apenas urna insignifi..:ante e quasi desconhcci<la povoaçao, perdida na serra d'Ayre, occulta cntre rnassas gigante,;cas de montanhas cobertas de soutos de carvalheiras e pinheiraes. E comtudo hoje, de u m extremo ao outro de Portugal, milhocs devozes a proclamam a terra privilegiada entre as terras onde as almas atribuladus, os coraçoes doloridos e os corpos martyrisados vao buscar luz e conforto, alegria e paz, remedio ou lenitivo para as suas maguas. para as suas angustias, para os seus incom• portaveis so!lrimentos ph ysicos ou mora es. Effectivamente a outrora ignorada Fatima é hoje o mais bello centro de devoçao a Nossa Senhora no nosso paiz e um dos maiores do mundo. A' voz augusta da Ma.e de Deus, que se. dignou apparecer a trez humildes pastorinhos, centcnas de milhares de peregrinos e visitantes acorrem dc toda a parte em ondas impetuosas com um cnthusiasmo que recorda o dus Cruzadas e perante:: o santuario commemorativo das appariçoes deslilam cheios de respeito e veneraçao e com as almas a trasbordar da mais intima e nMis pura alegria. Como sao simulta neamente comovenuis e grandioc;os na o:ua incompa· rave! simplicidade cc;ses cortejos interminavt:is quc circulam naqutlla immensa esplanada, cntoando os louvores da Virgcm do H.o~ar io ! Que cspectaculo ~urprchendente no~ oferc:ce a multidijo immensa dos abandonaùos da scienci!l hu,nanu que alli va.o buscar remedio, lenitivo ou

conforto para as suas terriveis enfermidades ! Salvé, Fatima, formoso oasis do deserto da vida, jardim pcrfumado pelas . brisas do Ceu, terra sagrada e bemd1ta, onde cada rochedo assignala um prodigio e cada yedra é testemunha de urna bençao da augusta Virgem do Rosario! Salvé, _Fatima, mii vezes salvé I

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Ha pouco mais de um anno, em 6 de Março de 1922, as horas mortas da noite, a ordeira e pacifica populaçao de Fatima acordava sobresaltada com o echo formidavel da explosao de quatro bombas de dynamite, collocadas por maos criminosas de secta• rios facciosos e intolerantes no inte• rior da modesta ermida que a piedade P?Pular tinha erguido na <<Cova da lna» corno padrao commemorativo das appariçocs. A ooticia do hediondo e sacrilego attentarlo voou com a rapidcz do relampago de um extremo ao outro do paiz e provocou em todas as almas bem formadas um sentimento unanime di! indignaçao e de protesto, pondo mais urna vez em destague essa pittoresca aldeia graciosamente alcandorada num dos contrafortes da serra d'Ayre, onde ha cinco annos se deram acontccimentos maravilhosos gue jamais se apagarao da m~moria dos homens. Toda a imprensa se referiu com pa lavras de viva reprovaçiio a esse attentado cujo echo se repercutiu nas duas casas do parlamento, tendo o governo promettido pela voz do ministro das colonias castigar os seus· auctores com todo o rigor das leis e sem contemplaçoes de cspecie alguma. No dia 13 do mec;mo ml!s, por iniciativa do rev. Parocho, realisouse em Fatima urna solemne procissao de desaggravo. Quatro a cinco mii pessoas acompanharam o magestoso c"rtejo desde a e8reja parochial até ao logar das appanç6es num percurso de cerca de tres quilometros. Nesse locai deviam ja estar naquelle momento mais de seis mii pessoas. Num altar improvisado crn frcnte da capel la, celebrou-se urna missa campai, durante a qual a multidao ajoe• lhada rezou, com recolhimento e fervor, o terço do Rosario. Era sobremaneira tocante o cspcctaculo daquel• la immensa multidao, de maos pos• tas e orando, em que se viam pessoas de todas as classes e condiçoes sociaes. Foi urna grandiosa e sentida mirnifestaçiio de fé e piedade, que niio teria revestido tamanho brilho e imponencia, se nao fora o repugnante e execrando attentado. Mas a piedade dos catholicos, offendidos no mais intimo, mais delicado e mais respeitavel dos seus sentimentos, niio ficava pienamente satisfeita com cste acto solemnissimo de desaggravo. Expontaneamente, sem convites, sem pieparativos de especie alguma, um movimento nacional de fé e reparaçiio &omeça a esboçar-se, torna vulto e cresce desmesuradamente de dia para dia até se con verter em 1$ de Maio na mais extraordinaria e significativa manifestaçao religiosa dos ultim1...; tempos em Portugal.


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Voz iln Fatin,n, Desejando presenciar essa scena de focomparavel belleza esse espectaculo assomb_roso e emp~lgante que por t~do_s os trtulos devia revestir a grand10s1dade de uma authentica apotheose, t~mamos o comboio que parte da estaçao do Rocio as seis horas e cin<?enta aiinutos da tarde. Eram quasi onze horas da noi te quando chegamos_a Torres ~ ovas . No hotel daquella pittoresca villa extremcnha ja nao h~via entao um unico quarto dispo!)Ivel. yateu-nos _nessa contingencia 1mprev1sta a gent1leza captivante de um _médic'.> nosso amigo quc providenc1almente encontramos e quc com a fidalga hospitalidade tradicional em sua familia nos ollereceu em sua casa ppusada e gasalhado que acceitamos gostosamente. Durante toda a noite passaram sem cessar grupos de peregnnos que, pelos caminhos asperos e pedrcgosos da serra se dirigiam par: a r~atima. No dia 'seguinte de manha hav,a na historica villa um movimento desusado s6 comparavel com o dos dias mai~ fostivos do anno. Nas esquinas das ruas estao affix_ados cxcmplares de um pasquim int1tulado A Comedla de Fatima e de um m anifesto em rcsposta subordinado .8 epi~raphe Uma especutaçtio .reaccionaria. E' . m~is um episodio eloquentc:me:ne s1gn1ficativo da eterna lucta cntre o b\.!m e o mal. Ccnt~nas de peregrinos visitavam as cgreias, assistiam as missas, communga vam e, ap6s a acçao de oraças, encaminhavam-se pora a p~aça atulhadn . de camions , camionetes, automovt:1s, trcns e outros vehiculos, afim de occuparem os logares que lhes esta v.im reservados. Os trens partiram primeiro, tornando a direcçao òe Pedrogam e subindo lentamente a estra~a da serra, pittoresca em extrem?, mas bastante ingreme. Pouco depo1s das 01to horas poem-se em andamento os camions e automoveis fiUe, por nfio podercm atravessar a serra_, teem de fazer um percurso quasi tres vezes mais longo dando a volta por Villa Nova dìo'urem. O automovel q ue nos tra nsporta adianta-se a todos os outros. Duas horas mais tarde, depois dc contemplarmos por momentos o historico castello de Ourcm, de que foi titular o Santo Condestavel D. Nuno Alvares Pereira, subiamos com a velocidade de quarent~ kilometros a hora, a linda e magnifica estrada que conduz directamente a Fatima. Era constante o transito de vi.:h:culos de toda a espccie, dcsde os automoveis luxuosos até aos carros das fJinas agricolas e as carroças mais ordinarias. Ranchos de homens e mulhcres de todas as edade!. ~ conclic,:oes seguiam a pé pa· ra ~ Fatima, rezando o terço do H.osano ou entoando canticos sagrados. Na vespera c durante tod ,, a manha ch_ovcu _semp~c, cum pcq uenas interm1ucnc1as. l~st,J1no-; ja no alto da s~rra, donde se dcsfructa um linJiss1mo. panorai:na. Paramos junto da cgreia parochtal, guc anda em obras, as qur11:<; ~e vao realisandc, muito lentamente- p,)r folta dc recurios. EntnLno·,, ouvirnos missn e commungamos, T ornado al~um alirncn· to, encorponimn-nos na rwoci,-sao, ,que entrctanto se ti nha or1r,\i,;sado e o

se punha ja cm marcha para a «Cova da Iria,. E' uma visao de paraiso que encanta e commove até as fibras mais intimas da alma. O governador civil de Santarem tentara impedir a todo o custo o cortejo religioso quc classificava de «parada das forças reaccionarias dt: todo o paiz>. Felizmente o administrador do concclho nurna atitude digna e correcta e sobremodo prestigiosa para as Instituiçoi::s, houve por bt:m nao cumprir as ordens do governador civil, que por sectarismo éstreito e odiento nao hesitava em commetter um inqualificavel abuso de auctoridade. O presidente do ministerio, entrevistado por um jornalista catholico, affirmou dc um modo pcremptorio que o governo nao tinha prohrbido a peregrinaa Fatima. E t:ffoctivamente, cm que soffriam as Instituiçé5es ou cm que perigavc1 a Republica com aquella romagem piedosa? A procissao proseguia lenta· mente a sua marcha ovante cm demanda do sitio das appariçocs. De todas as estradas, caminhos e veredas contimh a chegnr gente, vinda de peno e de longc, quc avança sob a, chuva, de cabcça dcscobena. Ao mcio dia, a chcgada da procisslio, o espectacu lo tornou-sc soberbr), unico, i ndiscri pti vel. Segundo o calculo de officiais do estado-maior, pessoas compt:tentes e desapaixonadas, que estavam presentes e com quem fallamos, o tota! daquele oceano humano devia ser superior a sessenta mii pessoas Ccclesiasticos, titul11res, magistrados, parlamemares, officiacs, professores dos mais importantes estabelecimentos de ensino, medicos, ad vogados, jornalistas;, grandes proprietarios do Norte, da Extremodura, das duas Beiras e do Alemtejo, senhoras da primeira nobreza de Portugal, caminhavam numa promis.:mdade altamente commevedora, irmnna dos pela mesm:i Fé e pelos mesmos sentiroentos, la-:10 a lado de homens e mulheres da mais humdde condiçao sodai, de pobres e rudes mas dignos e honrados habitantes das aldeias e do" campos. Eram dois rios de gente que iam juntar as suas .:iguac; caudalosas e as suas vagas gig1ntcscas naquella vastissim1 bacia cingida de collinas e outeiros. Em torno da capella dezenas de milhares de pec;soos aguardavam anciosamente a chegada do colossal e imponentisc;imo cortejo Resplandecendo de uma formo-.ura soberanamente ideai, a veneranda imagem de N1)Sia Senhora de Fatima, precedida de irmandades, j6•1ens catholicos, anjos, virgen'i, cruzes, ci rios e bandt:1rac;, é levada num andor aos hombros dc aristocratas da mai, alta linhagem e de humildes fi . lhos do povo. Entre a ass1stencia vèern-~e duac; mulhcres vestidas de prcto que se t!)rnam alvo da attenç5o e curiosi tace sympathica dòs peregrinos: r-.ao Maria Rosa, miie da Lucia, a protagonista das appariçoes, que ec;ta <;endo educada 11um collegio d,> norte, e Olymp,a d Jesus, mae dus seus co-v1 lente-;, Francisco e J acimha, j:1 falkcidos. Entrctnnto

çao

a chuva cessara de cahir. Meia hora depois começa a mis"a campai cele· brada num altar improvisado junto das ruinas da ci1pella pelo rev. Agostinho Marques Ferreira, parocho de Fatima. O astro-rei brilhava em pieno zenith, cortejado de nuvens diaphana!t e de urna alvura purissima de neve. O silencio incomparavel doc; momen• tos solemnes, é profondo. Depois toda aquella mole immensa de povo ajoelha, reza e canta. A' elevaçao todos curvam a cabeça e ao Sanctus e ao Aetzus Deis todos ferem o pe1to testemunhando assim o ardor da sua crença, espontaneamente e sern respeitos humanos. Urn c~ro immenso entoa o «Bemdito~. Centos de fieis recebcm o Pao dos Anjn, de maos postas e orando com fervor. Veem-se muitos olhos marejados de lagrimas. Um effiuvio do nito, um sopro divino parece perpassar atravez das almas. Dir-se-ia que se respira alti a largos haustos urna atmosphera sarurada de sobrenatural. Julgamo-nos por momentO'ì em Lourdes, nas margens do Gave, jun• to da gruta de Massabielle a assrstir a missa, ou na esplanada do Ro,ario durante a procic;sao do Santissimo Sacramento. Tcrminada a missa o distinto orador sagrodo rev, dr. José Pedro Ferreira, sobe ao pulpito e disstrta sobre a F~ e a devoçao li Virgem, no m~io do mai._ re'-peitoso silencio. apesnr de, corno elle proprio disse no p rincipio do sermao, niio podl!r ,er ouvido sequer por urna decima parte da ac;sistencia. De novo se organi,a a procis'lao para o regresso. Nel!• se incorporaram pessoas de todas as cla'lc;es e condi ,oes socia es. Rez:i-se o terço e entoam-se canticos, corno no ida. Em torno da {onte que brotcu proximo da capella, em N ovembro, pouco dcpois da prirncira mi-;,a campai, vecm se r,umeroso,; peregrinos bchendo agua ou enchendo com ella rre1pientcs de todos os feitios e tamanhos que guardam relig1osamcnte e lcvam para suas ca'las . Junto da r"»,e lla derrocada pelas bombac; cxplo , ivas, ricos, rcm.:d11dos e pobres offerecern o~ seus donativo,; pira a conscrucçao do projl!ctJd0 sanctunrio em hon ra dc Nossa Senhora do Rosario grupos viio-se Jis .. olvendo pouco o pouco. Sa0 cinco horas da tarde. O nos'-O automovel conduznos a Torres Nova, e dilli, depois de · j:mtar, a estaçfo do Entroncamento, onde as nove horas e trinta e cinco minuto'I tomamo" o rapido Porto L1sb8a, levando comnosco a recorùacao imperecivel de tant:ic; scenas de uma belleza e m'lgestade suprcmas e a sau fade ineff 1vel daquelles logares bemditos, em que a alma se sente liberta dos llames do corpo, mais ICJnge da terra, mais perto de Oeus ... V. de M.

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rtMI\ é dlstribulda gratuitamente nos diaa 13 de cada mAI n1 Fà!lma . Ot1ern envlar r&di'cçào a quanti Il" 1t-:?2 111II I òi!l, tiara d1ri-lto a roct-iJo la 11elo corrolu du1 anM um ana ;. A VOZ O~

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13 de ilbril No dia 13 de Ahril ultimo no locai ora celebre a hist6rico a que o povo na sua Jinguagem singela chama pros11icamente tlesde tempos immemoria1s, Cova da lr1a, realisou-se, piec.Josa e sent1damente, a commemoraçao mensal Jas arrariçoes Je 1917. Celebrou a m,~sa campai, que princ1piou ao meio dia solar, o rcv. Manuel Vicenti; Caetano, rarocho da fregue, ia Jas Lapas, ~oncelho de Torres Novas, acolycaJo pelo rev, A~ostmho Marques Ferre1ra, parocho de Fa1ima. Dur.,nre toda a manha os peregrinos occorrcr,m em grane.le numero ao locai das appari~oe~, que estava rodeado de numerosos vchi..:ulos de varias especies. Quando principiou a missa, 11chavam-se preseotes 4:Erca de duas mii pessoas. Densas nuvens corriam oo firmamento, mas 96 depois da communhiio começou a cahir urna chuva muito miuùinhn que niio incommodava ninguem. Duranre a mi~sa, no forma Jo costume, rezou-se o terço, fìzeram-se as commoventes invoceçoe• Je Lourdes e ti communhao, q~e durou dez minutos, cantou-se o Bem4110.

O sermao, préRado pelo nv. dr. Manuel Marques dos Santos, professor no Seminério de Leiria, versou sohre a pnrébc,la evanF?éhca dri figue1ra esteri!. Depois dc expòr a paràbola, o orndor phsou a exphca-l11 numa hnguagem clara e acct1ssivel a_o audit6r10 composto ne sua grande ma1ono èe gente do povo. O mundo, di<1se elle, é o campo r nos somo5 as fi~ueirus. Muuas vezes produz1mo! maus fr~tos, o que é ainda peor do qt.e nao produz1r nenhun'l. O agricultor que m1erc~d~ por n?s no Céu junto de Deus é a §anttss1111a V1rgem. !>urphu-lhes que_ n_no nos a~raoque do mundo para nos prec1p11ar no inforno. Sendo Ma: Jc Dc:us humanaJo por nosso Jtmor, é tamhem nossa Miie desde a fncarnaçiio e ~ohretudo desJe o Calvério e, como Jeseja nrJentementc a nos ,11 feliciùade, pede a seu Divine, Filho que nos deixe esrar mais tempo s6bre a terra para nos arrependermos dos no~so~ peccRdos e assim podermos salvar Rs nossas alma,. Ao <.lescjo da nosba felicidadc em Nossa ::ienhorn corresponJe em 001 um desejo egual. Mas tis vezcs, ohcecaJo~ pela!'! pai,coe!>, julgamos ver e pret.:mfomos achar a felicidarlc onde ella olio cxistt:. N1fo a t:ncontrarc.mos nunca nos prazere~, nas honras e nas riquc:zas da terra, ncn, n,1 sausfeç;io das nossas inclinaço~s pervcrsas A nosM verdadeìra felicidade c<,nsiste cm sermos hons, e seremos bon, se cumprirmos fit:lmcnte os manJomentos J.t lei d~ Deus e da Egreja e os deve, es do pr6prio estado. Jamai~, porém, teremos ·urna feliciJade comrleu seniio no Céu. Por i•so muitilS vezes, quando pedimo~ li Sanu,sima V1r,.cern que nos conceda os ben~ da terra, como, por exemplo, a s:wde, ella nao RtlenJe es OOS~llll suppJicas. Qu~m sabe se, f,:O,ando sauJe, nao ahus1riamos 4iella par.i offc-nder .i l)cus, trnmgredindo a sua s1mt11 101? Mas, embora no-s niio dispenst: a g-, ça ,1u"' l'Tlplorarno~, Ji-no;1 oucra emd I m ... lhor. mcomparnvelmcnte mais util p.ira n6s, corno, por exemplo, aos doente~ a re,11,;naçao chr1sta e a piena conformid11de com o vol'ltade de Deus no meio dos seus s, ffnn1entos. Elh1 est:\ llt'mpre intercedendo por n6s J!&ra ~uspcnder o brc1ço da jusuça de seu Divino Filho. N5o r.iro, ,·.-nJo os abusos que 01 homens commettem e a re~istenc1a que fazem js sues inspiraçoes, c.Jigna-se Jescer a terra, para commun1car os seus segredo, a pobres, hurnih.le~ e innvcentes creaturinhas, conio em Lo Sulette, em Lourdes e talvu umbern em Fatima. Ello vem oté nos par.i nos intimar a deiurmos e sendd do mal e o pensarmos a sério no negoc10 mais importante da nossa vida,. que é a salvaçao eterna. Aqui, como em Lourde,, a todos recommeoda que fa. çam peniten~i.t e que rezem o terço pela coaver~iio .lo, reccadores. è.Ila quer, pois, .obretud~1 a no~s.i emenda, o nosso bem e1piri1ual, a oo!•s :,alvaçiio. E' esse o Sm 411ue tem em vin, <' é es~e tambem o fim que aqu1 nos traz. Devemos qnerer ser melhores do quc somos para agradarmos 4:1d1 vez mais li Augusta Rainb.a do Céu.

Voz da. Fa;tir:nR Se temos a nossa consciencia em p11z e estemos ja em ~raça de Deus, cumpre nos diligenciar ser melhores de dia para dia. Se temos a desgraça de estar em peccado mortai, devemos confessar-nos 'ICll) Jemorn, porque niio sobernos se Deus havera por hem conceder-nos mais um dia ou mais urna hore de vida. E' isio precisamt.lnte que Nossa Senhorn deseja. Muiu,s peregrinos veem aqui aJ«r11dccer beneficios rt:cet:.ido§. Mas niio basta. Devcmos quercr e procurar ser cada vez mais perfe11os. A paegrmnçao a Fatima ofio é urna viagem- de recn:io. O seu objecr1vo é a nossa conver~ao ou o nosso maior aperf<'tçoaroento mora!. Para isso é mister trìlhar o cammho recto traçado pelos dez preccitos do Decalogo que se cifram em dois : amar a Deus sobre todas as cou~.,s e amar o proximo corno a nòs me;imo~. E, se alguem tiver a infoltciJade de peccar gravemente, recorra a oraçao, arrependa-st: do .seu peccado e f. ça uma confìssao bem feita, propondo firmemente nunca mais peccar Peçamos a Nossa Senhora auxilio contra as tentaçoes, contra as nossas ma~ tenJenc1as, contra os ataques do demonio, <lo muodo e da carne e 11eremos venccdores. Digamos-lhe que queremos s11lvar a nossa alma, env1Jemos todos os esforços para o conseguir e ella nuo nos Ahendonarll. Deus creou-nos hvre~. podemos abusar da no~,a hberd11de1 e me~mo aquelles que obuverom 11raçns assinal,1ùa, podem perder se. A tura que temos de su~tent11r é por v 'ZCS bastante violenta. Para nos SJlvarmos, pois, é mister que o queiramos a valer, e s6 encao é que tt1rem'>s o direito de contar com a ~raço de Dtus e com a prorecçiio de Nossa Senhor~. Praza ao Céu que to<.los os que se cncootram al(Ora aqu1 presentes tenham a ventura Je se tornarem a encontrar um dia reunidos no Céu. O J1Hmto orador conclu1u o sermiio annun.:iando que o unha prégaùo em cumprimento de urna promcs$a fe1tu por urna pie,losa miie de fam11ia que alcança1·~ por mterceh iio ,le Nossa Senhor1 de Fétima uma ~raç, assignalada pora um filho muito queriJo. Lo~o depois do sermao começou a chover torrenc1almcnt<', o que foz debandar mai~ depres~a a enorir.e multidlio de peregrino~ qu.: c~cacioni.van, junco da .:apclla reundo as suo:; or.icoes ou roJeavem a fonte maravilhosa para fazert:m prov1slio da àgua salutar que rorrou com :1bunJ11ncia do chiio arido da serra depois da primeira missa campo!. V1sco11dc de Montello

Preces e canticos collectivos dos peregrinos durante a missa na Cova da tria Antes dn missa o Credo de Lourdes. Emquanto o celebrante se paramenta o Salvi, nobre Padroeira. Durante a missa o terço do rosario. Oepois de cada mysterio a jaculat6ria dos videntes, ja approvada pela

auctortdade ecclesiastica : Meu ]esus, perdoai-nos, tivrai-nos do jogo do inferno e attiviai as atmas do Purgatorio, especialmente as mais abando· nadas>, A' consagraçao da hostia: Eu vos adoro, Santissimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor /esus C/zristo, tào real e perfettamente coma estaes no Céu.• Ao levantar da Hostia: cMeu Senhor e meu Deus•. >\' consagraçào do Calix: «Eu vos adoro, preciosissimo San[!ue, Corpo, Alma e Divindade de Nosso Sen/zor /esus Christo, tào real e perteitam.ente como estaes no Ceu•. Ao levantar do Calix: cMeu. senhor e meu Dezts •. Logo ern seguida as invucaçoes:

-Senhor, nos Vos adoramos I -Senhor, m'>s temoa conflanqa em

Vqa l

-Senhor, nòa Vos amamos I -Hosanna, Hossanna ao fllho de Davld I - Bemdlto seja O que vem emnome do Senhor I -Vos sois Jesus Christo, Fllho de Deus vivo I -Vòs sois o meu Senhor e o meu, Deus I -Adoremas in aeternum Sanctissimum Sacramentum. (Cantado). -Senhor, cra1t1os em Vòs, mas augmental a nossa fé. -Vòs soh, a resurreiçào e a vida ! -Salval-nos, Josus, alias perecemos I -Senhor, se o quizerdes, podels curar-me I -Senhor, dizel so urna palavra 1 aerei curado I -Jesus, Filho de Maria, tende piedade de mim I -Jesus, Filho do David, tendt pledada de nòs I -Parce Domine, parce popu.to tuo, ne in aetern.um irascaris nobls (cantado). -Oh I Deus vlnde em nosso auxl-

llo, vinde depressa socorrer-nos I -Senhor, aquele a quem amala esta doente I -Senhor, fazal que eu veja I -Senhor, f zei que eu ando I -Senhor, fazei que eu ouça I -Màe do Salvarlor, rogae por nos r -Saudo dos enfermos, rogae por n6s1

A' comunhào: cSenhor, eu nii.o s01t digno que vcfs entreis em minha mo• rada, ma,s dizei uma so palavra • minha alma sera salva.• (Tres vezes, rezado e c,antado). O cBemdito e touvado srja o Santissimo Sacr,zmento da Eucharistia, f ructo do ventre sagrado da Vireem. Purissima, Santa Maria>. Depols

da comunhào as invocaçues a Nossa Senhora:

-Bemdlta seja a Santa e lmaculada Concelçào da Bemaventurada Vlrgem Maria, Mae dé Deu;s I -Nossa Senhora do Rosario, rogai por nos I (3 vezes). I -Minha Màa Santissima, tonde pledade da nos I (3 vezes). -Nosu , tinhora do Rosario, dal· nos saude por amor e para gloria da Santissima Trindadfl I (3 vezes). -Nossa St nhora do Rosario, con-· vertei os pecartoros I (3 vezes). -Saude dos cnfHrmos, rogae por· nòa. (3 veze::.).

-Socorro dos doentes, rogae por vezes). -0' Marì:t, concebida sem pocado, rogae por nòs que rttcorrernu a Vòs t

nòa I (3

(3 vezes).

-Nossa Senhora do Rosario, sai•

vae-noa e salvae Portugal I -=Avé-MariJs e oraçoes finaes. Hymnos dc N. Senhora da Fatima. Sermao, Hy,nnos e Queremos Deu.5.

NOTA-As j 1culal6rias acima mencionadas sav s u.1icas que por ordem da autori•fadc eclesiastica devefll ser recitadas publicamente na Cova da lrla e além das indulgencias que lhes estlio anexas pela autoridacie apostolica, concede o sr. Bispo de

Leirii 50 dlaa a quem lt as reci.@1..-

I


.

Ano I

LEIRIA,

(COM

de Junho de 1.028

APROV A<;,À.O ECLESIASTICA)

Dlrec-tor, P:a.·oprie-tarlo e Editor

A.d1alu.i1il-t:a.•ndor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

DOITTOR MANUEL l\~ARQUI~S bOS SANTOS Compos to e impresso na fmpren,a Comerci~l. ~ Sé -

I e1r i11

REDACçAO E ADMINISTRA9AO

B U" A

:O. NUNO .ALV AB.ESC,.l?ERE:IB..A / BEATO NWN O DE $AN TA MA RIA)

Hymno a Nossa Senhora do Rosario de Fatima

..

ff Màe!

N.0 9

.,


Voz da Fé;thna

A' Virgem Nossa Senhora _da F~tima

Apere~rino~òo nocionol

HYMNO

(13 de Maio de 1Q23)

Selt, alegres, lindos cantos Nossa amor 4 Mie de Deus I

Para, ouvir qs no.rsos prantos Eia « n6s baizou do.r Ceru 'f CORO

Mie I 6 Mti, Cdeitial, Salva, lalra P«tagal l 2

JJea-t, ezn Fatima, Seah1r1, Meigo sol de l'ortugal Aureo trino, que apriznor, O tBK rosto virfinal !

CORO

3

E vieste pressurosa, Qriando as culp1s eram zn1is Ssavisar, Mie carinhos«, Nossas pentu, aejsos ai.r f CORO

4

E c,zn bals1.rno aeleste Brn tsus sons divinfl voz,

A's criang,u tu disieste Nos lalassem _logo a n6s. CORO

5

SÌ/a a Patria um santflflril ! Peniteacia j6. Iazei I Beze a'Virgem o BosliriD J?it a rii• 1 l11sa grei. CORO .

6

S6 assim a lusa t1rr1 Sair6. de tata mtl f E ha de emR.rn vencer Bos abismoi Portugal

I

g11rra

· CORO

7 .

Salvi, illvl, vlrgem 1Jel1 1 Nos11 lrme protec1ia I IJas t,us lusai meig1 Estrèla hdroeira da 111.rio I CORO Coimbra, uovembro de t ~22.

J. M. TEIXElRA NEVl!S

VOZ DA FATIMA Esta Peviata é distPlbulda gPat•itaMente nos llias 13 de oada m6s na Cova da l•i•, acei,anllo-se nò en- ._ tante qualq•eP donativo oom que cada 11m quei•• expontaneamente a u xi liaP-noa. Sé tePa diPeito a •ece-

be• a VOZ DA FATIMA pelo correio 1 durante I anno, quem se aubsc,reveP 00111 o minino de dez mii

Péia~ Nilo fazemea cobran• ••• pelo correlo.

Mais um dia admiravel de triumpho e de gloria ficara para sempre reghitado em lettras de ouro n0s fas· tos divinamente bellos e incomparaveis de Fatima I Outra pagina brilhanttssima se escreveu etil earacteres indeleveis no livro eacaMtador dos epìs6dios mar-avilhosos da Lourdes portuguesa I Neste dia asaigMlado faz precisamente seis annos que teve logar a primelra Appariçao. Ainda nlio se apagou nem jamais se apagara da mem6ria daqueles ~ue, n'esse anne, tiveram a dita de presenciar o signal de Deus, predito pel(i)S videntes, a furida impressao que elle produziu cm tao grande Rumcro de almas dtslumbradas por tamanha maravilha I Desde entao essa pequena nesga de terra, consagrada pela presença da Virgem Santissima, augusta Padroeira da nossa Patria, tornou-se um iman p6dernso, em torno do qual gravitam centenas de Dlilhares de coraç~es que elle attrahe num crescendo formidavel e com um impulso irresistlvel. Dia 13 do Malo de 1923 I Havia mèses que, na previslio de urna concorrencia superior a dos outros annos no mesmo dia, muitas pessoas tinham alugado meios de transporte para as conduzirem a Fatima. As garages e as alquilarias de Santarem, Thamar, Torres Novas, Leiria e outras povo_açoes lmportantes da Extremadura iam sendo tomadas de assalto, sobretudo ea pri· melra quinzena de J\\aio. Na vespera tudo fazia prever que o dia treze seria um dia cxplcndldo de Primavera. JA entao accorriam em grande numero rcpresentantes de todas as provincias de Portugal que ~e dirlgiam por todas as estradas camlnhos e atalhos para o cu111e da serra d' Ayrc. Duraate toda a notte passavam iacessantemente ranchos dc bomens e mulberea do povo, a pé ou a cavallo, rezando o terço cm voz alta ou entoando canticos em bonra da Virgem do Rosario. No meio do silencio e solidào da noite era consoladar em extremo assistir a esse cspcctaculo cmocio-nante dc fé e picdadc, que ac desènrolava atravcz dos caminbos aspcros e pedregosos da montaoba. No dia seguiate de manhA o moviD1e1to de camions, automoveis, trens e outros carros intensificava-se de urna f6rma verdadeiramente assombrosa. Ap6s urna longa vìa1cm felta com ·a veloeidade dc quarenta kilometros a bora, eis-nos chegados ao cume da serra, junto da egreja pargcbial de Fatima. E' inAumeravcl a multidAo que se agglomera cm torno della e no largo terreiro f1Ue lhe fica contiguo. Por . toda a parte se vèem os mais variados meios de transporte ouma profusao e promiscuidade lndescriptiveis. Pr<>palam-se boatos aa• 9As desagradaveis, que correm de bocca em bOcca. Diz-11c que e governader eivil de Santarcra prehiaia a

procissao da egreja parochial para a capellinha commemorativa da'S appariçoe11. lndecisos durante alguns minutos, porgue se affirmava com insis. tencia que a auctoridade civil nao permittia manifcataçoes religiosas de qualquer · natureza, os peregrinos avançam cheios de fé e de conftança para a C"wa da Iria. Percorridos quasi tres k ilé.metros, desfructa-se ii'a estrada um panorama sobremaneira grandioso e deslumbrante. Mais de cem mii pessOas estao reunidas em torno do padrao commemorativo dn appariçoes ou dispersas por todo o vasto amphitheatro circunjacente formado pela Cova da lria. Varios amigos nossos que assistiram as mais notaveis e irnponentes manifestaçoltS religiosas e civic~s do estrangeir-o nos ultimos tempos confessa-vam estupefactos que nuoca tinham vista urna multidào tao numerosà e um espectaculo tào magestoso e tao commovente. E' quasi meio-dia, bora officiai. Um s11cerdote esta distribuindo a Sagrada Communhao. A's nove horas tinha havido na capellinha urna missa rezada pelo rev. P.e Joao Nunes Fèneira, de Terres Novas, e a partir daquella hora ministrava-se ininterruptamente o Pile dos Anjos aos fieis previamente preparados pela confissao sacramel)tal. Qesde a madrugada que na egreja da freguezia, onde se celebravam numerosas missas, haviam commungado milhares de pessOas, que receavam olio podèr faze-lo no locai das appariçoes. p&r fatta de fòrças para se conservarem em jejum até tào tarde eu pela difficulàade do accesso ao altar ou por nao se celebrarem missas merce da prohibiçào possivel das auctoridade'J civis. Camions, automoveis, vehiculos de toda a especic despejam incessantemente milhares de fieis no vHto recinto que circunda a capella. E' melo-dia e mcia bora. Ouve-se e toque de urna sineta. Começa a missa campai, subindo ao altar o dr. Manuel Marques dos Santos, professor do Seminario de Leirla. O momeato é dos mais solemnes. Um frémlto sobrenatural percorre a. multidao immensa. Do alto do pul. pito Mons. Preitas de B!rros recita o Credo acompanhado pelo pov9. Sao mais de cem mii bOccas de por- · tugu@scs que proclamam sem respei- · to11 humanos, a face do paiz inteire e em nome delle, a sua fé em Oeus e nas verdades augustas da revelaçao christà. Prosegue a missa, ao mesmo tempo que se reza devotamente o terço do Rosario. A' elevaçao fazem- · se as lnvocaçoes de Lourdes. lmploram-se graças para todos, saud~. para os ènfermos presèntes, ..salvaçào para a Patria querida•. Pr6ximo do altar urna senhora - gravemente enferma1 que s6 a' muito custo poude ser conduzida até la atravez da,s ondas compactas de povo, deixa transpareccr no seu rosta, illuminado pela Fé, e transfigurado pela resignaçao crista, que lhe faz affiorar um sorrisoa0s labios, o longo cruciante ·mar· . tyrio dos seus horrorosos sofrimentos. Um cancro lhc .devora implacavelmente as entra~has e o seu corpo emaciaào por urna longa agonia jt

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11ao é mais que um esqueteto ambu1ante. Vemo-ta pallida, desfallecida, prestes a cahir por terra, exausta de forças. A mae, que esta ao tado della chorando em silencio corno a estatua muda do soffdmento e da esperança, ampara-a carinhosamente. Subito ouvimos a pobre mar,tyr exclamar num espasmo que corta o coraçao. «Meu E>eus, nao posso mais I> Entretanto a multidao continua a orar com fervor. Dir-se-ia (!fUe quer fazer violencia ao Céu, obrJgando a miseric6rdia de Deus a operar prQdigios. «Senher, se quizerdes, podeis curar-me I Seahor, aquelle a quem amais esta doente I Senhor, diz-ei mu s6 patavra e serei salvo I Saude dos enfcrmas, r0gai por n6s ! Nossa Senhora do. llesario, dae-nos sawde pti>r amor o para gl6ria da Santissima jrindade I> · E as quebratlas da montanha repercutem la ao longe o echo desti2ls préces ardentes, destas supplica& muitas vezes renovadas, destes gritos dilacerantes que partem dos mais profundes recessos da alma humana impulsionada pela crença e pela piedade eh rista .. E' agora o communio. Muitas pess~as recebem a Jesus Sacramentado, emquanto se canta o pathetico e Senhor nao sou digno > e o singelo mas commovente «Btmdito e louvado seja». Termi,nada a miasa s6be ao pulpito o rev. dr. Sant&s Farinha, que reconhecendo num retance de othos a impossibilidade de se fazer ouvir por tao numeroso audit6ri0, o maior talvez que jamais rodeou urna tribuna partuguésa, renuncia a prégar um sermao e, num rasgo de eloquencia sagrada, interpretando os votos da alma nacional alli tao bellamente representada, dirige urna série de invocaçOes sentidissimas a gloriosa Padroeira da Naçao. · O orador acabou de fallar. Vai-se dar a bençao com o San• tissimo Sacramento. A Hostia lmmaculada, exposta num artistico e formosissimo ostensorio, offerta de um piedoao joalbelro da capitai, faz cahir de joelbos a multidao immensa, que adora profundamente o seu Senbor e seu Deus. Canta-se o hymno litur&ico 7 flntum ergo. Recltada a oraçao final, o aace_rdote offkiante torna nas suas maos -sagradas a custodia reluzente e traça com ella urna cruz targa e demorada .sobre aquetle vasto mar de cabeças humanas. Depois recolhe-se ao iote·1,ioJ,: da capella afim de encerrar o Santissimo no Tabernacut0. -~ · SOa entao um grito de angustia. E' a enferma de que acima fallamos que quer receber a bençao espec_ial -de Jesus-Hostia e tenta romper por entre a multidao para ae dirigir ao -interi9r da capella. C0m grande diffi.culdade conseguimos novamenteafas- · tar os fieis e abrir passagem a pobre senhera que amparada por algumas amigas dedicadas entra no sanctuarlo. Nesse momento, corno ja estivesse encerrado o Santissimo e lhe na0 .pudesse ser dada a tllo desejada bençao particular, as dòres, corno ·ella tlepois contou, redctbraram de intensldade, uma angustia mortai descea

sobre a sua alma e jutgou que ia morrer. Mas de repe11te os soffrimentos desappareceraRt corno que por encanto e urna suavldade immensa, um bem estar nunca experimentado, um conforto indennivel se apoderou de todo o seY ser. Sahe da eapella exultando de alegria, radiante de felicidade. Caminha com firmeza e desemeuaço e. nao sente o mais ligeiro ine9mrnodo. Momentos depeis ajoelha no chao da esplanada, passando despercebida atravez da multidao qus ignora p@r completo o drama ad1Rirave1- que se esta desenrolando. O seu coraçAo trasberàa de gozo e ventura e nao sabe corno traduzir os sentimentils de gratitlao de que esta cheio para €om a Deus da Eucharistia e para com sua Ma.e Santissima. S6be de um salto para o automovet que a tinha transportado a Fatima e faz a viagem de re2resso sem experimentar a menor fadiga. E' extraordinario, quasi insaciavel, o seu appetite. Re!')elle com um sorriso de desdem o leite que lhe off1recem e come soffregamente e com abundancia do farne! dos seus companheiros lite viagem cuja surpreza excede toelos òs limites. Tendo chegado a easa deita-se bera disposta e ella . que, havia muitos meses, mal pod-ia passar alguns instantes pelo somno, dorme profundamente durante toda a noite. No dia seguinte principia a fazer a sua vida de todos os dias antes da terrivel enfermidade que a prostrara no leito. Passeia pelas ruas da sua cidade natal e é o assombro de quantos a veem. Oito dias depois vai a egreja assistir a urna missa em acçao de graças. Aquella bOa familia que vivia ha .tanto tempo immersa na maior consternaçàò, nao sabe corno manifestar o seu reconhecimento ao Deus de bondade que, por intercessào da Santissima Virgem, lhe restituiu urna pessOa muito amatla que se julgava irremediavetmente perdida. Apenas um vago reeeio, tatvez sem fundamento posslvel, conserva suspensos os animos menos entbusiastas obrigando-os a guardar a prudente reserva que a EgrejasabiameRte aconselha em casos desta natureza. Trata-se na reatidade de urna cura instaetanea, completa e definitiva? Terao desapparecido totalmente as causas do mal? E' um caso de cura . mllagrosa evidente e iucontestavel? Teem a palavra sOb11e tao momentoso problema a sciencia médica e o tempo, em face de cujos depoimentos a E~reja pronnunciar4 o seu veredittum seguro e inappetavel. Mas voltemos a Fatima. Muitos fieis todeiam a fonte maravilhosa, retirando dèlla milhares de litros .da agua._ Outros, em maior numero, conservam-se junt-0 da capetla, cumprindo promessas, rezando as suas oraçòes ou entoando canticos. Mas a maior parte dos peregrinos dispersam-se pelos arredores para tornar algum alimento ou assaltam os vehiculos de todas as especies que estacionam na estrada e nas immediaçòes afim de se prepararem para • regresso. Numerosas associaçòes

- Irmandades, Confrarias, Centros "" do Apostolado da Oraçào, Filhas de Maria, Juventudes Catholicas, grupos de peregrinos organlsados fazem as suas despedidas a Virgem do Rosa· rio, rezando e cantando oraçoes e canticos privatives, dando assim pie• HO desafogo a sua devoçao para conr a Augusta Rainha do Rosario. Sao scenas de urna belleza ineffavel e de um encanto supremo que eotevam e arroubam a alma de quem: as contempla, fazenda raiar a esperança fagueira de dias mais felizes e eloriesos para uma Patria onde assim se ere e ama a Deus, m1de se reza e canta corno se reza e canta em Fatima~ Vi:mmde de Mon(ello

A peregrinacao de Santarem Enke as numer•sas peregrinaçoes que . de diYersos pontos do paiz accorreram a Fatima no dia treze de Mai~ ultimo merece espe<::ial referen.. 1ia a peregrinaçao daquella impor• tante cidade extremenha. Composta de mais de duzentas pessòas de to. · das as classes e condiçoes sociais e organisada nos moldes das de Lo.ur- _ des, ella destacou-se entre as outras pela fidelidade com que executou o seu bem elaborado programma, pela compostura e gravidade do seu por• te, pelo aroma de piedade que res• cendia de todos os seus actos religiosos individuaes e collectivos e pela belleza incomparavel das suas préces e canticos privativos. O seu distinctivo, que consistia numa linda medatha estrellada que tinha no anverso a effigie do Sagrado Coraçao de Jesus e no reverso a de Mossa Senhora do Carmo e estava presa a um elegante taço de fitinhas de còres branca e vermelha - as cores do brazao dc, Santo Contestavel, que foi conde de Ourem - atrahia a attençiio .de todas as pessOas fazendo flxar nelle detidamente os seus olhares maravllhados.. Os peregrinos scalabitanos utilisaram-se de varios meios de transpor-te, seguindo uns, cerca de metade, directamente para Fatima na m1dru-gada do dia treze em camionettes e automoveis particulares e de aluguer da cidade, dos arredores e até da ca•, pital, e indo os outros peruoitar a Torres Novas, para onde partiram no comboio das nove e trinta e cinco mioutoa da noite. Os pereirinos que constituiam este 2rupo assistiram ,nc, dia 1eguinte a urna missa rezada na egreja parochial de S. Thiaio, a qual comnaungaram muitos, a maior parte delles; reservando-se os outros para o faier em Fatima durante a missa campai, tendo-se todos confessade pàra esse fim nos dias precedentes.. Meia bora depoi1 de terminada a missa, 4s sete e meia, occupavam 95 seus logares nos eam.ions e carro• · previamente contractados na villa para os conduzlr a FaUma e que eata• . cionavam na praça publica. A viagem de ida fez-se sem nenhum incideate desagradavel, seguindo os camioM pela estrada de Vìlla Nova d'Ourem e tornando os carros um caminho ingreme, inacts~ivel aos camionsr mas incomp;_; :: ,,imente mais curior atravez da se:,~. P.. viagem por Vilfa ·


Voz de. Fatillla. Nova d'Ourem fol verdadelramente deJiciosa e encantadora. A temperatura era bastante amena e o vento soprava muito brandamente. Urna bora ap6s a parfida os peregrinos fi. cam agradavelmente surpreheJJdidos ao verem, proximo do logar do Outeiro, numa peQuena emlnencia belra da estrada, em frente de urna pittoresca capelinha. a veneranda lmagem de Nossa Senhora de Lourdes, resplandecente de luz e de beleza aos raios vivissimos do sol num formoso ceu sem nuvens. Hora e meia mais tarde ja se enxcrgam os vetustos e famosos castalos de Ourem, alcandorados na crista l1e um monte altissimo, sobrnncelro a Villa Nova. Atravessada esta linda e hospitaleira povoaçào, entra-se logo na magnifica estrada districtal, recentemente construida, que liga Villa Nova d'Ourem a Fatima, Regue11go do Fétal e historica villa da Balalha. Sao ainda mais doze kilometros a ·percorrer, além dos dois e meio que medeiarn eotre Fatima e a Joeal das appari, òes. A estrada vae atulhada de lés a lés com geni~ a pé, a cavallo, em carroças, treos, automovels, eamions, ouma palavra, em vehiculos .de todes as especies. E' um espectaouJo inleressa11te e profundamente commovedor. A's onze horas e mela aviMa-se de bem perto a egreja parochial de Fatima. Junto della comprime- se uma multidào enorme. Dalli até ao locc1l das appariçòes avançase com toda a precauçao por entre ondas compactas de povo, que se encamioha lentamente para a Cova da Iria. La se divisa a pouco mais de cem passos o padrao commemorativo dos acontecimentos maravllho101, completamente restaurado e accrescido de um alpendre ampio e comodo, mas singelo, sob o qual se ergue o altar, em que mais urna vu seréi lmmolada a Hostia Sacrosanta. .Estào ch~gando numerosas peregrinac;Oes de varios pontos de Portugal, com os seus trttjos, dlsfinctivos e canticos caracteristicos. Talvez mais de cem mii pessòas se encontrem ja reunidas aquela bora no vastissimo recinto da Cova da lria. A peregrinacao de Santarem reorganisa aa suas fileiras, tornando logar frente as piedosas filhas de Maria, e pòese gravemente em marcha em direcçlo capella, rezando aa suas oraçOes e entoaodo os seus canticos privatlvos. Precisamente no momento em que chega aquelle locai produz-se um phenomeno atmospherlco, cuja causa é completa111ente deacoaheclda e que é constatado por mllhares de pesst">as de todas as cate1orias, muitas das quaes insuspeitas e absolutamente lnacesslvels suggestio : veem-se cahir do ceu s0bre o grupo das filhas de Maria I.numero• fl6cos, brancos como neve, de 4ilferentea tamanbos,. que exciram a admfraç:lo dos circunstantes,. e se deafazem corno que por encanto a ~quena altura por cima das suaa cabeças. Oa peregrklos • de Santarem to111am parte nas oraçGes e caatlcos colleclivos, associando-se de alma e coraçJo b lntencaes da graade peregrinaçfto nacionaf. Oram eapeclaleente pela con.venlo dH p«c&de-

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res e pela cura dos enfermos, supplicando com um empenho muito particular a misericordia de Jesus Sacramentado e a intercessào da Virgem Santissima para a grande enferma da sua peregrlnaçào, D. Maria de Jesus Figueiredo, do grupo das Filhas de Maria. Terminada a missa e o sermào, afastam-se para longe afim de restaurar as· forças com os seus farneis, voltam ao locai a despedir-se da Virgem cantando com tnlhusiasmo o hymno da Fatima e, retomando depois os seus logares nos vehiculos que os tinham trazido aquella estancla privilegiada, regressam uns a Sa11tarem e outros a Torres Novas, aonde chegam as oito horas da noite, partindo para Santarem no comboio da madrugada. Dòces e perduraveis sào as recordaçòes que trouxeram da sua piedosa romagem, abundante em fructos espirituaes. 1'odos deseiam ardentemente que se faça em breve urna nova peregrinaçào desta cidade a terra do mysterio e do prodigio e neste desejo sao acompanhados por innumeros scalabitaoos que, merce de varias circuostancias, nào tiveram a ventura de se incorporar na grande homenagem nacional de treze de Maio findo a Nossa Senhora da Fatima.

V. de M.

Voz da Fatima Deapezas Transporte do n,0 7 , •.. • lmpressao do n.• 7 • . . . . . . lmpresslio, etc , do n.• 8 . • . • 20 resmes de pspel. . . . • . Outras dupezu • . • • . . • .

1.897:370 95:ooo

Somma . • • . . . .

3 6o~:020

568:ooo 1.013:200

20·.so

Subscrlqfto (Cùnlinuaçiio do o.0 7) Padre Horacio Fernandes Biu . , D. Henriqueta do Rosario Coolho Pereira • . . . • • • • • . • Dr. Tomas Gabriel Ribeiro . • • D. VirgiRia d'Assumpçao Alachado • • , . · • • • • • • • • José Antonio Gonçalves d'Aze,. vedo •• • • • • • • • • ., • Um an6oimo, devoto de N. Sr.•. Esmc.las colhidas np dia 13 de Março . . . , . • . . . . • D. Maria do Carmo Bacellar. • • D. Maria Emilia de Aragao da Costa Lacerda . . • • • • • Padre Luiz Caetano Portella • . En~enheiro Antonio Torres . • D. Maria da Assumpçiio Ribeiro de Avelar • . . . • • • • • ~ilva Braaa . • · . . . • Jolio dos Sentos Pereira • D. Emilia Ribeiro da SilYil • • • Domingoa Oias . • . , . • , • Dr. Gualdino de Quelroz • • . • Padre Joiio da Cruz Prata . • • O. Maria José Ventura Lourenço Padre Rodrigo Luiz Tavares. . , Por intermédio de Franc:isca do

Jesu1. . . . . . . . . . . . .

Por interméJio de Domingas Loj-a • • • . • • • • . Varias eamolu • • • ,., • • •• D. Mary Carroll • • • , • • • D. Anna dc Souu L11r1 • • • • Manuel Teixcira Pinto . • • • D. <,uilhermiaa de Jeaus Alberto Gom•• • • . • . . • . • . • D. Clara Maria Ribeiro Telles • Esmolas do dia 13 de Abril, •• Leo11udo dos Reis Baiiio. • • • D. Maria Constaoça Albuquer-

~e • • • • . . ' .• ,. .• D. Carolina da C•DCeiçao Silva (2..• Yea).. • • • • • • • • • •

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Manuel Higino Vieira • • • • , Manllel Duarte Siln. . . . . . D. Maria dos Prueres Je Menezes e Castro de Gou,ed Osorio Pereira de Melo. • . . • • • Padre Marceliano Natlirio • . • Filipe Correia. • . • • • . • • D. Maria Joanna Correia • . • • Padre Manuel Jac:ob SarJinba. . D. Guithermina de Jesus Cabrita Conde,sa de Margaride • • . • Padre Francisco d~ Assis Ferreira • . . . . . . . . • • . . Antonio da Silva F nria . • . • Inacio Antonio Marques (3.• vez) Daniel d'Ohveir11 . . • . . . . D. Maria Paula Bentes • • . . . D. Maria Amalia de Azevedo Coutinho . . • . . . . . • D. Florencia dos Anjos Godinho D. Maria do Carmo Forjao de Gusmio. • • . . . . • . • • Antonio Luiz Fernandes . . . . Frandsco José Victorino Gomes D. Maria José Leite . , . . • . . Mortinho Pinto . . . . . . . . . Antonia Valente de AlmciJa . . D. Emilia Pizarro de Portocarrero. . . . . . .... Padre Antonio José Rodrigues . Dr. Antonio J. Victorino da Stiva Coelho . • . • . . . . . . • l\lanuel Antunes Mota . . • . . . D. Altee Barbosa . • . . . . . . Anthero Pacheco da Silva Moreira . . . • . . . . . . . • • • D. Deodata Am elia Malato ••. Antonio Prates Ribeiro Teles • Alfredo de Magalhiies Soares •. Faustino da Costa, . . . . . . . D. Gertrudes Pinto Serrano . .• D. Maria Albertin3 lima da Silva Francisco Sampaao Barbosa . . D. Maria Barbara Simoes . . . • Madame Miranda Vrana . • . . • lJ. Julia de Almeida . . . . . . • Pad. Joaquim Rodri~uos More,ra D. Corina Ferreira Fonte& . . . • D. Maria Luiza Vilhena Coutinho D. Carolina da P1edade Salva Villél11 . , . . • . . . , , . . . .• D. Amelia Martios . . . • . . • • D. Emilia Belo Brito Chaves . . Ric:aTdo Cardoso de Almeida •• D. Mdria Margarida de Campos Casais . . • . . • . . . . • • • Padre Augu~to Jo~é dà Trindade 12 . • vez) • . • . , . . . . . . • D. Maria Aurélia Perez Abranc:hes Esmolas varias . . . . • • • . • • D. Maria José Lopes . . . . •. D. Francisca Ferreira • . • • . • D. Rosa da Gloria Rebimbas • • • D@ Maria José Lei ras. • • . • . • De Piedade Pinheir6a • • • . • • O. Gloria de Jesus Rebimbas .• D. Rosa Errulfa da Costa •••• Antonio C•l'llilo Pinto • . . • . • Varias esmolaa (D. Celeste) . • . D. Jzabel d'Almeida Ja Costa Pc· ret.ra . . • • • . • . • • • • • • D, Cesaltina Rollo Saloma. • • • D. Maria Anna Velie& Rollo . . • Francisco Mendes . . . • . • . • Antonio d'Oliveira Cueiro . • . Jo~d Augusto de Mello Cabrai. • Padre Antonio Maria d05 Santos CamP,o• . • . . • . . • • • • . • D. Em1lta Guimariias • . . • • • D. Maria José Carvalho Pi,iheiro e Almeida ••. . . . . . . . . D. Maria Judico Bic:tor Bustortf Silva . . • • . • . • . , • ••• Baroneu de Samora Correia . • D. EvC'dia da Luz d'Almeida e N'apoles • • . . . . . . • • . • o~lubel do Mello Falcilo Tri~oso Siqueira •• . • • . • • • . • • D. Mariano• Pioto de Sonral .• D. Maria Jzabel Saldanha Oliveira e Souza . . • • • • . • • . • D. Afonso d'Albuquerquo •••• D. ~aria da Conceiçlo Pereira de ( .ima Caupers • • • • • • • • • D. Amelia das Dores • • • . • • • D. Luiza Cabrai • . • • • . • . • José Auguuo Falcio • • • • • • • Padre Manu1:I Lopes Correia • • Carlo• Alberto da Costa Rcis. . Dr. Henrlquo Queiro1 do Ataydo e Letnoa . . . . . . . • . •

Padre Joiio Chryao.stpcae 6oin49 d'Almeida • . . . • • . • • n. Maria Jos6 Costeira . •..••

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Ano I

N.• 18

(OOM A PR.OVAçAO ECLESIASTIOA) Dlreo"tor, Proprietario e Editor

AdU1lnillil-trado1~: PADRE M. PEREIRA DA SlLVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e imrresso na Imprensa Comercial, a Sé -

13 DE JUNHO Todos os annos neste dia se realisa na egreja parochial de Fatima 11rna festa solemne em honra do glorioso thaumaturgo Santo Antonio de LisbOa. Depois que a peregrinaçào mensal a Cova da lria começou a fazer-se com mais regularidade, rnuitas pessOas tiveram o receio de que ell_a empannasse de algum modo o bnlho dessa festividade, desviando grande numero de fieis da séde da parochia. A experiencia dos ullimos annos, e t!specialmente o que succedeu no dia 13 de Junho findo, pro'Vararn Sdciedade que semelhante 1eceio nao tinha fundamento plausiYel. Todavia, para nào se desdobrar e> concurso de fieis entre a festa da egreja e a commemoraçao da Cova da lria, no que havia vantagem para todos, era muito para desejar que a festa fOsse transferida para o Domingo seguiate, o que, em nada, segtindo parece, prejudicaria as solemniclades em honra do grande santo portuguez, honra da nossa Patria e gloria do Catholicismo. A circunstancia da coincidencia da festa de Santo Antonio com a commemoraçao das appariçòes e o assombroso concurso de peregrinos no dia treze de Maio j Cova da lria faziam suppOr a toda a ~ente que o numero de fiels que hav1am de visitar aquelle locai em 1reze de Junho seria bastante dimi11uto, nào excedendo o dos outros dia~ treze, com excepç!o de treze de .Ma10 e treze de Outubro. Mas, contra a expectativa geral, n!o aconteceu assim. Ja na vespera a tarde tlnham chegado innum~ros peregrinos que pas2iaram a no11e em oraçào junto da cap~lla commemorativa das appariç~es. No dia treze as dez horas o 1ev. dr. Marques dos Santos celebrou a primelra missa, dando a Sagrada Cornmunhao a multas centenas de P~sOas. Ao meio dia solar princip1ou a segunda missa, resada pelo rev. Manuel Marques Combina, prlor do Arrabal. · No pulpito o dr. Marques dos Santos faz as lnvocaçOes do costume, reJ)etidas em coro pela multidio. E&-

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Leiria

REDACçA6 E ADMINISTRAçAO BU.A D- N'UN'O ALVARES PEBE:IB.A. (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

recendo dominado por urna grande confiança na bondade <.le Maria Santissima e por uma resignaçào completa vontade divina. Do lado da epistola urna figura distlncta de fidalgo, rodeado de toda a sua familia, esta sentado numa cadeira, proximo do altar. Mudo e paralitico, por effeito de urna congestào cerebral, que o acommetteu em trinla e um de Janeiro ulllmo, esse ill ustre litular veio expressamente da provincia do Minho, de automovel, pedir A Santissima Vlrgem a sua cura ou a conformidade com a vontade de Oeus na grave tribulaç&o que o afflige. Junto delle est!o o seu confessor, um venerando sacerdote de mais de mela edade, e o seu dedicado médico assistente, tao notavel pelo seu saber corno pelo fervor da sua crença. A piedade e resignaçao do nobre Conde de M., inutilisado pela desgraça em piena força da vida, edifica e commove todos os presentes, que oram fervorosamente por elle e pelo enfermo seu vislnho do lado do Evangelho. Algumas senhoras, em contrario das recommendaçòes da Ap· pariçao aos vide:1tes que profligam o luxo exaggerado e as modas immoraes, ostentam lamentavelmente os braços nus e os vestidos decotados. Nào se com~&inha Santa lz&bel Uma das padroeiras da cidade dc Leiria e que foi prehende que pessòas que se prezam de chrlstas sejam escrnas de muito devota de Nossa Senhora da Conçeiçiio, cerca dc cinco seculo~ 11ntes da defìniçiio dogma- modas indecentes, ~scandaljsando os fiels, profanando o logar santo, destica deste mistcrio gostaodo a Santissima Virgem. Quem sabe se a presença de pessOas tào tao presentes c@rca de quarenta mii esquecidas dos deveres que a mopessòas. O silencio, a compostura e destia impOe a todos, impede a maior devoçao da assistencia commovem e effusào das graças do Senhor s6bre encantam. No recinto fechado em os enfermos presentes I torno do allar encontram-se os doenPraza a Deus que todas as seohotes. Dois delles chamam as attençOes ras que vao Fatima e a quem dedos circumstantes. Do lado do Evancerto s6 move a fé e o desejo de gelho, um homi?m com a apparencla agradar M!e de Deus se compenede muito novo, typo de antigo militrem das suas obrigaçOes sob o pontar, denunciado pelo seu largo capoto de vista do vestuarlo, nuoca trate azulado de botOes amarellos, esta jando, nem alll nem em qualquer ousentado num pequeno banco, ao latra parte, senao em harmonla com as do da irma que, carinhosamente, o regras mais severas da moral christll. ampara. No seu rosto pallido e des- · Entretanto continua a santa missa. figurado, descobrem-se vestiglos de Innumeras pessòas se approximam Jongos e profundos soffrlmentos. Reda mèsa da Eucharistia. O "Bemdlto• sava com recolhimento e fervor, pa-

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cantade peto povo durante a communhilo é de um effeito surprehendente. Ter111i111ada a missa, canta- se o «Tantum ergo> e da-se a bençào com o Santissimo Sacramento, primeiro a todos os fieis e depois a cada um dos doentes. Nesse momento repete-se o interessante phenomeno atmospherico do mes anterior no meio de exclamaçOes e gritos de' surpreza e commoçào de muitas das pessOas presentes que olham para o ceu e para o sol. No fim da Rlissa s6be ao pulnito o rev. Da~id das Neves, que failou sentidamente da devoçào da Virgem - e do odio cego e incansavel dos inimigos de Deus a todas as manìfestaçoes de caracter religioso. Ao concluir o sermào, annunciou que o tinha prég;ido em acçào de graças por urn a cura maravilhosa de que tinha sido objecto a pessòa que . 'Jh'o havia encomendado. Oepois do serma.o, os peregriuos cumprem as suas promessas, adquirem exemplares da VOZ DA FATIMA, retiram -se para longe afim de comerem os seus farneis, vao buscar agua a fonte maravilhosa ou conservam-se de j oelhos ao pé da capella rezando devotamente as suas oraçòes e fazendo as suas despedidas augusta Vlrgem do Rosario.

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VISCONDE DE. MONTELLO

Hs curas da

fa urna

Maria da Ascensao Franco, de 18 annos de edade, natural de Leiria, filha de Alfredo Ignacio Franco e de l>. Maria da Concdçno Franco, ja follccida, adoeceu gravemente com bexigas negras no dia zo de Dezembro de 1919. Grassava entao pela cidade a epidt!mia da variala. No anno anterior tinha estado ern perigo de vida com um ataque de bronco-pneumonia, chegando a correr o boato do seu fallecimento. Nesae dia, que era um sabb&do, sentindo-se mal disposta, nao sahiu de casa. A' noite, depois de tornar o cha com a familia, deitou-se tranquilla, suppondo tratar-se de um incomrnodo leve e pas• sageiro, embora o thermometro accusasse 39 graus de febre. No dia seguinte quiz ir a missa, mas nao poude. Resolveu-se mandar chamar o médico, dr. Antonio Julio Telles de Sampa10 Rio, que nao tardou a vir. A principio nio conheceu a natureza da doença. Voltou nos dois dias segui ntes de manhi e, neste ultimo dia, poude ja constatar com segurança que se tratava dc um caso de variola. No 111esmo dia a tarde a enferma reccbeu a visita do dr. José Coelho Pereira em vez da do dr. Sampaio Rio, qwe t:Ye tic retirar urgentemente pan Coimbra. ~ Durante os quatro dias immedia· tos o cstado da doente aggravou-se -considcravclmentc. Na noite de quin• ta para sexta-feira produziu-se a ob~ trucçi0 d• nariz c da garganta, o que lhc causava grande incommodo. Nao podia fechar a bocca e a garganta cstava extraordinariamente in· chada. Vendo·a tao affiicta, urna de suas

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oz de. Fatima

irmac;, Julia da Encarnaç5o Franco, que ficou durante urna noitc a acompanha-la, n:commcndou-lhe quc invocasse Nossa Senhor,1 de Fatima, tanto mais quc nao podh t-imar os rem<>dios, que lhc provocav:1m vomi tos. A doente promcttcu cnt:io ir cm · peregrinaçao a Fatima e dar 11ma esmola para as obr 8"- do ~nnctu,1rio se alcnF1çac;se a sua cun . Na m~nha stguìntc nm:i visinha e amiga, D. Marh Franci,;ci Fiup·il,ii, de nacionalidade ilalinna, quc tinlu cm 1917 obtido uma grundc grnç,1 por intermedio dc No~sà • cnlur:1 de Fatima, vendo as irm:i"> con~tern hias a chorar e n5o nconhcccnJo a <:n· ferma ~ue, complctamenk dc fì~urada, parcciu umn ch5ga d o~ ré- à c.1beça, dominadtt por urn.1 compdixfo profonda fa uma promèSsa tl N1 ,s1 Scnbora dc Fatima e prcguntou a docnte se 1150 qucria tom :tr rrgu,1 com terra on locai Jas ,1ppa1 iço~s, ''-'~ pnn· dcndo ella affirmativamc11tc, pcln quc foi logo u :.ua casa preparnr css:1 tni5tura . A enforma, que nao cm c;1paz de tornar os rcmcdi ,)s que lhe tinham sido rcceitaJo~, poudc bcber a agua e logo em segu ida adormc:ceu. E-,sc somno foi mais prolongado <J.ue os outros que costumava dormir. Quando acordou, horas depois, a garganta estava dcsinchada e limpa. Mesmo antes de tornar algum alimento, a doente teve a impn:ssao de que podia engulir, e rc:conhccc:ido isso, poz-se a chorar de o legna., disse que se scntia melhor eque Nossa Senhora a tinha curado. Por determinaçfio do medico, desdt: tcrça-fcira a noite, tornava banho duas vezes ·por dia. Nesse dia começaram a de1tar terra de Fatima na agua do banho. O medico tinha dito na quinta-fcira que ella oa sexta-ftira e sabbado havia de estar pc!or. Na sexta-fcira a noite a irma Hi!rminia da Conceiçao Franco preguntou ao medico, durante a vi!ita, se nao lhe parecia quc as bexigas ja estavam a seccar. O medico replicou: «Isso seria seccar depressa de mais; é impossiveln. Era precisamente nesse dia que ellas deviam principiar a sahir. Manifestou por isso o receio de que cstivessem a recolher. No sabbado de manhii ao exarninar a enferma ficou muito admirado, declarando que realmente as bexigas ja começavam a seccar. E contudo ella estava completamente preta, tendo o medico affirmado quc nuoca tinha visto urna camada corno aquella . Nesse mesmo sabbado jii poude ter-se de pé na banheira. Nos dias antecedentes chorava com dores nos pés, tendo as irmas gronde trabalho para lhc dar o banho. Urna visinha, vendo-a na con\'a· lcscença, disse as irmas que nao deviam d1zer que ella tinha tido bexigas negras, porque nao estava desfigurada,. corno o nao esta agora. Essa visinha nuoca a tinha visto durante a doença. Pcdiu-se muito a Nossa Senhora que nao permittisse o contagio e ningucm o teve. A enferma foi rnelhorando de dia para dia. Esteve de cama s6 quinze dias e nao se levantou mais cedo porque

nao quiz. Lcvantou-sc pela prìmeira vez no dia de Reis e nuncJ m,tis tornou a carna. As ci rcumsta ncias cm que a cura se realisou produ7.iram no cspirito das pesso 1s de fami li 1 e do$ a1nigos e conhec1d,Js a convicça > dc gue foi dl!vida a um verd 1foiro mii qr", robustccendo .'.\Ì~1d 1 111 llS CSS 1C()OvicçaO o facto di.! nrnhum I nt1tra p1.!sso1 da cas:1 ter ti lo v iriola. Quando cl la se lev.tntou, adotcu1 ,, p 1e, qt11.! nifo ti· nha qucdùo v ,c.:11111-s, O mdico, quc fo1 lng,) maml>1.l11 eh 1m,lr, disse qu", k 1do luv1 lo h.:Xll! 1s cm cHa ' . ,., com certcz:l cn,n b ·x1g·1s o CJlll! elle tinlu. ,\t,,._ dc Lcto nil} foi scn:in um ligciro incommodo ck s:iu le de que em brl.!vc se I csl , od .!.:c11 A c:nft:nn.1 tni a F,itim1 pel t primeira v~z depJis J,, docnç I no dia 13 d.: Agosto do mr.:smo annn, a fim dc agradecer a No-.;.,'.\ ~cnhora a sua cura. Antcs aa cioc nc.t tinh::i la iJo trcs vc7.cs: cm 13 dc ~etcmbro de 1917, ein 13 d~ dutubro do rnesmo anno e em 13 dc Sctcmbro dc H)r8. Rezou no di-t 13 de Ag11sto d~· iq20 juntn d I e pdl.1 comc111mor tiva ·Jas appai iço ·s, Ondt: Cntrou, tT) ,IS com difìculdaJi!, ni.io se podend l d morar muito Jcntro della por causà da grande concorrcncia de p•wo Desde eotao tcm sempre gosado d1: bò1 sau.de. Esta forte e nutri:ia e o seu as~ pecto é cxccllente. V. de M.

Em acçao de graças I

D. Therezo de Jesus ritnrtins e M.1e Maria Amalia do Amaral de Passos de Souza Canavar ro, dc cujas curas sobrcmaneira adrnir:1vt!is a. VOZ DA FATl.\1 \ ins1::riu no penultimo numero re!otos pormenori:-;:idos, for•in no dia treze de \laio a Fatima afìm de agradecer a Nossa Sen bora os favores extraordinJrios quc se tinha dignado dispensar-lhes quando, pc:r• didas humanamente tod 1s as esperanças, a Ella recorreram corno Mae de misericordia e Saude dos enfer• mos. As duos felizes privile~iadas da Santissima Virgem, encontraram-se por acaso na egreja parochial de Fatima,. pouco depois da sua chegada, e ahi,. reconhecendo-se urna a outra, por in· termedio de pessòe.s amigas, abraça• ram-se commovidamente e fizeram em commum a sua primeira acçiio de graças. O. Thereza, a antiga tuberculosa,. hoje comp,letamente cunida, quc niologramos descobrir entre a multidio immensa, teve a satisfaçao indizivel dc cumprir a promessa que fizera de ir de joclhos até junto da veneranda Imagem da augusta Virgem do Rosario. Com cxtrema dilfìculdade conscguiu romper atravez da massa com• pacta de fieis e ja dcbaixo do pavilhiio ao pé da espella, viu, com grande surpreza e alegria, aquellas senhorassuas conhecidas que lh~ tìnham fornecido a ultima porçao dc ogua de Fatima que bebera durante a sua doença. O marido, quc ficara retido no leito com um forte ataque de «grippe,,, nao conser.tiu que, para lhc a5s1:,tir-

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Votr. da Fé.-thna

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na . d?ença,, cor:no desejava, a esposa d~s1stuse da p1edosa rom agem, add1ando o cumprimento da sua promessa. _!)ep?is da missn campai e do scrmao uvcmos o prazer de follar dernorada~nte com a menina Maria Amalia Ca:1avarro, aquella ditosa crcança atacada dc meningite cerobro-espinhnl e dcsenganada dos medicos, que Nossa Senhora dc Fatima sa lvou, ~egund_o a cxpresslio do illustre medico assistente dr. Parreira Cabro!. 1~compa11 hwam-na seu pac, o dr. Joao dc P,1'-sos dc Souza Canavar:~, suas tlns, a b1roncza dc Almemm (D. Luizu) e D. Maria Xavier dc Passci> de ~ ouza Canavarro, e sua frma mais volha, Maria da Concciçao Cana varro. O a~p1.:cto da venturosa mcnina é o de uma pc;)5ÒJ s:1uJavel e robusta, respirando ,iJ.1 e akgria, cm piena iloresccncin da primavera da mocidad~. Ninguem c,usaria hojc dizcr, ao ve-la, q11c roucos mczcs antcs tivLra urna doença t:io grave ç de tao funcstas consequenci<ts corno a meningite, cuj1s victìmas por via dc rcgra rnorn:m ou ficam para sempre insanavelmente dcfdtuosas. Na ditosa filha da h1storica e gloriosa terra de Santa I~ia. n~o _subsistem vesti~ios, por m~1s 111s1g01fìcantes que se1am, d11 tcmvel enfermidade que a levou as portas da morte. Tendo,lhe n6s pergu n tado corno se achava de saude, respondeu-nos que se sentia perfeitamente bcm e rndiante d e contentam e nto e dc fdicidade. A sua alma cnternecida tra!>bordava dc g ratidao para com a augusta Virgem Mae de Deus, cujos olhares m a ternacs sem duvida se compraziam naquella innocencia virgina l, tao cheia de encanto no fervor do seu intenso e profondo recolhimento e da sua sincera e ardente piedade. • Cumprida religiosamente a pro• messa, feita no principio da convalescença, de ir a Fatima testemunhar o seu reconhecimento a Nossa Se-nhor:i do Rosario o seu coraçiio sente immensa pena de se apartar daquel• -le logar bcmdito, onde as almas pu• ras experimentam emoçoes divinas, .e s6 descança e soccga quando o pae extremoso lhe promette leva-la de novo a Fatima no dia treze de Julho <:orrente, em que passa o decimo tercei ro anniversario da virtuosa e ano!elica menina. V. de M.

\IOZ DA FATIMA Eato reviata é dl•tribul,da llPatuitamente noa dia• 13 de oada mOa na Cova da IPia, aceitando-se no en-tanto qualquer donativo oom que cada um quelr• expontaneamente a u xi ,-llar-no•. So teré diPeito • reoe•lter a VOZ DA FATIMA pe· lo oorreio, durante I anno, quem se aubacrever Dom o minino de dez mii -Péis. NAo fazemoa oobran·••• pelo corraio.

As appariçoes de Lourdes Ili

A Gruta - A primelra apparlçào: li de Fevereiro de 1858 Para comprehe nder melhor ac, apparid5es. convem formar primeiro uma ideia exacta dos sitios vizinhos eia G• uta, porque a topographia mudou posteriormente. Qu'.lndo se sahia de Lourdes na direcçao de oeste, atravessava se o Gave ror umn ponte estreira, a Ponte Vcl ha, . <l'onde, a direita, se desenrol va um par,ornrua grncio~o so• bre o prado do Savy, pertencente ao senhor de L'l Fitte. O G ave de Pau arqueava-sc como que para o abraçnr e banhavam-no varios canaes que se dest acavam do I io. O pri11ci• pal era o canal do S avy, engr..,sado pelo Merlasse, atravez do qual se elevava o mo inho do senhor de Lit F1tte. Ec;te ca nal é quasi parallelo ao cam111ho que se segue ao p:irtir da Ponte Vclh.-i e que se chama o cammho da Florc.,.ta de Subercarnére A estrada pcdregosa subia aqui e acola rasgada na encosta, por cima das rochas em que se erguc h,1je a basilica de L ourdes. e se se qu1zesse dcsccr a gruta de Massab1elle, muito perto do Gave, era p reciso contornar essas rochas e deslisar a dire1ta sobre o declive abru pto até a margem onde vinham mo rer ao; on das e,;quecidas pela corrente. Entao ficava-se em f f"llte auma gruta n'l· turai de onzc metros de largo por oìto metros de fundo, scmelhante a urna pequena egreja. Ella era imponente ~om as suas scmbras negras e myster1osas 1 os seus recortes de mar· more e, pendentes em volta, os seus amplos cortinados de pedra cm desordem. F:ste sitio selvatico era propicio a solidao e a prece. Contava mse lendas terriveis que recordavam a presença e as grandes façanhas do demonio no meio desta natureza convulsionada, nestes logarcs cheios de terror. Na abobada, uma abertura, semelhante a uma chaminé inclmada, atravessava o macisso de pedras e terminava numa especie de arco ogiva) por onde penetrava a h,1z. Em frente deste arco cstava um rocheào quadrangular enorme, d'onde pendiam divcrsas plantas, entre as q1:1aes Rumcrosas roseiras bravas. Apcs:tr da mole do rochcdo, o arco ficava em parte visiYel. Algumas destillaçoe!i, provenientes das chtJvas, coavam sob a abobada, mas nao havia nenhuma fonte conhccida, a nao ser uro crntrco de agua Iodosa, ao nivei do Gave, a que ningucm prestava attençao, porque parecia resultar das innundaçoes do rio. 0s rochcdos e::cteriores a oeste cstavam egualmente humidos na epocha das chuvas. Na quinta-feira gorda, 11 de fevereiro de 1858, pela uma hora da tarde, fa zia frio, o tempo estava triste, e ja niio bavia lenha na pobre habitaçao. Luiza S oubirous disse-o as suas duas filhas, BernarJete e l\laria. Ella parecia estar muito pes:irosa com isso. As duas crennças offorc·

ceram-se para ir apanh:ir ramos slcos nas margcns do G avc. -Nao, disse a mae, o tempo etta mau e poderiam cahir no Gave. J oana Abadie, visinha e amiga dcl:las, devia fazer parte do grupo; fol por em casa o irmao'.';inho que eMa guarda•a e pediu licença a mae para acompa~har as duas raparigui~has. Dcpois voltou. A senhora Soub1rous recusavn-se ainda a d ix1-las partir, mas, vendo que eram tres, acabou por dar o scu consentimento. Tomam pel11 rua que co nduz ao cemiterio, porque alh se procedia muitas vèzes a descarga de lenha e poJiam as'iirn re~pignr cav!h"os abandon:iJo,;. ~las. por infelidJade nao encontrara m nada di: '1provc1tar-se. Dirigem-se e ,tao para a Ponte Ve1ha e seguem o caminho da Floresta, deixan ~1o a direitn o p r:id o do ~e· nhor de La Fitte cingido pela faixa azul do Gavc. De repente d esviam-se para o ca• nal do Savy, que atrave-;sam passando pelo moinho e e ntram no prado. Acham se a,s1m numa tlha formada pelo Gav.:: a J 1re 1ta e pelo canal a esquerda. Seguem o canal. Algumas arvor es linham sido cortadas recentemente Procuram lenha, ao • longo da margem 11 té ao sit10 em que o canal dcsagua no Gave, quasi em frente da gruta de Ma--!.ab1elle. Pareceu-lhes avistar lenha sècca ao pé da gruta, mas para cheg- r até la era mister atrave~sar o canal do Savy. As aguas eram muito bnixas, porque o moinho niio t rabal'1ava,mas, corno • succedia no inverno, as aguas estavam muito fnas. Berna• dette, sabendo que era enfcrmiçJ e lembrando-se, sem duvida, das rccommendaçoes de sua mae, niio ou• sava entrar no canal As companhei rlis nifo tiveram os mesmos cscrupulos. «Joanna Abadie e minha irma. menos pregu1çosas do quc eu, conu'9ella, tiraram o" tamancos e pussaram o ribeiro. T odavia qua ndo -;e encontraram do outro Jado, puzeram-se 11 queixar se de frio e ba,xaram-se para aquecer os pés. Tudo isto fozia augmentar os meus rece1os, e eu reconhecia que, se entrasse na agua, a. minha asthma iria atacar-me de no· vo. Entiio pedi a Joanna Abn i1e, que era mais crescida e mais forte do que eu, que viesse passar-me as cos-

tas. -Oh ! Palavra d'honra que neo o farcii respende1,1 Joanna, tu és urna creatura enfadonha e cheia de mimo; se nao quizcres passar. fica onde estas. As duas rapariguinhas afastaram.-se pois, apanharam lenha debaixo da gruta e seguiram o Gave s em se preoccup,arem mais com Bernadette, que, certamente ao ver-sc s6sinha, teve medo, porque, accrescenta: Quarr... do e stive s6, deitei algumas pedras no leito do ribeiro para s8bre ellas par os pés, mas isso nao mc servitr de nada. Eu tive entao de me decidir a deixar oc, meus tamancos e a atravessar o canal, como haviam fei• to Joanna e minha irma T111ha com eçado a ti! ,1r ., pri111eira meia quandJ) de repente. ouv1 t1m gr1nde ruic!o semelhantc a um rumor de tern•

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Voz da R~:dma

pestade. Olhei li d:reita, li csqucrda,

D. Eugenia Braamcamp So-

para as arvores da marp:em, nada hulia ! Julguei ter-me enganado. Continuava a descalçar me, quando um novo ruido, semelhanre ao primeiro, se fez ainda ouvir. Oh ! entao tive medo e puz-me logo em pé, Nao podia articular polavra e nao sabia o que ha via de pc.osar, quando, ao voltar a cabeça para o lado da gruta, vi numa daq abe1 tures do rochedQ uma serça, uma s6, a 8J?lter-se corno ~e o vento soprasse com violencia. Quasi ao me~mo tempo sahiu do interior da g, uta urna nuvem cor de ouro, e pouco depois urna Scnhora, joven e bella, corno eu nuoca tinha visto outra egual, veio collocar-se li f!Dtrada da abt:rtura, por cima da sarça. Ao mesmo tempo olhou para mim, sorriu-me e fez-me signal para {1Uc me approximasse, corno se ella lasse minha mae. O medo tinha-se dissipado, mas parecia-me que ja nao sabiaonde estava. [sfregava os olhos, fechava-os e ahria-os, mas a Senhora estava sempre la, continuando a sorrir-se para m1m e fazendo-me comprehender que eu nifo me engai:iav~. Sem ter consciencìa do que faz1a, t1rci o terço do bolso e puz-me de joelbos. A Senhora fez um signal de approvaçao com a cabeça e tomou • nas maos um terço que trazìa no braço dircito. Quando quiz começar o terço e levar a mao a resta, o braço ticou-me corno que paralysado e nao foi senao depOl!-l que a Senhor-a fez o s1gnal da Cruz que cu pude fazer corno ella. A Seohora deixoume rezar s6sinha; fazia, é verdade, pass~r entre os dedos as co11tas do seu terço, mas nao era senao no fim dc cada dezena que ella dizia comigo: Gloria Patri et F11io et Spiritui Sancto,.

bral (Belmonte). : • • • D. Maria Helena Alves . • D. Cecilia Wanzeller de Castro Pereira. . . . • • , Dr. Manuel Cruz Junior •• Condessa de Tarouca • • • D. Maria das D. Freitas • • D. Maria José Brazao • • • D. Maria Rodrigues Maciei-

V. de M.

(Continua)

Voz da Fatima Despeza& Transporte • • • • Irnpressao do n.0 9 • Outras despczas • • Somma . •

3.604:Mo 120:000

38:8oo 3.757:820

Subscripçllo (Continuaçao)

Maria das Dores Fernandes Rendeiro . • • • . • • Domingos Valente de Almeida • • • • • • • • • • Gracinda de Jesus da Silva Luiza &tevt:s . • • • • • Esmolas colhidas na praça de Pardelhas. • . • • • D. Lcocadia Henriques. • • Josefa de Jesus • • • • • • D. Maria Pedroso. . • • • D. Maria Martiniano da Costa P.• Sabjno Paulino Pereira. P.• Francisco da Silva Geada P.• Manuel Duarte • • • • D. Julia Maria Galvio • • • D. Michaela Caroço • • • • D. Filomena do Espi rito Santo da Veiga Moniz • • • D. Berta de Carvalho: Guimaracs • • • • D. Marianna Vilar

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D. Joaquina Sancho Silva • Baroneza de Almeirim (D. Luiza) • . • . . . . . M. 1c Anna Maria da Costa Moraes • . . . • • • • D. Maria Barbara Clemente D. Ermelinda Simoes • • • Carlos Balthezar de Vi!hena Barboi;a • • . . • • . D. Candida Martins Pita. • D. Carmen Satrustegni de Padilla • • • • . • • D. Maria Luiza H. R. Freire de Almeida Rodrigues • • Joaquim Alves Martins • • P. 0 Augusto José Vieira . • D. Gertrude~ M. Fernandes. D. Marionna Baccllar . . . Viscondessa de Treixedo • Dona Marianna de Queiroz Athayde. . •.. D. Maria Leonor de Freitas Joao Braz Scrrador . • D. Maria Joanna Correia. Antonio Camilo Pinto (2.8 vez). . . . . . . p,e Eurico do Nascimento Lacerda Pires . . . . Manuel Rodrigues Valentim J. d'Oliveira Dias (de varias esmolas). D. Emilia de Mello Falcao Trigoso. . ..... P.e Virginio Lopes Tavares Anonima (l\1. do C.). . • • José Ferna ndes d' A Jmeida • l\lanuel Antunes Tcijal. . . Olimpio lJuarte Alves. . . P.' José Lourenço dos Santos Pa Irin has. . . • D. Bertha ~lachado • • Francisco d' Assis Paulo • • Condessa d' Azambuja • • . P.' Lino da Conceiçao Torres Madame Deligand. . • • • D. Lucrecia Duarte de Jesus D. Ermelinda Reis Faria. José Fernandes Potes • • • Condessa do Bom6m • • • D. Maria das D. Ferro Silva D. Maria Proença Fortts San• guinetti • . • • • • • • D. Jùstina Tcixcira • • • • D. Maria Emilia Macedo Rosa • • . • • • • • D. Bea:riz Buxo Pinheiro • Joao Maria do Vale oe Souza de Menezes Mexia. • . • D. Cecilia Correia da Costa. Joao Augusto dos Reis. • • Gregorio d:l Cruz Sardinha D. Maria do Ceu Pinto de A breu e Lima • • . • . D. Maria da Purificaçao da Silva Pinto Abreu. . . • D. Maria da Graça d'Abreu Fonseca. . • . • . . • D Maria da Natividade de Assis Teixeira • • . • • D. Maria da Gloria d'Abreu de Lima e Fonseca • • •

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 15:000 10 :000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 5:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 5:000 3:000 2:000 l I :500 10:000 5:000 10:000 10:000 10:00~ 10:000 20:000

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D. Marcelina Cameira. • • Rosa de Jesus Cascaes. • • Maria Apolinaria Godinho . Maria Ismenia Ruela e Cyrne .Maria do Carmo Tavares de Souza Cyrnc. • . • • • Rosa Antonia Valente d'Almeida (2.• vez) • • . • . Francisco de Jesus Manço(2.• vez). • . . . • • . . • Maria José Leiras ('2 a vez) . Piedade Bunheiroa (2.• vez). Maria de Jesus Piroa. • • • Laura d'Oliveira • • • • • Esmolas de Pardelhas • • •

Agradecendo

10:000 10:000 10:000 10:000 ' 10:000 2:500 2:500 2:500 2:500 2 :500 2:500 24:000

urna graca

Encontrando-me em grande tribulaçào, recorri cheia de fé a Santissima Virgem da Fatima, que se dignou ouvir a minha humilde supplica. E'" pois com satisfaçào que cumpro a minha promessa, remettendo essa pequenina offerta para o seu culto e pedindo a publicaçao duma graça 'na VOZ DA FATIMA. Recolhimenlo de S. Christovam em 5 de Maio de 1923. '

Luiza Stadlin

"Os acontecimentos ùC Fatima,, Com este titulo es1a . ublicado um novo opusculo devido a penna do nosso presado collaborador sr. Vis• conde de Montello. Em diversos capitulos, todos de um i111cresse f6ra do vulgar, o seu auctor refere epis6dios e notas inéditas, me1ecendo registo especial aquelle em que narra , sucintamente vinte e cinco curas atribuidas a intercessàc, de Nossa Senhora de Fatima. Sabemos que o sr. Visconde de Montello esta preparando a 2.3 ediçào, revista e consadera_velmente aumentaJa, do !)eu livro «Os epis6dios maravilhosos de Fati• ma>, cuja 1.8 ediçào, actuulmente exgotada, bastante concorreu para l evar ao longe, no paaz e no extrangeiro, o acontecimento do my:sterio-so caso de Félima. O folheto «Os acontecimentos de Fatima« esta venda na redacçào da VOZ DA FATIMA, custan<lo cada exemplar dez tostòes, seodo o prod ucto da venda destinado na sua totaUdade para a obra de Nossa Senhora de f atima.

a

Casos ou acasos? O primeiro é a conversao de um pastor protestante que presenciando o esplendor do recente congresso eucbaristico no Rio de Janeiro, ex· clama o seguinte:

cNil.o I possivel que /sto se/a um' simp/.es symbolo: eu crelo na presen- . ça REAL I> O outro é o facto de um dos clu-·

/es da famosa AsssociaçAo Christan de Moços (Protestantes). Este infellz . tinha organisado entre os seus, uma contra-manlfestaçao para o dia da

planejada procissilo eucharlstica. Na 10:000 10:000

10:000

hora da sublime apotheose <le Jesus Hostia, o cadaver do tal che/e era levado para o cemiterio/... Tinha morrido na vespera da planeada prociss6o.


1.028

Ano I

N.0 11.

(OOM AP.ROVAçÀO ECLESCA.ST-ICA) Adnilnlstrndor: PADRE M. PE? EIRA DA SILVA

Dlreot:or, Prop1.·1e-tarlo e Editor.•

DOUTOll MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impres~o na lm r rcnsa Corr erciel, Il Si -

REDACçAo E ADMINtSTRAçfo

RU.A D- N'UN'O

Lciriu

ALV.ARES PEREIR.A

( BEA T O NUNO D E SANTA M~ RIAI

I

I

l';, .J

Mais urna vez e na forma do costume se reaUsou na Cova da tria, em 13 de Julho fine.lo, a comemoraçAo mensal dos acontecimentos m"! ravUhosos de F~fima. O concurso de fi~ls fol assas m~meroso, mas, corno!;, ah~s era de esperar, nao alfingiu as i proporç0es extraordinarlas dos grand~s dias. Segundo calculos appro.x,mados, deviam ter visitado naquel-

1e dia o tocai das appariçOes tr@s

mo de costume, se a ·isso nAo houvesse obstado motivo de força rnalor. Ao meio-dia solar, annunclada pelo toque repelldb de uma slneta, começa a stgunda missa, :que é celebrada pelo rev. Jo:;é do Espirito Santo, pa~ ti rocho do Reguengo do Fetal. Do ,,

allo do pulpito o f rev. Dr. Manuel

.>

Marques dos Sanws reza o terço at.. 1

ternad;mieo1e co,ù o povo. fazendo

depoìs da elevaçio e da communbA.o as invocnç0ts habiluais ,epelldas •em

còro pela assistencla. A•atençio e o recolhimento dos fiels sào profuodas.

...

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Termlnada a missa e rezadas as oraçòes finals, canta-se o Tantum ergo. O officiante, recltada a ultima oraçAo, dA a bençao geral com o S. Sacramento A multidlio ajoelhada. Em seguida dA a bençao particular a cada um dos enfermos presentes, que jazem dentro do recinto fechado em torno do altar. Emquanto se realisa este acto tao piedoso e commovente repetem-se as invocaçòes e implora-se com fervor a cura dos doentes. Pouco depois urna senhora de edade avançada, gravemente enfl.!rma, é transport.11la para o seu carro. Seis senhoras levam aos hombros a maca em que ella est.i estendida numa immobilidade absoluta. Stlcnl'iosa e comovida, a multidào, chcia de respelto e compai xao, abre alas sua passagem. Sòb • ~otàn no pulpito o rev. Antonio Rodri gue:; Conde, ahnde de Paramos, <lioccse do Porto. Durante mais de meia hora o dislinto orador prende constantem,•nt~ as atençoes do auditorio com a sua palavra fluente, de urna eloquencia sobria e m ascula. · Ne,sc momento ouve-se um li~eiro murmurio promptamente sufocado pelo respeito devido a santiJade do logar. Muitas pess0as, voltadas para o sol, asseguram que se renova deante dos seus olhos maravilhados o estranho fen6meno atmospherico dos dois m~ses anterlores. Ap6-, o sermào encontramos a menina Maria Amalia Canavarro, cuja cura admiravel foi pormenorisadamentc relatada no numero oito da «VOZ DA FATIMA•. Acompanhavam-na seus pais e irmas. Felicitamo-la pelo seu decimo terceiro anniversario natallcio, que ella quiz passar junto da virgem bemdita, a cuja inter.cessào materna! atribue a sua cura verdadeiramente assombrosa. Junto da fonte aglomera-se enorme mullidllo que estéi fazendo a sua provisAo de agua. O decimo numero da cVOZ D.\ FATI MA• é distribuido profusamente. Sllo quatro horas da tarde. Muitos peregrinos retiram-se e outros preparam-se para o regresso. O movimento de vehiculos na estrada -é Intenso. Urna hora mais tarde, no tocai das -apparlçGea, apenas se véem alguns pequenoJ grupos de devotos que rezam conf fervor no gozo de um s1lenclo e socego que difficilmente se encontram quando ae estj em contacto com as grandes multid0es, mesmo nos logares mais venerandos e mais favorecldos com as graças do

a

Ceu.

Pr~paraçao para as curas e Na presença deste brllhante conjunto de mllagrea, accumulados, por asslm dlzer, uns s()bre os outros, e cuja evldencla se lmp0e , b()a fé mais vulgar, alegremo,nos por sermos fllhos da Santa Egreja Cathollca, que Oeu1 nlo cessa de visitar, e qual continua a dar o testemunho divino por excelencìa, o testemunho

a

<fo milagre. Nos primetros tempos, o milagre

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Voz de. Fathna 1 J..aJ

era a grande prova da verdade da

fé e, posto que actualmente nao seja tao necessario, nao é menos util A nossa intelligencia; e a experiencia demonstra o poder com que elle reanima e consola a nossa fé. Observemos no emtanto que, por mais numerosos e incessantes que sejam os milagres de Lourdes, nao se deve esquecer que alli, como em todos os santuarlos de Nossa Senhora, o milagre nào é e nào p6de ser senào a excepçao. Quem diz mila~re, diz intervençao extraorJinana da omnipotencia divi· na nas cousas humanas. Seria, p ois, ridiculo imaginar que basta beber uns golos u'agua da gruta de Lourdes, ou fazer urna novenA ou mesmo ir em ro m·1ria a gruta milagrnsa pa· ra ser infallivelmentc livre duma en-:. fermitladt>. A confiança na lmm2_culada Conceiçilo nuoca poileri ser as~az grande, assaz completa; mas é preciso que essa confiança sej;i sempre dominada por um profundo .im6r da vontacte de Deus e pela submissào mais absoluta as vi,1s ocullas pelas quais nos dirige a Divina Providencia. Sempre, - ;itentae bem nisto I - semprl! a M ae de Misericordia ouve e deft:!re as nossas suplicas, mas ella, defere a seu moùo, n~o ao nosso; attende-as divinamente, concedendo- nos o que é melhnr, mais util nossa santificaçào. O sofrimento é muitas vezes a graça das graças e o mais real de todos os bens. Se a Virgem Santissima nem sempre julga conveniente curar os males do nosso corpo,-nào duvideis I-Ella nos alcança e nos concede as graças da resi ~nacào, da fé viva, mais uteis mii vezes do que todas as curas. Vamos, pois, A Virgem Immaculada de Lourdes com estes sentimentos elevados, unicos dignos de coraç0es christàos, e, porque nào fomos favorecidos, com,> outros. com a graça dum mllagre, nlio sejamos demasladamente simples supondo inutil essa novena, essa applicaçào da agua da gruta, essa confiança no poder da Vlrgem, essa longa e penosa roma· ria, que nào fol coroada duma cura ardentemente pedida e impaciente• men!e esperada. O que é f6ra de duvlda é que nunca se implora em vllo a Santissima MAe de Oeus e que jamais podederA haver excesso em recorrer ao seu coraçAo maternal.,. Até aqul mons. de Ségur. Como o mllagre é urna intervençio extraordlnarla da Providencia e Oeus, fazendo·o e abrindo a!!slm urna excepçao b lels da natureza, tem em vista um fim de ordem moral, convem que o enfermo, que o pretenda obter em seu favor, se prepare para elle, afim de ter matores probabilldades de ser atendido. Por Isso Importa recomendar que os doentes que v!o 4 Fétima ou que em suas casas imploram o auxilio de Nossa Senhora de Flitlma, além de receberem os santos sacramentos da conftssAo e da communhffo com as devldas dlsposiçòes e de orarem e fazerem orar pela sua lotençAo as pess()as piedosas das suas relaçòes, obtenham dos

a

o.a

medlcos que os tratam, attestados tào completos e t!lo minuciosos quanto possivel, datados, e reconhecidos por um notario, para os entregarem oportunamente A commissào de inquerito. Depois de curados deverao fazerse observar pelos mesmos medicbs e,por outros que testifiq uem a sua cura. Doutra f6rm a essas curas, por mais extraordinarias que pareçam nào p6 iem ser reronhecions oficialmente como miracuhsas, com prejuiw da gt()rl'l de Nossa Senhora e do bem das alm·Is. <Do opusculo nO, aconteciinentos Jle Faltm a11 ),

Julia Al}g11sto ria Barros, casado, comercianIe, tle 45'"tlnos de idade, n1tural e residente na vita do Porto, ò11 llha tle Santa Maria ( i\.çores), tendo clndo um:1 queda desastrosa de que resultou o completo deslocamento da articulaçào do cotovelo esquerdo, no di1 da r~sta do Sagrado Coraçao de Jesus, do corrente ano, e corn o ha mezes nào ha medico nesta ilha, recorreu a um homem perito destes tratamentos que lhe declarou ser a deslocaçAo de dificil e morosa cura. Aflito entao e movitlo de grande fé, suplicou, no dia seguinte ao do acontecìmento, a Nossa Senhora do Rosario de Fatima que o curasse, friccionando a parte doenft! com agua que lhe f0ra oferecida obsequiosamente pela ex.ma senhora D . Maria da Encarnaçào O1ma Reis Pereira, natural da cidade de Leiria e actual• mente residente nesta ilha, que cm Abrll ultimo a trouxera, quando da sua visita ao locai dos extraordinarlos acontecimentos. Neste mesmo dia começou a sentir alivios, ficando completamente curado 110 fim de olto dias - o que a todos causou grande admlraçào, pois acidentes semelhantes, em geral le-. vam quarenta e mais dias de tratamento alé completa curai Em virtude deste facto, que reputa miraculoso, fez v6to de o publicar na Voz da. Fdtinza, rendend~ graças Santissima Virgem de o ter esculado nas suas préces.

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-=Poi-me entregue esta exposlçlo, que é expresslo da verdade e por Isso a remeto. Vila do Porto, 10 de Julho de 1923

Elpidio Perelra Notario

D. Anna Nobre Coata da Sllva, (rua das Praças 60 t.0 O. - Llsb0a), por' occasUlo da sua peregrinaçao ai Pdti• ma em malo ultimo declarou que vlnha agradecer a N. Senhora a seguinte graça: Ha cerca de trez annos deu urna grande pancada em um peito, provlndo dahl dois caroços de tal sorte que o medico dr. Francisco d'Oli· ' veira Uuzes, temencfo um cancro, mandou ir a c!oente a ·urn especiallsta (Jr. Antonio Pereira Reis) que, a experimentar, aconselhou durante oi-

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Joaqulm dos Santos Camponès de

44 annos, dos Cardosos, fregu~zia

pecados. Tem-se notado que em certas fabrlcas e outros meios sem rellgiAo, as blasphemias, pragas e lmprecaçOes, diminuem desde o dia em que muitas pessOas resolveram compensar assim a injuria feita a Deus. E' que o demonio vè que perde quando uma blasphemla vae suscilar muitos actos de ttmor. Ora o demonio que é tendeiro, digo, bom negociante, nao esla para perder.

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da CaranRuejeira, declarou no dia

As appariçoes de Lourdes

.24 d'é.ibril ultimo, n t presença dos Rev. Priores da Barreira e das C6rtes, que sua mulher Rosaria de Jesus tivera durante trez semanas urn 1U• m6r em um pé e- temendo ter de recorrer inlervencao cirurgiça; lavou, a conselho dc urna yi~1l111a, a parte doente com agua da Patima e i.lentr~ de trez dias estava compietamente . curacla, de que todos fiéaram ad~iradas po,s esperaviin que padec1mento dur&sse dot ou trez mezes.

IV

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• ... Sr. Director da VOZ DA FATIMA. Reconhecidarnente :l{!radeço o favor de publicar na VOZ DA FATIMA o ·seguinte: ,"1aria do Carmo, de 30 mezes de edade, filha de Bernardino Correia e de Eugenia c1e Jezus - residentes em Carvalhal d' Aroeira, Concei ho de Torres Novas, adoeceu no dia 12 de Julho, com um tifo, peorando dia a dia, achando· se quasi moribunda no diii 18. Os Av6s, venJo sua netìnha a morrer, neste meEmo dia (18) recorreram à valiosa Proteçào de Nossa Senhora da Fatima a quem fizeram varias promessas, e eis que no dia 20 de manhà encontram a creança milagrosamente quasi boa, podendo ja tornar um caldo de farinha assentada na cama I Graças ao valioso auxilio de nossa Senhora da Fatima, a creança melhorou consideravelmente, encontrando-se no dia 22 ja completamente bOa embora um pouco fraquinha I De V. etc.

Domineos Fra11clsco Carvalbaf, 24 de Julho de 1923

Ouando se ouve blasphemar

ou praguejar Urna pratlca que' n!o é òòva mas que esh\ pouco espalhada, sendo contudo muito eficaz para reparar e fazer. cessar a blasphemla e pragaa, >Consiste em fazer um acto de amor de Deus quando ouvimos na rua ou .(}Ualquer outra parte o nome de Deus proferldo grosseiramente. Um grande numero de vezes 110 os trabalhadores, os humildès, os que sofrem, qù'e insullain aquele que é o ieu melhor amigo. Rezemos por estes pobres cegos: ofereçamos por,· elles um aclo de amòr. Obteremos assim dois resultados. O primeiro sera reparar imediatamente por urna homenagem contraria, o ultrage feito magestade infinita. O ~egundo é fazer cessar estes grandes

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to dias uns parches de agua quente pelo tempo de seis horas. A doente nada disto fez. Tendose confessado e comungado come.çou urna novena a N. Senhora do Rosario da Fatima e tomou meia colber . das de ché, d'agua da Fatima. Senttu nesta occasiào o corpo corno que dormente e d'ahi a dias estava curada.

A creança nòo ·sabia · quetn era. aquelii Senhora, 11Ias, se tivessc urna intelliE?encia mr1is viva e penetrante, te-16-,a <tdivìnhado.an ref\ectir nessa simples r,artfculartdade. Com <·ffeito Mana Santissima nào podia recitar ~nao i!S ultimas palavras de todas as ora(oes do t erço e por isso 111o univa com Bèrn adelle. O Padre Nosso é a oraçao dn terra ao Pae que esta no Ceu ; Maria Santissima nào devia, pois, reza -la, ella que ja nào é da terra e que ji nac, tem nada a pedir, porque possue a plenitude da felicidade. A A vi-Maria glorifica-a, nao convinha porlanto, que ella propria repelisse as palavras do Anjo e de Santa lzabel tào lisongeiras para si, nem tào pouco aquellas cm que a Egreja a proclama Mfie de Deus e d1~pensadora de tooas as graças cagora e na hora da morie.• Se conservava o terço • no seu braço direito,. era paro anirnJr a creança, torna- la feliz com o seu olhar que traduzia ineffavelmente urna approvaçào e nào para dizer, ella que esta no Ceu, as palavras da terra, nem para se engrandecer a si propria. Mas o seu rosto transfigurava-se no firn de cada dezena quando repetia com Bernadette o Olo,ia Patri, que é o cantico do reconhecimento e da adoraçào, o cantico da eternidade. Quando acabon a recitaçao do terço, a Senhora tornou a entrar no In• terior do rochedo e a nuvem de ouro desappareceu com eia. A creança trazia consigo o terço, sem o que nào terla sido objecto desse celeste favor. Deixou-se ficar por muito tempo no logar onde tinha gozado de uma vlsAo t4o delìciosa, ja nào via nada e comtudo olhava sempre, de joelhos com os olhos fixos na abertura escura que alnda havia pouco era tào branca, tao gloriosa.- Joanna Abbadie e Maria voltaram entào, depois de terem percorrldo as margens do , Oave em busca de lénha, e. quando

a viram de joelhos, troçaram della, d1riglndo· lhe palavras desagradaveis. Perguntaram lhe se queria acompanM-las ou se P.referia ientregar-se a pritìcas de beata falsa. Ella tomou imediatamente urna resoluçào: ir ao Beu encontro atravessando o ribeiro afim de nào parecer que se separava dellas, 1 embora dessa forma corresse o risco de ter frio, Era um pensamento de caridade que a guiava. Entrou, pois, nn agua e ~eotiu-a ,morna corno a agua de lavar a lou-

ça.11

.,

- Nào havia razao para gritardes

tanto, disse ella, diriglndo-se b suat duas companbeiras, emquanto enxu• gava os pés i - a agua do canal nlo esU tào fria corno a julgavels. - E's muito feliz, responderam ellas, se nllo a achas fria; em 061 essa agua produziu outro effeito. Atam em feixes os ramos seccos e cavacos que tinham juntado e s6bem a rampa de Massabielle para retoma• rem o caminho da floresta e voltarem ~ cidade. Bernadette esla toda dnmlnada pela appariçào, parece- lhe estar a -la de novo, nào pode desviar della o seu pensamento e comtudo preferia calac-se. Mas nàv rMe ileix r de fazer sta pergunta comp àti~ iras: - N§o notastes nada 11a Qrt!la? - 1 ào, '1izem eflas, 1n-is porque nos p~rgunlas is~o? ' - Por nada ! accrescenta ella, affectan llo in6iffcrença. Nào conseguiu, porém, c1ominar por muII0 tempo a comtt10(ào e guardar o seu doce sèprédo. t\ntes de ,, .che::I: gar a casa approxIma-se d e sua irmc:a. e confia-lho ao ou vido sob a prq_messa de nào dizer nada. Mas tooa a tarde pensri n:i f,Hmosa Senhora, na felicidade 1neffavel que experimentava em ve -In corno no Ceu os santos v~em a Dl'us. E oa verdade ella tinha sido fitvorecida com a graça de um extase. Depois da ceia frugai, recHou -se, como sucedia todos os dias, a oraçào Ila nol• te em familia. Falando tle Deus, re• zando A Santissima Virgem, a lt>m• brança da appariçiio voltou lhe mais viva, com aquella angustia que aperta o coraç.'io ao pensarmos numa pessOa que amamos ardentemente e que acaba de nos deixu. Ella perturbouse e poz-se a chorar. - Que é que tu tens? perguntou· lhe a mae. Maria responde11 t'm seu lugar e, como as explicaçòes que forneceu eram incompletas, ella propria as deu minuciosamente, descrevendo a sua felicidade, corno a appari· ' çAo lhe tinha sorrido e feito s11;!nal para que es1ivesse tranquilla e c,,n. tente e com que fervor havia recitado o seu terço, de joelhos, separada della pelo pequeno ribeiro. - Sao illusOes, disse-lhe a mlle. por sua vez tambern inquieta e perturbada. Afasta todas essas ideias da tua cabeça e sobretudo nào voltes a Massa bielle. • e N6s fomos deitar-nos, contog mais tarde a vidente, mas eu nào pu·de dormir. A figura tào bOa e uto gracloaa da Senbora voltava- me sem cessar 4 m'!moria e, por mais que me . lembrasse do que mtnha mile tinha' dito - que eram illusOes, nìo podfa • crer que me fivesse enganado.• Como podla ella illudir-se? _ N!o tlnha jt1lgado ver: , tinha visto. A Santissima Virgem fiavl~-~e BP.O-. derado completamente 1 da sua alm..!, can.dlda e recfa com othar para ella e fazendo um aceno de approva• çllo com a cabeça, quando puxo·~ pelo seu terço. _ A vtdente revla a lncomparavel Senh<m1, que a contempli:lva qu<in,1/, et1 la rt·zava, sem rezar com cl111, ex e-1 pto a,1 Ot ,ria. Patri. l~ecor ,rtv3 se I.la mnil,1 .:iuc ti11htt e~1u,111:cdJ s,,t, o pé uc vento, e nao pensavi.i 11èm

ve·

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-

11a sarça ardente, nem n& vento de Pentecoste8, estando U1i, pouco lns• truida nestes mysterios, mas a imagem e-splendida desta Senhora t~o 1'ela no meio da sua nuvem de ouro impunha-se sun alma que tinha ficado Immersa no deslumbramento do extase. Esta Senhòra, porém, olio lhe tinha dito nada. Quern era ella? Bernadette nem ~equer o perguntava a si propria, loda entregue como es~ava a sua felicidade e convencida de que sendo tào bella, tilo attraente, nao podia deixar de ser absolutamente bOa.

a

V. deM.

Dia 13 de Ontnbre de 1917 Depois da appariç/IfJ, ds 7 horas da noite, em casa da faml/ia do Francisco e da ]acinta interrogatorio da Lucia -Nossa Senhora tornou a apare-

cer hoje na Cova da Iria? -Tornou. -Estava vestida corno das outras

vezes? -Estava vestida do mesmo modo. -Apareceram tambem S. José e o Menino Jesus? -Apareceram. -Apareceu mais alguem? -Appareceu tambun Nosso Senhor abençoando o povo e a Senhora de dois t1aipes. -Que que,e~ dizer com isso - A Senhora de dois uaipes? -Apparereu a Senhorn vestlda corno a Senhora das OOres, mas sem e6pada no pelto, e a senhora vestida, nilo sti corno, mas parece me que era a Senhora do Carmo. -Vleram lodos ao mcsmo tempo, nilo é verdade l -Nào; p11111riro vi a Senhora do Rosari o, S. José e o .Menino, depoi~ a Senhora d ,1s Dòres e por fim a Senhora que mc pareceu ser a ::,enhora do Carmo. -O meniuo Jesus tstava em pé ao collo di! S. José? -Estava ao rollo de S. ) osé. -O Menino era crescido? -Era pequenino. - Que idade parecia ter?

ou

-Era para a/Ji de um ano. -Porque ùisseste que a Senhora, urna das vezes, te pareceu estar vestida como a Se:ihora do Carrno? -Porquu tinha umas cousas na mno. - Appareceram por cima da car-

rasqueira? - Nlo i appareceram ao pé do sol,

depola de ter desapareclde ra dc pt da carrasqueira.

a Senho-

-

Nossa Senhor estava em pé? S6 o vi da cintura para cima. Quanto tempo durou a apparlçlo na carrasquelr!l? O suflclente para rezar o terço!? r - Nilo chegava, parece-me. - E no sol as fiauras que viste de· moraram-se multo tempo? -Pouco tempo. -A Senhora disse-te quem era? - Disse que era a Senhora do Ro-

11do.

- Perguntaste-lhe o que querla? -Perguntel.

- E o que dlue Ella?

- Disse que se emenda~se a gente, que nao offendesse a Nosso Senhor, que estava muito offendidò, que rezasse o terço e pedisse a Nosso Senhor perdllo dos nossbs pecados, que a guerra ac3baria hoje e que esperassemos os nossos solda- • e! ::>s muito breve. - Disse mais alguma coisa? - Disse tambem que queria que lhc.dizeisem uma capella na Cova da Iria. - Com que dinheiro se ha-de edificar a capellu? - Julgo que com o que la se juntar. - Disse alguma coisa a respeito dos nossos solJados mertos na

guerra? - Nao fallou u'elles. - Disse- te que avisasses o povo para que olhasse para o sol? - Nào Glisse. - Disse que queria que o povo fizesse penitencla?

-Disse. - Empre~ou a patavra penitencia? -Nilo. Disse que resassemos o terço e nos emendassemos dos nossos pecados e pedissemos perdào a Nosso Senhor, mas nao falou em penitencia. -Quando foi que começou o signal no sol? Foi depo,s da Senhora desapparecer?

-Foi. -Viste vir a Senhora? -Vi. - D'onde vinha Ella? -Do nascente. -E das outras vezes? - Das mais vezes nào olhei. - Viste-la ir-se embora? -Vi. -Para onde? -Para o nascente. -Como dcsanareceu? - Pouco a pouco. -O quc dl!sopareceu primeiro? -Foi a cabci;u. Oepois o corpo. A ultima coui;ia que vi roram e•~ pés. -Quand,> se fai cmbora, ia recuando ou voltou as cost.is ao povo? - Ja com as costas voltadas para o povo. -Levou muito tempo a desapparecer? -Oostou pouco tempQ. -Estava envolvida it'algum clarào? -Veio no meio de um resplendor. O'esta vez lamb'èm ce ava. De quando em vet tinlla ile esfregar os olhos. -Nossa Sentiora tornara a appa-

a

- Dlase hoje que era Senltofa do Roaario. Disse que querla que fOsse I~ muita gente de toda a parte? - Nao mandou la ir ninguem. " - Viste os signaes no sol? - Vi. VI-o andar roda. • - Viste tambem signaes na carJ ral>queira? ,_ Nlio vi. - Quando era a Senhora mais bonita, u'esta ou das outras vezes ? -O mesmo. j - Até onde lhe descia o vestido? - Até mais baixo que o meio da perna. - De que cOr era o vestido de Nossa Senhora ao pé do sol? - O manto era azul e o vestido branco. - E o de nosso Senbor, de S. )osé e do Menino? - O de S. José era encarnado e o de Nosso Senhor e do Menino penso que tambem eram encamados. - Quando foi que perguntaste Senhora o que é que fazia para que o povo acreditasse que era Ella que te apparecla? - Perguntei- lhe umas poucas de vezes; a primeira vez que perguntei cuido que foi em Junho. - Quando te disse o segredo? - Parece-me que foi da eegunda

a

a

-------·-----

vez.

Voz da Fatima Oespezas Transporte ..•..•..•. 3:757:820 120:000 lm pressao do n.0 10 .. , . 36:000 Outras despezas..•••..

Subeorip9ilo (Continuaçiio)

O. Maria Amalia de Mendonça f atcào •••..••• P.' Antonio Correia ferreira da Motta .....•..• Justiniano da Luz Fuze!a .. O. Zulmira de Jesus Stiva • Or. Joao de Passos de Souza Canavarro .•••.•.• D. Maria Augusta Ribeiro • D. Anna Frazao Telhada .. D. Teresa Leal Barros frazao ••. .•• .• • .••.•• P.c Antonio Lulz Carneiro da Silva . .••••• , •••• D. Maria dos Anjos de Ma-.,

10:000 20:000 10:000 10:000 20:000 10:000 10:000

10:0IJO 10:000

tos •.....•. · • • · · .. • I0:000 10:000

Rosaria Saldida ...• , •.. O. Maria Ml rtlns Pr-oeoça

10:000

recer?

-NAo faço conta que torne a apparecer, nào me disse nada.

-Nao tens tençao de voltar a Cova da I ria no dia 13? -Nilo tenho. - A Senhora n4o farli mais milagres? NAo curar A enfermos? -Nào sei.

- NAo lhe fizeste nenhun, pedido ? - Eu dlsse·lbe hoje que tinha varlos pedidos a despachar e Ella disse que despachava uns. outros nao. - Nao dtsse quando os despa· chava? -NAo disse. - Sob que invocaçlio querla que ae liusse a capdla na Cova da lria 1

ra. • • • • • • . • • . • • · • •

O. Maria Paes Morelra •.• O. Maria Magdalena de LIma e Lemos ••••••••• O. Margarlda Sllva do Nas· clmeato • , ••••••••••

10:000 ,

10:009


AnoI

N.• 19'

de ioga

LEJRI.A•

-

J

(COM AJ>ROVAçAO ECLESIASTIOA) Dtrec'tor. Proprietario e Editor

DOUTOR MANUEL MAHQUES DOS ~ANTOS C.omposto e 1mrres~o na Jmrrensa Comerc111l, Il Sé -

Lr,na

Admlni111tradors PADRE M. PEREIRA DA SJLVA u:oAcçAo E ADMtNJSTllAçl.o RUA D. N'UNO ALVARES PERE:I:R.A.

lo

a

berculose.

Ml.DIO DI: SANTA MARIA)

tros medlcos e a confirmaçao do tempo para darmos oportunarnente aos nossos leitores um rel,:1to mais preciso e mais completo deste caso tào interessante. ]unto da fonte estào centeoas de pessOas bebeAdo agua e enchendo com ella varlos reciplentes. Oistribuem-se gratuitamente alguns milhsres de exemptares da e VOZ DA FATIMA•. Sao quatro horas da tarde. 0s peregrlnos vao retirando pouco a pouco para os seus lares distantes. Uma hora depols, no tocai das appariçOes apenas se v~<'m atguns raròs devotos rezando tranqulla e piedosamente deante da imagem da Virgem do Rosario VJSCONOE DE MONTELLO

13 DE AGOSTO Mais urna vez, na manha do dia 13 de Agosto nos puzemos a camlnbo de Fatima, arravez da serra d' i\yce. O dia era um alegre e formoso dta de verào, sem urna nuvem a embaciar o azul purissimo do ceu, mcts a atmosfera, aquecida a urna ali:, tt'lllJWratura por um sol &brasad'lr, a,tt l!uhava a respiraçào e fazia tra11'¼pi1ar copiosantenfe pes!>Oas-- e animni~. As c11pas das arvores da mon ta11ha estavam numa imobilidade abst,luta, nào se Hndo bulir sequer uma folha. Pela e1,frada, longa e ingrerne, encontravamos de vez em quandu grupm, de peregrinos a pé ou a cavalo. Ao meio dia e mela hora cheg&mos ao locai das appariçòes. ApE>. at do calor excesslvo que fazia, a mullidao que tte aglomerava em torno da capela era enorme. Excedia a do mez anterlor e podla ser avali~da sem exaggero em quatro mii almas. A missa das nove lloras tinha sido celebrada peto rev. Pereira Oens, parocho de Ourem. A missa do melo dia foi rezada pelo rev. Manoet Vicente Caetano, paroetio das Lapas. As lnvocaçOe& do costume f6ram feitas pelo rev. dr. Mano1.;I Marques dos Saotos, professor oo Seminario de Leiria. Foi distribuida a sagrada commuohao a grande numero de fieis. ., Dcpois da missa cantou-se o Tantµm ergo e deu-se a bençao com o S~nltssimo. Seguiu-se o sermllo que f(H prégado ptlo rev. dr. Antonio Valente dd Ponseca abl:5ade 1Ie Cedofeita, na cidade P.or o. Fattou mais ue nteia hora sobre as gtorias e prerògatavas da Santissima Vlrgem, encarecèndo as vantagens <ia" devoçllo para com Ella. Muitos òoentes assistiram missa e receoeram a bençào. No regresso slguns delles d_lzi:.im sentir alivios dos seus padec1mentos. Durante a missa, chamava a attençao dQs peregrìnos pelo ·seu extraordinario emmagreclmento e pela sua palldez cadaverica urna senhora ainda nova, cuja docnça os medlcos tinham diagnostlcado dt: tu-

(BIUTO

T,n~o comtçad > a puhhcar-~e JP,b os au,picios J'e11c eximio porlUfluci, mod~lo d~ patriota e de Santo, é ainù11, com os olhus n. ,ua l>an.Jeira, no stu exomplo, na devo~iio e No~'ia Senhora flUc? a Vo; da Fàtim11 linda o primt:iro anno, di ,posta a enlr11r antrcpiJaroente no aegundo.

Esta senbora depojs da beoçfto do Santissimo, jA nào parecfa a mesma pessOa, dando aos que a acompanhavam u impressao de ter passado subHameu1e por urna transformaçao fellz e maravllhosa. Encontr~mo, ta no i:louringo seguinte e nào puc).tmos conttr urna txclamaçào de surpreza ao vé-la tào d,h:rt!nte do gue era, cb1n m ttspech• excele,~te, r9t,lp nur,idorei luvement~ c6rado, em o ar dc can_aço e ,1bat1me11to gu~ antei1mmen1e manlfe!>lava. Se~u11do nos declamu, senria-se btm \1ispo~ta, dormi a nocmalmente toc1as &s noites e tornava as suas rt:feÌçOes coni bastante appetite, ao contrario do que 1tucedia antes da sua ida a Fatima. l'frata-se ape11as de alhvio!ll P.a~sageiro& ou de urna cura definitiva? Sabemos que um medico distincto, que c,bservou attentament~ a enrerma de• pois do seu regre:,so de f .i1ima, nào lhe encontrou simptomas da antiga doença. Aguardamos o parecer dou-

Sendo o dia 19 .:lo corrente dedicado pela 11:grl'ja Catoilca ao culto de S. Januario, 0<1turaJ dc Napolc:s, Bispo dc Benevcnte em Italia, nao vcm t6ra de proposito refcrir aqui, neste

m~, o milagre que todos os annos

em Napoles se repcte duas vezt:S em prei,ença de milhares de pe5soa~, e que todos podcm verifìcnr. S. Janu11rio dcpois Jo seu martirio foi se-

pultado em PozzuoH., Conser;vam,se

desJe entao duas retlomns com rf'liquias sua~. Urna grande, redonda, contenao cerca dc--;onça e mcia de urt111 su~tancia e:.cura e conglllada scmclhantc 10 &lingue scco, descolèldo 1 enchcndo dois terços do vaso. A outrJt mcoor, ovai, com dois pequenos • corro~ quc parecem pequenas pqrçoes dc terra u csponja eml>ebida no saogu~ do martyr. €om c&fa segunda rcdoma nuoca se deu o milagrc. Urna picdosa mulher ~ue conservava esse san~uc, recolhidò pelos scus parentcs no mcsmo dia Jo martyrio, aò passar diante da casa della a procis!>aO quc traosportav.1 o corpo de S. Januario de Pozzuoli a Napoles, pelo fim do quorto scculo, otli:nccu ao

B1spo D.,Sev~rn o singuè d6 mortyr. E, no npprox1m,1r-se i.io co ·po, o san-

.

aue liqucfez-se repentinamente.


·-

b

Foi a primeira 'fez que se realiz:ou o milagre. Em 1086 a fama do milagre da Ji. quefacçao do sangue ja andna espalhdda por toda a parte. I ntre muitos outros, Ea~as S1l'fio Picc"Jnmini, depois Pio II, em 1-4-50 Joao 8.tptista Fulgoaio, doge de Gen~ v.i, cm 1478, Roberto Gaguin, cm I 495, dao noucia do mli agre. r.m 1;08,

n• re1oado de Carlos I[

<le Anjou, u reJomas fonun herme• ticamt.nte fcchaJas, sdladaa e coll<,ea. das nu111a cup:-uli.l dc:: prata. Todos os anos, a 19 dc sctembro e na 1 • dominga de maio, di~s do martyno e da tni:1lad<1çao das reliquias, o sarrguc torn.1 a liqucfazer-sc, Yerii. canJo-se o milagrc cm todos os diu d~s 01ca,as. O sangue ora cresce, ora d1m1nue, ora fc:rvc, ora f6rma muita cspuma. l•.i5, corno conta o facto o insuspe1to A kx,rndrc Dumas nas suas . vas lmpressoes de Vi11gem.: « A p1 IUlt.11 u cousa q uc: fìzcmos foi irmo!S ajodhar, e foi-nos apresentada u_ma cedoma, quc bdjamos, e depois 4,

No-

v11110::i o sangue secco e pegado

redes

as pa-

Tinha-sc realizado o milagre. To<los st pr, ci pi tam para o altar, e ncSs -'=Om os outros De noyo nos foi apresentada a redoma para beijar, mas, de coalhado quc esta.a antes, o sangue ti nhJ•se derrt:tido completamente. Era a mesma redoma, o padre nio a ti1.11ha seijurado senio para dal-a a beij~r a oum~s, e ninguem a _!10ba perdtdo de YJsta. A IJquef.cçao realizara-se no momento em que a redoma estava sohrc o altar e emquanto o padre, a uns dez passos della, se oc• cupava cm acalmar o tumulto. Emqutrnto a duvida ergue a cabt!ça para negar, e a sciencia a voz para cootradizer, t:is o que ha, cis o que se fat, ~m r!)i!>terio, sem trocas, sem su~ t1tu1çoi:s, els o que se executa a Yista de toJos. A philosoia do secule

a chimica moderna perdcram alli seus argumtntos. St. se pretende

i:

-que isso seja um segredo dos conegos do thesouro, conserndo dwe o quarto scculo até no.~, respondefflOft que i~ nio é possi,cl: antes, tal tìdelidade em manter o tegredo seria IDclis pom:ntosa do que o mee-

mo militgru. No cotanto continuara a hner al• mai que fecham os olhos Il eviden• eia e continuem a nio crcr na di· 'Vindttde da religiio Catholica.

Que oao se posaa repetir emquanto ~ n<Ss o <\ue dii o Evange!ho na parabola do neo avarento q~ la do 1ofer~o, ee<fia !1m milagre para quc 9eUs 1rmao9 nao f&sem ter aquele logar de tormentos: U tcem os sa• cerdotes e os propbetas. Se oe nio cr@em tambem nio acreditarao num morto resuscttado. O Cardial Arceblepo de Boston

impoz a todos os sacerdotes q•e todas as famillas cathoUcas asaigaem um jornal catholico. Disse o Cardlal de Bc,stnn: é tao necessario como uma egrejlJ. A sua mais larga propagan-

da é tanto o dever de cada sacerdote corno o é de crear escolas e man· te-fas. Ambas as cousas sao para o

mesm,, fim: a ,propagaçao e defesa das maxunas e principio& cathellcoa.

Vos da F6tb11a

euras d8 f atima-- --

me sempre presentes na memorta. Pouco a pouco acHtumel-me a ouvi las no fundo do coraçao. Pareceram-me maia tarde d0c~s e leves de tal maneira que me puz .i re.zar o terco. Hoje creio, iou feliz na minha fé e pratico com prazer os d · vere, da ,, reli~IJo . E' a eata devoçao para com Maria que eu devo a mrnha conversào•.

Zepll1rlno Rodrigue,, do logar da Eatrada, freeuezia da Athouiuia da Balela, tinha urna peroa em e1tado deploravel. 01 dr1. Farla e Leal, da Lourinhà, cJae1ar1m a falar na nece11ldade de lh'a amputar. Oepola ·da applicaçao de um parche de •eua com terra de Palima, a perna appareceu curada dum dia para o outro. -Jn••lna d1 J11ua Patrlcla, de 70 anoa de edade, cuada com Joaqulm Francisco Barbtlro, do logar da Cbainça, freguezia de Santa Catarina da Serra, tioha deade creanca uma feriqa de cuacter herpefìco, que realatia a todoa os remedios. Conaul:ou debalde varioi mf>d1coi- e, por cooselho deares, tomou algumas veie1 os banhos da Azeuhit, perto da eataçiio da Amieira, aem experi atentar melhoras, antes sgravando se o mal cada vez mais. O marido <1 fh cto por ver a mulher em eatado rao lamentavel, lembrou-se de recorrer a No11a Senhora de Fatima, o que fez com a mais viva fé e profunda confiança, e, tendo ido ;io locai ctas apparlçOes, trouxe de la urna pouca de terra que misturnu com agua. .\ mulher poi a mistura urna vez so iobre a ferida e a perna ficou logo inatsntaneamente curada. lolé Francisco Barb,lro, filho de Joaquim Francisco Barbelro, do loear da Chainc;a, fregut-zia ne Sant1t Catharina da Serra, ~orna de ft'brt's e aoltura de ventre havia cinco me-

zea sem encontrar rernedio na medi clna a que por varias vezes recnrrt'u. Tendo perdldo toda él co11fia11ça nu~ recuraos humanos, vollou ~e p,1r.t

No11a Senhora de Faumd, pmmctendo, assim com o a l(U/l f ,oniha, que 1e ella tosse servida cura-lo, lriam todoe em procl111lo, reiando o rosario, de aua casa até i Cova da Irta, distante cinco quilometroa, e. logo

que principiaBSem os trabalhos para

a conatruçlo

do Sanctuarlo projecpae e seua quatro filhos preatariam a 1ua cooperaçio durante u111 dia nesaes trabalho1. Depois tado, o

deHa promeH1 começou a sentlr-1e meibor e hoje eata completamente curado.

Um rico rroprietarlo afaatado das pratica& crlstls, f6ra convldado para J•ntar em urna reunlao de edeliasU-

cos.

Durante a refelçlo velo a falar-te de reltglAo. Este homem aproveltou a oca1i10 para fazer aos coavivas esta franca mas lastimavel cooftsslo: -Eu quererla ter fé, dlase elle, mu

oem crele nem poaso crer. -Pois bem, reze o terço. Tres anoa mais tarde este sacerdo-

te recebeu

a 1egulnte carta: • Lembra-se que ha tres anos numa sociedade de eclesiastlcos de que fa. zleis parte, eu disse que nllo tlnba M e tlnba pena de a nào ter? v. rev ... deu-me esta resposta: cPols bem, reze o terço. Eatas palavras: reze o terço qtte eu entAo achei descabidas, estava111-

As app ,• iço ~s de Ltmrdes V

Se,-and11 appariçào: Domiflf!O 16 de Fevertlro - A auaa Bema •

f

cEu nào pude do, mir, dizia Bernadette. E no iHa .eguinte, sexta feira. 12 de feverriro, urna lristeza profunda ae apoue ruu eta sua alma. Tlnha comtemphdo o ceu e achava- se

a~ora sobre a terra. A mtk, que a vIu chela de rntlancholia, t'Xtremamente preocup,t1ta, numa atltude de 1,trande t110fr1m"nto intimo, chamou-a de parte e tenn,u ccrnvencè la de 411e tinha l'ido (ibjt>cto de u1n--t es• pecie de allul·in11çào 011, lmbora se tratasse de umd v1sào verdadeira havia toda a rasào para a conside: rar suspeita, porque Satanaz transfigura-se mul!as vezes em anjo de luz. Em confirmaçào desta doutrina contou muitas scenas de que as rochas de Massabielle haviam sidotheatro. Bernadt!tte nao respondla~

maa é cla,o que nao se dava por convencida. Nilo, aquela sarça agitada pelo vento, aquela ouvtm de ouro, aquela &enhnra nào eram illusoes_ Tinha visto brm. - Oiziana-lhe que era talvez uma victimo de urna illul>SO do demonio. Como seria possivel? I Essa l'ìenhora sorridente, tlo pledosa, tendo nas màos um terço de contas brancatJ, repetindo com os seus olhoa ctle11es dirlgidos para o alto o Olorl• Patri, nlo havia de ser senào Satanaz? I Na pobre menioa tudo repugnava a esta ldeia. Satanaz é o pae da mentira; ha aempre nelle o que quer que seja de antlpathlco, pois traz em si o sello da maldlçAo eterna. Sem duvida nAo era o demonio que ella tlnha vlatonaquella apparlçAo em que tudo era para a !nocente m~nlna belleza,. harmonia e bondade. Por isso o st>u d.-sejo era voltar l Oruta;

ella Insinuava-o, mas

nlo <>IP

Hva precisar a aua vontade. A mie fingla nlo compreender nada e11 mostrava-ee 1b1olutameotP. cootraria a e11e projecto. A 1cxta-fella

e o sabbado p11saram-se neatas aprehen~,

oestas perplexldadeL

No Domingo, 24 de Peverelr4iJ, uma voz lnterior, ao mesmo tempo sua~ e poderosa, dlzia-lhe:

-•Volta a Massabielle f• Nio ousando fallar oisso a aua mie, ella abrlu-se com sua lrmA Maria. Esta expoz o desejo de Bernadette A mie que respond~u com uma recusa formai e categorica. Joana Abadie velo em auxlllo daa duas lrmb e lnslstlu. A mae perseverou inabalavel na sua obstinaçAo. Estava arrependida de ter detxado sahlr a filha na quinta-

felra anterior, nao queria exp0-1~ a novas e perigosas commoç0es.


Entretanto a vlzAo cbamava sempre a creança. De repente a aeohota Soubirou se1tlu•se lmpellda para outra ordem de Jdelaa. Talvez f0111e melhor deixar ir Bernadette. Ella ~om oerteza nAo verta Qada mala e voltarla <Jesen:1nad1, ao p1110 que, se fiCtise, conseryarla a obaetllo do teu sonho. Continuando II raparlauinhas a lasistlr com ella, reapondeu- lhes com vi,acidade e num to111 de impilciencia afim de disfuçar o .seu proprio embaraço: -Poia bem I v!o-se t! e nlo me 41uebrem mais a c,beça. Eatejam de volta, o mais tardar, a bora daa vesperas; sooao, ja sabem o que aa espera. Se Bernadette tinha estado calada, sua irma Marìa havla fallado. Por isao no domin20 de manhll urna ,duzia de 111eoioas, cntre as quais Joana Abadie e Marta Hlllot, tlnhamJhe drto: ~e ror permitldo a Berna.dette voltar a Massabielle, acompallhA· 1:\- hemos I Concedida a desejada liceaça, Bernadette ve!te-se pressa, mas nào é de modo nenhum no seu vestuario que ella penaa. A .mìsterio~a aenhora da Oruta perpassa pela sua imaglnaçAo e a feliz menina antegoza a11 alegrias desta se1uoda e deliciosa entrevlata. Todavla ocorrem-lhe de novo as palavras de sua mlie: Se fOsse o demonio ? f "Ella comunicou as suas ancledades as suas j uvens companhelras que lhe respondem: - Pois bem I 1c fOr o demonio, deitar-lhe-i1 agua benta e elle fugira t Dirige-se, poia, ~ egr~j•, enche um frasquinho oa pia da 4eua benta ~ entrega- o a Maria Hclllot. Oepois, cheia de conflança, par.te com Maria ~ cinco ou seis menloa,, emquanto Joana Abadie espera para ,e pOr em marcha que as suas outras companbeiras tenham acabado dc fazer a

a

Joiktte. Com o primetro grupo retoma o camiobo de quinta-fetra, alcança a Porta Velha e segue pela estrada <la floresta. Descem depols até Mas~abiele. Bernadette cbega ao pé da gruta do lado diretto, em frente da sarça, olha para cima e multo commovida, sobretudo multo alegte, exdama com urna ,oz que e fellcldade dc que esh\ possulda faz estreme-

(:er: -U esté ella I ••• U est, ella I •••

Maria Helllot aproxlma-ae de Bernadette, entrega-lbe o ftasce que tlnha levado conslgo e dlz-lhe: Depressa, detta-lhe agua benta t A creaoça obedece, atlra com lor~ a agua beuta na dlrecçlo da sar4-a e radiante exclama! -Ella Dio se mostra descontente, pelo contra,lo aprova com a cabeça e, sorrl para n6s todas I Nestas palavraa de urna simpllcldade 11dmlravel e commovente vibra um accento de verdade tao augestivo que oem ama so das q11e se acham presentee duvlda de que ella -esteja vendo a Senhora. Muito im• pressionadas e satlafeltas de que a visao Jhes sorrla, pOem-se de joelhos em bemi-clrculo em volta da vidente. D'ahi a poucos momentos Berna.dette entra vislvelruente em extase. Os seus .olioa es1~0 ardenjemen-

te ftxos na ogiva negra por cima das ro1eiraa que o inverno despojou da sua verdura; ellet v~m o que quer que seja que 01 dcleita immenso, porque ella eatt immovcl corno se Ji oao pertencc11e a terra, e na sua testa, em todas u suas feiçOe1, dlsttncue-ae o reDexo vivo duma luz invlaivel que u ilumina. Ja nao ~ uma filha da terra, maa sim um anjo que estA resando. As donzellaa de joelhoa, nlo dlvlsando nada por cima da aarça onde a plcdosa vidente comtempla cousaa tlo bellas, volvem os aeus olhare1 para ella e, vendo-a tao calma, no seu tranqoillo esplendor, com o atu roato iosplrado, o 11eu olhar arrcbatado fixo num ponto radioso que a atrahe corno um imam com urna exprcsaao de felicidade ao2ellca, sao dominadas pelas cmoçOe1 mais dlversas. Umas estfio cheias de terror, as outras choram ou prorompem em soluços e urna delas pronuncia esestas palavras entre lagrimas: -Oh t se Bernadette f011e morrer f Era a palavra dos judeu11 ao pé do alnal pedlodo que Oeu1 oAo se lhea mostrasse, com receio dc que essa vista os fizesse morrer. Ne88e momento urna pedra arremessada ·do alto da collina bate na rocha d'onde salta para o Oave. A1 donzellas nssustadas fo2em chciaa de terror e tornam a subir a enc()jf• ta pedregoza, soltando gritos de angustia. Por cima ellas avlstam, na estrada da floresta. Joana A badie e as suas cootpanhelras qut- acabavam cte checar, bath1m as palmu e rlam a bandeira, det1pre,zadas dc, auato que tlnham pregac1o és SUH amigas do primeiro grupo. Bernadette continuava a sua contemplaçao; nAo tlnha perct>bìdo cousa alguma do que se p1111ava. (Continua)

V•

.ae

M.

O pecado «Ofende-se tanto a Deus. dizla o santo cura d'Ars, que 1eriamo1 tentados a pedlr o ftm do mundo. Se nio bouvesse por uma parte e por outra algumas almas bòas para repousar o coraçAo e consolar os olhos de tanto mal que se v~ e ouve, nAo podla a gente aturar-se nesta vlda.

................................

Mor.ro de nausea nesta pobre terra; mloba alma est4 em triateza mortai. Os meu1 ouvido1 86 011vem coisaa peoosas e que me amarguram

o coraçlo.

................................

Em que passa elle (o sacerdote) a ylda? Em vér a Deus ofendldo. Sempre o seu santo nome btaspheRJado t sempre os seus mandamentos vlolados t Sempre o seu amor ultrajado t O padre nao v~ senio isto ••• Est! sempre com S. Pedro no pretorio de Pl1atos, tem sempre deante dos seus olhos nosso Senhor insultado, desprezado, escarnecldo, coberto de oprobrios. U ns cospem-lhe oo rosto, outros dào-lhe bofetadas •••

Ila de lenge ... «Cathollc Ml11sion, Shiuhlng (West Rl,er), China, 29 de Ju11ho de H~23.

Ex.•• e Rev.•0 Sr. Blspo: A ovelhioha que hoje de longc, 111u1to looge, fata ao seu Pa/;for, é tambcm do redll de V. Ex.• Rev.•11• Pertence, com cldto, a restituida Dioceae de Leiria, o ob~curo m111sionarlo da China, que h1 ji>, cA dn extrtnao oriente, toma a liberdad~ de escrever a V. Ex• Rev ••. Quantaa saudades con-.ervo ainda de NoiSa Scnhora da Ajuda, VCRtrada na Pusa1em (Yieira), 11 sl,mbra de cujo Sanctuarlo eu passei os primeiros aonos da mlnha i11fancia I Quantas aaudades ainda da linda cidade de Leiria e irbretudo do devotiSBimo Sancruario de Nossa Senhora da Encarnaç!IQ, que eu tantas vezea viaitei, quando em Leiria preparando 01 meua primeiros exames para entrar no Seminario I E com quanta consola~ào viE:itaria hoje os beoedictos cerws de Patima, onde Noasa Senbora ~e dignou manlfHlar mais unaa vez a sua misericordlo1issima piedade para com o noaso bom povo portuguez que lhe fol sempre tlo querldo I Como teslemunho de amor e obulo de saudade, permitta me V. Ex.• enviar lncluao urna Letra de 14 Librae, offerecida a Nossa Senhora de f Atima, para ajudar a extens~o do seu bemdito culto cm P~tima, ou no logar das appariçOes, ou para ajodar H de11pezas da ·foiba e Voz da PAUma•, que sili ae dlstribue, ou parte a urna coisa parte a outra, corno V. Ex.• julgar mala opportuno. Peço a Noasa Senbora da PAttma se dlgne tomar debalxo da sua maternai protecçAo a este seu humilde eervo e a et1ta misailo de Shluhlng e apressar a conversAo da China e em especlal a dos cinco milhOes de geotloa, que esta ml11Ao alnda conta. Pedindo tambem a bençlJo e especlal protecçlo de V. Ex.• para mlm e para a mlnha ml111lo, e beijando com. summo respetto o sagrado aoel, humlldemente me 1ubscrevo, desterrada ovelbinba de V. Ex.1 Rcv.ma

P.• AntDDld Dlnu Htnrl(laes

o.

O sofrimeoto cristio

lolo Il, rei de P0ttugal, para encorajar a.m dos seua favorltos doente a tomar um remedlo que lhe repugoava, bebeu prlmelro eUe proprio uma parte e aproxlmando depols o resto da bt>ca do doeote dlz-lhe: Eu, vosso rei, aem eatar deente, por amor de v6s e para VOB dar o exemplo, suportel o amargor desta bebida e v6s, por amor de mlm, reeusarels tomar o resto? Aht Senhor, repllcou o doente, ~pois de um tal acto de condescendencia de Vossa Magestade eu be· berla tudo. Alnda (1ue {Ossc veneno. Ora, depois que Jesus bebeu prlmeiro por amor de n6s, o callx amargo das humilhaçO~s e ùo ,;ofrimento, quem de n6s se recusar,i :1 sofrer o ser desprezaJo por amòr d'elle?


D. Alttra Sata1V1 Dtnfs ·cft ~n~ Yòns~oa. . . . . . . . . . . . 10$00(),

ti,&s o·1110 eruufiu O no11So dl,lno Me,tre prea••ea ila Cruz: 1 • • p•d111ela, padecendo rtsieaado os malores tormentoa: 2.• a hamild11d1, consentlodo ca 1er tralado como o 111al1 vii • o peior do~ homen&: 1

,3.0 a doçura e a man,ld4o, orao4o pelos "t>us algozes: -4.0 a pobreza: est4 despojado de tudo, nao tem sequer com qne cebrir a nudez do seu corpo nem oude reclinar a cabcça: 5 ° a mortificaç4o: no seu corpo nllo ha fibra que nào sofra horrivelmentt; todos 011 1teus sentidos e potenclas sao atormentados. Estas liçoes dlvlnas devem aprcndé- las todos os que se honram com o nome de cristAos, lsto é, di'sclpulos do Cruxlficado. Quem nao a111a o sofrimento, a pc,breza e a bumildadc, nao é perfetto dlsclpulo de Christo. •Q•e,. fUJ..

zer ser mtu diJclpu/o ,ug'lle·Jt u si mesmo, tome a $Ua cruz e slga-m1•. Custa ouvlr tào duras p.tlavr.-11?

Maib custara ouvir aquell'outras: e/de maldiloJ, para o toeo etemo.

Em 1921 havia nos Estados Unldos da América do Norie 18.104 304 cat611cos e nas col6nias 10 043:344. ~6 nésse ano fundaram-se 204 novas pa164uias.

Sem iu,m oomtiat~r ninguem .sera coroado ' Santa Catharlna de Senna fol um dia persegu1da por pensamentos vergonhoso& cujo ataque importuno atormentava a sua alma tao pura. Nosso Senhor se lhe manifestou e com a aua presença dlssipou a teotacilo, 1:.tuao ella queixanlfo- se amorosamente diz : Senhor, onde estavels v6s quando a minha alma fol assaltada por tào horrendas hnaginaçOes? -Minha fllha, responcteu o Salvador, estava no vosso coraçl0Como podieis v6s, Jesus, replfcou a santa, habilar no 111eio de peosamentos tao horrlvels? Eu era testemunh9, ajuntou o divino Mestre, dos vossos combates e observava com complaceocla a generosldade das vossas luctas. E desde entao uma paz inefaveJ jnundou a alma de Catharina. Pac10 analogo se conta na vida de Santo Antl\o. A tentaçao, quando se Jhe resista, é ocasiao de merito.

D. Maria da Conceiç!o Ma-

Transporte .........• l .913:820 126:000 l•pressao do n.• 11. ••• 44:500 Outras de1pe211 .•..•. Somma •....•...•.• 4084:320

Sabscrlpqao (Contlnuaçilo)

Joaqulm Maria Quintao LaReS . . . . . . • . . . . . . . . JoAo da Silva Franco. • • . • Alexandre SimOes. . . . . • • D. Maria julia de Souza • • Jo!o Nunes de Mattos. . . . Dr. Jorge Oodinho • . • 20 Conego Manuel Fernandes Nogueira. . . . . • • • . . • • Dr. Antonio GcHcia Ribeiro de Vasconcelos. • . • • • • D. Julla Morelra Ouimaraes D. Prancisca Heoriqueta 6arrelros de Torres Cordovil ••.• •. ••• • ••• AntoRio Nogueira ••.••• D. Mana ua P1eùade Paiva D. Mana da Conceiç~o Tavares Lopes . , .•••••• D. Maria da Conceiçao Ponseca Monteiro ••• , ••• D. Maria · ·H1nrìqueta de Leal Sampa10 •••..•• Palmira dos Anjos Rebelo ~l·bOl?to •....••• D. L11do v111a do Cachopo • D. Ouilhcrmina Vaz da ~il-

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va . ..••...• . ••..• Ventura José de Campos •• Maria Augusta Rndrigues • Maria Augusta Rodrigues • Manuel Jusé Pereira ..•• Leonardo Ft'rnandes Sardo

Jo:ié Hl'.'rdeHO .•.......

10:000 10:000 10:000 10:000

10:000 francos

P.' Francisco Joaqulm da Rocha •••• • ••••.•.• Elpidio Pereira (1 semestrca). Antonio Jgnacio Vicente (3.1

5:QOO 10:09()

12S500 tOSOOO 5$000

10$000

10$000 10$000

lOSOOO 10$000

IOSOOO

l0SOOO tOSOOO

t0SOOO 2S500 5$000

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·s enedlcta d'Oliveira Lelras. Donativos varlos de Pardelhas ••.•.••.•••••• D. Teresa do Amaral .••.

32S500 JOSOOO

D. Celes.te da Silva Ribas•• )0$000 10$000

1g1000

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10$000

reoço . • . • . • • • . • . • • IOSOOO D. Maria Menùonça ••••• 10$000 Antonio José Valente •.•. lOSOOO Antonio Canas••.••.•.. lOS000 D. Margarida de Lemos · • Magalmit:s .•..•..•.• l0SOO0 - Josefa de jesus. . , ..... . 5$000 .. Miss Marte Harney.••• . • 10$000 Duarte Neves;: .••. , •••• 101000

maocbar. Suave e facll é o seu eOno: ao despertar, a sua oraçao é pura corno a gota de orvalho na rosa aberta, e essa reza é resignaçao de cada dia. Aceita a pobreza sem se lamentar ~ poe deper-si limites a seus inocentes desejos. E' simples nos seus g0stos, a modestia é o seu enfeite mais beJo, a humildade é toda a sua scicncia ..• Os seus suspiros chegam ao céu, porque sempre caminha na presença de Deus. - Ousta-

~o Drouineau.

te . • . . . • . • . . . . . . • • P.e Antonio Mendes Sai• gueiro. • • ••••.••.•

D. Maria HenriQueta lnfanCe da Ca111ara Taborda .•

J0S000

"ioiooo 10$000

D. Aurora Vaz Clemente .Marques da Cruz ••••• 10$000 Dr. Augusto Mendes ..... 10$000 D. Estamarinda Augusta Madeira. • • • • • . . . • • • • • t 0S000

P.' José de Ceiça. . . . . . . 10$000

D. Maria Candida Carnpos Camilo • . • • • • • • • • • • Engenheiro Miguel dos San-

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vez) . . • . . • • . . . . . . •

2$500

Ayres Oomes •••••••..• Maria de Jesus Leal Go-

10$000

mes•••••••••••••.•

3$000

JoAo Caetano •••••••••• b. Maria de Caatro Crespo

3$000

Frazao.•...•.••.... 10$000 velra Montelro do Ama-

ral . • • • • • . • • • • . • . • 1OSOOO D. Oervula de Andrade Costa • • • • • • • • • • • • • 10$000 P.• Manuel Mato1 Sllva. • • 10$000 Dr. Oomingues Mégrc. • • • D. Leopoldina Barata Feio

10$000

da f onseca Sarai va • • • • D. Laura da Conceiçào Marti ns. . • . • . . . . • . . . . • D. Maria Fraocisca de Bri· to Neto•••••••••••• P." Domingos Oonçalves••

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Antonio Marques da Costa • O. Maria S. da Sitva Lobo. D. Maria Helena Oarcez Pinto Basto ••.•.•..• 1~arla Angelica Correia .••

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tos e S11 va. . • . • • . • . • 10SOO0 D. Laura de Jesus Costa • • 10$000

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P.e Antonio Joaqulm da Mata ...•....•••..... lOSOOO

Feliciano Alves.. • • • • • • •

.P.1 Francisco Braz das Neves. . . . . . . . . . • • . . . D. Izab~l das Virtudes Martlns. • . . • . . . . • .

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10$000 10$000

P.' Antonio Diniz Henriques • • • • • . • • • • • • • 477$000

JI. B. - A oferta de J4 Libras do reverendo Henriques, S. J. missionario na China, que muito agradecemos, fol cambiada em òioheiro portuguès rendendo 1.477$000. S. ex.• rev.m• o sr. Blspo de Leiri~ destinou desta importancia 1 000$000 para o culto dé N. Senhora e 477S para ajuda das despezas da e VOZ DA PATIMA•. Pedimos aos nossos leitores e devotos de Nossa Senhora nào se esqueçam de re2ar pela conversao dos lnfleis e especialmente pelos da mlssao de Shiu-Hing, na China.

P.' Antonio Eernandes Duar• Bemdlta seja a dorizela que tem vivido longe do mundo : sem se

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D. Maria Celeate de 0II-

2$500 2$500

Barreto dc Oonçatves •••• Condessa Casal Ribeiro••• · D. Laura Cabrai...•.. ·•• D. Maria Adelaide Pessanha •••••••.••••••• Pedro M. da Silva Lou-

delra. • • • . . • . . . . . • • IOSOOO D. Ludovlna Neves. .... . lOSOOU D. Albertina Dias VH. .. . 10$000 D. Albertina de Azambuja ~errelra •••••••••••• 10$000

.

Eata rewiata é cUstr.lbul- · da gratuitamente no• dia• . 13 de oada mita1n• Cova da lri•, aoeitando-ae no entanto qualqueP- donativo oom que oada um queira expontaneamenta a u xi-· llar-noa. So tera dlpeito • reoe-ber a 1 VOZ DA FATIMA pelo correio, durante I anno, quem •• ' aubsorever com o minino de dez mli réis. NAo faze111os cobranpelo oorrelo.

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N.0 18

Ano II

-, ;

'

(COM APROVA(JÀ.O ECl.... 14"JSIASTICA) Director, Proprie-tarlo e Editor

Admlnl•-C:rndor: PAD~E M. PEREIRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACçAo E .AoM1N1sTuçlo :RU.A D. NUNO ALVA.BES PEBÈXBA.

Composto e impresso na Jmprensa Comercial, , Sii -

(BEATO

N~o t>S SANTA MAlltA)

.-....----,-----.---.~~ ,.

13 de Setembro

,

Leiria

No dia 13 do més proximn findo, no locai das appariçOes, realisou se, com a solemnidnd~ do costu,ue, a comemoraçào festiva dos acontecimentos maravilhosos da FAtima. O fii mamento apresentou-se logo de manhil tnste e nublado, ameaçando chuva. A's nove horas, pouco mais ou menos, o rev. Abel Ventura do Ceu Faria, ex-parocho de Celça, celebrou a primeira missa. A segunda missa começtiu ao meio-dia e mela hora sendo rezada pelo rev. Francisco Braz das Neves, actual parocho daquela freguezia. A concorrencia, quasi tao numerosa corno no més anterior era todavia mais selecta, vendo-se muitas pessOas de elevada condiçào soci al. Entre a asslstencia destacava-se um grupo de cérca de quarenta meninas, entre os ollo e os quinze anos de idade, alunas de um dos mais conceituados colegios de proviucia. Com os seus lindos e visto"ios uniformes e com o encanto da sua mociJade, cheia de pìedade ardente e comunicativa nota assaz . . ' caracterisflca na mancha negra daquella Immensa multidào, vinham prostrM se aos pés da Virgem Sautisslma e prestar lhe o tributo sentido da sua ftrna afeiçao e do seu vivo e profu11do reconhecimento. Todas recebera m o pào dos Anjos e com tal dt?vo,ao e recolhimento o fizeram que pareci;un ser, nào simples creatura:,, humanas, mas anjos abrazados de amor de Deus. . 9utr~ facto que causou agradabihs~ima 1n_1pressao em todos os peregnnos fo, a parte activa que tomou nas _sole~inidades religlosas urna peregnnaçao de Peniche, composta de c~rca de setenta pessòas e presidida pelo respectivo parocho. Admiravelmente bem organisada, salientando-se pela sua piedade fervorosa cantando os canficos da missa e o~ canticos privativos com entusiasmo e. urna perfeiçao inexcedivel, reumndo-se em torno do seu riquissimo estandarte em que se via um formoso quadro da lmmaculada Conceiçao, apresentando-se sempre com

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urna compostura modelar propria de christaos compenetrados do significado desta palavra, essa peregrinaçao, juntamente com o Colegio a que acima nos referirnos, imp,imiu solemnidade deste dia um cunho de extraordinaria e comevedora belleza espiritual. Praza a Deus que as peregrinaçòes

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a Fatima sejam sempre vazadas nos moldes desta peregrinaçào mod<J lar e auimadas do mesmo espirito, pois s6 assim p6dem dar gloria a Oeus, honrar a Santissima Virgem, promover a edificaçào dos fiels eu su fruir inapreciaveis beneficlos de ordem esplri tual. Durante as duas mlssas rezaram-se as oraçOes do costume, fizer a m • se as lnvocaçOes pelos enfermos e cantaram-se os cantlcos doprograma officiai. A Sagrada Communhao foi minlstrada a aliumas centenas de fieis. Depois da segunda missa cantou-se o Tanfllm treo e dtu-se a bençao com o Santissimo Sacramento. Em seguida subiu ao pulpito o rev.. doutor Manuel Marques dos Santos, que dissertou larga e proficientemente sObre a ora~4o, sua necessidade e ef,cacia e disposlçOes para a tornar fructuosa. Frisou de um modo partlcular que as pessOas que oram e nAo obteem despacho para as suas supplicas ou nào oram em estado de graça, ou pedem colsas prejudiciais ou lnuteis para a sua salvaçao Oll nào oram corno devem orar; isto é, com hum i Id a d e, confiança e

perscverança. No fim do sermao, innumeros fieis viram reprod uzlr-se os phenomenos atmosphericos dos mezes precedentes, o que os impressionou e commoveu sobremaneira, nomeadamente os peregrinos de Peniche, que pela primeira vez presenciavam acontecimentos Ulo extraordinarios. A' elevaçào da segunda missa, as nuvens rasgaram-se e o sol no ze-


e nlth appareceu em todo o seu esplendor, attrahlndo 01 olharea da asslstencla, que nao notou nessa ocasiAo nada de extraordinario na atmosphera ou no firmamento. Pouco depois das cinco horas j4 poucos fieis se enconfravam no locai das .appariçOes. Multos dos que partlam acalentavam, sem duvida, a suave e faguelra esperança de voltar Aqueles logares bemditos no proximo dia treze de · Outubro, setimo anniversario da ultima appariçao e dia de peregrinaçAo nacional.

V. de M.

Hs · peregrinacoes

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V oz da Fatima

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samente vestidas entre os outros fiels, mostrando despudoradamente aos olhos de todos essa carne por

çAo que a Santissima Vlrgem tinba ensinado aos tres vldentes, porque elle nunca se esquecla de a rezar. E

causa da qual /oi retalhado, cuspl· do, sujo e exposto a ml o Corpo San• tissimo de Nosso Senlzor I

quando a pobre mulher se lamentava de que nllo raro a omittia por lapso de memoria, ponderava-lhe que a podia rezar mesmo quando fOsse pelos caminhos. Uma vez por outra queixava-se sentidamente de que nào sabia offerecer o terço como multa gente tinha a felicidade de saber, o que lhe causava bastante penna. Apesar de nunca mais ter tido satlde, de quando em quando dava um pequeno passeio, chegando a ir alé Cova da lria. Quando alguem asseverava que havia de melhorar, a sua resposta era logo um nào ptoferido co m um ar misterioso e num tom que impressionava extraordinariamente. Como um dia sua madrinha, Theresa de Jesus, promettesse, em presença delle, pesa lo a trigo se Nossa Senhora o melhorasse, declarou de um modo peremptorio que era inutil fazer essa promessa, porque jamais alcançaria a graça da sua cura. Pot:tsuia urna consciencia bastante delicada, apesar da sua pouca ldade e de haver recebido urna for maçào religi osa multo deficiente e rudimentar. Urna vez que o aconselhavam a levar as ovelhas confiadas sua guarda pela orla das propriedades da madrinha que decerto o nào levarla a mal, nao quiz fazc -lo sem licença della, por julgar que isso seria um roubo. No dia 2 de Abril a famllia, achando- o peor de snuJe, mandou-o recolher cama e ch amou e, parocho para o confessar. N ào ti nha ainda feito a prirdQra communhao e receava por isso que nau lhe f6she permitido receber N osso ~enhor. Grande, extraordinaria alé, foi, pois, a sua alegria, quando o parocho lhe prometeu trazer no dia seguinte de manha o Sagrado Viatic0. Na véspt-ra pediu mae que o deixasse esta, em jejum at.é essa hora, pedido a que ella accedeu sem relucta11cia, assegurando que nào lhe daria nada a tomar depois da meia noite. Quando cheguu <1 parocho com o Santissimo Sacramento, quiz sentarse na cama para se con fessar e comrnungar, o que nao lhe fc,i consentido. Ficou ra diante de contentamento por ter recebido pela primeira vez no seu peito o pao dos Anjos e, quando o parocho se retirou, perguntou mae se nào t'o rnaria a commungar, ao que ella retorquiu que o nao sabia. Durante o resto do dia pedlu de tempos a tempos agua e lei te. A' noite pareceu aggravM-se aioda mais o seu estado rnas, perguntando- lhe a mae corno se sentia, disse que n~o estava peor e que nào lhe doia nada. No dia seguinte, sexta- feira, 5 de Abril, pelas dez horas da manhà, sem agonia, sem um gemido, sem um ai, e corH um ligeiro sorriso flOr dos labi~, a alma daquele anjo da terra desprendia-se suavemente dos frageis liames do corpo e voava para o seio de Oeus. Contava dez annos, nove mezes e vinte e quatro dias de edade, pois tinha nascido

Que ninguem se iluda a si mesmo nem pretenda iludir os outros com os aspectos externos de devoçAo, se I~ dentro e na parte exterior nao houver o proposito de vencer esta onda de corrupçao e l1e sensualidade que alaga o mun<to, pois é esta a nossa principal doenca individuai e da nossa querida Patria em geral. E' este fim e nào outro que visam as manifestaçOes sobrenaturaes.

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etVoz da Fatima»

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Chamamos a atençao dos l eitores Com este numero entra no 2.• anpara a sua im portancia quando f eitas no o nosso jornalzinho de que se fez com aquelle espirito de penileocia e no 1. 0 anno urna tira,zem total de expiaçào que as deve animar mais de 60:000 ~xemplares. O primeiro passo que o peregrino -Nao se faz cobrança pelo correio ~m a dar é saldar as suas co=itas nt>m ha obrig;içl!o de mandar o jorcom Oeus no trlbuoal da penìtencia n11I a Quem enviar quantia inferior a para que nào aconteça que a sua rJez mii réis. presenca na peregrina çiio, em vez No fintanto o jornal é distribuido de chamar as graças e mise ri cordia grntult11 mente na F4tima nos dias de ~e Oeus as afaste, prejudicando os peregrinaçào em 13 de cada mez. outros peregrinos e a si me:.mo, desperdiçando urna graça e ocasiao que talvez oào volte. • Removidos estes obstaculos a alma, ainda debilitada e apenas con-· Francisco Mario, primo de ~ucia de Jesus, a protagonista das apparlvalescente de doenca tao grave, sençOes adoeceu gravemente no dia 23 te naturalmente fome daqu ele Pao que alimenta e sustem as almas na de Dezembro de 1918, atacado da terrivel epidemia bronco- pneumonivlrtude. • Na Fatima, corno em Lourdes, a ca que entao passava em todo o mondo. Nessa data todas as r,essOas d evo c;ao a Nossa Seuhora é sobre1u- • do o ram,nho para chegarmos ao da sua familia estavam de cama ferldas pelo ftagE>llo, a t:· xcepçao do AmOr de Jesus na santa Eucaristia. pae. Este e algumas vizinhas caridoE' por ucasil\o das peregrinaçOes ~as, trata vam desvelnd amente dos e nas procis~OeM do Santissim o Saenft'rmos , ( nvidando todos os esforcramenlO que em Lourdes se tem reaços para que naJ a lhes falta:,se. OullzallO o maior numero de milagres, rnnre c~rca de quinu dias a inocenum dos quaes, os peregrinos po,rute creanca ficou retida no leito com gu~zes puderam presenciar no dia J6 .de setembro ultimo, esperando a força da doença, segundo a expressao Ja màe, levantando se nos prin n6s publicar no numero d e novemcipi os de J:meiro, num estado de bro a fotogravura da miraculada. grande fraqueza que, longe de dimiFoi a bençào do Santissimo que nuir, foi pelo con trMio augmentanno mez de maio na Fatima obteve a do de dia pera dia. Urna vez,. durar1cura instantAnea uma filha de Maria te as appari<;Oes. tendo a Lucia perda peregrinaçào de Santarem. jluntado a misteriosa Senhora que FGl chegada desta peregrinaçao • lhe fallava, se ella e a Jacinta iriam que se deram novamente signaes para o Ceu, e obtendo ,esposta af. maravilhosos, que dum modo especial firmativa, fez identica pergunla se repetiram principalmente em secérca do Francisco, respondendo a tembro, no regresso da pP.regrinaçào \'11!;ào que rnmbem lhe calwria tamade Peniche, quando os peregrinos j4 nha ventura, mas que primeiro haestavam nos camlons. via de rez11r muitas veze~ o terço. Os peregrlnos aproveitarao a viaDesde esse momento alé que adoegem para resarem o terco e entoaceu, o ditoso vidente nunca mais rem canticos a Nossa Mae Santissideixou passar um dia sem oferecer ma, procurando cada um comunicar essa singela homenagem a Rainha aos outros urna terna e maior devodo Ceu. Depois que se levantou da çao para com Ella e desejus ardente-a cama, nao sentindo as vezes forças de a imitar, principalmente . na mopara re zar o terço inteiro, dizi a trisdestia, guarda dos sentidos e, enfim, temente mAe que nào podta rezar na castidade e santidade da vlda. senao metade. A bOa mulher obserNao faz sentido que pessOa~ que se vava- lhe que, se lhe custasse pronundizem e querem ser christas procureru ci ar as palavras da Oraçao Oominlaliar a devocao a Nossa Senhora cal e da Saudacào Angelica, di~sescom urna vlda inteiramente sensual. ae essas orPçOes s6 com o pensaE' necessario nào ter senso, havcr mento, que Nossa Senhora lhe aceimesmo perdido o uso da raz~o para t;uia o seu obsequio co m o mesmo que algumas senhoras (é infelizmenarrado. te necessario repeti-lo) condescenRecomendava frequentemente dendo com a anlmalidade de certos mlie que nào se esquecesse da ora· costumes, se apresentem escandalo-

Morte de Francisco Marta

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no dia t 1 de Junho de 1908, és dez horas da noite. As suas ultimas palavras fOram para a madrinha, a quem pediu, alguns instantes antes de soltar o ultimo suspiro, quando a viu assomar porta, que o abençoasse e lhe perdoasse os desgOstos que por ventura Jhe tivesse dado. 0s seus despojos mortaes, fragil involucro ,te urna alma predestinada, repousam em campa rasa e ignorada no humilde cemiterio parochial de Fatima. de M.

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v. Processo eanonlco sobre os aconteclmentos da Fatima

Ja começaram as investigaçOes e interrogatorios sobre estes acontecimentos, esperando a comissào, num periodo guauto possivel curio, ter concluido o. processo, que tem, por sua naturLza, de ser mais lento do 9ue m_ultos fiE'is desejam, nada os nnped1ndo no entanto de tributarem .a Virgem ac; suas homenagens.

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Preces e canticos collectivos d11s pèregr1nos durante a missa na Cova da Irfa Antes da missa o Credo de Lour-des. Emqu11nto o celebrante se paramenta o Salvé, nobre Padroeira Duran·te a missa o terço do rosario: Depois de cada mysterio a jaculat6rla dos vi Jentes. ja apprnvada pela auctorillade eccl~siastica: Meu /esus,

perdoai-nos, livrai-nos do fogo do ifl/erno e aliivini as almas do Purgatori,>, especiatmente as mais abandonadlls•. A' Cliii~ ,gr u;ào da hostia: Eu vos adoro, ::,,a,itissimo Corpo, Sangue, Alma ,. Devifldude di Nossa Senhor /esus Utristo, ttio real e perfeitamente corno estaes no Clu •. Ao lcvant .. r da Hostia: e Meu SenllOr e meu Deus•. \' consagra~ào do Ca lix: «Eu vos 11doro preciosissimo Sanque, Corpo, Alma e Divindade de Nosso Sellhor /esu.s Christo, tiio real e perfettamente ,omo estaes no Céu•. Ao JeVdlll r do Calix: «Meu Senllor e meu Deu.s•. Logo em seguida as invoca1,òt!s: -se,.hor, nòs Vos adoramos 1 -Sn,hor, nos temos conftança em

V6a ! -Senho, , 110s Vos a1Ramos I -Hoiminna, Hoasanna ao fllho de David I - Bnmdito seJa O que vem em 11ome do Senbor I -Vo11 sola Jesus Cbristo, filho de Deua vivo I -Vòs aola o meu Senhor e o meu Deusl

-Adoremus in aeternum Sanctis.simum Sacranwztum. (Cantado). -Senhor, cremus em Vos, maa augmental a nosaa fé. sols a resurreiçào e a v;da I -Salvai- nos, Jesus, alias perecemos I -Senhor, se o qulzerdss, pi dela curar ma! -SanhQr, dlzel ums p:i lavra e · aerei r.urado I -Jesui1, Fllho do Mitria, tende pledade de mini I

-vo~

so

-Jeaua, fllho de Davld, te1d1 pledade de n61 I -Parce Domine, parce populo tuo, ne tn aetemum lrascaris nobls (cantado).

-Oh I Deua vlnde em nono auxlllo, vlnde depresea aocorrer-noa I

-Senhor, aque!e a quem amala eata doente I -Senhor, fazel que eu veja ! - Senhor, f azel que eu ande I -Senhor, fazel que eu ouça I -M4e do Salvador, rogae por n61 I -Saude doa enfermos, rogae por nosl A' comunhllo: •Senhor, eu ntlo sou

digno que vos entreis em mlnha morada, mas dizei uma so palavra e min/ia alma serd salva,. (Tr~s vezes, rezado e cantado).

O e Bemdito e louvado seja o Santissimo Sacranièttto da Eucharistla, J1ucto do ventre saerado da Vlrgem Purissima, Santa Maria». Depois da comunhao as invocaçòes a Nossa Senhora: - Bemdlta seja a Santa e lmaculada Concelçàn da Bemaventurada Virgr,m Mari&, Màe de Deus I -Nossa Senhora do Rosario, rogai por nos I (3 vezes). -Nossa St1nhora do Rosario dalnos 1aude por amor e para gloria da Santfa11lma Trlndade I (3 vezes). -Nossa Senhora do Rosario, convertei os pecadorea I (3 vezes). -Saut.le dos tinfermos, rogae por nos I (3 vezes). -Socorro doa doentes, rogae por nos I (3 vezes). -O' Maria, noncebìda sem pecado, rogae por nòs qua recorrem ,s a Vò, I (3 vezes). -Nm1sa Senhora do Rosario, salvae- nos e salvae Portugal I Tantum ereo e bençao do Santissimo. Sermào, Hymnos e Queremos Deus.

NOT A - As jaculat6rias acima mencionadas sao as unicas que por ordem da au1oridadt! eclesiastica devem ser recitadas publicamente na Cova da lria e, além das indulgèncias que lhes estao anexas pela autoridade apostolica, coucede o sr. Bispo de Leiria 50 dia~ a quem la as recitar.

-----------As obras da f at,ma

Estao quasi concluidas as obras do poço, tanque ou fonte de Nossa Senhora eque tem cèrca de quinhentas pipas de agua, podendo levar cérca de oovecentas. Em volta fez se um muro circular encimado por um tanque tambem circular d'onde sae a agua por quinze torneiras, tantas quantos os misterios do Rosario. O tanque, que corresponde ao sifio onde teve logar a primeira apariçào, colocado no centro da projectada avenlda, fica infeiramente vedado por uma abobada que servira de pedeslal a urna grande eslatua de NMsa Senhora. Uma bomba, escondida €01 um dos lados da pMede, elevar~ a agua para o lan4ue exterior. fl'>r >'m j .i d~dos de empreitada os mu,os d e vedaçao dos terrcnos e feito o p r< jccto de uma casa que tào nece:1~a1ia se torna.

Novamente lembramo• • prohibl9•0 de vendeP quaaaquer objeotoa, de aaraoter Peligioao ou nao, em volta do looal da• rl9Ge•• P•atioam uma mii ao980 •• peea6aa qua deaobe• deoem • eate intimaq:lo da autoridade Ecleaiaatl• aa que, logo que aeja'po•• elvel, sera conatrangld• • •epellr, meamo pela forqa, eatee abu•o•. -Seria conveniente· que o• peregrino• colooaesem longa, onda nao pe·rtur• Item o culto, oa animai• qua o• tPanaportam a Fa\tlma.

•P••

-

No mez do Rosario Promessas aos devotos do Rosario cA Rarnha do Ceu assegurou ao B~ato Alano da Rocha que o Rosario ... era uo1a fonte de salvaçlio para os povos . •.•

(B•eviarium Domi11 , VIII Sépt.) Passada a época esplendorosa de

S. Domingos, começou a resfriar pou• co a pouco a devota influencia do Rosario. Por isso, dois seculos depois, segundo reza a chronica dominicana, aprouve Santissima Virgem revelar-se novamente para fazer resurgir a devoçilo ao seu Rosario, ser• vindo se entào do santo domlnico Alano da Rocha. Le- se, pois, em va• rias tradiçOes que, em 1460, a Santissima Virgem appareceu a este santo dominicano, lançou- lhe ao pescoço um Rosario de perolas e disselhe o seguinte: e Meu fil ho, conheces perfeitamente a antiga devoçào do meu ifosarlo, prégacla e difundida pelo teu Patriarca e meu servo Domingus e pelos religiosos seus filhos espiiituais e teus irmàos. Pois este exerc1cio nos é extremamente agradavel, a meu filho e a Mim, e é santamente utilissimo aos fleis. Quando o meu servo Domlngos começou a pré~ar o meu Rosario em Italia, França, He11panha e noutras reglOes, fnl tal a rl'forma do mundo, que parecia haverem se transformado os homens terrenos em espiritos angelicos, ou que os Anjo!I teriam descido do Ceu a habilar na terra. Os herejes convertiam-se marnvilhosamente aos milhares e os cat61icos anciavam ardentissimamente o martirio em defeza da fé. Ora• / ças a esta insigne devoçào, renova• ram-se as esmolas, fundaram -se hospltai's e edificaram- se templos. A santidade dos fiels, o desprezo do rnundo, a autoridade do Pontlfice, a justiça dos Princlpes, a paz dos po· vos e a honestidade òas famihas, tu• do entào florescia prodigios;;mente. - Ninguem, pois, era considerado verdadeiro christào, se nl\o th esse

a

'•


Voz da F4time e recitasse o meu Rosario. Inclusiva-

...

mente os operarlos nunca lançavam mAo de suas ocupaçOes antes de offerecerem em minha honra este tributo e a Oeus este sacrificio. Tal er.a a grande reputaçào do santo Rourlo que para mim nilo havia nem ha culto mais agradavel, depois do grande sacrificio da missa. -Ora eu desejo imenso a salva~o e o bem de todos os fleis, e podem todos obter facilmente esta graça por mtio desta devoçfto tào agradavel, a mim e a meu divino filho. Eu quero, poit', que ella se restaure novamente na Egreja para consolaç!o dum grande numero d'almas. Ser4s tu quèm agora pr~garA o meu Rosario, exhortando todos os fieis a recita-lo ùevotamente. Afervora e anima -os religiosos da tua ordem a fazer o mesmo e eu autorisarei a vos~a doutrina e a vossa prégaçllo com numerosos prodlglos. -A todos aqueles que recitarem o meu Psalterio ou Rosario prometo a mlnha especialissima protecçAo. · -Sera o Rosario urna arma potentissima contra o inferno: extinguira as vlcios, destruira o peccatlo e venceri as heresias. -Todos aqueles que se me recomendarem por intermedio do meu Rosario jamais se condenarAo eternamente. - Quem recitar devotamente o ,neu Rosario, meditando os seus santos mlsterios, sera !sento de grandes perigos, nào morrera de morte repentina; mas converter-se.M, se fòr pecador, augmentara em graça, se fOr justo, e todos se tornarào dignos da gloria eterna. -Os verdadeiros devotos do meu Rosario nAo morrerào sem Sacramentos. -As almas devotas do meu Rosario serAo, depois da morte, livres do Purgatorio. -0s verdadeiros filhos do meu Rosario gozarào duma subida gloria 110 Ceu. -O que me pedirem por meio do meu Rosario eu de boamente obterel. -Os que propagarem o meu Roaario serào socorridos por mim em todas as suas necessldades. -A devoçao com o meu Rosario i URI poderoso signal de predestinaçao. (De extratos de P.e Antonio Vieira e outros). Dizem as chronicas que o bemaventurado Alano foi depois um flel instrumento das determinaçOes de Maria Santissima. Quinze annos consagrou a pOr em execuçào aquelas instruçOes divinas, sempre abrazado num santo fervor, agente de prodigios estupendos e com um exito maravllhoso. E o Ro, ,ario attingiu novamente o seu antigo esptendor. Confiados esperançosamente nas consoladoras promessas da Virgem do Rosario, acolheramo•nos, corno diz Ldo Xlii, debaixo da protecçào divina de Maria Santissima e procuremos amar cada vez mais a devoçào do seu Rosario, que os nossos antepassados seguiam, nllo s6 corno remedio sempre prompto para os seus mafes, mas corno ornamento da sua piedade christà•.

Voz da fatima De•p•z•• Transporte. • • • • • • • • • .( 084:3~0 Jmpressàc, do n.0 12••.• 126:000 Papel (20 resmas) ••••• 1.223:800 Outras despezas •••••• 49:500 Somma ••••••••

-

5.483:620

SubaoriqAo

D. Maria Hercutano Sales. P.e Agostìnho Gomes • • • • José d'Oliveira Dlas • • • • • D. Maria da ConceiçAo Rodrlgues Fialho • • • • • • • José Pereira Manso Junior. Luzia de Jesus Manso • • • • D. Magda ena da SUva Rego P.11 Candido Augusto Lopes D. Maria Eduarda Vasques C. Lencastre (2.0 anno) •

JOSOOO-

10$000 15$000

20$000 JOSOOO J0$000

1OSOOO 10$000

10$000

(Continuaçllo)

Dr. Joaqulm Tavares de Araujo e Castro • • • • • • t0SOOO Manuel José Conde. • • • • • 10$000 De jornais e percentagem na venda de estampas (O. Maria das DOrea) • ••• 223S0OO José Oomes. • • • • • • • • • • 20$000 Manuel Maria da Silva Por-

rio ........•.••... tOSOOO

D. Maria dos Anjos Tava-

res Portugal. ••••••••

10$000

O. Maria José Marques Vieira. . . • • . • • • . • • . • . • J0SQOO

José Capela ..•••••••• lOSOOO Pacifico Martins•.••••.. 10SOOO Antonio Rodrigues •••.•• 10$000 P.• Gonçalo Alves •..••• JOSOOO Commendador Joào Curado. 15$000 Manuel Paços ••••.•••• IOSOUO P.t Manuel Carreira Poças. 10$000 D. Angelica de Matos Fernandes Potes ••••.••. 10$0ù0 Commendador Antonio Coelho da Sii va Villas Boas. 10$000 P.• Joaquim Oonçalves Margalhau .•••••••••.•• t0SOOO D. Adt-lcdde Martins Bernard •...••••.••..• lOSOOO O. Anna de Portugal Lobo Trigueiros •.•••••••• 20$000 D. Maria Julia Marques Ferreira (2.a vez). • • • • • • • 10$000 D. Vivila Pinto de Souza e Castro. • • . • • • • • • • • • 1OSOOO Francisco Pinto. • • • • • • . 10$000 O. Maria Fernanda de Carvalho . . • • • • • • • • . • . toSOOO Monsenhor Carlog Costa, 15 francos Condessa da Arrochela • • • 15SOGO D. Amalia Nunes Ribeiro. • 15$000 D. Maria Rosa Soares . • • 30$000 O. Joaquina Quelroz Ribelro • • . . • • . • • • • • . .. 10$000 D. Maria das Dores Ferro da Silva (2.0 anno) •••• luSOOO D. ,\1argarida d'Almeida ••• JOSOOO Or. Eurico Lisbòa (2.0 anno). 20$000 p,e Joaquim da Rocha Rodrigues (2.0 anno) ••••• 10$000 D. Maria Henriqueta Leal Sampaio (2.0 anno) ••.• JOSOOO D. Emilia Leite Castro.••• 10$000 D. Maria da Nobrega Pimente}••••••••••..• 10$000 D. Carolina Carneiro· Per, y. 10$000 D. Maria Ribeiro da Silva . 10$000 Condessa de Margaride (2.0 anno) • • • • • • • • • • • .• 10$000 O. Maria de Jesus d'Orio! Pena (2.0 anno) •••• . •• 10$000 Jeronimo Sampaio (2. 0 an-

no) ••...••...•... Jullo Oonçalves Ramos (2. 0 anno) •••••••••• . •. D. Maria da Apresentaçao D. Gonçalves •.•••••• Antonio Martins Morgado • P.• Mauuel Fernandes•••• Donativo de Maria Pereira Soares ••••••••••••

lOSOOO lOSOOO

40$000

lOSOOO

10$000 25$000

Presenca de Deus Um dos meios mais seguros de augmentar a pledade é o exercicio da presença de Oeus. Quando diante de S. Francisco de Salles se fatava em grand~s edificios,em pintura, musica, caça, aves, plantas, em jardlns ou nores, de tudo isto elle tirava outros tantos motlvos de elevaçilo para o seu esplrito. Se lhe mostravam bellas plantas, dizia: cN6s somos um campo que Oeus cultiva>. Se se falava de ediflcios : cN6s somos um edificio feito por Deus>. Se via um templo magnifico e muito aceiado, exclamava : e N6s somos o templo de Deus vivo; que as nossas almas estejam tambem assim ornadas de virtudes I> A' vista de flOres perguntava : cQuando é que as nossas flOres dar:lo fructos ? • Em presenca de bellas pintu(as dizia: «Nao ha nada mais bello que urna alma feita A imagem de Deus>. Atravessando um jardim reflectia : «Oh 1 quando sert que o jardim da nossa alma estara semeado de fiOres e chelo de fructos ? quando estara limpo e podado ? quando estara elle fechado para tudo que desagrade ao jardi:1eiro celeste?• A' vista de urna fonte, observava: «Quando teremos nos nossos coraçOes fontes de aguas Yivas, correndo para a vida eterna ? Até quando deixaremos n6s a fonte da vida por fohtes do mal ? • A' vista dum bello vale, exclamava: e As aguas correm por ahi : é assim que as aguas da graça correm .as almas humildes, deixando sécos os clmos dos montes, isto é, as almas soberbas•. Vendo urna montanha :• Que todas as montanhas e collinas bemdigam o Senhor I> Se via arvores: e Toda a arvore que nao der bom fructo sera corta• da e lançada ao fògo•. A' vista de. um rio: <Quando caminharemos n6s para Oeus corno as aguas para o mar?• Comtemplando um lago: Oh I meu Deus, livrae-me do lago do abismo de miseria em que eu estou>. Assim via o santo bispo de Genova Oeus em todas as coisas e todas as coisas em Deus, ou melhor, nAo via senao urna coisa, que é Deus. nCre~ce pelo mundo a onda suja em que as almas se afogam. Na noite da agonia, Jesus viu tudo isso e sobretudo (eram as fézes do Calix) que a sua Paixao seria inutil para commover certas almas I Porque a maior parte dos christiios vive como se Nosso Senhor niio tivesse morrido por nos!•


Novetnbro de 1928

Ano I I

(OOM APROVAç.ÀO EOL~SIASTIOA) AdmlnlM"trndor; PADRE M. PEPEIRA DA SILVA

Director, Proprie-tarlo e Editor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto o impresso na Jmprensa Comercial, , S4 ,r,

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l.eiria

R.EDACçAO E ADMtNISTitAçAO

:R'U'.A D. N'UNO .A.LV.ARES PE:RE:t:R.A:. fBiUTO NlJNO DF. SANTA MA~A)

)

APere~riuo~ao Noèionol' I

lJ-·d'Ontubro de 1923 Mais urna vez, entre as fragas e alcantis da serra d' Ayre, na charneca Mida e monotona de Fatima ae reuniram, no dia 13 de Outubro fin. do, dezenas de mllhares de fiels, que das oito provinclas de Portugal, des• de o Minho ao Algarve, fOram depòr o tributo sentido do seu amor filial e do seu vivo reconheclmento aos pés da augusta e gloriosa Vir· gem do Rosario. Passava nesse dia o sexto anniversa rlo da sexta e ultima appariç!o da Rai nha do Ceu aos humildts e innocentes pa11torinhos de Aljustref, Lucia, Francisco e Jacinta. O tempo, . que havia cérca de trés semanas se conservava esplendido, verdadeiramente prlmaveril, mudou de subito. O di;1 amaF1heceu triste e tempéstuoso. Durante a noite chovera torrenclalmente. A partida estava mareada para as sels horas e mela. Tinhamos de oercorrer de automovel cèrca de 100 kilometros. Jnlcia-mos a nossa longa viagem no melo de um temporal desfelto. O estado das estradas do sul do palz, e sobretudo das estradas da Extremadura i o mais lasttmoso que se pode imagi.nar. Nestas condiç0es, sobremaneira aggrava_das pela chuva torrenclal, que converha as estradas em fameiros e a~ covas largas e profundas em charcC!s e IagOas, a viagem, posto que feata em _automovel, n~o podia dei:xar de constttuir um verdadeiro sacrificio. Ma_s era decerto lncomparavelmente m~sor a penitencla que faziam tantos malhares de pess0as, de todas as classes e condiç0es socials e de tocfos ~s edades, que, a pé, a cavano, de btcyclete, em ebarrttts carroças trens, camlons e camionettes pass~ Yfllm constaotemente ao nosso lado ~)mo numa fita clnematographica, ~ 1am fJcando para traz, fatigadas da lon~ viagem e molhadas, a maior iarte delas, ~té a medulla dos ossos. ouco depots das dei ilorff, de111i-

Sorqr B:nigzia, da Ccngraga;ào da Ntadef/mm ( Alsacia) da L~agras (Alto Mar• ·" • ns), .so6rcndo de ta!J~rcalose prilmonar ,zn 1&tado agado, •& I • foi c1ir4da 1.u1 Lourdes duranti a proctssdo do Santi$slmo Sacram4nta zao dia 16 de Setembro ds 1923, por ocasiào da p1ragrlna,da nacloztal portagu,z4 ~

Dado por uma e•oçAe suav1ssI111,

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csoi or> ' Voz d;., Fétlma :rrr r-.r

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que lnsensivelmeote se apoderou da nossa alma, pisavamos o solo sagrado da Fatima. A multldao que se comprimia em torno do padrao commemonitivo dos aucessos maravilho110s era ji enorme. Muitos peregrlnos, chega,1os de vesperi,, tinham passado a noite dentro da espella ou debalxa do alpendr.e que cobre o altar das missas campaes e o recinto fe' chado adjacente. De toda a parte e a cada momento amuem peregrinos que se despenham corno urna torrente humana na vasta bacia formada pelo loc11I das appariç0ea. Entretanto comt-ça a prime1ra missa campai, annunciada aos fieis pero toque de um;i slnt-ta. O silencin torna se profu ,, h1 ., , unrned1açèks da capella. lit:1::1 rezam ,devotamente se gurndu nm a 111aior attençao as cerimt,111'A s do Santo Sacrificio, cujo celt>brdnte a maior p:ute nlo logra ver mau grado seu. A' communhào, • cente11as de pessOas aproximam-se da Sagrada Meza. Quando acaba a missa, ~ multidao que inunda aquelJe vasto amphiteatro é mais numerosa t! mais compacta do que nunca. Ao meio dia officiai a Cova da lria assemelha se a um imenso lago humano, de f6rma clrcular, em que de· -saguasse, pelos ,Hversos pontos da sua cìrcunferencl~. urn sem numero de rius caudalosos. Hombro él hombro com a gente humilde do povo veem-se passar a cada instante muitas das fil(uraa de malor relevo do nosso palz. A11tigos mlnistros, senadores e deputados, illustre& represeotantes do clero, individualidades em destaque na politica, nas finanças, no commercio, na indu11trla e na agrlcultura, officlais superlores do exercito e da armac1a, lentes das Unlversidades, médicos, advogados·e jornallstas, coodecorados da grande guerra e numerosos elementos da mais antiga e mais alla nobreza de Portugal formavam, juntarnente com o elemento popular, urna amalgama admiravt!I e encantadora, que s6 o Christianismo

o..

é capaz de produzlr, urna comprehensao bem justa da legenda - liber-

I

dade, egualdade e fraternldade. Cumprlmentamoa um médlco, nosso amigo, que viera de Lisb0a com a famiha no seu automovel e cutos fllhos tlnham tido a ventura de fazer a sua prlmeira communhAo em Fatima . No melo da conversa chama a nossa atençio para urna nobre e virtuosa senhora da capitai que com o marido, engenhelro distintissimo, se ~ncontrava a uns trinta pasaos de

dlstancla.

- c.'

a miraculada da pblebite, dlz elle. , -Aquella senhora que nos dlrlglu a carta publlcada ntl numero sels da

VOZ IJA PATIMA? perguntamos

n6s. -Exacta111eftte, conclulu o nosso

interlocutor.

l

Pouco antes deste curto dialogo ilnhamos fallado com O. Marl11 Augusta Figuelredo, que no dia 13 de MAio do corrente anno fòra instantaneamente Cllrada de um cancro durante a bença.o com o Santissimo Sa-

cramento, dada pela prlmeira vez no tocai das apparlç0es depoia da se· gunda nùssa campai. Esta ditosa fl• lha de Maria da peregrloaçAo de Santarem ia agradecer A Santissima Vlrgem a graça da sua cura maravllhosa, que tamanha sensaçao produzlu em toda a zona ribatejana e que delxou assombradas todas as pess0as que conheclam de perto o estado da fellz privileglada da Virgem do Rc,. sarlo. Junto de n6s passam duas mulheres, tipo de camponezas, de aspecto humilde, trajando de tuto rigoroso, com as quaes tcocsmos algumas palavras. SAo as ma.es dos vldentes. A mae da Lucia diz-nos que , a filha, de quem pedimos notiçias, fhe escreve com regularidade, tentto ainda ultimamente recebido csrta della, e esta de perfeita saude. D'ahi a pouco vemos o dr. Pequito Rebello, a quem perguntamoa por UJD rapàzinho do OavUio, gravemente enfermo, que urna das manas daquele distincto escriptor ca(itativamente levara a Lourdes na ultima peregrinaç!o e agora levava a Fatima para 1ollcltar a sua cura d' Aquela que com rado é chamada a Saude dos enfermos. Momentos depois encontramos aquella benemerita senhora e a mae do doentinho que nos disseram que elle ja se encontrava na capella junto dos outros enfermos. Era meio-dia e mela hors quando começou a segunda missa campai celebrada pelo r~v. Braz das Neves, parocho de Ceiça, de cuja morte, na puj,rnça da vida, acabamos de ter noricia e que encomendamos As oraçoes dos leitores. Reza·se o terço e fazem -se as invocaç0es do costume. A communhao dura cèrca de mela hor1:1. Oepois da missa canta·se o tantum erEo e dAse a bençao com o Santissimo Sacramento aos enfermos e ao povo. Em 11~gulda s6be ao pulpito o rev. conego Francisco Sequeira, da Sé Calhedral de Portalegre, que falta s0bre a devoçilo a Nossa Senhora. Ap6s o sermào ouvimos grande numero de pessòas ~ffirmar que ti· nham visto os phenornenos extraordinanos do costume. Em volta do tanque da ~gua maravilho1a, que poucos dias depois da primelra ml•· sa campai brotou da rocha viva pre· clsamente no sitto onde se deu a primeira Appariçlio, estaciona urna multldao enorme, que recolhe em milhares de recipientes a limpha pura e dlaphana que sahe por qulo-

ze tornelras. Muitos peregrlnos curnprem promessas. Falla- se vaeamente de algumas curas, or,eradas durante a bençAo de Jesus-Hostia. 1 Silo mais de quatro horas. Oe peregrlnos vào retirando pouco a pou• co. Prepararno-nos tambem para o regresso. A chuva cessare de cahlr. Sublmos para o nosso automovel e partimos com o coraçAo· dominado pela magua dc termos de nos afastar tao depressa daquelles logares bemditos, cuja recordaçAo saudosa fica tndelevelmente impressa no mais Intimo da nossa alma.

V. de M.

-_.cura instantaneaauma:..::..-;...:,. { phtysica g&lopante (i . r No dia 16 do m~~ de Setembro \ ultimo, ~or occasUlo da estada em Lourdes da peregrlnaçlfo nacional

'l

portugueza, reali1mu-se urna cura as11ombrosa, que impressionou profundamente as dezenas de milhares de peregrinos presentes. Trata-se de Sornr Bentgn~, òe 28 ~ anos de. edade, da CongreP,açilo das lrm!s de Nlederbronn, (B11ixo -Rhe- ?.: no), oo seculo Odilla Dille11schneider, residente ~a casa que .aquelbs religìo•j;,. .. 11as possu,am em Langres ( ~lto M'6rne), no numero 15, da rua Bnuillére. O Or. Brocard, ciee, Lanjlres, seu médico assistente, cojn at~stado diagoosticava a do~nça ne tuber<:ulose pulmonar em f6rma ;iourh1, nppoz-se terminantemente ~ sua partìda para a cidade da Virgem, declarando que ella n~o voltaria com :vfda. Mas a sua confìança e a da Superiora, que a quiz acompanhar, no poder de Deus e na interct'ssao de Nossa Senhora poude mal~ que o criterìo humano da obediencla estrlcta 4~

I

prescrip,ofs \.l,1 l)ciem~·a mé1Hca. Em Marçv fo ànnn corrente appa.. • I.o •

receram 011 p11m~1rot: ,;ymP.romas d9 mal q11e a b, eve tr ..:ho !-l' havb de

desenvolver com un,a rapid• z fulmi- 1 nante, colocandQ a' à i por (as da mor_ ....,,...-=::::,,te. Entre ourrqs, fò ram a prirwipto fadiga prolongada, l\,sse e suores no-

cturnos. Consultadu pr:la epfrrm: , '/, dr. Brocard aconselhuu lhe \l • ri>eouso 110 campo. Tendo obtido al(!1Jmas melhoras voltou

para

él

comnnidaàe

em

Abrll. Entretanto a fraqt:l•i ·:t reappare- 1

ceu e Soror Benlll ·, aentiu ;\S forças diminurrem rapid, ,·•ntt! emquanto os symptom.ls pulm1 ares -.e a~gravavam ,le u·m modo <Xl é1 1r, fi11ario. Ern ~gostc, k:vt· df' re.:• ,q1t>r a cama. N o dia 1 de St-1emb .,, 1r.mnerarura e,Jevou se 1-t~1tor ) '""~ lll t• u1i:, nttinginJ11 C Uflrapttf I 11I 42 !,!f:tUS, tardt".

al

,

O Dr. Bwcàrd ,fag1n11>IH'ot• enfao a doeni_:a de ~1hty-:k,1 at1 u.fa ou galCil• pan re 1 Trnusportaram a enf~ rÌ11:1., 0Pste estado & Loun.l t<S e·m df\W rie um colchào, A viagetp J\ 1 rm t:xtremo dolo- ' roi,:1; a religioi:i41, rt·v~ durnnte ella syncopes qua&I ç 111U11 Uaij. Toroou:se i11d1spensavel, pare lhe c1111servar 8 vida, mulliplicar ai; i11jt'l'1·01:s de ether e de oleo campho1ad11 Sornr BentgnaJ estavc1 moribu11da. Em Bordeus este,~~ quasi m, r1gonia; o Conego Laure :1t, nrfipreste de Langres, que com alg1Jmas pesi-0aa piedosas a acompauhava, deu-lhe a santa absolviçao. ... A' sua chegada a Lourdes no dia 15 de Setembro, tinba a apparencla de urna moribunda. As suffocaçOea eraR1 cada' vez m tis numerosas e as sy,,copes ~rolonga<las fazi~m temer a ca<la iost~r11e um desenlace fatai. Apos uma fireve ·vii-ila Oruta a enferma conseivou -se rfeitada todo • dia. No domingo, 16, o seu estade era desesperado.t.foi-lhe admlnistrada a Extrema Uncçào. A's dez horas.. aproveitando um curto momento de

a


.

Voz da Eatime

panbelra•lnseparavel, que se c:x>nser-. lueidez, anmoribunda manlfestou ro vava cabec~lqt, murmura-lhe ao..! Oruta. <tesejo de ser transportada Flzeram-lhe a vontade e ella alll fiouvido algumas palavras que nAo consegulmos ouvlr. Ella volta-se logo cou, quasi completamente inerte, até para a Superiora e dli-lhe com sim~s quatro horas d.a tarde. Durante pllcidade: « Vous ètes exaucée !• En· "¼ esse tempo apenaa poude engullr com tào a Superiora abraça-a eff u1lva.. grande (llfficulcfide, algumn gottaab da agua mlraculoSLi 1, 1 mente, num transporte de jubllo e de la principiar a proclssllo eucaristireconhecimento. ca ; conduziram por Isso a religiosa 1 Um dos digoltarios eccleslastlcos que faziam parte do cortejo pergunta , para a praça do Rosario. Em torno della rezava-se com fervor. 1 Superiora se a enfermn esta curada. 4 obtendo corno respo,ta um slgnal Na esplaoada em frente da Egreja do Rosario os doentes, em numero affirmatlvo com a cabeça. superior a 60Q, sao collocados pelos Esta scena admiravel, de que a nossa penn~ n&o é cepaz de dar ae..i,rancandiers em duas filas intermina• quer urna palliqa ldeia, passou-se veis. Por traz dos doentes agglome• com urna rapldez assombrosQ, Mons. ra-se urna multidAo immensa de pe· . Boutry péra um tstante, preso de regrinos de differentes naciooalidades " commoçao, continuando loio e con~ de to<las as classes e condiç0es socluìndo a benç!o dos enfermos, ciae&. Estavam presente& na tn-'a quaCantado o tantum. erEo e dada a si totalidade os peregrlnos das perebenç.lio geral, a reli&iosa ~ rodeada grinaç5es naclonal portugueza, naciode innumeras pess0as..,~ue querem nal hollcindeza e diocesaoos de Metz e Puy. Sao cerca de 1 quarenta 1 mii o ve..Ja e fallar com ell11. nil r t ,pessòas. A procissao organisada juo-,1 Os brancardlers fazcm a hait com as bretel/es para a livrarem daa conto da Oruta approxima•se da espla~s sequencias do enthuslasmo da mulU.nada depoìs de ter percorrido as tondao e conduzem-na assim escoltada gas ave(lidas dos jardins do Sanctuario. Milhares de homens veem é fren- + para o Hospital de Nossa Senhora te, cada um com urna vela ac~aa na das OOres. Milhares de peregrino& de mao, e vAo postar-se em linha, una varias nacionalidades, que a seguem atraz. dos outros, no atrio do Rosario, num delirio de commoçao e regosljo, <. ·iel-.a o Sa,Hissimo Sacramento, caotam o Maenlflcat e acclamam a coi .n.:do debaixo do pallio numa a miraculada. eusroJia riquisslma por Mons. BouA agonisante de ha poucoa instan• t,y, Bispo de Puy. Sacerdotes de vates, diz agora que tem fome. Come rhts oacionèlidaoea fazem as commocom magnifico appetite ovos, sopas, ventes invocaç0es de Lourdes nas galinha e pao. Passou urna noite es· suas linguas respectivas, implorando plendida. Nao sente febre, a respiraa cura dos doentes. çao é normai, o rosta esta i' animaProcede-se a beoçao dos enfermos, do com as c0res da saude. No dia que con,eça pelo lado esquerdo. Atraz seguinte pela manh§ é conduzida ao da umbella, que durante a beoçao Bureau des Constatations Médicales. substitue o pallio, seguem varios diE'·lhe feito longo e mioucioso exame gnitarios eccles.iaatlcos, entre 9-s quais por um jury verdadeiramente interna -0s Senhores Arcebispos de Evora e clonai. composto dos drs. Smets, de Utrecht (Hollanda), Parreira Cabrai, de Villa Real e Bispo de Beja. Na de Lisb0a (Portugal), Stouffs, de nossa qualidade de brancardier auxl· liar dos enfermos portuguezes conseBruxellas (Belg\ca), Buchaoam, de guimos tornar logar, por especial deLondres, ( lnglaterra ), Meytr, de ferencia, atraz dos venerandos PrelaTroisfontaines. (f rança) e Bussi~res, .dos P1lrtuguezes, no pequenino corde Limoges, (França). O dr. Mar1ejo que acompanha Jesus Hos:ia. chand, presidente do Boureau, teleMal irn.iginavamos nesse momento grafou ao dr. Brocard, solllcitandoque iamos mais urna vez ser testemulhe informaç0es complementarea 10nba de um graode milagre eucharisbre o estado exacto do apparelho restico. O cortejo avançava lentamente piratorio na occasiAo da partida de no melo das suplìcas, das lagrimas Soror Benigna para Lourdes. Entretanto o presidente do Bureau -de c.otT_lmoçao e dos soluços a custo repnm1dos dos enfermos e daa lovoconvocou urna nova reunilio médlc1 caç0es feitas por um sacerdote e repara o dia seguiQte é1s trez horas da pettdas em coro pela multi<tfto. tarde. Nessa sessa9, em que se leu a Term1oada a benç§o da primeira respoi-ta do dr. Brocard, fol feito i fila de ,doentes, o cortejò atravessa a religiosa um novo exame por outro esplnuada e começa•se a beti~o da jury lnternaclonal de rnédicos com~ 'Segunda fila. Aben~oados alguos enposto doa drs. Buckem, de Maeatrlcht ferm11ti! a Sagrada Custodia encontra(Hollanda), Parreira Cabrai, de L11bOa se t:tll f, ~nte de Soror Beni~na que (Portucal), Mite Roasl, de Mllao (Itae st11 vn oe,tP1da na sua maca. • lia), Legrand, de Montréal, (Canada), Momt-n<o unico e lnolvldavel f Gourand, de Nantes (Praoça), e AuQu~111lo , foos. Boutry traç1 s0bre ella fraz, de Morlaix (França). o s1gnal l.ia c,uz com a Sa~rada CusImporta notar que a fellz religiosa fodia, ~vemos a eoferrqa soerJ?uer-se tinha subldo na vespera ao Calvario no seu grabato de d(')r adorar II Hos-de Lourdes e tioha Ido nesse dia de tia Sacrosante, sorrir ~e com um sormanhl\ ~s Grutas de Bétharram, 1e111 riso de ù1effavel alegrh,, o rosto illuexperimentar nen~um incommodo, minar- se-lhe de um fule6r que nAo quando, alnda no domingo tarde, parecia deste mundo e depols, domlagonisava na sua maca. nada por urna .commoçao enorme, Pelo exame médloo verlflcou-ae descahir liluavemente s0bre a maca e o desapareclmento completo dos symprorornper em lagrimas e soluços. A ptomas putmonares em menos de Superiora, $oror Ponci~na, sua comquarenta horas. Nlo se encoatrou

a

a

a

nenbu01 signat stethocoplco. A re~ piraçAo era absolutamente normai. Oepois deste segundo exame, • unanimidade dos médicos, com ex• cepçAo de um a6, adoptou, em ses• s1lo, as conclus0es segulntes; e 1.•- Soror Be:ilgna foi realmen• te atacada de tubercu.lose pulrnonar

em /6rma aEdt!a ; •2 ° - Foi completamente curada desta ctoença entre o dia 15 e o dla 17 de Setembro de 1923 ; cl.• - Em raz1lo da &ua rapidex, esta cura é contraria a todos os dadoa da sciencia e da medicina•. A miracutada assistiu a sessìl.o e o6s vimo-la sentada ao pé dos m~ dlcos com um aspecto de g11u11e t~o perfelta que nos lrnpressionou deveras. Momentos depots era ,11fix<1dn A porta do Bureau o respectivo br,letlm médico, em que se constatava a cura completa de Soror Benigna, que nao podia aer de modo nenhum atribuida , acçllo norrnal das forças niuuraea• .

V. deM.

Notas e impressoes - De uma carta dirl&ida ao adminlstrador da • V61. da Fatima, por um sacerdGte ilustrado e piedoso acerca da pcreerhrnçno de Coimbra no dia 13 de Outubro findo, transcrevernos oa st>guintts periodos: •Ainrt, se nao t1pagaram as lmpres!!0es agrndablll1simn da nossa pereg rin::1çao, spesar da contrarledade da chuva. Parece que até csta mesma contrariedade cotribulu para afervorar mais a devoçAo de todos, que viram nella um convlte de Nossa Senhora a re· nltencla. P.ara M.aio todos querem voltar e muitos mais mostram egual desejo. Vai mandar se fazer uma bandeira p~ra essa pereerlnaç~o. Hoje celebrou se na egreja do Salvador urna mtua em acçao de graçaa pelo Miz e-x1to <it!sta primt'irn peregrinnça... t,.,vencJo cauticos, pdtjca e communMc, geral. Algu1u1 doa oouos doentes r.xperimentaram 1,~n11lvels mellwrns e urna creadita de ir.rvir, que era dadit como tuberculosa, c,~"se curada. Se .se confirmar a cura, informare!., - A peree,lnaçao de Coitnbra es.. tava ltlOdelarmente orf:anisada r.raçaa ao criterio intelligente e aos t> , forço1 incansavels da benemerita commissae que a levou ..1 efelto. Compu nha-se de cérca de trezeotas pess0as ~ ecci~ siasticos, senhoraa, commerciantes,. industriais, estudantes, etc; que partiraro da·formou cidade do Mondege no dia 13 ,, duis boras dn mactruga• da, em liete e•mlons, no melo da mail edificante fratemtdade chrlstA. . No dia 17 a commtssao oraanlsa• ' dora mandou celebrar na egreja de Salvador umi missa em acçAo de gra• çu pelo fcliz ex:lto desta prlrnelra pe• rearlnaçAo, pelaa melhorss alcançadu por alguoa doa acus doentes e pel~ c:omo dlziam· os peregrlnos, de ninguem ter sentido o menor ID• commodo de sau(le, ·ao contrarlo do que c0Rt11m11 succeder a ouem se mo• lha até , meò11lla dos O}~qs. -Em L~ina, aJuventude ~~ tholica, a Associaclo do:s Calxeiro , n A-ifeJII•

,,,u«rre,

I


blefa Ueiriensè (elub) 'e o Oremlo n

Littefa,io~e Recrutfvò pu2eram gen-'Q tllmente as salas das suas sédé8 é dlsposl<. ao do:s peregrinos, que, sem es~ u se ( ffetecimenlo, tetlant de pernoitar, em granue numero, nos bancos das pra\as e do, jardins por nao haver quitrtos devolutos nos hotets· nem ou1ras casas que os pt.dessem alb'et• ~ gar · Ern Lelria e em Torres Novas famllias de todas as classes dispensaram aos peregrinos, que alll affluiram em numero de multos milhares na sua pai., agem para FMima, toda a sorte de a11ençòes e carlnhos, recolliendoos e fornecendo- lhes roupas e aquecfmentos. - A comissao organlsadora da peregtinaçao de Coimbra ènviou para Leiria o seguinte agradecimento para ser publicado nos jornaes daquela cidacie: e A commissgo organisadora da peregrlnaca:o de Coimbra i Fatima no dia 13 do corrente agradece penhoradamente as pess0as caridosas de Leiria o agasalho e conforto que t~o espontanea e desinteressadarneote prestaram aos nossos peregrinos oferecendo lhes tf as suas roupas, enxugando as que levavam e acudindo com aquecimentos e ourros generosos serviços aQs que se encontravam completamente enchatcados pela chuva que tiveram de suportar nos eamions durante seis horas consecutivas A todos protesta a sua profuoda gratid4o, nao fazenda agradecimen tos directos a cada familia, de per si, por Ignorar os nomes de muitas dessa! pessOas caritativas•. Na manhA do dia 13 o vasto templo da Sé, de Lelria achava•se repleto de fieis. A's missas allt cetebradas assistlram os peregrinos com a mais viva fé, aproximando se qu~si todos da Sagraòa Meza. Durante a missa de Sua Exceltencia Reverendissima o Senhor 8f3po de Lelria canfou a Juventude Cathollca de LlsbOa alguns canticos apropriados ao acto, commungando a e~sa missa os peregrinos de Coimbra. O numero de automnveis e camions que no dia 13 de Outubro e~tiveram em F~tima foi superior a trezentos. Houve quem tivesse a paclencia de os contar nm por um. " O numero dos outros vehiculos, de todas as especles, feitlos e tamanhos, era incalculavt!I, devendo orçar por multos milhares. Entre os automovels via-se um que tinha vindo dtrectamente de Hespanha com alguns peregrlnos daquelle paiz. - O tanque da agua ma'ravllhosa que brotou da rocha viva depois da J>rimelra missa campai no sitio da primeira appàriçAo esta quasi concJuido. Catcula·se seiscentas plpas a quantldade de agua que o tanque contém actualmente. O deposito supérlor, para onde a agua é levada por melo de urna bomba aspirante fem a capacldade de dezassels pf pas e est~ divldldo em qui nze compartianentos a que correspoudtm ou.trae tantas tornelras~ 1,; Tèndo corrido a nova da cura extraordinaria <le urna creeAça, neta de um médJco tao illustre pelo fervor da sua piedade corno pelo aaber, um dltUoctQ a'1-.:ogado,. nosso oomum

e,n

amlgo, escrevélJ'l U\e 'a preguntar sé o Q facto era verdadt!iro. obtendo a ae-gointe resposta que se dignou com:.i ".> munioar- nos e que ouitamos transèrever por co11st1tulr um alto e oobre exemplo de espitito de fé -e de ,eslgnaçilo chri1ta: •lnfelltmeote nao é

verdadelra a noticia que recebeu : nao foi miraculado o meu net<>. Oeu$ nao me fulgou dlgno de tao grande grai;a. Pois st:ria retumbaote o mlla~P gre, ~e ae tlvesse dado, e metter-se-iii I. pèlos olhos dentto ao mais incredulo. Por todas as ras0es tlve immensa pena de que se, nao désse. Curvo-me; bemdigo o Senhor : maa nao posso ser superior a um grande sentimento de trlsteza I Grande fraqueza mlnha, nllò ha duvida. Oeus, porém, m'a perdoara, vendo a minha resignaçllo.• :> Aquelle nosso amlgo fez preceder a sua commurrlcaç{lo do breve màs edificante commentario que segut: e A humildadè do signatàrlo destas linhas contunde-me alnda mais do que a sua fé. • -De um interessante e bem redigido artlgo publicado em editorial no numero de 19 de Outubro do JORNAL DA BElRA com o titulo de «Nossa Senhora de Féitima• e o sub- > titulo de clmpress0es dum peregrino• transcrevemos com a devida vénia os pt!riodos que seguem: e A certa altura, o dia até en tllo enublado, de ceu pardacento e escuro, começou de aclarar. Na esperança duma nova repetlçAo do phenono solar, ja por varias vezes alli constatado, a maior parte da gente olha• Ta o ceu, procurando ver o sol atravez das nuvens, agora mais diaphanas. Ouve-se um vago murmurio de admiracao. Olho o ceu no ponto em que o sol começava de surgir. As nuvens. ja tenues, transpareotes, corrlam pelo ceu vertiginosamente. E num dado momento o sol começava de apparecer corno urn globo alanrajado, euja citcumferencia, toda num circulo de luz, estranha, talvez azul electrlco, girava vertiginosamente sObre si mesma. O phenomeno dura apenas uns segundos. De novo o sol 6esapare• ce, t!spalhiindo se entao por todo o ceu pequenas ouvens còr de rosa que vao desaparecendo no borisonte. Este estranho phenomeno solar que j~ mais tlnha constatado, vi-o alli em piena posse do meu espirlto, livre de toda e qualquer impressao ner• vosa. Nao procuro explica.Jo de quatquer f6rma. Assevero apenas que elle se deu, com testemunho de outras pess0as conhecidas do nosso melo, a quem elle nilo pass,ou despercebldo. Seria um phenomeno visual causado pela lùz solar na nossa retina ? Seria o facto - porque o é - um phenomeno atmosphertco locai, tenfporarlo e ocasional ? Ser4 um slgnal de Deus? A todas estas preguntas que a mim mesmo ffi e com os meus companheiros discuti em troca de lmpreaa~es, eu flco sem responder. O que é absolutameote certo, porque foi um facto indubltavel, é que o phenomenO' se deu e eu e outros o veriflcllreos. Oepoia delle a massa doa creato-

conttnuou rezanda;t"a'sslstlndo recÒ'lltl lh.ida e piedosa ao Santo Sacrificio da~ Mfjsa. i 'l tr ci:>\f

.~.i"f/"'······~e • •• , ........ ~P-~,~ Este facto, , a affluencta espsntè:rsa?L

lncal4ulil vel, dè t peregrinos ao locai,.. da Patlma, é o que prhhelro nos' impressiorfa e nos ch6ca I Alguem dé> n0sro Jado que asslstiu concorrertela enorme de pessOas que a apotheòtie do sol dado desconhecido levou A Batalha, calcula em multo mals de qoatro vezes a que desta vez se deu a Fatima I E' urna ~ousa assombrosa f E nlio ha alti um divertimento uma cutiosJdade artistica, r1ada, ibsolulamente nada que nao seja aquella immensa mole ilo gente rezando em volta duma imagem humllde. Alem

a

disso é de notar o recolhlmento, o respelto, o sllenclo que reina por entre aquellè mar de gente, a ausenclade qualquer nota discordante de qualQuer conf!icto ou barulho,' oao, obstante alfi se nào ve; quatque, auctortdadt, nem um shnples soldado daguarda republicana I l Assim, pois. e para terminar esta~ slmples e desatavladas liohas escriptas ao correr da penna : a impres:ii\o que dalli trouxe - sparte o phenomeno extraordinorlo que alll vi e que por raz0és bem comprtheosiveis m\o, procuro discutir por emquanto-é de que Fatima constitui ja presentemente o primeiro logar de per~grin;.1,,aopiedosa de todo o nosso paiz. •<. Pot certo nao se encontra em parte alguma, i exc~pçao de Lourdes,. urna tilo enorme massa de fieis participando, no maior recolhimento e dtvoçao, das solemnidades religiosas celebradas em hor1ra da Ma~ de Deus t

Transpotte. • • . . • • • • • 5:48l:fi2l) lmpressllo do n.0 13 (15:000 exèmplares) • • • • • • • • • 230:000 Papel d'impressao • • • • • 2:260:()(X) Outras desr,ezas • • • • • • • 34·000

Soma. • • • • • • • • • • 8:0ù7:62Ò

Subao,-1980 (Contlnuaçao)

O. Mula da Apresenta~o da Costa Perelra ••••• toSOOO P,0 José Maria de Almeida. 10$000 Or. Joaqulm Coelho Perelra (2. 0 anno) ••••••••••• D. Margarida Ventura Ruivo Ferreira •••••••••• D. Julia Pinheiro da Costa • O. Antonio, Bispo Auxiliar Colmbra (2.0 anno)••• O. Anna da Silva Barreto • Dr. Leonardo de Mello Falcio Trigoso ••••••••• O. Maria da Cruz Narciso Porfirio ............ . O. Jgnes Baptista Tavarea • Manuel Mes411ita Ribeiro _ da Silva (2.• anno) •••• Antonio Carvalbo Xavler .• P.• Aueusto José da Trin-

ae

JOSOOO 10$000

1osooo· tOSCOO 10$000

25SOOO IOSOOd 10$000

-

IOSOOO lOSOOO

udo (2.• anno) •••• -- • 15$000 .

....


A.no

LEIRIA. 18 de Dezembro de 1.0.28

(COM APROVAçAO ECLESIASTIOA) Admlnl•t;radori PADRE M. PEPEJRA DA SILVA

Dlreot:or, Proprlet;arlo e EdJtor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACçAo R ADlUNISTuçlo

RUA. D. N'UNO ALVA.BES PEBE:IBA.

Composto e im presso na Jmprensa Comercial, 4 Sii -

1.eiria

{BEATO NUNO DE SANTA MA1'-1A)

13 d8 Novembrci Na vespera chovera torrencialmen-

te, sobrctudo a noite. O dia 13 porém, amanheceu sem chuva, posto que o ceu, antes do nascer do sol, se conservasse completamente nublado. Atravessamos mais uma vez a serra d' Ayre, sob os raios acariciadores do astro-rei, que de vez em quando espreitava por entre as nuvens. Ja passava do meio

dia e meia hora quando chegamos a vista do locai dati appariçOes. Precisamente no momento em que des-, clamos da estrada para nos dirigirmos capella comemorativa dos sucess6s maravilhosos ouvia-se o toque da slneta que anunciava o iniclo da segunda missa campai. Celebrou-a o rev. Antonio dos Santos Alves, parocho das C6rtes. A multltidao que se acumula em torno da capella e se ester;de até proximo da fonte, é enorme. O numero de peregrinos que neste dia acorreram a PAtima excedt> alguns mllhares o do mesmo dia e mes do anno passado. A chuva torrencial da vespera, tornando lmpraticavels as estradas e

a

caminhos da serra, nao fizera desa• olmar os verdadeiros devotos da Vlr-

gem do Rosario, que a tantos aacrificlos se sujelfaram para lhe prestarem o testemunho do seu amor e do seu r('conheclmento no logar em que

se

dlguou apparecer para derrama, com profusào as suas graças i:iObre os tìlhos de Portug&I.

Durante as òuas mlssas, (a primel-

ra fòra celebruda ptlo rev. Augusto de Souza_ Mala, secretarlo do sr. Bispo de Leirla), o rev. Dr. Marques dos Santo!!, no melo de um silencio absoluto, reza o terço alternadamente com a asslstencht, cujo rervor Impressiona t. commove devera,. A' elevaçAo fazem-se as invocaçOes de Lourdes que s6bem até junto de Jesus--Hostl~ como ~ritos dilacerantea de almas que soffrem ou que lmploram lenitivo e conforto para o soffrlmcnk> dos outros. Emquanto se admlnlatrava a Saaiada Cot'llmunhao, canta-se o •Bem-

dft••· Recebe• uste I

ila • Pi• (ts

Esoadorio e Sentnar10 ds Nossa Senhora da Enoarnaoao em Letrta Neste Santuur10 houvo anLigamente milaf(res retumbantcs e aqui vinhem peregrinos de perto de Counbra, Mooti:mor-o-Velho e outros sit1os d1stantes e ainda hoje é de grande dcT01io

Anjos al~umas centenas de fiels que, préviamt nte con{essados nas suas terra~, de bOa vontade fizeram o sa-

crificio ,ie estar até tao tarde em jejum n~1ural para terem a consolaçao de l ,,mmun~ar naquella estancla prlvile~la , p1: lc1 Ralnha do Ceu. Ac.ib, 10 u Augusto Sacrificio dos nossn~ ,ihares, s6be ao pulpito o r"v. José do Espirito Santo, parocho do Regueng< òo Fétal, que du1ante très quartos de hora falla sòbre· as glorlas d1 ::,<1,utis:ilma Vlrgem. Quasi no ftm do i.,t-rmAo a multid~o, que aesde e •Sa, tlU"• <tebaide procurara desc,,brlr 11· ,, mamento qualquer sign&l exti 1, ,1 jinario, eotbuslasm&· se e prorc.,mpt' em exclat'llaçOes de admlrai_.Ao ao contemplar os phenomenos dos mczes precedentes que se repetem neq~e momento. Os olhos podiam fixctr St! no sol sem esforço e sem lncmnmodo. O disco solar pareceu girar :;Obre o seu eix,', :iemrlhante a urna roda d~ fOgo 1i1.• nruficio, mas sem projectar feixes di' luz e de chammas de cOrcs v 1uienadas como em 13 de Outubro de 1917. As nuvens tornaram-se successivamente azues, encarnadas, roxas, verdea e amarellas, retlectlndo-se esSH cOres nas nuvens que toldavam em varlos pootos o horisonte dlstan-

tt. A• lllffllle t~•P• s•tue o locai

das appariçOes parecia cahlr uma chuva copiosa de f16c0a brancos corno fl6ccu de neve, que se dleslpavam quasi por um cncanto a poucoa metros do s6Io. Um llfficlal auperlor do nos~o ext:rclto, que nos campos de batalha da Fiandre, hc,nrara aobremaneira o ro.. me portuguez, nAo p«'dia conter a sua admiraçào por tudo o que ae es-t,va passando na atmosphera e no firmamento, exclamando por flm: e Incooteatavetmente ha aqui o que quer que seja que excede as forças ds oatureza e nos deixJ entrever 4e um mocto bcm sensivel o poder lnAatto de Oeus I• Esta phrase era a syntbese do pl!nsar e du sentir dos milhares de pcs!Oas preaentu, entre as quaes se contavam multas pertenceotes ~s classe& mais cultas da sociedade. O pré~ador conclue o sermlo, la• terrompldo por mamentus, d«>vido 4 di~t. ~cçào do auctuorio prtv, ndo pt.'los phenomenos extraord111arios. Sao cerca de duas horas e mela. Alguns peregrinos, homens, mulheres e creanças, cumprem promessas, andando de joelhos repetldJs vezes em torno da ~r,.lla. A multid4o abrelhes passagem facilltaado o cumprlmeato dos seus piedosos encargos.

Jnte a

k>ate 11aravi~1a ce11ten9!


J

de pes.011 bebem agua ou fazem larga provisAo delta afim de a tevarem para suas casas. SAo quatro ho-

ras.

Oa peregrlnoa teem debandado pouco a pouco, Na estrada ja se v!em poucos trens e um ou outro automovel. Seguimos dlrectamente para Torres Novas e nessa mesma noite tomamos na estaçao do Entroncamento o rapido Porto- LlsbOa, regressando ao nosso lar distante com a alma impregnada do mystico e suave perfume que se evota incessantemente, mas sobretudo no dia 13 de cada més, da atmosphera sobrenatural e divina da encantadora e mysterlosa f atima.

V. de M.

PREVENCAO s esmolas para Nossa Senhora do Rosario da Fatima Somo•

lnformado•

de

I•• pess6se teem a i do III xplorad•• pedlndo•

que • • ..

a-!>• lh e• eamola• para o culto de No••• Senhora . d f'I Fàtlma e

e••••

eemo-

laa niio teem chegado ao •eu deatino. A deaf.a qatez dum laraplo fol • ponto de pedir uma eemola ao Santo P•• dre I ••• Como a arte de Poub"r esté muito apurada, fazemoa oa aoguintea awl&oll 1

1.0 • • e•mol•• •6 dewem • ~ • entreguee é• peaa6ae que • • Pec bem dentro do alpendl!e que e•t6 em volta da c11pella, ao Rew. P1·fo~ , da Fatima GU na o. dndnietrzq.lo da VOZ DA FATIMA em Lei ..ia.

DA

_4 . 0 A voz FATIMA é diatribuida gratuitamentP, e a& e,emolaa qua oa seufJ tomadorea qubierem dar, sao p111ra o cu1to de Noaaa Sanhora.

5. 0 E' prohibido vender Cf1A ei!iq'u~r nbjetos dentro fio t4!r,•onos deati ttted os ue SsntuQrio e, portanto, oo C:ieis devem repelir q11emqucr que so apre&9nte nesse logar a wen-

cle-loa.

Hs curas da l'atima

Peço que me desculpe eata tlo longa conversa e acceite os meu$ cumprlmen tos.

1

Sara Mudat•

Devldamente autorlsados publicamos a seguinte carta, que os leitores do nosso jornal decerto acharAo, corno n6s, Interessantissima:

eut... aura

D. Maria dos Anjos de Matosp Presidente da Associaçao das Filhas de Maria de Pard~lhas (Murtoza) veio no dia 13 de Julho a FAtima pedir a Nossa Senhora a cura de urna ferida em um pé, que multo a fazia soffer. Na Fatima lavou a ferida e quando no dia se2uinte cerca das oito 'i horas da ma11ha se descalçou a prlmeira vez na presença de Maria Jo- ~ sé Marques e Maria do Rosario Nu nes, da mesma terra, estava curadal A' volta da Fat,ma veio pela Batatha podendo ali e em Leiria subir e descer as escadas sem incomojo. D'urna carta enviada Voz da F.itlma• copiamos o seguinte: e Nao posso mandar attestado sObre a ferida da mloha perna porque dt'sta vez nllo cheiou a ser vista pelo médico. Se eu soubesse que o queriam publicar nada me custaria mostrai a antes de ir Fatima.

cLeça, 10-Xl-923.

a

Pela primeira vez fui Cova da lria em 13 de Setembro, mais em passeio e curiosldade de que por de,oçao - mas fiquei infinitamente impressionada pela fé simples e profunda dos mais humlldes aos mais poderosos e das cerimonias ao mesmo tempo humildes e grandiosas I Nao preciso de mais milagres do que esse que leva essa onda de povo a esse canto arido e quasi deserto de Portugal numa s6 ancia de orar, pedir ou louvar nossa Senhora, aonde elles julgam que Ella descesse à terra para melhor nos ouvlr e animar I E porque nlio teria Ella feito essa graça a Portugal tllo desgraçado se Ella o fez em Lourdes? Se nada houvesse em Fatima, aonde nada atrae, porque iriam esses peregrinos cada vez mais numerosos? E corno explicar aquella misteriosa e poetica religiosidade que nos envolve, inonda a nossa alma e nos faz cahir ali na terra barrenta e orar, horas e horas, humildea e cheios de fé ? E t!o chelos de fé que desejàmos voltar em Outubro por devoç:io no sacrificio da peregrinaçAo de Coimbra. lnfelizmente como nào iamos independentes tlvemos a magua de ficar em Leiria. Que oossa Senhora acelte esse sacrificio depois de urna noile de chuva torrenclt1l I No11sa Senhora ja 110s fez um grande milagre;. é esse o fim da minha carta e tambem a as· signatura da e Voz da Fatima, para a qual eovio junto 10:000 rél11. Oesejava que os jornai& vie!lsem desde Outubro passado. Alguem desejava muito po~suir os 12 primeirc,s (ainda • existem? ). De certo V. Reverencia quer saber o milagre. O meu irmAo mais novo Oscar esteve ha aonos 11 morte com urna infecçao e durante 10 mezes esteve r,u m martyno I Mas Oeus con·cedeu nos mais esse grande milagre Je n salvar. Em Sc·tPm-''j bro pasoado depois d~ grandes dores aguth1s na f;.1ce esquerda e dols tumores nos dentes e depois desles 1 tirados e as dbres passadas, manifestou-se um _principio de infecçào na narina e~quérda. Assustado foi a urn especialista 'que lhe receitou pul~ verisaçoes e recomendou que nada deitasse na narln.a esquerda, mas que lhe parecia ser j t um pouco tarde e ter de fater urna puncçao. Como nesse tempo costum11 caçar um mez na Serra portiu e 14 tomou as pulvèrisàçOes que 1111da fizeram. Ao escrever-me receoso do futuro, mandel- lhe agua de PAtima. A's noites, depols de urna p •qurna oraçào, dei-, tava urna cc,lher5 ntl', dagua nit narina e.squerda e terc.e,ra flcou curado I Louvado seja Deus e sua M!e Maria Santissima I Em Maio viemos todos a2radecer a Nossa Senhora da fétlma t

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' Passados os sete mezes de sofrt: mènto da perna e st>m que esta cicatrlzasse é que eu me rl'sol vi • ir ao Porto consultar um especiatista, .ma&' durante a vlagem Uve este presentimento: e se eu em vez do médico fOsse Fatima? Oi!lse-o Maria RQsa, que era quem me Rcompirnht!va. E!ta disse que seria mt>llior. Ei1, porque no dia 13 de Julho ali fornos a, esse lugar santo que tanta unçao interior da 4 nossa alma.

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lH,10!

Dcixa vjr ti minh'alma atribuladn

l

Um rai() deJsa ti/urea, nrdente la~;n àe 1i sem cessar tmana a flux, O' do'2e Coraçdo (Ja lmmaculada I Qltt

Meus passos firmà na som(Jria estrar,a

Por onde arrosto da amarRur,. a c,uz E, como ao nauta a bussola conduz, • Le-,a-me salvo d praia suspirtJda. l

.J1l

leva-me ao porto, d patria da ven-R tUTtl• JI

Do Amor, do Bem d fonte eterno~t pura·" \ Na rnals segura barra - o teu pcH..t, r. Escuta a prece, Coraçtlo bemdtfò,

a

Qae a ti elevo - doloroso erito Dum petto o/lieto e /arto de sofrer l •

2

J


....,. Voz do. F.étlma ha algum tivro com a notlcia das apparlçOes e acontecimentos de fii.· tima desde o principio, era favor envlar-mo.•

. Fé que cura De urna nobre senhora do Porto, tlio distinta pela sua cultura invulgar <omo pela sua viva fé religiosa e acrisoladas virtudes chrlst!s, recebe. mos urna carta de que extrahimos os seguintes f>eriodos: - «Peço sobretudo, as oraçOes a Nossa Senhora da Fafima, a quem prometti ir agradecer a mlnha cura se ella se dignar livrar- me da terri;el doença que ha dez annos me traz quasi de todo inutilisada. Os médicos da terra oAo me curam - consultei quinze, - e Lourdes, aonde fui ha uns annos J~ depois de muito doente, tambem nao me curou. Estou a ver que Nossa Sentiora quer curar-me em Portug.al. Deus permitn que slm l Se a medicina anti· cathollca disser que foi a fé que me curou, eu saberei g_ritar bem ~lto que, se a fé me curasse eu devia ter vindo curada de Lourdes, quanJo ha annos la fui. Os médicos incredulos acertam e nao acertam afirmando que a fé cura ; sim, a Fé dom de Oeus, tudo cons~gue do Coraç:' io de Deus, que esta prompto a .dar tudo aquelles que d'Elle receberam o dom de sabee confiar.•

O processo canonico

Urna ilustre e virtuosissima senhora de Vizeu escreve-nos o seguinte: <Seguimos com o maior interesse

e fervorosa expectativa os acontecimi-ntos de Fatima. Que a decisao UltJma olio se faça esperar para altivi,., Jas almas I . Tu io quanto se relaciona com tima é muito favor comunici-lo.•

Fa-

Notlclas de curas Cit11mos a seguir alguns periodos

<le_ um& carta de um excelente pecegrmo cte Alcanena, muito ,entusiasta ~eia causa de Nossa ~enhora de

Fa-

1,ma : - •Tive tambem o grande praZt'r de conheçer e fallar com a grand ... mir~culada de Maio passado, a q_ue rn f1 z no tar a ìm pprtancia que ten a urna entrevistd ('tn f6rma e com e)art!za que se publicéls5e 110 jornals111ho de fatim«J, aromp:inhado de Plt• 1togPavura . • A m1rn çulacta dif;sem~ que is:,o nao Jepe ndia d ella mas d I comi ssio ~11oni ci\. Tenho notado que o povo esta avid o de notlci as de,1a natur~za, procurando em c ada num ero e11c1)ntrar noticias q ue o ~ensibillsem, e.o mo o f~rcfm as publ1~adas no numero de Maio. Eu c r~ to piamen t~ q ue a. felii priveligia~Ja da P<'rl·_gri,~ç.io de Santarem escompletamen te cu ri da. pois o seu a~pecto, a _sua · cf,r, ~gilidacte e vida ey fim, d f't x a m t ss..t impressào a q ut'm tem O prozer de lh e fallar.. l

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O ph!!non1000 so!ar

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De um car tfio dc urn a sentio ra ilust~c e pirdo~a de C (111deix~ : - , Estivi! t·m PWma no dl:i treze. Fiquei ~ iH&vtl /iada coni o ·qu e vi. O sol .ipparect!r P,O~ aquell;i f6rma é um Vt!cùa.Jciro mll:igre l fat.e espectacu]~ causou me uma tao grande emoçao Quc aiuda n4o tstou em mìm I Se

Doze leguas a pé De urna carta de um peregrino de Thomar, nobre pelo sangue e peto talento, de urna cultura f6ra do vul· gar, christAo fervoroso e chefe de famllia modelo, transcrevemos o trecho seguinte: - ,Conto ir a pé no dia treze a Patima e, corno ja posso andar com certo desembaraço, se na ocasiAo nao estiver peior, quero ver st faço o trajecto a pé daqui para N4o fiz promessa ateuma, ir,as gostava de poder offerecer a Nossa Senhora, no dia treze, a meza da communMo, o incomodo que por certo causar~ tao grande cam,nhada, sobretudo a quem, corno eu, ji\ ha trez ou quatro ano, quaal nAo anda a pé.»

la.

AVISO So teem direito a receber a

que previamente tlverem mandado , redacçAo o minimo de dez mii rets. A expediçAo do jornal p6de derno• rar alguos dias, depois dos dias 13. Ultimamente tem-se distribuldo gratuitamente neste dia na Fatima rérca de 4:000 exemplares.

Voz da Fatima Deepezaa Transporte. • • • • . • • • • 8.007:620 lmpresslio do n.• 1-4.••• (10:000 exemplares) • • 180:000 Tran~porte de papel. • • • 1OI :000 Outras despesas . • . • • • . • 51 :00(! Somma • • • • • • • 8.339;620

SubeoriçAo (Continuaçào)

Saudades de Fatima De urna carta de urna filha de Maria de f>ardelhas (Murtosa), que em treze de Julho foi favorecida com urna cura extraordinaria de que noutro lugar fatemos o relato, transcrevemos os periodos que seguem jcerca da peregrinaçao loca! de treze de Novembro: - cChegaram todos com saudade immensa e anciosos por voltar brevemente a esse lo2ar bemdito para saborear de novo a commoçao que alli se experimenta e gosar uma vez mais a paz santa e suavlssima que i;e sente n'alma nos momentos d1tosos que alli se passam. Durante a vlagem rezamos o terço em coro no comboio e nlnguem ousou dizer nada. V~ se que o povo essequioso da plllavra de Oeu,. Praza ao Senhor que dentro em pouco Portugal se torne o Portugal doutr6ra n-a sua fé.»

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Maravllhas de Deua Transcrevemos os segulntes perloaos .te urna carta de um pit>doeo peregri no de ~ernarhe do Bomjardim, d a tada d e treze de N ovt-mbro : - e Em tre7.e de outubro fui com mlnha fam i lia fa!im;i agradecer a Nossa !,e,•hora do Rosario alg11ns grnrrdes hvores q11e se dignou fa-

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zer no~. Ffq ue, rr J f1111 da nit>11 !e e 1canta11,: com 1udn n qut> <,hst'.PJei • •• MaravilhéiS de Dt!t1s I Qutm me dera estar !ll pis prrn:;im , ctes::è 51tlo priveligiado e poder i r Il todoS os n1eìek I»

.

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Pensando em Fàtima , ) De unn carta de outra filha de Mari{!. de rardelhas (Mu, tosa) extractiimos as seguin1cs linhas : - «O que fo i a peregri,11,i:ao do d ta treze dc Novt-mbro? ()e via ter sido um l espectaorlo muito booi ré, I Que dòCl ' S lngrim as de commoi;:20 derramcl ao &n t'io dia lembcando· me do que .'.!Qu~lla hnrn !- e esta va p1-, ssando Pm Fatimr; I Nhu sei q u~ u,y ,teri o:-a influenc h , xe1ct F~tlma PfU m·r,hfl alma, qut 1:/io ha um ~6 <JJii -t !I) 4ue mio pL•n :;c, naqud!a ~~1i111c1: h t' tnciil,", e nrto ouço r\llll Ca prvr. urqu f•S• Sf!. nomi:' du!w, ..imo St'm q_u~ '> meu coraçào ~e e,nusiasme e oxult.! de

alegria. •

·

cV01,

da Pitlma • pelo correlo, as pessou

P.e Manuel

J. da Rosa do Nascime:ito (2.9 anno) . 10Soot P.t José Luiz da Rocha (dois annos). . . • . . . 2osooo Antonio Cardoso Leal (dols annos) . • . • • . . . 20$000 Donatlvos varios e jornaes. avulsos • . • . . . . . . . • 269SOOO D . Joaquina Almada d'Oliveira • . • . • . • • . • . • . 10$000 D. Maria Amelia Almadll Albuquerque. . . . . . . . • 10$000 D. Maria José Ouimaraes Pestana Leal (2.1 anno}. . toSOOO D Maria de S. José Pestana da Sllva • . • . . . . • 10lfl00 M.18e Maria Magdalena Oudlnot Larcher Marlins Nunes . . . • . • • . • . . . . tOSOOO José SimOes Pedro (2 anno) . . . • . . . 1?(500 O. Maulde Barreto (2. 0 an.,). I 0$100 Jo~o Carh.1s de L Mvath , Reis r Silva. . • • • • . . • • l0$1 1uo O. Te,esa da Co nt:e1çào Xavìt'r Ramr\s Netc1 . . • 10!000 D. Rosaliii da t ;;imara. . • • 10$0f' O D. Margarida Vic torino Costa • . • . . • • • • • • • . • • lOSfìOO Maria Eu gPnia Matos Madeira Co~t,1..•...•• 1osnoo tgnado Seguro Saraiva .•. 10~0• 0 O. Maria José dos Santos.. lOSQOO D. Anna Co rrela . • • . •• 10$000 D Maria O ertrud es• . • ... 10$000

°

o.

Fra1\lc Robersto'r1 .••••.•• 1osono O. (jrfglda' l1e Nazareth Da· milio . • . . • . . . . • . . • 10\000 D. Marianna de Jesus Bonifacio . . . . . . . • . . . . • l OSOOO O. Mari .. da t.::0nce1çào C'amarale . . • . . . . • . . . . .

l 0~()00

Erne~to Ferrel/11 d,~ C'o:-t::i. . 10$000 D. Maria da C 111çei<;ào Berqu6 d' A1iuiar T eves. . • • lOS(l()() D. f nma Còrdt!Ìro .\ fai;as. . 101000 Gullherrnin a de Jesus Alberto Onme's ... ..•• lOSOOO O. Aclel' il1& Bra·rn,ramp de M ellu B<ci hr r ( nhral) • • .Mgr. 4 !1hi1, tk.fl~ '~ San1 0;; J,)1:11g al {2.0 ..: •11 ) IO! ' 00 D r. W , i• '$ •'.l'Ol1ve1n1 (2." J l¼nno) . . . . . . • • • . . . : . :l1,i~1ilO P..c Jos& l f, nt1d n à' U livti rit. 10$000 D. Cor-:::, ntil~ .· ni;da ,lt! Carval!10 • . • . • • • . . • . 20$.000

ù.

,osobo

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Augusto ArauJo de Carvalho D. José M. F. da Camara (Belmonte) 2.0 ano ••.••• Maria Tavares .•..•••.• Franclsca de Jesus Mança (J.• vez) .• ••. . • • •... Maria das O0res Fernandes (2.a vez). ..•.....••• Mar Jo Ceu Cavadas ..• Manuel José Fernandes Rendeiro. . . . . . . . . . . . . . Maria José teiras •...... Piedade Bunheir0a (3.• vez) Rosa Antonia Valente d'Almeida ....••. . .•... Laura de Oliveira (2.• vez). Maria de Jesus Pir0a.••.• Oracinda da Silva Trinta (2.• vez)...•..•.•..• D. Maria josé Leite •.•..• D. Maria das O0res Tavares de Sousa (2.0 anno) • D. Maria Candido Teles •• Antonio Carvalho Xavier .. Antonio Marques da Costa. O. Josefa de Barros Catn0es Joao Manuel Gouvela Hortas ••....... , . . • • •

10$000

lOSOOO tOSOOO 5SOOO 2$500

5SOOO 5$000 5$000 5$000

5$000 2$500 2$500

5SOOO 5$000

10$000 20$000 10$000 lOSUOO 10$000

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Antonio Valerlo Tavares da

10$000 Joao Machaùo Callado ... 10$000 f>.e Joao Marques Carita .• 10$000 D. José Alexandre Carlos Trincao .........•.• 10$000 Maria dos Santos Bruno .. 5$000 Maria Oiniz Henriques e irmil Joaquina .....••.. 10$000 Antonio Henriques Parto .• 10$000 Jgnacio de Moura Coutinho da Silveira Montenegro {2.0 anno) •..•..•.•• 10$000 Manuel Lourenço dos Santos . ......•....... 10$000 D. Luiza Stadlim (2.0 anno) 10$000 O. Maria do Socorro Paiva. 10$000 D. Francisca Julia MerguSilva ...........•.•

lhào. .•..........•.

lOSOOO

D. Rita Trindade Santos •• 10$000 Oelfim Marques de Carva1110. • . . • • • • • . • • • • •

10$000

D. Filomena Augusta Pinto

Dias . ............ . 10$000

D. Maria Pereira de Lacer-

da de Penai va •••• • •• D . .\lbertina d'Artagett Matta e D. St ra Mudat •••• o. Maria j, !oé Manl11s Contreir a~ Bandeira .••••• D. Maria Joanna Patricio •• D. Amelia Lopes de Mendonça (2.0 anno) •• ·• •.• No,berto de Carvalho •••• O. Natlvidude do Castello Silva . . .. . . . . . • . . . .

10$000

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10$000 10$000 10$000

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D. Mati11 <lo Carmo Ment1,,1,ça N"1u1cs da Silva .. 10$000 )0101,in, Mn 1a Soelro de

Bdtn . . . • . • ••••• 10$000 O. B~na Mttitl(•s Bocellas • 10$000 D• .M,11 i;i J H;ona de Lemos

S"nt'J;_,go Pereira de La-

10$000 10$000 O. itaria Nobre Sim0es ••• D. Ma1ict Simplicio ..... .. 10$000 ce1rt.J a • • • • • • • • • • • • •

D. P.rmelluda da Costa Al· ltmao (2.0 anno).•.••• 20$000 D. France!ln,. Pereira ••.• 10$000 Condes~.. de Mendia (2.• anno) ............ . 10,000 Dr. Tcm~s Oabrlel Ribeiro (2.0 anno) •••••.••

10$000

D. Mari~ de Lourdes d'Oliveira Soares Van:z:eller •• 10$000

José de Palva Bobela Mata. Dr.Jaclnto Gago da Camara (2. 0 anno) .....•.•.• Francisco Teles d'Andrade Rato (2. 0 anno) .•••.. P.e Antonio Jacintho Valente ..•.•..••.••.. Anonimo (Tabua) ..•.•• Francisco de Paìva Boleo • Joao Luiz Andrade ..•.. , D. Gertrudes da Silva Nunes. •...... . •..•..

D. Maria Teresa Maura Pinheire (2.0 anno) ....• O. Joaquina da Conceiçllo Ribeiro .... , •.. · .•. Percentagem em venda de estampas (donativo duma pessoa de Coimbra).... D. Maria Amelia de Pina de Portugal•• , ..••...•• D. Carolina Augusta Moreira Range! ••..•.••. D. Rita do Sacramento Mousaco Alçada ...•••.•• Anonima do Porto .... D. Emilia Ncvcs d'Oliveira (2. 0 anno) ••.•......•• P.e ]ayme José Ferreira .. D. Saturnlna Meirelles Barriga . ••..• : .......•

12$500 10$000 10$000 10$000 10$000 10$000 10$000 I0S0OO

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D. Olinda Godìnho Reis .• Dr. Josè Peixoto Torres de Carvalho .......... . 10$000 Dr. Joaquim Torrelra de Sousa . . . . . . . . . . . . .

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D. Jovita Duque ....... . 5$000 Anonimo de Lisboa .•.•. 10$000 D. Basaliza dos Santos Valerio . •... . .. • .. . . . 10$000 D. Maria Anna Correia BranCO • , , , • , • • • , •• , , •

10$000

Joaquim Ribeiro Telles (2.0 anno) . . . . . . . . . . . . . 10$000 D. Marianna Grave Descalço. . . . . • . . . . . • . . . • 10$000 De Leonor d' Almeida Coutinho e Lemos (Seixo) • 10$000 P.e Francisco Quaresma (2. 0 anno) . . . . . . . . . . . . . 10$000 D. Candida Sanches • • • . • 10$000 Dr. Joaqulm Mendes. • • . . 10$000 D. Celeste Maria de Sousa (2.0 anno) . . • • . . . . . • 10$000 D. Joaquina Alves PIAto Baptlsta (2 ° anno) • • . . 10$i00 Manoel ]osé Fernandes Rendelro . • . . . . . . . . • 5$000 fnfrozlna Tavares da Silva. 5$000 Maria Luiza Esteves. . . . . 7S500 De jornaes etc. (Pardelhas). 13SS00O D. Laura Avelar e Silva (2.0 anno). . . . . . • . • . 20$000 o. Lec,nQl oe Avelar e Siiva (2 ° anno) . . • . . . . 20$000 D. MAria de Avelar e Silva (2 ° anno), • . . . • . . 2osooo Dr. Maooel José de Sousa. 10Sooo Marianna Saldida. . . . . . • 10$000 Anna da Assumpçao Vi dal. 10$000 José da Ponseca CaslclBranco. • . . . . . . . . . • 10$000 O. Maria da Natividade da C c. A. Sampaio e Mello l 0$0-00 Alberto Tarujo Nunes Correla. . . • • • . . . . . . . • 10$800 D. Maria Franclsca Rasquilho . . • . . . • • . . . . 1oseoo D. Maria lgn~s Ruqullho . 10$000 D. Ia.n~ Naacimcnto . . . . l0Sooo Maaact Oaspar Fernandes. 10$00~

~

D. Maria dos Prazeres de M. e Castro de o. Osorio Pereira de Mello . . . D. Maria Benedita de Menezes Leite de s. Correla d' Almada . . . . . . . . . . O. Carolina da SII va Correia de Lacerda M. Mimoso . D. Estefania Maria da Silva Correla de Lacerda Mendes . • . . • • . . . . . . . . p _e Antonio Rodrlg1o1es Pereira . . . . . . . • . . . . . Adolfo Ferreira . . • . . . . . Caetano Morelra . : . • • . • D. Cecilia Ribeiro . . . . . . D. Maria Magdalena Ama-

ra! . . • . • • • • • • • • • . D. Maria Magdalena Ama• ral • . . • . . . . . . . . • . D. Maria do Carmo Rocba. O. Elvira Serranho Lima Montelro . . . • . . . . . • Capit~o Antonio d' Aguiar Loureiro. . . . . . . . . • • p,e Alberto Pereira Cardoso J. D. de Sousa Azoso (2.0 anno). . . . . . • . • . . • • P .e Manuel Pereira . . . . . D. Maria das Neves Varela Teotonio. . • . . . . • . D. Leonor Manuel (Atalaya) (2. 0 anno) . . . . . . . . . D Teresa de Mello e Castro de Vilhena . . . . . . • D. Beatriz de Jesus Fernandes Vaz Conte! . . . . • • p ,e Francisco Pereira. . • . p,e Antonio Fernandes . . . Manuel Viegas Facada . . . Domingos Dias (2.0 anno). . p,e Eurico do Nascimento Lacerda Pires . . . . . . . Antonio lgnacio Perelra dos Santos • . . . . . . . . D. Sara Mudat • • • • • . . . De jornaes (Carrascos e Alcanena) . . • . . • . • • . • D. Deodata Amelia Malato. D. Anna Corrente Soares. . D. Maria do Nascimento Pelouro Coelho • • • . . . D. Maria Rosa Cunhal (2.• anno). . . • • • • . • • o. Alzlra da Gloria Calado. Jolo Severino Gago da Camara

• • • • • • • .

D. Rosa Vasconcellos Bap.. Usta. . , . . • . , . . . . Donatl voa vario&. • . • • • D. Clotilde Raposo de Sou:z:a d'Alle Ruy Vaz de Siquelra • , • • • • • • • D. Maria da Concelc;Ao Alcantara Matheus • • • . • D. Maria da Concelçfto do Carmo Perrelra. • • • • • Dr. Gonçalo d' AImelda Garrett (2. 0 anno) • • • • • • Luiz Maria Braz . • • • • • D. Afonso d:Albuquerque • D. Maria do Carmo Pessoa (2.0 armo) . • • • • • • . D. Pranclsca Torres Cardoso . • . • . . . . • • • D. Rita dc Jeaus Diaa Costa. • . . • . • • • • • . . ]osé de Matos Dias •••.. l:>. Maria fernandes de Car• valho Mala Leal ••••• P.• Jos~ Oomes da Costa. D. ~1aria Lufza d' Ahneida.

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Ano I I

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LEIRIA, 18 de Janeiro de 1.024 ,

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N.0 16

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(COM APROVAOAO ECLESIASTIOA) Dlreo-tor, Proprietario e Editor

AdJDlnia,;rtrndor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES. DOS SANTOS

REDAcçAo E ADMINISTuçAo · BU.A. D. N"UN"O .ALV.A.BES PEBEI:R.A

Composto e impresso na Imprensa Comercial,

a S4 -

Leiria

(BEATO NUNO DE SANTA MA~A) I

13 de Dezembro f

No locai das Appariçoes, reali!ouse no dia treze do mes de Dezembro findo, com a solemnidade do costume, a festiva commemoraç!o mensal dos aconteclmentos maravilhosos de , Fatima. O dia amanheceu eaplendldo. N§o se divisava urna unica nuvem no azul diaphano do firmamento. De madrugada a neve cahira com abundancia, cobrindo com o seu manto alviultente os valles e as encostas da serra. O frio era glaciaJ, apesar da hora adeantada a que partimos de trem por nao ter apparecido o automovel que nos devia transportar. Chegamos a Cova da Iria a urna bora e meia da tarde. Tinhamo-nos apeado ha poucos momentos, quando ouvimos o toque, tres vezes repetido, de urna campainha. Era o anuncio do Domine non sum dlgnus da segunda missa campai. Celebrava-a o rev. parocho de Santa Catharina da ·serra, havendo celebrado a pnmeira o rev. dr. Manoel Marques dos Santos, professor no Seminarlo de Leiria. Oirigimo-nos sem demora para o largo terreiro em frente da capellct, ja ocupado por urna grande multldao de fieis, que se conservavam em silencio e de cabeça descoberta. Assistiam ! missa c~rca de duai. mii pessOas. Aproximaram-se da Sa~rada Mesa alguma! dezenas de peregrtnos que préviamente se baviam confessac1o. Cantaram--se com fervoroso enthusiasmo, os canticos do costume. Depols da missa cantou se o 1 a,itum ergo e deu-se a bençao do Santissimo Sacramento. prlmeiro aos enfermos collocados dentro do recinto exterlor da capella e em seguida a todos os fiels. Por fim subiu ao pulpito o rev. dr. Marques dos Santos, que falou durante mela hora aObre a necessidade e excetlencias da virtude da castidade. Nao se observaram desta vez oa signais myaterlosos que nos m@ses anteriores tlnham apparecido na atmosphera e no firmamento, impres-

sionando e commovendo extraordl-

nariamente a multidllo assombrada. Em torno da fonte maravHhosa circulavam constantemente os peregrinos que bebiam e recolhiam em recipientes de todas as formas e tamanhos a éigua que corrla abundante e limpida de qulnze torneiras. A's cinco horas da tarde, hora a que inici.jmos a viagem de regresso atravez da serra. eram jj bastante raros os devotos que ainda se encontravam rezando as suas ultimas préces junto da branca estatua da Virgem do Rosario, em que o esculptor Fanzeres, de Braga, traduzindo em obra da arte humana a visao dos pastorinhos de Aljustrel, soube imprimir um reflexo visive! da magestade soberana, do encanto celestial e da beleza imcomparavel da augusta Mae de Deus.

V. de M.

"Hs Nouldades,, Ssndo a tmprensa catholica absolatament, necessaria noJ nossos tempos e te12do começado a pabltcar•se ,m Lisbòa am novo Jornal "As Novidad,s » gue se apresenta disposto a seguir 4 lisca 4.f instrucçòes da Santa SI , do Eptscopado portagals, recom,ndamos a saa lettura e auinatura , agradacamos todo o aazilio ga, lhe possam presta,. Letrta, Z da Janairo ds 1924 t Josl, Bisp, de Leiria

Notas e impressoes Devo1,1t11 do Rosario Transcrevemos os seguintes pertodos de uma interessante carta dirigida ao aùministrador da «Voz da Ftitlma• por um nosso amigo da capitai que a nobreza da sua llnhagem do mais puro sangue azul, Allla os dellcados sentlmentos de urna alma profundamente crente e pledosa : e Com a maior honra e com multo interesse acceito o offerecimento de alguns exemplares da e Voz da Féitima:t que deseja envlar com o

exemplar da minha assignatura, para propaganda. ' Bastava ser o jornal e Voz da Fitima> dedicado a Nossa Senhora do Rosario para eu (que nada valho) trabalhar um pouco em honra de Maria Santissima sob aquelle tltuto, de cujo Rosario sou devotissimo, pois ha muitos anos, desde Setembro de 1900 que rezo, diariamente, por v6to os quinze mysterios do Rosario, isto é, 1 os trés terços, que s6 um terço desoe creança o rezava junto com meus queridos Paes na capella da nossa casa. Assim, pois. fico inteiramente ao dispor de V. e, se bem que é certo que nada valho, no entanto com a melhor das vontades farei o que puder.•

A «Voz da Fatima• e o Santuario Do mesmo ilustre e piedoso signatarlo slio as palavras que seguem acerca do nosso modesto jornalsinho e do projectado santuario commemorativo das appariçòes. «A Voz da Fatima•, devido aos maravilhosos acontecimentos que se teem dado em Fatima com a appariç!o de Maria Santissima e de que é o portavoz, é um jornalsinho muito querido,. muito apreciado, muito lido e que se encontra em todas as casas de famillas ilustres, nAo s6 em LisbOa,. corno em multas terras da provincia, que eu conheço e sao das nossas relaçòes. Assim se V. concordar, darei um exemplar do mesmo a pessOas que nAo tenham melos para pa- . gar a assignatura e tambem a algumas pessòas que sejam descrentes,. para deste modo, suavemente, !endo o jornal e vendo o assombroso movimento de Fé que se presenceia no dia treze de cada mes, um dia alcançarem de Maria Santissima a graça de se converterem. Eu fiquel maravilhadù quando fui A Fatima em 1 treze de Maio ultimo na peregrina• • ~~

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Ent ontrava-me no extrangeiro ha- ' via oito annos e estava ancioso de regressar, s6 para lr a Fatima. Che- , guel a LisbOa a vinte e tres de Mar- • ço ultimo e em treze de Malo seguiate pude ir aquella estancla bendita, logo que os meus affazeres m'o permlttiram. Espero em Deus que multo brevemente se possa ver em

I


Voz da Fatima

> F~tima

um grandioso sanctuario corno em Lourdes, mas é certo que a autorldade eclesiastica em casos corno o das appariçoes de Lourdes, o de la Sallete e este de Fatima procede sempre com muita prudencla e morosamente e assim nao se p6de prever sequer quando principiar! a construçao dum saoctuario em Fatima em honra de Nossa Senhora do Santo Rosario».

Alnda a ,Voz da Fatima, De um nosso amlgo de LisbOa, alma chela de enthusiasmo pela causa de Oeus e da Egreja, recebemos urna bella carta de que transcrevemos algumas phrases: «Rogo a V. a fineza do me dizer quaes as condiçoes em que se p6de adquirir o optimo mensario e Voz da Fatima•. Li hoje o n.0 14 e ignorava a existencia de tAo bOa leitura. Deve ter um exito retumbante em todo o pais tao bella publicaç4o. Torno a liberdade de lembrar a V. a convenniencia de a enviar aos reverendos parochos de LisbOa. Vendida avulso seria um sucesso. Para Caldas era de toda a vantagem enviar alguns exemplares de diversos numerosa P.»

Mas n§o se trata agora de definir se ha milagre ou nao, deixemos isso a quem de diretto e slgam os crentes a voz da Egreja, aguardem os sabios as conclusoes da sciencia; entretanto a imprensa averigue do que se passa e Informe, dizendo s6 a verdade, sem mldo de desagradar a quemquer que seja. • Em seguida o nosso presado colléga, pondo as suas columnas é\ dls- , poslç!o de quem deseje contradi-, ta-lo, faz um breve relato das çircunstanclas da doença e da cura de D. Maria Augusta Figueiredo, de Santarem, 41ue sofria horrorosamente, havia trés an oos. de um tumor de caracter suspeifo, segundo a expressao do attestado do seu médico anistente, e que se, curou instantàneamente no dia 13 de Maio ultimo precisamente no momento da bençAo com o Santissimo Sacramento dada pela primeira vez no locai das appariçOes depois da missa campai. A «Voz da Fatima• ocupou-st no numero de Junho deste caso t xtraordlnario que tanta sensaçao fa. em todo o distrlto de Santarem, onde a feliz privilegiada da Santissima Vlrgem é multo conhecida.

V. de M.

El-rei Pap!o O numero 51 do semanario independente cZezere» de Ferreira do Zezere, publlca sob esta epigraphe a proposito dos acontecimentos de Fatima um judlcioso e bem elaborado artigo editoria! de que nao resistimos a tentaçllo de transladar com a devlda vénla para as calumnas do nosso mensario o segulnte trecho: « Oizia Aristoteles que ha poucos homens llvres; quasi todos sao escravos das palxOes - uns do orgu•ho, outros do prazer e a maior parte do mMo. O mais medroso de todos os animais é... o homem, - o homem tjotado de lnteligencla e vontade! •• Por mMo o homem diz o que nllo •ente; por mèdo o homem fdz o que fhe repugna; por mMo sujelfa-se o homeru a todos os preconceltos e avilta-se até ao embuste. A meotira é companheira insepatavel dessa doença da vontade - o m!~o. Oizla Clcero que a cliberdade tònslste em viver para a verdade.• p medroso, renunclanllo .t liberdade Il maia bella prerogativa do homem, torna-se escravo da mentlra. O medroao mente sempre - mente com •• palavras, mente com as obras e tr~ mente com o ailencio. • A mentlra do silenclo 6 mais comntum ~o qu~ os leitores Julgam. Quan6-s co,sas calam os ;ornaes com 111.ldo.~~ deaagradar aos seus leitoresf••• veiam, o que ae passa no oosso d strlto. Concorrem anualmente ao logar cfe fAti~a - uma charneca de diffclP accesso - ceatenaa de mllharea de pessOas que afirmam pasaare11-se ali colsas extraordinarias. •. lsta nAo é um facto banal, e oa 1oraaes que tantas columnas enchem cfe' banalldades, nao se lbe referem, 11ada averiguam, nada dizem. Porqué? N4o acredltam os nossos colégas nos mllagres da F~tima?

·r.atiffla-t

E' <lo numero 109. de N')vembro dc 1922, da excelcnte r, \'ista da capiul «Raia de Luz• o J rimOToso ortigo que a seguir tran,, vcmos com 8 devida véni.1 C cu, rublicaçao honra sobrem11ne1r.1 ., :o; co-

lumnas do nosso modest;> m~nsario. , Devido sem duvida li 1wnn,, bem aparada de urna 11lu~tr~ ~ p1edosa senhora e cscript<> co r, \IVO ,. profundo untimento, tao chr ,tao ~ tio portugue~, nlio p,mJeu o 1eu interesse e a sua opportunidade e

tcmos a ccneza Je qut' i com o maior prazer espintual que os nossoq lcitores fario a leiturs desse cnc.ntador mimo litcrarìo.

Primeiro que tudo declaro que em tudo o que vou escrever nAo quero de modo nenhum anticipar o julgamento da Santa Egreja sObre o que dlzem ter-se passado em Fatima. N'isto corno em tudo o mala, submetto-me completamente e com todo o coraçAo as decisoes da Santa Egreja, unica mestra das nossas lnteligenclas e das nossas atmas. N4o venho contar aqul o que jA é conhecido de todo Portugal, mas somente relatar as minhas humlldea impressOes sObre o que vi em Fatima no dia 13 de Outubro passado. Nuoca em Portugal se vira espectaculo de M e de piedade fio commovedor, nunca me sentira num ambiente Uio eobrenatural, corno o que vi e aenfl n'esse dia em Fatima. Como os noaaos coraçOes se vao affeiçoando a esse sltlo outr'ora completamente desconhecido e que hoje. I' no Intimo da nossa alma, chamamos baixlnho a Lourdes Portuguez. Portugal sempre tem sldo filho di· tecto de Nossa Senhora, e tem tlm· brado em Lhe dar as provas mala ternas do aeu amòr fUial. E Maria

.

Santl11im1 tem sempre prote2ido :,

com carlnho mafernal o povo que desde o seu berço a escothera por Padroeira e que primeiro que todos teve um culto enthusiasta pela Sua mais querida prf'rogativa, a Sua Im,maculada Conceiçao. A dòce Padroeira de Portu~al tem vindo sempre em nosso auxilio nos transes mais afflitivos da nossa historia, e a Sua poderosissima lntercessào tem desviado de n6s tantas e tantas vezes o braco da D!vina Justiça prompto a castigar- n11s. Portugal ultimamente tem acumulado crimes sobre crimes, esqueceu o Deus que o fizera ~rande, e baniu-0 das suas leis, das 1'Uas escolas e das suas familias. A ira do Senhor cahiu sObre n6s e o duro castigo nos tem mostrado que a Justiça de Deus nllo dorme. Mas no meio da nossa noite tenebrosa, urna Aurora suavissima raiou. Essa Aurora radiosa e bella raiou em terra sagrada entre todas, na terra sagrada da patria. Foi perto de Aljubarrota, de Alcobaça, da Batalha; foi no condarlo de Ourem, pertencente 4 mais bella e pura incarnaçào do heroe de Portugal, O. Nuno Alvares Perelra, aquelle que hoje a Sauta Egreja nos manda invocar corno o Beato Nuno de Santa Maria. Fol n'esse torra:o abençoado que tres humildes pasforinhos dizem que desceu a Virgem Santissima para mais urna vez nos mostrar o Seu AmOr Maternal. E Portugal acorreu pressuroso ao chamameoto da sua lmmaculada Padroelra, e no dia 13 de Outubro eu vi na Freguezia de Fatima a m~ltidao comprimir-se n'um recinto pequeno de mais para tanta gente accorrlda . de todo o paiz. Desde a vespera que trinta padres reconclliavam com Deus almas que lhes vinham pedir a santa absolvlçào, e essas almas, formando clrculo roda do sacerdote que le• vava o Santo Ciborio, ajoelhavana naquela manhff, para receberem a Jesus Sacramentado. E d'ali a pouco ja nem assim se conseguaa dar a Com• munhAo. O sacerdote ji atravessa-va . simplesmente pelo meio dos fiei!, que ntm ajoelhar podiam, e mesmo de pé recebiam a Jesus, que tantas deliclas encoofra nas nossas pobres e miseras almas. E na mi!lsa campai Ra Cova da lrià no logar mesmo onde dizem ter sldo a Appariçào, debalxo duma chuva continua, a Communhao durou meta hora, ao som do nosso tio catholleo e ta:o portugués Bemdito. E com que fé, com que respeito, com que fervor os flels, ricos e pobres, mulheres e homens, iam receber a Divina Eucharistla. Oh I Mae de Deus e Mae nossa, nAo fO<Jte V6s quem nos déste Jesus pela primeira vez, em Belern, a casa do Pio? oao eoJs V6s sempre quera nas noesas CommunhOes, nos dats a Jesus, o Pào da Vida? Nao' é esse o Vosso unico desejo, dar-t10s Jesus, p;ira sermo1 todos de Elle? Porfugal an,tsva ha multo longe da mésa encharlstica, e perecla de fome. V6s vieste e levaste-o A'que1è que é o alimento divino dos lndividuos e da sociedade. E v!de, M!e da Divina Mlsericor•

a


Voz da Fé.-tinia

..

<lia, com que fé e amOr Portugal respondeu ao Vosso convlfe I Véde corno se ora em Féitimat O Vosso Rosario era rezado por todos os grupos e que de ìnilhares de Ave-Marias ali se devem ter rezado n'aquele dia! Ellas sublam das nossas almas para o Coraçao lmmaculado de Maria ; todos Lhe confiavam as suas dOres e as suas esperanças, e, qual Mae carinhosa, a todos ouvia, a todos confortava, a todos abençoava. Todos queriam tocar e beijar a linda lmagem da Vlrgem, e vi 111 urna scena commovedora : urna creanclnha ao c6lo do pae, enchendo de beijos e de caricias a Nossa Senhora, dizendo-lhe o feliz pae: ,Tens razao, filha, foi Ella que te curou,> Santa inocencia, que tens todos os privilegios deante de Deus ! Resplandecias n'essa creancinha do povo, corno n'outra, filha de titulares, essa, ainda doentinha, nos braços da mae, que orava corno as mnes christAs sa• bem orar, abria a boquinha innocente e bebia agua da chuva. Tinham-lhe dito que a de Nossa Senhora a havla de curar, e ella naturalmente pensava que a que vinha do ceu era com certeza agua que Maria lhe envlaval Como esta simplicidade deve agradar a Nossa Senhora I Como Lhe devem ter agradado as ingenuas promessas, offertas de coraçOes gratos 4s suas gcaças I Eu bem sei que em Portugal se abusa um pouco das promessas e que alguns n'isso fazem conslstir a sua unica rellgiao. Mas estas eram as promessas sahidas do coraçno simples do povo. Davam a Virgem o que tinham: 14 estavam amontoadas deante da sua lmagem aquellas promessas tao portuguesas: o olro, que enfeita as nossas lindas mulheres, as arrecadas, os -cordoes, os annels I E ao lasio as offertM mais modestas, bOlos e até um prato d'uvas, as nossas ta:o bélas

uva~ I

Outras mulheres do povo quizeram unir a penitencia éis suas préces .e, paclentes na sua fé, percorriam de 1oelhos o caminho roda da ca.pella que mllos sacrilegas deatruiram, aem se ìmportare111 nem da chuva, nem das pedras, nem dos outros fiels que quasi as plsavam. Eram bem as descendentes dos antigos portuguèses, raça de crentes e de fortes, que oravam e sofrlam. E fol Nossa Senhora que noa veto -recommendar em Fatima a oraçlo e a penifencia. Ella aaslm o pedlu aoI pastorinhos da Cova da hia, e n6s queremos ser liels aQ Seu en1Jna-

a

atento. Sim, n61 Vo-lo prometemos, 6 Vlrgem do Santissimo Rosario, nOs vamoa rezar com fervor, com de,oçAo a oraçllo q\Je os vossos làbioa puri•· slmos nos pedlram: o Terço. Nos 01 Portuguéses que tanto gostamoa de renfeltar os Vossos altares com as roaas llndas dos nossos jardlns, quere,nos ainda coroar-vos com aa rosas e,ptrituals do Vosso Rosario. O RoHrio é a devoçao mais slmples e profunda que podemos utiar, unlndo n'ella a oraça:o vocal e a oraçAo mental; rttemo-lo pois com fervor.

Mas tambem Vos prometemos, 6 Refuglo dos peccadores, que nAo esqueceremos a penltencia. Todos peccamos, todos offendemos o Vosso Divino filho. Temos que expiar por n6s e pelos nossos irmAos. Em desaggravo de tantos peccados que se comettem contra o Coraçno Santissimo do Vosso Divino Filho, n6s offerecemos o sacrifidio e a mortificaçào. Queremos lèvar urna vlda christa a valer, urna vida casta, modesta e humllde, em opposiçffo ao paganismo que por ahi campela e tenta corromper a nossa raça. E entffo n6s seremos de novo o povo querido de Jesus e de Maria, a terra do Santissimo Sacramento, e terra de Santa Maria I

M.C. P.

A' Virgem de F~tima Senhora do Rosario, Que te dignaste vir Em coraçoes lnocentes Esp'ranças lnf1uir Do teu celeste manto, Teu manto alvinltente, A' sombra acolhe e ajunta A portuguésa gente; Para que um brado unisono De amòr e de carinho, De gratldffo rebOe Do Algarve até ao Minho, No dia em que o teu povo, Erguendo ovante a cruz, Retome ledo a senda Que lhe traçou Jesus. Juremos ante o altar Do humilde santuario De cada coraçào f azer um relicario De amor a nossa Mlle, Senhora do Rosario I Outubro 1923.

J. D. d1 Sousa Ar,so OLHAR PARf\ O ALTO Emquanto estudamos as sclencias ou tratamos dos negocios d'este mundo nào percamos a Deus de vista. Q celebre Ampére, que por sua grande sciencla, fol nomeado inspector da Unlversldade, escrevla no gula da sua vida: ,Meu Deus, o que sAo todas essas eclenclas, todos esses raciocinlos, todas essas deacobertas do genio, todaa essas concepçOes que o mundo admira e de que se alimenta tao Avidamente a curiosldade ? I Na verdade, nada, senllo puras valdades.•• Estuda as coisas d'este mundo maa nAo a1 olhes senffo com um olho e que o outro esteja sempre fixo na luz eterna. Escuta os sabiol', mas s6 com um ouvido e que o outro esteja sempre prompto a ouvlr as dOces melodlas do Amlgo Celeste. Escreve com urna mllo, mas que a outra esteja bem segura ao manto de Deus como urna creança se agarra ao vestido de aeu pae>,

Todes descem entao para a Gruta, coa tando umas o que viram e man1fe~tando o receio de que Bernardette succumba é sua piedosa emoçiio, ficanùo os outras por sua vez sérias e inquietas. Bernadette estava ùe joelhos, no mesmo logar, sem as ver nem ouv1r, com o~ !leus olhos expressivos fixos na direcçuo do pequena abertura ogiv11l negra, por cime da, rose1ras brava,. Ellas opproximam-se, cha• mam-na pelo seu nome, prodigc1lisam lhe p11lavras effectuosas, tocam-lhe, puum na pelos vestidos. A pequen a permanece in~•n· sivel, e o aeu rosto apresenta O!! vestiKios, o cunho de uma felicidadc ineffavel Se niio responùe é porque esta morta ou porque vae morrer I E poem-se a chorar, quando vEem vir ao seu encontro a miie e a 1rmii de Nicolou, o moleiro do moinho de Savy Es• tas acorreram aos seus gr1tos dt! aAicçao que tomaram por gritos de soccorro. A~ pe• quenas, silencio~as e sérias, mostram-lbes Bernaddette sempre em extase. Esta!I duas mulberes, cheias ùe respeito corno se es~vessem na presença de uma santa, approll:I• mam-se devagarinho, fa 1 m1-lhe, tentatn chamé la a ai ; mas ella ni'io ve senao o Senhora quo absorve toda a sua ettençiio, t~ dos os seus sentiùos. Como tradì la ao sen• timento das cousas exter1ore~, trré la desse extase, arranca-la a essa v1slio que a c11ptlv11 ? A miie Nic<>lau deixa entao o grupo du pequenas, e corre ao moinho, donde volta immediatamente com o filho de vinte e oito annos de edade. Este cheg•, com uma expresslio de troça nas feiço1:s, julgando en• contrar urna rapariguinha que quer tornar-se Interessante com os seus ataques de nervos ou com partidu engraçaùas. Mna quando se acha em frente da creança, recua com urna especie de veneraçiio, corno se ellr. proprio nves,e visto a appariç~o e, d• braços cruzados, contempla por muuo tem• po Bc:rnardette. • -Nunca, disse elle mais tarde, um espeetaculo tiio impressionante se tinha apresen• tado tl minha vista. Por mais que discorresse, parecìa-me qu• nifo era digno de tocar nessa creança. Era aquelle re$pe1to que se coniiagra invencivelmente a todu as pessoas e a tod11s as cousas de Deus. Instado, contudo, por sua miie, agarra·• com precauçlio e poe-na em pé, Jiligeociaa• do fazE la caminhar. Pega-lhe por um bra-ço, 11 mlie pelo outro, e ella cammha effei• tlvamente para o moinho do S11•y, mas 9'. seus olhos fixam um ente my~t,mo-10 qu~ S4I conserva em frente e um pouco por cuna della. Poem-lh-e a miio deante dos olho•, obrigam-na a baixar a cobeça, mas ella re• toma sempre II mesma autude, é ,;empro attrahida por e1sa vi,ao e,tranha que a fpa sorr1r e quo os outros niio veem. Quanl!o chega, porém, ao moinho, volta a SI e rell• dqulre a con~ciencia das cousas dt vid;t; entao a sua phys1onomia entristece-se; o que ella contemplava era tao bello, tiio c..,. lestial, e o quo a rodeia agora é tiio vulgati E' o lodo depois do ouro, a pobrezi depOis da riqueza e dos esplendores da storia I Jnterroganf'na ; c:la repete o que J& contou, por-1ue é a me,ma appariçao, a mesma Senhorl\: •Ella tem o nspecto de uma jovem de desaseis ou desasete annos. Enverga um y9stido branco, apertado a cintura por uma ftta azul, que deslisa Ao longo do vestido. Tem sobre a cabe~a um veu egualmente branco, que mal de1xa entre•er os cabelk>s e que de~cobre em aeguida para tru a\~ ebo1xo da cintura. Os pés estio mb, mllt cobertos pelas ultimas prégas do vestido;' excc?pto na n:tremiùade, onde brilha em cada 111'11 delles urna rosa amarella. Do braço direito pende-lhe um terço de contas braoc&s com uma cadeia tic ouro resplaa..dect>nte corno as duu rosa, dos pé ... Emquanto ella repc:te aa suas confMencias, com a aegurançJ tranquilla ,le ultla pessoa que viu, e que es1a vendo_ainda, 11~ companheires dispersam -se pela cìdad!~ contando as '11as emoç6es. Maria, 110 entrar eni casa, prorompe eia scluços, sem r,od~r fallir; as laKrt ,,as, a oprressii? Jo espi rito sulf.>.:am-oa. , A miie recéia que teuha ~ucceJido alau-


... Voz da Fatima .1 ma desgraça e dirige-so a toda a pressa para a Gruta. Pèlo caminho en.::ontra duas outru mu-

lhercs que a tranqu11isam : .. Nao acooteceu nada ,le Jesagradavel a. cr~nça, que esta

a descansa:.: no moioho do Savy, d1zem el-

Jas.

Estuga o pas~o e, a meJida que avança, augm enta a sua irritdçiio, o seu d_escootentomento por Bernardette haver te1mado em voltor ti grutu , apezar de se ter_ opos!o a isso durnnte muito tempo. Ella tlnha dtto : Se nli9 vultari.les li hora das vesperas, sabeis o q11e vos espcr.i I I) A colera ruge na aua alma e, corno é violenta, entretem-se na resoluçuo de applicar castigo severo. Ell,1 entra no moinho com uma vara na mao e vai direita a sua filh11 : - Entun, minh,, granJe marora, exclama ella, tu qucres que sejomos objecto de mofa ùe tollaS 11~ pess6as que nos conhecem ? Vem agora para ca com os teus ares seraphicos e com as tuas hi~torias da Senhora apparecida, que eu te en~inarei I • • Prcpara-.sc para lhe bater, mas a mole1ra segura-lhc o brnço: . _ - ~Quc fazei~? diz-lhe ella com v1vac1dade;. Que fez a vossa filh:i para que a trate1s a,s1m ? I!' um anjo e um anjo do Ceu que teoJes nell.1, ficoe-o sabendo I Niio esqueceret nunca o que ella era na Cru~I . A mie encontra-se entiio com Lu1za Sou•

birous, quc, profundamen_te emocionada, se deixa cahir numa cade1ra, reconhecenùo que a moleirn te"!, razao: Bernadette nao é çulpada por,1ue nao part1u para a Gruta senno depoiJ <le nlcançar licença e quem sabe se Deus niio tem a respeito daqu_ella creança d es:gnios que ella nao conhece? Atravez das lngnmas contempla a fllha e o pranto reJobra. Nao comprehen.ie o qua se passai .Mas, tendo-se desvanec~Jo por compl1;_to a sua coler11, coma Bcrnadett~ pela mao e juntu diri,;em se para o cammho que con· duzia ~ cidade, a mae enxugando os olhos e a filhu voltando-se dc vez em quando r.ara contemplar :unùa esses logares bemdìtos onde fo1 tao foliz. ,., Quem ern n Appariçao _? ~ernadett1 _nao o s,1bia melbor que da pnme1ra vez. Tin~a rezado tinha olhaJo sem interrogar, nao perten;en<lo j.i a si propria, ou antes nlio pensanJo em pedir nada. Era sempre a mesm;\ Senhora, tao bella, tao boa, que ~be aorria ~ a quem dava todo o s~u co~açao, sem p.:n1ar ,:m reservar para s1 a mais p~· quenJ parcella, corno nao pensava em d~vt· dar. Ape:nas Jesta vez st: tinha estabelec1do uma cena f, .n1haridade e a crc:anç_a torna· va-se mdr. ou~ada, porque se senua como que infinitamente arnada.

V. de M.

RS CU~AS Em Lcurdes e... em Fatima De um interesante livro aparecldo ha r,ouco do Dr. A. Marchand, vlcepresident~ da secretaria das verificaçOes médicas de Lourdes, vamos traduzir o que segue e que egualmente se i,plica aos acontecimentos da Fa-

tlma:

cNao é somente com o fim de conioJar os sofrimentos da sua creatura que Oeus permite a cura dos enfer-

mo~

.

Se asslm fòsse porque é que a V1rgem de Massabielle obteria a cura apenas de alguns raros privileglados? Por muito grande que seja este nu· mero o que é elle ~m comparaç:Io da ìmmensid~de de m,serias e de enfermidades do genero humano? NAo t Oeus tem outros fins mais altos I O seu fim fazendo os Milaeres de Lourdes é p0r o sobrenatural em evidencia, é afirmar o seu InUnito Poder. Maria quer que as multid0es vejam o milagre em Lourdes para quc se-

jam tocadas pela presença de um poder sobrenatural e creiam nelle. Em volta do santuario de Lourdes a cura dos enfermos do corpo nao' é tudo: Ao contacto desses afortunados logares faz-se uma real trai:isformaçao das almas. Que espectaculo o de todos esses enfermos estendidos em um leito ha mcses e annos I A arte impotente limita-se a condernna-tos, sem nenhu.ma esperança a urna mobllisaçao continua e completa. Reconheceu para sempre toda a irnpoteacia dos seus esforços. Quando os moribun• dos, cuja vida perdida est! pres_tes a extinguir-se, se pòem a caminho, quando os mUtilados nos seus cançados e de~organisados carros, tomam o carninho dos Pirineus, suportam com urna coragem herolca todas as fadigas, fodas as faltas de comodidade, todos os choques de urna longa viagem. Nem urna queixa se escapa de seus tabios, nem urna recrirninaçào se levanta de seu peito ofegante sustenta-os e transporta-os a Esperança. Que decepçao, que desespero se esses infortunados nao obteem a realisaçao de seu ardente desejo t Se o& seus membros nào conseguem recuperar o seu vigor e agilidade; se as dòres nao veem a cessar; se as suas •• chagas nao tapa~ I Pois bern 6 prod1g10 - nada d'isto acontece I Desde que tomaram contacto com a cidade da préce, desde que levantararn seus olhares para a estatua branca de Nossa Senhora, desde que tornararn o seu primeiro banho na piscina, estào transformados t Ja nao é o ternar de nao serem ouvldos, de vér suas suplicas lneficazes que é o princlpal objecto do seu pensamento, é a sua submissAo completa A vontade de Deus. Nem um, repito-o, volta desesperado t Mais ainda I Vivendo no meio dos sofnmentos dos outros, pensa-se quasi sempre, em Lourdes, que se é privilegiado ern comparaçAo da quintissencia de mlserias fisicas de que se esta rodeado. E' esse sentimento que provoca esse outro mi/agre permanentt da Resignaçào. Todos os doentes, que sem serem curados, retomam o caminho da volta, Jevam comsigo, pelo menos, o reconforto que consola e a esperança que os sustem. Ernfim, é frequente que de seus labios descorados saia a segulnte oraçl\o: •Senhor, nao me curels a mim t Offereço vos os meus sofrimentos e a minha vlda por aquelles que e~tao mais doentes que eu, pela cura daquelles que sofrem mais que eu.•

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Voz da ·patirna Deepeza

Subacri9ilo (Continuaçao)

'

Agosti:tho Tomaz Correla • Maria dos Santos Bruno (2.• vez)••••••.••••• p,e Manuel Marques Combina (2.0 anno) ••••••• De jornaes e percentagem de estampas (Pardelhas) • O. America Bebiana Correia. O. Auròra Barr~to Henriques ••••...•••••• Anonima (França) ••••.•• O. Maria Cariata de Mattos Mancellos d' Aragao ( 2. 0 anno) ••••••••••••• O. Maria Julia Caldas Frazlio (2.0 anno) ••••••• O. Maria do Carmo Landal. Baronesa d' Almeirim (D. Luiza) (2. 0 anno) •••••• O. Maria Luiza d'Azevedo Serra. . • • • . • . • • • • • • Joao Sabino Caldas (2.0 anno) ••••••••••.•• , D. Maria Antonio Caldas Frazlio Pinto da Cruz • • D. Maria Iria Veiga Monlz. O. Maria Carolina Mendonça (2. 0 anno) • • • • • • • • D. Teresa de Jesus ferreira Marques • • • • • • • . • . . D. Alda Rifa Rodrigues de Oliveira. • • • • • • • • . • • Oonativos varios • • . • • • • José Augusto Falcào (2.0 anno) • • . • • • • • . • • • • D. Maria ]osé de Vascon. cellos e Sousa Amado d'Alberga ria de Napoles Raposo (2. 0 anno) • • • • • Carlos Alberto da Costa Rels • • • • • • • • • • • • • • D. lsmenia Leite de S. Barbosa • • • • • • • • • . • • • • D. Amelia Maria Torres Santos Nunes da Silva. • P.e Manuel Antonio da Conceiç~o (2. 0 anno)..••.• D. Henriqueta do Rosario Coelho Perelra (2.0 anno) Dr. Welss d'OJlveira (3.0

10$000 5$000

tOSOOO 791000 10$000 10$000 15$000 10$000

l0S000 10$000

1osooo· 10$000 20$000 10$000 IOSOOO 10$000

1OSOOO JOSOOO 64$800

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10$000 12$500 1OSOOO

18$150

10$000 10$000

anno) ••••••••••• , • 20$000 Condessa de Tarouca •••• D. Alzlra Vieira (2.0 anno) • P.e Belarmi no d' Atmeid.a Perreira •••••••••••• O. Cecilia Correla Costa (2.0 anno) •••••••••• O. Jsaura Oonçalves Alves

10$000

1osooo 10$000

IOSOOO

Mathoso •..••••.••• 10$000 O. Saturnlna Meirelles•••• 20$000 p,e Jaclntho Antonio Lopes (2.0 anno) •.•••••••• 10$000

D.

Maria Luisa Paes Men-

des. . ••..• · · · · • · • ·

O. Ludovina Neves (2.0 anno) .••••••••••• Maria Emilia dos Santo$ Cardla Vieira ••••••••• O. Elvira Barbosa Vieira •• O. Joanna Lucas Trlncao•• D. Raia Ouarte Ribeiro••• D. Maria de Setpa Pimentel Abel Augusto Ribeiro •••• O. Palmira Serra Alves ••• O. Jzabel Virginia Ribeiro

Transporte • • • • • • • • 8.339:620 Im~ress~o do n.0 15 (10:000 exempJares} • • 180:000 Outras despezas•••••••_ _36:000

D. Maria ]osé Soares d' Al-

Somma •••••••••• 8.555:620

bergarla • ., ••••••••••

da Costa ••••••••• · •

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10sooo· tOSOOO JOSOOO 10$000

lOSOOO 20$000 21$000 10$000

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P.e Vlcente Martins Tornixa 10$000r

10$000


d.> ; ~ o~r I:.EIRI:A:, 1:9 de Feverciro de 1.024 -

A.no I I

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(COM APROVA.O.A.O ECLESIASTICA) Admlnls-t::nc.lor: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

Direo1:or, Proprio-torlo e Editor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

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4

REO,\.CçA0 .E AOMlNISTRAçAO

:B.UA. :O- NUNO .ALVARES PEBE:ISA

Composto e impresso na Jmpren~a Comercial, d Sé -

13 de Janeiro .. A's dez e meia estavamos na

i

Fa-

as

Fé!al, estrad~ çiuasi intranzitavel. Depo1s, la no alto, um f rlo que enregelava. .e Em volta da capellnha apenas quatra ou cinco. pessOas. • 1 O vento e a chuva n§o permitiram que se celebrasse no altar exterior em frente da capelinha commemora1iva das Apa1içòe!. Penswa-se em ir celebrar a egreja parochlal, (lUando alguem tembrou que recentemente tinha sido construido um altar dentro da capéla. E~qu~nto t~do se preparava para a prrmerra .\trssa, que foi celebrada

pelo Rev. 1\lauuel Per'rlra da Silva ' administ,ador u~ e Yoz da Fatima•, i~ cbeganll? b«stant~ gente por quem se destritiuiram ainua ceréa de qutro mli ext!mplares ci'este jorQal. . e. A segunJa Missa foi celebrada p~ lo Rev. Dr Mapuel Nunes Formigao

' de Santarcm. 1 Houve algumas dezenas de comunhoes, impedindo u chuva que outras pes!'lOas chègassem a tempo espera~ùn fozel-o ainua na eg,eja pa- ·

roqu1a1. , \ 1 S\ • Vtmùs lc1g11rrrn3 Je 1 c 'mmoçAo em a_lguns. olhos. Fez as pledosas e senhdas uìvocaçOes dò costume o Rev. Dr. M'ttnuel Marques clos Santos, qu~ levt? de terminar mais cedo o sermào por ~au5a <la chuvn. Apartlimon.os oep,;~s, saudosos, d'aquela estancia bem .,!f;i mas nào sem, jé de cten-· tro do automovel' que nòs conduzla cantarmo~ comm,1vidamente as noS-: sas dt:spedief,,"'é nossa que:ida MAe do Ceu, dize,,Jo: ' ,

De iVO!ì me,aparto, 6 M1ie t

(&EATO NONO DE SANTA

MAna)

dosa, ao retirar o médico : e o caso é

tima espP.rando, dentro do automovel, que cessasse a chuva, que sobretudo de madrugada fOra torrencial. Como de costume tinhamos rezado em commum o Santo Rosario, parando um pouco no fim de cada terço para trocarmo~ impressòes. De Lei ria C6rtes e Reguengo do

Adeu~. adeutf, r:\faria, No ceu, no ce.u. no ceu,. .Eu Vos verei um dia J

Leiria

Foi-nos enviada a seguinfe carta, que pedlmos venia para publicar: « 13-1-924,

b 3 da tarde.

Venho sob a maior commoçlto darlhe parte duma grande graça concedida por Nossa Senhora da Fatima, ca Nossa Santissima Mlle do Rozario>, a esta humilde filha. Nao sei se lhe cheguei a mandar dizer que duas injecçOes que me deram, (urna em cada braço), se me in- • fectaram a ponto de me incharem os braços, ter dOres horrJveis, e depols de muitos dias de marlyrio e sem nada poder fazer, de cama, com febre e comptetamen1e inutilizada dos dols braços, declara o médtco que dois dias depols, voltaria para m'os lancetar r ••• Tendo eu verdadeiro horror lanceta, com tal fé me apeguei com Nossa Senhora da Fatima, que deitando sobre os braç_os urna pouca da sua agua e colocando ao mesmo tempo a sua medalha, rezando nes'sa occaslào trez Avé-Marias e urna Salvé-Rainha, fiquei completamente curada I Passados que fòram os dols dias marcados pelo médrco, volta etle, e depoi8 de tudo prepararlo para a operaçllo, qual é o seu espanto, ven- . do que nada tinha a fazer I Sorrindo diz: •mas, tnioha senhorait os seus braços estao curados, o pus · eliminou- se e a unica couàa que me resta a fazer é dar-lhe os meus parabens•. E attribulndò· fudo ao meu terrivel nervoso. voltando-se para minha filtia, sua sogra 'h uma senhora ingleza minha amlga, 1~ue esta'vam: diz: «os nervos desta senhora sito de tal ordem que s6 o susto, a curou>. Todas nos sorrimos, e se nada do 1 que sentimos dlssemos, fol porque, sendo ele muito~Oa pesOa, nao nos parere que creta muito nas graças que a Nossa Mae Santissima por veZl!S concede aos peccadores, mas pela m1nh~ parte n!lo perde pela espera, pois, e n occasl!o opportuna lhe alrei tudo que agora t!lo religiosamente guard~l no meu coraçao. · Pa.rece-lhe que fiz oem ou mal? Agora delxe que lhe diga urna frase cheia de graça da tal senhora ingle:ia, catbolica praticante e mul pie-

a

que Nossa Senhora da Fatima vai tirando a freguezia aos médlcos, e que elles niio podem gostar nada d'is~ so I ... , Calcule a graça que todas lhe encontramos, principalmente P.Of ella nao ser de muitas graças•••

E. M.• De outra carta que nos foi dirigida copiamos o seguiate: • Quando estava a escrever esta carta ful iòterromplda pela Francisca de Jesus Mança que me pedi& para -i

particlpar a V. Rev. a cura duma filha de Maria da Murtosa I Creio que é menina nova ••• Sofrla dum tumor no peito e consultando os médicos mandar'am- lhe fazer urna operaçao I Pedlu urna pouca de agua de FAtima e principfou l urna novena, feita do segulnte modo: tornava urna colhtrsinha a'agua e retirava-se ao seu quarto a rezar o terço, isto por espaço de 9 dlas. So.. frla muitas dOres e agora n~o as tem e pode trabalhar. A mae vendo isto levou·a ao médico e este verlficou que nada tinha, havendo desaparecido o tumor I ! I Tenclono procurar a menlna e fatar com a màe. Pedem' que stja publlcado na , Voz da Fatima•. Depois infortnarei do que souber•.

Tudo isto vae melhor expllcado noutra carta de 26 de Janeiro. Dii esta:

e Logo que receb1 1a sua carta fui a casa da pequena curada. J! a tlnha proèurado no dia 2. E'•urna s~nta menlna, ntha de Maria, tendo de idade 23 annos. E' muito simples, nào tem a minima maldaìle. Confessa-se, communga e costura, mas com urna shn• plicidade t'tlorme I Nào sab~ ùiz< r ha que tempoa ti· 1 nha o tumor no pe,10. S6 ilepoi~ que a m!le lhe percetieu o t5raço parallsado é que observou o· estado em que ella estava. . ., I l" , fol COfii\Olrnr o 1prlmelro médico e este aconsclhou- ltie urna op\~raçJo. 'Fol segnnào e mandou-a para banhos do mar. Fol ao terceiro que • lhe dcu um remedio para.ella tornar,

ao

.,


Voz da Fatima.

..... (e do unturas ao peito), isto por espaço de 15 dias. Sentia muitas dOres e muitas picadelas. Tornasse o remedio, parando 15 dias e depois, se nao obtivesse melhoras tinha de fazer a operaçào. Nest~ meio tempo tomou a agua nove d1as e rezava o terço, principiando o tumor a diminuir, a faltarem- lhe as dOres, e ja pode tra.. balhar. A familia esta convencida que foi N. Senhora que a curou. 0iz a màe que quando a encontrou nesae estado foi em Outubro passado, nos primeiros dias. Foi em Novembro que tomou a agua da Fatima. Hoje mesmo mandaram dizer urna missa a N. Senhora, e prometem ir A Fatima com a pequena. A màe dlz que foi N. Senhora quem a curou. M. D. T. S.• Obraa da Fétima

Devldo ao inverno nao se teem podldo continuar as obras, mas sabemos que vao recomeçar P.Or estes dias.

H cura das almas Em Lourdes, assim corno em Fatim a, as maravilhn!i palpaveis e visiveis, de ordem phisica, sao nada cm comparaçao dos efoitos de ordem mora I produzidos pelo benefico ambien• te de oraçoes e pelo excmplo contagioso da caridade sob todas as formas. Em Lourdes reina, sem restricçao, a verdadcira Fraternidade; em Lourdes tecm realisaçao as aspiraçoes mais cgualitarias. Os exemplos da solidariedade mais manifesta e maior sao dadas continuamente por todos, bran.cardiers enft:rmciros e enfermeiras, tanto da~ piscinas corno dos hospitais. Com una abnegaçlio digna dc todos os elo8Ìos 1..s~ueccm as suas proprias ncccssidadcs e o seu proprio. cançaço para se consagrarcm gratuitamcntte aos interesses e cuidados de seus irmlios docntt:li e desherdados. Em Lourdes é o pobre e o desgraçado quc siio senhores. 0esde a sua chcgada à cidadc de Maria encon• tram asilos comfortaveis onde se abriguem, cuidados afoctuosos para as suas cnfcrmidades, rcconforto e consolaçao para os seus sofrimentos. Os sacrificios oferecidos para consolaçiio de outros, a mutua aft:içao nivada pela mesma fé e pelc1s mes• mas aspiraçéi.!s, dao ao desherdado da vida a pac1encia e resignaçao per• feita,. Eis, pois, mais um milagrc:

em Lourdes n.lio hd dezesperados I Alt:tn disto, quem poderi contar as voltas para lJeus obudas por actos

inccssantes e atrahentcs de caridosa picdade e pda atmosphera cspec1al de fé e piedadc ? 1 Que diter das conYc:rsot:s de que rect:bcmos as vezts as confidcnc,as e daquelu ~ue se ignoram e por iss,;i t,c; ni• publicaram ? . QuantO'l h.~mem, lc:vJdo..; por cu• m,-;tdade as margcns do GaYe pelos acasos dc urna viagem pela t~rna e perseverante solicitude' de uma mae ou. de uma esposa, quantos homeni,, o menoa prcprrrad•s potii,el para

urna transformaçao da alma, sao repentinamente sacudidos pelo espec.. taculo de Fé ardente e sao subitamente arrastados por estc ambiente particular que tem principio em volta dos factos sobrcnaturais, na préce comum e nas imploraçoes da multidao? Quantos, subitamente, esquecem todo o seu possado e suas antigas convicçoes para se torm1rem bons christaos, fie1s depois as praticas religiosas? Urna tarde, cerca das nove horas, na ocasiiio dc urna importante pere• grinaçao, um sacerdote safa da Egreja do Rosario. A' entracla foi abordado por um homem ainda jovcm e disttncto, tornado por urna visivcl comoçao, quc lhe pediu o ouvisse de confissao. Os numerosos confossionarios estavam tomados; as confidencias deviam ser longas, afirmava o penitente, pois que ha via vinte annos, depois da sua primeira communhao, que se nao tinha aproximado do Tribunal da Penitencia, Logo q ue as palavras de pe::rdiio deram a paz a esta alma de boa vontade, o feliz perdoado, se laoçou debulhado em lagrimas, ao pescoço do sacerdote. <tComo eu sou feliz ! - exclamava elle - o desejo de receber o perdao das minhas faltas, sem que eu disso tivesse consciencia, se apoderou de mim repentinamente., «Meu Padre - acrescentava elle, - faça-me ainda outro favor: acompanhe-me até junto da minha boa mae qu:: nao acreditara se nao vier comigo testemunhar a graça que me acaba de ser concedida., Evidentemente que, se nos collo· camos no ponto de vista scientifico, é a curabilidade do incuravel, é o «milagre, que constitue a caracteristicu de Lourdes. Mas se nos colocamos no ponto de vista religioso e se observamos as multidòes em oraçau, a piedade edifficante que se manifesta em toda a parte, as curas sobrenaturais nao sao senao urna das partes de um coojuncto em que todu as manifestaçoes da vida espiritual e da fé christa simultaneamente se manifcstam.•• Boissarie cita o exemplo <laquelle jovem bospede de Villep1nce que recebcu um dia a visita dum médico da capitai que acompaohava seu irmao, um engenheiro de religiao protestante. Este dr. que tioha dado grandcs provas de car,doso interesse pela pobre tisica J ulieta Forét - era esse o nome da desgraçada crcança - tinha sido extremamcnte tocado por esta simpatia. Alguns dias depois c:lla escrevia a urna bemfeitora e exprimia-se assim: · e.Espcro que a Santissima Virgem me querer~ curar! Se eu cievcs-se continuar doente teria urna pena inconsola,·èl: tont•do Caria tfe b8a vontade o sacrificio da rainha aaude, de tudo, pela conYer5ao do ac:nhor X., o protestante de qne cu rceebi a yj. sita., Um tnl sacrificio Yoluntario recebcu a ~ua recompcnsa. Nossa Senhora de Lourdes attendeu os 4~•a 4'i piedosa rapariga.

Julieta For~t foi curada da sua tisica em ultimo grau; o médico pronuociou os seus votos religiosos nos Padres Redemptoristas, e o eogenheiro converteu-se ao catholicismo. No curso do verao de 1920, eu via entrar na secrctaria das verificaçoes o senhor X . . • membro distincto da sociedade de Paris. la acompaohado de sua mulher e de sua filh1. Esta ultima, encantadora creança dc doze anos, de f6rmas agradaveis e regulares, dotada de uma inteligeocia pouco comrnum, apresentando todas as apparencias duma boa saude, era afl1gida por um strabismo dos mais acentuados, que desfigurava completamente o seu belo roseo. De olhos lacrimosos, a senhora X ... expunha me a profund:i pena que lhe causava, 11ss1m corno a seu marido, a enfermtdade tao desgraciosa de sua filha. Um e outro, cheios de confiança e de fé vinham implorar de N. Senhora ~e Leurdes na sua augustia, nao duv1dando de que suas préces seriam atendidas. Tres dias depois reccbia eu novameote a visita da fam1lia X ..• •Doutor dizia-mc a mae consolada, fizemos todos tres o sacrificio da cura da m1nha fil ha : No fim de contas a sua enfermidade nao nos causa, tanto a ella corno a n6s que fomos acumulados de bens terrcstres, seniio urna simples beliscadura no nosso amor propno. E o que é isso ao pé de tantos hor- • riveis sofrimentos, de tao repelentes enfermidades, de quc, desde que chegamos, temos o espectaculo em volta de n6s? Que a Santissima V1rgem nGs conserve a nossa prova ; que ella venha em auxilio de nossos irmaos dcsht:rdados pelos qua1s unimos as nossas oraç6es I,

Hs contas de 5. Pedro Rev. 1110 Senhor Prlor: Conslnta V. Rev. que Jhe /aie com franqueza. ~abe quanto sou dedicada d nossa Jreguesla eque nao eosto de /al· tar d missa, 4 desobrlga, etc. Mas, sinceramente, parece-,n,e que os pe-, dltorlos vtlo sendo demais . • . E' para u.ma enfiada de Jrmandades, para o seminario, a pensllo do Pdroco, a quota do cape/do, é para os oltmlles /amintos, d/nheiro de S. Pedro, clero pobre, etc. Quasi ntlo nos deixam um dia tranqulles. E creta V. Rev. que nao sou s6 eu a pensar oisim. Ou.tras pessoas, e das mais amiEOS da nossa eenia, me teem dito que eostarlam, ao menos uma vez por outra, de resar em paz numa eg-rria sem receio de ser importa• nadas e distrahidas por ptditorlos importunos. Nilo nu levi Y, Rev. a mal este d1sabafo •

De V. Rev.

parochlana multo dedicada e respei• tosa

Alice Maria

Eram 8 11:>ras quando o sr. Prior


Voz dn. Fatim.a

.,,

recebeu das m!ios do sacristào o sobrescrito lilaz com sinete sobre laere prateado. Começava bem aquele dia corno alias quasi todos. Era, logo de ma11hà, a arreliasinha inevltavel. Leu, tornou a ler ••• e fez um exame de consciencia. Sim ••• de facto havia muitos pe<litorios. Mas que remedio? E' certo que todos vivem com diflculdades ••• A carestia da vida ••• Na verdade ••• Mas a Igreja tambem a sentia, a .carestia da victa. Eram cada vez mais os pobres. As despezas do culto aurnentavam sempre. Depois o apelo instante do Prelado que nao tem re~ursos para sustentar os seminaristas. E tudo, tudo ••• Enfim, far-se-li o que f0r possivel, monologava o sr. Prior, cauteloso. E' preciso contentar toda a gente. Ha ,de encontrar-se maneira de deixar que as boas parochianas rezem na igreja sem que se lhes espie o fervor <ia oraçào ••• e sem que lhes seja bolsa, forçoso alargar os cordòes -Ou aliviar a carteirinha gentil ••• Nào ha duvlda; isto de ser paroco é um descanço I ••• Ora sucedeu que oito dias depois ..a Sr.4 D. Alice Maria apanhou urna i;ripe das_ peiores e tao mli que a Sr.8 D. Alice Maria morreu. . Num abrir e fechar de olhos, prin<:1palmente num fechar de olhos, es1ava deante de S. Pedro. - Meu bom S. Pedro, sou eu a Alice Maria. - Ah 1 ••• Slm ••• - Ha dois dias ainda eu fui ! Jgreja .•. - Ah I Sim ••• slm ••• -O meu Prior conhece-me mui• io ?em. Mesmo é ele que hoje diz Ji missa de corpo presente ••• Vai multa gente ao meu enterro ••• S. Pedro, indiferente e frio, folhea,ya o seu grande Uvro de registo, aquele livro em que se escreve tudo .o que n6s por c4 fszemos e dliemos. E emquanto Ila deixou escapar, por entre dentes, certas palavras que davam calafrios. - Alice Maria, multo 'senlimental: .pledade exterior, superficial, s6 ao de cima ••• pouca vida interior. Em casa pouca vigllancia s0bre a educaçao dos filhos e vida dos creados. Um certo numero de colsas mal ieitas e nunca reparadas ••• V;ildade • • • nAo é ma pessOa • • • mas urna lingua um tanto comprlda. Em certa altura carregou as sobrancelhas. - Fortuna importante. ...1 E S. Pedro olhou filo a preten~ente ao Paralso. - E as Obras paroqulais? - Oh, meu bom senhor S. Pedro, eu dava para todas as Obras I ••• -Quanto? - O mais que eu podla I' .•. - Quanto? inslstlu o antlgo Pescador. - Nao sei ••• Nao me lembro••• Estou toda a tremer ••• Mas eu -dava sempre e para todas aa Obras ! ' Para todas. Na vespera de cahlr .doente paau~i sete recibos, nada

a

menos. Dava todos os mezes para o culto •• , para festas ••• - Dois mil e qulnhentos ••• - E tambem dava todos os anos para o Seminario ! ... - Dez tostoes. - Perdao, senhor S. Pedro, este anno quinze tost0es. - Tem razlio; mas cinco eram doutra pessòa. - E' verdade ••• - A qui é sempre verdade I - Mas eu dava a todos os peditorios. - Clnco tost0es. - E dava para o dinhelro de S. Pedro, para a Propagaçao da Fé, e para a Catequese ••• Dava sempre, sempre t ••• - S. Pedro olhava·a por cima dos oculos, emquanto eia falava ••• fatava. De subito. atalhou : - E sabe, quanto dava, ao todo, cada anno? -Nunca fiz a conta ••• -Fi-la eu. - Urna bruta qua11tia, niio é verdade, meu bom senhor S. Pedro? 1 1. Oito mii réls, moeda actual. -S6 isso 7 - Nem um centavo a mais. - Pois parecia- me que era maior quantia ..• - Parece sempre • - Mas nao haverA engano ? - Aqui ni\o ha enganos. Devias ter dado, pelo menos dez vezes mais. - Meu Deus, com a vida tlio cara I ••• -Nem sempre te lembraste da carestia da vlda. Recordas~te do que déste pelo teu ultimo vestldo ? E de quanto gastaste em praias, combolos automoveis e mil outras bugigangas inutels no ultimo anno? Tenho aqul a conta •.. - Meu bom Senhor S. Pedro I Faz· me tremer de medo .•• - E com raza.o I - Mas que quer dizer com isso? -Que tem um logar no Pureatorio. -Meu Deus I Senhor I Senhor I ... - N~o é aquele que implora Senbor I Senhor I que entrarA no Rei no dos Ceus, mas o que ouve a palavra de Oeus e a guarda. ,

za mundana quando devia fatar com energia apostolica e sobrenatural. ~ gente rlca, por exemplo, acreditou sempre, graças ao silencio de V. Rev.•, que podia gastar contos e con• tos de réls em superfluidades, ao rnesmo tempo que para as Obras da paroquia dava uma contribuicao de miseria. E quem sofre as consequenclas do silencio de V. Rev.•? Os seus paroquianos. E sai-lhes caro. Ainda ha poucos dias eu mandei para o Purgatorio urna paroqulana a quem V. Rev.• multas vezes fatava e a quem considerava urna paroquiana modelar. Modelar 7 Pois esta no Purgatorio• - A Senhora D. Alice Maria? -Essa mesma. E V. Rev.4 val fazer•lhe companhia, e, natunlntente com alguns anos a mais. Responsabilidades de pastor•••

Com efelto, o sr. Prlor la encontrou a sua paroquiana no Purgatorio. Contente é que eia nao estava, nao. - Sr. Prior, é por sua culpa. - Minha Senhora, tambem eu digo: é por sua culpa. - l\tas eu nao sabia. V. Rev.• ttnha obrigaçao de me dizer qual era o meu dever. - Nao me atrevia, minha Senhora. Lembra-se da sua ultima carta? - Ah I Se eu tlvesse s.. bido.•• - Se eu tlvesse mais coragem.

' E, emquanto tais sucessos se passavam Id em cima, ca em baixo, no quarto de cama da Senhora D. Alice.,

Maria os fellzes herdeiros de S. Excelencia esvasiavam o cofre forte, abarrotando de acçOes de Bancos, de obrigaçOes de Companhias, de papeis de todos os matizes representando valores de todas as especles; inventarlavam os massos de notas do B ·1co atados havia multos anos, par.i c1II arrumados inutels, estereis. - Meu caro, b0as massas, heln? Eu ben:i o dizla ••• - Eu tambem sabia que eia as tinba••• Mas tanto •.•

(/mitado de P11mRE L'ERMlTE)

.

Ora chegando o Sr. Prlor a sua casa, quasi sem folego para a confessar, contraiu por contagio a mesma doença e de tal forma que em poucos dlas passou d'esta para melhor. Coube-lbe a vez de comparecer deante de S. Pedro, que estava com cara de caso. O Porteiro olhava-o de sobrecenho franzido. -Ao que parece, as colsaa nDo iam mal la pela freauesla. Mas a'lul as aparenclas valem pouco. V. Reverencla é responsavel pelos seus paroquianos••• - Eu era muito culdadoso com a catequese e com a homilia. - E' l:erto; ca estA: «enslnava com zelo a doutrina. • • -Visitava, amparava, socorrla os pobres. • • • -Tambem é verdade. Mas V. Re•.• .1 era fraco com os pnroqulanoa: nAo se atre via R dizer•lhes com f ranqueza os sacrlflclos que tinham de impOr-ee. V. Rev. 1 falava Ct>tn delicade· ;

AVISO Sabemo• qua alguma• peaa6aa andam po.. v •· ria• parte• wendeado teflf• qo• e eutroa obJeotos re• · lfgioaoa diz~ndo 9ue os vendem por. oonta de No•• •• Senhor• de Fatima, quando aflnal é pa .. aont• p ..oprl•• . Eatamoe oflolalmente • auto•laadoa· • d e o I • r • P qua nenhum• P•••6• aats enoarl'!egada da tazer tal• wendo•• ~

Na poesia publlcada no penulthn• iqumero deste jornal onde se lé -ço,:_{lçòes inno&ente8 deve l~r-se &oraçtld

incertos•

,


Voz dn.;

Hos extraulados

Voz da fatima ,

Ahi petos meiados de a~sto ultimo noticiaram os jornaes em, laconicos telegramas o desastre sucedido a peregrinos, entre os quaes .vinte e quatro hol,rndezes, que em camion voltavam de Gavarnie a Lour- . des. t , Perto de Saint- Sauveur e nao longe da ponte de Napoleon, onde a estrada é estreita e o declive multo grande, um movimento rapido do volante, com que o chaufear quiz evitar o atropelamcnto de uma muJber, fnz l'ecuar com violencia o camion e este precipitou-se com todos os passageiros pur urna ribanceira de setcnta metros de alto, Os peregrinos holandezts marreram todos hcando horrivelmente desfigurndos. Alguns dos outros passageiros que escaparam ii morte, ficaram em estado gravissimo. Passados os primeiros momentos da triste impressào causada pelo desastre, ·começaram as averiguaçòes a respetto das vtctimas e o que se apurou foi que os taes peregrinos hola11dezes eram quasi todos protestanteJ e faziam parte de um grupo de excurslonistas organisado pela agencia Klerck, da cldade de Dordrecht na Holanda, crea·da para enviar de vez em quando passeantes a Lourdes, onde fariam o centro das suas alegres excurs0es petos Pyrineu$. O chefe deste grupo, que tambem motreu, era o mesmo Kte,k fundador da agencl~,~redactorchefe do jornal «O Protestante,. ~ora o objecto prlnci~>al ilas polemicas do jornalista Kle1k era o culto de N. Scnhora. No ut1imo numero do seu jòrnal fizera Inserir Ull) artigo perfido contra os factos sobrenaturaes de Lourdes termiriando por dlzer que «néles s6 poi':le ter confian- ' ça quem possua uma ' fé ingenua ou uma alma d~ cortlça., • .i lav ia uns mezes que o redactor em chefe, KletK, vinha ariunclan"<to no seu jornal que dentro em pouco ' apareç~rlam no jornal protestante de que etre era secretarfo, dlz o jornal holandez • De Ttjd,, artigos para combarer as cura, de Lourdes. Pelo que mc consta, d(z o citado jornal, f0ra elle para esse 'fim a Lourdes ondé pa,sou uns cinoo dfas da S'egunda semana de agosto, Nessa mesma semana fitera annunciar O"'seu proposito no aeu j()rnal, em arUgo feito antes da partida. b I • lmpediu-o a morte. A mao que devia retomar a pena contra o culto de N. Sentiora ficou hirta pela --morte. f oi chamaifo com c,s excursionistas que o acompanbavam, ao tribuna! de Deus.» j

O noJso Jorna~•inho é deatrib11lilo"gr'ilultamen• te n,_ Fétlma noe dlaa 13 de ooda mie. So team direito a re ebel-o aelo cor, Pelo, d11r111nte um ano, oa quo tivP.rem ~nandado dez 11111 réi • S•tif,faremos goatoaa111e nte quelqueP. Peclamaofto qua os leltorea enten-

dam neaeesario fazer-no•

"

Deepezas Transporte ..•••.• 1 • • • 8:555:620 Impressào do n.0 16. • • • 200:000 Outras despezas ••.••. • , 40:UOO Somma. • . . . .,... . 8:795 620 SubaoPìçilo t J (Contlnuaçào) Oonativos (Carrascos).... D. Maria Celeste de Seabra Fabiào....•...•..•. D. Maria José da Silva ... P. 0 Antonio Cesar de Gouveia I Valente••..••... D. Maria Teresa da Silva Passos...••.•.....• D. Maria Olivia de Santo Antonio Netto ....•.. D. Ophelia da Veiga Motta D. Anna de Campos Oodi-

15SOOO

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nho ••........•... 20$000

Narciso Marttns Ribeiro.•. D. Margarida L. d' Atmeida. D. Maria da Boa Hora Santos Bernardes : ..•.... D. Maria da Conceiçilo Al· cantara Matheus •...•. D. Marl!3 Aurora Vlegas.•• Joao Lourenço Oomes dos Santos.•..•.....••. D. Maria Clara Rodrlgues Monteiro , ..•..• , ... D. Berta Métyer Machado (2. 0 anno) . •.• ..•... D. Maria da Graça Ouarte Santos..•..•.•.. . .. D. Marlna Augusta Chaves D. Elisa Coetho Marques (2.0 anno) •••••....• O. Maria da Purificaç4o Godinho ...• •.•. ... Antonio da Costa Mèlicias (2.0 anno) .........• D. Livia d' Almeida Baltazar O. Virginia Mendes de Sou• sa e Sìlva ..•......• D. Manuela Sobral Alvares. D. Maria José d' AImelda Teles . . .......... . p_e Antonio Carreira Boni.: facio (2.0 anno)....•.. D. Luiza Barrei,os Salema. D. Flavia Rltbuça •.••••• D. Maria Adelatde de Re..

(2.8 vez) . . . . . . . . . . .

JOSOOO

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IOSOOO tOSOOO 10$000 10$000 10$000

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De jornaes (Alcanena).••• 29$500:, D. Carolina da Conceiçilo Silva • ....•.••.... 10$000 Manuel A'ntouio Lopes (2. 0 , anno) •• . I..• . ... . .• .10sooo D. Màrla ila Coucelç:io Al• ves de Mattos (2. 0 anno) JOSOOO

D. Maria das- Mercés Bianchi Coelho da Rocha •• • 10$000 Francisco de Lencastre (2.0 anno) ............. . 10$000

Manuel Duarte Silva (2. 0 anno) • . • • . • . . . • • • • JOS0OO Antonio Alberto (ignora•se a morada) • . . . . . • • . • 10$000 Cosme Ferreira de Castro (2. 0 anno) . . • . . . • • . • 10$000 Manuel Lucio de Andrade (2. 0 anno) . . • . . . • . . . 10$0'.)() P.e José, da Amoreira, Antonio Monteiro e outros. 15SOOO • Dr. Antonio Farla Carneiro Pacheco (2. 0 anno) . . . • 20$000 D. Amelia Augusta de Jesus e Sii va Oarcia..... ·. . • 10$000 D. Romana Caldas Pereira da Silva. . . . . • . . . . . • 10$000 D. Maria Amelia Capelo Franco Cunha Mattos . • 10$000 • Antonio B. Figueiredo Nunés de Carvalho . . • . . . 10$000; D. Maria do Rosario Marttns. • . • . . • • . . . . • . • 10$000 Antonio Antunes Mota . • • 10$000 D. Cesarina da Piedade. . • 10$000 Joaquim Alves Marllns . . • 10$000 D. Maria Primitiva Castro • 10S00O Marianno Lemos ... ...,. 10$000 D. Maria José Amaclo de Abreu Amorim Pessoa·. • 10$000 O. Maria Luiza Rodrigues • 15$000 P. 0 Antonio dos S11ntos Alves (2.0 anno) .....•. ! 10$000 Paiva, lrmao & C.• . • . . . . 20$000 Seraflm da Cruz Vieira • . • t 0$000 O. Maria Irene Themudo Figueira de Andrade Nogueira . . . . . • . . . . • . • 20$000 D. Oenerosa Fa!'lnha • . • . 12$000 D. Maximiana Vleira. . . • . 10$000 Joào Lopes Laranjeiro. . • • 10$000 D. Josefa Carolina de Mattos Chaves. . . . . . • . • . 10$000 D. Mafia òa Conceiçào V. Franco. . . . • . • • . . . . . 10$000 D. Maria do Carmo da Rocl'la . . . . . . • . . . . . • . • 15$000 D. Maria Miranda Fragoso. 10$00) D. Anna Fernandest Poi es Oiào . • . . • . . • . . . • . . 20$000 D. \I aria Christlna, Capello Franco ..... J . . . . . . 10$000 D. Margarida Manuel Plnto Coelho (2.0 anno) • • . • • toS00O A11tonio Coetl1o da Rocha • r 10$000 • D. Ermelinda Coelho da Rocha ........•.••• D. Btlgida de Sousa Sampaio ... , .•••..•..•

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O. Maria do Carmo Raposo de Sousa d' Alte •••••• E, B. O. A. C. 8. (Angra). Joaquim Augusto de Lacer• da .••. ·· r. , , • , · . · · D, Maria d' Ascençao Barros de Mello •.• 1. • .. • • • o. Amelia Perelra Coutinho. . . . • . . • . • . . . . o. Maria de Jesus Gorilo Henriques de Brlto Per• nandes .•...••. ..• O. Maria Adelia de Freitas Torres. . •••••... - • Manuel F, de l\tello (2. 0 anno) .......... - · • P.0 Joào Lopes Gomes (2. 0

b 5$000 20$000 ,

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anno) •• • · · . · • , · · · • 10$000 P.0 Antonio Carrelra Poças e D. Delfina de Jesus Venancio (2.0 anno) ••..• toSOOO D, Beatriz Rodrigues Vieira (2. 0 anno) • • · · • · · · ·. • 10$000 D. Maria da Conceiç~o :toscano Tinoco . • . • • • • · 10$000


N.0 18

LEIRIA, 18 de Março de 1.0.24

Ano II

-,Q

(OOM APROVAO.ÀO ECLESIASTIO:A) "Director, Proprle'éoi•lo e Editor

Adnalnlstrador: PADRE M. PEREJRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES D0S SANTOS Composto e impresso na Jmprensa Comercial,

13 de Fevereiro Como sucede quasi sempre na quadra invernosa que ora decorre e muitas vezes até na primavera e no estio, o dia da peregrlnaçao mensal a FAlima foi tambem neste m@s um dia de chuva abundante e continua e de furiosa ventania. Apezar dessa centrarledade a con• correncla ao locai das apparlçOes foi lncomparavelmente mais numerosa que em egual dia do m@s anterlor. E_m torno da .capelin_ha .eriglda pela p1edade dos fiels compnmia•se urna rnultldAo enorme, que se podia computar sem exaggero em duas mii pessOas. Celebrou a primelra missa onze horas, o rev. José do Espiri~ to Santo, Péiroco do Reguengo do F~tal, e a segunda missa, ao meio dia, o rev. Carlos Antunes Pereira Oens, Péroco de Ourem. , Depois da ultima missa, o rev. roco do Reguengo subiu ao pulpito e durante cerca de meia bora fallou • sObre os peccados capitaes. Durante as duas missas rezou-se o terço e cantaram-se os cantico• do costume. Por fim cantou-se o 7antam ,reo e deu se a bençlio com o Santissimo Sacramento.

as

Pa-

V. de M.

Hs curas da f aUma ~---(

I)ois

00.110s

• Pardélhas, 3.3.924, e • • • •• Aeora vamos ao assumpto que mais nos preocupa e mais alegra o coraçao dos que sao crentes e devotos da Santissima Virgem. Fui fallar com a mae da creança que Nossa Senhora curou e ella com toda a sua alegria pela graça obtida, contoume o segulnte: No mez de novembro passado, a creança aparece-lhe com um grande lnchaço debalxo do quei11;0, pergunta Acreança ae lhe doe, ao que eata respondeu negativamente. Vae com ella ao médJco e este diJJbe depols de verificar: I alla tam~,

.Jr/a. l?az.Ibe o curativo tancecando-lhe

a Sé -

Leiria

REDACçAO 2 'ADMlNISTRAçAO

B.U.A D. N'UNO ALV.ARES PEREJ::RA (BEATO NUNO DE SANT.l MAMA)

o tumOr, ficando a creança a ir todos os dias a casa do médico. Passados uns quinze dias, corno a mae da creança tlvesse acanhamento de daY tanto incomodo ao médico, pede-lhe licença para d'ahi em diante fazer o curativo em casa ao que elle annuiu. Isto' deu-se n'uma sexta-feira. No sabbado a seguir a m:Je da creança vae para lhe fazer o curativo e, quando tira a mexa, rebenta o sangue em abundancia. Como tivesse pouco animo para lato, chama a creada, mas esta negase a fazel-o pelo mesmo motivo. Foi n'esta occasillo que ella eat~o, cheia de fé e confian,a Invoca Nossa Senhora n'esfes termos: Oh I Vireem

do Ros4rio de F4tima, dae-me coragem para curar o meu filho ou entllo curae-o Vos. Poe o algodao na ferida

para vedar o sangue e a ligadura e, deixa ficar. No dia seguinte, que era domingo, diz ao marido: O' Francisco, se tu quizesses ias curar o menino. Este recusa- se pelo facto de nffo ter coragem. A mae enlao re9este- se de coragem e ttiz: Vem e! meu fil ho que ..,Nossa Senhora hacte dar-me a coragem precisa para te curar. Desata a llgadura e, qual nao é o seu es· panto quando v@ que a creança estava completamente curada e até do proprio algodao tlnha desapau.:cldo todo o sangue que bavla ensopado. A mae nao cessa de dizer isto a quem encontra. Agora vamos ao outro milagre operado ha dlas. Alzlra dos Anjos Sebolào deu é\ luz no dia dezolto do corrente urna creança encontrando-ee n"essa acca-'" sUlo bem. Passados, porém, tres dias aparece multo inchada em· todo o corpo e com especialldade no ventre. Chamam o médico e este diz que é4 urna lnfecçao no utero e declara a doente perdida, recomendando familla que a mandem prepar:ic r.:u!l a ultima vla2em. Chegou a ter ouarento graus de febre, a ser acommertida de ataques, ter muita affliçilo rio coraçilo e a' exhalar pela bOca um mau hallto. Emflm, toda ella deltava um chel10 lnsuportavel. O médico mancia retlrar-lhe a creança é dlz : aqÙl sd lhe pdd1 valtr alaum aantlnho. fol a'esta occaalllo que chamam o

a

Sacerdote para a preparar. Na terra

ja nAo tinham mais a quc:m recorrer.

Em virtude disto a irma da doente. chamada Palmira, vae ao quarto e dlz-lhe :,Alzira, vamos rezar a Nossa Senhora de Féitima e Ella te curara. Principiando a rezar, a tia da doente, Maria dos Anjos Tavares, dl:r a Palmira : estas a rezar mas ainda n!o lhe deste agua de Fitlma a bebcr. Esta levanta-se, vem a 'mlnha casa e pede-me urna pouca d'agua. Chegada a casa a familia opOe-se a que a doente beba a agua fria porque p6de fazer•lhe mal. Nisto a Palmira pousa a agua em cima duma meza, ajoelha e pede com muita fé e confiança a Nossa Setlho• ra a cura de sua irmil dlzendo : Oh/

Virgem, mostrae aqui o vosso poder

e da a agua a doente a btber, Oh t milaere I Mal bebe a agua a docnte volta-se para a tia e diz : O' madrl-

nha ntlo sei o que slnto dentro eni mim I

,

As affllçOes do coraç!o, o mau halito e a incbaçllo desapareceram !mediatamente. Passados uns motm!nto1 perauntalhe a irmll: ,entilo, Alzlra, a agua de Nossa Senhora fez-te bem ?• Ao que ella respondeu : cAi, Palmira, eatou curada, nada tenho f,. Els Rev.m0 Senhor o facto tal qual mo contou a propria Irma da mira• culada, Junto envio um atestado, que: assim 1e R6de chamar, do proprio Sacerdote que a fai preparar. Nao s6 élle, como, eu e mais pesaOas estamos confusas com ~ste prodigio, , da nossa t4o querida Mae do ceu. Para a oulra carta enviar-lhe•el urna outra cura; nao o faço hoje por• que nllo me é possivel fallar com a pessOa que obteve a graça.» Maria dos Anjos de Mattos.»

Rev.mo

Sr.

Numa grandE' afliçao, recorri a N~ Sei.h()ra do Rob. rio da fjtlma, e ful ouvida sem dem,Ha. ' Em agradeclmento, envlo 10:000 p~ra ajuda daa despezas do seu cui• to. AngE>llna t:.;ope1 Perelra De certo os nossos querldos lelto• res terao prazer em ler a segulnte

carta:

,


h

.>

e Graçaa e Louvores sejam sempre dadas a Deus e Santissima Virgem do Rosario, nossa ternlssima màe da

a

.,.

a

as

a

Coimbra 25 • 1 - 924

Emilia Oulmard.es

13

de Janeiro correios deixou de ser publicado em fevcreiro este

artigo de que nao queremos privar os nossos leitores.

O dia 12 de Janeiro, semelhante ~os outros dias dessa sernaoa, sem vento e sem fria, explendido de so1 e apenas com pequenos farrapos de nuvens a empanàr de longe em lon· ge o azul dfaphano do firmamento, parecia um formoso e tépido dia de Março precursor da primavera pcoxima. Nada fazia prever, a nao ser o ponteiro fiel de um velho barometro, o medonho vendaval que se havia de desencadeat sObre toda a terra extremenha desde as prlmeiras horasdo dia seguinte. Chegaramos na vespera tarde a Torre.s Novas, onde alugamos urn carro para 001 transportar a Fatima. Ficou assente q~e a partida se efectuasse b olto horas da manhà. A essa hora a chuva cahia torrencial e continua, inundando as ruas e as praças, em que se viam raros transeuntes apressados, e o ceu, de sobrecenho carregado, parecia ameaçar- nos com um dia lnteiro de rigoroso Inverno. A vla2em atravez da serra fòi sobremaneira t/iste e penosa, mas durotf pouco mais de tres horas~ graças boa raça dos cavallos escolhidos que puxavam o carro. Eram c~rca de onze horas e meia quando chegamos vista do locai das apparlçOes. O vento, n9 cume da serra, dir-sehla redobrar de lntensidade, sacudlndo com vlolencla as copas dos pinheiros altos e esgulos e a ramagem das azinheiras rachitlcas e eofezadas. A chuva, fustlgaodo sem pledade os rOstos, que os cbapeus impedidos de se abrlr devldo 4 vlolencla do vento nao podìam defen-

a

a

a

der, C-l!hia sem interrupçlo inundando a Cova da Irta, e cooverfendo-a num lamaçal immenso. A'quella bora, contra o costume de tantos annos, eram multo poucas, apeoas algumas

no l Tenho realmente erandé pesar que o nito conheça, nAo é por ser meu neto, mas é um ve-rdad,eiro amòr. De bora a bora, de momento a momento, n6s vlamo1 o pequenino melborar; chega o médico para o ver, e a unica coisa que p6de dizer é q•e ••• nada tinha a fazer, (poJs estava completamente curado t •••) A alegria Ila-se nos noasos rostos, e o médico rematou dlzendo: ,as creaoças sao assim, tao depre5ì~o est:lo • morrer, corno est!o cur11das.• Mas a6s as 3, que bem conheciam06 -0 milagre de Nossa Senbora, davamo& ,ln~imamente ~raça~ a virgem do ianhs11mo Rosario. E11 aqui, muito a correr e em duas palavraa mal dlt1s, a grande graça que noa concetleu o milagre d1 Vfrcem do S1nt1ssf mo Rosario da FAtima. ~

travam junto do padrfto commemorativo da& appulç6ea, abrreada.s sob o telhelro recentemente construido em frente delle. Soubemos depots que, metcè do mau tempo, muitoa pereartoos tioham de&lstido da vlagem e outros, que cbegaram a lnlcii1 la, tlnham renunclado a leva-la a c"bo, alojando-te durante o percurso em casa de faml11,as aml2as e conbecldas até que o tempo melboraue para rc&resHrera suas terras e aos seus lare6. Entretanto, pou~o a pouco, 'Ilo cbegando, de dlvern• partea, 1,ruposde pereerioos que, p,ocedentes de povoaçOes vlt1inhas ou mais anlsnosos do que os outros, ousarartt arrastar com as furlas do vendaval para irem prestar i augusta Virgem dG Rosario II homenagem plwosa do

dezenas, as pessOu que se encon-

as

seu culto fervoroso no sltio em que Ella se dìgnou apparecer, è.onf6rme as afflrmàçòes dos bumildes e inqcente~ pastorlnhos de Aljustrel. Ao melo ,dia oflcfal principia a primeira Missa o rev. Manuel Perelra da Sii- t va, secretario da Camara Eclesiastica de Leirla. E' celebrada dentro da capella por nllo consentir o mail tempo a sua celebraçao ao ar livre J na f6rma do costume. Durante a missa relna um silt!ncio absoluto entrecortado apenas pelo murmurio das préces rezadas por grande numero de assistentes em voz quasi imperceptivel. A certa altura, po rém, um homem do povo começa a recitar o terço do Rosario em vo-z alta, alternando com elle muitos dos circunstantes. O agudo sibilar do vento, o brando ciclar das pr~ces, 'o cavo rumorejar das arvores, o cahir incessante da cbuva, o fli lencio- impressionante èia multldfo, tudo convida a alma a recolher-se dentro de si mesma e a elevar os seus oensarnentos e os seus afectos para o Ceu. Parece sentir-se um sOpro sobreoatural e divino perpassar junto de 1'16S. Os anjos, invisivelmente prostrados deante da Hostia pura e sem mancha em que Oeus, voz do sacerdote, acaba de descer terra, jttn• tam as suas adoraçOes i1s daquellall almas humildes e sas do bom po110 das nossas aldeias que o simoult. devastador da lmpiedade e do vicio felizmente ainda nao logrou esterlllsar para a Pé e para as virtudes que flzeram grandes. os nossos antepassados. Dezenas de pessOas iecebem nos seus pertos a Jesus Sacramenta-do. Termina a missa. A multida,o. engrossa cada vez mais, comprimindo-se debalxo do tetheiro. Ao meio dia solar começa a segunda missa., tambem dentro da capella. Celebra-a o rev. dr. Manuel Ntrnes Formlgliq~ professor no Seminarlo Patrlarchal. EstAo presentes algumas centenas de peregrioos 1 a malor patte dos qua~ a&sistem missa sob u·m a chuva tor-renclal, mal abrigados pelos seus. enormes chapeus. O rev. dr. Marques dos Santos, ao princlpl-ar o santo sacrificio, inicia ._ recitaçao, alternadamente com o pov-0, do terço do Rosario. A' elevaçiio fazem-se as ternas e patheticas lnvocaçOes de Lou1de~. Algumas sennoras presente~ pouco habituadD&- a presenciar semelbantU espectacu1os de té e piedade, chorB}n de commoçao. Dletrlbue-se o P~o dos Ani os a mais algumas dezeoas de pessòas. O Btmdito é can(ado p(>r todos com enthusiasmo e uncça'p. · Termlnado o S~nto sacrificio canta-se G 7antam er{lo e da-se a bençAo . com o Santissimo. Ap6s a bença~. a rnultidao, chela de enthuslasmo, canta em c6ro o hlmoo Qaere,nos Dèus. cujas notàs vibrawtes e marciaes ~e repetcutem ao longe e ao largo com,o um protesto vehemente e sentldo dE) Pt>rtu_gal chrlsUlo contra a revivisce,f1-,. eia d0 fanatismo mussulmane nos tnfellzes sectarios dos nossos tempQ.S~ que repettm com um furor cego_·e. selv1:tge111 o ,cr! ou morres• dos d,e · f ensores do -cre1ce11te. _ S6b~ depols ae pulpite e rev • .~r......

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Por causa da gréve dos

calcular a alegria de n6a todas, reconheèendo a graça que I noasa mlle de misericordia, a Vireem Santissima da Fatima noa tlnha concedldo melborando o nosso 1m6r p-equenl·

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Lela tomo puder e perdOe ,tud9 -;. breve escreverei com mais vagar.

Fatjma I Mais urna graça coocedida por Nossa Senhora da Fatima a esta sua humilllssima filha e aos seus. Na segunda feira passada, appareceu quasi de repente, meu netinho Luiz Maria com urna febre terrivel e a pernita direita muitissimo incbada até ao joelhito : passou urna noite terri vel, em delirio e queixando-se de muitas dòres. Apesar de ter s6 14 meses é multo vivo, j~ diz algumas palavras, e muito bem chama pela mae, pae e ~v6. A' màe mrnca largava, e quando se via peor chamava pelo pae e por mim, Logo de manha chamou~se o médico, que declarou ser um Jleimi!o, que tinha para 3 ou 4 dias, e passados elles teria de ser aberto. OOres que eram horrivels, mas que nada lhe podla fazer, até que estivesse em condiçòes de ser Jancetado. Nessa noite o menino piorou e n6s, eu, a mae e a sua creada particùlar, recorremos Virgem Santissima, para o curar, livrando-o de tao horrivel mal. Ao deitar-lhe as papas, fOram ellas cobertas com a milagrosa agua da Fatima e coloquei-lhe eu urna medalha de Nossa Senhora ao peitinho, depois de lh'a ter dado a beijar, e rezamos juntos 3 Avé-Marias, urna salvé-rainha e clembrai-vos 6 purissima Vtrgem Maria ••• • flndas aa nossas oraç6es e suplicas deltamos o menino que mais tranqullo pasaou a noite. SObre a madrugada todas fomos descaoçar e qual foi o meu espanto quando 9 boras da manhff a creada entra no meu quarto trazendo o menino ao collo, que deitando os bracinhos para mim sorrlndo e beijando-me, me pedlu biachas (bolachas) cousa que elle do fazia ha dia& I Esteve perto de mela hora a brincar commigo e ouvindo no quarto os paes a fallar, deltou-ae ao cbffo, e agarrado mllo da creada e a um guarda aol, que encontrou no meu quarto, 14 foi a mancar, coitadlnho, até perta delle1. P6de bem

Voz da Fa-time,

a

a

a


• Voz da ~a-time. .Marque dos Santos que durante cér.ca de vinte minutos entretem a atten·d o do auditorio sObre a devoçfto Santissima Virgem e a communhao frequente corno melos efficacissimos de adquirir e conservar a angelica virtude da castidade. Por fim rezam-se algumas oraç~es em commum por diversas necessidades, especialmente pelos enfermos presentes e ausentes e pelos peccadores, e aquellas centenas de peregrinos dispersam-se e desapparecem ,corno por encauto para voltarem decerto mais vczes aquela estancia bem· dita impulsionadas pelo fluido misterioso e sobreoatural que attrahe irresistivelmente a Fatima as almas sedentas de verdade, de justiça e de

a

paz.

V. de M.

Jfotas· e impressoes O phenomeno solar de 1917 Recebemos a seguinte carta: Salvaterra de Magos, 3 de Janeiro

.de 1924.

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.

• • • Sr. Visconde de Montello. Por ter lido o livro escripto por V· a respeito dos eplsodios maravllho-sos de Fatima, cumpre-me partlciparlhe que tambem Uve a ventura de presenciar os acontecimentos assombrosos do dia 13 de Outubro de 1917. ~heguel na vespera aldeia de bm.\ onde pernoitel. No dia segulnte fui a casa das creanças com quem fa1ei, principalmente com a mais velha a Lucia, que me disse que Nossa Se~ nhora }be ~pparecia meia bora depois do_ me,o dia, bora solar. Dirigi-me de· .-poIs para a Cova da lria, mas, corno .chuvesse, m?lbei-me, voltando logo para a alde1a onde me enchuguei. Quando faltavam uns vinte e clnco minutos para a bora aonunclada, parti p_ara o locai das appariçOes. Na occas1ao em que cheguei, parou a chuva, mas o ceu conservava-se carregado .e escuro. A atmosphera tornou-se .amarella no locai em que estavam as .creariças e as cabeças dos milbares de pessOas presentes pareciam cobertas com lenços de c~res amarellas roxa e azut. Urna columna de fumo: qu~ se assemelbava a urna nuvem, pairava no referido locai, su biodo tres a quatro metros acima do s61o. Este phenomeno repetiu-se por mais de ;fres vezes, c~eio eu. Olhel depois para o ceu e v1 o sol, que parecia urna roda de fOgo, romper as nuvens e <:orrer em direcçAo {l terra. As nuvens tmham-~e rasgqdo de repente e vla·.Se perfettamente o sol que nllo feria a vista. ' Vi pelo meòos passar pela parte de ~ima. do sol duas nuvens que eram 11tumrnadas pelo sol, o qual correu ~egunda vez em dlrecçao terra. Fol ts~o que os meus olhos viram. Desta minha carta faça V. o uso que entender. De V. etc.

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fa.

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Manuel da Costa Ptrtlra

ifit1111a, obra aaclenal De

11aa illustre

e pledosa

scalloJa

da Regoa, alma enthuslasta e de rija tempera, sempre aberta a todos os sentimentos nobres e generosos e profundamente dedicada a todas as obras que visam gloria de Deus e ao bem da Patria, recebemos urna carta de que extractamos estes periodos :-«A freguezia de S. José de Oodim quer tambem contribuir para a obra de Fatima, obra que nao é locai mas nacional e de que todos os portuguezes se devem orgulhar. Deus haja por bem coroar de exito os esforços de todos os que tabalham para tao gloriosa empreza e Nossa Senhora de Fatima abençòe a nossa querida Patria.>

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Oa aconteclmentoa de Fatima De urna senhora de Vizeu, tao distincta pela sua linhagem corno pelas suas virtudes, que presenclou o phenomeno solar de 13 de Outubro de 1917 e que desde entao nao tem cessado de fazer v6tos ao Ceu para que a Santa Egreja se pronuncie favoravelmente acerca dos acontecimentos de Fatima, recebemos urna longa e interessante carta de que tomamos a Jiberdade de transcrever o trecho que segl)e: cN~o faz ideia de corno ficamos encantados com o pequeno opusculo referente a Fttima, de tao querida lembrança. Para prova fazla-nos multo fav.or enviar dez exemplares mais Rara dlslribuirmos por pessOas piedosas. Oxala Nossa Senhora faça milagres e converta esta terra de esplnbos e abrolhos em jardim viçoso e encantador. Por demai11 temos sofrldo as terriveis emanaçOes deste pantano ha annos a esta parte. Salve-nos Deus I Seja comnosco a Ssotlsslma Virgem 1 nossa Medianeira f •

A peregrlnaçào oaclonal Posto que seja bastante tarde para

o fazer, n~o reaistimos ao de11ejo de archivar nesta scccAo um formoslssimo trecho de urna carta que oos cscreveu urna Santa e veneranda senhora da Capitai, illustre e benemerita entre as mais lllustres e beoemerltas, écerca da erande pereerlnaçao naclonal de J3 de Malo 4e 1922. Traduzindo os mai, nobreli e elevaJos sentlmentos chrlstao11, coostltue na sua comrnovedore 1lmpllcldade um precioso mimo litterario, de que se evota o perfume ,uavissimo da mais terna e acrlsolada piedade, e que os nossos prcsados leitores saberao apreciar devidamente. E' do teor segulnte: -,Recebl em tempo competente o postai e a carta de V. que muitlsslmo apreciei e me peohoraram cm extremo. Espero que V. recebesse o.telegramma que lhe mandel, logo que recebi a carta de V. a tempo de dJspOr do automovel, que com tanta dlficuldade coos.eguiu arranjar para pOr é ml1Jba disp05lçAn cm favor de quem mais feliz do «.ue eu pudesse fa.zer parc.e d8 piedoaa e erandiosa perei?rinaçAo a FatlLM t ~lve lmmens.1 pena · de nAo pooer ossistir a P.$Sa filo to· cante e tnponente manlfe6ta.;lio ae

fè••• As notlcias que tenho recebido das pessòas que t1,eram a grande consolaçlio de ir no dla 13 f Atlma e as que leio 101 J•rt1aK mais augmenta-

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ram o meu pesar. Nosso Senhor mè accceite o sacrificio I Bem do coraca• felicito V. pela grande consolaçao qut decerto teve de ver reunidos na Fétima tantos milhares de crentes, profundamente commovidos, prestando a mais respeltosa homenagem de f6 e devoçao Santissima Virgem. Urna das minhas primas que vive em T. • me tinha convidado com muita insistencia para ir passar uns dias con, ella e acompanha la Fatima no dia 13 escreveu-me logo depois enthusiasmadisslma. Diz ter muita pena qut eu nffo pudesse lr, pois esta convencida de que em Portugal talvez nA• se fizesse até agora urna tào grandio· sa manlfestaçao de fé. Extraordinariamente grande, sobretudo por ser tfto simples e expontanea I Bemdlto seja Deus por tudo e a sua Santissima MAe continue a interceder pelo nosso pobre Portugal e por tantos infelizes que a nl\o conhe• cem e por isso a nao amam e offendem tanto a Deus I Estou convenclda de que entre n6s ha alncia multe mais ignorancia do que maldade.»

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__________ V. dt M .

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Deante do Santissimo Sacramento exposto Devemos honrar o Santissimo Sacramento exposto com o malor respeito. • Deus quer ser adorado tanto pete corpo corno pela alma ; tem direi• to homenagem do homem todo. E' por isso que ha um cullo exterlor, sensivel, animado pelo culte interior da caridade. Emquanto ao respetto exterior1 em parte alguma é mais necessario que no culto da Exposiçào, é a santa Iareja que o manda. Ella quer que Nosso Senbor esteja la, no seu throno, absorvende todos os ·nossos pensamento'ì. Ella quer que no altar nao haja estatuas. rellquias, para nao afastarem o adorador do pei,samento de Nosso Senhor e para que o culto esteja concentrado na sua PessOa odoravelJ>rescreve os ornamentos e as decoraçoes mais maEnificas. N!io bastai a simples gemeflexao, é necessarie, a prostraçAo com ambos os j<;>elhos para saudar o Rei divino no seu throno. Compenetremo-001, pois, da litur.-~ ala da Santa lireja e que o nosst> exterior em presença do Santissime Sacramento exposto exprlma a mais profunda reverencia. Anles de tudo iUardcmos uma gru• de restrva, urna eraode modestia noi olhos. NAo quero no entanto dlzér que estejamos conitantemente de olhos fechados; nao, e111 presença de Nos.so Senhor expo&to é melhl'>r olhar. rorque expOe a Egrej:i a N'os\O Senhor thruno? Po,que toma ~1la os i;tu$ mP.lhores ornamento.s? De que servirla Iu<lo bsu -.e ella nin quizcs.'ie que olli.ts$emos e que n~a se, visstmo~ delles p1ua nos elevarmo~ para Nosso Se.Pl1Cì1? De 41oe serviri~ cult,ca!· O toore • ~

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throno se n!io fòsse para melhor o podermos vlr? Porque revestlrla esse bom Salvador apparenclas exteriores, sensiveis, que se pudessem vér? Fol a fim que se possa dizer: eu vejo o meu Oeus atravez desta nuvem; sua face estéi desfigurado mas é Elle com certeza que est4.

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Mas-colsa admiravel 1- este culto exterior nfio distrae a alma adoradora. Por isso eu vos digo: olhai o Santissimo Sacramento, o altar, as velas, aa f!0res e tirae de tudo isto um bom pensamento, diz o P.• Eymard, apostolo da Santa Eucharistia. E' lsto tao natural que para o nao fazer seria necessario violencia. A aùordçao é um culto de expansao. Asslrn corno a chama, sae do f6co e nao permanece 14. Mas o qae distrairia e seria urna falta de respeito para com o Santissimo Sacramento era que em vez de olharmos o altar nos puzessemos a observar os fieis, a contar os que entram' e saem, a examinar as toilettee. Tudo isso seria absurdo e ridlculo, para nllo dizer coisa peor. Servl-vos, pois, dos olhos para ir a Nosso Senhor e nuoca contra Elle.

• Dlgo-vos tambem: Conservae sempre um porte grave e recolhido deante de Nosso Senhor exposto. Ficai de joelhos todo o tempo que puderdes e se vos sentardes nao tomeis uma atltude mole e negligente. Ha certos modos de estar que nao ficariam bem em um salao. Com ccrteza ninguem em urna sociedade distlnct;i se permitirla curvar as pernas, encostar-se na cadeira, sob pe· na <le passar por pess0a grosseira e m~I educada. Nilo faleis nuoca na egreja n'em vos importeis com nlnguem. l)eante do rei seria ma educac;lio inquietar- se a tratar com os cr~ados. Tal pessoa merecia que se Jhe perguntasse: para que veio ca?. Portanto, deante do Santissimo Sacramento. nem amigos, nem nego• clos, nem recados a receber, nada, por que estaes deante de Deus. To• da a vossa ocupaçlio deve ser adorar Nossa Senhor e escutar a sua di· vina P.alavra. Mas, dlrtis, se me perguntam atgurna coisa? NAo respondais quatro vezes por urna nem dlgaes mesmo: caqul t nilo se fata•; é muito comprldo; . se é necessario respondei por um simples sirn ou nao dito em voz balxa. I la u111a maneira de falar em voz batxa que ji por si é urna bOa · Jiçào Se se tratar de pessòa sObre quem tenhaes auctoridade é vosso dever impOr·lhe energicamente sllenclo.

Se tlvessemos mais respetto e compreendessemos melhor o que convém. nunca teriamos coragem de ti· rar alguem da sua comtemplaçao e farlamos todo o posslvel para a nao 1 dlstratr. O que se farla no mundo se urna pessOa f6sse admltlda em audlencla real e sObre tudo se se aoubesse que o reJ deseja conversar com elle?

· Ninguem irta perturbal•os, nem . mesmo um ministro. ' Ora a adoraçao, que é a audiencia de Nosso Senhor, a entrevista com as nossas almas tilo desejada pelo seu amor, mereceréi menos culdados que lls audiencias privadas dos Reis d'este mundo? Tudo isso diria que a nossa fé é bem fraca. Pratiquemos, pois, perfettamente o culto do respeito exterior nos olhos, no porte e no nosso silencio. Bem basta o que as nossas Adoraç0es teem de sofrer da nos!!a frieza è da inconstancia da nossa imaginaçllo. Se o nosso coraçilo é urna ruina, um deserto, honremos ao menos a Nosso Senhor pelo porte exterior afim de chegarmos ao conveniente porte interior.

Urna Carta ao Menino Jesus (CONTO)

Ivone tem sete annqs, esta no seu quar· tinho na vespera de Nata!, um verdudeiro ninho, a ultima obra da •pobre marna.,, Es1a para se deitar com a ajuda Je Miette, sua aia. -Di1.e-me Miete, o Menino Jesus sera ca• paz de lér a minha carta? -Com certeza, meu anjo. O Menino Jesus sabe muito. -Sabe mais que a irma Santa Comba? -Poi~ é claro, minha ruenina, mais sabio que a irma Santa Comba. O Menino Jesus sebe tu<lo. • • tudo. -Entiio elle sabe ciuco papé niio reza ... que nio vao A missa? -Ai s:ibe sim, mìnha queriJa e isto lhe causa muìta pena. -E parece-te que elle mc concederli o que lhe vou pedir? - E' claro que creio .•. Vamos, depress~ para a cama •.. que te arrefecem os pe· smhos. Ivone colloca pomposamente, bcm ao canto da ch~miné duas pequeninas botmhas brancas. Depois em urna dellas, pl5e ..• uro bilhete. Imagmae que ella o anno passado, em egual dia, ttr'lha resolvi6lo conservar-se acor<li.da até a meia notte p11ra ver o Me- . nino Je1u, e ped1r-lhe que convertesse o papi\~ Mas, apesar. de toùos estes e forços, ve1u o somno e o Menino Jesu• passou sem ella vcr, Est1.1 ano com medo de adormecc:r .. U· creveu ao Menino Ju,us. Ella sabe pouco escrevor e i~to lhe custou mu1to mas ao meno!! agora poc.ie dormir dei.cançada. Acola, do outro lado, no :ieu gc1bine1e1 o doutor asta disposto a trubnlhar, 1 A ve,pi:ra de Nata! é para elle um dia corno qualquer outro. Esta muito agarrado aos bens terrestres para pensar nas emoç5es desta maravilhosa 1101te. Por outro lodo a escola de medicina destruiu-lhe todo o sentimento religioso. O dr. X ... é abertamente descrente, Esra noite corno de conume, foi depor, aotes <le se Jeitar, um granJe beijo na fron te da sua filhmha ac.iormecida. Nao sei corno, ao passar pela chaminé, viu a• botinbas einJa vasias porque o Divino Menino teve tanto que tazer esta noite que olio poude contentar toda a gente ao mesmo tempo. Curioso por1 este costume que elle tinha, aproxima-se, tome at boti• nhas e por acaso deixa cair a carta do Me-, nino Jesus. Abre-a. Oh I corno ella é tocanto I Ouvia•a : •Quuido Menino Jesu!I, diai11 , Ivone, v6s sabeis que eu nio tenho ro.i~i porque 1J6s a levaste p1r~ o vosso par.1!10 ainùR qu,, eu tenhR mu1t~ pena dc: a nao tornar a ver; eu tenho ainJa um p::pa, mas parece que elle nao vos ama corno devia. Elle niio vae A mi,•11. t:11< ui'Io rezil. Coovertei-o, vos que so,s tlio bo,··, tio bom I Vo~sa amiguinha quo muito vos ama Jvone• • P. S.-Quitr11Jo vir<les a mioha marna cli· ••i-lhe que eu a abraço muito. ao• leYBntar-se

No dia 1eguinte Ivone acb.ou uma bella bone~ na ,hamin~.

• Como a creaila se aprestava a conduzi-Ja, a egreja, o pae se interpoz dizendo : - Serei eu quem daqui avaote te cooduzirei ti Missa porque o Menino Jesus recebeu II tua carta.

.V oz da f; ati~a~ Deapeza& I Transporte ••••• , • , • Jmpressao do n. 0 17 ..•

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80$00() Somma • • • • • • • 9:075$62(}

Varias.••.•••••••••

Subaorlç:lo (Continuaçao) D. Maria José Assis Oomes Coutlnho . • • . • • • • • • • D. Maria Eduarda Vasques da Cunha Lencasfre (3. 0 anno) ••••••••••••• De jornaes Oosefa de Jesus) D. Maria Ferro Lobo •••• D. Ouilhermìna de Jesus Alberto Oomes (2. 0 anno) D. Maria Martiniano da Costa (2.0 anno) . • • • • • • • D. Maria de Borgia Saavedra (2. 0 anno) .••••••• P.e Virginio Lopes Tavares Viscondessa de Sanches de

10$000

10$000

21$000

10$000

10$000 JOSOOO

10$000 10$000

Baena .........•.•• l0SOOO

Januario Miranda .•••••• O. Sebastiana Nogueira ••• D. Maria da Pledade Santos •.••.••.••...•• Julla da Encarnaçao Mar-

ques .••••••..•••••

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10$000 10$000

10$000

Domingas Fetnandes ••••• t0S00O Maria das Oores Fernandes (3.• • vez) ...•••••••• ssooo Domingas Valente de Almeida (2.8 vez) •• • •••• 5S00Q Benedicta d'Oliveira Horfa (3.• vez) •.•••••••.• 5S00O P.t Francisco Antonio da Silva Valente (2. 0 anno). t0SOOO Percentagem na venda de terços jornaes avulsos etc. (Pardélhc1i-)...••••••• 77S500 Percentagem em terços etc. (Mafra) ••.•.••••••• 52S500 D. Alzlra Costa •.•••••• IOSOOO Manuel Coelho de Sousa. . lOSOOO Antonio Machado Fagunde, 10$000 D. Oertrudes Maria Fernandes.• . •••••••••• JOS000D. Maria Rosa Atha'yde ••• 10$000 Condessa de Margaride (3. 0 anno) .•••••.•••••• 20$000 D. Maria dos Remedlos de Moura Abrànches da Sii va tOSOOO Madame Marguetlte Leguln 10$000 P.~ Antonio Maria dos Santos Campos (2.0 anno) •• t0SOOO p,e Manuel Perelra de Oliveira. • ••.••••••••• t0SOOO P.' José Maria d' Alrnelda Oeraldes ••••••••••• tOSOOO· Donativos varios (Athouguia) •••••••••••••• t tSOOO D. Maria José e D. Anna ?0$000 de Mencze!! Alarcao •• D. Crl!qéench Fernandes Dias ,fa Cruz •••••••• tOSOOO D. lgnl:!s Cabrai Nunes Ba

rata. • •·. '. . . . . . . • • . • 101000

José Vaz Barros ••••• , •• D. Jovlta Ferreira Rosario de Sousa Vtna2re •.••• D. Henrlqueta Ferrelra da

10$000

10sooo,

Sltva. . •• ., ••.••.•.• 10$000


Ano II V-

LEIRIA, 18 de Abril de 1.024

N.0 19

(OOM APROVAç.A.O ECLESIASTICA) Director~ Proprie-tarlo e Edl-tor

A.dnllnl•"trador: PADRE M. PEf?ElRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e imprt's~o na Jmpren~a Comercial, a S4 - Leiria

:RU.A D- NUNO ALV.ABES PEBEIRA

· 13 de Março Outro dia de verdadeiro e rigoroinverno, justamente corno nos dois primeiros mèses do corrente anno, ~oi o dia 13 de Março. A chuva c~hm abundante e por vezes torrenc1al desde pela manha até noite, inundando as estradas e tornando em. m.uitos p_omos assaz perigoso e quasi 11nposs1vel o transito de todo O genero de vehiculos. Apezar do mau tempo, porém foi bastante elevado o munero de p~regrinos que acorreram a Fatima no intuito de prestar os seus cultos fervoros?s a Augustissima Virgem do Rosari?. Quando princlpiou a segunda missa campai estavam presentes cèrca de duas mii e qui hentas pessOas. Alguns automo v1 I:\ e um grande nu111~ro d<! <'arrns estaçionavam na est raita e no8 teueoos adjacentes. Ci2uaodo cl~egamo~, ia principiar a segunda missa. A prnueira tinha sido celebrada as dt-z horns pelo rev. Antonio Correia ft:rrdra da Motta, coadjutor da freguezì:;i das Merc~s de Llsbòa. A senu,Hta missa fol ce-: lebrad.a pelo rev. Manuel Marques ~ombrna, parocho (~e Airabal (Leiria). Durante esta missa rezou-se o !trço em commum e fizeram-se as mvocaç0es do costume. A's duas missas commungaram ~lgumas centenas de pess0as sendo sobremaneira commovente a' piedade com que todas, de mAos postas e profondamente recolhidas, se aproxlmaram da Sagrada Mésa. No _firn da segunda missa fez-se a bòcca do Sacrario e exposu:ao caotado pela multidAo o Tantu,;,, ere~, deu·se a beoçao com o Santissimo Sacramento.

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Em ~eguida subiu ao pulpito o

rev. Ou1lherme da Silva Oliveira, parocho da Folgosa, concelbo da Maia Porto, . que durante cerca de mei~ hora iallou s0bre o culto de Nossa Senhora, explicando a significaçao s~mbolica das cinco lettras do noi.e ae Maria : ~màe, amor, rainha hn· maculada e avé•. ' Ap?s o sermao distribuiram-se gratuitamente milbares de exempla·

REDACçAO E ADMINlSTRAçAO (BEATO NUNO DE SANTA MAR-IA)

res da « Voz da Fatima•, que eram procurados com avldez. Junto da fonte que brotou precisamente no locai, onde, segundo a affirmaçao constante dos humildes e innocentes pastorinhos de Aljustrel, a Virgem Santissima se dignou apparecer-lhes pela primeira vez, encontram-se inumeros peregrinos que esperam pacientemente a sua vez de encherem os recipientes que trazem consigo. Alguns fieis cumprem edificantemente as promessas que fize· ram. A chuva que durante as mlssas cessara de cahir volta de novo a fustigar os rostos e a ensopar os fatos. Varìos peregrinos tinham vlndo de longe a pé, uns por esplrlto de penltencia, outros devido impossibi· lidade de arranjar ultima hora meios de transporte. Todos, porém, se mostravam ategres e satisfeitos e, momentos depois, quando, isolados ou em grupos, regressavam aos seus lares distantes, era sobremodo edificante a simplicidade com que multos dlziam que valia bem a pena andar leguas a pé e sofrer as lnclemencias do tempo para vir passar umas horas de paz suavisslma e de inolvidavel encanto no locai cinco vezes consa• gradu pela presença da gloriosa Raloha_.... dos Anjos. _;_

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_________ V. de M.

Hs curas'da f atima e

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Murtosa- Pard~lhas, 25/3, 924.

Rev.•0 Senhor Venho trazer a V. R.• urna noticia consoladora para ser publicada na "Voz da Fatima•. Trata-se de uma cura que obtive por intercessAo de Nossa Senhora, e quero leva-la ao conhecimento de todos os leitores da • Voz• e de todos os que amam a Nossa Mae do Ceu, a fim de que se reconheça mais urna ve2 que ounca por Ella é desamparado quem reclamar o seu socorro. Permita-me, pois, que eu faça a , aarraçao do facto. Em 16 de setembro de 1920 tive de sujeitar-me a ùma operaçào no estomago, porque vinha desde ha muito tempo sofrendo horrivelmente

e quasi se me tornava ja imposslvel • a alimentaçao. Passaram-se quasi quatro anos sem que eu experimentasse inc6modo de maior, mas agora, em principio~ de fevereiro, voltar:>mme novamente as d0res no estc mago e nas costaiil, no lado direito, com muito maior intensidade. A principio quiz ocultar a meus pais o meu sofrimento para a~sim evitar a vinda do médico e nfo me v~r forçada a tornar medicamentos. Como o sofrimento nao diminuisse, antes se f0sse agravando, e a alimentaçao e o movimento f òssem para mim motivo de novas d0res, bem depressa veiu a minha fdmilia no conhecimcnto do que se passava e tive de consultar o médico. fate prescreveu-me urna diéta rigorosa, mandou-me estar s6 a leite durante alguns dlas, receltou-me um medica- · mento e acabou por dizer- me que na-o obedecendo as dOres ;i esre tra: tamento, teria de recorrcr a um especialista. ~egui A risca as ordens do médico mas nilo co n· i ,ui melhorar. Desanimada com este lnsucesso 1 eu supunha-me ja no mesmo estado que em 1920 me forçou a ser operada. Aflrcta por m~ v~r sofrer tanto. mlnha ma.e ap~lava pira o Ceu e constante11tente me aconselhava a tornar a a2ua de Nossa ~enhora deFatima, pois tinha grande esperança de que eu f0:-se cur1da. ~em revclar a ninguem o que fazia, fui tomand(> por duas vezes a a1ua, mas nllo e..-. bem viva a minha fé porque, da pri• meira vez, tornei a agua quente, e, da segunda, nao a engoli sem prfmeiramente a aquecer um pouco na b0ca. Nao senti melhoras, pois era tao pouca a minha confianc;a em Noa• sa Senhora I Era )usto, pois, que a Santissima Virgem me provasse I Como a minha mae ignorava o . que eu j4 tinha feJk>, tostava cada vez mais e veiu contar- me a cura da Alzlra Sebolao, relatada no ul:irno numero da ,Voz•,quetemsido o assembro de toda a gente I Fiquei ent~o convencida de que a minha pouca fé era um obstaculo A minhn cura, e decidi -me a tornar a a~ua fria como fez aquela miraculada. Rez ' i a Avé Maria, bebi um pequeno c;dice da agua santa e pedi, bem do fundo d'alma, A minha MAe Celeste que •


Voz da Fatima me curasse se fOsse essa a sua vontade. Desde esse momento principiel a sentir alivios. Durante a noite, banhada em lagrimas eu pedia a Nossa Senhora que completasse a sua obrn, e fazia o v6to de ir ao logar onde Ella apareceu e ahi recitar de joelhos , o meu terço. Foi ouvida ~ rninha suplica que era feita ja entao com tanta fé I Nossa Senhora curoume I Bemdita seja Ella ! Tornei a agua no dia 29 de fevereiro; e, desde o dia 1 até ao dia 25 de março ern que escrevo, nilo tenho tido o mais leve sofrimento; sinto- me completamente bem; continuo com as minhas ocupaçoes habituais e tomo agora com apetite as refeiçoes que eram para mim motivos de tanto sofrirnento. Aqui tem, Rev. Sr., o que comigo se passou e que eu desejo tenha grande publicidade para honra de Nossa Senhora de Fatima. Tenho a honra de pcrtencer Pia Uniao das Fllhas de Maria, de que sou um dos m1!mbros mais novos e mais humildes, e para isso considero tambem corno mais urna graça especlal para a nossa Associaçao este favor que me conceùeu a nossa Mlie do Ceu.

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Com os meus respeitosos cumprirnentos, sou de V. R.• Mt.0 Att.

v.ra

Maria /ost lopes da Silva Costelra De urna nossa ex.in• assignante de Cabeçudos (Vila Nova de FamaliCfio) recebemos a seeuinte carta: cCumprimentando mui respeitosamente a V., peço llcença para narrar urna graça de N. Senhora de Fatima, que para sua honra e gloria nao deve ficar ignorada. Tenho µma sobrinhita pequena que tem sofrido multo de febres iotestinais por vezes multo graves, cbeeando a lnspirar~nos aerios culdados. Costumam ser bastante demoradas e a penultima, no ano passado, durou- lhe talvez mais de doJs mezes, delxando-a multo abatlda e enfraque<:lda. E' por Isso que, quando em Janeiro ultimo a peGfuenina Maria Thereza flcou de cama com mais urna infecçao Intestina!, todos nos alarrnamos e com ra?ao. Eatava a pequeoina doente, i~ ha 8 dias em rlgor060 tratamento Imposto pelò médico, muita febre e grande fastlo eja multo fraquinha. A's tardes quando a temperatura ae eleYava tinha m1tltas dOrea num ouvitio, de que tambem jé 1ofria, qae a nao deixavam dormir, nem t!o pouco aoceaar. Apllcaram-te vario, renaedioa 111as ne11hum conseguiu acal111al-a. Pei enUlo qua ateuem, que e1tava junto da dotntielta, chela de f~ em N. S. eas Oèr1ts de F!tima, dlNe: e tu vaea urar jt I • E 111ol11and0 11.ma boll1ha de alged~o aa agaa milaerosa de f jtJma, iutroduziu-a ne ouvido d• ooaso peq.ea.lno amor, que adormeceu imedlatara•11te, para s6 acordar no dia 1e,ui11te 1e11 dOres, se111 febr1, 1cm alrnptomaa da infecça.o e coa o apetite rccuperadot E' ia"etravtl ~ue foi No11a Senbora qucna cueu a Marta ThcreJlob. A peqoe1h11 lrer1 lta me1.&1, caa dola irmaozHIII04ì fambem pequeoo1, a sua t.• CN111kl• e, tenda •PIHI i

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anos a todos nos enéantou e impressionou o seu fervor e recolhimento I Nossa Senhora quiz conceder a sua protecçao a quem com tanto am6r recebera a Seu Filhinho Jesus no coraçaol Assim a nossa bOa Mtie do Céu lhe continue e aos irmlozitos, a sua protecç~o pela vida f e, r a e lhes conserve as alminhas brancas corno no dia da sua 1.• Comunhao. PerdOe-me V. Ex.• este incomodo, que por Nossa Senhora lhe dou, etc•••• • Obtiveram graças que veem agradecer a Nossa Senhora do Rosario: - D. Anna de Portugal L. de Vasconcelos Tri~oso, de Alcains (Beira Baixa), que estando muito doeate recorreu a N. S. da Fatima e envia 50:000 rs. para o seu culto. - Josefa de Jesus Marques, de Rio de Mel, que ha muitos annos padecia de hidropezia, tendo de passar a maior parte do anno na cama. Tendo recebido urna estarnpa de Nossa Senhora e um terço que um peregrino que em julho foi a t.• vez a f atima, lhe trouxe, pediu a sua cura com tanta instancia que agora ja faz quasi todos os serviços domesticos e espera ir agradecer a Nossa Senhora logo que tenha meios. - Maria Luiza, casada, do mesmo logar, tendo urna grande inflarnaçllo nos olhos, muitas névoas e dOres lembrou se de pedir a um peregrino umas 20 gOtas de agua da Fatima, que aplicou aos olhos, estando completamente curada. Se puder ira em Malo a Fatima entregando nessa occasUio cem escudos para as obras da futura egreja. - D. Dolorosa da Costa Andrade, da freguesia de Carnicaes (Trancoso), que no dia 22 de setembro ultimo teve um grande ataque que durou mais de quatro horas. O marido recorreu a Nossa Senbora e passada meia bora começou a doente a dar signaes de vida. Veio em 13 de outubro ultimo A Fatima agradecer a Nossa Senhora. - Amelia Duarte da fceeuesla daa Torres, que tendo um panaricio, em risco de ter de sofrer urna operaçao, Jnvocou Nossa Senhora da Fatima de que ja tinha urna fotografia. Tendo collocado terra e agua da Fatima na parte doente, acor(!ou com o dede rebentado, estendo COOJpletamente curado e sem defeito.

Visitas ao Santissimo Sacra-

mento Cada dia, tento quaato poHivel, farei unaa Ylalta ao 111eu amavel Salvador. Nunca passarei perto de u,na qreja aern entrar, a nlo ser qae II circuustuclas o oao permlt1111. Se 0 temp• urge, demora-111ebei apeoas um instante para atiorar aquefle que ali babita, diz-lhe-hel que o aao e lhe pedlrel e sua craça e a 11a beqllo. U111a creança ofio pauarkl deute da casa de 1eu pae tea U1e du· •m 1l1HI de ,ffeiçAo. Se do pH6~ entrar na egreja fa-

rli ••

•tu cerati• •• ade •• W •

de Amor a esse Deus acuito, que do fundo do seu tabernaculo me vé passar e me 11egue sempre com o seu olhar, amoroso. Se tenho de ir passear 1dirigir-mehei de preferencia a urna egreja. Tenho de escolber casa escolherei a que estlver mais perto ou mais a vista da casa de Deus. Tenho de emprehcnder urna viagem ou tornar 1:esoluçoes importantes, irei a egreja pedir a Jesus que me abençoe e, o que é muito importante, comungarei. Quando chegar a urna cidade ou aldeia trafarei primeiro de ir fazer urna vi&itinha a Jesus Christo no seu santuario. Ao partir i rei fazer-lhe as minhas despedldas, pedir a sua bençào e que me guarde. Nestas visitas quotidianas far e I principalmente os seguintes actos: Adoraçlio profunda, contrlçAo dos meus pecados, confiança no coraçào de meu Salvador e Amor, em nome de todas as creaturas, em uniào com Maria Imaculada, com os anjos e santos. Acçao de graças pela instituiçào d'este augusto sacramento e por todas as minh~s comunhoes passadas, reparaçao de todas as minhas infidelidades e ingratldoes dos homens, comunMo esplritual, ofereclmento de mlm rncsmo e das minhas acçoes, entretenimentos com Nosso Se oh or contando-lhe as minhas penas e dificwldades cm vez de ir queixar-me e desabafar junto das creaturas.

5antos Porque olio? Podemoa

e devemos

sei-o.

Podemos. Aflnal o que é um Santo? Ou melhor o que era elle quando vi via ne11te mundo? Os Santos eram umas pobres almas corno n6s. Por os vermos agora com urna corOa de gloria facilmente imagìo3mos que elica eram de natureza dlferente da nossa. Nada d'isso! Eram corno n6s filhos de AdAo; tlnham defeitos corno n6s e alguns até pecaram maia que n6s. Pedre, Paulo, Ma&dalena, Agostinho, • Margarida de Cortona cairam no pecado; Francisco d' Asais, Francisco Xavier, Francisco de Sales, Luiz de Oonzaga, tinham defeitos corno n6s. A unica dlferença, mas a grande difcrença que exlate entre um santo e u111 pecador ~ que 0 pecador perrnanece no seu pecado e o Santo &ae d'cUe; é que o pecador cede facilmente as auas mAs inelioaçoes e e Sao1o rul1tc-lhe. Ora ,e os Santo, do céu fOram o que eu sou, porque n!o "rei eu o que cllea &Ao?

Urna outra lllusfio ~ que oés pea&amos qu~ oa Santos aAo de.-ìam fQ. 2er o que 1161 1omo1 ebri&adas a fazer. A' força de H Yenao1 revesti4'>, d'ouro e purpura, j forr,a de verj]~ a corOa na 1ua fronte e QUVlrmos contaar os HU& 1nt1aire1, i11111iaHlH t1Ut o, "a'lt06 er«m creaturu apllte, de Uffla yida eo•pl1ta111entc extra.rtliurla.

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Voz dn. Fatima Assim, por exemplo, se tivesseis vivido na G'ilileia no tempo de Herodes terieis talvez encontrado alguma vez um pobre carpinteiro, que depois de ter trabalbado todo o dia, de ferramenta As costas, voltava para junto de sua esposa, que Ihe tinha jA preparada a ceia. Era S. José que voltava para junto da Santissima Virgem. Se tivesseis vivido no tempo da prégaçAo do Salvador e passeasseis ao longo do lago de Genesareth terieis visto dois homens que remendavam suas redes e falavam de pelxe e de pesca: eram S. Pedro e S. Joao. Se tivesseis vivido em Corintho no tempo cio proconsul Galliano, um pequeno fabricante de tapetes, judeu, que trabalhava com dois dos seus companbeiros: este fabricante de tapetes e de tendas era S. Paulo. Se tivesseis vivido em Espanha no tempo de F111ipe 2. 0 , terieis visto um estudantinho que resava com fervor na capela, que estudava a valer na sala de estudo, mas brincava com alma nos recreios: era S. Luiz Gonzaga. Depois mais tarde, aquelle pastorinho que terieis enconrrado debaixo de um carvalho, guardando as suas ovelhas ou !evando os sacos de 2rao para o mo10ho: era S. Vicente de Paulo. Outras pastorionas que terieis encontrado no campo: eram Santa Genoveva e Santa Germana. .Esta pequenina veodedeira e ceife1~a de Cuvilly, é a bemaventurada

\ JUh'a

O pae sorrlndo friamente diz: e E o premio em hi&toria, em arithmética, em gramatica? S!io estes, meu filho, os premios que te tornarlio feliz e util no futuro; o de cathecismo nlio te serve para os exames nem te abrirA oenbum futuro na vida .• ,> A creança, desgostol!a, calou-se por uns instante,. Depois, corno que iluminado por urna luz superior, respondeu:» Papa, o premio de cathecismo ha de servir-me para o exame final de Deus e me abrira as portas do Ceu>. Recordemos esta bella e sublime resposta e que os paes trabalhem para que seus filhos possam merecer o premio em cathecismo sem prejulzo d'outros que lhes p6dem aer uteis.

As apparicoes de Lourdes VII

Terceira appariçiio, em 18 de Fevereiro. -Promessa da AppariçiJo Na cidade, n classe popular ocupava-sc muito das appariçoes de Mass~bielle l\fas, corno eram contadas por rapar1gas e creanças, em geral ligava-s•? pouca 1m_portancia ao 9ue se oppellidava de 1maginaçoes de cabecmhas loucas. As raparigas, essas repetiam a toda a gente num_ tom de sincemlade que empolgava a conv1cçlio: - Ah! se vis~em Bernadette em extase! JA niio é ella, mas um anjo em adoraçlio. E' mais bella que os aoj->s que rezam nos no~sos altaresl H.ivia em Lourdes urna congregaçao dc Filhas de lhri11, cuja presidenta, Elisa Lata• pie, tinha morr1do 11lguns mescs antes, Senbora bntante notavel pela sua doçura, e•fa.bilida.de dc caracter, d1stincç!io e generosidade d'alma, conciliava a estima de todoa e a sua memoria tinba deiiado corno 4ue um sulco de luz e de bondade. Interessava-se por cada uma des rapariga1, amava-as, seguia. as na vide, e para todas era a melhor ami,:!a, - pode-se até dizer a melhor du miies, porque a sua ternura para com ellas era ao mesmo tempo muito viva e muito esclarecida Nu ruas da cidade nlio havie oin11uem que olio a saudAue com re,,eito e no dia do ,eu eoterro hoµve urna imponente manife;,taçiio de pesar e de sympath1a. Uma joven, Aotonieta ZcyJet, tinha sem duvida por csi;a aenhora urna affeiçllo mais pr.Q[um111 que aa outr;i,, porquc, mima cdade e!ll que tudo se uquecc depressa, ella chorava-a sempre. Quando u 1ues compeoheiras lhe coptarlllD que Bernadette via uma appariçiio cm ~-ssabielle, diri11iu-1e I\O eCucare• e pe• diu oumerou, o;plicaç6es a qe11nça. Esta era muito sobrio quanto acontecimentos que lhe diriam respeito peasoalmente, maa respondia de bom srado Ila preguntas que lhe erari dirigidu acerQa dia Appariçio. 04lacrneu a Senbora my,ter(o", as su111 ftiç6es, os 11cu1 01h01, o eeu ar de ltondade celeste, o scu trajc branco com um cinto azul. Antoaiet11 ,iu nesse traje pareoençu com o lubit~ daa F11bu de Maria. Ocarreu-lb,e ~ idela etc que era tal,et Eli11 La11ap1e que 1pp1recia a ftemadetta. per penai.ufo divina, para pedir oraç6e•. Dosde entao ea,e pen111meoto jiii;i~is a 11lte"donou e deu ae preua em communic;a-lo a uma du ,au amiµ•, a 1cnlaor1 Mrllct, de l.ourde_,, na SU10Mì de quana-feira 17 dc Fo,ere1ro, re,olvtnLlo ambas faur uma ,i1\Ìtt '- fall)llia St1,1biro41 1 na tarde doso

Billiart.

Esse mendige qu,e anda de porta em porta com seu bordiio e seu saco é S. Bento José Labre. Se alguem nos tivesse dito entao: a ttençao, repar,ae bem, sao Santos, 1evantae-lhes altaresl Responderieis talvt z admirado&: P6de lA ser I Santos I E ent!io um Santo é s6 isto? Nao, um Santo nao f s6 isto. Nlio se trata de fazer milaeres ou maravilhas, -trata-se de fuglr do pecado e de cumprir cada um, bem, os seus deveres. E nao poderiamos n6s fazel-o? Por tanto, podemos ser San-

t11s.

E devemos set-o. Ouçamos o que diz N. Seobor: cSide perjeltos cotn0 .-osso Pae celeste é perteito. Séde

Santos_porque eu SO-Il Sante.» Ouçamos agora S. Paulo: «A von.tade de Deus é esta : (fUt sejaes San-

a'"

tos » .

Lembremo-nos que olio ba meio termo : ou seremo~ Santo.s no Céu ou condemoados nu inferno. E' forçoao escother. Nno nos esqueçan,os que fomos creados P~ra s~rrnos "-antos e ir par~ 0 Céu. Como S. Joao Bercimans digamos: e Q1,1ero ser um Satdo um

~fande Santo e hade ser em pouco

lr:mpo.•

Oexame lllWI Urna creança

--~11D0 dfA,

Chegam ao callir da noitc • encoatnra a a,ae Soubiroua a rcprehender se,crameatc aua fil~•. B~roa<Wtta com elf<ito ,upplicna-llte q1111 a deiu'4e •ol '.ar p!el11 tercein "~ i Grau e ella rtcu~a·u -ftc com mj di,JtNiçio, •esmo cor-. u.-.a C!!rtt irritac;io. ili 11ti1fazer IKI~ ~up,,hca, m,ocenJ-0 ~o!>retwtlo ruoes de 1aùJ1. -Seria t:ill'lz mais 11eri,:ot-o ,-ara el111, re,peadcra111-llte as tluu visìias, ser rmn-

lt>vava urn dia p,ara

casa, cheia de '1leg· ia, e, liCU pri11teire Prtmie obtid0 110 cath,ciHle ~ ml~ deu-lhe um grude e be~o _e o acarkiou m1111ito pela ceaso,..çao que eJe lie alava.

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da desse g6so. Se lhe contraria esse deaejo, que afinal ùe conta~ é tlio razoavel, fificar4 muito triste e talvei adoeça. -Entao, exclamou a miie, descobrindo a verdadeira razao, as senhoras querem fazer de minhn filha um alvo de troçal -N6s? A seohora faz-nos uma injuria imaginando semelhante cousal Niio insistimos, mas deixe que sempre lhe digamos, ao deixtl -la, quc contrahe urna grave responsabilidade. Quanto a o6s, em verdade, olio ousar1amos ass1Jml-la. Quem sabe se a senhora nao est:1 contrariando os designios dc Deusl Luiza Soubirous era uma mulher de fé viva e por 1ss0 eetas palavras tornnram-na in9uieta e perturbaram na. Pegou-lht;:S nas maos que apertou com força e aff.:ctuosamente. -Ah I dis:.e ella, eu perco a cabeça ...• Mas quero crer que as ~tmhoras niio me enganam ... Con~o-lhes mmhafilha ... Vejam o meu soffnmento, as m1nhas angustias .•. Por caridade, olhem por ellal Assim no dia seguinte ante'! do romper da manhii. ellas veem buscar Bernadette a casa. Ao subir ouvem tocar o sino, que annuncia urna missa rezada. Dirigem•se li. egreja para assistir a ella e _rara_ ~ollocar a sua diligenci.1 soh a protecçao divina. E' natural a suposiçiio de que re:i:am cora o maior fervor; tantos e tao diversos slio os sentimento~ qui;: se agitam e atropellam nas suas nlmosl Em .seguida encaminham-se para Massabielle. A Ju:i: do dia mal dcsponta, as portas das casas niio estao deviJamentc abertas, por isso poucas pessòas re p_aram nella,. A ~enhora Millet leva na mao a vella benz1da na festa das Cnnde1as, que ella reserva pan a acender no seu quarto nos dies de festa da Santiasima Vir~em e nas occuiqes <\~ trovoada. Anton1eta LcyJet esta embrulhada num grande c11puz pr.:to dos l>yreneus, onde occulta urna foiba de papel, tinta e urna penne. Como S. Joiio correu e chegou prlmeiro que S. Pedro ao sepulchro de Jesus, Bernadetc, logo quc se ache no camioho de Massabielle, aJianta-se i• suas companheiras. Avança, corre, dir-se-ia que tem 11ias; va• ja subindo a encosta, depois desce rapidamente e penetra na gruta. As duas senhoras, nao conhecendo tao bem o camiaho pedreg so, s6 la che~am alguns minutos llapois. Bernadette esca di, joelbos e com os -0lhos fixos no ogiva negra por cima da .sarça, reza o terço. Ellas acendem a vcl11 benta, ajoelham-se tambem e, corno a creança, recitam o roser·o. Oram assiro por momentos, em silencio, deante do ro~hedo. De repente a pa~torinha solta utn ~rito de alesr1a: •Lii vem Ellal ... E1-laJ. E prostra-se até ao chiio com o rosto radiante de felicidade. A11 suu duos corupanheiras olbam na direcçiio da gruro, para a sarça de r9s,irA• brev.is, e niio vcem seniio os rochedos a$pcros e e~alv11dos. -Continuemos a rezar, diz I aenhora Millct; se a o.ima ÌIIVÌSÌYCI 6 aguellf' Sl~· julgamos, as nos~as oreçoes 1er-llìe· i'.o certamente egr11davei'I Bernadette tlnh11 os olhoa fixos oa Appa· riçao, falava, ,omn, era fehz, o acu coraçlo es1&\1'6 cm CQQ'l!T\UQic11çiio com o qa Da1Z1a, e elle gosava dessa d6ce fçlic1dade, cnaa mio entrou em extast. A o~ma queria f1tllar-lh• e, como nlio convinh11 qve ac pudesse fazer passar Bernodette por urna YesiQaarl•t eU~ conservava a plenituùe tranq1dla <ta4 s~tp. faculdade:1. V. i l N.1

...

Congresso Eucharistico Deve realizar-se em lraca ~s dias 2, 3, ... 5, e 6 de Jutho, o W1eiro Colil~rt·st.t. Eucharl1tico Natlenal. Tudo h1dica que t•ri Ulll brllie excepti()nal e que nca.fi aar~• época d<. ,~vlvl&cencla e 4e aio Or parn co111 Mot110 Se . J, .. Santa Eucharistla, de ll•rJII com as tradiç(1;;:s .. o noMO P•r

li.n-

uma tàf.>

reUI'

diVOIO

muto.

Jo Santietl•e

s. -


V oz da Fatima.

..,

.Saudemos a Virgem Saudemos a Virgem, Devotos romeiros, Saudemos a Vir2em Nos vales e oiteiros. Saudemos a Virgem Das pedras no meio, Saudemos a Vlrgem Cantando em chcio. Saudemos a Yirgem Dalma e coraçao, P'ra que dè a todos A graça e perdao. Saudemos a Virgem Na Cova da lria, Saudemo-la sempre, Que é nossa alegria. Saudemos a Yirgem Nas pedras da serra, Saudemos a Virgem Nas glebas da terra. No sol que nos enche A terra de luz

Saudemos a Virgem A l\Ue de Jesus. Saudemos a Virgem Nos astros luzentes, Saudemos a Virgem, Se 06s somos crentes. Saudemos a Virgem Na brlza que passa Ella é a Bemdita, A chela de graça. Saudemos a Yirgem, Que é nossa Màe; Chorando contritos, , Saudal-a tambem. Sauden10s a Vlrgem Com gozo profundo Saudemos, cantande-a Rainha do mundo. Saudemos a Vlrgem, T!o pura e sem par, E tudo a saude O ceu, terra e mar. Saudem0s a Vlrgeort SauiJemos cantando Quem cantar nao possa SauJe-a rezando. Saudemos a Virgem

Que quer penitencia E manda fazer A's paixOes violencia. Saudemos a Virgem, Que ella nos dara Emenda de vlda E oos salvar4.

O' ceus, vinde, vinde Puer companhia Aoa homens que cantam A' Virgem Maria. O bemdlto terço

Trazemos comnosco, Cantando ,o Senhor, Maria, é comvosco>,

Aqui todo um povo Te adora, 6 Maria, E te canta ufano Com viva alegria I

I .

P.e Carnia

VOZ ·04 FATIMA Eate jornalzlnh•, q u e vae aendo tno·~qaePid• e PPOCUPado, é destPibuido

gratuitamente

e111

Fatima

noa diea 13 de cada m6s. Ouera quizer ter o di-

reito de o receber directa mente pelo e or re i o, tera de envia•, adeantadamente, o m i n i m o de dez mii réis.

Voz da Fatima Deapezas

Transporte •........•. 9:075:620 Impressa:o do n.0 18 •••• 200:000 Outras despezas ...•.•• 36:000 Papel de lmpressao •... 4:256:900 ( Somma ...• 13:563:520 Subscriçilo (ContinuaçAo) D. Joanoa Ferreira da Fonseca .....•..•..•.• lOSOOO D. Maria José e D. Maria Julla Henriques Lino ••.

lOSOOO

Oonativos (Salvaterra) ..• 3$000 D. Eulalia Pereira Sa Couto 10$000 Donativos, jornaes, etc. Carrascos) ......•••..• 30$000 P.0 Augusto José Vieira (resto de umas contas) •..• 15$000 D. Angelina de Jesus e Sii-

va•••....•...•••••

10:000

D. ~~ria Perpetua Vidal Patr1ceo.•.•.••••••••• 10:000 D. Maria da Oraça de Carvalho....•..•.•...• 10:000 D. Ana da Concelçao Rosa. 10:000 Luiz de Souza Moreira ... 10:000 D. Amelia Val do Rio Henrlques••••••••••••••

10:000

Ambrozio da Sllva.•••••• 10:000 Joao R. Coelho dos Rels •. 20:000 D. Alice Rodrieues.••..• lU:000 Deolindo Loureoço.••••• 15:000 Um devoto de N. Senhora. 100:000 P.• Miguel }orge (2.0 ano) . 10:000 D. Monica d'Oliveira Correla•••.•..•••••••• 10:000 Rosa de jesus Cascaes (2.0 anno) ••••••••••••• 10:000 Rosa da Gloria Reblmbas (2.0 anno) •..••••••• 10:000 Olorla de Jesus Rebimbas (2.0 anno) •••••••••• )0:000 Maria Francisca Manso (2.0 anno) ..•.•••.••••• 10:000 Maria do Rosario Tavares Gravata (2.0 anno) •••.• 10:000 Maria ]osé Costeira (2.0 anno) ••••••••••••••• 10:000 Joanna Baeta••..•.•••• 10:000 Maria José Vieira •..•.•.. 10:000 Manuel José Pereira (2.• 5:000 wez) •••••••••••••••••• Martinho Afonso Lopes (2.• 5:000 vez) .•.••••...•••.•... Percentagem de terços e jornais avulsos (Pard~lbas) •••••••••••

53:000

De jornais (P.9 F. da Motta) . . . . • • • • • . . P.e Antonio Correia Ferreira da Motta . . . . . • D. Maria Macieira (2.0 ano) D. Maria das DOres de Preitas'. . . • • • . . . . . . D. Albertina d' Albuquerque (2.0 anno) . • . . • Dr. Raul de Magalhàes (2.0 anno). • . • . • • • . • P.• Lino da Concelçao Torres • • • • • • • .. • • •

D. Maria da Conceiçao Teixei ra . • . • . . . . . . D. Maria da Conceiç~o de Bettencourt Nogueira. . D. Maria de Souza . • • • Homero Oomes . . . . . • D. Anna de Albuquerque Bourbon de Souza Lara Augusto M. de Faria Silva Carvalho . • • . . • • • D. Maria Wadin2ton . . . • D. Magdalena da Silva • • Amadeu de Mesquitç1 . • • D. Piedade de Jesus Baux De joroals Qosefa de Jesus) D. Balbina Alvarez Rubiilos de Domioguez (2.0 anno). . . . . • . . • . D. Ludiera Empis . . . • D. Palmira dos Aojos Magalhaes . . . • . . . • • Manuel Ramos da Costa, • Eduardo da Costa Mendonça. . . . . . . . . • Bernardo Tavares Coelho • D. Capitolina d' Araujo Oui· mar~es Rino. . . • . . • D. Angelica Artayett Lemos J osé Antonio Oonçalves d' Azevedo (2. 0 anno) .. O. Maria Barbara Simoes • O. Maria Emilia Tinoco Lobo • . . . . . . . .• Donativos varios (Francis~ ca Fitipaldi) . • . • . José da Fon~eca Castel· Branco ... D. Maria Snphia de Senna Azevedo Martins . . . . D. Emilia Pacheco Azevedo D. Beatriz Artayett Motta Ouimaràes . • . . . . • D. Ma r I a da Conceiçao Santos . , . . . • . • • D. Augusta Carvalno . . . D. Maria Fernanda Santos. D. Maria da ConcelçAo Tos· cano Ttnoco (2.• vez) .. D. Maria de Lemos d'Oliveira .••.•••••.•..• Condessa de Azambuja (2.0 anno) •••.•••••.••• D. Maria Palmira dos Santos )orge •..••....•• D. Anna Sergio Faria Perelra ••••••••••••••

D. Virginia Augusta Lopes de Campos •••.••.•• P.• Luiz Caetano Portela (2.0 anno) •.••..•..• D. Maria de Santiago .••• Jesé Euzebio...••...•• D. Maria Oonça1ves Santos. Antonia da Conceiçao Evarista .....•.••.•..• D. Luiza Magdalena d' Albuquerque (2.• anno) .• , • Percentagem em estampaa etc.· (Estrada)..•.•.••

José Monteiro de Campos .

25:000 20:000 15:000 10:000 10:000 10:000

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10:000


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de Mo.io de 1.9,a4

Ano I I

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N.0 20

(OOM APROVAOÀ.O ECLESIASTIOA) .A.tbulnillil'ti-o.dor: PADRE M. PEPEIRA DA SILVA

Dlreo'tor, Proprie-tarlo e Edl"to1•

DOUTOR MANUEL MARQUES D0S SANTOS

REDAcçAO E ADMINISTRAçfo

:RU.A. D. NUNO ALVA:RES PERE:I:RA.

Composto e impresso

011

Jmprensa Comercial, é Sé -

Letrin

(BJi:ATO NUNO DE SANTA MARU)

13 DE ABRIL O dìa amanheceu esplendido. No firmamento nenhuma nuvem embaciava o azul diaphano. A estaçao invernosa parecia ter dado a natureza o adeus derradeiro e a formosa e gentil primavera fazi~ rnagestosamente a sua entrada triumphal. Passava ja das 11 horas, quando o nosso automovel, ao subir a estrada . da serra, teve uma panne que o o~ngou a parar subitamente. Vinte ktlometros nos separavam ainda do locai d~s appariçòes. . Prov1dencialmente, seguia atraz de n6s um carro vasio que se dirigia para Boleiros, pequeno Iogar situado a urna legua de Fatima. E' nelle que tomaf!los logar, n6s e os nossos co~panhe1ros de peregrlnaçao : um dlstincto advogado nosso amigo, trés senhoras do Porto das nossas relaçOes e_ urna creada que pela primelra vez 1am a Fatima A' medida que nds approxlmamos do locai das appartçOes, os grupos tornam-se mais fréquentes e mais compactos. Era pouco mais de melodia quando chegamos ao pé da egreja parochial de FAtima, alnda em obras maa ja quasi concluida. ' Como é Domingo e o dia esta lindo, a concorrencia, o que alias era de esperar, é multo superior 4 do costume, f6ra dos dias 13 de Maio e 13 de Outubro. Eis-nos agora na Cova da Jria. O recinto em torno da capella parece um vasto mar de cabeças humanas. Devem estar presentes cérca de quinze mil pessoaa. Dezenas de fiels, homens e mulheres, andam de joelhos, em cumprimento de promessas. Ja tinha sido ceJebrada a primeira missa as 11 boras -pelo rev. Manuel Pereira da S11va, da Camara Ecclesiastica de Lelria. Algumas centenas de pessOas co-, mungaram a esta missa. C(lmeça a segunda missa, annuodada pelo toque de urna sineta. E' celebrada pelo rev. dr. Manuel Nun1es Formig~o, professor no SeminaI o de Santarem. O rev. dr. Manuel Marques dos

Cecilia Aul(usta "Go11veia Prestes depois da sua cura

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Santos, inicia comparticipaç~o da!J asslstencia no santo sacrificio, recitando com ella o symbolo dos Apos-9 tolos. , Em seguida reza o terço, alternadamente com o povo. A sineta di o signal de Sanctus. O ~ilencio é agora mais ·profundo, o recolhimento mais intenso, a oraçAo mais fervorosa. O sacerdote Jevanta ao alto a Sagrada Hostia. O momento é solemne e commovente. Milhares de frontes se inclinam em adoraçAo e milhares de boccas soltam corno um grito de fé, e de amor a exclamaçào do Apostolo incredulo, tornado fiel : e Meu Senhor e meu Oeus I• Seguem~se as invocaçOes a Jesus Sacramentado. Chega o momento da Communhao. Durante a distribuiçao do Pào dos Anjos, o e Bemdito e louvado seja• prorompe de milhares de bOccas e repercute-se ao lonJ?e e ao largo, corno urna apotheose dos homens e da natureza ao Deus feito menino por nosso amòr. Veem-se lagrimas de jubilo e de

commoç!o em muitos olhos. Deze• nas de pessOas, preparadas pela confìssào sacramentai, recebem o ali• mento divino que da vida e força sobrenatural as almas. Acabou a missa. Canta se o 7an~ tum ergo e em seguida da se a bençao, primelro a todo o povo e depois a cada una dos doentes em particular. S6be entao ao pulpito o dr. Marques dos Santos. Falla sObre a penitencla tao instanternente ,fecommendada pela Egreja no santo tempo da Quaresma. E' necessario o arrependimento e a emenda dos peccados para obter a salvaçAo eterna. Junto da fonte agglomeram-se innumeros peregrinos, aguardando cada qual pal'ientemente a sua vez de encher o recipiente que trouxe conslgo com a agua maravilhosa, a cuja efficacia sao atribuidas curas extraordinarias. Approxima-se rapidamente a hota da debandada. Muitos romelros sào de terras dlstantes e por isso apressam a partida. Os menos apressados rezam dentro ou em torno da capelta ou afastam· se para sillos proxlmos affm de comerem os seus far-

neis. Jniclamos a viagem de regresso. Pelas estradas que percorremos, os peregrinos que encontramos rezam ou cantam. As suas almas pledosas conservam bem vivas as lmpressoes desse dia de graças e anhelam voltar mais vezes aos pés da augusta. Virgem do Rosario. no aeu santuario predllecto, em busca da paz e do encantc. sagrado que attrahem am tantos filhos de Porh:1gal e tornam aquella estancla bemdlta urna verdadeira antecamara do Ceu.

V. de M.

Eete jornalzinho, q u e vae ••endo tAo quer.ldo • procur.ado, é deet .. lbuldD gratuitamente em Fétlme noa di•• 13 de cada m6a. Quem quizep ter o di• reito de o ••oebe• diPe• ota111ente pelo o or re i a, teré da enwia•, adeant•• demente, o minimo de dez mli réla.


Yoz dn.

Relatorlo sObre o caso de eecllla Hngusta 6onveia Prestes, curada em fotima po dia 13 de Jullio de 1923, de tntiercnlose P.Dlmonar e perltoneal com ascite (Hydroplsla do ventre) A tamilia Cecilia Augusta Oouveia Prestes-; de 22 annos de edade, solteira, natural e moradora na villa de Torres Novas, dlstrlcto de Santarem, vive actualmente em companhla de sua irmà, Idalina Augusta Oouvela Prestes, de 42 annos de edade, tambem soltelra. Tem mais urna irmll, Carolina Oouveia Prestes, casada, e tres irrnllos, Manuel Ribeiro Oouveia Prestes, de 46 annos, solteiro, Alberto Augusto Oouveia Prestes, de 33 annos, alfaiate, viuvo, e José Nicolau Oouveia Prestes, de 28 annos, serralheiro, casado. . Moram todos em Torres Novas, excepto a irma e o irmao mais velho que, depois de ter prestado serviço em Lourenço Marques corno officiai miliclano por ocasiao da grande guerra, foi estabelecer a sua residencla em Quelimane, onde é empregado na Repartic;ao das Obras Publicas. O José viveu com a irma até ao seu casamento, que se realisou em 15 de Agosto de 1923. O pae, Carlos Au~usto Oouveia Prestes, falecido em 1915, muitos annos depois da morte da mae, foi secretarlo da Camara Municipat de Torrea Novas. As duas irmas, que se ocupam no servlço domestico, habltam, ha cerca de 10 annos, um modesto primeiro andar da rua de S. Pedro. Antes da doença de que vamos fallar, a mais nova trabalhava para f6ra em obras de costura. Era entào forte e gorda. Pesava 68 kilos. ,Ha tres annos, pelo Carnaval, dizia ella um dia na sua linguagem expresslva e pitoresca, eu era um bal· stiro, de nutrida que estava.• N,mca soffreu de nenbuma doenc;a a nàò ser de s~raiupo, quando contava apenas sete annos de edade, e dum principio de pleurisla, em Agosto de 1912. Todas as pessòas de familìa f0ram sempre sa11(1avei1.

O contag-lo E~feve \#arlas vezèl eom longa demota t'fti casa da sua màdrlnha dè ltapt~mo, Vlrgh,la da Concèlçfo Lintt, mtradora na rtta Olreita. Da ultima nz coasetvou-se 14 celta de qu~w 'anos. A taadrlnba era casad4 ceiit 'Per11ndo Joa~ de Lima, funlfefro, e, embera o marldoc posaulsse recurtos nfl1ientes para vlverem com da6fogo, etta trab'lithava quaet se .. detcanço, de dla e de nolte, come raedlsta, sustentando s,stoka a caa. 01 oémplelçlo debil e muito doHte, aef ria 1em ceasu deade. 1 iliade tle 12 uos e tlnba com fre~aencM beflle,uus. Oa m~dlcos diagai tiur1111 o mal de tuberculose ,•tlWloRar e reer.amendaram ! aftllaatla -u• tlvM1e o •alar caldado eAI ev.i.tar • eot1ta1t•, i,1rq111e, 11ov1 co•o era, ..rria imlaeate pulio d.e •ida, traNt:Hle àa 111a4ri11ba. TodH

abandonavam a doente, todos se recusavam a aproximar-se do seu leito de d0r. Vendo -a em estado tao Jastimoso, a afilhada, de quem era muito amiga e a quem considerava como filha, nilo teve a coragem de se separar della. No dia 11 de Novembro de 1920 a pobre senhora sucumbia aos eslragos da terrivel enfermidade, entregando a sua alma a Oeus. Pouco antes de morrer dispoz que se cumprissem imediatamente as suas promessas e fez di-

liquido; mas verificou-se por fim que isso nào era preciso. Achando-se ligeiramente melhor, continuou a trabalhar, até que em Marc;o de 1922 se sentiu fraca e se reconheceu mais magra do que nuoca, tratando-se entao com os drs. Ribeiro d' Almeida e Vlcente Vinagre, que lhe prescreveram diversos remedios, cuja efficacia pareceu inteiramente nula. Em 25 de Julho foi a Alcanena consultar o dr. José Ferreira Vlegas, por pào ter obtido resultados favoraveis com a assistencia dos médicos de Torres Novas. Aquelle facultativo, constatando que os pulmòes estavam afectadc,s, recettou-lhe varios medicamentos que produziram effeito, recuperando a enferma um pouco as forças.

A

tuberculose e n. a.s• cite

Depois de mais algumas visitas ao

dr. Viegas, Cecilia parliu para Lisb0a

Cecilia Au,rusta Gouveia Prestes antes da sua doença

versas recommend,u;oes. Cecilia foi depois para casa da irma Carolina que, tendo mais tarde casado, vive hoje em Lisb0a. Entretanto, corno se achasse bastante fraca, procurou oo seu consultorio o dr. Augu!tc d' Azevedo Mendes, que lhe receltou vario, tonicos, com que se deu bem. Paasados éinco mèses, retiroo-se para casa da irma Idalina, porque se seattu doente e lmpossibilitada de satisfazer com o producto do seu trabalho a pensAo que se compromettera a pagar 4 irm! Carolina para ajada do seu sustento. Allt o lrmlo Manuel custeava- the os reme• dlos e a assistencia midica, o que nuoca succedeu durante a sua estada em casa da outra lrml.

A plonrlwla Fel ne més de Junho, preeiaameDte na vespera de S. Je~o. que ella se mudou e no fim dMse mh adoeceu ~ravemente co,n uma Jl,leurlsia, vendo- H obrigada a reeelher j ca111a. l!steve tle cama 1uu m~~. to61o o més de Julho. excento Ros ultlmos •IH, tendo subido a febre 11 40 rraus. l't>I tratada p&lo flr. E11genlo Ribeiro cl' Almeida, n:aédico as,slsten.fe da fa! · mllla. €begeu a pen~ar em ir a Llsb6a para se f)rocMler i extraeçao de

no dia 2 de Janeiro, por indicaçào do dr. Almeida, que a tinha achado muito mal, com o ventre bastante elevado, devido a ascite, cujos sim• ptomas haviam entretanto aparecido. Entrou no dia 14 desse mes no Hospital de D. Estephania. Submettida a um regimen lacteo rigoroso durante dezoito dias, tornava quinino, tricalcina e lactose. Descobriuse nusa ocasiao que ella sofria tambem de albumina. O ventre baixoa de todo. Pediu alta em fins de Janeiro e regressou logo a Torres Novas. Foi, porém contra a vontade dos médico& e das enfermeiras que sahiu do hospital, porque, longe de estar curada, o mal continuava a mina-la sem piedade. Todos lfle predlziam que havia de recahir. Passou o més de Fevereiro regulartnente e o més d'e Màrço um poaco melhor, peorando em Abril. Andava de pé, mas com o ventre outra vt:z inchado e com febre alta. Esta elevou-se quasi sempre a l9 e 40 graus nèsse mes, em Maio e em Ju-nlto. Conse,vou-se de cama quasJ li,, todo o mfs de Junho.

" ap• Agua da t onte das pariçoes Quando a madrinha estava doente, Cecllla pe,na com multo fervor a sua cura ao Senhor Jesus dos- Lavradores, cuja sagrada imagem ee venera na egreja de S. 'fhiago, e, como. apuar disso, a sua dedlcada amiga e protectora morresse, cahiu em prof.tando desanimo e desde entao n~ò quiz pedir mais nenhuma graça. Agora, porém, animava-a urna grande tl"evoçllo para com a Santissima Virgem e urna confiança illimilada eina"3lavel no seu poderoso vallmcnto Junto de Oeus. Havia multo tempo que a irma 1héc ministrava em segredo agua de . tillKl, deitando colheres dena no eh!, ,

Fa-


Voz da Eéthn... no leite e nas gernadas. Um sobrinho de tres anos, a quem isso cauflva extranhesa, foi-lhe dlzer que a tia deitava agua na comida. Um dia a doente, anclosa por saber que especie de agua era aquella, queixou11e de que a gemada estava insipida e at;rn graça. Como a Irma se visse entao forçada a confessar que lhe deitava sempre na comida algumas gottas de agua de Nossa Senhora, observou que nao era preciso fazèlo a ocuttas, porque a beberia sempre de muito bom grado. A irmA procedia assim por julgar que ella nao acreditasse na efficacia sobrenaiural da agua de fAtima. Prognosticos 1:errivei~ Foi em Dezembro de 1922, quando aconselhou a doente a ir a Lisb6a, que o dr. Almeida disse a irmà que ella estava tuberculo$a da cabeça até aos pés. Chegou um dia a excJamar, significando tristemente que nào l)avia esperança de cura: «Que quer que eu lhe faça ?I• Nos principJos de Junho o dr. Viegas affirmou tambem que ella estava perdida, a desfazer-se. Quando ja nao podia ir a Alcanena, foi la o irmào José dar informaç0es aquelle clinico e pedirlhe que receitasse alguns remedios. O médico declarou que ella nao durava quinze dias e mandou-lhe apenas repetir um frasco que ja tinha tornado, de hydropenol, para os rins, que quasi nào funclonavam. O dr. Durao, o dr. Mira da Silva ~ outros médicos do Hospital de D. Estephania, consideravam do mesmo modo a enferma irremedlavelmente perdtda. Assim o dizlam ao lrmAo José. A ella, quando fazia preguntas sobte o seu estado, davam respostas ~oh10 est a : < Pode ser que melhorès, mas estas multo doente.»

P.eregrina çii.o doloro•a Este estado manteve-se estactdnarlo até ao dia 13 de Jutho segu1nte.. Nesse dia, b 6 horas da nu1111u1, chela de confiança na protecçao Maternai de Nossa Senbota, lnlcloll a sua tao desejada péregrlnaçAo 4 FAtlma. J>artlu de trem com a trmA Idalina Florinda Pereira, esposa do irma-o Alberto, Maria Leonor, futura esposa do Irma-o José, MarlaJosé Alves, sua madrlnha de chrlsma e mà• drinha de baplismo e chrlsma doì irmàos José, Alberto e Carolina, e Francisco Teixeira, ourives da capi· tal. Fol nos braços da irmà e da futu• ra cunhada da cama para o trem. Sofria imenso com os solavancos. As d0res eram horriveis. O vehlculo seguiu pela estrada que atravessa a serra d' Ayré. A doente ia entre Marìa Leonor e Florinda J>ereira, amparada por ambaS, ficando na frente a madrinha. De vez em quando, presa duma afliçao indizivel, exclamava: e Valha-me Nossa Senhora do Rosario t ou entào: cNòssa Senhora me acompanhe I• A sua fraqueza era extrema. Cahia frequentemente com syncopes para cima das suas companheiras de viagem. O ceu estava encoberto. Emquanto subiam a estrada da serra, choveu. mas pouco e durante pouco tempo. A atmosphera era pesada e quente. Num lanc;o mais ingreme dei estrada o cocheiro pediu a tOltos os passa- . geiros que se apeassem. A doenté accedeu tambem a esse pedldo, mas, corno nao podia andar, teve de voltar Immediatamente para o carro com a Maria Leonor. Esta dlzia para os outros companhelros de vlagem: e Vamos ter trabalhos pelo camlnho; ella morre-nos antes de chegarmos a casa>. Fol precisamente por esse mofivo que J~sé Prestes nAo quiz acompanhar a trmA, dlzendo que ella morrerla com certeza durante a viagem.

até prometldo Jr a F4tlma no dia de

Santo Antonio. O seu estado, porém, aggravou.. se a tal ponto que lhe fol absolutarnente lmpossivel cumprlr a promessa. Receando dum momento para o outro um desenlace fatai, a familla encomendou a urna no dia 11 a Manuel AlvorAo, morador na rua _das Tufeiras, tendo tambem flcado a1ustada a rnortalha no mesmo dia. O rev. Joao Nunes ferreira, parocho da freguezla de S. Pedro, urna das da villa depols de ter vtsltado a doente na' vespera, foi confe~sa_-la e administrar-lh,e o Sagrado Viatico e a Extrema unçAo no dia de Santo Antonio. Quando se despedlu, disse a lrmA que brevemente a iria de novo visitar, pot4ue sabia pelos m~dlcos que a doente estava perdida. Passada mela hora, preguntou a Thereza de Jesus Oliveira, pess0a que frequentava a casa da enferma

Os ulti.rnot!I Saoratrten1:os

. Era grande o desejo que Cecilia a Fatima no dia 13 de Jttl'lt\t,, dia de Santo Antonio, o gtoriosd thatrmaturgo portugués, aflm de pe-tfit a sua cura a Nossa Senhora do ~osario. A familia aprovettou o eméjo que se proporclonava para que ella recebessé os sacramentos, nAo se mostràtHfo disposta a consentir na sua Ida a Fatima, porque fodos asae}luravam que morrerra no- carnlnho, se emprehendesse tal ~lagem. O dr. Augusto Mendes, cbamado Pld tr1tar da doente- na ausencta dQ dr. Almelda e informsdo do nu ve,. hemt:nte desejo, declarott que te GJ>Pu.rtha corno médico a que tosse 4 r~~~ mas que, se ella lnSplrada pea ,d!YUçào quizeue ir hl, nAo podla obligt· la a flcar em casa e que por isso frLesse o que melhor lhe parecease. A sua opini1lo era que nllo reaJisasse essa viagem, mas que oo enatanto, se era religiosa, preparasse a sua alma para Deus. Ao ouvlr estas palavras, a doe1té CORvenceu-se de que a sua vida co,... ria. perigo e, pegando no ferço, rezo&r -a Nossa Senhora de Fatima. sup.,11cando-lhe que a salvasse. Havia fa ~ulfò fempo que toctos òs òlas reciav.a o hm;o e pedia a Vlrgem dQ R•~ano que se dlgnasse tura-la,

t1nfra de lr

te_.•

Cecilia Aut:usta Gouveia Pr,stes no principio da sua doença

Etn Fdtirna t A dQente) desceu do trem ao p~ da egreja parochlal de Fatima, assl•th1 , ultima parte d-e urna missa que se estava celebrando e, loi0 que aa:-., blu da egreja, poude urlnJlr, HavJa multo tempo que o nllo fazia,. s~nio rar.n veze, e com extrema difficul• dadt tendo tornado remedtos para pOr termo a essa tortura. maa debal•

e sua visinha, se ella ja tinha expirado. Na vespera, um ra'paz, fllho daquella mulher, pedlu lfcem:a ao patrao para lr Ver Cecllfa que julgava ntorta pot fhe terem dado èssa notlcla no estabeteclmento em que esfava' empregatlo e, ao vè-la a\nda viva, mas parecendo agonhtante, reth'0u- se a chorar.

d~

Seritiìllveiì* m.èlhora'4ì

Depots de se confessar e r~ceber o Sagrado Viatico, descansou e dor• mlu- um. somno regular, iurante tre, horu, • que ji nao aco11tecia havla multo, ntéses, perque lhe sallil contaotemeAte agua e111 abundaacia pe-

la b0ca. sttmando-n quando a fechava para dmmlr. A Jtartir d811Se dia dlminulu a quantidade de agua que dettava pela bha. 8aìxeu a fè· bre • abrand.uam aa dl>res. O ventre por6a,, nlQ tlecresceu de vQlusne. El~ la cont111u-0u a reur e terç•, implorando a cada atf;)mento a sua cura e t,ebeado k,dos os dlu :ig1:1a da fante ~ue brotolf ue loc·al da pr.meis.a a,-a~lçao.

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f ol no trern até ao toca:1 d11 •Pv•~t rlçOet. Cheeou la as 11 horaa. 5tava· a acabar a prlmeira missa campaf. Qs companhelros aproveitaram o lnte~vallo entre a primelra e segunda fllf!· sa 1)111'1 comerem o farnel que tln~•!!! levad<t. Ella nfto tomou quasl aUmt:"n-.,. to nenhum. Terminada a refeiç~~ f0ram todos ouvir a seg\lnda mrss~. A multidllo que aquella h~ta .!,., agglo01erava na Cova da lna er_!I enorme. Antes da missa a enferma tornou a urinar. O seu aspecto era o d'urna paralytica. Tinham· na de{tado oo ch~o em almofadaa. Chorava sllenciosamente vendo-se na• quelle Jogar em tao triste e.stado. A irmii chorava tambem. Mu1tas pessOas preguntavam se ella era alei1ada.


a

Pedia a sua cura com muito fervor.

a famllla Amado e vendo-a janela, disse--lhe que precisava de a observar, promettendo ella lr em breve ao seu consultorio. Olas depols, corno nAo lhe appareeesse, aquelle clinico procurou-a em casa, examioou-a attenta e mlnuclo1amente e, terminado o exame, disse-lhe que estava curada, deu- lhe os parabens, e assegu.. rou que nem elle nem os seus collegas a tinham curado, porque Isso era humanamente imposslvel. O pharmaceutlcò Antonio f ernandes Lima, ao vè-la em Janeiro seguinte na sua pharmacia, onde fOra pagar o resto duma conta que devia, flcou surpreendido em extremo e exclamou : e Est4 aqui um verdadeiro mllagrel> Ouvindo estas palavras, Cecilia preguntou, sorrindo: • Entao ainda acredita em milagres ?• Ao que retorquiu o pharmaceutico: •Entào porque nào hei-de acreditar, se estou deante dum verdadeiro milagre?t > Cecilia voltou a Fatima, em acçao de graças, em 13 de Setembro e em 13 de Outubro. N!o fol la em Agosto por ser nessa ocaslllo o casamento de seu trmào José. No mès de Setembro chegou ao logar das appariçOes, em jejum natural, assistiu primelra missa, commungou, tomou algum alimento e foi depois ouvir a segunda missa e o sermao. Em Outubro chegou a hora da segunda missa. Actualmente g6sa de perfeita saude, tome com excelente app~tite, dorme admlravelmente bem, sentlndo-se mais forte do que antes da terrivel enfermidade que a levou 4s portas da morte. Pesava outr'ora, corno dissemos, 68 kilos. Durante a doença chegou a ter apenas 34 kllos. Todos os méses tem aumentado 3 ' kllos aproxlmadamente. Em toda a parte por onde ella passa espalha a admiraçllo e o assombro pelo poder maravilhoso da auguata Vlrgem do Rosario, a cuja interce~sao atrlbue a sua cura verdad.eiramente extraordinaria e humanamente lnexplicavel.

Um Individuo de manelras distintas, que a viu da capellinha onde se encontrava, reconhecendo que era urna enferma, fol busca-la, e dominado pela commoçao ao contemplar de peno aquelle cadaver ambulante, nao poude su,;ter as IAgrimas, que lhe corrlam copiosamente pelo rOsto. Amparada pela Irma Cecilia entrou no· santuario e ajoelhou aos pés da estatua de Nossa Senhora. Nao asststlu bençao dos enfermos, porque teve urna syncope, que a forçoa a recolher logo ao carro. No regresso tomaram pela estrada de Villa Nova de Ourem. Ao pé da fonte, que esta situada a eotrada daquella villa, o vehiculo parou para os cavalos descansarem e beberem agua. EnUlo ella, sentlndo um appettJte extraordlnario, poz-se a corner do farne! das companheiras, a saber: bacalhau albardado, almondegas de bacalhau, cacapaus fritos, pao com queijo, urna tlgelinha de morangos e peras, nao comendo mais porque a Irma e as companheiras o nao consentlram com receio de que lhe fizesse mal. Queria provar de tudo. A digestao fez-se regularmente. Os balanços do carro desde a partida da Fatima nao lhe causaram nenhum incomodo. Numa excelente disposiçao physica e mora!, ja conversava animadamente, ja ria e cantava. Eram 11 horas da noite quando chegou a Torres Novas. As vlsinhas que estavam a janella, aguardando a sua chegada, julgavam que vinha morta. Até esse dia nao tinha posiçio para estar na cama. Dormiu a somno sotto toda a noite. No dia seguiate levantou-se muito bem disposta. As dOres e o mal estar tinham desapparecldo. O ventre baixara, readquirindo dentro de pouco tempo o seu volume normai. Continuava a sentir um appetite devorador. Podia alimentar-se de tudo. No mès de Agosto houve um dia em que lngerlu melo kilo de amendoim. Nunca mais tomou remedios, nem leite, nem

a

a

gemadas.

Conclusa.o

Voltou no dia 4 de Outubro ao Em resumo: consultorio do dr. Viegas que, depois Cecilia Augusta Gouveia Prestes, de a auscultar, traduzlu a sua visinatural e moradora em Torres Novas, vel surpreza, preguntando o que tiatacada de tuberculose pulmonar e nha felto para se curar. Cecilia nao perltoneal com ascite, completamente ousou dlzer-lhe nada Acerca da sua desenganada dos médicos, tendo reida Fatima, temendo que fizesse 1 cebido os ultlmos sacramentos e tentroça d•eua. Pediu apenas que dedo ja sldo encomendados para o seu clarasse o que pensava do seu estacadaver o caixllo e a mortalha, é condo, porque se sentla curada. O mé• conduzida a Fatima no meio de hor• dico exprlmiu-se nestes termos: cEsriveis sofrimentos, com syncopes tA completamente bOa, mas bastante 1 contfauas causadas pela extrema frafraca. Precisa de tornar lnjecçOes de queza e quasi morìbunda, na macocodylato de sodio>. E, tendo felto nha do dia 13 de Julho de 1923. Na a respectiva recelta, continuava a tarde desse mesmo dia regressa a manifestar a admlraç~o de que estaTorres Novas, apresentando todos os va possuido. A cliente perplexa e signaes duma cura, produzida em confusa, limltou-se a balbuciar que poucas horas, sem o at.txHio de nébavla tornado os remedlos que elle nhum melo therapeutico. Oecorreram receitara, o que nAo era a expressao méses sem que essa senbora muitos exacta da verdade, porque nAo tinha tenha experimentado o que quer que tornado mais nenhum remedlo nem seja que recorde a doença de que cbamado mala nenhum médico desoffreu mais de doìs anoos. Perante pois do regresso de f atima. estes factos, cumpre reconhecer que O dr. Almelda que a vira num esa rapldez das modificaç6es constata· tado verdadelramente lastimoso e a das nào pode expllcar-se de um mo<1Uem constara que ella se achava do natural e esta acima do poder da curada, passando perto da porta da sciencla e dos seus meios de acçao. •ua antlga cliente com sua esposa e

a

Attestados i:nédico• Domlngos Roque Laia, chele da Secçao do Registo dos doentes hospltalisados dos Hospitais Civis deLisbOa: Certifico que no numero novecentos e 6itenta e trés, do livro de registo cento e oitenta e nove, da entrada dos doentes, consta que: Cecilia Augusta Oouveia Prestes, filha . de Carlos Augusto de Oliveira Pres-. tes e de Maria da Piedade Oliveira, de vinte e um anos de idade, solteira, domestica, natural de Torres Novas, freguezia de S. Salvador, concelho de Torres Novas, dlstrito de Santarem, e residente na rua do Arco do limoeiro, séte, quarto andar freguezia de Sào Tiago, concelho ; dlstrlto de Lisbòa, esteve em tratamento na enfermaria do Carmo, do hospltal de Estefania, desde quatto de janeiro de mii novecentos e vinte e tres, até vinte e quatro de janei110 do mesmo ano : Doença de que setratou : ,Peritonite tuberoulo•• •• Esta certidlio é passada conforme autorisaçao da Direçào Oeral ~os Hospitals em requerimento eta propria. Para constar passei a presente certidllo que vai por ntim assinada e selada com o selo dos Hospitals Civis de LìsbOa. Secçào de Registo dos Ooentes Hospitalizados, Lisbòa, 6 de Malo de 1924. O Chefe - (a) Domingos Roqu~ La/a. (Segue-se o reconbecirnento).

Eugenio Ribeiro d' Almeida 1 subdelegado de saude de Torres Novas, etc. Atesto que Cecilia Augusta de Gouveia Prestes, solteira, de vinte e dois anos, residente na freguesia de S. Pedro, desta vita, se encontra em bOas condiçOes de saude e sem dar qualquer contagio, a despeito da enfermidade adiantada da bacilose de Kocb, que segundo observei e me fol confirmado, padeceu até ea quasi um apo e de que logo, prìnciplou a melhorar pouco tempo depois, confesso, contra a minha espectativa. E este facto certifico e juro por ser verdade e me ter sido pedido.

(a) Eugenio Ribeiro d' Almeida

(Segue-so o reconbecimento)

Aufusto d' Azevedo Mendes, Bachare em Medicioa pela Universl.dade de CoJmbra: Attesto sob minha honra, que Cecilia Augusta Oouveìa Prestes, de 22 annos de edade, residente na f~ guezla de S. Pedro, n'esta vila de Torres Novas, foi observada- por ml'ta na sua residencia, em Junbo de 1923~ tendo diagnoaticado uma peritonite tuberoulo•• com grande derrame da cavidade peritoneal, notando-se ainda lesOes pulmooares der. caracter bacilar, que davam doença um prognostico extremamente reservado. A doente apresenta hoje um as- -'} pecto saudavel e robusto, nllo dando 4 observaçao vestigios sensive.l& da sua anterlor doença. Torres Novas, 20 de Abril de 1924.

a

(a) Auzusto d'Azevedo Mendes (Seguo-so o roconbccimento)

V. d• M.


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Ano II

LEIRIA, 18 de Junho de 1024

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(OOM APROV AçÀO ECLESIAST.ICA) Dlreotor, Proprietario e Editor

Admlni•"trador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impresso na Imprensa Comercial, d Scl -

Leiria

REDACçAO E AOMINlSTRAçAo

B.U.A D. NUNO .ALVAB.ES l?EBE:I.BA

Agrande peregrinaçao nacionar

pressamente para esta ocasiao, atrahe e prende irresistivelmente os olhos ,. de todos os circunstantes, pela sua beleza ideai. pintor transladou , amoravel e delicadamente para a te1 la a scena imcomparavel das appa-

r.

Ao lado direito do espectador, v~em-se os pastorjnhos extacticos deante da visao da Virgem, de celestial formosura, que lhea apparece de pé sobre urna azinheira. A' esquerda um pequeno rebanho de ovelhas pasta tranquilamente, ro• endo as hervas rachiticas e enfezadas que brotam de longe em longe

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entre as pedras da serra.

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riçòel

(18 do J.\tlaio de 1024) Urna vez mais sem urn reclamo sei:n urn convite, sern um simple~ av1s0, o coraçào de Portugal latejou fortemente sob o impulso dominador e irresistivel da Fé e da devoçào auiusta Màe de Oeus, e de todos os recantos do paiz urna multidao innumeravel de fieis, corno urn exercito que obedece a urna ordem de 0 mmando, precipita· se em torrene~ caudalosas sòbre os paramos nd os e escalvados da Serra d' Ayre no centro da Extremadura. Nunca, corno neste dia, foi tao gra!l._de a afluencia de peregrinos a reg,ao do mysterio e do prodigio ci Lourdes portuguésa. ' Cerca de cem mii pessOas seguramente, visitaram o locai da; appariçoes, rendendo o preito da sua veneraça~ e do seu amor gloriosa Padroeira da naçao alli invocada com O titulo de Nossa Senhora do Rosario. Torres Novas, onde passamos a notte de segunda para terça-felra, debalde tentamos conciliar o somno. tarde era inDesde a vespera cessante o movimento de peOes que se encaminhavam para a serra. ~urante toda a noite o transito de vehiculos de toda a especie consti:uia um espectaculo sobremanelra nteressante, que presenciamos commovtdamente da janella do nosso quarto. As mesmas senas encantadoras de ~ue fomos tcstemunha naq~ela. villa, de gforiosas tradiçOes hiSior!cas e sempre gentilmente hospitaleira, se desenrolaw,m em muitos outros pontos de concentraçao e de passag~m dos peregrinos, proxlmo de Fatima, corno Leiria Pombal i)homar, Abrantes, Villa' Nova d~ urem, Rio Maior, Porto de Moz Alcobaça e Batalha. ' Chegamos Cova da Iria as nove b oras em ponto. Sobre a estrada e nas irnmedlaçoes estacionavam milhares de vehi-

(B!:ATO NUNO DE SANTA MARiA)

A miraculada D. Emilia de Jesus Oliveira

culos de todos os feitlos e tamanhos, desde o confortavel automovel de luxo até humilde e Incomoda carroça. Em torno da capella commemorativa das apparlçoes agglomerava-se e comprlmia-se urna mole de povo, verdadelramente colossal. Oesde a madrugada que as missas se sucediam inlnterruptarnente, celebradas por sacetdotes prévlamente inscrlptos. A multldao, em grupos, reza o terço em voz alta. De vez em quanElo ergue-se um cantico em honra da Virgem. Em cada missa, ernquanto um sacerdote distribue a Sagrada Communhao, canta-se o cBemdilo>. Homens e mulheres de velas na mAo fazem de joelhos o giro da capella. Em frente desta, a urna dezena de metros de distancla, ergue se ao alto, sobrepujando todos os outros, o estandarte da peregrinaçào de Porto de Moz. Obra prima do grande artista Jorge Colaço, que o pintou ex-

a

E' meio dia officiai. Sufoca-se dentro do recinto do Santuario. Varios enfermos sao levados em braços para junto dò altar. Entre e(Jes vemos o conde de Margarlde, de Ouimaràes, paralylico e mude, e o capitao Sa Nogueira, de Santarem, tambem paralytico e quasi cego. Urna senhora bastante nova approxima-se a muito custo do recinto sagrado e manifesta o desejo de entrar. E' D. Cecilia Augusta de Oouvela Presles, de Torres Novas, curada em Fatima no dia 13 de Julho ultimo, de tuberculose pulmonar e peritoneal com ascite (hydropaia do ventre). Um sacerdote reconhece-a e facilita-lhe a entrada, assim corno a urna Irma e um sobrlnho que a acompanham. Proximo da espella assistem aos actos religiosos O. Maria Augusta Figueiredo e a menina Maria Amalia Canavarro, ambas de Santarem, curadas o anno passado, esta de urna meningite em I de Março e aquella de um tumor de caracter suspelto em 13 de Maio. Numerosos médicos, alguns de localidades distantes, conservam - se dentro do recinto da capella ou encontram-se confundldos com a multldao. Como em Lourdes, aonde acorrem todos os anos centenas de médlcos de diversas nacionalldades para estudarern a luz da sciençia os factos maravilhosos que se desenrolam deante dos seus olhos, veem-se alli , professores ilusfres das oo~sas faculdades e clinicos de grnnde no-


Voz da Fatima

;c'l--~-----·--------:--:-:,--::::--...:....-=-=-~:,..._--;r:~ -----".'"'-:';:-::--;:-----------::--:---::meada da capitai e de muitas cidades da provincia. Junto do altar, um especlalista distlnctissimo de LisbOa, que ainda ha poucos anos era atheu e livre pensador empregando todo o seu ardo< combativo na guerra contra a Egreja, segue attenta e piedosamente as cerimonias do augusto sacrificio da missa. E' urna hora e mela officiai, a bora das appariçOes. De repente a temperatura baixa extraordinariamente, a luz do dia diminue de intensidade e um circulo enorme e mysterioso circunda completamente o sol por todos os lados. S6be ao altar para dizer a ultima missa o rev. dr. Luiz de Andrade e Silva'; de Villa Nova de Ourem. Do pulpito Mons. Freitas de Bar• ros faz em voz alta as invocaçoes do costume, repetidas em còro pela multidilo. Reza-se o terço e canta-se o Parce

Domine, o Adoremos e o Bemdito. Depois da missa da-se a bençao com o Santissimo Sacramento, pri· meiro a tode o povo, e em seguida a cada um dos enfermos alinhados em torno do altar. Por flm s6be ao pulpito R rev. Luiz de Sousa, que falla sentida· mente da Vlrgem Santissima e do seu amor a Portugal, tendo palavras vtbrantes de justa lndignaçilo contra os excessos e exageros das modas, que com as suas immoralldades profanam indignamente os logares consagrados a Oeus. Algumas dezenas de mithares de exemplares da « Voz da Fat111a• sào distribuidos gra tuitamente pelos fieis. Oesperta immenso interesse a cura extraordinaria de O. Cecilia Prestes, de Torres Nevas, de que acima fali!mos, cujo relato desenvolvldo, acompanhado de atestados médicos, é lido com avidez e commoç~o. Em torno do poço circular que por qulnze torneiras fornece a agua da fonte das appariçOea, estaciona urna multidAo immensa, que se renova incessantemente, esperando cada •um a sua vez de beber e prover-se 1da agua, a cuja eflcacia sào atribuidas numerosas curas extraordinarias e huma1ta1nente inexplicaveis. \ , , Sio qub1 quatro horas. - A asslsteacla começa a debandar. As estra<ias pr@xi111as estao de novo litteralmt!nte atulhadas de peOes e de vehicuios de toda a especie. Oa peregriaos rrn seu regresso, reconhecldlfi e ediffcados, retam e 4làntam. ~ 11 Qu'ant0i n~O COHegulram entrar na c,pelb, ne111 lev.ir urna s6 got.ta da AiUl MaravilllQsa I todavia ft&O se ouve u1i1 r1ur1111i1ri<i, uma queixa, •Ma laA1eataçio. Sem tu11bar~o do ~aeu ptsar, tod«.>s dh por bem em• _ffOfatla a vi,cem, tio in~emmoda e tae dispentii.,sa, t mysteriosa e ee.antaiera Ptt•ma1 4ue é hoje em Portul{al, o 1uis ocllo centro de deveçao i Santis!lma Virgem e o mais .,iiorioso thr•Ae de aliR'Òr a Jesua ChriF-tl-l no Hgustlssimo Sacramento 4a Eucharistia.

e

V. de M.

Hs curas da

rattma

«Vilar, 20 de Março de 1924

.•. Sr. Venho pedir a V. para_ mandar pubiicar na «Voz da Fatima)) um milagre que Nossa Senhora do Rosa• rio de Fatima fez a Emilia de Jesus Oliveira, mulher de Filipe d'Oliveira e Silva, do logar de Vilar, concelho do Cadaval. Estando eia atacada de tuberculose pulmonar, desenganada pelo sr. dr. Alberto Martins, do Bombarral, que a tratava na sua doença, o mari• do, cheio de affliçao, vae com eia a Lisooa a Poiiclinica, consultar o sr. dr. Oliveira Soarcs. Este deP?is de a examinar, declarou ao mando e~tar com certc::sa tuberculosa. Continua· ram com todo o cuidado a ver se po· diam combater o mal, mas foi inuti~Cada vez peior. Em meados ~e- Abrd de 1922, veio-lhe urna rouqu1dao que lhe tomou a falla. Emfim, estnva as portas da morte. Maria Teodora da Siiva, irma do marido, que era a sua enfermeiru, vendo que na terra nada lhe podia valer, teve uma inspiraçao ! Disse:: para a enferma: fala•se que Nossa Senhora apareceu em Fatima (nao sobia que ja la ia muita gente, nem que ja la se tinham dado milagres). Se Eia la aparcceu, é para consolar os que a Eia recorrem com té e confiança. Vamos fazcr urna novena para ver se Nossa Senhora te da as mclhores. No fim da novena começa a cnferma a fallar e a recuperar a satide e quando chegou o dia 13 de Maio estava completamente cura~a. N~ m~s sc~uintc, 13 de Junho, fo1 a m1raculada, seu marido e mais pessoas de familia, a Fatima_ agrad~cer. a Nossa Senhora. Ja la vao quasi do1s anos e eia continuando sempre de saudc, . de sua casa e cria. um faz o scrv1ço filhinho de cinco mezes, muito forte com scu ldte, Com toda a consideraçiio, etc.

'

Maria Teodora d'Oliveira• (Tia da miraculada)

Ateatado médico

AlbBrto Martlns doa Santos, médlco pela Faculdade de Medicina de Llabl)a: Atteate e jurQ 11ela mlnha honra que a Sr.• Emllhl de Jesaa Oliveira taeada, de 33 anoa, natural e residente em Vilar, CQncelho de Cadaval, teve uma pleurlela aero fibrlnosa prl111elro do p1dmào dlrelto, depol1 do ,iquerdo e 111eze1 depola leslea lnflasutoriaa bacilarea no vertice ftta dola pulmòe1, cGm oemeço de fusio iatandÒ actualmeate curada, tendo ji felto aa ies11ez11 nrgultas òe ama oravidez !evada a 111111 teroi• e agura em eoinefo da entra, e 111 excellenta aspect1 i 1 11u Htado 11

ad.al. Bombarral, 2 de Malo de 1924

(a) Alberto Msrtilzs dos $anttJ$ (Seaue-se o reconhecimcmto)

Outra cura

JIIA

Rccebemos a carta e relato que a .. seguir pubUcamos:

•.. Sr. «Tendo-se dado um caso que repu• to de suma importancia na pess6a de urna IJ}inha prima, venho muito res• peitosamente pedir a V. o especial favor de o tornar conhecido no jornalsinho ,A Voz da Fatima.» Entendo que acontecimentos desta natureza sao dignos de serem publicados. Pedindo descuipa desta impertinencia, sou De V., etc.

Anna Alves• Maria do Rosario Cadete, solteira, de 22 annos, filha de Antonio Fran• cisco Cadete e de Maria do Carmo Cadete, naturaes· e moradores em Monsanto, concelho de Alcanena, é urna rapariga que p<:las rnas qualidades conquistou a estima de toda a povoaçao. No principio de Janeiro, devido a urna mordcdura ou a qualquer outra cousa (nao se conhecc a causa) {lpareceu-lhe urna pequena fcrida junto ao olho direito, que lhe produzia borri-. veis sofrimentos. O mal fazia progresso, pois a medida que o sofrimento aumentava, as feiçoes da pobrè rapariga deformav.im-se. Foi ja neste estado critico que eia cooseguiu transportar-se a Alcanena, onèle consultou dois distintos médicos - os srs. dr. Ferreira Viegas e Tenrciro, os quais constatara m a gravidade do estado da pobre doente, injectando·lhe reactivo~ apropriados. Apezar dos cuidados quasi pater• naes dos ilustres clinicos, principalmeJte do sr. dr. Tenreiro seu médioo assi~tente, o mal agravava-se de dia para dia, de hora para hora. Assim, a cara e a cabeça tomaram proporçoes quasi monstruosas, devido a grande inchaçao, que a privou por completo da vista. Os sofrimentos multiplicavam-se e desse torturante estado partilhavam nao !!6 os seus desvelados pais e a vi• sinhança mlls quasi toda a povoaçlo que nao abandona_va aque~la casa, onde a pobre rapariga ago01sava no seu leito de dor. Pensavam todos que, quando a inchaçao, que ja derivava para e peito, atingisse o coraçao, teria chegado o ultimo momento! Naquella casa s6 havia dòr e lagrimas I Urna piedosa senhora que muilto se interessa va pela pobré moribu nda, pedia incessantemente a Nossa S~ nhora de Fatima pela cura daquella sua devoti!,· e i enferrna, que mal balbuciava aiguma palavra, lembrava-lhe que invocasse o auxilio ct•Aquela que é a saude dos enfcrmo~. Estas palavrus despertaram a fé a enferma que, conhecendo a gravidadc do seu estado in,ocava com filial ternura, nao com palanas que mal podia articular mas por ~estos, e , tnentalmente, a protecçao da Santa Mie de 0eus, pedìndo quc lhe dcs~ sem uma cstampa de Nossa Senhora. dc Fatima, gue com fervor unia a. pcito. Urna outra piedosa e ilustre scnho:


Voz da Fé.tlme. ra, que em sua casa possuia alguma agua da fonte das apariçoes, apressouse .a manda.la enferma, a qual, depois de lhe dizerem o q ue era, bebeu uns gol~s, e sobre os olhos colocaramlhe uns pa nos molhados na milagrosa agua. Pela terceira vez que lhe 6zeram esta aplicaçao1 verificou-se com pasmo geral q ue a 1 nflamaçao lhe tinha dcsaparecido dos olhos e eia j4 podia ver as pessoas e cousas que a rodeavam. Dcsde entao as melhoras acentuaram-se de dia para dia com a mesma velocidade com que nela se via reacender a fé em Nossa Senhora de Fatima. Eu, que sou sua prima e lhe fui enfermeira, testemunho esta grande graça. Como é de calcular, a noticia desta graça celeste correu veloz por toda a freguezia acudindo inumeras pessoas para se certificarem da verdade e verificart!m com seus proprios olhos, sendo todos unanimes em reconhecer aqui o sobrenatuI'al. 0s pais da miraculada fizeram a promessa de ir em ocasiao oportuna com sua filha a Fatima agradecer tao grande graça, assim como muiras pessoas amigas fizeram outras promcssas, que ja teem cumprido,»

lmpressoes duma peregrina

a

Pediram e obtiveram graças que veem agrad ecer a Nossa Senhora do Rosario: -Maria Augusta Cravo Valente, da Murtoza que numa grande afliçtto recorreu a Nossa Senhora do Rosario da Fatima, sendo attendida sem dem·ora. Envia 10$ 000 para as despezas do culto. -Maria José Santos, tambem da Munoza (Ribeiro) que estando multo doente recorreu a Nossa Senhora e tendo melhuràdo envia 30$000. -:-Antonio de Sousa Soares que bav1a I dias se nao podia deitar . d o muita fatta de ar. Tendo' aeottn. r.ecomdo a N. S. da Fatima mclho-

s

rou.

'

-Ui:na anonima (M. H.) que tendo ped1do a N. Senhora da Fatima um~ graça tempoi:al que parecia irrea\1savel a vem agradecer agora, che1a de . reconheciment~. -Alia das Nevcs, de 25 anos àas CBYadas, freguezia de Almoster' (Al~aizarc), quesendo ameaçada de uma Qeen~a om. Maio cle 1923 e pouco •u Rada tendo obtido recorrcu novamente a N. Seohora da Fatima onde veio na peregrinàçao de maio promettendo publicar a graça e atteidida.

fbi

NaTodo~ pode_m e de-,cm interessar-se

·pe~ bnlh.inusmo do pdmt"iro Con: I . .

,res~o 1Juc 1 nti!'.t1co Naeional que vac )'Calizar-s.e em Braga de 2 a 6 de Jui..o. St: ncm tod.os po~icm assistir 19e~ ~ !mente, to~ios podçm no entante : ~zcr ne~cs dfas Comu11hoc1 fer.Yb· ro_sas com proposito dcs vida mais prc• ktta e de fé mais viva para c0m Nosa. Scnhor na Santa Eucharistica 1uc é a Yid..i da Ei:reja e das almas:

Pediram-me impress6es da minha primeira pcregrinaçiio a Fatima que, se Deus quizer, nao sera a ultima. Para ser franca, muito e pouco tcnho a dizer. Pouco ou nada direi lis pess6as que s6 desejam ouvir fallar cm milagres quc p6ssam ser tocados com o dedo, corno S. Thomé desejou tocar nas chagas de Jcsus Christo para n'Elle poder crér. A neurasthenìa, era a minha doença, e, corno affirmam todos os bons médicos, é uma doença terrivel l D'ella sofria ha mais de 10 annos, mas, que sofrer I ••• Durante estes longos annos, és vezes sentia pequeninas melhoras, mas sempre passa• geiras ou imaginarias. Entao que viste em Fatima? - me perguntarao. Rei;pondo: Fui a Farima nao para ver, mas sim para ser vista de Maria, a Mac de Jesus e tambem nassa Mae ! Fui a Fatima para saber pedir, nao s6 a saul#e do corpo para mim e para os meus (pois nio sabemos ao certo quanqo esta nos aproveita ou prejud1ca, s6 Deus o sabe), mas fui sobretudo para Lhe pedir para todo o mundo, principalmente para Portugal, para os nossos Ex.mo, Bispos e todo o Clero, d'uro m6do espec1al para os meus Superiores, para a minha querida familia e para mim, uma Fé mais viva, uma

Esperança mais firme e uma Caridade mais ardente. D1ra alguem: E foste ouvida? Nao podia deixar de o ser, porque estas sao sn1ças que Jcsus e Maria mais dese1am dar-nos. Em F,tima, N. Senhora fez-mc v!r com toda a clarcza que Deus é tudo e tudo o roais é nada. Que todas as creaturas, até as mais sabias e santas, nao passam de simples crradinhos de Dcus. Dira ainda alguern: e entao s6 em Fatima soubesre isso? ! Ja o sabia , ma, que diferença, que distaocia immensa v11e entre o saber e o ver ! Podcmos esquecer o que sabemos, mas nao podemos deix:ir de ver aquilo que vemos còm toda a evidencia. usta visao clara do nada de todas as creaturas e do nosso tudo que é Deus. f?i a maior graç~ q1,1e recebi cm Fauma. Sahi de cas'l no dia 7 d'Abril com dcstioe a Tocres Nova~, te!lcionando ir a l:<'atime no dia S' ou 9, dcscansan'10 no dia 1-,, casoN. Saqhora ,:De nao curasse -ias terntveis e permanS!Dtes dOres de cabeça e majs incommt)dos que tioha, ou entao, vindo curada, voltar n'es se mesm0 dia 10 para a minha caso, nf> Porto.,.,, 0 , ChegaJa a Torrcs Nons, todos , me dimuo -.ue parccia inapofsivcl fJUe, estando O .f1a 13 t port:J, 010 preferisse ir a Farima a'es~e .-lia, •nde a manifec;tai ç.ao 4e F.é '1e ,tt1dos os 'lue la -.io tQnto cd1ic!l I • o Um cenjnnJo d: circw11-.,;tancìa& mui- ' <to a~radavc:i~ .,sempre m e le~ou a Fatima no dia 13, o 'l~e de-.ér:111 c,timei, 110bretudo p<11r N. Se11hora mc nfazcr a graç1t de recebcr wma ~ençfit, espccial · do SS. Sacn,rncnto. que se " Costuma , ar aos. doer:ites. ,Quaato a Fé viva dc 1.c,dos o, que 1la foraai, n

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notei-a mas mal, e, tudo o que vi de materiai, vi sem v!r ! E' que Marta· cncheu.mc o coraçao tao cheio de Fé e amor sd n'Ella e cm Jesus Sacramentado, ·q ue os meus olhos s6 fìx~ram Jesus-Hostia, s6 fixaram Maria I E' a pura verdade, niio pude fixar mais nada, nem sequer o Sacrario, nem sequer a Estatua de Nossa Senhora I ••• A Missa campai estava marcada para o meio-dia, e, pouco mais tarde foi, spesar do dessistrc que no~ aconteceu na ida de Terres Novas para Fatima, em companhia do sacerdote que a celebrou. A meio do caminho parte o pinhiio do automovel que nos conduzia de Torres Novas a Fatima, mas, N. Scnhora l6go al\i nos deu uma carroça com um grande conforto d'alma que nos veio do Céu ! Tivemos pois que trocar o automovel pela carroca e portanto o corpo alguma penitencia fez, sobretudo por sermos doentes e nuoca terrnos andado de carroça ! Ai! como vale a pena alcançar o Céu dentro da carroça d'esta vida, por muitas e grandes que sejam as dOres moraes e phisicas que n'ella experimenternos I Sim, viver é passar da terra para o C é u ; o desalento, os grandes desanimos, as neurasthenins~ (que os médicos mal sabem curar) desapareceriam por completo do mundo se n6, bem fixassemos Maria, pondo o' Ella roda a nassa confianc;a. Vamos a Je<Jus, m as sempre por Maria I A minha cura começou no dia cm que resolvi ir a Fatima, confiar cm Maria. Qucm confia em Maria, teni tudo, porque Ella tudo lhe dara, dando Jesua ! Jesw Cristo é ca Resurreiçao e a V,da I• Teria ainda muito a dizer, mes, nao é preciso, os pobres cégos niio veriam mais. e, qnem tiver olhos dc ver, ja ve tudo ! Voltci pois de Fatima redicalmente curada dos mcus grande, sofrimentos moraes , e, quasi completamente curada dos meu, males phisicos, pois estes eram reflexos d'aquelcs, dòres refi •xas, ma'I muito rcaes, muito dolorosas, em fìcn ••• o meu intenso sofrer, s6 Deus a fundo o conheceu. Contudo, o, Sacerdotes, Médicos e pessOas de familia que me estudararn e aruraram de perto, tambem p6dem avaliar um poaco, a grandeza el'csta curs, que N. Senhora ~uiz fazer para honra e gloria dc Sua SS. Mae. Rt,aamin'1o dirci: quereis sd,r " q·ue é Fdtima ? /de la vir. Mas, pedi sobretudo a Maria quc de 111 Yos nao dcixc voltar sem voa fazer s-..1tir que Ella vos viu, cheia

dc nm6r. ! ..

O rnaior peccador p6de ver Maria apé~ar dc peccador, mas, a graça Glu graç:is é scr visto por Maria, pele SeU olhar todo t e fRUra, mÌscricoriJ1a • anaor! .. Nossa Scnhnra do Rosario de ira:. tirna, u lvac Port:.igal I Melhor ain ja, podemos dizer: N. Scnhora do Ro · a ria de Fatima Hlv#• r-,rnigal ! • Al leluia, .\ llc luia, Allelttia I Porro, 20 de" Abril de 1924. D01llÌn8'J de P:ischl)a. M. dJ. L. I-.


1

Dia 13"de Outubro de 1917 Depois da apparlçao, 4s 7 horas da notte, em casa do Francisco e da Jaclnta. (Continuaçiio no n.• r 1)

Interrogatorio da Jaclnta - Alem de Nossa Senho ra quem é que· viste hoje quando estavas na Cova da Iria? - V1 S. José e o menino Jesus, - Onde é que os vis te ? - Vi-Os ao pé do sol. - O que é que a Senhora disse ? - D1,~e que rezassem o terço a Nossa Senhora todos os dias e que a guerra acabava hoje. - A que m é que disse isso ? - Disse-o a Lucia e a mim. O Francisco niio OUVIU. - Ouviate-lhe dizer quando Yinham 01 nossos soldados ? - Nlio ouvi. - Que mais ùiiise Ella ? - Dis1>e que fizessem uma capella na Cova da Tria. (Doutra vez a Jacinta expressouae assiro : Disse que fosse a gente fazer lii uma capella). - Ouviste dizer isso a Ella ou Lucia? - A Ella. - Donde veio a Seohora? - Veio do nascente. - E para onde foì quando desapareceu? -Foi para o nasce,,te. - Foi-se a Senhora recuando voltada para o povo? - Niio; voltou as costas. - Niio disse que voltassem a Cova da Iris? -Tinba ùito ances que era e ultima vez quo vinha, e hoje disse tambero que era a ulttma vez. - A Senhora niio disse mais nada ? -Disse hoje que reza!lse a gente todos 01 dias o terço a No~sa Senhora do Rosario, - Onde é que b:Ila di~~e que a ~ente dovia rezar o terço 7 - Niio d11se onde. - Disse que o fossemos rezar a egreja 7 - Nunca dis~c: 1s~o. - Onde rezas o tc:rço com mais ~osto, aqui em tua casa ou na Con da Iria ? -Na Cova da !ria. -Porque gostas mai~ de o reur la? -Por nada. -Com que dinheiro dis,e a Senhora que se bavia de fazc:r a capeIla 7 - Disse que flzessem uma capelw, nao quiz la sa ber do dmheiro. - Olhaste pnra o sol? - Olhei. - Vi~te o!\ signnes 7 - Vi. - Fo1 a Senhora que mendou olhar para o sol ? - Niio mandou olhH para o sol. -~ Entlio coll'0 puùe~te ver os si~naes? -Voltei os olhos para o lado. - O Menino Je ~us estava ao ledo direito ou ao ledo esquerdo de S. José ? - Esrnva ao lado direito. -Estava em pé c.u ao collo ? -Estava em pé. - Vias o br11ço direito de S. José ? - Nao via. - Que altura tinha o menino ? Chegna com a cabeça ao _peno de S. José 7 - O menano nno chegava a cintura de S.José. ~· . , ~ - Quantos •nno, parecia ter o menino ? - Era como a Deolinda do José das Neves (creanço de um para dois annos.)

a

Interrogatorio do Franclacn D'esta vez tambem viste Nossa Senhora? -Vi. - Que Senhora era ? - Era a Senhora do Rosario. - Como estava vestida ? - Estava vestlda de branco e tinha o terço na mGo. - ViHe S. Jo!é e o Menmo 7 - Vi. - Onde os viste ? - Ao lado do sol. - O Menino t~tava ao collo de S José ou ao lado d'elle ? - Estava ao lac.lo d'el·

le.

-

O Menino era grande ou pequeno ,

- Era requenino. -

Era do tamanho da Deolinda do José II eia. - Como tinhe a S1.nliorn 11s mùos ? - T1nh1 as n ios po~tas. - V1ste-1 $O ne carrasqueira ou tambem ao pé do sol ? - Vi-A tamb<m ao ré do sol. - Qual era miu, clero e brilh11nte: o sol ou o 1osto da Su,hc.ra ? - O ro:-to ila Senhora era mais clero; a Senhora era branca, - Ouviste o que a Senhora disse ?

du l'ìevei-7 - Eru a~sim bcm como

Voz da Fatima - Niio ouvi nada do que a senhora disse - Quem te disse o segredo ? Foia Se• nbora 7 - Niio foi; foi a Lucia. - Podes dize-lo ? - Nlio o digo. . - Nii~ o dizes porque tens medo da Lu• eia; rece1as que ella te bata, niio é verdade 7 - Nlio. - Entiio porque o nao dizes ? Porque 6 peccado ? - Se calhar, é pecado dizer o segredo. -O segredo é para bem da tua alma, da alma da Lucia e da Jacinta ? - E'. -E' para bem da alma do Sr. Prior ? -Niio sei. -O povo fìcava triste se o soubesse ? -Fica va. -De que lado veiu a Senhora ? -Veiu da banda do nascente. -E quando desapareceu, foi para o mesmo lado ? - Foi tambem para o nascente. -la recuando? - la com as costas voltadas para n6s. - la devagar ou depressa ? - la devagar. - Ella camlnhava corno n6s ? - Niio caminhava; ia certinhn 1 neo mexia os pé1. - Que parte da Senhora desapareceu primeiro ? - Foi a cabeça. - Agora viste-la tiio bem como daa outras vezes 7 - Agora vi A melbor que o mes ruissado. - Quando era mais bonita, agora ou das outras vezes 7 - Tao bonita agora corno o mes passado.

V.deM,

Voz. da Fatiina Deapezas (abril e maio) Transporte • • • • • • 13.563:520 lmpressao (.pooo exemplares). • • , • • • • 805:000 Transporte de jornais, expediçao, etc. • • . • • 303:000 Somma

• • • • 14.671:520

Subscrip9ilo (Continuaçao) Antonio Ignacio Vicente •• 15Sooo Joao Pinto Caldeira ..••.• 10Sooo Marques de Rio Maior ••• 10Sooo D. Anna Nobre Costa da Sii va t 2, • vez) • • • • • 5$000 D. Maria Emilia Branco de Mello . • . • • • • • 10$ooo D. Guilhermina Amalia Alvarcs Fortuna • • • • • 10Sooo D. Maria Apolinaria Godinho (2. 0 anno) • • • • • 10$000 Antonio Fragoso (2.0 anno) 108000 Maria Augusta Fernandes (3 .• vez) • . • • • • • 7$500 De jornafs (D. Maria das Dores} • . • • • • • • 116$500 Donativos de duas pessoas curadas, de Pardl!lhas • • 21S500 Percentsgem em livros, es,tampas, terços (D. Maria das DOres) • • • • • 118$ooo D. Anna Aguas de Figueiredo Mascarenhas , • • 10$000 , Antonio Aguas Vaz de Mascarcnhas • • • • • • • 10$ooo D. Maria Rosa Magro (4 asignaturas) • • • • • • • D. Alexandrina Martins Aleixo . • . . . • • • • • 10Sooo D. Anna Gonçalves. . • • 10$000 De jornaes (Joséfa de Jesus) 28$500 D. Fernanda Adelaide de B, ito. • • • • • • • • 10$000 D. litichaela Caroço. • • • 10Sooo P.• Manuel Dias Mattos Lage . . • • • • . . • • roSooo D. Felismina Nogueira Freire . • . . • • . • • • 10Sooo Antonio Cunha Junior • • 10$000

D. Judith Gama • • • • • D. Eugenia Marques e outras ( Lisboa) • • • • • • D. Laura Pereira. • • • • Donativo5 varios (D. Maria dos Anjos Matos). • • • Adelaide de Jesus da Cunha Maria Lui3a do Cura . • • Alzira dos Anjos Rebello Sebolao (2, 0 anno) • • • D. Maria dos Anjos de Mattos (2.0 am10). • • • • • De jornaes (D. M. da C. Alcantara Matheus). • • • D. Eufemia de Sousa Soares D. Maria Isabel Henriques • D. Maria Julia de Sousa. • D. Marianna de Queiroz Athayde de Vasconcel• los (2. 0 anno) • • • • • D. Anna de Figueiredo e Sa D. Clara Maria Ribeiro Teles (2.0 anno) • • • • • D. Adelina Almeida. • • • O. Ignacia Soares Gome5 • D. Maria da Graça d'Abreu Fonseca • • • • • • • O. Ma ria Filomena Moraes de Miranda (3.0 anno). • D. Ermelinda da R. de Miranda • • • • • • • • P.e Miguel R. de Miranda • D. Emma Cordeiro Maças • Alfredo Vieira Guedes de Almeida • • • • • • • D. Alzira Ramos Simoes • <..:ondessa de Saphyra • • • D. Candida Amara! • • • De jornaes (Carrascos). • • D. Maria da Esperança Neves • • • • • • • • • D. Maria Ferreira Duarte • D. Emerenciana Gal vao • • Donativos de Lisboa (D. Maria M. Pedrosa) • • • • D. Herminia Vasco da Costa D. Anna Guedes • • • • • D. Maria Guilhermina San• guinetti. • • • , • • • D. Laura Forte Barros • • P.e Joao Nunes d'Oliveira e

15$000 32$500

10$000 100$000 10$000 10Sooo 10$000 10$000 1 7S35o

10Suoo 10Sooo

10Sooo 10Sooo JO$ooo

10Sooo 10Sooo 10Sooo 1 2$500

15Sooo 10$000

10$000 1:,Sooo

10Sooo 12Sooo

10$000 10$000 20$000 10$000

10Sooo 10$000

10$500 10$000

10$000 10$000 108000

Sousa. . . • • . . • • 10Sooo P.e Joaquim Duarte Alexandre • • . • • • • •

10$000

P.e Horacio Fernandes Biu (2.0 anno). • • • • • • 10Sooo Joao Maria do Vale e Sousa de Menezes Mexia • • • 10Sooo D. Emilia de Jesus Oliveira 10Sooo D. Amelia Fiuza • • • • • 10$000 Joao Rodrigucs Coelho dos Reis • • • • • • • • • 45Sooo , D. Albertioa Cunha. • • • 10$000 Joaquim Maria Soeiro de Brito. • • • • • . • • 10Sooo D. Olimpia Cunha Patricio e D. Maria Rosa Patricio 10$000 D. Estrela Vassalo de Mira 108000

VOZ

DA

FATIMA

Eate jornalzinho, q u e _vae aendo tao querido e procurado, é dìatribuido gratuitamente em'Fétima noa di•• 13 da oada m6a. Quam qulzer ter o di• reito de o reoebar dire• ctamanta pelo e or r a I o, tera da anvlar, adeant•damente, o minimo de dez mii réla.


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de JuJho de 1.0.Q4-

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(OOM APROVAç.A.O EOLESIASTICA)

Composto o Impresso na Imprensa Comerclal.

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REDACç.f o ! ADM1NlSTRAç19

BU'A. D. N-ONO .ALVABES PE::REXR.A (BEATO NUNO n• SAl'ITA JIL\MA)

Leiria

Ap6s a Santa Missa, celebrada na Copelinha pelo Sr. Dr. Form/g(Jo, no dia 14 de Junho, ultimo, o Sr. Bispo de Le/ria fundou a Associaç(Jo Serrvos de ~ossa Senhol'a do ~osai:rio da f=l!lti.. Jn&, dando-lhe as regras que os h(Jo dirigir e recebendo o juramen~o, que lhe prestaram s"bre os Santos Evangelhos, da sua obserr11ancta. Fai nomeado Cape/(Jo-director o Rev. Dr. Manoe/ Marques dos Santos.

'

Regr~ a seguir pelos «Servos de Nossa Senhora do Rosario da Fatima• CAPITULO I Fim. 0

ART. 1• - Os Servos de Nossa Senhora do Rosario da F~tima for• mam uma pledosa Assoclaçao de carldade, cujo fim prlncipal é auxiliar os doentes e peregrinos. ART. 2.0 - Prestarao a todos, mas especialmente aos pobres, os cuidades esplrituaes e materlaes que a sua prudencla lhes ditar, orando pela conversAo dos pecadores e alivio dos doentes e procurando, durante aspe. regrinaçOes e actos do culto se ob1erve a maxlma ordem e respeUo. 0 1 ART. 3. Trabalhando a favor do proxlmo, procurarao santificar-se a si mesmos e dar o bom exemplo de uma vlda Integralmente christa. § UNIC0-Os servos de Maria teem uma participaçao muito especlal nas oNra~Oea e sacrificios dos devotos de ossa Senhora do Rosario da F.itl-

ma.

ART. 4.o - Mulheres chrhdb, sob

0 tltulo de

Servaa da Nossa Senhora

do Rosario da Fatima, formarao uma Associaçao analoga. CAPITOLO Il

pelos s6cios activos, com aprovaçlo do Prelado. § UN1co-As reuniOes da Dlrecçlo slo menaaes e extraordlnariamente quando o Rev. CapeUlo-director houver por necessario convoca-las. CAPITOLO lii .

Doe sooios ART. 7. - Sao S6clos activos os 0

a

que fOrem nomeados data da fundaçlio e os que posteriormente fOrem admitldos pela Direcçlio, com aprovaçllo do Prelado. Sao S6clos auxiliares os que fazem tirocinio para s6clos activos. Slo S6clos honorarios os que por serviços P.restados ou doaçOes generosas fOrem julgados dignos de perteocer a esta classe.

CAP.ITULO IV Daa oorigaç,oes ART. 8.0 -Cada um dos Servos

~RT. 5.0 - Esta AssociaçDo é diri· glda na parte esplritual por um Sac1erdote expressamente nomeado peo Prelado diocesano. t Atn. 6.0 -A Direcçao temporal es4 a cargo de 3 membros-Presidente, Secretario e Tesoureiro, - eleitos

de

Nossa Senhora do Rosario da Fatima compromete-se : a) a observar os Regulamentos e fazer o serviço que lhes fOr marcado por ocaslao das peregrinaçOes; b) a recltar diariamente uma dezena do Rosario, pelo menos; e) a dedicar- se ao serviço dos doentes e peregrinos, procuranèlo imitar S. Jofto de Oeus e o Beato Nuno de Santa Maria, aquelle 1a caridade ardente, e&te na devoçiio a Nossa Senhora e amor Patria.

a

Da: 1'>irecç,iio 1

-

A.dm1nl•i:rador» PADRE M. PEREIRA DA SILVA

Dlrecréor. Proprietario e Editor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

Aprovamos estas Regras e rtcomendamos ds oraçoes dos devotos de Nossa Senhora do Rosario da Fatima esta obra e cada um dos seus membros. Leiria, 13 de /unilo de 1924.

t

jOSÉ, 8ISPO DE LEIRIA

~ECOffiEND/ìçF\O DO

Ex.mo e Reu.m Sr. B15PO DE IaEIRIR 0

f\05 PE~EGRINOS As peregrinaçOes a Nossa Senbora do Rosario da Fatima devem conservar o seu caracter primitivo de pledade, penitencia e caridade. Vae-se F4tima para orar, fazer mortificaçOes e pedir 4 Virgem Santissima a saude espiritual e fisica de doentes de alma e corpo que aH ac6dem i:fe cada vez em maior numero ·a Implorar Aquela que é a

a

- Salvaç6() dos e11/ermo$. Sempre, mas especlalmente pele camlnho e na Covafda lria, os peregrlnos devem ajudar-se mutuamente, orar uns pelos outros e conaervarem· se com o maxlmo reapeito e recolhlmento durante os actoa rellgiosos. Os doentes, sejam ricos ou pobres, teem sempre o prlmelro logar. Abrese alas 4 sua passagem e ajudam-ae sempre qae aeja preciso. Oa peregr1noa devem obedècer lnaicaçOea <Jos Servos <le Nossa Senhora do Rosario da FAU,ma - afim de tudo correr em ordem. J A desordem desagrada a Deus. , cPazei tudo com honestldade e com ordem, recomenda S. Paulo (1 Cor.

=

u

XIV, 40). Havendo ordem, . enibera sei'!m muitos, todos sao servldos: o pouco chega para todos. Nlio bavendo ordem, o multo nao chega a nada. VMe corno isto se verifica nas familias e na socledade. Por Isso, Nosso Senbor, quando no deserto deu de corner a ~Uhares de pessOas, multiplicand& os plles e os peixes, começou por marcar a cada um o seu logar. (Mare. VI, 40) E' esta ordem alia'1a -1 pledade, penltencla e carldade que desejo ver observada s.empre pelos peregrlnos. A's suas oraçOes e b~as obras recomendo as necessidades da Santa Igreja, do nosso Portugal, e dos Servos de Nossa Senhora do Rosario da Fatima, cujos trabalhos a prestar e de~licaçao, desde jéi agradeço.

t

Josi, Bispo d1 L1lria

N

\


Voz da Fé.tlma

13 de ~unho

de 1924

...

Para que no recinto da Cova da lria, onde se venéta Nossa Senhora

da Eattma, haja a maior ordem e respeito, o que nem sempre ae tem ot,;. servado por ocaslào dBS peregrina-

çoes passadas, resolveu a Associa• çao dos Senos clt 'Nossa Stnhora d1 Rosari(},da ffdtima, recentemente organisada, publicar as seguintes instruçOes provisorias que começam a vlgorar no Elia ~3 <Jo corrente:

ART. t.0 -Esta canonicamente lns1ituida a «A1sociaç4o dos Servo, de

Nnsa Stnhs[a do Rosario dts F4ti·

.. •


Voz da Fatima ma>, a quem cumpre manter dentro do locat pertencente ao Sanctuatlo a ordem e respelto devìdos. /\RT. 2.0 - Para o efeito do disposto no artigo ante.rior, os servos de Nossa Senhora do Rosario da Fa-

tt_ma adopfarao as medidas de polieia necessa:las, ~ fim de que o locai J)ertenèente ao Sanctuario seja exelusivamente destlnada aos peregrinos, sendo por isso expressamente

prohibida a entrada de vendedores,

quer fixos, quer ambulantes, bem corno a de anima-es, automoveis, car-

ros, etc. § UNJC0-Os servos de Nossa Senhora do Rosario, para o desempenho da sua missao, poderao agregar a si o numero de auxiliares que fo. rem necessarìos e usarào os seguintes distinctivos: os servos, umas correias; e os auxiH~res, urna braçadeira. 0 ART. 3. - : - Aos peregrlnos cumpre acatar rigorosamente as in'dicaçoes que lhes derem os servitas e seus auxiliates. A~T. 4.0 -As pessOas doentes qùe de'se1aten1 ter um Jogar especial junto do Sa'lltllarlo, devem declaral·o aos servitas ou seus auxiliare-s, que

estlio As etitradas do reclr1to a regu-

lar o serviço.

, Para a melhor utilisaagua da fonte, sera esta cec-

ART. 5.

çao da

0

-

cada por ~ordas com

urna

destinada

dUé.iS aberturas:

a entrada e putra a

saltida. Esras indicaçOes entrada e salitda . consiarào de taboletas colocadas 1unto iis aberturas feitas nas

cordas. O sen!iço junto da fonte sera regulado pelos servltas. ART. 6.0 - Oura·nte O& actos do CQlto e emq·uanto nao fOr cons.truldo ~~to altar, é expfessamente probi1 a a ~ntrada dentro da Capéla. !erminado o culto todòs os pere.:. trmos p6dem entrar na Capéla pela 0rd e.m que lhes fOc indicàda petos

servnas. 0 A~-r. 7- -Paraa entrada dos doenies e servifas, e para a administra-

~~ da Sagrada Comuntiao, oa pere• .grmos devem deixar um espaço livre em frehte da Capéla em f6rma de r1.1a. ' A~T. 8 °-As esmoJas s6 serao recebldas aos Jados e arectaguarda illa Capéla.

• ~ UNICO.- E'_~x.pressamente prolnb1do pedir estnolas e recébel-as f6ra do locai designa~p neste artigo -0eyençto 9s peregrinos ter todo ~ cu,dado COIJl os especul~dOrts que

aparecem nestas ocasioes. , ART. 9.0 - E' expressamente pro• ,tuo!d 0 aos mendigos pedlr esmola no iecinto da Cova da Iria.

..........---,----=--

Avtso importante relativo '

as

curas extraordinarias

Ped~-se as pessoas que tenhatn c~,nhec1~e~t$ de . curas extraordinanas, ~tnbu1das a ,ntercessao de Nossa Senhora de Fatima, 0 favor <Je envlarem os respectivos relatos ao administrador da e Voz da Fatima> revE. Man~el _PeJ1eira da Sii va, Camaira cctes,ast,ca, Leirìa. ,, I

A nturo de mera lnformaçffo e aem prejulzo do exame a que tenham de ser submetidas e da decisào da autoridade ecclesiastica, essas curas p6dem, com o consentimento das pessOas interessadas, ver a tuz , da publicidade na cVoz da Fatima• para a maior gloria de Deus e de sua

Mae, e para edificaçao das almas. As narrativas de curas devem dar a conhecer o me\hor p9ssivet: 1.0 - A pessi>a curada Dizer os seus nomes e sobrenomes, a sua edadet o logar dò seu nascimento, os seµs diversos domi- ' cilios e o seu domicilio actuat com

direcçao exacta e completa. ln<tlcar o seu caracfer, a sua condufa, a sua piedade, tudo o que nella p6de se-r motivo de edificaçao. Dar a conhecer a sua compleiçao a

e a $Ua saude no passado. ' 2. 0 - A doença Dizer o nome da doença, a sua natureza, as. suas caracteristicas; razer a historla succincta della. fornecer, se fOr possivel, os attes-

tados escriptos

dos médicos acerca

òa doença para a caractedsar bem 1 ou pelo menos refetir as 'suas -palavras, as suas opintoes sòbre a gravidade do mal, o& rernedios empregat.fos, a sua eficacia .ou a sua ineficacia. 3.0 - A cura I.. Descrever minuciosatnente as.-diversas circunstancj~s· da cura, Indicar os meios espìrituais empregados para a obter, 11raçOes, missas, novenas, agua da Fonte das Appariçoes; as disposiçoes da pessOa eoferma, a sua confiança ou os seus temores, o que sentlu no momentc, da cu'ra. Apresentar, se tOc possivel, os pareceres escriptos dos tnédicos sObre a cura, ou pelo menos as suas pala· vras, e, sen(lo tambem possjvet. o testemuaho do parocho, do confes .. sor ou de alguma outra pessOa séria e dlgna de crédito.

4.0 - As consequenciu Dlzer o estado actuat de saude qa pesiòa curada. Assignalar os efeitos que a graça obtida produziu na alma da pessOa previlegiada, na famiJia, na freguesi-a, no publico • •· B. - E' escusado dizer que, se nao houver possibiUdade de fornecer todas as informàçt}es acima pedidas, se devem ehviar aquellas q11e -se pt.tderem obter. · Pede·se egllàlmente o favor de communlcar ao referldo adminlsttador da .. Voz, da Fatima• as graças espirituais alcançadas, e em geral toàos os factos relatrvos a historia ou ao culto de Nossa Senhora de Flitinia.

Rev.1110 Sr. P.e Siiva J~ ha mais tempo devia ter escrlp· to a dar urna notlcia dever~s interessante. Um caso que se deu comigo e que

até chego a ter escrupulos de d~r

por nao me achar merecedora de tal. Tinba eu duas fertdas que n«• havla melo de cìcatrizarem com desinfectante nenhum, nem com aguas, nem com pos.

Um dia diz-me meu marido: porque nao poes agua de f'Atinta? Eu assim fiz, pondo um penso, pedfodo n6s ambos a Nossa Senhora a graça de. me melhorar, rnas quanto nà'.o foi o meu espanto no dia seguinte ao levantar o penso e ver que tln~a pel· le nova r Cùstava-me a crer, mas CO· 11!0 podia duvidar da realidade? Achava-me e acho-me tao \ndigna de tal gra~a t Emfim ja la v4o perto de 3 ' mezes e nunca mais abriu a ferida. Se (}Uizer publlcar na e Voz> para honra da SS. Virgem publique contanto que nào ponha ma1s que as injciais do meu nome, alias, viriam todos qu~ me ·conhecem perguntar pormenores e eu ficarla bastante afJicta. M. C.> ,Eu abaixo assinada, Agripina Moreira da Silva, residente na Estrada de Bemfica n.0 329, venho oem publicamente declarar que tenèlo ido a Fatima na peiegrinaçao de 13 de Outubro do mìdo ano de 1~23, para onde fui transporta<ia com o carido.so auxilio de pessOas da comitiva, fui ali milagrosamente cur;tdat dum tumOr que punha em risco ·à minba vida, tendo-me si.do aflrmada pelo u,mo Senhor Dr. Themudo, distinto médico-cirurgiào da localidade, que so sofrendo de ,pronto urna operaçao poderla talvez sobreviver. Assustadi,sima e cheia de fé na surprema bondade de Deus; apesar ' da fraqueza e ÀOS meus mioguado~ recursos resolvi logo ir a Fatima suplicar a Nossa SenhQra se compade· cesse de mim, e iuro pela salvaçilo da minha alma que, no locai durante o fervOr das òraçòes, comecei a sentir melhoras ao meu _solrimer1to, dandose o caso de rebentar esponta.neamente o perigos'issimo tumOr que tlnha no baixo ve1hre segulndo-se um grande alivio e cura corno que lnstantanea, oAo vòltando a ter mais padecimentos. . LisbGa, 13 de Malo de t 924 Aerlpina Moreira da Silva•

Pediram e ob1iveram gra-ças ~ue veem agradecer a Nos!a Senhora:

-D. Marta Magdalena da Luz c1~AR1orlnJ PessOa, de Pombal pela saude de u~ seu filhinbo e urna graça espiritual par'a um seu parente. -Maria Eugenia Romanà Baltazarf de 12 anos, da freguesia da Carvoeira (Torres Vedras) filha legitima de

Joaquim Maria Baltazar e Ouilher-

mina de Jesus Baftazar. Adoeceu etn dezembro de pn·eumonia tuberculosa (?) chegando o médlco Dr. Nuno, da ~ibalòeìra, a desenganar os paes. Ckegou a pesar 25 kllos e agora pesa 45. Fazendo uso da agua da F~tima re~uperou a sau:ie. - Maria i\ugusta LamarOa, da Murtosa (Rib~iro) que numa gran•e Nossa Senhora d•

adiçilo recurreu a

Rosario de .f;Hima, ·sendo attendlda

..


aem demora. Envla 10:000, para o atu culto. -Margarida Padeira, tambem da Murtoza (Ribeiro) recorreu a Nossa Senhora do Rosario de Fétima ohtendo a graça pedida. Envla 10:000 para as despezas do culto. . -Manoel Alberto da Silva Gravato, do Bunheiro, tendo um sofrlmento num pé, recorreu a Nossa Senhora do Rosario de Fétima, e logo sarou. Envia 5:000 para as despezas do culto. Maria Bispo, do Bunheiro, recorreu a Nossa Senhora do Rosario de f étlma e sendo ouvida envia 5:000 rels para despezas do culto.

Hnota de meio tostao Na verdade ja niio encontramoc; facilmente urna coisa que custe meio tostiio. Antigamente com um pataco tinha• se um pao e um pao que dan para uma familia intcira; agora com meio tostiio, por mais pequenino que seja nao se p6de comprar. Nem mesmo corno gorgeta, ninguem se atreve a dar meio tostao. O que seria a cara do chauffeur a quem metessem na mao meio tostiio ao apeiar-se do automovel? Mesmo um s1mples gar8to que nos tivesse feito o mais insignificante recado, sem repontar? A vida csta cara e o pobre meio tostao nao tem em que se empregue. Antigamente quando qualquer alma caridosa pensava em organisar um besar ou um recreatorio, por meio tostao, tres vintens, tinha trinta mil objectos escolha: brinquedos, lencinhos, l11pis, canetas, colheres ou gar• fos de estanho, tinteiros de vidro, etc. Hoje, vio la procura-los•••

a

Contudo, ainda ha um sitio onde a ~bre nota ·dc meio tostiio passa scm difficuldade e se offerece sem embaraço; sabem onde é? E' o saquinho da qu~te, o taboleiro ou caixa das almas. Sim, senhorcs, essa quantia, tao pequenina, que, &6 com eia, nao se compra coisa nenhumo, encontra nos peditorios o seu supremo refugio. Aquilo que nao ha coragem de dar a ninguem, offerece-se a Deus ! ... E Deus cala-se e aceita .•• O dispensador de todos os ben~, o Creador do Ceu e da terra, o artista que cinzelou as flores, Aquellc que, alem do unico leproso agradecido procurava os outro nove, Aquelle que contra J udas defcndeu a santa extravagancia do perfume precioso da Magdalena, Esse aceita aquila de que ninguem faz caso, acceita a nota de meio tostao amarfanhada e suja, que nao ba coragem de offerecer a • I nmguem .••. Nunca ttrao pensado n'isto aquellas pcss6as que, no saco elegante, / com os dcdo~ chc:ios de anneis, viio procurar a nota pequcnina que coitada - corno se tivesse comciencia da sua indignidadc, se esconde e se some dcbaixo de todas as ounas parecendo dizer: .r-;ao, nao sou digna dc ser (jflerecida a Deus ! ... .Mas, baldados esforços; os dedos te•

nazes acabam ~r descobri-la e li vae cahir no saquinho vermellio ••• E a pessoa fica contente: Para Deus? Ahi esta •.•

Ao aprbximar-se a Quaresma, erh que cada freguesia ter:1 a lutar com mii dificuldades, pensae um pouco no valor da nota di! meio tostao, na sua inefficacia e na sua impotencia. Pobre peditorio do domingo, braço estendido dc Christo para sustentar o decaro da Sua Egreja e todas as obras que d'ella depcndem, corno devias ser carinhosamentc attendido por todos os coraçocs christaosJ ••• Tu és a nossa primeira divida, a divida sagrada. Tu és o gesto em favor do altar ••• pro aris, que os nossos paes faziam passar antes do lar ••. pro aris et focls ••• Tu és o pao de cada dia e tambem o indicador da piedade d'urna parochla. Os enterros e os baptisados nlio dependem de ninguem; o peditorio depende de toda a gente! Tu és o esforço regular e constante qu.e indica numa parochia o am5r a v1da sobrenatural e o desejo que ella se expanda. Felizes as familias christas que comprehendem esta evidente verdade na qual localmente é melindroso talar. Felizes as familias -0nde o pae, a mae, os filhos sao, e dao com a cons• ciencia do va lor do seu gesto! Um grao d'areia ••• urna gotta d'agua nao sao nada, mas o conjunto de graos d'areia, o conjunto de gottas d'agua forma as duas maiores potencias do universo: o oceano e o deserto. Concluindo; A nota de meio tostlio nlio va le. • • dnco rc!is. Perante Deus, quando este melo tostao é o esforço do pobre ou o obu• lo da viuva, resplandecc como uma peça d'um valor inestimavel. Mas quando é a infinita migalha d'um lauto banquete, oh! entao, conslderae e nao o ponhaes isolado na mlio esten• dida do ministro de Deus. Aquele que creou todas as delicadezas do am&r, possue-as n'um grau infinito. ., Aqueles que tendes no Ceu, e a quem, talvez, deveis a vossa fortun•, veem o vosso gesto, que s6 lhes ~era agradat se for um gesto de ,usti. ça. E depois, elles que ja sabem o valor das verdades eternas, deccrto pensario na phrase divina: Eadtm men·

lllra. · . a mesma medida.

.

Trad, do M. B.

PlERRE L'fRMITE

VOZ DA FATIMA Eete Jo•n•lzlnho 1 q u e va• eendo tilo quePido· e PPOOUPado, é diatPibuldo gratuitamente em Fatima noa di•• 13 de oada m6a. Ouem quizeP teP o di• reito de o Peoeber dlreotamente pelo o o rPe I o 1 tera da enviar1 adeantade mente1 d ml.nlmo de dez mli réi11 •

Voz da Fatima Deape••• Trans~rte. . • Tipograha (17:000 plares) . • • • Despezas varias •

• . • 14:671$52• excm• • • 390Sooo 85$000 • . •

Somma. • • • . 15:146$520

SubacripqAo (Continuaçao) D. Emilia Gomcs de Almeida • • • . . . • • • • P.e Manuel Vieira dos San• tos. • • • • • • • • • D. Maria José Lei te (2.0 ano) Ventura José de Campos (2.0 anno). • . • . • • Leonardo Fernandes Sardo (2.0 ano) . . • • • . • D. Albertina Tota • • • • D. Beatriz Barros Dunrte Ferreira • . . • • • • D. Josefa de Sousa Serras Conceiçiio. • • • , • • Joaquim Maria Baltazar • • Antonio dos Reis Maia . . Donativos (M. Lucio d'Andrade) • • • • • • • • D. Taphnes Roxanes de Carvalho • • • • • • • D. Maria da Concciçiio Mendes Godinho • • • • • D. Maria Delfina Assalino Rica • • • • • • • . • D. Dionisia da Conceiçao Ramiro. • • • • . • • Antonio Proença Viegas. • D. Maria José Videira Godinho • • • • . • • • • José Francisco Teixeira • • De jornaes (Ericcira) , • • Joaquim Augusto de La•

10Sooo

cerda. • • • • • • • •

10Sooo

10$000 10Sooo 10Sooo

10Sooo 10$ooo

10Sooo 10Sooo 10$000 10Sooo

20$000

10$6100

IOSooo 10Sooo 10Sooo 10Sooo

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D. Rosa Olindà da Silveira. 10Sooo D. Maria José Ramos • • • 10Sooo D. Perpetua Pereira de Car-

valho • • • • • • • • D. Emilia Machado. • • • P.e Sabino Peulino Pereira O. Maria José da Silva • • D. Herminia Caiheiros Sii va Joa~uim A. Leite Ferreira P1nto Basto . . • • • • D. Ludovina Nevcs • • • • D. Maria Clemente Alvcs · Pinto • • • • • • • • ' D. Maria Eduarda de Lopes Praça Cunhal • • • • • P.• Candido de Sousa Maia ( 2.• anno). • • • • • • D. Adelaide de Sousa CHam·

10$000

rotooo 10Sooo 10Sooo 10Sooo 10$ood

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bers • • • • • • • • • 10Sooo D. Judith dos Anjos . • • 10Sooo D. Maria Paes Moreira (z.oanno) • • - • • • • •

toSooo

O. Maria Magdalena (ignoram-se apelidos e morada D. Leocadina Hcnriqucs (z,0

10Sooo

anno). • • • • • • • .~ 10Sooo Donativos varios (Francisca Fitipaldi) • • • • . • . Manuel Ribau Novo • • • . • José Ribau Novo. . Antonio Rodrigues Vieira . D. Celestina d'Almeitfa e Sii va • • • • • • • •

35Sooo 20$000

10Sooò 10$000 10Sooo

NOT A-Feltam aioda cerca de 160 sub, .. criptores cujos nomes irao apparecendo no, sea~intes mezes, conforme o espaço o permrtìr.

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Ano II

-.

--=-=:=.:=-=,__, ______ _ (COM

Composto e impresso na Jmprensa Comercial, 4

s, -

I.eiria

BUA. D.

13 de Julho O dia 13 de Julho · ocorreu este anno num Domingo. Esta circunstancla fazia justamente esperar que nesse dia a concorrencla de fieis ao locai das apparlçoes excedes~e imenso a do mesmo dia nos outros méses ordinarios. E, com effeito, desde a vespera que innumeros peregrinos atravessavam as povoac;oes circunvlzinhas em dlrecçao a Fatima. Chegjmos é lgreja parochial desta freguesla proximo das 9 horas. Vma lllullldao de deze,ias de milhares de pessOas, em que predominava o elemento popular, comprlmia - se em 1rente e dos tados da capéla comemoratlva das appariçoes, assistindo com recolhlmento e devoçAo as mlsaas que os sacerdotes, préviamente inscrlptos, lam celebrando uns ap6& outros. Um numeroso grupo de servos de Nossa ~enhora do Rosario, composto de elementos de Leiria e Torres Novas, exerce proficlentemente o serviço ~rdem, pela prlmeira vez depoia da fundaçAo da respectlva assoclaçao, lnaugurada por Sua Excelencia Reverendissima o Senhor Bispo de Leiria no dla 14 de Junho ultimo no proprio locai das appariç6es. A' semeJhança dos bra11.UJrditrs, que em Lourdes desempenham as mesmas funçOes, os servitas, corno vulgarmente s!o chamados oa lllembros daquela benemerita inatituiçAo, auxiliam caritativamente os doentes e peregrinos, prestando a todos, sobretudo aos pobres, os cutdados esplrituals e materials que a sua prudencia lhes ditar, orando pe1~ conversAo dos peccadores e alliv10 dos enfermos e procurando, durante as peregrinaçOes e actos do culto, se observe a maxima ordem e respeito. As missas sucedem, se interruptamente umas és outras no alter exterlor da capélla das appariçoes, e a Sagrada Commu11hao é distribuida em ~ada ruissa por um sacerdote revestido de sobrepeliz e estola. Ce11te11as e centenas de pessOas, de todas as idades e classes sociaes, approximam-se devotamente da me-

ma enlevando· a e enchendo· a de um~ paz e consolaçAo ineffaveis. Aquelles que i' gosaram a dita de visitar os sanctuarios de Lourdes, teem a lmpress11o de que te ac~am transportados por momentos c,dade privilegiada da Virgem lmmaculada, asslstlndo a urna missa na gruta de Massabielle ou presenceando o espectacul~ emocionant~ ~as grandiosas procissOes euchanshcas. Cantado o 1antum ergo e dada a bençao com o Santissimo Sacramento multldào e a cada um dos enfermos presentes, sobe ao pulpito o rev. Parocho do RegueAgo do Féta,lt que falla durante cérca de vlote nu• nutos sObre a devoçlio 4 Vlrgem Santissima. Oistribuiu-se gratuitamente pelos flels o numero 22 do mensarlo e Voz da Fatima,. Este numero, além da narraçlo de varlas curas extraordlnarlas e outras intercessAo de Nossa atribuidas Senhora de Fatima, e da publicaçAo das regras a seguir pelos •Servos de Nossa Senhara do Roaario», lnsere duas locaea que merecem a attençlo particular de todos oa peregrio08, urna contendo as iostrucç6es que devem ser observadaa ~r ocaalA_o das peregrinaçOes e a outra um av1so importante relativo curas extraordinarlas. ]unto da fonte, os fieia, em grande numero, fazem a sua provisao de agua, que corre limpida e aàundaate por qulnze tornelras. O servlço de abastecimento é regulado pelos stnitas e seus auxlliares, com urna paciencia e dedlcaçl\o superlores a todo o elogio. Eram quatro horas quando o grosso da multidào começou a debandaf, ficando por firu apenas alguns pequenos grupos de peregrinos resando as suas oraçOes junto da capélla commemorativa dos acontecimentos maravilhosos. Pess6as entendidas avallaval;.ll em ~0:000 0 numero de pereg!inos que neste dia acorrerarn Fatima, mas, corno qucr que seja, o certo è que esse numero uao era inferior ao dos percgrinos do dia 13 do mes precedeute, conuuem or.alivo do glorìoso thaumatur~o portuguès Santo Antonio àe LisbOa. • V. de M.

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1

A menioa Maria Terua Martlos d'Abrcu F"nseca, dc 5 annos dc e<lade. de Cabeçudos, (Vila Nova de Famaliclio), curada, alguns mèses de pois da sua 1,• Co~ munhlio, quasi repentinamente, por Nossa Senhora da F4tima, de <loença grave. (Vo; da Fatima de abril do corrente anno)

sa eucharistica, tendo-se preparado para receber o Pao dos Anjos oom uma conflssao fetta de vespera nas suas terras. Ao, meio dia solar principia a ultima missa. Ao mesmo tempo, d? alto do pulpito, o rev. capelao: director dos senltas recita em vnz alta o Credo em portugues, sendo acompanhado nessa recltaçao por todo o povo. Seguem-se o terço, as invocaçOes de Lourdes, o Bemdito e as t,raçOes finaes. . A ordem o respeito, o silencI0 e o recelhlm~nto sao admiraveis. Parece que se respira um ambiente impregnado de sobrenatural. Sentese o que quer que seja que n!io é deste mundo e qae nos invade a al-

as

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.

I:

Hs cnras da ~atlma Ex.1110

Senhor

a

devia fazer a operaç:Io, e 1 hora fudo estava termlnado, tendo a operaçAo corrido o melhor posslvel. A creancinha salvou-se, bem corno sua mA~ mostrando a Virgem ss.ma mais urna vez que nAo é em vao que as suas filhas recorrem a Ella no melo das suas affliçOes. A segunda graça ootitla por intermedio da Virgem do RosArio de Fatima foi logo ap6z a minha sahida do hospital. Tinha o rneu fllhinho 17 dias quando, um dia de rnanM, lhe appareceram os primelros symptOmas de urna lnterite. Fiquei afflictissima por no Porto o médlco, ao dar- me os seus con• selhos sObre a amamentaçao da creança, me ter prevenldo de que attendendo a que o pequenino era de 7 rnezes e fraguinho, requeria cui;jados muito especiais para• assiro se evitarem incommodos intesllvais, a ~u era impossivel resistir, devldo as condiçoes em que tinha nascido. Mandou· se immediatamente chamar u_m médico que veio ver a creancinha e , prescrever o tratamento <fue se devia seguir. lnfelizmente a interite nào cedia aos medicamentos, e o pequenino ìa perdendo as poucas forças que tinha. O seu soff rimento era horroroso, e muitas noutes passamos, minha irmil e eu, a passear o nosso anjinho, para assim lhe minorarmos urn pouco o seu tao grande soffrer t Um dia em q.ue todos os meus procuravam preparar-me para o desenlace que esperavam se ctésse a cada momento, fui com o meu filhinho nos braços lançar-me aos pés da Virgem, pedir- Lhe que tivesse d6 de urna mae afflicta e lhe salvasse o seu filho extremecldo. Princlpiei entào urna novena a Vlrgem de Fatima e prometti levar o meu pequenino C6va da Irla quando elle, jA andasse. No segundo dia da nossa novena a creança apparece multo mais socegada, estando quasi sempre a dormir. De tarde passando ao pé de nossa casa o médico que me tinha acompanhado ao Porto e assistido operaç!o (certamente levado alli por Deus), entrou no intuito de me dlzer que em querendo podla sem receio f azer a viagem para Villa Mendo. Ao vér porém o meu anjinho extremecido, ficou estupefacto vendo o seu estado melindrosissimo, dizendo que o. socego d'esse dia era devido creancinha nào ter ja forças para se queixar. N'esse mesmo dia se deu principio a novo tratameoto e eu redobrel de fervor pedindo Virgem ss.m• que do alto do Ceu lançasse os seus olhos miserlcordiosisslmos afflicta e concedesse para urna a saude ao seu filhlnbo I No ultimo dia da novena (satiado) a creança tem umas ligelras meJhoras, mas a Virgem do Rosario guardava para o seu dia a prova evidente de que n!o é em vao que os seus filbos recorrem a Ella no melo das suas 'affliçoes. No dia 15 de Agosto terminava a nossa novena. De manbà cMo foi rainha irma a Missa, a fim de ElevaçAo pedir so Nosso Bom Deus. por intermedio de sua MAe SS.111•, as melhoràs do nosso tao querido doentinho. Eu apenas a pude acompanhar em espirite, porque o meu 1wgar

a

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mae

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era junto do filhlnho extremecldo a prodl~allsar-lhe todos os cuidados e carinhos que requeria o seu estado tio melindroso ! No entanto as minha~ ,bem humildes préces a todo o Instante subiam até ao throno do Al• tissimo, nos nao abandonasse. N'esse dia aggravaram-se os padecimentos do nesso anjinho, tendo até as 2 horas da tarde urna soltura verde quasi constante, mas . a nossa confiança na Virgem nAo afrouxou, e Ella quiz recompensal-a concedendo-nos agraça que Lhe era pedida com tanta fét N'esse mesmo dia tarde a soltura parou repentinamente, commeçando entAo as melhoras do nosso pequenino. Passados 7 dias o médico, que com tanto interesse e dedicac;ào tinha tratado o meu filhinho, auclorisou a -a vìagem para Villa Mendo, para onde viemos todos, e onde o pequeni~ se via desenvotver de dia para dia, estando hoje urna creança forte e cheia de vi;ia. 0s seus paet inhos e tia, aguardam o final da crise da dentiçào do seu anjlnho para com elle irem Cova da lria cumprìr a prnmessa feita em rnomentos de tanta anf.?u~tia, e aeradecer Virgt-m do Rosé\rio de Fatima a sua protecçào, e pedirmos~ l.!:he nos conserve a vida do nossò querido pequenino e noi-o deixe crear para o ceu.

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Maria do P. de Oouvéa Osorio MlUo Villa Mendo 22/6 924 \

Ex.mo Rev.mo Sr. Venho agradecer a V. Rev.rna as lnformaçOes que na sua carta de no• ve do corrente me aa, em resposta ao meu pedldo. ; lnfelìzmente um contratempo que surgiu ultima hora impediu-o tte tom--ar p-arte na peregrlnaçao de hoje. Viu-se forçado (o meu filho) a deixar :ipara o proximo més ou o seguinte. Isso depende das férias que o patrio lhe dér (ele esta , empr~o numa caia ingleza), a tda Fàtima. E JA agora permita-me V. Rev.m• que lhe conte o que motiva esta romarla. ll Em 0utut>ro do ano passado meu filho Ju.Jio (tal é o seu nome) que ja andava doente ha muito, peorou consideraveJtt1ente , apresentou sintomas gr~vissimas : acresclmos febris 4 tarde, tosse, magr~sà excessiva, escarros sanguineos. Consultado o es- peclallsta Or. Nery d'Oliveira, diagnostlcou tuberculose pulmooar <ie progressao ,raplda e aconselhou a retlrada Ymtdiata para o sanatorio da 1 0uarda. Mas essa medida nAo era praticavel, nAo s6 pela relutancia do doente, corno pelo preço excessivo que nos pediam, s6 acessivel aos novos ric0s. . Passados dias, em seguida A nova consulta, o médico disse ao irmno 1 do doente: - O pulm~o entrou em fus~o. Deve ter logo urna grande hemoptise e • •• isto é quest3o de quinze dias. Se ele tiver a hemoptise, chamem~me. Quando o irmfio me transmitiu o prognostico do médiiO, vl que da

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a


~oz da Ra.timo aenhora e a aubscrlpçllo aberta ~ra o que eu fiz com muita devoçAo. A's sciencia huniana nada havia a espe~~fi~ h 9 horas voltou a pedir-me mais agua rar, tanto mais que Ja tintìa visto de Nossa Senhora e as duas horas ,morrer dois filhos da mesma doença. Anonima ••••.• , • • • • • • • • • 200SQI da tarde do mesmo dia encontrel o · Entlio recorrl a Nossa Senhora de Prior do Arrabal. • • • • • • • • 20$00 FAtima, prometendo, se me salvasse meu filho sentado na cama. JulganSoma ••.••• ~20SOO o meu fil ho: do-o varlado vi que nlio tinha felire 0 alguma e nio mais voltou a tè-la, 1. - Rezar todos os dtas durante restabelecendo-se em poucos dlas. o més d'Outubro desse ano, o Rosario; . Outra graça que obtive da SS. 2.0 - Mandar celebrar urna missa, Virgem, foi que uma filhinha de 30 sendo possivel na capellnha de Fatimezes, Maria Alice de Menezes, tenTudo est4 pcrdido? ! do garrotilho, e eu sem conhecer a ~a ou na egrcja da freguezla, se no Na alma de Antonio trava-se uma doença a deixei adiantar a ponto de fim do mes ele estivesse curado, ou Iuta atroz. Ql1eria Mber tudo, mas pelo menos livre de perigo e em via estar desenganada por um distinto ao mesmo tempo tinha mèJo de sa· de cura. médico de Leiria. ber a vcrdade toda . Receioso, fobril, 0 3. - Ir em peregrlnac;lio a Fatima, Com multa fé que tenho em Noscom o.s olhos molhados de urna comsa Senhora da FAtima, dei-lhe duas 10U na impossibilidade de lr eu prom~o profunda, atreveu-se a interprio, fazer com que algum membro ' colherzinhas da sua agua, e a minha rogar: - Enta9, Doutor? .•. de minha famllla la fOsse, agradecer filha começou a tornar meihor resHavia n'aqudla in"\:errogaçao urna a Nossa Senhora, logo que ele esti., piraçio. anciedadc: tao dorida, que o m~dico "Yesse definitivamente curado. E puDevo muitos favores a medicina, emmudcceu. mas tambem a Nossa Senhora porblicar os factos na Voz da Pàtlma. Dcpois fita ndo bem nos scus os que é a Ella que· devo a mlnha vida 1s o passwa-se no dia 3. No dia 5, olqos do nçbre pac, interro8ou: fazia eu outro voto: o da entronizae dos meus filhos. Sente-se com forç.1 para sabcr toda a ç:io do S. Coraçao de Jesus em nosReixida, 8 de Abril de 1924. verdade, com coragem para afrontar sa casa, logo que o mèdico que o a doloroSJl rcalidade? Antonio deu Maria do Carmo M. da Cruz tinha visto, o desse por cutaflo da um salto. tuberculose. Sentiu que o coraçao llie parava, Obtiveram graças que veem agradeAo mesmo témpo em nossa casa e e, com a v9z cmbargada lançou-se <:er a N. Senhora clo Rosario: na ae um dos meus filhQs fazla-se nos braços do médico clamando: D. Ermelinda do Carmo, da llha urna novena a Nossa Senhora de Ob, sian! dig, -me tudo, tudo ! ••• Terceira, qùe em doença grave, reE6urdes, impetrando a sua intercesE soluçava. . correu a N. Senhora da F4timii coslio. Pois bem, continuou o médico; meçando logo a melhorar, achando• E finalmente pess0as da famtlia coraaem, meu amigo. Ac:ibou-se .a se agora curada. duma tpinha nora pecliam e obtiam minha mis..,io. A sciencia nada mais Urna Filha de Maria que tendo as oraçòes duma creatura de Traz• tem que fazer .. prometido urna novena de Terços a os-Moutes privilegiada com graças • Oh, a minha filha, a mi olia Nossa Senhora de Fatima, em sufra~ eucaristicas, que julgo singulares na 61ha ! querida gio da alma do purgatorio, por urna hlsto~ia da. E~reja, e ja hoje do coEu, quc nao tinha outra, vou pc:rsua irmli que se achav em p rl o nhec1mento, d1zem-rne, do Sr. Bispo del•a ! Minha filha, minha filha ! N> de Bragança. de vida, esta começou a melhorar lagrimas Jn$>lhé!vam-lhe as faccs, os depois do primeiro Terço, achandoPois bem I A hemoptise nlio se deu aoluços cstrangulav11.m-lhe n voz .•• e o pulm~o descongestiònou-se por se agora quasi curada. O médico, ao sair, dis..-;e ainda tal f6rma que o médico, ao ve-lo na . uma vez. mais : coragem, meu amigo, semana seguinte, nlio pode ocultar o coragcm. seu espanto. As melhoras f0ram-se acentuando e dois mèses depois o Por ordem de S."Ex.• Rev.'" o Sr. meu filho p6de retomar o rabalho inBispo de leiria, tmquanto se nilo terrompido. No més passado o médl• determillar o co11trario, so é permitico disse- !be que o achav~ curado do celebrar a Santa Missa no local do pulmlio. das ApariçiJes desde as nove horas Mais: ele sofria muito do estomaaté ao melo dia solar para que antes go e, depois que bebeu a agua de e depois os fieis tenham tempo para F4tim:it, que por interm~dio de V. cumprir as suas promessas. "Rev.m• lhe obtive, tem passado multo Os Rev. 05 ~acerdotes que ali desernelhor, tendo desapare<.ido as d0res iem celebr,,r devem inscrever-se preque o torturavam. ~tamente air12lndo·se ao Rt,. CapeEis os factos. E' um mllagre? Dr. Ma,uut Marques llio-director, Nilo me compete a mim o decididos Santos, Seminario de leirià. lo. Mas a gratid!o lmpòe.:me uma .certeza nzorat e o conseguinte cumprimento das prome,sas featas ...

H' ltora da morte ...

A

AVISQ .

,

-~--,.....,..._

J. O. A.•

Ex.mo Senhor Director da «Voz da Fatima•: Pe~o a V. Ex.a o favor de publicar no, s~u jornalzinho duas graças que receb1 da Sanflssima Virgem Nossa Senhora ao Ronrio. ' Teo do eu em Novembro ultimo U!fl filhil!ho de 6 annos, Cesar Antonio de Menezes, gravemente doente com uma pneumonia, chegando a ter 4Q graus de febre um dia ia 4 lioras\ da mafihà vi o :neu filho multo aflito, e nào me lembrando de lhe dar a agua milugrosa de Nossa Senhora da Fatima, com grande surpreza e comoçào slnto o meu filbo ài~r: MinHa màe reze que eu morro 1 dé-me agua da Senhora da Fatima t·

'

Duma senhora de França recebemos a segulnte carta: e Leio sempre com granèie interesse tudo o que se passa na F'é\tima e corno deve ser muito incomodo para os pobres doentes nao terem onde descançar, quando ali chegam, lembrei-me que era de grande urgencia construlr uina bariaca para os abrigar, ao menos da eh uva. P.ara este fim envio 200 escudos, esperaodo que outras almas caridosas tambem deem esmolas e breve se possa levar a efoito este projecto. >

.

.....

.. . . . . . '

Ahi fica a ideia generosa desfa


Voz da Fatima der-me no p6 do sepulchro? Nao ba aatla para além da morte? .•• Nio serei nada, nada daqui a instantes? •• Oh papa, diga-me_ tudo, tudo o que •ente, a verdade, papa. A voz da donzela animava-se. Os olhos tomavam um brilho estranho. Na alma abrira-se-lhe um combate violento.

•••

,

Izabel, alma florida de virtudes naturaes, tivera urna santa mae. Levou-lh'a Dcus quando a sua pequenina alma começna a abrir-se para as verdades etecnas. Foi sobre os joelhos de sua saudosa mae que ~Ila ouvira, ·no alvo.recer dos 7 annos 1nnocentes, os ensmamentos da Fé. O pae procurou spagar as frouxas lu~c~ da Verdade cristi que a mae, sohc1ta., acendera na alma candida da filhinha querida. Fai para eia, o anjo do seu lar, o seu ultimo afecto, a sua ultima sau• dade. Na agonia, quiz ainda com os Jabios frf~s, beijar a. fil ha, cujo futuro lhe anuv1ava de trrstezas os dias da vida. 0s ensinamentos e a vida de Antonio 6zeram de Izabel urna in· cr-edula. A sua juventade desabro. chou e fioriu longe dc Deus. Nao conhecera nunca as doçuras da comunbao ..• Nos seus labios niio florira ha~nos, o sorriso da oraçao. A' missa fora um dia para assistir ao casamento de urna amìga. A Iuta, a convulsa.o que Antonio advinhava na alma da filha adorada, era obra sua. P~raote as perguntas da tìlha, teve nojo de si me-,mo. Viu-se um carras~o de quem tanto amava. E uma convulsa.o ingente e d~lorosa lhe-abaIou a alma. As t,gri~as escaldavamlhe as faces e o coraçao parecia estalar-lhe dentro do peito.

•Dilla-me a 'ltrdade .•• nluJ sel'ti nada. nada • • • A verdQIÙ pa•

terioso, profu ndo, voltou a encher o quarto de., doente •.•

•••

_N•aquela tarde, a bora bemdita das trlndades, o paroco entrava no redo• to que fora testemunha muda de tao dolorosas comoçoes. Na freguesia cor• reu breve um rumor de alegria e alvoroço. N~ manh~ seguinte os sinos da pa· rochta tang1am dolentemente a sua toada triste, chamando os fieis ao Se- · n~or fora ... ~a casa de Antonio, ha• via afguma co1sa nova. . Urna luz viva a inundava. Emquanto ca fora o povo de joelhos cantava comovido o Bemdlto, la dentro Jesus entrava na alma de Izabel e de seu pae, para as encher dos dons celestes _de suas graças ••• ·No dia seguinte a alma de Izabel, consolad~ da paz. de Deus, beijando nurn ultimo sorriso de gratidao a imagem de Jesus, voava para o Ceu, fazer companhia a alma querida da mae, que a nio abandonava nuoca. E, quando o parocho vieta confortar a alma dorida de Antonio este, tomando entre as suas as maos do sacerdote, poude clizer-lru:, soluçando: a descrença, meu padre, pode ser comoda para a vida, mas é a suprema desgraça para a hora da morte, Aju• de-me a sua oraçao para que eu possa morrer como lzabeL

Voz da Fatima Deapezae Transporte • • • • • 15:146$520 Im pressao do n.0 2-2 7500 exemplares) • • 350Sooo utras despezas (clichés, transporte, etc.). • • • • 650S200

8

Somma. • •

16:146$7~

pd .••• Estas palavr~ vibraram-lhe a1ora no coraçao como cWcotadas d aço. • • Era tJm espectro medonho,

Sab•a•lp9Ao

perséguidor ••• A sua obra d'impicdade recebia um castigo tremendo.

D. Floriana de Jesus Car-

•••

O silencio fizera-se eetre-os dois. habel, corno sacudida por urna visao estranha, fez um esforço supremo. Ergueu a cabeça que caiu subitamen• te sobre o travesseiro. Depois, com voz sumida, mal articulada, exclama novamente; - Diga, diga, papa, diga a sua ti-

lha se.,.

-Antonio oao deixou ncabar as palavras de Izabel. Verga,do ao peso de urna força misteriosa, o infeliz pae cahiu de joelhos1 e, apoiando a

fronte sobre o lcito cia doente e com as miios erguidas, endaviobadu, sa-cudidas por uma comoçao angus,rio-, sa, exclama: Oh, perdoa, minha filha, . perdoa ao teu pae que te enganou e te mentiu ! Ccgou-me o odio, mas vence agora o amor . . • Ah sim, creiobcreiot minha lzabel, <3ue ha um cus 1uato, que ':aes entrar na eternidade, que vaes 1untar-t<: a tua mae que vive no

Ceu .. .

Ah! fui um louco ... As falas estrangularam-se-lhe, e o silencio mjs-

(Conti nuaçao) valho • • • • . • • • D. Anna da Conceiçiio Almeida Santos . • • • • D. Anna de Jesus Carvalho D. Anna Clara Pereira Morao • • .. • • • • . • D. Maria da Luz Almeida Mattos • • • • • • . • D. Delfina Marìa de Almeida Capita.o José Augusto S. Esteves Lopo . . • . • D. Maria Paulo Bentes (2. 0 anno) • . • • • • • • D. Adelina de Jesus Caldas Fari.a . • • • • . • . D. Elvira Augusta Nogueira D. Maria da Conceiçao Ro-

-

sa • • • • • • •

I

P.e Jacinto Antonio Lopes (2.• anno) . . . • • . P.e Joao Soares • . • • . P.e Joao Jorge Bettencourt. P.e José Augusto Rosario

Dìas • . . . . .· -' . • D. Virginia Lopes . • • • Ma1rn el Vcnancio d'Oliveira D. Emilia Guimaraes ( 2.0 anno~ . . . • • . • • Perccntagem em estampas, etc. (D. E. Guimaraes). •

10$ooo 10Sooo 10Sooo 10Sooo 10Sooo

IO$ooo 10$ooo

15Sooo IOSlaOO

D. Ennelinda Costa Allemao Teixeira. • • . • • D. José Maria Figueiredo da Camara (Belmonte) 3. 0 anno • • • • • • • • •

Joaq.uin'i. Honorato. . • • • Antonio Alves Pequito • • José Claro. • • • • • • • D. Palmira Rosa Bello . . D. Marianna Henriqueta Rosa Palma Mata. • • • • Luiz Carreira de Vasconcel• los. • . • . . • . . • Joaquim da Silva Carvalho. D. Maria Anjos Santos •• D. Rita do Rosario Lopes • D. Herminia de Jesus. • • Luiz d' Almeida Pinto. • • D. Marianna Barbosa • • .• D. Rosalina Marques Pinto. D. Maria José d'Eça Curdoso P.e Silverio da Silva (de jornaes). • • • • • • • D. Maria Duarte Barreira Pratas • • . • • • • • Francisco Mendes • • • • José Augusto Pites dos SantOS •

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IO$ooo 10$000

10$000 10$000 10$000 10$000 10$000 10$000 10$000-

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10$000 toSooo 10$000 10$000 20$000

ro$ooo 12$500 IO$ooo I o$ooo-

D. Maria da Graça d'Abreu Fonseca (2.0 anno). • • • 208000 D. Maria Filomena Malheiro

Reymao No~ueira • • • 20$ooo D. Maria Florrnda Martins Fernandes. • • • • • • 15$ooo- . D. Emilia Martins Friaes • 15$ooo D. Laura Areias Ribeiro. • 12Sooo D. Olinda Serzedello. • • 15Sooo D. Maria José da Cunha Barbosa. • • • • • • • • toSooo D. Carolina Cardoso•• : • 10$000 Agostinbo Alves•••••• IOSooo De jornaes avulsos, percentagem em medalhas, es, tampas, etc. (D. Maria das Dòres) • • • • • • • I 2iSooo D. Maria de Jesus Fragoso. 10$ooo Manuel lgnacio de Sousa • ,o$ooo Joaquim Henrique Pereira. 10$ooo Salvador Nunes d'Oliveira. 10$ooo Antonio'Rodrigues (2. 0 anno 10$ooo P.e Raphael Jacinto (2.0 anno • • • • • ~ • • • • • 10Sooo D. A na Proença. • • • • ~ l0$ooo I Sebastiiio Nunes • . • • • • 108000 Felix dos Santos•••••• 10Sooo D. Maria Eugenia Rei•

a.

vas. • • • ·. . • • • • •

10Sooo

Duqueza de Palmela ••• 100Sooo D. lgn& d'Azevedo Coutinho (2.• anno) ••••• 10$ooo Antonio Dias Frade. • • • 10$ooo Torquato Maria de Freitas 20Sooo Ju.stino Marques Bastos •• 10$ooo Virgilio p. Lory. . • • • • 10$ooo José Antonio dos Reis. . • 10$ooo D. Maria da· Conceiçiio Pereira de Lima Caupers • 10$000 D. Amelia Cablai. • ~ • • IOb'IO

10$ooo

(Faltam para public:ar cerca de ~oo nomea)

10$ooo

VOZ DA FATIMA

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Este jornalzlnho, q u e

JO$ooo 10$ooo

vae &end~ tao querida e

20$000 10$000

toSooo 10$000 10$000

proaurado, · é distrlbulda

gratuitamente em Fatima nos di•• 13 de oada mè•. Quem qulzer ter o di•

relto de o r.eoeber directa mente pelo a or re i a, tera de envlar, adeantadamente, o minimo de dez mii réis.

\

I


LEIRIA. 18 de Setembro de 1024

Ano Il

(COM .A.PROVA..ç.A.O EOLESIASTXOA) Dtreo~or, Proprietario e EcU-tor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

,

A.dml:.iililn-a.dori, PADRE M. PEREIRA OA SJLV~ RJi:DAcç!O E A.DMlNISTRAç.AO

3-c/A X). N'UNO .ALV.:A.:e.ES :PEREJ:BA.

Compo~to e impressò na Jmprensa Comer,cial, 4 Sé -

(BEATO l'(tmO J>IC U NTA ~IIU)

• :)

13 de Ago_s~o

lerla, aberta pelos strvi.t(l,s na mo\e por onde, de quando tm quando, um ijacerdote. reves-

J

immensa de povo,

Udo de sobtepeliz e estol,t, admioistra a Sagrada Communhao, e da qual

se appro.ximam em ondeJ compactts e succeslvas e constantemeote ,enovadas, centenas e cinJenas dp fieis

povo portugues, em piedosa roma.. gem, commemorou so lenemente, na Cova da lria, entre os alcantis da serra d"Ayce, os successos maravilhosos de 1917. Oezenas de milhares de pessOas, procedentes de diversos pontos do paiz, sobretudo da Extre\l)adura, congregaram-se durante algumas boras na Cov4 da Irta para render o pn~lto do seu amor fllial a Rainba do ~eu e da térra, que, segundo a voz f1dedlgna de tres inocentès çre_anças, alll se dlinou appare~er para derramar il flux sobre nl$~ 'as suas graças e bençlos de magl}anima Pa-

prévlamente preparados nas suas terras pela confissao dos seuij peccados para essa unilo intima com o Deus

trez vezes santo, delicia das almas puras no

outras, ininterruptsmentet e a devoçao dos crentes, erQ vez ae afrouxar, redobra de intensldade, a medida que se approx1ma o mèio dia solar, a bora do contacto mystltQ entre a

terra e

nagens. Innumeras pessOas, de todas as

cJa~~~ sQclaes, davam tepetJdàs vezes a volta de joelhos 4 ca'pe cu.rnprindo promessas formuladas em tran-

a,

u; lnolvldaveis de soffrirnento e de 11'1 gua, em que, invocando o poderoso alJxilio da augusta Mae de Deus, fOram attendidos nas suas supplicas., estuantes de confiança e de fé.

Os servos de Nossa Senhora do Rosario e os seus auxlltares. obedien• tes as ordens de seus chefes numa disciplina tigorosamente militar. fa-zem admlravelmente o serviço de ordem regulando com methodo o acéao

capélla e da fonte das appariçòes. A sua accllo, que tornava indi!lpensavel num lào grande aggio•me1ado humano corno o que aJJi se encontra no aia 13 de cada m@s é alt~me11te benemerita, merecendo 'os iruus rasgados ericomios àe todas as

o

Ceu, a bora

solenrne daa

appariçOes e dos phenomenos mysterlosos. , Ooentes de toda a especie de doen-

A's nove horas j4 uma multid!o

enorme se apinhava em torno da capélla commemorativa das apparlçOes. Todos os peregrinos porftavam em se approx1mar <Ji branc~ estatua de Nossa Senbora do Rosario que, erguida SQbre um pedestaJ slngelo, .ao Tado esquerçto ~o altar, parecia envolver num c.arlnhoso olhar mater• no os lieis prostrados a seus pés e a<;Qlhe( benignamente os ~eqs votos ardentes e as suas fervorosas home-

sacramento do seu amor.

Succedem- se as ~issaa umas b

d1a~lta da naçao.

se

J I

fro, a todo o comprido, na diJecç~o da fonte maravilbosa, corre uma g&-

Uma vez mais., no enthusiasmo ~rdente da sua fé viva e no fervot intenso da sua devoçlio acrisolada, o

junto da

ças che~m a cida mQtnento junto da capélla. Os que se ençoJlJ ram etn estado mais grave sao Immediata-

mente introduzidos no recinto fechado que clrcunda o altar, ao abngodo sol e do contado inco~odo ~ multldio. Paces ~ emaci~das. r0sto8. contrahldos pela dòr1- uma longa th~orta de tysicos, paralytiços e caacerosos, corpos royrra4us, iiaçu~id.01 por convuls~es incessantea, esquelrtoa. quasi inertes e &era vida, eis o eep~

A.:lzlra doa Anjoa, éeboli'lo. de PardéJhas (Murtoza), que ostando A morte foi curada repentinamente por Nossa- Senhora da Fàtfma ( Vo; da Fatimt1 de Março ultimo)

pessOas que delta fOram testemunhas. Consola ver a correcçaa e còrdura admiraveis com que trata,m os pete-

ctaculo emocionante qµe Qaa UDff\e• diaç0es do altar ~ depara aos DQ$•

grinos, ~ caridade e càrJnho lhe~cedlvels cem que asslstem ·aos enfermos, a abnegaçao extrema com que, 4 semelbança do Apostolo S. Paulo, se fazem tudo pàra todos afim de valer à todos. Os j6vens senitas de Torres Novas chegaram a F~tima na vespera 4 tarde e passaram a nolte em adQraçao ao Santissimo Sacramento na egreja parocbjal. Terminada a sua vela d'armas, airigiram-se de manM cédo para o local das appariçOes, onde assistiram, ao nasct!r do sol, a urna missa resada em que receberam o Pao dos Anjos. Oepois das nove horas recomeça a celebraçao Clas mlssas dos sacerdotes

previamente lnscriptos. Em frente da porta da capélfa estende- se um vasto oceano de cabeças humanas. A0 cell-

sos olboa e Qlte confrange e eoç~e '1e profunda m4glla as ahnas eom-

passlvas. Os outròs en~rmos ocupam os logareCJ mais pr<nctmos da capélla dentro da galerla aberta e guardada pe-los servltas. De todos os pontos conttnuam afflulndo peregrioos, que nao puderam chegar mais c~do, merce '1a longa

'

distancla a que ficam as suas terras. A multidào é cada ve:i mais ~mpach1. 1 1 , ! L<1 S0a o meio~ ia solar:'Começa a ultima missa. O cape'llào-director dos servitas s6be ao p!!tl,pl1o e, depots de re~ar o Ctédo tm voz alta, j1mtameote com o puvo i i ,Jicta publicamente a t ecita çào alterr1ada do terço do

Rosario.


... I

.(

V oz da F._i;ttma

o

-

prodlglos operados pela Noua MAe do Ceu, na f 4tlma, que até 4 data me era desconheclda. Eu jA era devoto de Nosaa Senhora mas fol nessa bora que mlnbà alma se encheu de mais calOr, mais fé, e prlnclplel pot me dlrlgir a Nossa Senhora com mais confiança, por melo destas palavras: O' mlnha &·

11hora, d minha M6e do <:éo, ']4 qae Vos dil!nastes aparecer em Edttma, dltnai· Vo, tambem interceder por mlm nesta doença, t eu serti curado. S1 eu rece/Jer de Vds tlJo erande pr<r. diglo ire/ como peregrino a Fdtima, quando puder, !!,ara Vos prestar hamenagem e agradecer tl!d erande 'bent/icio de Vos rtcebJl/o e Vos darei uma esmola para enerandecimento do vosso culto, ao nztnos ae cem escudos ou conforme eu puder. Fui atendiao desde essa hora. Os sofrimentos fOram desaparecendo, e hoje encontro-me curado. Até essa data eu nao comia, tudo me fazia..JUal, até o proprio lelte e a agua de galinha. Hoje os meua sofrimentos eslAo completamente desaparecidos, spesar de dlzerem todos oa médicos que me tratavam, ter eu urna tisica lntestlnal. Estive em março de 1923 no Sanatorio em Vizeu, estive 14 em Agosto e em Setembro do mesmo anno fui para Caldelas tornar banhos e aguas de que pouco aproveitel. NAo tlnha recorrldo devéras ao verdadelro médlco que é Nossa Senhora. 56 por Eia obtive a minha cura. Em breve tenciono mandar toOSOO escudos para Nossa Senhora da FAtima e na primelra ocasilo que possa a( lrei como peregrino agradecer tilo grande graça. Fica eata mlnha carta ao dispor de e far4 della o uso que entenV. der.

s.•

t Quinta do Souto, Cavernles (~lzeu). Ex.•• e Rev.mo Sr.

Tendo-me e~vlado um amigo de Vizeu, u01 exemplar da uVoz da f.4tima,, n1111a altura em que eu me encontrava gruea1ente doente e confortad0 co1111 os ultimos Sacramentos, eom urna infacçlo nos lntestinos, esft>n1ag• e fitade, de que sofri desde 4 de Março de 1123 até fins d'abrll .,o preximo passa~o, li a , Voz da F.itima. e fi~uei 1eacantaao com tais


~arte doènte com gua e terra de F4tlma. O que é certo, é que no dia marcado para a operaçlo, estando promptos e preparados os instrumentos clrurglcos em sua propria casa, e tendo-se previamente disposto com a ConfissAo e ComunhAo, os médlcos declararam que nllo era precisa a operaçao. Esté completamente curada e cumpriu a sua promessa no dia 13 de Agosto, Indo n'uma, peregrlnaçao da Murtosa, (75 pessOas) a Nossa Senhora da Fétlma agradecer-lhe aquele beneficio que s6 a Eia atrlbue.

Mariana Saldlda, de 85 annos, da Murtoza "(Pardelhas), que' estando multo doente e tendo recebldo até os ultimos Sacramentos, oferecendo urna novena e· bebendo agua da FAtima, com aamlraç!o de todos, levantou-se nò ala seguinte. ~ Veio em Agosto Fatima, dando éem mii réls ·para o culto de Nossa

a

Senhora. . Antonio laiz da <!.oncelçi'lo, rua

.

do Loureìro, 50, .Colmbra, posto que continue doente, envia a.quantia de 10:000 réis por urna graça que Nos.. sa Senhora do Rosatio da Fétima lhe concedeu.

Arceolina de Louriles, de 7 annos de ·tdade, filha de 1osé Marta Neno e de Clarisse Emilia Carrada, da Murtoza, tinha duas pequenas ulceras nos olhos e nAo consentia que se lhe 11plicl!sse remedio algum, apesar de todos os esforços empregados. A mae afllctlsaima, temendo que a sua filhinha ficasae cega, recorreu a Nossa Senbora fjtima, e prome'1eu-lhe, se Eia lhe valesSé, de l! ir om sua - filha beija,-lhe as mllos e dar-lhe a es1nola de 10:000 réls. Còmeçou entao a lavar-I be os olhos com agu11 de Fatima, e passados 3 dlas estava completamente curada. Mae e filha incorporaram-se na pe· regrinaçao da Murtoza no <fia 13 de Agosto, indo pagar a Nossa Senhora da f'Atima'"B sua dtvida de grati•

aa

410.

.

Resa.lo o ,terço Antonieta Leyd,- appro~ima-se della e, Jominaùa pela 1deia de que era Elisa Làtapie que apr,arecia1 apresenta li creança o plipel e a penna que lcvou cons11:0, dizendo-lhe: • I - Prcgunta a Senbora se tem 1l~umà cousa a communicar nos e, no cuo affirm11tivo, pede-lhe o favor de o escrever. ~ Bernadette l~vonta-~e, dli alguns" passo~ em direcçiio ao rocheilo e;'"sentinUo -que as 1.luas senhoras o segueill, fu -lhe signtl, sera se voltar, para que 1e deixem ficar atru. P.roiimo iJa aarç11, ergue-ac nos b1cos dos ~s e apresento a Senhora o papel e a penna. Ella espèra, aa attituJo duma pessaa que escuta com atençao, dc olbos fitos na sarça e na abertura oglval e com os braçoa sempre elevado.s; de repente abaix.a-01, fu uma sauc.l11çlio profunda' e torna para o seu luf!ar, tendo na mlio o papel em que nada foa escripto. • Antonieta appreximo-ae rilgiùamcnte dolio e pregunta-lhe: . - Que foi que te respondeu a Scnhora ? - Quoodo lhc aprc~entei o papel e a tinta poz-se a sornr, dcJ)oi,, sem mostrar dcsa11rado, respondeu: •O quc tcnho • diier-lhe nao é preciso que eu o escreva .• Pareceu rdlectir 11m instante e occrescentou: «Quere tcr a bondode de vir aqui

durante quinze dies ?

- Que reAponJtstc tll ? · - Reapondi que s11n. - Mas porque ~ que a Senhora quer

tiUt

tu nnbas '?


10:000 . 10:000

10:0()0 10:oM 10:000

'

Abrigo. para os doentes . peregr.inos da Fatima

10:000

10:000 l0!000

T1ansporte. • • • • • 220:000 O~ Bernardina Amelia da Stiva ..........••• 20:000 D: Luiza de Jesus Costa •• 10:000 [òurenço da Cunha .•••• 10:000 A. S. • • , ••.••.• • • • • 20:000

10:000

15:00<? ~o:ooo 10:000 ·

10:000

5:000

10:000 10:000 10:000

37:45o

Soma . •••.•••• 280:000

28:000 2.8:000 10:000

tas .•••••• • • • • • • • . •

D. Candida Rocha Afonso. •

I 2:00Q 10:000

D. Teresa de Jesus Raposo 15:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

15:000 10:000

10:000 10:000

10:000 10:000 10:000 10:000

20:000 2.•anno • • . • • • • • • • •

D. Maria Pereira Dias Nunei

20:000 10:000

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Ano IJI

(COM APROVAçÀO ECLESIASTICA) Dlreo'tor, Proprle1:arlo e Edl-tor

AdmlnlJltrndor: PADRE M. PEREJRA DA SII.VA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impresso na lmprensa Comercial, 4 Sé -

REDACçAo E AI>MtNJSTRAç.fo

:RU'.A D. N'UNO .ALV.A:RES PE:RE:t::RA. (BEATO NUNO nii: UNTA MAR~A)

Leiria

rio, vulgarmente conhecidos pela slngela e laconica denominac;ào de •Senitas>, todos os membros desta benemerita associaçilo de caridade e Q o C> os seus auxillares se approximam deoucos minutos passavam votamente da m~sa eucharistlca. Ao meio-dia solar principia 3 ultidas cinco horas da ma.......,,.""::P~ nh3 quando occupéimos ma, a missa dos enferm<,ti. lmmediatamente antes e corno preparaçlo pao nosso logar no carro que nos conduziu a fa: ra ella, a assistencia canta em cOro tlma pela estrada lngreunisono o mageatoso Credo de Lburme e pedregosa da Serra des. d'Ayre. ConfortavelmenE' indescriptivel o tffeito desse te installados em casa de grlto de fé proferido por milhares de urna familia das nossas rebOccas repercutido de quebrada em la(Oes, que fidalgamenquebrada, proclamando ·aos quatro Ciintos de te nos acolhera no seu f' aeio desde a vespera Portugal a crença viva tarde, numa das aldelas e indomavel de um pomais formosas e pitoresvo de beroes, generoso e bom. Durante a mlssa cas da uberrima regrno banhada pelas aguas rerezou-se o terc;o do Rosario. No inte,valo das mansosas e limpidas do Almonda, alli aguardéirezas etn commum o slmos com a mais viva an- · lencio é apenas lnterciedade a hora marcada rompido pelo murmurio para a partida. cadenciado das nréces Quando nos ld\rantée pelos suspiros abàfamos e nos dirigimos pados das almas atdbulara a porta-do j ardim, é das e dos coraçòes comespera do carro, fazia um punRidos. luar esplendido. A noiNo fim da missa, exte, serena e tranquilla, pòe-se a Hostia Sacrownvldava a passeìar. santa numa rlquisslma Nào soprava a mais lecustodia, dand -se logo ve aragem. Ao longe deem segulda a bençào aenhavam-se nitida.menparticular a cada um te os perfis das arvores Capelinha e.la Covo e.la Iris, c6m seu alpendre em volt11, vista do lado sul dos enfermos presentes. na encosta da montanha Asslste-ae entAo a um clivo parocho e preèedidos dum rlco espectaculo sobremaneira emocioquasi talhada a pique. Nem urna s6 nuvem embaciava o azul diaphano e\ vistoso estandarte, dirlgem-se lennante, nao menos emoclonante que do firmamento. tamente para junto da capélla, eno da esplanaaa do Rosario, em LourA lua, triste e melancholica, desiitoando canticos em honra da Virdes, durante a procissAo da tarde. sava placidamente nas alturas, engem. Chegam depois as peregrinaNos rOstos de todos, peregrinos e volvendo no seu manto alvissimo o çòes de Oaviao e do Douro. Os grudoentes, transluz a fé ardentissima vulto gigantesco da serra e as aldelas pos coraes destas peregrlnaçOes reuna presença real de Jésus no Sacraalcandoradas nas suas faldas e mernem-se e cantam o «Bemdito• e oumento da Eucharisti'a. Os enfermos gulhadas num somno profundo e retros canlicos populares, emquanto se estendem as mAos supplicantes para parador. celebram aa mlssas e se distribue a a Hostia de Amor num appello mu~o mas altamente eloquente e signlficaQue momentos dellciosos, embora Sagrada Communh~o. Milhares de fugazes, se gosam nestas madrugafieis, · prévlamente confessados nas ·uvo que cc1mmove os cora<.Oes mais , suas terras, recebem em seus peitos duros. Nft.o ha olhos que nao esttJam aas tepidas do Outomno, em que tudo na Natureza estimula ao recolhio Pào dos Anjos que as vezes é mi~ marejad os de lagrimas. Ao ha tao os meditaçflo, elevando-nos nistrado simultaneamente por dois que nào pronunciem palavras de esme.nto e novamente até aos pés de Deus, seu . sacerdotes reveslidos de sobrepeliz perança t clamores de miseri cordia. Nào ha cmaçues QUe nào pulst m de Auctor. e est6la, graças é!Hluencia extraordlnaria de·commungsntes. am or e 11ao vi brem de contriçYi n. I oMas ja vamos a camlnho de F~ti' ma, a terra do mysterio e do prodi· A' primeira missa, a missa dos dos choram numa commoçao innn nglo, centro de attracçno de tantas alServos de Nossa Senhora do Rosasa, unica, verdadeiramente assom-

13 de Setembro

mas, crentes e enthusiastas, ponto de convergencla de tantos coraçOes estuantes de piedade. Eram dez horas quando chegAmos ao locai das apparic;Oes. Uma multidào de muitos mllhares de pessOas rodeia a capélla e esprala-se pelas proximidades. A cada instante affiuem novos peregrlrios, mas nunca o numero delles eguala o dos mezes de Junho e Julho anteriores. • Cerca das onze horas cbega em «camions> um numeroso grupo de peregrinos de Peniche. Organisados em cort~jo sob a direcçlio do respe-

·~-ffi~iiii~iij~ijjj~~~~n::;;:;~~~~-:-~-:~

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V oz de. Fii;tbne. brosa, confundindo as suas lagrimas no mesmo terreno sagrado dos e enfermos, homens e senhoras, arlstocratas da mais nobre estirpe e humildes fìlhos do povo. Abençoados os doentes, canta-se o Tantum ergo e dt-se a beoç!o geral a toda a multldào. Por fim s6be ao pulpito o Rev. Dr. Ferreira àa Silva, professor do Seminario do Porto, a quem a commoç!o embarga a vof, impedlndo-o quasi de fallar. As suas palavras regadas pelas la~rimas, entrecortadas pelos soluços, sao phrases soltas, mas vibrantes de fé e enthusiasmo, que vào direitas ao coraç!o dos ouvintes, communicandolhes a ,emoçào profunda que traduzem. Findo o sermào, a asslstencia começa a debandar. Duas horas depois, na Cova da lria, s6 se viam alguns raros devotos, rezandu piedosamente as suas oraçoes, na dOce paz tranquilla que se respira naquella mansfo bemdita que é a delicia das almas crentes e o conforto dos coraçOes contritos e atrlbulantes.

V. deM.

AVISO I

No Intuito de prevenir posslveis rei/aros de pessOas alias bem intencionadas, julgamos conveniente reproduzir a nota com que fechava o artigo de fundo do primeiro numero deste. jornal, deviùo a penna do nosso colaborador V. de M. E' do teOr seguinte:

cCumpre-me advertir os meus benévotos e presaaos ltitores, e Jaço-o ho/e de uma vez por todas, de que submeto inteiramente ab jaizo da Santa Eerf}a, como l indeclillavel dever de um catholico, todos os artigos que pubticar neste mensario, e de um modo especial tudo quaflto se re/trlr ds appariçots e curas de Fptima, cujo caracter sobrenatural, se por ventura o teem, so ao magis• tério eccleslasticr, assiste a11ctoridade e competencia para apreciar e reconl1ecer. • Escusado é dizer que todos os redactores e collaboradores deste jornal perfilham inteiramente a doutrina contlda nesta nota, protestan,do do mesmo modo o seu absoluto e incondlclonal acatamento a todas as lnstrucçOes e determinaçòes da autoridade eclesiastica.

A Direcçl!o

O mez do Santo Rosario Nao se esqueçam os leitores de que o mez de Oulubro é dedicado a Nossa Senhora do Rosario. Para vermos quanto esta devoçlio é agradavel a Nossa Senhora, basta lembrarmo- nos que apareceu em Lourdes trazendo um terço e a urna creança que o resava. O mesmo aconteceu em Fàtimal aparecendo no mez do Santo Rosfrio e dizeodo que era N. Senhora do Rosario. Tenhamos, pois, todos multo a pelto esta devoç:to e procuremos ser-lhe muito fleis, acomodando ao mesmo tempo o nosso proceder (ìsto é indispensavel) é Santa Lei de Deus.

Hs curas da f atlma Caldas da Rainha, 26/9/ 1924

Ex.mo e Rev.mo Senhor. N~o quero nem devo demorar- me mais em lhe escrever para lhe dar urna noticia com que vai ficar satisfeito, que eu por mim estou o mais reconheclda que possa ser para com Deus e a Virgem Nossa Senhora. Eu tinha urna doença no estomago desde o dia 14 de novembro de 1922, isto é, ha 22 meses. Mostrei-me a 4 médlcos, o que nao deu resultado nenhum. Tinha dias que passava melhor com certos remédios mas o estomago habituava- se e nào me fazlam nada. Tinha dias inteiros em que me niio parava nada no estomago, nem remédios nem os alimentos, o que dava orlgem a que a fraqueza fOsse dobrada. Se tinha melhoras um dia no outro punha-me logo peior. No dia 18 de janeiro puz-me p~ior e recolhi cama onde me demorei 12 dias. De entào para ca nunca mais se passou um s6 dia que eu nào vomitasse. Em dia de S. Jofé tornei a ir para a cama gravemente doente. A minha mana Mariana de Mira, vendo-me tào perlg'osa rogou a Nossa Senho· ra do Rosario da Fatima que se fòsse sentida de eu nào morrer nessa doença viria um dia é F.\tima. No dia seguinte puz me melhor e ao fim de 7 dias levantei -me, comecei a andar de pé mas vomitava mais do que nunca e até pào deixel de comer. Nem agua, nem comida, nem alimentos nenhuns podia tornar. Em 28 de julho vim para Caldas onde a minha mJe vinha a banhos. EtJ la tomal-os a S. Martinho do Porto com a esperança de que melhorasse com a mudança de ares. A senhora, dona da casa em que estou, de nome D. Engracia de Assunçao, comoveu-se de me ver sofrer tanto e disse-me urn dia que sabendo que eu era religiosa me dava de conselho que fosse a Nossa Senhora da Fatima, pois tinha esperança que, se la fosse, melhoraria. Entre a duvida e a esperança eu niio sabi11 o que devia escolher. Tlnha multa vontade de ir e ao mesmo tempo multo receio de me pOr a caminho de Caldas da Ralnha a Fatima, que ainda é longe. Depois velo urna senhora chamada D. Virginia de Nazaré Lopes e ofereceu, me Jns exemplares da e Voz da Fatima• para eu l@r e ver que nao era a primeira pessOa que I.i la doente e que nAo voltavam pelores. Comecel pois a lér com multo interesse e acabei por me convencer de todo a ir. Pedi ao meu tio e padrinho lgnaclo Luiz de Mira, com quem tenho sido criada, e a minha m~e (Maria José de Mira) que estavam aqul comigo, que me levassem a Fatima, fazendo-lhes compreender que de nos• 1a casa ainda nos ficava multo mais longe. O meu padrinho e a minha mae, com o desejo de me verem melhor, cederam logo ao meu pedido, e la , fornos no dia 13 de Setembro.

a

Ja depois de estar aqui em Caldas tive urna carta de um médico que me tratav4 la no Alemtejo, em que me dizia que ja nào tinha coragem de me receitar, pelo menos sem me tornar 'a ver, e nem mesmo se atrevia a dizer-me que repetisse a recelta e todos os outros médicos pensavam que eu nào melhoraria. Chegou emfim o dia 13 que por mim era tiio desejado. la confessada dt vespera e cheguei a FAtima mesmo na ocasiào em que estavam a dar a Sagrada Comunhào. Comunguei logo mas nAo quiz de ali sair. Ninguem me fez corner nada até as 2 horas da tarde. Estive quasi' desmaiada, creio que da fraqueza e do cal~r. A minha mae pediu urna pinga de agua para mim, e logo urna alma carldosa trouxe urna garrafa com agua da Fat:ma. Bebl e reanimel-me um pouco e ja tive força para la estar até as 3 horas. Assisti a bençao dos enfermos antes de abalac da Fatima, e estava tào satisfeita corno se tivesse cornido, Vim para o carro e no camlnho minha màe começou a dlzer- me que comesse. Levava bolacha de agua e sai, que era o que me servfa de pio, mas eu nesse dia nào tlve vontade de as corner e experlmentei corner · um bocadinho de pào. Nao ihlagina a minha alegria quando vi que o comia corno se nào fOsse nadp comigo e tive vontade de corner queijo, o que nunca tinha comido, e com grande admiraçilo de todas as pessOas que vinham comigo. Julguei que ia vomitar, mas nào fol assim. Com~cei depois a fazer da seguinte maneira: acabando de corner bebia um golo de agua da Fatima e ia para o quarto retar um terç<.l. Nessa altura prometi Virgem Nossa Senhora do Rosario da Fatima que, se deixasse de vomitar, tornaria a lr a Fatima agradecer- lhe •antes de ir para o Alemtejo. Contìnuei a rezar e a beber a agua 3 vezes ao dia, durante 9 dias. Desapareceu a impress~o que tinha no estomago desde o dia 13. Nuoca mais Uve um v6mito e até me desconheço a mim mesma. Eu que havla 22 mezes nuoca mais tinha tido apetite até agora, a Virgem Santissima ouviu os m~us r6gos e fez vec a todas as pessoas qué tinha poder para me pOr melhor do que eu era quando me julgava com sauje. · Pellzmente desde que fui nuoca mais tive sequer urna leve indisposiçAo de estomago. Nada me tem felto mal, graças a Deus e, se Elle quizer e a Vlrgem No~sa Senhora, no dia 13 de Outubro lé irei outra . vez visto que tenciono abalar para a mlnha terra no dia 15.

a

la

Leontina Maria /osi de Mira de

21

annos de idac.le, de Pavia do Alemtejo

Maria Pedrosa, de 57 annos, residente em Leiria na rua D. Nuno Alvares Pereira, sofrendo havia muitos annos dos intestinos que nAo lhe permitlam alimentar-se, num momento de maior aflicçAo, nos prlnclplos de Junho de 1923, na perspectiva de nào poder tratar da sua vida, tendo obtido umas gOtas de agua da Fatima fi-

I


-

cou repentinamente curada do s6 do estomago corno das pernas que tlnha excessivamente inchadas. Obtendo a agua ajoelhou deante dum quadro de N. Senhora de Lourde~ resando fervorosamente a oraçAo de S. Bernardo e tres A vé-Marlas, o que de resto ja fazia todos os dias.

Abrigo para os doentes ' peregrinos da Fatima

Francisco Esteves da Cruz, de

Transporte••• • • • 280:000 40:000 Jeronymo Sampaio • • ••• D. Josefa Carolina de Ma10:000 tos Chaves • ·•••• : • • •

17 annos, filho de Antonio Esteves

Soma••••••••• 330:000

e de Maria Casimira, de Antas, freguezia da Azueira, concelho de Mafra, adoeceu gravemente no dia 6 de Março de 1924 com um grande ataque de gripe, passando a urna pneumonia, tendo tido inumeras visitas do médico. . Nao obstante, ia peiorando tendo de sof rer urna punçao do la do esquerdo para lhe ser extraido liquido. A màe pediu a Nossa Senhora da Fatima a cura de seu filho, promettendo publicar a graça e ir a Fatima no mes de malo. No dia 11 de maio ultimo teve a 11ltlma vizita do médico, sofrendo nesse dia tres punçoes, nas costas e no peito, deitando multo pus. O médico mandou-o para o hospltal, mas elle estava tao mal que se encheu a casa de gente, e fodos urna diziam que morreria no caminho. Quando o médico saiu, chegou a primeira porçao de agua da Fatima, e a màe deixando sair primeiro o povo, veio para junto do doente, deu-lhe t!a agua, e que rezasse urna Avé Maria a Nossa Senhora, a quem pediu conf6rme sabia, que o melhorassse. Depois de beber a agua perguntou se a agua eri santa porque sentiu alguma coisa de novo. No fim de dois .dias ja nao havia signaes da doença e hoje encontra-se de perfeita saude e vem agradecer a' Nossa Senhora da Fatima.

a

Hgua da f atima As pessoas que desejarem obter agua da Fatima e mesmo outros objectos religiosos; podem dirigir-st a ]osé d' Almeida lopes, residente em Fatima (Vi/a Nova d'Ourem) eque é pess~a da con{iança do Rev. Paroco e da Comissllo.

· 0s Ceus contam a gloria de Deus O sol é bem 310:301 vezes maior que a terra. Anda por 200 milhòes o numero de estrelas que p6dem ser vistas quer a olho mi quer com o aux\lio de telesc6pio. Sabendo-se que a luz percorre 300:000 kilometros em um segundo, a estrela mais visinha chamada Si~io esta distante de n6s oito annos meio de luz !sto é, 542:803 vezes a dlstancia da terra ao sol. A estrela Rig-tl dista de n6s 320 annos de luz, e a medida que augmenta a força dos telescopios vAose descobrindo cada vez mais estre-

é

las.

Venda de objectos Mai• uma vez aviaamo• oa peregrino• que é rigoro•amente prohibido, eeja a quem f6r, vender quaosquer objectos dentro do• muro• da Co•• da lrla, eque o Santuario nada tem que ver com •• venda• de todo e qualquer objecto. Fazemoa este avi•o porque aabemoa que variaa peseoa• nao teem oumprido eeta ordem, e outras teem eido explor•dea na compra de objectoa, peneando errada~ mente que o exceaso do seu valor seja a favor daa obras.

Aos Rev. s Sacerdotes 0

Novamente avtsamos os lhv. 01 Sacerdotes que teem de se inscrev,r previamente, caso queiram celeb,ar a Santa Missa na Cova da Irta, dtrigindo-se ao .Rev. Dr. Manuel Marques dos Sa.ntos, Seminario de Leiria.

Notas e impressoes O ph~nomeno solar Duma carta dum amigo nosso, recentemente recebida, extractamos as seguintes linhas: . cEstes phenomenos solares que se renovam com tanta frequencia, devlam ser bem estudados (visto que Nossa Senhora misericordiosamente os repeté), por urna comissao de competentes. Sera talvez caso unico na vida da Egreja e parece nao terem expllcaçi1o natural.>

Calumnias e mentiraa De duas cartas endereçadas ao director da ,Voz da Fatima» por um portugues ilfustre que reslde actualmente na Belgica, trancrevemos as seguintes passagens: Da primeira carta : , Escrev-em-nos de Portugai s0bre os acontecimentos de Fatima e pedem-nos dados para rebater estas affirmaç0es: 1.0 - As creanças tinham sido lndustriadas antes. 2.0 - Com temor de que ellas viessem a descobrir tudo, fizeram-nas desapparecer do numero dos vivos dentro de seis mezes depois das apparlç0es. 3. 0 - A agua dizem que é da chuva, represada, malsa, e que se leva dinheiro pt>r ella e pelos banhos. Eu recebo a • Voz da Fatima,, mas s6 do numero onze para ca; e nelles nAo encontro elementos necessarlos para responder cabalmente. Recorro portanto é1 bondade de V., de quem fico aguardando dados positivos com que habilitar o meu consulente a urna resposta des:isiva.n Da segunda carta: «Multo obrigado .pela sua attenta e formosa carta de cinco do corrente. Acabo agora mesmo de responder as objecçòes apresentadas e espero que algum bem se fara. Se acaso apparecerem novas duvidas, recorrerei de novo sua carldosa illustraçffo. Por agora fico 4 espera do efeito que fazem as suas palavras, algumas das quaes transcrevi a lettra e que certamente Mo-de Impressionar os anlmos dos leitores.

a

Neste mez ha adoraçao nocturna do dia 12 pa'fa 13, na Igreja Parochlal da Fatima, terminando pela Missa cantada e bençilo ao nascer do sol.

Peregrinos de Lourdes Entraram em Lourdes, em 1923, 201 :820 peregrlnos em combolos de peregrinaç0es francezas e 46:020 em comboios de peregrinaç0Q estrangelras, nAo sendo compreendidos nesta cifra global os peregrlnos JsoJados, dos quals o numero foi porventura superior aquele. O numero de doentes, que passou de 9:000 em 1922, sublu em 1923 a 13:000. Para os receber foi necessario construlr-se mais urna galerla junto ao hospital do Asilo, s0bre a margem esquerda do Gave. Esta galerla compreende duas satas espaçosas e bem arejadas, contendo 100 leitos cada uma.

Reelgnaqfto ohriatA Urna senhora do Porto, tao notavet pela sua Jinhagem corno pelos seus acrisolados sentimentos de piedade, que se dignou honrar o numero de Junho da • Voz da Fatima, com um formosissimo artigo da sua auctorla subordlnado epigraphe e Impress0es duma peregrina» escreve o que se segue a respelto do seu estado de sa ude e das dlsposiç0es do seu espirito : e Nossa Senhora de Fatima curoume da neurasthenia, mas continuo sendo urna doeRte do corpo. Contudo a alma esta tAo chela de alegrla ceiestlal, que nao me entristeceria a ideia de me saber presa a cama por toda a vida.,

a

ReoordaçGea duma peregPina Duma carta que temos em nosso poder tomamos a liberdade de trans-

1

I


• crc;ver para aqul algumas passagens I

Jnteressantes. •E' com o coraçao inundado duma consolaçao intima até hoje desconhedda que me apresso a communicarJtie as mintias lmpressoes do dia 13 de Setembro ultimo. Fomos 'a Fatima et1, mlnha mae, urna tla minha e · mais cinco pessòas da nossa familia; .com os estranhos, eramos ao todo vfnte pessOas. Um «cami6n > que alugAmos levounos dlrectamente a FAtima ou, para melhor dizer, a Cova da lria. Nuoca imaginel poder presenciar na minha vida urna romaria tAo comovente. N!o sei des·crever a impressao que senti ao ver: tantas e tantas almas que de tao longe veem .para venerar a Santlssitl)a Vlrgem no sltio onde ella se dlgnou apparecer. J\podera· se de n6s o desejo de permanecer alli or multo tempo. Como se reza bem unto da capella ! Parece ' até que o ogar nao nos convida a outra cousa. Consegui obter um logar no recinto destlnado aos doentes, p.9is rillo po<lla delxar mlnha m!e s6sinha e tambem porque desejavamos •recèber a Sagrada Communhllo. Multos enfermos alll se encontravam, procedentes de toda a parte. Ao pé de n6s, deltados em macas, estavam dols doenJes dlgnos de toda a compaido. Permitta Oeus que elles se curem para gloria de sua Mae Santissima. No proximo més vae a f'jtlma urna peregrlnaçllo desta vllla. Prouvéra a Deus que n6s tambem IA puttessemos ir nessa occasi~o I Oeade que vlm · ~ao me tem sahido do pensamento aquella estancla abençoada. • .

f:

, V. de M.

-Oh I Deu,, vlnde e11 nono auxlllo, vlnde depressa aocorrer-noe ! -Senhor, aquele a quem amala eata doente I -Senhor, fazal que eu veja I -Senhor, fazel que eu ande I -Senhor, fazal que eu ouça I -Màe do Salvador, rogae por noa I -Seude dos enfermos, rogae por nos I -Bemdlta seja a Santtt e tmaculada Concelçào da Bemaventurada Vlrgem Marra, Màe de Daus I -Nosea Senhora do Rosario, rogai por n6s ! (3 vezes). · -Mlnha Mae Sant111lma, tende pledade da noa ! (3 vezes). · -NoHa Senhora do Rosaria, dal· noa aaude por amor e para glòrla da Santissima Trlndade t (3 vezes). .. Noaaa Senhora do Rosario, convertei oa pecadoraa I (3 vezes). -Saude doa enfermoa, rogae por nò1 I (3 vezes). . -Soc6rro doa doentea, rogae por

D. Maria de Jesus Silva • • O. Maria Magdalena de Carvalho. • . • • • • • • Policarpo Manuel dos Santos D. Maria Hclena dc Magalhacs Carneiro Zagallo llharco. • • • . • • • • D. Maria Paula Franco Cardoso . • • • • . • • • Julio Cortez Pinto . . • • D. Amèlia Fiuza.. . . • • Joaquim A. Lcite F~rreira Pinto Bastos. . . . • Manuel Passos (2. 0 anno) . Alvaro Correia. . • • • • Joao Ribc:iro. • • • . • • Raul Monteiro • • . • • • D. OHnda (Casal Velho)••• Manuel Libanio da Silva . : Augusto Garcia Patusco.•• D. Maria Assumpçao Duarte • • • • • • • • • • D. Idalina Rodriguts Pouza-

nòs I (3 veies).

D. Anna Rosa Pires Moreira • • • . • • • • • • p,e José Antonio de Campos (2.0 anno) • • • • • • • • D. Perpetua Cardoso Norberto (2.• anno. • • • • • D. Maria da Conceiçao Norberto (2.• anno) • • • • • Antonio Prates Ribeiro Te,

-0' Maria, conceblda aem pecado, rogae por n61 que recorremo, a Vòs I

(3 vezes).

-Senhor, noa Vos adoramos r -Senhor, noa temo, confiança em V6s I -Senhor, noa Vos amamos r -Hoasanna, Hossanna ao Fllho de David I -Bemdlto tPJa O que vem 'em nome do Senhor r -V61 eols Jeaua Chrtlato, Fllho cle

D101 Ylvo

r

L.!V61 aola o meu Senhor e o inau Déus I • I )J..;.Adoremus in atttr11um Sanctisslmo Sacramtntum. (Cantado). 0 -Senhor, cremo, em V61, mia augmerìtal ·a no11a fé. -Vo• 1011 a reaurrelçlo e a vlda I -Salvai· no,, Jeaue, allb parete· 'lilOI I -Senbor, H o qulzerdet, podele

· cun;.me r

-Senhor, dizel 16 uma palavra e

aerei cur.ado I

-Jeaua, Fllho de Maria, tende pledade de mlm I ... -Jeaus, Fllho de Davfd: tende piedada de nos I ,, -Parce Domine, parce popu/o tuo, ne in aeternum frascaris nobls (cantado).

.

(

Voz: da Fatima Deapezaa

t

Préces e canticos collectivos dos peregrinos durante a bencao do Santissimo na Cova da lria

.

-Nosaa Senhora do Roaarlo, aalvae-noa e aalvae P~rtugal I NOTA-As jacuJat6rias acima menclona~as sao as unlcas que por ordem da autoridade eclesiastlca devem ser recitadas publlcamente na Cova da Jrla e além das lndutgenclas que lhes estao anexas pela autorldade apostolica, concede o sr. Bispo de Leiria 50 dlas a quem 14 as recitar.

Transporte. • • • Impressi.io do numero 24 ( 18:000 exemplares}. • 2 fotogra vuras • • • • Outras dcspezas. • • •

16 591:720

Soma. • • •

17.091 :720

3qo:ooo 05:000 75:000

SubscripçAo

da • . • • • • • • • • D. Maria da Rocha Cabrera

les • • • • • • • . • • • Fortunato Marques dos Santos • • • • • • • • • • • José Christovao d'Ourem •. O. Natividade de Castclo e Sii va ( 2. • vez) • • . • • De jornaes (Coruche e Sal-va terra} . • • • • a .. Dr. Manuel da Cruz Jtrnior (2.0 anno) • • • • • • • Amilcar d'Almeida Marquesi D. Antonia Madureira Borges de Carvalho Bastos. • D. Guilher,nina da Cunha Barbosa • • • . • . •• D. Maria Beatriz da Fonse• ca Pinheiro • . • • • • D. Maria Albertina d' Azambuja Tcixeira • • . • • D. Anna Justina de Carvalho e Tcixeira. ·• • José Maria C:irneiro Leiio Anonimo (E. da P. M.) • • D. Maria l.:.uiza Ribeiro de • • • • • .Mello. •1 D. Margarida da Motta Mar•

·sa

(Continuoçiio)

P.e Edgard Bcnedicto Abreu Castello Branco. • • , •

10:000

D .. Moria do Ceu Pinto de Abreu e Lima (2. 0 anno).

10:000

Julio Gonçalves Ramos (2.0

anno} • • • • • • • • •

10:000

ques . • . . . • . . • •

dinho • • • • . . • • •

10:000

D. Maria Amelia ,RO!a de Souza ROxo • • • • • • D. Brnnca Rosa de Sousa

D. Maria da Purilicaçao Go-

Antonio da Costa Melicias (2. 0 anno} • • • • • • • D. Felicidade Rosa de Souza 'Antonio Dias Margarido. • José Rodrigucs Cardoso • • p,e Ab~ Alfes de Pinho •• P.' Sento da Silva Bravo•• D. Berta Osorio Amador •• D. Maria das Dores Fernan• des Rendeiro (2.0 anno) •• Manuel José Marqucs.••• , Joao Lourcnço Bandeira •• Antonio Gomes do Ceu • • Antonio Farinha Gomes. • D. Maria da Conceiçao. • • Miguel Pereira • . • • • • D. Joaquina de Jesus Martins P.' Mnnuel d'Oliveira Ven-

tura. • •

• • • . • •

Silvano d' Abreu Cardoso ••

10:000 10:000 • 10:000 10:000 10:000 10:000 , 10:000 \

ro:ooo 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:qoo 10:000 10:000 10:000

ROxo ••••••••••

10:000 10:000 10:000

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

ro:ooo 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

25:000· 10:000 10:000 10:000 10:000 · 10:000 10:000 12:500 10:000 5:000

10:000 · 10:000 10:000 10:000

ro:ooo 10:000 10:000 20:000 20:000 10:000 10:000 10:000 • 10:000

Esperom a sua vez 2-.5 ~ubscriptores

VOZ DA F:ATIMJ. Eate jornalzinho, q u e · vae •endo tao querldo e proourado, é dlatribuldo gratuitamente em Fati•• no• di•• 13 de cada Quem qulzer ter o di• reito de o .!"ecebar dire• eta mente pelo e or re i o; . tera de enviar, adeantadamente, o minimo ds dez mii réis.

m•••


..i 8 dNovembro de 1.094 I....EI-.:>IA le', , "'

A.no I I I '

' -

Composto e impresso na Imprensa Comorcial,

13 de Outuhro \

H grande peregrina-

çao nacional dia 13

de Outubro de

1924 é maìs um dia for-

rnosissimo de gloria e

':liii.'"-""""-· triumpbo a inscrever em

lettras de ouro nos fastos a(jmlraveis de Nossa Seohora do Rosario de Fatima. C~nlo e cincoen-

ta mii portugu@ses, tal-

vez cerca de duz.entos segundo calculos de pessOas compeJente~, accorreram nesse dia ao locai bemdìto, onde ha sete annos a augusta Màe de Dcus nào cessa de derramar profusamente sObre as, almas as suas graças mais esco-

mU,

lhtdas e mais preciosas. Na vespera, quando ja tantas familias de longe iam a camlnho de Fatima, a auctorldade crvll annuociou, pela impF.ensa e por melo de editaes, a prohibiçao da grandiosa romagem. Na f6rma do costu-"~, a probibiçào erh nada dimfnuiu o brilho da lncomparavel man\festaçio reli$_1osa, antes contilbuiu em larga medtda para reaJçar a sua importancia assembrosa e lmprlmir-lbe a nototiedade a que tloha jus, dentro- e fora do paiz. Muitos dos 4,ue nella tomaram p~.-1e consideravam-na justamente como ~ mator maoifestaçlo religiosa dos nossos tempos, a par do Congresso Eucharlstico Nacio1tal .te Braga, oom o qual rivalisou e.m magestade e esp_lendor sagrado, em ardor de ié e p1edade e em ooncorrencia de fieis. Jé no sabado precedente eram i11numeras as pessOas que de 1erras distantes se dirigiam para Fatima pelas dif.\erentes estragas que para convergem. A pé òu a cavali@, em vehiculos de toda a especie, os gru.pos de peregrloos succediarµ se NllS aos 0u-

am

tros, de noite e de dia, a camiuhi, da estancia mysteriosa que tem o

a S4 -

Leiria

condao inexpHcavel de prender no seu encanto seductor as almas mais puras e mais béllas da terra de Santa Maria. O concurso intensifica· se de um modo assombroso oa tarde de Do• mingo e na segunda- feira de man ha. As multidoes precipitam•se em ondas alterosas sObre a cumiada da serra d'Ayre, onde a celebre Cova da Lria - o loc~I das appariqOes e dos pbenomeno:htnaravilhosos-parece transforrna1fa oum lago immenso de cabeças humanas. Na noHe de Domingo pa.ra segunda-feira, corno estava anonciado; rea.. llsou-se na egreja paroçtiial de FAtima a commovente cerimonia da adoraçao do Santissimo Sacramento. O sumptuoso templo, recentemen-~ te reconstruido e ampliado, regorgi• tava de fieis,

A assistencia comprimia•se a ponto de nao haver um unico Joiar va• go em nenhuma das tres grandes naves. A missa solemne reves_ti1,1 i.,m esplend6r extra()rdlnario, singularmente realçado pela numerosa cç>mmunhao geral. em que tòmaram parte cerca de sete mil pessO~s previamèn,te confessadas Qas suas t~mas na vespera ou na aAte~vespera.

Por f(\lta de sa~erdotes q1,1e

O'l

attend~sem, muitos fieis nao ped~ram confessar.se, nem por lsso mesmo receber a Sagrada Communhao.

A's

nove ltoras. quando se~uia-

mos pela _estrada que copduz da egreja parochial ao logar d.as a"j.,parlç6e5.c, centenas, talvez até milbares de flels. regressavam jA aos seus l~res distantes, depois de terem ouvldo missa e cumprido as suas dev,oçOes e promessa.a junto da btanca estatua de ~ossa Senhora do Rosario. A mela encosta, entre a capella commemorativa dos acontecimentos ma.-avilhosos e o cume dò monte, ond~ brevemente prlncipìar~ a construir se o grandioso templo da Coroaçao de Nossa Senhora, ergue-se, elegante e imponente, o altar provisorh), onde se celebram as miss~s , da i>eregrinaçao. , ' Em frente do altar, num recinto expressamepte reservado, enconrram- ' se os doentes c;ue acorreram aos pés da Virgem a pedir por sua lnterces-: '

sao a Jesus Sacramen1ado a cura dos seus males, o allivio dos seus sofrimentos ou ao menos o conforto e a resignaçao christa para os supp"Ortar com merito para a eternidade. O seu numero é grande como nnnca o foi até hC1je naqotlle logar. Sao talvez maiS- de duzutos, dispostos em longas- e numerosas filas. Alguns, os pa~alyticos e squelles cujo estado se è011bldera mais grave, estao deitados em macas, con$htuindo a primeira fila. Os Servltas e os seus auxillares, serenamente e em sHèncio. prestam os seus serviços, com um zelo e urna dedicacào inexcediveis, sob as ordens dos respectivos chefes. llns transportam ou a e o m p a n ha m os doentes, ~testando-lhes os pequeoos obsequios que a caridade reclama, outros recebem os donativos dos fieis ou distribuem gratuitamente os trlnta mii exemplar«s do numero de Outubro da 1.Vo2 da Fatima•, outros estaclonam junto das tocpeiras da

agua maravilhosa... facilitando incansavelmente e CQm uR1a paclencla

inauditi" a sua acquisiçao aos romelros, outros finalmente policiam • re.cinto murado, impedlndo a enlrada de vendedores ambulantt?s, e regu- , 1am o servlço de ordem nos locaes de grande agglomeraçao de liels-a car,ella das aparlçòes, o altar pr.ovisorio e a fonte da agua maravllhosa. As communbé5es ~c,edern-se hùnterruptsmet1te, distrlbuin.ao-se hlais

de quatro mli vezes a Hoana Sactosanta. Ao melQ-dla officia} começa a u&-: Urna missa, a missa dos enfermo.s. E' o momet1to mais em()ciouao.w da grande peregrinaçio. Em keote do altar jaz~m os doentes. e aa tsplanada que os cìrcunda encoatra.. , se urna m_ultidao com~acta de cea mi\ pesst>as. O Credo de Oumoat é caF1tado em latlm, corno preparaçto para o Sànto Sacrifieto 110 Mìssa. Segue-se a recifaçao do terço do

Rosario. De vez em guando eutòa- · cantico sagrado. Pazem-se us lnvocaçoes de Lc,urdes. O silencio e o recolh1mcntc da se um

1 1 ltidao, o fervor da sud pietfade acrlsolada, cornmovem e

encauta'm.

Veem-se ragrimas borbulbar em


Voz da Fatima multos olhos. O espectaculo é sublime e profundamente commovedor. Vae dar-se a bençao com o San_. tissimo a cada um dos enfermos. Momento unico, scena empolgaote e indescriptivel, que ninguem é capaz de presenciar de olhos enxutos•. Aquelle que visivelmente na Palestina passou fazendo o bem e que escondldo na Hostia Santa derrama em Lourdes torren tes de graças e de bençaos, tambem alli, naquete cantinho arido e escalvado da terra do Santissimo Sacramento, espalha consolaç0es allivios e curas, graças de conversiio e de afervoramento pelas almas rendidas a seus pés, em d0ees e inefidveis traosportes de confiança e de amor. Concluem os actos religiosos com o Tantum ergo, a bençao geral e o sermào. S6be ao pulpito o rev. P.e AssumpçAo Rolim e ent0a um hymno entusiastico e sentidissimo, As glorias de Maria e 4 sua bondade e mi .. sericordia para comnosco. Entre a multldào corre veloz a noticia de varias curas extraordinarias. Falla-se tambem em phenomenos astronomicos, que numerosos peregrinos affirmam ter presenciado de manba. Coraeça a debandada, que se faz lenta e ordeiramente. Cada grupo segue o seu estandarte, rezando o terço ou entoando canticos em honra da Virgem. Momentos depois a Cova da lria estava quasi deserta. Duzentas mii almas, ali reternperadas nas suas crenças e na sua piedade, I! vao por mii estradas diversas, communicar, cheias do mais santo jubllo, Aquelles que tinham fi<:ado, as maravilhas assombrosas e emocionantes da Lourdes portugue-

za.

A m:te, curada, nao faz v6tos unprudentes; promete a Nossa Senhora de ir ali as vezes que puder, de ir em jejum e de ir ali receber a Sa• grada Eucharistia e de fazer mortificaç~es·. ' A filha faz v6to de ir ali muitas vezes e de nao fatar durante a jornada. Que bélas promessas, mormente a fllha que aeslm se mortifica a si e condena as demasias das conversas de muitos e muitas que v~o a Fati• mal / Terminadas as suas acçoes de graças, a rniie diz a filha: - vou corner. A filha opòe-se, mas a màe insiste e diz: - vou comer. Que ha-de a mae corner? diz a fil ha. Trago, sem tu saberes, uro pào e um qu-eìjn. Comeu tudo com o apetite de 3 mt!zes e nada lhe fez mal. \ Ao chegarem a casa, ero fatigaçAo algurna, pergunta ao marido o que havia para ella corner. - Para ti, nada, diz o marido, para a filha tenho batatas com feijào verde. - E' isso o que vou corner. Corneu e nada lhe fez mal. Tem comido e g6sa de b0a saude, continuando no cumprimento de seus v6tos. Conserva com satìsfaçào as duas radiografias com que mostra a enfermidade de que ia sendo victlrna, e de b0a vontade pòe disposiçào da auctoridade eclesiastica, muito desejando ver publicado o favor rece-bido. Um filho seu mandou jA prégar um sermào a Nossa Senhora em acçao de graças. E' uma familia humilde e honesta e todos bern com~ortados, e d'um modo especial a agraciada tem urna grande fé e confiança em Nossa Senhora, e por sacrificio, rnortifi~açao e carldade la anda tratando d urna enferma, tendo para isso de fazer bastante sacrificio.

se o estomago a tal ponto, que che· gou a nAo poder apertar o fato. Consultado o dr. Teles, de Leiria, declarou logo ~ste ilustre clinico que eia tinha urna ferida no estomago, receltou , lhe uns remedios mas 1em alivio algum para a doente. Recorreu e~o ao dr. Plinio, que Jhe declarou ter no estomago urna forte ferida ou nasclda ja muito adiantada; poi- a a regimen de leite e que se abstivesse por completo de qualquer outra comida ou bebida, e que devia ser operada. Oirigiu· se para Lisb0a a consultar urna especialidade médlca. Observada pelos drs. Ròla e Sabino, ambos constat~ram a existencia, no estomago, duma nascida e em estado muito adlantado, devendo por i1s0 ser operada sem perda de tempo. Radiografada, os ilustres clinicos mais se convenceram da urgencia "'da operaçao; era urna ulcera maligna. Por fatta de le2alidade nos documentos a apresentar, teve de voltar terra com a recomendaçao de se nào demorar alem de 3 dias, aliaz nào teria remedio. Trouxe as radiografias que ainda tem em seu poder. Chegada terra tioha fome e fo. me a valer, fome de 3 rnezes, mas a recommendaçiio de tornar s6 leite era expressa e rigorosa. Procurando mitigar a fome e iludindo a recomendaçao médica, poz ao lume o leite e misturou-lhe alguns bagos de arroz e comeu, senlindo em acto con{inuo taes ·d0res no estomago, e · tais afrontamentos no coraçao que julgou morrer ali. Aflita, · gritava que se havla matado por suas maos, toda a familia chorava e orava. Nesta hora de verdadeira atliçAo invocou Nossa Senhora do Rosario da Fatima e pediu a urna vlsinha que lhe désse urna pinga de Bi?Ua da Fitlma, bebeu e encontra ja muitos all-

a

a

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vios.

«•••

Sr.

No empenho

de ver divulgados os mlraculo$OS factos succedidos por intermedio de Nossa Senhora do Rosario da Fatima, venho pedlr a V. a ~aça de inserir na cVoz da Fatima• o segulnte facto, que julgo dever ser publicadc, para honra de Deua e de Sua Màe Immaculada. Maria de Jesus, casada, de 52 annos de edade, natural e moradora no logar de A-do-Barbas, fr~guezia de Macelra, onde nasceu e reside, teve sempre b0a saade até edade de 45 annos, nAo obstante ser duma construçcAo que indica pouca robus-

a

tez.

eeles 45 annos teve urna grande doeaça que a obrlgou a deitar sarrgue pela b0ca. Antes desta edade nunca preclsou de médico. Como esta doença n!o tìvesse, por ventura, o devido tratamento, e ror Isso mal curada, aos 46 anos, pouco mais ou menos, começou a sentir fortes ardores ao estomago e afrontamentos ne coraçllo. • Qualquer comlda ou beblda lhe agravava o mal. Assiro continuan sofrendo, nodo crescer e avolumar•

F6rma entào o proposito de ir no dia segulnte, 21 tte junho de 1923, i Fatima, sendo contrarlada pela famllla. A tudo resiste, e no dia seguiate parte acompanhada de sua filha Joaquina, convicta de que na Fatima estava a sua saude. E tAo coovlcta estava que partiu munida dum pao e um queijo para corner no regresso. Chegada a Fatima eocheu-se de tanta alegrla e confiança por se encontrar no sltio onde a Mlle de Deus velo visitar os pecadores e oferecer aos enfermos remédio a seus males. Dirige-se apressadamente para as aguas miraculosas, joelha e bebe em tanta quantldade qu disse eia, nAo sabla onde cabla tanta agua. Ao passo que la bebenclo ìa sentindo alivios. Ao levantar-se dlz par~ a filha: -estou curada, mas quero lavar-me tambem por f6ra. Ve ali urna pia, manda-a encher de agua, e torna um banho. E', talvez, o primeiro que ali se torna, e ao salr d'elle exclama chela de alegrla:- estou curada, estou melhor, estou b0a. Partlu com a filha para junto da capelinha paia agradecer a Nossa Senhora. Quem pòdera descrever o que se passou n'aquelles dois coraç0es, da

Outra& ouras ,Venho chela de recÒnhecimento, gratidAo e amor narrar a cura do rneu fllho José Joaquìm (que atribuo 4 lntervençao de Nossa Senhora da Fatima), para que o seu conhecimento contribua para aumentar a devoçAo a Nossa Senhora. Contava cinco m@ses de edade quando fol <\tacado corq toda a vlolèncla pela enterite e acornpanhada da terrlvel bronttuite que o delxava extenuado e sufocado depoili do acesso da tosse. Chamamos para o tratar o abalisado médico de P.enamar.0r, sr. Dr. Antonio de Almeida Barbas, que pressuroso correu ao nosso chamamento. f oi inexcedivel na sua dedlcaçao e a nada se poupou para salvar o rneu querldo doentinho. Baldados f0ram todos os seus esforços. A doença nAo cedia ao tratamento, o mal sgravava-se assustadoramente e a morte parecla ter tornado conta do inocente. Ao nono dia da doença, era um sabado, 13 de Junho de 1923, perdldas todas as esperanças, ao ver o meu filhlnho com slnaes da morte, arrependemo-nos de nào termos feito encomenda d'urna urna para guardar o corpinho mlrrado do noss• fi-

mie e da fllha I I


Voz dR Fé.'timn. lhlnho, no que ja tinbamos pensado noa dlas anteriores. Aproximaram-se as duas horas da manhll; a respiraçllo tornou-se mais diflcultosa o cor~ioho inteirlçado, tudo lndi~ava o fim. Senti neste momento, no melo da minha grande dt>r, brllhar a minha fé e raiar a esperança; levantei os olhos para o ceu; a minha alma voou para Fatima e ajoelhou suplicante aos pés da Virgem Màe ; o meu coraçào angustiado pediu-lhe saude para o meu filhinho. Tinha agua da Fatima, agarrei-me a eta corno o naufrago a taboa que lhe surge no meio das vagas entumecidas e na boquita resequlda do meu anjo tanço umas gOtas da agua milagrosa. O pequenito socega um pouco mas, algum tempo depois, torna a cor rOxa da morte; lanço-lhe novas gOtas da agua bendita, recito cheia de fé o « [embrai-vos> e anciosa espero o mii agre. O menino desperta, a doença ainda se prolongou mas, graças a Nossa Senhora da Fatima, curou-se e hoje esta urna cteança forte e robusta. Prometi publicar este facto e enviar um pequeoo obulo para a construcçào da egreja a construlr na Fatima. Oraças e louvores a Nossa Senhora, a quem consagro o meu filhinho. Aldeia de Joào Pires -PenamacOr 3 de Agosto de 1924.

Maria de Castro C. Franco Fraz6o P. S.-Devo notar que a agua da Fiitima que pesséìn ami(;a me Jeu, e~tava turva, com. mli aparenc1a e de~a~r~d11vcl li vi~1a, motivo porque o meu esposo ·e orunha a que a desse a beber wo no1~0 •filhinho o que s6 conseotiu quando nenhuma esperança lhe restava nos medicamento!, Hoje essa agua esta puro, sem cheiro e cristalinn.

Maria de Castro.• e •••

ma:

Sr. Director da Voz da Ftiti·

Peço a V. o favor de mandar publicar no seu jornalzinho a graça que um filho meu recebeu da Santissima Virgem Nossa Senhora do Rosario. Eu, Maria dos Santos d' Almelda e José Perelra do Reis, participam o prodigio que Nossa Senhora do Rosario da Fatima se dirnou fazer a um filho meu de nome Manuel Pereira d'Almeida Reis, de 36 anos, soltelro e morador 'no logar da Amoreira, ~oncelho de Vila Nova d'Ourem. Tendo andado numa obra sua, de tal maneira se forçou que começou, dai em dia11te, a deìtar sangue em grande quantidade a ponto de o médico lhe dizer que s6 se curaria passado muito tempo, e ao mesmo tempo receltou-lhe remedio que pouco efelto produziu. Tendo eu perdido as esperanças da sua saude f)edl· lhe que se voltas- C se para Nossa Senhora ào Rosario da r~tima e prometesse alguma cousa, o que logo fez, e tendo bebldo agua da fonte das apariçOes e rezado -uma Avé- Maria emquanto a bebi:i, logo, passados alguns dias, estava melhor e nunca mais tornou a dettar sangue. A promessa que tioha feito fol de guardar sempre o dia 13 de cada mez, confessar-se e comungar no rnesmo dia, o que sempre tem cumprido, e eu tambem fiz a seguinte

promessa, que graças _a Oeus, est4 j4 cumprida e é o segumte: Dar urna fita de séda do tamanho do meu fllbo mandar dlzer urna missa no tocai das aparlçOes, a qual foi celebrada pelo Sr. P.e Antonio Ferr~ira, de Santa Catarina da Serra, e ir de joelhos donde pudesse até ao tocai das apariçOes de Nossa Senhora. Amorelra, 17 de Agosto de 192-t.

Maria dos Santos d'Almi/da Ja ha mais tempo lhe devia ter comunicado aleumas curas de que tenho conhecimento, das quaes urna a tenho por verdadelro milagre. E' a cura durn irmào meu, chamado José da Silva Louro, filho de Antonio da Silva Lauro e de Ana de Jesus, naturais e moradores no lugar da pracana da Ribelra, freguezla de Cardigos, concelho de Maçao. Muito novo ainda, sentiu que Nos• so Senhor o chamava para a Companhia de Jesus. Partiu em Agosto de 1917 para a Escola Apostolica de S. Martin de Trevejo (Hespanha) onde esteve 5 anos, levando Seplpre a cabo e com bom exito os seus exames, com bom comportamento. Tendo concluido 011 5 anos de estudo na Escola Apostolica, parte para o noviciado (Oya-Hespanha) em Outu. bro de 1922. Ahi, tcve urna doença que o poz as portas da morte. Desde Janeiro até Abril de 1923 esteve sem se levantar e nem sequer jA se tinha de pé. Ja nào havia esperança nenhunaa. Oiziam os médicos que eatava tuberculoso e que nào escapava, quc se preparasse para a morte que em breve o viria buscar. Cheio de confiança o Rev. P.e Superior, A'quela que é chamada e com razlio Sa/.us inftr,;. morum promete fazer juntamente com a comunldade urna novena a Nossa Senhora de Fatima se se dlgnasse dar-lhe melhoras. Começada a novena começa tambem a sentir melboras. Terminada eia ja se levaotava. Depois velo ao Porto para se certificar da sua cura e todos os mé~lcos lhe disseram que estava restabelecido. PessOas que o conhecem, e que, és vezes vllo vé-lo, me teem dito que é um verdadeiro mllaitre. Hoje esta completamente bom. - ~ria de Nazaré, mlnba Irma, de 11 aoos de edade, tendo as pernas, do joelho para balxo, numa chaga, a notte as lavou con:1 agua mlraculosa de Fatima, e de manba, com grande espanto seu, vlu que as fogagens todas tlnham desaparecldo nao voltando a tel-as, - Margarlda Maria, de 7i anos, viuva, natural do Frelxoelro e moradora neste lugar da Pracana da Rlbeira (Cardigos-Maçao), tendo urna dOr num braço, de tal f6rma que o nllo podia levar a cabeça, e pon~o urna imagem de Nossa Senhora de FUima sòbre o braço, a dOr foi dlmlnulndo de modo que no outro dia ja estava sarada. - Joao Martlns Manso, soltelro, de 60 anos de edade, oaturàl e morador no lugar da Pracaoa da Ribeira o qual tendo um inchaço no joelb~ que o nao deixava ajoelbar, e

lavou com agua e terra de PAtltna O inchaço fol diminuindo e hoje oao lbe da incomodo algum. - Joaquina Nunes, de 53 anos de idade, moradora no lugar do Casalinho (Cardigos), estando um dia ae pé do lume e caindo-lhe para cima dum um grande madeiro de azinho que ardia, e nao podeodo eia tira-lo por ser de grande pèso, teve de esperar muito, até que lh'o vlessem tirar. Flcou o pé muito maguado, corno era de esperar, mas tendo-o esfre,ga• do com agua e terra de Fatima, logo no dia seguinte melhorou, e desde entào nuoca mais the tem dado lnc6modo. No dia 13 de Setembro eu vi o assombrpso fenomeno solar ao nascer ao rsol. Eu fiquei todo amarelo e Ca digos, que fica perto, tambem o vi amarelo. O sol espalha seus raios da cOr do arco iris e, desde que nasce até urna certa altura, v!· se perfeit11mente que o sol treme e tern ocasiOes em que se p6de fixar corno quem olba para a lua. Nào fere a vista, parece mesmo urna Hostia Consagrada. Mas em Maio e Outubro ~ que se observa bem o fen6meno ~olar e nos dias 13 é que isto se da, nos outros dias o sol ne subindo, subindo, mas nao se percebe nada de extraordinario. . O que é certo é que, segundo as coi6as que se dizem, fazem e observam, Nossa Senhora apareceu verd~delramente em Fatima, na Cova da Iris, para salvaçAo dos pecadores e deste seu tllo querldo Portugal. Pracana da Ribeira (Cardlgos), 14 de Setembro de 192-4.

pe

'so

Henrique da Silva louro Aluno do Seminario de Evora

Pediram e obtiveram gr.aque veem agradec&P

o••

a Mo••• Senhora do Roearlo da Fathn••

Em cumprlmento de promessa que fiz, venbo trazer ao conhecimento de

V. Ex.• algumas graças recebldas por intercessao de Nossa Senhora do Rosario da Fatima, pedindo para tlrer do que exponho o que julgar conveniente publicar, ocultando o meu nome sob as iniciaes L. A. L. pois corno V. comprehende, nào tendo atestados, ver-me-hia em embaraços pera responder numerosas perguntas que certamente me seriam feltas. No entanto, devo dlzer que sempre que ~ oferece ocasiAo relato o que se tem dado com!go p a assha prestar ~ Virgem Màe de Deus a Homenagem da minha gratidao e amèr. -= Recorrendo a Nossa Se11hora fitima para a soluçào d'um assunto que se julgsva justo, pendente havta jé1 muitos mezes, fui logo atendlda • pela Augusta Màe de Deus, pois dentro em breve tudo estava resolyldo satisfatoriamente, Indo eu com m,nba familia no mez seguinfe, Novembre do anno passado, a Fatima agradecer tao grande Mere~. Em fins de Abril d'c~le anno tive urna grande enfermidade. R~or-

as

·aa

=


rendo no dia 3 de Maio a Nossa Senhora do Rosario, prometendo que se melhorase até ao dia 8, me havta de incorporar na peregrinaçào d'esse mez a Fatima, tendo pedido a~ua de Nossa Senhora para beber, comecei imecUatamenfe a sentfr alivios, pr~ gredindo as melhoras de tal f6rma que no dia 9 estava cornplètarnente bOa. fui A FAtlma no dia 13 e apesar dos •trez àlas da viagem n~o senti fadiga alguma. = Algum tempo depois apareceùme em todo o corpo urna grartde erupçfio de pele, pondo-se,-me os membros inferiores verdadeiros cépos, e corno nff o melhorasse com remedio algum, comecei urna novena com agua de Nossa Senhora, constatando que ao 4.• dia estava multo melhor e no fim da novena completamente curada. =Urna filha minha esteve com principio d'urna congest~o. Invocando Nossa Senhora com grande afliçào, prontamente se sentiu melhoranclo. E1s muito resumidamente, as graças que a mim e aos meus a Virgem Nossa Senhora do Rosario da Fatima se tem dignado conceoer-"os. Tenho n'Ela grande con{iança porque mais e mais me convenço que nio é em vlo que a Eia recorremos. Oesculpe-me, etc. Aveiro, 8- 10 924. L. A. L.

Francisca Carola. casada, peixeira, de 29 anos de edade, moradora

,

no logar do Ribeiro da freguesia de Murtoza, sofrendo de um tumOr, e dçpois de ter consultado varios especiallstas que lhe aconselharam urna operaçao, prohibindo- a de todo e qua1quer trabalho, recorreu a Nossa Senhora de FAtima, bfbendo a agua co.m toda a devoçao. O tumOr desapareceu sem ter de recorrer a operaçlo. Maria dos Anjos Calçada, casada com Joao Maria da Silva, de 29 anas de edade, moradora no logar de Pardelhes da freguesia de Murtosa, tendo-lhe adoecido com febre repentinamente, um seu fllho de nome Joao Ma,la, de 8 anos de edade, e tendo eta ha tempo sofrido urna opetaçao e sentlndo se ultlmameute bastante mal, com recelo de se sugeitar a aova o~raçAo, recorreu a Ella pedindolbe a sua valiosa protecçlo o que conaegulu.

-----,---

P,J_edade Bunhtir8a, vluva, de 58

de eP,ade, negoclante, moradora oo

1otar de Pardefhas, fregueaia de Murtosa, sofrendp de urna e11torce nuna braço, consultou o médlco que nada lhe poude fazer e aconselhou-a a ir ao P.orto procurar um eeplciaUsta. Na noite da antevespera de ir a tima na peregrinaçAo de Agosto, e~ tando muito aflita, pediu encarecida111enle a Nossa Senhora que a alivlasee; porque desejava muito acompanbar a peregrinaçao. De manha apareceu completamente curada, o que ju1ga ser um verdadelro e grende milagi;e de Nossa Senhora.

P.,-

-~

D. Matia da Conceiçllo de Ca"stro e t.emos a'Alarctio, de Monternor-o-Velho, em doença bastante 1rave.

/060 luiz de Car'lalho, de Mjubarrota que tendo sua irmà Mar)a Gertrudes de Car.valho, gravemente enferma recorreu a Nossa Senhura do Rosirio promettendo mandt1r celebrar uma Missa, comungar na Fatima e publicar a cura.

Laurinda Marques, (Calçada Duque de [afOe!I, 41, LisbOa) salva do choque de comboios na Caruorosa. D. Maria luiza Dtl8ado, residente em LisbOa na Calçada do Moinho de Vento, n. 0 26 t. 0 cfferece 10$000 rels a Nossa Senhora do Rosario de f Atima, em acçao de graças pela cura de seu marldo que estando em perigo de vida, e jA desenganado dos rnédicos, com doença de coraçlio e paralìsac;ao dos rlns, bebeu com F.é agua dp Nossa Senhora da fAtima e ficou salvo. Maria Augusta Santos, Apoi onta Abuna, Rosa Marcellna, Joanna Al· meida, Alexandrina Bispa, Manuel Vareiro, Custodia Mattos, Maria da Annunclaçao Perelra, Maria José San• tos, Maria d'Oliveira, Maria francisca da Silva. Ascençllo Paaelra, Maria Jarina, Anna do Branco, Maria Rosaria de Pinho, o menino Natalino Lopes, todos da freguesia da Murtoza, em varias doenças e afliçoes.

-------.

Vlctor Fernandes, de Setubal, em uma doença de olhos e mais tarde em urna grande dOr de estomago, achando- se melhor depols de ter recorrJdo a Nossa Senbora da Fatima e feito uso da agu~ A famllia Harney, lnglha, resi· dente em LisbOa, multo reconheclda a Nossa Seohora vem do mesmo mo,; do agradecer graças recebidas.

No· mes das Hlmas O Veneravet Lulz de Blols conta o segulnte episodio: Um dia U!l} devoto servo cle Deus que elle conhelcla e de quem era muito aml,o fol visitado por urna alma do Purgatorio. Esta fez. lhe ver todos os tormentos que padecia. - ,Sou punlda, C!liz ella, por ter recebldo a divina, Euctiarls.rta com urna preparaçao lnsuflcienlo e multo tlbleza. Por isso a divina justlça mt; condemnou a este supllclo de fogo devorador que me coasome. • - ,Oh I eu vos conjuro, visto que sols meu amigo Intimo e fiel e 9uer.els continuar a sei-o, eu vos conjuro que comungueis 11ma 11ez em meu nome, mas com todo o fer.'lor de que fOrts c.apaz. Tenho confiaoça que esta fervorosa çomunhAo haslar~ para me livrar e que, por este meio, :ierao comP,ensadas as mlnhas culP,aveis frieras. » Este se aJ?ressou a ouvi( a Sfl,Jta Missa e a comunEar tao piedosamente quanto lhe foi possivel pelo re-

Abrigo para os doentes peregrinos da f.atima Transporte . • •.• 330:001 D. Maria da Conceiç~o Alcantara ...•...•...• 10:0ot D. Oertrudes Valente.•.• 20:00I 2 aoonirnos....•....•• 20:009 D. Leopoldina Lobato.... 1:000 D. Lucinda Soromenno••• 10:001 Soma ...•• • . . . 391 :OOt

\/oz da Fatirna Despezas Transporte. • • . 17:091:72.. Impressao do numero 25

exemplaret-). •

736:000

1 ltvro. . . . . . . . Expediçao e outras. . • 75 resmas dc papt:l. . •

t 1:ioo 8:,:aòo

(32:000

4.728:750

Soma • • .

22:G:, 2:970: Sulaacrip9Ao (Coc cinuaçao)

D. Maria Joanna d'Almeida Saldanha e Cruz . . • • 10:000 D. IIJa Branèiiio de Miranda 10:000 D. Maria Luiza Brandào Abccassis • • • • • . • 10:000 D. Maria Fausta d' Almeida Monteiro. • • • • • • • 10:ooe>· D. Ermelinda de Oliveira Braz • . • • • • • . • 10:000• D. Judith Braz Arsenio Nu• nes, . • • . • • • • . 1('\:009 · D. Maria da NatividAdc Mattos e Sil va • • • • • • • 10:000 D. Rosa Paes Vieira. • • • 10:0<>0 D. Sophia f)ias. • • . • . 1 5:000 ,

Manuel Maria da Silva. • • D. Maria do ~rmo da Rocha (2. 0 anQo), • • • • • D. Maria do Carino Armando D. Maria do Ceu Cardoso de Menezes Girao • . • • • Antonio Tavares Penacho •

José Jooquim aebelo • • • Manuel d' Aguiar • • . . •

10:000·

10:00<>

10:000· 10:000 10:000 ,

D. Maria de Louniles OUveira Souza. • • . • . • • 10:000 CarlO'!t de Sepulveda Veloso. 10:000~ D. Joaquina Antunes. . • • 10:ooe . D. Gertrude, Pinto Serrano 10:00• D. Maria Inada Serrana • • 10:~ Jose Henrique d'Oliveira. • 10:000 D. Maria Hrnriqucta da Camara .M;1galhats . . . • 10:000 • D. ~laria do Ceu Nunes. . • 10:00• D. Maria da Conceiç5.o Alcobia. . . . . . . . . . 10:000 D. Beatriz Nunes Mancira. . 10:000 D. trmelinda Braz d'Olivei-

ra • . . . . . . . . .

Fernando Dia'> Sardinheiro.

10:000 10:000

Centit:ria no proximo numero


Ano :IJI ~~

l

-

(COM APROVAç.ÀO ECLESXASTICA} AdualnJ•trador: PADRE M. PEPEIRA DA SILVA

Director, Proprie-torlo e Edt-tor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Compoeto e impresso oa Imprensa Comercial, 4

13 de Novembr.o 6

G 11

o dl: 1~3 de Novembro ultimo celebraram-se, em Flitima, na f6rma do costume, as solenldades re• ligiosas commemorativas das apariçòes e dos phenomenos maravilhosos de 1917. G O dia estava lindo, verdadeiramente primaveril, o ar tranquilo, a temperatura amena. Apenas de madrugada o frlo se fez sentir com urna certa inteosidade, impropria da epocha, anunciando estar proxima a estaçao in· vernosa. A concorrencia nllo se podla comparar de modo nenhum com a do més anterior, posto que ascendesse a al~uns milhares de pess0as. Havla mais paz e socego, a atençAo nao se dispersava por mii incidentes diversos que succedem com frequencia nas grandes agglomeraçOes de povo e a devoçllo penetrava mais fundo nas almas, fazendothes respirar um ambiente saturado de sobrenatural. Os doentes eram bastante numerosos, tendo alguns. vlndo de longe, em meios de conducçAo extraordlnarlamente incommodos. Entre elles atrahia dum modo especlal a attt:nçlo dos peregrinos urna senhora multo nova, de rosto emaclado duma pallldez cadaverica, cujas felç0es traduztam os mais cruciantes soffrimentos phlsicos e moraes. Edificava e co111movla prnfundamenre a sua fervorosa pledade, inspirada por urna fé viva e ardente e acompanhada de uma suave resignai;~o christa. A benç:io· dos enfermos foi, corno sempre, a cerimonia mais emocionanlt!. Era um espectaculo a que ninguem podia assistir sem que os olhos se lhe inundassem de lagrimas. 0s servitas e os ~eus auxìliares, sob a dirccc.;i\o dos re!pectivos chefes, prestaram tambem neste dia os seus vallosos serviços aos peregrinos e, especialme11te, aos enfermos. . Desde que essa benemerita assoc1açào de piedade e caridade se fun-

~

s, -

Leiria

uoAcçAo

E ADMJNJSTRAçlo

RU-(A D- NUNO ALVA.BES P:ER:Ell::RA. (111:.ATO NONO DE SANTA MANA)

dou e começou a exercer a sua acçao, para logo se reconheceu a sua benefica influencla no sentldo de estabelecer a ordem em todos os actos collectivos e de proporclonar aos peregrinos, e sobretudo aos enfermos que vAo a FAtlma, os mli pequenos serviços e obsequios que precisam. Prégou o sermao o rev. Perelra Oens, parocho de Ourem. A's cinco horas ja quasi todc,s os peregrinos se tinham retirado para as suas ltrras distantes, vendo-se na Cova da lrla s6mente um ou outro devoto dos logarejos mais proximos, rezando com fervor as suas ultimas oraç0es deante da branca e formosa estatua da augusta Virgem do Rosario.

V. de M.

Hs cnras da f étima Ent,e outras rectbemos as se~uin-

tts cartas:

ss.

111 dar Jouvores a Virgem • por tlo grande e miraculosa intercessao.

/. M. P. Maria da Piedade P.ercira. de Vlla Nova d'Ourem (Quinta da Caridade). Em junho de 1923 urna sua filhinha de 18 mezes esrava com a coqueluclie che~ando a estar desenganada do médlco. Tendo feito uso da agua e prometido qma Missa, que foi celebrada no altar de Nossa Senhora, em fevereiro, começou a melhorar. - M. B. P. C. B. L. vem agradecer a Nossa Senhora do f~osariò a cura de urna pess0a •que se entregou absolutanente nas maos d•ftta niio consentlndo intervençao alguma médica por querer que Nossa Seohora fizesse s6zinha o que qulzesae f A doença foi um grande caroço que durante mezea causou sofrimento e, aplicada a agua de Nossa Senhora dlariamente num penso, desapareceu por completo».

Maria Amelia dt /tsus

Santo Tirso 3/11/924.

Rev.1110

Sr.: Pedlndo para, por inter111édio da • Voz da Fatima• dar publicidade a esta carta, particlpa a V. o abaixo assinado, morador em Santo Tirso, de que sofrendo do coraçào e corno, na noite de 19 do mes flndo, me sentisse multo mal, julgando aproxlmarse a morte, no melo dos meus sofrimen tos atrozes, lembrel- me recorrer 4 protecçllo da Virgem Nossa Senhora do Rosario da fAtlma, de quem sou dev6fo, pedindo-lhe para me salvar e curar da minha doença, prometende eu. conf6rme as minhas p6sses. um 6bulo Virgem da FAtima, caso me salvasse. Cemo me tivesse senlldo melhor, depois da minha invocaçao Vi,gem, julgt,, com grande jubìlo da minha alma, que fui atendicto da ss.n11 Virgem, remetendo eu por essa razfio, a quaRtia que posso dispender, e caso Nassa Senhora me conceda o milagre completo da minha cura radical, eu tambem, n'essa feliz ocasiào, cumprirei outra promessa, igualmente corno puàer, e se me fOr possivel, irei 4 Fatlma peuoalmente agradecer e

a

a

Agradece a Nossa Senbora da P,tlma a graça da cura de uru irmlo que estava em perigo de vida com urna pneumonia dupla e uma pleure. zia, desenganado dos médicos. Oraças a Nossa Senhora de fAtlma hoje estA completamente restabelect-· do. Pede a pubtlcaçAo desta graça ~ra honra da Vtrgem Santissima. Porto 9/6/924

• E' com o malor prazer q•e tenho a dizer a V. Rv.111• qne uma pe1s0a da minha familia sabendo doa grandes milagres que succedem em Fatim~ e tcnlAo o marÀdo bastante doente, sem que os médicos conhccessc m a doenc;a, pois todos formavam dife rente opinilo uns dos QU• tros, !iem que nenhum lhe désse cura, ja de~ilu,lH:lo dèlxou de consultar qual\luèr médico e assim continut1va doeule, até que a esposa se lembrou de fllzer uma nov('na a NosSl !:>enhora do Rosario da Fatima, e 11inda n~o a tinha· terminado jA o m~rido se sentiu melhorar e boje esta completamente bom.


cwt; na Madelr.a, p.or multo

eu

Evangelho :

'Porventura vem a

lletrna para a meterem dehaixo do alqaelre ou debalxo do leito? Nilo,. I antes para se p~r sohre o candiei-

ro?

Mais uma vez agradeço os jornais, que vAo levar mais àlgumas pessOas

--ao conhecimento dos milagres que se vem dando, para maior gloria de Oeus e

da Santissima Virgem. Sou, etc.

Funchal, 35 l 1-924.

E/mina Corte• Marlaaa da Pu.rificaç/J.o Oonçalves Oeclara que estando gravemente enferrna, sendo preciso fazer wma operaç!o muito melindrosa, invocou com multa fé Nossa Senhora de FAtima e foi ouvida concedent1o-lhe N. Senhora a graça do bom exito da -0peraçlo. Pede pois para se publicar esta graça no jornal de Nossa Senhora de f atima, para honra e gloria da Mae -de Oeus.

Porto 9 16/924

tao inc6moda viagem: cair de joellws

pou-

cas pessOas eram conhecidos os milagrea alcançados pela valiosissima ntercessao da Nossa Senhor~ do cniario da Eitlma, mas urn~ amiga loha teve a ondade de enviar-me ~ jornal e asslm tive ocasiào de ~reciar a sua utilidade e quanto é necessaria a eua propaganda. Ji No!so Senhor Jesus Christo nos diz no

..

Pala Ivo I 8-10-924 .;renho urna noticla deveras agradavel a comunicar-lhe e é com a maior satisfaçAo que me apresso a isso ;>ois ~la é mais urna gloria para a nossa

M4e Santissima.

;T,endo jA Ido algumasvezes a que. senr:to a ultima vez no dia 13 do prezente mez, fOmQS algumas pessOas, entre elas duas doentes, aendo uma minha afilhada e urna IQifl.hl Intima amtga, que tinha um ' braço parallzado havia 6 mezes. !Mi• nha afilhada sofre de urna doença pulmonar de que nada ainda posso dizer; experlmentou algumas melhora , mas s6 ln<io ao médit:o podera ,aber as melhoras que tlm. ssa mtnha intima amiga, que, corno Il disse, tinha um braço paralizado havla 6 mezes, no dia seguinte da ili I f~tlma experlmentou bastantes rnelhoras, poaendo jéi lidar com o braço, graças a Nossa Senhora. essa menlna cujo nome é Maria da Piedade Sllva Rijo, mora no ùito lugar de Palalvo e desejaria ver esta

te santo lugar e

notlcia publicada, agradecendo desde ja a verdadeira ccente de Nossa Seotiora.

Marla da Soledade Nunes•

'Maria do Socorro Paiva, agradece a Nossa Senhora da Fatima um beneficio recebido. Pede para se publlcar esta graça no jornalzinho, pois assim prometeu a Nossa Senhora.

Hgua da f atima ~s pessOas que desej axem obt e r agua da Fatima e mesmo outros obj ectos ~eli~iosos, po-

a resa, sobre o po ou sohre a tama

As minhas impressoes Estive também em Fatima, corno é ja pt1blico, e pela vez primeira, no dia 13 de Outubro, 7.0 anivcrsario da ultima real ou suposta apariçaò. Fui la corno Mmples romeiro no cumprimento duma promessa que oa América do None, ha uns 3 anos, fizera. Falei oficialmente, melb0r, gritei umas quantas palavras à iocc1lèulavd multidiio que se apintiava diante do provis6rio altar. A isso me obrigaram, na ocasiao, os mcus amigos, aos quais é <lcver mcu agraaccer aqui a imcrecida honra .quc me conccderam. Vou dizcr cm duas palavras agrestcs, corno agreste é a Cova da Iris, as minhas pcssoais i_mpressocs, sem cuidar dc ser originai, nada se me dando de que sejom imprcssoes de mu1tos, imprcssot:s ae toda a gente. Ao ch l'gtr a Fatima pouco depois das 10 horas da manha, fiquei corno que csmagaao 500 O pC)O dum facto raras vczcs ob~crvado cm circun!>t.\n· cias favor.iveis e talvez nunca em circunslt\ncias corno aquclas: vi um ver· dai.iciro mar dc povo, de ambos os scxos, de tod~s as 1dades, àe todas as classes e posiçéh:s sociais; uns de joelhos, outros de pé; uns rezando, outros cantando; e·nes a confossar-sc, aquelcs a comuogar; uns a passear, outros sentados; quem a chegar, quem a partir;- e em tòdos uma indizivel sati~façao, um sur,crior contcntamcn· to, me$mo no rosto <ios que choravam, porque vi$ivdmente cboravam d.e akgria. Alguns artig)s 1cm anteriormente, cm t'ortug11I e Arnéric1 do None, rcfercntes a Fatima; confesso porém que cst:~-v.a b.em longe de supor o qùe prescnc1e1; Jt~lgava ex:,gcro o que agora se me 1mpunha corno esmagaJorn rea lidade. Comecci dc reflcctir •. [Prl'guntd a mim mesmo: quantns pcssoas cstarao agui? 100.000? 120.000 150 ooo? A rcsposta foi sempre esta: nao sei. • • ' E que logar é este? E' uma simplcs cova no planalto duma pequcna serra. Quc ha aqui que ver? l'edras, mato, arbustos, po; nenhu· ma bckza, nenhum tiumano atractivb. Que cominhos dao P(ra aqui? t.amìnhos dificeis. Que mèio'> de transporte tem esta gente? Porvcntura rapidos comboios, comojos elltricos ? Nao; éste povo incc1lculavel veio aqni .:le todas as pro'fincias do Pais scm adcquados meios de transparte, lutando com mii dificuldades, 1•clusiva a proibiçiio do Governo, e por isso mesmo na incerteza de realizar 11 s.aa aspiraçao, e objectivo uoic~ tle

da Cova da lria ••• Nao sera isto verùadeiramente fenomcnal, sobrenatural, divino? Que iman atrai ali C$te povo? Que iman o conserva ali, rezando e cantando tantas horas, e sem nen'huma visive! fadiga ? Eu pr6prio estive ali, junto do al• tar, dus' 10,30 da manba as 2,30 da tarde, qmhi sem dar por isso. Convém nao e$quecer que qual· quer Avè-Maria nos cansa .•• No dia 12 ja se calculavnm em 4?,ooo ~s pessoas que esperavam o dra segumte. Onde passariam a noite? Em confomiveis hotéis? ou, ao menos em barracas dc campanha? A's inclemèncias do te::mpo, quaisquer que fossero ..• Diglm o quc quic;ercm, menos que nao é éxtraordiniirio. . . Poder-se-ha explicor este facro pela s101.ples fé do povo portugués ? pela sèjc quc tcm de dias mais fclizes? pela sugestao ? Talvcz, mas nao me parccc: nao lhes faltam templos em mais fovornveis condiço::s e historicos oade desafogar a sua alma; e. por outro 1ado, seria urna sugcstiio' e inuto•sugcstao de 7 anos, em maravilhoso progresso, se!n propaganda proporcionada que a 1uc;t1tìquc. Entao aparcccriu, de facto cm Fa· tima, Santa Maria dc Pon ug I Santa Maria das nos~as batalhas? ' Talvt:z sim, e talvez nav..• . Nao o afirmemos categoricamente, que o sobrcnatural nao se supot!, prova-se; e falcccm-no., ainda p.rovas evidentes e autoridade para Jcllls julgar. Precisamos milagres scie11tificamente

auten.ticados.

Hogucmns i nsta nt~mente, fervorosnmente :i Senhora do Rosario de Fatima que no-los abtenha do Stnhor, cm beneficio dos nussos queridos doen• tcs.

Entrementes nao ousemqs também negE\r ~s apariçoes èie Fatima. Em que argumentos nos bascare• mos parn o fazer? Scjamos sinceros; na) os temos. Se o sobrcnatural se nao deve afir mor_sem provas, tambem 5cm rrovJS se nao deve :1cgJr. Enqua nto se vai es teda ndo · o problema - e bom é se s.:stuJc a va1crdeixemos o bom povo p1.>rtuguc,1 na sua piedosa crença, que tantas e tai, ' maravilhas vai produzindo . .• Acusar.-nos-hao dc fanatismo? 4

Quem? 0s famiticos de idiais, por vezes subvcrsivos, estércis de todo o bem e tecundo~ em muitos males. Coimbra, 17-X-92,+ P. Rolim. (Do Boletim l\tensal da Ordcm Terceira).

llm fim de anno Mais

um

anno que desaparece no

abtsmo do pa~sado I .. D'aqui a dias diz-5e-ha:

aqu.i laz

1124 . . , Olreis: «tenho mais um anno ....... Nàò, nao tendes; teades um anno

aI menos.

1


' ~OJit;

Este anno que desaparece olo é voaso. f oi-se, morreu; n:lo voltarA mais 1 No entanto é preciso distingulr: .este anno é ainda vosso, podeis contai-o no vosso actlvo se foi bem tm• _preeado. E' ainda vosso se esta lnscripto IA em cima no livro da vida. Nao é vosso, porém, se elle fol mal RDsto, se o perdestes, se estA inscri• pto lt em cima no livro da morte. E..• que vos parece? É, ou nAo é vosso este anno que estA a acabar? Lançai reso1utamente um olhar para traz e com a mào na consclencia respondel com franqueza. O .dia vae jA a declinar: corno tendes passado a tarde? Parece- me que vos ouço responder: < Nào tenho felto nada de vafor •. -Nào tendes feito nada. Portanto, urna tarde perdida. E a manha? - A manha••• meu Deus I fiz o mesmo. - Port,anto, urna ma11,'w perdida. Urna manha, pois, e urna tarde, isto é, um dia perdido. • E durante a ultima semalla que tendes felto? -Corri, brinquei, rl. A respelto de trabalho utJI, nada•. - Portanto, uma semana, isto é, .sete dias perdidos. E quantas semanas tendes passado assim? Talvez cincoenta e duas, ou seja um anno. E quantos annos? Trinta, quarenta? Tereis talvez trabalhado com o fim de ganhar dinheiro, fereis estudado, obtido urna situaçao de desfaque na sociedade••. Isso, porém, nao basta. Com que Jntençilo teodes feito tudo isto ? Para obter gloria no mundo, gloria que se esvae corno o fumo? NAo fol para isto que fostes creados e postos no munclo. E' necessario agir, operar com os

JJllios em Deus. Se nffo••• perdestes o anno.

Phot_og-ra1>hia, " O nosso cotaborador sr. V. de Montello encarrega- nos ile ·solicitarrnos por esle mefo dos nossos presados lettores que possuam photograpbias das cerimonias rellgio~as realisadas no locai das appariçOes, a subida fineza de lh'as emprestarem por atgum tempo, para a publicar num livro que traz em preparaçao, dlgnando-se envi!i~las com a possivel orevidade, para esse fim, ao rev. Manuel Pereira da Silva - Camara Eclesiastica - Leiria.

Um jovem de vinte annos, ferìdo mortalmente em umas rixas, vivera sempre no vicio. A sua pobre mlle, vendo-o prestes a morrer, quiz falar- lhe de Deus, o que o fez blasphemar horrivelmente a ponto de procurar atirar a cara da mae com os objectos que apanhasse mao. Esta calou-se, mas olhou para urna Jmagem do Sagrado Coraçao, que

a

da Rti.-tlma.

estava na parede e correa em dlrecçAo é egreja. ~

Ahi, por toda a oraçlo, pronunclou apenas, com fé, as segulntes palavras imitadas do Jadrao arrependido: ,Senhor, no vosso relno, tende piedade de meu filbo e nao o dei• xeis perder para sempre.• Voltando a casa, com sorpresa sua, o filho, em atitude pledosa, lhe

diz: -Minha mie, diz élle mostrando a lmagem do Sagrado CoraçAo, Elle disse-me: cHoje estan\s comigo no paraizo.• Era a resposta do Salvador ao bom ladrao, completando a oraçAo da m:le. Pedlu um Sacerdote, contando a seù pae, lrupio como elle, as palavras da visao. O filho morre com signaes de predestinado e o pae vive depols corno bom christao. Passou se isto em New York e vem cltado no Petit ·Apotre du Sacre Coeur de M. f ebvre.

Abrigo para os doentes peregrinos Ha Fatima Transporte • • • • • 391 :000 D. Maria Jos~ Martins Contreiras Bandeira. • • • • • 10:000 D. Elisa Caetano Martins Pereira • . • • • • . . • . • 100;000 D. Antonia de Figuelredo Nunes de Carvalho . . • . 5:000 Gilberto f ernandes dos San-

tos . . . . . . . . . . . . . . .

20:000

Soma • • • • • • • • •

526:000

- Sào da Beata Teresinha do Menino Jesus as seguintes palavas : , Nao é por ter sldo preservada de pecado mo, tal que eu me elevo a Deus com confianca e amor. 'Ahi ~into que ainéta que tivesse'a pesarem•me sObre a consclencla todos os pecados que se podem cometer eu nào perderla nada da minha confiança e iria, com o coraçllo partido de dOr, lançar-me nos braços èfo meu salvador. Eu sei que Elle acariciou o filno prodigo e tenbo nos ouvidos as suas palavras a Santa Magdalena, ~ mulher adultera, .i Samaritana. Nào, naéta me poderla desviar, porque eu sei avallar o seu amor e a sua misericordia. Sei que toda esta muhidio de ofensas se desvaneceria em um abrlr e fechar d'olhos corno urna gota d'agua em um brazeiro ardente. Conta-se na vlda dos Padres do deserto que uni d'eles converteu urna pecadora publica cujas desordens escaodalisavam uma regiào inteira . Esta pecadora, tocada da graça, segula o santo para o deserto para abl cum prir urna rigoroSA penltencia, quando na primeira noite de viagem, !lntes mesmo de ter chegado ao logar do seu retiro, os seus laços morlaes foram quebrados pela lmpetuosld.ade do aeu arrependlmento cheio de amor ; e o so~itario viu no mesmo instante

a sua alma ser levada pelos anjos ao selo de Deus. Eis ahi um exemplo bem frlsaafe do que eu quereria dlzer, mas eatas cotsas n!o se podem exprimir.•• Ab t se as almas fracas e lmperfeltas, corno a minha, sentissero o que eu sinto, nenhuma perderia a esperança de atingir o cimo da mootanha do Amor, pois que Jesus nio nos pede grandes acçOes mas someote o abandono e o recPnheclmento>,

Dois lares que nào se parecem Durante mais èfe trJnta annos o Rev. Paroco da freguesia de X • •• se tinha desempenhado com aquela dedicaçao, zelo e abnegaçAo que poucos coruprehendem e que, sendo o apanallio distlnctivo dos minlstros do Senhor, as vez~s Hio desconhecidos ou calumnlados, passa despercebH1o dos olhos do-mundo. Se alguns, As vezes, se riam da alegre simpllcldade do seu Paroco, olio havia ninguem que n!io Jhe tivesse urna grande veneraçao e profunda es• tima. Este respeilo e ~feiçAo manifestavam-se principalmente por occaslao das suas vlsltas pastorl\~S. Era um verdadeiro pae para as suas ovelhas e estas receblam-no com uma alegrla filial. Todos s~bèm que elle vìnha levantar, dar co{agem, abençoar. Todo o Ola p pastor tioha andado em visita ao seu rebanho. Urna a urna, as farnllias 1am ouvin• do conselhos paternaes, palavras de • salvaçao, que dOces como o mel, lam caindo dos seus lablos. Cançado, ofegante, parece que o ancllio tinha dlrelto a voltar a casa para descançar um pouco. Havla alnda porém, duas famillas que esperavam a sua visita. Nos dola lares elle gucr ir alnda espalhar consolaçlio, coragem e felicldade. Silo porém dols lares que nffo se p4reeem. O prlmeiro é o de um ho nesto trabalhador. Casa humifde, moveis modestos, vestidos acejpdos mas P,Obres. E' a casa d'um operario. • Quantas vezes o velho Paroco observani:!o· o ar de contentamento que ali tra_nsparecla na cara de todos tem dito, ao entrar paquela casà: «corno esta familia me faz lemocar a Santa familia de N azareth I> O senhor é fellz (pergunta elle ao dono da casa), nllo é? Tanto quanto se pode ser, responde este com promptidao e natura1ldade, E' verdade que trabalho toda a semana mas ~uahdo vem o dia do Senhor, digo ferramentas: descancem para ahi que é hoje o dia de Deus, e todos n6s, eu, mulher e filhos, vamos d Missa. Agradeceinos a Deul' a semana que passou e pedimos a bença.o para a semana que começa. e E devo dizer a V. Rev .• que, desde aquelle formoso sermao sObre a comunh4o frequente, depnis que nos, uns pobres rusticos, tem os cQmungalifo todas as Remanas, par~c.- que a nossa ca~a estA embabamad11 e rescende com a r,resençn ili• •t· us. A nos~a ~.legria é mais l nonlcatlva, ha mais facilmenh! t!11 tre 116s

as


:V-oz dn. Eti.tima troca de sorrisos amavels, ategria pu,a. »

O Velho Paroco nlio queria screditar nos seus ouvidos em face da grande fé dos seus humildes parocbianos e agradecia a Deus a fellcidade que concedeu ao seu coraçao colocando algumas flores nos sacrificios inevitaveis do seu apostolado. N!o se cansa de contemplar todo essa creançada que o rodeia. Em seus olhos llmpidos esta todo um ceu transparente e aquellas frontes j6vens resplandecem corno a aurora d'um bello dia. Este anno o mais velbo recebeu pela primeira vez em seu peito palpitante o Rei das almas, Jeaus Christo. E depois d'isso, cada do!Ulngo, o vé voltar ao divino banque-.

te.

Os sorrisos ~e amigos perverso,, as palavras zombeteiras, exemplos maus, tentam As vezes aba lai-o, mas elle vae- se conse1 van do firme com a ajuda do Pao dos fortes. E' o tipo do lar christl!o e a famiUa que ahi habita é o tipo da ramilia fell.i. - D'ahi P.assa o velho Parocho a outro far que 1/l!o se parece com o preceamte. Depois das s.audades retrlbuidas a medo ao venerando visitante, começa a seguiate conversa: e Porque é que nuoca os vejo a Missa aos domlngos 7• , e De pois de ter trabalhado toda a semana corno um escravo, respoode o pae, preciso de descançar e recuperar as mlnhas forças.• Queixae-vos do cançaço, meu ami• go, respondeu o velho Parocho, mas .nAo ignoraes de certo, que Nosso Senbor n!lo pensou no seu descanso quando sofreu por n6s: e n6s iriamos regatear-lhe urna meia bora cada dom1ngo para ir recolher o fruto do Santo Sacrificio da Missa 7 cE a sua mulher, ajuntou o P4· roco, porque n!o vae a Missa ?» - « Eu, tenho de fazer o almoço, 1 Missa demora muito e quando venho ja é tarde para pOr a panela ao IÙìne. · -•Mas a alma nAo deve estar prtmeiro que o corpo ao menos ao Domingo, dando-lhe a comlda espirltual que lhe é necessaria? Oevemos pensar no corpo, é verc!ade, mas a comtda podla Bear pre• parada de vespera ou levantar-se um pouco mais cMo•. A todos, finalmente, eaposos e filboe, que seguem, lnfelizruente, o exemplo dos paes, o zeloso pastor disse:• Se tivesseis um pouco mais de amor a Deus todas as dlflculdades se aplaoariam e nAo faltarlels 4 Missa. No dia em que Oeus se importar tanto de vos corno v6s vos lmportae& com Elle, que vos acontecera ?» No lar chrlstllo e praticante relnam a paz e a felicldade, no outro d:lo-se todos os dias scenas infernaes. Hoje é a m1le que se zanga porque o marldo lhe nào satisfaz os caprichos, amanha é o marido que, depols de ter afogado a raz!o em vinho, fara ouvlr expressoes de colera e horrivels blaspher11ias a perturbac o sllenclo da nolte.

Palavras do ìlustre Sacerdote • escriptor que foi Senna Freitas: «Jesua, o inefavel convin, é filho de qoa familla e de paes nobres pela ascenilenc1a .•• sej.imos polidos. Niio usemos para com El.le da grave tlescortuia de que niio usar1amos para c~m um titul11r ou cavalhdro 4ualquer da simples burgutzut, que nos vics!e vi:;itar a nosaa casa. Certe mente que -o receberiamo, com ~rbanidade, o mandariamos scntar e lhe fariamos sala com os molhorlls termos dt um carinhoso agasolho Façamos sala ao filho de Maria ao m~nos durante esse corto eip11ço cm que 11tra1do pelo amor e pela formula sacramtntnl és especies do piio e do vin ho, est~s permanecem incorruptas no nouo mtenor.•

Voz da fatitna Deepezas Transporte.. . . . Composiçao e imprcs• do 11. • 26 ( I 9500 cxemplarcs). • • • • 448:500 Expcdiçao e outras dcspezas. • • • • • • • _ __8o:ooo

sao

Soma • . ,

23:181:470

Subsc ..ipçao (Con tinuaçlio)

Madame Lindley Cintra••. Madame Cintra Btbiana .•. U. ~laria Emilia dc AlmtiJa

10:000 10:000

e Brito. • • . . • • . • •

10:000

D. Maria Eduardo Vasques dir Cunha (3.• anno) .•• Herculano Francisco Barbosa. . . • . . . . . . • . D. Maria Adelaide Abreu .• O. Berta da Silvlf Bruschy . D. Gervasia de Andrade Costa (2.0 anno) ••••••• Dr. Oomingos Mégre . . . . P.e Manuel Mattos Silva •• D. Maria de Castro Crespo Franco Frazao. • • • • • D. Maria do Carmo Barata. Virgilio da Silva Martins •• Manuel Rodrigues dc Sa Esteves. • • • • • • • • • •

Manuel Gonçalves ••••• Manuel d'Oliveira Borgcs . . O. Carolina Alves Nobrc •• D. Maria Beatriz da Fonseca Pinheiro Guimaries, • O. Guilhermina da Cunha Barbosa. • • • • • • •. • José Alves Lopes ••••••

10:000 20:000 10:000 10:000

I 2:000 I 2:000 12:000 12:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

ro:ooo IG:000

O. Maria Martin, Proença

Ferreira. • • • • • • • • Luiz Maria d'Oliveira • • • José Ferreira Mello . • • • • O. Stveriana d'Assumpçao Lino • • • • • • • • • • p,e José dos Santos Palri•

10:000 10:000

10:000

nhas • • • • • • • • , • ,

10:000 10:000 195:000

O. Carolina Rosa. • . . • . D. Maria Emilia da Cunha. Antonio José Valente (2.0 anno) • • . . • • • • • · Antonio Cannas (2 °anno). D. Deolinda da ?llaia Abrnntcs • . • • • • . • . · •

D. Rosa Marques Arada . •

_,... D. Belmira Pestana . • • . José Bazilio Pestana. . •• D. Amelia de Jesus Cordc:iro Sepulveda • • . . . • • José Jonquim de Mcndonça. José Antoni,s:, Carregue. O. l\laria do HQsario Romao O. Anna Patrocinio Ncvt.s • D. Maria Preciosa. . . • • Antonio Cesar d'Oliveira •• De jornats (:\lgr. Ponugal).

10:000 10:000

10:000 13:500 13:500

5:000 10:000 10:000

20:000. • 20:000 10:000 10:000

9:000

Dt: iornacs (Mari11 da Natividade) • • • . • • . . • Luiz Barnardo FernanJes • Condessa do Paço de Lumiar D. Maria Fiorentina dc Vila Lobos e Moscoso • . • • Marquez de Santa Iria. • • Manuel d'Oliveira Martyres Heorique A~aria dc Cisnei• ros Ferre1ra • • • • . • D. Mathilde Clara da Fonseca . • • • • . • • • • D. Julia Maria Galvlio. • •

D. Cecilia Castro Pereira. • P.e Francisco da Silva GeaJa Dr. Joaquim Tavarcs d'A· raujo e Castro • • . • • O. Maria do Carmo Tavares de Souza Cerne. • . • • D. Maria Ismenia Ruela . • O. Maria Candida Brandiio Abreu Freire. . . • . •

14:000 10:000

10:000 10.000 10:000 10:000

10:000

lO:ooo 10:000 10:000 10:000

10:ootl ro:ooo 10:000

10:000

D. Guilhermina Dias Vaz da • • · •

10:000

O. Rosa Antonia Valente de Almcida. . . . • . . • D. Gracinda da Silva Trints. José Manuel F e r n a n de s

Silva . • • •

10:000 10:000

Rendeiro. • . • • . • • •

10:000.

D. Maria dc Je us Pinho Cardoso (2 • vez) . • • . • Laura d'Oliveira (2.• vez} •• Maria de Jesus Pir6a (2.• vez). • • • . • · • • •

S!OOOl

5:000

5:000

Manuel José Pereira ••••

5:000-

Piedade Bunheiroa ••••• Manuel Antunes . • • • ,

10:000 10:000 15:000

Guilherme Henriques • • • Donativos (Joao ~aulo da Sil va • • • • • • • • • • O. Amelia Duarce Carval~10 O. Clementina Maria Re1s

21:000 10:000-

e Silva.•••• • • • • •

10:000

10:000 O. Maria Ribeiro Seixas • José Antunes Junior. , • • IO!OQO Alexandre Simoc:s . • • • • 10:00020:000 Leonardo des Reis Baiao. O. Irene Rosa • , • • • • • 10:000O. Maria Luiz.a Vilhcna Coutinho • • • • • • • • • • 10:000 O. Amelia Martins •• • • • 20:000•

10:000

José Manins . . . . . . . . O. Maria Fernando Santos. D. ~1argarida Ferro Guima· raes. • • . • • . . . · · José Fcrnandcs d'Almeiùa (2.0 anno) . • • . • • , · • .

Marcolino Gomcs • • • • • O. Rosa Amdia da Silva •• O. Maria das l>ores Sobrciro Jordilo • • • • • • • •

10:000 10:000 10 :000 I 2:::,00 I 5 :()00 I 2::,00

5:000 5:000

_ _ _,.....J._,

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Eate Jo .. nalzlnho, q u • vae aendo tao querldo e procurado, é diatribuldo

gratuitamente e111 Féti111a nos dias 13 de cada mAs. Quem quizer te~ o dlreito de O receber..., dlrectamente pelo e or re I Dr tera da euviar, adeant•damenta, 0 minimo de dez mli réla.


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LEIRIA, 18 de .Taneiro de 1.0.QlS

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(OOM AP.ROY.:A.ç.À:O EOLESIASTIOA) Adm1nlw'tradors PADRE M. PEFEIRA DA SILVA

Dlreo-tor, Proprie-tarlo e Editor

DOUfOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impreuo na Imprensa Comercial,

13 de Dezemoro

·0F

ORMOS:0 ;la de Inverno e um dos mais fprmosos do corrente mh de Dezem~ • bro fol sem duvida o dia 13, commemorativo das appariçòes e fenomenos maravilhosos de 1917. A noite anterior, illuminada por um luar sua• vlsslmo, sem urna nuvem no ceu, sem uma aragem na terra, tinha deliclado a ìmaginaçao e encantado a alma. A' noite magica de seductor encanto sucedeu o dia esplendido, banhado de luz, irisado de mii cOres, estuante de vida e movimento, a lembrar aos homens- a ressurreicao gloriosa ap6z a morte e a immobilidade do sepulehro. O tempo magnifico, quasi primaverll, parecia convidar os fieis, de longe e de perto, a ir visitar o humilde sanctuarlo d' Aquella que os pastorinhos de Aljustrel affirmaram ter aparecido em f atima para bem de Portugal. • Effectlvamente muitos grupos de peregrinos se dirigem para a terra bèm 1Hta, onde pousaram os pés sagrados eta Augusta Mlie de Deus. Em frente do altar recentemente construido estao dispostas muifas dezenas de doentes, formando numerosas filas. As missas succedem se umas 4s outras, celebradas pelos sacerdotes que previamen te se inscreveram para esse fim. Na sach ristia alguns' sacerd otes ouvem de cou fiss4'1 homens e rapazes que nao ti veram .occasilio de se confessar antes d e inicio r a sua via-

a Sé -

I .eiria

REDACçAO E ADMINJSTRAç.fo

:RUA D. N'UN'O ALV.A:.RES PE:REI:R.A. (BEATO NIJNO DE SANTA. IUIWA)

nadamente com o povo, intercalando-o. de jaculatorias e de supplicas pelos doentes. A comunhao é pouco numerosa, porque muitas centenas de pessOas

des e de Maria das DOres Fernandes Rendeiro, de Murtoza (Pardelhas), _ assignantes da Voz da 'Fdtima, que tendo adoecldo co m urna bronqulte, tosse e muita febre, a ponto de

:

- gem.

as

Os fieis qutr assi$lt!m mlssas rezam ferv otosamente as suas oraçOes e guardam o mais profo ndo silencio. Ao mei l dia e mela horv, depols d e se cantar o Gredo, rez;\-se a ultim a missa , a missa dos enfermos. E' ent!o quc a oraçào be torna m ais in tensa e fervorosa e se eleva mais irreprimivcl para o Ceu.

Recita· se o terço do Ro1tario alter-

-

CAPEL:INHA DA COVA DA IRIA, .:om seu alpenùre em volta, vista de frente

tinham jl comungado durante as outras missas. Terminada a missa, da- se inicio a bençilo dos enfermos, cerimonia comoventlssima que arranca sempre lagrimas dos olhos dos circunstante s. Depois da bençAo geral precedida do canto do 1antun trgo, s6be ao pulpito o rev. Dr. Manuel Marques dos Santos, que durante vinte minutos consegue prender a attençao do audi torio. A's cinco horas da tarde ja se via quasi deserto o locai das appariçoes, p_ont@ de conver g@ncia das multidoes sed entas de lu z e de paz q11e debalde procuram no meio do bulicio do mundo e que s6 cncontram aos pés de D eus junto da Virgem bcm-

dita. V. de M.

Hs curas da f étima O/Jtiveram eraças qae n conliecida-

mente veem agradecer a N ossa Se· nhora do Rosario da Fdtima: A menina VirEinia, de 3 annos de edado, filha de Joào Carlos Fernan-

olio poder tornar alimento, urna pessOa amiga da mAe da menina e mttito devo ta de Nossa Senhora da Fatim a, vendo a consrernaçao em que a mae se encontrava, pois que nao tem 0 1.Hra filha, dlrigiu-se a Nossa Senhora do Rosario da PAtima, eo tempo em que se estava a rezar o) terço, no dia 22 de Outubro, dizen:. do com muita (é: cO' Mlle do Ceu que vos dignastes apparecer na fAti~ma, d ignai- vos tambem curar a menina Virginia.• Prometeu, ao mesmo tempo , rezar o Rosario, com 15 meninas d a ca tequeze, rezando cada um a a sua dezena, e dar a menlna Virgin ia a cada menina uR1a estampa de Nossa Senhora da fatlma. Nossa Senhora dignou- se ouvir ai mlnbas humilues préces. A ntes do tem po marcado para a cura ja a menina estava• cu raùa e j a, fol ~aw,feita a promessa • no diu 30 de Novembro. E111 cump rimento da prom essa malìtln-sc uma e ffetLa , bem pequenina, pélrn o cu lto. • Nào calcu la (diz a 11o.ss& i oformador~) como foi lindo assillfir recitaçOcs do te rçu pelas 15 mcniAas I Dizia-lhes eu: • V6s soill as pasto-

a~


,

tinhas qae estlo a re:zar I• Ellas intusiasmaram·se tanto e rezavam tllo alto que se ouvla pela praça f6ra I

NAo fol o terço, foi o Rosario. Cada menlna nomeava um misterio. Que llndol•

Anna /oaquina Rodrieues,

viuva,

da Murtoza (Ribeiro), atualmente na America, que estando muito doente

e longe da sua terra, recorreu a Nos~

sa

Senhora do Rosario da F.atlma que se compadecesse d'ella pois estava tllo longe da sua màe e mais famllla l Nossa Senhora do Rosario di· gnou•se ouvlr a sua préce. • Multo reconhecida agradece a Nos· sa Senhora e manda urna oferta para_ o culto.

Maria de /esus Fral{oso, casada

Murtoza, assignante da Voz da Fatima, que estando proximo o seu parto, pediu com fé e devoçAo, a Nossa Senhora do Rosario de f atima, de guem é multo devota, que lhe conce.. dece a sua ~aliosa protecçao naquela hora. f 01 attendlda, pois nào podia ser mais feliz. Chela de fé e re.. conhecimento para a Santissima Virgem de P.itima que se dignou ouvir a sua supplica. E' pois com satisfaçao que cumpre a sua pcomessa, remettendo urna pequenlna off~rfa para o seu culto, pedindo a publlcaçào na Voz da Fdti-

D. Clciti/de Raposo de Souz,z d' Alte, de Alemquer ( Quinra da 80a Vista) em cuinprimento de uma pro· mesl:la peJe a publicaçao de uma graça quc., Nossa Senhora lhe concede111 rcst11ui11do a sau Je a seu marido.

R:Jsl Pirzlieiro, (,je Santo Tyr· so), que tendo um abcesso na gar· ganta quc ~reclsava ser <>perado, cstando !sso J\ combinado com os médicos, mvocou na noite antecedente com fervor Nossa Senhora Ja f all-

O. P. ( Praia de Ancora), reconheclda a N. Senhora do Rosario da Fatima por um favor recebido nu111 momento de afliçllo, desejo ver publlcada e~ta graça para honra e gloria de Deus e de sua Màe Santissima, enviando urna pequena quantla para auxiliar as despezas do culto.

D. Maria lzahtl de Saldanlia, da Louza, que tendo invocado e recorrido a Nossa Senhora da Fatima em urna grande afliccao, promettendo publlcar a graça, agora vem aeradecer esta e outras graças recebidas.

O. F. F. ( Praia de Ancora), agradecendo a N. Senhora do Rosario da Fatima a sua valiosa prolecçao, num momento em que a lnvocou, -envia urna pequena quantia para as despezas do culto.

D. Maria da Purificaçao Oodinlzo, de LisbOa (R. da Estrela, 17-

A. R. 'P . M. (Ancora). Em acçllo

-A mesma, havla 6 annos que sofcia de uma doença, estando desenganada dos médicos, chegando estes a dizer que ella nao voltarla a s11,· de casa, recorreu a N. Senhora da Htima prometendo publicar a graça da sua cura, achando,se agora de saiide. -A mesma pediu e obteve de N. Senhora a cura dc um Sacerdote doente que fazia muita falla. Além d'esta~, de muitas outras graças se reconhece devedora a N. Senhora enlre as quacs esta a cura de D. Maria Macleira, promettendo, se e,;ta melhorasse, vir de UsbOa a Fatima a pé. N~o lhe sendo isso permittido pelo seu director esplritual, ira a pé desde Leiria.

Maria do Cormo Tavares, casada,

am

Urna anontna de VIlar de Besteiros, qt1e tendo uma Irma que du· rante annos sofreu immenso dos lntestinos, segulndo-se anemia, neurasthenla e por fìm intercolite e ulcera no estomago, que a prlvou de se • alimentar normalmente durante sels mezes, agora se encontra bem.

5.0), que tendo-lhe o médico dito que devia ser operada em um joe• lho, prometteu duas velas de cèra a N. Senhora e urna novena de mortifica\òes e ComunhOes, lavando a parte doenfe com agua da Fatima e melt10rou antes de acabar a novena.

ma.

Maria ]vsl Pata, casarla com Sebastiao Rl>Urignes Praia, da Murtoz;i (P.Mdélhas), que tenda uma grande çAo ua iua vida que lhe caus1va mu1tos desgostos, recorreu a Nossa Senhora da Ratima com muita fé, e logo fol attfndida. Em cumprimento da sua promessa manda u1111 pe,1uenina offorta para o culto.

um filho, n1o podendo obter agua da-.. Patlma. se lembra de joelhar deante de urna estampa de N. Senhora da Fatima levando-a a heijar ao pae.

~~,...,.-~----=-~

com Manuel .Tavares Rebimbas, da

com Antonio Tavares de Souza, do Bunhelro, que estando multo doente, com uma dOr multo forte, pediu a Nossa Se11hora do Rosario da Fatima que lhe valesse em tào grande i ffli. çao. No mesmo dia se sentiu melhor desaparecendo a dOr, ainda que continue doente mas com algumas melhoras. Chela de fé e agradecimento, para corA Nossa Senhora do Rllsario da P~tima, renJendo, lhe grac;.as de a ter attendido nas suas préces e pe'.J indolhe de novo a cura da sua doe~ça, ae fòr da sua Santissima vontaJo. Em cumprimento da sua promessa, manda um:i pequenina ofelfa para o culto de Nossa Senhora.

ma e o abccsso re6enfou aem lntervençao médlca. Prometteu poblicar a graça recebida, manaando um pequeno donativo em acçllo de·graças.

de graças por um beneficio que se dignou conceder-lhe a Virgem da Fatima,. envia urna quanlìa para auxiliar as '1espezas do culto, desejando ver na u: Voz da Fatima• esta graça para honra e gloria de Deus e de sua Santissima Mlle.

Urna connersao « Cucujàes - Seminario das MissOes Ultramarinas, 5· l · 1925. Sr. Director:

« ... Apesar de a Voz da Fdtinza ser ainda pouco conhecida na Madeira, como V. Rcv.• sabe pelo relato da Senhora D. Elmina Corte, transcrito _ no ultimo numero, algumas pessOas teem ja ob lido graças por intermedio de N. S. do Ròsario. Entre estas, durante o ano frodo, sei que em Càmara de Lobo~, terra da minha naturalidade, ol>teve a grhça de perder o execravel vicio do alcoolismo um visinho dos meus pals. Era um alcoolico con~umado e arrulnado pela terrivcl aguarctente que o minou e, alnUrna anonima de Coimbra (Lada novo, o le~ou ao tumulo. deira do Seminario) t'lgradece agra-· • Ainda na ultima doença, n~o obsça qu~ N. Senhora fez a urna pessOa tante a prc ibiç:lo do médico, ingerla que a rnvocou em urna afliçào grande. o abomìn11vel liquido. Urna visintia sugeriu mulher desse infeliz que, Manuel Maria da Silva de Visem ele ~~ber, misturasse algumas la franca de Xira, que sofrendo gOtas de a~ua da F~tima a < poncha • sua esr.osa havia muito tempo dOres ( mlf>lela de aguardente, agua e asno est9mago que nao lhe permitiam sucar) gue ele costumava beber • • alimentar- se devidamente e· bastante Fez a m11lher corno a vislnha lhe inflamado, der,ois de ir a Fatima em tinha aconst'lhado. Da primeira vez Maio ultimo e ouvindo contar as torROJJ-a, mas di\ segunda, quanao a assom.brosas curas feitas por: interesposa a preparava, disse- lhe o doencessao de N. Senhora da Fatima a te que lhe tiras!)e aquela abomlnavel invocou com fervor no intimo 'cto bcbida para loage da vista e que seu _coraçao e bebeu da sua agua, nunca mais a queria tornar, pedindo sentmdo pouces dias depois desaque nunra mais lh'a apresentasse, parecer a inflamaçào, achaodo-sccumesmo que ele um dia a viesse a perada. dir. Dias depol-. o filho levou-lhe Manda celebrar um1 Missa na para casa urna garrafa com a terrinl tima em acçào de gr.iças. aguardente, que tem sido a desgraça e ruina de muita· gente ; logo que o Maria dos Santos AnnibaJ de doen~ viu sòbre a me , a, ordenou Athouguia da Balcia, em pefigo de que a deitassem pela janela f6ra. vid.1. com unrn pneumonia dupla, A intervençAo de N. Senhora foi sentiu melhoras logc, que tomou mais além : pois essa infeliz creatura agua da Fatima. nAo frequentava n Egrtja havia ao menos dez anos, parecenòo querer /osé Vicente Rodri(ltUs, da Sermorrer impenitente, porquonto resra d'_El·R~i, rambem com urna pneu- ·' pondla com evaslvas a quem lhe fimQnta, nao se lhe esperando melholava nos Sacramentos ; - contudo ras, scntiu-se melhorar apenas que

a

Pa-

J


· Vo~ da Fé.tl:me. sabta ser critico o estado da sua

doença. Porém. logo que bebeu a «poncha» com égua da Fatima, mandou cba· mar o Péroco. Confessou-se e comungou por vArlas vezes com santas disposiçl>es, at~ que morreu na paz do Senhor. Subscrevo-me, etc1

Agostin.ho Martinho Vieira»

(Hssistamos aSanta Missa A Santissima Trindade ahi nos es~ pera para receber as nossas ,home• ttagens e nos encher das suas bençAos. Asslstamos Missa porque Jesus Christo ahi nos espera para nos apllcar os merecimentos infinitos da sua Paixào e nos prodigalisar os thesouros do seu Amé>r. Asslstamos a Santa Missa porque a Santissima Virgern,- os anjos e os santos ahi nos esperam para nos auxlllar com as suas préces. Assistamos porque a,s almae do Purgatorio ahi nos charnam pela voz dos sinos para lhes obterrnos a sua libertaçào. Assistamos Missa para- consolar o Coraçao Santissimo de Jesus a quem nada ofende mais que o esquecimento e a indiferença pela Santa Missa. Assistamos a Missa para obtermos o perdao de nossos pecados, o· augmento da11 nossas vlrtudes, urna santa morte, a protecçào para as nossas familias e a prosperidade nos nossos trabalhos. Asslstamos A Santa Missa para a santlficaçao dn,:; sacerdotes e dos rellgiosos qt1e sào as colunas da Egreja, o sai da Terra, a luz do mundo. Assistamos a Santa Missa pelos oilenta mii mMibundos que cada dia entram ria elernidade. Vamos a Santa Missa pela conversAo dos infieis e dos pecadores, pela volta dos hereges e schismaticos, pelo triumpho tla Egreja. Vamos a Missa •.• por aquelles que lA na-0 vào. Assistamos a s~nta Missa tanto quanto p'udermo~. Urna s6 Missa em vtda vale maj.s do que cem depois da morte. Assista'mos todo<J os dias Missa; se nilo podemos, mandemos qualquer pessoa ' da nossa familia, e se· tsto mesmo fòr impossivel, enviemos o nosso Anjo da Oul!rda. Assistamos a $anta Missa em cada instante Jo dia oferecendo a Oeus todas as Missas que se celebram em cada ponto do munda. Unamos a no~:slJ intençlio a todos os actos qug,: Jesu;i Chriito ali faz pela gloria de Deu,; e sa\vaçào das almas. • Digamos-lhe: • O' Jesus, que vos iAlmolaes nest,,. momento pela salvaçao do tnuni1n inteiro, abrasae-o todo no fogo dn vosso Am0r•. Asslstamos Santa Missa com fé, com ardentP piedade, porque a particlpaçao nos meritos lnfinitos da Missa é essencialmente limitada pela

a

a

..

a

a

111edida da nossa lé e da nossa pledade. NAo façamos como tantas pessaas que pensam farer algum favor • Dtus Indo passar vinte escassos mlnutos A Egreja aos domlngos. Estllo all sem percebet bada do que se passa na sua presença nem saber o que é a Missa. . Veem por urna vi/ha rotln.a, corno lriam a feira ou a casa de urn estranho, Passam todo o tempo a pensar nos seus negoctos, a olbar e a conversar. Outros, conservando ainda urna vaga lembrança do catecis~o, teem o proposito de cumprir um acto reUgloso, mas que dekleixo e indiferença I Chega-se o mais tarde possivel. Nem livro. nero terço. Se joelham é por uns instantes, 4 elevaçào, as vezes um joelho no ar. Olha-se curiosamente para quem entra e sae, boceja-se, faz-se l;>arulho, diio, se signaes de aborrecimento e ainda o ultimo Evangelho nao esté\ acabado, jA estao na rua. ,Pobres christ!os I Que vator podem ter deante de Deus estas Miasas ouvidas assim? ~ao nos esqueçamos que o Sacrificio da Missa é o mesmo da Cruz. 1

:,Hmanha .. .> Era urna b0a, digna e santa mulher, corno alg1.1rnae parochias teem ainda a fellcldade de possuir. Tinha o seu logar e cadeira propria e tambem o seu coraç&9 na eS?reja. Cada rnanha, ahi petas 6 ou 7 hç>· ras, viam-na chegar, alta, dtlgada, um pouco inclinada, tao distinta, com os cabellos c0r de neve. Comungava, ia almoçar e voltava logo a occupar-se clas varias obras da parocbia, tilo numerosas e flor-escentes. Quando o sacristiio avisava o PAtoèo de que a Senhora X •.• o procurava, esta passava antes de todas .•• e mesmo antes de todas as outras. Ella, porém, portava-se sempre de tal mo<lo que nlnguem se ofendia, sabendo que era tudo para a gloria de Deus. Ha uns mezes o seu Paroco dizia-l. I be em torn al egre de ar,tauso: - S6 vos falta um cabeçao ao pescoço e urna cor0a na cabeça I •••

*

Nes~e tempo estava ella livre e A testa de urna grande fortuna. Seu marido tinha rnorrido, assim coino es1avam tambem mortos os seus qc,is f1lhos. S6sinha na vida, podia vortar- se para si mesma e fazer de si o peque• no centro das suas grandes preocupaçaes. Esl.!olheu, porém, o gesto contrario •. • «cJedicar-se aos outros;>. A SUii caridade extendia-se a fodos, a começar numa encantadora orph~lsinha de guerra de que ella quiz encarregar-se, até ~os pulmoes do joven paroco que, as vezes, ia encon• trar no confesslonacio caixas de rebuçados mlla~rosos ou um tapete que o prescrvç1sse do frio.

l

'J:!

Mas ella jA n!o era nova ••• ttriba mesmo muìto mais edade do que parecia. O Péroco sabla-o e, querendo o sèu bem como ella queria o do seu pastor, diz-lhe um dia: - Deve pensar em assegurar a conUouaçao das suas obras ••• Preocupa-me tambem o f1:1turo da vossa pequenina proteglda. JA fez o seu testamento ? ••• - Ainda nao ••• mas ando a pensar ntsso. • Ora tendo-se passado ja mujto tempo, voltava, de vez em quando, o roco A· carga : • - E esse testamento? ••• JA nao digo que o faça a favor da sua parochia, ou do seminario ; mas Insisto a favor da vossa filhinha adopUva. Que reviravolta se V. Ex.• lhe viesse a faltart Faça as coìsas de maneira que as suas intençoes sejam rigorosamente respeìtadas ••. E' necessario confiar a execuçà6 a urn homem experimentado e consclenclo$o.•• Farla de V. Ex.• um juizo pouco Hsongeiro se vos visse com vontade de me responden • quem vier atraz que feche a porta ••• > - Senhor Prlor, V. Rev.• tem raz~o, toda a razao, e eu sou exactamente do mesmo parecer. - E entào? - Ha de ser amanh3.

Pa-

Mas quem podera avaliar o perlgo ean que estào as colsas que se podem fazer ama11hà,- sobretudo nestés nossos tèmpos em que cada dia se tmp0e por um descoocertante 1m.. previsto? Aconteceu afinal o que poderia acontecer e que o Paroco tinha corno que presentido. U m certo dia a Senhora X ••• nllo apareceu Missa. Na vespera~ o sa·crlstiio tinha notado que ella estava engrlpada. Nao fez, porém, grande reparo porque, quem ha que n!o tenha. mais hoje, mais amaoha, a sua gripesinha? ; Em vista disto o Rev. Paroco man.. dou sabe~ , Voltam dizer- lbe que a cr~ada fOra) encontrar a Sr.• X • • • de manh! morta na carni\. De que morre·u ella? ••• Como ••. ? A que hora ••. ? Sofreu alguma coisa ••• ? Tud0 perguntas sem res.. posta. Mas, a partir d'esse momento a casa hontem tao sorridente e hospi· taleira, apai:eceu fechada. Ficou envolvida como que numa • especie de rMe de ferro. Os amlgos mais queridos tornaram -se corno estranhos, suspeftos sobretudo a rapariguinha, quasi tan! to corno o Paroco. No dia seguinte, avlsado nào se sabe por quem nem para què, apresentou-se, melo hesitante, um individuo para regular o enterro. Era, ao qu~ parece, um parente afastado que a Sr.8 X ••• nao conhecia e que a velha creada nunca se Iembra de ter vi"ìto. Ora esse senhor era o /urdeiro

a

leea/,

-


,

~oz da Fa-titna malores encontrar, mais augntenta, exactamenle corno acontece com o fogo, cujas chamas se ateiam tanto mais quanto maior a quantidade de combustivel a queimar. Se soubessem a injuri~ que fazelll a Deus duvidan~ do da sua infinita Bondade l

Hesitou em fazer ou nno o enterro

clvii. Afinal léi se resolveu por um enterro de setima classe a mistura com declaraçoes ofensivas para a memoria da defunta: • ••• Sua prima j~ tinha dado bastante dinheiro aos padres mas que a torneira 15e la fechar. A coisa agora vae d'outra maneira ••• • etc. Em vista d'isto o Pa'roco errtendeu por bem exigir os seus emolumentos. dispOz as -coisas para o oficlo de

Aos o.ssign.a:u:tes Algumas vezes acontece que a e~pediçao da Voz da Fatima n!o pode es-tar feita antes do dia 16 e poderli mesmo ir até ao dia 20 de cada mes. Disto prevenimos os assignantes para que tenham a bondade de esperar. Muito agradecemos que nos avisem de qualquer irregularidade, sempre involuntaria, neste servlço.

corpo presente, acompanhou o cadaver ao cemiterio e colocou sObre a sepultura o· bouquet de violetas que a orphbinha, cuja dOr e lagrimas fazla pena v~r, lhe mandou. Emquiu'itò se estava aos offtcios, • J>(imo e a outra pessOa que o . .-companhava, davam sigoaes de lmpaciencla, dlzendo : - Na.o acabar~o estas macaqui-:

ces?

Transporte. • • • • 23: 18r:470 A' ,Tipografia • • • • • 425:500 Expediçao e outras despezas • • • • • • • 80:000

"'

Soma • • • 23:686:970 Subacripçlio {Continuaçao)

las recocdaç~es a que andavam liga4as. Houve rlsos escarninhos, sobretudo a respelto do p~queno oratorio e

D. Amelia Barros Codho da ~,onseca • • • . • • . • • D. Emilia Ferrdra Martins de Carvalho . • . • . ••

4a secretaria.

D. Ermelinda Simoes ••• D. Izabel Arnoso . • • . • • D. Eduarda dos Prazeres Souza. " • • .,. . • • • • Joao Vice_nte Taveìra Sarmeato . • . . • • • • • • D. Maria dos R. Martins •• D. Maria Emma de Carra·

Repentinamente, por ciJcularem -oatos de outros pretendentes, fizeram- se lotes que se tiravam sorte. Este tevou uns bordados em que a ~enhora X ••• trabalhou tantos ann.os e que destinava a um frontal -to altar do Santissimo Sacramento. Outro levou um lote de brilhantes destinados a urna Custodia. Mas a orpb:tslnha, tllo querida, •ao teni com que pagar a sua ali111entaç~o no proximo m~s.

a

lho Figueiredo Calixto . .

.

D. Maria do Nascimento Loure1ro. . • • . • . • • • • D. Maria Amelia Nuncs da

...

Ponte . • • • .. • • • • Joao Meodes Abranches • • D. Mari.a José Tinoco Borges D. Maria Amu Velc::z Rolo. D. Cesaltina R6lo Salema •

Toda esta ruina de um bem immenso, porqué? Porque dizia a santa e dìgna Seahora X:. • • • hei de fazer o meu testamento amanh/J • quando afinal s6 o dia de hoje nos pertence.

E a quantos nlo apanha desprevenidos a mor"te, apesar dos rebates da consclencia e de tantas so11icltaçOes amorosas da Pr.ovH:lencra, para pOrem em regra as colsas da sua alma t f ..

Pah vras consoladoras (ije Je~ns aIrma Ben1gna Consolata) 4' Eu nao repilo uma alma quando nela encontro miserias se tàmbem eocontro boa vontade: quand& esta exis1e, ha materia p,ima para traba1har. O tneu Amor sustenla-se consumicido miserias : e a alma que se me ap1esenta mais carregada de mi-

serias, desdé que tenha um coraçao contrilo ·e humìlhado, é o que mais me atrae, por que ,11ais urna vez me p_ropotciona ocasifio de exerc~r a inlnha Mihsào de mh,ericordioso Sal-

vadòr. Assim e.omo o fogo se alimenta covst.mindo cc.mbu~tiveis, assira a mi.nha Mi11eric.01dia se alimenta coe-

sumindo miserias; e quanto mais e

CO. • • • • • • • • • • •

Monsenhor 4,ntonio Maria dos Santos Poi:tugal ••• ~e jornaes (9 mesino) ••. Baltazar dé Lima Fernaodes D. Maria da Piedade Adria!lO Antero, • . ••• D. Joaquina Maria Barbosa Falcao. • . . . • . • . • A. A. Falcao d'Oliveira •• Carlos Joao Viegas. • ••• D. Anna Santos Mauricio•• D. Rita do Sacramento Mou• saco Alçada • • • • • • • D. Francis,a de Sa Sottomayor Malheiro • • • • •

Pouco depo1s, gavetas, comodas, armarios, estava tudo remechido e os v4rios berdeiros que depois chegaram puzeram as m!os e nariz irreverentes nas coisa,s mais augustas pe-

D. Leopoldina Rosa Lopes • Monsenhor Ferreira Lima • O. .Mar:ia do Sacramento Pires Moreira • • . . • . • · Pedro Garda -Rodrigues •• • D. Maria do Patrocinio Bran-

1

Francisco Alves Tavares ••• b. ~argarida Ferro Gt:iima• raes • • . • • ••••• Mario Raul Soares . . • . • p_e Faustino Francisco Macieira • • • • • • • • • •

D, Ludovina d'Oliveira .•• D. Joaquina da Conceiçao • D. Maria Palmyra de M.oura V ciga • • . • • • . • • •

D. Maria Estela Cuni1a Silvei ra. • . . • • • • • • • D. l\'1,aria Eulalia Mendes Barata. . .. . • • • • • • D. Amelia Torres •••••

D. Maria da Luz <:ttAboim Veiga . • • • • • • D. Ani~u t.,harters Lopes Vieira . • ••• Antonio i\-1

•1

•a Dunrte •••

D. Luiza J lcsos Costa •• D. Ma ria , 1 g. lica Correia. Jacioto Cv -r ia . . . • • • Max. A. d• .; Remedros • • • José J. dos Retnedios •.••

D. .Maria l\h Jos Hemédios. D. Maria dn I :armo Picter • D. Delmira ,.\ lvares. • • • • D. Maria Pia da Luz. . • • Antonio Luiz da Concei~o. D. C<Hdalina Pires • • • • •.

... 10:0'00 20:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

10:000 10:000 I 5:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 30:000 10:000 10:000

15:500 5:000

D. Maria dos Anjos Ferreira José Coelho da Cruz Leal • D. Laura da Conceiçao Marti ns • • • • • • • • • • • A. A. • .. .. • • • • • • • • Joaquim Vieira • . • • • • D. Aurora Vaz Clemente M.arques eta Cruz. • • • D. Maria Coelho • • • • •

10:000 10:000 10:000 10:000

10:000 10:000 10:000 10:000

10:000 10;000 10:000 5:000

20:000 10:000

10:000 10:000

12:000 20:000 10:000 10!000 10:000

D. Marianna Teodora d'Oli-

veir-a . . . • • • • . • 10:000 Percentagens em terços, etc. (D. l\faria das Dort:s). • • • 224:500 De jornaes, donativos, etc (O. Maria das Dores) • • • • 276~5oq De jornaes (D. Maria dos Anjos). . • • • ~ . . . 45:500 De jornaes (anonima de Peniche). • . . . • • • . •

Madame Andrade • . • ~ • D. Albertina d'Artayett • • D. Sara Mudat. • • . • • D. Alice Martins Mudal • - • O. Sophia Pires Neves Teixeira • • . • • • • . • D. ~aria Julja Marques Ferre1ra. • • . • • • • • • D. Maria Augusta Gomes • D, Maria dos Anjos Tavarcs Portugal. • • •

. • • ~

70:000 10:000 10:000 10:000 10:000

10;000 20:000 20:000 10:000

Manuel Maria Porrao • • • 10~000 D. Maria Anna Barbosa • • 10:000 D. Rosalina Marques Pinto. 10:000 D. Carolina Pinho • • • • 10:000 D. Maria Augusta Barbosa • 10:000 D. Maria José Portai • • • 10:000 Adriano Jo1>é Faustino. • • 10:000 D. Albertina Gonçalves Bastos More! . • • • • . •

20:000

D. Aurora da Natividade Sii-

- va . • • • . •

• . .

5:000

Valentim Louzada • • • • D. Maria da Conceiçao Cos-

10:000

ta Coelho • • • . • • •

10:opo 10:000 10:000

10:000 10:000 10:000 10;000 10:000 10:000 10;000 . 13:500 13:500 13:500 13:500

13:9-00 13:500 10:000

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\lOZ DA FATIMA '

Eate jornalzinho, qua vae sendo tiio querido e procurado, é distribuido grotuitamllnte em Fath••noG diaa 13 de cada m61'. O.uem quizer ter o di•· retito do o receber dire-· ctamsnte pelo e or re il o, (era de enviar, adeant•• da.mente, o 111 in Imo de dez mii .-éis. JN


.... N.• ~O

Ano IJI

• (COM APROVAçÀ.O ECLESIASTJOA) Dtrec'tor, Proprietario e Edlt.or

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impresso na Imprensa Comercial,

13 DE JANEIRO •

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ur_n :n°ncao, um longo anno de glorias e trlumphos, girou na roda do tempo sobre o poema divinamente bello e encantador de Fatima. De 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 1924, centenas de milhares de peregrinos acorreram de todos os pontos, ainda os mais remotos, de Portuial, a prestar a homenagem da sua veneraçao e do seu amor a augusta Senhora do Rosario, na terra que com seus pés virgìnaes ella se dlgnou pisar. Que espectaculos de fé e piedade colle..:tivas se desenrolaram alli deante dos olhos maravilhados de crentes e incredulos I Que confiança profunda e inabalavél a das multidOes ali re11oidas, no poder Infinito de Deus e n.1 valiosa intercessào matemal de Maria Santissima I Que scenas incomparaveis de cariadde para com o proximo em que se distlnguem corno protagonislas os admiraveis servos de Nossa Senhora do Rosario. Que paz d'alma, que fervor de devoçao, que resignaç~o assombrosa nos doentes de toda a especie que alli jazeni horas e h1,ras, aos pés d' Aquella que é chamada justamente a SauJe dos enfermos. As f ori.;as demolidoras do mal nllo teem ce:,sado de assestar as suas formida\lt'1:-. baterias e de fazer fò20 vi· vissrmn cunlra as muralhas d'aquella fortalt"za lnt-xpugnavel, que é o terror dos s~·u~ 11/imigos. E o :-ublJme poema de Fatima la continu~ a formar~11e, a crescer, a multiphCéH, l1e dia a dia, as suas estrophes, !-ctnpre bellas, ~.,.mpre puras, semprn harmuniosas, tlehdando e arrebat;111uo a todos com a delicada maviosidade e a ·doçura encantadora dos seus versos divinòs. Neste dia, corno succede ordinaria· mente nos mezes de inverno, o tempo estava bastante agreste; soprando da serra urn vento que nos enregelava até aos ossos. Todavia, de vez em quando, o aol AJS

a Sé -

Leiria

Admlnf•trador: PADRE M. PERElRA DA SlLVA RE.DAcçAo E ADMJNtSTRAç>.o • BUA. D- N'UN'O ALVA.BES PEBE1:RA (BBATO NUNO DE SANTA MAIWA)

espreltava por entre as nuvens, dar• dejando longamente sObre a terra os seus raios descolorldos e sem calor. Na f6rma dos mezes anteriores, as nove horas jA uma multidAo enorme se accumulava no locai das appariçOes, junto da capella, do altar campai e da fonte maravilhosa. As missas prlnciplam e a onda de povo vae engrossando cada vez mais. 0s Heis, previamente confessados, approximam se em grande numero da Sagrada Mésa. Ao meio '1ia e trinta e sete minutos começa a ultima missa. Do alto do pulpito, o rev. dr. Marques dos Santos, reza o terço, alternadamente com o povo, que assiste a missa com profundo recolhlmento e viva emo~ao. De tempos a tempos um cantico ac6rda os echos da montanha proxlma, repercutindo- se de quebrada em quebrada. Que quadro Impressionante de belleza e magestade augusta offorece aos nossos olhos maravllhados a mole immensa de povo ajoelhado em face do altar, naquelle templo sem limites que tem por pavimento a terra ntia e por cupula a abobada do firmamento I E' agora o momento solemne da comunh!o. Centenas de pessOas, de todas as condiçOes, recebem o Pao dos Anjos, que é mlnistrado pelo ce· lebrante. O e Bemdlto e louvado seja, é can• tado por milhares de bOccas, que as• ... sim protestam eloquentemente a sua fé viva no mysterid augusto da presença real de Jesus na Santissima Eucharistla. Termina a missa. Em segulda da-se a bençAo com o Santissimo Sacramento aos doentes. Est.es sAo em grande numero. Numa cama portati!, collocada em frente do altar, no re. cinto destinado aos doentes, jaz urna senhora nova gravemente t'nferma. Nas feiçOes reflecte se lhe vis,velmente a grandeza do 1ioffrimento que a tortura. O seu estado lamentavd rnsplra a tod,)S os que a veem a mais sentlda compaixao. Durante a bençAo muitos enfermos choram cop,osamen· te. Nao sao prantos de desespero, sao lagr1mas de commoçao, de esperança . e de amor, que lhes brotam dos olhos, confortando-os e consolando-os. Por fim é dada a benç!o geral a

todo o povo, que a pouco e pouco se vae retirando para os seus lares distantes, levando saudades indeleveis de momentos tao preclosos passados na terra bemdita e sagrada de Fatima. V. de M.

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Hs curas da f atima Temos em nosso poder o relatorio, longo atestado médlco, radiografia e fotografia, sòbre urna Importante cura (mal de Pott) cuja publlcaçào reservamoa para o mez de Malo. Sabemos de mala, algumaa Ja em noBSo poder, outraa que noa foram prometl das, devldamente autenticadas por atestado médlco.

Entre outras recebemos as StEUintes cartas:

«Sr. Director da VOZDA FATI~ MA. Peço a V. o favor de mandar pu-

blicar no scu jornalzinho a graça que minha esposa obtcve da Santissima Virgem do Rosario da Fatima. No dia t de Junho de 1923, Maximina da Piedadc, do legar do Casa} da Fontt, freguezia de Asscntiz, concelho de Tot res Novas, dcu a luz urna menina, tendo urna hora fdiz. No dia 7 do mesmo mez pelas 6 ho• ras da tarde, acometcu-a um acésso de delirio extraordinario, e comcçou a reslir a devoçao das cem Avé-1\larias. No dia 8 vendo-se ceda vez peior, o mariJo saiu eh amar o sr. Dr. Gonçalves, dos Soudos. Este deu poucas esperanças de melhoras. Por mai! esforços que se fizessem nao se conscguia obrigar a docnte a tornar alguma coisa . Desde que a de• mencia a acomttéra, nao dormia coisa algumo de nr,ite, t de dia era preciso estar sempre a scgura-la para ella se nao de!>pednçar Quando se sentia pre• za mordia no que encontrava se a dei· xava m. A' mcia noi te soctgou um pOUCO C cntao tlS ('CS!'-08S que C:.tavam cncostaram •!ic urn pouco na esrcrança de que a docntc iria dormir devi-

do a estar muito fatigado de tanto labutar. Na manha do dia g pelas 2 horas, o marido chcgou com muito


Voz da Fatima geito a porta do q'uarto pensando que ella dormia. Achou-a de o\har espavorido que metia horror, olhou muito P..ara elll'! mas nao lhe disse nada. fentaram novamente aplicar-lhe os medicamentos segurando-a o marido pclos pulsos, mas a desgraçada tanto barafustou que na0 poderam ser senhores della. Procurava até as ,., maos do infeliz marido para as morder. Todas as pe:sso,s que assistiam iaquella scena horrorosa i-ahiram para a sala com os olhos mnréj :1dos de lagrimas, emquanto o pJbre mnrido encostado a pona do quarto lamentava a triste situ;1ça,1 ern quc ia ficar. Entao a dc..-sventurada, no auge do maior acésso de dcli rio começou por rasgar as roupas. Até pux:1Ju pelo rodaP.é da cama e csmordJç0u o corno se fo'.)se um animal raivoso. A um tcrço, quc· a doentc tinhn pcnduradQ no li::1to e dc quc tanto gostava, lançou-lhe as maos e despcdaçou,o todo. O marido contemplando aquella scena dcsoladora ja pl!dia a Dcus q u~ a lev,1sse ou q uc tiws"e compaixao dum e doutro. U q ue nao podia era vél-a a penar tanto. Vollou 11ovamentc a eh tmar o méJico, nao lhe restando espcranç1 alguma de mclhoras, lamentando a ,;ua triste sorte e de quatro filhinhos que tao · novos fic.\vam sem o abrig,1 da pobre ma.e. No meio dcstes tristes pcnsameotos ocorreu-lhe um I iiieia. A de invocar Nossa Sen h 1ra ao Rosario da Fatima: «Stnhora I Vas sois a con· so/adora dos oflitos, COf!SOlat me tambem a mim, dde a s11lide a minha ~soosa e n/Io deixeis ficar meus pobres filhinltos tào peqaeninos seni o

abrieo da mtie I• Prometeo dar uma csmola conforme as suas forças se a Virgern lh : concedesse C!>ta gruça. ChegJndo a casa do médico e co.1tando o estado d.i docnte pediu-lhc pira elle la voltar. Este respondeu que nii. 1 ia la fazer nada, que levasse um reméJio mais forte, e se nio ohe• deces,e aquelle, cntao nao obcdec:eria a mais nenhum. Mas voltemos ao que se passou em casa da doente. Emquanto o marido da pobre demente chamava o Or., as pesso,s que tìcaram ao pé da doente, vendo os .gestos que ella fazia, uivando corno o., animais ferozcs, rasgando e mordendo tudo o que encontravs, que -cau'iava profondo horror, unidasnum cspirito dc fé viva, rnvocaram Nossa Senhora do Rosario da Fatima, com urna confiança inabalavel, que s6 ella é quc podcria p8r termo a tio horri• vel sofrimento, prometendo cada pesstia por si o quc: a sua fé perm1tiu. Graças a Nossa Senhorn da Fatima as suas préces fò:-am ouvida, ! Passados 20 minutos, ou o muito, meia hora, a doente scntou-se na cama, as pess&as que esti\vam foram pira a obrig1 r a ddtar-sc. Outra pcs. IIÒ.t, porcm, disse: csta socegàda, dei· xemo-la estar, e puzeram-lhe um chale pelas costa,. A doente, corno -qucm acorda d'um sono, perguntou: () que estd. csta gente: aqui a fazet? A seguir pcrguntou lhe a mie se queria tornar al~uma coisa. Disse-thc q_uc sim, e tomou urna chavena dc Jcitc com todo o apctitc. Todas as pessou que cstavam fic~ram c~D'?o pt;trilicados com o que v111m pois Jli

havia 36 horas que a docnte nao tornava coisa alguma. O marido 110 chegar a casa e sabendo o que se estava operando na esposa, nao poude contér as lagrimas de suprema alegria, pois pensava estar ja viuvo a~ucla hora. Entrou no quarto, sentou-se na borda do leito mas nao dizendo nada. Ella entao respondcu : ao mcnos diz adeus ! mie vendo a mudança quc se tinha opcrado em sua es-, posa, a companhcira de seus dias, a muico custo poude contcr as lagri· mas. Pt:rguntou -lhe ella porque estava tao triste. Niio é nnda, respondeu elle. A.e; pessoas que ·a tratavam andaVRm a passos lentos, receiando que a doente se tornasse a transturnar dcvido a grande fraqueza l'm quc cstava. E~ta ignorando o que se ti· nha passado, dl!cidiu se a dtzer: p6· dem andar e fallar a. vontade quc nao me doe a cabcça. Até aquella da· ·t~ n:io tinha alimento algum rara a reccm nascida scodo preciso chega• rem-na ao peito d'a_lgumas visinhas. E desde aqudle dta começou a tcr sustento com tanta abundancia que ainda criou alem desta, urna outra menina duma criatura quc foi ser Ama dum menino dum sr. capitao. Graças a Nossa Senhora da Fatima, pas,;ados poucos dias cstava completamente restabclccida scntindo a mais perfdta sau.Jc, da qual ainda hoje g6,;a e c;ua tìlhinha. Esta ~nhorn conta que, pouco mais ou meno:i quando i nvocaram ,a Scnhora da Fatima, no scu espirit9 , houvè corno quc o reflcxo d'um relampag,> na mais escura noitc dc inverno e corno quem csta morta e torna a vida. Foi P,Ois com muita satisfaçao que esta f.11nilia foi com a protegida de Nossa Senhora a Fa.rima no dia 13 d'Outubro de 1923 Agradecer a Virgcm do Rosario tao grande e impor• tante favor ! Peço a V. o favor de desculpar miphas dcsalinhavadas palavaras, tio singélas corno verdadeiras deste que se :.u bscrevc

M. F.> « ••• Vou agora contar o milagrc que a Virgem ~antissima quiz fazcr n'esta minh~ frcguezia dc Candelaria (llha de S. M1guel) em quc te· mos corno Padroeira Nossa Senhora das Candeias. Jm;é Jacintho de Araujo, de 17 anos de edade, filho de Manuel Jacintho de Araujo e Gertrudes do Carmo, tendo ndoecido cm maio de urn ata• C\Ue de reumatismo, ficando aleijado sem se poder mechcr na cama, tcn• do a perna dircita torcida, chcgando ultimamente a atacal-o no coraça'>. Mandou-se chamar o médico, mas nada lhe ft:z bem 7 até quc ultimamcn• te o m~dico acclarou (cu mcsmo sou testcmunha), que o meu cunhado nao cc;capava. Ne:1ta altura cu disse ao doente quc recorrcsse com muita fé a Nossa Scnhora do Rosario da Fatima, quc ia mandar buscar a 4gua santa e ella o curaria. Ficou o docn. te com muita fé li espcra da •sua. Fof cntao que eu cscrnl a V. Rcv.• pa• ra m'a mandar. Ella chcgou cll no dia 13 dc Outubro, nao poàcndo servir-se d'ella nessc dia, porqae cheL,

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gou tarde. Ficou para o dia 14. Lo-go de manha ceJo fomos tcr com o t{ev.•0 p,e José Machado Fcrreira para o ir confessar e dar-lhe a Sa• grada Cornunhao, o que tudo se fez. Uepois o Sr. P. 0 dcu-lhc :igua a beber e a mae pcgou na terra santa juntarnente com a agua, esfrcgou-lhc a perna dur1rntc 3 <lrns e bcbc::u agua nove dias.,. Nesse dia o docnte nao quiz fatar com a familia, mandou fcchar a porta do quarto e e!itcvc a rezar todo o dia o Ho~ario. Quando se chegou a noutc, estando a familia, uns por um lado outros por outro, o doente levantou-sc da cam:.1 e comcçou a andar pelos qnnrtos, milagrc da Virgcrn Santis~1mn e principio da sua cura. Dep Jis d'isto, porém, ao docnte apar1.:cer.am nas costas dois tu morcs como <lois ovo~. Ao cabo de seis dias chamoJ-se o médico que mandou por panos d~ . a~ua quente e os lancetou, e agora estar melhor, graças a Mac Santiisima. O doentc fez promc·,;so dc ir todos. os dias ti Mi sa durante um nnno». Obtiveram graças que re'conheci-

danumte. veem aeradecer a Nossa. Senhora da Fatima: «D. Mn;ia da Conceiçfio Bernar· d}rz<?, de Ilio ~\aior, cfuc t..:nd.:, 1do a

l'attma e descJando trazl!r agua miraculosa dc Nossa St:nhora, levando para isso um garrafao, que pbr acaso se quebrou na viag..:m cum uma fenda no fu.ndo. Aconteceu, porém, elle nao entornar scqucr urna g,">ta d'essa agua bemdita, ao passo que entorna bastante agua doutra qualquer proccdencia. L>escj tndo ver c<1ta graça, que N. Senbora lhe conccdeu, pl)blicada na «Voz da Fatima», desd~ ja agra• dece antecipadamcnte», «As Irmiis Terceiras Dominicanas Portuguésas, da Congregaçao de Santa Catharina de Sena, cstabelecidas em Limeira, Estado de S. f>aulo, Brazil, agrade::cem a Nossa Senhora do Rasano da Fatima a cura d'uma das suas Irrnas, ae nome Maria do Rosario Figueiredo, que estava ha mc• zes com lebre e, tendo-se feito urna novena a Nossa Senhora do Rosario da Fatima, a febre desapareceu Gra• ças sejam dadas a Virg~m Santissima!»

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A illustre familia ingleza Harney oferece a N. Senhora da Fatima uma quantia em prova de reconhecimento por graçaa recebidas.

D. Pkdade de Almdda (rua D. Estcphania, 113, Lisboa) egualmente manda urna quantia para N. Scnho.. ra em agradecimcnto de se ter cura• de dos c(eitos dc urna queda grnc. D. Maria de Lo11rdes de Barctllo~ Coelho Borg-es (Angra-llha Tercei-

ra) vem humildcmemc agradecer a N. Scnhora do Rosario da Fatima uma grande graça rccebida. 'b

D. Mllr/c Emll/11 P/gntlttl/l Qatl• roz, (Casado Cruzciro-V1zcu) agra• dccc a N. Scnhora do Rosario a gra• J

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ça da cura d'um seu 61hinho gravemente docntc. Tcodo fcito uma n~ •


H·pequenina .apostola

vena e dando a beber ao doentinho ~gua da fonte das Apariçoes, ao segundo dia da novena o doente come çou a melhorar sensivelmente e em breve se restabeleceu.

Um domingo, quasi ao fim da Missa, o zeloso p'1ròco achou~se subita e gravemente doente. Mal teve tempo de se desparamentar e, sem poder attender um nucleo de pessOas que em volta do confessionarlo o esperava e dar andamento a outros as-

U m devoto de Nossa Seohora da Fatima (Monç1fo) agradece a SS. Virgem da ~Fatima a cura que urna doente grave obteve por sua i ntercessao.

sumptos. teve de recolher a cama. Passados oito dias o povo voltava

para assistir ao enterro do seu muito querido e estimado director e pastor. Varias comissoes fOram pedir ao Prelado a nomeaçao de novo p~roco. Elle, de coraçfio angustlado e os olhos chelos de amarguradas Jagri' mas, via•se forçado a .responder que nao tin~a quem mandar pois que o Seminano nlio dava o clero suficiente nem elle poderia privar de paroco outras freguezias egualmente necessifadas. Urna ou outra vez la passava pela

D. Aurelia Val do Rio Henriqaes

(~. A!3g~a do Heroismo 2, a Estefama, L1sboa) achando-se doente e aflita por duas vezes no iotervalo de alguos mezes, prometeu a N. Senhora se a aliviasse, de enviar esta declara; çao para o querido jornalzinho <tVoz da Fatima» o que faz com o m aior prazer para honta da Santissima Virgem.

D. Maria d_a Conceiçào Pinto Rotlta, (Il. Candido do_:; Reis, 7?,-V1a-

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n3: do Castelo), deseia que sejam pub!J~adas na «Voz da Fatima,> assegutotes graças :-A cura d'urna ferida quasi instan~anea com_ a aplicaçao da agua da Fauma dcpo1s de ter invocado N. Senhora com muita confiança. A cura de u~a creancinha que se enc.ontrava mutto mal e que ap6s me1a hora de ter tornado aro cha das flblbinhns das arvores daquelle logar santo e de ter invocado N . Senhor_a da Fatima com a promessa de 1 publtcar a graça obtida, foi repentina.mente curada a creança. Vem pubhcamente agradccer a N. Senhora todas estas graças e favores, corno tambem as melhoras de duas pess6as doeotes e d'urna a quem N. Senhora defendeu duma ma companhia, afas• tando-lha quando essa pessoa c6rria para um camiobo mau. Juntameote algumas pess6as lhe pedJm para serem publicadas as suas acçot:~ de graças por muitos favores receb1dos.

freguezia, vel6% corno urna setta, al• gurn sacerdote que mal podia demorar-se uns instantes. O bastante para morrer••• mas insuficl'ente para viver. ·

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fender-se..• Havia urna pessOa que mandava o seu carrinho para que um sacerdote viesse adrnl11istrar os ultìrnos Sacramentos, celebrasse aos domingos, fi. zesse um poueo de catequese, bapti-

zasse e assistisse a casarnenlos. Depois era o sacerdote que, de bi·

cycleta ou a pé, por la aparecla todos os oito ou qulnze dias. Todavia a vlda moral ia enfraquecendo .•• Ho uve prlmelro um enterro clvii••• d~pois rnuitos outros. Primeiro um casaménto civil••• depois outros se lhe seguiram. A descida acentuava-se. O povo acostumou-se a ficar em casa nos domingos em que chovla ••• depois mesmo quando o tempo e3tava bom. Urna velhlnha de oitenta annos, ·antfgamente de comunhAo diArla,

Maria Benta, da Mata dos Milagres (Leiria), que tendo um seu filhinho de dez mezes de edade doenti· nho .com enterite, tendo-lhe o médic.., dito que nada havia a esperar, recorreu com muita fé a N. Senhora da Fatima, dando-lhe a beber agua da Fatima, começando logo a creança a melhorar, cocontrando-se hoje rcstabelecida. ·

morreu sem Sacramentos. -Para que servem elle• t. • • dls· s~ram os visinhos. Sem caixio nem nada (aa tabuas

D. laurinda Marques, (R. da C. do Ouque de Laffies, ,p, Beatq-LisMa), que numa necessidade temporal .recorreu a N. Senhora da Fatima -scnJo attendida. Envia um donativo para N. Scohora.

Maria_ da Conctiçll.o da Sllva Mat- • los, covi-a u~a qu11ntia para N. Senh•>ra da Fauma em agradecimenio ·dc a ter curado duma grande queda que deu d'urna varanda abaixo para um lagedo, quando, crtada de servir, sacudia um upete. f

dia

,,

A Missa do melo dia é celebrada 'por lntençfto dos peregrino&, prhiclpalmeate dos doentes.

c.•

No principio o povo procurou de-

estao multo caras I) assim a levaram quatro vlsinho8 para o cemiterlo e li a meteram numa cova com menos respeito e sparato do que farlam a um animai qualquer. Acabado iato fOram A taberna beber uma pinga• Tudo lato sem odio nem mA luteo• çio, ,-em eacandallsar nlneuem. Era o habito que vlnha••• vlnha, • • . Comer, beber, dotmlr, trabalhar••• para nada d'isso, nem 01 bots nem os homens tinbarn necessldade de· pliroco. Dorme, pois, para ahi velho pres• byterlo, antlgamente tlo viva e acolhedora casa... fecba as tun Jaoelas. corno um morto fecba os olhos•• ,.

O tcu papel de •l1ll1nte amor

acabou. Agora prealdea a um cemiteflo de••• atmas.

No e-ntaato, tiavta

H

aldela nma

joven de qulnze anrtos, que guardava urna vaca e al2umas ovelhas dt sua mfie emquanto ia fazendo cro-

chet.

O seu nome de Cbrlstiana conver-

teu.se no de Crieri porque era conhecida. Um dia vendo passar, banalmente. de clgarro ao canto da bOca, os hornens que levavam para o cemiterio a velha Maria sua amlga, o sangue deu Jhe urna volta, Enlrou na egreja de paredes esverdinhadas, poz itgua benta num copo e espalhou a com trìsteza sObre a tumba. Os homens otharam para ella e sorriram-se com um sorriso que nao era de reprovac;ao. No outro dia a pequena Cricrl agarrou numa vassoura e numa pci e foi limpar a egreja. Abriu a sacristia, arejou os para-

mentos, limpou o p6.

Surpresa do Sacerdote quando cbegou I ••• Pela primeira vez aquella egrej, Jhe deu urna lmpressiio agradavel. -Foste tu que fizeste isto, Cricri? -Sim, fui eu ••• respondeu ella

c6rando. -Esté bem t Visto isso vou tocar y para a Missa. Ha de sec um toque de festa I ,, Apareceram cérca de urna duzia de creanças e trez pessOas maìores. O Sacerdote deu a cada urna um santinho encontrados pela pequena em urna gaveta. - Crlcri, queres ajudar-me assim , todos os olto dias••• ? -Quero sim, senhor Padre, da

melhor vontade.

-No proximo domingo, reunidas as creanças, virei f~zer Q catecismo e helde-lhes trazer premios••• A ti, nomelo· te minha ccoadjutora•.

-Oh I senhor Padre l , .• O Sacerdote, porem, oao vottou

mais.

Quando chegou a casa encontrou ordem do seu Prelado para lr para outra parte onde a falta er.a ainc;la

mafor.

Sem nada dlzer a ninguem, a pe.. quena sentiu intimamente a falta de coragem a lnvadll-a ; chorou .•• sen• tindo como q ue as azas q uebradas. • Depressa, porém, sacudlu tao trlstes lernbranças. Quasi todoa os dlas reunla creanças perto da sua vaca e expll· cava-lhea què n6s estamos no mun• do para conhecer a Deus para o amarmos e aervlrmos. .1 Lia· lhes Boletlns paroquiaes e ou~ t troa jornaes catholicos, quando consegula havef· oa. Apeur da sua tlmidez la ver (>S doentes, ajudava bell'! morrer os mo,tbundos, recitando·lhes as oraçOetr .ta agonia e rezava junto dos mor-

,s

to,.

Teimosa, fazlì patar os enterr.QI v deante da egreja, la accender as \v~ las e nao delxava que oa cadavere& , fOssem para a ttrra sem aa ben*&

de Oeus. · A pouco e pouco a sua lntervençao fol julgada indlspensavel e '·11. mesmo todos cootavam com ella. .1 A' tarde la 4 egreja recitar o .jeu.

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erço e quando havia muita gente, 1 recitava-o alto. " Dia a dia o apostolado la-se tornando urna necessldade para a sua alma. Como um passagelro sonhador debruçado nas grades do navio se pergunta a si mesmo em que ponto do oceano se encontrara, asslm Chrlstiana se demorava as vezes de notte A janella a contemplar o ceu, semeado de estrelas, no meio das quaes voga a terra... esta t4o pequenlna terra I ••• E, de maos levantadas pela emoçao, bradava alto no melo da noite:

Pae Nosso, que estaes no Ctu.

E o seu exemplo fazia que outros

levantassam tambem os olhos para o Ceu .••

E assim, ha .cinco annos, esta pequenina apostola, urna aldeà quaai desconhecida, conserva viva urna falsca que urn dia se converlera ern incendio. -As almas hllo de incendiar-se !... Christlana tem a certeza d'isso. Quando ? E' segredo de Deus. La além, em qualquer parte esta urn seminarista da sua edade.••, um joven generoso que offereceu os seus vinte annos ao Creadoi••• e que se piepara para vir, aqui, um dia, executar a obra divina. E se esse joven nao encontra a egreja a calr, a fé moria, as almaa fechadas para sempre a fé, sera por causa d'essa creança externamente semelhahte a todas as outras, de qU'èm as vezea ,algumas pessòas se riem, mas que os velhos, la da outra viaa, e os anjos contemplam com admiraçao, pois que ella guarda o ,f0goa ..• o f0go que é o Amor••• o f0go que é Deus I ,t

I

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O numero 13

ac afunda tanta gente, desviando-se do Yerdadeiro culto e amor a Peus? Quando Moysés, passaaos quarenta dias, desce do Monte Horeb encontra ca em baixo, na planicie, os israelitas extasiados em adoraç~o a um bezerro d'oiro. Ora quando os povos deixam as alturas serenas e limpidas da Egreja embrenham-se ca em baixo numa apertada rMe de supersti~~es e, se nao adoram o bezerro d'oiro, adoram o oiro do bezerro, dlvinisam as P.aix0es tornando-se similhantes aos animaes irracionaes, escravos dos aentidos. ·Todas as almas necessitam absolutamente de Deus. 01 mesmos que o negam ou o nào amam sào afinal os mais preocupados com esta idela que nào p6dem apagar da consciencia. Estes parecem-se um pouco com as creanças que, no melo duma floresta, tomam a resoluçào de cantar e fazer barulho para espalhar o médo. Nào àdoram a Oeus nem a Jesus Chrlsto mas tremem se, por exemplo, estiverem 13 a mesa ou virem uma borboléta préta. Nào acreditarào nos milagres, na Egreja, 110s Sacramentos, mas invocarào as almas dos mortos e crerào nas pancadas de urna- mésa. E quanta gente que se diz catholica, que fez profissào, no Baptismo, de renunciar ao demonio, vae pressurosa con:iullar feiticeiros e recorre a outros meios reprovados pela Egreja. loro que quatquer doença ou dificuldade a aflige ? Que o numero 13, pois, trazendo A lembrança o crime de Judas, nos conslitua na necessidade de evitarmos as traiç0es nllo menoa hediondas que fazemos a Oeus com os pecados mortaes. E' necessario viver a fé e que esta nao seja s6 de ~alavras.

Abrigo P,ara os doentes

. • peregrinos da Fatima Transporte do n.• 27 • 526:000 Jollo Severino Oago da Camara. . . • . . . . . 10:000 D. Ouilhermina Alvares Fortuna. • • • . • . . • 12:500 SubscrlpçAo aberta pela fx.111 Sr,• D. Camita Noguetra . . . Soma•••

Deapezaa Transporte • • • • Tipografiia (19:000 exem·

plares) . . • • . Soma ••••

Subscripoao (Continuaçiio)

P.• MartinhÒ Pinto àa Rodia D. Anna Correi a. • • • • • D. Maria Gertrudes . • . • D. Marianna Grave Descalço Paci6co Martins. • • . • •

10:000 10:000 10:000

D~ Maria da Luz Guimariies Pcstana • . • . .

D. Marianna Vilar. . • • .

D. Elvira Serranho Montciro p _e Joiio Augusto de Fari.:i.. D. Maria da Encarnaçao Mourao • • • • • . . • • Jeronymo Sampaio • . . • D. Ma ria Primitivo Ca~tro. José Caste1lo Branco e Castro

50:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

Manuel Araujo Pereira•••

JO:ooo

Manuel Pacheco • • • • • • D. Rosalia Maria de Pina.• Condessa de Nova G3a. • • D. Maria da Conceiçao Fcrnandes Cadeco. • . • • • D. Maria José da Sii va. • •

10:000 10.000 10:000 10:000 10:000

D. Guilhermina Fontes Perci ra de Mello. . • . • •

D. Emilia Augusta da Luz. D. Marcelina Carneira. • • D. Luiza de Jesus Manso •• P.e tuiz Caetano Portela . • D. Deolinda da Purificaçao Co~ta • • • • • . . • • • D. Maria Pereira dos Santos D. Maria de Jesus Lacerda.

D. Elmina da Cruz C6rte • Joaquim Pedro da Silva .• D. Maria da Piedade Fajardo Magalhaes Monteiro •.• D. Ludovina de Jesus Lopes D. Elvira Rosa da Cruz •• D. Maria das Mcrccs Bianchi Coelho Borges . • • • • • • De jornaes (P.e J. dos Rcis). Dc jornaes (Francisca Fitipa ldi). . • • • • • • • • • De jornaes (J. Oliveira Dias) D. Maria José Assis Gomes. Joaquim Domin~ues Urbano P.• Manuel de Souza . . • • D. Joscfa Carolina de Matos Chaves • • • . • • • • . P.• Francisco Joaquim da Rocha. • • • • • . • • • Ayres Gomes • . • • • . • D. Emilia Nunes da Rocha. D. Laurinda Marques ••• D. Maria do Patrocinio Chaves • • • • • • • • ••• D MMia Clara da Silva Lo-

bo. . • . . • . • . • D. Palmira Garda. • ••• D. Lcopoldina Pacheco •••

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 25:000 10:000 10.000

ro:ooo 10:000 10:000 10:000 117:000 36:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 1 5:75o

15:750

D. Carolina Cabrai .••• 4 1:35o p_e Joao Ramos Ferreira~ • 10:000 D. Maria da Apresentaçao David Gonçalves (5 assignaturas) . . . • • • • •

O. Maria Rodrigues Ferros. D. Anna da Silva Barreto • Dr. l'..uiz d'Oliveira. • • • • D Anna Charters • • • • • Comendador Joao Curado . P.• J osé de Ceiça . • • • • .

50:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:ooa

D. Conceiçao Mnrtins da Ro23:686:970

Outì"as dcspezas. • •

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D. Vi via Street d' A.rriag1 Braamcamp SobraL : , • D. Michacla Caroço • • • •

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10:000 10:000 l z:OQO 10:000 10:000•

Ignacio Antonio Marques, . D Virginia Vieira Dias••• Madame Leonor Vleira. . • Joaquim Oias Souza Aroso D. Maria da Conceiçao Tocha Figueiredo Lourenço.

40:000

D. Anna Aloertina Lourenço Ferreira d• Abreu • • • • Dr. Eurico Lisboa •.••• Joiio Ouarte Simoes Baiao • D. Ema Falcao de Mendonça

40:000 20:000 10:000 10:000


de

Ano IJI

N.• 80

de 10.25

(OOM APROVAç.A.O EOLESIASTICA) Dlreo'tor, Proprle'tarlo e EdJ-tor

Adm1u.ta trador1 PADRE M . PERElRA DA SILVA

OOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impresso na Jmprensa Comercial, , Sé -

·13 de Fevereiro • ALVEZ nunca a estaçlo in-

vernosa no nosso pal:z se assemelhasse tanto esplendida quadra da primavera, corno este anno desde o seu inicio até ao meado da primeira quinzena de Fevereiro. Com rarissimas ex ce p ç Oes, dias e dias de um sol brllhante, um ceu diafano que nem se• quer urna nuvem ensombrava, uma viraçlio suave e urna temperatura Il· • geiramente tépida, noites lua1entas ou estrelladas, serenas e agasalhadoras, lembrando as mais bellas noltes de estio, tal foi o més de Janeiro ultimo tao differente dos Janeiros que o p.-ecederam até onde a memoria logra alcançar. Mas ja no principio ,, d ~i co rrente més o inverno se appro. x,mava em rapida carreira e aounciava a sua chegada com os primelro s ventos frios e as primeiras chuvas brandas e intermitentes proprias desta epocha. N o dia treze de madrugada fez elle a !;U a ent,ada solemne, com toda a • ~oropa e magestade. A viagem a Fa11ma nestas condlçOes de tempo, sin• gularmente desfavoréveis, torna-se uma verdadeira e forçada peregrina- çào de penltencla. O frlo, o vento e a chu va atormentam impledosamente os rnmeiros que fazem a pé tao longo p,acur&o ou que usam de vehlcul\1s pouco confortaveis, desde o claai.icn jumento até ao trem aberto e ao t1~tscon,munal ch11r-d-bancs. O nosao ca• ro, d epois de tee transposto a serra numa interminavel e pl!nosa travesi-ia felta em grande parte durante a noìte, chegou ao locai daa appari• çOrs pouco depois das nove horaa da mann~. A' penltencla que o Ceu nos impunha e que resignadamente tivern os de acceltar, juntamos, corno de costume, a recltaçlo meditada dos qulnze mysterios do Rosario. PrtaJ• diu a esse acto de devoç!o para cona a Santissima Vlrgem o rev. Jolo Nu• nes Ferrelra, parocho de S. Pedro, em Torres Novas, sacerdote tlo reapeltavel pelas auaa excelsas e acrlao'---::.o-=--'

a

REDAcçlo E ADMJNISTRAçi.o

R'O".A. D. N'O"NO A~VA.RES PElrtE:XB.A.

Leiria

(BEATO NUN8 Dlt SANTA WRU)

ladas virtudes corno pelo zelo, deslnteresse e abnegaç!o com que prodlgallsa vlda, saude e fortuna nos seus multlplos e varlados trabalhos apostollcos e de um modo partlcular na formaçllo chrlstA da mocidade confiada j sua solllcltude pastora!. Os aervos de Nossa Senhora do Rosario, vulgarmente conhecldos pela deslgnaçlo laconica mas expressiva de servitas, dao immediatamente inicio a essa hora, aos trabalhos da sua lnstituiçAo. Organizam o serviço de ordem junto da capella, do altar das miasas e da fonte do locai das apparlçOes e transportam os enfer• mos, alguna, cujo eatado é mais grave, em macas, para a esplanada, em frente do allar, medida que estes vao chegando junto dos muros do recinto do sanctuarlo. Semelhante trabalho é tanto mais difficil e penoso, e por isso tanto mais dfgno de apreço e Touvor quanto é certo que desta vez teve de ser realisado por um tempo desagradavel e sobre um terreno escorregadio e lamacento. • Entretanto as missas succedem-se , umas b outras ininterruptamente, celebradas por numerosos sacerdotes prévlamente lnscriptos, e, emquanto se celebram, reza-se o terço, entoamsee dlversos canticos religiosos de caracter popular e fazem •se lnvocaçOes em favor dos enfermos que, colocados em filas em numero de cem approximadamente, occupam urna grande parte da esplanada. Ao melo-dia e mela hora officiai começa a ultima missa, a chamada missa dos enfermos, que é sempre appllcada petos peregrlnos effectivos e de deaejo, e especialmente peloa enfermos presentes e ausentes que qulzeram mas nao puderam vir.'...,Esta missa, embora aimplesmente rffada • como todai as outraa que a precedem, é todavia rodeada de maior apparato externo, de mais pompa e 11 solemnidade. Antes de principiar é cantado o Credo de Oumont por um cOro unisono exclualvamente formado de sacerdote,. Durante a missa o terço é recltado do alto do pulpito alternadamente com o povo pelo rev. Dr. Manuel Marques do• Sant11, dlstlncto pro•

a

fesaor de 1clencl11 ec;:cle1iaatlci1 no Seminarto de Lelrla.

l

A actlvldade que este sablo e virtuoso ecclesiastico desenvt>lve no exerclcio das suas funcçOes de ca• petao-director dos suvitas é verdadelramente assombrosa, multlpllcando-se, por assim dizer, a sua pessoa para attender a tudo e a todos com urna paciencla lnexgotavet e urna carldade exttemamente dellcada, constante e quasi herelca. De vez em quando entoa-se um cantico e fazemse invocaç6es pelos enfermos. A,. medlda que se approxima momento solemnisaìmo da consagraçlo, o silencio, que desde o principio da missa é I profundo naqueta asslstencla de mais de duas mii almas, par ce tornar-se alnda mais profuntto, o recothlmento augmenta e a pledade é mais viva, mais sentida e mais communlcatlva. O Bemdito, cantado durante a CommunbAo, poe naquelle ambiente, saturado de niysterio e de sobrenatucal, urna nota encantadora de mystlca ìuavldade. Ap6s a missa realisa-ae urna das cerimonias mais commovente& a que é dado assisttr sobre a terra e que s6 em Lourdes e em F4tima tem logar : a cerimonia da bençlo do Santissimo Sacramento aos enfermos. As lagrimas assomavam espontaneamente aos olhos dos enfermos e de grande numero de aaslstentes • Jesus, o divino e mlserlcordloao rei de J\mor, occulto na Hostla Santa, derrama ln,ialvelmente copiosa& graças sobre todos, dispensando confortos espirituaes e al1lvlos corporaes aos membros padecentes da egreja militante que alll vlo Implorar, chelos da mais viva confiança, a caridade Infinita do coraçAo sacrosanto do celeste Samaritano. Por fim é dada a liençao geral a foda a assistencia. O rev. dr. Marques dos Santos, por ter faltado o orador que devia prégar o sermao,, faz, num feliz improviso, urna pn\tica substanciosa sobre o arrependilnento e emenda dos peccados, que calou profundamente nas almas dos ouvlo• tes. Estes, terrninada a pr,uca, pOem• se a caminho do1 seus lares dlstan• tes, levando nas auas almas crentese pledosas, uma nova reserva de energiaa sobrenaturaea para a lucta com as paixOes, cujaa deaordens tantaa almaa arraatam ao peccado e 6

o


~ -morte eterna, e uma recordaçlo sau• ~")

'..J,

dosissima dos momentos unicos e lneffnels que tlveram a ventura de

passar naquella estancla consagrada

pela presença e pelas bençllos da augusta e gloriosa Ralnha do Santissimo Rosario.

V. de M.

Hs curas da Fatima

dlzla que bom seria formar-se urna comissAo de competentes para melhor estudar estes fcnomenos maravilhosos que algumas pessOas afirmam ver e eu desejarla multo ser ouvido e mais algumas pessOas porque temos motlvos bem frizantes para Isso visto que a Virgem Santlssi• ma tantas vezes os repete e com tanta intensidade. Termino e para outra vez escreverel sObre a cura de um filho meu. Paça o uso que entender desta mlnha carta, que bem desejo seja publicada no nosso querido jornalzinho para honra e gloria da nossa tào terna e carlnhosa Mae. Desculpt:, etc. Fonte Fria, 6/21925. Anlbal Matta>

«Ex.m0 Sr .... P-eço a V. Ex.• para dar publicida- de no seu jornal seauinte carta: Soffrendo horrivelmeote do figado e do eslumago ha 3 annos, e nAo havendo j\ natia que me aliviasse as dOrès, e estando no ultimo estado de fraqueza, fui aconselhada pelo meu médico a cfa r entrnda no hospital pa· ra fazer operaçao, o que fiz, dando enfrada no aia 5 de Maio do anno passado, invocando com multa fé Nossa "Senhora de Fatima! para que a minha melir.drosa operaçao se fizesse no dia 13 de Maìo eque eu ficasse bem. ' Graças ;i Nossa Senhora de F~tima fui ouvlda e !10je estou completamente rcstabelec1da. Quando entrei no hospital fiz urna promessa o Nossa Senhora de ir la, o que esp!rò cumprir em 13 èle Maio d'este anno. Lisbr,a frua Luiz de CAmoes, 131, J. 0 ), 29 dc Jnneiro <.le 1925 - Rita

a

---------·

Jesus Ramos ».

"'·

e 111.mo e Rev. 810 Sr. Ifa um ano que ohtive uma l!raride 2raça, a tura de meu marldo, que estava enttl.v ![ta'tlemente doente; n/Io se poderd' tal~et classificar de mllal[re, mas eu tenho a ahsoluta etrteza,

Obtiveram graças que veem ag-radecu a N. Senltora do Rosario da

Fdtima: • - /osi Auèusto Pires dos Santos, de Man~ualdc que tendo um sobrinho

com ferim ento grave n'1.1m ollio, chegando tambem a ser atingido o outro, me)horou rapidamente ficanilo sem defeito algum, ~ncto esta a terceira graça (que Rrometeu n,ublicar} que obtem pela rntercessào de Nossa Senhora do Rosario da Fatima.

- D. Etelvina das Dores Wengrllun envia um donativo em cumprimento de urna promessa.

- D. Anna Maria Lurlile da Si/· va envia tarnbem um donativo em acçAo de graças pela cura de uma sua neta.

- D. Anna de /esus Lima, de Tendais, em acçào de gro1,a:s pl:!la cura de um panaricìo envia tambem um donativo.

cAn.a /osé. Oola11te, de 21 anos, olteira, natural de Murtosa e moradora no Ribeiro, actualmente em Setubai, filha de Manuel Joaqu,m Soares da Silva e de Maria d<> Ccu Galante, fez o v6to de il'. em peregrinacAo a N. Senhora da Fatima se eia . Jhe désse alivio .tos seus males. Estava declarada tubcrculosa pelos médicos e hoje esta completamente curada. JA foi F.atima em 13 de agosto de 1924 na grande peregrinaçao de Murtosa e la deixou a sua esmola que tinha promctido...

graça.

Padecia ha muitos aonos de violentas dOres de estomago. A medectna receltou· lhe varias drogas, mas as dOres eram quasi continuas. So sentia algum alivlo por intermedio dos panos quentes. Agua fria nAo podia beber. Um dia otwiu ler os acontecimentos Fatima. De alma e coraçao se voltou para Nosfìa Senhora. Prometè.u ir pessoalmente agradecer- lhe se livesse aigumas melhoras. Oesde essa hora, :nuoca mais teve Jores, anda de bòa sa1.Ut, bebe aeua fria, come de tudo. Crè no grande milagre de Noss!) Senhora. Rol no .dia 13 de Outubro passado agradecer a Nossa Senhora, e tem felto tal propaganda·, que para Malo muitas pessoas suas amlgos, a , va.o acompanhar, ao Céu da Fatima,

ìa

so

a

=

131, 1.• - Af/al!so de Albuqutrque.•

«A D . Florinda da Resstzrelçiio,

~ -~Sr.-P.;-Manuel

e3te 111ila&re de Noau Sea-era 4a

e Tendo suplicado a Nossa Senhora do Rosario de Fatima urna graça, que obtlve, prometi publicar na Voe da Fdtima o meu agradecimento e tambem enviar uma quantla para o culto de Nossa Senhora. Muito grato e reconhecldo a Maria SS.1111 pela graça obtida, cumpro 8 minha promessa. Rua Oomes Frelre, n.• LisbOa,

Ourondo, (CovilhA),- concedeu Nossa Senhora da Fatima urna grande

Omen

Ten·do tido um fllho com uma inlercolite e deseagirnado peloa prlmetros especiahstils de creanças, tendo o ulti1uo que o ul11 dito que ele J?Oderia viver dbis dias, _vendo a scièncla ab1ni.Jonar o meu querido doentinho, recorri ::i Nossa Senhora da Fatim:-1 1 Jan lio lhe no mesmo tempo a bdJt!r g6t.1s d 'AJlUa que urna mlnha amiga mc linha dado. Com espanto dos medicos que jt o tlnham abandonaJ,.>, a criinça começ0u a sentir alivios e hvje encontra-se de perfeita saude e o~ m~dicos dlzem que fol urn ca~o unico oa aua vlda. Caso V. Ex.8 queira, p6de fazer uso desta minha,carta cootando mais

/. de C. P.> ----,------,.,"-

a

que s6 devo a vida dele a Nossa Senhora ct ,, Flitimi1 a quem invoquel durante um::i noite inteira. Agora pe. ço-lhe fervoros amente que mcllore a vista de minha filha que a tem tao ma, que os médicos 1130 a deixam por emquanto aprender a ler, etc."

Maria M4ri{arlda Sarmento Pilzto.

FAtima no jornal de que é digno administrador. Envlo Incluso um donativo para auxilìo das obras da Jgreja e corno gratidao a Nossa Senhara.

J

ctmo eia diz.»

,

I


Uma ave ... que nao pode cantar Ahi est4 elta. • • E' ella mesma, a Quaresma. Um tormento que outra vez recomeça, o ahutre que, no silencio dos lablos lacrados, vae roendo a consciencia. E' o remorso, que tambem tem a sua primavera••• de inferno para rebentar de novo. A partir do primeiro de Janeiro, o homem de quem aqui queremos falar, começa a vel-a despontar no horlsonte. Este homem é corno o vlajante· que chegou ao cimo d'urna plaoicie, que tem de descer para atravessar urna terra onde credores implacaveis o espreltam. Se pudesse passar: por outro sitlo-1 • • Mas o caminho é mesmo pelo melo, em urna linha inexoravelmente recta. Se elle pudesse saltar a pés juntos para além da Pbcoa I ••• Iato, porém, nao é possivel, a ninguem. Este tempo da Quaresma e da Pascoa, t~o doce para tantos ou1ros é para elle urna bebida amargosa que ter.1 no entanto de ugotar até às fezes.

*

Queira ou nAo queirn, dia a dia, é forçoso atravessar essas, pouco mais de duas quinzenas, que elle finge desconhecer masque a cada momento lhe lembram as suas obrigaçOes t E'·lhe impossivel fechar os ouvidos pois que o chamamento, o unico, o grande, o augusto convite cbega-lhe de todos os lados ao mesmo tempo. E' a mulher que conta com interesse o horario das funcOes religlosas na egreja. • • Sl\o os filhos, rapazes e raparigas, que falam uns com os outros, sObre a exarnlna e respcctiYilS rapozas e discutem os prégadores••• E' o vislnho que elle v~ caminhar apressado para a via-sacra e outras func~oes da tarde••. E' o toque mais frequente dos sioos. E' o merceeiro que empilha fardos de bacalhau no estabelecimento recordando a época saota da abstinencia e do jejum. O convite, prlmeiro longinquo, vae-se tornando mais preciso Ae assediante. O homem sente-se atacado por todos os que o amam. , A's vezes faz se silencio em volta Et'elle, mas esse silencio •• · • . é povoado de olhos que se demoram a observal-o ••. Livros piedosos sObre as mesas.•• Sobretudo a sua coosclencia chama o, implora, grita- lhe: • .•• Se és chrlstào s~-o a valer 1 •.• E porque nao? Sabes que tens esse dever, esse grande dever 1 ••• Se eslivesses la, no teu leito de morte, de certo nào recusarias recetier o teu Deus. :.eorque é que o recusas lioje ? • J'ens a cerleza de que d'aqul a um anno seras alnda um hatiitante d'este mundo? N~o sabea tu que a ConftssAo e a Comunhào sao o llignal por onde se conbecem os Jieis ? cAqutlle qae

n4tJ eome " mlnba

&ITIJt ,

nlo bue

o mea san~ut n6o terd vida tnJ si. •• •

• Este nome de ftel nAo ttm atractivo para ti? >

Depols da qulnzena de convltes vem a qulnzena de censura,: -

e

Passou a Quaresma e tu flcas-

te para ahi corno um poltrAo I E's um homem que nao é homem. Um caniço a fin2ir ferro. Um pae a quem os fllhos nAo comprehendem. Um marido a quem tua mulher quereria estimar tanto I ••• Nào te serve de nada aturdires-te com as passagelras agitaçOes do mundo. -' Sabes muito bem que caminhas para alguma colsa, ••• que deves penaar nisso, ••• que te deves preparar ••• que nAo ha nenhum melo ou formula senao a formula christà, que é afinat a da tua familia, a da tua juvenrude ••• e que ha•de 11er a da, tua· morte. E essa morte p6de vir amanha •. .' hoje mesmo. Agora tira -a conclusAo e cumpre o que é o signal supremo do christianismo I , Ha dois, quatro, dez, talvez vinte anos que o homem resiste a este convite. . • • Ha vinte anos que elle se couraça contra estes remorsos. Far4 o mesmo este anno ••"-.? Tem a impressao de que tudo A roda lhe faz esta pergunta. Elle a faz a si mesmo nos raros dias em que ousa olhar- se de frente. Sente- se observado. E nAo p6de delxar d~ o ser visto que é amado. Sabe q4e se reza por elle. Para '11ém dos seres vigivelR, sente sObre si os olhares de seres que babitam o invislvel , •• dos seus mortos, que partiram na paz do Senhor. Sente-se observado pelo demonio. Observado por Deus,

I

O demonio ha vinte annos que é o vencedor .•• Ha vinte annos que elle o tem apertado pelas goetas e nao o deixa falar. Ha vinte annos que elle o parallzou deixaodo·o llvre s6 do lado do mundo. Ha vinte annos que elle se conserva arredado do confessionario ou de um bom sacerdote que o espera para o· lnundar com a absolvlçAo. Desde entao camadas de poefra se teem acumùlado, e, (quem sabe?) talvez até camadas sObre camadas de lama! Esse homem jA nAo é um homem. Quereria tér força de vontade nias vindo a occasiAo .•• fica-se. Como aranha apanha e P.U&lisa o lnsecto ·eòvotvendo· o na sua tela, assim o in.vi ivel Mau o envolveu em seus laço:. e corno q1:1e lbe tlrou a vontade. E quando se passaram vinte annos sem c1izer: e quero, parece que nunca mais se dir.i.

a

No entauto o demonio nao esté tranqullo. De repente vem um accidente. ~ • e h vezes os prlsionelros f6iem. O m!s ~a Quaresma é o mfs da resurreiçAo e,das re8urrelç0ea. Qaem sabe?

.

I

Se esse velho aintgo, - tu aff nal, ressusclstasses este anno ! ... Que alegrla cd em baixo entre 01 vlvos e que alegrla la em cima entre 01 mortos 1 ' T'!ns todas estas alegrlas fecbadas na tua m!o. Abre•a pois, abre essa mao e que se cante este anno o Alleluia ••• este Alleluìa que tu sof6cas corno se · apertasses, a um canario divino, o pescoço entre os teus dedos crlspa-

das.

As Appariçoes de Lourdes V II I Tendo rezado o terço, Antonieta Leydet approxima -se da creança e, Jominadn nela ideia fìxa de que era Ehsa Latapie quo apparecia, apresenta aquella . o papel e a caneta que t1nha !evado cons1go, diiendo• lhe: .. ~ , -Prcgunta li Senhora se tem alguma cousa a cqmunicar-nos e, se dincr quc sina, pcde-lhe que faça favor de o por por escripto, B11rnadette levanra-se, dé alguns passos para o rochedo 1:, percebendo que as suu duas comnanhe1ras a se~uem, faz-lhcs sip;nal, !rem ~e voltar, para que st1 deixcm fi. car atraz. Logo· que chega ,10 pé ùa roseira brava, poe-se 001 bicos do, pés e offereco a Senhora o pa~I e a cane ca. D:pois espora, na 11ttituJe duma pessoa que escuta co.. attençilo, de olhos fìtos n,1 roseira e na abertura ogiva) e com os braços sempre crguidos. De rerentc abaiu-o,, sauJa prolundamenre e ,·olt1 para o scu logar, tendo ne miio o papel sem um11 letra sequer, Antonieta corre [)ara ella e pregunta-lhe: -Que respondeu a Senhora ? 1 • -Quando lhe apre~entei o papel e a tinta sorrtu• e,1. deppis, sem se zangar, resyon• deu•me : •U que tenho a dizer-vos, nao i neccesorio que o r.onha por esc:ripto.• Pa· reccu em segu1Ja refiecur por momentos o accrescenrou: . •Quereis rer a l>onJade de vir aqui durante q11in%e dio ?a -Que responJeste? -Respondi que ~im, -Mos porquc quere a Senhora qua ta venha~? -Nao sei, ella nio m'o disse. -Mu, ohservou nor sua vez a senhora Milltt, porque no~ fìzeste signal para 9ue recuassemos quando ainda ha pouco aegulamos Q trat de ti r -Para obedeccr a Senhora, -Ah I acrescencou a ~enhora Millet Inquieta, faça o (,1vor de preguntar-lhe ,e a minha presençu aqui niio lhe é importuna. ll:1rnadette enciio volve 01 olhos para • alto ùa ro5eira, escuta um iostante, Jcpoiiri> voltando-se, dii; ' -A Senhora responde : «Nao, a sua presença aqui nlio me é desagradavcl.• A creança ajoelha novamente para orar; as duu senhoras rezam com ella sem todavia a perderem de vista i notam que dcr vez em ~quanJo Bernadette i~te:rompe a sua on,çao e parece con•erur inumament• com a V1siio. Mu nao perçebem nada, nii• ouvem nada. Decorre pouco mais ou menos uma hora e a viaao desapparece. Entii• Bernadette levanta-se, u duas senhona correm ~ara ella, como para uma sa,1ta que acaba dc ser favorec1da com uma grllça divina de predilecçao, e diiem the : -Tu conversaste <Jurante muito temp• com a Senhora ; por ventura nao recebeste d'~!l.i novas communicaçoes ? -S1m, resronde a humilde vidente, e a exprtss:io do seu ro,to tradui ao meame ' tempo a elegria e a anciedade. Ella disseme: •Nlio te prometto toroar,te felii oest• mundo, mu no outro • -Se a Seohora ,e digoa falar coatip• porque olio lhe ()reguntas qual é o seu nome? -J 4 preguntel. -E entiio quem é ? -Niio iei ! Ella baixou a éabeça aorrlll· d~, mks nao '!le re~pondcu. A senhora Mrllet e AntonretR LeyJ<lt recon<l11zir11111 BcrnaJecte a casa e disser11m corn urna VI• , va emo~iio a l.uiu Soubirou$1 como j4 diij sera II eeohora N1colao :


-Ah I como é fèli1 por ter uma tal filhal O escriptor Estrado pedia uma vu a Bernadette que lhe repetisse as p1lavras exactas desta terceira appariçao. A viJente exprimiu-so neste:s- termoll ~ •A Senhora disse me: •Quere ter a bondade ... ?• E parou de repeote a esta palavra para acérescentar, confusa e de cabeça baixa : •A V1rgem disse-me guer• I• Esta par• ticulariJade parace-nos altamente suggestiva do respetto da Santissima Virgem por • .uta creança, de~alma muito pura, muìto srande deante de Deus, que ella se recusa a tratar por tu. Ella é em verdade a m!ie, a rainha e a inspiradora da Egreja catholica que é uma grande escola de respeito. O nosso seculo que pode chamar se o seculo da falta de respeito, porque os homen, niio se estimam, des_prezam-iie, nao se saui.lam, teem até o hab1to, o culto das palavras groaseiru e vis, o nosso seculo, digo, deve recollier esta licçlio dada tio <lelicadamènte e que lbe fu entrever que uma epocba em que 01 bomens deixam do se tratar com respeito perde em breve até o fragll veroiz da civilisaçio e desco • pas•o• rapidos a ingreme ladeira da barbarie. Notou ,se sempre que quando a Santissima Virgem lho (allava, a creaoça ouvia distinctamente, ao passo que as suas companheiras nao ouviam, assiro como nlio viam nada. Ella explicava mais tarde este phcnomeno incomprchcnsivel dizendo dum modo gracioso e encantador, pondo a miio oa regilo do coraçao: •Quando" Santissima Virgem me confillVa segredos, ella fallava-me por agui e nio pelos ouv1dos.• Depois, vendo que nlio comprehendem : eEu olio sei faztr· me compreheQder, accrescentava ella com tristeza por nlio cncontrar lmagom exacta para exprimir a sua imprc,do. Imagmem, para todos aquelles que estavam cm volta de mim na Gruta, era como se urna pessoa se encontrasse a cem passos de n6s ; essa pessoa veria perfeita• m,ote que nos fallamo1, mas nio ouviria o que dizemos•. Niio seria pouinl descreYer mtlhor o que ella aentia, e sem quo o aus• poitaue, a humilde creança servia-se du propriH palnras da Santissima Virgem na Ma11nificat, ella escutava, ella ouvia com o e11mito uo seu coraçao, mente cordi1 111.i. Para ella ha um pouco mais de claridaJo no seu caminbo. Durante as duas primeiru appariç6ee, ella absorveu-se na contemplaçtio da Senhora que opyrova o que ella faz, lhe sorri e, por occas1ao da aspersiio da agua benta, sorri tambem para todas as pessoas qdo estiio presentes, almas simplcs e piedosas que a amam filialmente, porque, quanto a ellas, o aeu coraçiio suspcitou desde logo que era a Santissima Virgem. Agora ella encheu se do coragem, ella ousou fallar A Senhora e fll%er-lho urna pregunta infanti!, quo fu sorrir a Appariçao, depois preguntou lii~ formalmente quem era . •A Senho. ra abaixa a cabeça sorrindo»; e nao respondeu, ma.s é clero quc a pregunta nio lbe , desagrallou. Todav1a BernarJette nio insistiu : ella conservava no seu coraçao esua p111i1vras reveladoru : «Eu nao prometto {azer te feli.i: neste mundo, mas no outro.• Ella deve, pois, esperar contradicç6e,, sofTrimentos, U6res. Semolhantes pro-,aç6e1 ~orncçariio em breve e niio acabar(o senio con:, a sua vlda. D~rea iotimu aem duvlda o que o» homen, niio conbcceram na sua totaltdade, mas quc nem por Isso f6ram menos pungentes. Por isso quantas vez~s teve de truer 4 memoria aquella promes,a tuprema, para se consolar nu auas angustias. 1 (Tr. do fraaces.) Y. de M,

-Como se deve amar a Deus ,. .

«Na verdade vos dlgo que aquelle que nao receber o Relno de Oeus corno urna creança nao entrara nelle.• •Feliz o coraç.ao que sabe asslm receber e guardar este Reino, onde reina Deus que é o seu Amor l Comprehendia e praticava este 'amor perfetto aquella creança que disse ter um amor a sua mae •grande corno eatas casas• e ao pae. .grande corno estas mootanh11•, iato i, como 01 Alpea que eatavam aa

sua frente, e se elevou a si mesma a toda a altura do ·esplrito e do coraçlio com a resposta dada Anseguinte pergunta: --Visto isso corno queres tu amar a Deus? A creança ficou um instante confusa, pensatlva e muda mas depols levaotando a sua loura cabeça respondeu: • Meu Deus, diz ella num tom em que la toda a sua alma, Deus, eu o amo corno elle é•. cMeu Deus, eu vos amo corno o ceu e a terra I• dizla urna creança que depols foi o Padre Chevrler, de santa memoria.

29:800 10:000 110:000 10:000 20:ooa

10:000 10:000 10:000

Torres. • • • • • • . • • Dr. Brites Alves Andorinha M. da Costa Brites . • . • • D. .Maria Rita Percira da

Abrigo para os doentes P.eregrinos da· "Fatima

Cunha. • • • • • • • • •

Transporte do n.• 29. 819:500

Voz da Fatima

te Silva • • • . • • . • • Joao da Silva Moutela . • • Manuel Lourenço dos Santos D. Maria Benedicta de Menezes Leite. • • . . . • D. Leopoldina da Conceiçao Nunes Lobato . • • • . • Maria Casimira • • • • Daniel Antunes. • • • • , .Francisco Martins. • • • . D. Sebastiana Victor Nogueira • • • • • • • • • • Dr. Weiss d'Oliveira • • • D. Felismina Nogueira Frei-

46o:ooo 6o:ooo

Soma. • • • 24:6g8:970 Subacrlp9ao (Continuaçio)

o.

10:000 10:000 1:,:000 10:000

P.' José Machado Ferreira. D. Elmina da Cruz Corte · . O. Maria das Dores Tavares dc: Souza, • • • • • • • • 10:000 D, Julieta Zenha. • • • • • 10:000 Conde de Agrolongo. • • • 10:000 D. Amelia Mesquita de Castro Cabrita • • • • • • • 10:000 O. Maria Nobre Simoes • • 10:000 D. Maria da Conceiçao Alcantara Matheus. • • • • 10:000 D. Alcinda do Carmo Oeiras 10:000 D. Maria Joanna Bagulho Correia • • • • • • • • • 10:000 D. Adelaide Barroso Tierno 10:000 D. Catarina Bagulho Santanna Mar~ues. • • • • • • 15:000 D. Maria SeYerina da Costa ·

Faria • • • • • • • • • • D. Carolina Cardoso. • • • O. Maria Augusta Pereira

10:000 10:000

de Lemos e Mendonça. •

10:000 15:000 10:000

De jornaes (O. E. Guimaraes) José Mendes de Matos • • • D. Alda Pinto Rodriguea d'Oliveira . • • . • . • • , Candido da Siln Prior. • • Viscondessa dc Sanches dc Baena. • • • • • • • • • D. Maria Patrocinio de Matos Ràsquilho • • • • • • Miss Daly . • • • • • • • • Marqueza do Funchal • • • D. Maria da Conceiçao Pe• reira de Lima Caupers. • D. Amelia Augusta Roque. José dc Carvalho Antelo • • D. Adelaide das oares Canadas • • • • • • • • • • .. D. Maria de Jesus Durio. • Dr. Augusto Coimbra • • •

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

10:000 10:000 10:000 10:000

20:000

·o.

2+ 178:970

D. Mariana Moreira dos Santos • • • . • • • • • • • D. Maria Candida Teles • •

20:000 10:000 5:000

Tiago Abreu. • • • • • . • 20:000D. Maria da Conceiçao Maldonado Pereira . • • • • 10:000 O. Francisca de Vascoocelos 10:000 D. Leopoldina da Conceiçao Nunes Lobato • • • • • • 10:000· D. Engracia da Assumpçao Covas • • • • • , • • • • 10:000· Joiio Luiz Andrade. . . • . 10:000D. Gertrudes da Silva Nunes 10:000 Maria Adelina Ventura • 10:000 D. Maria da Conceiçao Duar•

Duas Filhas de Maria 20:000 Soma. • • • • . • • • • • • 839:500

Deapezaa Tra nsporte • . • • Impressao do n.0 29 (20:000 exemplares). • Outras despezas. • • • •

, 10:000

re • • • •

• • • • •

10:000 10:00010:000

10:000· 10:000 10:000 10:000 10:000 20:000

10:000·

Dc jornaes (D. Virginia Lo·

pes) • • • • • . • • • D. Maria da Conceiçao Rino Jordiio • • • • • • • •

10:000

D. Maria da E. Alves de Ma• tos da Costa e Silva. • •

P.• :Antonio Mendes Lages.

D. Maria Gonçalves . • • •

D. Gertrudes Pires Correia. D. Maria do Carmo Forjaz 1

de Gusmao . .

• ••

O. Luiza d'Oliveira Xavicr. D. Lucinda Soromenho •• D. Maria da Soledade Nunes D. Gertrudes Oliveira Santos Pinta • . . • • • P.• Luiz dos Santos. . . ·D. Anna Santos Mauric:io Alzira Vieira . . . .

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Dlreo1:or, Propr1e1:ar1o e Edtto..-

OOUTOR MANUEL .MARQUES DOS SANTOS

13 DE MARCO

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o dia 13 de Marto, reallsaram- se AB Cova da frla, corno nos mbes anterlores, es slngelas mas piedosas e emocionantes cerimoolas comm,morativas das apariçòes. Um vento norte frlgid lsslmo soprava com vlolen e I a , enregelando os corpos e tornando, mais uma vez, por motivo das condlç6es atmospherlcas, a peregrlnaçao mensa) a fatt~a urna verdadeira e forçada peregrina• çAo de penitencla. Apesar do frio intenso que fazla, a multld!o que accorreu a f4Uma tol multo superlor A do mès precedente. Talvez nao estlvessem presentes me.oos de quatro mii pessOas. Em frenle do altar das missas e do illtar da capella das appariçOes estadonavam mult~s centenas de fieia em oraçào. Os homens conservavam-se de cabeça descoberta. O respeito, o sHenclo e a devoçào de tantas almas, alli reunidas aos pés da Virgem do Rosario, edlficavam e encantavam a&bremaneira. Durante toda a manbA as mlssas succedem·se sem interrupçao. Os sacerdotes que as cele• bram e que pr~vlamente se inscreve-ram para esse fim, vAo chegando uns ap6s outros. Alguns d'elles, emquanto aguardam a sua vez, occupam o tempo em confessar grande numero de homens e rapazcs que nao tive,. f8l1l occasiao dc o fazer nas saas terras. Entretanto os enfermos, me,. dida que chegam, va:o sendo alinhados no recinto que lhes é destinado em frcnte do altar das mhsas, recentemente construido. O seu numero ascende a muitas dezeoas. Os servitas, sempre sollicitos e dedlcados, ajui1am as pessoas de faml• Ila a conduzl-los . da eslraòa para o foca! das apparlçOes. E' entAo que se intensifica a oraçao dos fiels que, .condof los da sorte de tantos lnfelizes, aJguns atacados de males lncudvels, inv6cam cheios de conflança a aaternal intercessao de Maria San-

a

tissima em beneficio delles rezando piedosamente o terço do rosario. De vez em quando um cantico rompe de mli bOccas, qu,braodo bruscamente o sllendo apenas interrompldo pelo brando e cadenciado ciclar das

préces.

-

Ao melo-dia solar começa a ultima missa, - ~ missa dos enfermos e peregrlnos. • E' este o momento mais solemne

e mais commovente das commemoracOes do dia treze de cada m~:z. O rev. dr. Marques dos Santos, · , capellAo·director dos servitas, laicla a recitaçlo do SymboJo dos Apostolos, qae é felta por todo o povo num traosporte de fé viva e de sentida rellglosldade. Segue-se a recltaçlo do terço do redrlo, que dura quasi toda a missa e é lntercalada de lnvocaçOes e cantlcos. Centenas de fiels, préviamente confessadoe, tinham recebido o PAo dGS Anjos nas mlssas que precederam a des enfermos. Por isso poucas deze. oas de communhOes se dfectuam na ultima missa. Ap6s a missa, o celebrante torna a capa de asperEtS e, cantado trez vezes o Adoremus in aeternum por tode o povo, procede, na f6rma do costume, li benç!o dos enfermoi, percorrendo, urna a urna, as differentes filas de bancadas. Como sempre, este acto liturgico seosibilisa profundamente todas as pessOas que a elle.,teem a ventura de asslstlr. Véem-se lagrlmas a borbulhar em muitos olhos. As suppllcas a Jesus-Hosfia slio feitas com um fervor e um enlhusiasmo que a penna nAo é capaz de aescrever. Terminada a bençao aos enfermos, o sacerdote s6t5e ao altar e, clepols de se ter cantado o. 7antum u110, da a tsençllo geral a todo o povo. Em seguida subiu ao pulpito ò rev. Luiz dé Souza, que dissertando durante vinte e cinco minutos sòbre a necessidade do arrependimento e emenda dos peccados, prendeu a attençA0 do auditorlo, que esteie sempre su~penso dos seu& labìos, num silencio ·e recothimento extraordinarlamente edificaotes. Oepois! da sermao os flets prlnélplam a dispersar, a caminho dos seus lares distantes. E, as primeiras som-

bras da noite, que lentamente vao descendo sObre a terra, sili, naquell& logar bemdlto, apenas, ae v@em alguns vultos descon~cldes que, de joelhos e màos postas, ergaem fervorosamente as suas préces para o Ceu, supllcando talvez a cura de al• gnma enfermida<Je physica ou o•oraJ. a conversao de urna alma queriaa ou o resurglmeAto religioso e a u!vaçio da nossa Pitrla.

I

b


't'of .·

Vo~ da FAtlma

..,

CJ ....

4i1. F4tlma para malor gloria de Deus

toda a nassa familla, mlnorar o sofri· mento dc tAo tnocentinba creançe. corre11 a pedlr am pouco da aaua e terra bemdlta. Ofereceram-ltie um torrlt,zlnbo da abençoada terra, e s4 terra, porque da agua ••• 14 nAo tlnhain, disseram. Qual olio fol o nosso jubilo, quando, no dia lmediato iquele em que

e de Nossa Senhora. _ Com a- malor conslderaç!o etc., ~oda de Cardlgos (Maçllo),2873/925.

Ma1tael da SiJ,a Valente. ,Mafra, 29 de Março de 1925. Sr. Padre Silva

=-

fricclonamos a parte infectada, e bena asslm o corpo da creança, com aquele torrAozlnho dissolvldo em agua comum, verlficamos que o mau chetro d~saparecera corno por encanlo, e que ao fim de poucos dias se encontrava completamente restabeleclda l I S1io ja passados dols mesea que esta cura miraculosa se evidenclo'u, continuando a creança a gozar urna explendida sau 1e, grac;as li Santi slrua Virgem Nossa Senhora. Candeltrla, S. Miguel, 25 de fevereiro de 1925.

/oào fùsé d' ArauiJ•>

tar-se, o que nllo fazla ha mez e rtfèlo _ que esteve retida na cama. D. Mula da ConceiçAo, com doelJ• - ça Intestina} e mais complica~.

--

com

checando a estar em Llsbòa gélo no ventre, evitando assim ,i ntellndrosa operaçllo a que estava sujeita, mas pauados dols mezes voltou ao mesmo estado, tendo de pensar novamente na operaçao, mas n'esta altura aproximou-se o t 3 de Outubro, 1> fellz dia para a doen.te. Poi 4 Fatima na minba companti1a, pediu A Virgem Santissima que tlvesse d6 dos seus sofrimentos, trouxemos um garrafào com a milagrosa igua, fez a novena a N. Senhora com outra sua amiga, com muita devoçào e respeito e pa.i.sados J 5 dias ji pesava mais 5 kilos e meìo, começou a çomer, c0m um apetite devorador, engordando de dia a dia, n1o P.arecendoahJ?fa a mesm1 pessòa f Todos os sofrimentos lhe desapareceram do ventre. .

D. Rosa Copes, gr.1ças recehidas tambem p a Virgem Santissima. Por todOs estas seohoras eu tenho sldo entermediarìa pedlndo a 111terveoçAo de Nossa ~~nhora, pois que sou intima amiga d'elas, assim <:omo sou amiga de todas as pessòas que neces~itam do meu limit~do....auxilio.

Eneracla d' Assumpç/Jo Covas .•

,

«Maria de lo11rdes, de sete a,~ses de ldadc, filha do sagnatario e. de Se!lh..P,rinha dos Anj~ Pereira, ao terr -eeiro di1:1, apos o seu nascimento. começou a sofrer , de urna doença

-cutAnea na reglllo do crA.,eo. Todos os nossos cuidados fOram para debelar tal enfermldade, pelo que imediatamente fol , 11ec~1sario recorrer sci~11cia médlca. ConsulJa,los tre3 dlstlntos facullativoa, 1 sucesalvamente, com ba8tante mtgoa nossa. viamoa dia a dia; serem lneOcazes os seus medicamento~. pois q~. a doença per,istla e com ella o rnau cheiro que desde o começo da d9ença aparecera na reglào infectada. Estavamos, porém, um tanto ou quanto desaolmados, vendo sofrer contlouameote a nossa extremeclda

i1l"Suficlente

• Jvanna Dias da Costa Freltos,

a

Ttrc~ira Dominicana sob o nome 'de Maria de S. Vicente, de edade avan-

çada, estava atacada de um11 pneumonia que o m!dlco deçlarou ser da

ptior espéck; a febre era ' altissima. Pceparou se para a morte recebendo

fllhtnba, quando nos chegou ao co-

11heclmento que urna fdmilla nossa vlsinha havla recebido aeua e terra

d~ F.4t1m11.

A mAe. to1a soliclta e enlevada fla sua fé crlstll, desejando veementemente, be.m cemo oa que compOem

- - - - - - 4 - - -.

D. Maria de Sousa, com htmorràgtas ha bastante tempo, com a lntervençao de N. Senhora, deools d'u.ma no9ena no dia segulnt~ j4 nlio sentta na<la., tendo podido ll'lgO J.evaa~

;

,

os ultimos Sacramentos. Suas amlgas juotam'=nte com e-la recorreram ~ Vlrgem do Rosario da PA1lf1'!a, rezan· do durante trez dias 3 A,e-Martà~ e bebendo a enferma a Agua mllagrosa da FAtima. Ao tercelro dia a febre desapareceu por completo, ncaodo a doente completamente curada. Mil, graças sejam dadas a Nossa Senbora do Rosario da F4tla,a J.


~m acçào de graças por um beaeficlo que se dignou conceder-lhe a Virgem d~ F4tlma, envla urna pequena quanti~ para auxillar as despczas. -Uma Senhora de PardeltiH, pelo~ bom exito do exame seu filh(J; manda para as despezas do culto de Nossa Senhora do Rosario di Fatima< urna pequena quantia. •

do

-Rosa Picada, de Pardelhas, pe:diu a N. Senhora do Rosario da f 4tima que lhe acudisse na sua doença. Tendo alcançado melhoras, vem pois reèontìecida, publicar a graça que recebeu e manda urna pequena quan-, tia para o culto. -Rosa Mala, da Murtosa, vem muito recl}nhecida, agradecer a N. Senhora do Rosarjo da Patlma, urna graça que lhe coocedeu e manda

tima pequena quantia para o culto. -Rosa do /osl Gaetano, de Pardèlhas, pèdiu a No:,sa Senhora do Rosario da Fatima a sua valiosa proten'urn momento c:te afliçiio e foi attendi da.

ccio

- cAlltonio Ferreira de Mello, de O Angra - 1'erceir, - Açotes, agrade-•

.cendo uma .Rraçl} recebidn de Nossa Se,nhora da Fi\tirnsi, cumpre o dever de a publiéat ~ lhe enviar uma esmola para o culto de Nossa Senhora da Fatima, conf6rrne prometeu. •

-,p_e /oaquim A. de Lacerda, de inco-

Castainço (Pt:ne(lono), em um modo de figado. • 1

Senhor, nés Nada é mals bello e tocante do que observar o fervor, o acento e convicç:lo com q_ue tantos peregrlnos acompanham na Flitima as invocaçOes a Jesus na Eucharlstia. Aqui, corno ·em Lourdes, comove a fé ardente de tantas almas, sObre tudo 'IU&ndo dlzem a 1esus: S1nllor, 1ztfs t10s amamos. No. vos amanUJs porque vos o -mere eis por tantos tituloJ. Sois a propria bondade e beleza I No ceu, os Anjos e os Santos encontram toda .a sua felicidade em vos contemplar sempre e em experimentar guanto

sois bom !

Sois o nosso Creador. Chamastenos do nada exlstencia ; deite-nos um corpo com os seus membros e Vossa imasentidcis, e urna alma

a

gem

a

e similhança.

Sois o nosso Salvador. De tal f6rma Oeus arnou o munao que lhe sacrlficou seu PUho. Poi ppr nossa causa que Elle velo habitat este logar de miserias, que tomou a f6rma de 5ervo, que se fez menino e vlveu na pobreza, 11as prlvaçOes e no trabalho. E' por nOftsa causa que Elle -ensine, que Elle lrabalha, que vlaja, flue espalha beQçAos. E' por o6s que Elle se immola, sofre e m-0rre. V6s sois o nosso alimento. O pào -dos Anjos tornado alimento dos pe11egrinos d'este miindo, é documen• tfo visive) de um amor S~Al limites.

. Virginia Bruni, escreve o padre 1 · Ventura, falava multas vezea a aeu11 · filbos das vantagens da pureza, van- B tageos de que cUa se forçava por lbes .(

fazer: seorJr o vaJor, tanto eoi paJa· vras como pelo exemplo. 1 Modesta em excesse, mesmo com eUes, n!io meuos em acçOes qoe em · palavras, nada desprezava para os acoatumar desde prlat.ipio a um severo pudor. _ Oeltav11- os quaàt sempre vesttdos e as m1los cruzadas sObre e pelto. Lembrava-U1es que o anjo da auar-

da estava na sua preseoça. desejoso de lbes ver conservar am porte '8cau-

telado. f azla-lhes ver que um s6 acto lmmoral, mesmo que nlo tosse muito

mau, desgostarla a Jeaus Cbrlsto e a ~ossa Senhora, a ~uecn a modestia,

• {


}(!

am.br aos aoberbos, asslm 001110 o _.òl oculta 01 seus ralos, quando uma eape~a nuvem se lhe pOe em fre~te; lll}s, as ~lmas humitdes sao corno esétho~ que reftectem a presença de

s.

.

eem um tal peder sobre o taeu Coraçao, que urna s6, verdadelramente humilde, 1em mais poder pa-

ra desarmar o braço da minha justiça Jlo que mli pecadores para armar o

,,aço da minha colera. cExamlnando urna gota de agua a olho nu, apenas se distingue a gota 41e agua ; mas com o mlcroscopiQ descobre-se u,ma multidAo de colsas 4ue se nAo vlam antes. Pois bem I A humildade é um microscopio espiritual : quanto mais a alma se hu111Uha, mais perfeltas silo as lente&,

permitlndo ver melhor.

E' c~rto que isto custa ; mas o Pa-

ratzo é Ulo belo I . • • E é

pr~ciso

ganhal-o.

«Se a semente pudesse fatar, pe-

tliria por favor que a enterrassem para germinar.» (P"lavras Consolador4s, pag. 139)

Numero• atrazadoa Tendo-se esgotado' os n." J, 4, 5, -6, 7, 9 e 10 da Voz da Fdtima e havendo pessOas que teem todo G

empenho em os possulr, compramolos 4a pess~as que os possam ou

41ueiram dispensar.

Mas, tenho eu, corno o meu Salva•

dor resis.ttdo até ao sangue? U lrefs alnda consolar-vos nas dlficuldades, penis, trabalhos1 nas humi16aç6es e nas dOres. Vereis no cruclfixo corno Noeso Senho rtot tratado e~ sab~ndo que o dlscipufo nào é mais que o mestre. vos sentir-eis decldldos, fortes e c:onaoladoa. A' sua vista em toda a parte dlrels: l'.( Me11 Oeus, faça-se a Vossa vootadel Finalmente quando a morte se vos apreseotar com os seus horro1es. nesse momento terrivel e.m que tudo nos abandonari, Jeeus ~ruclffcado seré o voeso ultimo amlgo sendo

mii vezes felli o que tiver sempre

venerado a sua lmagem na cruz.

Tende como uma honra. urna fellcidade, ama gloria trazer o vosso cruclfìxo. NIio lmltei& es1es. fra-cos que se envergonham d'elle, ou eeses lmplos que o olham com indiferença.

V.oz da. fétima Deapezaa Transportc . • , . . • 24=698:970 Impressa-O do n. 0 30 (zo:ooo cxemplarC1S). • 400:000 Outras despez~s . • • • 95:000

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A lmagem adoravel de Jesus f!IU· dfi~~d9 deve ser para n6s objecto -d'uma terna devoçAo. O pensamento no crucifixo é o

flàielo dos dem6nios, o remedio· coiitra as tentaçoes, a morte da natuteza e o canal da grac;;a. 'Vende um cruclfixo no vosso quar-

to~~Apertae~o algumas vezes contra o peito e beljae-o. Nlio olharel& vez nenhuma pera elle sera que Jesus la do ceu vos

-0lhe tambem com afectuosa compla-

ceJlcta e. vos nao faça algum favor. Que a tmagem de Jesus crucificado fate conUnuamente aos vossos olhos, ao vosso -esplrito e sobretuao ao vasso coraçao. A IembraAça dos vossos pecados

~ausa. vos

perturbaçao e temor? In• ter1ogae o vosso crucifixo e uma vozaecreta vos dlr4: ctem conflança, minba filha, lava os teus crimes no meu saogue e ficarao todos apagados.~ Estaes, pelo cotitrarlo, insensivel ~s vossas faltas? Olhae para o vosso ..cr~ciflxo e ouvireis no fondo da vos• I

.sa alma esta

censura q ue vos humi-

Ut~ri e toca,a; 110~ teus pecados

O. Filomena Augusta Pinto Dias • • . • • • • • • 10:-000 Evaristo de Freitas • • . • 10:000 O. Dulcc Soarcs Mattos • • 10:000 De jQrnaes (O. M.• Pedrosa Matbias). • • • • • •• 7:5oe D. Julia d'Almeida • • • • 10:000 Jacinto da Costa Mclkìas. • 10:000 Or. Lùiz An'1radc e Silva•• 10:000 OJ Francisca Rosa Santos. • 10:000 P. Frenc~o Pereira . , . 51:200 Alfredo Camilo Gomes. , • 10:000 Auçusto de Brito Selxas .• 10:000 Feliciano de Brito Correia • 10:000 José Jardim d'AzeYedo ••• 10:000 Dr. José Maria Màlbeiro •• 10:000 Manuel Gabriel d'Andrade. 10:000 Manuel Maria Ribeiro. , • ro:ooo Manuel Augusto Soares •• 10:000 P.e Lauri odo Lea I Pcstana. 10:000 p,e J.oao Vicente de Faria e Soriza. • . • • • • • • 10:000 Trista.o Bettencourt de Camara . . . • • • . . • • 10:000

Vasco Teixeira Doria •••• D. Maria Augusta de Ma-

10:000

chado Lemos • • • • • • . D. Maria de Jesus Ribeiro •

10:000 10:000

D. Anna qe Jesus Lima • • io:ooo D. Addajde Gromlfell Ca•

cuslaram· me a mim todo o meu sangue e nao te ammcam a ti um~ la-

mossa Vaz. , , •.••• Joaqt,Jim Alleu. ·•••••• D. Maria Ribeiro da Silva •

15:000

tas do \nlemo e nào abala o teu co,.

Conde~ dc- Mnrgaride •••

20!000

_gr\ma t O meu sangue estaJou as por•

,atlo ll)

Durante a tempestade da tentaç.lo

vosso cruciflxo vos dira : «Meu fiJho entra na chaga de meu lado 0

e esconde-iè no meu coraçao; ahi

est~s seguro,)> A vosfa cruz vos animarA tambem 11as fraquezas e tibieza, vendo-a ex.ctaJJ1arè1s: urna ligetta irife1mida,de ,. me ch,1cm , uins con11 aoiç {1t1 me aba-

10:000

10:000

Inacio d~ Maura Coutinho da Silvcira Montenegro • Ma1rnel &Ila S~lva Valente e

Oias Nunes • , •• • • • Dr. Eduarcdo Camara Car· valho é Si Iva. • • • • • •

D. Margarida Lo-pes •

. Ci .

Dr. Joaquim Alves Martins, D. Cecil 1a da Conc;eiçi(a l\iar• t\ns Zolo. de Mediou • • •

TT IJ 101,,t 'f

IX:

te, um pouco de aborrecJmento me acabrunba e me faz oJbar para traz.

10~000

( I

D. Maria Helcna G. Ferrei• ra Pinto Bastos • • • . • D. Maria S. da: Sif,a' Lobo. D, Leonor Ma nuel (Atalaya) D. Miria Batalha • . • • • P.e 1Manuel Jacob Sardinha. D. Eugenia Clara da No· bréga • • • • • • • • . •

D. Luiza Emilia Pimenta da Nobrega • . • • • .. D. Eliza dos Anjos Cruz. . D. Margarida dc Lemos Ma· (Jalhaes • • • . • • • • Ellas da Silva Machado•• ~ D. Maria Luiz Delgado. • • D. Izaura de Lacerda. • •. • O. Antonia Duarte. . • •. • D. Afonso d'Albuquerque • D. Maria da Piedade Laccrda Pizarro. • • • • • • D. Maria da Conec:içiio Vieira D. Ce!;iarina da Piedade ••• Alfredo Tavares . • • • • • D. Maria do &pirito Santo Curado • • • • • • • • • D. Adelina Queiroz Calcleira Barahona . • . • • • • • D. Anna C. Soares .•~ ••• D. Angelina Gordo Mimoso o. Rha da Penha Novo • .. José Sim5es Pedro. • • • •1 O. Georiina d'Almeida "ta·

vares . • . . • • • • . • D. Eduarda Albertina Tavares de Santia o • • . • O. Maria José d8Ascençao

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P ro!~ ' 10:00• 20:000,

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~o:qpo- .

Tavares d' Almeida. • • . D. Maria da Gloria Tavares Soveral Martins • • • • .! 10:000 D. Anna Augùsta Correia • ro:dòo D. Aurora Tavarcs Correia .. 10:000 Manuel Rodrigues de Souza 10:000 · D. Carolina Corrcia Ribeiro Vieira. • • . • • • • • • De jornacs (Na ca;.ela das Flamengas-AJcantara) • , 10:goo· p,e Antonio Rodrigues Pereira. • • • , __ . • • • • D. Carolina da Sil va Correia dè Lacerda Mendcs

Mlmoso • • . - •

~

• • •

D. Estephania .Maria da Silva Correia dc Lacerda Men~es 1 o:«>a ;Adolfo Ferreira . • • . • • 10:000 .., D. Maria da Glorià Albana Santos. . • • . • • • • • 10:000· Joao das Neves. • • • • . • 10:000:-• ·"· D. Maria Teresa Moura Pinhei ro. • . . . . • . • • Manuel Pedro Pires • • • . ro:çoo Manuel Sarabanda • • . I ,:900 D. Maria Constança d'Albuqt1cr(4Ue • •

• • •

10:000··

D. Aurora Amelia Simoes

da Si\n. • • . . . . • P.e José Albino Tavares de

Souza. •

. . • . . •

lO!ÒOO" r


N.• 82

Ano I I I \

(COM APBo,rAç.ÀO ECLESI~STIOA) Dtreo-tor, Propriet.arlo e EdJt.or

DOtITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Con,posto e impresso na Imprensa ComerciaJ, li Sé -

13 DE ABRIL dia de vento frio e agreste, de sol quente ~.'-:...,.;..~-' e brilhante, · de formoso ceu azul, aalpicado aqui e acolé de farrapos de nuvens brancas, que corriam vertiginosamente no espaço, tal foi o dia treze de Abril ultimo. Oir-se-ia que a Virgem Santissima, querendo imprlmlr· 4 romagem men.:. sai ao seu sanctuario de F.itima um cunllo mais accentuado de peregrlnaçfto de penltencia, junta lnfallivelmente aspereza, sobremaneira lncommoda dos caminhos, a rude e implacavel inclemencia do tempo. A sublda da serra sobretudo, realisada em condlç0es atmosphericas desfavoravels, revesle quasi as proporçOes de um martyrlo tanto mais doloroso quanto é certo que a extensAo do percurso parfce torna-lo lnterminavel. Sao principalmente os peregrinos que fazem a viagem a cavallo aquelJes que stntem com mais intensldade as penas e agruras da piedosa roma- i

Leiria

mente em vista a sanctificaçlio e sai· vaçao dos filhos desta terra de que ella é a padroeira.

M

A's clnco horas da tarde a immensa multidAo começou a debandar, nào se vendo, momentos depois, se- P nlio alguns raros devotos naquele locai privilegiado com as apparlçijes e as graças da gloriosa padroeira de Portugal fidellssimo.

V. de M.

a

gem.

Por via de regra, s6 em Malo e Outubro, mèses das grandes peregrlnaçoes nacionaes, se véem, ao lado dos verdadelros peregrinos, chelos de fé e devoçao e animados de espirito de sacrificio, os curiosos e os touristes, cuja attitude e procedimento contrastam, de um modo sin· gular, com a attitude e procedimento dos peregrinos authenticos, pondo urna nota desagradavel em Ulo imponente manlfestaçao de fé e piectade. E' indispensavel que todos os crentes que vào a Félima se lembrem tie que Nossa Senhora recomentiou com empentio muito eapecial a toclos os portoguèze!, por intermedio dos fres videntes de Aljustrel, a pratica da oraç~o e da penitencia, isto é, do arrependimento e emenda eia vida para ctesarm11r a justiça divina offendida e irritada com os pecca(los dos homens. S6 assim se farA a vontade da Augusta Màe de Deus, que, dignando8 se apparecer em Fatima, teve ubica-

Na Cova da lria effectuaram·se as comemoraçOes religiosas do costume. Celebraram-se muitas missas, commungando tm cada urna dellas grande numero de fiets préviamenle confessados nas suas terras. A' ultima missa asslstiram cérca de etneo mli pess0as. O recolhimento e a devoçAo dos peregrinos commovlam e encantavam. As cffmmemoraç~es concluiram com a bençao do Santissimo, dada em primelto logar aos enferntos e em seguida a todos os peregrlnos. Depois desta ultima missa sub\u ao pulpito o rev. dr. Paulo Duriio Alves, que f4Jlou eloquentemente durante quinze minutos s0bre a necessntade da penìlencia para a salvaçao. Como de costume, dislribuiram•se gratuitamente muitos milhiues de exemplares da , Voz da Fétima•. junto da fonte das appariç~es eslaclonavam continuamente rnurtas pess0as que bebiam e faziam provisao da agua maravilhosa. Os ,servilas• flzeram, como sempre um admlravel servlco de ordem, sendo as suas lnslrucç0es religiosameDte acatadaS por todos os fiels • .

'


I

• -ao- doente os amludados curativos que seriam precisos quando o tumor .f~ase lancetado. lnstalados. pois. de novo na nc,ssa casa da rua do Rozarlo. 144, chamimos o sr. dr. Couto Soares, ~ue dep.ois de examioar o doente, que fol radiografado per v,ontade de sua ex.• para segurança do diagnostico, nlo ocultou a minha amllla a gravidacle do mal. Meu marido estava em perlgo de vlda, e o tumor <!evia ser lancetado dentro de b·reves dias. Poi entilo que ao ver a minha afllçlo, urna senhora minha vlslnha que ocupa metade do predio da rua do Rozarlo, 144, me lembrou Patima e os seus milagres, dando-me ..algìins numeros da • Voz da FAtìma> para eu ler, e entre elles. um. que se -referla A graça obtida por urna pess0a das suas relaç0es. Escrevl sem demora a v. ex.• rev.m• que com taota cartdade se dignou atender ao meu pedldo. mandando-me na volta do correlo Agua da Fonte das Aparlc;Oes e as medalhlnhas benzidas, que logo coloquei no pescoço de meu marldo e no meu. Chela de ar,dente Fé, elevei é Santissima Vlrgem -0 meu pensamento, rezei e chorei, pedlndo-lhe a cura de meu marldo, que chelo de Pé tambem pedia a Nossa Senhora da FAtima o milagre de sarar sem que o tumor precisasse de ser lancetado. E Nossa Senhora ouvlu-o I Eu tinha-lhe dado de maflhl, urna colher de sopa de Agua da Pitlma; o médlco chegou depois, dedarando que o tumor precisarla de aer lancetado no dia seRulnte. Mas -por mllagre de Nossa Senhora do Rozario da F!tima, o tumor rebentou nesse mesmo dia, ficando o doente 411ais alivlado, mas alagado no pus, que se espalhou pelas roupas, sendo. preciso enxug4-lo constantemente. • Antes d'lsto e por vontade do sr. dr. Couto Soarés, fol chamado tambem o ar. dr. Perreira Alves, director do • Sanatorio Marit\mo do Norte, que em conferencla declarou precisar o doente de se retlrar para urna ·praia, aflm de tomar banhos de sol A belra do Oceano. Outro médico eapecla~iita fol chamado tambem para examlnar o doente, mas s6 o ilustre clinico ar. dr. Couto Soares contlnuou a trat4-lo como aeu médico assistente. Como meu marido mostrasse relutancla em lr para longe do Porto, reaolvemos ir para Vllarinha, aldela entre o Porto e Matozlnhos, para casa de minha b0a mlle. A principio o doente pelorou multo. Tornava os banhos de sol, ma~ a febre augmentava, o apetue faltou de todo, estava tlo magro que so tinha a pele cobrlndo-lhe os ossos, e a fraqueza era extrema, parecendo moribundo. Eu chorava e rezava e na mlnha d0r ctieguet a contratar um automovel • que nos levasse A atima, para no J ,a-nto logar das Aparlç6es, Nossa Senhora o curar por um mllagre. Mas nlo fol preciso partir, porque a Virgem Santissima, que foi, é. e seri aemp,re a Consolacilo dos aHictos e a nude dos enfermos, nos ouviu emfim r De repente o doente comea melhorar a olhos vistos. e em 7 semanas, a cura mlraculosa efecti•vou-se. Os médlcos que prevlam no meltior dos caaos umi cura de dola

E

~ou

...

anos, afirmando qa.c meu marldo teria de usar um aparelho - cinto, etc., mostraram-se admiradissimos com aquela resurretçao. O doente regressou a casa trtgueiro, nutrido e c6rado, corno sempre f0ra antea de adoecer, e até hoje, tem con~ervado a sua antiga saude. E' pois com o coraçao a trasbor<iar da mais ardente gratidAo e Fé, que eu venho oferecer a Nossa Senhora do Rozario da F~tima esta humllde homenagem, que muilo desejarla ver publicada na • Voz da FAtima>. Com a mais alta conslderaçio, res• petto e gratid~o, se subscreve a de v. rev.ma muito dedicada. e para sempre agradecìda, Maria Alice Barr~tò d'Oliveira Carvalho -R. do Rozano, 144, Porto.>

fUESTB\DO ffiEDICO Atesto qtle tratti o Sr. ]osé Car· va/ho d' am volumoso abcesso tombar, que pela sua evoluçlio e locall.saç4o, me levou d suspeita da sua oriaem vertebral (o que a radloerafla con/irmou). As punçòes repetidas deste abeesso de ram um pus Ituldo, que nllo tevel,,u bacilos de Koch. ao exame microscopico, mas slm tsta/ilococo puro. Em /ace da analyse do pus, e contra os dados que nos fornecia o exame e ltistoria do doente, drendmos o abcesso. Ao contrarlo da nossa ex· pectativa as methoras ntlo se fizeram sentir. O doente continuava com febre, e /alta d'apetite, emagrecimento proe,essivo, impossibilidade de movimentos do mtmbro lnferlor diretto (lado doente), sempre em contractura. . Esta f alta de melhoras do doente, ou antes este agravamento proeressivo da doença, Jez de no.,o vlr ao meu espiri/o a minha primelra suspeita. (Mal de Pott lombar). Dois colegas mais, que vlsitaram o doente, conjlrmaram esta suspelta, e f oram u11anlmes em que seria ut/1 dar-lhe banhos de sol. Passa·se mais d'um mtz. sem que as melhoras se corneçassem a man.li estar. Nesta ocasillo um outro colega espuia/isadotm doenças osseas, visita o doente e dd d f amilia um prazo de otto d/as para um desenlace f atat. Poucos dias de pois o do ente experimenta melhoras extr11,0rdlnarlas, quasi subitamente. Desaparece a febre, a fistula delxa de supurar, o doente começa a alimentar-se optlmamente, a mobilidade da perna direita faz-se sem estorço, as dores lombares cessam, e o doente em poucos dlas pede para se ievantar, e em pouco mais de um mez tinha readqui· rido o seu bom aspecto primitivo, sem o mefll)r de/eito ou incomodo. Por ser verdade passo este atestado que assieno sob paiavra d' nonra. Porlo, 20 de fanelro tk 1925. (a) Antonio do Couto Soares /uniar (Segue o reconhecimento do ootario portuense Casimiro Carneiro Fontoura Curado).

Flòres a Ma ria Um religioso. prégando um retlro em Nancy, ponderou que nunca sedeve desesperar da salvaçAo de urna alma, e que As vezes os actos meitos importantes aos olhos dos homens, sao recompensados pelo Senhor na hora da 'morte. Ao sair da igreja: urna senhora de luto se aproxima e lhe dlz: •Meu Padre, vos recomendastes a confiança e a esperança ; o que me aconteceu justifica as vossas. palavras. Eu tinha um esposo hom, afectuoso, irrepreensivel na vida particular e pùblìca, mas descuidado e arredio da P.ratica da rellgiao. Meus P,edidos. e as poucas palavras que arriscava s0bre o assunto. nao tlnham adiantado nada. .. Durante o mès de maio que precedeu sua morte, eu armara; corno costumav~ fazer todo o- ano, um pequeno altar, em meu _ aposento, 4 Santissima Virgem e ornava-o de flòres. renovadas de vez em quando. Todos os domingos, meu marido ia passeaf f6fa da cidade ; e, cada vez ao voltar, me oferecia um ramathele que ele mesmo colhera, e eu, com essas fl0res ornava o meu oratorio. Nos primeiros dias do més seguinte. foi subitamente fulminado pela morte, sem ter tempo de receber os socorros da religiao. Eu flquei inconsollivel : mlnha saMe se alternou sériamente, e a familia obrlgou-me a partir para o sul. Passando em Lyao, quiz ver o Santo Cura de Ars, que ainda vlvla .. Escrevi-lhe para sollcitar urna audléncia e recomendar as suas oraç0es para meu marido, qu.e morrera de repente. Nao lhe del outros pormenores.. Apenas entrara na sala, o Santo Cura me disse : Senhora, estals consternada, mas nAo vos lembrais entao dos ramalhetes de cada domingo do mei de Maio? • Ser-me-la lmposslvel dlzer qual foi o meu pasmo, ouvlndo o Padre Vianney lembrar urna circunstAocia de que eu nao tinha falado a nlnguem. e que ele s6 podja conhecer por uma revelaçao. Acrescentou: e Oeus teve piedade daquele que honrou sua Santa Mle. No Instante da morte, vosso esposo poude arrepender- se ; sua alma estA no Purgat6rio ; nossas oraç0es e vossas b0as obras nAo o deixar!o ficar I~>.

A redao980 ,ou admlnl•tra9Ao da «Voz d• Fatima• nlo pode encarregaP·•• de forneoer agua da Fàtl• 111• 6• pess6aa que a de• aeJam. PPeata-ae a eate aePvl90 • .... José d'Almeida Lopea-Fatima (VIie Nova de OuPem), • quem devem

••• feltoa o• pedldoa. l J •

1


V°joz

ae.

EaUma sioho, a avminha e mais e mftmii, o pap, • todos os maninho1, e os Anjo1, o a Vlrgem Santissima e Nosso Seohor ... Depois contou Conceiçiiosi::iha ao avi que a Jrroli lhe tinha promettido um prernio se declam1tsse bem uma poesia em honra da Divina Pastora, na proxima distribuiçiio de premios ; e corno o doente lhe pediu que lb'a declamasse para eJJe ouvir, O a menina jft 8 sabia de cor, com muita graça lh'a declameu logo, dizendo : Divina Pastora, Que rico rebanho, Tao vario e tamanho Te deu o Senhor I E tu o· encaminhRs Com ternos cuid11dos Por fontcs e prados Ao divino Psi.tor.

. .Vaguciam . . .. .. . . tlio tristes

!

Estiio macilentas ; Fenda, crue:ntu Lhes tingem es las, E as tuns, r,alicenllo J<.:m Jirios e rosas, Retouçam man;iosas, Alvejam louças. Emquanto a pequena declamava, cotTiam u la~rimu a quatro e quatro pelas (aces do velho. O conceito dos versos e as 11al1vras que lhe dissera a netinha ,:;ravavam--so coma settas amorosas no seu coraçiio, e citava-se elle reconliecendo corno ovelha d,esgarrada, tri te e, inacilcnta, alimentada uté sili de hervas venenosas, e vagueaodo com urna vida tlio inutil e vii, como a mesma vaidade do mundo. Entendendo pois que Dcus o estan chamando com as palavras que puzara na bocca d'aquella cr~nç1 angelica, chamoua para si e disse lhe ao ouvado : -Filha, vai di1er tua mlimii que mo chame um Padre, quel o tcu av6sinho querse confe~sar. Correu il menina com o recado a marna, a quel exc)amou cheia do e~panto: ue me dizes, peq~ena ? 1 1 1 ., ue o avòsinho quer-se conressar. - as quern lhe falou a elle em Sacramearos? -Eu. --Tu? E que lbe fr•ste tu dizcr, tagarelle? -Que ia morrer dentro Je oito d ies, Co• mo disse o m6di:o. -Mcu Deu, ! Quc imprudencie ! Que G. atrevimento ù'esta tolinha I Mas para q\ia lhe l\nias de (alar J'estn .:obas? - Porque, corno sou amìga do avosinho. desejo que, qudndo morrtr, va para o c6u. -Al, pobre av6sinho, que susta tera ro• cebido I 1 -Nao sei nada, mami; mu olhe quo a Irma qisse-no, là no collc~io qut: era melbor ir com o susto pnra o céu do quo sem sutto para o inferno. Entrou a ,enhora no quarto do enfenno para se desLlz11r em Jcsculpd,, mas achouo tao soce~aJo, que, sem faier neohum uso das explicaç~e-s, peJiu lhe que chama,ise um Sacerdote para tratar dos oegocios da sua alma. N'aquejfe mesmo dia rect!bcu os santos Sacramentos e com elles tiio grande tranq11Ulid11de, re~•Rna'çuo e conlìanç11 ga infinita bondadet Je Oeui, que parecia outro homem, e ùe hom11m uo munùo parecia terse tornado n'um S11nto. Deplorava a va13al!e• e os extravios do sua viùa P..I\Sad.i, e bcijwa com amoroso atfecto um pcqueno crucifìxo e uma medalha de N >s(a Senhora,. quo Conceiçaosinha lhe trou~er.l, ~ Sl_!SJlarava caJa ve, ma·s por sa1r da~ m1serias da vida mortal e entrar na fl'liciJalle da vada eterna que Jesus Cbristo promeueu a todos os peccadores que se convertam. Cinco dias 1lepoi1 o dito10 avo estava em llgonia, e upertando ao coraçiio com amorosa confì~nça o crncifìxo da menina, eh.amava por ella com a voz desrruuac.fa dizenJo: -Conceiçao, Con-:ei.,rio~ioha, onde uUs?: -Estou aqui, responJeu ella cliegandose li coma o comqnJo e mao gelada qucr elle lhe e~1enJi11. Entao, com palavras e11tercorraJas, dissi, o avò~inho morihunJo: -Qcu:1 te 11bençoe, fìlhll minha, porqu• salvaste teu 'Ivo. E: momen.l~s ùe)'oi1 upiron na pai ao Senbor. . t

a

Radiografia da columnn vertebral ~e Joi;é d'Oliveira Carvalho antes da cura (A seta indica a parte afoctada) '

I

Coaceiç5osinha, chegava do Collegio, alegre CO!l!0 umu paschoas, e, ~altttanJo como borboleta d11 M11io entro as fiores, lançou-se ao1 br~ços da mamli, a tempo q11e o méJicq sah1a do quarto do avo, que estua gravemente enformo. _-Mau, mau esul aquillo, disse o doutor, nao temos homem para 01to Jia~. E, depois dc prevenir que podiam tratsr dos ultimos Sacramentos, Jesped1u-i:e. -Virgem do Rosario I exclamou a senhora, qu ,si chorando ; ao menos nao permittaes que o avosmho morra impenitente l .Niio ~ntendeu Conceìc5osinha o sentiJo d'~~JIIS pdlavras, e cobrimÌo sua mlic de be11os, perguntou : -Mamii porque chora? -Filhinha, porqu&o avòsinbo morre-nos por cste1 J1\I~, corno disse o méJico. -Re.iemos e Noss:1 ~enhora por elle, tomou a candida meninA, Olhe, m11ma, ensinou-oos hontem a Jrmii, que, quan~o tÌ· ve semos aJguem em perig,,, se reussemos a Nossa Senhora por elle, niio morreria sem Sacramcntos e Maria Santissima o levaria f)Ara o céu Ajoolhu:1m mae e filhJ e rezaram alguroas Avé-M .1ri111, e a mo::ninu, Jando com isto sx,r conclu1ùo o ne~ocio, riariiu !\ahnndo a communi::ar ao avo\inho t!io boa nolicta, corno se fò!sc a coi~d mais natural do mundo. -Bons diu, avòsinhn ! 01h11 que jà rezci com a mdmii o No,sa Senhora, rara que o le•e pera o c.!u. • -Que d1zes, t ol:nha ? Eniao, t:io depressa queres que eu morra'? -Eu e, nao 911eria; mos como o méùi~o Jiue a mama que o avo~i.,ho ic1 morrer, TCzdmos a Mar111 Santi!lsima pua que o nlio deixe morrer sem S,1cramen10:1 o o leve para o céu. -Como é i~so? di~qe o enfermo erguen'10-se na cama ; entao o méJico tliue que eu estou tao mal ? -Sim, !enhor. Olhe, av6•inho, ~té disse 4JUC nao ch.ega aos oito dias.

Deu o enfermo um profondo gemido ao ouvir ettu palavras (je sua innocente e amada neta ; mas dissimulando a d6r que lhe causàVam, para que ell>t continuasse a falu-lhe e a distrahil o, como coslllmava, perguntou lhe : -Como sabe~ tu que Nossa Senhora mo leva ri para o céu ? -Porque rezei pelo avo,inho, e 14 no collegio disseram 6s rneninas que, se a geo.• te pedisse à Vargem Santissima por algum doente de nossa casa, nao morreria em pecca~o mortai, maa receborla os santos Sact1mcn101 e :fe conreu.iria muito bem e receberia o Viatico,que diz que é a ugrada communhiio que se dli aos doerues ainda que nlio estcJam em jejum, e que Nosso Senhor lhe perdoana toJos c,i peccados e a Vfrgem Saoti1'ima o levaria para o ceu. -Mas, filba, quem te ensinou.todas estas coisas? -A Irma Rosa; olhe, e tambem nos disse quc, quando nor. estiveuemos doenrcs dé cuìdaùo, pedisseblos os santos Sacramentos, sern tsperar que nos avius~em, eque fizessemos entio a melhor confissao e communhlio do nos~a vida ; porquc com aquela b lél confis,ao flcaria a nossa alma tiio pura 9 tao pun, corno um Anjo, e com a communhio ti caria mai, formosa do que o sol j o com a Extrema Uncçiio, quc é o ultimo :sacrarnento, e com urna in Julgericia plenaria9 ~ voaria direitinha para o ceu. - Mas fil ha, como me falas hoje de ~isas tlio triste• ? -Triste~ ? Pois olhe, 1vòi;inho, eu tté cuidava que er,1m alcgres e muito b6as, e quando a lrmii noi u dizia, estava eu Com uma vontaJe de morrer rara ir para o céu, mas a goz9r com os Anji9ho~, que nlio fu idé11. O av6 nlio gosta de estar com os An~ jinhos? -Al ! tu és uma crerHurn innocente, murmurou o enfermo, enxuganJo os olhos arrasados de la~"ma~. -Mas o avosìnho é mais feliz ~o que eu, porque vai antes Je mim :,eu s6 mais tarde morrerei. e irci para o céu ~ mas li verei o av6s1nho e Jhc darei beijos coma lllO• ra. Muito bem c.litaromos nòs I~, o av(hi-

-3


• Y,;oz da

P.REVENCAO Houve pees6aa que em Malo e Outubro ultimo ven~eram, és vezea por alto preqo, exemplarea da .. Voz da Fatima• qua na Cova da lria sAo distribuidos gratuitamente. E' um abuao intoleravel. Quem o• nao poeaa aloanqar, queira dirigir-ae a p.e Sii• va - Leiria 1 que oa enviara gratuitamente. -Nlnguem ali deve comprar objeotoa religloaoa por mais do que o aeu ••lor aob pretexto de que o exoeaao è para . aa obraa da Fatima. Seria outra exploraoao ignobil. Mais uma vez declara• moa que ninguem eat4 autorisado a vender objeotoa por conta da Comia•Ao. Cautela, pois.

·os pobres Bem longe de afastar seus filhos <los espectaculos da miseria, da dOr e mesmo da agonia, Madame Chantal (S~nta Chantal) querla que elles a acompanhassem nas suas visitas aos pobres. Um levava o pilo, o outro os remedlos e aquele algum dinheiro. Era a recompensa que recebiam quando davam prova de obedlencia e de trabalho. Um dos maiores castigos para elles seria delxal-os em casa na bora em que a mAe fazia a sua visita diaria aos pobres. Poi asslm, por1 estes bellos habitos de lntimidade com os desgracados, adqulridos desde a infancla, que Santa Chantal desenvolvia na alma de seus filhos a unçAo do coraçAo e que lhes fazla saltar essas fontes profundas de senslbilidade, que parecem ter desaparecido em nossos dias'em que as creanças sllo educadas na vaidade que seca, em vez de aa engrandecer na caridade cheia de ternuras. Adoraçu.o noturna A adoraç!o noturna na egreja paroquial da Fatima come~a ao sol posto do dia 12 corno em Outubro.

Mais curas Nos mè1SeH segu.lntes continuaremot5 a pnblioar outraM c1.1.ra..t cujos relatoriol'!f He achnn>. ern

p ode.r. Pelo 1ne1tol!!I dez t!li.i.o de a-ran'do re levo, se n do

no!!tHO

dua~acornpanha4adde atteli-Cados médicos.

Fatima Albino Lameiro. • • • • • 20:000 l>. !saura d'Oliveira Fragoso 10:ooa O. Hilda Araujo Coclho. . • 10:000 Or. Pedro Mascarcnhas de Lcmos. . . . . • . • • 10:000 D. Maria Saturuina Meirdes Barriga. . . . • • • • 20:000 D. M. Amparo de Queiroz e Cunha. . . . . • • . 10:000 D. Annu Orumond Fialho • 10:000 Joaquim Augu~tode Laccrda 10:000 O. Hosa Olinda da Silvcira. 10.000 Ilildcbe, to Pere ira • • • • 10:000 l)uartc F'. Pacheco • . . • 10:000 D. Hcrmiuia Branco Tcixeira de LcncasO-c, . . • • 20:000 D. Regina de Frcitas Aguiar 10:000 D. Philomena Vieirn Nunes 10:000 Ildefonso Moniz Barreto Cor· te Real. • . . . . • • 30:000 p,e Manuel Joaquim Rosa do Nascimento. . . • • 10:000 P.e José Luiz da Rocha, • • 10:000 Antonio l\1achado FaAundes 10:000 Elia& da Cunha Mcndonça • 10:000 Antonio Cardoso Lcal, • • 10:000 Dr Luiz Cabrai Barata. • • 10:000 D. Emilia Pinheiro Fcrreira Pinta. . • . . . • . • 20:000 D. Natalia dos Samos. . • 10:000 p,e DomiugosGonçalvt:s 13orlido. , • • . , . . • • I 0:000 Joaquim Gonçalves • , • • 10:000 Manuel dc Passos Maninho 10~000 Feliciano Alvt:s. . • . . • · 40:000 1). Candida Rosa Martins • 10:000 D. Filipa Mexia Nunes lla-

Voz da fétima Deapezaa Transpone . • • • • • lmpressao do n.0 31 (21 :500 cxemplares). • Outras despezas • • • •

25:253:970

Soma. • • • •

25:848:47;

494:500 100:000

Sub'acrlpc,Ao (Continuaçfo)

D. Maria Hclcna Gupar Canastreiro. . • • • • • • 10:000 D. Maria Eugenia Matos Madeira. . • • • . • . • • 10:000 D. Margarida Victorino Costa 10:000 José d'Amotim • • • • . 10:000 D. Maria Emilia Gomcs de Miranda. • • • • • • • 10:000 D. Maria Hclcna Soarcs. • • 10:000 Baroneza d' Alvaiazcre. • • I 5:000 D. Leonor Marqucs. • • • 10:000 D. Rosaria Maria da Silva. 10:000 D. Guilhermina de Jesus Al10:000 berto Gomcs. • • . D. Emma Cordciro Maçis.• 10:000 Baroneza d' Almeirim ( I.>. Luiza ). • . • • • • • • 10:000 D. Carolina Miranda. • • • 10:000 Donativos ( D. Luiza ). • • 15:000 D. Maria da Gloria l'~rcira 10:000 D. Maria Anna Ferro Gamito 10:000 Luiz Gonzaga do Na!.cimcnto 10:000 D. Carolina Serranho dc Souza. . . . . . . . 10:000 D. Mary l<'erro Lobo de Mou• ra. • . . • . . 10:000 Carlos Batalhoz de Vilhena Barbosa. . . . • . • 10:000 De jornaes (M. J. Dias Cas• caes). . . . • • • • • • De jornaes (D. Maria das Do· res). ·• • • . • • • • 111:000 Percentagens e donativos (D. Maria das Oores). . • • 6o:ooo De jornaes (D. M. da C. A, Matheus). , • • • • • De jornaes (M. Borges). • • Dc lornacs (O. Laura Mar• ti ns). • • . . • • . • • 43:000 De jornacs (Domingos Oias). 6o:ooo De jornaes (Casa Ave-Maria - Lisboa). • . • . . • D. Maria da Piedade Rodri-

gues.. • • • • • ••• Donativos (D. Celeste). . • D. Maria Amelia d'Abreu • Francisco Ribeiro Baeth.ta Montes • , • • • • • , P.• Joao Moraes das Neves D. Maxiini,ena Vieira da Mo-

10:000 6:000 10:000

ta. • . • • • . • • • P.e Amadcu Pereira Cardoso

10:000 10:000 10:000 20:000 10:000 10:000

rata. • • . . • . • • p,e Alberto Pen·ira CarJoso D. Maria da Assumpçuo Silva. • . . • • . . • • D. Maria da Conceiçao Teles Varela. • . • . • • • • D. Ilda Magalhaes Varcla • D. Maria de Jesus Carlota . D. Maria da Concciçao Tavares Lopes . . . . . • D. Maria da Natividadc da Costa Cerveira. . . . • Joao dos Santos Gonçalves • p,e Ismacl Augusto Guedes D. Maria dos Prazcrcs Guedes A lmeida. • . . . • D. Julia da Conceiçao Baptista. . • • . .. • · • · D. Antonia de Figueiredo Nunes de Carvalho. • . • Firmino José Alves . . . • O. Sibila dt.' Jesus Pereira Feroandc:s. • • ' · • • •

10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 20:000 10:000

10:000 5:000 10:000 20:000

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VOZ DA FATIMA Este jornalzinho1 q u e vae •endo tfto querldo e procurado, é diatribuido gratuitam@nte em Fatima no• dia& 13 de oada m6a. Quem quizer ter o di- • reito de o reoeber dire• cta,nente pelo correlo• tera de enviar, adeanta• demente, o •In I m o ìle •

10:000 10:000 10:000 10:000

dez · mii réi••

10;000

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para publlcar, iato é, tòdos os que envlaram qualquer quantla deede flnt de novembro ultimo.

D. Maria da Piedode Puiva . Dr. Jacinto Gago da Camurn D. Maria da Assumpçao l.>ias Antonio Joaquim Ferrciro • D. Adtlaide Braamcamp de Mello Breyncr . • • • • 10:000 Marque_za de Pombnl • • • 20:000 D. Mana do Carmo. • • • 10:000 P.e Joao dc Dcus Lacciras . 1c:ooo D. Maria da Purificaçao Cànto. • • . • • • • • •

10:000

NOTA: - Faltam 450 subscrlptoree

10:000 10:000

José Pedro• . • • . • . • P.e Jayme José Ferreira ••• D. Maria José Martlns Contreiras Bandeira. • • • • D. Claudina èe Souza Sampaio. • • . • • • • • •

10:000 10:000


de Jnnllo de 10.Qfi

Ano IJI

N.• 38

(COM APROVAOÀ.O EÒLESIASTJOA) Dtreot.or, Proprlet;erlo e Edl-tor

Admbllat;~ador: PADRE M. PEREJRA DAIS:LVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

REDACç.AO

e:

ADJ.1lNJSTRAç.io

BU.A D. NUNO ALVA.BES l?EB:EIB.A.

Composto e Impresso ne Imprensa Comercial, li S4 -

B grande peregrinaçao nacional 13 de Maio de 19~5

Leiria

(111:ATO Nl.'NO Dli: SANTA MAMA)

I

limites da freguezia do Reguengo do fétal. Durante toda a noite, o Santissimo Sacramento esteve exposto adoraçào publica na egreia parochial, que, apesar de imensa, regorgitava de fieis. A guarda de honra era feita pelo grupo de Servitas de Torres

a

Novas.

Assou no dia treze de Malo ultimo o oitavo anniversario da primeira appariçào da Virgem Santissima aos inocentes pastorinhos de FAtima. No longo transcurso destes oito annos, aquelle togar privilegiado, onde se deram as appariçOes e que o povo designa com o nome de Cova da /ria vlu perpassar multidOes apòs multidOes que alli accorrlam a render augusta Paas suas homenagens droelra da Naçào. Mais urna vez, num impulso irresistivel de fé e piedade, a alma crente de Portugal se voltou para a serra d' Ayre e dezenas de milhares de pessOas de todas as classes sociaes e de todos os pontos do palz se puzeram a caminho em direcçào estancia do mysterio e do prodigio. Trez dias antes, jt se vlam numerosos pesegrinos aproximarem- se da serra. Era a guarda avançada do grande exercito que, numa mobilisaçao grandiosa e unica, como se obedecesse a urna voz de comando,~o dia treze realisaria a marchas fo~adas a sua concentraçao geral. Effectivamente uesse dia o espectkulo era soberbo e empolgante, apesar de se tornar impossivel observa-lo em conjuncto num s6 ponto e dum s6 lance de olhos. As estradas de Leiria, Torres Novas e Vita Nova d'Ourem durante toda a manh:i iam cheias, de lés a lés. Camions, camionettes, automoveis, side-cars, bicycletes, galeras, trens, charrettes, carroças, carros de bols, numa palavra, todos os meios de conducçao, eram utilizados para o transporte dòs peregrinos. No dia doze, 4 tarde, o planalto, onde se acha sitnada a Cova da Tria, estava transformada num verdadeiro acampamento, que se estendia desde a egreja parochlal de Fatima, até aos ~'--:--:::r=--'

a

a

O menino Joiio de Cntro Sanches da Co~ta Ferreira, de 4 aoos, curado milakrosamente de urna menini,:1te

No dia treze de madrugada, principiaram a celebrar-se as missas nos altares da capéla nova. VArios sacerdotes adminlstravam quasi inloterruptamente a Sagrada ComunhAo, aproximando-se da meza eucharistica mllhares de fieis devidamente preparados. Entretanto veem chegando numerosas peregrinaçOes organisadas, procedentes de viirios pontos do paiz. Merecem especial referencia, entre outras, a dos Filhos e filhas de Maria de Bemfica em LisbOa e a da freguezia da 8ened1c1a que se compunha de c~rca de mil pessOas e trazia um lindo e vistoso estandar1e com desenhos alusivos as scenas das appariçOes. . A' medida que se aproxlma a hora do meio-dia, a multidao torna- se mais numerosa e mais compacta. C~rca de cem mii peref?rinos estào concentrados no vasto amphitheatro da Cova da lria, elevando-se a Alui• tas dezenas de milbares o numero

d' aqueles que circulam contir1u3mente num assombroso movimento de vae- vem. Ao meio-dia solar cvmeça a ultima missa, a missa dos en(ermos. Estes, em numero de algumas centenas, enchem literalmente o recinto que lhes esta reservado debaixo de um vasto e elegante pavilhao, recentemente constr uido, sustentado por grossas e altas colunas de cimento armado. E' admiravel o espectAculo que se desenrola deante dos nossos olhos momentos antes da subida do celebrante ao altar. Um cortejo composto _.,de milhares de fiels acompanha a branca est4tua de Nossa Senhora do Ros~rio que é conduzida processio-. nalmtnte da c&péla das apparic;Oes até a capéla nova. Quando a lmagem da Virgem Santissima, transportada pelos Servitas e ladeada pelos escotelros de Lelria entra no pavilhAo dos doentes, estrugem no ar os vlvas e aclamac;Oes, milhares de lenços brancos agi tam- se numa saudaçAo fremente de entusiasmo e as palmas rebOam nutridas e prolongadas. A comoçllo em todos é extraordinaria e véem-se muitos olhos marejados de lagrlmas. Logo que a estatua da Vlrgem é c'olocada no seu pedestal junto do altar, a multidao canta o Credo de Dumont. Segue-se a missa acompanhada de canticos e invocaçOes. No fim da missa expOe se o San11ssimo, canta- se o 7antum-ereo, da-se a bençào aos enfermos, que foi devéras comovenle, corno sempre, terminando a comemoraçào fllstiva das appariçtles com um eloquente sermào prégado pelo rev. Campos Neves, C6nego da Sé de Coirnbra.

V. M.

Hs ·cnras òa

ratima

,Lisbòa, 12 de Abril de 1925. Sr. Director da «Voz 'da Fatima•

A impressào que sinto ne~te momento e a pouca cultura de que disponho, piivam~rne, bem 1, me11 pezar, de fazer a descripçào completa dum caso que V. me rermitirA que trnha a satisfaçào de vér publicado nesse jornal, esperando por isso a sua obse-

• \


Voz do. Fatima quiosa e penhorante hospltatldade, que, reconhecldamente agradeço. Em flns de Novembro de t 924 agravou-se a enfermldade do meu pobre filhi-nho. A ella se refere o seu médico assistente o Ex.mo Sr. Or. Si· mOes Alves no atestado que tomo a liberdade de enviar incluso para V. Ex.• se dtgnar tambem publicar. No principio da doença aquele ilustre clinico, cuja probidade morat e profissional sAo sobejamente conhecldas, notou-Jhe s6mente uma simples in0amaçao intestinal. Veio novamente e reconheceu-lhe urna meningite. O seu estado geral era desolador, a sua magreza e enfraqueclmento eram grandes. Sem energia alguma, melancolico e indiferente a tudo que o rodeava, os olhos sem brllho t> uma febre ardente. Oepois, durante 15 dias, cegou e emudeceN. Letargico e paralitico, era um pequenino cadaver que se eucontrava no leito da d0r. A mae, solicita e vigilante, dilacerada pelo sofrlmento que s6 as vardadeiras maes sabem sentir, preparava-se, resignada, para receber a punhalada pungente do desaparecimento do filho querido e idolatrado, quando recebemos a visita duma senhora das nossas relaç0es, a Ex.ma Sr.• D. Julia Marques Morgado que, abeirando-se do lelto ' do pequenino doente, lhe minlstrou uma pequena porçao de agua da Fatima, da qual a mesma aenhora se fazia acompanhar. Esta bondosa e dev6ta senhora jamais abandonou o pequenlno deente e chela de fé, dessa fé que nunca abandona as alm8'8 b0as e verdadelramente crentes, esforçouse para incutir em n6s a esperança que acalentamos nas suas melhoras. Oecorridas 24 horas o pequenlno manlfestou srnaes de vida. Chamado outra vez o médico que o julgava perdldo, ao vel-o nao oculta o seu espanto ante o resuscltado, dizendo com visivel convlcçllo, que estava salvo e sem lesao alguma I•.

OUTRA CURR Da mesma carta : e Urna nossa creada, Emilia da Conceiç:10 1 sofrla ha bastante tempo duma grave lnflamaçao numa perna, A qual os médlcos davam o nome de ulcera e sem esperanças de se curar. Depois de lnumeros tratamentos no hospltal e médicos, deixou por algum tempo de fazer tratamento. A mesma bondosa senhora apli. cou uns paches de !gua da F~tima e passados dias a perna estava completamente curada •. Eis os factos descritos, com rudeza embora, mas tambem com slnceridade. Releve-me o tempo e espaço que the tornei, acreditando na gratidào com que sou De V. etc.

Maximiano Correla Sdnches da Costa Ferreira Ateatado

follo Carlos Simbes Alves, Médico Cirurgillo pela Escola de Lisboa: Attesto que tratel a Sr.• Emilia da Conceiçllo, de 32 anos de edade, moradora na Rua de Pedrouços, 88 3 .0 , de uma ulcera da perna, de cicatrizaçllo demorada e di/ic/l. Attesto tambem que detxando de a ver durante bastante tempo, voltou um dia a mostrar-me a sua lesllo jd completamente cicatrlzada, dizerulome que tlnha feito a aplicaçào de ama determinada deua natural, not ando entao as melhoras sensiv,is atl d completa cura, o que poude verificar. - Por sir verdade e me ser pedido aqui o declaro sob pa/avra d'honra. lisMa, 7 de Abrit de 1925. (a) follo Carlos Simoes Alves (Segue o reconhecìmeeto).

OUTRO CASO

Ateatado /060 Carlos Simòes Atves, Midi·

eo Clrureil1o pela Escola de Lisboa: Attesto que tratei o menor de quatro anos, /060 de Castro Sanches da Costa Ferreira, morador 11a R. de Pedrouços, ,r..0 88, 3 •, filho de Maximiano Correia Sanches da Costa Fe"eira e de D. Be/mira Pereira Sall.ChtS Ferreira, de uma erave menin~ite, que se apresentou com slntomas de tal modo alarmp.ntes, que me chteou a fazer sttpor um desenlace proxlmo pela morte. Attesto tambem que em determinada pllilse da evoluçilo da doença, quando todos os sintomas me levaram a fazer o peior prognostico, dentro do periodo de vinte e quatro horas, tudo se modi/icou para melllor, começando entllo a acenlua,-.se a cura que hoie é definitiva. - Por ser verdade aqui o declaro sob palai,ra d'honra. Usbba, 10 de Março de 1925. (a) /oao Carlos Simòes Alves (Segue o reconhecimento).

José Rodrlgues Valla, morador em Ribelra de Balxo, do concelho de Porto de M6ll, freguesla de S. Joao Baptlsta, de 37 anos ~e edade, vem comunicar a V. Rev.m• o segulnte facto que tenho a certeza ser um verdadeiro milagre, operado pela lntercessao da Virgem Nossa Senhora do Rosario da Fatima. Partlndo de Portugal em 1910 com destino ao Brazll, e gosando de perfeita sa u Je até esta data, em t 912, tlve no Brazll urna pleurlsia de que estive gravemente doente 5 méses. Sofri trez operaç0es amputando-seme ali trez pedaços das costelas, de 7 centimetros cada um. Fui recuperando a sau Je achando algumas melhoras sem que tivesse naquele ferimento, sofrimento algum. Em 1915 vim para Portugal e a 20 de Outubro de 1922, cc,m o excesso do trabalho, abrlu- se novamente ferlda, fazendo-me tornar a um estado mais grave do que da prlmelra vez. Urna vez em Portugal, procure! um médlco, o Ex.mo Sr. Or. Adelino da Sllva, sub-delegado de sau .1e em Porto de M65. Este llustre clinico tratou de mlm alguns méses, chegando a de-

clarar que era lmposslvel melhorarà Fez- me a punçao mas chegando a dizer que eu teria de sujeitar•me a . se_r operado todos os méses. Eu, por minha vez, nlio tendo jé1 esperanças de melhorar, desisti dos médicos desde que fui a Leiria consultar o Ex.mo Sr. Or. Plinio, sendo por ele dito que esta pleurlsia estava cr6nica, sendo indlspensavel ter eu que sofrer urna nova operaçao, mas que nao era para melhorar, era apenas para tirar o pus que em ml m havia depositado, evitando que esse pus 1 apodrecesse a pleura e passasse para o pulmao. Oeclarou que todos os dia~ da minha vida deveria fazer cu- . rativo. lsto foi no llla 27 de Abnl de 1924. VI pois que nao tinha mais a quem recorrer senao a Virgem Nossa Senhora do Rosario da Fatima. Eu ti~ nha um derrame de pus extraordi narlo. Chegando-se o dia 13 de Maio de 1924, a multo custo, devido ao meu estado de fraqueza, me puz a caminho da Fatima, mas esperançado que estava a minha saude e que la obterla a graça de ser ouvido por Nossa Senhora. Como disse, o derrame era extraordinarlo e continuo. Ao romper da manha sahi para a Fatima, e todo aquele dia se passou sem sahir de mim a mais pequena humidade de pus. Vendo eu que o milagre foi t1io claro, fiz promessa de ir, emquanto puder, agradecer a Nossa Senhora o favor recebido. g6so de b0a De entao para

la

sau1e.

ca

faça V. Rev.m• o uso que entender desta minha carta que bem desejo seja publicada no nosso querido jornalzinho para honra e gloria da Nossa tao terna e b0a Mae. Desculpe, etc. '

/osé Rodrigues Valla Ribeira de Baixo, 12/4/925.

f\lNDA OUTRA CURf\ Rev.mo Sr.

e

e Abusando talvez da benevolencla de V. Ex.• Rev.ma ouso pedlr-lhe a publlcaçao de uma graça concedlda por Nossa Senhora do Rosario da Fatima é minha lavadeira. Maria de Souza, lavadelra, moradora em S. Mamede de Infesta, travessa Rodrigues de Freitae, sofrla havia mais de quatro anos de terrivel mal de pMe, durante todo o verao e tambem no inverno. Neste ultimo verao chegou mesmo a estar de cama alguns dias, tendo os bra• ços, as maos e o rosto em lamentavel estado e o olho esquerdo quasi tapado pela inchaçao e pustulas. Oizlam-lhe os médicos, qve s6 nas Caldas melhoraria, usando remedlos sem conta, sempre sem resultado, até que lhe aconselhei a milagrosa ~gua da Fatima que de bom grado lhe ofereci. Maria de Souza que tinha os bracos cheios de pustulas, _fez o segulnte: - deitou s6 num braço um remedio externo, novo, que um médlco lhe receltara, e todas as outras partes doentes lavava com agua da Fatima, tornando tambem todas as


ft

Voz da Fatima manhlls em jejum urna colherinba da mesma. Ao flm de sels 4ias, estava completamente curada de todo o corpo, e a cura nAo podia ser atribuida ao remedlo deitado apenas num braço I A Vlrgem Santissima mostrou mais urna vez que o seu Poder é maior do que o da sclencla da terra. Ha mais de quatro ,mezes que o milagre se deu, e Maria de Souza nao torllOU a sofrer do terrlvel mal da pele que tanto a afligia.•

Maria Alice Barreto d'Oliveira Carvalho. Rua do Rosario, 144 -

Porto.

Abrigo para os doentes •

peregrinos da Fatima Transporte. • •

D , Laura Teixeira Correia Branco. . • . • .

5:000

Uma Filha de Maria de Co-

rucbe .

.,

.

.

D. Guilhermina Rodrigues Mata. . . . . . . . José Viegas • • • . . • Dr. Jacinto Gago da Camara D. Zulmira Ramos . • • Conde dc Agrolongo. . . D. Elvira Augusta Nogueira

D. Rosa F. Mota Machado Soma. • • •

10:000 5:000 9:000 20:000 100:000 100:000 5:000 100:000

1.193:500

O que pode urna bençao do Santissimo Sacramento No principio de uma missao, quatro operarios descrentes abancados em urna taberna, juravam nao p0r pé na egrej~ durante as prédicas e além d'Isso, empregar todos os esforços para afastar de IA os outros. A mulher de um d'eles, christa e piedosa, suspeitou de alguma colsa e , noite, durante a ceia, simulando indiferença, falou do prégador e dos homens que assistiam ao sermllo. O marldo poz-se a rlr e disse: nada, elles nllo levam aquilo ao flm; e de palavra em palavra, acabou por contar a scena pauada na taberna. A mulher disfarçou a sua emoçao e no dia seguinte de manhA fol contar tudo ao prlgador. -Tem filhos (perguntou este)? - Tenho um menino ainda de 'berço. - O seu marido tem-lhe am6t? - Um amor corno nAo ha outro .no mundo. - Elle agarra-o algumas vezes? ;- Muitas vezes. - EstA bem. A.' tarde, depots do ·sermllo, quando i~ nlio bouver ntnguem na egreja, coloque o seu filho perto do altar deante do Sacrario e, ajoelhada, diga com todo o afecto da sua alma: Meu /esus, misericordia para meu marido, e A volta, I! em casa, coloque por alguns instantes nos braços de seu marido o seu fllho asslm abençoado por JesusHostla.

* ,. O pae estava s6, sentado ao canto ,da larelra.

Era j~ tarde. - O'onde vens? Em vez de responder a esta pergunta apresentou o pequeno ao marld~ ' - Torna IA o menino que eu vou p0r a mésa. E' questào de cinco mlnutos. E a cela, depols d'esta pequena scena domestica, correu mais calma que de costume. No dia seguinte, a mesma coisa e o pai, em, vez de se queixar, nAo se teve qùe' nllo dlssesse mae, entregando-lbe o filbo : - Nilo é lindo o noS110 menino? - Oh 1 E', é. E' um anjo. E' tào inocente I - Um anjo, um anjo t Que bom é ser anjo • •• deixa-m'o abraçar outra vez. E o pobre pal apertava o filho contra o seu coraçlio sem advertir na acçao interior que a graça operava nele. A' mesa falou-se do prégador. - Vao lA muitos homens, disse a mae. - Ah I respondeu apenas o operarlo. Ao quarto dia o pae recebeu alnda o seu filhlnho embalsamado mais urna vez pela bençffo de Jesus-Eucaristia e poz-se a chorar emquanto o abraçava. A màe, observando iato, cont~ntou se em levantar os olhos para o seu crucifixo e murmurou baixo as consoladoras palavras: Meu /esus, miseri.cordla para meu mar/do. Eis que no dia segulnte 4 Jarde, sem barulho, o operjrlo, seguindo sua mulher, asslstla ao sermào. O prégador falou s0Qre os ultimos fins do homem e.o seu discurso cl aro e persuasivo fez urna tal impressào no coraçào do pobre pae que, no fim da mis!llo, radiante de alegrla, se ajoelhava ao lado de sua muther Santa Mesa.

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Mès do Sagrado eoraçao de Jesus NAo vir! f6ra de proposito recordar aqul, neste mh dedicado ao Sagrado Coraçao de Jesus, as trez revelaç0es que deram incremento a esta devoçAo tao agradavel a N. Senhor e tAo querlda as almas sinceras e profundamente piedosas. Santa Marga rida Maria, conta asslm a primeira revelaçlio que teve logar em 27 de Dezembro de 1673, em dia de S. Joào Evangelista: cUma vez (dlz ella) que eu estava deante do Santissimo Sacramenio e Unha mais vagar, senti-me de repente tomada da divina presença e com vlolencia tal me esqueci de mim mesma e do logar onde e:itava, deixando o meu coraçào levar-se do divino AmOr. Entào Elle me fez reclinar no seu divino selo e aqul me descobrlu as maravllhas do seu Amòr e os arcanos lnefavels do seu Sagrado Coraçao, que até este dia me havla ocutta4o, aeendo esta a prlmelra vez que me os descobrlu, e de um modo tao

senslvel e ctaro que me nao ficou a menor duvida, apesar de eu recear muito enganar· me.• Emquanto a Santa contemplava, , tremula de comoçào um tal espectaculo, Nosso Senhor lhe disse: «E' t!o grande o Am0r aos homens, em que o meu divino coraçAo esta abrazado, que nio podendo por mais tempo conter as chamas da sua ardente carldade, necessita que tu as espalhes e lh'as reveles para que se enrlqueçam com seus preclosos thesouros, que encerram as graças que s6 os poderfo tirar do abismo da perdlçllo.• A Santa conta asslm a segunda revelaç!o que foi em 1674: e Urna vez que o Santissimo estava exposto, depois de sentir o rneu interior em um profundo recolhimento, Jesus Christo, meu d0ce Mestre, me apareceu todo radiante, com as suas etneo chagas tuminosas corno clnco s6es; d'esta sagrada humanidade saiam chamas por todos os lados e sobretudo de seu seio adoravel que parecia urna fornalha. E, abrindo· se este, me mostrou o seu Amante e Amavel coraçào, que era de onde vlnham aquelas chamas. • cElle (continua ella) me fez reclinar no seu divino selo e me descobriu as inefaveis maravilhas do seu puro Amor que o levava a amar tanto ao homem de que s6 recebia ingratid0es. cE' isto, diz N. Senhor, que me custa mais do que o que sofri em mlnha Paixilo. Se ao menos elles me pagassem com algum Am0r, terla por pouco o que fiz por e:les e de.. sejarla, se pudesse, fazer muito mais, masse me testemunham frieza e despreso pelos meus desvelos I Tu ao, menos, disse concluindo, dé-me a consolaçllo de suprires, quanto te f0r possivel, a sua ingratid1lo•. Como Santa Margarida Maria ategasse a sua incapacidade, N. Senhor lhe disse: e Ahi tens com que suprlre11 o que te falta e no mesmo instante, abrindo· se o seu divino Coraçlo, dele saiu urna ckama tào viva que la em um momento ser reduzlda a clnzas•. A terceira revelaçào teve logar de 13 a 20 de junho de 1675. Num dos dias da oitava do Corpo de Oeus estava a Santa em oraçào no coro com os olhos cravados no Sacrario, quando N. Senhor lhe aparece de repente s0bre o altar e mostrando-lhe o coraçao, assim fala :. • Els o CoraçAo que tanto ama os homens, que a nada se poupa para Jhes provar o seu Amor até esgotarse e consumlr-se, e em paga s6 recebo da maior parte deles, lngratld6es, lrreverencias, sacrilegios e indlferen cas, que teem para comi go no Sacramento do meu Amòr. E o que mais custa, acrescentou o Salvador com um triste acento, que cortou o coraçao da Santa, é sofrer isto de coraç0es que me sào consagrados. Pelo que te peço que a prlrneira sexfa· feira depois da oitava do Corpo de Deus seja dedicada a urna festa particular em honra de meu Coraçao, comungando nesse dia e fazendo- lhe reparaçao dos desacatos que tem so• frido. E eu te prometo que o meu


Voz de.Fédma Coraçlo se dilatar! para derramar com abundancia os iofiuxos de seu Amor s0-bre todos os que lhe derem esta honra ou procurarem que outros lha deem.• - Nenhum dos nossos leitores deve ficar indiferente ao insistente e terno convite de N. SeC1hor e cada um deve esforçar· se por n!o merecer tao amargas queixas.

domingo eat~ primeiro, é o terceiro. Ora se é licito desprezar o tercelro tambem ,é permitido nao cumprir o quarto•. O pae, confund1do por esta replica tao justa poz-se a pensar e vendo que a creança tinha razao, delxcrn-a lr a Missa e elle mesmo acabou por ahi o acompanhar, renunciando a profanaçao do domingo.

As rosas de Santa Theresinha

V-oz da

Urna noite eu tive um sonho, - um sonho extraordinario : via de Christo o Vigario imerso em ondas de luz, pousava urna linda pomba a0bre a thiara sagrada e na augusta fronte nevada lia-se um nome ; /esus.

Transporte do n.0 31 • • Impressao do n.0 32 (50:000 cxemplares). • Clichés. • Papel.

No ceu estrélas sem conto, terra paz infinita••• ( dir-se- ia a nolte bemdita -santa noite de Natal ), cantos das aves nos bosques, hynos de Anjos nas alturas, aromas entre verduras, · fl0res na serra e no val ?

na

Entlo um vulto sublime, - radiosa visao de encanto r se abeira do Padre Santo, envolto num branco veu : traz nas mAos um açafate com as fl0res mais mimosas, as mais varias, llndas rosas que dffo os jardins do Ceu. Tem no rosto a paz dos justos, tem dum Anjo a formosura, s6 respira amòr, candura, e brilha corno um pharol : nos olhos puros e bellos retrata· se o Paraiso, nos labios paira um sorriso - reflexo do Eterno Sol. Aqui trago - dlz o vulto na ma-ls graciosa attitude raras fl0res de virtude que nasceram junto a Cruz : pede-as Nuno para a terra da Divina Padroeira, onde armas da bandeira do as chagas de Jesus.

as

Sfto rosas da Thereslnha - linda offerta que seduz t

V. de M.

'

A liçao d'urna creança Um pae, que tlnha o habito de trabalhar ao domingo, quiz obrigar a isso um seu filbo que acabava de fazer a primeira Comunhao. A creança resistia dizendo que 1he tinham ensinado que havia obrigaçao de ir a Missa e elle queria Ui lr. «Nlnguem aqui manda mais que eu, respondeu o pae. Hoje nao ds A Missa e has-de ir trabalhar comigo. -Nao, respondeu o filho, ensinaram-me a obrigaçao de ir li Missa e eu quero cumprlr. - Tambem te enslnaram (replicou o pae) que deves obedecer a teus

paes. -

E' verdade, respondeu a crean•

ça, é o quarto mandamento da lei de Deus, mas o que manda santificar o

1:150.000 I i_o.050

3.9o3:goo 31.012:420

Subacripoao (Contìnuaçao)

Gilberto Fernandes dos Santos. • • • • • • • • Augusto da Costa Macedo • Augusto Rodrigues Coelho dos Réis. • • • • • • • D. Maria do Carmo. • • • D. Maria Palmira C. Baptista Antunes. • • • • • • • De jornaes (D. M. A. Mateus) P .e Antonio Pereira • • • Manuel Antonio do Vale Torres • • • • • • • D. Maria Luiza d' Almeida • José M.achado Barcelos. • • José Pereira Pinheiro. • • p_e Fernando Joaquim da Sii veira. • • • • • • P.e Manuel Cardoso da Rocha. • • . • • . • . José Ignacio de Souza. • • p,e Jacinto Soares de Medeiras. • . • • . . • . Joao Maria Berqu6 d'Aguiar Tiberio Fontes • • . • . P.e Joao Furtado Pacheco • p_e Joao Borgt:s de Medei• ros de Amori m . . • . D. Joana Corte Real Estrela Athayde • • • • • • Antonio Ferreira de Melo . p,e Manuel Medeiros Guer• rciro. • • • . • • . p. e Edgard Benedito d' Abreu Castelo Branco. • . . . D. Betta Oelgado. • • • • p ,e José Paradela • • • • o. Virginia Gonçalves San· · tOS

.

Fatima

D. Maria Henriqueta Guerreiro Azevcdo Ouarte • • p,e Manuel Vicira dos Santos Dr. José Luiz Mendes Pinheiro • • • . • • D. Maria Palmira de Souza Veiga . • . . • . • D. Odilia de Aguiar de Vasconcclos. • • . • • . D. Julia Pinto . • . . • D. Maria da Conceiçiio Fol'l• seca Ti noco • . . D. Guilhermina de Lacerda Senhor Machado • . • Miss Mary Kenrik. . • • D. Octavia Gutdes Cau da Costa • . . • . . Marqu~z de Santa lria • • José Henriques Ventura . • Abade Joao da Costa Campos • • • • . • • •

10:000 10:000 20:000 10:000 10:000 14:000 lt:OOQ 15:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 I 5:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:00020:000 20:000 20:000 10:000 10:000 10:000 10:000 20:000

D. Amelia do Ccu Pina r Amaral. • • • • • . 10:000 D. Maria Adriana Santiago Soveral Ribeiro. • • • 10:000 . Luiza Esteves • • • . • ' 5:00& D. Emilia Victoria dc Jesus 10:000 D. Dionizia da Concciçao·Pepe Pereira. • • • • . 10:000 D. Rosa F. Mota Machado 10:0~ D, Deodata Amelia Malato 10:000 D. Marga rida L. d' Ahneida 10:000 Antonio Barbosa . . . • 5:000 D. Maria da Graça Duarte d'Oliveira. . • • • • I 2:000D. Maria Angelica da Silva Fiadeiro. • • • • • • 10:000 10:000 D. Eliza Duarte. • • D. Emilia Romana Faria Bray. • • • • • • • 10:000 Augusto Elizeu Silva. • , 10:000 D. Firmina da Conceiçao Neves • • • • • • • 10:000 Antonio Pena . • • • • 10:000 Antonio Coelho da Rocha 10:000 O. Maria José de Napoles Raposo. • • • • • 10:000D. Maria Carlota Mattos d' Aragao • • • • • • 10:000 p,e Joaquim rAntonio do Carmo. • • . • . • 10:000, D. Adelaide M(lrtins Ber• nardo • • ~. . • · • 10:000D. Adelaide de Souza Chambers. . • . . • · • 20:000 10:000• D. Lucinda Pinto Dias . D. Tereza de Jesus Cerquei· ra Alves. • • . . • 10:000 o .. Maria do Rosario .Matos Dias. . . • • . . • 10:000 P.e Virginio Lopes T avares 10:000• p,e Manuel Joaquim Rosa do Nascimento • • • . 88:ooo , Joao Severino Gago da Camara. • • . . • 10:000 , D. Augusta das D0res . ·• 10:000 p,e José Vicente do Sacra· mento • • • . • • • 100:000 , D. Maria da Luz Pereira Rodrigues. • • • , • 10:000 D. Rita de Jesus Dias Costa 10:000 • D. Maria de Jesus Moraes 10:000 , D. lzabel Virginia Ribeiro 10:000 .. da Costa . . • p,e Augusto José Vieira. . 10:000 D. Rosalina da Gloria. . • 15:000 Dr. Roberto Luiz Monteiro 10:000 Alfredo Victorino Gome, 10:000 Manuel da Cal. • • . • 10:000 D. Izabel G6nçalves Caldeira 10:000 p,e St!bastiiio A. Goncalves 10:000 .. Virgilio de Freitas e Neves 10:000 D. Maria Amelia A, Cardo· so Rocha Homem . • • 10:000 D. Maria da Conceiçao Fer· reira Teixeira Rebelo. . 10:000 D. Maria do Carmo Pessoa 10:000 p,e Belarmino d'Almeida Ferreira. • • • • . 10: 000

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Este jor.Jalzi.;ho, q u e , 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 50:000 10:000 10:000

vae aendo tào querido e procurado, é distribuido

gratuitame.,te em Fatima

nos ,dia• 13 de cada m6~-

Quem quizer tel" o d,. ,. reito de o receber directamente pelo e or re i 00,... tera de enviar, adeanta .. damente, o m i " i m o ds-• dez mii réia.


N.• S

LEIRIA., J.:3 de Julho de "lD~lS

A.no IJI

(COM APBOVAQÀO EOLESIASTJOA) Dtreo'tor, Proprie-tarlo e Edl'tor

Ad.mlnl•trador: PADRE M. PEPEIRA DA Sll..VA

DOlITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

R.EDAcçlo E ADMINISTRAçAo

:R'UA. D. N'UNO ALVA:RES l?E:REJ:R.A

Composto e impresso na Jmprensa Comerclal, li S4 -

13 DE JUNHO coo

dia treze de Junho, em que o _povo portugues ~._~,,..,,._, comemora a data da segunda appariçào da Santissima Virgem aos humildes pastorinhoa de Aljustrel, é tambem, por outro titulo, um dia de festa sotemne, de jubilo e alegria indizivel, para a populaçao dos quarenta logarejos de que se compoe a vasta e populosa freguezla de P~tima. E' que o glorioso thaumaturgo portugues, Santo Antonio de LisbOa, recebe nesse dia os cultos acendrados daquela bOa gente de aldela, cujos antepassados o quizeram escolher para padroeiro da sua freguezla. Oatr6ra o dia treze de Junho era dia de festa de guarda no Patriarcado de LlsbOa, mas, hoj~ que por benigna concessao da ~anta Sé, se acha • dispensado, nem por isso os ~edosos habitantes de Fatima delxam de festejar com o mesmo entusiasmo e a mesma devoçiio o nosso glorioso compatriota, seu celeste patrono. Assim é que, ao contrMio do que sucede no dia treze de cada um dos outros mezes do ano, uma grande multidao estaciona e se comprime junto da egreja parochial, as onze horas da manhll, aguardando a hora da missa solemne. A maior parte dos fiels que ali se encontram, ja fizeram de manhà cédo Cova Ja a sua costumada visita Jria ou &e-ncionam faze-la ap6s a festividade do Santo thaumaturgo. No lanço da estrada que estabelece a comunicaçao mais directa e mais r~pida entre a séde da freguezla e locai das appartç~es, num percurso de dols kil6metros e melo, observa- se aquela hora um extraordln:irio movlmedto de vae- vem. Sao habitantes da freguezla de Fatima que. termlnada a sua visita ~ Cova da lria. se encamlnham para a e~reja parochial, afim de assistirem a festa de Santo Antonio, e romeiros que, feitas as suas devoçOes e pagas

a

Leiria

as suas promessas, retiram para as suas terras distantes, ou pelo contrarlo sao pereerlnos que veem de longe, tendo talvez partido de madrugada ou mesmo na vespera, e4'e dao pressa em chegar ao locai privilegiado do Ceu, para ouvirem a missa dos enfermos e receberem a bençào com o Santissimo Sacramento. Vehiculos de loda a especie accumulam-se em numero de muitas centenas no lanço da estrada que limita a Cova da lria pelo lado sul. Em frente da capéla das appariçoes e da capéla das missas, veem· se muitos mllhares de fieis. A'quela hora jél se tinham celebrado varias mlssas. Proximo do melo dia officiai, urna numerosa e bem organisada peregrlnaçào do Sebal desce a encosta com a malor ordem e compostura, cantando canticos rellgiosos. Entretanto um sacerdote s6be ao altar para celebrar a santa missa. Um grupo de cantoras da peregrinaçao recemcbegada acom· panha a missa com canticos liturgicos apropriados. Todas as attençoe,s estiio presas da barmonia desses canticos executados com urna perfelçAo e urna piedade inexcediveis. A esta missa segue-se a missa dòs enfermos, que começa ao meio dia solar. No mo.mento em que o celebrante se dirige para o altar, a imensa multidiio que rodeia por todos os lados o pavllh§o dos doentes, asslstindo as missas, rompe subitamente, em ruidosas manifestaçòes de assombro e alegrla. Muìtas pessOas affirmavam convictamente ter visto nessa ocasiao os phenomenos solares do costume, que alguns peregrinos categorisados, absolutamente insuspeitos, diziam haver presenciado nesse mesmo dia ao nascer do sol. Por motivo das referidas manifestaçoes, cuja causa alguns peregrinos, colhidos de surpreza, iJ?noravam, chegou a haver um principio de terror panico, que foi logo prontamente sufocado. Os ultimos actos religiosos - a missa, a comunhao, a procissao, a bencao dos enfermos, e o sermao reallzaram-se como de costume, no meio de um sllencio, recolhimeoto e piedade da imensa muttidao, que edi· ficavam e comoviam profundamente.

(BSA.TO NUNO DK U NTA MAl\tA)

Em frente do altar, sObre as macas da associaçào dos Servos de Nossa Senhora do Rodrio, jazlam os paralyticos e os doentts cujo estado era mais grave. Aquela exposiçào das mais dlversas mlserias physicas que iffligem a huu1anidalte,. constitue u°' espectéculo que confrange fodas as almas bem formadas. Ao mesmo ttmpo, porém, consola e encanta sobremaneira a dOce resisignaçao dos pobrts m4rtyres de tanto sofrimento que cheios de esperança nasua cura, embora santamente co'nformados com a vontade de Oeus, cltegam a sorrlr se no meio das dOres maia atrozes e cruciantes. Junto da branca e formosa est~tua da Virgem do Ros~rlo, um homem. /- de mela edade chora copiosamente~ As suas légrimas, contudo, siio Jagrimas de comoçao e reconhecimento por urna graça que atilbue misericordiosa intercessào da augusta Mae de Oeus. Atacado, havia muitos anos, d' urna das mais horriveis doenças qne torturam o corpo humano, a lepra, fendo recorrido debalde malores sumldades médicas e gasto urna verdadeira fortuna com o seu, tratamento, vendo no melo da malor consternaçào agravar•se cada vez mais o seu lastlmoso estado, vai em treze de Maio ultimo, cheio de confiança, em peregrinaçiio a F4fima e desde esse dia a sua sauJe melhora consideravelmente e tudo faz supOr que a Santissa Virgem nAo deixart incompleta a sua obra. A impressao produzida por esta tocante narrativa em todos os circunstantes é profunda. vendo-se muitos olhos marejados de lagrimas. Em torno da fonte das appari.;oes, estaciona ininterruptamente urna 2rande multidào, que se renova sem cessar, a fazer a sua provisi:io de agua miraculosa. A pouco e pouco, as dnenas de milhares de crentes, que aquela estancia bemdita da F:itima tinham Ido• retemperar a sua fé e as suas energias moraes para a lucfa que é a vida do homem sObre a terra, vi'\9· se re· tirando para os ~eus lares dlstantes, saudosos das horas encantadorH santamente pa~sadas naquele centro de devoçao Virt,?em, o maior entre os malores que jémais existlram em Portugal. V. de M.

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LlsbOa .-

53, Rua Oarcia Horta. cEx.m•

e Rev.mo Sr.

P.ara Honra e 016ria de Nossa Serihora do Roséirio da f étim~, desejo tornar conhecidas duas grandes graças de Nossa Senhora do Rosério da Fatima, para o que peço a V. Rev.m• as publlque no nosso jornalzinho. Urna das curas, a 1.1 , foi a de urna grave doença antiga, de toda a vida I Doloroso, muito doloroso sofrimento e com ele muitas e dlversas cruzes. Orandes médicos do Palz e de f6ra, fOram consultados; se melhorava, jA animada mechia-me um pouco mais, logo peorava. Sofrla sempre, sempre e ja me horrorisava o sofrimento futuro t Acudiu-me Nossa Senhora do RosArio da Fétima na prlmeira Peregri~ naçlio, em Outubro de 1923. Mas s6 n'isso falei uns dias antes da segunda Peregrinaçào de Outubro de 1924. Certa, certissima de jA nAo sofrer daquela doença: Tlnha tambem feito tratamentos na Alemanha e na França, além dos de d. Melhorel, peorei e peorei multo. Um dos médico! fezme comprehender que a doença era incurhel. · Cansada, multo cansada, fraquissima sim, sofrendo mais ou menos (sou doente, tenho-o sido toda a vida-talvez urna ma doente), embora misture 08 sorrlsos com as IAgrlmas, sacudlrzdo-me a todo o tnomento, mas nada sentindo da dòença antiga. lsto note! antes da segunda Peregrlnaçao, aré hoje, Março de 1925. Oraças a Nossa Senhora do .Roi;Ar!o da Fatima. Tìlopouco da recente doença, talvez nào tào recente corno digo, mas s6mente por a comparar a de toda a vida. A ultima, a do coraçllo, jl\ a -nilo tinha a 14, ainda em Leiria - ou para ser mais verdadelra, s6 o notei no dia seguinte, tarde, quando me levante!, tendo- me deltado depois da meia- nolte do dia 13. Obrlgava-me a doença a alimenrar•me muito pouco e leve, passel fome quasi I Anciedade pela comida, receio de corner. Quando peor, nAo podla estar deitada, e tao fraca e com paragens, etc.I Enfraquecimento geral, sempre aumentando, cabeça peor. No coraçAo, dOres, ardOr, picadas e sempre ln-chada. Quasi nào podla andar, nào podendo por vezes pausar os pés -no chllo. No dia 12 ainda, tiveram, .antes de sahirmos de casa, de cos~r os botOes dos sapatos mais A b6rda. Depols de estar de pé da mela noite de l2 (sem contar o tempo desde a sahida de LlsbOa) A de 13 (ou mais) e de ter andado na Cova da lria (partimos em Camion pelas 4 e meia ou 5 da manhil) andel ain• da 4 noite 3 kil6metros, (segundo ouvl dizer) porque faltou o carro, avariado, e tivernos que ir a pé, com chuva e trovoada (I) até é prlmeira casa, a direita. Foi entllo que apareceu o carro. Eu tinha pensado em pedir licença é dona da casa para ficar I! o resto da notte. Jé nilo podi.t ruais comigo e afllgla-me lmpe-

dir os nossos améveis companheiros, tao chelos de caridade, de andarem mais depressa. Camlnhando eu disse : • Nossa Senhora tirou orgàos e pOz orgaos•. Quando nllo fOsse o coraçao era a fraqueza ( pensei ) extrema I Nao me enganei. Nossa Senhora curoume da doença de coraçao, embora esse orgao esteja corno os outros, fraco. A 14, em Leiria, ao levantarrne, olhel para os pés :· desincbados I Até hoje. Todo o sofrlmento d'essa doença desapareceu, corno da primeira. Tlnha tornado remédios para o coraçào, feito o que mandou o médlco, melhorei, mas a doença estava em mlm 1 sentla a bem I Voltei a poder almoçar bem, corno o pede tanta fraqueza e jéi por feliz me dou embora a familia desejasse què eu tO· masse de todos os alimentos. Mas eu ja sabia que Nossa Senhora olio me dava toda a saude. E' da alma e de todo o coraçào que agradeço a Nosso Senhor e A Nossa Mlle do Céq, sob o nome de Nossa Senhora do Rosario da Féitima, imagem lindissima, qu,desejo e espero tornar ainda a ver, as duas grandes graças recebidas na Cova da lria em 1924, e outras depois dessas, noutras pessOas. O médico tlnha- me dito: cse nao tonifica o coraçAo, suicida-se•. Nilo queria deixar de o dizer; e se mais digo desta doença é porque nllo me cu8ta falar dela, ao contrario do que se dA com a outra. Com respeito, etc.

Maria Fernanda Santos11 (Filha de Maria)

Ontro caso clnstltuto das MissOes-Cucujlles (Val do Vouga) Portugal, 1/5/ 1925. Sr. Padre Stiva HA tempos escrevl a V. Rev.8 participando que me constava ter· se dado na minha terra (Camara de Lobos - Madelra) urna cura extraordinaria por intervençao de N. Senhora do RosArio da Féitima. Esperel pela confirmaçAo do facto. Como a pr6pria-miraculada me mandou o relato clrcunstanciado da doença e cura, envio-o junto assim corno a atestaçAo da senhora que tlnha dado A doente o jornalzinho e Voz da F!tima•, Agua e terra do tocai. Essa mesma senhora que tinha presenciado o estado desesperado da doente, constatou, assim corno toda a freguesla, o facto retumbante do seu restabelecimento repentino. O pr6· prio médico que a visitou pela tarde do mesmo dia da cura (29 de Janeiro ultimo, dia de S. Francisco de Sales, numa quinta feita) ficou desorlentado vendo que a cliente nào precisava dos seus serviços, quando na véspera e dias antecedentes o havia mandado chamar com tanta insistencia. Nào quiz passar-lhe atestado dlzendo que, se eia curou, fol com a aplicaçao do ultimo remédio que lhe tinha receltado. O farmaceutico, por conlvencia com elle, recusou-se a devolver as receitas. A verdade porém, é que A1édico e far-

maceutlco atestam, ainda que lndirectamente, a autenticidade do facto : dlzem que se a doente ficou curada foi pela aplicaçào do ultimo remédio. foge-lhes a lingua para a verdadeporque a padecente, desanimando da efickia de todos os remédios humanos, se dlriglu confiadamente Màe das miserlcordias e obteve dela o remédio derradéiro e decisivo - a intervenç!ro poderosissima de cura radical. Para atestar o facto maravilhoso da poderosa intervençào de Nossa Senhora do Roséirio, esta a fé radicada em todos os coraçOes rectos e crentes da laboriosa freguezia de Cllmara de Lobos. Nao precisamos de mais provas t Resumi o relato que val junto, pedlndo a V. Rev.• a fineza da publicaçao na e Voz da FAtima.

a

Subscrevo-me, etc.

Agostinho M. Vleira• -=-

Referente a esta cura e devoçào a Nossa Senhora da Fatima, com data de 7.5./925, recebemos de Cli,mara de Lobos, uma carta donde recortamos o seguinte : · cNào calcula V. Rev.•, essa importancia, apesar de pequena, quanta fé e quantas graças recebidas por intermédio de Nossa Senhora da Fatima representa, pois é toda proveniente de promessas, sendo as de maior importancia urna de tOOSUO e outra de sosob. Nào s6 em casos de doença, mas tambem em afllçOes e necessldades de qu{llquer espécie e dum modo especial 08 pescadores para apanharem pelxe, recorrem Senfiora da Fatima e sao atendidos, pelo que o entusiasmo pelo culto de Nossa Senhora da Fatima vai aqul aumentando cada vez mais. Desde que em janeiro ultimo se deu aqul urna cura repentina, cuja narraçao um seminarista, que est! em Cucujàes, enviou, ou enviar4- a V. Rev.•, é que mais conhecida se tor• nou Nossa Senhora da f étima.

a

Com a maxima consideraçllo, etc.

Eu!!lnia de Ndbrega• e Augusta Filomena Oonçalves, solteira, de cerca de 30 anos, natural e residente em Rua do Melo, Vila de C~mara de Lobos - llha da Madelra, tendo sentido na véspera do dia do Nata! transacto algumas dOres nos musculos da perna dlreila, , nem por isso delxou de andar. Nos dias segulntes as dOres diminutram ; contudo andava a custo. Julgando ter sofrido urna entorce foi no dia 18 de Janeiro a casa duma endireita, que lhe aplicou urna cataplasma na barriga da perna doente. Começou a piorar do dia 20 em diante, ficando o pé manchado com plntas negras. Sentiu enfAo uns arreplos acompanhados de tremuras em todo o corpo, sendo fortes e intensas as dOres. Nesse mesmo dia man· dou consultar o médico, que no dia seguinte fol chamado e a visltou. Aa

,..


dOres fòram aumentando a tal ponto que a fizeram delirar. O médlco exami nou a perna j! coberta de man• chas negras lguals As do pé. f oi receitado novo medicamento interno e externo, mas sem efelto porque ai dOres se repetlam hora a hora acompanhadaJ de frenesls. A perna e o pé direitos incharam disformemente. No dia 23 ja vomitava tudo, excepto algumas colheres de cM de ervas, limonada ou caldo de ave que o médico receltara. Nesse dia tomou sucessivamente très qualldades de remédlo, mas sem resultado. Pela tarde do mesmo dia 23 o médico vlsìtou-a, levando-lhe um medicamento que lhe fez abrandar as dOres durante a noite. Por ocasìao dessa visita o médico declarou que a doente tinha urna c61ica no estOmago. No dia 24, num sabado, tomou por duas vezes doutro medicamento, mas cada vez se sentia pior. Durante a tarde fol novamente chamado o médico, que, corno se havia ausentado para outra freguesia do concelho Curral das Freiras - , nào a poude atender. A doente ficou entao num estado comatoso e com o lado esquerdo paralitico. No dia 25, Domingo, man- , dou consultar o médico por carta dita freguesia do Curral, de onde nào tinha ainda regressado. Como, com a aplicaçào do novo medicamento receitado, ainda se sentisse pior, sem mais esperanças nos remédios humanos, mandando chamar o Paroco-coadjutor, confessou-se, nllo podendo comungar por causa dos v6mitos continuos. No dia 27 o médico regressou mas nào a visitou por se dizer fatlgado. Por quatro vezes o fOram chamar nesse dia, mas s6 no dia 29 a visitou pela tarde para constatar a cura radical. Nào obstante, os dias 26, 27 e 28 fOram os de malor crise. Na terça-feira 27, sofreu tr~s f renesls, sendo preciso duma vez segurarem-na cinco pessOas. Nessa ocasiào as manchas da perni e pé dlreitos formaram-se em bo!has que rebentaram, vasando um liquido amarelado e viscoso. Flcou desde entào em delirio quasi continuo, sendo preciso ligarem-lhe a cabeça com faxas. Na quarta-feira 28, aumentaram-lhe os sofrimentos, e a garganta inchou a tal ponto que s6 com muita dificuldade lhe fazlam engulir qualquer liquido. Na manhll desse dia levaram-lhe um numero da • Voz da Fatima•. Ouvtndo-o ler nao o delxou mais, colocando-o debaixo da almofada que segurava a perna, ji com a gangrena declarada. No melo de horriveis sofrimentos pedia a Nossa Senhora, ao menos, paciencia. Es· perava anclosamente que se aproxima~e a nolte para receber urna es1ampa ou imagem de Nossa Senhora do Resario da Fatima, e terra do tocai. A' noitinha a doente recebeu efectlv.amente a visita anunciada. Pouco depois acompanhava em espirito a no~na que a familia fazla num quarto contiguo. Como as dez horas e meia da noite a doente tives$e um tremor e ficasse regada em su6res frios, as pessOas que lhe assistlam julgaram ter-se aproximado o desenlace final.

a

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A's 2 1/1 horas da madrugada do dia 29 teve dois ataques sucessivos. No fim do segundo, nào podendo falar nem voltar-se no leito, fez sinal para que a incllnassem um pouco sObre o lado dlrelto, onde con,ervava a e Voz da Fatima• debaixo da almofada que lhe segurava a perna gangrenada. Adormeceu nessa poslçlo das très horas até 5 da manha. Convem notar que desde o dbado precedente, 24, jamals tinha podido conciliar o sono, nem tornava outra coisa que nào fosse umas colheres de cha de foiba de laranjeira. Ao acordar sentiu urna sensaçao de leveza no corpo corno no esplrlto, tal corno de quem deixando um cArcere obscuro é restituido liberdade. Lembrou-se imedlatamente de apatpar com o braço dlrelto o lado esquerdo, constatando que podia mover tanto o briço corno a perna, o que nao fazla desde o dbado. Sentou-se no leito e, num movimento de surpreza, vestlu-se por suas pr6prias maos. Verificando entao que nào era vitima de ilusào começou a chamar pela Irma, gritando: mana, mana, veja o meu braço que ja mexe I Estou . bOa I Nossa Senhor a do Ros4rio da Fatima, curou me. Pediu logo que lhe déssem lette e pouco depols comeu um pao lnteiro. O boato de tao extraordinaria cura espalhou-se. por toda a vita e muitas pessOas fOram felicita· la nessa pr6pria manha. A's nove horas, a senhora que lhe tinha oferecido na véspera o joroal, estampa e terra da flltlma, tevou lhe agua do locai das Ap,rlçoes. A miraculada nao tinha ficado completamente curada pois que tinha a perna e o pé dlreitos gangrenados alnda no mesmo estado : inchados, com bolhas, movendo-os s6 a custo, com dOres intensas. Tomou entao urna colherinha da agua miraculosa e apticou algumas gOtas dela, nsim corno um pouco de terra do locai nas papas de linhaça que cobrlam a barriga da perna e o calcanhar do pé doentes. Passadas daas horas adormeceu. Quando acordou, c~rca duma bora, nao ttnha mais bòlhas nem inchaçlio, isto é, estava completamente curadd. Era numa quinta-fetra 29 de Janeiro, p. p. Tendo- se levantado chela de vlda e entusiasmo, contava a todas as pessOas que a iam visitar, o milagre que Nossa Senhora do Rosario da Fatima lhe acabava de fazer. O médico, passando na tarde do mesmo dia na vila, visltou-a, nao lhe encontrando queixa alguma, verificando que estava completamente curada. Hoje encontra-~e alnda de perfeita saude. Antes de adoecer com a

as

a

paralisia e gangrena, sofrla do coraçlio, mas depois de curada nunca mais sentlu os antlgos incomodos.

2/5/925.

Agostlnho M. Vitira

Processo caqlnico sobre os acontecimentos da Fatima Novamente rogamos a todas as pessOas que tenham qualquer coisa a depor a favor ou contra os acon-

tecimentos da Fatima, a bondade de nao demorarem os seus lnformes, dirlgindo-se ao Sr. Dr. Manuel Marques dos Santos - Leiria.

Tornar Jesus pelo

eoraçQo

Quando urna mAe quer obter de seu filho um sacrificio necesdrlo, de que arma se serve eia para alcançar victoria? Torna o fllho pelo coraçao e quan- . do o coraçao esta ganho, o resto nada custa. Para obter infallvelmente de Nosso Senhor urna graça ardentemente desejada é necessario tornai-o pelo coraçào. E' o melo conhecido dos Santos e que dé\ sempre resuttado. Mas e~te processo um pouco vago necessita de ser esclarecido. O filho entrega as armas e confessa-se vencido porque o malor argumento de amor materno é este : e Tenho- te eu recusado alguma coisa meu filho? V~ la se te lembras de algum sacrificio que eu nao tenha feito por ti I • • > Urna pessOa piedosa recebeu um dia esta confidencia duma mulher do mundo: e Faça favor de me expllcar porque é que as mlnhas oraçoes nao sao ouvidas. Passo semanas e mezes intei! ros a pedir esta ou aquela graça e Oeus fica surdo as minhas préces••• Ha-de haver aleuma razao que expllque isto e que era grande favor indicar-me•. Depois de alguns minutos de reflexilo, a santa respondeu : e Senhora, Deus recusa- vos o que lhe pedis porque v6s mesma olio estaes disposta a nenhum sacrificio por Seu Amor. Dae e dar- se-vos- ha ••• • Palavras luminosas I ••• Demos a Oeus o que elle nos pede, cumpramos generosamente esse sacrificio, renunciemos a algum prazer perigoso, quebremos essas relaçOes culp#.veis, e enUlo, embelezados por essas imolaçòes voluntarlas, batamos ousadamente porta do tabernaculo potque nesse caso, tehdo tornado Jesus pelo coraçao o seu radioso sorrlr nos fara entlio comprehender que os vossos desejos serAo cumprldos. cNunca, di.zia rima admiravel joven a seu director, nunca abro a bOca para rezar sem ter fechado primeiro o meu coraçilo aos prazeres, ainda os mais legltimos. O sacrificio é a chave do Coraçao de Jesus••• J!le nunca resiste a um pedido que vi a seguir a um holocausto.

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Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima~ Transporte • • ••

J. e I . . . . . . . . . .

1.193:500 5:000

D. Maria Eduarda Mota da Costa Praça •• M. M. de C. e S••••• José Maria Palricas ••

5:000 10:000 5:000

Soma •.•

J.218.500


H minha segunda comunhao

que eles respondem com as suas vo· zitas desiguaes. Que Deus os abençOe a todos e a todas1 meu Padre, a esses meus queridos filhos que teem t:lo bom coraçAol Antigamente a sua melhor recoµipensa era dar. Entre as alegrias que o dinheiro p6de dar, é essa de que eles teem mais pena. · Magdalena, que tem sete anos, diz vezes: « Nosso Senbor devia conceder-nos, ao menos1 alguma coiaa para dar aos outros. Hontem encontrei-a toda radiante por urna descoberta que tinba feito. Sublu por mim acima para me dizer em ares de trlunfo: Nao sabe, pap~? Quando a gente tem s6 dez réis e os da, '{aie como se désse cem mii réi's.~

O escritor Paulo Feval conta asslm a sua conversAo: • De toda a parte instam para que conte a hlstoria da minha conversào. Devo, pois, fa~l-o. E se devo, fal-ohei, mas neste momento estou eu a escrever a historla de urna rainha que calcou aos pés a sua corOa. A minha historia intima irA mais tarde. ••• Tambem v6s, meu caro padre, mostraes desejo de saber como isso

as

Joi.

Coisa bem slmples pois, que nAo merecla um milagre. Eu tinha urna carreira multo brilhante e muitas pessòas me davam a honra de ser meus amigos. Um dia fui derrubado e calcado pelas rodas duma carroça do fisco que levava dlnhelro roubado. Nào cahi de multo alto, mas cahl. Urna vez em terra, achei-me s6 no meio de seres fracos e querldos que dependiam de mlm. E tive de.. concluir que nem sabia ser pobre pois que desejava a morte. ficava-me o meu taitnto. Oh I que fraca coisa I Um dia antes tlnha ele o seu valor. Um dia depols, quando eu quiz trocat- o por pA0 1 toda a gente me fechou a porta. Houve apenas uma pessOa que o nAo fez, e aqui lhe testemunho todo o meu reconhecimento. Eu continuava a trabalhar mas pouco e tao mal ! ... Um dia sObre urna miseravel p4gina começada a escrever senti aparecer o desespero. Tive médo e chamei Deus em meu auxllio. Deus nao veio porque jd 111 estava. Senti-o palpitar no intimo da mlnha consclencla e tive a minha primeira lagrlma 1 14grlma que foi para mlm dOce corno antigamente as caricias de mlnha màe. No dia segulnte fui ter com um homem excelente que multo sabe e multo me ama. Quanto A edade podia ser meu filho, mas eu chamo-lhe Pae. Ensinou-me colsas ao mesmo tempo arandea e simples. A' medida que etas passavam do seu coraçAo para o meu 1 iam-se dissipando nuvens, e de tal modo que eu acabei por lhe pOr a nu o fundo duma pobre alma e, pela sua bOca, Oeus me perdoou. O dia segulnte era dia de Nata!. Nesse dia minha mulher e mlnha fi. lha me conduzlram ao santuario que guarda os despojos mottaes dos ultimos marlyres. Tornei logar é Santa Mesa e fiz a mlnha segunda comunhao, quarenta e sete anos depols da primeira. Assiro se renovaram as duas extremldades da mlnha vida, por cima dum meio seculo perdido. A' volta, os sorrlsoa e alegrla das creanças nos esperavam em casa. Foi urna fes· ta, encheram-me de beijos. Voltou a nossa alegria. No tempo das férias, todos os dlas 4 noite, os olto filhos se joelham em volta da mae e eu, com o meu cru<:ifixo 4 frente, recito as oraçOes a

Voz da Fatima Deapezae Transporte do n. 0 33. • lmpressao do n.0 33 (27:000 exemplares). • Despezas varias. • • • •

31:012.420 621.000 I 50.000 31.783 420

(Continuaçiio)

Pedro Pinto Cardoso. • GRbriel Raimundo da

10.000

Silva . . . . . • . . Francisco F e r n a n de s

10.000

Pombo. • • • • • • D. Maria da Piedade Santos. • • • • José Maximiano. • • • p,e Augusto José da Trindade. • . . • Viscondessa de Freixedo D. Conceiçao Gouveia Agostinho Martin ho Vieira. • • • • . • De jornaes {A. M. Vieira) D. Maria de S. Antonio Neto• . . . . . . . D. Joana Lucas Trincao D. Maria dos Anjos Percira • • • • • Francisco de Lencastre D. Ermelinda Correia Cardoso Ribeiro Alves D. Silvcria da Conceiçao Neves . . • . . . . José d'Oliveira Dias . • O. Victoria Sirgado Mendes. . . . . . . De 1·ornaes (J. O. Dias) Car os Silveira Peixoto D. Adelaide Frandsca d'Almeida Lopes••• D. Antonia das Dores Almada • . • Manuel Antunes Valinho. . . . . . . . D, Etelvina Torres Costa D. Maria Fuertes Gomcz D. Palmira .Martins Faria. • • . . . . P.e Luiz Coetano Portela D. Hortul11oa Pioto . P.e José Ignacio d'Oliveira . . . , . Leonidio R. da Costa Santos. . . • . . Manuel Gomes Gonçal-

10.000

vcs • • •

• • .

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jinho . . . . . . . D. Generosa Farinha •• D. Mat'ia Rita de Faria Hintze Ribeiro , , • D. Maria Carolina Mendonça. . : . . . . D. Sebastiana Victor Nogueira. • • . . • • D. Ana d'Oliveira Matos Luiz Gonzaga do Nas• cimento • • • • • D. Josefa de Barros Ca-

mOes . . . . . . .

SubacripqAo

D. Maria Meadonça. • D. Mercedes Simoes. •

De jornaes (P.e J. Reis) José Antonio F i a l ho d' Almeida . • • . • Migud dos Santos e Si~ va . • . . . . • D. Gualdina de Q9eiroz D. Maria Eduarda Vasques da Cunha Lencastre. . . . . Jolio Ribeiro. • • . • D. Rosa d'Oliveira Miranda . • . • • • . De jornaes (freguesia de Acantara). • . . . p,e Antonio Pereira Quartilho. • . . •• D. Maria Rosa Teixeira D. Dionizia Ramos Quei-

10,000 10.000 10 000 10.000 10.000 10.000 12,000 10,000 10.000 10.000 10,000 10.000 10.000 10.000 10.000 30,000 10.000

10.000 10.000 10.000 10,000 10.000 10 .000 10.000 10.000 10,000 10,000 10,000 1,0.000 10.000

Joao Manuel Gouveia D. Natalia Seleiro. • • D. Estamarinda Augusta 1\tadeira • • • • • D. Maria da Conceiçao Madeira. . •• Manuel Joaquim Conde Francisco Teles d• An<lrade Rato. • • . O. Francisca Vaquinhas D. Custodia da Silvu. • D. Mariana Pereira da Co.sta • • . . . . . D. Amelia da Conceiçao p,e Joaquim Marqucs Raphat:l . • . • , • D. Emilia Caldeira de Bourbon •• , • • Vaz Pr~to Geraldcs • • Francisco 0ias de Matos José Paes Coutinho • • P.e José Dias de Matos Condessa de Saphyra .• D. Amelia Val do Rio Henriques • • . . • Joaquim Maria Soeiro de Brito. • • . • " D. Maria da Conceiçao Lopes Braz• • • • • D. lzabel Maria Leitl! Braga Vareto. • • • Dr. Antonio Augusto Leite Braga. • • • • D. Maria de Souza Pinto P.e Antonio Gomes S. Miguel. • . . • •. Manuel dos Santos (locha

5.000 10.000 10.000 20.000

10.000 10.000 10.000 20.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10,00() 10.000 10.000 10.000 10,000 10.000 10.000 10 000 10,000 10,000 10.000

10.000 10.000 10.000 10.000 10,000 10,000 10,000' 10.000 10,000 10.000 10.000 10.000

t 5.ooe> 10.00010,000' 10.00010.00010.000 10.000 15.000·

-"----------------voz DA FATIMA Eate jo .. nalzinho, q u e vae •endo tao querido e procurado, · é diatrihuldo, g.-atuitamente em f'étìm• no• dlae 13 de calla m6s. Guam quizer ter o dlrelto ile o receber dlPe• ctamente pelQ e o• re I Oo, tera de enviar, adaant•damente, o 111- f.n I m -o if• dez mii réla.

\


LEIRIA, 18 de A go sto de 1025

A.no III

(COM .A:PROVAç.ÀO ECLESIASTICA) Dlrec1:,or, Proprie-tarlo e Editor

Adm.lni•"trndor: PADRE M. PEREffiA DA SJLVA REDACçAO E ADMINISTRAç,fo

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto e impresso na Jmprensa Comercial, i Sé -

Leiria

RU'A D. NUNO ALVARES PERE:IR.A (BEATO NUNO DE SANTA MARIA)

dar-the Ingresso na ante- camara do

ra intensamente saturada de sobrenatural. E olio s6 os que teem fé, senao tambem aquelles que nao possuem este dom magnifico, que abre deante dos olhos do espirito bumano horisontes infinltos, dificilmente podem furtar-se éi influencia do ambiente que os rodeia. De manha cedo a esWua de Nossa Senhora do Rodrlo é conduzitta processionalmente, corno de costume, para a capella das ApparrçOes. Quasi ao mesmo tempo chega o grupo de Torres Novas dos «Servos de Nossa Senhora do Rosario•, que, antes de iniciarem os seus trabalhos, ouvem a Santa Milisa ~ recebem o Pao dos Anjos. Pouco depoi& surge do lado da estrada da Batalha a phalange dos sympathicos escoteiros catholicos de Leirla, que, logo que chegam, se apeiam dos camions que os transportou e se dirigem com garbo marciai para o pavilhllo dos doentes, aflm de assistirem tambem ao Santo Sacrificio e comungarem junto de um dos altares da capella noya. Entretanto um sem numero de t'vehiculos de todas as especles e tamanhos, medida que· vao chegando, despei am incessantemente na estrada, que cinge o locai das appariçOes, milhares !! mllhares de peregrlnos. Nos attares da capella nova ·as . missas succedem se lniaterruptamente perante urna asslstencia silenciosa e recolhida, de que desde as primtiras ho ras da manhtl f azem parte muitos enfermos. Pouco antes do meio-dla solar a hranca eslatua da Virgem do RosArio é conduzida processionalmente da capella das appariçoes para a capela nova. O enthu• siasmo é indiscrlptivel. Multos fieis acenam com os lenços, muitos outros dào palmas. Veem- se othos marejados de lagrimss provocadas pela commoçllo. Principia entao a ultima missa, a missa dos doentes. O silencto torna-se mais profundo, a orac;llo sae dos coraçOes e evola-se dos_lablos com mais fervor e a attençao de todos os circunstantes converge para o altar em que ae celebra e Santo Sacrificio. Todas aquellas almas, todos aquelles cora-

Céu, eovolvendo•o numa atmoaphe•

çOes amalgamados pela fé e pela

13 DE JULHO 1= o Q

o dia 13 de Julhd ultimo, a terra sagrada e ~!.~-="""'~· bemdita da FAHma, foi novamente theatro das mais ' bellas e commoventes manifestaçòes de fé e piedade. Alguns m i I ha re s de pessOas, converglndo de todos os pontos do paiz, lmpulsionadas pelos seus sentimentos christaos, reuniram-se junto dos santuarios da Lourdes portugueza para offertar o preito da sua veneraçlio e do seu amor augusta miie de Oeus que alli se dignou apparecer. O dia esteve esplendido, sem vento e sem calor corno um dos mais formosos dias de Primavera. A's dez horas da manha intensifica-se duma forma extraordinaria o movimento de vehiculos nas estradas mais proximas. E' o grosso dos peregrinos que começa a chegar. Aquelles que partlram mais cedo de suas terras a pé ou em meios de conduçlio pouco accelerados, jéi se encontram em F4tima na sua grande maioria. Multos delles passaram a noite no proprio locai das apparlçOes ou nas aldeias circumvisinhas. E' sobre• maneira interessante e consolador o espectaculo que na vespera A tarde e durante a noite offerecem a «Cova da lria" e as suas immediaçOes. Reza- se e canta-se por toda a parte. E essas préces pronunciadas em voz alta, que partem de individuos lsolados' ou de grupos. por vezes bastante numerosos, corno verdadeiros gritos d'alma que se evolam para as alturas, e esses canticos que traduzem na sua lettra, ora erudita, ora singela e popular, os mais ardentes sentimentos de fé, reconhecimento e amor para com a Virgem Santissima, produzem na alm~ do observador que tenha a felicldade de ser crente, urna emoçao vaga e lndefinlda, mas viva e profunda, que parece alhd-lo por .completo das cousas deste mundo e

a

a

piedade, vibrando em unisono, nAo constituem senào urna s6 alma e um s6 coraçào. Durante a missa um sacerdote reza do alto do pulpito, alternadamente co'l' o povo, o terço do rosario, cuja recitaçào é intercalada de cantìcos e invocaçOes nos momentos mais soIemnes. ' No fim da missa canta se o 1antum ergo e dA se a bençào com a Hostia Santa, primeiro a cada um dos enfermos, que em numero de muitas centenas occupam o recinto reservado do pavilhiio, e depois a immensa multidAo que se es praia ao longe e ao Jarj.?o pela vasta esplanada adjacente. Terminada esta cerimonia, a mais commovente de todas as que se realisam em Fcitima, s6be ao pulpito o rev. Francisco Carreira Poças, parocho de Porto de Moz, que falou durante cerca de mela hora sObre a devor,ao a Nossa Senhora. Oesvanecido o echo das pakwras finaes do orador sagrado, inicla se a debandada geral dos fieis qu~ se effectua, corno sempre, lentamente e na melhor ordem, depols de recUadas as ulllmas préces, feita a derradeira provisao da agua da Fonte maravilhosa e dirigido a Virgem do Rosario o mais sentido e saudoso adeus.

Y. de M.

Hs curas da Fatima e No dia w vin re e quatro de Juobo do ano pr6ximo passado lùi consultar o médico, que declarou que eu tinha ama ~ronquile e priAciplo duma pleurls1a. Poucos dias depois atacou- me a p~eumonia, de que fui curada entre qumze dias. Oepois desenvotveu- se-me a pleurlsia a ponto de me julgarem perdida. Nesta altura fiz um v6to a Nossa Senhora achando sensiveis alivios dentro quatro horas e achan<io- me melhor durante qulnze dias. Em segulda peorei, complicando-se- me o ma: com outros padeclmentos multo graves. Até aqui tlve onze vlsitas do médl:o, o sr. Or. Alves, que aconsel~ou recolher• me ao Hospital de Lelr,a, mas com a esperança perdida de melhorar•

c1:

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Voz do. Fé.tbno. Del entrada no Hospltal no dia vinte e cinco de agosto. Pul exami• nada pelo sr. Dr. Teles, que disse: «agora é que para aqul veeJll com esta mulher I lsto ji nAo tem remédlo •. No entanto, receitou-me pontas de fogo, que me aplicaram durante um més, delxando- me comer do que eu quizesse, mas qubi nada comia e isso mesmo nao se me conservava. Na ausencia do sr. dr. Teles, fui examinada pelo sr. Dr. Pereira, qcfe tambem me desanimou, mas resolveu-se a aplicar- me urna punçao na regiAo pulmonar. , Flquei entao completamente desanimada, e fiz nova promessa a N. Senhora, dlzendo ao mesmo tempo: e Minha Mae Santissima, acudl-me, dal-me saude para amparo de meus quatro filhinhos, ao menos até que meu querido marido regresse a Portugal •. Tlve um presentimento de que a Mae do Céu me tinha ouvldo e fiquel muito anlmada. Até mesmo a enfermeira e as outras pessòas se admiraram da minha atitude. Nuoca mais tive receio de quanto me quizessem fazer, nem mesmo da morte. Fui operada no dia vinte e sete de setembro, julgando todos que nao durarla com vida mais de trez dias, e eu sempre chela de esperança na Virgem Santissima, de que escapava. Poucos dias depois o médico disse que eu estava um pouco melhor da pleurisla, mas com enterite muito grave. Cheguei a ponto de nem a agua se me conservar no est0mago. Comecei a achar, me com melhoras, que a todos admiravam, vindo a restabelecer- me em mes e meio, sarando-se até mesmo a ferida da operaçiio, com muit.~iraç!o do sr. Dr. dito que eia poPereira, deria levar a curar um ano. Agora estou completamente b0a, corno se nunca tlvesse estado doente. Venho / pois, chela de reconhecimento, proclamar o poder e protecçao da Nossa Mae do Ceu, e convidar todas as pess0as dev6tas a louval· a comigo, s0bre tudo aquelas que me ajudaram em mlnha doença. Santa Catarina da Serra, 31 de Março de 1925.

qu~!.~!~-

Sdra Maria Domingos• ,---

e Antonia das Neves, casada com Francisco da Sllva, da freguesla de Almoster teve urna tosse durante vinte e quatro anos. Chegou a vomitar tudo quanto comia. Resolveu ir F4tlma. O marldo, porém, achou-a tllo fraca que disse: e S6 se tu me prometeres ficares b0a •. -Cala-te. Depols falaremos. No carnlnho, ja depois de ter passado Ourem, voltou a tossir mas sentiu que alguma coisa de novo havia. Nuoca mais vottou a tossir e j4 la vllo dols anos I -Urna filha da mesma tlnha espetado, havia cinéo anos um carrapltelro em um pé. Este iochava quan• do fazla alguma viagem e alguem lhe disse que havia perigo de colsa mais grave. Prometeu a Nossa Senhora publlcar esta graça se melhorasse e tendo

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j4 vlndo 4 F4tlma sem dificuldade alguma, mlle e fllha véern, chelas de reconheclmento, agradecer a Nossa Senhora, a quem m'llto amam.• e Sr. Director da Voz da Fdtima Peço a V. o favor de publicar, no seu jornalzlnho, urna graça que recebi da Santissima Virgem, e que considero milagre. Andando eu, ja ha multo tempo incomodado da minha saude, no dia 31 de Março achei me multo peior e fui consultar o médico. No dia 6 de Abril consulte! o Sr. Dr. Salviano Pereira da Cunha, d'aqul, que depois de me observar com cuidado, terminou por me declarar que tinha dentro em breve de fazer urna operaçao, pois que eu tinha um tum0r na gordura do Intestino delgado. Ao ouvir esta declaraçào fiquei muito triste mas resolvi nào vir para casa sem ir consultar o Sr. Dr. Joao BAiista Nunes da Silva, distinto clinico desta localidade, que, depois dum longo exarne, acabou por me declarar que era obrigado a fazer a dita operaçao, e mais ainda que, se eu a nao fizesse dentro em pouco tempo, depois seria obrlgado a multo mais sofrimento e a muito mais dificuldades em melhorar. Neste momento fiquei desanimado. O médico animou-me, dlzendo-me que nao estivesse triste, que o caso nao seria de morte. Oespedi· me del e e vim para casa dizer a minha familia o que se passava, ficando todos em pranto. No dia 8, eu e mais pessòas da minha familia e visinhos, resolvemos prometer cada umo que entendesse, para ver se pela protecçao divina, alcançava a graça desejada. Logo neste momento me lembrei dos miIagres que se tem operado em Fatima, e prometo a Santissima Vlrgem da F4tima, que, se no praso dum mez melhorasse da doença ja declarada, iria é FAtima1 agradecer a graça obtlda e la receoer a sagrada comunhào, dar urna esmola para o culto e mandar celebrar urna missa em acçao de graças a Nossa Senhora, pela graça obtida. No dia 13 comecei a achar melhoras. No dia 20 fui mostrar· me de novo ao médlco ( Sr. Dr. ~ilva ), que depois de me examinar bem, acabou por me dizer que i' nao era precisa operaçào alguma, porque eu estava slio. Ora a mio ha fé diz- me que isto fol um milagre, porque medicina nao devo senllo as atenç0es com que me trataram os srs. médicos. Poi a Santissima Virgem que quiz mostrar mais urna vez que nào é em vào que os seus filhos recorrem a Ella no meio' das afliç0es. Ovar, 6 d~ Malo de 1925.

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Antonio Vleira leite• « O. Maria José Cortez Pioto, casada com Julio Cortez Pinto, de Lefria, _vem agradecer .a Nossa Senhora a grande graça que lhe fez salvando o seu fillio Fernando, de 10 anos de ldade, dum grande desastre que lhe sucedeu em 7 de Outubro de 1924, pois que, tendo- lhe caldo em cima urna pedra de carrada e tendo sldo preciso 7 homens

, para o tirarem debaixo da mesma pedra, ficou sem nenhuma lesào interna e sem nenhum osso fracturado. Quando a m!e o viu naquele estado invocou Nossa Senhora do Ros4rlo da F!tima com multa fé, dlzendo o filho, apenas voltou a si, estas palavras: «Màeslnha, eu quero ir a Nossa Senhora da P!tima». Ao fim de trez semanas estava completamente restabelecldo, com grande admiraçào doi1 médicos que o trataram, dizendo um deles que tinha sido um verdadeiro milagre •.

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«Ex.mo e Rev.mo Sr,

Maria do Rosario Laranjeira, do lugar do Outeiro das Mattas, freguezia de Ourem, vem pedir a publicaç!o duma graça em que a Virgem Santissima, Senhora do Rosario, mais urna vez quiz mostrar a sua divina protecçao. Tem ella um filhinho de trez anos de edade, de nome Miguel. Tendo este no principio do mez de Abril corrente, urna grave enfermidade na garganta, chamada garroti· lho, recorreu sem demora medicina, mas a doença par~ia nao obedecer a medicamento atgum. A m~e. ;,flita, vendo prestes a sucumbir o seu extremoso filhìnho, rapidamente lhe vem a ldeia a agua milagrosa da Fama. Prostrou-se em acto continuo deante da imagem da Virgem Santissima, rogando pelas melhoras do filho e sem demora lhe deu a beber agua. Poucos mòmen tos depois viram- se rapidas melhoras, deixando de ter a afliç!o que antes tlnha, estando em poucos dias completamente restabelecido, gosando hoje de perfeita s~nide. Em face disto nao posso deixar·de manifestar mais esta graça que a Virgem Santissima quiz f azer. Outeiro das Matas, 4 de Abril de 1925.

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Maria do Rosario laranitira•

Uma peregrinaçao a Fatima Somente por devoçtio a Nos· sa Senlwra, 138 pessoas de ama freguesia pobre e pequena deslocam-se a 80 quilometros, gastando mais de 5 contos: e Em junho fui em peregrlnaçAo a Nossa Senhora da Fatima com 138 paroqulanos meus. Partimos daqui no dia 12; de manha, e j4 na véspera, haviam comungado quasi todos os peregrinos. Ao melo-dia houve na igrtja paroquial bençAo do Santissimo e pratica, assistindo todos os peregrinos e multa gente que deles vin ha despedir- se. Entretanto chegavam de Colrnbra os caminhoes que nos haviarn de transportar. Para eles nos diriglmos em procissao frente urna bandeira de Nossa Senhora, os homens envergando capas vermelhas e todos com o distintivo da peregrlnaçao flta c0r de rosa e urna medalha de Nossa Senhora da P4tlma. Poi tambem asslm que no dia 13 entrAmos

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.:Voz da Fé.tbn&

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e salmos do recinto das .aparlçOes. Tanto na ida corno na volta cantamos e resamos durante quasi todo o caminho. Comung4mos todos na Cova da lria e um grupo composto de creanças, rapazes e raparigas uma terça parte do nosso coro cantou a penultima missa ali celebrada. Os nossos homens tlveram a felicidade de serem escolhidos para acolltar na adminlstraçao da Sagrada Comunhao. Dos cinco doentes que levémos tres, sentiram-se melhor e voltaram curados dols - Maria de Freitas viuva, moradora no Avena!, e José 'Duarte Junior, casa do, morador em S. Fifo. Aquela sofria ataques violentisslmos de t~sse com. hemoptisis, um dos qua1s, o ultimo, na Fatima, aonde foi conduzida em maca pelos servitas; este paratisia e eczema no braço direito, diminuindo a inchaçao logo ao prlmeiro banho que deu na Fatima, d'onde voltou sem carecer dos serviços para que na ida precisava dos seus companheiros, - fazer cigarros, etc. Estas curas manteem- se e j4 estarnos a 4 de julho. Vou pedlr atestados médlcos. Calcularés o entusiasmo com que chegé\mos e fomos recebidos no SebaJ. Depois de urna prética e da bençao do Santissimo na igreja paroquial, todos se dirigiram a suas casas agradecendo a Deus e a Santissima Virgem a graça desta peregrJnaçao, prometendo ser mais fervorosos e dando por bem empregado o sacrificio feito:- alguns, mal /POdendo trabalhar, andaram a sachar milho duas semanas para arranjarem dinheiro para a viagem, e nao ,poucos pediram-no emprestado. Como Secret4rio de Nossa Senhora, pede-lhe por esta (reguesla e pelo teu velho amigo P.e Paulo Ma' chado. Sebal (Condeixa), 4/ 7/925.

P. e Paulo Machado>

•Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima Transporte • • •• • A. Leite Braga•••••• O. Maria do Ceu Plnto d'Abreu Lima •••••

1.128:500

Soma •••

1.146:500

13:000

5:000 \

. Modo de rezar o terço Recebemos ha dias a seguinte carta :. clll,1110 e Rev.1110 Sr. Queira V. Rev.ma perdoar a minha ousadia de vir encomoda-lo. Como V. Rev.111 • provavelmente sabe, ha muitos cat61icos ignorantes dos seus deveres e eu, corno sendo _.un1a delas, rogo a V. Rev.111•, em nome deles e no meu, se no vosso precloso jornal nos llucidava da manelra corno se reza o terço. Tenho muita pena de .nao o saber reza,, visto Q~ Nossa Senhora do Ros4rio manda que o rezem, e corno

eu, ha muito mais pess6as leitoras da Yoz da Fatima que,. com pezar, o lgnoram. PerdOe V. Rev.m• mandar tilo pequena quantia para tao precloso jornal. Pedindo a V. Rev.m• mii desculpas, sou com o mblmo respeito

H.• -Nada mais fkil. O terço (terça parte do Rosbio), consta de 50 AvéMarias antecedldas do Padre Nosso e rematadas com o O/orla Patri. Por tanto depols de nos benzermos, a conta maior rezamos o Padre Nosso, e urna Avé-Maria a cada urna das dez contas mais pequenas. Depois de se dizer o Oloria Patri reza-se novamente o Padre Nosso e assim até ao fim do terço ou até ao fim do Rosario. O terço ou Rosario, nao é s6 orac;Ao mas tambem meditaçao, que abrange em resumo toda a vlda de Nosso Senhor Jesus Christo. Esta medltaçao é nece~saria para se ganharem as iodulgencias. Os misterios gozosos ( anunclaçao, visita a Santa lzabel, nascimento do Menino 'jesu-s, apresentaçao e encontro no templo) costumam ordinariamente meditar-se as 2.as e 5.8 • feiras. Os dolorosos (Agonia no Horto, nagelaçào, coroaçào de espin hos, cruz as costas e crucifido). as 3_as e 6.15• Os gloriosos (resurreiçllo, ascençao, descida do Espirito Santo, Assumpçào e coroaçAo de Nossa Senhora) nos outros dlas. I:.' costume rezar a seguir a Ladainha de Nossa Senhora, ficaudo esta e outras oraçOes ao arbitrio de cada um. No livrlnho os Acontecimentos da Fatima, e quatquer outro de devoçào, vem o modo de rezar e meditar o terço.

A.'s oraçòes t\os \eitoTes cUma paroquiana da freguesia de Alcantara pede as mais fervorosas oraçoes pela converslio do marido. Promete, se alcançar a graça pedida, ir com o maricfo a Fétlma e levar urna bòa esmola para as obras•.

lima conuersao Urna manha, um pouco antes da hora d'almoço, desembarcava eni Lourdes, com sua famllia, um cavalheiro bem posto. Esperava nllo se demorar mais que algumas horas, o tempo entre dois comboios. Fol tudo quanto puderam conseguir d'elle sua mulher e sua filha que o acompanhavam. " • Apenas chegadas, sem perda de tempo, as duas mulheres, fervorosas christas, a quem a irreligiào do chefe da familia tanto desolava, tanfo mais qu~ o amavam ternamente, partiram para Massabielle. Ele, nào tendo mais nada a fazer aqui, foi dispor as coisas para o almoço. Escolhendo um hotel que lhe parecia mais confortavel entrou, fez chamar a dirigente e diz- lhe : Emquanto espero minha mulher e mlnha filha vou dar uma volta pela

gruta, se na.o for multo 1onge, e d volta tenfia-me prompto um bom almoço para tres. -V. Ex.• decerto quer almoço de magro, nllo é verdade? -De magro, porquè? - Hoje é sexta-felra e quasi toda a gente aqul come de magro. -Eu quero la aaber d'isso (exctamou o livre pensador escandalisado)I Faça favor de fazer um almoço bom. Quero carne: percebe ? Combinaram pois: bifes, galinha, etc.

• ** Feltas estas combinaçoes, o nosso viajante accendeu com toda a pachorra um cigarro e encaminhou-se para a gruta emquan.to ia admirando a belleza do sitio•• Chegou primeiro que sua mulher e sua fitha, que se demoraram na cripta e na basilica em ferventes oraçOes peto descrente querido. Afinal, la chegaram a gruta. Mas, qu-al nào foi o pasmo da mae I Além deante d'ella, ao pé do rochedo, ~m homem de joelhos, orando com fervor e os olhos banbados de lagrimas e este homem. • • é elle é••• é s~u marido I Ella quasi teme interrompei-o e abordal-o. Mas elle, logo que a ve. exclama: -Sou eu, sou. Sou eu que rezo e ch6ro. Queres saber corno foi? Olha que, para te falar verdade, nem sei expllcar· te. Quando aqui cheguel, sem pe_nsar em nada, apenas me encontret em presença da gruta e olhei para esta lmagem, urna emoçào indescriptivel se . apoderou de mim. Nem ho uve tempo de pensar (isto é mais forte que eu) e••• cahi de joelhos. Estava ali um sacerdote e perguntel-lhe se me poderia ouvir de confissao. E' ja, respondeu elle. E agora ••• prompto. Confessei-me ali na Oruta, atraz d'aquelle attar. Ficaremos ca para amanha e de manhA aqui estarel para comungar. Esta decldldo. NAo imaginas quanto me sinto feliz t NAo foi s6 elle a derramar lagrlmas de alegria, de ternura e reconhecimento. Juntos louvaram a Deus, e todos tres, agradeceram com effosilo a Nossa Senhora.

•*

Partlram a seguir para o hotel. A sala de jantar estava cheia de gente. Ao entrar, o novo convertido interpelou as muitas pessOas que ali estavam a espera do almoço e, com o mesmo desambaraço com que tlnha repelido o almoço de magro, exclamou : Senhores, eu sou V ••• , grande caçador, corno talvez alguns de V. Ex.81 saibam; passo por ser o primelro atirador da capitai. Eu era abertamente implo. Eis agora o que me acaba de acontecer (e repetla o que jA tlnha contado a sua mulher e sua filha). Estaes em presença de um homem ! que acaba de se confessar e que amanhll vae comungar. Voltando-se depois para a dirigente do hotel: Eu tlnha-lhe pedido um almoço


Voz da Fa-time, que, decerto, est4 preparado. N6s cA nos entenderemos. f aça me outro de magro e se fòr necessario esperaremos. Imaginemos agora a surpresa e as impressOes dos ouvintes e sobretudo os senlimentos que agitavam a alma da mulher e da filha. A partir d'essa sexta- feira o Sr. V. . , continuou a ser um excellente christao, e com sua autorisaçao, mas sem dar o nome, um missionario bretao fez no pulpito da Basilica, a historia d'esta conversao (Le Petit Messager du Tres Saint Sacrementagosto de 1910).

Encontrado na lama I

I

Quem sera esta donzela que precipttadamente atrtvessa urna avenlda de Bruxelas ? Chove.' Ella é estrangeira e encaminha-se apressadamente para o hotel. Ao passar, porém, sente qualquer objecto debaixo do pé..• E' bOa I' f'erolas, urna cruz I. • • Com certesa é algum objecto de devoçAo dos catholicos, pensou ella apressando o passo. -Apanha-o, diz-lhe a consciencia. -Para que? De que me serve elle? -Sim, apanha-o. Se para ahi fica, essa cruz vae ser calcada por toda a gente-Sujaria os meus vestidos e inu ti lisa ria as minhas luvas novas. -Qué ? EntAo tu tens mais amor .is luvas que a cruz de Nosso Senhor Jesus Christo ? .. A menina Laura, ainda que protestante, nao pOde suportar um tal rebate da sua consciencia e recuando um pouco, fol apanhar o terço, que conservou na mao, dizendo : as tuvas ja eu perdi. Chegada ao hotel, o seu primelro culdado foi lavar e esfregar bem aquelle terço e,"'de tal modo e por tanto tempo, que as contas e respectiva cadeia brilhavam corno um colar de perolas. Levando-o depois a dona do hotel, disse : e aqul est4 urna coisa que eu achei ali f6ra ; veja se sabe de quem é ... NAo conheço o dono, minha aenhora, e estou bem convencida que nlo se vlr4 a saber quem é. -E agora? e Olhe, é melhor guardai-o no seu quarto e eu la o irei buscar se fOr necessario... Miss Laura suspende-o num prégo e nAo pensou mais no caso. Eis, porém, que ao serAo uma senhora do quarto vlslnho vem ter com ella e a convida a lrem aquecer-se ambas e a tomarem o chA. Entabolada a conversa, a vislnha yè logo o terço t -Quelra perdoar a minha indis• cripçAo, mas nlio é V. Ex.• protestante9.•• Sou- o E>ffectlvamente, mas os proteitantes tambem teèm rellgiAo. -NAo contesto, mas estou adml• rada de lhe vèr aqul um terço. -Oh t este terço (e contou a historia).•. e tirando-o do pr~go, dlz : -Minha senhora, aqui o tem, é

aeu. -Nlo o accelto. O melhor é guar•

dal-o porque eu tenho dois. -Sempre gostava de saber que é que os catholicos dizem em cada uma d'estas perolas. A A vi-Maria, pareceu- lhe encantadora... Visto que se encontra na minha Biblia tambem eu poderia dizer esta oraçao. Vou aprendel- a. E passou toda a tarde a repetir a AvéMaria, que em pouco tempo sabia de c6r. Separaram- se. Urna vez deltada, a ingleza poz o terço ao pescoço e poz-se a repetir ainda mais umas vinte vezes a saudaçao Angelica que nao se cançava de dizer. Urna dOce uncçao se derramava na sua alma e logo ao acordar no dia seguinte, esta oraçao lhe vinha a lembrança corno urna musica entadora que nào podia arredar do pensamento. Foi isto o que ella contou a sua amiga quando voltou a vel-a ao almoço. -Entao, gosta d'esta oraçao dos · cathollcos ? -Oosto muito. -E porque se nlio faz catholica? -Se fosse hontem era impossivel, tinha mtl prevençOes contra os catholicos. Jioje ja as nao sinto e gostava bastante de me instrulr na sua rellgiào. A visinha levou a joven a urna comunidade onde o catecismo lhe fol ensinado em ingtez e, dois mezes depois, ahi fez, em transportes de felicidade, a sua primeira comunhao. Ora um dia que ella se achou doente em Londres a familia envioulhe um ministro protestante para a abalar. Ella respondeu com energia: -Nào, nunca I Quero morrer na Religlllo Catholica que me torna fellz, mesmo no meio dos sofrimentos, e tenho conflança que este terço sera a cadela com que a Virgem Santissima me levantara ao

Ceu. I

Voz da Fatima Deapezaa Transporte do n.0 33. • lmpressao do n. 0 34 (26:000 exemplares}. • Outras despezas • • • •

598.000

123.000

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Subaorip9fto (Continuaçao)

D. Maria Amelia Capelo Frnnco da Cunha Motos.. D. Maria do Carmo da Cunha Lemos e Matos • • • D. A na Augusta de Freitas. D. Gertrudes Maria Fcrnan .. des • . . • • • • . • • D. Maria da Gloria. • • • D. Luiza Barreiros Salema Joaquim de Souza. • • • . Herculano Sales. . . . • • D. Clotilde de Jesus Barcelos D. Eugenia Margarida do Ros!rio. • . • • • D. Maria Re>sa Cunhal • • Manuel Alves Soares Teixeìra • . . • • • • • • • •

15.000

Antonio Ferreira Soeiro • • D. Maria José Caeiro Fialho. D. Carlota Fialho. • . • • • D. Mariana Baptista Limpo Brito • • • . • • • . • • D. Aurora Fialho • • . • • D. Maria José Rodrigues Acabo. . • • . . . . . • • • D. Laura Pires Antunes Carrcndo Ferreira . . • . • • p,e Manuel Antonio da Concciçao , • • . . . . • • . D. Margar ida Martins • . • D. Maria Natividade Alves Pereira de Assis. . • • • D. Maria d' Ascençao Barros de Melo. • • • • • • • • Donativo (D. M. de Lourdes de Barcelos) . . . • . • • Dr. Francisco Rodrigues da Cruz • • • • . . • . . • p_e Tomaz d'Aquino Silvares. • • • • • • . • • . D. Mo.ria Emilia Pignatelli Queiroz. • • . • • • . • D. Maria Bra ne a Pereira Martins • • • • • • • • • D. Cecilia A. Correia Costa D. Isaura Matoso • • • • • D. Elvira Cazales . • • • • José Antero Nunes Lea! Madureira • • • • • • • • • D. Lucrecia Pelcjao • • • • Felipe d'Oliveira Ramos. • Anonima (Paris). . . . . . D. Mario. José e D. Maria Ju. lia Henrique Lino. • . . D. Anna Sergio Faria Pcrei-

ra. . . . • • • . . • • . Antonio Dias Madeira ••• , D. Izabel dos Santos Gomes D. Maria do Rosario Ferreira D. Hedwigts do Vale Cam-

pos • • • • • • • • • • • D. Esther Le Retord Guimaraes . • • • . . • • . • • Acacia Vieira • . . • ••• D. Dulce Martins d'Aze"vedo D. Maria Tavarcs • • • • • Luiz Cipriano Esteves •• ·• Miguel Pinto • • • • • • • D. Maria Margarida Sarmento Omen Pinto • • • • • D. Albertina Vieira Simoes. J. Alves Lopes • • • • • • • Idalina da Costa Barros •• D. Maximiana Vieira da Mata Manuel d'Oliveira Rasoilo • Vietar Rui da Graça Qua·

resma. • • . • • • . • • D. Maria Euzebio Caleira • Vicente Ferreira de Souza • P.e Jacinto Antonio Lopes. Carmina Vieira • • • ••• Madame Lucia Soares • • • D, Maria Martins de Freitas Joaquim Rodrigues Moreira D. Maria Macieira. • •••

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VOZ DA FATIMA

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Eate jo..nalzinho 1 q u e wae •endo tao que•ido • p•oou .. ado, é diat•ibuldo gratuit•mente em Fatlm• no• èliaa 13 da oada m6a. 011em qulzar ter o '91-relto de o reoeber dir•• eta mente pelo e or re I te•a de enwiarl adeant•• damente 1 o III nlmo do ilez mli raia.

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N.• 86

LEIR,IA, 18 de Setembro de 1D.2lS

A.no IJI

(COM APROVAçÀ.O ECLESIASTICA) Dtreo"tor, Proprietario e Edt"tor

Admlnt•"tradori PADRE M. PEf?EIRA DA SJLVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

R.EDACçAO R ADMINISTRAçAO

Composto e imJ')resso na Jmprensa Comercial,

13 DE AGOSTO

estiva. A concorrencia, posto que fOsse assaz numerosa, elevando- se segundo alguns calculos, a cérca de olto mii pessoas, fol lnferior dos mbes anteriores. Esse facto deve· se sem duvida em parte a lntensidade da faina agricola e em parte A circunstancia de e~tarem proxlmos o dia treze de Setembro, que incide num Domingo, e o dia treze de Outubro, dia de peregrlnaçao nacional. O certo, porém, é que o aspecto do locai das appariç0es, desde as onze horas da manhll em deante, era imponente e rnagestoso. Em frente das duas capélas, a das missas e a das apparlç0es, aelomeravam-se milhares de pessOas que rezavam e assistlam ~s mlssas ou cumprlam as suas promessas. O pavilhAo dos doentes estava completamente cheio. Alguns jazlam em macas deixando transparecer nos seus rostos emaciados a grandeza dos seus sofrimentos, mitigados pelo balsame da resignaçllo chrlsta. Os servitas e os escoteiros, lidando Ra sua benemérita faina, olio tlnham um momento de descanço. A sua dedicaçao parecia nao conhecer outras ballsas senao a das ordens e instruçOes dos seus respectlvos chefes. Ouve-se dizer que entre a multldAo se encontra rn homem que, estando tubercutoso e desenganado dos médicos, se havia curado mlraculosamente graças a Nossa Senhora da Fatima e que vinha chelo de alegria agradecer a sua cura. Ao mele dia e mela bora começa a missa dos enfermos. Fazem-se as lnvocaç0es do costume. Oepols da missa da-se a bençao com o Santis-

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a Sé -

Leìria

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:BUA D. N"UN"O ALVA.'.RES PE::REIRA (BEATO NUNO DE SANTA !11ARIA.)

Hs cnras da Fatima

simo Sacramento. A esta segue- se o sermao. Ap6s o sermào, organisa-se o cortejo que acompanha a branca estatua da Santissima Virgem na sua reconduçao a capéla das apariçòes. Os enfermos que se encontram em estado mais grave e os que sofrem de paralysia sao transportados em macas pelos servitas. Ol' outros enfermos seguem atraz destes numa longa e interminavel fila. Quando a estatua é colocada sobre o seu pedestal, um dos paralyUcos levanta-se instantaneamente curado. Havia urh ano que nao andava. NAo se p6de descrever a comoçao que de todos oa clrcunstantes se apoderou nesse momento unico e inolvidavel. O irmao, que o acompanhava, chora de alegria corno urna creança. A multidAo estupefacta e dominada por um entusiasmo delirante, brada : • Mllagre, milagre I • • Entretanto o novo privilegiado da Virgem, depols de agradectr a sua cura, dirige• se por seu pé para a estrada e val tornar um logar no carro que o conduzira 4 f étima, rodeado sempre de urna multldAo enorme chela de curlosldade e assombro. Logo que recebermos a confirmaçao desta cura, publlcaremos o seu relato na e Voz da FAtima •. Em torno da fonte das apariçòes estaciona continuamente urna mulli-'ào inumer4vel. Multos peregrlnos esperam a sua vez para beber da agua maravllhosa, multos outros para a recolherem em recipi~ntes de todos os tarpanhos e de todas as formas. A • Voz da Fatima• é distrlbulda gratuitamente em numero de muitos milhares de exemplares pelos peregrinos que anciosamente a procuram. • • A multldfto pouco a pouco vai recolhendo aos seus lares <listanres. E nfto hél nenhum peregrino que nao leve comsigo uma saudade infinda dos momentos dlfosos passados na. quele canto bemdito de Portugal, onde a Virgem Santissima se dignou aparecer a tre1lhumildes pastorlnhos.

• Ex.mo e Rev.mo Sr. Tendo ouvido dlzer de urna pobre mulher- Idalina Ribeiro - R. Oooçalves Crespo 56 Llsb0a, que nada lhe fazla parar urna forte hemorragia pelo nariz e gengivas, eslando assim ha mais de 8 dias, corri a casa d'eia, embo.ra a nao conhecesse, mas cheia de fé em alcançar mais uma graça de Nossa Senhora do Rosario da F4tlma. A pobre doente tinha regressado havla poucos dlas do ho~pltal, por eia haver pedldo para a defxarem morrer em sua casa, e os médicos consentiram Isso por a conslderarem completamente perdida. Outro médico que chamaram a casa, tambem declarou nada haver a fazer•lhe. Perguntel 4 familia se jt tinham pensado em eia se confessar. Como me disseram que nao, pedi para lhe ir fatar, pois eles )>em devlam saber que devemos prcfparar a nossa alma corno a joia mais preclosa que entre1,?amos a Deus. Quando cheguei junto da cama da doente, uve a impressao de que j~ nlio vivia, pois nem os olhos podla abrir. Perguntel-Jhe brandamente se gostaria de se confessar, e, corno fez urna pequena afirmaçao com a ~be~ ça, disse minha filha para dar doente um pouco de agua de Nossa. Senhora do Rodrlo da f4tima, t'mquanto corri igrej1 a chamar um sacerdcte. , Quando este chegou ainda ,la tinha uns lampejos de vlda, mas ele nao lhe quiz dar Jesus Sacramentado por a c<inslderac quasi inconsclente para um acto tao sublime. Tristissima por ver que a pobre alma partia deste mundo sem levar Jesus em seu pelto, rezei muito e mu:to, pedi a Nossa Senhora do Rosario da Fatima, para vlr em meu auxilio. A primelra vez que minha filha lhe deu a santa 14gua, a doente nao a poude engolir, i mas fol bebendo a pouco e pouco, e quando rhegou a ma11bli pedlu para lh.e darem Jesus Sacramentado. Corri logo a igreja, velo o sacerdote, eia recebeu o Nosso Amado Jesus em seu peito, deu-se-lhe tam-

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V. de M.

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Voz de. Fé.timn, ,, bem a Santa Unçilo, e, com a admiraçAo de todas as pessOas que a iam ver constantemente, as hemorragiaa oararam e era dJz que se sente mclhor. Como isto se passou nas vésperas d~13 de Maio, e eu nào queria deixar de ir agradecer a mlnha Màe Santissima, tantas graças e mostrarlhe todo o meu amor, fui, mas a mlnha doente ficou triste por ja nào . ter quem lhe désse o seu melhor remédlo. Vendo esta tristeza, prometilhe trazer um copo cheio da tào bela e t!o salutar agua. Pedi-lhe que, ao meio dia do dia 13, elevasse o seu pensamento e todo o seu coraçào a No'Ssa Senhora do Rosario da Fatima, pois a essa hora estaria eu nesse tào santo e encantador cantinho de P,ortugal, pedindo por eia. Quando vim e lhe del o copo cheio da agua prometida, eia bebeu~a com tanta sofregutdào e reco1himento que j! era de prever que tudo se devia a poderosissima intervençào de Nos· sa Senhora do Rosario da Fatima. Hoje diz eia sentir ainda no peito a frescura do bem que essa agua lhe causou. • Eia mesmo prometeu. ir a F.\tlma agradecer tao grande graça a Nossa Mie Santissima. Como esta mulher tem um log:H de hortaliça, vem da praça carregada para vend_er em sua casa e isto nada a fdtiga, pois esta 1 curada miraculosamente. Peço a todos os Portuguezes que orem muito a Nossa Senhora do l{os4rio da Fatima, mas com humildade, amòr e mul ta confiança, pois eia é a nossa MàP e Màe do nosso amado Jesus. Para Honra e Gloria de Nossa Senhora do Rosario da Fatimjl, peço a V. Rev.ma o favor de publicar esta tao grande graça no nosso jornalzlnho.

1

Fiorentina Antunes Andrade• Llsbé)a -Rua da Rqsa, 188, 4.0 Esq. e

lii.mo e Rev.mo Sr.

Fui recebedor dos jornaizinhos a

Yoz da Fdtima e agradeço muito a prontidào na remessa. Acho conveniente explicar a V. Rev.m• o motivo do me.u pedido da assìnatura, pois tendo sido eu protestante, é mister que confesse a todos o grande milagre que se operou na minha alma, pondo assim de prevençllo toJos aqueles que estejam sujeitos a serem arrastados por essa perigossima corrente do protestatrtlsmo. Fui levado por essa onda, onde me conservei por multo tempo; mas por milagre de Nossa Santissima Mae do Ceu, hoje estou f6ra do perigo. Hoje, aquelas 11lgemas satani· cas est!o quebradas. Nunca tlve vida peor do que aquela, apesar de o protestantismo dizer qu~ s6 ali é que ha amor. Vida mais devassa, vida mais f6ra da pureza, vida mais chela de infortunios nao podia ter. O meu coraçào tornou-se numa pedra, os meus ouvldos ~echaram se roz de pal, de mAe e· de todos aqueles que s6 querlam o meu bem estar. As blasfemias de aquela gente chegam

a

ao cume. E' impossivel que ar guma que todas as màes que passarem pessoa inteligente possa seguir sepelos tormentos que eu passel. nao melhante doutrina. Ali a Màe do deixem de recorrer a Eia com a cernosso Santissimo Saf vador é posta !eza de que alcançarào o que dese-. de parte, pondo-a ao Jado de qual1am. • quer outra mulher. Aqueles misertO outro caso é o segulnte: veis que teem urna Biblia, esqueTenho urna sobrlnha de J 1 anos. cem-se que s6 Maria teve a granPez exame de admissào o ano pasdissima gloria de ser a Mae de Nos- • sado e, ou porque ficasse cançada so Senhor. .Èsquecem-se eles que ou porque Deus assim quiz, a meni• (evan~elho de S. Joào, cap. 19, verna adoeceu no outono (nao me reso 27) de quando Jesus no alto da cordo se foi em Setembro ou Outucruz apresenta a S. Joào (o discipu• bro) e o médlco fez nos compreenlo amado) a sua Santissima Mae der que teriam os doença para todo corno sua màe e a ele corno seu o inverno, porq ue era um ataque de fllho I reumatismo agudo sO bre o coraçào. Querem mais provas aqueles seA creança sofria horrorosamente. Eu nhores da dignidade e Santidade de ' tinha em casa urna pouca de é1gua Nossa Senhora ? Fecham entao eles da fonte milagrosa, que tinha tr azido os olh os a este versiculo ? I ... Oh I quando fui ua minha peregrinaçao ., tremendo erro, erro que leva as al em 1924, e entao lembrei -me que mas a perderem a fé, em vez de a N ossa Senhora a podia curar de• obterem. pressa. Mas Jest1s, tao misericordioso, traz Levei•l ha e aconselbei-a a que a luz ~s nossas almas, pondo ao citom~sse afgumas gOtns e rezlisse almo tòda a pureza das santas verdagumas j aculatori as. Passados al~uns des. dias vi sitei-a mas tinha pòucas mePeço a V. Rev.ma se lembre nas lhoras. A consel hei-a de novo a que suas oraçOes da minha pessòa e pecontin u asse a tornar a éigua e rez4sse la conversao da minha familla, o terço nove dias, o que eia princiAl,?radecendo muito a V. Rev.m• a pfou logo a fazer, e h o fim da noveamabil idade que teve para com mina achava· se num grande estado de nha pessòa, subscrevo-me na fé de fraqueza mas ja nada sof ri a, e até nosso Senhor Jesus Christo e na sua hoje tem gosado sempre duma perSantissima M àe felta saude. Bemdita sej a a grande ]oilo Befoardirzo Nulles• M ae de Deus, M aria Santis"ima. Peço a V. Rev.111 a me perdoe de e Ex.mo e Rev.mo Sr. ter tomado a liberdade de lhe causar este inc6modo. Oesej ava ve, publicadas na Voz da Fdtima duas graças que Nossa Uma paroquiana da Freguesia de S~nhora do ·Rosario me ' alcançou. • Alcantara - lisbaa. Tenho um filho que conta hoje ·15 LisbOa, 23 de Julho de 1925 •. anos de idade e que, quando era muito novinho, ja manifestava al, Val do Sumo, 29/ 5/ 1924. guma inclinaçào para o crime. Eu, corno màe afligia-me mas atribuia o cSr. Or. Manuel Marques dos Santos mal a sua tenra idade, castigava-o e fazia- lhe ver o perìgo que conia Participo-lhe trez milagres que rea sua alma. Emfim, fiz tudo que urna cebi da nossa Bemdita M ae do Ceu. màe p6de fazer para formar o coraO prlmeiro fol muito antes da auçao a um filho e no entanro ia es. torlsaçào do culto na Cova da lria. Deu-se este caso em um dia 13 em perando que com o correr dos anos tudo passasse. Oesgraçadamente nào que eu estava na cama com a garsucedeu 'assim, porque aos 13 anos ganta quasi tapada. Foi a bora do a sua maldade re velava- se de urna melo dia, em q ue eu pensava no que manelra assustadora. Nem conselhos, se la passava na Cova da tria, que pedi a Santissima Virgem que, se nem ca~igos, nem as minhas pr6· prias IAgrimas o demoveram da sua Eia se dignasse melhorar-me dentro malfadada vida, alé q1:1e me vi na de urna hora, iria la rezar um terço necessidade de pedir providencias de contas e a Ladaioha em compaa justlça humana para o intimidar, nhia de minha esposa. Com isto adormeci e ao acordar alnda antes posto que eu soubesse que.ao agraça divina é eficaz. O meu querldo da bora, estava bom. O segundo filho nas maos da justiça humana I milagre foi em Oezembro de 1923 Eu, mae, dada podia fazer; mas nunem que tendo urna inflamaçào terrivel a que o remédio da botica fez ca me esqueceu que hnla outra Màe que tudo podla, e entào com o completamente mal, pedi a Santissicoraçao df:spedaçado pela dOr mas ma Virgem que se eu nao perdesse mais dias de trabalho, eu e mlnha cheio de fé, as minhas préces redobraram e resolvi ir Fatima em companheira iriamos a Cova da lria 13 de Maio do ano passado consareceber a Jesus Sac"mentado e dagra-lo a Nossa Senhora, o que fa ria de esmQla ao Sèìninario de Leitinha feito ha muito tempo, mas julria, 5:000 réis. Ja nllo perdi mais ~uei mais proveiloso lii ir. O meu dias. O te rceiro milagre fol em Marfilhinho hoje esta transformado, ou ço de 1924. Segunda lnflamaçao na por outra, estéi conpletamente curaperna. Nao havendo melo de a cudo, porque o que ele tinha nao era rar mandei ir buscar agua santa ! senao urna grande enfermidade esCova da lria para lavar perna e piritual. Ficam pois a publico estas prometl fazer urna novena a Nossa verdades para mais honra e gloria Senhora. Quando vi o grande milade Nossa Senhora do Ros~rio, e para gré da Alzlra, mais coragem ganhei

a

a

..


Voz da Fatima .e pedi a Nossa Senhora que se me curasse naquela noute. eu dobraria a mlnha novena, indo a Cova da lria no dia 13 a seguir. daria nove voltas ao redor da capéla, de cada vez frente de Nossa Senhora rezarla nove Avé-Marlas e mandaria publi· car na Voz da F4tima. o que seria mais urna prova de que a Mae de Deus tinha descido aquele logar para beneficio e salvaçao das Almas Portbguezas. Foi isto que eu prometl e logo pela manha comecei a trabalhar e sem dOres.

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/oaquim Antunes de Farla• Cazevel, 3/5/924.

I

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cRev.mo Sr.

Tenho presente a carta de V. Rev.ma que agradeço, e em resposta devo com sinceridade. dizer o seguinte: , A minha idade é de 58 anos. O nome da doença é lmpossivel dizerJho, pois que nas muitas vezes que fui consultar varios médicos, nunca obtive o nome da doença, nào sei se por o ignorarem .•. Fui acometida deste mal ha j~ dois anos. Principiou com umas partes negras nas unha:l dos pés e m!os, frenezins insuportaveis na palma da mao, nos pés e nos cotovelos. Mas durante o primeiro ano da doença tinha perio, dos mais booançosos, podendo, em~ bora com grande sacrificio, fazer uma parte dos trabrilhos domésticos. Comecei de peorar, e esse mal a .mostrar-se com caracler mais feio: as unhas cairam, abriram se consecutivos golpes sanguineos nos pés e maos, e estas completamente apanhaJas, sem ja as poder abrir nem trazer a descoberto. A vida era um perfei10 martirio para mim, que passava a1 noites chorando e os dias sem poder fazer oada, fazendo chorar de d6 aqueles que junto de mim vivem I ••• Percorri todos os médicos destas circunvisinhanças, fui a Lisbt>a algumas vezes, e médico algum me disse o nome da doença ou me receltou um remédio - sorriamse e receitavam-me paciencia. • •• Por ultimo fui a um especialista ,francez que disse corno os outros, que nào tinha cura, mas que fosse la estar urna temporada, que com umas injecçOes me faria' desaparecer o mal por algum tempo e me darla o nome da doença. Nào fui, visto que ele foi franco e mr. disse que s6 por algum tempo suavisarla o mal. Vlm para casa desanimada e chorava, e entao eu e miohas filhas começamos a fazer urna novena a Nossa Senhora do Rosario da Fatima com a da confissào e comunMo, fazenda eu uso da agua que brotou do locai onde houve as apariçoes de Nossa Senhora. A' segunda vez, ja senti alivlos grandes, jé\ dormi quasi toda a noite, quando até ali, nao podia sequer cerrar os olhos, devido aos frenezins e dOres insuportaveis I Continuei a fazer uso da agua, e passado um mez, os golpes taparam-se, e as maos abria-as completamente. Hdje, de quando em quando, ainda se me a\;rem uns golp,s ,mais benignos, ma§ assim que os

lavo com a agua milagrosa, tapam momentaneamente, e, graças Virgem Santissima, ja governo a minha vida corno antes de ter esta doença, ou quasi I Muito gòsto teria que mais este mllagre fOsse publicado nos anais de Nossa Senhora do Rosario da Fatima, para sua honra e Gloria - mai o atestado médico é-me imposslvel obte-lo, por ser urna pessOa que ra• ras vezes salo de casa e nào ter com facilidade quem possa dar taìs voltas, havendo para mais a dificuldade de nao conhecer urna parte dos médicos que consultei. Peço descutpa da grande maçada que lhe ocasionei.

a

Adelaide Virginia Ferreira Oomes>

A.s' Ol"a1;òes

dos \eilores

A's oraçoes dos leitores recomendamos duas pessòas gravemente doentes sendo urna um pai de famiJia ainda novo, tuberculoso.

A primeira comunhao de um

pequenino Apostolo Sào do grande jornalista catholico Luiz Venillot as seguintes pala'vras: 0s meus prìmeiros filhos fizeram a sua primeira comunhao sem eu dar por isso. Eu deixava a m:le o cuidado de governar esse pequeno mundo, cheio de confiança nela, modlficado um tanto pelo contacto das suas virtudes que eu sentia mas • nao via .• Velo o ultimo. Essa pobre creança era de um genio selvagem, sem grande geito. Se lhe nao tinha menos amor, sentia- me no entanlo dispo$to a tra tal-o com mais severidade. A màe dizia-me: clem paciencia que elle ha· de mudar quando fizer a sua primeira comunhao•. Ora essa mudança, a praso fixo, parecia-me pouco possivel. No entanto a creança começou a aprender o catecismo e eu vi effectivamente que elle ia melhorando rjpida e sensi velmente. Reparei nisto. Via este esplrito a desenvotver-se, esse pequenino coraçào a combater-se, esse caracter a adoçar- s,, a tornarse docil, respeitoso e affectuoso. Eu admirava esse trabalho que a razao nao opéra nos homens, e a creança que eu amava menos ia-seme tornando a mais querida. Ao mesmo tempo ia eu fazendo graves reflexOes sObre. esta maravilha. Puz. me a escutar a liçao de catecismo. e ao escutal-a ia comparando com o meu curso de phltosophia e de moral. Confrontava este ·ensino com a moral cuja P.ratica eu tinha observado no mund e, ai, sem ter podldo eu mesmo preservar me dela. O problema do bem e do mal, de . que eu queria afastar os olhos por incapacldade para o resolver, apresentava-se- me com urna luz terrivel. • Fazia perguntas ao pequerì'O e este dava, me respostas que me esmagavam. Sentia que seria vergonhosa e culpavel qualquer objecçao que lhe fizesse. Minha mulher observava

I e niio dizla nada, mas eu via que ella era mais assidua j oraçiio. Comparava essas duas ioocencias com a mlnha ,vida. esses dois amo• res ao meu e dizia para mim mesmo: a mìnha mulher e o meu filho amam em mlm atguma coisa que eu niio amo neles nem em· mim - a mlnha alma. Entramos na semana da prlmeira comunhào. Nao era so mais affecto que a creança me inspirava, era um sentimento que eu nào sabia explicar, que me parecia extrapho, quasi humilhante e que se traduzia as vezes numa quasi irritaçào. Eu tinha respeito por eia. Eia dominava, me e eu, na sua presença, nào ousava exprimir ce,tas ideias que este estado de Iuta contra mim mesmo produzia no meu espirito. Nào queria que elas lhe fizessem impressiio. Faltavam cinco ou seis dias. Urna manha, ao voltar da Mis• sa, a creanca vem procurar- me ao meu gabinete onde eu estava s6. cPap4, me diz ele, no dia da minha primeira comunhào nào quero ir para junto do altar sem lhe pedir perdlio das minhas faltas, dos des~ostos que lh tenho causado e sem me dar a sua bençào•. e Pense em todo o mal que eu tenho feito para me reprehender e eu o nào torne a fazer e para me perdoar >, e Meu fil ho, respondi eu, um pae perdoa sempre, mesmo a um menino tra vesso, mas tenho a satisfaçao de te poder dizer que agora nao tenho nada a perdoar· te," e Continua a trabalhar, a amar a Oeus. a ser fiel aos teus deveres e tua mae e eu nos sentiremos,felizes•. cOh I Papa, Nosso Senhor que vos ama tanto me ajudar~ par~ que eu vos d~ gOsto, corno lhe peço. e Peça- lhe muito por mim, sirti? • cSim, meu filho•. Olhou para mìm com os olhos humildes e lançou· se-me ao pescoço. Eu estava tambem muifo entero~ cido. e Papa?>, •• continuou ele. e Que queres, meu filho? • • e PapA, queria ainda pedir-lhe urna colsa •. Eu bem via que ele me queria pedlr alguma coisa e bem sabia o que era. e (nao sei se deva confessai o) tlnha mèdo. Tive a fraqueza de querer aproveitar as suas hesìtaçOes. e Vae-te, lhe disse eu, que agora tenho que fazer. Logo ou amanha me diras o que queres e, se tua mae concordar, eu t'o farei. A pobre creança, cheia de confusao. nao teve coragem, e depols de me ter abràçado mais urna vez, reti rou-se desconsolado para um pequeno quarto onde dormia. Tlve pena do desgosto que lhe causei e sobretudo dos motivos. Segui a pobre creança pé ante pét afim de a consot;tr com alj:?uma caricla se eia estivesse multo afticta. Estava de joelhos deante de uma lmagem da Santissima Vlrgem e rezava com toda a sua alma. Yla, a sem eia dar por isso, por entre a porta semi-aberta. Ah ! Eu


Voz da Fatima. ,. vos afianço que nesse dia fiquel fazenda uma ideia do efeito que p6de produzlr em n6s a aparìçao de um anjo I Fui sentar-me a secretaria, com a cabeça entre 11s mllos, quAsl a chorar. Quando levan1ei os olhos, o meu querido filho estava deante de mim com a figura animada de temor, de resoluçao e de omor. - e Papa, me dlz ele, aquilo que eu lhe quero pedir nao p6de adiarse e a mae achal· O· ha bom. E' que no dia da minha primeira comunhao o papA venha comigo A Santa Comunhào. Faça· n1e isto, papa. Faça isto por Deus que é tllo seu amigo I Ah I Desta vez nAo ousei dlscutir contra esse grande Deus que assim me chamava. A chorar apertei o meu filho contra o coraç!o. e Sim, sim, lhe disse eu, sim, meu filho eu te farei Isso. Quando tu quizeres, hoje mesmo tu me levaras pela mao ao teu confessor e lhe dlrAs: estA aqui o meu pai•.

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima Transporte • • • • Maria Perelra •••••• Urna filha de Maria •• Soma •••

1.164:500 5:000 25:000

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1.194:500

Hmo e creado

oraçllo para obter a conversao desse pecador e celebrou o Santo Sacrificio por esta intençllo. Foi neçe~s~rio um grande esforço de memoria e muito tempo para que o servo depois de acordar e esfregar os olhos se explicaase corno é que se encontrava em tal cama. Ah I que vergonha, que arrependimento ele sente I E que tenha sido o seu patrào quem o tenha encon. trado e !evado naquele estado! Oh I que vergonha e que, remorsos I O creado entrou no gabinete de trabalho onde o Bispo estava a escrever. Lança- se a seus pés, implorando com l~grimas, o perdao. E' a Deus que deves pedir perdào, desgraçadol - respondeu o santo. Quanto a mim, perd0o-te de boa vontade, com a condiçào de te emendares I ••• Apesar do proverbio de que quem bebe, continuard a beber, o creado jurou emendar se e cumpriu a sua palavra. A bondade quési incomprehensivel do patrao converteu o creado.

Voz da Fatima De•pezaa Transporte. • . • . • 32:504.420 lmpressiio do n. 0 35 {24:000 exemplares). • 552.000 Expedi~ao e outras dcspezas • • • • • • • 95.000

-33:151 - --420

Sub•orlpqAo

O Santo Bispo de Genova, S. Francisco de Sales, tinha um creado que, ao lado de algumas grandes qualldades tinha um grande defeito. O desgraçado roubava o vlnho do patrio e bebla até se embriagar I ••• Este estado de colsas, porém, nlo podia continuar, sobretudo no Paço Eplscopal, cojo dono era um santo. A11 admoesfa\è>es caridosas, 11everas, ameaçadoras nào faltavam, mas tudo , em vao. O santo ordenou que toda11 as bebldas estlvessem fechadas 4 chave, para nao fornecer a esse servo fraco occasl!o da tenta(Ao para roubar e embebedar· se, ofendendo a Oeus e dando escandalo. Urna noite durante a ora~ao em ccmum na Capela do Pa~o. o creado n!o podendo resistir A paixllo, escapou-se por urna porta oculta, foi taberna onde o misèravel btbeu até perder comptet2mente o julzo I Foi a cambalear que, o ébrio, voltou so Pa~o Episcopal, que encontrou fechado é chave. Visto isto, deitou· se ali meEmo e adormeceu. Pouco depois, abria-se a porta e S. franciE-co de Sales fevantou conforme poude o seu creado neste miserando estado. U conseguiu levai- o para o seu proprio quarto e deltou-o, meEmo vestido, na sua cama. E' de ce1 to um traço de bondade excusi\:émtnte rara. Era precisa a sant,dade do patrAo para tratar assim um lai creado. Este dormiu e resonou na eama do Prelado até que o s<:l da manllD o veio scordar. S. f rancisco pa11ou a noile ein.

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(Continueçtio)

Joao José da Encarnaçao •• Antonio Pereira de Lacerda D. Maria Amelia Costcira • D. Albertina d' Albuquerque D. Maria da Conceiçao Tei· xeira • • • • • • • . . • n. Maria das DOres Freitas. Manuel Pinhal . • • • • • • Dr. Bonifacio da Silva , •• p,e Marceliano Natario .•• Manuel Lucio d'Andrade•• Donativos (O. Celeste Mt de Souza). • • • . • • • • • D. Maria dos Anjos Tavares Portugal • . • • • . • D. Arminda Amaral • • • D. Candida Amaral • • • • D. Candida Machado • • • D. Maria Antonia de Mene-

101000 10:000 10:000 15:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 20:000

zes • • • • • • • • • • 20:000 D. Maria de Lcurdes Tom-

pson • • • • . • • . • 10:000 D. Maria da Conceiçao Bettencourt Nogueira. . . P.e Antonio Correia Ferreira da Motta • • • • . • • Donativos (P.e A. C. Ferreira da Motta) . . • • . . D. Adelina Almeida. • • • D. Clementina ~a Cunha Esteves • . • • . . • . . D. Maria do Patrocinio da Cunha Mas~renhas. D. Gracinda dt Souza , Leonardo Palhinha'. • . . Dr. Alberto Carneiro de Me~quita .' . • . • • . P.' José Rodri#?ues BaJroca. P.• Manuel d•Almeida Pimcirol • • • • • • • •

10:000

D. Maria Joanna Castro • .

10:000

D. Maria Rosa Vieira de Castro . . • • • • . . • •

10:000

D. Picdade de Jesus Baux • r 3:000

·ne

jornacs donativos e percenu,gens (O. Maria das Déìrcs) . . • . • • • • 275:000 Idem (Francisco dc Lencastre) • . • . • • . • • 114:000 Ouque;za de Palmela • . . 100:000 D. Ma ria Am elia P ereira 10:000 Cli maco. . • . • . • • r 0:000 Manuel Victor F. Dias. . • 10:000 D. Sophia Regalao • . • • 20:000 Dr. T ornas Gabricl Ribdro. 10:000 D. Balbina Alvares Rubifios de Oominguez • • . • • 10:000 Baroncza de Zamora Correia 20:000 Monsenhor Francisco d'Assis Ribeiro Costa . . . • 10:000 D. Mariana dc Jcsus Mendes Martins. • • . • • • • 10:ooG Christiano G. Mendes. • • 10:000 D. Monica de Oliveira Correia • • • • • . • • • 10:000 D. Filomena Paiva d'Almei• da e Cunha • • • • • , 10:000 Donativos (O. Maria de J. Borges Vieira) • • • • • 11 :ooo D. Filomena O. Fragoso. • 10:000 D. Maria Barbosa Clemente 20:000 D. Gertrudes da Silva Santos 10:000 D. Maria Martiniana da Cos• ta • • • , • • • • • • I 0:000 D. Julia Vieira de Castro. • 10:000 n..Maria Delfina COrte Real ro:ooo D. Julia Borges Aguiar • • 10:000 Madame Margucrittc Lcguin t0:ooo D. Maria Candida. • • . • 10:000 D. Maria da Conceiçlio Pinheiro • • • • • • • • 10:000 D. Maria José Pestana Jordao 10:000, D. Adelaide Joaquim dos Santos. • • • • • • , • • 10:000 D. Maria Izabcl Monteiro Reinas. • • • , • • • • , 30:000· D. Olinda Godinho Reis. • 10:006 D. Rosa Vasconcclos Baptista 10:000 D. Virginia Campos • . • • 10:000 O. Maria Candida Serra, • 10:000· Francisco Pcreira Espiga. • 10:000 Francisco Mufioz • , • • • 10:000· Autonio R. Pctronilho. • • 10:000 D. Maria Christina H. Batista Barata • • • • • • • • 10:000 D. Maria do Ceu Batista Barata Isaac • • • • • • • 10:000 D. Anna Matos Moraes. • • 10:000 D. Alçada Macedo. • • • • 20:000 D. Isaura Moraes Sih·a. • • 10:000· Faustino Jacinto da Costa • 10:000 D. Maria da Assunçao Lucas 10:000 P.' H. Fernandes da Silva • 10:000 D. Maria do Carmo Martins Barats. • • • • • • • • • 10:000' N. B. - Falta publicar os nome~ e quantias enviadas desde os princi..pios de Março.

20:000 30:000 10:ooe 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000 10:000

VOZ DA FATIMA Eate jornalzlnho, q u • wae •endo tAo querido e proourado, é di•trlhuido grstuitamente em FéUm• no• di•• 13 de cada m6a. Quem quize .. teP o direito de o raoeber direotamente pelo e or re i o, tera de enviarl adeant•• damente, o 111 11 i m o de

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N.• 87

.r Ano IV

(COM APROVAç.À.Ò ECLESI.A'.STJCA) .cbuh:lla-tradors PADRE M. PE,REJRA DA SILVA

Dlreo-tor, Proprie-tarlo e Editor

OOUTOR MANUEL MARQUF..S DOS SANTOS Cocnposto o impresso na Imprensa ~omercial, , Sé -

13 de Setemliro 1

eoo

ano o dia treze de Setembro ocorreu num ~'---:'-:="'=-' Domingo. Por esse motivo toda a genie supunha que a concorrencia de fieis ao locai das apariçoes ~erla extraordlnarismenle superior do mesmo dia nos anos precedentes. Nào sucedeu porem assim, merce d~s festividades 1ellglasas que se reallsaram nesse dia em multas freguezias circumvlzinhas e mesmo algumas distantes, c,ue coslumam fornecer um contlgcn• te elevado de romeiros para as peregrinaçoes lima, e mere! tambem da proxlmldade do dia treze de Outubro, mez da peregrinaçao naclonal, em que numerosos fieis se preparam para tornar parte, deixando por esse facto de ira f atima nos mezes anteSTE

a

a fa

dores. Comtudo, durante esse dia deviam ter vlsitado o locai das apariç6et1 alguns mllhares de pessOas, embora nao tantas como no mez de junho,

dia da festividade anual em honra

do pad'roelro da respectiva freguezla, o glorio5o thaumaturgo Santo Antonio de LisbOa. Ao nascer do sol,

o rev. Joiio Nunes ferreira cel11brou a primeira missa. a que assistiram, recebendo o Pio dus Anjos com vlsivels sentltimentos de piedade, os servitas de Torres Novas e os escoleiros de Lelrla. Ao contrario do que sucedeu nos

ltBDAcçAO E ADMJNISTRAçAO

:RU:A. D. NUNO .ALVARES PERE~R.A

Leiria

(BSATO NONO DI!: SANTA MARIA)

flei s, nao legitimamente impedidos, a ouvir missa aos domingos e dias santos de guarda. A ultima missa, aplicada corno de costume, pelos enfe,mos e de mais pereJ!rinos, começou ao melo-dia so-lar, depois de ter sido conduzida a estAtua da Santissima VJrgem prer. cessionalmente da capéla das apariçOes para o pavilhto dos doentes. Na falla do rev_ dr. Marques dos Santos, director dos servitas, que foi em peregrinaçao aos logares $antos, dirigia o se,vi<,o de ora(6es e de contic.os, o rev. Joao Nunes Perrelr11, p~roco da freguezaa de Pedro de Torres Novas, que desempenhou as suas funçOes de capelao director dos servitas, substituto, com um zelo inexcedlvel e com tocanle piedade. . Entre os diferenfes grupos organisados de peregrinos merece especial referencia o grupo dos fllhos de Mari~ de Bemfics (Lisb6a), que se apresentaram com urna correcçao e compostura impecavels e deram o exemplo de urna piedade profunda e encantadora. Os enfermos eram muilo numerosos. Ascendiam a umas poucas de centenas. Junto da capéla das missas estavam deltados em macas alguns cujo estado era mais grave.

s.

A bençao dos doentes fol,

corno

sempre, o espect~culo mais Impressionante daquele dia, Ooentes e peregrlnos choravam , de comoçao. A fé de lodos, em Jesus presente na Hostia Santa era viva e lntens~, expandindo-se em aspiraçOes vehementes de amor e em supllcas tocantes. Depols da bençao aerai, a est~tua

mezes

da Santissima Virgtm foi reconduzida com a mesma solemnldadc para a capéla das apariç.òe!I.

dos doentes.

ral dos peregrinos. Ouas horas mals tarde erarn raras as _pessOas que estacfonavam naquele logar sagrndo

anlerJores, poucos sacerdote& se tinham inscrlpto para celebrar a santa missa nos aHares lclo pavllhao

A escassez do clero, conjugada com o dever que incumbe aos p:iro• cos de celebrar aos domingos nas auas egrejas paroqulaes, expllc,1 o dimiouto numero de mlssas que houve nesse dia em f ~tima, apesar de eer domingo, nao se tendo podido satisfazer, corno era para desejar, b conveniencias e comodldade doa p~ rearin01, obrJgados, corno toooa oa

Começou enlAo a debandada ge·

rezando

as sua_s

ora(Oes ou talvez

présas pelo erlcanto suavlssimo que atrahe tanfas alrnas, tlas melhores que ha em Portugal, d estancia dos mysterios e dos prodlgios, a terra bemdlta de

fa lima.

• )

V. de M.

Trez iinos Faz hoje trtz anos que saiu a publico o 1." numero tlo nosso jomoltinho, tie que até ogora ~e tem feilo urna tiragem totv/ de cerca de quinhentos mii - rnl'io milhào - ae exempiares. Mais de quatrocentos mii tetm sido destnbuidos gratuitamente. Apesar a'isso, tsperamos que a tirogem, que sucessivamente foi passando de seis mii, a dez, a quinze, a vinte, a trinta e ate a cincoenta mii, ·1'à subindo, continuando a despertar em muitas almas senlimentos de amor a Nossa Senhora e a /eva/-as ,t imitaçOo das saas virtudes.

•Ex.mo e Rev,cr.0 Sr. Para gloria de Nossa St nhora do

Rosério da Fatima, desejo tornar conhecldo um grande mllagre que co"!igo se d~u. e por isso venho pedar a V. Ex.a Rev.ma a publicaçao no jornal a. voz da Fdtlma de que 9uero ser ass1gnan1e. Eslando doente ha quatro anos e tratando· me com médiR't'§ de veriÌa .. deiro nome, nAo consegui de f6rma alguma alivios para a mlnha doença e chegueì a ter por eles um verdadeiro horror, nao,podendo de forma alguma encarar com pessòas de pharm~cla, drogarlas e hospitaes, pois todo o meu horror era pelo desinfectante o subtimado. A minha doença - uma neurastenia muito adeantadn - me prohibia o contacto com· qu~alquer pessòa ùe famiUa, pois 0 me~o que lhes tornei foi horroroso•. dev1do a que a111es de ser operada eu u!lava o dito sublimado. D,ahi o meu ~rande martirio, pois nllo podia de f6rma alguma vèr, ou mesmo receber correspondencìa dela. Por flm o horror ·ia-se apoderand~ de mim cada vez mais, que de mini propria tomei tal mèdo que bastava eu pensa, que me encoJtava

' ...

\


da Fa'tfme a qualqtafr colsa, para me lr lavar, e mesmo vestida, quantas vezes me viessem essas colaaa é imaglnaçlo, chegando tanto de Inverno corno de verAo a deitar· me, corno se costuma dlzer, n'um plnto, nunca me llm• pando, aecando a agua com o tempo. Pess0a de familia para onde, em tempos, eu, meu marido e filho, iamos passar algum tem~o antes d'esta mi· nha doença, tanto me pediu para que a acompanhasse F4tima, onde eia j4 tlnha feito por mim umas promessas, que eu resolvl salr de LisbOa e segwi entAo, acompanhada por eta e meu marldo, a Nossa Senhora do RosArlo da F4tlma, por quem jt antes tinha urna grande devoçao, pedlr-lhe para que me aliviasse da minha terrivel doenç-a. Qual nAo fol o meu espanto quando, ao entrar no alpendre da capellnha, onde pa,sel verdadeiros horrores, eu vejo urna senhora que andava com um frasco de remédio para tratar quatquer doente. fiquei corno doida, chorando e f uglndo para outros lados onde a nao pudesse ver, nem mesmo plsar o terreno que essa aenhora tinha plsado. Qual nao fol o meu espanto quando, passado pouco mars de bora e mela, começava a sentir pela dita senhora urna afelcao tao grande, que o meu desejo era abraça-h1 ali mesmo e con• tar-lhe os sofclmentos que me fez passar, sem culpa alguma, é verdade! Acabando as minhas oraç0es a Nossa Senhora do Ros!rio da Patima, encaminhet- me para o carro que me devia trazer para Leirla, para regressar a Lisbòa. No mesmo carro seguiam dois amigos do meu marido, que ha muito se nllo viam, e começararn contando alguns milagres de Nossa Senhora. · Quem havia de dizer que desta vez era eu a contemplada com urna graça de Nossa Senhora I Assim cheguei a Lisb6a I Em minha casa qual fol a mlnha alegrla ao poder desde logo abraçar meu querido fllho e abraçar a todos, por quem eu tinha antes um vcrdadelro horror. Passei urna nolte calma e bem disposta pensando no grande milagre com que N. S. do Ros4rio da Fatima me tinha contempla do. De manhA mando chamar minha irmA e al~umas pessòas da mlnha rnaior amisade e todas pasrnavam ao ver a transformaçAo op~da em mlm, pois a • to(las beijei e·ltiracel. fol ùma grande alegria na minha casai o mesmo sucedendo com toda a mlnha fami- 4 Ila a quem imeliiatamente partlcipei. NAo posso c)e f6rm11 al"uma tornar mais tempo a V. Ex.• Rev.a1•, e por isso venho pedu a fineza de que estas mlnhas letras venham publicadas no nosso jornal a Voz da Fdtlma. E<lquecìa•me 011rticlpar que a minha i,Ja foi em 13 de lulho, e espefo . ir novamente em 13 lle Setembro (14 estiveram efectivamente) A a~radecer a Nos~a Senhora do Rosi\rio, levando, é ctaro, urna pequena esmola para as obras em construçao. Sem m,is, crela-me etC'.

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Elisa Rosa Morats \ Rus S. Vicentl', n.0 12, .f. 0 '-lisb0a.•

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,Ex.mo e Rev.010 Sr. Venho partlclpar-lhe um grande rnllagre que Nossa Senhora do Rosérlo da f4tlma se dlgnou realisar nesta sua humilde serva. A<;ioeci com li?rlpe pneum6nica em dezembro de 1921. Estive quatro mezes de cama, mas fiquei ainda bastante doente com as consequenclas daquele mal - fraqueza no pulmao direito, espasmos cardlacos, etc. Tratei-me com vArlos médicoa. F0ram-me aplicadas muitas pontas de fogo e muitas lnjecçlJes, até de tuberculina. Em 1923 reconheceu o médico que, além das outfas doenças, tinha urna interc6lite muco• membrano~a m u i t o adiantada. Em Malo de 1924 comecel a sentir d0res fortissimas no ventre, sobre f,lJdO no lado direito. O médico diagnostlcou apendicite e del entrada no hospilal de D. Estefania em Llsbòa, para ser operada. Sujeita a urna junta médica, o sr. dr. Monjardino reconheceu que nao era apendlcite, mas sim ganglios de manlfestaçAo tuberculosa em v4rios pontos do ventre, e sobretudo no apendice e vlrilha dlrelta, a ponto de nio poder andar. Enfim, para resumlr, durante trez anos sofrl horrorosamente, e o meu estado de fraqueza era tal, que nao me podla ter em pé. O fasrio era e11orme, tinha horror comida, e so me alimentava com chi de casca de limao e alguma tiolacha. Sabendo que nao me tlnha sldo feita a operaçAo por causa · dos ganglios tuberculosos, vi-me perdlda. Ja de ha multo recorria a Nossa Senhora da Fatima. Mas o meu desejo e a minha fé era ir a esse l11gar abendiçoado, onde No11Sa Senhora se dignou aparecer. J.i em 1923, quando estive na Piedade, de Alcobaça, a fazer tratamento aos intestinos, procure i ir ali, mas fol· me lmpossivel. Em 1924, no estado aflltivo e de!enganaoo em que me tn• contrava, s6 linha um pensamento, um desejo - lr il Fatima. Consegui esta mlnha asplraçao no dia 13 de Outubro de 1924. Preparel -me o melhor que pude, na véspera, com a santa conflssao. Cheguei 4 Fatima na manhil do venturoso dia J.3 Fui para o recinto dos doentes amparada por duas amlgas - as sr.89 D. Engracia d' As,umpçllo Covas e D. Virginia da Nazaré Lopes, das Caldas da Ralnha. Rec,bl a Nosso Se- ' nhor pelas 8 horas da manha, e ali fiquei até ao fim de todas as ceririmonlas. Quando a Bemdlta Jmagem de Nossa Senhora passou junto de mlm para a Capéla onde se celebram as inissas, senti um ardente 'desejo de me precipitar sobre Eia a implorar- lhe a grande graça da minha cura. Orei muito, chorei muito, e tinha urna grande fé. E a Santissima Vlrgem dignou-se atender as minhas pobres supllcas. Quando se deu a • bençao do Santissimo aos enfermos, nem de joelhos podia estar. Curvada no chAo, continuava com as minhas ardentes suplleas. E quando recebl a bençao do Santissimo Sacrarpento senti tal comoçao, que cai desfaleclda sobre urna das minhas amlgas ( a sr.• D. Engraci~ ) que estava ao · meu lado direlto•

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Passada a comoçio, assisti até ao fim de ..todas- as certm6nlas. E ao levantar-me reconhecl que estava curada I Os ganglios tlnham desaparecido por completo I E pude regressar ao carro que nos havla conduzido, sem ser amparada e s·em sentir d0r alguma, tendo-me alimentado de todas as provis0es, com admtraçao de todas as pess0as que me acompanhavam e sem nada me fa. zer mal. Estava realizado o milagre r Bemdlta, mli vezes bemdita seja a Virgem Nossa Senhora do Rosario da- Fatima. fiz a novena de acçAo de graças, continuando a beber da agua da Fatir,na, e passados alguns dias, deixei de fazer o tratamento dos lntestinos. Tambem estava curada dessa doença t A li mento- me de tudo e nada me faz mal ; trabalho, e sinto-me com a melhor suide. ' Quando estava doente, pesava 34 quilos, e actualmente peso 64. Quando, um mez depois do meu , regresso, relate! ao meu médico assistente em Lisb0a, tudo o que me havla sucedido, disse me: cSiqi, s6 um mllagre podia produzir os efeitos que eu reconheço na Senhora.• Pena é que se recuse a passar atestados. Tlnha ao temP,o da cura 25 anos e jli era casada,. residindo agora na vlla de Almada. Tenciono ir no dia 13 de outubro do corrente ano A f atlma agradecer a Nossa Senhora a sua J!raça extraordinarla e multo desejava que esta noticia vlesse publlcada na Yoz da Fdtlma que se ha -de distribuir naquele dia. Bemdlto seja Deu, e a Santissima Virgem Nossa Senhora do RoaArlo da Fatima I Sua humilde serva Maria da Conctlç/Jo Calado Almada, 13 de Agosto de 1925. ,Ex.mo e Rev.mo Coléga Reconheço a letra e a assinatura da carta que val junta. E confirmo tudo o que nela se relata sòbre o estado anterior e posterlor 4 ida 4 fa lima, em • 13 de outubro de 1924, da si,natArla, minha paroquiana. De V. Rev.'" 1 , etc.

P.c, Anetlo Firmino da Si/va (Prior de Almada} 13/8/925. cRev.mo Sr. Tambem eu, parochiana de Sernache do Bornjardlm, quero tornar bem conhecida a graça que a Virgem do Rosario da Fatima me concedeu e por isso peço a carldade da publicaçao. Ha annos que, segundo opini:io do médico, so!ri de urna tesAo, e com tanta dificulda~e camlnhava que a muito cu.:ito conseguia vencer 1:500 metros para cumprlmen- . to do p1eceito da audlçilo da santa Missa. Foi•me prohibido todo o tra- ' balho. pois o menor esforço rne fatlgava. Muitas vezes cahla sem sentldos, ficando banhada em su6r. Desanlmada, fiz a promessa, se melhorasse, de ir a pé A Cova da Irta agradecer é Santissima Virgem. Decorriam os mezes e nAo aentla 1me-


lhoras algumas. O mez de abrll passado foi para mlm um mez de sofri• mento atroz, mas de de~espero, nun-

ca. Confiada no poder da Virgem da Fatima comecel uma novena, durante a qual, todos os dlas, com grande difièuldade, la ~ Sagrada Meza, para obter as melhoras desejadas. A 13 de Malo lria agradecer a ~antissima Vlrgem a graça que tlnha a certeza me seria concedida. Mlnha famllia ficou multo aprehensiva quando lhe manlfestei o desejo de cumprlr a promessa. Contra sua vontade sai de casa a 11 de Maio, andel 82 ki16metros. Passei toda a noite de 12 para 13 ne lgrej<t Matriz da F4tlma e, terminados os actos religlosos, dirigi-me aò Jugar das apparlçoes a agradecer 4 Santissim~ Virgem, pois nao sentla a menor facliga, quando pessOas de satide estavam extenuadas. Os ataques desapareceram, tra• balho sem dlficuldade e nao me custa caminhar. Perdoe-me o tempo e espaço que lhe tome!, acredltando na gratidAo com que sou De V. Rev.m•, etc.

Uma paroquialla de Sèrnache do Bomjardim• •Aréga, 20 de Setembro de 1925.

Rev.mo

Sr.

Manoel Martins Mano, casado, sacristAo da Egreja de Aréga, Concelho de flgueiro dos Vinhos, venho comunicar a V. Ex.• urna graça que· eu mesmo recebi de Nossa Senhora do Rosé\rlo da F.étlma. Fol o seguinte: Em 1910 tive urna grave enfermldade no fim da qual fi'1uel surdo por algum tempo, mas depois melhorei. Em 1914 tlve outra enfermldade e no fim flquel, desde entào, surdo até agora. Muitas vezes ajudava 4 Missa com grande sacrificio por nlo ouvlr as palavras do Sacerdote. Muitaa vezes estavam a fatar comlgo e eu nao compreendla o que se dlzla. Agora, em Maio, fOram ! f4tima pessOas da mlnha famllla e trouxéramme urna garrafinha da 4gua mlfagrosa. Apllquei· a aos ouvidos, e, ao mesmo tempo, rezei trez Avé-Marlas A santa pureza de Nossa Senhora · com as jaculat6rias: O' Maria con-

~eblda sem ptcado, roeae por nos, 11ue recorremos a Vas. Nao foi pre-

ciso mais nada ; desapareceu completamente a doença, flcando a ou- · vlr perfeitamente. AKora por caridade, peço-lhe o favor de anunciar no pr6xlmo mbs.. esta graça na Voz da Fatima para honra e gloria de Deus e Maria Santissima, edlflcaçao e salvaçao das alrttas. De V. etc. Humilde servo em Jesus Cristo

Manuel Martln.s Mano

~sr. Redactor A Superiora duma comunidade religiosa portugueza, actualmente residente , em Espanha envia urna P.equenél esmola para Nossa Senhora da F4tima e pede para publicar o -3eguinte:

Uma das mlnhas religlosas sofria havla anos, duma ulcera no estomago, que a delxava por vezes ou quasi sempre imposslbilltada de cumprlr seus deveres. Lembrel· me de retorrer a Nossa Senhora da Fatima pedindo- lhe a sua cura. Para isso, depois de ter obtido agua da mesma Senhora, prlncipiel com a dita refi. glosa, urna novena, que por acaso velo a terminar no dia 13 de Março. Durante eia continuaram as dOres costumadas, porém a oossa Fé nao dlmlnuiu. Cada dia dava 4 paciente' algumas gOtas da 4gua mllagrosa, fazenda preceder as nossas suplicas, a esta santa medicina. No dia ultimo (13 de Março) da novena, servi, a refeiçllo prlnclpal, a nossa enferma, de tudo que havla -na mésa, e eia se alimeotou corno qualquer outra das religidsas. Segundo o costume, passados instantes, ou urna bora e tanto, prlnciplou a sentir dOres violentas que qu4sl a obrigavam a abandonar os seus trabalhos. Quando se dlspunha a procurar algum allvio, lembrou-se que era justamente esse dia o ultimo da Novena e que talvez fOssem essas d6res as ultimas. Voltou para o seu trabalho, dìrlgindo todavla o seu pensamento até junto de Nossa Senhora e Interiormente lhe disse:

«Mlnha M4e SS., apezar de todas as d6res que sofro, sei que me podeis curar; nllo vou tomar rernédlo oleum e d notte tornarti a alimentar-me como as outras religlosas. Vos ludo podeis ! I I Se qutreis• •• •

Oesde esse instante até hoje nAo teve mais as dOres costumadas e continua bem. Honra pois a Deus Nosso Senhor, e lnflndas graças A SS. Vlrgem da F!tima por todoa os favores rectbido1.

Pez isso umas quatro vezes e, depols da pequenUa estar a dormir, poz-Jhe em cima da palpebra um pouco de terra do mesmo lugar bemdito. No dia seguinte de manha, ji se estava preparando para ir ao médico, mas qual nlo foi a sua alegria, quando vlu que a pequenlna estava perfeita• mente curada. Comigo tambem se teem dado afguns casos em que Nossa Senhora me tem prestado o seu !mediato auxiJio. Sendo eu multo doente e sujelta a afliçOes recorro a Santissima Virgem da Fatima que me allvia imedlatamente. Seja sempre Bemdlta e Amada a nossa querida, divina e dOce Mfte

'

e Ralnha. AureUa Val do Rio,. Henriqaes•

Agua da Fatima Quem a qulzer obter poderA dtrlalr-se a José d'Almeida Lopes Fatima - Vila Nova de Ourem, que de boamente se presta a esse servic;o visto que a admlnisfraçlo da Vo.z d• Fatima nao p6de tornar tal en-

cargo.

Posto que a 4gua seja gratuita, é necess4rio fazer conta com o recipiente, caixa de madeira onde se acondlcione e o correlo, o que tudo~ nlio fica tlo barato corno a algumas pessOas podera parecer.

Todos os dlas

Sobretudo depois das aparlçOes de Lourdes e da Fatima olo deveria haver nem um christao que paIsa11e um so dia sem recitar d~votamente o seu terço. Esta devoçfto tem por flm louvar a Santissima TrindaE. de; honrar o filho de Deus pelas conslderac;Oes elevadas e piedosas cLlsboa, 29/6/925-Rua Angra do sOb re os nossos santos mysterios e Herolsmo, 2. d'urna manelra especial a SantisR_ev.mo e Ex.m• Sr. sima Virgem. Na recitaçAo do terço encontramoa o segredo de bem orar, Desejando contribuir quanto posso o melo de bem viver, a esperança para a glorla de Nossa Senhora, de bem morrer e a partlcipaçAo em passo a relatar o seguiate facto: Uma oumerosas lndulgencias. raparlguinha mlnha coqhecida cha-· Por ele se obtem a conservaçlo mada Oeollnda d' Assurripçao Tavae augmento da pledade entre os res, moradora na Avenida Almirante fieis, a victoria sObre o demonio e Reis, I 01, 4. 0 , tem uma filhlnha de sObre as nossas palxOes, a converdols anos, que ha talvez pouco mais sao dos herejes e dos pecadores. ou marns um mez apareceu com um Devemos rezal • o com fé, com olha lnflamado, e ao quinto dia, corespelto, conHança e amor, e alnda rno se se tlvesse agravado, a mie levou•a a uma pharmacia cujo dono com.. a intençao de obter os fructos d8i Santo Ros4rlo. tem o curso superlor de pharmacla Asalm teem feito tantos santos. S. e o de bacteriologia do lnstltuto Camara Pestana, na A venlda AlmiCarlos Borromeu, S. Vicente de Paurante Rels, 76, B. Receitou lhe uma lo, S. Francisco Xavler, S. Francisco pomada para usar durante dois dias de Sales e tantos outros nllo passae, se nao m~lhorasse no fim déase vam um a6 dia sem o recitar, quaeatratamento, tfnha de consultar um quer que ft>ssem as suas ocupaçOe1. especlalista. A màe ao sétimo dia Fellzmente est a santa devoçllo levou- a . outra vez ao mesmo pharvae- se generallsando e nlo é fa cii maceulico, que conttatou com alar)' encontrar uma familia regularmen• me, que o mal Unha degenerado nute piedosa onde se n!o recite em ma ulcera, e mandou-a !mediatamencomum, principalmente A noite, ha• te para o especlallsta. A pobre mlle vendo freguesias na nossa dlocese doida de afllçOes, foi para casa poronde qubl nAo ha urna casa onde que era tarde, com tençllo de a lese nAo reze, sobretudo nos tempos var no dia segulnle ao médico. Cqnde menos trabalho, no inverno, lntudo lembrou-se de lhe lavar o olhl· cluindo este més de outubro, més nho com ,gua da Nossa Senhora. - 'do Santo Rosario. ·

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Um enconfro entre tluas jouens Onde vas tao cedo ? A' Missa e comunhao. - Eu ca comungo urna vez por mes e parece- me que chega. - Parece que nao tens fé I - O qué? - Enrao olha ca : O que é a Eucharislia ? \ , - E' bOa I . • • E' o Sacramento ooae esta Nosso Senhor Jesus Chrlsto t<>do. • - E tu acreditas isso? - Oltia que pergunta r - Pois se tens Jé. esta nlo é li multo grande nem multo pratl~a por\ que lhe fatta o amor. - Ora essa I fu amo a Nosso Senhor tanto como tu. - Nao me parece. Comungarlas mais vezes se o amasses t Quando se tem amOr a alguma pessOa nào se deseja tel-a o mais perto posslvel. abraçat- a quanto se possa ••• como tu costumas fazer a tua mie? Entào porque na<f fazes isso a · Jesus que te convlda corno a mim e aos outros fieis ? e Vlnde a mim todo~. : • • éllz Ele. Sim. tens-lhe amor... uma vez por -

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Quanto a mlm. desejaria comunaar todos os dias porque sei que isto d4 g0sto a Jesus e ~ Santa J~reja. Sei que tenho necessidade d•tsso para me conservar pura. Por isso comungo sempre alnda que nlo achasse gOsto sensivel nisso. Pensas tu que, se abraço todos os dias de manha a minha mae, nlo tenho multo malor prazer em viver, pela comunhao, coraçao a coraçao, alma com alma, com aquele que me deu a mlnha mAe, que me deu a sua, a Virgem Maria, que se da a si mesmo e que me promete o Ceu ?•••

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Tambem nAo fazem sentido as de· voçòes de algumas senhoras que as vezes aparecem vestidas despudo· radamente, respirando sensuafidade por todos os p6ros. Melbor fOra que ficassem em casa. Nao é o tenue manto de urna devoçao postlça (que a ntnguem enga· na) que tmpede que se lhes descu· bra, logo a primeira vista, toda a po· breza d'urna alma, no melhor dos casos, inteiramente frivola. Que em vez de expiar nao..vamos alnda provocar o castigo de Oeus sbbre n6s e sObre a nossa patria e estancar as graças de Nossa Senhora.

~'s Ol'tu·òes dos \e\tut"es A·s oraçO,s dos leltores recomendamos urna grande necessldade m~ , ral para que reine a paz em urna fa• milia. '

ltenerar10 para a Fatima Algumas pessOas de longe nos pedem que indlqut:mos aqui o caminho a seguir para Fatima. P6de tornar- se a linha de Oeste para a estaçào de Leiria que dista da Fatima cèrca de vinte e cinco kllometros. F6ra dos mezes de ·malo e outubro nao sera relativamente difictl alugar carro para f atima. As pes~ò~s que preferirem seguir a llnha do Norte pòdem tirar bilhete para Chào de Maçb ou Caxarias, que nAo dtvem distar muilo menos que de Lei ria, se o.lo é que viio agora, corno nos dissèram, fazer um apudeiro entre as duas èsta<;Oes, o qui_ encurtaria , distancta.

lh8.cs . . • . • • • • • • •

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D. Matilde Barata ••••• D. Emilia Barata • • • . • P.e Sebastiao Rodrigucs dos

Oeepez•• Tra nspPrte. 31P 5 1.400 lmpresi;iio do n. 0 36 (15:500 exemplares). 5 8 6 .500 Expediçao e cutras despezas • • • • • 95.000

--

Nunca sera demais insistir sObre

caracter de penilencia e expiaçAo que devem revestir todas as festas, romarias e peregrinaçoes, sobretudo a fAtlma. As curas e outras graças concedldas por Nossa Senhora teem 'J)or fim' chamar as almas as realidades do nosso destino no mundo e 4 neces&ldade de se santiflcarem. Sào melos extraordinarlos de que serve a Providencia para acordar tantas conscienclas adormecidas que vlo passando a vida descuidosamente, enleiadas na fascinaçào dos sentldos, sem olharem uns momentos para dentro de si mesmas. E' Nosso Senhor que vae passando e batendb porta de muitas almas e al d'aquelas' que lh'a 1echarem. Nao faz sentido ir Fatima e voltar de la crénte ln88 com a alma carrega(ja de abomlnaçOes. O prlmelro culdado deve conslstfr em lavar a alma em um banho de arrtP.endlmento no Sacramento da Penltencla, voltando resolvldo a aef ètiristao de palavras e de acç6".

O. Ermelinda Homem de • • Gouveia e Souza • D. Matilde Alzira de Souza Nobrega • • • • • • • • • D. Maria Cariata Chagas . . O. Elvira Barbara Vieira •• Manuel Viegas Facada. • • Joao Lourenço Gomes dos Santos. . . . • • . • • . Antonio Scrras . • • • • •• Cus~6dio Sento . • • • •• D. Bernardina Mascarenhas D. Laura da C. Martins •• D. Emereociana Galvao •• D. Maria da Luz Bentp •• D. Joaquina da Conceiçao Ribeiro . • • • . • • •• p,e Joaquim de Laccrda •• O. Maria Santiago. . . • • Manuel da Polonia Bataltiei:. ro • . • • . . . • . • • D. Maria Cll!mente Alves Pinto . . . . • • • • • • O. Maria Izabel . • •••• D. Msria José de Brito e Cu• nha • . • •••••••• Alberto Pereira • • • • • • O. Candida dos Santos Serra Noci Tavares Bradn ha. • • D. Victoria de Avelar Gcorge D. Adelaide Saldanha ••• José Darreiros • . • •••• Ana Emilia Jeronyma • • • D. Julia Marques • • • •• D. {)omingas Fernandes • • D. MSTia Augusta Rodrigues O. Rosa Correia Leite • • . D. Maria Gertrudes Bapti51ta Hen riq ucs. • • • • • • • Alvaro P.edro Estevintfa •• Viscondessa de Camarate •• Bnroneza dc Pombeiro ••• Jorge Maria Bandeira de Lima . . . . . . . . . .. D. Maria J Ienriquetn Maga•

33:832.900

SubacPipqAo

D.LM;ri~ J~~;a· S~a·r;s· d; 0

(<!ontinuaçao)

D. Maria Noemi de Faria • D. Maria do Carmo Pcreira de Lacerda de Pena Iva. • P .• Joiio Lopes Gomes. • • D. Amelia Maria de Torres Santos • • • • . . • • • D. Ouke Martins Pereira • O. Maria José d'Aguiar Leal D. Bazelisa os Santos Valerio. . • . • • • • • . • D. Maria da Piedade Sergio Mattos. • • • . . . _. • P.e Migucl Ribeiro ifo Miranda • . • • . . • • • D. F.rmelinJa Miranda ••• Madame Vavasseu_r ••• D. Lucinda Pires "'Duque. • D. Maria Joaquina. . . • • José Antnero Nunes Lenl Madureira • • • • • • • D. Maria Luiza Morgado •• D. Marianna Pires ••••• D. Maria Gabrlel de Souza e Sllva • • "' . • • • • • •

Santos • • • • • • • • • •

José Rodriguei; • • • . • • Manuel da Costa l\lelicios. Sara de Jesus Roque • . • Joaquim da Silva Carvalho Junior. • • •••••••• D. Helena de Carvalno• • •• José Augusto Simoes Estevcs

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Gabed.o.•.••••••.•• -. D. Balbina Maria de Carva-

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LEJRI~, 18 éle Novembro de 1.0.2CS

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., (COM APBOVAçAO EOLESIASTJO.A) A.dmml•-tradort PADRE M. PEPEJRA DA SJLVA

Dtreot:or, Proprie-tarlo e Editor

hOUTOR MANUEL .MARQUES DOS SANTOS t.-t!f"'.>sto e lrnprcs~o na Imprensa Comercial, , 54 -

REDACçAO E ADMlNlSTRAçAO

:BUA D. N'UNO ALVA:BES PEREI:B.A. Leiria

--------------------------------------------{l\lATO NU'NO DE SANTA MA.MA)

A grra.ncle p~ttegrdna.çào na.eiona.1 FATIMA, CENTRO 0OS CORAçÒ§S R_aiou emtìm o dia treze de Outubro, tiio. anc10,amcnto C$pen1do, qual d1a.formos13.simo e dt,licioso do Primavera, alegn, e (e. ~ ch1:lo e.le grr.ça e de cncanto~\ como um mimo mcstrmavel do alto, e~para1ndo a flux s6bre a terra, recemsahida das sombras nocturnn~, torrentes de luz suave e pur.i, quc d,ih:itava os olhos ,e inebriava aa almu. . Mais Uma Hz, i, charneca 13grada d11 Féttm.1, Vdtl s~r th1.:atro de srandiosa~ e ìmponentes manìfti~taçocs de Fé e piedaJe chnstli. Dc todos os recaoto, de Portl)ga I, de~de as veigas encantadoras do Minho até aos cnmpos fertifos1mos do Algarve, da~ cidade~, villas ti elJeiaa, ceotenu de milhar, porventura milboes de coraç6ts, volvem-se para a e~tanci!l bemdìta do mysterio e do prodiRio, num impulso irresistivel Je devoçilo ardente e acriJol.iJa. Fatima é hoje, incontestavt:lmente, na nossa queriJa Patria, o throno mais esplendoroso de Je,.us no seu Sacramento de Am6r e o centro mais au~usto Je devoçao para com a Virl{em Sanrissima. E ass1m se explica que as multidou dos cr ntes ~e prec1pitem sem ces~ar, em catadupa-; gigantescas, s8bre a ch11rneca érida e intermms·,el da Serra d'Ayre, onde so medra o r,inl1e1ro bravo e mal vegetam a urze e a uinheira. Fot sili, com etfoito, naquelle s6lo abençoado, que, ha precisamente 0110· anos, a gloriosa Rainha dos Anjos pousou os se.» p,s , irginacs pMa enunciar a trea humìldes pastorinllos a necessldade do arrependimento e da penitencia a fim ùe conjurt1r os cai.tt~os d1v1no~ prestes a cahir s6br& 11011, em expiaçao Jaa culpas indlviduaes e das ìniquiJades collectivaa.

A velo. d'nrmn• No dia doze a tarde começem a cheger a F:!ti na, corno gutirda avanç11da Jum pode:-o•o e:ii:ercito, u prlmdras C11ravaou de pere:gr:nos. Sào bomens, mulheres e c~oanças Jas clas5es mais bumiJJos da sociedade. qut: a pé. a c11valio ou em carros per- • corroram enorme, dinaocias pant po<lerem retemper .. r a sua 1-'é e deufo~r 01 seu9 seotimt.:nto, de piedado, ainda IUltU da c.hefi:~da do grosso Ja peregrl1W1çito, aott pé., Ja branca eHatua da Au~~ta Raitiha do :)antisshno Ro~a.rio, na mmuscula mu Ar11ch,M capella das App«1ç~. • D,.r,jnte a noite. sobrctudo 1h pt"iruelrn bor""• a Cova da Iris e a& ,uas imm«ttaçoe, c..tf.:recem um etpectacuJo.curioso e aobr.:111aneira encantador. Silo ro1lb11ru Je .sonibrai. quo ~ movem, como enranhos phu1tasmas, na eecurid6o da noire,' hu l)•lhda da.s estrella~ ora isol&JaIMote, ora .em grupos, por vues numero~ para

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irem render a, suas homenagcns li Rainha do Ceu no proprio locai em que ella se d1gnou arparecer. · A cada instante chega aos nosso~ ouv'idos o brando cicio ddS préces Jum grupo que passa a pequena d1stancia ou o echo longinquo de um cantico popular em hoora da Virgem. Toda a none - a nt•Ìte Ile vigilia,- junto da capelln commtmorativ11 das appariç6es, os 1urnos de por~11rmos succedem-se un, aos outro~, recitendo devotamente es suas oraçoes ou entoanclo com enthusiasmo os !eus canticos re~io• naes, Do alto da estrada districtal, o Covo do lrio, com ot milharts de velas que os romeiros levam na mao, perece um lato immenso dc lus, em que a abobada celu1e re flectc, corno num espelho, as myriades de eatrellas que polvilham a sua superficie. Aqui e ocol111 ao pé Juma anore, deb11i10 dum carro, ou junto dum nllado, estao deitaJos s6bre mantas ou esteiras innumeros devotos que descansa m das faJigas duma longa viagem e se preparam com um somno reparecfor para assutir com mais proveito espirttua~ 1b solemnidades Jo dia seguinte. Como soo bellas e admiravti!I 11s alma, IJenerosas dos nossos valentes ~erranos que, obedi,otes a yoz da Virgcm, alli vao, a terra bcmdita das arpariçoes, num grande espirito de Fé e num proposito consciente de n:piaçlio e resgate, fazer penìtencia por si e pelos seus irmiios transviados e, reperendo os crimes naciunoes. implorar a salvaçlio da Patria r

OM •orvltn.• de Snntftrena QuanJo parou no apeadeiro de 1,eissa1 o comh, io eu11va hteralmente cheio. Deaolto serv1tas, mtmbros da Associaç:io Nun'Alvares de Santnrem, qne tinham emba~aJo na estaçao daquela c1dade, pre,(tarami-eleyontes se~viços, com um zelo e Jedicaçio mexcedlve1•, é chegaJa do comhoio especial. Soh u ordens de dois eh, fes Jek,c1do1 da dirtcçiio daqoella henemérita collectivldade o;udaram a conduzir os enfermo, p11rn o, diverso~ me1os de tr11n~porte quu es tacionavem no lar110 terreiro &ltuedo em fre'lte do apeaJe1ro. Correctos e delicados no seu trecto, cheios de caridade p.ara com as pohres victimas de tamanhos miserias hurr ana,, desempenheram a su~ rude tarefa de maqueiros voluntarios com urna perfeiçlio verdadeiramente ine:xcedivel, que mertceu os encomio~ de todas u peu6u que f6rem testemunha, da sua acçlio. Bem h aJam o~ simp,uhicos jovens catholicos da A1soci11çao Nun'Alvueq Je Santarem, que tifo distinctaaiente •e u~i,in.alaram naquela Jornada de glorin, rela feliz inici.ativa que tiveram de ir 1onugurar o serviço de transporte dos enfermo• da rere~rinaçiio n11C1onal no apeadtiro de Ceis• aa! O se11 ,iesto nobilissimo fica,, para sempre resistado em letras d'outo nos annau 11loriosos de Nossa Senhora de Fatima e nos fasto, brilhantissimo~ da sua preatimo, a instiluiçac\, honn1 e lustre da Juventude Catholka Portugueza.

A arrnnde ron,na4'm

O oombolo e•poclnl Pouco depoia da meia-noite partiu de Lisb6a, Ja Escaçiio Jo Rocio, um comboìo eapecùi L, expreuamente organbado pela Companhìa dos Caminho, de Ferro Portugueies para condualr II F:1ti.ina os peregri• nos da capitaL Este comboio teve uma curta parasem em toda, u estsço~s rera roceber os perCfJrlno• Ju dlveru, povo~oea s1tuaJu 110 longo do pèrcurso. A'<1 cinco bora, e mela da ~nhu, chesou, sem nenhuro incidente des~radavel, a cstJçao terminus - o 0-0,0 apeoJeiro dc Ceis•a-Ou~ rem, 1oaui.urado no di" qua!To do corrente mes entre as e11taç~es de Chao de Maçiis e de Caxaria,No utoçlio do Rocio tomaram lol{~r DO comboio e:-pedal centenas de p11u11selro1, niio se reoJo eochido logo completamonte toJa, u carruageru, porqoe a meior parte do11 pert11rino1 de Usboa e do Sul cJo ~ii: baviam j~ parrido oos comboios da vosrer•, tamo Ja ltnha do Norta_ com destltM> a Ton-es Nòvu • Ch~ de Maçh. ~omo tJa Doha de Oc4te, com destino a Leirfa.

I

A1somam ja no Oriente 0;1 primelro, alvores da madn:igada. O e.speuo manto èo trcvas que envolvia o planolto HlJrado dissipa " coll'Io qia por cncaoto. O ambiente cuja temperatura ~sc~ra un, pou• cos Je sraos duraate aa ultirtla3 horas da no_itc, nao tarda qu~ scja aqu.eciJo pelo• ra10'.\ suavemonto tép1d0$ do sol nMcente. A' roe-<lida qu• u t-.ora, pa<t.~m, o movimento Je pc6ee, oavaUe.1ros e vebiculos inten\itica-Je Jume meneira as..~mbr~ oum crt1ee11do caJa vu maior. Contenos o centen" de auwmoveis; desde o~ ma!, linuosoe • e~gantes até aoa de typo '!>IH9 modesto,. cçnnioas, tNrfiOlleHU,

,,.l,é.

chars ,,1-l>.nK11 ,not«iclettU, ~ietcl#taa~ ra~, tren11. ~ S - . carroç-,, carrw dli

bo1s. numa l,ì"laYm, tOQC>e 011 indoa J.e tran~r,ortc, ainda o, m11r.1 primitJvoa e u tr&Y&ffltlltM, sio eùJisfldoe r&•41 a CODI.Ml~ do11 pti"egmo~ pe,janJo a &MtaJa e oe .. ,. renot lll.fiacellf~ OOtM ftlOO'.'lae d'aJ~· ktlometroe. /t, ao.« da Ira ar,tsao&a a.ot quo Yifo cbegaodo om ~ ~m• brante., ÙlcomPveftl, Q.okQ. ~ . . c:e,n


Voz da Eétlma mii pessoas. de ambos os sexos, de todas idades e cond1çoe~ sociaes, cobrem litcralmente o vasto espaço que mede1a entre a estrada districtal e a cepela da, mi~1as. A Virgem Santt!lsima, atravez da sua linda Tmegem, reproJuçiio gonial da Appariçuo, do esculptor F ,maeres, ,te Brag11, pareeia envolver num dòce olhu de ternura materna! aquela multiJao imensa, que vinha alli t~ibuter-lbe, em nome de Portu~al fi<lelis~imo, a homenagem que lhe era dovida corno sua RalJlha e Padrocira. A Co.1,elln de• AppRrlçòe111

u

urn grupo numeroso de escoteiros catholi• co, de Leiria, que receberam com uma piedade edificante o Piio dos Anjos. Emquonto se ccle~ram 8!1 m1ssas dlversos sacerdotes distribuem a Sagrada Communbno a milharc:s de fie,~, que, para a ,,,. poderem receb1:r com 11s devidas durposiçoes, se unham preparado, nas su8s terras ou durante o v1ogem, com a récepçao du Sacramento da Penitencia. 011 onf"er,no•

Entretanto os enfermos, é medie.la que chegam, vliJ sendo transportados r,ara o re,pectivo p8vilh5o, ert!Cto tm frente da capello. O" paral)'ticos e os enformos cujo tsudo é nnis grave, siio conduzidos em macas pelos servitas. l\111~ o seu m,mero é tiio 8VultaJo que as macas sio insuffi;ientes para a conducçao rariJa de toùos. Como exped1ente do occo11ao, suggerido pela neeeimJ11de, doi, serfltos dc SM11tarem, jovens Je porte Jistincto e mnneiras delicadas, diio·~" 11s maos e formam com os hraço:; urna cspecie de cadeira, em quc transport11m urna senhora paralytica, que tinha ,·indo da B~ira 13.jixa om automovel e cujo martdo tes1cmunhR o seu reconhecimcinto e a s1..a commoçiio com a voz entrecortada pelos soluços e oom os olbos mdreja los de lagri-,,as. A~ macas sio colloca·las no chao, dum-e dou1ro lado, em frento da capella. Nas oumeroSRs b,mcadas Jo pavilhao sentam-se inJ1stinctamente os Jen:-ais doentes. Em brev~ nem um logar se encontra vago. Aquelle hospital improvisa,lo de um dia albc::rge nesse momento cerca de mii vieti• mas de todns as mi~erias phy3icas que torturam a humanidade. Sio tuberculo~o•, paralytico,, cegos,, conC<'ro--0s, up1lepuco~, enlermos dc toJa a especie, que a Fé conJuriu !\quella estancia bemdua da espcrançn. E' que alti a augusta Mil.s d.s Dau, niio raro lhe, mitiga aa d6res ou cura os m;iles Jo q,10 pndocom, derramando sempre s6hrCl to,\os Ar.tças precio!ii,ìma, de conforto e resignaç5o. E por i~sso nuoca docnte elgum 1 animado de ~enuino csp1rito chri5tao, se arrepcndeu jJmais de ter percorrido a doloro~a via sacra da percgnnaçao a Fairnna.

Siio Jez h<>ras <!a manhii. A circulJ~o de vehiculo~ na estrada torna-se qu~si 1mpouivel. A dupl.i fila delles, que se formou desJe as prirrieir:is horas do d1,1, é CRJa vez m11is_ comprida. N11, Capello cJaq Apparfçoes os fie1s rezam u suas oraç<bs, cumprem a, suas promessas ou tocam ohjectos de piedade, como terços e meJalhas, no branca e~tatua da V1rgcm do Rosario. lhmen,, mulberes e crcanças, sem JiHiracçio dc c:lasses, empunhando velas accesas, diio, umn e mais vezes, de joelhos, a volta a Copell11, em cumprimento Je ·-6tos feìtos em horos Je angustia, rompendo a custo por entre o mole compacte Je povo, que a reJcia. Soh o alpenòre, por detrai do historico sanctuario, a 1gun!I servitas procedem 4. <listribuiçiio l(ratuita de cincoenta mii c1templarlls tla cVoi Ja Fatima.. E' naquello locai, nos pés dt veneranda Jmagem ue NùU& Si:nhora do R'->sério, que se avnlia e, por assim diu:r, se ap11lpa a intens1Jade <la crença do bom povo portuguei:. Pll!1s61s de todas as c1teg<>ri.u sociaes, num amalgama nivelaJc,r inspirado por um vivo senume,ito d~ eguuldadc e fratemidade chris1ii, alli se juntam, a citda mstante, erguenJo os olhos e 11 moos supplicante, para aquella qu~ é jusrnm::nte chamada o refug10 dos peccadores e a sali· dc dos enlll!rmo,. . E a vaga humona, tumida e encap,dlada, c1rcul"co,,unuamente, num lluxo e rclluxo cadenc1aao, do:sJe as pro:idm1ùaUes dn fonte miraculoia até al p11rte po,ter1or da ca pell11 commemorativa das appiriçoes. Fehz o poYo que ere o ora usim I

A

so

C'lnt.e mh·o<"uloiqn.

A c111~ntn'l.l da ..c.,i::no.çò.o

Em torno da fonte miraculoqa, que brotou cristalhnA e abundante 11 pou.:os passos da azinheira sagraJa, de{ll)is da primeira missa campai, uma multi,Jiio rnnumeravel forvilha desde :nanhii ci; lo, 0t1ma andedai.ie irreprimi tel de f,ir;er Lirg;t proviifto da 11~ua beoelica e salutar. A formft circular da fonte prodigiosa f1cilita b.1~tante a aquis1çio do precio~o liquido, que jorra cop10,amente por qumze grand:~ t1)rn~iru do metal a.narello, que ~y nboli'llll?l pelo seu numero os quinre myHerios do Santissimo Rosario. Aiguma, 1or•elras ~o podem ser ut1lisadn pelos firì~ quo querem apena, beb~r 11sua no proprio loco! em que ella n~~ce. A ligeir~ rmpaclend~ do~ mai; apressadoa é (Jc1lmente cont1Ja r,elùs !1t1rvira~, que _regulam, ao me1mo te111po com prudcnc1a e firmeza, o Jrffi ;11 ac,·t)s~'l a I rorneira s. O B{lrovi~ionamepto ,JH h01pha marav1lho~o Jura horas cornprtd :~, 1atc:rminavei~, desde u pnmciri~ da manhà uté a1 ultimas di. tarde. Os pere14rinos cnchem recipiente, de todos os tamnnho~ o de 10dos os fi:iti<h, que lcvam con,1go para as suus terra~ distaotes com I f,111u~ira e~p.eran,_11 -de rrovocAr, medi.onte a appli.:11ç1ic/ ~i 11Kua, a cura de alAuma r~s11òa dc fam1lla ou de am1zaJe ou, 110 menos, propor.::ionar un pouco de Jeniti,o 110, seu'I soffrimentos.

A Cnt>ella. <lnti

En~re as se-n'àor:is enferma~ hn uma qut, mais qu11 qualquer das outres, attraho porticularmcnl"' a attonçao de todos 01 circuo,. tantes. fuberctJlosa em ultimo grau, tao mogr11 que semelh11 um esquelll!tO, dv rosto atrÒphiado r•lo soffdmel'llo, dir se-111 a estatua viva du rcsign~çifo christii. Exh3usta de forçi~, ju numa du mocu, dNpreuda corno um mi,ero forrapo humano, qua rn naJa sc,rvc e de que todos se uf11st.1m num egoi~mo cruel com recelo do coatagio, e1t.:epto naqu•I• loi.nr bemdito em 9ue e caridaJc excrce soberanamcnte o seu imperio. Mu1to nova ainda, cassda de ha poucos 00001, conforme se com e santa vontade de D.:us, esperaoJo tranqu11lamante 0l9uns :ilivio11 par·, o seu roal ou 110 menos um sorriso de J6.::c conforto da divina coosola,pora Jos 6fli1c:tos. A' cabeceira, velando com todo o ~rinho por aquella a quem dcu o sor, osul senudo o pat>, $ympathico e vener.indo 11nc:1rio, patriorcha dumn numtrosa familia, em que flore,cem tr,diciona lmcnte a crc:nçi m11i:1 puro e es mais soltd.is virtudol! chri,tlls. A m.·.1iti ilio que cerca o p11\'ìlbao dos doentci ora coru fcrrnr pela cura de todos c~ses infeli, :r. Milhares Je almu b6Js, imp1JlsionaJa1 pelo compaix:lo a vìsre de tem11nhos infor· tuniu,, f.1zem violencia ao ceu com as sua, erdentes invocaç6es a Juus s~cramentedo e com a rec1toçiio incessnnte do te ço do Ro~ario.

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~Il~lilRl'll

Aproxima-~e o meio dia solar, a hora dos 'luccessos mrterlo~o~, doa cCJlloquio,i intlf 1veis t>ntre a l/1rgem e o~ viùenh:s, nc..s paramos dei.ertos e l'Scalv:i,fo, de Faltima. A multiiiao, que se reu!H' I! c,lmpritnu em torno da C11pel1Q d,is Mi,ttH, é &gora mais Jen•a do que nunca, I~ 10s, rih(lros e re~atos h11mano, descem, ~em s<du-;lio de con1Inuidi11.Je, por todos o, carn1nho~, ver<1- ~ d'Js e at1lhos, Ja periph!!riri p·no ù centro do ,,,sto a 11ph1thentro formado pelo locai d'l~ ar:,pariçoes. Desde o raiar ,h n11rorn, a, . mi~SJS su.::.:edem-ae umu 1\~ outra, sam ioterrurçifo nos dois altareq da Cap1Jl1,1. A' prlmoir~ missa que se cclebrou, ossistiram us scrvos ùe Nossa Senhor.i do Ro,ario e

Oa llllorvltai!il e oe Cl'lCotciroa

O s~rviço de ti,cah\açao d.i entrada e 11condicioq.. mcnto dos doente~, orirani!l9do pelM .ervit-,•:, é primoro$amente dirigido pdos scus ch~fcR. Dors médrco, rspi!Ci111i~tas, dos mais dhtinc:to, da capite I, pre~ilJem o e~se serviçl'>, c,da um na suo rttsrectiva ~ecçiio Conjuncramentc com os servitu, laJo a lado, trahRlh1m scm de~can•,o os escoteiros catho'.icos <le LrlrHl, que riulium com elea cm csforço ir.telig~nte e oixtrema~ da dedi.;11çiio. Qu~si toJos n& flòr da idade, esbeltos e

gerbosos, respirando juvcntude e força, superiormente edacados rela doutrina do escotismo é luz dos princip1os cbristaos e pela livre sujeiçao a urna di~ciphna quasi militar, desempenham a sua espinhoSII e delicada tarefa com ecertado criterio e com uma cordura cxtrema na obeJiencia total, oompleta, absolura 1h ordens dos seus chefos. l>e uma grniJade ìrrtprchensivcl no exercicio das su11s funç<Ses, seni embargo dos seus verdes a:,nos, ellcs imp6em-se ao9 jovens do nono tempo como modelos acabados de submis~ao ao, legitireos superiores e de respeito e cortezia para com todos.

A na:llll•n do• enfcr,nos E' meio-dia solar em ronto. A assistencia canta em uni•ono o Credo de Lourdes, de Dumont, cujos acorJes meloJ1c,sos ee rcpercutem ao longe e ao largo, de quebrada cm quebrada, por loda a exten~ii'.o dG montanh11, corno notus vibrantes dum hymao Je fé • de triunpho. Em seguida um SJcerdote sobe 80 altar cc:ntral para celebrar o santo Sacrificio, quc é appllcado, segundo o co~tume, por todos os cnfermos e peregr1nos prest:nies e por toJas as pcs. sòas quu quoriam, mas por qualquer motivo nl'lo puduram 1r nes~e dia a Fatima. Emqufflto se: calebra o mina toJos os assistcntes, alternadamente com o.utro sacerdote que ocupa o pulpito, rezam fervorosamente o tarço do Ro11c1rio, f'ntremeado de préces, lou•ores e cantlcos. O silenc10 - 0 silencio dos momentos solenn~s - tornase mai, profundo. A commoçao quc se le om to<los os rostos é cada vez; mais intensa. Os docntes associam-se 4 oraçiio commum e a sua esperança reanima se, crescoe fortifica-se. Depois de cada de1ena do Rosario, faz-se a. bre•I' o tocmte eupplica que A radiosa appariçiio ensinou aoq humilJ-,,. pastorinhos de Aljustrel. Chega o momento solemnissimo e emmocionente da consograçao O filbo de Deus humanado, A Y'>II o.lo seu minis . tro\ torno-ae rresente sob 11s especies eucharisucas, tao real e porfcitamente corno est~ no ceu a direito de seu Eterno Pa~. O silencio é a_gora completo. Apena~ se perceb•m o 1ige1ro murmurio das oraç6es dc algumas almas piedo\as e os suspiros ahafados o o, !loluço, a custo reprimidos dos pohrcs enfermos. Ao toque da campoinba, aquela mole imen~a de crcnte,- o esc-ol de Portugal christiio - ('lrosrrn se por terra e adora com o celebrdnie a Vicuma Sacrosunta dos nossos alurcs.

A• lnvocaçòcs No pulpito o sacerdote quc preside :ts cerialooiu cemeça a fa:r.er, nurria voz fortee bl)m tim.-rada, as comrn ..~entes invocoçòM de I .ourJes. Senhor, nor vos a,Of"amos 1 Senlwr, Hds temos confiança em vds I Vds ,ois o meu SenhOf' e o meu Deus I Vds 1oi1 a reS'Urreìçéio e a 11ida I Senltor, crém.s em Vos, m.1s augmenlae Q 1)()$SQ fé / Senhor, direi uma sd ptrlavra e serei curado I

Cao<a-ec o />aree Domine - que é simuf• t~oeamente urna oraçiio o um acto de arrependimento - e cm sei!uiJa contiouorn us iovoc11ç6es, sempre enternc:ceJoras, mas agora mais movimentadas, mais vehemente .. , ma.i~ do fundo d'11lma: Seriho':t aquelle n quem amtres est.i doentef O' l'Jeus, vindt! em nosso aux1l10, ,•inde depressa soccorrer-rtos I

St11hor, f a:;ei gue eu veja I

SmJu,r 1 farei que eu antle I

Senhor, f.J 1ei que eu 011p I 5.Jude dos enf,.,.m-os, rogae por nds J E,tu in•ocaço~s, trez ,•eze, rcpeti.Jaspor dezenas e dezenas de milhares de bocca~, rehoam formidaveis, corno outros tantoi Jlritos dc an~u,tia, 01quelle tempie,. immenso, sem pavimento e sem cupula, procuraodo forçar o Ceu, a conJoer-so da infoliz e laHimosl'I lcgi1io de farrapos humanos qué, de longc e c:om t3nto sacrificio, 11lli vieram, cheios da mais déice confìança. implorar a misericorJi1t infinita do Si:nhor. Segue ac e Comunhiio do c,:lehrant3 què, apos alguns hrcves io~tnntes, ministra o Piio do, Anjo! a um grando numero de fieis que niio tlnham podiJo reccbe -lo mais c1:.lo. Depois da Communhiio fozem-se as invocaçoes a Nossa Senhora, que conduern


Voz da Eé.t.iDl.D com a tounte supplica pela nossa Patria, que traduz eem duvida a causa final das appariç6es ; Nossa Senhora do Ros,frio, salvae-nos e s-alvae Portugal ! Terminara a Mis,a. A bon9ù.o ent'e..-mos V3e realisu-se a cerimonia mais bella e rmiis commoveote desse dia para sempre .memoravel: a hençiio do Santissimo Sacramento oos enfermos, como outrora, ao percorrer as c1dades, villas e aldcias da Palestina, ensioando a todos o caminbo do Ceu e prodigahsando bençiios, graças, o -Divino Mestre, &flora occulto sob o veu das esptcles sacramentaes, pertra11sit be11efaciendo, passa egualmente fa~endo o be~. Esta alli 1 encerrado oa ma8n16ca _c_ust?d•a de ouro, visive! aos olhos do esp1r1to 1lluminado pela luz da Fé, aquelle mesmo Josus, que, duronte a sua vida publica, perdoave os peccado~, cura_va _as doenças e alliviava toda a sorte de m1ser1as. A crença viva daquellu muludiio no dogma sublime e altamente con~olador da presença real, a sua coofiança inabalavel no poder e na bondade de Jesus no Santissimo e Augustissimo Sacrumcoto da Eucharistia, o seu am6r ardente a quem tento amou o• homens e por elles se sacrificou 1 fl&Jecendo e morrendo numa cruz de Ignominia, re1lectem-se n<>s rosto, e nos ol~os de todos os que loem a ventura de asslstir e estA scena augusta e ìneffavel. O sacerdote, do alto do pulpito, J'lrlncipia novamente a fazer es invocoçoe1. A u91stencia repete com ardor, com enthu,iumo, com transporte, es~a~ invocaçi5e,. Siio brado& d'~lma que se elevam no e,paço, ostuantes dc expressiio, !Ilio f(ritos de angusti<! que anhelam penetrar o Ceu, sfio supplicas dc fogo que sahem de pe1tos alanceados pela compai xlio ou ulcerados pela d6r e que s6bem confiaJa e humilden1ente até aos pés de Deus. E os doenres, de miios postas e olhos fitos ne Hostia Santa e imm11colad1, tr.iduzem1 rom e, suas ~upplicu e com es sue~ )agnm~~, Oli sentimeoros de fé, etperança e am6r que ebr11nm os uu1 coraçi5es. O an jo do conforto peroce ter deS<:ido dquella ephemera mansao da dor e roçado com l?s sua azas br11nces de n.ve •s corpos maurados por t'1Rtos e tao gran.ics soffriroentos visiveas e as almas atormentadds por uni sem numero de fuodu magues e t~rriveis proveç6es ocultas. E aquelos rosta~, estranhamente desfiguraJos pelo mertyrio ph1t,ico ou moral, mas santamente tr.in,fi(lnr11dos pel.i resignaçlio, ..,-eflectcrn um o,ystarioso cl1rli• d, Parai10, .o con)olo duma J6ee Hpt:ranç• e a pu suavissin1a de Deus. O cel~rante traça, .finalmente, coro o . , tld\9orio dc ouro o sigoal Ja cruz !lobr• &li 1-aioes innumeraveis de ncis ejoolhacks a a.us oés em attitude de adoraçlio. Sobe ao pu)pito o dr. J, uiz Castello Brnnco, o gl•rioH aobrinho de Ca milio, que 11um rapt• de eli,queocìa sagrada, entre «A lagrimas de commoçlfo da assistendo, celc,br11 a, gloria, ammarcessiveis de Muria Santissima e cant,1 um formoso hymno Il Patria. implor1mJo para ella as bençf.ioi; do ceu. Orgoni,a se di- novo a prociulio que re condui a estiltud de Nossa Senhora do Rosario da capdln das m1s9os para a da, ap· parìç6es.

~o•

desejada, sentindo circular nas suas veias urna nova vide, que a omnipotencin divina infundiu no seu corpo exhausto e quasi inerte. Sao curas completos ou melhoras consideraveis, de doenças reputadas humanamente incuravei•, que cnchem de assombro e viva emoçao todos os que dellas teem conhecimento • Mas corno averiguar a exactidao dos factos que se narram, quer na s!la substancia, quer nas circ:unstan• cias em que se verificaram, no meio daquella babylonia de cerca de duzentas mii almas? ! Que os privilegiados da VirJJem nao se esqueçam de cumprir o rigoroso dever que lhes incumbe dc communicar a respectiva commissao canonica, por i otermcdio do jornal a «Voz da Fitima», a noticia das curas de que foram objecto ! Quantas graças dl!Sta natureza fi. cam sepultadas, por descuido, no p6 do esquccimento com prejuizo da gloria de Deus e sem proveito para

as almas !

E', pois mister que a noticia dessas curas, logo que ellas se reaUsam, seja enviada, com os pormenores considerados intercssantes, ao rev. dr. Manuel Marques dos Santos, promotor fo,cal da commissiio canonica e professor do Seminario de Leiria. O exodo do111 p8regrino& Principia entao a debandar o grosso do peregrinaçao. Pouco a pouco vao-sc dcscongcstionando os recint<>:f das capL llas e as immediaço..:s da fonte miracu losd. Na estrada districtal circulam outra vez milhares de vehicules. A ordcm mais perfefta reina naquella multidlio tao varlada, naquelle oceano infinito de povo, que parece obcdecer, em todos os seus movimcntos, a urna voz unica de commando, corno um exercito disti• plinado num vasto campo de batalha. E todos es pere.grlnos la se vlio, na penosa viagem de regresso aos scus lares distantes, com a sua crença mais robusttcida e com a sua piedade mais aforvorada, ch~ios de saudade do dia inolvidavel que passaram no planalto sagrado de Fati• ma, no mcio duma atmosphera saturada de sobrcnatural, mais longe do mundo, mais perto de Deus !

Visconde de Montello

As cu1·as Subito comcçam a circular de grupo em grupo rumorcs vag,'.ls de curas m1raculosas. Aqui, é uma creança dc <lois annos, erga de nascença que, deante da lmllgem da Virgem, adquirc dc rcpcntc o m,o pt:rfeito do sentii.lo da vh1ta, no mcio da estupefacçao dos pacs, que choram de aie· gda e di.! gr~tidlfo. Acola, é um paraIyrico qnc càminh.iva dificilmence com o apoh dc duas muletas e com o auxilio d.: pess8a am gii e quc, tv· cando com t1 m:io no andar da Virgem, rccur,era subitamente o movimento dos mcmbros inferiores. Mais além, é urna scnhora tuberculosa quc, depois dc muitos anos de sotlrimcntos indiziveis, alcança a saude tao

Uma cura em Hoapanha (Madrill)

Data da de Alemquer (Quinta do Brandtio) em 28 de Setembro do corrente anno, além do relato que abaixo public11mos, recebemos do Ex.mo Sr. D. Aotooio Maria de Norooha, urna carta, de quc tomamos a llberdade de t,ans~rev~r o segui ,te: cJunto cnvlo urna carta d'um distincto advog.ado de Madrid, meu ami• go e que eu conheço perfeltameote ha bastante tempo ; elle é tambem advogado consultor da Compaohla dos Carulnbos de Perro Portuguezes. Por isso bastautes vezes vem ao nosso palz e :isslm conheceu os mila-

gres de Nossa Senbora da F4tima ; que elle estA perfeitamente conven .. cldo do mllagre que se passou com a filha. A carta fòi_escripta deante de mim em Madrid, na segunda quin• zena do passado mès de Agosto do corrente anno, pelo Dr. Alfonso Cabello y Ouillen de Toledo, pae da doente. Segue a carta : •En Mayo de 1924 estuve em Llsboa e comiendo en casa de mis buenos amigos Henrlque Ar:ijos y Maria SlmOes, esta ultima me dljo que me traerla aMadrid um frasqulto de igua de la Vlrgem da Fatima porque ella querla que la tomase ml bija Maria.. na Cabello que llevaba en cama desde el 23 Marzo en que fue operada por el Dr. Ollvares en el Sanatorio del RoaArio de un quiste ldlatico det biga.do.

Lejos de mejorar despues de la operacion estuvo gravissima mucho tlempo y asi seguia al ir yo a Lisboa. Regrese el 10 6 el 11 de Maya sin poder traer el frasco del Agua de la Virgen porque Maria Slm0es no lo babla reclbldo el dia de mi partlda para Madrid; pero el dia 31 vino su marldo con otro Sei'! )r y trayo el frasco. La tarde del 3·1 Mayo tomo et agua la eoferma y en la madrugada, sobre loa dos, arrolo por la boca el 1.u pe.. duo de la membrana del qulste operdo y et dia 2 de Junio 4 las 4 y 181 6 de la m.fi toa, en otro vomito, he-

ch6 los otros dos pedazos, et uttlmo tao gra.ode por cuanto tuvo que ti• rar de et con la mano porque se

ahogaba.

El mli.agro para mi consiste: - 1.0 En no haber anojado esa membrana hasca detpues de beber el ,eua da f4-'ma. 2.0 En hobtr podldo htchar por 14 boca una cosa que tuvo que pasar al estomaa-o sin que sepan los medloM corno, y 3. 0 Por la colncl-

thndll de haber-se retrazado el he· cho llaata que vino el Agua.• Quer iato dizer: oEm maio de 1924 estive em Lis--

be>a e comendo em casa dos mcus bons amigos Henrique Anjos e Ma• ria Simoes, esta ultima me disse que me havia de levar para Madrid um fras~uiaho de agua _da Virgem da Fauma porque quena que a minha filha Mariana Cnbello, que estava de cama desde 23 de março em que foi operada pelo Dr. Olivares no Sanatorio do Roslirio de um kisto hyJatico de figa do, .a tornasse. Longc de mel~or_ar, depo1s tia operaçiio esteve graviss1mam_ente doente muito tempo e ass1m continuava ao ir eu a Lisboa. Regressei a I o ou 11 de mai o sem poder trazer o fra_sco ~a 2gua da Vir. gem porque Maria S1mo-.:s nao o havia ainda recebido no dia da minha partida _para Madrid, mas no dia 31 seu maç1do com outro senhor, trou~ xe o frasco. Na tarde de 31 de maio a enferma tomou o agua e na madrugnda cerca da~ d!JaS horas, dcitou pela hqca o p~1mc1ro pedaço da mtmbri111a do k1sto operado e 110 di11 2 ,it: junho, as_ 4 ou_ 6 da ,~anha, cm , utr,1 vomao, de1tou mais dois ptJ :i; s e por

'


Vo:e. de. Fé.tbno. fim, um tao grande, que teve de o tirar com a mao porque se afogave. O milagre para mim consiste : t .0 -Em nao terhmçado a membrana até ao momento em que tomou a agua da Fatima. 0 2 . -Em ter podido deitar pela boca Lima coisa que teve dt! passar

pelo estomago scm os medicos sabeTem corno. 3. 0 -Pela coincidencia dc ter-se demorado o vomito até que veio a agua.

~~na da Fatima A redaoc;ilo ou admlni•tra9fto eia aVoz da Fàtima, nAo pode encarregar-ae de for.neoer agua da Fàtima é• peaeoaa qae a de• aejam. Preeta-se a este serviqo • sr. José d'Almeida Lopea-Fatima (Vita llova de Ou.ram), • quam devem eer faitoa os pedldos.

Outro caao1 No togar do Casal Viegas, f,eauesia e concelho de Anciào, mora Mdrla da Concelçào, de ldade de e

dezoito anos, fllha de Luiz Oomes e de Brigida da Conceiçilo. Ha dols aoos que se encontra gravemente doente, sofrendo de tuberculo;e os-eea. Esteve no Hospltal de Coimbra durante perto de dols mezes, tendo antes ido a banhos de mar, por se desconhecer a doença. Sem cncontrar alivios, voUou para casa, onde

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40~118.100

Subecrlpoao

tem

estado eutregue aos cuidados de dols distintos medlcos. Nenhu-

mas melhoras, porém, obteve. Nilo se podla Jevanta( da cama, e meamo ahl sofrla granètes dòres que a enchiam de anlç3o,e a sua familla. Na perna dlreita, locai da doeoça, nao se . podia tocar, sem um gran<!e martirio para a padecente. 1-:oi entao que eia resolveu pedlr a seus paes qu~ a Jevassem em peregrlnaçlo a Nosaa

Senhora da Fatima, no passado mez de agosto, ao que etes acederam. E' a grande fé da enferma. Confiava

pienamente que Nossa Senbera a curaria. Na véMpera de partir fol confessada no sei letto. Em P4tlma chela

de pledade re<:ebeu a Sagrada Comunhilo, e orou 4 Vlrgem Santa. Ao chegar a casa começou de s~ntir at..

l':'ns allvios, e dois dias depols jt se

1e·vantava do leito e vestia, wem auxtllo de pes&Oa alguma, e agora j4 anda em pequenas dlstanclas, ~ntlo-a abandonado as dOres que tanto a torturavam, o que é presenciado pelos seus visinho1. A doe11te tinha tambem prometldo trez comunh6es peras almas do Puraatorio. Agradeclda a Nossa Senhora por do grande graça, ~uer torna-la publlca por Intermedio da Vo.r da F4t/ma.

95 .000

(Continuaçio)

José Antonio Gooçalves d' A· uvedo •.•••....••.•

D. Alice Dclgado •.•••••

-

Moreira •••••••.••••

D. Ismalia Bastos Messedct J u lia da Silva Neves d'Oliveira. • • • • • • • • . D. Angelica d'Anayctt Le-

°'

mos .. . . . . • • • • • •

P.8 Joiio J~ Tavares •••

Anello, 11 de Setembro de 1925.

D. Maria Ale>,.aodrina Fro-

....

P.e Manael Maria Oaspar Furtado ~...;........,;,_...,

~-~,.;..;,

'

lbrigo para os doentes peregr.inos da Fatima J'ransporte • • ••

t.194:500

D. Olorla Ezequlel••• D. Rosa F. Motta Ma·

10:000

chado • ••. , ..•.•

100:000

reira ........... .

50:000

Dr.1oaquim Coelbo PeD. Berta Oneto Nunes Soma • .•

30:000

J.384:50Ò

10:000

D. Maria Adelaide Ncgueira 10:oòo D. Helena Baltazar •••••• 10:000 D. Julia Cravo .•.•••••• 10:000 D. Elvira Nunes •••••••• 10:000 D. Maria da Piedade Assumpçao.. ..••••.•••.•• I 0:000 D. Judith Gama •• ~ ••••• 10:000 D. Emilia Nunes da Rocha. 10:000 D. Carminda Tavarcs Guerra d' Andrade••••.•••• 10:000 D. Maria José d09 Santos

Oeclaro que é verdade o que nesta dlsposfçlo ae dlz. O P4roco

10:000

Jornaes avulsos (J. d'Oliveira Dias) ...••••.•••••• 20:000 D. Maria de Jesus Silva .•• 10:000 D. Luiza "-tadlim ...•.•• 10:000 D. Aoa Caldeira Tierno..• 10:000 D. Clotilde Caldeira Gu<;rra 10:000 P.• Antonio Maria Santos Campos •••• . .•..•.• 10:000 D. Leonor Martins Vieira 10:000 José Martins Vielra •••••• 10:000 D. Mariana dc J. Dusrte •• 10:000 D. Lucrecia dc Jesus ••••• 10:000

D. Maria Rosalina Rocha ••

6050· ..•.•1 • • • • •

10:000 10:000 10:000

t0:000 10:000 10:000

DONATIVOS1 JOR~AES AVl.lLSOS, ETC.

De José Maria da. Costa Olivci re • • • • • • . • * •

10:000

Di: D. Bernardina N. T. Mascarcn has •• •••••• 6:500 De D. Rita Costa • • • • . 12:500 De Luiz Cambado . . . • • 3:7:)0 De D. Maria M. Vaz Lobo de Vasconcelos. • • • . . 16:500 De Delfim Maria d'Almeidu 60.000 De Antonio Dias Morgadinho 6:800 De J. d'Oliveira Dias . • . . 25:000 De D. Maria de Jesus Durao G7:ooo Dt:. O. \I aria Emilia Vieira. 34:5oo De D. Maria P. .Mathias .• 50:000

De D. Zultnira da Matta Galhardo .•• • • • • • • •

71·450

lente • • • • • . • • • •

251000

De P.e Netto • • • • .•• 16:000 De D. Laurinda Marques•• 10:000 De Antonio Vleira Leite . • 50:000 De D. Bcatriz Caetano VaDe D. Maria das O&res. . . 100:000 De D. Engracia da Assumpçao Covas •••••••• 132:ooe> De D. Amelia Lopcs de Mendonça. . • • . • • • • •

De D. Virginia Lopcs. • • • De O. Josefa de Jesus • • • De D. Carmina Vieira. • • D. Perpetua dc: Jesu!. Guerra D. Maria Farrajota Cavaco d• Assumpçio. • • • • • • A. Sampaio Maia. • . • • • Antonio Ignacio Yicente. • D. Anna Teixeira Machado Mcndes • • . • • • . • • D. Francisca Correla. . • O. Maria da Anounciaçiio Franco . • • • • . . . • D. Maria da Luz d•AJmeida Napoles. • ••••••• D. Alda Pires Gonçalves .• D. Maria Francisca d•Avelar Pinto Tavares . • . . • • P.e Luiz da Conceiçlio Torrcs Donativo (O . .l\laria Fernan· da Santos. • • • •••• O. Maria do Sacramento Bordalo . • • • • • . . • O. Adelaide Bordalo Antunes O. Celestina dos Santos Rti· nas •••••••••• • D. Anna Augusta Reloas•• O. Maria Pinto, • • • • • • Luiz Lopes Abegao • • •• O. Lucrecia Pekjao • • • • D. Julia Maris dos Rei, • • O. Maria Manuela Vaz Lobo de Vasconcdos • • • • • O. Maria Augulìta de Mcsquita • • , • , • • • ,

José Fernandes d' Almclda •• Arthur d'Almeida d'l-;ça •• O. Concciçao Veneno Franco

16:000, 40:000

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Joao d'Oliveira 1\-lcllo • • • 10:000 Joaquim Augusto Pereira 1;3,orges. • . • • .. • • • • 10:000 Manuel da Ponte Rebello. ., 10:000 Joiio José d' Araujo ••••• 10:000 D. Herminla Nunes de Carva.lho .. • .. • • • • • • f(';c)()() Francisco de Palv11 Boleu ... 15:000 Luiz de Souza Moreira Ribeiro.. . • • • • • • • • • 10!000 D. Maria Jcsé de Lemos Qaeiroz • • • • • • • . • 15:000 D. Maria de Jesus Pinto .• ~o,ooo Manuel Lucio de Andrade • 10:000 Manuel José Pereira •••• 5:000 D. Maria CarJ~ta de Flg~J.. redo Borses> : ; ~ ., ... ,o:ooo

I

VOZ DA FATIMA\


• LEIRIA, 18 de Dezembro de 1D2t5

A.no IV j.

N.• 89

--

......

(COM APROVAçAO ECLESIASTJCA) A.dmtnhl-tradori PADRE M. PEREJRA DA SILVA

Dlrec-tor. Proprie-tarlo e Edi-tor

OOlITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto o impresso na Imprenaa Comercial, i Sé -

I3 de Novembr.o

e

ADA de ex~::rdinario

as-

signalou o dia 13 de Novembro, em Pdtima, du-.,,.,•:....= rante a comemoraçao festiva das Appariçòes. A concorrencia foi apenas de elguns milhares de pessOas. A torrente caudalosa das grandes peregrlnaçoes da primavera e do estlo cessara de subito para dar logar és romarias tranquilas, mais singelas e mais piedosas, da quadra agreste do outono e do Inverno. Todavia o numero dos enfermos era alnda bastante elevado. O recinto que lhes é destinado eocheu-se por completo. Entre eles notava· se, pela sua magreza exfrema e pela expressao de sofrimento que lbe vincav.a profundamente o rosta, urna joven de Lisbòa. Transportada em maca pelos servos de Nossa Senhora do Rosario, o espect"culo do seu cruciante martyrio atrahla as atençoes de todos os circunstantes, que se comoviE m imenso A sua passagem, i 'Tlpulsionados por um sentimento nobilissimo de compaixao christa. Durante toda a manM celebraram-se numerosa& missas nos dois altares da capella nova. Varlas vezes fol distribuida a Sagrada Comunhào a cen!enas de fiels. Em torno do pavilhao dos doentes estaclonava sempre urna multidlio de alguns milhares de peregrlnos que se renovava lentamente e sem cessar. Todos rezavam com fervor o terço . do Rosario e cutras supplicas pelos eafermos presentes. A piedade era intensa e o recolhimento profundo. Respirava-se alli, naquellas horas abençoadas, urna atmosphera fortemente impregnada de sobrenatural. Ao meio· dia solar começa a missa dos doentes. O sllencio torna- se mais profundo ~o que nuoca. A recitaçlio do terço é feita pela multldào duma maneira mais Intensa e com urna pledade mais emoclonante. A' missa segue-se a bençào do Santissimo aos doentes.

REDAcçAo R ADMINISTRAçAo

:RUA D. N'UNO ALV.ARES PE:REI:R::A.

leirla

(BICATO NUNO DE SANTA NAR-lA)

E' urna scena admiravel de simplicidade e de belleza divina, que encanta e comove até as lagrimas. Em seguida i\ bencào geral, dada depois de cantado o 7antum ergo, !6be ao pulpito o p"rocho do Reguengo do Fétal, re.,, José do Espirito Santo, que numa linguagem popular, acessivel a todas as pessòas e com urna eloquencla que pa rtla do coraçào, falou durante meia hora sobre a pratica da vlda christa, recordando sentidamente o s acontecimentotr) das Appariçoes e rde,indo algumàs curas maravllhosas, especialmente as do dia 13 do m~s anterior. Duas horas mais tarde, a Cova da lrla estan quasi deserta. Apenas aqui e acola se via um ou outro peregrino, recitando urna ultima préce, cumprindo alguma promes• sa ou dirigindo lmagem Sagrada da Virgem do Ros"rio um derradeiro adeus de saudade.

a

V. de M.

Hs curas da Fatima Obtiveram graças que prometeram ou desejam ver publicadas e que reconhecidamente agradecem a Nossa Senhora do Ros4rio da f 4tima:

-D. Maria da Piedade Cabral Freirt Fa ledo de Mendonça, da Ounda, tendo um seu fllho com apendicite, de que este melhorou logo que tomou agua da F"llma.

-Inocencia da Capa, viuva, da Nazaré, que sofria de ulcera!', tendo consultado sem resultado diferentes médicos-Temia se a gangrena chegando-se a falar na possivel necessidade de cortar a perna. Começando a lavai-a com agua da F!\tima.•. curouse, conservando ainda os signaec;. Velo no dia 13 de Maio de 1924, com muita gente de li, agradecer a Nossa Senhora. -follo Qaspar, de 26 anos, da Charneca da Per aIva, freguezl1' de Paialvo, que estal"ldo atacado de albumina nada coosf'guiu da medicina. Entre outras fez a promessa. se se curasse desde 13 de Julho de 1923 a 13 de outubro do mesmo ano, de

ir seis mezes cada ano, de malo a outubro, emquanto fòsse vivo, ci Fatima.

-/alia de /esus Jlictoria, da Chainça, freguezia de Sanla Catarina da Serra, que chegando a ter um pulmao afectado e a um grande estado de fraqueza, sonhando urna noite que seria curada por Nossa Senhora, o foi efectivamente tendo tornado durante sete diaa cha de terra da Fatima.

-D. Maria dos Santos Ferreira religiosa de S. José c4.e Cluny,

e Sd,

residente em Antony, (França) que tendo em maio de 1923 urna forte grlpe e tendo durante seis dlas escarros de sangue que nao obedeciam a medicamentos, comcçaram a cessar logo no primelro dia de urna novena e uso da "gua da Fatima.

-Maria de Jesus, soltelra. de Famalicilo, freguezia das C6rtes, que estando doente havia c!rca de um mes, tendo perdido a raz~o, 8e achou repentinamente curada em FamaJicap no dia 13 de janelro (dia da peregrlnaçao ~ F4tlma) de l 924. -D. Fiorentina Antllnts AtuJrade

(Rua Conde Redondo. 1O - LisbOa} que tendo se• lhe lntroduzldo agulha num pé, conseguiu, lnvocan• do Nossa Senhora, pas~r sem operaçao, nao sentiodo Incomodo algum.

urna

-M011senhor Antonio Maria dos Santos Port11f[al, da_ Ericeira, que t\O flm da ultima Quaresma csentlndo--me muito gripado (diz S. Rev. 1118) sem querer I~ i\ cama, urna noute que me tinha de,tado ceJo, acordei qu4si tapado da gargant~ e, aflicto, sentel-me na cama. acend, a luz e vendo op reloglo que eram 24 horas e 20 mlnutos (hora média ou moderna) bebl um gOlo de agna de Nossa Senhora da f 4tima e Iavei um pouco a garganta com eia, invocando com fé a sua vallosa protecçllo I Pois de manha estava melhor e peguel logo no sono, que foi reparador. > '

-Ettlvina de Vasconcelos, da Praia de Ancora, um favor recebido. · -Otoria Ptreira, tambem da Praia de Ancvr.i., urna graça receblda nutria bora de grande afllçllo.

-Clotilde Angusta (Rua Oon~I.-

-


• Voz de. Fatima ves Crespo, 38, LisbOa), trez gracas.

A cura da sobrinha de urna sua ami-

gà, que, tendo um tumor na garganta, ja com a respiraçao tapada, corneçou a rnelhorar, sem intervençAo rnédica, logo que recorreu a Nossa Senhora. A sua cura de urna d6r sciatica, de que chegou a estar entrevada, e a reducçào de 14 anos da pena. depois de urna novena a Nos,a Senhora, a urn seu irmao que, 15 dias antes, tinha sido condernnado ern vinte.

-D. Francisca A. Ttixtira (Taboaço) reconheclda a Nossa Senhora do Rosario da Fatima por graças recebldas, deseia publicar aqui o seu agradecimento. -D. li/vira Maria /uliiio, residente no Rio de Janeiro, a cura de urna doença do estomag'). -Izabtl Santoç Vieira t stu marido /oaquim Quintino, da Rabeira da Lourinhll, tendo uma sua filhinha caldo de um terraço em um alguidar de cinft quente, ficando horrivel· mente -ueimada. O médico declarou que fin ha cfoença para dois ou trez mezes. Comecando urna novena e loç~es com ~gua da Fatima, ao terceiro dia come cou a melhorar, estando curada quatorze dias depois.

-D. Albertina Cravtiro, de Avcl-

ro,

tendo recomdo a Nossa Senhora do Ro~4rio da F~lima em urna grande afllçllo, prometeu pubticar a graça.

-Rita Mtn1es, (Rua do Sol ao Campo de San tana) lavadeira do Hospital de S. José, a quem no dia 27 de janelro deu urna dbr em urna perna ficando esta frla corno se estivesse sem vida, nAo a sentindo nem a mechendo, tendo de recolher é cama na Enfermaria de Santa Emilia. Sua amiga Ce~arlna da Pie:1ade prometeu trez novenas a No~sa Senhora e no dia seguinte começou a melhorar.

-/osé Pereira Alexwdrt, dos Matos, ~reguezia df' Espite, que sofrla de ataques apoplettcos desde os J2 ... aos 14 anos, chegando a estar les'l de um lado. Tendo a familla pedido a Nossa Senhora e tendo tornado ~gua da Fl'ltìma, n!o continuou a ter taes ata-

ques. -A ntnrzio dos Sa11tos, r.asado, do Janan1o, freguezaa dos Marraze~. estando doente havia cerca de um ano, deitando sangué pela bOca, impossl~ bllitado de trabalhar, recorreu a Nos sa Senhora do Rosario da Fatinn prometendo um s~rmao, 11m ros.\rio e trez vollas de j ,1elhos, o aue se cumpriu em 13 ~11! Maio de J925.

-/osi Vieira de 'Auvedo Coutinfzo,

da freguesia de S. 1-'~·jro de Porto de M63, até l'l ldage de 34 anos fui mui- • to atreito a kritlas. Tendo i Jo 4 Fatinrn cm um dia J3 de dezeml>ro, de tal ITil)do um sapalo lhe •agravou um 1 fèrida que chegQu a casa com dificul Jade. Veodo o caso a sgravar-se, recorreu a Nossa Senhora pondo sObre a ferida um pano molhado e terra da Fatima. O mesmo, senlindo um braço inchado, em perspectiva de cofsa mais grave.

-Manotl Oomes /unior, dos C~beços (fleuelr6 dos Vinhos), que, vendo sua eeposa desen~anada dos médicos e ja agonlsante, joelhou junto do letto com suas trez tilhlnhas, melhorando a doente !mediatamente. Fòram em malo :1 Fatima agradecer a Nossa Senhora. -foaqulm de Souza Martfns, da freguezla do Olivai, tendo sentença de lhe cortarem urna perna por cima do j~Jho, usando da égua, recorreu a Nossa Senhora da F4tlma. -/osé da Silva Ftrraz funior, de Carcavelos de Baixo (Olivai), vendose muilo aflicto com urna pneumonia, recorreu a Notea Sen!lora, começando logo a meihorar. -D. Maria da ConceiçlJo Fi!!Uti· redo Soares de Alber{!aria, agradece a Nossa Senhora da Fatima duas graças que lhe concedeu, sendo uma

a cura iostantanea de um ~ dOres fortissimas que tinha uma sua filha, e outra, a cura, de um dia para o outro, duma infl.1maçao nos olhos de urna sua netlnha, s6 com a aplicaçào da agua milagrosa.

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatuna T~sporte••• . ••••

t .384:500

D. Nr.rria '.feodors Olivetra ••• •• ••••. ••

20:000

D. Maria Augustér d' Al50:000

melda Pinto . •••••• Manuel Duarte Ortigoso (Brazil) . . •.••..•• D. Dulce Martins d' Azevedo •• • • •. •.•• • D. Oeollnda Rocha •••

100:000 100:000

Soma...••

1.754:500

100:000

------·---.:........--

Fatima

Sob este tifulo publlcou o illustre e conhecido escriptor Joào Ameal, no

Jnmal de Not/clas do Portn, de 17

e 20 d'outubro, dois bélos artf.zos. Archlvamos hoje aqul o prhnelro, parecendo-nmI dar nlsso grande praur espiritual aos' queridos leitores deste j1)rulzi1ho.

t,<:h ego 111:pra dt: FJ.tima, cxausto

e foliz. H:i grnndes horas que nos lcvrntam ac1ma de tod1s a~ miserins, ùe tixlas as KSp(!resas e de todas ns de!~il u•oc:s. A hora que vivi ante hontcm tl!l Con d .. lria foi urna dts,;;as. Caminhd lrgua!> pela serra, sobrc lltl· lhos pcdrcgosos e dcb:1ixo dum sol violentissimo. Mas niio ten ho nisso o 1penor v.ilor, porque cada um dos ;nc:;s passo,:; di f·St:·l,t t r,rnsf,)rrnado num·1 t,sccnçio de aza - e, ao fìm Ja j ,nrnda, ncnhum cença-.so mc ab ..ku Ex,·usto e fcliz volto de Fali!m. MM cxau'lta dc nobrcs cm<çol.!s e ft:liz du , m I força nova qnc me comunicou uma corngem mai" alta de viver. Durante uma larga manh5. sentirne cnvolvitio pelo sc·brenntural Respirci urna atmosfera mil.1grosa. A ' minha volta, o ar que sci via a lon~os haustos enchia-me duma comovada

ener~ia. E os meus olhos foram deslumbrados por o m11is belo cspectaculo human1). Excusam de se rir os quc niio creem . Eu niio sou um impulsivo, ncm um fanatico. Ha muito quc me habituei a subordinar as minhas sen• saçoes a v1gilancia atenta d..1 minha inteligencia. Fui para Fatima. e lffi

a resoluç5o firme de na-, me deixar sugestionar. Fui d1.:votamcnte mas com o programa intimo de:: s6 fazcr juizo sobre aquilo que se apresentasse ao meu raciocinio cm evidente certeza. E, no mc:u regre--so, posso afirmar conscientemente, com a mais c:quilibrada convicç5o. que assisti a prodigios e que em [ ,ce de mim se passa ram factos suptL iorl.!s a pobrc sciencia dos homcns. Ja na ve!ipcra, no dia 12 de Outubro, me imrressionaram as caravanas que encontrei escalando a serra. !Jm forvorosas e ligeinis, rezando canti• cos. Nem urna queix:a rndn uma desordem. Um exetr.ito ardente, em marcha para Oeu'-. No dia 13, muito cé lo, p()uco dt'pois da madrugc1da, o meu gru po, que tìcara em 'Santa Cat.:1rin.1 da :,erra (mirante carinhoso sobre o,;; montes cercauos dc m oinlns), inici u o seu curso cm dirccç'io a ()>v 1 dc I ria. Eram algumas dczenas dc fì~urns de aldcia, modeladas no bronz~ rustico dos trafolh 1s do campJ, c.tntando hinos sacros atraz dos scu5 pirocos humildes Uns oito quilomctros aridos, eriçad,>s dc rodus, inh >spitos e sinuosos, debaixo duma crnicul,1 crueL A noite fora breve, quatr1) ou cinco hllras de descanço rncompleto, entre a exaltaçao religiosa Vencidas as duas horac; dc c:iminho chcgamos ao l0g·H santo. Houve rnna surpre1.1 gcral, um p 1:.m-:> imenso, em frc:ntcd1 multiJaoquc r;,voava a cova da Apariçao. l{anchos in-umero~ com scus pendo~!: d'- corcs mans~ no ar, uma ondulèlç5o di. sedas clciras. A' volta do pavilhar, ond..! se re1lizav.1m ns cerimooias, milh.1res de crcaturas frbris comprimiam-se e oravam. Era corno um enorme. acampnmento silencioso e c,rnt~mplativo, ungido d:! graça, ergU<:ndo suplicas e bençaos. Nada do arraial r.ortuguez, barulhento e b~dlador, or(Juestrado de violas e de harmonios. Um, colmeia cnlcvada, surdinaotc, csp1rituali•rnda e genuOcxa. Aqui e alem, na di,t:incia, \'Ultos de Fra-Ang.:lico, olh,·s postos no alto, simplc:s e f ,rmidwcis, dc maos juntas. Vclhns quasi scculares, tròpcgos e esouclcticl)s, cumprindo promessas cdiric.:rntcs, dci;fiando rosnrios percorrendo dc j >elhos a grande extcnsao - ccmo estampas inveroc;imivcis A traçar a via dcil"ro· sa do:; seus ~olgotlw;. Toda a dor humann purifica-fa pela asccnç5., da f~ - subi odo ao céu a busca das consoh1çCe; e dos ba.lsamos. Eu tcnho, quasi sempre, um movimentn de ho!>tilid,1dc ante ns mas~ sas pk bei.i~, grosc;ei ras e n nonimhs, esmagidora'I e b:1rb1ras M;,s ali esuva perLitamente r ~rdido na IJrg L fr., ternic.lade, - po,que O!' corpos tinll'tm-sc atenuado ~ ficaV1m apcnas nos olhares anciosos, na ascese das atitu f es, no recolhimento dos gestos, rcb:inhos dc almas implorantes, egua-


· Voz de. F~'tima I

ladas no seu infortunio e no seu voo, parcelas de humanidade em tr.ansfiguraçao mistica. Por toda a manha estranha (o sol .encobrira-se e filtrava apenas urna luz sonarnbula de magica) a Cova de Iria foi corno um presepio bento, cru· zado pelo formigueiro dos peregrinos. Ao meio-:iia, a imagem da Scnhora de Fatima surgiu, aos ombros dos devotos. A multidao abriu alas. A,gitaram-se milhares de flamulas. Um ..clamor unanime, oceanico, aclamava a Padroeira. E foi um minuto maximo, um supremo e espantoso minuto dc entusiasmo profondo. A estrada olio chegava para os automoveis os carros, os animais - to, d ... d ... -00s os meios de con uçao os que nao podiam andar. Pa!>savam mac11s, levando entrevados e enfermos, Em todas as faces, as lagrimas misciam, expontaneas. E sempre, cada vez mais prolongados os écos dos e~ otico~ e os fervores esparsos das ave-manas .•. Até gue desceu a tarde - velando os horisontes, espalhando as primeiras penombras. Dispersavam os peregrinos. Pouco a pouco, vagarosamente, a Cova de lria ia tìcando deserta. A muita g.:nte ouvi eu dizer que nao queria mais sair dali. Mas atìnal, tinham de se resolver a abandonar o legar santo, depois de tocar a Imagem da Senhora de Fatima com as suas medalhas, os seus terços, os seus dedos tremulos. Aqui e além, ainda se atardavam pequcnos bnndos. Urna ultima oraçiio t:tn comum, um ultimo bino, urna ultima suplica . . . E todos, for. tes e remoçados, deixavam o sbrigo sacratissimo, regressando a vila, com outro clarao nas almas e outra graça dos coraçocs dilatados• .. S6 num outro artigo, que escreve· rei amanhli, poderei contar os factos pro::iigiosos a que assisti com todo o escrupulo da minha inteligcncia - e que se me revdaram em perfeita clareza. Mas volto a rep:!tir: cheguei de Fatima exausto e feliz As horas que vivi em F'atima marcem de claridade · toda a minh.i vida futura.• JOÀO AMEAL

Pet.\ido de roaeiras o projecto de adornar oa muros do santuario de Noua Senhora da Fatima com roselras, agradecemae as qua mandarem entregar no pro· Havendo

prio lacal, jà enralzadas para serem

plantadas. E como nio havera numero suftclenh para este ano cobrir todos os muros, muito agradeciamoa qlls cada um em suas casas, por ocaslào das p1Jdas, flzease a plant"'çio dos exem· plar&s qu9 tiver devoçilo de ofarecer 1em 1926. E' conveniente marcar em cad'a roaelra o nome ou, pelo menoa, a còr das rosu.

Bev,m 0 Sr• Aumentando de ano para ano o numero dos peregrinos gue de toda a parte acodem em piedosa romagem a Nossa Senhora da Fatima, é do meu dever velar para gue este movimento religioso ntio caia nas trregult1rida,des gue inlelisamite caracterisam .muitos dos actos do culto da nassa Santa ~eligiào sm Portugal. Pelo gue determinamos ao Zlev. m, Clero d'esta Diocese o seguinte: 1."- Os Bev,reados Sacercwtss devem zelosamente gular os peregrinos, at1nd1-los no Santo Trlbunal da Penitencia e mtnlstrar-lhu a Sagrada Comru,htio. z. 0 - R' .multo do meu desejo g11e nas freguestas onde se organisem per11riHfies, estas sejam acomjanhadas pelo Bevsrsndo Pfl.roco oa outro Sacerdoti, s11utndo pelo cazninho, s,ja a pé ou de carro, recitando o Santo Busario, eatoH4o, em coro, canticos religtosos; etc. 3. Todo o Ctertgo d'ordens sacras d'esta Dtocese, gue va a Fatima nos dt.s dis p1regriaa;oes, deve levir vsstida a batina. 4. 0 - Na. Cova da /ria. os 11.eversndos Sacsrdotes camprirào as ordens gue h1es der guem !dr por mtm nomeado para presidtr ds psregrinafòes, ajudando a conf,ssar, distribuir a Sagradc Comunhào, etc, 5. Até nova ordem nào é permitido confessar no local pessoas do SBZO fszniniM, 6, Coacedo aos Bevereados Sac,rdotes eztranhos fl. Diocese de L1lria, emgsanto durar a sua p1rezrin4tào, as licenças , jurisdifoes gu, t,11-ham dos respectivos Ordinarlos, mas encarregamos ,m sua consctsncia os Bever1n• dos S,cerdotes d'esta Diocese ds ezigtr os docamentos, s, nào os conhecerem pessoalm1nt1. 0

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Leiria, 6 de Oatubro de 1925.

(a) f JOSÉ, BISPO DE LEIBIA

No cen, Jodos seremos bélos A belleza do corpo e, em partlcular, a belleza do rosto, é urna das quàlidades mais amblcionadas do homem e, sobretudo, da mulher. E' ella a que mais deleita a nossa vi!!ta. Ora isto é normai e querldo pelo Creador; o que elle condemna é que façamos um idolo da nossa carne. Esta deve obedecer ao espirito e o espirito a Deus: esta é que é a ordem. E' f6ra de duvlda que a belleza sera urna das qualidades dos corpos gloriosos no ceu. A Egreja diz-nos que est~ corpos serllo dotados de quatro perfelç~es fisicaa : agllidade, subUleza, claridade e impasslbilldade. A palavra «clarldade» é urna imagem que significa antes de tudo a

belleza. Seua iofantllldade entender por es~ palavra s6 um maior ou menor grau de lumlnOGidade, de nilo ver 110s bemnenturad<>t1 senlo I a m p ad a s electrka! d'urna ìntensldade fulgurante. fata luz 1era, ao que parece, um dos atflbutos dos corpos celestes, m.lS A h1H111ooia e a perfelçào das form,, é bem mais para deseja,. Dizer a urna dama que ella brilhara léi em r11m1 corno urna lampada com ioteosl1ade de tantas velas nào lhe causaria maior salisfaçào. A claridade é nlio s6 isso, mas mais e melhor que

isso. Ora é certo que sendo o ceu o logar da perfeiçlio e de felicidade, é tambem .o da belleza, mesmo fisica. Nada nos p6de dar urna ideia da belleza da humanidade de N. Senhor no seu corpo e na sua alma. E' no ceu, sobretudo, sob todas as rela-çoes, o mais bello dos filhos dos ho• mens. Depois d'Elle, a V I rg e m Mar I a.. Quam pulthra es I Como sois bella, Lhe dlra Deus e Jhe cantarao os anjosf Depois de Maria, os santos na or.-' dem da sua santidade. Quanto mais f0rem santos, mais serlio folizes na sua alma e mais bellos nos seus corpos resuscitados. O ultimo dos eleitos sera imcomparavelmente mais bello que- a mais bella creatura da terra. No entanto poderao dlzer•nos: cse um homem, feio ca neste mundo se torna bello no ceu, jli nao sera mesmo mas outro individuo•. Nada mais falso. Nao ouvimos nos dizer multa vez: Fulano esta mais bonilo ou fulano

o

estd mais feio ?

' A's vezes, urna figura que é bella aos dez annos é desagradavel aos 20, ou reciprocamente. Fica no en•

tanto sempre a mesma pessoa. Certo rosto, agora escalavrado e encarquilhado pela velhice, p foi fresco, puro, delicado e delicioso na sua juventude. Um individuo p6de ser desfigurado pelas bexigas, por um desastre, pela doença, ficando sempre o mesmo. Ao contrario, Oeus p6de multo bem, embelezar o rosto de um eleito sem mudar a sua personalldade. Se• ·


'V,';'oz da Fé.tb:na

1

1emos todos

bellos, belleslssimos, no çeu, o que nao nos impedira de perrnanecermos os mesmos. E sel· o -hemos na medida em que tlvermos sido bons, castos e santos, durante a nossa vicia. Convém, na verdade, que a belle.za da alma se reflita sObre o corpo eque o corpo seja recompensado da parte que tìver tornado na virtude e nos sacrificios da alma. Ao contrario, os condemnados se- , rio feios, deformes e horriveis de I · vér. Nao é imaginaçào, é um facto que ve m da propria lei que rege os corpos gloriosos. Convém que a fealdade da alma se reflita sObre o corpo eque o corpo seja caatigado pela parte que tornou nos vicios e torpeaas da alma. • Portanto, mlnha senhora, quantas • conclusoes fìlosoficas e praticas de- • verleis tirar d'esta verdade I Nada de p6s à'arroz, de pintura, de carmlm nos labios lf na outra vlda l Isso, que ji cé\ na terra é feio e detestavtl, sujarla os eleitos; nada embellezarla, nem rnesmo os condemnados. Sereis bella, muito bella, deslubrante de belleza, sendo piedosa e modesta neste munda. Serels fela, borrlvelmente fela, um inferno, se tlverdes, o que Oeus nao permita, a desgraça de para la ir. Ora, a ccoqueterle• conduz aos amores culpaveis 1 e estes ao abismo eterno. Quanto mais fordes «coquetee•, ,aidosas neste rnundo, quanto mais tJverdes procurado brilhar e deslumbrar, 9uanto mais usardes os braços 1 e peito nus nessas reuniOes frivolas, ~ mais farels penitencla no Purgatorio, (supondo que nfto desçal smais baixo) e menos bella serels no ceu. A atdeaslnha rude vos ecllpsata pela tlellcad~za e pelo esplendor da tua belleza. Quanto mais fordes hu• mlldes, sfmples e puras neste mundo. mais sereis bellas e triumphantes no

l J.

t

1I

paralzo.

\jma ambi(ào \egit.i.ma • O joven Naguere, condenado, ha pouco tempo em França, a 15 anos de trabalhos forçados, disse em ple~o tribuna), ap6s a leitura da sua aentença: «PerdOo aos jurados : a sentença ~ iusta. PerdOo aos1pollcias: fizeram bem em prender•me. Mas nesta sala ha um homem ao qual nao passe perdoar. VMe-o: é meu pai. Educouine sem religilio, sem o ternar de Deus.>

Um penitente convertido Na guerra da Prança com a Holan-

da, um oficial do exercito francez, ao passar por Cambray, fol ter com o bom Fenelon e lhe disse : Monsenhor, dentro de poucos dlas wou encontrar-me com o inimigo. An1eJ de entrar em batalha, slnt~me wlvamente arrastado a fazer, vos a confissao das minhas faltas ; mas deeejarla ouvir da vossa bOca eloquente as provas que demonstram a diwindade da Confiesao. - Da mether vontade, respondeu o afavel P.relado : todavia, corno é •turai seguir em tudo o caminho

'

I

l

to ella sabia que o Santo Cura s6· por urna intuiçao sobrenatural, podla ter tal conhecimento. Que liçào para lodos· nao é este epis6diol

mols curto, confessae-vos prìmelro; e talvez que, depois de terdes. fello esta nobre acçao, me queiraes dispensar de vos dar as provas que pedis. - Mas esse processo é empirico, balbucia timidamente o joven oficlal, visto ser preciso praticar a confissao para conhecer os motlvos dela. - P6de ser assim tm theoria, ajunta o piedoso arcebispo ; v~de que é, de ftcto, duma eficacla certa. Cedei pois é\ minha edade e txperiencia, senào a vossa convicçao, e, oa hypothese de no fim v6s julgardes escusada toda e qualquer dlscussào, teremos ganho, um e outro, duas horas que poderemos contar, v6s para a França e eu para a Eereja. Vencido pelos acentos desta bOca d'ouro, o oficial ajoelhou, se• .t::ntre ele e o santo pootifice estabelece•se um coloqulo mysterloso, que Oeus cobriu com tooo o amor que tem aos filhos prodlgos, quando regressam ao lar paterno. Quando a confissao terminou, o penitente chorava, e o confessor estreltando o ao peito, dizla- lhe : Esia bem I Querels agora que vos demonstre a utilidade do que acabaes de fazer ? - Nao, monsenhor, respondeu o joven oficial soluçando ; fiz mais do que comprehe11del-a : senti-a.

Voz da

Transporte • • • • . • • • • lmpressAo do n.0 38... ( 24.500 exemplares ). Outras despez~. • • • • •

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lima Uç!o Urna manba, ahi pelo ano de 1845, apeava-se em Ars a senhora Ettiennette Poignard. Muito piedosa, habituada i comunMo frequente, esta bOa alma teve a felicidade de vér multas vezes o Santo Cura de Ars e de confessar- se a elle. Chegada a Ars, foi logo ouvir a Missa de M. Vianoey e, no momento da Santa Comunhào. ajoelhou-se Santo Mesa. O Santo Cura de Ars foi distribulndo a Sagrada Eucharlstia is pes10as presentes e, quando chegou a vez da senhora Polgnard, parou, continuando imovel. Mal se p6de imaginar a agonia Intima d'aquela senhora. Sem saber corno explicar o proceder do Santo Sacerdote, pOs- se a recitar intimamente, no seu coraçao, actos de fé, esperança e caridade. Terminados elles, o Santo Cura de Ars saiu da sua imobilidade e deu- lhe a Comunhao corno aos outros. No entanto a turbaçAo da sua alma continuava. Porque seria esta paragem? Qual a rado d'esta atitude? O que significa a grave severldade do celebrante ? A dita senhora procurou logo abotdar M. Vlaancy. Obteve e,ta ,esposta : e Quando se nAo tem feito as oraçoes da manhil e que se tem felto urna viagem multo dlssipada nào se esta suflclentemente disposta a fazer a Santa Comunbool» -Fol um traço de luz. Efectivamente, a rapidez da partida tlnh.1-lhe feito omltlr a elevaçAo matlnul do coraçAo para Deus e as conversas no carro nao tinham dado ocasl:lo de compensar tal esquecimento. A culpada sentiu tanta mais confusao quan-

Fatirnà

Deapezas

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(Continuaçao) · Jayma Justo, 10:000; Carlos Alberto da Costa Reis, 10:000; D. Maria Teresa B. C. Silva Passos, 10:000; Francisca de Jesus Mansa, 10:000; Maria de Jesus Pinho Cardoso, 5:ooo; Marta Jo~é Vieira, 10:000; De jornais e perc.:ntaitens (D. Maria d11s l>ores, em abril), 72:000; Lucio Ribeiro da Cunb11, 10:00; D. Maria do Carmo Corte Real d'Abreu de Lima, 10:000; D. Maria da Gloria d'Abreu de I.ima e Fonseca, 10:00; D. Maria Joaquina Tavares de Proença d'.Almeida Garreth, 10:000; Or. Sebastiiio Sarafana, 5o:ooo; D. Emilia Pacheco A,:ovedo, 10:000; D. Maria Seona Mart!ns. 20:000: D. Patrocinio Cabrai Soares d'Alberga ria Mendes Oliva, 10:000; Madame Torres, 10:000; Padre Augusto José Vieira, 10:000; D. Aoa Tavares d_'Oliveira, 10:oooi D. Rosa Emilia da Costa, 10:000•! D. Izabel Corterao, 10:000; D. Maria lube Monteiro Roina~, 20:000; D. Maria Emilia Tinoco Lobo, 20:000; D. E:liza Nunes Mexia d'Almeida, 15:oo~; O. P.Liria Ferreira Duarte, 15:ooo; D. Maria llenriqueta Ribeiro Bapti,t11 1 5:ooo; D. Antonia Moreira Freire Velo~o da Costa,. 10:000; D. Clotilde Teixeira d'Almeide, 10:000; Padre Agostinho d'Oliveira Correi.i Leandro, 10:000; Padre Joaqutm Lopes Praça, 10:000; D. Januaria Miranda, 15:c.oo; Antonio Baptista, 10:000· JoAo Feroandes Casque1ra, 1c :ooo; M11nue { M11ria Vile rin ho, 10:000; Uma Irma do Coraçao de Maria, 10;000; D. Laurmda Marques, 10:000; D. Joaquma Almoda Oliveira, 10:000; D. Maria Albina Almada Burg11ete, 10:000; D. Maria Amelia Almada Albuquerque, 10:000; D. Vir,1,inia Almada Mello, 10:000: José Almada Me1ll01 10:000; D. Alda do Nascimen• to Cruz Cervalho, 10:000; José da Fonseca Cute Ilo Braoco, 20:000; O. I Ierminia da Fonseca Albuquerque, 10:000; Joao Baptista d'Almeida Carvalho, 10·000; Padre Lui:t· da Costa Carvalho1 10:000; Padre Antoni~ Rotlrigues Xavier, 10:000; D. Ma~dalena Carrico, 10:000; L>. Rosa Leandro da Sii va, 10:000; D. Ana da Conceiçiio, 10:000; O. Clotildo d'Oliveira o Souza, 10:000; Augusto Ara11jo de Carvalho, 10:000; Comem.lRdor Joiio Curedo, 10:000; Dr. Luiz d'Oliveira, 10:oooi. O. Ana Charters, 10:coo; D. Irene Leitao Santos, 10:000; D l\brill Candida Colen liarreitoJ, 10:000; D Miquelina Louro Fernandes, 10:000; Padre fsmoel Augusto Guedes, 10:000; D. Rosa Duarte Ribeiro, 10·000; D. Maria José Lino Correia Ginjeira, 10:000; D. Maria Victoria d 1 Silva, 10:000: D Mi.ria daa Oores de Mato:;, Boavida, 10:000; Padre Franci5co A. da S1Jva Valente, 10:000; Padre Roclrigo L11iz Tav11res, 10:000; D. Gu1lherminc1 Amelia Alves Fortuna, 10:000; O. MariR Emilia Barbosa Branco de Mello, 10:000; D Rosada Gloria Rcbimbu, 10:000 e D. Gloria de Jesus Reb1mbas, 10:000.

VOZ DA fiATIMA

I Este jo•n•lzlnho, q u e I I vae eendo tao querldo • proourado, é dietrlbuicfo gratuitamente e111 Fétim• nos di•• 13 de oada mi•• lluem qulzer ter o dlt reito de o Peceb..- dlreI cta111ente pelo e or re I 0 1

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tera de envlarl adeanta-ìlamente, o m n I ffl ·O ile dez mli rél•r


LEIRIA, l.S de Janeh:·o de 1026

Ano IV

N.• 40

(COM APROVAçAO ECLESIASTJC.A) Dlreo-tor, Proprietario e Editor

Adndnl•trador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA

DOUfOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS ~mrosto e impresso na Imprensa Comercial. A S• -

eronica de f atima

13 de ·Dezembro

I

G

,

AIS

um ,::·decorreu ap6,

os acontec,mentos maravilhosos de FAtima, um • ano em que a Virgem Santissima prodlgalisou um sl'm numero de graç~s e bençaos sobre milhOes de crentes qur, cheios de confiança na sua protecçAo materna!, a invocaram piedosamente nas enfermidades dolorosas do corpo e nas crises n~o menos dolorosas d11 altna. A devoçAo para com a augusta Mae. de Deus, que para salvaçào de Portugal, se dignou aparecer, numa charntca arida e esteri!, a trez humildes pastorinhos, propaga-se e intensifica-se cada vez mais, fazendo convergir para aquele logar bemdito 1egiòes de almas e de coraçòes, sequiosos Oe verdade, de virtude e de

paz. Dir-se la que a Rainha do Ceu, pousando os seus pés virglnah naquele cantinho da terra, e embalsamara com o perfume ctulclssimo e inebriante da sua graça e do seu amor, tornando-o desde esse momento um foc~ poderaso de atracczào das a\mas, um polo magnélico espirltual de extraordinAria e assombr06a energia. 0 dia J3 dezemb!o amanheceu tiiste e sombrio, corno um verdadelto dia de inverno. O ceu toldado de nuvens densas e escuras, corno na véspcra, ameaça• va desnenhar sObre a terra as torrentes de Agua das suas fec•ndas e lnexgot4vels cataractas. Todavia durante o dia lnteiro nem urna gota de chuva orvalhou a serra, crnbora o firrndmeAto conservasse s-empre até A noite o seu sobrecenho carregado e amt.açador. O concurso de peregrlnos foi, come aliAs era de espernr, consideravelmente inferior ao dos outros me aes. Nem sequer a clrcuostancia de o dia 13 ocorrer oum Domlogo co114

Leiria

REDACç..i.o E ADMlNISTRAçi.o

BUA. D. NUN'O .ALVA.'RES PE'REIB.A

tribuiu para aumentar o numero dos romt-iros. O frio, a chuva dos dias precedentes, o mau e&tado das estradas e, sobretudo, a proxlmldade do dia 13 de Outubro, ei:colhido de preferencia corno o dia 13 de Maio, pela grande maioria dos fieis para a sua peregrinaçào, explicava cabalmente a dimiouta concorrencia de romeilos no dia 13 de Dezembro. Apesar da escassez de sacudoles, inhibidos de ir A Fa1ima por causa do onus da celebraçao da missa nas suas egrejas paroquiais ou nas suas cttpélas, algumas missas se disseram nos allares do pavilhao dos doentes, a que assistia urna grande mul tidao devota e recolhlda. Nestes dias de menos concurso de povo, em que reina por toda a parte mais ordem e socégo, tm que a pl-edade é ma~ viva e mais Intensa e o recolhlmento mais profundo, parecem ter um encan to multo puticular c,s actos religiosos que ali se efeotuam. Aflgura-se-nos que o ambiente que temos a consolaçào de respirar estA mais impregnado de sobrenalural e que a paz suavissima de Deus desGe mais copiosa das alluras sObre as almas de bOa vontade. Ao melo· dia e mela hora celebrase a ultima missa, a missa dos tnfermos. Durante eia, um sacerdote reza o terço do rosArio 11Jternadameete com a assistencia. De vez em quando ouve-se um piedc,so canttce popular. Depois da comuohAo do Sace,dote dlslribue-se mais urna vez aos flels a P!o dos Anjos. Segue-se a bençào aos enfiermos, profundamente emoclonante corno sempre, e por ultimo a bençlo geral a todos os peregrlnos presentes. • S6b~ eRtl!o ao pulpito o rev ...0 Joa1.1uim Alves Correla, procurador geral das mis60es do Espiriro Santo, que fata sObre a devoc.;!o a Nossa Senhora e a necessidade da penitmcia. Recondulida, Oli f6rma do cnsrume, a estAtua de Nossa Seuho,a do Resario da capela du missas para a das aparic;Oes, a multi~ao começa a dìspersar-se e pouco tempo dei.,01s apenas alguns fiels, de~rto òas povoaçOes mais proximas, se encon trilm aqul e acola, rezando as sua oraçOes ou e&forçando-se a custo por se sul>·

(B!;ATO l'iUNO DE SANTA MARU.)

a

tralr atracçllo quasi irresistlvel que exerce sobre as almas crentes e piedosas aquela estancia tantas vezes santificada pela presença da gloriosa Rainha dos Aojos.

V. de M,

Hs curas da Fatima e

LisbOa, 6{11 925 Sr. Director da

Voz da Fdttma

Para honra e gloria de Deus e da Virgem Santissima venho tornar pu· blica a minha gralidìlo para com No~sa Senhora do RusMio da Fatima, duma graça receblda por meu marìdo Germano da Silva. Em Abril de 1922 começou a sentir-se com muilas dòres no corpo, fastio, ins6nias e muitos su6res, chegando a ensopar 14 camirnlas por noitt', tendo sempre len- • çois dobrados debaixo dele. Todo o corpo parecia urna nascente a brohu agua. Fiz todos os remédios que S'le indicavam. Vendo que n~o obtinha res~ltado, ohamcl o Ex.•0 Sr. Dr. Eduardo d'Oliveira Mora, ctizemlo ser urna inf11JmaqJo nos intesti11os. Ao fim de cinco mezes as melhoras er~m as mesmds, apesar de t0d~s..-os edorços deste clinica. Como tlvease de se retirar para aguas, chamei o Ex.•• Sr. Dr. BerliPI, dizende ser urna itttercolite. Da mesma f<\rma a doeAlja nào obedecia, continuando com gran,des afliçOes, deitando omas coisàS que pareciam bocados de tripas, julgando muita-s vezes estar pr6xìnw o seu fim, apesar deste ultimo c~inico ' fazer todos os esforços possive!4s por ' combaler a doença. Na noite de 16 de noYe.mbro do lff6Hn<> ane, vi-o tào afl,to corno nuoca o wuba vlsk>. Pedlu· me que chamasse o 111étflco imediatamt-1ue que ia A1orrer. Co111i, fò~se muiro tarde e o médico assi11tente fica:,se afastado, ch.tmei o Ex.•.Sr. Or. Cot-ta Nero por me ficar m&is prox!mo. DepCJis de o ter ùbservado ' c:iisse ser coisa grave, che2ando a ' tirar- lhe al,!_umas aHalise~ do sa-..&uc e urinas ~ contiouaoda ~t-"1 obter 1esultado, sendo s~mpre o Ex... 11 Sr. ' Ur. Bt:rlim I.le acOrao com todos QS m·•dicamentos. Assìm esteve até Outubro de 1924. Uma coruadre mlnllar

/


Vo2.o da Fét:;hna.

ao ter conhecimento de multos mi· lagres de Nossa Senhora, arranjoume urna pioguinha d'agua a tornar .is gotinhas e, desde essa data, nao tornou a tornar outro qualquer medicamento. Depois de tornar a ~gt1a esteve dorante 15 dias a delrar sangue negro, o ventre começb1:1 a diminuir, este a sentir· se multo ali viado e a ter apetite. Nuoca mais teve v6mitos nem su6res. Ao fim éie um mes estava perfeitamente bom e ja loi trabalhar, graças a Deus e Màe Santissima, e dai para ca nao tornou a sentir mais nada. Faça V. Ex.• o uso que entender desta minha carta que tinha lmenso prazer- ver publicada no joroal de Nossa Seohora, a Vot

a

da Fatima. Subscrevo-me com a maxima consideraçao,

Rosa Silvina da Silva Rua Ferreira Lapa, n.0 37i 3. 0 E. . LisbOa.

FffESTF\OO ffiÈDICO Eu abalxo assignado atesto sob a mlnha honra profìssional que Germano da Silva. morador a Rua Ferrei· ra Lapa, 37, 3 11 , estava doente e f li por mim tcatado desde 4 de Setembro de 1922 até outubro de 1924, pelo que estava impossibilitado de trabalhar. O médico

M. ]osé da. Silva Bernardino LisbOa, 3 de Abrll de 1925.

marnar. Havla dols dias que nem marnava, e, sem eu saber, trataram dos preperativos do enterro da mioha filhioba. Nesse dia chegou de Paro a mlnha miie que vlnha despedlr-se da nétinha e corno é urna criatura muito chela de fé, trouxe•me urna gotinha da ~gu3 de Nossa Senhora de Lourdes e pediu-me que a désse a beber ~ mi nha fllhlnha e rogasse a Nossa Senhora de Lourdes e a Nossa Senhora da Fatima para que me salvasse a minha filhlnha. Assim flz. No dia imedlato a minba filhinha tomou a temperatura normai e começou a marnar, foi mclhorando e eu prometi a Nossa Senbora da Fatima, se salvasse a minba fi)ha, iria a sua ermida em Fatima com eia e mandaria rezar urna missa na mesma ermida. Efectlvamente fui la no dia 8 de j:rneiro e level a minha filha que, apesar de salva, ainda estava muifo prnstrada e o olhar pouco perfeito, mas graças Virgem Santl-asima, sentiu verdadeiras melhoras nesse momento em que, com eia nos bracos joelhei rogando a Deus por eia. Espero la voltar no pr6ximo ctia 13 de Maio porque assim o prometi. Rogo pois a V. Rev.tna a publlcidade desta cura no seu jornal e mais ro~o a fineza de hoje para o futuro me considerar assinante desse jornalzinbo. De V. Rev.ma, etc.

a

Damlcilla da Sltva Perelra Loulé, Maio de 1925.

(Seglle-~e o reconhecirnento)

• Loulé, 4 de Maio de 1925.

Rev.mo Sr. Admlnistrador do j t>rnal cA Voz da Fatima• Perdòe me V, Rev;na a impertlnen·c1a desta minha caria, mas, es:revendo- a eu, cumpro um dever e ao mesmo tempo urna promessa que fiz A \ijrgem Santissima Nossa Senhora da fltlma, a quem, alem doutras prornessas, prometi publicar no seu jOf• nal, mais um milagre que recebì da Virgem Santa. Nos ftns do mez de Julho de 1924 adoeceu- me a unica filhinha que te· nho, com uma meningite, que os médlcos declararam ser da pelor natu· teza. A cria(lça apenas tinha 4 mezes de idade e corno a doença avançava a passos glgantèscos, pois durante um mez consecutivo a mlnha pobre filhlnha esteve sempre com urna ardente fobre de 39 e 39 graus e melo, o médico, depcis de empregar tOdos os seus esforços e foàos os seus recursos, declarou que a medicina nada podla ji fazer. Estavam exiotados todos oli seus esforços e mortas todas

as mtnhas esperanças. Eu estava durna tal forma morta pela dOr que nem Animo tinha para rogar a Deus. O médlco quasi a abandonou e eu cborava jd a perda da minba uoica filhinha quando a vi jci sem vida. To· lheram-se-lhe todos os moviruentos dos braços e das pernas, eosurdeceu e os olhintios estavam cobertos duma espessa nevoa que a nAo deiuva ver oem sequer a claridade. Levou neste estado desde os 4 meze& até aos 5 meze-s e meio e por fìm deixou de

,Pardelhas, 6,'4/925.

Rev.m• Sr.

Ha · aqui duas creaturas que teem duas graças para serem publicadas

na Voz da Fatima. Prlmelra: Ana Léria tendo urna sua

filhinha multo mal da vista andou durante um mez no rnédico, e corno este lhe acooselhasse a ir com a criaaça' a Colmbra, eia recorreu a Nossa Senhora da Fatima e prometeu- lhe que s-e sua fllhinha ficasse bOa sem sahir de ca2a, dar- lbe ia 20:000 réis de esmola para 0 seu culto e duran· te 5 dlas, em sua casa, na frente do seu crucifixo e da lmagem de Nossa Senbora, rezarla o terço, estando dia e uoite a lampada acéaa. Como fOs· se aten.di.da por ~ossa Senhora vem cumprlr o seu voto. Segunda: Tereza Patricio vendo-se em grande af11çQo por grand~ diflculdade que corrla um seu fiJho para embarcar para Amérlca. No dia 13 de fevereiro, posta de joelhos, recorre com fé e coniiança a Nossa Senhora do Rosario da Fatima, promete-lhe se ele entrar na América, de lhe man· dar um ,:iolar e rezar durante nove dias o terço na capéla do Iogar e fazer duu nove.oas de joelhos e mandar publicar a graça para maior honra e gloria da Santissima Virgem. Como fOsse 11tendida vem agradecer a Nossa Senhora a graça e en-

vlar o dolar.

De V. Rev,IR•, efc. ...._ Mllrlil dos A11jos de Matos•

De uma carta recortamos o segulnte:

«Pardelhas, 9/5/1925.

Ex.1110 e Rev.mo Sr. e Deu-,se urna conversào na Fatima no dia 13 do més passado. Um rapaz de LisbOa, de 19 anos, mas que nunca se tinha confessado nem felto a primeira com u n ha o, acompanhou a peregrinaçào dos filhos de Maria, de Bemfica. Quando chegaram os fllhos de Maria, e mais

a

pessòas, for.am Sagrada Comunh~o. Ele encostou-se a urna arvore, triste e peosativo por nao poder participar da tào grande graça I Velo encaatado com o que la presenciou. Na volta veio para a Murtoza e quiz a Nossa

Boa Màe, que ele fatasse com a

Francisca Mansa e lhe contasse tudo, dizendo- lhe que o que mais queria era confessar-se e comungar, mas que so sabia o Padre Nosso e a Avé-Maria. Prontificou- se I o go a Francisea em lhe dar um catecismo e eosinou o, o que aprendeu logo. Confessou· se e comungou e o m muita devoçao. Ccmpr< u me multos artigos de Fatima, e la foi para Lls-

bOa.•

De V. Rev.m', etc. Marta das Dores Tavarcs de Soasa

,Ex '"0 e Rev.mo Sr. Por meio desta carta venho contar que a Vìrgem Nossa Seohura do Rosario da Fatima, esta semana nos fez muitos milògres. Tendo eu urna irmà que ja sofria do estomago, estando ela para casarr aumeotou a doença de que estava muito mal. Tendo eu feito o pedido da 4gua milagrosa j i ha. bastante tempo, eia esperava com uma grande fé. Nas vésperas do casamento ja com os gastos feitos, peiorc>u, estando corno eu nuoca a tinha vistò. Pedlmos todos com grande fé Santissima Virgem que lhe désse saude. Nessa ocasiao cbegou o aviso para lr buscar a a~ua ao correio. Ela

a

be{Jeu, /avou o estoma~o e no oatr{)

dia estava coma se n.ada tivesse so/rido.

De V. Rev.111a, etc.

Maria dos Anios P.ereira Candelaria -

S. Miguel -

AçOres

Rev.1111> Sr. e D. Julieta Lourenço dos Santos, casada com José André dos Santos.. modista. moradora · na rua de VIJar, da cidade do Porto, tendo a sua unica filha de nove mezes de edade,

desde os trez mezes com a cabeça cheia de feridas que cada dia aumeotavam mais, nao cedendo durante seis mezes aos tratamentos lodìcados pelos médicos, eslea dectarararn set grave o estado da creaoc;a. A m!e na sua ~fltçao, recorreu a Nossa nhora do Rosario da Fatima e pro• meteu• lhe de mandar celebrar uml!: missa e publlcar a graça., se a creança sarasse. Nào podendQ, porém, na ocasiffo obter agua da Fatima, cortou em um jornal da "Voz da Fatima• a estampa de Nossa Senbora e, cheia de confiança na protecçao da Santissima Vlrgem, colocou a estarnpa na cabecinlla da creança e Javou as fe-

se.


dR F6tlma

Vo-:, ridas com Agua comum, deixando de lhe aplicar os medicamentos. Nossa Senhora dlgnou-se ouvir as -suplicas da aflita mrie e no Hm de -0ulnze dias as ieridas estavam completamente sas. Mandou ja celebrar a missa e pu· blìcar a graça, cumprindo assiro a ~ua promessa. De V. Rev...a, etc.

Julieta Lourenço dos Santos• «Ill.010 e Rev.m• Sr. Venho pedir- lhe o favor de pubJi<:ar na «Voz da Fatima•, que em 13 de junho passado estì~e em Fatima com algumllt penOaa desta freguesia, aon1le fomos em pere2rinaçao. Confessamo-nos, comun2amos e rezamos. Eu, que desde criani;a sofria dum eczèma no nariz e que muito me fazia sofrer, lavei· me na agua da Fonte Mitagrosa onde haviam en• <:ontrado curas e alivioa tantos doentes, se.guodo lera no jornalzinho. Pois tenho a satisfacao de publicar que flquel completamente curado. Mas de que grande encomodo fiquei livre I E com uma simples loçao do nariz I Oraças a Nossa Senhora da Fatima I Agradecendo- lhe a pedida publi· caçao, subscrevo, me com a maior cooslJeraçao e estima

De V. Rev.ma, etc. .S0za (Vagos), Agosto de 1925. Joaquim da Si/va Carvalho

Rosa F. da Mota Machado, para

·mais afervorar o culto de Nossa Miie Santissima do Rosario da Fatima, vem tornar publico o mllagre que eta lhe fez. Tendo rninha irma, muito querida, doente, ha trez anos, fol esta no dia .23 de 8etembro subitamente acometida de urna forte hemorragia pela bl'lca o que alguos abalisados clinicos nào poderam de belar. Na m~drugada do dia 27 intensifi,cou-se ~ssa hemorragia. Levei-a num trem ao hospltal da Misericordia aonde o méd1co de serviço no banco, vendo o perjgo que corria, a mandou imedlatamente internar no pavilh!o particular, e ali, medicando-a disse .estar na imloencla de urna hemorragla cerebral, podeodo o caso ser

,fatat.

Chela de confiança ~ da venera,çAo mais profunda Jmplorei o socorro da Vìr~em Pufissima Nossa Senhora da· Fatima, prometendo-lhe ir so, ou com minha extiemoslssima irma (caso eia j-1 podesse vlajar), no proximo dia 13 -de Outubro corrente, agrade.cer o ter atendido aos desejos do .meu coraçao. A crise, d-epols da minha fervorosa suplica, pa~sou e venho eu ro (visto

que minha irmà alnda me nao oode acompanhar), prostar- me aos pés de Nossa Mae Santissima da Fatima, agradecer o bem que me concedeu arredando naquele momento o fata\

perlgo e mais urna vez rogar- lhe to• me minha adorada Irma e a mlm soibre a aua protecçllo. I

I

Porto, 28 de· Setembro de 1925.

Rua de Santa Catarina, 333

Obtiveram graças que veem agradecer a Nossa Senbora mais as se-

guintes pessOas:

-Lllaic ,e J1sas Yieira, residen-

te em Ortan4ia (B,azil) tendo-lbe morr14o um gemo tubercuJeso e vendo sua filha Maria, mae de dois meninos, com escarros de sangue e signaes da mesma doença.

-Qalttric Mari•, do Souto de Baixo, fregu-ezia da Caranguejelra, soffeoào de urna brooquite asmatica de que foi inutilmente tratada por v!rlos médieot, com.eçou a tornar agua da Fatima resando, aotes e depois, urna Avé-Maria. - /scura da Conceiçilo Paiva, (rua Nova do Almada, 83, 3.0 D. Lisb0a) e6tàodo condernnada a urna raspa,gem em um fledo ou cortaremno, prometeu publicar a cura obtida.

-D. Alda Crcveiro lopes de Sou· resi<lente em Panglm

sa e Faro,

(lodia), a cura de 11uas fllhas.

-D. Meri« de Lourdes de Barcelos Coelho Boreei (Angra,Aç0res),

o ter-se confeseado um pecador a hora da morte e ter Nosaa Senhora do Ros.4rio da Fatima afastado a epidemia da gripe da aua terra. -DomlnJ!11s Ferncn.des Rendelro, da Murwza, urna cura recebida.

Abrigo para os doentes peregrmos da Fatima TransporCe. • ••

J.754:500

Condessa de

Margaride D. Htrminia . 8 rane o Teixeira de Lencastre

44:500

O. Maria Luiza Vargas

5:000 10:000

Soma••••

1.814:000

.Hbeleza de Maria ,

Um dia urna criancita de quatro anos, foì admltida, em razao da sua idade, a visitar Bernardete, na enfermarla do convento de Nevers, onde morreu. A pequenita aproximou-se, nos bicos dos pés, do leito da feliz videate de Nossa Senhora de Lourdes, e em voz baix:a segredou- lhe ao ouvldo: -Minlu Irma, v6s vistes a Virgem Imaculada? -Vl, minha filhinha.

-E eia era multo bonita? A esfa pergunta da !nocente. criança o rosto de Bernardete tornou-se radioso e de urna expressao aagélìca indìscutivel e respondeu: -Oh se é formosa I tao formosa que quando se vé urna vez deseja-se morrer para a tornar ver.

---------.A· s oracoes dos leitores

A's piedosas oraçoes dos leitores · do no5so jornalzinho recomendamos as necessidades de varias pessOas que isto nos petlem, incluindo a completa cura de um chefe de famllla que é o amparo de sua rnulher e de urna creancioba de tenra edade.

Fatima Tendo publicado no mès anterior o primelro artigo que Joao Ameal. sob este titulo, publicou no jornal de Notlcias, do Porto, archivamos hoje, corno promettemos, o segun<fo: «Eu prometi contar-lhes os factos s8brenaturaes a que assisti na jorna• da maginfìca de Fatima Aqueles que nao q uizerem acreditar na sinceridade da minha narrativa, é melhor nao lt· rem este artigo. E' doloroso para mim poder pensar que um esp1rito d'in.. credulidade ou de ironia pJssa dominar os que me prestem gencrosamea- , te a sua atençii.o. Q ue a o escrupulo com que repro.iuzo aquilo a que assisti - corresponda o escrupulo dos q_ue assistem, através da minha expos1çao, aos prodigios de Fatima. Primeiro facto positivo e enexplicavel. No dia 13 de Ouu1bro, era meio dia e dez minutos no meu re~ logio, l?ass<1va a imagem da Senhora. de Fauma entre a espantosa multidao devota. Foi o grande momento de que falei no meu artigo de sabado. O ar encbeu-se de voo branco dos lenços que acenavam e do clamor unanime, fervente, das saudaçoes dos fieis. Na cova da Iria, toda a 8ente convergiu para o logar da proc1ssao. E foi um largo ext·ise, urna vasta onda mistica, galgando o espaço, destolhando-se em bençaos na atmosfera luminose. O sol descobrira-se. Descia um ex-plendor fluido, em ouro puro, sobre a terra Junto a mim, um home.r:n da minhn aldeia comtemplava comrw go o quadro imenso Nao sei ainda. porqu€, senti um desejn repentino de observar o sol. Ouvira a varias pes,.soas cultas a confissao de terem constatado fenomenos no sol, naquela data, aquela bora. Fixei o sol. Antes de mais nada: fixei o sol, sem que os

oLhos me doessem, · sem que a retina se ajrontasse. Pareceu-me que havia

no sol urna siogular tremura. Afir.. mei-me melhor. Com espanto meu, a visao esclarecia-se. O snl tornara-se. um circulo finissimo, urna especie dcr anel doiro, e, no centro. convertera• se nuina c!'ft!ra de sombr a em rota, çao veloz. IJurante alguos mlnut,gs impresionado e dominad1•, verifiquei a oitidez do e:imaoho sucesso. Oepofs,,

sem nada revelar do que ohservara,

receiancto a auto-sugestao, pedi ào meu comfanheiro que olhasse tam· bem o so e gue me disscsse aquilo que fòsse de:.c1.,brindo. E o meu compaoheiro foi dcscrevendo, exactarnen· te o ft.nomeno, o mesmo fonomen<J ex'traordinario. A prova estava felta.. E consolidou-se aioda, mais tarde quando varias outras pes!>i>as me re,, lataram ter visto, a n,.sma hora, en-

quanto fitavam demoradamente () sol vivo, sem a minima sensaçdo de do,. o que eu vira tambem, cLarammte.• Seguado facto positiva e enexpU· cavel. Conheci, na cova da Iria, dois homens, um dos quais medico. Ambos me afirmavam categoricamente,

ter asslstido ao seguinte cpis6dlo : uma creunça dc do1s anos, tega aé nascellça, cujos olhos se abrm11n ci lui do mundo, pela prirneir::i. vcr,.

I


t .

ante a Imagem da Senhora de Fatim a, entrc ~ a legria entusiaMica dos pais. Terceiro facto positivo e inexplica· ,el. Um cnformo que chegou, amparado por amigos, sobre as suas duas muletas, e que, a passagem da Imagem, pòz as maos sobre eia - e camin hou, sem nenhunui ajuda e desprezando as muietas, um largo ll:ID• po atraz do 1indor sa nto. Outros factos, dentro dum campo mais llumano, mas dccida mente prodigtosos. Entre os cem mii percgrinos de Fatima, que atravessaram leguas de serra, via5 aspérrimas e in. gremes, nenhum cançasso, nem um queixumc. Todos declarando-se cheios duma força interior, duma intima plcnitude, e s6 descjanùo, ap6s o rcgr_csso, renovar a sua ida a cova da

lrra. Mais: bastantes indiferentes em ma· téria religiosa que, de joclhos, alheiados, se conccntravam no pensamento

de l)eus, transfigurados. Mais: na massa infinita, urna unçao que nenhum ruido cortava. Uma asceçao geral, purissima, traduzida em oraçocs ardentes e cm asceticas bumildadcs de atitude. Mais: a cova da Iria nao tem o minimo pitoresco. A paisagem é antes penitencial, arida, pouco acolhedora. Até la, a dificuldade de acesso é urna cscal.i de canceira e Me sacri• ficio. E as inumeraveis legioes de crentes acorrcm àquele lugar seni uma atracçdo paetI, sem um interesse terreno - unicamente movidas por um cxaltaçiio sagrada, que 1he-; da toqucs mara vilhosos de estatuas em tran!òporte. Nada que evoque mais a JuJ~a na primitiva era da Fé, - com as plcl:,cs em clcvaçao crucificada, cntre um scenario triste, para maior gl6ria do Senhor. As duas ordeus de factos que ponho em rclcvo - e q ue silo inttira· mente verdadelras, - devl!m il umi· nar as almàs dos que me lcrem dt: bòa-fé. Por mim, que 01 vi e que os ~lvi, nao hesito i:m pronunciar a

palavra: m.ila,-re I

1\tt,u\ da Fatima A redaoçao ou admlnl•traoAo da ,Voz da Fàtima• n•o pode encarregar-•e de torneoe .. agua da Fàtlma é• pe••6•• que a deaeJam. . Presta-•• a eate aerwlço • sr. Joaé d'A'lmeida La• pea-Fatlma (Vile Nova de Ourem), • quem dewem aer feltoa o• pedldoa.

Coisas ti-is\es •Urna das nossas grandes ml!ériss é de viver nas maravllhas da Fé, sem advertlr nelas. O que hi de mais sublim~, força dt: o conheoermos, parece-nos banal. E até, por e ~plo, achamos muito natural que l:>eus tenha viado 4 terra sofrer e morrer por n6s l 1 ~ Crlstaos pelo batlsmo, vivemos todavla a vulgar e mesquinha viòa humana (se n4o somoa graodes pecadorea aloda ••• - talvez no illudo fo-

a

e •

licitando Deus por nos contar nomi• nalmente entre os Seus adoradores ( I que parvos I). Tào pequenos somos !>

Pedido de roseiras Havendo o projscto de adornar os muros do santuario de Nossa Senhora da Fatima com roselras, agradecemse as que mandarem entregar no pro. prlo local, jà enraizadas para serem plantadas. E corno nào havera numero suficlente para este ano cobrir todos os muros, multo agradeclamot qua cada um em suas casas, por ocaslào das podas, flzesse a plantaçào dos exemplares que tlver devoçào de oferecer em 1926. E' conveniente marcar em cada roselra o nome ou, pelo menos, a còr das rossa.

H jardineirinha Adriana, interessante menina de doze anos, passava urna gr1inde parte do dia no jardim de seus pais, porque senlia um prazer indizivel em tratar das flòres. E nisso se empregava mais do que era da vontade de sua bOa mAe. O unico objecto de seus pensamentos era fazer deste jardim o melhor que pudesse haver em toda a vislnhança. Por isso a mAe lhe disse um dia: -Estou muito contente, minha fl. lha, por te ver tao cuidadosa em tratar do jardim e porque f 11zes grande gOsto na cultura das flores. Nada g6slo, porém, que sejas tAo negligente a respeito de ludo mais, e menos ainda g6sto de ver qne nao cui• das em adquirir os conhecimentos necess4rlos para cultivar o teu espi· rito e encamlnhar o teu coraçao para as prAtlcas de ple.dade. Escuta urna hlstoriasinha, da qual poderAs tirar

parli do. •Certo homem multo prudente ti-

nha um discipulo que, como tu, se entregava todo 4 cultura do seu jardim, e qtje desprezava o enriquecer sua alme de conhecimentos uteis e pr6prios para dssenvolver a sua lnteligencla e formar o seu coraQ!o. Um dia, lhe disse o sablo: - Peço-te que nao c:tés todos os teus cui• dados s6 4s Oòres de teu jarjim, desprezando completamente a t u a

a

alma.• Ouvindo estas palavras, Adrhtna corou e promet-eu emendar-se. Entito a mAe lhe dii-sse : ·-Faze, mklha ftlha, do teu espirito e do teu cora~o U'fT1 jar~tm para Deus, porque e~sas fUm·s :tào eternas e nada ha capaz de as fazer murOMr.

Voz da Fatima Deapez•• Trani1porte. • • • . . • . •

'40.798:600

Impressi~ do n.• 39. .• (24.000 exemplares). Outras despezas. • • • . •

Soma,

L

552 000 130 000

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41.480:600

Subscrlpc,Ao (Continuaçao - ì\t.iio-1925) O. Maria do Re~gate Cord.!iro, 10:000; U. · L u1za da Cunha Pinto D1as, 10:000; D. Beatriz N Gmmar ~e~, 10:000; D. M 1rid do N:isc1men to Loureiro, 10:000: D. JuJia Ja Silva Guerra, 10:000; D. Eufemia ùe Souza Soares, 1e :ooo; Lu1z Correia ùa Vas.;oncelos. 10:000;.Jornae~ (D Ma.ria de Jesus Duriio),. 10:000; idem (José Mana do Costa Oliveira) 5:ooo; D. Adtdaide Corte Real da Camara: 10:00~; D. Jo~efa Mat?s Chaves, 10:oco; Antonio F. de l\lclo Gu1marfie1, 10:ooc; D. Aida Celeste Fcrreir,1 do Amaral Correia de S ouirn, 10:000; D. Maria C/,t\·in d'Orn ela~ e ya~concelo~, 10:000; An1onio Dia, l\largnndo, 10:000; Jornne~ (D. Chrisrin:i SantosJ, 15:ooo; D. Emilia de Jesut Oliveira, 10:000; D. Maria da Luz V. Antunes,. 10:000; n. G11rtruJes da Conceiçao Mon1eiro, 10:000; José de Ma tos Oias, 10:000; D. Margarida Lopes, 10:000; Padre Jayme José Ferreira, 10:000; D Tereza Xavier Ramos Netn, 10:000; Jornae~ (Padre Antonio Correia Ferreira Mota),32:500; José He nriques Angelico Braga f.1go, 10:000; Bernardo Rodri,tues Guede~, 10:000; Joaquim Dom1ni;tues Urbano, 10:000: Jaymc Nogue1ra, , 5:.ooo.; Jornaes 1D. EngrJcia da Assumpçao Covas) 20:000; J osé Go m es. 20:000; D. lf,:ne< Coverle-y Monteiro, 10:oooT D. MRT1ana de Vasconcclos e Souza d'Avila Amara! 10:000; Manuel Gonçalves, 10 :000· D. Maria Martins Proença, 10:000; D T,re~ sa de Jesus Frazao, 10 :000; Manuel 1~ereira dos Reh; 10·000; José Antunes Junior. 10:000; D. Maria Pertira. 10:000; O. Maria Amelia Coelho do Amara!. 10:000; D. Me · ria Cardo,o, 10:000; D. Emilia da Costa Andrade, 10:000; D. Irene Roso, 10:000;. M.idame M11 &'1J11 Viana, 30:000; D. Ermelinda Simoes, 10:000; D. Adelina Fern11nde11 Leitao, 20:000; D. E -nilia Martin, Je C1'rvalho, 20:000; D. Maria d11 Conceiçiio Camilo .. 10:000; D. Maria Jo~é d'Almad.t Teles 20:000; D. Maria Jo~é Rodr1gu eq, 1n>ooo· D. Maria do$ Santos Rosa, 10:000; D Marta Fernondes 15:ooo; D. A lexanùrim1 do~ Santos Alei xo, 10:000; D Amelia Cd!.lro P•reira de Fi~ue1redo CarJoso. 10:000; O. Cescencia Fernandes Dias da Cruz, 10:00()-. O. Man11 da Conceiçlio Loi,es, 10:000; o'. Laura Teixeira Correia Branco, 10:~· D. A atonie Curaùo, 10:000; D. Sor,hi; Afrei:u (médica), 10:000; D. An11 e D. Maria José de Alarciio, 10:00~ D. Gu1lhermintt R drigues Mat11, 10·000; D. Maria Men. des Lino, 10:000; Custodio Silnrio Dur§o. 10:000; D. .M.iria Jo~na Patricio, 10:000;. Roberto Jus Santos C.ir•alho. 10:000: Manuel Pere1ra Fau,tino, 5:ooo; Jorn11es (Coruche e S alvaterr a) 15:ooo; D. Matilde è11rva !ho Klut, 10:oooi. D. Carolina Edu11rda Tele,~ 10:ooe; D. Maria P11ula Cardoso,. 10:000; D. Rosa Ameha da S1lv11, 10:00<>;. O, Maria das Oòru Sobreira Jnrdiio, 10:000; O. Maria l>ellìt111 da Rocha • Bmo, 20:000; D. Maria de FigueireJo, 10,eoo; D Julia Mcnd~s Leillio. 30:000; D. Guilhermin,1 de Je,us Alberto Go mu, 10:000; D. Dorotbee tla Conceiçao Ben:neAte Alve~, 10:000;, Armando Augu,to do SRcramanto, 10:000;. Hcnrique Au!',ulto N•,cimento, 10:000; Dr. Joao de P1uo, de Souza C&nnarre. :u,:ooo; D Tere~a de Jesus Ferreira MarquH, 10:000; D. Maria Augu,ta Ribeiro, 10:000~ O. Mana Julia Botelbo, 10:000; D \lRri11 lnocencia AmYrà1, 1r0:ooo; Padre EvnriHo C11neiro Gomes, 30:000; I!>. Conceiçuo ltam1ro Serra, 10:eoo; l) CarA10 P11c.lillu, 10:oooi O. Joaq1t1n11 S:ioohes, 10:'>oe; F>. Alice l\iarlins, 10:000; Jo~~ ChriH~vic,, 0urem, 10:000; 1'r. Antonio A1e•wo Meir~es Soute, 5o:ooe; D. M11na do Canne Corte Heal Ahreu J., l.inu, te:ooo.

\IOZ DA FAllMl Este jorn•lzinlìo, q

11 •

wac se11do t~o querìdo e

proourado, é diatPfhuldo gr tuit mente eirn Féti~•

no11 di cts 13 de cad.s, m••• Ouem qalzer ter o dlreito de a reoebc• dlPe• eta mente pelo o o r re I o• tera de unvlarl ade•nt•datnent•, o . '" n' m o ... daz mii réhl.


A.no lV

BEIR,IA, 18 de Fevereiro de 1.0!.!6

,

(COM

Ad~lnhrt.rador: PADRE M. PEl?EIRA DA SJLVA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTO$ impresso

na

lmprensa Comereial, • Sé -

eronica de f atima

13 de Janeiro

rNl

4 ~

1r::: d:

O dia Janeiro rc::al1sou-se, ua Cova

da fria, corno de costume, a commemoraçao mensal das app riç6es Durante quasi todu a maoha urna chuva miudioha e impertinente cc1h1U sem interruply'.iio, ensopando os caminhos e Jifi.:ultando o accesso. Apcsar di~so os peregrinos nao desaDimaram, e prose~uiam a sua marcha, cheios de fo e enthusiasm·o, corno sempre. A's onze horas, na estrada que domina o locai dai appariç6es, vc~m-se vehiculo5 de toda a especie, de:,de o autornovel elegante e luxuoso alé ~ mais hllmilde tt dellCOnfortavd carroça. A essa hor a a chuva tinha cessa do e o sol, até ent5o encoberto, ei;preitava furtivamente por entre ,es nuvens. A n,ultidiio que se concentrava 1m frcnte da capela nova para assi!tir as missas engrossava cada vtz mais. Ao meio dia egualava I! excedia até por ven1ura a de egual dia do mès anterior, apesar de lt!r sido um domiA,;o. Vurìas miisas ~e tinharn ja celebraJo, muitas centeno" di; pes~oa , prèviamente confe:,sadas, 1i11b.tn1 ja re~ebido a Sagradtt Comunhào. i)1eia h o ra depois principiou a missa dos enformo-.. Dt:sta vez apeuas algumas dezonas de victimas de ::.offri en~ r1. <t> ... ..

.,

N.• 41.

APBOV.AçAO ECLESIASTlOA}

Dlreoi.or9 Proprle1:arto e Editor Com~o,10 e

I

REDACçAO E ADMINISTRAçAo

B.UA D. NUNO ALVARES PEREIRA Le1ria

tos phy:.icos occupam os lugares reservados do pavilhao. Mas o acto religioso que se vae desenrolando no meio de supplicas e de canticos, nem por isso è menos magestoso e empolgante. A bençao com o Santissimo Sacramento aos e11formos e mais uma vez o momento mais impressionante e commovente. 0s enfermos recebem essa bençao com visiveis sentirnentos de profonda ptedade. Os o·Jhos de muitos estao mareja<los de lagrimas. Alraz da umbela, numa atitude I everente e grave, cm contrai.te 1l.:1grante com a sua tenra idaJe, caminha urna gentil creança de 5 annos, agii corno urna arveola, alegre corno um ~ol1bri. E' o filhinho do dr. Carlos de Azevedo Mcndes, chde dos escoteiros de Torres Novas. Tendo ido pela 1 .• vez assistir aos actos religiosos no locai das appariç6es, todo elle é a curiosidade em pessOa. Pctgem occai.ional do Rei do Ceu, escoodiJo no seu Sacramento de amor, corno Jesus se deliciaria contemplando aqtiella alma cheia de candura e innocen~ia ! Ap6s a b1rnçao geral, s6be •ao pulpito o rev. Anucleto Pereira Dias, qne. durante cérca d~ vinte minutos exhorta sentidamente Oi ouvintc:. a cumprir os seus Jcveres de christaos. 0s escotairos de Torre, Novas, auxiliados por ouwos de diferentes lncalidades, presuim os seus scrviço:-. com um zelo incaosavel e unrn dcdicaçao iocxccdivcl. DisciplioaJos corno so!Jad,ls, obedientes .\ voz dos seus chcfc:s, ·, sempre promptos p,ara a:, turcfas mais penosns, arro:,tando muìtas vezes com o frio, a chuva. a faòiga e a fome, sempre alegres

IHATO NONO DE SANTA MAk~Al

e bem di,;postos, siio justamente constderados como os prot o typos dos escoteiros cathol:cos. Nunca começam o seu tra bNlho seni receberem o Pao dos fortes, t'dificando com a sua attitude &rave e rt:colhida e com a :,ua piedade fervorosa . Bem haja o r cv. Nunl!s Ft:rreira, seu digno assis . tente enclesiastico, c.ora ç ao de ouro em alma de pr8ta, que c o m o se.u admiravel zelo pastora! soube formar uma pleiade cfo jo1 • vens, tao destinl't05 pelo inten5Ìdade do seu espirito christao, corno pelo criterio. eorrecçiio u delicadeza com que desempenham as suas diffi.:eis e rnelindrosas funcç6es. ' DepoÌi do strmao, organiiase o corttjo rara a cooduçiio da imagem de No~sa S>!nhora da· Fatima pare a sua capela. Muito:s fieis dcmorarn-se ainda no loca! rezando a~ ultimas préces, mas, o grosso da pei'"e,rioaçao retira imidiatamente. Duas horas mai~ tarde a Cova dn !ria é um lugar tranquillo ~ . de:sertp, que n§o parece .~er o que realmente é: o polo magrietico das almas e d0s cora~6.:è> de mi lh6es dc portuguezes.

V. de M.

Hs curas da .Patima - - - ~- ----

~

·

-

Lisbàa, 25 de Março Ile 1025.

Sr. ~irector da

Voz da Fdtiour:

A lmpressao que sioto ne.;te rno-

me11to e a pouca cullura de que òis1100110, priv11m-rne, bema mett JHsar, de fazer a descriçilo completa dum caso 4ue V. me per111 itira que teoha a sathfaç!o de vér pulilkado ne-se jornal, etiperandu por isso a sua obst4u1osa e penhc,rante hospital1J;Jde, quc, recont.ecida111e11te l!grarl~çu. Nos fìns ae Marçu de 1925 agra-

,


vou-se a enfermldade do meu pobre filhinho, vendo-se obrigado a dar en· trada no hospltal militar, com duas lnguas trllhadas, sendo observado pelo médlco do dito hospital, cujn nome Ignoro e que fez a prim eira operaçao lancetando a da direita. Passados uns dois dlas foi novamente operado na esquerda pelo sr. sargento enfermelro, Fernandes, seguindo depols os outros tratamentos que eram unicamente feitos com o desinfectante de borato de s6dio. Ao fim de 24 dias • apareceu urna lnfecçfo do lado esquerdo sendo obrigado a levar mais tr~s golpes de forma que com tantbs sofrimentos das operaçòes e tratamentos se p0z no ultimo estado de fraqueza. Observado novamente, o médico disse- me que estava tubercu toso no ultimo grau. Oepois de tr~s rnezes de hospltal segui para casa julgando-o curado. No dia seguinte foi a urna farmacia de Pedrouços onde lhe mandaram p0r uns pensos quentes de borato de s6dio que descobriram a infecçao. Passactos uns dlas dizem-lhe que era impossivel curar-se porque a infecçlio era debalxo dos intestinos e nlio havla melo de secar o pu i. Indo depois a um especialista que o auscultou dizendo que nao tinha absolutamente, nada interior masque tinh~ de tornar uns banhos de sol, rece1tando tambem um remedio para a fraqueza mandando· o corner de tudo. Oepois f ,1 observado pelo médico Manuel Barbosa que lhe disse o mesmo que e, especialista, isto é, que nao tinha doença interior mas que era melhor ter qualquer doença nos pulm0es porque, alalhada de principio. tlnha cura. Mandou-o a seguir deitar em cima duma marqueza descobrlndo-se um tumor lnterior e ordenou que f0sse ao raio X para ser melhor obervado. Consultel tambem o Ex.mo Sr. Dr. Slm0es Alves cujo arestauo tomo a liDerdade de env1ar Incluso para V. se dlgnar publlcar. No principio da doença, aquele ilustre clinico, cuja probidade mora! e profisslonal é soltejamente conhecl ja, notou-lhe slmplesmente que sofria de adenites supuradas na virilha \ esquerda junto a um grande estado , de fraquesa, mandando- lhe tornar uns banhos de sol e umas lavagens. Vindo nov)lmente mandou-o dar entrada no hf>spltal, mas corno o estado de f raqueza era muito grande e nAo resistlsse a nova operaçllo, a m!le. sollclta e vigilante, dilacerada pelo sofrlmento, que s6 as verdadeins mlles sabem seatir, preparava-se, reslgnada para receber a punhalada pungente do desaparecimento do filho querldo e ldolatrado, quando recebemos a visita dum:;y senhora das nossas relaç0es, a Ex 111• ::ir.• D. Julia Mar~ues Morgado qut, abeir,1ndo-se ao doente, lhe ministrnu um:t pequena porçao d'itgua da F"tim:t de que a mesma senhora se fazia acompanhar. Esta bondosa e devota Renhora jimals abandonou o doente '" chela de fé. dessa M que nuoca abandona as almas b0as e verdadeiramente crentes, esforçou-se para incu tir- nos

esperança nas melhoras do doente. Oecorridas 24 horas o doente co• nheceu melhoras e tornando a chamar o médlco que o j 1lgava perdido, este, ao vel-o nllo oculta o seu espanto ante o resuscilado, dizendo que estava completamente curado e sem nenhum mal interior.

fHESTf\00

! I 1

jtJIJ.o Carlos Simiies Alves, Médico Cirur~iiio pela Escola de lisboa: Atesto que observel o sr. Antonio d'Oliveira ha trez mezes e que so/ria de adenite suppurada na virilha esquerda e com um estado ![eralmen· te grave pela intoxicoçào devida a prolorz![~da suppuraçdo e com re· tençdo de pus que vinha sofrerzdo ltavta bastantes meus. Atesto tamb!m que tettdo·o observado hoje ,~ corzheci que estd completamente curado e com o estado eeral magnifico, tendo autrmentado muitos kilos. Por ser verdade aqui o declaro sob palavra a'honra. Lisboa, 9 de Outubro de 1925. ].,ao Carlos Slmòes Alves Manuel Rodrieues Romelro, do Souto at: Cim11, f1t:guesh1 da CaranguPjeira, dlocese de Leiria, vem agradeci:r, por este meio, a cura de urna sua filha de 6 anos, que ten do ele ja ido muitas vezes com eia aos banhoe e ao médico, que lhe aplicou choques electricos, stm nenhum resulcado, finalmente se voltou para N. Senhora d~ Fatima, fazendo um dia de manhà a promessa d~ mandar prégar um sermao, se sua fllha rosee curada, isto é, se começasse a andar, o que obteve nesse mesmo dia e tem continuado ,, até hoje. Sr. Director da Voz da Fatima: Como novamente vejo no j nrnalslnhrs, a Voz da Fdtima, o pedldo de nao demorer a, inl111 mi.c.;0es dos acontecimentos da Fatima, venho multo ainctrsmente rehitar a V. o que a meus olhos se tem passado nesta mlnha freguezla:

· Maria Patrocinio dos Santos, viuva, n~tural da treguezta das t..o,tes, concelho da Covilhà. padecendo de escrofulas hAvia anos, t-atando o seu corpo todo em cha~as, sof rendo d0res horriveif, nao podendo passar ao estomago alimento Algum, lançando o leite que tornava, pel•> narlz, havendo dlas que se encootrava nee te es1ado, soube, ptlo j •rnal, das curat da Virgem do Rosario da F!tima, p0e-ee a c11mloho d11 FAtima no dia J3 de Malo de J923. chega ao loear das appariçòes, turna al,iumas g0tas da agua milagwsa, que engo1e sem dificuldade ahtum11 e, ji no rf'~resso, comeu da merenda que o filho hav1a levado para si. Tt!m fei to cha da terra que trouxe do logar das appariç~es e com ele tem experimentado melhora~ conc;ldefavels. Em Malo p p. foi a Fatima agrade cer é Virgt>m e pedir a aua cura cnmpleta. Fol na minha companhla. Desde Ourem a. Cova da lrla fomos a pé, pois que nos nAo f•>i posslvel nbler melo de tr~nsporte. Eta sempre descalça, alegre e satisfei'h, re-

sando sempre e com fé de ser curada. H oje encontrei-me com o filho~ que me disse que sui màe esta quasi curada. No pr6ximo outubro iremos novamente agradecer a Virgem Santissima levando- lhe urna oferta conforme as nossas posses. A mulher deve ter 50 anos de idade.

-=Na mesma freguezia e lugar:

Joaquim Pt!oa/vo, com um ataque apvple11co, despedido do médico, estando paralitico de t-0do o corpo a ponto de ter dois homens continuamente ao pé de si para o servirem, pois ele estava todo prìvado de suas acç0es, sua muther pede-me o jornal, l eva-o ao homem, uma sua filha vae le- lo a sua cabeceira, ete torna coragem, pois estava desani· mado, aviva a sua fé e em J 1 de maio p p. levam-no a Cova da lria com grande sacrificio. Esteve ali até ao dia 13 banhando o seu filho e sua mulher que o acompanharam, na agua bemdita. Volta a !ua casa no dia 14, chega ao Entroncamento sem sentir melhoras. Ali quando seu fllho e sua mulher o tomavam nos braços para o sentarem na carruagem, de repen te principia a mover as pernas e a mao dirèita. Chega a casa, !6be as escadas quasi s6, percorre (I casa, vai até a varanda e vai ja ha dois domingos a missa conventual. Na mao esquerda ja nao tem as d0res que nela tinha. Cheio de reconhecimento quer ir a Cova da lria no proximo outubro agradecN a Vir2em e pedir lhe a cura ccl mpleta. -=No lugar da Br}u ça, na mesma freguezia de Cortes: Maria Rosa da Silva, de ldade de 97 anos, tendo o braço direlto paraliti co com dòres turivtis e nao o podendo mecher havia 6 mezes, friccionando- lho com a agua milagrosa ' teve melhoras quasi rapidas, movendo o hoje sem dificuldade alguma. -=Ftlicidade dos Reis, casada. em parto titborioso ha vta quatro dias, estando jA sem esperança de vlda. toman Jo algumas g0tas de agua, antea de 15 mtnutos dA a luz sem difìculdade alguma urna linda criança do sexn femenlno. Em agradecimcnto 4 Virgem promete ir a Fatima levando uma oferta conforme as suas posses. Sua m~e ofereceu ao Sagrado <!oraçAo de Maria, que se venera numa capela publica aqul, os bot0es que sua filha tinha nas orelhas. Tudo isto tenho visto, afirmo pftra honra d1 Virgem Santissima. NAo ha, no que digo. nada de mais do que se tem passsdo.

--

Clementina dos Santos, atuna na Escol" Normai em Lisb0a, estando a paasar as férlas em casa dum tlo nas Cortes, tendo comido urna amet: xa teve d0res horrlvels, dlzendo eia que n~o podia comoreender donde partiam. Vendo-se em perigo de vlda manda cham1r o seu PAroco para lhe administrar os ultlmos Sacramentos. lembra-se de repente da a~ua de Nossa Senhora do Rosario da f Atlma, vlndo-se buscar umas gOtas a casa duma curada pela mesma


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Voz dR Fatima perta a attençiio. Absorto em meditaçao profonda, pcrturbada apenas por soluços que ét veze, nlio p6de reprimir, fiunùo na V1r11em os ci_lho~ rasos de l.igrima1, o d:s· conhc:cido parece expaod1r o seu coraçao aos pés de Maria em agradecimento de qualq,1er granùa favor. As horas pas,am. Os v1sitantes entram e sahem e o monge permanece prcgado no solo. Neda o p6de di~trah1r, até que, ouvindo-se cinco horas no relol(io do santuario 1 o trapista se ergue, sa(JJa Nossa Senhora com um olhar de desped1da e1 atravessando uma multid!io um tanto intriaada, ne bater ao presbytério. Soubo-se qua a sua con ..ersaçao com o santo cura entrio encarregado da egreja, durdra duas horas; qua ambos sahiram muito commoviùos, levando o sacerdote na mlio um soberbo aonel ù'oiro com dia· m•nte. O trap1sta, que me era completamente dcsconhaciùo, pediu me uma entrevista parucular. Mal ficamos s61, poz-se a chorar e se lançou a m~us pés para me confì.ir a narraç5o dii sua viJa. Depois cobrindo-se com o sau capuz, eotresou me com mlio trémula este e~cripto que aqui te· nho, e cuja lei tura me suphcou quo f1ze~s~, emquanto, a meus pés, implorava a d1v1na misericordia. Eu li e permaneci estupefacto. Ora o penitente indicou-me entao o claustro que suo irmii habitava outr'ora. No caso do seu f11llecimento, ou que viva 111nda, o permitiase, incumbiu-me de ler aqui pubhcamente eHa n.irraçao. Promcti. Foi entiio que me entregou um rico annel com diamanta, derradeiro vestigio da sua gran ùeza passada, e unica recordaçao que lh• restava da sua f.imtlia. Eu deveria comprar com o v11lor do objccto o suffi.:ic:nte para off•recer um ex-voto a su.. s.inta Liberradora e prevenir depo1s o mystariosi> ~esconhecido de que a sua promessa a Marta es rava cumpnJa e que ,ua 1rma o espera no ceu. Por isso venho completar a minha rromeua. E o prégador, commovido, começou a leitura do roanuscr1pto:

agua, torna urna ~6ta e repentinamente fica curada. Rompe em um grlto de alegria e promete lr agradecer .j Virgem em outubro.

Objeelos eueonlrados Encontram- se na Cova da lrla varios objectos, e e·ntre eles alguns chales e guarda· chuvas. >

Attua da Fatima A redaoçfto ou adminie-traçAo da ,Voz da Fàtima, nAo pode enoarregar-ae de forneoer agua da Fàtima és peeaoaa que a deaejam. Preeta-ae a este eervic;o • ar. Joaé d'Almeida Lo• , pea-Fatima (Vila Mova de Ourem), a

quem

devem

aeP feitoa os pedidoa. ·«

Oh ! Mioha Senhora, Oh f Minha l't1àe f . . .

))

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N'um ùia de maio dei 18.SS, (o caso é authentico) Paris souhe com espanto da desapariçiio <l'um joven e brìlhante marquez. Elle deveria esposar dentro em pouco a unica herde1r~ duma riqu1ss1'lJa familia american1, entao residente tambern em Paris. Oo desapparec1do encontrou-se o cbapeu, o revolver e uma luva, n'um recanto do bosque <le Bolonha, indicios sufficientes para de(pertar suspeitas. Mas, nem a poli ci1t, nem os amigos puJeram descobr1r o que succedere ao marquez, nem o que era feito d'elle. Entrecunto o seu cocheiro ,ffirmou sob juramento que o seu amo, apoz urna no1te ,passi1da em certa casa de jogo, onde perdc:ra ,o resto da sua immensa fortuna, se tmha feito conduzir ao Bosque de Boloohe, de madrugstda, neste dia, e que subindo para a carruagem, camb3Je11nùo, se lançara pesadamente sobre a almofada. Ao descer, o seu fato estava em desordem, os seus olhos inj~ctaùo~ <le sangue e o roseo como inffa. mado de colera. O desgraçado internou-se nas profundez •s do bosque, mas aomente depo1s de entregar ao cocheiro duas cartas, com ordem e1pressa de partir immediata·mente, As cartas nao eram de natureza a dissipar suspei1111. •Fica sabeodo, dizia elle a sua irmii religio•a, que eu cumprl a minha • palavra. rla apenas um instante que re.citei a oraçao promett,da. Ah I Se soubesses I Nem um vintem. Arruinaùo I Perdi ao jogo o que nuoca poJerei pagar. Adeus: Ora por mtm•. A' sua no1va: •fmpossivel esposar-te. Nao quero injuriar-te offc:recendo um nome que a deshonra e a ruina sUl(matisam p~ra sempre. S~ livre. Retoma a nossa palavra. Se f~liz. Adeu~h Fo1 tuJo o que se,soube. Os dias e os anos .corrc:ram. A pouco e pouco a J.,.mbrança do de11pparec1do 1p11gava-se das memonas; amigos e noiva esqueceram o marquez. Somonte a irmii guardou a sua memona como uma espada que lhe tre1passasse o coraçao. Votou me~mo a sua vida e uma oraçlio 10ceuante é V1rgem por aquelle desgraçado que, é mesm. bora em quc: 1a commetter o mais irreparavel dos crimes, ou~ara invocar a Mae d,= Deus, como quc para desafiar • sua santid11de e submetter a uma supre• ma prova a palavra de S. B.:roardo, aues tando que ji1mals Maria joi invoc:rda em ,,ao Volvidos treze annos, entre a multidiio que vem implorar N. Seohora da~ Victo1'1811 esperança e reconforto junto d'Aquella que alhv1a toda a d6r, avança um tra• 11ista, de cabeça oculta no seu capuz. Ajoelha diante do altar e da imagem de Nossa :Senhora. O 1tu rotto pallido, extatico, des-

•Eu, dii o maouscripto, sou o marquez que, ha treze annos, o muodo jul$a morto. Se elle 1e enitana, é graças Il misericordia da Santissima V1rgem, mmha nel protectora, qua miraculosamente me salvou do meu dese,pero. • Muito joven, perdera meu pae. Possuidor, ao, 18 annos d'uma immensa fortuna, dissipei-a em toJ, a sorte d'exce ,sos e d'escand.ilo~. Tinba uma irmli que aos 15 annos de1xou minba mllt para entrar n'um convento muito austaro. Nem as lagrimas, nem mes1110 as amaaçu de minha mlie, nem o eumplo lteroico da minha irm!I me pudaram rcfrear. F1lho proJ1go, abandonel o prorrio lar, desamparaoJo uma unta mio, so e dodnte, afìc d'nitar os 1eu1 olbares e os seu1 tarooa cooulbos. elhs um Jia em qua eu estna, maia profondamente do qua auoca, aolodado nos meus vicios, urna pala na da minba irmi abalou ma olio Hl como: •Vam1 a ooesa 111111 morree. ~Corri. Vejo-as aioda: a minha pobre miie na • 11onia, 1 mioltit irma junto d'ella, de pé, calma, ,inù• do scu coaveuto oara ass1stir a esta mllo abandonaJa. Entrei tiio precip1tado como confu,o, quando com um 1t1110, mi'lha irmli me i111p61 ailencio, e, aproximando se da moribunda: «Elle ,eio•. •Como que reanimada a subitas por estas pal.ivras, minha mi• abre 01 olhos, e • com voz fraca mu ainda clteia d'autorl• dade: 1pro111na .., 01urmur1 ella. «As mmhas parn.ia dobranm-se. Lnado eG'l lagrirnas, prostro me de joelhos a seus p,,. 1!:Ua continua: eEacuta 111•u filbo, nlo me rutam tenao elguas momeotos dt vida. Perd6o· t• todas u Ja1rimas que me tena feito d1m1mar e ,ou peJ1r para qut ellas te obtcnturo o p1rdlio de D1tu•.• Oepoia, depoi, com um grande eaforço: •Po· deria duherdar· re ..• , mu olio, Exijo so· menta de t i urna promHU aob a nossa palavra de chrtatao e d'bomom bonraao. Toda a tua viJa diré, esta oraçao , Saotiasima Virttem .. .• •E 01 olhos se fixaram s6bre um pipe! que ella tinhe na mlio e d'11lli sobre uma imagem collocada ao pé do leito. Promete,-me? Pro ... mete, me?• •Promette• insistia minha irmli. Um sa-

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cerdote entrou, começou a oraçiio dos ago• nisantes quando eu exclamei: Sim eu voi-o juro, mlie, faço s6bre isso o juramento.• •Morra contente... Eugenia, Eugenfa, ora por elle; Santa Maria, rog;1e por nos, pecadores ...• •F11ando o seu ultimo olhar sobre a imagem da Y1rgem e abrindo os braços, como para estreitar n'um mesmo abraço os seut dois filhos e o crucif1xo reclinado sòbre o pe1to, voou ao ceu.-Tirei o oapel da sua mao. Era a oraçao: Ohi Minha Senfiora, oltl Mrnlla Mii•, escnpta pela seu puoho tal como ella outr'ora m'a ensinlira. Ahi eu havia esqueciJo a minha Miie do ceu tanto, e mesmo mais, do que a minha mii e da terra I Abismei-me de pois no vicio e na deshonra, mas para ter palavra, aprendi a ora• çao e recitei-a, mesmo em oca~ioes • hgares onde a minha invocaçiio é Miic de Deus, ahi nao 1:ra sena.o ultrage e blasphemia, Dentro em pouco, exgotados os expodientea e quasi de todo gasta a minhl herança materna, ou1ei traficar com o meu nome e com o meu coraçao. Jurei amor a urna pes~6a que jamai~ am4ra, mas cuja fortuna cobiçlira. A infoliz: deixava se seduiir pela gloria do meu nome e pelo falllO brilho do meu ruido de vida. Tudo se rireparou para o nosso. proxìroo casai:nent_o. Um dia, porém, senti horr6r de a 11lud1r. Para niio ter de revelar lhe a minba ~in_a no dia immediato ao da nossa uniiio, quiz ,. tentar fortuna ao jogo. Joguei, poi,, e eis que bilhetes e peças d'oiro se empilhan:r dtante de mim. A colera e o despeito enraivecem os que perdem e eu, eu JBl'lho sempre. Orn de subito, lembro-me nao ter dito a minha oraçao, n'esta noite. Continl'.to a jogar,.inas esta oraçao ocupa os meus pennmenttft. Para socegir, recolho-ll'le um in ~tante, r~cito a minha oraçifo, quasi com fervor, e recomeço a partida. •A sorte abandonara-me. Uma ap6s outra desappareciam as sommas amontoadas. Jogo quinta~, cavallos, tudo. A',; qu11ro horas da manhii, nem um vintém I Apenas me resta o annel de meu pae e eu niio quero en1penhal o ao jogo. •Siml arruinadol• E todos vifo ler s6bra a minha deshonral Paris vae rir de mlm, de minha irmii, da minha noival Furioso, arremesso me a urna secret4ria, escrevo apreuadameote duas cartu e salto pua a carru11.gem 1 decidido a morrer no Bosqu• de Bolonha. Tudo se turo e mistura no meu cerebro: minha miie moribuoJa, minha irmii que ora por ventura por mim n'este momento, a futura esposa, a casa de jogo, a ruina, a ooite, o Bosque em que me anternc:i. Tomado de delirio, apoio sobre a minha fronte e comprimo o gatilho uma, duu, trez vezes; nada, A arma errou o fogo; arremessei-a para longe de mim. •Entlio1 ohi entao,... s1m percebi dian• te de mim Aquell11 cuja im1gem vira ao pi de minha mae moribunda: n'uma nuvem, uma mulber brilhante de brc1ncura, olh1ndo-me com tristeza e piedade. A sua mllo indicou me um ponto asds di<;tante e a sua voz disse-me: •Corre, esperam-te 14 em baixo.• •Mais aturdido do que commovido, e sem pensar em proferir a menor oraçiio, corri muito tempo oa direcçiio indicaùo. Na orla do bosquo, um religioso, de pé e 16, pare• eia esperar-me. Pelo menos o meu aoraçlio d11:ia me que era aquelle que a appari~llo me enviava. O que se passou entiio? E1t nilo soube mais nada. A mioba memoria recusa-me a dizer mo os acontecimentos d'esta hora, e o proprio religioso guardou para si o aeu segredo. "O dia 1eguinte achou-me consumiJo d• febre e de mégua. Oespertei num quarte> onde tudo era silencio e pobreza. Junto de mim, um monge todo branco, de ro~to pallido, recitava em voi baixa o seu ro~arie. Eu eatan n'um convento de trapisru, a alaumu boras de Paria. Aquelle quo me Hlna era hem o homem a:usterioso qu• mo recc:bera a orla do Bosquo, o proprio Abbade do mosteiro. Em breve, Aquella qu• tinha salvado o meu corpo, curava tambem a minha alma. Soquioso de peni• tencia e de retiro1 fiz-me trariista. E' para cumprir urna onlem recebida do Abbade• no aeu leito de morte, qJe eu venbo aJa.lhar-me hoje em Nossa Senhor11 du Vieto• rias, d'onde, ofio sei como, elle partira d[rectamente ao mcu encontro. «Oignae-vos publicar eslas misercordiu

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Voz da Fa-tbnft. ùe Maria, e que Ella_ mesma vos abençoe e vos rccompense por 1sco».

A as istencia chorn\'a quanJo o pr.!sac.lor acabou a narraçii<J. l'ans conheceu loJ:o a marav1lhn, e Jcpois, a Tnippa foi mu11as vezes psi turbada pela~ vi:.itas que a curio11Jaùe ou a affe1i;no trazi11m até junto do marquez. Em j,m eiro di: 1895, edoso e eafermo, reciuva a111ùo o seu rosario nas ùepenùencius ùo coovento. Trinta e sete snos depois da nmte do milai:tfe, n'um dia de m a10, unlR pobrc cruz de m11deira se ergu,rn no cemiterio dll commurndade. Lia-se n'ella: aDom Bernudo di: Maria.» Cobrii.l o~ resto, do m~rquez, cuja alma se reunira a ùe SUll mae, de sua irmli e de scu Deuà-. A oraçiio a que se refe re este episodio (p~de haver quem a n:io conheçaJ i a segu1nte: OM mi,:lia Senhor,1 I Oh! minha Mae I

eu ,,1e offereço lodo a Vòs; e, em prova da m inli,1 aevuçao, eu Vos consagro hoje os mtus olhos, ouvi.ios, ,i 111ì11ha bocca, o meu coraçao, lodo o meu ser; e pois que assim Vos perte11ço, oh 111111ha boa J.tae, l(riardaeme e defe11de1-me c:01110 co1s.i e propr1edade

Vossa.

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Abr1go para os doentes peregrioos da Fatima TraAsporte • • 1:814:000 Joao Severino Gaio da 5:000 Camara • • • • • • • D. Tereza d' A Imelda Mascarenhas • • • • • • • 20:000 Francisco Antonio da Costa Diniz • . • • . • . 10:000 D. liabel de Lacerda. • • 20:000 O. Oertrudes Oliveira Santos Pinto • • • • • • 10:000 Uma senhora que se en• contra em grande afliçào • 20:000 20:000 Antonio Maria Pinheiro 50:000 D. Palmira Bor~es. • • • 20:000 Teresa (Creadil). • • • 15:000 Serafina (Creada) • • • : O. Maria da Luz Pereira Rodrigues • • • • • • 10:000 D. Maria Pereira Lapa • • 5:000 Soeur Emmanuelle (Pariz) 126 francos

Tres momentos Ha tres coisas que deve111 sempre acAar logar no dia d'urna pess6a christi: o momento de Deu!, isto é. algumas rcnt'x0es de p1edaae antes ou durante as vossas ocupaç0es; 1- - : o Momento do proximo, ainda que nao seja m.ils que urna palavra ama-. vel para alguma das pess0as que nat; roddam;-o momento de 116s mesmos, ainda que nAo seja mais que urna leve mortiflcaçao nas vossas refeiç0es.

deserto superioris Aeeypti. (Tobias, XIII).

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E' o éHCanjo Rafael,-que no l ivro de Tobias nos é apresentado cotno o gua1da da castidade conjugal,~o grande lnimigo de Asm odeu, o demonio mais homicida do Inferno: o demonio da impudicicia. A Tobias indicou Rafael, médico divino, a santificaçao pela oraçào e pelo 8acrificio heroico. Ordenou- lhe . que d e noite queimasse o figado daquele peixe misterioso que é C1isto, e logo que obedeceram, T obias (e sua esposa Sara), St! apoderou oe Asmodeu e o levou. Tal é a razào por que devem sempre l~r os jovens casados esta histò• ria de Tobias e invocar S. Rafael. Qual é o sitlo do deserto do Alto Egito que serviu de prisào aquelc espi rito Impuro? - perguntava- se. Foi resolvida a questao pelo Padre Autefage, da Cornpanhia de Jesus, superior que fei do colegio da Sagrada Familia, no Cairo. Duas investigac;òes a que procedeu quando duma viagern ao Alto Eglto, resulta que é urna montanha do deserto, situa.da em frente da cidade de Tahta, que as tradic;òes locaes colocam a prisào de Ai,modeu. Ainda hoje justamente em Tahta, manifesta este demonio a sua presença por factos verdadeiramente diaboli-

cos. Possue Taht11 urna igreja catollca servida pelos Padres Franciscanos. F0ra1t1 estes filhos da serafica O1dem que procuraram op0r as manifèsraç0es do espirito de impureza a ima· gem do anjo que outr'ora o vencéra, encadeara e ap,esionara. Com efeito, ainda hoje se coAtempla na igreja de Tahta a imagem do glorioso arcanjo Rafael encadeando o demonio Asmodeu:-demonio 4ue tantos maleficios provoca e em tantos lares introduz a maldiçao. E' de todas as almas puras a devoçao a S. Rafael e carcereiro de Aamodeu,; eia traz comsigo totla a sorte de benç~os sobre as uniòes cristlls.

Voz da Fatima Despezas Transporte. • . • . . . • • 41.480:600 Impressa o do n.• 40... (24.tlOO exemrtlares). 552.000 Out ras despezas. • • • . • 165 000 Soma. • • • 42.197:680

SubscrlpqAo (Coatinuaçio - .Maio a Junho)

A.SI\ODEU (peraeguidor da esplba do Jovam Toblat)

Ha no Egito urna Peregrinaçào da Cutidade pouco notoria, bem que esta vi\tude seja tao prlncipal em to. dos os tempos ~ mormente no actual. E' essa a peregrinacào a esse lo~ gar ondt! o arcanjo Rafad encadeou o demoni,1 ùa 1mpureza aum deserto èo Alto E~ito. I ' 1 une Raphael Angelus appreh1N· 4it <JDe11101,ium et reieea vit iUud in

Silvustre Jo11quim Lourcoço, 10:eoo; Luiz Antoru• Carraçà, 10:Goo; O V1r~m1a AujliUsta Tt1xeir.i, 10:00~; Azcl!°a lh ,tos Xavic:r 20:000; Joao ~ll(Ue~ Sub11l, 10:000; D. J'oan;1 Loba10 da Fonscca. 10:000; D. Clara dc ~ouza Namorddo, 10:uoo; U. Josè Belmoate, 10:oc,o; D Elvir,1 Aug,nta No14utin1~ 10:000; C<;>nde,s.1. de Tarouca, 10:ouGj Ce)me Ferre1rn dc Castro, 10:000; J~naci<:> l\lendes d11 C_unh11, 10:000; D Nana u11s Rcmed1ùS Xsvter Procn,;:~. 1<.1 :000; (), Maria d11 CoMa C :1\t11nhe1r11, 10:000; Co-ne110 i\l.anuel Fernande:i No~uc1ril, 10:o()(Y, D Mnrt.i Toma:i:1a P1nto .ntunc\, 10:ueo; Manuel ~a Silva, 10:000; D. Mari.: Tertza dc S. Jo,é, 10:000; O. :Wldrla Joso Pcstn_n a, 10:oGe; D .Marganda Pinto d e Mesqutta, 1o:itoo; D. Bcrn.irdina ~a Sii va G!nçalo, 10;000, José. Augusto P1res Jos ::;.,ntos,

1_0:00?; Reinal-io l\lonteiro Basto, 11 :ooo;

f ranc1sco An10010 da Costa Dmi7., 10:000; 1--~r,oncbco Lobato Leiléo, 10:000; D. Lucia Cabr,11, 10.:000; D. Marì<1 da A~ u mp~ao

Cama_ra, 10:000; D. Jos{:fa Serras, 10:000; Anto010 Var1tla Gome1, 10:00; !\la· nuc:l JOH.jUlm de Souza, 20:000; I>. Ma ria de Lour,frs de A lbuquerque, , 1:ooo· O. Eu~enia Ferreira Mendl!s, 10:000; Rit~ do Sacr,1mento Mousaco 'A lçada, 20:000· Padre Francisco Pcreira. 59:6~0; Joao A~gusto dos Rei~, 10:000; 1). V1rgio111 Montciro Gornc~, 10:noo; Oomingo~ nto nio Murtins. 10:coo; D 11.:rminia de Noronha 10:000· D. Anna Falciio, 10:000; Felician~ Mirti~ nho Sobral, 10:ono; Lu1z Pcreira de LencaHre e ,\lenczes. 5v :ouo; ~hr1a do~ Aojos Lores, 10:000; I>• .-\di::la1Je Vicente 10:000· D. llerrnmia Rendas Fnrtes, 10;00~· D. Ma: ria Celeste Je Seabra Fab1fio, 1o:o~o; Vasco o~ono de Va scoocelos, 10:000; O. Victoria Smde Pinco, 10:000; D. Laurinda Dama ~o Taveres 10:000; D. Lucinda S1m6cs Martinho, 10:000; O. Delfina Maria d'Alm eida . .S:ooo; D. Henrique t a Tadeu, 10:000; Juho Mousmhu Fernan..tcs, 20:000~ D. Mana Carolina de Barhosi Percma de Mello, 10:000; D . Maria Generosa de l\lenezes d'Alme1<la, 10:0 00; O. Mar~ariJa Pereira Lima, 13:ooo; D. Anoa Nobre da C osta e Silva, 5:ooo; Francisco da Cruz Costa Leite, 10:000; D. Tereza de J~sus Alm eiùa, 1 dolar; n. Mari,1 S1lva, 1 dolar; Manue l Lourenço Gomtis ilos Santos, 10:000; DominJCOS J oiio Ma chado, 10 :000; D. Mijria Madalen11 da Siivu.,. 10:000; José Miranda Felir,e, 10:000; Padre Joaquim Duc1rte Alexandre, 10:000; U. Ann11 Guede~, 10:000~ D. M ,ria da Conceiçan Footes, 15:ooo; Padre Antoo10 Carreira Bonifacio, 10:000. GJ~O J.i

o:

Padre Antonio V1eira de r.eiçA, 15:ooe· Padre Manu.:l V1eira dos Santos, 10:000; Rosnlioa Pereira 1:3.istos, 10:000; Padre Jo- • sé RoJri,l,\ues dos Santos I.ima e Silva. 10:000; ConJe,sa Ùtl s~r,hyra, 10:000; O. lzal>_cl Muri~ T11v.ire, P1oena, 10:noo; D. Maria Amalia GoJmho Bo1tYiJ11 Napolu 10:000; lJ Mima Victoria d e M~&;ilhiie; Counnho Braga, 10:000: D. M11 ri~ J osé Lopcs, 20:000; D. Rosa ù'Almc1da Vie1ra Lope s1 111:000; D. Felic1dadc Tav11r<l~, 10:000· D. Augu$t.a Machado, 10:000; D. 1-lermmi; de Jesus, 1c,:ooo; D. Maria da Puritìcaçiio Godinho, 10:0000; Urna familia Christi, 5:ooo; D .. Anna da Fonsec11 Alves, 10:000; Dr. José 81rne de Souza Loreto, 10:000· [) Celeste M.ria de Souze, 11 ·o<•o; Antdni~ Farinha Lourenço, 10:000; D. Mar~arida l\hria de Cortona d11 Conce1çiio e Siln, 10:000; D. E,ter Borges C"b ra l, 10:000: D. H ermtnid Beatriz Marque•, 1c,;ooo; D. Ccc1ha de L.cerda Corre1a, 10:000; D. Aureha Paes Perc1ra, 10:000; D. Mari11 J'Auumpçao Queiroz 1.1'Azevedo, 100:eioo; O. E:ni,1r11cì,1 da Conc•içiio Serrano Swlpueiro 10:000; D Alzira Co,ta, 10:000; D. Felici: dade Souza, 10:000; D. Carmina da Rocha Cahxco RanKcl de Quadros, 10:000; D Ma• ria d11 Purif1ca~o Pumbo, 20:000; D. Rita e.le Jesu~ 811rbosa e Sa, 110:000; D. liortenc1.1 de Mello Lemo• e 11,1,mezes, 10:000· D. Bearri~ dt: J ~su~ Fernandes Vai Conte!~ 10:000; 1) • .Mana Au1<urn1 do, Santo ~ Valenttm, 10:000; Polyc.irpo Manual uos S•ntos1 U!:ooo; Padre Joaé Manu Lor,es Noi;iutin, 10:oeo; D. Eduarda da Co~ta Albuquci\que de Pin;1, 10:ooe; D, Clara Montl!1ro, 10:000; Manuel Antuni:~, 10:ooe; O. Mart,;ft rida Gomc,• Sernio, 10:000; [). Leonor Marquct8 !-erriio Ch1tas, 10:000; D. lzabel Antunes Gomt.s, 10 :Qoe; D Muiit José Costeir.a, 10:Goo; Domingos Valente d'Alme1ii.i, 10 :Geio; _Bo., ontura Jo ~é ll11 r.ampo,, 10:000; Ant? OIO frattoso, 10:000; D Ma.riit de Je.u~ Ptnto C11n10s0, 10:000; J oiio Ba• 1.r.st11, 10:000; IJ. Maria tlo C;.rrue G~lvio Si1r1ou. 10:000; Padr~ Alfredo Melo Abraotes Jo C auto, 10:00~; Joao Miria Pimenta, 10:000; J>.,Jre Manuel Pcreira de Ohve1ra, 10: 000; D. Dt:olinda Diaa Pereira, 10:000; I) Palmyr,1 Lw1z S.huw, 10:000; 0. Rosa ùe u .. rv .. , ho, 10:oc,e; Jod Ferré1r1 C aXII· ru, 10:000; Antonio da Co<ta Melic1as, 10:000; p,.Jre l<obcrto ,Vla c1el, 10:000; D. J oannn du ~ulva çifo Nobre, 10:000; @. Maria lrahcl Fcrn~oJes, 10:000; I) , Eliu Memzc$ ùe Je~us, 10:oon; D. M1ir1a Jo Car• mo Ihcelar, 1 o:no•; D. Berta l\l en.Jes Baceltar, 10:000; I). Marta Joanna de L,nnos Pe-' re1ra de Sant'J11~0, ro:Goo; b. Laura da Costo, 10:oooj M:• ria da CeAcei~iio, 10:ooe;, P;1Jre Antonio Martins Carnetro, 10:eoo;. D. Leocadina llcnriques, 10:000.

I


- .

N.• 4,e

LEIRiJ.A, 18 de Março de l.026

A.nolV

(COM

APROVAçAO EOLESIASTIOA) AdmluhiJ'trado1:: PADRE M. PEP~JRA DA SILVA

Dtreei.or, Proprte'tarlo e Edt'tor

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS Composto a impresso na Iroprensa Comercial, :'- Sé -

eronica de f auma (13 de Fevereiro)

tissìma, para a commemoraçao festiva das .Appariç6es. PessOas de to<=ias as classes e condiçoes sociaes alli .se encontram, naquella estancia bemdita, congregadas pelo mesmo intenso espirito de Fé e pelos mesmos sentimentos de viva e

profonda pjedade. 0s servitas prestam na f6rma d·o costume os scus valiosos serviços. As missas succe-dem-se umas és outras, sem soluçao de continuidade, no altar priocipal da capella nova. Urna multiJao devota e recolhicfa assiste as missas, resando sem cessar pelos e,nfermos recolhidos no pavilhao respeetivo. Estes sao em numero inferior ao doi uhimos mezes. Veem-se apenas dois grandes dot:ntes: Urn homem e uma senhorn. AEf uelle tem, ha cerca de seis mezc::s, uma uloora DO estemago. que o faz sofrer horrivelmeote, produ,zindo gran.de depressao no seu orga11ismo, ja vertado ao peso de sessenta e dois Janeiros. O scu rosto, emaciado por taotas dores physicas, traduz a resignaçiio da sua alma, conforta,fa pelo vigor da Fé e pelo balsamo da confiança no p~der de Del:ls e no valimento de Nossa Senhora do Rosario. A senhora, muito nova aieda, pois conta s6mente vinte e d@is anos de edade, sofre ha mais de

Leiria

:a.-crA

REDACçAO E_ ADMINISTRAçAO

D- N'UNO A-LV AB.ES PEBE:IB.A. (BUTO NUNO DE SANTA MANA)

As roseiras na Fatima Muito penhorados, vimos agradecer as inumeras ofertas de rDselras para ornamentar os muros que vedam os terrenos do futuro Santuario de Nossa Senhora da Fdtima. O apelo da nossa querida - VOZ DA FATJMA - foi ouvido em todo o Portagal, F6de-s, dizer qas nào ha provincia ou diocsse gue nào estsja ahi reprssez:tada. Mutfo obrigado a todoo I Qus a Virgam Sontfssima faça catr

sobre os benemuitos doadores as ro!as das suas grcças, sdo os noss6s vot,s.

A COMISS.lO dois enos duma firaque2a axtrerna. Natural do Funcbal, onde

residt-, veio expresameote a Fatima, acompa-nhada por sua rnae, supplicar A'queìla que a santa Egrcja chama com razao, na ladaìnha lauretana, a Saude dos enfermos, a eura ou pelo menos o alivio dos sews males. A sua voz sumida mal se distiogue e o seu abatimento é profo11do devido a doença e aos inc0mmol!fos da longa viagem qùe teve de fazer. Todavia no seu resto, em que se espe.l ha a candura da s-ua akne, brìlha urna suave exp«"essao de re,ignaçao e doçura e a flòr dos I abios brioco-lbe quasi continua111en1e um sorriso de fa· ,.

gueira esperança. Entrornnt<> começa a mis-sa dos enformos. É meio-dia e meia ho-

ra. Em frente e em volta da capella nova, a multidao tc,roa-se mais compacta e o seu fervor coltra novos alentos, intensifican•

I

do-se principalmente depois da elevoçao. Recita-se o terço e cantam-se os canticos do costume. -Te,minada a miss a, o celebrante cla a bençao com a Hostia Santa a cada um dos enfermos e a todo o povo. Veem-se muitos olhos man·jados de lagrimas. Depois da bençao fioal, s6be ao pulpito o rev. dr. A velino Gonçalves, de Braga, que durante vinte e cinco minutos prende a attençao dos rnilhares dc fieis que o escutam, folaodo numa voz clnra e forte sé>bre a pratica da vida christa e a penitencia, objectivo unico das a,ppariç6es da Santissima Virgem aos pastorinh@s de Fatima. Reconduzida a Ima g e m de Nossa Senhora para a capella das appariça>es, os meis retiram pouco a pou,o para os sius lares, e algumas horas mais tarde so reinam o silencio e a solidao na~ quelle recinto privilegiado em que se rebpira a plenos haustos uma atmosphera saturarla des perfo • mes suavissimos do Ce111. V. de M.

Hs cnras da fétima ,Covà0 do Lobo, 2/i/925 Meu caro amigo: Escrevo lhe boje por eau~ dum milagre que Nossa Senbora da Fatima fez a um:1 paroquiaAa mìoha. Trata se d'urna doente de febr-epue, per al q ue èstav11 dese1JgaAaòa dos méliìcos. Recebeu todos os sa• crnmentos e esi,>erava-se mento 0 dest:nlace fatai.

a cada mo"

Eu, que a viatiquei e ungi, ,tarnbem assim pensava e tanto ass1m que, quuclo voltei éa mi,nba terra (oncle fui ui1s dias) perguntei, log«t que ca cheguei, se eia jc\ tlAha nrnrrlàe •. o pae, quo ja tlaba Ido a Falima,


Vo~. da Fathne

pegou-,e entllo com Nossa Senhora da f~tima, começando desde logo a ir todas as noites igrej:i rezar o seu

a

terço, deante do S. S. Sacramento, durante 30 dlas. Passadc, es~e tem• po, come,çou a melhorar, e hoje, grQ· ças a Deus, esta bòa. O vavente chama se Manoel Jollo Pereira dos Santos, ajudante do Regiito Civil nesta f reguezia. Devo acrescentar que a doente bebeu algumas vczes agua que o pae tlnha trazido da Fatima e tomou cha da terra, que de la veiu tambrm. O meu amigo publique esta grnça, se assim o entender, e de-lhe a forma quc quizer.

P. 0 Aueusto da Silva"' «Ex mo Sr. · Eu, abaixo

assignado, declaro que sofrendo, durante um mez, de d~1es horriveis sObre os rins, resolvi consultar o ruéJico, que me aconselhou a fazer o tratamento p&los raios X, pois achou qualquer corpo extranho dizendo ser preciso tratamento pela eletricidade. Apavorel-me tanto com a minha inJelicidade que recorri ao auxilio da Santissima Virgem Nossa Senhora da Fatima, tomando a ~gua da fonte sagrafiia, durante 9 dias e ao 3.' dia sen•i grandes alivios. Fui novamente consultar outro médico, que me disse que eu nllo tinha n11da. Graças Santissima Virgem jA posso trabalhar no m3n('jO da minha casa, o que anfes nào podla hzer, devìdo ao meu sofrimento. Em gratieilie Santissima Virgem, ex,ooho a verdade desta minha missiva para vir no joroal de Nosu SenhCM'a i,a Fatima. lito teve l ogar no dia 25 de Abril

a

-

a

de 1925.

De V. etc. Ma1ia da Co11ceiçl10 MtJnton Lisb'Oa-0Afundo.> 11 de Setembro de 1925. Eu, Joaqu~m da Silva, sofrendo {ha nove aR8S) de urna ulcera no csto« LtsbOa,

mago, estando desenganado dos mé· dicos, apeg,uei- me com a Vlrgem Nossa Senhora do Rosario da Fati· ma, e venho agradecer a esmola da sau,1e que me d&1, pois encontro-me melhor, graças a Deus. Minha companheira Maria Soares, ,orrendo dum11 ulcera n'un11 perna e n'um braço, ha tempo bastante, recorreu com muita fé Senhora tlo Rozario de Fatima e encontra- sè egualmen~e melhor, graças a Deus. Vamos no {Ila 13, levar as JHOmP.ssas a Nossa Senhora do Rozario da FAtima, agradecend9, Jhe multo a esmoJinha da sau .!e.

a

Joaquim da S/lva e Maria Soares <.alçada de Arroìos, 27 - Llsbòa.•

O Padre Ma1tuel Pe.reira da Si/va adrnlnistrattor da Voz da Fdtima, tendo

UR1

eu sobrinlw, Manuel, de

pouco m le; de dols annos, filhn de sua inm1 Em'lia, residMfe em Monte Re1tl, sido, depols da ultima Pascoli,

ataca Jo de cox lgia, que um C'!!pC· clalietx d\" Usbo 1 j 1Ir,ou incuravd, fez !J,l.3 rrovenn a Nvssa Senhoru da

FAtlma (3 Avé-Marias e o lembrai· Jlos . . . ) e no, dia em que terminou, a creaaça j i se voltou na cama. O aparelho de eélso, que fol posto creaoQa no hospital, teve de ser retirado passados cèrca '1e oito dias, sesn resultado. Quando dois dias depois da novena o pae da creança voltava do Out~o ori de tinha, a conselho do médico, ido vèr se collocava a creançs, a mie, que na ausencla do marido tinha tambem recorrido a Nossa Senhora da FAtima, teve a grande conliolaç~o de apresentar o filho sào, con1t>rva11do se ainda hoje de perfl'ita saude. J6 todos fòram Fatima airad~cer a Nossa Senhora.

a

a

« Maria Dias Temido, casada com Antonio RodtifUt!S Pato, natural e moradorn no A venai, logar da freguezia do Sébal (Condeixa), amamentando um filhl,1ho de 4 mezes, secouse-lhe o leite em junho e debalde recorreu a varios médicos. No dia 13 Je Outubro, de madrugada, achandi-i-se em Coimbra, tendo se lhe acabado a provisao de leite, afl,ta por ver a sua filha chorar de fome e sem lhe poder valer, recorreu a Nossa Senhora da FA.tima e desde esse dia alimenta a creança so seu peito.•

•Salamanca (H~spanha) Sr. Redactor da «Voz

da Fatima•:

Venho pedir o ohsequio de publicar no seu jornal a segui11te cura: Como natural da provincia de Salamanca, Espuha, e tc:ndo ouvldo fallar naa curas de N-.,~u Senhora de F!timit, lembrei me de pedlr a Nossa Senhora a cura de meu pae que ha mais de vinte anAos soffia de urna enfe1mi 1ade que ultimamente se agravou muMo, dizendo os médlcos que precisava fazer oper.içao porque j i tinha ulceras. Muito aflicta, recorri a Nossa Senhora de Fatima prometendo publi::ar o milagre se o llvrasse de fazer a operaçllo. Comecel no dia 30 de ' Malo urna novena para esse fon, e no jia aeguinte começou a melhorar. Ne dia 3 d'~bril vott0u ao médlao, ji muito melhor, dizendo-lhe o naeamo médico que nao precisava de ser operado, e actualmente encootra-se perfeltamente curado, graças a Nossa Senhora. Maria de la Penha Manjtm Palomero e

fatando tu, Maria Carolina Cae-

tana, ueeooiantt', residente em Lagares da Belra, com um quisto havia 16 anos, no pé direito, tendo oaaaiOea que me dava b.astante pena, principalmente quando fazia grandes Vi:¼iens a pé, cooaultei n1édicos e D1uita outra gente que entendia de medicina, acooselhaodo me todos a que fizease urna operaçào. Fui SO· freodo e no ano de J.924 fOram a Fjtima um1111 peuaOas ami gas, e me der8111 um joinalzlnho dtt ,Voz da Fatima•, onde eu vi tanto:- mitagres operados por NuiSli Sen~1ora do l~ozario. Enuw uq ei mu\t(') erente e lhe pedi com muita f é estn ~caça. Pedllhe na nuite de 17 de Noveml>ro, e alé ao dia 20 do mesmo mez fez-me a graça que pedi e que prQmetl publicar no scu i rnQlzi11ho, logo que

pudesse, e ir ao to~ar das apariçOes agradecer éi Virgem Nossa Senhora a grnça recebida das suas divinas

· m~os. Ontras graças M. da C. B. E., agradece a Nossa Senhora da Fatima urna graça recebida.

-Maria Carreira Paes dos Sanda Covilhà vem •mostrar a Nos-

tos,

tìa Senhora o seu eterno reconheci-

mento por a tcr curado quasi repentinamente, com a agua bemdita, duma ferida que tinha num pé, de muito mau aspecto e que nào cedia a outros medicamentos. -A. L. da C., de Goimbra que, posto que continue doente, envia a quaotla de 5:000 rs. por urna graça que No~sa Senhora do ~osario da FAtima lhe concedeu.

-----=--------·-----Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima · Transporte. • • . • • • • • • D. Luiza e D. Mariana Soares. . • • . • . • • • • D. Maria Emllia Braodi\o Aguiar Nunes de Mou-

2.148:000

ra . .. ·. • . . . . . . • . •

50:000

5:00C,

Um secretario de um in10:000

querito •••.••••••

D. Adelaide de S. Cham10:000 10:000

bers.•.•.••••••..

D. Laura Pinheìro•.•••

,

----------Soma • • • . • • • •

2.223:000

Lamentaçoes justiftcadas «Trazia ·cansados os or.gàos do movimento ocular dos meus olhos, de oa obrigar a desviarem se . .• das pernas descobertas, com as meias de r8 de de tres centimetros . • ; dos braços despu lJoradameRte nu · .•. , dos peitos impul1icamcnte expostos, por' entre caix ,Jhos de renda . •. Para onde quer que os atirasse, !empre a feira franca da carne f emenina i ve-

la ...

Q•1e triste?a I Vloha-me lembrando do cristào baloiçando-se néste diluvio lmenso de 1en1uali~mo, corno se baloiçava nas iguas do diluvio Universal, a arca de Noé, sem que os nossos pés, corno a primeira pomba, encontrem, quasi, onde possam polsar .• , > -A veròade é que is vèzes f('mQs receio de que um fogo puriflcador. corno o de Sodoma, vcnha abrasar isto ou que .. m s,gundo diluvio ve• nha lavar este mundo de luxuria. Q Je as almas sinceramente piedosas procurem fazer contra.vapor com a sua vlda pura e santa.

A.t1s as~ig11an\es Prevenimns os nossos queridos assignantes, 4ue queirtm rcnovar a sua a!-signaturn, que nao f/\f.ernos 1:1 cobrança pelo corrcio. Cada um te,n de enviar directamente a imporlc.ncia da 111 P~nu1 em carta reglsra,;ta uu vale do correio. E' quasi indispcnsavel rlizer o n.0 da assignatuu. J\1uito gratos ficamos a quEm nos prevenir cte 11lguma irreguhuidade.


'

Voz da Fatima

AROUIVANDO Com a devlda venia, começamos 11oje a arquivar nas coluoas do nos .,so jotnalzinho o que d~ mais notavel a imprensa portugu~sa publicou em 1 9 I 7 e e re a dos extraordlnarios acontecimentos que nesae ano se deram na Fàtima. Pedimos ao mesmo tempo a todas as pessbas que tenbam conbecimento doutras publicaçoes referentes aos mesmos acontecimentos, o favor de no- las indicar para se arquivarem e se juntarem ao proce11&0.

a

{Do .. s eculo» de 15 de Outubro de 1917:)

•eoisas espanto~as forno o Sol bailou ao melo dia em Fatima As epsriçéia-s da Virgem- Em que conai&tiu o si-

gnal do Ceu-lluitos milh.ures de pe&a6aa afir•

m•m ter-ae pr_o duzido um mllagre-A gu•rra e a paz. (Do nosso enviedo especial) Ourem, 13 de Outubro Ao saltar, ar,os dernorada viagem, pelas dezasseis ho ra~ d'hontem, na estaçao de ..Chiio de Ma~s, onde se spia.ram tarnbem pessòas relig1osas vindas de Jonges terras para assisur ao «Mil.igre•, perguntei de • chofre, a um rapaiote do char-il- b,mcs da carreira, se ja ttnha visto a Senhon. Com o seu sorriso sardol)ico e o olhar enviezado, nao hesitou em re91>onder me: --Eu cd so la vi pedras, carros, automoveis, cavalgaduras e gente! Por um facil equ1voço, o trem que nas devia condu..zir e a miss Judah Ruab, até a vile, nio .apareceu e decedimo-nos a calcorrear corajosanaente ceree de duas leguas, por nao haver logar pan n6s na diligencia e estarem, des•ie muito, afreguezadas as carriolas que aguardavam passageiros. Pelo camjnho, topam-se os primei<os ranchos que seguiam em direcçio ao locai santo, distante mais de vmte quilometros bem medidos. H'lmcn~ e mulheres vao quui todos descalços-cJu com saquiteis :1 cabe'8 sobrepujaJos pela~ sapatorras; eles abordoandose a grossos vara-paus e cautelosamente munidos ta11bem de guarda-cbuva, Dir-sehiam, em geral, alheados do que se passa a &na volta, num desialercue grande da pafaegem e dos outros viandantes, corno que imersos ero sonho, ruando n'umn triste melopcia o terço. Uma mulher romye a primeira pa_rte da ave-ma ria, a, _saudaçao; os companhe1ros, em a6ro, conttnuam COIII a seguoda parte, a suplica. N'uro passo certo e c,1denciado1 pwiam a estrada po11irenta, entre pinhaei e elivedos, para cbegarem antes da n,me ao sitio da upariçio, onde, sob o relento e a lu,; fria das estrelas, pro· jet11m _dormir, guardando os primciros lo• gares }Unto da azinheira bemd1ta - para no dia de h<>je verein melbor. . A' entrada da vile, 111ulheres do povo a qu~m o me10 ja infoto• com o virus do ate1Smo, comentam, eru tom de troça, o Cd· H do dia: • -Eotiio vae, ver a111anhi a senta ? -Eu, ofio, So eia amda cd viesse I E riem, ~e com glhto, emquant-0 os devotos prosc~uem intlifcrentes a tuJo o que niio sej:i o c,bj JCllvo da sua roma~em Em Oui-em ~6 1wr urna aroabìlìdade extrema se encoutra apos, rlladcr1t1. Durante a n01ti:, rcun1:n1-~i.: na praça da vila os maii •nriado~ vd·u!os Cc'\nduzimfo crcotes o curio~os sem que falce,n V"'lhas dnmu vesti<.las de escuro, verga ,lu3 j.i ao peso do~ anos, mas f.iiscnnJo,lh~s n')s olh->s o lume ardente

da fé que tu animou ao acto corajoso Je eb•m donar por\im dia o in5eparavel canti• nho da sua casa. Ao romper d'alva, novos ranclaos 1urgem intrepido! e atravessà'm, sem p11rar11m um inscante, o povoado, cujo silencio quebram com a harmonia dos canticoa que vozes fomininas, muito afioadas, entoam nuro violento contrute com a rude18 dos t1pos -.• O sol na~ce, mas o cariz do céu ameaça tormenta. As nuvens negras acastelam-se prtcisamente sob·e es ba ndas de F~tima. Nada, todavia, detem os que por tvdo~ os caroinhos e serviodo-se de todos os meios de locomoçao, para la confluem. Os auto· moveis lux1,1orns deslisam vertiginosamente, tocando as buiinas; os carros de bois arrastam-se com vag,u a um lado da estrada, as galeru, as vitòri~s, os ca_leches. fechados, as cerroças nas quaes se 1mprov1saram assentos, vao aj->ujados a mais nao poderem. Quasi todos levam com os farneis, mai$ ou menos mode~t•s para as bocas cri~tas, n raçio de folhelbo para os irr1cionaes que o •povec_eto» de As~,s chamava nouos irmlios e que .:umprem valorosamente a sua tarefa . .• Tihnta ama ou outra guiseira, ve• se urna carrocinh11 adornada de buxo; no entanco, o ar 11:stivo é discr<!tO, as maneiras sao compostas, a ordem a bsolu ta ... Burrinhos c'ioutam a margem da estrada e os ciclistas, num eroshs1mos, fazem prodigios para nito esbarrar de encootro aos carros. Peio dez hora~, o ceu tolda-se totalmente e nao turùou que entrasse a chover a bom chover. A, cordas de agua, batidas por um vento agreste, fustigam os rostos, encharcando o mAcaùame e repassando até oos ossos os c11minh1t0tes desprovidos de chapeus e de quaesquer outros resguetdos. Mas uinguem se impacienta ou desiste de proseguir e, se alJ?uns ~e abrigam sob 11 CO· pà ùas arvori:~, junto dos moros das quintas ou na distanciaJas casas que se debur• çam ao longo do caroinho, outros continutm a marche com urna impressiondnte rezistencia, notando-se algurnas senhoru cujoç vcstidos colados aos corpos, por efeito do impeto e dc1 pertinacia da chuva, lhes deseoham as fo•mas como se uvessi:m sai• do do bJnho l

O ponto da charneca de Fatima, onde se disse que a Virgem er,arecera aos pastorinhos do logarejo de Aljustrel1 é dominado numa enorme euençao pela estrada que corre para Leiria, e ao longo da qual se postaram os veìculos que la con<luziram os pertgrinos e o~ mirones. Mais de cem automoveis alauem contou e mais de cem bicicletas, e serill impossive] contar os dinrsos carros que atravancaram a estraàa, um d'eles o auto omnibus de Torres Novas, dentro do quel se irmanavam pessòes de todas as condiç6:,s sociaes. M.is o grosso dos romeiro,, milhares de creaturas que foram de m1.1itas leguas ao redo· e a que se juntaram fieis idos de varìas provinci:i~, aleotcjanos e algarvios, minbotos e b<=1roes, congregaa:.-se em torno da pequena az1nheira que, no dizer Jos postorinhos, a vislio escolbera para seu pedestal e que rodia consiJerar-se como que o centro de uro ampio circo em cujo rebor• do outro, espectadores e outros Jevotos se acomodam. Vi•to da estrada, o conjunco é simplesmente fantastico, Os prudentes camponios, abarracados sob os chapeus enormu, acompanham, muitos d'e)es, o desbaste dos porcos farneis coro o condato espiritual dos lunos sacros e du deztinas do rosario. Nao ha quem tema enterrar os pés na ergila emp•pada, para ter e dita de ver de perto a atinh.iira sobre a qual ergueram um tosco rortico em que bamboleiam duas laniero 1s, •• Alternam-se os grupos que cant.im os louvores da Virgdm, e uma lebre, espavorid~, que salga matagal em for11, api:n.is desvhl as atençOes de meia duzia de zogAlctes qu11 a alcançam e prostram é c11cetoda •.. E os p.tstorìnhos? Lucia, de ro ano~, a vidente, e O$ stus pequenos companheiros, Franciso, de 9, e Jocinr,, de 7, ain<la nao cl-ieg~r.tm. A sua presença assinala-se talvez meie hora antes J:, indicada corno sen:lo a da apariçlo. Conduzem ai, raparii;:uinha11, coro:;d as de c,1r,•las Je llòre~, ao sitio ein que ~e lcvent:1 o porrìco A chuva cae i11ce~irn11tement1: nrn~ nin~uem dcs-espera. Corros con rcto1 d natio~ chegam a estraJa. Gru• po1 cle ficis ;1jodharn v. n lama e a Ludo pede lhes, or.lena que iecheo:i os chapeus.

..

Transmite ~e a ordem, que é obedecida de pronto, sem a minima relutancia. Ha gente, muita ~ente, corno que em extase; gente comovida, em cujos labios sè::os a préc• paralisou; gente pa~mada, com as maos pos• ras e os olhos borbulhantes; gente que parece sentir tocar o sobrenatural. •• A crieoça. afirma que e senhora lhe falou mais uma vez, e o ceu, ainda caliginoso, começa, de subito, a clarear no alto; a chuva pire, tt presente se qua o sol vae inundar de Juz a paizagem que a manha invernosa tornou ainda mais tri~te .•. A bora antiga é a que regula para esta multidiio, que calculos d,uapo1ixonados d• pessoas cultas e de toJo o ponro alheias ds influcncias misticas, computam em trinta e quarenta mii crea tu ras... A manifestaçao miraculosa, o smal visive! anuncied• esta prestes a prodazir se-asseguram muitos romeiros ..• E assiste-se en tao a um espeltlcu!o unico e inacreditavel para queia nlio foi testemunhe d'i:le. Do cimo da estra• da, onde se aglomeram os carros e se co11!'ervam muitas centeoa:. de pessoas, a quel1l. escasseou valor pera se meter é terra b11rrenta, ve se Loda a i•nensa roultidao voltarse para o sol, que se m ;stra lib~rto de nuvens, no zenit. O astro lembra 1,101a placa de pr,Jta fo<1ca e é possivel fitar lbe o disc• sem o minimo esforço. Neo queirna, n~o cega. Dir-se hia estar-se realisando um 1:cl1pse. Mas eis que um alarido colossal se levanta1 e aos C$pectadores que se encontram mais peno se ouve gritar: - Milagre, milagre I Maravilha, mara-vilha t Aos olhos deslumbrados d'aquele pov•, cuja atitude nos tran~porta aos teropos bibll.::os e que, palido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tr-emeu, o sol teve nunca vistos movimento• brusco~ f6ro de todas as leis cosmìcaso sol nbailou», segundo a typica expres;(e Jos camponi:zes ... EmpC1le1r11do oe estrib• do auto o'llnihus de Torres Novas, um anciao cujJ esta tura e cuja fisionomia, ao roesmo tempo dò ce e ener_gica, Jembram u de Paul Deroulede, recfce, voltado para o sol, em voz clumorosa, do rrincipio a• fim, o Credo. Perl!unto quem é e dizemme ser o sr. Joao Maria Amelio de Mello Ramalho da Cunha Vasconcelos. Vejo-o depois dirigir se aos que o rodeiam, e que se cooservaram de chapeu na cabeça, suplicendo-lhes, veementemente, que se descubrath ern face de tiio u.traord1n1ria demanstraçao da exìsteocia Je Deus. Scenas . ìdenticu repetem-se noutros pontos e uma senhora clama, banhada em aflitivo pranto e quasi nurna sufccaçao: -Que lastima I Ainda ha homens qu• se n!io descobrero deante dli tao estupemfo milagre I E, a seguir, i,erguotam uns aos outros viram e o que viram. O m.a ior numero confessa que viu a tremura, o bailnr do Sol; outros, porért1, dc:clararo ter visto o rosto risonho da r,ropria V1rgem, juram que ò Sol girou sohre si mesmo corno uma roda_ de fo~o de aruficie, que ele babcara, quasi a ponto d• queimar a terra com os seas raios.,. Ha quem diJa que o viu mudu sucessivamente de còr ...

s•

Slio perto de quinze horas. O Ceu csta varriùo de nuvens e o SoL segue o seu curso com o explenùor habitual que ninftUem se atreve a encarar d• frente. E os pastorinhos? Lucia, a que fala com a Virgc m, enuncia com ademanes teatrais, ao colo de um bomem, qu~ a trang.. porta de grupo em gru_po, que a guerra termin'lré e quc os nouos soldados iam regre.1s11r ..• Semelhante nova, todavia, oan augmenta o jubilo dts quem a escut-a. O sioel celesr, foi iuJo H I urna intensa curiosidade em ver as Juas rapariguinhas com as suas grinaldas de rosas, hd quem procure o,;cular as mlios du nsantinh;fse, urna das qua,s, a Jo1cinta, esta mais para desmaiar do qua • para d11n,yas, nias aquil-0 porque: todos ans1ovnm - e, sìnal do Ce u - b:qsrou a satisfoiel-os, a raJ1cél os na sua fo ù~ carvoeir o . Vcndi:dores 11mbu!(lnte" ofc!recem O$ • retr:llOS 1. s cri~nça~ em uilh,He~ po,taii; e outr~s l•ilh~to que r.:r·r~s"nl;,m 0111 soldaJo t,ç ,, .- ·ff\O l 01'pedit:h;O.,rÌO p rtugucs,, -pi!n-· n (o nu auxili,, J •u11 pr lucrora p.v8' qal v111,.iio J1 Patrfo c-11tè 11 1 à (1)11,Rerrf da Vì1g ...1, c0100 se:u o ;t figur~ ,\l v1 ao •••


Voz da Fo.tinia Bom negocio foi e~se e òecerto rmiiq centavos entrar;.m na alg1bcira dos vendedores e no tr-0nco das e~mota~ para os pnstorinhos do que 11AS m;ios esu:nllìJas e abertu Jos le:prosos e 't'l!SO! que, acotovclando,se com <>s romc1ros, atiravàm aos 11res seus gr1tos lancin11ntes •. • O di pcrsnr faz-se rapnlamente sem ilifìculJodes, sem sombra Jd desordem, scm que fosse mi~ter que o regulasse qualquèr pa· trulh11 du guarda. Os iwrc·1:;rinos que mais deprr.ssa se ret:rHm 1 éorrenJo estrad11 fora, sao O§ que pr1nH·1ro chcgarnm, 11 pé e ,lescalços com os sliflutos I\ cab~ça ou dependuraùos nos vdropaus. Viio, .::om a nlma tm lausperene, levar a ho11 nova a'ls logarejos que nilo ~e de~povoanim dc toJo. E os padre,? Alguns compnreceram no loc11I, en fileirando--se m is com os espectaJores curiosos Jo que com os romc1ros avidos de favores celesuais. Tulvez um ou outro nao lograsse dissimular a rnti~façao que no semblante Jos mumphedores tantas vezes se traduz: .. • Resta que os competente, d1gam de sua jusuça sobre o macabro bailaJo do Sol que hoje, cm Flltima, fez explodir •Ho•anas» dos peitos <los fieis e ileixou natu· ralmcnte imprc:ssiona tlos-ao que me asseguram sujeitos fìdedi,i:nos-os livres pcosadores e oulr&S pcss6c1s sem preocupaçoes de natureza reh~iosa que acorreram :i ja agora celebrada charnéca.

Avelino d'Almeida• I

0

N. 4 Compram-se os n.0 4 da Voz da Fdtlma ou substituem- se por qualquer outro que se n~o tenha esgotado. Tambem nao temos os n.0 • 1, 2

e 7.

a

1\1 aravilhas do corpo hu1nano O corpo humano contém 150 ossos e 500 musculos. O ,eso do sangue de um ac1ulto é de 15 kilos. O diametro do coraçaa é e:Je 15 c,entimetros e o coraç!o bate 70 vezes por mi n u t o, 4.200 vezes por hora e 16.871.200 veies em um ano. Cada pancada do coraçao destoca 44 grammas de san,:ue, 5.310 kilos per dia. Todo o sangue da corpo passa pelo coraçao em trez minu1os. Os nossos pNlmoes contém no seu eatado normai ci11éo likos de ar e n6s re..spiramos 1.200 veze~ por ho• ra, consuminpo 3 litros de ar. A pele tem tres carnadas de cspessura, que variam de tres a cinco 1111Jimetros. Cada centimetro quadrado de pete tern 12.000 p6ros e· a extenslio total desses p6ros é de 50 kìtometros.

Uma boa penilencia

\

bern grande; com a oraçlio, com a vontade energica de te corrigir, eu mlo duvido que triunphan1s depressa da ma inclinaçào de que te acusas. Por pen!tencia faras o seguinte : vas ao mercado visinho, comprns urna galinha j.1 morta mas ainda com as pçnas, faras um passeio em volta da cidade depenanùo ao mesmo tem• po a galìnha. Al·abado o passeio e depenada a galinha, viras dizer•me que cumpris-te esta ordem. Escusado sera referir o espanto d'esta mulher tao extranhamente punida por um santo religiow, incapaz de brincar com coisas sérias. Obedeço, meu padre, diz eia, recalcando RO seu espirito as objecç0es que lhe acudiam. Obedeceu, pois, e acabsdo o tra- • balho, desejosa tambem de obter a cxplicaçao da ordem dada, apresentou-se ao Santo. -Esta bem, dit S. Filipe Ne, y, cumpriste a primelra parte e, se cumprires a segunda, que vou dar· te, ficas curada. Volta pelos mesmos sitios e apanha todas as penas da galinha que de penaste. Isso é impossivel, exclamou a penitente, no cumulo da surpreza; é impossivel. Oeitef.as ao ven 10, ao acaso, e o vento tel-as- !evado em todas as direcç0es. Comn quere V. Rev.• que eu sgora as encontre? Oizes bem, minha filha. As tuas maledicencias sào tambem assim. As tuas palavras, é\s vezes assassinas da honra alheia e sempre funestas, espalham os seus maleficios em todas as direcç0es. Apanha- asse p6des. Vae, pois, e nao voltes a pecar.

S. filipe Neiy recebeu 11m d'ia urna 111ulher que se acui8va de ser muilo i110Hnada 4 maledlcencia. l!ste defeito é multo frequente em ti (perguntou o Santo)? -Sim, é muito freqttente, 1espon-

deu a penitente. -Muitas vezes p01 ciia? -Muitas. Em presença de urna confiss§o tao franca, corno se portaria S. filtpe

Ne,y.? A receita é bOa e merece que se

tome nota d'ella. !t11nha querida filha, iiz

o santo 4

sua penitente, a tua falta é grande .mal a misericordia de Oeus é tam-

A's ora çoes dos leitores Varias pess0as nos pedem que recomencilemos as suas nece11sidades As oraçoes dos leitores, que decerto terao a peito ésta obra de caridade.

Voz da Fatima Deapezas Transporte • • • . . • Impressào do n. 0 41 . • Outras despczas. • . • Soma.

42: 197:600

644:000 170:000

----43:01 l :600

SubsorlpqAe (A r11rtir Je q de Junho)

Fr~ncisco Soares Gari-inhitt, 10:000; D. Guilhermioa l\ténJonça, 10:noo; Pacafìco Martin•, 10:coo; n. Maria <lR Conédçao S1lva, 10:000; D. Moria da Conc~icfio Rosa, 10 :000; FelicitJ110 Alvc~, 10:000; ,\n tonio Dia~ P'rade, 10:000; h. itario l.ui1n de Magalhics CalJeira, 10:000; D. Maria d'As• sumrçiio C11IJe1ra de AThuque,.qu~. 10:Goo D ;\1urg&riJ~ M:ma Farinha e S11\·a, 10:l)r,o Herculrmo Nuoes, 20:000: 0 Ermelinda da Conceiçlfo, 10:ouo; D Maria d»~ IJòrcs, 10:oo"'j Joiio Antonio Gonçal\' s ,!'Oliveir:i, 10:000; D. Juslina de N11taré, 10:000; O. Mari!\ do Nasc1111ento Jorùiio d'Ohvllirt, 10:000; D. Ma rio de, Pra1crc~ Ch:ive~, 10:000, Farmroo llnmin,;ue~, 10:•10<'; D Maria da Graça Corr1111ca, 10:000; D Maria Jacìota CanJcias, 10:000; D. Amdi:i Soares Ro<lr1g11es, 1e:ooo; D. Ml!ria Jo•é <::emaral, 10:000; Padre Joaqu1m Dies Duque1 10:000 José Clara, 10:000; F'adre Antonio dos Santos Alos, 10:000; D. Joanna do €spirito Santo Neves, 10:000; D. Maria Eduarda

Mata ila Costa Praca, 20:noo; Manuel Venando de Oliveira, 15:oooj D. Cnndìrla Sanches, 10:000; D. Ma11 a das Nevcs Varel:r. ,Teo1onio, 20:0?0; D. l\t nra~ G onç1l \'es Si\v.11 15:ooo; O. fcrcsa Amural, 10:ooo; Abilio Carlos Antunes, 10:000; Padre Clemente de Campos AlmeiJa Peixoto1 10:000; l>. Moria da Gonceiçf!o Dorges, 10:000; Dr. Domìngos PuhJo Gar.:i11, 10:000; lmeldll Sanch(ts, 12:000; V. !\{. Tornixa, 20:000; D. Maria Emilia F.:scolastìca, 16:000; Albt,rto Alves Nogueira, 10:000; Jofio Ferrcira Pinto, 10:000; CuHoJio da Cunha Lei te da Costa, 10:000; Manuel G-1~par Fernan !es, 10:ooc ; José Fr11ncisco Tc1xcira. 10:ooò; Anonimo, 10:000: L>. l.nura Pmhetro, 10:000 Manuel Pa. sos, 10:000; M11ria Dpolin<l11 li:lvu F. Mascarenhas, 10:000; Jo,é Baftista d'•.\oJrad~, 10:000; Femtioo Donie 1-lt~ino, 10:000; D. Palmira Ro~d Belo, 10:000 Antonio Miraocla d'Azevedo, 10:000; Padre Manuel Teofilo de Souza, 10:000; D. Maria doi Reme<lios dc Moura Abranches, 10:000 M11nut l Ramos da Costa, 1<':t oo; Antonio Joao Pereira, 10:000; Jogé tlfontétro da Silva, 10:000; U. Maria Jo•é de Magalhae! Aguiar, 10:000; Jo,é Maria Palricas, 10:000 José Agos1inho Macedo, 50:000; D. Anna Fernaod_e, Pinto Barre1ro, 15:ooo; Carlos Joiio V1egu, 20:000; Padre l.uiz F1lipe Gonçalves, 10:000; D. Mm.i Cariata Vahia Trigueiros, 10:000; D. Meria da Vi~itoclio Bruio Ribeiro, 10:000; D. Vir~inia Gonçalves Pmto, 10:0000; D. Maria Jo~é d'Olìvcirn Soarcs, 10:000; O. Mari:i José do!! Santos, 10:000; folio de Mattos Vie1r11, 10:000 Padre Manuel Ramo~, 10:000; D. Josefa Ferreira Arélo Man$O, 10:oco; Jo~é Gil Del1-tado, 10:000; D. Maria do Carmo Filipe Guerra, 10:oon; José Faia, 10 :000; José Pereira l\lorgaJinho, 10:000; D. Lucinda Al· ves da Sdva, 10:000; Joaquim Snrdinho,, 10:000; D. Jooquina d'Almeì.ìa, 10:000; ArmanJo Ribdro Baptisca, 15:ooo; D A. Reatiog, 10:000; D. t'.hria l.tAur11 M:itheu~, . 10:000; Joaquim Gsbriel Coc:lho, 10:000; D. Mariona Saleme d'A~,1~:r, 10:oc,o; D. Laura Possolo <la Costa, 10:000; Jernaes avuls~s (D, Emilia Nun.:s da Rochn,) 3c :ooQ J?aqut~ Augusto d'Oliveira, 10:000; Antonio Lu1z da èon.::eiciio, 1:i:000; Joaquim Pedro Coelho Gucrreiro, 10:000; Manuel Duarte Siln, 10:oor>; l=l. Luc1n(la de Jesu<. Oliveira, 10:000; D. Maria V1ri:ìnia F(11ueara da Silva, 10:ouo; Aurelio Lacerda l\OlHinho, 10:000; Franci~co Melqu1aJe~ Sardinho, 10:000; D. (;hn~una Augusta ùe Lemos Martins Fcrreira, 10:ooe; D. Julia Martin, Cerrcia, l'O:Goo; (). ~laria Celestina dc1. Silva Pita, 10:000: M11nuel il:t Silva Pita, 10:000; D. Julii1 Pereira de Freicas, 10:000; Dr. José Luciano Htnriques, 10:000 Antonio Maria Duarte, 10:000; J011.quim Fernandes <los SAnto~, 10:000; D. Ann11 Correia Oiniz da Fonsec-a, 10:000; D. MargariJa Mata Cortes, 10:000; D. Maria Ten:sa d'AlmeiJa Corte,, 10:ooe; ArmanJo Noguetrii d'Azevedo, 1e:ooo; ;\lllilcar Campos, 10:000; D. Virginia "ore~s de Cerva• lho, 10:000; Padre J"s6 I.le Souza, 10:oea; D. r.laria de Ccu Pintu J'Ahrtu • Limn, 10:000; D. Maria do Ro~ilrio, 1e:oco; n. A•lelia Auf,!u,ta de Je~u, o Silva G;ircir, 10:coo; D. Maria I .u ' z1 Teìxcira B1,1r1es, 10:000; D. ~aria da C5ncciçio Mr.J?alhiie•, 1:1:000; D Joaquina d11 C1n::ciçlio Duarte 1 10:000; Prdre llcnrique Roi.lrtgue~ Mota, ' 10:eoo,; Padre Antonio JH S11t1tos, n:ooo D. Marill Can,!idl\ d'O Brag•. 1•:1100; D. Mara:ma Vilhcna da Carv11lho, 10:oc.o.

n.

VOZ DA FATlrJIA Eate jern•b:lnbo, 411 u e vae sando tfto 11ueriae o procurado, é dislrabnidc--

grGtuitamento em Filtim• nns dios .13 do cada mh. Quom qaJzer tc,r o direito de o rece!l>er diraotamente polo correlo, tera da enviar, e:leant••dament•, o m I n I m o d&"'

dez mli r61a•


Ano IV

i ...E.JR,t. ...... 18 de Abril de 10.26-

N .• 48

(COM . ~:J:>RO·V~çAO ECLESIASTICA} Dtre<.'l·tor~ P:a•oprteto:rlo e Edlt,or

Ad!lrlnts-crador: PADRE M. PEHEIRA DA SU.VA

DOUTOR MANUEL MARQU:'-:S DOS SANTOS Gole\posto e it:11presso na lmpre1u• Co.,.er·i:t!, '~ ~é -

llEDACçAO E ADMINISTRA.çAO

EU .A :O. N'UNO ALV.Jl,-RES PEBEJ:BA.

r '!ir:~

(BEATO NUNO DB SA.NTA MA.IYA)

-

eronica de l auma 1

que previamente !e confessaram. Os servitas, na sua grande maloria pertencentes ao gru po ò'élite de Torres Novas, trabalham sem descanso na organisaçao do serviço d'ordem e no tran sporte dos enfe,mos. No meio delles avulta duplamente , grande - na alma e no corpo - o dr. eartos de Azevedo Mendes, P(P· vedor da Misericordia da gtntil prin• ceza do Almonda, comandando a sua legiao de volunra,ios com um aprumo e um garbo verdadeiramente marciat$, mas assaz atenuados pt:la doçura e amabilidade dum ~i-pirito profunda e sentidamente christao. Ao meio dia solar a branca est.dua de Nossa Senhora d'o Rosério é conduzida da capella das appali~0e-s pa•

(13 de liarco de 1926)

@ ·1~

EALISOU~ 13 de

Marçn findo a costumada peregrinaçào mensa! t!1. ,./·t?, a F~tima em com memo• 1açao das appariçoes e • dc s episodìos maravi~ lhosos succedidos no " anno de 1§11, que ficou , • para Sdnpre ,nenioravel nos glofivsos fastos Mariaros ca nos!ìa querida Pat1ia. O dia mnanhrceu formmo e explendido, exi;herante de luz e de cores, repleto lll.' amenidade e doçura, como se a Primavera, quel fada bem• fazt>ja com sua varinha de condào, ja h1;esse despejado sObre a terra a cornucopia dos seus doris mais preciosos e das <-uas bençàos mais escolhida~. Como era. poi~, de esperar, a concorrencia c·xcedeu sobremaneira a dos ul!imos dc is mt>zes. E - cousa digna de nota - as classes mais altas da socieda ie forneciam desta vez um continge1 te singularmente ele• vado ao num ~roso exercito dos romeiros, que no~ mezes das pe(l!Jenas pereg,Jnaç0es costumam perT1!ncer na sua quasi ti, talidade ao el~mento popular. Assim a muHidao que enxameia no locai das •apparlçOes é iacomparavelmente mais variada, sem a severa moootru,ia dos n,ezes anteriores, ùfferece.ndo no seu conju ncto

um aspecto mais aj?radavel

a vista.

Uma n,Hidit bastante triste corre

de bòcca em' bocca e enche 1r profumla contt{:rnaçào todos os pere· grinos. O 1-t:v. Agostinho ,\larques Fe41eirD, fHft<ìcho e.le fatima, est de

a

cama, b1:1 tant~nfermo. hmao ~t>meo dt Mons. Piyrnmalc, o parocho de LourJes na ep:ocha das apparltè')es,

nao :.6 ,u,s virtudes e no zelo 'I.Ja siloria -de Ocus 'E' 1.1a salvaçào dac: almas, mas ain 1a)\à firmeza da vonta Je e na vivaddade 'dr) genio, a elle se deve

urna obra mAuumental que,

a cusia

de muitfJs e f,_.,rços e de cariselras,

logrou levar a cabo, a restauraçao e

ra a capclla nova. Começa entao a ultima missa -

a missa dos enfermos e dos peregriA i•mnu.do te niio Antonio, corno se publicou) c.t->onveh.·a, re~idtnte no R. Direit;i ùe Peùrouço$, , az, loja, curado por Nossa Senhora da Fatima de adcnites sururadas e estado geral rnuito grave, conformi: o atest~ùo méJico e relaro publicacado aq1J1 oo m€s de Feverciro ultimo.

' ampllaçfio da rgreja parochial. Esse templo magestoso e bello, la esta a attestar é\ gcraçao actual e as gera~ çoes porvir o que p6de uma von· lade de faro, tenaz e inflexivel, ao .serviço de urna nobre causa ou na èxecu(?ao d~,m grandioso plano. Nao se esqueçam os pie,fosos ro_meiros de f atinia, e todos os leito· res cliristaos dest.:s linhas, de supplicar, por intercessjo de Nossa Senhora <lo Roi~ario, ao Oeus da Eucha· ri tilta, r-scondido na sua ~hstìa de - Amor, todc:s os m{'zts a-:-_cl;n~ado no planal ;o ~agrndo <!e fàtlm.:i, a con•Servara-0 da p1eciosa vida e a cura . rapida e cci01r1leta do vent>r1tndo pa~ rocho da [r{!~wt:izia que a Rairil,a dos Anj1ls. s~ tlii,euou llonrar e, w as suas

do

S lf\ appa,1çoe~, I! com a pmiusao -<1:ìsm11brosa das :il:l~s gra-

marpvillu ças. •

.

·

Desde m~1~1a céJo, na cc1p~ll:1 nova, as missas sucr.edem- se umas as outrns, c,)m pequenos ir.tervallos. De ve1. em quanJo sacudnte distrl· brue a Sagrada Communhao aos flels

um

t

nos. Durante a celebraçao do Sante> Sacrificio um sacerdote re2a o terço do Rosério allernadamente com o povo. Terminada a missa, expoe-se o Santissimo, da-se a bençao a cada um dos enfermos e depois a todo o povo. Encerrado o Santissimo no sacrario, s6be ao pulpito o rev. Magalhaes, de Leirla, que, numa lioguagem accessivel ~ todas as pess0as, fata s6bre a neces&idade da penitoocia e o cumprimento de todos os nosso& deveres. Reconduzida a estatua de Nossa Senhora 4 sua capella e canlados os canticos do costume, a multidao dis· p-ersa-se pouco a pouco, e a breve trecho o silencio e a solidào reinam soberanamente naquella estancia ain· da poutos momentos aates cheìa de vida e movimento.

Visco1tde de Mo1Jte/lo

- _ ____ Hs curas da f iitima ..__

Rev.m" Sr. Currprlrdo um dever e urna promessa que flz a Nosa Senhora do Ro1:,Atio de P~tima, apresso-me a eovlar a V. f'sta miaha missiva pe,din '<>-'lhe a publicaçao (caso V. o entenda) no conce11uado jornal • Voz d!i Fatima>. Etn Fevereiro de 1920, comrcei a sentir-me muito fraca. Consultando

-


•1

alguns médlcos receitaram-me varios medlcamentos sem resultado satisfatorio. De dia a dia me achava peior e as poucas fOrças que me restavam exgotaram-se. Em Junho do mesmo ano recolhl 4 cama atacada de fébre e com um enorme sofrimento de intestlnos. Chamado o clinico Ex.mo Sr. Or. Dias Coelho, observando-me, declaTOU ser o meu estado grave e sofr~r duma entero- c61lte. Estive perto de dols mezes de cama, sendo o meu tratamento apenas caldos, ché e medicamentos. Era tal a mlnha fraqueza, que o clinico ap6s um certo numero de visltas, comunicou a meu marldo que eu estava anémica, necessitava de ares do campo. Fui para Villa Nova de Poiares, onde me conservei uns tempos. Regresse! a UsbOa mais robusta, mas em breve tornel a sofrer dos intestlnos, excluindo umas tantas comldas, chegando mesmo a estar semanas lnteiras a cM e caldos de farinha. Em Malo do ano pas!!ado peorei, e con~tsltando o referido médlco, elle me disse claramente que a mlnba doenQB era lncuravel, aconselhando- me a ofrer com paciencia o meu marti- . rio. Em virtude desta declaraçào, in• voquel, chela de fé, amor e multa confiança, Nossa Senhora dQ Roséirio de Fé\tima, de quem tdo dev6ta sou e de quem algumas graças tenho c,btldo, implorando o seu auxllio. NAo - fui atendida. Recorri novamente, mas debalde. Nao desanimei; porque sendo Ella a MAe dos Aflitos, sempre me havla de consolar. Nas miohas oraçOes pedia com imenso fervor a Nossa querlda M!e do Ceu, que me acompanhasse ao Campo Sagrado, porque o meu ardente desE'•jo era ir prostrar-me de joelhos no aito Torrio abençoado por Eia. Assim o C'onsegul. Em Outubro de 1925 fui a F4tlma. Quando me apeei do camion, sentime multo comovida com tudo o que em redor de mlm' observei. N!o pude oontèr as Mgrimas e, a soluçar e de joelho!, supllquei mais urna vez a Virgem Santissima se me melhorasse os meus intestinos, oferecerla 13 velas para alumlar Nossa Senhora durante a festa que em sua honra se reallsa todos os dias 13. Prometi concorrer com um donatlv0 para o Culto de Nossa Senhora e ouvlr uma missa na minh.- freguezia (Beato) oferecendo•a em aç!o de graças e juntamente a recltaçAo do Santo Roséirlo no dia em que fOr <:umprida a dita promeasa, alumlando totios os dias J3 a imagem de Nessa Senhora do Rodrlo de F4tlma que com muila devoç4o conservo em mlnha casa. Oraçaa a Deus fui ouvlda. Apeear dos iacomodoa da Ylagem e de nease dia 16 bastante tarde ter r.ecebldo a Saarada ComuahAo, p6sso garantir que o passel 1'em disposta e afé 4 data, felizme~te, encontro- me meJhor. Alimento-me de tudo se111 recelo e alnto me com mais f Orça. NAo 'fottei ao eot11ultolie do Dc.ao Cllnlco, sedo qundo fui peilir-lbe o 1te1tado que junto retneto a V.

Da Fatima posso dlzer que colhl melhores lmpressOes. Eram perto de 4 horas quando retlrel com uma viva saudade desse tAo querido Lugar Santo e com vontade de breve la voltar. Efectivamente 110 mez seguinte I! me encontrava. Se posslvel fOsse irla todos os mezes prestar homenagem Virgem Purissima Santa Maria. Oraças, pois, a Nosso Senhor Jesus Christo, que por intercesslio de Sua Mae nos val atendendo.

as

a

Laurinda Amelia da Silva Sequeira Marques. 0

C. Ouque d~ Lafoes, 41, 1. to - LisbOa. Atestado

-

Bea-

Henrique Dias Coelho, m!dico·cl· rurgitlo pela Faculdade de Medicina de LisMa: A testo que a Sr. • Laurinda Amélia da Si/va Sequeira Marques, mo· ,adora na Calçada Duque de La/òes, , 41, 1. 0 D, freguezia do Beato de Lisboa, sofreu de uma entero-colite e franca anemia desde o allo de mi, novecentos e vinte até outubro de mii novecerdos e vinte e cinco, renitente a todos os rnedtcamentos empregados e foi por mim observada nesta ultima data, notando-se muitisslmo melhorada do seu sofrimento. E, por ser verdade, passo o presente atestado que assino sob minha respon· SQbilldade profissiollal. • Lisboa, oito de Feverelro de 1926. Henrique Dias Coelho (Segue o recoohec1mento).

O atestado segulnte, que s6 agora nos chegou as mlios, é referente a urna cura extraordlnarla, ja relatada aqul no n. 0 33, de 13 de junho de 1925. Atostado

Ad.Jlno Ptreira da Si/va, sub-de· legado de saude em Porto de Mds: Atesto que tratei durante muito tempo }osé Rodrigues Vala, morador na Ribelra de Baixo, I rtf!Uezia de S. Jol1o, neste concelho de Porto de Mds. Este individuo sofria d'uma pkuresia purulenta tuberculosa com forte derrame. Est/vera durante cltrco mezes nos Estados Unidos do Brazil, so/rendo da mesma pleuresia, teado ahi so/rido a operaçl1o do empie'ma com resecçl1o de tres costelas. Depols, aqui na Ribelra de Balxo, manifestou forte dtrrame pu· rulento que lhe poz a vida em perlgo, salvando-o a vomica por mtio da qual se llbtrtou de mais à'um litro de ptb; passando·se isso em meado de Nov~mbro de 1923,· passados qulnze dias tornou a encherse de pus que f oi esvaslado por pun· çllo. Depo/s d'isso nunca mais tornou a formar-se pt1s na pleura do pulmllo direito. Hoje apresentandose o dotnte par• eu • ob1ervar, en· eontre~o multl1slmo mtllwr•do, n4o exlstlndo dtrrar,u na ple•ra, apenas /he e11contrel umt1 ptftsena dlmlnal· ç4, do murmurlo veslcular e peque110& raitlos di coiro novo, slgnal!J e•r•cterlstlcos da fJ/earlsla seca, com

tmdencJas a mellzorar. E como a p/euresia purulellta de que o observado sofria, por todos os caracteristicos que apresentava, se podla con· siderar corno incuravet, é para con· siderar misteriosa a ùztervençiio llavida que levou a doença a uma transformaçllo tào completa para cura proxima. Porto de Mds, 28 de Setembro de 1924.

Adelino Pereira da Silva Outrn s curo s

Maria da Piedade Rodrigues, R.

O. Estefania, 99, I 0 -LtsbOa-Tendo desde creança urna fé muito grande, e urna grande devoçao com a Santissima Virgem, logo que teve conhecimento da sua apariçào em FAtima, lhe dedicou todas as suas préces com tanto ardOr, que Nossa Senhora da Fatima lhe concedeu algumas graças. Por este facto, deseja propagar a devoçao, e palentear a sua fé, pedindo st jam publicadas as graças que vae expOr, que tanto agradece é1 Santissima Virgem. Ha 18 annos sofreu uma operaçìio na bOca, sendo- lhe extra ido um bocadinho do osso maxilar, sofrendo bastante. Ha 3 mezes voltou a aparecerlhe uma grande inflama<;ào na cara no mesmo sitio, tomando-lhe o olho do mesmo lado, e ja a aparecer pus. foi ao médico que lhe disse ter de ser novamente operada. Porém recorreu Santissima Virgem, e collocando terra de Fatima f0bre o inchaço, este desapareceu bem como toda a inflamaç~o, achando se completamente bòa. Outra graça quiz Nossa Senhora conceder lhe. Ha 4 annos sofrla d6res no braço e peito esquerdo, resultado ll'uma pancada, e tinha caroços no peito, sendo o médico d'opiniào que devia ser operada. Multo afllla dlrigiu as suas ardentes préces a Nossa Senhora de fé1tlma, deu banhos com a agua, e acha-se hoje petfeltamente curada. Mais uma vez pede a publicaçao do que expOe, e st'mpre que p6de, isto é quasi todos os annos tem ido agratn?cer éi Santissima Virgrm os beneficlos re<:ebidos e de que se nao julga merecedora.

a

LisbOa, 13 de Março de 1926.

/ria a'Atmeida, mora dora na Ru.a O. Eatefanla, 99, 1.0 , em Lisbò11; frendo ha 20 annos do figado, e

so-

tendo continuas c611ca~ que a prostavam no leitCl, e vendo-se obrigada a chamar amiudadas vezes o médlco, teve a fellz insplraçAo de dlrlglr Incessantemente a! suas oraçOes a Nossa Senhora de f ~tlma, e tornar a agua quando se vlu aflita com a c61ica. Quiz Nossa Seohora attendela. Ha mais de anno e melo que passa conslderavelmente melbor, sem necessitar d'asslstencla médica. Tena Ido, e lr.1, sempre que lhe 11eja possivel, agradecer este tao 2rande beneficio A Santissima Vlrgem. Paz entrega de mli escudos para o culto de Nossa Senhora, e pede seja publlcada esta graça, para aumentar a devoçao que devemos tee


*-·'l"t--=------,----_,,,=--·~~ a Nossa Senhora, e para provar a sua grande fé.

Usb6a, 13 de Março de 1926.

Placiano dos Santos Silv~, morador na Rua Cartos Joeé Barreiros, 17, 3.0 (a Arrolos), em Llsb0a; offe.. rece para o culto de NOS63 Seohora do Rozarlo de f atlrna, a quantla de Esc. 1.000$00 (mll'escudos) por ter obtldo de N<>ffa Senhora uma grande graça; para conficmar a sua fé, e desejar propaear a devoçao A Santissima Virgem, pede com insistencia seja isto publlcado, Llsb0a, 13 de Março de 1926.

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima Transporte•...••. 2.223:000

D. Margarida Piteira Baptista....•.•• • ... D. Cecilia Correla Costa D. OlOfia Esquivel . . •.

D. Berta Oneto Nuoes.. D. Adelaide Esteves .•• Soma ••••••••

34:000 5:000 10:000 30:000

20:000 2.322:000

Hntes e depois ..• d.as reieiçOes 0s nossos antepassados, que eram christaos a valer, nao passavam sem resar antes ou, pelo menos, depois das refeiçoes, atraiodo as bençaos de Deus sobre a comida e agradecendo· lh'a. Quantos paes, que se dizem christlfos, nao ensinam a seus filhos a fazer o slgnal da cruz e a dar graças depols da comida ? Bastaotes. infelizmente. Nào se pensa em Deus, que, para elles é um estranbo que nAo é para aU convidado. E se ha um conviva que esta de mal com Deus, teme· se ser indelicado para com elle e nao ha pejo de o ser para com Deus. A este propo·sito nao fica mal aqui a seguinte Interessante historia: O rei Afonso d'Aragao, que era um verdadeiro chrisUlo, soube com desgosto que os seus pagens na:o tinbam o habilo de resar antes e depois da comida. Quiz dar lbes urna real liçào. Convidou-os um dia para a sua mesa. Elles, segundo o seu costume, seotaram-se a mesa sem fazer o signat da cruz ou qualquer outra oraçih1l. O rei convidou tambem, nesse dia, um pobre a quem ordeoou um certo cerimonlal a obtervar. O homem cbedeceu pontuatmeote. Entrou com os seus farrapos, quando a refeiçAo jà tlnha começa-do. Sem saudar nin• guem, nem meamo olbar para o rei, poz•se é mesa com a maior semce• rimonta, comeu e bebeu quanto quiz, guardando um profundo silencio. Depois levantou-ee e aem agradecer ao. rei oe.m despedir•se, foi-se HR10 tlnha vlndo. Os pagene aearam ffle admlrados -.ue nem quasi acredltavam no que vitlll.

Estavam a cada momento 4 espe• ra do desfecho e qae aqueJe malcreado fosse posto oa rua. M18 o rei Afonso ficou calmo e Dada di.e. Qual seria a rado deste aiJenclo do monarcha, siJenclo que os admlrava aioda mais que a conduta do mendlgo? Estavam impacientes para saber a explicaçao. Um d'elles exclamou: •Quem é este malcreado, este urso sem edu~ao? Nao sei o que me conteve que nllo lhe cortasse as orelhas. Porque é que os creados o n!o puzeram na rua ? ••. » Eot!o o rei se Jevantou solemne• mente e fixando com um olbar severo os seus jovens convivas e martelando vagaroeamente cada urna das palavras, disse:· e Este meodigo, este malcreadq, este urso &elvagem, sois v6s, meus queridoe pagens. V6s sols mais iogratos e mais mal educados que elle. Cada dia um rei, maior que o rei d' Aragao, vos oferece duas ou tres refeiç0es: vos começall-as sem o saudar e acabail-as sem lhe agradecer. Merecieis, pois, que Elle vos mandasse pòr na rua pelos seus servos, que sao os anjos.> 0s pagens abaixaram a cabeça e prometeram emendar-se. Qualquer animai domestico (o cào, o gato, o boi, etc.) desfaz-se em carinhos e agradecimentos (a seu modo) para as pessòas que os tratam. Nao sejamos menos que elles. Que nao se aplique a n6s aquella frase que Cemilo, apesar de nao prt .. mar pela sua vida christl, escreveu em qualquer parte: C'Seohor dos mundos, v6s creastes a agua que refrigera o viandante d'este deserto e elle passa, bebe, sacia-se e..• injuria-vos.>

Da llustraçliò Portueueza de 29 deOutubrode 1917 :

mi\agre de Fatima (Carta a alguem qne pede um testemunbo tnsuspetto) «()

Quebrando um silencio de mais de vinte anos e com a invocaçao dos looginquos e saudosos tempos em que convivemos n'uma fraterna! camaradagem, ilumino.da entao pela fé comu~ e fortalecida por identicos P.ro~ P,OSJtos, escr~ves:me para que te diga1 sincera e m1nuc1osamelllte, o que v1 e ouvi na charneca de Fatima, quando a fama de celestes apariçoes congregou n'aquele dcselado ermo dezenas de milhares de pessaas mais sedenta~ segundo creio, de sobrenatu· r~l do que im~lidas por mera curio-s1dade ou ·rece1osas de um logro ••• Estao os catolicos em dcsacordo sobre a importancia e a sigllificaçao do que presencearam. Uns convenccram-s~ de que se ti· nham cumprido promei1mentos do Alto; outros acham-se ainda ionie de

acreditar na incontroversa realidadé d'um milagre. Foste um crente na tua juventude e deixaste de sei-o Pessou de fa mili a arrastaram-te a Fatima, no vagalh1io cotossal d'aquele povo que ali se juntou a 13 de outubro. O teu racionalismo sofre um formidaveJ. eJJ}• bate e queres estàbelecer uma opini(cf segura socorrendo-te de depGimen• tos insuspeitos corno o meu, pois que estive l~, apenas no desempenho de urna missao bem dificil, tal a de relatar irnparcialmente para um grande diario, O Seculo, os factos que diante de mim se desenrolassem e tudo quanto de curioso e de elucidativo a eles se prendesse. Nao ficara por satisfazer o teu desejo, mas decerto que os nossos olhos e os nossos ouvidos nao viram nem ouviram coi• sas diversas, e que raros foram os que fìcaram- insensiveis a grandeza de semelhante espectaculo1 unico entre n6s e de todo o ponto aigno de me• ditaçao e de estudo .•• O que ouvi e me levou a Fatima? Que a Virgem Maria, depoic; da fes• ta da Ascençao, aparecera a tres criaoças que epascentavam gado, duas ma. cinhas e um zagalete, recomendandolhes que orassem e prometendo-lhes aparecer ali, sobre urna azi nheira, no dia 13 de cada meI, até que em outubro lhes daria qualquer sioal do pod!er de Deus e faria revt:laçoes. Espalhou-se a nova por muitas le• guas em redondeza; voou, de terra em terra, até aos tonfins de Portu· gal, e a romagem dos crentes foi aug· mentendo de mez para mez, a ponto de se juntarem na charneca de Fati. ma, em 13 de outubro, umas .::iocoenta mii pes.'loas, consoante os calculos de iodividuos desapaixonados. Nas precedent~s reenioes de fieis, nao faltou quem tivesi;e suposto vér singu~ Jaridades astronomicas atmosforicas, que se tomaram corno indicio da imediata intervençao divina. Houve quem falasse de subitos abaixamcntos de temperatura, da scintilaçao de estrelas em pieno meio dia e de nuvens li~das e j~mais vis• tas em torno do sol. Houve quem re• petisse e propalasse comovidamente que a Senhora recomendava peni• tenda, que pretendia a ereçiio de uma capela n'aquele locai, que elll 13 de outubro manifestaria, por in• termedio de urna prova sensivel a todos, a infinita bondade e a omnipotencìa de Oeus .•• Foi asiìim que, no dia celebre e tam anciado, afluiram de perto e de longe a Fatima, arrestando com todos os embaraços e toclas as durezas das viagens, milhares e milhares de pessoas, umas que palmilharam Icguas ao sol e a chuva, outras que se transportaram em variadissimos vehi• culos, desde os quasi prehistoricoe até aos mais recentes e maravilhosos modelos de automoveis, e ainda muitissimas que s11portaram os incomo-dos das terceiras classes dos comboio~ dentro dos quals, para percorrer hoje relativamente pcquenas distancias, se perdem longas horas e até dias e noites ! Vi ra nchos de homens e de mulhcres, pacientemente, co1t10 cole• vados n'um sonho, diri{sircm-se, de vespcra, par;i o sitio fomo~o, cantaa• do hinos S<tctos e caminhando des-


Voz de. Fé-tbna

a

calços ao ritmo d'eles e recitaçao cadenciada do terço do .Rosario, sem que os importunaSlle, os demovesse, os desesperasse, a mudançh quasi rerepentina do temrio, quando as bategas de aguc1 tran,;formaram as estradas p11eirentas em fundos lamaçais e as doçuras do outono sucederam, por um dia, os asperrimos rigores do inverno •• Vi a multidao, orn c,:,mprimid!I a volta da pcquenina arvore do milagre e de. bast~indo•a d os seus ramos para os guardar corno reltq ui~s, ora esprai.ada pela vasta charnecu que a estrada dc Leiria atravcssa e domina e que a mais pitorcsca e hcterPgcnea concorrencia dc carros epessoas atravessou n'aquele dia memoravel, aguardar na melhor ordem as manifestaçoes sobrenaturais, scm temer gue a invernia as prejudicasse, diminutndo-lhes o esplendor e a imponenda ..• Vi que o de;alento nno invadiu as almas. a con6ança se conservou viva e ardente, a despeito das inesperadas controriedades, quea compostura da multidao, em que superabundavam os camponios, foi pcrfeita e que as crianças, uo seu entender priviligiadaii, tiveram a acolhel·as as demonstraçoes do mais intenso carioho por parte d'aquele povo que ajoelhou, se descobriu e rezou a seu mandad0, ao aproximar-se a hora do «milagre», a hora do «siaal sensivcl», a hora mistica e suspirada do. contacto entre o ceu e a terra ••• E, quando ja nao imaginava gue , via alguma coisa mais impressionante do que essa rumorosa m<1s pacifica multidao animada pela mesma obcessiva ideia e movida pelo mesrno · poderoso aoc;cio, que vi cu ainda de verdadeiramcnte estranho na charnede Fatima? A. chuva, a bora pronunciada, deixar dc cair; a densa massa de nm·ens romper-se-e o astro-rei disco de prata fosca - em pieno zenith, f+parecer e começar daaçando n•um bailado violento e convulso, quc grande numero de pessoas imaginava scr urna dança serpet1tina, tao belas e rutilantes cores revestiu suCe$sìvarqente a superficie solar! .•• Milagre, corno gritava o povo; fenomeno natural, corno dizem sabios? Nao curo agora de sabel·o, mas apenas de te aflrmar o que vi ... e res• to é com a scitncia e com a Egreja ..•

A velino de Almeida"

·Porque nos faz Deus sofrer? Oeus nao se compraz ern fazer so-

frer aqueles que o servem, nem de11eja que sejam oprimidos com trabaHios, doenças e af1içoes, senao tanto quanto estas provaçoes lhes sirvam para os tomarem mais agradaveis aos seus dlvlnos olbos. Succede comnosco o mesmo que com llma pedra de que se quer fazer urna estatua. O esculptor começa a desbastal-{l, parecendo querer fazel-a pedaços, mas o seu fim é s6 fi.. ' -em . rar•lhe o supe1fluo. Depojs torna outro mart{!lo menor e o cinzel e começa a formar à figura- ccm toaas as suas partes. Torna II seguir outros instrumentos mais dellcados para dar a esla ftgurà a forma e perfeh;~o que tem na ideia.

Assim procede Deus a nosso respetto ••• Quando quer aperf~lçoar urna alma, permite primeiramente que seja tentada e, algumas vezes, de forma tal que parece que esta alma vae aJ:>andonar tudo. Oepois, como o escul ptor, começa a ornai-a e embelezal-a, comprazendo-se em enchel-a de graças, nao cessando este trabalho sem que ella esteja perfeitamenre agradavel.•. · Ahi quem podera exprlmìr quanto Deus ama urna alma depois de a ter

assim enriquecido r A paciencia é a virtude dos perfeitos. Que consolaçao quando sofremos alguma coisa por amor de Deus e nos alegramos nas humilhaçOes. Que consolaçllo quando chegamos aquelle estado de perfeiçao em que se recebem e sofcem com alegtia todos os pequenos incomodos e contrariedades porque se sabe que tudo vem das maos de Deusl Sim, todas as coisas nos veem das maos de Deus e corno taes as devemos considerar e receber para podermos tnerecer, e por isso Elle permite q1Je sejamos atribulados. Os sofrimer1'tos desprendem-nos do mundo, fazem-nos pensar mais nos noisos destinos, de que, insensivelmente nos esquecemos mais quando tudo corre bem.

'S/oz da Fatima 0;i'.lispeza,s

'fransporte . . . . . . 43:01 J:600 Imprt>s~ar, do num. 42 667:000

(29.000 exemplares) •

Exp~diente, 1 "clicbé• e outras despezas • •

180:000

-- -

Soma • • 43:858:600

Subsorlp9Ao (Até Setembro t.lc rgz.5)

D. Maria do Carmo da Rocha, 15:ooo; Dr. Ja cinto Gago da Camara, 2-00:006; D. Maria Patricio, 10:000; D. Palmira Anjos R. dd Ma galbiies, 10:000; D. Rjta do Rosario Pertira Lopes, 10 :00•; D. Mario Adelina Campos, 10:000; D. Luizà da Costa, :,.o:ooo; D. Carolina Rosa, 10: 000; D Amelia Figueira da Sii va, 1o:oo; Silverio Da milio d'Almeida, 10:00.0; Manuel Maria da Silva, 10:000; O. Emilia Gomes t.l'Alrneid11 e Silva, 1 o: o o e; Antonio Farinha Gomes. 10:000; O. Màrfa Izabel fleorlques, 10:000; Antonio Abrantes, 10:000; José Ag1l:1tioho de M11cei.lo, 10:000; D. Beatdz d11 Rocha PaCIS Wernec.k, 10:000; Lourençc Pereira da Cosrn, 10:000; Manuel Pinto Moreira, 1 10:ooo; D. Deolinda Pi n t o d'A lmeit.la, 10:000; D. Leonor Gomes dos S11ntos, 10:oro; D. Qaiterin Lof!.es Portela, 10;0~0; D. Maria da As!'umpçao Roque do Vi1le, 10:000; D. Joequioa de Jesus Martins, 10:000; D. Jnlia d;1 Mota Moreira, JO:ooo; Dr. Abel Capitolino Baptista 1 10:000 ; Jo5é • Vicente Pita, 11;:000; Antonio Jcsquim Perreira dt1 Cunba. 11>:000; Dr. Jnstmo Jasé Correia, 10:000; Jo.iio Bcrn11nlo Nunes, :1-0:000; D. Jezuma Rodrigues l..o;H s ùos Sa ntos, 10:000; n. Anna Mello ~orge$, 10:000; I). l!telvtna, Gi:r,11,lcs e nlòso, 10:000; D Patrocinio Amortrn~ 10:000; u. AJ(;;ltna F-1ri11, 10:006, n. An~,;:licA Godioho, 10.:~oo; D. M-arii¼ dc l..oµ,tlc~ de Barcelos Coelh~l1o,g.:s, 10:ooc.; D l\1Aria Eui;enfa lt Ma~1rta 1 rq:ooo; Maria (l('I Car mo Ribeiro, 10:000; A111onio Va1. CsrvaJho, 10:000; Padre Antonio Rodri~ue, .Pereir11, 50:000; }), Maria do~ Anjris de Cunhe Neto, 11 :ooo; D. Elena Brand5o, 10:000; D. Maria do S scrnmenco Melo e Faro, 10:000; Reinaldo Montdro Basto, 10:000; D. Maria Carolina Caetaoo, 10:oo()j Ale1andFe Coelho da Cosui, 10:000; D. Ame-

Ila clos Anjos Coelho do Amara!, 1o=ooo;:D. Rosa Aotonio Valente, 10:000; D. M11ria do Carmo Tavares Souza Cirne, 10;000; D. Izmenia Ruela, 10:000; Grancioda d11 Silva Triora; 10:000; Maria J c sé Leiras,. ro:ooo; P1edade Bunheir6a, 10:000; D. Maria do Rosario Tavares Gravata, 10:000; José Manuel Fernandes Reodeirof 10:000; Leonardo Fernondes Sardo, 10:000; Maria José Leite, 10:000; Manuel José Marques,. 10:000; Padre José Augusto Rosario Dias,. 10:000; D. Vi~inia Lopes, r-0:000· D. Sofia Pires Neves Teixeirn, 10:000; Francis• cc, AlvE:s Tavares, 1 c,:ooo; D. Maria Ramo~ Soares, 20:000; De jornAis (Joaquim Férreira Maria), 21 :ooo; Manuel José da Rocha1 10:000; Fnrncisco G a tra Mora es, 30:000· D. Vitnlina da Fonseca, 10: 000; Frank r{obersron, 10:000; D. Maria José do s Santos, 10:000; D. Anna Correia. 10:000; D. Celeste Infante, 10:000; O. Brigida Nazaré Damiiio, 10:000; Maria Gertudes, 10:000; Reul Marques, 10:000; D. Julia Souto Maior, 10:000; D. Maria Cl.emen.,. tino Sequeira, 1_0 :000; Padre G : rard? Abi lio Gomes de Proa1 10:000; De JOrORts etc.: D. Maria das Dores Tavare~ de Soun,, 370:500; Josefa de Jesu~ , 1:1.8·15oè· Padre Augusto José Vieira, 37:500; armi_na Vieire, 3z-ryoo; Padre EY-aristo Carne1roGouveie 4 2:0 o o; Monsenhor P,:,rtugal, 137:350; Padre Edgard C11stello Bronco,. 60:000; Padre Antonio Correia Ferreira da Motta, 11 6:700; D. Cecilia Corrfia Cos• ta, 86:Soo; Joaquina d11 Conceiçao. 23:500; D. Maria Baralha1 48:000; _Jo~é d'Oliveira Dìu, 6o:ooo; D. Guilhennina da Pie-.:lade Chav.:s e D. Maria da Apresentaçiio Gon~ ç21ves, 132:000; Padre Augusto Durao Alve11. 30:000; D Maria dos Anjos de Matos,. 18:300; José.Fernandes Potes, 50:000.; Fernando d'Oliveira, 15:ooo; D. Zulmira Galhardo, 7z:ooo; D. Maria Emilia Vieira,. 35:200; Francisco do. l.rn ;astre. 63:ooo; Joiio Antunts 811ptista 1 10:000; Joiio Manuel de Sousa 1 10:oooi D. Alda Rita Rodr1gues d'Oliveira, 10:000; D. Jooquina Moraes Nuoes, 10:000; D. Maria da Piedade Ribeiro, 20:000; D. Irene da Purifì.:açiioda Cruz Rocha, 20:000; D. M11ria Amalia de Mendonça Felcao, 10:000; D. Carolin(I da Piedacle Vilela, 3o:oot,; D. Josda CastanheirP, 12:500; D. Fausta Augu~ta Santos,. 10:000; Antonio d'Oliveira, 20:000; D. Mario da Conceiçito Calado, 10:Qoo; Padre: Angelo Fer~ino da S1Jva, 20:000; J<:>a~uim da Silva Corulho 10:000; D. Nauv1ùade· Matos Silva, O. Marta Henriqueta da Camara Ma~alhììe", 10:000; D. Ti:reza de Jesu~ Velhinho, 15:ooo; D. Maria M . dos R~medjos, 25:ooo; o. Alcmda ùo Carmo G~1ras1 10:000; D. Ludovi~a q'Ol(v;_ira Santana, 10:000; l)r. lì:ugento Perù1gao, ro:ooo ;. D. Maria Rita Pereira da Cunha, 10:000; Jo~é dos Santos B .. rata, 10:000; Padre Jnsé d'Oliveira Raroalho, 10:000; O. Maria· do Patrocimò Mendes Cii, 10:000; D. Maria José da Silva, 12!000; Manuel José de Araujo, 10:000; Manuel de Araujo Pereirn,. 10:ooo; D. Maria d11 Conceiçao Pit1to da Roche, 10:000; José d11- Rochn Paìnhai;., 10:000; Francisco Jo ~é Vitorino Gom1ts, 10:000; D. Maria José Soare-s t.l'Aluer~aria,... 10:000; D. Berta Meyer _Ma'7haJo, 10:oof' ;. Antonio Aul!,usto Apohnar10, 1&:000; D. Delfina Ferraz Cortei, :10:oao; D. Maria· da Boa Hora Santos Bernardes. 15:ooo; D . Perpetua Norberto, 10:000; D. Moria da Conceiçii'o Norberto, 10:000; D Maria da Assumrçao Covas (de jornats), Sg:ooo.

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que


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LEIHIA:, 18 de Maio de 10~6

.&:no IV

N .• 44

' (OOM APROVAQAO ECLESIASTJ:OA) D:lrec'tor, Proprie-tarlo e Edi"tor

OOtrrOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS C.ompotto e impresso na Imprensa Comercial, t Sé -

Leiria

Admlnls't.-ador: PADRE M. PEREIRA DA SILVA .'A) llEDACçAO E ADMJNJSTRAçlo i.l) :SUA D. NUNO .A.LV.A.:RES PERE:!B.A.

eronica de f atfma

mos e~ estado

grave, e o e o n. tram-se vasias .. Os servitas andam numa roda viva cumprindo instruç0es d o s seus chefes. Ao meio dia, depois d e conduzida processi on almente a estatL a de N. Senbora

(13 de ~Abril de 1926)

I A

(!1~ , Q

~

0CO

manhll do dia lre,e de

Abril, desconcertando todos os calculos, desmen-~ ' Undo flagrantemente as • mais rigorosas previsòes, raio u resplandecente de 1oz e exuberante de cOres. A's tristezas dos dias tempestuosos do inverno succediam as galas e os esplendores da quadra primaveriJ. O ceu, diaphano e sem nuvens, duma formosura incomparavel, o sol illuminando e aquecendo a terra com os seus raios suavissimos, a atmosphera, purificada pelas ultimas chuv.as e perfumada com as emanaçoes . da.s arvores em fJ0r, os gorgeios das avesinhas, que, aos bandos, saltitava m de molta em moita, de ramo em ramo, tudo convidava lrresistivelmente a fazer a piedosa romagem. Jci de vespera, milhares de peregri• nos tinham subido a encosta da serra, em busca da estaocia abençoada pela Virgem Santissima, a humilde e mysteriosa Fcitima. Mas é s6 no dia treze de manba que o grosso da peregrinaçllo se despeoha em catadu- • pas_ sObre o planalto sagrado das ap-

da capella das appariçOes para

a capella da s.. missas, realis11se a cerimonia

attitude comovente de recolhimento e de suplicas, d,fo a volla a capela

nhecidas, o Ppisodio maravilhoso da sua cura. Enfermeira da Mala Real Inglesa, sc,ffria borrivelmente de varises havla muitos anos. Cerca de quarenta ulceras varicosas lhc cobriam quasi lltteralmente a perna direita. Desenganada dos médicos, que a reputavam incuravel, invoca com a mais viva confiança Nossa Senhora de Fatima ao mesmo tempo que applica s0bre o membro martirisado algumas g0tas d'agua da fonte miraculosa e para logo as ulceras se fecbam por completo. E ella, a fellz prlvlle• giada da Virgem, mostra aos circunstantes a perna, onde se véem nitidamente as cicatrizes das enormes ulceras que a retalhavam. Um sacerdote que assisfia a esta scena interessante, encarece as vantagens da publicaçào desta cura acompanhada do respectivo aftestado médico, que a miraculada diz ter facili· dade em alcançar. O recinto destinado aos doentes, em frente da capella das missas, esta

gura. Urna senhora ainda nova, narra chela de emoçao e de jubllo, num pequeno circulo de pess0as desco-

de todas as condiçijes e edades, victimas de toda a sorte de miserias physicas. N!o se ve, porém, desta vez, nenhum grande doente. As macas, destlnadas a receber os enfer-

pançoes.

E'

um vaevem continuo de vehicu-

los de toda a especle, que, depois de aliviados da sua carga humana, se alinbam ao longo da estrada distri• ctal numa fila interminavel. Na Cova da lria, as onze horas, esta jii reunida urna mullidAo enorme.

E' junto de tres locaes diferentes qae ella sobretudo se agglomera: a capel-

la das missas, a capela das apparttOes e a fonte da agua miraculosa. Homens, mulheres e creanças, numa

das appariçoes1 em cumprimento de promessas feitas em transes de amar-

(B11:A.TO NUNO Dlt SANTA. 14.AMA)

completamente cheio. Sao pess0as

da adrnissao de dois servitas effectlvos. Cantase em seguida o Credo e começa a ultima missa • a missa dos enfermos. Durante a missa re2a -se oterço do rosario e cantam-se canticos aproprlados. O silencio E: o recolhimento da multidlio sao admiravels. E· um espectaculo de fé e piedade que enternece e encanta. Dir· se ia que a alma profundaìnent~ religiosa de Portugal,. representada por aquelles milhares de fiela, se prostra aos pés de JesusHostia, adorando· o e desagravando· o e se curva reverente deante da veneranda lmagem de sua augusta p 8 .. droeira, a111 honrada sob a lnvocaçAo· do Rosario. Ap6s a missa da· se a benç~o com o Santissimo a cada um dos enfermos preseotes e a todo o povo. S6pe depois ao pulpito o rev. JacJnto dos Reis, Paroco do Seixal, que fàla com calor e entusiasmo ~0bre a devoçào ~ Virgem, a necessidade da peoitencia e o cumprimento dos deveres do proprio estado. Por fim organisa se de novo a proclsslio para reconduzir ao seu pedestal, que assenta s0bre as raizes da azìnheira sag,ada, a linda imagem da Virgem, e os tchos da peregrinaçào v3o-se de11vanecendo pouco a pouco até que o manto da noite desce so- ,

bre o theatro de tantas maravilhas,.

'


Voz da Fé:tbna que atestam o poder infinito de Deus e a misericordia e materna! lnterces• sAo de Maria Santissima.

Viscoiule de Monte/o

Hs cnras da Fatima cRev.mo Senhor Permita•me V. Rev.ma que venha hoje cumprir um dever sagrado pedlndo se digne Inserir no jornalzlnho Voe da Fdtima o relato da cura milagrosa que a Santissima Virgem se dignou fazer-me. Desde 1917 que eu vlnha softendo de mal estar, dOres de cabeça e vomitos multo freQuentes. Fui vista e tratada por differentes médicos sendo o meu ultimo médico assistente o ex.mo sr. dr. Leite de Farla. Todos fOram unanimes em declarar que eu soffria de urna ulcera no estomago e, em 1924, entllo entregue ao médlco que acima designo, o mal tinha•se aggravado mais do que nunca. Desejava trabalhar e nada podia fazer. SeRlpre muito devota da Santissima Virgem, repetidas ve· zes implorel a sua protecç!o, rogando- me obtivesse a cura de meus males. Durante 1922 e 1923 recordome de ter ja felto duas novenas a Nossa Senhora de Fatima, tornando, todos os dias, numa das novenas, agua da Cova da lria e na outra chA felto com terra do logar da Bemdita Aparlçao. Confesso, ~ortm, que fiz essas no· venas sem verdadeira fé em Nossa Senhora de Fatima, e ml\is por comprazer com umas pessOas de familia. Quando principiei a novena da lmaculada ConcelçAo, em I 924, é que me voltel entAo de todo o coraçào e cheia de f~ para a Bem jita Virgem, que para barn da nossa querida Patria se òJgneu estabelecer em F.itima o seu solar, corno padroeira que é dos pork1guezes. Chega o dia 8 de Deiemlno, a mlnha préce nesse dia foi mais ferverosa, disse muitas coisas a· Santissima Virgem, abrl-lhe bera o meu cornç~o, fiz lhe as minbas ,romessas ••. nem posso dizer aì4ui tuelo o que se pa96a em mim, n'essa fellz data. Havia 3 mezes estava s6 a leite, mas nesse dia senti· me t§o alegre, tào bem dispRsta, que resolvi èomeça-r- a corner de rudo. Nos9a Senhora de Fatima tinha me at.teftdldo. Nooca mais usei de dieta, nunca mals sootl vomitos, nem dOres de càbeça, nem m3l estar, nunca mais tornei remedios. Quiz deixar passar algum tempo para que o relato da minha cura tivesse mais valor. junto re:nctto o attcslado que servlra de confirmaçào bastante ao que aqui affi mo, pua honra e gloria da mlnha dulcis'Jlma Mae do Ceu, de minha Santa Protectora. l)e V. Rev.ma bumilde serva

.. Etelvlra tla Conuiçtio Barroso -0e :n :,ano•, n-1tural <le S. Vicenrc da Re;.

ra e re,iJcnte cm O •sacaiu-Ribeira de Santarem.

ATEis~rADO Eu, ahalxo asslEnado, ba(}ht1rel em Philosophia e bacltarel formado

em Medicina e Cirureia pela Unive,. sldade de Coimbra, attesto que a sr. • Ettlvira da Conceiç4o Barroso sof/reu, durante mais de clnco anos, de J!raves incommodos do estomago, com vlolentas eastral.1Jias e vomitos, de que difficilmente melhorava com dieta e medicaçilo appropriada Desde os fins de 1!)23 até 8 de Dezembro de 1924 nào foi possivel ai/i· vid-la sensiveimente, apezar das me• dicaçòes e dieta mais enerf!icas, aconselhadas por varios clinlcos, in· elusivamente por mim, durallte uns cineo a seis mezes. O diaenostico clinico qut flz e que foi corroborado por outros ml· dicos, Joi o de ulcera do estomaeo, rebelde ao tratamento mldico e pa·

caçao: cSenhor, se v6s quizerdes, podels curar-me•, referlndo -se A irmil. De volta i Usseira trouxe urna porçAo da agua, que a doente fol bebendo durante nove dias, recitando de cada vez, apenas trez e Ave-Marlas•, tal era a extrema fraq1::1eza em que se encontrava t Remedlo santo! Admiravel poder da Mae de Deus I Maravllhosa efficacia da oraçao cheia de fé I A sr.• Joaquina Margarlda comecou a melhorar rapidamente e hoje esta bOa corno consta do attestado junto, tendo ido ha dois annos A Fatima, sem nenhum custo, agradecer a Nossa Senhora tfo assi,znalado beneficio.. A mesma sr.8 Eugenia Margurlda do Rosario, irmil da miraculada, atribue tambem A agua de Nossa Senhora de Faiima a cura de urna doença na vista e na perna direita de que muito coxeava, achando se hoje completamenta curada. Seg•e o attestado:

Etelvira da Concciçao B 1rroso, curada repentinamente de ulcera no estom11go

ra a cura da qual seria neetssaria a intervençilo cirurgica, depois de se fa~er o exa me radioscopico e ra· diol!raphico. 7al exame al!o c!Ul!OU, porém a fazer-se, Rtm foi mister recorre; ti operaçao, visto como Ilo ti/timo dia duma novena a Nossa Senhora da Fdtim.a, a sr.• Etelvira da Conceiçào Barroso se encontrou reptlltinamente curada. Esta cura initantanea nao a julgo possivel nem exp[icavel pe/as forças noturais, mas sim por Jorças superiores d 1tatureza. Fai pois, Ila minha opi11/c1o, um verdad.eiro e authentico mitaere de Nossa Sellhora de Fdtima. Lisbo,1, 8 ,te Outubro de 1025. (~) A11tonio Boptista lette de f-aria (Si-gue o reco :hecimento)

Joaquina A1arg-arida do Rosario Saramaeo, da u~seira (Obidoi.), ha cl!,ca de qu@tro annos estava As portas da morte com urna clrrhose atrophica do figad0, apezpr dos cuidados do seu rnéjico assi sten te sr. dr. Alberto Martins dos Santes, distinto clinico no B·>mb:mal, quando sua lrmii a sr.8 Eugenia Margaricta do Rosario pattia em peregrinaçao até A Cova da lria (FAtima). Oespediu se esta da enferma, esperando que no regresso nAo a ~ncon traria viva e prometendo lhe pedir muito por ella éi SS. Vlrgem no locai sagrado das appatiçOes. Assim fez durante a missa e a bençlio do Santissir»o e, em especial, quando o sacerdote entoava esta sentida invo-

cAlberto Martins dos Santos, mldico pela faculdade de Medicina de Lisboa: Attesto e juro pela mlnha honra que tratel a sr.• joaquina Mare-arida do Rosario Saramaqo duma cirrhose atropllica do /igado com ascite, que prtcisou ser operada doze vtzes, levando um anno o seu tra· lamento. Esta dotnça é sempre de prognostico muito reservado e, em regra geral, os doentes nllo recuperam a sua saude, e neste caso, qua!ldo de esperar era continuasse a ser preciso ser operada atl mfraqutcinunto progressivo, desappareceu ti seu durame peritoneai e estd boa. Bombarral, 12 de Ahrii de 1926. (a) Alberto Martlns dos Santos"'. Nogueira do Cravo Hospital, 24/4;926.

Oliveira do

Meu P.e Silva No Intuito de proclamar bem alto o nome tantas vezes glòrioso de NoS6a Senhora do Rou1rio da FA14ma, venho peèir· lhe o partlcular fa• vor die dar publicidade no no!-so tao querido jornal Vn da Fdtima, que tanta luz e tanta fé vai espalh3nd0 pelo mundo, ao seguinte acontecimttnto passado em Sào Giao, minha terra nata!, caso assim o j nlgue conveniente: Tendo eu e meu irmao mandado proceder a abertura de uma mina para exploraçao d'aguas, em Sao Oiiio, minha irmli teve o cuidado de chamar o minador e colocar· lhe no peito urna medalhinha de Nossa Senhora do Rosario da Fatimn, dlzendolhe: traga sempre esta medalhinha e, sempre que mude a C'lmisa, mude tambem a medalhinha para Nossa Senhora o livrnr dos perlgos. O minador ficou muito satisfeito e prometeu obedecer sempre ao seu pedido. Indo a mina ja a urna certa dis· tancla, deu em rocha, ~endo preciso rampe- la a fOgo. Mand11ndo proceder a esses trabalrios, algum tempo depols, recebemos um postai de um parente nos!o que dizia o seguinte: Acaba de dar-se um desastre na


Voz da Fé.tbna ..mina e s6 por um mllagre d'algum . ,santo o minador nao flcou feito em

çffo desta minha singeta narrativa cheia de fé e de reconheclmento para com Nossa Senhora, de quem tantas graças ja tenho recebldo, aubs· crevo• me com toda a conslderaçAo

pedaços. Meu irmAo Agostlnho, logo que · teve conhecimento do desastre, poz~e !mediatamente a camlnho, para se ~ertificaf dos aconteclmentos, podendo colher as seguintes informaçoes: Tendo o minador carregado um tiro na rocha com dinamite, da mesma f6rma qu.e todas as outras vezes, pegou fOgo ao rastilho e retlrou-se imediatamente para f6ra da mina . com o seu ajudante. Oemorando um pouco mais tempo . a dar-se a explosao que das outras vezes, diz o ajudante para o minador:

De V. etc. Alfredo Elvas Ferrelra

es. -

I>. Logo que me sejs possivel, darei 4 pubticldade outras graças atcançadas por intermedio de Nossa Senhora da Flitima.

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima

" rastillw apagou-se e o me/llor serd ,,ld ir cltegar-lhe novamente o follo.

Traosporte • • • • • Urna anonima (a quem N. Sr. 3 curou o marido, gravemente doente, no pr&zo de oito horas). • D. Ermelinda Coelho da Rocba. • • • •

Convencido tambem o mlnador de que o rastilho se tìnha apagado, . entra com toda a confiança pela mina dentro para novamente o incendiar. Pura ilusao I O rastilho continua a uder e, quantlo esté jA distan.cia de meio metro, mais ou menos, para lhe cbegar novamente o fOgo,

a

Soma •••

CA f6ra o ajudante que aguarda-

va a chegada do seu companheiro, ao ouvir a explos~o, solta um grito èe alarme e de dOr, pois que julga·-Va o seu companheiro feito em pe,daços I Entra imediatamente pela mina dentro na certeza de presencear um .horroso quadro. A certa altura, ouve a voz do sçu companheiro que lhe ~:liz: sdi la tAira fora que quero to,.mar ar, n&o ha nada I

O mioador conta eot!o o sucedldo dizendo-lhe: Eu jA estava junto . do tiro para incendiar o rastilho., quando se deu a explosao. Apenas urna pequena pedra me bateu na peroa, maçando-a um pouco, e mais abaìxo um ligelro ferimento sem im!-1)ertancla. Na outra nada sofri, verificandose apenas um pequeno c6rte na calça, produzido por um estilhaçe. No testo apenas um pouco de p6 e al· gumas ar~las. A lanterna de vidro 41ue trazia na mào, nào sofreu, se~ quer, a mais ligeìra beliscadura. O grande milagre de Nossa Senb0ra estava realisado. O minador alnda trabalhou algu.mas horas, tendo depois de recolher .a casa por causa da" perna que €eme.çou a inthaf. Meu irmào Agostinho, depois de ter conhedment~ de tudo o que se 1inha passado, diri2e-se a casa do minador dizendo- lhe : sabe a quem deve a sua vida ?I li' a Nossa Senhora da f Atima. O minador ao ouvir falar .en1 Nossa Senhora da Fatima, ahre1he de repen!i o peito e diz- lhe, mostrando a 111edalba : Senhor, aqui a

500:000 10:000 2 832:000

Peditorios- 0s pobresinhos

ad-se a terrivel exptosao do dina· .mite I Que horror, meu 0eus !

,

• •

2.322:000

#

Começando .a haver abusos por occasiao das pereg ri naçoes a Fa ti ma quanto a peditorios, determinamos, por agora o se~uinte: 1 •0 Sa.o prohibidos os peditorios, sob qualquer pretexto, dentro do terreno murado, pois aquelle locnl é exclusivamente reservado para a oraçao. 2. 0 Acotrendo de muitos pontos, corno nes romarias, mendigos nem sempre necessitados, sao os pobresinhos convidados a nao fazerem os seus peditorios por ocasiao das pere• grinaç6es. 3.0 Os p0bresinhos dos concdhos visinhos da Fatima que nao esmola· rem nas peregrinaçoes, de maio e outubro, receberao urna esmola excraordinaria dirigindo o seu pedido ao R. Paroeo da Fatima com um- atestado do seu R. Paroco em que, sob jura· me-nto este declare- a) que o reque• rente é pobre miseravel; b} que nao esmolou na peregrinaçao. 4. 0 Os pobresinbos das outcas terres, que nae> esmolarem, dirigir-~iio ao servita encarrcgado e este 06 ajudani 5.0 Recomendo aos peregrincs que, sendo o mais caridosos com todo1-, nao deem esmol_as aos pedintes sem averiguarem da veracidad.e dos seus lamentos para nao serem explorados nern concorrerem para a vagabun• dagem. 6.0 0evem os peregrinos depositar as suas esmolas para es pobresiahos nas maos cfos servitas, que as e111tregarao corno fòr de justiça. Leiria, 26 dc Março de 1926. (a)

t

]osé, Bispo de lelrla

..trago e nunca,mais a largareil

e

,,,

Poucos dias depois, a perna desincbou-lhe, vcltaodo novamente ao servtço. Pelizes dos que crèmi em Oeus 'Nosso Seobor e na proteçcao da Santissima Virgem que nuoca des-am.para aqueles gue n'Ela confìam pienamente. Agradecendo o favor da publica-

PREVENGA .. O Pre-vinern•ile todoF& ois doentes que nel!'lte :rnès nào poclern ~ntrar no recinto que lbeR é ro• FJer,vado, l!l!Olll um bilhote que so lheis sera passa-

do pelos lllédicos servttas, n a casa recentelllente construida ao lad o da capelinha das Aparlçoes.

Aos senhores condntores de antomoveis, camionettes, camions, carros e qnaisqner ontros vehicnlos: A fim de facilitar a todas as pes• s&as e especialmente aos doentes, o accesso ao Santuario, pede-se o seguiate: J ."' Quer do ]ado de Leiria, quer do lado de Ourem, os vehiculos seguem até ao Santuario e dao a volta ao terreno cm frente a cntrada, vindo em scguida juntar-se no logar que lhes compete, duro lado da entra• da, e ahi ficam até serem reclamados pelos se11hores Peregrinos . z.° Feita esta reclamaçao, viio bus• cal-os ao terreno rcservado em frente do Santuario e seguem o seu carni· nho. 3.0 Em tudo os doentes teem a J?ri· masia.

so

Caatela I ... Julgamos da na}so dever prevenir at leitares t em especial tados as peregrf• ms, gus acautelezn as cartetras e outros objectos de valor, contra a rapactdade dos gatunos, gue aprovsitando utas acoasiies castamam lazer vasta col:heita todos os znezes. De prelerencia ascolh,zn a ocasti, da destrtbutçàa da Jornal, aproveitando a preocupaçào em qae cada am estti d1 ssr servido.

F\ores de Maio Todos se encantam eom ellas, desde as creanças que as colhem pelos campos, até ao homem de negocios que as compra n@ camioh'> pJra • seu escriptorio. Mas quao poucos sabem ler entre a formosura d as suas pttalas o nome do pintor que tifo artisticamente as desenhou e perfumou! Por i-sso nao admira que o Senhor dé premio (e que premio!), dispensanaio muitas graças aos que cora e.llas vao ornar o altar da Virgem Mae, a quem a Santa Egreja intiilila Rosa

Mistica e Açucena dos campos, symbolos da sua peregrina formosura e pureza divinal. Sao7 sobretudo as fto-res da alma, a casudade, a humildade, urna vida bem christa, que Ella deseja. E' esse o tìm que NQSsO Senhor procura in:;tituindo a sua Egreja, os Sacramentos e outros meios de santificaçao e é tambem para isso que se dignou aparecer na Fatima curando tantos eoformos, despertando nssim a alma adormecida dc taatas creaturas que nao pensam no seu firn ultimo.

'


Continuamos a transcrever o que

os jornaes disseram sobre os acontecimentos de Fatima. O que segue é do Diario de Notieias, de Lisboa, de 15 de Outubro de 1917, em correspondencia de Vila Nova d'Ourem, de J 3 do mesmo mes:

«O mi\agTe de Fatima lals de 60 mii pessòas accorem ao Iocal da apartçao Apesar da chuva miudinha e impertinente que começou a cair logo de manha, extraordinario numero de pessoas acorrem a freguesia. de Fatima para prcsencear o caso extraordinario da apariçao, que desde quinta• feira da Ascençao tem ocupado a attençao d'estes povos e atraido aquela localidade milhares e rnilhares de pe· regrinos de todas as classes sociais e sexos. Ja ante•hontern começaram a passar por esta vila ranchos de homens e mulheres, que com toda a devoçao e crençs, entoando canticos e resando o terço, se dirigiam para o local onde o milagre se devia repetir pela ultima vez, conforme as declaraçoes dos tres pastorinhos, a quem Nossa Senhora se dignou aparecer varias vezes, corno ellas dizem, nos dias 13 desde aquela data. Para se poder imaginar a aftuencia de pessoas, vamos dar urna nota dos vchiculos que nos foi possivel contar: Corros, 240; bicycletas, 135; automoveis, para cima de I oo. Esta estatistica represeota apenas o numero de vthiculos que , regressou por esta vila. A aociedade pela hora do coloquio, 13 horas, era manifesta. Embora a chuva continusse a fustigar aquela multidao, nioguem arredou pé do Jocal privilegiado. Precisamente aquela mesma hora, os tr és pastorinhos, cujos nomes sao: Lucia, Jacinta e Francisco, chegaram ao lugar preciso, postando-se imediatarnente de joelhos, sob um arco adrede arranjado, assim corno um altar que junto foi levantado. A sugestiio tomou imediatamente aqucles milhares de crentes e curiosos. Como grande numero de pessòas tivesse os guardas-chuva abertos, os pequenos mandaram fechal-os e, coisa extraordinaria, segundo testemunho de rnilhares e milhares de pess6as, o sol apareceu com urna corde prata fosca, numa agitaçao circular corno se fosse tccado pela electricidade, segundo a expressao empregada por pessoas ilustradas que presencearam o facto. E milhares de pessoas sugestiona· das, e quem sabe mesmo se ofuscadas pela pr"Opria luz do sol que durante o dia aparecia pela primeira vez, cairam por terra chorando e levantando par& o alto as miios, que instinctivamente juntavam. Nos seus rostos notava-se um embevecimento extatico que denotava "Qm absoluto alhearnento da vida. Choravam e resavam, as suas almas \

.

simples, perante a extranha sensaçiio d'um facto que, para elles naquelle momento, era rnilagroio. Pessoas houve mesmo, segundo ouvimos a algumas, que lhes pareceu vér o sol abandonar a sua ficticia orbita, romper as nuvens e descer no horisonte. A sugestao d'estes videntes extendia-se a outros a quem ellcs explicavam o fenomeno e, por esse motivo, muitos prevcndo que o astro rei viria precipitar-se no solo, prorromperam em altos gritos, impetran· do a protecçao da Virgem. A hora mi/agrosa passava. As creanças levaotaram-se sorridentes e explicavam aos seus anciosos ouvintes que a Senhora lhes dissera que a paz viria breve e que olio tar· daria o regresso dos nossos bravos soldados gue em França se batiam heroicamente. No locai eram vendidos postaes com os retrtttos das ingenuas .creanças.. Os peregrioos, ap6s aqueles momentos de ancil!dade, regressa.ram as suas casas, desejosos de contar aos que nao tiveram a felicidade de ir ao local santo, o que os seus olhos e, principalmente, as suas almas crcntes, haviam observado com tanto deslumbramento. •

Peregrinaçoes a Fatima Stio muitas as que se anunciam para ir celebrar a 1.• appariçào de Nossa Senhora naquelle torraosinho abençoado das terras de Santa Maria. Oxaléi todas va.o com o espidto de piedade christa em que o sr. Bispo desta diocese tanto tem insistido e vem indlcado no novo Manual do peregrino da Fatima, que ja esta no prélo e promete sair ao encontro dos peregrinos na Cova da lria no proxlmo dia 13, se a ultima bora nao surgir qualquer dificuldade.

A1tua da Fatima A redaoçAo ou adminl•traçAo da cVoz da Fàtima, nAo pode encarr.egar-se do fornecer egua da Fàtima és pess6as que a deaejam. Presta-se a eate servi90 o sr. José d'Almeida Lopea-Fatima (Vlla Nova de Ourem), a quem devem aer feitoa os pedidos.

Vo:z da Fatima Despezas Transporte • • • • • • 43:858:600 lmpressào do num. 43 621:000 (27:000 exemplares) •

Expediente e outras despezas • • • • • . . • • _ _1_80~00 Soma • . 44:659:600 SubaoripqOo (Setembro dc 1925) Ppdre Antonio Rodrìgues Pereira, 10:000 D. Carolina da S. Correi& de L. Meodes Mimoso, 10:000; O. E~r.,faoia Mula da Sìlva Correia de L Mendes, 10:000; Cai~tano Moreira, 10:000; Adolfo Ferreira, 10:000; Alfredo Ferreira de Nobrega, 10:000; D. Virginia A. Rodrigues Nobrega, 10:000; D. Aurora da Rocha Santos Te1xeira, 10:000; Daniel Domingues F1gueira 1 10:000; Dr. J. M. Malbeiro, 10:000; Antonio J. Simoes, 1 o:o o o; D. Idalina Rodrigues Pouzada, 10:000; D. Maria Cabrera Rocha, 10:000;

D. ~laria. Emilia da Cunha, 10:000; D. Cor• da_ltna P1res, 10:000; D. Ana Rosa Pires Mo-re1ra, 10:000; José Maria Pinheiro, 10:000~ . Padre Francisco Joa'luim da Rocha, 10:ooo',;. D. Maria José Franco Choriio, 10:000· Manuel Antonio Lopes, 10:000; O. M~tilde Trmdade Cabrai de Noronha, 10:0000; D..Leontina Beroes, 10:000; O. Maria Alexandrina Bessa, 10:000; D. Gertudes Pires Correia, 10:000; D. Maria Fernanda Santos,.. 100:000: D. Rosa d'Oliveira, 10:000; D. Maria Prestrelo d'Orey, 10:ooc; D. Tereza d~ Serpa ~imentel, 10:000; D. Maria E. V1ana More1ra, 10:000; D. I.udo vini Jesus Lope11, 10:000; M11nuel Ratola Vizinho, 20:000; D. Laurentina da Silva àliranda Nunes, 10:000; José Pereira Claudio 10:000' D. Ana Moreira da Silva, 10:000· Ò. Tereza Guim~raes, 10:0001 Dr. Joaqui~ Tavaresde Arau10 e Castro, 10:000; D. Emilia da Costa Aodrade, 10:000; D. Purìficaçao Barroso 10:000; Antonio Barroca Del~ado. 1 o : o o 'o; Antonio Pereira Morgadmho, 10:000; D. Maria Coelho, 10:000: n Maria da Assumpçiio Correia, 10:000; RaimuodoV_icente da Silva, 10:000; Padre MartiohoPmto da Rocha, 10:000; Silverio Pereira da Conceiçiio, 10:000; D. Maria Vieira, 10:000; Ari:nando Alves. Diniz, 20:0000; Dr. Jose Lu1z Mendes Pmbe1ro, 20:000; Valentim Louzada, r o: o o o; Joiio José Ferraira 10:000,; D. Mariana Amalia Afot\so, 10:000;. Albertma G. Bastos Morel, 20:000; D. Maria Guedes, 10:000;_D. Adelina d'Oliveira9' 1 o:o o o : D. Pauhna Aldeano de Fa ria. 10:000; D. Tereza B. Forte, 10:000; Guilherme P!atier Martins, 10:000; D. Mari.Angelina Alves Ferreira, 10:000; D. Maria do Carmo de Sequeira, 10:000; D. Laura da ~presentaçiio da Cruz Faria, 10:000; D. fl.lar1a da Nazaré Correia, 10:000· D. Maria Margarida Marques, 10:000; Jo~é'da Cunh4' L~ite da Costa, 10:000, D. Maria da Conce1çao Costa Coelho, 10:000; D. Luiza Amelia de Carvalho, 10:000; D. Leopoldin a Rocha, 10:000; D. hmeni\l Cunba •. 10:000; D. I,.uiza ~agdalena d'Albuquerque, !o:ooo; Anonimo J . .B. R, 10:000; Agosunho Alves, 10:000; b. Laurinùa ~arbosa, 10:000; D Helena Lobo de Vasconcelos, 10:000; D. Maria do (;cu Pdis Leal•. 10:~oo; D. emilia Gonç_a lves~e Magalhiiese S1Iva, 10:000; D. Maria Julia Caldas Fraziio Petlroso 10:000; D. Maria Albertina de Azambuja Teixeira 1 10:000; D. Ana Justina C. Sa Teixeira, 10:000; Antonio José· Valente, 10:000; R o II arista s d'Ilhavo,,. 50:000; D Bea triz de Barros Pinto Broch11do, 10:000; D. Luiza Brandao, 10:000; o. Ermelinda Costa Alemao Tdxeira, 10:000, D. Maria Ermelinda Costa Alemao, 20:000• D. Josefa Rosa Moreira, 10:00<,; José do; Santos Barata, 20:000; Padre Manuel de Oliveir11 Ventura, 10:000; Joiio Duarte Sìmoes Bailio, 10:000; Adri&no Joaquim Gomes, 10:000; Padre Miguel Jorge, 10:000· Augusto Paysinho, 10:000; Julio Gançalve;. Ramos, 10:000; D. Virginia das Dores Queiroga . Gomes, 12:000; D. Carolì_na Augusta More1ra Ran~el, 10:000; D. Maria Nobre Sim6es, 10:000; Joaquim Nunes Pires, 10:000~, José Ptres Alves, 10:000; José da Rocha Pereira, 10:000; Ildefonso Moniz Bdrreto Corte Real, 10:000; D. Antonia Estefania. Guerra, 10:000; D. Joaquina Antuni:s Gutr• ra. 10:000; D. Margarida de Lemos Ma~alhiies, 10:000: José Luiz de Fi~ueiredo,. 10:000; D. Mafalda Maria Duarte Pinheìro 10:000; D. Ana Braiil, 10:000; D. Rita do Rosario Pereira Lopes, 10:000; D. Palmira da Conceiçao Rachaela, 10:000; D. Herminia de Jesus, 10:000. N ot;a - Falta publicar cerca de mit. aubscritotes, isto é, os que enviaram quan-' tias desde os primeiros dias de outubro ulttmo. ·

VOZ DA FATIMt1~ Este jornolzinho, q u a• vae sendo t6o querido e, procurado, é diatribuldo

gratuitamente em Fétime no• di . . 13 de cada méc•. Ouem qulzer ter o di• reito de o receber dire-· ctamenta pelo e or re i o.,. tera da enviar, adeant•• damente, o m I n i m o do •

dea mii réla.


' N.• 4ts

de 10~6

.&.Do IV

--...

Dl.reet.or. Proprietario e Edl-tor

.DOtITOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS t;omro1tio o impres so na Ir::iprcnsa Comcrctal,

RUA. :O.

a Sé -

l.ciria

A GRANDE PEREGRINACIO NACIONAL ·DE MAIO

'

Fatima, polo rriagnetieo das a1rnas

Gloria a Oeus oo Ceu e na terrai flonra, Jouvor e bcnçiio ti d6ce e p1cdosa Virgem do Ro~ério, que do seu throno marn1fì,cente ile Fatima vem éspr.nmùo 11raç11s a flux sobre os seus fil ho~ quemios, em loda a vasta extençlio da bemdata terra de Portu~al I Quantas alma~ ulcerada• pela culpa rect-ber11m das ~uas maos viri:ìna1s o Jorn rura,,ill'o dumcl contriçlio ~alurarl Quitntos cortiçòcs 11lanceado, por m11guas punRentes haur1tam no seu coraçlio materna! o tialsame> dulciss1mo dum prnJiroso li!nìti:,,o ou duma coh~oluçiio in, ffavel ! Quanto!! corno~ torturados por longo~ e cruci111ntes 1Gffrimento~ encontrer,m o Rllivio ou k cura dos seu\ mRles recorrenJo protecçiio vaJio$is~1ma d'Aqucla que é just11nientll chamada pefos $<1ntos Pwdre~ a Omnip<,tencia ~pj)lic(Jnte e JHl r roda a lgrc: ja a S,1udc d.s enfern10s! . No" paramn, sagrado, e rt"y.Herioso!t de F,tima a Rainh11 dos Anjo~ er,1ue o ~eu soho Je amòr e misericordia s6bre um peilestal for:..do nelos coreçoes Je se1S m1ll,oes de ('lnrtuguczcs. Efftctivamente, de todo1 os ronto!I do terr1tor10 nac1on,d, desde a~ margens encs,nt.idoras do Minho e Uo Lima até as praiu perennemente: verJ,.j4,nte, do Algarve, de•de .a graciosa Perula ilo Oceano a té tO" sertoes oJu~tO!I <lR nossn Africa, oo~ pala.are:$ da (11J~, e é propria China, Jesdi: a, duas Amencas as reg16e, long1nqdu da Oi:1:ania, .. m toJa a parre onde p.ilpiu,m cor11ço~ .. por tu ,111czes e ~e falla u formo~a lingua de Camoes e Vidra, um còro de louvores se 1:leva pord II V1,gc:m i1em macula, qlle sob a 111vocaçao dc No'lsa Senhora do Rosdrìo, se dil(no1111nareccr, para fdicidade do, portuguc:zes, sohre O!I r.JainM aric.los e escalvados ùos pl11naltos d.: Fati-

a

ma. E•ta terra, privilegiaJa com as bençifo" do Ceu, é hoJe, ~onre a r~ce do munJo, o centro Ja mRiq enternecida e frrvorosa clevoçiio é glòrìosa Miie de f)eus e do• homc:ns e ~imuhonéamente o thrcno mais e,rplcn loro~o dè Jesu:c, no seu ~11cramento de amòr, a sanai simo e 11u1tusti~sima Eucharistia E é por i<:so que Fati,m,. es~a humilJc p<>vpaçiio, ainda h,1 po11c:os nnnos qua~i Je-iconh<!c1Ja, i: hoje ;,uri:clsda ,lurn presu~,o sem e~uAI, C1>n~tit111 o mai$ peJero•o ,man do~ con1çoe11, o rolo msf'netico e~p1ruu11l rnr.. onde ~e volt11m irrc~istivelmentt, mtlh6es de almas seùentas de pat, de viùa, 11mor e luz. Salve!, Fauma, mii vezes salvé!

.A'. u•somln·oan 1nohllJaaQii.o

·· dn• ah11uw

.Muitos diu antes do novo a~nive}sario

dR primeira appnriçiio ila Vir"em aos humilùes purorinho, de A lju~trt'I, jd c:m nuOlf'roso~ ponto• ilo pa1z ~rupos de peregrinos se: punham em marcha para a es!.incia- da:; appHi,oe• e ÒO!'t pro1t[IIO~. Que odmirav1:l e~r,.ctuculo e~,a longa e intorminavel thcoria ùe romeiros q11e pnr rnn t ~ ~ e•1rad,1! se cncaminham para Fatima! Sao rancho; de homcns e mulhere• Jas cl., ues niai, humildes que rezam e cant11m louvores ti Vir~em e que ùe tempos a tem• po9 param e sen mm-se Il bc:ira , ,los cornlnhos para comertm os seus succulentos f ,rnets ou p.. ra dt:scan,arem ùas fadigus da' vi:.itr•m. l viio, cheio11 duma alei!ria sii e santa, atravez ilus c1Jad,s, vilas e olJeias, ora tub1nùo so cume i.101 rnon tes, ora desctndo 11é ao funJ<>i dos val,n, recitando o terço ou tnto:indo conucos, suspinndo arih:ntemente pela bora da chegada il ntsga da tara que o contncto ào, pés virgma1s de J\.1Hrio Santissima santificou para toùo o sempre. ' • E os itnipoi; succedem-,e conuantemente uns aos outro•, em cenrcnas de e,tra,las, • em ir, ilh11rei; de c11mmlios, como u fin,, cinemato(lraficu ~e Jesenrolam no ecran, formanJo um esrcstaculo encantador, \le5lumhron1e. um11 verdndeìra e grandio,a m1m1fe~11,çiio dc fé e pi<!dade collectiva, urna as~ombrosa mobili31tçao das almas.

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4'"~• p1·lu1clt·u.H vespt,.1·••• .

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Na munhii do dia doze o mr.vimento de pereE:rino~ começou a intens,fr.:ar-se Jum modo prodi,:ioso. Durante toùo o dia esse movin:ento cresce c;iJ., vez n:li11 num11 pro~re:uiio ascendente a1ing111do o seu ·mu.10'.0 na manhii <lo d111 seguintt'. Os comholo:1 orJ1ner10~ e upe.:iaes vomitem lc~1011s ui> pertrcrlnos nas rlntaform11s du eHaço:s m~,s proidmu de Fàtirna. l>rpoi~ vc:h1cultJs d<! toJ11 a tspccic, desJi: o c,tmion gi~ante~.;,, e v1:loz aré H<> roncdro c11rro I.le bo1>1, Jc,de o 1<utomo'vel do )u:(b, 11té ao re~a.!o chors-4,bancs e il hum:lde e h,,:eirn h,cy .:letc: tran~porram t:S· ~es pc:rej,lrtllO~ at~ Ilo lo ·af I.la~ app~riçoes. Durante \'lnte; e qu ·,tro horus, de,.J.: o mtlO• dia tle <1u ~rta frira flté ao m, 10 i.11.1 de quinta f 1r.1 ,111 As.:-cn•:i , o pluh.::iltl) ~ai:ra.io de • Faum.1 a. •,emelho- ~e a urna h1ci11 1mrr.ll11~11 ond.a em ~·,1t11Ju11u ~i,.::int1-s~s se pr.:c1p1t&m torrent..:~ .:a11dnlo~1u, rio~ intermina vl:1~, CUJA~ ~6ta:i ,l'ai,;ua ~:io ,ercs hum~no~, cujh onJa9 ~ao mu~as compactas de tiei, 1 mulriJ6el inumeravei1 de perl',<rino..... N 1 ; ve,r,ert a noit«.>. n111.1uel111 estancìi1 abençoada d n Ct u, milh~res de velo,, acend1dos pela piedaì.le dos crente~, r,olvilbam de Juz e còr o 1trandioso amphnheatro da Con da Iria, transformanJo aquelle recinto num

templo immenso, tendo por navimcnto -o solo dn chorneca coberto de lirzeii e azinheiras e por cupula a ahobada celeHe cravejttdn de myraades de ~\trcllas. E Jesse templo, unico na terru, tvolam· J~ para o Ceu supplicHs vehementcs, anvocaçoe~ forvoro~il,, hymnos de jub1l0, rrconhedrn~nto e amòr, que ~obem eté .h maos de Maria e das miios Je Maria até aos pés de Dtu1.

A upot.hco11e da Vlra-,·na · A's Jez horas da manhfi "<io dia lréze, a ' Cova da !ria é um lego irnmen,o de !(erre que se 8Jl!llomera em l<1roo Ja carpella rJus nppariçoe~, do pavilhao dos docnre~ e da fonte m1raculosa. o~ strvos de Nossa Senhoru t.11> Rosario tran~port11m em maculi os poralytii:o~ e os do1:ntc:~, cujo eH11do é mnis iir.. ve, paro o recinto duunnt.lo a reccbcr eo/ermos, em frente da capc:lhi èiu. m1•SRS, \ No posto de verifìcaçot>s médicu, inaugurado nt !ISe mesmo dia, numeroso~ clin 1cos de varios pontos do P.~•z, entre O!! ciuais d1-iin:tos cspeci111istn e lentu das Umver- \ sidaues. examìnam 01 enfermos que viio chegan<.lo, truu.los ou 1rcomp11nhados ,,. Jò"' serv~ta,, e ~ornecem-lhc~, epoz, o exeme, o, cartno de Ingresso no respectivo r11vilhiio. Numerosos fieis, de todu II edadcs, eumprern us 1tu111 promess,.r, dando voltu Je· joelho, a capella da, eprariçoes. por entre ':\ multi~iio epinh,da junro della eo, oraçio fervoro&ll. No recinto dos doent1:s a~ aerva~. de_ Nos~~ S~nhora do Ro~Ario, Cl\ja assoc1aç110 . for:i anauguraùa com a maior soltmn1d1ilc no dia se1s, assi,tem carinhosamenre os ùoenru, prestanJo-lhes o seu tlewel11~to &llxilio com urna ddl:licfçiio eoternecedora, que ,o a carulade christii sahe i"nspirar. Enverganùo batas brancu (le uma ul~ura pu~issima de neve, cllu r,~recr.m , &~Jos de~c,do1 do <:eu para confortai' 11~ v,c11mu de tantos tJngellos, quo • lii ,e en~'?nlr11m sanramante resignad11s, com as la~nmas not olhos, o sorriso nos lab1os e a raz no coraclio. A4µi c"tjcola veem se reporters Jo~ princip,1es jorrlne~ e revistos do p111z phr tographa111lo 11sp,·ctos da muhidiio, e art1Mas cin t mntn~n,phico"' filmanJo colle~10~, 8~,ociu,;o~~ e ~rupo, org-dnisudos tle per.te~rinos, qu~ k v, vam é frente o, seuii lindo,, ric-0s e v1 •to,o, est1rnJartes, 1dgun1 Jo~qu aes represent"nélo a ,cena empolf(11n1e, chei11 Je helleta e de encento, da uppar,çao da Vìrgem aos pa~tonnhos. • • .A.H 1nb,u•11• e

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c•ou1unl1oe•

Entrctunto, desd~ ti!! selr horu dA mnnhli., · celebr111-se o Snnto S11critìcio, quasi !!dm in• terrupçlio, nos trez altares J, c11pella nova • Assastem a essu m1ssas 01 doentes, quc ca\

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dii ves s(o mab numerosos, e uma multid!lo de po•o que ensroasa a 01h01 vi,to, dc mo• mento para momento. Veem-se nessa multid:io reprHentadas todAS as classe, socieu. Slio titulares da velbn nobrua, S11cerdotes e médicos, juize.s e advogados, professores e alunos das unt· vcrsidadca e dos institutos de instruçiio primaria e secundaria, capttalistas e lavndore,, senboras, donzclas e creançss, humildes camponeze« e mulheres do povo. E toda esta mole, attenta e de.vota, resa e can· ta, implorane.lo saude para os enfermos, remédio para toc.les as necessic.lades, e celebran•Jo as glorias immarcessiveis da augus• ta Padroeira da Naçiio. Quasi ininterruptamente, emquanto ~e ceh:bram es missa~, quatro sacerJotes disti tribuem a Sagrada Comunbiio ao~ fiei, que se prepararam para ella com a recepçao do sacrame·nto da confissiio. E milhares de pal'licula,; consap;radas viio unir c!rca de c:inco mil•e quinhentos coraçoes innocentes ou purifìcado~ i,ela penitencia, numa uniao sublime e meffdvel, com o coraç5o Sacra tissimo de Jesus, com o proprio Oeus feito ho• mem, no seu Sacr.imento de amor.

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procia;i6'ilo

E' urna hora e meia em ponto. A e,tatua de Nossa Senhora do Roaério de Fatima, de uma formosura incomp,1ra vcl, é conduzida, ao1 hombros do, s.:rvita1, da ceppella dR~ appariç<'ies para a capello das missu. O cortejo que a acompa,nha 6 encantedor na sua siir.plicir.lede. Qu,rndo o oodor chega ao limiar do pavilhlio dos doentes, a scena qu.-: se pusa 6 indescripunl. Dczenas de milhar dc mlio, agitam no ar lenço, branco" que p11recem Jìomho'I a voar, estruRem salvas de p:ilma,, b 1st111 e nutrie.I .. •, e reboam no espaço vivos e acJ,,maço.-:s entusia~ticas a Virgem. Quasi todo~ os olhos estiio marc:j11do~ de l11Rrima, de commoçiio. A Virgem pas~a. como uraa v1slio de paraiso, csp:ilhando profu'IS· mente benç!ios e graças. E a molt1diio, enternecida, prostra ,e a seus pés, bemdizendo,a e saudando-"a corno sua Rainba e sua .Miie, corno augusta Padroeira de Portugal.

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ml••u do& enf'errnoe

Vei principiar a mì!ll!a dos enfermos, que arphcada por estu e por todos o, pere grino'I. A oraçiio intensifica-se. O silencio e o recolhimento siio mai~ profundos. Res.pir•· se um ambiente saturado de sobrenatural. Tem-se a impressiio bem sentir.la e.le que se vai operar um contacto myiterioso entre o Ceu o a terra, en.tre Deus e a nat11rna. O terço do Rosario é recitado eai ~ro. t,n.-tec.liaumente apoz a eleuçiio a Santissima Eucharistia é acclamada por cen-tenas du milhar de boccas num cantico formnsiuimo, rcpauado de piedede o unc~lo. Continua a recit,çiio do terço, sempre eatuente de ferv0f' 1 seguindo•IO a da ladainba Lauretana. A' commuahio c.listribue-se pela ultima Te& o Pio d•s Anjos. Acaba a miue. Vai ,dar-se aos enfermos a bcnçiio com o Santissimo S11cr.imeoto. E' o momento m• is 'Solenne do• cultoa do dia treze. Mii en ftr* moa aguJrdam che101 da mais viva 11ncil!-d1de a !l8S1&gem do Rei de amòr. E Jesu~ ,pesu efft~ttvamentc, cosno outrora nu ruu Ò praçu e.la Palaatine, e,palhando o .bem. Aquelles ro,tos cmaciados por tanto, -eoft'rimt•nto• phrico,, aquelles olho, que nflectem nitidamente ma11uu run~ente, de 1lmu torturadu, aquellas mlios que no .ceu gesto ,lo ~uppli::a traduzem an11u•1ias e pezares de eoraçoe, ukorados, 11irigemse pllra o Diviao llldstre, nu.n a upre:ssiio ,p11th11ica de <lor, implorando lenitivo, re• _.anaçiio e conforto. E os farrapos huma001 que alli ostentam as 1uas misorias fi11cu numa npo,iç§o mac.. bra, aJoram p,ofusameoto o 0.:u• hunian.-do por n6s, o homem d11 d6res, vir dolorum, como lhe ~bama I So1grada E•criptura. Tcrminou a bençlio d011 eofèrmoR. Vae ur dada agora J' bençiio a toòo o po,o.-0 . .encio qua H faa é o ~iltndo d" momedt" aolemllfl. O mi'liatro do Senhor traça -no -eapaço com o ou&neorio de prata umu au1 16bre a mwtidlo quo ajoelba a 1eu1 tté• e 10 benie devotamente. Org1tnl1a &e depoi1 1 procis,rio rara con• 4Ullr a lmofen> ~· Virsecn , .9ua capda. ,é

•Levnn-t:a-te o onda t.. Succede cntlio um facto de todo o ponto extraordinerio. Uma senhora de 2.i 11nos de ~c.lade, dc nome O. Helena Vioh:ta Pereira da Silva e Souza, moradora ne ru,i do Alto· oc Villa, 318, Foz e.lo Douro, par11lytico Ju miic,s e dos membros inferiore~, cm virtude dum envenenamtnto por meio do arseniat,, ministrado por urna cf'ada, ao approximar-se e.la Im11gem j.i colocado sobre o seu pedostol, sente· se subitamente curada e, $Oltando so dos br11ços robusto~ do~ servita, que a seguram e amparam, ajoelha om fervorosa acçiio de graças ti Virgem. l'asudos bre\'e$ momentos lcvanta-se e corre em direcçiio li capella das misses, para adorar e agradecer 'a iiua cura a Jesu, Sacramentado. Na uchri,tia, em 'que entra seguir.la de muitos percgrinos, e em que noq cncontravamos tambem nes,a occasiao, fizemos-lhe algumas leve~ pre~untu. A multidao acclama enthusinti~1m'!nte a VirRem Santissima, que mostrava ess1m mai! urna vez o seu valimento junto de Oeus e a suR bondac.le para comnosco. • D. Hdcna é conduzida ao po,to das verificaço4s médica,, o:1Je vario, facult11tivos a examinam detidamcnte. Sahin,io do po~to, vae desped1r-se de No~sa Senhora, e, ~empre ladeada pelos hravo, ucoteiros de l.ciria, quc formam a baie para a livrar dos t:tTeitos d11 cur10s1d11dd e do cnthusiasmo popular, dirige-,e rara o automovcl que a tran•porta II Leiria. No dia vinte e sei~, de passagem para o Congresso Mariano Nacional, que Sd reali· sou em Braga nos ultimo, dia• de Moio, vi•iulmo-la nasua c11sa da Foz e.lo Oouro, constatando o permanencia d11 1 cura, cuja notic1a cauqou enorme ,cnqaçlio em tor.lo o Porto, onde a sua friRliha é muito conhccida. J\.. debnn<.lndn Entretanto a multidiio vai dimmuin lo cada vez m pi!. A e~tra:.la di,trital de•congestion.r-se pouco a pouco. N > locai Sllfiira'do ouve-,c apeoa, o br3nJo c1ciar dn'I ulti• mu préces e os piedo,o~ cantico, Je dc~ped1d11 dos romeiros retarda111rìos. A noite Jésce lentamente sobre o theatro de ta manhaa marav1lhas, cnvolvendo-as nas prégu do seu manto e!curo. A b~eve trecho, naquela entecamara do Ceu, rema o silencio maitc•toso c.los gran· dio'l<>a templos deserto~ e apenas, de quan do em quandQ, ~e ouve o cebo repetir o cantico longiquo de lll~um grupo e.le perejilrinos eo, honra d'Aquella que, no drzer do in,piraJo poeta : il

«quando Roma em cuJtn :ilçava Dom Nuno a throno uc luz, veio a F,tima ~orrir-nos, a doce Miie de Jes1Js, •tio diier no,, na bruma da ,,ossa tarde sombr11, 'lue ora do C..:eu por n~s velam frci Nuno e Santa Maria I• V. de M.

Bs curas de roHma • 0 Scnhor Pcrdoe-mc V. Rev ma a impcrti· nenda d'esta minha carta mas escre• vendo-a eu cumpro um dever e ao mesmo tempo urna prC1messa que fiz ti Virgem Santissima Nc:1sa Scnhora da Fatima, a quem prom<:frde publi• CAr no seu jornal '1oz da Fdtima a graça rectb•dt e ir à Fatima com meu mariJo e filhus agradecer a _Sàn Ù'lsima Virgem tao grande mil~grc.· , Ha muitos anos que sofria duma anemia cr6nica no sangue Além desta d~nça, cm 1920 cornecei a sofrer lrnenso do estomsg, e intestinoè• Consulte! o mcu m~ico assistente , que me m11ndou par a urna dieta rlg"'rosa e mc reccitou alguns rcmcdi01 que nao dcram resultado. O mcu ?tado de fraquez~ era grande e me e Rev

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C.rolina Correla Ribeiro Viana S. Domingos de Csrmol!s - Alfciria, I 4/ S / 926.

Gr11de (Arcos), 3/11/9io Rev.- Senhor Vcnho comunicar a V. urna gra·ça, recebida cm Fatima, que dcscjo ver

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obrigou a ir a Lisboa consultar alguns especialistas. Para melhor scr observada fizeram-me analise iao sangue e fui radiog:-af1da, verificandose entao que sofria de uma cnterco- • lite muco-membranosa muito adiantada para o ~ue me reccitaram as aguas de Caldelas e que mc alimentasse s6 de purés. • Antes de ir a Caldelas ainda fui consultar outro clinico dc Torres Vedras e este aind:1 mai~ me desanimou chegando a_,.,d izer-me q11e, por muitos anos quc rect:bcsse o curativo das aguas, oonca pod~ria passnr dos purés e que scS com estes cu conseguia pasl'ar mais alivinda do meu grande sofrimento. Fui a Caldelas e pouco resultado tini ou nenhum Ao mais pegue.no abuso que tivesse na comida o meu sofrimento sgravava-se. Em 1924 fui cxperimentnr ac; aguas da Pit:Jade, de Alcob.1ça, e d'ai regressei peior do estomagb e intes tinos, mas durante o tempo que ali utivùa :ive conhccirnenro de muitos mihgres da V1rgem ~anti.,gima Nossa Senhora da Fatima e tive a folicidade de ver urna estampa da Imagem da Virgem Mae de ueu:;. Ja ha mu1to que recorria a Nos.sa Senhora do Rosario mas naquele momento cotuecci a sentir urna ~ran· de fé, um de~ejo de ir ao f(lg,r aben• çoado onde N,1ssa Senhnra ~ dig,10u apJrecer, recorrer a sùn protecçao. Con!.egui esta minha aspiraçao no •dia 13 de Ju11ho de f9'25 P.repAreime o melhor que pudl! na ve~rcra com a Sagrad>t Comunhao, cheguei a Fatima na manha d, venturoso dia 13, fui para a capcla das apariço :s e a li prol'tra ndo me dc jot>lhoc; proximo da Dcmdita Virgem Nossa Ser.hora supliquci muito e chorei muito implvrando-lhe a grande graça da minha cura. Depois segui n11ra o recinto drs doente'I onde ouvi a missa dos enformos. Sentia uma comoçao mas pudc assistir. ate ao fim de todas as cerimooiaq, 'Ao levantarme senti u.ma 11legria, urna antmaçiio e confiav.i no. grande:: poder da Santissim11 Virgem Nossa Senhora dc / quc t>stava curada. ,' No regresso fìz um1 novena a N. Senhora do Rosario da Fatima, u,:tndo durante este tempo da agua bem• dita. Comccei entao a corner de tudo · sem incomodo algum e sint(l,mc com muito mais forças'e posso fazer tod1& a lida P.recisa d11 mrnha ca'la. Bemdita, mii vezes b.:mdita seja a Vir• gcm Santissima Nossa Senhora do Hosario dA Fatim;, ! Rl~go, pois, a V. a ru.blic!dade ·de. est\ cura no no!'iso q uerrJo 1nrna lzinho Voz da Fdtima, e ro~o mais para que sej.t pnbllcada no proximo dia 13 dc Junho, dia cm que ,tenciono ir, a Fatima cnm minha {amilia. De V. Hev ,...

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publicada no nosso qucrido jornal1inho, para honra e gl6ria de Deas e de sua Mae Santissima. Apenas tive conhecimento dos acon· tecimentos da Fatima, pclos numero] dc a Voz da /-dtima que V. tao ge· nerosamcnte me cnviou, desejei ardentemente visitar esse lugar bemdito. Encontrei sempre obstaculos a realizaçao do meu sonho, pois que, pre-cisamente na ocas1ao de empreender a viagem, acha va-me logo doente, com grande tristeza minha. Tendo tudo disposto para a viagem no p. p. do Minho ti Extrema. dura ai oda nao era pequeno trajccto - nas vesperas do dia 13 encontromc notamente doente com febre, ' Cheia de confiançot na Santissima Virgem e scm me importar com os meus males, embuquei no dia 11 e, caso curioso, logo que entrei no com boio senti um a1ivio extraordinario. Uma viagem penosa, fdta de noite, frio de rachar, e eis-me sempre de alivio em alfvio e, so chegu à terra bemdita da FatimP, achei.me curada rapidamente ! Nao me lembrei de pedir a Boa Mae de Jesus a sauJe do corpo: pe· di·Lhe graças e bençaos neste Ano Santo e Eia, a dispensadqra das Graçu, tudo me conccdeu ! Regressei a minha terra de pcrfcita saude e ainda nao tive urna dar~ de cabeça. Bemdita a Gra111de Mfle de Deus, Maria ~antissima ! Envio urna pequcna lembrança pa'!1 auxiliar o culto a Virgem da Fa· t1ma, a quem tanto de~o Pe:lindo mii dcsculpas, etc.

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Idalina Rodrlguts Poruada

Altxandrina Cute/o, da Praia dc Ancora, estando gravemente enferma .. . ' socom d ores reumaucas num pc, frendo hon-i.velmente durante dois mezes que esteve retida no leito, vcn• do-se um dia tao desesperada com o sofrimento, chamou nova mente o médico assistt:nte, Or. Juime de Maga• lhacs, e pediu-lhe que lbe désse urn remédio, custssse o que custasse, ao 41ue elc rcspondeu: •Nao tenho mais rcmédii:,s a fazcr-lhe, porque o reumatismo é gotoso; Mn muito que sofrer». Recorreu, pois, cheia de confiança a Nossa Senhora <io Rosario da Fatima, lavando o pé, que estna muito inchsdo, com agua do locai das Apariç6es da Virgem, e, qual nao fai o seu cspanto e a sua gtatidio, ao vcr• se compk:tamentc curada no dia seguintc, sem nuOùl mais sentir urna d&- ! 0 pé quc cstava muito incha• . ; do, corno dìs~e, ficou imediatamente corno o que estava sao. Vem, portamo, muito reconhccida agr~dccer ~ a Virgem do Rosario da F4uma tao grnnJe lavor, cnviando urna esmola ~ra auxiliar as dcspezas do culto, e desejando qu~ scja publicJda esta graça, para honra e 1f16ria Je Dcus e de ~ua Mae Santissima.• Havendo nesta freguczla uma tut,erculosa que, no dizer do marido e e de pes~as amigas, nao queria que lhe falsssem em confessar-se, eneo-

mendei-a a Nossa Senhora do Rosario de Féitima e roguei•lbe a graça de levar aqucla minha paroquiana a pedir espontaneamente os Sacra\ mentos,1 prometendo publicar a noticia de tao singolar fuor na Voz da Fdtima, caso me fòsse concedido. Fiz cste v6~o no dia 17 de Feve. reiro; e no dia r de março fui, de passagem, visitar a doente. Com grande surpreza minha e de todas as pessoas qut: conheciam as suas disposiçoes, disse.me: <tSenhor Abade: estive hontem muito mal; ha viver e morrer e por isso quero confessarme e reccber o Santissimo, qualquer dia. Oepois mand, diz~r·lhe, por meu marido, quando ha-de sen: Efectivamente no dia 5 de l\Iarço fui chamado para lhe administrar os Sacrllmentos, que recebeu com muita dev9çao. "' Vi\'e ainda, e bemdiz a hora em que se rcconciliou 'cG>m Ocu-.. Devo notar que naquela visita, e noutras que antericrmente lhe havia 1 feito, nuoca lhe fa lei em confis.c;ao; por is~o vejo neste facto urna graça muito esptcial dc Nossa Senhora de , Fatim& a quem confes36 o meu eter- • no reconhccimento.

' (Mustr:a

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A treze de Maio

Na Cova da Iria Do Ceu aparece A Virgem M,aria. C8ro Avé, avé, avé Maria Avé, avé, avé Maria 2

A t t ez 'pastori n hos Cercada de luz Visit1 Maria, A Mie de Jesus,

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Um susto tiveram Ao verem tal luz; Mas logo a Senhora A' paz os reduz.

4 Entao pergutltaram Que nome era o seu; A Virgem lhes disse Viera do ceu. • 5 Das maos lhe pendiam As contas de luz; Assim era o terço .Da Mae de Je!jUS. 6

dc 1916.

P/ Manuel Mortira D1as Amaro

os trez pastori n h os Virgem falou; • E a fama do cuso · Ao longe chegou-

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Seis meze::s visita A Virgem Maria Aos trez paitorinhos Da Cova da lria.

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8 A virgem nos maada

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As contas rezar; Diz Ella que o Terço Nos ha·de salvar

9 E quer penitencia A eia convida: Perdfo nao teremos Sem muda de vida.

Aos pés de Nossa Senhora Uma lembrança bastante fdiz e piedosa tcvc a Ex.ma Senhora D. Dul• ce Soarcs dc MattO!I, professora cm Pedrouços, de vir, corno efcctivamen• te veio, no dia 10 de maio ultimo, no mes dcdicado a Nossa Scnhora, realisar o scu casamellto com o Sr. Carlos Ferrao1 tambcm de Lisboa, na Cova da Iria, invocando assim a pro• tecçao da Santissima Virgcm e agradecendo graças reccbidas, corno sao a cura dc sua mae e a sua propria. Assistiu ao matrimonio e: celebrou a missa pro sponsis o Ex. 1110 e Rev 111• Senhor Viga rio Oer,.t da Oiocesc-, P.• Joio Quar~ma, que numa sentida e tocantc pratica a todos comonu profundamentc, nodo-se lagrimas cm quasi todos os olhos. D'aqui· felicita111os os noi,-os, desejando que pela sua Yi.:ta ,hristi sejim um lar modelo e se conser•em ,ca,. pre dignos da protccçio de Nossa Scnbora •

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A velMa-Vila do Conde, 5 de Maio

Oaillltrmina da Sitva Lopes casada, de Le1ria, vem muito reconbecida agradecer a Nossa Senhora da Fatima, entre outras, as scguintes graças que d'Ella tem rccebido e quc pcometeu publiC;tr. Em 1925 chego\! a um tal estado de fraqut:za, fàzendo· lhe mal todas as comidas, quc, sentindo-se desanimada, invocou Nossa Senhora da Fatima e immediatamente começou a melhorar. Estando a banhos em S. Martinho com sua fil ha Carmina, esta tcve urna c61ica tao violenta que a nada cedia. Dando,lhe umas gòtas da agua aa Fatima e resondo trez1 Avé Marias ado.rmeceu logo e acordou mclhor.

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A guerra foçamos Aos vicios mortais: Diz Ella que a carne E' quen1 per<ie mais. (1

Deixai as vaidades E coisas igaajg Celebre111-se festas Mas sem arruiais.

u Vesti com modestia • -Com muita humildade; A Virgcm detesta Do mundo a vaidade.

13 ·vi,amos sem mancba,

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Christaos, sem labeu; Qi.Lc a virgem nos guia A t-Odoe p'ra o Ceu

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do AVÉ. di Lourd11)

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Transporte • . • • Maria José Pé/rvaltio Pereira d'Almelda • • O. Maria Emn,a. . . . D. Guilhe·, mina Amelia Alves fortu.na, . . • Francisco A. Coimbra • Condes de Margar1de . Urna anonima do Porto. Anonimo (B. A.,. do Funchal) • • . . • • D. Horlensia de Mello Lemos e Menezes • • O. Oulce Martins d'Azevedo • • • • • • •

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10:000 10:000 20:000 40:00U 200:000 1.100:000 10:000 5:000 ~0:000 4.277:000

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C.\f>ITUI.O III

Art. 0 6.ò - Sav ~ùcias '/Cfiv~s as que f0rtm pomeadas, a data d11 fun• daçào, e as que postt:!rio1111Mlè fti,em admiti •as pela Direcçao, com aprovaçào do f>selado. Sao socias auxiliarts as que fazem tirocinio para soc11~ activas. SAo socias honorarlas as que por serviços prestados ou acç0es genero5'!S, f0rem julgadas dignas de perten• cer a esta classe. § Unico - As Senhoras casadas prt:cisam da autorisaçao dos seus ma· ridos. •

No dia 6 de Maio ullimo, depols da Santa Missa celebrada pelo Rev. Dr. Manuel ,\\arques dos Santos, capeUlo director, na Capela das Apari• çOea, na Cova da lria (F4tlma), o Sr. Blapo de Lelria, D. José Alves Correla da Sllva, lnstltulu canonicamente

a Associaçllo das Servas ìJt Nossa Senhora do Rosdrio da Fdtlma, dando-lhes regras proprias e fazendourna prAtlca acomodada. Nesse dia f0rain nomeadas e prestaram Juramento 23 Ser11as, que, com as 5 que f0ram admitidas no dia 13, j4 neste dia presta ram relevanles serviços aos doenres. dando urna nota multo agradavel com a sua dedlcaçllo e o seu bonlto hablto de enfermeiras, tendo merecldo a sympatla de todos os peregrlnos.

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Ar't° 7.

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Aprovamos estas regras e reco~ 'mendamos és oraç0es dos doent~s e devotos de Nossa Senhora do Ro,s:irlo da Parlma, esta obra e cada uma das Servitas. . l:.eirla, 25 de Maio, aia da AnunciaçAq de Nossa Senhora. 7

1•> t }OSÉ, Bispo de ltiria

0

Art. 2. ·- . PreslarAo a todos os enfermos os cuidados esplrltuaes e de enfermagem de que nècessltarem, orando duma maneira especlal pela converalio dos pecadores e allvio dos doentes. Art.0 3. 0 -Trabalhando a favor do proxlmo, procucarao saptificar• se a 51 mesmas e dar o bom exemplo d'urna vida integralmente chusta, seja qual fòr o seu estado. § Unlco-As servaR de Maria teem urna partlclpaçao mùllo especlal nos aacrlficios dos doentinho.s e, em geral, dos devotos de Nossa Senhora do Rosario da Fatima.

'

CAPlTUI.O lV 0

Cada uma das Servas de Nossa Senhora do Rosario da Fatima compromete- se: • a) a observar os regulamentos e,fazer .o .serviço que lhes fòr marcado por occasilo das peregrinaç0t!S ; b) obtdecer Presidente ou a quem a substiluir; e) adquirar conhecimentos de enfermagem: d) trazer os dlstinctivos das' Servas durante as peregrinaçoes; e) a recitar tìiari-amente pelo11 doentes uma dezena do RosArio, pelo menos; • f} a dedicar- se ao serviço dos enfermot1, procurando imitar a 1Rainha Santa babele o Beato Nuno de Santa Maria, aquela na pratica da carldade e de todas as virtudes da mulher chrlstA, corno donzela, lesposa, viuva e religiosa, e esta, na devoçlo a Nossa Senhora e amor é Pétria Portugueza que é a terra de Santa

Maria.

Art. 0 t.0 -As servas de Nossa Senbòra ·do Rosario da Fiitima fo1mam urna pledosa As11oclaçao de carldade, cujo flm prlnclpal é cuidar dos doen-

2 o:O o o~

DAS A'SSOCIAD

CAPlTULO U

DA DIRECçAO 'Art.0 4.0 - Esta A&sociaçlo é·dlri• 1tda na parte espirltual por um sacerdote expressamente numeado pelo Prelado diocesano. Art.• 5. 0 -A direcçàò tempora! es-

~

quim Pedro da Sjlva, 10:000; D. P.laria Ju. hR Marque~ Firreira, 20:000~ D. Ennli Augusta de_,Sll G. i:,o~ta, 20:000: I>. Ermì:linJa ile C.:lih'\p.~t, 2c>:onb; Hi..;ino ,Jl\ ;frimbJe do C "Feria, 8,,:o,)o: 6. f.'rnnci•ca Mcrg,illf.io. 10:a b; D Julia !Atoin • d«iCruz F ri~ 10:ppo; I>. E•c,r d3 (~Qn• ce1cllo Hochp !•.irta, 10:000: Dt lri~i.i d. Conceiçiio Hocha, 10:600; D . .luli.:tR Zenha, 10:000; Jo~è A oton:o ,N1111es M,,,;u,

l\\an,ud do, Pe,·e~l'h\o ,,\a Ft\\hut\

Anttl'n10 , Ago lÌtino

da ·s1lv111

10:oou; D. M ~rui Dc.ohn la i'ii._ch.:.o, 10:ono;. D. nr(tt,s Alv\;~ .An,jor1nh1, r çi:ooo; l> ,\l11• rl~ [trbau, 10:c..cpo: .lo,é {l,!>:u, 10:opojpaùre fo•é ,\fodn' R1lr:iu, 1ç :060: O. l\la rrn dc J, sus Fragoql, 10:000; D. 1:-:milia C-emo~ Ferri:1171 10 :000; Manu,:! Hiha1.1, 10:000; l). i\l&r1a <los .-\nj,Js F-crrcir,,, 1~:000; Ntcu .. hiu 'Ferrèird d'Armlc!IQa i I 0:000; El1flr.(lfil\ • d'A•sumpçao Covas, 10:000: _t;onòesi:! ~e... Cuba, 20:000; D. E'l"ne~uoa D1t·KO Corre1a, . • 10:ooq; D. Amelia Dubraz. 12:000; Amo-· nio Alve!I f'.orgal, 10:000; D. Ehza Silvus-

1re, 10:000; n. Mari A Augu~ta Jo~ SRnto-r1... 10:000; D. Felumina Noguc:ira Freire 1, 10:000; D. Macia Joré ile Pé1va AnUrnJe e C un ho, 10:oon; Zeferldo C, l-'<!rrt-ira,. 10:000: fforntiro Gorr.t:<, 10:000; J)r,11 Jo.,.,I 9.ufm Ro~ado Fc:rnande~. 10:000;· .Manue-l Ferre1ra Potrtcio, 10:000; D. r>Titrt~ t.eonor B. de AlmeiJ.,, 10:000; D. P-runci,.;,1 tlti Conceiç5o Almeidti, 10:000; I> liuiT.H de · Jesus i\l1111so, 10:000; D. Arnelil\ Cahrit! , • .. ..o:ooo; D. Adtla1Je J.i~ Dòrus Can;H\11~,,. 10:000; D. Marid da Conce1ç1io <le Sòun • , Tovares e Sampaio, 10:000; Joaquim P-inherro Ferrc:irn Gom~,, 10:000; . O. M~r111 José Coutinho, 10:000; D. Arncha Martin ,• 20:000; Padre Joaq:.llm RoJrigu.;s Moreira ~ 10:000; Dr. Eurico L1~bo11, 20:000; D. CnndiòR G,upar, 10:·o.,o;· D. ,\mehu Bltrro~ Coelho da Fonsecll, 10:000; D. Marta \la Paz Blltslha. 1n:ooo; Jo•é Maria [hbe1ro,,. 10:000; D. O11,:a Nunes Pereir,1, 1$.:001?; Ani bai R. Lop~s Lm,, 11,:000; L), Ro~nhna Santano, 10:oooi 1). Adé hiJe Au~u~1a • ' Rodrigue~ Cruz. 10:ooò; I>. Glor111 'E%c:quiel, 10:000; I>. Mari.t de -lc:.,;1...~ Ourfio, 15:ooo; Padre Antonio Fern11nJes, 10:ooo;i Manu• I Vie~:is F'ac.iJo~, urooo; Jo.it.1u~m Rosario Tàv11re~. 10:000; Mntheus Lcrno, • 10:000; D Maria ùa Cane, içjio V, •iru, 10:000; Poilre Augui.to Durao Alv.-,, · 10:000; Dr. Jorge Godinho, :1.>:000: D. Muria Ro~alina ue F'reita~ L.ii,1e1s ,/llarinho, 10:000; D. l\laria Atex•ndnna Be~~a, 10:000 D. Maria de r.ounlt:s Aìhuq1rnn1ue, 10:ono; D. LuJovina Neve~, ro:c,oo; Manuel Ua ~,!, va Jordiio, 1 o:n o o; Antonir) Abr:intes, 10 :ooo: D. Ro<;o F. Mola Mnc!haùo, 10:000; Vc1sco Taumatur~o Tt:ixeira DoriR, 10:000; D.' Deolinùa' E,cuJciro •1int11, r 5:ooo: () •• Carolina Antonio Je Gouvt!1a. 12:ooo; Jo11guim Manuel ~hrlin$ Nab~ts, 10:000: I>. Tsm11nia Cunhd, 10:òoo; Con-tança d'Ahuquerque 10:000; D. Antonia \\irenJa Fario, ~ 10:000; b. Maria <le Jeau, G. L;eal RoJriJlue~, 10:000; l'aJre Jo,é Ii::nac!o, 10:~oo; D. Martttrida de Cortona da Conceh;ao e ~ilva, 10:000: Prof.,~sorn Pinheiro e n,ii.-, 30:,00; D. Juli~ Camposd'Alme1da, 10:000, D. Filomena AuguHa Pinta Dill-;, 10:00<!: Joiio Françisco Anizelo, 2,>:000; Cnn~l~nu00 Liro, 10:f)oo; Viuva ì\1athias ~\'FilhM, 10:000; Dr . .f'r11nci~co Rodri>:ues da Cn,i, 1p:ooo; D. Pt-rÌ,etu·~ Baptista, 10:000; Maria lr.ahel Lorus Veloso; 10:000; r,. Elvira Au~u~tn l\l~rque:t di:= CAnro C!"rtl! Reni, 10:noo; D. Emilio Au,tuçta e S1lvni • 1ozooo: Franc1,ra ùo Cr•sto1, 10:000: O. l\hria Henriqu<:,ta l.:c:al Samr,a10, 10:000 .

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N.• 40

IV

(OOM APROVA.çAO EOLESIASTIO.A)

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Dlrec'tor. :I,._opr1e'tarlo e Edl"tor C'.o:-flr.ono e imprebo nò Imprensa Comercial, , Sé -

eronica de Fatima (13 de Junho de 1926) • o Oi

1NDA olio se tinham des-

v a o e e i d o de todo os , echos da grande peregri- ~ ~:..~--_, naçao nacional de maio e ja de novo o iman po-

deroso da Fé 1mpulsiona dezen&s de milhares de pess0as que em todos os pontos de Portugal se preparavam para a romagem pledosa de 13 de Junho terra bemdlta das appariçOes e dos prodigios, Lourdes portugueza, mysteriosa Fatima. Effectivamente nesse dia, as dez horas da manhli, um espectaculo inesperado assombra e encanta ao mes· mo tempo todos aqueles que se aproitmam despreocupactaruente do locai das appariçOes. ~ SObre a estrada districtat, na longa

a

a

a

extençào de alguns kilometros, e 110 vasto recinto fo,mado pela Cqva da )ria, urna multld~o compacta circula com

difficuldade reproduzindo no

espirilo a impressao inolvidavel das scenas empolgantes e incomparavris 1

,

da grandiosa peregrlnaçao nacional. Os vehiculos de toda a especte, que, se alioham ao longo da estrada numa dupla fila e se accumulam nos terrenos adjacentes, orçam por centenas. E em dezenas de milhar se de• vem computar os romeiros que ~quela bora enxamelam no locai sagrado ..e nas suas immediaç0es. O! beneme1itos servos dt: Nossa- Senhora do Rosario labutam desde madrugada na faina penosa tJo transporte dos en-

fermos para o respcc1ivo pavilhao. Alguns deles, coadjuvados pelos escofelros catholicos ae Lciria, manlern1 o servtc;o d'~rdem junto dos sa111uaJlos e da fonte da agu11 miraculosa. Pelo p'osto ùc verifica, ues medicss passam todos os enfermos para receberem a competente senlia de ingres~ so, antes de lrem occupar o Jogar que lhes é destinado. No pavilhào dos doentes, as servas .de Nossa Senhora do Rosario, - anjoa de caridade em forma humana,-

-

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Adm.lnt•t.radors PADRE M. PEREIRA DA SII.VA REDACçAo E ADMlNJSTRAçAo

DOUTOR :MANUEL MARQUES DO$ SANTOS Leiria

..

:R"O":A. :O. N:'O"N'O .ALVARES PERE:IR.A I

(Bl:.ATO NONO Di; UNTA NAPU.)

porfi~m en; sollcitude e dedicaçao para-levar um pouco de dOce conforto a tantas almas ulceradas por maguas pungeutes e minorar ,os se ffrimentos de tantos corpos torlurados pelos males que tffligem a pobte humarùdade. Durante toda I a man ha vArios sacerdotes distribuiram a sagrada comunhao a mllhares de fieis' que préviamente se tinham confessado nas • suas terras. De >tez em quanc,io o uve- &e um cantico em j}onra de Jesus no seu sacramento de amor, ou um t,ymno 4 Virgem do Rosario. , A qui e acola erguem, se estandartes de assoclaçòes rellgiosas que reproduzem a lmagem de Maria Santissima ou repres~ntam epi~6dios das\ apariçòes. · Em torno capella antlga, cons· truida junto da azinheira sagrada, muitos peregrinos rezam tm grupos ou lsolaJamente, outros aguardam

da

paclentemente na longa fila a sua vez

de beijar o p~ Virginal da Rainha do Ceu, outros émfim cumprem promessas, dando volta de joelnos, urna e mais vezes, 4 capella. Junto da fon-" te aglomera-se fé:mbem muito povo, que prnf.ura encher garrafas e outrns recipientes com a g u a miraculosa. Multos milhares de <'xernpla,es da • Voz da F.4tima, s/Io distlibuidos , gratuitamenle pelos fleis. tnlretanto organisa- se a proci~sao ' para conduzir a veneranda lmagem de Nossa Senhora do Rosario, da capella das appariçOes para a capelta das missas. A' sua 1entrada no ,ecin • • to dos doentes agitam se lenços, soltarn-se vlvas, bate111-se palrnas. Aquelas almas dev6ta!!, aquelle.i cornçò_es predosos, rruma explosao de entltusiaEmo e ambr, sauuc.m a Rainlrn 'do • Céu e da terra, ncclanrnm a glc,ri(:sa Pad1otira da N:içao. È os clhos de qunsi ta,dos os que 11 rnf'11cei:111f esta scena de incmnparétvel heltza e marejam se involuntariamente de lagri-

mas.

Ao meio•dia solar principia a ulllma missa, à missa dus doe111es, e ludo decorrtt,na forma do costume. A multid:io ~norme, que assist ao angusto sac,ificio dos nossos allares~ reza com fervor e implora-se o valimento da

I

--

Virgem, - Saude dos enfermos, em beneficio de tanta desgraça e de tanta dOr. O silencio torna-se mai~ profondo e o recolhimento mais intenso.• . DepoisJ da missa dA- se a bençao com o Santis~imo. O· Divino Rei de amòr, na hostia branca do ostemiorlo de prata, percorre as numerosas filas de doentes, visita- os e abençoa· os, um por um, alliviando-os nas !\Uas dOres, ou inspirando, Ihes o conforto necessario para supportarem com paclencìa e reslgnaç4o a cruz que lhes foi imposta para com ella se sanctificarem. Ap6s a bençam geral, sobe ao pulpito o rev. Ferreìra de Lactrda, de Leiria, que fala durante um quarto de hora, com ca tor e enthusìasmo, das glorias da Santissima Virgem. Organlsa-se de novo a procl!sAo para recooduzlr a- Jmagem de Nossa Senhora para o seu sanc1uario. Ter- , minada a procissào, o povo começa • a debandar, até que, pouco antes do sol posto, apenas se ve um ou ouho peregrino desaf·0goodo a sua piedade c.Jtfronte da capeUa das appariçOes e mal podendo apa,tar-se da- .quella estancia bemdlto, que é verdodelramente urna ante-camara do

• I I

Céu.

V. de M.

Hs cnras ~e ~éitima Rev.mo Sr.

J

Na intençao de proclamar o nome· tào glorioso da Virgcm Nossa Senhora do Ro~ario da Fatima, peunita, me V, no cum;,rimento de um sagrado uever, l he peça o particular favor de se òi~néH publicar no j ornalzinho de a Voz da I'dtima, a milagrosa cura de uina~ porita,'.1as iriteriores de que eu ha mais de 8 anos vinha scffcendo e me davam llfo mAu viver e cnu~a ~am mal t•stur, que em certas ocasiOes me lmpossib11itavam de tomar a rt!spiraçào. N~o podta descançar as noires nem virar-me para qualquer do:, h1dos, que era uni sofumento insupmravel.. Nàu cbetlècià a frl,çùes, ncm a tlnturas, nem a medic11mento nenhum. Vendo-me assiro tao triste e cbeia de

no


,,

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eu faier? lmplocet da Santissima Vlr-

gem do Rosario da Plitlma o remedlo para este me~ sofrlrnento. Pedi lhe / cem tanta fé e devoçilo que hoje me encontro completamente curada. E asslm flquel c~nvenctda de que s6 a Vli:gem ~ossa Senhora tem remedlo para todas as doenças. Muìto lhe agradeço o favor da pu-btlcaçiio no jornalzlnho, e chela de re• conheclmento e fé para c0m a Vlrgem Nossa Senhora, me· subscrevo com toda a eonsideraçao, etc. Olinda da Conceiçllo Rua de Vilar, Quinta de Jesus, 5 Porto.

- -- - - - -

Antonio Maria Oaihiro, de A Dos f raooos, coRcelho das Caldas da Ralnha, havla 27 annos, que sofria de grandes ferldas em urna perna, desde os artelhos alé ao jl)elho. Duannos foi rratado pelo Sr. Or. Alber.to, de Bombarral, dlzendo este que ofio morrerra do terrivel sofrimento mas que nao seria posst... vel curai-o. O mesmo disseram ou.. tros médlcos afirmando tambem -que, se as feridas tapassem, voltariam a rebentar pelo mesmo ou por outro

rante alguns

l'

fado. Nito tirando resultado dos medicamentos e tendo ouvido fatar das curas realisadas por intercessllo de Nossa Seilhora da Fatima, pensel em la ir pedir a Santissima Virgem que alivias~e as minhas dores e afastasse as muitas lagrlmas da minha casa ponque aAo podia trabalhar e Urha 11ma casa de filhinhos pequenos. Oesde que comecei a lavar as ferldas com agua da Fatima fui melhorarido e derrtro de poucos dias esta.. "18 curai1o. · .Faz dois aoos em outubro que entrou a alegrla em mlnha casa pwis que curel completamente nllo voltando a sentir o mais ligeho incomodo, -o que venbo agradecet a Santissima ·Virgem, pedlndo tambem a publica-

~

.,, e Lulx Setta dfsseram..tbe que

com ela .e passados dias estava completamente sao e nem vestigios tinha das muitas feridas causadas pelo eczema. E, caso singular, no m~s de Maio foi que o mcu filho esteve peor, nao tendd eu esperança alguma que me· lhorasse, e, foi oesse m&, o m8s da Santissima Virgem J?Or excelencia, ~ue Ella se dignou lrvrar o meu 6lho dum sofrimento tam horroroso. Graças pois a Santissima Virgem !

rna certa dieta, e em Janeiro de 1923,

Mesquinhata,

que bebe~. fazendo algumas oraçOes a Nossa Senhora, e pedlndo-lhe que eia fòsse sua enfermetra e a sua

Confirmo pienamente tudo o que fica exposto, pois que tudo presencìei, e, se entender 9ue deve ser publica• do, fica autorisado a isso. ; t

Jra a f~tima, agradecer a Virgem Santissima do Ros4rio, a sua mila-

Poldras -

Transporte. • ~ • • · 4:277:000 D. Lucinda Vielra M6i1ca. 8 :000 Manuel Oabriel . . •. • 5:000 Um Sacerdote de Leiria • 50:000 José Augùsto P.ires dos i.antos • • • • • 15:600

Covilhl

• 0 Sr. Rev.m Permlta· me

V..

(:JUe venha

hoje

cumprir um dev-er sagrado, pedindo se

residente em Covllhll, na freguesla

da Concelçilo, quero tornar conheclda a graça que a Vlrgem Santissl-

. 1nn do Ros!irto de Patima, concedeu

mlnha trm1 Libania Pe-reira, pela

Costa.

Em

Novembro de 1922, reconheceu que tlnha ulcera no estomago, ·e Jisse-l&le que tioha que ir a Lisbòa para ser operada; e em fins ae De· · 2~mbro do mesmo ano, deu entrada 110 hospital de S. José. La, aos culdados do Ex.mo. Srs. Drs. Craveiro Lopes e Luiz Semr, loi ao ralo X, que realmente certifi· cou que existia a ulcera.

Os Ex.mcs Srs. Drs. Craveire Lo-

Freguesia de Mesquinhata, d~ Diocese do Porto, t I dc Novembrò de 1925. O paroco - Antonio S. Montelro

Abrigo para os doentes peregri~os da F~tima

,,.

De V. etc. Augusto M. O. Pereira Fabrlca Falle -

di2ne inserir no jornalzinho Voz

Soma.

da Fdtima o relato da cura milagro• sa que a Santissima Virgem se dignou

fazer me a mim, Eugenia da Concelçae, A1oradora na rua Olrelta de Pe-

ma que lhe tomou toda a fé!ce e parte do corpo, sgravando-se cada vez

mais. Nao houve medicamento.algum que s-e nao experiment&sse, obtendose sempre os peores re!.ultados. Em Maio deste ano, indo duas pe~s6as de

• •

4;355:600

Se honrado L Um dia Santa Veronica Giuliani, quando meolna de doi~ annos, foi cooctu:dda por uina creada loja de um negociante que usava pesos fal-

a

sos. De repente, a creança illumlnada sobrenaturalmente, diz- lhe esra<J pa-

lavras: SI konrado. Otha qae Deas

vé-te.

Ja

Virgem sob a invoca-çao de Nossa Sènhr,ra Jo Rosario da Fatima, levo ao, conhecirncnto de V. o seguinte facto: Um tHho meu, Orland-0 Antonio de Vsconcelos, começou desde setembro do ano findò, a sofrer dum ecze-

de Novembro de

Carlotfl Aaeusta da Concelç6.o -=-

a

grosa cura.

11

1925.

agua o remedlo da sua cura; e desde entao,.as dOres desapareceram-lbe por completo. Jci ba mais de cinco anos. que n!o tinhamòs a satlsfaçao de a ver senw tada · me.za comnosco e, apoz a agua bebida, começou a corner do que n6s comemos, sem que nada lhe faça mal. No proximo dia 13 -de Malo (1926)

Rev.mo Senhor ' Par~ honr.a e gloria da Santi~sima

11aturat de Pena Iva d Alva. e hoje

•a

Prindpiei a lavar o meu filhinho

do a agua ntilagrosa de N. Senhora de P'4tlma, oferecea lhe urna plnga,

Resldlndo nessa data em Penalva d' AIva, fol tratada em Oliveira do Jio11pital, pelo Ex.1110 Sr, Or. Mendes

0

peregrf naçao e Fttimat ""

regreesou · do Hospltal e com todo o culdado uzou da dita dieta, sem poder corner sequer o mais leve alimento de que a gente fiiesse uzo. Com o maxlmo cuidado, com a dieta, sentla al~umaa melhoras, e em Outubro de rn25 tornarsm-lhe de novo as dOres horrivels no estomago, dizia eta, como nunca. Nesae.. mez .foi ahi a Fatima uma crlatura nossa amlga, e tendo trazi•

sua cura mllagrosa. Desde 1920, que tem sofrJdo horrivel mente do eitomigo.

~ev. Sr. Eu, Augusto Oomes Pereira Palva, 1110

etn-

trou1eram uni pouco de agua, d ~ agua que tantas curas tem operildo.

um

«Covllf\!, 29 de Ab.rii de 1926. 11t

famUfa

a ulcera estava atrazada, e que podia evitar ser operada, uzando d'u-

drouços n. 0 102. 2.0 • Andando doente duma perna havia séte aoos, multos médlcos dlziam que nào tlnha çura. Jodo a outro médico declarou-me este 8-er urna ulcera das peores e que n1o ti'1ha cura. Deitava mau cheiro e uma agu1 verde e Unba grande buraco. Mella d6 e respetto é\OB que a vlam e todot dlzlam que n~o tinha cura. Tinha muttas dOres e nem podia andar. Estava de cama, chorava e nAo podia dormir. nào podia saber o que havia de fa· zer ~ mtnha Vida. Desde o dia 24 de Novembro comecel a tratu~me com a acua e· terra dè Nossa Senhora do Ros4rio• da FAtlma e encontro•nie agora completamente curada. Fez o tratamento a menlna Julla Marques Morgado.

ç"Ao d'esta graça.

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·d6res e fmposstbilftada de fazet as vokas de mlnha casa, que bavia de

,

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Chamam o médico Pazem bem em chama-lo, se teem em caaa alguma peellOa doente. Maa porque nllo chamam tambem

o padre? Se o corpo precisa de re• medlos, tambem s àlms tem necessidade d'elles e pMe bem succeder que mais os precise •a alma que o corpo. \ S~m· rem ee:Hos o corpo estara talvez em risco de perder a vlda tempora!. Mas a alma é bem possivel que sem etles d ia na morte eterna.

llan\\•\ da Pe,•eg~ino 4n i"'{\tinul Desde 13 de ~i aio ultimo encontr~.. se a vei:ida nesta redacçao, na Fatima e outras partt s, o Manuat do Peregrilzo da Fatima peto preço de 3:500 réis (f6ra o parte do correio).

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de fé, na ancia dQ mffagre gue Nos~ s, Senhora prometcra, no 41a 13, pela uma bora, a hora d<> sol, lia atmas

stmp1ee e paru de 3 creaaçu que

Continuamos nesta secçff.o a pubtt.asr o que os jornaes dlsseram por - OOC&sl~o das conbecidas AparlçOes. De Dia• de 19 de Outubro

.o

I

..de 1917:

Impresso es de Fatlma

...

Despovoaram-se os logares. as al• delas, as cktades proxlmas. Pelas estradas, ja oas vesperas, se. guiam grupos de romeiros a caminho .de Pattma. Pescadoras da Vieira delxaram es .. ~asas de madeira _pegra aaseotes solue o mar, as lides da arrumaçAe da pesoari~. Pelos plohais, onde as camarlnhas

parecem gOtas de orvalho na verdu-

-ra, pelos àreals onde giram as velas dos moinbos, vleram a pé, os cotur- , .nos de 1A nas peroas mu1culosas, --dlas de agazalho sòbre as costas, i cabeça e· saco ·com o farnel, no pas,so melfdo e meneado que lhes fazia voltar a rodaria das safas e agitar os , lenços alaranjados onde assentavam ~Ps chapéus pretos. Oper4rios da Ma· 1inha, lavradores de Monte Real, das C6tfes, dos Marrazes, serranas de

_longe - des serras do Soublo, de Mlnde, do Louriçal, gentes de toda a parte onde chegasse a voz do milagre, delxavam as casas e os campos e vioham por ali f6ra a cavalo, de carro, ou a pé, cruzando as estradas, atravessando mo-{ltes e p.lnhais de longada p~os cammhos que du· .fante dois dias se anlnlaram do rodar .dos carros, do chouto dos jumentos, do vqze.ar dos grupos dos romeiros. .o outomno avermelhava a« vlodlmadas. O vento do nordeste, trio e cor• tsnte, ·aoooclaodo o inveroo, fazia tremer os cboupos transpareotes das bordas dos rios, que desmaiavam s1:11ldosos do sol, em ton• amarelos de rendas aqae. NQS are.alt giravam as velas bfancas dos molnhoe. Nos piohais curvav8m•se 80 vento oe cimos- verlie! dos piabeiros. As nuvens iam oobrtndo o oéu: Amontoava.se o nevoelro em bl-Oros leves e m~cios. O mar, oa va6tìdao d.a pra.ta da Vieira espumava, beamla, eorola\fa-t1e em .()Udas attas e pek)s campos la· se ouvlndo num clamor sinistro, a sua voz! Toda a nolte, toda a madrugada choveu urna cbuva mludlob.a, perslsteote que eocbarceva os ~pos, que entristecia a tena, que la trespassan-

do eté aos oeaos, de urna humidade , .tria, as molbetes, as creanças, os homens e os animale que cruzam as estradas lamaoootas no caminho apres-21ado paca a Serra do Milagre. A chu-

va cah, cara, macia e teimosa. As !&ias u'est.amanba e rlscadilho pinga-. vam,pezavam corno chumbo oas fitas .das cin1uras. Os barretes e os cha• peus largos escorriam agua s0bre as jaquétas novas dos fatos de vér a Deus., Os pés descalços das mulhe· res, as botas ferradas dos homeos, chapinhavam oas poças largas do lo-

daçal das estradas. Mas a l:huva parecia que nao molhava, parecia que nllo eentlam a chuva. Caminhavam ,sempre subindo a serra, ilumlnados

apaecentavam gadot t

ram flcando para traz, perdldos na nevoa, eefumados na transpareoda da cbu~a. pinhelros,. cboupos, carvalbeiroe, manchas vermelhas de •lnhas, casais, campos lavrados de terra es•

cura .•• Os campos eram deserto&, 8ft casas

eram feehadas I Havla um sltencio estranbo nos campos deaertos, de gentes e de gados, bavia um ar de espera e de emoçao na atttude das coisas, das casas pobres corno ador• mecidas no slleoclo, jaoelas e portas fechadas A luz I A serra era alta, mas parecia aos camlnheiros que os n!o cançava a subida da serra I A serra era triste, cada vez mais triste, de pedras escalvadas e negras sem a alegria da verdura de urna arvore mas os camlnhelros nao 1enti1m a tortu.ra impresslonaRte e tragica da paysagem de dOr I A chuva começou a rarear. Era agora s6 um véu de nevoa multo leve que se ia desfazerrdo a pou• co e pouco, e pouco a pouco a serra Ja aclarando. Aproxlmava-se um murmurio que vinba descendo do monte, Murmurìo que parecia a voz Jongloqua do mar, que Sé tieba calado no silencio dos c,impos••• Eram cantìcos que se dlfinlam eotoados por mflhares de bOcas. No planalto da serra, cobrindo o monte, encbendo um val, via-se urne mancha eoo,me e movedlça de mllhares e milhares de creaturas de Deus, milbares e mi· lhares d' almas em préce r MAos er~uidas, olhoa em extase, vlnham na fé ardente da crença. VJ. nham pedir o mllagre a Nossa Senhora, pedlr a re4empçllo dos pecados, pedir a bençlo. para as amarguras da vida I A' urna hora da tar• de. hora do Sol, parou a chuva. O ceu tinha um tom acinzeotado de perola e urna cJaritla4e estranba Uuml~ nava a v1stldfto publlca e ,tragica da ~aiugeni triste, cada vez mais triste. O sol tinh$ como um véu de &a7..e transparente para que os olbOI o ptJ• dassem olhar. O tom acio:untado de

madreperola transformava-ae · corno

numi chap1 de prata luzldla que u la rompe•do até que 8.8 nuveu se \ rasgaram e o sol prateado, eovolvldo na mesma leveu clnuota de 2-aze. viu-se rodar, e.girar em vorta do clr• culo dee ouvta afastai1s I Fol um grito &6 em todas se bOcas, calram de joelh<>i na terre encbarcada as ml.. lhares e mllbaree de creaturas de Oeus que a fé levantava até 80 Ceu! A tuz azulava-se num azul exqulslto, como se vleMe atravez dos vi- ' trais de uma catedral imen,a. espalhar-se oaquefa nave gigantesca ogi• vada pela-s maos qt.ie se ergutram

no ar.•. O azut extinguiu-se lenta-

mente \lira a luz parecer coada por vitrais amareJos. Msnchas amarelas caiam agora sòbre es caras, s6bre os lenços brancos, sObre as tHlias escuras e pobres das estamanhas. Eram mancbas que se repetiam indefioida· mente ,sòbre as azinheiras 'rasteiras. , sObre alì pedras e sòbre a serrit. Tu~ do chorava, tudo rezava de ~chapeu

....~

na mao, na lmpresslp grandiosa ~ .

ualoa- do mitagre eaperado I fòram setu11dos, fòram Jnstantes que pareceram boras. t4o vivldos fora1t1 t Pasaram nuvens sObre a claridade vaga e cinzeata que velava o solL As almas em préce, aue tlyeram.

por instante& a vl'1a su1pensa 4 vida~ voltaram. Eefarraparam-se as nuvens, apareceram bocados u;tJls do céu. O sol, na serenldade tmpassivel .de todo o sempre, iluminou vagam~nte a serra escaJvada ond~ Nossa Senhora fe.z juntar pela b6ca de tres creanças que apascentavam gàdos, milha-

,.

res e milhares de creaturas de Deusl•

Missa nova Os peregrlnoa da Pltima vao ter hoje o prazer esplritual de asslstlr. IO horas !antes da Missa dos. doeotes), 4 prlmelra Missa .do Rev.

as

Dr. José Galamba d'Oliveira, em quem a diocese de Lelrla depo11ta graodes esperanças pela sua ·tnteligencia, orlentaçAo e p'ledade. E' chete d'um grupo de «sco.uts• , desta cidade de cujo semtntrio val ser nomeado profes!or de Theologia~

Que Nossa Senhora, sob cujosauspicios elJe começa a sua vlda sacerdotal, torne muito fecundo o seu apostolado.

A Psicologia das Conversoes Pelix Lezeur, o medico raclona• lista e descrente que teve a· felici-· d.ade in.comparavel de ter corno es• posa Ellzabeth Leieur, um dos mais admiraveis esph'lto1 femenf oos de tod0s os tempos, na lntroduçijo a a um dos varlos volumes. que foram · a heraoça esptdtual da sua cornpanbeira, descreve a sua conversào ao catollclsmo até A sua entrada num convento de domintcaooa. Jé entao lzabel Lezeur dormla o sono da ~maventuraoça quudo se operou esta ascençno daquele e!lplrlto rebelde para a Verdade da doutrina de Cristo, a suprem,- ambicà• dà esposa dedlcada e crl1tl que tu-

.,

do aacriHcara para e.sse fim. · Por isso as palavras do antlgo raclonallsta teem uma eutoridade mul-

to especlal para que 11 arquivemos e meditemos: < A malor parte dos nossos 'contemporaoeos, mesmo as pessoas de de certa cultura, recutam•ae a admttir e'a constatar a intervençfto de Deus nos fenomenos de conversio e ainda mais, nos casos de vocaçA~ religiosa. Para tals espirltos tudo se resume no fuodo, a intrlgu, manobras, dominio d~ vontad~ mais Jortes sobre vontades mais fracaa. • Para muitos. semelhantes e\roluçOes d'alma silo simples resultadqs de ptopaganda clerlcal. de accfto de frades e freiras. E' que muitas pessoas da élite da burluesia irancesa alnda leem pelos lfòmmes noirs de Béranger ou pelo Roàln dt: Eu• géne Sue. Ora precisamente, no q\Se me diz respelto, todo o meu trabalho d' alm.a se operou ao abrig•J de qaal•


cauer lnflaenda exterlor. Nlo conhe-cta upi unico pa~re nem um unico

religioso. Depols da morte de lzabel conllnuei a viver ·entre aJmas hostis òu indlferentes, nao someote 4s ldeas religiosas, mas até meamo 4s simples ideas e!plrltuaJistas. E fol preci!amente nesta atmosfera de ateismo pratico que a voz divina ecoou dentro. de miPn e que a luz de Cristo me1 iluminou. . Nìnguem me po(f'1a sugestionar nem gular. As proprias circunstan• cias ,me tinh~m levaqo a encontrar- 1 me &6sinbo, em pieno deserto raci~ ' nalista, todo cheio da,mlnha impleda· • de. E quandQ, dtpols de ter subldo a s6s a longa enco1ta mistica, fui pr9curar o rel\Qioso que se toroou depois meu director e que nem sequer eu conhecia, jA a mioha traos-formaçao se tinha operado. E nesse momento era eu que procurava, por uma vontade reflectidai. os conselhos de que necessitava. Oesejo egualmente aqul fazer uma,. outra oonsrataçao nito menos importante:- O lado lntelectual que representa, e sempre repre&entara, um , papel consideraveJ, qua,i excluslvo mesmo, em todas as manifestaçOes do meu esplrlto, n~o teve a m~is insignìfican te e minima tnffuencia na transformaçAo da mlnha alma. Nunca me deixel dominar nem pelo estudo, nem pela leitura, nem pela exegese, ,nem pela apologética, nem por conbecimentos teologicos em 9ue era, aliaz, absolutamente ignorante. J.i o disse e replto: n ~ época o meu esplri1o estava ioteira• mente impregnado de exegese racionalista, radicalmente hostil ao cato-

Ucismo. O que pro~a que o aspecto intelectual lol tao nut01·na mJnha conversào corno o fol a influencia externa, Devo a mlnha conversao a urna

força estranha, superior, dominadora e sobrehumaoa, t~o misteriosa e irresistivel que nAo p6de compreen• der-seEenao<iepoisdea termos sentJdo e para. a qual e6 ba urna unica palavra · que a po!sa traduzir -

a

Oraça. <• Por Iseo pensel que ofo seria inutil contar a minha historia para que eJa pudesse servir fambt m de testemunho A v.e1dade daqueJHs palavras de S. Paulo que o muodo nilo quer aceitar - S6 Déu~ converte,.-

Duas senhoras, bmas, possuidoras

duma fabulosa fortuna, sem herdelros

necessario~, aplicavam os srns rendi• em obras de caridade. - Vamos, na vida, fazend~ o bem . que pudermos ac,s pobres, ,siizfam.E taziam•ho. Na cidade e seus armentos

.

"

. '

que teda& as manhAs urna aUuvlAo

de maus jornaes arrastava, pagani• sava o pobre povo e o tornava insf tcumento apto para todos os crimes e attentados. Um dia rebentou a perseguiç~o re•

llgiosa; o povo, sedu~ido pelos agi-

tadores, sahiu para a rua, e come.tett toda a s-orte de (fesacatos. As au~to· rldades fOram impoteores para cooter a onda. O clero teve de se esconde1; as casas religiosas fechar&m-ae; os rellgiosos tiverall\ de ir pedir azylo a terras , extranhas. Nada se respt:itou, nem as caridosas aenborns. Pòram insultadas pela p•pulaçào, e as suas propriedades iovadidas e taladas. - O que cooseguimos c'Om as nossas esmolas? diziam entristecidas. PensAmos em matar a fame a tanta gente. cuidAmos dos &èus corpos, e esquecemos as suas almas. Emquanto lhea forneciamos p~o para o seu corpo, deviamo~ ministrar-lhes tambem bOa, lelturas para o espirito. Toda ·a no~ carida.cle foi venclda pelo mau jornal. ErrAmos. Pobres senhc>rast Penwam ja tarde, quando o mal nao Unna remedio. Aos afortunados do muodo, que teem o esplrito de fazer bem, dlremos hoj~: t<Cootlòuae a nào ésqllecer as

vossas obras de caridade mas nAo esqueçaes tambwi a imprensa verdadeiramente catholica, sòbre tudo a diaria. Asàgnae~a, auxiliae, a com

o vosso diobeitO, as vossas noticlas, os vossoa anusclo~, a vossa propaeanda e, &<>bretudo, com o vosso carinho,))

.Acampafl_lento Nac1onal de

."Scouts,, Nos dias 10, 11 e 12 d'agosto pro• ximo, 1era logar junto capela de S. Jorge, erecta no sitio onde esteve arvorada a bandeìra nacional du•

a

rante a batalha de Aljubarrota, o acampamento nacional de <<scoulS>> vindos de varlos pontos do paiz. No dia 13 irào a Fatima, voltando a S. Jorge no mesmo dia para assls1lrem a inaugurnçào da lmagem do Beato Nuno de Santa Maria e mais cerimor.las religiosas que serio _presìdidas pelo sr. Bispo de Leiria.

No dia 16 irao a Alcobaça e a seguir fabrìca de cimentos· de Ma• ceira e de vidros da Marint.la Grande-, r~gressando por Leiria, no dia 18, onde pas5arao tambt m A ida, no

a

dia 9.

Voz da

Fatima

r~do1es nenbuma familia careclda del-

:xava de receber largas esmolas. E a Egreja parochial, o semi natio e o hos.. pitaJ tambem eram conu:mplados. -Abençoadas senhoras I exclamavam lodos • Abençoadas sim; mas nao sabiam que emquanto ellas distrlbuiam esmoJas e livravem de morter a fome os lnfelizes, outros lhes procuravam per.. , verter, os esphltos; ma& ignor,vam

(Outul:Jo e Nov. 0 de 1925)

Ht•nriq1.1,.ta L e' a I Sampnio, D. Leonor d'Almeida Couttobo'te Lempa, 20:000; D. AdefalJe 8r..ta1J1c11mp de M-e11o Breim:r, 10:000; D. Ant.onlll Rosa D. Maria

10:000;

•'

'

BrandaoLio:ooo· Paita, Jrmifo & Co~,•.50:o<>ò, uir: de Figuèire;!o Lemo!t do to Corre Real, 10:000; m;idame Silve Oias,:. Dooa L. F., 10:000; D. Mari~ Margarida'7 de Faro -Nelas, 10:000; D. A fonso d'Albuquerque, 15:•oo; D. Maria da Glqria Pereira Furtado. 10:000: O. Mària do Patrocinio Lope8 Sanch~~, 1o;poo; D Anna Silva,. 10:000; D. M11r1a José Corvclo, 1 0:000 ; Padre Albertp Pinto da So~a, 10:()00; Domingos Fcroand~s Soutelo, 1·0:000; O. Amelia F~rre1ra Dias; 10:ooob· D. A(minda Ma, ria Coelho, 10:000; . Ro~a Ferreira.,. 10:000; D. AmeliJ Gdhçtilyes Ratnada,. 10:ooo; D. Leonor du Conceiçlio Costay 10:opu; L~iz Empìs1 10:ooò; D. Amelia Botelbo, 10:000; D. Olympia ih P. Pere1ra Coutinho, 10:000; D. F"tt1n.::isca 1RMa de Jesus CaQ~s, 10:000; IJ. Marra Js 8t1rros Li.. ma $.11lj!éM.lo, 10: 000; D. CanJiJa Nunets Ri· beiro, 1d:ooo; D. l\hr1a ::ieabrà. 10:000; D. Julieta Alves Ve<jras, 10:000; D. M'aria Dominguus Pin.10 Coolho, 1-0:000; D. Maria Tereza Pinheìro Cbegas, 10:01>0; O. Maria Eug8nia Barreto, 10:000; D. Maria lzabel dos Santos Fonseca Jorge, 10:-000; D. Eliza Penaforte Cardoso, to:ooo: D. Le01'lor Manuel /Atallir.ya), 10:000 ; D. Anna da Conceiçlio Neves, 1 o,;ooo; D. Amelia Faria Lelio, 1 c,:ooo_ ; D. Franci> ca dos 5.intos, 10:000; D. Maria da C..:onceiçao Maldonado Pereira~ 11;>:000; Sebastiao Marques, 10:000• D. Marg11r1ùa Calado, 10:000; Duarte Jo;é d'Oliveira e <.:armo, 10:0_00; D. ~)orìnJa Baptista, 10:0,00; A~ton10 Anr110 Carvalheiro, 10:000 ; O. Juha Piidrilo, 10: 000;• Padre. Avelino Moutinho M. d'Assumpçao, 10:ooe>7. ~- Laura Ferreira, 10:000; D. Maria Jos-e , i:le Jcsus Pereira, 10:000; D Muria Goru:aga. d'Abreu Fonseca, 2o;ooo;d). Maria da Glo• ri~ Albuoo S.into~, 1e:ooo; Juito Pinto,, 10:000; D. Amelia 'Marques, 10:000; Josp Marque-s Junior, 10;000; Antonio Fernandtis l{eguengo, 10:000; Jo~q1J1m Ribeiro Farla, Lo:ooo; D. Maria da NativiJade Vieira, 12:000; Afonso Perefra Coutinho, 10:000; I). Erpilia do Cst~tre Fr.izlio Ca,;telo Branco. 10:000; D. Julia A Pilar, 10:000· Adolfo d'Olivo:ira.. r0:000; D. Rita Costa/ 10:000, O. Iz.ilJa do C11rrno Leila.o, 10:000· D. Maria da Aswmpçiio Din, 10:000; or'. Jacinto Ga~o ?a Cam~ra, 20:000; D. M11ria Palmira . Caldi.ma de A1buquerque, ,o:ooo; O. Maria LtJ.iza d'Azevedo 1Lobato e Napole~., JO:ooo; Joaqu1m Ahr1a Soeiro !le Brito 1 10:000; O•. Maria PaulR ijentes, 10:ooç; D. ' Aurora VaT. Clomentu Marques da Cruz.,. 10:000; D. E ma Falciio <le Mondooço~ 10:000; Artur da Silva Camarinha, 10:000; , D. Maria Adelaìdt;t d'Oliveira Mootei~ Barros Gomes. i c:opo; D. Ema Afonso Pereira, .

Can-

10:000; O. Maria Betina Bastu, 10:000; D. Teolinda Mana do N.ts~im.into Freitu~, 20:000; D. M a r i II Bt ned,cca Seque1ra, 10:000; Padre José Silve1r11 d'Avila, 12:5~;

Pedro de Lerros, 1<':000; M nuel A~uìar, 10:000; D. AngehnA Chnves, 1li:ooo· D. Alz1ra Neves Co,ta, 13:ooo; AsJrubal d' Abreu Cast,.,lo tir~nco, 9z:ooç; D. Felinda Maria <la S1lvu, 10:Doo; D. Alico Garcia, 10:000~ D. Maria José de Mag,a[hie~ Barros, 10:000; D. Maria José Lourciro RodriRctes, 10:000; IJ. Mari.a das D6res Fernam.l~s R.éndeito, 10:001); ManuoJ lgnado dts Soui.1. 10:000; Luciano L.:audro Pire~. 12:oç>o; D Margarida /\\.,deirat 10:000; . D. Gu1lhermma da Picdade Chaves.. 10:000; Airìano José Falustino, 10:000; D. Carl0-ra Augu~111 da Conc,m:iio, 1.o ;çoo.; Reinaldo Monteiro Basto, 10:qoo; Padro-,..flimael Allj?,U~to Gutdes,

u,:ooo; D. Maria Luiza dlAlrui.:iJa, t:i:ooo,

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• A.no IV J.

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(OOM APROVA(JAO 'ECLESI.ASTICA) Director,. Proprietario e EdU;or

;Acbl:,1nla1;rndor: PADRE M. PEf?l!:IRA DA sn..VA.

f-KDACçAO E ADMINIS'rRAçAO

OOtrrOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS <".c~_pCIS to

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impresso n& Impronsa Coi.,;,orcla.J,

eronica de fatima .

mais um aJ'li-

, erse rio - o nono -

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da terceira &pparlçao da excrlsa e gloriosa I{aioha ig•'" dr-s Anjos a tres verdadeiros anjos da terra-os humildes e i11ocentes pastori nh~s de F.ifima. Esta data memoravel ev6ca oo noi-so espirito suaves e gratas recordaçoes, um mundo fnteiro de idelas e st>ntìmenros,. - expoente dum estsdo d'alma, que s6 lograriio comprehender cab3l(Tlente aquelles que teem acompanhado, desde o seu i'n iclo, em toctas as phases mais im· poctantes, a Isublim2 e po pela das appariçOes e dos acontecimentos ma• ravilhosos da Lourdes portugueza. Quem é qae ha cerca de dols lustros seria capaz de prever a transfor- ~ maçAo assombrosa que se havia de operar naquelles logares aridos e deeertos da serra d'.,, yre, onde laços mysteriosos prenderam para sempre a terra ao Céu ? No dia 13 de cada més, nrdadeiras atmae de eleiç!o - o escol de Portugal fidelissimo - alli se reunem, em .. numero <te muitos milhares, desentranbando se noma exuberante florescencia de pledade, que sobre!J)odo edifica e consola. E de més paia mt!s, de anno para anno, a torrente buma• na -engro!sa cada vez mais, levando aos pée da Virgem fem mancba o pledo~o tributo das suas' oraçOes e das suas prom~s5as, a homenagem sentida do seu reconbecimento e do s~ amòr.

Oraças, Rainha bemdlta, graçassem

Um vos st-jam dadas pe1a bondade que osastes para comno&co, erguen• do, no centro da nossa ~tremecida Patria. () vosso throno augusto, para receberdes em audlencia e cumulardes de graças os filbo.,; que.ridos que ile toda a parte, correm a depòz no vosso regaço maternaJ, as almas aaradecldas. os cqraçOes dfli.ctoe e cc;wfiantes ou os corpos atormentaaos por rnale8 humanamente incuravels t

.

)

Leirill

D. N'ON"O ALV.A.RES PE:RE;I:B.A. .

{Bl:ATO N'UNO DE SANTÀ MARU.)

Entretanto, corno se appmxima a hora da Missa dos doentes, organlzase o corttjo do costumeqpara conduzlr a estatua de Nossa Senhora do Rosario da cupella das appariçoes par~ a capelta d~s missa-s. E' fndescriphvel o emh11s1asmo da multidào que sauda commovJdamrnte., acen~mio com os Jenços, a augusta Virgem do Rosario, na !lua Imagem formosissima, que parece urna radiosa vì~Q do

cerdote dr. Galamba d'Oliveira. Vae cel~brar a sua prlnieira missa. Nas suas miios, recem- sa,zradas pelo Prelado de Leiria, o ex.mo senhor D. Jo.. &é Alves Correla da Silva, encarnara d'ahi a pouco, como outr6ra no seio virglnal de Maria, o Verbo Eterno de Deus. Rodeiam o altar amtgos e pa• reAtes do novo levita. A sua famili11 por deferencia especial do venerand; An.i$tlte, occupa um Jogar re:.:ervado na vi;randa do pavilhao1 prc ximo da aia santa, E' a primeira vez que um sacerdote canta missa no locai das appari, òes. A expectativa da multidàa. augmenta de a.n ciedade a cada instante. A commoçào, impossivel de dominar em bora tao solmne, apodera-se do ministro sagrado e, A medida que se approxima o momento supremo e indfa~el da Consagraçao •. torna-se mais intensa e mais profonda. Dos seus oihos correm lagtlmas a fio, testemunh<1s mudas mas eloquente.s da sua piedade) da sua gratidao e do seu amor. Ao Evaogelho o rev. Luiz de Souza, orador de largos recursos, que prégou em substituiçào do rev. Silva Oonçalves, de B,aga, que A ultima bora, por motivo de força maior, nao poude comparecer, desenvolve com proficiencia o thema Ecce Mater tua ' e da os embora! ao cdebrante pe1a iminente dignidade de que foi revesti~o e pela graç.a sem egual daq11elle dia iqolvldavel. Urna campaiqha fazse ouvir. E' egora o ponto culmi• nante do acto augusto que se estli realìsando: a Consagraçao. As m~os do sacerdote tremcm por f'Udto da commocAo que lhe vae n'alma e a custo leYanta entre o Céu e a terra a Hostia propiciatoria. A assistencia, intensificando a.aten- ' çao e o recolbimento, ora lesvoroea·mente, supplicando ao Céu bem;Ao& escolbidas para o novo levita, a conversào dos peccadores, a cura ou a reslgnaçAo para os dcentes, n·melllo ou lenitivo pàra todas as mlserias physicas e mo1aes que aflligem a pobre humanidade.

Paraiso.

A

'

Hos pés da Vlrgem

-

Sé -

O clero e

(13 d.!_ Julho ~e 1926) ASSA hoje

j,

:$'O"A

o, pereg-rina• ç,iio

A commemoraçào festiva do dia treze de Julho foi as~ignalada desta vez por urp episodio, unico oos anoaes de Fatima, que imprimiu as solemnidades relìglosas um encanto de todo o ponto extraordinario. Um sacerdote, recentemente orde- ·

nado, celebrali, alli, p~a prlmeira vez, o augusto sacrificio dos nc:ssos altares. Desde o romper da manha, as mls· sas succederam se umas as outras, sèm interrupçao, nos très aJtares da

capella nova. A muHidao, que se comprime t m torno do pavllhao dos

doenfes e se disfribue pelos loòais do costume, Eobretudo juoto da capella das appariçoes e da fonte mira-

culosa, embora tnen<1s numerosa que no mes amerio,, eleva- se comtudo a alguns milhares de pess0as. Attrahe a atteoç~o de todos o avultado nu, mero de sacerdotes e stminarlstas presentés, facto devido circunstancla de ler ja começado a epocha das ferias grandes. Quasi todos se encontram no pavilhao dos doentes, assi.stindo às missas e juntanòo as suas oraçqes 4s oraçoes dos fieìs. Na sru;hrisJìa aJguns sacerdotes ouvem de confissAo homens e rapazes. De vez em quando um delles, revestido de sobrepe• liz e estola, aòmloistra o Pào dos Aojos. t: entao o mavioso cantico popular cBemdito e louvado $eja• rompe de milhares de peitos, rmma enteroeclda explosilo de fé e amòr a Jesus Hos-

a

tia.

.A. Missa Nova Ao melo- dla astronomico, officlalmente urna hora e

triota e sete minu..

tos - s6be ao aJ.tar· mor o novel sa-

bençao dos docnt~s

RecUadas 8.8 ultimas. oraçOe~, o rev. dr. Oalamba torna nas mlios a Custodia com a Hostla Sacrosaata e desce

os degraus do altar para

it

abençoar


• \

..

~ doentes que· se allnham em ou• ìnerosas filaa no recinto do pavllhAo. V~em- se alll vtctlmas de todos c,s flagellos, verdadelros farrapos humanos que exoitam li compaido os coJaç0es mais duros e inseosiveb, Apesar dos seus sofrhnentos, todos esses jnfelizes mostram urna reslgoaçao que admlra e encanta. E' este um dos mi,ment08 mats solennes e commoventes das commemoraçoes ... religlosas do dia treze. Organfsa-se o pequeno cortej<> que faz a guaroo d'honra a Jesus no seu · Sacramento de amor. As ServaR de Nossa Senhora d.o Rosario, como anjos visivets vestidos de b •anco, abrem o cortejo, tdificando os circun!tantcs com o ardor da sua f é e a ternura da sua piedade. Nos rostos dos pobres doentes, em que a viol enclA do mal vincou traços lodele• vtis, maceramto os e desfigurando- os, brllha, S<Jbretudo nos 01hos, um vi -

vo clarào de esperança.

Elles i;entem, ccmo outr6ra os doetttes da Palt:stina, que Jesus pas.,

sa f tlE'fH1o o bem-pertmnslft b.·nt· facìtndo-e c(et'm e confi~m no 1)t:u po.-e, e na sur1 mlsericordto. Do alto dc, pulpito o rev. <lr. Marques dt\S Sante s fnz a~ invoca\òes lto costumr-, Que ~ao repetii.Jas _pela r1ssist<'n· c1~, corno dùlorldos griìos a'.ilma q \le penetratn ,; 'Céu. E o IJivinr, Sanrnrìfano, chelo de hon 11ade e ain(lr, occ11ltandi.1 ,;e nR H ust!a i rr.mr:r.111 1da, onoe s6 o divii:;2m os olho~ da F~.

derre11111 grnças e h~nr;àos ~l'>bce aque!l~!I corac;òcs ulccradus pnr mii.• guaq tamanha~, te111tivo e co11 fnr t0 s~bre aquelh:s corpc s torturados por d6rt!s lncompoJtaveJs. T ~rmmart~ a cerimonia da hen çao aos enf,;·rm ,~. o celebrante s6h~ de novo ~o altar e , 1)epois de t an tado o Tantum trI:n, ,hem;oa h.mbt-m s.:om o ~,r.t1r1~s,n10 as di!ZffU?,"! i.le rmlhares de hei-s rruftrados a .seus pé~. Por flm t ff tua se a toca~!le cerimonia oo be1j11 m?io, q te im-.ressiooa . obre

ffl!\llflffi 1,,1,h>

aque,11-s ,~ue a ~ll':l

assls•em, veouo· se 01!Jito11 olhd& m11· rejado:s _!'.ie lagr mas. A

d e.~]>(' d icht.

I

At:1tes ti 1't<ijJt, m'io tflm l ogar Q ut, tim;;> aclo < ffi ·1nl da Pft1egtin.11,~o. A ho<Ja l'r1uw,a de ,Nossa e,,nora drt l<os11<i\!, .expo,ta ~'dorso.te tQclo <> dia a vo/1era~ào ch1s Hets, ~ recondu· zi l;t para a sua ml11us<'uk!. c•11ae!i·1, n o me10 q~ accldma,;éks e <1e Cflnli· cos. Junro do .s.intoorio gommi:>mo•

ra11 rn d&s a(lartçò•·s ;iglo111P.r~

~e ago•

ra um::i lll!lllHHio eqonne. foi.los que• rem ve , saudar, 'Jscul.a,r a b~mdHa

imogcn . · E os sen•ilas, com ums pitciencia inauJiU\, nuoca des1nWllld11, c~guhim o JHUlZII

qoi:; ~e\'VIQS, 11ue pa~~r:rn

rapi::fa111e11tc deanre eta e !011,n ,t,, Vi,gem, {Jepi,ls de s1-lishlz t:re:n ns exrgcnclits da sua !)Jeài.!dt>.. A a~sIs• te,u cla vae ee disper5~ndo poUCQ a pouco. N4 e11trnda q1strlctal 1::ind11 t!Staoumim ctlguns ve~iw!oa, ma:1 vt\o rareand<•, A medida qu ~ o tempo pas•

sa.

As e~t :,rlar; e caminhos que- con-

duzem

~

Cova da lrla .tr:mbbordam

de perég ir.os ' que regresc; Jm 11prl'S-. ! adt1~ 26s :-;eus lares dls ;!ln:c:s. E irn

locai das apparf çOes apenas um ou outro devoto se demora a rezar as ultimas préces, aentindo no coraçjo opprlmldo o dellcloso punglr da saudade, ao apartar-se daquella estancla bemdlta, que a celeste Padroelra da

Nat;ao santiflcou eom o contacto P.U· rlsslmo doa seus pés vlrglnaes, para gloria de Deus, salvaçfto eterna das almas e felicldade espirltual e temporal dum Portugal maior.

Viseondt dt Monttllo

Hs cnras de Fatima Setubal, 10 de Maio dP 1926. Rev.mo Sr. Director da Voz da Fdtima Para honra e gloria de Deui e da SS.1 Vlrgem, venho implorar de V. Rev.m• a especial flnna de publicar no jornal Voz da Fdtima o grande mihsgre, que esta Màe do Ceu acab1 de operar a favor d,o meu m:irido. Sof ria est e, ha 16 anos, de uma ulci:!ra no estom11go, quP. o atormP.n· tava lndizivelmente, declarnn'1o al· gtm!I méJico!t, que con~ultou, que ti6 por mf'lo de urna ouPr~·i;~o. a que elle sempre !'e recu~ou, poc1erla con-

SeRuir al~n!I nUvlo<1. Nt>c;sa oca~ino, ouvimo~ murar dtferent 'I prodh:,ios que N. SenhCHa do R,ìS Hio d!I Fatim:l hiivia operal1o em bl'11cffcio de erifermos, que recorreram ~ siJa Pro-.

tecçao.

Lt>vadot1 pela m~sm~ confiança, pedtm"lS lhe quc nos vllleei-e cm tllo

grande 2fl·çao, prQmete;hfo lhe irmos pes!<'alme,1te ao log&r da:i apariç0ts e ofertar llle urna joia em our,o, se se dlgnassc curi!· lo :iem rer preciso re-

correr a op,•raçao. O aoenlè, durante JO m'"·zes

con·

sec\itivM, nào delx•1u , dm sò ,Ha, de recitar o T erço do R s!riù, b(;bend~ , j :.mtamenfe alg •ma gtit 1~ da agu nmacuiosa. .\\ ..s, nhl ncce11 ·5o I P,eciM mentc, ao te!min~rem "~scs 10 · meze, , agravar~m ~e t•s s~u::.. st,1ft1 meotos tllo t-xt;aor<iir1111iiamepte que f oi pr{'clso chamar, a lotla a pressa, o mé,llco que o tratav.:i. Qua•do esh~ chegou, apenps conseguiu vt>riflcr1r que a otcera havJn rebe:tlado; e o enl~rmo ,p r\'cla a trJ· • dC\s 0<1 mornentos sucuml)ir.

Numa in Ji1.ivel : fl ~o levantel os otho• ao ceu, pedm11o ainda eùm. mais forvor 4 S~.· Vlrg,•m a sua cura, prometendo lhe f zel 11 publicar na Voz da Fatima, caso a cl1eg-•sse a obte,.

D1~11011- se a SS.1 Vlr~cm despa-

char favoravelmcnte as m!11ha::1 s,tplica!I, porque o doente ct.uneçou logo

8 txpcrim 1•0111r s:.>nsivt~ n,~n10ras, e h'lj .. encontra se btm, po f~ndo, sem tli!itol!Jatle a• ,4urn~. f ) r~ ~ar-sr. a 1 mcsma vid11 de trab~ l!to, que antes ti11ha. • Para prov11 do gufi: afiltn,'), rern eto j,1.,to com csta, o tttest1:1du médico~

dcvilJamente autentic 1db.

A esposa do mirnculado Maria Lufza

gia pela Faculdadt dt Mtdkina da Universldad• dt Lisboa: A.testo, sob palavra de honra, q,u tm Stttm/Jro dt 10:25 fui ehamado para vtr o Ex.mo s,. Manutt /osi Soarts ViEario, maritimo, morador

na rua das Barroeas, dt 55 anos

tlt idadt, que so/ria ha quinzt anos do estomago. Fui tncontra·lo com abundantts hematemeses t mtJtnas, queixando st dt vtolentissimas eastralgias e num profund;i tstado di! ontmia. Fiz o diagnostico de ulcera gastrica t comtcei a trota-lo, consteutndo vt /o ao Jim do mtz, entrar em franca convalescmça. Atulllmente e!lcontrtt·st muito bem, parectndo que a ulctra estd cicatrizada, Setubal, 24 de Abril de 1926 Miguel Maria Q. Fonseca Junior Porto Mendo, freguezia de Santa Maria Mitgd~lena, coocelho de To-

rnar, 10-4 · 1926

Rev.mo Senhor Ha dois anos, n~o tendo mlnha mulher leite para crear um 11osso filhinho, con"eguiu alime1ttal-o a biberorz até aos 5 mezes, mas depols !,0breveio lhe urna enterite e morreu. Em'-30. de março d'cste ano tendo-· nos na:.fcido outro fllho, minha mulher toda se ~pnijrH:rntava P,nr 11ao ter l ei-

te para o criar. Em mlr,ha casa niio

havia sen4n tristeza e hsgrimas. N,> dia 9 1e Abrll ch~~uel :1 nolte a c:itB e ~ncontrel as scena, <iu costum'! : a màe a cl:rnrar, o filho a chorar c,,m tome pois que .uma Yisioha quc vlnha a nossa casa, f ltou nesse Oià. Ao ver isto chorei lambem. De repeote veio me a 1dei11 salutar de recorrer a Nossa Senhora cio Rosario da f~tin:ia. Rtcom,.ndE'ì a minh.1 mull1ih gue b anhasse os peitos c-0m agu :l d,, F,jtim 1 e pr~m'!ti o meu cnri:tfo d 1 1)UfO. Aa voltar rio dia 10 do trabalho diz. me ml nhEI mulher: vat: dar g,aças Vir'!ttn Noss11 Senhora dQ Ry-arlo da FAtìm1 que ji tenho lélte para erear n noi;~ • mho. No dia 13 de maio fui A Cova da Iriu lev11r a m!nhi.: pmmess'.-\ e hei de vol1ar. BS v ezes Que :py :ler par~ musJrar tt meu ,,gradecimen lo por esta t!1.1 grande gra~a .

a

la

De

Rev.mu Senhor da

f Jtima.,.

V. Ex.4 etc,


as lelturas dos rQmance$ e dos folhetlns•••

Pedindo descutpa do tempo que lhe temei, aou De V. Rev., etc.

- Ora, que lembrança e tua ! NAo via a senhora que a menl-

-

Maria PtdrtJza Mathlas

na, todos os dlas apenas levantada, a primeira coisa que fBZla era ~edlr ' com toda a avldez que lhe déssem o

Htnzaltina dt Jesas Serras, l!le 15

anos de idade, padecendo desde pequeoina duma grande fraquesa no estomago, vomitava em todas as ocastoes que comia ou bebia. Consultando alguns médlcos nlio foi possivel . alcançar melhor~. Lembrando· se eia e seus pals de Nossa Senhora da FAtima, conse~ul • ram ir no dia 15 de maio de 1925 f azer- lhe urna visita e br.bendo a pequena da mila~rosa agua de Nossa Senhora do Rosario da Fatima com m uita fé e esperança de melh~ras. foi tAo milagroso o remed10 que nunca mais tornou a vomitar. Ja come de tudo e bebe sem lhe fazer mal. Hoje acha-se gOrda e ja p6de trabalbar. Pensam seus pals ir no dia 15 do corrent~ a Fatima agradecer a Nossa Seohora a graça recebiJa, e pedem a publicaçiio na llnz da Fatima. . C6Jes (Sardo1il), 8 ;Je Maio de 1926

jornal para ler o romane~••• -E que mal tlnha isso? -J4 que a senhora quer, dé-me Jlcença para contar urna hlstoria. -Conta o que (Ullzeres. , -Quando eu era moça, estive na companhla de umas pessOas muito tementes a Deus. Mas havla lé urna que me levou um:1s novelas para eu ler. Tornei do llvro e comecel a gostar d' òquellas cousas, mas velo-me logo o escrupulo de que nAo seria bom saber taes vldas, que eram peores que muitas que minhas tias nAo davam licença de se contarem em casa. E entAo pensei comigo: se eu nao posso falar de certos escandalos, corno poderei ler outros peores? Para me tirar de duvidas, a prirneira vez que veio a casa o nosso parocho, mostrei- lhe o livro e perguntel-lhe se o podia ter. Viu o e respondeu-me que nao. Mas eu, que jA estava inte· ressada naquellt!s enredos e desej~va saber corno tinham ac&bado certos negocios, pedi lhe licença para aca.. bar a leituri,, ctrta de que auct~riza.. da cQm a llcença do parocho j i nào f.lzia pecado. E acrescentei que alé me fazia bem para distrair. Calou se por entào o bom do sacerdote, lntroduziram se em seguida outras conversal!i e quando eu ji nao pensava no livro, diz me aquelle homcm de Oeus : -Quero pedir, te um conselho. -0 senhor pedir-ma um conselho . ? a •m1m. ,. -Slm, ando tAo at,orrecido que para me dlsrrair reaolvl eHvenenar-

Antonio Serras O Rev. Sr, Padre An tonio J,,sé da

Costa, p~roco da fre~ut>z,a de Cabana Mairn ( ~reo:; '1e Vale de v~z), te11do rt>cebi.Jo urna ~raca de Nossa Senhora do Rosario da Fatima, agra•

e envia urna pequena esmola para aux liar as de!pezas do culto.

dece

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima ~ rar.sporte • • • • 4.355:600

D. Maria da Rosario Cos· ta. .. . . . . . . . Antonio Va1el1 O omes • Francisco Sampa10 Bar-

bosa . • . . • . .. . . U ·)Ìa anonjm 1 cxilada em

10:000 10:000

-Crédo I a~udi eu. -Nao te espantes, que o veneno que eu quero tornar é um veneno muito dò::c, J11uito ~aboroso, que vae inebriando Sl:nt a gente dar por li-so. Que me dize~. posso eu tornar este bello veneno? Eu ab.ii os olhos multo espantada com aqut>lla P"-ri:unra, que me pare• eia o rnprasummo da l oucura. Ent~o aqueUe z. toso pastor,-quem • nos déta mttltos comt> elle, - acrescentou logo·: -Tu n~o queres que eu me envenene com um veneno saboroso, e queres tu que eu te delxe envenenar a ti? Nfio sab~s que as més leituras sào um venéno agradavel a pbantasia, mas fa aes a mtrlligencia, ao coraçAo e aos buns coslurnes ? Para te nao estragares nem corrompere!!, nuoca leias e6ses livro 4ue ~~o um perigo manifo6t1J para a inocencla ••• Tinba r1tzào aquelle zelota sacerdote. As leitmas srio verdadeiro alimento do esiwf!o e p1oduze111.1 na intelUgencl.a e no coraçAo os mesmos effdtos que ..;i comida no corpo: se a comida é ht>a e sadie, nutr~ e ali• menta as forças ; ~ esta corrompida e falslficad~, eo 11~nena e estcaga o organismo. E' .a:i~im a lellura: se contem !O a vcrJ11cfe e inculca sentimentos nobr~· s e ele'1arlos, e'nrlquec.e o espirito, da v:da Jntelllgencla e

25:000

D. Lal!fa Pinheiro •

130:000 10:000

Soma •

4 540:iOO

França • • • •

me.

Ènvenenadal Ch6ra urna pob re m ,e de~feita em prnnto os de~va1ios de urna filha. • - Era u•n anj'>, exclama no auge da su1 dO,, e t'~ta perd1da I J4 nào recoRheço a miuha fllha, tào pled09a, tao docil, )ao obediente. .. e t3o mudeda, t!o outrn a vejn agorai ..• Nistc, entra- lhe no quitrto urna an·tlga creada, qu~ por urna longa e provatla deJicaça, se tornàra a con• fidente dP.s suas amarguras e era consi;ierada quasi pes.(ia ae familia. - '.f~ lll taz~hi, mlnha ~enhora, te·m rado : a menma ha rnu110 que estava euvener,ada •• - Enveuenada? que dizes tu? - Sim, f!tlVClll'nadr, 11a lnteligencia e no coraçao. E, se me dj lic~nça, eu digo quém lhe r,ropinon o veneno. - f ala, fai a, tira· me ti' esta angus-

tia.

- A angustia nAo lh'a tiro, que anteit lh'a aumento, porque o veoeno, foi a senhora que lh'o tem dado com

a

fortalece o coraçlo; mas, se em vez de verdade contem toda a q1sta deerros e preconceltos, se desperta sen- • r tkrientos lgnobels, ae accende as palxO~ entao mata a lnnocencla, reut>a a paz, perverte a vootade e occas~ na todos os desvarios. O uve- se dlzer tantas vezes : a mim nAo me faz mal ler os romances. Quem é o santo. quem é o novo SalomAo que pode falar asslm? Quem se p6de vanglorlar de nao se delxar abrazar pelo fOgo depols de se ter arremessado ~s chamas? Quem se p6de subtralr ao lnfluxo das m4s compa•nhlas? eEu nAo sou a rosa, dlzla M.m• de Sévigné, mas estive junto d'ella e algo tornei do seu perfume•. Do mesmo modo o que !è esses livros pode di~r tambem : eu nào sou o erro, mas ttve o na intellgencla e atgo me flcou dos seus miasmas. Uma alma verdadeiramente pledosa, se ama a lnocencia, se nAo quer expOr-se ao perlgo certo e manifesto de se perverter, nAo deve, nào pode ler esses livros que despertam as palxOes, aplau<iem a corrupçao e fazem a apologia dos malores escandalos sociaes. As pessOas devotas de Nossa Senhora nAo os léem certamente, porque lh'o vedam, além de mli outras razOes, o amor e devoçào que pròfessam Virgem tmmaculada.

a

lROUIVA ~DO Continuando

a t ra n5crever o que

os jrrna<:s disseram a :.-Qguir as Apariçoes, cabe 'h ~je a vez ll urna carta do conheciJo lente da Universidade Dr. Gonç 1lo X d'Almeida Garrett, ha pouco fa lccido : e A. Vtracidade das apariçocs s hrenaturaes em Fatima, deve ser tratada e discutida eqi Wses novas, scm dependenci t da acçao nervosa do organismo humano. Convcm assim 110s tempos presente!!. Concor~am t?do~ a Fatima, para tic scu proprio crni::n o, ver e ob.,,crvar os , factos !<Ur pn:hcndentes qu~ ali se tstao munifestando actualmcnte.

Nero dccorridos sao dois anos, dcs-

dc 13 de Outubro de r9 17, dia tao memoravel para o paiz intciro. Como por encanto, ja foi lcvantada, junto a asinheira de bençao, urna dev"ta ca,pelinha, com a invocaçiio da Virgem do Rosario. Ali é extraordinaria a concorrencia de pess8as, com forvorosas precc;s em . d' um voto, ou por 'gra· cumpnmcuto ~as alcanç: das. I Em Fatima tem havido fenomenos singularisi;imos, de ordem superior, indcrcndentes dn nassa vontade, imaginaçao ou reacçao do ocr vosìsmo hu•

mano, os quacs sao enexplicaveis 4 fa. ce dd sciencia. Foram ob~crvados poi: muitas centenas de pess&s, de todas as cathegorias. Nit> dcvem por isi;o fi. car no olvido, pda sua grande importancia na detcrminaçao do verdadciro carecter da naturcza de t ac!! manifestaço..:s.

No di~ 13 <le moio de 1917, pouco depois dù mdo dia, ea1 ;F tima, :esca-

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Tam sentadas tres inocentes creanças do camM e sem instru~o, junto d•u. aia viridente asinheira.

De repente viram, entre ps scus ra.mos, urna Imagem de Senhora, que Uies dìsse ser a ,Senhora do Rosario. Anuociou e prometeu voltar de novo, ao .mesmo loca I e a mesma hora, no~ .dins 13 drs mczes de maio (Conceiçao), a nutubro (Ho:;ario). Ma~ pr~ mt:ttu dar sjgnae!i cxtraordinanos e mirnculosos d& sua pn.sença, n•esses dias, a todos os presentes. Erum ao \pdo 6 2p,ariçoes incluin• do a primeirn O1dt;nou ds creanças, 1ue tambem voltessem e fizes.'11,;m que, ali {o:,sern outras pcssoas rc'i8r, Em confirmaçao da Vt!racidade d'esta primeira ap.ariçao, da-se a circunscia extraordinaria e pasmosa'de duas P,ropbecias. 1 ° 0issc que havia dc: voltar a manifo~tar-se a«1 creanças ncs dias anunciad, s; 2 ° Qut: da ria signae;; extraordinariç,s, superiore!', c:videntes, de sua presença cntre es ramos da asinheira abc11çoada. Nos dias e hora previamente designactos pela 8pariç5o, cbegavam pon· tualmcnte ao lccal as trc:s creanças. Logo que a Jacinta, a mais vc:lha, proferia as p:ilavras: - Efa ahi vem - eltvava-se d11 t<:rra ao Ceu, junto da pequena asinhciro, urna suave nuvem de fumo, s1milhant1: a do incen-

so.

Este phenomcno foi visto e observado diotinccamente, f'elas pcss8as otentas e circumspccta!-, còdos os 5 dies, no momento .de se realisarem as apa· riçoe)l, nas horas previamrnte marca-

das. No dia r 3 de Ag9sto era ja nume-

rosissima a concorrencia de pessoas de muitos pontcs do paiz. •

)

A autoridade, julgando rcduzir o grande concurso e causar dcsilu~oes nas pesst>as crcntes, levou para longe as tres c,eanças, declaramfo falsamente aos p::ies que eia propria as conduziria ~ carra~ueira. A I g 11 m tempo antes do momento prdix:o e conhecido, chegou ao local a nocicia de que es crcanças cstavam dc:tidas pela- autoriJadt', valendo-lhe a di!'ltancia para se nao fazer logo a justiça devida. . • Para CC"nfuc;5o do!. incteduloi;, as manifestaç&.'S c:xtriiordioarias foram evidentes, no me7. de agosto, em con' firmaçao dc presença do sobrenatural em Fatima, 1unto :1 viridente asinheira. No momento prèciso, levantouse urna nuvem ,dc fumo, mais intensa, em f6rma de èoroa rosada formosissima, subtndo mais alto ao Ccu e por trc:z vezes. Ficou assim pienamente confirma• da a apariç5o d'este mez,r spesar da ausenc1a das creanças. Ccmpletaram-se todas as manifestaçocs da nuvc:m dc fumo em Fati• ma, as quaes havlam sido, com ante• cedencia, anuncladas pclJs crea!'lças, segundo é prorhccla da Virgt:m do Rosario. A todas as apariçoes correi:pondeu sempre, junto da ll!linheira, a manifestuçao externa d•uma nuvem de 'fu. mo. E' pnrém de necessidade absoluta verificar qµe nao ha memoria, de Fe tcr dado cm F~tlma phenomeno al-

r

' gum conhccido, meterologico ou geologico, analogo rnanifestaçao da nuvem dc fumo, subindo da terra ao Ce'u, junto a carrasqueira de bençao. I Ocsdè' os temponnai, remotos até 13 dc malo de 1917, cm que se dcu a primt:ira manifestaçiio as cr~nças, nio ha · memoria de se ter daao, cm Fatima, phenomeno ~emelhant'e da nuvem de fumo, nem mesmo dtpois da ultima manifest::içao memort1vcl do dia 13 • de Outt1bro. 'Stmdhan"tement'e, rio per iodo dc l3 dc rna10 a 13 de Outubro, nada hc,uve> e rn exct:pç5.o dos dias co;:n anh:cedencia designadcs pclas creanças. Nos repetidos e rigor<soi; inqueri· tos a que teem sido sujeitas as ino· centes creanças, sem instruçao algu· ma, declaram firmemente e scm hesi· tar que era a Virgem do Rosario, or•denando que elas fossem, muitas vezts, rezar o Ho~ario, e que coda a gente concorrc:sse a esta dc:voçao tao a bèriçoada. , A's ' ap:iriçoes anunciadas tcm correspond1do sempre o cumprimento prophctico da manifostaçuo extc:rna d'urna nuvcm de fumo. I Esta uniforme coinciJcnci:i, junto a ramiigcm dc1 v1ridente asinheira, mas s6mcnte durante o-; dias' pn·viamente anuociados e horas certis<1unas, parecendo de pcucl\ irnponancia, é um phcnomeno assombroso, de or• dem superior, do qual nno se dcd'az explicaçao algurna pl.rnsivel dc ordcm natural. , Com os mcus limitados c!ltuJos e conhecimentrs n5.o sei dei;vendar o my'>terio, a tace da sciencia, mJs tao s6mente dH raziio divina. S<:ja embora a m11nifestaçao do fumo, produzida por umn wmbustno incomplct1:1, oma evnporaçao ou rci3cçao chimica, em quc nao tem impèrio o sy:>tema nervoso ou nervosi~mo humano. Brcves linhas para t:lucìd11r duvidas d'algum espirito meticuloso. No dia sempre memoravcl e extraordinario de r 3 de Out~bro de 1917, coucorrcram a Fftimu mais de cem mii pcs!>Ò&s de todas as catq~orias scciaes e de muitos lrgarcs do paiz. Logo depoisd'esta apariçao, a crean• ça Jacinta dcclarou a mu1rns pe'>SÒ •s <iue a Virgem do Rosario lhe Jis~era, acerca da gll1.rro eurC"pcfa, o seguinte: - A guerra acabou hrj<!. A palavra hc;e nao designo em portuguez classic,-., ~6mente ~vinte e qustro horas,, Basta recorrer d. phrase vernncula dos mclhores flUtorc:~: hoje h~ uns costumes, a.man h:i outros. Com venia da ex ma S. • D. Magdalena Patricio, menciono a sua tao mimosa corrcsponùencia relativamente a Fatima. na qual comprovR, com verdadc, haver a ~nerra terminado um ano certo depots qe 13 de Outubro de 1()I 7t ent.:ndendc>-i;c .:omo fim da guerra a assignuturll dc, ;irmisticio. 1 E' tudo maravilhoso c muito sern explicaçao n11tural \O ciue ~e pHssou nos diversos pht:nomen<>!-1 ma111fosto• dos junto d'uma singda vcr~ntea de asinheira.

a

Castelo &fioco, 27 de $etem9ro de

1917. Dr. Oonçalp X. d' Almeida Oarrett•

Traoporte • • • • • • lmpresslio do num. 45

(35:00U exemplares) • lmpressAo de cintu . • .

Expediente e ourras despezas • • . • •

J

160:000

Soma ••

Subscrip~ o i ~ov~r11bro e Dezcmh10 de 1925) Alo.. no Correia R1jo, 10:000· D. Mar~a Jo~~ . de Brito e Conh11, 10:ood; Jo• quim Pc:reira, 1 o:ooc; ConJeua Je Nov11 Goa 5.>:ooo; Domingos Jo,é C11pute, 10:000; D. Deolinda ~armelo, 10:000; D Oarat~ RoJrigue,- (de jorn11h), 35:Soo; D. Fik,meBi.l Me~quitA (de jorau1s) 4'j:ooo; Or. Tornai Gubriel Ribeiro 1dr. jorna,sJ 10:000; Dr. Jeronimo Sampa10, 10:000; D. Adelina Queirnz Calùeira, 10:ooc,· D. Mano Rosa Barbosk F ilclio, 10:000; o.' Moria .lo:iquin-t Barbosa Falc!o, 10:000; D haquine Maria • Barbosa ralcao, 15:ooo; ,\. A. fi'alc:io de Ohvcir;i, 15:ooo; D. Alb rr1na do, Santos Silv11, 10:oc,o; Lu1z Pioto d '-\guiar, 10:000; Antonio 1'1:rc:1ra I ope,, 10:000· I). Maria de J~su~ J'Oriol PeAa, w:ooo·' Antonio Duarte Dies, 12: 51:lo; D. Maria Ja Conce1çao Alcantara Ma theu~, 10:000; O. Ann Corrunte '-;oare~, 10:000; D. Rna Novo, 15:oov; O. An~eltna (ìorJo Mimoso, 10:000; 11-nacio lle Mou-1 l.ou tinho de Silvtira Monr.-ne.:, o, 20:000; Padre l.uiz Gaetano _ Portda, 10:000; P.. Jre .I o~ é de <:ei,:a, , 10:000; O. \lar1a Alm1:1Ja. 15:ooo; Mousenhor Ramos Cruz. 1:.t:Onl); I), Jo,é Belmoote, 10:000; Antonio Roi.lnl(t1cs d., Bela. 20:oc o; .ICl•é F,;rna11ue,. 1o:o()(); P,idre Antonio Alves Pc:reìr11, 10:ocw: n. Candida Clemr.nt1na de Sa, 10:000; O. Anna Santo~ P.~auricio, 1 S:000; l) Joaquinil Le>pes Bri1udo. w:ooo; Munm I J. da TrinJade, 10:000: D. l.u1z,i Em1,ie P1mcnrn de Ncbrega, 10:000; D. Ana d'Oliv1:ir:i, 10:000~ D. Veridiana i\111na Came'iro, 10:Soo; O. Joana Soa re\ ,h Mota, 10:00<.,; D. Florenuna An tu'le!I ,\nJrBile, 10·000; n. GertruJes da Silv11 Nnne,, 10:000; Joi'io rl;1 Silvn Moute111. 15:Qoo; De jorn11h, etc: - n. Celeste Martt1 <le: Sou>:11, 12:000; t>. Concioçiio Ramiro ~erra, 5:ooo; l.nc1ano LeanJro Pir e~, 3~:Son; Jo~t:fa de h.~u,, 76:250: D. Maria !'H D!,)rés f av»re~ •!e Soua, 168:Soo;. O. Zulm1ra d1 Mot1 ( ,alharJo 48:700· O. MariJ Sena Martios, 00:000; D. t.1dr&a A:nalia Antune, de Morac:s, 10:uoo; José V1ctor1no Jc Carvalho, 10:000; J~c,nto Femande~ Nune~, 10:000; D. l.;ubel Rih1J1ro da C, st11, 10:000; D. V1rg1oi11 Coelho Pote, 10:000; [). 1-Ierculana :-,aJes, 10:000; D. Armin.11 D1ns de SII., 10:0.,0; Autonio Gomes, 10:000; D. :'Ilaria Augmta de Almeida Pmto, 10:000; D <:ertr!},lt:~ H ego CorJe1r o, 10:000; n. lg11ac1a ~oaru Gomes, 10:Cto; ,\faouel Duarte OrUl(oso, 10:ooo~ A Jo~é M.iria de F.ri.i, 1C1:ooo; Joau Mari.i. Je $ou1:11, 10:oc.o; l>. ~hru1 Jo~é <le Nap<1les Rcposo; 10:ooc-; D. Joana 1fo Rosario .Silva Simoes, 1o~oon: \J. i\0.1 GonçRlves Carrelo, 10:000; D flortcos1a ,la Me llo Lemos e Mcnezes, 15:ooo.

---·-·-------

VOZ DA FATIPJIA q u e ,rp,10 liendo tf\o qaerldo e prCllflllrftde, o .!hrtr.ibuldo"' , O""etìluitamonte ~ Faffm-. noe dias t3 de Of\da ·m6s ... Quem quize.r te.r o di. roito d o .-ecef,ert diPe• ctam.entc, pelo e or re i 0,1 tera de enwiar, ad&l!ltnta... 1

Este jornalzin~.

~ ~ ' a1111ente, o m In I mo dr dea ml-I .-6ta.

\


IV

'.A.no

-

LEIBI~ l:8 de Setembro de 1026

...

•COM

AP1=10VA(JAO li':OLESIASTIOA) Ad111llin1-,1;radors PADRE M. PEREJRA DA Sll..VA.

Dtreot.01.·, Proprle'ta..-10 e EcUtor

DOtITPR MANUf J. MARQUES DOS SANTOS

unAèçlo

,J;o, .,,ato è lmpre,.~ r.a Jl"!prenu Com~rci:a'-"o , Sé_ Leiria

eronlca de Fatima (1_3 de ~ go sto de I926) 11 prlsao dos uldentes hoje precisamente nove annos qLe a autoriAZ

t1 ,

:® .

~

òade ~dministraliva de Villa Nova de Ourem iniciou uma !série de medidas violentas e arbitrarias no intuito de pòr termo as man,frstaçOes,

religio&as de Fatima.

A primeira violencja commetida fol a p1 is.ào dos trez humi1des videnfes dft'ctuada pe,soal-mente pelo admìois r.dor do concelbo que, recoHendo a um habil estratagema, se apode,ou das pobres creançéis, conduztndo- a~ para a ~éde do coocelho na charrtte que guiava e conservando- as atti detidas na sua propria residencia, durante alguns

dias. Essa scena, inedita e Imprevista. pas~ou-se, com a rspidez fulminante. dum relampélgo, pCiucos momentos antes da hora das apar~çot:S, quando um-a mullidào de muitos milhares de pe!s(\as ja se agglornernva Ra Cova da ltia, aguardando a chegada dos videntes. Estes, apésar de submetldos a va-

rios interrogatotios e ameaçados com os castlgos mais horriveis que se p6dem lmaginar, mantiv~ram constanremeute, com urna firmeia e tranquilli· dade inaudita, as suas hfitmaç~es anterioret11 flem se desdizcrem, sem cabirem em contradicç!o e sem revela• rem, corno preteodla a auctoridade, o segrello Intimo que a Vlrgern Santissima lhes Unha confiado. Coutudo, estéis e outras medidas, adoptaoas pela autoliUade administraUva, lvnge. de couseguirem reali-

zar o seu ob1ectivo, fizeram realçar aJnda man, os sucessos maravilhosos da Lc,urdes portugueza, levando o conbecm1 nt-o delles até aos recantos

mais- longlnquos de Portugal.

Ois soonts catholioos Como anunclaram os jornaes, o Corpo NaclonaJ de Scouts de Portugal, comemorando a data hiatorica

N.• 48

EttrA

D. NUNO ALV A.BES (BIU.TO NIJNO llK SANTA MAkc!AJ PEBE:t:R.A.

da batalha de Aljubarrota, resolveu realisar o i:;eu pnmeiro acPmpamento nacional oo proprio si :io onde foi pralicado esse assombroso feito de armas, que fi-rmou a no6Sa inde• pendenda. Simultineameote, por ini•

elativa do Venerando Blfpo de Leiria, o ex.mo e rev.mo Se11hor D. José Alves Correia da Sii va, celi bnuamse no grao<lioso e historico templo da Bat&lha soleni5simai homenageas ao Santo Condestavel, Dom Nuno Alvares Pereira, em que prégou o ilastre Primaz das Ht:!ìpnnh&s e a que essistiram os escoteiros, e inaugurou se o culto do Beato Nuno de

Santa Maria o.a e2pela de S. Jorge, a trez kilometros da Batalha, ne proprio locai onde ~teve içada a bandeira des qujoas durante a bataJha de Aljubarrota. ~odas as regi~e!! do norte do paiz enviaram ao acampamento de S. Jorge delegadùs dos seus grupos de escoteiros. Um grande numero deslts aproveitaram a clrcunstancia de se encontra,em prox.imo de Fatima paia irem ali em pit'dosa romagern levar o pteito da i:,ua devoçàu uos pés da augusta Virgem do Rosario. Alguns actquirin,m nos loc;ie5 de ven• da, sitnados beira da estrada, diver· sos objectos de piedade, terços, cruzes, medalhas e outras recordaçòes de f atima, para oferecerem as pessOas de suas familias, aos seus amlgos e conbecidos. Outros enchiam reciplentes com agua da fonte micaculosa ou aguardavam pacientemente a sua vez de tocarem com objectos religiosos na branca estatua da Virgem, exposta veneraçào dos fieis ua capela das apariçOe11. Outros finalmente assisiiam com ediiicante devoçao mi5sas que se celeb,am nos altares da cap~la nova rezando pdns enfermos e decert~ tambem pelas pti.)sòas dc familia e pelos amig<)S iwzentes.

a

a

as

, A multidào er1grossa cada vez mais. E quasi meio dia solar. A estatua da Virgem é con duzlda aos hombror, dos escoteirni para a capela nova no meio de acclamaçoes e de canticos. Tudo se p1epara para o acto mais s~lenne das commemoraçijes deste d1a - a missa officiai, a missa dos

doentes.

E ADMINTSTRAçi.o

A n'lidisa. do!!i doontes Cantado o Symbolo dos ApostoJos por um coro formado pelos ecleslaslicos presentes - sacerctotes e seminaristas - principia a missa dos enfermos. Ao mesmo tempo, do alto do puip1fo collocado numa das estremidactes da capella, o dr. Maraues dos Saotos da come~·o recitaçào. do terço em co'llum. O sileocio torna se . mais prnfundo: contacto my~tenoso entre a terra e o Ceu é agora i:nais infimo. Os pob1es enfer• mos. l+pelhados aos pés da estatua da V,~gem ou deitados em colch{)es, suppllcam a su~pirada cura ou algum lenitivo e conforto para os males de que padecem. E s{}bre as suas almas parece realmente <!escer d as màos de Maria o balsamo da consolaçi\o, porque nos seus rostos desenha se urna sereni=-' dade admiravel e brr!ha uma alegria divina. No momento solemoe·da elevaçao toda aquella mole immensa de povo curva a fronte adorando Jesus ~o seu Sacramento de amor. È um h~do cantico . religioso irrompe de 1 m1lhares de peito~, ouma ardente ex• plo'lAO de Fé, enchendo todos os corai;Oes d~m encanto suav ìssimo, du~ ma alegria serena e prn funda e duma ternut~ nova, verdadeirarnente celestial. E agora o momento da Communhao. Ainda algumas pessOas recebein o Pào dos Anjos. Acaba a missa. Segue-se a benc;ao dos enfermos Extraordinariamente tocante com; sempre, esta cerimonia tem o condao de sens1biliztlr os coraç~es mais duros e ind,fferentes. Multos olhos estavam marejados cte lagrlmas. Cant~do O 1 antum ergo, se a ben-

a o

da

çao com o l)aotisslmo a todo O pov o. lo~taute inolvidavel em que tan-

tos mIlhates de almas. lmersas no mais profundo recolhimento, rendem a. homenagem sentìJa da sua ado ra~ çao e do seu amor ao Deus escondi· ~o por amor 11~ santissima e augustissima Eucharistia.

A~ alloonçoes ,,, Depois da bençao gerat sobe ao pulpit,l o rev. Ct)nego dr. Avelino Oonçalves, i1ispectur-m6r do Corpo N aciooal dc Scouts, que, em breves palavras, falla das gto,las de Maria e do saoctuario da sua eleiça-~. Orga-


,

niaa-se em segulda o corteJo que re,eonc.1uz. com o cerfmonlal do costume. a estatua da Virgem para a capelta das apparlçOes. O enthusiasmo da multidAo, que acompanha o cortejo, resando e cantando, attinge as raias do delirio, quando a veneranda lmagem é collocada sObre o seu pedestat, erguldo no proprio sitio em que estava a szlnheira sagrada, de que hoje restam apenas algumas ralzes. E' enUlo que, dominado tambem por um grande enthusiasmo, o rev. Manuel Olas da Costa, parocho de Céte, profere urna allocu-çao, breve mas eloquente, que commove e arrebata o auditorio. I! assim termlnaram as cerlmonlas religiosas deste dia - dia de gloria n.ara a Virgem, dia de lenitivo e consblaçllo para os doentes, dia de graças e bençaos para os devotos peregrlnos de Fatima.

'vlsconde de Moniti/o

Hs cnras de fatima Entre as muitas dezenas de cartas q,ue temos recebido relatando graças, publicamos hoje, quasi a &orte. as seguintes ; <Fermelll (Estarreja), 3/51926. ., Rev.'" 0 Sr. C:umprlndo um dever e urna promessa que fiz a Nossa Se, hora do Rosario da Fatima, apresso me a enviar a V. esta minha carra. Oepois de t 4 de fevereiro ultimo senti me enfraquecer dia a dia. Consultei o médico e ele mandou me estar de cama um me.z, devido A doença que tinha no utero. Em 21 do mesmo mez, fui obriiacla a ir para a cama com urna forte hemorrll~ia de sangue. que me acabnu de enfra. quecer por completo. Pa«;sados dois mezes. e quando vi que ja nao havia medicamento algum que me valettse na mlnha tao grande é:fliçào, lmplorei a Virgem Santissima que me protegesse com o seu santo aux1lio na minha ·doença que era bastante grave. Pedi lhe entre lagrim,1s e solu• ços que me melhoras!ie dentro do mez, que iria no mez seguinte A Fàtlma aos pé, da Virgem Nos:;a Senhnra, confessar· me e comun~n. mano11r- lhe IA dizer urna Missa, darthe 13 velas e um donativo para o seu culto. Pedì• lhe e rese! lhe com tanta devoçao que Nossa Senhora se compadeceu de ruim e dos que me rodeavam de noite e dia. Passados alguns dlas comecel me a sentir meJhor, e passado pouco tempo j~ me pude levantar, embora ci.tn poucas forças. mas muito melhor. Po!so dizer que estou bOa, apezar de todos me julgarem perdlda. A quem devo mais alguns dias de vlda é a Nossa Senhora, pois toi Eia quem me me .. 4horou. Espero que Eia me dé forças sufldentes para no dia 13 proxlmo lr -camprlr a mlnha promessa. Com toda a considera~o. etc.

Zulmlra Sa/garfo Frtlre Tendo tido meu filho Manuel Len-

Voz da Fétfma cart da Fonseca e Sllva aos 6 anos de ldade a coqueluche. e tendo a t6sse causado nma hernla, tentel todos os melos para o curar, usaadn fundas. llgas, etc., mas tudo fol em . vao. Ao fim de sels anos essa hernla aumentou. e resolvi consultar o médlco. que aconselhou urna operaçao. dlzendo ser o unico melo de cura. Como me custasse muito ver meu filho ser operado, resolvl com ele fazer a promessa t Virgtm Nossa Senhora do Rosario de f'Atlma no dia 13 de outubro de 1923, de lr visitala se ele se curasse sem ser operado• Em poucos mezes meu fllho flcou radicalmente curado, e no dia 13 de junho de 1925 fui com ele, meu marido e filhos, a Fatima em cumprlmento da minha promessa.

Arminda lencart da Fonseca e Silva Sumamente reconhecido a N. Senhora do Rosario da Fatima pelas melhoras e restabelecimento duma pertinaz doença da brxiga e prostata. que atribuo a ter beb1 Jo por varlas vezes agua milagrosa da ::,ua fonte da Cova da (ria, vendo mt assim livre daquele grande incomodo sem precisar fner ,•peraçoe,, " qual. na opinlao dum dos métlicos q,1e me observou, era iodlspensavel, -v~nho tornar publica esta grande graça e milagre. que devo a N. Senhora da fatltna, a quern nìio cesso de dar infinitas graçns. Peço a V. Rev • o obsequio de fazer publicar no nosso querido jornal a e Voz da f atim11 • • mais esta cur11 milagrosa, pois des~jo contribuir as,im, para espalhar e afervorar a devoçào de Nossa Seohora do Rosario da Fatima. De V. Rev.• Mt. 0 At O Ven.<r e Obg_mn

le-naclo M. C. da. Silveira Montenegro

Lisboa, 12 11 925. largo da Oraça, 107 2 •

Nue\~o~ d~ Ser, os e Servas. de s: :\a,·h, 1

Tendo nos sìdo pei.Jida a agregaç~o de nucleos de serv<·)S e :.ervas de Maria, dou1ras Diocl'~t>s. as piedosas AssociaçOes de Caridade que instituimos nesta Diocese de Leirìa com o fim prlncipal de a11xi11.u l•S doentes e peregrlnos a FAlima, N6s, louvando o 1.elo de tantas bò,1s al· mas pela expansllo do culto da Virgem Santi1J::1m1, declarl!mos o seguiote: 1.0 - S6 ~erio agregados l'IS nucteos que tiverem aprtJva,·!o dos Ex.mcs P,elados respec1ivos; 2.• - Cada nucleo acomp mha os aeus doentlnho'J prestando· lhes os seu1 servlços carldosos e sempre desinteressado~, mas na Fatima ficam todos debaixo da dlrecçlio da pessOa nomeada pel·> Prelado de Leirla para dlri~r 01 treb 1h01 e cerimonlai1: 3. -Cada nucleo deve ter um sl• nal proprio, embora use or, mesmoa dlstlntlvos dos Servltas e Servltas de FUI ma; -i• - Lembr~mos aos Rev. cape•

laes e directores dos nucleo~: a) que sejam muito escruputosos na escolha de pesaOas. stendendo nllo 4 quantldade mas A qualldade ; b) A necessi• dade do estudo de enfermagem pra• tlca para melhor poderem prestar os seus servlços è'asslstencia aos doentinhos. Lelrla. 8 de Setembro de 1926.

t

]osi. Blspo de Leirla

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima Transllorte • • • • 4.540:608 Antonio Aolunes (Louren50:009 ço Marques). • • Soma • • • 4 590:608

Tres Gt'aças

Nàrrativa duma enfermeira - E' assim, me dlz a enfermelra a quem eu pe iia as suas impressOes, n6s temos as vezes tarefas bem pe• nosas e tr.abalhos bem rudes. Quem quer dedicar se tem multa occasìllo, colsas muitc'ts vezes custosas mas sempre consoladoras. Ao lado do sacrificio, a Santissima Virgem colocou a ttle"ria. Se os olhos \ e-em com revolta tao trisres e rer,ugraanteg mi,erias do corpo, a alma tem \'\sOt>s tao bel as que se pensa que nao se pJi;(a nunca devidamente o sofrhnento de vèr sofrer. Vi eu um dia. na s1la onde me esforço em servir com todo o meu coraçao, a ~ynthese de ,?raças escolhidas com que a òòce M/\e se com., praz de cumular as qOres c.\ de b3ixo. Tinham 0011 chegad 1J naquele <.Jia tres grandes ctoentes. ali deitados em leltos visinhos: Urna rapMiga, dum'a btleza de encantar, a qut!m a tuberculose pulmPnar, oo ulrimo g au, ia acabar de matar. Urna mulher de trinta annos, de rosto viocado pelas atrozes dOres de 1,.1m tumor interno incuravel. Urna terceira, cujos olharfs de desespero dc:xavam ver o desalentQ profundo, o cancaço de viver e ao mermo tempo um ·médo ,menso de morre ; revl'ltad:. contra Deus, rebelde a todo o pensamento de resigna• çiio e recusando•se resar. As minhas companheiras e eu asslstimos a essas trez tnftllzes com urna infinita piedadP, im;,loraodo secri>tamente para cada uma a melhor graça; o ceu? a cura? a resl1naça,,? Nào sabiarnos, mas. ccm o coraç4o cheio de esperança, pcdiamos no entanto a Virgem que nos ouvisae e concedesse às trez doentes o que ri6s desej,,riarnos as trez: o dnm que fosse mais proveitoso a:s suas almas, escolbldo por Ella.

Na tarde desse prlmelro dia a oe• quena tuberculosa pediu•me que fOs• se ao pé detti!. Ouvl a sua pobre voz, esgotada, tao baJxa que mais parecia um murmurlo longlnquo. Cada palavra, que parecta rasgarlhe a eareanta. revelava na sua ex•


Voz da Fétlma pressao dolorosa uma slngular ener-

&ia.

- Seohora, eu queria dlzer- lbe um segredo, um grande segredo. Aproxlmel· me melhor e emqu8flto o coraçao batla com grande emoçao, escutava com recolhlmento a preciosa confidencia. - Olhe nao lhe parece que é inutil. . • e perlgoso para mlm, pedlr a mlnba tura? lnutil? Perigeso? Eu a olhava com a ternura com que olharia filhos meus em momentos de angustia. - Inutil e perigoso porqu~, mlnha fllhioha? - Porque a vida é nada e eu tenho médo de n:Jo me servir d'ella corno devia. Curar, para mlm, seria retomar o modo de vida anterior, Jr para a fabrlca, para o atelier, onde Oeus é ei;queci 10 e desconhecido. Se soubt'sc;e corno eu la sofri • • • e que tentaç0es ~ perigos todos os

ca :

dlas ... NAo lhe part>ce que seria melhor •• ? Ella nao pronunciou a palavra terrlvel que estava a saltar dos seus lablos. E' que a juventude, mesmo condemnada, rtv olta se ao pensar no grande Eacrificiu P é necessaria urna graça muito poLINosa para o acel!ar sem frnqut za. Ella calava se mas os seus grandes olbos, tao bdto~. !,e hxavam nos meus em procu ta d'u 111a resposta. Palida e -magra, o seu rosto guardava ainda um rtflE xo magnifico duma beleza d eltca d , t! encantadora. Com saude, esta creaoça atralria para si os olha res tt, sem duvida, suscitaria admnçao. Temia o peri• go de ser l 1nlifa. B ccmprehl'n1Jendo tao bem a vaidade periJ?osa de possuir esse bem, fragll e temiwl, nào era ji a prov.a de que Nossa Scnhora querla arY3neal· a as miseri.:1s do mundo para guardar sem murchar a flOr d'esta vlrtude taJ1dic.1<> ? Agarro u- me a mito e apertando- a na sw.a, que ardi11 em febre, repetlu: nAo é melhor ...? • .Eu he6ilava aimla em responder, sentiude que ei;ta palavra so, tao dura de dizec mas necEssarla, fixaria a sua resoluçao. C't1 mei a Santa Vtrgem t m meu aux!lio e, depoit, comprehenden110 o grnnde e dol•ro10 dever, apoiei a ua Hnda cabeça contra o 111eu cornçào : - Sim ••• sim, minha q1erida, é melhor... · Ella teve um ligeiro estremecimento e ouvi lhe ctepols esta palavra: cobrigada > Poi a ultim-1. Ouas horas depols, com os olbos fixos no cruclfixo que eu tlnha na sua freJJte, a mlnha doentinha de deze!love annoi, dava o seu ultimo suspuo.

• A outra, aq11e1a a quem um mal terrivef torturava e cujoe sofrimeotoa exooerbados davam ao 1eu ro1to uma expreesao qua1Jl hedlooda, ,iu morrer a sua compaohelra. Apesar de reciamBr do ceu a 1n cura, resignadJ no eotanto e conflante, tendo augmentedo a sua fé naqueHa terrlveJ prova. lnnfava a sorte da primeira e penaaYS:

- Ella é fellz agora ••• Oh I Se eu pudesse, eu tambem ••• mas nao, seja corno e quando Oeus qulzer. Reouncfa sublime I Oesejava a morte mas seotla· se bastante forte e generosa para esperar a bora e fazer homenagem ao Mestre da sua herolca paciencla. A nofte foi medonha. © corpo supllciado agitava· se em sobresaltos desordenados apesar dos calmantes energlcos e do torpor lnconsciente que elles causam. «No dia segulnte, quando a levaram ~s Piscinas, muitos pensavam v~r um cadaver. -Nao voltàmos a v~-la viva. Oeus val levai- a. A's dez horas, um sussurro correu pelo bospital e se cooverteu em alegre rumor: - A moribunda esU curada I Quando, levada ainda s0bre a maca, ella penetrou na sala, tivemos a visao es1ranha e desconcertante du- • ma resurreiçilo. Levantou-se da sua cama, olhos ainda deslumbrados, olhando o seu leito de dòr e murmurando: -E' realmente verdade que estou curadal Entao, numa resoluçao vigorosa, zjoelhou se perto da morta e levantando se corno para unir a graça da sua cura a dap redestinada, beìj ou, a soluçar, a testa da i;ua ditosa llmiga, dlzendo: fòate tu, f0~te tu que tiveste a melhor parte.

cSem nada dizcr, mas stenta a esta scena comovente, a terceira, a revoltada, a ·que se recusava orar, conservava os olhos fixos na viva e na morta. Oeante da Gruta, ella recusara-se sempre a unir os seus prantos aos dos outro-s que imploravam de N. Senhora a melhor graça, o favor àes• conhecido, o que é mais util e qu.e se obtem sempre. Agora, sem ssber ainda se devia maldizer a sua sorte, esquecer ou aceltar o seu amargbr, a desesperada nao p_oclia af111ar os othos das suas duas innas na ral1eria, que acabaram de ser atendldas, eada urna seguodo o seu de&ejt. -E eu, pensava ella H sua perturhaçao, que é que E'U posso rece• ber ·se nào pedi naà.i ? A cmiraculada> tende contempla• do por 11uito tempo a sua compa• nbeha defunta, de mAos juntas, na grande paz eterna, aproxima se de m8os estenJIJas e sorridente, da desesperada dizeotlo: -Ah I mlnha amlea ••• mlnha ir• mA ••• corno eu querla que tambem tu ••• Os votos da sua caridade paterna termlnaram em um be1jo. O orgulbo tentou ainda reslstlr. -Eu I Oh I eu, eu oao ctuero nada ••• a Vargem oAo me conbece ••• sou uma &bsndonada ••• -NAo h4 aqul abandoudas; 11Ae ba senao cora~Oea sofrendo, coraçOe1 em 2.fiia;oo, 4ue a 801 Mae sabe sempre cooaolar • • • sempre ... sempre I A obstlnada quiz alnda reslstir : - ~ multo tarde, dli ella sumldameote, jé nao e8pere soeorr• algam.

' A curada protesta : -Nao, nAo, nuoca é tarde demals. Depols, pondo a sua mllo · aObre a fronte humlda : -Ella é tao b0a r tlo b0a I Um silenclo. Os olbos fechados da enferma velavam o seu pensamento. Repentinamente abrlram~se brilhantes, com urna luz nova que denuncia-

va a alegria.

E os seus Jablos pronuncia vam lentamente: -Entao, entao que seja feita a sua vontade ••• (Do Echo de Lourde1 dtJ 23- VI/-19if).

A Conversào de Herodes e Pilatos Foi durante a grancle revoluç!o francesa. O caso pas,ou-se on costas da Bretanha, entre Pontorson e SalntBrieuc. Um velho lobo do mar, com cara de poucos am1gos, estava deitado no seu leito e parecia sofrer enormemente. Nisto chega um dos seus comoanheiros, um outro vt lho barbaças, que nllo tinha melhor catadura. Da mesma edade, me!mo~ gòstos, mGsmo oficio, tinham vivido sempre juntos sem nuoca se terem separado. Quando se via um, era certo que o outro nao estava longe. De tal sorte que um empregaJo envlado IA pelo governador da Bretanha lhes chamou O restes e Pilades. Os que ouviram esta alcunha foram-na repetlndo m1s alterando-a. Dentro er, pouco os dols mari• nhelros eram conhecidos pelos nomes de Herodes e Pilatos. Her0Jt;t1 adoeceu. Pilat is sacudiCI na lareira a clnza do cachimbo e diz ao companheiro: sabes que falei cor11 o médico que te veio \èr? - E entao (perguntou o doente)? Oiz que ante! de dois dlas, te frao levar a carcassa ao cemiterio. Mas, isso é verdaJe ? - E'. Disse elle que o qurtel fol atacado e que tu véis engulir a isca. - O' meu ~migo, s:ilvd me, replicou o monbuodo a tremer. - lmpossivel, diz e outro. Tens m~Jo de 111orrer? 1/erdade é que, com avida que tens levado, nao e\téis grande colsa preparado para aparecer deante do Grande Almirante l, . • E Pilatos passeiava pela casa, a passos largos, pensativo, f>mquanto H?rodes se agita convulslvamente debaixo daa mantas. Oois bons lobos do mar, nos ho• mens, mas dola desgraçados christ11os. Tinham sido baptisados, tlohana felto a sua prime1ra comunhAo, mas depols andaram na vida alrada pele muodo fora, por onde delxaram a lnnocencia e a fé. Voltando 4 terra ne. momento da Revotuçllo, puzeram-se 4 frente de alguns patiforlos para aterrorlsar os seus compatrlotaL Oa sacerdote~ nao estavam em mar~ de rosas sob tal regimen. Aodavara A caça d'elles e desg,açado o que lbea calsse nas unhas t O doente 1eu sul>ltamentè um ertto: teuho méJo, 1e,1bo 111!do t

-


- MMo de qu~ ?- Do inferno.NAo tenhaa duvlda, meu pobre amigo, pelo carnlnho que isto t,va nAo tardas lé, e confessa que o mereces-

te

bem.

-

Oh meu amlgo, tem d6 de

mim, .. - Mas que queres tu que eu fata (diz Pilatos encothendo os hcm'oro1}? Faz vir aqul um sacerdote, replicou Herodes arquejante, de olhos esbugathados .• . Plla1os parou a comttmnta-lo ••• O st:u olhar txpnme a pledade, a troni~, a admiraçao .• . Um P,adre, dizes tu, mas onde queres que eu vé p~tcal o? - Vee me procurar o Sr. Reitor. Mas nllo te lembras que o eotregA· mos és autoridades e que foi gullhotlnado? - E' verdade, diz o moribundo, palido de terror. -EotAo chama o Sr. Vitariol-Fol fusilado - Ah t meu Deus, j.1 me nl!o lembriiva. Fui eu que o denunciei aos

assassino.,. - Cbama o Sr. Rdtor de Pontoraon.- F1zestel- o deportar para Cayena ... O doente cootorce se de de-sespe-

ro sObre o leHo. . . 0.1 gritos corno urna féra, estende os braços corno que para repelir um inlmigo invisivel. -Oh I meu.anugo, ttm 116 de mim. Dlz me se é possivel obter perlUo. - Que queres tu que eu te diga? Eu sc,u um des~raça 10 corno tu e nAo tarda que me va juntar comhgo ero casa do diabo. NAo temos mais que reblgnarmo- nos. - Olha, vae p;;ra lii t~ i tua vontade, se te ape ,ece. Eu é que nào posso Tesignar me com a ide.a de SO· frer eterm-rneote. Estou a pensar na(IUetle religioso expulso do seu convento e que se refugiou na quinta do Molnho Grande e pede lhe que me venha vér. - O mal f&z. te perder a memoria!

Ha quinze d1as que n6s o encontramos d11,fa1çado em guarda fiscal. NAo podla esc;ipar-se. - Dbte, lhe urna paulada e atira~tel o ao mar. Pobre bomem I Estou ainda a ouvir os seus gritos lanclnantes. Là o dtlxémos a debater ee nas ondas. Que grandes canathaa que n6s somos I • : Herodes tremia. • • Era medonho othar pa,a ele, os dentes batiam e os cabelos hirtos na cabeça •• , De rept:nte abre· se a porta. O morlbundo olha .•• e os seus olhos exprimem um terror immt-nso. O proprio Pilatos recua espantado. O religioso (diz elle) a nossa ultima victtma I Nào tenham médo, replicou esta; Nao venho vingar me. No outro dia a Santissima Virgem envlou me um aalvedor na pessOa de um b ;avo marinheìw. Soube que urn de v6s t>Mava multo doeote e aqui utou. Quereis lavar a VO!-!a alma por urna b0a conf1s~ào, antes de &parecer deante de Deus? ••• H~rodel! chorava. . • Fez o que ti• nha a f&zer. Narrou ~quelle que elle quiz mat&r, as vih,nlas da sua vida miseravtl e recebeu o perdAo. , Qaauclo acabou estava transfigu-

Jado.

- Agora tu, dlz elle a Pilato&,

avta-te e aproveita a ocestao. Hoje tens saude, raae quem sabe se ~manha nao e&tarAs como eu é beira da

cova? Pllatos ti1ha sido bem sscndldo e agitado para poder resllltir. J1>elhou aos pés do aacerdote e recooclliouse com Deus ••. Meus oona amigos, lhes disse o sacerdote depois de te,ml.ada a s0a tarefa, teudes com•hdo muiMs crimes maa, com certe-za, tendes tam bcm feito aleuma 1kçAo meritoria que vos ajudou a obter a misericordia de Deus ..• Os duis h o men s ~treolbaramse ... porque se teem alguma ac~.ao b0a ptla viJa f6ra, nào se lembram. Subit•mente Pilatos b8te na teMa: -Diz bem, Padre, diz ele. Por mais descrentes que fo&ecmos, temois, ne., entanJo, tido sempre um certo respeito pela Santi&!ima Virgc.111. Nun• ca a insult!mos e a[é, de tempos a tempos lhe d1rigiamos qualquer oraçAo, restos ainda da nossa infancia •.. Alem d'isso, ajuatou ele em ar misterioso e abrindo um velho

bahu: olbe. -Ma:., diz o sacerdote cbeio de surpreza, isso é a imagem de N ossa Seohora àas Ondas, da capela da Roct1a Negra I Pensava se que tivesse s1do deelruida. -Efecttvamente quizeram queima-

la rnas 116s "3lvarnol a. Ernquanto o meu camarada foi pagar urna pinga malta, eu levei a imagem e ell~a aqu1. - E es1a b0a Mae pagou-vos beneficio com beoeficio. Sede Lhe reconhecidos.,

a

'

•• • No dia seguinte dl1ia se Mis,a no quarto de He1od1s a que Pilato~ ~judava, mais os meoos liturgicamen te. Sobre uma mesa que 1ervia d'! altar, No&slt Senbora das Ond~s pre• sidia a festa. A' noite a alma de Herodes tinha partldo para o paraizo.

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690:000

Sub•crip980 (Oezcmbro de 19iS a Janeiro de 1926) D. M11rik do S. Paiva, 10:000; D. Mari11 da C. S&ntos, 10:000; J o,quim (kj1. 10:000; D. Deolinda Chi.rte rs, 10:oc.o; O. Ro~a Si!va Ptreira dos Sunro~, 1.S~oq. Ma111111ar o A. dos Remcdws, 15:oou, O. Mane t.111 G!oria Ribdro ,t'.)\lmt1dn Pinq, 10:000; ,\11tr nio Alves PclJUlto, 10:ouo; D Maria R.:i,a Atai· de, 10:000; José Pc:re1rn ~drJO\O, 10:<,oo; D. Jo~qu1nu Prero Ch,g ,s. 10;1>00; I> Delfina dc Jc,us Veo&nci,,, 10:0«,; J.:iitquim Urbano, 10:000; D. M ru1 Ance <le ~:1mpa10 R1be1ri,, 10:000; O. l)ulc~ Ju ~httos, 10:000, D. Maria BrancJi d'Ahr.:u Cc.uuoho, 10:orio; D. JuJ11h da Sih'a 1.or~s, 1u:< co; D. Mana Corrda, 10:000; D. lformmm Nunes de Cnrvelho, 10:oou; JJ. M;iria de Je. us Ribeiro, ru:ooo; D. Anna de J.-ius Luna, 10:oov; Antonio Ferre1rn Soeiro, 10:000; D. AnnH Fern~ndes Poto, 10:000; <...omendador Vilu Boas, 10:000; D. M11ria Alice

Figueira eia Silva, 10:00; D. Emilia Correia, 10:ooe; D. Kuriqueta Duart., 1•:ooo; Podre Jollo d'Olivell'a e Souaa, 10:ooo; 'J). Julia Rainha, 10:000; Pranciseo Carlos Alves: 10:000;-De jornau (8aJutorra e Corucne), 8:500; Leonidio Ribeiro 41a Costa S~ncos, 10:000; Manuel Rodr1gu..a Pi..tade, 20:000; O. Mar111 Carlot'l Mat.a lt. de Maocelos Aragao, 10:000; D. CIHlontina Augusta d11 ColllB, 10:000; A'>tonio José Pinco, 10:oob: Duarte da Cost Teiuira, 10:000; D. Rulìn• l'IAari.i S,ventl, 10:00•; D. Mui11 Eugenia Aucaia Relv!l'l, 1,•:000; D. ~1r,;sr1Ja 1.opes, 10:01Jn; Dr J oequim' Alvcts 'P,hr110q, 10:000; J u,una d .. N zaré; 10:oc,o; O. Maria d•~ erd!, de B.anchi Co.ctlho Borge<1, 10:000; I>. Eui;:éotll ..ie Va~conct'los Peixoco, 10:oon: t>. Ma.ria Amlllh do• S1_rllos. 10:000; D. Maria F1l0m na Rib.,iro Fakiio, 10:000; Rob,~IO dos S,ntos Carvnlho, 11.::000; I>. !~n-.c,a Sonrti1 Gomes, 1o:oooi. _Antomo R,J triiues da Bela, 10:000, D. Virginia Mauas ::ierra Campos, 10:000; D. Mana Poro1ra Lapa, 10:000; Julio Faustiao, 10:000; D. Maria Emilia Range!, 10:000; IJ. Eroili.~ D, Delgatlo Torros, 10:000; D. Maria Emilia da Siiva Pereira, 10:000; Augu.to da Conctiiçao Mec11Jo, 10:oco; D. fJ11bo11 Ro,a d.t Silva Barros, 10,000; D. M ,m.1 S, tur1\U1.1 A,hirelles B,\rriga, 20:ooò; D. Man11 fo,é T1aoco 8or~es, 10:oco; D Emih~ l'turro de Por• to..:urroiro, 10:000; IJ. Mui1 José S . Pestana L~iio. 10:000; Irma N.ari,, I «m:za ùe S. José PHtana, 10 :000; D. <..:arolin do Mollq e F11ro, 10:000; D. l) eoltnd a <.:out•nho Lobo Al ve,, 10:000; D. Maria N3t11rio 8 ,, rat, Vfl· leno, 10:000; Carlos Jd Gunlu Gornes, 10:000: D. Tr1ndade Pereir.i l.e,tiio, 10:000 D Zulmira RC1ma Torres, 10:r o; Avelino Ccrqueira Marques, 10:oco; r enca1e Manuel Passos Murtins, 10:000; P. Oom1ngos Botl1do, 10:oou; D Ser-tloa A~tune• e So• ha Jas Neva~, 10:000; Antc.010 Dia~ Falagueiro, 10:000; D. ErmehnJ. Co1rn1.11ro Lelio 10:000; D. Nr,taha dos S11nto.~, 10:000: D. R,"a Nogueir<i de Cestro, 1u:ooo; I) Cluu• d1n« de Souza Sampa,o. 10:00 ; Manuel Mutins More1ra Paiva, 50:()1)(); D. Annette Traga Lemitrcs, 5:ooo; José d., f(>llseca Souza An<lrade, 10:000; D. Mergueriue LP.· gum, io:ooo; D. Maria de k~us J'( liveira Le bo, 10:000; Joa9uim <la Sii va Cuvalho Junior, 10:000; F1lipo d'Alr11toida RamoQ, 10·000; Pedro Gerc1a RoJrijiue'l, 10:000; M,1nuel M,irque:1 Nlorgado, 1u:uoo ; D. Mari.,nna P ires, 10:000· D. l',l.,riu J, Graça Me$sia1, 10:000; JolÌo do, ~rnto•, 2.0:000; Eduordo da Camara Carva lho e Sdva 10:0. <.:u oego Jo~è Augusto Pertira, 10:01')(); D. Mui11 Eug-!nia Ferreira Vi:d•~•mo, 10:000; Manuel Pi:roira Di11~, 10:000; D fil ròa CeJe• uoa Al ve~ !'dechado d'Ohvlllra, 2.0:000; Antonio Vie1ra <la Cuoha, 10:000; D Bentrn: Vasconcelos e Santo5, 10:000; D. Mar11:nid.i Ven1ur. Ruivo, 10:coe: D G ,rtrudes Moria Fernandes, 10:000; D M 1rt? Filipa d I Veiga Meoezes, 20:000; V1oira & Ftlhos ( Brazil), z· :ooo; D. Hermirua Branco Teixeira de Lencastrt:1 15:ooo; D. Mana AngeJic,-1 o'Alme1da, 10:oooi D l\hria de Je$u,; Pmto, 10:000; D. Lucine.la Caratiio Snromenho, 10:000 D Perpetua Furtado Pereira do~ Ro1s, 10:000; Maria e Jo.quina Dioiz H ~nriques, 10:oooi.Joiio Ml!nùcs Abranches 10:000; D. M,ma eduardo V-. ques ù11 Cunha, 10:000; D. Maria José R1b<àro e Cormo, 10:000; D. Moria Eulalia Uendcs Barata, 10:000; D. Efigenia d11 Co~t11 Pinto, 10:000; O. Delm1ra da Cnu: Souza 1 10: 000.

VOZ DA FATIMA Este jornalzlnho, q u e vae aertido tao qaerìdo e

p .. oourwdo, é d5etn'buido gr tuita:-1nente en1 F t•m• no• di s 13 de e m6•• Ouem qulzer ter o di• reeto uo o receber directa,nente pelo o o r re I o 1 tera do envlar, edeantadamente, o minimo de

dea mli r61a.


LEJRIA,

18

de Ontubro de 10.26

N.• 40

i

1

(OOM APROVA(JAO EOLESIASTIOA ) .D1root.or, .Proprie-tarlo e Edl'tor

A•bulnl•"h-ndors PADRE M. PEREIRA DA Sll.VA llDACçAO E ADMlN16TRAç.AO

DOtTfOR MANUEL MARQUES UOS SANTOS C:,;,il

>'-'ltO

e lmprcs ,o 1111 irr.rronu Come:rclal,

Ltiria

-----:-------...:.:..---,.----------..;...--;.._-_;__..;__

ero ica de Fatima

(13 de Setrmhro de 1926) A

S

t Sé -

BUA D, N"O"N"O ALVA:BES PE:RE:rB.A.

ro,na~em

UAVE e amen-., exuberante de tuz e cOr, e levemente ref,esrada por urna

corno urna das manhas mais formosas e encan., t tadorae da quadra primaveril, a manlla do dia 13 ~ de Setenibro convidava ns devoto~ de Nocisa Senhora da Fatima a fazer mais urna vez a piedosa rnma~em mensal. A'a quatro horas atravesciavamos, -«- '€

~

com a vf:'loci 1ade de 40 k!lometros ~ hora, as fertilis::.lmas planicit!S do Ribatt>jn; t-m dt'.mandc1 do local bemdito das appariçoes da Virgem, santlficado por ta otas e tao extraorjinarias grnças e benç~os de bem. A' medida <1ue avan<;11mos, vao-nos ficando para traz al gumas das povoaçoes mais importantes daquella riquissima rEgiao, em Que a fé dos nossos antepassados, amortecida tantos anos, mercè cfe circunstaocias varlas, com eça a despertar-se e a desentranhar-se em fructos salutares de vida christa, graças devC1çao ~ Nossa Senhora da Fatima e A activi jade incansavel de zt>loi:,os obrdros do Evangelho.

a

Almeirim, Alplarça, Chamu~ra, Golega, Aqut!lla hora :,inda immersas

çào :i terra ~agrada da Fatima para os peregrlnos dos sul do paiz, que queirem apreciar da f.strada, no cimo da montanha, um dÒ!, panoramas mais grandiosos de toda aqutlla encantadora re(?iao. Depo1s enfra-,e <'m pieno coraçao da ~e ,ra. ~ào encostas inJ?remes e escarpadas, cobertas de matto rachitico e de olivelras enfezad~s, montes e vi,lle~ oridos e dtser10s, onde, -de lonJ?e tm koge, re v~em 2.lguns rebar.hos de c&bras re bus.cando as poucas hervas aue se levantam c<,m dificuldade entr·e a8 p edr2s Bolla~ t! nos inler licios das rochas de marmore e de granito. · Em !>eguida spparecem o Dai;ro, A mf"ix,eirn, Boleiros e, finalmente, avulta a pfquet1a distancia, no cimo ctuma collina, a poetica e graclosa povoaçào de Montello, d'ondt j i se svi~ta a egr,~j t pa1ochlal de Fatima com a sua tor re CSJ?Uia erguida para as 6llurait. tnmo o ~ymbol o das préc~s que evol?m con11nuamente dos peitos dos hobitantfs crentes e piedosos das Quarenta al deias daquella vasta e populosa freguesia.

No loca) du~ npari<,·o~t-il

E!s-nos chegados ao locai das apar!çòes, vulginmtrn te denominado a Cova da Iria.

Nessa orcasifo-rf.o quasi J l boa.::cumul.;va-se no gigantesco amphith~atro urna multida,, enorme de rnu110s milhare!\ de pf:'ss6as. Os

ras -

no silencio profundo dum somno reparador, deixam no nosso espirito, sua pat.sagem, a impressao e, i!'lte e coosternadora de povoaçOes extlntaa, mortas, de vastil1t1ima~ necropolt!s, em que por venturn a~ transformasse de repente um violento e int:sperado catacty smo. • A's t.Jlro horas surge, na n(,s'3a f rente, donairosa e lindc1, ,:um o t.>tt casarlo branco e co,oacL~ pelo s(•u desmantelado castf'lo mt:<lìeval. a gentil princt-za do Almoncta. a b1stodca villa de T orres Novas. • Ao tonge Nguem-se os primeiros contrafortes da serra d' Ayre, t>m cujo aopé se assentam as humildes aldeJaa de Pedrogam e Alqueldao, pon-

p eregfinos nilo slio tào numt!rosos conh, nos mezes precedente~. por causa dos trnbalhos al(rìcolas e sob,etudo po r Cflusa da proximidade do mel c!e Outubrtl, em que se realisa a seguncta peregr111aç~o n:Jcio1:al, para ti qual a malor pant- dos d evot os gow--.m de :ie rel!\:rvar. Contra () COSIUITIE', fora do Ji::i das grandes peregri11a~·o:::~, p1ctl<•111inou cJe,tr\ vez ,e t I! 1 ~ .t1 .s u f'll'llìt.n!o da! cla~Sl'S aristqcr:1 l1l·a F- bur~ueza. A t~Slrf.t.!a d1,tr,ctal l"Wi lth.'rolment e oct:upa:1a numa extensào <Il' m:.i!t a~ centenas dc nu:tws por vetucul <Js dt! tOdci a tspccie, que èffi :ullam sohrrmaneir:.t o tr~oelto. Ap1: sar disso contlnuam a chl'g::ir, de momento a momento, camlon~ues, automovels

toa de paaaagem forçadoa em dJrec-

e trena. que t,ansportam peregrlnos

a

(BEATO NUNO

»11: SANTA WAAU)

procedentes de todos os pontos do paiz. . O espectacu lo, que ao meio dia c1ff c1ece o lc,cal das apparh;O·•s, é verdadelramente empolgante. 0s peregrinos estao espi\lhados por toda a vasta extensào do recio to murado, mas concentram-se sobretudo em torno dos -trez pontos pref'!ridos: o pa- • vilhào dos doeotes, a capella das ap-

paric. oes e a fonte miraculosa. Os servitas de Torrefl Novas e os

seu~

auxlliarc:s, sempre indefos~os no C1esempenho da sua nobre e ardua tartfa, conduzem em macas, desJe a estrada alé ao respecuv,> pavilhao os paraly icos e os enf~rm(ts ern es~ tado gr~ve. As servas de Nossa Se-, nhora do Ros~rlo, eovergando as suas batas alvinitentes, :-olicitas e desveladas corno anjos d~ cacidade, prcstam os soc11rros e caritJartes do seu ministerio a trmtas victirnas dos nu merosos fl ~l!ellos que afl gem a pot>re humanidade. Os escote ros de Leiria, ~!Ob as ordens dos s~11s chefcs, hzem o serviço de ordem, <'X cutand.i riRoro!'lamente a sua consi~fle com zelo, prudencla e abneg..çao chdsta.

A

into1crip~.-iio do~ doen~ l:.Otoòi

Oirigimc-,os para o posto das v erificaçoes médicas. A's pMtas estacionam alguns t'3Coteiros Que r egulam o serv11;0 dt' ?ntra.:Ja dos dot!ntes. Oraças 4 .,,pecial dtf . rencia de um dos chefcs de serviço, o sr. Marquez dc Rio Malo r, é-no~ fa.ultaJa imtiliatamente a entrada e ~oucos momentos depois encontrumo-nos numa sala espaçosa, onde uin dos médicos do posto, o ctr. Perelra o~ns, da B1t11lha, ccH.lllj ,vado por servos e s~rvas de s~r111ora do Rosario, eotre as qu;;es sua J{en tìlissim-:1 i•sp'l!!a, lX ~mina do~nlt!S de ambo~ ,)s sexos. 1e,11i.:m1ln. hrt:Vt'S ~Hoct:s~os ve1baes, •! lt,e~ fornt-ce ii:... :-.cnhas de ingresso n11 rcspecti v<, prtv1lhéio. N!i ùCCì:.Si,fo <!m que entrartio& jA e~ti\o rl't,:isrsd~;s rerca de duieo•os edcrmo,;. Oeèlnte ae r63 1tesfi11 entao UlliL\ ~é·if! lon1r1t e m:cr111ln,1vel de v i clin11s de to,J:J~ as miseri ,H-1 humanas. E a,oda~ t.-lfris, o 1llu~t1e clinico com uma paciencia lnexgot.tvel, atolbe uenevolamente, ouv1ndo com

N:


r

o

attençl!o e interesse a exposlçao sumrnaria dos males de 4ue pqdecem. Slio tuberculosos, cego~, surdM, pl'ralyticos, cancerObOS, doentes de mal de Pott e de tantas ouuas miserias physicas que vffo por seu pé ou s1'o tevados c-m m:tca111 pelos servitél s péra junto da capella das mmas. A um canto da sala, j1.1 z prostrado sobre urna cadeira, aguardando a sua vez, um indivijuo, cu.i o a~pPcto rtvtlii intenso M ffrìmento. Bastante uovo ainda, exausto de forc.:as, de· roato pallido e emaciado, com todos os i:ymptomas de tuberculnse pulmonar, t:~,e pobre farrap,l humano in~pira, a todos os que o vèem, a mais viva ~ympathla e a mais p1ofunda commtt>era\ ao. Approxì.nt-mr-!'los df'le e formulamos algumas preguntas. Chllma-se Manuel Montelro de Carvalho e Pinho e m6ra na Praça das f lores, t 65, Porto. F az parte do grupo de pt:regrinos da c,dade da Vlrgt:m, qnt>, cm numero de trinta e quatro, vier' m visitar em piedosa romagem a sua cdeste f'a Jroeìra no sanctuario da ma predilec.;ào H ~ qu 0 tro annos que S<,ffie lii terriveldoerça que o rei.luzlu a tào la!!limoso e!'tatfo. Constatando a ~ua ext r('ma frit• queza, pref!nntam , 11 -lhe ~e quere ser transportado •·m maca para o oav•lh o ,fos òo~ott s, l~t!~poode , ffi ' m?tiv: menté e agra dfce cc,m t ff 1sào. Prevt!mmos um do s servirns p1t!sertes, que vae . em dt'morn bo~car um:t maca e, aux,li'J fo por um r.onfrade, cunduz o e1,fermo para o pavtlhao, logo q ue o médlco, apoz um rapìdo exc1rne, lhe entrega a destjlida senha

ac: i11g1esso. Os d oC'"n tcl-1 S:io qu:l~i '1oras da ml-.c;a dos doen-

tes. O recinto que ,. e!!les é reserv?do e!-ta qua!li completamente chelo. O ~!l.tado de 11tguns delles é bostante grave. Aprt>ss1im"-·1os a colher dos set•~ lahios umas hreve'\ inf.'rmaç0es. Aqui é urna 11araly1ica de Terres Vf'dr;is, que sc,ffre ha 8 annos de rheumatismo e quP, ten\lo vindo ha 3 arnos n Fatima, ohlt>ve ciensiveis mPJhoras. Acula é urna ~o,.111e da M?rinha Gra11rle que ha 18 mPzes iie que~xa d e violentas dl'>res intestinaes e que havcndo consulta •' oomerC'so~ médicos, se sujt:>1tou dE hai de ao!I varlos tr~tanPntos prescriptus. Mal~ além é UID rap11z, dos Pouzo~, de 26 annos de tdade, que h:i 6 1111nos, ser.- . do militar e estando de guarda ao!I prisioneuos allem,ws internaJos em Peniche, te mou banho 110 m:,r e em i,egu,da commttteu rl im~mctcncla de al.lormec,..r sl\bre Il ar~ra quente d1 praia, 111~ando compte1arnP11 e p3r?Jy h .:U. Noutctt part • • r pn I.le 18 11nnns, llè L 1sbò11, ;ir,, c·1hlO, desde os 2 anno!\ de e<111 h.•, d e 1nrit!y~1a e atrophia geral. fJepois é u111 h. mem de ::,anfins do Douro, A<'t•J<1lmente morador n'.l c11r,i1al, que cnm.~çou ha 2 annoc; a soffrer Cle tuh1>1t·ui 'l'i~ p11'mu111tr, tenac--,e agy,ritva ,1,, o :-,eu e•tado li partir de outuhro ull•ino. f:.' ai nel• um cavalhe:tro u11~ C11l,)a~ d~ R,unha, M 20 · 111wll t'8r:1'yt co t' ne11-

".fii

rasthen1co. E', flnalnt~'"'• e, dr. X. tffo 111 J!.tre pel<l se11 s,1twr cnm~ pt>I, !Ua p1ed1d~ (lue, prt~o j "'Hl C&•ie•-

,a de

p1m1lytico

ern 'tt1e

~

1ran111;,••-

tado por doi!I servitas, reza devotadamente o terço, Implorando a sua •• cura, mas samctmenre resignado A vontade de Oeus. .

A 1nil!òl~R doe-c ,tonnt"i-a E' 1 hora e trinta e sete minutoit.

De.poi, de condu2i ll1t processiona 1mente a estatua d~ No~sa Senhora do Rosario da capP.lla das Apparl çOes · par:i a capella das miMas, os sacerdote~ e semlnaristas presentu cantani em còro o Credo de Lourdes. Principia em seguida a missa dos ctoenft:'S. Do alto do pulp to o rev. dr. Marques dos 5~ntl)s, cape1Ulc-1irector dos SP.rvos de Nossa Senhora do Rosario, da i 11ici<> 1\ recltaçilo do terço, que é feìta alternamente com a mul1ldlio. O &ilencio torna-!te mah profundo, o recolhlmento é cada vez malor, a devoçào intensiflca-,e. Chega o momento da elevaçAo. A hostia ·brnnca e immaculada, em que Jesul' encarnou dum modo lneffavel h màos do cele.brantt', por meio das pal :1vras mysteriosas da consagraçao, corno t:i,caruou outrora no l!e10 vìr~in11I Je Maria Santìssim~. erguP-,e no e!lpaço, entre a terra e o ceu, corno victtma 21•~ustll d" exp1açào do" oeccado" lrid1viduae, e das iniqui 1;1<Jes c0Jlt>ct1vos. T Ja aquela mnle immensa de fie1s ajoelha no 'oO da charnec" e a,1ora plùfuu damente o filho l1e Oeus occulto sob u Sactrad •s t:~Pt"-

cies no l'!eu Sacramento de amòr. S11-

hi10 um cantico piedoso e commnvente irrompe de milhares de bocc~s f'm louvor da santissima P augustl~&ima Eucharisti..,. Contìn1h a recitPçA.o do terço, interromph1a pela elt>vaçi\o. \o Domine non sum di_<[nuç a multidao irJch112-~e reverente, Ot>pols o C('lebrante consome as Sagr;,. das Esp~cles e por fim um sacerdot•, revestido de sobrepeliz e f'~tola, vtm buscar o ciborio de ouro p:ua adm1nist, ar o Pào do~ Anjns .iQuellas pe~s~as, que, devidamt'.nte conf?llSl'das, nao t111ham Ildo ensejo de o r Pceber nas mìssas anteriore.s. Terminada a missa, expOe-'le o Sanlìssimo Sacramento n't nqu,qsima custodia r·ff ~recid1 lii dr·, i, annoq peh Ai:soclaçao dos filho5 de .fari:1 de B!mfica, e cant •-,e o Adoremus. Dtpois realiz;,-'!e a tocante ~t-r1monia da

J4 receberam a bençào de JesusHostia cerca de metade dos doentes. De repente ouve-~e um grito. E' o tuberculoso Carvalho e Pinho, aquetle flrrnpo hum ,rno de que acim:1 fallamo~, qne, derois de receber a henc;ào exclama no auge da ale-

gri a: • e Viva Jesus Sacramenhdo I• E Togo a seguir: e Viva o Santissimo Sacr&mento; estou curado I• A impre!sào produzida por estas palavras sobre a assistencia é absnlutamenta in Jiscreotivel. U11 fremito de commoç~o percorre toda aquela enorme mas,a de gente, que se agita corno um mar encapdlado por subita e furiosa procf'lla. Oir-11e-ia que a lmpele viiorosamente urna força !0brenatural e invencivel, a que debah1e tenta resl•wr. Tùdos auhelam v~r com os seus proprios olhos, todos qucrem aproximar-,e do feliz mortai que, dlzen.1ose curado, se proclama por isso mesmo privilegiatlo da Virgem. Os sacerdotes e O!. servitas prncuram acalm:u o en thuqrn'-mo rta multidao, que é facil mente contich pelo resoeito d ev1 do a Je!t11s Sacr~menta :Jo. As lagrr m v. ~ ·d s doentes sao fl#?Orn m· " c1hu l!fon, .. ,. a• ,ma~ suplicas m 1i, f .. rv orc s~s e vdl" nterte e ao m"sm it•mpo I•1 a1s v ivd e mai11 fi rme a u con t11n..;a na horddue, na miserwur 111 e 1111 a.niOr dn Divino Metitre, que, pai;sft f ru endo o bem, corno 011 trora, rl u ra nte a su1 vida mortai, qtJ 1:1nd1l p er corria as cL dades, vilas ~ alrldas dn Juo~a, de Samaria e ,t:t O I I •ia. Po r fim canta-se o Tantum er[!o e di-~e a bençao genti a .o_, t , ,sslstència, eJlcerrando-se o Santi ssmrn no Socrario para ser d'ahi 11 poucos in'!ta11tes consumil1o pelo celebrante da ultima

mis!la do dia. Segue-se o i;ermào que foi pré~:-do pelo rev. Dr. loào Franl'icico ooci Santo~, prok,sor do semin ario do Porto.

Os actos e fficlais da peregrinaçao .. concluem com a recon1!ucçào dq e!ltatua da V1rgem bemctita para o 11eu pedestal, sobrn az 111heira ~agrada, no veneraml<> p?.dr:.io Cl/mm<>mor11tivo dos sucessos rn ara-.ith\lso s de t 9 I 7, da santa cap el!a das A ppariç0e~.

No po,-to daliol verifica•

Ben~·5,o dofiil f'ln t,,rn'loi-c

çÒP...i m<~,1 ic!l s

03 piualyticos e 011 doentes em ec:tado mais ~rave, que jaztm sob,e

Siio quasi qu~tro h'>rn, da tarde. Oirlg11nc-no~ novam,~nte pc1r~ o po~to das vtrificaçò e'ì medica~. Na me~ma sala, onde ebum;1s horas aotes tinhamos vi3to Carvalho e Pinho nurn estaao qui! in~pir 11,• vivis~lma cnmpaix iw, ~oco1;Jramo-lo :>gr>rEJ, ale(!re t> sorriJt!nte, "O1er1dc1 de wu1 .:. r es~òas 40c o 6Ssedl ~m com rnn . r\1 ~ra~ preguntas. l ntertt g--m -111 .\terca do ~eu esudo. Ri!sµo,i.h~ que ,mo esti compietam ente curado, c"m c, a prinCiP,io suppunhu, mas que cxperimeota consi/J eraveis melhoras, QUP atribue m isericl)rdi :1 l1e J-:s11q Secr;i. mentado e inlerct>ssao m:tternal de Maria. Snntiss1m1. Alguns servita~, no intuito de o livrarem do assédin dos cuuosos, cuj•) numr.ro »ug nenta cada vez mais, c,rnvidam-'lo ~entrar para tim dos gabinet~s do P.osto. Alll contin.urtm9s a lnteuogli-lo.

colch~es em frente dac; b'tnca •Jas do pavilhào, sao os primelros a receber a suspir1:1da hençao. O sacerdote traça co rn a cus!otii'l · o qignr I d cruz s"lhre cwfa Ulft <i l'qut"1le:. infellzes, cuj :-os o ·h ,.. , m;·u r j~ fos de l agrimas, f•:<'lm, numa e"Cpr~. ~ao res1gll,1 la de c.! ò r e e.le ~ur,plica, a Di·,i ,a H 1st1:1 de AmOr. Entrttan-!o começflro-,e a fazer ,nvoci-ço;:s, lmplor;rndo remedio para tC'<1as as miseri?.s hi.:nrnnas. lenitivo e conforto pAct 10..t,1s o~ srff ,mentns. E a comnwven>e cerimnnia que arranca lagr lmiis, Jt! todus os olho , r.ootiri1h a eff •r.tuar-"e lentsmeote, de hanca0t1 em bancc1cia, de fi1r1 ~m lii~, num ,y:hmo cadencia Jo e grave, ,tum eucanro lnilefinivel e duma maje,tade ìmcomparavel. •

a

a


Quando nos dizta que tinha um irrnélo j~suita a fazer os seu,. estudos na Austria, ob<ierv~mo~-lhe que decerto a graça obtida nao tinha sido estranha és oraçOes de~sa alma, que generosamente se consagrara ao serviço de Deus no estado religioso, o que elle confirmou com um aceno de c i beça e tiorrindo de satisfaç~o. Passa-,e depois urna scena intima altamente emocionante. Trez pess~as da sua familia, que chegam do Porto naquelle instante, entram precipitadamente no quarto e, ao vl!-lo tao . diffuente do que era, choram de comoçao. Uma dellas abraça-o num pranlo desfeito, exclamando: «H,1 quatro annos que nuoca te vi asslm». Carvalho e Pinho reprehende-as amlgavelmente, estranhando as lagrlmas quc derramam. e Ah I - obtempera urna dellas - é que muitas vezes tamb~m se ch6ra de alegria f •

Um,a ca1•n. De bocca em bocca corre

a

noti-

cin, que nos chega aos ouvldos, de se t er operado durante a bençao do Sanusc.1mo urna cura sobremodo intere"s11nre. Um nos110 amigo, bem informado, assegura-nos que a pes~On que foi obj'!cto dcesa cura, humil'le creada de servir, es1a nesse momento no Posto méJico. ·Oepois de a termo~ procurado em v.ào, durante algum tempo, vamo~ encontra-1a noutro gabinete, rodeada de alpum'.ls servilas e de pessOas Jas au~s relaçòe!I, que com ella tlnham vindo na peregrinaçao do Porto lnterrogamo-la. O ,eu onme é Maria Rosa Ribeiro, tem 22 aoos d~ e1ade e é natural de Ponte da 011rca. H:i dezaseel11 mezes que sofre duma ulcera no eetomago. O médico que a tratava, nào te11do conseguido debellar o mal com os mPios ..te que dispunha, acoo11elha-a a ir pllra o Port(\, af:!m de se eubfneter :.! uma operaçao. Naquella cidade consegue ser recebid 't corno serviçal em casa duma illu,;tre e bt-riemerita portuenee, a senhora D. Maria j'lsé Peetana t:eao. H~ sete meses que olio torna outro alimenlQ que n~o seja leite. Passa mal a~ noi1c:-s, quasi sempre sentada na cama. E'-lhe ìmpossi vel conciliar o som10. As hemorrhagias silo frequcntes. Dez dias antes da peregrinaçào começa a ter urna hemorrhagia abundante, que nada é capaz de fazer estancar. O dr. Albino dos Santos, asi.,stente da Faculdade de Medicina, com consultorio na rua Fernandes Thomaz, seu mé:ticn assistente, com l a enf ~rma lhe comunicasse o s u iesej > de ir em peregrlnaç~o a FétimJ, r~cus11--;e a dar o seu consentirne 10, por recear que o fluxo d? t1angue augmente e prociuza consequen ,as graves e a!é por ventura fataes p.arn a saude da sua cliente. A enfe-rm ,, im 1lulsionat1a pel1 su'.\ viva couflan ; a no podtr da Santissima Virgem, d1-termlr1a correr todos os riscos, deso bcdetendo ao médlco, e torna l•l(;rlr no comboio entre os peregri,10s do grnpo do Porto. Logo que entrou no comboi 1 1, ces. sa p!!r com :lieto a hi:morrhagi11, que nun •;a m1is se renovou. Durante a vlagem o seu mal estar é grande e

maior se torn:t ain::la em toda a manh'i do dia l 3 Aoes:u 1je varias vezes !he oferecerem leite, conserva-,e até um11 hora sem tornar alimento algum. A e'!la hor-i, cedendo a instandas re-• pe1fd1u1 de p~ssòas amigas, sorve a!guns golos daquella bebida. Assiste mi!>sa dos enfermos e bençao particular sem experlmentar o mais pequeno alllvio dos seus incommodos. No momento em que o celebrante da a bençao geral, acha-se repentinamente curada. ,cUma cousa que eu nao sei explicar-dizia ellasubiu por mim acima e desappareceu, desaparecendo ao meemo tempo, co~ mo que por encanto, todo o meu mal». Sente um appetite ·extraordinario, verdadelramente devorador, tendo a certeza de que qualquer alimento que lngerh1se nAo lhe fazia mal algum. Mas quere fazer o sacrificio de obedecer a um d~ médicos do Posto, que lhe recomendou que fO!se prudente, abstendo-se por emquanto de tornar alimentos 1101idos. Por deferencia do mMico de serviço, conse~uimos ler a de::laraçffo do métJico assistente de Rosa Maria Ribeiro, que é do teor S'egulnte:

povo que a sau la corno sua nobre f' piedosisslma P.tdroeira.

a

a

a

Dr. Albino dos Santos-assisttn-

te do Faculrla.de de Medicina Rosa Maria Ribeiro, creada da Ex ma

Senllora D. Maria ]1JSI Pestana Lea.o, so/re do esfomaf!o Ila mais dum ano (dores, vomitos e hemate· meses) P,ws sy11tonzas que aoresen-

Visconde de Montello

Hs curas de Fatima . Na impossibilidade de publicar na integra as centenas de carws que te• mos em nosso p-xler, e outras que to• dos os dias rccebemos, rel atando curas ou outras graças conct.!did:1~ por Nossa Sen hora, resol vemos resu milas quanto possiYel. Quasi todos promett.!ram publicalas e uma grande parte enviou juntamente qualquer donativo p11ra as obras. Obtiveram, pois,~raps, que Yeem agradeccr a Nossa SenhJra d) Rosa-

rio:

Maria Chacha, dc <:anlns (Ponta do Sol - Ilha da Madt.!ira) que den• tro cfe duas horas mdhorou de um gronde panaricio.

]O(fQUina Soares, da mcsma fregue:ua, 1. ntrevada d us pern 1s, que aos tres dias dc urna novcn;.1 mdh 1rou. Nao Andava nem dormia. Maria Teresa Oomes, dc S. P edro de Maxìm1n,1s (B1 aga), quc estaodo gravemente dnentc durante mais de um ano. com ç ,u '\ melh rar logt') que ncorreu a Nossa Scnhora da Fatima.

ta e pela sua resisfencia ao t,atn·

Antonio Rodrigues, d1l Vale Covo da frcguczta da <'.:1ra,~uejeira, qu~ csta~do_sua filha V1ct, ria 111acad de memng,tc cm poucas h"ras rnclhorou depois d~ os paes terem rt~zado tres Avé l\lanas e a Salvé Hai n h1.

Aguardamos serenamente o vere· dictum definitivo da sciencia e da

Ana Rnsa da SI/va Nunes de Candc,sa, Va.kg 1, curou-sc dt: rc~matismo dcpois de ter rcc?rr iJo a Nossa Scnhora. •

mento adequado, dne tratar-se duma gastrite ulcerosa. Porto, 8 de Setemhro de 1926 (a) Albino dos Santos.

Egrt-Ja acerca da natureza desta cura, acatando-'> de antem~o, qualquer que ete seja, corno é nosso dever de christàos, pru'1entes e doceis aos dlctames • da legitima autoridade nesta materia. Oepols do nosso regresso, ouvimos hlar aloda doutra cura, tambem de urna ulcera e realisada egualmente numa p ssOa do grupo privilegiado de peregrinos da cidade da Virgem. Opportunamente forneceremos aos nossos le1tores as inf•)rmaçòes q ue entretanto pudermos obter icerca desta nova prova do podere da bondade da augusta Rainha do Santissimo R11sario.

O

regr~1oaeio clo1-1 porogr!noi-4 ,

Sao cinco horas da tarde. As clareiras produz!l1as peia retirad:t sao de momento para momento cada vez mais numero~os nas fileiras compactas da 1m nensa legiào dos peregrtnos de f atima. Ouveru-,;e aqui e acol~ os derradelros cantico" de desoedida e os saudnsos adeu~ éi Virgem. A brt>ve trecho reinam de novo o silencio e a solld~o na~uella estancia tiem tita tl!l es;,erança, qut? a Ralnha dos Anjl')S santificou com a sua augusta presença e onde ellri prodigallza graças e b ençaos a flux sObre o

Carolina da Slllla. Ferreira de Candosa, sofrendo hcrri velment~ Jurante tres dias por lhe ter caidn urna prancha num pé, que teve de ser raspado. . Rosa T allares, da mesma frcguew1, sofrendo de dfobetis Rcb.:ndo alguns tr.1gos de agua dl Fatimu, rez:indo um Padre Nosc;o e A\'! ,\lnria achou•sc i111ediatamente curada.

Candida Sanchts, Profcs'!ora era Valdaota (rhaves), varias grap~, en• !re as

qu1cs a cura repentina de

um

tncomo~o nas cruzes quc lh t: tolhia os mQVJmentos e que se julgava incuravel.

Ellg_enla de Abreu Costeltp Bran· co, qu\nta de S. Jeronymo. Cmm bra um. grnça espirituni e

1

curn d'um;

doenç1 quc muit, a f<!z irnfrcr. P_iedade da C. Tellzada e Silva, dc ?ant:irem, uma grande grop re• ce;b1da.

Maria da Soledade L11z e Si/va,

. '

do A~ylo de SanH Iz:ibcl, F!iro ern . pcngo11a . urna .intente e pcrunaz.

Maria Amelia

do Vale Ftrreira

tamb •m de Faro, que te1d ,, ll'\vi~ annos, um kisto que se ~,gr tvou com um11 p.incada, com,~çòu ~11c)h r.1ndo logo (rue rccorreu a N >~n S.:nlllra. A me:!>ma conta o caso d'Jnaa crcul•


.,Voz da Fédinn ça atscada de doença contagiosa quc melhorou repentinamente.

Armando Augusto Esteves, de Carvalhoca (\1 reo dc Canavczcs) a cura rapid11 dc um Jedo cortado quando nao ha via cc;perança de sarar tao depressa. Maria Jooquina da Rosa, da frcguez1a de A monde ( Yiaoa do Castclo), que tendo sua filha Laurin:la docnte de urne perna h11via tres anos, qu8!,i q1oribunda, nao qucrend•> !'llb· mctcl-a n uma opl!raçao cirurgica, a que talvcz n5o rcsistis.,c. Chcgou a pcrm1 a pesarm,issoc;inhaqueo resto do corpo. Hecorrendo a Nossa Senhora da Flitima, melhorou.

A11to1Jio Joaqulm, de 15 annos, da Pucanç;1, freguczia de Maceira, ~creve nos dizend<. que tendo os pés cheios de verrugas, recorrcu a Nossa Senhora e em poucos dias desapareceram.

Manuel Bento da Costa, de Ca· parei1cs (Viun,t do Cnstelo), quc sofrcndo do cstomago havia anno!! e tornando inutilmente remcdios, cor-eçou 11 mclhorar logo que rc:correu a Nossa Senhora. Maria da Concelçao Antunes Es-

eadeiro, dc Juncais que tendo cm Agr>sto dc 1924 sua fil ha Angela com

uma kbre 1nfccciusu, esteve de tal modo mal que parecia em agonia, recorrcu a Nossa Senhora e melhorou.

follo Almeida Correia, de Coitos de Baixo ( V1zcu), qut: estando tubcrculo~o, pondo de parte o tratamcnto médico por inuul, recorreu. as..im corno sua cunhod11 Alzira Correia a Nossa St:nhorn da Fatima e se curou.

Maria Carlota Valila Trigutiros, do Fundao, que nao havcndo mdo de um~ sua oetinha se alimentar, tendo h oras dt: grande choro, mudou lego quc- recorreu a ~o~a Senhora e deu a creança umas g6tas d'agua da Fatima • .

Adelaide Santos de S. Vleente Pt· reira dt Vallga (Ovar)_, tendo ma fi. lha Lucilia c0m urna tcbre tifoide e urna pneumonia, quando tinha 40 _grau, de ft:bre, tomou uns tragos de a~a da Fatima, desaparccendo ime-d1atamentc a fl.bre, o que causou grande adrnir:içao ao médico que s6 por milegrc pLd1a nplicar tal suces-

so.

Anna de Medeiros Cotllw, de Espinho, que sofrendo, havia mais de dez annos, umas ifliçoes que a punham tm gr, nde prostraçao nervosa se scntiu mclhor depois de recorrer a Nossa ~cnhora. Amelia Filomena da Conuiç6o, de Faro (Algar ve), tendo um grande padecimento n os osc:os, que os médicos nao sabiam classificar, sofrendo muito, rtcorn-u a Nossa Senhora e sente-se melhor. Alem d'outras coi!;as, fez s;icnfic10 de seus cabelos a Nossa Senhora. Joaquina Mortira Nunes da Fcira Franca (Ncspert:ira-Srnfiies) que sofrendo do tstomsgo havia 17 annos, recorrt:Q a Nossa Sc:obora e se curou

un 1925-

Maria de Jesus Loarelro, de S. Lazaro (Braga), tendo tosse e até vomitos de sangue sobretudo ao dcitar e· levantar, mdhorou em urna noite depois de ter prometido nm!l novena a-Nossa Senhora da Fatima.

Abrigo para os doentes -peregrinos da Fatima Transportc. • ••

D. Matilde Branco . • Domingos S. Fcneira . .

4 .5~,0:000 2r,:ooo 20:000

Guiiherme Plantier Martins . . . . . . . .

100:000

D. Maria Luiza Vargel Pinto . . . . . . .

10:000

Soma . • .

4 740:000

Oque se pode vera um espelho A Bemaventurada Villana de Florença tinha ee-quecido o fervor piedoso da sua infctncia. Urn dia que ella se via ao espclho, vlu· se duas veze, representada nelle còmo um demonio. Espa ntada com esta visi\o que lhe fez conhecer o estad o da sua alma, deixou logo to Jos os seus enfeites e mudou de vida derramando bastantes lagrimas pelos seus pecados. Oh juventude, ve-te ao espelho. Achar- te-tias falvez bella mas flca sabendo que se f'Stiveres em pecado seris horrivel cc mo um demonio.

Voz da Fatima Denpez s Tranporte • • • • • • 54 536:600 Jmpressào do num • .(8 (32:000 exemplares} . Expedlente e outras despezas . • • • • . •

736:000 140:000

Soma • 55 412:600 Sub OPipqAo ' (Dezembro de 1925 a Janeiro de tQ26) D. Maria ùa Nat1v1tl11d~ Mamede, 10:000; D. Maria Barbosa da Fon<1eca, 10:000; Condessa de Marg~ride, 10 :ouo; D. Muia Ribeiro da Silv11, 20:000; O I~aura d'Ohve,re Fra~oso, 10:000; D. Augusta lle S,·nt1ai;(o, 10:000; Manuel Antonio, 10:000; D. S1lvma Maria Fi11uetrinho, 1 10:000; D. Tere,a Raposo V10l11nte1 1S:ooo; D. Olinda J;i Conceiçlio, 10:000; I) ~1lveria Ja Concei,;iio Neve, 10:000; D. Maria d.1 Pte-daùe Santo~, 10:000 Dr. Manuel Antonio P1oto do Heztnde, 10:000; Padre J ,i-é V1ct>nte dc, SRcramento 100:000; D. B~atr•1 Je Lcmos Tril(ue1ros, 10:000; Manuel Ma.ria Miranda Ja Silva, 10:000; D. M;iria <la Cunha Sono MAyor, 10:000; D, S1!-il'l de Jesu~ P. F ~rOR nJes, 10:000; D. l.u•za d'Alm.:ida, 10:ooL; Conde~u d,i S11phyrn, rn:oc.o: D. Marrn Jo~é Caniço, 10:000; D .M.,u1,1 Jo,é Jorii:e, rn:ooo D. Antonia Ja~ O6rt.'s r\lmada , 11,•:o()o; D. Adelaide Saphir& Pr ·r-o Lira, 10:,iof/; D. Ahne P1nho d,, Silva, M:e>no: O, Amelia Brniio Marha,l•>, 10:0,,0; M;t1•u.-l Gd pP-r Figueira~, rn:oor,; l). MargArtd.i M Pinto Coelho, 10:000; s~n1lìm G•,11çrilvc, F'crreira, 10:000; I.>. M.irn1 da V1.,itaçiio Alve3 Nunes, 10:000; M.inoel Antonio ,10 V;,le forres, 10:000; PKdr<, Fr11nc1i1co C. B~ttcncol!rt 16:000; C,p1tiio Jollé Augusto Lopo, 10:000 D. ~ter da Coocciiçeu R1:11, 10:oco; D. Alice Gerra Ouarte f.tma, 10:000; Joito Severino ,Oajo da Camara, •o~ooo; D. Maria

I

Noemi de Faria Coelho, ,o:ooo; D. Amelia de Je.sus, 10:000; D. Maria A ugu~ta Lobo de Miranda. 10:000; Jooquim Manuel da Silva Grsveto, ro:ooo; D MarÌII Je Jesus Pmto <;ardoso, 10:000; D. Maria do Rosario Ferreira, 10:000; D hab:-1 dos s~ntos, Gome~, 10:000; V1•conJe•u de Trc1,:edo. 50:000; D. An11,1 Emilio Pt.'rreire do• S-intos, 20:000; D M,iria da Pied11de Pijcheco Teles, 10:000, Pidre Augusto J-,~é da Trin da<le, ll):ooc; n · jo ndl!l (Fernnndo B,p ti-i ~ Pereira), n:5Jo; D. Maria Emilia de Va•concelo• d,· Arauj'> MiranJo, 10:000: I>. Maria da Em:arn ,çao Pinto, 10:0,..0: V1sconde~q:, de S. I owé, 10 : 000; D. Maria J oa nna Arrny , 10:000; D. Eu alin Cnntreras, 10:000; I) M,1rp1arid,1 Jii h el Ro,frii:u,·s, 10:000; O. H1ta Neve~ A, de Niet.:, 10:000; J>. Victoria de J ~u•, 10:000; l) D1oni1ia d3 Conceiç:io Pepe 1-'ueira, 10:000; D. Mari!l Jooqu1na R.italha, ro:ono; D. R11fìn,i de Jesus Marques, 10:000; Manuel Pedro Pires, 10:000; José Ga1omar; , 10:000; Antonio Bernardo Cebral, 10:000; Dr. Francisco Ornelas, 10:000; P.ictre Gu1lherme Vieira Botelhp, 10:000; Silvestre Bernardes da Custodia, 10:000; D. t.hria Pere1ra do• Santos, 10:000; O. Rachel Teixt:.1r.1 Lopes Barbosa, 10:oot-; Manui;I Gomes Gooçalves, 10:000; Jo~é Antonio dos Re1s, 10:000; I-1.:rmano Alve~ Bra~a. 10:000; D. B!:atrit Carvalho Alvcq J,i Cru,, 10:000; Cuimiro Jo•é <la Si Iva, 10:000; Afunso do Nascim~nto, 10:000; D. Maria de 1'11vora. 10:000; D. Perpttu~ Per, 1r,, de CitrValho, 10:000; )). Maria da l.uz Gu1mara •1 Pc~t.,na, 10:000. J oaquim Lourenço. 10;000; D M~ria Candida La~anchil, 10:000; Josè Farinha Tavares, 10:000; D. MJmt Auitusta Br-1nco. 10:000 1 D. Man'I CanJid t Toste, 10:000; D. Carolina Serranho, , 0:000; P idre Francisco ù.:t Silva G~ada, 10:000, O. Mariana Vilar, 10:000; [>. Cectlin \VJnzeler Cutr(> Percìr.:i, 1 0:000; D. H:nr1q•1eta Tll varc5 Viana, 10:000; D. Mana Rufin11 de Fit1.1!ireJo, 10:000; () M~n.a Car<ilio1 de Mendonça1 10:000; D. lnria Jo Patrocinio Gonçalves Silv11; 10:000; ll. Muna l\,l,iruo1eno, 10:000; D. Man• Ferro l.obo de Mnura. 10:000; D. Ana r"t!rro G.,mito, 10:000; CarJos 8.,talhoz de V1Ihena Barbo~a, 10:000; I). I 111zR Mari,l da Concl·tç-io Feio, rn:ooo~ Dr. Abilio G1I Ferrlio, 11)!000; D M11ria Sophlit A,~,s R~bo, , o: oo:>; D. Guilherm11n <le Jcsuii Aiherto Gome,, 10:000; Alhert,o Gome,, 10:coo, D. M,1ti11 dc Je,u~ R1bcirn S flXa", 10:000; D. Maru1 Ja Glori11 Pt>reirit 10:c,oo, Francisco Varl(,1' 1 10·000: I) Mart• do Carmo Monlcs, 10:ouo; Padre Jhmrique V1e1ra, 10:000; t....onue,~a ùe Bcni...ndo~, 10:000; D. M.trl(orida Gu1-moraes, 15:ooo~ D Mllrta da A,,u111pcao l.11 ·a~, 20:000; O. Sofia Rei~ Araujo. to: oco; D M,Hia A nedict11 de Ment1es Lelle d1: Almado, 10:00" D. Alber1in11 D10s Voz, :10:000; Antonio Coelho da Rocha, 10:uoo; D ErmclindaCoelho da Roch11, 10:000; José O .1vc1r~ n,niz, 1(1:000; D Deodat11 Amalia Ù.! Pa1va, 10:000; (). M ,1 ù1 do Ceu Cordeiro f.ar,,1. nho, 15:ooo; D, Ma r~~rida A lmeìde, 2'J:ooo (De j<.>rnae~) D. CeJ.1\tC Maria de .5ouza? u:Soo; J) Em1lta Pa~coal da Si) vq, 10:ouo Aurelio I .e cere.la Mouttnho, 11 :ooo; I). MArta do Carmo Cunh~ Mat:-.s, 10:000; D. Md-· ria Amalia Capelo Frnn,:o cfo M.. tc~ 10:000D. Anna ,te Portugal 1.ol;,o de Vasconcell)STete, Triguc1ros Ar1t;;Po, 21):ooo; M.ir1.t Carvwlhinh11, 10:000; P,1.lre H~nr1q11,i F'ernende, da S1lva, 10:000; M .. rio <lo C.1rmoMartins, 10:000. 0

VOZ DA FATll\1A Eete jornslzlnho, q u e vae Sf!?ndo t~o quiorido e procurado, il Gla:'.irtr-:huido gr tuitamon~0 cr.ci i, ~m

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Ouem quilaer ieir e di• Peito de o rucobGr- di,..octamente palo "or,.. e i o. tera de t>nvitJr, ~~eo;itedamente, o minimo de tlez •U Nla.

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LEIRIA, 18 de No"\--eJnbro de 1026

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i (OOM APROVAçAO E O LESIAS TIC.A) Dlreot.or, Proprie-tarlo e Edi'tor

Adwlul•'trador: PADRE M. PEREIRA ·DA Sll.VA

DOUTOR MANUEL MARQUES DOS SANTOS

UDACçAO E ADMJNISTRAçAO :R"'O'.A D. N"'O"NO ALV.ABES PEBE:t:R.A. (Bll:..lTO HUNO ns UNT.A 14.A.N..l.)

Compo110

11

Impresso na Imprensa Comerclal, i Sé -

erontca de fatlma (13 de Outubro de 1926) A grande peregrinaçao naolonal - Impo-

nentisstmas manlfestaçiies de Fé e ptedade -A grandiosa e feertoa prootss!o das velas-La-

go de luz e de fogo-Préoes e oanttoos - lais perto ie Dens

'

Mais um dia de gloria para Deus, de trlunpho para a Virgem, de graças e bençllos para as almas, foi sem duvida o dia 13 de Outubro de 1926. Realisou-se nesse dia a segunda grande peregrinaçAo nacional do corrente ano. Se a primelra, a do mès de Maria, constltuiu urna das mais grandlosas e mais commoventes manifestaç0es de f é e piedade, de que tem sldo theatro a terra das apparlçOes e dos prodlglos, a mysteriosa Fatintd, a peregrlnaçao dç> més do Rosario rivalisou absolutamente com ella, nao se podendo considerar lnferlor sob nenhum aspecto. Nos ultlmos dias que precederam o nono anlversario da sexta apparlçlo da augusta Vlrgem do Ro,arlo aos lnnocentes pastorlnhos de AljuItrel, dezenas de milhar de peregrlnos iniclavam a sua romagem, partindo de todos os pontos de Portugal em demanda da serra d'Ayre, que é hoje na nossa patria o throno mais explendoroso e magnificente de Jesua, Rei de Am0r, no Oivinlsimo Sacramento da Eucharlstla e ao mesmo tempo o Santuario mais bello e mais venerado de sua Mae lmmaculada, a Rainha do Sacratlssimo Rosario. No dia 12 a noite, corno se lia nos retatos dos jornaes de grande circulaçAo, mais de clncoenta mii pes&Oas acampavam no planalto de FAtlma dispostas a recuperar com um somno reparador, para poderem asslstlr com mais fruto solemnldades rellglosas do dia seguinte, as forças gastas numa longa e penosa vlagem de alguna dias. A's olto horas, organiza-se, Hgundo o costume, a procissao das veJas, em que tomam parte dezeaas

as

Leirla

:DIA 1 OE

fi OVEN[B~O

Sua Exee\eneia l\eveTendissima o Senbor Nnneio 1\pos\o\ieo na FA.TlM.l. Tendo o dtgnisslmo Illpresentant1 do Santo Padri, 1m Porta.gal, vindo ·a Leiria prsstdir 6s lestas gae nuta ctdad1 Sf 11alizaram comemorando o Setimo .C,nt,. natio da morte de S. Francisco d'Auis, quiz ,ua Excelsncia B1vsr1ndlsstma laz,r ama p1r1grtna1do ao Santuuio d1 No.s.so Senhora da Fatima. S6 d uUima hora, e Jd na Batalha, I gu, o ~enhor Nuzicio c,mantcoa a .saa tnten1ào, de forma qae na Fatima ntngaem sabfa d, nada. Quando o automov,l, gue condazta Sua Ezcelencia, o Ssnhor Bi.spo de Lslria , alguns Bevsrendos Sacerdotu, ch,gou ao locai, am esp,tacu.to multo stmpl1s ma.s ,ncantador deparoa-se d1ant1 d1 todos. Em lrent, apobr1 capelinha, com,morativa das Aparf161s, estavam ama.s 60 p1ssoas1 de Joelhos, a recitar o Bosario com uma pzedade , d1voçdo ga, comovtam.. Parecta qu.1 Nossa Senhora ,stava no melo dagaela b8a gente. O Senhor Nuncto alt esteve multo tempo em oraçào, segaindo o terço gu, fl Senhor Bt.spo de Lelrta aplicoa pslas bemditas Atmas do Purgatorio, pela.s nscustdades da Santa Igreja, pelo Santo Padri , sea tlu.stre B,pr,ssntaate, por toda.s u necsssldad,s recom,ndadas e ptlo.s doentinhos. O Senhor Nuncto, visivelm1nt1 comovido, fez ama tocante alocaçào aos F11ls presentss, 1naltectndo a devo1do a Nossa Ssnhora e pedindo gue r,sasum por eUe ama Avs Maria, concedendo 200 dta.s d, In.dulg,ncia_. A.ssim s1 lu. .Estavam todo.s tio content,s e r,conhecidos pela visita , amabilidad, do S1nhar Arc,btspo, gru dt1t1m: Foram - Tod1.s o, Saatos - gae o tr,azeram. O dia f d1 Norsmbro de 1926 llca marcado como ama das maiores provas do am8r d1 Nossa S1Ahora no Santuario ds Nossa Senhora do Bosarto da Fatima. A Sua Ezcelencia l?svewidlssima o Senhor Nancto, dBizamos conslgaado agal o nosso prolu.ndo r,conh,clmento. de mllhar de pess0as, cada urna com urna vela accesa na mAo, e que percorre, durante mais duma hora, o traj ecto habitual em torno dos Santuarios. Vista do alto da estrada que a cinge do lado do sul, a Cova da l<i.1, esse palco gigantesco, onde ha nove annos se desenrolam scenas sublimes, . verdadeiramente dfvinas, duma belleza e mageatade lncomparaveis, parece um lago lmenso de luz, a cratera enorme dum vulcAo em actividade, vomitando sem cessar grande quantidade de materias igneas, e formando deslumbrantes rlos de fogo, que circulam lentamente em todaa as direcç0es. Oa peregrloos, lmpulsiooados pe-

lo enthuslasmo da sua fé viva e pelo ard0r (Ja sua pledade acrisolada, aclamam a Vlrgem bemdita, que se dignou escolher aquela estancla privilegiada para derramar o balsamo da sua ternura maternat sobre tantos corpos e tantos coraç0es torturados pela d0r. Do selo daquela multldAo lnnumeravel elevam- se constantemente para o Ceu mii préces e canticos, exprlmindo com vehemencia os sentlmentos e as asplraç0es da grande e generosa alma de Portugal. Como s~o dltosos aqueles que logram respi rar, ao menos durante alguns momentos, esse ambiente saturado de sobrenatural, pairando numa reglao em que o bomem ae julga,


, mais Ionie da terra e mais perto de Deusl

Dia de luz e de encantos - As peregrlnaço s organtsadas - 0s estandartes - Peregrtnaç!o de penltencta - 0s rometros tsolados -

O dia 13, corno em Malo, corno

nos mezes seguintes, amanheceu esplendldo, cheto de luz e de encantos, corno um formosissimo dia de Prima vera. O movimento de peregrlnos augmenta cada vez mais, attingindo o ieu maimo de inteneidade desde as 8 horas até ao melo- :Ila, E' durante esse espaço de tempo que chegam as peregrinac;-Oes locaes organisadas. Sno a~ora cèrca de trezentos romelros da Oondemarla, concelho de Vlla Nova à'Ourem, guiados pelo Rev. P.e Luiz de Souza, levando é1 frente um llndo e vistoso estanda•te allusivo ao11 acontecimentos maravllhosos de Fatima, cuja estrela é feita nesse dia. E:.' mais l ogo um grupo de senhoras da melhor sociedade duma nobre e historlca cidade, a mais bella de Portugal, que, animadas de verdadei{o e, pirito de penitencia, percorrer11m a pé mais de trinte kilCJmetros, para irem render a homen.:gem dJ ttua piedade filial · éi Rainha do Rosario, no Sanctuario da sua pred1lecç~o. SA.o depois oitenta pessOas de Bemflca (LisbOa), que, acompanhades p< lo stu zelostssimo parocbo, vetm dr por aos pés de Mada o preito do eeu amor, ostentando ùm rico estandarte de feda, borda do a ouro. E os grt pos succedem- se uns aos outros de ,nvolta com um sem numero de p. regrinos isolados, que em toda a e. ptcie de vehlculos sAo conduzidos até proximo do locai das apparic;òes.

Dezenas de m'stas - Conns~ao de homens e rapazes - A dlstribnlçao da Seg·aaa Comnnbao-0 transporte dos doentes para o pavl:hao - Oraçaa fervorosa dos fieis Oesde as quatro horas da manh:l que os sacerdotes previamente inscr1ptos, celebram sem interrupçilo nos tres altares da capella nova. Muitos llmltarar, -3e a commungar, por. nao Jhes caber.. a vez de dizer missa, me cè da grande &fluencia de clero. N as dependencias da capella, atguns s cerdotes confessam homeos e rap.. zes. Outros dlstrìbuem o Pao dos Ar.~ jos a milhares de pessòas que nas suas terras se tlnham preparado para esse acto pela Con{lssao Sacramentai. 0s doentes, medida que vilo cbegando, sAo collocaaos s6bre colchOes ou sentan -•e nas bancadas do ret pectivo pavllhilo, couforme a gravidt·de do s~u estado. Os servos e as se vas de No5S8 Senhora do Rosario ancJam constantemente numa roda vlva ransportando os aoenles ou pref tando-lhes os servlços e ob&équios n de que precisam. fm torno do pavilhllo milh 1rcs de p es s Oa s conservan•-,e alternativemente de pé e de joelhos durante horas consecutivas t para 4ilccuparern os loga~s, donde melhor r6.:Jcm as-1

a

sistir ao desenrolar do1 actos reW-

gio101. A oraçao de todns é Intensa e fervorosa, e feita no melo do malor recolhimento e do mais profundo silencio.

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Os mUlcos dt Pesto das veriflcaeoes -

Otlr. Perelra Gens, ehefe do PostoSevertdade de attitnde e rigor de processos: médicos Joizes de ln1est1g-1çoes - As snppllcas dos enfermes e dos sens protectores natos systemnttcamente desatendtdas- Sanaades de Lourdes No Posto das verificaçoes médicas dlrigem as diferentes secçOes numrrosos e distinctos clinicos, dos quals alguns envergam as blusas brancas de serviço. SaQ, entre outros, os drs. Eurico Lisb03, Weiss d'Oliveira, Gabriel Ribeiro, Luz Preto, Augusto Mendes Cortez Pinto. ' Superintende nos serviços do Posto médico o dr. Pereira Oens. Imitando, sem tal vez o suspeitarem os médicos de serviço permanenl; no

Bureau des Constatatio11s mldicaLes de Lourde11, os médicos do Posto de F4tirna dilo a impress~o de oficiais em tempo de guerra A frente dos seus regimentos, numa atltude energica e decidida de defensiva e ofensiva em toda a linha. Quem os observa no exercicio das suas fvnçOes, acolhendo com caridade sim, mas severamente a legi:lo !mensa de doentes que Ines vllo solicitar a scnha lndlspensavet para entrarem no respectivo pavilhào, e os vé em extremo receosos e suspicazes, proceder mais corno ju·zes do que corno médicos, interrogando capclosamente aquelles que se apresentam, fazendo-os éls vezes cahlr em cootradicçOes, desprezando todos -01 empenhos e solicitaçOes e recusando-lhes as senhas de Ingresso, apezar das suas supplìcas lnstantes e das quefxas senlldas dos seus males, julgc. sa ern presença de atheus e descrertes, que estllo alli corno agentes do demonio, apostados a contrariar e a combater todas as manifostaçOes do sobrenaturnl. Alguns sacerdotes, que apresentarn pesst>as enfermas do aeu conhecimento, eram repellidos sem contemplaçào, porque nào tr~ziam attestados médicos, que julgavam desnecessarios, por estarem convencidos de q ue bastava a sua pi lavra para garantfr a realidade e gravidade da doença, d·fficil de dlagno~ticar sem urna demorada e profunda observaçao, alli impossivel de· fazer. Que saudadcs uao haviam de ter, naquelle momento de dulorosa humilhaçao esses sacerdotes, que algumas vt!zes enconlram ,s em Lour Jes, de visita ao Bureau des Constatations, onde errm St>mpre acolh1dos com menos desconfiança e com mais benevolencia. . • tc1tvez por serem estrangeiros. Be111 hajam os médicos do Posto pela sua attitude, que a tantos desagrada, mas que é tao pro.. i pria para assegurar a se1iedade dOSJ seus processo& e imnò-los ao respc:-·

to de todas as pessOas, crentes e descrentes.

A proclssao - Dezenas de mllhar de

pe3~òas sauctam a Ylrgem-Lagrtmas de commoçao - A bençao da .Mae de Deus

E' meio dia solar. A veneranda Imagem de Nossa Senhora do Ros~rio é conduzlda aos hombros das suas servas da Capella das AppariçOes para a Capella das Missas. Em todo o vasto amphitheatro da Cova da lria, desde o pavilhilo dos doer.tes até aos muros de cintura, dezenas e dezenas de milhar de pessOas acenam com os lenços, saudando a Rainha dos Anjos. QuanC,o o cortejo entra no recinto reservado aos doer tes, o enlhusiasmo attinge o seu auge. Os vivas estrugem nos ares, as acclamaçoes succedem-se as acclamaçOes e os olhòs de todos marejam-se de lagfimas de commoçào e de terour a. E a Virgem bemdita, sorrtndo e abençoando, passa atravez da multidào, que ojoelha a seus pés, presa dos seus encantos e fascinada pèla sua belleza e pela sua bondade.

O-Credo de Lourdes~ A Mtssa dos doantes - Arec1taçlu do terço do Rosa-

rio- a l~da nha lauretana - A benç10 dos enfarmos ea bençao geral-0 sobrlnho de Camlllo Ca:.tello Branco falla amulttd4o

A sagrada lmagem foi colloèada sobre o seu pede.stal ao lado dìrelto do altar centrai. Cant?-se o Credo de Lou1des. Com.eça a mis:;a oos doertes. Do pu,lpito o Capellàc-Dlrector: numa voz firme mas commovjja, pri,~cipia a recitaçllo do terço. A as11lstercia redobra de attençao e de fervor. Aproxima-se o momento solemne da Consagraçao. Todos ajoelham. A Hot'tia Santa é elevada pelo celebrarte entre a terra e o ceu, victima de) propiciaçao pt-los peccados dQ murdo. Caotn-se urn cantico piedoso em IQuvor do Santissimo Sacramento. Continua a recitaçào do ter,.o que é rem3tada pela ladaloha lauretana. Drpois do Comrnuflio, distribuc-, e pel<\ . ultima vez o Pao dos Anjos e, terminada a Missa, faz-se a exposlçac, do Santissimo, durante a qual se carta o Adoremus. Segue-se a emocionaote cerimonia da bençao dos éfl.• fermos, que se I ffoctua na f6rma cos'tum"da, e conclue com a bençAo gcral, dada do alto da varanda do pavilhào. Depois o rev. Luiz Castello Branco, sobrlnho d!3 Camillo, tece, em p:t. lavras enthusiastlca, e commovid ?s, o panef,!yrico 'da Màe de Deus. Por fim orgdnìz.o1-se de novo a proclssao para recoot.luzir a branca estatua da Virgem ao pa',irào popular commemo- 1 rativo tlas appnriçòes e dos sucessos maravilhosos.

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Servibs e escoteiros - o P.atronatò do _ Porto-As l uas curM 1ustautaneas · , de treze d6 Setembro ultimo 1 -O poder e a bondade da MarJa 'A


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- ---~-_., 1>osto de verifltaçOes médicas 011 clinlcos de servlço occupam os seus postos. Servltas e escoteiros clrculam continuamente nas dependencias do posto. Véem-se algumas senhoras da direcçao do Patronato do Porto, fundada por lniciativa da Liga da Acçao Socia! Crista, daquella cidade, que vleram acompanhar duas empregadas 1dessa institulç!o, ambas curadas lnstantaneamente de ulceras no estomago, em treze de Setembro ultimo. Respirando saude e bem estar, ellas agradeciam eff usivameote A Santissima Virgem as suas curas, que attestavam hem alto o poder incomparavel e a bondade immensa da celeste Padroeira de Portugal.

Oregresso dos peregrinos - As nllfmas despe~tdas aYtrgem -A bora mystica das Trlndades- Opolo magnetico das almas Pouco a pouco a multidA'o vae-se ~ispersando. Qs grupos de peregrinos tornam-se cada vez menos compaclos e menos numerosos. A cada momento parlem vehlcuto,, conduzindo os piedosos romeìros de F Atima aos seus lares distantes. Apenas um ou outro dev6to fica ainda dirigindo Virgem urna ultima supplica, esquecldo talvez da hora tardia e da dtstancia do seu lar. A noite approximase ntpièlamente, tendo ja descido o sol no horizonte. E' a hora my3tica das Trin.1ades, que convida a rezar e a pensar no Ceu. oe· vez em quando os echos repercutem os sons dum cantico popular, q\le algum peregrino entOa na viagem de regresso. Momentos depols, a noite envolve com o seu negro manto aquetra estancia privillgiada pelas graças de Oeus e pelas bençaos de Maria,-estancia, que é, sem contestaçao, o p6lo magnetico das almas, o ponto de attracçao do mundo espiritual, o centro em torno do qual gravltam todos os coraçOes -de bOa vontade.

a

sAo de S. Paulo de Messano (Lourenço Marques), a 200 kilometros do litoral, sendo acometido d'urna grave doença e desen2anado do41 médicos, de pronto recuperou a saude desde que se invocou Nossa Senhora da FAtima.

l)raziela Oomes Bemfeito (rua Tomaz d' Assunçao 28, 2.0 - LisbOa), a cura de urna ferida que seu filho tinha no nariz. Joaquim Ayres de Oouvela Alleu, consul da Grecia no Porto (Av. da Boavlsta, 752), tendo visto u.ma pobrezinha {moradora em Vila Nova de Gaia) que pedia esmola com um sobrlnho, chsmado Camilo da Sllva, fìlho de Andréza da Silva, tendo este uma perna com grandes feridas, de ha sete ou 8 annòs, aconselhou-a a laval-as com agua da Fatima (que lhe deu), dizendo-lhe que devia preparar-se para a graça, confessandose e comungandp primeiro. Quando voltou a vél-05'SOube que trnham tavado às feridas hes vezes com a mesma aj?ua (Joìs a quantldade era dimlnuta) e estavam curados, 1 do que restavam apenas as clcatrizes. )

Leonor Passos, de Braga, sof ria, havla ,iete anos, de doença que todos os médicos reputavam incuravel, sgravando-se esta nos ullimos seis mezes. Recorreu com toda a fé a Nossa Seohora da féitima, e melhorou rapidamente. Maria C. Corrèa 8 Cabtal, de l Velas, atr1bue ao auxtlio de Nossa Senhora a cura de coxalgla de que sof ria um seu fil ho de 6 annos. ]osi Martlns dos Santos, do Seminario das Missoes de Cocujiles, tendo sido apurado para a vida militar foi d-:pois livre em circunstancias inesperadas, quando isso se julgava impossivel, ao setimo dia de urna novena a Nossa Senhora • da Fatima, causando o caso a admiraçAo do pessoal do hospitaJ, siugentos, enfermeiros, etc.

Maria B eatriz d' Alme/da d'Eça,

Continuamos a publicar o relato 1esumldo de graças e curas obtldas por intercesslo de Nossa Senhora do Rosario de f';ltima, attendendo assjm aos desejos das pessOas favorecidas.

Manuel Antonio Junior, do Brejo Fundeiro (Vila de Rei), tendo seu filho Cesario, recemnascido, doente com urna enterite, parecendo mais cadaver que outra coisa, este começou a melhorar logo que se recorreu a Nossa Senhora da Fatima.

ta

Maria A11eusta Claudia, da Ma-

(Torres NovHs) havia mais de dols annos que ~ofria de a aques nervosos, chf gando a perder os sentidos. Sem nunca ter recorrido a médico algum, começou a melhorar desde que seu mar1jo e fnhos recorreram a N. Senhora da f Atima. Oeixaram passa·r dois annos e naò tendo voltado o padecimento cumprirllm a sua promessa de lrem a Fatima. e publicar a graça. ,

Jl~'Alves Martills,

auxiliar da mts-

do Porto (Rua de Santa Catarina, J 124), declarando os médicos que necessitava de operaclo em um turno, que lhe apareceu. começou este a desaparecer depois de recorrer a Nossa Senhora.

Olinda de j esus, de Alvelos, obteve de Nos'ia Senhora urna graça e q~e parecla ir(callsa vel •. ]osé Marques Oomes, dos Pouzos' (T-0rres Novas), vem agradecer duas curas. U ma a seu favor, de uma ar.glna de mau caracter. Outra, a favor de sua mulher que sofreodo de grandes d01es' de estomago e complica:çl)es de coratao, que a na;ia obedcclam, depois de varìas intermitençlas, s6 vieram a d esaparecer definitivamente depo1s de ter invocado Nossa Senhora e ter tornado uma chavena de agua da Fatima. Maria ] Jse Rodrig-ues, do Carvalhal B !!mfeito (Caldas da Rdinlia) tendo urna c11nhatla ~corn urna n~s: cida nas costela$ do la::.lo do coraçlo• te.odo con sultado varios médicos, tanto das CalJas corno <te Lisbòa, que a declararam lncuravel, dep6ls de uma

sua amlga ter pedldo

a Nossa Senho- .

ra a cura sem necessidade de opèiaç!o, dentro de pouco apareceu cdmpletamente curada. Era uma chaga enorme de urna cOr azulada, com um chelro insuportavel, tendo de ser curada tres vezes ao dia e deltando <te cada vez mais de um decilitro de pu1.

AJberto a'Oliveira, de Lages, concelho de Cela. Etn malo do ano passado adoeceu gravemente sua filha Um~elina, de quatro anoa e melo. O méd1co declarou tratar-se de duas artrltes tuberculosas de multo mau caracter, urna no cotovelo dlreito e outra no joelho. Emquanto se esperava o desenlace urna pessòa lembrou Nossa Seohora da Fatima. Começou~se logo a resar o terço e prometeu-se urna novena, começando tambem logo a creança a melhorar, contra a expectatlva e declaraçao dos médicos.

]osi Matheus, de Vale de Lobos, concelho da LourinhA, tendo adoecido repentinamente 4s 10 da nolte, de J?arrotilho, seu filho Constantlno, de 1O anos, e estando o médico longe, oanhQu a garganta do doente com agua da Fatima e ao nascer do sol começou a melhorar.

Abrig~ para os doentes peregrinos da Fatima Transporte. ·• . • • 4 .740:000 D. Estephania M e n d es ( Oul lhufe - Paço de Souza) . . . • • • • 30:000 D. Trindade LeltAo • • • 5:000

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Soma • • • · 4 775:000

Do Apostolo d'outubro ultimo, recortamos o seguiate: • .•• A Aparlç~o recomendou insistentemente que todos fizessem pe-' nitencia e resassem o terço do Rosario. • Esta recomendaçao repetiu-se em todas as aparlçòes. Na sexta e ultima, a Senhora de Fatima «queixou-se do muito que os portuguezes ofendiam o seu divino Fllho ; recomendou • que resassem o Terço e leO-antassem ali na Cova da lria um¾l capela em honra da Senhora do Rosario.• Felizmente o conselho da Santlssl'!'a Virgem continua a ser seguido e as suas ordens cumpridas . por tantos portuguezes com urna flJelidade e constancla que nos fazem crer na vinda de grandes bençaos de misericordia para Portugal. Os nove annos decorridos desde as ApariçOes até hoje, teem visto crescer o numero e o fer'!Or éJos peregrinos que vao mensalmente, A f.°Alim 1 recitar o Ros.irlo e de ,IA voltam cllelos de fé e de esperança, e!iP.alhando por toè.la a parte d~voç!lo A Senhora do Rosàrto de rati111 ~ 4 r~ a do T.crço. . ;f ermf ta Qeu~ ~ue este fervor santo 'riao d esapJre~a nuoca ~ aumente sem;,re, po. que as p~rcgrinaçOés de

a


Fétlma sao um melo admlravel, todo divino, de levar muitas almas a purlficarem-se na graça dos Sacramentos, de obter a conversllo de pecadores e lndlferentes e de reunlr todos os mezes aos pés da Santissima Vlrgem, na oraçao e na reparaçllo pelos crlmes de Portugal, centenas e mllhares e, varlas vezes no anno, muitissimos milhares de pess0as que, de facto, representam •um grande numero de cidades, vilas e aldeias da naçllo junto do trono das mlsericordias da nossa Celeste Padroeira. Dizia-nos ha pouco o lncansavel e venerando Rev. Dr. Cruz, de Lisb0a, que nas suas prégaçOes tem procurado meter nas paroquias a devoçllo da uniao espirltuat com os peregrinos de Fatima no dia 13 de cada m~s. A idela tem sldo bem receblda pelos rev. Parocos e posta logo em execuçllo com agrado das populaç0es que naquele dia acorrem egre}a paroquial para ouvir Missa, comungar e ir em proclssllo, recitando o Rodrio, é capela ou altar onde, na respectiva freguesia, se venera a imagem da Senhora do Rosérlo. Eis urna exceleote pratica piedosa, dlgna de aplauso e lmltaçllo. Oxal! que, ao menos, o espirito de unillo · com as peregrlnaç0es de Fatima se estenda por toda a parte, pois asslm se conseguirla tornar multo mais reforçada e mais intensamente naclonal as préces dos que na Cova da lrla oram pela patria. Alem d'isso o pensamento desta eapecle de peregrinaçAo esplritual nAo delxaria de despertar, em muitos que lé nao podem ir, o deseio de acompanhar tambem no esplrito de mortlflcaçAo e carldade os peregrinos que vllo realmente a P4ttma. ,.

a

eomo Dens é grande I A falar a verdade, e6 Deus é Infinitamente grande. S6 Elle é Infinito em poder, em sabedorla, em bondade e em beleza. Deante d·Ene, tudo o que é creado é infinjtamente pequeno, é nada em si mesmo. Em relaçAo a n6s é que o caso muda de figura. Dum lado ficam-nos as estrelas, cujo numero, dimens0es, distancias, velgçjdade, calor, luz, ordem e beleza assombra a nossa pobre lmaginaçao. Do outro lado, os 'infinitamente pequenos, os atomos, cuja natureza, energia, etc., nos ablema do mesmo modo. Quanto b estrelas, podemos descobrir cérca de 7000 a olho nu, mas ouma placa fotografica chegam-se a deecobrlr cem milh0es, deinndo-nos a lmprusao de multas mais que exlste111 para além. Mas que dlzer dos cometas, que em numero de muitas dezenas de de milh0es caminham vertlginosamwte, por esses rnundos f6ra r E esses mllh0es de nebulosas cada urna ctas quaes é ùm mllhiio de 111u Jldos f ••• · Quanto 4s dlmensGes, a terra parece-nos j.4, e realmente é, d'uma araadeu enorme.

No entanto Urnno podla conter 74 terras, Neptuno 84, Saturno 708, e Ju,:>iter, J309. O Sol é um mlthllo e trezentas mii ve.zes maior que o nosso pianeta. Apesar d'iato o Sol parece urna pequena noz ao pé d'alguns planttas. Dentro da estrela Sirius cabem 481 O e6es. O Arturus de Bouvier é um milhllo de vezes maior que o Sol. Nllo obstante, a estrela Canopus podia engulir no seu estomago t,es milhOes de a6es I Por isso o dbio Ampére, fatando urna tarde com o seu amigo Ozanam, e olhando o Ceu crivado de estrelas, exclama, corno que acordando d'um extase: e Como Oeus é Rrande, Ozanam, corno Oeus é bélo I•. Se nos eepanta o numero louco e a grandeza prodi&iosa das estrelas, n!o menor admiraçllo nos causam as dlstancias a que estAo umas das outras e a velocidade do aeu movimento. A terra eaté a cérca de 150 milbOe1 de kllometros do Sol. Se estivesse mais perto eramos assados, pois que Mercurio, que esté s6 a 58 mllb0ea, deve ter urna temperatura de 200 eraus. Em Marte, que e,té a cérca de 200 milhOes, teriamos frlo, porque a temperatura devia ser ahi de t 00 graus abalxo de zero. Juplter esté eituado a 777 mllh0es de k :lometros do Sol. lsto é fantastico, dlreis v611 I ]sto oilo é nada. Eate syjtema solar nAo é mais que um leaço d'at2lbeira em relaçllo a esse outro campo onde camlnham as estrelaa. A eatrela Sirius eatll a 83 trili0es e 300 bili0es de kilometros. Vega da Lyra, a 157 trili0es, e a estrela Polar a 440 trlli0es e 500 blll0es, e é urna das mais vl1lnhas, pois que ha estretas, dez, cem, mli vezes mais afastadas. Sabe-3e que a luz anda 300 k ilometios por 1egundo e por Isso um mloutos de luz equivalerla a 18 mil~es de kilometros. A tua; pois, esta a carca de um aegundo de luz da terra, o sol a otto mlnutos. Ora a estrela mala proxima de n6s eaté é dlstancla de 4 annos, 4 mezes e 8 dlas. A ettr9'a Polar 46 annos, mas ha-as cuja luz leva 12:000 annos a cheear. A mais perto das nebulosas splraloldes eaté a urna dlstancla de trezen toa mli annos de luz. Em consequencla, ha estrelas que vlndo a apaaar-ae, s6 d'aqul a 10, t 00, 1000 ou 10:000 annos· delxarlamos de v~r a sua luz. Outra consequencla Interessante é que n6s vemos as esttelas nilo onde ellas agora estfo maa onde estavam quando nos enviaram a luz que agora nos chegou aos olhos t A terra camlnba em volta do sol com a velocldade de 30 k1lometros por segundo, isto é, mais de 100:000 kilometros 4 hora. O Sol, com todo o seu cortejo de planetas, camlnha mais devagar mas, alnda asslm, f az 72:000 kllometros por bora. Para onde nos leva elle ? Provavelmente segue urna trsjectorla elipllca mas tao extensa que

parece que camloha em llnha recta . para um ponto aituado na constelada Lyca. Arcturus faz 413 k tometros por aegundo, isto é, 35 milbOes de kilometros por dia I Resta-Jos curvarmo-aos em adoraç~o e dizer com Ampére: «Como Deus é arande, corno Deus é be1lol» As mesmas maravilbas nos infinitamente pequenos, mas d'estes falaremos noutra occasi~o. .No entanto e xclamemos com a sa_grada Escriptura: cOs ceus contam

a gloria de Deus e o tirmanunto manifesta a obra das suas màos.•

Voz da Fatima Deepezae Tranporte • • • • • • 55.412:600 ImpressAo do num. 49 (40:00U exemplares) • 920:000 Expèdiente e outras despezas • • • • • • • 160:000-

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Soma • •

56.492:600

· Subaorip980 (Janeiro de 1926) Joaquim Maria Soeiro de Brito, 10:000; D. Amelia Brazio Machado, 10:000; Manuel Pedrosa Jordao, 10:000; D. Pdlm1ra Martins Feria, 10:000; Miguel Brito, 10:000; D. Lucinda Magriço Cou1inho, 10:000; D. Clotilde Mendonça, 10:000; D. Palmira Ribeiro Lopes, 10:000; Francisco Antonio da Costa Dinia:, 10:000; D. Maria Jos6 e D. Maria Julia Henr1quns, 10:000; Padre Domingos Jos6 da <.:osta Araujo, io:ooo; D. Jzaura de Lacerda, 10:000; Jolio Ribeiro da Siln, 10:000; D. B~atria: da <',raça Pinheiro 30:000 Padre Joiio Lopes Gomes, 10:000; D. Gertrude, Oliveira Santos Pinto, 10:000; D. Henrìqueta Ferreìra da Fon,aca, 10:000; l>. Maria Henriqueta de FigueireJo, 10:ooe; D. Maria Teresa de Mello Falciio, 10:000; Antonio de V1lhena, 10:000; D. Margarida Victoria da Silva, 10:000; D. Maria Adelaide Moura, 10:000; D. Aotonia Malafaia, 10:000 Visconde de Cortegaç11 1 10:000; Joaquim Cardoso da Silva, 10:000; Manuel Ramos de Carvalho, 10:000; Domingos Francisco de !trito, 10:000; O. Maria Eua:ebìo Caleìros 10:000; D. Luiza Barreiros Sal~ma, 15:ooo;. D. Maria Amelia G!rald11s Teixoira, 10:000; D. Rosalina Rola C1çoila, 10:000; Julio M. Fernandes, 20:000; D. Candida Couunbo, 10:000; Pidre Joaquim do Lacerd1, 10:000; Padre Jolio Ceaar de Lacerda, 10:000; Jesus Clara da Silva 1 10:000; D. Maria d'Aprosontaçllo D.iv1d Gonç•l•es, 50:000; Balbino Maria de Carvalho, 10:000; D. Generos_a Farioha, 10:000; José Lourenço Fernlio PI· res, 10:000; D. Dionizia Queijinho, 10:000; D. Maria G.ibriela de Souza e Silva, 10:000 D. Maria da Luz Peroira Rodri11ues, 10:000 D. Maria11a Per1ira da Costa, 10:000; D. Joaquina Santos, 20:000; Soeur Ef!l· 10:oo_c> D. Natalia Soleiro, 1-0:000; Antonio Rodn· 1Juea da Bela, 10:000; D. Adelio• d'Almeida 10:000; O. Maria Xnier d'AlmeiJa, 10:0'?0; D. Clementma Campos, 10:000; D. Candida Amara!, 10:000; O Arminda Amaral, 10:000 D. Lucia Soares, n:Soo; D. Maria Rosa C•nbal, 2.0:000; D. Maria da Gloria Magalhbs Freire, 30:000; D. Irene Rou, 10:000; D. Maria Candida Vn Jorge, 10:000; Paule> Maria Brito Camiller, 10:000; Madame Encarnaçlio, 10:000; D. Mana Tereta Bastos Carregal S1lu, 10:000; O. Maria José da_ Sìlva, 10:000; D. Maria do E, pirito Santo Correia, 10:000; Su_periora du Hosp1taleiras Portuguezas em Tuy, 10:000; ConJessa d'Azambuja, 10:000; D. Palmira Valente, 10:000; Manuel da Co~ta Areujo, 10:000; D. Angelina das Neves Guani•ho, 10:000; D. Zulraira de Magalhiies Lobo de Seabra, 10:000; José EstOYes d'Almeida, 10:000; José Maria d'Almeida Martin,, 10:060; D. Del~na Paes Noirueira Frazlio, 10:000; D. Artemisia Paula Vieira Marquea da Cunlia, 10:000; D. Perpetua Furtado Pereira dos Reis, 10:000; D. Carolina Maria Gonçalyes~ 10:000; D. Umbelina da Concciçiio, 'f?oo.


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...

LEIRIA, 18 de De-~enibro de 1026

N.• til.

(ÒOM APROVA.OAO EOLESIASTIOA) A.dadn1'11irador, PADR~ M. PEREIRA DA SII.VA

Dlree'tor, Proprietario e Edl-tor

UDACyAQ I! ADMlNIS'rRAçlo

OOUTOR MANUEL M'ARQUES D0S SANTOS

::B."UA. D- N'O"NO ALVA'RES :PE~E:I:R.A.

Com,>otto e impresso na lmproa&a Comcrclal, t S6 -

Cronica da Fatima

(13 de Novembro de 1926) o dia 13 de Novembro,

b 9 horas da manpa. s6mente algumas centenas de peregrìnos se encontravam na Cova da lria. A grande peregrinaqao nacional de Outubro e as cbuvada! dos dias anteriores provocaram em larga escala a diminuiçaa da concorrencia de fleis ao locai das appariç~es no m~s das almas. A malor parte dos romeiros presentes asststiram és miseas que se iam celebrando no altar centrai da -capella nova. O sllencio era profondo : ouvia-se apenas o brando ,cicfar das préces fervorosas, que, de centenas de boccas, se elevavam para o Ceu, e de vez em quando o som estridente da buzioa de algum automovel ou o ruido abnfado do rodar dos carros na estrada. A'quella bora matinal, naquelle m~s do Outono, o pavilhao dos doentes achava-se quasi deserto. O Posto das verificaçOes médicas estava aberto, maa n:io funcionava por fatta de clientes. O director do servlço aproveitou a sua lnacçllo forçada para assistir ao Santo Sacrificio da Missa. Logo que eate terminou, voltou sem demora para o Posto, afim de assomir o exercicio das suas funçOes. Pouco a pouc-o os enfermos vllo apparecendo. O pavilhAo respectlvo fica por· fim sem um logar vago. Nao ba doentes de gravtdade. So urna mulher é tran&po~tada em maca. Proximo do melo dia solar a multldao dos fieis engrossa consideravelmente, graças aos contingeotes que simultaneame.nte chegam de varios pontos ullima bora. Alguns milhares de pessOas pisam oesse momento o chlo sagrado do locat das appariçoes. Organìsa-se ent!o a linda proclssao que cooduz para o pavilhAo dos doentes a. bella estatua -de Nossa Senhora do Rot!ario; tllo venerada pelos fieis, que acotcem a "8eus pés de todos os recantos de ""IF..'L--....,.___.

a

Portugal.

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Leiria

(BS4TO NONO DE UNTA lLU\U)

Principia a missa dos enfermos. Emquanto ella se celebra, o rev. capelllo director reza o terço do Rosario, alternadamente com o povo. Segue-se a commovente cerimo·nia da bençllo do Santìssimo Sacramento aos enfermos. E' urna scena sempre pathetica, um espectaculo impressionante que empolga e arrebata a alma e enche de lagrlmas todos os olhos. Oepois da bençao, s6be ao pulpito o rev. Palrinha!, arcypre!te e paroco da Plgueira da Foz, que disserta sobre a devoçao Virge111. Reorganisa-se a proclssao para coni1uzir a Sagrada lmagem capella das appariçoes, por entre alas compactas de povo. Os peregrinos -d~spersam-se pela Cova da lria e preparam-se pa- · ra o regresso aos seus lare's distantes. Junto da capella das ap~ari~Oes e da fonte miraculosa estacionam numerosos grupos de romeiros. Ao lado da fonte, distancia de alguns metros, fol aberto ultimamente um novo poço destinado a ser o reservatorlo das aguas que no inverno transbordassem da fonte miraculosa. A erecçAo da futura basilica exigia que se tornane desde ja essa medìda. Mas aJnda o novo poço niio estava concluido e ja da rocha viva brotavam jactos de agua cristallina de orlgem opposta da fonte das Appa-

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riçOes.

Cousa admlravel I Numa regiao montanhosa, de 1ao elevada altitudc, arida e esteri!, onde dantes nào borbulhava do solo o mals Insignificante velo de agua, apparecem corno que por acaso dois mananciaes tao abundantee qoe s6 o rendimento de um delles sacia cada anno centenas de rmlhares de pessOas e é exporhdo em tao grande quanti4ade para todos os pontos do paiz e até para todas as partes do mundo I

Visconde de Montell•

Hs cnras de fdtima «Avanca, 27 .de Outubrn de 19:16. 010

Ex.

Sr,

Rogo a V. Rev.ma a fineza de fazer a pubticaçllo, se assirn o entender. desta graça recebida. Junto o

ateatado mMlco para J1:tsWficar a sua

'

rec1lidade e, se for preciso, o reconhecimento do mèu Confessor e Director ou do Rev. Parocho da nossa freguezia. ·èNo mez de Setembro de 1924, es'tava gravemente doente meu sobrlnho Eugenio Julio Clare Neves, de 14 mez~s de idade, filbo de José Maria Neves e de Zulmira Clare Neves. Avisaram-me que o médico assistente dissera, deì)ois de ter dado 10 a 12 lnjeçOes de sòro fieiologico (vida artlfìcial)1 que andava a eotreter por que a criaoça oao vingava. No mes.. mo momento pedi A Santissima Virgem <10 Rosario que me acompanbasse ao logar da Estrada. Transmiti a meu irmao José Maria Neves o aviso que me trouxeram e pedi-lhe gue mandasse chamar !mediatamente outro médico. Asslm foi. O primeito milagre é que na mesma hora1 s,m haver combinaçao, chegou o médico assistente, dr. Lar.y de Valega, dahi a poucos mi1uto, o sr. dr. Silva, de Estarreja. Os dois fizeram um mlnucioso exame. O médico assistente disse que o pequenioo doente niio tinha sels horas de vida. O sr. dr. Silva declarou que a doença além de grave, tinha muitas cempli~ caçOes. Era entre-colìte, diarreia verde, meningite, com perda de vista e um movimento continue de cabeça, braços e pernas. Temperat1:1ra muito enf raquecida, era preciso termos constantemente olto latas co111 agua bem quente para coAservar urna temperatura regutar. Nao podia tomar nada, os v6mitos eram constantes. A bora era triste e de rlgor~so sileo~o. contemplando bem o pequenino martir. Pedìmos ao sr. dc. Silva que empregasse tocfos os meios para salvaf o nosso querido EugeninhG. Este respo~dcu. que 56 por um milagre o poder1a Palvar. Pela medicina nào é possivei. Cond< ido das no~as lngrimas, disse-nos: «como sOmos oet61icos, peçam muito a Deus1 que eu farei o mesmo e o gue me ins,irar. Quanlo a farmacia, é isto o que eu

receita rei>. Ass-i m se despecJ.i • · Nesse mesrno mo1111ento toda. fizt-

ram cis se~s v6tos. Eu ajoel-laei junto do meu doentinho, coloquei-lhe oo peilC'l a mlnha medaHla da Imaeulada ConceiçQo; pedi Rluito Virgem do-

a

Rosario da f auma; promeli de J;azer·


Voz dn Fé.tbna esta publicaçllo; acender durante o mez a lampada no altar da Virgem do Rosario; resar-lhe o terço em comum; fazer a minha comunhAo diaria e tudo que eu pudeste mais para aliviar as Almas do Pureaterio. Passei a nolte de 30 de Setembro até é manha de l de Outubro pedlPdo que curasse o nosso querido ~ugeninho se ele vlesse a ser um dia um verdadeiro amls{o de Jesus, para honra e gloria de Deus. Princlplei . a mlnha promessa no primeiro dia de Outubro sem lnterrupçao. Neste mesmo dia tambem começou novo tratamento o nos10 querido doentinho. Passadas aleumas horas perdeu o movimento de csbeça, e o das perninhas tambem foi desaparecendo lentamente. Os v6mitos cessaram, podendo as11im tornar os meJicamentos e aleumas coJberinhas de caldo. Tres dias dt>pois j4 estava llvre do maior perigo. H-wla muitos dlas que nìio tinha conciliado o sOno e no dia seguinte consegulu dormir pert" de se1s horas seguidas. Graças mii :i Vi1gem Santi~sima. Dia a dia vif -~e melhorar. Ficou ainda um abcesso na pernlnha esquerda, que teve de ser lancetado por tres ve.zes, efeito de urna injecçfto antlga dada oum nervo. No dia 20 de Outubro fol visto pelo sr. dr. Silva, que disse nao ser preciso o uso de mal11 medicamentos, e em poucos dlas !e restabeleceu. Todos satlsfizeram as suas promessas e eu tambem as minhas. S6 n:io fiz a publlcaçAo por me parecer muito dificil. O pequenino fol crescendo a no,sa vista. Tinha ficado muito perfelto e muito e"graçadlnho e completou assim os dois an0s mas sem falar, dizendo apenas mam e mile, eram as duas frases mais cfaras. Completou 17 mezes depois da doe=n,:a e, apesar de grandes ei>forços qae fazl am para o ouvir falar, encclhia os homhro1 e fug1a. No mez de Maio de 1926, regressando seu padrinho de Pau (França), verificou que a creancinha vlria a falar um dia, mas com grande dlficuldade. Confiou-me esta m~gua. lmediatamenfe voltei de novo a pedir Virgem do Rosario da P4ti,na que lhe removesse esta grarde diflcu-ldacte na lingua. Promeli ir a fatimi 11gradecer pcssoatmente, levar urna e~mola e fazer publicaçio das d1:1as graças recebldas. Nos fins do mesmo mez de Malo · Uve o prozer tle euvir do Eugenio Jttlio Cl11re Neves a pronuncia clara e sen1 ~incult1ade. !'Ml ~ Fatim1 e a ralnha promessa. A Virgem Santisaima se digne aberçoar sempre todos aqueles que a imploram corno Mae tlos er fermas.

a

cum,n

Ana da Conceiçao Nevts -=Atel!itaclo

Eu, ahalxo assienado, mldica tm 13storrtj,1: Decl-.ira, /Hl ra t,dos M efeltos, qz,e Eugenio julio ('/are Neves, Ji· /h~ de jvsé Maria N evts e de D . Zulmlra Clc. re Neves, n(ltural do /.of!ar do Estrada,fre2aezta 1,/ rl vanca, conu/lto de Estarr,j,, e de Idade de q111n.-e metes (quando estev!

daente) fol portador (d data em que o vi) de doen.ça erR.ve e de dlaf!nos· tic, complic«do, 11ois o encontrei com - ctntre,c,/lte, tii«rréa verde e rne· niftrite•-c,m 11ertia tia vista e sem n,çl, «o ma11,, exterl,r. Estando ti.ente h• m•i, •'•m mez, /ulguel am ccso peréitio pela strie de compliccçòes •n.contratias. Pondo de pttrte • e,tctt, meningeo por ser conseqaencia ti•s ,utras doenças, conseral, pcu•••s quinze dias, ver que t,dos os Jy,nptomas se atenuavam e que a cre•nç• vinha para a vida sem a mmor •lteraçilo da parte do e1tceplzolo. Em seeuida foi lnstitui· do o tn,t•ment, mtninf!eo e, com satisf•çii.o, em p,ucos dias o quadro symptomatlco er«ve desoparecia oa• r• aparecu , estado normai. Por ser ver•11de, me &tr pedido e ter ohsenado 110 ultimo periodo o doente, pas.,.o este que assigrzo e juro pela minlu1. lumra. Estar,.d•, 23 de Outubro de 1926. Joaquim da Silva Ontra s

curL:Ui

..,

Antonio Francisco e sua muther, do B maco, freguez,a de Monte Redondo (Leiria), tendo seu filho José com um ataque que durou 48 horas, este comt2çou a melhorar logo que recorren1m à Nossa Senhora da f é-

tim a. Sllvi:tfl Duarte, do Rabaçal, em

estado mthuawso, desenganada dos médicus, entre outras coisas, prometeu ir a pé a Fatima, o que fez em Outubro ultimo, por ter melhorado compl~t'.lmente.

Condessa de Bertiandos (Ponte de Lirn;, ), agraJece a Nossa Senhora da FAtima as grandes melhoras à'um doente, e 19or agradecimeoto mandou bapt1sar atgumas creanças com o nome de Maria de Fatima.

J•t!o Rotiri~ues de Sd, da freguezia d·~ B•·itu111.ius ('1\inho), agradece a rapid<1 e milagrosa cura de um filho que o médico da.a por perd1do. Tlnha enterite, ameaço de meningite, principio de perlton ite e f ebre a 40 graus e 3 decimos durante tres dias. EntranJo no quarto urna imag,m de Nossa Senhora èa Fatima, a creança adormeceu e ao acordar estava sem febre e agora perfoitamente curada. Aillio Torrts, de Barrosas, conta assim il cura de sua prima em Outubro ultimo: cMinha prima Narclsa da Conct1çào MariRho, da freguezia de Caide, concelho de Louzada, se f ria ha 4 .,n,,s do estomago e estava resolv1do f ner-se-lhe urna operaçac; perém a pequena, com receio, resulveu ditiiir-se a N0s,a Senhora, e, na ultima peregrinaçao, p;ua ahi partiu. fm Lt-iria, e alé meio do camlnho da f-ft1m1, ainda se sentiu mal. A c, rta alrnra disse para a pessOa que a fo' acompanhar: t:stou bem, e~tou 1,?.; e Hté h< je naJa mais sent"u, deix"u de soke", e, consultando o méo1co, este dlsse-lhe que estava comple,,,mente curada. C'1m0 is'o é a pura expressAo d1 verdaJe e, paru todos que conhecem a peqn.!na, um dcs grandes mUagres

de Nossa Senhora e que talvez seja dlgno de ser publicado, é que o levo . ao conheclmento de V. etc...

.

l;mllla Rosa de ]esus, de S. Martinho da Oandra (Oliveira de A~e-

meia), tendo falecldo um seu irmllo tuberculoso e achando-se eia muito • doente do ventre, estomago e garganta, nao podendo digerir alimento algum nem administrar a sua casa, começou a melhorar logo que recorreu a Nossa Senhora da Fatima e, indo a Fatima em 13 de Outubro com seu marido, corno prometera, sahiu de la ,enthusiasrnada com os grandes fenomeno! que la dìvisou».

Alice Monteiro, de S. M'1mede, conta assim a sua doe11ç1 e cura: cF.az hoje (5-Xl) dols rneus que me sucedeu um desastre, ficando escangalhada de um1 perna, a. ponto ~e todos dizerem que nao tmha mais concerto em vista da f ·aquez1 e da maneira corno me sucedeu, que a escangalhei em tres partes, e corno flìio tinha força na outra, era bem provavel que flcasse inu tili,a::ia das duas. As dòres eram horriveis, causando-me ataques, que custava a ter mao em mim a quem me tralava>. Recorreu a Nossa Senttora da F.itima, e ao fim de m ez j i ani.lava tratando do arranjo da casé:t.

um

Cacilda das Neves Si/va Slmòes,

de S. Bernardino ( \thooitun da l::Salela), que em Março de 1925 i;e ~enti1:1 muito mal com •10res na espmha e espaduas nao podeou·) rnover os braços. Nao podia deit1u-~e nem levantar-11e senao com dOres horriveis. Tendo aplicado vario, remedlos sem resultado, recorreu a Nossa Senhora da Férima e, corn,1 nào tinha agua, fez aplicaçao de cM de folhas de oliveira e carra,queira, que de lé tinha trazido em 1'924, e A sel'tunda aplicaçao encontrava-se perfettamente bem.

Eduardo filho de ,José Z eferlno Peuma ed: Henriqueu_ da Concet-·t çAo, de Calaas da R111nha, de 13 anos, estando com a vhlta quasi perdida fot em peregrlnac;ilo com seu, paes e av6 Fatim'l em 13 Je malo de 1925, pedindo multo a graça de ' melhorar, tegdo fica do com a vista salLla cto<complPtamente bOa, logo local das apariçOes. • foi examlnado antes pf'lo especiatista Dr. Fernando Correla, rl.Js Cttldas, que nada l'he poude fazer.

a

a

Pedro Paulo, de Vìla Nova de Ourem, curou-,c de uma p~rna ch:igada havia 20 aoos, deseuganado de todos os médicos Elvira A. Marques da Cnsta Corte Real, de V1ze111, porque a Vttgem Sa1111(!s1ma Nosse Senhnra do Rosario da Fatima &e digr.ou lembrar-"I! da sua alma ;iflita concet1en o-lhe urna l?raca que <..:nto lhe hnplowu, envia 1OSOO, conform e ltle prometeu, e pede o hvor da pubhcaçao.

Uma filha de Moria r/e Coruche, cbe1a de fé e agraJecimentn p!ìfd com Nossa Sentwr, dp R ,~.\rio da FAtima, e em cumprirn en to da sul\ promessa, pede a publ1c,1ç~o ni Vtz da Fdfima da graça que Noss:.i !5tohora Jhe fez, res{itui11Uo a • i1,Uie 1 a


Voz da Fa"tlm_e, uma pessòa de sua familla. Em reconhecimento envia urna pequena quantia para as despezas do

culto.

Henriqaeta Camacho, estando muito enoomodatla com falhas no coraçào tomou um pouco de aeu1 de Nossa Senhera da Fatima e me)horou imt'-ài-atBmente, prometendo publicar esta graça.

Abrigo para os doentes peregrinos da Fatima Transporte • • . • • •

4 775:000

D. Deodata Amelìa Malato . • • • • • • • . • . •

10:000

lsidro Margues Cardoso, sufragando a alma de sua mae. • • • . . • • •

10:000

Soma. • • . • • •

4 795:000

Jesus, o ~ue é que Vos animava no meio dos tormentos da Vossa palxa'o? - O amor, mlntMs filha. Jent, durante a ft.&celaçlfo estaveia a mever os labios ; ttue diziels

V6s? - Oiiia a meu Eterno Pae: «tende pied~de dos peoadores t ~ Entlio, Jesu,, n~o amaldiçoavels

os Ve11sos carruces ? - Minha filhn, era eu que desarmava o braço vl•gador de meu Pae. Jesus, o Vosso Coraçao nlio estremecia de indignaçlio contra aquelles que Vos es<:arravam no rosto? - NAo, minha filha, eu perdoavalhes. Jesus, e foi por mim que sofrestes tudo isso? - Sim, minha filha, e com amor. Jecus, e que dizlels V6s ao ver a

cru2? - Ah I Talvez agora elles me amem.

Entre dois amigos Uma. alma. o Jesus Jesus, alnda hoje me nilo haveis di-

to nada I Mi11ha filha, é porque ha muito ~ volta dt! ti. Jesus, m~s porque nilo Vos eocontrei eu ainda hoje? - Porque nao fOste onde eu estava. Jesus, mas realmente V6s tendesme muito amor ? - Minha filba, dei todo o meu sangue por ti. ·rar~e-te pouco? Jesus, amanhil bei de Vos dar todo o meu coraçao. - Mas esse ~manila, minha filha, cbegaras tu a vel-e ? Jesus, eu procuro as minhas amigas do munrlo porque o me1:1 coraçao necessita tanto de amizade I ••• - Como, minha filha? NAo tens o meo Coraçao no Santissimo Sacramento? J~sus, eu tenho tanto receio de cai{ no pecado I ••• - Minha fllha, deixa-te estar ao pé de mim. Jesus, eu desejo tantas colsas I ••• - Minha fllha, entao nao te che-

barulhn

iJ.1 o meu Coraçiio ? Jesus, mas custa tanto o que V6s me pedis I ... - Olha, minha filha, a~ui o meu eoraçii~ e la em cima, o CE:lf, Jesus,

la

do altar estaes sempre a

dizer: • vi ode a mim i. - E' verdade, miQba filha, mas, iflfelizmente, nao veem. Jesus, porque ha tantas almas que se pen:lem? - Porque n~o qu.erem o meu Coraçao, mJnh"I filha. Jesus, falai V6s mesmo aos ·pecadores. - Eu nao cesso de .falar, elles é qu-e nào querem ouvlr. Jesus, estou prompto a dar-Vos tudo o que tenho. - Mio-ba filha, basta-me o teu co-

Jesus, m!\s nào estaveis V6s cançado de tanto sofrimento ? - O amor, mlnha filha, di semp're al~ntos novos. Mas, Jesus, era realmente sofrer de male I - No entanto, eu nllo cessava de dizer: e ai oda màis, meu Pae, ainda mais. .. · E Voss-a Mlie, Jesus, tambem hi

estava ao pé da Cruz I - Ah I minba filha, quanto eu softia de a vér sofrer I Jesus, V6s sobre a· Cruz eataveis abanòonado de VOfìSO Pae. - Sim, mioha fllba, maa Elle nao vos aband•nou a V61. Jesus, todos os males

Vos acabru-

nharam. -Sim minha filha, mas s6 um me desola\/a: <O pecada». J~us, qu,o b0rrivel nlio deve ser o infer•o, viate que pua nos llvrar

de la tanto ti:v~te de sofrer I - O princip&I, mlnha filha, é que no inferno nAo me amam. Jes~, quanto Vos deve ter custado o esqueclm-ento e iadiferença dos

home"t ... - Minha fllha, morrer d'amòr e nAo ser comprehendido, é pavoroso. Jesus, chamaveis Vor. os apostolos em vosso socorro? -Cli.amo, alrn, mas ettes dormem. Jesus, qual foi urna das maiores ou mesmo a maior d6r da Vossa vida? - A t1aìçAo ~e Juda11, minha filha. Jesus, os Vo&sos sofdmentos vile salvar as almas. - O pensamooto, minba filha, d"C que, plNa rnultos ba~o resulta inurn, tortura-lille. Jesus, como hel de eu saber que 0.s meus pecooos me fOram perdoados? -Ama-me, mh1ha filha. Je8us, eu t enho tant0 mMo do jul-

galllento I ••• -Mjnha filha, é ,erdade que eu é

que serel o teu juiz mas antes de tudo sou teu pae Jesus,

eu amo-Vos. amo-Vos I

-Ah I corno estt' palavra alegra o m·e1.1 coraçlio, minha filha f

raçao.

Jesus, que posso eu faz~r para consolar o v osso coraça1.1 ? -Mioha filha, ama-me muito. j lsus, que hei de eu fazer para Vos

filba.

amu multo?

Jesus, porque ptrmitis que eu sofra tanto? - Porque te tenho amor, minha

-

-

Antes de tudo, mlnba filha,

sej al-o multo. E depols, meu Jesus?

de-

-Pedil-o muito. Mas ai I meu Jesus, nAo sei sofref' nada oor V6s I .•• - E' porque tu, minha filha, nlo me amas bastante. Jesus, que hei de fazer para ses

urna santa?

- Medita, minha filha, constantemente os meus solrlmentos e as minhas virtudes no Santissimo Sacramento. Jesu,, eu sou Uio ignorante, que devo fazer para me lnstruir? -Que o teu crucifixo, mlnha filha, seja o teu livro. Jesus, eu querla aider de amor por

Vos.

-Minha filha, entra na ohag1 do me4 Coraçao. Jesus, que devo eu fazer para Vos agradar muito I - Minha filha, olio cesses de contemplar as miohas chagas, as minhas feridas, 110 Santissimo Sacramento. Jesus, onde é que os martyres fOram tirar a força de tanto sofrer? - Nas minha.s chagas, minha filha, sobretudo oa do meu Coraçao_ Jesus~ as&tm Vos esquecei& que Vos tenho ofendido tanto I ••• - Sim, minba fìlh~, porque agora me amas. Jesus, eu n!o deixo de chorar os meus pecados. - Essas lagrimas, mlnha fìlba sa.o-me muilo queridas. ' Jesus, o Vosso amen por mlm é uni verdadeiro martyrio porque eu nllo correspondo devidamente. . - E', minha f;Iha, porque nllo cònheces o meu Coraçao. Jesus, agora estou resolvida a do Vas deixar mais. - boce promessa, minha fllba.

J

Flores para o Menino Jesus O episodio que vamos contar teve logar na egreja dos Padres ào Saatissimo Sacramento de New York na vespeta do Natal de 1902 e contado no jorna l Sentine[ d~ssa ~a• siio: "Estava eu s6\inho, de joelhos ahi pela volta do meio dia, deaa~ do trono de Je&us, na nspera do Nà-

;em

taL,

Pensava eu tiio di-a bemdito et'.Jl que Jesus Menino descera para este

mundo. Via-o deitado sobre p.'llh&, tendo a seu lado a Virgcm Miie e S. Josi, seu guarda fiel. Arnbos estavam corno qae transfig1trados , Estavam la tam•ea1 06 pastores maravìlhadoa e os Anjos trazi:am atravé:; do espeço ~strelado esta a;[egre novidade : «H~ Je nasceu para v6s um Salvador.,! Emquanto eu estava mergulhado nesta doce contemplaçao, senti passos de creanças que se dirigiam para onde eu estava a.joelhado.

. Pararam e percebi que mc: que,, riam falar.

Voltei-me e deparei com a mais encantadora scena: quatro meninas1 levando C(da llma llò S braços U!Da lnne::a v..:l ha e p rnco assdaJ 1, mas cuidadosameoLe embrulhad,1s por:

'


Voz da Fatima causa do frio, posto que elas mc.s• mas nao viessem suficientemente vestidas para se defcndcrem do frio glacial que fozia. Todu~ quatro de joellios se bre os bancc, é:ll comunhao, olhavam a Santa Hostia com respcito e amòr. De tcmpos a tempos prccuravam o meu ulhar, dc~cjundo mas temendo fatar-me. Por fim, urna d'cllas, cncheu-se de coragcrn, 11,rroxima-se de mim e dizme ao ouvtdo: «Padre, n6s trazemos aqui isto, dC-o, faça favor, ao Menino Jesus,,. E estendendo a mac, entrega um ramo de flores, acresccntando: «e elas mesmo nossa:,, n6s quatro (dizenda os nomes) as compramos com o nosso dinhciro, na praça. Pcdimos que nos dé~sem mais mas disseramnos quc nestas oca:.16es ha poucas ft6rcs, que eram raras e caras e que nao nos podiam dar nem mais urna pelo nosso dinhcìron. Eu estava v~rdaJdramente comoTido e perguntei: ,Que dinheiro tinbam as meninas ?• ' Urna d'ellas respondeu? cno'i con5SSuimos ajuntar e poupar meio tostao para o dia de Natalil. l>epois d'isto ausentaram se, mas antes de partir ajodharam e abaixa· ram um pouco a cabeça (as mesmas bonecas uveram de se curvar também), disseram uma oraçiio silenciosa, de que olio se ouvia nem urna palavra mas que Jcsus, la da cust6dia, tera ouvido e abençoado, Elle que ca na terra fazia as suas delicias em estar com as creança~. Em ~eguida dl!~ceram pela egreja abaixo e foram para a rua, conservando sempre bem scguras as bonecas. Durante o resto d.t minha hora dc adoraçao, esta scena inolvidavel .niio deixou de passar e repassar deante dos meus olhos. E eu pensava : quanta:; hçoes n6s podemos aprender das creanças : liçot:s de fé, de amor e de sacrificio ! Quantas tentaç6es naotiveram ellas .te vencer vendo nas lojas os brinquedos, 011 bombons, tao lindas coisas e tao belas bonecas de cabelos loiros e olhos azucs ! No entanto olio quizeram gastar o aeu tesouro mas guardaram-no para o Deus-Menino. A exemplo dos tre:i Rcis Mago,, trouxeram os trez dons: a sua e~mola, figuroda no auro; a sua oferta simbolisada na mirra e a oraçiio, murmurada a seus pés e que subia corno incenso.»

u.o

.

- Eu nao tenho re!iglAo e passo multo bem. -O meu c!o e o méu porco tam-

bem.

-=-

-O tempo da Egu ja passou.

-Mas recomeça sempre. -=-Eu nllo acredito aqullo que nfto comprehendo.

-E' por it1so que nllo acre!:!itas t111

aada.

- Os Paèhes tetm um bcm oficio. -

EntAo porque nlio o aprendes?

-=-=-Nao ha ceu. -Para os patiff:i.:, com certeza. -=-

-Nllo ha inferno.

-De certo, para os bons. -

Ninguem voltou do inferno d.

-Isso prova que se nao sae de la mas nao prova que se nao entre pa-

la.

ra

-=-

- No fim de contas, o QUI! é preciso é viver. - Enp,anas-te. Depois de tudo, o que é preciso é morrer. -=-Eu n!Io tenho fé. • - Mais uma razao para a procu-

rares.

Voz da Fatima Deapezaa

Transporte. • • • • . 55.492:600 lmpres~o do num. 50

(31 :000 exemplares) •

713:000

Exped,ente e outras despezas , • . . . . •

355:000

Soma • •

56.560:600

.

Subsoripo o (Fevereìro de 1916) AlcXRnJre Sevtrino Gomes, 20:000; D. Ana ùo Carmo Moraes, 10:uoo; D. Maria J11s Merccs Flores Bra:ail, 10:000; D Tere~u Je Je,us Pereìra, 10:000; D. .M..iraa A 'Ilelia Brun, 10:000; l'tl.;nuiJ Dutra, 10:000; Padre Eduardo de Souza Marques, 10:000; D. Rita do Sacram·e nto Mousaco, .to:ooo; D. Elvira Pereìra da Cosu, 10:000; D. Maria Emilia Que1roz e Lemos, '.lo:ooo; Carlo, Neto d'01tv .. 1ra Barbosa, 10:000; D. Maria GeralJes Barba, 10:000: D. Armanda Medina, 10:000; Padre Antonio Corre1:1 Ferreira da Mota, 30:000; D. Maria da Conceiçao Bettencourt Nogue1ra, 10:000; Ur. Cruz, 10:000; Antonio lgoacio Vic•ote, , 5:ooo; De jorn,,es: D.,Maria du Oores, 193:ooo; Varias pess6as d'llbavo, 35:500; D. c .. rmeQ d'Almenla, 33•:ooo; D. D•llin.1 Maria 1'Almeida, 60:000; Padre Aug1.1~to Durao Alves 50:000; A,ylo de S. Jose, de B,aga, 30:000; D. h:oi,:rac1a d'As,umpçiio Covas, 90:000; F. P1'lho Nunes, 5'.l:5ou; Carmma Vieira, 35:5oo; D Celeste Maria de Souza, 15:ooo; Monsenhor Porti;~al, 1«:000; Pad. Alfredo Abrantes, 17:000; D. Marta da Purttieoçlio Godmho, 50:000; Jesefa de Jt:eu~, 83.800; D. Maria e.la Conceiçiio CalJas, 1l:5oo; D. Amelia e Afonso Pinhal, 3o:5oo; D. Angelina da Concei~lio Soaru Matos Louaùa, oc>o; <.;ustod10 Ferreira de Alme1da, 18:000; f). Emilia Nuno1 Rocha, 27:Soo· M11nuel tl'Olive1ra Borges, 1lie:8,)o, MigueÌ Bento Nuoes, 17:Soa; Antonio V1eira L1:1te, So:ooe; D. Altee Rodr1gues, 30:000; D. Laurinda M.1rques, 5:ooo; D. Anna da Sil•a Barre10; ie:ooo; O. Cesarina da Piedade, n:5oo; [). Maria tla C. Toscano Tinoco, 20:00@; V1~conde de Montedor, 35:ooo; D. Mdrta Fernanda !antos, 1So:000; Caetano Auguuo Metia, Relvu, So:o•o; O. Maria lzab-.J Monta1ro R41tnu, 50:000; D. Ana Augusta Freitas, So:ooo; El1as Ja Salva Macbado, 3e1:ooo; l!>. Clemen,una Rais e Silva, '.lO:ooo; D. Maria Torrn d'Avelar, '..lo:ooo; Paàre Lino Ja Gonct:19"JO forre•, 1'.l:000; D, Mariu Augusta Gome,, 20:000; 1). Rosa da SilYa, :io:oc,o; D. Mt1tJj folia Bo telho, 20:000; Francisco Ged111ho, 100~000 Contr1t,um,m tan- beir. com a quanti:\ de 10:000 reis: B. Laura e D. l\•hriana Morais, Domsn~ot Martin~ Ferremo1, P11dro: JoillJUim Ga10J;1s, D. Maria Ad elaillle Salazar, D. Maria Adelaide Saluar Norton Padre Adriano Dias M11rques, Manuel ùe Oliveira Ruoilo, D. Cr1sUnM Lereno, AgoKmbo Marnnbo Viail-a, D. Cletild• Augusta Te1:a:1:ira i.opes, D. L1ur1nda Pereira, P.dre B,larraino ù Al•e1da P'erreira, B. MermiDiQ d11 l"ooseaa o

,s:

Albuquerque, Padre Jayme Jo,é Ferreini, D. Gualhermioa de SouzJ e Mello Carv11lho, Carlos Silvetra Peixoto, D. Ald;i C. Jic: CRrvwlho, D. Ascençao Bacelar, Padre Jouquim Gonçalves Mar~a;hau, Dr, JMquim <'Mlho Perc1ra, D. Maria MugalhYu Nunes, D. Guiltìermm.1 Guimaracs d'Araujo, l.<.on.r,lo Francisco, Vi,condc de Cortegaça, 1,. An• tonia MalafJia, Joaquim Amaro CarJoso da Silva, Francisco Pcmbo, Manuel Rarro d~ Carva lho, l>omingos Francis.:o ù~ Bd~o, Joa9u1m Gonxa lves. D. Emilia Leìct: d,t Costa Faria, ~ara d:1 Sìlva, Pa1lre Antoni'> Mnria J.1 Costa, l>. Maria Joaqutno T::-vare,; C 1.-:il fa CnProenç.1 J' Almeida Garrett, brtta, !Jr. M,rnuol Jo~é i.le Souza, Dorr.in~o~· Maria Monrciro, D. Adelaide dc Jesu~ Cunha, D. Alzir.1 dos Anjos Rebelo Seholao, D Marta do Ro~àr10 <~arc..lc,~o Saldhla. Lu1za da ::illva dl.l Cura; I). Maria dos A'njo~ de Matos, Ana ravares, D. CHolin,1 P1nho, D. Ana d'Ohv.!tro, D. H.os.i J'Ohve1ra, J) M.tria l.uiza de Souza Delgado, D. Amelia de Frei1as Carvalho 1 D. Maria de Belem Pinho, Amomo Dias de Castro, Antonio MonreiroBalciio, D. Maria Laura Mdrqu~s dos Saotos, O. Anron1a Marques Pri:;111, D. Angelina dR\Conceiçao Martin ho, Lui, Ci~riano Estcvt:6, Dm,ctor da OrJem Terce1ra do Carmo, de Coimbra, P.adre An.Jr111no de Soun Vieira, Or. Antero Ferreira c1e Ma~alh:ie~, D. Elv1r.i Ahreu Malheir•> l\hr1nho Fdlcao; D. M,.ria Emilia Pinto ftr.nduo, D. Maria das 05res Trocado, José Alves Ja Rocha, Padre Antonio Franci~co de Cum!)o~, D. Mari.t Gèrald-, Ferrtira, Mìs~- K:ithleea O'Donnel, D. M11ria da Aisuropçiio Corre1a, Joaqu1m Pereira da Sìlva, D. O ycl"pia de Oliveira Valadas Preto, D. An t Augusta Frci.as. Antonio Rodrit1ues d.i Bela, D. Maria M~nuda de Vasconclllos, D M.H1a T•resa de Jesus Soares Te1xdrn, D. MMia do, Desamparados 6uimarues, O. Aiace Senna Guerra, D. Maria Conceiçao .\thayde e Molo, D. Albertina Vieira !:,in o:s, I> Mari~ de Jesu s l\lura1!, Padre J o,t! Je Mato~ Dias, Antonio Anacleto d'Oliveira, Jo~é d'Olivaira Pcreira, José Maria da Costa Olive:ril, D. Maria Luiza de Souza Ros;,Jo, D. M,tria José S .1 mp1110, Moraes, Julio M. F'ernanJos,. D. Lucrt-c111 Pc:lej1io, O. LucinJa Pires Du· que, O. Henriquct11 do Ro~éno Coelho Ptreira, D. MJr1a eia As,umpçfio Sin:oes S1lvd, Antonio u'Olive1ra Santos, José Domingo, Corre1a, Padre Manutl Tavares de Sousa, D. 8o1atriz de Jesus Ribè1ro Ferreira, D. Leonc,r Gonçalv.:s de Caslro, O. Amdi-1 Maria de Torres Sanlos, O. AJel~ide dc: Souza Chambo:rs, D. Adela1 le J,1 Conceiçii_o Mendes, Padre M~nuel Antonio da Conctl• • çliu, D AlberCJna Per«ira, O. ((ou Elias Ribtiro, D. A.gueda Rosa Gomes, D. Leonor Rou ù.: V1t1:rbo, D. Fl'liriJoJc Maria Je Jtsus, Ana da Conceiçlio, PaJre Vir,llnio L•· J pe$ Tava res, D. Carlota Sdlaailr, n. Juù_ith t Mour<-1 Braz Nunes, Elvira B.trbosa V,em,, D. Jacmta Asrnmpç5o M,rque~, Rosari.t Lu1za, D. l sm~nia de Souza Barbosa, D . Maria do C.:u de Jesus Lope~. Manuel Ribau, Padre Antonio Mnria dos Sdntos Campos, ,l D. EJ ,1orJa Albert:01 Tav ..res .te S:intiaR<> D. Mari.. na !:>antiago So•eral ll1be1ro, D. Mario Jo~é d'As.:ençao T.vares d'Almeida, D. Maria da Giona Tavare, de Soverol Manms, D. Dcdiina A.igu~ta l 11! Pina. •· Ana Augusta Correia, D. Mima José Segurado V1e1ra, D. Oeolinda Jos Reis, D Maria Palmira C. Aort1sta Antu-n~s, O. Olga Nune~ Pereira,D. Maria d.o Canno Cardoso Cabrai, Padre Manuel l)uart~ Netro, D. M,1. ria dos R. Maruni., D. M11ria Joana Martins, -, Gabriel Ra1mu,1tlo J,1 Stiva.

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VOZ DA FATIMA Esrte jornalzlnho1 q u e wae -sendo tllo querido e procuraclo 1 é d;atr5huido

gratuitm•ente em Fétim• nos diQ& 13 de oada .n6s. Quem qulzeP ter o di• reito de o rttof'lbe• dire• otamon"to palo e o.- re i o, ~ t-ar6 de enwh1r, ode11nte• dam•nte1 o m In i m • dar dea mii réie.


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Leiria, 1 3 de Ja.:n.eiro de 1 9 2 7

52

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-[COM. APRO V

AOAO

Director, Proprietario e Fditor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na Un lao Grafica, Rua da Santa Marta, 150-152 - Lisbo a.

Il \

ECLESIASTIOA]

Administrador: - Padre Manuel Pereira dcc Silva Redacçtio e Administraçao: Seminar io de L ei ria.

Ao meio dia e trinta e set.e mi- desde alta madrugada. Ap6s a misnutos a hora mistica do contact,, sa realisa-se na forma costuma.da entre a terra e o Céu nos dias da~ a bençiio dos doentes, cerimonia Apariçoes - depois de concluzidn sempre bela, sempre empolgante,

CRÒN ICA I , TI M A' Y.Sii:~!:t:::~:;: •::;~:o· :~tE~~;;~t:clo: o:;:::·n: da FA 1

..

(13 DE DEZEM~RO)

d~

Ap6stolos-principia a Missa oficial da peregrinaçiio, a ch3.mada missa dos doentes, que é aplicada por eles e por todos os peregrinos, mesmo por aqueles que o siio simples· mente de desejo. Emquanto se celebra o Santo Sacrificio o rev.do eapelao-director dos servita.a reza alternadamente com os fiéis o ter ço do Rosario. De vez em quando, depois da doxologia que remata cada uma das dezenas, ouve-se uma prece jaculat6ria que parte do fon- , do d'alma e se eleva para as alturas, implorando misericordia e perdno, ou uro caulico piedoso e popular em honL·a de Maria Santissima ou em honra do Augustissimo Sacramenlo da Eucaristia. A' Oornunhao muitos fiéis aprox.imamse da Sag1·ada Mesa, a pesar de inumeras vezes ter sido distribuido o Pao clos Anjos dura.a.te as missas que se celebraram ininterruptamente

peregrinaçiio con.. uma singela e to cante pralica do rev.do dr. Marquea dos Sanios sobre a devoçiio a, Nossa Senhora e os deveres do Cristii'.o e com a procissiio do costume organisa.da para reconduzir a branca es tatua da Virgem do Rosario ao seu pedestal na oapela comemorativa das .A.pariQoes. Pouco a pouco os peregrinos dib persam-se e retiram, regressando aos seus lares. Apenas alguns, os das aldeias mais proximas, se demoram ainda até ao anoitecer, prolongando a sua oraçiì'.o aos pés de Maria. E a breve t.recho o manto e!:curo da noite envolve nas dobras das sua11 sombras aquela est.ancia de mistérios e de prodigios, trono magnificente de J esu~ no seu Sacrario de amor e esca belo esplendoroso dt> Maria Santissima, augusta Padroeira <la naçiio. Vi.,conde ,le Montelo.

Manhù fria de Dezembro. Come· turada de sobrenatµral e a alma çavam apenas a raiiir 'IS primeiros tocada de unçoes suav(saimas e imalvores da madrugada, quando -i pregnarla de consolaçoes inefaveis camionette, que nos nanspo1-tava sente-se mais perto do Céu. Oa pe rapidamente a terra das .A.pariçoes, regrinos silenciosos e devotos, cir chegava pela estrada do Alqueidao culam naquela estancia sagrada, de Torres N ovas aos conirafortes ora enchendo com agua da fonte avançados da Serra d' Ayre. .A. ge- miraculosa os recipientes de diverlida aragem que soprava das bandas da montanha fustiga.va os rostos e as maos e intei.riçava os corpos forçadamente imoveis dos passageiros, apezar de "nvoltos ern agasalhadoras mantas de viagem. Depois de atravessada a humilde aldeia do Bairro, que se aninha em torno da sua linda capela coroad,L por um elegante campanario, o sol ergue-se no horisonte dourandc com a poeira luminosa dos seua publicamente na Fatima em raios as cristo.a dos mon tes e as coo povo estavn rndiante e vinba , pas dos arvoredos. Os companheiros de viagem, mel!'.1-bros da Associaçao dos Servos de .Nossa Senhora do Rosario do grupo de Torres Novas, que vao a I ll:uco.ntrando·se e.m L 0.1,r1a. d e v1s1ta . . Fatima em missiì:o de ca1idade para ao prestarem os seus servi~os aos po- 1 Snr. Bil,po, no dia 11 ùo més J)assn.do, nào quiz S. Ex.eia. Rev .ma o Snr. Biispo bres enfermos, preparam-se pela do .Punchal retu-ar-se sem ir até u Faoraçiio para o exercicio da sua nobi- 1 tima. l:ssima tarefa, rezando devotamenOu,·irn contn.r ooisas maravilbos::is date ero coro o terço do Rosario, en- I quele locai privilegiado; queria ver coro os seus olhos o que era. que la havia. cantadora pratica de piedade tao I que a.Li clmrua,•a tanta gente e de tiio insistentemente recomendada a tolonga. · dos os portuguezes pela ·, irgem das E no dia 13 logo de manhiisinba 8. , Apariçòes por intermédio dos huEx.eia Rev .ma. toron o caminho da Fati· ) ma ncompanhado do seu secretario o mildes past01·inhos .le Aljustrel. Rev.mo Snr. C6nego Jardim e do Rev.do l(eia bora mais tarde passavamos Dr. Galamba.. junto de Montello e sut>iamos a la A manhii esto.va fria; a aragem cortadeira que èonduz ao largo terreiro va mns S. Ex.eia sentio.-se feliz e repeO Seohor Nunclo Apostolico tia frequentes vezes: •Vnle bem n pena que circunda :i igreja paroquial de fnzer alguns sacriffoios pam vir a Fn· j Fatima. Numerosos peregrinos de Ilom~nageni da II VOZ DE JJÀTI- timn. ambos os sexos confessaram-se e ou- .MA11 reconhecida pela visita do 'tluaE que é isto afinal ? ... » Encanto.do vem as JlJÌssas que nli se celebram tre Rep1·esentante do Santo Padre, com o panorama do Mosteiro da flatalhn I 1"r6xiruo do meio dia oficial a jgre- Pio XI, Vtgarlo de Cruito na terra, deJ?<>is com a vastidii.o e vnriedade da. O primeiro Prelado que celebrou a pn1s)lgem que cont~pla quern sobe a S >r• S . d ,r. 8 ja fica deserta. Todos os fiéis se ao Santuario de Nossa Senhora do ladeira do Reguengo, oom a. limpidez • m.usa no antuarto ~ .vossa edirigem apressadamente para a Co- Rosa1·io de Fatima. do nosso céu, S. Ex.cia Rev.mn. foi , nhora do Rosarlo de Fatima, no dta va da !ria, onde a multidao aquemaneira. dos outros peregrinos clivi iindo 13 d~ Dezembro de 1926. la hora é mais numerosa e mais sos feitios e tamanhos que trazem o percurso em pequenos trOQOs com a recompacta do que no dia. t reze do consigo, ora oumprindo as suas citaçio. dos 15 misMrios do santo rosa- , paasngem ajoelhn.r-se-lhe din.nte peclindorio. lhe piedosamente que deixasse beijar o mes anterior a mesma hora. promessas junto da capel a das .A.pa- .Ao terminar o penultimo a.ponva-se o.nel. N aquele local bemdito seis vezes riçoes, ora rezando em torno do junto dos muros da Cova da Irfa encaEr11, uma consolaçào parn. aquela Ma santificado pela presença da Rai- pavilhao dos doentes e assistinao minhando-se logo para o p;rande alpendre gente ver um Biapo irmanado com 6lea nha dos .A.njos, parèce respi\'ar-se a as missas que se celebram nos tres dos doentes em cujoa alta.rea celebrava na meamn. piedade, na mesma deYoçlo ern aeguida. no mesmo amor a Virgem 8S.ma. pl enos haustos numa atmosfera sa- altares da Capela nova. Foi a primeira vez que um P~lado ceFoi a primeirn. vez que um Prelado pi-

Sua Ex.eia Rev. ma It~rl.3. o Snr: Bispo do Funchal I na Fatima

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Voz da Fétima

sou a terra da Cova de Iria. em dia 13, 842) ha.via 14 anos qae né.o tinha noti· tomag-0 ha.via mais de cinco meses, con- que alguem morresse sem f..acraornado com os sena habituais dietintivos: cias de um filho que tinha ido para o sultando varios médicoe e usando varioa mentos. dnf a impressio de todoe os peregrin06: Brnzil aos 13 anos e ja la. estava ha 24. remédios, nito melborou. Foi a Fatima, impreseao de alegria e de oonfirmaçiio Nesta conjunctura, lembrou-se de ir em bebeu ngua, pediu a Nossa Senhora, e Ào menos nessa bora, as nuvena na crença que ali 011 levava. maio a Fatima e pedir a N .• Senhorn la mesmo sentiu sensiveis melhorns, formadas pela poeira da vida di,uS. Ex.eia Rov.ma e beru assim o Rev. 0 que moves-se o filho a dar-lbe noticiae, acha.ndo-se a.gora cura.do, atribuindo u cu· pavam-se e as almaa, voltav&m-se Sr. C6nego J'nrdim retirou-se edificado prometendo neste caso voltar em ontn- rn. tii-0 d.pida a N ossa Senbora, a quem deveras para Deus e saiam desta vicom aqueln massa de peregrino&: «Ali bro. jti. foi agradecer. cantava-se, resava·so, orava--ee com ferAo voltar da Fatima. sentiu neceesida, da purificadas e confortadas com 09 von. de de escrever ad filho e assim fez. Maria Carrelra, da freguezia de Santa Sacramentos. «Niio era uma oraçii.o mecanica safda Em outubro nào oons~uiu rfispor as Catarina. da Serra (Lefria), tendo umo Mais ou menos neasas alt.urna esinconscientemente dos lab1os; era a ex- cois-ne parn voltar a Fatima mas preci- sua filba ataques nervosOB que lhe <lavam tava em perigo de vida, tuber,~,J.,.. teriorisnçiio do Coraçiio que alee apresen- sa.mente nesse dia recebeu noticias e fo- as veses de bora a bora, tendo-qe feito ta,am a Nossa Senhora». tografia do filho e familia. a promessa de urna novena e invocado so, um dos homens que a uma VL !a «Nio era urna romaria corno as do cos· Nossa Senhora da Fatima, nchou-se me- cheia de irregularidades m,,ra:1:1, tume; era uma manifestaçio sincera de Armlnda Perelra, de 27 anos, de Vila lhor. maior ·espfrito de hostilidade mauisentida pierlilde O de f~ profnnda. Nova de Outil «tendo, havia doie anos, lrmil M. Ceoilla, do Bom Suoosso (Lis- festava contra o aeu Paroco que lh'o Agrndou a S. Ex.eia Rev.mn. aquele umn. doençn. de bexiga e utero, tendo boa)' tondo caido urna grlt\nde porçiio nao merecia porque era a manst,lao coqjunto de deliciosa simplioidade e en· consulta.do muitoo rnédiros inutilmente d8 t d la te l'antaùora piedade. tendo n.té estado dois meses no Hospital es uque on 8 e ~ ve mom~mt.llt ~- e brandura em pessoa tes, atcntas certas c1rcnnstancias, atri· · . . _ Sentiarse ali bem. Como que se rece- I de Coimbra, pensando-se em uma opera- bue a pro.tocçiio de Nossa Senbora. d'n Talvez o estado de 1nqu11~~,açao hinm ali novos alentos, novo vigor. çii-0, tend0 ja. gn.5to aJguns •'-0.Iltos de Fatima o. nao ter ficado esmagada. causado pelo reroorso explique este ~inp;ularmente oomovedorn. a bençiio reis, antevendo ja os filhos ao desarn· rt di t dos doentes e o transportc da imngem paro, recorreu a Nossa Senhora do Ro, Maria Barbara de s. P. Vlnagre Preto, inso 1 0 proce men o. nrrancnrnrn a S. Ex.ria R ev.ma. las,:rimae sario. da Fatima prometendo la ir em se <le Gouvoin, nl,!;rndece a Nossa Senhora Apesar de tudo, o· zeloso Paroco de consolaçil.o. tembro. Trouxe de la. agua de ,qae fez o ter melhorndo do urna doença e nao resolveu ir visitar· o enfermo ~ disFoi pori<iso que com snndnrle so retirou nplicaçiio e depois de qumze dins e3"' ~r morrido de um9: operaçlio, meli~1ùrosf~- po-lo, se fosse possivel, para a snorcl::lli depois dé tcrminncla n fnnçao e de J tava curada. s1ma sun nòra Mana J'osé a Alme1da V1- te que se avizinhava a pasaos lar· ,isitndo a l'nsa dos Ron•itns com nei insnngre Prato. tnlaçoe~ anl'xas. / Maria do Rosario LaranJelro, do Outei gos. Aquele ranto d(I terra conquis•n.ra-lhe ro dns ~atns (Ourém) estando prestaci Adelaide Martlns Bernardo, . de ProenO doente repeliu-o altivamente o <'Ora('ao <' compreendin np;orn corno ali a sucn!flh1r a urna doençn que nii-0 cedia ça a Nova, prometeu pubbcar duas nao querendo recebe-lo. O pobre nrorrem totlos C6 m~i;es milhares e mi- a med1camentos, recorreu a N.• Senho- grnçns que nlcançou de Nossa Senhora. lhnre11 d<> pere,i?rinos. ra da Fatima achando-se restabelecida / Uma foi a cura do sua prima J'ulia Ber- Paroco com a a lma a sangro.r na i S. Ex.eia Rev.mn qne quiz mostrar de.ntro de poucos dias. nardo quo ba.via quatro meses que 1,ofria perspectiva duma vida perdida para pf'ln aua visita qual n ideia qne forma dos olhos, :riùo poclendo ler nem tra.ba· 0 Céu, ausentou-se. da F~tima apréRMtnmos as noseas mais Caetana R. da S. Ferraz, de Galego~ i lhar e convencida de que niio ~ltaria a Nao estava havia ainda. .llUito i:incerns snudaçòes e os votos mai9 ar- <S. Martinho) vem testemunhnr a Nossa melhorar. Lavando-os duas ou tre11 vezes denteR para que Nossa Senhora ih Fa- Senhora da Fatima duae graças recebi com agua da Fatima, ficaram curndos. tempo em casa (foi o mesmo Rev.do tima torn(I rle <'ada vez mais fecunda a dns. Urna, a cura de sua miie atacad,, Outra, a curo, de um sen irmao muito Fa.roco, quem nos contou este epis6RC'çiio npost.6lica de S. Ex.eia Rev.ma. d_e. pneumonia em oircunstanciae espe- doente, muito preocupado, pensando que dio) quando lhe veem dizer: E ~om ostn. saudaçiio e no. pessoa do seu c1ais. morria. . . . . «Snr. Prior, o J osé Diniz, µedetiio 1lustre Pastor 9uere!°os snudar tnmA segunda a s_na pr6pria cura, ta!fl· Urna n~1te que o VJU ma1S' a.fitto poz.. bem os no11so.s qnerteloA irmiios Madeiren- b~~ de pneumoma «que logo de pnn- lhe Il-O pe1to ?ma med~lha de Nos'la. Se- lhe o favor de 1~ ir». . se& entre quem Nos1m Benhora da Fati· c1p10 n alarrnon profondamente visto nhora dn. !6t,ma depms d!3 um sono re- J -Como pode isso ser se amda ha ma confa numero!!(ssimos rlE'votoe. sofrer do pulm~ _esquerdo desde 191_8 p~rn.dor, tmbam desaparec1do ns apreen , bocado me repeliu? A RedacçA->. I e ser este o atmp;1do pela doença mM soes e começou a melhornr. p l d d t rom urna tal intensidade que nii~ dei- J o. avras . o oen e: . :-cou clu'l':das a todos que a rodeavnm Maria Zaira Morelra, de Cnuas da «Snr. Prior, mande1-o chamal' . . C) . . cle qne _niio re~istiria por muito tempo'. Senhorim •ten~o grandes pnlr,>i~oos ner- porque iato eata mal e, nO:o venha O propno medico que desde o principi, vosns no coraçao qne lhe pro1b1am o des- por ai O das unhas grandes ~frase tentou lltnC'ar o mal por todos os meios canço noturno tendo as vezes de a.bando. d . c~e,i?ou a dizer-lhe que eia 0 ia. deixar nar o Jeito, recorrendo eia 6 sua Mie, p1to~esca com . que es1gnam C' de f1car mal. a No'lsn Senhom da Fatima, começou m6ruo) 6 pTec1so preparar-meli. No dia 26 para 27 (de novembre ulti- logo a melhornr achanclo-se h-0je perfei· Recebidos os Sacramentos nas mo) prevendo o fim 1>roximo mandou tnmente bem. / melhores diaposi,oes, acreacenta o C'harn11r o sarerdote parn a Extrema-Un· d S p · lh P.e José Maria da Costa Parente, Pa- çiio. P ed iu (lntiio a Nossa ',enhora di\ OUTRAS GR AOAS mor1bun o: « r. rJOr, pe<,'o- e rooo de S . Laznro (Braga) cliz..nos: Fntimn. a graça dnm milagre. Passacio$ um grande tavor e é o de fazer coloRecehcrnm tambem graçns e veem aqui car no meu caixìio o retrato de mi•Apre..so-me hoJe (l·XII-1926) a enviar- , cloi11 òias o mérl,co declnrou-lhc que eslh~ esLa c:11rta que um meu paroquiano tnva livre dc perigo». teeternunlrnr o seu ~eoonhecimeuto a J nha madrinha (uma estamp:~ de (Sunio dn Rochn), actualmente ausen Nossa Senhorn da Fatima: l zabel d' As· . te em .Arcos de Val de Vez me reme- j Elisa de Vasconcelos Matos, rie Lisboa sunollo Taborda (dois meses gravemeo- Nossa Senhora dos M1lagre9, pateu. ' (R.. Heliodoro Salgndo, f4-2.o) agradece te doeni.-0) e Maria Antonia Branqulnho, droeira da frcguezia, que tinha. siEsta famflia, a men pedido, fez urna n:ci rapidas melhoras, que ado.eceu repen· de Alvito; Maria da Gl6rla Sllva, de Sil- do designada pelos pais corno sua n~vena a N ..• Senbora cla Fatima a su- tinamente de doença repntada. grave. v_ares, fregu?sia_ de Urr6 (Penafief) 9-ue madrinha. do baptismo que esta plicar a graçn. da saude para a senho tmha umo. 1rma com p;randes complica. ' ra da mesma casa, u.ma esposa 8 miie Hermlnla Nunes de carvalho de Lis çoes internas temendo-se que fica~se tu· ah naquela mala e me acompa.nhou modelo, atn.cada de mt1itas doettça& grn- bou (Caminho de BaL"to da Pe~ha-Viln berculoea. sempre pela .Africa e out.ras partes vee. Candida-34), clepois de urna novena de onde tenho andado» . .Ao mesmo tempo bebeu por varias comunhoes, t'08ar o terço durante um M'arla de Lourdes de Barcelos (.An1ITa), Evidentemente, em troca. Jeeta ve.zes a bemdita agua. do iocal das Apa- ano, etc., viu desa.parecèr-lhe do pesco- varias graças. r;çòes, corno pode ver na dita carta. As QO «um volume que chegou ao tamanlrn atençao, Nossa Senhorn nao permide um ova de patn, sentindo corno se AttguSlo Ant6nio da Fonseoa e Cama· tiu a perda eterna do seu afilhado, melhoras foram rapida.e. Ja dormo muito bem e vai comando fossem umns raizes, que a. indomodnvam ra o niio ter recn.fdo depo:s de nma òoen- o 11ue é de molde a incutir animo por todo o cor1>0 e qu 8 :r ed' ça grnve apesnr de se ter exposto n tra'1. _, 8e m que IUl<la lhe f nça mru. · nuo e 1a aoq b Jh n tantos pecadores e a tantas almas Tudo iato se pasl;lou no dia da oonclu- med1camentoe., a os perigosos. - d · atribuladas pelo remorso de •Uma ano a mesma novena, depo1a da SagraFranclsoa de Azevedo Telxelra, de Ta· d d da Comunhiio,. Lulza Ferrelra Rodrlgues, de Pnredes buaço (Douro), urna grande obti· TI a e peca os. Sobre a naturezn da doençn diz a carta freguezia do Vale (Arcos de Valdevez) da. gral'l't I Quanto maior confinnça nao ,leve n qne fnz alusiio a antecedente: •Nao «tinha um nascido na curva de nma. per_ _ _ __ _______ incutir aqueles que a teem e trasei corno descrever-lhe 0 quo se paseoti na, eentindo. muitas dlkes, animando-a ,. o . . em noesa ca.sa a ml\Ìo da novena em sua fi!J1a a reoorrer a Nossa Sennorn do tam corno Mae e que, na 1m1taçao dennte: a minha doentinha que eetava Rosario da Fatima, come,;ando urna noJ das suas virtudes, procura.m viver perigosamente enferma, sofrendo de tu - vena e co!ocando pnnos oom terra do locomo filhos dedicados ! do, cornçiio., rine, figado, eetomago1 eto ca.I dns Arnriçòes sobre n parte doente sofria dores horriveie, nao podendo dor'. no fim de poncos dias acba.va-se comple'. mir nero de dia nem de .noice... , tamente curadn, nito voltando a sentir dor alguma. \ Laura Lima, de Beiriz <Povoa de V a.rz im) que tendo ido com •menS& dificnlAngela Agular de Lourelro, das CalVieira é urna nopulosa fre•-·nesia d J9 Fat· t b dns da Rninha, «tendo recorrido a Sant!e.t' .., · ac a ima em on u ro u1timo, ten- · v· (com praia de banho~) enCJ"'Vada do de la eatar deitacia em um colchào sirna irgern o a.o 8. Coraçao de Jesua "' " d~vido a.o seu estado de fraqneza (ane- e tendo feito. uso aa ap:na dn Fatirnn., na cél ebre Mata Nacional de L eil'ia, mm geral, neurasthenia, pnrnlisia de um e sta cnrada, ha jfi qnisi dois :inos de hoje concelho da Marinha Grande. ' lad o e te .. ) ao voltn r eeniiu-se has- renmntismo de quo sofn'a. A vi d a agiiada e errante dn maiotnnte melhor, apesar dos p;randee inco· d 1 - d. modoe eia vingem. Eia me11ma confessa Lulz~ _Joaqulna, do Vnle. Sobreiro (Cn· na a popu açao, ispersa por quasi que a bençiio do Bantfssimo sentiu no rangueieira) nchanclo-se mmto apoquenta- lodo o mundo, a sua convi venc1a E' rigorosamente exigido que, em scn corpo urna sensaçito extraorclinari:t dn C'e>m nm grn nde !umor que lhe nnsceu com meios onde a parte mate~ial e todas as igrejaa cat6licas, se consere certo bem estar. O que é certo é qui! em urna pe~nn., nao pode nclo suportar a vertigem da vida moderna, <thsor- ve acesa, dia e noite, uma lampa~a, no , fim de tudo ja voltou por seu p~ ns clores e nao obeclecendo a medioamen,para o carro poeto que um pouco am tos . • lembrou- se de N · se.nh ora cl i\ F a- ve e apagn a parte espiritunl, tor- deante do S. S. Sacramento. parada. / hmn, l~voo tres vezee a pernn com agua na cada vez mais dificil incuti'r-l he Sao naturalmente curiosas as drt Fatima, encontrando-se curada. Pro· habitos de disciplina e f azer que. creanças : tudo perguntam, tudo Margarlda Lopea, de Vila Nova de meteu ir . comungar a Fati'!'a e resar aquela gente pratique com re<f"l tlari- querem saber. Àcompanhado por Gnia, tendo espetado urna agulhn em um pelo cammho., com a fnmfha, em voz d o· sua mae entta um menino numa dedo, sofrendo muitas dores, atribue li altn 12 t~rçoe. ade a religii.ì'.o. Al L d • h . d L No entanto o povo é de boa i1:dole igreja. A l ampadasinha, que a.r de protecçi'io de Nossa Senhora n. cura, tenvaro ouza a, marin e1ro, e eça }L t · 1 do eafdo a agulhn depois daa novenns de Pnlmeira, agradece a N. Senliora a e u t:m, m~1s. ou menos atunte, deante do altar, excita-lhe a curioq11e fez 8 de ter usado da agua da Fa- «cura. repentina de 11m terrivel reumatie- , o espir1to religioso, prestes sen.1pre sidade e prende-lhe a atençao : tima. mo11. a o.parecer, sob retudo nos momentos - Minha mae, pergunta ele, para que serve esta lampada? Maria da Conceiçlo Maohado FragaMa nuel Alves Garcla de Martinrbel dificeis da vida. telro, do Porto (Rua Heroes de Chaves, (dioce..se cle Portalep;re), ' sofrenclo do esHa cerca de trinta anos el'a r aro Se, co:mo este menino, nos per-

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Voz da Fa\tima

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guntasseis: - Para que serve esta · E' o de nos representar e aul•sti- , -Olha, Blu,_ Nosso Senl~or çem agora dia.a de bençào. Para que olhar palampadaP tuir junto da sagrada Eucaris~ia. ~ tua alma, da-se tod~ a tì, vem do Cé1a ra o passado, se éle foge tanto IP a Terra por amor de t1, que é que tu fa- E t l d f -1· ? E' ·to Qual a razao porque se poe ,1eanSe por um excesso d e amor, J e- zes p,. s ou onge a anu 1a mu1 te do aHar? sus Cristo, se digna habitar entre -•Eu peQO-lhe muitas ooisas: qae me j provavel que, se procurar um pouco O que significa? Para que esta n6s, numa morada construida por faça boa e que goste muito ~as meatras. mais acima, desde jé. a encontre na acesa, tanto de dia, como de :J.ùite? n6s; se Ele quer expontanearuente ~onverso oom Ere a pedir-lbe tudo contemplaçao do mistério, no regoziResponder-vos-hiamos imediata- , ser nosso visinho, nosso compatrio- is~~i1as pedir na~· é awadecer, Blu. jo cristiio da Festa. mente, que é uma obrigaçao, que ta, niio concordais em que temos o Entiio que lh_? dizes, quando Ele estiver J ulgo-me, momentaneamente, susnos foi imposta. dever de manter relaçoes com Ele, no teu. CoraçaoP·:·" . penso no tempo, para mais facil. d e t ermtna . do, I v1s1 . ·t.an d o-o, prest ando-lhe as nossas I -•Est.a -<D1go-lhe obngada1t . N a verd a d e i 01-nos bem.mmto E' feio a gente ser in· men t e me po d er associar a i odos os sob pena de pecado morta.I, que de homenagens e testemunhando-Jhe o grnta. Mas entiio nào tene nada que lhe leitores e com todos passar o Natal noite e de dia, conservassemos ace- nosso reconhecimento? dar em t1:cca pnrn 11,e mostra.rea que do Senhor. sa, pelo menos uma lampada, deanComo as necessidades da vida ma- g.?a tas muito que Ele venba ao teu CoraVamos diante do Presépio. V08 te do tabernaculo. onde esta o SS. ierial, os trabalhos, e os cui1le.dos çaQ~e tinha ela coitaditaP cantaisl' Eu canto iambem. A vossa Sacramento, e este preceito é rle tal nos neg6cios nos absorvem o tempo -O ooraçiio?-Ja era todo de Jesus. alma cheia de reconhecimento nao modo imperioso que o Soberano e afastam da sua presença, e ape- -A almaP-Sim; mas quo era isso pa- sabe agradecer a vinda do Menino, Pontifica, Pio IX, recusou-se :1 fa- uas, em cada domingo, fazemos nma raplhe "t~decerP BI b que é Deus? Confesso os mesmos em_ . ,. t l ensa 1va por urr. pouco, a u es o- b S . h ze~-lhe qua1~uer excepçao. Era ~al cnrta apançao no seu emp o. o çava depois O sorriso dos que ~iio sabem araço~. e mm a alm~ contempla a 1mportanc1a que dava a esta pie- Hospede dos nossos tabernaculos es- que responder. o Menmo, em pnlbas de1tndo recordosa pratica que, segundo dizem,' tnria condenado ao isolamento, se j. Entiio, semelhante :io professor que do-me logo das palavras 'de S. ele proprio se encarregava da con- niìo Cossero os anjos que lhe fazem quer do_ a~uno deternunada resposta, " J,ofio: « O Verbo .,e fez carne e habi- d as l ampa d as, que ar.J1am . ms,ste. a guard a .d e h onra, duran t e a _nos- mastra -•Eutiio E'.e da-se todo, t-Odo 3 ti, tou enlre n6s». E , porque S. Paui.ervaçao deante do SS. Sacramento, no sel1 1:10. ausenc1a, e esta larupadasmha que lhe has-de tu dar? ... , lo, ua epistola aos Galatas diz: oratorio. que, de noite e de din, arde ante o --A n~im,queria eia ter ouvido ma i uChegada a plenitude dos tempos, Para que serve a lampada? nltar. em ve?. chsso O mesmo sorriso de ha pcu· Deus enviou seu Filho ... para nos Para indica; :is pessoas que _en- j E' uos impossi':_el estar con11tan- co. «Entiio nao lho hns-de dnr o que ~azer sPus filhos adop~ivos .. . E por tram. na IgreJa, que, J esus Cnsto temente t:1m adoraçao e orando, dean- t,ms de melhor a Ele qne é tao teu ami· lsso o homem niio maid é escravo esta ali presente. te do SS.mo Sacramento, pois bem, go' Niio qucres p:i~11r-lho ngrnderer-lhe mns filho, e, portanto, herdeiro: Se por curiosidade entrardes num ()sta l 11 mpada, perpetuamente ucesa, I nsi; 1 pelu ruiseric6rdia de Deus», a mit emp1o prot est an t e, nao - vertns · l'a substitui -« ms quero.... . . -nos · -«E que é que tu tens. de melhor pa, n h a a 1ma. enquanto estou a·iante d o esta luz, porque J esus Cristo nno D1ze1-nos, nao é tao agradavel ra lhe ofcreror, com que lhe ngradecerP I Presépio, procura o Infinito e coesta ali. pensal'mos que soroos, em cada. mo- Que tens tu de que gostes mais, que lhe mo ave de azas lassas, cai e~ si Lembrais-,os daquela estrel.L ']Ue mento, quer de dia, quer de 1l'1ite, poR\snBslcln.r em Pllf~p,. mesma, nao podendo compreender . . magos e se d eteve represen t a dos d eant e .d e N. osso S e. rapente. n poz-se t u do, e~b,o:a smta . . gmava os re1s De coms.,r1a. olbitos temos e bria 1guma coisa 08 sobre a pobre morada onde estava o nhor por asta luz misteriosa, que lhnntes. romo qne envergonhadn. do niio deste m1steno de poder, de sabedoMessias que eles vinham adorar? - tiio bem simbolisa a fé e o nmor? ter _mais n,nd:i., responde em dOC'& mur- ria e de amor. . S6 P ~rec1~ _a • os q ue cont ri'bueru para o e.us- murio· -é Ele... A incarnaçao do Verbo ! 1zer-lhes: - Entra1· :_ est' ah. Pois bem, a lampada que , lunn- t?nto desta lampada, p6dem e ,pe- / 'Fl ao dir.or ist-0 viu du:i.s lligrimas " I Leitor amigo senteR a alma posna o altar diz-vos: - Esta. ali o nnientar a doçura deste pensnmen- salti~r pelas _faces ~fa mastra._ sufdn de amo;, porque dian.te do vosso nmado Salvador Esta ali real- io. - E Ele, s1m, mmha quenda, e que Prese'p1·0 fantas ' te i · · 6 n·1 lh f • 1as o que se passou · · mente ~res~nte no tabernaculo, sob .Ali~~ntando :ima lampa~a, n~s re::!s ~%s \m a!e ~ : ; na gruta de ~elem. O Menino mais as aparenc1as do sacramento euca- santua~ios cat6ltcos, a IgreJa nao pela tua romunhiio; que niio tena mni<J lindo e terno e amavel com frio ristico. Esta ali ... Por consegu:inte faz mais do que continuar as unti- nada com que _lhe. agrndecer diitnamente e a chorar. .. ' C'onservai-vos recolhidos e prestai- gas e venera.veis tradiçoes. 'E Ele fira so.tisfe.ito, contente... I t _ é d lhe as h omenngens do ~osso respe1. P or ord em .d e 1tf01s . és, os .. t'lh s o nno . .tu o. d : os . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . . . .. . .. .. . . . 0 que mah. nos A eve 1~press10to. adoraçao e reconhec1mento. de Israel, dev1am trazer azene (de 0 que é esta lampada? oliveira) purissimo, para perl)9tua- ~i n dina na Noite. do Nata! Jes~s nai· é sa~er que a es~e Memno est, E' um simbolo de J esus Cristo. mente alimentar afl lampadas, dean- desoto. nqueln alma i.nocento, nasc~a substancialment~ _un1da ~ segunda ~ 1 d Al' N dentro dela mas enoontiava·a bem mais Pessoa da Sanbss1ma Tr1ndade o N -ao se apresentou Ele, ao m,1ndo t e d o •tlt b ernHCU o a 1ança. u- quente, bem mais suave do que O Presé- V b A ~ . , ' coma luz. a verdadeira luz a luz merosas e magniffras lampaduA es- 1 pio de Belém. er 0 , ~ que esse .1Yienmo e Deus. da vida, lumen vitae que '<lis'lipa tavam suspensas no templo de JeC'orno Ele havia de_ fie;a~ contente ao Deus feito homem - et homo jaas trevas d A O l rusalem embora O Senhor ali nao ,·or. a candura, a s1mpho1dade daquela I ct1ts est/ A natureza buninna unJda , o err e nos reve a as . , _ . almmha... a Divindade I verdades 1icerca de Deus das nossas ha.b1tasse, senao ero rmagem e sob Ah I Senhor sinto inveja daquela canalmas, dos nossos deve:es do nos- os simbolos. dura... ' E' um dos grandes mistérios da so destino? Eu sou, diss'e Ele, a A sagrada escri-ptura diz-no:. ,1ue, Fnzei-me, _oh Jesusl simples <'Omo a nossa Religiiio. luz do mundo». Ego .!um lu:e ?n11n- quando os ap6stolos consagrav:im a P?11d1 bn, C'antlidn. corno_ 8 neve pnr:a que, Se me perguntardes se o compre1 vm o no men rornçao, encontre1s noie . Junto . E · · . a1:· e a luz que bnlha a,, a1- ,ucans~rn, se acendinm la1;npa_das nli;1:uma coisa que vos ngracle, e ele se endo, !espo_ndo 1ue _s6 un! noto de tar, recorda-nos as suas palavraa. no Cenaculo. E ap6s os pr1n•e1ros nào pnreça com o frio e duro pres6pio vnlor mfm1to poderrn sai1sfazer a O que é esta lampada, que ali- séculos foi este uso seguido na.s mns nntes com ? Car~çi1.0 desta rrMnci- justiça infinita; mas nem n6s nem mentamos em frente do taberri/4.cu- igrejas. nha n _qne ha dms quizes!-69 _des<'er. os anjos serinmos rapaz"es de imagiFaze, qae nn. noS'Sn. m1sér1a nprenda. 1 10 P mos n ngradecer-vos com a oferta real nnr que, pnra Anlvar o homem, E' um testemunho da noss:i fé da nossa alma. do Nosso Coraçiio e so- Dew1 se fizesi,e homem. E, se isto da nossa veneraçao para cem n ~ bretuclo da vossa proprio. Essensia. A niio imnginariamos, rnuito menos o . melhor p11gal que vos podemos d11r sols podemos compreender . S aera.ment O. TIa, sem d UV1'd a, metOS V6s S enhor superiores a.queles, meios mais ex• • • ··· Se me perguntardes o que é que celentes para honrar a sagrada Eu(JH:lstorla veridica) - - - - - -....+ - -.....,..le,ou Deus a incarnar e a nascer, caristia, e poremos em primeiro lu}.fenino, na lnpa, nquecido pelo ba-

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gar a comunhao e a assistencia a COMO DAR GRAçAS ~,·~,,~ fo de animais e recostado em urna santa missa. rnanjndoim, apenas vos direi: sic Porém sustentaremos tambem rnim Dew: dile:xit mundum ut fique esta lampada é, a seu modo, Era. :t tardinha, no jnrdim dum oolégio l i11111 suum iwighiitu111 daret. Dianuma pratica do ctùto, que presta- / de provincia, em vesperas do Nata!. --te do Presépio gosto de repetir muimos a Jesus Cristo no -seu clivino Umn Pi;?fessora. prepara~a para a V tas vezes e saborear a suavidade n mais pequenma, dna !llunas, Ch amo a- mm · b a mem 6ria · um d es- <l nqueJas pal".. vras d e S . J oao: de sa.cl'amento, a qual ' e.testa a nossa j Oomunhao aquele botiiosito que ali vivia j a ba crença do dogma da sua presença tempo, e a quem todas conheciam po-· ses pres{>pios, mnis on menos artis- tal modo Deus amou o mundo que real, e os nossos sentimentos de «Blu». Licos, mais ou meno11 cheios de poe- del1 o seu Filho unigénito. piedade. l\Iuito vi~n e inteligente, a Blu tinhtt sia, que tenho visto. Xo Menino estn. a Luz da Luz, O que é finalmente esta lnmpa- pena. de nato reoel ber a Nostso Sentho.Dentro de miJu acordam as notns Deus verdadeiro do verdadeiro corno as ou ras a unas e mes ras, ~ an- l d · . · . da? tos ped:dos fes que, emfim, o.lcançou a egres. os canbcos_ no Menmo. V1- Deu!'l, por Quem todas as c01sas toE' a imagem da alma cris•,à. j lic!nça para fazer a sua Primeira Oomu- vo . e smto o regoz1jo da Festa. E, I rnm feitas, o Verbo, imagem suAcles essa chama al1'mentada nhno. . . mu1to naturalmente, a saudade do bstanrial do Padre, a segunda Pesve Ia faze-la na no1te de .:>fatai a trussa t empo que vn1· f ug1n · d ·' d T · d <l S , · D ·+à____fl . d com o azeite, que da luz e calor, a me n.-no1~ue n1egnn--e pensava . A o, sem que Ja- ,;on n. nn a e nntiss1mu . , o . eus O ia no seu vestid:nho branco no véu e .mais torne a ver, e a lembran~a eterno. E naquele Menmo uniramd eante d o a 1tar, que consta.ntemen' ' 80 d f ·1· F bretudo, na grande felicidnde de fina.lmen- a ami 1a, nas ~ésperas da 1 ~sta, j t,e tu,o intimnnH:n!e que for.n:am te se difunde e consome, em hon- te ~r, corno 111, outras, n Jesus no seu Co- sobem em meu pe1to e me anuv1am. uma 110 Pessoa o fm1to e o Iniin1to, ra do adora.ve! sacramento? raçao u . E ~ professora zelosn e piedosa, ia-lho . .a.1.as eu ~no vim diante do Pres~-- Deus .e a c~eatura. S6 ~ Onipotente 0 E' simbolo da alma que, ali- m$nflnndo na almn. aquele espirito de j p1_0 a renv1var saudades, a carpir poderrn unir o que desde toda a mentada pela graça divina, ere, es- profunda piedade que n vivificnva. mrnhas maguas. Os anjos passam em eternidade estava desunido e, assim, pera, ama, se dedica e sacrifica .~aquelo._ tarde, emquanto c<!m os sead revoada e, la das aliuras, gritam fic-aria eternamente porque O abispela gloria de Deus. top1dos ra1os o sol lhea aquec1a o corpo ·t . h b d d ' D Qual é entno fim da ia. n palaVTa da mestra · .ncendendo eJri' gn_ am nos omens um rn o e _es- m~ q_u~ Repara o horuem de eus O lampada amor por Jesae a alma lnqaeln creançi- pe1a11ça e, portanto, de alegrrn: P. mfm1to. do santuario? , nha. Tratavn da a~ào de iuaças. / «Nasreu o vosso Redentor !» Sito I Mas o amor atrni-0. O amor ten-

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voz da Fatima

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r. rand1·oso EspectacuIo

Candida R . Martins, D. Beatriz M. Gui- receiar e o capitao era bom nadade a comunicar-se. E no Amor inIIU\riies, D. Angelica d' Artayette Lemos, dor ... finito essa tendència é infinita. U D. Carminda Tavares Guerra ,d' ~~Mas eis que de i:epente uma. ond_a de, D. Julia de. Silva. Neves d Olivem_1. terrivel se levanta e a.rrebata os do1s Deus que J...~ se tinha . comunica.do D. Ismalia Bastos Messedet, Emygd10 indi.rectamente por meio das obras Gomes da. Silva, D . .Alda Bayley Ban- esposos que desapareceram para semda criaçiio, comunica-se directamenNo dia 12 de Setembro deu-se no tos Justiniano da Luz Fuzeta, Cnrlos Jo- pre . . . te a.o homem, na Incarnaçlio; e, por -.fex1·co u.m espectaculo comovedor i.\o 'Viegas, !fosé l\:foria do_ C'armo, D. _LnDeus nao dorme, carissimo l eitor. • .ll eia Pessoa Dommgos S1moes, Ca.i<:nano meio do homem, que tem em 81 ma- e digno dos aureos periodos de fé Costa Bar/os, D. Maria Emilia Palma E ai de um. que se atreva a brincar teria e espirito, Deus marca o sinal da edade media. Doze mil pessoas Leal ]'rancisco Sarmento Pimentel, D. com Deus !. .. do Seu amor em todos os seres cor- de todas as classes foram descalças, IIele'na Rodrigues, Francisco Correiai D. · · · Maria da Conceiçiio Fernandes da Silva, poreos e espirituais. em peregrinaçiio de penitènc1a., s.o José Antonio Gonçalves d' Azevedo. Joeti E olhando para o Menino J esus Santuario de Nossa Senhora de Gua- d' Oliveira Dia.s, D. Maria C~ar~ Silva nao julgueis, leitor, que J?e~ . se dalupe, paàroeira daquele infeliz Lobo Henrique Ellas, Joilo Ribeiro, D diminuiu. Deus é eterno, mfm1to, Mari~ da C. Mendes Godinho., D Ester · · d' 'f Le R.etord Guimaries, D. Am&ia. Pe· Omnl·sci'ente, onipotente. J esusb é paiz. A policia nao impe lU a ruani es- rez Abranches, D. Sofia Regali\<>! Anto egual ao Pai em divindade, em 0 - taçuo, mas vexou-a. Sob o pretexto nio Rodrigues do. Bela, 1?· Ade~1de 1:l,~· r~, emquanto homem Lhe seja infe- de se assegurar que os cat6licos nao mos, Cunha Reis, D. Maria Morerra Vie:• · O Padre niio é teu amigo, nao te r1or. levavam armas revistou-os a bem ra, D. Clai:a F~nan~es Veloso, Dr: Do- da roupa nem calçado, /dizia um . t' · d n· · da.de . ' rrungos Pulido Gnrc1a, P.e Antonto de , · t t t p 1 V h A uniao ipos atica a lVlD. dizer um por um. . . . Jesus Gonçalves, D. ,Esmeralda do Ceu ministro pro es an e a um e e- era natureza humana, alem de ser um Este vexame arbitrario mais afer- 1Pires u. Margaridn Martina, Joio de melha.. acto de amor incompreensivel , é um vorou a piedade dos peregrinos. Souz~ Sa, Janu~rio Mira~da, _D. Ce~ili11 Este entreabre a cam.isa. para deiacto de poder infinito. Diante do N enhum padre esta.va presente, Correia Costa, José Antonio Fia~. d Al- xar ver o peito e pergunta: · · . , que O cul to pub] 1co · ~ meida, D. Helena de Carvalho DmU!, D. E' s ,lU capaz de !ab er o que se P~esépio 1mpres~1on~-~e o esforço , Ja estu. suspen- 1Maria dos Remedios Xa.vier Proença., D. Maria da.s Dòres FreHas, D. Maria Ro· passo. no meu coraçao? . m1lagre de omn1potenc1~, que Deus so. fez para se ocultar. Cnar a.a estre0s proprios peregrinos sob a dire- drigues Macieira, . An_tonio Serr?-s, Custo Nao, responde o mm1stro proteslas encher a terra e os marea de tcçao de ~hefes improvisados resa- dio Bento, D._ Fehsmma Cav~lel!o, D . ~- lanie admirado: vida é por assim dizer, proprio de ram o lerço e cantaram canticos a BranJco lfartLnd s,FJc:,sé d'vOhveipra PEeuren!Pois bem, replicou o selvagem, é ' d D S • ra. oa.qu1m a •onseca az, .e · h Deus. Mas escon er eus ~ ua Nossa Senhora. co' de Lacerda Pires, Joiio d' .Araujo Mou-1 no men coraçno que o omero ve~M:agestade e poder num Menmo é Em todas as igrejas abertas reno- 1rilo, D. Ana de Sousa Menezes Macho.cl?, I tido de negro, o Sacerdote, depos1acto, de alguma sorte revelador, va-se O mesmo espectaculo. D. Maria ~ugenia Sarmento, Antonw la 08 presentes que me da. dum poder mais alto. Custa menos Nào ha padres Nao ha. culto. 0s Bento RodriDguesI,dJl~sé Gcombees daMFonseÌ Quando me confesso ele lava o . · t. · · . ca Fra.ga, . a ma a. Qa., anu _ d J ao neo viver e mos rar-se 0011;1° neo sacr:5.rios estlio vasios. J esus partrn. Ferreira. Filipe D. Maria Emilia Pires . meu cora9ao com o sangue e esus I e grande senhor do que viver e Através de todo o mé:xico é urna Antunes Luiz 'Maria d' Oliveira., Alfre 1 Cristo. mostrar-se como pobre e desprezivel. corno Sexta-Feira de paixao que se do Tava'res, D. Olimpia. ~~nlia Lea.I P~Quan do comungo, ele coloca J eSe alguem duvidar é porque ignora I prolonga. triCu'ciod, nD. M~fJ~nnaA PatTr1?10,. D. DAnAtomme-a sus no meu cora\iio. t f · rn o . .u ar1n, na ente,ra., . d . quanto. po d er, q~an es orço exi~e 0s crucifi:xos l a estlio e as imagens lfa Lo~es de Mendonça, Antonio do 9011O teu tabaco ar. e e esva.1-se em a humildade. E e .um acto de omni- da Virgem tambem. E a seus pés tn Pé Leve, José n·as de Alme1dn, fumo, os teus vestidos gasta.m-se e polència o hum.il har-se Deus até se milhares de preces ardentes esca- Dona Lufsa ~ugusta c1os_ _Santos rasgam-se, mas os present{ls do Sa' . Rrandii.o U Maria Ba.rhnra S1moec;, D. d f, · f azer h omem. pando-se de coraçoes angustlados, Elvira 'Gra~a Zngalo Vieira. da Silva, cer, ote icam coms1go e eu espero Gravemos bem esta verdade em sao depostas para que a. paz e a li- D. Rosn d'Almeida Vieira. Lopes, P.e leva-los até ao Céu. nosso espirito e ja nifo nos escan- bardarle seja restituida ao M:éxico. Marcclia.no, Nata.rio, . D. Maria _GeneroResposta verdadeirarnente sublidalizaré. a fraqueza òe Deus, que Deus se compadeça desta infeliz 8 ~ de Menezes d',\l meid!l, I>. Mana Caro- me e que prova que Deus revela aos h t 'bul que _ · lma. de Rarbo~a Pereira cle ,Melo, D. h ild . · t em f rio e c ora '!1um es a o, Maria Pio de Sa Os6rio de Andrnde, Da- pequenos e um es coISad que 1 naçao. ,as estrela.a jalumiam a.t_ra.vez das ___ ________ _ _ niel ,108 S11.ntos Tavares, Manuel Lucio oculta aos orgulhosos. fendas, on d e o vento 81'bl 1 a. cle Andrade, Antonio Evaristo da Silva ---Lei tor ami go, desejaria que me I Bnrtolomeu, D. Maria do _Li~amento companhasses mais una instantes. H~rta., Snlvndor Nunes d Oliveira., Jon a Qmm Ilonorato, Jn:vme dos Santos Ro· Olha atentamente para aquele clri,zueR, n. Ali1' e Gnrcia., n. Lnnrind,, Menino que ora sorri, por entra ceaPereirn. T). l\foria Virtor·n Albuquerque ms e lumes, no fundo do Presépio. --Vnsronrelos. Niio te diz mais nada, além do Uma pequena. colegial revelava. ta.is Despezas Subscreveram com 20$1)(), n. Maria sen amor, poder e sabedoria? gosto.s de vaidnde que sun mae est.ava -Se Deus se fez Menino, é nosso Transporte do mes anterior . . 56 492$60 Tinoro, D. l\foriana Rosa Palmn M.n.t~, alarmada. Esta. recebeu um dia uma car• - r • D. Maria. da Piede.de Rodrigues, D. F1· ta da f,lba. pediudo-lhe um espelho. irmuo . CompOBiçio e impressa.o do n. 0 d L 1 :Xao ·;~sta a menor duvida. J esus 51 (31 :500 exemplnres). 724$50 lomena Vasconcelos Figueire 0 , D. au, ul\.linhn f1'..ha., respoudeu a ma.e, em vez é nosso irmi'ì'o. E' verdadeiro Deus Expediçii.o, frnnquia e outrns ra. Teixeira. Correia Bra.neo, D. ~fnrin de um espelho, receberas triìs. No priYerdadeiro homem. despezas... .. . ... ... ... ... 450$00 Iria da Veiga Moniz de Couto P ontes, meiro veras co que tu és ;• no segundo, 0 D. Ma.ria Jos!S dos Snntos Moreira e D D. co que tu seraa;» e no terce ro ro que tu Por isso, no Menino de Belem, eu deves Ber.» · l 'f' "' d Soma. . 57.667$1') Matilde Clara da Fonseca, 15$00, . Espa.ntnda, a. menina, perguntava a si vejo a ma10r g on icaçuo a nossa Felizminn Cavaleiro, 12$50, D. Rosa mosmo. o que aquilo queria. dizer. Emfim naturPza. Verbum caro factum est Mencles dns Neves, Antonio Matias da a eneo monda cbegou. A toda a pressa, a -o Verbo fez-se carne. E a carne, Subscriçào Costa e D . Mar·a da Piednde Adriano men' na abriu n. cnixa, e tirou um magniunida a Divindade, senta-se a direiAntero, 15$00, Fortunato Marques dos fico espel110 onde se mirou, toda. vaidosa, tn do Padre, acima òos c6ros angé(Ma.rço de 1926) Santos e D. Etelvina ·rorres da Costa, emqunnto que urna voz interior lhe dizia: O que tu és l liros, nos resplendores dos santos ! I , . . . . 12$00. D. Etelvina. Mendes d'Oliveira e Voltou òutra vez a caixa e tirou outro t d Presépio curvemo-nos Contr1bwram com ~ :1110.ntia. de dez · D ian e _ 0 • ' escudos para terem d1re1to a receber r D. Julia da Co~·eiçiio &pt;sta, :$00. espelbo, em f6rma de caveira. A mesmn voz lhe disse: O que tu se1·as I com a razao humilhada. por nao po- jornal pelo corre;o: D. Maria. José da Mns no fundo da cnixa, ainda. havia der compreender todo o mistérfo. Trinda.de, D. Maria. das Dores Darbos11 J qualque-r coisa. }Ias ao mesmo tempo, olhando p ara Co.rreia, .J?· Maria ~arlota Ferro Muri A j6vem colegiol tomou o embrulho, e ,, · f'tn do-O devemos per- n_ello, J~1nto da Trmdad~ Braz. D.. A1a com as mào.s trémula.s, desembrulhou o o menino _e 1 n . r1a. Sn.nc1a. Soares de Me.o, D. Cr1stma outro espelho que desta vez representava guntar: ate nos amantem quu non Abrnnches do Sovernl, D. Maria dos ... a Snntfssima. Virgem I O que tu deves redamaret: quem niio ha àe amar Prnzeres Amarnl ~ol?8s, D. Lnura Abransèr I disse-lhe a voz da consciència. Quem assiro nos amou? _ pergunta te.s de Amaral Ohvem1,, D. ~zabel Abran_....,;,;. , tes .Amara.I Gomes, D. Mana do Carmo que ha de ser um es.ti mu1O para, Landnl, Dr. Luiz Andrade e Silvit, D. 1 com o cora\ii'.o enternecido, nos asso- ~fargarida E. Teixeira. Barbosa de Abreu , Foi ha ja alguns anos. Um tal sr. ciarmos aos anjos e aos homens que D. Clotilde _Ra~oso de Scusa ci' .Alte, Rui Davis, c~pitiio duro vapor de pei!ca, profundamente reconhecidos, feste- Vaz de S1que,m,. D. Guadalupe Roqu~ · N Calado., D. Eugema de Sant'Ana. Rodri· tornava banho na praia de Mathes Jllm o a.tal do C3enhor. gues, Eduardo da S. Amado, D. Ma- e lemhrou-se-pensamento verdadei1 r :a Candida da Silvn Pninho, Ago11tinbo ____ _ _ _,.,_,....•.,..,..,_ _ _ ____ Tomtts Correia, D. Julia Amara.I, D. ramente satanico !-de fazer uma saA:fa do Céu Pimentel Ferreim, P .e Au- crilega parodia do b1tptismo. ConsisEste jornalzinho, que vae gusto .fosé Ferreira, D. Elisa Silva, Ma- tia a miseravel brinradeira em dernuel J osé Faria. dP Sa, D. Ju lieta R osa ramar champanhe sobre a cabeça sendo tao querido e procuVieira, Ayres Gomes, P .e Francisco An . duma sobrinha, acompanhando a rado, é distribuido gratuitatonio da. Silvn Valente, P.e Rodrigo Lu iz Tn.vares, D. Francisco da Cunha Sou- cerimonia de ditos blasfemos. A esto mnior, D . Dulce M. Pereira.. D. MariA posa, toda espevitada e enva.idecidA. mente em Fa.tima , nos dias Transporte... ... ... .. ... 4..795100 Viotoria de Magalhiies Co.utinho, Manuel servia de m adrinha entra as garga- 13 de cada mes. D. Teresa de Almeida MnacaAlves Boe.rea Teixeira, D. Ma.ria Coulina l hadas da multidao que asssitia a inrenhas ................. . 10100 de Matos, D. Laura Vargaa, Nuno AlvaQuem quiser ter direito de D. Lucinda Me.griço Coutinho ro Pinheiro 1 D. Irene Duart~, D. Gui· digna diversifo. Agora escutai o resMartins ................. . 10100 lhermina Lacerda, D. Octn.via. G. Cau da to, carissimo leitor : Uro ano depois o receber directamente pelo D. Arminda de 811 Dia.a ... .. 6100 Costa, D . Maria Caldas, D. Francisc11 -no mesmo dia e a r)10sma horaD. Joa.na Emilia de ll'aUJ"e d' Almeida Vasooncelos de Noronha, D estavam os dois esposos tornando ba- correio, tera de enviar, adiViegas Coet11. Branco .. . .. . 10100 Teodora de J esns Costa, D. Ma.rin de antadamente, o minimo de Figueiredo, D. Snra Mudat, D. Alioe Mu· nho na mesma praia. O mar estava Soma . . . 4.830100 da.t, D. Albertina d'Artayett~ Motn, D . serenfasimo ; nada parecia haver que dez mii réis.

Boa resposta

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..... -Urna encomenda interessante

Voz da Fati·ma

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VOZ DA FATIMA

ABRIGO PARA OS DOENTES PEREGRINOS DE FATIMA


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Leiria, 1..3

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de Fevereiro de 1..927

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_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ,_,-_,, [COM -APROVAçA.O

Direotar, Proprietario • Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na UnlAo Grafica, Rua da Sula Marta, 150-152 - Lisboa.

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ECLESIA.BTlC.A]

Adminislradar: - Padre Manuel Pereira Reda,-rao e Administrorlio: Semlnàrlo de Leiria.

da Silva

ns còmemorac:oes religiosas dos suces- e devoçio dos romeiros, vindos, muisos maravilhosos de l?titimn. tos deles, de longinquas terras, soOs fiéis, apesar do frio e <la chu- frendo resignadamente as fadigas da ,·a, acol'l'e ram nèsse elio nos pés da viagem e a inclemencia do tempo. Virgem do Rosario mais numerosos Junto do venerando sa.n ct.uario de 1 ùo que e111 igual dia clo mes auterior. Maria., rezando e cantando, el es reviOs E'II fennos uao ocnpavam li teral- goram ns energias cìu. alma. e o promen le o rt>tinto que lheR é reservado . prio corpo parece recobrar alento pa• :Sao sP '°ia nenhnm grande doente. ra a Yirg-em rlo regres:,,o. Depois da ùenç-ao c·om o 8untis:;iOs servi tas cle Torres N ovas e de Leiria, 1l e,;t>mpeuhavam f'Oll1 o zelo e es- mo St1.cramento, primeiro aos doenpirit o cle sacriffl'io tiue os distingue, tes e em segu ida a todo o povo, sua,i multiplas E' vnriaclas func:oes do biu a.o pulpito o Rev. 0 P E'reira Gens, paroco de Ourem, qua falou longaseu minislrrio. Wun.,i ,lois Jii..._tros sao pussados de- I peregriuos em assombrosas e renoYaD es<le u madrng-,Hlu celebramm-se mente sobre a clevoçiio a Nossa pois quc a Santissima Yirgem, Au- dai, manifestac:òes dt> fé e piedaéle, rnisAas 110s nltares du capela nova, Renhora e a pratica das virtudes gu8ta Pa<lrneirn d e Ptirtugal, se di- hypnotisando sobrenaturalmente :1:, t·onìu nguudo mui t as c·en tenas de fiéis e-rista.a. gnou apnreee r numu rndiosa ,-isoo cle Uma hora mais tarde na solida.o da heleza divina, a tres humildes e inoimensa charneca, reinavn um silencentes t'tea111:.1-. un esteril charnet·a cio profundo , apenas intenompido do planalto de Fatimu, onde apenaR pelo brando ciciar de umu prece ou de long-e ern loug·e nH1ieja a, urze e pe.lo <'t'ho longinquo de um cantico se ergue timida e enfezada a azinheipiecloso enioado por algum peregrino ra brava. retardatario. Neste longo periodo ja. decorrido, V iscondc de l1I011tello. a s gn.u,a-, e ben,aor. do Céu choveram copio~issimas sobre as a.1mas fervorosas dos crentes que de todos os pontM ilo jl:1i1. Pr orrr ··nm em pieclosn romagem uos pés de Maria no santuario dn sua prE'dilecçao ou que, da II VOZ DA FATIMA,, volveuclo o pensamento para esse local bemdito, eleva.ram maos suplia Sua Emln.cla Rev.ma canies e sentidas preces até ao Corao Sr. D. Ant6nio Mendes Belo çlio materna! da Virgem. N umE'rosas curns de loda a espeCardlaP}atrlarca de Llsboa cie cle doenças e enfermidades, muitas delas confirmadas com o testemunho inecusave1 de clinicos abaliO 110:1so querido e vn1era11do Sesaclos ·e ctt> todo o ponto insuspeitos, nlwr Palnarca dc L i.~boa c.~ta i11t1atestam claramente a misericordia 111amc11/c a,q,rnc,ado ao Sa11tuario cle incomparavel da Mae de Deus e a ,Y o# a S,•11hora rlo Ro.,cirio dr Fl,tiverdatleiin ,~1 '1 nipol1"1cia de que Ela ma . gosa junto do seu DiYino Filbo. ,1 P,iti111a, antes ria rc.tt1111raçifo da C'ontudo a esses prorugios de bonn,m·ru tir Lr,ria l' IIL J.918, pcrtcncia dade, uos milagres cle amor, a essas ,i juriul1çfio rfp Sua E:m ine11c1a, u nouras cle cegos, tuberculosos, paralido no tempo do sabio ,<1011er110 do ticos, l'Uncerosos e de t.antas outras Sr11l10r Patriarca q11(' 110.t dias 13 de vitimas das mil misérias fisicas que 11111 i o n 011t11 bro dr 1.917 .~r rleram os aflige1 , r in· ·!" l"" , ,,~ corpos humam·o11t1•c1111e11im qur emorwnaram nos, sobrelevam a.s assombrosas curns I I Pori ugal i11te 1ro ori_q111a11do o m ovimorais, as converaoes de milhares de mr,,to rrli[Jio.~o a este lunar bcmàia lma~ que, depoiR cle urna exislento quc d,•sdr entno trm oumentndo cia pas:mda na esernvicliio do perado rl e ano para ano. o no clclirio das paixoE's, 1:1e voltam para Deus eomo o filho prodigo e, prost ran,lo-se t,os pés rlo sen ministro para confessarem a s Rll aR ('Ulpas e alca uç-arem o percliio éleRejaélo, se le,;•fin tam para a rehabilitaçiio pelo arrE'pE'nclimento e pani a expinç;ào por urna vida morigerada e exemplar no Eminentfssimo Cardeal Patriarca de Llsboa <·umprimento dos deveres e na prati<'ll ~la~ v . irtu?es c_ristiis. ~ almas, fascinan_do e cap tivaudo doce- .A.o ll'~e!o dia solar ~rincipiou ,a misTrl\nsporta ........ .... . .. 4.830500 . 1' ahma, la esta, corn o _um. l?ad1 ao mente os coraçoes. sa of1:1al da peregrrnaçlfo, n chama- 1D. Maria Bas to de Vnscon<'eloR 10$00 nnorredouro de ternurl\ tni1m1n cle cla M1s11a dos doentes. O Dr. Mar- D. Leopoldina. da C'on<"eiçiio NuMiirin pelos iilhos de Portugal, co• • • ques élos Santos dirige do alto do pulnes Lobato ... ... ... ... .. . 2$50 mo um polo mag-netico Pspiritual , A 13 de janeiro, na Cova da Iria., pito a recitaçiio das oraçoes e os can.atrnindo irresistivelmente milhoes dE' rea.liso.r am-se na forma clo costume Hcos piedosos. Comove e encanta a fé 4.842$50

CRONICA da FATIM A (13 DE JANEIRO)

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HOMENA6EM

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I A~rigo dos doentes Peregrinos da Fatima

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Voz

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da Fatima

<lo 1le tre mns pc•ns1111do ,\o mt•~mo 1 ,·rrn/i.1s,ìo gcml ,inimtJu-me muito, e fez-I -E' para o ser .. d -Sempre tem c~ .. n _urna ... u h 111 e rfr 111,e tod(J.1 110 11n111do tinhamoa 1; 1H 1t:ela ltriin ·' · 1 . -Ollrn senhora ,u.a.rm eu a..., a poum ra paz mu I to <las nos»ns re n~·oes, u ma r, 11z. , • t bé ' , , Di.~s,-mt ta11tbeu1 _que _forasse nie1~ m~ co tempo nm m ~omunga,a so urna vez 111, rn virn naseer O que por varias oir~ur1<1bnc:ias j-i niin vin dc hh. muiio ncn- ,.;,1 0 cont 11wita pac,,.ncm, que era a ,ni- por ano. ~{a~ aql!' oa nn~ ~aS~'\do fora.m • • • bara 'itt> mo :1ar indircc·iamentt• umn. tre- n/la oùri!larào. . os snrs. m1ss10na.r10s mm a erra como l'ara i_He ffr11, acon.1elhou-!1ie que Ji- vocemeco sn.be. llllltHlt\ liçào ciue me nprcs~ei a coruunicar a minhns filhas. zrMr n11 ~1tas co 111 trnlt0es por eLe. . . -Sim, t.amL,ém la fui alguma.s vezes. Rie tinha rnziio1. .. .Fiqt,l'I entélo certa que fora ,la 1gre1a -Pois bem nessa. ocasiao calhou a préB' hl po~si,·el qu<l uma alma piedosn, nuo ha Jelicidade. • garem do. comunhiio o tais <:oisas disseram mas 11 vnlor deÌXl' a~~irri poluir o corpo -Fui vi vendo couw pude, Jaze1id,o sem- quo agora comungo, muita.s v!zes no mez. ~o dia 13 dum dos ultimos meses do 8enhor i~udaclo no Rou pro1lrio cor- pre a dtliaencia 1,ar'.1 que éie fosse bo.m. -Pois olhe ,eu cii é que nao mudo. retirM·a-me eu para a casa dos servitns ~ ,I ntla,•u eu um <111t, tratahdo dei hda -Pois fnz mal. A gente bem s.abe que 1 10 a tornar algumn. coi. n. e pelo caminho ia. la possh-el quo dentro da alma se cle 111111/,a rasa, muito triste e atribula- niio é tiio santa que mereça. receber a pensando na grnc:a incomparavel que o guarclP o que no corpo se '-'xpoe tao da ,,, ao mPsmo temvo l'tJtlf~mpla_ndo u111 Nesso Sonhor mas graças a. Deus ta.mbem Senhor acabara. de fnwr-me viado habitnr despudoradn.mento? .. . Jilhwho mr.u que am1la nuo tmha 5 nào tenho consciencia de peca.do morta.I. ,. . d apn,riga Fo- <tìios . Nosso Senhor bem sabia quando insticorpora.lmente em mim. I 1 n "Ontade de me esconder com Ele ',quE't com peni\ o.quo a r · · SS S t 6 hnv· .. _ sont.l·'" •· ra talvez hòa mas n,zorn o SC'nhor niio T•l.~te andai·a 1111dto atare/a d o /aze ndo tum o .mo acrnmen o que n s 1...1\ dar-Lhe ~l'~os, muitaR gr~ças por t~o cstiwa nli a vontndo. 11,,na c.ru-e, com tloi., cani(os, cruzando mos do ser assiro porisso ja. se niio a.dmiSentin.-se humil11ado no· ver-se expolitO mn no outro cotti. um grande prego e ra. que a gente lhe leve as rnzès umo. imgrnn<le J'1nor e ia-Lhe pedindo perùao da friezn com que O acolhera dentro de as ,·i!.tas da rnultidiio corno outrora. no u1n martelo. consegufo a muito custo fa- perfeiçiiosita, um poca.do venia!. E' a. nosmeu peito. pret6rio ou no '('alvi\rio. . zé-la. .-1caùaJa e.,{a ·c11fre!}o1i-ma di zen- sa miseria I. .. ~fas parecia-me ouvir o Senh?r dizerPohre J esus! E oquela nlma. iulg,n·a-se do: -fuma,, nliie um-a. cruz. -Eu é que niio comungava assim ... me hnixinho la dentro: «Nii.o filha.. Eu tnlv<'z muito quericla de Jesus por sentir Enttio ·«ga1-re1-a e g11nrdei-11 1,1arci ,ne-Diga ca, o que é qne vocemece fa.z cor~prccnd_o e nceito o. tua boa vonlade. no çornç1io àrder-llrn um pouco daquele nwi·ia. quando esta frn.ca ? ... Va, pai:n Junlo dos meus doe;tes consola- l\fectn terno e sontirnental de quc• 116s ns Mai., mna vez me convenci que tinha -Como. 0 los . dize_r-lhes as pitln.vras oas que mo mulhoros somos tuo ricas. de lernr co111, pacic.11cin. a crm: que Deus -l~oli; é O que eu fuço para a minha a.lqu1r1as d_izer. . L b lb 1'em cuidado E ha tanta alma qnc> se diz piedosn. e me cnviou. ma.. Dou-lho alimento muita vcz parn ela. gora _e P1:8C)SO ra n a.r. se npn•~l'nta assim... ... ... .. . .. . ... ... ... ... ... ... ... ... se ir agnentando e pnrn se fortificar, se en, te uno d1ss1p!lres. Recolhe-te mesmo a E ha tanta nlmn 1>6a que assiro ex-pf,o n lis vezes comete alguru pecadito venia.I. trabnlhar e ofere<·e os teus tra.bnlbos a ' l'a.,saram-se t6du$ esta., scenas e ou- _, L:i porisso tem razi.io ma.s o peor é 6 . 88 1 rueu Pni em uniiìo com os meus mereci- J } i; no seu pr prio corpo... - . tras mais, e eu co11/or111ada com a vonta- saber qun1,1do é que ele é vanini ou mormE'ntos. ~iio te dissipe.s. Niio espnlhes a ],, hn. tanta alma l(Ue a. gen_te nao sn- de de Deus. tuu alma pela. multidiio. Reserva-a para. be a quem ser vi"!. .. Se n JesuS, se ti moJiJni minl,a ca~a cu, minhas JW,as e ta~Nosso Senhoi· é pni 8 ajuda. a. gente Oli rloc11tinhos a quem te da... . · a lnnandade do Sa- para nào cstnl'mos sempre a comet er pecaEra Jt>sns que re1nava naquela? ... Que- 11w 1•1'd o per t Pncuwws m im e para t ro ere-lo mns era tiio fraco o seu rcinado, !7rado l.'orar<ìo dc Je.fu& e de Nossa Se- dos mortais . consagrnt. 0 "· 11h,o,·a. . Ma.s quando ?- gente tem d~'"-ida.s vai... ... ... ··· ............ ··· ... ... ... ... tiio dohil o seu poder... Dt> repente oil"c, alguém a snudar-me. Pùxlndo e moda nào se contrndizem 'f~do,, usci~nwi a medaLhin!t~. Meu se confessar e. fica. t~1rlo resolv1do. . quando a. mocb é, diiz;nificadora mas qunn- 111ar11/o trazia-a r.,con~ida po,qu~ _éLe, -Ainda ass1m hana de me costar mm- Miuhn senhorn !... - Atleus Juli o. C'orno estas tu? ... En- do eti1 rebaixa entiio sim. i11/Pliz111 e11te, ndo v_raticava a rellgillo, to. . A piecln.de, pelu c-nlLo da Yirtucle lovnnta ma.~ 110 l'lllanto tr!izia-a sem 1' ,yaber. · - Est,i (1 ngana.da. Orn experimente e tiio por aqui ?... - Jr,' verde.do. Eu jii lhe CODlo. ,, C"ialtn., espiritualiza. ; a mòda. reba.iim e I V_e11clo _e u um dut que .il/e a,i d ava mm, \·era c-omo so ll('~stum_a. E com o olhar c-hamou-me a. atençiio aviltn. quando corno es~n que para af im- to in11Juciente co11•10 di' 10st ui!1 e, .~em ,!a- Ai 1 Eu podu\ 111 comnngar tanta rnrn alguém qui' nli porto orava. muito pern fnz perder n mnlher n mais linda, h-r JHl1'f/ 1te 111a1)C 1rn lhe l,au,~ de fazer vez? I... Ocus me liv re I. .. a mni!'. rica. das joias que a. podem o<lor_ a l'Onl1ule, ler ci unw ,ioua /tilia de d~z - Olhe cu a.ntes de. comungor ponhorecolhida e do joC'lhos. 'I': o pudor. Piedade sem modéstia, sem lJ<!'ra 011 :: P auo~, a Sfa. Comimh~~ nove me sempre n pensar msso, a. pensar que - Sabo quo me vou ca.sor?... 1 - Sim? pudor s<'m recnto niio é piedaclc verdn- dm.<, /JUl"II a.~.• 1111 , por e.~ta _mcm l'Ila, re- uào sou digna de receber a Nosso Se~hor - E' verdade II foi por isso quo vim cleiri\.' 2,<tl'tt1· o~ pecados_ de seii 1,a,. . (e é verd ade) mns dopois pego a cl1zer~ Fatima. Viro pedir a Nossa Sonbora ('u~tou-me mas afinal tinba raziio aque1'J11 c11·11mpanhP1-<L tw .~1esmo acto rnd0 lhe quo tenha pnciencio, que hei de v~r que me ilumlnasso e a minha futura mu- le r1tpaz. alr,11 ,/1·.~ta, lnclas u , 111 .es quc me fos,<e se para a outra '' ?Z ,:onho m~lhor, ~n.1s lher para quo n6s nii.o ton,assemos este , Picdnde? ... Assim ?... 110.<.<11·1·/. • paciente, mais cantai.i va, mais hum!lde, e..c.tatlo contra a vontade de Deus. ì\t.)niem !. .. » l'ouco ,lr110~~ de acaùada_ a nouena da mais pura, mais modesta e que me aJu~e -Bravo( Assim é que procedem os rapaT:'111" Ul'l'itu 110.,,u /1/ha l'rlO a mcu marrclo uma doni- a comungar com fpnor, e la ,·ou ass1m zes sérios, os ropaZ<'!I c·at6licos corno tu. ________ ..,_..,______ ('IL qur o /wt, .rnfr_r 1• bastirnte. ' . com pona de ser tao indigna, mas no mes,I r,ora, 1•u 1Jo/rta nl'to o seu mau genio, mo tempo com a esporança de que N. Se- Niio esteja. a. brinca.r. - Olhe que é ma,Y ,le o ver so/r er! . . nhor mo niio leva. a ma.I. a sério. Foi s6 porisso que ci( vim hoje. Pensai muito anies de me deciclir a. cal'ro(uruva todo., os rne1os de o. anima.r -E depois n5.o fica. com medo cle ter 1 1 1 sar muito mais antes de pedir a miuba. 1• cle o co11l'rrter. ('ontaw,1rU1e 111111ta$ coi- ido comungar indig na.mente? ... noi~a. e ngora penso a.inda porque esta.____ sas de N.• Senhora. -Nào ae,ihor a.. Humilho-me muito deJJaua-lhe Uvros relioio.,o~ para_ ~le ler. ante de' N. Senbor ao com ungar e pe:_'(,. mos a tempo, eia e eu. - Pois bem. Nosse Senhor hn de abenf'o11ta-nos u1111t 71ru,,inciana do ,,eguinUm c/ia estando ~i, mais ~ueixoso ga- Jhe que me abençoe e a meu marido e çoRr a vossa. uniiio. Haveis de ser felizes. te modu, 1t sua i11terrs.mnte hi.,toria. nhei ,·omgem 1>uz-~hc. ao_ pe!to a . meda..- meus filhos e fico-me para ali a. fa.lar _ E' que eu niio queria. por sorte umo. 1,Quando recel,i 11or 1neu r,ral'ido, um ll~inha que até ah .trazia escondtda; e com Ele ... a agradecer-lhe p.qu~le fa.vor corno nqnela. de ho. pouco, que ostava. a. jouen de que eu m uito gostava, pensai>a dt~,,e-llte: ~dem co11Jwn~a que a S.ma de vir morar em mim ... a ouvtr o que rezar 1:t além. 11iuita.1 oezes: mmra 1,avemo., de zan- Virgem ha-de ser servida de melhorar- Ele me diz... - Porque?... gar. Para miln tulio ermn ro.,a., e nem tc·n. -Entiio Nesso Senhor fa.la consigo? - Nào viu corno eia tra.ja.va.?... sequer me pa.,sava pela ideia que cu rtJEle rntdo aceitou-a da meU1or von.ta-Co migo 8 com todos os que comun.,eiras tambem teem espinhos. de. gam. O que é é que algum~ niio ouvem ou - Entao? I. .. Era. uma senhora.... - ... a moda... de rapa.i I Aquilo niio Pouco depoi~ do nosso ca.samento ~o- S.• Senhora queria que i!le so1ibesse niio querem ouvir O que Ele lhes diz. me servia.. Ou ' bem mul her ou bem ho- mecei a compnendcr gue o 111eu 111ar1do gur traeia a 1nedallta a.o peito. Pouco de-Pois ol he eu nunca. O ouvi e gosta.va era d111n genio muito esquisito. Procurava pois romeçm a melliorar, tanto da doen- de o ouvir ... mem. Gente ma.scarada., niiol - Mns estava tiio recolhidn.... bem a diligencia de o compreender-, ,n.as ça romo do oenio. -Ma!- olhe que Ele nno fnla assim co-E o ca.belo cortndo ... a rufia?... nlio era poasivel. Vivia muito desgostoaa, ·1i;,1o parece o mesmo, e&ta completa· mo n geute ... faln-nos na alma, no coE as saias que, de joelhos, mal lhe tocn- ds ueeu pcnsai•a q1u quando ti-v_e.,se~os mente curado, e ai11da conserva ao seu r!l.çiio dando-nos bons desejos, pensamen\'Om no chao?... filhos, talvez /ile mudasse. N{io /01 assi!", peito a dita medalhinlta que éle me&mo tos santos ... censurns pelos nos.sos defeiE o decote que lhe descobria o peito e r,ois q1ie tivemos /iiho., que èle muito [liie com as suas proprias maos. Los e anependimento pelas nossas fa.ltaa a:< costas? ... amava, graças a J>cus, ma,v o ge1iio conE.,pl"ro e,n neus que a nào deixe e as vezes (Ele é tao a.mavel...) até nos E o vestido que procura.va mostrar o tinuava. 1,1ai.,. . agradece ns nossas boas obras. l'cnsri alg uma.v 111•:r., cm o drixar, ('<, 111 0 lJl'u& I, bom, como Ele nos e1uma -Q uero tnmbem ouvir a "N'. Senhor ... corpo todoP... E as tintas e os p6s que !be cobria.m a mas u 111 a voz da min.lta consciencia me a t, l'ar a 11os.,a cn11::, 7101s _que ,wma rruz I Mns e u niio O com;igo... . fnce?... dizia: unào dei,o Jaz,r se1,iell1a11/r cofaa, 111orrt11, E/e para rtos ·nm,r e suh,ari,. --Consegue sim. Basta recolher-se muiXiio, minha senhora, aquilo niio me ser- porque ntio 11ie é perm:itidon. to na ocasiào de eomunga.r e pensar na. , in! Entao ouvi dizer que llavia umas mu-a • • gl':t.nde grnc:a de ter a nous no seu pei- Coitada 1 E' urn a vitim11, da. moda. lhi;,·i,.~ que .,aùfom 11111ito liem fazer resas, to 8 vera ... - Sera, mas tolo sera. o quo se tornar curar pragas e mal do inveja.. Lembran~1 - Mas afina.1 isso siio nos momentos ... dtima deln. . _ . do-me q11e éle sof r11,u ~ualq11er dn,e, ~~U deµois fica-se na. mesma ... -T11 lvez te enganes 1 Juho. Nao v1stes maln, imediatamrntr Ju_t ~er c~m uma - Ah! Experimente com intenc:ao reedela.i vinclo miutu aatisfeita, 1uLoando I I I ta e coraçiio puro: sem pecado mortai e corno eia estava recoll11da.?... pnra ogrndar a N. Seohor , experimente - R ecolhida ? ... . D e que vale fechar os quc ~ 111 "" marido ÌlL cigora. /aePJ·-.•e muiolhos se esta despida. . fo ,nrlhor. ---as d!>licias da comunhào frequente. - Emfi.m ... é la co_m ela. ?oitada.. Ma., pnro en(lun~: /oi o contrnrio. E_u Como a gente se sente outrn_l Nos dia.e A hri!);adas pela un8a dos servitas, na em quo coruungo pareco q-ite vivo no Pa- A m1nh9: é que nao é a5:>1m. Te_ra to- qup ,np nlio podm conformar, pen.,e1: dos os defe1tos menos a. 1modestia no talvez ltaja outra qtu .m,ba melltor, por- (.'o,a dn Tria, con1ra urna ~huvnda. bati- r aizo ... vestir. q11e e.•fa j,i e.,ta ,,,.l111i._ . da do ,~orte, cluus mu lherz1tns conversaQue forc:a e corngem nas tribnla.çoes I l);_u,.rcrn,-me qiu ha11ia outra (Jue ad1- n1m n.n11gnn~lruent1•. _ Que pn.cioncia no isofrimento I Que facili- Os meus parnbens ! - ... e acabou .d~ comnngo r ngora... 011\ 1 1,~m querer_ e~~a. con~ersit IJU~ vou da.e.lo para a virtndc> I Comungava todos 1-inl,q,•u tudo O q111' _,,. pas.,a,·a na., /<1_ Vés, bem rltzia eu que t~lvez te en- 1 m ilu,.•. . roproduz1r ('>Or ~ J~1lgar ut1l nos le1tores os dias se niio esth esse tiio longo da gnnasscs; E' umo 3:tma de Pl<'dndc... Vi1,in e.,ta., a m1tilas lé!711a., dr distan-j ria uA Voz da linl1mn». igreja. Ponho-me ,ls vczes a pensar que - Piedade? ... Ass1mP... da dn 111i11ha tcrm: Se111 qur 11acfo me ...................................... se poclc cli?.cl' entiio uma. coi<111 que Sii.o :M'entem I. .. . . p11 ,._,_.,, dificuldud1·, e ,iiio_ sali,,n<lo que ,J_ti c•omtmAOU?, _ . _ Paulo disse de si pr6prio . .Eu niio acred,to na p1edade duma. me- Nrrn, rniwu co 11 /,-a,·ins ti lei dP ])r11.~ traN_iln ,,Ernhora. En 1~:10 so11 d:g~a.. Nao -O què? orna, duma. senhora quo se a.presenta as_ trt loao dr me 1,r,,, n ca1111nlto. E. ru- ~ou tao s;llltn qne po,su com11n~n1 · -«Nilo JOU eu q iLe ,•ivo é f'ri.~to <L'IL6 vi-sim, . d i 1111f1· ,lr cilryriu, pr11.mr11 : 1111oru de.~ta Nem eu. _ n, em num /n -- Mns deixemo!'l lii a pobro rnpnrtga. l'ez ,: que cu J11i a /onte Umpa. . - Flntii.o lambe~t 11110 c-omi~ngn ?... . · 1 -Nùo faida a mnih pcqucna iclein. do - 1:t>m muito quo faze_r.. . R_,•almrnt_e 1w., d ia,t .w!7estionfdri, 1u_l- . -,H ro1n110,z11u1 ... nitorqu iu I\ p rtmci- que 1110 disse ... Bem sei que ~U NA.O - Um. P?llCO: l.enho n.li alp;uns doentes a11r, que tinlw r11cont,·ado 11or este meio lii, . _ , . . SOU OTGN..\ ma~ ... vou expenmontar ... para. nss1st1T. . <I minha frlic 11 /atle, q1u· depreMa arnbou. - lh z que nao e d1gna e fo1 romun- .\ hl entiio a.de us .. De hoJe a um mez Jh.,ta 1,f z o mru so/rime,,to atc.n, ni /ou, gar!... . ···o'"c1~~·e,: ch~m~~-n·~~1~ .. a· -~~t~o .. 11q11i lhe nprPs cntarei minha mulhcr. d i:ria mal ri min/111 ,.·,ria, porqiu nilo m e - E' ,·t>rdacle, .»enhora l\1m·11t, '!1ns Deixc>i-a~ a conn•ri,nr nindn, feliz, co'.\fuitos oumprimentos aos snrs . XX. e a ron 1,rnc,a que tinl,o r1e ~o/rer. l<'ì:; m-ui- quem (f que sera d111:no cl~ reco~cr a. Nos; movido nté por 1101· quc> ~e cnc:ontr11.vam 1,çus filhos . . . . . tns 1,romrs.m& cw., ·"rnltis, .,o111·rtwlo 11 so 8cnhor ? Eu ca por_ ;mm c~11do quo so entrc o povo humilcl,. clas nossns aldeias sw,fo J.wi/Jel, a q,um pedfo 11111ita.~ ve,- No8s!l Sonhora, o!! ,\ n1ns se t ivessom cor- alrnns nrdenl(:s de amor a Jesus ~n.cra- ,\deus, Juhol Mil felic1daòesl... . .. . . ... ... .. . ... ... ... ... ... :r11 <L l'<IZ. Ti,•r. n1ft10 a j l'licirlrul1· de m e 1 po corno a gente e os Sa.ntos. • mentnclo, corno II dn1p1cln n1ulhorzitn ... E fui-me a l,orrer nrrepC'ndicla ja <lo 1cm /Ìmr dP ir a c:,, ;1/iss ì r, . Poi s .entiio r omo é que ,uc-rm~co se .T. de A. tempo '!Ile nli pPr<lern, ouvin<lo a censu() 111 ,· 11 rr,11/nu, r " q11r111 ,·11 /i: 11ma I ntro,·t> n. 1r c:omnnp;nr ~<'m ser <1antn.

A MINHA NOTA

Piedade assim Mentem ...

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Voz da F6_tima

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movimentando-se muito e acompaO Culto de N. S • ra Iberu, nhando sempre com muito fervor os diferenics noto,, da peregrinaçiio. Descle entio niio ,,oJtou a cnma, alimenta-se regularda Fatima monte, trabalha. e aié lhe desapnreceu a

da rnz tt peior e rot·eiando-se urna tubtir- j culo;;e lembrou-se aquela cle recorrer a N. Senhorn da l!'ntimn levando 115 crennças a Comunhiio no dia 13 de maio em honrn do Snnto Rosano. clor qne sobre o coraçao sentia ba anos Depois dn mit<Sa bouve Bençiio do San- Como se des creve o milag re ja. tis1.imo e pediu-so pela mesma intençiio. Aqui estao os factos que V . Rev.ma po- No mosmo dia rnancloi ngun de N. SeNao é s6 em, M afra, Peniche, Eri- do contar oa querida Voz da Fatima, que- nho.rn e snber da d()(\nio que esta,·a ba dias de cnurn. Mnndarnm clizer que a ceira, Santa Cruz do Douro, Lisboa, rendou etc. qite ha ia ao culto a imagem de FIiomena Quelroz de Lisboa (rua Pon- tosso tinha doso.parecido mns ostava C'om ~·sto ti Lu lo o subtitulos publiNossa Senh01'a da Fatima perante a tn Dolgat~, 20-cn.ve) cliz :-Estive 17 me- frncn. Em pouco ISO resta heleceu e traba.lhn cou 0 qual os fiéis expandem o amor filial zes quasi pnroJitica, niio podi a voltar- como jornal de Noticias, do Porto, de dauLes. mo no leito, 11rm vestir-me e impossibi29 do que teem a !Jfae do Céu. E' assim que litada outubro ultimo, o 1,eguinte in~ do trabalhar, sempre com trataMaria Manuela de Vasconcelos, de o Missionario Catolico de dezembro mento de medico: fui ao bospital com Celol'ico do Basto, conta que sua cunhn- ressnnte artigo, 11110 os nossos leitores relata uma festa feita em Lourenço trntnmonto cspecin.1, sempre cocha e do- da. esteve ,t morte com febre puerpera} terào o prazer de conJ1ecer: Marques em 31 de outubro ultimo, a res horrivois no:,i ossos. Vivin desgosto- oiio tendo o medico grandos espera.nçol l'm dia pedi a nossa Senhora de Fa- dr a snlvar ' e quo se escapasse a. febro «Em 13 de l\Inio de 1917 tres crianJ esus Cristo Rei e remate do més do sa. tima que me curasse, que eu iria levar- nào pU!,,!,nrio em poucos dias. ç~~ q1;1e npa.~centava_m _ovelhas pela r&Rosdno: lhe umas veloc;. Qual nii.o foi o mou l!)sl!wa muito mal, com os peiores g1ao v1oram d1zer, pr1mc1ro aos paes e uAo ùuù, do trono que os catolicos assombro quando urna rnanhii. acordei e sinwmas. outros pnrentos, _depoie ~ e..trnnhos, que de Lo1,renço ltfarques levantavam .::omeço a voltar-me no leito. Vesti-me C:hamondo a toda 11 pressa urna sua na Cova da Ir10, em cima de urna azie comecei a traballiar e a andar {)Orfei- irmii, que so preveniu levando agua da nheira, nparec-crn do subito, Nossa Senhonos se1,s corayòe8 ao Rei do8 reis, tamonto. As miios quo oram tortas esta- 1 Fatima deu-n O beber a doente O dum ra-uma senhorn muito linda toda ,•eserguido e8tava tambem o trono da ~-am completa_mento boas. Senti em mim dia pa;n O outro paAAou a febre 8 com tida de branco. ' Rainha do8 Anjo,, do, P atriarcas e imensa alegria. A.gora falta-me cum- l'la todo o perigo pois esttwa curada. E acrcscontan1m que essa senhora fa_ d p f prir a promessa. Assiro que vier o verao . ' . . lnra n urna drlns, do nomo Lucia dizenos ro ef,<U. nli vou levar ns velns o orar para agraM. S . P . mfoim~ qua "ho.vi~ muito do-lho que Yiossom tiquele mesm~ logar Nada faltou para que f osse bri.- decor o milagro. Muito agradeço que Lampo quo so yed1n a conver!ao duma n_o dia 13 de cada mez, e la a encontra.lhantts81·,,,ws a festa do Rei e da Rai- osto pedido da publicnçio seja satisfei- possoa quo hnnn 4 2 nnos 88 neo confes- r1am; t' qne o dio 13 de Outubro seria 0 nha dos Céu,ç e da, terra. O programa to.» 1,nva.. . ultimo, em que viria a este logar. . 1. l . Ult1111a~m~11Le pecl1u-se a Nossa S~nho- 1 Esta estran hn. noticia rapidamente 88 l I era comp eto e OL 1e mente cumpriJolio Fornandes Martlns, de Alngoa ra dn 1 ~t11na o pouc? tempo depo1~ se l'spnlhou, e, na sua cnn·eira veloz, endo. A. i91·eja vestiu-se de galas. (Figueir6 dos Vinhos), residente na operou tuo grnnclo m1lagre quo atr1bue c·ontro 11 de tndo: a c-rença ('ego que Num 1•«111c ;w ullw· improvisado, Tlha do Principe (Roça Lundy) tendo a Nossa Sonhorn <lo Rosario de Fntimn. ' ac-eilou o fnrto 6Cm analise- a d~vida No,çsa Senhora de Fatima, empres- sido nLendido por N. Senhora prometeu Prom~tou publicar estn. graça na Voz dn_ pal'te cla_,q ucles quo s6 gostam de acr~ l F «f ,ma. Id1t ar naqm Io que veem; o riso sorcastitarla por um 8eu devoto, a pri?neira ussinar t•inco nnos a Voz de Fatima «e <" fazcr lodo n propagnndn do que disLa ura Amado dc Vita No\•a de Gnia co, qne, ondt> q11er qur se eucontrasse, que d eve ter apareoido aos· catolicos ,,er o jor1111l.u • 1 f l ( ,h. dn Ho1rnhlica, 640) cm carta de procuriwa cesnv.e_r, n gopc,-_do_irorùa ] d 11 d e · I oçtut1 bique, olhava, car;nhosa Rosa de J esus, do Torres Norn.s uso- 11111rço ultimo, div. que. esinndo Eduardo 1 le o a qi,1e iomui n 'ulio! e O rndiferene mei9a, sorridente e bela para os fritt ho mais de tri11ta anos do estomn- da Silva Am11do, de Paredes da Beira ~·n cli! mu,to;,, <1 11e. entcnd~am 911 0 o caro ,ieus filho., africanos, que lhe diri- go, c,onsultou cliforontes medit•os, e niio clesenganndo dos meclicoi. (!om urna leslio nem sequer mcror,m s~r di!.cuhdo. . giam preées pela8 cadei.as misterio- ' !.endo uunra encontrado melhoras pediu re<.·orren n N. S<>nhora da Lòìttim1\ achnn-~ ,·er~lnde, porPm, e que qunndo o pnN S I cl R · ·d do-se cura.do naquela data. meu·~ diu 1:l, npoz n preteru;a npal'içio, sas clos seus tcrços. a 1 • • en ,ora O osnno npareci a em sul'!i;111, Ja o~ peq11en111os postores foram _ lf1it11no, se n melhornsise desse ma l manAntonio Montel ro Balc"o d v·1 ·I ·1 , · h · T od!!8 re8avam e~ d evoçao; com dai·ia publicar na l/oz de Fatima. I ar St>g111< " , e os, na ~un 1c a a azm e1rn, por nldevoçao e com la.nr11nas. .JuntnmPnte ii i,11a fé, foi tomondQ a l•'onnoso ap;rndf't·e o N. Senhora o te-lo guns crrnte;,, qne ficnrnm a distancia d .. un~ ataque.~ de q11e sofria so deln se aproximnndo M, tres crennças'. S obre Fatima " o celebrante da 11g1111 de N. Senhorn e, n pouco e pouro 1linnclo · · 1 · Missa da., 7 ho;a, f alou aos fiéis se enc-ontra b~a ha mais do ~ois anos s1~1;-'~11~1a~ses' t:c:1:n~f,t;;:::~tlo raro pns~:~e~ia<'r!~t;~os . . . e em CUJOS . · g r n~·ns n N. Senhora do Rosn r10.n L' J · 9 qu e <'ne711.am a 1,gre1a, :'m nm•1ro de 1 24 comp~ou nm li- ll)1111e11tando, t' jii formnvnm grandes olhos se 111,·am m~,:, _. 1 L • Caollda das Neves Stiva Slmiles de s. nlllho n•lntnnclo os ocontcc1montos dc aJ1111tn.mcntos . ..,.,.,..,, w ' 86 1,' prq1w1111 L11c1a · fm· dado obserN C da b grimas . h Bcl'llardino (Athoup;u ia da Baleia) diz 1,·.··· ,t,,ima li com taI fé i·ecorreu a N es.sa S ea O'Va ria tam em se C o- om caria O sep:uintc: «Rogo a finezn de l nboni 110 dia 1m•s1110 1;,111 ~ne 11'.e tinhn da- var 11 111aradlhos11 vi,:;uo, qu~, niio o_bsra... publicnr nn l'oz da l•'atima a g ra~·a qut> d_o 11m ataque qu<' nao ,oltaiam a rape. tante, todn nq11_ela . gente, Ja. ncorrida ··.Pela primeira 11ez 1e ouviu nesta 11, Virgem do R o~i11rio mo concedeu em tir-1,o. de pontos os m:11s d11·ersois, tinhn corno igreja o hino de Nossa Senhora de mnrço do 1925. Sontia-me muito mal com J oaqulna Morelra Nunes, do Borralhal, certa. f . t Fatim.a. Era o Portugal de A.frica dorc>s na espinba e espacluns, q ue nem fr~gucsin de Nesporeira (Douro) «andn- Oro 01 es e ,o. l'Stado em que se enconque 'J)ela boca dos pretinhos de S. poclia mo,•er os braços. Nao me podia dei- ,•a muito d()(>ntc, muito inchada do es- 1 trM·~~ os C'spmtos, p1·00<;upndos com ne tar nem levnutnr, i:6 com dores horriveiq, tomngo, nacln podia corner fazendo-lhe npnriçoes, no sor anunc1ado por a9-u_ela I osé cantaua louvores a Virgem San- ,\ pliquoi vnrios remedios o nnda dM·a i·e- tudo mnl e nom j1i andar podia. Foi a d~s tres crennçns ~ue gosn,a do prn•iletissima de Fatima! Fatima, a Lour- sultado. Rocorri antiio n Virgem Santi~1- Fatima em 13 de agosto de 1925 e ao g10 de . ver e. ouv1r fnlar a Senhora, que de.~ dos portn911ezes!... ma do Rosario da Fatima que me va!~.,1,e. cbegar lu sentiu-se cura.da no prox1~0 dia 13 . de Out~bro, a bora Como niio tinha ngua do Jogar :;an;;t>, · . que prec1sou, um smal hav1a de apareO., luao8 africano, a cantar a Pa- mns sim umas folhas de oliveira e carrnsMario Domlngos Lopes, mecamco1 • de cer, ccpara quo todos acreditassem». d~oeira do1 lu1i tano1/ ... A.o, pé, da l{UOITl.l lJUf.l de la havia trazido em Plnr -1 O,•nr est~ndo empre~ado em urna of1c1~a Temos portanto, até certa altura: V"Tgem do Ro.ittriu <le Fatima, to- çv de 1924, fervi essas ditas fo!Jias, nµ li- de S. J~ao da Made1r~, rebentou um dia Primeiro - Trés creanças, oscilando d t d t.ara.m-ma~ 8 a segunda vez, encontra,r:i. a corre1n do 1!10t.or ~10ando ele e_nleado as suas idades entre 6 e 10 anos, que afiros / os por uguezN, to 08 01 lusita- mf' porleitamente bcm. sem se p_od er t 1rnr asun corno o nao pu- mam quo no d1'n" 13 de cadn mez ap~ ~ no8 • • • Atè hoJe, 5 de março de 1926, nào mais dtlram tirar os outros empregados que rece No~a Scnhora cm cima de urna aziPor todo8 Ela desceu a Cova da mE repetiram . acorruram lo~o. . . nheirn, donde fa la a uma delas. lria/ . .. •. Sinto ne vezes qualquor mal estar deQuando fo1 poss1vel )ti veio em u rna Segundo - a crença que começn a ra.. vido a esse sofr imento mas nada em zona penso ntlo todos q uo estava morto. dicar-se ncstns npariçoes. comparaçào com O q ue ~ofr i». Saiu, l'Om tudo qua tinha nos bolsos, 'l'ercei ro - o anuncio feito com muitos quebrado, relogio e corrente; a roupa dina de antecedoncia, pelns mesmns crianAntonio Rodrlgues Pepino, professor rasgadn.. ças, do q ue alp;uma, coisa de extraordiom Aveiro, em carta de ha cerca de um Quando o levt1 11taram cai u a seus pés nario in. paRsar-se. _ _ _ _ _ _ _ _.:.__ _ _ _ ano, e deixnndo t ransluzir aquele espi- a medal ha de Nossa Sen ho ra de Fatima Agora os f11ctos - reais, absolutos, tes• I r ito faceto e scintilante de que é dotaclo que tinho, prep;1Hhi c·om 11m alfinete na temu nhados, incontesiaveis. d iz: parte intorior rin t•amisola. No rlio 13 do O11tubro de 1917 a estracc ... A1loeci i:;rnvemente caindo na cama 'L'odos atribuiram t\ urna especial pro- dn quo ntrnvessa a re11:iiio, onde fica sino dia 6 do passado més e levantando-me I tecçiio cl!' N. Senhora o tor fi.ado i neo- tuadn a C'o,·a da Tria, movimentou-se P. Antonio de Castro Monta Rels, ante-ontom pela primoira vez. Segundo lume. corno nunc-n acontecou. A Co,·n da Tria era, e ninda hoje, em J e B ar budo- Vita Verde (Minbo) conta dizem os entendidos, estive ns portas da Luzanlra Augusta de Matos de Ovar · morte e muita gentinha me resou pela ' ' part e, o ..~ , nm si·t·10 np;rebt e, ped regoso, re.siclentl' om S. Joào do .Estoril, tendo d · IneIo, sem 'u lt uro, porque o quaass1m a cura de urna sua paroquiana: a lma, ~raças a Deus. '.rh·e urna conferenP~nn·e t D qn~hrndo_ a ro~uln " E m novembro passado escrevi para cu\ . c1· 'd1'd b' do 11111 joelho e te_ndo lidnde do torrono a niio permite, e onde a peIO sa 10 1en e r. tlo1, med1ros dito que, apesnr da sua 1da- a ,·egetnçùo se rt>sume a nzinheiras e a lVoz da Fatimau contando-lhe por alto ci~ ~e icn presi . de d<'. 60 ano1', tinlrn de fazcr a opernçào p;umns plantns rn~teirai;. um favor grande que N. Senhora fez a Hissarn ,!larrcto. Tudo 1sto,: po_r CJma dos _encnr~os de se. qu1zess~' H>ltar_ n 1uulnr, rccuson suLognr do tlt>~olnç~o " dc tl'Ìsteza, paum.a minha paroquiaua, na peregrinaçào te 8 ae Outuhro p. pnssndo. Niio pormenorisei, suS ntn: ~eis fi l lto~··· m~io, veJa la ~ gr1Lnr-s!' a operac:ao e f.em csla uem me- 1 rrcia ht>m urna af1lhada para quem a nem até hojo O pucle fozer, porque tive de meu . am1p;o, quo a_t1 apalhaçoes devem te1 I' t cl acompanhnr meu Ex.mo Praie.do na rho".1do sohr~ a m1nh~ casa. . < ic•nmen <'omcçou a ancInr. ~nt11rezt1 ~e mo!itron uma rundrn"ta 111 e-

FATIMA

Futura Lourdes Portuguésa

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Visita Pastora! a oste arcipre.stado. A.go- I A tndn. ass11n, dapms de os med1cos fie ra ai vni: A doente chamn-se Rosa de Ma- tore_m prepnrndo _pnra m~ fazerem_ um_a ce_do Pereira, tem 39 anos; é solteira e m , el Ili d_ros:i ope r a "~a0' q,t•O ·' u lgavam Ili fdliFllbn do .M:nria e natural O moradora· nes- 1 \el e 111d1~pensa,ol, nos 1ecorremos (~ara ta freguosin.. Al ma de eleiçao, ba muito nlp;uma C'OISR ha de "alar O ser . cntohro) q uo sofrio horrorosiiinente de um,n noi·ti'- u Dc-us o a N. 8enhorn du Fatima, com •• " l t J Ì> t te, qua 1t punlm frequentemente as por- nn n am,a, quo O ma c-omeçou I\ a a er 0 n tas dn morto. Desdo julbo que nii.o sai'a da como po_r t>ncnnlo, : m gra cle. e!\!Janto coma onde rccebia dinriamente N. Se- cln~ nwdtc'O!I, ~~ ?~' <'li eSt ou _quasi _sao, e, nhor. t'm :-.eu p11ro11te. n,edico, com quem N()v;uutl_o O opiniuo. dos mechcos, hnr dn morn, pou<'a e~p1•rançn punhn ja na scien- operrir,:,! 0 , que, ll<'S t ei, tempos, _atei:) dai; cin. .\ docou> mostrou desejos de ir em •:,s1j'~c.t1\'M1 osfaquC'ndelns, custar10 rios do 111 percgrinnçiio II N. 8cnhora da Fatima e ' /~•ro. . , . , . os sous dedit-udo~ porentes, em outubro \ 1~a, poi~ .. ~ · Senh_m 8 da Fntima, 01)11nssado, fizeram-lhe a vontade. A vingem de _te nho d_':_ ir com minhn mulher na pnaté Coimbra foi do\·era~ dificil: doros in- m,,,r,l oca~rnon. ~nsns, perda dos seniidos, etc. Urna inMaria Jos6 da Stiva Rels, de Enc-arnnJecçào de morfinn rm ( 'oimbra reanimou-a ~<io cì\fnfral cliz qnc> suo runhada :\Cnri11 um pouco (' deu-llw coragem para fazer o ,Jose,: C:omr~ drpoi q th• umu pneumonin resto da viagem em ca.mionete. <'m 1!)2,1 fi('ou rnnis tic um 11110 c-om mnn No clin l!'l dP outuhro iii pas,ou muito 11,ranrl<' tos,-,p qnl' a nnda t·l>dia. Indo e-a-

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M. I. M . . I•'ìlhn. do Maria, de Pedrou- menti-. . ços «rom o corn,;i'io c•hoio de graticlao e re~ ~em _urna casa por ali a ntestar a ro,,1 ,.,.,·nclhh" . 11,... ' 1., ' 01· 1.,.,nto .. ~ .... ,. "n N. • Senliora do cx1ste11c11t doqI ho_men_s. I -_ l Ho~nrio dn l.• 'ntima unrn grnça recehidn l\l as_ nnqut- e 118 rnosqnecivel nao fa· q lll' pro111l't1,11 p11hlic-nr 110 quc-r iclo jornal- i.Oli _ncln no ermo. 'l'rnnsportes de todos ziuho, parn honrn e gloria tl:i Qncridn O'l ~ibt!'nll\s ah foram onconi,ra:·!<', conl\liirsinltn do C'ou,,, cinv.1nclo 11;011t~ d~ ~ocl11~ ns cond1çoe~ che- 1 ~ncln,:; dr var1nd1i.s1ma._ e longes or1gens. ('011n•1·girn111 ,tqnelo sitio, ninda luwia • • potJC•o, nHJSl'~ totalmente ip:norado. mui. . . tos milharcs tir pr~~0A~, atraiclns pela esManual do Peregrino da Fat, ma trnnh11 JlrNlicçùo clos hnmilcles pas torinhos. r , . • • ,:- tla Voz da PPlos Pominho~ sc>rtanejos, e aiodn pe' ~nclc-~<' , !Il\ . 1 ~tl~\et,;,to In 111c,nrn l'slrncln. mn~ot('s cle poni das Ffit1m11 - Sem111a.no tfo Lei ria. nldrins ~eguiarn a pé, na dirt'<'(·lio do Prero - 3., ;j{I forn o porte <lo loc·nl rrl«'bri~:ido . c·oi-rei~. Desc·ontn aos reveniledmes. R 1111q11l'le lo~nr silcncio,o «• rsquec·ido, Prero E'Xl't'Jlcionuli'-.~imo 11 queni ino~pito 11 spm h,•leza, urna m11ltidiio ~ . . t·e11nrrnc-ta , tnrrnicltl\'l'I 1,rlo numf'ro e JHl!Cllr <IP pronto O lllHlllllO cle r-ern g r:111nio~:\ pl'ln ft~, j1111trm-.,i,, olhou oc; oxemplare~. ,•r 11~ " ,>~m·ro11 o r,sin.iJ,,,

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Voz da Fatima

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niio hMia construido urna choupana, ja I bai Mata, D. Cnndida Cortez; José Mi- davcis as vossas ordens, recusa.is aplic&r X . se veem, de pé e oobertas, umas, outras randa Filipe, Domingos Antonio Martins, as que vos d ita o m<>clico das a lmas. . ' :i epoc•a em que estes acont~1mentos ainda nos nliceroes, muitas casas. Uma O. Adete Pinho de Oliveira, Joiio da.s H a tempo rel'orri eu a si numa gastrosrn~uln_res com~·ornm a produzir:sc o~- hli que da comodo e fornece refeiçoes; Neves, D. Mari& Olinda Santa.o_&, D. Mo.- e nterite, pedi a vos1;11 opinino e curei-mt? o~>n.tra, a-me _eu excrcendo f?nçoes ofi- mais ndeante, o locai ja marca.do para a rin Augusta Proença, p. Maria d& Luz IV oiais numa cid~de n.o~~-amencaoa. Re- «Grande Hoi.pedaria de Fatima)). Vi e ira Antunes, Francisco da Costa Pa.grC!<hndo ao . paiz, dt~ig i-me, PO?cas seAs obras roligiosas nii.o afrouxam. Foi rente, Bernar dino da ~ilva Gonçalo, Qu estAo f lnal manns dcpo1s, ti Italia, onde tive oca- ccrcado O locai numa superficie de muitos Albertina Soares Ferreu a, D. Ermehnsiiio de admirar algumai1 das m~ravillias hectares, o a e ntrada, com o seu arco da Soares de, J esus, D. Lucinda Mari.a A proposito, douto1· ante!; de me retique. tlirnbcm a fé dos povos ah fez er- ja levantado, raz prever a magnifice ncia das N ovos, D. Celestina dos Santos ~~1- rnr, quoria perguntnr-lhc uma coisa. gu~t · . da basilica projectada e de tudo o quo nas, D. Ano._ A~ves da Fons~, D. Em1lta -Diga la i L ! (J~!1 ndo volte1 , o_ 1:3 ~e Outubro co m eia se rolaciona. do Jesus Olivo1ra, D. Marta !J-!1.1:bara .,de -Q11ori11 sa bol' se poz no seguro, conhav111 Ja pa~sado . . Nao fui , portanto, Dinheiro niio falta, porque sa.o abun- s. P . Vina.gre Preto, D. Mana Lu1z& tro. fo11,o, a. s ua casa da quinta das Alatestemunha presonc1al_ dos factos. M_as dantfasi mas as colheitas de esmolas que A netto Dacelar. méc!us. estos foram-me doscnt~s, pouco __depo1s, enti·egam a.s centenas de milhares de fiéis, - Oh I Ha muito torupo. A's vezes um por, 1111111 ~ ~~tora da m1nba famt11&, quo irlos a l i em romage rn em 1:3 de cada mez, f6sforo, uma imprevidenci&, uma fagulha na . 1ruposs1b1hdade absolntl!- de encontrar 8 esproialml\nte. om maio e outubro. e ... la se vai tudo. Sii.o coisas que aconme10 d<'. trnnsporte, se ammou a pe~cor«Fatima.o é ja hoje indestru t ivel. A' tecem todos os dios. r er l\ pe, t•om alg11mas c?~panbe1ras, semclha.nça do sua irmii mais vell1a -No entn nto o fop:o nào costuma conI M 4 lt>gu~s- que sep~am Leiru1.. ~o locai Lourdes - que ha dezenas de anos lança, sumi r nem um por cento das casas. Talvez d ~ npar,çoes,. a f1m de ver1fièar, de do alto d,1. sua catedral, o <lesa.fio a.o poniio destrua num ano dez de mil casas. Falando c om a senh ora cn 1suu, o que 1a pa6Sar-se. sitivismo nteu Fatima começa a levanAs outrns nove centas e noventa sio pouE' c~~n narrnçiio, que ha poucos dias I tnr-sc gloriosa: enfrentando com seguranpadas. - Bons dia.s, minha b0nbora. eu 01w1 d<> novo, que vne reproduz1da ça o odio e a descrenç&u . -E' verdade, mas urna desgraça ( e - Bons dias, senhor Prior. fielmente. Ed · · nunca vem s6) qu&ndo as vezes menos se • • • uard o T e1xe1ra -Como vai o doutorP CSJle ra ... -.A mesma coisa. Melhor niio esta. Pelas lU horas da manhii. ctaquole dia - A sua previdencia, meu caro doutor, --Que diz o sou medico? memoravel urna chuv& torrencial caiu na - O medico encolhe os ombros e pen- é digna de todos os elogios. Felicito-o t&nC-ova do Trin, acompanhada de forte to ma is si ncerame nte qu&nto muitos dos sa. que tem doença para muito tempo. vent:inia. - Tambe m assim o penso. Ja ouvi di- momi paroquianos o:stiio longe de ser tiio Os gurda-chuvas Jri. niio conseguiram zer que sera, a.o contrario, ba.stante cur- previdentes. resgunrdnr ninguem desta furia dos ele-1'ambem me parece ... Despezas ta, a niio ser por milagre, com o que niio mento~, 1110 s pessoa alguma arredava do Transporte... ... ... ... ... -Pois np;ora mesmo em piena praça, 57 :667$10 h& direito & contar. l0<•al. Papel, compos1çao e impresNo e ntanto para. prevenir qualquer em rreote dn. ig rej&, osta uma casa a arAs bategns de agu&, de certo momensiio do n.o 52... ... ... ... ... 1.748$00 s urpresa, é conveniente que se prepara. der. O fogo começo u pe la chaminé. Da to em <leante, fornm afrouxando, e :is E x pe<li çào, porte do correio Dii lice1wa quo e u va ver o seu querido ohaminé com unicou-se ao madeiramento nuvens negra s e tempestuosas sucederame toda a gente diz que, npesar dos bometc. otc. ... ... ... ... ... ... 423$U5 doente? se ontrn'I mai,. lo,,es e cheias de brancuOutra.'I despesas (gravnras, - Muito gosto teria nisso, senhor Prior, b1:1i1·os que l'hegarnm a toda a pressa, a ra. etc) ... ... ... ... ... ... ... 3.56$80 mns V. R ev.• bem compreende que nesto casa ostri perclicla. - Mal> e ia e~-t a no seguro ? O ,o!, por sua vez, começou a descor_____ estado, pode causar-lhe algum a.ba.lo. -Niio, niio est1i. M ns imagine que ba tin111·-,..c, e, pnuco depois, tod a a gente Soma. 60.l95 $ 55 -{'om certeza Jho ba de ca.usar menos not-011 qnc nm11,s pequcnas nuvens, de uma I do que O jufzo de De us se ele vem a mor- instantes-talvez a.gora. mesmo- um agente de seguros propoz no dono um contralincln còr ro!>ada, se destacavam dai; ouSubscriçào rer de repente. cto que o punlut n. sah•o daquela perda tras, \'inham passar debaixo do sol e de- Mru. com ostas coisas pode morrer. sapnrecinm ; ii,to r epetidas vezes. (Abril de l926 ) - P olle revi vor, qu eria. V . Ex." di:r..er. que vai i,er tota!. - E o proprieturio areitou? . . . A., horns foram passando, a chuva ,·l',I<~ !IO morrei.se, eu la estaria ao pé dele. sarn, e o cé u tornar~-se limpo ,le 1111C.onlr1bu1r~m l·om dez ~scudos. para as A ' do n a e II morte de\·em ter O sacerdo- Recusou I O 1 ,·en,.., dc-spezas do JOrna l, Anto1110 Bapt 1sta, P.e ç h ·ro - Pode ser que ele tfresse tiio ponco · 'f · · D . .l\faria , te - por . E" aq.11~1o. gr1tn d e mas,..a I,uma na, ;; ItP.n J u~ t'1110 l'' ranc1sc·o u ac1e1rn, Mascompa isso nvaiet c&usar-lbe muito me<lo ! juizo ? -E' o meu c·111·0 doutor que o diz. de relig10s1dade,_ ma s e.ntre 8: qna!. Alh11111 Al~ada Bur~'-!ete, D. _Maria - Mais modo lhc C'ausnra di o-lho eu enoontriwam m111tos <'llrJOsos, Jornah -,rns g usta Sa11t1ugo, Baz1ho Valerio dos San. te d De s sem' >r~imei·1.0 te; -Quem é essa pei..oa? 1 · •- d d · J) M · d (' p· D C · a1miecer < eu n e u . E - 1~' nnrn pesso11 q uo lh<' é muito proxino 1·umpr1me~.,., .o ~eu . .aver pr~I,,~: ~- t~s, . . _ar1n o m:mo 1uto, . ec1- Lido no pé de s i O sacei·dote do perdiio. n:il, " 1lesc1entPs, _conse,~ou-se 1mo, ,I, lrn Bap1,1 ~ta, D .. Ge1trudes Rosa Pe noA morte, quo hn de chegar, 0 ai vom ma em JIILre nl,t>s<·o ... esp<•ranclo_ nll(um1t (•01sa mais. . forto, D. Lazannn Augus ta de Matos, . . - /. · •ima compare ncia - O qué? · · <l · I) B I · -.1 · M , D -. 1 , JU nun .. mais qu 8 , . l( ti\ lfl~S<' - O Dr. c:onhc,><·o l,cm o proprietario d& _n nun,·1a o que o ,,s11J-11,, i." • e m1.ra u ana ~nc,onça, .. "ann ' Entiio snhn, a esca.da, sr. Pi·ior, mas proc\mmm a i, <luas ~o:as da ti:ril<;1. do H.oijnr10 Mach~clo Crnz, D~mmgas V~- descuhe niio O ncom panhar porqu e niio ,·:,,a em foµ;o. O fogo quo a ,·onijOml· sào 1 . A c>stu hora ex1wt1si.11na, o disco solar le nto, U. RoMtlma da Giona D. MarHL t para isso 01; pulmòes a desfnzcr<lm-se. A lenha que perclc-u o M.•u lirilbo, tornando-so negro ; Augm,ta R odrigues, D. H elena Simòes e n 110 co r 11 Il:0 m ' · ... nlimcnt,n e pru1)1111;11 a chamn é a diabetes um11 l'ita cor de fogo começou girando al- NPvo~. D . lfole nn Soledade Machado, D. <' 1\rterio-sc•lorose. O agente sou eu que ve• tenuulamonto, num e noutro sentido, l\forin l•'e1·nandl"l< de Almeidn , Amil11 nho peln ><'gunclu vez propòr-lhe o oontraem mito do sol. cnr do Alme ic\11 Mnrq11es, Artur da Fala ndo com o doe nte to de seguro contra a rata.strofe eminenJ<;, contornando este, em toda a sua cir- Silvn Vn<\Concelos, Henrique da Costa te da c·usa nas cita.ma~ eternns. c:unforencia, um e norme explendor, igual- Mnchado, A.rnaldo Vicira da Cuuha, D. -Bo ns dins, cloutor; como Yai isso? ,\qui, mou c·nro doutor (ouça bem), niio mente t'Òr de fogo, cheio de magestade, e Maria T,una Pery de Linde Peixoto, -Nào ,ni la muito bem, como V. Rev.• é uma probnbilid1t<le nem o temor de urna de grande» dimem,òes, apnreceu a ,·ista. C'oronel Lui z do Silva Gomes D. ve. desgraça que tenhn oem ra:r..òes contra dez daquelM tantf,,simos milbares de obser- ( 'onceiçùo Qne iroz, P.e Candido Ma.in - Ando a visitar os doentes e niio gue- de niio ncontt>cc'r, é urna roalidade semvadore~. D. Eh·ira Marqu es Vie ira, Esperan- r ia deixn r de vir nqui saber coma vai. pre la tente até q ue apareça afinnl, a des1~m i,eguidn, com todo este a parato, \'li nito, D. : \faria Angelina .Alvcs Consta por ai que n sua saude esta bas- coherto. ,\ sua <· ho nm con!ìumiu ja, dosde o ,ol de,..Jocou-sl' da sua orbita, ovançan- [•'erreira, D . l\Iaria Tomnsia Pinto An- tante comprometida. o prindpio do mundo, milhòes e biliòes de do pnrn I l ferra e a~umindo graduahnen- tunes, 1), ,Joaquina da Conceiçiio Ribeiro, - Muito ob1·igado, sr. Prior, pela sua edific·ios de carne, ca,stelos, palncios, c:ate mniorl'.s proporçòcs. D. Eufemia de Sousn Soares, Luiz Car- nlençiio, mas graç&s a Deus, o ca.so niio sas de todo., os reitios, sem exC'eptuar nem Esk fe nomr no, niio previsto por qual- reira Vaz, D. Judith Rodrigues da Silva ei.tri. tiio mal como dizcm. Desde ontem um sci ... 1~ niio se trnta de umn perda gurr obs1•rvntor io ni.h'onomico, produziu-1 C'nslro, D. Est.or Pcstana Morques, D. sinto-me nm pouco melhor. rolath•a, do cois1\ ;.em importo.noia. p&ra o se tres ,·czes a. um poqueno intervalo dc Albina d<' ,Jes11fi dos Santos, D. Maria Eu-Sofre do peito, niio é verdade? proprietar io encontrado d<'~prevenido. E' t<'mpo. zebio C'aleira s, D. Ana da Concoiçiio Aze- P ar ece q uo sim, com um pouco de urn a perda totnl, ct.Prna, eom pletn, a perE quando o sol r otomou definitivamon- vedo, D. Maria Pauln Pranco Cardoso, arterio-scolorosc e nm a.cesso d.e diabotjs. da ir repnro vel cln sun fortuna numn cnto o ~011 asporto normal, toda aquela D . Rmilia Plttcitla, D . Maria Sara.iva -No c ntanto, mcu caro doutor, c_reio taslrofc quc niio acn.blt nunC'a. multicliio, posfos os joelhos em terra, im- C'ardc,so, D. Amalin Vaz da Mot a Sobri- que o mt>dicnme nto mai s urgente seria o Quando ,1m hom e m esta a.ti ngido, com" ploruva a 1>rotecçiio cln Vfrgem e grita- nho, P.e ,Josi\ Gonçah-es L eitiio, Manuel nwu. ,Ja cii. estev<> o modico do corpo o m<'u c·aro rloutor, de trcz doenças, qnalvn: Anh1nes Toja, Mnnuel Lourenço clos lem agora· a.qui o da alma. A alma e o quc•r dns qu&is clii n. morte, ni.io estarn a - òiilngrc ! Milagro I Sontos, D . Mariana Pereira da Costa, corpo fo rm am um todo e por isso que- M lll rafitL :\ n.rder? J,'ranci1<ro 'l'eJes do Andmclc Rato. D. l\fo- rem e prerisnm de ser t r atados ambos. Dontor, Dou tor, v6s quc acautehu;tes • • • rin Clarn N11neh de Vnsconcelos Marques, Xiio mc fnlc agora disso. · O caso niio umn i.im ple'S c1 uinln c·ontra. um risco nrniJ~u fui a Fat ima agora, pela primeira .\ ntonic, l\lartini- Rarrcto, Dr. J onquim é ninda para s nstos. En bem sei corno lo prohll'lll0 li1·0 e JH\!thllp;eil'o, esta is ai nel a ltosnclo l•'crnnndcs, J osé l\Iaria Sequeira, e!';to11 e <·omo lll<' si nto I' eu n\'isarei Y. a tem po. H!Z, ,, vim cl<' lti mara.vilhado com aquel11 J<;du nrdo da iha Amado, D. ::\[aria da ltt-r.• quando fii r JH'<'<' i»o. Quer ou niio quer o meu 1:,eguro de vigrando mnnit'estn\'Ùo de fé catolicn. - Meu <·aro clout,or: Olhe que os medi- da i.nhl'Jtdo que ele \'O!i poc!E\ garantir o Se tu, caro leitor, cle~ejas contemplar Visitaçiio de Santo Marta, D. Lnurinnl1t11mo ~·oìRa de impres:,ionante no do- du :\fnrqu~s, Silverio Simòes de Almeida, 1·os tambem s<' c•ngnnam quando estiio paln<'io clo ,·ossa pc•~!>Oa todii inteir11,, conRosa Ma ria Dias, D . Emilia V:iz Vieira, de so.ude n 1·espeito d~s outros. Niio lrn o r is,•o de um i n('cntlio Pterno? minio <In <·ron\·a, \'RÌ a Fatima. O t empo pas~1L ... O!> minutos estiio e-on. ~ iio é nma funç11nata que vais ver, <'O- D . Lnrr e<>in. Snrnivn, José Lucns Sarai- :wha mai~ facil e nganarem-se mesmo a mo nquclas que tu e eu conhecemos, ,·a, D. Lnizn M:arques da. Cruz, D. Marin ...c u resileito quando estiio doentes? N1io taclol, ... O fogo la111he j1i o t<'cto ! O clou tor <·omeça: Eu, Jll'radfJr, 1111' t·o11c·heiaq rie umo nlcgria buliçosa de vinho Marquc,., da. ('ruz, D . .Muria Marques da :,O wm risto nlgnns, devorndos pela fevorde e de fnlgucdos. N'iio encontras em ( :rnz, D. ,R11a M.ai:qucs da_ Cruz, D. Ma- br e1 n .pedi,r ti força ugua fria que os ma- /t•~.~u ... rio José ramagmni dc C'a1valbo, D. Mn- tu.ria 1medrntamc nte ? Fatima O'< dosC'antes populares, os Zés rin dos Uc medios, D. Virginin d@ Assun- T'lu niio estou neste caso, sr. Prior, P 'n•irnR os fogtl<'tes de diuamite, nom os pçiio l\Caohaùo , Antonio C'arreirn Bon if1i- cu niio f'stou nC!1$e C'aso. Hojc niio. baihiric·~s nem as afamadas filarmonicas, rio, ,José ,Tnlio Pinto Ribeiro, Joiio Ma-lll\m ()nl iio amanhà .. . ma; a qne hoq11t• diio ~-ida e Rnimn~i.io as lindas romn- chnclo d11 C'onrei(·iio, D. Ma.rin Luci lia ra1,? ' rias minhc,lnR. Soares 1.opes, D. Maria da Picdocle l'ni- Eu lh'o manda.r ei dizcr. M:is on<'ontl'nras a fé r eligiosa, i;entida "11, D. Matilde Garccl'l ( 'alirnl , Manuel e vivida nn sua pureza, sem qualquor Pinlinl, l). Maria C"arlota Ferro MuriNo dia seguinte mi Ntur& pugii, e ouvirns lindos ranticos nello, O. Mariti da Pieclade F errei ra da a Viriem, o~ quais a alma do po\'o soube Fon-,eca, D. Purific·açiio Liz, D . Jza,bel 11 f Este jornalzinho, que vae criar . M:artins, D. l\foria da Assumpçiio EYad ta .d roc • • • risto, P .c ,José Maria Mendes Cabrai, D. Bons dius, doutor. Eiit ive a ei,pcra sen O O quen O e p UJ 1l In \'ÌiO llQ\'C a nos decorridos de- Mario Diolindn Elvos Mnsc&ranhas, P.e toda a manhìi e ninv.uem me foi C ~::t- rado, é distribuido gratui~apois que awoteceram os fenomenoa so- f,uiz da C'osta Carvnlho, D. Maria Iza- mar. Pe_nsei_ que ~e ti~·ei.sem esquecido mente em Fatima nos d tas _ . 13 de cada mes. lares, quo ficam descriptos com absoluta bel 'f avares Pimenta, D. Maria. dos Anjos eia t·ombina5uo. Peroira, P .e Ant6nio dos Santos Alves, - Amnuhu, amanha._ HoJe, nao.. Q · t d' ·t d ,·enla de. P.e l\fanuel Lopes Correira, Manuel da -· o. do~tor t111hn prom~ti do.... uem qu1ser er 1re1 O e E quem ogorn visita a Cova da Tria - Nao , ho1 e OllO, que estou mu1to falt- o receber directamente pelo pode verificar um outro umilagre)): pela Silvl~ Lopes, ,José Agostinho Fern&ndes, . . correio, tera de enviar, ad iorla da e~trada, e nas proximidades do n. Virginio Uibeiro Martins Gomes, D . godo., chiio sogrado, levantam-se as prime iras Adelaido Corte Real da Camara., o. Bea- , ~ Ne~so ('U\O v_ou-mc embora ma~ com antadamente, 0 minimo de triz de Sousa Ferroira, Antonio da Costa ,uu1to pPnn do. ~1, que, sendo me~1co do 'I é• edificaçòes de uma futura cidade. Na.q•1elo r ccanto da terra, onde o homem Luiz, P.o Manuel Barata Dual'te, Ani- l'ClrJ>o, que r11r101~ as vobSas r ece1tas e dez mt r IS.

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1927

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APRO V.AQÀOl (ECLESJAB TICA ] ·

Director, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marques do,'i Santos Composto e impresso na Uni~o Grafica, Rua de Santa Marta, 150-152 - Lisboa.

e R O N Ie A, TI M A ..

Administrador : - P adr e Man uel P ereira da S ilva t(edacçlio e Admlnisfraçlio: S e mina rio d e L el r ia.

la u li ima vez o puo d?s fortes a n u- prodigiosa lan~ada nas almas que Imerosas pessoas, prév1amente prepa produz fructos de salvaçao quando ra<las. . cae eru hom terreno.

Segue-8e a bençiio do SanL,ssimo Por fim a es tatua da Virgem é aos enferm.os, que em nuruero de al- l'econduzida ii capcla das Apariçoes , g-uma.s dezenas ocupam as hauradns e sobre u vasta c·harneca da Cova da frente do respectivo puvilhiio. da Iria. começam a descer as priComo cle costume, esta c:erimonio meirns somhras da noite, até que o • 1 I.a.o simples corno emocionante faz t-ilencio e a sol idao reinn.m de novo (1 3 DE fEV EREIRO ) brotar lagrimas de mui1ot- olbos. naquela estancia de tantas minaviContra toda a expectativa, depois cla a.quela mole imensa de gente Em segui<la sohe ao pulpito o lhas que fazem de Fatima a irmi de umo. semana de vento, frio e chu- canta os louvores do Deus que por rev.do dr. G. alamba d'Oliveira que, mai11 novo de Lour<les, a divina. civa sem interrupçao, o dia treze de amor de n 6s quiz ficar no auguAtis- n uma l inguagem genuinamente clade doA P ,vrinéo11, Fevereiro amanheceu esplendido, simo sacramento dos nossos altares. portugul'zn e ace11sivel a todos, fa la cheio de luz e de colorido, e com .A' comunh.ao é aclmiuistrado pe- tiobre Il pttlavra cle Deus, semen te l'Ùrontle de Montello urna temperatura suave e tepida, como que a auunciar a proximidade da primavera. A's sete horns da manhii, no cume da serra, a poucos quilometros do Alqueidào de 'l'orres N ovas, o panorama q11e se desfruta para as bandas do nascente é verdadeiramente soberbo e deslum brante. O astro-rei, difundindo sobre a terra os seus ' raios acariciadores, ergue•se no horizonte distante, cheio de formosura e magestade, e acorda a natureza do sono pesado duma longo. noiLe cle inverno. A's dez horns, no recinto das .Apariçoes apenas se veem algumas dezenas de pessoas. .llns a medida que se aproxima o meio-<lia solar, a multidao engrossa cada Yez mais e . eleva-se por f im a alguns milhares de fiéis. 1 -~~~Os peregrinos deste mès s5.o na r., •., _ sua grande maioria habilontes clas 1 aldeias visinhas que, impul$ionados I pela sua piedacle e atraidos pela be- '~~ leza do dia, resolveram ir a Cova ~ ;f~~~ da Iria cumpl'ir o preceito da aucliçiio da missa e satisfazer as exigencinil da sua devoçiio para l'Om a augusta Virgem rlo Rosario. E' ali, naquela estancia bemdita, I que as almas crentes :se clesprendem mais facilmente dos liames clo corpo para ascenderem nns azas <ln prece até as regioes serenos da mais pura espiritualidade. E' quasi meio-dia e trinta e sete minutos. .A linda estatua da Vir- .. gem, semelbante a urna radiosa visao do Paraiso, é transportnda aos bombros das servas <le Nossa Senhora do Rosario para a rapela nova. U m sacerdote i;;obe o.o altar-mor I e principia a Missa dos doentes. O fhL"{O e refluxo da multidao para corno por encanto. O silencio aumenta. O recolhimento e o fervor inten sificam-se. O Credo de L ourdes é recitado por todos em còro. O rev.do capeliio-director dos «servitas, reza o terço a lternada- 1 Sua Ex.da R1v.111 o Stnhor D, Manuel Vlelra de Maflos, Arceblspo Ptlnth, vlsltou no dia15 de A1osto de 1921 oSantuirlo de N. S. do Eoa6rlo ,a FUl11 mente com o p ovo. A ' elevaçao t o-

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Voz da Fatima

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E' um wlhinho, de pele enruoada co-, to a 1,i.~toria encantadora · daquela Mar- 1foi Ele quem regou e deu o cresci.mento, mo ro11ue111 a uni ocfoarnario, rom um be· tir (que 1.1m dia se V. Ex.a. quit:er me a florescencia e o fructo. lo sorrir, alma. aùerta duma c~ança e um nùo importarci de contar na., coluna, da -Que venha depressa essa hiatoria de olliar candido que parece reflectir o ceu. «l'oz de Fatima1>). Santa Ines e outras, outraa muitas, senParece 1:a11uar-se quando o querem fotof'hocou-me o contra1te entre o amor a tidaa oomo essa. carta. Dar-me-hia por fe.. grafu.r e 11empre tem encontrado meio de modestia que dominava aquela Santa liz em me retirar e ceder-lhe, a falta de E' bem conhuitla a devoçao que S. se escapar. Uma vez que ele e.,taua des- 6 o seu deaprezo, ao meno.s aparente, que outro O cantinho qne ocupo na Vo11 da Tereaa de Jeffl& tinha a S. José, a quem preocupada,nente num aropo a /alar, ·1w1, em mim reinava. Fatima. recorria .sempre nos momento., dificeis da I sacerdote canadense forou,-o. Quando vai, Sobrevew-11te uma criae. de lagrima.s -E a.s servita.sP l'UO laboriosa vida. . porem a revelar a chaJKI; nota c~m espan- bemf'!~eja., e foi entao ao.r pta do meu -Que deem O exemplo I... Eu, deaoon. No, n-oaao.s tempos e.,ta devoç~o vai~s.e to que todo., os ?1itro., _tinha1n. /1Cadf> bem Oruc~/t.xo e abraçada a Ele que eu tive finndo do meu jnizo em causa propria. pelornan.do ~a,tante popular e intens1f1- !nas 11au apàrec1a a /tuura s1mpat1ca do a !el1cidade de ver ~ mai das moda) imo- di II urna- senhora mnito piedosa dai micando-ae dia a dia. trmdo tl 11drP.. rai.s vor que me de1;rar1,1 cegar. nhas relnçòC'S que me julg11 sse rigorosaEfectivamente, S. ,Tosé t o modelo doi A 11 ! M faha Amiga quanto lhe estou mente. operario, e a -imitarJo da sua vida e u ___ _ _....;._______ _ __ agrudecirla por este favori Foi V. Ex.• -E as ontrasP .. . de _toda a Saurada Fa,nilia em Vazordh, o !11eu A1tania.s. Foi V. Ex.a. que me fez Que leiam, que se examinem, que 88 ,ertam a melhor rc.spoata e o melhor re- F\ MINHF\ N0Tf\ ca1r as euamas do.s ol110.s! emendem corno esta menina que me aca medio para enabclecer o iusto termo dus Quanto mul na.o terei eu feito sem o l>n de escrever. ~ • reivindicaçl}e.~ · operarias da nossa epoca .,aber? E.spero apenaa no perd4o do SeA' s vezes umn pequena coisa torna-se e ~m dique. a dimluçù.Q da famili_a, a ,,ho~ _I n/initamente li/i.~ericordioso e n<J grande ... » ' maior calamtd?-cle. do., t,mpo,. ~ufw11.,. · 1 1 1 1wx~l10 da• .sua, orarùes que me n4o neAo abaixnr-se um decote alarga.-se, nm Um do., 111more.~ 11rop11gand1.1tas da ,1,.. ____ r,11ra~ . . \·esticlo levanta-se ou ajusta-se mais do voçilo a S. ,Tosé. e111 toclo u mu11ùò ,, 1•,11 .Vao 1111au1_11a as consolaçl}es eno-rmes / que O modestia permite e n6 s ostariam tod_ o, 011 tc1ii1><Js, a11ez~r de ni111ca ler ,.,. " 111ie tenlto. t1do, sobretudo na Sagrado Um exame n-no fnz cmnl ni·nggu oa. • t l I é a A d l ( --..u<> e1l'C'm o <'xcmp 1o.1... (' l i . ~ em ,. crio tmt<;r ,nw, "irm,!' ' 1 r as.~t,n :i1111 prn«a,n ao ' C'!;(·rc•,·er a 111i11!,c1 priomu.nwo, cepou qur me ... 1!ÌSfo. Triplice obrignr;iio nos impende· ··· é conhecu1o}. que hn 11111!~ cli! quiu·e,,t,, 111oirn 11ot11 quc• eln ~Prrn de tùo n11111crosos /~' ·xo.,.," .'fonlwr a 1/0!lar-me id. a cem ~nmos cat61irn ·t · porqne mtos é 1wrtetro e/o rolcg10 de Yo...11 Sf- e diver~o~ pfl·itos. por mn " 11N111eno sctcri/icio do meu or- E'stnmo 8 num :°rque dervi as, po-rque nhora ilo Saqrad<J l'ornçcìo, 111.1 c1dmh dc qulho, du. 11111d1a vaiclade ·Q h _ug r sagra '?· .i.. Montréal, no Oanadli (,I merico do Nm·Ern :i foLoµ;rnfia l'l'nl, òemnsrauo i-ea- . Todo.~ os rlia., me lembro da,.uele &eu ne nao d aia! nuoca mais., u" futuro, lista taln,z, mas ncm por isso m l' IJ OS verd "' cx,ri;n que, o n p:umn mnneira possa nas lr )• . d · <l samento: «trazer e.,coberto o Corpo se~1·tas, f er1r n vista F,uiàou, i·m 1, 011 ,.11 do q1ttrido :,;0 ,1 t,,, d a d'31n1, mn quncI ro, grar;n~ n I)t•ns pou- 11en dn Senl11,,.,,. e quem quer' qne E "m~ nereurinaçùo oue r,std cm i·itu de Q la . h ·a seJn, nem exercer corno neste caso tiio ne. 81 , <·o fr(>{ptellt<', naq11clas pnrngon~ d.i Cova · w ... .. • ,, · · u.c 1wrr,1r 1 e Iwro pe min a v1 a r 1 · fl · , t tornar tao povular " frequente na An11:- ,1aE'1na. I .· ~ I l . t pa.1.,nrln. E pero-ll,e q1u me perd6e. n, rnl ur11c1n l' o ro o e n <'~pernnça • rica. como Lourdes Q é na Fhiro)la e Fafi. <:om Il ( esc-u~·ao e o qunr ro 111 ercnfi..'l b /J • 1rmt re. J al. lnùtt no clinlo•!O com umn pC'ssoa nmigtt . , e sa e em que 1iunra a min.1ia vir- 1 Urna .,Pnilc1 ia naLurnluwnte a mnoifesta~·no da mi~ g111ù.ade so/reu qualquer ,nanc1ia por ma em Portuo . . Pr_eparou-ae para esta . m1ss1l.od • ,ilo l s~u nhn maneirn de ver bn~eada ~os Pnsioa- I mais pequena. Ma! em que perioo eu

Adevoçao a S.~José

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E AS SERV ITAS

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h,umilde quarto de porte1ro on e a ava de S. ,Tosi cfs risitct~ e ao., paif dos alu.· noA. . Encontrou entre cstes cbraç,;e~ dnre 1_~ e p,edo.sos, /IVlR tambe111, ao lodo, 11,Mtn• ontradito,es (as obras de J)eu~ n,c·,., ,. rtan• d,'eatt ~ilo da contradiçdo , ·d,, J • · · · ' I A pou~ e vouco,. os fius /ornw.mm. 1•11- [ . re ,n uma Con/rana de S .fo~é ' Ora a t,.~ a.qui. nad a ha d. e e.r t' raord.mari11• • Ei.t, p1Jr611i, que um belo dia apar•·.·1> 0 lada divino e numtrosa., cura.s teem Zo-1 gar que aao invariaoel1nente atrilruidas J oaé, pelo irmllo A11clré que recomcna da ~s ae11s doente, ao glorioso vatriarca. Por outro Lado S ..To~é parece nlfo q1.1erer fazu nuda HIUfo vor i11fcrmctlio clo ,eu dedicado ~ ze/v$<J scnQ, \ A.a cura& 16 teeni logar devois d 1estt .'IClt con~elho. t er reaado ou datlo · O . ., O que ele mais re,·m11r,...,u. l que pcçam ,. d , I a B. J o,., e ae a oc,1ru " 11111a t ,aaa ou coiaa identica, ~on,elha q11e trntem com azeite ·da lampada que arde deante du imagem do mesmo Santo 01.1. lc>quem ,i parte doente com 11111« da, _s-iui.• 111edtJ,-

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ncio anda11a mconscientemente/

. . me1_1to~. o J?l'Cscnçlies da JgreJa, corno a F . ·t· d ,u 111 11110. e1o mew e,n qua vivo, a mais tll'I 111 terprete do senso romum. F t . 1 <l . . 1 t e<lllcartto qite me deram. Nunca pela ca-,ra nn urn ou cixnna. e e sot· urna... 1,eca me tinlta passado que isso p-iulesse llot,a.. . . , scr e f~er mal. I 01s a proposito dessa notn receb1 va-I a·t , t f lt d rios cnrtas umas de n.plnuso, de reprova' I ere. tdeadque erda dre~•men e t~d a a e ~ t { , · d r u ma pie e 11er a eira .sen t a e aoUm& mulher feliz... idealmente, infiniçno où rii!; ,oomo e pro11r~o n raqueza ùretudo o clese·o de a ,r~dar que 'me, e8- tamente feliz, é a que inspirou estas ponhumao.a) e uma ouLra emfim _de nrrepen. ., l d g d.ù d o Io10s11. . crciuuava111, " moque a. nao ;uloue por mim ca.s linhas. i ~ e eo n f"tss1o i • Mas peçd-U,e Eia quasi tinha perdido a. esperanr;a de A s d~ aplauso 0 ~ mous parabens 1? 0 ~ toda$ a., raz,arigas, toda., a3 senhoraa que ver este dia. ~s ~er rntt•gra~as pensara ~ Jpg::!~~ undaui. . a moda. Ila, d.& vezea, mesmo Mas viu-o... e viveu-o. O seu coraçao i; e re1!rornçao-c uas ~pen 5 ali al~~s boas profundamente boa, e du- esta a trasbordar de urna tal alegria., qne deA~ofltuo e ...:, nada mais. b md piedude que eu nao teria coragem osto. mulher podio. julgar-se em pleno pa,. u timo nno a posso ma!1<1ar em orn de chamar .mper/i.cial. raiso, em urna alegria imensn., definitiva, 1 co; ~_ma ~•mt! h pnl11.v:t· nuo. . do E, aoora, para acab,i.r, desctilpe-me a de que ne.da nem pessoa alguma podiam 1 S °<~1l rc1;ti_r- e_ n. to oce panna I ro11/ìcleucia que lhe 'VClll /azer. NiJ.o mo roo.is priva-la. n.1va or: cc n1 e nno rnes a 1,~·car.u · 1tome a mal. Mas i~o. ~ carta comoveu-mo. Ench1Nao era a pri111e1ra l•ez que ia c1 Fa• • • me ?0 snnpnttn _por c~sn o.lmn quo llHI es- ti mci 11.e111 e.,pero que lenita sido a ultiEste dia. niio surgiu sem uma dura. pr&_ cn•\'J~ ai-rept•m!tdn se.111 conhecer nem ser de m1m couhecula ma. pnraçno. . · _ . A . tE a /alar-ll,e com toda a fro.11quet:! Ha 1·a vinte nnos .. desde a propria ho1 · eia vem pensando . 'dho te 1c1-a 110 1tnda • s.ent1c1n ' nque1n ,,,,,, , a /ranqu.fra duma ré_.,__confes.sa, uma 1 ra do casamento que C[l.r Ì qu(' rC'st° 1n e1es e logo fa,.t>r dola a clu, coi.,u., ,,u, 111,e fez mais impresaa.o foi n ele. 111111 10 • sogulH a nota. Uma. nuvem 11. desenhar-se n aa mais 0 1Jer que u J1cu· de ,,ervitas que pela ;rua Fli-la.: ";r11iade v1·lct sua modestia no porte e belas nupcias quando el~ face a face I::x.11111. Sr.• e ,w risti;· mai., pareccam an;o, do q11e com Deus,, vin.ha a verific~r as ignoranlh.a.t. niinl,a q1.eridn Ami!}n ,,,,tf/,ne~, .•e e11contrauam algumas fJU", cias, as fraquezas espirituaie daquele que Fala-ae id. de millwre.s de rnra.~. M··,1 serem rscandafo.1ti.,, entret,i,,;' ·"'° eia sotthava tào superior a si, para o Oon1Jiria que hottvesse um bureau dc lt.rfra11lrarct ccrt11mi>nte tal ft·ulnmen- t 1;ic.1:am 1wtaclas por uns decotes ,:i;cu- amar sem uma sombra e sem um!\ ret·eri/icaç~ea mediras, como ha em T,ortr- fo por letra compl.etamrnle dP.,runlieri- ,\i1·,,'1te11te laroos e v11stidos demasiado serva. dea. Em Mont-Jloyal (~ìtio onde fica o tla. q1.,-l fl.1. Superìor? Entiio, niio ... , seu marido coleuio) na.o ,'<: preorn11am r.o111 ,.,,.,a.,_co1· I Uo.,tumt1 11cr c?r ìni_ima amìzad,: esfP w<;, eta., (i: eu_ ol11cii:11 .,6 para as ulti- nào_lhe era s!lperior. sas. Suo os pro1>r1os dv1rnfes que 1mbltca111 frafamrmtu r /01 ]J<Jr1.s.,o que 11r.,ta 111i- ,,10 ., cmbom mu1to pouras) se elas veaTmba perd1do a fé, se é que ja a.Igucom ·gosto a sua curii e outra,, 1•ezes (co- nhci tarf(I. i-u quiz q11e e/e r;.c11rimi.•.," feu, assim famliem c11 posso vestir como ma teve. 1 mo acontece em Fatima) s6 JJOI' nca.,o ,,, l,rm toda n .,impatìa e rrista amisade t•i.<to. ' Eia tinhn sossobrado n esta paseagem chega a ter co11lt1•cime11to de rirto8 fac- que a V. 1~:i:.• dedico 110 Se11hor. ..~·ao tinl,a razaof... I tcmivel quo tanto deve proocupar oe matoa extraordinario.,. Oreia Ex.ma S11r.• que a est11110 mais -Nilo. lJ/a., 0 facto cl" influencia des.sa nejadores d'almos ... noquele momento em Foi a.ssim gu.e .,e tlcsrobriu, pas.~ado., dn q11C1 "" u conlrrce.,M. lil,erclade cm ulaumn., ~rnitas /oi um fa- quo a embriognez exuboraute das paimuitos a,ws,. a crun subita e comJ)lrta Eu, sou uquelu ]lolirc ra11ariga quc V. cfr> l'lll 1111m , ai-lo-Ira talvez noutras. xòes nascente~, o jovem reage 1ieasoaldum 011e~ario prole~tante, _t11/rcdo 8tan<1· B;c.cia tfll1to11 rnmo nxsmito da :"'" notn I Oe.~i·ulpe l' . R.c.a. est.i conf~d~ncia que me11~e sobre as ideias daclns e recebidae hope, cu10 pé eMwyado t111hu. 11ma rha- 11ubl1cada no n11111tro tlr Pei·ereiro p. p.' em nada clin,uwe a ara11de esttma e ad- passivamente duro.nte o tempo ~e umaa oa P1f-rulenta ha m11ito tcmJ,o. cl11 «Voz da Fatima,1. Li-a to/reaumen- miraçlto qtu? ~ìn to pelas que tllo desinte- l fugiclin.s e mogrns liçòes de catec1smo. Veio ao Oratur,o ,le. S. ,]osé, a co11u- ti'. rrs.,atlame,ite .se d1'11,raui ao trafamento lho dc um amiuo, '- 1·0/tou. tumtlo. . 1 l'arer1t1-me que 1•inha nli al911n1a coi.tu do,, vob1·e.8 doe1.tinho.~. • • •

No dia da DESOBRIGA

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Ao lado d'estes /a11ores celetfrs, . qu!fS' 11am 111111t. des~o.nl~ecidoa, lul c!ira,, eftraord1_nCll'1_a.i E Nnlw ... 1Jerif1cad(!11 -po~ ml'dt,·o., mais ro11.,c,e11c10O corarclo batia-me apressado. Poi-so.s e mau ~ab10, , uoun,lo a., ,·,·uraa pre•- CJUé ?... crita, pela lgrejiL I'. pela. scin,_r.ia. _E.stil,~ gra II qraca, crn o mr.u A.1110 du Guurcu.ras aOo huma1111mrnta inu11l1caue1$. E da qur me im,,eli"m a tal /rifrtro. e.sta ta!11be111 a O[liniflo de illor. JJrucl,ni, Bc,·oulceci-1111· dc.vcrita , retrafllda no viArcelJ1spo _de Jfo,,trhil. _ 1•0 111i.q11t'la.~ colunas. I .sto e.rpltca II afl1tct1r!fl cfo pe11pr11(0-• Fora j1111fo de mi111, « u111c1t, ajotlhada de que teem chegaclo a 1untar-~e ah tr111- 1ui11111 gmmle r..cte11 ..,i1J, JlinL iu11fo de mi111 ta u q11.are11ta m,l. . 1111ti l'. 1':J·.i-i11 Jtro1111uruua Cl(JUl'ia .•au<.ÙlUm sacerdote d'alt 1i.,.11·aurn. q11e o 11·11- (:ùo: ,11.cro a1111al de /iris (IIIP. ali vela orar ex«OW ./11/io! 'l'u JJ(lr aqui ?... ,, ade o dr Loul'dr.<. l 11.1i-ccllHtte <J1t11i-la a inclu. ,t capi·la J;rimitirn finlia, por /1Jrça, dr. JJc11u1 s Hfirnram-u: e 11,ìt, oul'i 111ai.•. -~er proi·ì.wriu. Rta 111, 111ìo /rada 1ilt v1cla. Vai, voi.,, nli ]l'l·u11fi!r-.1e 1111111 ùasilic'.1 uMa., q11w1 r que derJ licenr,t 11qtula ruju primeira pl'rlm /01 vosfu rm 191(), .,n1/,or11 1mm c.,tur as,<cm a i11mlfllr-me quando .,e e,,taru 1'111 plr.11a g11,:rnt. 11 um junit)l ( A crii>fa c.,ta in c-<J11r/11icla ,• é 11/i q1.11• .,e , ·e utc d~-•rn11rl'm? fo.1.cm 1M e;racfrio., ,lt- 11i1 d,ult,, . Que 1·rr111111/,a !,, o edificio sera urandw.w p111s .,6 a rr,- /•'oi a8,i111 •. • dc orv1tll10 e ,;t];o o meu pta ·cuatou. id. crrcu de. Pinte 1'.1-i! conto~. 11ri111eiro 1w1ts111nr11fn. Sc11ti D ,m11171ct ,1/irma-se quc toda " despezn 1m u. 111n1& fnrcr-u 11• 11 cu ul'iu.~; pen3t>Ì r111 e:,1{111 !le ctm miL co 11 tu.1, mus isto 11llo lJ'fl"OCUJ)IJ 8,ifi,,faç,ill• ao d11"rcfor cla fol11C1 e... niìa 0 _, Caiiadwu,, 1,nr,1ue II rai;,:11 d,a c.sm<Jlu& 111 IJUll,r/as rni&as muii. nuasiada a tarde 1101111 a encher-Ae 110 11,ii 'Jluito e.rcifuila uinila .,e11tei-me u bo,.,cguinte, a mcdida du.s 11ecumlmles. . dur u.m WrJJOral 1mm a i(JrPfo da 1111o R ev. Oonego Goubf., dircrtor da ren.s- 1i/1 11 tr.rm. fil JIQn8ienze L' •Ideai, que vi,ito,i o SanPouco a pouco porem a ei:rituçllo pa.,. f ilario conta quc n1111ra. nt11l,11111 _lcnmcm .,ou. lite cau.,ou mais 11w11. e pro/wwla tmprcironio que po,· tlccuo Lcru.ntrt os oll,n• ,,llo que o irmdo A11drt parecendo-lhe ea- 111ara uma oleografia de Santa 111.2.s qut tar em preJença do Santo Ou.ra d'Art e.Jtava nu 11a1·edP em f1·cnte e .,enti-me e /alar com S. JosL I mudada de toclo. Recordei nm,t mome11-

I>igo-llto porq1,e I po.ssivel que V. Ex.• queira e co 11 si!}a et,itar pequenas_ coisas que ~e toriiam yra11de~ pela q11.al1dade e po11içdo da.Y pes.soas em quem ,e notam. E&quecia-me de lite dizer que n/10 tor11 d a .,air df ra.m sem ter emendado al01111 ~ clos m1:1ts vesticlu.,. E.sperando, 11 iin1ra ùoa amiga, que me 11 ,10 esquererù Ju 11 to eia nos.sa querida M,ie e 11as .,uu., comunli~es, subscrevo-me rom a vro,, 11·.•·"' de igual lembrança 111 .to decl.,lii 110 Ooraçao Divino de J. •

Nao se rctem sena.o o que se defende e ele niio tinha defendido nada. Pàra que? :Niio vinha a vida ao seu enc_o!ltro com n taçn a trasbordar do magnif1cas promessas~ . . O pr!me1ro em _tod_a a. parte, receb1do na soc1edade ~a1s . intelect~al, ele ei:a daqueles que nao trnha mais que abrl.l' O:; l>rnços.. Alem disso, por entre as bonecas do ba.ilo, tinha ele clescoborto a que é hoje 2 1 27 1 .\ • 6-l - r sua mulher. ' .Varia Eulalia... Nesse tempo,. a jovom chegara a h~tar em lhe aceitar a homenagem prec1sa~·. S. l'ode /ater de,,ta, carta o uso que m~nte ~porque nquele que soliciti:wa a sua qu1.<cr oculta11do• porcm o meu. nome de mno nao trnha fé. /11m1lw L o du. 111111/ut tura.

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Niio u n<·h1111, cfolic•iosu? Que o Senhor continue a ahell~'ORI' osta boi\ alma e a fa· zer com quo se.j,un i;empre muito reotae :i iut ...11çòes ,lni; minhos notas. Fui exagemdn, fni inj11sta no juiv,o qne formai da rp1t•rid:i '.\lnrio Eulalin e disso me arre1w111J., e_ 1wf111eto emen_dar-me. ,\ pnnw1rn procluz,_u fruto nt>sta al11111 Qne eia o pro<luzu,se em tantas sern1 •l hnntes! .. B1•11rùito Mli ti o Senhor I Eu :ipenas semeei nn-Voz da l":H1ma:

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Oh I Nli.o é que ele fosso inimigo dola! Mostrava-so mesmo muito respeitoso para com o S<'U paroco, acompanhando muitas vezes a sua mulbor .t ?.fissa para lhe dar esse prnzer. Abonecin-so ai, no entanto, terriveltnonte sobretudo quando o paroco ora um pouco mais longo nas suas prea;açqoa. Ero. por isso que sua mulher quasi nunca lhe perguntava nem pé<lia narla. Com esta notureza assim, qualquer pressào era uro retrocesso certo. Para ee obtor algumo. coisa. era necessario que a pll\nta. ali lanr;11.da crescesse em ahsoluta


Voz da Fatima liber dade. 01 mulher a, ~idc:::cta a ::r 18:~ar Seui: 1 uma bela manht .de.qu.a.resma ... p

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Tamno·mUom E8D8Ilh8 ll

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Preferimos, porém, o do pa.i, pela decer-lhe-ei todas as at;ençpes disperu;adaa sua sobrie<lade e por ter saido da. a.ssim co!no_ farei ~ minha aaaina.tura papena de um Doutor em M d · ~a. ter d1re1to n. receber mensalmente o . . . e ecina Jornal pelo correio. e Cirttrgia, pois, segunclo soubemos Desejnndo-lhe muitn imude e gra,ça de A _jovem encheu a sua alma de todas Nilo é a primeira vez que a.qui depois, é essa. a. qua.lida.de do pai da. Deui;. Sou de V. Ex.eia O.do m.to obg.do AS, virtucles que lhe foi possivel adquirir. publicamos o relato de cura.a obti- doente . Alfredo Augusto da Rocha E a sun ureserva,1 de amor para embal- <l · · ·nh Sera supel'fluo consigna.r que esRua de Entre-Qulntas n.0 301 samar .d d as no pa1z v1s1 o . . b a v1 a aquelo que Deus lhe deu HoJ·e tra.nscreveruos do u .o 196 do ta. circunsta.ncia a ona o caracter Porto para amar. prodigioso da cura. E era grande a sua «reservn.u. , Rosario> ( de j aneiro e fevereiro), A sua n.feiçiio a tinha ainda ~umenta- j 0 seguinte c~so: Como fica escrito, a enferma bedoce como que perfumado de p1edade. «Numas mforma.çoes que aEl beu agua ila Fatima no dia 13 de ausava tanta pena ver este homem tao S .1 • R . l V setembro. C?mpleto sobre tòdos os outros pontos de ant~ssimo osano> ( oe ergara) , I vista, aceitar esta inferioridade, esta ta- pubhcou no mès de agosto sobre as ntencionalmente deixlimos eura, de n~o compreonder o seu imperativo maravilhosas apariço"~ de N . Se- tao de publica.r 0 que hoje damoR do;t _religioso, o primeiro de todos I nhora clo '.Rosario na. .Fatima Porestampa, poi, quizemos que de~ntao a sna mnlher pregava pl'ln voz t . ' . corresse algum tempo cle experiendoce desta suprema pregaçiio qua é O ugo.1, compa1.avamos os acontec1- . • f . exemplo Rilencioso. mentos da Fatima com os de Lour- cm, para Vllr se a cura tao e 1izmenC'asa cm perfoiLo. ordem.. des, ero Frauça. A l i apontamos te iniC"iada pro,;rg·niLi no M'll ('UlUiDoa para todo~, seYera pnra ,;i mes~a, ns ruzoes que para isso tinhamos. e nho ascendente. . ' mns dama severidnde que s6 Deus na Ho,ie, segundo noticias re('e11teesto. esposa sabia quo, se Dous fez l\!l fl~ se a a 1g-um parectir exceHSlVa a honreR linclas foi-contra todn n aparrnchi- ru que de tal comparaçiio advem mente recebj<los, podemos anunciar para que n~ rnulhere11 as oferec;arn a. seu Ftitir.na convidamo-lo a inteirar- que as melhoras se leem iclo ac·l'lln~nr_ido, aincln. que nào fosse senào paro. se do q~e la tem ocorriclo e boje tuando sem experimentar retroeeschssimular a ernpresn do seu npostolndo. Ot·ot·t·e c1 I , sos e nfio ~1•m gra11ch• aclrn i ra,:ào clos em torno aque o • bemd1to CJ,Ut> el nutN1 conheceram a c•nft>rma,, F, a primeira fior era eln rne&ma, toda . ooar. 1myregnotla dum helo e grande espirito loe, l f 1 <- 11~tiio,. intelip;ente o .firme. A' semelhança da francesa Lour- 1 n amilia e ~a propria joven, cujo Eia ~om sabio. que era pela grande no.- cles, 0 capitulo das Ctll'as operadas pe,,o, em dms _esc•asRos meses, uuic, lum1nosn, a nave onde so canta o uni- por mediadio <le N . S. do Roso.ri·o 1 menlou sete quilos, e que actualco Credo da unicn I greja, que urn homem, ' 1, t b lh f r<>cto corno o seu marido do,·ia ir até ao dn Fatima, vai-se enriquecendo dia men e ra. a a na . con ecçao cle 'fabernaculo... ' a ,dia com novos e estupendos ta- um estandarte que seJa testemm1ho A prégaçào continuava som afrouxar sos. pe1·ene da bondade da Virgern clo mas sem rc>sultado o.parente. Nem um s6 O b·t d ta ·ih , Rosario da Fatima e tam bem ilo am l O es. s marav1 as esta dii' a. sun urnlher perdou a coragem. Xunca se sa.be todo o bem que se fn.z por emquanto hmitado pel as fron- sen rPc-onhrcimento e gi-atidiio por r111nndo se faz bom, e Deus nem sempre teiras portuguesM. essa bondade. concede. que colha o mesm~ que sen:ieou. Esta limitaça.o 1 porém a.trevemo:,fadrid • • ' Antec1po.d&mente eia ace1tava res1gnn- 1 damente esta tri stezn. de nùo vei. comun- n_os a atribu1-la, a serem desconheBenito .llaleus O. P . ». Alfredo A u~u,to da ~ocha gar a seu laclo aquelo quo era a meta.de c1dos aqueles sucessoe, e por consecle si mesmo. e com o qual ola tinhn. sonha- quencia., falta de invoca.çio da. ATESTADO clo !:.llr .«uJr.i• em Deus. Santissimo Virgem sob aqu~le no11 aimal !... viRsimo t·tul0 Tudo tem a &Il!\ horA, mcsmo a l"0ntul • • Carlo.t C'inrinato da ('(>.•itt l'riaa. mero. das ventw·RS... De uma 1nvocaçao mais gera.l e - - - - - - , - - - - - - - - - - ~ diro J)ela Farulclade ti" Jfrdid1tu. da Elo. tinha noto.do que, hnvin ja algum mais frequente em Espanha resultaU,iiversidade do 1'6rtu. lE:mpo, seu marido resava durante a Mis- ria sem duvida ma.ior abundancia Ates/o q_ue Alfredo .luguslu ,lu Ro~a. l ' ' . , · c/1a, ca~<1do, morado.r M l ·Rua t1'Entre O i inhn-o visto uma tarde entrar s6si-J e e graças e favores. Assim atea-Quinta,, P6rto, é purfml<>r de 1J111u g<Unna .i:i suit igr~ja paroquin( e, pnra 'ros- tam as merces concedidas a divertrite ulcerosa verificadu por mim e val-' :Lar a su11 Iiberùade, eia abs~ve-se do sas pessons ero Salamanca e Ma- . O signa.tario,. d? atestado 9ue ju~to en- rios colega.,. Durante 11111ito.~ u11oa o lht> a1,are<:er e entrur ntissa ocas1iio. cl riel de que temos noticia . e é isso v10 a V. Ex. ? meu mechco aas1stente doente du-~c / orçaclo " rernrn ,. 11 urna Ho.via ja mais do um:i. vez que elo. en' , ' desdo 1918, motivo porque, bem orienta- rigorO'll c/it>ta l11cteu I' an fl-11fo111ento coutrara fora do lop;u1· hahitual itlguns li- que da a. entender O • raso que. va- I do ~o. minhn. doença o do mea doloroso pelo bi.u111dho, kaolinu, etc-, prol°l)rmi1•ros iutc>ressant<.>s e reliiio!.O!I. Dois do- mos cons1gnar, suceclido em v1rtu- sofrnnento, por algumns veses tentou ope- do-ll,e cri~e~ 1111tito doloro.~,,.~ a ìngr.,to.o mingos, ele prepa!·ou-se nindn primeiro de e por causa do nrtigo publicado rar-me, nuncn o oonseguindo devido a.o de qualquer uli1111mto qut nllo fo.•.,e o quo eia pnra a. M1~a das ~~ boras. Eia rm El Santisimo Ro."uio. me~1 estado de frn9uezn geral. Consultei leite. Bm Outul,ro 'fl. JJ. n.,r,/r1w u doent~,·e mcsmo n nng(•hca. hoh1hdade òo lhe A p.rob:wonistn foi uma manina f!!mtos outros medico& entra. os especia- te ir a Y.• S11r.• da 1"at1m11. 1hzor: ? ,., • hstns das doençns do estomago com oonA. 1,iaoem, que /01 1,m1tu lrir111~nto.1a, -u.\nd11. depressa, niio 110., fa(,'as tnrdar I do 24 anos, f1l ha de faro 1a mwto sul torio nesta. cidade, mas dos divereoe e a c,taclic1 e11i l•'atìmn nl,ul11m111 1>roa :Mi~sa.n. cri.~ta e subscritora d'El Santisimo medicamentos que me receitaram e va.rios fundameiite o 3i~tem a ne1 rl).<n rio ,lnt,iEra_ a primeiro vc>z qua e8te '.m.o.,u unia Rosario. A l eitura da.a notas sobre regimes alimentnres que me nconselhnram t,·, rrurcssu.ndo uo 1'6rto mw/,, .f,diga,. os_ cl?1s <'m um pensamento nitidamente os aconteciinenios da ]'litima des- e que eu cumpri a risco., nii.o obtive re. ilo. l'a.,sado.~ dia& comec1111 o dm·,ite a cnstao. . . sult11.clo nlgum. No& ultimos tres ano,s 1.c11rr1111c11tnr ro11sideruvefa 111elhor,,.~ e Onte~, porem, diss,o-lhe ele simples- pert~~ na J?Ven en~erma. e en.i _sua minha itlimenta','io foi apenns leite ge- /,io IJ,,m .ie .,e11ti1t, q11t .•~ olrr..-eu ,, in.monte 1sto: . . fam1lia o vivo deseJO de ndl!Ull'll' a Indo e medicamentos: bismuto, bicarbona- aerir ali111e11fo., que liii' e.,turam 1•rvscri- .\ (jlll' horas podorm o Snr. P r1nr re- aguu milngrosa. to de soda e, quando ne dores eram mnis Ìo.,, 11ota11do com aler,ria e e,p,111/1, que c~L11r-me? Este ano quero oom1111gar conA doente jazia proc;tracla no leito prolonp:nclns 1, cloloro~M, um c·nlmante rom i,i nOo l11e vrn1iuc1u·u111 dnr~.1 r que oa t1140. I . . d d . morfina, a fim de descançnr um pouoo. ;liauiu ptr/l'1/.amrnte .J l't1w! ,,,,,ite, As grandt·s. clores sào muclas mas ns 1nv1a J t,1.cerca e . o~ anosd,. e com Em 13 de Outubro do nno findo fui ,t ron.'qiuinto .1e ab .,t1:i;l11di de :/11me1ito1 1 12:roncles ul_uitl'lns tn.mbcm... e 1n. esgo ura a sc1enc1a me 1ca. to- C<>va dn. Irin, sendo registndo no posto ,rrit,uites, come , e ~ o, un. _0 0 ~su T~a abrin os )>rnços. !1 JS ùS séus reclusos . mPcliro com o numero c,iiénto. e acompn- i:d~ilo, d? vont_o de 111stn me~II 0 • mu,to 1',m _volla hav1a, l·oin ccrt.ezn, 11m coro Bm vi ·la da. i.mpoteuc:ia d . nlin,lo no pavilhio nssistindo ali a todos saft4ator,o, 110 1.• nc1o fem cr,u.• rlolorode A.1110s. . ,h :s I b f _ol~ me10s os exercicios religiosos e, quando No.san .,as de.11le outubro ,,a.,.,f!dn e o xl'u otado F, eln ni..o acrechtnvn. que, "em estalar, utnanos, aque n. oa ami 1a ape-, S h . r a M. d 08 d t yrral e bom um cornQùo de mnlhc>r puclesi:e-~ bo.ter tùo lou . para os divinos, pondo a sna peedn'1- 1r o. apres!c . ooomen , . mm h,a.a e ur a,issa nss1m o es, no 1 Por ser 'V;rr/mlt ,e mr ur prdirln paa11 8 forte coruo o seu noque1a ocnsmo... confinn"a no podcr da Yirgem cln e,,nn t·1ssuno . S ncrnmen.,., ~- qunnd o receb.I n so , esfe atc.~fado ~ . r. d 19.,7 7 que · n.~.110110. .. • • l~at ,n,;1.. bençn-0 pesi;-01tl. Nes.se mesmo dia regrea· 1 o,to, 20 ' 1e '. ui~ctro e • ~ Obtida a agua milagrosa 0 que sei n . e~tn .cidnde, ten.do umn. vin12:em hor(11) Carlos C1m:1nato cln ( osta Frins , 1 • ' , roros1ss1ma. mas aqu1 e durnnte nove (Sruuc o ,-,•nJ11/,cf u 11·11lr1) Nessn mnnhii comun$!:0r~m os dois a 0l'orreu, conta-no- o o pa1 da enier- clias, bebi um pc-neo 'de 8 ua com t.erra . . . _ g . t Natalia Lopes, de l'ont.es-Cnxarias, par. O su.oerdote, q1w couh!!<:11t o cMo tr,~ ma que nos escreveu sob n ìmpres d0 10 3 d rub no l·olo,·a1· Il Santa Hobtin nos' ~cus I ;- ' . '· · ' . 11: t ns a,nriçoes que consegui rll- e!!ere,·o · cApnrecendo-mo uns abce~sos no nes~e ac-to torna11\ 1)1.08 . p 1\ r oc·111. n'eJUO Ia mu lh er que o seu sao do p1od1g10, as seguintes pula- zar, • e A L "f · rasava n NosM ~· ~ ., Senhora I>ra~·o d.1re1·t-O· 'I 110 nini inn'horn,·nn\ n1r1ladciro cusa111cnio era. entao... vras: trl'S •ò. v-,-u a~i~s• ;:; n1ero ~,e&tns, no vam nl'lvo.mento a n.pnrecer, fnzendo-me 1.,;m c:l\80mcnto qut• t•iw<.>din o primeiro - «Quero que V. Rev.• saiba que nono 18 res~\ am tÌ ui;. ~ço em ~o- ~ofrc>r dores horriveis; eu com o oornçio nn 1listn11cio. quc ,;opara o finito clo infi- no dia I~ (òe setembro) ao cnir da mt um con_, nlln 1dn, m t, idrr . .', 0 fin .d~!'l!III~- r.heio de fé, invoquei No11sa Senhora da ., . . e on i:e1a no 1n 25 o 111 re eri e m,·a , . lh . prom• n1,o. no1ie minha flh p,tra qua. me me orasl!le, 1 . a t om_ou a agua de Ontu hro senti. ttm ~erto be m e.sta.r 8 Fahma .E, de volta no seu 1<larn, oln abrn<·n-o, . ' ' tl'mln 11 uhli1·111· n l?rn~·n <·:ho d.1 lii<" ou1I(' oluos f(•d1atlos, e diz-U1e; «Tua mulher m ilag-rosa; no dia 14 poc~e comu.n- dPAdl' es~n dnta. nté lioio, o.s doree do es- vis~<'. Jmplorn ndo·a numn. noi te. logo no pura sempre!...» I gar por lhe ter clesaparec1do a .d1s- nt.olmngo ~desnpdnrecernm por rompleto, to- nutro rlin me nchei muito melhor, nio 10 rom, o e tudc abste-ndo-me apenas ., d d ·~ pnea e h averem cessado os perhna- d heh·a~ "d . ·t t d <Jofrendo 1a doros, e po rn o J11 mover o ·t • d" d e I rnS ., l'ODll OS lrl'l R.n es, nn Il, té ho·e nii.o me tornnram a 1 zes vom1 os quo a 1mpe u·um e co- m11 tem feifo mnl. Em virtude do ex-po11to irnço, e- a ~ h · .1.. f6 l · I . . 11pnrrrc>r. Com o coraçao e e10 ...., • muugar p_or a guns mes~:1; cessap~m nor mm, e po o men medico nsSJstente, re<:oHlirriment" it Snntissimn Virp;em, vea~ d6res mtensas que· hnha e ho.1 e, V. F.x.~ devp oonc;orclnr, romo ()U conce:r- nh<> pedir n V. se ò.igne public-nr estaa ' ' ' rlrn 16, pode l evnntar-se e jantf.1,1' do , rine 96 um milnj!;rP opern.do ero mi~n linhas que desdo j,i muito agradeQO. Resta , f .. d . d l por Nossa Benhora e Nosso Senhor pod1n d" ,- P- stn rimeirn itraQa O Santo Cura d'.Ars recebeu 11m clin com a. ami1la epois e passar e e trnn11formar em tiio pouco tempo a mi- izer qui'. n,LO e ·S:nl{ d F,t· 11111a carta <'111 que lhe chnmnvnm hipocri- ca.ma vinte mes1>s, com gra.ndei,; so- nhn. 11it11açiio. pois enoont,ro-me bem di11- quP rec>ebi de Nossa ora o. ,_ ti\ e criminoso e uma outra em guo lhe j frimentos, que, em varias ocasioes, posto. ~eço por isso tl V . F.;i:.a C'Om fodo ma.• chn1~a.rnm ~!1-nto. . a conduzira.m a uro estado preao-oni- o rm,pe_1to parn ~nndnr publion.r na «Voz «Albano Mendes Barbosa, òe Ptlvoa de R1u-.se e chs~e: uOrn ve1nm la corno eu ., d11, Fittlllla• a mmha cura e Junto atee· Rio de Moinhos, vem publicnment~ agrame hei-de finr dn estima dos homens I eo. . , , . . fado. e. c>aJo nii.o pos~n ser neste nume- derer (i Virgem do Roenrio dn FRtima Umn carta, de mnnhii, mo 1•nchia d<' M1l graças a Sanbsslma Virgem ro, ontiio no do 13 de Março pro~imo, o umn 11:rnçn em ~Nl fayor e n cnr:i de Ma~ ioJurias; 11i:11i ouirr~ de tnrdo, mo 011m11-1 do Ro~ario da Fatima»! oue ch~s?e ja .recon_l1eridiasimo a12:~nde~~- n11 el Mendes, i;eu piti, que no dia 14 de lu ~lo o.tenf,'Qc>s. _ . Podiamos ter tro.nscrito outros re- Em Mn.10 t-enrtonc 1r n C'ovl\, da Ina TISl- ,J aneiro do nno presente, estnndo qu1bi ~uro n de mnnhu rtto tornou po1or neru l t . t· in t . d I tor e agrnòerer a No!llln Senhora e nn a Jl10rt<? com nmn òòr de oolic>a loi-lhe u ila tarde me tol'llnrn melhor. Quiio pou- n os mais sen 11 en ais, proce. ~n - idn 011 no regrnAAo apresc-ntnrri n V. F.x.• alivinda. essa dor clepoia de recorrer , l'O vale a o,,tim11 do 111undo !11 1 les, d e out.ras p essoas tle fannba. 1011 meus respeito90S cumpriment.<>s e ap;rn. Virgem. Lnus p;lorinque Virgini.•

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Voz da Fétima

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AS LEITLJ R. 'AS

Pois, a crianoinha, no dia seguinte, es- 1 20$00) D . Mavildia de Freitas Mascar~ Um Sacerdote resa tranquilamentava melhor, e d'ni a· dois dias, ja nii.o nhas Andrade, D. Maria da Silva (1 tinhn. no.da, ostava completamente curada. dolar), D. Elvira de Jesus Pereira. de Pite o seu breviario a Uf'- canto do '3eU Venho pois, por este meio agrndecer a nho, D. Gloria do ,Josus Rebimbas, D. Car-ta de Monsenhor- Gay compartimento no comboio. Numa Santfssima Virgem de Fatima esta cura, Rosa da Gloria ll,ebimbaa, D. Guilhermia s ua lr-mA. estaçao entram como uma tempestae tornii-la publica nn. V6z da Fatima co- na Amelia Alves Fortfma, D. Maria Jo«Eu te peço em nome da tua al- de uns poucos de j01Jens, que olhanmo prometi.;11 sé Costeira, Ventura José de Campos, Maria Antonia Pontes, tla frcgncshl cle Ant6nio Fragoso, D. Maria José Oarva- ma. tao preciosa e tlio querida, em do o sacerdote com ar malici.oso Paderne, sitio da. «Ribeira de Alteu, con- lho Pereira d'Almeida, P.e José Mo.ria nome de Jèsus Cristo que é o Verbo poem a cantar coùas pouco co-nveta assim n curo. de urna filha P erpetua Mortins, José Monteiro e Silva., Fra.ncis- de verdade eque se fez o teu pao, que nientes e a dizer parvoices coritra do C'<m<'<>iQiio de 22 anos de idade: co .Augusto Ooimbro., D. Mo.rin Alexan- te imponhas a obrigaçao de nunca a religiao .. «Minhn. filha sofria jrt ha a.lgum tempo, drina, D. Mo.ria. do Co.rmo de Carvn.lho, N sem que eu fizesse <>nso de chamar o mé- D. Maria Euienia Tiraga Reis, Luiz ler maus livros. a estaçao seguinte, o sacerdote dioo, por julga.r coisa de pouca importa»- Lopes Abcgào, D. Perpétua de Jeaus, D. Eu chamo maus nao s6 aqueles desce e despede-se dizendo: eia, mn~ no 1mtnnto oncln,a n tomar al- Catarina Bagulho Santona Marques, que o mundo censura e reprova (eu - Até breve, meus senhores. guns medicnmentos que nii.o lhe fnziam D. R6sa Casimiro d' .,\Jmeida, D. Ma- bem sei que tu 08 nao abririas), - Q~e é isso? Até breve? hem n.lgum, antes pelo contrario. De re- ria Primitiva Castro, Guilherme Hen- mas chamo maus ta.mbem a essa _ Sim, eu sou capelao da cadeia. pente comec;-.ou a manifestar ataques de rique (15$00), D. Maria José Leiria., • • • lou<'nro; niw me podendo ver parto de D. Maria. do. Encarnoçiio Gomes Correia, inundaçao de livros escritos por hosi, pnis ,tizio qne ('tr io para n mntnr. Francisco P ereira.t D. Maria Graciana mens sem fé, sem doutrina e sem U m paror.o de aldeia entra no Como ~ou pobre ni'io pude chamar logo de Figueiredo, u. Carmo Padilha, D. coraçao; esses livros de comediantes o médi<'o e romeçei a peclir a Virgem que Joaquinn Sancho Lunn, D. Beatriz Fa.I- mentirosos e de egoistas desconten- comboio e instala-se em frente dum tive~se piedade da minhn. situ~iio. Em ciio Ribeiro, D. Branca Ferreira. Marvào caia;eiro viajante. fim . h,111v0 n.lp;nom que me aconselhou D. Eulalia Mendes Cabrai, D. Marif\ tesi esses romances odiosos cuja lei- Senlwr Padre, lhe diz éste cltaqne im·ornsse a Virgem do R. de Fati- Mndnlona H.. l\foo<les de Matos, D. E- tura o mundo permite por passa laceand-0 e dando sinais aos visinlios, ma; nsi;im o fiz e depois de ter feito milio. Pereira de Oo.rvalho, Alipio da Sii- tempo as raparigas ! algumas novenas e de ter dado a beber a va VicC'ntc, José Fernancles de Almeida, T d b t 'd 1100 sabe uma triste rwvidade? minhn filha agua de N. Senbora. asta 00 • Joiio F.G. de Olivairn, D. Rita <le Jesus u nt>:_O po es sa er, u, queri a. - Nao sei, nao tenho tido tempo m('(,'011 n mclbornr repentioamonte logo Bnrh6sn e Sa (12$00), um anonimo filha, nao podes mesmo com:pree~de lér os jornni., ... que heht'u ns primeiras gotns. Hoje gra· (60$000~. D. Amé_lia l\Iartins (20$00), der, gra.{)as a Deus, o que ta1s le1- Olhe: morreu o diabo! ças :i V'irv;em clo °R:OAario acha.se. compie- I?· ,\~ar_11~ da Co~<'crç~o Camilo, D. Ma- turas fazem de mal e que veneno - Oh meu cal'o, quanto eu o la.,titami>nL<' r esta.hclecrda. Prometi também 1·1n I• olr crdade _lt'i guorra do Sousa, Rnro- 1 esse alimento encerra Acredita em ir corn ('} 11 vizìtnr n imagem de N. s. de nezn. dA Pornbeiro (20$00), Manuel Joa- mim d · t d ·. T d t mo! Tive sempre m11ito rl,6 do.i or' etxa- ~ con uzir .. o o <:_ aFatim11. que el!tn nn igrejn paroquial de ci_u im lfanos, Frn.m·iM·o Re!, D. Emilia Alt<'. lmng<'m t'stn que foi oferecicm pelo .NunCl> da Rocbn. <de forna.1s, 15$00), v. 1lent_o que haJa nesses hvros nao o /aosinhos. Tome M, aceite este 1neio tostiiu. Re,· o P.e ,José Ant6nio Lea! Mndeiro. H elcnn Nicolau dn. C'osta l\Inia, D. Ire- que1ras conhecer, nio leias. a<'hrnltne.nte no Brasi!.. ' rw Hnnt~~ .. EvnriSt o 1"n\nco, A~touio N,'io d)gas assim: «eu sei conhecer , b Pro.tas lhbC'rro 'l'clcs (20$00) D. Rrto. da , Olh • • Goncoiçiio Bnrros Pinto, D. Gertrudes . O que _e om e O q~e e mau 11 • • a U m sacerdote estava a ser insultaclo Co.rmo Duràe.>s, .Antonio d'Almeida que por ter conf1ança no seu d1sFonsecn. Co.bro.l, D. l\forio. do Rosario cel'mmento que o homem pecou a do por wn patiforio qualqucr. Aproxima-se e pergunta-lhe: Pires Vicente, D. Arrninda Leucart da primeira vez. Fom,ecn e Silva, D. Julia Mendes Leitiio Nio di t b . E · - Como te chamas. (20$00), Or. Antonio Victorino da Silva gas am em · « u vivo no O tratante respondeu com a paC1Jclho, P.c Antonio Bernardo1 Manuel mundo, tenho de fazer corno os ouNern sempre é fo.ln.ndo que se fa.z mo.ior Peroiro. dos Reis, Consolheiro Joiio José tros. 1> O mundo condena-se e tu que- lavra de Cambronne. · resvon d e7t - Tamb , 1n me parecia, bem. . . . de S_o11su Lnge, P.e Manuel Estovam res-te salvar. Hn,·10 nn P ersia umn. celebre Araclom1a. F erro1ra., P .e Tomas d'Aquino Silvares Salva t d d o sacerdote. 11ilenci<>sn. O apostolo.do do si;encio é, por D. Gravclina Alves da Cunha e Silva' _ mo-nos es an no mun O • • • vezes muito eficaz. Os Trnpistas que o.n- Francisco Mnrques. D. Berta Osori~ mas nao fazendo como ele. da111 cnlndos quasi todo o ano fazem me- Amador, D. M:argarida Pinto 1rerreira Tem a coragem, se for necessario lhor a urna naçào que todos os discursos Lei te S,,ares d'Albergo.rin, D. Alice Mar- de passar por aingula.r E' a sort; Em cam1'nho de f erro uni sacerdos seus deputadoa. tins, .\ ntonio Oliveirn Ilonriques David, dos cristiios a. de a · · l dote e wrn caia:eiro viaja11te. PrimeiA «Semaine roliv;iense de Grenoble», D. l\lnrio. Lucilio. Cidro.is, D. Ma.ria José P_.recerem ~rngu ro conversa banal. Depois entra-se contnvn hn. tempo um interessante cMlO I do_ l\fonczes Alnrciio, Dr. Manuel do Me- res e ~ mesmo po1 J sso que eles sao que prova a. eficacin do silencio. d<'1ros Guorreiro, Antonio Fcrreirn de conhec1dos. no prato dc resistencia, a religiao. cHn dois me$es, eu e minho irmà Ma- itelo, _Joiio l\loniz Sa Corte Reni Sa.ntos, Quanto aos bons livros le-os assi- Devo declarar-lhe, sr. Padre, rio. L11iza, fomos en1 peregrinnçito O Lour- Ahm,'.rnrlo òc, Pnirn David, D. A.fori$ duamente fa-los conhecid;s espalh que sou um incredulo. Néio creio des Todns ns tnrdes minhn irma se ia oo,. Am<'ha dP Ha O,,.Sr10 Tornr, Ma11nel l •. a- em Deus nem 110 diabo, nem no ciiu, lo<'Ar 11 pnssagem clo Snntfssimo Sacra- ~Iurtinho (:20$0ù), Joiio Rapo.do Junior os. ~o O pao espintua , a 1tmenta-te nem 710 i?,ferno. monto. Eia res11vn mns quasi sempre sor- (20i00), Mt;nucl R~drignes Piéchul<1, com ele e faz que os outros pratiE b rio. A ,na oraçiio <'Onsi1,tiii q111lsi fi6 em M1inucl Martms .A1,nr1<'10, 'feoclora dc quem o mesmo... SM ern, ma.9 ia estudou nZolhnr pnrn a ci11,t6dh e para o sitio da .J~sus Rirµ:ado, ~~.r An~onio Por~irn Graças a. Deus os bons livros ca- guma vez as provas rla rel1'giao? gruto.. Pmto, P.e Antonio llt'nr1quc~ Perc1ra, t 0 f lt ' Nt , d - Ah/ isso nfio. Estn nritndt' dn minlm q11eridn irmfi era D. Mn!·ia d:1 .\r!11111·in~·iio Frn!lco, . D. lcos nao · a. a.m. ao es aras e~er- E.,tudoit os Sacramentos1 tao oomovente que um cnvnlheiro que Leopoldrnn J< errerra , erra, l< rnnc1..co to desprovida deles. Que tu queiras 1 \' . \ Ido I'•av~re~e, •t J oSe, R 0• f ort·f· t 1· - , 1,nca· nu" tinlrnmns ,isto 'tlins prP<·<>rle11t<·~. pn~- R'b r_ciro, J rna l 1car- e com 1vros cheios de es-L senr in,liferrntc, M' n11roximo11 dr \Tadn drigue; _P ascoal J11:11or, Map~el . ,Jo. piritualidn.de ou diat.rair-te com. coi. e1t Boss11,et, Fe11elo-n, LacorLuizn e the diz: u-Meninn, permitn que sé J N'e1rn, l). ( 11rlola 'Ir1g11C111•os, I . · da1re, 011 al.qum dos grandes escritolhe nprrte o miio. «A marna aproximo.-se D. l~o,alin~ P ere!t'!1 Ila!.tos, Padr<• sas ienis. · ·" res catolù-o.d Anlo1111i V1e1rii dc ( e1c;-n, P.e M:tnut'l rle · -----..;......,;~..,:__ _ l'1 0 IH.trnilc<'e. -«E~tnmo~ e,Jificntl,,, ,,0 111 11 f!l'lltil•·i-n "ou~n I ""'tl·" ultirnos oito, a 20SOO, ct\dn - . ao, nnn • de V. Ex.•, dii esta. um). P.P ,Joaqui_m f)u~rte Alex~nd re, so_nhcrc o Et'anfjrllw? • Senhorn ! F.u niio sou praticante D. Ann de ~[adciros ( oelho ()1)$00), iÌ a.o. nem mesmo crent.c ; pelo menos nito o I'. Mnriit cl3: Gl?r·in Gonçnl~·es Snnt~s e Entiio, meu caro senhor, 7,erern até agom Ria-me dos que inm a D. Ana l\1ano. l<erna nrles P,res ( 12 $,iO), 1 8 mita I(' l7 a· igrejn " niio v·im Jourdes sen1io oomo Anonimo (30$00), D. r,:stfr d' Oli"eil'a, · . -r, que te 1.~a ()tte nao é 11m

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.\ntonìn . Rod~iizut;~ <!e Bela,. (70$00), ---mcréd1tlo mas um ignorant e. D .. Mann ,Julra l'l~ucrrn dn Srlvn, AnTrnnsporto ... . . ... ... 8 .,.a t o~ I'rclroso.. 4. 20$00 Lo_nro ,'J.ust.1110_ Mo1·~1n, Bonc;ns, D. M_:i- G'rn . 42850 CJ li J·· 1 !) "f ,. .. nc1S<'O e1e .... ria 111 iormU11~ ·~rnnn< es, ·" nr11\ Vt'loso, D. çarnui PJ11to Ab!·eu, D. Mar-8 ga1·1th, Pi•rc-1rn. eh) (:nnhn, l•,loy ('nstar_JI~,., ."oma. 4.862$50 l\fnrra Angelrnn Gon(·nlves, D.Em1lia \ :i;rJ.,,rn 1lt: Bourbon V. Pre~ ,Jenild<:_s, P:c Joor1urm 1[:!r'qu<.'~ Ra.fa_el, P.e Jo110 p ciguntou-se . . um rh_a . O tre!; creonc;-n,.: Drns dc l\fnlc,s, ,, ranci'-<·O Dm!. de l\fntos fa _ __ _ __ .,.. . ..._., _ __ _ ___,.. ,Jos-ti l'ai, Co11tin\10, J>. Mntilde A111,1:11sta ' Quem_ Cl'C!~ll os AnJo;i? todas resi,011. l\I' 1\fortinho Hodrigl1ei-;, I). Teresa. de J csus E' n difinic;-iio d'um deram imedrotamenl(> :~'oi Dens. 11:,Qu~111 t·re1,u o demonio? Urna. d't'lns Per<'ira, Antonio 1\1. J>nulino ('omendit- s·i d'umo povoa ·ìio . <1n_mm_go sem rlr>t· ,Joiio ( 'urndo , I) · Mnrcrn;·ido Lo11es r'n' .~o,n 1·~r ci·o e. urn < corpo .sem igreJn, U.mn ler- refleti nrlo um poa<"o, rc~pnndeu: RPm a1ma · f · • ., 1 J> . Ro~1t Rd,,,Jo D. ~·cticidado Tnvnres, o Santo ('urà. cl' •\rs ,1.•. . 1·) . "r}<'01• I)NIS ~ue o fez A nJo e 01 ele que · d p ·r· G d' I D ' · rzia. " er.faC I se cz demonio 11 D . .. l\f nr~~ a , ur! 11·.nçno o ·~ 10, · 11ma terr11 t•infe <mo., um Sacerdote e O · Doli rna 1 !rei;, d Oll\'e1ra, D. Alrres Go- I pot•o adorarci os animm,,. 11 rnldei., l .c ,Mnn'.1"1 Bar:1t~ Du:irt_e Nào podemoc. re<.•onlur nem um Ro dos - -- • · Despezas GO.l !):'i$55 (31$2~1· DF. }, ra_nCIS<'ll PEu~~ma(lo1-°onte0)1- 1 bencfic!os dC' De us som encontl'l\l'IJIOS no Trn n~pnrt<'... . . . . .. . . . . ·", ranc!sco , ~~eu a ~ . , la<lo d e1,sa lem hro.n<·a, a i111a.gem do Saro, Pappi, co111posii:un. i mprr>~~iio Artur d Almc1do d E çn, D. Ilo.lb1na cerdote. 11 e <''qwdi~•iio do n. 0 03 (33.000 Alvarcz Rubinòs Domingues, Dr. Toexcmplan•$) ........ . J _t;;1~$28 mai; Gabricl Ribeiro, lJ. .Mario. da As._ .. • ., _ 011trn.~ ch•,per.:i,... . .. . .... Sn$00 censào Cnrvalho, Antonio Dias Margnri- - - - do, D. Mnria da Concai~·iio Dias, Joào dn Este jornalzinho, que vae Snma Il:?.) l0$S3 Ilochn, n. Ilelona l\larin TavarC'~, D. Masendo t a,o querido e procuria do Vn1,conceloi; Cruz, Manuel Gn.rdoso de l\forais, José Rotlrigues Pintas.ilg~, o. j .. rado, é distribuido gratuitaSubscricAo Cristina de Matos I•'ro.nco e D. Marra. da. Um v1a7ante quer entrar em um mente em Fatima nos dias ~a~arctt ~erroira . (12$50), p. Aurora I compartùnento, mas vé la um gru(Mn io de 1926) Sofra. ùos Santos. ~iz, ~- M!"no. Marq_ues, po de sacerdotes que voltavam de 13 de cada mes. Lurza Pmhe1ro Fnrinha . 'Sul,~cr0\·er11111 <'0111 rll'z escudo<: D. D. faahel Quem quiser ter direito de Ro~n l\liro.nda, Monn<'l Gonc;-olve~ Alfnia- (20$00), D. Dulce Martins d'Azevedo, uma 1·euniao. Acacio Henriqucs Vioira, D. .Adelaide Pouca sorte! J a esta cheia a o receber directamente pelo te, D. Miquelino òa C'onceic;-ào, ,Jonq11im Veip:11, D: Maria Mndalona da Silva, D. Salgueiro Silva, Henrique Vieira de arca de N oel correio, tera de enviar, adilforio M:artins dn. Costa, Dr. José Luiz Borba (15$00), D. Isa.bel do Co.rm_o Dias, - Suba senhor lhe diz amavel' , ' . antadamente, o minimo de Ferreira, D. Mnrin do Carmo C'nrdoso l\fanuel dos Sa.ntos Rod1n, P.e Joao LouRibeiro, D. Moria Lniza. de Pina, P.e renço Pereiro. de Mo.tos, Julio Seahra da mente um dos sacerdotes, ha ainda dez mii réis. um logar, o do burro. Antonio Dominp;uei, d'.\nrlrnde reste. Ounlta.

curioso 8 até com 11 ~ <'erto espfrito de hostilidade, 11111!; hn urna horn que estou v3r 11 vosso. filhn"' a resar com ,._ntn a "" ~ fé "' fenor que en sinLo que ili niio son rnl'l<lno ... •Depois, dirigindo-l!e n Mario. 0 Luizn 0 emquo.nto al! lagrimas cniam poJas fnres. n<'resrentou: cMenina, reze por mim; amo.nhii 00 _ mungnroi cn por v6sn.

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Quem creou odemonio?

Umd• sem ('eo um Ceosem ' Deus

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[CO~ APROVAC.AO ECLESIASTICA]

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Director, Proprietario I Editor: - Dr. Manuel M«rques doR Santos Composto e impresso na Un14o Grafica, Ru1 de Santa Marta, 150-152 - Lisboa.

CRONICA== da -F ATIMA (13 DE MARçO)

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.......

Adminiatrador : ->Padre Manuel Pereira R.edac~lio e Administr{lfiio: Seminarlo de Leiri a.

povo, que ajoelha reverente e devoto, pie1losas miios femininas envolvemna numa chuva incessante de petalas. Qmtndo essa encantadora visiio do Paraiso assoma ao l imiar do recinto reservado aos doentes, uma menina cle clezasseis anos, que jazia prostrada numa maca, soergue-se do seu g-ro boto, dirige a Virgem urna suplic•n, muda mas veemente e os olhos arro Rarn-se-lhe de lagrimas de comoc:no. A um sinal do capeli'io-cl irertor dos servitas canta-se em coro o simbolo ,los Apostolos e depois inicin-i,e a rerita{'ii.o do terço, ao 11lPsmo tempo quP m11 sacerdote sohe ao altar cent rn 1 para celebrar a. missa dos doent eR. R~1P piecloi;o 1tdo, Hempre o maii\ eon<·onido cle - todos, reali sa-se no m Pio dmn recolhim enlo e clum f er-

da Silva

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vor, que edifica e encanta. Ao rommunio ainda muitos fiéis recebem com uma piedade tocante o Piio dos Anjos. Apos a Missa da-se a hen\·ào a eacla um clos enfermos e a todo o 110YO e em seguida sobe ao pulpito o rev .do P .e Magalhiies, director t>spiritual do Seminario de Leiria, que faz mn sermiio substancioso è pratico. Por ultimo organisa-se novamenle o cortejo que reconduz, entre cantiC'os e aclamaçoes, a imagem de ~aria Santissima ao sen pedestal de gloria no padriio comemorntivo das aporiçòes, aonde cente11os ile milbar de filhos seus nao ces!laDl de Yir tributar-lbe ha cerca de dez a OO', ~enti<lns homenagens de ypnera~iio, recon h N·ÌmPnto e amor. Visronrle de M ontello

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Fria e enevoada, corno tantas ,·e-1 pam os seus lo~arM no respectivo pazes suC'ede cada i:uio durante a q1.1a- Yilhao. Aproxima-se a hora das Apaclra inveruosa, raiou a mauha do dia I i('òes, o meio-dia 11olar. A multidao trt>ze de M ar~o. eng-ro:-:snra eonsidero.velmente pouco O veiculo que nos transporta com a pouc·o e nesse momento ja algu11s a velocidacle mé,lia de trinta quilo- mijhares de fiéis se ogfomeravam comt>tros a hora, atr-avez clos morros e mo um mar tnwq11ilo Plll torno clo alc-a11tis da i\erra d 'Avre chega ao paYilhao, no intento de cumprir o plaua1to de Fatima 'as 'oito horas prec•eito da audic;ao da. missa. O siprecisas. N esse momento ,ào ch~g_an- j le11cio é prohmdo e a ora('ao ferYorol<~mbuçado na. sua cnpa de estudante, 1·nhisbaixo, pa."~aria cmi hranto, sem dar clo tambem ao loc-al das apar1çoes, sa e constante. D e espa\'o a espaço pelo profesqor, ~e e~te li queima roupa. os hriosos servitas, q11e se ùispoem o sol - um pal ido e frouxo sol de ino niio ...nucln~~e amignH•lmen~. a · exercer na Lourdes portuguesa a Yerrto- mmpe as uuYeus que -toldam - Atll>us oh C'arlitos l Jli nìio diz adeus ,ma nobilissima missao de caridade. o finnalllento e 1-'JWoh·c nu. poalha l<~i-n jli noite. ll11minaclo por um lunr ,i gente ... Agon1. na Fniversidnde j(i ~<' nìio faJa N6mente alg·m1rns escassas dezenas clollrnrla rlos seus ruios tUJ Ut'le:'I milha- c·lnro que, n olhos mcnos rauçados, nté ,]e pes1was ile enC'ontram aquela bora res ,le cabeças desC'obertas e inclina- permi1,ia ler, o velho professor toma,•a n 11m velho e tropego como on ... 11 m lindo nspecto pntriarr1\I. - Oh I s-nr. professor I mat inal no reC'Ìnto sagrado e quasi Ot• ohapcm nas mao'>, cru1.arlns atraz, Niio o f:izin nqui. totlas assistem devotamente a primei,·a be lcirn ninda fnrtn ma-i rornpletnmenE' mcm velho c·ostume t•'ite pas..,eio te brn,wn, <> sen perfil encnnt.1wa. obre n <'l'Ìn. ra missa que se celebra. no altar-m6r Ac1\hnrn cle ceìar C' ia i-.-:i.ir um pouco, 1 Eu sei mas niio mP lemhravn ... cla capela nova. Pouco a pouco vao Il por->,(' cnr contncto com a nntureza, ·· Altn,; rogìtac;-òe'l o t.razinm absorto. d1e~auclo outros veiculos que clespe. quo se :wostumnra a ndmirnr e a a.mar Jle•,c:ulpe interrompe-lo. :\fa, olhe que ja jam na !'Strada districtnl centena<; e clt>,,de l·rennça. j Ewpo 1lizia que •e niio pode trabalhnr c·e11le 11ns de peregrinos, que se rliri- 1 F: e-omo ole a com1n·c•t•11Clia I ferupr~,u(' é prCC'iso afrouxn.r o arco. l\fanncl Vicente, n n,lho profc,,sor, era/ gnt.iio rlonrlc é a vindn° gem sem demora pai-a junto dos san- j nm rl1tq111i les velhoR cnrn<·tores que tinha · Xc,m sci donde ... tuari-Os. n no,,t.algin dos cnmpos c dos pinhais e Tnl é a nhstrncçno, lwin ~ ! Orn senteO por1to de verifir•a\'òes medicas es- I q11t' sentia o mcsmo dosnmor para com se. ta aberto e numerosos cloentes ali enn c·ida1le e para c-om 11 fnternnc-ional do 1 - Vamos l:L (E s@nto,r-;,c junto do En,-ino. prOle.,,or). . tram para serem inst·rito-; uo r espe- • Toda a gcnt<' nn aldC'ia o re.-;peita,· a e E' ,·erd1tdc snr. profc,,ur. )In, digacti,•o regi;;to e 1eceherem a senha rle amnvo, dc>~clc> o JH1r0<·n no llllrboiro e mc> q1u• é que nota cm mim de C'xtrnorin_l!'reisso no pa,ilhao que lbes é tle~- 1 do mni-, nlm-tndo proprietnrio 110 ultimo rljn:ir-io? Sou o me~mo rnpnz de qpmpre. tinado. doi:. l"lWndores. 'l oda II gC"nte me chnm:t o C'nrlito,-... O!- grilos, as r ii~, snpos, .n, <'obrns, ns - A ncln-me concentrn,ln d e mn i·-. I sso C'orno este mes o dia treze ('Otilt"Ì- I rc>lns I' Lmlo aquele p;q>rc·ìto d(• nuimaibi- 1 polle-lhe fnzer mal. (]i u C'Olll lllll ])olllillg'O, O C[llE' ja nhos quo no silenrio cln noit<' 1•nntam os - A n<lo rculmento ... n hn. OC'ontecido tamùem no mès aul011rnrc>s d o Senhor, estnvnm jn cm pleno - Entiio que é? .\ltns lllllt<'mnli<'ns tnlterior, raros foram os sncenlotes q11e o harmoniO'-{> C'Oncerto. ,·ez... So quom experimenlou 11lg11ma ,·ez. a - ;'>iio snr. profc>ssor.. nulrn roi~a mnis acorreram neste rlin• a Fatima. ~ dot·c ntelancolin clC'«se n1ri11do e urngesto- importante... ol11·ig-açiio de celebrar o santo sacrifiso 1·untnr d1111111 noite de aldeìn pode .\lgumn de'-l!·oborta? ... cio cla missa •nas igrejas paroq11in is irnaS(innr a snu,·e J)Ol.'~in rle-r,e<. momen~t'lll mnis !. .. ~[n,. pNmitn-mf' que e tllls capelas publicas prende quasi , to,. lh ' n niio re,·ele. A :rnn alma é demnsiaTn()hri11do por lnntA <' tiio ,ingela be-- rio ,.,11,-iH•l pnra esta, romhr-òes brutodo o clero nos dias de preceito, so- S11a EJ.·.ria Re1•.111a " Se111tor D. Jlanuel, A rrebi spo flc Evurn, 11c1tural do ronce- IC"1.a o proft-.,_,or be ntou-~e 1111111 valado. j Lni"s tln Scienria. hrf'I 11110 11eo,ta r{'g-iiio rio s11l ,lo paiz lho dr Torres Yo1•a.1, vi.~ito11 o Santtta- ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... - 1<;ntii0Pl em 4110 ele iianto esca si-eia, i uihinrio de Yo1sa Se11lwra do Ro.,d.rio de Ournm-se 1rn~sos Alg11ém no s@u en~on-1 - Niio JWl'g:un te muis... E ' clontro temclq-o rle tornar parte na pieclosR roma- Fc,tima. . tro... po niio me c•ompreenclerin ... Desculpe. ge m. Os sacerdotes presen tes emprE'I>,• n•pente . urn , ulto negro cabi-..bai-1 As,,im M• pnsbR um ntestodo dC' tò·t d · 1 -i t .1 xo npnrece 11. distanrin lo nn ,-011 professor ... gam o seu tempo em 011Yi1· as confis- cl t 1 1 O 113 n~ em a 11 P '.e~ pre,·e. • ~lJI «Q11n,1 urd ?... .-1 c.,/ru hnm., t de-•te.-i, - Xnc.Ja di,.so ... sòt•.; eh.' hornens P , apaz@s, de tocl a,; caJ1ela das apariçoeH org-amsa-sp o ~ttills! ... ">.'iin r ro~tume. Pois ont.ào ponha tu«lo ('m prato" as dasfies e concliçòes so!'iai~, qu~ em corlejo clo costume para conduzir a .-1/i ! E' o Ca1·lito.1u. limpo!... . Parii miro niio deve ha"er seg-rande numero ise aproximam <lo branca estatua da Virgem a capela C'nrlitos era ~1 rap_nz de 18 anos, gre<los. _ iribunal da peuitenC"in. Eutretanto o !lova. As servas cle Nossn Sen hora clo cn,n,lo c~m deruiunada hb@rdnde, ex-al~- T('m razao ... mns... bem me c·usta. 0 no de 3 hcous e ngorn no 1. ano de t:'m- l!::u sou tnpaz de l(IIRl'dnr sogretlo. capelii.o-clirector clos servitns vai mi- R OHan.o, que e11verga111 aR RUUR ba- ,·or9iclnde. Cnbu la, vivo, papndor de ceias - Entiio gunrde. P~·o-lht• por fa,·or. nist,rando o Fa.o clos Anjos a :m1m,,. taR a lvas de neve, conduzem aos hom- " frt'<)uentador dt' tabornn~ C"edo en"er&- - Descanco C'arlinhos. ros fiéis de ambos os sexos prévia- bros, alternando-se, a venerandn ima- clara 1101· um caminho pnrn onde nunca Pnss1u·am momentos II olhorem-se e a mente purificados c·om a absblviçiio geni da sua gloriosa PatlJ'oeira que deve~a ?lhar. . . 1wnetr11re~-se m1;1tu1tme?t~. . , t nb d p t l A' ' · Prunen·o n v1rtude, 11 nlegrin e agoA lun 1a .;.ub1ndo, lrndn, me1ga corno sanamentalO e aJ em e or uga · sua pas- rn rnuis alguma. coi!<a o aba.ndono.va on &empre ... Tudo ern poe,ia .. . ..\ alma sc,n:Algumas dezenas de enfermos ocu- so.geru por entre alas compactas de era, nntt,,, abnnclonnda por ele. tia-se levndn, no olhnr pnrn o firmamen-

Avoz da natureza

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1

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Voz da Fatima

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nhtl lt'tnii. ja dizia que quando eu entrava. - Siro, concordo. to, a. exclama.r com o Salmista. «Os céus - Entiio que rel6gio mais éOrnpiiCAdo, nos cou,iult6rios i.6 a chorar os médi0011 l\fa~, quem é ésse Ser? ... ca.ntam a gloria de Deusu I mais inteligentemente dispo;;to do que esjn nào tne diziam nada. Ti'nham muita -E' Deusl Do rapente, Carlos baixa a cabeço. e te p;rande relogio que é o Universo? ... -Ah I Entii.o eu creio na exist'1icla de pena do mim e ùiziam ti minha irmii que diz a. tremer. Exa.mine-se, proscrute bem o seu corniio ga.stas-~ mais dinheiro porque niio --«.A.co.bo d•• perder a fé 1 Niio creio po e s6 pelo exame e a.nali&e dele voce DC'US. . . ._. ... ... ... ... ... . ... ,.. t,~nha. cura. Fez-me ainda umas aplicavera a loucura. da sua conclusiio. em Dousn. Ilnminado, ainda pelo doce br1lho do I çoes do raio X mas nào deram rosultado . .A.qnela fra~ foi cravar-se come um Um rel6gio que ma.rea a.s horas mas punhal no peito do Ilrofessor... niio muda. de logar, nào fa.la ne".1 p<.m~o luar no meio do siléncio da noite deixa- 1 Fui a outro, Dontor Simòos .Alvee que -QuéP... é absurdo, inerivo! que tenha npnrudc lo ra~, num l~ngo a~aço, cafr !1-~gu~as la- 1t!-e disse _que era tin11a. e&crobtlosa, i corno - E' verdade. ai por acaso no meio dum pouco òe mi- gnmas dr consolaçao e, ero s1lenc10, voi- tinham dito os outros medicos e que nao - Fala a sérioP... nério, dizia. voce ha pouco e ria. se de ~~ram a aldeia. A' poesia da natureza tinha cura. Minha irmà j:i niio sabia 0 Juntava-so a sua voz forte, &<>Do~a cpmo que me devi.a fnzer. No fim de quatro dias - A sério l eu acredita.r nisso. - Vamos devagar. Raciocinemos um Pois se o niio julgaese 11incero dar-lhe a do S('U cantar ... fozen~o-se ouv1r a1Dda dou-me um grande frio quo parecia o pouco. Niio quero di~utir. M:aa, ~ dii li- hia em rOE,posta a sua duvida uma gar- no velho e a~ora, com ignora.do encanto da morte e doia-me muito a cabeça. O na alma do JOvem. corpo ei;tava ja como urna coisa morta e oença que o i;eu velho professor lhe faça. galhada.. -~ um e outro parecia o~v~re~ um w- a minha irmii chcgou a janela muito afliduas considero.çòcs... Ma& niio quero. Voce é sincero. Eu sou r? 1monso apregoando a ex1stenc1a, a glo- ta. A;pareceu-me urna. pobrezinha muito - Com todo o gosto ... mas é inutil I seu amigo. A;crerlita? rrn e a bondade de Deus. doentmha que era nossD conhecida e ti- Inutil veromos. A sua capa niio i;e - So acred1to .. ··· ... ... ... ... . .. ... nha muitn pena de mim. Esta mulberzidesonra e~ c-onversar com um velho. Pois é corno amigo que lhe estou a Era a ,·oz da. nntureza... nha lcmbrou-se de urna menino quo tinha - Por quem é... falar. J. de A. obtido ~uras com agua de No1,sa Senhora , - Pois entiio vamos la. Diga-me, OarE' a força. da. ra.~iio e a da ·a.misade que (ia Fatima e quo se che.ma Julia Marques linbos, que ideia fnria de mim se eu d~o algu~a. ~nerg1a a ès~ velho orgaMorgado. Fez-me o mesmo tratamento lhe mostrasse o meu rel.6gio dizendo-lhe mamo. S~Ja smcero mas seJa razoavel. e estou completa111ente cura.da, graças a - 8ere1 I que aparecera. ieito numa mina de ferNoi;~a Sonhora da Fatima. Niio tinha caro. - Faça calar por um pouco qualquer belo nenhum na cabeça e agora t,enho - Concluia que alguém o la. f6ra. por., outra. voz. Deante da raziio as paixoes um lin do cabelo. - Pois est!'i muito enganado. O meu I calam-&e. • * • - Esta bo~. _ . rel6gio, um re16gio de aço como v~ foi Devido no excesso de trabalho que tioncontrado assim. completo, dentro dum - Entito, diga-me, ha. ou no.o no m-unve no ano lectivo de 1923-1924 adoeci pouco de minorio. Disseram que ae tinha. do, corno no meu rel6g10 uma certa orem fins de · J ulJ10 e, tao gra.vem~nte que forniado ali durante muitos séculos e quo demP... . me era. impossivel qualquor esforço. - Ha uma. ordem admmivel como ha pouco a pouco atomo a atomo se ha.Segui as prescriçòes médicas mas Rem ria.m formado' os pouteiros, aa rodaa pouco me fez notar. . obter molhoras que me animassem. Em toda. esta engrenagem. .. - ~om. Se para a ordem do rel6g10 vooutubro fui para Lisboa onde consultei cé enge um ordenador porque o nega - O snr. Professor estli a troçar. um espccialista, seguindo novo tratamen- Niio estou. para o mundoP · to sem, contudo, melhorar. -A sério? -Ah I ou niio o nego. Nego que seja No Ministério da Instrn('iio onde tive - A sério I Deus. de comparecer a Ex.ma Junta Médica - Quem !r" c-ontou ie.~o? -. La vamos. _Ha ou niio no mundo o deu-me lioença para me tratar, por niio movimento, a ~1daP... . . - Foram os mineiros... - So ha... E o gue m11.1s facilmente se me enconlrar capacidade fisica para o - E acreditou P... trabalho. - Acreditei ! nota no mundo. - Essa é 0011.. Que autoridado tem es.!n - Se pois é necessario. que alguém teO meu ospecto era o duma tuberculogento qne nnnc-a \'iu fabricar um relo- nha datlo corda ao rel6g10 para. Aie tra.sa. gio? ... balhar _forçoso _é egualmonte gue ali,tuém Cheia de desgosto recorri a N.• Senho- La isso é verde.de. MIUI niio tem na- i tenba mt_roduzido no mundo o mov1menrn de Fatima, com muita. Fé, prometonda... . to e a v1da, pMa quo eia. ca oxi-ata.. do ir à Cova da !ria agrndeoer-lhe, o, - Tem tudo. Bem sa.be, e ve corno is- Espere. · · _Doixe-me pensar um po upublicnr a minha cura, se Eia se dignasso é complica.do: o tamanho e proporçiio co I... O movimento... a vida... Contise dar-me snude qae me pormitisso continuar a exercer a minha mis!',io. das roda!!, o numero de clentes, o compri- nue 1 • mento da corda., a roda. de balanço, os - Se voce_ entende, e bo!11, que alguém Logo que fil'l csta promessa as melhomovim<'ntos etc. E isso feito pela nature- deve ter feito este rel6g10,. eu co~cluo ras fornm-se acontuando e pela primeira za I - Tem la geito nonhum t. .. que ~guém me ha-~o ~er fe1to a m1m ... Junta de l\forço de 1925 foi-me permiSorridente e nmavel o professor que es- a "<:°8 • .. ao mundo rnteiro. tido voltn.r para junto doi. meus aluno,. tava a vencer sem que o adversario quo Na~, lhe pareceP... Ha 2 anos que estou em exercfoio; o snpunha vencido o pei·ceb056e, diz-lhe; - Esto_u de acordo. aumentai 15 kg de péso e leciono duas Isto era a brincar Carlinhos. Era para o - E~tiio... _ classes, num tota! de 60 c-riançns, sem ouvir raciocinar o croia quo fico satisfei- N~o. Po_rque nao ha-de _ser o a.caso que a minha saude se tenhn alterndo. to em ouvir fatar nssim a um ra.pnz quo -a cotsa ex:1g1da por tudo isso?... . C'umpri a l.• pnrte da promessa em me pMsou ja. pelas miios. Niio que eu -1.fas o qu~ é _o aca~oP · Maria ~a _concelollo Messia•, /es1deute Julho de 1925. tenha nisso algum merecimento ma3 quo -E urna co1sa mexphcavel... na ru~ D1re1ta de Pedtouços, n . 17, conSerra, 18-2-927 querP - Siio fraquezas dos velhos q..;e co---: ...quo serve para tapar o!I olhos a ta aSl.!m ~ s~a doença_ e a :ua cura_:. Beafriz do$ Santo,• Trinda.de prof. of.•l mo sa.be nos tornamos muito afoctuo mu1ta. gente cc A 1mp11:ssa.o que smto , ou partic1pa&ensiveis. sos e E' ou niio verdade quo ninguém da O la nesta romba carta e no mesmo tempo em ,'ler1·a,..Toma.r. • • • Agora, deixando a brincadeira, porque que niio tem? cumpro um dever. Ha muitos anos quo A Ex.ma Senhora D. Maria Filomena é que foi ,evado a essa conclusiio a nega- Cort{ssima. sofria de tinha ucrofulo$a na cabeça. l\focieira Avenida 5 de outnbro n. 0 201 çao da existencia de Deus? ' - Poia entii,> meu caro vocé ba de con- Corri todos os médicos o farmaceuticos ].• Esq.» (envia-nos a seguinte carta: _ Ora por muitas caueas... cordar comigo, ba-de convencer-se de que da minha terra que é Algarve. Os mediLisboa 14-2-927. - Diga a lgumas. a.cima o f6ra de tudo iato que se vè ba cos ja n iio sabin.m o quo me hoviam de Revertndbsimo Snr. --Os filosofo!! modernos chegaram a con- om ser boro que é a fonte de toda a bon- fazer. Tanta.s coisa& fizeram que eu ja. nlio. Rogo a V. Ex.eia. a finoza de fazer a clusiio de que se Deus se niio via 0 80 dade - ha urna causa donde provem to- podia sofrer mais. Nem sei dizer a gra no mundo é na verdade u m a.glomoramento da a ca.usalidade do mundo, -ba um mo- deza do sofrimento que ha 16 anos pa- publicaçiio de duas graçaa recebida8. No mez de Outnbro de 1926 vendo eu de atomos dovomos concluir quo Deus nilo tor ou movente, primeira raziio de todo clocia. Dosde a irlade de 2 anos até :i existe. o movimento - ha-de bavor um eer vivo idade de 16 n u oca soube o que foi dormir o peixeiro, q ue costuma trazer-mo o peixe - Oh I bravo I Ja estava a espora dia- origem de toda a vida. (>m socego. N unca soube o que foi cabelo, o casa, com um hombro chagado de um calo agra.vado de trazer a.s cesta.a do peiM. E é muito recente esso. doutrina p E' ou niio "orde.do p andarn sempre triste. - E' a ultima palavra anr. profe&Eor. - Sim, isso oli.o me repugna. A raziio A minha mii.o, nonde ouvia dizer que I xe e que até tinha. um caroço e doros - Esta enganado, isso é anterior a.o obrig~mo a a.dmitir 88il0 ser. proprio J esus Cristo. - E admitira ,•ocè quo om serie intor- Esita. a mangar... minada vamos prolongo.ndo ésses seree - Nilo estou e apontou-l he oe norues de extra mundanosf alguns antigos a.teus. - Niio. Forçosamente temos de cbegar - Realmonte. Niio conhecia &aes no- 0 um termo. mes. - Pois bem. Para a{ em fronte d~e - Mas, diga.-me, convencou-eo de que is- termo. ao era verdade p Contempla-o. E' èsse ser que eu quero - Convenci. que voce analiso. Rad entiio um ser quo causa sem ser .. ... ... ... ... ... ... ... ... ... .•. causa o, um movente quo move som ser Cnrlos olhe bem para mim (e o ro&to movido - um ordenador supremo do unido profe&Sor, palido, iluminado pelo luar, verso - um ser vivo que da a vida sem com os olhos resplandecentes tinba um a. receber? ... aspeot.o singular). - Sim. Aceito isso. Tem de se admitir. Voce quo conhoce as leis admir!iveis qua. _-Mas voce eabe que ninguém da o que 1:egulam o Universo, aquelas ao monos que nao tem. 1 -Sei. nos fnzem mais impressiio, vocé quo couhece a lei admiravel da a.tracçiio, da. con- Porisso essa Causa Incausada. i::ervaçiio da matéria., a lei da &ucessiio se Motor imovel - &se Ordenador Sudas estaçòes, dos movimentoa tao comple- premo tom em, ri e de si todas essas perxos dos astros quo eamaltam o céu de Por- feiçoés que derrama sobre o mundo. tugal - Olhe corno osta linda a noite I - Niio? ... V~ que conboce melhor do quo ou a ad- Vamos. Começa a fazer-se um pouco miravol estruotura do corpo humano, que de luz na minha alma... Va.mos até ao tem ob11ervado os mi&terioso11 fen6menos, fim... da transm~o da. vida no reino animai - Um momento apenas. Qu al a r e.zio JOAQUIM N ETO (e famllla) curado re pe ntiname nte. e no vegetai diga-me --como é que ex- por que essas perfeiçoea hiio-do .aer lipor lnterce ulo de N, Senhora do Roear10 eia FAi:lrna plica tudo isso? mitadaa P Porque niio hiio-de elaa atingir - Siio as leis da combinaçiio dos ato- na Infinidade, a porfeiçiio 11uma da exismos. ostava urna Pe!ISOa que soubesse algum horr1vels, e 06tavamuito tencia P imado por- E quem fez eseas lei11 P O. atomosP remédio corria logo, mas nada conseguia. que lhe diziam que tinha aapecto de paa'ii~' .6. i~fi~l~~e~ie"j,~;: Por fim manda ra m-me vir para Lisboa. sar a cancro (tra.zia aw u m h omem com - Nlo senhor, o acaso. feito. Vim para casa. dnma irmii q uo tenho em o peixo porqu e ele niio podia), eu, como - 0 acasoP ... - Porta.nto, Eterno, Omni&eiente, Om- Liaboa. cha.mada }!aria. da Graça. Esta tivesse d6 dele e mu ita fé em Nossa 8&-Sim. nipotente, sumamonte J1111to, Bom e S an- foi oomigo a um especilista (Dr. Sa Pi- nbora, puz-Jhe agna da Fatima. Dura~ -Voci esta a brincaT. menta), que franzio muito a cara. Mi- te o tempo que a eetive a pòr fui sempre -Niio eatou. to !

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Voz ,. "ii'' a Nossa Senhora e pedindo, pereza uo . • E l dindo m~.,to que ele se curass~. . ogo •1 · , imediatamente fm aJoelhar que e e 11an..· • "' imagem . de Nossa senhora &OSI p és de um. . cuu1,n .u· ha Ma d ,.,, .<-+" -di· e o ce~ de F ... u1ma' e.L:. pt.. ~antas · provas d o v osso

V6s t end es aau.0 .._ •;za res I Dai-me mais amor e _dos Vossoa lit . •f Atendei a mil&te, minha Mae do ()., u. n-ha supHca' Que 2ate ho,~em she cure, e · que Ioi· N osaa Sen ora quem qu.e reconheça o curou! , ...l\e I Pois graças a Noasa quétidll. e boa Jb...:

da FétÌmà

milagrosa. d'II: .Fatima, e ooloquei-lhe tam. bem urna medalha de N. Senhora de Fitima sobre o peitinbo. Pois, a criancinba, no dia seguinte, estava melhor, e d'af a dois dias, ja nii.o tinha nada, ostà.va completamente curada. Venho pois, por este roeio agradecer a Santfssima Virgem de Fatima esta cura, fl torna-la publica ne. V6,i da Fatima oomo prometi.,

tavl). ter de mostrar kò médico, aplicou uro pacho de algodao, molhado na agua da fonte milagrosa, e r,ogando com muita fl;l, a V.irgom Nossa Senhora do Rosario da Fatima, a curasse, ao firo de alguns dia.s tudo desapareceu. 4. 0 Tendo-lhe adoecido um neto de no_ me V.:icttir Manuel Santana Carlos, estudante de medicina, COJl\ dezoitQ ll>nol! de icta<le; em Fevereiro de 19M, con\ urna doença tào grave que chegou a perder o uzo da razio, tendo-o oa tnedicos ja consideraèo perdido; poi11 que, para lhe introduzirem no e&tomago, os medicamentos, com leite, tinha que wr por um tubo de borracha entra.do pela baca, até ao eatomago, com O que, o doente ficava muito aflito; a declarante, com muita fé se ajoelhou diante da imagem da Virgem Nossa Benhora do Rosario da Fiitima (que em sua casa conserva) pedindo-Jhe com muito fervor, para que, a Virgem Nossa Senbora fosse servida que ,o doente recuperasse o seu tino, e que, por sua propria miio tornasse os medicamentos, ou qualquer alimento que lbe dessem, sem ser preciso o tubo de borracha. No dia seguinte, o doente estende a mii.o, corno quem pede o medicaménto e o to!Da por &ua mao, nio sendo mais preciR', o tubo. Hoje encontra-se bom, seguindo w seus estudos na Universidade de Coimbra. Obtiveram graças

Laura Lima, de Befriz, P-0vo11 de Varzim. Para socego da minha conscieucia ~ p.;:ra agradééèi:' a. Nossa. Senhora rie Fat1nia- i> grande beneficio que me foz , curando-me· da grave doença de que sofria havia ja unS tres anos, devo ampliar um Desde que me p6s a aaua nao mais senti pouco a noticfo que a meu respeito se à6res. Era uma hora da noite fuando lia no ultimo numera da Voz de Fati.acordei e vi-me curado! Tedo o sofrimen- ma. Eu niio estava simplesmente atacada to desapareceu! Diz entli.o que choravam, -éle e a mulher de comoçio por verem um de ner,osismo, neurastenia, ou asterismo milagre tio grande, graças a Nossa Se- como por vezos vi classificada a minha nhora I Ele estava regi'Btado e tinha tres doença. Eu est.ava ja atacada pelo virus filhinhas por baptisar, um.a com 10 anos, da tuberculose e redusida a tal estado de ,outra 8, e outra 2. No dia. 9 de janeiro, fraquesa qua uada podia fazer nem mesdia da Sagrada Familia, tive a satisfa- mo o mais pequeno serviço domestico. çiio de ass-istir ao casamento dele e ao baPorque um dia tontei ajudar minha ptisado das filhinhas sendo madrinha de miie om um pequeno e breve trabalho, uma. Como nos sentimos felizes, assistin- logo fiquei prostra.da. e no meu len(.'O do a um acto assiro ! Graça.s a Mie do apareceram rajos de sangue. E a isto de-Oéu ! vo acrescentar que tinha ha muito per• • jt dido o apatite e de noite niio descançava. Foi neste estado quo empreo.udi a Estando tambero meu sobrinho Juijo Ma- viagem a Fntima, em automovel. Depois •cieira Oliveira, de 18 anos, muito mal com do percorrer urna disto.noia de uus 330 Uma assinante conta que «tendo casn.do uma bronco-pneumonia, expectoraçiio de ki10171etros sem incomodo de maior, o que ha pouco tempo, com um homero com sangue e 40 graus de febre, niio podendo eu ja considero um grande milagre, quom a principio me dava muito bero, ,respirar, puz..lhe urna medalhinha de Nos.. cheguei a Fatima as O bora.a do dia 13 ,ie comcqava ultimamente a baver entre n6s sa Senhora, dei-lhe duas colheres de agua Outubro p. pnssado. frequentes l!:angas e azedumes, cada vez ·de Fatima e comecei uma novena, rezando Andci algum tempo encostada a mi- mais prolongndos, amargurando a um e um -terço e .a ladainha. Começou logo a nha irma e a outra pessoa amiga que l a outro. passar melhor e, no dia que termin'ou a nos acompanJ10u, cm volta da Capelinha Encontrando-me eu muito desanimada novena, passou urna noite comò nunca ti- das Apariçoes, mas antes que desse a pr1- numa destas ocasioos, para mim de grannha pass-ado durante a doença. Dormiu nteira volta, senti faltarem-me as forças de amargura quando, lançando os olhos desde as 11 borits da. noite até ao outro e deixei-me cahir no cbiio onde fiquei sobre urna meza vi a «A. Voz da Fd.tima»; -dia i.~ 10 da manha: Acordou tao bem vor largo espaço de tempo sem me poder cheia de fé, dobrei o jornalzinho, meti-o disposto q-ue s6 desejava levantar-se ma'B lovantar. Dè manhi tentai acomodar-me no bolse e imploroi a protecçiio de Nossa tinha receio. que lbe fizesse mal. Agora no logar reservado aos cloontes, mas nii.-> Sonhora do Rosario da Fatima. ja s·ai a Tua. A primeira vi!,jÌta que fez me foi possi,·el conseguir ser examinada Sonti, entii.o, ero mim novos e melhores foi a Igreja. agradecer a graça. recebida. pelo medico soniio as 10 horas, tfre de peusamentos, no me..mo tempo que em Graça.s, a Nossa Senhora e ao meu quo- ser transportada de maca para o po'!t.J mim se desfnzia todo o orgulho que até rido Jeeus I Toda a. suplica que for feita medico bem corno para a capela dos doen- ali impedio. da minha parte qunlquer rccom muita fé e ,erdadeira confiança a tos, tal era o meu estado. Ahi permanoC'i conMliaçii.o c-om meu marido: aproximeiNossa boa Mie do Céu sempre nos dcs- Duranle algum tempo estiYe deìtada so ~ me clele, peclindo-lhe o esquecimento de topacbara ·sendo para honra e gloria de bre um colchào e dcpois assontei.:me, o das as minhas faltas, ficando ambos na Deus. assisti a todas as cerimonias religiosas, melhor harmonia. Venho, pois, hoje cumNiio esq ueçamoa pois a Virgem-Miie de quando recebi a bençiio do SS.mo ja pu- prir o meu dever publicando esta graça, Déus e Miie nossa, e o nosso querido Je- de estar de joelhos. Qunndo recebi a Ben- corno. preito de homenagem a S.S. Virgem aus». çiio senti urna forte comoçiio que mo aba- do Rosario da Fatima, para seu louvor Maria do Carmo Dlas, residente ero S. lou todo o corpo, me causou um certo bem e honra, pedindo a Deus que ela sirva -Sebastiiio, freguesia da Enxara do Bispo estar, e logo me convenci que Nossa Se- de animo a tcdos aqueles que se acham (Mafra) tendo ja. !evado 24 vezes pontas nhora tinha ouviclo as minhas pobres ora- aflitos e sem conforto possivel para que -de fogo por se encontrar mal dos pul- çoes, as oraçoes das possoas amigas, e os antes de desanimarem recorram A'quela que tanto e tanto sofreu e que nunca deiro-oe& e advindo-Lhe acessos fortiss.imos meus sacrificios, curando-me. Assim tinha acontecido. Quando às tres xa de socorrer os que A invocam». de tos.;e que niio obedecem a, medica.men-tos, desapareceram em pouco tempo de- horas segui para o autom6vel , embora fosMaria da Nazareh Valentlm de Sousa, pois de tornar agua. de Fatima, prometen- se al,11.da a.mparada ja segui.por roeu pé diz em carta : sem grande costo. Fiz a viagem de_ r egres<io publicar a graça.. «Aproveito a ocasiao para pedir a V. so relativamente bem, ou antes mu1to boro Maria dos Anjos Ferrelra, Ce.sai dectta- disposta; cheguei a casa apenas um pou- Rev.cia um grande favor, e que vòu rela·gana-Ribaldeira (Torres Vedras) encon- co cançada, mas ja sem a.quale mau estar tar. No dia 13 de Abril do a.'no findo estava -trando-se muito doente dos intestinos e que continuamente sentia, dormi magni~mago com varias outras complicaçoes, ficamente aquela noite e desde entii.o con- muribunda· uma prima minha, filha uni,qt.~ tondiam a agravar-se começou a me- tinuei melhorando progressivamente a ca, que os paia adoram e de quem sou 'lhorar desde que recorr~u a N. Senhora ponto de hoje ja poder trabalhar e até muito amiga. Niio havia esperança de a prometendo ir a Fatima em peregrina- fazer seriio quando assim me seja necessa- salvar, as pessoas que a rodeavam chegaçio. · rio, sem que me sinta fatigada. EstQu vam a oonvencer-se quo a doonte tinha enA mesma, vendo sua mie muito mal completamente cura.da. Louvo e honro a tra.do na agonia. Ninguem se podia concom principio de urna congestio recorro~ N. Senhora de Fatima, que nssim bene- formar com a hipoteae deete ente querido a ~ossa Senhora /ile Fatima e 'imodiata. ficia os sous pobres filhos quc nEla c-on- desaparecer do mundo. Eu neste momento angustioso para todo~ rogo aflitivamenmente começou a doente a sentir-se me- fiam. L. L. Beiriz • 26 - 1 - 1927. te a Nossa Senhora do Rosario de Fatilhor. Jezulna Santana, natural de Alpiarça., ma que salve a doente para felicidade dos Joaqulna Vitoria, rna rie F.ntr<'-C'ampo 8 e residente ero Setubal, vem publicar no pais prometendo que mandaria anunciar 14- Lisboa diz-nos : uMeu mariclo Ricar- Jomal a Voz da Fatima o seguinte: o milagre se se r ealisasse. Depois da minha do Paula. n.doeccu com. paralr~hi. ' Eu co- j 1.• Que tendo ha quatro anos sofrido prece começou a doente sentindo alguns mo tenho mnita fé com Nossa Senhora muito duma inflamaçio intestiual, que os alivios, até que graçaR a Virgem o medico <lOrnecei por rasar o Padre Nosso e dnnd; medicos foram incapazes de combater, e a julgou livre de perigo encontrando-so lhe a.o mesmo tempo a agua de Nossa Se- sugeita a uma alimentaçio s6 de leite, hoje de sande. Neste momento niio quero nhora. Vi com muita al~ria que meu ma- o que, com muita dificu ldade podia to- deixar de agradecer a Virgem outras gra. rido melhorou de momento a momento mar, porque o estomago !ho niio abraça- ças que me tem dispensado em quasi idene,.tando hoje muito bem e sem defeito. va, durando este sofrimento longos me- ticas afliçoes. Tinba grande desejo que Agradeccndo desde ja o favor da publica- , Res; e ouvindo fnlar dos milo.gres da este milagre foase anunciado no dia 13 de çiio me subscrevo etc., Virgem Mli.e Santfasima Nossa Senhora do Abril proximo. E~a. minha prima que a Julla Fernandes Gomes, de Lisboa (Rua Rosario da Fatima; recor~eu .c~m muita Virgem sa.lvou chama-se Maria da PieAugusta 120, 5.•) vem por este meio tor- fé a Eia prometendo de a ir visitar todos dade e Silva, moradora Liaboa. na nar publico 8 ao mesmo tempo agradoecer os ano$ emquan~o pude~; e tomando a Prnça da& Flores N. 0 5-2.o». -a N. Sr.a de Fatima urna graça recebida a~ua da fonte m1la~rosa Junto !lo Santua. Maria Lulza Corte Real Santos (run da sua infinita misericordia e bondade. rio da Cova da Irta, ero Fatima, com.~ Em Março do ano passa.do, ostando em çou melhor~ndo, e se encon_tra ha do1s da Nogueira 109-2.'-Porto escreve: ccCumprindo um dever e urna promessa minhn casn corno hospeda urna senhora anos, perfe1tamen~ bem; ahme~tando-se com urna filllinha de hm ano de idade . com qualquer quahdade de com1da, sem que fiz a Nossa Sonhora do Roi.ario de Fatima, vcnho pedir-lhe a pnhli:.:Açiio da 11.doeceu esta muito gravemente e recor: sentir incomodo algum. 1'endo-s~ logo a.o médico, disse' este que 2. 0 ~parecendo-lhe depois outra doen- segu,inte gra.ça gue recebi de Nt'ssa Sonhotinha ctiversas doenças e que estav&. pres. ça a diabete_s, p olo que andou ero trata.- ra. Em Março de 1926 apareceu-me urna tes a vir-lhe a meningite. Ora corno a mento ero L1sboa, e sem r esultado; e remenina ainda nito estivasse bapti.zada, correndo outra _vez a Vir~ro Nossa. Senbo- inflamaçio' na bòca que muito me incomo,. foi-se logo tratar de a baptisar e quando ra do . Ros~r10 da Fatima, ped1._ndo-lhe da'Va. Charoado o meu medico, fev?me 3 visichegou a ca.sa, oomo a manina estiveese com mu1ta fe, a melhorasse de tao graquasi pe:rdida reoorn a N. Senhora do ve_ doença, e tomando a agua da fonte tas, mas a.a roelhoras niio apareoiaro. Consultai outro medico ma.a tambem niio senti Rosan'o de Fatima, pedindo-lhe com mui- milagrosa, se encontra tarobem melhor. ta fé a our&. daque1a inooentinba, e ao 3.• Aparece.ndo-lhe tambero u!°a nascida alivio algum. Resolvi apegar-me a Nossa Senhora e mesmo tempo dei-lrn, um11. gotinba de a.gua ma, e em sit10 ocnlto, que mu1to lhe cusLogo no dio. imediato, de manhit, o homem me apareceu completamente curado1 ja com o cesto do peixe em cima do horohro ! A alegria dele era indescritivel I E dizia enti.i.o: Eu estou doido de alegria.

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prometi-Lhe uma novena de Comunhòes e a publicaçiio desta graça no jornal. uVoz de Fatima». Pa.sandos 8 dias estava completamente curada!»

, ~aria Rosa R, da Sllva, de Vila. N. de Gaia, agrndeco a N. Senbora de Fatima u.ma graça espiritual e tempora!, obtida por sua materna! intercessii.o,-por ter conooguido, vencidas graves dificuldades, mandar baptisar um pequeno de 13 anos prepara-lo para a sua primeira e solen; comunhiio e interna-lo depois, retirando--o da miseria e perigos ero que vivia, num estabelecimento de pieda.de ti ca.rida.de, onde 'S8 e!lta formando para a religiio e para o tra.balbo. Maria Lulza Mendes de V. N . de Gaia, agradece a N. Senho1·a do Rosario de Fatima a cura duma infecçiio que teve na hngua, tendo para. isso feito novenas e comnrthoes.

As blasfemlas de Calea O palacio presidencial de Cales no México, é guardado por 500 soldado's. E' sob essa vigilancia que esse perseguidor da Igreja se banqueteia. Numa das ccfarras» palacianas o monstro mexicano, depois de falar contra 0 clero, com urna linguagem que nii.o é de pessoa educada, disse: - ccAsseguro-vos que ao ter'llinar O , meu mandato niio ha.vera no Mexico um s6 padre». Um jornalista, uma vez, se lhe apresentou para entrevista-lo. Antea que o mesmo fnla~se, disse CalIcs:

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«Sobre a questo.o religiosa saberd. que trlis vezes me apareceu Cristo e trés l'P· ::es o esbofeteeiu.

- Desgraçado, a ultima bofotada seras tu qnom a apanhar:i !

UM CASO Conta Lui.z Veuillot o famoso polemista francez quo havia nos Pirineos um medico sabio e digno que recobeu u~ dia a visita d' uro homem com uma. chaga na perna, feita por um tiro de espingarda A chaga, ja antiga, apresenta-se com c&.racter particular; n'ela vem-se vermes. O dr. esforça .!e por os fazer desapareoer mas niio o consoguiu de maneira nenhuma. O doentc, um dia, diz-lhe: Dr. nio façamos mais nada; fiquemos por aqui: eu hoi-de roorrer desta ~orrivel doença. Com efeito, disse o medico, ha aqui algo de extraordinario, Nunca vi coisa assiro, apeso.r de velho e de me terem passado pelas miios muitos casos surprehendentes. E, pela 20.• vez, perguntou ao doente: onde recebestes v6s esta ferida? - Em Espanha; ja, o tenho dito muitas vezes; mas o quo eu nao disse ainda é o porque esta ferida niio sara. Quasi que o sabeis. - Tinha 20 anos Era em 1792. Fui obrigado a alistar-me n' um corpo de tropa, que a Convençio enviava. a Espanha. Partimos tres da nosso. brigadn: Thomaz, Francisco e eu. Tinha.mos ideias dessa tempo; eramoa incredulos. A marche. corria alagre. Quando ja. perto, atravessa.mos uma alùeia mol1tanhosa, e aYistamos uma estatua da Virgem tiio esmerada que, a.pesar da Revoluçli.o ficara de pé a porta da ig,reja, sem mntilaçiio alguma. Um de n6s tem o desgraçado pensa.mento de insultar esta imagem para «afrontar a superstiçào dos paisanosn. Atiremos uro tiro, disse Thomaz. Francisco deu uma gargalhada. Por mim, niio querendo mostrar-me monos forte, tentei afa.star semelhante ideia. Lembrei-me de minha miie. Zombaram de mim. - Thomaz carregou a arma o atirou. A baia atingiu a estatua na testa. Francisco meteu a cara a arma e atirou-lhe ao peito. -Vamos ; agoro., tu. - Niio pude r esistir; apontei a arma a tremer, fochei os olbos, e dei na estatua ... -Na perna I diz o medico. --Sim, na perna, acima do joelho, no logar onde tenho a ferida I Bem vedei qne eu rui.o posso sarar. Depois disto, dispozemo-nos a continuar a nossa marcha quando urna volha que nos tinho. visto, div.; Idee para a guerra; o que acabaia de fazer nào voe ha-de trazer bem algumu. Tbomaz ameo.çou-a. Por mim est&.va incomodado com o que ha.via feito. Francisco me nos emocionado do qµe eu, niio estava disposte tambem a regosijar-se.

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Voz da FAtima

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- Ora numa certa paroquia havia um ll(ÌO lanrassei., sobre o, seres inferiores a Antonia Pinto de Carf'a1ho, D. Ana l'6, .~enao oll,u.res de indiferença, taive~ Guedes, D. Rita do Rosario Pereira. pedrniro que, para explicnr a. 6Ua falt.a <> i11/er110 Jmcluse 11(10 e:ri~tir. Lopes, Ah·aro Rodrigues Pintasilgo de cumprimento do grn, e preceito da .lfo.~ ro.,... 1"6., .fudo cTea.~tn por amor. (50$00), Antonio Marques Giriio Confissio e C:omunhiio pascal dizia que 1'6~ /orma,tes o homem a vossa srme- (150$00), D. Maria Teresa. Moura Pi- nào tin.l1a pecados. Niio tinha pecados e... acabou-se. Uia.nra r harti-1,o t·ivi/irado com o uos&o nheiro, D. Conceiçiio Borges, D. Maria O zeloso paroco pro_poz..se um dia proba/o; hcn·ei-lo rumulado do& Vos&os Almeida, D. 1\faria José de Magalhiies rl1111.,, e 111iu hat•ei., pe<lido a eslti creatu- .Aguiar, D. Lucinda Damazo Tavares, var no seu paroquia.no que estava muito m Ufo rirnmt11tr dotada senào um poutrJ D. Vit.orjl\ Augusta Sinde Pinto, D. longo dn santidacle que queria apare ntnr: de ro11Jionr<i, de fidelidade e de amor. E P almira das Dores Afonso Pereira, D. sob a porta principa.l da igreja. paroqnial qwrndo l'le T'o.~ rlnpresa e .,e re't'olta con-- lfodnlena da S ilva. Tomas, D. Luiza Ro- ha.vin um nicho d'onde ti nha sido tiratm T'1i.~, l',l., <le,,erieis fira1· impa.,si1'el sa. Pereira., l). Virginia Borges de -Par- da a re.spectiva imagem, onde o re,·.clo <01110 11111 .,er incompleto, privarlo de valho (15$00), J. M:. G. Pereira (2 li- pa roco q neria (clizia file) colocar um sanamor e de .,enti,,1P11fo? brns), Domingos Maria Monteiro, .A.de- to 110110. Lii foi o seu descuidado freguez a seu O mPu l>ws! 1':u rreio nos rigo1·e., da lino Antune& Pinto, P.e Miguel Jorge, r oua ju.,tira porq11e ario na.~ excessi- fl'irmiano José .A.lvee (20$00), D. Elvira pedido, pr eparar as coisas-. Quando o r ev.do paroco o npanhon no t•a., ta1111rcu d,o T'o.Mo ('oracao. Augusta Nogueira, D. Emilia Damas R11 l'O,, A mo, mru JJe11s, a Va., A mo1· Salgueiro (21$00), D . Ana Maria Clavin nicho, nào ~ lhe retirou a escada mas ill/inito, qur r<M i11rli11afa para a vossu d'Ornelas e Vasconcelos, D. Rosa de Jesus tocou o !iino a rebate, cle forma que denercatura, a Rustl'l~tai., e i,rantai.1. Jlas C'aS('ais, D. Maria. José Sanches Artur, tro d<' pouco estava ali todo o po'l"o do amo-1•0., também, a V1fa .4mor de&conhe- D. Virginia Lopes, D. Olinda Silva da logar a indagar de que se tratna. Toquei o sino (explicou o sal'E'rdote) rido e ultrajado qui' rastigai.,. Silni Rego, José Torna&, P.e Antonio dos Se o i11/er110 nflo cxfatis.,e eu nào ro.• Snntos, Augusto Marques G. Pereira, porque quero que vejam todos o sallfo amaria tanfo. Quando r1i t•eio que u1,1 Joi;é Ne,·es, D. l\laria José Baptis,ta, not>o que ngora ali vou por. Quando tal onviram, entra cada um a principe, 110 ~eu rl'ino, dei:ra todos ,.,, Francisco Gospar, José da Silva, D. 1\1~ rrimr.11 imvuneA; q11a11do obseno q1u ele ria c'lnJS Merces l\lanso, D. Maria Mar- in,octivar o aflito pedreiro e a expor e11palha 011 srus do11., rom tanta pro/us{J.I) gorida de C'nmpos Ca!l,llis, Manuel Ve- em publico todns as peças para a niio ca.,obre 011 de.,leai., I' traidores t'0/1/0 . .,obre nnncio d'Oliveira, Antonio Castnnheiro nonisaçiio do homem que nèlo tinlw 11erao., r<unlho., fiei.,, q1t0,ndfl .,ào ai·iltadns l\fartins, Artur Graça Junior, Mafalda. do11 Niio fez , i confissii.o particular nos oua !Jmndl'rri e a maoeatadr reais, eu 1160 du C'onceiçiio, 1'Iaria das Dores, 1'-Iauuel p11.1,10 rui11fir n 1w1 xenfiml'nfo de de.~pre Victor Ferroira D ias., Joiio Ferreira vidos do s11,cerdote, delega.do por Deus ~·a. zo e chamar-lhe iniusto e cobarde. D ias, J osé Ferreiro Dias, D. Caroli na. para.... pel'doar, mas teve de ou,·ir o conLogo que o ::wi~tamos, Francisco rtperNO.o. 8e 11110 l,01tl'e11.1e inferno, eu nùu Ferroira Vieira, Antonio I>omingues fissi\'.o publica feita polos outros. F, se toimar em niio faze r a confissìio ta-me n, rniio e diz-mt1: E' h oje a minha poderia amur-r1M... 8e o nào houvessP Ferroira, D. J oahAo Nobr e, José Caxnvez: t u és feliz por teres visto mal! O tàttario,m tré.• /loran e.~plendidos na ro- ria, Jarinto da Costa Melicins, D. Ma- sn.f'rnmentnl q ne tiio pouco cuata e nos i11fort11nado niio se enganava. Desta vez 16a riM no.•~a., .w l,limr.t per/eiròe&: a jus- rii\ do Rosario P ernlta, D. L ucinda clcixa ~ a lmn cheia de consolaçòes intifomos repelido9, Batemos em retiracla. tira, o 11oder I' rt dioniriade! Lenl, Joa.q uino. de Jesus, Antonio do& mns, tern do os, desciobrir cleante de toFranci1sco niio estava ferirlo nom ou. Va E11 i·os amo e t•o., adoro, meu Deus, na R eis l\lo.io, D. Guilhermioa Mendonça, dn a gente no dia de juizo. e~perança ! t'm tiro parte dum fos,so onde 1·os.,a mi.,eriròrdia /IGra rom o., fraros, na Luciano de Almeida l\Ionteiro, D. Filojazia ferido mortalmente um espenhol; o 1•0,,n liontl"cle pam rom o., pequeno.,, 11a mena Pires Sa nches, Miguel Alexandro Francii;co t•ahe, com o peito vorado de 1·0.rni liberalidade para com o., pobus. Eu Ah-es Correin, Candido da Silvn Prior, O. lado a Indo. Ah I Dr. que morte nquela I 1·0., Mliro 110& vo.uos perd(Je., sem reur~a; Marin Luiza d'Oliveira Rodrip;ues VenEle rolani. no chào pedindo-me perdiio, ne.,te i11e/uvel amor que vem do vosM seio c-eslau, A. C'osta Junior, D. Maria da. TTma 111r11i11a o quem sua miie en,,i/16.t:a 0 11 que estavnm porto, encolhiam 0, para ,u -ro.,sa., rriat11m.,, 11a 1,os&a espera Gloria 'Nunes d'Oliveira., D. Leonor 1'far- 11-'1 11uu.~ orar/'Jr.•, c/ieg1wdo a este ponto: hombros; o expirou. E la ficou s6 no ca- um ran.•aço; ne-'-'O·• oraras1 emfim q1u ques Sorriio ('hitas, D. Margnridn. Go- <1Meu Deus eu vos don tudo o que tenhoJ> minho. r,;~ r,1ial/1ais rom 1>ro/l1siio .,obre ~s al- mes S<'rrào, Ismael ! Gomes, Joào Der- 1xi1·011 e e:rrlamott bai.rinlto: «excepto 0 D d 1 f' . e 'd - ma., para n.• tocar, 7>ara a., reconduz:ir 1 pa- nnrdo Ribeiro D. Maria. da Conceiçao nwu <·oelhinhou I 00 es _e ogo r~edl onve~c~ O \ nao 1'0 08 iluminar, para. 08 t:encerl Gomes da Si1va D. Maria Cnmpos Viei_() 1/lCII COl'tl('do, si111, f T'ono, Senhor, 1J t nrd a rin ~ ~r eri 0 . 0 i:eso vi dcon essar O Eu 1·0., mfol'o também ,,11 1, 08 ·amo apoi- rn Martins- Cunha, D. Olimpia Seq11eira 1111111w alma, o., 111,u., pP11,,ame11to.• a mime~ i;nc·ri e;io ~o pnmeiro_ pa re qu\ et!- xontidamn1tr, a V6s 11~ande mage.,to.!O Cn.nelns, Francisco Jorge, José Maria do 11hC1. l'ida, fuào i.v.,o podl'is fomar! l'Ont r~s.~eto or .:sgrnra nao O encon rei. terf,,,t, eona11111i11d() 'num loÒo eterno o; <.:nJ'lnO Loures, D. Ana de Jesus, Antonio •V a.Y O meu coellti11ho! ... Ah f ;,,so nùo, E n re nn ' mui os a azeres se pns:rnm que rr,,istirem aos ntractil'Ot dfl vo~s~ Ah-es da C'unha, Vicente Ferreira de n1io é f>ouivel, seria tona ,·oi.m nwdo doe pouc·o I\ po~co cesi;a_ra; ts meus r:o- A mflr. E afinal 1nio ~ois 1,08 71H'u De;,s Sous-a, D. Gilda Monteiro, J osé Bnptista. lorti~a! I 0 Qt~a~;,/~::'m:s°~ha~a~::: F~:n;:sjr::ii ~ ··~ht~anamentr bo111, que w1llenais e dJe , ~ndDrnrfol\,f ~?aqLuim MoH ntei~.o SoaAres -,,,,-à() é 1•,•flL me11l11tL (L no.,.,a imi1yrni? . 'a· f1onu: Mio os propr1oa r11a-ua que rec1t- unio1, . n1in opes, on11q11e u- 2'odo.v 110,y trmo~ 11,1n de/eito, um veradipelll:,ava no cri;o, n;md no anepan m;en- .1an<lo lanrar-se na., ehama~ do vos;o eter- gusto do Nascimento, D. F lorencia c'los nlw ""' que n(io i·onsentimo., . qur nin11 81 1 O to, no '' \ . god u ~e o;, nr) A mnr precipita11t nas da. justira Anjos Godinho (20i00), D. Maria do 011e111 lltM toque; uma a/l'Ìf<io, uma )laiquan mn < l!l. e 1l?a rc 11, a n < ~ia ~ Pfl'r1la. ' RosBrio l\fortins Antonio Antunes Mo• .l'c1o (111!' 111io q1urr1110,, imolur,· 11111 te•ouJ<;f!talnmt. Por um nc1doute quo nao @e1 ,. . . t l) L d' 'd p · d d H · " r t· t'd d f' 81111, ru Mli amo tal romo T"o, so16 En a, · eoc-a ina a. 1e a o enr1ques, ro, um 11adci, 1t111a e.,pfric de coelhinbo r-·.P wnr,t_um_ iro, pa~ 1 110d as i"oss l'<J,i tidflro, cnrnculo do conjnn fo. de t.oda, I D. Doslinda da Conreiçào e Silva, Joa- que q1H'rr1110., ro11.,en·ur a todo O eiufo. eir;s, a rngiu-me aqui ~ _e 'Jces. , es a.s 11Pr/riclin: f/10 jiuto ,·om 11 boni Uf~ qni01 l\f endes da Fonseca, Antonio GoTudn r T'r,,.,o, Senhor, 11,as o meu coc. '11,10 o compnu-se n. pro ec!la . nque aù_ve- am11tlc pl'lo 1>0,,m 'floder e ~antidade co mes da Cofita Jo,é Rirne de Sousa Lo- /1,o, "·" !, i.wJ n{fo, fJfll' furor ni11a. tu111 me 1a, quo apos o nosso sacri eg10 nos 1sse · / . . . · t o o· · · d (' · • R · , leslou a ou\"i-la ainda): «l des a guerra: mo 11r ~1 l'O,~-'a m1.,n1ro1·dia, sempre Amor, re o~,! . I ,•,on1z1a_ 1111 Ool~1c-~1çao(l ,;iOOm)t- 11rro i,,.,o. • cl t l 111or 111/111,to· o -1 mor que cria que da ro, I nnue vena11c10 ce 1ve1ra 5., , E.,ta .,1·t>11n rrprft>-.•c todo.1 0., dia~ 0 1 · dle f n zer nao <1~e nt·a;3is vdosyo e ra- qur pl'rd6a q;tl' 1:iri/ira· 0 d,no~ fJIIP 0 / Mnnuel de Jesus Amara!, D. Ro ·a de Carf'11111 alm<t -,.·ro111efe11 a JJru., aceitr,,·,. to0 Z<',r - ,em at gum " stomeus o1s tc-ompa- dr11a, (Jttl' ~-,prunde e qur ra1tioa I - vnlho Pereirn Lope" e D. :\!aria Emilia da.• a.~ 1>1m•a., rl,rqa11clo tulvez un ~ua n 1eu-os ei, a.l'am mor s, e eu ou ra Yez (O t1,· • . · • · N<>to · / ' a · J)ed,r · rruzes' I' .,o/ri· f 'ù0 u imo c-ap1t11 lo do lt,To Le ~aeri-, 1 111r1 r,~a 1'.ra lt<trtìo, · . e~ • t t ' f . r',1t>1ir t>f lr Sa,.,.,.,fot'I') J ol'na1s anil~os: P .e Manuel Mnrques 1111'11/n.,. 1 ('n_an ~· n_ eri;;, ~o primeiro a~ . Ferreira, 40$00; D. Maria Emilia Niei- i Dr·u.v l'llt'Ìll-lhe uma dut/l('U uma lrnmiflOC ~~ lllld~ 0 erccin n a he l!:ravùe. tc·i_ _ _ _,..___ _ __ l'll, 26$150 P.e Mnnnel Cobolas Folgndo, lh11(·1ìo, I' logo i•la .,r prJe a grita,· rurgmo t1<!>e-me que_ eu a,-,a 8 es_ nr 151$00; D. Zulmira Oalhardo 26$50 · O. 111lo md .1r.1/ 1·p,1 iJue a · em clesranço no ho!jpitnl por alguns drns. VQZ DA F T;MA l ,. \' .· S1ma.-,, ,J0$00, D . Afonso dAllrnquerJJ ,1.,, 1,11hrc i·rr«11('a, 1l<ÌIJ prdi.,f,, fu fl . s~un o cr11\. . . • que, 115$00; D. Sara M ndnt, 82$50· P.c .,uf1·i111e11fol' ,. llas, grande 101 a surpreza e nao meDespezas Bernal'clo euiz 10~()(). D A na dn 'c•on w · . ,· · 1 , ,. t d ~· . . T t o~n ; ,. " , ~, · , • Cl rr1,,1,r,,·,JJe<1osornne11foma$ 1101, o meu Cb(Hlll o, quan o , 1u gei nr-se mn~por e... ... ... ... .. . 62 .Il ..,i:-3 ,·ei~•iio ~eve• 42$00 · pessoas de Ti hnYo 1le I,1 r, f I E' · 1 1 d 11a chn"o efite11 imperccheis hichos o que Papol, c·om po<.;içiio, imJffcssìio , 1t>90, J) . ' ·• " • ' -~ " " ' ftO,~ o. ' «.,.~in, a 11111111111 a,, t . . ' .36,;p , . l\1arin das Dorcs . l arnres cle rie! qurr 1•.v71111/,(}.v 1110 ., q 11 e ntìo /JÌq 111 , 111 • 0 , • ' ' el esc·o1wer on n smi sc1onc1a. e expt>diçiio do n. 54 s 2621t'()(). D r I (' · H 20 I) t t f (!l:3:LXX) c1xem11lares)... $ onsa, w ' • •n.11rn ca o11ce1çao 11111111/l,nçoe., ma,, que nllo humilhrm· n.. :no~, t \' nrras O ~~ n ('t~n, l.956 50 l\far tins, :3!'.1$00;' ,-\ ntonio Vieirn Loite, 1·1·11::Ps, 1110'.~ 1111e 11110 crnd/iquPm. tfl<lds <';P"~1m,!~11 f\llc o oc os os reme IO$ e oc os Outrns clei,,pi>zns ... ... 210$00 150$00; J o,.E>Fn de ,J esns, 64$55 . P.e ns rl11r,•., IIIP110.~ aqueln~ ~,ur lh· 11". ,.,, ,·1·11 -.,op 1110 ICI\ZC8. - - - - - ,~ ,· , l'A . · ' • • ' , frr(Juente " • I) ~ rn.nc1Rrn e s~1i;, Andrnde, 50$00; D1l~-'ir p,,tado de alma 'P- mmto 1 ei;-~ n. . eus. que me_ c ure~ esp~ro-o t !' • orna... 6.4 :277$33 rci<>torn do ('oll'l,:tio de N. S. cla. Torre>, I' rr,•r/11 111110 y;fln<1P ,·,·rcwciu ·,nn mt~<'l'ltordrn; por isso nao de, o lu~t150$()() · p p J Ro •a X asci mento 50$00. :,,: f l lf mnr-me. Ni'io me lnslimo. E!sta chap:1i t<'m Subscriçào I) \ ~a A11 ,.,u.sta ;ìe Freitns· ,1, 00 . p 8' l ' qua,,, <>,• a, 11 u.!, 1l<l quP 11110 1'11·'8am81... 'd d' 't 1 . . . "' . ' ' . I(> (/l'(/I/I I',< (l't'CLll('(U. ~• o 11m r!'me 10 para mu_i as. 8 mas, 1111 - 1 cJunho de 1927) Antonio ( 'orreiu Ferreira de Motn O/·.. .. 11 JJ . • 1 11111111 ra 1i minha, i,0hri> tudo. :-,;iio ignoro que, -..- .·1n A up;ùst n p ere1ra . V .' • ru., f,u." o QttP 11cì11 f1rnl 2;)• 00 ., n• 1,-'-a, 'd d e111m., .,11 cnf 11·cir CJ !'odhwlto · . . 1 '-tl e•IH"'Ur ao f 1m e1a n n. como P ' Jo·e· Rodr'i"ufts "(I. t l t C! J OaO " ]lf/'1/J/' . Il.~ . ,\110,f f/1/'('ll!<. ... 1 ·'·"1 r .,u. ,-. . . ~ te eYo d e le-, ~ "' <'· dos S • Li·mft, . e , I·1- ",..n, 7()~ ;i,/) , 11111 Cb lit 1tn e, 40'i'00 i gar, 1sto e, <·r.1;,tao e pen1ten , o ev~ret ,·a, 200;000, D. Rita do Sac-ramento l\Io11sa L11iz Andraclc, :'30$00. D. Palmira Ri:i minl!,i terrn-cl c•hnga. E entiio he1-d_e ro, _Antonio _Martins de Figueiredo, An- heiro [,ope~, 6-1$80: · n. :\!aria Henri11plnu<hr~me rie ser c·o-.o, porque e_u <~un- tomo Francisco Lopes, José Caroeiro e qneta l\fagnlhàcs, 55 20, o. Beatriz Vati? da nnnha <'t_1rn, ma~ nao dn mi'>erlt'or- D. Maria da Conceiçiio P. de Limn. lente, 46 50; P.e l\lnnnel Sabino ~!Arcl1n e ('spi>ro hrm~mente !:?orr~r na gn\- 20 :000; P.e Arnaldo de l\Iagalhàes l). ques, 2;3$(~1; P.<' José V'icente do Sa~a cle J)eus• pela 111terc·essao d Aquela. n Maria dns Oores (jornais etc.) e D.' .l\fa- t·mmunto, l ljLra •b·1· • • ,, , p •e Ge.1 ard o .-,. 1 10 quem II ItraJe1. rrn l znbol l\fonteiro Reinas, 50:000: J a- Gomes de Pina, :l/5 00; di,,ersas rie DraTra nsporte .. . .. . .. . 4.842$50 Loltis l'ru.illo t f'into Corrcin, D. Rosalina da Gloria, ]), g,rn~·n, 21$40; r>. ('eleste l\fari11, de Sou- n. ì\h1rin da C'oneeiçiio BorAlhertina Alhuquerque, D. Perpétua de sa, 20$00: l\Iijruel Bento N'u nes, 50$00; ge, C'n brnl... .. . .. . . .. . .. . .. 10$00 J Pblll, Guorro., D. :'\!arin. dos Prazeres Oso- F'P1•1tr\nclo Rnptistn P ereirn 1,5$00. ('on- D. ì\fol'in Angelina. Maya de Alrio e l\Ielo, D. Gortrucles rla Conreiçiio c-ei<·iio Roares Matos T,ou;ncla, ao'soo. h11q11erq11e P. e Vasconc<'los ... 20$00 l\lonteiro e P.e Joiio Gaspar e Silva, 115 :000 rs. D. F.ster CA brnl N eves, 13 :000; Soma... 4.872$50 Joann de Carvnlho Veiga, 11 :000 D. Eu_ uDeus é muito hom, nào pocle dar 11111 1 p;enin l\1 1ul(nr icla do Rosario, 12:500; ('astigc1 eterno.,> . • . , D. Mnria dos Romedios e _l\,faclame Luzia, A VOZ DA FATIMA E' a:1~im que 1//Utlo.~ T o., Jlilgain ,',#- ' 12:000; Fernando d'Oliveira, 14:000. 11lror! E .,ob e&t~ vào pretexto, P!'C/~ri·m C'om dez C'-''Udos: Manuel dos Santos, E' rnro quc n:io npnreça, mesmo nns Este jornalzinho, que vae .,en 11r as itucu pa_,;rl/1;;, e. 11 ~ Sua3 mas 11tc!1- I), . \ 1111 Sergio Fa rin Per<'ira, Antonio Al- fréguesins mtlis prnt.ienmente cristiis, al~ sendo tào querido e procumJçlJ~8 u ren1111t·wr a RI mcllmo e se9utr- veq Pnrhl'<'o, Jm-é :Nuues C'oelho, Abilio gum dc•stcs pretl•11ciooos que, fnlhos de rado, é distribuido gratuita1·0~ u ,Tri!t1.~. . . ('urlos A11tunes, D. l\inria Augusta San- t>nergia e aptidiio pnra a virtude, procu:Yacia, no e11ta11to, t- _mais ('011frario d to!'. Val<'ntim, .l\fanuel Jo~é Lopes Dias, ram no ontanto impòr n su11 pe'ìE\oa, s-e- mente em Fatima nos dias d1Jt1frina da Vosaa lgrrJa. O in/tr110 ,,._ Joào Praziio, Joiio Bafr,ta Sa.ntos J11- jn de q11e formn for a nc'lmir11çiio dos ou- 13 de cada més. tà bun longe rie su opo.ito 6. Vo~sa llòn- nior, D. Ludodoa de Jesus Ferreira tros. Quem quiser ter direito de dadr, e é precisamente porque eu rreio, do, Santos, D. P11lmirn Vicente Soares, Inc-npnzes de se distinguirem no bem e o receber directamente pelo 110 Vouo Amor, <i mtu Deus, poderoso e D. Joann do Espirito Santo Ne,·es, 1111. piedndc, pns~am para o campo c:.oncorreio, tera de enviar, adibom (]t:c eu acredit_o no inferno. , . Joaqnim. !losa Gomest. P.e José Antu- trnrio e ii irreligiiio. . Sa T 61 nllo foase11 o Amor: ie eno1sti-f nes Baz1ho, D. Maria de Jesus MarNiio poclendo sn rei.; no m undo nli.o antadamente, o minimo de camtnfe e11cerrado na T'osta felicldade, qnrs, D. Palmira :'\farquei,, D. Marfo 1desi~tem de o ser no ... juferno. dez mii réis.

LA seguimos noSoo caminho, se bem quo por Hze11 nos queixassemos do qua b~ viamo11 feito. Nesse dia de tarde, juntarnmos-noi, ao nosso regimento; alguns dias depois tivemos um enc·ontro com o inimigo. Confesso-vos que eu marchei pn1·a o fogo sem alegria, pensando na estatua da Virgem mais quo o desejnva. Todavia, tudo corrou bem. Alc-1\nçnmos assignalada vantagem. Tomaz distiuguiu--Se. A a.c(liio es.tava torminacll\; o inimigo em derrota e o corone! in. fazer parar o pros!;eguimento quando um tiro, vindo clum rochedo, e que parecia descer dò Céu, fez-se 011vir: Thomaz t·odou sobro si mesmo e cahiu redondamonte ba.tendo com a fii.ce no chao; Francisco e l'U corremos a le,·anta-lo. Estava morto. A baia atingiu-lhe a tlista, entre os olhos, no loga1· onde a. ba.In d'ele dias antes, )lavin atingido a estatua! Olhamos um para. o outro, Fran(;Ì<;CO e eu, sem dizer nada, mais palidos do que a morte. No quortel, Frauciso estava parto de mim nào dormin; e:;perava. que ele me falasse, para lhe aconselhnr a oraçào; nào falou mais e eu nao pude comunicnr-lhe o arrependimento. Din seguinte o ii1imigo volta com for.

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Abrigo dos doenfes Peregrinos da f atima

O Amor e a Justiça

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[COM A.PROVAO.AO E:OLE:SlA.STIOA.]

Director, Proprietario a Editor: -

Dr. Manuel Marques doii Santos

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Compos/Q e impusso na Unilo Grafica. 111 ~e Sule Muta, 150-152 - Llsboa.

·O S. S.

Administrador: -

Padre Manuel Pereira da Silva

Redacrào e Administraçilo: Seminàrlo. de Lelrla.

PEìORE o PAPA PIO

Xl SANTtSSIMO PADRE:

BEATISSIME PATER

O Bispo da diocese de Leix-ia, em Portugal, prostrado aos pés de Vossa. Snntidade, para maior gloria. da Virgem Sn.ntissima. e para aumento tla devoçilo do poYo e clero pari\ com a mesnrn Senhora, pede a fnculdade de se poder <"elebrar no Santuario rla. Rantissima Virgem Maria do Rosario, vulgarmente chamaùo da F:Himn, da sua. diocese, a. Missa Voti va do mes1110 S.S. Rosario, conforme as praxes e a concessa.o ja feita a outros 8antuarios,

Ordinari1u Leirenensis in Lusitania, ad pedes Sanctitatis Vestrae prO'Volutus, pet1·t ad maiorem B. Mariae Virginia honorem et Sacerdotum et populi devotionem magis f ovendam, far:11ltatem qua omnes in Sanctuario «de S. S. Rosario B. Marire Virgi11is Marire vulgo Fatima-. suce diceceseos, J.fissam Votivam de eodem S. S. Rosario litare valeant juxta praanm, q1,emadmodum al1'is Sanctuariis iam co11ce.iS1nn est. Et Dew: ..

E D eus ...

Lei-renen...

Leiria ...

Sacra Ritut,m Congregatio, ulendo facultatibus .tibi specialiter a Sanctissimo Domino nostro Pio Papa Xl tributù, attentis ea:positis pemtliaribus adjunctis, ita benigne indulsit precibus Rev,mi Ordi11arii Lefrenen, ut in Sanctuario de S.S. Rosario B. Marire V1'rginis ejusdem direceseos, !,/issee votivce de S.S. Rowrio celebrari valeant a sacerdotibus tantum peregrinis et ducibus peregrinorum, sin gulis per annum diebus, exceptis tamen Festis duplicib11s I et 11 classis, Dominicis, aliisque Festis de prmcepto servandis, necnon Fe'riis, Vigili:i.1 Octavisque privilegiatis: s6rvatis de caetero Rubricis aliisque servandis. Valituro prresenti Indulto ad P.To:i:imum q1tinq1tennium. Contrariis non obstant1'bus quibusc1tmque. · Die 21 l anuarii 11)27.

A Sagracla Congrega.çao dos Ritos, usando das facmldades especiais que lhe foram concedidas pelo nosso Santfssimo Podre Pio XI, ateutas ns cfrcunstaucias particulares expostas, benignamente anuiu ao pedido do Rev.mo Or<lfoario de Leiria para que no Santuario de Nossa Scnhora do Roso.rio, da mesma diocese, possam os Sacerdotes peregrinos e directores de peregrinaçoes, e s6 estes cel ebrar a Missa. Votiva do 8.S. Roso.rio em todos os dias do ano, excepto nos duplices de I e II classe, nos Domingos e outras festas de preceito e também nas Férias, Vigilias e Oito.vas privilegiaclas, obRervando-se no mais as competentes rubricns e mais prescriçoes. Estas fnculdades vnl eriio por estes cinco anos, haja o que houver em contrario. Dada no dia 21 de Janeiro de 1927.

( a) t A. Card. Vico Ep. Portuen. PrO'f. {Locus sigili)

(a.) t A Card. Vico, ( Logar do Selo) .

Angelus Mariani, S. B. C. Secretarius

A "Voz da Fatima)> reoomend'O. .aos devotoe e peregrinos do Nossa Senhoro. do Rosario da Fatima as inhmçòes do Sumo Pontifioe.

B. Portuen.

Prof.

Angelus Mariani, Secretario da Sagrado. Congregnçi'io dos Ritos.

j de Dens e uum extase de amor pe- plo brado de penitencia e oraçao. E

CRONICA =========== I da A (13 DE

Aproxima-se uma da.a quad.ras mais belas e mais deliciosas do ano cristao: o mea de Maio. Mes de flores e de perfumes~ mes de galas e de festa.a, mes de fulgotes e de encantos, a natureza e a graça porfiam em fazer dele o mes predile,-+~ il:10 '1 l'Tl'.1 B riè~;1t:-~ de ideal e de

la sua inefavel bondade e pela sua beleza eterna, sempre antiga e sempre nova, revelada no espelho magnificente das suas obras. No dia treze desse mes,--o mes querido das almas mais belas e mais puras que ha sobre a terra, o <loce, e adoravel mes de Maria, faz prel'isamente dez anos que a ABRIL) Augusta Miie de Deus, sob a invocaçiio ,la Rainha, do Santissimo RoJ Aario, se dignou aparecer pela primeirn vez no planalto de Fatima beleza. E' entiio que o céu tem para e1-1lahelecer no centro de Portumais brilho, a atmosfera é mais pu- gal nma fonte abundante e perene ra ? dio.fan~, toda a creaçiio oferece I rle grnc:~s e bençii.os espir~tuais e mais atractivos, e os coraçoes hu- rorponus. Trez creauças, s1mplee e manos, sua.ve e poderosamente emo- inocentes, receberam a missao de c1onados, se el evam para as altura.a, intimar a vontacle da Celeste Padronu.in transporte de assombro peran- 1eirn e tlum extremo o.o outro do. nost'1 a grandeza. e perfeiçoes infinitas I sn 1'6.trin estremecida. echoou o chi-

l\ partir desse momento uma força sobrenatural, irresistivel impele aa almas para aquela estancia de mie,. terios e de prodigios, que é hoje o ruais belo centro de devoçao a Maria 80.ntissima e o trono mais glorioso de J esus. no seu sacramentG de amor. 'N o pr6ximo dia treze de Ma.io. repetir-se-a mais uma vez um movimento unico na nossa historia, um espeota.culo grandioso e altamente impressionante: de todos os pontos clo paia, de todas as cidadea, vi1a.s e aldeias desta abençoada terra de Santa Mo.ria, e até de varioe pontos do estrangeiro, afluirào , Lourdes portugue~a pessonA de todaa a.a edacles, cla.sses e condiçòes soeiais, uma multi<liio variarla e inumeravel, centenas de milhares de


V oz da Fatima

2

minando-<>, a agradecer-Lhe, quando, antea das refeiçòes, Lho pedia a bençào e, depois delo.s, Lhe dava graça.s: foi BO ver-se abandonada por seu marido na sua.ve uniiio da sua alma com Deus quo profunrlamente sentiu a tristeza da eolidiio. De quo vnlia a uniiio dos corpoa se ae suas almas se oncontravam imensamente separadas? E nio mais deixou de pedir 11. Deus a J. de A. convotsào de eeu mo.rido. A Virgom S.S.ma quo toda a gente - - - -- - ----.,.o eia. ta.mbem - acreditnva ter aparecido no. Fatima, onde, soltoira, se encontrava Piedade materna tanta voz por motivos de piedade, nao poderia ser surda aos seue pedidos. . Rognrin um, dois, tres anos ... urna vida Urna senh~ra residente om Lyo~, que inteira, mas havia de alcançar a salva,. tinha urna filha, num con.vento situado çiio da alma de seu marido, a sua conno monto Carmelo (Pal~1na), sabendo No dia. treze de Abril realisou-ae, .. · .. · · · · ·· · ·· · ·· · .. · ·· · · .. ·· · · · · .. · ·.. ... que Re nchava nn" ci dado um Prelado quo veErsao. · f a.ma · deede a primotra · , asa1m semana corno de costume, a comemoraçao Passa.da urna bora voltnva 0 pai a ca,. se dirigia aquele mesmo logar, foi visita,.. de cn.c;n.da quando na ante-vespera duma festiva das apariçoea. sn, de um pequeno passoio pela cidade e 10 e disso-lhe: "Permiti-me, Senbor, que das perogrinnçoes mensais aq·uole bomdiN o corrente ano esse dia co1nc1- e11tretinh11,-se a espera da visita. vos peça utn favor. Aqui teutles asta pe- to lugar ousou tentar um novo cometi· quena hostia quo vou heijar dianto de men to : P•-ulr _.,. a. seu man'do pnra a a.comAs pequom·tas con t,·muaram a brincar. diu com a qua.rta-feira da eemana . A miie toda.. atarefada cuidava do jan- v6s, 6 quo vos rogo consagreis nn primoi- panhar a Fatima no pr6ximo dia. 13. santa, c1rcunsta.ncia que explica ter tar, quando da Igreja que ficava quasi ra Missa quo disserdee no convento, onde OomeQOu por lhe contar, a prop6sito havido um concurso de peregrinoa om fronte começa a ouvir 0 sino cha.- esta. minha filha, parn l'ha darc16!l quan- de corta noticia do diario quo assinavam, inferior ao dos dias treze dos meses mando os fiéis para a devoçiio do Mes do eia for comungar. Desta maneira os particulares duma daquelas peregrina-. · quo a 1.I se ce1e brava todoa os quanrlo eia receber com a Sagrado. hostia ,.;;,.s recedentea. Viam-se entra a mul- d e Maria v-- e os e ncan•-s "'-' qu e lh es ac bara quan d o diaa. o boijo de eeu Deus, encontrari. tambem em solteira la ia. P tidio inumeras pessoas de eleva-.cMeninas, diz eia para as filhas pre- o beijo quo lhe envia. sua miie.» Depois... uma pnlnvrinba. meio timida, da categoria socia!. Cumpre desta- parem-oo 8 viio 80 moz do Maria ali a meio atrevida osboçou o deseje de b1 volcar a.qui a mais ca.tegorisada, de to- igreia. . - - - - -- -- - - - - . . - , . ." tar a.o que ele prontamente acedeu. daa, }fonsenhor J osé Dua.rte Dia.a Eu hoje niio posso ir mas como é aqui Deu entiio a. batalba final. hd.s-de acompanhar -de And1·ade, Conego da Sé Catedral p~rt'm h~' é 8 6 a t r:!essar a r~toa., as m~ FoiMas a osta frasemequo, embora ...lançada 86s e es ao com mm ..Je Co1'mbra e 1·lustre aenador do mnn.s ,·ao proposi· d te ·1 ~ to. Arraujem-se depressinha sim ?... » j 1nospera amen , e o respond eu com na Centro Cat6lico na ultima. legisla-Sim Miiesinha. palavrns referidn.s em primeiro lugar, eetura a. quem a causa da IgreJ·a em 1 · - Tsso é que elas niio viio, diz o pai guindo-so-lhe aquele breve dialogo. t -> .Aquolo cmem pensar nissoh niio a desPortuga.l deve relevantas serviços. 10 erroi_npouuo a coovorsa. rt a 1 · I O pa1 c·ra um daquoles elementos averccPas~amos a correr pela Cova da lria. conce ou. ,,ua exce ancia teve. a conso açao melhados, um provincia.no educarlo cri&- Apenns tivomos tempo cluma pequena oraEnvolvendo ns suas expressoes na ma.ior <le celQbrar a santa. missa. no altar- tiimonto, praticante durante lnrgos anoe çio junto n capelinho. e cle recitar o uAn- ternura - corno quem s u plica -revestin-> • t t do-ns duro carinho s6 proprio dos mom6r da ca.pela nova. e finalmente o.rrastado pela Jouca correo- g el ub» no toque na 1;100 .a emqunn o os mentos solencs, Helona prep;unta: t rn bn li1a,1ore11 so d os bnrre t avam e rez avam a doentea depoi's de tra.nai'tate antireligiosa daquales anos. O~ · d - N tm ..-.tla. lembrança dos "'rimeiro, 't ..l 'f' _ Niio praticava. Tinha rn.iva a tudo O tnmb"..m. E~ra. um 11n o quad ro aqueJo. ,, ,, r~m pe 1o P oso ua.s .veri 1caçoes m~- quo clizin respeito 6. IgreJ·a 0 permitia a Estamos hn.bituaùns a <'Star a.li sempre dias da nossa vida de /amilia? ... dicaH, eram condu,ados ao reapecti- custo quo n familia oonsorvasse nm ?n.ini- no meio do muita confusiio de manoira - Oala-te que me apoquentas. Ousto.· te b I me negar-te alg'llma cofaa. Mas tu obrivo puvilhao, onde ingreasavam me- m.um de catolicismo naquolo revoltado que 1?08 ~ou b8 uneminmen E:m nque O gas-me. NtJ.o posso. diante a apresentaçiio do cartio de meio de Li sboa. bocad1nho no socogo daquele ca.1r da. noiidentidade pasRado pelos medicos Ir a_ urna dovoçiio ~i tarde parecia-lhej ten... . ..................................... . . p demasiado. Era fanat111mo. I Duma car:a descrevendo urna p11,ua,em E l IL · d e E1erv1ço nease osto. As tvuas filhas podiam Jji ir a umn dovopela Patlma e uns agrimn.s fug1ra.m dos olhos de Helenn e foram, a correr esconder-se-lhe . , P ouco antes d a uma h ora. e meia- çiio daquolns, acama.radandò com ail bean · . . , d .. l f . . 1m t fa si.. .. h~CI Mio minha qu.erida Be•» •abes o se10 onqua.nto, 1a e dentro, o f11h1to .. • · ... ~ a h · I h · d h o'ra o f icia - 01 proceas1ona. en e ,-., · • qui· 11élo urredito em nada disso . Que vou c orar imp orava a compan Hl. a mao. tra.niiportada para a ca.pela nova a. .., 0 1 por u~so ~ue no ouyir a er;posa a eu liJ /llzrr 1 • ~ecob(lu-o dos braçoR da crearla, que 86 veneranda imagem de Nossa Senho- recom?ndar as filbas q1;1e se proparassem .Yu,1t·1.1 oostei de ser hip6crita. t ret1~011 logo? o, apertanclo-o ao peito des.,., • ped1u a. ultima séta: ,t· -E . para 1r ao m& de Maria, desportou 05 , ra. d e F a lllla. m segu1tla o rev. sous hrios jacobioos naquele grito· - a 1iu entéto nclo me <=s esse prazer, Ja. nd dr. Luiz de Andro.de e Silva., de .. Isso é que elas niio viiol • - PQcde-me tudo ... me,noshissdo! . , . po-; a11w~udem:atef ami:u ... ne11i ao menos V'l N d'O · , _ . - tte pena ,u nao en o e 1r ,,o$!,, . ••• 1a ova urei:n,, aub1u a.o altar Isso o quo elll.$ vao, retorqu1u-lho a nlia l Soti talvez a unica senhora que ali .... o marido co_m ?S. olhos afogueados pe1 para. celebrar a missa dos doentes mulbor exaltada. aJJarei·e sem O maridn Porque nao a ira _quo o pr111c1p10 da frase lhe aoepdurante a. qual a numerosa aasisten~ -Ma.. ou nio. 1U1 doixo ir torna o mnri- ~ t•en.,?... · d?ra f1co1;1 vencido ao cru.v.a-los no can. 't . lt d do postn.nd0-1:1e Junto da porta. Qttt liorrorl Eu na Fatima!... d1do ~rr1so daquela boqmta. quo ora d~ eia. ,re.cl ouD em. '\'OZ . · le He f1cou-se d a b a o- terço o -Entiio ou nao 11eroi senhora de man E,u (/ ... _ .v em ptn.,ar 111~so. b ..calado. . R osano• epots a ençao com o dar es minha!! filhas aonde en sni quo eI ena a11ou-os. O mando consentiu Santissimo Sacramento, surge no convém quo elas vi.o,-Ja disse: niio viio ... ... ... .. . .............. ··· ...... em !r mns naquele mesm~ dia, • tarde, pulpito o rev. Augusto de Sousa -)!lntii~ eu a~«Jo a livra.-las de bniles, Este dialogo ptiRfinva-so outro dia u e snrn n tratar dos neg6c1os. Ynia secreta.rio de sua l . do rhvorsoes per1gosas o niio posso man- mesa, dopois do almoço, numa terra da ..................................... .. provincia entro dois jovens esposos: ela ' . . • e'.:l!:ce CDCla da-la.; n igrojn? ... Niio vil'.o? reverend1ss1ma o Senhor Bispo de -Niio. com todos 08 encantoR tluma alma piedoPelns li da. tarde li pnrtiram de autoLeiria, que pregou um aubstancioao -Po11; vou eu. ~ a renlçarem-lho o,i <lotcs da natureza; m6vel. Helenn reznra. toòo o dia e com quo Bermao a. proposito da. comemora-1 Filhas arranjem cli o jantar, éle ospirito materializndo, primeiro .no lio do' dia Vou ou a.o Mes do Maria Adeus. Se eu embato da~ paixòes. a quo cedo se entr e- Cé !. .. Quando se quer, até do meio do ç ·. c1t niio voltar nii.o me procuram. No&sa garo de todo depois do contacto dos ban- trabalho se etevo. a alma a Dous ... Reconduz1da a. branca estatua de Senhora niio me ha-do desampàrar. eos duma cs~ola pseudo-neutral e perverla. ola, o marido e o filhito, que eia N ossa Senhora do Ro~ario com O · Num instante foi ao quarto preparou-se I tedora, finalmente na embrulhnda trama qneria consagrar a Virp;om rla Fatima . .A vingem decorron bem, alegre. Iam mesmo cerimonial capela. das e sniu por o.queln. porta donde o mo.rido dos neg6cios da casa. a ari òes a. multidio estupefacto se retirara jti.. Emhnlnda pela.s doces promessas de conversando sobre a.s belezas da paisa.J? ç , . começ_ou s.\ In. nervosa, quasi a chorar. Entrou amor inviolavel, Helena deu finalmente a gom quo o mo.rido contemplava pela pridiaperaar-se, de1:x:ando, che1a de ua. igrejn. estevo até ao fim. Teve muita sua palavra em seguida ao coraçiio e via, meira vez. Mas la dentro havia outra Helena a sa1.1do&aa e indeleveis recordaçoes, diRtraçiio, mas orou também com muito corno por enc~nto, o sou f1;1turo. indissoaquele local bemdito, tantas veze~ n.rdor. luvelmente 11n1do pelo matnm6n10 ao fu- orar, n podir tanto quo as '\Tezes era preciso o mariòo repetir as suas pregunta.s santi ricado pela presenra. da mistiTerminn.da a funçiio resou aindn pelo tuDro daquela rapa~. és " · . marido O pelas filhnR. urante os ult1mos m os de solteira ou sustentar s6sinho a C'on,•er~a. com uma ca R osa de Jesus, a augusta Ra1Estava tiio lindo aquele altnr. A Vir- apresentou-110-lhe a monte um e.qcuro pon- série de C'Ortn.dns exclnmaçooe. Depois duma. bora e meia de caminho nha dos Anjod. gem cercnda de floFes o de luze.,. Tanta to de interrogM?iio. rosn I e tanta açuoena I Ern um encanto e<Que seria vwer com um rapaz &em o automnv<!I pnrou junto dumas barrnea11 de madoira n direitn o dum portnl em estar a.li. Ma.e o devor qne ali a. fo•,era ir /é?» · V iaconde de Monte lo Mas pouco a ponco o amor 10 cr~scon- construçii.o a. esquerrln.. cbamava.-a agora a casa. Voltou anoiosa Deste lado, e mais a distancia, nma ·- -- - --•••-,.•--- - ~- -sobre a rlisposiçiio em que encontraria 0 do cr~scendo emquanto o ponto de, 1ntermarido rogaçao so afastava cada vez mais acn- cnpelita baixa; om cima, quasi no nito Entrou com uma tranquilidade poetiça. ba ndo por dosa)?a;ecer, . . . do outeiro om fronte, umo. s6rie de ~nnO marido estav tad la Pensava quo 1r1a. sar fehz, mu1to ft>hz drs pilastras - nm alpendre - urna larga a een o numa sa , pa,. 1e casou avenidn. cm principio, dois p6çoe e cercanlido, desfigurado_. Que, seria? !)eu-lhe M Havi~ dois n.nos aponas quo se passava do isto tudo um grande muro. b6aa ta~des e !01 contmu!lr o Jant~r. esse inolvidavel dia O qun.ntas Jagrimae - "Q11e i i.,to? - » intorrogou ele, pasN~ rlrn seguin~ no me10 de lagru:nM o silenoiosns destiladas polo coraçiio niio lhe sando os olhos pelo conjunto. mar1d~ r~lveu tNIO confessar. _ tinham jlt sulcado as faces. -E' a Fatima, n.cndiu eia, ou a11tta a Era um domingo de ma.io daqueles ~avia vinte e quatro anos que o nao Dora.-lhe o Senhor num lindo menino o 'Cova da /ria onde aparecett Nossa Seanos de Iuta antireligiosa que vivem fa,;ia: . primeiro fruto do seu amor ... mae ju11- nhora. A Fatima i para ali, e indicavaainda na mem6ria de todos.. Fo1, confessou-se. Parec1a um sonho. tamente quanta dor a contrapesa.-lo ...Por- lhe o sudaste. Que paz I Qu! socego I que p 1... Aa Avenidas Novas regorgitavam de - E /a zu-me vir de Leiria aqui para gento. Mud?u de v1da por completo.. Vo1tou Niio era Helena feliz? ... Niio )ho era ver isto. Francamente ... a praticar francamente, la 1t mtBBD., CO- seu mnrido estremosa carinhosamente deNo Chio.do mal se podia romper. - Eu queria que tu 11ie8sea no dia. 13 ... ' Todo. a gente saira de casa a goaar um mungava nito perdi a sormio nem devo- dicado p... V§a aquele largo diante do alpendre 1 En.Ah I Eia niio o conheceu senito polo che,.$e todo de gente a rezar. Se tu. 11iapouoo daquele incomparavel clima do Lia- çiio nn. lgreja da. froguesia. boa. E a mulher dianto duma tal tTansfor- convfvio do lar no ohoqne violento oom aes ... - Eu. :vou rezar a Nossa Senhora ... Quere, 11ir comioo V... Realmente apeteoia. maçio progunta.va as rezes. a brutal realdade duma alma sem fé. - Vou. uer a imagem t defa:o-te ld a reTr~r1 pequonitas, alegree, cheias de ri,,Mas que faria eu a Deus para. voltar Foi s6 entii.o, quando a sua alma profundamante cristii 11e elevava até Deus ao zar. Reza., por mlm, ~mqu,anto eu. vw da, sa\titavam numa da i casas da renhe :1 ,."'l' noiva 80 a nos depois de cuad11 e,. _'oi o a nimo e a ousarlia f.ela l -- -" ctE'!!lpontar, do dia, a invoc:11-l"ù, c, 11. te!'· ..... ,. l" M,r,,,, de Fr11nço e de-fuian- .a em me:auioe e peregrinos, .que como ondas de wn mar imenao e encapela.do se precipitam em catadupaa giganteacas aobre os plainos a.ridos e escal va.dos da serra d 'Ayre. E e-$8QS alma.a, depois de a l guma.s horaa de dulciasimo prazer eapiritual, regressa.rio aos seua l a.ree robuatecida.s na sua Fé, confirma.das noa seus propositos de viver uma vide. mais cristi e com o pensamento mais fixo nos seua destinos de g l ori.a, imortais e eternos.

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carinhos a miie para. que eia as deix88Se ir pns90ar um poucochito. -Niio pode ser filhinhas, hoje niio. Vem ca. o tio jantar niio posso sair com vooes e s6s niio as deixo sair. Bem veem -Mas n6s vamos com muito tino e e voltamos quando a mae mandar. Deixa mite&inha? -Nilo filhas. Como po!l'>O ou deixa-las ir s6s? Ha tantoe perigos por af. Nem vooes saberu. Mas acreditem na. sua. mii.e quo ola bem s11.be o quo lbes diz. As meninas niio tornam a importunar a mii.esinha parn ir pa.ssear hoje. Outro dia vamoa todos o paisinbo e eu e ae meninaa sim? --Sim miiesinba, r011ponderam as pequenitas que a ouviram atentas e a. nm sinnl dola. voltarnm a brincar.

impor a-0 mo.rido no qne ela julgan o cumprimento dum dever. A atitnde dela dominon-o. A sua devoçiio a N0156a Senhor.a aubjugou-o. A graça divina vonoou-o. Naquele dia a Virgem 88. ma pagava generosamente a devoçao duma sua filha. Era mais urna graça do m6s de Malo,

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OS NOSSOS CONTOS

As avé Mar·as I ••'

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Uma graça do Mes de ~Maria

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Voz da Fatima E foram. Descobriu-se a modo, esproiton pelo vidro da porta e foi-se. Holona de joelhoe tendo ao colo adonnecido o t.e&oiro que, como boa miie e boa. crietit, aio queria: ntmtro a.conchogo além do berço começou a orar e a chorar. ETa ùi ponivel que a Viraem a ,t.ao O'U,,,i,sse. E foi pedindo longamente. Do cornçfu> subiam-lhe as preces corno o perfume -.uavé de inoeneo até junto de Deus emqunnto dos olhos lhe corriam um rio de 111.grimM qual o efluvio da graça eobre a a lma do marido. Chegara o termo-mal eia o adirinhava. O sol tingio. ainda de ouro e purpura as corutas dos pinheiros mae ia esconderae ern breve. A bueina tocou, Era preciso voltar. Lovantou-!l6 deixando ali proso o com.çio tendo imploYado sobre o filho e o marido as bençlios da Virgem. Junto doe Oper " r1°n° que nJém trabnlhaYam o marido conversava deaassooegado. N o. sua almo. ha.via. algumo. coisa. de ins6lito que o perturba.va. De repento, no ouvir do lado do alpendre um som argentino tr& vezes repetido, Heleno. pn.rou e e1recitou o Angelus ao toque da eineta. emquanto os traba-lhadores se desbn.rretavam e rezavam também. Era um l1°ndn" quadro o.quale. So.bia imensamonto bem o.quale bocadinho no socego do.quale cair da noite ... u • S6 Mario o marido de Helena f1cou embnraçado nos primoiros momentos. Depois dcscobriu-se. ... ... ... ... . . ... ... ... ... ... ... ... ...

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tornei a dita ague., cojoe r8610ltadoa foAlice Martina dos Rela Co.lçada de S. do Roaario da Fatima. 250t00 é oferArroios N. 0 37-2. 0 , Cumprindo um dover ta do Ex:.m0 l11Bpéctor deste ciroolo Q900ro.m magnifiooe. vonho podir a publica.çio da llel(Uinte lar do Angra. corno voto de uma promesHoje ja posso trabalhar. grnça que recebi de N088a Senhora em sn foita. ,numa. doonça em quo oe reourJoao Ramoe 23 de Janeiro d'eete ano. Estando on sos da medicina foram imJ)OIISi•eia. Eu muito mal, a deit:u sangue pela boca mesma o vi moribondo, e por mais de A. respeito deeta cura di/li uma e no ultimo periodo de gravidez, uma urna vez oorreu o boato quo éle tinha son. o eeguinte: ,•i1,inha minha trouNe-mo umn. pinp:uinha. morrido. Como tinho. alguma agoa da ctSegu.indo o conselho do Marwal. ~ de aguo. de N098a Seiihora do Fatima fonte milagrosa. da Fatima enviei-lhe Peregrino da Fatima de dar conhoot- quo eu tornei com muita fé, e logo ~ urna gotinha a.conselhando-o a. uma mento de qualquer cura obtida }!°r. in- mecei o. melhoral'- Tive o meu bom eu- grande confiança nassa B6a Mii.e, e até, tormedio de N086a , Senhora ~e. F at1ma, cesso muito bem no dia 16 de Feverei- Rev.m 0 Sr. levei a indiBCriçio de o felive.nbo informar de uma que v1 tr-se rea.-- ro. v enho, pois, por este meio agradooor citar pela sua cura antes a.té de èle t4\r lisando gradualmente, cura tanto do ii Santissima Virgem de Fatima como bebido a agua. ..Algumas amig~ poeto corpo corno da alma. Ch ama.-se o curado prometi. quo piedosas, rira.m-se da minba f6 dizenEnvio 5SOO para. o culto de Nossa do que o doente tinha apenas um &apro J oi\o Ramos 58 anos de edade nasoido eru Lisboa ~nde r eeide na rua Castello Senhora. de \•ida. Mas qual nii.o foi a minha eurBranco Saraivn, 70-rez do ohi?· prO(ln, Rev.m 0 Sr. quando om dia depoi, Conheci-o ha 4 anos aprox1 mada~_enLaura Roque Gamelro Alves de Mindo, do beher a. agua recebo aa linha.a sogu.inte entrevado. Tinha eetado no hosp1tal om carta de 19 de abril ultimo, diz: tos. O nouo Ez.mo lnspector utd curado: m:i.s recolheu a casa sem eeperança de «Peço a V. Ex.eia muito reepeìtoso.- pouco depoi11 de bebi!r a agua a,aentacura. A costo fazia wn movimento, nii.o mente o obeequio de fazer publicar na se 110 leito t bebia algum alimento. Hoje podendo levar a mao_a ~ta para f~t:81". «Voz da Fatima o ~inte: continoando uae suas funçòea vem agra.• l d a. cruz. N ao t I nh a. fé ; vivia Sofrendo horrorosamente durante mn.ie decer a N. 8. do Rosario da Fatima. a o s1gna na mo.is completa indiferença religiosa., do trintn. nnoa, de calculos biliares, sen- son cura e envia a qnantie. inoluaa.o niio tendo rooebido 08 sacramentos dee- do repetidas vozes aconselbadn. por vade O seu ca.so.mento, aproximadamente vios médic0!1 n que me sujoitasse a urna. 30 anos. Era opero.rio pedrofro. Em san- oporaçiio, resolvi recorrer a «Mater afflicde trabalhiwa muito, niio respeitando tornm1> oro.odo fervorosamente e aplicandomingo nom dia Santo. do a ligua da Fatima. Fui tio feliz que Manuel Narolzo diz o seguinte: Adoeceu em seguida a urna queda imodiata.mente me senti cu rada ;· ja la Tendo recebido uma grande graça, d' Ad'um andaìmo. E<1teve cbeio de revolta vio quinze m&ee e po<;.,, tifo boro ,t<:1 1'1111- qu(\(O. a quom a Igreja cbnma. com raziio ~ os o.l11nonb>~ Sal11s infirmorum, venho choio de ree. pela sua doença oom quo nao se co nfor- de que me 1:1irvo de t soro dai me vir o r,•.i1, incom ,t!('I l"n- nhocimento r ogar-lhe o fa,•or da publicama.va. d · Em julho de 1925 comoçou, a pedido ~endo publico oste facto cumpro a. pro- çilo o segu1nte: d' 1 to agua de mossa. quo previamente havia feito >,. Eu, Manuel Nnrci~o, casatlo, de 45 anoe a gumas pessoas, a mar cle idnde e morndor na Quinta. do Galo 0 nd !~~:n~:nhorn, que fez s6 por co e&«Gertrudes da Concelçlo Martlns, doe proximidade~ de Snntarem, declaro sob Em ma~ço de 1926 começou nova.mente Cn~nes do Vale Bemfeito- ~moreira <ie minbo. honrn que sofri borrivelmonte mais a tomar ngun e logo a primoira colhor Ob1do~. que tendo-lhe aparoc1do no hib.o de um nno fortissimns doroa no estom~ O crcpuooulo envolvia ja agnele todo sentiu qua com=ava a poder mexer-ee s up.,nor i ... go, que u,.., poqueno caroço, com 08 me&. b lhme obrignrnm . a abandonar todo . vv • • mos sintomal:j d'um outro ~uo lho tmhn o tra a o por mais insignificante que numo. i;no.vo penombra quo tornava , aii:ra- . 1 daveis aquoln1, podras duras socns e fems. !n cnma. Dias ~epodts pe1iu O fato v~ roito sofrer urna dolorosa opornçào recor- foM,e. . O silendo ora apenns cortado pelo to- t.iu-se 8 consogurn ar 8 gull'8 po.ssosr<iu 80 auxilio e proteçiio do N. Snr.a de Consultai vario· medicos, antre eles oa 011 8 st que compassndo da sineta e pelo mur- 1> ~ pouco, enco a.do a urna benga-- J:t'iitima fo.zondo-lho algumas novenas Sr~. drs. Godinho, Costa .Alemiio e Peroimurio das precos daqueles opernrios quo, In zfo1-seed~d·exendo ~ada vlehz medlhor. tondo C: caroço desaparecido por completo: ra D1 anco, todos de Santnrc,m 08 quai3 recolh .d ' " m . I a que JO. me oran onh o eeu . reconhecimcnto · nn ex1·ate nc1a · d e ama 1 os e ,-'1e maos ergu1"d ns, se elevn{ Agradece com O mnior a cram "oncordcs ,., vam ato Deus. reconhec1monto por Nossa _8 e ora a N.• Snr.a de ~'atima.» chnga no estomal{o. Aquela piedade tao semelbante a do sua aumentando, e começou entno 8 prepa.-A minha nlimontaçiio ern uni<'amente mulher comoveu-o. rar-se paro. poder re<:eber os ~acramonJol o da Sllva Ferraz, da froguesia do leite. • 11-Yii.o era po~sivel qu,. 11,1is e outra fo~- tos aprendondo catec1smo e dtspondo-ee or 1 (V"I N l'O ) · f .\ s dores ernm <'0nstantes e horriveis; 1 sem im11ostore.,'. Havia dc ser linda aqut- do melhor modo. Foi visita.do. entiio p&iva ova e urem in orma: l<'oi 11m ,·eròndeiro martirio I a l.a religitfo que t 1,i pequenito tua méie lhe lo R ev. Prior da sua frogue~1a(Sta EnRogo a V. R e,·.ma. o fa.,·or de fazer n C-0nfesso quo niio tinha. grande crentnsin.ara a vraticar mas que esquecera gracia); quo niio o tendo visto na ~a 1n1hlicaçào, se n!ISim o entendor, de uma ~·a religiosa: mas por tanto !lofrer e por de todo. ' quasi completa imobilida.do o acbou a10- 1graça que recolli de N.a S... do Rosario ouvir narrar tantos prodil{ios de curas E havia de .,e1· i,e,-dadei?-a. _PorquéY I... da muito tolhido. Foi ~radualm~nte T_inhn eu uma !ilha a senir lui mais _de ntrib~idns a _No~so. ~enbora de Fatima Nem èle o .,abia mas era: tinha a con- melhorando, o ngora a.oda Ja sem aJuda , 111te anos o ,·e10-rue ter a. cnsa. mmto loml'I resolut;>ao dE> ir com m1nba mutJicçào firme di.Mo..... de bengala, e com a maior ligeireza. doente com uma. constip1\çao dirondo-me lhor ao lugnr bondito das apariçòea e pePas.'lados nquèles momentos, Mario corre Rocebeu os i;acramentos na sua fregue- que ja tiuba. ido aos medicos do Tomnr, dir n graça da roinha cura. para Helena debulbado om lagrimas e boi- zia <'-Om à mnior dovoçao e comove-se Torres No,·&l:i o dP V.• N.a d'Ourem e toFiz sciente do. minha intençiio uma fa,.. ja--a a soluçar. sempre que fa.In do Nossa Senhora.. Con- , doe tinham dito quo naturalmente niio mili a nmiga, moradora no lo,zar da Lau. Reencnmiuharam-se amhos para a cape- fess.a-se e comunga ngoro. com a.lguma tinha cura. Eo ao ouvir estns calamida- 1 rieirn, do concc.>lhn clo Alcancna e pediahnha e oro.ram silenciosamonte. frequoncia: dee e a.pesar das minhas poucas posse& lho para mo n.cnmpanhar inclo c,u daqui As lagrimas de Mario confundiam-se na Deseja.ndo tornar conhecidn. a sua. remeti-a para Lisboa.. La, um médico co- rom dois diae do antecedoncia para casa pedra com as da esposa., - sinal da unilto cura reoolveu {r a Vo~ do Operario de nbecido nao a deixou entrar no hospital; f desta familia 11mign nfim do na tarde fn~itna do ~uns ~lmas cujO-i corpos viviam quo 'ele era socio fundador, apresentn;r indo par~ 11111!1 casa particult~r aonde_ o di! 12 de maio ~~ a.no pa~~arlo sei:,urmoa un1dos hav1a dors anos. , declllraç~ de que a sua cura ora devi- di Lo méd1co a 10. ver todos os d1as. No f1m toclo,; para a Fat1111a corno de fact-0 aconDepois erguera1D-sc, noit.e. oerrada, o, a da a agun de No$Sa Senhorn. Tendo-lho dc quin.ze dias diSS&-lhe: Olhe, manina., tooeu. l'!_z daa ostrolas, volta.ram até ao lar. loles rc.>('us11do o pnblicaçiio convocou urna morrer por morrer, mais vale ir morrer a A viagem foi horrivel I Aa· doree quo Ot- operarios o.dmirados foram conver- assemhlein. do 11ocios que votaram pel~ 8 1111 terra. vii.to q_ue ni.o tem oura. Um dia. 1scntia oram tiio violontae que me dava a san~o sobre o assunto e a ca usa daquolas publioaç.iio mas nao con&eguin nada. Fo1 rhcgou-mo um homem com eia num carro sonsnçiio de braRas vivu que comu~ lagrimns. . . . e ntiio ao Seculo onde lba aceitaraJD cor- :t minh::i portu.. Fiquei tiio ti-iRW q_ue fui sem o men rlebil organismo. . E os do1s, 11n1clos por mais _es~ amor tando algumas pnlavras. Jontnmente_ a ii Co\·a da Jria pedir a N.• S.• que ~e Lombro-me aU que, um pouco nc1ma do agradeeendo _a o Senho~ s r ~ah~o dns mn.nrlo aqni. O 1,011 empenho ".m qu_e v1es- the ,.dSSe saudo, irin la com eia cumfr1r logar chamado Val Alto parou o carro auas~ verdad~iras ~upcli'ts ~h sob a pro- 11e preferivelmente n'Oll!!GS JornMs era um:i promossa, que ja et1t6 cumpr1dn. para qee a.a p0&8ol\8 qoe fo11ia!Jl a cnridatec\:ao da Virgom iam meditando ~o. du_l- 1para quo mais gente lèsse. ma bojo ja est6. no est1·angoh-o com sou cle rlo mc n.c·ompanhnr c·omc,,som nlHoje o9ta cste bornem um verdadeiro miirido. Chama.-se Purifica~·iio de Josus.» j gumo. ooiaa do farne] que levavnm. ci~~mo. n.cçilo cl_a graça e dn Prov1dènc 1a o mesmo l\tribue a N .a Sonhora e vom Para mim tinham levado 11ma garrafa Dn'ln_a quo nss1m oporara - uma conv(lr- 1apostolo, fiw.ondo tudo o que pode paaio durante o toque e n re:i;a cle ra te,·nr alm_as para Deusi, r eNercendo I ngi·o.deccr o. c:ura de _um ROfrimento quo com leite. . . Enquanto os meua ,companhe1roa 110 a.111 a mnior c-anda<Je para com O!! desgraça.- tinha ho. an011 pro,ement.e do urna panccAs Ave Marlasn. doR. rndn. montnvam, contorcia-me eu e.m violenta.a Uma das coillàs para que mais trab:i.Jba clorea, deitado no solo. J. de A . é pnra fnz<>r cnmprir o precoito dos doMaria A. Vaz Telxelra do Entre-osSuspirava polo mo:nento do clw~ar ao mingos, recomendando o.os oporarios que ltios, agradeco a. Nossa ~enhora. da_ Fa- lugnr bendito, pois tinha. entiio uma fé tima n cura do um seu filho que ostn·era viva., de quo Nossa Senhora teria compainiio trnbalhem n~sse din. Entrou pn.ra a Conp;regnçiio do Ima- doent.e doa int-0i;tinos. Pe_do a. publicaçii.o xiio de mim t culado Cornçiio de Maria, (ptira a con- dc'ita carta, ~ em curnpnmonto de uma. Por fim la chegnmos e porante o Ol>versao doe pocadores), de que é director promes.o.a env10. 50.000 para. as obras de pl"('taculo ~randioso que obsef\·ei, a minha fé ficou ma.ili viva. O Snr. Padro Cruz; confessando-se e f Nos~a Senhora da Fatima. comungnndo n'esse dia e tondo n'éssa . . Supliquei a No~sa Sonhora, bebi d~ Qulterla da Sllva, . do Lei_rin, qu€' padc- ugua da. fo~te miraoulosa e, até hoJe oco.siao o Snr. Padre Cru1, feito umo. alueii.o a. sua cura milagrosa no seu eia de urna intorcohte ho.via cerca ~e 12 nunca mo.i& 11011ti o menor incomodo, a Joio Ramos, morador na rua Ca.st&s.ormii.o. nnos fez uma novona de comuuhoes o menor dor I Como de tudo, tr1Lbnlho no lo Bru neo Sara 1va, 70 r I o d .to Lisboa, ,T untamente remeto o atestado medico Uosiirios, ~~o.udo tambem um f&lice do governo da minha casa e vivo oom al&consogui11 coro muita dificuldade publi- PO.S'larlo com O fim do podor receber um R~ua da Fatima, comcçnudo entao a sen- gria. car no Seculo o. sua oura, o que foi foi- subsidio quanòo estava impORSibilftado. tir-se melhor, restabelecondo-se completo.Pabsou-se eate facto em 13 de ma.io de to nos t,1 rm0t,, seguintee : Tenciona o miraculado ir no proximo mente dnrnn-to um ano. l926. E nao foi i11to um milagro hem ovi1~ de Abril a Fatima. agradecor a sua Declarac;:Ao José da Sllva, das l<'igueirM, frégucdenteP c11rn.,11 f b 011 (F..J'ectivamente la o vimos ra.diantf'• e sin. dos Milagr , quo estnuclo com a e r e Devo tambem dÌJICr que um cavalheiro 5107 F,i;tive 5 -.n06 entrovado, . aendo ouvimos da sua boca O relato da sna tifoide tendo rocebido os ultimos Sacra- meu amigo, por ter por muito tempo ol:r 8 S de camn, 118m poder fazer o ma1e love l doença e cura) . montos no dUJ. de S. José (1926! chegan- sorvado meue sofrimentos, &e convermovimento, corrsultei 16 doa melhoree clo-se-lhe a r asar o oficio dn agonia, dt,en- ~ou pois 08 niio poucas vezee zombavn. quaneepecialistas, smn gue algum delea conOertifiNI que o Ci4ad4o Joao Ramo,, clo todos om caea, de joelhoi;, resa o o do ouvia fala.r dos miraculados. aeguisse melhorar os meUB padecimentoa. aorio n .• ,,976 do l.• grau da Auocia-- torço a Noosa Senhoro. e fazendo-lhe a Hoje diz que é um crente por n~ a Entrai para. o hospital, onde eetive çlfo d'lnhabilidade 11gen.eral S()'ll,3a Brano- promoasa. d~ iromlla Fatima, nasse meemo trn.n!<formaçao quo se operou no. minlia ~" dias e nada C'onseguiram ta.mbem pa.- d4ou, qui' por mim t em sul-O tra~d o, 10- dia se sent1u me 1or. s"-udft•,. tv ,. = ra a minha cura. fr e dvma ludo medu1ar de origtm upeD. Clotilde de Jesua Baroelo1. profea.P edi alta e voltai para minha caaa dia- lita que ndo ad O impedll de /aur qual-(Ilha Terceirn.) e&posto a oontinunr a sofror. quer trabalho com.-0 aU o impouibilito sora om Altare11 crove ero 10 èlo a.bril ultimo: Um dia fui visita.do por umae eenho- de sahir de sua ca&a. ne de caridado que me oonveneeram a Manuel Barro, de Carv11lh0, do Santa ulnclui;o rnmeto a V. Re•.• 300,00 intornar Agn:i, da. @enborA dt> l'Athru~. ~ Li,boa fI de Julho de 19t.; (a) .Toa'anos a f:m de ser· • entregoea a N. Marta de Portuwlo, vendo a morrer um owei. !!11; c,:,111 dc~eJo~ de ree po~ ~.nn, quim :4nf. de Sou~a e Sitoo. "

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Voz da Fatima

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D. Gorvasia da Andro.de Costa (20f00), Na quatesma o Senhor do campo man- pouco nem muito, corno dizes para o ~ D. Maria de Castro C1·espo Franco dou os &eus operarios à colheita, e que dicares a. pratica da Religiao. (20$00), D, Maria. do Rosario Costa, belos peixes nao oo reèolheram no celeiPois vives mal, meu amigo, muita Ana Emilia J eronima, director da Ca- ro do Divino Pail Mas tambem quanta.a mal. Seras grande fabricante, grande n&sa de Sa.ude do 'l'elhal, dirQCtor p.a casa ospigas nào ficaram ainda no campo, gociante, grande sabio, literato, muito do Saude de Trapiche, D. Ana Augusta enredp.das no joio ou t\Camadaa com a activo e trabalhador mas és... mau cri&tiio. d'Oliveirn, P.e Henriq'ue Garcia d' Oli- terra I Por la f-.icam para serem comidas pelas veira .Ab1·anches, D. Maria da ConceiQuasi nem seq1,1er homem é&. Como que çp.o Gamboa, D. Palmirft q(l.8 Dores aves, para apodrecerem com o restolho te vis degradando ' condiçao-miseravel de irracional. Um a_nimal de carga e naAfortso Peretra, D. Adelaide do.s Dorea ou até para arderem no fogo. Maa lii vira em ma.io a respigadeira .d a mais. -Mas, afinal, nao teras tu reaJ. Domlnsos Mal'tlns Pimento, de Santa Ganadas-, D. Alda Rita Rodriguee de mente tempo? Marta, sofrendo de l1emorragia hemorroi- Oliveira, D. Helòna Ferreira, P.e Joeé celeste. E assim é. Quanta& conversoee nio Bem te entendo. Querea , deeculpar dal que havia sete semanas era continua e Augusto Rosario Dias (20$00), D. Vircom esta frase lamurienta o teu compleo debilitou de tal maneira que ja se nao ginia Lopes~ D. Luisa Teixeira Borges, teem vindo alegrar o mes 'd e ma.io ! Alnias ensurdecidas as trombet&.$ evan- to esquecimento das praticas da Religiào Ribeiro Baptista, Manuel podia leva.ntar do leito, tendo-se porisso Armando Ferreira gelica& que resoaram na guaresma sen- a tua ausencia da igreja, a fa.lta de cumsacramenta.do e prepara.do para a morte, Gaspar Forhande&, Manuel começou a sentir-se melhor, sendo suspen- do Lima, D . Maria Rufino Basto, D, tem-se agtra impelidas pela Mae do céu. primento de ouvir Missa de confessar e Dopois da Santa Missa em que Jeans comungar, emfim, a tua vida completase a hemorra,.·ìa, logo depois de ter bebido Rosaria de Sousa Fontea D. Benevenuagua de Fatima que lhe fòra oferecida ta de Froitas Carvalho, I). Alice Pinto se oferecé e se iinola a seu Eterno Po.i mente descuidada, perdida para a tua por um amigo que 011tiio o tinha visita- P erdigiio, D. Laura Assia de Quadros, por n6s, depois da Santa Comunhiio, alma, praticamente ath&!.1 exactamente do o aconselha!lo quo tivesse muita con- Antonio Varala Gomes, D . Maria Ba.s- quo é afinal a formi\ màis sublime de corno a d'aqueles que dizem claro e l'&flança na Santissima Virgem do Rosario. to de Vasconcelos, D. Marga.rida Carte- oraçiio e de uniào com Deus, ni.o pode- dondamente niio acreditar pouoo nem las Vieira Braga, Antonio Justino Mar- mos dep6r- no regaço ma.ternai de Nossa muito em Deus nem na outra vide.. E niio ob&tante (como siio a.e coisti.sl) Jolo Candido de Carvalho e sua mu- tina, D. Matilde Barreto, Francisco Senhora melhoros flores que a recitaçiio lher, da· Meadela, corneçnram urna no- Sampaio Barbos-a, D. Maria d '.Anuncio.- devota do Terço melhor ainda se fosse o nao é& atheu, nem materialista, nem q,uereris talvez deixar de passar por bom vena a Nossa Senhora do Rosario pela çiio do Vale Santos, D. Maxima Roaa- Rosario completo. Convcncer-no~hemos disso se nos lem- cristào e zangar-te-ias contra quem te saude de um filho menor que tres médi- do, D. EmHia .Augusta de Camoès Coscos haviam declarado sofrer de um ataquo ta, Antonio Barbosa, J oao Caldeire. brar-mos que N. Senhora aparecendo de- negasse a qualidade de bom catolico. A.fide meningite e nunca mais podaria ver Marques, D. Maria Jacinta Candeias, zoito vezes em Lourdes tra.zia os;tensiva- no.I siio, em geral as pessoas mais oounem andar. No ultimo dia da novena a D. Ml).ria do Carmo Pedrooo d'Almeida, mente o Terço e nlio ae retirava sem padas as mais dis,postaa sempre para tocreança oomeçou a abrìr os olbos e a mo- D. Marga.rida Pereira Liz, D. Maria que a vidente Bernardetta, que tambem da a boa obra, assiro corno os ociosòs eo&ver-se e hoje osta de perfeita saude. eia Conceiçiio : , agateiro (13$00), D. se fa.zia acompanhar d'ele, o recitasse tumam ser os mais preguiçosoe. 0 s mais ricos de tempo siio os que mais Maria da Pie 'o Alves Pereira, José primeiro. O mesmo aconteceu seis vezes em Fa- escassos dele se mostram, quando se traD. Trlndade Leltlio, rua da Bandeira, Vaz de Barro,., 1). Magda.lena Carriço, agradece o feliz regresso de familia ha D. Deolinda da Purificaçiio Costa, D. tima, querendo N. Senhora ser invocada ta de oferece-lo a Dens. 0s pobresinhos e necessitados costumuito ausente e as rapidas UI\Glhoras duro Maria José Porta.I, D. Maria Laura sob o titulo de N. Senhora do Rosario. netinho que sofria da vista. Mateus, D. Maria de Jesu-e Vilhena de Quando o Anjo S. Gabriel foi enviado mam -ser nisto menos avarentos. Assombra a classe de gente qne acode Carvalho, Cu.;todio da Cunha Leite da por Deus à Santisaima Virgem para lhe Maria d'Assunolo, rua Generai Luiz do C'o~ta (15$00), D. Amelia Velindrinha anunciar o misterio da Encarnaçao do todos os dias à Missa de manhit cedo. Rego, sofrendo de urna anemia muito (20$00), D. Maria da.a Dol'es Matos Filho de Deus no seu casto seio, sau- Quasi toda pertence à categoria de jorgrave que lhe causava dores no i,eito e Boavida (40$00), D. Maria Amalia Go- dou-a nos seguintes termos: .41'~ Marid, naleiro, crea.da, que descontam èo sono nas costa.a e tornando durante bastante dinho-Napoles, D- Aurora da Rocha cheia de oraça, o Senhor é comvo.Yco, e d.:i descanço aqueles trinta minutoe tempo varios medicamontos sem nenhum Santos Teixoira, D. Rachol Teixeira bcmdita sois 1'6s entre as mulheres. Es- que oferecem generosamente a Deu-e, ~ resulta.do, recorrou depois com muita fé Lopes Barbosa, José P ereira Ma.oso, tas pnlavras, as mai'1! ditosas quo jamaie mo às furtadela.s, fazendo penosissimo a Nossa Sonhora da Fatima e bebeu al- D. Leopoldina Pacheco, D. Palmira foi dado a creatura algnma ouvir, teem- sacrificio, dao do seu capitai de tempo gum9-s gotas de agua milagrosa, conse- Garcia, D. Maria M, dos Remedios, nos repetido de seculo em seculo ( e so- aquela meia hora à Religiao, que os d&guindo ontiio ficar completamente cura- D. Laura. Pinheiro, D. Maria da Graça bretudo no nosso tempo) os labios dos socupados lhe recnsam a dar. da. Carvalho, D. Margarida M. Correia, D. cristiios que repetiriio pelos seculos futu- Esta foi agradecer a Nossa Senhora Maria Amelia C. d'Almeida, D. Aura da ros esta vehemente e terna saudaçao à em J.3 de sotombro ultimo e todos os ou- Pied11de Antunes, D. Zulmira da Mate. Miie de Densi. E cada vez que urna boca tros preparam-se tambem para irem a Galhardo (de jornars, 20$00), D. Ju- humana 1he repete estas palavras que (1 Fatima em peregrinaçiio. lieta Martina (20$00), D. Carolina Ro- foram o sinal da sua maternidade, comons s,uas entranhas com a lemsa, D. Ermelinda da Silva Pereira, Ma- vem-se brança d'um momento corno nunoa houVende-se na redacçao da Vot!i da Ftinne! Antonio, D. Maria da Silva Rosa, ve egual no céu e na terra, o a eternidatimo-Seminario de Leiria. José Ferreirn Limn, D. Isa11ra Pinto Preço-3$50, f6ra o porte do correio. Sampaio cle Almeida, Eduardo de Oliveirn do inteìra a nche-se da felicidnde que Eia DA FAT~MA senNte. d" ·t· _ d T Dosconto aos revendedores. Preço exce(20$00) e José J. dos Rem1>dio8. . . em se 1ga que a rec1 açaQ o erço, Despezas -Observa.cào: Nll.o extra.nhem oa -aubecri- com a repetiçi.o das meamas palavras pcio~a~fssimo a qucm pagar do pronto 64.27 7 $33 torea a. demora. na publica.cilo da.e qua.ntiae é monotona e enfadonha. Transporto . . . . . . . . . . .. 1o mrn1mo de cem exemplare&. Cada Avé Maria é nma vibrante sauenvia.dae de ta.o boa. vanta.de e tllo generosaPapel, composiçii.o, impressa.o mente envia.da.a. Parece-noa que intrepreta- daçiio de amor e o amor tem s6 uma pae expediçao do 11. 0 55 (35.000 2.083$40 moa a vontade de ~- Senhora nll.o enchendo lavra. Dizel-a sempre nao é repetil-a. exemplares) ... .. . . . . ... . .. o jornll,l 86 de nomea. I o Rosario, alem disso é nm resuSelos, cintas, gravuras, emba1111 111 lagens etc . . . . . . . ., . . . . . . . .. 507$53 - -- -- - - - - - -- - -- mo do Evangelho. 'Emq1.1anto o recita:ffi, E' corno 80 diS80S30S que todas a.e palaaa peS$0aS quo sabem vlio meditando na Outras despezas . . . . .. 215 $ 00 vide. do Salvsid or e desde a sua Incar- vras siio boas, a verdade e o erro; ou naçi'io até ao seu tritmfo e coroaçiio no que todas as acçoes slio boas, as morais Soma ... 67.083$26 céu. e as imorais. A dovòçiio ao Terço é nm sinnl de preNao ha. sena.o urna relìgiiio b6a: a Subscrioao verdadeira. Transporte . . . . . . . . . . . . .. . 4.872$50 destinaçiio. Oue todas as fnmilias em conrnm 0 A verdade é 11,ma s6, o erro é mult~ (Julho de 1926) Urna an6nima da Ilha da 100$00 que todas, as almne tributom diariamente plo. A mentira, por mais que so onfeite Madeira a. N. Senhora este preito de devoçito e em verdadès é sempre mentira. Enviaram dez escudos: D. Amelia do Céu de Pina Amara!, D. Eduarda .Al......... Soma 4.972$50 Amor. ; Posso imaginar mil coisas po8BiVllia, di:r.er quo neste momento estas trabalhanbuquerque Pina, D. Sofia Rega!ao (15.00), do subindo ou descendo, dormindo eto., D. Joiio dp Vale e Sousll. Menezes, Anetc-, mas urna so coiea é verdadeira e tonio Luiz da Conceiçiio, José Augusto vem a ser: que estas lendo estas linhae... Pires doe Santos, Dr. ·José Alvaro de Mee ostas em... Nao sei onde estas, mas denezes, Firmino .Abrantes, José de Figueicerto unica e exolusivamente no logl'r redo, D. Maria Fernanda Santos (50$00) (No mes de Maria) Niio .. tens tempo? Pois has de procu- onde estas. D. Marfa Lucilio. de Sousa de Menezes, Como se tem ido desenvolvendo o afe. rai-o, meu amigo custe o qne custar, porS6 é bom o que é verdadeiro. D. Herminia de Jesus, Manuel Du1irte D eus falou e mandou aos bomens uma Artigoso, Joio Ferreira Pinto, D. Efige- cto filial da Igreja para com Maria San- que, se qn.eres a lcançar de Deus a i.alvaçiio da tua alma, com teu trabalho a has Religiao por seu filho.-J esus 01-isto; eenia Antun08 Canarie., D. Domioiliv, da tfasima I Cada dia, tres saudaçoes (de manha, ào ganhar, se Filho instituiu umo. Igreja para onsiSilva Pereira, D. Carlota Cardoso de Deeengana-te : ni.o se d\l. debalde o nar essa religiiio e conserva-la pura de Almeida, Rioardo Cardoso de Almeida no moio dia e a noite) o ~ino nos lembra céu. Nenhum Santo entrou noie por ou- todo o erro.-Essa lgreja o.firma que , (20$00) Delfim Brandii.o U,uela, P.e José osta devoçao tao grata: Cada semana, um dia (o sabado); ca.- tra porta que a· de bem trabalhar para a ·unica depositaria desso. verdade, proRedriguea Gil, D. Irene Cnnha e Costa, is,so. Aos proprios Anjos, para os oonfir- va-o pela& proprias palavras de J esus D. Beatriz Nunes da Silva Moreira, D. da mes, umo. festa. mar na. graç& e bemaventurança, exigiu Cristo, demonstra-o, ni!.o fal\,ando nunca Sofia daa Dores Garcia, D. Olivia Ig_nes Que mais faltava ?Cnda ano, um. mes... E ca para a Eu- o Creador merecimentos da sua parte. Oa nn defesa dela, nél.o tolerando nunca o da Cunha, D. Ricardir · de Jesua Ramos, Alberto de Olin 1 • • Raul Bingre, ropa acortou de ser, ou antes eeoolheu-se, santos Evangelhos fa lam sempre muito mais pequeno erro, nem de fé, nem de mornl,e sondo a unica cuja errioem reFrancisco de Ba.bo Mw tlbiies, D. Ana o mos mais formoso, o mes das flores ... cl aro ·sobre este particular. Ali somos· comparados a jornaleir os a ·m.onta a Jesus Cristo. - A religiiio boa. Garcia Pulido de .Almeirla, D. GuilherSe Maria é a flor de Israel, o lirio dos mina Santos de Carvalho, D. Maria Ro- vales, a Rosa Mist~ca I Além d'isso o quem o amo divino che.ma ao anoitecor salina Roche., D. Maria Alexandrina Fra- objecto d'esse culto é tecer-lhe grinaldas para pagar o salario ajustado- Como pois, te atreveras a esperar de Deue sagoso Tavares, Joao de Oliveira Melo, J?a- de virtudes I quim .Augusto Poreira Borges, _D. LucmDevoçlio Santfssima visto quo é diri- lario algum se passaste inutilmente as da Simoes Martinho, D. Zulm1ra Ramos gicla a honrar a Miie de Deus, e a hon- horas que te concedeu para merecel-o (20$-00), D. Alexandrina _Martina A)eixo, ral-a solidamente com a imitaçao das com ton tra.balbo? Este jornalzinho, que vae Qual é este traba.lho unico qoe mereD. Maria d.os Santos .Anao, D. Maria da suas virtudes I rora o salario do r eino celestial seno.o o sendo tAo querido e procuSilva Fernandes, D. Augusta do Jesus 1 Devoçiio utilissima porque o gosto que Maravalhas, Victoriano da Silva (20$00), com eia damo& a Deus redunda em nos110 da. vida ooriamente ooupada em obras de rado, é distribuido gratuitasantificaçao e na pratica dos actos quo a D. Rosa Ame1ia da Silva, D. Maria das proveito espiritual. mente em Fatima nos dias As lazes quo acendemoa no altar de Roligiifo presrreve? Dore.. Sobreiro Jordao, D. Mari~ EmiSn1>0nhamos, pois, que tii.o ocupado e 13 de cada mes. lia Escolastica Lapo., D. Isa.bel Leite Maria se nos converterao em luzes de Quem quiser ter direito de atnrefndo te trazem o negocio, a tua car(5$00) D. Maria Elisa Fernandes de inspiraçoes, e em luz de gloria. As flores do altar se abririio ero flores r{'il'a ou o teu oficio que nem une minu- o receber directamente pelo Souaa 'cabra.I (5$00), D. Sibila de Jesus P. Fernandes, D. Julia da Mata do virtude, fructos de boas obras e cor6a tos no dia te conredem para d'eles pa.- correio, tera de enviar, adip;ares o devido tril)uto a Deus e olhar Mareira, D- Natali a Toscano de Sobral de bportalidadeantadamente, o minimo de Utili$Shna 1,>rincipalmente para O& pe- p!'los interesses, da tua alma. 8uponht\-Osorio! D. 1eresa Cardoao Rios, _D. dez mii réis. TT">0 qn", devfra'! ni.io tons tempo, nero ca.dores. Celèste Chaves. P.e Jos-é M- Ferrerra

neto, de trés anos, que ja. ba.via qua.tro dias estavn imovel e sem tornar alimento algum, dirigiu, antes de pa1·ti r para a feira semanal que sa rea.lisa na cidade, fervorosas suplicas a NOBBa. Senhorn do Rosario da Fatima e ao regressar, teve a gronde dita de encontrar a crio.nça corno que ressuscitada, cheia de vidn e ja livre de pcrigo, 11(,U

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Manual do Peregr·ino da p1.fima

voz

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Todas as rellgloes sao boasm7

AbrigO dos doentes Peregrinos da Fatima

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FLORES

ora aòons... nao tonno tomvo

VOZ DA FATIMA


L e i.ria, 1 3 d e

.A.rio -V

Ju.riho

d e

192'7

[COM. A.PROVA<;lAC> E CLE E;lASTIOA.]

Dr . Manuel Ma r ques d os Santos

Director, Proprietario e Editor: -

Administrador: -

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Composto e impresso na Unliio Grafica, RII ~, Su la Marta, 150-152 - Llsboa.

CRONICA, da FATIMA

Padre Ma 11uel Per eira da S ilva

Redacçfio e Admlnistraçlio: Seml nàrl o d e Lelrla .

I t<'ntro

(13 DE MAIO)

FATIMA, POLO MAGNETICO DAS ALMAS

cln Corn <In l rin est» choio ,1<' fieis. A'i- , inte e dm11; horas c·omeça n or1-(nnisnr-so n pr0<·issiio dns ,olns. O ni;pe('to do lo<·nl trnnsformn-so C'Omo que por encn nto, morcè dos milhnres dc lu z<>s occsus dt' repente pelos port•grinos quo 8<' pr<'pnram pnrn lomnr parfo 110 imponente o fet•r ico c·ort('jo cm honrn <ln Virgem. Dir-se-in um imenc;o ln~o de fogo, cheio de ondas encnpelnclns qno n1i formundo um rio do luz, mnnso o trnnquilo, que, partindo ria ('upelinhn dai. npnriçoos, serpentoin. •·m torno dos Mlllctun rios, sobe 11 cstrndn e, pn1,snndo i,oh o ureo de t.riunfo, dE's<:e pcln A1•enì<l11 (.'011lr11l pnrn se Il' conc11ntn1r j1111to ,.111 rs,

n<'entoR <'Conm nos mont•·s nzinhos, rspcn ·utind<>-so de quebru<ln <'m quebracla nté :,,e pcrdorem no lon~<•. Rxtinctos os ultimo~ ccos do ( '1·cdo, pnrte da multi.tlào di~persn-se nn. nwlhor ordem, iodo forrnur os scus n.cnmpnmNitos pnrn a v1gili11 nocturna.. Pequonas, ma.., inumems follueiras de rnlas, iluminam o recinto e nquecem o chùo, qùe aintla .se conserva.va humido dadrlo :if! forte·!. l.tnt<'gni-. de :~gna que ti11hnm caìdo durante o tlil\, E pela noite adeante nem uma nota profonu n~quola ambiente dc> iuton1<a pie. eludo, 011vrndo,t10 npl1ouw o lirando oiciar dn~ 111·ooes do!! r1eregri1101, que 1<•lam junto òoo c<>mpnJÙte1-roe profund1U11ente ~r-

A grande romagem de~Maio O trono das graças de Maria. - O primeiro decenio ap6s as apariçoes. - Fatima, estancia de mistérios -e de prodigios. Mais uma veJS no planalto aagrado de Fatima, se desenrolou um dos espectat'u108 mais grandioeos ., mais beloa que a olhoa humanos é dado contemplar BObre a terra. Durante tres diaa e trea noitea coni;ecutivas as muJt,ido<'s nconernm de iodos os pontos c]i;, Portugnl, em devotn roma.gem, ao sanctuario das ap&riçoos, 1mpuleionadas por urna fé viva e por uma piedade ardente e ncriaolada. Ali, erguida na sua imagem veneranda eobre um pedestal de gloria, a auguata Virgem do Rosnrio, semelhante a urna visiio radiosn do Pnraiso, recebe as homonagens de seus filhos, que a acla!Jlam corno sua padroeira e lhe dirigem suplicaa estunnt.os de confinnça e de amor. Centt>nas de milhar de fieis lit vio cada ano depositar a eeus péa virginaee um tributo espontaneo de saudaçoes e de Mgrimns, dfl flor0l! o de lumes, de espernnqns e de n.cço<'s dc gr:iças. Incos.qantemente, })ilS80M de todas as <:ondiçoes sociaes , arrastam oa joelhos pe)311 pedrns duras da Cova da Iria, em torno do padxiio <'omemorativo doa sucesaoe maravilhosos, cumprindo votos e promessns feitns em horns negras do crucin.nte angustia. De porto e de longe, mesmo dos conUm trecl10 da peregrinaçao de"'13 de Malo. - Procissào f inal da Jmagem de No,'1,'la Se11lzora fine de Portugal, ,·oam até nos p&J da Màe de Deus tantn'I ~mas sedentns de p a ra a capelinh a das apariçòeJJ consolaçiio, tantos corn('oes ulcerados p~ la dor . Naquela regiio de mysterioa e de pro- assombrosas e mnis ,·omoventos, de quo tnL1111 eia Virp:em, dondt• clua1-, horas nwdtlns 1111111 !>ono rl'p11 r11dnr 1lns fo1\·11~ digios, que 11 Rainhn. do Ceu escolheu ha memoria descle os iempos hiblicos. tes tinhn surgido. .izo~tns t'm tiio longa o pt>nosn vingC'm. para seu trono de graçns, ha bnlsamo Os milharN, do fiéis qua tomam parte para todns 1\8 tnap;UM, lenitivo para torecinto das a pariçoes _. A no t·or~ejo, a _ multidùo iu umeravel dos A missa dos serv itas - A Comudoe os sofrimentoe, reaignaçiio e conforprocissio das velas - A qu<' ns~1st~m a sun 1mi;s111(em, ns_ prN·~o h- d S 't d . to pnrn. todas ns riesditns! E, por isso • o O!! t·nnllcos que hrotnm de Jnh1os trf'n ao OS e rvt as e ~S es Fé'.tima é, o continuara sempre a apotheose da V1rgem - m11losòccomoçiio,af1,vivaeapiedndol1 cote iros-Cerca de01tenta ser, o polo magnetico dns almas, o cenUm lag o e um rio de luz - ostromo daquela imen;.a molo de pesMissas - Os se·rvitas e os tro de n.trncçiio dos c·ornçòes, que umn Assombroso espectaculo SOIIS dc tòdas ns (']t\S~o.q sol'in~s o de t?· escoteiros -A s peregrinaforça sobronatural, ppdoro~a C irresistide fé e piedade - A vela de clos 08 pontos do pnis, tndo ,sto const)çoes com os seus estandarvel, arrastn. suavement;_e pnra aqueles pinitue um espectn<'ulo Msombro110, quo s1• n.os escalvndos e de!ertos, onde apenns armas. multancomento comove o ouconta eletes - A fonte da agua mt ravep:etam a urzo e a nzinheirn. vnndo ns nossns nlm!\f!, num suave culosa - Urna scena emoE agora, clez anos depois da primei~ No din dez che11:am II Fatima os pri- arrou bo mistico, pnrn rc>p:ioes inncessiveis clonante. ra npnriçiio, novamente ns multirlòos moiros peregrinos. Uei.do esso dia até ns n11:itntoC's o misérins d<'sto mundo. A 's trè'! horns da mnuhii os sat:t•rùoh'8 se precipitam, cm torrcntos caudnlosnR, no a mnnha clo dia trozo a romniem erosA' moia noite torminn a npoteose :i vasto recinto m urndo da Cova da I rin, ce descomunnJmente do horn pnrn ho- Virp:em com o canto do C'rrrln, a mn~ni- pr6v innwnto i ns(:ri;ito~ no rc,,J)l-<'t i\·o rot.eatro das scenas, no m011mo tempo mttis ra. Na vespera a ta rde o vnsto anfi- 1 fi<'1t prori!;siio rie fé doi; Apostolos, cujos gii;to ,·omoçnm a celebrar n i.nntll mis-

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I


Voz da Fatima

2

/1·1 /0., , 0111 la11to amor e genesa nos tres nltares do Capela nova, SU· confiança dos enfermos ose final à Ra i Oh a d O Cé U ~(tcri/icw., 1·0.,idC1d1•. cecll'ndo bl' nni; I\OR outro" bvlll • 11 A oraçio de cem mli pese da terra - Dia de triunfo 11l<'ln1 i11ha., do Ma r» pçii.o. A sep;unda MiBsa é rezada_ pel_o e de gloria. rev. dr. Ma.rques dos Snntos, copel!o dtsoas. Sùn os rosns 1,rauc·n~ - flores de amor rector 1106 ~ervitas, que a eia nssutem, ( omo t·ostuma sucoder em tr!"ze do nrnio .\p6~ n M:i!iSn, o cdebrnnte, dcpois de e inOC'endo - que aquel'ou tras uflorireceooudo das suaa miios o Pio doa AD· e "fil treze de outubro, os doont<-s siio 1·11c•en.•n1· >\ Hostia Santa exposta nnm nhasn clo i-i~onha praia da P6voa enYia.m 6111 1 ~ ,·cz muito nunwroRQS. • a jos. 'L' r, ntrr t Il n t o '' I <'1? I!,ruJJO!- fl<> .•l'M!O• desta o•tem,o.-io -.de auro, pcgu nele e deoee o& Il 01·nnr O n.ltar da Virgem na Fatima. 1 · L Rosns teiroa ca.to1·1cos de L' 8boa., de . Le1r1a. . e Os ser\'Ìlas transportam cm 11weu, os degraui- do Altar para d~r prrnc1p10 ."' " 11·ndas qua lhe prendem o olhar de Coimbra, que clepois de o_uvtre~ Mis- pnrnt,·t·,cos e ,nquf!Jes clnente8 c•ujo es_t_1_1do d t A8 t s escotet e o fazem deliC8r cheio de bençios l.qu&0 • las " lm1·tns •1·,,.n111,11m J1111t11 • é mais grave, .. pnrn o l·o;;to , d ns vfln I 1~·0.· ros hençil.o dos oen es. servi as, a1'nda em botào ... ~1\ 11 cl u c:nmun1 nr<'rn. t, ,... · , t, numoroso;, ~•H'l:rdotes acompanham w Quo exe.mplo lindo no Mez de Maria! monte com os sorvi'tas e sob "n d1·rec,.io v <·òr, modica.a e d epoi1< pitru o rl:spe,-ct n·o O Snntii;s imo. Os doentes, sentad os nos clos ,;ens chrfes, o 11erviço de orclem «> <le J>l\\ ilhiio. 0s enformos que pod(•m n ndnr b . d 'lhio ou deitado8 nas s uas Lindo e util sobretudo ~ara tanto& ~ne tra.nsporte dos cnfennos. r<>unem-,;e em frento clo Po:-.to e ngua.r- nt~tos 0 fervor e aguarda.m con- no çaminho e la na Fatima que_rer1am A pouco e pouco viio-se reunindo as dam O s ua ,·ee de serem exnminados e ;r:da~ente a bora da cura , on do con- ,estar-cerca.dos de ~daa as. ~mo.dtdmles. n.. · Aprendamos daqu1 a esp1rituahsar e a ~Arvn c de N0&<1a -Senhcra d o .n,u,,ar10, que, et,, r1.c·lhtr<>m,o cartio e mgr868o no r e- forto divino. "" Lr1cos e""nver1rondo batas alvinitentet, d"110-se C'into l'l'~l'n·a.do. Entre 08 m ..... ~ue Jeau11 passa fazenda o bem, coma ou- santificar os nossos ~acrificio~, Ml nossa8 é d •--> t aref a preatmn obsequiosamento os seus serv1ços trora durante a sua vida morta, 1 ne.e Nossa privnçòes e dores assim aos p s e pressa.., em inicinr 11 sua p1uuose S<'nhora l:I pora no Flitima, juntarmos do nssi~toncia ao11 <>nfennos. A 'i; S<'te ho. veem-i;e os drs. Augusto Mendee, Lum cidl\d~ e vilas da Palestina. Quasi to- '8 ua. no.turnis outrl\8 flores mnis linrns umo. chuva miudinha e impertinente Prato, Weiss d'Oliveira., Eurico Llsbo!", dos os doentes e muitas outra.s pessoae das 1_ as flores do amor e da inooéncia. prin<'ipia a cair, molhnndo tudo e ~ , Pereira Oens Veloso do. Costa, Garcia choram de comoçao. A scena que se pas-sem ronseguir porém que os peregnnoe de Cnr,•nlho ~ Ga.briel Ribeiro, que exa.· sa é empolgante e comovedora. Esses Ro••• ver-melhaa .. , deslstnm de ficar para aa cerimocuu ofi. minam e registam algumas centonas __de pol>res fan-apos human013, victimas de um l'lores de dedlcaçlo e herolimo ciai11 da peregrinaçlio. enfermos, procedentos de todas as re_gioos sem numero de misérins fisicas - pitraSuceesiva.mente, de espaço a eepaço, do pa.{s o n.tacados de toda a espeoio de liticos rancerosos, cegos, surdos·mudos, Rosai., brnncn~, de amor, !'osas ver!11etr.o.nspoem O arco de trionfo e deacem enfer~niclacles: Havi~ doentes do Pc~!"~a, tisicos', le prosos, etc - de maos postas e lhas, do sncriffoio e clcdicaçiio, tudo JJh se pela .Aven.ida Centrai longa.a e numero- Lour1çal, Mira, V1ln ~rane-o ,df>. X 11 a, olhos fitos na Hostin Santa, imploram junta em nclmira,·el c·onjunto fazenda susas perep;rinaçoes precedidas dos seuR P~ Cuho. T,ii;hoa, To1-rel! ::-.o,·a s. Co 11_:1tn~ça, munn 1>rN·e sile nriosn mns rnemente, um bir ao trono cla Virgem o seu perfume rocos, confraria'.~ ~ e~ta.ndartes. Tranc·nho, C'nrtaxo, Akobn('n, L?uza , ( an- olhar de miseric6rdio, umo. palnvrn de inobrianto. Jnnto de n6s rezanclo o terro on rn-1 tnnlwde. Porto de lfoz, .\ ldeta Galcga, consolaçiio e de ronfo1·to. E ' hOh o a.lpendrc 011 padlhiio dos tonnclo canticos 'c1esfilam procesi.ionàlmen- Ga, iìio, C'orucho, Tom 11 r , Gu"; r cla, Ou1m, As invocnçòes peloR enfermos, instan- doentei;, lit no cimo junto duma macn. te entra 011trnR, 1111 perei:trinnçiieR do Fi,tueir_ti dm,, Vinh 0 ~, Ca beceirLt\~ ~le Cns- tomonte r<>petidas, de momento pnl'a moA doc nte prostrnda desrnnço o corpo B;nto (180 p01,S<>ns) de Belas, Nazareth. to. Olc-1ro~, (aJTep;n 1 t 1o 8 n 1, oirta, ns- mOJ1to r<>dohra.m de inteusidnde o pare. i;ohre a enxeri:ta cla m1w1t e a c·abcça no (100 pes- t e lo Branco, .\ brant<>s, Fundno, 1\11tnsz;unl- cem fnzer ,, iolencin 110 Céu, pnra que i1e seio dnma 1,enhorn. 1 eoruch e (150 pes,;oaR) · "• 11 c·-a.o ' I b I· d A nrrn ·-o , Sin · npiedo dnquela. l eg1ao ·d e d esgraçlld os. ti M · d Vngos Pom- de .\ qu<>m rno, Il I c:,r e. .\ mhns choram; nmho" ornm cad Il qua I ) F'lh 1 ns e ROM 1· arrn .e 6 d Vinhos tr~ Pedrogio Eh•n!>, Pomhal, C'rnto, Dcpois o Sacerdote soh<> no altar e. can- com ma.ii; fervor. ~I 10a PN~!IS)d bnl, FF,gue~r. · nl"nn: !\fo;tt<>-R!!al , G~ll\·ein Lourinhii, taclo o Ta11/u111- cl'yo, n bençiio Aa toda o ·, r-~e-hinm inniis tiio irmiio é o senn hos • ""''' (> 0'-<'0ll. ~~rti 1lJ" ' • • • H , C'O\·ilhii. 't J v · d , n · . ) n·0 d Mo{ Go1:-. Ol11e1ra clo o<ipt n, .,ognl'trn a mult;idiio ajoelhncla o seus p és. pos n timento que thes vivifica e f:i1. vibrar o 50 Denedirto, (Rl , Pi:~ons ' d ' v-~n do. C'rn,:o, l.nurede, EYora, Foz do An•lho, lienç!io sobe ao 1rnlt)ito o rev.do l'aulo en J\{ont<> ea,, r,sp<>zen e, tG a B , f . t r b d • coraçao. (' ' ru S T , V 1'l 8 do Concle I Prnn em n, ate11 1u, ,.,11>t1 e1ru, e e·. , I Dnrìio A lves, que o1n so re a Avoçao Qno ternurn, que p;edade, que fe rvor Mt o. oure, ei'.'l'.O!lO, .\ in~rriçno estn, n j;t enccrrocln ns O ~ossa Senhora l' o cumprimento dos na.quelas nlnuu,. naqneles rostos, nnqueles e 'Brnp:n. . 0111W hnra" por nào comportar mais ,loon- I denll'es eristifos. 1·b· nd Siio lindos e "1St<>aoe OR e--to artes, tes n p11nlh1io que lh<>s é dt•!>i.innclo em Por u ltimo organisa·Sl' d e novo n pro. a sis·o contempla·lns fnz bem, nfervora, alp;uns clos qua.e& r~preeenta~ " erena frl'l1te da cnpela clns .Missa'>. cissii.o afim de reconcluzir a Imagrm do edifica, como,·e. in<'ompnravel da n.p:inçiio da. Vtrp:em ao~ No pa, ilhiio os docntcs oram com fe1·- Nossa Senhora para n C'apela das apa- . Nnma a resignaçà.o nn dor; noutra o pelo vor e espcram' resi,:i:nadnmente II hora da riçiies. Repete-se o espootaculo comovente cari nho pRra sofrimento: em ambas pn.citorinhos. Oe cn.ntioos comove_m st O !lf'ntimento oue a !etra. e n mu ro. trn· ultima missa. Em volta. mais dc.> rem mii da prinl('Ìra procissiio o os Yivns e R!I pal- um qua de espirituol quo arrebata e ele0 duzem e pela e:xpr<'sslfo de M pieda- pc-,son~ jnntam as suns preces :ls tlm; en- ma~ e os cnnticos o o acenar dos lenços va até mais perto dt> Nosl>a Senhorn. 11 dc.> rom qu<> s:i'o <'Xl'Cnt rln~. fermo, implicando pnrn é-le~ 11 1•11ro dos con~tituem uma verdadeira apoteose a Nas miios do sacerdote passa Jeaus Alcynma.s perecrrinac;oes, oom? n d.e sens rna.les ou a. resip;naçiio e o ronfor- Rninl1n do C'éu e da terr~-. ahençoando e no passar com n bençiio do P ombal o a de Fiu:uefr6 doe Vmhos.. ft- to rll' que rarooem parn os suportnrl'm Pouco a pouco n mult1dao d1sp~r11a-se seu Dens que eia nli adora pYesent" a 9 zernm o per<'urso /1. pé3 I 0 perep:rmos com m<>ritos pnrn o C'lé11. e os veirulo11 conduzem ao seu destino ~s pobre doontinha rcceb<> o osculo fraterdesta nltimn pns~Rr1tm noite em. ad?" romeiro~, qu<' viio can~ando os seus canti- nnl do. sonhora quo a ruidava. t rocifo ao SantiMimo e:'{l)oS o ~a. ip;re1a. A procissio so lene -Represen- cos de do~porUda :t_ V1rgem. Nào foi n. primeirti vcz que e~ terras paroquinl ile ll'a.timn, onde ns,natiram d t d I Qq ann111 de Frit1mn, - a Lourdes por· da Fatimn os labios dnma. sernta tocaMi""o <> recebernm a 8a1ZTa.do. Comunhiio. tantes e o as as e asses tugn!"1.n, a J<>r11snlem do Occidente,-:- ram O piis duma chal(n. num acto de prer Siio q11Mi nove hornR- Um'.l J?Tt1nr1e mnlAs Confrarias e lrtnan- r<>i:tistnm, em letrni; ile oiro mais um dia funda humildade e beroica dedicaçiio. dades - A revoada dos len· rle _tri11nfo I' do l!'lorin pa~a n Virp;em, Que O Senhor 08 premeie! . ticliio arrlomera-6e <>m t-0rno dn primeirn O font<'. Numero~i: 'll'rritns dirig<>m s<>r· 1 ços, as palmas e OS vlvas. mn1s 11m rspectnculo ~rnnd1oso e empol- Seja Ele Bemdito por ter fe1to desaviro dc ncer.,o, FilnR R<>m reRRllr r!'novaitnnte rle fé e pieclnrlo cristii., unico nas brochnr ali tao encantndol'BR flores de 0 cln~. rl<' 0111,rnntn " ,.,,nrnMitn n"~• ""· F,' qnnsi mC'io-dia solnr. Orgonisn-_s<> ,,np;inn, imortai11 dn hiRt6ria de Portugal. sarrificio. n~narclnm l'm frl'ntc cle c:tclt1 tlmn ilnA junto rln cnpela rln~ Anariçòe<i o proc1sApr<>ndamos claqni a tratar caritati1111in7"' torneira• o s11a. v_e.,. clt> he<h<>rl"m siio rlo c·o,tum<>, np;orn mu(to m1tis snlC'nl'l'isconde de Mnntello -o-a.mente os pobreR doentinhos que la viio on cli.' l'ncherem 011 M<'tp1enws qne tra- : e iinpo1w11t.e paro ronduz1r n bronro <>Sde porto I" de longe a im1,lorar a prote-tiPm ronqigo. l;itnn di:> No'&aa Senhora de F 1Him11 parn • • • ~-----çiio de Nossa Senhora da Fatima. Fervem n.s ordens, rcpetem-68 os avi- n ('npt-la. dll3 MishaR. Aprondamos a sac·rificar-nos por eles 108 . E aquela multid11.o inumernvel, J?&· O c•ort-ejo pòo-~e em marrhn. A?~'. mpa,·omo essa sen•ita. ciont<> (' ÒO<'il, obcdt'l'P Sl.'111 1'1'!11dn111~n, nlrn-n 1.1 mn multtdiio ~t~Ormo ~!: ftPl!I d<> 19"' 'E qun.ndo OS 110S80!; pés pisar em 8 terrumprindo pontun,Jmente u., rnstruçoes to1fnq "' dnssl.'s e cond1çoes soc101R ..\hrem r,1. bemdita da 1'~:,tima Raibamos (·er ('ar do,; · se1·vitns 1l1ulns, muitns , Pze, rom o rortPjo o;; pendoc:,s de ,·aria" irma~dn____ com O nos.,o re:.pe,to, veneraçii.o e odmiener~ia, mns i;empre rom ~nridade, d,•s r confrnrins. ~Pguen!-se as ,erntns raçiio e 8tnq n lmas qne 11ssim tào desint&Subimos n estrada. O &-pectn,~1110 é l.'111 fil11• ,-erradas. Dep01~ o \'l'll<'ritllcln Ro••• brancae ... re!ISlldamente se entrep;nm, sacrificandounico o indiscriptivol. '\7'6em..ae dozenns l magem t'Ondnzido nos homhrns <1°s be~Plorea de amor e lnocencla se, no sen·iço clos pohree doentes. do milhnr de rnmionK, nntomo,,.i,, tl'l•t11, ,·itas. Quando n lmop;em cheµ;a no Pn,·1· .7. dll A. 8 011 tros veirul1111 no longo da estro.da e lhiio, milhnres rii' l1>nços brnnc•ofi, ~<>m~Entrt' 118 \·nriru; oferin1< chegn<htfi 11 Oi- , no<: l<>rrr1101< n1lj11c·c•nt1>s, m111111 l''-tc•11siio lhrrnòo um bnndo dt> pombns, 1<ilo agi- rec-çiin dns Ohrns dll (•'utiml\ not:lvn-M• um de mn ito9 kilmnet~os, Di!·!l&-ia que toda t urlo~ 1IP lon11:e " cfo p1>r~; no nwsmo i;ohrei<Cri to em q ue rnaos de senhoro han poplllnçao ~o pn111 lii\ tmhn tran11porta- trunpo que Pstru11:em os ,·1 1 ~~ e odi~nm ,·inm <> crito estas paln.vras sing,,tni; FRACO OU HIPOCRITA rio naourl~ rlrn, o n1!1 fi1t111 I tln ~1111 1111)!11~ n, p~lni_n,; <' os olhos de todo,- so rnnri•iam l'•ll'a n al,rigo do~ do, ntinho., d i?-- Yo&,,a tn Pnrlro.l!lrn. pnrn 11111tn ,ln •,•11 S;111t11:1- ,h• lu11:r1111os de comoc:il'l, Srnliora da éatinw o/Pircido pPlru Disse-me urna vez ce~a _p&S<>a: rio pred1lecto, n. Lo~r~es portugno:im.. nnhu., do .ll1Jrn. -Oh J niio, nao deseJar1a morrer sem Por <>ntre I\ multttlao que t'>n.~nmein Credo de Lourdes - A Missa Aherto, (•ncontramo, tl1•ntro Il qul\ntin um padre. 1 nn <'strnda, !nvt•m-~I' _fr«•cp1eut,•11 "' 11 te dos doentes - O terço do Ro- rl<> l!l :!½O numn q11nntidnde do pequeni. -Nesso caso porque 0 ~ dc~pl'ef"tls frosC's (llll' (>XTll'lfnt'll\ nclrn1rn_c·iio t' n,,om• rio - Sete m il Com unhoes . no, notn'i nté lll(>~tn() rle meio tostlio, qunn- actualmente? E hro. ob<crvaçoes ~ comentar1os ~":- do tin rl'~ultnntt• dns ofertns das Florinhns -lfotiio ! Quo é que queres?... ram num,•ro de peregrmos t> da grnnd10~1dade l ' 111 c·,'ìru unisoun d1> nrne, fortP:. <> ufi- do Hnr fin P6,·ou cle Varzim . capav.es de me escnrnoo<'~, bom ,obesi. .. cl11q11elc espectncu,lo _de fé e p1eda~e nncln"- l'tllltll O ('·n•,/11 eh• . Dm11nnt. Em Qiwm :{ilo Pstas florinhns? - , esse l'nso, r~"~.?nch eu, ('Oncorda C'rc,ancinhns dr•srle Oli 4 8 0 nnos reco· quo em face dn relt~1ao, 6s um ~rac~. e erii.tii., unico na h11,toria da n~a naeto- suµ;uicl:1 0 celebranti' <111 1111ssn rlos doPnnnlicln1lt•. tr. solw 110 nltar c·\llltral '-' princ,ipin o lhidas durante O dia numa obra de pre-- pornntt' o!l tens nm1p;o~ és um htpocntll. E is to é muita c•o11sn. pnra um h<-11111>in A aRsistencin é nvnliada em ~rc,z1mtas s11 nto ~nrrificio. Ao 111,.s,~10 t emp~ ? _r ov. serv~iio e edncaçiio. mii p ~so:is. DI" r e penw na Averudn C'en- ca1wlii0-dit-octor doq ,ervitas_ d :{ 1111C!o a Flores colhidas pela dedicnc;:iio e t 'nri- s61 trai depois dn pn.ssno:em de um11. das pe-- recita.çuo do terço do UMnrio, qn<> e: r<>- òade di' nlgumas nlmns. d~ e ntro o lama I rep:rinnçòes, depar:t-se um~ srena 811!1· zndu nlt<>rna.damente ,·om ~ porn. 9.~,l~n- j das rnns: crean(·M pobrt>stnhns quo cle plrs ma, nltarn<>nt<', e moc1011r.ntc•, ,.,,111 ,·io P pt·ofundo P n <l<>1·oçno dos 111.·1~. in- seu m nl teem a vidl1. Urna visita que vist~ arranca la.p:rimas de muitos olhos, ten ~i fi ca-M•, 11 mNlidn que s<> api·o,,ma Pnbrc-s flodnhas ! se nio deve receber 1·m11 mnlhrr rlP tnl.'in inad<> 1'"7.ando o momc-nto nu11:11sto dn C'onqogrnçi\o, . Ma~ tcwm coraçuo... A oem ailencio, desce lentamente de joelhos n e vez em quando l'nton_-~e 11111 <·nntiArnom a Virgem dn l<'iitima «> 08 seu1; . Tnlvez t~to ,o~ pnr,~a r~ t'.trnr,10 ,rJea Avenida. Ao le.do, dando-lhe a. mito, co ~·m hon.ra dt> ,J..,us-Hoshn o_u !lo Rn,11- doenteq e com qui" ternura! hdez_ : mos a pru~le~c1n d(\e u r I cnminhn O mnriòo <>mimnhnndo 1111111 ,·dn ti~s1ma 'Vtrii;em. Qn:tndo a '!wtnnn :Su· V ild<>. Dentro ac·ornpanhando O wa renctn sobre a p~ltdu • . tn mnu nresa e a front~ doia filbos gemeos de cro,n ntn doq nos~o~ ~ltores e l<>,·a~1tndo oferta liam-se estns pa.lnvrai;. Ori_\ ola nos d1z, quo um < er st1hYeroito nnoR i• umn filhn cle trezo, rado um i•ntre o ('éu e a terra, toda nqueln nu<'n«Rsf P dinlieiro I nfr.ruido a Yo uo i::.e-1 vis1tn.nw se da n? prazer ;~. ue o ,lt Ìrs t~mhem com 11 m 11 vc,Jn n11 ",;~. ~a mol<> òe poYO ajoollll\ !'o chiio, c·nrv~- 71 1,o,'.q. <I.a Fatimri pa,·,i ajuda do abnao tor as idoias morais eia fnm1 m, q Viernrn II p~ dn. Ribeiro de. Rio de Mo1- ~~ 1• nclorn o ,Jesu q <'~C'Ondtrlo sob lt!; <>lipe- ilo., dorn tinh os, esmnl1i o/er~cida pelas r 0<·è~o. . d sca ar n sua nhoii. onde re~idem, ~umprn~ Il promesdo ~acmmento do_ 'lt'II amor. . .· Flnrin lws do Jlar , que .,e prwaram rie . :N1L? ba out!o me!o e e. p ndar da so que tinha.m feito e a~radecer a Santis•.\ ('nmu nl~~!l ~ mnts 111110 vi>z ,l1,t1 I· COM ,~mr alguma.• q,,l,1~ei1na.,, ofrruen_dn t1rnmca ousadta senno po-lo i°o a ima Viriz;c·m n cnra <la l'spo~a "mii<•, q11e lHtlfla ,,o~ f1e1~ .. J>1>nam lor co111unizncl_o t·.•fr.., .~arri/icio.~ 11arn " ctjvila do abriyo rua._logo que _ele ~e aihc~n ~n porta :n l'nt·onlr11Y:i j!rn,·<>nwnt,• rnfornrn. ,,m n~- <·erNl ,le. 4'te mtl Jlt'·''oa,. d.urar_1tP nrl o1~ tln.• d11r,.fi11lws dr V o.,.«1 Senltora da FaNao espere1s I para. I • ~ ec ;:or seu morri,:!o dr dcln e ,!l'~rnv:a1101ln ,!11 s1'Ì<'ll<'to lc.>ntit m1ssns r<•lehrMln, clescl1> ,i 11111 rn ti1111J.. na carn, que e e te n ,an('n fil ho on no hnmnno. gnrln. 11(111 111<1• q1Lerì11m ,·omprar rebuça(lo&, tnl VNleno nn. nh n~ e ,os.~o de , r lu;·a11ia.,, ·,1mcnclni11.,, 1•tc: lembra11do·.1e cor:1-çiio do vossa f1lha: seria tare1e Q

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,lo., r/1iP11ti11lto.• .w11,ri/icurnm O .,1:11 to.,t,io ll11\!8 • , • ()Il .J l'(Jllf ,,rwe rrrr1m1111 d'alo11ma ('.11110· 1 },,~~(', n btlançe, linl,a. Q111' -:,.·os.m ,C:::r11 horn abl'llfOI' r,. f r.f n'lllU lwro.

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Voz da Fat ima

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-A mim? Um din, porém, apresent&-se aos actos gumru. flùre, nrtificiais e• outrns nntu-A ti. religiosos urna filhn cle importante fnzen- rnib, que dn minhn te~, spesar de lottDito e feito; o cl&>lllmndo furioso ati- deiro, com vostido imodesto. Advertiu-a ge oli cheg11r11m dçosns. E' que eia~ sa-=ra um murro a cara da mulher, que a o s;icerdote, com bons modos, do quo, nn- li_em o fim C'Om qnt'I fornm creadns, t! ao f1rn a que ,p dei;tinavnm. deixou a escorrer em sangue. quiìll!s lrnjes nao doveria vir a. greja. J.° Cor de rosa Seguem-Re bofetadas c• pontapés, laA C'onsoquoncia niio se fez espernr. Dei,ejando pois, prestar a Minha liìie grimas, gritos, deismaios e era umn vez Chnmou o fnzenòoiro capangas (ucacetei- Snntissimn mai, nm preito de homena-<Jom qua entiio vaia caaar Joaninha? uma mnlher se a policia e o& visinhoe roll, diriamos n6s !)ID Portugnl11) pnra gem e grntidiìa peço a V ... Re,·.11in a su· ~Sim, minha amiga, por todo este niio acudissom oportunamente a pòr ter- ,·ingar n nfronta do padre. A's 10 horas bida fint>za dt' dar publicidade n estas mes. mo a tais, caricia.s, levando o bom do mandou chamar oste, dizendo quo estava minhas pnlarro~, no nosso querido jornal E ... qutlm é o noirn? rnnrido pnrn o C'iomissariado. a morto o desojnvo. confessar-se. a «Voz da Fatirnn. Aproveito a ocMilio - ùrn belc.. 11•11&z, de v1·esença gentil, O sacerdote, em vista do quo so déra, para nlgumn C'OÌ.Sn dizer sobro o que ali <·leta.nte, ~impatico e ... poucos dias antes, ostava cei;to de quo so pass~ n11quelo lu@:ar bemdito. O que -Desculpa que te interrompa.. :g ·vir4. 0 Negro e çscuro . se tratu.va de urna cilada, mas la foi. nli presrnoiei é indisoritfvel. Ja no dia tuoi.o? docidido a sofrer e, quiça, morrer cum- 12 do tarde o movimento é bastante -Ca r•arn. n6s: de ir i igreja gosLa - Para onde vai tao cedo, visinhaP oonUnnnmenw chogsm csrros de tods : prindo o seu dover. JJouto, nem !ho "ii.o muito no paladar -Ao hospicio, minha filha.. Ao chegnr a fazenda estavtt o fazen- esp~io dospejan~o imcmsas pessons, e, a as mntigcu dos padros e muito mon<M! 0t1 -O que te lf'va la a esta horaP cleiro espornndo it janela. Logo quo o viu mecl1da que a no1te so nproxima, o mo-ribeatérioa: todavia tem um coraçiio d'oi- ,•é: meteu-se em cobertas no leiw, meni,o aumenta; centonas de posso115 avirt., Quo coraçlio I Eu que o sei ... como se-E mostrou-lho uma creança. recem- col'reu, debaixo do qual estavam os ,apang:i., nr- dns cle snndnrem a Augusta Rainhl\ da& r:i curinhoso com sua mulher ! nnscida, rachitica. e muito feia. maclos. Chega o pa•lrtl, o 1l•«•bido ,;0111 Anjos, se dirip;em paro o Yasto planl\lto -Mas julga& tu que é C{lpaz de amar -Jesus! De quem é o crioY aumentando ossim mnis e mais a ond~ como de\·e a sua esposa e educar criatii-Da pobre Joaninha, q.ue aca.ba de toda n naturalida,lo, ,·-,;-i h111c!o no qu11r to do uenfonnou e 16. deixado -.o, para a humann quc no sPu nrdor do F'é e Crença mente os filhos um homem impio? dar Il. luz e esta muito mal coitadit&I so pro,tn de joelhos entoando ~ seus -Ore.I deixa-t~ de escrupµloa I... Vnì morrer tnlvoz, e o maroto do ucom issiio». <·inticos em l0111·or 6 Mite de Deus N.• Chnmn o doonte pelo nome o sncerdote: -F.sta. bem, la ta e.venhos. mo.rido anda a correr mundo. H-a jti E' noite, " entiio uro sncerdote ~o al-Murlando de conversa.... Vem vèr o me.,es que a sbandonou som uma ve11 se- Nada. Aperta-lhe o pulso. Niio eucontra S.• pulso. Apalpa,.o: Gelaclo, corno um co.da- pendre do ('apelinhn onde se co!O<"a a mou enxovsl. quer pc>rguntar por ela. ver. Sacode--o: O homem ostava morto. Branca Imagom cle N .• S ... do Ro!'ario da Tenho pressa: outro dia. -.Ah I que homem tao mau I an·ore Todo compungi<lo, sai fora do quarto e: Fntirun, <'onvicla todo aquda multidiio a -Tenho pena. la& "ér o ,-estido do noi- Tsto ja ora de espernr. Mii uCheguei tardo, minha senbora: o nosso rezar o ter(·O t>m honrn de N ... S." segurn,·ado. Como é olegante I As peças de rou~ niio podia dar bom fruto. do-se ~ chnmndn Procissiio das velas. E' J>a brn11ca sào um primor, com bordadoe -Dom é que o oxperimentem em ca-- amigo Olita morto In O resto da scena é faoil imnginar-;,e. muranlho~o. '<Urpreond(lnte, digno de ,·ère n•11dns feitas d'uma m11neira admiru- beça alhoin tantas doidarronas que tao so se~1olhn ntr e~po<'taculo. Milhores de• c•I. facilmente se doixam enganar polo de- Em conclusiio '. }jntre prontos e exclama- luzes. 1hu11innm o Yasto planalto, onde çòes da ;UTopondimento, ali mesmo se (J11e lindos !... monio ,•estiòo de homem ena.morado. atirnm iioi. pés do :;n.cordote n, viuni, 11- os_ hrnos e<'onnllo 110 ospnço os louYores a ~no posso. Joaninha, bem o sinto, filhu., os capangas o fizemm confissiio do V 1rgcm, nos C'Olllo\'em, <' nos tra nsportn m Adc11,,. num cxtnl!(' de nmor pela bondade infinimaldito plano urdido. I•; a nmir.n, afastando--~e. fa dizendo ta da Vfrgem Mao de Deu~. .\ procis'-ao Deus é Lerrivel 0111 fiOus castigosu. co11:;il(o :-QuP lonca raporiga I Como paé dum comp1:imento. t•norrnl.'. Toda aquegani nquele luxo e aqueles primores? Os 1tn Jtentr rodern depo1s n C'apelinhn de N.• ,,,,i,, .sào pobr~ niio t>sliio para de&pezos - - - - ·..·+ - - - - ." e, ns ~uns prt>Ces 1• cantic•os C'ontinuam d!'sta 11ut11rezn. )fai:; tar·de :;e nni ... todn a r101tc>. Veom-1,e imen,,os penitente~ A cura m1raculo~ de um joven de Piedade d e um bom fi l ho q111• de rnsto~ ompunhnndo M i.uas ,·elas 2.0-.-Vude e 1:ermelho quinze ano& que i.e deu em Roma, 0 mez agrndccem ~ 8nntfMima Virgem N ... s.; pru;'-&do, durante n recitaçao do Santo d R l f l d ~ Rosario • .nfen,orou o po"o no uso quoti·l'mn \:roanra que ncabnva de fazer a 1 OE.a_rio dn I<'étimn a sua Dìdnn Mi• • '' senc-ordra Oh• <'Omo t d O 1· to é 1 I 0 Q ue botla e e~h, ce tanto ogue o. - _\ do Joaninhu Mendes. diano de urna devoçào, ja tanto prati- suq. pr1111tlira c·omuohiio conta uma · bi' · . ·• u >e , e " 'd cada e recomendnda por pes•ons o• mai's rovista catolica france:ui achava-Ml que ~u rma hçao do nmor. e Fé pnrn com - Q Ufl ta11 e que <· h u,ma d e conv1 a."' a V1rgem N S .. , Como 0 · t d a1· d,h: ,1as O copo d'aoua é que hade cus- ilnstres dos tempos antigos e modornos. bastaut.e d=on110lnda, porquo uem 11eu d .· . 11 ,. •· . ?~ ~ oc; 1 tnr u1nn" d1'nl1e1'rama I E'_. nota.ve} a devnr. iio pelo Rosario, em psi nurn sua miie ium n 111ii;ea ap86ar e, rnmoR porque muit-0 nh tmhamos -v . • ' que np1·endt•r. ~Ins o ncto e I t - P. ,111 e 111 0 duv 1'da? S. l• rnncrMo. Saverio, S. Carlos Borro-- dn,d. .suus, re1teradas suphons • d os. os outros, o ·mais . <'omo,·ento 1uo ,mp mais an a f . . dpara o con. ,o 1 ~iio u1t<>rc, murmurar mas ... corno vimeu, S. V1coute de Paulo, o grande sogurr. ltm a.o" < a to1mos111, os sowr pa13 imi>ress· a,•tn d h ' I 1 011 1 · d · B l t' d E · · • ,., t• qunn o n rancn ma,• 1 rii.01-ngnr essn despozn ! ? o_ssue-VlfJ , mar lr o qundor, o imortal o m~mno reso 1Tem no N ' a ~. n • d R OSttrlO ., . d Il F-'1thmn . ., ' t,·ou • mw1r d' O}88ua& m1ssas na "' 0 .,. -Eu sei la mulher I Ba coisas quo I,eno -" , etc. somana J~oi· in °!1(·ao • _ C'Onrluzitln p1·ocis11ionnlmonte da i,;un Caf-r,,bori• roquobro a cabeça, nio se pode~ Outros santos, corno S. Francisco de Sua mn<.1, nnc1o~n por ·,~ber n ra1,so pPliuhn 11 Nm·n C'a > l II. . . 1 , ou,JJioender. E por..,ue me dizes que as Sales, oram obri11:ad.os_ por votos a reoi-' da~ sahidas mutiuuis do seu filho, se- a Mis~11 'rlo 11101·~-c]i.lae lapuiul se _ce e~:sr " t R . d . d' l h' d . ~ ~o r, anç111 n. r.x•nbons siio pnrn a tnrdt:>? nr o osa.rio, quoti ianamente. ~u1u-o Ulll m, o, u.o ve -o sa 1r a 1gro- çi\o 110s enf•'rmos O II honçiio geral. - Porquo O sei. Dizem que O marma.n- , Q11ando Daniel O' Connoti, o grande Ja, poq,:untou-lho :. . F.ntii'o. Oh I l\faradlhns do Senbor 1 jo éi pouco nfPito n padres e da-se po1· sa- libertador cla Irilmdn, se enoontrava n. -Que aqu1 fazor tanto a m1udoP l\fìlhnre di' len•·o~ . f b p l to I I 1 Il . . . ' . . ~ ug i'tam no ar t11, eito sci com o ca~amento civil mas rnçoi; com O nr amen ng ez pe 8 -:- ont~m nm o~inr m~RSn. por meu J)lll'C<'Emdo bnndo~ de pomlms brancas saupor cnnsn. cli\ bt'm parecer 6 a in.stancias omancipnçiLo cat6lica do seu paiz, pas- pn\, o. hoic por mmhn mao, rospondeu rlnnclo n Virgem, ntn•en• <I<.> flores cnem dn. Joaninha i,empre se resolveu a ir ti seavs. constnnt,.mont<> pelas margens do o menmo hin~·arnlo-~o-lhe nos braços, sobre a rainha dos AnJ'o, · ns pnlm · T nmrsn. N o d 01111np:o · · · dos? e b_om nrliunnçòe.,, ns suplic-n~, · , ~ chtiros, os, as noitinha igrejn. !<E'~Ulnte o ~>10_ atin0 -Mau, mnu, mau t. .. Nuoca me agra--«Està preparando o di&curso para flho tove n ~11.'grrn do _nsi.1st1r a m1s"D. j!;Ml ns raia~ do delirio. Os rorn~·oes ruais dnrnm cnsnmcnto" no ei,<,ur<.>t·er 011 clc n.manhii ?» - di~se-lhe um dio. um amigo. entro i,eu pn1 e .,nn m1te. duros SE>ntir-;;e-hiio ~f'nsibilizados. e com nor te. Siio ,t•inprn hem e:.curos. Cnsnr, -Nao; rcspondo 0' Connell, most.rancert<'za qui.' nnqnele moment-0 muitas alrie manu;, c•et1oi1- de bem confessados, do-lht- o rosario. -- Lt•,·anto ns minbns ___ _ _ __ .,.__. ,_ _ _ _ _ __ mas cl<'M'rc,ntes do poder da , anttssima porq,1e o negocio é muito serio e niio o prect>..~ il Miie tic Deus, afim de quo mc Yirgem, se hiio-clc tor con-rt>rtido. quc rr,~erc> a nlgnmo.s malucas. njudll no trabalho quo emprehendi pela Em todos or. olhos se vé<'m lngrimnR de -Jt.; aepois, llflpois é que vai seri Bem c·aosa de , ou lfilho». verdndeìro amor <> C'rl.'nça poln. 8antissirccheados clo comida o bebida tanto os O ralebro compo~itor José Hayden, rna Virgem N.• 8.'" do Rosririo da l<'ati(lmpres&iiH de uma peragrin,) ma; e F.:sta nn 8un c>xpre~siio tiio linda noivoo corno os convidados ;nssariie a onco11Lra11do-so nm elio. em companhin noite num bnilado, em quo, corno é cos- dum professor de mu&ica, foi por aste tiio h(lln pnrt'C'o olhnr pnra todos e dizer: 1.ume, a docencin é pouco respeitada e inquiridn. a sua opiniiio, sobre o melhor no~: descançiw, tNrho ~iclo, sou e ser,1i oxnla quo o folguedo niio dosando 'em rc>nwdio pnrn redgorar uma mente canl<~rn em fit1R cl<.> outuhro J1n~s:1clo, num n V-ossa Prott>t:torn. · · · 1 dill em q111.• ostavo c11.n~·ntl11 do tanto sol''-t'JIILO, · todos(' nli <11winmos ir pnra qn~ pnnrnc I1tnn, qui, nno 1·ni-a., 1·c1.cs "' o n•- soc n. · fl'er, rr<•orri c•om o ('Ol'll<,'iio <·hoio d11quela ma t o d a f est a. l o nos_so nrnor.. ninç·n. Fé e C'onfianrn peH nyc1en, Sf'm a f oc t açno, nem respe1to I ..__ mrn · I111 a.unga, · (•'é-, om c111e por momt'n o~ ,_i nossn II ma I 11 V n·gom N .•. "~.A _aumt'ntc> mais, e-. posquo este I1umn110. l'(''>poncI ou: uonfO!!So-...... ~ 1wrd'd · parece drsprender-se <111 , 1 ala tt:>rrestr·e m1111<1o ost.. 1 o. Q ne po de esperar-se I - ))t>po1~· do h1wer rec1·t nd o o R. osano y· H ~nmos sor mius <11gnos dn Sun Mii,eride c·n.~nmentoq ,l'Pstes? quc• ,.,mpr·p trngo l·ondgo, ~into-me revi- e . ~lovnr-si• nté Deus, a. iqi;on~. '. nn- <'or<lin. Eu sinto 1111.udn,fo, clos moment~ ~orndo dn nlnrn o de corpo. ~hf..iml\ ~-· S.• do Rosar:10. du ~·-1t) 1110 • qu<' pui;sei jnnto do "o,~n Senho ( 1,e, r<'ul, um dos (luimicos de mais no- u~plornncio--llia n ~\llJ D,vma 1\1,seru•or- 1 quek• lugnr Rngrndo t<'nòo ni, na3." Hoxo e /J'' rd0 111nuln dc> Frnn~·u, ,ojn. pclns suns publi- dia, c•m mC' dnr um pom·o mnis de sm,de. lilo longe en l.',tej I.'' li . po!"u q~& .,. ('U•·t1es, torno 1,clns de,cobcrtns no cn111110 Em tào bon hora fi1, I\ minhn inY0(;11c;iio, ,-PZl.'o; peclir i'unt0 a I o gos><dn ,Rr ~a!s 1 ~ , • l' · v·,rgc•m, c,uo, nt'i. 11rnquf.'11> •In Fatima n - ua f)'cc,·' "'· o osano · ··ou bt:bndo, ""'" borracho ! lsto ruo I s<>ientifico, nào dl.'ixou i'àmaia o seu Ro-- 11 t--nn •~~imn - e· -..-1' ··mn J> rot t>cçno i J>Odh nfirmnr ·' su.1· horu~ de \•ir para casa? -sano. do que ,ompre ,t; utiliznva, ji 110!-. mi1~m_n moml'n t °• quus • c;()ri<'ordia pnrn o, mpu, pnis para ~im. 11nd Ora deixn-me, anda. 1 do~ 1· • 11a 1,un io e I kr ,Hlo ~ ll. . l' p:iru todn :1 h11mnu1·d il ·~ilo, nao, mil reze1, niio. ~ào se Lem- 1,eu~ 111 " ' . · • a . • ~ :; " )( 0 "· ~euc O (lonll'<'<'l n,•-.~n 1111',1111\ horn a lazPI' 11ma • . , •• . Il e. bra1 u1a din inteiro de sua mulher ne.o um tli,, nSIO . n•citnuclo-o 1111 platnforma noiPnn, r('zomlo todos o, dio.s o terço ern l•rnnlt•trn lb clP ,rn,o rie Ul2i O c11icl11r dn!f 1,uas obrigaç3es, tor p~rdido lh• 110)•t .. ~rnça o, l'lllqunniu ,,p;un r clani honrn dl' :-- .• ~-· rio H.os;ìrio rla Fatima, Jfo.w, P1Ti11 r ieirrr l\O jogo até no ultimo real e querer ainda t·ornbmo. e bL•hen<li> 1. 'm jPjum n Suu 11(1;1111 Alien· q11c m1• <,olei Ah! c·omo sou desgraçadal ....---..- - ~ çoacln. A :il•µ:uìr a l'sln no,·onn. e, p3rn - .fo .. Jo . .. Jo ... aninha niio me tires co111plonwnto clll minlm devoçiio. fiz mni,-; I do 111('11 :.Hrio ! I ontrn non~na di• Miss!'" 1· Snirrndas l'~ I -·l~to é tlm interno. Os credores nito I m caso n a o acaso mnnhòPS prumrlt•ndo 11 pessonlmente n-1 1111• h1rp;um. 'I orlo.., o,- cl,·~izo,.,tos ,;i;.o para -=i;itnr N .• 8.• 1rn locnl dns npariçòes. J ti min1. Qne v11rgonha I Ainda se nii.o pagou q~o paN~iulos oito mc•sP~ (' p;rn\'lls à Virllm fuc·~o d1gno <Il• M'I a~i.ip;nalado é n d1•spezu do 1·u1w d'u11ua do casamento Morte repentina de quam dmJ· ,va vingar-se vom N .• H.• rlo Rc11;1frio dn [~Mima, le- ! 11 l'Cllll <'lbno ,lt• 11111 lotrndo budhista que e j;i lti Yiio dez m<>ses. nho pus~ado mnito molhor, tonho poclido ~rrn'lton tntnb<'m no catolicismo a sua. .\ <'01,.tureirn niio me deixn. a porta e , trnhnlhnr, o t<•nhn 1''6 qne n~~im conti tnn:it,u. .. . ·~ .\l1,1;11th jorn!i~ 1·at'.ilic·o~ hrnzile.ì1·0~, cn- 11111u·111 protogid1l p1>J n, (lr11~·11 ,fo Dem, e l h~M· filho . de Smo, (Rnugkok ), com t·om tmtn a rnz:ìo. Meu Deus, meu Deu&, U1?110 lui lnuc·n 1•m 1·11~rcr 1·0111 ~c>me1!1nnl.t- frl' c•l1•,; o orp;ao ol1<'1osn dumn d1o<'e~e ~l' clf' ~o'<sn Re-11hc>1·11. J•'ui portnnl,o c.umprir 1n un~s dP 11lad1•, p11,so11 hoa pnrte de pe1 ,lido, Minus. nnrrnm o -.egninto facto, cuJa 1 11 111 inhu proml'ssn. 1• no clin 12 dc,sw mez "11!1 ndn nos p11god<'o;, u l",Utdar a dou- ·e ... Ao ... te niio ca ... lns, eu bem n11tP11ticirlade gnrnntem: . :is r, horns da tnnle ,-lwiznvn .i ton, tnnu dc• Huchlhn, te 11-ri,,o, rna m111l1N·. ft Pl•b-,on de tocln a hnn1,r11hili<lade <'0 11- 1J'Trin, cliriginclo-rnl' Joµ:o 11 ('upelinhn de ('ontractndo p<.'los mi~-,,i.onarioi; catoli-Infamo! Aindn te atro,·es a chn.mar- tn-nos o ,pguinte ìu,·tn. pa.,~mlo cm Gu n- :,-_n S ." coni 1111Ìito c·usto (,lc·~·ido 11. qn:in· M~ 1·omo profossor ila i;u11 lìDJCUCt nata!, mc m:i mulher O rnrw,in, rlioeè,l• <lt• ( :unxupt:., E~t.1clc> d,• tìclnde cll• pc>s~on<., cpu• j.i nq1wli1 hora 11ii11 taròou <'111 pc•clir-11w, um C'ntcc·ismo - C'u ... ln-te, ,Tonna, fechn-me essa bo- :\1inn,; : rmll•111·om •~ ('npc>linl111 I C'on,1>g11i inno- 1111n1 lc•r <·111 1·11 n <' c•xpliral-o ri sua muc·n O iwlow 11tiroco pr{-ga1 n ,C'mpn, contr:1 11111.ir-nw 110 al1wnclre, onde se> erguin a lh•r o fill10<, como in~tn1c\·iio, mns logo - - Cnlnr-meP Rao do om"Ìr-mo as pe- o,, l· ·:c-c,~ob dn motla. D,•poi~ de muita J~rnnr:1 lm:1~<'m cl<' ;,;_• ~.•. purn prostru- s::i c·o111·erh•u e Jll'diu 11111iore in,trucçoes dra~. lut:• <-011-q~uiu 11m• todas n~ :,t•nÌ1oras I.' dn n Sc•us p(< , nj?,rncl<'c·C'r-lh1• 11~ ml'lhon,, ,nhn• n F1•. Dl!pois do 6 nwzes, foi bapti- Olha quo e11 qurbro-te as <'Ostelas! ... ~l'nhot·illb do lui,;nr ,p 11pre1>C>uta~sl'm 11a Que 1110 t11m 1l11clo, " os 1h•rnni>1 hc•nefi<'io, zndo c·om o, ~011R. - .\ mim? ig r{'ja ,<.>gundo ai; l'l'grns dn mOltc~t ia tlis1w11s11rlos ;i mim c> 1rns 1111>11, ,. ofoncH· I~ todo, 1·ome~·aram a fr,'(Juentnr a aa•. - .\ ti , i;Ìm, a ti. ,-ri«tii. , lhc c·onrn tril.intn da rninhn grnlicl~o al- Jl.l',Hla rne,a da t·omnnhiio.

Fases do casamento da moda

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ORosario e os homens ilustres

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Despezas

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1 :i pouc:n c>nltrrrn dc qn" il'i"<rwtnht'I p1..fvn.m- 1 r<>mptrlamn1-II' ru-rmlo. Por xe1· 11erdade T~·::rnsgorte .. . - · ... - .. 67.0~'l 26 mc>, bem rr mru pcsnr, d\i· frr?A'I' n rl\'S(·l'i.: .' ,. lii " ., rr p111lidn }fl(" 11 pi·t'ae11te atr., tado P 1t.pel, composi(:ào• e imp11essiio Jose Mar tlns da Cunlla Viana cscre- çiin 1•nmpletn dcrm cMo qm• V. me pt>llmi~ ' q11" <"fYltJr rm.FJ, ,ro-,, ,n,infln re,pon•abilidade do n.<>· 56 (56:(~JOOl· oxenllfllBtir,, quc tcnha :i sntfofn1;1i11• ~ ' '"'' publi- , vro[l.uiOBtd. M"~J ... .. . .. . . .. . '. . . . . . . . • ,·e-no,., o di:&: «Ex.mo Snr. <·urlo nr~sl' jnnini e~1><!r1111cfo po!' 1'8~ a Lt.v ~l .12 \ te ,1.1rçrt tlt- 1927 Selos, exp!frliç·iio;. bran!tf)o91:e'I,. l;i :HJOO Em Ap;osto pns·ndo r>ri11t·ipiou 111~ mi- snno~quir,~nholl-pftn-Jidn'Cie,. qu"rN'onli-eelle ..... . ..... . nhn frégm,sin de C'al'dil'los, Vinnn do C'ns- 1 ciflam<!ntc• m.zrndcço. (wJ G'[Jberto C'arrilho Xavier O"'tl'ns- dèspl'ini.. .... _ ... 2:?-i$00 ufo, a grnsMlr a fehr1• int<'stinnl, hav<>nl•:m fin" òc- ontuT\rn rlb l!J2U n<loec•ru o do mtiiti11simo~ cnso>< p ~c·udo nuwnrlo cln m••u pol,re fflhinh,., ,tm, rii•o dn ('r117, Nfa~ Felford'alle Vannl'er, d'a P6Yoa de VarS-omw ..... mci;ma infC'rmi1bde (!un,- pcs~n<i di' mi- cl1•11·:i, <"-t:tYn ft nwrrrr. ( ham:lfro o Ex.mo 1:rm1 e!ICl't"Te Pm '?r de m:uço: nhn familin, urna filhn e um meninn dr ',nr. Dr. Tinr!,1111a c!c,·ln1·011 """ n t-ri:.uru'rend<7' mfnha famjlia no Porto duranSubSCTip-çà'o' 4 nnos de idnd~ d<' nnme Antonio •n <;Il tinhn prin<·ipio crr mt>11111µ-it,,. nrn11 qut> be ru rev-ofuç·ito o encontnindo-se em siCostn C'unhn Vin.na, o quo! estnva de.~cn· Ì$!:nonwn qnnl cli>lir"' ,.rn 1•ibto l11n-P1• chia~ tmnçao ernicw ree,,irri forvor08amente a gauado pt'los médi<'os de que niio <'fC'a- qualitlncl1•, "" m<'ninPit c•q. r·hnm,•1 1i se- !ll"os~a S'enr1orn dn: Fatima para que interpa,·a. Dt>C'Orrido nlg;um tempo, qunndo ~uir o Kir.mo ~nr. f>1•. ("nrrillm XnYi-er l'"ii>s""l :>.a1Tvamfo>-1r dO' porigo, prometendo 1!:in inram rlc>z <'s codos : .Xnn·nimn da pnrcc•in qun in a molhor, talvez por 11:~- q111• <'xo.minnu n Prrn n,:11 " V.l'n?ic,011 gut' 1 J)1tlilicnT esto. p;rnrrde gt'l\(,'8 se me ouvisse. lCil rrnhn Gi·11,1dc : D'. Clementf1111 do C'ncuirlo no rl't?;Ìmen alinwnc,,,, , i,n().Jo 101· e<1tavn n.trrNirln da m<'ni,witc t:11f>cr<•ul0Ha· Fui· ati,nàiòn e, po,r fas() com o coraçio nha Est.e,·e~ itnonim,--r ( ,T. CJ.) 1). ~In rin algumas ve11:es, comploramente fH'rrlido 1~ mns qu<' nindn pnrli'a hn,·Pr rl11viclni1 e l'c·h<'i'o cfe• (i e òo reeonhecimento i\ 89. 'AH1clla Rol'g<'R Gnrcfa, n. :Br::mC'l'I F'PrJ)ont,os de um dio., oor o umbil!O snir nc~se rnso ~Pria mPlhn1· mon<lhr :i- nnnlise. Virirom 1tj?;rn:rloço.The eirttt iz:rande grnça reirn· ~farviio; Geralclb A'.tnarnr J\'igu<'iregrande quu.ntidnde dc pui extr1>mamen- :\fondei no Tn~titntn Cnmnrn PP1st1111n <--on· 'l>em ronro nmn mrtrn concE'dida na mesma do, ffr. Joiio Homtlm <fe F"igneire,lo, te fetido, r cm grande qnantidnclc>, tnl- firmando-s& o dinP"no11tfr•o. F.in \'irimlo dis- oc:-osiìio. » José Brigida', .Toaquim Pinto Olin•ira Uaptlstn, D·. Maria Luiza Saa:.-(>(?rn de voz de 5 ou 6 litros ! Tinha pois h1wi1lo Lo quc n~nho dA rliicr n F,x.1110 Snr. D11. umo. ruturn inlost,inal. .\ crcanC'inhn en- ('n.rrill,o Yn,·ier clrnmnu -mo de parto e [ Vlt ar era Cost-a oergado, tra.vessa da Albnqtrerque, D. Nfor ia d'!I {'om-c.•içào cont~avn·so _d<' tal m:ineirn qn<' C'au~nvo diq.«e-mo q110 l'm virtmlc rin l'!'sm_t.n-dl? ,fa, 1tro.liuqueta 38-r / r--Lisboa fregueeia d'.Al- Mortlns, D. Ealalia· Mende!:> Ctrf:m1l, ,José d6, 1mpro.~s1011nndo torln, os pl'~~oM quc annlise, 11nitn po,tin fo:r.rr e quo mto t111ha cnnta-rn encontrando-se gravemente doen- Rermnùo dn Silvn, Rt>rnnrd'o de .\hnoi11 dnm e t•onhec-iom· tol era n npnrru<:io outro rrmedio <orniio rrqign:1r-1!l'f' t·om a to su1t fnm11ia recorreu li protecçiio de da P:e .ro.~é- \Uartint1 RC'1'1riqnes. D. quc- nprN,<'ntnn1 <' cle"iclo oo c·rucinntl' pcrdn dn1111Pl1> filhn pniq qn<' 1r.ìo hnvin N'. S. òo Rosario da Ftttim11 a qval lhe Jo;ofo ,fa Picdmfo Fol'"leirn, D. Mnrin <lo mnrtil'io em q uo SI' l,uc-nntrn,·u. Mnnciei curn possil'Ol, 11110 n <'rc:nnpn c~t;trn p1>rcli:. f: ronC'edeu tiio jlr1tnde grac:n fa~endo urna C'nrmo· Nfendes (\t~rnT, D. 1\-forin dos chnm11r rnpidamenw n modi<·o ossistcn- 1 cb ti o orni~ quo pndin rh,rn r seriom cluu-s 'prnmessa d'o 20$00 parn o culto de N. 8. ~auto~ Pà-is Mn rned'e. Jose Cnc?eirn Piute, e no dep8rnr tnl cnso, disse JHtr11 mim semnnn-s. O sou cstndo ~f•rnl crn <lcsoln- de Fatima. to r\·o• Gbnçnh••'!I C'osttt (5$00), Condl'SRI\ e rll'mnii; fomilia Q)lC niio. hada 1•11ru nl- dor, a sua mnj!;rczn •' f'n!raq11('('imen~o Pedi"ndo :t pnMicaçiio de tao grandioso de' Mante Re-rrr 1'. Emilia l!ftrìn Ptirr:v guina e que e,,tM· n 1rreml:'drn,•elmente per- <'ram grandes, a ponto do 11ao poclor nbrir fnvo,-- no nosso tiio qneTido jornalzinho-n P~roiro, l\!adnm'I" D u al'U', D. Emili11 Yi· ctorio do Josn11, D'. 1Uari11 José Soar<'s, dido e quo niio en contrnvn mcio nn medidua de o snh•nr, s6 11m mi laii;re o podeMaria cfe Narareth Comes Duque, Su- D.• M'n,,fa José d'os Snntos, D. Vir~inia rin fazcr. Eu e minhn esposo j{i iamos p<'rior8 do C'olegio de Santti. TereAa cle Gl>~nlves Pinto, D. LauTn Possolo da <.'Olll quntro clins c1t1<' t1nhnmoq prin<·ipinJl'!lns oo·No"fln Senhorn. do Livramento do Co11tn, JJ'. Tor-. e?~ Se.l'pl'I. 'P!mentol. D. do umo. nov!'na a No~~o Senhorn de FaRio Grande do sul, no Brasi!, onde é ja Mii.rfo Vfonn Mort'1ra, Jonqmm d<' Routintn, para que E ln o melhorM~<' se por bc>m ronhecidn Nossa Sonhora da Fatima sn Fnrin, D. Ann da C:once_içiio Mngaventura tivesse de ser nosso, mns naqu c· estnnrlo bastnnto inquieta por umo doon- lhiies ...tnt6nio de S0t1sa Fnna, D . .Toa.In ocasiiio, minhn esr>o1<a o eu eom ns la.c:11 cTe ouvid<>!I reccando ficnr surda, fez qui n~ Prntas Soeiro, D . Lndovin9: N<1tes grimas nos olhos e pela11 faces abnixo, rrmn novena a No'lSa 8enhora de Fatima (15$00~·. D. J dntintr Ram~ Mart1nR 1:eD. Maria .Angelina S. Romno em vermos tii.o ,:rn.nde desastro, mais t()("11ndo com urna Imagem de Nossa s~ reira umo voz nos prostramos de joelhos diannhora no ouvido doento, sentiu-i;e com.· Mby~ ~AThuquerqot., D. Maria do C'éu Pinto de 'Abren e Lima, Manuel Onrdoso te da Imap;em de Nossa Senhora, que pospfeti,mente curadn. Sèquoit'a, D. Maria d' Anunciaçiio Fon11esuirnos, e Jhe prometemos ir em Maio do corrente ano a Fiitimn, comnngando Marla das oores Dlas Plnto, dn Rua ca M1rnuel Maria Lucio, (20$00). D. dO'I nisl'ainhos, Rrap;a, informa: Ro'.,n OTin da da Silveirn, Antonio C'ol'lho ambos nc~se dia, le,•ando o menino para «En c..tnva p;ravemonte atacada de um dn Rocfia Joiio Jos!S dos Santos, ,lo~~ agradecermos o beneficio e tiio ~rande m11T incnrnv<'l, C'onforme m'o declarnram C'nmilo P~stor Joaquim Franco Vl'lo~o, graçn que aquola NoRS& Ma.e nos tinhn os m édìcos quo me trntavnm, o' nem m~ D. l\Taria J zab~l Barreiros, D. Frnn<'l•linn dispensndo. Este menino encontra-l'e bot querinm op1>r11r, visto a minha fraquezn do G1orìa, D. Mnria do C'armo Ta,·uroa je com-plotamente curndo como ~e prova ' i,er extrema. Tratnvn-sc d11ma. ulcera ut.o- dè Amtsa D. lsmenia Ruela Tovttrl"!; com atestado médico (devidam1>nte r<'CORosa Antonin Valente 1l'Al· rino. e inN1rovPI. Eu qofria imenso, e Sonsn, nhecido) pelo mau m1>dico assistente 8nr. niio tinha nm instante do flQCego de dia meida Gracinda da Silva Trintn., l\fnria Dr. Eduardo Valençn. m•m <le noito. Jollé Marfo José Leite,_ Maria do Nesta dnta 13 do 1\-faio, m<' <'nC'ontro Aron~lhnrln. por urna minha. cunhada Rosario Tnvares Gravata, Marm das Dona Cova da Tria rom minha esposn e diqn!' me roio vh,itar, fiz com meus filhos reR F'ernandos Rendeiro, D. Maria das to menino, nqnele que Nossa Senhora, nmn novonn. 1t Nos!la Senhora da 'Fati- Dor!'s Tn.Yares de Bousa, Maria Jos6 Vieicompletamente curon, o aqni bl'Jx.mos n mn, " hehi durante a novena nirua que ro (5$00), Manuel José Fornnnrles Ronayua da..<i a11ariçoes. F.stn ~1·açn vai sor fllA me tronxe . No fim da novonn aen- deiro, Leonnrclo Fer an.ndes Sardo, D. pùblicada no jornalzinho a Voz da lì'atitia-mf> -porf<'itamcnte hem, e miracolosa· M'ari& da Concciçii'o M arquos Rodrip;ucs, mau do qual hoje sou P sarei s1>mprc 1t~mC'nt<' cnrnda, polo poder supremo da AnJ?:ofo André de Lima, Antonio FC'rrei1inante1>. SS.ma Virp;em, podendo hojo fnv,c.r to- rn. dc Carvalho, D. l\fn.rin José de QuinATESTADO clo~ os meu~ dcveres sem difieulclade al- ta.nilhn o Mondonça, D. Tznbel Gonc:alves p:umn. CnTdeirn, l\hmtel da C'al, P.e Joaquim Etluflrdo Volenra, ri011to1· eni 111edu:i11a A mEr ico da C r u 2 M a delrn E' -,,nrn. cumpri r O ,6to qu e fiz a. esta P lacido yoreirn, ~- Mariana dos R~is, e cirurqia pela. Faruldade de Mrdicina Roa Miie que dosejo q,18 v. Rev.c111, se J~ G111omnr, Lmz de Sousa Agmar, da Untv~r1mlade do Porto: . n hu.·a pnrn tomnr 1p1:1lq1wr nlimt• nte>. digne publicn-lo. PrornC'ti ip;llalmenre to- Lufs Cabrai Botclho, P.e A:sdrubnl. de Pela mtnha honr~ atnto qu.e Antonio S om e nergia. nl~umn , melnne;olH·o o 111~;.. d011 os nno,; <'mquanto viva envinr urna .\'l'>ron C\lstelo !3ran_co, Anton!o Fnnnha da posta C_11nha Vu111a, de q~atro anos I fprcntl' n. turlo qne o rnd<'nrn, os olhos I ('smoln conforme minhM posses, e aurnen• Gornes, 1)_ l\farm Pia 8. Os6rio Andrnde, de tda_de, /tl1,o. de ,José lfartt71;., dn ,wm brilho e u rna fcbro. ardont<', letc11·gio. r tn 1,. dc ano om ano... Antonio 1\fat'ia Dua..rto, Prnncisco ~eroi· n~1a Vtana, -res,derrte ~a fréou.ea,a dr <'o.r: 1 pnrt"Cia um pc>queno 1-ntlnvcr (pl<' S(' eorn., D . Maria ('nrlota FC'rro Murinelo,. dirlos, roncelho de V1anl! d_o Ca.,telo, fo1 contrnrn 110 Joiio <In clor. A miio <;Olieì-ta - -- - - -- - ~ -- - - -- •.J11rinta da. Trinclade Brar;, D. Lucrecia atacado por tima _febre t1fo1de no de " ,·igilnntP, clifac·omtln pelo &ofrimento Pclejiio, D. Luc•indn Duquo, D. Emer1>nago,to do_ ano fmd_o. . q,10 ~o ns vonlndeiras miies Sllb<!m 1-crrtir, Bençao dos Cruzeiros da via-sacra t cinnn Gl\lviio, D. Elvira ('a.sales. _Antonio, _Su.bmet,do ao re1711n_rn e med1caç_110 ha- pr<'pnr!ll·n-se l't•signad:i pnra l'<'<'ehE>r a r M. Paulino, n. Amelia de Fre1to.A, 1'>. lntual, os trl!s_ P;tme,roa. aeptenano,, de- puithnln.da pnnp;ent<' cln (lp~:iporcdmento na estrada de Leiria é Fatima ( M'nria Amelia de Froitns Farpeln, l'>. -correra~ .,em inc1dente d1uno de me1•_ri'I.o_. do filho qucrido O idolntr11<ro, 4 uondo J)Or " . ~ . _ \ Mo.rin Tznbel Bnrreirns, _D. Frnnrel'i.na A_ .,euu1r, quando a temperat11,1:a. prmc!· intermédio duma mcninn ,T:is 110, sas ~ ~ o dH': 2G_ do corr_enle _mes de dn Glo_r!a, D. L1>on~r Alme1da., _P.e Gel'tlrP!Ou a à~., i·u Il _w roree, 08 mtnhaa 111• lac:òe-s (,Tul io Mnrq1H·s :llorgndo) quc, ll ho reahsa-se a cer1mon1a da Ben- do Ab1ho Gomes P1n&, !)· E 1'1-'.1rn ~ 1111:11s-31fa,,, /111 dia cham_ado apre.,.,ada- alwirnndo-so rlo leito do pec11wnino doen- dio solene dos Cruzeiros levaintaàOR I ta M. Corte Renl , J~se Ma.rin. R1_bt!1ro, .mente. As 111111ha11 pre.,cnç/Jes .,o1,re o re- te Jhe ministrou umns prqnonos 1,!<Ìtas I . 3 d d f . ,. t d d I D. Ol~n. Nunes Pore1rn, D. Maria 8e · en ai111 · re"fa ·, . · n piena n . A ugust a el'Al. meH· Ia ..,,"0:· · g1m ·~ r t·1n1I am s1'd o d e,,pr e,,. ~~ d<'' ap;ua. de Fut,ma da q,rnl n mO!imn mo- pe ,.,. e, ,e os . IN!! na es ra a oji J_?SllS 8 ci:ims_, das: O doent1~1tn aprr.., enfaua umn peri- niun 88 fnihi orompnuh:ir. F.st8 bond0!30 Re,... !'e~.,,o n Fatima. _ . ra_o, D. Juhn Si ~outo Ma!or, A11lomo tonite uenl'ral,.,':'da com aaida._ de 1rn,, , e:r- 0 rlevota menino. j:imais nbnndonou O pcA II r, borns sola.refl da manòa Bel'- Drns Frado, An~mo F_ranc1sco Sftrgaço tremamentc fetido, pelo u.mbiuo ti mcnor quonino doent.e e choia do fé, dessi\ fé quo e me ia o-ficiais, devem esbn· junto Novo, P .e Antonio l\fac1el Barbosa, Mapressllo sobre qua;quer pont~ _do abdomen, nunca aba ndonn ns nlmas oons O vt>rd1t- do primeiro cruzeiro as essoas ue n nel C,erqueirn do Ro~o, P._o Adriano Temperatura 85, 5, Ptflso fih/orme, esta- rloiramonte rrontos, csforc:ou-se pnra inon. , t P .q D ins l\,forques, D. l\farin Joso Monteverdo geral aterrad~r. F1z conhecer d /a.mf- tir em n6!1 a ospP.rnnça nns mclhorns. De- q~nzeJ em omar. pnrte n~ta ceru~o- da rlo Sous3 Lobo Briindiio, Antonio CerZia o _ntaào dcsesp_erado_ do doente. f'.ara <'Orridns 48 horas O J)f>qnenino deu sinnis Dli\ e lucrar as rndu lgenc1as fla V1a-1 quoira Lopes, Joiio Simoes,. D. C'11rolina uma rntervcnçllo c1ruruica era dema.,1ado clc vida e no dia seguinto pcdiu cfo t'Omt>r. Sacra. I M:achado (25$00), Inocenc1a de ,J1•sus, tarde. ~mbora desr!ente de .,.~sultado_., H ojC' n cr oo.nçn estn C'ompl<!tamcnt<I C'uraEm catla cruzeiro br\VE'ra urna alo- 8ernfim Pinto de Babo, n. 1~a!1rn C'e· favo-raveis, prescrei•i a terapeutica aplt- da No entanto ola jit n'io vin nadn nao Q S t , )est<' nrn.nco (30$00), D. 1\lbert11111 To1 se e b ogar ao•. cada ne., tra c-asos. A drenagf;m do pu.., fnl.M·a, e a ja'tinh; nté'tudo ;r,..1;a· C~ç'ao. :ruanco an ua- ta, .Maria da Concei..,iio norges, Anto1 continuou. a Jaz e-la p~lo umbigo duran- rndo para n. nmortnlhnr. A cri>ança foi 1·1,0 eh> Nossa Senbora <1~ Fatnna se- nio Pinto, Pedro Pii' .o. ('ardoso, :\fnrin te . uma sem~na ':'pro:rimadamente. 4. se- , d!'pois ao meèliC'o e <'St<' fic-ou ndmirorlo. ra relebratla a Santa Missa. Gertrudes Gom . M, D. _Lmzn Mnd_alona de 11uir o umb100 cicatnsou e o estado ge- DisPe que estMa compl!'tamen te r,,rndn ~ Albnque~que, D. Ame~m do Al me1da Tn&, ral, embora lentamente, c_omefOU a ~e- e que foi u m m ilngre m uito grnnde». D. Marra ,José l~errc1rn, Manuel D11nrte lhorar: Aa ora.çdes do& pata tmham sido dos Flantos Clnmelns, Salvador clos 80,ntos ou.vidas. O doente curou-se completamenATEST A DO Abrigo dos ~oqntes Peregrino& da FMllma Bnrbosn, D. Mnria Guichord, D. Cristina te. R ibeiro Osor io Oouveia, Dr. Antonio P~ E p01' .,er verdade e me ter pedido Gi/betto rarl'Ìlho Tn11irr, 111rilirn-ri rnrTransport.l' ... ... ... 4.972$50 roirn. Fip;ueircclo, Joaquina Moreirn Nnposso O pruente atestado que a,,tino. oido pela l1'aculdade dc ìlledicin11 J,· f,i,, - Altn•tlo August.o dn ROC'hn ... 77$00 nes, D . l\far in (•'1>rnnnda do Carvnlho Lcnl . . IJOa atesto que A.mer-i/'Q tlii Cru z Mrulr.ira, Das Jt'lorinha., do MaT da P ovoa A.voln,r, Maria C'nrolinn Cnctona, D. JoaVtarn:i do Castelo t8 de abrtl de 1927 fil/10 de F-rancisco Motlc1ra, /oi JlOr m111i di' Varzim . .. .. ... ... Vl$05 q uinn da Conceiç-iio Si lvn, D. Marin Rosn tratado de meninuite, ff'n<lo por m1111 .,ido Dias Quintas, Manuel José Lopes Din11, (a) Eduardo Valenoa ronsiderado, a certo lllturtt cla do1•11ça, Antonio Pinho de Varp;ns SiiJollé C'ristovnm Ourém, Antonio Emidìo como incuravel. Mai., ate,, to qui', quando vn... ... ... ... ) 0$00 Goml's, Silvns Oliveir a, D. Maria Deolìn· Francisco Madelra, morn.dor na vita Ri- oa sintomas Re fornaram de tat forma - - --1 da C'on t i n ho Alvos, l) , ErmeHud~ Ro~a beiro Seabra, n.' 2 r/c, Pedrouços (Lia- a/armante., que era de e3percir 11 breve Soma ... . :. 5.072$561 d n Conc:eic:ao

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Lei.ria, 1 3 de Ju.lh..o de 1927

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Diraotor, Proprietario a Editor: - Dr. Manu el Marques do,q Santo1:; Composto e impresso na UniAo Grafica, Ru de Sante M11t11 1511-152 - Ltboa.

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ugo1·11 j,i ,é\ h11~Lnnte, <>mbora niio est&j1t aincln clt' todo 1·11rndo. No l'f.'('into dns itpari(•òe~ n('hnm-se t'm 1·on!'llr11(·ii.o nlgu ns 110\'C>& edifioios. Entr11 11 c·npt>li1 dns mi~sns <> n Poijto dns verific·n\•òes mc>dicas, ,t clireita de;;te ultimo, c•rp;11ep1-se ja ns paredes do Hospit:11-Mttuttorio. Um pouco mais longe, n m<'i•t <'n<·o,t11, vèom-se os alicer<'<'~ dn c•npc>l11 d11·~ <'nnfissoe:,, semelhanten:i formn e 111> e!:-Ulo 11 P enitem·iarin de f.ourdt•s, dt• l'P<'ento fu nda~iio. JUNHO) E m [renh• d11 l",lnttln, 1!11m e do outro l:tdo do portil'll monnmentnl, levnntrun-se , numerosns l' gros,ns c·olunni; <le mal'more 1 brnnc·o, , 1ue imprimem t\ t•ntrndti ,los ;.nn: t.utirios um c·1111ho rlt• nmgl';.\ane e impt>dominn o lol·til dth npnriçòes n cam;?- nNwin int·ompnr1i,c,is. L:t ehi hni ...o . no nefft' ('ID quo H' fn1.ii,m trnnsportnr os fnndo dn rnll', n 110\":1 fonte mirnt·ulosa,

C ·R ONICA, da FATIMA .. (13 DE

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O Serafim de Assis A missa comernorativa do sétimo centenario de S. f rancisco - Quatro mii comunhoes - As homenagens da Lourdes Portuguesa. De nc·ordo

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dP pere~ri nos. X ,1 rstrada ,·rem-so cai,m.~ eia ('omlehn, {'urtnxo, C'nldtts da. R ainhn, Torrc>s Vt•rlrm,, P (lnnc·ov,~ Alcobn~n, Romhnrrnl, Alpit1r(·Jl, Tcmia:·, C'ertìi, Alberg1uin-n-VPlhn, P ornes, 'l'orres N o,·,,.s, et,< No lllt'ÌO dn mnltidiio (Jlll' P1whe a estrado. do lés II léi., um peregrino do P edrop;nm dl, Torrei. \"o,ns rom•eri-a c·om uro s:i<'or rlott> son nmip;o. ProfundarnN1t.e <·rente e de umn cultura in\'ulgnr, nnrra no seu interlocutor, em pnlnn·11s frf"nwntc-s do entu!-.Ìl\smo, que rl',·elnm li mnis ,·i\'n c·omoçiio, o i,specta<'lllo imp011!'nlt' e ns~ombroso eh~ proci,.,siio clns ,·elns nn tarrle clo clin precedente. X o ardor da. sun. nchni r:l\·ào ('omovida, ns pal:wrn,i hrotnm-lho espontnncas dos liihios, lrnduzindo grtwim,nmentl', em imn111

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o C'npoli:o-director dos Rnn<·t,rnrios dc ~n~sn Senhora de Fatimn. o re\'. Supc>rior P ro,·inc·ial dos bel'On1

Hemeritos 1"ilho!< do Seru.fico Padre S. }'rn ncisco rle> .\ i-si, re,oh·(nl consagrnr o ùiu trezo de .J u nho :i ('lomemorn\·ào festi,·a do glorio~o Pntrinrchn no locnl das Apnri~òl'M. Bem t•sC'olhirlo I foi t%e dia pnrn tnl {'omemora\·iio. porque j:t n nntn Jgrt>ja o ns,-ig11nJ1irn t·om a glorifkaçào de um do~ memhrns mais ilustres dn Orfl!iem Seraficn, o ~rande Santo Antonio <tle Lishon, c~,m Ntjn, p,1 lmn!' triunfais é ju.,..o t,nt1·el:t\·n1· ns rlo Snnto Funda<lor. Jll'('slnllt('f,; filho~ de 8. l<'rnncisco . em·idnram todos <h esfol'\'O:; parn a relehrac:flO ,·ond igna rins fo-tns rentenarins, quo l'<'h1tlt:1rum hrillta11tfs!<i11111s e> impregnndns do1, mnis , iYo~ ~entinwnto!> cfe fé l' piedndf'. Parn tlnr 11111:i. idl'in d:i. importanci:i das festni- fnuwiM"nnas de Fatima bnst:i cli1.er qua nn mi,sa da Comunh iio geral. q,w s(' l'(,!Phrnn :i" non• horm, c·<>mnngnram n111is dc quntro mii pe~so·as. ~nquelt• loc11l nlll'nçon<lo, que é hoje o trono mnis esplendoroso de J(>:'us no seu ~1wrnmo1.•,n tle nmor, l' o centro do mni-. ncend~:1<!0 r ulto ii Rainhr do C'éu, firnm ndmir1welmentl- hem :1' homenn~ens na<'ionnis no ~anto que se distinguiu pelo !¼'Il nnwr an .I 11101· que 11(i11 i n11lf1dn o pela sun rl,woçiio .\up;usta Mii.e cle l)an~. N'o ròro imponenh• !' nnnnime de louvot·e~ qu<> 1\ C'l'Ìstunclnd<' elen1 no Sern- l•PttcnH'l'ilns si•1·,·itns tlt> 'forres ,\ ovn~, firo P ntrinrrhn neste •,etimo ('entena rio q1w tonto se rlistingu('.)111 J)t'lo st'lt t rnhndo seu <litoso trn nsito. a Lourdes por- lho 111r\plt'sso, 1wln suu n111v·a de,n1Pnt11g11e~n rc>nlrnl is1111,lo l' c-nroanclo as licln 1loclil'!\\'Ù0, pc>lo ~eu (1!.for~·o criv•riooomemocnc;ot's rin Pn t rin de Sa11".:o An- so ,, 1w rsistc•11tP e 1wlu rigiclrz dn sun clistonio, ncupn inrontC'stnvelment.e o pri- r·i plin11 no clPsC'mpenllo d1\ s un tiio i-immeiro lognr flC'ln 11;rn11dio,-idade dnsi suas p:•tic·a r·mnn clPli1·11cla missào. • homennp:N1·., " p<'ln ~inr<'ridade e ter- / J nnto da primPirn. fonte mir:u·11lr~11 nnra dn snn rlern('iio. nmn mulhrr do pm·o, l'Olll nmn creança no t·oln, c·nnn•r,n t·nm urn peregrino Confiança e alegria de urna CJllC tl!'ahn dc fn.v.l•I' Il /<llfl pro,•isiio de mae _ As obras no recinto 11~1111, n111•,nr eia grande dificuldade clo d . l\l·C'sso, mt•rre dn nfluenria de cunrorrenas 8 p 8 r J ç Q e S - A nova t,e:;, ,\ l'l'('flllçn !'l'll c·ompletnmentc cefonte miracu Iosa - 0s gru- gn rh• , nnsc·en~·11. ::iio din treze de c-n.dn pos de peregrinos - A pro- 111.:-~. d111·anw onze mese,; rons<'Cutivos, cissio d&S Vel8S na VCSpe- a nlÌi(•, 1•Jteiu !]P fé C C'Ollfinnçll, dirigera a noite. • "" a F niìmn, pnm ,-uplicn r :t Santi~•ima \'ir~,1 111 fili<' t·P-tihrn n ~-ista. ao Pone-o clepo1~ <In, seis horn,; da manh:i !ho Pstrc>mt•c-irlo.. l'o m·o n p011t·o Pie ,·ai do dia h't'Z<' pnrn,·n 11:1 estradn C\lll? nwlhornndo, s.•m 1wnhum trntnmento l'

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Outro trecho da peregrlnaçao nacional de 13 de Maio ultimo

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s 1tmula n1w11ns ,1 ,fi,..tn1win tle c-inc·o 011

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uwln>s cln pnmPir,~ e nindu mnis nh1111cla11lo tlo cp1t• !'la, 1• c·1mti11na111l'ntl.' ohjc>C'lo dn nll'll\':ìn d,,s 1wrogrinos, quc> 11 n <·011fon1pl11111 r•lwins ,11• nclmi1·n\·an pelo potll'I" l' liondacll' ,Jn , irgl'lll R:111ti!<sima. ~aq1u•l:i l'<'Kiiio ti,, t1io ,,h,rnd11 n ltitucle, ari,ln e d!'serln 011tlt• n'gotnm npen:111 alg 11ns nrh11,to~ r• nr,·orps rnrh1tÌNh e e nft•zndns, I' ondo num r:t io tll' n lh'11ll\ns ]l'gnas n.:o ha 111,(1111 rl<> 1Hl,;('(."1l(•, rnns so po~·l)S C l'istC'l'llll', ('0111 ngun d,1s chm·ns, é ,(•nl111lt>ir:11n,•11t1• pr0Yi1lt'11c·inl nnrn tiio granclc :1h1mcl:l11C'ÌI\ th• ngnll. indi,,pen..,:in•l pnra 01•nr1·('1" ii tll•\"O(,'ÙO rltls peregrinos, snti,r,,1.er ll ,i-tlt' ,ldt•s (' 1los nnimais t~ll<' t11i ,·iio lotlo, llS lllOSt's em numero ,fo 11111 itn~ 111ilh1ll'l'', e fnr·ililar extrn<.nlimirinnwntc> n grnntle$ ohm~ ja 1nic·indas 011 ('tn projr~to. F,ntr<'tnnto . rh,,~nlll \ nnmero~os grupos

fi- l

p;ens

c·h(•Uh ,le l,(,)P7.f\ t' P.11r·1111to, oq pcn~nmNlios que llw 11c·mh'll1 110 «'spirito piocloso l' K<'nLilissimo. Nn Mtn C'Xprt•ssiio sutunùlu ,lt• poe,.,in o nrnnnilhosn c·nt·h•in, c111t• c·ontcm1pl1irn do a llo dii pstrncla, lornum prim<'irn um C!>rnc:iin, de propor~·Ùl"i gignnt11,c:Js, toclo 1ihrn1rncln Plll t"l,nmns 1• liio 1wrft>it.o, tiio hl'm c!Pli,wnrlo, 1·01110 1w111 n J.(rtll1th• ('nrlos Tlt>is, c•nm o po1lt'r l'Y0<'11tlor ,In 1•u genio, ('(1111 toda :l 111ngin l'IH'llllta!lorn dn sun. pnl<'tn (' cln '('li pi11rPI, ,•rn (•llpnz ,le reprr,tlnzir na t,•ln l'nl mi11intnrn. Oepois, cleM'llhnu 11111 l1clll(Jllt'I, dP tnm:rnho nes(•r,m111111l. t•nrnpo,.to clas finn• 11111is helns, ma!s rnrns, rii> rnril'gMlns r·i,re,, c111e pnr,'<'tnnl Ì('r (),; ~('IIS JlCl'ÌO)OS prrso~ TIOS imc>din<:iil's da fonte mirnrulnsn. Qunnclo 1 O,; p<'r,•p;t·ino,,, 1111111 prnt<>~to VPl'mente òe fJ t• pit•dndt.>, ll'1·n nt1n·am n, ,·elns ao nito <' canth\'11111 o 111•r. <•01110 f'lll L onrcll'~,


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Voz da F stima

2 a diYina cidade dos Pyreneus, dir-se-ia que o lago de fogo, fonnado por dezenas de militar do lumes, era um formoso e magnificente jardim de açucenas, constantemente agitndas pelo leve sopro da brisa nncturna..

Marta. Aprt>sentn-se vestidn com o trajo azul e branco da ViTgem, t~ndo vindo assim de Setubal acompnnhada pelo marido para o oferccer corno ex-voto. Numa dns galerias do Posto, unla mulher alta, aparenta.ndo saude e robustez, narra comovidamente, numa pequena roA peregrlnaçao de Lisboa - O da. rie servitas a. cura interessante de que objccto. Cha.ma-se Ermelinda Fernancomboio especial - O es- foi des, tem 27 anos, ~ casa.da e mora em t a nd arte - O distinctivo Gualtnr, proximo de Braga. Havin qundos per e gri nos - O re- tro n,.eses que sofria horrivelmente de vagresso a capitai - Louva- rias complicaçoes de um parto dificil, a.gravando-se di) dia para dia o seu esvel iniciativa. tado, quo {nzia prever, num curto esLisboa mais urna voz se impoz a admi- paço de tempo, um desenla.ce fatal. Unraçiio dos crentes pela intensidade do es- gida ja e sacra.mento.da., segundo a sua expfrito religioso que anima as suas perègri- pressiio, om perigo iminente de morte, naçòcs o pelo superior criMrio com que pediu por consolho duma · visinha, a sua a.a so.be orgnnisa.r e dirigir. curo. a Nossa Senhora de Fatima, prome• .A peregrinnçiio dC8te mès, promovida tendo, se fosse despachada a sua suplipela Irmandade do Senhor dos Passos, da ca, fnZE'r uma peregrinaçiio em acçiio de lgreja da C.onceiçiio Velha, perfazia um to- graças no Santuario das Apariçoes. Imetal de 234 p01i60M, que partiram da es- diatnmente a protecçiio da. Miie de Deus taçiio do Rocio na manhii do dia treze se fez sentir, t> a morìbunda restituida, em comhoio especial. com grande espanto da familia. e da poEra dirigida pelo rev.do dr. Manuel pulaçiio da sua terra, ti vida e a saude Augusto Perell, delegado do PatriarcaJo, de que gosnva antes do parto, poe-se a qne tinba. corno auxiliares no desemp 3nho caminho fazendo urna tiio longa viagem dt> seu nmnus os reverendos Ce.tarino e para dar oumprimento a sua promessa. Dirigem o serviço do Posto o dr. PereiBalvaçli'o, capelii.os da. referida igreja. Os peregrinos ostentava.m no peito O rn. Gens, da Batalha, médico-chefe, audi,tintivo da peregrinaçio, que era um :,:ilinclo por algun11 colegas, entre os quais Jaço roxo com nma modalha do Seohor cloi,; o dr. Fernando Oorreia, das Caldas da l-'11t,sos, a qual muitos juntaram ,i'lln me- Rainha, e o dr. Joii'.o Alvim, de Ourem. dalhinha. com a efigie de Nossa Senhora Como ja ha muitos anos sucede em Lo11rde Fatima. rleR, O!! estudanteii de 'med_icina começam O estandnrte da peregrinaçio, lindo e n._ frequentar o Posto, coadJuva_n~o os m~ 'ristoso corno poucos, foi pinta.do µor ~e-, chcos ~ estudan~o os casos clrn1cos mais nhora.~ da froguesia da Conceiçiio \'al,in not~ve1s, qne n.1! se oferecem _a s~a obsore reprcsenta a. scena incomparavel ,111~ vnçao. N~s ~nais do Posto. ficara a ocu11 ,i,riçoes. par o pnme1r~ _logar na !1sta dos estu1 'J'endo cbegado a Cova da Iria, os 1,e- dante!! d~ mt>d1c1f!I\ qu~ ali. presta.ram os rep.rinoH encaminham-se juntos para O seus serv1.ço~, o s1mpat1co Jovem e talenSsntulf'l-io, cantandb um dos hinos de Fa- teso.~ distinto _alun? da Fac~dnde de tima. Med1c10a. da. Umvers1dnde de L1sbon, sr. Durante n missa da peregrinaçiio, celo- :[osé de Ca.tvalho. Roi~ e Silva, filho do brada. pelo rev. dr. Peres, foi administra- importante proprietario ?O Pedrogam_ de da a. Sagrndn Comunhiio aos peregrinos. T?rres Novns, sr. Antonio C'arlos Reu; e Depois dn. assi11tencia aos restantes actos Silvf. do progrn.ma oficial, a peregrinaçiio ie A 11 1~ .h?1"1111, pouco ~nte~ d! se ~ncerLisboa., rcgres11ou, corno tinha vindo, em r!'-r defimtivamonte _ a 1nsc:1pça?, tmha.m munerosos meios de transporte, ao apea- sido facultados cartoe~ _de 1dent1dade, padeiro do Coissa (Ourom), onde a ap;un.r- ra po~erem !!0~ adm1tidos no re_spectivo dava o comboio especia.l, que a conduziu pavilhao, n mat!'I de duzentos e crncoentn n Lieboa. Bem hn.jn n Irmandade da fré- doentcis. guesia. da Conceiçio Velha pela feliz iniciativa que tove e (Jue foi coronda de um A proclssao da lmagem da Virgem Credo de Dumont exito consolador, e praza a Dou11 qne outrM corporaçoos congeneres aigam o seu - A m i ssa off cfal · Preces oxemplo, tornando iniciativas identicBll, que tanta gloria. diio a Dem1 e que tanto e cAntfcos - A bençao dos bom fnzem ns almaa. doentes - O se.rmi o offcial

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Bençào dos C ruzeiros Como anuncia.mos no penultimo numero da Voz da Fatima, realisouse no dia 26 do mes passado a bença.o dos cruzeiros levantados pela piedade dos f iéis na estrada do Reguengo a Fatima e que ba.o de servir. para visitar a Via-Sacra quando se obtiver a respectiva licença da Santa Sé, necessaria para se ganharem as indulgencias. A cerimonia começou as oito horas da manha e terminou as duas da. tarde. Foi presiclida por S. Ex.a Rev.ma, o Snr. Bispo de Leiria que se dignolL fazer runa tocante alocuça.o junto de cada cruzeiro e alusiva. ao correspondente passo da. Via-Sacra. O acto foi muito concorrido de fiéis principalmente das iréguesias visi nhas com os respectivos parocos e terminou com a Missa durante a qual o Snr. Bispo rezou o terço com o povo concluindo tudo com uma exortaçao penitencia e santifica~ao ·aas festas e peregrinaçoes. Aproximaram-se da Sagra.da Mesa da Comun.ba.o, apesar do adia.n· tado da hora, cerca de quatrocentas pessoas, Foi o primeiro acto publico a que S. Ex.eia Rev.ma o Snr. Bispo de Leiria. se dignou presidir na Cova da Iria.

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Se lhe ensina~~emos a doutrina I. .. - Sim, miiesinha, sim, sim I Quero tamMm aprender a doutrina, gritou a Mimi, entrando pela sala de costura.. - Mas meninas. eu uiio tenho vagar, • bem veem. E a Mimi ainda é muito novinha para ir para o colegio, t<im defeito na, faJa e é muit.o mit, muito mal - Mas ee a miiesinha quere (diz a Mariazinha.) eu ensino-a, quere? - Pois sim, meu amor, isso era o qne eu queri11.

Atendeudo aos pedidos instantes que niio s6 os devotos de toda a parte de P ortugal como os operarios

Dai por diante, c'lurante semanas e semanns, Mariazinhn logo que voltava do colégio fechnva-se na sala da costura e, com paciencia. assiduidade e uma ba.bili-da.de extra.ordinaria, foi ensinando a doutrina, ponto por ponto, a traquino. da m~ na, aM quo finalmente osta a meteu na cabeça. - Mas olba que tu ja niio podes ser ma depois de ir a Comunhiio. Jé. nunca mais podes arreliar a miiesinha, nem cha-mar nomes a rreadn nem bater-me, nem morder ... Nadn I Tens quo ser muito boa. -Tenbo? - Tens, ~im. Tena que te converttr. Eu tambem me ronverti. -Tu ta.mbem eras maP - Tambem. Niio era tanto como tu, mns tambem era. ml, - C'omo eros tu ma? - Olha., desobedecia i{s vezes a miiesinhn... - E agora? - Agora nnncn. Faço tudo o que ela manda. Mns niio pelava o gato com agua quente, niio chnmnT"a nomes ...

Oculto no Santuario de Nossa Senhora do Rosario da fatima

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Mimi começava a c.er muito seria. - Miiesinhn., olhe que a Mimi ja se e&M n conwrter. Tomara ja que I eia fo68& a primeira comunhiio I E a pequerruchn, de foce de boneca, de ca.belo ao/1 rachos d'oiro, ja papagueava as respostM do catedsmo, que era um encanto. E seus olhitoR ingonuos e profundos· davam uns n.res de quem ja. pensava. Sabia os actos. O Mto de FcS, o acto de Esperançn, o acto de Cnridade ...mas embrulhnv11-se· na pronuncia. E o modo de que o Sr. Prior jul,:,;asse que eia niio dizia per niio sa.ber ... trnzia-lhe aos olhitos umaa lagl'Ìmazitns, que ainda mais lindos os faziam. - Oh l màesinhn, ma~ eu Rei tudo, poia sei? - Sabe!l sim, meu anjo; e se tu foN!B muito boa, tah-ez que Jeeus te mio deixe atrapalhar quando fores no exame. E Mimi era cada vez melhor. A's 'rezes niio lhe faJtava. vontade de chamar bruta a criBda. E vinham-lhe una repcntes de nrranhn.r n mana, mas ... tinhl't que se eon1·erter.

que t r abalha.m nas obras e a. nova povoaçiio da Cova d'Iria teem feito ao Ex.mo Senhor Bispo de Leiria, Sua Excelencia Reverendissima criou urna. Ca.pela.nia permanente no Santuario de Nossa Senbora do Ro1 A debandada. . sario de Fatima. PObtO das verfficaçoes me- Poneo ante~ do IDl"ÌO clin solar or~nni-1 A escolha recaiu no Rev .do Madlcas · Varias curas- Cura !18-R(I o cortcjo que df've acompanhar a nuel de Sousa, ex-Paroco de Ceisde urna tuberculosa - Uma von~rancla est:itna de Nos.<;a Senhoro. de sn. . . • cura em Braga - Os medi Fat ima. da C!lpela. dM Apnriçòes até 11 Todos os dias ser' celebrada a cos de servlço - As lfstas COpf'ln das M111sn11. , a A linda Jmagem pa.8 ~11 entre nlas rom- Santa M1ssa a horas certas orandod os d oen t es i nscri tos. , pactllf! de povo, quo n i:audn entusinsticn- se pelas necessidades espirituais e No Posto da.<i verificaçoes medicas in- m~nte com J?&lmns " vivas o um continuo temporais recomendadas a este santensifioa-se cada v1>1, mais, de instante agitar dc milharl'& de lenços branco&. ~o- tuario e pel os doentinbos. para instante, o movimento de vai-vom locadn a Tmap:em nnm pedestal er~nido O R C 1~ t d .t • • doe doentes. par& a~sa fim a direita do nltnr m6r, um . ev. ape ao a en ern os pereO rev. Manuel Pereira da Silva, admi·- e.oro forte a ham timbrado executn pro- grmos que o procu rem. • - Miiesinha. quando levamos a Mimi ao nistrador dtt l'oe da Fdtima., a qnem O fil'icntemante ,, o ored o d t 'nu.mont . T erSr. Prior para a t>xnminarP 0 cant o, <'omeçn n y·issa d os d oen" voz do povo crente chnmn com raziio O m inndo eecretario de Nossa 81'nhora, poe em rel0- ~- Emquanto ~In se calabra, o capelito- 1 I - Niio sei aindn, filha. Niio ~ei quando poderei. vo 0 facto altamente consolador do au- <l1rector doR serv1tas reza.. juntam.ente com ~ D epOIR d 11 e.eJ mento considernvel de curns- nos ultimos vo povo _ · o te_r5o d O R OR!"r~o. A I zinha.Mas t>U posso leva-la, disse a Mariatempos. DC'Sde treze de Maio ultimo eh&- açno do ~ahx a mnlt1dao canta 11m p10daquele J·ornal a. noti'ci·a1 dos~ cantico popular em honra do San- Esta bem. Entilo leT"a.-a amanhii. g ou a rodac,.iio v t( s to E · Mnria:tinha tem sl'te nnos. Pelo l'&minho, foi urna cheia de r ~ de mais de qnnrenta novas curas atribui~in.mo acrnmen · ,m Reguida a missa J~ ,._ 1 · • das a intercessiio de Nossa Senhora de renlu1n.-se,. na !orma. clo costume, a corno.. <,aue or, c-i.crever e até fazer ren-1 mendnçoes ... - Olha. que tu responde sem m~oFatima.. J\fuitns dessas comunica"oes siio vento Mr1mon1a dn. bençiio dos dof'ntes. da~ urna ronda m\1ito simples, é verda' Dada a bonrào 1 d L , d de, . sem_ grande complicaçào de pontoe. - Mna cu t~nho defeito na fala l. .. acompanhndas do atestados medicos e ou. , . p;era , 0 rev. o u,s e F, f tros documf'nt.os comprovadores da a.uten- Sousa, 1lustre f1_lho do S~ Francisco, pre- ,m im, e ntontn ao trabnlho, judiciosa e - Nilo tens, has-de ver. Tu tens sido ga. um sub t d d niio esta 11empre n tagarelnr desproposi- boa. e .Jesus vai tirar-te o defoito. ticidade e do caracter sobrenatural das v - d O RI n!1cioso Rc:>rmao 11cerca a e- tos. Olhn tu faze n~'lim: respondes muito d&curns. Entro estns merecem especia.l re- oçno i:t ~rtoRo sante;> a Nossa Senhora. ferenoia. as dc doie homons um que tinbn o, recondu~da proce!!sionalmente 8 ImaTem uma irmàzita: a Mimi, que é tudo vagar, mas primciro pensas, para ouvir , gem da. V a 1 d · no contrario. E niio admira pois que é hem a perg11nta. umo. 11 lct>rn no estomago bavia mais de r 00ed a ir,:,;en:i - cape Il. as ApanQOOs, mnis novita, posto que seja um ano s6- Mas Ae eu me ntrnpa.lbo e embrulboP vinte anos e o outro surdo durante qua- P • ? admissao dum grande numero t lh I T ·~ L ' · de f161A nn Ordom Terc · f • men e. - Nno embrulhM, mu er u J"' JlB renta. e nove anos, e a de uma religiosa p · · · eira ranciscnna. E é penn quo uma menino. tiio bonita se. muito tempo qne mo niio batos nem ardominicana., quo sofria igunlmente de ulrrncipi!1' entao_ a deh.andnda. . . ,. corn no estomago. Os vo1culOR vno par~indo uns ap6s. ou- JR ass1m travussa. Date na. mana, arra- ranhM... , Entro 08 pessoas quo compareceram no tros pa~a oq seu 11 de~trnos, 0 recinto dos nha-a, e nM lbe morde - a feia l Mn.s, dil'X'-me · !\ tu quando eu estou na Posto para anunciarem a cura dmi suas santnnr1011 dcscongestiona-se pouco a ponOro um dia quo Maria.~inha apareceu escola temi feito sempre o que a miiesinha d t h _., d co, e no por do sol mal 11e vin. um 011 ou- muito arra.nhada e com uma negra no te manda.? oençns, f!O. n-1,e uma. SOf! ora cas..... a, e tro peregrino retardatnrio rezando umn bro.ço (proezas dos dentitos ruins da Mi• - Sempre. nomo Em1hn Urbana Rita., de 2ù anos it· I' a v· mi> foi eia tcr com a mamii: 'e disse-lhe · - Niio chamnste nomea a criada P de idade morndora em , Sotubal. ima.t-0 ,mp d au c1111 e c•hca. e10 d e irgomdade0 adpartanl aque 8do-~e ei;- j ~ .Na-o "... verdado . .quo eu .sou . ma;• .~ b6a - H a mui'to t~mpo que n110. T uberou1osa em te rce1ro gran, trata n t . . .1 . d 8 rl 081111 C'é dopo1s que f1z a mrnha pr1meira comu- Bem, pois entilo Jesus gosta de ti e !JOm rosultndo por varios medicos em 8&- ancia privi egin u· nbiio? niio te atrapalhac:.

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ACONVERS10 DA MIMI

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tubai o em LishoB, desenganada da scien- E' verdade, filhinha, é verdade. Mos • • • eia humana, n tnl ponto quo 11m medico Vi.•conde de Montello tu que tens nn carttP Estns toda arranhadoe mais iluetrados da capitai disse que - -- - -- - - - -- - - -- da. - Bons dias. ·..r. Prior. ele niio ora. D~us para. a curar, recupe- Jsto niio foi noda, mamii... - Dons odia.it. minhn~ meninas, bona rou em tr& d1as a s:i.ude, que outrora. E se a gente levasse a Mimi a primeidei-;fructava, grBça!I a intercessiio de NosFatcr tudo por de,:er ll 11 ada por pra- ra comunhiio I Talvez quo também ela fi- dias. Que é que des&jam P 1a Scnhorn. do Fatima, tendo-lhe sido ter ma, tudo com prazer. cBsse mais bt'!a e niio desse tanto desgos-- A Mimi quer ir a Comunblo e nm constntadn n cura no Hospital de Santa (Lema dum missionario). I to a marni.. para ser exnminada.


Voz da Fatima O Sr. Prior iii. sabin. do caso. - Mas eu é que niio tenho agora vagar. Quantos anos tero a Mimi? - Tenho seis anos. - Seis anos?... E's muit-0 novinba. Mas... quem te ensi nou? - Foi a Mariazinha. -A Mariazinha 6 umn. mulherzinha. Tenho aqui muito que escrever\ e o melhor é isto ficar para outro dia. - 0' Snr. Prior, mas entii.o a Mimi, assim, nii.o vai comungar tiio depressa. Se o Snr. Prior quilll88se, eu ... - Mas olba tem bom remédio : tu vaia examina-la em'qunnio eu ca sigo no meu trabalho.

de1, de, 11um momento dé afliçào e desani da, agarrar em um quadr o de N. S. d. Fatima e invoc0rla com a mente, , istn Jll niio falar. Como n11quela bora prometeo os seus brincos que tinha em maior estiruat, envia-os, sentindo .i maior consolaçiw em fazer este sacrificio por Nossa Senhora que lhe restituiu a sa.ude e as for1,a~ necessarias para poder manter e c1;e1P "'l' outros tres filhinhos que, com o •-,, fico.riam n.bandonados. Junseu ta ma i,, ..,..z tostoos quo oferece a sua filhinha mais velha do "love anos.

Por una instantes o Sr. Prior continuou a escrel"er os eeus assentos de ba,. ptismo e de matrimonio. Mas a breve i..·echo teve que parar, fingindo no enta.nto que tra.balhava.. Entre as petizinhn.s o dialogo corria deliciosamente. - Quem é Deus? Onde esta. Dens? Quem , No~so Senhor Jesus Cristo? ... Mimi, nervosa, nno parava ne. cadeira. - Esta quiétinhn, niio te meL~as ... (dizia,..lhe a irmit a meia voz). - Dize la agora, dE' que é feita a hos-tia? lllimi ata.ranta-se. - Olha: ae quo é que se faz a bolo,. cha? - Ah I a hostia faz.se com farinha o com ag.ua. - Quando vem Jesus para a hostia? - A' ConsagraQiio ? - E quando é a consagraçii.o? - E' quando toca a campa.{nha e o sacerdote ajoelha no mesmo tempo. - Quais siio a.q disposiçòes para a C'omunhiio? Estar em jeium de.'lde a mei:i noite, estar em graça. e bom é fnzer nesse di~ algum sacrificio. - E que é fazer sacrificios? - Fazer sacrificio é... . :--- E' sofrer por Nossa Senhqr a.lgnma c-01sa clas que niio gostamos ...

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nho, a do Rosa.rio da l~atima 110. Cova da lria, e ao seu divino ama.do filho, Noi;so Senhor Jesus Oristo, pelo abençoado romédio que nos conC't'deu para os nossos malO!.»·

gar, o minha miie ir dr>-do a o-.lrada ca. do cima, de joelhos o.té o. cnpC1ln, rezar o terço, ir a pé para In, o se aguenta"'~e, de viru.

.ATESTADO

Hortense Cardo10, dn Cologii, de 23 anos diz em carta de 10 de mnio ultimo: Tive urna dor no dia 8 de Outubro do ano do 1926; o Sr. Dr. Armando Oo~tn. da Golegii mandou-me pa.ra. Lisboa dn11do ent.rada no Hospital D. Estefnnin no dia, 13 de Outubro sendo opera.da no dia 27 pelo Sr. Dr. Vaz Gonçalvos de Lisbon. Fiquei muito mal da operaçiio colocada entro nlmofadòes, sem me pocler mecher para parte nenhuma demorando por la 3 m~ ses ~em nunca me lembrar da Virgem NOSsa Senhora da Fatimn.. No fim de estar este tempo todo no Hospital th·e um& carta do minha miie com o Retrato da Virgem Nossa Senhorn da Fatima, dir.endo-mo que tivesse fo com 'Eia. E eu pedi com todo o afecto do men c-orni;iio que se Noqsn Sonhorn. fizesso o milngre de eu me vir <>mbora na. sema.na ~<>guinte de fa.zar urna carta e mandar publicar no jornalzinho da Fatima o mil~re e de ir a F!tima, dando a m,mola q111> eu p11de"5e.

Hen,·ique Dias Ooelho, medico-r-irurgìllo pela. F~uldade de Medicina de Lisboa: Atesto q-ue o Snr. ,Joaquim Fernandes dos Santos, de cincoenta e seis anos de idade, casado, morador na R-ua. Oapitllo Leitllo, 58 S.• escada, rer.-do-chU.o, esq-uerdo, encarregado dum armatem de vinhos, esta completamente curado hoje de ulcera., 11aricosa3 no membr<> inferior esqurrdo de que sofria ha doee ano, consecuti1103 (ap6s -uma febre tifoide complicada de flebite ) e que tinha rui3tido a todos os trafamentos medicos aplicados. Dit ter feito tratamento com a agua de Fdtima desde o diq 19 de 01,tubro de 1925. E por ser vcrdade e me .,er pedido passo o prrun te ate.,tado que assino &ob minha responsabilidad,. pro/iasional. Lisboa tJ de iunho de 19f7. ( a) Henrique Dio.s Coelho

ATESTADO

Rosa de Jesus Morali, run da (.;-Osta C'o.brnl 450, Porto. Declarn que hn uns 6 Hen1·ique Dias Ooelho, médico-ciru.rgillo !11é.ses lhe apereceu um t_umor no peito; pela F'aculdade de Medfrina dc Lisboa: rndo consultar o i,ou medico o E~.mo SeAtesto que O Senliora Jlaria de Pai- nhor_ Dr. Forbos (loRta., oste decl~on ser va, de cincoenta e .,efe anos de idade, ofoet1vnmente 11m tumor e p!ectSllr ~r en.,ada, moradora na rua Gapit/lo Leitdo, op?rado. C'hegop n m:rcnr. o dia 8 de J&58 .,egunda porta, ree do chilo, esquer- ne_n·o 1,ara __ n. opernçao_. !i:o entan!o redo, domeatica, e~td eomplctam,nte cura- ce1tou-me , arios remé<l1os de qu~ flz uso da hojr. dtt.ma fiafula proveniente de -uma J ~cm res~ltndo. Um • dia ~<>mbro1-me da rarie de 1,ostela. (tubrrettloae ouea), qut a~ua mda~rosa do ~o~a Senhora de F~datava de Fevereiro rle 1!Ji!5 e que vario& t1mn e d01 umas fr1cçoe~ ~om elas e flz tratamento flao tinham conseg1iido cu- t~mhem urna prom?85n de ir agl'8decer a 1·ar. Dir. ter feito a npliraç/lo de agua da Nos~n Se~1horn e lc~ar-lhe, lO(U)(l() de oferF&fim,a desde o dia 13 de outubro de 1985 tn S(' Nossa Sonh01 a mo e u1 a~~e. Joaqulm Fernandea do1 Santos E po,· .,er verdade e me u.r pedido passo o presente afeatado que aasino .,ob minha responsabilidade profiasional. Joaqulm Fernandes doa Santo,, rua do Lcfria, 3 de j_un/10 de 1927. Capitiio Loitào, 5S-Lii,bon, em carta, diznoR o sepinte: (a) Hr.nrique Dia., C'oe/110 Eu t.ive ha 13 anos urna febre a que os médicos deram o nome de tifo; que durou Adelaide Leltl o, de Vila ~ovn de Gaia 3 meses. Durante o tempo que eetive doonte clescarregou-me sobro a perna esquer- (Rua do Candido dos Reis-23 diz: uEstivo da, ficando parnlitic-o da mesma. Tanto 5 meses com urna intercolite quo niio cedio. • o médico que me trntou corno outros quo aos medicamentos. Andn.va muito desani• • me visitaram, niio rOC'oitnvnm remedio al- mada, porque nito me podia alimentar, tugnm que melhorasse a minha. perno.. Eu do me fnzia mal. Re<'orri a Nossa Senho- 1 Bem, minhas meninns. jli padecia de umn molestia. a. que cha- rn do Fatima, e t'ui la em Outubro de A Mimi pode fowr a sua primeira C-01926, na i;eregrinaçii.o naci0'1al, e desde munhiio. A vossa mitesinha que me venha mnm o· zngre, molestia terrivel, que me ontito, nao sofri mais deste terrivel mal . apanhavn o corpo todo. Principiou-me aos falar para combinnrmos o dia. Um grande milagre qne NosRa Senhora 28 anos de edade, e hoje conta 56, e niio me fez, e nito devE'I ficar no silencio urna obedeoio. a medicamento algum. Ha 14 ~i~i~h~; c~~o-~ é graça tiio grande. Viva Nossa. Senhora de anos que senti dar-se urna rotura no baiOcm1,erteu-se toda. Fatima. • Ja é mai.! boasin ha do que eu, poifl é, xo ,•entre, quo· me eausnvn impossibilit-aEspero ir outr1t vev. n Fatima, ngra.de<-er mento de tra.ba1ho, chegando n deslocarmiiesinha? 11, Nossa Senhora muita,i graçns qne me - Sèè!e' ambM bonzinhas, minhas filhRII, so os intestinos, e que nunca tive tratn- tcm c-oncedido. Ajudem-11e urna a outra a ser muito boas mento de médico nem remédio. RoH de J H UI Morals e procurae nas v0&<as comunhoes corriFrancellna Souza Gaspar, de V!llndo de gir algum defeito ou adquirir alguma virFrndos, participo em carta de 29 dr maio tude. ultimo que tendo urna c-riança em 1.5 de ~,•pois disto rnltei ~o méd\co que _d~ Nito faz sentido que lidando com o l'aFm•ereiro de 1926 ficnndo muito bon, gro- pois do me Hr, me c_lu,M• mu1to n_dmll'&• lor Ele vos niio nqueçn, que envolvidaa ça.s a Deus, paasadoR 2 clias a E'\ncontram clo, quo en cstan1 _mu1~0 molho~, d1zendoem luz n.ndeis em trevas, que alimentandomudn.da. Chn.mara.m O médico imedia.tn~ ~<' q uo ''.oltasse la dn1 n 15 drn~, o ~ue vos da Bondado e do Amor , est.es sentimente !' este, quando ehegou, logo pòs em f1z efect!vamente pnRsndos aqudi>s dtas. mE>ntos niio transpirem di:\ toda a vossa dnvidn. a minha l'uro.. Que me in. fazer Ao ox:mmnar-me clednrnu qne t>U _ei,tava pe~~on. e edifique os outros. umo sangria mas punha. om duvida que I co!upl<1ta.mente _cura~a, o quo podio. •puQut> os caminhos por onde pas11ais fio sanp;ue corresse. No mo.<1mo din a noite bli_c·nr ~m reco10 pois qui" erit nm verdaquem impregnado~ do bom odor de Jesus niio vin., nem ouvia, nClm flllavn. de11·0 milngre. que de manhii estabcleceu tào e~reita No dia 21 a noite veio o médico daruniiio convosco. ATESTADO me urna injocçiio e nem a sonti. Den-me 11m ataque epiléptico. O médico disse QUI\ niio me podia fn,~r mnis nada. O quo I b11vi11 de fazer ja o tinha foito. Que era Porlo, !IO de maio de 19!!7. impoAAivel eu escapnr. Qon,n do se io em-1 nerti/it'n q11e fe11/rn lrafa<lo 1111 alou.ns bora disso para a gente quo estava: ucoi- cinos da Senliora D. Ro.•<1 de J1•su, Momis, 1noradora na run <'o.•ta Cahrul, de&tndo., é a ultima noite que tene... C'omo a minha fnmilia é muito. devotn ta cidade t que fu, conaultado pl'la me&de No"-~n Senhora de Fatima recorreram mo ,'/rnhora em /inJ dc novrmbri, do ano com muitn. fé a Nossa Senho~11. A minha pau(l(lo, por moti1·0 dr um tumor 110 pei~ farnilia foi reznr o terço: t'm tio meu dis- 1 to que depois de e.raminadn m, 7x1receu Allce d'Oliveira Davld, da fréguesia da se qne ja niio vnlia a peno nada disso. de nnfuuza .m.•peita de mnligni,lnrle, em Graça (Figueir6 dos Vinhos), tendo um fiM:inh~ mndr~nha disse entiio: «anda que virh1rle do que llie aco,~sclhei a dl'i~r-se lbo seu de dois nnos e meio, urna curvaeia a111da. nao morreu,,. Fornm rozar o oprrar; mas como mo.,trcus/l due7011 de tura ne. espinha dorsal e niio podendo torço a Nossa Senhora e qua.ndo acaba- nlf.o scr operada unte., do 1\'at<1/, w con~le II ndar, rocorren n. Nossa Senhorlt dn ram ja ou estnva a esprej!;ttiçar-me e a rordei lnM aconselhando-a a q,ie 11,ìo proFatima (niio chegou a tornar os bn.nhos abrir os olhos. Da{ em dianto comooei sem- trlaue muito a ocas,lfo da operoçt10 porde 1101 receitados polo medico) dando a be1ue poderia. aumentar; o t11tnor 11,.~sa ecapro a melhor. bor a creança, durante e-ere-a de um mes, 0 médieo disse qne se en <'Se-o.passe que 1 .,iao rra do volume dc 11m.a tan!7erina; nllo Maria do• Santo• Palva agua eia Fatima, rezando ambos (miie e fica.vn coga. Minha mndrinhn foi chnmar liai-ia /tbre nrm ti11toma$ dr i11flamaçilo filbo) urna ' Avé-Mnrin a N. Senhora e o Rev mo P .e Martinho Pinto Rocha pn- loral; di' noi·o a vi na& 1•u1ura., do Satal, Tntnbem minbn. mulher teve uma mo- ro. me dar a Santa Unçii.o, mns no outro rm q1,r., encontrei o lumnr m:7ior t. aten• . urna suplica pedindo a curn. Promoteù ir n. •pé n Fatima (o que cum- lestia grave, foi trntadn por medico e du- dia ili folava, in ouvia " jn via, pouco dendo a 1,ma rertn rrlufnnria d,1 doen~e priu em maio desto ano) e de ioelhos de!'l- rou 3 anos. Os medicos diziam-me qua era é Yerdade, mo.s dni em dinnte fiquei com para a oJJrmrllo, di.,u-lhe qut e3perana de a estrnda até a capelinha. tuberoulose, nos 0!-~os. N6s ambos pedimos a visto como dn.ntes. até ao dia 8, depois daa festa, do .Vatal n Virgom Nossa Senhorn do Rosario da Grn.ço.s ao Santfssimo Sacramento e Gra- 1 para. .,e /arer a operaclfo, aron.,rl/1ando-a Pilar Montetro do Vale, de Vilnr For- Fatima na CO\·a dn I rin, que nos valo680- ças a Nossa Senhom do Ros1frio de Fati- contudo a deixar-se operar ,nai., cedo ,e moso, que durante quotro clias teve as Fomos visita-la na capelinha. da sua apa- ma. -viur qur n tiimor a11111rntaria. X e3.ta ocamaioroa dòres para sor mii.e, estnndo jti riçiio très ,ezes C'm cncla. ano. No terceiro Meu mnrido prometeu la ir visitar &il.o o tmnor seria do 1•olume de 11ma laabandonada dos médicos que a davam co- ano j1i lii fomos completamente siios de No,~~a Senhoro rezarmos ambos o terço e ranja mediana. rno em estado desesperndo, a ponto de no- todos os noSbos padC1Cimentos pelo qua dar 50$00 de e..~moln- 1'tlinba madrinha Ficou rombinado que 11 dnent,. l'ieuts da lhe receitarem nero fozercm, den a lnz, mnitas graças demos a Virgem Nossa Se- J prom1>teu rezar o terço 15 riins e C'Omun- para a operariio o mais tardar em 8 da

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... Ah!

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Mimi.. b~a?i

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AS CURAS DA FATIMA

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Voz dil Fatima ja111-1m, X1U1 t,1rt!l'Ì u l'ér ll doeute 11fr 1w dw 8 tl1• fe1•rreiro em q111• M: me apri•,~e11to1,: ,,J'a111inei-11 ro1,10 tlu,i outra, N·::P.• r rom ndmirordo 111i11l1<1, ol,~rnei quc o t,imor linhn de.•11r1orPri<fo; 110 enfanfo 11edi-

lhe parn 1·olfor oo mru 1·011.mltorio J)(l,,.,a-

do1t

ronfi1·111 ei o cle.,a])/lrPcinu11 · to ,lo t11111or; d1· not•o Il n//.,Prrei 1,n.,.mdn.• u1111H .,emana.• r. 1'1"rifiq1tl'i q11e nilo 11111'i11 J:j

tlia.•,

,iada de anormal.

Por ur rrrtlade <' mP .,er pedido nfe.•to 30b minlta pnlai·rn dP honm P hirarri se nerr,01irio frir 1'111 como 1•.,t,1 dnlnrarr1o é n r.rprr.o,in rl11 1·rrdr,dr IO

(n) Mn.111101 .Jorgp T<'orhC's C'osta

M ar ia de J esus, d<> R<'holo~n. esN(',·e: 11F.x.mo Rl•v.mo Snr. clin>etor C111npri111lo 11111 clP,·C'r t• nmn proml'si.n q111• ri7. n nossa Renhorn !lu Ros11rio cl<' l•'atimn. YE'nho pNlir II p11hlic·n<·iio dns scg11intes grnçns cp1c- recebi de ::-;o.,sn Sonhor:i. ].• .\ ncl<>i i anos nn t•st·ohi cle i11str11çiio prim:hin <' n,lo c·o11seg11i a prender o ler: òepoi!'I qne p<>cli n NMs11 Rcnhor11, 1111111 me~ a prendi n l~l' a le-tra redondn. 2.• T'm jonm1 de· 21 nnos de idnd<' tolheu-"I' cle nmn pcrnn ,le tnl modo qne o~ mPrli<'Os o julg,n-nm inrnravc-1. RN•orr('moi. a Xossn RP11horn dP F1H,ima pronwlC'n<lo fnz<>r :1 t10l'<'lll1S em 1rna honr11. ';\°n 2.• r,io da prim!'irn novenn o j01C'm l'Cm1t•r.011 n sentir-SI' melhor dn pernn, melhornn,lo r]ia J)nrn din nff (1118 I\ terC'Cira, jti. foi a1·0111 p:\ n hado cle 1 I jo,ens o.ssisli r n t0<lo, os <lins da mwc.na. !l.• T'mn prima rninhn <1<> R unos <l<' iclarle j,1 hnYia um ano que niio se modn cle pnl'll' ne11h11mn do ('orpo. Apenn<; snn. miie pronwtc,11 ir 11 F:1timn rom eln, 101,1:0 romec:011 n nnrlnr. l'(•~o enrnrl'riclnmC\nte <111"' pe~am a Nossa ~enhorn (lllC' ~c dip;rw ronvodor um p<"'ndor qne j:1 li:1 20 onos niio se c•onfl'ssnu.

Mar,v Ferro f.,obo de ì\1011r11, J). Filomenn Domingos l•'rngoso, J). 1,nizn Mnria cla C'oncei(·iio Feio, D. Barbani Ramos lt'rnnco Neve,;, D. l\!il'neln Onroço, J. G. (20$00J. D. l\lnri11, A11g11sta H.iheiro, D. Ana Bo.rrC'iros Fl'aziio. D. Maria ('on<'Oi~·ìio {'oelho, D. Mario Briptista, Alhorto FrnncisC'o l•'aria Ahn,nC'hes, D. M11ria clns Dores C'orlo Reni, n. Ludovinn cle Oliveira Snnt.ann., D. Ma.rio. Josp Assis Gomes, Ur. 'Lufs d'Oliveira, Ana ('hnrtc>rR, ,José Justino do Vnle, D. M,u·ia Go11lart Sm·m<'nio, .Joii'o M1111u<1l Gmwoin-, ,Joiio Paulo, .Jcronimo Augusto Pinto, n. AmE>lin Figneim da Sih-:i, n. Amelin C'ahritn (11$00).' 1), Luizn rlc Jesus Mnnso, (11$00), Anonima (A. R.), D. Maria dn ('()'TIC'eiçiio Prnzeres Pnrente, A lfr<>clo Hnrrndns, D. !Ilaria Vnsqu<'-i. :\fnrtins, n. Guilhermina eia ('m,tn Prcitns, Guilherme Plnntier Mnrtins, Maria .Jo,é Ferreirn, D. Hortonsin cle l\folo Lemos o l\Iene1.es (115$00). n. Pieclntle Vieira Mo('fl, D. Florinda Ribeiro da Sih·n, P. Gic ni, l\Innucl Jnsé cl'Arnujo, Manuel rie Arnujo Pereirn. D. Mnrin C'ahrern Rorho., D. Ann Rosa Pires, D. Marin do Sn<'rnmento Pircs Morcirn, José M:nrin l\f. Pinheiro, D. Tdnlin,, Roclrigu<>s Pouzncla, 1), ì\fnrin 'Emilia da Ounho (6$00), Teresa de ,Jesus Almeida. (1 clolnr), l\fanuol Gn hriC'I, ,\ ngeli no eia C'oncC'içiio Lnuzndn (jorn11is), n. Virii:inin Tznhel Gon~nlves dos Snntos, Marin T,11iz11 Dias. T>. C'nrolin11 ..\ugui;ta Moreirn Rnni?el, ,Toiio C'nrlos ,\lves (20$00), D. Mnria cfa Graça. Nnnes de Tirito, D. ):Inrin dn Grnça Nunes cl<> Brito, n. Enp:dC'in cl' As1;1111<.·1i.o ('o,·as, n. Reatriz de Amnrnl ()u1dt>i11~ 05$00), Emilio Aup:ustn ,lo 8n Goodnlfim (2()$0()), D. Ludovina. Nc>v('~ (20$00), n. Teresa, B. Forte, D. Paulinn Al<lenno clP F nria, U. T,uiin do Freitns, D. Mnrin Luizn Lenl, P.e Angolo Fil·minll cla Rilvn, Mnl'in dn ('onr<>içiio Cnlntlo, R ivira rln C'rrnf'eiçào Xe,·e1; 1"crn•i1n. n. A11g11stn .\ h·nres clo<i !=l.nnto, , :?•'"'rl()).

n.

n.

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Despezas

Abrigo dos doentes Peregrinos

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2. Hl!l~f)()

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VOZ DA F.ATIMA TrnnspnrlP . P:111el. romposiçiio e irnpr<>s~iio <lo n." 57 ............ ....... .. Sf.ln~. P.XJW<lir:iio, tr1111sporh•, 11.ran1ras, Ptf' .. . Ontrns 1lc~111•rr.n~.......... ..

U ma senhora. conta o segainte: Fu i profbicfa por meu mnrido de ir confissiio. V endo eu · q ue me nio era possivel fazé-lo vir a aceder o.pesar de me custar m11ito, rosolvi fazer-lhe a. vontade. Niio Linha sido educada assiro, mas paru <'' itar qnos,tòes assiro procedi. Niio podio. ser assim por muitos anos. J,t n caminhnr para o 3. 0 ano sem ir lt rlu.,obriga. Niio me C'onformava som curnprir nma obrigaçiio n qne minha màe me le,·ava dc:,;de a idade de 7 nnos. Yin ir minhn fnmilia e eu niio tinha lie:<'11<_•1\ do meu mnrido I Que t,risteza. I F.11 niio ciuerin abusnr da bondade do meu mn rido. P1,n~a,·a no 1.0 mandaf(lento da. S.t• lgrej:i que manda confessar-se o cristio no monos umn ,·ez por ano. Todas 86t&a lemhrnnças me at<.>morisavo.m. ,\,, veze.. vinho.-me à lomhrança ir a urna igreja. mais isola.da mas logo me ,·inha o respoito humano'; tinha medo f!Ul' nlj!'.uem me ,·i$Se entrar para la Triste situaçiio I Tinha saudade de hobpedar em minhn p~hre nl~u o nos<,0 quC'rido Jcsus, mn-i nao qner1a desohedec·<>r. Ha c·n<;os porem quo poclem mais que n~ lei~. Fl.,tnva-!>e na primn,,ern. Nurn& daquCr In, lindns manbii,- enchi-me de coragem npcsnr cle mii nbstnculo,; que se a.prC-: sentiu·am 11. minha ima11:inn~·iio. Nncla imp<>1liu a minha viagem. Consegui entrar n1i igrejn da. minbn paroquia onde encontrE'i a mou di'tpor um ~nC'erdote qne me atE'ncleu. Dia feliz ! O 111011 m:irido nem sequer deu por minlm folta, Dnr llO.ra o futuro fiquei t·om um tal cntuRinsmo quo nu'1ca mais trve_ medo 'lii<' algu<>m Yiss<' para onde eu 111 • ,Vrt•f'isanclo um dia de il' para O hosp1tn! pnrn •.,er operarla pedi que me llcl1111111str:u,;;<'111 os i;ac·ra1111•11t 0 ,, 0 fJII<' mais tnrdf' mo seniu de deft>sa. Pns,;ados sete nnos enro11trn.va-se mou mnl'ido e um !',(>u amigo n. t·ensnrar a confifisìio. ~1•111 nm ,w111 ontro podiam ver SI.... mP Il 11111tes coisas nté lh<'>< pnredn 11m c·rime.

n.

n.

da Fatima

5.M2 :;;; Trnsporh• . .. ... /521$00 ,i$00 170$00 Yirl,!i11io 1-'el'l'<>irn ... O. L11C'indn ('nrntiln 10•• 00 G. .\nwlin .\h-c-s Fn1tu'i!I.Uf!,3, 26 n. 20.• no liii .. . . .

Subscriçao

Porque é. q_ue. a lgreja tem in1m1gos

Respeitos humanos

:5.111iS,,.'>

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·Eu lllll'iit-0',, mn>1 <:omo o caso era com · t<'le,.,, . nado dizin, mns . <l a f por 1ns-

- S<> o. lgl'ejo. é no mundò a grande escol11, de heneric·encia, dc mora! e dc C'ivilizo.~iio porquo é qne suscita contro Ri tantos odios e persegui~OOII e ntrai ns nntipa.tias de tanta gente? A e.cila pergunta eu vos responderia que a raziio (, facil de <'ompreender. A Jgrejo. condcnn todas ns I\CQoes m11s o cenRnra todoR os que delas se tornam C'ulpaveis. Desde logo ela levanta contra si todos os que siio re11s de algmna ncçiio indip;na e estes, infelizmente, sao muito~ I. .. EnLre eles e ola niio pode hnver simpatia nem ncorclo posRfrel. Fatando em nome df' nous, n Igrl'ja diz: · Kri.•fe 11111 Df1t.1, Juiz Sf>1ura110. - Ora. ha. mnita gente a qnem a ideia de Deus incomorln e a quem C'Onv:da qne Elc niio existisso porque se- sente,~ culpru.los <' it>mem os sous j11izos. C'orno querem qne estn p:ente a.me n Igreja e t<'nha. <'ntendimentos <'Om eia? A Tgroja rliz: 1Iti 1t111 infP1·110!- E ha muita gente intE>1·es.<1nda em que ele niio existi«se e qne nc•olhem <>sta nfirrnn~ao da. Igreja rom impPtos de rnh·a. Como é 1,ossivol qne amem II T11:rej11 P fi!' entt>nclnm com <>In? A T,zrdn diz: ailnrara.t 111,1 .tri De1111! Fl ha muitns pessons qne ndoram o rlinhciro: outros ndornm ns honrns, os prazeres. Algnns ndornm-"e a si mesmos. Como é pos.<;iv<'l c1ue tmla. csta gentC' qne nào quer dar n 1)011s nem um pensamento da sua alma, nc-m um:i pulsnçào do f;('U l'Orn('iio, nem 11m minnto dn sua Yida, nmc n Tgr<>jn e ,,e c-ntencla <'Om eia? A Tgrf'ja dii!: ">,•,1n jurar<i.~ n nomr ,1r nr11R P111 l'(j()/ - E ha m11ila genti> (jllP niio fnln <>m Dcm: senào para o mnldi?.<>r e hln-if<>mnr. A Tf?reja cliz: f':11n1·dnnfa {)., ,fomin(7n• r 011/m.• di<H dr prrrrito! F. ha m11itn" pcssons 11 quem f\Sta ohrigt\~iio imporl11nn e prl.'fercm pn«<inr o rlomingo em 11issipa(·ii<>,., e- esturdin., nntes Q11<' nssistin•m 'ri<.sa. <' outros oficios reliP:iosoq, C'omo é possi,·<>1 o 11? C'sLn it<'llt<' am<> n Tgrejn? A Ti;!:r<>ja diz: Uonmrn., te11 pai r fttn mtiP! R ha. filhos quc,,niio c•-ipc-ram C'ltegar nos quim:C' nnos parn "a<'uclir<'m o jugn do resn<>ito <' da ohcrlierwin q11<' cle,·em n ,1•11~ pr\is. Hn filhos 1)110 n•<•m sc,us pni,., a 11101·n•r de miM'rin e- cli.' pr·h·nçoes l', porl(•nclo, 11ìio

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os <.oc·orren,. C"omo po<lE>m tor nmor n Ti:trl'jn. 1 A Tp:r<>ia cliz: Y,711 mnt,,n1~ F, hn m11ifa g,•nl<' q11<' ,·in• <'111 pN·pvt11n odio. <'lll disrol'flìiH; E' qnrsto<>s <'ontin1111>1, qm• fil. · t os , I e ,.,· 11J!a n~·n , zem 1•1111n ,1·1n 11m·os prnJI'<· qui> prof<>rP.m p<>rdl'r 11m hrni:o n p<>rclon1rem ll111:l inj11rin. ('omo po,le ('Sta gpnto nmnr n lgrE>jn f' <>ntencler-sp c·n111 <>ln? A Tl!'r<'in di?.: r11111,·rlnr1h ro.•firlar1,•. F. hn m11itos 1)11<' sr entregnm romo ('scrn, òs :i sua natm'l'lr./1 cfoprn,·nòn. ()lii' proc·urnm sr•m esi•1·11p11los os praz<'re, proihirlos. n~ ,·om·<>rsn-.. 1·11lp:1vt>is, as,ll'it11rns .. ,1,·en<'nmln-;, os 1·0111p11nhE'icm.. c·orromJli,lo". Comn P qn<' fllll'reis qu<' <>stn gPni1• 11111c . c SE' <'11 t <'li<l n. c•om e•1a .I> 11 Tgrl'1n .\ Tgrc-i:t diz: Y,7n furfnrri.•!-E hn tautn gl'nt.P Cjll<' PlllprE>jl;n nwios indigno~ pnrn fnzer pnssnr inj11st:1mt>111,(', pnrn 11" suns n1iios os hC'ns ,los outrm,. Porll' <'~tn gent<> nm,1r n Tu;r<>ja? .\ Tizreja, finnln11.'nlc Y<>nclo-"t' qu!' "" niio pode diminuir a sun don trina nom 11 -.un mornl l',ritn-;,<> c•ontrn !'In n <'olern fl o odio dm, i11<·reclulos, do~ hln~f11mnclnl'<'S, dos man, filhn,, clo~ 1111<1!'ltr.•, 1los lih<'rtinos, clos lntlri"><·'-· 11<> toclos aqulllos. <'m umn pal:t\'l':1, <'IIÌII C'Onduc·tn 11ltrnjn n 1·<>r1ln1IE', 'n y·11·t.111lc e 'n mor·1l ' ... Entri' <'In <' éh•s (e isto 6 11111n honrll pnrn n Tgr<>jn) niio hn entC'ndimc-nto possiH•I.

Eri\ innnn ,h•z es1·mlos . ,Jnst> :\Tarq11Ps nnt('s O mr,u mnndo \'Olta-se pnra Torrp,.. .Junior, 1) Mnri11 OliYia ,le, <:;nu- 1 mim (' _l'<,m limi\ grande satisfnçiio oxC'lato .\nt11nin 'Nelo, n. if,nin ,Io (\Hmn ('. m:~: 1111 nho mullwr nun<'ll mns li \'Oltou, Rc•nl 1l',\hre11 <ll' Lima (2'1)S!l0), Mu1111Pl e <'Il <1uc O soulw.-.qP,.. 01>roxicln ~ihn .Torrlìin. ]) ,rnrin dP Yn"·o11('r>ritii-n E11bìo en, m111to tnuH111ila, nrn mission,irin. relo, C'ruz. n ,fonq11i1111 ile ,J1',11s ,r:irr mo-me 1lele e c·onfintlu nn im!'n&a bontin. D. Rmilin A1111;11sla da Luz (20 00). ':rn umn_l'l'fill<•na de !Hn·c nn?s, "',11., hn dacie• eh• Dons rlis.sC'-lh<1 nwignmente: co.Josefa da Conceiçio, D. C'nnclicln Han- 1111 ~110 qnE'l'l.l fazi•r a snn pnmE>i:a .< 01!11•1- !no te rnv;:1nns ! l><>sde 11111• na• pt·oibiste C'itf'S (2ll~()()) l•'rn1wis1·0 HC'nto ,Jo~~ !=l.nn- 1 nhno " no cpic .'.'I' opunlla Il mls,ronurio JIL l:j fni. "' . ' . st•m gl'nnde 1·11z-1n · ; clc T,1,mos, D ClPrtr1ulE>, P1res ( 'orrern RII' ,nnitn n<lmirn,lo. ,iois nuo E>rn <le . . 1 tnn tnr,1(' I) 1 , ( ' . ni_ir.l'IPII (E'__ ra .""." 1111 \1·1,•h rlh ,"'1111•. ,'I '. Jo1·••1'rn n,·11e'11·11. ".~. ,. ' ,.., ·' ·• ' r r h ) . roslume desmen!i-lo, pr<>guntou-me: Mnrtinho Pinto da Rorhn, n. Palmira qm• so <' nmarn : 01 nsitnr O snnti~suno Q • Pinto dr ('nmpos, I>. Mnrin Riti\ tlt• M. e -.1•nl S<>r fJl'C'St•ntrclo, l'lll'Olltrmr n Jll'<(llf'uan,lo? R rom qae nutnridnde? Cnstl'o .\. Gui111nrnc•,, D. Elnru (1p)o, nn a fnlnr nito <le:mt<' clo :\Unr-mm·. ('0111 A mesma tranquilidncfo re.qpondi 1), .\idn di• \11:ui:ir Ferrnz. n. T•~milin da Dizin assim: _Q111111rlo e~tin1 no ho.-;,pitul, n o. morto (20,.()()). Awhlinho .\ln•s, ,()' .Je,ns o s111·. P.C' Durricm n11dn n cl1nnt1• clos olho!I. ("on<·(•i,:iio ' Frnnri"-<'O !=l.onr<'S Gnrrinhas, Frnnc·isi·n <liz~r q11e <'Il niio ,·o,; c·nnll('<;o lwm. por '-f.'1' I Sahin muito lwm que .tn t•rns muito Rn;,n ,1,,s Snntos, RE>ntn Gom<'s (20$\)(1), m1_rno. JH'qni>nn l' nào nw <lc•i,:i f11zp1· n ~eu nmigo O qirn fa.zins tòda a diligenn. Rufinn ,loi< Anjos. D. Alire 8111,zmlo, prm1<'1rn Oonrn11li1in. Mns <'Il <·onlwc:o-1·os c1:i 1rn1·n me !'llllYni·es a ,·iiln mas nnn. lTl'l<>nn TI:iltnznr. 1), \fnria rlt• .Jp~us muito hC'm queln O<·l\siiio )pmhmvn-nrn mnis da alma DnnrtP, D. Olarill(la Hil10ir11 d1• ('tin·n,J:I s<>Ì n dnutrina to<ln. ponpw sp e 11 ti,·e,~c ruorrido tu niio mo !ho. D HPlc>na. Lobo do Vnsc-onrPlos, l>. ,J:i sei ~ue sois Filho <I<' Dens <' cln Yir- c:olnC'nn" nn <'én; 0 eu niio ,pwrin ir paLuis<' D1·e-xcl, .\ntonio ,\ 111!'11sto ~ovnis, ~(•m l'lfann <' qne 1111sc·!'stP <'Ili Rel<>m, (jll<' 1·:1 o inf,,rnu. l•'rnrwisro !lffl1Hl1>s (20P00), .Jni;é Pa1s clns ,·iv•,•th • '1 1k. • ns. m.,ntl\1·a• 111, (' 11 1 l''• fui <>rtn Il rn7.iio porqlll' iE' fui clC'sn,., v-, ~s en1 ·"'11.,n1 ' '"' ·e, Rnnto~. D. Maria {'nsimfrn, P.e .Jn~P Go- umn 1·r11z_ <> q111• no tN·ct•iro d1n r<>s1<11sc·1tn~- beclirnte, ma, jnlgo qut> I<' niio oclins nw,; rln ('osl:l (20S(l0). Antonio .\gnns t!'," ,uhrsto, 110 ('ou, <' tnmht>m qnl' mn- ofC'n<lc>r. P Vaz tll• :\[n~c·nrf>nhas (20$(11). D. \ nn r.w, nn ig1·c•Jn nn Hostia 1·11111;3,graòn. . . A~un, T<'iµ;uPiri>clo )fa~1·1u·1•11hn.., (20 00), Yi•,les <·omo c-n Vos i-nnheçoO l)izc•i no (h , rlois nm1µ:us olharam 11111 paro o 1 ,Joiio 1''<'1'1'••Ìl'n ,In ('ostn Rctt<'IH·ourt sm·. P.o Durril'u (lnc- 1110 ,Jei"c- fnr.i•r 11 ontr~o, rncolhf>ram. os homhro,-, ~orriram (20$00), D. 'F,inilin Vill1P11n RC'hC'ln, n. primc•irn ('rmunhilo.u <' n~o ~nl11~·am 1~111s no ~ssnmpto. TT1•111·iq11etn \fnrin l.l'itiio, Hnim11n<lu ViO missionilrio ,mdn ludo <' :whon-1111' .Ja la ,·no m111s dP sers n.nos. <'<'lit<' òa Sil\'n, ,Joiio l~ilipr- C'orrl'ia, I>. iml'nsa grn<;u, sni11 ~<'m ,cr vist-0 e. :'i noi1'c-nho ido i.oda, as - ,.<'l",(', quo mo Amelia :\fo11t1>iro. ,Jos(> )fonlA•iro, \ nt611io ti', 1111 n11la clP cntedsmo prrg11nt011-lh<' ,e I tem sìclo po,siv<'I 1i Confisl'~ìo e :.i Santa H.odri~nes. D. ('nrlotn .\11µ:usta tln ('nn- tinhu i<ln n il{l'<>ja e Jlnl'O. quf.. Comnnhiio di' maneira n. nào fazer fnlc<.>içiio. D. Mnrin cln 1,nz clf' Cnrvnlho Vni I\C'Usal-o no Rnnti!'isimo R1l<'l'II- tn llS minhi\,; ohril!;açòes Niio é Pl\l'I\ Este jornalz inho, que vae 1\fosqnitn. D. .\d!'lnicl<' C'rnz, n. T~milia menti.'. R r<>pt>ti11 o Cf1H' tinlrn ,lito. ahnsur da hondncfo do mcm marido mnB d Pizarro rlC' Port.oc•n1Teiro, ,\ ntonio Xn- Ora mnito hem, vejo fJll<' f>Ollh('C'l'S pura rwdir li ,Jcsns (tlll' nos ajude (I sendo tao queri O e procu-. , ier cl,• Pall1111·1·s ::-.og11eirn Fnlci'io (Tra- 11111ito h<>m n ~osso !=\enhor, 0 t>ntiio qn:il- <'Ot1\·..-rtn o mt•11 bom marido O yfrermos rado, é distribu rdo gratu itave-..•l\s), .Adnl<>ide Rnldnnha, D. P(•r- cp1Pr clin. tnlvCI! n11111nhii l1l1'.... ntO, fn:rns a nn jl;l'll('II clC' l)pu't, da. propria viòa de mente em Fatima nos d ia s ptltun RC'ixns, D1·. J(laO· fl,, 8011sn ('ana- t11n primE'im C'omunhiio, Je~U'I,. ('onsid<>ro-o apenn~ ('01110 um ce- 13 de cada mes. Vlll'l'O, Tia.ronl'!'.11 tlc- .\ hn<'Ìrim (O. T,11i1m), () f)IIE' nio s('i l~. ('01110 tt• hc_i-c~o p<'rcloal' ':'11111ho,. (!lit' l>t•HS (1111.'rt' Cjll(' ('Il g11il' pnQuem quiser ter direito d e D. GertrndC's clo Ro,:irio Santos Rimòns, O l\('IISRre«-mn nss1m no Snnt1ss1mo S111·rn- Il\ 11 ndn E>ter~a. . • . O receber directam e nte pelo l\fn111wl da~ ~e""~, ,Jo.iq11im da Conc·(•i- mento. .\o~ nos.<;os l<'ttorcs deste querido Jor- j • t .L d • d. ~iio C'osta, ,Joiio Sabino de Pa.s~os Gnlclns, Nito se i11<111iet,,. Ei1 rnu-lhe fll'llir nnlsinho peço nmn Ai•é Jfarin pelo. con- corre10, era e en~1~r, a I P.e Manuel Din!I de Mt1t.os LnF!;CS, Mi- CjllP. lhC' peorcloC' logo que Y. R('\',c·in 111(' d~ v<>rs.1o desta Rlminha n 11nem en tonto! antadamente, o mm,mo d e g111•l P<.>reim, l)ominjl;Ol< R. Ferrl;'Ìl'll. n. n Santn C'omnnhito. , nmo. • dez mii réis.

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VOZ DA FATIMA

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Leiria., 1 3 de .A.gosto de 192"7

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[COM APROVAC.Ao ECLBSlABTIOA]

l"'-.OiractGr, Proprietario a Editor: -

DrS Manuel Marqaes dos Santos

- - !Composto e Impresso na UnlAo Gr'aflca, 811 dt Sula M1rt11 150-152 - Llsboa.

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(13 DE JULHO) • • •

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Administrador: -

Padre Manuel Pereira da Silva

Rtdacròo e Admfnislra(lio: Semlnàrio de Lelrla.

Sua Excelencia Reverend{ssima, o ;en.hr•t looer ali a sua morada permanente, a D. José Alves Correia da Silva, veneran- Providencia dispòe que dos sete ll&Cramendo Bispo de Leiria, realisando um seu toa, font.es perenee de vida M>brenatu,. dosejo muiM ardente e· muito l\ntigo, que ral, o primeiro e o ultimo sejam adiniera tambom o de todoa os peregrino& nistrados a duas peregrinaa. dignou-se nomear por ca,rta datada do Mediante previa autorisaçio do ven&dia 13 de Julho, ~pelào de Nossa S11nho- rando. Prelado, pela mào u~gida do rev.do ra de Fatima, o rev.do Manuel de Sousa, Agostrnho ~arquea Ferre1ra, Z?l080 pa.ox-paroco de Ceissa. 1 r~o de Fatima, as aguaa luatra1a do Ba.Novo e de constituiçiio robusta e san- pt1smo caem sobre a cabeça de uma crean1 davel dotado duma foteligenoia lucida ça do aexo feminino, a quem ile pòe o e du:Oa cultura invulgar realçadas pel~a l no~e de Maria, fHendo-a Dt.&?8r para primores duma educaçiio esmerada, che10 a y1da da graça e tornando-a f1l~a ado. de v..elo pela gloria do Deus e pela san- pt1va de Deus e membro da IgreJa. tificaçiio das nlmas, tudo pormite espernr E aqu?l~ n_1ao sagra.da quo regener~ que o primoiro capelào da LourJ,,,; r,ortn- 1ra a pr1v1leg1ada monma, pouoo depo18 gttè!<a justificara n e.<1eolhn que o ilustre administrava a Extrema Uriçiio a uma.

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Vigilia de armas- A torrente caudalosa das multidoesA. imponente procissio1 das velas -Espectacuto assombroso e emocionante - Vibrantfssimo ,hino lde:Fé'.Mais perto de Deus. As primeiras sombrns nocturnas descem lentamente sobre a Cova da !ria. E' a ve5pera do dia. em que se comemora a terceira apariçii.o da Rainhn do Céu aos humildes pastorinhos de Fatima. Urna multidiio compacta de alguns mHhares de pessoas, do ambos -0s sexos, e de todas as idades e categorias sociais, aglomera-ae junto dos santuarioe. Aproxima-se a bora do eJpectaculo maia deliciosamente emocionante, que jamais olhos humanos Jograrnm oontemplar em terraa de Portugal e que a6 ali, oaquela estanoia bemdita do Céu, se oferece a vista das multidòes ma.ravilhadaa, extasiando 1\8 almas e abrasando 01< coraçòes. O tempo passa veloz. Entretanto as e.citradas de Torres N ovas, da Be.talha e cle ViTa Nova d'Ourem e os caminhos e atalhos da montanha despejam sem cessar novaa vagaa do peregrinos no lago imeneo da plan;cie sagrada. De repente, naquele locai privilegia.do, opera-se, corno quo por encanto, urna aJII· sombrosa e encantadora. mutaçiio de sce- 1 nlirio. O vasto anfiteatro, até ontio 1<ilencioso e jmerso nas trevas da noite, anima-se com os canticos em honra da Virgem e inflama-so com os milhares de Outro trecho da i,erefrlnaolo naclonal de 13 de Malo ultimo lumes que se acendem para a grandiosa procisrio das vela.a. Da.li a pouco, na auadiocesano fez dn sun pessoa para d?9nte do_ Alentejo,. quo _a todoa que a vidade da noite estrolada e calma, desen- Noite de oraçio ' de penitencia oPrC1liulo dosempenho desse lognr do ta.mnnba rcs- vrnm en~h111 de com1seraçao e q'!e, me~ rola-ae 11. perder de ,;sta uma lon11:a e e de repouso - O prf meiro ponsabilidade O do tiio honrosos como pe- da gravidaclo do seu estado, nao poude deslumbrante fita do Iuz que, sobe a escape)aO prfvatlVO dOS S80• Sl\dOs encargos. sa(r do auto~6vel q~e a tranapo~Ta e trada, passa sob o portico monumental <e ., 1 que teve de 1r para Junto do recinto redesoe pela grande avenida até se concentuarios-Jesus-Hostia sem~ nomcaçao dum cape.... o P?rmanent.e serva.do aos doentee. cnJa poS&e se efectua11 ncste dia aero aci trar junto da oapelinha das Apariçòes. pre presente na Cova da solonidndcs usunis em tais circunstancia.1 1 Daquelas almas, empolgadas pela crença, daqueles peitos impulsionados pela pie(ria - No llmlar da vida e implic1t outra graça importantissima, que O registo dos enfermos- Cuo venerando Prelado de Loiria w dignou da.de, sai entao, corno um proteeto vehera de duas creadas de ser· portas da eternidad~. tnmbom conceder: a conservaçiio babitual mente contra todas &li nep;aQòe9 impotentea da impieda.de, nru vibrn.nte hino de do Santissimo Sacramento no locai das vi r do Porto - Sofrlmento Fé e de espernnça cristi - as magestosas .Ap6s urna noite pa..'lllnda sobre a terra apariçoes . e resignaçiio-Devoçao dos e aublimes afinnnçoee do Credo. dura e fria, no recolhimento da oraçiio D'ora avante, os peregrinos de Fatimn Peregrinos - A agua mira· Ditoàos, inoomparavelmente ditosoR, o na contemplaçiio dns verdades eterna<i enoontrarào nli, a toda a bora do dia o aqu61ea momento& solenea, em que pa~ ou no descanso das fadigaa de uma lon- da noite, o Rei do Céu e dn terre., realculosa-As servas e os serefectuar-se um mi&tico cootacto entre a ga o penosa viagem, os peregrinoa, acAm- mente presente no sou Sacramento de vos de Nossa Senhora do terra e o Céu, e oa coraçòes dos homens, pados na Cova da Tria ou nas suas ime- Amor, e associariio, no doco desafogo rii\ alheadoa do mundo vii e mesquinho, o diaQÒOS, erguem-se, as primeiras hora& ùa sua pi0<lade e ne.a fervorosas homonagens Rosario-A oraçio dos deaprendidos das coisait efen;ieras deste va- manhii.. com as forçlLS dn almn e do corpo dA sna devoçiio. o culto latreutico de Jofleis. le de Iagrimas e de mieérias, se elevam, restauradaa, para dar inìcio as praticM eus-H6stia ao culto do hyperclulia om hontocadps pela graça divina, pe.ra as regiòes religioaas qne uma piedade a<lrisolada lhell ra da augusta Milo de Deus. Como pomieteri08&8 de além-tuztJulo, aoolbendoJae inspira. Siio nove horaa. A multidio qua enxanbor dl\4 bençiios do Céu sobre osta terra ao aeio paternal e misericordioao de .A partir deste dia, o gloriOBO sanctuario de mistérios e èle · prodigioe, preèisameh- moia na· Cova da Iria, em torno do, BapDeoa. de Fatima possuo um ca1,>elio privativo. te no dia em que Jesns se digna estab&- tuarioe ou junto daa fontee da ,gna mi-

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Voz da Fétima

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raculosa torna-be cada vez mais deni,a tes e das manife,itnçòes 1nequivocns ,la vida que ainch~ niio com6<'aste a gosar. gente doente entre as classes principae& e comp~ta. piNlade de todos os fiéis. - Que? I Serei eu infiél A'qucle que me é, sem duvida, a violn.çiio do descanço doDe todos os lntlo!'I afluom a cado. momen- 1 O 1·ev.do dr. M:arqnes d0t; Santos reza coroou por espoi;a, me mostrou, os seui; minical. t;o novos pClregrinos. No Posto das veri- o terço do Rosario alternadamente com inapre<:iaveis tesouros enchendo-mo de O corpo do homem é certamente uma fica.çòes ml'tlicaFt pro<:l'de--se a.o cxame rlos o povo. Depois da eleva('i.io, canta-so um brincoR de pérola.s e depois de me ornar maravilhosa. e potente maquina. creada pelo doentes, fazondo-i;e 1. inscripçiio dos seus bino liturgico em honra do Santissimo de imensns joias me deu o a.nel dos espon- M'lÌS habil d,is artist:ls, m11e, pòr maiB ,.. nome.,; no registo rospectivo e entrega.ndo- 1 Sacra.mento. sais ?. .. , sistente que seja, niio pode funcionar in11&-lhes a son ha de ingrosso no pavilhào Acabada a missa, o celebrante revest&Ah I Eu amo s6 a Cristo que me entr&- definidamente e carece de repouso. da capela. dns missa.&. Em poder da comis- se do capa de aaperoes para dar a. ben- gou lindas e fulgurantes pedras preciosas. O divino obreiro, quo calculara a. dimensiio canonico. acham-se mais dois atcstn- çii!o. Cantndo o tocante Adorem1u in oc· - Niio cedes Ines?... sào e a forço. de todas as molas empregados médicos: os que comprovam n cura fernum, dP.sce os degraus do Altnr. e dé Condenar-t&-hei. das na composi('iio do corpo humano, tS de duns creadn& do servir do Porto no a hençiio com o Santissimo n cada um • • • muito competente para calcular t1,mbem o dia 13 do Sctembro ultimo em Fatima, dos enfermos. Depois, Yolta ao altnr, e tempo e fixar a mcdida do trabalho, que cnras q~e _!loie publicamos ':1outro logur. cant~d~ o. Tantum-ergo, tra('a, ~hre a AtrM•ez dn. multidiio que assiste ao jul- o mesmo corpo pode prodnzir sem se det&0 pav1l_hno dos do!ntos vai-se onchendo 1 mult1dao a1oelhn.da. a s!us pés, o sino.I a~- ~amento sumario perpassa um movimento riorar. a olh_o~ n11to~ .dc v_ft1mas de toclos os m~ gusto da nossa rcdençao com a Custod_in I de comiseraçiio por nquela creança tiio linAo mesmo tempo quo o grande artifice, )es hs1co'I que afl1gem a ~obrc humnn1- rl_e Quro, em que ,Tesus repousa ~a ~~s- da tiio pura tiio simpatica tiio encanta- o ponderador de todas as coisas, promuldade. Nos ~eus rostos. omac1ado11 por lon- t1_n. Santa corno num trono . de m1ser1cor- do~a. ' ' gava a lei do tra.balbo dos seis diae, fixagos o cruet!"ntes ,sofr1mentos r('lfleLc-so o dm. e de amor. . . M:orrer tào nova.? ... E por querer ... Que va do mcsmo modo a outra lei do descanço pnz e seromdado do almAA nlentndns. pl'lll Sobe em segu1dn. !"o p11lp1to o_ rev.do loucura I... no setimo. POTtanto a guarda do domingo d~e c?n~orto da espernnça e dn. rPs1gnn-1 Cn_stelo Brnuco, sobrinho de Ca~nlo, que Mns O inferno enraivece-se... Ser venci- esta em harmonin com a constitni('iio fisiçao cru1ta. . . _ VNO expressamento. prégar na m1s11a nova do por urna menino de 13 anos? Quo ver- cn e moral do homem. . So o trabalho do homem ultrapassa muiNn cnp<'la comomoratrrn das apnr1ço<'Q do rov.do dr. 1\U.rio de Carvalho e, quo onl a 1 nnmerosoci clevotos cumpi:<>m as ~nns prll- n_ proposito desse acto:. fel! um substan- p; N:v~·batalha. tas vezes e notnvelmente o periodo de 90ia mosMs, rez:im com fervor a V1r~em do c1oso e eloquente Permao. dias, ns suas forças enfraqnecem e osg6Rocinrio, solir.itan<lo l[ra('rui ou ap;radecl'nDepois do senno.o, reorgo.niFta-se· o cor• • • tam-se. E se o homem mora] depois de do beneficios recehidos, on tocam meda- tejo afim de se conduzir a Imagem ùa seis dias de trabnlho materiai, gasto em lhns, tercos o ontros obj1>ctos do piedadP Vir![Om para. o son pedcstal na capela dns Era a inocencia, a candura, a virginda- grnngenr ~s meios de subsistencia, niio pona sua linda e vonernndn Imagem. apn.riçiies. de quo mais resplandeciam em Inès. de alevantar os olhos o o pensamento a& Em torno da primeira fonte comprime- Os ~n<'erdntes, ns servitns e o povo acomEspèiem-na porisso numa. caso. infame. coisas imateriais e religiosns, embruteceso, dcsde a" primeira, horns da manhii, panhnm a Imagem, i:oltando aclamn('oes e Mas Ines ve os ca.belos crescerem-lhe até se e torna-se ele mesmo materiai como a& urna multicliio enorme de fiois, qn('I aguar- entoanclo -canticoR, seguindo-se d<'pois a coùrirem todo o corpo que mais tarde S. obrns a quo se entrega. dam a sua vMi de rocolhorom em reoipion- tocn.nte e<.>rimonia do beija-mào do nol'o Damaso chnmn.ria o e<templo do Senhor.,, Se o povo fosse, o.o domingo arrancado tes, que trnzem consiiro para eAAe fim, n sacerdote. E livre por um Anjo que ai a. protege a.os seus trabalhos for('ados,, e se lho fosse predosa limpha, instrurnento d<.> tantns Os p<>regrinos dispersam pouco n pouco. e defende volta de novo ao tribunal. permitido ir livremente ouvir na igreja a mnrnvilhM quo ate&tnm o poder e n bon- O sol desco no horisonte, entro ns brumns E' condEmada a fogueira mas as cha- palavra de Deus, soria infinitamente m&da.de mnt('lrna.1 dc Maria SnntisRima. da montanha. distante. As primeir11s som- mas niio lhe tocarn o triunfando Inés can- nor o numero dos delinquentes e dos ca&Os servo!'! e ns s1>rvns do NosAA Senhorn. brm; da noite envolve,m nquela mansiio ta do In: ((Graça., a ti Senhor Omnipoten- tigados. do Rosario, em numero do muitns clezf'.. pridlep:iadn. da. Virp;em. Siio rare& oo fit~is te, Adora,,e1 e Venerando porque, pelo Para. levar as popula('oes ao respeito nM, oxerc('m sem descanso a sua missii.o ci1rn no por do asti-o-rei se oncontram na teu 8anto Filho me salvei das ameaça., dos direitos do proximo e da sociedade, é ahon('oada, <>fectnando o tra.n11porte dos <viva da Tria. .Ta nii.o 5(' ouve o brnnclo do sacrilr.go tirano e passei imaculada pe- mister que elns sejam nntes de tudo insenfermos. m::mt("ndo o sor,•iço do ordem cicinr dns prE'COS, nem O!'! &0luços abn- Zn im11ndicie carnal e aoora venho para truidM nos seus deveres para com Deus011 prodiJrnlizandr, n& finezas da sua cari- fadM dos onfermos, nem o murmurio da!! funto de Ti a Quem amei, a Quem pro• Ora esta. instruçiio religiosa e moral dnde a tnntas ..tmos mnrtfrisndas pl'ln j vairns da multidà'o que so entrl'Chocam. eurei por Quem sempre anlt eleiu. torna-se impossivel para a.e classes op&dnr, :i. tnntos corpos torturo.cl~ pola ApE>nns de vez em quando, trazido nnB rarias ontregues a.o domin11:o rui suns ocunzns ~o -vento, che,:i:a. aquele lo,znr de pnz • • • pa('àcs scrvis. • dornça. F.' qult1,i meio-òin. solar. .Tit nll"luuas hf1mò1tn., o Rom da huzina de nlirum auE' ao domingo gue o povo vai a igredozonn'I de sac-erclot<"s c<'lehrnriim l\li"'C\a. k>mov<'l 011 o ocho apngntlo de nlirum canVencido, o tirano condenn.-a it decapita- ja aprender junto dos altares o da cn.deiJ~ mui~a~ Vl'?:<'!I q11~Ri inceARnt~Wm1mt«>, tico Cl~ honra _da Vir,e:0m atestnndo aR çii'.o. Exulta In~. o caminha nlegre para ra sagrada O'I seus deveres parn. consigo fo1 ndm1n1strnclo o Pnll do11 An,~. Ja n Mmc><,•oes do dia o n. AA11dade daquele'I o lup:ar do suplic10. mesmo, para com os seus similhantee e mnltidiio aQ'lomflrada em volta clo rO<'in- lo11nreA povoados do mistério11 e trnnsborTodoi; chornm, 116 eia nào. pnra com O seu Crenclor. to dec;tinn<lo oM rloente1:, n,l."nnrdn ancio- dnnt('<; de RTaçn11 e de prodii:tios. Admiram-lhe a corngem, o· deeprendiEsta educaçao mornl comunica no posn.mente OR ultimoR nctos oficinis da pomento da vida quo tiio prodiga.mente en- vo o sentimento da sna diirnidarlo e das rrl!'rina('.à'o, A ornçiio li mnis int<'nsa, o Vi.•tonde di' llfontel/o. tregn, eia qu<.> mal era ainda senhora. de Ruas obrigaçòes, sujeitn~o a habitos bosil6ncio A o recolhimento cada vpz maillsi. nestos, tornn. doees o urbanos os seus cosre'I. Do todoi. os pontos do va!lto nnfit.l'n.- - -- - - ~ • • • Enfurec&-se o algoz: niio temei tumes, regula os sens trohalhos e labnt&tro ncorrem numf1rosos pere,:i:rinos que vii.o D(\l)foz-se o tiro.no em soduçoes: niio çoes domesticas 8 lhe inspira. 0 amor do engro~snr ronsid<-rnvelmonte a is"isfoncedo I que {i justo, 0 respeito do direito e 'da cin. lìm profunòo (' vivo espfrito de Fé Est<>ndem-lhe mnitOR a miio: niio acei- autoridnde. E que llC('SSO pode ter a reanimn nquolns nhnns prostrndas ero foce tn: ligiiio junto das populaçoes se 89 niio podo nltnr, onde nòornm csrondiòo na JT6.... Santa ln eAs -- H e ro ·, n a Fiel no Divino Esposo anelando jun- de reunir 008 domingos para lhes fa.zar tia 1<nnta o n<'uR de amor, o nm Ropro tar-~o a Elo em eternns nupcias, In& vol- ouvir a sua voz? 1 qu0nfe cle espernn('n Pleva-M ndmn dns tn.-sE> para o cnrrnsco e diz..Jhe: Ora estns reunioeC\ na i1?Teia siio imp01r mesquinhn,; prrocnpn('oe!'I cln u-rrn nté Daquela Menina Maria Eulalia que 0 ~ Aquele que primeiro me ~olhou por siveis sP O homl'm do po•o Re entre,:i:a., no pn.hnmo'I sornno!I !' _rCC'onfortant('s da v1dn. no.,.•o., Teitore., jd ro,1Tieeeni recrliPmos o csposn, é que me hn-de possmr I domingo, aos Rens trabnlhos ordin1fri08. so ri-nn.lnrnl e òivmn.. prometulo art;90 ,,olire .'?anta Jn€., q 11 e POTqne e;,poras? E' necessario, pois, o descanço dominiTndo Bf\ r>rE'r>nra parn a mii;sn P hl'n- hoje ptt11lira1,10., sol, o tifulo 11 ~ J.'lorr,., Per~a ei;lo corp2 que pode ser amado ca) parn. morali1:inr o povo e para bn,ver çiio dos- enformos~ de martirio - Santa Ines - heroinn. por olho11 que eu nao quero qne o amem». tempo de o instruir noR seu11 deveros. De 110m orado lite damo., o 110&.,o cantiOra ~m. m?mento. O domingo deve dar des<'n.n("O e morae tah•ez por m1iito frmpo. Ela ndo Depois melina a caheçn. 8Rp('rnod o O gol- li!<ar. Durante seis dill!I o homem exerce co r teJo da Vi rgem - U ma nho no., 1P1•ara a mal e.,fa rcdencia. A., 1,o.Mn., pe: . o Reu império sobre os enti'!! de ordem inmissa nova - A fé e a pfe- or1,,10rlle., 11(10 !'o., prrmitem o ltixo de roO nll!'~Z heiuta, trome-lhc n. mito. fr•rior, ~M pelo _seu ~mpério e ncdto sobre a,11dua de ((,1 l'oz da FatiEm_pahdece... b d . . a cr<'a('ao materiai nao deve o homem asdade dos p eregr inos - A lal,oradora ma.» A mmn-se, lovantll o raço O _eixa cair ~imilar-qe a ela, nero descer no seu nivel. Bençao dos doentes - O 1\lo.~ nifo importa que Jicn ocupndo com n mn.r.hada ,mhre O pesc~o cln virgem. · Dove, de tempos a t<-mpm1. erizuer a fronvantaaem o nosso posto. A cnbG('.a roln. pelo chao O O sn.np;ue vai te para. o <'éu <' tornar descnnco ne.!lse doSer mao of ici.a I. ~np;rnr Q solo de Roma .. ~nvolv!)ndo-o nos minio, de quo DeuB o <-onstitniu rei, Ora , Urna serviti\ ÒOCl'S perf_umP't do martirio. . Rl'm o rPpouso òo dominl?o, o homem 11eria A sinetn. do sanctu1rio adverte os po· 'Flrn mais. 111~11. fior de p~1rezn. do casti- n.penM O primeiro entre 08 sores terresrejlri nos dl3 quo n mi11Sn dos enformos va, • • dRdE>,. de v1rp:1ndnde que 1a florcRCer no trec; que p:ovE>rnn, 0 C1sqnec<'rin que O seu começar. I celf'shnl Eden. . cle,;tino o Pleva. a mai~ nlto 0110 isso. cm haixo, no po cl~ capoln. <lns apnN1~0 soi que .sun.ve porfumo ~<' ev?ln I . E dn la aindn hoJe _atrnvrz. de tan~s nenlliR cle S(\ hn.ver .nproprinclo, polo 8011 riçoes, nota.se um mo\·1rnc>nto clcsusnclo. òa f11?~1ra do Ines qne a torna 1ampat1ca I sPCulos enca.ntn e n.trm eiitn figura deh- trnbalho, de todM n.<! crenturns colocadas E' a procissào que se ~n orgnnisnndo. e quer1da 11 quem quor que n conhece. cnda Cl hero1cn de In~s. nbnixo dele, dPve, pillo n'obro 8 santo de&A branca e~tntua da Virp:em é tirarla do - PorquA_ era nova? , ~anl!'o do domina:o, voltar-se para Deus, ma sen podestnl e conclnzida noR homliro& clo~ Tnlvez. Tinhn apenns 13 nno!I, F.rn umo • * • I orfo:em O seu fim. servitas pnrn. a cnpl'ln clns mi11sM. 1\fì- crennça. _ _ Se ohrnr do outro modo, e, Re Rf1m inlhnres de pos~ons 11.<'llmpanha.m n Jmngem, Mai; isto niio bn.<1taria. Ah! Quno 51;rande bem nao faz is nos- terrupciio nem repou~o, se mRntiver afn.snum impulso edificnnto de fé P pieclnnn i.nnta crenn('a antipation... 11as almas _contemplar de quando em quan- tndo de Deu semnre ahsorvirlo pelas 11 0 do. - Porquo ern ricn.? do E>11tn~ f)gllrns mamorndaa de Jesus e da ,;uas lidns, tnmhem DPuA se afnstnra dos Quando eia chep;a no Jimiar do paviNilo. A riqueza niio tornn ninguém sim- Sua V1rginnl Pureza I... ~ sens nen:6cios, qua ce~~nndo do ser rej[lll&lhiio, uro fremito do nmor e do alep:ri:i pati<'o. Q'.1~ndo a.trayez. d_e tanta corrupçao. na dos P"ln lei divino un. usnra P a fra ude aJ!'it,a aqnele mnr imcnso de nlma11. - PO'l'quo era nobre?... fnm1ha o no ind1_v1d11~ podemos aspirar prev~eceriio nns prnçns publlcns», nOI ifithnre" ile len('os brancos flnctuam 1 Niio. Hn tanto nobre criminoso e mau. . ~o~ momentos o 1neh~iante perfume de hanco<1, nos nrmn:r.rn!!, nos e~critorios. no nr RC'melhnntf"R a_ lindas pomhn~, e~ J?ond.-, lhe vem ontiio o encanto que n lm?~ com~ Ines sont1mo-nO!I ('levadas n Vllr-se--hiio iniquidndM qne hrudnriio ao trnirem no e!lp11~·0 v1vn~ l' aclamn('OO!! li cm olvo? re111oe11 ma1s purns. cen fortunac; OR<'andnlosns prosperidndes 'firl!'l'm, r.strnl<>jnm nutridns 1111lvns d<' J)onde 0 nmor q_ne eta Ò<>spert~? ! Foi n vista ~a sua imnp;em, a recor- so~ honra, perfidias ntr~~""• decopçoes pnlmns o litv.rimns do comoçiio brotnm J r 1 ~h I E 1 quo ac1mn e nli:(m d1sso tndo rin.cito da sun f1p:11ra que num mom~nto innuditns, cntMtrofes i,em nomo. todm, 08 olhos. . InE''I or~ umo crl'nn('n pura inocentc, crn de tonta~ao me cha!11ou a". doces reahdnAcostumar oi1 homens n. crer qne todos Dm coro de voze11, mai:rnln~ o hrm t11n- nm hotao de rosn cortado para desnbro- ,les dn v1rtude, da. mocencia o da candu- M din.s !li:o i,e:nnlmente honl! nnrn. J?nnhar brnòns, conta cm unisono o Credo dc chnr no céu. . ra. dinheiro. é corno que penrnndi-los de que Lonrdes. Sonclo mulher fo1 forte a ponto de venMaria E-uldlia tamhem todos os meiOR s:io licitos O hoTorminndo o <'anto, soho a.o 11Jtnr cen- cer os o)j?m:es e os s~us tentnd?rcs _alca.n- 1 ..- -- -- - --- -- - - - -- . neiitos pnrn. chC1gar a fortuna 8 110 bemtrnl o r.ovel sarrrclote, rev.do dr. Mario ('anrlo sohre ~!es bnlhnntos v1ctorins. O e,;tnr Lope11 de Carvnlho de Torrea Novas, qne prefoito da cidaòe de Rom~ donde ero E ~ iRto O qne infolir.mente se e,;tn venvo.i r1,lebrnr pela primeira vez o augusto on.tarai chama-n diante de si .e enlevado · do com freon&ncin. nos JneAr<'R onde o dia sacrificio dos nossos altnree. p1•ln pcrep;rinR _bele:r.!' dnquela iovem, prodo Senhor ja nito é conheciclo nem santiARSfstem-lhe os rv.dos Jool de Deus ~fn- poo-lho o matnm6010. . ficado gno e Ant6nio Piros e servo de pndrinho - Niio, r<'l!pondo Tn6s. F,u ~11 dosposaO trahnlho no domingo faz maior nume_·_ _ _ _ _ _.....,__ _ _ _ _ __ o rpv.do Joiio Nunl'S Ferreira, cnpcliio doq rln por Aqnele n Qncm 011 A!"Jofl servem, ro do victimn.s do que geralmente se penservitae de Torres Nol'ns. A missa prin- cuja bPlE1za o 1101 o a. lun odm1ram. sa. NO.O troquemos o tempo que passa r6cipia no meio dn. comO('no geraJ dos l\flA F.le i:6 p;unrilo fidclidode. Porque hn por ahi tanb\a morte11 pre- pido pela Eternidade que nunco mou aistentes, do pranto desfeito dos sncordo- Olha bem, In~s, nio vas perder n maturl\8, tanta.e saud08 alteradas, tl'ntn linda.

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Voz da Fétima

Em 13 de :Maio do 1920, j:i com gran- :n de Janeiro, 80, Porto; Jfaria Jo:si dos melhoras, mos oinda ~om muita difi- Tomagi11i .,,. Carvalho, de Lnbuguoira, cul<lnde fui ii Fatima_ t'I obth-o I\. bençiio (Alenqncr) ; Maria Emilia Qur.1roz e Ledos doentcs. C'ontinuci n mt'lhornr com a mo.,, da ('rum do Crnzeiro, Vizeu (em gmça de Nossa Simhoro o em 13 do Ju- 1· grande nfliçào por doença de ..eu mariso tro.tamento e dieta, tendo-me oriento- lho do corrente fui a11:rade(•er a X ossa dol: Franri.,ro Lol,alo Leifiio, do Ando pelas presc1'içlJes que L . Pran /az n.o Senhora; poi& ja me cou~idero curado." dreus, Sordool ( em peri11:o dP i;e perder uu livro de «Therapeutique Unique de3 ·uma carta de importancia) ; 'Uma filha de illaladies de l'E.,tofllllc», que em muitns ) Jfaria , de Loml'go (o oli...-io de grandes anos me teem dado resvltados maro.uilholiiriiri;.;:::;;:::=;niiiiiiiiaiiiiiiiiiiiiP:;;:;rii;.:;;::;;:;;.;:;;::;, dore , qunsi imp~<:ibilitada do se mo.. ..os mas que neste caso apenas deram um ver); Olinda Portoca1"Tcro, hospital de pequeno alivio a doente. que, com.o disse, Santa C'ru11 Bra11:a (n cura de nma relite1•e alt8 no mez de oiitubro, poi, deu/ iziosn desenp;nnada do mérliro): Maria da I iava muito fr para casa. C'onrriçào Gamlilia, de Olhnlvo (em Passadas poucas aemanas volto110., tendoonça ii:ro....-e cle sou morido); .4mélia do peorado bastante, e, nos mezes que se Ohevalier Lo1treiro, do Prndo (Braga); ,'1'(11iiram aU março dc 19!6, longe de A nfonio -P. Ftarr,nçn, ile 'Fornoi: ( Ara~ mell,orar ia. sempre a peo1'. O seu estado --da). C'ltovo tre~ ano" doentl': Carlota de c,eral principiava a so/1'er a influencia •la l'iln~ Tlon,, .Poi·to, tr1w. Em,fodo d'In11:lal .,ua doença do utnm11r,o e os 8intoma., terru 1-2.0 , Lii;bòa (11m11 grnça que parcdc.~ta iam-se agravando. , eia impossivel obter): Dr. Ir1nc1•nrio A3.1ronselhei a doente a ir ao Porto para terio de 1\lrne::n Lin,,, Juiz 'd<1 Direito .,er radiografutla e no ca.,o de a mesma <'m Mnroim, ~rr11:ipP, no Dra;dl (promeindicar que devia aPr operada ae &ubmeteu aAAi!!:nllr n Voz na Fatima e reznr de ter a uma intervenç<fo riMlr(lira pois qti!' joelhm; com o fllmilin, durante novo dia,;, o t1>rço n N. Senhorn, ml'11mo nnt<'S de 1•orio.i 1nedicos tinham desesperado de rr curnr. obter a ,zrnçn. da nct nnl roloraçii.o); Jfa1 Tive conhecimento de que no Port? ria do Ro,1drio Nnbrr, profo sorn na. E~; nlfo tinha olltidn m ell,oras, antes peb rolo Normnl dt'I Brngn, ohtando a iv-a.çn rontrario o seu e&tado 3e aqravara e qur, de s1m promoçao quc> df'l1nld<> f'SJ)Prn.vn no mez de setembro quando foi a Fati• hnvin oito ano<i apc..~,ir rlo wr cliroito n ma .,e .,entiu m'Uifo mal. ela o que 11lc11nçou logo quo recnrrcm n N. lloje esta completamente curada nlrn Senhorn; ]lforia 1urorn Fon•er'1 r Silvo. havendo nenhuma tcrapeu.tica que p 11d~,w· Narolza de J esus Telxelra, do 28 nnoR rle v.n!el)'a, Ovnr, no meio ~e nma. granRosa Maria Ribeiro, de 22 anos de ida- /a::e-r uma cur~ tlfo c~11:pleta _e perfeita, de ,dado, ni,t.urol de ('ohide ~ofria hn ,le ~hf1culdndo recorrou a :r,;: Sonh?rn da de, soltoira, nnt.urnl do S. Tomé do Va- .,enao neceuano admifir a interven_çfk> O nnos rlc umo. clouuça clt> l'Stornngo r~ quo F _nt.,ma, rt,iou uma A,·é ~forrn e foi atend PonLe di~ Barca sofria ha 16 mosrn ife 11m poder sobrenatural para ex.plicar j O!> rnodil'OS davnm o nome de d"°sp<>psia thda: Erl11'1rd11 Albert111a Trware, dt c1:'mn. u11lcorn gast1·i~a11 que muito a fn- , 0 /arto. dolorosn n quul a impediu de tom'ar tinal- C::anf' Ta_r,n, dn. Lnpn do. Lol~ .<0nnna de zia solrer. Fez tratnmonto durnnM 10 P_or .,er verdade passo o presente que / quor ali monto, oxcopto l<>itc, Jnranto es- R?nh~r1m). um rMo mu1to d1f1r1l: Eu.{J~méses no. i;un tena com o Ex.mo Snr. Or. a.,.'1gno. te lougo N,pa~·o cle t<>mpo; por , ezcs nem 1110 d ,1hrrn C'a.~telo Tlra~co, dn Louzit, " Bernardo Vieirn. Ribeiro. Nii.o obtendo ]'onte da Barca 11 de Dezembrq dr. me"mo &te podia lomar, agu<1ntando-~c- arn~a drf 11 . ter ~uraclo d umn doen~ qte melhorns algumas foi uconsolhada a qu-.? 1926. ' a tornar apenni; l'h1i. Lo11:o no prinripio m1•1 1.to a n;1a so rer e umolhnessoo e da.., d o<>nça consu lton, no ,.., m, 11a que ,.6, <'Ome>çou n mP nrar entrasse no H 011p1·ta I d e p on te d a B arra ( ) R d M . . .,;:i suo. ,-orto. o D r. lh d F 't. ~f .quan Ol' o onde permancceu 2 méses sem rosu ltado a l'Tnar O aria Ooelho Vietm Pinto Leite quo a radiografou oncontran- j n e~1Prnm t~o ~. ''\ 1~-{ 'Nnna rl'~nalgum. O mesmo mediro foi entiio de opiRibeiro do um principio de ukera, ainda muito a ,np~~ ' 0t 0110" 10 'e 1 ad o:~ u·- quo v1rsso · ....__ parn d nr ·, f azia , so frcr mm'to rrem 'rlnrome n .· ......rço~ ,. mao para o p on.v (Segue O reconhecimento) poquena, mas quu JI\ .0 cleu ,11ma clno,nna F't 1entrnda num Ilospitnl onde doveria ~01· I a cloento. Submetenclo-a ao tratamonto nzen_, 0 ") . a :~rr.nn n 11 n imn 1•llH!O operadn. OUTRO ATESTADO <>xclusivo do leite, ni'io oxperimentou me- vr~.1.no RO rn~en .Pm ,m P;~"0 _q~o 0 I ',.fanm,ana Veio 1mra o Porto onde estevo em cMa lhoras, pnllSnnclo dc>pois n ser trntada po- ~ ... ,i~n tr<>1m nvn m~~rnwrl; 9 1v~...,-rrnt e o",.oi:;os, e~da. Ex.ma Fnmilin Posto.na duranto 6 meRosa Maria Ribeiro d• .,. ano• ••em lo Dr. Alberto Pimontn que ]ho fez va,. t" 0 ·1 :},an e1e f'lhn . d t h :t , " ..,,.. •, u • t . d nn110 um c..eu I o Il mor e: 11•1a 1 n.,~ eos em_ virtude da . oe_nte ·t orl orror • ,,o/rendo do estomago ha cerca de 11 me• rJM 1avnrcns ao ~s omn,i:tot rontmuan o da R()r.ha ruo Arm<'nin, :l)..'Porto <io operaç1w quo pnre<'m inev1 nve . ze, com o mo~mo rej?1men aC' oo. f d t •• ..l _ • 1 -..~ · d t · · p · d · d' rPn o re~ nnos uos rm moN1 e romeçou a .. esta clC1o e começon tra nmento com No exame a que ,,,rocedi em 8 de assou am n. por vnr100 mc- 1cos, mas lh rt d 'l' S 0 o Ex.mo Senhor Dr. Albino dos Santo& frmbro lindo a .,,,"lpaçlio do emga•tro- s<'mpre S<'m colher o mais poqurno hone-1 me ;;nr <1t1 e rl)('f orr<'u . a d. · ~fen 1te-Jo. · . , ,,,,. • 1•· · d · f · rn; v ma I oo111 <1a relf11!'.,1n. " ,, on · mns corno o. curn par0l'1a 1mposs1ve1 sem Pm 11111 ito doloro!a e ~ngundo me disse , 1c10, passan o no mo10 t1os ma1ores ~o r1- 1 e, • t 1\f . 1 Gl, . C ~ h · t IO E . · , •" . , t lt' 6 avar, 01n ra; 11r,a, n ,,ria, t1o nrre0 operaçao, e11:ou n ser vis a pe ~x.mo ftnl,11 tambem dores espontaneas e into- ml'n ~s u !IDO!l ano~. . !lai (Ourem); Grari11da ,1c'1hona, da Sr. Dr. _Couto Soa.re& _ram. _dor ont_r~~ 1 lernnria para todos os alimentos, excepto / Rcsidia habit~alrnon~ ' 11 C'alnd e, on- Mnrto1m, E'lll umo. gronc'le :ifli\•iio, Maria no Hosp1tal. Este modico fo1 da onm1ao O 7,.,·t· de ùra fieu mc-dico rn.sn1t<>nte o Dr. José F, . . Al · . <1e L agures d n B 01ra, . · ~. F · 0 lhO , nu11a 1,e., n 1111:.:, dos 6 ?us ~olegas, que a doente dPvla e~p,.zo.1 rintomas objectivos e pela.t queiaria,. qual PM'lon. 0 at&itado .<'0 ~- ofo1·oc·o o ..011 lruncelim do ouro por uma trar ,med1atnmente porque a doenç9: 1 l· '3''1~ à11 doente, parecia tratar-se duma prova~1vo da imn. enform,clade nos pr1me1- v;raçn recehida; Leonor d'Oli ,,e ira, de La,. nhn-se ngrnvado bastante nos ul-t1m ,s ga.•fritr ulcerosa. ros d1as de_ S11temh_ro qunndo n doente gare:. da Ue irn; Jfona ia Farilo. tempos. . . . Voltando a ver h<>iP a doen.te notei qve penoou em ir a Fatim11;. . nraz Ribeiro, duo.s grn\'11;;: .Tolln ,Jo,i Desdù o pr1~r1p10 da doeuça submetA- 0 epir,,utro era indnlor d preMiJ'o ,nesmo Por N,te _t<1m?o sofrtn . horr1Yelmonte, d'.lrau;o, de Pont e l>i·lr,adn. ram:na ao re,z1men la"!':°: porem deqrlo prnhinào, e, segundo a/irma, ia talo sen te_ndo a mn1or 1~tolornnc•10, mesmo. pelo os fm,;i de _np;osto que d1f1mlmente cons?r- te dor,., e porle tomar todos 03 alimentos le1t~ o quo a oh~1gnv11 n tornar quRs1 exv.avn o letw no ~~tomnJ?o, tC'nclo var,oq um mmlquer incomono. cluR1vam~nt~ chn. . 1 stntomns da izrav1d11de da doençn. A doParece que a doente e.,ta curadn nlfo . Fez m,l ~tnl?<'tn de!l<)e o Porto at~ Leiente encontrnvn-se num p:rancle estndo de tPndo tomado q1talqver medicamento en- ria onde f1ron no 1101te dr 1~ para 13, fraqueza, o qne dificultava a autori"i!çil'o tre esta3 duas conrulta~ tomanilo ali urna pequenn porçiio de a,zori E ,,· r7 • · d'd ile N.• c:;onhora. No din 13 r('('('ll('11 n ::!11.do medico assistente para a s1rn irln a 1 Fatima corno era seu deS<'jo. Foi lit no , por .,er ~er dn ~ e (I.me ser PI' o, irradn C'omunhiio nn C'ova dn. Irin c<1rca dia 12 de Sùtembro do ono findo, enror- pa.,.,o a preirr.n e er araç o. c'lns 10 horas, tornando depois rom 1?rnn- , pnrando-se numa poqnf'nina pl're1?rin11.Porto, 11 de outuhro de 19$6. de rnsto umn P"Q'lll'nn porçiio de leite " (o.) Albino Domingues dos Santo! c'l~pois nszna dC' N .• 8enhor11 11or nlg11m11s çiio dC' :-1:l pC'ssoas, que c'lo Porto se diriaiu n C:ova clo. Tria e no. qunl inm troz dnon(medico) V('Zf'!I nt~ no fim da :\fiAAn dos doontes, I tC'i., dois dos qunis viernm curndos fisicabenl'iio " prori11Riio c'lr N.• St•nhorn. monte o um moralmente. (.'~egue o reco11l1rcimento) Durante todo o tempo quP p<>rmon<>Ce11 A doùnte fez muito ma viag;em, ficn'lno nbrij?o c'los ,loentes (•~tt,,·<' nnm grnnc'le dn em LPirin omio pM!iton umn noite pes-1 Vlctor Ferrelra Paullno, Rua da Praio mnl ootor, rhrin de rlor<>R e nfli(-oes niio simn. Nn mnnhii de 13 dirigiu-se n C'ovn rln Rom Sucesi:o, 33-2. 0 Dr.- Pedrouços sentindo o mC\nor alido nPm mPsmo nn dn Tria onde estovo i-.em tornar o li mento di:,; o eoi:ruinte: J or11qiiio rin. h<>n<·ilo ospreinl. dada C'Om o J al1?"11m nté cerc>n eia 1 hora eia tarde. Rt>F.u sofria h4 20 nnnos de varizes n1111 R ~. 'Porom ii b<'nçiio gemi do povo s<1nceho11 'l'osso SE"nhor o nssi11ti11 n Mi•--11 pornas. t'Onsultanc'lo varios medicos &em tiu ,1r,11parl'<'rr tndo o ql'u snfrimPnto dos clomit.('S ,·om bastnnt,P ~ofrimento. A' reR11)tado. Dando urna panca.da h:t 3 anoe o mal c,stnr, fit·ando romplet11m"ntc <'11bençiio clos docntt>s niio senti11 modifira- iinarerru-me um O<'zema. Desdo entiio orn rncld e Rl'ntindo imPdintnment" dispo!!içiio nlµ;nma no i.eu esto.clo, porem n ben- l''ltava mf':>Al!I do <'nma, oro. nnc'lava nrru- çO<'s !I nprtito 1rnrn l'Om<'r. Terminnrln s toc'lns M l'Orirnonios tomou çilo f!Ornl rlo povo ~ontiu-Re repentina- mnrlo o. 2 bflngalas. ROC'orrcndo ao tiio m<>nte l'ur:uln hf'm corno n sua rompn- mila(l'ro<.o cha da terra do no.qsn. Sonhorn. nlunns nlinll'ntos- frios ,;E'm "<'ntir o mni'I nhoira rloente, Nnrciza d o Josus Teixei- do Fn.tima; C'OmecPi ora sPntin,lo nlivioç, j lil!'l'Ìro inromorlo. A~sim <'Ontim1011 o rn. ora nl!'ravnnrfo•se rom novns crises. Qunn- to do din fazondo do noite n ,·ingem pn- o menino Anton io d a Costa C unha Vlana Ficou m11ito bom diRposta e com api'- ta.q ln11rimns me corrernm pe\1111 fac011 imn-- ra o 'Porto ,prn ~ofrimt>rito nl,inm. ~iio (e se .u p3es) curado mlraculosamente tifo, tornando wrminnc'l11!1 t<irlns as ceri- url'l'irla.., Niio tenho vergonha ne o diz<>r n'nssndos 10 mrzt'ls ,1;1,m ()tt<> n11nr11 mni~ conforme a narraçlo e atestado pu::,11. moninq oll!'lrns alimentns frio<i sem sP son- RPnilo homem mas o sofrimento era 1 lhe npnrP<'ù'ISO sij!nnl algum dn doPnçn cado a folhaa 4 do n.• S7 de Il de Jutir mnl. Fei otimn. Yinjl'Pm pnra o Por- tanto... e romo dc> t11do SE•m qui> os alimentos, nho ultimo, da VOZ DA aACIMA. to, no moio, do ,zronde nlegrin o nté hojn Noite.q e c'linR Rem Roroj!'o, de qunndo em 1niniln. 01' mni,i pe~nclos, ll1P f~·om mnl. niio ,·olton n ter mais sintomllfl alj,!tlns qunndo nnndo pnch!>s 1mmnrfl molhail"s Tem pros<>nfomE'ntc> hom asr('('t.O, nm 1 da dornça. En1?ordou o tem muito bom no c>bn da terra: e noll!!n 8!'nhora ~ •mi- no11rn . rnsndn, fiPncln nnti_gnmPntc> bn~tnnsp<><;to. Vom tornnr puhlico o i;rn rC'<'o- nho cahf'reira noitr e dia ilnminn,Jn. e tr nohdn. nhec,mPnto n Nrnisa SPnhorn. Envia doiR eu !!l'mprl' rom o mrn tPr('O, rezancln do! Para mnnifPstnr o ~en r,'<'onhN·im1•nto otoi;tndos- dos medicos, l'Ompro...-ntivos dn qnnndo c>m quando. Qnn.ntn.s V<'?.O& dr!<pq. n N.• 8011h~rn qnPr !ornllr nuhfi,,a n Alln sna cura. pPr<'i... jnle:nndo niio Rer digno do tio 17J'fi('II esnf'l'rnl onr rrroheu da Mii!.' di> tn!!l'" nrle p;rnça c'lfl no!'tsa Sonhora. d:i n mis<1ricordin. _ ._ ATESTADO P"S"'OM mo qni,;ernm desvior Porqne _1rno ouv1sto mbi-.n hoj,,~ (pcr1 Vnria'I dP t~o simplr!! trntnmonto, por nào teO utras graças gnnt:l a tia lzuhcl no wbrinl~o Joao), - Ora, n•,-poml«'u <>~te, aquc>le~ que vao E11 a11aixo aA.1inado l}01tfor em J[,di- rom fé. Ff'liZf'!t rlos quo l'rPE"m c>m D<'us Nosqo Obti...-Pram 1?ro.ç11.q que \'et>m nirn,l<'<'er n mi~sr, toclns ns <lios, nào ~ilo mclhorc-s cina r f'irur11i<1- pl'la Fac11lànde de M,.ificina da Univeuidade de ('oimhrri e mr- ~onhor, r nn prot~iio de nos11a divinn. a Nnssa Sonhorn do Roqi{rio da F1Himn tlo que. os outro~. Dapoth cl<> urna pt,q1wua demorn e. corno dfro m11niripnl em Ponte na nMra, atrs- Mii,., qnP nunl'n dr<1nmnarn aquoleR q 11 r o quo prometernm puhlicnr: ,JoAI. de Freifo.,. da. freg11e<1in de Bon- que tratnndo-so doulro nssunl.-0, clisso n to pela minha honra ()'Ile Bo.,a 1\faria Ri- n'f'ln t'onfio.m pl<'namenta. E' isto o que beiro, tolfeira, àn freg'Ur.,,ia de S. Tot116 mo fn,in. romn-reend<'r nmn pif'ilosa me- ventnrn (Fnnchal): ,Hirr. lllnrfins ar_ri· tia.: _ . di) Vadr, de.,te conC'elho, Joi por mim tr(l- ninn Julin Mnrc111rs l\lorl!'ado. Qne nos•:i no, rnn UnmnRC11no Monteiro-12-2. 0 , L1s- Jono, quor<>s fn,,er-~e um fn, or? tada de.,ae o mez de maio de 19!!5 -Jté 8enhora !ho ronreda a 11:raça de cnrar boa; Frrinri.~eo Pe. rl'ira. J,Jnfa. de C'o,-.im-1~ - Pois niio I Com mmto P:?-'lto· bra; Felfabela de ,Te.m $ Madureira: run - Procura os nomeb dr trmta p81180118 março de 19!!16, de uma "ulcera ga.,trica11. com n Santo, Agua. 'Nos mezes de maio, fu nho e julho fiz v AS CURAS I tratamento em .tua ca.,a e corno nllo olJ, tive.,.,e mell1ora.,, mandei•a recolher al) ho.,pital desta Vila ~ncle eatsv~ a~t •o D A FATI MA Ime, de outubro, ugumdo o mais rigoro•

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da. cidade, as peiores que conheces, e tra- 1 za.. dos Remédi?s _de Moura Abranch?9, D. I Um dia chega a Emilia a ca8& e 1 ze-me eata. lista. Al~ce Ramos Simoes- (l8f00), An~mo R<>; dizem-lhe que o .Alfredo ja estava na -Mas que quero fazer com ela.? dr1guos Coelho, D. Angeln Maria de Sa f rt· L ' ba C - Eu t'o direi. Botto Machado, D. Herminia Neto, D. · orma para pa Ir para 18 • a. oVoltaire, o inimigo mais feroz e obJoiio embora achasse a ideia da tia bas- Mario ,José Campos, D. Maria da Con- mo mora perto do quarte! vai ao en- seoado que teve a nossa s.ocrosanta R&tonte ~xtravnp;ante, fez a lista pondo ne- cci~ii~ C-0elho _(llfOO), D. Marta do Luz ~ontro da força, observa de que lado ligiiio, teve o deacaro e a audacia de la O que havia de mais canalha ero toda To1xe1ra Rodr1gues, Jo~ ~erna~do ~Y- rn o Alfredo e consegue, eem eer no- emprazar o n0880 Divino Salvador para a cidade. nolds do Sou~a, D. Joaquma d Almoid!, tada entregar-lhe a medalha que uma determinada data. _ En~ dize-me ca., é esto. a. gente Manuel Rodrigues de Sousa, D. Engm- l ' d ' «Asseguro-vos, dizia em umo carta 110 (pergunta ~la. ao aobrinho) que vai a M:is- eia d'Assunçiio Oova& (de jornais: 00$001. e eEguar ou, l C . sa.? D. ~enriqueta l\foireles, José Pereira m .P1ena revo uçao em al)lpo11- seu amigo e correligionario Frooerico Il - Ah I i"~o niio. Claudio, D. Aurora Antunes, D . .Ester de, ca1u, sem sa.ber como, e queren- da. Pruaia, que dentro de 20 anoa o Go.- Pois entito, Joao, ja ves que niio .s~o Neves Pais do Drito, D. J~stina Tei:xe(rn dci levantar-se parecia que tinha em lileo (aaeim cha.mava a N. Senhor J&enorme peso que lh'o nac, sua Cristo) tera um bom dian. 09 que viio a Missa quo engrossam a f1le1- de. qorvalho, D. Albertina Az~mbuJa, cima um Sein duvida a Juatiça divina a.oeitoo n1 dos vngnbundos. TeL~e1ra de Ca.rvnlho, P.e Ant6mo Alves "ti D' li t E ~e ha ontre 09 cat61icos praticos al- Pereira, José Ft>rnandes, P.e .Amadeu Pe- permi u. Il. a pouco een e·ee am- o repto. A 28 do Fevereiro de 1778, ie~ qu~ nuo ~o melhores que os 011tros, reirn. C'nrcloso, Ernilin. Roso de Jesus, D. parado peloe eeue camaradae que .:, to é, no mesmo dia em que so completa!~osé porqne viio tt Missa mns. simples- Ang!linn Din~ J<;sl_)fri~ Snnto_ (40!00), D. leva.ntaram,. verificando-se entao que va.m 011 vinte anoa (a carta, que se conmente porque nio snbem aprovo1ta.-la co- l\f~rm Re~tr~z P1_nhe1ro Gu1maraE's, ~.e 0 soldado tmha o· capote e mochila serva ainda hoje, fòra escrita a 28 de mo rlt>veriam. .J:umo Joso Forreir~, . ~- Tereso Xavior varados de balas eem que nenh11m Fevereiro de 1768), Voltaire exalava o Romos Neto, D. V1rp;1ma .Augu11ta Lopes . . . . a seu derradeiro suspiro, no moio dns mais Carnpos, D. Arminda Santos. Paroco de O atrng1se~. Voltando a Leu1a todos doloroaas convul8088, proferindo as mai, Befriz. os que s11.p1am dos acontecimentos lhe horriveia blasfémias e devorando oe aeo, davam os parabens, incluindo a. vis1- proprio;; excrementos... VOZ DA FATIMA O seu médico, Trou rltin, tliz, no clesnha Emilia que exigiu a entrega da medalha, a que o Alfredo se op8?i, crovor a sua morte: «quizora que toDespeza dos os que se hao doixndo soiluzir pclos exclamando: e peça,-me tudo, menos livros de Voltaire assistissem 11 sun moressa medalhinha que me ealvou a vi- te; nito era poss!vel resistir a. semelhan• 73.695126 Transporte...... Bemaventura.do.s oa que teem lome ... ·- da e que nao mais saira do meu pei- te eapectaculo,,. Papel, composiçio e impressio Dnas petizinhu, innas, ombos alnnas dum do n .o 58 (35 :000 exemplocolegio. - A mais novinho, apenas de oin- to11. A. vieinha concordou e nao mais . ........ 2.1011m co anos, j6. tem forne de Jesus e suepira res... ... . s,1os, expediçiio, grnvuras, pelo dia em que o seu corl\çiio se tornara exigiu a medalh:a. 555119 em um ciborio vivo. E' com urna santa incaminho de ferro, etc ... 251$00 veja. que eia v~ a sua inni mn.is velha Ontras despezBS .. . .. . . . . .. . .. . nvançar cada dia para. a Sa.nta. M&a. 76.602146 Urna vez que esta 88 conservava toda recoHa g~nte que niio pode viver em pu Sornn ... lhida. na sua ocçao de graça.a, a mais nocom ninguem e, com fra.nqueza, é um vinha aobe para. o genuflexorio, chega os gronde defeito moer a paciencia dos ooSubscriçAo labios ao8 ouvidoe da irmi e com força tros pelo no880 ma.u humor. sopra esta.s palovrns: ccDize-Lhe que eu -Quando entrei como a.prendiz Suportar paoientemente os defeitos do (Outubro de 19'26) O amo muito, muito,,! numa casa muito conhecida (assim pr6ximo o com ospirito de caridade, é um En-riaram dez escudos: D. Perpétua conta.va um operario), os meue com. grande dom. • Card060 Norberto, D. Maria.• Cardoso panheiroe tentaram logo arrancarO Celebre Cassiano de quem existem • • Norberto D. Anroro. Tnvares Pereirn., D. J me oe eentimentos crietaos, empreza muitas obras e, entre elas a.a Conferencias Circuneillfio Cnstilho Miranda, P.e A~t6Tenho outraa ovtlha., é neceuario que que julgaram facil, ponnue eu na•> dos Padres do deserto, conta que urna 111nio Rodrigues Pere!ra.? <::aetano Moreira., w a,, traga ... Anda. a rodo dos cinc?9nta . h ·'1. ma. de Aloxondria, tinho tanto amar ao José Fernand~ d Ohve1r':' 1\-fondos, D. er,ta prirneiro comungante, o. bon M1~om- tin a entao mais que treze anos e sofrimento, que nii:o contente de supor· Carolinn. dn S1lva Corro1n. de . Lacor- J ba. c-m1 dopois de bem rMp:ada nos s1lva- meio. ta.r de boa vontade os que Deus houveaqe dn Mcndes Mimosa, D. Estefn.mn. 1\-fa- d~ do oaminho cniu no a.post61ico lnço Mas, por graça de Deus niio me por bem enviar-lhe, procurava. aindn com ri~ dn Silvo Clorreia de Lncerda M~nde~. d'urna religiosa. . Elo agora é feliz e tao d · · · · "d ' a.rdor tudo o que podia. da.r-lhe oca.siito de D. Clnro. Adelaide Basto1t, D: Mana da feliz qua cleclora a quem quer ouvil-a. qua, eixe1 1nt1m1 ar pelos ·sarca.emos sofrer e oxercer a paciencia. Glorio Miranda da RO?ha, P1ed1;de Lou- so a sua felicidode presente continuasee, nem comover pelos eofismas. Nesse tempo a egreja d'Aleirandria susronço, P.e Jo11é Ferre1ra Faustino, Du- nito pedirio outro Céu. Um incidente, pouco importante tentava. muitas viuvaa e eia, para. auxiart~ ,Tosé d'Oliveira e C'armo, D. ~ntoEia tinha. porfeitamente comproendido na aparencia., acabou R0r me conci- lior a. Egroja, foi pedir a Santo Atonanin de Jesus, Carlos Abren C"osta Re18, D. qne O C'éu era Deus e que eete estaTa nn liar senao as simpatias de meus ca- sio qua lhe mandasse la uma. para casa. Lndovino de Jesus Lopes, José. Climi., ~- , ann. alma. piirn eia o sostentar. Palmira Rosa Belo, D. An~ma da Si~Ante~ de ima primeiro Comunhiio, m~radas, ao _menos o respeito por o Santo, tendo louvado muito seu 119 veiTa Pinto, D. Alice Sohreml. de A is quando lhe fnlovarn no amor de No880 mmhas_ conv1cçoes. Perguntou-me, designio pediu que lhe escolheasem O umA. Mortins, D. Ester _Pir0!1, D. _Moria da Sanhor e quanto Elo o provou no sua doGl6ria. P!'°heco Pero1r.a D. Marta ~o <;)nr- Jorosa pnixiio, exclnmavo: ccAh_l Porque certo dia, um companheiro que hora~ rio ospirito manso e de grando piedade, a quem ala levou para casa. rodeando-a <le mo R1hmro, D. Mario Salemn. d_ Avilez, é que niio m'o disseram ha mais tempo? eram. Respondi-lhe· que visse no bolso do toda a sorte de atençoos e cuidados. D. Maria PorC'strelo Orey, D. Lmza Em- So en SC)ubesse tndo isto quo Ele tem fei1 Mos corno esta. pobre rnulhor nio cossapis D. Olimpia Pereira Continho, D. C'an- to por mim eu Runca o terio ofendido.,, pa etot, onde eu tinha deixàdo o re-- va., a todo o momento, do o lonvar e agradila Nunes Ribeiro, D. ,Tulieta Alves Velogio. Ele achou juntamente o ter- decer na snas bondodes foi ter com o 11andrns D. MP.ria Teresa Pinheiro Chop:ns, ço, de que começou a. fazer grande to bispo e queixou-se do que tendo pediD. Mnrio Leonor Tomé, D. Gertrudes Mn,troça. do urna mulber qua lhe desse ensejo de se p:nn 8nl1rueiro niM, Victorino Gomes,. 'O. vencer e merecer, acontecin o contr1frio. "Fclicidnrle Amorim, D. Anp:ola dn S1lvn Sem me amedrontar dirigi-me a. Santo Atanasio niio comproendeu logo Vicira Taveirn, Enl(énio Vnz Vieirn, D. ele e disse-lhe. o aloonce da queixa e ima.ginou quo •e Maria Angusto P. Gomes, Alberto Gomes d f · ( 20$00) D l\{nrin Rosn de ,Tcsns Jon- 1 Uma madrugada e evereiro, -Este é um objecto sagrado Nio nio tinhnm cumprido a.s suas ordens, maq, qnim iin.n~ol Grl\vnto, Joonn Ba.eta., D. ,Emilia de Figueiredo, casada em Perm ·t t · · melhor informa.do, e ..a.bendo que tinham 1 o que es eJas a escarnecel-o. · rle piodade, Mnrin d~ Anjos Ft>rreirn, FM111tino l)fl. Leiria, foi lavar a. sua roupa a um Da-mo J. escolh'1do urna vi uva. oh 01a compreenrleu o qae aquela senhora queria niel D. Maria Lucinda Rarboaa :\iat'>'I, regato existente a pequena distancia. ' 1·ma e1O C,o_nro,çu.o . - n·188 •. D · •i\guB- da cidade. Espera.vo.-se revoluc:iio e a -Entio tu tambem usas desses dizer nas suas qnoixas o tratou de lhe fa.. D. Umbe do Goncnlves dn S11-va, D. Maria da :3oa . . . traetes de beatas? zer a vontade. Morte Coelho, D. Mario An1élia de 1\-fov;n- c1da~e estava rodeada de P?~Cl~. 1\-landou que lhe escolheaaem urna de eslhiics Moxin. do Bande Soloma dn C'osti\. Por isso e pelo escuro a Em~ha 1a - U eo d o que quero e nio tenho pirito robugento, d'um génio imposaivel Ma.nuel Simoes Bnrcolos, Nicolau d'Alf!1°.i- cheia. de medo. Para o diefarçar, em- que dar-te satisfaçoes. · (e osta, rliz Ca.ssinno, foi bem mais facil dn., Ant6nio M~rta., D,- Ana Patr~imo quanto lavava. p6z-se o. cantar os -Ct1idado, disse O outro, que 'nao de encontrar que a outra.) . Neve!! Jos6 Juho da Stlva. D . Mtma da ' . S nh Efectivamente a. escolhipa era s&a, co/ ,r v1·A·1ra D Eloisa Miramon versos Apançoes de N. e ora te suceda qualquer coisa desagradad F das , eOtlC81Qu0 vel, 86 isso se tornar notorio. lérica, acrimoniosa, queiirando-ee sempre RiO!I D. Mn.riann Antilin Afoneo, D. Ma- a • atima. de tudo. Fel-a. conduzir pa.ra casa dest" rin 'o. Polvorn, D. B~atriz RodrilZ'Ues, Quando ja era dia viu luzir qua.1-Pel a minha religiao morrerei. eenhora e osta procurou tra.tal-a aindll 1 11 (20$00), Manuel Rodr 1t ':9, .T_oao Fer- quer c:oiea no fundo da. agua. Qual até, com todo o gosto. com ma.is carinho qne a outra. Em pagA. nandes C'n~uoi:a., D. Maria ~iba.u, P.e niio é o seu espanto quando depara niio recebia. senao ingra.tidòes, queixas e Joaé Maria R1bou, D. Ant60111, Gaspar Vendo que eu nio me acobardava. maus tratos. F rnandos Giiio D. Ana da Conceiçio com urna medalha de Nossa Senhora E!!ta ma viuva contrariava.-a continuns:usa, Ant6nio Alvos Frap:al, D. Ma.rin da Fatima cujas mjseric6rdias can- cala.ram-se e nunca. mais me a.poquentaram. mente em tudo e levava as vezos a sua. coAnt6nia. Go.<1par MendeR Ma.rqa 09 Tapr., tara toda a madrugada. lera oté a.o ponto de lbe bater. Dr. Weiss d'Oliveira -P.~ Ma.nuel FernanEsta é a primeira . coincidencia, Eie quanto vale niio ter medo I dea (20$00) P.e Ant6mo Fernandes, D. l d . ~ A santa mulher encontrou, pois, ma.ia Maria Corolin11. Ferreira •Dios, D. Emilia quet e a~ ~ _mhirada, nao cessava de E nao esqueçamos gue diz N. do quo deseja.va e foi agrodecer a Santo da Conceiçiio 1\-forquos, D. Maria Laura con ar ~ v1sm ança. Atanasio ter-lbe enviado uma mulher que de Morais. P.e Roberto Ma.ci~l, D .. Mario Dias depoie partia para a revolu- Senhor, guem .se envergonhar de ii ensina.va a ser paciente e lhe fornecia todos os diaa tantas ocasioes do merecer. Irone da Silva Pa~s, ,Joaqmm .M!roo<la, çao o eoldado eeu visinho Alfredo mim, eu me envergonharei d' ele. D A.mérica da Gl6ria Torr0& R1be1ro das R · d t b, d ta ·. A's vezes eia sontia. sobre si todo o peso N~ves Mateus Leirio, D. Jovita Zenha d ad1mun rto,. amh _emd cas~ o, nes CJ d'aquele fardo ma.a nem por isso doixa.va Co ep;~ Manuel Fernondes Noguèirn, a e; pa 1a c e10 e trieteza porque ..... . de continuar no seu modo de proceder. (2\~100), D. Joseja G.. Cnstanheira, 1?· t~nha o presentimento de que fica- . Depois de ter a.ssim vivido algum temMario da Piooade Almmda! P.~ Ant6!)10 ria por la, vnrado por alguma baia po neste exercfoio da caridade e da morGomes S. Miguel (8,~), Si}verio Pero,rn Aesim o comunicou eua vieinhn tificaçio, morreu anntamente no Senhor. da Concoiçito D. Maria. Re1s Dua.rte, D. E T . di d lb Suporta.ndo o pr6ximo, fazemoe mais Luiza Stodli~ (20$00), Norberto d~ Conm1 1! que o •ammou, •zen.. o· be bem n n6s mesmoe que aos outroe. Nào ceiQao Rnm011, D. Ma.ria. Rita Pere1ra da que Ili.O morrer1a porque o 1a por eo poderemos talvez seniio conserva.r ou cnCunha. (20$00), P.e JC>flé Gonçalves ~a a protecçilo d" N . Senhora. e lhe emTraneporte 5.101$55 ra.r o corpo dos outros mas resuscitam211 Costa, Maria Albina de J~s, D. M~rin. presta.ria a medalhinha que tinha M. Maximo ... 10$00 ou conserva.moe a nossa pr6prin alma. Rosa da Mota, D. Lourentina. da Stivo t d d l omando-os e n.ssiatindo-os. Miranda Nunes, D. Joa.quina d'Albnq~or- encon ra o dquan o "lavlah~a a rt~tuup_a, que D. Adilta. de Vaaconcel011, D. Filo-- ma.e esperan o que e e a res 1 1eA. caridade é um neg6cio em que se reme~a. Augusta Pinto Dios, D. 1.11\ria Lni- se. 5.117f5Jj cebe muito mais que se d,.

CUIDADO!

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Episodios Eucaristicos

Suportar o pr6ximo

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Colncidencias interessantes

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Abrigo dos doentes Peregrinos da Patima


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Leirìa, l.3 de Seter.n.bro de l.92".7

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[COM : A P R O V ~ ~ O .EOLBSiASTlO.A.]

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Oir1ctor, Proprietarie a Editor::)- Dr. i1Manuel~ Marques dosf._Santoa - · Composto e Impresso na~Unllo 0.-aflca, RII dt Sani, .f11t11 150-152 - Lleboa.

Administrador: - Padre Manuel Pereira da Silva Redacçào e Admlnistraçào: Seminarlo de Leirla.

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encaatadora priocesa do Liz; eatava I so os empregadoa du estaQÒ89 e u de.. mru-cada para a umo. horo. da tnrde. Pouco mais peaaoas que cstacionam nae plata,. depois do meio..dia começaro.m a &fluir formaa aoolhem com visiveia demonatraa estaçlo de 8. Bento os peregrinoe cu- çoee de respeito e benevolencia, ae niio de ja entrada na gare lhea era faoultada sympatia, a passngem da peregrinaçio ao mediante a apreseotaçiio da competente D0580 primeiro aanctuario naoional. ll8nha de iD5Cll:içio. 0s chefes dirigiam A'a sete horaa do. tarde o oomboio entra o serviço com serenido.de e cordura tio ona agulhas na 8$tnçiio de Leiria, A. glodiffoeii, de manter em tais ocasiòee e os riosa oidade epiecopnJ debruça-N sobre aa peregrinoa 8Mlleravam--ae oa obodiencia mansas nguas do rio Liz para nelas ver repronta &IJ in1trucçòes que lhes eram da- , tratados os sena encantos e do alto do do.e. seu volho e hiatorico Cast.alo, de ameiaa 86 qua&i aa due.a horas oe ultimos pe- nrruino.daa, contempla, absorta em exte.regrinoa COIUl8guiam ocupar os 11eus lo- se, a planicie imen!lll, rica de hort.aa e poI gares, mares, povoada de aldeias e caaaee, que

CRONIC.A I da.· FÀTIM A I (13 DE AGOSTO)

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A grande peregrinaçio do Porto.-Apostolado da Oraçio de Paranhos. - O Rev: Dr. Manuel Pereira da Silva.- So lene I triduo de preparaçiio.-0 Santo Dr. Francisco Cruz.-Missa de Comunhao Gerat. No dia t reze do mes de Setembro do l

ano findo, a nobre e gloric»,a cidado da Virgem trouxe nlgumas dezonna de eeua filhos om terna o picdosa r omagom, aos p&, da sua augusta Padroeira, erguido. em tbrono do misericordia e de amor no venerando Sanctuario de ll' atimn. Mu.itoe , doontes em ootado bastante grave acompanhar~m • a peregrin~io nfim de implorarem a cura de seus malos, e Aquela que com razio é chamada a Saude do1 enfermos -Salus in/irmoru11r-envolve•os num doce olhar de compaixio, curando uns, melhorando outros, convertendo alguns, conforto.1_1do e consolando todoe com a ternura m efa""el do beu coraçio materna!. A noticia dos inumeroe favore& ex• iraordinarios com que ei;sa miouscula mns bem orgnnisada peregrinaçiio, que ni.o perfazia um total do ci ncoeuta peseoas, foi privilegiada pela Mi.e da divtaa Graça espalhou-&e com uma ro.pider. prodigiosa ' pela regiio do norte do paiz e ao mesmo tempo que propagava a devoçio a Nossa Senhora de }'atimn susoi. iava a ideia de uma nova romngcm, mais numeroea e mais imponente, e preparava o ambiente para a sua realisaçio. E assim foi que a direcçio do AposOutl'o tl'echo da pel'egl'lnaçl.o naclonal de 13;de tolado da Oraçio de Paranhoa, de acordo com o abade daquela freguesia rev. dr: _M!LDuel Pereira.. da Bilva, ' tomo~ a meira grande J?81:egrin~çio do Norte Na plataforma, parent.011 e pessòoa in1ciat1va de orgams.ar uma pe~egrrna. , quo levou a F'at1lll:a mais de 600 por- doa aune relaçoes, em grande numero, fa~ ~o do. Porto o. Fat!ma, .P~eced1da da tueneea- contribuu:am em larga escala ziam as 11uns do~podidas. Momentos de. oonven1e~te prepo.raçao rehg1oaa, o extremado zelo e dedioaçào do rev. pois o chefe da eataçào da. o signal da Nos dina 9, . 10 e 11 de ÀlçO~ efe- abade de Paranh01 e do rev. dr. Cruz partida, ouve-se o ailvo estridente da lootuo?-se, na !inda e eepaQOSa 1greJa pa..- &8llim como o eaforço incansavel e a c.-omotiva e o oomboio especial larga a f0Ch1al um. triduo 110lene, tendo prégado abnegaçio a toda. a prova doe membros todo o vapor na direcç.ào do sul, transtodoe oa. d1aa o rev: dr. Crur., cuia fama l da direcçito do Apostolado da Oraçio da..- 1 pondo montes e valea na sua marcha vede sant1dade o.tra_h1u. 4quele -~mplo um quela fregu88ia, entre oe quaee, a.em i 1oz em demo.nda da regiiio dos misterios ooncurso extraord1nario de ~1011 de to. deaprim6r para ninguem, sio dignoe de o dos prodigios, a terra sagrada e mil do, os pontoa da formosa oap1tal do ~or. ~ i a l referencia, . os srs. Joaquim Jo- 1 \'&ZPj., bemdita de Fatima. te. As verd~des eterno.a 8 O& preceitoa se Eatevea e Antoruo Corta. Durante a viagem os peregrinos nns da moral cnatà ~o~am. expostod pe!o ora- ....... ..w - • ..suoa rospoctivaa carruagerut l'(lzam e ter. 1 p:iufi:~:;, e:~adoe :r:t:iiido 4 Na estaçio de S. Bento.- ço e!11 comum, geralmente soh a. presi.uaa 11-ingelas mu aubstanoiosas praticaa Partlda do comboio especial. <lonc,a dum sacerdote, .e cantam p1c<losoe fructoe abundaotea 8 uberrimos de salva- - Durante 8 vlagem.- A no- hymn~ii de louvoi: a Vi~g_?m. 0 ch~fe do çlo. No dia 12, pelaa oito horaa, ceÌe- bre e lfnda prlnceza do Liz con1bo10 procede ' rev1s~ doe b11hetA:9 brou-ae a missa de Comunhio geral apro. N t t Sé C "t usando sempre duma gent1leza e amabinmando..&e devotamente da mar.a' euea- ' a vas a e mages osa a e- lidnde captivante para com tod011 08 pa&rinica OOlltenaa de tiéia na aua grande dral. -Alocuçio de boas vin- aageiros, sem por iBBO deixar de cumprk 111aioria peregrinos. das do venerando Antfstite Lei- .E2ru.ciencioaamente 08 seus deverea P??" Pa;"a O brilho O relevo aceptuadamen- rfense.-Bençio do Santfssimo fi11Siona86. Nalgumas eetaçoe~ O combo10 ~ p1edoso que tiveram estu aolenidadee para, com curta demora, afun de receauim. como para a bo11, organisn~·ùo e A partida do comboio especiul, c1 ue hn- ber novos peregrinos 011 • por cxigond:is exito feliz da pon-gt·iu,~·ùo - a pri· 1 via de oonduzir os peregrinos ùo Porlo do servic;-o ferro,inr10. Dur:1ntc o pen·ur-

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Malo ultimo

se òStonde a sous pés por léguaa e légua, sem conto. Vehiculoi, de todu aa ee~ea e tamanhos, tran11porto.m para Leiria a onda humo.na que o comboio d01;pejou e meia bora depoia era cheio de encnnto o espeotaculo que ofereoia a ~ Catedral que tinha veetido aa auaa melhore& galaa para reeeber festivamente no eeu aeio a grande e luzida. embabro.da da cidttde da Virgern. Centenaa de lampadaa electricu ilu.mino.vam- o vaeto tecinto qne comportava urna multidio imensa composta do per&grinos e de habitantea da cidade que com olee querinm c.onfraternisnr deade a primeira hora aoa péa de Deus e junto do altar de Maria. O venerando e ilustre Prelado, sua exceJeocia reverendiuim.a o • nhor D. José Alves ('.,orreia da Silva, aproveita o emejo para nn.ma breve • eloquente alocuçlo verdadeiramente pa. ternai, impregnada de fé e diotada polo aeu bondoeo coraQlto de Pastor d'a.lmaa, dar aa boas vindna no11 seus bo',J)edes de alguus dina é recomendnr-lhe... que fnçnm


Voz d:1 Fatima a sua romagem com O'lpirito de piodade ! Peregrinaçio d os Riachos. o balsamo do conforto oolesoo e a pere penitencia. feita conformidade com a vontade de A bençii.o tlo SantiS&imo poz remato a -Orupo de peregrinos de Tor- Deus. Os servc,i e as senas de Nossa Se.. esta singela mas toc1mte recepçao, diri- res Nova~. _ Orupo da Murto- nhora do Rosario l'ivalisam uns com os gindo-se logo muitos perogrinos para iraoutros em dedicaçiio, sollicitude e caritima e ficnndo outi:os ainda durnnte al. sa.- fé e piedade dos pere- nho para com esses pobres membros pa.gum tempo t>m Leiriit para jantar ou dei,- \ grinos. _ Confissoes e Comu• decentes da l~reja. militante, multiplicancansar. _ do.se, por ass1m d1zer, para atenderem a Uma re~pl•itlwel bt'nhora d~ta cidadl', nhoes. todas as suas necessidades. num rn~go ~ltnmento Rympa.tico de rar:i. Entra as pessoas que foram agradccer ,.,.iio laboriosa e I a sua cura a Nossa Senhora chama • gentileza, ofc1·eceu um grande cesto com ,. h 0 1 1 deliciosa fruc·ta dni- suas propriedades, c d os, l·rquent .Pt_v -;.Ttuada entra a a.ttençao dos peregrino& urna rapariga de para. que os p<'regri11os maici !.equiosos se prto n_n a.mden 0 J~ t t· in~ a~nto O a villa. do nome Rosa Maria. Ribeiro, de 22 anos l'omnndo-a 1>or o<'asiiio da '1.'orr<'s <'s açao ronc mesto mes a Fatima de etlade, de Santo Thomé do Vale, Ponrefr ·1geras~em ·~ ,. Nova<;, ,nenviou sua. cheu;ada. urna luzida n•prol:>entaçiio para depor aoe ~ da Barca, que sofria dc urna ulcera p<.'s da Augusta Virgem do Rosario as ho- gastrica o que foi cura.da i.ubitamente ero ..,.ens da sua veiwraçiio e. clo S<.>U amor J 3 ùe Setembro do ano passa.do. O relah Ascençio da montan a sa- 11101111 filial.'" to da. sua. cura, acompnnha.do do retrato

que chegam os vehiculos contratados ~ ra os transportar. E la vao, a caminho da cidade inricta, modelo consumado de Fé viva e de tra. balho indefesso, os passageiros do comboio especial, quo iniciaram a sua longa viagem as onze hora.s da noite, cansadQ& do corpo, ma.a com a& suas almas retempera.de.a para as lutns tormentosas da oxistencia. Para o dia treze do proximo mes de Setembro anuncia-se uma peregrinaçii.o de Viana do Castello, compo&ta de qui nhentas pessons, e para o dia treze de Outubro seguiate uma grande peregrinaçii.o do sul do paiz, presiclid• por. um dos nossos mais illustres l'rela,. dos, e dua& peregrinaçòes 81!J)anholaa, uma de Dilbau e a outra de Salnmanca. grada.- Imponente e magesto Eram mais ,lo ,. 1•111 0,, membroi; desta l' de dois atestados medicos, foi publica,.. I · Bero hajam os nossos irmiios de raça e · • · l e >re do no numero de Agosto ultimo da Voz de cren~·a que impulsionados pela Ftli sa procissio das velas. - P rl· ,-i<liu hri1lmnl<' e pier1osa Nu 1,:1.1xat a, a qu 1 • da Fat ima. O sen medico assistente, o iir. j que fez gran.,es' 09 dois povos da Ponia.. _ o ven!"rando paroco, o re,·. Paulo " meira adoraçao nocturna na )Jnrque&, sacerdote ilustrado e zeloso, dr. Befoardo Vieir11, Ribeiro. de P onte sula, principiam ja a confroternisar e • ue vive todo entr~gue a. pastoreaçiio d_a da Burca, declara no respectivo atestado rivalisar connosco, ero santa e ~aLutar 1 Cova da lria.- Preees e • canti- i ,grei que Deu~ confwu a sua guarda, cui- quo a sua antiga cliente, <tue efo tratou emulaçao, nas homenagens de piednde e de cos. - Bençio do Santissimo ,lanùo com .i. maior t--olicitude e dedica- duiante dez meses sem resultado, «es- amor filial para. com a augusta Virgem Sacramento.-Missa d' A Iva. •·a.o dos seus interesRes espirituaes- e ma- t:i completamente .curada, nao havendo I do ~osnrio, no aeu glorioso sanctuario det1>l'iaes. uenhuma 1:rap1>ut1ca que pud?sse fazer b'a.t1ma I . Aproveitando 0 ensejo para visitarem I urna cu~a tao C?'!1plet~ e perfe~ta, sendo Dtt• ,' lii" tulio O tlin ,le se:-..l:1-f,·1ru, H'"'- 0 "randioso mosteiro da Batalha, padriio, necessario adm1tir o rnt<•rveuç:10 d<> um Vistoncte dc llfon,tel/.o p1,>ra. ~o dc>C'Ìmo uuiver~ario da ante-pe- u-:mortal d:11, uossas g;lorias nncionaeti, poder _:sobrenatural para <'xpltcar o fanull ima aµarkao ,lo ~ossa ~nhorn aos os per('grinos em vez de partirem dire- I c·to.,,' Sao estab a-; i.uas palavras_textuaes. ... pastorinbos, numerosos pereg~1nos, de ~ c·tamrmto para 1'':itima, seg11iram em caÀ uma bora da. tarde o~g~msa-se, na das ns classes o condiçoes soc1aes e de di- mions para Leiria, onde chegarnm no dia forma do co_stume, .a proc1ssao da Imaverws µonto~ do paiz p,·t·cor:i:.:m 11. p,• ou LI do manhii , e ero cuja catedral ouvi. gNn;. que e ~-onduz1d1~ oos hon~b!o~ dos em vchiculo1S de torlo-i os fe1tios e tam~ j ram a santa Missa. celebrada pelo vene- ~erntas da C. a peli~ das appançoes pa-' nhos, as l'strada.s que conduzem a Fati- rando Prelado, que lhes fez uma tocanoo 1:i, a capella das m1ssns. O rumor pr?<l~- 1 T • • • ma. prntica O Jhes minir;t.rou a S:.igrada ('omu- 1 z1do polo fluxo e. refluxo da mult1da~ :Numa c1dade de pouca 1mportauc1a, I tomada do enthus1asmo,. que se compri- o que talvez nem se encontre nos mapas, . d la not'te adeante e n hào 8 obre a. t ,\r e, pe . · . , .. d . t · .. . t ·· principalmente :is primcn·as hn1·a11 <la ma- I Oc 1'orres Novas segu1u tambem para ~~o .:i- passage.m o tor eJo! aH pr?Ces e ~presentou.se cer a ocasmo um~ comu;.. nhii o concurso ,lo pere>g;rinos intensifi-1 Fatima um aprecinvel numero de romei- c,mbcos,. os , ivas e aclamaçoes a y1rgem, ~no pnrn trntar de certo~ ~egoc1os.. ca.se dum modo a,-~ombroso òespejando roi,, toclos. socios da .\t;sooin~ào dn .)uven- 0 a~enni_ dos le nço~, as palmas v11Jrantes Fazio.. parte desta comissao ~m JOven corno mn l'io giganle.'-'C0 v<'r<ladriras ca.-1 t11de ('atholica do.quella importante villa., e- - J opet1das, const1t11om urna >,tena gue I ei.1genhe1ro, qne por ò~s~raça, tinba pertndupas humanns na l'asta bacia do lo- t•onstit11iodo um grupo presidido pela fi- nao .P 11 rece deS t e mund~ e 08 olhos de to- d1do tocla a crença. rehg1osa. · gurn incoofondivd de padre e de pastor dos ,:nuDd am-se de lagtimas de funda. co- _Hospedou-se ni1; melhor. casa çla 110".oa.oal dn9 apariçòes. • h .. l · . . , n · .•. <l'almas que é O rov, Joao Nunes Ferrei- mo~ao. . .. . çao, na qual hana urna Joven sympat1ca, À s 9 01 as <a no1t<' 1ea1isa-i,u 111 u 1~ h d S p d d T N He>guem-i.e a missa ofll'rnl o sermiio rlo engenho niio vulgar e sobretuùo de'· .. "' o d as veJas, rn ' riaroc o e • . . .e ro e orres o-, fll'l'gado , urna vez o. magci,""sa P1·oc1ss pelo eloquente nbnde• de Cette grande pierlnde E' n.chaque d~ quasi todos os incred11l01 a que imprimem um sin!.!;11lar reake a pre- vas. .\ Murtos~ ••m 1011 "g'.ialmPnt~.. ao da pcregrinaçào do Port,o e a hençiio do~ sençu. da mnior pnrLo rlos perogrinos do loca.I que a Ra111ha <los Anios sant1hcou d t ' • _ . .• . :r to . I I '. 1. . . . f ,: l ,·om a .sua presençn d sive>l umn hrillrn.n- ..,,oen es, quo renova a commoç-ao geral. o n1i.o conhecerem a r_eh~tao, e po~ ~880 or , a 1ne, ne o 1"11 '-<'1 n < pto un< a '· e . ., f'JI ' ,1,ntre _outros i;acerdoles, acompanha mosmo se julgam no d1r01to de a ndtcutorlos os fieis de e.mbos o~ ~p,cos que ne>la. ti• P1e1ac1O " 8 l 10~ seu'I, que nao re<:ua- Jesus-Hostia 0 santo ,Jr C · r • ., I ·I ram pel'ante a'> fad1.,,as do urna longa Jor • · ruz, cuias iznrem. tomam pa rto o a boa oruc-m <' rep;u nru a•. "" d '. . - 01·~òos os doentes soliciatm mudamente Niio deve pois parecer extrnorclinnrio · · nada .. 1o-li10 a mao . • o nosso• engenbe1ro , . . segurnte . . Ia d Pi:,ue , .:, o prmc1d ~ com qu~. se r1e~(')Ot'O . .· em .cam· ron por e-stra ns quasi m- h e1i1rnc ung1da e sagrada.• que no ella pio nté ao f1m, em (111<' so canta o rrerlo tiaEnds)ft:iveis. d d _ d Te-rminarn as co1·imonias oficiaes com a ao da sua chegada escandnliznsse aquede Lourdei;. " I zcn,·a. a. to os a evoçao os pere. ben •iio ernl e . . .I b , 'd' I to<l rrri 1108 sobretuilo do~ Jiomens e rapaZ<•s ~ g ~ PI or1ssao <ijle reconduz a oa ge_nte metendo a n 1cu o as u i "' ., ' · • ' ' a Jmngem dn V1r · d a re 1·1g1~0. ·O R e1. d o Ceu e , Ia t c•rrn, ocu I<,o ~,,,, que 1,e' a~sociavnm sem respeitos humanos ~ gem "-' sua c·apcli a. co1sns . . as espocies de piio no ~1'11 Rncrnnwnto de O com a maior p:ravidade e compostura A consk'rnaçao. da fam~ha era goral eamor, n. Snnti!.Bimn l' Angm,lis,;imn Eu. nos nctos rle piedade collertivos. A d b coml!l~ta, no me10 d~s nsotas dos com. cnristia, é expo.sto pt•ln prim cirn. V<'z duAs confihsoes de pessoo9 do sexo mascue &"dada geral. - No pa.nh1;31ros d<:> engenhe1ro. r~nte n n_o~te nn Cova da Jria a 01lorn- lino, unicas até hoje anctori~aclns nos grandioso Mosteiro da BataA J~ven esconcleu entre ns miiJS o re. çao dos fie1s sohré um t~ono do luz<'s e Sanctuurios da C'ovn da Tria nos dias 13, lha. - O Santo Condestavel D. to mais v1:rmelho _que u'!1a ro~a. de flores armado c-om m111tn ort? e gosto m«rcè da falta de sacerdotes disponiveis . Passaram-se nss1m mmtos rhae, rep~ DO ~ltar-_!Tl6r da Cnpoln dns_ m1ssn~. para atender todos Oli que precisam dc Nuno Alvares Pereira.- Genti- Lincio-se a mesma scena a bora d,ns refe1E entao q_ne ns almns <'le!tas ah pre- 1 reconor ao trilinnnl dn. penitencia, ele- leza e fidalguia da hospitaleira çòes, apenas com pequenas d1ferençaa eente>s ou cfo,persns polo pn1z quo, nnm varam-sc a muitas centenas, e niio foram _ • • acc\dentnes, . . . . fMl!;O de o.m_or C'. 11',Pneros1dndo, 8(_l ofe>r~ mais numerosas porque a maior parte ja populacao de I e tria.- Regres(.;hegou emf1m O cita.. em que O engenhetcer~m _a Jnst1ça d1vrn~ <'~~o v1c~1mns de se tinham preparado nns suns terras com so da perep-rinacio do.,Porto. ~o, <l:J:Aclo por conclu1do o seu trabalho, ?'1p1n~ao pelas <'ulpas rnrhvtdnaes e pc~as a confissao sncrnmental para. poderem fn,.. • • _ 1a ret1rnr.se. . . 1nir1111darles roledn·m:; da I\OS<a Pntr1a, zer a Comunhào em Fatima. , - Prameiras peregrinaçoes da JulgnYa ter fe1to obra ma-r:av1lhosa, 9!° volv11m ~R olhos ~111 _o pensi:tmento parn. ,TeDesde 08 cinco horas da maòrugada até H h tu penda, ~· ~m ares de tr1unfo, exphcnv_a enva1de<·1do_ ~odos os seun planos noa s11~-Host1a-a V1f"t1ma por nntonomns10- <'e>rc·n dn.s duas horas da ts;i.rde foi clistri-l espan a. af1~ do aprc;,Pntarcm ao Et<'rno !'~e em bniclo O Pào <los Anjos a muito,; milhnres . am1gos e a fam1ha. umao <'_?m F,le " 110 mc>s1.110 ""p1r1to d" do fieis que pnra O rec-ebcr1>m ~<' colocn. I Quo.n?o a ?rnnca e!;taL11a da Virirem I O desonho ?Stava realmente excelent.e repnr11('no e de.~nvrn.vo:.. o mc<'nso rescen- ,·nm . em oxtensas fila1, duplns, cujas ex- do Fatima fo1 nova'.nente collocnda sobre e ~s,. seus am1~0s clavam-lh_e os pnrah~n& d1.>_nte da9 1111ns ndo! nçoes o rln11 1mn~ su- t.romida.des chcgavam por vezes attli ao o i;eu pedOt1tal, o I ov. A bado de Cf'tte poi ser term1~ada_ ~~m tao ~om euto phl"M, o 011 ro pr,,e10~0 _do r1>conhec1men- moio da e,splnnnda. Sublime e emocionan- 1 tornou n. ,erguer n. vo2. clnra, forte e bem I urna empreza. tuo d!f1c1l. No mt.'10,. porem, to cln. rl'n.l~,;n o clos rl1r1>1to~ dt.'_ "J?<;ns, e n ui Pspectacnlo, que impresf;ionava pro- timhraùa pnra celebrar os Jout'ore1 de <le todos esi_;es el!1g1os bem morectdos oum;vrrn. n11r1:lore ÒO!> S!'US ~n<'r1f1i:_1oi, da11 fu nd;~rnente P romoYia nté :is l:igrimns I Maria e dirigir-lhe um ade~s terno. e ve-se urna Juveml, retumbante e estronsuns ren1111r11111 <' clii!'! snnfl 1molnçoes com,;nodoso om nome dos pe>re-grrno9 da cu)a_ dosa gargnlharla, que fez voltar li uma ~l'~i,adoras.. No meio clo sil<>ncio e cla sode invicta.. Terminada <•fitn breve a llocu-l todos os ?ihos pnrn o logar doncle 11nira. l!il'lO da nr,1u,, ~ luz rfo pr11ta d<> u,m pa_ Posto das verificacoes ~·ào de despedida, tocla repassnrla de en- 1 Era a J0Von, que mal podendo contar o h1o ~ formoi:o hrnr 1111q11l'l11, ,,~tanria pritusiMmo e de sentimento, principia a riEo, a.pontava com o dedo os pluno& e vilel!:inrfa, onde cn,ln. pC'dra t1i teste>mu- medicas. - No Pavilhio dos debandada geral dos peregrinos que em dese>nhos que o engenbeiro julgnva uma nhn de um p,..,di<Yio rlo Cl'n, o espfrito doentes. _ Dedicaçio dos ser- numero de muitos milhan,s .,; oncon- perfeiçi'io. alh<'in~~<' maii- facilmente rln!l r>rMrnpntram na Cova da Iria. Urna grnncle parFicou tudo embashacado sem sober • ç<1es rlo mnn<lo, n oraça9 é mnis intema VOS e servas de Nossa· Senho- to dclles mormente os peregrinos do quo ntribnir aquola alegrìa louca. e fl'rvorosa, o rf'<'olhim1>11to torna-se mni11 ra do Rosa,rio.- A miraculada Porto s~guem sem demora. para a histo- Nii.o nos saber:is dizer porque te risP profondo e a mnltidiio npeimr do frio e rica ;illa da Batalha Hfim do visita- (perguntou o pae meio znngndo). clo rlcsconfo~to rlo lornl no nr livre, p1>r- Rosa Maria Ribeiro, do Porto. rei!) 0 templo m, 11111'm<•ntal do mesmo Eta porem, continuava rinrlo sempre • mnnc<'e ,le JO<'lho11, reznnrlo e cantando - Procis,;ao da veneranda Jma- nome o grandioso mosteiro annexo e bandeiras closprej!n.das O a11ontanclo com nnm nrPito 11rrl1>nte cle p-Jnrin, nmnr o rC:. o tur:iulo do sol<lado cle.,oonhecido. E' sou implaca.vel dedo a pianta do eng&o pnrnril'o no RPi imortnl clos sreulo!<. gem. -A Missa Oficial.- Ben- precisamente neste dia qne II Santa lgre_ nheiro. Anos .a horn rfo 11<loraçiio N1; comnm, çio dos doentes. ja, cujas glorins cstiio Pntretecidas com .Este ostava pali.do, mal poclenrlo repria pereur1nn1>no rio f>nrto. Pntiio Jn pre~Pllas glorias cfo Portugnl l"ele>brn este ano mir a colem que m augmentnnùo wmpre te nn quasi totnli<lncl<' rln~ i:ens mem.In vigilin da Assumpç-à~ de Nossa Senho- com o c:rescente riso da joven. A :i.flu'lncia de doente& ao PORto dns ra ao Céu, em qno as roduzidns host-OS Por f1m, fnzendo nm grantle esforço broq, fa~ n snn horn privnti\'n cle n,lornmesmo _ili~lhe: çiio, m~ntnn1n ~<1mnre o mnior rl'ST>Pit.n e l'erificnçOC's merlin,s para alli !;E'r<'m ~usitnnns alcançaram nos campo& de Al- sobre danno. 1nP0lll'l'OC''1S TIT'l\rns de nma piedn- ohimrvndos 8 olJterem 11, d1>,;ejnòa senha cle 1,11Jnnota. um dos mais assip;nnlados --«Nao sn hera <l1zer-me o qne ha node ~nhr!n o ht"m formntfa. ini•ress.. no rei,pectivo PR,·illiiio mio foi triunfos de que ha memoria sobre 09 tn,lo no9 ml'U!< ~e>senhos para. lhe causa,. 1 Poo _rP...,ntP 1t l'~t"" <'nltos 1>11rPn,li;.11,fn~ inferior a dos dois mezes anteriore&. Presi- 1 numc-rosos e valentes terços do C'nsto. rem tanta r.ll'grm? . -Estiio mnl_ feitos, respondt.'tl I\ Joven. n J1>qm.TTn~tia a hen,:iio com o Rantissi- rle no scr,·iço de> inspec>çno medi<'n 0 rlr. In. Ao espirito clo_ cris~iio e do pntriomo ~n<'rRml'nto. Pereira G<'ns da natnlhn director rlo Pos- ta assoma ne.,;te drn, mmbnda de luz e Esses trnço& tao cnrregaclos e esses ponPnr fim, AB onMro hnrn11 e mein dn to. O access~ é reguln,lo' p('lm; servita, e respla.nclecente de gloria, a figura ma- tos quo mal se porcebem. E ns coresP 1...Niio,. exclnmo11 ell\, !olmnnhri rom""" n lnn"'n R<'riA cl<> mi~sM, esroteiros, transportnndo aqneles 08 doon. xima da nossn epopein nncionnl, o SnnC<'l_"hr~rlnR n.-lo~ Blll"<'ròotP!! ""r<'OTÌno11. A tes e fii,cnlisnnrlo estes a.,; entrmlas. re- to (',ondestavel D. Nuno Alvnres P erei. tondo-se para os nm1gos clo 1>nj!cnh~1ro, rorque lournm estes desenhosP E do1:xou pr1ml'1rn I, n ,lo rev. rlr. Mnrrn<>l Ptfnr- rnnt.e 08 modiroi:i vae dei;filando a inter- ra. q11e11 1foq l=:nntoq, nror""'•or <lo RPminnrio mirmvel thooria daR victimns clo i;em nu09 perep;rinos, depois d11, visitn no mo- sair nova gnrJ?nlhacla. do l,<>irin A <'fll"Pliio rlir1>Mor da ARi-ori 11 • mero de mal<'s physicos quo afligem a po- numento,. j11ntnm-se no largo frontei~o. e O èni:i;ei!h?iro vendo os ~eus t~nhnlhoa bre humaniilnde. viio partrndo ponco a ponl"o, para l,c1r111, nostos a rulirnlo por uma ioven 1guorançiio <!0« ~"M"M rle Nos~a Senhorn do 8nrio rlo Fnt.inin. C'onduziclos !"m macas do Posto pnra o onde a populnçiio os aC'olhe, corno a vin- te, pl'rg11nto11-lhe . I .AAAi"'t<>m n 1>ll0., entri' ontrnR peRRORR, Pavilhiio ou tendo iegui<lo para la por da., com a mais captivnnte l?<'ntileza e -Sane topoµ;rafiaP mnitos <'.,<'otl'irnR 0 sen·it.nR, 0110 ~hc>m, seu pé o-'3 que o porlinm fnzer, o& doentee a ~ais fidnlp;a hospita!iòade, ~11rt1nfA: ae -Nào, scnhor. -E dei;cnboe com n mni~ viva e edificante devoçito, 0 raznm cheios de confinn('a snplimndo a pnmeiras horas da no1te, depotB lo ii.:Pilo dos A.njoa. cura dns suas onfermidadOQ ou ao menoa , tar, dirigem-B8 parn a ostnçào, a. me<lida -Tambem nio.

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Voz da Fitima

-Tem visto muitoa deeenhoeP Corri rnrios medicos 01,pecinlista.~; anali- no C!btOmagQ. Q11artu foira ùe Trevas de;,- Barro;;ai. (Louzn.da) i Jul~eta Padr4o, de -Sii.o oe primeiroa. ses de 118 ngue et.e... te nno e~tnvn elc tiio mal. que nnda con- ldiiOil (Barrosas); .4melia doa Santo, -Eutilo admirn-me muito o aeu ril!IO Em 1009 corr.sultei O Snr. Dr. Castro sen·a,·a no nstomago, o t.inha arrn.ncoe quo Pinhal, de Espinho; Antonia TI86toa (em e parooe-me muito ridiclllo eecarnecer do Froire que, uomo os outros, clis.o::e ber in- se ouviam no nn<lar do ('ima. Minha uma gravo oofennidade); Eteloina de que niio robe. curavel; mnndo\1-mO noi; bauhos do Esto- lhn foi J;1 p'lr 1\<'1\.'0 ,, vllio borrori~adn de Carval/io Pacheco, da CoviJbi ( a cura de Nesta al~ura, alti va e mageatoaa, le- rii com 08 quafo sf'ntia algnn~ aJivios. vor o Mtndo Pm 11uo élo osi irva. Viroi- urna filhinha que sofria dos oovitloa); ,ranta--se a JOveo e pcrguntou-lhe: Por fim 11<' lt'mpo, tond., um ataqut' mo paru ~o, n. Sonhnrn do Rosario •fo Elvirll Maria IIe11rique, Ltlll, Travesaa - Conheoe a fundo a religiio catolicaP de r;ripo, pu:.1 i-.inapi.,,mos no<. pt>rnns que Fatima o pam. o i-.:~l(rado Co~nçào cle JE: ,la (~aria, 22=-T?~res ~edrae (a cura de -Niio, rt>~ultou rt•bentarom-me, ubrindo burncoi,. sm1, r, promctJ-Lho!l com mu1ta fé de ~r um abcesso); Enul,'! Fe,o, da rua da Pra--Ja lou a Biblia e, em particuJar, 08 Andavn scmpro num desospero, horas cor:11 ouvir mis,111, ,i l'l'N'bcr ,Jc,su!l om mou poi- ta, 184-2.0 Eaq. L1sboa (om doençn gra. EvangolhoeP comicbiio nrdor o doros. Era um coustan- to 'SO mo fo,-.~o 1•0111·<'<hdo o grande mi111r v• de um gonro); Antonio de Ftaue,re--Niio. te 0 ho:·rivel sofrim,mlo quo por veze, gre da stili eura. J,01to quo choguei a. do e Sili-a, de Mortogun; Antonio Pe-Sabe O cateciamoP ml(, rotinha me'!<',. do cama, dizf'rnlo o casa fui pro1·urn1· 11111,1 rlas filhns delo reirll Man,o, dos Matos, Espite <duaa -Tambem niio. Ex.mo Snr. Doutor C'nstro l•'roire qut', pnm mn vir hm.c.ir a a~ua . ..\ssi1.11 quo a graçns); Sera/im da Silva Carneiro, de -Poi& eotao foi o senhor altamente :ùém da antiga doeoça, tioha varizes ul- menino l'hc>gou :i miuhu. ,·ai.a pcguc1_ !he Pardelhas, l•' nfe (umn. ferida numa pe~ diculo e procedeucomo um grande e,tu.- cero~n-~ ou ulccrndas muito profumhs, I nas miio~ ,, u fiz nint>lhnr tliante dns 1m::i.- na lmv-ia 1<oi11 mezosl. pillo, quando todoe os dias eecnrnecia da falnndo-me numa opernçii.o mae niio me l gena. 1-:11 fiz o nw,rno. religiao. l\l'On-.clho.ndo ~ faz@-la ... 'fendo este deDoi-lho uro c•upo iln :w,un <lo ).os~a 0 1.Este facto ~ hietorico e _urna pessoa do I son~nno, e ouvtn1o ~a?n: n ~~.ma _~ nr. nhorn do Rosario d,, l<':iti_ma e di&..-.e quc 11!'660 conltoc1monto e amuade pode até Dou~ora D. Maria J ll1Xa~, lui consult_n- fo~e n•sa1Hlo p1•lo 1·am1!10 t• ~ésse. a citar os nome11. , hl d~7.('ndo-mo C8tu. quo w_ rec?lb<-'_ndo ao agna 1.odn n. bclwr ao po.1. O po.1 ass1'!1 VOZ D A F A T IMA hosp1tal para fa7.er oporaçao ll~na boa: que bebo a ugua <leiton-se para traz m~mn,, corno sou reb<>ldo a. opN·o.çoe.s. o icm- to nflilo. Dai a po11co 10\ o.atou-se e d1&Tran;:,pnrte... ... . . . ... . .. 7G.tì02$45 po p,h~a.va e Nl 1·ont1nuiH·n pNor,111<ln I se: 1 :i aiuu f<'l!:-1111' 1,..m, ,•,tou mclhor, Papol, compo~i~ào e impressempre. viio-mr bus1·11r oulrn copn delan. siio tlo n. 0 .'i9 (3.5.000 oxomConstou-me ontàc> quc umu hoa meaiua ....-u. ooxta t'i•irn Santn wrnon-me a nrnnplnn,,;) .....• .. ... ........ 1-954$50 .Julin ;\farque.-1 :\forgado, t,1m o cnntliìn dar pedir outru ,·opo logu do mnnhii. Uni I <'i-pocial do curnr com a av;ua rio .\osha a pouco hw11nto11-~", foi oté o.o barlwiro" ;3(.ilos, uxpodiçào, gnn·uraa, 361'45 caminho tlo forro, .;>t<:••• Sonbora do Ro,.,\rio do Fatima o, fazou- saba,lo de .\loluin foi truhalhnr. Gru~m, liOSOO Transporw .. . 5.117$;"\:i llo novenus, resnndo o tor.,-o do .No~t>ll a Dens, alo hojc- l'Pnt,...,,• wmpre muito Ontrns dr~p<"z11, .............. . 1>$tlll Sl'nh'lra 1111 andava do pé inns vendo qu<> I bem di~11osto. V. N ......................... .. . 79.088$40 ~Om:\ hro\'O iria p'ra cama. Numa dae crisoe Foi 11111 mil:tl(r<, t •111 r11pidn quo tocln D. Tirra d'.A(m,.1dn Muwaro20$1)0 tiio c.:1111tOHO.~ tlo suportar, som ser ap~O: , a ge11te qu" o pr1•,vnciou ": conven~ll)I nhas... ... .. . . . . ._, 5100 I '1811~11.du. o perdt•udo o ncanhamonto, fm qua :"l"oss11 ::ll·nhorn do Ros:1no clo. FatiJObé Alexn.ndre P<>r<.>irn ... ·..... . SubscriçAo - - - - bat<'r :i porta daqut'la cnrido~a monina1 ma por it1t1,n,•111_·iin ,la su:L milagrusa. Novembro de 1926 .,.l.J,~.5-; pcdind'l-ll1e quo me tro.tn1:Bo o promet1 agun o t·11ro11. • urna perna d1• c{•m om tamaubo nnturnl J~u voi, 110 clia J:l ,h• .Tunho 11.gradP,'l'l' n N. Senhora, o. qual fui 10\nr a Fatima a Nossn ~e11hora clo H=rio da Fii.tim'.\ José tl'Olfreira Rnrhns (com dez e.cu- - -- -- -- - - - -- - I ao fon do 4 mcses, om 13-10-102.'3. Justi,,.. o l.f>r 1mho 11111 dwf,, d,, fomilia quo ta.n, ilo" n sim corno os 11<1g11int8'), Mnria Ad&simo é que proolame bem alto o nome ta folta fazfo u <JU:ttro meu•naq que tem. laido Ferrcirn, Antonio F11rtMlo Mf'nt:\ntn~ v('7.E'~ gloriooo c.Ja dulcissimo M:le A rnor:11ln tle .José do, ~a11tos i5 un Rn:• rlonça, Antonio C'orreio d'F..ll('(lhnr, Artur do C'éu pontlo-~e hom evidente tuota~ grn- Gonçnh·r~ ( 'r,ospo n.0 10. <·nn• ~forinno d'Escohar, Jo~é da Rn'ltl Rodri. çn11 olìtidn~. l•':t('a-se luz nos ricscrentP~· • gues l\forin Gomcs Felix, Cu11todio P&espnlhe-~e n fé pc,lo mundo. Sii.o pass:vOUTRAS GRAçAS reiri; d'E~,·obnr, lnes r,. Travn11sos Alva, tlo~ 2 anos o, com a grnça d(• X. ':ienlwro, I ,foaaa 1,,'0noltli na da Silvn l\faria da ------nào l'oltou tao dolorow sofrimento». l'rouwtPmm puhli<"a-ln;; e ,·l"t>m _agra,.. C',~nceiçào~ J<'r,•itos,. :\fRrin Teodora Fe~l<'Cé 111 , :i Xu..., a S"nhor:1 do Rosario da ro1rn, Jouo de Rr1to Pacheco, l\fnrF:an. E m Il 1a F erre Ira 8 apatelro, rlt• Riat'lw,. Maria Franclsoa Mourao, Roa d,i ttou '..,.,t.- . · • Jn de Lcmos .:\!agnlhii<'s, P.e J ~ Tna~re,o V 1sto., .,,.,, ""' P or t o, c:;ic1·c1·c. .l'atmn. · d'o1·1vo1rn, • Lnz ne ~ C'orvo 11 10 '.nlosqoa• . , · _ J)ulcc dP. l/afo.f pi-ofossora em Lisboa, 1c10 «Choia dl· I l'<;Ollhecimt!nto e gratitliio «Santo J11gar l'lll qm• ., ..obrenaturl'.i b • r· ' d ., · 8 line umn nrn,. ta (20$()()) Moria d' Almf'iila l'into LaoL :\t-ìt' 80.nt·rss· d c uo n h•1·0 no 1111 o nOt ' .., , , . . t· p nrn com 1 ima 10nh o, pru·:1 ponotra em n6s,' nté o.o mais •. • · · ' 1n imo aa 1 c1· 1.. Reutriz JlJ,co·M de ;llnura, rt>ntina cl'Anclro.do Hermene11-ilclo CoL sua glonn cumprimonto da miqbn pr0 n1Jssns ulmns, 1idda11 do c•crnsnlnçòos div1 - ~~~ J:in'{~i.do Santo Antonio, Coirobro; ta, ,Toso d'Oliveira 'xn,·ier, Porfirio l,ln.rmossa, ~omumm~-lho n cura. 1·omplcia 1fo nn,; ! érlionina 1',; 11 ,,ueira J,'r, ire, <lo C'Mnl do tinl'I Pontes, Rita Trindnrle rios Santoa, umn m,nha ,:;0bnnha. do 2 anos que, atal'im palri\ra.-. ,.jmplcs , 011 l"nnt.nr o qtH' O · li •r·•o do urna folirinhn · JJB- (20$00) Mnrin da G16ria Alhnno Sancada de uina. m1m1ngit,1 · uro, tlS m<' H• :.,, . • ' •• . • . , com o ùaral'tc,r ~ pa&ou com1go. · sr < 'omn ('nutinlio O,mveia rua los Antonio Ro<lr1j?n<'s, Antnn10 Gomes, 1 0 de fulmmnnto: S? ruro~ :m dois dias com Prom1•Li a N'l,.s:t. So11h 11ru, cnso ouvi:-,- 1 ~w <, _ t ohnlho 07 Tielom '(Li~ :\I;nncl Pinto Moroirn, neolinda Almei• a :igun d,, l<utima. 1'01 assim: ~o dia se 1La orn1;iiPs do tao pohre pO<"a.clnrn, ,r ~~) n,asla~·o.roito anoo ~frio. do nariz· eia Anna Forroira Guilhermina dn Pi&1 30_ de Junh? do ,c?rrento. ano adoeccu a n .fatim_n a~ndecer aa $1:ranrios ~aças que 1l rl:tilJ~<-' . d'Ali e, da Quint~ cln:le Chnva" <cent~ o d~z f'S<'t1clfs), C'on011 m~nh~. so=n._. u ~o ~1!1.. 2 de J11lho )ho ped1a. Ji, <'OJ?O tam bea lfn_o, acollw dn Ron Vista Alenqucr, a rum de urna coic;iio Lopes Hroz, Jul,n. Alme1òn, Car1 fui nsit~- !1· .-linhn_ 1rma dt8$(.\.-me ent.n_o s~mpro com •:nr1nho,. os ,1-11., f1lhos, :is. 3 10 rndtmn om peri~o de vì,la; mina Simòes Frnnr.o, Alice C. ('nrrilho quo o mcd1<'0 !ho tinh~ acon<:oJhndo re,-1- stm Eln '-"O dtµ.noo v1r t•m mou 011x1ho. ~ ~ ra .11 raujo de s,m&a Amorim Louro Gnrcia Mari!\ Amelia de J,'rt>itaa g_nn~·~, porquo, s~n. f1lhl?-, &e e.~ca1~a.,so, Tinho. dei,ìgnaclo, o dia 13 de ~unho do ;1,~ll~)~iint~t dn Ln1tnn, Vnlbnm, a cura d~ Fnrpoln, C7on;lossa do llforgnricle, .lllnria fic.:;11·1~ ci'p.a. hntuo, <'h":1:t da . coof1nm;a corronto auo. qunndo unrn terrivcl toi;.•e brinho Augu~to que ORtove desen- Ribeiro ,la Silvn (20$00), Maria Almein11; ( OTJSOl~dora do~ .\.thtos, incuti em e tomporaturn se npn~crornm rle m1m rl:~11.<loo por tre$ juntaa m"dicns; Mnria da (20$001, Cloro. Mont-0iro, :Moria m,_nha 1r11m,. espornr1c;:!'- no protccçào da afect~ndo-m': os bronqu1oe e A. bue do ~o-•ti de J1cjn ,1 rtiuaa, run da Sooit><lnile C'nrmo pl\.<;Son, Dnronr.za do Nora, Frnn1\Ino _ Santf~:,tmn e !101;-lhe umo pequen., pulmao d1ra1to. Pa,-,;iivn act no1te~ senta- Fnrmacf'uticn. 08, r/c, J.i,,boa, em cfoença I dsca d' Almeida Vnsconeelo&, .",lllt'rtina porçao d11 n~ua clo } nt1mn. da na cnma u , om fnlt:t tl<J ar. limha fn-e, l)e//ii n de Matot l' 'zeve<lo Giriio ('omfossn de AwvE-do "r· h • - . • J • ·1· . t· grave , 1o sua mu , '"' ~, t ... \. • , , • , ·'. in .!' irma com<'~oi1 o~o n fazer-llw m1 in nào q11er1_a !111~· l'tl par 1,;so. ne~·.•· le Cnclaf,tz (Gnviiio) estan•l'l doente ha- Deodata AmeliB Mnlnto, llfnria do Rosa-aph1;a~s _ron~ n rcfor1?a agun, t' no d!a ei;tndo mo, on_ 1ns1st1 nté qut' obtJve h_- ~ia seis moses om porigo de vida: Ana rio ('nrdoso, Mnrin llelenn P. S. Pim1>t~S m111h.1 sobr1nhn_ <'~tn, a melhor. No dm cença d~ Méth~o e do11 m.eus para reah- Santos Muuricio de M:on,aLnto (Alca.n~ te! de Mornes, Filomena Mornes de )h4, e.~tnvn ro~1plotamo~to curadu. . ~i\r a nu_nha. nn11:om "'l,1'1nt.11n!. Uma \'1'7. nn) cm rÌM'OII cl~ perder uin hoi doente: rnnrln, Cnrolinn Jsaura Lopes ('nriloeo _!!:_ogo-lho, -O~hor 01rE'Ctor, faço p1!bh: I 1_,i., roceh1 u. ~ngrndn ( nmunha~ l'Olll ,1111 l'ictor Fe.rnantles de Ahlegnlega. (doença ( 20$0IJ), l\fnrin Pnnln nentes, Pnlmira ca~ esta co_m!1mcn.çilo que, rinn<lo gloria. a fer"..or co1u? uunca <'~pcr11nt•nto1 1! ? 911<' do rnsl<•stinos) i Ìlo.,a da ('oncei('flO Mo- cln 1<:ncnrnnçno Moui-inho, Ani\ RORa },lonl\Ine Snnt1_sa11nl\, <la llm grnnde prnzc,r enlu_o ,;onu nom ouso des1·1:~vcr. l<dtl'-e, r, ira de LiRhoa (hV8wrismo): Uma ,e- toiro Doptii;tn., Filomona .Angu!'-tn Pnia, , ~nit hnm1lde dcvota11. l:igr11na.~ a11 quo n<>ssn ()('ll~tao brotnrarn 1 ,._ ·1 on~e"nido O bn- J - p . ~ 1·nr Mnria dM Dores Ta. • d t· b d<" mous, olhos I Assisti ii varins l\Iissaa e n 1i ora o is on ...-mo c ., Olto nes • 11:1 i , . ..,. ·1· ti~mo de ll'es c·rE>nnçns de 1, 5 e 7 nnos; ,·ar<'s de Sonza (70$00), Mnrin r,int ,,. ATl·.S ADO depo1s aprmumo1-mc da to~to ~1r11cnlos:1 Manuel .4 ua,i-~to de Pinl,11 J.npt>s, da Bnrbas, Lucia d'Olh·eim 1;onre.s (20100), ' para h<'hl•t· dnq11ela puri. ·nna agun qu_u 1\l11rt05a; .1I me/ia de JeAtu Pt,•raria, de C:,n<lida Vt111:mlo Snnto11, Folicinno Lo.. Eu Ayrea r.nrre111 de· ,1:fotua Sri-es ' dou- 1 t(lm. dado su.udo o for\'O a tanto~ docnt1- S t. b I · l' ve, nanile, l'a11to • 1·n v·110 Noer<'in , ToreAA Loo. · · t · I t b I 1 o 11 n , ,n.,a l'·b~,·ro ,1 , ,. , po11, "me 1, rf 0 h0 ~- "' tor em J/ P 1r11,,, e rir11rma pl'/n l<'acul"ac O M 11f.!lI1 or: n ,. re a inne 0·- rua d o S t o •\ n to,,·10 "°o, Porto·, •M•rria r<>nço, Almeri·nn Al"n t t , a n .. , Murin • F('rnanrla . . . · d · · O 0, I dm/e de .,,,., nou-mo por., comp' 1-'d osso nunca mais du t.onre1çcw , · • d e ,~"'o u-,a Tararti ,i "S'am- Vnq11111 · Iins 11-'e ('nrvnlbo , Maria Eu ... ..en1a . ..,. 1rina a· . Un1rer1ide1de d• t' " , · O 1 11 O ·' " ico ~~ 1c>xa~inou . •· paiQ, rin. C'nvilhii, tonrlo p,•rdiclo os aen- Rnrronto, M11ria lrr.nhl'I dos ~nntoQ Jnr11:e, Liab~, m=1co mun1c1P'1L ~a /reoue111a ivc q'!nnuo de · R,arJ,u.,' uteitol q"e Jlur,a Ju.1é c,ou u.cl1111rado por o puhn:io r!'Splrar hn- ·c1 rto ; Jnna~ a Soare& Go- "'l. p en...nforte Cnrdoso :Mnrin Viana · · I t , , . · t tr · .I . t · t1 os ero um pn " ,' ' ,., 1r.:1 .. , • re1ra, ,le e a110., I e uiaile /1llin di! Prm1- , amen o e lii.o o;1<, q1u 1p1or , "~ 111;10 cl !=; • Braga um:1. gra~a .. J • Mnrin Jo ,1 P<'clrm~-, Rotto . • L'. . d 'd .. cl fra, uo,: i 1uo o I1iin· ·11 mr1, e • eq1w1rn, • " ,irNrn, ' • • . ' etico .'Satua r l.(Jlllltrt o e e .4 clrl111(l Fer. , a. I ·• ' . ·" · . tompor·\I roncodidn II umo. lt•itora rla l'oz llnmiro :'.',font Piro Rndrtj!ue!I, Filomena reira ,'{oµatriru, fl>do.f 1!uturais de~tcit Graçu.,; 0 ma~i; ~rn~us ~••Jam da d ns, ,' cln l•'uÌima por meio do So nto Rosario; :-,;"unes, Toresn Alvnrrio C'orrent-o, Jacin/rér,uesia, . .,,. enm11tra ho_1e vlc-numenlr la_m Robornna_ Srnl~ora qut• honru I\ [ a- ,l. de ,I. Piru, de Evora; Jforia .4.lice de tn cla. Trin<lncle, Ana tlo Un~nrio_ Correnre.,f11/1tlrc1da d1n~a 111fJn1no1tP. ccre/1rQ- triu Portu;né1.a.. lo!1-foelln-~o eternamt>n- l'a.,r 011 ,-,-[o8 nasfos, da fr,11:ucsfa de S. to Sonrf's Anii:olina Gordo, Adeln1de Dare,,J}inoC di' que /01 pre,a a 30 de J unho te roconh<.'Cidn .•\ ma,s 1)u!111 1tlo ,!o".'.o~a ,lo T 6 11 • (' 11110 J Baiiio ( Oouro); Joa)•'. ·' Jurlith Pereira, ,\ rmnndo No,,u. Sonhorn do R<>-"arw cln l•'nt1nrn>1. o~\ u nll, . roll ioirn, . • 'f . de 1927. . . qurn,1 ,1 nf1111e.s Guerra, rua da Caclem, ('nrdo~o. C'on~tanç11 <nrrt•llOSJ\, ., nria Mais a/mno _q"'fr. 11 refcnda doent, sP. Joaé Maria M ar tlns P ln helro <fa viln 133-T~vori1, a cnrn de sua filha; Mnria I Amc,lia Pizarro, Antonio Rnclri_gnc>S Griios, encc11ttruu, !!E 1111 c,o dn 31.ta cloenru, em Praia d,• Ancoro, t.euclo umn f~rida. 011 _ Carfota t'ultia Trio11eiro.•, clo l<'undiio, José nnrroiros, Victoril\ de A,·elar Go:ore~tudo grave, clic(l_und~ a. a.~re.,entur 'l ma pornn ha mnis d<' 11111 ano, e, recenn- umn grn~·n l!articulnr,_ pro1?etendo uma l j?e, Vnlentin.n. do l\fon,lon~:n, Alb_rno eMo cluta alot1nR .,1a111H.1 cl1n1wR 111.u sdo do qu<.' .nunca mn.i~ lhe snrasso po1' ter noveul\ di' l\111,s1,s, o comunh,ros; Sara Ju. Ednnrclo l\fnc101rn, Jo~ FcrrC'1r_a ,Junior, a1xinao1n das foruias fu.ltnllWn~es. . fcito muitos romtlclioa 1;<>m O mo~or rosu l- clifh Leit11<>, da Covilhii, a cura cle sua Armnndo Alves, J<~rnnc:ill('o Mnrtrns Alvea, l 'or .,er urr, luclc e 11H' tc_r s11lo ped1do tnd'l rN·orrou a. No~m Senhora do Fii- miie; ,To.,e/ina Jfn.,n 8i111ao do ('nsnea da Mnnuol Emilin no Hotlri1?11C~ Bntnlho., eu pa.,.,o .o. 11rr.,ente :'°~ m!nha 1ionra " tima', romo~·ando umo. nov1>ila O lavnu'<.lo [p;rE>jn, nn onfc•rmi<ln1le de um rapnz crea.- ,Jorgo do Pn;;sos Costa, PriorE-~n do C'on1'C'1tJ1CJ1~stlbtl1ducle prufi.~$IOtia1s. n ff'ricln C'om n~un do l•'ii.f.imn, qne umn do_ d~ servir chn_mn_do Cnnclido: .Jo,io rf_e vont-0 d_? Tinm Suec~so, l·~,rmehn,ln Dunr. No:r RiachO$ ao8 lt de Aaosto de 1927 p<'sson nm1g11 lhe d<m. T<'ve a consolnçJ.o m,11,,ra, do /lssmre1~n (Tonrn~); M<1rceh- té, Josl, RnfnoJ Lnp!\'I .ti Andrni\E>, ~ 0!'" de ver-so l'urado, no terminnr o. novt>na. 110 Ra/11rl, da !ttt>nchga; M,1r,a de J.our- quim de Sonz.'l, A nto_111~ da C onreiçuo (a) Ayres Correia. de Sousn No,·e, C'orno provo do gratidilo, pPde a puhli- <les _de Rurc-e/o., Coe/{10 Ror11t11, de Angra Dias :'\foitn, Jose cl'Ol1v<-'n,, T~,·nr~ 0 c1\(·iio tll'st.11 l(rnmle J,?rl\.\'I\ nn Voz dn L?ti- (Açorc::s), grnçM vor1M_; M E. de ll. ·~· nior, 1)omin~o11 rio Cnrrnl, Al~1rn Vunra, Judlth Maria Pa u llno, da Praia do timu, 0 c,n,·ia uma JC'mbrançn pnrn nuxi- da OP1rn,;, o rootnl1<'.IOC'1mon~ de um f1- Mnrio. dn Aprc.sent~çlio J)nn,I Gonça.1nom Rnce6li0, 3:3 1.0 , Pedrouços, conta o linr na d<'!;f)Obnll do <'nito. Snh-é, ~liie d<-' lho ri()('nte; A 11/01110 F1•rr11ra de Aiello, yes. (-10$00), •.\cl!'ln_ulo ~rnnnw~m11 . de soguinto: Mi~orfoordia Snu<le dos Enfonnos11I <le Anp;rn {Açorr.s,) n cur-n duma rlnença ~felln Hrcym,r, .inrm l,111,:n cl ,\lme1da ,cl'urmitu-mo V ... qne venha hoje cum· ' p;rnve <lt•pois !lumn nm·onn e de tomnr (12$150), Mnria da Cont'tiiçiio Ribeiro, prir um donir _snp;rn<lo podiud,o "<' dig:1n. Fiorentina Andrade, morn<lora n n rnn Oj?UI\ ,1e· Fntimo; ,]n,ìo Martin, Mano, de .Joaqnina rla ('11nh11 ('.orreio. <20•0ll), :Ma-inserir nn Rl'II Jornalhrnho n l oz <111 1'<1- C'on,le R('Clonclo n. 0 11), l'a,·e, Lisboa, deae- ('Mtnnhe-irn le Arép:a (Fi111u!ir6 dos \'i_ rin Fernnncla Snntos lrC'm esr111l,m) Ma.. ti 11,a o rC'lnto de nmn cura que a Santi&- jnvn 1rnblicn r 110 jornnlinho de No= ~I.'- nhos), &tando h1n·in nnnos ••ntrevncln, co- rinna J. Rotlrigne.a ('lnmlin !lfiSt•n, 801i111a Vir~em ;;o dignou fnzor-me. nhorn do RoRnrio da Fatima, um mila-- michào e rhn1,tM nns pE-rnn~ a ponto clo fin Pinhoirn, Dentriz ,la Rocba Werneck Bm 1002 rlC'flOiR dc n m r011frinmonto ~,,.. gre re<:eliiclo em monos do 2-1 h nrns. niio poder dnr um pn111,o nei" i;ooogo r, re- (20SO()), Mnrin Aniorim T,imn, Arlrinnn C'onheço J osé cloR Rantos ha. muitos anos correu a N. Senhora da F11timii, rrnmo-- Taborcla, Enl{onin Tnbnrcll\, P .e Alberto guiclo do umn exaltnçiio ,te 1111n g ue apare<eu-me u m ecy,0ma por toclo o rorpo ; como homom serio e bom visinho. J<:lo tc>nrio r88t\r o Ro,;nrio 1fpz ò1n11: .Juxf itca Gomrs, Cntnrinn Foio Leile Rios, Emimolhorn.vo num sitio rebeutava noutro. sofre bn bem dnte anos de uma uloor.i. d'Oliveira FGria, de Santo Eatevi.o de, lfo }<'eio Vnle, Marin Eliza Foio Cruz,

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Abrigo dos doentes Pere~rinos da Fatima

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Voz da Fitima

& Maria de J e&US Leal Rodriguea, Aninha dos Prazeres do Vale, Joaquim Pereira, J ulio Gonçalves Ramos, Gertrude& Pinto Serrano, Maria Joaé de Silva, Mariana Moreira dos Santos, Maria do Socorro Paiva (11100), Maria da Conooiçao Bantos (11$00, Olinda Godinbo Reis, Antonio Machado Fagundee Moura, Ana Moreira da Silva, Tereea Guimariea, Eduardo Joaquim do Vale, Malga.rida L. d'Almeida (20$00), Maria Amelia Vieira de Carvalho, P.e Franoiaco Joaquim da Rocha.

Nossa Senhora de Fatima em Llsboa

argumentos para vermos a mio de Deua I VA.se, pois, que, se Deua nos envia a que dirige o mundo P dor é para nosso bem, é por bondade e Terminou com uma invooaçio fervo- amor. rosa 11 Senhora de Fatima. Ela soube por Em vez de nos queixarmos, deveriamoa modos misterioaoe conquistar o seu cora.- agradeoerA dor é uma especie de deapertador çiio, sem milagres, apenas com o afect.o, aqui lhe quere teetemunhar a sua fé, a ou o sinal d'alarme que noe aviaa que a sua confiança. Valei Senhora aoe peoado- mnchina do noeso corpo ou da D088a alres, valei ao noeso pm. Naa grandes cri. ma e&tii.o em perigo. 888 da sociedade foi a devoçii.o ao RoSe nii.o fo888 o sofrimento a voz imi*' 11ario que alcançou as graças do Céu. riosa da fome, talvez muitu vezes deiTambem ela nos valera. E::a:bortou todos xasaemos de alimentar o nosao organismo, o. oultivar tal devoçio e ohamou a aten- 1 que nio ouidariamQS de proteger do frio, çilo dna senhoraa para a mensagem a rea- dos perigos, 88 nii.o fosse a d6r,. peito das modas e imodeatia e para a n~ A dor moral, o remono, aviaa.-nos de cesaidade de todòe combaterem em ai a que nos afastamos da lei moral e por tan118D&Ualidade, tii.o alheia da Virgem Pu- to da vontade de Deua. rissima Mii.e de Deu•. Esta' declaraçii.o categorica do orador impressionou muito a aasistenoia-

adormecida e é por iaao que entio nio sofremos, No entanto o mal e een,;,açio fisica 111 eata. Sii.o duaa coiaas diatintu. Or"' a consciencia do ,animai é· ,una coiaa surda, obsouta e nio nos , oo~ cida. Q11aa.i se pode comparar a 111a dar , d'um homem adormecido que npsrimenta um mal estar mas nào o &ente. O animal 110nte, maa nio como n6e; sofre, mas nii.o oomo n6&. Ha pois, lllD& enorme diferença. entre a sua dor que tem a s11a &éde noe nervos e a dar humana que depende ao mesmo tempo da consoienoia d'uma alma espiritual, da n~o do tempo, da previ&~, da. aprehenaao, da penpectiva do f1m mais ou menoe afactado tudo isto ~oi&aa desconhecidaa ao an~. E oomo 1~ aousar Deus duma injustiça a propo. sito d11m fenomeno tào misterioso e que nos_ conhecemos tio mal p E seria neoe. sarto tambem provar que o aofrimento , por sua ~noia senii.o um caatigo. Di. se mas nao 88 prova. Pode aer o efeito d'uma lei geral e superior cuja razio nos e,capa. E ha tanta, outraa deante du. quaee n6~ temoe de confeuar a noa. sa 1gnorancia I. ..

Ma, porqu.e /ara Deua ao/rer o, crean... Revestiram esplendor especial as festa& ça, Y • em honra de N. Senhora de Faitima ceVa la. Co~prehend~se, dir& alguem, lebradaB no dia 13 de maio, conco~ndo . que Deus enVIe o sofnme.nto ao homem para iaso O facto de eaae clia ser fer1ado I quo pode com ele aprove1tar e ganhar, oficial. Alem da inauguraçio de altarea Sendo De1a, como realme~te ~, aumamen- o ceu. Co- te bom, po-rqiu no, /o,, 1ofrt1r I Maa a creança, que nio pode fazer 8 imagens bençio 'de estandartes, munhòee ~umerosaa, prece, vespertinaa, Niio ae ~rata aqui do aofr~nto como actos de reriignaçao e por Ìlllo nio pode ho ove varios aermòes, con_sequenc1a do p~ado oniinal, tanto merecer p Parece nela a dor um acto de cnielda.Queremos de&taoor entre eetes um, fei. mais 9ue, 88 o sofrunen~ actual com ele to na Capela de N088a Senhora do Mon- tem hgaçao, esta é contingente e acci- da da parte do Creadoa:. te do CaI'mo, por o orador, R. P. Vale- dental. . Ora Deus estabe!eoeu leia ger~a 4lUe rio Oordeiro, ter vereado directamente oa ~? fund_o é tndependente do pecado regem a natureza viva, e em p_art1oular, •• • JOe OS argumentos teologicoe que nos peraua- origmal p_o1s que D~~ p_oderia impor- a nat11reza humai:ia, Er.eaa lea t r ~ dem a considerar bem fundado o culto. nos o s_ofnmento sem 1DJl1Bt1ça nem cruel- 1 naturalmente com111go desastres partìouEm 6 de setembro de 1923 oonforProi.ebtando a sua obecliencia as determi- da~e arnda CJUe A~~ . nào tiveese pecado, lares1 oomo tempestades, inundaçòea, in- ~e lemos ne: Oroiz de, ittunu o:n, de 28 uaçòe& da Igreja o orador acha que dean- pois que a 1mp~1.bil1~ade de. que- ele o cend1oa, f_?m88, do;en~as. . . d e:gosto_ ultimo, deu-se em Lourdes O ~ te da erlençii.o cada vez maior do culto dotou era. um pr1vileg10 grat111to. I Deua nao podena unpedir oa sofrimen- 1gumte mtereasante caao: prestado ii M~ de Deus aob esta deno~ E' P~1so, pois, . explioor o sofrimen- toa e mort:ee que d'ahi deriy~m eenio Uma doen1:9 da dioceso de ReiDll!I, de mino.çao, prec1Sa ele do ser elucidado: to e~ ~1 mesmo e 1ndependente do peca,.. fa.r.endo m1lagres que desta:ull'1am 88li8II oerca d~ tr1nta anos, oxtendida na ._ "Qui elu.cidant me habènt vitam aeter- do ~riginal. le1t1. . . planada Junto d~s ootros doontee, atraia nc1,1n (era o texto do sarmào).u E O que yn1!1o!' te~tar fazer. 9uerer qu~ Deus faça assun m1lagr88 dum modo espeo1al a aten9iio du.m liv-re Expoz brevemente ns origeD!I: as apaHa um prmc1p10 s1mpl88 e certo que a. Ji1cto contmuo, é uma pretenalo dema,- pen~doi: que, como curioso assistia a riçoes da Cova da Iria. Il: perguntou: De- vamo11 expor: . s1_ado exh~rbitante para um cri&t~o e p~oc1ssiio do Santiasimo Sac:amento. .A' vem ela& ser aceit.es P .Podem constituir N ao é crueldade. imp6r a um homem a1nda . ma1or para ~a que nio 11cred1~a~ v1st9: dest:9 farrapo humano, dizia la pauma base teologica do culto~ u.ma pena, ae dahi Zhe de-.:e renùtar um em m1lagres. O maa que se pode exigir ra s1 o hvre pensador: l'ara a:esponder a esta pergunta preci- bem eon1idera11el; e iato pode aU tra- é_ que Deus t~ o bem m~ral do mal fi- j -Ali est~ uma que eu deeafio quem aamos de propor <loia p,-incipios: a) que zer 4 marca. de uma grande b ~ e. &Jli0; E Elle nao falta a 1Sto. quer que &eJa a cura-la! . E verd~de que a crean~ aof!e, maa, Quand~ a Santa Host1a se aproximou o , proprio das obras de Deos alcançar re. Quanto mai.a pro/u.nda /6T a _di/er~ O aultados grandea oom causas pequenas; entre e,ta pena e e1te bem, mai, o a,pe1. ) _ mu,to me~a aue ae u~agi~a por- homem f1cou d~ chapeu na cabe~. . b) quo pelos efeitos havemoa de julgar l cto de mal ~e1"l ,er a/a,t":'1,o. quo nao tem senao uma consc1_?nc1a. vaga Um bran.card,er fez.lhe v6r a indelicada causa. Exemplificou c1stes dois princi~unco. nmgu~m .~ que1xou de lhe aer e ob8Cura do seu mal. Ele ~ao o prevè deza, _ . . piOò com O Evangelbo: como Jeims tinha aphcado este p!1nc1p10. . e a verdade é q_ue eata pa:evisio_ fa1&-nos -Nno tem nada com 1880, repbcou 0 usado de meios na aparencia sem proO lavrador no.o mutmuro. dos sofr1men- talvez sofrer mais que o proprio mal. ,descrente. P~ro. ~vi~r _al~um ~andalo, 0 bf:Jnporçii.o alguma 'com 08 gt·andiosos efeitoa tos que lhe impoè _o seu ~po porque S_emclhn,.se um pouco a um homem no produzidos: a cura por um pouco de lodo OSJ)~ra ~ compens~çao da colhe1ta. O op~ e.stado eomatoso. . . cardter nao 1nsatiu ,e aJoelhou aem clir.er aplicado aos olhol! uma simples ordem rario nao se qoe1xa do cansaço, porque 2) Se o sofr1mento da creanc1nha pnlavra. para ti:o.nquilizar ~ mar e resuscitar mor- pensa no salario: por vezee ele procura arrastada pela doença ou por um desa. Precianmente nesto momonto a cuatotos, etc. 'fambem para tundar uma obra até o trabalho mais penoso se este é mais t~e, niio tcm recompenaa propriamente dia traça!n o sinal da cruz sobri) a doen.. tio grande como a liireja Ele se aerviu remunerado. di ta no céu, t~m, a.o menos, uma com- te. lmed111tamente, corno quo impelida de dozu humildos p~•scaùorcs. Os grandes Um pae .oiio é alcunbado de barbaro penaaç/fo. ~· 9ue. ? quo eia sofre j abso- por uma ~ola, a doento levanta-se, laninsLitotot1 religioso& nai;ceram tambem de se submette o seu filho doente a uma lutanie!1te 1ns1gnif1cante em relaçao com ça um gnto e cafo de joelh01 para adohomons ponco oousidorados pelo mundo, operaçiio dolorosa, donde lhe vira a sao- a fohc1dade _de que Deus o c11mula sem rar o Santissimo Sncrl).mento. Ourada I como a maravilhosa obra de s. ~'ro.ncisco de. . nen~um merito . da sua part?· . F~lamos 1~1,tava. realmente curarlo. I do Assili- Quanto ao i;ogunùo principio é Ora, se Deue nos submette o.o sofr1men. da crea~ça bapt1zada que vai clirPtta ao Ao mesmo tempo que elu. um outro ae conente na ascetica. conheoer a. arvore lo é em vista do salario que nos quer con- céu e nao passn mesmo pelo p11rgatorio. o.joelhava to.mbem. Ero, o livre penr.~dor. pelo !ruoto, como d~ NoliSo Senhor. E: rc~cr e dn colheitu. do .moritos e •lt, 1..,-.. Es.<.e pcqu~n~ &er, _said? do nada aem · Mas agora ja nio tinha o cbapeu na 0 unico meio que temos para dizer 88 lcc1dade que d'ahi deve ·resultar para nenhum d1re1to, nao f1oou. mal da be- 1 cabeça e, prostro.do, chorava ... uma detenninada causa, cujo exame di- n6s, bens im~ensos, teri:iporaea e eter- ranç~. A creança niio .bf!-pt1sada, ~ ~ E emquanto a miracu_lada 118 dirige pa.recto noo &Co.pa, é ou nuo é boa . .A. hu. noa, q11e. dah1 devemos tirar. . ra .arnda b~!'nte fehctdade, mmto su- ra o Bureau da.,_ ~en/lcaç~e~, o homem mildade daa pe86oaa, a santidade que O aofr1mento torn&-~o.s _-aguerr1dos tem- peri~r . b. f~hc1dadea .terr4;lltrea p06to que c,1rro J?Bllll. _a basilica e d1r1ge-&e a um a:eaulta de determinaùo npostolado 011 rie- porn.nos o caracter, VInhsa a D08118 von- qua.si 1i:if1mtamente mfer1or ao oéu. con.fe1>S1onar10. voçào sào 08 critorios para julgarmos da tado. Deslig11-n0& das frivolidades da vi3) Fmahnente, a da~ da creança _é .Ne~e _m86mo dia èle pergunta o 110bond~da das causaa. • da. parn os q_ue a presonce1am 1 para oe paia me da m1i-aculad11 e pede para lhe falar . _ . .. I Conduz-nos para De\18, levanta os nos- que com isso sofrem, um bem moral, pe- no dia seguiate. Veio a saber que ela 88 .A.phcou e1;1t!lo eatos dols princtpios aos sos olhos para o ceu, emquanto que a los actoil _de fé, de resignaçio, de carida- ohamava senhora IIaaard, (que .,,m francè, factoa de Fatu~~- Trllli . pobrea creançaa prosperidade quasi sempre nos céga e dP e de~1caçiio que ella inspira. quer dizer aenhora Acaao) I ~nsoguem mobihzar m~a!e, de P!SSOaa nos desvia. O ~ofr1.mento da creança, é, pois um Que nome tào simbolico. Como Deus JUnto ~o local das apançoea. Os . !l'terTorna-nos misericordiosos para com os' mal JDeVltavel maa compensado .e adoça. tem d85ta& deliciosas ironiasl rogatorios daa creanço.a, duaa quaea Ja nossos irmios que sofrem. A dor da a hu. d? pelos ~1_19 reais que Deus teve em Hasard, iato é, J.ca.,o providencial I lecer~m santam~nte, mostram a. 5•11 °' in. rnanidade ocasiio de mostrar a sua bon- vis\a perm1tmdo.o. .No din seguinte, vinte e tree mediooa verifìca.vam o caracter preternatural da ~enuadade, alheia a todo O eapirito de dade, a sua dedicaçiio, a piedade e tod"8 1mposturo. ou engano. Nada ha nas res. as suas virtudes. Ella nos pòe tudo o mais cura. O post~ que possa fn~or entrever desen- claro possivel. • Nossa mesma manhi 11 miraculada oo. volvimento da devoçno, _no.da ha nal! men- , · Iato, quanto a eate mundo. meçara a desempenhar as funçoes de ensag~ns, ~ue tenha resa1bo de nov1dad~ : . Mas o softimento aceite de boa. vontade Ma.,, porqu.e /az D' I ani,. ' fermeira I penitencia, .rdza do te~ço. E contudo mais prod11z bene muito .superioree os bena malf eua ' 0 rer O Ela teve tambem a visita do livre pende oom ~ul peaso~ Juntodam-ade P~_!'a. re. I oternos. Fa~noa adquirir meritoe para o O anima! diriio nìio pecou Portanto sador da vespera... e, ambo&, fel.i"88 wn 1 zar, na de ~rnecaf ;,::o;f a. e ...t1hrua, Ceu. S"l sofre é, uma i~jnstiQA Nio ha par~ pelo outro, tiveram uma entroviata, que apodpei.ai: 0 88COD viagomte 8ù 0 ~ Da-nos direito a uma coroa, a uma glo- ell\ oo~pen&açio no ouÌro mundo. é ua suo. linguagem simplee, foi wn acto t· •t;:,m, ap~r a ;r.~es ~ r88 d? &l- ria e felicidade incomparneia. poi.i uma crueldade ' da gratidio, um Te JJeum do coraçii.o, 10·• modexp elcar e 8d1od8 d l)gran plOD~ Di11iamos acima que quanto maior far Aqui ha ainda a· considerar ' a lei· a~ talvez mais eloquente que o da liturgia, aenao ven o n e o o e eus 1d' ta · frim to be •= · ·t D . t h. a 1s nC1a entre o so en e o m ral a qual O Creador deixa O aeu livre d e que el88 1gnoravam aa pala vrae. oi u, ei e, ic 1... que dahi resulta, mais brilha a bondade curao. Sera Elle nisto injusto e eruel p Be conr.ideramos agora os efeitos em ai daquele que fez depender ttma da outra. Ora neste caso a distancia é infinita Para o afirmar seria preci be vemos dezenas de oasos maranlhosos1 cle ouraa de doen~, atestadaa por medi~; pois qu? um doa termos é o infinito. E' duaa coisas sobre 88 qno.ia nio :m:.:.. de curu de alina de 9ue p?<fem dar flS o proprio Deus que se fat1 a n088& recom- niio noçoes muito vagas. aa p8880a~ que em Fat!~a nram .r~n. pensa dando.se a n6a, como Elle dÌBBe a Seria preciso saber O que é O IIOfri.. dar em 11 a chama roltg1osa quasi ext1n- Abrahio: mento no animai e n6s nito O 11abemoa. ota. Ego ero merce, tua magna nimÌI. O &0frimento tem a sua tede fisica no Comunhòee fervorosaa ouja preparaçào Tambem s. Paulo afirma que aa tribu- nosso systema nervoso que eia revolve e E s t e jornalz lnho, que· v ae é o sacrifioio; oraçòes ardentea, confian- laçòea desta vida nio p6dem p6r-18 em agita, que reage e q_ue d'ela procura li. sendo tAo querldo e procuça na Virgem Santi88ima, resignaçio... paralelo com a gloria qne noa eaU d81ti- vrar-&e. O animai tem esta sensaçii.o pornuma palavra tudo o que vemos em nada. que ae agita, bérra, procura eritar o rado, é d istr ibuido g ratuitaoO nOBSO sofrimento, di11 ainda ele, golpe, aacudir e lanc,ar fora o dardo que m ent e em Fat ima~nos d ias Lourdea... Nosso Senhor a pelava para aa 13 d e cada-més. auas obraa corno prova da sua missào di- é momentaneo e ligeiro, ma, vale-noa um o fere. rina. Nio se poderit dizer o meemo cle 'll'a- p&o imeneo de gloria.11 E iato é de tal 1 Ma.a osta sem-açii.o é no homem acomQuem quiser 'te r direlto d e timaP. E essa agua, simbolo da graça, modo verdadeiro quo ae oa eleitos no ceu pn-nhada de conacienoia e é por isao quo o r ec eber directamente p elo e portadlka de tantas graças, e eases fe- pud8888m queixar-ae nio aeria . de terem olla se converte em sofrimento. Quanto nomen01 aolares, e essaa multidoee que sofrido, mu de nao terem sofrido mais, 1 mai& a 00D11Ciencia 4S deaenvolvida corre lo, t e ra de enviar, adide norte o.o sul de Portugal ncorrem no porque osaim mais tcrio.m rnerecido ,• lmais agudo é o sofrimento. No sono antadamente, o minimo d e I osta consciencia sensivel esta tambem d ez mli réis. locai das apariçoes nito b.iio outros tautob maior gloria terinm ogora no pnraiso.

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VOZ DA fATIMA

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Leiria, 1.3 de O'Ut-u.bro de 1.927

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[COM APROVA Q.AO BCLB81AST1C.A.]

Director, Proprietario e Editor: -

Dr. Manuel Marqaes dos Santos

Administrador: -

Composto e imo,esso na Unilo Gr-aflc;t, ha ds Sufi Miria, 150-152 - Llsboa.

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R.edacçfio e Admlnisfraçffo: Seminàrio de Leir-1a.

CRÒ_ N ICA = ='lntJruen[IO mil~1roH ~e H. I, ~o IHBrio da FATI MA ·~a rauma num ~esastre mortai .

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(13 DE SETEMBRO)

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~endo a :onvicçii~ abbOluta dc quo sé Foi n 9 dc Mnrço de 1926, pelas 6 1/2 a 1n_~rvençao _d~ Virgem ~- Seuhora rio horas da tarde, em plena estrada, na Dei. ._ d , . Rosario de Fatima me hvrou dn mor- m Altn, um pouco antes da. estaçio de gnnaçoes e grupos e ro~eiros, que • te, npoz o tremendo dosnstre que ,::ofri, C:iuas de Senhorim. veem expressamente de vespera para Fracturando ~ma perna, un~a. ch\~·ic~1la, J N"um:i motociclete, a grande velooidade, poderem encorporar-se na proc1ssao um metacarp10 e foz~ndo vano:., fend_as pasSt'i !)Or um autom61·el, e, no momendas velas. Eutre essas peregrinaçoes contusas,. entre a.s qua1s urna de excepc10- to t,m que, logo a seguir, me d86viava merecem especial referència a de I nal grav1dade pela sua loc~lisnçiio e lw- , tl'uma cnrroça, senti um enorme es~~-api-

Na tarde do dia 12 - A peregri-

naçiio de Lisboa (Conceiçào Velha). - A peregrinaçào de

Vila de Rei - As peregrinaçoes de Areeiro e Anciiio .. O Rev.0 Rafael Jacinto - O Areeiro ( Coimbra) e a de Anciao; nobre è ilustre Visconde de notaveis pela sua boa organizaçào e pelo m1mero avultado dos seus memSantarem . . bros. No sino grande da igreja paroUm dos peregrinos_, que se ?'gregaquial de Fatima aca.bavam de soar ram a.o grupo <le Llsboa., fo1 o nocompassadas e graves, as ba.dalada~ ?re Visconde de Santarèm, f_ida.lgo que anunciavam as sete horas datar- 1lustre pelo sangue e pelo8 prunores de. de caracter e de coraçao que o Por toda a extensao da estrada distinguem e ainda mais pela firmeentre a igreja e O locai das a.pari~ za ~ d-esassombro _d_a sua f é ~ P,:la sinçoes, circulam continuamente veicu- cendade da sua p1edade cr1sta. · los e peoes, que se clirigem para a Cova da Iria. Em torno do recinto A ptocissao das velas-A adomuraclo dos santuarios, sobre a esraçào nocturna-0s sermoes tra.da e nas suas imediaçoes, estacio-j durante a adoraçio - O curnam camio'M, automoveis e canoa de so teol6gico do Seminario tiro, qu.e dificultam o transito. do Pòrto de 1919 -1922 - O À·boca da noite começam a chegar abade de Cete e o padre Anas peregrinaçoes. A primeira é a da 1 selmo - O concurso de pefréguesia da Conceiçao Velha, de regrinos. Lisboa, que pela segundà vez envia a Fatima rnna representaçao dos seus Sao ja dez horas da noute. Aviziparoquianos, numerosa e luzida. Os nha-se o momento, Hl.o ansiosamente peregrinos, que eram cerca de du- esper:3-do da procissao d~s vélafs. Os 1 zentos, ao contrario do que sucedeu romeuos presente~, que _Jli per azero 0 mes passado, em logar de desern- I àquela hora mmtos m1lhares, conbarcarem no apea<leiro de Ceissa centram-se defronte da capela das apearam-se na estaçao do EntJ:onca~ ' apariçoes, onde o rev.~d dr. Marques mento, onde os aguardavam as lind11.s d?s Santos, capelao _director: ~o~ sere c6modas camionettes dos irmaos v1tas, ppuco antes de se 1mc1ar a Clara de Torres Nov;s a.tra.vessa- ' pr.ocissiio, faz diversa.a recomen<la. ram a' vila sem parar e' sùbiram a çoes e av1~0s. . . estrada, longa e ingreme, da serra Alguns m~tantes depo1s o recmto de Aire, em direcçao a Fatima. dos santuanos semelha, a quem o Peuco depois, por entre as primei- contempla do alto da ~strada ou do ras sombras da noite, que Ientamen- ?ume dos montes adJa?en~, u.m te va-i envolvendo tudo no seu manto 1menso lago de fogo, Dir-se-la que Urna das radiografìas dà perna fracturada escuro, a.vista-se, a pequena distàn- miri~des de estrela_s se desprenderam eia, uma multidao de individuos de do f1rmamentt> e v1eram cravar-se na ambos" os se:x:os, que se aproximam Cova da ~riai a~ra.zando-a de r~~encada vez mais. E' a peregrinaçao de te num incendio colossal. Subito, morragia produzidn, niio posso <leixar de tlo, .~endo uu-,tantanonmcnte projectado. dA l t t d relatar tal facto, para maior gloria da Cm pneumatico que saltou fora da roda Vila de Rei, composta de duzentas ~sse ago pax em como se as uas Virgem N. Senhora, expondo as razoes ern I e uma. e-amara d' ar que rebentou devem e cincoenta pessoas e presidida pelo fi~s de luz, que sobem len~mente que fondamento a minha con.,.icçiio. tcr 1,ido a oMsa do de611Stre... que, s6 por respectivo paroco, rev.do Rafael J a- a.te ~ eatI:lda_, passa.m por ba1:x:o. do Faço-o com ~ _mais_ ~ntenso jubilo, i~-' milagro, me niio tirou a vida, deixando cinto• alma grande e generosa de sa- p6rt1co pnnc1pal, descem a Avemda plorando o a'ux1ho Ditino parn o. exn.ct1- dois orfiios, uma viuva e duns familiaa cerd~te e de a.p6stolo honra e lustre Central e, contornando a capela das diio e imparoialidad_? do mcu relato, 1~- om lut.o I . ' montando, apenas, nao poder dar--lhe o br1Momento terrivel em que julguei chega.do clero da dioceee de Portalegre. lho de exposiçiio e realoe literario que me- <la a minha bora, pois, corno médioo, nio 1 rece. Seguem-se a est& varia.a outras pere(Continua na 3.• pagina) supunha possivel a vida, eeniio por ina.-

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l\loz da Fitima t&ntes, parante as hemOTragias formida- maca, para o hòspital da Universidade de inventar nomes, se ha um, mais simples, opera.do por trez vezes, eatando no Hospiveis que verifiquei e nao 'podia sustar de CoimbrQ., onde, pelas 13 horas, me foi fei- mais concreto, o unico, mesmo, que com tal, da. 1.• vez, ciuco mesee, sem poder momento! Momento mais solene da minha to o peaso definitivo, ja pelo Ex.m0 Snr. verdade e rigorosa propriedade exprime o desJocar-me para qua.lquer dos lados, duvida. em que, na eminencia de presitar con- Dr. Bissaia. Barreto e depois de ra.diogrà- quo se pa.s,ou? rante nmito tempo; tive Ùm apa.relho de Foi unr verdndeiro milagre e, para mim, extensiio continua. que me fez sofrer imentas a Deus, olhei o passado, de relance, fa.do. Um dos frngmentos da tibia, conspurca.- é o maior que conheço. Além de todaa as so; tive dois aparelhos gessa.dos etc. etc ... num consciente receio do julgamento fido com terra e em contacto com a.s cerou- razoes que deixo apontadas e que me panali E a.tra.vessei todo eete calvario da miLembrei minha. esposa e meus filhinhos la.a , calças, e fato-macaco que perfurou, recem de a6bra, ha outra mais forte, mais nha vida., sem urna pa.lavra de protesto, que me esperavam a 300 ou 400 metr0€, ficou, ainda cm contacto CQm o avental, convincente, mas niio pertence a publici- sem um momento de desanimo ou de refugi espavorido de tiio doloroso quadro, nà.o ·menos conspurcado, que urna das da.de, é intima, niio me pertence. volta, conservando a melhor disposiçao de Quero registar n'esta. altura uma.. frase espirito ~ sofrendo com urna resignaçii.o invoquei N. S. do Rosario de Fatima e mulheres tra.zia a uso e cedeu. Da. ferida esperei a morte, di..zendo mentalmente as da. cabeça fora.m tirados fragmentos de do Ex.m0 Snr. Dr. Bissaia Barreto, meu santa tao larga e dura. provaçii.o I peàra e areias da eatrada. médico ~stenta, a quem tanto devo, aegnintes palavras: Deus o quiz! Sera. isto humano? Seria isto poss{vel Pois apezar d'este suda.rio clinico, ape- quando queria TDanifestar-me a. sua admi- sem um a.uxilio sòbrena.turnl P Passa.ram alguns instantes de suprema anoiedade e, perante a lucidez d'espirito zar de todas a.s circmrstancias septica.lil, em raçiio pela maneira extra.ordina.ria como Oh ! niio, mil vezes niio ! · que se ma.ntinha, em vez da escuridiio da que se éleu o ,desastre, contra a expecta.ti- ia correndo tudo o que se relacionava com_ Nio é humana.me11te possfvel sofrer-se morte que eu esper.1va, nasceu pela l.' va de todos, contra mesmo o que costuma o meu desastre: «O Aca.cio nao nasceu tanto, !!0m revolta, sem <lesa.lento, sem vez no meu espfrito a esperança. de viver a.contecer em casos de gravida.de infinita- dentro d'um fole, corno costuma di.zar-se urna tentaçii.o, sequer, de bla.sfemar. Eu ainda e tornar a ver as pessoas queridas. mente menor, com enorme surpreza minha quando umn pessoa é muito feliz; nasceu que me julgava muito feliz se esca.paese, de dois !. .. Isto me rlizia. mosmo sem a perna, corno declarei a.o Ex.0 Foi entiio que fiz urna promessa a Nos- e de todos os oolegas niin houve a menor dentro da minha. Snr. Dr. Bissaia, quando Sua. Ex.•, como sa Senhora do Rosario de Fatima, em ex- infècçiio, nito houve febre! Nero mesmo a Sua E;i.:.• dia& depois tase de piedade e devoçiio inexcediveis, pe- ferida. principal da cabeça, tao extensa e entrada. no Hospital, quando viu pb.saada que para. surpreender a. infecçao no inioio, dindo-Lhe que me acudisse e me conser- tii.o coll'Spurcada infectou I Note-se que a a hipotese negra da gangrena e conse- me visitava a. pequenos intervalos, acresfractura. da tibia foi dupla., tota.I e expos- quante amputa.çii.o da. perna., quasi fatais, centando que, se julgasse necessaria a amvasse a vida. Devo frizar a coincidencia, de minha ta, tendo um dos segmentos perfurado o no caso de ter havido infecçii.o, como Sua puta.çii.o nii.o hesitasse, que eu tinha a coeaposa, apenas informada do desastre, pou- fato e ostado em contacto com a terra, Ex.• esperava e eata habituado a ver na ragem suficiente para isso, veJo·me silo e cos momentos depois, antes de correr ao acresconclo a.inda o intervnlo d'urna bora sua longa e constante pratica de médico- salvo. com a perna, sem claudloar, aem o · -cirurgi1io. Nessa altura ainda o Ex.mo Sr. menor embaraço, podendo fazer a vlda meu encontro ajoelbar na estrada, de sem tratamento a.Jgum ! miios posta.a c.'!bos no Céu e pedir a N. Como se OÀ-plica. este facto? Dr. Bissa.in Barreto, apezar de optimista normai e educar meus fllhosl S. do Rosa~io de· Fatima., para me enComo se interpreta a face da sciencia? jti, nao a.dmitia a. hipotese de eu ficar Oh I Bemdita crença ! Bemdita fé que de contrar ainda. com vida, fazendo-Lhe igu~ Como se compreende, comparando-o com o sem defeito, tais e tao complicadas eram as tanto me valeste! Praza. a. Deus que. ila que costuma acontecer? lesoes osseas da. minha perna: minha mente fique bem gravada a. recormente uma promessa. E com a. circunstancia concomitante 'de = simplesmente os dois ossos da perna, foi- daçao de tao grande mila.gre para que por Com a alma cheia de e5tPerança e o coraçiio a trnnsbordar de fé, resolvi iniciar que urna i nfecçiio ern ouasi sinonimo rie I tos ern sete bocados ! ele poma. guia.r-me no mar tempestuoso da a lucta. vida, resistindo aos vendavais da descrenFeito um rapido lialanço a.o men estaça. e impiedade e chegar a.o porto de salva.çao com a consciencia do dever cumprido, reconheci a perna diroita. fra.cturada 8111 dois pontos, pela sua posiçlio ero lido e a esperança da Gloria Eterna l nha quobracla e pela séde das qores. Um Ha ainda. urna ,articula.ridade que me dos t6pos da. tibia. fra.cturada tin'ha perfuesqueci de registar: Dias depois de entrar rado os tecidos moles, a.e ceroulas, as calno Hospita.I obtive, por inte1·medio d'uro ça.s, o fato-macaco e estava. a. vista. I A he- 1 colega e nmig;o um frasco com agua de N. morra.gin. era enorme e ba.staria para me I Senhora da Fatima, de que fiz UEl<>, beca.usar a morLe em poucos minutoo, se tibendo e tocando com eia no penso. vesso perdido os sentidos. e nao tivesse poAqui tom, Snr. P.e Manuel Pereira da. dido prestar-me os primeiros socorros. DeSilva, muito resumida e n'umn linguagem ve ter sido Incera.da; pos.ivelmonte, a ti- j muito simplcs, c9mo convem para a graµbinl anterior, avnliando pela séde da ho- j de maioria dos leitores da. « Voz da Fatimorragia. sua intensidade e violencia do ma», a noticia do meu desastre qua deu ja.cto. logar é. i ntervençiio milagrosa. de N. S. · A mao direita, tumefeita, com dores do Ros1frio de Fatima. Podia nlonga.r-me agudas ao menor movimento, o braço e a em varioa pormenores e considera.ndos, ,clavicula respectivn, egualmente dolorosos ma.a tomava.-lhe ml,lito ~aço e pouco a mais pequena tentativa de movimento, mais adiantava; o essoncial fica. dito. Se indica.ram-me a existencia de fracturas achar quo oste desa.ba.fo d'uro orante merece ser publicado no seu jornalsinho e em multiplas. Do olbo direito, que julguoi perdido, nada. prejudica a oportunidnde d'outros nada via, sentindo correr o sangue em mais brilhantes e de maior rclevo muito gro.nde quantidarle pela face. grato lhe ficarei. Esta.s ns principais 10i:ii5es que notei no Guardo varia.a rndiografias e outros elemento& relativos ao desastre que, da me.autoexame que fiz rapidamente. Apareceram logo urna.'! mulhcrsinhas lhor vontnde, mostra.rei a. alguom que, gritando e cborn.ndo, de mii.oa na cabeça, porventura, i enha. inter06Se cm ve-los. • .a quem pedi i;ara se aproximnrem e faz~ Sendo a. 1." vez que escrevo sobre cste asTem o que eu Jhes dissesse. Urna tra.zia. sunto, quero deixa.r bem grava.do o meu reconhecimento aoa Ex.m0 s Colégas um balde de tirar agua; chamei-a. e com a Dr. Aurélio Gonçalves e Dr. Justino mio esquerda. tirai do fundo do balde um resto d'agua. para. uchapinhar» o olho tliLopes que mo pr~a.ram os primeiros socorros, e aos Ex.m0 s Snrs. Dr. Bissaia Barreito d'onda julgava. que vinha. o sangue que me inundava a face, correndo em bireto e Dr. Angelo da Fonseca, meu'B opeca.. . . radores, que com tanta pericia e solicitude me dispensa.ram o seu sa.ber e carinho. Verifiquei que a vista asta.va iota.eta e, nessa altura, senti que às primeiras lagri~ • mas me escaldavam as faces; certamente Lisboa-Rua A:ugu.sta 27018. 0 lagrimas de alegria. e ja de roconhecimen18 de Setembro de 19S7. to a Virgem. Pedi para me atarem uro lenço é. cabeça, procurando suetar um pouco a bemorragia A.cacio da Silva Ribeiro que provinha duma ferida da regiiio parietal direita., com cerca de oito centimetros de comprimento e interessando todos os te.. cidos molee até .ao osso. DR ACACIO DA SILVA RIBEIRO Pedi a seguir que me endireitassem a MÉDICO perna., que estava dobrada e a. ligassem FILHO DE JOSÉ RIBEIRO, FALECIDO, ,E f\l'lfl Df\S DORES CORRÉfl, com um avental rasgndo as tirns para. diDO LUGf\R E FREGUEZlfl DO Cf\STELO -:coNCELHO Dfl crnrA minuir a hemorragia que eu procurava 8118tar, mantendo contra. o iliaco com a Com este numero entra no &exto miio esquerda, a. compressii.o da femural. grangrena o, pertanto, amputaçiio da perQuando, depois das tree operaçoes que Chegou, entreta.nto, minha. es.posa e al- na, visto que existia ja um hematoma eofri, procurai Sua Ex.• no Hospital, pela ano a V oz da Fatima., humilde pregumas peasoaa a.mig~ que me transpor- enorme na regiii.o em volta da fractura, primeira vez,, depois de ter abandonado o goeiro das glOTias de Nossa Senhora taram, no meio de dore.'l horriveis, para que o Ex.m0 Snr. Dr. Bissaia Barreto ca.I- uso das muleta.e, foi tal a sua admira.çiio do Rosario da Fatima, que, de certo, um automovel, onde me levaram para o culou em 8 a 10 decil:itros de sangqe l Im- pelo meu estndo que, examinando-me re- continuara, como até agora o tem meu consult6rio, jlt acompanhndo por dois parcialmente, honesta.mente, é. fooe da petiu a celebre frase, mas correcta e aucolegns, 08 Snrs. Dr Aurélio Gonçalves e sciencia, niio se explica, nero ee compreen- menta.da: <tO Acaoio nato nasceu dentro de /etto tao visivelmente, a p:roteger esta obra que é sua, E' ,grato nesta Dr. Justino Lope&. de bem, com.o isto possa ter a.contecido. dois foles, nasceu dentro de dez (10),, !. .. Era. ao escurecer e a viagem durou uma Pelo menos é um caso tao extra.ordina.Perdoe-me Sua. Ex.• a. referencia, .ma& altura lançar os olhos para o camilonga meia bora, decorrendo eeguramex:te ria.mente raro, tao exoepcional, mesmo, que julguei-a. util para. mostrar que até o nho percorrido. uma bora entre o momento do desastre a essa coincidencia tiio rara. e tii.o provi- Ex.mo Snr. Dr. Bissaia Barreto, que Verificamos que se fez uma tirae O primeiro tratamento _de de~infecçii<?, dencial no meu caso, nao posso deL"ta.r de a.compnnhou o meu caso, desde o inicio até feito jii no men consult6rto. Fe1to o pri- chnmar: Mllagre. final, se mostrava maravilhado e se con- gem de mais_ de um milhao e quatro meiro penso, provisorio, no meio de dores Niio encontro palavra que substitua esta, fessou assombrndo com o resultado fino.I centos mil jomais, pesando cerca de horriveis pedi a minha esposa que man- on que possa traduzir com tanta proprie- do meu desastre. 15.000 quilos, isto é, mil arrooas, cadMSe ch~mar O Snr. Vigario d'Oliveira. do da.de o que eu sinto, depois do que se E Sua Ex.• é insuspeito, sondo, de resto, Qonde para me confessar e dar a Comu- paissou e deixo relatado. um distinctissimo cirurgiii.o, de excepcio- bendo ao 1.tltimo ano a tiragem de nhiio logo que passasse da meia noite. Ap6z a minha invoca.çiio e promessa a. nais r 0<'ursos e de tao merecidl!- e vasta re- 436 :000 exemplares, outraa tanta.s ~ordo-me bem que iniciei a confissii.o N. Senhora, ap6z a. invooaçao e promessa puìaçiio que jama.is podera ser ofnscada, lin,quas de papel ( visto que o pobre por estaa palavra.s: Nilo sei se sere! vivo de minha espooa feitaa qua.si simultanea- ou mesmo diminuida. Sinto-me, portante, secreta.rio l:le Nossa. Senhora ... nao d'aqul a mela hora... mente, depois d'~m deeastre de tal natur&- em boa compa_nhin. . ·. tem outra) que, sem barulho ( como E, de facto, asta.va convencido que nao za e de tanta gravida.de, acontecer o que Mas ha mais: A fer1da. da regia.o par1eobras de Deus) vao por chegava ao dia seguinto. n6s pedimos e desejé.vamos, tanto do fun- tal oicatrisava 3 dias depois, pero como aonvém Apoz a. confissiio e comunhiio passai o do d'alma contra todas a.s previsoes e a.s outra.s duas de menOT extensiio, uma na. esse mundo além ( até em M r;,rrocos, resto da noite, de ma.ca, no meu consul- mais a.uc~risadas opinioes, é um facto que regiao frontal, outra na occipital; a.o de- na .América, na India e na China) torio rezando e fazendo novas promes- merece registo. Oomo deve chamar-seP cimo dia dopois do desastre, apezar de chamando 11,s almas a F é e ao amor eas ~té que, pelas sete bora.~ da. manhii, Facto extra.ordina.rio P Coinoidencia. nota- ter fracturado o teroeiro meta.carpio, pas.tui' transportado no comboio, sempre de ve!? Acaso providenc_ial P Mas, para que sei um atestndo a um doente meu. Fui e emitaçao da querida Mae dc Céu.

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Voz da Fétima

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Urna cura extraordinaria-Scenas comoventes. - As p romessas dos percgrlnos - Um grupo de criadas de servir. (Colllin11açào da J. pagina) - Alma de portug uès e de crente - 0s jovens cat6licos Missas, voltam de novo a engolfar-se, sem soluçao de continuidade, no bra- O Dr. Victor Marques de zeiro imenso, quasi apagado e que Oliveira.

cidade da E.xtremadura, que chega- 1ensino, um dos primeiros de l'orturam a Fatima na véspera à noite, de- gal, que dirige com superior critépois duma viagem de tres horas en1 rio, ele é verdadeiramente the right 0 camionette . .A.lgumas pisavam pela 1nan in the right place, exercendo o primeira vez a terra sagra.da dos mia- seu alto e espinhoso cargo com u.ma térios e dos prodigios, mas a alegria competencia e_ uma. dedicaçao a toda santa e a devoça.o ·edificante eram a prova. Que humildade e piedade eguais em todas, que iam ali depor, edificantes as detisa.s duas grandes e outra vez se reacende, do recinto das aos pés de Maria, os teso11ros da!:! venerandas personagens da lgreja. apariçoes. Milhares de peregrinos, Na estrada, a poucos passos do suas homenagens e dos seus sacrifi- -encanecidas no se1-viço de Deus e cada um com a sua vela ua miio, de- portico centra!, uma familia de dis- cios, consagrar-lhe os seus coraçoes carregadas de méritos, ajudando, copois de rezarem o terço junto da es- tinçiio prepara-se para assistir à.s ul- e pedir-lhe a força moral necessaria mo simples ac6litos e com uma detatua da Virgem, cantam, sem ces- timas cerim6nias oficiais do dia. 11: para triunfarem sempre nas lutas in- ,oçii.o comovente, o sacerdote que cesar, o A ué de Lourdes, durante esse a respeitavel familia Moreira, mora- cruentas mas por vezes formidaveis lebrava a Missa dos enfermos ! imponente e cleslumbrante cortejo no- 1dora na Rua da Piedade, 45, Porto, da vida. A~regadas a.besse grupo in- 1 Às onze horas mais uma scena cocturno! long-o e interminavel, que que da cidade da Virgem veio em teressan!e v1eram tam em à L?~des move_nte se ,desenroi a n~ ~ocal das conchu com o grave e magestoso can- autom6vel, por estradas quasi in- .por~uguesa uma. senho~a respe1tavel, apar1çòes. E a m~nrna L1g1a Su<'ena to do Credo . transitaveis para agradece1· uma 1rmu. dum sacerdote 1lustre, honra e Grnça, de Ave1ro, que faz a sua Espectaculo encantador e sublime, graça temp~ral extra.ordinaria conce- do clero nacional: que a to~o:; edifi- primei:a comunl~ilo juntò da capela que empolgu. e arrebata os coraçòes dida a um dos seus membros a se- I cava eom a sua p1edade acnsolada, e das m1ssas. Vesl1cla de branco, endos crentes e que clos olhos dos pr6- nhora D . Emilia das Neves' Mari- um excelente casal formado por um volta a fronte gentil no véu imncuprios incirédulos faz brotar doces la- nho Moreira. Essa veneranda senho- foncion~rio d? Es~~do aposen!ado _e la.do d~s virg_ens,. a :venturosa criangrimas de fu n d,i e involunhiria co- ra tiuha, no pé esquerdo, ,h.avia mui- sua esposa, cuJa umao e boa d1spos1- ça-nnJo de rnocNtcm e de cnndura moçiio. to tempo, um volumoso quisto, que çiio de espirito atrainm as simpatias -aproxima-se trémula de como~·iio, de todos. Alma naturalmente cristii e d11. mesa eucaristica e recebe pela vez genuinamente porluguesa, esse exce- primeim o divino Prisioneiro do Salente e venerando anciao manifesta- erario 110 seu Sacramen.to de Amor. va aero rebu('O a sua fé, quo a Vfr- 1Que a lembranca deste dia de gragem Santissima de-certo hnvia rle ças e de bençaos, o mais belo da tua afervorar, di>rramaudo sobre ele as vida sobre ,a terra, nunca se apague ' melhores bençiios do Céu. da tua meni6ria, mimosa e felìz -meOs moços cu16liros perienceutes 1b ninn, para que, sempre fiel a ,Tesus, tliven1aa orgnnizaçoes <la nossn j11von- possa;, sulcar sem perigo o mnr ent.ude salientavam-se pela sua activi- capelndo da cxistencia e cheg-nr, sii clade e dedicaçiio, rnerecendo particu- 1e salva, ao pòrto <la eternidade lar referencia o~ beneméritos e incan- 1bem:iventurada ! i-{in•is servitas de 'l'orres Novas. Um À urna bora e meia, depoili de dos novos, que se impunha à ateuçao conduzicla processionalmente a Ima.e cousideraçao de todos, era o dr. Vi- ge111 da Virgem para. a capela. nova, dor Marques <le Oliveira, autigo pre- começn. a missa dos doentes. Bmsi<lente da clirecçiio da Juventude Ca- quanto ela se celebra o rev.do capeliio t6lico tle Lisboa. ~ste jovem, dos director dos servìtns reza o ter~o em mais e:sperançosos da actual gera.çiio, voz alta, olternanrlo com a as!:listcnja c·heio de méritos pelot- sarviços eia. A' elevaçilo toda aquela mole prer-tta<los Ìl causa banta du lgrcja, é ime111>a cle povo se prostra diante de um modelo vivo cle virtude e do acti- ,Jesus-Il6stia, adorando-o num transvirlade operosa, cligno de ser propos- po1-te estuante de fé e amor. A' coto cm toda a linha aos jovens seus I munbiio é dii,tribuida pela ultima co11tempora.neos romo modélo a. ve- vez o Pao dos Anjo:s. Terminada a UMA SERVJl~ CURANDO OS DJENTES nerar e imitar. Missa, sobe ao pulpito o rev.do abade ile C'ete, que Pscolhe pnra tema do A' meia-noi-te e:s.pòe-se o ::,antissi- o seti médico a~sistente assegurava Os sacerdotes - e seminaristas seu se1·mti.o o 1·amo do. Ladainhn Laumo Sacramento num trono cle lumes uiio poder i;er eliminado sena.o por - 0 C6nego Felix e O Dr. zetana - Causa nostrre l<Etitire, ora e flores e principia a cerim6nia ofi- meio clumn operaç-iio. A piedosa seCruz. _ Primeira comunhio p1·0 nobis. Ap6s o sermao, canta-se cial da adoraçào nocturna. Reali- nhorn fez enta.o a promes:1a <le ir a duma men in a. -A mi 8 8 a o 1'ant,µni-ergo e clii-se · a bençao. zam·!:!e suceti:1ivamente C'ineo iurnos .F atima em devota r omagem, se a l dos doentes _ O sermio oft- P or fim a Imagem de Maria é rede adoraçiio, que duram cada um Sa.nti8sima Virgem se dignasse curacial A bençio do Santfssi- conduzida para a ca.pela das aparirérca duma hora. Em cada turno um la sem necetisidade duma intervençiio mo Sacramento - Cura mira• çòes, seguindo-a uma. mullidiio inusacerdote faz uma pratica adequada cirtirgica, que o fnoultativo julgava l culosa dum distinto médfco meravel, que a a.clnnm cheia de enao acto, no loeal e ao momento. inclispeosavel. de Lisboa. t usiasmo e de ternura. Entre out ros :.a.cerdotes prégaram Tendo a plicado a.gua de Lourdes A Voz da Fcit1 ma é distribuida oR rev.dos Manuel D ia!:! Costa, abade por nao p ossuir agua de Fatima e Os sacerdotes e, dru·ante as fério. 8 gratuitamente em numero de muide Cete, e Agostinho P into Veloso. _i nvoca clo, cheia de confiança, Nossa clo vera.o, tambem os semino.ristas, tos milhnres de exemplares. 11: o Estes dois distiutos oradores, que SPohora de Fatima, o quisto com acorrem, ero numero avultado, à rev.do Manuel Pe1·eira da Silva, com mais seis sacerdoles constitui- grande surpreza e alegria dela e de Fatima., cada dia treze. ::€l es viio a.li secretario de Noua Senltora, coram o cunio trienal de teologia do tòda a sua familia, desapareceu com- retemperar a sua. fé e afervorar a mo o povo crente o designa, Seminario do P orto correspondente pletamente no espaço de pouco mais sua. piedade em -contado com as que preside a esta distribuiçao. O aos anos de 1019-1922, vieraro, de dc quinze dia:1. multidoes dos crentes naquele am- benemérito e modesto sacerdote, precomum acordo, realizar neste dia em Um carro passa rapidamente na biente saturado de sobrenatural. En- claro ornamento do clero da sua dioFatima a primeira reunii'io de con- e8trada, ero direcçiio a Vila Nova de tre Od sacerdotes destacam-se dois, cese, anuncia a publicaçao, no pr6fraternizaçào do seu ourso. Ourem. Ao avistarem o santuario das que pertencem ao numero das figu- ximo numero da Voz da Fatima, do Feliz idea a dessa. bela romagem apariçòes, os passageiros er guem-se ras mais prestigiosas e mais benem.é- z-elato interessantissimo da cura. miao_ Santua:io de Fatima, juntando-se de pé, num impulso irresistivel de ritas do clero portugues e que sa.o raculosa duro distinto médico de ah como 1rma.os, aos pés da mae do p iedade, e aclamam a Virgem, can- modelos consu.ma.dos de trabalho in- Lisboa, vitimo. dum horrivel desasCéu, afim de haurirem, sob o manto tando entllsiasmados o Salve, nobre defesso pela causa de D eus e das tre c~e m6t?ci:lete, o sr. dr. Acncio da sua protecçao maternal, neste dia Padroeira- Ao mesmo tempo desce de mais acrisoladas virtudes: os rev.dos da S1lva R1be1ro- «O meu desastre, de jubi lo santo, energia, coragem e joel hos a aveni<la principal uma mu- dr. Francisco Rodrigues da Cruz e corno ele pr6prio di~ ~uma carta conforto para a. santificaçi'io da. sua lher do povo, com uma. vela ace- Conego Francisco Maria Félix. Nii.o endereçada. ao a.dnnrustrador da vida e da dos fiéis confiados ao seu sa na mao e la.dea.da dum filhinho e ha ninguem no nosso pais que no.o / Voz da Fatima, nssombrou t~d~ a . dumn. filhinha de poucos anos ?e :rda- conheça, a.o menos pela fama singu- gente qu_e o conheceu e me v1s1tou zelo, de _pastores. A s crnco boras, depo1s de cantado de, que a acompanham a. pe. Em lnr de santidade que o aureola, esse uc IIosp1tal, e algumas centenne de o _Tantum-eru_o com a oraçao respe- , torno da capeln das _apariçòes, ho- vulto incompara.vel de apostolo que pessoas fora~1, con~audo-se alE:umas ctiva, termma a expos1çiio com mens, mulheres, e cnanças, rezando é o dr. Cruz. Meuos conhecido pelns deze~as (mais de cmco ou se1s) de . . a b~n~ao geral ~ encerramento _do e co1~1 velas na ma.o, curuprem ~em condiçòes especiaiR em que exerce a méd1cos~. Sa~ti~s~o Sacrament~ no Sac~ano Irespe1tos h umano~ :promessas fe1tas sua prodigiosa actividade, mns nl'io Bemd1ta. s~Ja a Virgem Nossa SeP r1ne1piam em segu1da as m18sas. cm horas de angustia e que lhes al- mono8 insigne pelos dotes de espirit~ nbora de Fatima, que do seu trono de q ue sa.o çelebradas ininterruptamen- cançaram o poderoso valimento da l e coraçao que O exornam e pela.s suas miseri;6rdia e de amor continua a te nos tres altares da ca.pe~u uova p~- Mne ~le Deus. Entre os grupos d_e extraordiné.rias benemerencin8 , é o j e~parz1r sobre os portug~eses aeus los sacerdotes que previamente ti- veregnnos destaca-se um pela quah- rev. 0 c6ne~o Félix reitor do Semi- f1lhos, os dons mais prec1o~os e as nha~ feito ius~rever os_seus nomea dade dos seu:1 mem bros e pela pieda- nario Pat;iarcA.l e~ Santarcm. Ha graças mais escolbidas, para gl6r~a. n ~ h vro de reg1sto destina.do a esse de de que dao mostras. ~ um grupo longos anos colora.do à testa daquele de Deus e salvaçito das alma!'!! fm1. de criadas de servir duma importante I nstituto eclesiastico de educaçao e Vi&conde de J!onteUo

Cronica da fatima

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Voz. da Fatima

AS CURAS Jolo Marquea de carvalho, de Escalos de Dnixo (Deira Baixa) informa em carta de 24 de mo.io ultimo: ciEu Joào l\farques de Carvalho residente em Et1Calos de Baixo, Concelho do Oaatolo Dranoo, venbo doclnro.r quo desde os 17 anos sofrio. de umo. horrivel sur-

contra ,ensiveZmente melhorada, atribuin... do a Ex.ma cliente e,.,a, mel1W1'a, beni pronunciada., pela awcu.ltaçl o e outroa detalhe, do e.r1me, ao uso da a(l'IUJ de Noa.Ja Senhora de Fdtima, pau que cea.sou o uso do.s remédio~, u.sando apena, corno tera... 'fran.,porte .. . .•• . .. L. peu.tica o poder da .su.a lé, que ccmstatei, e a in/luBn:cia da agua que por diferente., Vi<'t-Or da Gra.ça Quare,.ma ... 11eze.s me indicou corno decidido agente do .seu re&tabelecimento. S etubol, 18 de Julho de 19S7

Abrigo dos doentes Pere~rinos da fatima 5.147$56 50$00 5.197$56

(n.) Ant6nio Pereira d'Almeida.

VOZ DA FATIMA

BREVEMENTE:

Despezas Transporto... . .. i9.088f40 Papel, composiçiio, improssiio, etc. do n. 0 60 (37.000 exemplaree) ......... . . . . .. 2.073$50 Sèlos, embn.lagem, expediçiio, gravura.s, tratUipor~, etc ... 605f80 Outra.,, c!E"'lpezn.s......... , .• 140100 Si.907,70

SubscripçAo Dezf'mbro tic 1926

Jolo Marques de Carvalho e sua mulher


A.:no

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Leiria, 1 3 de N"o-vembro de 1 9 2 7

~-· 6 2

[00,"'- APROVACA<> EC::LESJASTIO.A]

01rut1,1 PrJprial1r11 e Editor: - Dr. Manael 1,!arques dos Santos Composto e irn.tJ,,esso n2 Uni!o (3,.3.fica, Aaa dt Suta Marta, 150-152 - Llsboa.

Admini,trador: - Padre Manuel Pereira Redacçlio e Administ,açlio: Semlnàrlo de Leir,a.

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da Silva

parte no recinto eagrado, o c·anto do I no alto dum trono de lumes e floree. d r é de Lourdes rPpetido ao mesmo Pela primeira vez clois venerandoe • tempo em milhares de coros, por de- Preluclos tomam parte oficial nas sozenas de milhar de vozes, num sem uu leuidaclef:i religiosas do din treze. Re' mero de t.ons, desde o mais agudo vestidos com as vestes episcopai,, a.o mais grave, a solenidatle clo mo- iniciam a sua partic:ipaçao pro:::tra1~mento e o ambiente sobrenutnral que do-se uos pés do trono de J esus-Il6studo euYol"'1a., constituian1 um es- 1 tia, afim de lhe reu<lerem a~ homenngens da suu. adorac;ao e de lbe testemunharem o seu amor. In co(13 DE OUTUBRO) m<>çar a primeira hora de adoraçiio, presiclida pelo ilustre autistite de Leiria, que a Yirgem Santissima escolheu, como primeiro Bispo da diocese restin1racla, paro :tSSUlUÌl' sobre OR SeUS un1b10s a erupreza gig-antesca de fnzer surgir • 1hn11 terreno deserto <' pechegoso n obra prodigiosissima clos augustos Prlmei ras chuvas do Outono. o impossivel. Nunca em Porlugal, 1mntuarios rle Fatima. - O' décimo aniversario da nunra tn.lvez no mundo inteho, uem Durante n bora cle adoraçiio o rev. 0 ultima apariçio. Movimen- met1mo t'm J.ourcles, a di-\"Ìna cidade to de peregr inos. - Chegada dos Pirineus, se visse uma manifes·dJt"':~,,;,~".,·:;:r,··...i~l;",d·~flfll'.·~~'.-t~,ra. dr. 1farques dos Santos, reza o terJ-J,-.~Drlll ço do Ilosnrio nlternadamente (·0m o a Fatima. - A procissio das t.açii.o religios°( iùo grande na singevelas. leza da sua estruiul'n., tao bat uradn. l'fil.I:..ilr.Jtri!'P;,~~:.;;······'--""""'·· J povo. N os intervalos das dezenn!i, tl~de fé e pie<lade, tao csi uante de tcr·:~~li-~,;,r poiR de recita<la. a oraçào jaculat6ria " t . t . t _ 1 1.rnra e o.mor filial para rom a celes...........,,.,,..__M~ que a ,irgem eusinou noi,; pastoriA ris e e. med1anc61·t1ca d. ea açao out e l'>a<1roeJTa ~ , c.:h or n·1spo <1e L e1r1a · · ex· d a 1N açao. d •N.1nguem, n l10s, o oen 1 1· 1 d epo1s tona, e mm os 1as ver a· ,b. f. · · l te . . d b . poi· mais ti ia que ost1e a sua cren- !~~~~--~~~~~~~L.!..-! p 1ca, mtma pratica a.o a can<'e ,io . d euamen primaveris, e so1 r,- ça, era c·apaz de c:011lemplar ,le olhos todas as inteligèncias, o aeniìdo rio 11 ante e de céu aem nuvens, assinala · f b o. José Alves Correa da Silva mistério :,eguinte. Como o dia trnze ocorrcu esie mcs numa quintn-feira, a sua e:x1stencia com requèntes aie- - - - - - - - - - - - -- - -, gas de ngua e violentas chuvas lonenBlspo de Lelrla oR mistérios meditados foram os miaJ ciais. E' no meio da luta dos elementérios g-ozosos. pecta!'ulo tluma beleza e dum encau• • tos d~senca<leados, en1 plona revolta 0 armacla da natureza, que se inicia e to inegualaveis, que deslumhrava os 1. .Assiro como O AnJ? apal'eceu a se leva a cabo a grande peregrinaçao olhos, assom brava as a.lmas e E>rupol-1 Nossa Seu hor~ na mo<leSia CaRa de nacional de treze de Outubro. gava os coraçòes. Nnznret b, aSf.l~ Nossa S~nhoru apnDe varios poutos do pais, numeroE téìdas aquelas dezenas de milhar rece~ aos, humildes storrnhoH. . sos grupos de pessoas tinham partido de pessoas, que tomavam parte ua . 2. Assnn .como N o;,sa Senhora ~I a pé, muitos dias antes, em Ù\U'a e pro,·issao das vela.a, traduziam os si_tou sua prima. ~anta lzabel, _assim qua.si heroicu. peregrinaçao de peni-. .-:1;--.-,'*~u seus se11limeutos em exclama<;òes de nos clevernos v1s!tnr os pobrezrnhos, tencia, afim de se associarem em surpreza H em lagrimas da mais viva os enfermos e encarcerado~, J_>ropa! ima às solenes comemoraçoes do clée intensa comoçiio. g-and? sobretudo as CoufE>rencias de cimo aniveraario da sexta e ultima :1,~im1,::;;..1:1! E quando, ao terminar o cleslum- S. Vicente tle Paulo. 0 apariçao <le Nossa Senhora <lo Rosabrante cortejo, aquelas legioes de .il3. Em honra do Menino ,Jesus, rio aos bumildes e rudes, mas inocen- 1 nias proclamnm . sem respeito hu- l que nnsceu na lnpinha. de Bele:n, po:tes pastorinhos de Aljustrel. ~c;M;.r ,,...._ ....,,,.;; manos a sua fé dtante de J e:ms-H6s- que os parentes e am1gos o nao qm~ o dia doze o movimento de pere- 1 _...__.,..,..... , lia, encenado no Sacrifrio da Ca pela zeram receber em suas ca:1as, clevemos gnnos, que se servem de todos os L~~!!!~~~~~~,r~r~~ j das Missas, rantando coru cntrain os n6s olhar pelas criancinbas que vimeios de transporte ao seu alcance, sublim<>s artigos <lo Credo, o entn- vero abandonadas, quer materiai quer torna de rapente um incremento exsiasmo popular atinge as raias do de- espiritualmente, porque o egoismo traor dinario, qua.si assombroso, iuunD. Jose do Patrocinio Dias lirio e a manifestaçao assume as duns e a incredulida<le doutros assim dando, às primeiras horas da tarde, B lapo de B eJa propor<:oe~ duma verdadeira a.pote.l- o determina. a Cova da !ria e as ,mas imediaçoes se. 4. 0 Assiro comq Jesus foi apreseude milhares de veiculos, de diversof. enxutos o.quele cortejo imponentiss1tado no templo e depois foi bn,ptizafeitios e tamanhos, e duma multidao mo, em que tomavam parte dezena<J A adoraçi o nocturna. _ Preces do, n6s devemoA vigiar para que os de individuos de ambos os sexos e de milhar de pessoas, cn,da uma com e canticos. _ A prégaçio do meninos se,iam bontizailos sem perde toclas as idades, classes e a sua vela acesa na mao, cantando venerando Bispo de Leiria.- da de tempo e levados a igreja descondi<:oes sociais. Às dez h oras da os louvores da Virgein. A det1lumPeregrinaçio diocesana de de a mais tenra idade para ali recenoute a cam1·onette, que noa conduz brante procissao levou quasi tres Vizeu. - lnauguraçio oficfal berem a instrn<'iio religiosa. que por à estancia privilegiada da .Augusta h oras a desfilar, realizando um perde oito megaf6niosventura nao possam ter na ca'!a e na Miie de Deus, para na estrada distri- curso dalguns quil6metros em torescola. tal, a algumas centenBs de metros do no do m uro que circu nda o loca.I daa Cerca da meia noite principio. a 5.0 Porque o Menino Jesui,;, tio noLocal das apariçoes. apari~oes . .As turmas de peregrinos adoraçlio nocturna. O Rei do Céu e vinho, ja prégava. no templo, devem08 E' nessa ocasiao que p rincipia. a que se precipitavam em torrentes da ter ra, ocul t.o sob as espécies de n6s lembrar-nos dos semina.ristas, fuprocissao das velas. Querer descre- caudalosas pela abertura do arco piio no seu Sacramenro de aruor, é turos prégadores da palavra de Deu11, ver o que foi .esse espectaculo gran- triunfal , as filas multiplas e inter- exposto soleuemente no culto clos ié;s amparan<lo-os mora.I e materialmente diosissimo e assombroso, é pretender minaveis que circulavam por téìda a numa riqu.issima cust6dia de ou ,·,J com oraçoes e conselhos, mais ainda

CRONICA, da FATIMA

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2 do que com esmolas, todavia bem precisas para sustentaçii.o dos Seminarioe. A segunda. bora de adora~ii.o foi privativa da peregriuaçao diocesana de Vizeu e presi<lida pelo Rev.do P.e Marinho, seu director. As oraçoes e os canticos, tiio liudos e tao comoveutes, atrairam até junto da capela milhares de peregrinos que estavam afastaclos. Des<le a meia-noite que o~ sacerdotes inscritos no respectivo re~isto priucipinram n. celebrar a Santa Missa em qunfro altares, suceclendo-sP uns ao!i outros sem interrupçiio. Tinham-1>e inserito mais <le cem sarerdotes, tenclo iiC'aclo sem celebra1 muitos que o niio havinm feito com n devicla antecedencia. .Foi nesta noi te para sempre memoravel que se realizon a inaugumçào oricial cle oito. meg-afonio:i cle extra01di11aria potèn1•iu, in~tnlados pelo di~ tinto engenheiro Uol'bu e Melo, dH fahricn ,le cimentos de Maceirn, qw fnziam ecoar por toclo o ,n:;lo reci uto, rom grnncle n<lmiraç·ii.o do povo, as preces, o~ canticos e n,i palnvras dos orn,lore,i e <los diri;.{oute:dos actoA religiosos.

..-02 ~. Fatima

Durante tocla a manha a. chuva. caiu por varias vezes com violencia, mas a. iutervaloll. Depois da :Missa dos serTi tas redobrou cle violencia, eucbarcanclo completamente o locai das apa1·içòes.

sensacional notfcia, uma. romagem de muitns centenas de pessons inicia-se para casn da. privileginda fnmilia, a imprensa. de grande circula,ao, tornando conta do caso, narro.-o em colunas cerraclae de prosa e cheia'1 "de pormenores interessnntes Curas sensacionais. - Urna pa- e a sciencia médica proclama unaralftica de Vizeu Um doente nimemente a certeza consolado1-a da de mal de Pott, de Braga. - cura extraoclinarin, inexp]icavel e por Lagrimas de alegria duma ventura miraculosa.

màe. - O· interesse da imprensa . .._ A opiniio dos mé- A procissao da Vfrgem do Rosario. - A missa ofic:al. - A di~os. bençio das doentes.- O serNo pavilhiio dos doentes, junto do mio do senhor Bispo de Beja pnrapeito da cnpela ,las missas, es- O regresso dos peregrinos.

t6. sentucln em cima dum colcl1iio, a.o ltulo tluutros fannpos humanos, uma rnpari::a, que parece ter pouco mai:; de vinte anos· de i,hule. Vinca-lhe o rosto pulido o ·mace1ndo uma expre111-1ào de intimo juliilo e nos seus olhos brilha um clafo cle sunve e fag-ueira esperuu,a. Oma parulisia g,eral, consecutiva a una quP<la' de1-11111trosa, imohilizara por completo no grnhnto dum hospital o seu corpo franzino e mirraclo. Dores horriveis atormentavam-na sem cessar. Almt\R caridosas promoveraro uma O senhor Blspo de Beja e o~ subscri,i'io para que ela pudesse toservitas. - Peregrinaçào de 111ar parte na peregrinaçao diore::1aLtsboa, Porto, Coimbra, Bra- 11a de Vizeu. Durn11te a viagem toga, Vizeu, Alcobaç ~, Pòrto dl' 111a leite, e ao contrario do que cosM6s, etc. - A 1missa do vene- 1umava suceder, 11iio o vomita. As dores ahrnndam consideravelrando Bispo ae Lelrla e a co munhào geral No Posto da .. mente. A' passag-em ,la peregriuaç-iio veriflcaçòec; médicas. - A le- le Alcobaça., quan,lo se aproxima giào dos doentes. -A eh uva .Jela o estnmlnrle em q11e esta pinta,la n scena cln11 opariçòes, sente que torrencial. urna for,a eetruuhn a impele a njoeA 's tres bora~ da madruj?ada, de- lhnr-!le e np6s doze arJOs conaegue poi:1 ,le clacln a bençilo ger.al com o 11ela primeim vez tomnr essa posii;no. Santis1,1imo Sacramento, que em se- Urna alegrin mixta de inquietaçi'io gui,lu é repo;,lo no Sacrario, o Se- e temor npo1lern-11e da sua alma e nhor D. José do Patrocinio Diae, transborda-lhe dos olhos, clos lnbios, il u1-1tre Dispo de Tioja., celebrou a cle to1lo o ae11 eer. A servita q1.1e esm ù-sn clo~ servilns. O veneran1lo Pre- tu ao seu l:ulo animri-n e conforto-a, lado clistribuiu o Piio clos Anjos aos inspirnnclo-lhe confiança no po<lel' eervitas e escoteiros, que o recebiam e na honilnlle da Mùe de Deus. com visiveis seutimeutos de piedacle, Aproximamo-nos dela e interrognedifica.ntlo toclOd os circunstantes com mo-la. Dominn.,lu por urna comoçuo profunda, respo111le com extrenm dio seu recolhimento e f ervor. F9ra.m numerosns e importa.ntes as ficuldacle ae preguntns que lhe faperegrina,òea qne de diversos pontot. zemos. do paia viernm a Fatima tornar parDurante a vingem de regresso as te nas soleni,la<les ooroemorativas du melhoras acentuam-se de bora para eexta apari~iio. Merecem especial re- hora e é ja por seu pé que entra ferencia a.11 de Lisboa, Porto, Dra~a. no hm1pital donde tiuha saido eru Coimbra, Vizeu, Alcol1aça e Porto hra~os para a particla. de M6s. Entre os doeutes da peregrinaçao Esta ultima s6 chegou na manhii d~ Draga enl'ontra-se ao colo cla do dia treze. Era composta de oèrca Miie uma criaoça do sexo masculide oitocentas pessoas de t6das as fré- no, de sete anos cle idacle, atacada, guesias clo respectivo concelho e pre- segundo o diagn6stico médico, duma sidicla pelo rev.do Francisco Carreira ,loença terrivel, o mal de Pott. Filho Poças, que a promoveu e que cele- ,le Manuel Feroandes Draga, um brou a mi~a da peregrinaçao. A de poço de doença, tuberculoso e alco6.A.lcobaça constava de quatrocentas lico, ja fnleci,lo, e de .Maria da Coopessoas, Rendo metade so da vila, e ,·ei,ao Ilraga, moradm·a na rua Nova era clirigida pelo rev.do paroco Hen- cle Santa Cruz, n. 0 19, he1·dou do rique Vieira. pai o nome e as doenças. Ha cèrca A 's sete horas o ilustre Dispo de 1lum ano o seo esfaclo agravon-se, Lefria celebra a missa de Comunhiio nparecendo-lhe perfeitamente declageral. Ao comu11io um grupo de dez rado o mal de Pott - cifose lombar eacer,lotes distribui a Sag-ra,la Co- hem pronuncin<la, arnolecimento da munbiio a mais de nove mil fiéie. N'o espinha dorsal, atrofia.mento das Posto das verificaçoes méclicas pro- pernas, urna dus quais encurtou clois cede-se no exame e inscriçao clos doen- de<los, dores intensas em todo o clortes que, ao re<"eherem a senha de in- tio, gang-lios esl'rofuolsos no pe11coço gresso no Pavilhiio, se dirigem ime- e falta de apetito. diatamente para ali. Em Coimhra, onde pernoitou no Sao centenns de vitimaa de todas reirresso, a mi'ie veri fica com surpreaa misérins ffeicas que torturam a za e com urna alegria tiio gamie que bumaniclacle e que ali se reunem co- lhe provoca as lagrimns, a cura do mo em Lourdes para implorar de filbo. No dia seguiute essa cura .A.quela, que é cbamncla a Sauòe dos ronstitui o !\t,!mmhro do11 quatro méenfermos e a Consolaòora dos nflitos, clicoa que traturnm a feliz cria11,a, lenitivo para as suas dores e confor- a velba e pa<·ntn cida,le dos .A.rcebisto para as suaa almas. pos impressiona-se e agitn-se co111 a

A prodsi-5o da Virgem do Rosario rE>nlizn-se, na forma do costume, mas talvez com mais imponència. e mnjestade. A entrarla. da Sng-rada Imagem no pavilhào dos òoentes é uma ,las scenas mais empolgantes que é da,lo pronunciar sobre a terra e tùo graucliosa e tiio bela que a peno. sente a sua im potència para u descrever. A exploso.o da piedade dos pereg-rinos, o aC"euar dos lenços por toda 1\ vaeticliio imensa do recinto das apariçòes, <les<lo o alto da estrada clistritnl nté ns l'olinas acljacentes, o rnboar ,los vivas e clas aclamaçòes entusiasl icas, o estralejar das pnlmas, as --11plicas, os soh1,os, as lagrima.s clos ,loentes, emCim a comoçiio vivis~ima e ineprimivel de tautn<i dezennA <le milhar de crentes, tmlo so.o faC'etas 111huiraveis elesse quadro assombroso ila procissuo da Virgem, que faz -vihmr intensamente as cordas ma.i,s intimas eia nòssa almt\ elevando-a para regiòe11 que niio slio <leste munilo. Ao meio òia e meia hora, depois ,lo c·anto do Credo, um sacerdote aohe ao altar centrai cln• ca.pela das 111issas e começn o augusto sacrificio clos nossos altares, enquanto o 1·n.peliio-director dos servitas iuicia n reci taçiio em comum do terço do Rosario. Termino.da a missa, expoe-se o Santissimo Sacramento e o Senhor Biapo de Leiria da a ben~iio a cada uru dos doentes. A comoçao do ilusl re Prelado é visivel e traduz-se em liigrimas que lhe correm pelas foc'.es. Os doentes soluçnm e toclos chornm no ouvirem e ao repetirem as invocaçoes dit-ig-idas a J c>sus acuito sob as espécie-; eucari~ticaa na custodia ile ouro. A oençiio doi,; doente" é coroada com a bençiio geral. Depois o senhor Dispo cle Deja pronuncia um cliscurso breve, mas eloquente e incisivo, repnssnilo de fervor religioso e de sentimento patriotico. Começou por peclir tres veze11 a Nossa Senhora que mostrasse ser noH11a Miie--Alon.itra te esse matrem. Mae seria. preciso recorclar rom lamanha insistencia a K ossa Senbora a sua prerogativa materno., se eia nuoca esqueoeu os seus deverea de màe, !}unca afastou o seu rosto de n6s, nunco. consentiu quA o seu cora~·ii.o deixasse de gotejar sangue pelos pecadores? ... Nuo; mas a recordo.çiio é precisa, nao para ela maa para n6s, que somos f racos e pusili'in i mes e a. semelhança das criancinhas, que s6 aclormecem com o hraço da mae bem seg11ro, niio va eln fugir-lhes, tamhem n6s precisamos de estar assegurn<los do seu patrocfnio, para que saibamos qne eln esta. cliRposta a ser daqui para o futuro, mais solfcita, mais terna. e maiii ca.rinhosa., se isso é possivel.

Talvez seja ousadia. a.pelar para 08 sentimentos ma.ternais de Nossa S&nhora, neste logar onde pulsa o cora.çii.o do pafs int.eiro e onde ba dez anos, milhares de portugueses se sentem mais pr6ximos do Céu, mais crentea e mais patriotas. V em mais crentes e mais patriotas. Vero ali pela primeira vez e nao pode deixar de sentir urna extranba emo<;-lio ao v~r aquele logar, que quer geografica quer espiritualmente é o coraçao de Portugal, e onde a visinhança de Aljubo.rrota e da Dnfalha lhe trazem a mem6ria. as glorioRas recordaçòes do nosso passado de he-roi s. Ilouve um momento na nossa vicla nacional em que tndo pnreceu aubmergir-se: templ~ profanados, bispos e padres presos ou expulsm1, a religiiio vilipenclincla e esquecido.. MnR Nossa Senhora niio se esqueceu de que nos a haviamos um dia escolhiclo para Ilainha e veio entiio a este logar trazer-nos um argumento ,le fé, um argumento de piecln,le e cle reparaçlio nacional, mostrur-not1 claramente que nùo é eru vu,-., que pnru eln apelamos e nela pomos tòda a nos~n espern.nça. Fatima é um logar de festa, mas festn sem' fog-uetea nero urraial 011cle n6s vimos retempPrar a fé, pnrn m&lhor procedermos na no.<11:10. vi<ln publica e pndicular. Fntima é um logar de oraçoo e <le peni tencio., um logar on,lP N misa Senhora nos convicla o. rneditnnnos nu. mnueirn como temos cumpriclo 08 nossos devrres para com Deus e os seus represenlan tes na terra, po.ra com o ;n6ximo e connosco rnesmo. 1"açnmos essa meclitaçiio e depois prometamos ser pam o futuro mnis obsrrvantrs cla sua lei. Ero seguicla M""'"'"•-lhe por to<los, pelo Sumo Pontifice, para que Deus o con11e1--ve e o livre de seus i nimigos; pelas noS11as familias pnra que eia ns nheoçòe e as livre clas ciludas que boje em dia. se armnm Ìls fumilias cristiis; pela. nos1-1a P6tl'io., cerca.da <le perigos tantos e tao graves. Aqui, em Fatima, nunca deve esquecer-se esse laclo patri6tico det1t.a romn~em de piedade. Pe(;amos pelos nossoa doentes de forma que ou eles consigam curar-a& ou levem do.qui a resi~na,iio para 08 seus male11. Nao ousa ped~r milagres,pois que maior milngre poclia ele exiidr clo que o de ver esta multidao, vincln ,le toclos os pontos do pa(s, arrostar <.·Olll toclo.s as dificulclades, com a chuva, com o mnu estado das estruclaa, co'"1 tnntas contrariedades para virem até ali preatur o culto da sua homeuagem a Nossa Senbora? ! Para todos, Senbora, secle propicia e misericordio.<i.'l. Mostrai q ue eois nossa Miie 1 Qunnilo os ,.,,~ · "-:~,. reproònziom ns ultimns palnvras do ,enernndo Prelado, uma cbuva torrencial romec;-ava a cair para niio ce~snr seni'io as primeiras horn,o, da noite. R era sob as catnrato.s do céu abertas de par em par qne os peregrinoe subio.m até 6. estrada a<ljncente n fim cle se recolherem nos vefculos que os aguardavam e que os hnvinm <le concluzir aos seus lares distautes com as almas docemente esmagnclas por tantas e tao fu.ndns emoçoes e cheias de snudadea da.queles òois dias inolvidnveis paseadoe na terra sagrada de Fatima - a futura cidacle da Virgem. l'isconde .d-e Montello


Voz da Fatima

AS C URAS DA FATIMA

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Atuto que Maria Mar(f1Jes Janeiro Oo&- cle infernos, antes quo apnrecer mancha- 1 As.-;im acontece com o fogo divino eobre to.. de ,4S ano,, CO$®d, natural e re.,Wen- da na presenç11 da Divina M:igestade. a alma. Dcui: conserva-a uo fogo at.é que

te no lugC1r uu Mu~xuça fréguesia de J/o · nique do Intendente, sofreu. duma inm1f1te do .•eio e.,querdo que curou .,em trata-mento 111ld1co apro11rwclo. E por verda<lc pa,,so o pre11ente que Msino e juro pela minlta honra. Pontevel 10 de S etembro de 1927. (a) José Egas d'Azevedo e Silva.

. S~he?clo ontiio quo .o. Purgatorio foi todns as mnnèhos te?hnm desapareddo. 1ostitu1do pora a pur1f1c-nr, eia ahi se · A alma ent,io atinge a mais nito perprecipita por si ml'Sma e ahi achl). esta feiçào de quq é capaz e cada alma 11&grnocle misericordia: a destrui\-iiO dos gundo o seu grau. ' ' suas fnlto11. Quando eGte asta completo eia ropoasa Helena Rodrlgues, do Fornolos (Santa O e:sl'i~ito uao po<l,e, conc.-eber nem .n~ loompletnmenm ~m Dei,· nada fi<-t1 clela Marta de Penagui:i.o) em carta de 28 do nhuma _hup;ua pode d!zor a grando 1m- m<'sma _e Deu~ e entiio '> seu l!'er perfeito. Ju_iho, diz: portanc1a do Purgatorio. Depo1s dela ter assim s ido condur.i,la uVou narrar o facto que se deu comiEu con11tato somento que as suos penos para Ele e inteiramente purificarla olo go. Por intorcessiio de Nossa $1>nhora -ie siio tao grancles como 11s <lo Inferno, ma.s podo oofrer mais porquo Ja nào h~ ne.Fatima, vi-me curada prometenùo f'U Maria Augusta da Cunha, filha do Jo- VOJO t1.\lnbem que urna nlmn, mant·hadn. da a.. consumir, de forma q11e 86 eia 119 neste cnso publica-lo no vosso piodoso jor1 nal caso concorùeis com os meu11 hum1l- bé Domingos <.:on-oìn. e do Moria. da <.:u- da. mms lévc fnlta, re<'ebendo o.qta mib~ nprox1m:1.S:;e do fogo niio !-~ntìria nouhunhn, da freguezia de 8. Paulo do Stibol ricordin, conta por nnda &P suns penas mo dòr, porque clo se tornnria pnra a des de1wjos. Ja ha muitos anos que me nnsceu <lebaixo do brn~o um kys t-0 a quo lido, log~r de Rio.q Mnu, com~ou a ..o- ero rcla~·~o a demora _do goso. do i..eu amor. alma o fogo dn divino nmor, quo é a vinào liguoi importnncin devido 1t i:ua pe- frer da ulnde do 17 anos do esofago du- , E eu sei quo o ma1or sofr11n1mto dcssas da eterna e r,obre o 4110.l O sofrimento quonez, mns eis quo ba tempos J>nra. -::a rando as~ìm proximo n. dois anos, 1,r0<·u- nlmns é ver em si o que desngracla a nilo tom acçilo.11 -o kvsto vai nlnrp;nuclo de diml' nsòcs e rnndo fi8mpro o. curo. por vurios mcdil-os I Dous, e deM'obrir que npesar da sua boncreaiido profuudns raizes a ponto do mc o tornando vo.rindissimo~ remedios nté que dnde coui;entirnm ois.,;o. por fim , 60 sentiu onvenennda om rcsulE é nssim porque, estaodo cm estato.ùo de urna troco. de rnodicamentos: do dc gro~n, ni:i nlmas vecm a rt'aliclnlle ~trnquininn por santonina. Com grande o n importuncin. dos 1mpP<limontos quo esfol'l;o o medic.'O conscguin snlvn-ln fa- lhf>;l niio pElrmitem nproximnr-sc 'd'Ele. zendo-a vomitar. Depois voltou no Raio Naquela tardo tudo a bordo ria e fol1 X para lhe fa7.er um examc por moio da • • • g11vn: l'ns nn inconsciencin do tempo 8 radiografia. da ncla quo pnasn: outr01, a soc·udirt•ru a Nuda ndio.ntou porquo n1io entrou naTudo o quo tenho dito 1.-ompnrndo oom 1·0001-dn~·ào do ullima despodida qun11do di\ no cstomngo durante. ciuco. ~i~s. Nilo o quo me foi re11rtillenlndo (t,111to qnnnto do Molhe, on Vt.l&i,orn, 110 lnrgnr, uma nchnnclo n-curso nos 11wd1cos d1r1w~1-ll0 no e_u sou cnpnz de o compn>t-ndcr nf'lita DU\~•m do lon~·os fizcra voej,1r 1111,n roPorto por?' _dar entrncla no Hosp1tnl de yul~) é do t_nl importancia 14 u_, nenhuma dop10 ns !it111dnth·s rlM qn~ ri,·nn1111 , Sn!1to A11to1110, corno er~trou, mns ~ qtwrer 1dc11~, e mu1to meuos 111iiu\r,1s, ntiulium Do quando ,.m quando a1nda a imaaom cn1~ pelas _ru~ por _nno tA•r com1.clo ncm 1,e~t1mento o pode expri,nir e , 1uu toda dnrp11•lo l,i-a111:o l'·" t>ll\.11' 1111,1,.1111 11 11, 11., ,:1h~h1do hnv.'n crnco cl1ns e ter sofndo pro- ii Jll!'teza e vc!·clacle quo cll•ln podom dur rn pela m1ag1onçào dum ou doutro deix1mo 3: do1e nnos.. Em·ontrou umo senho- parN>c urna ro1sa falpn e indignn, dc for- ~nndo-o nl,.,-o~tu na 1;011tc111pt11\·.. o duru rn m111to sua 11m11?n que lhe dea n~as mo. qae c,u fico confundida por nào po- frlho, ch1m l'.ll•, dum cora\·:ìo amigo n,aa gntn.s de n1mn ,~n. Santa Gr!1ln do Nos- d or encontr::ir nenbuma oxvre,siio que di- , logo so es\":u:i. corno nn vespcra aqucla sa Senhorn dn F ntrma e rlcpo1s entrou no gn o quo 1,111to. molo do c-ab~·n.s nquelCll c-entos de nzitae Ilospitnl o no fim clo dia. e meio cornoVi . e contcmplei un1a tiio grane!" con- brnnca.q por cntre n. ncblinn sunvo do ~ou a E'ntrar alguma l'Omula se m remo- formulnclo l,ntrQ Dl'us e a nlma quo mnr. tlio~ alinns n<'m trntnmento cloq medicos quancl() Elc a achn purn no es tndo do Qunnlos niio trrnm nli na oortcr..n de cli:,,,(•n~o clos, cll'poi~ do cxnmi.nnr<>m, que i110<·onoia <·m que snn l)i~ina l\fn1Jestnclo nunr·n mais voltnrcm? p_nrl'c·rn sc-r um m1laire Pm n<-ta do qne n c-reou, dn-iho ama rnl for(.i ntrnc·tiva Quantoo na cloçc 1lusiio cluma fortuna l111hnm enc-ontrndo, nc·hnndo-i;t- <-Om sandc dc, nmor divino q110 cln ser;:,. nniquiladn n soerguer-se-lhe dn outra bnnda do p<'rfcita e-omo osta nt~ u data (26 do maio Ml nilo fo!<.<:o imnrtnl. Occnno? do 1927). Trnnformn-a clc tal formu em fii mesllada ali rostos tìsnnclos dG homcns dc mo qne o. nlmn niio \'O mah quo a Elo trnhnlho; c-nrns ah·nclins e pr,'t'<11·0111enlo o continna n nlrni-la ::ncln ,·ez mais in: dcbotadas pelo vir·io ou pela docn~·n aemflamnnclo-n no seu Amor, nii<' n cli•i'xan- hlnntei; iogliuu011 o saurlavo1s de c:cauciHelena Rodrigues, de Fornetos do 11oniio qunndo o tivor dl'Ìx1trlo no es- laR. na purczn • N"nquela tarde tudo a bordo ria, tudo tnclo cm quo Pia vcio, iRtv tolher o movimento do br~ e fazer so-porfoitn em que foi e-renda. folgavn.. imenso. Quando a alma contempla Mn ,-i mC&-'l'udo? ...-tudo niio. Andando de din. ero dia para ir ao mn a c·hnma amorosa poln. qnnl é ntrui::lao ,lo 1'ratado Jn P1,rr,ntcmo de mé<lico, q ue é longo doE.ta i'ré1,t110.-.in., veio • cla rnrn o scu · doce l\ft•<,lrc t- Rl'll Dc•uh, o dia trczo de Maio consa~rado u ndorivh Santa Catari111\ do GE'ne\'a, ns RE'g11int<'s o inflamn<lo nrdor do amor i, nbato o <>lo. Sonhora e uu entao lcmbrei- me de oesim pnhH'rns, quo no;, pnn•ccm oport.unns ~o- se fn nclo. ooite colocnr no n:~·1,to um pano molhud() ùretudo m•-.to mi•s: Continuamente silcnciosa e tristo, so T•:ntiio, nesta luz clh·inn, ola ,·& corno na milagrosn ap;un d e Nossa Senhora d .. «Asi;im corno o ~pirito niio nchn rc-- nons, por seu ~nnd<> r.mor e sua cons- a toda a hora do dia o da noite, por \'&Lourdoe. pouso seniio om DcuR pora que foi <-rt'n- tnn le Pro\'idondn, niio CCl>.'-n nnncn de zos numa ntitudo de quem ora rt'<·olhilin.Qual nùo foi o mou espanto o admira- do, nssim n nlmn t,m <>stndo do pccndo n ntr:iir pnrn n snn •1\timn porfoi\·ii.o o mento seguin tambom nli uma rnJ>llriga çiio quando oo des pcrtar me vejo sem no- nilo · pode est.or noutrn parte 111.>niio no quo Rio fnz nnic-nmPnte 1wr amor. ninda jovem. ' da e ohsolutamente <·urolin. Milngre I Mili1- inforno, pois quo om rnv.ùo ùas sua" fru.\ nlmn ve tnmhem qno liizncln pclo peO seu olhar vivo, scintilante, n ilumigre da Virp;t>m de Fntima I... <'ndo, niio porli' ~uir pc;tn atrac-çiio p11rn nar o i.emhlnntc cnrregado por nlgoma tns, de so tornou o se11 fim. E' i1;to que peço no senhor para pu- E' por is.'--0 quo no mt>smo instante ero DonR, isto n, estfl olhar t(l('()n<'iliador grande dòr fnzia lembrnr o brilho tlo r.. blicar niio mondando o atestndo médko quo a alma oo separa do corpo, eia voi com que Deus n ntrue. r61 no longo da c.'Oi.ta. por o nù.o possuir,,. Alcm cliM1n, o quo ,.,.~a grnnrle miOu se josrn~se ou so conversn81SO Marga.1,ara o lop;ar quo lhe foi ns.-;i nalndo. uMarla Marquea Janeiro costa, do logar nìio t-endo nccesi;idacle d'outro guin quo SC\rm ùo ostar impe<lida de conl11mplor rida la est,ivn dc olhnr fit-O no poente. Niio hnrin toque nem canto pnr mais dn .Mn.i;snça, ùn frogucsia da Mnnique do n propria nnturezn do f>E'<'l\do, se eln a lnz clidnn, n nl1nn 0xpt'rimo111.a um Intend~rnto ('oucelho dc- Azamhuja, decla- doh:ou o corpo cm os~do dc pecndo cle,,ojo instinC'tÌ\'O do ,;cr lh·re a f1m de. mt•locliow que con.~egui1$e <lt>svin.-ln da.podcr n.proxima.r-,se dc~t.\ ,i,nma unifi- quela ntitudo oxt:ictica. ro quo 1110 npllrt>t·ou em J ulho de 192\J morto.I. • _ Em volta r!aqueln mulher tecinrn-60 j ' ttm tumor num pcito, e fui oonsultar O J<J se n almo fog,;ie impNlicln de ohP<leccr cante. l~u vou rcpetir: e a Vhtl do todas es- os mais d01;011l'ontrn<los comentnrios. Sr. Dr. José Egns dt Aze,·edo 8 Silvn, o est-0 decreto (proceclentA da ju11tkn de Quo a morto n•pcntino de alguma peeda Frél,(lll'Rin de Pontcvl:I; {'oncclho do Oeus), eia cncontrar-ee-ia nom inferno tns coisns que cnuso.m a peno. dn11 nlmn!< clo Carta:-co. Es.'16 facultntivo rOC<'itou-me rs. mais profundo aindn, porqt.t' et1taria fo- Purp;atorio, n&.o porquo elns estimem os- bÒn. do fnmilia n fizern wir dn pania, dimédios, iiGlll resulLndo. No dia 15 do Se- r,1 rla ordem divina nn qual a misericord10 svi, .sofrirnontos tiio medonho<i, mRR léom CO- zia ol~uom, logo contraditndo pela auson~ tombro tornei a consultar O médico 8 m<• encontra sempre logar 'l nlrnnda a p~ mo pior n oposi~iio que oncontrnm om si cin complùta do mais poquano sinnl de mesm:111 vontnde dc Dou, < 11~ agorn Iuta. dib&O quo t.i nha que fnzer-se urna opo- nn co~ pletn~ que a ,\Ima 01n0t·A.u. 11NreeSt1idncloo ooonomfoa.~u opinava outro rn~·ào. Com muito roceio de fazer a opPra-. ~or l!t':O nuo achaodo lo~nr mrue apro- tonhccem que tem por olns urn t.:1o purom mais verO!'.limilhançn. çào. vim para minhn casa e rN·orri com pr1~d<;> nom onde a pena fosso mcnor, ro o ordente i..mor. }:ste amor, <>Oro o Reu 0,,1..r unificonmuita fé a Virp;em Mào SnntiRl>ima N01,- proc·11>1tn-so por si mf',;mn. no lognr quo • t1', M ntrne sorn que <-omo so nii.o th·O'i'll<' 61\ Senhorn. do Rosario de .l<'atimn, qne me n Oesper~.to 6 egualmonte ver.3ade1·ro em 11 outra coisa a fnzcr; o quando n alma valesse nn minha nfliçiio, paro. melhorar i:n 18 . • aem scr opernda. reln~uo no ~urvntorio: a oln_in d1•1xn nc!o ronsiclcra isto, ·se eb pu<l,•. ~E' e1,, ontrar 0 corpo O no~ Of'hnnno e-m ai O!ltft pure- um Purga.torio mais pl'noso em ~1·t puNiio teria trahnlho nasua t~l'l'II nntal?... Comecei umo no,·ena no dia 16 de No me.,.,no bnrC'O scguin umq rl'ligio,a tembro nplic·ando ~ohre o peito pnnos com ~a em. qlle fo1 c!'E'ndn, l'end<' tambem .!'8 t!oc·i,e scr parificnda mais ~eJ11f·~!la ela a,Kua da fonte milngrosa. Quanclo acn.h,., 1mped1mentos que rotnrddru n aua u~1no nh1 BO rnergulhnrin logo, obrigl\<la polo quo impressionndo. peln tri...t.ezn ùaq1wla a norcnn. fui outrn vez conR1iltnr o mé- com !Jeus, comprecnd,•ndo qtrn sé o I ur- ardente nmòr reciproco entro eln. o Deus. rnpnri~n detorminon abordn-la para lh'" 11uM·iimr se pos~i\"ol f()f;.,,o. dilo cliv.cnclo este qnc o tumor r tovn a di- itntor!o (>Ode afasta-.los, IRn~"-?8 ne.le • E na.quela. tardo, urna tarde linda do miouir, Hesoh·i ir a }l:Hima no dia tre- pnr s1 mf"im~ pronta " vol~ntnrini;nPnte. Agosto, npenns o c-nlor, pc-rrpitiu tomnr o ~ de Outuhro rio m<'Rmo nno pe<lir II F, "~ eia nao enoontrM~ la OA !""1os n~ D<>i;ta fornalha. do òivm:> Amor on ve- ar livrc Mo.rgnricb subiu I\ coberta o apoa Snndssima Virgem a continuaçiio daa mi- ~0~11~1011 para a eun pur1!1uç~o, ic;so eo~anhru, molhornR, l•'ui 80 posto m~d,co on<li• t1tu1rra para n. o.Ima um rnrerno p1or jo ra.ioe de fogo, dnrdejan.lo aobro a nl- oln n religiosa. PnSM>u...;e urna bon. hora nté que a rarecebi O N.o 28 in<lo pnra O lognr re68r- que _o Pur~ntorio, compree~,lendo. que ma <'Omo lampadns nrùc•ntcs, e tiio pndovado aos doont-es e la recebi a Sa radn PII~ v1rtnòo ÒnA ~11aR fnltas nao ex.1nndn,. rosus e violentns siio elns qm, n nlmn e ligioRO n.prol(imnndo-so deln doixou cair Comunhiio. g ~ao podo nprox1ml)r-s~ òo sen f1m q~e o corpo ficarinm completamente deatrui- qualqtJcr coisn numa apareute di...tra~ào. l\lnrgoricla npr6116on-se n apanha-la e a Novo dia.s depois do vir de F,Him1t q 11_ t' Deus, o que ola cons1dera corno um tio dos se is.-.o foS1:1e po'll!hel. Estes raios exeeutam 11m duplo oficio- dii-In. religio11n que lbe ngradocou n. gcnmiu•se o tumor por completo. Prometi a flmnòe 7!1Bl, que em eua comparaçiio o purifico.m e coneomem. till.\zn. Virftem SnntfBSimn Nossa Scnhorn dc> F.,. 1'11~p:ator10 é nada. . i: continuondo: Consid1>rno o ouro: quanto mnis liga tima de lhe ir ngradec-er 8 oforccer-lhe ?'la verdacle os sofr1montOS1_ do Pvrga- Donde é? ... trèze ,•elnR (umn. da minha altum) 8 · r torto e do Inforno po.lcm por-...,, u. p~r, t<•m mnis tcm de que scr purifiroclo. E' - Son <In provinC'ia de... e vou para os ào joelhos rll'>;cle O .-strncla dnr tr«'ze ,·ol- mm; co111par:id0n :10 . \mor de Dens, sao dPrretido pclo fogo quo consomo todns nd11 us suns fezos, o é ciste o.finn!, o cfoit.o Ei;tndoS Unidos. be cle joplhos li C'npcln do Nossn Renho- " · • • • do fo~o om todos os metaoi.. - Desculpo-me n. indis<'riçi'io mo.a pod&ra. Mnndt'i òizer uma Missa e dei nll,!utn A alma, contndo, ni'io pocle sc>r nniqai- ria sa ber o que a le\'a l:i? ... dinheiro pnrn. njncln tlo ('nito, tf'nrlo J1i Oh rninhn irmii I ChflgU&-!!O para aqu1 Mns direi u10.is: no quo rcspeita. n Deus, lndn em Deus, mas pode,.o sc-r em si mcscnmpri,Jo todaa as promes.•,as. Ap;mdeci do meu intimo a Virgem Mào Snntffi,.ima ,, on \"Ojo q110 o Parnizo nno t-em portos e mn e-, q11nnto mais n p11rificaçiio clurn, ond0 ninp;uém nos oiça. In entrnr quom qnizer, pnrqne mnis perfeitnmonte eia morre, até que - Sim, o c-om·t'nìente porqne a trìstero ao se11 nivino Filho o. grande graça que Dc•uspo<lc é torlo misf'ri<-ordin o os Rena hrnços nfinal fique toda purifica.da e pnsudo. q110 n oprimo lom clnclo que fnlar o quo me c-oncederrunn. pensar a ostri hon p;onte. E on intoreai;o-mo estiio sempro ahertos paro. noa receber na 1•m Dens. gloria; mns n dh·inn F,,-sl•nC'l!I ~ tiio puQuando o ouro ostn romnletnmcinfo li- por lii. Se lhe purler i:er util i;e lh1> pudcr ATESTADO r,1-infinitimamcnte mais pura que o. ima. ,-ro <lo misturu, nenhum fQJto, por mala pr,•stnr nlgum pequono 11ervi\·o disponha J osé Fl(la., de A::e'l'tdo e Sil110, /~1Ùta- 11:innçiio po<le concc:-ber- - que n alma, ac-hnn- rorte que scja, tem acçào sobre ele poia de mim. ti110 m-unicipal cm Po-n.tcvel, concellio do clo "m si mei;mn a mniR ligoira impcrfciçi\o, quo a6 ns impurellM podcm ser oonsumi- Promotn-mo que niio di11 nada. Oartaro. se.- lançarin. por 1i m86IT"a em um milhar dns. - Promoto.

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SOSINHA

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NATIJREZA E NECESSIDADE

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DO PURGATORIO

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Voz da Fatima

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- S11be entiio porquo vo11 a<>s Eslndos W bom simple,; no ontanto a razii.o da 110$00; José de Cabudo e Len<:Ai;tre, Histo ria dum g a luc h o UnidosP rninha visita. Reccbi uma carta em que oe 210$00; Josofa do Jesus, 80$45; .Maria - Nio ~ci; diga la. mo dizia quo eotavius irremediavelmente das Dorc-.; Tarnres de Sousa, 198$00; Ana Ha tempos :11'oentava prnça O ontrnra a - Tenho In uw irmiio quo esta a mor- pt-rdi<lo o eu queria ver-t.e. da Concciçiio Neves, 129$50; Maria dos primoira vuz num quarwl d'artilharia um te e soi quo elo recusn o. aasistencin rcli- Obrigaùo. Mas... vens s6 por isso? Anjos de l\fatol\, 250$00; M. Aurora N<r rapaz d'urna o.Jde:a do norte. giOSD. e eu vou In. paro. o convoncor a recc- E niio julgas a minha amisade sufi- broga., 81$00; Luis Castro Dias GuimaNa primeira noite, ajoelliou junto da cabe-la. ciente para t'o fnzcr? Nii.o te lembras do 1·àoo; 50$00.; Emilia Nunes da Rocha, ma, fez sem ostentaçào mna tamhem 11em Foi assim, nn no~ bO.nta religiiio cris- corno n6s cramos arnigos l:i nos cnmpos 60SOO; ,José Luis Mondes Pinhoiro, 60$0; tfmidez, 0 signal da cruz, continuando d&tii quo n6!! fomOA educados numa pequena ùa uo~su al<leia?... Mnm José Ferroirn Paulino, 40$00; Ma..- pois a sua oraçiio quo so nào foi ruu1to aldoia d., minha pro\'Ìm·ia. ~a minha tor- So lembro ra Carolino. ('netuua 48$20; Ma1·ia José comprido. tambem niio foi. .. tologrnfica. ra nào li:nill impios 11cm indiferentes. Mas vojo-to tiio triste... Cordeiro, 200$00; Jo:,é Rodrigucs Cnrdoso, Os camarndna que ta l viram vioram logo Mns mou irmiio sniu dali ainda. rnpoz. l'orquo 1·C'ns ns1:1im? Parcce quo teno 70:00; P.e Augusto José Vieira, 73f5U; com as suns chufas, gritando: «olha o Foi para a Amérfoa gt.mhl\r a ,·idn e cor- chorn<lo muito. . Domingag Dia-., 141 $00; Maria Pinba_da mord'igo I Quei cm l'er que vai corner a. pa,. romporam-110 la. - , 'J'm1ho, na ,·erdade, com medo de te Cunha, 90$ù0; Augusto Marques Poro1ra, lha do enxergào !... » e, por ai além, mii Dous lhe perdoo a qu1"1Il o per\'C~rteu. niìo onC'ontl'ar •vi\'o. M,u; No:;sa Senhorn 47$20; lnes dn Uoncciçiio Cnstro o Si- coi,;as nci,te gesto. Era tiio hom,. minho irtnii I... couc:cdcu-mc ossa gruça. Ai! Tcnho-lhe r&- mas., 50$00; l\InnuC'I Alves Sonr~ Toio re<:rut..'l. niio fez caso, deixou fnlar, E em lngrimns, soluça.ndo nJlou-s&-lhe zndo tanto por t_i. Se tu soube.,;s,oo e ~e xoira., 1_0$50; Olotilde cle ~osus Barcelos, desi,iu-so O deitou-so. -No dia seguiuw, , a voz. quanto tcnho ~ofr1do ... Mas olha ca tu nao 50800 (rnsulnres); do Coleg10 de N. S. da rnesma hora a mesma scena. A roligi06a dirigiu-ll1e algumns pulnna~ tons aqui nouhurn qundro de Noss.a Senho- 'forre( i>0$00; Asilo do 8. José do BraVeio O terceiro dia. Rocomeça a m&;ma do couforto e, carinho segundo o cornc;ùo ra? Tu j:i. nùo és umigo dela? . gn, 25$00; P.e ~ntonio :N'1111~ _Alberto, ldança. No ontnnto O yalucho, cumpr1ndolh'a.iì dita,·a até que ncalmuclo nquéle ata- - S011, sou. Mas fall•mos doutru. co1sn. 720 dolors; Joaqu1na do. Con<·mçao Duar- os b<'US deveros para com Deus lev::rntarse que do nenos .~ roligiosa. reatou a conn,r- - Porque? Entii.o tu nfto goi;tas de falar te, 25$70; ~liguel Bento N une~, ] 8$00; e, de pé t>ncostado 1, 0 leito, ohia bom de Ila. daquelc>q a, qucm ama~? Ah I tu engnnns- M~nnel Alvei;, Matous, 25$00; _José ~?- fronte aquelos ,•inte e quatro bomens que· - EIE< lia..-do converter..so. me... d~1~ues da Costa~ 17~50; ~{~ria Enuhn grncejavam e diz..lh0o: «0 11 çam Ja: Ja é - Ah I Eu ton ho-o pe<lirlo tanto a Vir- Niio cngano. Veo et;tu mednlha que V1Nra, 45$00; Camuna V101rn, 14$00; asta a terc<1irn ,·cz quo voces usnm di) togem R.S.ma. mo tem a<:ompanhi.ùo sempre? . Aida Forraz <l'Aguiar, 41$00; P.c Aot6- das essas lindas ospertezas para comigo. - Pois Eia hn-rle ouvi-la. - Ainda hem. Eia niio noi1 abantlonarn. nio Mn.rtios ('nrnei ro, 41$00; ~ulmira da Eu julg<rmo no direito de dizer o que l\Ins diga.-mo, corno é quo se meteu aR- Dizc-mo cii: · , Mota Galhardo, 3.'3$50; Bcatr1z V1~lente, penso do voces. E isto di~so OPl dua1:1 pa-11im 110sinl10 a cominho? E' tiio long<'... ~ntao como c~tas tu agora? 31>$00; donativos ,·arios, 35$00. lavra.:;: YOccs i,iio um, covardes e nus par- Ah eu nmn\ a tanto a. mc,u irmào :. - Ad1ns-to melhor? Maria Ji'ilomena Reimiio, Francisco An- ,•01; I Podia lii aguentar-mc, com o pon11om"n- 1 -Niio. Vou morrer em breve. t6nio Chichorro, Amélia 1\forào dc Pai«Suo covnrdes porque sii.o vinte e quatroto dc quo élo rnorre&'>Q sem 1-acramen•o, ~ - E estas ·rirepnrn<;fo?... va, Inos Bar~os e f'unha, 1:)olfina Va_z c:oulra um. R sào parvo . po1·qtw es<•nrneEu morroria logo. - Est-0u. Se!'ra, Mn~gar1da ~otelho C}nchorro R~t- cem de coisa.; que ignornm. Eu, cli p~r -F. sah(• !ie d1egnr1i a t<•mpo? -Ja te c:oufe..~snste?mno, Mona Bcned1ta de Meoezcs Le 1te mim croio em DE>\,!:> adoro-o e olevo a m1- Espero que sim. 1\forr<'ra dentro cm - Como se eu niio a.credito ua confie- cl' Almada, Em_ilia dc Lemos Ferreirn, nhn. 'alma pam El~, e voces uiio sabom breve mas nao 6 para ja En ~6 quero tl'r ofio I? Gortrudos Morta FornandòS, Dr. José 1\1. nado. d'isto. Vivem corno uma besta clJ>rno m(ll!O. um dia pnro estnr a s6s r·om -Ah! ai tons 11orquc• vim ter contigo. Malheiro, Albina. de Jesus dos Santos, mem comem caminbam O niio viio' nlém tlle. Ifoi-do lho fnlar na Primeira Cou.11- R' i;cmpro virn o amor que te conrogro, Aui,1sta Santos Pinto Moreira, Mal'in J&- <l'is~. ' nhiio, na lgreja da noss.a frégnesin nn m0;.s nunca élo mo teria feito vir s6 atravcs- sns ~ilrn, Mari°'. M. dos 1:l,emédios (20$00), E niio compreondom ,·oces que sendonossa querida miie <' No hu-de c·onve;-ter- sRndo o Oceono pnra te ,er. Foi c,;sa no- Florinda Ferre1ra, Mana ~o Car1!1? Cu- assim, sa.o un1:1 nuténtico,i pan·os?,, · se. Seniio, ponho-mo de joelhos dennte de- ti<"i,i do que niio querias confessar-te, foi nhn Lcmos e Mat-os, lfaria Amelia da Tudo se, cn.lou. O maiR ll•nl do grupo lele e p!'ço-lhe por tudo quc se confesse. so C'la quo mc fez vir até juuto de ti. ('unha. 1\-Iato11, A11t6nio Fcrroira Soeiro, vanta a voz e dfrrlho: «t<'ns razilo nii.o anQ111111do éle mo vir chorar ha-do cornoPromcti-me a mim mesmo niio sair do Filomena Arnnjo Rebelo, P.e Ant-Onto Po- d:imos bem cada um é livro.u ' ver-so tamhérn u niio scr quo o cornçiio ju11t.o do ti E-om te tor feito voltnr a. f~ roir~ Pinto, J\t_aria dar.: Solednde ~oiga, No din isdguinte u,u segundo r<'Crut_n ,em se !ho tonha ompedernido como n coos- c-nt6lit·a om que fomos cducados o quo o :\:lnna do Santiago (25$00), Bea.tnz de ter com O primeiro arengudor do dlii, anciencia. a nuic:~ vercladeira, a unica Divina. Vosco~colos e Santos, Amélin Teixeirn, tecodonte e pergunta-lhc: ~f.\~ ,.; certo Maa nao. Depois de tanto i:.ocrificio No~1'J tu has-de toimar? Ant6010 Quarcsma, Manuel Lourouço Jos que tu crcs cm Deus? so Senhor ha-do-me ouvir. T,embrn-to do qno ten;, urna alma a. sai- Snntos. Acacio Rcimiio. Maria da Grnça -E' clnro. }<J tu? En sei quo elo se negou a rocebor o sa- nu. Machado Sarmento Joc;é Augusto Ah·o~, -En nilo nunca ningn<'m mt' fnlou niscerdofo cat6lico mas quando ole me ouvir Deix'l as trist~ idoia,s que te meteram E:--l1•r Le Rotoni Guimuriios, ,Joiio Luis so. Nào' pod~rios, tu tlizor-me alguma coisa na lingua doce da nnsso patria niio r~ na cab(.:(,'a o volt,\-tn c!C' novo para aquelC' Andradc, Gcrtrudoo da Silva Nunes, Jo- a seu re,,peito? sistirii. Jesus que ha-de Stil' a tua felicida,to etor- sofn Sorras, Julio Faustino, Assunçiio -Posso. • - Confic, menino., O S<'nhor ha-de ou- na. Claudio, Candiòa Rosa Martins, Maria E de tal maueirn folarnm quo nlgum vi-lu.. Ma.~, olho, ngorn prO<'ure distrair-se Tem ò6 <le h, da. tua po~ro ~a; tem Josc- dos Snt1t?5 !ifor~ira, ~smnlia, D~~s tempo mais tnrcle, o segundo fazia n sua um pouco qu<' lhe Cnz 100.I 0811(\ pen~ar do do mim o da nossa quenda mao. Messedet, Jnlia da Silva Nevo.~ d Ohv'3t- pl'imeira Oomunhào. <'Onsta.nte. ... .. .....'.. ... ... ... . . . . .. ... ... ... ... ra, Carminda Ta\·nres Guerra d' Anclrnrle, .A.cabn.do o tempo cla vida mililn1· foi pa- Ah I J•)stit <'ngnnada, irmii. As ultimas frasos oram jti. entreC'ortadns Sara Mu<lat, Albertina d'Ariayett Mota., ra a 1;ua terra exerc<'r o 1;eu oficio e em- Estou :iqui sempre (tll!l posso para polo choro o pelos so~uç~. A_ngélic,i_ de Lom?9, Bcn.triz Mota Guim~- quanto _trnb~llrnvn nao perdio ot,;isiiio de 1·er despontar, la }\O longo, o primeiro As lagrimas doe dots iuntavam-se. raes, Ah<'e Mnrtms 'Mudat, Loooor Gm- e'l"angeh1.nr a sua Yolta. · Confoesou-se arrependido o reaignado o mariios Vieirn. Dr. Antonio Anguato Lei.Aos domingo,; todo o trabnlho <•ei;s:wn & sintomo. da terra. Paroce quo até n dsta HO me tornou me- dia~ <lcpois ndoro1cceu no Sonhor. te flrnga., Domingos Mnrtins, Mariana ia n Mi3Sn. lhor. Quem a visse ent~o "': viagc":! de re- Pire.., • Herminin Lcncru;~re, 1;;1m_inn ~a Ah I so Oli catolicos soub0&-_t!m Yenccr o riQnero ser a primeiru a n.vistar a terra. grosso nolaria a roe1gnaçao daquele rosto Crnz Cì,rto (50$Q9),. ~ann da V1s1toç110 <liculo Ol:lpantalho do respe1to human~, se Entao sim fic·n.n•i cont('ntc. sntisfoitll. cmoldurado no luto. Ah·es Nunos. V1rg1mo Lopes Tnvar'lS, des~om uma nota di, coragem DI\!! fabrwas, Até la... é impossivol. V,t minha hoa -I~la Yira-o pa:;sar mas virn--o pacsnr tùo Clr~rn Roaa Soarc>t; (2 clolars), Horculano nas offcinas, noi; campoo, no" cnfés, nos irmii, \·a rmrn junto das 1111ns companhei- bom I Sales, Izahel dos Santos Gomes, Maria do comboios... fnriam maravilhas ! ras o rezo por mim e, pelo meu irma.o. Tinha pena mng corno a sabem tt\r as Ros:irio J.'crreirn, Dionizia Queijinho, GeE' o que eu fnço nqni. almas profundaml'nte cristiis: a peno. re.>- no,·evo. l•'nrinhn, l\fnll'inn l\felo Po.to, MaA religioso doixou-a om SOC'cgo "6sinha signndo. ~om n Vonwlo de Deus. ria da Com·eiçiio Horges Cabrnl, Moria Abrigo para os doentes peregrlnos corno o.1.é ali. ' Lniv.n. Pais Mondos, Horminia Barata Va• Ao voltar a. sua ton-a . Margnrida nao !.G Iorio Palmira Rihoiro Lop<'S, Ant6nio cansava do c·ontar a todn a gente o mila,.. Lurs ' F(lrno.ndos (5$00), Eliza d'Oliveira • • p;ro da uonvorbiio do frmiio. Duarte (15$00), Manuel Gomes Gonçol5.197J5j Trnnspone... ... ... .. . Quc força do vontndC'I no corpo fragil ves, Ant6nio José Roclrigues Peroirn, Hen- Manuel Moroirn da Silvn ... 20$00 cluma mulher I Q~;~.;à~ -~·m .. ~6~· h~· ~~a.. ~o~ind~ f.i.rmc rique GonçalvC'6 Vilno, Ap;ostinbo Rodri- 1\1. do C. da C. B. (om cumpriQuo amor ardl'lnte I o perseverante nf10 ha dificuldade ou oh"" g11e..~ da Boia, Mnriana Pinheiro Gu1ma.40$00 monto dumo. promessa) .. . Quo nobre e hcroica dedicnçiio I t:fo11lo que nos impcça a realisaçiio do nos- rrre.._, Rosa cln Voip:n Gil da F. Pinheiro, Joiio Francisco Aug('lo........ . 20$00 Aquola rap3ri~a la ia atravcz dos ma- so ideai. Anibal da Cunha Nogueirn, Moria Pa5.277$5.5 res.... A' cnta do fortuna? Niio. Para so.1Quo n fip;ura. do Mnrp;arida incuta um trl(•io, Maria Henriqueta Mnp;nlhiies, Gervar a alma dum ente querido. , pouco mais de coragem a tanta mulber trudes Piota Serrano, Jonquim José FerQuo lincio g66to dip;no òum Ap6stolo I eia nos~a terra que entro aqnéles que lhc roira., Doloros Bnrhnrn Gonçah:es, Aurelio E aqueln gente qne ia no harco sohen- sà.o caros porlem contar al1,tuém niio co- Laccrda Moutinho, Mari11, José Jorgo, Codo da reliii:iosa. a raziio da dngom de Mar- mo o irmiio dela mn-, talvcz um pouco rinn Fontes, Maria do. Luz Percira Rop;arida corcou-n de rORpeito o vonernçiio. frio, afastado òa lei do Senhor. drigues. Maria José de Magalhiics Alluiar. N estes no.çsos tempos em, que 0-4 Havia ali gente do.~crcoto corno o irmiio Ah I de quanto ni'io é capnz um cornçii.o Alhortion Vil'ira Flimoes (50$00), Maria mas até P'!SCS soubernm rORp<'itor a firmeza e um zolo dl'I Ap6stolo moomo em poito d~ .Filipa cln VC'iga do Menf'zes (50800), D. comodùlades se multiplicam e est;oo do conYirçoe., dnquela raporiga. mulhor I... j l\fnri:t da Conceiçiio Ferreirn1 Armando ao alcance de muita gente, ha O ool io. caindo pouco a pouco ompres_ _ _ _ _ _ _,.._ _ _ __ _ _ _ M<'din11., Anonimo /,5n$OO), Ant61Jio Petnndo tis agua.s um fognz colorido dE< fogo reira Piche!, Maria Saturnina de Meire- quem sinta calafrios, imaginaruloDo ropento como num salto parooeu merVOZ DA FATIMA j lcs Cou ti nho Rnrrign (20$00), Maria da se ja niiu s6 doente mas até morto e gulhnr. Pouco dopois ora noite. Ornça Duarte d'Olivoira Sant-0s (12$00>, sepultado, s6 na perspectii1a de ter E o vulto ooholt.o de Mnrgaridn la m Desoezas Maria G<>raldn da L uz Ferrcira. de jeji,ar allJ uma vez. de olhnr fito no poonte. No entanto um grande nthnero Tmnsport<'. ·:: .......... .: .. 81-907$70 Papel, compos1çao. 1mpre68ao, de tloenças tècm a wa origem no • I 'etc. do n.0 61 (70 :000 exemexcesso de camodidades e nos abu3.532$00 plares) ............ . ....... . • • sos da comida e sobret udo da bebiPassaram-se dias naqueln vida de bordo Selos, 0IDbalagem, o:xpO?iQiio, da. até que umn tarde, um pouco mais cotlo trnnsportes, gravurns, cinta.a, 875$14 0s f rades cartuzos je7uam oito que de costume Margarida subia lt coberta et<' ...................... .. Pedimos o fa.vor de nos indicarem e de la lançn um grito de n.logria. 86.314i84 mezes seguidos em cada ano, co0 n. da assinatura, ou mesmo eno Avistarn a terra e ia participa-lo a boa Subscriçl o mendo uma vcz por dia. Contudo viarem n r.inta do jornal , quando chegam a velhos e nao se v~em enda religiosa. (Janeiro do 1927) O resto da tarde foi de nlogria segundo pagarem a asstgnatura e principal- tre eles grandes enfennidades, apeEnviaram importanciaa para as despon promessn. mente qu ando fizerem qualquer r e, sar da grande velhice que muitos zas do jornal · •

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da Fatima

-A-------------MEDICINA DO JEJUM

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Pedido aos assinantes

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• • J unto do i rmiio, dopois de o abr açar a cborar , começou a contar-lhe noticias da tena. Mas o rnpoz niio socegarn. - Afina l o que te traz caP N unet\ mo disso.;te n adn... - E' quo niio tive tempo.

clamaçao.

Manuel da Rilva Pita , M o.ria Augusta Mo.. .A.lgumas pessoas nos team a visachado do Lemos, Moria Celestina da. Silva Pita, M ario R aul Soaree, Sofia Mar ia do de receberem o jornal em dupliDugalho Sarmento de F igueiredo Soares. Donativos v-é rios e jorna is avuls0&: J oAo ca.do ou triplica.do, mas nao nos diCoolbo dos Rois, 1.083$40; P .o F rancisco zendo os n .0 s respectivos, fica inutil d' Assia A ndrade, 107$60; J oii.o Mendes de M a.tos, 100~00; Luciano L eandro Pircs, a sua informu<;iio.

atingem. Quando Urbano V quiz mitigar os 1·igores da Regra, os bons frades, para prO'IJar ao Papa que tais rigores lhe nao prej11dica,. vam a saude , cnviaram-lhe uma deputaçao de 27 monjes do, quaù , o mais novo contava 88 anos.


Le,irìa.,

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de I:>ezembro è .e

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1927

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[CO"- APROVAC.AO EOLESIASTJC.A]

Direchr, Propri,tario e Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na Unilo Grafica, Rua da Santa Muta, 150-152 - Llsboa.

Administndor: - Padre Manuel Pereira da Silva R.edacriio e Admlnistraç/io: Seminarlo de Lei ria.

-e R O N ICA ,

ciclir. com receio dum possivel de- nem tomar parte na. ndoraçao nocturna, passando a noute inteira senlnce fatul. Passavam-se Mles factos em prin- deitada na camionette. , cipios do mès de 0utubro pr6ximo No dia seguinte amparada por 1 findo. }1'oi nesRa altura que urna a.lgumas pessons ami1,?as, foi comunsenhora do Porto, D. Amélia Gon- gar, tendo-se ja confeesado na sua çalves Vieirn Ramada, moradora t~rra, e assistiu é. missa do meiono Cn1npo do:; Marlires da Patria, dia. u. 0 106, imbenc1o do ÙeRejo que a ~~~uanto se celebrou o santo sa1I enfi}rmt\ tinha cle ir n Fatima antes I cnficio, perma~eceu ~o metimo es(13 DE NOVEMBRO) da operaç;uo, com a e:-1perança de a tado, sem apatite, C'.he1a cle dores e Detide os qmnze anos de idade evitai', se prontificou a pngar um I numa grande nfliçiio interior, posF~r·hado o l'iclo das grnndes pe.1·~grrnaçòes com a peregrinaç;iio na- que nquela doen,n a atormentava lug-nr de ca111io11ettc, parn que ela, to_ que acomp~mhada da mais perc1oual cle 0uhibro, inicia-<1e agora cruelmente. Tinhn cornmltado di- que era pobre, pudesse incorporar- feita conform1clnùe com a vontade . de novo o periodo das pequenas ro- versos médi,•os Hem resullado e por ,;(> na pequcnn pl'rPgrina~·iio que se de peu~. 1ermina a ~ilS~a e o venera'ldo, magen11, menos movimentadG mais Bispo de Leiria, ricamente parasimples e tranqùilo, mas por isso mentado, com u cust6dfo de ouro mesm~ mais propfrio a oraç;ao, ao ' nas ~uas maos sagradab, laddado e recolh1mento, a paz propria dos los7~u~do dalguu~ dignatarios eclegares sagrados. srnshcos entre os quais avu1ta " seÀ manhii do tlia lreze acordou esnhor Bispo de Beja, da principio plen<lida, inundando de luz e cor as a bençilo dos <loeutes, <1ue em nucumiadas dos moutes e os recessos mero de muiins ceutena:-1, ;stiio disdos vales e do:; alranti11 da serra. postos em filas no recinto do PaviSentia-se em tf,cla a natm·eza anilhao. marla um palpitar de sei.a, uma _Do . alto ila \'arandn do altar d~ exuberfincia cle vida, que ocliltava m1i;sa~, o rev .do cnpeluo-director a todos os olhos, ainda os mais dos Rervilas, colocado em frente do ntentos, os primeiros efeitos da quamicrofone, fnz em voz alta as invo, dra outonal, tuo poética e tu.o insc~,òes rle Lourdes, que Oi! megaf6piracloru <le doc·e saudade e de funlllOS reproduzem por tòda. a parte na _<ln e sunve melancolia. vn:;ta e11planai1a e n que re!,pondem A.'s nove horas da manha jé. urna em unisono as vozes clc mais de dugrand<' nrnlticlao se comprimin no zentas mil pP-stioas. ' local tlus npariçoes, assistindo devo0s ecos das montanhas adjacenta.mente ùs mif1sas que, de espaço a tes repercutem, engmndecendo-as e espnço, se ceh•brnvam no altar prinmultiplirnodo-aA, eRsas vozes que oipnl da c-apela uova, para que toc:onstituem um coro Rublime e codos os fiéis pudessom uesse dia, qu~ lossnl. que se ele,~a pura :is nlturas, t!r~ um Doming-o, sntisfazer ao prefazenda suave e eficaz violencia ao ce1to dn audiçao da Mi::;saC~~, para abrir o cofre das graç;a, N o Posto tlns Yerificaçoes méd;. clrnnag. <:ns o Dr .. I>ereirn Oens, aju<lndo Quando o Hu!ltre Prelado Leirienpelos serntns, procede li ins, riçao se traça a cruz com a cust6dia sodos cloentes qu,• pouco a poucn viio bre a desclitosa peregrina de Gonùoaparecendo, embora em mirnero 1mar, precisamente no momento em mlùto inierior ao dos ultimt,s meque ela repete com o povo a invocases. çao que o tH\cerdote ncnbuva de faN uma dns go.leri as do l'osto um zet-« Senlwr, tliZl'i 11r1w s6 palavra O Sr. Bispo de Leiria dando a benç:lo aos doentes em 13 de Outubro amigo chama a nossn atcn•:ao parn e eu serci curado»-scnte um frémiUm pouco atraz vé-se o Sr. Bispo de Beja uma rapariga quc estn aguardnndo to inexplicavel pèreorrer-lbe o cora sua vez de .se a.presentar no dire- f.1m b avrn . qua t ro anos, era cliente t>!lttna orgauiznndo 1111 freg-uesia de éd. po todo, desde n c•ahP,a até aos pés, etor d os serv1ços m 1cos. d n' Al 1 p h s (' 1 G Dirighno-nos a eln e, num peque- 0 r. >e u,c eeo. ~ · 0 8{11 (> e e onclomar, para o aia perde momentanea.mente os sentidos e, voltando logo n si, reconhece que no cfrculo de pessons conhecidas, , Nos ùlti1_11os tres nu•ses p~orou reze 1<e Outubro. que logo oos rodenram, come,amosl bast~nte, alnneni.a~Hlo-se q~1~s1 ex- A Camwnettr•, que coucluzia. aque- a., dores clesapareceram por complen interroga-la. c~us1vamente de leite. O mechco as- le g-rupo, compost.o de vinte e duae to e experimenta um bem-estar inChama-i;e Laurindn Ferreira de s1stente :icom1elharn-a a submcter- pes:;ou~, sol, n chrec:~iio clo abade, definivel, coruo ha muitos anos niio Sousa, tem vinte e cinco anos de -se a uma operaçilo que, embora rev.do Crispim Oomes Leite, che- experimentavn. Recebida a bençao gernl, dirigeida.de e é natural e moruclora em S. a niio curasse, aliviaria um pouco gou ri. C'ovn ila !rin, no dia doze a. se sosinha pnra a camionette com Cosme de Oondomnr. os sem, incomportaveis eofrimentos. tarde. grande tmrpreza de todoR os peregriSeguudo uro atestado que apreA fn.milia da enferma opunha-se A enfermn i;eutiu-se muito mal nos seus companbeiros de vingem e, sentou, passado pelo seu roédico as- termi.nu.ntemente a que ela fizesse a durante toda a viagem e, no termisist~nte, dr. Abel de Sousa. Pache- operaçiio, consideracla melindrosis- nii-la, estuv11 completamente exausta. sentindo uma grande frnquezn e um ao co, do Porto, sofria de retroflexao sima, e uessns r.ondiçòes o seu espi- Niio poude ussjstir, bem a seu pe- apetite' extraordiud.rio, pede rev.do Abade que mande interroml.1terina e ovarite eRquerda. ... rito hesitava sem sa.ber corno se de- sar, a grandiosa procissfio das velas

d a FATI M A

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Voz da Fatima

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pe1· os C"autico de <le:.pedida Vir- ' ultima" im•,·es e faiinm com as gem para se poder ahrir o cesto dos grimas llos olhm, as imas Òec;pPdidas . forné1s. Vir!!'em, <leixa.uclo as almas e os ., Concluida a vis.geni de regresso, corn~òes presos pelos laços da mais a.presenta-se ao Dr. Abel Pacbecol viva saud:l<le aquela e;;t.ancia de mique, tendo-a examinado cui<ladosa - lag-res e prodigios, aquele teatro mente, nao Jhe encontrou nenhum das :;uhlime-. maravilhas <le Deus.

1>odt1ndo comcr nada <lunuite todo o tra-- oem I) a l>egu11· o remc.'Clio. Vi nisto wn. Jecto, pou, tudo I.be 1o.z1a mal. grande ruilngre, os ataques pararam, • A noito do l:t parn l:i pus.,ou-a no meio comoçou a eugulir e depois melhorand• 11 <l <las mais cruc1a.nteli dor011, nào 1e ben o pouco a pouco. l'or scr pouca a ngua: possi,·el ir a Cova da 11'1a, nem incorpo- estavamos .coru receio que 1,e acabaSbe 0 raN,e na. procis.sào dUll nilus. que felizmento niio s.ucedeu, porque miAmalll)ece, porem, o dia 13. Eia, embo- nha prima. e .Maclrinha. D. Filiva d'Aara chein' de sofrimento, sen'..6 a resigno.- sunçiio Veiga (de Lisboa) me mandou \":i.O nu. alma. pelo correio um frnsco de agua de Noenstigio rla ltntìga doen~a e a <leclaFisconde de ]/ untel.o C.:omuuga com o fervor que lhe é pos.si- sa. Se11J1ora de Fatima, que sempre foi. l'OU completamenle ciurada. vel e pòo-se uas miios de l)eu.,... <.'<>niiau- tornando. No dio. 12 de Outubro ne.ecea. Voltou este mes a Fatima para _______ .,.______ do plolillmente na protecçii.o da. Virgem umii menina., seudo minha mulher muiagraclecer O sua curn. u Santissimo. J mo.culada. Lo feliz. O modi1.'<> admirou-!ie bnstant.e A' hora. da missa que vae ser celebrada em niio mais ser chamado. A. manina • Virgem e proclamar tom a sua pre- _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ pelos doente5, eta ocupa. o logar que lhe quem o. nosso. prima D. Maria. Filipe. de :iença _no ~ocal. das apariçoes o podel' o in<licado. MenoZ<:s deu logo o nome de Mal'Ìa dee a m1ser1torcl1a da augusta .Miie de Ì Aissiste o. todas as corimonias, recolh1- Fatima, nnsceu tiio fraquiuha que nem Deus. - - -- - - - - - - - - - da, fervorosa. e coufia.nte. tinha. força. para ma.mar. Deu-se-lhe O «Le..,.ioua.rio de Gondoi, lii'» de Tranuro~·cmo, do caple°ndido Hmanario Tel'ln!na a misso.~ pelo Ex.mo e Rev.mo umus colherinhas de agua de Fatima, don Ltiitionario da Gondoma.r de 5 de novembro) Snr. ll1spo do Leir1a é dada aos doentoi, pois umas colherinhas de leite, até quo cinco de ~ovembro, publica um reLaurlnda ferrelra de Sousa é O seu 110- a beuçào com o Santis.simo Sncramcnto. no fim de nlgum, dins, começou n marnar lato circu11t;tanciado <leste casr, ex- rne. Tem 2i> anOll e é filha de Antonio Chega ,a Laurinda a voz do rocobcr u sondo l'riada ao peito nté a iclado de 15traordi uario, devi<lo pena ,h SPll de Sousa o do Loopoldino. Ferroira., resi- ben~·iio do Pae do Ceu. Ao ser traçnclo m<'zos, com admiraç:io de todos que semilustraclo director. ilindo no log;ar do Ermentiio, da freguObia sobro eia o sinal da cruz, ~ent<rse, de re- 1,1re julgar:un nào se cria.r. I<'ui pagar a . U f . I rie S. Cosmo de Gondomnr. ponte completamente tram.formada. minlm promc- sa Pm 13 de Junho ultimo. 1 1 ~ . O\le Ha doz 11110,;,. d'tz eI11, que tem sof r1·d o Pnrec' . e qne 11m véu, d1z eia, a cobriu j Chegamo;. a <'o,·n. da lrin. no dia 12, o . ·:.1., d . m/, acto assaz uemn f 1cnr.i pura. sempre re~1sta o e1n 1e- horroro_snment~, atormenta<la sempre po- da cabeça até aos pés, ..endo nOl>Sa oca- a"sistimos a todas as cerimc,nias, minha tras de ouro nos ana1s g lorll)SOS de lns mais crucmnles dores. Tem <'Onsul- siiio quo scntiu desaparererom-lhe toclas ml!lhcr comungou meu filho Antonio de li'atima., a-;sinala parlicularmeu1e t~do, de:;de entiio, n~rios me_dicos, quo lhe as dores. Desconfia. de ai mo.,ma.... pare- 7 nnos lii sua primeirn comunhio, dio. trezP cle °"ovcmhro. E' a ,~!'.JU- t~m aco?~lhado rnrt_O!' med1camentos e a c·e quo lhe cusl11 acreditar .. Mo.s nn reo.- minha filha Ma.ria de F1itima., fez lii •. tem suie1tatlo a d1vorsos tratamentos lidaclc, sente-~e compli-tamc-nte cu_rada. 20 mezes.. Agrncl<>ço rcconhecido a Vir. · . dios9: e llllponente J!eregr1na~:.w p!l- som contudo alcnuçar gro.n<les molhorns.' Ra<linnto em transportes da mais frnn- gern Sant1ss1ma No:-.sa. Sc-nhora. do Rosa1 roquial do. freguez1a de M1lag-res, Ha ciuco anos, porém quo vom s,•ntlo ca alcgria, nù.o sabe corno ugrade<'<'I' ii rio clo Fatima, o quo c·om a. sua divina rliocese dc Leiria, .10 santuario <laB 1 mcdicad:i. e t.ruLada pelo Dr. Abel PnC"he- sua Mii.e do Cl'U urna grn.ça que nùo me- gra~·n :icuda. aqul'll'!I que cheios de runor apariç.òes. Organizada pelo respecti- co, o.~ hnbil e_ distinto medico-<'irurgiao, r('(·ia ... te dc fo como eu a eia. reoorrem. vo pnror·o, rev .do J osé Ferroira de ~ue tuo ~onh<l<,Hlo é nu. c1dnde do Por~, Xo entretanto, do fondo da sun nlma . 't t (JU<', nnn oh,tante n doento em qnestno mo tributando, como ~abo e corno pode, OUTRAS GRACAS . . _ d L arer d a, em ret r1 1)llJçao a vu;1 a ,i VirgPm Nos.~a. SPnhora <le FatiJI1a o seu . . que a, freguesia de Xossa Senhora r.:--:--==:-=--.,-;---::-:--:-:-:-:==-:==----lon,·or e a suo. grntidilo. Tornio em nosso pocle~ Jn ha. bastanto dos l'razen•s de }?(ij ima tinha feito E, realmente-, a Virgem Santi!'oima é I wmpo, 0 r?la.to de ~mtas ~ntenas de R b d 3 clìi.tno. clos mniorcs tou\'Ol'l'S, por um be- graças obt1das _por rntervonçao rlo N. em 8 ·d e , etem ro l' 17 2 6. fregueneficio tao grnndo concedido a. ossa bumil- Son~orn. de _Fatima, vamos pr°:ura.r resia de Milagres, afim de oicrc>cer a dc fithn de Gonclomar. s11m1r ~ ma10~ numero. pa~n nao_ demo-sua. -val iosa e1m1ola para a eoustruDoS<k, entiio ossa ventnrosa crea.tura rar m~ito mnis . a. pubhc3<'aO pedidn: çiio <lo :.uuluosò templo <lo ~enhor sente-so completnm<'nte 011tra. Mana Adelaide Nouoe 3 de Tabon.d!> J esus dos !lli]agres, ut>la se inrorpoPouros momPntos depois da. cura, eia (~farro de Cana.vt>1:es)_; D. Ro,~a Te,~ei-;,ent-0 fome. Come de tut!o, e agora nada r"!- e D. :l11~a Tei:re1ra do., S~nfo.•, da. raram ceroa de setecentos do:, scus !ho fnz mal. A via~em 110 ro1.tres_so é fei- cidnclo de ~·I~ ~~al; D. Maria lzab~i pa.roquianos, animados de ver<ladeitiL sem dificuldnde alguma, mamf<'stnndo J Saldanha d Ol111eua e Souza. (~nnntono ro espiri(o de fé e pi~dade. Na igresc-m ,re n grandP nlegria que lhe iuunda de Pn~edo) numa gran~e nf_hcçtlO e ou1 tras d1ferente1> graças, 1nclmndo a cura a a 1 mn.u d G B · . d J·a da freguesia numerosas pe;;soa!; Puhlira.mos n sPp;uir o ate.\tado medi- 8 . urna PE:QUPua; • • M>nunar1sta e se aproximaram tlo lribunal da peco nntorior ti. curo. com quo a miraculndn Dc-in, dPpo1s _de rt>eor~er a N. S~nhora, uitencia no:1 ùias onze e doze, saiose o.prei.ontou no din 13 de Outubro no Pos- obteve os me1os matcr1~s n_('Cossnr10s p~ do no dia doze tarde aquP)eA n. to 1\f1>dico, rnbenclo-lho o n.o 153. Publi- ra s? co~serv_nr no Som1n11r10: .n. Gract~ quem as :IUUii posses on devoçao exi......,._;ii I can•rnos o at<'~tndo po'lwriil' :i rurn logo jfar,a 1 mlieio, dn. C_?Sn de Pmdela. (V'lque possamos obtc-lo. lo. • o~a de Famahc,ao) .. · d giam qlil~ f'òssem a pé e parhn o os Rufina Ro.,a de Almt1da. de Montebeduzeuto::1 iu~critos 110 dia treze de ATESTADO lo cl<>so.pa.r<'Cendo-lhe um tumor em uma manha cnu oito ca1111011cttes, <lois ,llid de Sou~a I'acheco medìco-cirur- noito; autom6vei:i e um nnniiio. , oiao pela E,,cola Jfediro-Cìrurgica do n. Jfaria Rodriaue., Lirio, de Ovar; Porto. D. Ro.,a Maria d'Oliveira Leite, de Ovar, Na idn guar<laram o silencio. reL tendo o me<li<'o d8C'lnrndo que ti nhn urna .4 t esto sob palavra de honra que '.flu,. zaram o ter\o, mcditaro.m a Jlnixao rinda F,rreira de Som:a, de s. Go.une lesiio no rornçito i ]). T,wlo.,ina de J e&UA e cantnram cuntif'OS piedosos depois _ _ _ _ _....:..;;.;:.;.;::.;.........;;.________ , dt Gondomar, so/re de rtfrofln.ilo 'llttr~- T,ope.,, do Seixnl ; lt/a,·iu. de Je.<;1.i., da da pas..•mgem clo HE>guengo. Cada na e de ovarite esquercla tlude ha mm- 8 ilva Rento, dn. frel1'nesin de Dois Porh ù f . . Laurlnda, mlraculada em 13 de Outubro to tem.-.o com notavel agrauamento nes- to~, vendo amn fnmilia. cm ~r11nrle af1i... . t veicu1o 1n O. um e e e, a CUJ!lf. 1nsrepentinamente 6 BençAo ,, riio e em nma de,;cra"n eminE>nte D. do SantlHlmo to ono. ' · b tru~èies todos os peregrmos se 1m Por .~er uerdnde e mr sr-r pedido pas- j liiaria T!'tli,,bt>rta Ferreù-a dr .Cfouza, do de hom !?rado. '<er e:,,.tl'emamonte pob1·e lhe fez u n.plica- so o presente que a.~signo. nrn,:m; n. E1111P11ia de Mon/nlim , com&lnetl·am • •, Celebrada'l a mis::1a da 11ereo-rina- çio de to<los o,.,; tratamentos modernos . çando uma doonie a melhor lop:o que e&1927 01 ., <l"'<l .\pe~ar, porom, do tratnmeuto rigoroso Porto 8 dt:- dubi·o de moçou urna nov1>na: D. ('r/e#e Rntiata çiio e a missa <los doentes e a a a a. que foi sujeitndn de'<lo ha muito tem.lliel de Souza Pocheco !Jfo1unro, n c11rn rndi<-nl de nm 11hS('('.SSO; benr.-lio com o SantiRsimo, o rev.do po por esse aba.liMdo chul('o, as melhoras (Segue O reconhecimento) n. Terrm ria r'onceicllo .Ynuier Ramos paroco p1·ega um e)oqùente sermiio, q1~0 sentin_ c,ra.m poucaa; polo contrario1 NPtp, do FigneÌl'n. da For.; a. c11rn de sendo as suas palavras repetidas pe- fo1-se sentmdo coda vez poor, o mal fo1 Jolio Vicente Artur Leandro, de La.vre, seu marino: D. Emilia Sanfru, de Pa.. ca.da vez mni~; ai; clores tor- <>screve.: redi''! (Tionro), em dores horrivl'iR doa 1~ . mega f 6 n i oa, ~ ue· funcionavam aumentando nnram-se 1nsuportaveis, a pont-0 de o me«Peço n fineza de publicar no sou jor- rins e ontro doenr.a. p:rnv('; D. Ermtlin,, d1st1ntamente. dico lhe indicar ha algun~ me.-;es omo. me- I nnl, eota grande gra~a que obtive da t da. Nobrt G11erre10 da Silw1 ( Avenida Terminado o sermao, organizou-1 lfndrosa. opern~iio uterina., como remedio Virgem No!\So. Senhora. ,c\o Roso.rio de MarQni>s de '.f'omar, 50-4:0 -:-LisMn.), nm.a t · para reconduzir a 1ma- para a enferm1dn.de quo rL C'6tava tortu- .lt'atima. irrnr.a con<'ed1do. a s1in f1lh111hn; A nto~w , l d . se O cor 0 .1.0 rando. Em 10 de Setembro de 1925 minha j Roberto dll Carvalho, de Vinna do C"n&gem da Virgem. a cape a a~ aparlDis.~e mai., o meocionndo medico quo mulhor, Maria José Forreira Leandro telo, n cura de nm i;obrinho: T>. E. 1k çoes, tendo cab1ùo a peregrmos da ossa opernçiio de"ia ~..r f<>ita qunnto an- 11.d0t'Ceu de rcpente com ntnquea de edam- .Je.,us nnrr0.,, cle BPlem, <'m urna granfreguesia de Milagre~ a honra de tes, pois, <le _contrario, <!<;ntr? om brr.~e psia o quando cst~s ncabavnm ficava. co- de nnicçao. __, _...,_ .._ ,.. levar O alldor aos ombros. ola ~ qucrer1a fazer e JI\ nno lhe sor1a mo morta. . p0Rs1vel. C'hnmndo o modico, o qual depo1s de . . Por inu, tendo s1do ent-regue_ ao '&rta,a., diz n Laurimla, l'll.~olvidn, <'rn- atenciosnmente a observar, a sangrou encarregado de receber os donahvos bora contra a. vontdo de -'Cli!! pa.ie, a fa- e roceitou uns me<licnmentos. Qun'!lclo espara a construçao cla Bo.silica a zor a opernçiio aconsellrnda. pelo medico, t,e ostava para retirar, pergunte1-lho a t· il mil quinhentos escu- nos principios do mez do Outubro: sua op_iniiio e me _disso: Rua mulher esquan la e e . Alguom, porém, a aconM'lhou a 1r a. J.<'a- t.a mu1to mal, veiam se conseguem quo dos, produto das esmolas :ecolh1das tima, para ver SEI Nossa Sonhora Ee lem- eta tome o romedio qne receitei, o que na freguelSia. para aquele f1ru, todos bravo. deln, cnro.nclo-a so fosse digna dc&- deve scr dificil por ter oa dentoo sorra,. Alt-0 la, meu an,1go... Conforme se endos. Fiz~ tudo q~anto estnva 11.0 m11u al- tender essa honra<lez. 08 peregriuos cheion de alegria se sa g_raça.. _ Dtsse ent.no n.o Dr. Ab~I.Pa.chooo quo, cnnco,_nao desn.mme,_e tenha fé em Dous. di i •iraro Datalha para vfaitar O Na lei de Dous a honradez extend&-ae r g , . ('mbora com grande ,saC'r1f1c10, estava ro- Exper1mentamos mu1tas vezc-s n. ver se a todos os nctos do homem, tanto inter~ monumento das nossas glonas e solvido. a ir a Fatima ontes de 1,e sujei- torna.va. urna <'olher do romedio e foi nos corno externoij, assim re\igiosos coorar sobre o tumulo dos solJados tnr a operaçiio. impOMivel. Eu e-stava como doido, pois rno nnturn.is e civis tanto publicos corno desconhecidos, onde O rev.do paroO m~ico rllll~oudeu-lhe quo fizei,;se co- hnst3:vo. ~a.ber que ~m n. mesma. doe11- de carnctér particulnr. E' a honradea anti"'o cupelao em Franç, pro- mo qu1zesse, pois ee.tava pr~nto. a paRSar- çn JA.. trnhnm_ morrido duns. pr1ma11 . e completa, quo abra.nge a compreende o co,. n . _ 1' • • !ho um atestado, em quo 111d1cana. a doon- urna trn de mmha. mulher. Fo1 no me10 homom todo, no oonjunto das sunfl rela.feriu uma sentida nlocuçao rehg10- çn de quo Pia era portàdora. de-<iin grande afliçiio quo nos veio visi- çòes e dos seus daveres, f'. portnnto esta sa e patriotica e pediu que de joeEfretivamente passou es,;e atest.-ido que tnr a nossa prima D. Mnria Filipa. de é 11. nnica. e verdndeira. honradez. 1h08 todos reznssem um Padre Nos- foi dopois entrogue em Fatima nos medi- MenllZtlf',, e se lembrou qne ha.vie. aqui A outra veste manga mai.; larga, dos gue morreram COI! quo I~ estavam1 e no qual declarnva. q11ei_n tinha n.p:ua de N?ssa ~enhora de contontn,.so com muito pouca ooisa, ino 80 pelas almas . que a pnc1ente yofrw. de crt·et1·oflexao 'tlte- Fntunn, a quom se fo1 ped1r algumn, é, <'Om o pouquissimo que bar:,ta pu ra o.lo pe1a P atrrn · rina , ot·u.rite. aconsolhnndo-me ela qne prometesse, ee levnrem um cidadiio :i. forca., a penitenEntretant.o la no alto da serra Munidn de980 atestado e a.tormenta.da minha mulher se salvasse. ir a Fatima ciarie. ou ao dogredo. Ha no mundo muitos exemplos destaa no loca.I das ~pariçoe:, em torno do; pc_ln11 mnjs a~udas ~~r<;J, a Lanrin~a Fer- OO_!ll toda a _mi_nha. f!'milia agrad~er a , . ' . re1ra de Sousa d1r1g10-se a Fatima no V1rgem S11.nttss1ma tao grnnde m1\agre. dua.s especies de honrndez. O homem hon~ aug~tos sa~tuarios, os demais pe- dia 12 do mez pa.ssado. Assim quo se lhe deu a primeira oolher~ rado eegundo II lei de Deua, conhece o regrinos recttavam devotamente as A l'ingom foi horrorosa p111·11 eia, nao zinhn da agua. engnliu-n, a segundn tam- que etc-ve ao seu Crondor. presta-lhe culto

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Seja eu homem honrado é quanto basta

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Voz da Fatima

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e acatameoto, obedeco a sua )ei, cré t_u-1 E [,a ia, volta,11lo d,·pois contente o ~rist?. O ceu nos outros diaa tiio a.zul ti.o as gota, do Sangue Divino deante d• tredo 9uant.o :!)em, rovelou, 6 doc1l e submJ&- e-omo umn andorillha. Amiga de fa- cr1stah no, _ensombrara-so _coruo. se urna. no do Altissimo. so a. sua fe: numo. pala.vra, é uro bom . . d UUH'm de c1nza o fumo se t1vtlb!l8 rnterposMimeln ficou profondamente reoollùda eristiio. zer vn~tta~les_, uma sol1c1f11 e, um I to entre. nòa O O ~01. _ . . até 0 fim dn ~fii;,;u. . qomo sa?e qne nada se escond~ nos olhos modo tiio uis111uante e meigo, que a O_ horiso~.te, que nté ah _de1xava. p~rder R()(·ebeu o Sl•nhor t• u-. lagrimM reltea v1g1la.n~!ss11nos de q~om _o ha.-de Julgar, v&andava rad1c1,11fe; a. v1stn lii no longo mima l_rnhn sumida a. taram dE> novo. Era. o M')o duma promes la con~uma.meote 011.0 so sobre o oou corpo la. todos O.i dia!i :i igreja buscar tentar schparar o mar do firmamento, cer-, sa. Era nat.urnl. A01- 14 nnos g06ta-ra 4e mns nrndn sobro o sou cora.çi'io e pensamenr:wn..-so 0Je a pou<'os··motros por uma nu- apa.rocor do i.o tornnr nota.da de ee tuieatos, refrenndo-os qua.odo se querem exce- a~ucenus. ., • • ' v,'i_n. baça a mnnchnr ns ondns dos mais es- apre<>inr.' Tno nova, nnquela. idnde... · der e rcconduzintlo-o:-; ao bom cnminho, se qu,1~1tos ton~. . , ?tfas Ele pedin. No dia dos anos, em 1"&1 . Iu~_hn r~zao n M1mela. l 11ZOr a.nos num cambio de tanto. grnçn: pOT acu..-;o so extro.vrnm. . . . . Procede sogundo ns nor~ns _da Justiça. Veio um din de ri,qoroso 1e1u111, dm t~o trust?!. .. Qu~ pena!... . 1 - «Re011ncias no mundo o a todJ11; aa 1 dando n cada. uru o que de Just1ça lhe de- ma,ç 11 1neaa unnam cm·ne. - Eu querrn um d1n claro um dm de i;ol suns pompo.s o "aidl\d011»? ve o o que n lei da coridndc ordena, a.bs- ,llnmii eu prefcria magro. lindo como o brilho dos nooaos olhos para li: t>ntro ltlgrimns mns dreididll a-dea tendo-so do mal por tomor da. lei humana., <'orrer, saltar de pc>11<'<lo em penedo a brin- te, ,·oluntario.mento em resposta.. • mns governnudo-so mais quo tudo pela de -Na-0 pocle ser, menina. cnr cmo ns onda.s o com as miohas irmà.s... - uR ouuuciou. Deus, om cujo infloxivel tribuna! sa.be que O papa 1100 pod,•, eu tambem -nao um dia que fosse o 0t1pelho do. minha almo.. - Promotes no mnn<lo dar ~empre eii:emtnrde ou Cl'do ha do comparecer. e tu·· tao fraca... Assiro ... tiio trist-0 ... fico triste também... plo Ùt> mode,~tin no V<"'>dr e cm todo o teu Goza do preF.<>nto qunndo licito, e al-Eu, marna.? 6! papa, dè-?ne esse E roalmeuto os olhos do Mimela cstM•am porw? gumns vPzes nt6 do lidto e permiti.do se morti~·os no dia dos 1,011s anos. ~ao .-:ic,rificares nnn<'a n tua -rirtudo a 1 n.bstem voluntnr1nmt1ntt>. O quo a 1ei de gosto papa.~inlw · E abraçott-<> com Aquelo todo, ,·h-o o ngitado quo nob ou- moda?" Deu·! lhe proihe, proibido e.sta, quer o 11ma tal trr1111ra que prO'Vocou la- t~·os dio~ n curac1...-ri•nvn desapnre,.-eru qun RC'<!olher-te comigo q11nntlo o m••do te cast1g11~ on nii? o juiz_d_a. Comnrcn, sniba.- grima., ao pohrn poi. Como havia ele .,1 por completo. . _ 1 ~olil'itar?u o ou 11110 o ,111ha a n~nhança.. de contrariar aquela tiio boa Cecilia Era um ~·ego quo fazrn aproon!->llo eque «Prometo, Sonhor!» Exomplo cltl honradoz 1-egundo o mundo _ b _ , . h ' so t-orna\·o. nolado no cont.raste du r ija. nor- I 7 é osso pni de familia que fultando a. edu- tao ,çu mis.~a, tao ttlrln osa. tadn quo soprava a euc·n--par a..s ondai; em ··· ··· ··· ··· ...... caçao a h\ u filbo e ,1n11,l0-lhe ou conisenE, por ca11.1n tl'rla, /romeçou na-1 fraujns mais o 111aii. caprichosru. do I ,_,. .• . • . d . d Il ' I · · 1·linda~ l i . <' ora aqno1o o agnu1(>(•1mento ns gran es I . . . " 1h d t m o- 10 c,m casa todo. a casta I o maus <J'lll'la ca,1a a L/Mtr-se < fi pei:re nos que a mn1s mc t\ ronc a de h1lros. 1 .. 0 S<! h • •n or • ee;!Cemplos, pouro ~o importa que ele ihc dias de jej • Do mnnbii foi ti ~fisF.a cofobrada por sua I <_onSo nçoeh ~ g\a\as quo 1 1 11111 saia nm patifo. . 1?,tc111çiio ua ca.polita no cimo da aldeia. , a !'~r a < ' nnob: · • • • • , 1 E Fulnno como onraqnPCeu tào deprcs(.ome~a\:I\ Il rll mea1 nçucenaR. , l ,wroenta. po.,,'leO!l!l tnlvez umns nmi<>-a.l i O _ E c,a ora lJIIUudo a d1a01ou no J~o para t· '· . ."'' s I lho t>81'"11Dtnr 1>orquo 1•.stava tnste ao . . .• . sa ? N 1uguc•m v1u por cm 1luv1da a aua 11110.s outnts do~conhectdll.8 O.!;Sl&trn.m ao 0 lh "' • 01 0 bonrnd~z, mo.s t1nbo-oo clo boa fonte que niio • • * Santo Sacrificio com mna piooo.do e reco. ! ari eln o. f IInto n~tou-lh o noa ~ • 10 por<lo ocMiiio do fo.z<'r um neg6cio redo/I.ihimen to notii.vel. um Jrt , _um gor . 1 !J.'SUsnc1o e ounu-

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do. Salx•-so que no. administraçiio de um .\'u/1/lL noit1• tl11 i11ver110 diz ela: Nt,m um dc1<·oto m11is atroYido nem uma lhu_111ronu,wrnr num imxto rlu t-0rnura e carin 10: ' cargo ou omprElg_o quA 1evo, arrecadou. pa- , - ?dama, a., creadas r<•zam? ma~ga QUt• nu.o c11eg_l\AA\l uo puh,o: nada 1 _ ,,'f.:,~. · ., m ,.,i·n1, 11 t NI I10 um b(•nrodO Il, dtf rn o seu metLIl w1ro, c•om bem poucn I1mpeE ·11 se1 7u.·, ... t>m 1m QUEI o1110s fnHi 1cos 1100 pudEloSe.m , , ' ..,. .. , . t t·t \(' zer-11tt. za re 1 maos, q1111s1 uro E . _ · r. n· 1· 1 o que cons 1 ue hojo o hCU fahnloso Ni.pitnl - :;lllao eu iiou. i•er, quer marna.9 Isso notnru, Mimehi o.o l•ntr·1r e ne !,ii tze u_. . Ontro exomplo €o et-.1:10 bo~rnJo cavalhei-1 La /01. Pu-:-.,ci no me,o da rreaàa- 11 ela que nu vespera um pndre' que ali o,,- t- Olh,, 11•11to0 quoro nbuncn mau, nom 'dde__, · · J • 7 d' uma t a\ a t,lo Iin f-, d b . oo ~..; no JHH ou noo raço!> nom -resti oa ro q~a t -uuo i-e pa"one1a ,u po oi,; pMSe10s grm qw• ormou r.111, lJO ta ,u:1 o so ro a. modn. <' 11. 11.tltu- Oiuito , ·t • pubhc•os o faz figurn nos melbores snlòes, mez~ da cosinltn. de da~ ~enl~oro<i !·ri~tà,, om_ relnçao a eia - Es~tb~:~ fi)lia fnzes tx-m m • m~ sobc--i;o quo mml certa. fazenda., a d • Pori--,,o nuo hunu. um:i umca i;enhoro. ou uc oe \ ns d"w ' O ~' por 1 ' ·. quin~a, o .Moinho, ns cn.,ns foram bons da -Llgora, ante.~ de se irem e,tar,, manina,\ dt,ntro da capelita que nao ti,·~ funt.l'\ ~ tao oonr ai;i1o a~m . 10.:11:U' t~i choru..Slo. \·. J IgreJn., l"Ollbados um dia P comprndos no i;a,nos todoa, 1'l'Zar O terço a Nossa : 8-0 ;;ido examinn.da da c·oht-c;a llOS péa. dia 6'.'guinto qu1bi do ,zrn.çu em hnsta pu- Senltora. Disse isto <'OTn tanta graça , 11imelo. ia moùt•<.ta o e-fognnte no !-ou -d·:· a0 ~c>1. •. • a,... , promo t-o a esu• rca I h 1· . lh . . ·t·d b 1·t I l I uo in s meu!I an011. b 1 pe_o uosso 01!r~t issiru? ça.va e1ro. que toclas di.1srram logo qve si1n Hls 1 0 runco co~i I a~ 1 ~· azu IX' e~te E do pt, da miie i>m cu· 0 lh 0 ~ f rti Antonio o honrad1s.,11no, nmguem podtl . . ' . o um p;rn.ndo chapt•u du palha. a. escondor- hnilo.ram lu · JO_ ,u v~ por p{'<'ha a lisuru dos seua cootrnctos. mesmo porqur. oostavam muito da- lhe a cab~·a qun.,i por <·ompleto. < ,11 gr06Sns lngr1mll8, la se fo1 "f · z · [} ] E' t · h u b"1tnnl mi <'llpE>la tra-• tnlegrea· e., contente corno se ncula de exre11g1o~n~ nuoca om sua. que . ~t• t·1Te~sn 'd,. as prl'.t1ras I R e llUJ0, co1110 1e ,. iamavam. d· · ,ra 'to ~ou· ruJo I ·t . ' rnor 1n11rio pn•,;nd o na sua a1.. - d n a_~ con 1oce~. . . . _ ezou muis 111nas oraçòes tsse JO mu1 o ~1mp c.~, mu1 o _110 o mu1t'? mo- mitn. st0 ~no rezo. nao nit a Mii:Hi, oew ' 1': uma~ coisii<u sobre Nosso Se11hor de quan~lo umo. poutrnh~ de vmtlade O tempo dl'f'a.nuvion durnnt.e 0 d 1 , OE'mola, D()m ponsa l'lll Dens, nem lhe òa ., l . l . d d ' ou de n~,po1to humuno lho nno npertavo. o 1]Cl 0 , 10 d • e tulclu.do a outro. vida E' dc ge,oio pacifi- aeu as Joa.~ nmtes f epois e agra e- 1mhia domusindnrn1•nte o ciuto 11tt• 0 es.P is ~ N-Cnrrflp;ttr _ ern chuva oomo · · ' • · l] f · t d d em lag1·1mns do.o;currcp;nrn n tristoza d~ co, o.té O povo diz: «so nu.o fosse nquilo cer por te 1,,,-e in e1to a von a e con l'r numa dobrt1 dc> pano que :ùgurcs M·m . . d o t1u m sol' brtd 0· f l · J 1 ·3 l f IL • 1 oIa. poz..se um d"m 1m o nn? fn1.-l.'r cn.~o. do c~l81\6 de lgreJa... e... 01·0111-.se r rifar. m } <'' a _:u·. . . . . lhanto corno 08 seus olbos clepois do. e<>no ,ma1_s é tno s111~1to m111to bournd_o.u D'aH por cleantc foi ,çempre assim. l'lìnquol~ d1n M1m<:la 1:,oubt,1.i r~1st1r _{J. munhiio. • Se msto R6 çonRasto a honradez, d1go eu: l('ntn,,,..osrnha clt>. rn1d1uln ou 1,ogu1r m11.1s .A d d f · ,tào honrndo é Antonio e-omo o meu ciio o11,1nuuvu a Sl'IllP0r Rç1w~nns. docilm,Jnt.e os cooi;c>]hOli da miio ,; on. ns CH n1uam-sc em °"'puma c1an' \ • . · uhn. clarmha u. qtwrcr lutur em nl\'nra oom quo a n,nguoin mordo ncm tem mii vont&• • • " o c:mtrnr_ olhou ,·m 1os:i. para. as quo J:i O vestirlo dolo.. de.>r ,..,..tnl"l,m e hcou rubonsoda. . E t-ao puro ora o ar t..11.0 1.an d o o céu ti.o . , ... .,ao era t-to<'"'ro uquola at1tudo ùe algu- i•ncnn'ndor O m·tr m 1·t --' · rl h p · · b . u '-'• , que u -O!I uumtra oe • , I • 1 · · ( f/1 llit'~ < ,·pot,\ e use ao pai; . m'.'-6.• bP_u oras. o1s nao t1n am elas i~o preguntavnm quo havorin rio oxtTaordi•._ b . é z ndo cr1t1c::u . nnque1e chn . e os omtg\lltas • • -,..,,, o papa .,011 , . . Mporameut.e . b . u pl'queno i·a-.1 alocuç·10 • rio por tr=a . f',\,W 1·omo . 1 11 on. 'l.Sf>(•1 a <10 r,, a 11nora 1 ,,.,e da moda . . -, anora a em a,.ro 11a cos11111a. .. . modnron? ('omo ,·. nt.. · t.. f' ii;alanlA>rlll rc<;ponclmm npro~sa<lM: nNà• b l ,Y . " •• que 1• .:io IUm uo Ul'l· l ? .,,. d 1[ ' I 110 11 E le1,ou-o pelo braço• desta., J1oji>? Ern pnrn ~<·mprn? -< <'- .-,no: oa 0 -• o · ,,,.,. a ... 1 1

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.. Urna sementeira de açucenas -

.

. Cecilw na 1111whti Jo d,u cm que saw do cole9io esleve longo ten·po , ' . a bs;:rta drpOl,V ria Nn.qrada Com1tnhao. No fim d'aquda lo11. va distrncçiio, disse re.wlulamcntr, romo quem esta d "d'.1 . . ._ D

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Abraçou ,, bei1ou sofregamente a

filha, que lhc r.n.rUf/ava, a rir-se, as

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.

n1;r1 ma.i. , • . Como n boa, ,n,n]w fillta! ... Quem me dha ur 1·0,no tu I... E- punha-s,· a ollwr para ela mvito arn<lo om la ,ima-Y tambem mui· 11 ' e O . ec1 l~<t a r um71rtr. meu eus to •Jarrulas. • • , • 1· JUro-vos que ,o:-, hr1 de ganhnr al*

mas.

Na pratica dr Jnpedida O direAiuda niio ncabou. ctor espiritual trnhn dito tfa al1mas E.,vera mu1to mais. Vai todos os · d,a.t b11scal-as ti • a,r7rada Comunhao, que se 10111 pmbor<1: -Agora, 111111/uu me11111as, ide e as açurenas ti<- quc tr.m ja um Ufo espnlhai cm rolt.a. 0 bem gue puder- lmdo C'anteiro. Ela, 110rem, 11iin se contenta com des , la nran<.l.o, · por 011 d:e bpu d erd es, d , •t •·r q , f a sementi• 1I 1 l'llla q1u· rece <'Sft?R nes- um ca,. u 0 , u, r a:er um gran e ta casa. · jardim. E coni certeza o consegttira, .Vào sejai.~ floN's at'fificiais sécas, tanto ma.1s IJl<P onda metido 110 ca·a d . fl · so o n11•1110 Jnrd11tC'1rn.

rem lii a ncm o lo,d, ~1ia3 o res vt: vas, 11atura1s, rena e1ras._ - 8 emea: açucenaf\ em voHn. de vos, semea1 rosas, qur ,·l,nmcm a alençào pela

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OS ANOS DA Ml MELA

l'<l!ll'(rrmc_1~.

pen.wu:

e1-ue

9emear

-Que wmpo u"'to tl'ilìiU', mamii. para.

dos mens nnos I

0

dio

-Triat<• porque p -Entiio niio I e corno oncohriu p Um temnevoeirento l' humido?Chega11do 11 casa ped-iu licença a po •~., "'"" me fnz ,•indnr triete tambem. miie par.a ir ,i /I/issa todos os dias. -Tu triste Mimeln? Nào te quoro tristo. -.A' ll,ua7 luo, ba.1ta a-0s dcTu tao nova? Nìio. mi1190,ç, mr11i11a· A tua. ida.do niio é pn.rl) trir.-tezaa. Canta., -Bem .,ei. Mas eu gostava tanto ri, al=rn-te mo;; h8lllpro om Nosso Senhor eim? ~.,.. . •

de ir todos os rlias! ... .d ma ma, 11iio m.' o nega, pois nao1

-.·· '

- , ·m, mamo, ga1.la. T"o11 NJ/11 a pertn.

-Oh mnmii ~u nùo i;ei dizer-l)le que nao, mli.li cu-,t.a-me tanto, nii.o sei que é maa aao p06S0 1>'1111, muito obri. primo quc m.orava ··· ··· ··· ·· ··· ... ··· ··· ··· ··· ··· 0 l'.'l.bndo omanheceu emfim ca.n-ancudo

~lo.

_

.

Logo, na praia, c-011t1_n~o\·om c-o!no da~- I +tes uum11 torpo •·xpos1çao. Depo1s, mais ! tarde u. mt'Rma p..tnlnncia, n ml'l<ma imode,,tin ,lo até aqui. lùwoltou-a. nt1uolu. <loblez dc C'aracter. Impressionnra-a a alocuç.li.o da '\"e&pern l . ] . .1 <'om n.lgumos dn!< 11uns muis YibrnnteP . rnit pPque1;utn._ ce ~p11, au~os, nepa.c;.~agens. po1-1 cla HUa pr1mNrn l'Omunhao. fezCu•tn,·n ~ n e,,~.u s"1·1·o · t Il. VOl Ull t Ul'I0. · ·' -~ ll1" .,... 01· <> . •ncr·t·chr ., I I " • >i/> NI.t eq\118 6c... vcncor-f!-0 mos o pnclre t1nha rnzao... C ] d" . d · b · oao fora ,•ioll'nto mt\ll ,·erdadeiro, ~incero: n_c a tu, t>Ul _ve;r, e tr n~ca.r, era r,or~.? conft•s.'-11-lo. clepms cht aula, rnsta.lt1~·a.-se JUnto - 11, en_tno? ·· . 1la:s outru~ creauças, enstua.va-lhes • - Entao. · orn iJ1·c.-ci1:,0 rcfonnur <'lll " 1 • Putlre N 0111-011 f' n Avé Mari1u e slgmoa coi!in quo niio in bE>m, quo a po- . . ~ b ·. '· • din. de.-,\'iar do bom 1."nminho e da l\mizn.- J,tz1n-lhe~ :•Jtff (~ nnagf'tn do Sadc do 81\ohor. g-rado Coruçuo <lll ,J e-.us. A mt!,[<,n t•ra. por imençiio dela-!lnbin..-o Pelo cutni uho, quando t>t' dirige 1wm O µnr~c.rn,. •· lh ~ 1ior lhe Ped.in para a e 0 -reJll . on J>uru n e.~col" - e ~· quo 0. .:On alp;umn co1sn m111s a unir-se no Santo Sal " l .., ... crificio ti Vitìma Divina. p_us~an~ o a~ contn!i < o -,Pu, terço, a . ~>orqui:- era. ini;ufici4'nte o Santo S~:i- fnu, <lii Pln, de )C'mbr~r n~ pessoas fic10 para ngra<leccr ù Deus OS benef1c1os que E'Dl'OUtrn O t'OllYellleDCH\ de repn.~~adOli, ,, r!<1ir-lho outrOl!I novos para ,mr..-m tamheru. 1mp<>trnr ~rd1to pnrn o po'lh:ido o forc:a l~ t l l' - 1l t · .. pnrn o futuro? ma are e, na içuo 8 ca .e>c1a Do forma _:1lp;umn I... mo, p_erg-u_nta-lhe a meqtra. Ma.e; pnrocm-lhe qnfl o Senhor lho fa.lava - V1dOl'l8 coruo morreu N088• i1_1timnme~,te O lho . p<>dia O !lncrificio in- Senbor ,T esu~ Crislo? timo do ,uguma <'0llll\ sun. A fl Algnmo. amiso.do a surgir, o esboçnr-se? r·reançn re C'te urn pouco e, Niio. Algum nfecto m<>n08 prudente? Niio. em Heguido. Mn tmn c·omovido, reeAo momento doa \'ivoe, quando mniR re- ponde: oolhido o &<'l«'rdoto ororn. oopooio.lmonto po1· . Morreu <la peste. eln ,.... lhu d n ,..,o-Pra l <Ie tolIn u a u1a. b. aoO Rcnhor, · o Mimola f I r('('olbeo d 1 .....e tam1.1arg11 l'm oun- no nnr o o 11. ma.. Ero. pungente porn. (llt, nquèlo sacrificioMus Victoria niio ria. Com um Br sito... muito con,vencido e fixando as sua.a Ah se O S<>nhor ooubosse Sabio per- romponheirai;, den esta explicaça&: feitamc>nte. ,Tno DOR (1·!88<' · a ll0:'1!!8. mestra As lng rimas rebentaro.m-lhe dos olhos ·-_..,

Morto pela peste

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silencio~amente o, cnindo corno um orva,.. lho de pérolo.a 11obre <> nzul dns fito.s, iom confundir-se envergonhada.a na alvura ima-0ulnda do vestido niio fosso algném ve la doscubri-lns. n.,;sim aquelns l6grimns iam jontar-re

E

hll dias que o Jl!'<·ado f a peste eia alrua? Portan-to, tie foi pnr IIOAAO:, pecado:- qi1e No!l!W Rt'nhor rnorreu, m•r-

rm1 ,la peste!


Voz da F.atima • c·o !'le\ ar-s!' <lo~ lnbio~ dc todas as crenn- uho. Rosa Paca Vfoira, ,Jacinto Pedro do ci nhas cducndo.s cristiimente logo ao nlvo- Souza (20,. 00), .Maria do Curmo )fortin•, 1rcct•r da ra?.ao corno na Fatima se clcvn- P.e He11r1quc Fernnncles dn Silva, Maria l~ 111 ,1 ia, ,le , iaw•m, ,J uiio Antonio pas- 1 ,,a imperioso dos lnbios o clos olhos do pc, C'orrt'tn, l',c A1,tostinho Pinto \'clo~o. Te(}twno Joiio A11t611in. · l"i'Za Alcnlclc Riheiro Teixcirn, Franci~co S,l\'a p,•1!1 F,Himn. Hn tanta gente quo julgn quo as cre:m«EU QUERO RECEDER O MENINO :\lnnt<>~. )forin José Vi\·oso, Fro.nci•co Pc,rgra jii inni<.' mnh o~ pnis iam aindn em citas nuo s:io cnpazos de l't-'Ceber conn~- jPjum pnra c-om1111gnrem. JESUSfn rl'iro Vi\'Oso. niontomento a X osso ~enhor 1... Porqu,• 11ingucm ainda tinha comiclo ,J'on111c 111ìo ,umpne11drm o que t·ào Joiio .\nfonio in em jejum e no seu intimo fazr.,·.'11. t·mn iutcuçào do comuugr também. VOZ DA FATIMA «Porq111· s o inro1mzts dc reflexao!». ('tomei:on n mf~sa a quo todos assistiuPorque f,,z, m tu.do distraidamentc !n rnm. «I'urq111• mio podrm oinda sentir amor, ,Joiio ,\ntonio a priuc1p10 um pouco inDespezas 11111 m111,r sol,r1wat11rul!1>. q111t'tn ncnhou por !i.Oc<•gar por ficar recoTl'nnsporle . . . . 5.2i7$55 E por tnntns outras razoes quo o des- lhido. ., Trnusporle .. . . .. .. . . .. 86.314$81 D. :\tarin Luisa Vnrgas Pinto ... 12$50 cuido do uns o o oscrupulo de outros for:\fa~ n<111elP rl'colhi1ueuto pru-ecia de- Pnpel, composiçào e imprcsslio I ,Tono Cnrlos Rodrigues (America do Norjam c fnz<'m pn~snr por bòns. mnsindo para· n eua edade e temperamenI te) ............. .. do n. 0 62 (38.500 exempln,. 100$00 E cr<•nncinha« ,b vezes com um desejo to. , 2.304$00 D. A11n Rilrn .. . 100~00 rcs) ..................... . ardonUs-.imo d<' unir a sua alma e o seu E' <ptP lhe inm faltnndo ns forças: osrHt'nriq tl('S F.lins ". 40$00 Solos, embalagem, expediçào, cornçiio ao do J ellus vao esperando, e11pe- ta.va frn1•0. . transport~, gravurns, cintas, rnndo talvez nté que, cançndas, sem aliRenlmc-nte dni n pouco de:;mniava. ,5.530$05 et~ ... . ................ . 724$17 mento so <l<frxnm c-.nir no:. laços · do dom6Levam_no pnra t6rn do recinto bnnhnm. . . . a,, nio. -111!' a cnlK'çn com :igua fria. pouco e 89.343$01 Perd<>m assim longe do Jesus ou pelo pouco volta a si. .. abro os olhi~ e quan-1 Subscripçao monob longo da fiUa intimidade a prima- do o p:d lho oforoco um copo de agua pavera do virla qne deda desnbrochar em rn hobt>r Joiio Ant6nio dir; num toro de floros de virtudo e piedade. imi>eriosa mE-iauice: (Janeiro e Fevereiro de 192i) Torun.-80 r>ublico ,1ue por escrit>tura de 8 , · "" de Malo corrente. outoriirada. pcrante o notaPor seu Ind o, d e <Ientro d o S aerano, 0 Prii.siiiho tu queria receber o Menino rio J,;ugenio de Carvalho e Silva, de Lfsboa, Dh·ino Prisionciro cujas dellclas sllo .Jtsus. Envinram dez escudos: Brites Alves An- foi eon,tituida. umo. sooiNlade comercio.l por estar com os flJhos dos homens - niio Outro dia ji/1,o. Iloje nào. dorinhn, Maria José de Jesus Pereira, quotas • de responRu.bilidade limitada sob a assim entro olos mas dentro doles Hoje, hoje. Augusta Rodrigues, Natalia Santos, Olim- denominactlo do •llOTF.T, DA FATIMA, LiltI· 1109 oom no intimo do cornçiio, Josus tem de Tornas a desmaiar. Tu. néio aaueiitas. pia Quintcln Lopo, Maria da. Piedade SauterruO!I t•on•taotes dos artigos ee· espcrar mnito, muito até entrar s1tcraAauento sini paisinho. tos, P.c Ant6nio José Rodrigues, P.e 1.'-1''ioa. constitui<la. nedto. data para durar por mentalmente nn.quelaa alminhas om bo- I ,Joao Ant6nio li' foi· de novo pat·a. J·un- Frnnciaco Poreiro. (40C?00): Ismonia Lei- tempb indetcrrnitùl.do sob a denomlnacilo •IIO· TF.L DA FATIMA, T,TMITADA•, unta socieda.• . "' . . . tiio. to do nltnr seguindo a missa. te Bnrbo1:,a, Ehza Bnrbosa V1eira, Mnrta de comercio.1 por qnotas de reaponsa.b!llda.de O Papa convid11 a;; creanças a comuApr6ximn--so n comunhiio. da Assmpçào Lncas, Mnrin Pedroso, Ma... limita.da, rom sédc cm Fatima. Concclho de nhiio. MOR n ,·oz do Papa niio é ouvida Joiio Ant611io recebo o Menino Jesns e nucl clos Passos Froitas P.e Augusto Jo- j Vi)a. Nova tl'Onre!D, ~oci_edade q~e 88 destina -, ' t d · , d . ' . P'ed a cx1>loro.çilo dli. tnd'ustr1a. hotele1ra, a.lcm de ou poIo menos no.o e ncn a a. por mm- fica mai!. ou monos rocolhido nté no fim so a Tnndado, (30$00), l\Iana da. 1 a.- quat11ner outro cornereio ou industrio. qne lhe tos pais. dn missa. de do Fip;ueiredo Pa.chcco Teles, Aurelia convenha explorar. 0s Bispos c-om grande solioitude de pais ,\ miic onfiinou-lhe urna pequeninn ncçiio Pn.es Peroirn Codlia. ('orreia da Costa, 2.•.o capitai @,oclal o de 60.000SOO, esta inte· -0res onsinam , anima.m, entusias- <l <' p;rnçns- quo o J oli.o Ant6nio aindn p .e Augus·to e'•ar d oso . d e Il. arros p .e I smne1 cial, gralm<>nte reah~ado em dlnbeiro no corre 80· e Pnst 8 fico. Mn~titnido por trez qnotas sendo ma.m. . _ nào sahe )!'r - o depoi,; disse-lhe quo fos_ Augusto Guedes, Maria Isabel Fer-12 de 24.000$00 de que pertenre nma a ca.da Ma.- ha. iunda quem nao faça caso. jse re.sanno ao S.S.mo Sacramento que ele nondM, M:arin do Espirito Santo Correia, um rlos ,ociOI' Jo~o <I!' Saldanho. Oliveira. e Quanto o Rom ,Je,,,'Us niio tem do espe_ tinhn rientro do peito enquanto ela resa- Manuel Marquoo Morgado Branca d' A- Boa~a e )1aoucl 'l eixe1ra Pinto e nma de ' F . 12.000!;;00 r>Prtrn<'rnt<' ao socio Ilermann Barrar. \"Il tamlwm. breu de Mngnlhacs, Leonardo • ranc1sco, ro..o Kluft da \'riira. Como se c:onsome !... O sncerrlote retirou-se do altar e quan- Mario Loonor d'Oliveira Freitas (30$00>, § 1.•. :-i'ilo -erAo exigiveis nre~tne6es snpleComo anceia por nqnelo dia da 1.a ('o- do v!"iu ju o pequeno Joiio Antonio ali P.o Ant6nio Mnrin dos Santos Campos, mi-nta_r<'s dc rapit!l-1 mas qualal!er dos ~oc~os munhiio em quo pelo primeira T"ez ira I J1i'i.o (4,-;t:n·n. Eugenia Gom!'-; Peroira, Maria. Emilia r>odt>r11 fllzer ~uprimento•. 0nd1 a •O<!ledade ao Jll· 91 unir Il Si aqucln inocénoia, aquela cnn- 1, N'1>m ndmirn. Tinoco Loho, Lnurindn Mnrques (20$00), ~~11!~~~n!~o~_mais " ~/ies qne entre dura I... r- ,n dia 1im pequenito talvez da idade Leonidio Ribeiro rla Costa Snntos, Rosn $ 2.• -A• rt>.•<><"' qner parr-iak quer totn.i1, Quo tremendo. responsabilidade a des-1 do Joao Antonio foi comungar com a mae Doto Mnchndo (50$00) ,Toiio Snm Ro- de· <111ota- entre socio1,1 ficnm livrcmentc per· • ,, · · 1) · ..,, ' d p· h B en- mitidns: 11orl'm. a. ces•lio a erlranl1os fica. te, pn11, ! u 1gr.-7a, m~o, omtnp;o~ _marqnos o 1n o, !lPJWndi·nw do exprt's~o e prévlo t.'onsentimen· • Reco/llida rom Nosso Senhor a mòe nlio trrn da Conceiçno Tavnros (15$1.)()), D. to da .oriNladc cm prlmciro logar e dos de· P<'n,,ou 110 /il/10. L<>opoldina chi 0oncoiçìio Nunes Lobn.to, mais ijO<'ios <'m fC'Kt11Hlo _loaar: • De repenf:.t• vem. lhe <i, iembran('a volta- ,Jonnii Loha.Lo da Fouseca Antonio Emf3.'·A 1terl'nci1t (I o.dm!mstr,~<'u.0 da. s~icdado ' d C S') ] ' ' • fica Q. <'IITiO de torlo~ 08 SOCIOS, Com d1s])t>nSll li.a~, ii:rnças n. l)l!u~ nPm · todoij nssim se e. 11il o fil ho a pa.~sr.iar J?ela igrl!ja dio n ruz o 1 va, A, ola1de da Conc01- de <'aueilo O com a. rt1inuncra('il.<> que rstabe· adm1rando una q1tadro,, que al1 estavam. çiio l\fondc,~, Acl!'lnide de So-nza Chnm- J('('erl'm 11or drlibN·ac,10 socia!, l?Crentes <1ue. 11 0 "H.a poi·~. 11 h hon~ci·oe cla sua ,,1-6_~-ao Foi bu.mi-/o _para i1mto de si: . bers, Ant6n_ ia Moroira J?reire Veloso da n'l'""O 1U11.lidarle, rer>r<'~ntnrn.o a socie<lade , q •. , , o Jl~ ~ , , e 'f l I d d • t1m todos e>- scus a<'t<>s e rontractos e nas aindu o,, sous' lilhos mnl começa.m a o fun rii eia 4e e&c1'ttpulos foi falar ost~, o a!rn_ e e 'fllr es o Albuquer_q1;1e, sua• r<'lncllf', rom tcrcr.lro•, sendo, neceJ<•&· Iar t, in eles lho,; viio ministrando os rn- r-?m o ~11r. Prior 'flltO fo.,a_e r.as~ que o seu Ad!!ltno S1moos G1l, P,e Mnu_nel V1e!rn ria n ns•i11:notnrn dc rlois ger1mtes para. obri· /11/,0 11111da nuo ttve.,.,e d,.,cermmento pa-1 dos Snntos <60$00_.), P.e Jo_aqu1m _Pe_re1ro gar et Forif'rlade. dl'mentoa;, cln doiitr"ina C'ri·.et-a. ' d R t A p J I E 4.'·Anuo.lmcnt!' •<'rtl. dado um balanço, quc Poul'o a pouco ,·iio do~envolvendo es..«es ra co,,,unaar. . . o_-, ' nn -0s ra~uo, .e u 10 An_t(!DIO ,s- reportnn<fo-•c n 31 de nezf'mhro. devcrllo esgerm<lns C quando Il sua ~ciencin, j:i nào () .,aCl'rdotr_ .•ocegou-a e depo1s i11terrO• t<:\"C-'l, re Adrrnno ~e Souza_ V101rn, ~I- tnr r,,·rilitos I' ne~ignatlos dentro rlo~ trinta bnBta envinm-no~ a igrt•jn• pnroquial a rç- I aor1 ,, . p1•q111111fo: _ ,,.~~a d AbrC\11 ~fnlheiro l\f:innho Falcno dia> ,nl••<'qn,•ntt.,.: °" luc-1·os. que pelo• halan· C'E'her a instruçiio rlaquel!" n qu<>m O So-1)11:.r-mr rd: enfao tu fos!e-te p6r a <;v$100~. ~rmPh_n~n C'oe)ho da Rocha, Jo1~'-'~~,~ '!;ar1:ti!4!n~or,eJ: 1~1 nbor pùz por )finislro do tal ministério-- ol/iar,pnra o., qundros depois da comu- se c'I Ohvr.ira I>miz, Ll!lza _Toscano J:>os- re,1erv11 ln2al t•·rlio <ll,trihui1lo,, pelo~ •ocio~ nlH1o ·, . . , soa, 1if:lrtn lznb~J. F1,i:neiredo, :M:artins, na pror,orr'io do.~ rl'•nl'rtivo~ ouota~ ,ocinls, 0 ptiroco 011 outro sacerdote. Qunnto niio O ne<,-e~,iirio trabalhar pnra I -l!,111 ~,m ~c111to~. I'orqu~, é pecado? Laura Avl'lnr o S!h-:i Loh_o (20 00), Leo- mnno,-,•An ,•m qn<' !lt•rllo eofrltlns M 1><>rdas, 1 tTo7-er os pnis c>nt61ic~ nté a rr.:ilisnçùo j . -7\ <1~. Jfns l'nfoo tu nCIO sa bes O qu.t nor tlA Cnst ; 0 . ( om,tancio _(2_0$00) • P:e hs~::!~' ~i~th<'rn<'i'il'~ ~Mini~ rnn~t111·!io d'erta~ destQ idl'al ! ... fmbru !'1o faur. l\Ianu~I Anlnmo dn C'once1çno; l\fnr1!1 on <l'outi-ns ,•nrnml'ntod one EPinm .,,~riotos e ~{n, nìio cl,..,animomo,. -F111 rr.rrbrr a .]es11s. Jonc1u1nn Tavar!'s dc Procn~a _de .Alme1- n•~hrnii,Jo, 1ir-ln• eOC'io•. po,trnilo a• n•uni6rs -R. q11cm i .]r.s,1$? da Garreth, Gllrlrurlt•'i Oltve1rn. Snntos tt>r lo~nr _,,;,. '"'"' fM a forma. r,or 011c te,.,, \' "' é D , p· t F · nlmm siilo fl'llJ• n« <'onvnrarìlc•. o l'O<l('nrlo - ,~ . o.uo ,,n1bor, eus, "·" tn o, 'ranct'<'O F!'rnnncfo~ Pombo, ,JnOl'·o 1111 ,,,nt,, ou imnNFilo do l'Omnarec!'r • -Porquc 11,e nito agradecrste e,itòo o cinto Pedro de Somm, V!'ninl\ Alvoo Pei- ~/ r,;,,niilo c·mi:•r o seu voln ou <IPlil,rraç!l.o r,;z,, vir-tr. ui.iitar 1,abitar no teu ro-ra. 1 xoto, .Jndnto Gnp;o <In ('lamnra (20$00), I ,·m shnn1,,, do..,urnf'ntn rst·rlpto " ns!rl1U1ado • " çfl()? . 11.., 0. D r,·to , 01·tmp rn" I f't']O ~'"' 1111nl1c>. . 'Toaq11im , . • . Mnr'n •• '" •socuo 6.'·A cli.s,n1 ..,,ìo ,la •OCiNlndc clnr-Pr·ha J'(\l' Pertom,in. a N1t:1 classe o JJ:ii rio pequeI'('rdflo Snr. Priori Ètt agradrc,-Llle d Olno1ra Valnclnres Proto, Guadalupe nuolnnn ,lo~11 moti\"OF " f11n1lnrnrntos le~nls. niw, mic>roRC'6pico ,Toiio . Antonio - umn romo? C'nlado, Amélin Grnnjn, P.e E\·aristo Cnr- 111n, n"nrn. ..,.~:i, vnnl11tl!' ':"orto ou interdì· creança prl'<·oromClnte. nvn ci.ue toda a Qua11dn aral1ci dc rerel,er a No.,so reiro Oo.uvc>ia (60$00), 1farin Julia Bote- rriln <1'11111 sne10: r e liot11.')arlio socia! ~rrtl. gente dn t~rrn. conhoc:m o cst1mn.va pro- Senh~r rrrol1ii-mr. 111? pourochito a pen- lho (12$50), Rc~jnmim 1\nt6nio Ferreirn ~[j~1;; 1;,0~~o 11~~ /;~~~l ;;.r,:~do '': fnndan~ontc. . _ j Rar n Elc e depo1s dis.tf'-l/te rom o a m{Ie- (20$00), A nt6mo Martlns do<1 Snnto<;, rrnlisnn1J., to•lo• o• vnJo,-r.s tl~ • no•ario, na.· InteliJ;tente. pnlrnclor, brrncnlhao a _sna ::inlia ml' rn.,ino11 a dizer quando alaucm I,11 i7.n )fnrin Rihl'iro d'Almcida (20$00), ann•lo torto o 11ns _8ivo. e ,11.-1<11~.ilo o saldo tf'fl morc>nn dav11--lhe nos olhos nm br1lho me dn mgumo roi.,n uM.to Obrlgado meu F!'rnando l\fartins l'ercir·i (13$00) Mario r<'•tnntf' nr.ln, ft'l'"M 1111 prc>n~r';,~ <las <1no· • ) J , • ~t· d d , . . ' _' " • IR• IHJ(' l'lllf'io 110-•11,im na •nr•ennuP. 811111:1! ar_ qui' o sorna1 n ;s1mpa 1co es I! Jesusu Tiarros, ,Jose ('orro10, Jouo l\fnranhoto, 7 ,.,::111 to"ln O nmi•~n :i. e~·e,lado rct?er-•e--llo. o pr1me1ro <>ncontro_. _ , . .\ _mùt1 L' o ~ncerdote ficnram entào con. li'rancisco Pedro Cnrvnlho,a Junior, Fili- -prr~tf"a •«m,11:>n<1:n s,~.,, ~.,n~1•o,1'."T> ~m,.,t J.fos sohre tuclo 1s.~o Joao Aotomo era \'!'D<!1dos do (l\11' cli' clern grnc:-as sPgund.) P" CP~m- GO<'s clo nocai:tc, :Mario d:is }!er- m<'ntr r<·lo~ ,In 11,, di' onzr dr ,\ brtl dP mii bom romo t0<foc; ns crennça6 que téem nl- a ~un rnpncitlade. c& IIonriqnes Sehnstiiio JTenriqucs Ma- ""rvfr,onto-1/ 1"m_, 1 1 19h , ' lt. , I d" . , 1 . ' ' , , ,on, ~ 'r .nl\ n r" •~gucm I\ C'U. 1va- ns, :i 1r1g1_ n1t a servir• rin. rln C'onc!'içiio Fnrin e Almeida. Améo ?ol'O'T'A nTo ., 1lin Santos Fon~f'Cu, l\forin dc Lourdes Euoniio .i,, ran-nl/ro e s,ira -lhe:; de gma. Tiio bom quE' aos 6 nno~_ o pni jnl~nva C'limnco Reis, ,Jnlia Afon~o Serti!, Sofin chegado o tempo dc o de1xo.r npr6x1mar Era tnrnhém assim o Joao A11t6nio. RC!lgaliio, C'nndida ca~tro, Clotilde ca~ Poi' •·~rritnra Ile 30 <le JnlllO ,le 1926. ontor· da l_fosl\ Sn=nd. Ap<>nM o pai se ia a levn.ntar corrou tro, A. n. (1,r:,12001, A. J. p 1·nto, J. ll'll<ln. p<>ranu- 0 notarlo almho 119~ignado. O J,ophs ,.,. n. "d d ~·Y rof nnirmrntado o r:-p,tal cleHa sociedade e • •· Joao Ant6mo prepnrou-se cm n osa- parn junto dl.'lo o com um olhnr extrnor Luiz, II. rin ('oncl!içiio, Luciano L. Pi- !luh~titui,lo o, nrtlll'M 1.' P 2.' do sen pacto mente. dinnrinmente hrilhanto donde se via de<1- rC1q ( 12$00), A. B. Snlnzar, P.e Joiio L~ .,oclnl, mnntr.11<ln, rontuclo. Pm vigor 08 1:§ Comungo11. prflnder nmn alop;ria, urna. satisfaçii.o sin pes Gome>s, Al1>xnndro ('oelho da Costa, clo art.• 2.'. nrliitoe qur fiçarnm a•stm redi· · d o que f azin · !(ll1nr d'1z-Il10. eon...,nov sat'1sf e1·to, conscio P .o Albflrto Pinto de Souzn. Emilia Pi- giclns 1.'·A ·soc!cda.ilc rom<'rcinl por ouota• de re!!J)nn· Joiio Ant6nio sem perder da mom6ria a Entdo aoue11tei ou nào · aguenteit znrro do Port.ocnrroiro, Mnrin Nntivida- ~nhiliriadc> Ji"'ftarla rienominn<la •HOTF,L DA lembran!'a daquole din tao grande o tifo E n miio com os olhos humidos de alo- de AlvPR Ai;.sis 'foixcirn. (2\J$00) ,Maria 'FATT?tfA. Lt:\rTTADA ,. rom,titnlda. nor escri· feliz pecliu para continuar a comungar e .., aria. po1-a boa o.c,.iio do filhito om pa.,.n l11r11 <lePxfatl111!0 8 ti<' \fato n'<'5 la~ilenomlnaollo notas. con~ .., An"'elinn ,.. " dn '' Almoicln., C'nrolina ?.folheiro tinun sol)do n1926. mPsma estampou-lhe nn. fnce um grande par d<> Mondonço., ]\{aria Emilia Minhavn, Ana com <lurac,l.o 1,or trmno in<leterminailo. com conS(lguiu-o. Todos 011 rli11$ niio qne lh'o prohibin. a hl'ijos. Moria C'nrvnlhn} P!'ixoto, Felicidnde Amo- -c!,IC' no lo"'nr <lennmlnn,lo u('ova rla Tria•, no. idade o as ocupnçòes do oolégio- mns de • rim p e Jonquim Dunrte Ale.,.andr<> frcirot>•la clo Fatima. <'qn<'<>lho <le Vlla Nova · d I ' ·. . . ' <Il' OnrMn, •<'ndo por ol1.1ecto a rxnloraeiio do quando em quan d o por ocas1iio e a gumn. ., Ana 1,[nrm l)fas de Sa Permro, Ant6mo Hotl'I 11 11 ~ituo,Jo drnomlna,Tn •lTotet da Nosfesta ·de famflin. ou da. Igroja, Joiio AnFernundcc;, (115$00), Maria e Joaqnina •n Scnhorn !lo Rosnr!o da Fatimn•.- atem de t6nio in r!"CObendo o i;ou ,Jesus, sempro Agffl"n nllbt.O m& do Santo Nato.I quan Diniz Henriquo,;, Amélia Brazao Mncha- 011nlcmrr ontro c-omer1'10 ou induetna que lh~ ' · o M o. d o, F, e1·1c111t,t . ., d e ,., · d e J e~mi, T.u<Vnor <'On'C'<'nha , '(nlornr. - d o d o d o ,i:eJa d o nm b'10nte d o p resep10 com o ml'Smo f orvor, a mesma d evoçao marl(l. 2.• 0 ranltal MCil\l P rlP 84.000$00. intenalmenGrando Dia. nino ,J0R11s a.nhela o cnlor dum afecto ar- Rosa de V1wrho, ,Tosé Ant6n10 Cnrrega, te r<'oli•n<lo, rrnrf'tentado por dlnhciro e pe. Ah corno JMus ali deRCia contente! c'lente na. alma pura no coraçao inocente Marfa do. Nativi<lnde Mamede P,.e .Joào lo~ rll'mif~ valnrrs ron•tn.ntes da eecritara.E Ele ia O.CClndendo nru1ueln almita um das crea.nciuha!! vamos n6s consola.-1'0 da C-0llta Oampos Rufina do Jesns 1.{nr- rijo ,or'al. i:- flra con5 Utnldo nnr 4 quotas. --. ' · · ' · ' ' I .•l'mlo 3 dt' 24.000~00 de que r><'rlcnoe nma & amor mai!! vivo - ia-Ihe infundindo uro dispondo, preparando as alma.a e 08 corn,. qnos, ,Toaq1m da S1lvn Cnrvnlho, Ap;os- cado um doa ~nc!O!I Jo~o dr Salda.nha. Oll•elconb!'cimento mais profundo-ia,_a enri- ç.1oo dns nossas creo.ncinh&s para rocPb&- tinho Tomnz Corr!'i:i, 1,,farin. dos Snntos I rn. <' Ronsa. Manne! 'T'eh'eira. Plnto e llo· • uecoodo e embelezando cndn vez mais- rem o Senhor. Brnno 1,,{nrin. Jonna C-0rroia Bagulho. rot'!o Cowtn e urna de 12.000"00 T>Crtl!nccnte no sode> llt'rmrmn Jlarro,o Klt1rt do. Vc11;a. , ' · lh F d quo a rada nova comunbiio bem feita a E nii.o fo.çnmos co.lar no. a lma, no corn- (20$00), D. l\fo_r1n_ 'Bag1! o ernnn O-'! T,i@boa. 12 d,:, Airo,;to <le 1926 nOl!lla ahna fiC'a mais fortf', mais perfeitn, çiio o nos lnbi.os da.s cronncinhM est.e pedi- (20$00), Joiio R1b01ro1 Lu1za Tosca.no PP!!O NOTARIO mai« rica, mais linda. do instante este grito de amor que par&- son, 'Joaquim Urbano, Maria CarvnlbiF.11(l~nio tle Carralllo e Silrn

Eu quero receber o Menino Jesus

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Abrigo para os doentes Peregrlnos da F~tim

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HOTEL DA f ATI MA, LIMITA DA

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APROVACÀO BCLB81A.STICAJ

D1recw, .>r 1pr1e tar,a e fd1hr : - Dr. .\l,1nuel Marques doR Santos Corri,,osto e i'm?,,,sso "" U 1i l ~ 3,. tf1 1.. ~ua d1 h•t• r.tuta. 150-152 - Llsbo a.

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CRONICA ', da FATIMA

Administrador: -

Padre Manuel Pereira da Silva

Redacçiio e Administrd.çiio: Seminarlo de Lel r,a.

rev.do Pereira Gens, paroco de Ourcm, que fola, pèlo espnço de mei:i hora, sobre as gl 6rias do Sautis-lim't Virgem, a eficacia èla s11n proteeçiio maiernal e a necessidacle <la viri:\ cristii, vidn cle crença firme e esclare<,ida nas ver<lacles rel ig1osas e da observanria fiel e constante llos preceitos da l ei cle Deus e <los mand.1· mentos cln 8nnta I g rej a.

Depois de pito anos

«Por ocn.,;iiio da roinha eistnda em Fatima, no dia· 1:3 do mez pn~sndo, prometi n. V. Ex.eia cnviar-lhe um relut.o das circ11ru.tnncias bem si11gulare3 em quo se produziu a cura duma p;rnvissima doençn de que vin ho. sofrendo ;-tào singulares o extrnordionrins que s6 oumo. int.erven(13 DE DEZEMBRO) ('ilo sobrenuturnl oncontrnm explicaçilo sufìcicnte. • .\qui venho, pois, desobrigando-me da O dia treze de De;,;embro, em Fa- te,;, prolongava-se ao longe e ao larpromes.~o. feita, jnntar o mou publico tes• • tima, no l oca! das apariçòes, dos fe- go, tornando invisiveis os campos e Lomunho ao do tanto;; outros que, no ren6menos e <las curas maravilbosa11, os povoadoA, ainda os que ficavam t·ur1;0 om ultima insto.ocin pnro. N. S." que a voz popular -:i ngelamente de- mais perto. Ap6s o senni'io, o rev .do Mar1ues tic Fatima, oncontrnrnm para 05 68118 signa com o nome tao prosail'o ,le ~\1, nove horas, no cume do pla- clo~ Santos <'Xpòe tl nrnlticluo o plano mnlf.'!I o remoclio que as instancias do. Cova da Iria, é caraderizacto, quasi nalto sagrado, a névoa que o envol- geral das obras conclui<las, ja come- ~dl.\ncin humnnn niio pudernm ou niio he rnm dar-Uw. todos, se nfio to<los o:'l anos, por um via come\;a a d issipar-Re, até que, çadas ou aincla a iniciar, no recinto · D Pnço-o com grnndc, com muitisaimo tempo triste e um réu oublaclo e por pouco auteR do meio dia, desapare- das apançues. e ca<la 1a1lo do pòr- prnzer, o prezcr nntural de qucm compre uma deminuta concorrencia de devo- I reu por completo, sob os mios quen- tico central, j(i erecto, Reni levauta- um dever do l,!;rnlicliio, qunl é O do dizer do outro arco, que dara enfrnda pa- nito e sem rebuço que o beneficio da mitos. E niio a dm ira que assim seja, lPR do sol no zénite. porque esse dia é um dos mai!-\ peX o rPeinto claR apariçòe,;, a multi- ra uma noYa nvenida. A.Il tres ave- ehn cura n N. S.• o devo. Foi em 19~7 , hn dez o.nos portanto, quenos do uno, numa esta('ùo fria e <lùn engrn-,sa ile horu para bora, nidas sedi.o cortadas perpendicularmente, na altura da cnpelirma que eu «>meço, o. wfrer duma grave doencb uvosa, numa regiiio cle estradat- atinµ-inclo o Plevado numero de alçn do estomnp:o o intestino~. nas apariçoes e da fonte mirnrulo&a. Di~ponho folizrncnte do recursos E-uDois hospitaes-sanat6rios seriio eone- ficientos pnrn. nw tratnr conv<'niontemontruidos, um junto do Posto c1as vLri- te, C"onsultei cli,•crsru dos mnis di«tintos ficaçòes mé<licas e O outro do Iado o concc,itunclos mcdicos de Lishon e de oposto, fazeu<lo pendant c·om o pri- C'oimhrn, hem .corno nlp;uns no Obtrnnp;ei. ro, podcndo c-itnr entro outroq o.; i..enhome1ro. Por trns da actual capela '1as res Doutores fiele de Mornos M:orc,irinha missas, eleva-se ja urna li 111la igro- Jnnior, no1wp;11ette, Julio cl~ M.itos, Soja, ain,lu incompleta, destinada a l hrnl \id, cle T,i!-.hon e José Rodrip:uPs e celebraçiio clos actos do culto. Antonio Moro.o,, _Anrmento do C'o1mbra., A l 10 d 1 ·03 , H<'nfinucle em Pnr1s e Dr. GroPcler no. 011o a< , e a _.f_ n a extre~L c~e tancin nlemii do Tiad-NauhE"im. oposla, sera E'!11 1cac1a oulrn 1greJa A todos rlern fnwr a jn~tiçn de que Remelhante, com o ffif>!ltnO fim. li. porfio. emp reinrnm os molhores e:sforEntre as duas, no topo rla colina ça, pnra_ bcm nv~rigunr ns c-an"n~ do aagracla Ulll templo granrl;oso ,~ou, mcu sofrimento, nf,m rle fnzer<-m dn mi' ~ _., '· nhn doen"n 11m llia..,nostico cvncto o poset,enta e tres metros ae <'ompr1men· dt>rem nss1m ' . ... pr<'wrevor o ·'tratamento to, volvera para as alturas a su~ tor- mnjs convenicnto pn'r a n dehelnr. re e os seus corucheus, corno g1~ri.r:C'orto é, porem, que n dP~p<'it-0 de totesco padrlio comeruorativo clas aoa,- dos oo esforço11 de tiìo eminontes clinicos rÌçoes e dos fen6menos mMnvilnoR•JS 11, minho. doonçn Oll:ro.vnvn-so dio. I\ di~ que ficara a.testando pelo!'! séculos f6: com torlo um cortojo de sofrimentos a ra a bondade materna} da Rainha do dnrem-me u_mn vida tort~rndo., _e _sem , . d . quo os med1c·os quo me inm nss1st111do Ceu e a p1e ncle generosa e acr1solada a.~sentnssem ..equor num diagn 06tico exados portugueses, seus filkos, de quem C"to. U.MA SERVITA é a augusta Paclroeim. Ao pnS.90 quo uns filinvon1 a tloençn A capela clas apariçòes sera com- numa _origem_ de nntureza sifilitica, ou(lnal.antaneo na peregrlnaçao de 13 de malo d e 192?• refundicla e transforma- tros dingnost1~n,•am _umo. ulcera e nlguns p letamente chegnrnm a cl1ognost1cnr um cancro. . . l Como divors'l> foro.m 06 dingnosticos, intransitaveis e numa época de es- guns milhares, pr6ximo do meio-dia da uum 1ndo e grac10s0 mon •une11to, que lembre perenemente gera- tliferentes foraÌn os ternpenticns o. qne traordinari o labor agricola, em que solar. predominam a colheib\ da azeitona e A essa h ora, uro sacerdote sobe ao çoes vindouras o quadro divinai e mo sujeitaro.m, mas sempre sem o menor n doençn. seguia innlteravela azafama dos lagares. OES djas, que altar eentral da capel a nova e cel e- incomparavel da visao dos pastori- resultado; por cima da monto .0 son cur~o, ngrnTo.ndo-so e.i.da preoederam ime<liata.mente o dia Lre- bra a missa dos doent es. E stes, l}Ue nhoR. E. ' .finalmente . . ' vez mats; e conseguentemente oe mons ze rle Dezembro, foram assinalados siio apenas a lguma.s dezenas, ocupam f?n~e pri~1hva, a 1mag~m da San- sofrimentos eram cnda voz maiore6, por chuvas continuas e torrenciais, as primeiras bancadas do respectivo bss1ma Virgem, Padroeira de Por- trnnstornnnrlo por completo a minba vique tornaram os caminhos mais im- pavilhiio, sendo as demais ocupadas tugal num excelso pedestal de g.J.6- eia e trnnsformnndo-a num mnrti-rio per. praticaveis do que estavam, inun- por peregrinos valic1os, especial men- ria, dominarti claquele lognr, que é o mnnen~ e sem t~~UI.\S. contJ"o geografico de Portugal 08 . Reahsnram-se d1versns ~onforenc1as meda.ndo-os e ronver4iendo-os, ua maior te por se nhoras. d p , 1. !d d1cru; mH tambe111 da d1scussào qui, ne0jr a queri a, las parte do seu percurso, em -.erdadeiDurante a missa rezn.-ae, na forma qua t ro angu os a por ventina 116 travou niio aahiu, ros lamaçaes. A manha do dia tre11e clo costume, o ter~o do rosario peloB lançando eem cessar sobre ela com nom a luz que projecta.sse um diagnostico a.presentou-se soturna e agreste, co- peregrinos, l){'los enfermos e por to- largo gesto maternnl urna bençiio e:-1:ncto, nem o trntnmento q1:1c, me dEW!e generosissima de amor. piedn.de e alivio. rno manllii <lum autentico dia de Io- da<1 as intençòeR recomencladas. DoooTrido assim um ano sobre a. miv-eno. Um nevoeiro hum.id@ e frio D e poÙ! da missa, reoliza-se a to- p&rdio. nhn doel'lça num n1trnvomento progrOSllienvolvìa as eucostas da serra de Ai- oante cerim611i6 da bençio dos ,loenvo, rom~a,rn,m a surgir os primeiros sinre e, descendo até a.os val es ad~en- tes. Sobe em segnida ao p,ilpito o Vùoo-nde de },/ontdo tiomns dé <Hll!iquflìbrio àa& minh'M. fteu1-

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Vor da Fàtima

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ningUl'm mais eonsentin a entrada no 'l'evo o meu parente o amigo de fazer O N0/1\E DE M A RIA met~ qunrto. . todns as dcspezns de conversa sem con:Nos 'J)r1me1ros tempos desta minba bCgui1· fazer vjbrnr, no de leve que fol,.\,e, E O DIABO cloonçn menta! fui ainda assistido por a menor fibra dos meus antigos sentimedit.-os o cuidado por oniermeiros, ten- ment.os afcctivos. O P.e lfill, missionario, descrevedo sido ontiio examinndo e tratndo por De tal formn. quo n-0 despedir-se, cova. I dois eminentes clinicos de doeuçns meu- mo mo disscsso quo voltaria de quando ra a.~ cetim611ias ou e.1:nrcùmos que Pordi todo o gosto de viver; de~prco- tnis ·o falecido scnhor Dr. Julio de Mll- 1 em qnni;ido paro. urna palestra, !\O entiio emprelJava para libertar uma pobre cupci-mc jul,{'irnmente dos meus negocios tos e o ~enhor Dr. Sobrnl Cid. acorde1 pnrn lhe respondcr friamente-- pnl)a pns.~essa. e ocupor.ùes, pnssci __ a af~star-mo dia _o ~rn dl'lerminada olt.nrn da doença, ué ,n\olhor niio ~olt_a:u· . ._ O d e1116nio, pelos labios da pobre dia do todo o conv1v10 soc,nl, do proprio ahi por HllO, oconsclhornm os meclico~ I• 01 e.,tn n s1gn1f1cat1vn renc('no da desrlitdsa tene de confe.~sar que 0 convivio da ftunilin, por411c 11m e outro o mou iutcrnumento numa Casa de Sau- mi11h11, scnsibiliclade destrambelhnda,-1 a u,,.-ca A•erdadei·- 0 ' · i1 . · · ·r b I d t d rl" a rru; <i era .. v _ se me torn:trnm 10suportnve1;; fugrn, de dc. mam estnç1to cm cara a en enc1a vèr ou do ber visto por quem qucr que .Mns pr1•\ ,mdo muito bem a folta quo, ahsorvente clo meu espirito para o iso- ra · fosse, l'omo fl'rn que s6 se sente bem, es- mc fazium o.s seus cuidados no estndo lamento nbsoluto. A 11 ma mulher, que. havia apostacondida no covil; deiwi de conversar, dPplornvl.'1 em que mo encontrava e reNns J)roximiclndcs do din. 13 de Ontu- tarlo dizia ele: « Tu és sempre crisde escrevcr! de lèr jornaes, desprcocn- c<'inndo conscqucntomcnte que esse in- bro ~o ano corrente, passados portan~o ta; a cr11z do baptismo nunca se ap<r po.odo-me de tudo e de todos, nada ha- t(>rnnmcnto f<>-"-QO paro. mim a morte a nprox1mndamcnte dez nnos sobre a m1- ga; se te 1100 con i-erte.,, tem cautela vendo que logra.~se dei.portar o rueu in: curto prn~, mtnha Espo,a re<·usou-.<e nha docn~·o, rci-oh1 eu mais uma vez mitercssc ou solicitar a atençao do men es- tcrminnnh•mcnte I\ permit1-lo, prefe- nhe Ehpo..a npclar para a Provide ncin, 1·0,n o 111/erno». pirito. rintlo c·ontinunr a. sua vida de abnega- por interce~sùo de N. S.• de Fatima. :1V'um se,.miio .wbre o ù1ferno, o Acahei a«-im por me isolar inteira- çào e sacrificio. Pez n sua promossa. a N. ~-·: sem que demr>lllO interrO'mpeu-me pela boca m'cnte dentro dum quarto, evitando toEm face do meu estado e da atit11de cu o perceb~ fez-me heher agua de da possessa, dizenrlo: e Twlo O que 0 da o comunicnçiio com o cxterior:; e do minhn 1'~spo.;n, 02 medicos, vendo F:itimn ; e, arrastada pela ardente espo- Parfre di::, é 'l:f'rda,de: ha um inferne!ll;e quarto, no reduzido espaço dal- inuteis to1]01, os sous esforçm para debe- rnnça d.e quo os sous rogos iam sor 1:a- uo». guna metro!'I qu:idr1tdos, se concontrou e lnr os meus grnvissimos sofrimentos, fo- tisfeitos, deixou ficar junto de miro o dt-correu a minha vida durante oito lon- ro.m-Fe nfnstnndo naturalmente de mim. numero dum jornal de Fatima em que Outro dia, em que eu a aspergia gos anos, uma Yida de resto puramPnte rle forma que pnr<'ntes e amigos, conho- um distinto medico de Nela3 relnta,•a as com nr;ua benta, viu-se saltnr como vegc~nt1va,_ cm cjue a mi~ha intelige_n~ia, l·edores da. minha ~itnnç1io, pa3Saram a ci_rcunstancias 0:.1."traordinarias ~m. que se debai.ro dos volpe.~ d'um chicote, a m1nhn \ontado o n manha sen&1b1hrla.- nguarclar clum momento pnrn o outro 11, 1 v1 u curndo e sah·o dum gravissimo de- brndar e chorar: «Sim, eu vi este de mornl estavaip, perfeitamente anuln- minha morte, corno desfecho natural e sa~tre. r.~tranlto espcctaculo, 'Vi O diabo dns. . lop;ico eia minhn. incurnvel molestia. Urn (•xtranho impu lso me obrigou a choror/ choro silencioso, choro de Umo. unici\ pe~on consenti a Jtmto de U mn, pesi:;oa s6, com fé 1Dquobrantavel, lèr 11quele jorna~ e pela primeira vez, ·, · · mim; Prn minhn csposn, q~e durante I c·o11t111uou a acorupanhar a minhn doen- 1depoìs de tnnios anO!l, tivo uma sensa-1 de.~espe1 o, dr ,·ondenaclo, i11descriçào clc alido o clo conforto. pf 11 1el ... » Rnqgnrnm-se a.- tren1s em que o meo A acçao do demonio manifesta-se N,pi1·ito cstnva morgullrndo, e sem pi('- fambrm IIM paisn cristàos. nn conscicncia ninda do que fazia, no Al11111nas ,,ezes, o mesmo de?no,lia 12 de Outubro eu proprio pedi a nio ru.9in corno um leao. ,. s.• de 1'':Hima quo mc curasse corno d l havia c·urado aquf'le medico. .Van ei- he fa.zer tres prostaçòes Dc-sta '"ez o dc-forimento dos meus ro- pro111111ciando o santo nome de !Ila~o., e dos ro~os de minha Espo,n t'oi ra- ria ... A principio recusou, mas, forpido; o f.C o dC'spncho foi rapido a cura çado, acabou por dizer muito bai~o foi fulminante. - Maria.. ' No dia 13 de manhii retomei a perfeiEst<' nome de .V,zria era 1,m suta consciancin de mim proprio. Ne:;i;c din almocei j,i por minha mao plicio para o possesso. Notamos que (', logo n. sep;uir ao nlmoço, manifestai o o., canticos .,agrailos o punham de N('sejo clc Yer mcu cunhndo, o senhor mau humor; P por n.w, o., n,ossos Candido ~otto Maior, quo ha oito ano.-1 1 meninos cristlio.~ llw davam, de coniio _via: . 1 alegre com toda.~ as mas forMrnhn. E11posa, um pouco a medo u10· ' da, Ul:omJmnhou-me no quarto delc, on- ças, . u-711 concerto ensurdecedor. O de o nhrncoi e>fusirnmcntc C'om muitas canl1ro de Lourdes: Ave, Ave, Avelngrimas u. mistura. ' Mario, / rarluzido JJc.1.ra os nossos chi~fossc ml'!,mo dia ,im jautar jit com nr.,e.~, rra-lhe i11.mportavel. mjnho f_n111ilia, comendo _de tudo, be()7, ! d1zia ele, como eu sofro! ... bendo 'lllho, t?mnndo ca~e e sem que O Batem-me batem-me! ... Nao posmeu enfraqurc1do organismo se 1·e~e11. z , , tiq~c desta rapith\ sortirla duma rigore- .w 011 nr e,~l~ pa arras: A ve.1 Ave.1 dndes mentnea: descquilibrio dia a dia mais pronuncindo e que, se bem. me reoordo, cla.;;,jficnram de melancolia. Em urna nova doen\·a, conscquencia natural certomL•nLe, dos sofrimeot.o:; nunca atenundos da ruinha doença primiti-

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sa dictn de longos anos. lfarota.~ fa::e1s-me morrer de colera. Do diu seguiute por deante passei .Vfio morreu, ma., ern bre1•e t1We fnzer a minhn villa int<>iramente nor- dt' partir. mal, rctomantlo o fio dos meus negO<'ios 1' e ocupnçùP.s interrom11ìdo ha b anos, !endo, N;Cren~udo, ronversando, pas;,.eanJoaqu lm Duarte d'Oliv eir a do, comondo S('lm dii>ta, clormindo repouesses )ongos oito nnos foi a minha com- çn e a tratnr-me; foi minha Esposa que, 1:;a~nmcnte e rQ~·t!pcrnndo d_ia ~ dia as panhe1ra. dodicada de todo,; os dias, de exgotndos os recuri.os da sciencia hu- mmha-., for\•os f1s1cns, com mte1ro espantodaa as borns _e de todos _os momento~. n111na, voltou as suna. ('6pere.nças para 1to de todoe os quo conhccia.m o meu esuGerLi I Onde ostas tu; minha pcate? Va. Numa perfo1ta compnrt11ha do meu a Misericordia Divina. taclo nnterior e quo ao ver-me nssim, cu- Ja bu!\Car o loite,, 1 1 martiri? fisico e ~orni, anirunt!a por Quanto a mim devo notar que até en- rado dum moment-0 para o outro, &l'm Urnn. pequonita de !ICÌS ou sete anoe urna fo e esperançn 1Ua.balaveis, intoirn- J tiio as roinhas crenças haviam sido sem- t.ran,;,i~·iio, sc-111 e,·oluçiio de qualquer es- levanta-se ltt d um c·anto onde estava senmente de~pr('()(·~pnda de s~ propru~,. re- j pre pouco ardcntos, muito semelhantes p8<'i1•, fil'n vnm aindn. perplexos, corno tada e ootra na cnRa visinha donde sai pO'llgtllando 11, sua v_1dn. pela mrnha, suJettan~ 00 fogo qua tem por cima uma espessa qu<nn t111lm 1lificuldado em acreditar o e-o dcpois, trnzendo uma bil ha de barro. d ~ ao mesmo 1sol!l-men~ e des'?reocupa- camada do cinza,.. vinm-se pouco. e mal. que via, mais desconfiadoe ainda que S. Nisto um p;nrotito surge la duma esquiçao de tocla a o:ust-0?c1a exterior, nlio E se até ali foram pouco ardentes, Tomé, qne no 1er ncrAditou logo. na o fa1.cndo caretas gcita a pequena : me abandonnndo um tll!ìtant-0, cançnndo ulio era na situaçùo em que me eocooNo dia 13 de Novembre pude jé. ir a ul<~h I - Olha a Gcrti, a selvagem. Feia, 1 d f t d I Fatima numn longa. \'Ìogem <le automa- mli, fein, feiau ! mas nunc_n es a ecen °, e a durant(> tra1•a, com o espiri lo ferido por um gra- ,-et. 6,'.m O menor caDEaço e na melhor A r><'<Jl!Cna chein de colera, eoraivada, 2 pelo cnb~lo ero desordem, aqueleft . o•t<? i_i-nos tuclo para. m1m: ~po- \'6 dc~iquilibrio menta I, que elas podinm disposiçiio de corpo e dP. t'l,pirito, para pns.<ion a ~ao sa dedica~ 1~ 1mn, companh1a . insep1ua· 1:lv ivar-s<'. agradecM, corno me cumprin, a N. s.a po11sou b1lhn com o ~e1te a u~ la1o ~ ve), mccl1c11. atent~, enfermerra cnriCo_ m çcrto. eo.pn_ nto _de parente!> e cle F.,tima, o im(•rC<'iclo beneficio com rua o so o pequeno nao fogo nao f1cana nhoso, crenda snhmn!sa. " am1go~ a mm h a v1 d a f o1-se prot ongando ue mc rlì!;tinguiu, dando-me dum dia .iem bom t roco. . F. tudo isto foi com pacicncia e r·om por dllls mezc- e nnos mas sem qual- q t t d Qunndo ,,oJtava para tornar a bilha, 06 meus um gnt~nho vom enc05tnr-se a eia procnreR1gnaçiio ìnoxcodh·eis e com um e..~pi- quer es'pecie de melh~ras. fisicamentn para on ro a fc~ro compIe a . de renimc1a · o d e sacri·n910 · pora os chenuei 11 magr"za extrema· :i p<'rfeita' torturantoo so r1montos. . 1o agnrrn.r-so- lbe aos vest·a rito . . 1am 1 oa. Com cer. s6 D e>ns ...,m paga e premio ,-u f'1- miserrn · . ,.. . ori;i:amoa; . · ' · dPsi-, . i,:: bem. po.sso cl1zar que fo1 8!ISe um do, 1<>za quer,a · brtncar. · mentalmente . . . qul\1s O cientee. Thri d · h f ld d . . d)as mnis felizcs d. a manha V1da. A pcquena ncariciou-o mas querendo Para. se comp1·<'6nder bem a gravidnde qui i I to das_ mind a! a~uh a ~ds pres1st10. Mais urna srez se constatou que Deus, segura-lo, deixo cair o leite. O O c,xnt.no voge a tm~1? uQue ira U"Orn 11, velhn fnzerP» do mou ostudo e os sacriticios a que elo comtop pec 1rnramen n, 1voa vi 11, um 88- iufinitamcnto grande, infinitamente ea"" · (mur. . ' dessoramento hio e infinitamente bom, é tambem in- murou !'la). obrignva minhA Espo~a, bastara dizcr num per fe1to E nliMlm . e numa competa finitamente podoroso para fazer num ' Um · . ·h a ' VI.d a r·1e1ca no d a 111111 I tohornem d6 d que pnssavn o que obsiervou quo aquoles oito nnos d e 1soln01ento 1 momento nquilo que em anos niio poude> tue o \"C> d · n creança e perguntou o seu · 1 d ecorrt"ra~1 conseguir meu q 111,rto, os pnssei quasi ininter- am,encm . e VIC1a mora, a limitada e falivol scieneia nome. ruptamcnte no leito. nqneles 01to lougos anos. com a e1.clu~1- humn oa. «Niio <S da sua conta (responden resolnE oomo a minha :,ituaçao era bem s&! vn u~sistcncia de minhn dedicada ~J.~poE. t:us:ido . •1·n dizer quo aquela c11n1a- tnmente) I melhante i dunta crennça quo ,·ive ape- 6:t. • da de cin1.as, que recobria lume pouco - Pois sim, menina, mns a tua mil.e O nas pelo iru.tinto, era minha Espo~a !\o tll'CUrso da mi·nha doença, um pa- v1vo · . h d vaì-t-e rnlhar, dire-me, pois, o teu nome <1ns mm as crenças, e»apareceu, . d1nheiro para outra bilha e onqu .,àm t.inha de ter todos, ainda O!> mais rento e ••A, migo 1· ntimo, que por suas nobi- voou C'Orno fumo; e o «fl ed o», quo or(l, e clou-to · n°t1·mnvn e entiio pnrn mim umo oraçào quasi ,·azia tro 1Otto. Poquonos Cul.dadow~ indispeusaveis a ma- t·1s.:-1.m OS qun(1'dacles mu1·to ""' ~ ~ NI s· · re:;1>ei·t11,·a, quiz visitar-me. nnc a·.é ign o seu ca:nu-nuten',,11- 0 dn.. minha <>xistencin.. de sentiJo, irrompo-me hojc irrcsisth-cl- h- " uo quoro li e Era eia quem, poi· nece.ssida<{e duma SaliC'ndo quanto eu o ei.-tima\·a, minha· mente do< ln.bio., nnm brn<l,'1 do ie \'iYa ') bn:~rei:, :~1 r~i ia;:~nha~, mm~~:r : rigoroi;a dieta, muitas vezes coeinhavà Espo'-11 obriu para ele urna exccpçiio, ardente. fender-m<>». os meus alimentos; era eia propria que I permit1ndo quo entrasse no quarto onde Li,boa. , \ ,. Fontoo l' oreira de Melo 16, - Que rren.nça tao ma ..., murmurou o m'oa metia na hoca; era eia quem mo . mc i.,olurn, nn csperança de que eu /O de Doz<>mbro de _ 1 homem, e foi...se. Gl'rti ex{rou resolutamen2 1927 cortava e• lirupava n.s unhas; ei-n eia nté 1 acolhcrin l'Om agrado. te em casa da pn.troa, urna velha farra-quew me (ortnvu, o cabelo, pou. quo a , Balda,la ,,~pornnça. .Toaquim /)uarte dc Olit-eira,, pcir1\ que ,·ivìa m1mn. n1Mita estreita, um

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Voz da Fatima

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cuminhosito impossivel, sombrio ja f6rn da - Mas olha que os policias prendem-te Saiu da caminha e aproximou-se da VOZ DA FATIMA cidnde, oncle s6 pnssava algum garoto que o le\·nm-te para n cadeìa. grande jancla ùu que afa.stou ns cortinas. joga.sst1 ns C'sconù1tlus. - Pois é melbor isso do que voltar pa- .A uo1t0 c;.tan\ e lnrn. Ll'vnntando O!, olhos Oespesas Ha"ia quntro nnos que a velha para ali ra casa. para o <.:éu coui.tclntlo, Gert.i murmurou.: t.inha vi mio fnzendo da ca~a um deposito - Oh! a,•osiuha, diz docemente a me«.Mou D,·ui,, vrn. quo al'entlei;, as estre· 89.343$01 de forrnpos. Tinha para la le\'ado a pir nina loura, levemo-la comnosco, sim P Fa- lns e me t·ontluzi»t-0 aqui, mo;,tra~me es'frnnsporte qucnn em creancinhp, que ali cre~ccu som ça·mo a vontade. Para casa dumn mu- ta Santa V1rgem tùo boa. Mostme-mc Pa1Jl'I, oompo~içao e imnr puro, ~em luz, sem educaçiio uenbuma llier tiio m1t, nilo. Diga, nv6sinha, diga ja a brilhanie l•:strela. th\ Maubà. pressiio do n.o 6:J (32.000 1.065$00 • o ~<'lii afoctos. quo sim. Pal>SUl'lllll•sC unos durante os quatlb Ger- cxc.1!1Plnrc-s) . Vendo-a entrar sem a bilha do lcite e - Est1i bc-m ... no menos hojo ira.. li niio de1xou nqudus que a tinbam reco- _i:ìl,los, ombulngcm, expcdt<00111 um guto no colo, a velha ficou furiosa - Sem1>r<', sornp1·c, avosinbn. lhido. A nvosi11ha mor1·pu e Muria partiu I ~·uo, tt-un1,port,·~, itravurns, f' ngnrrnndo pelo poscoço o gotinho choio Aproxiinnnclo-so ùo Gerii, e.spantadn, 11, para ns ( 'nrmeliias. crntas. c;,t<·. do medo ostntelou o animnlzinho no ~o- nolinhn tomon-llto o. mùo e diz. GC'rL1·mlns de.,(losou um opcrario cristiio 91 774165 brndo ondo ficou em convulsòes e depois - «Vcm porn nossa casa. A av6sinha e f?i nmn frliz. mà<• rio familrn. I Subscriçao morren. é muito boa o ohi trntn,.te muito bem., l n11i lordo np11rcC'ou um volho deante uM:1t gritou a peqtiona, ma, quo mal Olha: tcnho I~ urna. bon~n que fechu_ os d~ _suu. poriu quc a todos q110 encontrava (l\Jar~,o do 19:17) lhe fa rin o gnLinhou? olhos o... mnitas coisas hndas. Tu ficus chzm: «knho tome,, Gertrude;, lornu-o po,. - Tu calns-lo, minha losma? (gritou a sondo mi.nht\ irmù~inha porque a outra ra ca.,~ thrn-lhe dc corner e preparou-lhe . velha avon<;nndo r(iivoi-a para Gerti). morreu_, o o pap(i. e a rnamii. tnmbem. <·ama, 111~1~ de cncon~ro. a op~niiio de all~nvin~a1_u dc-~ _<:.~cudo-: Ermeliud~ Pa..\. peqnena vendo 08 nres decitlidos da Gortt, olha-n, pasmada. !!UlllllS v1~1nh,) _quo t1mmm nao fosse al· q~eto ih~, Rhsa .MPndouç~, ~ose Pevelhn, si~i pela porta fora e s6 parou, ofeccVooemocé~ nii.o gostam depois de gum lndrno rhs.,111111llulo retrn do Nobrcgn 02$00), Gmiuela l<'ergnnte, quando se julgou a salvo da.s pan- mim I diz eia trislcmcnte. Éu sou ~uito Ah! Est..• \<'lhinho é-me tiio simp:i.ti- raz (15 00), Vicl•ncia Toixoirn Mendoncnclas. feia o muito mii. Ningucm quer brincnr col I•:Stn iiio frnquinhol Como pode ele ça (12"00), ~IIredo F~rreirn da ~obrega., Veio a noite. Os cnndieiros da ilumi- eomigc) o ri.-m-se de rnim o dos mons ve.-.. fazcr mal. Gertrut!e.,, Silva. :'.\Inia '11$00). )!aria na<;iio rc-fletiam a sua clnridade nas nguas t.iclos. Xo e11t1111tn, cliziarn·lhe as vh,iuhas1 é l\forgaridn ::\Iarqno•, ~farin Julia Samdo Tejo. No céu as estrelas numerosas - Tu nùo és foin isso nao é verdade bom aC'nutl.'lnr ,, dar volta a chave nté vir paio Cnldas, Maria l•' lorinda Frnzào Pescintiln,am 00 eéu. diz vh-nmenLe o su~ intorlocutora... o seu marido. · dro~o, P.P Joi;é Gon<;nlve.ci Leitiio, Carlos Gerti nbismava-se nn eontemplaçào das S6 tem o cnbelo ern desnlinbo e a cura Anto<i, [)orém dc frchnr a portai, Gerhn- ~'o.~la C2~$lX1), Tei:tuliana dc Jesus. Adeluzo.s. mal lnvnda. Eu ,•011-te dar vestidos . .A do.s olhou para dnntro e Yiu qne o ,·elho l1na Q_ue1roz Calde1rn. Darnhona, . Almoriu. d0 d . . E' b I 18 · t , ·to 1111 / a.v6si11ha qt1er tu<lo quo ou quero <'hornvn. · <ln ::\l1rnnda l<'rngi.oo, :\furia .Margarida 1 'E'1 <' ~ , t~' ho IDll)d d Vl.'m anda cliz. a. senhorn. minhn Aproximnnclo-i-e, perg11ntou: .. voceme<'e GnimariiC'.~ (20$00). ::\faria Emilia Fer• izia e ~l>. a nuucn 1n a S('i o nque1a ruo1a 1n. . ' ' . ,.._ I · t ? .J E )' cl (' · L • · forno no lo d 08 sct té l\f11rtn~1nlto é bonsmhn.. Em companJ1ia .,.,m li(ntn< ei, tris l'ZilS. » nanuo, '1,no in a arne1ro cao, Cand111 cais 'po·-:: a nga ~~/nsJos t no dola tu nùo seras ma. -Sim, minlm st1nhom. Jt} o \'Ol'-vos veio eia Amami, Armindo. .\marni, Condoasa 11 n"~m i. quoso fl C1ava ,..Yesh I a umah rda- Ah! 011 niio sou sompre boa dir.>. Ma- numl'ntul·ns. (),. seu~ olhos, o. vor.>. e o rir / dns Dc>rnr.>.as, Dr. ,Jonquim Ahes Mortins, P~.,.. 11np sive1 o uln a vergon n e . I . ' • 1 · I h · M · G'l J (' N · (36~00) p · quem via. Por outro lado a v-elha niio r,atoc6~n~co, _m_ns qvu~ria-o ser para dar 77iio OG(l~ rn;tindpo ro Abnn; e Il miIP(~ I. :iri~ l.e Lvu1a lhe dava ocasiiio de se ocupar dontra coi- f!PTS a ,,tn11t1dss1m80. ,•r11:om. . i~m 11101 EPr ru es olvo tn.mlemEserfm,- e ac- :~no (2~:00on), A. anaJ' ··1:!nul~a c_e da.s· sa seniio 1 0 olhn d s t a 8 n gos ns a ant ~s1mn V1rgem? s 1m. 1 •,11 son 11m t esgra<;nc o. m rn- ,onco os I ç, , na ~1111 1a • erre1ra 06 \ t~ t _o r P~ · h Eu nii.o a. conheço. E' algumn senhoses sufo1·:ul,u, olo f'Ont<,u a. sua triste hist6· Rantos <20$001, Antonia. Dnstos, Alfredo 18 0 ~ : .st·ueac nmt·alhn rarc~o iqumn ,~ · oagcen.vna rn dn sua rnn? ria. Casndo <'Ulll uma mulhor amante <' Yicgas, Maria .MnrqU!l:! O n 01 :, \'(' .. po ,~01 o 1w nao . . d I . I . r (!30~ :lO) ..f . T L ROfia,• Marv• Abi• dia luz orn ~entar-sc a um cn'nto dn ca- I - E' a i~11mu do JoEms, a mam~ de to- pie osa, , e t_w _in-a. trah1do. e nhnndonndo i'l , . "l , u arrn • o«u dn ~ilvn,. z. Smsa e obsc-n,ar O l,rilho das estrelns. dn, a.s men1011s da terra e a Ramha do c:om a. sua f1ll11.n!m. J?ep~1s, cnn<;ndo de, dP P111fo .. lsnurn Matos, 'F,~mehndn d_a n d ~ Céu. urna \ldn de n c1os o imp1ednde voliarn Camara 1,c>lt-O (1 ,lulur). Mnr1a •.\h'l"o F1Q t " u~m 1 l quo ~ n.~en e· 50• pergun- Do ('éu? La do ('ima:> perguntou mcLS eia m11llu>1· t inhn-~e nn<:Pntndo c-om a g1wira ,ln Rih•n, Olinrln Portoearrero Ma0 11 n. es a fnoi e a ooquecia sua Gcrti mostrando o azul est~~lndo menina. ria Barb~-i do S. P. Vinagre PreU: P e isena, ~8 seus nrrapos O m01,mo a mor_ Sim · Pr0<-11ro11 e> 1,011hr "Il<' ,-un mulher •tinha Jo:iquim Plnci,lo P rf'i a I b I G ' ·1te do gahnho no contemplar o sou estre:. .. . (' Id . . p <' r_ ' zn l.' . onça Indo e 08 reflexos dn luz sohre a agua. - ~ntuo Eia <'SU perto dns estrelns? morrido m!L'I a c·rc-an<;n ... 11:io foi cnpaz dl• , e~ n t•11n, Anl6mo d'AlmNdn CorDurante muito tempo ali ficou cncostada Gosta,•n cle snh<>r quom na ncende. a rle.-;cohrir. uSe eu fos~-e riC'o eu µoderia r~,rn, P.o Amerl<'o _Augusto cl.e Lncerda, ·to - E' Deus. 111<1lhor procudl-a nrns Msim ... pobre... Curlotn Augm1tn D11111, Ant6mo ?tfnrquos a.oN-p~rapei · lh d. - E' Deus? Ap~c-ntnr·mo :f polil'ia, niio, nào tinha S<>rra, l\fnria Nof'rni do J<'nrin Viria~ 1 0 'òjh • p~a sen.~or~ qi',1e de iz: -'l'u niio snhe,q qut'm é? (perguntou animo. Jc':nto de L•,..tnr na., <-uns miios l'S· Pimentel 0orc1oiro, Lniza d'Oli;eira Xa.d << ~ fue 11 es s m\11 mc ma a O po- l\farin <'Om inquietn<;iiol. ta,·n c-u. virr, P.<> Ant6nio Au~ui;to Ribeiro C.. 68 11 cn'.r Niio, mas ~e a menina o conhree di• rolinn do ,Tc~,i- da Silva C'outo, Mnrin da. Gorit voltou-se brusca.mente e e1;1con- p:n,.lho quo nunc:a se e~queça do as ;een· • • Grn<;rt l\fossin,-., 8ofin :\lml'ida (1 dolnr), trou-oo no. pre.s1;_nçn de urna sonl_10:n idosa j dcr porqne ha noites tiio O!icuras ! E entiio Jorclào Ronza (1 clolnr), Ana da C'onceilevan_do_ pela mao u!na loura !°em.oa. eu sinto ttt um frio no coracçao! ... gosl!mn lnl'de, numn l'ua e,;trl'ita eucon- <;iio D. Lncnrin, !\fnrin Albl'rtinn dn Con«Ja e .tardo, contmuou a d1zor_ com b_c- to tnnto 41 s cstrc!n.~ I trN umn p1,quena. qut' M\. part>eia com Ger- 1 rci<;iio C"o!.ln. 'l'oltn, Lnzin dn ('osta e Silnevolencrn n. senho.rn., e :1S meninas no.o -M:jnhn menina, diz a senhora, a San- trnc)os e devia tor :, sua ednde. Interro- va, ConclP,s."11 do C'nrt nxo, CondOFsa de Pad,e,vcm ~ncl~r de noite s6smhas pela i-un.. tfssimn ' "ir,l!'<'m n qucm tu reznra.s junta- p:1101-n mas eln rt~ usou-se a dizer o seu <;o ,le Luminr, Artc>mi,in V. Marquee da le prociso ir parJ casa». monte C'Om Mnrin, é tào lwla, tiio brilhnn· nomo. 1kpoiR oln era tao insolente que eu Clunhn, P.c• 1<:nril'O dc> N. Lnc·<>rda Pires - Para en..~a .1:80 vou , respondeu a pe- te no Cén, quE> pai:sa em hele1.n M mnis J>Olll;l•i' «Niio, niio yode l.l'r t>la.,, 'l'rmi Ortal"ia Mnrini Garcia (505g00), Deolin~ quena com d~isao. . linrlns c-qtreln.s e c-hnmam-lhe a Estrela dn pena de niio i\ ~ep:111r I da do, R<'i~, Mnria Cnndida d'Abreu - ~ tun:_ mao ha-de ~e.star em euidados. .Vnn11rr. Olhn, rom e>ste terço é que n tun A m!nha filhinhn, so ainda , iH•, dern j Froirc, P.El Jo!!ti Lu{~ da Rocha, Joiio Jo- En ni.o tenho mao, ~Sto u em c:,sa miirsinhn devin i·rznr porque cla era Fi- 6('r muito ~l~sgra<;adn. Quem sabl' l:i como sé Aranjo, Ant6nio Pedro Fcrrrira Dine, dumn velba que morn ncola p•rn aqueles lh1t da ~nnt(~imn Virjlem, como O pro'l"a e!a te~:i ,·1vttlo e en:i, quo dc-~rada<;òe~ te- Armincla Sa!1to!-. Mr,rin Eugénia Reill lados. , . ~tn mrdalhn onde l.'ll veio gravado: Lis- ria ca!do ! E po:; mmhn culpn. En tinhn (20~00): Aclrrnna Flon~ Rnsçiio, Lncin- E,_ tua ttaP •· . . boa., 8 do de:r.embro de 1899. esqnoc1cl~ a ~ra_ç~o IT!n.s vol~ei a reza_r. _E.-- da ~er<'1rn ne l\fniralhii<"', Jo~o da Grnça - Naf.l é. Om I dtzer q1;1e eia antiga- Ah I 1>ntiio. eu quero ver esta Estr&- ta ma.nha fui a igreJa ped1r n SantiM1ma I Jnnior (l!i, 00). P e E,nri"to Carreiro monte. t1~ha uma (1ospeda.:in. noutra ter- In, e>stn (C'orno é que se diz?) Snntissimn. Virp;Pm qur m 'a fize."se enoontrar se eia Go11Yeia (M~OO). 1\fnrin. .Tnlh nn n()('h& ra. Fo1 la que_n m111ba maesmha morren. Virj.!:eml niio 1;1;tn jn no céu. '12$,50), l\fnria do Nazareth Vntentim de - F, beu pai ~ - Flntiio é preciso pc>rdoar niio 006 Ah I s(.' l'II a encontr~ feliz I... Eu nào Rousa. Pnlmiro Mnrtins forin Ester - E' um vndio. _ . zan,(!'nrmoci, fn1.or corno ,Tes11_q qu~ percloou lhe dirin. na.da nem me darin a conhocl•r. Ilorizes Cahrnl (ll'iSOO), Joaquim' N'nn 68 - Oh! menino., nao fnle a.ssim. C'onhe- aqupJe, que o injurinvam, Jhe batiam e Niio. Eu poderin. ir envorgonhol-n. Mas Pjres, Jonquim Pl.'reiro Drlendo. José <:11-0? zombavnm d'Elo. ~e eu II vi&'l<' de lonje eu me di ria: «eia Friiias (15800), J,'rnnl'i~o ForrC'1ra de - :Niio oonheço. A minha patròa é que - E _Ele deixou quo lhe bates'lOm? !. .. é f~liz, t>la ~ honC\"ta, ola é boa... e mor-1 Rouim, Jo~é Antonio Gonçah-<>s d.' Aze-ç-edo, disse quo 6le é um vadio. E se 6le é como - Denrou. rena tranqu1lo e eom maior esperança no Ester dn Con<'eiçiio R(.'i~ C. T<>h:E'ira, Joela é molhor nao o conheoer. - ~h ! eu _rlof!'ndo-m~ . e ving0-me. Ar- perdi~ do Dons In . . ~ Lo1)r<'nço 'Ft>rniio Piro.s (20$00), Rita _. Entiio, niio conbeces ninguem da tua ranho1 o ,Touo m<>u V)S1nho, um grande A JO\'t•m <•sposn v1olontamentc como,·1- Noaue1rn, P .o .Joaquim DiM Duqne fnmilia? de 1:3 11,n()l, quo mo bntm. da, perg11nto11: (80~00). Mnria Iznhfll Montriro R 11inas - Niio ... ma;i qne é que iS!IO lhe im,Je.c;u ~ cstava ntado? cc~ito 6 An:l T<>r<',a. o nomP da suo mu- (.'.iOSOO), 1\for,rnrida Mnnu<>I Pint-0 C'llclht1 portn? - Niio. lhor?» Frnn<'iwo do Pnirn ,Rol«..to <17$00) Lucia: - Tenho interosse por ti, menina, e é - Tsso niio posso, minho senhora. En- 1 - TerC'sn . sim. .\ .<.enhoro. conhece-n? no C-0rdeiro Gon<;nh"<'l', !\f:, nul.'I 'nuarte por isso qne eu pergunto. Gosto muito tiio se ola tnmbom tive.~e morto O seu j?n--<'onheço GPrtruclos, r<"!pondm1 eia. Ortigo.c;o, l\fnria do Cnrmo Pc>r('ira c1 11 Ladns crean<;na. tinho, tah•ez o menino Jrs ns tnmbem Jhe O nnciiio olho11 pnra <'la. Est11\"n pnlido "l>rdo de Pf'nnlva (20$00) ('nmiln Rodri- A mirn, ningnC'm me tem amor. otirn<1se com o banco :t C'Dhc-<;n I mM o sc,1 olhar r~t1ù·n rndianto do ale- ,rues Mota, nulc·e ::\fnrtins Pcreirn. P.e - Mna olha ca: niio tens nenhum re-Ah I niio, disse a pequona Maria. in- gria. ,To,,; MnC'hado FeJTeira, Roci:1 de Jesus trn.to ou qunlquer lembrança rlos tens tervinrlo · ,JMus doi"tou-so proanr de pés -Oh! 1•xdnmn ele... niio fale. Tenho l,(.'it~ (2'1)$00), D. .To~ Ma rin Cnmnra pais? e miios percloou nos seus carrascos. medo !... GPrtrode,,: im, rneu Dens, soie (J'lf'lmonto), M$00. P .t> Ant6nio Pereirl\ - Tenho nqui ii;to quo a volha me deu Fez mal! d(.\('lnron Gerti em tom pe· vM Tiilwiro. D , F.d11ar1la Alh1•rtina T. rlE> Snnnum din quo ja tinba b<1bido sofrivelmen- rempt.orio. -Sou eu ..c;ou tliz Pia, oobrindo de bei- t i,um. )fa rin .\drinnn ,J,. Sa ntm1m R. te, dizondo quo isto niio vali a dez reis. -: Maria, diz _n nv6 sua Mtinha, n6s jo~ a ~ront.e. do onriiio. _A ~antisRima Vir~ Rihoiro, . \urora Augusta ('orrein, D~lfiGerti tirou do seio um embrulho, que onsi~nrC'mO!'. mais tardo a religiiio a e.sto .11:em n~ quiz que !ll<' vtssern de lon~e m~ nn Aul,!'11sta rfp Pina. Grncincla dr Sousa, lovou mnis do cinco minutos a desatnr memnn. cond11z1 u·n>s a m_inha casn oi:ide ficnreis Eduarda AlhnrquPrquP dr Pina, P.o Doe a dosenrolar. Rnvolvido em nurnerosos C'hl.'gnmos o en~a o o mais urizente é i:emprc, onde terl.'ls t{){la a mJnha ternu- min).!o'- do Fiuuflìrndo (20$00) ..\ urora papeis -O.Stava um ter('o e urna modalha dar-lhe nm hnnho P comicln e depois fn- rn filinl. Niio fnle 1!0 pn~asclo, pnl"!'inho. Va1. ('Jcment-0 J\forq1ws ,fa Crnz: Mnnuet de eobre pro.teadn. zel-n dormir. «Qnnnrlo Ck>rti bem lnvnda, Ef,qtH!<;n tudo e niio no, !.eparemos mais. . das N'evos. )fnrin Arl<>lni1lr Snlnznr Nor«Porq110 niio quores tu voltar para. a estomaiz'? chl.'io, envolvida numa. camisa J D~:rnnto nlµ;nm~s i.!'111:mns vivou aindn o ton. A n1, F,11n!'rnnçn Rodriiznc-11 M. Rdunrcnsa onde ootivcste nté ngorn? pergnn- de dorn11r brnncn <'Omo ne-ve, rescenden· I anc)UO ~om ~11a _filh'\. t• ,ru, nf'tauhos. Mt\, do FreitnR, P.e Auii:usto d'Arnujo (20$00) tou a sonhorn, mais C'Omovida do que nn do, se viu nn suo. C':'lminho. improvisndn, n a vtcla ia a rxting111r-se l' pediu 08 sacra,. Am,l'Jin Valindrinhn (!3-',$00), Amélin ~ roaliclnde pnrecio.. nv6 abrn('on·a trnço11 sobro <1la o signai dn mc>ntoo. . pc,,,. ,le Mendon<;n 60$00). Moria n:i Con- Porqne a velha é muito ma. Torlo Cruz é clisse--lho, G<'rtrudes o nJu1lo11 i> c•ons.olou n:1qurjn c-ciçiio T.ooc.~. Olivia Vic-_e:a~ Alc,candre, «norme bPm, J1N111eno.. Nosso Sonhor luta suprema. Olimpia ('unhnl Pntri<'io, Clnra ·Maria o santo clia me chama nomes me bnte e... mnis <'OiRas. Mns matar ~ gatinho, enviou-to nqui, niio to nbnndonaremos. «,la nito ,·ejo, minhn filha, d1:,; cle. E' Rihr,iro Tol<'S, Marin Mend<".> Lino. Lootiio lindo o qne veio pr.ra mim <'omo se A,zora, N>mo ornçiio dn noite, dir:'is s6 is- noite, Grrtr1ull'S, ,ern eternn •"<Ln notte? poldinn Mnria 'Rorj!'(lf; (20ltl)()), Lidi!\ :\ft'n eu fosso amiga dt>I<'... isso nii.o lh'o por- 1 to romiµ;o: cc?tfou Drns, en vos èlou o me11 T<•nho meclo!. _ d(\q L<>nl (1ii~OO), Jonnn Eli1.a da C:unha doo. rornç:ion - Pne querulo, nao temn a no,te. A to- V. d' \lhnqnrrcrn<'. Maria .T~é Cnnieo, Mns ngorn e.&ton contente, ,·inguai-me. Gerti r<'pl't iu dOC'ilmente estn curta for- rl_n a hora 1:i l''-ln bri(hn_nte n Virii;em !\ln. . Viseondr..~a ne Montrdor. ,Tn-~ cln Roclrn Atirei-lhe com um banco cnbcça e ficou mnla. rrn. :\ F.!-trela ()ttl' ch,<1ipa o.,; rr,•Yas •· O'- Pninhn«..\velino ,To,(- C\>rq11eir11 ){arouf'l!I. A peqncnitn, por~m. niio podio. dormir terrore' · TnvoquN~ol·n. Joaquim C'arèlo•o di\ Silva, Anto11h l\f:tlaa esc-orrer fianj!;\1e quo eu bcm ,-i. Bem feito ! Rin !'lentin~e tiio feliz n<>sta sitnac:ao con- Sf,·1111 • Matuf 11" 1• murmurou ' velhi- fnin, ViS<'onclr de Cortrgacn, Trinrlad, Isso é urna ncçào muito mn. Vem co- fortsivrl ! Alii;t1om teria nmor a eln, a po- nho, l.' ""fHrou dn('<•mC>nt~. Leitiio. Roqn da Cn,tn Mndrl Gon(·nlves, migo. Vai pe<lir pordlio n essn. senhor& o bre ~oh·ne:em? ... Srrin pos.ciivel? ... E era _._ _ _ _ _ _ _ _ l\fon11!.'l do Po 'IO~ Mnrtins, P.C' Dnmini:i:os eia niio te hnto. o bom D<>u11 quo a tinbn pnra la oonrluziA. Gon~lvM Rorlido, P.e Antonio Mar- Eln , nii.o é senhora nenhumn., nem do I... A sonhorn tinhn-a nbroçado... Co011dr i,1it'l'r1•111 a T'irgr111 Jlaria ludo tins C'nrneiro. Ra~·1nuncln d'.\lmeitt.1 .\1lho peço rordiio, nem nunca mais la vou. mo ~ hom <' clòce um boijo de nv6sinhn ! , JJH•t/odl! e c/cmm1da. VM.

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Voz da F4tima Seguodo o juizo cln medicina, confirm~ chado ( rua de S.ta Catarina, 329-Pordo pela radiografia, es...-<i abce:,so foi to). P .e Joi'io Ferreira Leiti'io, d e .Aveiro, considerado incurnvol. desejn manifestar por oste meio a sua grnt.idào n N. Senl.iora por uma grande g rnça rccebida. I A . S. P.. vendo-se aflito com um granPorto, 3 de Novembro de lll27. de ataque "de to~ o folta de ar. An toE' extremamente conso1ndor que :1 nio Luiz da Conct>içiio (rua do Loureidevoc;iio a No~sn Sonhorn de 1<,ati~n. ro 5-Coimhra) teni.lo obtido uma .grauque florosce de h:l muito ern fr~guesms d~ graça tomporal de quo dependia o oil'(·unvisinhns, oomo Murtosa, etc. , esseu bem esLa r o do sua fami lin. teja a et,pnlhnr-~o por ~ontacio nesta Maria da Soledade Gomos (rua da Rofreguosia. Umn pron\ disto siio os fn<·to3 cha, <32, Angrn) vendo uma _Pessoa de tfUO a seguir r~lnto pedindo o fnvor da fami li:t aflita com dores inter1ores, scm aua publicnçiio nn Voz de Fatima bem poder t-0mnr posiçiio. Fausti no Pedro corno do.s fotç>grnfins que envio junt.-1 Ribeiro, ci:l. ('n.,tnnheira do Ribatejo, mE>nte. o que OJ!l'nder.;'> de<.de ;5 ntacndo de um tifo de cnracter maligno, recorrenòo sua mulher e sua miie a N. I' .l' l<'erreira ,in Sih-n. Senhorn de Fatima. Antonia Rosa, neArrifnnn. freguezin de C'nrquere DonAlòa,w Valr,1/•· da .Silrn. de dois nno3 ro) graven1ente doente e sem esperança d idndc• nntural da fregues1a db Pardc cura. , . d dilh6, l'oncelho de E,-tnrreJa, ten o MO s1111<'rior de urna MiE<sào da Provind c, atingido por urna plet•res1,l purule11 cia do l\foc;nmhiqne em nma cloença grat.a· e «ln10 o pnz aumenta,-se em l-'-tremo ve do fif!n<lo, que niio ob-Odecia a.o tra.tatornou-!'e neooss1frio urna inter,•ençiio mento meclico. cir111·~1<·a. No e'nl~nlo o médico nik, q_u<'Ana José Ahrnnrhes de Can·alho (rua rin rccorrN' u e-:;so 1111•10 -mprom11 1,0r JUleia Palma, 2AA-Lishoa) cnrnòa de hygnr qne a crinnr.;u uiio tiriha t-Jr,as ba1>groma quo tjnhn cm um i?elho. . . F. C., profE>•~nr do ensrno pr1mar10, tnntos pnra r<•sistir (t op.:irnç:io. E11tiio urna ,JE\vota <lf:I Nos-~ Senhora inlou a urna ~rn~·a recehiòn. Mnria da (". R, cln freguezin. de S. Mntens (ilha T E>rceirnl VE'nòo seu pae muito nflito o· cm ri~co de ficnr !onco. Gnilhermina ci'Assnmpçiio R osa, cie Painho (("nciaval), doonte havia mais d e oi to m<'z<'s. A na J oròiio, de C'a.rritos ( Fiszueirn Armando Valente Tavares cla F mr.), toncio me1horndo de lonc-nra n rnnhnòn clo 11mn sua amiga que ~sta em . Sun mlic cxtremamente aflicta pela S. l'nnlo (Tirn qil)_ M nr•n Anirnstn. d'Almejcia Pmto, de M>l'L<' cle ~e11 filho tao rndemonte amcac;ada .rt'l.-orrN1 :i SS. Virgem e <'Dtr<¼ ou · Vila V<'rÒ() cie ('eia, urna grnrn oht;cla, tro, ,·otos fez u m dc c!a r urna e.smoln T,11òovinn A morim, a cura de urna erisi. . para o culto a NoRsn Scnhora <le Fati- pE>ln no roQto. 1tfnn111>l R oòrivues de P 1nho C'h1hnnto, m.1. P a._q.>n.dos npenns clois clia~ tessarnm de Vnl<'l?n <O,•nr) a cnrn de urna herpe as <lores e o estndo febril. F:' prociso notar que ., abro.;so o obri- cl<' qne sofria hnvin mai~ de 11m ano. gnvit a caminha r torto. Pms aposar dis!.O pu.s sad os os dois dias readquirm a po.,i~·iio normal. ]~i,;tn cura oau11ou mu ita admiraçiio na li·oguesia, pois todos conheciam o estnòo do pec1uono. Mnito grata SS. V 1rgem No din 19 do dezembro u't\;imo, conforosta mii,c oxulta ndo de nlegria foi com outras possons no dia 13 do ruès do Set.om- tndo eom tocins os Rnc-rnm<'nt.os, n ~l' mf'Jhore11 clispo!.içòes, inteiramente r es1J?nnci_o bro a F'atimn. cnmprir o seu ,oto. com n vontnòo Ò<' n ens. f:llPCen no ho•ni.Tomw Valente Garrida, de 40 anos, tnl cio T,<'irin o ci<'iii<'aciissimo ,qervifa J\~aAlbano Valente da Sllva n1tLural cle Pnrclilh6, Estarr,,jn foi at1v- nuel Teix<'irn Pinto, quo, por devoçno para com Nosqa Senhnra, tinha r'lntl:irl_o c·ada duina plour~ia forti'!aima "tenclo a snn rt'•iclencia cle Lisboa pnrn a Fatima.a ua bemdita agua de Fatima e trou- tnntn t.6"50 quo estn lhe imper!;a a rE>s- mn. Pedimos nos nossos queridos lc-itores xe·lhe um copo do salutar liquido. A pirnçiio. 0s médic·oo recu,-nram-se opt-- nmn proce pela 1r1m alma. criança b<'hcu-a e passados dois dio.s era r1i-la por snporem cooxistcncia de afe..,.., tiio sntisfnct6rio o "'ell ( 11tado qua ù cçii-0 pulmonar. :M:anclnram os escnr ro3 ilu11trc médico assistente -mr. I>• Abr()U a analise e numa juntn médica declarnFrciro conslutou o facto de sensiveis r um a aoonto tuherC'ulosa em grau o raça o dum soldad~ mel horas n. ponto do jl.i poder ser oper a-- ndinntado o com pouco tempo do vidn. do. Foi entiio ne•ta situ nçùo :iflirtissima Contava um B ispo, ja f.1lf'rido, Poi entùo opcrndo. OpPrnçiio quo oon- quo osta mile no ver, quo o ~ n lar cor. ., 7 ·t z u, 11isti u om ahrir um orificio no Indo es- ria o poril(o d e se dosfazer, ra<-orreu '\ I q11e na .~ua 1'. 1·~ 1 n a 11m ,n.,p, n , · querdo do pcito até a pleura p onòo a-~ Nossa Sonhorn clo Rosa rio rie Fatima o r h e,r;ou ao lf'1fo rle um so1r7nrlo 1,et~sim em comu niC'nçiio com o exterior o fez um voto relativo a s ua cura. E bom- ra110, alrafrlo pelo seu oll1ar enérm puz 1ocafoio.no nesta reg iào por meio ditn_ a Virgom Snntfi,sima, esse voto foi ro e franco. Seguiu-se logo este diatlum tubo do horrncho.. o~v •d·) no céu o a cura embora lenta logo: Quanto sofreu osta criança ui'io se p6de 1111n se ~oz esperar. _ D ovo nou1r. 4_ue osta _ Ola mararln com o 11ai isso? imnginar. O puz além de cheirar mal, cura fo1 n ve rdnclo1ra ress11rre1çao dum ' Ccl : · • / . )iume<le<.-cndo continuamente os i,ensos lar. O Pai auc;ente, a miie a .,spera dn. - l1lal, u11l1or ll1spo, mmt-? mn e vestido.. O<'llSÌOnavn uro mal estar cons- rn01·to, um filho sem so po<for mo,,er com rreio que desta vez recebo bmxa detante ii pobre criançwi . um ntaque quo lhe clou em_ rriançn, ou- f initiva. De tempo!! a t,Ompo.. era preciso avitro com um alx-esso na esp1nha "' tam_ Ta/ 11ez niio: ma., para o qttf' Tar o orificio quo in tapando e impedin bém mirncul~mente ~Ivo. Tiio poucM der e vier ,,emprt' é bom assegurar Meim a saida do puz, o que lhe cau mva oopera nças hav1a quo Ja todoe pc.nsavam ' O d· à6re6 borriveis. na disposiçiio 8 cla.r aos dois re.iuenos. ,ima boa re/ orma. _:a 1ga :· ~ostuDemais o pequeno s6 caminhava ~ E n6s gue r esidiamos no Pono p ~r - ma rezar peln manha e a 1101te. !o, portante sob urna pressiio continua guntavnmos a cada passo : "8 n doente - Sem / alta, meu _qe11nal ... quee quo para urna criança desinquieta é ja falecera, tiio convencidos estavnmoa ro dizer, meu senhor lJispo. A miw.m tormento incnlcultivel. cio ~ u estado d ~~erado. A.pesar de_ tu - nlia <>raçilo nunca: me / alta. Todoa tinham a.,; esperanças perdidas d o 1.,to podomos hoJe ver c:om e lflgr10. a E - é~ e esperavam ca.da d ia o desenlnce fatai. doente oomplotamonte r est a bele~ìda e " qu~ oraçao · _ No entanto a purulència oorneçou a com o cornçiio tra.sbordando d e sanL.. g ra- Curtinha, mas boa: ors.çao do diminuir o.té que cessou , a ferida cica- tidiio pl\ra com a Virge1n SS." soldado. triMu oomo eu proprio tivo ooasiiio de vel •'oi também om Sc*iembro ultimo a Fa_ Naftt'T'almente o Padre-Nosso, rificar o a criança. fi cou direita., caso t(ma cumprir o. 90U vot?, apesar ùe-- u';Dn a A vé-l1f aria ... anormal em plouN\13ias, e com a espor- v 1a.gem d1spon~1o;;a. e rnc6moda dfl 01to _ N "' 7 , Bispo. Isso rezava teza de outrora.. borns do cam101.1eto. • ,,o, sen io1 . A mao sumamente gt'ata. a Virgem eu na mi.Ma, ao donungo. Santissima foi em Set.ombro a Fntima - E que rezava entao ile manlia OUTRAS GRACAS com o pequeno, ja curati&, agradecer i P a MÌte.J Consoladora d e>& Aflictos e cumprir o Albi-ca Monteiro da Silva (Bairro - Olhe, assim : o 1·ellw sold-ado Zevoto quo fizera d e dar dez dolars em Sw·oodelo - Campolido), varias g raças. vantott a mao direita até a testa. Fseiro. Enviou 40 escacles. Rita Laborde (ru.a Rosa Araujo, 53. ço a continéne1·a ao general e-m cheArmando Valente Tavares, de rn anos Lisboa) duas graçM: Horterrz.ia Ferrei- / e quo eaM no Céu e de manlia dide idade, da fréguesia d e Pardilhé1 con- rn (mesma CIISll). go : <r "li/ eu Deus, levanta-sc vos.so sereelho de E stn.rreja vem por est.e modo Soral'im da Silva Cn.rneirp, de Pnrdè- fJo; tende corrvpai:JJao Mle». E a noi.aamprir um dover de g ratidiio par• COTll llrns, havia meio ano que tinba urna foa Cousohl.dora d<M AfliC'tos. Ha tempo r'ida uuma perna quo n à.o sara.va com te: ul/e,u Deu,, d ei.ta-stt vosso se1'1'o; 4ne 110frla de um abcosso na ~ i nha. nea.hum modioam~to ; Henriquet11. Bro- un/le cornp<Ji:xii:JO ikle. »

AS CURAS DA FATIMA

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MANUU TEIXEIRA PINTO

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Abrlgo para os doentes peregrinos daFatima Tra ll'3porte

5.530ffl5

D. Mn.rin do R osario Mouriio

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20$00

-5.560$05

E M P E REGRINACAO (lmprmDes duma peregrina am 13 de Ootubro) O comb~io inorme, ofegante, sumia-se nas t rovns do tunel do ltocio. Avé! Avé l A ,·é--Maria I. .. Era magnifica n d isposiçiio mora! de todos os peregrinos, mesme dos que iam gravemonto doentcs I Vnis bem? - porguntnni a. esposa a u m jovon condono.do peln medicina. Muito bem - rosponclia ele num sorriso chcio de fé e ('SpPrançn I. .. 0'l l11hios de todos os companheiros do compartimento, mo\'inm-se em oruçiiès 1,u ele ... A,•é-:\forin choin de grnça ... N. Senhora do Rosario dc Fatima, rogai por élel Duas irmiis, iam ngrnclecer a Virgem a. sn.udo dc um im1iio qn<'ricio qne estivcrn q unsi pordido com uma ulcera no estomo.1?0, Umn humilde mnl h<>r c1,, r·•,,·o, ja do iclncle; a cura cle uma e nfermiclade que por muitos rnesee a impossibilitnrn de p-nnhnr o pito de c-ncl:i sin! O1,vi ali no Rocio d izer quo partia. este comboio com perep;rinos parn Fatima, - explicava eln.: - c-orri n comprr,r oun~ vela.s para N. SE>nhonl, nm plio quo "ai ser o meu nlmoc:o, e la von I Entiin. e cnrro pnra ir cle T,irre.,; l'i Cova da Irin? pf:lrJ?unton-lhe nltrn<'m. Hn In m nitos cnrros l E se nào honver , vou a pél Por quo me curou N. Senhora a minhn pornn ? I Foi pn r n nnclnr ... F. nnm entusiasmo que comovin. até 11s lagrimns, cantava dostoadnmente um cantico Virgem. O comboio oorria, corria, atrav86!'1nndo vinheclos meio nmnrelecidos, cleb:ando ja a trnz do si nclmiravois pnisngena do !in· do ,·nle <li' Snntarem. Torrei; Nm·ns I - grit011 um P"reitnno ! - Ln l'Stiio ja, as c-nmionett<-s I A hr<', P trecho, estnvnmos toclos dentro cli:l11s <·omo snr dinha om rnnnstra, maa mu1to nlegre,s, mnito folizNI I Avé! Avé! Avé-Maria! A an c-iednclo de chNrar ao lugar bemilito anm<'nta do inqtnnte >\ im,t,rnte I. .. Aiio quatro horn..q nincla Ò<' rnmi nho I One longo, que long-el E ns cnmionet~ andnm tòo d e vairnr I E' quo n cnrizn é grn nclo, o os precipicios inormes I l\fas ninsmem pensn na possihilillncle de um c1osnstre: podin la <;(lr 11... N611 vamos nnrn Nncqa Senhora, eia esper~no.,; tnmh<'m anr1osa. la no fu nclo, n:i C'-0va eia I ria... Ao Jonf?G, ja aJvpja a torre da iJ?rejn cle Fl\timn ! Os rornròe-q brrlem ,·rm fnr çn, os olhos <>mhnci11.m-ae com lnS1rimas, um solnc-o contrai-nos a g:n·1n 1,tn. ... Jn mn1 poci<'mos cantar ... Avé( Avé! An,1\fnrin ! M nM enntamos qemprP, Sf'mpre ... C'hrP'nmos ()nrim l Qne quatro boras interminaveii; I F:' noit<' f<'Chncfa, e chovP torr<'nC'ialmente. A r,€lsnr di 'l!lo, e eia f:iciil!'n one é oxtrema, toòos tecm o mE>smo d<"'Pio de ir onn nto n nfos p nrA 111nto dn rl r, ("iSn I n e lonl!'O n estnmos j6 vendo nnm p{'flpqtal cl e onro, form"òo por velns que (I. òi .. tnnrin nn,·PrE>m f"'tr,-Jn:. 1,roLundo da terrn I Tirlo I F.:nc-n nt11itor I iran•mnmos o p-rnnclE' nreo, Ja closrpmns n ln,lPirn Pm nroci-;AàO ja ~ vPmo, distintamente, jn e;;tamos a aens pésl T,1t Cfrta na snn brnncnn1 ljP :irio. n olhnr-n~, a SO'l'Tir-n.os, n falnr-nos, viva corno onnndo annrocen aos ptt..-torinho,;!. .Ja n1io C'antamo.c;, cstamos mudos, num extasel Toitos os 1·ostos ti>em li m~.mrn -·~PfP"· eào, do todos os olbos saem peroln.s que a Vir1?em ~ntMonrn em .;eu ppit,, I. . Como eln esM contente I Tocloe somOfi sous filh os, todos somos 1rm iì.l6. n: ouo hnrmonin ontre fnmilia t iio numerosa I Mn.s tomos Qlle clnr o lna:ar a oull·os OUP veem n trlis de n6s, é forQ060 sepnrarmnnos I l\{ais um olhar, mnis nm beijo dns nossns almns !. .. E' noito nlta.. Ha qunsi trPf hous 01JP a prociASlio dns velns vai n caminho. g randios..1,, i mpononte I Ag:ora etio milhnros do v~zes :J'-'C 011 · toam: Avt'i Avé Avé-Mnria I As velas cnminhnm sempre até fonnnr em um inormo cirrulo d e brilhantes onde fechamos a quoricil\ Mii e I • E ia sorri- nos e ntio mais terl\a, m111s carin-hosa ai-nda I As euas pnri&S1rl06 mliv~ d~nom-oo Olol seus braçoo abrem-ee, e estreita~os a todos contra o pllito, iecll,ndo-nO!I para aempl'(' no &eu coraçM ma· tern«I !

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Le.iria.,

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[COM

de

F e~ereiro de 1.9::28

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APROVAQ.AO

il1mtor, Propri1tar10 è Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na Uniilo Grafi ca, Ru da Santa Marta, 150-152 - Llsboa.

JSI. 0

65

B OLBSIASTICA)

Adminiatrador: -

Padre Manuel Pereira da Silva

Redacçti.o e Admfn.islrnçlio: Semin ario de L..elrla.

dum rio manso e tranquilo, de aguas do SE'll reconhecimenlo e ùo seu puras e cristalinas, que clesliza sua- amor. vemente para a sua foz. Nao se julE quantos filhos cle Portugal, uns DA guc., porem, que o local clas a.par i- , :waleufados ao seio da mae-patria, çòes 1 ha dez anos teatro de tantas outros clii-ipersos pelas ciuco partes maravilhas divinas, se transforrnou clo mundo, na impossibilidade de de repente, como que no magico irem tributar pessoulmrnte ns suas contacto duma varinba de conclao, homenagens a Ilafohn clo f'éu no num paramo deserto, e solitario, snnlunrio da sua predilecçao, volontle o silencio s6 é cortado de vez vem os l:leus pensameuios e os seus Art. ] .o_ E' ca nonicamente ere- ri a (art z.o) e a outra parte para em quando pelo gra1mar dos corvo,- afectus para aquela esttiuC"ia bemditla no Santuario da l •'atima urna o C'uHo de Nos a Senbora. Estas da montauba ou pelo si b~lar dos tu, a.fon de implorar da Mae de mic·out'nrria clenominacla _ Confraria ) b'] t ventos em luta nos ulcantrs da ser- sericonlia,' que é o r Pfugio dos peesnllo,as serao r e ce tHas em 18 as por ra clumnte as noutes tempestuosas t·arlores, a saude dos e11fermos e a 1 , cle X mmi 8enborn do Rosario da co ec,ores ou co ec oras que se pres- 1 I J, . fl't ,,.: a. = t t b d · l ] · j < o . nverno. a nao Re vee1n g-rupos conso1ai;ao e1os a 1 os, 1Hl 1sumo paI 111111 · ·, f ·l 1 l , 1· em n es a o ra e p1ec ace e can1 Art. 2.0 - Bsta confraria tem clade . numerosos <.f peregr;nos, t J:1 nao ra tlS eni' as e ad a ma, ~emec 10 papor lim: a)trahnlhar pela converArt. 5. 0 -Os confrades suo aconergucm, v;JrauTrT~ e~ en usi_u-mo, 1·a . 1.u; ciagns O c·ornçuo'. rura ou 1 ( ~.--,, r peradore-' , · 1· h d ) ·t t d wsanns para as enferundades do " 1 1 1 118. , se a os: a n, 1·ec1 nrem o o:. os l - a ,, esusy· O<\(Hi·, e v1vas . ·e e111t1vo 1 li ) reparar o,i pe<·aclos sociai s das cl ins, de preferencia eru publico I\.C amai:oes a irgPm, JI.\ os cun11- <·orpo · nn('oes; ò\.1 em familia ou, pelo m enos, em t) promovn o c·umprimento dos parliculnr, o terc:o clo Ranto Rosapn,,·ei tos da Snnia Igreja especial- no; 111C'11te cpiauto ao domin go e dias b ) a comungnrem, sendo possisanlos; vel , mensalmenle e da. mesma forma cl) orar e :11.rxiliar 1Hi missòes en- assistirem ao Saulo Sncriffrio da irr. f'l'Ìslaos e infil.iis; ~fissa no dia l ;1 de rada m es em r) snfragar as lH•11<litas almas do umuo c-om os peregrinoR; Purg·atorio; r) a lrazerem ronsigo uma meda!') oror pelos <l<wntes r por toclas !ba tendo du;m laclo n imngem do n-1 llP<'essiclncle-; e,ipiriluui s e tempo- S. Cornc:uo de ,Jesns, e do oulro a ,ni,; rec·omeucln,la~ a ~ossa Senhora j cle ~osi,;o Senl1orn clo Rosario drt. 1 clo Hnsiirio cfa I~iitima; Fatima. E sta mecfalha pode snbsti,\ rt. !3. .\hm, tla'l indtùgèn- luir 0$ escap1.1l nrios. c·ins que serao 1w1li1ht-; a Santa Sé, Art. G. 0 A confrarin de Nossa Seos C'Ollfrades lf'l'UO ,lireito: nhora do Rosario clo Fatima tern n) tl parii1·ipa(•5o <'lll torlos O'I sa- umo. clirecçao romposta de presideucrific·ios, hoas ohrn-; P mortifirn- , lP, sccrcbhio e ti>soureiro, nomea('Òf'S do,; doenlinbo:, qur recorrem a dos pelo Pre]arlo tlu DioceRe. Estn :X ossn Senhora da I~itl ima: c·omi'lstio prestara conias todos os h) its 1Iis,;as q11t- se rPlehrarem no unos na forma. clo clireilo, no Ex.mc, t;;antunrio ou forn rlele por esta i11- te Rev.mo Sr. ni-.po. lcm:iio ; L eiria, 15 de ,Janeiro de 1928 Malo de 1927 - Volta da lmatem de N. Senhora p•ra a sua capellnha Art· 4. 0 ~ ron frnde~ tém obri~aA.provados os E!'!taJutos ut sutiio: a) de vi VPl'l'lll rristiimente; pra u a fo rma do Direito. cos pieclosos nilo end1em lle celesh) de darem a e:mtola m ensal de • • $20 (200 1-éis), ,wn rlo m etncle pa.rn L eiria,, 15 de .Taneiro de 1928 Lial barmonia aqueln estuncia privileg·iada do Céu, mns continua, sem Frio, nublaclo e triste, como cos)fissas, seg-u nclo o,, fi11s da confra-. t J qsé, Bi.~po dc Lciria soluçao de eontinui dadt>, o vaivém tuutnm ser os dfas em pieno coraçao clos romeiros isolaclos, que se sul'e- do Inverno, foi o cli a lrezP de J adem un sua guarda de honra ao;; ueiro ultimo. Contudo, npe1mr <lo pés cle Cristo-Rei, ocmlto no seu Sa- rigor da. eoladio e ,la iminencia da cramento de amor, e junto da Ima- l' httva, os pereg-riuos aeorreram em gcm 1uiraculosa. du sun augusto gra nel e numero nos sau tuarios de Mùe. L•':it ima, pàrn assist il' aol'! nctos reliDurallte a qna.rlra invernosa é so- g-iosol'I come.morativos clns upariçoes bret udo Fatima com os set1s qun- e clo'> su cesF10:1 marnvilhosos. Proximo clo m eio-rliu solar, uma r enta povoadoR que fornere o maior (13 DE JANEIRO) contingente para essa ~loriosa g uar- granclr multidao, compoi-tu de muida de bonra,. Mas, no lado <los im.1- ta;; l'eutenas e talvez dt.> milhares Estamos agora. na. época do a no meros peregrinos das imediaçòes rla ile pesl'loas, conC'entra-se .em torno da Com a chegacla do frio, da neve e dns chuvas torrenciais do Inverno, mais colma. e mais propicia ao re- Covl\ cla !ria, aparecem com fre- capela das missas. O movimento no Posto <lns verifia vido. religiosa nos santua.rios da colhimento e a oraçiio: cessou por qucncia almas piedosas qt1e veem cle longcs LeJ'ras, a.pesa,· clas intemraçoes m édicas é inAignificante: L ourdes portuguèsa. perrleu, corno completo o flu xo e o r efl uxo das alias era de esperar, a. animaçao e a mul tidoes na. Covo. da I ria e, em péries rln. esta~·ao e a C'Usta de sa- 11ii.o insrritos nos respechvos caderexuberancia. pr6p1·ia dos dins gran- vez clo rugir clamoroso cla.s vaga11 rri f icios de toda u ordem, render a nos 11penas os nomes cle nlgumas dedcs e inolvidaveis da Primavera e do clum oceano r evolto e encap elado, celeste Pa<lroeira dos portuguèses o zenns de cloentes, que, a. medido. que apenas se ouve o doce munnurio preito fervoroso da sua venernçao, , •a.o ~enclo observados pelos m édicos E<!tio.

E'STATUTOS

Confraria de Nossa Senhora do Rosario de f ATIMA

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CRÒNICA, da FATIMA

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Voz rla Fatima

2 de servi\o recebem os cartoes de ingresso no Pavilhao. Ca fora, na imensa esplanaùa, os piedosos romeiros cruzam-se num continuo movimento de vaivem e ntre a cupela das missas, as fontes do. agua miraculosa e o padrao com emorat.ivo das apariçoes.

D efronte do recinto reservado aos doentes, na òca11iao em que se celebra a p enultima mis~a, uma senhora nova, aparenlan<lo ter pouco ma15 de viule e cinco anos de iùade, ajoelha, longe do grosso <la multidào, sobre a terra nua, precisamente no momento em que a Iloslia Santa ~e eleva nas maos do sacerdote eD'Te a terra e o Céu, como vitima de expiaçao dos pecn<los do mundo. Numa atitude que traduzia sentimentos de sincero. e a<>risolada piedade, com os olhos fixos no altar distante e os 16.bios contraidos em fervorosa expressu.o de suplica a desconheoiclo. purecia a estatua viva do sofrimento resignado. Pelas faces palidas, levemenle ruhorizaclas, dei;lizavam-lhe ero silencio, grossas corno punhos, lagrimas abundantes, que ninguem pocleria clizer se eram dfl fundo pesar ou ile ardente amor. Quem és tu, alma desconhecida, que sofres e choras, aos pés de J esus e Maria, corno ,Toao e Madalena junto a cruz, no cimo do calvario? E's um anjo de inocencia, que o E sposo rlas virgen s atrai, como atraiu oul,rora o discipulo amado, que na. ultima ceia reclinou a fronte virginal sobre o peito adoravel I do Divino Mestre? E's uru lirio de pureza, que procura unir-se po'.ra sempre, nwn amplexo de cari<lade, ao Rei dos Anjos, oculto sob as espéciea sagradas, no augustissimo sacramento do altar? Ou, pelo contro.rio, és uma alma roça<ln pelo p6 do mundo, mas que a. graça divina purificou e transformou, romo a rica e formosa castela de Magdalo, torna.da, merce .do seu arrepenclimento e do seu amor, a Madalena de Betania e a. Madalena do Golgota? E's um nnjo caido, que perdeu as azas da inocencia, fuas que as r ecuperou a c11!.ta duma repa.ra\5.o g enerosa, para voar ainda mais alto nas vias misteriosas e insondaveis do Amor misericordioso, corno h6stia imolada. num holocauato perene de ex:pia.çao e resgate? Segredo de alma. esse, sagra.do· e inviolavel , que a6 a Deus e aos seus ministros sobre a terra., no sacramento da misericordia e do perdlio, é dado peracrutar I Que intenso e comovente labor de regeneraçao, que magoas pungentes, que lutas tremendas, que sacriffoios generosos, que tesouros de virtude, que martfrios de penitenoia, que riquezas infinitas de amor purissimo nas a~mas e nos coraçoes de tantos peregrmos que passam pela Cova da I ria! Bemdita seja, mil vezes bemdita, o. gloriosa Rai~a dos Anjos, que se dignou suscitar no recesso ignora.do duma serra, o _cadinho imeneo, incessantemente activo, em que se purifica e transf~r:13-a,. no fogo da contriçao, da perutencia e do amor, a. terTa pecadora de Portu-

gall

graça mas sabia bem que é neooss&rio conserva-la, alimenta-la, defende-la.. Sito tantoe 08 inimigos a querer roubar-no-la l... Ao meio-dia solar orgamza-se Ern por isso que ·omborn se nio prona forma. do costume, a prociss5.o porcionas..<.-e a ocnsiiio de so poder a.lida lmagP.m de Nossa Senhora do me;ntar dia a dia. com o Piio Divino descido dos Céus, Ì:"' contudo rom frequenRosario, q ue é conduzicla, aos omcia até junto da mesa sagrada. bros das servitas, da capela das apaE ficava-lho a alma tranquila, eroberi\oes para a capela da.s missas. bida nn.quole oro Quem puzera as suns Colocada a veneranda Imagem sodolioias o voltava cle la mais nlogre, mais pClrfeita, mais pura. bre o seu podeslal, ao lado direib Srm o sontir, ~ comunhiio ora para e!a do altar, com eçou a misba dos doeno vinho que p;era as virgons. t.es. E ia-so nssim fortnlec<'ndo ... A o mesmo tempo o rev.do dr. As reunioes dns Filbas de Maria, a Marques dos Santos, capelao-diTecujn Assoc·in\•iio pertonc·ia, trnziam-lbe frcqucntjilment.e a iòeia do amor quo uma ctor dos servitas, inicia a r ecitaraparign cristu do,•e ter a virtude que ~·a.o em c-omum do terço rlo Rosario. lho da um brilho cspocial a ola e a toda A multiclao, crente e piedosa, em a alma crista. que niio se encontram, como nos Qurm a ,·is.-;e jule;11.-ln-ia urna rnpari1!;13. vulp;ar, como t:mtas, inferior mesmo meses do Vera.o, pessoas que as=,Ìòa outra11 quo pareciam e eram mais pi~ tem aos artos religiosos por mera. dosas, o ignorava a mansiio de inocencia . curiosidade, reza com um fervor e o pur-0za quo o F.spirito de Dens se ia um recolhimento que edificam e preparando nnquela alma. Vi.,conde de M ontelo eneanlarn, propiciando o Altissin10 A snnticl-ade o o nmor mostrnm-.se na oc:uiiiio, nas tontn.çoes. e crianclo a atmosféra favoravel a ----1111-(;)-w:---At6 la qucm so.bo o que é, o que vale descida das grnças celestes. No n,o. umo. almaP I mento solene <la elevaçao, em lòda Ma.s ossa horn. chegou emfim. ANTES AMORTE ... aquela estancia divinal, o silcuc:iu A tcntaçiio 111.presontou-so-lhe com toda a violoncia. torna-se profondo, sendo corcado A ,Jonquinita resistiu. apenas pelo Rom argentino da can, Eln. sabia h!.'m que a Virgem Santispaioha liturgica e pelo brando Pisimn <a, qnom tnntas YCzes o tiio fervorociar clas preces, que se evolam ,le flamonto cncomendru-a a sua virtude, niio ha.via de permitir a sua queda. milhares de labios . I E, segura asqim da protecçio MaterAssim q11e o celebrante pou~a J I Duarte na, Joaciuina Duarte vivio deapreocupa. e1a sa1vaçao oequ na o cal 1x soAb re a t oa11ui da. S<'m ponsar talvez na lucta que um branca de neve que cobre a mesa Nii_o é !onda. O_ fncto passou-se na fre- din tori,'\ rle sustenta.r, no epilop;o tT~ rlo altar, um formoso cantico em guezi.a ?a Harro1ra DOS primeiroa d.iu mendo des,;a lucta heroion. louvor do santissimo e aug-usliss1n10 de Janoiro deste ano. Sacramento ila Eucari11tia irromp~ • • • O grande dia chegara realmente. de cenlenas cle peitos, mm1 impulso l)espont1wa ainda para. a vjda. Dc;\;lpr!'O<'upa.dn~ trnnquila. c-0mo n na.ire.mente de fé viva e de pieàade O oorpo orn ja o de urna mulher fei- turcza em volta. doln, in scguindo no acrisola<la. ta, uro corpo adulto. longo do rio Liz. • d 'l.T Mu.s a 0.'1so corpo do mulher osta.va Do roponto, surgo-lho ao Jonoo alguém. A o l J ostcommuruo o r ev. o .w.a- unido. nurna oxi&tencia infanti! • alma. A'quol'.ts horus... nn.quelo sitio ...nquenuel de Souza, reitor <los san- candida, inoconto duIIllll, creança. la possoa ... niio podio. ~nvor o.li boa intuarios <le Fatima, adminiatra a Siro, apozar doa 17 qua , estava quasi tonçii'.o. Sagra.da Comu nhiio a grande ..1uwe- ·a complelnr, conservava o a vontade, as Poz.se cm gnard111,. ro de fiéis de ambos 08 sexos, q 11 e maneirM, o todo duma delh!iosa, creanAgarram-na... dofende-se horoicmnente e manaiocla nao tinham podi<lo receter ço.CroonQao na paz tranquila do seu daLucta, a Deus, n nlm.a virginal ante;;; que olhar, crea.nça na. franqueza ingénua do buia tempo de lhe profnna.r o corpo. o Puo dos Anjos. Apos a missa, realiza-se a ceri- seu falar. Terminando n luctn ·11.ponas com o term6nia, sempre bela, sempre enca.nCroadi."' por entra 08 pinheirais donde minar da virla, aquela jovon voava. a rea sua. cusa, numa. isolaçii.o eremitica, alno céu ~'\ <'Oroa imarcessivol que o tadora e sempre comovente, da b en- vojavn ~ distancia, a. Joaquinita, como cober E.sposo Divi no Lbo apresentava la. çio com o Santissimo Sacrament<' Jhe cb.amavam, parocia a primeir-a vi.sE subin. aos doentes. ta. ncanltn.da, mesmo bieonha. E voou. Os olhos de todos marejam-se M.as logo no trocar da priroeira palaE foi coroada, glorificada. vn.'I. era corno um abrir de alma numa de lagrimas, as preces e rnvoca- alegrin ofuaiva, infanti!, que ninguem • • • çoes sobem para o Céu mais veemen- ali &upori•. Anoiteoeu. tes do que nunca, a fé, a esperança Um rir cristalino desprendia.-se-lhe de A miie em cuidi!l.dos. Mas lembrandoe as comoçòes mo.is intimas do ·;ora.- todo o rOAto corno a mostrar~\ paz da alse quo ficay,a orn cn&a da fa.milia, quo ft,.. ao tranaluzem dos rostos emaciamn quo ali vivia. ç ra visitar, acabou po} socegar. Foi sempre I\SSÌm. dos pela compaixii.o dos males o riso, a alegria sa é propria dias al- No dia seguinte a fii.Ra niio apareciia. «La ni!.1J /icd.rau albeios e parece que o Anjo do con- mns puras. .A.o ouvir isto a miie, num cruel pre&forto divino, deacendo piedosa.men0s outros riom de quando em quando, corno os teero os coraçoos de te do. còrte celeste, derrama. sobre aq mns o soi.1 riw é torvo, fingido, forçndo. sontimonto, E sontom pena de nio poderem rir miie, o*c-lama em ooluços. -«M ataram a minha filha!n alma.a O Robre 08 corpOS O balsamo sempro, de nito poderem prender em si Mal efa sabi111. o quo se pa.ssara. consolador das dores morais e <los n nlegria fort.e que reina em outraa alMos dentro em pouco a sc-ona tremensofri mentos fi8icos. mas. dia. reconstruin,.se oomplotamente. • • • Cantado o Tantum-ergo e dada a Junt-0 do rio, prOC'urlindo-a, algnem A mito queria-lbo muito. bençao geral, sobe ao pu.lpitp o descobre nos rMtos sin.al de Iucta; por Nào tinha nonhuma outra filha: ama- entro as silnlB o chale, o, finalmente, rev.do José do Espirito Santo, paainda maia. dentro do rio o corpo inerte. roco do Reguengo do Fétal, que, vo.-a .A 's ve,-.es, saudoea, chamava-a la de Acorrem to~; tinom-na. e lovam-n.a tornando para tema o Evangelho da dontro. para a sua cMa. - oh J oaquina.l festa da Epifania , préga um subA autopsia atosta n. virgindade ima.culada duquelo cadavc-r. stancioso sermao sobre as apariçèies -«Senhora.. - «.Anda citi E o.s sn,aa a.migns e os seus conterrada Virgem e as suas conseq_uencias -«Quo me quer vossemeceP neos todos lovnm-nn em trinnfo. de ordem moral e religiosa, exortaJJ-•Anda. e&! Niio foi um onterro corno o das outrM do os ouvintes a seguir sempre fiélE junto da. mao pre2untavn.-lhe de pes.q8as. mente Maria Santissima - a mfa-1 novo se lho queria alguma coi&&.. Ela, Foi umia. doposiçiio corno o das anti$.-i.tisfoita com a bondnde e o. ruegrm da gas mnrtirOB. tica estrela do mar que nos mostra filha; contomplavs-u. avidamente e resTn&!, a fonnOlln. Romana, ma.rtir da o raminho para Jesus. poudin sorri odo: . . sua virtudo, nc-olhin,-a tri unfante. Com a reconduçu.o da Imagem de -«Niio to quona nada. 0lha l Quer1aVinha.m-lbe a-0 encontro Cecilia, Eula.Nossa Senhora do Rosario para a te v~rn lia, Luzia, Irin. o tn.ntas, tantas, que E a. poquena retirava--se como que com a purpura do mnrtyrio divinizaram capelo. das apariçoes, que se efeonlovada naquele delicioso logro em que a ca.ndnri.'I. imnculada da sua pureza. ctuou logo que o orador sagrado con- a mao ia fizera cair. Ma.'! ne. +.erra. fazi~ coro com a I ~ cluiu o .s eu discurso, terminaram E a scena. foi-ee repetindo BO intimo ja triunfante. lar de forma que no daquele bomdito os actoa oficiais da peregrinaçao. As suas companheiras, amigaa o irmiis, fim quo.udo a mae lhe dizia: levavam-lhe os restos moriais -- instTllPrincipia entio a debandada. --<1Anda clin, a filha sabendo para que O céu plumbeo, onde o sol, um a cbamnvn respondia &6· «0ra ... u e dei- mento da sua glorin. - entre lagrimna .sim, mna do ,MLudnde, de alegriia pelo frouxo sol de Inverno, se esconde xava.-se ficar. trinnfo, quo nao de pena pela p~gem. • • • sob o manto d'as nuvens que o coDe véu branco lombravam um cortejo · br..,m literalmente, ameaça desfaAquolta alma natnralmente recta o pu- nupcial. Nn elvunn dos sous veus aquelns rapa. zer-se em. agua e a breve trecho ra sentia om si a força podel'06a da

urna chuva miudinha e impertinente comN,'a a cair . Os peregrinos abreviam as oraçoes de clespedida e apressam a partida. E, antes que o astro-rei, envolto no seu mQ,nlo de nuvens, transpuzesse a linha do horisonte longinquo, num por de. sol invisivel, o vasto recinto da Cova da Tria, onde a èadn. passo Re renovam as scenas portentosas clos tempos biblic-os e onde em breve S<'l 'a elovada a Mile de Deus uma ba~ilica insigne, um majestoso e imponente palacio de rainha, imerge de novo no silencio e na solida.o dos 1.empos idos, quando a nobre l'aclroeiru de Portugal ainda niio iinha na terra do Santo CondestavPl e'rigido o trono magnificente ilas suas gl6rias e aberto o cofre inE>xgotavel das suas infinitas miseric6rdias ...

Martir da Virgindade ...

I

. . ..


. Voz da Fatima rigaa oram bom o simbolo da. pureza da sua irma. Nos onterros costuma. tocar-se o sino em 1,langontt's dobrC6. .., o dola no.o quo o dia providoncial do sou entorro o probibiu. i-.-o caminho, da cnp<-'!o. onde estava. deposjbndo, para o co1Litério, onde ia donnfr o ull.imo sono, saiu-lhe o pai a.o encont1,>. Panu,a.m t.odos. . . oDeixem-me desped1r da mtnlta, filha» dfrse con~ \r voz entrecortada de soluço.~. J<: ajool11ando, erguou as miioo e beijou a. fi11ui.. Toda a gt,nto chorani. de comoçio. 1<-: na. igr<'j,i quando a vista ca na terra. tioha quo dospcdir-se dola pela ultima vcz, todii a gtnv.> queroria beija-la.. Tinl10, j:i quat.ro dins aquelo cad13,ver, era porigoso boij:i-lo, observa alguem pruclontomonto. :Mn.s o frescor virgina.l dn.s faces suavemonto ro.,;adas como om vida, COT extraordinul'ia quo toda a geo.te notava, o oarminac'o clos lahios, o todo daquelo rosto pnn.><·ia de:smonti-lo. Entào um velho, debulhado om lagrimn.s: « Boijom-na, boijom-n!\ mes1uo de longo.» E outro. «EsLa$ ni porqu,, és urna santa».

• • • No meio de tanto lodo qu.e uni.a moda degmdanfe a/ira ao cor110 e a cilm.a da mulher purtuguc.~a; 1to meio de tantu ba1.reza qur, a,1111 e alem, se nnta e de que ela. é 11or vezes vit1ma e causado,u, como alenta ço1itemplar este, exemplos de J,eroira u1r/ude crt.Stà! .. Era.m a.~.~im as mulh.eres portugueà:Is de outrora. Hoje? ... lloje... a par de 111t11ta miseria, de muito d1•,ç1,urfor ha ai11da, sobre o montura liriu., imaculaclos a lcvantarem para o céu e111. prenw.tura e candida fl0re8cencia. Ah! que se a., nwlheres, se a., rapari• ga., cri,tUls de hoje o soubessem ser pro/wndamerite no.~ trabnlhos quando a lin· gua desfreada 1,rocura abocanhar o pu.dor e a modestia; na" rua" e nas praças, quando a )Jror.addad11 dum gesto lhes asseteia o ol1Hir; nas reunièles, nas lei.turas, ria familia, cm toda a parte; se eàis sO'ube,,.,em respeitar e faztw respeitar em s1 o que elas fecm, de mais pre• cioso, dc mm., .mhlfme, d11 mais angelico, veruunus dei>re~a reformados os cost1r mes da no.•.-ra ,wciedade. 1,fa,t que, aque(a., ao men.o., que, por -vezes, 110 intimo da sua consciencia, se senfem fraquejo.r, saibam haurir do ezemplo desta heroina - mna aldeO. de 16 anos apen.a.,- um pouco mai" de força, de corngem, de tenacidade, na lucta ingenfe pela sua i•frtud.,. Pilhas de Maria de tod-0 o Porttl.(l<ù, nas 1•0.~ia., reuniilts lembrai, 11,/aMs, o ezemplo de.~fo vo.,11a irma, coMer-vai-lhe 11it,a a memoria, recorrei a ela - que no mais aceso da lucta sabera decerto I.a do Otu al<.1..11irar-vos a protecrlio d' Aquela. que lhe fai Jfodelo, Protutora e Guia. J.tUcllii comn ela ! Na., coi,ias pequenas onde o Senhor ezperimenta por 11ezes a nossa /id elida.de; n.o metil intimo da 110.,.1:l, alma onde a unica te.,temu,nha é Dem luctai, luctai, corajosamente ! Lm:tai, venceì! E dl:ii•uos por felize 8 em morrer ante.,, comn ela., do que ceder, dp qtu puL-uir,ios coma outras. Por mais alta, por w1is bela que 11iesse a ser a vo•,.,_ aituaçl!o ca ne&te mundo, nllo ha honra mai., mbida, gloria mais pura, corlla. mais fulgurante para a cabeça dumis rapa.riga do que Q titulo &ingel.o e sublime cle Martyr da virgin-

dade.

No dia de S. ln2s

A

Santa Missa

e Eu consolare i e socorrerei, à hora rla morte, quem tiver assistido ao santo ,çacriffcio com assiduidaàe e tlevoço.o; en'lliarei para o acompanhar ncssa terrfvel passagem tantos do.ç meus santos qw.:mtas mùsas tiver owvido». (Pala1Jras de N. Senhora a Santa llfatil-

de)

A s e u RAS DA FATI MA I

do Tiheu de Camara. de Lobos, cerca dru. do até quo passou a descanQar mnia al15 horas precisa.monte quando ostava a gum tempo durante ,a noite e no fitn finda r 11 nnos do idndo. do 12. d1n,; l'O<'Upcrou a fnki.' mas dizen0 meu Luiz ficou muitissimo mal, com do _co1on.s trocadns retomando tambem a a perua direita frncturoda, com urna acçao do braço diroito . grando abortura na peroa esquerda. deXo fim <le 2,3 d1as a perna estnVll. comAna Santana, bOltcira, crea.da de ser- babrn do joolho, vendo-so os tondoes e os plo~nmento soldadn, com &rande achnivir, do 28 anos de idado, natural e ro- ossos, tove uma abcrtura· noatro ponto da raça? dos Snrs. Drs. dizendo estes que sidonte em 8iio .Martinho de Cnmbres, perua, o brnço clireito som acçio, comple- o crinoço tovo muiba oorte cm osca.par 8 Concelho do Lamego, vom choia. de ro- t:monte parali~ico, p~rdeu os senti~011 ficar com a porua o quo olo tinha visto conhocimcnto µublica,r, no jorna.l 1a Voz nao falnndo o nao ouvmdo, parecondo rr- as bnrl,a5 do S. Pedro 110 ceu. chi. Fnt.ini:1,, um milagro quo a 88. Vir- romN1ia,·<'lmP11tc J)<'rtliclo. l1'ic·o11 também No fiin do Agosto passa.do andav ·3 g<'m lhe foz no dia 13 d'ingosto do 1927, com uma ferida on. c~ra e oùtra no q~ei- bém e hoje pa.ssados quasi 7 mezes/ ~xo o nlgumi.'\13 contusoos nogras no pe1to, da dosembnrnçadameote sem 68 notar no logM da C'ovn da !ria. Acliando-~t! a ~cn·ir om Oll61l da Ex.ma o o p6 diroito muito nQiro e iochndo, em- defeito nlgum. Sr.• D. Mariti da Gloria de Sousa Guo- fim, urna la.stima. Toclns as possoas quu conho<'om a Roclo.-i, dc>~ta fre1,tuezi,a o resolvendo esm SeCom muita afliçiio mnodei nprontar cha. e quo sabom que o meu Luiz esca,. nhorn onc·orpor!\l'-so na Peregrinaçao do urna redo e aoompauhei-o a ~greja para. o po~ .~nquelo inb_ismo st•:n riefeito, eào rie Paranhot; {Porlo) quo por essa ooosiiio doeni,o t'E't'eher ti Sagrnòa \; nçao, o quc op1runo quo fo1 u1!1 grnn,)e milngre da ,. f,,z no Lognr pridlogiado pensou, se fez imediot..amente. Em seguida foi pa- 81\lltissima Vjrgom como estou ahso' ra o Hospital do l1'unchnl. lutamonto coni·oncido quo assim é escreDovo dizer quo mou fill\o foi muito vo esta dcscarregnndo a.c;sim a' minha bollJ. trntado no Roi,pital t..'lnto polo Ex.mo conscioncia. Snr. Or. Ant6nio l!'olix Pita que fez a .Algumas PE&OOS mais idObas do bairopornçào dn, perna frocturada corno p&- ro tocm lembrançn de oor cardo da. meslos outros Ex.mos, Snrs. Drs. e todo o pes- ma roch,ll. mas de lugaro& mais baixoa soni. 5 pessoas, qne morrernm.· Deus queira. . l\Ins quando o doen_te chegou ao. Hos- quo m_ais ninguom cnia, mM é opiniio p1t.nl, eu o. os que ,·11\_'\JU o tambem ~ ,I_o mu1L:i gente, quo clo lugnr qno O meu S~rs. Drs. Julga.\'!lm . que o meu Luu ftllto t·1uu 11ùo C'!-,(·np,a 1 por 1111 111 • nao oscapM·a, cm V1&t.'\ !lo estndo, em A<'rosco que o Luis estnndo na 3 a quo ostiwn e ter urinado sa nguo. ,·lasso e fioando do.~de r do lfa:u sem p~A pri!11oirn noit? pas~ou-a nbati_dissimo. der fn'quentnr a. escol,\. qu:111,lll voltou No ?i.n ~ paroc1n-me_ quo morna an~ no f11~t do Julho nù,1 csta,a esqueciclo do do me10 dia, o que nao suoodou, coot1- quo t111ha apron<lido f com(lrondin t'Udo nuando a c>star iis portas d•a morte. oom a. moi;mJi focilidnde pelo que t~ve No outro dia (i;ahn<lo, 7--5) uma passagom :i 4." cl.asso co~o os outros seua Ex.ma Snr.• muito nmiga do clocnte, com comliscipulos o como se niio tives.<;e somnita f6 e cnridncle trouxe-mo no qllllr-1 frido uquelr ho1-r1n•I desa;;tro. to J)l(lrticnlar clo Hospilnl, onde estnvamos eu e minhn mulher pnra fnzcrmos P.e Manuel Fe.rnandes Lopes tle Yiana. _ tompanhin 'IO nosso filho, um Yidrinho do Unstelo, escrove: com agn:i de Noss-:i Senhora de Fatima e, «l'ara cumpnmont<i uo :.ima prom&com ns lagrimO"- nos olhos, deilou um pou- sn o maio1· glòri1i dti Sautis~mm Virgem 1 co dn me$mn np;un na cnhcçn, nas per- pedia a V. Ex.eia o fM·or do publicar t•~ta grande gru~·a <JUO r, cubi Je !\l'>l,.,;a Souhorn: Ana Sant'Ana l'udocia lui 19 anos <la um grn\'8 incomodo mtost1unl quo muito mo ft>z ,-ofrer quasi a ultima ho1,a, <'m lf.wnr c·onsigo a nes:sa tomporaùa. Durnnto muitos a.nos sun criada quo ha nnos sofria urna doenlrntei-1110 c:om um clù.tinto ~pociali!,ta do ça horri,el, sondo por \'ezos ~nc·ramentaPorto, quo, a,.po.,ar-do eu lho tor falaùo dn, n~o h1wcndo ospornnça do so curar. ,·nrias \'OZOs Hm iutornm~·a.o •:irll!·gica, Jt'ez 1111111 viap;om tormonlos~, lii 1>.1ssou d1zia quo niio crn c:1iso dii;.<,o. muitiAAimo mal, dando bastantoo afliL'ur conselh<> ùo mé<licos daqu1 fui çoes <a su11 Sonhorn. ColoC'ou-se 110 logar 6 nHos soguidw a.o Goroz e 9 n. Caldelas, dos doontM, rocobou Jasus Sncrnmentnmus de.:.sllS curns de agua aponns reco do, a.....~istiu 1t missa clos doentes, choia de 1hin o bouef icio de plll,Sll,r molbor o infé e n.o \l'lOSmo tempo do sofrimento, re\ erno. cobon a BCln\•iio J)arlit·nlnr do S. S. e deR111 192G ngru.,·ou-..-.o o meu ustado a pois da hc-nçiio gcraJ caiu de.smaiadn, ponto d1• vomitar a t·omidn. R'Ol,()lv1 onconservo ndo-M.' nes.'18 081lado algum temtao ir nonunonto a.o Pòrto e consultar po. o Ex.mo Sr. Dr. Morn1_0 Sarmento, quo Anto..~ de \•ir n ei, romeçou a sorrir e durante clois dias segu1do.s ma sujeitou a levnntar a.~ ruiios p9,1111 o Ceu, dizendo: n qnnlro demorncla, exames, algun,; dOti foi Aquela q11E> me curon. foi Aquela que I quai~ chognrnm a clnrar duas hora.s; mo curou. Dcwportl\nclo sentiu um bem mns a doençn. mo,trarn,-t-e do dificil dia.estar indizivol, ficllndo completamente cuguo.;tico. S. Ex.eia tacteavn, radiograrndn. ' favn, e, no eotanto, n cnuAA ooulta. ùa Logo ngra<ll"<'ou :i 8.S. Virgem do Romoléstin porP<·tn :,,0mhnr de to.Jns as pessnrio dn Fatim11. tao grande graça o no q uizns :-<·ientificas. rogr8680 foz um& vi&gom excelente. DesQuando no quarto t"xamo me enconde entiio come, tr&bl\lha o, sente-se bem. tnwn no llpl\liolho racliognfico, jit canF.nvia o Atollt11.do medico e a sun fosndo o scm forças, iovoq1101 mentalmentogmfia podindo o obeeqnio de ser publite o a11"ilio do :Kossa Sonhora de Faticadn oota brove noticia. no Voz da Fama peclinrlo·lllC' quo fiz<'.~ ver no métimn pnrin honra. e Gloria da SS. Virdico '\ raiz ,la minha E>nformidnde. .l!J gem.» (coisa sing11lar) I o clinico, qu<' niio po.ATESTADO dia aclivinhar o mcu' penso.monto, o:cclamou imodintnm<>nto : -J a sei, ja dosco-Joaquim d'A.,su111pçllo Ferraz Junior, Luiz Augusto Teles Juni or bri a cauM do t-{'U mnl; PN'Cisa dE> fnzer mrdiro, rtrl.ifuo qtu A11.a Sant'Ana, Mlquanto antos umn opernçiio cirurgica; e teim, re.,id, nte no lo~1r da Porte1,a, da /rtguer.ia dt {'a,n,brea, concelho de nrui e mnis fcridas, e lnmbom, ca deu a <'ncl!'r~u-me para o di~t i ncto operador Ex.mo Sr. Pr. Mornis }i'rins, quo ratifim/lgo, foi por mi1n operada por duo., 1Jf- bebc1· no d()('ut.e. ze,, em J9t0 duma t,;r,08t0te t'lh 8Utura paNe&ta oon.siiio a criança. clesca.nçou nns cou o dini:,:n6t.tioo o declnrou a nc>Cl\,Sida..rietal, produzi.ndo fe1«>meno8 de compreR- 10 minutos, para quem oiio descançava de do fnzor quanto allt<>s a opora~·ào. No dia :3 dc, M::irço do 1926 fui opera.,t10 ct.rebral q11e a, impo,,.,ibilita,iam de tempo algum, foi ja. urna grande esp~ do, e, graçns n. Noi: n Renhora de Fatitrabalhar; qut por mim /oi n.ovamtfl..- r11.nç,a. te optrada. ,,ete ano., depois em marE11 o minha mulhor e.stnvamos muito ma, encQntro--mo completamento re.,;tab&ço rlo corrente por .,e r~ptlirem 08 jeno- p.f)itos rmando e pedindo a Dow que lecido, eomElnrlo hom o fnzondo lrnbnlhos menos de comprn,ao, . f1cando depou da O n 0580 filho eecapo.ase, mas pareoia.-me do mcu ministério qu<' até a.li me ora oprrliçao com cephalg,as ~or ,ieze8 re- impossivel, dada a forma corno se acha- impossivel excc-u i,nr. Pnrn ap;rncfocor a Nos.c;n Scnhora tao belde., e qut. aoora ,,e con,ndera comple- iva, ia.hntidp e agonindo, quorendo com tamente rur«da ha ·~ mezn e por ser 1,er- a miio osqucrda arranco.r o oa.bolo da ca.- grande lmnc>ficio fui a Fatima om 13 do dade e me 1& prdu.lo passo o presente. boç.a, parooendo nas ngonina da morte. Ontuhro do 1926, o ngora., dopoie do uro Lamluo ,10 de no11embro de J9t7. Continuai a. dar n bobor urna. peque- ano do complcto bom-<"2,tar, venho eX'J}or • na. porçao do ngua de N. S. Fatima e a o fn.ci,o com toda a aimplicidado no jor(a) .Joaquim d'A.,.~umpçilo Ferraz J11· deibar uns pinguiohos 80bre aa atadu- nnl «l'M dei Fatima», que é o prop;oeiro flior ra.ci dns foridas., o o meu Luiz a sentir das mic;C1ri<'6rdins dc Maria Santissima.u lovos mclho ra.c;, alé que no dia 10 o Adellna Aurora Franoa Gulmarlles, da Lula Agostlnho Teles de Camara de Ex.mo Snr. Dr. Pita, condjuvndo polo Lobos, (Tiha dn. Mndoira.) G11Crovo em car- Ex.mo Snr. Dr. Clode, oncaoou o per- A,·conida Almirn.nt.o Rci11 119, Lisbo.'\, em na diroitn, qu&" como acima di!ISO esta..- oortn cfo 12 do D<'zcmhro, informa· ta de 29 do novemhro ultimo. «Em no\·E>mbro de 1920, !l('nti uma..<1 doTa. mnito fra.cturnda pnr('()Ondo no Snr. «Permi~me V. Ex.eia qua eu venha rM muit-0 gri\nclo.'I, na cnbeça i.' ou\'"ido. hojo cumririr um dover sl\grndo, pedindo Dr. Pita quo talvez nao soldnsse em visDias depoi'I, tinhn a face ooqu!'lrda pa.se dip;ne inserir no seu jornalsinho a Vor, tn. do ostar muito esm.ip:alba.da., calcu- mlisada, ficanclo (·om a baca torcida, da Fatma o relato d'um,a. cnra, quo ed Ìnndo-se que o meu Luiz ficasse sem a sondo clifi,·ultooo tornar alimento e, faperna. milngrosamonto podi& tor euoodido. Pnra oor foita & oper,açiio foi preciso llll", nOO pa!='laVO. ~lo Il, li, a, (I O IDCU riNo dia 5 do ~foio de 1927 o mou filbo SO ora dumn pnrnnhn I . . Luiz tove a infelicidl.'\de do c&fr do lugar cloroformi1,a-lo. Minhn moe lovou-mo n um e.~p·eornhsta, Continuando o mou doente a deecaamnis alto (27, m 41, dando e6 um tramreeebondo a ro.'lposta ~oguinte: bu lhiio vindo a dobar pelo ar), da rocha çn.r mais alguns min11tos. foi molhoran-

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Voz da Fatima

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Albuqucrque, Vasco Thaumatu.rgo Tei- Da minha janela - ALMAS ••• xeira Doria (20$00), Maria do Carmo Pittcr, Angelica Garcia da. Silva, Maria Zuzarte <lo 1\1.tu,carenhBS (20$00J, MarCo1no Deus é grande nas Su86 obi a'f... ~ai·ida Branco Corqueirn, Ma.ria Angelica Ton·es do Lima, Marfa. José Lopes ponN\va l.'u, ao olba.r com enlè"lo _rara Ouimariies, C.~cil<la .Alvea Pereira Lima, a linda nme;ndoeira florida, que Junto Dr. Joiio .Alves Uortcz, Ermelinda Zacn- li minlia janéla deixava. uoar através _dns r~:is, M111·i'a Eugenia. Sarmento (15$00), mimosas rosinha.s cle pétalas tiio dehca.Maria J)olfi na Corto Real (20$00), An- das ' os mio11 d'osto belo 1,0! de Janoiro. . urna E quedei-J11e, contemplando mais tonia Rod1·igues Griios (20$00), Emi lia voz éra · a contiuuaça.o do;; outros naos 1\1oita (20$00), Albertina Cardoso, llln.- iaquola 11uvnavillin que como tantas r~a do Uanno Pinto, Occili,.~ ,Bapti.sta, ootras, siio mimos delicooos dum. ~eus, Gertrudes Rosa P emuorto, Lazarina Auquo no,, bafoja com.o Pae amoros1ss1mo. gusi.111. do Mnws, Maria do Rosario Mnchndo Cruz, Maria Joaquim\ Ba.tnlha, .................. ··· ··· ....... d... · ·· .. . -. d Como aqueln arYore, as,rm ev1n ser . s· Mnri,a Aul'ora Neto, D'.1aria unoes e a nOS8a. almn: forte 1109 3 ,}US aJicl.lrces, SC I'· Souzn 1 lei.a ( 'orrein Dunrte, Maria Bn- j.(rande na sua c-onsi,rnçào e ornnda ile Nilo ()'>(juc-ç,a quo, a poucos quil6me- vallrn.' Julieta Riìxo Ferreira, Emilia de linda.-; flores _ a..s m,res da virtude -tros, eshi o olho alc,rta do papào espeou~ Cesarina da Piedade, C'arlos quo produzc,m oa fructos rlns boa" ,1bras !Rrrndo sobre si. O senhor aào é livre, Jouo 'v i('J:!);LS, Albertina Dias Forreira, ns vczes cluros e asperos no exterior, s<•u. Pertenc.e a Loja. E isso, meu vor 1 ('lotildo M eudon('a, Maria d,\ Coaceiçiio mas bons e snboro,os por rientro. e umu <:oi!wl quo o climinue. Por out1·(J Nunes, M,wucl dc Caires, :Manuel DuarE <.>uqua,nto fnzia 6~-t.'ls considerr.çòrs kulo, pum qua o sonho1· pudes,se cum- Lo ilvn., Gil Oago cla Camara ( 13$00), notei <'Om gran.de· e~pn.nto meu, uro grnnprir o seu jurnmenlo, seria preciso quo J ulia da Conct>i~·ào Bn.ptista (5$000), de ramo quebrado, suspenso da an•ore alho suhstit,ui!,Sem, por oulro, esse réro- Maria da Conc:eiçào 1''. da Silvn 12$00), ponas por 11ru fiosinho lo cn,,ca - o~i.i. bro t·aldeado no odio no que eu tQnho de A ti Ifa Saldanba Rod~a, Maria Primi ti- impressiio mo dava - mas corno os oumail; e-aro no mou ooraçiio. E isso é impos- va Castro, l\1nria Ernosti= Aguiar de tros, t.odo coborto do flores. i-1vol. l't>lo qu,•, quando cu chegasse de VaSùOO('C'I()'>, Aida Figuc,iredo, Henriquo Olhoi me lhor fb,ei mais a aten.çiio e t-omun~u·, nìio 1;6 nào poderia dizer-lh~ JWas (20 00) Mnrì,.1, Fig11eiredo (25$00), rrconhet·i ser realmente a.quelo o raos jubilos eia minha nlmti, mas teria mes- l\1ru·fa da Concoiçào Lopes Braz (15$00), mo qucbrndo o invern.o passado por oca.mo ,te os oculLar, para o uào fazcr so- Mitria Oaldn..s, Guilhermina rie :l'.,acerda, siìi.o cl'um r;rnnde vonùavnl, e qua cnl'ror. 'r eria do voltar brusca.mente a pìigi- 1\foria 1\forques rl'Olivoira e Silva, Ma- Lii.o, qual ca.vaco seco e i,em uti!ida,de esmi e c11!11r, Ni dentro, a.s certczas da mi- nuol ,) oso cltt Rocha, Be rnarda Maria de toY ~i:-ntonoit1do a ser quebrado do vcz nha f(>, ns alcgri.ns do meu ~tmor I... ,Jesmi. P.o FrancÌS('O At1Lonio Valonto, e ir fa1er coJnpanhia t\S cavacas do foE isto, um dia e outro dia, e até o.o P.e Tiodrigo Luiz Tavnres, Eliza do Pi- gào. fim dtì 111inha viclal... nho Rilva Emilia Augusta e Silwt., MaO esquecimonto doixou·o ffrar ... Tiom "è qur st>ria um Yiver borrivel, ria ('and,idn Espinha, Aldara Infancia, E ft.ll:Ora, aponas nJimentado com a umn noit<- fec·hada em quo nos astata- • ildnn Mnria Figueirinlms d'Oliveira, 1>0uc·a !)('iva quo lhe pnssa a.trave., do rinm os t·ora~·iie8, ap~ar clas nossns miios 1\1. Brnnc·n Pt•reira l\fntos, Maritt do Pa- hocadi11bo que o prende, e1-lo, pendurucrispadns sohro elcs, parn os contermo~ I trorinio Brl\lWO d' Amorim, Adelina de do s1111, mns viç<>so e saclio, nada ficanW quC' n reli~iiio é e-omo o ,ar: nparecc J osu<1 (' F,arin llfanuel llfarqucs Perei- do n. dt•~e· cm belcza nos outros ramos l'!n lodn n p1~rte. E' d6 religiii.o que de- rn l\I~rin · H e~riquota da. Costa Lobo M'U'i, trmuos. Voom ngraclecel-as a N. Senhora do r1,·nm un~ mii pequenos nadns qut>, sen-1 (2Òaoo) Carmina da Rochn Cnlixto E espnntot-o ! penso.va elu. n='o aconrlo emboro. 3 vida cln. mesma vida eu w • J , L l)' ~r . d no-' j t;ec,e Qunntas Yezes com as a mas a Rosario: Julio Augusto Narciso Neves, . , · : f Manuel • oso opes rns, u aria o m<-'smol O Flnmira do M~tos, ae S. Joiio de Vnlega. niio ,ci "e 11 •~ p(lcl~r_ia chegnr a awr sorio Mntos Dicas (20$00>, _Maria de_ JeJ>arecom sec.as e velhas pobres farrnD . ..Alilia l&ilda. Bnrbeitos da Silva de t·om1>roeuclcr e. ~ent u · e 7 pe1_1ie- 11us Olveirn, l\Iaria 1\fosquita da Sihnn, p0;; onùe niio a luz d'uma esperança Arc:os do Valcle,ez. Guilherroioa Rosa dn nos nu<ln.s hannm, por orça, e con rot- Celostina dos Santos Roina.. (20$00) a aqt1C<'Or e alentar ""Ueln dor que al' · · A na Al ves d a contorce, as quobra, ' 8 1·1va, e1e SA' wreu (Estarre1al a. cura. d e i-iii . - lo · J•',, me-<imo A ••1, seu pesar ' protes n- A,11<1, Aug11st1\ R Cllln-~, e·-.mirra ... uma sobrinha~uo sofrin de u.m ouvido n~m, <"Ontra eles, 08. ~eu;~ ,olhos, a sua Fon,(•ra, Antonio Monteiro Balciio, Pnrcc-em uma inutilida.de na. vida... dc$ÒO crcança. nlit II le O _nté, 0 sou. ~tlencio ···· r,uiz do Froitas (20$00), Jos~ _!i'ernnnArrastndns pela.s ventanias tempestuo,fosuinn dn. Conc·eiçiio do J cs11s, de QunMus 1111~1 8 M _IH-SO. Supo n clo mesm? clc.., d ' Almeidn. Ana eia Conceiçao Aze- sas do mundo lcvadas nn corrente vertro lliboiros, Tiha Tercoira. 1\-fnrii;arida quo lh(.-1 fosso pos~wel res1~o.Ticler por 51 > vedo, M~ui 11t>l Alves Soare.~· Tcixeira tiginosn., oi-l;s no cabo do caminho, Gomt'R · (A v. 5 cl'outubro, 194-Lisboa O <J 11 C O Rcnhor 11110 pod_e~rn era. respon- (10$50, clo jornn.os) Dr. Antonio Pe~ei- quobradns de tanto esforço, cortadas, a cnro. do uma foricln, numa perna.. clcr ~(\los ~<.>us c·omprorntssos, pelas 61139 j ra do l ?ig uoireclo , Artur d'Alme1dn e,m11gndn-s parocondo sem vida. Angoli<'n ('nrclo'-0 (1.'rav. do Alooide-7 n•lnçoes... . . . . . d 'Eça, A. D. Esp irito Santo, Maria doR Pnrn, q~o serve-m? perguntamos n6s. Lisboa), t endo poclido no dia 13 de deQunnlos inimigos ~,a minho. CJCn~.a Anjos L6pC1!:,, Teres1t do lesus Raposo Afa..c;lemo-lns do ca.minho, votemo-la.11 zembro nma gra.ça que obteve no dia se- quo, t~ndo do os nc.-citar ii ~esa, terrn I Violanlo (20$00) Julinna A. Gucdes no dcsprezo j siio notas dei;afina<las nn. guinto em quo fazin. 28 anos. Antonio do onvir a mofor do quo eu mais nmo - e CardOf;O Lnc recia Genaldes Noguoi1,a hnrmo11i1i do universo. Poroira Di!IUI, de Capela de Cima, S. '<Cm poclt•r responcle ~-~hes ! V Gocliuho; l\Inrin Auroni Cneiro Fialho, Quantru3 vczC'S nito diremos assim ! Romno (Jl-0zN1clo) a cura do scu filho O sc-nhor ncm é liHe, nom é .s6· em Sih·ina rio-. Snnlos Guimaràes 15$00), A I I niio nos lombramos que aquelas alMario de nma ferida cm uma pc>rnn. rom o ~ou pns,,ado, com ~ H•us 1urnmen- Emigdio Gomcs da Silva (20$00>, Ma.ria 111ns 11ao de Dens e pnra D~us devem tos, r~m o ~ou futuro. Cnqar-me eu rom clt> Lourdes dn Cunha. Bernardino, Mn- ir. Pnreocm mortns... i;om vida,.. m!ls turlo •-~o? rin Jo,é 'l'nmngnini Barbosa do Carva- nà-0 pens:11110<1 que por ma.i.e; tenue QU!3 -------0------"111w11 !... , . lh~, ·Maria Sc,nn Martins (20$00), Emi- soja o fio, por ele et.tiio ligadas a onL111a fez 11!11 gesto rapido, decisivo. !in Pnchero Azevodo ( 20$00), Olinda 1\ln- gom clo t-0do ~ ser, e que, cm te1~po 1·111110 11111 l11lm1nar tlo montnn:e. . . l'i 1 Rt•ltl'lo, Luiz Correi:\ va...,concrlos, oportuno por 1•le P.<><!e. pa~sar a -;e1va cle Rou~a Sonres Fi·anct<;c•o fec·unrla da gra~n v1v1hcante que levnnE, 1111m tom de voz r1ue oao adm1t1a .., f .. , . . ,~11 emi.i • · , t f I I ..1 nal'('er rep 1w:l, t'Ont1nuo11: cl'Albu nr"-1110 Paixiio, Francisro For- tn, r:1m, orma _e o on1,.. a~0 ou 0 •· . .\ nt,•, 1 ~pnsar 11111 pohre ca.,·arlor, J q , '\ • n Jo<-0fo, Rosa p e Manuol na alma n·s-rr1u1tln.. ii fior nçosa dn vir• t \ d · clizerlhe nan,es 1~l'xig,,' • ·, · t I d b de mas <'l'1st11.o. ' o men.oc, r,o erta .. · de irodciros Ouenieiro, Ant6nio Fe:rr.Ji- u< e <' o cm. " • 1111111 son1-..1 c·omnmcatl\"o, a alegua . ti<• Melo Maria cln<s Merces Flol'e~ imc•n'Sn d1• _h•r rt>rohi~o ,Jesus. ~' 1111s ho- Jfrnr.il 1\fnri~ Amclitt Brun, Teresa clo Quo O pe•simismo nuncn invada a. nos· T111111sporlC' ........... . 5.5!;0~().; ra<; p,qnl'(·11lns clri ,·1cla, yoc!erin scgrc- Jc•sus 'Porrirn, P.o J oiio Maria de An- sft ahn:ìl O. Laurn llnrho-n. ........ . 10$00 dnr-llrn 11n111 pnln, rn do 1rre1rn1mvel es- dri do DonnLi vos varios O de jornais Vinimos dr o.qperanc;a ... D. DulC'C• Mnrtius d'Azc.ye. l I~ l\forin Jo~é l~erreirn Paulino Que se n nossn almn por \'~ZC'S_ eno~11 .,,.lln~·n n,;1q11rlc• ftllC' tudo podel clo .................... . :msoo .\gnrn, ll)1ir-me a i-i, quo 11:tO vé nn-dn. no~ingos i\.nlonio R oh.elo :msoo'. lhn, 6 por faltn d~ fé na rmsencordi_a D. Lnr inel ti 1\ln~riço C'ouJ>:11':t nlrm cln 1·on1 e que so ntreYo a 1 -T ' ·: . '. N l)pus que, n<> d1Zcr clo grande apo.,_1 1 60 ~ 00 . p 0 M.'n-• cle lOill.(Xl lll<'ll•r i-;lo 1111 C'nhrçn dc pohres c:rennoi- ' 1111 111!, b'unos/In oc.in,'"'"' "'oo ' J · iiolo prc1-.>00i ro cln mil-'Criro1·dia do Rei ti nho l\1arti11s .. ... ... ' tlll<.' 1 .:-a •no "' 1nrq11es, v,)9 ; oaq1.nm 1· . . t· d Deu é infinita sim. J). Hcr111 ì11ia ì\unc!S do CnrI) rtc do Oliveira ] 5\)!l;OO· I greja dnQ e inno, a 111s 1ça o s . . · ·d·, ;;soo I nh:1s•, oh! isso nunra .... 11 un , "\ ' . mos 001upnrncln com a ~un, m1ser1co1 10 v:ùho ... ... .. 1 l ' la111cniza.5, . 10$00;. cln. fresi;uezin. dE> tambem infinita, é a pontinha d'nm deD. ~Inrhi ,la Luz PereiPni iio( por 1ntermécl10 òc Jose Mnrqn:s ·c1 0 junto d'uns broços 11-berf.os. rn Hodrigul'S ... 10$00 Jordilo) , R0$00; J osofo de Jesus, 46$2a; ....................... . D. Venina .\h-oo Peixo-· J>.o Antonio Ferrein1 eia 1\foca, 80$00; ... ,\ .. ~l~u~~ci~ mudn d'umn arvore ... to .............. . 5$00 P .c .JO'-é C-arlos ..\ln•s Vieirn, 100$00 ; ........ . ............................. . rm:t fil ha do :\foria dE" ~, ninternados do Sanatorio Semiclc, 79$00 i C'omo nous nos fala por meio da creagrn ..... . .......... .. 10$00 P .o l•'rn11c-i~co d'Assis ..\.ndrnrle, 190$00; çiiol ... Antonio Pinho V,irgas dn ~foria P<'droon Mnlias Ferreira. 49$30; - - - -; ,---Silva .............. . 10$00 Ann. da C'onceiçiio Nevcs, ~08$00; interDESPEZAS nndos do ..\silo de S. José, 15$00; IleaA consclencla dos que nao creem em Oeus 5.640$05 91.774$65 triz Valente, 22$50; Maria. Clotilcle Traasporto ... ... ... ... l3nrros Fip;uoircclo, 15$00; Elizn .A. L . Um unarlor fra11 cés, Mich ael Re-----•.-----Pnpcl, compooiçiio o impressào Lourde.( llfooquita, 45$00; TerCRa 13. rianr7, e:rcelrnte cat6lico, al11gara do n. 0 64 (38.500 oxompla_ $ Fort<1, 50$00; Gloria de Jesus, 7$60; 2 287 60 l\Jnnnol José Lopes Din.s, 14.$00; Joiv mim hotel de Par!s , dois apountos rcs) .................... . Solos, embnlagom, expediç~o, quim da Silva Cnrvalho, 92$00; Maria pagando ndea11tailame11te 150 frantr1wsportcs, grnvuras, c111cJ.ns Doro.,; Tavarcs rlo Souza, 157$50; do- cos. . Las, etc . ................. . 677i35 volos do Tlhavo, 39$00; Zulmira GnlhnrPer,qunfanrlo-llte o ,lo~w se qurria 94_739$50 do, 46$70; Gnilhermina da Pieclnde Cha- o recibo daq11ela q11ant1a responde11, (Pagfryi do livro recente: 1ima ,,icfivcs, 90$00; Maria J111ia llfarques Ferma da aeita 1tegra). 21 $50; l\figurl Bento Nuncs, o senado-r: rc>ira, cc..-Tonho de rlizé-lo. E repito-o. E o - Nfio unhor, Deu.~ bem nos vé. 68$00; Custodio Ferreirn. d' Almeidn, SUBSCRIPçAO 11enhor dcwo oompreendé-lo. Entre n6s hli 40$00; P .e A u~m,to Du rii o A IYa<-, 50$00; - ,Vas qur tem D eu.ç que 1,er com um abi~mo imenso. Eu son crista, tenho l\fonsenhor Portugal, 260$00; A.badE> de isto? (,lb1·il de 1926) fé e pratico-a. E o i;enhor nem bnptizaF,.smoriz, 20$00; P .o J osé Rodriguos Sando él - Dar-.,e-ll a o caso rle o senhor Envi:i111.1111 dez escuclos: Ani bai da Cu- tos Lim,'l, 260 00: FranC'isco de Pinho - ~1a.s deixo-a li ne ... ri.lio <·rer em D eus? 1... 11ha ~o~ucirn , Domingos Martins PimenXun<>s; 170$00 ; ,Tosé Mnrtins dos Santos, Lina Loma a ofensivo.. E, em toro Com fra11q1.w za, disse o homem, to, Jo,,é Rodrigues, Manuel Barros de 40$00; P.e Manuel Roclriguos de C'arnmnrgo, reda.rguiu-lho : 120 00; C1nrmen d' Almeicla, é coi.~a com q11e me nao preocupo. -Ah I deixnva-me livre !. .. Quer cli- C..:11rw1lho, Antonio Feroandes Reguengo, valho, zer nào me profbiria da. missa no domin- Jo~é C'nndido G. de Cnrvalho, Maria da 240$00; Antonio Vieira L ei te, 110$00; Nnse caso, replicou o senador, go nom talvcz cl,n. confissiio por desobr1- C'o11c·<>içii.o l\Jlnlos Queiroz, P .e Antonio Marin Fernanda Snntos-, 150$00. queira dar-me u·m dnnora o recibo l\lartins Cnrneiro (de donativos e jorga. Mas sompre csporançado cm quo, dos 150 francos ... mnis tardo ou mais cedo, me arra.sta.rin nn.cs, 41$00), Horminia da Fonseca e

Dopois da doeaça o.vauçar tanto, é que véom cii? Emfirn !... Va no hospital receber d1oques. eletri('OS... Fiquoi trilite! AntO!I do tratnmento senti desejo cle visita.1· o agrado Lnusperone e rccorrer a Nos.<.a Senhora. de Fa.tima com ama novena. Oaso nssombroso I ~o fim do. novena, estava completa.monte, boa, sem dofeito algum e tiio bem dii,posta, quo foi a admiruçiio de todoo. Vonho 1111bli<·amente agradccer a No:;isa Sonhoro. do 1"aLimn., a esmola de tào grnnde grui;a o gritar bem olto, quo j:i pn'>Sou um uno e cndia vcz estou mc>lhor.u Maria da Nazar é Plres, da Vila da Enroira d1z:. ccVonho iagrndoc·er a. Nossa Senhora do Ro.-:wirio da J<'1itimo. o quo prometi publirar 110 sen jornnlinho. 1:mn grn~,;1, pnrtirular, pois fui oudd,.'\. por Xo-sn Senhorn. Tnmbem nlem d08ta., a cuna dum dodo do urna infecçiio, bavia 3 mczes quo niio podi,a. fnzer na<la o algumns noites 1wm pocler dormir. 'He<·in,·ri. ir no médioo e ficar sem o dedo (tlll' Jlltrecia e,si,ar todo feito em pus. ùom<>t-ci a por pnchos da A 'gua de Nossa S,•nhoru. da Fatima e em pouc,os dias ostnva bo1L. A minha mfie agradece n cura dum · quisto numa. mào o a cura dum braço quo tinhn muito inchado com umn. impingetn. A' noite poz com muit1L fé uns 1,ad1os cln, A'gun, de NosMi. Senhorn. o do mnnhii ostav,a verdndoiramontc bcm. Tinhti dosnpnrccido a empia2;em por Misericordia. do N06Sa Senhora da Fittimn.. 13-12-1927

seu modo do pensar I Quantas :r.ipariga.~ que, tendo fiado cle prometimentos assim, coastataram dopois, m,as tarde de mais, que, rom umn mentalidnde df\ o•lio rnligiow, coma é a sua, e~as prome&as eram, pelo meno.. iwpossiveis do cumprir 1... M,irio quer prote,,tar, defencler-sc, Lina, porém, sustenclo-o com um gosto, t:onti nou : - 0 sc nhor é sim:cro. Por isso convenho quo mo nuo fizessc proibiçoes do virn voz. Do rtcordo . .Mas uem so.bo que lui m11itos 111odos do p1·oibir... - J 11ro-lho <iue... -Nìio, uuq jure. Porque o seuhor niio · I r e· doi·xe de e capa.z e o azor quo o quo

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... RAMOS QUEBRADOS ...

OUTRAS ORAçAS

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Abrigo dos doentes peregrinos Fatima

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APROV AC ÀO

Oir1c\or, PrJpr1etario e Editor: - Dr. Manuel Marques d os S a nto,9 Cornnosto e impresso na Uni~o <3,:a fica , Rua de S1ata Marta, 150-152 - Llsbo a.

e C L ES l AS TI C.A.j

Administrador: - Padre Manuel Per eira d a Silva ~erlacçflo e Admlnistraçlio: S eminllri o d e Leir1a ,

f itos no altar <lo Santissimo Sacra- I ram a sua .vocaçao, com aprazimenImento, como que enlevadas em éx- to da mii.e, senhora duma piedade

CRÒNICA ====================== I da F ·A TIMA

tase e alheaclas de tudo quanto se pas~a em volta delas. Depois assistem a penultima mis-) I sa e abeiram-se ,la mesa eucaristie.a com v1s1veis clemonstraçoes duma profunda piedade. A lg-umas boras mais tarde um co(13 DE. f EVt:REIRO) nh ecido titular do sul do pais narra a hist.6ria edificante daquelas duas O dia treze de Fevereiro, consa- , <le.ssas scenas que vamos agora des- nhnas, com as quais a Prov,idencia grado pela liturgia da !greja a co- crever a lo.rgos traços. . . ne,nm mai1ha o puzera inesperadamemoraçao piedosa das sacrosantas Duas senhoras, que tudo m<l1ca mente em conlacto. cbagas do Redentor, levou a futura Lourdes Portuguesa alguns milhares de clevotos peregrinos, atraidos pela grand iosidade e encanto das manifestaçoes religiosas e pela beleza e cloçura duro tempo extremamente ameno e quasi primaveril: .A.'s onze horas ja formiga.va no vasto retinlo da Cova da !ria urna multidiio imensa de fiéis, que se concentravam sobretudo em torno da capela das apariçoes e da capela das 1russas. I Os servos e as servas dc Nossa Senhora do Rosario depois de assistirem a sua missa privativa e de receberem o Pao dos Anjos, fornm ocupar os postos de serviço que lhes estavam destinados, entregando-se com a maior dedicaçao ao exercicio da sua tarefa de caridade. • Continuamente va.o cnegando novos romeiros, em grande numero. 0s sacerdot.os celebram missa, una ap6s ·outros, nos trés altnres da capela nova e os fiéis assistem com devoçao edificante e muitos de:res recebem a ~agrada Comunhào. E, a nledida que se aproxima a bora da ultima missa - a missa oficial, a missa clos doent: <1. a multidao engrossa consideravelmente, a piedade dos romeiros intensifica-se, o silencio torna-se mais profundo e o ambiente que as almas respiram parece impregnar-se dum fluido divino e estar cada voz mais saturado de soh.renatural.

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• D . Ant6nlo Augus to d • C astr:. Mtyr• I••

Um dos encantos mais sedutores · da mistica cidadè da Virgem nesta quadra do ano, a mais tranquila e a mais propfoia ao rec.olhimento e a devoçao, é a série ininterrupta e interminavel de epis6dios e scenas comoventfssimas, que se desenrolam j unto dos santuarios e que traduzem muitas vezes grandes dramas intimos, nem sempre faceis de perscrutar. E' uro desses epis6dios, é urna

Vene r a ndo Ul spo de Ang ra que no 41a 13 d e f everelro p . p. ~e lebrou a mlu a dos en l ~r m os, prégando e m segalda

serem estranjeiras, uma rnuilo no,o, Eram realmente mae e filha e nao tendo nindn tal, cz ultrapassado de nacionali1ìacle espanhola. os vinte ànos, a outra. com mais do A mae, clepois de ter e11tado algum dobro daquela idade, aparentando ser tempo em Cuba e nas Canarias, ioi a miie, chegam pouco antes do meio- com seus pais para a ilba da Madia, ao recinto sagra.do e ajoelham-1 ·cleirn, onde ·cosou com um funciona-se s6bre a. terra nua, pr6ximo do rio portugues. Deste cons6rc.io nascepavilbiio dos doentes. ram tres filh as e um Iilho. As duas Por muito tempo se conservam ém mais vel has, cbam adas por D eus a longa e fer vorosa oraç.ao, de ol~os servf-lo no estado religioso, segui-

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esclarecida, e sem oposiçao do pai que, a-pesar-de nao ser cat6lico I,l'aticante, compreendia que o seu dever o.ra niio s6 ni'io p6r embargos, sena.o antes prom_over e facilitar a ielicidacle das filhas. • Passados alguns anos, a mais nova ouve igualmente no intimo da sua alma crente e piedosa o cham::i.mento divino. Persuadida da realidade da sua vocaçao, que lhe prepara na i:erra um paraiso, cujas delicias o mundo ignaro e corrupto é incapaz de compreender, comunica. a mae o que se passa e suplica-lhe que anua. a sua entrarla numa casa religiosa. A boa. seuhora, consiclerando que ela e o , marido, na idacle em que se encon- • tram, Biio poùem prescindir do aroparo cla filha e convencida de que Deus niio exigirin deles um sacrificio tao doloro'lo, recusa-se a dar o seu c.onsentilpento. Logo em seguida a filha adoece com uma incltsposiçao de estomag-o que aume1ita cada vez mais, impossibilitando-a tle ingerir alimentos s6lidos e produzindo no seu organi1:m10, até ent1io sa.dio e robusto, um grande emagrecimento e uma fraq uezo. ex trema. Durava este estado de doença havia ja dois anos quando de l'epente se a.grava imenso e a pobre manina é considerada irremediavelmente perdi<la. A mae, consieruada em extremo, cai entao em si e, longe de se opòr por mais tempo a que a filha obedeça :i sua vocaçiio, principia uma novena a Nossa Senhora de Fatima, pedindo a cura del~, prornetendo, se fosse atendida, submeter-se rle boro grado ao sacrif fcio q_ue Deus exige do seu amor materna!, reprimir as lugrimas e nrom panhar a fil hn no Convento do Sagrado C'oraçao de Madrid, onde e1a desejava iazer o seu novicfado e professar. Quando terminou a novena, a piedosa donzeln estava completamente c.urada. Tendo chega<lo na véspera a Lisboa pelo paquete Lourenço Marques, resolveram seguir no dia imed:iato para Fatima no comboio que parte do Rocio as seis horas e cinco minutos da man bii, tirando bilhete de ida e volta para a estaçao de Torres N ovn11. Como, ao ch egarem aquela estaçiio, niio encontrassem nenh uro vefculo que aa conduzisse a vila, conti nuaram por conselho do revfaor a vingem no mesmo comboio, no intuito de desemba.rcar em Chiio <le Maçiis e alugar um carro, que as transportasse a Fatima. N a estaçiio do


• Voz da Fatima

2 Entroncamento o titular ac,ima inilicaclo, sabcuùu do embn.raço cm que essas duas seuhoras se achavaru, piie li clisposiçao ùelas o seu automovel e duas horas depois estavam na Cova da Iria a tempo de assistirem ns soleniclades oficiais. Antes do em barque no porto do Funchal, ao despedirem-se duma comunidade de religiosas das suas relaçoes, · a superiora tinha-lhes dito: 1Rozarei e farei rezar toda a comunidade a.o arcanjo S. Rafael, para <1ue ele as acompanhe durante tòda a viagem e dum modo especial na peregrinaçiio a Fatima».

envergam batas brancas, que clemrnciam a sua. qualidncle de '>erYas de Nossa Senhora do Rosario. As mais pequenas, alegTe'-, g·nTrulas e lrnhçosas, 11ao oc11ltam a sua alegija pelo feriado e:drnorclinario que ,1 percgrinaçuo a Fatima lhes proporcionou nèsse dia e pela ,,enturu de passar algumas horas naquele local :1 hençr,ado, aoncle todas elns, no fervor da sua piedade, foram pedir a ,}Jr-riosa. Rainha dus Virgens uma ben,:ao carinhosa e' o favor òa sua pr'>f ecçiio maternal. · Entretnnto, juni.o clo pa,lrùo comemorativo llas ap:uiçòes e do'i 1mcei;,,os maravilbosos, ocorre, nlias sem C('lnsequencias desagradaveis, um pPq ueno incidente, a que a prmlt>ncin o energia. dalguns l'iervitas iu,ediniaA's primeiras horas da. rnanha., mente pùe termo. Um homem do pomuit.o antes da chegada do grosso vo, que tinha feito a p1·onif'1>Sa clc da peregrinaçao, tinha-se realisndo dar algumas voltas de joelhos a e,ana capela das ·apariçoes •uma cerim6- pel a, teima em cumprH · a ·:l'Hl jJronia singela e vulgar, mas encauta- messa pela parte interior, o 411e nno dora pelo espfrito que animou os seus é permiLido. Nn s ua relig-iosiclnde protagonistas a escolher aquele lo- pouco ilnstrada, supòe que a ~1111 e.al para a sua realisa('[o. pTomesria s6 assim ficata calmlmenlc Dois paroquianos da freguesia de cumpricla e exnl In-se com a nposi~no Belcm, Lisb_o a,· J osé .1 ERodrigues , ·t S Lo, f ormal que encont ra a. pfectivn('iio clo pes e D-,.f. M ·ana, nob •spn1·to ,dEHllO seu c,ese10, J • a t n ·i 1111· n<lo-n a um mero · o evo· h o· no 1 L amas .1.1 oreua, am os mu1 ,ti. d capr1c encarreg-nc1o e1o ~c-rvu;o. h ora d e F a ma, e- 1 p S t os· dde .LN ossa , en f. · l · b' , · or m1 venci< u, mns oao cou ,c-nu. po1s e o lerem as necessarias 11cen- 1 J t· l l 1 · d t ·d d 1 ·, i· t d CiO, re 1ra-se mo rnmorn, n, tenmças . au ori a : ec esias ica, end O nando ossim o clesag-mcl:ivel iuciclen-

Apc1<; n missn., realiscrn-se, na for- çèies, onde ficou e.xposta a ,eneraçao rna clu costume, n cerimonia, sempre clos fiéis. noya e selllpl'e hela, <la h_e11çào com ('omeçn eutao o éxodo dos romei-

o Santissimo Saciamento aos en Cer- ros. Enquanto o astro-rei desce no 1110s. horizonte dii,tante por entre nuvt>ns Lt•,·nrn a c ust{,clin o senhor Bisc6r de snngue, n multidao vai del:nu0 po tlt> A 111.n n e segura ,·a :i nm1,ela dando pouco a pouco, até que, ao por o sc-nhor Hnr5 o cle Ah-ninzPrn. do sol, apenn.s alguns raros peregri'L'rnni 1111cla a l,i'•nc;fto dos cl-oentes, uos fazem aincla ns suas ultima~ desr.nnlo11-se o Tr111t11111-1'rr;o, cleu -sf' a pecliclns a Virg-em, presos no doce enbPnç·ilo g-eral e suhi11 ao pulpito o leio claquelt\ estancia divina, perfuaug-usto c·elehrante cln missn, que I mnclo. pelns orac;òes das almas crenprég-tn.1 um c-loque1t1 e i,prn15('1, arrnn- tes e ungida com as graças e as benc·anclo lng-rimns cle n111ito,- olhos. çàos do Céu. PM fim · orj:!'anisou-,;e ,le novo o I • cortejo nfim cle reconclm~i r n I magem T" i.~ronde de Jlontelo da Yirg-em parn n cn pcla ,fas apari-

f ~fd~:c ~r~nr:::,e~:1:br~;;:s~o Si~ e~~ l é d I ·

te,,..~impossi_vle}J_ <]r. lC'YÌtar]. j .1., 0 pnv1 rno cos ,oen'i's. nmu magem mu111er <l e meia · 1,· l a,l e, que Ja · · L,u oHos SUI\ pre- tinha sofridu tle nlieunç·ao meni.al, é l · l t t l Foi o zeloso Ileitor do Santuario presa. 'nm ,b·io cu 8 a_qtuP- re hner1 1 p M , .., voti, ac·ompnn al o e e g-n os c> e oro da. F .t.t· u. 1mn, rev. .e, ~ou· Genc,, q1.1e _ .ed anue R 1 F, r.onvu1KO. O <1r. Jl creira MAIO DE 1927 = A volta da Proclado sa por e11 e egaçao o ev. t -·aroco, 1ogo acoc1e, procurn o.ca l mu,( l a, o que .. quem pr?SH rn ao casa~en ce1e- s6 conseg-ue, fazendo-a r er.olher no 1 b rou a 1nissa, a que os no1vos comun- p t 1 - mec, 1·1cas. os o e ns ven·r·1cnc:oes • ga.ram, .e 1anc:ou n b.ençao nupGla1. U m d"1s t·m t o me 1co e1o concelh o A V trgem bemd1ta, que •lntrora cl S • · · J C .t. ] G 1. e antarem assiste entre a mult1òuo nas bo ..Jua,s ne 1 on"" ea n 11ti9. usou .1 • • cle tani.a b ndad d 18 . a.o e1esenro ar nns scenns deste cha, l~a 1' e para comdus f ft estudando o fenomeno mnravilho~o espoi,o de vin~oenpa ; os bpor ~us~ a a. a de Fatima nos p'e que11os nndas apa·ci·t r O batnquede e nuDp~l~s ' rentes q11e em grande parte o consSeg-un«o o nrt. 0 G.• rlos ERtatutos I Advertencia aos Assinantes que Soll ou e o eve e seu 1v1- . , . .lh · · t1tuem. Com o seu espmto profunda- cln Contraria cle Kossa Senhora do no F) o o pr1meiro Ill11agre - a te l 1 · 8enùo a assignalura da Voz da Fa- cl , · h d rl men o ,.,erY01 or exnmrno. o que ee Ho,11irio dn Fatima, o Renhor Bispo co verSO.O a Thgua.dem Vla·i°' _ece O pU8!10. e formula clesapllÌ:XOil8dl\IDCn- cle Leiria nomeou a. seguinte Direc- tima rle umo. natureza mujto eapecial VO ~eu um_ ~ ar e. pre 1 ec_~o l:'n- te os seus juizos. Fatima, com as ç·ito: nùo mandamos fazer a cobrança (o rd~ eslsesélp1e otsos nlo1vo!, unl L dos in- suas impouentes rnanif estaçocs d.e Fé Presidente minin10 de 10$00 por auo) pelo corisso uv men e pe. o , vincu o tAo sa· 1a d e, com a <1eT"Oc:ao - smge · . . e p1ec 1a e reio, <leven<lo cada um enviar esta Dr. ) fnnuel Marques clos Santos. cramen t o d o mat nmoruo na e1:1 ancia d . . quantia dircc,tamente em carta regissa rada de Fatima dando-lhds com .encanta ora_ da grande, ma1ona dos g · do · ' t seus peregr1 oos, com ·as curas estutada ou wde. ' T esour ci ro o mais ce sornso ma erna1 a sua d . . , . bcnçiio preciosissima, penhor' i-egur o pen as e hu.tnan~~uente me:xphca,e~s 'l'ombém nao costumamos manRev.clo Mauuel de 8ou:m. d b dA · d t de numerosas v1bmas de tantas 1111dar r ecibo, publi cauclo no entanto, a a un ancia as graças ce1es es. sérias fisicaR, com os prodig-ios aiuSerretario posto que com muito atrazo (cerca • da mais a!lsom brosos e quasi se1J' pre dç clez mezes) a lJ1t:rntia enviada . IleY .do Manuel Pereiro cla Sil va. . • ocultos de verdadeims resaurrei,Jies Cremos que to,los, irnpeliclos pelo morais, é para aquele ilustre clinico amor a N. Senhora, querm·ao coopeum facto que se im pòe a ateu('iio e Uma hora antes do meiv-dia, o A. correspondenc~a. r:la livo a Con-1 rnr conosco na difusao do jornalzinho Posto das verificaçoes médicM esla ao exame consciencioso de todos os quasi deserto, 0s doentes, que se espiritos deapidoe de preconceitos se- frana deve ser <lmgula ao Ilev.do de que se i.em distribuido ,r;mtuitaapresent.nram a pedir a senha _d e in- ctarios e ansioeos por conh ecer a Yer- Manuel cle Som:a- Fatima (Ourém) menl,c, mesmo nestes mezes de menor gresso no respectivo Pavilhiio, forum dade ,onde quer que ela i.e encon- 011 ao Ilev .do Manuel Pereira da Sil- movimento para cima de 30: 000 por va - Seminario-Leiria. mez. \SID bem desta vez pouco numerosos. tre. O livro de registo contem apeuas algumas dezenas de nomea. O d :rector • • -«l\foitns l"ezes tem o senhor falado do Posto, dr. Pereii-a Gens 11uspen- · em. com·ersòos pelos e..,crçicio'l, maa ja,. Ao meio-dia solar, depois da prude os trabalhos do seu gabinete e vai mn1s tcvo um cnso tiio ma1·11l"ilhoso oomo assistir a missa dos doentes, pronto cissii.o solane da I mngem cle Nc,saa O P. L 11i:>. T,nln nde, r <'f<'rincl0-s<' nos trn- 0 meu. a acudir com o seu serviço clinico Senhora do Rosa.rio, sohe an a.ltar- bal.hee npo;.tolicoe do <.:nnnd:1, 1111rrn, enComo nssim? mor da ce.pela nova sua ex.eia tre outr~s, um Ul_1so que ;.u prnsLa n utei~ sempre que ele seja necessario. - E' mnis extrnordjniirio, mnis mila• Pr6.ximo do Posto médico, mn nu- r ev.ma o Sr. D. Antonio Augusto de observaçoea ~or~1s. . g-roso q11e todo!I os dc mnis. E pode o seErn nm neo 111d11st~111l, mns,. no . me~ n hor fnzcr 1folo o uso quo qui2'.er . meroso grupo de meninas que enver- Castro Meireles, Yeoern'hclo Bispo de - Primeiro é mister conhecel-o. gam o seu simples e elegante unifor- Ang-1·n, que celehra a missa clos 011- mo Lcmpo, robre "?nrido, , rpie J~mnis recon heC'orn scus defe1t,o~. J a "" ,·e qunntns me de colegiais, atrai a atenc:.ào de fermos. O ilustre Prelnno diocesano do.c;n,·crH:n,, impncioncins e tristczas hn- . - P?ts hcm. Quern fez o rettro fu1 eu e, todas as pessoas que passam. ~ào al- o ex.mo sen hor D. José Ah·es Cor- vi~ cm cnsn emborn ni.io chcgnsse ao de&- imagmo 6 pn&me o ~<'nhor, quem se con' v?rteu foi... minha mn lher ! Desdo esse gumas do pr6spero e acredita<lo Pa- reia da Silva, q11e tencionaYn O<'uJU- quit<'. F,·~. 1 ·011111 n11trn, 11111it11s. l'x<'n·i,·ins Cl'd11i tudo nndn em cnsn com doçuraf tronato de L eiria, fundado ha ;,oucos pan har a Fati ma o seu colfiga no pfrituais dc S:.to Jnncio. O excolent-0 homem niio se apercebia episcopaclo, ficou retido ero Leiria anos por iniciativa do venerando Dcssn piPdn,a pr:itic•a , 1a dizin S. de que, nm_n vcz emcndnd~ elc! terminaPrelado, a quem o distrito de L eiria. com um forte ataque cle r emnatis- Frnn<'iS<'o dc Snle1-, tinhnm res,1ltado ram os d1ssnhnr<'s qne in_qmeoo l"am a mnis convorsoes qne RS letrns do tiio pre- espos.n; eata, 11:ì n tendo mo1s razòC'S padeve a exiriténcia daquel e m'>delar mo. , in,o lii ro dn, l'X<'rtidn~. lll'~de c.""c rn impacienci<1·•, nùo solb."\vn mais, de vez Durnnle a. missa rnon-se o terço estabeledmenlo de educaçao e ensiilin mnrlnn II cn,n do napcctn. Vni tndo cm qnnndo, cc-rtns pnlnnns nmarii:ns. no. Acompanham as a lu nas II sua em comum, canta.ram-se canticos pie- hC'm, ('omr, 11m liom relogio, sem sombrns Emondemo-nos e, foC'ilmonlo acreditailustre direc:tora e varias professoras. dosos e distribuiu-se a Sa.gracla Co- n<'m clii.l 11rhio,. Em cert,11 nr:isiiio disse o Nmos c:omo o industriai que os demnis se nosso homc-m no padre Lnlnnde: ~ corrigirnm ... o viveremos todos em pa.z. A lgumas das mestras e das alunas mutfhiio.

1dace:M conJugo aos · t ,p · s d a ~l i:rrn., no san uario a d1 ecçao.

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Confraria de N'. Senhora do Rosario da fatima -·

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AS CU R AS DA FAT (MA

Mandai operarios !•• •

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Querin dar ma.is n Nosso Senhor que 1 do os o;.sos; qunlquor mo\·imento me fa. tanto lho tinba ja. dado e por isso pedia ___________ _ __ zia soltnr gritos dt- dòr; nùo po<lia poisar mais: pcdiu licença para se Lhe da r todo os 1>és uo chiio sem logo sentir uma i'.o! pela Ordonnçiio Saccrdotnl. inonarrnYCI. .Acnbara o.penna do celebrar. As dificuldadoo proccdentoe da sua. idn.De nndii valeram urnns fric','ÒOS dada, pelo enfornwiro eia rasa· as dòrl'S recruComo de -costume a sua missa de sema- de sobret.udo, nplnmirnm-so e o J',{nrtinho na. e a.o Domingo assistira.m apenns umn en~ro11 ~o Semin:irip,. Foi UD:\ dos dias Emllla de Almeida Pinto de Pescan- dosciam a rnda instante', niio mo dando meja duzin de pessòas. malS fohzes da sua nda o da entrada no • p ilh da .o-r n ·ud u momento de soocgo. · ' · • c8CO, nmp osa «:><> ru, cumpn o Ul 1, S Era urna dooolnqào aquela terra, aque- omi nnn<;>, . . . dover do gratidiio para com Ncn.sa Son ho•' 01 neste dc.'>('. pero que eu, clepois emla gente! Se luwt.a. ah rapaz obediente, serv1çal, e d O u, , . d F 't'1 11 h ·t brullrn,ndo o po . numa toalhn com agua osnn? a 'a ~ i:, ven ~ res~m 0- fria, me encomendei confiadamente a VirQueria falar-lhes, queria convert~loe humildo era o Martinho. Ilavia-os mais ra inteligentes talve.z tiio piedosos corno elo sa.menta. ped_i r n S. 1!:x .. Rev. a Itneza gl!m de l•'iitimo. ma., eles... niio vinham. . da p_ubhcaça.o d~s segumtes gi·aça.s que Pouco dopois ndormoda trnnquilo e d-i E o pobre P.e Joii.o .,Gonçalvee educa.do mos mais d~ que e le 6 que niio. mnnhà ncordei som a mouor dor nem ina antiga sem &aber que, m11ita.s vozes, é Era um pro.zer tratnr com ole nns aulns, receb i do Nossa Senhora: 'five uma tuberculose chegando a niio chnçùo, e nuoca mais, j:t la \'Ùo /O dins necessario ir a caça dos pnroquianos, ia-ee no.s recrcios, em toda a parte. Os Superiore& estimnvam-no; oo compa.- 1 poder fa.zer nada. J ii quasi nào podia - senti nuda nuquole pé. deixondo ficnr, cada vez mais lnmuriento nheirOIS ama.varo-no porque reconbooiam nada.r do pé. No principio estive em L1sA agun s6 por bi era incapnz de operar e mais inoperoso. Convid:wn.-o a isso a educaça.o que re· noie alguma coisa clc virtude mais alta do boa corno criaJa e m casn da Ex.ma Sonho- nquola mudança, o eu por isso L<>nho paro ra D. Teresn O1·nr. Fui consultar al- miro quo foi um l'crdade1ro fo1 or {a tni· c-ebern, o ambiente cm quo vivia, o indi- que cm si pr6prios. "' guwa.s ve7,es o distinto médico DL Vns- nha de,·oçwo quo1·ia-Lho dar outro nome) ferentismo dos que o cercavam e nté a monotonia tristonha. das pais.<tgens da sua • coacelos, receitando-me varios remédios que do Nos..-n. Senhorn de Fatima. freguezia. t.omei mas sem resultado. Cheguei a ter Tambem entreguei a rnesmn Senhorn Naquela ton-a. espiritualmente, semetalber e toda.s as coisns do uso afnstadns a cura clf.' outro tloeni;a mais pert1naz, .Acnbnram finalmente os anos de propn- e corno jli niio pud~ trabalhn.r vim pn,. que mo nflige hn mescs, e tenho fé que lbanto a um grande restoZho - nem ra a minha tena piorando sempre. Nin- scroi ouvido, ~nborn o nào m1,1rcça por urna iniciativa, nem urna dedicaçao nem rnçlio no Seminario. O Martinho ora ja o P.e Martinho. E gucm j1i pensava em e u melhorar. No rnous muit.o~ pecados». urna bòa vontade - ostava s6. - A' volta. delc pn.ssara. urna foice implacavel e ao Jc,·n.ntar-se do pavimento, apoz a fun- fon do ruuito sofrer rosoki jr a l?titima Maria Rita Ramalho, de Vniamonte, sobro e ia urna calma ardente a estiolar o cçào religiosa da .orclonaçào quando a sua cm Maio de 1926 mas corno estava muiLo requeimar at<> as rnizes qualquer princi- alma se _elevava até Dous pedindo-lhe a!- fraca nem sei corno tive ooragem para Mo11fo1tti, Alentcjo, e,creve <.'om dat.il do l!8 de outubro ultimo: piosito de bem, apenas viesse 'a sair da guma co1sa, 001110 sa<.'erdote, o P .e Mart1- .,ai1· de minbn casa. nho quo cla. sua terra., perdida naa campi- I No caminho corno nos f altnsso o carro «Cheitl. de reconhec1mento e gratidìi.o teJTa. 1 Que !dmirava pois que n sua alma fos- n:16 Alemte~anns atrn ·1:ssa~a leguns e le- quo nos devi;{ lransportar u. cstaçiio do pnra. e-0m a Viriem Miie Santissima N. rio Ro t,rio lle Fu.timo "cnho pnra se também assiro - Trisw, monotona e guns do searas lourns rnclmando-se agra.- cnminho do ferro da .Lousà os meus <.'Omarida come um «monte» no pino do ve- deci~ns para a te1·ra, fez urna pequ<'na pnuheires de viagem rosoh:eram ir a- pé. :.u., gioi in e <'ll'llpl'lmeut.o eia minha llr,~ Numa poqucua sub ida tive um ntnque mebSa, tornar bom public•a a cura d 'uma oraçao pela gente da sua terra. . rao? <COl1 . Sen!1or. a 7:csfolho requeimado e de LOh-'iO o umn tiio grande afliçiio que torrivel cloença de que ba muitos anos Mas, coitndo, npezar de tudo na sua alma lmvia ainda nm pouco de vida ~ morto 1a /01 t~1go lmdo como o dal ~eara., julguei ficar ali. Nesta ocasiiìo pedi mui- ~ofrill. Anos o ano;. decorreram, scm quo melbaote a vida duma semente - bas- gue ogora do,ram cu nossa.t campw.as e to a N_ç,ssa Senhoro. o prometi, se co oootava um pou<·o de calor para germinar e t~rna,./o-ha a ,,~r quando a mao ~o ltomem guissc ir, de dur urna poquonu. esmoln a qualquor dos meù1t-os, e tantos forl\JD, n a1udada pela Tossa grara voltar de novo Nossa 'onhorn. O quc entùo se pnssou qucm con!'Jultei, encontrasse meio de floroscer e frutificar. Q cultivar a lerr<t. em mim uem o E;Cj oxplicar. l?oi corno mo curar, 'lpeznr de tonto trnbalharem quom mo tirou um p oso que mo oprimia pura. oss,e f1m . .. . .. · .. · ·.. ·.. ... .. · ·· · o corpo iodo. Consegui ir jn sem cw,t.o llaldnclos todo., os es~or ços, pois de .. · · · · .. · .. · • . para minha. ca.M\ e j(~ \'Oltei em mnio ul- dio. p~ra dia mais se ngr:i,n,am os meus Nnquolo dia nfi.o tinham vindo oxacta-- . O restolho tl'tstonho e apar~ntemente timo iudo todo O c,iminho a pé. l(oje, pudec1roonlo!.. . , mente as mMmas possoas dos outros" dins. inerte de tanln/1 alma.,, d~ quasi todas as graços 11 Noa;;o. Sonbora, tra bai ho no cam- 1 O meu medico assistente-, cnnsado de almas destUJ fcrras, 1· ass1m tamb_ém. · 110 e nunca mais scoli as déìros que 60n- trnbalhar, sem resultndo, declnrou-me A um lado, muit.o concerta.do ostava l'n.,sou a / atee, Se11ftor, sobreveiu a_ sé- tia no:1 pulmòos julganclo-me comph•t11 - que tinha de sujoita.r-me a urna operaum rapa.zito. ca. Mcis a vie/a e,•ta l<'i. Mandai obre1.ros, monte curado.n. çiio, l"isto ier do~cobert-0 cm miro um tuTez morena, tiznaùa do sol, aspocte de muitos, obrefros para o vosso campo onde mor nos intestinos, o quo, s6 pela. sua zagnl. agora vou traballtar pelo Vosso Nome e «Urna Irma da c ongregaçllo das Ter- cxtr:icçiio eu podaria curar-me. Ne fon dn Missa ontrou na sacristia, celras Domlnlcanas Portuguesas, residinonti-me dosfolecer com est& triste nonproximou-Ro do P.o Joao como quem Ihe por Vo.-rso Amor. E de,itro ern pouco, oh J:?ivino M estre, do om Snlnmnnca, Espanha, estando,• hn- j til'in, o vi netle. tratamento, niio a_ miqueriii alguma coisn. pelo es/orço dos vossos obre1ros e pela I~ via dias com uma febro teimosa. que da.va nha cura , mns s1m o mou desapnrec1mon- Que me queres tu? cwi<façào d« 1?o.ssa grora ha·de rev~rdecer, cuidado,' porquo o. ia dpbilitando, reso!- to deste mundo, a quem me. prendiam _o - Querin-me confessar ... /1,ortr e /ru ct )ficar o restolho artdo ~ ram n.s ] rmii"I fazer urna Novena a N." / m~u ndorn.do esposo e tres mocentes fi- Pois! almas alemte1anas como as nossas camp1- S<'nhora clo Rosario da :Fatima. e que a lh·nhos. Pnrecin,.lbe estran bo realment.e nquele doont., beberia durante 09 9 dia.. da agua M:as. qu.o fnzer 11estJ triicte situ~oP desejo. Pois se ele nero pela Quaresma ti- nas em, a!nenu p1·iniuvei-à.. Ma ndai obreiros Senhorn. milagros.'\ da F atima, sendo 30 me5mo Parti com o cornçao em=lndo_, Por nba confissoes I tempo rosol vido mandar publicar a groçn ~r de sop~r~r-mo <los meus qucndoa e Pois so os seus paroquianos ja. niio obtid.a. nn. Voz do ]!'lit.ima. Passarlo ape- tnot·~ntcs f1lu1uhos o~_ quw 11.1, utllip..d1 queriam o Pnd1·e soniio para festas e ennn.s o primeiro dia. eia No"ena, a febre cons1de_rand~:, Jn orfaos. ., terros I Pois so eles nem tào pouco snhia.m desapnl'CC0u logo para nao tornar a np11- . A °2tnha dor, s6 podera avnlia-la quem o quo era e para quo era n Missa... rocor e a L·mii doento achou-se bom cm for mae. Pnrecia-lhe por isso um sonho tudo aquÌE aquole homem do za.gal de ovelhns powc~ dias. Aoo~panhou-me nesta !riste romagem, lo e corno quo a sonhnr naquele - «poisn feito zagal do almas veio mostrar ao P .e Mais urna vez damos mil graçns a no..sa a_té. Counbra, o meu quendo ~po_so, 111:°" · - foi respondendo: Joao quo m05mo no meio do restolbo pOT Mi1e do Céu a Virgom do Rosario da f1llunha do 14 anos, urna 1rma mwto - Entiio vnmos la. vezee floresoom lirios de incompnra.vol be- Fntimn» I ' quC1rid11. e o mnrido d(lstll. E iu;sentou-se para ouvir n confiseao. loza. .A viagem foi triste corno todas que Mna o pobro rnpnz nao sabin. nnda nero tcm coraçào, bem podom avaliar. Sopa.P.e José Carlos Alves Vleira, de Vieirn ..................... de coniissa.o, nem de doutrina nem de nado l\linho, oscro,·eu om 12 de Dezombro ror-me de dois inocentes filhfnhos, do,,; da. mais .elhinhos pois, de tantas peuou .A mro.se é grande- os oporarios poucos. de 1927: Ouvira. fa.lor de confissao e queria conamigas quo me acompanbarnm nt~ a horn fesst\J'~ tnmbém. Alma.s pi.edosns, ,a qucm é dado pela ora«_Sou devedor I\ Virgom do F~t~mn de da snida, e lembrnr-me de quo tnlvez os Mais onda.. çiio e pelo sacrificio dobra.r o brnço da ru;;.s1oo.ladns grnç.as na. orclem espintual e niio tornasse a ver ... que triqtl'zn 111 O Padre foi-o dispondo corno p6de. Justiça Divina., implomi do Senhor que tempora!. Maa de uma sobretudo quero Do todos me despedi com lagrimas, e R:-comondou-lhe que estudnase muita dou- afnste de n6s o tremendo castigo da falta faln.r. . a todos pedi que nào me esqu0008ll8Ill tri, a e quii vi0830 n cru.a dele em certoe j de clero - castigo bcm merecido por tanHa tempos achava-me excess1vamc11 t:e nns qnns or~·i><'s. dias para ele lh'a ir ensinando. tos pecn.dos, tantas infidelidades, tantas preoc'.1~ndo com _umns dor~ quo os mcdiLcvei no. minha compnnhin I' bom junE u.ssim foi. incorrespondencins. Despertni vocnçòes, - cos_ d1z1am eem. 1mporta~ci.a, mns que me to no cornçiio n Tmogem Snntn da VirO ra">az sabia ler. Levou um ciLtocismo- nuxiliai-ns e auxiliai , 03 Seminarios que fnz1ai_n _sofrer 1menso, t1rando:me o sono P'<'m No~sa Senh rn do R os11rio ~e F69 sito e timquanto os outros brincavam, du- na. sua totaJidade vivem de osmola.s- es- o _res1st1ndo a _to<!as as pano.corna a ro!D~ timn de q11em son umo. dns mais huranto o dia, o Hnrtinho retirava-se a molas de oraçòes 6 esmolaa mnt.erinis. d1os por el~ rnd1cados. Numn das noli-es roildes devota.s. Com tonta Fé implorai a sombra du'lla nzinheira ou a.tra.z dum cha-Màes cristàs, pedi muito a Dous nas em qu!l. 1~1a1s a.poque~tndo me ~ncontra- Divi.na protecçiio òn Snnti'l..'!imn Vir: porro e eSI 11davn. mo.i$ um ponto de dou- oraçoea da famHia quo mande bons padree v,a1 . d1r1g1-me co1t1 _fer\'Or I\ V1rgem de gorn, que no rh<'p:nr a ('-0imhrn. me ~n~1 trina. I\ Sua Jgrejir, sobrotudo em Portugnl, e 1' at1mn. o logo ns doros abran?arom, ~e- comt mais força,; e corn,:i:cm para res1st1r De quando em quando levantava-se a nas v06SIIS cro.çoes particulares pedi ar- saparocendo de todo poucos clrns dopo1s. 808 tormentos quc me estavo.m reservaSingulnr pr?dfgio opero_u tambem om doc;. ver como io. o gado e, se tudo ia bom, sen- dentement.e a.o Senhor que So digne escotav- de novo no seu estuclo. lher para Si, pela vocnçào no Sacerrl6cio, m_eu favor n. Virgom, ha co1sa do l? ou 16 Ao e ntror no Hospit:i l, senti red0Qun.ndo o gndo so lhe nfnstava muito in n.lgum dos fructos daa v06BQ.S entrn.nbll8 e d1as. Jih~va d~ _p~gem em L1sboa_ e brnrl'm-Jne as forçns 00 sabor que ~in_bn correndo e junto do rcbnnho parava de considorn.i corno o dia mais feliz de voesa corta no1te, qu1is1 de rcpe~te, _sob_rev<'1u- n f<'lic;ilade de ser operada p<'lo d1st111vida aquole om que virdes o vosso fi lho ..me no pé esquordo u1;10. ~or tà,<;> mtensa to on~rndbr, 0 Ex.mo Snr. Dr. Bissai~ novo a ~udar. • ,:;ubir os degraus do nltnr a imolnr n Vi· e a.guclo., que logo f1quo1 tollndo, cus,.. Bnrreto que mo tratou com tantos euitnndo·me imenso a ilndar co~ aq11_ele pé, r1a.dos ~ atençoe.~, s6 proprias dum.a. alctima SacrosnnLa. • • e mancando aem querer. ~01 preciso que ma tiio bem formndn, romo é a de ~n bonclosn senhora, om CUJa. cnsa mc h~ Ex.• 0 Snr. Dr. BiSS1ia Barreto. - - - -. . .1---pednrn., me levasse do automov<'l, ahns o meu r<'C'Onl1ccimento. de meu mariDopois de eetudnr a doutrina coniesno~ soi se chogaria a caso nem corno che- no e filhos para com o Ex.JUo Snr. Dr. aou-se t1ntiio a valer e comungou Oli ,cagargana. llissnfo Bt\rreto, 1:;ora eterno. r.-u o nosso l'iii», corno se diz na terra del'ma vez cm casa comi nJguma co1sa, o meu trntnmento Jev&u tempo, porle. o que _dou em rGSultado agr1wnr-se a d~r qu~ tendo corrido bem a ~pei:_nçao. ~ Ficou radiante mas a sua alma inocento e cu f1cttr com lebre. Lombrnram-se enta.v hrevieram algumas rompltcnçoe.q, dev1, e profondamente boa nào ostava satisdc me fazor chep:nr o pé para unrn lnm- ,Ja.9 talvez no estndo ile fraqnezn. a foita. Urna rreança eetal'a sentada junto d'um pnda electrica de g rande potencin; no qu; tinha ~hegado durnnte tanto temUm din fni tor com o P.o Joào o pediumeu de~spero, e julganrlo snrar, chegue1 po de rofrimento. -lhe quo lho nrranjnaee urna ca.,:;n boa on- britador do pe<lra: Niio hnvia meio de ronservnr qualquer - Senbor Joào, diz ele olbando para o o pé demasiado para o, e nergia e nf o de ele trnhnlh!l680 ~ se pudosse entregnr ao estudo do. rcligiiio. 1<Que se tinhn npni- opernrio, para que é essa m~alha que domoroi. lmnginCH;e o meu suste quando, ~Iirncnto no estoma.go, tudo w1mitnvo, dcpois do mo nrrnstnr a CU8Lo :.té a.o nnda me npetcc:n <' s6 tinho nn<'hs inxonndo por aquola.s ooisn3 o queria conhe- trnz no pescoço ? - Para quo Deus tenha. pied<\de de meu quarto, julga orlo que in ficnr pora,. suportn"eiR. ~fr;n horrin•lm,,.,1 r. ce-lna mell1or». li.tko, vorifiquei quo o pé cstnl'') enor· Mo~ n ff, em Deus o nn Virl!;em qo,. Encontron.se cnsn. afinal e o Mnrtinho mim, men petiz. - Mns o meu pne diz quo niio ha, Deus. momente inchndo e com umn -ç-erroelhidiio nhora do 'Roo;nr io <le F ntimn niio me afoi o fioou mnito conteat.e e 01Studou mui- Ah! Entiio (diz o hritndor agarran- inquietn,ìto. Arcl ia em febre; e o ,>e, qu<' bnndonou' um in"t~~t". to. Urn òio, nm pouco dl'•nnimnrln, pedi do um ralhnu e entregando·o no pequeno) , rio principio s6 uio cloin por cima, 0p;(lra Cada vez era melhor. E por isso mesmo é que nio eetava sa- leva esta podra a teu pae e dize-lhe que couwçou t\ <loer por hnixo e por cimn ; uma , gotn r1o nl!nn Jl~rn hnm"rl<'cer o, tinba n imprcssiio cle que ml' tinbom ,;nf- labios tiio re&<'q nidos prln fl'hre. mas f ~ umo. como esta. tjsfoito.

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0 argu111ento d•um britador de pedra


Voz ~a 1=alima I c"se ùei.ejo nùo poudo b<-'r bntibfoito porquo o .u1é•lico unha proiùìdo que eu bebesse agua. Que afli\·òes SQfri I i\Iinha irmà, vendo-mo tào mnl o iào aflita correu iunto dumn Snr.• 110,-sa 11m1ga e po<liu-lhe aguo. de N. Scuhora de Lour<ll'" <lii dc• Nossa Senbora <lo F:itimn.. Conio tivosse das duas •ninha irmà prd••riu a clu Fatima o a ocultna de todoe deu-me um copinho daquela o.guo. Sn uta. Senti-me muito mal, mas decorr1do pouco tempo tornei outro copinho daqueh~ n~uo. Sagrado. e o men cstomago o.· quietou 1mediatamonte. A' noite tornei duo.s colheres de loite que me ficarnm bom no e.•lomago, e continuai n. nlimon' tn.r-me sem mais aucin.s nem m:1is tormentos. De hora paro. boro. me seni.in melhor e oompre bom dispObt.'1.. Em pouco tempo t1ve 1tltn. e sn.ia do .Hospital c-hoia cada yez mais, de fé no. V. Santissimn. Senhora do Rof\;irio do Fatima e vi l}ID tudo i~to, mais uro milngto da Poderosissimn R ninha dos Céus. Na.<; rninhas préces, CO!llo no cumpri· mento dlli! miphns prornessos acompanharam-me <il! entes mais queridos : meu marido e os mous tr«> fiJhinhos. A&im. no dia. 13 de Setembro esti"emos todos om Fatima, na Cova da Iria, e prostrados aos pés da Rainha dos Céus, Virgom N. S. do Rosario, ali comunga.mos, oramos, e dirigimos 08 nossos ngradocimentos ti nossn. Divina. iMae & Proctetora. • Novamente imploramos da Virgem Sn.ntiSBimn., que nos a.companhMSO em todos os transes da. vida, e nos alcnnçasse n i:tlorin no Céu. Estou completamente curada, e por i~o é justitisimo que procln.me bem, n.lto o poder dn. Virl):em Mao Santissima Senhora do Rosario rle ~Ftitimn, onde to<los se devinm dirigil', orentes e doocre ntes, porque ali ho. Jlluito que ver e 11.pren1ler. Grnçaa e mii grnçM sejam dadM a. Santissima Virgem N. S. do Rosario gue tanto honrn n Patria portuguezn.. Confessa-se otc-rnamento grata a mah humilde d<>vota do N. S. do Rosa.rio de Fatima-»

obom odor da AVÉ MARIA

poifi da ima morto sous dois filhO<! peque- J nino.<i. Record no Sr. Dr. Ant6nio do Sousii Ne,·es do Alcobnça, gue, clepois d'urna ohoorn";ào rninuciosa, disse quo devinmos DESPEZAS t:m:i pobre mulher, mns snbendo ondt• tinha 1\ cabeçn, era vi~to. passnr, mu1ta~ t1•r ido ha urnio; t..,mpo. 'l'omou alguns reT t ranspor O .• _ • 9-1.7:3!1:;,.;o vezcs por dia, em umn, rua rouito nfasta.meclios soro resultndo. Prcparava,..ee para morrer, mas •·ostava-lhe uma esporançn, a ,P~p"l, C'ompi~u;a,,,o ~ 110 dn do seu trabnlho. d:\ Fé. Rocorn,rnm :i Nosaa Seuhorn do pr, ~~.w . çl_o. I}, (3., (,38.500 « Pn.rn quo sii o (lbo dfasernm) estas ca11 Ro..<.~irio da l!'utimn e corno romédio cmpre- oxo ! 1>l,ntes)· ......... ·:· ·:· 2.!a?G$45 minhadas iuutcis? gn,·.un a. suo. itgua. E logo quo o fiwrnm, ,. Sclos, cmbi~lngcm, expNh«Olhai diz e ia rom '-Ì111pli(•icla.dc, lm nc,,c-ome<,ou n sentir molhoras a. ter apatite ç.t0, transpo, te.s, gra, nrn,;, 1n uma doente quc uào qucr l'econcilinr-:,~ n nào sentir dore,,; nem fnl~ de nr. VolLou etc. • ...... ··· ............. .. com Dons è ou vou, t..1.nto quanto posso, lanç·ar·lhe doanto do. porta nlgumas ,l 11épara ~uo. caza o jri la vai um ano quo tra97.65L$7'i' ta ùn lida du. sua. casa, quo tem saude e Jlaria~! Nao st'i b'tl pcni;o bùm, mas reprchom apetiN>. Hoje (12 de setembro 1927) l!enta·so-mo que ha oraç·òes que siio corno SUBSCRlçÀO ,·amo.. a l•'alim(i cumprir n.s nossns promesgotas de agun do cheiro quo, lnnçadus (Mes de Maio de 1927) sns e agrn.dccor a Virgem a cura». no chiio, espalhnm até ào alto do quarJosé Olas Vleira, do \rargos (Torres Contribniram com dez csc•1itn-.. l•'ran- Lo, o seu bom odor. Penso que n.s miuhas N ovasl, cm carta de 2/5 de se~m bro, cscre- c iscn. lferraz, Clcmenci a •..J. hl Silva l>a- A vé-Marias aca.bn.riio por con verter osta. vo: to, Olivia Ribeiro Martins, Francisco pobre :i.Ima. Durnnte dois meses fiz i.sto dianto de «Venl'IO mui respeilosamente pcdir a. Rodrigue:; do Couto, Mo.ria. da Conceiçao , •• a rv.• se digne publicar no dito Jornalzi- I•'on oirn, Augusta Mir:tnda Rodrigu~s, ·o utra casa. o o cloonte quo la ostava con· nho IIS seguintos graças recebida.s po1• in- Mo.ria. l•'onsooa e Freitas, Antonio lio,. fei;so\l-SO antc>s de morror.u E' umo. grando revelaçiio o quo se contoreessào da. Virge,u Santissima N. s. do ptista., Joao 1''ernandes Antunes, Virg1ft0t,ario da F atima oomo promoU d:lso nio. 1''ernandes Falciio, Rosn do .AlmeirJu tam nostas pnlavrna; semoal' oruçòes em obtivesSo molhora.s. Em Junho de 1920 de- Vieira Lopes, Elisa Grn.ço. Zniolo Vieirn volta das alruas n.fim de as embnlsamar ,·iclo aos estro.gos de umo. pleurezia com dn Silva., l•'ilipn l!'alcao Sousa. Vieira da e de ns impedir do fenecerem. quo vonho ln ta.ndo ha 7 a.uos estive em Silva., Mario. Mn.rgarida. Tonreiro 8urze- - - -:»..@,«!«:--- porip;o de vida. Record a Virgom Santissi- das, Angelina. da ·concei,.iio 1'fort111hn ma N. S. do Rosario cL.1. Fatima., tendo to- <12$58), Maria Rod1·igues Maoieira mado tigua da Fonte n1ilugrosa., e mioha 0 5 $00), Mario. Ca.rlota. Va.\lia Tr.igueiEu lhe ofereceria O meu coraçào mulher, cheia de fé, poz-me papns foitas 1 ':-1 (20$00), Ma.ria Paula Bentes, Liba., o, c,. ~n u1a Padua.no, Lourenço Pereira de Cn.sp 01s . bcm, rnous memnos, . . •M de Com a terra do loc".••l da"~ OP"~ç;.,,,, ·~ • ~ ·~ t (12'-'"'0l M l p ouvtS...,., oxtraordinari.o, no dia soguinte veio o me- ro 'il'V , anuo ereira Dina Ma.a· d bf' ria J osé Scgurado Vioirn., Ma.ria' José certo o. quo ou vos LS60 _o man a. _ dico, que 1cou ospautaclo I Quo mudança I F'erreira Pauli no, A. Espinoza, Ma.ria dn., Dom1_ngo varnos ter aqu1 ~ .A.dornçao do O' minha. Snr,A o quo foi quo fez a. seu ma.- Coocoiçiio dos Rais Duarte, P.e Agoeti- Santfssun~ Sacro.monto. VeJam la agora rido? E corno niio conhooin. o seu modo de d 80 me nao trazom floros, vordurns o ... pensar, disso-lhe: f.iz o que v.• ex ... runn- o I10 e Oliveira Correia (20$00) Maria • da Conctiçào Malclonado Peroira (lfi$OO) sobrotudo "..elas. • . Va.mo~ la a vor: Tu, Clot,lde,_ o que clou. Nada ! Aqui bouvo, fosse o quo fosso. 1"raucisca Vn.sconcclos ~nntM. (l!5$<'0l' Seu ma.rido ORtu. salvo. Molhor, muito me- M.wildin. de Freitas Mascarenhas An: oferocerms a J~s como proparaçao para Jhor. Deu-so islo em Lisboa, bo.bitando 116s drado, Ant6nio Alves Pequito A.lico lnes a tua Comu~lmo? , . . na .Jl:ua Ma roos PortugoJ 73-1..0 D. e hoje da Rocha (l 2 $ 50) Aires Gomes José ~ S~r. Pr1o,·, ou tonh~ Ja arnda c1nco ' . . '. mi1 rois no meu moalhe1ro o de toda. a resirhmos em Vargos Freguozm do Poço G1-1 J . , 'l 'ones Novns. ' ' o~e. A111.une; ~11111or, Efi2Qu1a da . . . . _ ( osL,t P1nLo, Ma.ria José L'onleir,> hoa vontade o,; trngo para. ajudo.r a enMmto grato lhe fico pela. pubhcaçao 1 t2U~OO, J o~é d,'OI' . · . L . i\eitar o trono. tlostas linha.-,o. . <? > '· • 1:,e1r11, :u , . nnn U<1ov1.,, b . E t .. . ? M · d bte 'nh 11,1 ~fo1rollcs Aragao, Mana do Jesit~ - J!.stti em, mcnma. • u, " 1aria a1s e un:ia gra.n o grn.çn. .o. ve m1 a Arnnba de Mendooça, Emilia de Jcsus -Eu hei de trazer as flores do meu mulber Bemldo de J esus V1e1rn., quo so- 01=voira. Jan a · M ' d . . d jardim para o Santissimo Sacramento_. r,·ft l <l do · lh , uno ll'll<ll a, 8 11ver1a a t ros om um JOo o que <.'oncoiçiio Ne\'06 (l 2 $ 50), Mal'ia J oa ui- En ca, S111·. Prior, oxclamou on us1as1_1,. e o _gra,! os nuo podrn. n.JO<'lhar n em quo a roup!l' lhe nu clos Santos, Bomvi nda V. da C~<ita m:ula uma t raq uinasita ùo novo nnos, 6 l(){'!l.568 o com o calar dn. carna era p1or. J>,1t,o Ri'ta le J nar bosa o S a· --J ..,.., 1 lo E1 O t b d 192" d d' · ' e esu~ "-"< ... ~ ~ ro na vesp?!n in (12800), Jon,na de Carvalho Vcig:i. Ila seis m860S que eu trabalho paro. o 13'• s 1 iorM <n n~t !1a ocas111-0Fomt. que ( 11 ~00)' Ma rin eia G t nça d; Alme 1cla Divino Prisioneiro do n.ltar' e douungo p~s.o:;._wnm as po~·ogr111nçoc-s paro. a nna, C'oelho, Marin Palmira dos Sant08 Jor- ha.o-de ,er no pé dn. Custodia. n. prova da Umo. senhorn muito devota. <le Nossa minha mulhc-r a.iqel~ou no. portai voltado go (20$00), Ma,·ia das Mcrces Biirnchi minha fé e do mou amor! ... Senhora de l•'titima, em carta do 1 de ou- Fpntr~ a Serra ~-pedto nt Vd ,rgem N. S._ da ('oolho BorgC's, Maria Tavares Hos:i da - B tu Suz11,na, nào dizrs nn.cla? Eu eei tubro de 1H27, escrevo: _: tirna en; um1t0 com O as n.s pe!·esi;nna,- Gloria Rohimbas,- Gloria dt• ..resm,, An- que tu és ronito :uniguinha de Nosso Se(fAgora vou l'Ontnr-lbe umo. ·11:rn"n que çoes quo a horn. passnvnm a cammho ila tonio Fragoeo Ventura. Jo-., d 8 e , nhor. 'Tima, lbf' ,·alesse e , oom dar. po r tal Rlvini Augusta ' .,,., :Mal"i:iampos, Nosaa S en I10m fez, bO achar quo év rligna l 'l~ · . .Nogueira, Gil -Sim, senhor Prior, ru amo-o m~i·to , de ser publicacla nn. Voz de l•'atinia para fo1 para a camo. e s6 no_ dia ;S8gurnte qnan- C.:u r vnlho (40$00) l~clua rclo do Mourn. rna.s bom sabe n minha 8Ìt 1111.çao.. Orfa de honrn o µ:l6 1·Li de No= Senhora. do começou a sua v1da e qne conheceu Borges, Maria T~ruazia Ferreira Aido. I po.i e rniie, fui oducada pc-la. car1_dado de Peço poi,, n finezn de :' pu.blicar. ~fa.<; que ostava completamento curadn.. Yioiro. da Moto. (50$00 insulanos)' Paro- urna tia e por-t.anto n~o posso d1s1?or do o que cu P"\'0 é para imo por a m1nha OUTR.AS GRAC::AS eo de Salto (Braga) Corina Abreu Fl'- meu tempo nom de mmhn.s econ~mrns co· assinaturu, porquc . No~~1i Se.nhor:~ i,.'lbe J o~é P ereira .Yovo, da Torre (Rcguen-, lici<l ado da Conceiça_d Souzn, Pompo~ Vi- 1'10 M minha!! ~elizes . com~an11eiras ... 111!om Jhe ~µ:r~d<'ce. No!n e p_rec1s0. Quando go do D'otn.l ) 0 tor osoapa<lo a. uma ii1fec- clal Portela, J c~o Antonio ])ebiano Ma~li confc&nnn. ~u1to s1mplesmen.~. a to1 do . pe1xc1ro re<..-ch.1 vanas c~rtas até \·ào quo w tomia por causa d'um golpe Los C<>?.lho, Mo.rio. do Conno Sinde, Mn- m,~hit pohrezo. o_ 1mpotencta ~ dt .1110 de mu1t-0 longe! e 'l"t11ha~ aqu1 d0t>ntes profondo. . nnol _S11?ò<'s Pnrcolas, Jusìina de Ro\1- R01 o lho _oferoce_rrn o meu. coraçao, visto a ca$ll, o <'Il nao me scutm bt>m porque Jl . 'la t· d v· d za 011n•1r,\ Pa<'hoco Manuel Ribau Ilo- qu<> lhe nao p0<ha dar mais nada. . - lh. es poa·1~ vaLer. E• como s6 qucro ser Al nna •1doaqu.111a in.s( r e iuna . )o. sa 1·ma Caç-0tla . , O bom &aC<'l"d ote, ouvm . d o e5ta. confisnao 1,e· o.o .a. r16 Boia,, Mn.111101 Fornanrlt>s 1 0 30 1 4 ' z a. m&m~i · da Silva Lago Maria Guilhermina. Fer- sà.o, olhou pnrn. o 'fabernaculo corno so o.,.. os, t do Deus roc:010 que o clom6nio rue tenta cm l?, _, to d o va1C . 1 cl <1pm·1i VJver ,,rCCJsava ra 1>a111ar e por ISSO d J '. . . . ,t' • •• d HosI gria . m,n os, c-om wgum pon!-am<'n a e (quel h ·1,o 0 d' l cl onqurna V101ra 1\Inr111 ,José l 1vesse a vcr a sa1.,.,.r e no , O horror mo fnz, ;;6 do me lcmhrarl) Mas e o;;_va. ad)o. sut sn.u o, 110J0 d'Amoida (Almadal Manu~! Ma.rin Du~r- pedo adoravo! que faz a.s suns delicins cm O 88 , <'6poro, da miuha. 1\1:fo carinhosn. qne me 8011 set e iz, llr in.,toi a e~rin Id>or N to Marques, P.e A~tonio de Souza Duar- estar com os filh0s dos homens. ,, h . _ f d oncon rar mo lOQ> mou a. agua. e . t 1\f . E . 1. r,,· "[ • d ,, 11 f ar.. umi e o, para quo eu nuo o en a h a d·i Fatima o, ano. 1.,mH 1a t' 1n110, i, a.rin. e ., u, · . zaré Figueireclo e Silva, Angusta Arn-----,..e,-:----o mon Deus quo tanto n.mol Vinclo eu hn. 8 on or. ' aproximndnmente um mes a safr duma _I.~abel ~os /Santo~ ~omes, residente om gào Trigueiros, Joiio Ribeiro, José ca.pela aqui om Lisboo., umn. Sonhorn me Li.-,hoa. Vindo cm_npr~r com um .de.ver sa- Moodes Scquoi.rn., Alfredo Augusto , pediu parn. eu pedir muito a NOblla Se- ~rado n.graù()(•or ,a. V 1rgen;! ~antlS!;11no. · Ida. Roo.ha. (12$50), Maria P elo\1UM CASO AUTENTICO nhora por umo. coi.sn muito dificil de re- ~l'nhora _do Rasarlo do 1!.ntrma, por sua. lo ('oclho, Dionizia do. Conceiçiio Ramii;olver. Niio hnda nw~mo espornnçns no- mtercessao, tor-lhe concedido a grnça ~e ro, Manuel VoUez 'fo.vares Junior. Ann. Uma senhora tinlia vm filho que nhumas. Eslavn. complotn.mento perdida. molhorn.r de uma doença quo tovo na vis- ,José Roldnnn, Maria Jo~é .R ibas Ciop:o., acabav\'1, de fazer os ea:ames finais S6 Nossa Queri<ln. Mii.o do Céu podia va- ta. Antonio da Silva Henriquos, Maria Alter. Eu voltei :i C"npf'ln o pP<li n N"""" U. ]laria Augusta do, Gnma. de Avanca moido., FrnnciSC'o Antonio Costa Di- do seu. curso. Senbora e ao Santissimo Sacra.mento I E agradeoe duai; gra.ç as, o envia umn. esmo- niz, Manuel Co.etano, Luiz Nunes E stava cmn muitos desejos de safui sempre pedindo. Agora no dia 12 des- la. .\fonso, Joiio Dunrte SimòflS Baiiio, Ma- ber o resultado. Est.awz até impa~ mes., dia em quo eu fazia o.nos, efi .pe.llice Rodriyuc., Lcào d<; Silva, (Aveni- nuel Perei~n dos Reis\. Sel~astilio Rod1:i- cientc por isso. dl 88?1m: . , da da Liberclndo, 105·1.o Lisboa) (fograde- p;ueq Con:orn, Artur F1g11~1recl'?, Amel.1n Di.~seram-lhe, para a .wregar, que (fMrnhn. ?lfa_o quendit do Ceu I Pcço-V~ t·o t·omoviclame11to a Miio Sa.ntissimu. "os- ~antos P1nltal, Antomq J!ra.!'c1sco Tris- na mesma tarde podia saber o resulque todos hoie,. todo~, _me e&Qn('çam e so so. Senhorn. do R osario de .Fatima as gr11,n· t~o, Condos~a de Cubn! J~e Br~z MaV6s vos Jembrots de n11m mm. um :i pren- de.~ grn.çM quo lito tem concedidou. r1~ da Giona._ cle Al~e1da G6uve1a, Do- tatlo comprando o diario local, q11e da, quo é o despacho do ped1do que eu Il A , n . a S U . ,mngos Antomo Mnrtins, Mn.r1a Augusta anrla sempre muito bem informarlo 1 0 811 vos nodo a. fnzerl . · ·, c,e »r~g:i, (fagln<8? ssima. Proon<·n, Tnphoes Raxane~ de f'nrv11lh11 . · · d Pois logo a. seguir o.o dia veio a noticia Virgem do Rosario de Fati~: a grnçn. do (20$00), Adelia de Jesue Di11s Ramalho, , e prima. em ser O prt71ieiro em ar do tudo ostar resolvido! Quem poderi ago- lhe valer_ numti graud e afhçaou. Adelina Fernanclos Leitnn 12(' • I as notfctas, ·• . rn. esquecer Cf>ta pronda de anos? E esta. Ernestina. 4rru.da., de Torros No,•as Lino Conceiçiio Torres, Maria Francisca - llfas é.,se diario é ma11 e eu 7umiie carinhosa? Oh! nao! Nito é passi- umtL graça obticln. Torres d' A velar Tavaros, Irene Rosa., I rei nunca lhe dar O meu dinheiro. ve! 1 Eu nii? o~plico o ·~aso porquo niio .Jraria tlo ()anno Pir~·' , da ~mio. d_a Frnucisco Ramos, Francisc~ Alves TavaNao recorrerei a éle. tenho autonzaçao para isso. Aiudn tendo-lito apo.rociclo ha.via do1s ros, Ann Nobre Costa e S1lva, Eduardo Z ·a a:té a • nnos, 'um abc0680 marnr gu~ nm ovo em Silvo. fml\do, Condessa. d,' Avi)ez, Ma.ria l!_stou re~o v.i a a espcrar 7!1-aGertrudes de Jesus, do Casa! do Guerra um peito, soro apnrencia do querer rebon· das D_ores. do Castro, M~rganda. .dc Je- 71 ha para ser rnformada por u"'; 1or(Turquel) nndou durante oito m~ quei. tnr, ficou muito tristo . e participando o su~ V1cto~1n~ Costa., Man.a Eugema Fer- nal bom, que me merece toda a xando-se do folta do ar, fragueza o pon- cnoo a sua fa.mflia. deixou-a rnuito aflicta.. re.t ra Verisstmo, Condo de Campo Belo, f. tad Ila no pclto, sem quo od Sr. Dr , · M 8.1··10. E ngrac1a · M a rt·1ns, Alf r ed o d n F on- ronlf ,ança. b. Sa.bi- Todos recorroram a N. Senhora da 1"11t1't b . } senhora uo de Rio Maior, apesar e sua on. von- mo. 0 sem recorrerem a medicina O mal soca Vnz, Maria rl.o. Conoeiçiio Uorp;c~, ,, 111 o em, min 1a • · tade e c-onhecimentoe clinicos; pndesse começou a dosapnrecer. ' Maria do Rosnri~ C"nsanovn,. Joiio Men- todas a.~ pcssoas honcstas e cat?liatalhar o mal. Até quo entendeu n.visar seu Rosa Mota Machado (rue. de So.ntt~ Ca· dcs Abra.nches,. V1cenFte Fderre1rn. ~o SGou- cas procedeuem a.ssim, 08 maus Jormarido q110 so acauteln.sso porguo podio. . p b'd za Manuel V1ogas aca a Marta c r. . l ·7 - t dar em tnbc-rculose. to.rm~3- orto), nma_ g~o.ça rece ' a . tr~de.~, Maria da .Assuoçiio 'correia, Emi- n-.ns tenam r. esaparer,u o e nao eCom roceio de contagio, em breve foi Mana do Oustelo R1bP1ro Teles, de. Co· tia do Jesus Bessn, P,e Dornnrdino de rf.amos que lamentar as. r'les,qraças despresndn pelo famOia, viado um dia tor rucho, umo. grnça., que prometeu pubhcar. Senna Ribeiro. Ana Guedes, l\faria. do que afligem o nosso querido Portua CMn. de sua irma Julia, nos Moinhos de Adelina. Lopes Oardoso nPTn;i,.....,, n N . Ros:frio Pires, Gnilhermina. Santos de gal. Turquel chorando e la..CJtimando a. sua. sor- S. da Fatima, a quem recorreu numa Souza Corvnlho, P.e Joaqmm Duarte A a ·m r nsa é 1,ma das ·mais to, pedi~de-Jhe que, corno irmii, a. deixa.s- doonça muito grave, o ter-lhe 1·estituido Alexanrlre, P.(\ Antonio f'nrrPira Tinnifnm i P e se morrer em sua ca.sa. e qt.00 rocobèsse de- prontamento a snudo e n.s forças. cio, Olimpia. Segueira. Caldeira Canolas. poderosas arrnas do dem6nio.

Voz da Fatima

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C O ~ APROVAQ.AO E OLE SIAS TICA]

Oir,ctor, Propri1t1rio e Editor: - Dr. Manael Marques dos Santos Composto e imp, esso na UnlAo Grafica, Rat dt SIDII Marta, 150-152 - Llsboa.

Adminiatrador: -

Pa dre Ma nuel Pereira da Silva

Redacçllo e Admlnist,açllo: Sem lnér lo de Lelr, a.

I cicios espirituais que fizeram duran- admiravel e a caride.de mais edifican-

te os dias de Carnaval no proprio reciuto d~s a.pariçoes e e.limentados com o Piio dos Anjos numa das pri• meiras missas <lessa man ha, cumprem com superior critérici, rnre zelo e extremn solicitude os multiplos enI ca;g~s da sua espinhosa e delicada missa.o. (1~ DE MARçO) ' Por outro lado, asserva~ de Nossa Senhora do Rosario, ufanas com os seus lindos babitos brancos, simbolo da pureza sem macula que deve Mais' uma vez numerosas e devotas beneficios sobrenaturo.is que brotam reinar sempre nos seus coraçoes, asmultidoes de crentes acorrerani, em sem cessar dessa fonte de graça e de sistem com uma dedicaç.ao e carinho transportes de alegria, aos pés da perdao ali criada pelo Coraçao mise- edi f i<·antes os doentes jn recolhidos Rainha do Céu, no augusto santua- ricorcliosissimo da augt.sta ..\f àe de no respectivo pavilhiio situado defronte da cnpela das missas. rio de Fatima, para lhe tributarem Dens e dos homens. As bnncadas do pavilhao sii.o ocua homenagem sentida da sua Fé, da • padas por dezenas de enfermos que sua gratidiio e do seu amor. • * pnsl-laram préviamente pelo Posto das Como se explica esta incessante e Às onze horo.s da manha, os pere- I verificaçòes médico.s, onde os seua caudalosa torrente de almas q ue se despenha em • formidaveis ava- grinos retardatarios que chegavam nomes e moradas e as doenças de que lanches, de tantos pontos do ter- junto dos muros cl.e ('int ura do loc·nl sofrium foram regista~os no livro rit6rio · nacional sòbre o recinto dns apariçòes e volviam os olhos de competeute. Pouco depois das onze horas e meia, mii vezes bemtlito ,las apa.ri0yòcs e relance para o soberbo e erupolgnnte oopecté.culo oferecido pela multidiio o dr. ,Jo~é Maria Perefra. Gens, didos sucessos mnravilhosoR? ! E' que :Maria Santissima é a Me- aglomeradn em torno dos santua.rios, rector <lo Posto, encerrada a inscridianeira de tòdas as graças, como a proclamou a Igreja de Deus, e em parte alguma o seu coraçao materna! se mostra mais sensivel às st1plicas de Reus filhos e mais generoso para com eles do que no planalto sagraclo da serra de .Aire, que ha dez anos se cl ignou e1~colher para trono eia sua hondade e da Rua soberana munificencin. .Ali, naquela estilnr.ia divina, tN\· tro de assombrosos prodigios e IDl\· nancial de clons inef:i.veis, uo meio da atmosfera sobrenatural que a largos haustos se respira por tòda a parte, os fiéis oram rom mais fervor, rlet.fiando ante os olhos da Miie da divina graça o rosa.rio interminavel das suas dores, das suns maguas e das suas aspirnçoes, e, assim corno os inocentes pastorinhos de Aljustrel a viam no seu extase, assim eles, durante os seus longos col6quios, qual:..Jma. servita si que. a veem na pro-fundeza da sua (lnstantaneo em Maio de 1927) Fé, quasi que a sentem no. intensidade do seu amor. Esses col6quios com a Virgem bem- deviam sentir avivar-se nitidamente çao, dirige-se para junto dos doentes, dita quuntas vezes ne.o sao para as na sua retina a visiio das scenas in- afim de os acompanhar e de assistir almas transviadas ou tfbias o ponto comparaveis dos gr a ndes dias da Pri- 1à ultima missa. O rev.d 0 dr. Marques dos Santos, de partida duma restauraçiio da vi- mavera e do Estio. Milhares de pessoas de nmbos os sexos, de tòdas as capeliio - director dos servitas, e o da crista ou dum robustecimento dn 0 idades e condi çoes sociais, pu nhau1 rev.cl Manuel de Sousa, reitor dos f é e da piedade I S6 a eternidade, rasgando de alt-O uma enorme mancha escura naquela santu1hios, procedem aos ultimos prea ba.ixo o véu que esconde os arca- imensa esplanu.da, enchenrlo-a por parativos para a missa do mèio-dia, A multidao dos fiéis é c.ada vez mais nos do tempo, nos revelad os completo de animaçào e de vi da. Os servos de Nossa Senhora do Ro- compacta. tesouros riqwssimos de virtude e A todo o momento chegltm uovos saQtidade, de que a oraçao na Cova sano, que na su a gra nde maioria da I ria é o principio e a renovaçao, pertenciam ao grupo de Tòrres No- peregrinos. E na. impr ovizada cidade assim como a série inumeravel dos vas, fortalecidos com os santos exer- da '\""irgem imperam a ordem m ai11

CRONICA , TI M A da FA

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te, porque todos os que a.li sa enco11tram, e.traidos por vivos sentimentos de Fé e piedade, sao irmios em Cristo e filhos rlo mesmo Pai que esta no Céu. • • • O cortejo que conduz a veneranda Imagem da Virgem do Rosario da ca- . pela das apariçoes para a ce.pela das missas poe-se finnlmente em marcha. O andor é transportado aos ombros de qu~tr_? senhoras, pertencentes à Associaçao das servas de Nossa Senhora do Rosario. Precedi do do clero e ladeado pelos servitas, é acompanhado e seguiclo de muito povo. Colocadu a Imagem sòhre o seu pe_destal no altar-m6r da capela das llllSsas, do lado do Evaugelho, e rezado o Credo em comum pelos sacerdotes . e pela multiclao, o celebrante da missa oiicial i;6be ao altar e começa o santo sacrificio. Durante a missa, reza-se o terço do Rosario, cuja recitaçiio é entremenda de cànticos piedosos e comoventes. Depois <lo. missa, o rev.d paroco de Ourem prégn um longo e substancioso !lermao sohre a vo.i<1o.rle ùos bens do mundo e a ne('essidl\de e o dever de servir a Deus. Terminndo o sermae, canta-se o Tantum-ergo, da-se a bènçiio aos doentei:; -e por fim n bentiio a todo o povo. E, renlizada a proeissiio para se reconduzir a. Yeueranda l!)-1ngem de Not1sa. Srnhora à capela <lns apariçoes, concluem as cerimonias oficiais do culto do dia treze na Cova da !ria. 0

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Corria entre os peregrinos que o prègador oficial era o rev.d• Padre Matéo Crawley, o grande ap6stolo da devoçiio ao Sagrado Cornçlio de J esus, que anda. percorrendo o mundo, como cavaleiro anelante ,do Amor de Deus, para abrnznr os coraçoeR dos homens no fogo ardente desse umor purissimo. O boato, a que alguns jornais deram ronsistencia e vulto, acolhendo-o nas suas coluna.s, e que n.tro.iu a Fatima muitos peregrinos anciosos de ouvir o ap6stolo pobrezinho, niio tinha nenhum fundamento. E' certo que o grande a.rauto da palavra divina deseja e tenciona. visitar a Lourdes portuguese., mas ainrla se ignora o dia em que ira, como lambem se nao sabe por emquaAto se pregara nalgum dia treze. Consta que o orador de Abril sera


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' Voz da Fétima ir la. 11m setembro do ano oorrente-1925 toda a noite sem mais incomodar nin· cular aos doentes para lhee avivar mais a fé e a confiança em Nossa Senhora. -com minha famflia. g uem. - o meu médico a.ssistente, a.o ter co- No ùia. 14, logo pela manhii.J. fomos ou- Depois de termina.d<>s os actos religionhocimento de tal i·o.soluçào, decla.rou o vir mi.l,,,a e receber N06410 i:;enhor daa sos,, cheios de saadados por esse ca.ntinho grande inconveniente que ha.via numa màos do Snr. P.e Silva, na Igreja da do céu, onde fica.m pnra seznpre pre10• os nosso.. cornçòes, regressamos no nosviagem tào longa (350 quil6metros, iJa Misericordia. e volta). Aposa.r de ter que venoer uma ladeira, so lar. Qua.ntas gra.ças os ineua companhei~ Minha fa.mflia, a. vista do que 0 m~i- ja niio enoontrei aa dificuldades cle vesroe obtiveram e que ea muito desejna : co lhe di6SO suspendeu o carro que Ja pera. estava alug'a.do. Logo que disso tivc Segue-so depois a D06Sa. Tiagem de r&- publicar ! gresso onde o reeto de minha familia. noe Depois dest.. data, estando eu um Jia conhecimento, nào fiquei satisfeito, 'l"'Ol- esperava. com anciedade. Graças a prote- com o Snr. Dr. Joio Martin!\ medico • tando novamente a alugar-se O carro, ~·iio da Santissima Virgem, nao tivemos pai do meu medico assistente, diz-me: pois, o impulso da minha fé ern. M_o quo Jnmeotar o mais ligeiro incidente. O senhor esta. bom, va.i bem, ma.a por grande que e~ nada encontrava barreiAo parar o nosso carro, muitas p8680t\8 iinquonto tenha c.uidado, nào se exponb11, ras. amigas nos cercain para saberem noti- muito o niio abu818. Em virtude da minha r esistencia, o cias. Logo que tiveram oonhecimento de Entra o inverno rigoroso e eu, bem mou medico aconselhou a meu irmiio, ua tudo o que se tinha passado, muitas al· pouco JJrevidente, abU!'ava da minha fJlU• qualidade de enfermeiro, todos os medi· mas se começnram a incendiar na fé por de. Constipei·me algum,as ve.zes mu cam.entos n0086sari01t, no caso de qual- N. Senhora da. Fatima, até essa data sem consequencias gra.vee. quer eventunlidade. qua.si inteiramene desconhecida nos no~Em abril do ano corrente, ao tratar Ja relacionadoa COJll o Snr. P.e Aia- sos sitioe. de umo. nova constipnc;-iio, que bem ponoel Perei.ra. da Silva, h oje n06SO partiO meu medico nssii.tente nobou logo déra. ·.er evitarlo, a bronquite asmatica. cular amigo, resolveu-nos todas as difi- eJU mim uma grande transform~ao. doença ja antiga e de que niio fui mi culdadee de hospedagem em Leiria. Me11 padrinho, prior desta freguosia., racula.do, desenvolve-se por tal forma Acompanhado por minha miie~ quo fa· con&agrou-se tambem a Nossa Senhora quo me julguei perdido. Os pulmòes ooleceu nlgunR 111eses depois, e me118 dois cla Fatima, fazendo v6to de celebrar o meçnram a resentir- e desde essa data irmiios depois de termoa recebido a Nos- santa Miasa em todos os diae 13 de ca<la a Jninba snude tem andado muito abala• so Senhor la seguimos n6s no dia 12 ùe m6s no altar de N. S.a do Rosario, no- do.. setembro ~m direcçào a Leiria. tondo-so SC'mpre umn grande concorrenPoderei ter o direito de me revotta-r A viageJn, a.o contrario do que muitos eia do fieis. Poucos mezes a poude cele- contra Nossa Senhora de quem tio granpensavam, foi om tudo o melhor que 8!l brar por N0&-o Senhor ? ter cha.mado a des graças ja tenho r, cebi<lo PI Niio. O podia desejar. Para complemento do mi- contas em mnrço n. seguir. , abuoo merece oostigo e eu reconheç<:,-0 nha feliciclade, la tinha em Leiria, mesColocallUJ6 com o t18U consentimento, <:'Omo justò. Continuo o. orar e cada dia mo aos pée. da cruna que me foi d~tina- na Igreja paroq_uial u~ quadro de _N. com mais fé, confinndo sempre na proda a. imagem do Sagrado Goraçao de Senhora da Fatima e Janto uma. cauca. teçiio da SantissimA Virgem, que por J~us onde tempos ontes tinha sido fci- · para osmolns, sPnd.o avisado o publico certe. me niio abandonarit, até que um ta a ~ua entronisaçiio. clt gue todns ns esmolas lançadas neas11 dia .A possa vèr, chein de gl6ria.s, no Tu40 pnrecia. destinado pela mao da caix~ eeguiriam, o seu tempo, para Fati Céulu Providencia I ma, ------0--1---Esta noite ainda a pa_ssei ma.I_ ~reciJ<.;m obono da verda.de, devo dizer )Ue sando dos cuidadoe de m1nha fam1ha.. essa. ca1xa rende mais que todas ns on, Ao romper o dia 13, preparamo-nos trae reunidns. para soguir a ultima. etape. A maneira O no~so actual Prior P.e Angelo Menquo avançj\vamos parocia sentir em mim des da. Silva, alma de eleiçiio e verdadC'lumn. nova vida.. . . ro ap6stolo, continua. a tradiçào, cele- 1 As 9 horas trnhrunos atmgido o locai brando em todos oe dias 13 no altar do Viaconde de Montelo. das aparic;-ocs por n6s tiio desejado. En· N. S.a do Rosario. Joaqulm Ramos, factor de l.• cl11668 tramos no pavìlhào destinado a.os doenA tnanetra que o tempo passava, 1 u do.s Cnminhoe de Ferro Portuguezes, resi------0--:---tes onde oo servitas n.os dispensara.m to- sentia aumentar novns forçM. Tive ainda dente no rua. de Va.le Formoso de Ba.i,. dns aa at<>nçòes. muitos ro,•ezl!s na. minha saude mas o xo 57, em Brnc;-o de Prata. (Lisboa) em Pouco dopois recebiamos a Nosso Se- f6co principal do mal parece ter' desapn.- carta de 23 de fev~rciro ultimo, escreve: nhor, O desej~o d0& nossos cor~es. recido, o que fora tambem confirma.do uEx.mo Sonhor. E'-me imposs1vel descrever o. que nes- por 3 analisos feitas a minha expetor:ises momentos se passava n n mmha alma c;-ii.o em ép()(·aa divorsas. ' Diroctor da TToz da Fa.timo. onde Jesus babita.va, embora me consiOs clois lutoe pesados de familia tam· De Nogueira do Gravo - Uliveira do derasse um miseravel pecndor I bom ;me fizeram sofrer bastante, emboComo considero 11m milngre feito por Ho&J1italr-diz-nos o nos,o amigo Al/reTerminadas aa zninhas oraçoes em a~ilo ra. neles eu sentisse consolaçoes espiri- nossa Sonhorn. do Fatima, a minha. pee-do Elvas Ferreira: de graças, tornei um pouco de leite mia,. tuaes verdadeiramente ext~ordin~ias. soo. o cura obtida no dia 13 de Maio do ccEm cumprimento da minha promem1a tura.do oom a ogua milagros_a e algun.s Rf.'sistindo a. tudo, embora as vezes com a.no pa.._'-Sado as :3 horas da tarde, peço a e pnra maior honra e gl6ria da Santissi- biscoitos, conservando-me aESt_m a~ _cer- difi('Uldadee, ja ia pr86tando os meus V. Ex.ci o tirar 'ns conclusoes do que ma Virgom, venho novamente trazer ao ca das 3 horOB da tarde. Fui ass1stmdo serviços e it ca.usa de Deus votava 01' abai.xo vo11 dizer e pnblicar no jornal de oonhecimento de todos os leitores do nos· a todns ns miSlfis até gue se aproxima.sse meus melhor0R <'uidndos. momento soleno em que Nossa Senhora A minha ida a Fatima deu que falar so quorido jornal uVoz da. Fatima11 08 oé conduzida da ·eua capelinha para o pa.- a muit:i. gente e a. propaganda que fizeaeguintes acontecimentos que muito de vilhiio dos doentes no meio da.e nclama- moo ,•onjuntamente com a larga distrivero interessar a t-Odos aqueles que te- çoes entusiaBticas de toda a multidiio. buiçiio de jornaes dn ccVoz da Fatiman nham reoobido gra.ças de Nossa Senhorn Nio duvidei besse momento por em fez aumentar, muito o culto a N . Soda Fatima:prova os meus pulmòes, gue antes- fra- n.hora.. · Quando em outubro de 1924, fui ata- quejavam ao mais ligeiro impulso. Dcpois de ol~ns mezes fui ob"ervado cado por urna fortfssima preesao de bronOs meus vivas a Nossa Senhora solta- pelo Snr. Dr. Mendes Costa, que me en. qui011 e nsma, usei de um tratamento que, va--05 cheios de entusiasmo e fé ardente. oontrou incompara.volmente Jnelhor. longo de me fazer bem, me levou quasi -Entiio, tem tornado algum medica.Sogue-,se a. inissa. pel09 doentes, em '6 portna da m6rte. quo se recita oonjuntamente o terço !n· monte,? Numa dessa.s mai&res crises minha ir. tromeado de captioos. No final o «Tam-Nunca mnis tornei medicamento al· ma julgou•me perdido, oomeç~ndo eu jn tum ergo» que foi canta.do num tom bas-- guJU desde que fui a Fatima e, até hoj o a apreeentar feiçòes cadavéricas corno tante olevado, IDae cantai-o com a mes,. oponas tenho feito uso da a.gua. de N. ela mais tarde me relatou. Nllfl6II. 'altura ma fncilidade como se o tivera ca.ntado Senhorn. e terra que, por vezes, aplioolembNli·me do que tinha no mea q'Ua~ mil vezes. Minha Il!ii.e que estava jqnto va sobro o pulmiio. Niio foi para me pasuma garrafinha com ~ de N. Senhora de mim, no ouvir-Jne cantar com tanta. 81\r recciti\ que eu o consultai ma.s sim da Fatima e pedi para que me desaeru nn.turalidade, cborava e remva de ale- pnra ver o mcu estado de sa.ude. um calix d8688. agua milagrosa. gria e de reconhecimento para com Nos· -Eu ja fama tençiio tambem de lhe Be~i-a com muita fé, ao mesmo tempo sa 8enhora que ja nos tinha. atendido nae nào receitar, pois quem ha tanto esU. l sem tornar medicamentos e esta asaim que mvocavamoe a protecçio da Santfs- nossas suplica~. Eu sentia.-me jit jnteiramente trans- ' de.ssa forma... ni.<> precisa que lhe nr aima Virgem. Meia bora. depoi&, ja tinhc. Joaquim Ramos <'eitem. No entnnto, apei.ar de ir em posiçào e as feiçiee começaram a modi- form11tdo na minha saude. Segu&-se a bençio do S.S. Sacramen- boa carreiro, n.ao o julgo ainda comple- que V. Ex.eia é digno Director, se assim ficar-se. PouC-06 diae depois, entrava em to 008 doentes. Que espectaculo tiio gran· tamente curado. franca convalesoença. o julgar conveniente. Foi éstii. a primeira graça. dioso, verdadei~amente oomovedor ! Em setembro a seguir (1926) organiE' o segninte: Qua.ntu )agr1m11& I qunntas preces ferSMUos nova pcrop;riniu;iio em que tomn.Tempos depoia, tive nov&9 crises que No dia. 27 de Dezembro de 1926 pelae ventes I Quantoa coraQOOB ness011 momen· ram }'arte mais do 20 pessoas. muito altera.ram a minha saude. Qua.ndo 8 horas da manhii. na ocasiào que ia a Na vespera da partida apareoeu-me sa.ir de minha oasa para ir toma.r o oomja estava quasi restabelecido, ao empro - tos se nbrem tiio &antamente para J e• um in<"omodo que baatante me importu- boio quo partia da. cstaçao de BraQO de gar um pouoo de força a mais do que a sue I. .. Mom~ntos depou,, N ~ Benhora é ~ nou mas niio desanimei e segui. que devia, dei origem a qualquer rotur11 condu111da a sua capeljnha _das apar1Em Leiria, momentos antes da part; Prata pnra a estnc;-iio do Rocio, estaçio que me fez lnnçar sangue pela bòca. 011 fa.zia serviço corno factor de l.' 1 Q081'1. Sempre o meemo entue a.s1;00 e os da para Fatima, o'inda me encontrava onde Chamando o meu médico assister.te, clruise, esconei;_'Uei no sair da porta da mesmos V'1 vos a aclamarem a Ra1nha dos mal. Aflito, recorri a proteçio de NOll8& Ex.mo Snr. D11. Ant6nio Vaz Pato fui acha.ndo-me repentina.meute minha. casa, Cài d'umo. va.randa para a anbmetido a tratamento COll!legUindo' mt,- Ckus I Quo s~udades ! O tempo pa~, mas Senhora, roa e parli a perna. direita pelo artelho, a record. a çiio desses momentoe fehzes e~ curaclo. lhorar. ficando o pé separa.do da perna., apenas M eeml?re presente. . _ . Em F6tima sempre as meamas impres.Algun11 meeoo depois, niio estando o.in· eoguro polos tendoos e péle e os 08808 da Termrnadn. a proc1ssao, fm com 08 soes do ano nnterior. da bem cicatrizada a primeira rotura cana partidos, sendo de pronto transporm_ous , socris;tia agradecer ao ~nr. ~-e Ao entrar no pavilhiio dos doentes, a d4t1vido a um esforço ma.ior, rehenton m~ Stiva todn.., as atençoee que nos tinba d1&- enfermeira Sr.• Francisca italiana, que tado num carro da cruz vermelha. para novamente o sangue. Na ausencia do meu penciacl.o. Ele, muito satiafeit.o e sempre no ano anterior bona se~ços me prer- 'o hospitol de 8 . José, onde me ~at~ médico aasitente. minha famflia cha- alegro, pergunta-me: tou, re<•onhec6-m.e e fica. maravilhad11 ram pessimamente a perna. Dep-019 de mou o Snr. Dr. Mendea Costa, médico do - E.ntiio, CO.Ilio se senteP I . por me ver tiio bem dispoeto, o, aem pensndo ma.ndnram-me para. o hospital partido em Oliveira do Hospital, que, -Sinto-me ~m dispos!o, Snr. P.o ~11- perder tempo di•me. EntAo niio publica do Desterro. Foi tiio mau o tratamento depoia de me ter ob6ervado cuidadosa- va, meamo mu1to bem du;poeto, scS mmto eMo milngre que é tiio gr11ndeP I Quem que 3 dias dopois tinha a perna- e:om mente, declarou a minha. famflia a gra- f&tigacl.o, o que nAo admira, atendendo o viu e queJn O va, que diferençal... uma infecçao, e principi.o de uma.. Sll!t!e&vidade da minha doença: infeçào no it longa viagem e ao destrn.ino de to.nto E' minha intençiio publica·lo e n.iMo min estAndo quasi durante os pr1me1rc» trea' me7A'! .,.m perigo de vi.da por nii.o ser pulmio direito. Desta vez a. doença ja tempo 6elI1 exercicio. tenho muita aatisfaçào. Di.o oedia a cuidados nem a medicamonDepois do termos oomido a nosea meImodiatamente levou a boa nov~ a possfvel fazol-a doziipnreoer. Como a porna se niio podia aguentar toe. renda e dii:el"JD08 a. Nossa Benhora o ul- tantoci doentes que no pa.-ilhA'.o suplicaReoonheoondo que na. medicina. jit niio timo adeus ~e saudade, retirlimo-noe na vam M mesmaa graçea. Momento& de- com o oparelho de exten.i;.1.0, por ter Q1l8 havia recursoa para atalhar o mal, rf'- santa pu do Senhor, para Leiria. poi11 aproximn,.so de mim e ped&-me pa.- i;er tratada todos os diaa duos vezee, nao corri com todo o fervor da minha alma Esta. nofte de 13 para U ja foi um pu- ra. que Il'le levante, apresentando-me ero. era pOf.Sfvel qne o pé lip;asse it pei:na e • Noesa. Senhora da Fittima delibernnd > ro oontraste com aa anteriores, dorminclo seguida no publico o dum modo parti- a.saim se COllS(>rvou dois mezes deshgado

o Ex.m Sr. D. Teot6nio Vieira de Castro, Bispo de Meliapor, e o de treze de Maio o Ex.m0 Sr. D. Manuel l!endes da Conceiçio Santos, .Arcebispo de ~vora. Anunciam-se igualmente num.eroeas romagens de diversas regioes do pais para os meses da Primavera e do Vera.o, tendo resolvido os organizadores dalgumas dessas manifestaçoes de F6 e piedade realiza-las fora do dia treze, para quo os petegrinos possam satisfazer com wais romodidade e recolhimento as exigencias da sua 'd.evoçao e efpc+, ·ar. a<"tos do culto privativos em romrnu. Com a reparaçiio das estradas que conduzem das estaçoes do caminho de ferro mais pro:rimas à futma Lourdes portuguesa e com o alargamento daquelas que diio aceso imedfato ao locai das apariçoes, corno esta. em project? prestes a ser executado, é de supor que se multipliquem as peregri naçòes paroquiais e regionaia f6ra doe dias treze. E o numero dessas peregrino.çoes aumento.ra amda mais quando forum facto -e sò-lo-à brevemente-o caminho de ferro destinado a ligar a trilogia monumental, - Tornar - Batalha. - Alcobaça eque se deve sobretudo aos esforços int~ligentes e porfiados dessa figura prestigiosa de grande relévo intelectual e moral que é o dr. Vieira Guimariies. 0

Coraçào agradecido

I

IA S

CURAS DA FATf MA


Voz da Fatima &té que em março Hgou, mas f6ra do seu logar. Como ja nào ti.nha esperança na vida, aem tao pouoo que o pé Hge.sse a perna, e como me visse cada vez peor e a febre aempre entre 39,5 e 41, devido ao est1.uio de putrefMça<> em que tinha a perna, e1r creri umo. carta o.o meu medico Sr. Dr. ..l. Balbino do Rogo, pedindo que me oortosse a perna. B fim de salvar & vidB a&ndo-lbe entregue a ca.rta por minha. anlher. Voja V. Ex.ci• qual seria a afliçii.o do w.ma mulher que vai levar a sentença. do morte de seu mBrido l Ha.a minha. mulher teve cora.gem, ~ tisf&z o meu peclido e entregou a. carta., ubendo pn.r,t o que era. Como fica.ria. mi.nha. mulher a.e ouvir dizer no modico : uNii.o, minh.a. senhora.: Se esca.par quo eecape com a. perna.». :llinhn. mulher, do fondo do coraçào di~me: «Pedo a. N. Senhora. da Fitima, quo ni.o ha.s-de morrern Nao tenho esperança. nenhuma. ja no. .-ida (digo-lhe eu). Niio sei a que Santo hei-de podir». Pode a N. Sonhoro d a Fatima. J 1\ te disse quo tenho muita fé Nola. Tu é que nào tens fé neuhuma o é por isso quo te nào achas molhor. Assim fui resi~tindo até no dia lG de .i.bril, em que sai do hospital para minha. casa, onde preferia. acabar o r esto dos meus dia. NO' dia 12 de ma.io seguin~ recebi um telegrama dos medicos da Compa11hia. para. compnrocer na junta. medica ca.so pudesse, mas corno o mou intorcsso era o adquirir l\ sa.ude com 0' maior do.;; sacriffcios lo. fui ooO:o pude, n' um "llrro. Ao chogar li Maçào havia. muita gente em peregrina(·ao para Fatima visto que ora a vespera.. Volta minha mulher a. dizer: uOh Joaquim, va.i tanta gento iHU':I. a Fatima!... Qucm me déra ir também In Como ou ti\·esse m11itos sofrim et1t.os r e!.pondi : «Vai tu que nii.o fazes ca. fnlta neuhuman. Elo. rotorquiu: «Niio te posso Ji·(er no.da.». Niio tens mesmo fé ne nh11mn. E' por .isso quo te nào achns melhor11. Digo-lhe eu; ,•ni se quoree ir, que Pu nào te pago; o quo quero é quo me dPi:11-~u. No dia 13 pela manhii, por ordi,m da Compnnhi:i., as 10 horns vaio . medico vitritar-me para. ver o n'.ieu estoclo visto que niio era p~h·ol melhornr: l)epois de me observar a. p0rno. diz: «O Senhor niio se levanta hoje da c,imn, porque uiio per den. Sorao cumpridns 06 '>rdnw, de V. Ex.ci· respondo 01J. Como minhn mulher vinha a jam•'a. vor pMSllr os comboios que levnv11-:n muitn. gente para Fatima volta. a insistir comigo: Oh Joaquim ... va.i tanta. 6 ente para Fatima l Se ou pudosse irn. uY•i, digo eu l So nao th•eres dinheiro pe,rP. o emprestado que eu niio me importo quo Vl\811,

Como eu eetivcase fartinho da ca.ma, cerca dli$ 11 horns, digo: ,Oh 1\laria.... faz o fa.,·or, vem-me vestir, l'Ue quno ir um bocn.dinho para o soln. ,;,.lii,~ ,liz oh,, porque o modico ni'io qu1>r 'JUO tu te leyante!I» , Oomo insistisse C'Om e!:• par11 me vestir nii.o quiz o eu v11ndo-roc de-;a,. nimado cl igo-lho: s6 •faltnvru, t!I agora niio mo liga.res nenhuma.: oe Santos niio querem saber do mim, tu agorn tnzes o mesmo. F..sta bem. Aqui flrnrt>in corno, •porém, ola nao pudesse suport0 r ns minhaa suplica.s, com poi::ca. Yontn<fa veio-me vostir e me ajudou, oomo poude, a l&Tar para uma va.randa ontle fazin. sol e ali me CO'llServei oncostado a tr<:s ..:a.doiraa. Yaito rosou nOISSa noite ao redor duma peqnona imagem o com umn. pequena luz, a minha mulher l Pelns troa horna da taM" sentarl• na cadeira senti um grande formi,zuciro na perna. pnrtida e fiz nl\ mo3n,'l , cnsiao esforço pnra me levanta 1·, o quc fiz sem muita dificulda.de e IIE!m auxilio rJe ninguem. Como me sentiss;e cheio ile- al&gria. !ombrai-me de pedir ns muleta.<, a minha mulher para vel' RII j,t poilia ande.r s6 com urna o enrocttarlo ti. grc ,e ,fa. varanda. E ja nao foi proci~o. l 'otnOC'ei a andar e a.ssim percorri uns 40 metros com na moletas na mao, scm fuzer 11s0 d'elns. Voja V. Ex.ci•, Senhor Director ~uiio grande foi a minha alegria, e E-.spccioimente a do minha. mulhor .1ue nem podia conter as lagrimll6 com n 1>ntisf~lio em quo so .encontra.va l N'essa. mosma ocnsiii.o lembro-me èo repente de Nossa Senhora da Jr.ttima. e digo: «Oh rnulher !... Tu é quc foste atondida e niio en o por isso irl'lmos para o ano Q\JO vem, ou soja no dia J3 <le maio a Fatiµia por fazor um ano •1 11e com~i

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a andar e levar corno penhor de gr&ti.dii.o um cordiio de ouro que minha mnlher oforeceu a N. Senhor:\ no Cli.BO de eu escapa.r, pois que nunca pensei que hoje f06Se vivo e consiclererme agora o homem m&is feliz do mundon.

Foi o principal fim que tive em vista, P eroira Fo.rnandes Còrtes, :Maria d' Aeoendepois de agra.deoer a Virgem, tornar pu- siio Carrnlho, Maria dns Doros do Castro blico -o meu ca.so para quo de tanto& in- Lopos (15$00), Abel Baptista Lope&, Anfelizos, SPfrendo horrorosamente, alguna tonio Tinoco, Lucilio. Maria Carnoiro do houvesso que, !endo-o so lembrassem de pe.. t'arvnlho (15$00>, P.e Alfredo do Melo dir tambem a Nossa, Sonhora a rura de Ahrantes, Alferee Baptista, Palmira Carosous malee. Ainda bem que V. Ex.• o len lina (20$00), Maria Magda.lena da Silva, Maria E. Dlas, de E'vora (ma Joio de e com isso tanto lucroù-l Demdita, mil ve- Gracinda. d0& Reis Carvalho, H el«.>na MaDel.18 31), em ca.rlll de fevereiro que niio zoe Bemdita N . Senhora de Fatima! Eu rhado, Hormano LO('a da Veiga, Maria era desti.Dada. a publicidade informa: fi.z o meu relato muito a pr066a, no peda.- Angela Albuquerque Oliveira, Guilhermi«Vai em cinco an06 que, sem querer, ba.- ço dum sorào, quasi cm vesperas de par- na Correia, Maria Noomia Fernandee de ti com o ooio esquerdo na. chn.ve de runa. tir para nqui, o por iS&O fui deficiente, Andrade, Maria Palmira C. Baptista Anporta. Sofri muito, mas, a pouco e pou- om iti muitas coisas, niio lhe dei o brillio Lunos, Tristiio Dettencourt da. Camara Juco, a.s dòros foram pnssa.ndo e niio mais quo devia. 'rive aponas a preocupaçao ma- nior, Joiio Lopos tLaranj(liro, Maria Ang~ pensarla em tal. 1 ximn de ser exacto o o ma.is rigoroeo p~ lica Corroia, Luiza. Pereira Rosa (15$00), Passa.dos mezea, talvez doia anca, no s{· aivel, visto quo tinha sido assistente da Luiz Lopes Abegiio, Maria Paula Franco tio em que oofri:. a panca.da., apa.receu-me l:''aculdade de Medicina em Coimbra., fui C'al'tfoso Bernardino Fernandes Ribeiro, um carocinho quo foi .a.umentando, se bem trat!\(}o e visto pelos mel.18 professores, por J osé d'Oliveira Peroira., P.e Eurico do que nio incomoda.sso muito. Porém, noe toclos os médicos quo nctua.l.mente existem Nnsciment.o Lncerda Pires, Maria Amélia. ultimoe mezes de 1926, as dores o a.s pi- ainda em Coimbra, entre eles e alem d06 do 'a 0s6rio Tovar, 13oatriz M. do Soucadas começaram de maneira tal que em qne me operarnm e citei, pelo Dr. Elisio sa ll'orroirn, Maria Adelaide Peroira de principios de 1927 tivç que consultar o I de Moura, José Rodrigues, etc, etc., todos Vasconcelos, Palmira Valente, P.e Antomédico, nproveitando a oportunidade da. mo visita.ram todos acompanharam a mi- nio Maria. de Castro, Manuel Lopes, Joio visita. que me fnzia e.stando eu com gripe. nha doeuça., do modo que niio podio. nem l\forques de Cnrvalbo, ,Toii.o Bnptista d'Al· E' ceri.o quo sua Ex.• nao mo desnnimou desojava exagerar, po.ra me niio dosmenti- mcida Can·nlho, P.o Antonio dos Santos ma.s disse·me: «Es-pere mais umns semanaa rem on chrunarem montiroso. Foi a minha .\h·t'S, .A.nt6nio RO'drip;uCb Pinto, Etoh,ina (mas quo niio sejam mezee) e se aa pica- grande preocnpaçiio, deixando mnito por Torros da Costa, Ant6nio J~é Valente dns e M dores continua.rom, participe-me di?,er. O mou d05a.stro transtornou-me a (15$00), Jnquim F e rnandes dos Santos, imediata.monto». - Fiquei triste por mo vida economica.mento, tive de vender al- Maria Barreto .Alpoim, Cust6dio da Culembrar quo teria de ser operada, por mo gumas propriedades que tinhamos e em- nha Loit,o da Costa (15$00), José da. Culembrar quo seria um cancro, mas nao de- pcnhoi·mo; mns, apezar de ter e, coraçifo nha Leite da Costa, Virginio Ferreir& sa.nimei. i;nngrando sempre por ter de mo separar (16$50), GuiJhermin::i. Rosa. da Silva; Joiio }'oi ontào que escrevi a. urna afilhada do minha esposa. e filhinhos que tanto a.do- da Fonsoca Cardoso, Paulo Alves de Souque tonho o a mais duas pessoa,g minhns j ro, vim no cumprimonl,o dum dflver, tentar ~.o, Cristina do Matos Franco, Maria de amigns para que pedissem por mim a Vir- recuperar o perdido, porque N. • Senhoro. N nzar~lh F erreira, Ermelinda Guerreiro gem Santissima, e por minha. vez, com m'o indicou, niìo permitindo quo fossem dn. Silva, Maria. Helena. Galpar Canaatreida 'a. minha alma, podi a N. Senhora quo eficazes tantos osforQOS que fiz para evitar ro, Ma.nuol dli. Silva., Maria dnq Dores me Jivrn.s.se dnm terrivel cancro. n. minha partida. ConvencidO' do que o meu 8nntos Trindnde, Miguel Nogueira do SouPrometi o. N. Senhora runa nove na em dovoq era. partir, abafoi o sentimento e sn, Alice Mnrtins Mono, Ester d'O!ivei· ca.da mez durante um , ano, durante pa,rti . .Assisti a ina.uguraçao da Jmagem de ra, Julin Fa.ria, :Malvfoa C. Rocha Fa.ria, a novena, usar agua da Fatima e publicar Nossa Sonhora do Fatima na. lgreJa. de S. l~sler C. Rodia Farin, Laura Farla, José a. graça se me fosse conoedida. Domingos, li noite, comunguei no dia s~ l\lirnndn. I•'ilipe, Ermelinda Faria da Crllll, - Na. primeira. somana a.inda senti algu· guiute e embarqnei nesso mesmo dia 1 de Maria B:u;to Vasconcelo,,, Marp;nrido. Carmns dores e picadas bastante intonsas mas Novombro de 19'27. Estou aqui ha 21/2 uilns Vioira Braga., Mariana IIenriqueta pouco a pouco fornm desaparecondo. O meses, cloven~ abrir o meu conault6rio na llo~a. Ana da Conceiçiio Pécurto, .Amadou pr6xim:.i. 2.• feirn. din. 13, dia de Nossa. Se- <la Concoi(·ùo Roxo, P.e Manue,l Pereira roço porém continuava. Chep;ou o mez de Dezembro e com file a nhora de Fatima.. Tonho encontrado e en- d'Olirnirn-- (20$00), Jo&é Rafa.el Sanlarui. feste de N. Senhora dn. Conceiçao. Fiz a I contrnrei muitas dificulda?es, urns espero ('amacho l•'ialho, 1\Innuel de Noronha novena, corno de costume, mais ainda: quo NO%a Senhora mns ar11dara I\ veticer (]5"00), 1'.o Adelino José Ah-e.'I da Sii· assisti n festa. - E~usado sera dizer-lhe, j pa.ra, o muis deptOSSt\. possivel, regres11a.r Il vn, l\-1arip. clo C'armo Tavares, Horminia de Snr. P.o Silva, n. devoçio com que as- no meu lar quo osta deafeito. Tenho nrran- ,J esus, Miu·iu da Purificaçii.o Godinho, Cosisti sempre muito principalmente a ben- jado aqui alguD.$ nssi.nantes da Voz da Mgo Mnnut>l Fernnndos Nogueira, Jo&é çiio do Santissimo em qne, com toda a Jt' atima, arranjru·ei quantos puder o, por C'ardo.so Junior, Joaquim Neto, Alzira R.iminha alma, pedi a Jesus e a Virgem que mais quo faça, nunca pngarei I\ Virgem o hl'\iro Rufino, P .e Jonquim Tfi:oi:eira de me livrassem do terrivel cancro. tiue lho devo I Procuro curuprir rigorosa-- Sonsa, Maximiana Toixeira. da Rocha, y.,_ Qual niio foi porém o meu espnnto quan- ment,e o meu dever de esposo, cidadao e ria dos Prnzet'es Cha.ves, Jesus Clara da do, :i noite, a bora. em quo costum&11& fa· 1 cat61ico, para quo ninguem possa ataca.r- Silva (5 00), Maria José de Magnlhii.• ze r o penso, nem sabin. onde o devia colo- -me com ra.zào, ou por em ctuvi'1a. a sin- Bn.rros (50 00), Agripina Lusia, Joaguim car porque niio encontrei o caroço l,.. ceridade das minhas crenças. ,Jooé Gra.nja Ferroira, Maria Lucllia LoNo entanto continuoi a fazer a novena. Te nho a certeza. mornl de que hei·de ven- pe6 Joiio dii Silva. l\fontelo., Jer6nimo Ancomo promotorn. e agora qne ncnbei cum- coi: a.judado por ~ossa. Senhora, e lQKO que gusto Brit.o, Maria do Sousa, Maria Carpre-me participnr-lho tudo iato para que Yolte a Portugal, so Deus assim o pormi- \·al ho Dina Machndo, Domingos Alvos da possa. puhlicar na «Vozu em bonra da Sa.n- t.ir, niio passarei em Lisboa, som pl'O('urar 8ilvn, José Dia.s 'Grbano, Ant6010 Maria tfssima Virgem, mais esta graça concedi- Y. Ex.•. Desejo conheco-lo e conhecer 3n& Duarte, Amalia Monteiro Fiuza, Jacinto dn. Ex.ma Esposn, verdadoira. ima,!;010 da e.- cla Costa Melicias, Joiio Ferreira. Dias, P eço-lhe porém a finezn. de publicar co- posa. modelar, 11. quem Deus chirs o i;pé- ,)osé F orroira Ca.xaria, Joana. Nolore, Per. mo entondor pois quo ta!vez o meu rela- mio de tn.nLn abncgn.çiio ù L;; o ,\l ri -.. l:tcìn pétua. de Jesu<i, Carolina. Correi& Vieir&, to seja um tanto extenao. fél Para. ma os mens respoitos da m:.\:, ele· ,\nt6nio da Costa. Mclicias ,Antonio Siroòes O quo clesejo é non.bar de cumprir a pro- ntda co111,idcrnçiio, pnra ,· . l' ·," u, n:,•us J)unrte Antonio J>omingues Forrcira, messa. na.da. mais. hem sinooros pnra.bens e i,nra o~ d,; ii- •ima Guilho~ina Amélia Ah·~ Forl1111n , DoQu~ lhe pa.rcce tudo isto?-Niio acha larga vicla compensa.dora ·l<' to.nt,1 sof.-;. mingos Maria. Monteiro, P.e Rufino da oxtrnordinario? - Eu propria chego aa v~ monto. Desculpo-mo V. Ex.• o <lesal,,.i.'ti, jlvn Ara.ujo Maria. Ana Gamito (20f00l, zes a. du\'Ìdnr, nii.o do poder de Deus, mas mas nao pude conter-me ero sileucio • Jlerminia. d~ Sa.ntos, Maria do Rosario cle mim, o fico a pensar muito tempo ae sntisfaçiio que me inu ndou a. a.Ima, impclin- co~ta l\laria das Doros Sobreira Jordao, o carocinho vO'ltnra e so eu torei ainda ·me a vir cumprimenta.-los. Jtoi;a 'Amélia. da Silva, Ma.ria J osé da Lou· muito quo sofrer. A quanto.9 doentes ou tenho Ìt\ falado em rinha (15$00) Sebastiana Victor NogueiSera porérn o que Dous quizer e eu me- Nossa Senhora. e fa!arei sempro quo dill60 ra. - De jorn~i.s: Georgina Moro.is Silva reoer. Se tivor de morrer ero misero osta.- tenha ensojo, para os animar, che.mar a fé (26$20> .Alioo Rodriguea Lelio da Si!va. o procurar na medida. dns -riinhas fo~ (190$00') Moria Augusta dos Santos Vado, morrerei. O>nformo-me com a vontade de DeUS>i. mostrar-me digno de t.iio grande milag~. lentim (20$00>, Carmina. Vieira. (15$~), So em qualquer parte, eu para alg,•ma. COL- Ana da Conoeiçào Novoe (55$9()), Joaquim sa. puder sor p~avel a V. Ex.•, recebo José Forroira (100$00), Maria da Enea.ras' suas ordons e con_f0910-me. um grande nnçao Bnri'io (13$00), M9:1"ia d'AssumpQii.o Valente (60$00), A. R eat1ng (20$00), jun.dmirador. Oom o ma.tor respetto lio Ant6nio de .Assois (50$00), Tere(a.) A.cacio d4 Sih,a Ribeiro. sa B. Forte (60$00), Maria. Ana C. R. Teixoi.r.a. (50$00), Ant6nio 0s nOEl!OIII leitores deoerto experimenta-Vioira Lei.te (120$00), P.e Ant6nio Cor------o----r iio corno n6s um grande prazer om lér a roia Ferroira da Mota (45'00), Maria du carta. ha pouco dirigida. ao Ex.mo Sr. Joa· Doroo Tava.r~ de Sousa. (104.$001, Josefa quim _D uarte d'Oliveira (vér Voz d4 Fd· da Jesus (11$20), Joaquim Duarte d'Oli· tima do Jn.neiro) pelo Ex.mo Sr. Dr . .A.caveira. (50$00) Lucia.no d'Almeida (70$00>, cio da Silva. Ribeiro (Voz d4 Fdtima de José F~rreira. Paulino (100$00). Maria. DESPEZAS Outubrol. E' como segue:

to- l

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ca-I I

I

-----•e-a-----

Dois miraculados

Voz da Fatima

«Lourenço Marques 62 11-2-928.

Oa.ixa Postal N. 0

Transporte... .. . . .. .. . ... 97.651$77 Papel, compO'Siçiio e impressao Ex.mo Senhor do n. 0 66 (38.\XlO exempla2.269$50 res) .................... . Permit.')..-me V. Ex.• que, apoza.r de, o Selos, embalagem, transportes, 735$39 niio conhecor pessoalmente, lhe eacreva eeexpediçii.o, gra.vnras, etc ... tn carta. Foi cc,m os olhos rn.zos de la100.656$66 grimll6 quo li na «Voz da Fatima» o brilhante relato da &un cura milngrosa; é a.i.nSUBSCRlçÀO da com eles rasos de lagrimas quo lhe es(Ma.io e junho de 1927> crevo, relendo o mesmo relato I Sou eu o médioo a que V. Ex.• se refere, fui eu que a Virgem N . Senhora de Enviaram dez escudoo: Francisco JorFatima fiquei dovendo a vidn. l Como me ge, P .o J osé Lourenço Pereira do Matos, senti fe liz ao ler quo, como V. Ex.• difl, Ana Maria Clnvin d'Oruelas Vasoonoel°'!, 11, leiturn. do meu dosa.stre, d'nlgum.a ma.- Mari& do Canno Corte Real Ab~e? de L~neira, concorreu paro. lho despertnr a fé ma. (20100), P.e A~gusto José V1~1ra, Ehe convida·lo e, recorrer A 'quela que tudo 98U da Bilva, Beatr1z ~e Barros P1nto Bro-c~ado (20f9()), J onqunn R~a. Gomes, Ma· p6do, e a quem tudo Obedeoo I... Quo alegria senti, Ex.mo Snr I l'la Eftgema Sarmento, 81b1la de Jeaus

I

Abrigo para os doentes Peregrinos de Fatima. Transporto..... ....... ..... . 5 !A0$05 5$00 Anonimo ....................... . D. Maria Noemi do Fa.ria Coo10$to lho...... ...... ........... . 10$00 Alberico Miranda ... ... ... ... 25$00 Anonima de Agueda ... .. . . .. 5$00 l\Ia.nuel Urbano Alves... .. . ... 1otoo l). Deolinda Pinto do Almeida. 10$00 Mn1mel DiM Moreira ..... . 5$00 Manuel Poroira DiM ... .. . 10$00 O. Anninda Dias de Sii... 20$00 ,\.nonima ................. . 5.750$05


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As Grandes Maravilhas de Fatima

Voz da F6tima

ALIANçA DIVINA

Por &e1, la.do o engenheiro na~ desca,,i.çava. Quando a batalha estava ja quasi vencida, atre'Vido, o engenheiro 1n-opoz qu.e se 1c.asse o pendlio da vrrt6ria. E numa das salas - onde eles ,nais tratavam dQ corpo - foi posto o trofiu e o penhor da vict6ria sobre as suas almas. .4 Fabrica, os directores, os operarios consagravam-se ao Coraçlio de J esu.s e queriam-'Ilo ver ali representado na pa,rede, a abençoa-los a todos.

I

esse prazer a Nosso Senho1· e a si, e.•tei• descançado. -A.h isso me basta.

E tendo-o peràido àe -vista na vollo da estrcr.da, o prior correu a ojoelltor-11• deante do Sacrario a resar um fervoro.r!J simo «Te-Deum11. Resou., chorou., agradeceu. A fabrico ia ser todo de Nosso Senhor. Aoora id ni1.o t inha de temer a fdbric• e a su.a in/Cuéncia na freouezia.

Acaba do sa.ir do prolo, com o impri((A quela /tibrica meu aniigo, ha.de ser matur dn Scnhor Bispo de Leiria., &te no- o meu Calvario. vo e inter~anti~mo livro a·o nosso pre,1 terra prende-os, brutal,za-os (desculsado colabor,1tlor sr. VibConde de Montalo, pe o termo). quo, como o pr6prio titulo deixa entrever, O trcibalho esgota-os ; dllo tudo ao corcontem a. hu.t6ria sublime e em extromo po, ao dinlteiro .aos interesses materiais ... oomovente das a.pariçòes e dos sucessoé ma,. e da alma, da pobre alma nem sequer se • • ravilhosos da Lourdoo partugueza. ùembram vor veze8l,. O engenheiro veio um pouco mai& tarcù . Esento em linguagom clara e corrente Quem as.11ni /alava era mn prior. Qll,(ltro pnos eram passados sobre a sedo friciJ compreénsao ainda. para as inteDe pé, com. o ol11ar pregado em qual- menteira d-0 graozito de mostarda que, se- 11-0quele dia. O prior fo i-lhe ao encontro abraçou-# ligéncios monos cultas, o. sua leitura. se- quer coisa que da varanda envidraçada gundo a profecia do engenheiro e pela ra por todos feita com bastante proveito lobrign-oo ao longe ouvia-o aìlencioso um acrào do, dois, abençoados e ouiados pela contente corno uma creanço. - Que é isso senhor prior? e a.grado. jovem enoenheiro, alma de escol. graça Divina, oerminar~, crescera. e abri- A.li ·m eu amigo, os dois que no8 faEsta obro., precioso escr!nio de recorda· De repente, os olhos faiscaram-lhe nu.m gara sob a .tua protecçllo quasi todas as alziam Sll,(lT e que pareciam r ecalcitrar i:~ çòe.5 que todo o verdadeiro devoto de Nos· olltar ~nlrn~o e pregunta, num &orriao: mas d(tquela. Jabrica. tra a graça, acal>am de ceàeT, viio con. sa St"nhora de Fatima. de\'8 possuir no. sua - Diga-me, snr. prior, entào quando Quasi toda 3 aim. estanto, O!ita improssa oro 6timo pa.pel, re/orma o seu presbiterio? Mas aquele quasi era torturante. Porque lessar-se esta quaresma, ~o qv.U consta do 414 pagjnas e é ilustrado. com I E' lindo, sabe? é mesmo poetico. La nélo todas? - Assim mesmo. 50 gravurns, qua.si todo.s de prigino., sendo em cima na /abrica, no meio do · meu Ha via ainda duas - nao mai& - que se -Louvado seja Deus I a duas coree a Cl;l,Pl\ lind{ssima, cujo. gro.- j trabalho e do progresso daquel(i. indus- mostravam refractar-ias d orMa, - Nosso Senhor lhe pague, engenheivura roproduz a scena. incomparavel daa tria tenho-lhe inveia. JJfas os dois, cada um por seu lado, ro, o seu esforço. apariçoos do. SnntiS6ima Virgem o.os pns- Oh meu amioo, e.,ta casa é sua! n{lo cediam. - A mim nlJ.o deve nada senhor prior. torinhos. -Muito obrioado pela su.a gentileza Depois, tinham hoje por seu lado 0 E' um primoroso trabalbo de imprensa., mas francamente emqu!tnto a ndo vir um meio. Todos praticavam menos 08 dois ... Que tive eu para atl' N em prego nem ti-um auténtico mimo de arte, cuja execuçào pouco remoçada parece que nem a paiTodoa se confessavam menos 08 doiL. topa ... - Foi o seu exemplo, o seu conselho, a honra sobromaneira 88 o.creditadas oficinu sagem larga da roa va.randa me agrada Todos t ecebiam O p40 Divino menoa 08 sua acçao tenaz, o espelh.o de sua vido da Uniào Grafica, onde foi !evado a cabo. nem a aova daquela tascata me enca,nta. dois ... O produ*'? lfqui~o da. venda. é _integraiO Snr._ Prior, perdDe--me, espiritualisa-Pa.recia O demonio a rir-se do prior e sobretudo. fiz mais do que devia. mente dC6trnado a Obra de Fatuna. -se dema1s. I do enoenheiro guardando para si aque- -FoiNào antes a acçao do Senhor prior en-Que~ quizer adquirir &se Jivro doveN6s temos dois principio,, ndo U Al- 148 duas. alma~. tre a minlta gente. Elea querem-lhe como ra env1ar dez escudos por cada exemplar ma e corpo; é necessario nào desprezar • • a um pai. e ma.is um e6Cudo para o port-e do correio nenhum dos doi6. A batalha entrO'U entlio ne 3eu auge. - Nào, isso nlio. Dioamos antes qu, em carta regista.da, cheque ou vale p06tal Da intima harmonia entrt elea depenRec0'1"reu--se a arzna maiis poderosa para foi a oraça de Nosso Senhor seT11indo-se a José Dina-Seminario Pa.triarcnl-S~ de a paz em n6s. de n6s corno instrumentos. ta.rém ou a Uniao Grafica - Travessa do - Mas o meu amigo bem sabe que Bo- a conquista das almas - a oraçlJ.o. Fez-se violéncia ao Céu. -E bem ordinarios, ao menos pe/4 mtDespo.cho, 16-Lisboo.. ma e P1Jvia nao fizcram 11/Um dia. E o Oéu defa:ou-se 11etieer e... venceu a nlia parte. A seguir transcreveµios O E stow aqui ha tao pouco tempo ... Ja contumacia daqu.elas duas alma.,. -Deixe-se de modestias. queria 11,m presbitério arr<J,niadinho. Agradeçamo8 muito a Nosso Senhor esT' ai~,e devaoar que é mai.s seguro. • • INDICE DAS MATERIAS ta grara. - Ora bPvt. E' isso meamo que eu lhe B astava-me i sto pa,ra as., inalar esta queria dize1· ma,s oost,i que o snr. prior Era a 11oite. A.' cabereira dum doente I Parte o di.,scsse primeiro. sentararse um padre. A voz rou.fe-nha maJ. quaresm.a. se lhe ent endia. H oje a fabrica é uma fabrica criatn.. (E "m ar triunfante). Vamos devauar, aos poucochinhoa que Tinha um tetano. Prefacio • • é mais seouro, nli.o é f Sobre a ,nesa de cabeceira uma image11r Vamos fazcr urna aliança para uma. zinlia da Senhora da Fatima. be espaço A acçi1.o tnet6dica, tenaz dum padre qiu .As a_P~riçòes da Santi'ssima. Virgem A v1sao dos pnstorinbos - Lourdes e conquista - a conquista da minha fabri- a espaço o doent e beijava-a devotamente. se deixa mover pela graça nunca fi«J - Tu est6.1 muito doente, Ant6nio, pois sem result11do. Fatima- Uma cura oxtra.ordinario.-Notas ca, quere? - Se quero ... estas? Coitado ! l\!as quando se Ute junta o exemplo e comontar io9- O dia 13 de .Agosto de Poi., f ica feita. A campanha come- Estou sim senhor. • fascinante duma vido 1rrofundamente 1917 - O dia 13 do Soiembro de 1917 - Eu vinha vér se tu estavas ,nelhor. cri.,tà num leioo que se .,ente a arder em A.s doclnra.çòes dos videntes -Naa véspe- ça i6, uielhor, ela ja i:omerou. A.oora va-.1\foito obrioado! Estou na mesma. zelo pela 8<llvaçlb das almas, n.h! entltO ras do grande milagre - No dio. do gran- mo., e.,tudar os plano,. Pen.,e nis.,o anr. prior, .. . ... ... .. . .. . .. . .. . .. . a tal alian.ça, se ela t em por arma prin-de mil~ore - Depois do grande milaure - Penso, penso e vou pedir a. Deus Ultimos inte.rrogn.t6rios -A morte de E o padre ia oranc1o de quando em cipal a oraçaol .. . quando. A.qui transformou um<1 fabnra - fraMFrancisco Marto - A morte do Jacinta que abenç6e a sua ideia, enoenheiro. -- Minha? Nao. Dele. Marte. A.o beijar a imagem mais umo vez, o formarli o mundo quando unitlo.s ,çac,r-E vero-lhe que, jd que no.la deu lhe doente diz baixinho mas de f01·ma que dotes e leioos &e resolverem a trrrbcùhar TI Parte de vida. sem de.~canço pela salvarno d"ll alma,. o prior poude ouvir. - E ~ta bl'm. H<t de ser a semente de Grondiosas ma.nifOl>ta.çoos de Fé e pieda.. - Estou mal... Vamos lutar: Almas de escol ha-as ainda, mari de do Eoonoellto de huie, creia. Hei-de vencer!... Deus, pela nossa terra. de Gl6rin. e repnraçiio- Portugal Junto le, mo.,tarda ..:.. Deu.s o oiça. E para o prior, fazia-me bem um pou· Mas, as veus, en torpecida.,, -•6 prntrono da su11, Padroeira - FatimR, cen~ro - A té iooo, senlior prior I co de agua da Fatima. sam em .,i. doa coraçòc.s-F:itima, p6lo magnético das Logo a noite deixa-me aqui pas.,ar um - Da Fatima nao a tenho la. Ma., Padrcs zelo,,os nllo faltam . .li/a., 11rm alma&-Oa prodigioa da Virgem-0 P ara.i- bocad-0 nfl.o deixa? Que eu, no fim de con- trago-te agua de L ourdes - t'Udo é agua .,empre sabcm por onde ltao-de começar. Despertcm as alma& que o Ffrnlior diszo na terra -Dez nno.s depois - Fatima e tas, aprecio imcnso o rccolhimento s,ilen- de Nossa Senh.ora. cio.,o e portico da .ma ca.,a em i:ontraste - A i r/ue bom / tinguiu rom mn amor di> predii, t·ç,lo ~ o «Poverc•llon - A'< g16rias da Mite de com o bo/frio continuo da fabrica e so- Entllo eii vou. bw,a-14. . 11llo em falange - uuiaifa., pdos sarudoDeus - A cidade do. Virgem aos pés de bretudo, é claro, n., 110Ma., palestra.,. Faz ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...1te.,-conquistar o mund11. Dtsvntem, tcio ben~ o seu. convivio/ Maria - A L81Ta. da Virgem. o ra br>ùeu e .,en tiu,-se metltor me- orcm, trabalhem com os ollro., rm Detta - Nllo troce, enoe11ltciro. lhorou. todo. ' que do 110.,.,0 trabalho alaum fructo . ,e Bem .~abi> quanto eu e.,timo 1•e-lo aqui. ITI Parte Cura 11atv.ral? Extraordinaria? - Nao haA-de l~olher.d __ ., e ro 11 0 le · tlo- A U looo entao. i ., 1uo., z sei Curuu-se. a ianra o pu,,r · * • &os para trazerem a& ov,•lhrn trt.m1alha- 1té looo. As curas extraordinarias • • • das ao redil de Je~u é r,·alml'nfe uma Dia& depois, quando o padre aomo de aliança di11ina e tona alinnra tremenda ... • Tere.,a do Jesus 1\-fartins: tuborculose . . . pulmouar Cecilia AugUBta Gouveia Pres- 1 A orl1 o engenlie1r_o ,.ubtu ~ra o seu costume entrava em casa do doente, para o demonio. tea: tuborculose pulmonnr e peritonia.l oom «l,an/ra,,. e nele, depo1., ri111n t1l~tmo adeus, uma .,enhora, de caterism.o na mào, dirige-.,e-l11 e assim: ascite (hidropiaia do vontre) _ EmOia d~ em o ,iu~utos e.~taua. na /6.bnca. . - Senhor prìor, e.,to11 a estvrlar o caJesUB Oliveira: pleuresia sero-fibrinosa 8 . la r1ul1ante. Parec1~lhe ver a fabnca NO SACRARIO lesòes inflamat6ri:is bncilares com começo 111 !~n,fo:mada. . l teci&mo, a renovar os a11ligo., conhecimende ru..:.o _ José de Oliveira Cnrvulho: li, 1_magrn<1ta. let·~ntar entifo, em -"~l! tos que deixei esquecer. Depois vou aonma.I de Pott tombar- Joiio de On.stro San· de tn111ifo, no m<m alto _corpo do edi(i- fe 1nr-mr t uc , m -~lr a pratic11r a reliDEUS ESTA ALI che!: da Costa Forreira.: meningite cérè- rio ce!itral, uma grande wiagem a OrtS- giao ,at6lica. So 1J.gora o conheci a si e •u 1 ,uç.J,, ,, · l - .Arm_l\?d0 de 01'iveira · : a d811 )· · fo Qué? Rrr. b ro-espina So ha a.lgumo. coisa no mundo ca.pnz de llaviam de idria& revoluciona- Mas, minha senhora ... te supuratlo. .n~ virilhn. osquorda. - Etelvt- rias fazer..Zhe ao operariado o que eie far - Sim. Eu ju,lgava que a con/isMJ.o ma- nos revela.r a n06Sa propria grandezo. e de ra. dn C'ouceiç~o Ban:oso: ulcera. do ~ zia a t erra - revolve-lo revoitarlo f tava O.! doen tes mais d ep? eMa. .. e o ae- imprimir 4. n068a alma o eentimento da mago -:- Eµ~émo Joho Clara. N~vee: e.o· NM! Ele seria O primeiro no traba- nlwr prior r esruacitou·me o meu compa- nossa dignidade pe&SOal, é segurn.mente • certeza da presença perpetua de Deia enterocohte, diarrea verde e meru!1g1te- Al~ lho, 0 primrfro na ioreja, 0 primeiro na nheiro. fredo Au~usto da B.och~: gastrite ul~er':>sa vida de familia e no amor aos ,eus, o - Pois btm, minha senhora quando tre n6s. Deus osta a.qui I Quo é que nos pode chegar mais ao fundo do que cste - A~t6n~o do. Cost~ V1ana: fe~re t1f01de primeiro na estima pelos seus subditos. quizer, com todo o prazer. clarà.'o noa n086os pensa.mentos e nos noe· e porito1_11to generahsn.da oo~ sa.iòa d_o ~UB E ho.via de triunfarI - .Amér1co da. Cruz Maderra: menmg1to sos o.feotoaP Deua esté. a.qui I Porto.nto... Era uma da8 tais duas alvias ... cérebNMISpinal - J onquim Fernandee dos eu nao aou despresado nem osquecido por • • Santos: ulceras varic0008 ap6s urna febre Ele . • tjfoide complica.da de flebite - Maria dos Um 9rande numero de operarios, edu-A minha. vido. tem, pois, bnstantee atra• • Santo& P niva: ffstulo. proveniente duro.a cado11 11evi rel'igiao viviam escaindalosamen-ctivos, a minha alma bastante valor para cario do costala (tu,bercul068 6ssea) - Rosa. te em pu.blicas mancebi(U. A' tardi11ha, a pol'ta da ivreja i,regun- interessar, para atrair, para aeglll'ar .DeUlt junto do mim I de,fJesus Morais : tumor do natureza au.&No.o trnha geito aquilo. tava-lhe algu.ém: Quem poderia dizer hojo quanto este peita - Rosa Mario. Ribeiro: gastrite ulEra necesaario reform.ar. - O Snr. prior amanlrli da (UJUi Nouo facto s6 do. presença de J~uR entre n6a cerosa - Ma.ria José Ferreira; meningite PO'!J.co· a pou.co, hoje um, ama-n.M ou· Senhor1 - Ohi Sim! A quem? .4 si? t em, ha <loia mii anos, e:rlinguido coaicérebro eepinal- Dr. .Acacio da. Silva. Ri,. tro, a uma pala,wa do aenhor prior que ta.çoes mas, suspendido e aufocado NllO- Talvu . E porque ndo? beiro (modico) : fractura. da perna direita. os ia ver, qu.e os ia visitar, que 01 aju-- Bra110! Muitos parabén,. (E entu.- luçoes imornee, feito germinar virtudesP da'IIO, que os ensinava, que 'IIÌ'llia q1.1(Uj_ .APENDICE Estabelecendo-t1e d'ama fonna l)«ID&entre ele1, que poris30 ele, estimavam ili, siasmado deu-lhe -um grande abraço). - Eu nao disse que era com certci:a nente o visive! no meio do sou povo, Jeeua Promessas aos devoto& do Rosario - Es· ao meno, corno amigo - todos vieram a Cristo ahi ma.ntem incesaantomente a, f6 tatutos do. Confraria de N0881l Sen.lìora. do prtitica da lei do Senhor, casando-se e co- 1)(1,ra mim. Mas hei-de, ena qu.are,ma, dar-lhea e reanimn M esporo.nças. 111,eçando a cumprir 01 preceito,. Rosario do Fatima.

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Leiria, 1 3 de ~a.io de 1 9 2 8

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ODIVINO POEMA DE FATIMA ------0--'----

A aparlçao de treze de Malo - O trono mais esplendoroso de Jcsus - H6stia - O mais belo centro de devoçlto à Virgem Santissima - Fatima poema de consolaçltò, de paz e de felicidade - O caminho do Céu - lncèndio portentoso de Fé e Amor.

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A.PROVACAO

Diraetor, Proprietario e Editor: - Dr. ,M anuel Marques dos Santos Composto e impresso na Uni~o Grafica, Rua da Santa Marta, 150-152 - Llsboa.

co~o se chora a porta de todos os paraisos perdidos. No dia tTeze de Maio de 1917, durante a primeira apariçiio da Rainha do Santissimo Rosario aos hu-

EOLE8lASTICA]

Adminislrador: -

Padre Manuel Pereira da Silva

Redacrilo e Adm/nistra+do: Seminario de Leir,a.

Céu e a consoladora promessa de que um dia iriam tambem para. l a. Fatima, por amorosa disposiçao da. Prov•d~ncia, é, actualmente, adentro ,la!> fronteiras cla nossa quel'ida Po-1 ia, o carninh o mais curto para ll 1•'é, ~ 1"'a e praiica, e, portanto, o c·tun111ho mais cnrto para. o Ceu. Peregri oos portugueses, filhos de herois e cle !'la nto11, berde1r, ·" ,le gloriosus trncliçoes, ero cujas veias

Fatima. e voltai para as vossas terras com a resoluçiio beru firme de comunicar esse fogo sobrenatural a tantas almas trnnsvia<las que va.gueiam nali trevas do erro e da morte, para que, ao contacto da vossa Fé e a vista das vossns vfrtudes e boas obras, possam voltar depressa as creni:as dos geuc;; ruaiores e encontrar sempre o ~omiuho que condnz a eterna feliciclude.

O dia freze de Abril - A multidlo dos fiéis - A peregrlnaçao de Llsboa A procissAo das vctas Os actos colectivos da peregrlnaçào do Socorro - Monsenhor Manuel Marinho.

Faz hoje onze anos, couta<los clia a dia, Qne a Roinl,n ilos An.ios se

dignou baixar dos paramos da gl6O dia treze ,le Abril amanhecen riu a este vale ,le lagrimai; para eresplendido, de ceu diafano e de sol jruer rom as 11uas miios viri:rinais bl'ilhnnle, 1-1orrin<lo enlte os dias num recanto da serra de Aire en•nihlailos e cb uvosos da l'ruuuve1a, tre mislérios inefa,Tcis e prodigios tao semelhantes nos do Ontono e do est11pen<los, o trono mais esplendoInverno, corno um oasis <lelicioao ros·" de J esus no seu Sacre.mento de no meio do deserto estéril e miiraamor e urna fonte perene e inexhauJor do Sa.harn. rivel de graças e miseric6rdias. De:ide aR primeira,; h1,1·as da maIloje Fatima, a cidade predilecta nhii. que afluem setn C'essar ao Yasto da Virgem, ap6s a série intenninarecinto da Cova da. I ria numerosos vel de maravilhas operadas pela peregrinos ambos os sexos e de Omnipotencia de Deus, mediante a todas as idades e condi{'oes sociais. intercessiio cle sua augusta Ma.e, O facto culminante da romagem gloriosa Paclroeira. de Portugal, é, deste dia nos fastos de Fatima é a verdadeiramente, um poema de con• perogrinaçao de Lisboa, organizada solaçao, um poema de paz e um poee dirigicla. pelo activo .e zeloso paroma de feliciclade. I ro da. fréguesia. do Socorro, rev.do Ali, naquela estancia, bemdifa, Joii.o Filipe dos Reis, quP teve a que é Bem contesta{'aO, a ante-Ca• consola{'ao de conduzir aos pés de me.ra do Céu, Maria Santissima inMaria, no santua,rio da ~ua prediclina-se com bondade sobre tòdas as lerçiio, cerca de treze11 los fiéis, quamisérias humanas e derrama sobre si todos seus pnroquianos. ae almas aflitas, sohre os coraçòei; Um comboio especial, C'ontratado doloridos e sobre os rc•rpos martiriznexp1essa.mente para esse fim, transdos, se nero sempre a !?l'nça da cura, portou os peregrinos, na vé,-,pera a fisica ou moral, ao menos r, bt..l~aroo tarde, até a estnr;ao do Entroncasuavissimo do confo.rto e da res1gnamento, onde os grancles e c·onfortàçao cristii.. veis camions dos irmiios Clara d~ Ali, por meio dos sncerdotes que, Tòrres Nova!! '>S receberam, para. em nome do misericordiollo J uiz dos os irem despejar em Fa.timo. pouco vivos e dos roortos, perdoam e o.ntes do sol posto. absolvem no santo Tribuna! da. PeA. 's nove horas da noi te realizounitencia, el., alcançR. para tantos se, sem ca.Tacter oficial , a procisfilhos pr6digos, que viviam infelisao das velas, em que tomararu parzes longe da casa paterna, corno ovete algumns ccntenas de pessoas, lhinhas perdidns, o perdilo das culpas alem da ppregTina{'io de T.,isboa, e a paz das consciencias. Ali, as que tivera a inicintiva òe,-~a tocaninocenoias COORervadas e QS inocentf' manifestn{'ii.o de Fé e piedade. CÌBS recupcraclas, aos A.p6stolos do Fachada prlnclpal do templo comemoralivo da Aparlçlo de Nossa Senhora. A prlmclra pedra sera benzlEmborn tal e~pectac•ulo niio loamor e aos Pedros contritos, as nn- da hoje. No recinto, a principiar na avenlda que parte do portao d'enlraùn, serno repre5cntados os 14 Mtsténos do ~osjrfo terminando pelo t5.o - Coroaç., o da S. S. Vlrgem cujo emblema enc,ma a torre de 50 me· gTasse atin~ir, nem sequer de longélicnc, Terezi uhas e as )fagdalena: lros de altura. me.1mos Mtslérlos serJo representados em 15 altares dentro do templo. A lgrej_a e respectlva facltada ~e. a11 proporçòe., grandio-,a, que arrependidas, ela disp<>11;;a c,,ns,)la- slo Os adquadas 4s cerlm6nlas das grandes peregrlnaçòes. costuma revestir nos me~ps do Esçòes tao ~randes, ti.o pura~, tiio inetio, sobretudo em Maio e Outufaveis que todos chJ!'am <:l')JO pena bro, a c:ierenidade da natureza, e saudn.d,, infinita., ao afast/\rem-se a limpi<lez do firmamento, onde mildes pastorinhos de Aljustrel, eles corre o sangue de ap6stolo11 e de daquela mnnsi\o de i!ÒZO, co•-1.) d;orare.m .Adio e Eva, depois da qu&- ouvìram da boca cla celeste Visuo a 1a1utires. ahrnzai as vossns almas $Cintilnvnru miriades de estrelas, a da, no liminr do Para.iso terrestre, notfoia cle que a sua morada era o I nas chamas do incendio divino de atmosfera sobrenntural que ~e re.~-

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V:Jz da Fatima pirava a plenos haustos, a piedade grandecimento da nossa Obra Mis- btil e que, por assiro dizer, se sen- duas pessoas da freguezia, sendo estuante e comunicativa das almas, sionaria,--e encaminha-se para a te e se a.palpa, aquele scenario uni- contratada uma camionete para as

que ali deeafogam ae suas maguas livremente e seD' respeitos humanos, enternecia os coraçòes menos sensiveis e aljofrava de lagrimas de viva e funda comoçio os olhos de todos os presentes. No dia treee, as primeiras horas da manha, os peregrinos de Lisboa, levando a frante o seu rico e vistoso estandarte, dirigiram-se para a ce.pela das missas, onde assistiram ao Santo Sacrificio e receberam com devoçiio edificante o Pio dos Anjos. Entre os sacerdotes que neste dia visitaram pela primeira vez os santua.rios da Lourdes portuguesa, merece especial referencia um· dos mais ilustres ornamentos do clero portugues, Monsenhor Manuel Marinbo. Notavel pelo seu saber, pelo seu caracter e pela s'u a piedade, este levita do Senhor, que Portugal inteiro respeita, venera e adruira, niio podia ocultar a sua comoçiio perante as scenas incomparaveis, que se desenrolavam naquele teatro augusto de tantas maravilhas divina.a. E por sem duvida, no intimo da i;ua. aln111 de ap6stolo, rejubilava com a forte rn 1 ~ da de sobrenatural que, a voz ae t r$5 inocentes crianças, começou e niio cessou ja.mais de sopi u daquela estancia, consagrada pela presença e pelas beD:çè.os da Mae de Deue, s6bre toc1M os recantos, ainda os mais escuRos e remotos, da dit< ea terra. de ~anta Maria.

capela nova, onde, depois das oraçoes preparat6rias, se pare.menta para celebrar a Missa dos doentes. Cantado o Crede pelos sacerdotes presentes e pelo povo, D. Teownio sobe ao altar e principia o santo sacrificio. E' mmo-dia solar. O 1ev.rlo dr. Marques dos Santos, director mor dos servitas, começa a recitar em voz alta o terço do Rosario, alternando conì a assistencia. Depois de cada dezena, reza-se a pequena oraçao jaculat6ria, que ~ -Rainha do Céu ensinou aos pastormhos numa das suas apariçoes: ,O' meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno e aliviai as alma.e do Purgatorio, principalmente as mais abandonadas. 11

No Posto das verifkaç6es médicas - Um grupo de romeiros da Foz do Souza - Cu:a duma Filba de Maria, paralitica-Interrogatorio da prevlllgiada da Virgem - Dispersao dos peregrinos

A proclsslo da lmagem de Nossa Senbora da f atlma-D. Teot6nlo. o Bispo

Missionario - A missa otlcial - Urna grande doente - A bénç1o dos enfermos - O sennao e a procisslo

o.

flnal.

Pouco antes do meio-dia solar, a multidao, que se comprime em t6rno da Oapela da.e apariçoes, eni.:-rossa consideravelmente. Tudo esht prepara,lo rara a procisslfo, sempre lii.o bela tiio comoveut.e, em que a Imagem da Santissima Virgem, que a Tepresenta corno ela se mostrou no.11 euas radiosas apariçoes, é c-onduzièla aos ombros dos servos e serva.e ~le Nossa Senhora do Rosario para a Capela nova. Aquele mar imenso de cabeça8 bumanas, até entiio levemente encreHpado, desiloca-se e movimenta-se como que por encanto, e, em va.gas encapelsdas, precepita-se, com um cavo rumor de tempestade, ~ohre as imediaçoes do Pavilbao dos doen-

tes. Da «Casa dos servitas:o sai, entretanto, acompanhado pelo zeloso Reitor dos santuarios, o venerando Bispo de Melia.por, D. Teot6nio Ribeiro Vieirl\ de Castro, que o ilnstre Ant{stite Leiriense tinha convi'd ado para presidir neste dia aos actos oficiais da pereF(rinaçiio. O grande Prelado Missionario, alma predestina.da. de ap6sto1o e de eanto, que depois de ter sido o confidente ptovidencial dos proiligios <la graça operaaos na extra.ordinaria aerva. de Dens, S6ror Maria do Di vino Cora(,'ao, superiora do Bom Pastor do Parto, foi, com o fogo do eeu acrisolado patrioti11mo e coro os tesouros do 6eu v.elo ardente e da sua inexgotavel caridade, levantar bem alto o prest<gio do nome de Porhtgal é dilatar a Fé nas regioes longinqnas do Extremo-Oriente, consagrando o ultimo periodo da Rna vi'da cheia de benemerenciae ao en-

co, aquele templo monumental, cujas ab6badas silo a imenaidade do espaço e cuja cupula. é o Céu, tudo isso, que 1,1. pena é incapaz de traduzir no papel, constitui um espectaculo admiravel, inaudito, assombroso, que nos transporta em espirito as eras biblicas, das maravilhas do Sinai e dos prod{gios de l:ion · dade e de amor do Divino Mestre durante a. sua vida publica através das cidades, vilas e aldeias da Judeia, da Samaria e da Galileia. Apos o Tantum Mgo e a bençiio geral, sobe ao pulpito o ven~rando celebrante da Missa oficial e prega u.m s&miio eloquentissimo que foi uro verdadeiro hino ero honra de Maria Santissima e da Lourdes portuguesa. Tecendo o panegirico da Rainha do Céu convida todas as almas a terem confiança no seu poder, na sua bondade, e no seu amor, porque eia é a Mae de Deus, a Medianeira de todas as p;raças, a Sa.ude dos enfermos, a Miie de miseric6rdia, a defesa contra as tentaçoes, o refugio dos moribundos e o auxilio dos cristiios.

Teotonlo Manoel Vlelra de Castro BISPO DE MELIAPOR

Em seguida a Elevaçiio, canta-se um cantico piedoso, em honra do Santissimo Sacramento. A.o comunio, um sacerdote distribuì pela ultima vez O Pa.o dos Anjos. No pa.vilhii.o, muito proximo do altar, uma doente da peregrinaçiio de Lisboa, tuberculosa. em ultimo grau, parece agonizante. Uma servita ampara-a carinhosamente, emquanto outra lhe dirige palavras de esperança e de conforto. Palido e emacia.do o rosta, o nariz afilado, os olhos vagos e sem expressa.o, a respiraçao quasi imperceptivel, apenas um débil fio a prende a vida, prestes a extinguir-se de todo. Mas a.o mesmo tempo, um soriso angélico lhe a.flora aos labios, reflectindo a paz e serenidade de sua bela alma de donzela e filha de Maria:, depura.da durante longos meses no cadinbo do sofrimento e anciosa por voar da ma.nsao do e:xilio a Patria bema.ventura.da. Terminada a missa, expoe-se a H6stia-Santa numa riquissima cust6dia. de prata e, depeis do canto in aeternnm• e da tri1 Adoremus, na incensio liturgica, realiza-se a comoventissima cerim6nia da bençao dos enfermos. .Aquele acto, sublime e encantador na sua extrema simplicidade, arranca lagrimas a fio dos olhos de quasi todos os que a ele teem a dita de assistir. As invocaçoes do sacerdote que preside, o coro imeneo e unisono dos fiéis que respondem, as suplicas veementes de tantas vitimas das inumeras misérias fisicas que afligem e torturam a pobre humanidade, a forte oorrente sobrenatural que perpassa su-

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Concluidos os actos oficiais da peregrino.çii.o, dirigimo-nos, corno de costume, para o Posto das verificaçoes médicas, afim de compulsarmos os registos dos doentes e ouvirmos as impressoes do director do Posto e dps clinicos de serviço. A.o aproximarmo-nos • da porta principal, chama-nos particularmente a atençiio a extra.ordinaria aflueneia de pessoas aquele local e naquela hora. E' que durante a bençao dos doentee, um efluvio sobrenatural emanara da H6stia Santa e curara uma enferma, aosinalando, duro modo irrecusavel a presença real de J esus sob as espécies eucaristicas. Na sala das observaçoes uma rapariga do campo, de pequena estatura, delgada e magra, mas alegre, duma alegria serena e tranquila, conversa animadamente com algumas peeRoas que a contemplaro com uma curiosidade cheia de respeito e a interrogam numa. anciedade mesclada de admiraçio e assombro: De nome Justa. Pereira de Oliveira, de vinte e nove anos de idade, solteira, filba de Joaquim Ferreira e Rosa de Oliveira, natural e residente na freguesia da Foz do Souza, concelho de Gondomar tendo sido arrastada, ha cerca de cinco anos, por uma junta de boia, segundo diz o a.testa.do passa.do pelo seu médico assistente, o dr. Agostinho Emilio de Souza Pinto, Mtado do dia tres de Abril e guarda.do nos arquivos do Posto, ti11ha o membro superior esquerdo e na totaUdade muito atro/iado, qwfai .mm movimento e sem poder pegar com a mao 11um peque110 peso. A nosso pedido e coa.djuvada pelo paroco da F6z do Souza., o rev.do Benjamim Soares, conta-nos a hist6ria interessante e deveras comovente da sua doença e da S\ta cura, no proc(>sso verbal que instauramos seru demora. Por iniciativa do rev.do paroco, constituiu-se uro grupo de vinte e

transportar a Fatima. Iniciaram a longa e inc6moda viagem na quarta-feira., onze a tarde. Tendo passado a. noute de quinta. para sexta-feira na Batalha, chegaram a. Cova da Iria no dia 13, as sete horas e meia da manhii. Dura.nte a viagem todos os passageiroa ora.varo frequentes vezes em comum, suplicando ardentemente a cura da pobre paralitica, que os acompanhava. Ela mesma pedia tambem coro fervor a sua cura, ma.e sempre disposta a conformar-se inteiramente com a santa vontade de Deus, que sabe melhor do que n6s o que é mais conveniente para a sa]vaçao, fim supremo da nossa e:xistencia sobre a terra. O seu estado de sa.ude niio sofreu nenhuma alteraçiio sensivel durante o percurso e desde a chegada a Fatima · até a.o fim da missa dos enfermos. Quando o Senhor Bispo de Meliapor procedia a bençiio do Santfasimo Sacramento, justamente no momento ero que· se aproximava do logar que lhe tinha aido destina.do no Pavilhiio sentiu o sangue aquecer e cirrular no braço, que tr~zia Rempre ao peito, gelado e cheio de dores. Depois de receber a bençiio, começou a move-lo com tòda a facilidade e reconheceu que estava completamente curada. A convite nosso levanta ao ar com o braço curado a cadeira em que nos tinhamos sentado para tomar notas e dois livros pesa.dos que poe com o maior desembaraço em cima da cabeça. Alma piedosa, inserita na congregaç:iio das Filhas de Maria da sua freguezia, frequentando semanalmente o santo tribuna! da penitencia e recebendo todos os dias a sagra.da Comunhiio, a Miie do Céu quiz recompensar a sua virtude e a sua piedade, restituindo a vide. e o movimento ao braço leso e inutilizado. A.o ser-lhe concedida a preciosa graça da sua cura, um pranto de alegria inundou-lhe as faces e o seu coraçiio palpitou de reconhecimento " amor ·para com a Virgem bemdita que se dignara privilegia-la tao singularroente. E agora os milhares de peregrinos, que durante o dia. viveram horas tao belas e tiio felizee naquela estancia paradisiaca a custo se arran cam do solo ungido e santifica.do pela presença da Virp;em, para regresearem aos lares distantes, deixando pedaços do coraçao dispersos pela.a frag-as e rochedos do planalto sagrado. E' que, na frase duro grande orador, «Fatima• é uma coluna prodigiosa de luz e de fogo, que tem a sua base na terra e o capite} no Céu-coluna de luz, a que a inteligencia portuguesa vai buscar a verdade integra.I de Cristo,-coluna de fogo, onde a alma da Patria vai aquecer e fòrtificar a vontade para grandes destinos. 11 E em verdade, corno o proclamou um dos plai.s ilustres Prelados de 'Portugal, «a alma da Patria ajoelba na Cova da Iria e prende-se e liga-se a Deus pelas miios de Maria».

Visconde de Montelo

- - - -:• 0..•1---Cultivemos neste mes, com especial cuidado, o jardim da noSBa alma e ofereçamos as suas maia lindae flores a nossa. Mie do Ceu.


Voz da Fitima

Martires dos nossos dias . . mo/te Joaqmm Silva.. "! de, eecutai oe heroismoe doe n06S06 ;rmioe Carrll8t?O e r,eu am1ao Manuel Melgar1Jo, do Mexico, fa-rorecidoe oomo n6s com a natur&IS de Zamora, congrea:adoe de N · 'riaita da Rainha do Céo, a Vir gem de ~nhora f? membl"08 .d!- Juventu~e Cato. Guada.lupe, corno olee la lhe chamam, hca_ Meucana .. Joaqu~m, .o mli.lii -rel~o, que em tempoe ee dignou santificar pediu J?.•ra do1x.arem u- hvre eeu am1go &qnola terra aparecendo no monte Te- Me!&&r1Jo rapaz a.penaa ~e 17 anos. peyac. ccN14o, relipond!'u-lhe Melgar1Jo, e~ qu&Licie e vereis corno o amor de Maria ro morrer cont1goll. Indo pelo ca1n1nho _a furtalece os coraçoee cri.staos e oe leva a :resar o TerQO, aconeelhanun-noe a dei-de.fender a sua Fé com um heroismo so- ~r fora_ aque~ con~. ccE11;1quanto eu brehumano e a. serem a hoo.ra da n0668 tiver vtda, d1z _Joaquim, n1ngu~m me Reli11:iio e do seu divino Mestre Jesus ~anca das maOII eate RO&al'1<>?1 • Ja Cristo. d~ante doe soldados para o f~silarem d16be-lhes Joa,quim: _«Voce& cifaiparem quando eu der um uV1va» a Cristo Rei e _a Virgem do G~npe. E oontinuou duie~do que morrta por J?e118 e ~la A. u.ma creança. de dez anos, &urpr&- Patria e lhoo perdoava o cr1me que _1am endida pelos emissarios do ìmpio presi- oometer. Entio um dos eoldados at1randente Co.llee a distribuir folhaa de propa.- do com o. arma dlBSO: ccEu _penso corno ganda religi068., pergunta.ram quem o in- o senhor, e tambem sou catol!con. V~eucumbia dessa missào. Nio quia o pequ&- -lhe e6l,e d.osemb!"~aço no ~'ia eegu1nte no descobrir seu nome, e por isso foi, a coroa_ do mart1r10. J?,aqu1m voltando&QOita.do barbaramente sem que aa dores ~ entao para Mel11:an10 ccDescobre-te, lhe quebrassem o &ilencio que tinha. guar- dl.Sde. que vamos ia oomparec-er dea.nto dado. Nada con.seguindo oe algozes resol- de _J>eus,,. _E logo ~om vo~ sonor~ e ~mveram mete-Io oa prisà.o até que alguem tusu\8ta. gr1tou: ccV1va Cristo Rei I Viva o viesse procurar. Aparoceu de facto a a V'1rgem de Guadalupe I Uma ~huva de mie, a vista da qual continuo.ram a açoi- balaa cortou-~~e ~ voz e ~ v1òa d86t.a ta.r a crt1ança, com a. et;perança de que terra. MelganJo ca1u desma1ado com ~ ela o aconselharia a doolarar com pena ta soena o a.bruçado ao corpo do seu anudO!I aofrimento. M creança. _ go ja martire foi ali me.smo barbaramend Mas eiiia cl1gna_ companh_e1ra. ~ mao te ~'18Sinado,: . _ 08 m~be~s, anu!1ou o !llho d1~ondoA 10ter00till110 defttoe bemdrtob mar't.1l~: «Nao diga&, f1lho, n~o.» Che1os del res ja é invoca.da O nlcançon de Deus r~!va por bi: verem vonc1dos por urna gra,.,ns que -¼lo vordndt1irod mil~~Nlll, cocr~ança, q~ebrnrnm-lhe os brnços, em mo a cura dum cancro, a aqu1S1çio ducuia barbnr1dn_ò e --e despreodeu do cor-1 ma. quantia quo um deverlor nio t1nha po aquela alm1nha poro. v~ar no t'éo. para pagar em determinndo prMo, e ou2 . Em Arnndn.s, um momno rle. l::! nn~!'; tl"Ofl '}Ue sem duvida t'Ontribuirio para apanhado entre os AOlda<loe catoltcos qu1-1 em breve verm 011 nos altnres estes horois zera~ libertti--lo os. militare& rfo ("nllr., cristiios dos nOSflO!I diru.. convJda.nrlo-o n segui-lo,,. Mas o rapaz1nho tornando o sou Terço na mii.o res- 1 pondeu: «Voce.e; comhntem por um homem, mns <'U combato por Deui.,,. E dizendo iato 110Jta um ccViva,, n Cristo 1. Na. cidade de Cnlima vin-"O um esRei. To.nto baatou pnrn. logo o fwiila.rem com os t'ompanheiros. pectaculo, quo nunca 1,e presonciara em 3. Repctiom na suns liçi>E6 numa es- terro.s me-.tica.nns. Dna arvores d um dos cola vinte crinnço...,, quando npareceu de parquos da c1da.do viam--&e eu.~pensoe os improviso o Inspector da instruçio pu- corpoe de cinco sonhoraa, pt¼rtenoente& blica, Reoob<>ram-no 0b peqenos grita.n- a di.4intn,, familio.s o que aca.bavam de do tod08 a um tempo: «Viva Cristo ser martin<1ada., pelo unico crime de ~ Rei,,. Cheio do colero. o magistrado oom rem oatolicM e terem distribuido imo sen sequito. mandnram-lhee dar um pre,;&06 do 1n opagando. religioea. 2. A donzela Mana Guadalupe Chiures tcViva,, a C.alles. Com maior entusiasmo clamaram uViYa Cristo Rein. Enfureci- natural da cidade do Vitoria, nio qu&doe lançaram~ corno l'l'->08 aquo,.-s N>r- rendo deacobrir onde se ochnva. oculto o deirinh08 e com uma barbaridade inau- aou piiroco, foi primeiro açoitada e dedita cortaram-lhea aquelas gloriosas lin- poi:1 atada a um posto onde lhe manda.guas quo no Ceu hiio de cantar os lou- ram dar um Viva a. Calles. Ao que eia vores do Rei Eterno. respondeu com um Viva n. Cristo Rei4. A. um rapaz de quinze anos, preso Entiio começarnm a nrrancnr-lhe os d&em Parras com outros catolicos quizeram dos das miios a um e um. Neste martir io poupar a virla mandando-o leva.r um r&- lento foi perdtmdo forçRS e a vida, oado. Mns ele venrlo cair fusilados 08 e proxima a expirar recolhe tod.o o vieoa.& ,amigos diz para os soldados. Be ma,. p;or quo pode o cliz ainrla umo. vez cc \7 iva tais est.e& meus companhoiros por serem Cristo Rein. Assiro expirou esta heroina catolicos, eu eou t.1o culpado como eles, levanrlo para npr(l6entar a seu F"'4p06-0 eia-me a.qui, quero ter a mesma sorten- J eeus còm o lirio da purezo. a palma do E doram-lha.. martirio. 5. Enp;anados polo generai Cepeda (Ocnitinua) que se fingira catolioo, foram presos e Caroe leit-Oree dEilltla «Vozu amiga, le- 00ndena.doe

a

I - Creanças ejovens herols

11- Herolcidade feminina

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rev. D. Teotonio, com aa invocaçoee, exo.ctamente como é oostume em Lourde&, estabel004He a circulaçao do •ngue, toda a parte morta adquire vigor, ela agita. aquele bz-aQO: e, na presença do medico oficial, que pouoo antee lhe havia paasado o oartio de doente n. 0 6, d&pois de a fAH- examinadQ , faoe do a.teetado do eeu medioo que conRiao levaT"a, eia levanta. com a mio h, pouco imOT"el u~a cadoira ordiwu-ia eem esforQO. 1 Apenae oonst.ou o m1lagre, a multidio delirante, que ninguem pod1a conter, rompendo em louvores a Nossa Benhora de Fatima e todos com as lagrimas a oorror pelaa faoee, abraçavam efusiva.mente a miraculada, que nio era das que choravam menos. N6s meemo, que 98mpre a.companha.mos a doente. e que nio 01,peravamo,, tal graça do Ceu, embora muito a tive&semos recomendM!o , Virgem, ò.e quem é filha, apesar de tennoe funda6 as lpgrimas tambem choramos torrencialmente. ' De pa.ssagem por Leiria, no rt>gr8680 daquele dia a tarrle, para saropre memorave! acompaohado da JUBta, estivemos no PnQO Episcopal do Rev.rno D. José Atv86 Correia da Silva. que teve pala.vas de sentida comoçào sobre a. sua. q'll&ricia Fatima. A alegria que ia na alma de s. Ex.• Rev.ma manifestava.-se vjs;velmente no rosto. Gra.ti&simoe a. s. Ex.• Rev.ma pola franquet:a da.s suai, ofertns. E que NO!ltia Senhora de Fatima continue a derramar a cornucopia das suas graças sobre Portugal, terra privilegia.da de Santa Maria.» o mesmo Rev. Pnroco O oonf<l!i'ior da felis e piedo::,a miracnlada acresoenta em carta: "A Justa complo_tamonte CU· rada, fateodo todoa 08 mov1mentos sem esforço algum mesmo todos os trabalhos por maÌ.ti p~06, inclusivi lavngem ti~ roupa, sem a minima dificuldade.u

esi,

Atestado medico (Ant<>rior , cural

Aoostin'ho Emilio dt. S"1ua Pinto, medico pela Escola Medico-Oirurgica do Porto: Atesto e furn pela min'ha ht>nra que a S111,• Justa Pereira de Oliveira. fil'ha d& Roaa de Oliveira e de J 00'-ZUim Frainci3-

a.,

AS CURAS DE FATIMA ... e Recortaclo dum joroal do Porto (niio aabemos qual) envia.-nos o Rev. P.e Benjam.im Soar08, Parooo da Foz de Bonn (Gondomar), o relato duma cura n a pt1regri oaçiio de 13 de Ahril do corrente ano: ccFoz do Sou2:a, 17 UM MILAGRE

Um

grupo de create& presidido

pelo

Rff. PII.roco, foi no dia 13 em romagom ' CoTa da. Iria, em FatimaComo meio de transporte utilisaram a ex()('lente camionote denominada ccDrancan, dQ ar. Joaquim Leandro, de Fiii.es, Feira, um belo carro-

O seu proprietnrio, 'lUe servia de ccc:.hauffeuru, duma e.mabilidade cativante Quem isto escreve foi dos felir.ee do grupo- Le-ramOR conosco Justa Pereira eolteil:'a de 29 anoe, natural e residente net,ta fre&ue&ia, filha de J oa.quim Franci@Co Peroira e de ROba de Oliveira, onde é ccFilha de Marian modelo de&d41 a fnndoçii.o do. Oongregaçii,o Ma.rla.na n<'l!ta. frogu(llia. Iam ta.mbem sua velba mao e doi! irmiios. As oraçoes de todos, niio s6 dutànte a vi11.11:em, mag principalmente n o Santuario do Noesa Senhora de F atima, eram pela n086I\ doontinhn.. Ha.via maÙI de 6 anoe que fora vitima dum d-tre, !tendo arrasfoda a di"'° tancia por uns boia em correria Tertiginosa, perdendo dOAde entiio toda a ~ o do braço e mio eequerdos, que sempre se cons(lrvn-ram golados, sem circulaçio nii.o conaecuindo :;egurar com aquela miio uma simples foiba. de papel de carta. '-nm momento rapirlo, 110 apro"imar..w a bonQiio do Santissimo Sacl'a.mento pelo

JUSTA PEREIRA Curada repentinamente l bençlo do Sanlhslmo na P,uma, em 13 d~ Abrll

e,

Pereira, -ruidente M fregue3ia de Sau&a dute co-ncel'ho de Gondomar, ten,.. do sido arra.,tada h4 cerca de cinco ano, por uma funta de boi~, tf.m actualmente o membro .t1.1,perio-r eaquerdo e no totalidade, muito atrof iado qua.ri Jem movimento e aem poder pegar com a m4o num pequeno per.o. Po-r 11n- verdade e para mo,trar onde l'he convier, pa.,.,o o pruen.te que auin.o. Gondom.ar, 8 de Abrìl de 19!8. (a) Ago.,tìnho Emilto de S01J.&a Pinto (Seguo o reconhecimento)

A testado medico (Poswrior ,

cura)

Ago,tinho Emilio d& Sou80 Pinto, medico pela Eacola Medieo-Oirurgtca do Pt>rto:

A.teno e ;uro pela min'h.4 Aonra qut, tendo 11.d poura, ,emana., J)(UMldo um atestado d Snr .• ,Tu,ta Pe-reiro. da ~ guuia de Gondomar, con.&tatei em 16 dò corrente que ela te,n btUtantea melhora,, comparativamente ao dia em q.se pa,s.,ei • referido atutado, porque nao ,ente darts algum.a, no membro a11pemr ,aquerdo como aentia entao e /oe ,em di-/iculdGàe a abducç4o. Que · aendo o sofrimento àela a con,e.. quencia n4o dum• parali,ifl m04 ,im cù uma imobili...açl!o do breço durante ffl4l\& de quatro ano11, a atrofia muacula,r actual (de dua.,,~ de A.'bril) deve de,a.. pareeer dentro de pouco tempo c<>m 01 movimentos, que a ateatanda fard f<kil e con.rlantemente, por n4o ter do-ru. Para mostrar onde l'he con11ier pa&.,o o pre,t-nte que a,11ino. ' Gondom.ar , t1 cù .4 'bril <k 19!8. (a) Aoo•tinho Emilio ~ SflUM Pinto (Seguo o reoonJ,ecimento)

Jod Antonio Beblano de Ma tos Coelho natural do lognr de A.ver.eada, freguezi~ do Envendo, ooncelbo de Mo.çao o mora.dor nesta vita, propriotario d~ 76 anoe de idade, em data de 21 de' abril ultimo dee~ ccque no ano de 1924, em Abri!: mo.~ifeston-so-me certo c a ~ quo che11;101 a ponto de, em p86Seio de um k1lometro por 88tTnda. na maior parte om nivei, sor obrigado ~ deeca.nçar t.res vezes, chegando a casa bastante fatigado; notanrlo ao mesmo tempo que o ('()raçiio dava 3 ou 4 palpitaçoes regularos, falbava urna, e a imediata dava-o. com excessiva forço.. C'on,;ultci o distinto medioo Ex.mo Dr. Samuel lfendes Mirrado, meu viz~nho e ami11:o, e d~me que rerumente ttnha o coraçiio afectado, !lem me djzer qual o grau de gravidBtle receitou e vi que alem de outl"08 medi~nmentoe, fazia parte a digitalina, d.e que fiz uso. Prui6ado.t; algumaa semanM o cansaço de,apar{'C()u, por(lm a irregularidade no coraçiio continunYa. Em Ag06to, foi-me n ~ i o uma junta medica por outro motivo, scm quo dela fiZ<ll!;8 parte o Ex.mo Snr. D.r Sa.muel, e foram oe &eus mcmbros unan1mes em que o coraçào ae achava afectado e ta.mbem nada me di'*lrnm i;obre su~ gra.vidadie. Em outubro, converso.odo com o Ex.mo Snr. Dr. Bnmnel, fora do consultorio, di116&-lhe quo rio canaaQO estn.va resta.b&lecido, mna quo, o ('()raçiio continuava na meama irregularidade, 30 que mo respondeu. !&SO ja ,;e lhe niio gaatn. Atribuf aos moua 73 anoe, de entiio, cJa.i.fiquei de incuravel, e oiio peD86i mais em medicina. · Nio tardou, porem, em sentir tendenoia para se agravar, e ao deitar, jli me era DOOOH83rio procurar posiçi'to para poder dormir, e cada -ç-ez oom mais dificulrlade, até que, por fins do Dezembro, numa noite om quo jli nio enoontrava po. siQlo alguma em que podesse d8beansar, Teoorri li Virgem 8.S. aparecida. na Cova de Ir~, da Fatima, com minhaa suplica.s, e hO.'ltaa mo fiquoi dormindo. Caso oxtraordinario I Apezar do pormanente int'omodo, que bem &e fa2ia l<'mbrnr, aoguiu-i!O u.l esquecimento, que 66 1'10 ~roeil'O dia pos~rior, ao deitar, reoordando-mo, de ~ubito, disae: ccE o meu rornçiioP In E&cutei, pondo a mio sobm o coraçio, tomando o pulao, e voltando-me para. to. dos os ladOR, e nio encontrei vesti11:io algum da doença.. Eeta.va curado 111. .• Bao paasados tree anoe e quatro mezeB 1181D que tenh.a sentido qua.lquer sintoma da reforit1a doença, e aeralmente sinto boa Mnrle. Ainda M pouooa dine aodei 10 kilometros a pé, de Bolver a Maçio, por atalhoe, om duas e mei-a horas, cheguei a casa &s 11 horas, almoooi, tornei a aair a dar o mou p11&c;eio hnbitual de 2 a 3 kilomGtr0!\1 e aompre aom fadiga alguma. Estando no dia 13 de Maio preterito (1927), )')()In. l'IO!l;llllcla vcz, no. Cova da Iria, pelas 11 horaa aolares, juoto a v&daçiio da alrw.ncJrarla da. Cap<.'la peq11ena., (a das npariçòes ao& po.atorinhos) lado do Nor-te, e proxirno a porta. quo li ca&tume dar aaida. tta p ~ que ali entram a prestar homengem a Virgem S8. N 066& Senhom, e cm ocasiiio de grande movimento, em umo dll.S vezes que dirigi a viirta pa.ra o lado da lma1?;em d&parei com umn. figura do mulher no ar, de frente parn. mim, e com Os olhos fitOII noe mens, e oomo mo ocultava aque-


Voz da Fétima

4 la

Imagem,

notei

qno est1wa de per- grande milagre daquele pequenito do S. fiel tendo sua. filho. n rn quisto num seio Joaq uim Co.rv~ho Salerno., Ana Garclr. Vvtor que tinha ido na minha compa,.. que precisava ser opero.do. e ou tra urna P ulido d'..Almeido., Mar ia J os~ Costeira Decorridos poucos scgundos de olba.r n hia.. Qual nio foi a minha satisfaçiio doença de coraçao de certa gravidade .Toaquim Agoetinho, Mo.ria da Concoiçii~ mutuo, desv1ei a ~isto, corno natural- ao despertar, ouvir a miie do pequéno: prometeo ir a Fatima om l'.!laio de 1927. Vidal , Alice dos Anjos Salvador, P.e Mamente se faz quando se eocontram dois Oh I senhor& Leonor, o men menino j:1 Antes disso ma.ndou examinar pelo me- nuel Ferreiro. Geraldo (50$00), lnOCl'nolhare. d!"'oonhecidoq mns logo me niio tem incho.çoe no pef.Coço, ja lhe aper- dico e ambo.a estavam curadns. cia de Jesus, Antonio F. Sargaço, Antoveio a idoia, que rl,·• a certificar-me to a oomiss., E levanta,..lhe a. roupa. das nio Martios Ferno.ndes, Rosa Dias da --. . . 1-bem do quo me est tn" e ,cedeudo, e voi- costas e diz-me: nem tem &inais de maCosta, Manuel Vieiro. Verdasca, .Amelia vendo logo a vista pan• a. 1•ovo lmagem, lata. Depois, o pequeno pede as mcias Cheva,lier Loureiro (30$00) , P.e Henrié 06 sapatos e oomeça a calçar-se como se en<'ontrei-a na mesmn posiçào. que Garoez d'Oliveira .Abranches, Noomia Notei entt1o qne, rc prr• ·'ntavn a·figura nio sofresse cois& alguma. Choramos de Brandiio . (20,00), J osé Lopes Loureiro um vulto do mulher feitu, cncorpada, e alegria e démos graçM a Deus o a Sande Lemoe, José GomElli, Joaquim Domincom vida, npnrentando 17 a 20 a.nos de t(ssjma. Virgom. Nesta altura pedi a Nosgos d' Almeida., Mo.tilde Augusta Mortiida<lo, o semhlnnte mu ,w regulnr um sa. Senhora, . se eu melhoras."e, ir ai nba Rodrigues, Ana Henrique da Silva Bn.rrèto (20$00), Luiza Teixeira Borgos ponc·o wbre o romprido còr <lo carne agrn.docer-lhe novarnento e assinar o jorEfigenia Antunes Boavida, Jayme d~ com boa .~nude, 1011 · 1 fi a e mim<>l;a, nal e mandlW' publicnr o milo.gre, fazerpel o \Ìi sco n de Jesus Qt1eijo, Maria dos Sa.ntos Estevffi indici1rndo pura virgindade, os olhoa de -lhe o.lgumaa novena& e urna Òèvoçiio toMaria Teresa Moraes, Margarido. d~ cor pouoo vulizar, afio;uranclO-sSC-me cor dos os dias · treze de cada mez emf'uonMo nte lo; - e nco ntra-se à Campos Ca.so& (12$00), Mnria. do C'nrmo de chumbo muito vivos e bri 1hnnte.q, um to eu viver, fazendo uso da ngua rle pouoo grandes e saliontes, ar muito ri- Nossa. Senhora. E aquelo. ·Miio tiio com venda em tòdas as livrarias. C'abral, Maria Luiza àe Pina, Maria da Conceiçiio Gamboa, Luiza do Jesus Gonsonho ex,i>rimindo cxtr11ordinoria ale- passh·a ouviu 08 meus rogos e dcsde que gria, &e1n o.Iterar em ponto algurn a re- vim de Fatima nunca mais fiz tratamcnContem a hfatoria veridica das çalves, Conceiçiio da Purificoçiio Fernanto e oomecei a corner diversas comidas àes, Maria Generosa do Menezes d'Algular forma do rosto. Sobre movimonLos, s6 por ultimo notei que me faziio mal e sinto-me agora mni- apariçoes· da Santissima Virgem aos mada, Mar ia Carolina de Barbosa Pereialguma aproxirnaçiio em linha rccta, e to bem. Graças a Nossii Senhora de Fa- pastorinhos, ùas grandiosas manifes- ra do Melo, Agostinho Ferreira Conto rocuando, foi um pouco lllem da posiçiio tima quo tn.nto se compn.déce de quem taçoes de Fé e piedade e das princi- !!aria. do Carmo d ' Oliveira Santos, .Ma~ ria Moreira Vieira, Dr. Leite de Fario. primitiva, conservamfo sempre o olhar sofro. Agora que me conoodn. a grnça de pai11 ~,irr,q extr11orilin1hi1u1. 'J'p,m Augusto la ir o mais breve possivol agrad&Jorge Moreira, Margarida d; fixo e ap6s algun:. 1tegundQs desfcz..se, eu cer-lhe. » mais ùc l!Uulruccutus 11ti::;i ua:-, e t iu- Limn, Palmirn Vasques, Gomes, Manuel e neste acto,' transpondo a vil.ta pelo JO!Jé Nogueiro., Adilia. dos Anjos Queicoenta gravuras. oentro, lobriguei ainds. alguns oontorroa, Amelia. Ramoa Gouvèo, Palmiro. Ann0-,, e dosapnreceu por oompleto. O produto liquido ~ destino.do tunes Luizo. Ferreira da Silva, Edmar No proloni;r;nme-nto da. vista, vi ;>rime•. Maria Amena Ferrelra, de P,uada. «OlJra de Fatima,. d" Anòrnde Coelho, Moria da. Conceiçiio ro n Irnagern da Virgem Santissima NusPreço de cada exemplar: dez es- Tor res Souza Lima, Mari'a Filomena ko. Renhora. clo Rozario, mas nio directa,.. (DOUl'O) o pronto • alivio dum ataque m<'nt,, por que a minbn vista, pa-ascu asmatico dcpo1s de ter tornado ugua. de cudos. Pelo correio mais u m esc:uòo. Lcjte de Vasconcelos Dunrte, José Joade Queiroz, Luiz Oonço.lves Leitiio um pouco mail; nlta, o f,Prpendic u,nr {t~ Fatfma.. Para revencla dirigir-se a J osé Dias, quirn José d! Abr e11 Lemos, Bento C'o.rqueijs. r]~ auns costas. • Hortensla Fraga Gomes, do Funchul Seminario, Santarem, ou a U niao E!ilva Antonio Fernandes do Lago, AntoNeste lan<'<' notei que ha..::i. 1,m l,om tllha da Marle1ra.): «encontrando-me com espnço entre n...~ dna.s Image11, o s6 "U- um po.decim(.lnto de estoma~o e invisri- Grafica, Travessa do D espacho, 16 nio Mario. Mn.chado, Dr. Lucio de Andrade Coelho, Adolfo Ferreirn da Silvn. tiio JJresl'nc·il'i, ,te novo, t11do ,,ue !IP DO!l, prometi a N . Senhora, se me dP.. Lisboa. pas.-.avn dentro e, 1., a ,I;, alpe1vtrad11, , olv~ a ~ude_ que tanto desej,1\'I\ pn. , porque, emqunnto esto 'I? pre:;entl' a 1oo- ra poder rea.hsar os meus desejos de Abrigo para os doentes Peregrinos va Imngem, nada mailJ vi nem Qt:vi, o eegujr a vido. religi0&0., publicar n86te qui\ se pode atribuir fi rninh,\ nton<:ao jornal o favi r n.lcançado e c,,m<. o:,•nu,.. ·de f atima _" ,.,: ostar conoentrada na fisionomia ,porque çasso e~ favor vem rcoonhec I l.1 C'111u· Despezas Transporte tive tempo para mais obscrvaç~. 5.750$05 1Jrir a pr lmessa. D. Luiza. e Maria Voltando ali no mez de Jnlho calcu100,656$66 Trnnsporte Vlrslnla da Concelolo Duarte dr ArJ o.es ............... .. lei que a colocaçiio da referido. nova ima5$00 Papcl, compoeiçiio o imD. Maria A. Torres ... gem, ha.via sido, um pouco mais nltn do maçiio de Péro. (Algo.rve), o: c~rn. dum pressiio do n.• 67 (40.500 10$()c} que a Ima,zcm de N. S. do Uozario, a filho de oito anos que se considern.rn exomplares) ... . .. ... ... ... 2.422$50 5.765$05 lm,50 de di1;to.noia. d&to, e a 3 metros perdido com pneumonia dupla , Sèlos, ornbalngem, expedide mim, pout·o mais ou menos. Maria do t armo de Ollvelra dc Ca- çiio, t ransporte, gravuras, Notavel coincidf'nCÌ1•. dnvnl (Valcp;11.) urna grande graça re- etc ....................... . 6.'34$47 Vi na Voz de F11/1ma de Junho, que cebicla.. no referido dia 13 do Maio fez 10 anoo 103.718$63 Maria do Coraolo de Jesus Fagundes, que se d~u a primeira apariçiio aos paaSubscriçao de Qus.tro R ibeii·08 (Ilho. Terceira), a I torinhos. Nn. m'jnha expasiçoo s.bstivo-me de cura diO marido imJ)08Sibilitado de an( JUNHO DE 1027 ) S6 tem direito a r eceber a Voz da dar p&.118 grandes doree que tinbo. no.s a.prccio.çòes. Ae os Ex.mos Srs. Encarr&F atima p elo correio quem enviar gados da 11 oz de Fatona oo dignarern pn- perno.s. Enviar am dez e6Cn dos: Gnilhermina blicnr, cada leitor npreciani. corno lhes Maria da Aasunoao Valente da Costa, :Mendonça, Mn.rìa da Conceiçiio Veneno adeo.ntadamente o min imo de dez esmerecer, e estou rerto de qne muitos àe Avanca, vem agradooor umn grnça Fra.neo, Candido da Silv-a Prior, Amelia cudos por ano. bavera bem mais 1·omp1>lentes do quo eu rooebida. Soaree Rodrigues, Estor Silvino Pires, Muitas pessoa.s, se.bendo q u e tupara a devidn n.precini:ao." Mo.ria dos Santo& Castro, Teodin& Pinto Maria Aurora da Fonseca e Sllva, de do reverle Il favnr ifa maior expanA este respeito da carta que ncompaFerreira, Arminda Maria Coelho, Mo.rnhava o r(.llatorio cita.mos mais o se- Avanc11., agradeoe a. cura dumo. grave gar ida Mario. Soares B arbosa, Maria da sào clo .i ornal:r.i 11 ho. <lP 'l\.18 i 0m siinfecçao na boca usnndo da a!rlln e Conoeiçao M n.tiaa Lima., Virginia M atias guinte: terra da Fatima e pede a N. Senhorn Sen.a. Campos, Eteivi no. A ndrade Coot:1- do distribuidos mais <le b-iuto. ut.il «O segundo caso havitMie da<lo havia para que niio &&ja precisa. uma operaçiio Antonio Prates Ribeiro Teles, Margnr1- mensalmente, teem generosamente nns 30 ou 40 minuto11, qunndo me dirigi a V. Ex.•; em 13 de Ma.io ultimo p&- no. vista.. da Pinto Ferreira Leite, Dr. J ustino enviado q u antias maiores. Oeor1lna Ramos Lopes, de .Azuram J oaé Correia., Maria. E mil ia E, Lopa, dindo a minha assinatura da. Voz de II Fatima, de que certamente se niio re- (Vila <lo Conde) , indo a F atima ew 13 Maria .A. da Mota Ferreir n, Emilia CalNao mandamos fazer a cob rança de Outubro sentiu-se curo.da dum ocze.. deira. de Bourbon Va.z P reto Geraldes. cordara pe-la<i muitM precupaçòes. Este caao é de dificil provaçio. 86 o ma de que sofria havi11, anos, tendo Victoria Sinde Finto, Laurind11, Damaso p el o correio. Cada um enviar a diC<l8ta, Odete Pinho d'Oliveira., Maria rectamente a importancia da sua posso sanC'ionar com minha palavro. de persistido a cura. Joaqulna Prates Soelro, dle 'Pavia J ulia e Maria J o,;é H enriques Lino, An- assignatura em carta registad a ou honrn. Por ~e dar no moomo &itio onde se (Alemtejo), .a cura dul'.IVl, 0.>1emia pro- tonio Da.vid R ofois Co.mejo (15$00), J ocleram a.s apariçoes nos pastor1nh0!!, e funda que a obrigou a C!>"tM· dois mCSet\ sé Augusto Pires dos Santos, Maria Lui- vale, nao se acl.mir~ndo d e que 11e pela coincidencia do dia em quo a pri- de cama, oomeça.ndo a sentir Alivios de- za de Sollla. R osado, Maria. de Sa Cnr- nao acu se logo a recepçiio porq,1e meira. fazia 10 nno1t; afigura-se,...me mais pois de reoorrer a N, Senhora da Fati.. neiro Dias, Raul Bingre do Sa, Virgi.nia nem semp re é possivel. nma confinnnçao d08 grnndissimoe mis- ma. N a ida a F atima om Ma.io de 1926 Dorges do · Cnrval bo, Magdalenn. Lu1ze.. III terios da Cova da. Iria., e um dever meu piorou muito sentin do um mal eetnr in- lo (12$00), Lucillds. Carata.o Soromenho, de pedir a 11ua publicaçio, niio por ufa- d86Critivol, mns sem so.ber descrever o Emilia Queiroz Lemos, Mo.ria do Garmo Quem desejar obter agua da Fatinia ou orgulbo que niio sinto, mas pela. que em si 110 pa.o;sou, a volta asta.va cu- Go.lvii.o Simoes, J osé de Silva. Matheus, ma pode dirigir-se ao Snr. J osé de Guilhermina de J esu.s Graça R ebolo., Firpura fé e cr<'nça de quo nem mesmo me ra.da oomplatamente. mino Abrantes, I rene Cu nhn. e Costa, A lmeid a L opea-F atima (Vil a Noé pormitido duvidn.r.» . Carolina Maria, de Carrazedo Mont&- P .e J osé Rodriguffl Gil, Maria J osé de Souva d'Orem) que a isso se presta <le Leonor Rodrls ues Passos, Enferrneira negro, em um parto gomelar dificil1mo za. Ba.ndeira, Maria d0s Remedios X avior no Hospital de 8. Mar<.'<>e, Braga. pede sentiu modificar-se a. sua. situaçiio nfli- P roença, .Antonio J oaquim dos Sa.ntos b oa v ontade. P osto que a. agua seja a V. ~.eia a fineM, dc pnblicar na tiva, apenll6 ingeriu algum&a gotaa de Salvador, Leonor Mar ques Serriio Ch itas, g r atuita ha a contar com o preço do Voz da Fatima de quc N t quero "°r 11.s- agua da 'Fatima. Ma.rga.rida Gomes Sorrii.o, Domingoo An- r ecip iente e porte do correio, etc. o Sllverl• Antonio Perelra, da Murtosa. tonio Madeiro. (15$00), Matilde Cla.r n. da que tudo d a ainda u.ma qua.ntia q,1e 11innnte mais urna grn.ça. que N0!\88. Senhora oo dignon <'oncodor-mo: Ho tl'ez dooaparecendo, dcpois de recorrer n N. Fonseca (15$00, .A.na d06 Santos Mau1 i!. I d anos curou-me duma grande dO<'nça cu- Sen hora., am cravo que sna filha. Lo.u ricio (15$00>, Maria de Jesm Pina B~ a a g u ns parecer 111, e eva a. rata do Amaral (15, 00), Carlos 011, IV ja cura. foi publicada. Mns eu tinh11, mui- ra tinha em um olho. Vai atrasada cerca de 11 meses a pu tot, sofrimentos hnvia. oito anos e dalFranclsca Azevedo Telxelra, de Tabufl- J oaquino. Mendee Marques, Maria Ma-gum1 fiquei oompletamento sii. ço, a. cura. de um seu filho, evitand~ gdalena Soares, Conceiçiio Campos, M~ blicaçio das quantias enviadas para a.e Niio tinha perdido as <'llpernnr·ns dE 6t1r urna operaçlio a. que osta.va sentenciacla. ria d ' Ascen&iio de Melo, Armando Ri- despezns da Voz da Fatima. Todos com. bejro Bn.ptista (15$00), J osé d'Oliveir a preendem que é i~o preferivo! a enrar doe quo ma.iq me inoomo,lavam qne pelos medicos. eram o nào poder coml'r de tudo e ter de Dins, Antonio Antunes Mota, Maria do cher O jor nal s6 de nomes. me, 1>ujE>Hnr a um trotamento ja havia. o lnacla Josefa Soares, da freguesia. de Roeario Martins, Florinda dos Anjos GoP or esta. e outras razoes. nito se publian~. Niio podia passnr urn dia F;ern 8 _.,se El. Pedro (Angra do Ileroismo;, tres gra- dinho, Victoria Sirgado d'Azevedo Men,. cam as quantiaa enviadaa pa.ra as obras tratn'mento sem se me dobrnrem 18 do- ça~: a cura de umas foridos quc hn.via dos Roea Ferreira Borges Ma.rtill5, 8 culto da Fatima. · t·1 J r an08 tinha nas peinns que so julgavam Francisca Romana, J ulio Dina F . CoimV res. Qne tr,ste~a 811 • ~ Il\ • • inc-uraveis. Prometen urna. novena de Co- bra, Antonio Alves da ('unha, R~itor de Felizmente a. Sa.ntu1B1ma V1rg<'m acet.A.n dam talvez por oentenares os pedi tou as minhns tagrimas que com tanta munhoes e de l\fissas. Outra grnt,:a foi a Reborcloos, Casimiro Vieira d'.Araujo, fé 8 espernnça. derramei na. r-0,·a. .da cura de urna sua filha em grande 11.fli- Ana da C<l8tn, Ophilio. Caaal, Catarina dos de publicaçiio de graças e relatos Bagnelho Santana Ma.rques, Manicomio de curas. Nao extranhem os intereasadoe Tria. no dia 13 de Outubro do ano fm- çiio. A tercei r11. é de urna miie que vendo Camara Pestana. (Fu nchn.1), fsa.ura. Ro- a. demora. Por sua parte c11mpr iram do I J arnais poderei esquooer o entueiesmo sua. filha completamente )ouca depoia de quete Campoo Soares de Lncerda (20$00), seu deYer de gratidii'.-0 p Rra oom NOSM que tive o.o fo.zer parte na prociMiio ùas um p'!rto pro?1eteu p11_bhc~r a graça. Ernestina Louro Fernandes de C'a.stt'O Senhorn. Pela nossa... iremos fazendo vélaa, adoraçiio noturna e ver o. fé e O ~(aria da P,ooaòe P1nhe1ro ~orba, do (20100), Maria cl'.A.lmeida, E ugenia Mar- o que !or possivel, vindo tnlvez a rt"m&forvor de tontos milhnrc8 de ò,.voto11. Mmho, urna grande gra\·o. ohtidn. pron- garida do R OS11r io, Maria. Gertrudes Cor-- diar o ca.so pnblicando-se, quan do p&r&reia Marq ues, Sofia das Dor es Gr.rcez cer oportuno, um numero de oito pagiFl quando no regresso pernoitei em to.mente. Coimbro deu-se na minha p resença o Blandlna da Cunha Abrantes , rle Pena- Garcia, J oo.na. Maria de Souzo. F loree, n a,s. meio,

A CA BA de apar~cer

= o livro As grandes maravilhas de

Fétima, de

6ufras graças

a

_____.,..._____

VOZ DA FATIMA

------o----Explicaçoes necessarias

-

I


L e,iria., 1 3

cì'.e J-u.:n.ho de 192 8

oo.~ Diraator, Proprietario e Editor: -

Dr. Manuel Marques dos Santos

Composto e impresso na Uni ~ o Gr-aflca, Ru1 da Sante Marta, 150-152 - Llsbo a .

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N

' 69

EOLEEIJ:AST JOA]

Adminiatrador: -

Padre Manuel P er eira da Silva

Redacçli,o e A dmfn.istraçiln: Semlnérlo de Lelrta.

A GRANDIOSA ROMAGEM DA PATRIA Aalma de Portugal aos pés da Màe de Deus ---- --~?.!------A grande peregrinaçi o naclonal A vanguarda do exé rcito dos crentes Portugal em marcha pa ra a Cova da Iria - lmponente parada de f é e piedade - As maravilhas da Virgem do Ro• a4rio - A de voçio das almaa· almples.

A deslumbrante prociss&o das velas - A prece de duzentos mli peregrinos - Rios de fogo e oceano de luz - A comovente a<foraçao nocturna - O Divin o Rei de Amor - A alocuçi.o do Senhor Biapo de Leiria.

Treze de l\Iaio de 19281 l)ia de gloria pari\ Deus, de tri1u ifo 1>arn a Vìrgom, de ,~ct6r1a. p11ra a Igreja, de oonsol~iio para. os cre~tAII, de misericordia para os peca.dores c;oJ1tritos-, de confusùo e terror paro. o:; impios. ! Mais \lln~ vez Port.ugul iuteit-o r:;e d~povoou, de norte a sul e de leste a oeste, nnma porfia magnanima, pnra. ir depor aos pés da sua augusta Padroairn, em bumil<le e 1-entido. homenagero, o incenso do <-eu amor, o ouro do seu reronbecimento r a mirrn clos s!\us snc-rificil>S e da,, i;nn,; peuitència~. Sobre a. terrà privil&g_iadn clo l•'1it1ma, que 1\ prescnç1i de Afon n Sn n til>sima i;eis vozes com.ngrou, o , éxército dos crentes as:ientou os ,seus arrnis, para dar no muodo uro t$1,emunho bem publiC'O e heJll solone da sua Fé viva e da suo. t>it>dnde ncri~otada. Como a avala.ncho dos Pirineus e dos Alpes1 ess11, va,. ga humana fonnn-se ponço e. pouro, rolando por tòdn. a montnnha da Patria, para. se ir despenbnr. g1p:nnte~ca e formidaveJ, no va!1to anfit-eatro do lOQal d ~ apariçò0tt.

E' a ·grande perogrhi.açiio nacfona.l de Mn10. E ' o pafz in~ìto r6"°6ntrand~e l nn Cova da Ir'ìa. unla tld[1lfravel e tThponenl<' l')nradn. rlé !l'é e pfodade. E' o espe<-Mculo m:!.i-s $<>lene e m...\.is sublime que a piedade cristi tem ofercc1clo a Portu~l e ao mundo. A Virp:em Senhora do Roetfriò ali derr nma 88hro 119 olma.s os gr aças de que é depoeitario, a li cura ou conforta. os doont.88, o.li consola o!i nflitos o nt:ribuln,dos, nl{ operà 1llil sem num<>ro do pro<Hp;1os da sua ternura matornal . E so todos, 09 no.hros o os p lebe,1s. oo. s&bios e os ignorantès, os r i006 e os P<>br ee, se impresaionam o comovem qu:tn'.Jo I oram com fervor n aqu elo. estincin abençoada, q ue dizer da del"'O(;'iio das almas SÌilnPlos, tio profundamente piedosns, tio ohoia& d e fi:en~ ilade, Uio pront86 pa:r11. todos os 81lcrifici0$ P! E n mesnm bora, nas igrei RA e n ns oo.relaa, nas cida des e n!Ul aldela.s, ero t<>dftl\ M terme do pafs, multidooe oomp àCtee nniRm as &nas preoos e os eens cantiC06 a,q homenagens que se desenrolava m em

r,r

F,tlma.

Bemdita eeja a augusta ViTgem do Rosario, que, nuroo. romap:em incompar avel de reparaçilo e amor calculada em meio m1lhiio de p811801l,S, re1100 cari nb061\mente junto de Si o 88001 de Portugal fidelissi'l:no, entrelnçando os trenos plangente9 do penitencin com . ns jubilosae alelu iu e os hinoa vibrante& e entus148ti~ oos da rt'fltlJT&içio e do tTiun!o I

nos, 1.ht:?ntnudo muit<>& déle~ a 8Cena da apnriçào du Virgem aos pastorinhoe aio ùci,lraldudo.,; ao ,·,,uto e tomam O Jugar que lhc:-s é .J""ignndo no co1·tojo em orgauiv.nçiio. A ma&n. dos peregrinos, a um ,inul dado, com~a a rcznr o tt.:rço, alwrna1h1;111CH1to ?Olll o sacerùote que a dirige e cuJn. W,Y. ti podcr~oni.e ruforçu.cla por 11um1•1·obo-- . t1lt-0f6111os. .A precn clnquelas iin;.e-11h1.~ 11111 nb!3M, ergnicln junto do pndrao coroemorntn•o das npariçòes sobe pcln,; rniios cle .Marin até RO h<:no de nous 1• !les('e s6bre a i.&rn tran•forroad.1 niuun chU\·a t;Opi-0611 e snÌutur de grar c;a., <' rll bonç1i.o., dh•inas. A parte cene trai do 1·odnto clas a pndçòt·~ e.,ta con,·, d 1rl11. num lng,o cl.e luz. tlm rio de fog o pr111cipiu a deslizar sua,·emonte em dircc-çiiu à -.,strada· d~trii.al, aubindo por urna das o,·enidn,; lat.ernill, ,tepoi,- svgue p<'la f.'.strncln., pas!ln. por bni~o do p6rtil·O principal eJ descen<le pela 1irnnde a,·,midn, \tl\Ì p()rdef-se nn <.:oliua oposta por tr11z do . nntuario. ,\linns momontos tllRÌ'I' t11rde, reaparecc> ao Ionie n nnçti rlo novo para o centro da <' planada é nlargu-<ie e e~pro.ia-se, metnmorfoseando-i-e nt1m vasto oceano de luz. Seria impo,,sivrl <loscrever ésse esi1e,tal.'11lo maravlll10M, ~oberho, empolgonte jama.is d,.to sbbre a foce da tcrr11 A' sccnn é tio divin a mente belu. que tl'ltcode t udo (Jtu.into ostamO"l hnbitundos II ver em Lonrdes, a cidn<le da I mnc-u lodn. Os olho.s de r 1·cntei- e d~'>cr,,nte:tr qne n conb!mplnm, arrnzam-se de lai:(rimni: de comoçio e ternura. ' Urna pu.z s11al'issima, Yindn dns oltnr aa. invacle e rativa ns nlmns, <'nqnnnto oc; <'Ornçoei!, dopii nadQQ por ~nti ment:oi; indefinJ1·cis. so l'0mpenetram da p1ei;cnça do Deu e ~ntem, como nunri,, o· efllivioo sobnmaturais dn {:1'8(11. Do rapente, vibr o. no espnço ntn rll.ntfoo formidavel e diYinamonte belo, E ' a multìdii.o q ue proclomo u nlìnime a ua i'é, enton.ndo, corno um hino marcio.I, o Credo de Lourdes. ;fa soou a moia noite solar. Da-se micio no primeiro turno de ndornçiio nocturna. ;fesu~Ho~tfn, coloendo nu m trono de lur..o.s e flores, impera 00010 Jwi de Amor e do gl6rio, nnqnelt~ 08tancia de prodigios e ucnristko~ IJUe é. o v~do.cleiro centro geogrifico <le Port ugal, o ('Or oçito da P attin.. A m ultidiio, prostro.da a seus pl!s, ora oom a.cr rsolado fervor, imp1oro.ndo ~ e miser ic6rdia. R eza..se out rn vez o terQO do Rozltr i.o. Esta recitnçiio ti alter na.da oom binos eucarfstico& e com a meditaçlo d06 mÌflt~rioe 11Joriosoo; feita pelo Senhor Bispo de Leiria. O venerando Prelod o recoinendn. sobretudo que ee peça à exoelsa P ndroeira o ressnrgimento da P atrio.. Poo èm re!Avo algut\8 d011 grandes maloe que aflige~ hoje n sociedade portuguesa e profliga principalmente o ti'rr{vel cnncro do él:iv6rcio.

dae • apenas pela.. trémulas lucilaçòes das I cst relns. . . . . Ondas de ftél.!it precJpt tam~ de ~dos os laùos no centro do grandJOS? _!6C1Dto para . o t:ncorporarem na _ pr0018680 dns ,·oln><. Aq111 o nc.-ola, por todo, a espl.nn11-

l s. Ex.•

Rtv. ma e Sr. Arttbls,o -·fora, co111 a mlstmla do Sr. Blspo deJLalrla, btnzendo io templo co11emor1llvo da Aparfçao da N. Senhora, 111 13 de Malo ultimo

No rel6~io d:n. tòrre da igreja paroqu ial de F atima acabam de soar as nove hor ns da nojte. J é. ha multo (lUO o astro-rei se eacondeu no oco.so, J>Qr entre nu"Vone de ouro e purpura ncastolado.s no horisonte distante. A. Cova di\ Iria, onde SE> var dei;enrolar, a breve treoho, um doe eepecrt,aculoe :inais sublime11 quo a intoligèno~ humana é oapu de èonoeber, ~ envolta num manto de trevM adelg&Qa-

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I

prlm1lr1 p1d11

da, 80intilnm as pri:meiras hura, qae 06 peregrinOil acendem no fogo da su11o impa.ciencia e no ardor da na pied!Mie. O tempo passa voloz. Ezn torno da e&pela das apari çoes ailomera-ee a multidiio, que cad.a. vez 88 torna ma.is oompaota. GuiÒGII de Irmandlldes, paid!B de oonfrariaa, bandeirns de Filhaa de Maria, estanda.rtee ~ n'dcleos da Juv.,ntude Ca,. t6lica e pendoee de uupos de peregri-


Voz da Fétima

2

.\ ·,. duas horas conwça o segundo tui·- ra de Fatima, ao umo Pontiiice, a.os Bi~ O concurso de fic5is - Trb perso. doentes - O sermio do Senhor Arceno de adoraçiio,. que cl11ra até às tres, pos o à Religiiio Cat6hca. . . _ nagcns ilustres- Peregrinaçoes dc Lis_ biapo de Évora - A procissio final. fozc ndo as prattc~ adcqua<la,; o rev .clo Entretanto no Poi;to da.,, veriftcaçoes I boa, Porto, faro e Coruche - Peregri c6nego Campos Neve&, professor no Somi- 1 médicas continwi. a fa.zcr-se a. inscriçio nos estrangelros - Um ~rupo de pere--E' quasi meio-clia solar. D1irio de Co1mbra. d~ doent~. A essa. bora j1 constam dos grlnos de Tuy -Jornahstas e fotograJunto do padrao eomemorntivo daa Aparespectivos livroo do regista cerca do tre- fos. riçòes organiza.-se a proci "io em que honomes d~ doente.s roputados humiv As primeiras mlssas-As torrentes zentos de ser conduzida a Imagem de Nossa. SenaJuente incnr:tveis. O ,crviço, que tcve Aproximarse o meio-dia ~olar, a bora caudalosaa de peregrinos-Dezoito mii nhor~ do Rosario nn.ra a Cnpela das MiscomunhlScs- Os scrvos e as scrvas de princfpio às cinco horas dn manhii, durou do.. col6quios misteri'os0<, ontro a cehiste sas. Poocedidn dos esootoiros, dos memNossa Senhora do Roslirio - Os scouts sem descnnso at.é perto do mcio-<lin, hora Ap.o.ri\·iìo e Lii-eia de Jcam,, a lmmilde bros das nssociaçò<'s religiosas com 06 f!6US catolicos - 0s benemérltos hospitalli- a que se encerrou dt•finitivament.e n ins- e inooente pastorinha de Aljustrel. A vas- estanclnrtes, do.'l •rvos e servas de Noscriçiio por E'Star compleh\ a lota~·iio do ta osplanada e.'!tti repleta de peregrinoe rios do Parto. Pavilhiio. Como os d0l'11tos, que sr apro- quo ostemtam os .';(.•u, distintivo~ o sa Renhora. do .R osario e seguida por uma imrnso mole de novo, a vC11eranda ImaÀ& tros hora.s dn manha O San~fssimo scntavam ~o Poato, orçnva~ por mill~::t- ho:U:ium numt»ro~<l.l! Q lindos. os~undartcs gom npro~-imn,..ee do Pavilhi\O d0s doenSacramento é l'ncerrado no Sacrario, de- rell, s6 fo1 am . facultados b1lh~ws dC\ 1n- pe1 l<·.nN,ntcs a.. d1vers:i-'I nssociac;o s .. pois de oantArlo O Ta 11 tum ergo 8 dada gresso no recrnt-o ·que lhcs " l'66Crvado . Tres pereg!1nas 1J11~t_rt•s u_~"l0Cl8m-s_e tes. A multidao, semèlhante a um mar de ondnJJ encapeladns, a.gita-se é avança em a bençào gemi. Começa. entii.o a <X'kbrn- Ìlqul'les ,,ue sofriai_n dc doonc;ns de l.':s.lr~ 111oclo,;am;nl<' aquela. roanif<'Stac;ao colect)dire<'çh ao ~nntulirìo. Do repente corno çiio das mis~as, qne 110 prolonga alé 110 ma .gra.ndado.. . , . va. do F~ do Povo portngnès: a esp,osa. quo por -encanto, duzonto'I mii Ienços, clumeio-dia. J~stito inserito"' mais do cc>m saToòns nq m1~rias f1s1rM, todos O;'I fin- e umn filha. do S('nh01· Gcn?rn_l Oscar Qnr- mA olvura p11rfs.~in111, de nevo, quais pomoordoteR. A primeirn mi,-.n é rezruln pe- gelos quo torturom a .P_?hre humamdnde, monn, Pres1dc'nte da Rop~ihhca, e $ ~- Qas brancns, oqvoaçam por ciTl}a daqueJe lo rev.clo dr. ifarques dos Snnt 08, pro- perpnssaram, n_u,mo _v1-s;to n:iacal:>rn, pelo po.<,n do scnhor r.oronel Vrçon . de Fre1- ()C(>ano de cab!'('n'l humanas om tada a. fessor no Seminario de Leirin. e cnpeliio- P06to das Ver1f1c_nc;oes mé~cll:5': rlocnç~s tn~, ~h,.fo_ do Govorno. ncm ha1n.,i1 vasto. oxteni;ào da. Cova da. Tria, na eistradirector dO'I l!('rvitp.s. A elo. a'IBistom O co- dos olhos, r tlt1m1tt1smo, memnJ?1te, rnwnh- rt'!IJJE'lt1fre1s pPr, onllp:E>n ·, qu com -n sua cln adjncl"nte e om toòns ns colinnc; o 011munp;am numerosos grupos de G<;C"Oteiros I sia infanti), leprn, mal de Pott, tuber- p re.~enç0, obrilh,nnt~rnm oo çult?'l clo~~c dia teù-os das imcdi.ac;.òea. e de ~rvitM. As sei-s horos O ven<'rnndo culoso p11lmona1·, ctr. om hmira. da ~lorr-OSa. l'ndroo1ra cln NoSàn ~ peregrino<, quo snudnm n VirArcebispo de .nvorn oolobra a mis.t!a da Entra os :nédicos,. qne _gentilmente> çiio o ronquisiorr:u n simpnt.in dm, mo'!":>s Comnnhiio F'<'rnl. Ao f"ommunio, trrzc !>U- prestnm O'I ~<.>ns servt('O", voom-!'<?, alèm popnl:irea qua de todos os pontQ<; d,, 'Por- gem, rc:-n'iszio do." pc,cadores, 'lande d011 en, fermos e ~Uc rle mi6erir6rdiA.. O andor, cerdotes distribnem o Pifo dos A njos, co!evado nos ombrO"l dos scrvitas, a=ma. no munjl;anclo em todo o ilia no !orni dns liminr do Povilhiio, corno urna radi063 Apariçéie~ rerNi de dczoito mii oc,'llnn'i. Visiio cle Paraiso. Urna. nutricla o prolonJ)urnnte a noite os M<'Prclotea ·,tomfom p;aòa alva rle po lmns ~truge nos nres e os pl"regrinos que dooejam rec-obcr o <,areti<>."!. !'>l'las quebra<las dos montes, numa eramento da Penitenrin. :-ipotOO"'è colo · I. 1foi(:a, 1ndescript{\•el. A partir do romper dn mnnhii 011gr~'l'odo<, n olhos se inundn.m rio lngrimns, <>s M ron,~id<'rnvolmonte, ilo bora JHI 1·n bodoonws oram o soluc;-nm e clo milharcs do ra, n nflu~ncin de romeiros. Siio milhares I P<>Ìtos olev~11-S{' até Ìl Virl):C'nl ut>mclitn dc ,•eicnlos. R:ìo de-7,enn..c;, centenas do misuplirns estu11ntes de con fin nça. e nmor. litar de fi6is qne dc.',embO<'am dc todns Col0<·acla a I mngC'm sobre o i<cu pe<lc:-stnl, ns ostronaà, cnminhlX <' vcredas, Pm tor- 1 rlo Indo do J;:von,11:elho do altnr-mor, o rent<'s cancln108ns, nas imediaçòcs dn. Coclero rnnta, em tom magostoso e solc,no, va dn. Irin.. um hi nn de Fé, o f1redo do l,ourde.s. 'l'orOs C'Scoi<>iro-, dos diferontee p;rnpos, m111nclo o canto do Simbolo dos Ap6stolos, di!"tl'ibuido'I pc>los ponta-<; ostrntégica:,;, fao Sc:-nhor Ilispo de Le1rio. i;ohe a.o nltar cilitnm o tri'rnsito dos pcors. Os serv06 de o principia o Snnto Sarritic10 cl.a 1n1F>sa. No~ Senhorn do Rosario trn.nsportnm Entretanto a multidao micia n r-ec1<taçiio do terço do Ro.s,trio, rczando-sq. deem macaa os enfermoi:1 qne niio podcm pois <io cad& dezellll II Qrat:iio en<oi nn.d,a transpor a. pé a distfìncin, à.'I vez<'s de pela Vir~m 110& videntes. Ap6s a , l!'Vtl· um, dois <' tré.~ qnil6motros, que medeia. ~,ào e11-nln4;(, 11m J1ino etwa risti<-o. entro os vofonlos que OfJ conduzcm e o Pi'i&to dns ,erificnçÒ('s médiras. .Ad «<fo,nmuoin,i, nm !!n,.,·•r,iòtc:- t11~lnAs sl.'rvns de No:<l.'ln Sonhora do Ro•a- 1 trne novnmi,nte a Ragrn.rln (,;on'it,nl,i\CJ.. rio, rujn arth-iclnde &e exc>rce ('fòlpecialmenAcuhn o missa. Revostido d:i capa eh' te no Pnvilhiio, e no Pi\sto dn.s verificaa .• pl'r!Jrs e tornando na.s sn<i.1> mp.o~ E-ngrn.ç~ médi<'M, n,;sistc>m o~ doent~, trada..,;. n cust6rlia com o Gant 1<'1imo ,111,rntanòo-o-, com o maior ÒC'lvelo e cnrinho. me.nto, òepois de rnntarlo o 11Adorem,u», Nè-;te dia de tiio grnn rLo afluencia do o vonrrn.nrlo Arcébispo de Eve>ra da prindoont{>S cm cstndo grave:-, os servitna focipio à rc:-rìmoma da bonçfi9 dos <l0f'nt1·~. ram pod<'ro~nmonto ('Ondjnvndos na sua ~ c-rt~. por scm dtividn, o hllmero mnis nohrl.' e 'IÌinp,Hica. farefa por nm numC'emocionnnte do program-i ilns comemoroTOSO p;rnpo de mPmbrO'l eia .A.ssocioçiio Iluçòe!; festi'l"p.s do riin trez(!. DC' novo as lltmanita1;a dos Rospitnlnrios da cidado d. o griJllM nssomam nos olhos dc todos os P6rto, quo qufa gentilmente prestar o proornte~, enqnanto suplicM e inv-O<'nçé,cs, t10u benemérito concorso nesta genC"l'O"a senticfn« e veemPnk\<!, sobom doe cornçocs ('MJJ:ada de cn.ridade o cujos relevantes a~ lahios e do,, hthios oté .Tesus-H6~tia. ~rviços forayn devidam('nte apreciadoe; poF. o l'i vfoo l\focitre, ngorn, corno ha dois los nito~ dignnt:irios da. lgreja e pel01, mii anll8, pn.s~n. fa.7,enclo o bom. Ele dermAfi= do wrviço. rarnn. sohre tod<>!! honçiios o grac;-ns, dando lu1r. n.os entendhnontos, poz n.s conscionBençllo da primcira pedra do Sancins, ronfòrto o. todas n.<1 mnijuns, lonitituirio Nacional - O Pasto das verifivp n tnrlas n~ dorM, um pouro de ventura a t6dnc; ns a lmM. caçlSes ~édfcas - Os médlcos e os doentes - No recinto do Pavllhlo T('rminndn a. CQ,1novento cqri1J16nia, cnnNa capela das AparlçlSes - Em t8rno t n-se o Tanfv,m er(lo o por fim o venerandas fontcs da agua miraculosa. do A ntfstito do F,yoro. da a triplice beuçno com o Santfci«imo. Às dez horas e meia, corno estnva anunDesTnnccidos ~ $00,S do., 1Htimos oa.noiruio, o Sonhor Arcebispo de Evora., tico~1 $Ohe 110 pulr1ito o tnll'ìmn venerando o.oompanhndo r>elo Senhor Bispo de LAiPrelndo e, junto do microfoue, numa, aloria e por numerOSOI! cli2:natarioo ecloouc:fio q11ont'I e ttntll$i3,13tkn, ena ltece ns sìRSticos, procPde à rorim6nia do lnnçaprer,;,,:i:atìva& da. Vi,rgem, onta& um hino RIO mento e bénçào lit-6rgica da. primeira pe- clo dr. Per<'iro. Gen.,, dir(>cior do Po..to, tugnl 1tcorrem àquele loca! bemdito pa,. Snnt11nrio de Fatima e proclama a necesdro, da monnmental B asflica. de Fat ima. oo drs. E11r1c·o J,i,.,bon, Wei..s de Olivciro, rn w~tomunhnr a f,-lrn crt1m:1l e o seu srdnde do regr('f!So de todos 06 portngnesos à profjs..'l[o e prMir.a da Fé do& S(lus O 8CU projecto é verdadeiramente gran- Gabrio! Rib,,iro, Franci.s<:o Cortoz Pinto, amor À Vjrgt'flt. ontepnssactos. djo-.o. de Lisboa; Gilberto Velooo, do ('oimbra; e do:• ._,, 11e Ourem; e · R 10, ' ,. D(l(lnlclo so protondin ftl.Z<'r ,~r,1a lista • El ~ •-L ""'"' o 1·•-nta .,.,. .... metrv" de com- I ,uz p r('... nampn10 nouSobre n pedra hoje lanQAda. neste rec111primento e ('incoenta de n.Itora.. Poòer a za Saraini e Amér~o ('ort<'z Pinto de da.s peregrinai;~ procedentce de todos to dq marnvilha, disee o iJustre orador, oomportar o d obro dos fiéis quo oabem Loiria i Dunrt-0 P roençn, Tn\·ares da 'Mort,cantos do p11i11._ cumpre pòr em niio s.ra so nm teniplo que se érgnera à na ~aior igr0ja. de Li&boa., a igr0ja de s. ·t... e C'arlos dn Riln•ira, do Tornar ; Adria- do-t.aciuo, pela pc,rfo1çao rom que estnvom Virgem 1;1m que o mun(lo hiwle um dia Dom1ngos. no Pimonla, cJ 11 Ah·orguo; R('is 1\fata da org11,n1zndns o polo conc~r!lO_ avuttad? dos ler, nos sua.'I pedras toda.s aa estrofé8 Seriio em numero de r atorzo a.s capt1las Barquinha O Vnz Pato de Olin•ira do MJ1111 mombrc>,i, 11:; peregr1n111;0011 dt L 1sboa, mAAJ belas da. hist6ria d013 portuguesee. ' do Porto, de 1''aro e do Con1rho, In.terni,, que <'Qrref!ponderiio com O altar- Hospital. ' No finnl do aermiio um aeropla.no des-~mor nrn.. qninze milJ~riO'I do Rosario. No padlhiio Clii cloonhlR oram comovi.\ ('ncl,i pa.-...,;o onc.-ontravnm-!le peregrinos ceu a poucos metros de altura, azaa r ~ Dos do_1s.lndoe da escadarin de &eOllSO no dnmonte, ag1111r1lnndo a hora dn mfasa ,lo nado11nlicl11dt1 (18trangoira residentes em gadas, a. sa.uda.r a. Virge.m, Padroeira. da ~mpl~ f1_ca rfl,() dt1M grnndf'IR igr1~iM P e- oficial o a. Mnc;-iio rom o Santfa.qimo. Al- l'ortul-(nl: hrasilcir<>R, espnnhoee franoo- av\açiio. nitenc111r10, dOI! homens e n Penitenciaria gun., quo i.e encontram em eetado mais ~llS, inglffi<lS, lwlga.s, itnlianoll e llemiies. Orii:nni',m-se novnmenta o cortejo para das mu!her.M, acha.nd0-68. quasi conclui- gi ave, j11zem prMtadoa em_ macu, junro llt• Tuy vei<> um pt>qn<.'no irupo de pe- r('('($nduzir a. Ima.(lem da Virgem do Rodo. a pr1roE>irtt,, qne est~ i;1tunda. por tras da varanrln t!o altnr eia~ m1,~a<;, n•grin06 filhos dn na\·iio irmii, quo fizo- sario a.o eeu ~ na capela daa Apa.d.11 nctuo.l Capc>Jn. das M1s.c;a., e q11e ja serNn cnpPla eia.ci apnric;-òo.. rc:-zn~sc inmb~m r11m o. a. longa viogem. riçò&.... Soam outr~ vez ca,nticos e aolaV8 a VATlOS ll('toS do culto. COD~antt1monto o cJ,,zent\.~ clt> fiéiR dc> nmp t·d •• J' tnn e maçoPs, ngitnm-so do novo do,ienas de xni.., Jorna · 6 nin · começou, st1gu nd o 'O ntual · b os os SC"<O'I cumprem promes.<;as, unnrlo A cer1m f t6orNi.fo a aN par... és e veom à 01 ·te d tS '"' te lhor <lo lonços, e a Imagom avança, sopela bençao do Ml e da tfJZUa. e pela. o.~ variM ,ezos, n. voltn a.o pequeno monu- 0 g . ~~ v pera ~ , uran bre urna c:huva. de flores e runa multidio 'persiio do forni onde ffo11ra 'O centro da monfo, quo n piodnde populnr fez orÌiÌr n proc! ~ad cli\$ .-01 t>rnm l-r'lll~ .a.s dL> m.fliA de du?.E"ntas ntil pOSMns acompo:Uos{!fon, c;1>ndo depois hon:iiida. a primei. parn cometnornr M nparic;-5c!,. oxp 06005 e magn. 10 para . ocar v rios n.b:,.m a linda e mora.vilhoi;,a proc1S!'iio. Si~ tn·i') hora.,q o meia da tarde. rn. prora do fomplo de forma quadradn., Milharee de poregrinos desfilom sem a~p;:<'_t,os marn,';7lh~s~ ;ncompar:el Principia. a debnndada dos pere"l'inos. Qm m:innoro hrn.nco dn rep:iiio, c;imh oU- c(lSSnr t>m frC\nt(> da Imaiem da Virgcro ('Or ..~Jo. t z~nac; 0 0 0 0 ~s ass«i d~ 11 zando ~,mm Senhor J e-c;u,ci Cri11to, pPdra do ROR1irio, tooando noia terçoa, n1eda- 1 con nu dc-!11cn ;;' ~ 'lUO.S maqtmnas em 1- _,\ estr• d6Sillong~tiona-se pouco o pou a,n171tT11r dn Te'l'eja. lhM O outrl>'I ohject-01., \'Qr.~ris u·ecc;-oa~ e <>;i rt>por pr, e corros-- cp. A cçilocnçiio da. pedra nos respectivo.s Em torno d11'l fontee dn ogt.m mirocu- 11np<1!l!llet; doe Jornais pncorm~m n Cova .Ao pùr do 1:101, na ostlncia (1a8 mo.is 88nlir1>rcC'fl foi foitt\. pt>lo ml\Smo 'PrPlnd~ ]Ofla, osta,cioocm c~ntenas do .fjéi,;. Totln, d~ Trm. colhondo m>tn,c; pnra ris sua« cr6- tupondas marnvilhns di-rinaa de que ha moJD6ho dC!ltle os: i1empns: bfbli~, •vaque utillll'ou. pora a. focar nm JX>nco d~ quel'em beb11r, todos rnrnrem fozer n sua nicas e v1wa ~ #911~ relatoft. gmti-se os '1.UtimO'l 0008 daquela glot-ìosa. ci;in1>nto o ,1mn. colher ile pmroiro. Re"'ni\1- ptovi11i,o do oteci0!<8 linfa quo prinripion A prociss~o dn Virfem Emtusias- jnrudn, o n- iastos sagmdos de Fatima. 110 n. licnçiio dOil fundnmPnto-l da nova n correr. pnrt> n11nc11 mai" o deix11r dll BMPica, tannimi:odo n rprim6nia !'Om a t&:r.er, clepoi, dn. oelehmçiio da primei- bto indèscritivel -A missa ofu?inl --As fioom J"egistandn· em letrns do ouro, uma precea e os cànticos -A bençao dos da.e; mn.is belas ip.iitin!l8 do oossa hist6ria1 Mnçiio pqntificl\l o vivM a nosc:a SMhl)- rl\ mi.iRn. <'ompal.

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Colocaçao da prlmelra pedra do templo comemoratlro das aparlçiies

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v~z da Fitima

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C(r l t4.Wii&~w~~i!tiU~~.tMl.t~··~H.N#t Ia Quantns vez.ee ~ ,Tesus quo O

UJil dos prodigi08 ma . is a.dmiraveis da. I Desta vez gunsi tocava OS pereiMll08 noeaa epopoia. religiosa.. mo a qnèrer unil'-.Sè a. eles. ' E que Poriugal in<teiro ooube de joolhos Ao lndo uma. senhora. doente em mule.a rezar o cantar, nesse reca.nto abençoa- tas so bem me récordo, dima,-me comovi- C> do da nossa. te1Ta que se chama a. Cova. d:l.: -da. !ria.. uEu asta.va. a espera dele. Tinha.-me Vi3 conde -de lllontclo dito que viria. ca ver-nos, ao menos, j a que nilo podia poisar, E' meu innio... u

tambem n6s tem08 dito amomos ... Qnantos palavras viio as vezes em moL:X'V~C>: mentos de pruor e de beru oslar ... Va.moe consolar Jesus ... 1•am0& enxugar as Suas 1ngri~, ~ndermo-noe noa Suas cl1aga.s e estancn.r todo o sangue que delas corre... Niio deixemo11 cair uma s6 p:ota I Sejamos victimas do amor e c.-onquist.epelo Viscond e d·e Montelo, mos almas para J esus, bebendo n.té a.o fim o oalix da amargura.... vende-se em rATIMA. Viva.mos a nosso. Fé e quando sofrermos, 6 onte.o a ocasiio de mostrarmos a Cada exemplar, dez Escudos. Jesus qm, O nmam01; ... .Amemo-Lo pelos quo O niio amnm ... prend11mo-nos a Ele Todo o producto liquido de v en- e 6 a Ele... e num continuo acto de da é d3stinado a Obra de Fa- amor, numa. s6 o~piraqio, digamos como um oonvertido quo querendo morrer de tima. pé para. erpiar os sous crimes, gritava... gritavn ~mpre: «Amo-Vos meu J csus, porque ~ois :Tei\Y-1't'f~ i t1Yt1Y'Y'Ytt·'fl''r\ ~ sus !. .... Um(JI o't!elhinha. fer-ida

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Anova Capela

UM fEIXE DE NOTAS

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AS GRANDES MARAVILHAS DE fAJIMA

Umo. da.s ooisaa que mais prendeu aa a.tençoee foi a. nova. ca.pela levantadn por detraz do pavilhlio dos doentes e destina.d~ a celebraçii.o dé Misses e a.udiçiio de AVoz da f atima na f atima confissoes. e no mundo 1 E' olegante simples, s6bria na. !\l'quilo\'tura a dnr para gotico e no. ornamentaA T'oz da FC!tinia vai tendo I.Ima ex- çii.o - quasi nula.. pt~nsaò c~da vez ma.io1·. Foi propositada. aquelo. nudoz - simbolo lla ass1nantcs em todos os recantos de da. sinceridn.de dns almas que al{ se vao .Portugal cont.inental. purificar. E' feita .segundo projecto dos Os AQO_r& _o lfodeira. t.eem. Uni& devò- arquitectos Ex.mos Snrs. Narciso Costa e 1\.-1 çio espe01a.l a 'enbora. da. Fatima e gl'an- Ant6nio Vo.reln. de Leirin.. """~o ~umore. de a.:16iua.ntee do jornalsi~o. No altar m6r' ficara a. imagem de Nossa Ba as1nna1;1t~ 00? E spanh9:, Italia, Senhora da. Fatima. França, America do orte, .Brn.~11, Guya.! I uas, Argentina, l\forrooos, China., alem I dA& nossas p0116essoes ultrama.rina.s, da 0S megaf6niOS Augusto Pe1·eiru, de 15 anos de edade Guiné, Angola, !il~nmbiq uo, lndin. e Mada. Aldeia Grande1 freguczia de MoxiJ Oespeza m can, etc. E' jti sabido que dosd.e Outubro passndo <'forra~ ·edrn,s), f1lho de JO!.é P!.'1·eiru 80- lS Ma6 onde o jornal é ~spalhndo aos mi;. i;e a.ch:i.m instnlados na. Fatima os a.pare- hriuho e dE- Rooa da. Silva. l>oreira. foi . ]Q:l.;13$63 lhnros, 111111\;l "orduckira alu,·iào, é un lbos ohamados megnf6nios, altif6ni.os etc., acomeLido de urua dor " iolenta Pm um ' Trum,por~ :" ···. ... ··~ 1<'11ti'!1a,. 1,os dina .13 de c-.,òa mcz oncfo l e om frane& «haut-parleurs,, ,deatinados ar~elho e n.~un joelho, a ponto de e~tar to- Pnpl'l 1 compo~;<;no u u~pro,;,,uo se d11,trihu<> grnL1ut.:i.mento. a. tornar ouvida om todo o rocu'lto a. voz 11)1(,lo a aleiJa<lo, ohqgnndo o S nr. Dr. Brudo 11.o 08 ( ,0.000 oxempln.Nu dia l;J <lu ì\t11io fo rll m distribuiclOfl de quem progn, dirige o canto a resa. ou uo, d1> Bm.u banal, a dizer que niio tinha ..,,n.11,.) ... •·• ... ... .. ··: _... la uns GOO kg. ou aeja. cerca. de 52.000 faz n...-i!:'os ao povo. cura.. Sclw, <'mhl\lnijl'lll, wq1ed1çao, 1.2-10 87 jornais quo juntos n 1111-. 20.000 distriConsegue-so u sim dar uniformidade ao Recorrerarn a N, Senhora. e leni.rn.m o trum;11ort~, gril\·nra-., etc. buidos pelo 1·11rreio prefa:u,-n u linda ~ canto 8 a, resa.. doento a FaHma no dia 13 de Outubro -----ma de 70.000 c•'.\.Omplnre,;, numeros redonDe11ta vez el'lll, lindo ouvir itquele uniso- do 1920 e n~e Jll<'Stno dia c-ome<·Ou I'\ me108.647$50 do,. no do mais de 200:l)()() pessòas a cantar ou lhornr. SubscriçAo 1 n fnr.er M iuvocllQOes. Viagem longa I Foi talvez t>ste o mes em que funoiona.- Maria ,7v.• ; da ( '1111 /m 8<1>117>11i11, d" Vi- j L mulher- ram. melhor. la NoVl\, dq ~A11\aliciio. '"_601 l'umprir a ) .A cena. n1tura. encontrò 11mn pi-om•'""a que_ ~(:l' do publtc.'nr um:\ unor-, Rn\'iumm doz t'-"cudos: Fernnnd.n. ll~ zinha que mc Jll'<'nd.., a uL~•nçiio. :ne grnçn. esp1r1tuul dt) quo de1~on~c· nhs1r chudo Mnrcru<'I-, J~d.at\rdo Augusto de - Voc-em<!C~ clonde \"!"111? . Agora meros lutamen~. 8. paz da ,un (.'()J~';CH'llCln. e_ de ouea. R ..belo, :\fati& Caulinò Matos -« Eu vonho do muito lo11g1•. Da ~1. , . sua fan11l_1_?,-C; _tt·r con:segu1clo ~n11Llf1cnr (:'IO~UO), Juli.o Riheiro, Fmnc.i:,c•o de nha t,rra our:o os galos <:àni!U'em en1 .F.,!o>- 1 -O uNov1di_i.dea:1.Sornal cn.t6lr_co d. e L1sb_oa. J ii ~ua umao oon1ugt1 I. Aguinr, Antonio Piuho da Crnz, Maria. pno!w·" (tne 'mandou ii Fntnna um e nv1adp espoo1al diL Uoncciçao Mugalhiies Jorùii.o, ì\Jnuuel Vrnh~ d~ .Moncorvo ~ pé. cnl<•uln em 500:000 as pessoas que toronAhc,s F:onre,; 'l'eixl'irn (8$:'SO, dt1 jornais), A pù ,·,niarn u m!11or parte da. gente ram parte na peregrinaçiio a Fatima. du--------.\lunuol Jo¼ Lopi•s Din.s, Joaqnim Mar,i. do arredor<'-,, eia l~ima, cle 1-!l'nnde parte rnnte est:es ~ias. . Soeiro <lo Brito, Rosa. )fende:. da., ~eda E~~ema.dura. so Deus sa.be com que - Vanos JOrntus compntam em l fl0 :000 (20 OO~, Antonio Barroca D<'l~ado, as que ~aram p~rw nn. procissil.P, dl\S veFeliciano Ca.upc,rs (20$00). Antonio CoesacrifH'lOS. Qunnto no,, <Jll~ina esta boa fì:ùnte do j Jas no dia. 12 a no1te. lho c!A R ochn (2ll,.. 00), Loontina Dornes povo. -Cerca de 120 sncerdotea oelebrnram ()2 50), Maria. ,Toana. Soaros dt> Cabedo, A luz das velas a.o meio-dia. 11, Santa Missa nos 6 a.ltares Antonio Gomoi,, C1•i;:,-t'Ì,na. GoTlles, Olimpreparados para esse fim. (OVELHINHA) pia Quinlc}a Lobo, R-0!-n. do Carvolho, - A aJ·udn.r O!I Servitas fOTam ali 60 Maria ria Concei,.no T,wn.re:- \Tt-iau, Mas niio c- so· o pO\'O 11um1·ide que se ~ ... Joascout.A e chefes-scouts de Loirin., Lisboa., Quniiclo O lionlem. = . u~· quiin rlos Santos (15 00), Maria. do ('eu sacrifica. (' .. _ y · ~vm o mais ,,.1mo p · l ' h Al . C • . . •~<'• t. pt··izcr 0 mesmo <'ODl a. . t . t rnto cc ,. reu, ,11ra • e,es o-,La ...M aP es,;oos chi. pri;Jnoira 11ocieclnde irm.a- ( mm 1na , O\I11rn, e 11 rec a Ouvi oalcular em mais de 9:000 os .,~ ·rnz os ro·oct:n • in en1 J'!A gn~ni.cii Mnnins, Vii-p;inin Lol)E\5 nnm com os mais humildes. 68118 1 cnrr06i auwm6veis, camionettcft e camions 1 ~ros quoto e .~ J 1,' p a.-~n~o (15$00), Adelino Anlunes 'f>i11Lo, Ann de Era a pl'odo;~iio dns velns. O 0 • que a f se encontra.vnm. Informnçoes ofi- ser Deus :u:oJt~ uma toa. PII ~o 1\ lmeltla ' Rnntfoio (20$00), M~ria. Fra~Alguem me chama. a. otençiio. 11 6 c·i~C'o l\fonrii.o (20 00), Alhertlnn ,Juhn Uma senhora fnzin. o pc-rcnrso, dèScal- ciais fozem subir a 11 :l)()() os cn.rros quo O I{ome 'escravo E° mos ;~~ que etrei f mt d ' az ,mw.._ vtoez~ rnnds- Hih·cim AlbuquN11n<' (15 00), Mnnuel ça. sòbre as lascas de pedra. que a ca.da fora.m a. Fatimt. 0 8 O que é verd~e é que elE8 ocupavam _orm:r " num . f?. momen ; mandn Antonio, ,J1.1lia Bnvth,ta de Almeida Fipo.sso i,e e ncontram pelo caminbo. . d aquo,a a-1mu. f o sacri 1010 corno prova .o g1~1ru, · l\forgor1~In ,,omes, ,., G111' lhcrmJnn. · l'I lh • E as peclrns fica.varo tinp;idas com o mn.1s dumn. légun. da EStr nda e os terre1 ~!~~ p::.;L ; ;;:rod~u: : 0 a1:1a~ P . J?inn , J~(S. Hir11e .de ou,:i Lorct~, nos adjaoentes. ~mttgue quo lho p;otojava dos pés. · ·r · , '!" v C'nnthda Am~hn r'eline1rns do Lnz o 11Qne o Senhor lhe ac<.'jte tnl sa.cl'ificio I • • ,·1~1 1ca~te, va! truusf?rma-lu o <'leva-la... va, Virgilio dns I evC6 e Freitns, Maria. 0 )ançamento da pr1me1ra pedra vai foze-la snir d<' 51 mes_ma ... a.bando- A~11élin A. Co.rdoso Rocl111. Homom, Maria. da futura igreJ'a Dar-se amorosa~,mt.e nas m~ do B_!ll J e- Adela ide !!'aria Lnpn, Jò,,é Mont:mo e Boa licçiio sus, corno 1Welh1nhn doente q110 no.o P?- Silvn, P .e J oiio Nnrdso Bacalhau , EduA' F,itima sobreLudo no dia.s 13 de ,,, , · · 1 deste ~en~o a.compa.nh& r O rc~nnho, so co~m ardo José Coolho, ,folio Hil:irio l><'reira. mte a. e 11te a.o t aste Moio e Outubro nào va.o s6 os crentes. I dia~ 01 certa.mente o ponto ongina. ir m seu pas or para q~e DiNi, Dr. Antonio F'aria. Carneiro PacheHa ·quem ali va tambem sem intuito ·, . · · , n. coutluzà. a.oe hombro~ ... E é ontuo, que C'O (:Z0$00) Antonio Cnstanheira Mar.a.lri;um da pjeclndè. E hnda a.queln. cer1m6n1a. Pona. fo1 que o phstor, ~c1-cnr!do l\ po~re ovelbinha. ~eri- t ins, Frnnci~ca. Conceiçiio R&poso Maria Nu;n deflses dias foi la um g rvpo do Jlem tod~ "'pudesse~ ver. . dn, dos mais dehcodos cmda:dos, lhe vn.1 ~e- dn Con<-oi(lii.o Morcira d~ Santo.., D . M aJ)ilrseioidores. Comovta. ver os do1s Prelados. de _Joelhos gr~ln.n~o a. ~ua ternura, pa.ra que a _Tia,. falda. .... Merceana Ribeiro da Cunha, Assi'Stem corno estiton.s ti prooi~no dns dea.nte daquela. pedra - a. pnme ira do j gent sc}a m~lll sUl\rn. ·· pnra. .quo eia srnta. .-\ ntonio do ~iitueircdrJ e Sii va (20$00), -ve!RA e oerimonins que se lho seguem on graod e. templo.. . menos as dor~ da &ua. ferid o I... M"nrin do Carmo Bnra.to. (20$00), Maria. :a in·ecedem. ~uas1 no f1m uro& servita aba1xn,.ee ~ ~ ov~lhrnl1a, no som dnquela voz José Ma.rtins (20$00), Armindn da Cos&nao quandp um dos do grupo, domi- he i1 n--n.. _ a.imga, sen~indl>-88 confortadn. ~or ta.nta tn A110,"édo Chnves, Mari a. M. <los R omeEra. Q osculo de amor e venera.çao do tèrnura., _deun~se embl'llar ....rechna a su a cHos (20$00), Mai·gnrida L<>i,es, J oiio na.do peln grAçn ca.i do joelhos n. orar O .a chorar. povo de Portugn.l re~resentndo nnque)n. po- co.he<-a ~bre o homhro Cf)Df1nnte do pns- Cortei: da Sil\'a Curo.do, Dr. Luiz de Uin «espirito forte" a. escaroece-lo : bro mulher. tar ... e adormece 'tra.nqu1la, com n certe- Oliveira, R osalina Angusta. Bt1rros, de - Ent:lo tn j~ sabes r esar? Ot zn. do que ha.-de chegar a.o termo Qt\ su& Oliveira Conselhe>ro J oiio José do Slouempo vingcm, sem quo nJgum mal lhe neon- s.n La~·, Domi.np:08 Antonio R ~bclo, F er- o.\.quj a1)rond(,,..c,e, .. 11 roopondeu-1he o primeiro sem hesitar. tt>ça... . n1,nd11, MoreiTa dos Sontos (15$00>, l\la0 tempo desta vez esteve magnifico. Ab I Abandonomo-nos ass1m DO$ braç~s ria Amélia Marque-s, ,Tosé Mnrqnes JuDurante o dfa ca.(ram apenns urna.a go- cle J osus !. .. Eles podem-nps amor... , mm- nior1 M ari0, T omnzia P into Antu ncs M'.aFatima e a Hespanha t ue a ben Qao doe doentes. E s6 choveu na Lo amor... rin. db Cnrmo Sant<l& Beça ~fnria' Barnoite de 13 po.ro. 14. Aceitemos a crn.z e crucifiquem~noa . n&- bar~ Sim6e6, 1\ ntonio D~ M.arjlnrido, O culto da Senhoro. da Fatima. esta--se la e embora a na.tu~ezn. se reyolte, diga- J onquinn. de Almeida., Maria. CaTlota Mamo-11 n Josus um «/iati, onde vit todo o rinol, Jacinto Trind~cle, Ma.rin ,Tonq_uina. -eiq,alhando muito em R espa.n~, 0s doentes nosso amòrl dos Sa~'l, Jortqmna. Santo-, (20':'!iOO), Em 81'!11.ronl)ca sobretudo tom inumeroa Sorrir no. dòr... Oh I Como Josus a.ben- Emflin. Santos (20 00), Amélin. Oiu't\ià, devotos. R ecebernm p bilhete de doente 445 pee- c,:iìt~ uquclc sorrisQ.,,, corno entiio é i:i;ene- P,e Cleme11to òe Campoe Almeida P eiN iio se renlisou ja urna. peregrinnçao dasons 285 dns qunis com doençae incura-- roso pa.ra a. alma generosa., fn.zondo-lbe .:,cot (2-5$00) . Fra.noisç11, Marques, ~aul{ 11, Fatima. por causa. das nossas estra.da.s. • conheoer: 11.'l doJiqj~ (lo een DU)or\ far..eo- rinda Barhoi;.n., 1\fnnuel Gnspar F el nnnveis. De Tuy vieram a pé. O&m.o sompre prodigalisnra.m-lhe& os do-~ ~<>zar ~M suns ~rl'rutrut! rt<''l, P .é ~fa.ttinho Pinto da R-ochn, ;fon,. 0 s Madril~n~ por~m nao ~mera.m e Nosso Senhor q11+i~nr,-i.se tanto ii sua quin11. tle ,T('fffif! J.fartino;, Antonio MachaTieram algnns numa ct\mi'onette de M~ maiores ouidados e carinhas a~ aenhorns Sorvitas do Nl)Sl}a. ~nhora da Fatima. confide nt-0 Soror Maria. Consolata, de que dP G1iimariies, Moria Jo~é Ferrt'ira Lean-drid a. Fatima.. ern me,1digo de amor... prQCurava. almas dro, Lµi z Ciprinno 'Est~ves, l{~nriqueta. qu11 O c1msoll\s.qcm ... mn.s _q ull,si niio en- Au11:11..to. R osnlvo, Antonia ,.\\.lmenrlrn .azePatima e a Aviaçao Portugtiba c:ontrnvn. ... s6 rnrus almas querintll ser 1'.18 vodo, Antouio Te ixoira. do Sousa, );tosa. suM cleitas... Elo bu.tia... bati11 uoe <'O- dt> J'Mus Ferreira, Relena do J lisus DA FATIMA r JlQÒt'IS... orna n~ lhos abrin1n t Muitas "U'èrrc-ìrn, l\.lnria 1.l}m-ilid Branoo do MPIO, Niio é j:'t a, primeira V8ll que t1ID ~ ,p)4no voa sobre n. Fatima. Mns nunca coTorln a. corr,•~Ql\ÙeJ)Ci!l reln.Livn a. Vofl almu Lhe diziam que O .a.ma.varo, feria·as Gp11;inda d4 $ilva Tri,Qtl\, .Mario do ClJ~mo no passndo dia 13 de M aìo d06teu ti.o do 1'~a.t11na. d<',·e ~er diTip;idn. so adminis- p11ra vèr se ora uro runòr verdadeiro e mo Tl\n\re<! de 801111n C'irne, Mnria fRmetrnd<lr, P. 111'1nuel Pcrairn da '~ih·a - puro... Maa ahi fugiam-Lhe aquolaa a.I- nb 'Meli\ Tnva.rès tic> Sou~a. Mnri11 J 61\é lbaixo. lJ\"-',·· Leito, Maria do Rosn:rlo Tavoros Grua,. N um outro mez b aviaaor l&itQou flores. f,e1 ria.

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ta, Ròila Autonia Valente de Alnwidll, Maria. José Vi1>ira, l\fo:cia das Dom, Fe1·nandos Rendeiro, Piodade Duuhofroa. ::\faria Josti l...<.>iras, l\latfa d~ Dorei. 'l'a,·a.rcs de OUfia, J08e l\fauuel Fcrnandes . Rondeiro, Leonardo I<'crna.ndea Sardo r Ouv&-se mu1~1Ui yezes falo.r da coradr1staos devem mostrar. EsDominp;no Valente do .~lmcida, José An: I i~m qu tonio Mondes, Joaquim J08é Estevea, Jrn- ìa. hem_. 'Ma.a, pregun~, qu:1.ndo é que 1 . ton.io dn C'Obta, :\forirt Amélie. de Cni·vn- eu ter: iidtu.ill_o de -i_a1 pro, as <lessa colho Viefra, Albino dl, Lima, Cecilia Pa- ragem · A m'ìnha. ,•ii.fa é a. de todo .° rente Ferreira, Olivia J?areuto Ferreiro, ~OJnem q~e penM 0 ? bem & sua foD?t· Leono1· Manuel, C'ondei,sa. de Aznmbujo, ba e nos seus negoct0$. Nilo pooso, P_?IS, Mo.rgiiri<la. Leru.os :Mugalhiics, .Antemio' andai: a meter-me por ai .ell! queatoos. Varala Gomes (15$00), Luil'la. da eo~ta A.ssm1 falava uro bom cnsti.o: 120f00), Coroli n11, Rosll, Margarida lf.u,M~ n6& va1l}o~ niaponder-lhe: . l}u>ins, Filivo. da Vei(l:a José dOR SanVem um, com um Jorn~l ma.u e d!Z· tos RiLeim, AntQni,p U~rbosa, .Anto.iio -te: «qu.ere:. ver? Ora le 1t1to, que ~ inDias Frud~. Gildn Montoiro, C'unrlhln tere&nnte... . . )Ieve,., dos Reis. J oiio J osé do; !=:antoi, _Tu ;eèusas, d1zeoc!o: uObi,gado, mns Elizn lfocluHlo, Fr11ncisco da Cr,u C'0&tn nao }e10 nunca um J?rnal que fala. m~l Leite, Marin da Luz Viein1, Antun~, )I- d:l..9u1lo que eu mn1s amo - a Rehd!I. AnaujQ ('oelho Olheirn, Henri4.uoto giao;» . A1 esta u1;1 pequenino ~oto de. coraMarqu<'. l,?ut'guì,e (l.3~00), l\lnrin da Luz de .\lme1da ~npoles, Daniel Lea.o da ~em. Mo.s n110 te _deves c~ntenta1 com C'unha Lima, Jonquim Gonçalves dos isto. Torna 11, ofe~s1va o du;: c~Tu fuzeh Santos, Mari.a José GoJUes 1\Iartins dn mal em lar ';'8&e J0rnal; tomA la o m u. Siiva <20$00), p .e ,J Olié Lonrenço TereO. teu 11.m1go résponder6 talvez: Nao sa de ,Tesu~ Bertolo. ' prec1so dos teus conseJhos. E eu (respondieras) -preciso <t>s t"m'? Af tens um acto de corngem.

opoder da pieaade

Eu ca sou muito . .' ... re11.g10s0

Coragern

Se todos soubessem o que poderiaJJJ fo Certos catolicos (so de no.me) teom zer por umo. pieda.de bem entend.ida ~· as vezes teorins muito curior,p.s e engr1r beni prat.icnda 1 çadas (se niio fos.sem muito tds~). Ahi vai uro episodio que melhor o fa.ra Sao muito roljgiosos, mu1to catolicos, compreender: urna pobre orfiisinha fora ma.s (como diaem) niio ndmitom isto, rocolhida por urn velho soldado a quem eia nao admitem aquilo. chamava. &eli pai. Dutxi'a Ilédade simplel -Eu sou ruuito religiosa, diz uma. se- m~ 88r'i,&; tinhil nt~tdo n~a t al • nhora. muito el:peditn è bastante desen- ·i.tmn que em vo1ta dela kavia uma a . ~ gonçnda. E m06t:ra algumns medruhna la de vencro.çiio. que tra~ escondidas clal:;n.ix:o dc seus minO pr6prio velho soldado bO tiuha deixa· guados panos e as tin{!;e com os IabiOR do prender pela sua influ~ncia. Nuncr. prnsgnejava nent jnravll déaute dela. A piepernuos de rubro sanguo ... pinlado. Entretant?, niio vae a. MiSSR, niio se do..a orfà le\'ava-o nté. n r.ezar, o que ele confessa, nào snbe o que sojli a Enea.rie- ju niio fazia bavia muito tempo. tia, a oraçiio, e ncha quo o divorcio é urna Um dia que ele passou poi· diante de bela instituiQio de moral 1,moial. Uma dos- urna igreja niio sei qué sec1·om inspiraçio, sa.s teni seu marido portas da morte, o lovou a entrar. <-ercaào do todo o confor to e carinho da Esteve a.joelhado a um (muto o ia a fafn.milia, 1,er o sinal d11. cruz quando 06 sous olhos E' um born homem, honcsto, ostima- depa1-am com umm oroança que est,a.va. do, rnas vai morrcr. E' quostiio de pou- ajoelbada o rocolhida. perto do a lta.r, ~ cos dias. mo que em extMe. Repar a. e roconhece a. Um nmigo, crente e piedoso lembra. ao i;ua filha. lmagimi quo ela esta a pedir enfermo a n<>cessidado dq s~ preparni a Deus a sua oonversao pois eia lhe d u;para a grn.nde viagem, (ltle mande cha- ser!l tanta.,; Toz.es qu o ~e:ra esse um doe • • • mar um 1,acc1·dote que lhe d.:ì o passll- oliJcctos das suas oraçocs. E's COD\'idodo para um enterro. Pe&- porte da mistoriosa tra:\>assia. Cmn l;igrima lhe salta d<>s olbos e lhe A 1>ropost-a é nceite pelo doente niio corre :io ]on~o da.s f11;ces. soas que. nfio pertencel?' a_ familia do d!rnnto f1cam fo:a da 1greJa, como se w de bom grado mas com to<lo O fervor. Esta lagr1ma é eficaz e decide a sue Um sacerdote dos arredore~ de l'l\-1 nuo fOSBem catohroe. Tu, ientras e r&- , A esposa catolica. s6 dè medalhas O O volta para Deus. Algum tempo depoia, r is, que bnvia muiios anos baviu zas. pel~. defunto. No camin_ho do cemi- joven fi lho 'livro pcnsador, porem, opoem-j na Quaresmn.,. o velho militar, completa'd ' 1A:n o _sa;o cap,azes de to d»,,er ; porque , se tenazmente O niio COlL~entem que ein monte convort1do, comungava. ao lado da ench 1 o a sua paroquia de ol,1·n;, de n~o f1ca&te comnosc?? E tu aJuntaras: sua casa entro O sacerdote. suà filhinba.. E oomo no sair da igreja, zélo, en,•a.rregado do catecicimo clos F11:eate mal em fic~r _na. run. Niio é E a. ultima vontade de um moribun- nlguns dos seus antigas camarudns o olhns· rapazes da primeira Comun hao. i11,- assi~ quo faz nm cri5iao. do querido é lud.ibriada em nome s&m ndmfrados disse-lbes a.s.sim: (tvocèE pòz-,,e a ohrigaçilo no ano anteriol .-\1 esta outro t1cto do coragem. piedade filia.1 e da dedicnçiio de urna. san- uito esperavam isto duro velho de antide niio deixar nenhmna reuniào de • • • ta espO'la I... gn, ma.s que querem? :Niio se pode resi.&0 saoordote, portndor clas oonsolaçoes tir ~ osta san_tinh~. Ela oonverteria. <? deca.tecismo i,em falar tis creançnti rìe Hn uma procis~ao do Santissimo nn eternas, enviado de Deus, niio pode apro- m6mo se ele pudesse sor_ oonvert1do11. D eus presentf' na Eucu risti a. CollJ,'- paroquia; talvez O Sagrado Viatico a um ximar o ouvido dos la.bios febris d8li5a E l\f estn o que pòde a J>Jedade. ça sempre cada reuniao pelo 1-elatu enfermo. pobre ovelhn quo morre, niio pode esten----...o----de algum facto eucaristico, alguni Qun.nta& pe&.'<Oa.5 niio seguem No,~o der sobre aquela alma, n desprender-se1 ·i Senhor e ficnm onde estavam, rindo, da. vida, a miio sagrada que absolve. mi a~re, episodio clR. v i<la de u-1,;t!•n conversando, talvez dizendo inconvenienEm troca 1 no outrQ dia, a frante do Por causa de Jesus santo, exempl o de dévo('ao para (·Om cias? ooche ou do nco~npnnhmnento funebre), o Santi~,imo Sacrnmt>nto. Nnlp;uma9 terras foì fo~·oso i:;uspen- la vae o S8,C'Crdote a quem be fechara a 1'razes os olhos vermelhos e, com cerVeio o dia da primeira. C'oiun- der esc,n.s proc.issoe'I. Noutras, npf'ntlh porta, inumeros os car1·os e ooroas de flo- teza, obor1 te I. .. nhao. N ada de notavel até al1· na umas de?.enns de pes~oa..c; fazem corlejo res, longa, Jonguissima n fila da..'I pessoa.-, - E' vorda<l(', rn:imii. a ~fosso Senhor: siio o, vRlt>ntes. Pois quo seguom, oentos, ntrnz do corpo inn. - Entào fo,,te ~lletigaclo 11a uula.? atitucle d:is crean~as. MM ml ma- hem. ~e Lu mais 11111 nimado. - ~fio, mamii. Bem sabo quo eu tenbo-' n h a do grande din, qut\11110 as creanOut ro actn rle C'orn,zen1. Na. Missa do setimo dia, as 9 hor1111 hoas notaa e quo o prof~or nuuca. me ~as voltovam da Sn.uta. Mèsa para • • • talvez o templo cheio e mais c.heias a.in- castiga.. - Entiio, (or a.m os teus companheiro.!!, os 8eus ba.ucos. levando O Deus de dt:. as lista$ em que assignaram presenque ,te bat,,ran~? _ ..1 ì d ' rm dos te110 V1·s1·nh0$ d1·z .· Amanh' tes e ... ausentes ! • amor uenno e sPus pe1tos, o bo111 (Domingo), '-' , "' - fainhom nao. mnma as oito, ,•amo!' cl.Ar nm lin-io Niio 11;0,to tle ·bulbns. sacerd ote ficou admirado ,iAta do passeio que c11 tenho projcct1tdo. Se niio, - Entiio .. tens de me contar tu a raporte clos comungantes, penetrano~ vamos n nmn partidn. de foot-booi ou a ziio porque choi-aste. · dum verdadeiro recolhimento e to- cuca. - Pois aj.m, mamii, j:i qne o deseja. dos entreirues ao pensamento da sua Nao. A ecasa hora 11ito You (r espondC's o eu niio touho nunCA s••grcdos para a tul, s6 dt>poi!. de MiSba a que nio fo lfelicidad(', caminhavam com nma taria. por nndn. , mami. Foi u..,..,im: naode:;lia que nada c.onseguia disNiio é justo que emqannto J esus peodia. perguntaram: n uma ra- . No fim _dn aula passoi d(ante ~"'- ~grc tra.ir e, _de volta aoi1 8eus logarel!, sa. em mim o <:e oferece em !\acrificio por panµ-uin h a O que eia fnzia par& J~ o_ 011tré1 par~ ~n.zer a m1nhA vIB1hnhamim, eu m1, mostre tìio pouco grato a.o d ,., d1ar1a. no Santib.!!1mo Sn.cram!!'nto. permo.neciam merg-nlhados numa seu o.mor. E' urna obrigaçiio ser iil>!>in,a H~Tac1ar u.o S agrac1o oraçi.-io o .meEra quasi noite... S9 a lampada guinfervorosa acçao de grai:as. a quo n ifo faltm·emos sem pecar grave- n1no J esuc3. va os mous pnssos. .A igruJn ostavi,\, deN unca, em toda a duraçao de selt mente, a. niio ser que umo grande difi- B rinco com 1w1a, rlae m inhas I $0rla e esta sol idiio apertav~me o oo-compunheiras de que n.u.ò gosto 8 ra.çiio... Pobro Jei:u~ I B' necl'~s&rio que· ministerJp sacerdotal, ('le tinha sido culclade a i"l!O obste. O11tro n~to di' coragell'l. . d ] Ele nos tenha mu1tc ntt1or pnra se contestem,rnba cluma tal acçao de graprocuro ser-lh e mmto agra ave, denor ~im ao abandono , indiferen• • • respondeu a crean~a. qa, 80 desproso :. .. 1 ' ças nas oreanças. Qua.nclo vou a o mercado, · vejo No Céu_ tem Ele ~ma oè,rte .. brilhon~e E foi tao profundo o seu espanto Ha tempos qn<-' ;i. minha alma ntnbuqu e se èSf:l_U.éceu de dar 08 h abituaes lacla, r!l,Sgadn pelo remo1·so, sente foroe , ir uctas m ui to ten ta.<l6ras, mas pa.s-1 e honras 1ncomparliv01s e E le nao é n11us. de Deus, a necessid~e de se rooo~cilia.r so deante delas sem ol bflr e llao di- belo, no Céu quo no Taborn'-culo. a:visos pnrl\ as crea.n.ças se levanta- com Ele e de se sentir na. sua. Am1z11de. _ E o mesmo J osus, o meamo De\ls, ror em ou Aentar'em, send o necessario Em volta, por igtlo:ra.noia, po?' flllta go mnmn; que as compre. dondo la ero Cil!)a de anjos o de -bdmi.de habilo. o ",,.:,.. ; ' Outra da esta respoi;tn, , nt urado e nqut contenta-M com aa adoque out-ro colega o advertisse. - ~ a igrejo nem uma vez s6 vol- t aç~es de uma pob:re crea~Qk co~o eu 1.,. Verificou mais qu e esta. atitude pregnr todos 05 esforços, pare. me afastar do meu dever. , t b d E forçoso que E le 98Ja murto bom, recolh i da o mod esta p ersever o u nos Mas eo sou Jh,re, senhor da ndnhii O a ca eça,, mes~o qtt a u O quer o mo.mii, para .so con tent ar oom tao pou.· dias seguintes nessas cr eanci nh as con~ciencin1 responsaveJ pelos mens actos. s~he;r i;e ésfa mu1tu ~onte. O m eu co I. .. E o meu cor nçii.o de cr e.n nç!'- e~palbou quando estavam em pres~nça do Sn- Promp~. ~ui e CÌepo1s_ d_nque1a salu- l10 deu-me u m paèote de reb uçados to.r hum1lh~a.o da Confo,sao aacram<'n- e cu, em vez dP 08 comer reparti-os todos os soua perfumes de inocen-,ia ,e de crari(). tal sinto que Do>us me deu o abraço da I · · - ' oraçao a seus pés e eu chDNi por JeU m porle t ao perfeito tinha cer- recondlinçil'.o e ca dentro urna alma no- com 08 meus <ois. irlnaos. . aua, oferecendo-lhe as mi uhn.s lagrimas coUma bordarloraz1nh a de 01to a noe mo uma roparo.çiio a todas o.a suas hutamente origem n u ma f~ sincera e va, c.heia de no,•as ener11;inr, Outro àoto dè coragem. . con\. 1 ,, ,m o olha r brilh a,n ~: milhaç-?es e a t odo.s_ os sous sacrificios. p ratica na presençn r eal , e o pied o- A minh a conjpauhei:ra t inha - F1z be1p 1 ma'llln.?, so 8acerclote atribue a.s bençaos de . E qu:i.nto~ outros iemos en<ieJo de pr atieni:, todos os ùias !... . b . d O b' d . h o- lh8 A miie é6tn.va demasiado comovida para aeu minil:1terio ao costume de chamar Nao (lsquecnmos aquela. torr1vel J;f('n- que ra O _ico a m rn. a ao u ao poder reBpç>nder. Contenton·se, llois, em apertar o sou fillùnho contra o coraçiio a atençiio do seu auditorio, em cnda tença de N. Senhor no Eva.ngalho : «quem fazer um no com a h n h a . Niio disse nada a ~1in guem e tra- e em Jevantar òS olhos ao céu par a agra,. reuniao de catecismo, para o Santis- se tn'!!ervonktir de mJim eu me en'IJtrgo-, nharl'I d elle ... ,, balhei com a agulha sem bico. decer a Deus o ier-lhe confi ado um tal te-simo Sacr1,1roento. -· • O------..a. Era D11ìito d ificil, iinha vonta d e souro. Qua n t o b em se fa.zia se e8te exem d e ch or a r ... --.==::.....:..::..::..- -......;~..::__ _ _, plo fosée seguid o ! A a.gu a que cae n o8so p atio de recr eio é cob ergota a gota aca.ba. por p er furar uma l Abrigo para os doentes Peregrinos pedra.. A m esma v erd a de, freque n te.. de F4tima to por u m a arvore b nix a carregada. O que é a Missa de b el os fru ctos. Quando a s r apar i m en te r ecordada por uma pa.lavra , A. um missionario esgotado de fa.di ga& 5. 7659 05 g u inhas sa em da aula , dizem umas um simple8 episodio, s e g ravarti Transporte e que Jl\al ee tjnha de pé d~ uma pes10,00 4s outras: bem n a s alma.e. I noceno10 ~e J esus soe. amiga: . . D . Estaf'anJB Mendes 10100 Qu e s e aprove1tem , pois, todas a 8 U?Da anonima - E sta a rvore é a das mortifica- Se o medico conheooese o vosso es20$00 20,00 çoes- Niio lhe toqu em os para a g ra- t.a.do, lhe proibirla.. de certo d i110r Hieocasioes para chamar a ~ten çao d as I Albin? Eduar d.o Maeieira SL 10,00 d a r ao So.grado Coraça o de J e su 8. creanças , sempre tao buhçosas e d e,.I Anonima d? L1sb6a - A I ureplicou o sacerdote), N o me2f50 ...tenta.11, para D eu s que vive, Arnaldo Mtller F, todas siio ii~is 6. ordem, mesmo d ico aoubesse o que é uma MÌBlla, oomo1.887•55 os g arotos d e cinco anos . el& me exhortn.rja a di.ze..la I t.as ve ze8 deeconhecido, entre n6s.

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L e ir1a, 13 de J-ul.ho

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llir,,to,, Proprietario e Editor : - Dr. Manuel Marques dos .Santos Cn11Joosto e i,no,esso na UniAo Grafica, ftua dt Santa Marta, 150-152 - Llsboa.

Na ·Santa Man tanha de 'Féti ma

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EOLÈ SIASTIOA]

Adminiatrador: Padre Manu el Pereira Redacç/Jo e Adrnlnistraçiio: Sem i né.ri o de Lelrta.

da Silva

los soluços e suspiros nbafaòos da multi- de que c;o realiza.v-a com o maior esplendiio. dor nn iweja pnroquiaJ em honra do gloIi'eiti\ n exp06içiio soleno do Santissimo, rioso filho do Serafim de Assfs, o conMons. Vieira lè a Conso.graçiio da Viga.- curso de peregrinos à Co\·n. da I ria excernria a Nossa Senhora . dou toda n. expectatìvo. e a prime1ra im0 Senhor Bispo da em seguirla a Ben- pres.qii.o e.le quem chegn.v-a à.s imedinçoes çào gornl com o Santissimo, que é reco- do suntuario era a que se oostumn. experibidn de joelhos e nnm grande recolhimen- mentnr nos dins de grande peregrinaçiio to por todos os present.es. nncional. Organiza-se por fim a proci~ para. Na vé.ipera à tarde é ja a muito rusto reconduzir a lmngem de NOtiSa Senhora à que !>O circula na estrada di;;trital entre Be la e oportuna in lciatlva - Torres A multidiio d~rante o percurso rezou o <·apola dus Apnriçòes. O corwjo, grandio- a igrejn. paroqutal e o logar das apnriNovas em Fittma - Orandiosa pro- terço do ~ostir10 e cnntou os ve~ rlo. so O imponente, sobe à. estrada e riesce çòos. Veiculos de tòda a eepécie proc6clssl o regional - Missa e prlitica do ciì.ntico V1rgem Pura_, c,rntundo por f1m o pela Avenicla. Centrai, produzindo um dontes da'! mais distantes regioes do pafs, Sr. Bispo de Leiria - A primeira uSalvé, . nobre P ndroe1ra I» efeito surprocndente, de encnnt.o e boleza. ocupa.m, t>m numer o de muitas centenns, missa cantada - Bençio dos doenAs d1versas I rmandu.d8l! ~mam os o;(.'US irwompar1ivel. talvez milharee, a longa fila branca da tes, sermio e procissi o, lognree em volta dQ Pnv1 lh1;1,o _e os doe~Junto do padrii.o còmemorativo doa apa.- òstrncfa e os terrenos adjncentes. tes, ns cr1anças e ns a&;oc1açoes ~emrn1- riçòes, 06 peregrinos rezam pelo Senhor A c·ada momento chogam pcrogrinnçòea Bispo de Loiria, pela Patrio., pelos doen- ou grup~ de poregrinos mais 011 menos No Domingo, tres do Junho pr6x1mo nns sentam-se n'.1s bancadna do ~ocrnto. Segue-se a. missa. da Comunhiio geral, t01, 0 pt'la Vigar aria, cantam oorn ternura 1111merosos. findo, a. Vigararia. de Torroo Novns, como muit,o bom disse o nosso presado colega quo é colebrada pelo Senhor D. J?5é Al- 0 .tdru.~ ti Virgem e I\S qunt:.ro borss e I A procissii.o dna ,elas, quo c.,omeça a oruO A.lmonda», semanario cat6Jico daque- ves Correin da Silvn, venerando B1spo de meio. inic1am a d1spersao, dMpedindo-so n gnni?'..ùl'-l;O às dc.z horas, é a. mais bela cm1to dnquele logo.r bemdito, levando con- e u mais ordenadn di' t<id(ls as que se la importante vila estremenha, «escreveu Leirin. Duritnl.e n missa, o rev.do dr. Marqnes sigo infindns saudndos e rooordl\l,'ÒOll in- tocm efed11ado em Fatima. uma das pagiuas mais brilhnntes da sua dos Santos rcza em voz alta o terço alhist6ria religiosau. Por iniciativa. do Conselh o PnrticuJar tornadamente com a nssiUìncia.. Fnz..se ded86 Conferencias do S. Vicente de Paulo pois a prepnrnçiio parn. a C'omunhào. O Seuhor Bispo fnz uma pratico. de e com o seu vnlioso concurso, o clero da respectiva cirounscriçiio eclesiastica. pro- afcrvorumento. E' o seu cornçiio de Pa&moveu urna peregrinaçào regional ao San- tor ama.ntissimo que faln, trnnsborùando tuario de Fatima, corno remate e coroa de pieda.do, confiançn. e roconhecin:i":uto dos picd0608 exeroici06 com que o tiom para com Jesus, Rei do Amor e V1tuna povo portugues costuma. honrar a. Virgt'm do oxpinçiio, e Maria Reparaùora, augueSantissima durante o mel! do l\fnio, &.pe- tn Pndroeira. de :Portugal. O ilustre Prelado e m11,is cinc<o sa.cerd<>cialmente dedica.do ao seu culto. No. véspera. à tarde e durante a noite, tes distribuem o Pii.o d06 Anjos o. cérca 11,-pesar-da chuva torroncinl que começou de duas mii pessoas. Termi onda a missa o Senhor Bispo reza a cair pouco depois do sol posto e a.penne ceb.',;011 com o raiar da madrugada., eram oom o,, fléil; cinco Av1.,..Mnrias por Sua muitoe 06 peregrinos quo a. pé ou em car- Eminencio. o Senhor Cardial Patrinrco. de ros dci,cobertos, de todos os feitios e ta- Lisboa D. Ant6nio Mend~ Bolo, pelo Sema uh06, se dirigia.m para a Cova da Iria. nhor D. Manuel Gonçruv~ Cerejeira, A.rO movimento nao pnr81!ia inferior no cebispo eleito, ora sagr_ado, de Mitil~e, dos dias treze de maior conoorréncia, à pelas familins d06 pereg1rnos e pela. Viga,.. raria de Torres Nova..,. excopçò:o de Ma.io e Outuhro. O rov.do J oào Nunee Ferreira., paroco O ponto de reuniiio prèvinmente mnroa.do p'a ra ns Irmanclu.des, Confra.rias e as- da freguezia. de S. Pedro e o.Ima da_ peresociaçòee de piedaòe era. junto dum largo gri naçii.o, reza com o povo 88 oraçoes de reservntorio de agull das chuvns, que tem ncçiio de grnças. o nome de Lagoa. da. Ca.rreira. e que fica A umo. hom e meia, depois de condnzia mon06 de meio caminho entro a. igreja. da. n. Imagem da. Virgem da. c~pela. dea da freg\lezia e o locai das apnr içòes. Até apnriçoes parn a capela das m1~, no esse loca.I, em todo o percurso, varios pos- meio do a.cenar dos lenç.>s e dos viva.e e B e n çlo aos doentes ( M elo d e 192 7) tes, coloca.dos na margem direita. da estra- palm.na da multidiio, pr incipia a. mi~ da e encimndos por taboletns, indica.varo solane. Dem canta,.Ja Mons. Ma_nuel V1e1I mp rim!.'-lhe urna feiçiio u11pociol e ooonde se devia. juntar o povo de cada. fre- ra, ilustre Vigario da Vnr9:, director da deléveis daquèlas boma felizee po.s.911Òas guezia. com o seu parooo e na suna corpo- Peregrinaçao, qu e por motivi? de sa.ude aos p&.1 da l\!iie de Deus no seu sa ntuario m uniea,.lhe nma graça e um encn nto extr,tol'dinario a preseuça de tantaa pereraçòes religiosns. preclileto. se viu força.do a celebra-la mo.18 cedo. Às de2 horas, a proci!l8lilo, orga niza.da. com E nssim se realizou a uspiciosn.mente, gri na~oes, com as sull6 confrarins, a.s snaa Acolitam à missa. os rev.dos J osé .Ano mais rigoroso método, principion a des- t6nio da. Silvn, piirooo de 8. Tiag~, e J oa,. com a proteçiio e as bençios de Maria ns.c;o:-iaçòes de piedade, os 88118 estandnrfilar. Sant(ssima - penhor seguro do nbunda.n- tes e RObrot udo com as euaa precee e oe quim Alberto, pliroco da Br6~e1ra. c8.nticos com a sua fé viva. e com a I nna.nd.ades, Oonfrarias, .A8SOC1açòes de A'-sistem ao venerando Prel~o os ~v,~ tee frut<>11 espirituais,- a primeira pereFilhas de lia.ria., Servas do Nossa Senh o- Mons. Manuel Vieiro. e A;nt6n10 de Olivei- grinnçii-0 rogional portugueza no S8l'ltuario sua piednde 'echfica.nte. Seguindo o itinerario do c.-Ot1tume, o forra do Rosario, Colégi06, Asilos e outrn.s ra. a.ntigo Viga.rio e pn or de 8. Seba&- Nn.cionoJ de Fatima. moi.iRtlimo cortejo, <·u ja. vista faz brotar de instituÌQÒt'e semelhantes formavrun duas tiiio da Pedreira, em Lisboa. alas longas, intenni navei!, que so enenO rev.do Gomes Loureiro, on.pela.o da O glorioso taumaturgo portugués - muito.~ olhos lagrimas de fundo. comoçao, diam a perder de vista. Santa. Oasa. da Miseric6rdia e represenDevoçlo popular ao {lustre frtho da desfila lentamente paesa.ndo euoeseivnmenAo centro, flutuava.m ero grande nume- tante do rev .do paroco. d,a ~ lega, Mo~. Ordem Scriflca - Prlmefras véspe- to din.nte dos olhos ma.ravilhndoe dos a.sro g uiòee, bande iras e estandnrtee, r ujas Qu inteln dirige a.s cenmomns. ras - Proclssllo das vclas - Adora- sist.ent.es, entre outras peregrtn o~, 88 cores f aziam um pe-ndant en('ll,nta.dor com Cnnto~...se n. missa dos Anjos e o Credo çllo nocturna - Alocu ç6es e prcces. de Cru;telo de Anciao, Alvorninha, A.zoia. a graciosa policromia dSB capaa, azues, ver- de Lourdes. de Leiria, l<'erreira do Z~zere, Alvados e dea, branca.s, roxna e encnmaòas. C'ondl.'ixn. Treze de J unho é o dia. oonsagraòo perev .do .A.nt6nio de Oliveira_ &0be ao 0 No couoe da procissao scguiam milh1t- pulpito Sobrosnern, atraindo sobre elas, dum e deixa. falar o sou coraçao _de sa-- la l grejn. à. comemor açào solone universaJ Nlll de pessoos, de ambos oe sexos e de torerdote a.bra.za.do em zelo da salvaçao das dum dos sa.ntoe mais popularee do n~iò'.- modo pnrt.iculnr, a atcnçilo de todos, a. das a.s idndee e condiçoes eooia.i,, deixa n- o.lmne comovendo profundnmente o a ud 1- 16gio eclesiastico: Santo Antonio de Lis.- 1><-rl'grinnçiio de Maeeira com cérca de do atr aa de si um mn.r imenso de vetcumii pessoos - a. freguezia em peM, corno boa. los de toda. a espéci-e, principalmen te nu- t6rio.' A populaçii.o do distrito de Loiria e so- ilizin. o respoctivo pa.roco, nntigo capf'lii-0 O Sonhor Bispo de Leiria da a. be nçiio torn6veis e camionet te,. bretudo n. de Fatima, que o e6Colhou para volu ntario do Cl. E. P ., - o n peregnnaQuando o grande e magestoeo cor tejo, nos do~ntee, que eram bMtante numer~ , seu P adrO<'iro teem para c-om o gran de çiio dn. C'oncoiçiio Velhn, de Lisbo11, que 1 tendo penetra.do nos domfnios do Snnt '!lé.,. sendo cinco de gravidaòe. Mons. Vfe1ra tanmaturgo uma devoçii.o acrisolnd a., gu ar- oompreendia mais de trezentlls pessoas. rio, descen a Avenida. Centrn.l, o especta.- leva a um beln . AB in v<>Clll,'008 impressio- dando o dia do. sua fest11. nnual corno se A urna hora. da. m ndrugada, apngndns 'fortemente. V eem-se litgrimaa em na.m culo qne se desfrutava dM ooli nBB adj a,. 1U1 velas e desvanecidDe oe derradeiroe ecoe foro. nm d ia santo de precerto. centes era gra.n.clioeo, soberbo, empolgan- mu itos olhoe. O sil~ncio é profundo e a.pe<In. prooiseiio nocturna, inida,.9e o primeiP ')r &6f, motin e a.-'>88!Lr· la ~.ivida.n~ -,--tntio rwlm1_ ~1~Ecll6 ~mel'.t es e p '-

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V~7.: da Fatima

ro turno de adoraçio. Reza o ter('O oom o povo e préga enternecidamente wbre o amor o a reparaçào clev1dos a Jcsus~H6stfa o rev.do Joao Nunes Ferreira, capeliio d0s servitas de Torres Nova.a. Ao eegundo turno, privatiro da peregnnaçii-0 do Maceira, preside, no impedimento do respoctivo pal'ooo, um piedoso sacerdote quo reza tambtSm o terço alternadamente com OB fiéie e fala com unçito sobre a Divina.-Eucaristia.

ordem 1,iio :i~ egurados pela força fisica do quc Il <lt>teutora a autol'idade publica. 'ferminnda a mis.sa., da-se a bençiio aos d~tes, fazondo-68 entretanto as invoca,. çoos de Lourdes. Qi.ntado o Tantum ergo e dnòa a bençiio gora.I, o rev. 0 Jooé Alexandre {;w,im1ro, pa.roco de Maooira, sobe a.o pulpito e préga um sermiio aproprindo l\10 dia e a.o loca.I. DèpOis do 88rmiio organir;a..,.se de novo o oortejo que <,,onduz a Imagem de N06Sa Senhora ao padriio comemorativo da.a apariçoes. Outra vez se ou.v~m vivas e palma.s, outra. vez a multidao aoena com '0s lençOB, despedindo-se da Rafnha do Céu, al{ repreeontada n& sua veneranda Imagem. E os olh06 doo peregrinos, dos va-lidos corno dos doentos, toi:nam & mareja.r,..so de lap;rimas e a oom.oçao invade RCgunda rnz as almaa e os coraçoes de tod<>& 08 presentès. Por entre a multidiio corre a. fama. de numOt'0<',88 curas opera.das nos ultimos tempos. E' urna quasi octc.gonaria, de nome M11,, ria du. Conoeiçlio Pires, desengana'dn. do médioo assistente, que lbe dava ap1mus algumll6 horll6 de vida e que com grande surpreza. a. ve curada. de repente. \' eio em aoçii.o de graça.s com a reregl'inaçiio de Condoixa, que trou.xe a i~atima ma.i1:, de cero pessoas ero camion& e camionette,. E' umo. mulher de Tra~Mont.es que, tendo vindo a. Fatima no dia. treze de Ma.io pedir a Nossa. Senhor& 11, curu dum cancro o de que sofria tendo-se sentido muito mal a ponto dc se pen..<tar em interna-la num hospital por hiio p0<for regN'S-

Ae pereJri naçi5es organisadas - A vida r eligiosa dos santulirios - Missas e Comunhi5es - A nobre tarefa dos aervitas - O exame médico dos doe ntes - A devoçio fervorosa dos fiéis.

zarro fora objecto d nrua graça e..draordinnl'Ìa por ocasiiio da ultima peregrinaçiio o. Fatima. Procuramos alguém da Ex.m• Familia. quo nos elucidasse acorca. do que havia., Por felicidodo encontré.mos a propria rniie do. criancinha, a Ex.m& Senhora D. Maria da Oonoeiçiio Pizarro de Sampa.io e Molo que, radiruite, cheia da.quelli alegria. que a.s mii.es sentem com a. felicidade dos 88US filhos, nos oontou pormenorisadamente o sucedioo. A manina Maria Isa.bel nasceu oompletameute cega. do olho esquerdo e o direito tinha o nervo optioo atrofiado oom uma grande miopia, de forma que s6 via muito confusamente e mosmo para isso era necessario colocar-lhe os objoctoe a uma dista.noia. nada superior a 20 centfmetr06. Para além desta distancia nada via. Os pais recorre ra.m imedia.tamente à. sciencra e fizoram tudo o que est&va no seu poder para <-ura.rem a filhinha.. Balda.d<>s esfo1'Q08. Mas a Senhora. D. Maria. da Conceiçiio, dotada de sentimontos profund&mente piedosos, ra;oh•eu apeln.r, com o fervor que s6 o amor materno sabe inspirar, para o poder da Màe do Céu. Na. peregrinaçiio de 13 de Ma.io, entro o.s humildes doente.s que iam pedir & Nossa Senhom de Fatima. remédio para os sous ma.les, seguia a mii.e com a <',riancinha oega. nos braços. Lavou-lho oa olhos com é.gua. de Fatima, in.screveu a doentinha. no registo dos doentes, foi com eia para o recinto res. poctivo.

Depoia dum curto interva,lo de necessa-rio ropouso, os sacerdotes inscritos no livro de rogisto do Santuario viio celebrando, uns ap6s outros, o santo sacriffoio da Mìs.,a no altar-mor e nos altares laterais da . Oapela. nova. AB poregrinaçòes organizadas, que ja-ma.is roram tao numerosas corno neste dia, poem umo. nota'. de piedade bem viva e bem funda. em todos os actOG oolectivos. A vide. religi06& dos santuarios nunca atingiu corno hoje um gra.u tiio eleva,. do do intensidnòe e de fervor. AB preoes e os t'iìnticos, a. assistt\ncia às Missas, n.s comunhéies numer~i86imas, o silenc10, o recolbimento, a. ausencia de respeitos humanos, a oxclusiio de todos os elementos profanos quo cn.racterizam as romarias tradicionais, tudo, emfim, nos inspira a consolndora certeza de que o n0660 bom povo oompreonde a. razao de ser da Lour- 1. dee portuguesa e o verdadeiro oara.ctor das peregriuaçòes a.o santuario mnximo dn. Patria., erigido no seu oornçao em honra e <lesa.gravo de Jesus, Vitima de amor 1 na H6stia Santa., por sua augusta Mie, Ma.rin. Santfssima Repara.dora. Os sen·os e as servas de Nossa Senhora do Rosario rivalizam em dedi~o para com as vitimas de téìdas as misérill6 fisicas quo ali foram implorar daquelo. a quom a lgreja, cha.ma na La.dainha Lauretana o. Saude dos enformos, a cura dos sous maJes ou a pnciencia e a. rtsignaçiio pnrn. os que oofr&rem 1 0111 mérilo,, pnra o Céu. No P0t1to das verifica.çòe. médicas silo examinudos nlguns centòs de doenies. Pou<'o a po11co1 o respectivo Pavilhiio va, recebcndo os &e118 h6spedes, sobre os qua.ir a Miie de Dous voJvo do nito do seu trono um olhar de oompaixiio e ternura e quo Jcsus-H6stia a breve trecho vai encher <lo conf6rto e por ventura alivi&r ou curar na. su~ p~g~m oomo Deus de bon- , M iss a dos doe nt•• (Out ubr o d e 192 7) dado, do mJSenc6rdia. e de amor. E de t6da., aquelas almaa, cheias de oon. fiança om J88Ull e Maria, parece despron- sar à sua terra, é. cura.da. JUstnntaneaNa volta a. Lisboa. verificou .quo a. O&der-se, oooa.r por toda a terra. e subi r piv j me_nte durante a v1agem a.o passar por gueira tinba. desapa.recido, quo su~ filha ra. sa a.lturas um brado, uni.sono, vee- Co1mbra, achando-se agora COll' pli,taruen- ja via I Ca.lcula.-se a. enorme alegna. que reina nn. cru;a do n0680 querido a.mi go sr. mente, formida.vol, um canticp de tri un- te be , m. . . fo, um hino de vit6ria: Regnet Re.q; ReE urna mulher de V1la. ùo Conde, t~- dr . Pernando Pizarro. A. eia nos 8880Cta.1 gum r Regnet Regina Rosa.rii/_ Reine O berculosa, quo é6teve em Fat 111~ n~ dia m<>:' gostosamen\e, _felicit;a.ndo ~ ditoeio6 Rei dos Reis f Reine a Ra.inha do ROiia- treze do Ma.io e gue pesso.is f1ded1g~as Pa.1s e ~ n. su~ ilustre F'!-°1ilia. · I afirmam niio ·er ja. 08 ·1envre'1 ve.~tig1os A men1na. Maria Isa.bel ve claramente rio da. sua antiga ,to-:nça. dos dois oUros1 - desapareceu do esquerdo A primelra proclsslo _ A missa ofl- E' urna men inn. de Viana. do Castelo, o t umor , cata.rata. ou o que era - a meclal - Be nçlo dos doe ntes _ As in- gravemo11 te enferma., que 88 cur9: do s1\- dicina. niio ~iagn~tico~ com ~gurança-e vocaç&es de Lourdes _ o serml o _ bito depoia dc o pa.i tor prometi<lo con- embora. n. vtsào nao seJa mmto f~rte, d~nA ultima proclsslo - As curas ma- ve~r-se e dar um conto de réis para. a.a tro de trea meses, dir.ero os médioos, sera raviJhosas. obras e culto do santuario de Fatima, 88 intoira.mente normai. . _ I E ja quo fa.lrunos em méd1cos,. devemos a filbo. se curasse. E' o filho duro conhecido proprietario ~ reecenta.r o modo oomo aprec1a.m esta Po-uco antos do meio-dia solar reaJiza.. -se a procissiio da l magem de Noesa ~ dum importante estabelecimento ind us- cura oxtrnordinaria.: t r ata.-se du~ caso nhora do RA>sario da ca.pela d1111 a.pariçoes t r ial de Lisboa que sofrendo lia m\\,ito a.norma.I, di880 um, porque a cegueira pa,. tempo duma doença' do apar elho auditi- ' recia incuravel. . para a capo14 dea Miaas. - Se toro aqui est&c!o com a sua ~lha A multidlio que osta prostra.da em volta vo, se curou, rt'OOI'relldo a. Nossa Senhora do Pavilbà-0 doe doentes e que é numerosa de Fatima, quando estava para. se su- ant~ de 1r p~ Fatu~a, e eu a Vl.6118 a.gora, oonverl1a.-me, af1nnou out:ro. e compacta. oomo nunca a.ola.ma a. Vir- bmeter a uma melindrosa. opera.çio. E' finalmente... Mas preferimos daJ."" a. N6s dizom06 o ~inte: a men:1na niio gcm representads. n& sua veneranda Imaiem' quo é oondu.zida aos ombros dos ser- palavra. ao nosso presa.do oolega o diario via qus.n_do ~ leva ram para. Fé.tuna; no vitBB por entro alas de povo e sob urna cat6lico da. <'&.pital ccNovidadesn, que no regresso Ja vta. Tem soia m~ee de idado e os médi008 chuvn in0068a.nte de flores. Quando na 88r- seu numero de 31 de Maio ul~imo, sob_ a. vas de Nossa. Senhora do Rosa.rio, quo epfgrafe. «Uma cmr& extraordinar1an, rn- reput:ivam-n& mcui:avel. . F.' tudo o é mmto, muguém o poderé. oonstituem a. sua guarda de honra, a.sso- seriu o interessante e oomovente r elato ma.m a.o limiar do Pavilhao, milha.res de quo a. ooguir transcrevemos n a Integra. contostaru. Jenços saud&m a Ra{nha d!> Céu e por to- com a devidn. vénia ccTinha.mos ouvido quo uma filhinha do do o va.sto anfiteatro da. Oova. da !ria. Vi~conde de Mon.tiilo ecoam o.s viva.a o as palmo.a quo estrugem nosso querido amigo sr. dr. Fernando Pi-

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nutridas e prolongadas. Cantado eo celebra Oredo, um sacerdoLe sobe ao alt.ar-mor a missa do,s doentes. Durante eia, reza-se o terço e cantam-68 alguns cantioos religiosos. A.judam à missa um ilustre oficie.l i;uperior do exército e um distintCssimo profet;Sor. Dir-66-ia que a Providencia, reunindo aH no a.ltar aoe pés de Deus repre,;ontantcs das tres maiores força.s quo existem sobre a terra.: a. graça, a acienoi11, e a disciplina, quia mostrar que a R~li1iiào o a instruçio, aimboli1:a.das pelo sacerdote e pelo professor, e so elas, produr.ero em larga esca.la. Os aeus ben6fi.cos efoi tOfl e fazom a. felicidade dum povo, quando os v{nculoe do respeito e da.

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Martire s dos nossos dias (Collfinuariio)

He roinas cristis 3.-EJU Vit6ria (G11anajato) foi martirisada a. presidente da.a Filhaa de Mari~. Ataram-na primeiro a um poste e depo1s oortaram-lhc os melJlbrOB a pouoo e pouco, coml.'ça.n.do pelos pée e por fim cortarn.m-lhe a lin1iua.

4.-I~rn Hnnjunpau de Leon urna. pro{essora, D. Juliana. Olazar, senhora de m11ita piedade comprou crucifuos para. os dar oomo lembrn.nça duma festa é.s suaa e.lunas. Distribuiu-os recop:iendando-lhes quo os pUZ('sSom ao peacoço e nunca os largnssem nern de dia nem de noite, mostrando-lhoo o que ola. tra.zia. desde

crea.nça como lembrançn. da. sua mie. Dep-0is tirou do bolso um crucifixo maior e colocando-o na parede dissi!: « Vamos ago_ ru. rezar o acto de Consagraçio a J esus Cristo Rei e pedir a. Deus pelo nosso Bispo que esta preso na oida.de oo Mexioou. Esta.vam todas no meio da.e suaa oraçoes quando de impr<.viso ouviram uma horrivel blasfemia e a. eeguir grandes panca.d11S na· porta quo logo arromba.ram. Pé.lidas, o espa.voridas as creanças nào sabiam por onde fugi r . «Mi nha Senhora, vii.o-no.-, prenderu exdamavam assustadaa e agarra.ndo-se aos 88U8 vestidos. Do7,e soldados comanda.dos por um oficial entra.ram a S8j1'uir na. eecol:a., e as crunhadaa apo.rtarar., as creanças da pr ofessore.. A scena foi a um tempo oomovedora e bruta!. Depois de a.rrancarem o crucifixo do pesooço de todas, a.tirara.mnos a.o chiio a.ssim corno é.quele que osta_ va dependurado da parede. Obrigaram as cria.nças a paasar sobre ele mas nsm urna. s6 lhes p6s os péa em cima. Vendo isto o comandante deu ordem aos solda.dos para que eles os pisassem a vista das creançns. A vista de semelhante desaca,to & pr6fessora. santamente indigna.da consoguiu desembaraçar-se d&s miQs dos que a. tinham presa. e metendo-ee entro oe cruoifixos e os solda.dos com energia. heroica disse-lhes : uPisai-me a. mim e maltrataLme corno guiserdes, mas niio toquoi& na imagem do meu Rei e Senhor crucifi'cadou. Nnquele instante o -0.ficial apontou-lhe o revolver caindo mprtalmento ferido. aquela. heroina. que daf a in&tantes morreu abra.çada a.o sen Jeans crucificado. 5.-René Capii.tram Garzu , organisador e a. alma da Ju-ventude Catoti~a Mezicana por ele fundada. ha. 18 anos foi de&terrado pelo governo satanico de Calles. E ' caso.do e tem um filhinho. Na. vespera do casamento disse a sua noiva: «Vou ser teu em breve, mas nem por isso deixarei de ser Capistra.m Garza, e com o nosso enlace niio torminara o meu dever de defender a& liberdades catolicas na minha. pa_ tria. "qiio oxtranhes portanto se algum dia te Lrouxorem o meu corpo a.gonisante, vitima de algum atentado contra a. Igrejau. Respondeu-lhe a noiva: uSim, compreendo-te perfeitaJ11ente e orgulho-me de ser tua corupanheira.. Se Nosso Senbor te pedir o sa~rificio da tua vida ero defesa da lgreja. Catolica, ca ostara a tua hnmilde esposa para te curar as feridas e enviarte de novo para a defesa da nossa. santa Religiiio.,, Capistran Garza niio desmentiu nunca esta atitude. Foi tido oomo im_ prudente no exercicio da sua admiravel actividnde e zelo. Por sua parte o governo tentou ganJ1n,.lo com as inais lisongeiras propostas. Capistro.n Garza repeliu-as todas com nobre altivez e pr ofondo deepreso. Aos que o acusavam de imprudente, respondeu com simplicida.de: uSe a Santa Igreja. me humilbar e espesinhar , a&siin mesmo hunulhado e eepesinhado a con_ tinua.rei a defender e a luta.r por ola até a morte». 6. No jor nal «El Siglo F ut urou le-se o seguinte: Uro grupo de soldados de Calles que a.ndavam cometendo <N!sacatos no Eatado de J aliseo, sob pr eterlo de sufocar a. revoluçiio, enoontraram um camponez, rs.paz dos seus 18 anos. M andara.m-lhe quo desse um c,Morrau a Cri-sto Rei para. pr ova r que niio era revolucionario. Ao ouvir estas palavras perturbou-ee e respondeu que por aer catolico nii.o podia proferir semelhante blasfemia.n - «Entio éa revolucionariou, lhe tornaram os eolda,dos. - «Niio, senhores, nao sou; nunca a ndei com eles, nem ninguem podera provar que eu o tenha sido; mas son catolico e niio posso renegar de Jesus Cristou. ,\ ta.ram-no entio a upt oamiào e obr igar n.mno a correr atraz dole. Pouco depois, corno ora nat,ural, o pobre rapaz era arTastado em virtnde da velocidade do veicu lo, e do corpo começou a correr s11.ngu0. Assiro foi: até a sua aldeia onde pa_ r ou o camiii•l. D88ceram os barbaros soldados de Calles insistindo com o ra.paz rnais uma vez pani que désse um «Viva,) a CaUes e 1tmorrau a Cristo Rei. O rapaz extenuado continuava a. dir,er: «Sou catolico. Viva. Cristo Rei,, Entio aquelaa feras hnmanas começaram a. espicaça.-lo com as bnionetas. Urna mulher que iato preaenceara. foi dar paTte a miie do rapar; do que se passava. Esta COJll.O louca vendo o filho naquele estado com um heroillmo cristii.o que se ve com frequencia. entre o povo humilde do Mexico disse-lhe: «A.inda que te matem, i:neu filho, nio renegues da tua fé; mais vale a. fé do quo a


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Voz da Fatima 1'

tua vida. Continua. a. gritar: 1<Vit il. Cristo Rei». Ao perceber a voz da miie o r apaz j:i moribundo reanima-so o exclama mais UJll.a vez: 11Viva Cristo Rei» e expirou.

AS

Curas de Fatima •

Juventade Cat61fca Modé lo

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Como os primeiros martires, assiro um P.e frederlco de Barros Tavelra, de peloe doentes o que por estes foi oferecipunho.do de jovens mexicanos se prepa- s. Martinho d' Anta--Sabrosa (Tras-<>Sr- do am Fatima o santo Sacrificio». ram para o .martirio fortalecendo..se com Monte&- em ca.rta de 5 de junho 06Creve: • • • • PfI.o do& /orte&, ~ aa almas fica.ram de P eço '0 favor de publioar na: Voz de

tal forma robustec1das para a luta que Fatima,-o seguinte: ~ narra nestas palavrna I uEstarnos dis.A.lgumas pessoas dosta freguesia. reaolpoetos a dar a vida pela ca.usa que do- veram ir a }l~atima no dia 13 de ?tfa10 profendemos, porq_ue é justa, e santa». Nào ximo passa.do com o humilde signatario btlBCavam riquezas nem honrns, preten- destas linhas, paroco desta fregueeia. <l,ia.,n apenas kabalhar, pela liberdade da Tendo is't o constado, pedem-me para lgreja Catolica. no Mexico. deixar ir no nosso grupo urna. mulhef Um deles por nome Nicolas Navarro, chamada Ermelinda. Teixeira de Matos, pediu a bençiio ao pai antes de ir para casada de 37 a.nos de edade, moradora o combate ~ jejuou na vespero. do seu no logar da Magalha, fr~uesia de _S. martirio. A' sua eeposa que apresentan- Tiago de Andraes, desta dlOcese de V1la do-lhe o seu filhinho lhe perguntou se ti- Real. Ei;ta mulher tinha um cancro no nha coraçio de os deixar , respondeu: 11An- peito com ra.mificaçoes larglWI e era ~al tee de tudo devo defender a causa de a. gravida.de do seu estado que o med~co Deus: e se tivesse dez filhos, todos deL de Vila Real ÀJC,mo Snr. Dr. Made1ra xaria. pela mrnha Religiao. Quando o Pinto que el~ tinha. consulta<lo, lho du;meu filho for maior, dize.lhe que o seu 80 qu~ era necessario en_trar o ma~s depae morreu na defesa da sua religiaon. pressa possivel no Hosp1tal de Co11nbra Estee valentes nssi.ro dispostos para a para ali ser opera.da. Iuta foram vilmente atra1çondos e caiPor este motivo pedem-me que a deiram naa maos dos Roldados de Calles. xe ir conosco a Fatima e que, se nio lllram 11 no todo. sentisse melhoras, fizesso todos os esforPrenderam-oos e com brntalidade sel- ços para . quo entrasse no Hospital, a.o vagem insultaraiu-nos e maltrataram-nos quo anut fflllq~anto os l~v~vam pr~sos para a Ins- ' Durante a viagem pa.sseu mal e tao pecçao da Pohc1a: Depois de longa. d~- mal quo va.rins pessoas dos lu11:ares por mora em logares ~mundos foraro conduz1- onde passa.vamos zombavam de n6s por dOII por ordem, nao ~ sabe de quem, a levarmos um11, mulher naquele estado a QJil logar chamado Dnsa pela 1 bora da Nossa, Senhora do Rosario de Fatima, madrugada, onde os maltrat~ram. com que fica.va tiio longa, pois iamos do conp~cudas, . arrastnrn.m pelo cbao . f1cando celho de Sa.brasa, TrlUHlS-Montes. assiro desf1gurados e com os vestidos ~Chegando a Fatima., essa. mulher aprogados. ~reparam:98 log? ~a.ra 08 1fu~il·r: eentou-se a.o posto medi'co e um dos medieem mais formahdade_ Judicial. A ;i cos, cujo nomo ignoro, rocebeu-a com todos barbarOII prepar~trvos para o fusila- da a nmabilido.de, polo que ficnmos muimen~ nlguns ~os Joveus começaram a to ponhoro.dos e di.sso-lho que, por nio eentir ns angustms e hor~ores da mort~. poder entrar no pavilhiio dos doente& por Entre eles estavl_\ um_menrn_o do 1~ !l~os, nào Jovar a.testa.do, 66 aproximasse o por uome_ Agustm. Il1os, cuJa sens_1b1hdn- mais possivel desse lu11:ar para. receber <I.e C0Jnov,3: os mais. José Val~nc1a G~I- com fervor l\ bc-nçào do S.S. quo era. dalardo, presrdente d11. ~oogregaçao Maria- da a todas 116 pessoas, embora niio receoa, repreen_deu cor~Josamente cls sol~~- besse a bençiio especial do S.S. dada. aos d~ pelo crime que 1am comete~, 8 rhr~- doontos pelo motivo indicado, porqua.nto gtndo 11. pala.vra aos companhe1ro~, ani- 0 seu estado era gravissimo e que, se ~ou-oe apontando-~hes para a coroa. q~e Noss..'\ Sonhora., a quem se devia dirigir lam receber das maos ?e ~eus e da V~- com toda a fé, lhe niio acudisse, precigej.ll de Guadalupe dn.h a }DBtantes. ~a.o sa.va de ser opero.da. imediatamente. lhe deram tempo para_ mais. Ao ouvir O A doente assiro fez 0 na volta, estannome de Deus e da_ V1rgem de Gundalu- do perto de Coimbra., em cujo hospital pe com furor 11at&;ruco dera.m _sohre ele e niio pode ficar logo, porque prometeram C?rtaram-lhe 3: Jmguii desaf1ando-o no manda-la ir dal a a.lguna dias declarouf1JD a que contrnuasso a fatar. E ele fa_ t· melhor ' d f · r -nos que ee sen 1a . een o um supremo es orço co?segu1u 1O seu aspecto era realmente muito clivrar-66 das cordas com que o tinham ata- ferente, e, note V. Ex.•, dava.-se isto dodo o oom. o dedo levantado apontava nos pois do ela ter passado tres noites eem ~-mpnnhe1ros o céo_ on~e ep1 breve e_e cama e d8 termos sofrido vnrios incomou1a.m e_noontrar ma.18 fehzes. Nesta at1- dos or on.116a da viagem ser muito lontude fo1 v~rado yelas bnla.s dos soldados, a irmoe numa camionete desooberta, e oomo se 1eto nno bastasse um deles ~m :Om almofo.das etc. a coronha deapedaçou-lhe o craneo. D1s. . para.ram depois sobre os companheiros, , llnEJ:d1atamente pedi a. senbora que oonseguindo alguns escapar, pelos quaes ma ~!Dba. apre~ntado, D. Ann Teixeira ee teve conl1ecimento deetas &eenns selva,. da Stlvn, que n560 ee realmente e1a 8L gena. A Nioolas Navarro quiseram ar- tava melhor. rancar alguus documentos comprometoDoclarou-me . esta. que er ~ verdade, dores para outros. Niio podendo salva-los que o cancro t1nha d~parec1do, res~ndoutra. forma, enguli-os. Indip;nados 09 do apena.s uro nucleos1to e que _o pe1to eoldados de Calles deram sobre ele qoe- nào a.presentava o a.specto a.ntenor. braram-lhe 08 dentes e maltratar'ain-no E sperei a.Ig1;1ns dia.s para v~r ee ae meaté lhe fnzerem saltar O sangue pelos lhor as ~e conhrma.vam e depo1s do me te. Glhos. E logo O varasam com duas balaa. rem dito_ l!°r v ~ qu11 ela est&va m• Caindo em terra. a gloriosa vitima, teve lhor, pedi a ref~rida senhora que a acomai'nda. força 0 valor 'para dizer 808 com. panhnsse a , Vila. Real e que falassem panheiros: 11AniJno, rnpazes, lembrai--vos com o mesm~ medico, Dr. Madeua, pada ca.usa que defendemos. Morra'tnos por ra quo . ele d1ssesse ~ ~ melhor!"& er am Deus e perdoemos aos que assim nos verdade1ras ou ~ eia ainda preci.Bava de tra.tam. Viva Cristo Rei I» Os ca.da.veres 50frer a. _opor~ao. doe heroicoe defen.sores da fé foram exEs~ disse _que a e~contrava melh~r e postos as portas do Pa.lacio Municipal, e que nao prec~sava. de p~ra o Hosp1tnl. est.a afronta serviu para dar principio a P:issados du1s en~revISte1-a . duas veze& glorificaçao dos confessores da fé. o pai ? v1 4\'e ostava mmto bem d1Sp0&ta, que de um deles a vista do cadnver do fi- Jé. podia nguentar com ~s tro.balhoS rulho exclamou: uMeu filho, roga. a Deus dea do camJ>_?, e que. pod1a. come~ de tupelos teus paia e irmiios para que iinìto- d_o, o quo nao &uced1a antes de 1r a. Fa,. mos o teu exemplo a estas horas estas tona. . . de certo no céo». A miie de José Valencia Atr1bue essa. mulhorz~nh.a. a cura a Gallardo, senhora de avançnda. edade, Nossa Senhorn do Rosario e, como V. longe de se entrist.ecer alegrou-se com a Ex.~ ve pelo rol~to a.presento.do_ sem o lembrança. de q ue era mie de um martir; minnno exngero, nao podemos duvidar do e a.o chegar ap pé do corpo do filho a.joe- milngre_ feito por. Nossa Se~h~ra. lhou e sem coragem para o a.braçar, por Bemd1ta Eln. seJa. por i;e d~gna: favorespeito contentou-se com: lhe beijar os recar com e,;ta graça oxtra.ord1na.nn. uma. pés. Recuenndo-lhe a autoridade o cada- creatura dosta regiào o oxalo. eia sirva. ver do filho disse: ccNiio importa, ja o com rnuit~ outr11S graças rocebidas P~entreguei esta manhii. ao Cornçao de Je- los peregnnos do nosso grupo para an11ua. mar a fé infelizmente amortecida. nesta Ao ouvir esta. narra.çao o Santo Padre regiào. Pio XI comovido 11.té as lagrimas exclaDosneo&sario sera. dizer quo essa mumou : «O Mexico esta. revolando virtuùes lhor so preparou com a Confissiio e Comoito preciosas. Niio pode tardar o àin munhiio para a. viagem, assiro corno ouda vitoria-, e sera. gloriosissiino para essa traa pes.sol.l.S, e que de muitos cor~òee sunaçiio, que assim tem snbido defender a biram preoes ardentes a N08Stl- Senhora 111a fé e Jiberdnde de consoiencia.» pelo bem dos peregrinos, em particulnr

!

n:

irmiio; a prinu1p10 sem saber de que dven~. 1,ofcin, was passndos dias, chama-d, o m(dlco declnrcu ser ama meningite; a .segunda vifita quo fez no doente disse que estava bastante mal, que eeca.pava se foese tratado oomo devia ser; mns nito sendo o,s meioo suficientes, para quo villf;Se o méd.ico todos os dias, e levar om tratamento rigoroeo a doença foi em aumento. Pela 3.• vizita, do médioo Sr. Dr. Antonio Freire, distinto médL co de Torres V edras, a. quem é.lem da Virgom N06Ea Senhora. di\ Fatima, devemos toda II considoraçiio, porque i;empre e, tra.tau com m"uito cuidado e carinho; mns ,•endo o eeto.do do doente disse que era. impoesivel elìCapar e se esca.passe nio ricava livre de defeito, e para um dia vir a ser IXD homem incapaz de ganhar a ,·ida., mais valia que Deus N08So Senho1·, e lovasse. Foi grande a n066A afliçiio, ao lembrar-nos, que podia. ficar mudo, pois eateve doia mezes sem a.rticular 11sna palavra., e bastante tempo eem e& meclter, e a.t-é dois diM ~ abrir oe olhos, pa.recia um cadaver, tinha de vez t>m quando afliçoes parecia. que se tapa-ni; et!per nva-se todos os cline por um de.s<-nlas,~e fatai, e diziam entio se melhorar, e ficar Mim defoito é um çande milagro, e é corno eu e minha. famflia. o considoromos. Minha mae foi-lhe dando do vez em quanòo a Agua. da Fatima. e prornoteu de ir com ele agradeoer a Na. &Il Soubora, se se dignuase cura.-lo, e eu prometi igualmC1nte, e prometi tornar publico, se tives.qe a dita. dole se curar e ficar sern defeito algum. Gruça& a. Dous e a Virgem Noll!la 86nhora do Rosario da Fritima que apeear d<t· mnito indignM, nos atendeu, e se dignou cura-lo o ficar livre de defeito, Passad0-<i tres me~c.,; dcpoi!l de adoeoer esta\·a complE'tamente bom, tinhii recuper:ido, n. fola. e o andnr, ooisa que ele foz primE'iro <lo qne fnlnr, ern por isso quo muita gonu- dizia que vinhn. a ficar rnudo, pois ja e.o;tava bom comi:\ ndmirnvc-lmf'ntt> brinc•ayn e 11iio fnla1·a. ?tfrui o. Virgcm Nossa Senhora. da. Fatima, concedeu-nos o.~ta. tao grande Graça. Bemditn para sempr e lk>mdita Nossa Renhora. do Rosario In

Do mesmo Rev. Sacel'dote rooebemos mais o seguinte: Fui ontem a Vila Real para obter o atestado. Prositteram mandé...lo na sexta feira proxu,IUI,. Como V. me disse que era. preciso remete-lo até a.o dia 20 do corrente e niio me foi possivel envi~lo por umas razoes que talvez se publiquom nos jornais para edificaçao de quom as ler, escrevo agora, ped.indo a publicaçiio da minha ultima carta no proximo numero da Voi: da F'atima, confirmando-a, assumindo a responsabilido.de e aditando que, ao contra.rio do que eu supunha aoorca do principio e desenvolvimento da cura, a tal dureza, cancro, ou o que quer que fOEee, comoçou a desapareoor do nucleo principal para os lados, restando aponas um n6sito insignificante, acerca. do qual diz um outro medico, o Ex.mo Snr. Dr. Julio, com consultorio na Rua Dire1ta., que niio pcnsem de forma a.lgull!a em o ex. trair por meio da. opera.çiio que é inteiramente desneoessa.ria. Este tambem a tinha observo.do ante& de ir a Fatima. e confirma na minha pre•ença que o cMo era gravissimo e que a. cura sem tra.tamento é totalmente inexplicavel. A l.'8to oontei as peripecias varias da viagem que deviam nocessaria.mente fa,. zor com que a doento poorll.Slle e que o tratamento, no clizer inizenuo dii Lai mulherzinha. que ellta.va presente, fara o en,cher-se esta. (pnla.vras textuais) de agua de N o8Sa. Senhòra de Fatima. Na minha. ultima carta. falava om cancl'o. Pode V. conservar a palavra ou mo· dific:i-la, porque os me<licos niio me aouberam dizer claramente o que era. Di-zem quo era ino.dinvol n. oxtr:icçào dnquilo, ma~ parece-me que era. cancro, porqnanMaria do Rosario, cn.ciada, cle 60 anos to tumor nào era, porque jé. tinha sid<i de cdado, moradora. no logar do }l'undo lancetado sem derra.ma.mento do pus.» do Vila, dn frcgucsia. e concell10 da Ta..bua, Diocc"'8 de Coimbra., sofreu horriPalmlra Telxelra Bastos moradora na voi.mente durante 10 nnos <luni e<·zema. rua Rodrigo d.'1. Fonseca n. 0 9 Lisboa. numa d,n,i pernas quo a impediu durante Acha.nclo.so muito doente com uma cri- muito tempo de andar, e passava parte se de coraçào, em .A.bril de 1927, e es- dns noites f6ra do leito, om virtudo daa tando inserita na pere11:rin~ao a Assis, dòrcs se tornurem mais intensas com o via com desgosto que a n[o podia. fazer. cnlor da cama. Lembrou-se de fazer uma novena a N. Nos .J>rimeiros tcmpos em quo se ma.Senhora de Fatima e na tardo dee.se dia nif~tou a doeni:a, UBOU uma poJDada ja poude sentar-bO na. chaise-longue onde aconselhnda pelo distinto clinico e subpassava os dins sem podor leva.ntar a ca- dolegado de soode de Ta.bua, Dr. J ~ beça. No dia 13 de Maio jit foi a. S. Ma- dn Costa Gaito, mas sem que sentil>lt8 almede comunga.r e acompnnhar em pro. gum efeito. Desù,tiu para sempre de cissio N. Senhora a.té a sua ca.pelinha usnr mais remodioe e começou entao a nesta igreja. e no dia. 30 seguiu com a pe- im•ocar em seu favor No,,t,a Senhora de regrina.çiio a Assis sem o minimo inco- Fttima, até que um dia pediu uma modo. pouca do a.gua do Flitima e com urna f6 N. Senhora de Fatima. ainò& lhe fezl muito viva ba.nhou a parto ohaaada por outro grande milagre. No dia 20 de .Ag06- tres vezes consooutivas. Na teroeira. noito deese ano foi a.tropelada. por nm au- te dormio socegada, e quando pela ma.tomovel, fioa.ndo oom o pé diroito muito nhà ncordou, ficou surpreendida por ferido, torcido e com dois dedoa parti- I niio ter sentido dores algumaa.. Ex.amidos; urna. tarde em quo cstavo. tortura.da oou a porna doente e poude constatar d~ dore11 lembrou..se de aplicar as ligadu- que esta.va completamente curada sem ras com agua de N. Senhor& e n668a nou- \'estigio<; algum da doenço. que tanto a te dormiu tao bem corno ainda nao t i- atormentou durante os Ionia& 10 anos I nha. dormido depoie do desastre. Por a lgom tempo gua.rdou s{gilo absoluTendo-se o medico ja. despedido conti- lo do facto extra.ordinario que a.ca.bava nuava com muitas dores nos dedos, quan- de presene,-oa.r na persu~ii.o ainda de que do !;O oal9ava; chamou novamente o me.. a cura niio fosse radical, o s6 pas.sadoe dico qu~ verificou _que a fra.tura dum ~os quasi dois a.nos é que tornou o milagre dedos t1~ consohdado em falso e ass1m irnblico (de urna carta do R ev. Paroco, o 0880 faz1a prcesii.o no outro dedo can- Francisco Firmino Madeira.)n. sando-lhe muito sofrimento. Disse-lhe entiio o medioo qua o unico Francisco Pons, aotualmente na Beira, remedio era. amputar esse dedo. Aflita no serviço da Companhin de Moçnmbique, com essa ideia recorreu mais urna vez a tendo-lhe na mo.nhii. de 26 de Fevereiro N. Sonhora. de Fatima. fozendo a.plica- do corrente uno, aparecido urna violenta çòes de ten-n. e agua de Fatima e om dòr na. ilhargo. osquerda, complicnndo-lhe pouco tempo ficou completa.mente cura,. co1n os intestinos e estoma.go, niio podenda e jé. a.nda ligeira eomo se nao fives- do de forma alguma soeegar; ja perto se sido vitima de um desastre tii.o grave. d.a noite recordoo-"<' que tinha umn ima,. Noss11. Senhora de Fatima fez..lhe mnia gem da Senhor11 de Fatima, que Jhe ha.duas graças pnrticufaros. via 1,ido enviacln do Portugal, por pi>Rsoa de fnmilia, a intcrce~!lii.o <la qanl recorUma Irma dedlcada, de Azinhagn (Torreu, colocando-a na parte ùoente e pasres Vedras) em curta cle 7 de maio ulti- sa,los poucos momentos de~111pnre<·i11-lhe mo, oscreve: por completo toùo o 1wu mal eslar sem Como consicloro um milagre, feito por 1leixar vMtigio algnm. Cumprindo com & XObSa Senhora do Rosario da Fatima, a promeq11a foil.t\ na oca,;iìio, vem pNlir a ·oro. de 1Deu inniio Augusto Gomes V. Ex.• n. fint>:i:a tla. puhlicaç[o desta Uuru·t.e do novc- anos do idndo, natural grll,Q8, no f?E'll mui digno jornal, o quo da froguesin do S. Mamode do._ Ventosa llosdo ja penhorndo agraclece. - Azinhaga - l'oncelho de Torrc-, Vodrns, peço a V. Ex.eia ~e digne, publicar :,c, o nchnr conveniente. }<;' o segointe: no dia. 6 do dezembro de 1926, adoec()u tneu

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Voz da Fatima

VOZ DE FATIMA e os seus leitores.

Uon que gusto hubiera ido yo si mis aòos y rois occupactouei; me lo permiti&ran. Ruego-lo que quando Usted vaya. tengo. la. caridad de presentar a tan bueno. Madre mis nec&sidades, pecados y ignorancias y podiTlo remodio.

Almll8 ignoradas que lèrdO!I estns linhas, ide e fazei co)llo a pobre Ana: O que ha de maior no mundo é un~ acto uPareoe-m~, dizia oo.nta Rosa de Lide amor de Deus/ Um acto de umor para coni Nosso Senhor realmente presente ma, quo naa minhas Comunhòes, u.m eoJ no Santinimo Sacrame11to/ deaoe do Ceu o.o meu peito, pois que tudo o que se passa. em mim é semelhu--.:.-:---te ao que faz o sol ca no mundo. Védes corno o sol alegra tudo com C> • • seu calor e a sua. luz, corno ele orna. a Inicio.m<>o hoje umo. nova. .r,ecçào que terra de flores e frutos, como ele embeI• aparocera de vez em quando se o espnço E por hoje bastam ostee tres exoerios do tr& interessantissima.a cnrtaa que o za os ma.res com os seus raios e enriqu._ no-lo permitir. Despeza ce ns monto.nhns de tesouros metnlicos, Nolo. apresontaremos nJa;uns reoortes ospn~ niio da para. mais. Transporte 108.647$50 como nlogra as aves do ceu e fa.z veg• d11o11 inameraveis e por vezes interei:sanPa~el, COP1posiçao e imprestar as planta.s e 08 n.nimn.es; corno ele tis&imas cnrtas que dia. a dia afluem a ---~ ·---sa.o do n. 0 69 (43.500 ilumina, abrasa e colora todos os object,oe nOSba Reda~iio. exemplares) .............. . 2.600$75 que compòem oste vasto universo? Poi'& Sera corno que o termometro e o indiU Selos, embalagem, expedibem. ce do. difusào o acçào deste jornalzinho çào, gravuras, etc. .. . . . . E' isso o que faz na minha. alma • 809$15 que oom ser tiio pequenino e deapreton• carne de Jesus Cristo pela sua presença cioso c:outa 0b teitore11 por c10zo11us t1e miI 112.057$40 tea.l I lhar, espalhndos pelas cinco partes do SubscriçAo mando. O qu& ha de maior no rr,undo é... Ulll . Poç eia se vera corno ele é lido e <!S- acfo de amor de Deu.,. (Setembro de 1927) t1mac1o. A pobre Ann... Enviaram clez escudos: Francisco MaNiio pablicamos nomes por a i!,So niio Niio sei 80 conhecem a Ana. Afinnl chado Brun Corréa de M<>lo Laura Assia esto.rmos autori,,a.dos mns conservamos os 11Sabois porque nas nossns igrej1111, quer originai.s donde transcrevem06 as vari!lli ela. .. é quasi desconhecida mesmo na sua d.e Morais, Antonio Joaqu.im l<~igueira aldeia. Manuel Teixeiro. cle Carvalho Aida Fer: durante a Santa MiRSa, quer durante oupasl!agens. No entanto a pobre Ana, aos olho& raz d' Aguiar (20$00), P .e Augusto da tros actos do culto, tantas pessoa.a se DW&• • • de Deus é urna dns maiores persona- Silva (20$00), Delfina 1rerraz Cortez tram distraidns e indiforontes? E' porqa& 0 (20$00), Maria d'Azovedo Maia (12$50J, niio teern o espirito de fé na presença real Duma cnrt1i escrita. do Minho em ~ isso? Joaquim Rodrigues de AJnorim (15$00), do Salvador no Sacrario. Ma.io deste ano acompanha.ndo um che_ Sem duvida. creem que Ele esta la maa quo para. nasinaturaa: - 0 qu~ feil. eia? Oh 1 Nada que todn Ester Rodrigues, Perpetua. Jesus Guerra, · I · h t' · f d · a ,zonte nao pude&e fnzer, mas que neni Beatriz Hansen, P.e Joao Frttnscisco a sua fé é tibia e supel'ficial. 011 verda.uO Jorna zm o es a o.qui azen o mui- todn a genie /(lz ... Goalart, Angelina. Vieira Bra1\diio (15$) deiros fieis, 011 que teem espirito de f() procedem Vitoria da Conce1çiio, Tereza. de Jesus no Santissimo Sacramento, to Nb!1:as'\~~:~ el:lmolaa vii.o algumas ~ que seri~? Ora, ouvi, la:. oferooida.s por pessoas quo ainda. ha pou-1 .Esta manha, a? acor_dnr, ~1ese: «meu Cunho. Amorim (50$00), Julia Pinto doutra forma. Conheci 11m bom numero oram increduJM. Deus, todo este dia, fehz ou mfeltz, é s6 Coelho, Emilia Rosa. Mondes, José Man- do jovens, bona aprendìzeij, que, de ma.00 para Vos!n .,, f " F . ço Junior, José Ferreira (20$00), Ana nhii, no ir para a ofic_ina, entra.vam, sem Alguns Ju oram a. a.timo.. Q d l to b 1 nnn ~ a r_e ma, 0 seu tra a ho de Augusta de Oliveira., Balbina !sabei Afon- nunca faltar, na primeira egreja. que enNumo. familia em quo era impos.~ivel entrar um sacerdote ou pesE,Oa piedosa to,lo" os dins _diz: «meu Deus, para Vos- so, Manue\ Maria Lucio (20$00), Ana contravam no cnJTiinho, ali a.joelhavam a. Rosa Salgueiro da Veiga, Muria. de Je- um canto e, (luranto nlguna minutoe, para fnlar om sa.cramentos a um tubor- .,,,. uimor O_~ona,u . . caloso entrou uA Voz da Fatima>,· pouQuiioclo u a. salr J?llra. a. rua. ouv1u al- sus Vilbena Carvalho, Moria Helena Gui- adoravam a Jesus Cristo e lhe consagra.co d~pois começou o enfermo a ;ec:,tar g~c'.n hlasfemar e disse la no se~ cora.- maraes (20$00), Marin lgnes Namorado vam o seu dia. Um admiravt>I cristiio, protestante contrés Ave-Mariur, e pnssados aJ11:uns dins çao.- uMeu lJeus, eu Vo., amo 1ml vezu Fornandes (20$00) Jo:io Fernanclos Marfoi perru.iticln ja a visita dum padre quo, mais do que este desgraçado vos despre- tina (40$QO>, Arnaldo Estoves, Dr. verticlo que ha tempo conbeci em Roma Joiio Martins de Freitns, P.e Jo- {rliz Monsenhor de Segur), dizia-me um falando de curaa oporndo.s pela devoçao za I.··" a N. Senhora do Rosario da Fatima, t,c_ Qt.inndo encontra no caminho um po- sé .Agostinho Vnz, Maria Jacintn Can- dia: ul'ara mi1n, um diu .,em misstL e sem ve a dita de consegui.,- no mesmo din qne bre.siuho, da-lhe qualquer coisa e pensa deias, Maria José Ferreira Paulino (jor- comunlu!o, /az-1ne o e/eito de um àio o doente recobesse todos os sncramentos. l:i consigo: CtJneu Deus; é a V6s que eu naie -100$00), Maria Benedicta Go1I1es sem ~0/.11 J<;sse santo bomem ia todos os d11, Silva, Margarida Estoves, Maria Pe- dias, estivesse o tempo que estivesse e E::.ta convcr11iio fez enorme impressiio o dou.,> no animo daqaeles que conheoiam o hoQuando se fnil.Om os peditorios para o tinha Bonifacio, Amelia Nuaes Ribeiro, quaesquer que fossem as suas ocupaçòee, mem. Se~ninario, on quaisquer obras da paro- José Semedo, Maria Eugenia Réis, Con- passar uiua hora inteira dcante do San... A devoçiio a. N. Sonhoro. da. Fatima quia, eia da sempre alguma coisa, e diz clessa de ~fonte Real, Emilia Moria Par- tissimo Sacramento e parecia-lhe essa. botem a.umentndo muito aqui nestes ulti- intimamente: unii.o son rica mas posso ry Perefrn, Mo.daino Uuarte, Marqueza ra um insLnnte. Conheci outro, em Fnris, artista cel&m06 dois o.noe. ajutl11r a salvar umn alma.,, dn Prnia, Maria José Soares, Maria José Na igreja de X, onde soa capeliio, coVieram pedir-lhe um serviço que eia dos Santo~, Virginia G. Pinto, tn.ura Poe- bre, tnml>em convertido, niio de prot.E. meç1\mOS ha d.ois anos a celebrar O dio. pre~ton da molhor vontadc, di7.endo in- solo da Costa, M.• do Canno Rib. 0 , Maria- tnntismo mas da indiferença e da vida 13 de ca.da miìr. ba.vendo, ao meio dia, ex- tenormente: «Ah I if1to custn-me b11!1- na Saloma de Avilez, M.• Perestrelo Orey. mundona, que ae via muitas vezes mais po1:1içiio do S.S., Adoraçio, terço e Ben- tante, inas é ... por Y<1.<:10 Senhor. Maria Viana Moreira, .l!'ranciisca Rosa do de duas horas em oraçiio, escon,iido em çii.o - tudo em uniào espiritunl com os t 111 din houve quem se lembrn88e de a Jeeas Canaa, Emilia Victoria de Jesus, qualqaer canto CO!lJO um pohre qualquel". t<'Nùo hn se11ilo fato e nnda mel/1or que pere~riuos d:i Cova da Iria.. ?aluninr, :iquela pobre mulher. Eia, bei- Mnria ,José de Barro~ Lima Salgado Enche-se a igreja. JOU tornam~nte 08 Pés do seu crucifixo Maria José Portai, Maria José Batalh~ isto 1io mundo! (dizia ele).n dizendo: u:Mcu Deus I... Como v6s ... mul (jornais - 20$00), Regente da Creche de Um ontro, um antigo generai voltado to o/uigado.n para Deus aos sessanta nnoo, C'omeçava da Ovar (12$00), Maria da Eucnrnaçiio CarNo dia. 13 comungnm todoo os enferA' noi te, no ndorme<'er, fnzeudo am mesma forma. todos os 8eus dins por urna mos. Desperta devoçii.o .rnaior nos aseis- :tcto <le contriçiio, diz: "Meu Deus, valho, Maria dlll! Dores Anrlrnde 1 l\.Inria- longa e santa adoraçii.o o uma 111elhor na Saldida (20$00>, Alzira dos A 11jos Retentolf a recitn~·iio do terço o.o meio cliu ameLVos muito pouco hoje ma& espe·ro belo C'eboliio (20$00), Adelaide de J esus comunhiio.>> solar .saber-Re que a MiS11n celebrnlia o uu, r- l' o.• maì.~ u manhlln. Yiveu Msim nté ti ednde de oitenta. e aquela me.;0111, bora. no locai dns Apal'1- . • Eia ncìo fez .,enào i.~to, digovo-lo en I E da CunJrn. (20$00) Rosa d'Oliveira Caro- dois nnos. lina Pinbo, Flavi~ da Silva, Pnln:ira A . çoee é também aplic1l<la. polos qne (•sti- Ja ba~tantes anos que eia niio faz seniio R. (?ebola~ (20$00-, Manuel M.• Porriio, Dizia ele um dia a um amigo: r,Nun,. verem unidos espiritualmenw com os l'~ isto. Mat'lo. Lu,za dn Silva (20$00), Manuel ca no m u.ndo am ri tanto uma peuoa coregrino.•. Niio sera grande coisa aos olhos do José Conde (20$00) Dr. Souza, Carolina mo amo a Nosso Senhor.o Noto quo todos os dins bastante gente mu11do? ... Um r,ohre empregado continua Mon-. Pinho, Rosalina Marques Pmto, Maria se prosto. ùoante da pequona imngmu l\.fas nos olhos de Deus, é muito. A08 Augusta Gomes (40$00) Paulina. Faria, nbor de Ségur) fazia mais ainda peto (quo aqui &e venera) do Nossa Senhora 0U10s do Deus I tudo I Teresa B. Forte (jorn11'is, etc. 130$00), Santis.~imo Sacramento. Irresistivelmenf.e da Fatima, fnzendo novonaa para alcanE ahi esta a ra!l.iio porque en vos digo J osé Bneto, Mnrin Pilnr, Beatriz de Le- !evado pela sua fé, tinha deixarlo tudo çar graço.s. para se de-dicar unicamente a bela Obra que o. Ana, pobre e quasi desconhecida O.s que foram a l<'atima nc,:,ta ultima é 101111 das muiores per.1onagen8 do mu~ mos Trigtieiros (20$00), Angelicn Garcin d:i Adoraçào Nocturna, transportando Gago_ da Camara (13$00), Elvira 01,veiperegriuaçiio vieram entusinsmados e do! ra. J?into de Sonza, Tereza da. Conceiçiio com o suor na fronte, todos os din.e. dum animam outros; ja por a.qui se pensa em ".' i ~de c1t -y.odos, escri tore.~, oradores, Xnv1er Ramos Neto, José l',fonteiro, Ma- Indo ao outro de Paris todo o mobiliario organisar umo. em comboio especial. poht1cos, art1stas, quo encheis a terra nuel Antunes (20$00), Anunciaçiio do necessario durante ne noitee de adoraçi-0, com o vosso nome. Fumo, tudo fumo. Vale Sautos, Eliza Vicini Maria. da Gra- mal tocanrlo no sono, p11.8Snndo a noite P.e X • • • Dentro d'algurtB anos estareis mortos e ça P~iva, Ana. da Gmç~ Nanes, Pa.ulo quasi inteira deante do Santissimo sa.era-se di:>sejues quo a terra vos seja leve dor- Mor01ra (20$00), Emilia Sonres, Manuel mento. Era um bomem do povo aem ouDum sacerdote pedindo algans exem_ mi desca.nçados porque a vossa fort~na e Ferreira Patricio, Antonio Duarte Ca- tro. sci,ancia seniio a sua grande fé. Deplaree para uma. casa de traballio do Pa- g loria niio vos farào muito peso. nas (12$50>, Maria Simòos, Maria Rita pois de treze an08 e meio desta vida triarca.do : E vos, conquistadores terriveis que de Oliveira Ramalbo, Sofia Conceiçi.o admiravel morreu como tinha vivido, co, uCom os meas respeitos, tomo a liber- haveis sacudido e abalado o mundo com Fernandcs Lopee, Maria Jesuina. Gonçal- mo um santo. Eis o que ('lroduz o espirito de fé no da.de de lhe envia.r 15$00 para o jornal as correri-ns das vossas victorins... fumo, ves Mourào, Maria Ester M. Guedea Pin«V oz da. Fatima,> que tanto esta contri- 86 fuino! to, M11ria Stael, Roger io Augusto da Vei- Santissimo Sacramento. A todos aqueles que aino niio desejo E' certo quo a pobre Ano. deu me- gn Ferreira. buindo para o levante.mento espiritual do povo portugués, e de lhe pedir o especial nos nas vista11 que v6s. De Jornnis: um devoto de Sernnch11, 11enito urna coisa e que encerra tudo: A pobre mulher niio é no mundo 1110.is 1~$00; Henriqueta Goclinho, 120$00; urna fé profonda, viva e terna para com obséquio de, sendo possivel, enviar regula.rmente algnns exemplares para a Co.sa. que um griio de areia. na praia do mar. M1g11el Bento Nunes, 50$00; Emilio Deus na Eucaristia.,> O ~ento sopra e leva. consigo o griio de Veign., 40$00 Rainaldo Monteiro Basto, de Traballio de X. As suas educandas muito carocem do a.rern. E quem ha que dé pelo espnço que 68$00; Antonio Vieira J,oite, 65$00; J oalimento que oose jornal (por elas lido elo deixou vasioP aefa de J esus, 30$8.5; Maria Rosa MaDentro d'algum tempo Ana estara gno, 80100, Laurindn de Souza, 100$40; com avidez) lhes ministra, mas maito L'l:"VF\.0: mais a.proveita.ra as &uas fo.miliiu., es- morta e quem dara pelo seu desapareci- Maria c:io.s Dores Tavares de Souza, mento? tou oorto di.sso, se elo.s o puderem levar 163$50; de Salva.terra e Coruche, 100$00; Niio obstante, esta mulher desempe- donativos de Evora. (D. Moria José Bapara suns casas. nhon um papel saperior no ama gulho etc.) 100$00; Anitelina da Concei• • obro. de maior alcanco. ' çiio Soa.res Louznda., 100$00; Moria. JoV6s abalastes o mundoP Duro Ex.mo Prelado duma. Diocese sé Ferroira. Pauli no, 500$00; Maria JoaEia fez mais : abalo-u o coraçdo de quina da Silvo., 35$00; 'Mnnael Alves pelo Visconde de Montelo, Hespanhola n1q11a. carta intima : uDe eeguro que no le molestaran sua DeU8!... Mateus, 42$50; ZalJnira da Mota Gavende-se em fATIMA. peregrinaciones a. Fatima donde tiene UsE quando 08 nctos dos doia forem pe- l bardo, 40$00; P.e Augusto José Vieira, ted un tesouro por ha.berlo escogido la ead<>s na ba.lanç11, da justiço. divini., os 72150; Luciano de Almeida Monteiro, Cada exemplar, dez Escudos. Virgen como punto y centro de irradia_ vossos S'3riio nchados maia leve,. 50$00; Sofia da Graça, 6Q$00; Dr. José ~i6n de ens gracias y maravillas para la O mundo tem as suna balançae Deus Lui11 Mendes Pinhf'iro, 50100; Entregue Todo o producto liquido de ven.salvaci6n del mando y de Portugal ev tem tambem as euas e estas é que seriio pelo Rev. P.e Magalhiies, 60$00: Maria da é d 3stlnado é. Obra de Fà"ì!mHi~ VlPiJ •. tlma .

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Efeitos da Santa Comunhao

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AS 'GRANDES M4RAVILHAS DE FATIMA

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A PROVA O A O

Dit11tor1 Proprietario a Editor: - Dr. Ma nu el Marques dos S an tos Composto e impress<1 ria UniAo Grafi ca, Raa de Santa Marta, 150-152 - Lisboa.

BOLB SLA S TIO.A.]

Adminiatradot : - ]:'a dre Manuel P ereira da Silva Redacçlio e Admlnist,aç/io: Seminério de Leirra .

NOS DOMINIOS DO SANTO CONDESTAVEL P ereJrinaçio Regional de Le°iria - A cadade do Lis aos pés da Virgem O Rev. Aug usto da Sousa Maia e o Apos tolacfo da Oraçào - O Anjo da Diocese - No recinto dos Santuarios.

Sua Exc·elcnl'ia He,·e rendissirna, o Se- imensa do seu <'r>r:1 çào de Pastor modelo nhor D. Jelsé Ah·es Coneia da Silva, Bis- e cl:i a imp1e--siio rluma alma sempre po de Leiria, dignott-se ::iceitar a presi- [ igual mergulhodn no sobrenatural e por dència de honra da perl'grinaçào. No dia isso intima1nente unirla a Deus, o Anjo treze de ma 11 hii todos os peregri nos i,e eh dioce,se de Leir ia, q ue o divino Espireu niram na Sé e, tendo 1·ecebido a ben- rito Santo nela colocou para a gove_rnar çiio do Sanlissimo Sac:ramento, cad. um ~abin e santamente, com o prestigio do tomou logar n a respec·tiva ,·1111iumette e seu talento peregrino e com o ascendenla seguiram, entoando canti~os e reci tan- il' da~ suas prt'c:larissimas ,·irtudes rece-do o terço, u c·aminho de Fatima. beu <'lll Fatima sinais inequfrocos 'da ve. Quando ~hegur am às LJ?rtas do Santua· neraçào, simpatia e estima de que é objeno, orgn ntsou-se uma vistosa procissiio: C'to da parte do seu povo fiel, a quem à frente 111n grnpu de .çcnuf~ levando a edifiC'arum sobremaneira o zelo e n cari-

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Depois de Tor res ~ ·o,·as, a formosa princesa do Almonda, foi à inclita rainha do Li s, a nobre e hi1>toric,a eidade de Leiria. quo coube a ~ez de renlisar uma peregrinaçiio regional ao ,·enerundo e augusto Santuario de Xossa Senhora do Rosario, de Fatima. Situada mais perto da Lourdes portuguesa do que qualqn er outra cidade, ponto de passagem forçaclo para toclos os peregrinos pro· oedentes da linha de Oeste, Leiria, que durante tantos o.nos tem visto circular através das suas ruas e praças as multidoes dos crentes, compartilhando da sua Fé, da sua devoçao e do seu entusiasmo e engr~ssando-as com numerosa.5 falanges de hab1tantes seus, ha muito tempo que acalentava a ideia de organisar ul).la pe· regrinaçao regional a esse logar privilegiado e hemdito, testemnnha de tantos e tào grandes prodfgio!I do Céu, de tantas e tao assombrasas mara,·ilhas divinas. Er,1 chegado o momento de pòr miios à obra e levar a efeito esse projecto du1Da populaçiio crente e piedosa, qne vive e p~ospera sob a égide da Yirgem, com o t1tulo de Nossa Senhora da Encarnaçiio, cujo -santuario se ergue, esbel• e donairoso, num dos mo11tes sobranceiros, corno penhor da. protec:ç1io e das bençios de Deus. Foi no dia treze de Julho que se efectuou esia. aclmintvel romage111, que assumiu o doce encargo de ir depor aos pés de Mar ia, em nome da cidade, a home-1 nagem da sua veneraçlio, o tributo do eeu reconhecimento e o preito do seu

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I R V O L T·fì D fì P R O C I 5 5 F\ O EM 13 DE JULHO

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foram os peregrinos. que niio se aproximara~ do hanquete eucaristico. , . A!s1st1ram depois os peregrinos ù proc1ssao de Nossa Senhorn à mi1>Sa -oficial e à bèuçao do Snntissim~ Sacramento nGS enfer!llos. Pelas quatro horas da tnrde renmramse ~o pa,·ilhiio dos doentes para se despechrem de Nossn Senhora: impre.ssionante e enca11tador11 despedida que comove~ ~té às la~rf~as todos ~s que a eia ass1st1ram. Pres1d1u a esta cerimonia o Rev.do vigario ge:al, reza.ndo-~e o terço e cantando-se no f1m de cnda dezena urna estrofe do hino de Nossa Senhorn cle Fatima. , Recitadn a Lndninha Lauretana o Excelentissimo Senhor Bispo dirige 'de novo a pnlrn·ra aoij seus peregrinos, pedindo-lhe.s que oonservem bem na memoria este dia, que se afervorem 111ais na. devoçiio à Mie rlo Céu e roga a Nossa Senhora de Fatima qne abençoe os seus queridos diocesanos da. cidade de Leiria, as suns fomilias e toclos aquole:. que desta vez n1io puùeram enc.,onlrar-~e ali. Como fec-ho e coroa da encantu.dora romagem, car1to11-se o sentido c-àntico «Um terno adeus de saudacleu, ..c·om que é costume remntnr, em muitas freguesias do n~<;.s;o pafa, o piedoso mes de Maria. Estnvn terminada a peregrinaçiio. To· dos os romeiros voltaram a ocupar os sens logares nas camionettes e todos chega.ram n Leiria, alegres e satisfeitos, sem que nenhum incidente desagradavel tivesse ~-indo empanar o brilho desta piedosa romagem da cidade do Lis 110 gran! de Santuario nacional de Nossa Senhora de Fatima.

Procissio das ve las - Adoraçi o nocturna de Jesus-H6stia - Peregrinaçoes de Setubal, Làmego Vifar (Cadaval), Castro Daire, Tina• dade com qu~ 'se sujeitou a tantos inc6· lhas, etc. - Procisslo~da Virge m, modos e soerificios para o aoompanhar e missa solene e bençio dos doentea tornar parte em todas as oerim6nias da - Alocuçlo do venerando Prelado peregri naçii.o. de Leiria. A Fé e piedade dos pereg rinos de LeiNa for ma do costume realison-se, no ria - Mii;sa e pratica do Veneran- dia doze à noi te, a tradicional prooisdo prelado - A Comunhio Oeral sii.o das velas, dentro do r ecinto dos sa.n- Terno adjus de saudade - O re- tuarios, com a ordem e aevoçiio dos me~resso aos ares. ses anteriores. A' uma hora da madruga-

am;\niciativa desta manifestaçiio de pie- [ dade para com a Virgem Santissima de- sua respe!'th a bande-ira, depois os soc1os ve-.se à Liga do .Apostolado da Ora.ça.o, de da J uventude C'at61 ica Feminina, com o Leiria, e em especial a.o seu ilustre di- seu ei,tandort~ profE'E,Sora-, e a lunaa do rector, o Rev.do Augusto de Souza. ~:foia, Pensionato de Xossa 81'.'nhora de F:itima, secretario do Ex:.mo Prel ado e professor no as senhor as, os ho1nent1 e por fint o VeSeminario. Vontacle de ferro, alma de nerando Prelado, rodoa<lo pelo clero e ped i!tmante e cor açao de · ouro, este brilhau- loo a lu nos do Semin1ir io. Xumerosos conte orna.mento do ilustr ado e zeloso cle- tingentes de todas as freguesias eia dioro de Leiria poz todo o fogo do seu fre- cese engrossar an.1 c-onaider ùvelmente o mente entusiasmo na organisaçao desta gr anclioso e imponente cortejo. romagem, para que ela resultasse condiEra dum efeito admiravel esta. procisNo rosto do Venerando A.ntistite Leiri- da, depois dum curto intervalo de desg na da V irgem e constituisse um moti- sao, gr aças à. boa ordem, compostura e ense reflectia-se ,•isivelmente a alegria canso, oomeçou a adoraçàb do Santissimo vo de justo desvanecimento para a cida- gr avidade que QS peregrinos g,1ardava.m intensa que lhe inundava a alma. ao pre- Sacramento, a que assistiram todos os de. e impressionava agr ad1\velme nte o entu· seuciar aquele act o profundame11te con- peregrinos presentes. · lmpulsionaram ero lar ga escala èste siasmo com que todos ca ntavam os h inos solador e bem significath-o da Fé viva e De manhii, bastante cedo, p rincipiaram g randioso movimento de Fé e piedade, de Nossa Senhor a de F:itìmo. • da piedade acrisolada de tantos clos sens ns missas, confessando-se e comu ngando fornecendo u m deles o sa.ber e o tacto da Momento solen fsshno aq uele em que o queridos diocesanos. n,uit11q centenas, talvez mesmo milhasua longa e provada exper iencia, o ou, gr a nde cortejo, desrendo pela Averuda Tendo chegado junto da pr i!ne~ra fon- res, de pessoas. tro os éstoa ard&rosos do seu temper amen- Centrai, invade os dominios da Virgem te da :igua miracolosa, a proc1ssa.o encaVieram peregrinaçoas de Setubal. Lato e da sua mocidade e ambos o presti- e entra nos sous santuar ios, testemu nha.s minhou-se primeiro para a capela das mego, Vilar (Cada.val), Castro Da.ire Tigio dos seus nomes e a influencia dos de tantos mila.gres do seu poder e de tan-1 apariçòes, on.de foraru rezadas tres Ave· nalhas, o outros pontos de Portugal. A cargos que desempenham, o R ev.do Joao tas graças cfo seu materna! amor ! I M arias corno saudaçiio à. Virgem, avan- de Setuba l trouxe aos pés da Virgem dnQua1:esma, vigar io geral da Diocese, e o O ilustre e veneranclo P relado aproveì- ça ndo em seguirla para o a.brigo dos. zentas e setentn e ciuco pessoas. Esta Rev.do Dr. Sebastiiio B rites, prior da tou mais urna ()('asili.o fnvora'l'el para se doente~. EraJ]l aproximadamente dez ho- peregrint\çào, numerosa e bem organizafregues ia. ir prostrar aos pés da Virgem berudita rM. da, era dirigida pelo rev.do Francisco Foram cerca de quinhentos habitantes no santuar io da sua eleiçiio, trono augusO Senhor D. José celebrou a santa Carlos N unes, vigario gerol de Setubal. da cidade. to da~ suas miseric6rdias e mana.ncial :Missa e a.Jmini~trou a Comunhiio geral, Ao meio-dia solar, depois de se rea.li~ Nos dia.a onze e doze houve na Cate- abu ndante e i nexhaurivel dos favores ce- tendo feito pro,;inmente urna comovente zar a costumada procissùo da Virgem , dral exerc1_'cios piedosos corno preparaçiio lestes. Simples no t rato, duma afabilida- aloouç:ro. As higrrums n!'udiam aos olhos l começòu a missa solene, que foi celebrada para a solene fOJDllj!;em , de e ncontadora, que traduz a bou,forJ~ de todo--. P'l\Jù(.'S , ;nmto poucos mesmo, pelo rev.do dr. José Galamha do Oiiveio


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Voz da Fatima

rn, profes,;or no. Se1m11:irio de Leinu. e cupelào do,. scoufs da mesma ridade. Deu a bènçiio coni o Santissimo Suc·rarnento o enhor Bispo de Leiria. Em ~1·guidn o ,·eneranclo Prelndu -.ubiu 110 plilpito e fez 11111 bre,·e mo$ 111·imor0bo ~Prmiio. A11unciou em primeiro logar que e~tan1 oficialmente 1•om·idado pela Cruzadn ~un'Alvnre n presiclir ì1 ronrnj!:em nacional que nquela pnt.ri6tit•11 e benemé-ritn t·olectiviclade promove ao Santuario da Religiào, em l<'ati mu, no dia treze e no .'nntuiirio d:t Patria, nos cnmpos 'de S. Jorge en.1 Aljubarrotu 1 no dia cui.orze de Agosto: Depois refer1u--se ùs necessiclacles fisicns e morais dos incli,,fduos, das familia.s, do nosso paii;, invocando repeticlas ,·ezes a C'onsolacloru dos Aflitos, invocaçòes a que a multidao respondia, braclando em uni'IOno. «Rog1d por n6s In

da Santissima Virgem, recorreu a eia sob 1 a i11voca~·ìio de :\o:,sa enhora de Fali· e num dos ultimos dias do mé!i de J unho pr6ximo pus.sado achou-i;e repenli11:1mente curada. Entre os cloent.es que as:,,i-.tirnm aos at·tos relij!;iosos ofic:iais dentro do Pavilhiio, ,ia-se um hot11em que sofria de tuber<·ulose na larhtge. Depois da bèn\•ào com o Santissimo sentiu comjl(leniveis melhoras, porque, estnndo quasi <·ompletamente uf6nico, recuperou de sl1bito a ,·oz, fnlando clnra e distintamente, corno urna pesson, cujo apnrelho boc:ul func·iona sem anormalidade. A peregrinaçiio de Vilar (C-acl1wal) tinha !evado ti _F1ttimn, alem doutros doen· Passando amanhà o aniven,ario dn I dos l3ispos, e para que a a<lhesiio tes, umo mulher extraordinari:1mente pii- batalha de Aljuba-i:rota ( 14 d"A.go:-- fos::e mais owne, 110 dia 29 de Agosralilic·n. l Durnnte a ,·iugem de regrP880, q11a11· to e e 1 o) que este ano é comemo- t,1 de 1381 El-rei e toda a co·rte na 1 do n peri>grinaçiio chegou a ,A lcoba~·a P se ·ada Ùuma forma mais solene, pare- , 'é de Lisboa prometerarn e ju1·aram Procissi o finat - Peregrinos estran- prPpar:n-a para ,·iRitar n igreja e o mos- ce-nos vir a proposito o i;eguinte ar- firme obediencia a Urbano VI, pongeiros - Algumas curas extraordi• ncho11·1,(' 1·omplelamente curadn, tigo. do a mao ,,obre nma Ilostia consanllrias - Jubilo e entusiasmo da teiro, tendo.lhe dPsnpare<·ido ns dores por com· d multidio - A debandada gerat. pleto j,1 cJe,.,cle a partida de FRtimu, onde Fale .- Jo n:1 lt G gra a, estilo com que se prometiam O l' 11 · 1 • · • b. · XI CH e d ?mda alpha regoe J·u1·a"'am 11aqt1ele tempo as co1·saa • Logo que 1,e apagarnm os ecos clns sen I, tra me 1ora'i cons1c ern,·e1l! n ençao , . · no , os car ea1s e ram- e por su- 1 ·c1 - 1 d S 1 ultimas pala,·ra,., do augusto orador, for- do antiss1mo. U b ...,, O }> t·f· le ma1or cons1 erai;ao. _.ogo to o o 1 . d d · I hl· ceilsor r ano v . novo on 1 ice . . · · 1 Os Jornn1s e gran e c1rcu a~·ao pu · t mou-se o cortejo clo costume para re<·on· l f l rei 11 0 segnrn O exemp1O e1O r ei e da carum ,1 noticia desta t·ura, c1ue ·1iarec·e en rou ogo a re ormar com 0o-rane e duzl· r a Imagen1 cle ·NTo.·'sa Senhora de 1~.:.,. ' - pouco~ ablt os c1" ~ua corte corte. D eAtn f·orma a causa d o Cato·comemorat·1,·a ,la~~ ,·111[1r1· nb~olutamente incontesl.h el. ze tl·n1a ·a "apel 1o nao ' •• , · 1·1c1smo . "d t"f" ,-oes. Duma 1·urt.a datada do dia tre1,e e diri- O d · ~ '· d · " b" l 1 1cou-se com a causa , . h s rar eaes I n-1 ta os re e a ram-se 1 · l 1 en d · · t · o~ raio!'I do Rol irwidiam qu:i~i perpt!n- gida por nma respe1tavel sen ora de A·I . t l '] . eia In< epen encia nac1ona1 ; o r1un,-utarmnnte siibre n, c111.n,.a~ d"" perecohn"a a um:i s1m filhn residente em LeiquasJ oc OS contra e e e reumdos em f 1 J · · , b d (ll = ' F 1· I · C o <a gre1a ._ena ,am em o e p or11;1·i nos, que dur:rnle l<1ngas horns se ti- ria tomamos a liherdnde <le tr11nsc-re1·er on, l e sgeram u ub-pa.pa o ardea! t , 1 (M ' I · t "' p S 92 1 nh:un c·OllS('rvodo firmo~ 11() bE'U posto jun- os ;,eguintes periodos encantndores pela Robe1•to que tomou O no1ne cle Cle- . ~g.~ò • ,llsl • Pn· 8 . ' 1 • ..., ' to da c·npela norn, para 11ssislirem a lo- singeleza. e fidrlidade do narro~ivu, tanto_ iuente VII. Xotifit·ada esta nova e.e . e do~ t>s :tctos oficinis da peregrinn(·ào. O mai'! parn npreciar quanto é t·crto que es· l corte.~ da Europa s6 Portuc:illor sufocavn. Mns, apesur clii;so, a mul· sa c·:1rt11 niio eru destinnclu ìt puhlicidu- e ei,iio Vantagens alcançadas pelo pseudo· tidùo niio se ufnstou do logar Hngrndo e, do. gal permaneceu fiel ao verdaclefro legado a favor do anti-papa cheia de <'01noçiio e dominndn pelo mai!. «Estou :1 es<'re,•er·le muito contente com Pontifice, TT1·bano YI. vivo entuhi:l!lmo, aclamu,·u u. Virgem, sol. um rnilagre que t1e acnbu cle realiznr ,leviu a pesai' de t udo Pedro tando , irns, ntenando c·om os lenços e do :l inten·essùo de ~O!!Sn He nhorn de J<'a· Solene juramento de D. Fernando ile Consegui Lun a do rei D. Fernando ou da bntendo 11s palmas. tima. Cmli peregr inaçào di> C'uduvol (creio Le da corte a Urbano VI J<;ntre ~ perE>grinos h,11 ia alii;uns c-ujn que ti cle Vilur) le,·nrn umo ent.ren1dinlrn raiuha D. Leonor que D. Martinho origem ~·strangeira f:foilme11te ~e reconhe· 1 h:1. 1·inco onos (jlltl os escote1ros fornm l'ublic:atlo o 1wis1\H1 rie Castela ua de ;l,amora passasse do Bispaclo de , 'é de 8alamanca, a 19 <le Maio <le Sihes para o de Lisboa, entao Yago. 1381, o pseudo-legaclo, Pedro cle Lu- Este bispo, com a promessa de ser na, passou l ogo a Portugal, esperan- Cardeal, trabalhou com tanta activiclo aqui a lt•ançar o mesmo trhrnfo. ,lade a. fnvor clo unti-papa, t1ne inMa-; os seus sofismas foram ref'uta- duziu o 1·ei a dar em casamento D. dos pelos Prela,los 1·eur1i,los ern San-1 Beatriz ao rei de f'astela D. J oao . tarem, em preRen,a de D. Fernando, ITenriqne, emboni rondeuado e detao clara e solidamente que til·ou re- poslo pelo Papa ,lesde 27 de Março 1 dttzirlo a vergonhoso silencio. ,le ]!!82. Foi D . .Mnrtinbo quem le.As actas deste c·o1H·ilio naeional vou o emhaixa<lor castelhano em sao uma obra prima de jt,risprurlen- 1 )forço do a11O seg-uiute preseu~·a de eia 1·anonfra, disti11guinclo-se muito D. Fernando em Salvaterra de Maenfre os et·l esiast icos Ruy Lonren~o, g-0:1. e a 17 de lfaio assistiu na Sé D ea.o cle C'oimbra, e um Dm1tor da cle Radajoz :i l'elebr:u;iio do MatriCaterlral de Yizeu. monio, que ns cortes de Coimbra tiD . Fernando at·eitou a re~olui;ao l w1·am jut-tnment.e romo ,wlo e in-

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CARACTER RELIGIOSO DA VICTÒRIA DE ALJUBARROTA . •

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va du l rì1i e os cumes rio!! colinn,i adja<'entPs e ja no re<·into dns upa.,iç,~es reinani um silencio >,agrado, a 1 1.ena~ 111t~r·

BATALHA - CAPELA ONDE D. JOAO I FEZ O VOTO A NOSSA SENHORA DA'.]VICTÒRIA

POR DEUS E PELA PATRIA

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cin, predominando os brnsileiros e os es- j busc·ar ao C"olo. Or11, pelo caminho, à vin-I panhois. da para cli, dizia ossim: ceni.io me doi na· Oe E1,panha estavam duas pesson.!i, ma- dnn. rido e mulher, est.a cloente, tendo por es( 'hegaram a AIC'Obaçu, npenrnm-1,e para 118 111oti,·o dndo entradn no p11vilhao clos ir· ao mosteiro e quul nào foi o Pspanto de enformos clepois de lhe ~er distribuido. a tod11. :t peregrinaçiio e do senhor Prior competen'te senho no Po,;to d1111 ,·erificn- que dnha rom eia, q uando a mu\herziçòes médicas. nhn cle.~c:eu pelo seu pé, .subiu a es<·adn Quando à pert:1grino(·iio de St>l.ubal fu. l.òclu e foi ajoelhar·se dinnte do altar do zia os ultimos preparativos para o regres. ~antis.simo. Que alegria para todos e paso, urna doente trazida por es.~n peregri- rn 1161, especiulmente por ser aqui que eia nnçiio, do norne Fernoncll~ de J cs11s, ~JUO a nclou pela primeira vezl Depois de haviii ,;ete anos se 1whava paralit1rn, s.1ir1>m da igrejn, organizarnm uma proqu1s que a levassem 110\·amente a capeln ci1,~flo que ,·eio a.té ì1 nossa cn~n, n can· das apnriçòes parn se despedir de N06su tar, com os estnndartes de Nossn RenlioSenhorn. Tendo entrado no s11ntu.irio, ra eia Co1weiçiio e de S. J011é. Que grnncle eia, que de modo nenhum eru cupaz cle é o poder de Deus, minha querida fimover,se, levantn-11e de repente e abrn· lhn, mas é pret'Ì1So tambem n6~ <;ermoi se li l111agem da Virgem, chorando de :,le· n,uito bonH para a~sim Nossn Senhr,r-~ gria e comoçào. :--:ìi.o 1,e potle descn•Y er no11 ouvir ............. n o que ~ntiio se pai;sou no recinto eia~ npaT1•rminn1los os ndos oficiais e .,cnl111a· riçòcs. O entusiasmo ,111 multiclìic,> ntin- do o entusiasmo produzido pela ('ura 11:l giu as raia!! do delirio u foi no meio dum pa_rulftica l<'ernnndn . da Jesus, 11~ perecortPjo de ruilhares de pei,~oos e do estron- grtnai;òes organiznclas e os p(•re.,ri!JOS dear dumn ovuçii.o for111icln.Yel ò. Rainhn isolndo" apressam-M! a reirec;sar ti~ bl.'IIS do ('éu quo a feliz peregrina fil' clb·igiu lareR di:stant.es. ao Po~to du.s rnril'icac;ùc•s médicas para a A multidiio imensa. que enchia ,> rnsto consta.tnçiio da hllll curn. anfiteatro eia Covn c!.t lria e que er,\ D. NUNO ALVARES PEREIRA. 'l'omou tumbem parte na peregrinaçiio, pouco infer1or ÌL de treze de .J ll nh-1 <'-.· (Beato Nuno de Santa Maria) em ocçiio cli' g ru~·ns, 11m1L menina do Por- con-se pour·o a po11co em dir~çito ii. e~trnto, de nome ~1nrgaric11i Duarte de Sou· d:, distrit:11 e aos caminhok e aiull10" ti,, QUE SE VENERA NA CAPELA DE S. JOROE zn, cle ,·intP e tre" nuos dt> idade !' a qul'm montanlm. Apenas n peregrinaçiio cle Loi· ALJUBARROTA doze rnédico!> tinhnrn dito que pnrn se n1- ria se cornserva ninda em volta ,!o Pa, i rar pred,in,•n nbsol11tnmente ile 111zer lhào reznnclo as ultimns preces, l'uzenclo ,ompido <le H'Z .-111 qnn111k1 pelo (•anlo dalii:um pegurPiro ou pel'> pi~ f1111t'• rt'o umn opera~·iio. ,\ pobn• mPninn preferia as dt'rracleirM despediclas. morr('I· a sujeitar-se a essa opnn1;iio. O a"tro-rei aindn inundu,·u l'Olll a rua da.~ on,, 111x·tur11a'-. T'is1·onde de Montello C'hei:i de r·onfiallça nn bondacle matt>rnal fina poallrn de ouro ,,~ ~:intuario, da L'o·

A Missa de um Santo Levaram uro clia. a S. Filipe NeI"i quatro irmàos israelit.as para ele os c-0nYer• . ~. O ~anto re1·ehe11·os com toda IL afeiçio e ca1·icina i;cm lhes dioor nem uma palavra sobre religiiio. Depois de alguns dios, pediu-lhes que se enoomendassem muito no DPus de Ahrahii.o, de Tsanc e de Jacob pnra que Ele lhes inspirasse o conhecimento da ,·erdndeira fé. Depois, cotn grande Amor de Deus, ajuntou: ue eu amanhà a llissa, pedir·ei por v6s e farei Yiolencia n DPth». Mais do qne isto. À outra pesson disse ele: uAmanhii, :i mi11ha Missa, elei diriio o simn. Chcgacla a mnnhii 06 quatro jove~ judeus resistinm mais que nunca; e além disso, tondo estado a dispµtar algumaa horas com algumus pe!:~oas, fica.rom maia finn06 e obstinados na sua. opiniiio. Mos (coi'-n ndmir1hel !\, e nqua nto S. Fjlipe ~eri dizi'll. 11. M i'-'lll, mudar am subitnmente e, cheios de alegria, pediram para ae fazercm t·rbtà<>l>.

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A' caridade dos nossos leitOres \Turias tH•,so:is ~o nos leem dìrigrdo para c111e por meio deste jornnJzinho rec-onwnrlemos ti ca rida de dO'i 11051'-0S leitores as suas net·es,;idndes. Eut rP l':,tns e~ta umu esposH que pede n <'OllVPr-ao cle ;,.eu marido e a forçn ne<es~nr1.i pa ro nào s11cumbir nesta prova 1,or qui' ~osso , enhor n faz p11ssar . Ei.pE>ramos que todos 1(niriio ns suns intençòell as preces que a N . Senhora fazemo.., poi- 1->,t:1.., necC'~sHlades.

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Vo7 da Fatima

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IX, .,e1s ano, .\ 011tro 1r111à.. : 1 uQuericlo irmùu, t>eu, :weita o meu pareutesco -.em 1fo,pensa do ,erdadei- Madi·e lgreja pelejamos contra eles; mats tarde, <lirigindo ao 8r. D. 0 Joiio 1. a Buia «Divina disponente ,,anl!ue •' ~ t·om al,•J!rin que lho dou. Forro Papa, T'rbano VI. vel'eis hoje corno siio vencidos; pomu o teu c·on1çJìn ao <':tlor clos santos a(lbiclem 1·. tJO) rem em nome rie Deus e da Vùgcm clementiu » de '27 de Janeiro de t:ramento,. Xii.o r<'<·ue~ nunt:a deante dos 1391, lem brava ainda com sumo louobi.tut·11los que 1-e opu:r,erem u reuliza(•ào ·,.ao e suplicio do bis o . t ,1Jal'ia,_ cujo dia é amanhli, sejamos Tru'I . . P rn ruso todos iorl.eR e prestes para tornar de- vor o duplice triunfo eia 'anta Sé, do teu ideal. .. n A. snn ultima ,·unn é paro n ~ua noide L1sboa, D. Martmho Zamora les vingan<;:.u. O su<'es1>0 é conheci- alcançaclo nas C'éìrt,~s tle Coimbra no 0 è\Cto cla <'leirao ùe D. ,Joiio l. e nn ,·a: Conforme consta do Bre,e «Sedes do . Aljubitrrota foi o tribuna! onde uAm:HltL Luz. Ehcren._te e,,tu carta nos ultimos momenlos eia minha vi,la. ~osso ApostolLca» de 4 de Novembro de se 1lecidiu a contenda, niio s6mente baialbu. de Aljuhnrrota. Assim a Buia autenlita de Boui- Senhor a,·e1tou o $1tcr1fido da mi11ha v11:313-1 que Urbano YI dirigiu de Ge- sobre a iudependencia nacional, mas nova ao Bispo de Lisboa., os ci.dadaos tambern sobre a indepen<lencia cato- facio IX quasi mutonisou tanto a da, O 111,rn ,;:1n11;Lw , ai 1,er derrumodo até 11:olu 1rnrn confessar 11 fé n'~\queJ oiio da Veiga, 8ilvestre Esteves e lica. O lriunfo de Portugal sobre e lei c;-ao cl.e D. ,Joao l.o <'Omo a vit.o- :i1•• ultima que é o ( 're11<lor de to,ln.<: :i~ t•oism1. A Est.evito Afonso e outros, uum e:xces- CasiE'la foi o lriunfo do Pontifica ria de .Aljubarrotu., alrihuindo-a:; minhu l1>mhr11nt;n nnnc·a tE\ nbandonou e so <le deiliea<;ùo :i verdadeira causa, Romano sobrc o anli-papa de Avi- ambns ti intel'Yeuçiio de Deus « trium- sofro porque lt>nho de deixar-te. Eles p.hum clivinitus reportasti». Assim prenderam-me e dentro l'lll breve din·me 1uataram a D. Martinho Zamora e a uhiio. é que a g:l oriosa. Virgem Maria, ou- fusilur e niio ha J>O"~ibili,lad(:' nenJ111ma G om;alo V asq ues, q ne fora prior se()fon. Lusi t. P. 8, 1. 23 <'. 31) hnmnnu. de e"copnr dnqui. Yinclo os votos do Mestre !le ATiH, F:,lou nas miio,- .te D,:-u~ e Ele bem sa· culnr ria igrejn <·olegia<la de , '.ta int.t>rvt>io na batnlha e fez que ce- he o qui:' ho dt- de<:i,lir da minhn ,·ida. Roma celebra o seu triunfo com :Maria de Uuimaraes, por iuteutalE'b1•açiio do seu tri unfo se j untasse C'ont'ormu-tP port.i nto, pois tal é 11 von· rem eulrf'g-ar a cidatle de Lisboa uas a vict6ria de Aljubarrota 0 nosRo na vespera da sua festa d' Ah- tade de 1).,11,. Het·ehl' a saudode ùe um IDaos <los s~i·miaticos. Foram mortos ,-orai;ii.o <1111• te 11ma nté a morte e conti· A celebre vitoria de Aljubarrota sunc;-ao, a 14 de Agosto cle 1385. uuar.i u amur-tt" 1w eternidarle. Todo teu sohre o'! tE'lhados da Sé de Lisboa, e Para cumprimento do seu voto <lali arremesi,ados no adro. Arrastados resoot1 t>lll toclos os estaclos caiolicos 0 .Joao. pelas ruas alé ao Rocio, ia diante um e sobretudo em Roma, que justame11- mandou D. ,)oao 1. l evantar em Dens tinha clo fac-to :lt·eitndo o genero· rustico chrnd1J <>stp pregii.o: «J ustiça te a teve corno ima, sendo òe suma honra !le .Vo.~.w • l'llhora da T'if<wia so 1mcrifit•io de Juiio Ilonilln e conceque manda fazr1· nrJs.~o .~e11hor, o consolaçào para o aflito coraçii.o de esse sumpluoso monumento nacio- di>u-lhc II palma do martirio. :Mais aioD rlmno V 1·omo o golpe mais ternal da Batalha. onde amanha PorPapa r'r1Ja110 l' I n este fraidor, sciseia lhe C'o1wecle11 u honra cle morrer cruma/il'O, r·a.~telhn11u·, porque 11ao ti- rivel desfec:haclo c-o n lra o sc:isma. iugal celebrani oficialmente tao C'ifit-:1do c·omo ,J1•suR no ('111\'urio. J<'oi p<>rto do lllE'io dia, a 1:l de .\bril, 11ha co1111111liao cvm a Sarlla Madre Nem a lemhranc;-a clela se apag·o11 gloriosa data. qne n !'M'11111nlh:t dos Roldados, espuman· I u,·eja. » do cltt l'IIIY:t c•onLrn ,Je,-,u,- C'risto por ser Deste t>:x.1·Psso, (J\te de forma 1wpr.-cisnnwnte st•xln-feirtt santa, <,e lembr:1ra111 ,1,.,. parodinr n Pnixii.o do ~enhor, nhumn f inhu sido aprova.do por Ur- . c1 uriril':t ndo u sna l'Ì timu. bano 6.0 , foram depois peclir perdao ( lwgado :w 101,tnr do M1plic10 pe<lrn o ao mf'-;lllO Urbano YI, que lhes manprisioneiro 111w o deix;i,.~t·m rt>zar pela ul· clou a ab,mh-içuo pelo Rispo (le Lis lima 1•ez. Ajol'ihou-~e I' orou, pn,;snndo boa. D. ,Joiio A1111E's. • lenlnment,, u, t·ontu'< do r0sario, depois ,ofrim!'ntos siio inutei-;. Qu,• lnt:1 :itroz, Juventude cat61 ica t•...c·rt-,eu ,dnda 1111111 p;_;dnt:o de papl•I e,ta Anles de c•o11bert>1 Pste tim 1rao 1s1qwricll' 1i~ 111inlt11" fnrças... Sou de car- ht1hlim<' profissiiu dt> fo. J-:11 uwn.fi por <·o de D. :Martinho Zamora a 11-, ,, n ,·arne g1·ita para me ohrigur a ( J,;x traimos t·om a òc•dcla ,•enfa d-0 fuj!ir no s111·ril'ic·lo. Dai-me i•ora11:e1n, Se· ])fui, .fo,io .llu1111rl Jtcmil/u. curia de .\.viuh1io, onde se nchava o A tara m-110 entiio a unrn cruz, no qual fi~lensagriro cle ~larìa) nhor, e l'ntusiasmo. Rt• Yos agracla a a11ti-papa, <'lemente VII saben,lo òa Joiio l\fnnuel Ronilla era presidente c·ruz que f>Psa snhi't> miw, 11c·eito.:1, , e- 1·011 t•xpo,to nos mai,; M1er,e" (1-t•arnt"O~ dos morte de D. l<'f'ruanclo, elevou D. dn j1n c>ntnde c·n toliC'II mexio,Hrn em nhor, 11111, niio me recu~eis o que Vos al,zor.e~, que 110 lw1'01co JOH'm qui,eram Martinho ., E'mi11Pn1·in do Cardina- 'flalpon. Do seu t-ro halho !iUstent;l\'a a J)<'\'O · cln i-111c a ,·ossn p;rO('ll, mais p;ra\•a n•pelir u, 'lt:1!11'1"' d11 pn"ìio ile Je1111'> Crisfamiliu <'0111 q111>m , ilin e que extremo- pura 1;ohre11,uuruliz11r oi, mt>u, :1t,.'j(os e to. Passuclih t1·1·~ lioras fnzilaram, a8Sim lato. s:llnPnte amnn1, su:1 miii,\ ja 1closo, ir- pnru nào c)pS(J(1ro\·onr u111 ~ti momt>nto. O t:rtl(·ific·nrla, 11 ,;11:1 dtin111. ,\,. suas ulti· (lhiclem P. 8, l. 2:1, e·. 8) mns pala, rns forum um µ;rito Yihrunte e miio'> t' irnuh. men d(1S(1jo t> ,er o trin11fo et.i, 11oss:1 t·,1u· sonoro; ul'•ru /',-i.,/o Uri! Qu:indo vi11 esgot.iulns todos os meios Nit e mnrr1'r. 1<;01 1 ·0M;n1< mii1os eslon, SeUrbano VI, pediu os pormenores l<>g11 is o pacific·os pura re<•onquistar a ljt:rn 111 :I da t ardt• de sPxl11 feira sannhor, e V61< hi>111 sufiE>i~ o que fn1.ei~1>. l11 clP I 92i. da batalha de Aljubarrota herùnde J>1u·11 11 lgreja, ,Joiio allsLou-se Paro a nossu c·ounrdin c(panie ctos mais Uoen-se o Papa, <·omo boro pas- na~ LMpn~ hherL11clor:18, niio por amor <la g1;erra, rnas simplesment<i porque julgou IH.'q11e11os s:icrificios, estus pala\'ros hào-de EXPLICAçOES NECESSARIAS tor, da 11n11lant:a dos <·ast~lhanos pa- ser PsRe o ,eu d1•q•r. No dia da sua pnr- nos envergonhnr. 1·a o :inti-papn, e dPpois de esgofar tida puru n lropa entregon como lem- Do1.e dia,i a1wn11s ante~ di."' morrer p,-· tem dil'eito a rec·eher a roz da toclos os mcios ,uaves e sanfa:,; brança a ,iun irmii Merrè11 o proprio re- UP\IU <'I<>: flati 11ut pelo c·orrPio quem enviar 1 ,.;J de .\ bril. Di> manhà. Domingo... a1lmoe-,taçòPs, proct>Ùeu por tenno:- trato oom a '>t )!:nint.e dedic•aloria: «Para m1nha irmit Merres. Tlnlpan D. l)ia cle 011, ir mbsn ... l\[eu J)eus, eu ,·OH adiaula!lamente o minimo de dez esjmlit'iuiR ti ex1·omunhao e deposic;-iio I•'. 15 clP 011t11hro de 1926. :\Ierciìs, ofe- amo c-om lod,1 a m1nh11 alma! g· por ii;so c·uclos por 11110. do rei, o qne foi e•wruplÙosamente re,·i n minlrn Yida II De11s e ,·ou lutar q 11 e i>u ciui~ sofrer. Entreguei-me todo a 1f 11itns pessoas, i;abendo que lurespeitarlo pPla, cortes de Coimbra, por su:\ santu 1·nuM1 •' principalmente Vos. Xii.o \'os pude rec·ehPr sacramental- do reverte a favor da maior expane por isso lhe uuo 1lavap:1. ja o litulo pelo., mpuq. ],;~pero ciue Ele :u:eitar:i <> mPnte, mns em e<;pirilo, !!im, espero eu. sao do joruahinbo, de que tilm simeu ijJH'rificio e em lrcx:a vos dara n vo" ... :\Iiie tlo {'éo, protegei a minba M.iie dE' rei, mas o de J ofio li en r-ique.~ que bodos a JHIZ do •·Mn\·iin e a .s:,h·n\·ào clas e Luz <rra 11 sua noi, a) e n11 hora da <lo clislribuidos mais de trinta mil se clwma rei de r'nMela. Ora na Bu- ,·oi,sus ahnas: é n men mnior clesejo, pois minha mortP recehPi·me l'm ,-o~sots bra- mensnlmente, teem g-t>nerosamente la «Re,q1111111i» cla sua deposiçao, ex- bem conn:-nddo eslou da mel>(JUITlhez da (,'O!>n. euviado quantias maiores. peclitlu em Roma u 2i de Março de viclu. Guarda Pslo rt.>corùaçiio e lembra~iio mancla.mos fazer a eobrança t.e de mim, do t<'II irmiio tnnis ,·elho, que Xo clin 15 de Ahril, de nrndrugadn, 138~, reve~ltdo o Pon tifice de espi- s6 quilll a vo~sa felicidnde e que pede O foi np1111lrndo polo~ soldoclos cle Cnlles. pelo l'Ol'l'eÌo. ('ada Ulll e,nviara Òirito profetico, prediz miudamente o Deu,:; pe la snntifiC'11çiio dn!I vossns vidas».- A sen irmiin escre, eu O seguinte hilhete: rectamente n irnporta.ncia da sua que n<·onte1•eu n 14 cle Agosto de Todo o seu diario de <'ltmpanho, de que «Hoje, i;ext,a-feirn sirnta. Dia de tris- nssinaiura em <"nl'ta registada ou ,·nmoij <-'xl,ra ir :1penaq algumns follrns tezn. Ac11hnm de me fnzer prisioneiro. 1385 . 'Vale, nao se atlmiranclo de quP se (Mon. Lm1it. P. 8, l. 22, C'. 41) soltn'!, mostra he1n 'I> fogo de amor de Vii.o·me fuid.litr. Rez1t por mim.u Deus, que lhe guirini os passos: Os solclad0-~ dehnrum-no escrever aind,1 nito ac·u'le 1og-o a ret'ep('ao porque ul 5 de 1\Iart;-o. Ah l Senhor, hem saheis al11:11mns pala, ,·ns rie despedida a sua fa- n em sE'mpre é pO!!siYel. 0s portuguéses em Aljubarrota que ,·os nmo e que é por ,·osso a,_nor qu_e m.ilia. Siio rC'liqnini..-.li> nm c•oraçiio terQuém de:sejnr obter ag-lla da Fatisoldados de S. Pedro luto e sofro. En ,·o,; ~fer;ço. n 1) 11 nhn "._1- DO e amante, qm• sohrenatnrnlizon o seu ma pocle ,lirig-ir-!-ie ao ~nr. ,José de 0 8 Desde o priuc·ipio da :Monarquia da ? mef "ai'1v.ne. F. yos, mmhn 1\lae nmor 11:. uniìio intinui do sua alm:1 c·om Almeiclo. Lope-. Fatima (Yila .So> • • do C'eo, \ _6.., ,em ,11he1,.,_ quanto eu sou Deus Jlllrll cuem ,ivin. 1 qu.e os l \.e1s se I nculcn vam ao Papa sincero. D1ze1 n ,·osso F1lho que se com-j ' Ya cl 'Ourem) que n isso se presta <le como sol<lados rie H. Peclro. ~unca pac!Pç,1 d" n6s, que j1i i.em(lo que Ele .\ i;un miifl· hoa Yontade. Posto quP a a:rua seja porem os Portugue1,1es mereceram 1t-ine n11 minhn palri,1, de que Y6s soi,, ul[,ìe nwito amuclò1, é o ultimo a<leus melhor o glorioso IIOllle de sol-"ados H:tinlrn. Disseste~-110,- qu" no,, amw•~is, CJIII' llw ein io. DeuM :,.o,..,o ::ienlior assim ~ratuita hu a c·ontar 1•01n o preço do Y 1-,pnhnru, mo~lrai·o :1~or:i. Oferecei e"le o quer. Rem s1•i qunnto o ,,.,u eora~·i'io rec·ipieute e pmtP do l'orreio, etc. o di! R. Pnlro, do que E'lll Aljubarrota. incem,o de ,ec·rific•io I' as' ,·idos tlo,, Qlli' rnì sofrer no ler ,,to. . •\ mim o pen,.a- que tu<lo rhi aindn urna quantia que • El-rPi na missa lomou do Aree- , uem no t>omhntt>: os et:to:i heroicos de mento ,le qu,· n , ou cle1xor sem mt>ios a alguns pare1·eni elE'Yada. bispu Primaz O sinal ,la ('ruznda, mfies e de e~pos11s que deixarnm Jl?rtir cl" sub,;i1<t<>1wm tortura-me ,t nlma. MoroccesfcoD que ha via COlll'.e!lido contra Oi- ,;cib- com l'e•il(n:l\àO o~ que arn11m, ofer~e1 l11· ro trnnquilo, isso ~1111: é neus 0 ~,,0 8eclo issi) ,1 pecli pura nos a hre\'e hbert:t· nhor qne nw citi lor\'lls. Xii.o c•lrnre; reze mn I i<·O'i O Papa D rlmuo YI, e foi c:iio. Bem t•onhe<'eis, 6 minhn if~<', 1u,111· 0 resLgne·sP. Na 011trn \'Ida nos nniremot1 Esmolas obtidas em varias igrejas quindo da distribuiçio da uma !'l'l!Z vermelba cl<> JSeda que poz to urnho sol l'ICI,• d\!,tlC' q11e lome1 :1r111;1-.. · parn i,iemprl'. Oferr(·n o sa<'rificio das voz DA FATIMA I no peito; e Il i111ìia1:ao de El-Rei pu- d~te!l·ll1l' (')10r1u· O Sl\lll,!;ll(.' <lo ~('U lOl'n- suns lagrimas por tantos irmàos ll0"808 ~eram os mai i-; ,.j m ilhaute~ rruses, a çii.o <·01:n n r<·1·or tl:1C;ào dnq)wlc•s que i•oinu qut• e~Uici C'<'ftO~ <-' niio querem ,·er. ~,, igrejn clo SR. ( 'orn~·ùo eia V6i,i Ylro111 os meus sofnmentns ... ~em ~ .. 11 rilhu que 11111ilo 11 nmn ,Jesus, pur 111~0 dn Rx.ma Rl•nhoque nP •Wg-11iu n het1<,'iio poutifical do c·onwr iwm lwlH'r, t> quanta!! vez<'s !WII, .Toao r.1 D. Mariu Mntilde ('1rnhn XnArcehispo, t'lll que puhlic•ou a. lndnl- dormir, ,his1•nn..;anclo npenn, :;ohrP a ter· A sua n·mii: ' iM em A hril de Hl:?8 . .. . .. .. . gen1·ia <la c·nvacla l:loleoemente » rn nun, ~·om frio ~ue penetr_aYa os os-1 uQuer1da irmù. .\ pro,1111:1-,e o 1nomenX a mesma ìgr1•jn por i nter( J bi. P. 8: 1. ~;3, e·. :!8) i;os... l' omd 11 .1)()r c·imn .0 sofnmeutf mo· to <lt> dPstwdir·nw de ti para -.empre. med i,, cl,1 mesma Sc•nhor:1 l'nt 14 O ( 1011,ll•stan•l D. X uno Alvart•S 1111 clt> ,·er 11 111 ''011 "laiWJl dos que utnm l)pu-; :-;osso Sc•nltor qui.~ tmnnr o meu clt• Jnlho cle 1928 . . .... ..... . liS.65 . J l ] comnosc·on. ,-nngue ,, a mìnha dda, Esto11 tranquilo I clPn\, iclPm .-111 21 do m / m(•, 1:3~30 l'ereira em >l'OU ao~ '-O darlos QU<' ('01110 eram (lrorumlo~ e"~t.'s sofri111c>u· tlea11te do -;nt·r1fi<'io, 11111, sofro t·rudnll'n1\n 1~rc>jn cle S. Ti:11<0 de Ce· c ali e:-;taYlllll del'end!3ndo justa cle- t-0s, os moraiJI e intniore, _sohretudo, tE' ao pen,..ar i•m ,·o~ t•l<IO!! . zimhru, por mào ,lu r~, .11111 ..;enho1;11an1la pelo rf!i_n~ t' p~ln San tu Jgre- 1 trnm,purr, e clt'-1 a l~•li,-sii~a .pagina: . ~[i11h:1 pobri> miii' ha-dfl sol'rer mnito: rn D. Gertr11dP, clo ('armo Pintn, ... ....... . JU c·outra 0 , s1·tsma!Ic-os. » u:\teu Dt>m,, srnto f.,lt,,r~me a <Or~- nh I que 1•stes 11ofrimentns nlc·nneem de Pm ,Junho cl~ 192R 11 · l l . gem. Pen-..o t•m fup:1r, l'm dN:rnr e-,tn \'J· DPns a c-oiwer~ii.o rie tanto,_ regos quc> , ). a nw~nlll iJZrt>jn por i nt.er1', 0 \.E"I ~mll lt'lll eone UJU a Sua d:i dr prirn\·i;e!I P c•orrn parn oude fit'Ou niin qut-rem ,r•r. Qne ,1 Snnti,-im:i ,·ir· merlio do nw,111:1 <;;pnhorA e1n ,J 11· breve fala rl1zf'nrlo: «l'or no,,:-;a <le- 1 a 111i11lrn fumilia. P,1r(l(·e-me que os meus gPm tt•nhn em c·onta .,,,1,...., ~ofrimentos., lho dt> 1928 •.. . .. .... '. .... ce.vtuo1iu, por haver impedimento de fensao e - ao rei no e da nossa santa tao cedo. BoniiaC'io

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MARTIRES 00S NOSSOS OIAS -------1----

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Voz da Fatima

As curas de "FATIMA ,,

ga, o pr~mio que a Justiça Divina quiz VOZ DA. FATIMA dar a ~mba Esposa pela paciencia, pela c~n~tanc·1a, pela dedicaçiio e pelo 86 iDespeza rito de abnegaçiio e sacrificio com que du'l'ransporte .. . . . . .. .. . 112.057e-to rante dez longos anos tratou a minha Papel coroposiçiio e ìmprPsdoenç1t e co1:1111artil11ou os meUB sofrime;M siio do n. 0 70 (49.500 E'X('mI . ara Emllla Fernandes do, . Cque foi se1upre para a rloente nm t~, e tudo isto sem jamais perder a sua plares 2.832$5 \ ~!ariana Teodorn d'Oliveira, de Vilar marido exemplar, nùo :se poupando nun· fe no pod~r ~ ~la misericordia de Deus. Selos, ~;~1b~Ìag~ru~-- ii,:anspor· (Cadanil), . em cart:t de 20 de Julho, diz- ca a todos os trabalbos e despezas) a A _Provi!3en_c 1a, porem, nos seus iosontes, gra, 11n1s. e:iqwrli~·ào sua mortalha. dave1S des~m.os, quiz fazer obra comple· et<:. uos o segumt.e: 1 013 ~6(1 «Cheia de alegria venbo contar A V. Contando ele ~ sua grande <lor ii miie, ta: no restituir-me a saude do corpo quiz ... ... .. .. ... .. ... . •"' Re,·. o grande milap;re que ~ossn Senbo-j estR senhorn veio ao Pera! ver a doen- dar-me t~mbem ~ da alma, reacendendo Subscri.-.ao 115.003$.',0 ra f~z a uma peregrina que foi na, _ te, e trouxe com eia -o ex.mo snr. Dr. nela. a fe e r~av1vando as cren~·as quasi .,. regrinaçào do Vilar no 'diu 13 de Juhieo Bruno, _do Bombural, ~11;~ ao ver a do- p~rdid~s; e o mstrumento de que a Pro(Setemlu-o e Outubro de Hr2i) a Cova da !ria (Fatima) ùe nome M . ente fo1 da mesma oprntao dos colegas ;1dencm se ser1:iu foi na verdade o rela- E_m·iarum dez e!:!Cnd-os parn o jornal. ~ia Emilia Fornnndes, de ;38 nuos Je tratar·se duma, j!;a)opnnte. ' o que ~'x.c1a fez da sua cura no jor- Jac1nta da AS!llllupçiio Marques, ::\far· • idad_e, natural e· residente em Vilar. Tem O Or. :\fario do Cadavnl, gue cont,i. nal, do Fatima. . das Doros _dio Arnal :M. e Castro, Ludo sofrH!o desde a idRde de sete auos de nuou a_ ser o seu medioo rec·ebin oodos U~mpre·me, pois, agradecer-lbe, e viva- v\na de Oliveira Santana, Maria Irene d.1 uma perna, i1:1to é, doen~·a nos ossos, os ùms informaçòes emiacla~ pelo SenJ1or !11e~ e Pt>nhorado o faço, a contribniçao Stiva Passos, Adelaide Salclanha, (.'a11d1~11s ha c1nco anos para l'ti as dort>i, tém Raul de Se~xas Pah·a, que e~a quem por rn~1'.·.ecta que yor merce de Deos V. da_ Gomes _Delgado (20$00) i Pl.'rp('t11.1 sido tantas que a impossibihtavam de ft~,·or e c·ar1dade lhe da,·a todas :is inje- Ex.ci~. trouxe a cura do<i meus sofrimen- Se1~as, M:mn ~os ~antos Aniio Ro:,a. P. t• andar; 86 com o auxilio cle duas mule- çoe., <1ue foram 11~, porque o coraçiio tos' f1s1c-os e moral.'s. jose Mana R1hnu, Mnriu Ribnl1, ~luri,1 t~ ou no colo das pessoas de fnmilia. Xo tambe1~ Pstavri mu1t1sJ1mo fl'aco, chegan· l -~ nmpre-no~ :>.gora, c~mo V. Ex.eia bei.n Augusta Paixiio Gomes Amelia Bro<'il!l.<Ìt> dia 12, ao ·chegurrnos n Fatima foi oon- d1~ p_o1 trl''I ,~z<•s a Julga.Jn monbunda. d1z, _mostrarmo-no;; d1g11os do benefiqio Mari_a Adelaide Ahreu: Mnximn Ro:,ndu, duzi~a em ma.ca pelos Serntn~, qua n Ja tmlia l'e<:eh1do, ll seu pedido os uJti- receb1do, c-onfessnnclo alth-umeote ns nos- Adel_1:1 Gonçal:"~ dos Sant.0:1 Bnptii,lil, trataram com 11 mitxi-ma caridade. ~o'! sacramentos. Emfim todos de fami- sns c·renças e esfor(·ando-nos por afervo· ~far!a Tzabel S1h·a Baptista (15$00), ] s_?urnnte O tempo que esteve no pud· h_a ~ pessoas 11111igns rogavam a Miie ·san- 1 rar a~ _dos outros, le\·nr n toda a parte mt>n1a Cuulia, ,\ na dti Jesm1 l\laria dtlb.ào sent1u dora· borriveis. )ias ii ben- tlssuna Pe!ns suas melhoras, sem que fos- a_ nobcia da nossa cura, contribuir as- Meueze.s d' Alarcùo e irmù, lla1Tl'iin.1 ('o,-çao do Santissimo Sacramento as dores st:mos ouv_1dos, ha,·enclo lres semanas, qoe "!lll. para espalhor o eulto de , . S.• de caes, P.e Tc>mib d'Aquino Sih :ire~, l\fadesapareceram~lhe, e sentiu urna alegria 1111 0_ do~m1a_ com fnlta de _ar. I 1•_ attm:t e fa7,er enfim t-odo O hem que 88_ Tit1 Rduarù11 )iuta e.la Co>1ta de Lopt'-. tiio grande que leve \'Ontadé de se le· ~o dia_ 1<> de Agosto fo1 vèla 11111 rnpaz ttver ~w no~ a_lcanse e que nuoca sera Praça Cunhal, ('riijLiano (.'alarlo ~Jend'-.._. v_antar e começar II andar, mai, guardou noSJ;? am1go, da Vermellrn, e per~llntan· de ma.ti; como tr1Luto do 11osso reconheci- (20 00), Mariana Je Jt·sW< l[end, llnr· silen_c10 aU AJcobaça aondt• todoi 09 pe- <l~ ll do~nte se esta,·11 melhor, esta corno nien,to para com a bondacle de Deui;. tin'l (20$00), Lniza de l•'rt>itas, Laura regrino:s tle.sc:eram. Eia JUntaruente desce nao (>?<ha falur d!sse que 115.o, por acenos. . E Larefa_ agrada,•el de resto, porque do Quaresmi1, Ludovinu de Je•ms Lo(lt! . St-oome<·a a andar clireito ao ;\foqteiro, so~ . O dito r~paz ~hs:e-lhe: Peçu n seu ma- I s~u cu111pr~~ento resulta sempre aquela ba,itiùo ::\farqueis, Fr11nci~t·o de Pan a Bobe os degraus, entra 1,i•la igreja 0 pros-. rido que \a a l•atuna orar pela menina, p_az ~e esp1~1_to e nqot•la alep;ria de cons- léo (15$00), Josti Pae~ do:- San1-0~, _\nrotra-se de joelhos, u n11:radecer a :'.'fossa que tenho f~ quc melhoru. Pouco depois <'tencu~ 9ue Ja de si t·on~tituem mnn gran· n1 .\ntnnes, Curoliu:1 Pedrosn Ramalho8Pnl1ora o r_nilal(re que [h(' tmha feito. ~hl'l(a o m~rido e _eia a _inuito cui;to, com de fehc1dade mornl. Cast11nho, Maria Petlrosa Hu11ml110 Snn01;. peregrrnos todos entusinsorndos de ,1 f~la_ m111to sumida, ~1z·lbe: l\f urio, "ai Lamento 111ncer ame11tl.' que O desastre t011, l\fonuel de .Arau10 Pereira, Mnnuel alegria, arvoram 118 bandeirns e formnm a J,ntrma ped1r por 1111111 r>orque eu que- que ciofreu, tram,tornaudo-lhe a ,,ida eco- José de Arau1<>. Antonio P. V. Fnlciio, u111a_ procissào pelas ruas de .\ lcoba~·a, e ro ,melhorur. _ nomwamente, . obrigasse v._ F1x.cia u se· Joat1uim Perein,, \utonio ..\.uACusto :--oeia u frente com as muletas nn mao l' al i:,essn n1esm.~ tardi' segu1u na compn- parnr-se dos isens,_ o que e spmpre ùolo- vais (20$00), 111aria Catarina de ('arv.1· and~r . perfeitamente. Todo O povo :mr- nbta. de lll('U ftlho ~fnnut.>l po_ra Le!ria, e r_oso_ para q~em vive no culto dos afeotos lho, Gt!rtrudes Ptres l'orrèa, .\deluide pree~ ftdo _perguntarn O que tinha ha,·ido no d1?- 16 fo~n111 n çova eia Irta pedn· eom fa:uihar;s. _E,~ton certo, P?~em, de que N. Salgueiro Silva (12"'50), Maria FPrreira e nos cheios de fé c•antin·amo, 0 ._ lom·o· 0 _ mu1or for, or a :-ìo,-,a Seuhora do Rosa-, S. dp Fatima o vae aux1har por tal for- Ro<lrigues, Joeé Antoni-o Gom,11lw,, Ter& a Virgem. I rio,, as melhorns de sua mulher p irinii. n_ia q~t· em br~,·e pOR.qa refazer 8 sua reza de Jesm, (.'o,-tnre1ra, P.e ( ·onstau0 _llev. Puroco dl•sta frt>~ue,.ia ciue foi Cbegaram a casa :is 2 h~ras da madru- situn,~·ao_ ~nom1ea e voltar ao com•ivio tino Nu,nes V11ole,,, Eruif'lì~1d1~ Vi_centePre.s1denw da p('regrinaçiio anda 11 cui- p;ada, traz('n~o n agua l\!rlngrosa, dizen- <I_~ r, ~11111!~ que '? t>btt't.>me~. A Providen- Hort,) ( n:rnllto. , I eocloro l-:1r1u '.\e,~· dar do" nwstado5 medi1:o1; pura endar a) do-lhe n mando l'Om ttmu fé ,·iva: bebe e1,1 nao po<le_ cleL,car de c-ompletar a sua f'.alm1ra Vrc!nte &i11n•s. J <>11n~ du Esp1redacçiio ria l'": d,, l:'6t,ma l' faréi lodo <•s1 n agua que melhoras. Pouco depois oh_r:i. Por minha parte 11inr-cramt>nte de-I rito S_anto Neve.. (20 00-, L~c-111110 L*'.ano relato.» a.dura.se ,1 fala e :is .i_ bor~s dormia 5 mi- ~~J~ que a !;au_rle lhe nào falte e qnt> a dro ~>1re~ (3.'l$00),. Ana_ ::\fore1rn du _S1lva. uotos e no dia ~eg111nte Ja dormia um 'Hfa, no exerc-1c10 da sua profrs!4iio lhe Eµ;reJa., rere-;u G111m,1raef!, Ak1110 C-,e~ho Emilia Rosa Gonçalve.s, do Pera I, con- qunrl? de hora. c·orrn o melhor pu.-.sfrel, de man,eira' que d~ ,.Sous,a,, .\ll~rLi111 ~raria Vaz. Pere1ra. celho do Cad:n al, Yetll hoje (carta de 15 .\ sun fornro aumento mio Il!! melhoras e em breve tempo possa voltar a sua terra (22 50), ùarohna .\11~11sta l\1ore1r11, And~ Julbo) cumprir 11 sua pro111es~11 pu· no <li~ 23 cle .\ gos1Jo chamnmos O medi· 1e dar·mp o prazer de O abra~·ar na. 1,na tonio lgrutcio v· . .,,,t,·, Gnilhenniua ('abhcanclo na Voz d<1 Fdfi11w o grande mì- co n!;St~tentt>, Di:. '.\!ario que ficou snr- pnsxu~e_m J?Or L1shoa, ~acho rle G?'1ve1a, Olg:u :,.; une_.. Pere1ra iagrp da cura ilt> sua filha '.\fnrin l\Ia- prePndtdo e satr<1ft>1to de a Yer c-orn 08 Oxala p0111 que em bòa horn ~enha aber- (.{0$00), AJzirn ?\()g11e1ra, :\form .\ugn_snuela de 21. anos, ca>,nd11 ~·om :\lari o Dias pulmòefl limpo!I. to o 1;eu consultorio. ta A.IYt>l>. llernardi 110 de Almeidu. Ameha Frunco, residente> ua Qu111t:1 ,lo, l--alga· X-o dia 29 e !l() de A~o,,to, renlisanclo-st1 Eu t·onti11uo 11unH1 excelen~ dispooiçiio Viana C,lrvalho Sautiul('(> ila ('ruz, n~1a do·, coucelho de I euiche. . 1 aqni a fes~a ao :\fartyr R. 1 ehustiiìo, a ,le c·o:po e _de e'Spirito, t·om umu saucle ~;;son <l11 Hon·alb1~ (50$00), Ernestina Dando a luz 11ma roenr11a 110 d•:1 28 de rl°!'nte p~drn parn o. :issentareni noma cu· qne eh~ n dia se tern vindo a robuste-c-er. (;orlez Lapu., _llaria tl'as Dores ~ar<;o de 1926, trez I!leZt>-s de1101s_, c'011s- de1r:i pois queria ver a procissiio. D~sta_ra d1zer a V. E,.c·ia que, tendo Real ( ruz, M.ar111 _Jo11n11. Valente, I<ehc1t1po~-se, decla.rando·se uma broll(1t11te :lS· Fiz-lh(' n ,·onta.de sentindo-se bem db· aL1n~1do 11 extrPma mHgre:r.a fisica des- daùe Go.t:nes, Henr1q11t>ta Lourgn•e (20$), mahca. . . postu, comovenclo-~e no entanto quando dc a data_ eia minJ1a <:1tra, hn apr~xima· l\furin Reuriquetu Vieira, Mari~ ila C'onSeu _ n~ed1c·o ll!:1:s!stentP,_ o F.x.11111 1,or. umn._ crinnça se nprnximon da janel:J e se dnnwnte c:rnc·o mezes, j(i aumentei 11 qui- ~içao FM~ande-t <12 ~O)! Jt~d, 1ge" D~<>Dr. Fi ozac:,. ~lt> Pemche, rfic.;~e ~lit! de,ma- :1dm1rou deln estar , i\'n r los c~t- pezo, fazendo r>resentemente toda hnda da I• rauca e _Ohnnra, _ .\on Ahes lll.ll~se a ftl_h,nh~, e que s~1sse 1medintaNo ~in 5 de Outul>ro houYe missa em :i minha 111la hnbitnal e normnl. da Co-la R-.p,nhtc>11·a, .M,1rrn Ro.~a. ~e mente d:ih <lene)? :i h'.~m1~adt> do _m,~. acçi[o dP grnçu-s pelu, <ittas ineUioras, e 'l'~1do i~to é natural de resto, pois é in- Monra, ~Ian~el. :\nton~o S~ixas, .F. 1_1:1 1ha No enJ.anto que qsse pi nnetro n opu11ao voltou para sua cnsn na quinta eros Sai- ?11h1ta_YE-) gue quando Deus i;e re-.oh-e 11 Be~·:1._ ,Toao 1'.mil10 _Cu1111nr~1Ps. Mu11ano. do seu colega do Bo111barral, o Ex.mo 1,todos - PPuicht.>. 111te-n'lr nos nO<'l<;OS mnles o faz pnrn Oli Amor1m .\lv<>:., Manu RodrtguPs ÒII : os1!r. Dr. Alberto }.l_art1us. _A«s1111 fez, Grnçus a Deus e a Kos~a Senhorn clo rl'1nediar por l'Ompleto, corno é pr oprio \'Oll, P.e J " )fartin11 Onarte .Jun!nr, nno _conC'~rdando o <lito. medico ser ne- Host1rio tem contionado bem. da sua omoipotencia e bondadt> infinita. Eldrn 11.~ C'uncei~·ào :\ip,·es l"errt>irn, cessarto sa1i: do casa, pois quP Pra nma Nào quero u-rmi-nar esta ~t>m tornar a Jonqu1m ('an-aU10 l111rq11t•s (12$50), Holeve hi:onq\llte. Outra carta liberdade de lhl.' pe1lir om fn,·or. mero Go1nes, Ad~laide dns Dor<'s Cnnudas, . Continu11ndo sl.'mpr~ u !)Por <:om ago. J\!t•11 r uubado, S('nhor Candido Sotto Augusto RodriguE-s de Seabra, ~guerla n ms e Falla de a.r, fo1 novamente tharun-1 ( Ver T'oz rifJ Fatima de 011t 11 b e de )fo1or, que V . l~x.t·ia ('ertamente <'onhe- Gonçalve,:; dn Silvu, José Ram~g,r Po• do ~ l''t.mo snr. Dr. F~azùo! qu~ de 110- ,Janeiro e ..\bril ultin;os). ro ce de _?Ome, foi viti1nu, por ocasiiio da res, Jt'rauoi~c~ da Costa Teodosio, J oa· vo t~tou p11ra que sa1ss;e 1med1ntoin<'n. rt>,·olu\·ao de 9 de 1''t>vereir o, de um gra- quim Gregano Ta,·art.>s (20$00). Or. te dah. . . . Lisboa 10 de Março rie 1928. ""' desastl'e que o 11rirnu da vista. W eiss de Oliveira (20_$00), M~rm d_a No dio. 28 de ,Julho veto para oos,;a Chegou a sentir umas lip;eiras melho- Conceiçiio Xeves, Severino Mortllls Picasa em P era], concelho de Cndoval, e E,c.mo Snr. r us _clep~is dumu. _interv~ç~o cirurgica, nheiro, ,José Gonçalve~ Pa1Hrn11to, ~eu· passando pelo Bombarral ~onf!ultou rie JJr. .-!rneìo ,l<! Sili-a Ribeiro ~as mfehzmente arnda nii.o recuperon 11 riquetu Duarte, Hermma Augusta , Cor• DO\'O o ex.mo snr . Dr. Mart1ns, que en. v1st11, que tantu falla lhe foz. reia Mnnnel Roque Gonçalves, Jose Ca~o lhe disse estar com urna febre ìnfe(Venho acu ur a rN·Pp~·iio da carta de 1'anto eu co1110 minha Esposo temos ar· mil~ Pastor, Maria E~ilia d~ ~Incedo 01oea, fazendo-lhe betn mudar de ures. V. Ex.eia d(' 11 de Fevereiro, que li com dt.>nte fé em que Deus ha-de restituir-lha R osa (20 00), José Juho da Silvu, Ma:J,ogo que_ a doente chegou a minl1a c1t-- gronde pruzer e que profundamente pe· dando-nos a,isim o que nos folta par~ ta Ferreira, Ra.,•mundo Vicente da Sii· sa, mandet chamn_r o meu medico, o ohorado Uie agrudeço. que nl'sta casa haju felicidnde completa. va, Domingos Alves Teixeira Fan7.erea, ex.mo snr. Dr. Mario, do Cadarnl, que a E' mnts que certo qne O elucidntivo reO que d8llejavamos, e isso tomamoe a J,osé Maria Toixeira .l<'anzere,i, Mario. da. acbou mal bastante. Voltando a ve.la lato qne Y. Ex.• fez, da forma poi· que liberùnde de lhe ()edir, er a que V. Ex.eia Conceiçiio Vieiru, Amelia Silvu, F~anpassados 3 dias, disse ao morido que milagrosa(J1ente se ,·iu curado e salvo do que ja umn vez foi O\l\'Ìdo por ~- S.& de cu;co Gurrinhns, tenente Alipio da Stiva muito custava dizer-lhe, mas que descon- tremendo d0Bastre que lbe s ucedeu e qua Fatima, juntasse as 1;uu l$ preces ,ts nossas Vicente Maria Gracian11 de Dueta Fifiava ser urna tuberculose galopante, e eu li ainda doonte, em muito con'tribuiu para que Deus, te)1do piedade do meu gueiTed~ Joaquim Moreira Nunes, Emi· que tivessem enfim o maior cuidado. para que no meu espirito e nt raSl;e a nm cunbado, lhe fizesse o que até ogora os lia Aug~sln de Sa Goodolfim (20100), De certo todos avnliam ns afliçoes e tempo u lu7. da raziilo e a luz da fé e pa- medicos niio t,onseglliram: restituir. lhe a Sill'ina do Carmo Pìres (12$50), Emilia ohoros que iarn em min.hu casa, mas o rn que m,sim 58 torn a~~e possh·el O mila· visto. de Castro FrazìiJo ùastelo Branca (20$00), oosso sofrimento e6 a Mie Rantissima e gre da cura com que N. S.& do :Fatima se Pnrn Deus sera tarefu. bem simples ; o P.e Joiio Gaspar e Silva, Porflri-o Gonaeu Amo.do Filho o snbem. diguou fa,orecer-me. essencial é pedir·lhe, pedir-lbe muito, pe- çalYes, Sabiniami d' Ascençi\o Lino, D. R~ueremos urna conferencin em que Diz O ,,el bo ditado gue a fé é qua nos dir.lhe sempre, t·om fé arden~ e confian- Afonso de . Al~uque rq~e ~15_$00), D . tornnram parte os ex.mos snn;. Drs. Ma- salva; e, bern O sa.be certamente V. çii d('sabalada para que uo fim se reso!- Branca da S1lve1ra e S1lva (G1eata), Terio, e Alberto Martins, dizeodo esle ul- Ex.eia, 0 proprio Jesus, quando por es- va a ouvir·nos. resa de J esus Lopes, Emilia Fernandes timo que estava por pouco, tem grandes te mundo andou ensinundo nos homeus Minha Esposn agradece e retribue ntui- Martins de Carvalho (20$00), Maria Ze· ca.vernns no pulmiio · esquerdo, anuindo a as "erdades eternas dn suu doutrina, es· to penborada os cum1>rime ntos de V. ferina Faria (30$00), Julieia. Zenha, isto o snr. Dr. Mario, roas desejando multando frequentemente os 88118 ensinn· Ex.eia, fazendo comigo sineeros votos pe- Ernestina. Qomes, Alfoe Eateves •.Uvea. ainda fazer um aboosso, desconfiando ~entos C'OIU milagres marnvilhosos, qua- In sua sa ude e felioidade; e u, por minha • • • f<>&e bronco-,pneumonia; niio concordando s1 sPmpre 09 e ncerrava cjizendo aos favo· parte, pondo-qie a s ua disposiçao para o seu colega <lizendo que a su:1 vida es- r ecidos da s ua misericordia _ va.e em paz nquilo em que ~e po'!Sn ser prestavel, pe· Abrigo dos doentes Peregrlnos da tava d por Iouco, e s6 se ealvar1a por mn que a tua fé te salvou. ço-lhe ~ue ac_e1te ost _protestos de eleva'I' ra uspo rte . . . .. . 1,007•"" d °" .,uu 1 grAan de=mte1agre.. a t d . t d' . P arece assiro indicar-no~ a P roviden~01~~b:::e~~e~ ~ees im1t oom que pass~ Um anonimo ... ... ... ... ... ... 800100 O 0 0 . _,.,n ouvm u_ u, , is~e-n:,e: I era 9-ue a fé de quern preci~:i e pede é es· • D llaria J,osé de Moura Por. «mmha mie, mande vrr o meu ,est1do i,encrnl pnra que a prece seJa atenclida. De v. Ex.eia t nl 5f00 do casamento que o _quero para a mi· O miiagre com que Deus e N.• s.• de ug. ... ... .. · ·.. · · .. · " \ · f t h · D . l\Iaria do Pntr()('in ìo de nha ~o~:1lha . E de ba1xo de nossa gran· F atima me façoreceram tenho eu coinol , m1go a ec uoso e m.to o r1gado r 5100 de afhçuo asstm se fez, trazendo o mari- I certo que r e1>resentn untea de tudo " p~1\ oura P ortugal " ., " " ,Toaquir11 IJ11a rte de Oliveira 2.147fofj

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de Setembi~o do

APROVAOAO

Dlmtcr, Proprietario , Editor : - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e ìmr, , esso na UniAo Grafica, RII ~• Santa Marta, 150-152 - Llsboa.

1928

B OLES1'.ASTIOA]

Adminict11dor: - Padre Manuel P ereira Redacç6o e Admtnist,açilo: Seml nàrk> de Lelrta.

da Silva

GRANDIOSA ROMAGEM DA RELIGIAO E DA PATRIA EM FATIMA - NA BATALHA - EM ALJUBARROTA A Cruzada Nun'Alvares e o Santo Condestavel Trabalhos preparat6rios - A Cooperaçào oficial - Os confrades de S. Vicente de Paulo Peregrinaçòes do Porto, Funchal, Guarda, A veiro, Rogel ( Mafra ), Colrneias, etc.

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A p1·estimosn e benemérita Cnu:ad,1 efectivac;:iio do progrnnrn d11s festus. nos, cujo piedade ~incera, viva e profun-, Na.cional Nun 'Alvnres P ereirn, em cuja P rcsidinm nos trnbalhos do or ganiRn- da od1ficav11 todos os ontros peregri110s. presidència do honru est!\ investido o <;:ilo por parte dn C'ruza.cla, o~ srs. l'apiOs memhros da Cruzada, t•m numPro ilui;tre e ,·enorando Presidente da Rò- ti.io Afonso de M iranda, capitii.o lì'ran- de ct•m pnrtiram do Lishou no dia 12 publica e que reùne no seu seio os maio- cu,ç·o de ('astro, tenc>nte Morcira. uopes, t'm car}uagem atrela<ln no comboio ,ln9 res ,·alores da :Na<;:ii.o e ns figuras mni'i dr. Costa Lobo, dr. l<'crreira Deusdado, 9,!lO du mnnbi"i, e os soe:ios das Conferepre;.enta.tivas de tòdns as classes, r esol- tenente-coronel Costa Vei1,tn, dr. Ant6- rencias em carruagcru. utreladns no cor1veu tornar a nohilit;simt\ iniciativn dr> nio Rodrigues da Silva, M anuel He1go- boiu das 2,30 da tardP. Com os v1cenLipromo,·er para os dins 13 e 14 de Ago!r- 1>0, Luis l\fonteiro M nrques, dr. Vicen- nos fo i a l•'iitima u re•\· .do dr. Fru nCÌs· to pàsl!ado urna 1,trandiosa romagem na· <:ionul, de car ackr religioso e patr iotico, a.o snntu1irio dn H olip;iiio em F atim a P aos 11a n ~uarios dn Patria n11 Baialha e em Alj ubarrota, com o d u plo intu ito rie implorar a prote<-çiio ch,·h1.a. para Portugal e de c:ontribnir c·om a sua quota parte para a. inrhi<pe11'!1ivel reconciliac;:iio da famrna portu~uesa. No meio das l11tn11 frntricicl11._s quo no'! ultimoj anos tanta" vezeq tem e nsangiientado o solo cl.l nossa querida P11trin, nquel a. simpati<'a colectividade ergue bem alto o seu pondao de pnz, A convida. todos os i-<>u filhos a unirE'm--"e , em toruo do heroi e santo, o Condestllvel D. Nuno Alvnre.'I Pc•rdra, que, no diz.,1· do grande c>s;eritor Olh·eira lfa1·tins, é a mais purn t·ousubstnnciaçào da alma nncional. Firmemente empenhucl:l em conseguir tiio elevado objectivo, a suo. zelosa e nctiva direcc;::io niio se poupou a esforços e cuneeims para quo n homenagem projoctada revestisse u rna granòiosidade e nm brilho i ncompnriveis e assumisso as proporçòes de urna. ver<lndeiro. apoteose. De~de o p rimeiro momento o governo da R i,-publica. aòeria ì1 patri6tica 1nicintiva1 facilitando a execuçiio dos JHeren13 de A2osto de 1928- Volla da lma211 de Nona S1nbor11 levando o andor membro, da Crmda Nun'Almu tes mirneros do progrnma òns comemoraçoes fastivas e prometendo n~sistir o u fa. te E:,teves Cardoso, dr. Sarm ento 1Jran- co R odrigues Cruz, o santo doutor Cruz. zer-se representar em todna elas. Urna circnnstiì.ncin pr ovidencin.1 v~io diio o d r . Her m!nio S armento. Do P orto, orgnnisaùn. pela ùongregacon tribu ir ero 11,rga. escn la. para quo ,i Auxi lioo a Cr uzadn. nos sous t rnbalhos ~·ào dns I•'il has de Maria do Ilomfim e imponente manifestnçiio do Fé e eia pn- umn comisslio do senhorns presidida • peln sob a direcçiio do r1W.clo piiroco Abilio t riotismo tivesse um cunho acontuado sr ... D. Deatri-z Arnaut q ue fo i incun'll.i- C111·doso Pinto da Cunhn o do rev.do de piedade o fert'or . vel. I•'nziam parte de&~a comiss.1o as Mntos Soares, partiu Ì\ 1 horn da tarO Consell10 Pnrticuln r dns Con feron- sr.rui D. Maria da Piodnde da Cost,1 PE>!r- de de Domingo, um comboio especial <'Om cias de S. ·v icente de P nulo, de Lisbòa, soa Alc;:ada, M..me R odrigues da Si lvn, seisc:entos peregrinos e vinte doentc.;, tinha. decidido promover para o dia 13 D. J oana Xn,·ier , D. E lisa de Lour<lc1< que c·hegnram o Leirio. ì,s ~is horas e de Agosto urna per11grinaçiio dos mem- Mesquitn, M.elle Gouvrin. P into, 1). Cvn- qne om mmionpffr.~ se dirigirnm para bro.~ dessas heneméritas ligas de caridn- ceiçiio P izarro Soto l\fah1r I1'errem1, 1). I?1itima, onde tomarnm pnrle na pr0<·1sde da ca.pita! ao vener ando santuario da lido. l\Iaria do Cormo Nu nes P ereirn e siio das velas. Lourdes Portu guosn.. E, como muitos ,;_ D. Alzira Voloso. Do l?nnchal, da Gunr cl11, de Aveiro, A romnp;em fez.se, dc>scle n partida da R ogol (l\l~fra), OvnrJ Aral111, S. Cosme oenti nos siio simultiì.neamente s6cios ,hl. Crozada. Nun '.Alvares, er a a ltamente co- capitai, com verdacleiro e~pirilo do pere- <lEI Gondomar, Vermt>lhu t\ P erni (Cad11.movente presencin.r o espeatliculo da gr inaçiio, tendo sitlo rezndn.s durante o val), o ninda de muitOII 011tros pontos do perfeita uniiio de ,·istns e intima con- pr,rcur~o as orn.çòes do costu me. pnfa, doram tampém lnzi1l:i!l 0 mais ou fratemisa.çio das duas institurçoes ni1 O mei;mo sucedeu com a dos vief'nli- menos numerosns peregrinaçòes.

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Na vSspera a tarde - Mais de 150.000 peregrinos - A adoraçi o Naclonal - Afocuçio do Senhor Bispo de Beja - A hora da adoraçio da Perègrinaçio das Colmeias. Ao npèlo caloroso o <>ntu~1astico da dirl'C('i"io da Cruzada, que <-omo um toque dt• t·lnrim resoou por todo o territorio n11<·io11al, acorreram n F:Ui1un milhnres a milhnres de pcregrinos. Por sun. ,·ez o Senhor U. José Alves ('orreia da. Silvn, venerando Bispo de Lt-iria, tinhn dirig1clo n todu u c•h•ro e fié1q da sua diocese umo circular, apoinnclo 1i inicintiYa. da Cruzada e convidando os '-CllB d io<:esanoi, n n•alizarem a duplo romngem da Fé e do putriotismo. l\o ,lia 12 à tnrde ja pisurn o i;olo hemdito da Cova dn. Jria. mais de ]i;0.000 portugue-;l•s uhr nzndos no amor dn Religiiio o d11 P:1t1·in. À s dc>z horus uma grnnde multidiio enl'hl' o vasto anfiteatro do loc·nl das apari~·oes. J<'nT.om-se os ultimo, prepurativos para II procissào clas Yelas. Dc repente acendem-se milhnres clo Ju . zes. A murtidiio, quo se c01wentra em fn•nlo do pavilhìio dos doentes~. reza em c6ro o terc;:o do R<>"-1irio. Hezado o terço, um longo cortejo luminoso desenrola-"8 d urante cerca de duas horus atranis do rreinto sngrado, levnnclo Ì\ frente o osinndnHr> da Cruznòn. N"n<:ional dc Nun' Alvarc>s, t>mqunnto milhares do vozes con· tnm em (·oro nito o «A,·ò de l•'ìi.tìmau. O rio de fogo \':ti agorn juntar as suns , ngns em tòrno dn cn.prln dns miss.as. Junto do altar eo,;tiio os senhores Bispos de Leirb e do B<'in, ro,leados de um grn ncle m1mero de eclt'sinslic06. Numn. voz poderosa e vibranto, a multidiio faz n s ua profis.qiio de fé, cantando o ('redo . E ' mein.noite. C'omeça. a adornc;:ito nocturna do Snnt!Asimo Socram<'nto, Sobt> 110 pu lpito o ilnstre Prt>lndo Pacense. R eza-se o ter<;:o. No pr ind· pio de cadn dezenn o ,·<'11e1·nnòo Antistit<> fnz urna pratien C'l1<'ia de salutare11 ensinnml'ntos, nplicantlo enda mistério em rt>pnrn~iio clas grnndes foltn.s dr> Port ugaJ. I?:do dos ofen~ns foitos a Deus, ì\ Patrin, Ìl!i crian<;:M, Ù.q famflirui, nos indivfduos. Reft'rt' se ìl imprensn rat6Ji. ci~ e ì1 nocessida.de de a 1111xilinr. Verhora o,. excessos dus nuttlns e o lntrismo, quC"I considera romo 11m pPr.aclo soeial. Diz que é preciso c·ri>1ti1t11i1:ar ns leis, ns escoln. e os colrtumes. 11Est11.1110 aqni em


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.voz da Fétima

desagruvo e repai·açào na<.:ional pelas raçiio do Rei de amor sobem preces fer- I Seguia de a.utomovel o sr. Presidente ofensas feitas a Deus no nossa Patria. vo1·0Bas de ulmas torturadas por dores do Ministério e a. pé o sr. Bispo de LeiE' pela. expiaçiio e r<-paraçiio que as na- morn_is iml.'omportaveis e por t.errfveis ria, acompanhado do sr. dr. José Maria. çòes 1,e lovautam. Oremos pelo nosso que- mnrtarfos fisicos. Roclrigues, director da Faculdade de Lérido Portup;ul...11 Por fim é dada a. bençiio geral, que a tro.s da Universiclttde de Liaboa. A hora !le adoraçiio da peregrinaçào do multidao dos fiéis ajoelhnda recebe re&Milhares do pessoas se incorporarlllll Porto ~ feita juntamente com n Adorn-1 peit011amente e cm silèncio. no cortejo. À chegada à capela, estreleçào '\'ncional, do. mein.-noite à. umo., e O senhor Bispo de Leiria, subindo ao jaram centenne de foguetes e tocou o veio a estender se a.té às duas horas, pulpito, começa por agradecer a. presen- bino nncionnl a banda. de musica de Por-coincidindo com a dos vil.'entinos. A ado- çn do representante do Chefe de Esta<lo to de M6e. raçiio continuou até às cinco horns, sen- e a. do Senhor Bispo de Beja.. Em segu;A Ciìmara. Municipal desta vila fòz..se do adorotlore.s das duas às tres os pere- da refere-se à Cruzada Nacional Nun'Al· representar, com o seu estandarte. grinos de Colmein!I e dus tres às quatro varos e 110 significo.do verdadeira.meute O sr. dr. Joaquim Maria. Torreira de os dt' OvM, Ara.da, Gondomar e outros. nACional desta. peregr;na.çao. Alude de· Souzo., presidente da Camara de Porto Em todos est.es a.ctoa de piedade torna pois à. bata.lha. de .Aljubnrrota e à tra.- de M6s, dirigiu urna saudaçào aos pere· parto urna delel(nçiio da co16nia de fé· diçiio que diz ter o Condestavel ora.do grinos da 1"é e da Patria, que ali iam r ias do Semfoario de Coimbra, vindii <le em Fatima n No.,sa Senhora, no dia 13 homenngear o mnior heroi nacional. Buarcos, e varios professores e alunòs de Agosto na sua passagem para o camO sr. dr. Gomes dos Santoa referiu-se dos Scmini,riM de Snntnrem, Leiria, Gn· po do batalbu. Assim corno o heroi e snn· 1 aos novos que devem levantar bem a.lto viao o Sernacbe do Bomjardim. to , eio a &te logar pedir pela salvaçào a bandeira do Santo Condestavel e :is Apo., a primeìra hora de adoraçào co- da noSl!a querida Patria, tambem n6s de- miies portuguesu.s, o. quem cabe a missiio lectiva, te,•e a &un horn de adoraçiio pri- vemo.~ dizer hoje: de :1mparar seus filhos nesta cruzada pavativo. n peror,rinaçiio da freguezin de enhora., salvai Portugal ! tri6tiéa. . Colmeias, cliocese de Leiria. Senhora, sah-ni Portugnl I O sr. dr. José Maria Rodrigues fez A porep;rinnçao paroquial de Colmein~, Concluindo o i:;ermiio, a Imagem de uma. erudita prelecçào sobre a batalha de num tolnl de cerea de 1 :500 pessoa11, Nossa Senhoro. é re<.:ondW!ida entre can- A.ljubarrotn, lendo o. prop6sito alguns presidida pelo respectivo paroco, rev.do ticos e adamai;òei, parn. a l.'apela das apu- pa.ssos da. cr6nil.'a de Ferniio Lopes e al· Joiio Maria cl' Assis Gomes, assistiu na riçoes pelos confrades de S. Vicente de gumas estiì.ucins dos Lusiadas. igrejo dn frcguezia a um triduo de pre- Paulo. De booa em boca 1.'0rre a noticia O tenont~oronel sr. Cardoso dos San· paraçiio, ciue terminO"- com uma comu- do novns curns procligiosas operadas du- tos, comandante militar de Santarem, nhiio p;ernl no Domin~ nnterior. rnnte a hènçiio aos doontes. Entre a mnl- recitou primorosamonte e com entusins· Os peregri no::i fizer1tl)l todo o percur- ti<liio veem-se antig011 miraculados. Me· mo pntri6tico urna bela poesia, composso, que é dt> ~t'lis léguas, a. pé, rezando reco espl.'cial reft•rència D. Ana Alves de ta do prop6sito para esta solenidade so· o ter~·o e cantando varioa cii.nticos . .As Moura, do 40 anos, miraculada de tre- bre a batnlha q11e se estava comemoran· oinco horas fez.Ge a encerra.çao do San- ze de Maio ultimo, quo sofria ba quatro do. tisaimo Sacramento e às seis horas cele- nnos duma hemalemese no ~tomo.go e brou missa o Senbor D. José do Patro- quo se sentiu desde esse dia inteiTnmente cimo Dius, começnndo tambem a sor curnda. administra<la a Sngrada Comunhio por A pr'imeira parte desta consagraçiio de:ii sacMclotcR durante cerl.'a. de urna ho- nncional, desta magnifica jornnda de Fé rn comuni;:undo até ao m1>io dia mo.ii de e patriotiRmo, estit felizmente concluida. -5ete mii pe.,~oaa.

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Duzentoa e cincoenta doentes- A procissao com a imagem de Nossa Senhora do Roslirio .- A missa solene e a bençào do Santissimo Sacramento - O sermio do Senhor Blspo de Lei ria -A procissao final

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de "FATIMA,, As curas____ ____

A grande debandada - A missa solene na igreja da Batalha: sermao pelo Pleurisia purulenta Senhor Bispo de Beja - Homenagem aos soldados descoffhecidos Fernanda Flgue,redo Gouvela, de de- O memento pelos 4.000 mortos em campanha - 0s dlscursos na zoito anos, residente no Sanat6rio de ant' Ana - Parede (J,inhn. de ·Casca.es.) sala do Capitulo. em carta de 30 de Julho, informa:

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Pn~a-se toda a mnnhà em mi'ISas, Pouco n pouco a multidiio que enche confissoes e comunhòes. A's no,·e hora,, u Co,·a du [rio vni-Re dispersando e, no a peregrinaçiio das C'olmeias assiste li. sua cair da noite, nquele local bemdit.o, assi· missa privativa, tendo a. eia comungado nalado por tantas maravilhas, est(. quaquasi todos os peregrinos. 0s servitlll! si completamonte deserto. t:ma irnncle trn.nsportnm doentes para o I.Posto da-i pnrto rlo.~ romeiros . dirigem·&e p:irn as verificaçòc~ médica.s o pura. o Pavilhiio povon~·oes 11it11ada9 a nordeste d.- Fatima reservodo. Xo Posto trabnlham varios afim rle prc>curarem nlojaruc.nt,,s. :No dia médil.'08, entrr os qnais os drs. Pereir,i i<C'guinJe renlizn-~e a segun,l,1 porte ùa Gen~, director do i>01;to, Gabriel Ribei- grn ndC' romng<'m nacional pro:i,ovi,la pero, de Lisho1\, Figue1redo Cardoso, <le S. 111 ('ruzad11 Nu'Alvares, eru ri·•a todo~ dAPedro da Cudeirn. (Torrcs Veclras,) Aq•1,. sejem tomnr parte. no de Miranda, de Lisbou. e .Augusto l•~f1-ctivnmi-nte às onze horas do dia 14, Borhn, de Coimbra. Siio em numero ,le sob ai; nbohadas da igreja mnnumontal 250 o,i doentes inscritos. Ha do1>nfcis rie da Ilatulha, reune-se o c. col de l'ortnLisbon, do Porto, de Ovnr, S. Vice111" thi gal crl.'ntc e patriota. Beira, Gondomar, Vnlbom, etc. Qg rc•gisO Senhor Hi~po do Leirin sot>•' n,, altos faln1n de paralisias, hémiplegia~, mal tar o ce1ebra. a missa l!m honrn do Healo de Pott1 tuberculoses, cancro, cegueirn ... • uno dc Santa Maria. E quasi meio-<li:i. ::iolar. Da. capela dos Dc, l:,dc, do E-rnnp;elho e"tùo o Scnhor apariçòes poe-se em marcha a. procis,;iio Bisr,o de Deja e o.itros dignatarios el.'lecom a lm:1gem de Nossa Senl1ora da l•'a.- sinstioos. Do Indo da. Epi.stoln veem-se tima em direcçii.o Ì\ capela das missas. o ST. corone! Jo,1é Vicente do Freitas, Prec•cdido das servitas e leva.do aos hom- (.;hofo do Governo, lndeado peloa ars. gobros de vicentinos, o audor avança por vornadores civis de Santarem e Leiria. O entre alus extensa11 de cruzados de 1lustre Presidente do Minislério, repreNun' Alvares. Um espectaculo sempre no- senta o senhor Prl.'sidente da Rèpublica. vo e sempre comovento se oferece mais A Imogem do Santo Condestavel ergue· urna vez 1i nossa ,·ista. se 110 meio da capela-mor, dominando a O aigno do Condestavel, agitado pelo scent\ com a espada desembainhada e a vento, pare<.:e querer envolver nas suas bandeira desfro.ldadn. dohra<J a Imn.gem da Virgem. O Avè da 'ferminada a · missti, sobe ao pulpito o Fat.imn. rompe de todas ns bocas, agitam- senhor Dispo de Beja que profere um se milhares de lenços brancos, que seme- brilhante discurso patri6tico. lham pombn.s ,·oando no espaço, e as pal- j Apos essa cerim6nia, na Sala do Ca· mas e 0s vivas estrugem vibrantes e re pftulo a pedido do Yenerando Preludo pru18ndos de entusiasmo :religioso. Colo-: de Leirin o Senhor Di:spo de Beja di:,; cada junto do altar, do lado do Evango- pnlavrns de satidnde cristi para os mor· lho, a Imngem é ladeada, à guisa de to<, ignorudOR, cu1os rleRpojos ali repou· guarda. d'honra, por dois jovens e brio- sam e que reprei;entnm os 4.000 soldados aos oficiais do glorioso exército portu- portuguoses que tombara.m noa. cnmpos d, bo.ta.lhn, em FranQa e na Africa. Tergue. rezando um Memento por alma. Ca.ntndo o Credo, o venera.udo Prela- mina do de Leiria. celebra n missa oficial da dos ~oldndos mortos em cnmpanhn. Fn· peregrinnçiio, durante a q_unl todos os 1am aindn os srs. dr. Ferreira Deusdacl· e tenente corone! Costa Veiga e a S<'" fiéis rezam o terço em coro. J a mnis de sete mil pessoas recebe· r.hora D. Bcatriz Arnuut, que resita com ram o Pào dos Anjos. :M:as, a-pesar dis- primor um lindo soneto da sua autoria. 80 ao Comunio ainda. muitos peregrinos O cortejo patri6tico _ Na capela de se' acercam da mesa cncaristica, emquans. Jorge _ Representaçào da CAto se cauta o uSnntos Anjos e .Arcnnjos.11 mara de P6rto de M6s - OloriflSào cluas hor_as_ da. _tarde. O senhor 1?· caçllo da batalha de Aljubarrota José do Patroc1mo D1as torna n l.'ust6d1a Apoteose ao Santo Condestavel. com o Santfssimo Sacramento para oben. çoar individualmente os doe~tes. O _rev.do Peln._ 1 hora do._ tarde, orgn!'uzou-se capeliio do.~ ~ervitas. faz as rnv~çoe!! ha- , um. brllhunte corteJo, em que fo1 recon· bituoii; corre&pond1dns com vivo entu- dnz1dn n Imagem do Beato Nuno para o siasmo' pela numerosa asaiate.ncin, que s.e ca.pela de S. Jorge, 9ue marca o lognr eleva a mais de cento e crncoenta m1l onde est1wn a bande1rn portuguesa du· pessona. ranto a batalha de ~ljubarrota. Daquela. estft.ncia de oraçao e de soA frente, a bonde1Ta desfraldada ao frimento voltam-se para a H6stia Santa vento. Logo_ ap6s, o _n~d.or com a .Ima· olh~ razos de laizrimas e brnçoa exten- gem. conduz1do po~. of1c101s do exérc1to e didos ero atitnde de suplica e até no Co- por eacotetros <:1J~<m<·01J.

Por fim, falaram o sr. dr. Costa Lobo para a,gradecer, em nome da Cruzada Nun'alvarea, a todos quantos concorreram para o esplendor desta romagem e o venerando Prelado de Leiria, que ile congratu lou pela maneira brilhante corno eia. docorreu. A estatua do Santo Condestavel ficou na sua ca.pela, oereada de luzes e de flores, e a multidiio dispersou soltando vivas à Patria, a S. Nuno e à. uniiio de to,dos os portugueses. · Quasi à. mesma. bora, ero. Lisboa, na presença das autoridndes cc-lesiasticas, ci.. vis e militarC'S, contingentes de todoe os regimentos da guarniçao desfila.vam em continenoin. perante as reliquia.e do Beato Nuno de Santa Maria, encerradas numa urna colocnda. sbore um andor à porta da igreja da Ordem Terceira rlo Ca.rmo, emquanto as bandas regimentais executnvam o bino nacional e os cornetins e clarins tocavam a marcha em continéncia. Bem hajn a Cruznda Nacionnl Nnn'Al· vnres Pereira, que, promovendo esta. jornada. de Fé e de patriotismo à Fatima, à Bntalba. e o. Aljuba.rrota., escreveu em letras cle ouro umn <las paginas mais brilhantes dos fastos glorio&>s da hist6· ria da sua vida. associativa. Que Nossa Senhora de Fatima e o San. to Condostavel velem sempre por Portugnl l T! isconde de M ontelo

«Tendo promotido publicar a graça do. minha curit, no caso de a alcançar, venho hoje, <·hoin. de gro.tidiio, pedir a. V. Rev.cia o fovor de a inserir nn · Voz da ]l'otima. Tondo entraclo para estc Sanat6rio no dia 26 de l\far<;o de 1926, quasi a morrer sofrendo de uma pleurezicf purulenta 'comocei 1\ 1,er 1iqui tratadn; mns, apezar de toclo o tratamento recebido1 io. sempre poorando. Todns as ta1·des tinha

nheiras doentes, que sofria.m de varia& enfermidades. Começtimos todas juntaa umo. 11ove11a a Nossti Sen11ora da Fatima, no dia 4 de Junho de 1927, resando nm miste3rio do Rosario, continuando eu sempre com o mesmo curativo e, logo que comecei a novena., sonti q ue melhorava; a. febro era. menos e os burncos iam fecha ndo. Na véspern de dia em que a.ca.bava a novena., que fiz com toda a. devoçao, quando fui ao curativo de mo.nhi, o tubo de borrncha que me introduziam em p;eral no buraco de cima., e que eu consel'vava todo o dia até ao dia eeguinte, teve muita difkuldade em entrar, efoi pr~ciso fazer muita. força para coll80guir que entrasse s6 um bocadinho.

Fernanda Flgualredo Bouveia Pollcarpo,M, dos Santos Maria Farrtlra Flrualredo febl'e alta (l:R!. 0 e 39.0 ) , e tinha de me deitttr até no dia seguiate. De manha estava um pouco melhor, mns a tarde voltava. sempre a febre. Tinha dois buracos ubert06 no peito, um mais acima e outro mnie abnixo, que deita·vam muito piiz, tendo ae ser curada_ duas, tres ou ml:lsmo quatro vezes por dia. Depois de ca estar, ho.via dois ou trez mezea, começarnm a aplicar-me um r~ medio chamado Rivanol com o qual tive de parar por me npnrecerem muitns mnnchas eeouras nos pés. .Asaim estive durante um ano com os buracos abertos. Em geral, quando tinhn um burnco aberto, fechava o outro, mas interiormente comunil.'nrum um com o outro. Ari.tee de viT para nqui tinha. estado nove mezes no Hospital de Santa Marta sem tira.e resultado al~um. Quando pora la entrai nào tinlm os buraaos abertoa que estes nbrirnm dois dias depois de eu la esta.r. Vim dopoìa para este Sanat6rio de Sant' Ana corno ja. disse. Dois mcsC's nntes de começar a novena quo fiz a Nossa. Senhora da Fatima, tornei I\ começar com o tratamento do Rivanol sem tirar resultndo algum e tinha fcbre do mesmo modo. Entretanto nao me apareceram manchaa nos pés. Um dia urna emprogada trou,.-,;e aqui para o sa'nat6rio agua de Nossa Senhora da Fatima o uma dns Irmiis aconselhonme (estan'do eu nessa ocasiao na. cama) qu~ fizesse urna novena a Nossa Senhora. da Fatima, bebendo a agua e deitan· dO:a tambem noa dois buracos aberto&. A<-onselhou o mesmo as minhas compa.-

lsmael Soaras Sllvorlo

No dia 12, dia em que ncabava a novena, levantei-me como era de costum& para ir ao curativo. O Ex.mo Sr. Dr. Director deste Sanat6rio, ja tinha dito que eu niio escapava e que morria, que fazia o curntivo por fazer. Tendo portanto ncsse dia Hl chegado no curativo, tiraram-me as ligaduraa, que 11ilo estava11~ molhada$., aendo co,,tume estarem sempre encharcadas. O tu.bo de borra.eh.a que ficou metido no buraco euperior, corno ja espliquei, dum dia para o outro, utaua caido, f6ra do b-ura.co, e os doi• bura.cos eata.11am f echados. Ja nasse dia niio fiz curativo, tirei as ligaduras, e a&sim tenho continuado nté hoje._ Desapa.receu a febre e comeooi logo a corner com vontnde tendo até ali muito faatio. Os buracos nunca mnis deitaram e estao completamente socos; conhecendo-se s6 as costu ras. J.<"oi-mo concedidn. esta graça, que considero um grande milagre, no dia 12 do Junho do 1927. Ha portanto ja um ano, e, graçns a Deus e a. Nossa Benhora da Fatima., cujo auxflio e protecçiio invoquei e3t(t'U, completamente bem e considero-me ourada a ponto de ia me ter sido dada alta. Devo· voltar para ju.nto de minha mi'ie no proximo domingo, dia 1 do Julho. Demorei bastante tempo em vir cumprir a minba promessa, niio por fatta de vontado da minha parte, mas porque me demoraram a. escrever para dar p1ute desta p-0(,·n, mns agora que estou pora safr deste Sanat6rio estando persuadida de que estou pienamente curnda, cheia do gratidiio e reconhecimento para com N ooaa Senhora da Fatima, ve-


Voz da Fatima

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E para mnior conhccimento do quanto la familia, passo ene que ussi110 •ob mitenho aproveitado com a minha ardente nha pa_lal'ra de honra. fé, outro caso tenho a mencionar para. Lisbun, .e4 de Jla rço de 19iì. ser grata a Nossa. Senhora: <a) José Theocloro dos Santo FormoHa alguns meses fiz o pedido ii Ex.ma D esp eza Direçiio da. Santa Casa da Miseric6rdia sinho Sanch&. de Lisboa parn. ali ser internada uma meTrnwporte ... . . .. . . . . 115.903$56 ( egue o rcc·onhecimento). ni11a. orfi por quem muito me interessava. Papel, composiçiio e impresEm certo dia. mnnda.ram·me prevenir <le sio do n. 0 71 (·19.n()() oxemV a ria& que a creança. so encontrava muito doen· plares .. . ... ... .. . . .. .. . . .. 2.965$00 te com urna paralisia. Fui imediatamente Selos, embalngom, transportcs, visita-la e ostando presente o rnédico, es· Maria das Dores Tavares de Souza, de grnvuras, PI.e. .. . ... . .. .. . 1.056$22 te me declnrou que a creança estava per- Pardélhas (Murtosa.) em•ia o seguinte relato: dida sem rernPdio; o corno fosse munida 119.924$78 com a agua de Nossn Senhora. da Fatima «Ern junho de 1924 completei M :,nos. Subs c _rlçAo dei-lhe a heber um copo da. mesma agua. Terminado o jttntnr, combinlimos ir at.é e a criança, passados alguns mor:1enros, a praça desta locn.lidadc, tornai urr. pcu( Outubro cl(• 1927) estava completamente cu'rada. Vendo o e,> de ar. E assim foi. Eu levava ao colo urna nétinha de 2 ano11 que, che1a de viEnviaram dez escudos: 1-Iaria Seabra médico este acontooimento, 9xclamou uQue grande transformaç1io In nii.o poden- da, pediu pnra. a por no chiio. A1'8di. da Camara, Emilia Friiics, Dr. Jeroniltar a. su admirn"iio por um tao Àparecernm, entil.o, <loia cii.ezitos de raça, mo Sampnio, Elvira .Augusta Marques Pollcarpo Manuel dos Santos, morador do OCu ilogre. .. ~ b · ca ·ta l d grnç::i. de C:l.lltro Corte H~a\ (12 60), H.o::;a da. af r 1n • r; 0 a pequem , ne rnn 0 grande m na. rua dos Cegos, 14 · 3. Lisboa, em · t d"I tod brrncnram · 01 que V. Ex.eia se. d n.o ro te es, e D o::; b"to Sil.-a Pnis <5$00), Antonio Farinba GoE ' po'1s 1'ndisphn~nevl trèa extensos, minuciosos e interessantes ,- .,.. nt encon J 0 relatorios, acompa.nhados de ra.diografias, digne mandar exarar isto em um cantinho ura e a gurn empo. su 1 ' urn mes, Rosa Ferreira de Sena, Dores de "'at;ma pAlo que me declaro dos·t~animaig, som quo eu tivesse Fraga Gomes, Maria da Concei"iio Cosn Voz da .r: oonta ~ f-azes de tres graves docnçns d .. • ,l I .. h f podido 1 ~ en o-o ta Coclho, P.e Joaquim Lopes Praça d e que foi curado por intercessiio de Nos- mul'to reconJ1""1·da. w h u.· o, 0 more eu o· anJm · t o, d azenc • sa Senhora do Rosario da Fatima. Informe du Rei•.clo J'aroco: c ornr, que me mquie ou evera.s. (30i00), Ann d'Oliveira, Antonio Lui• . Reti rei-o rapidamente; e aos cii.es, sa- da Conceiçii.o, Maria Amelia PizaT'To, .A extensiio dos rolatos e a. pequenez «Informo que o relato de.ifa carta é ver- cudi·os, com urna das mii.os, que uro de- U · ma. M AnonimtL de Agueda (50$00), P.e · l nao - nos d-ao margem a d a d eiro d o nosso Jorna porque se t ra ta d uma pessoa d e )es, talvez PO""Ue O tivesse magoado _ · ' tegra e por ·isso t oda a confiança. Et · ha paroqma· "'' fortAmente, fazendo-me José artms Dunrfo Isauro · de f azer a. pu hlica.çiio na m s a mtn pen•ei mordeu "I A · ·,Junior, · é · l t· · t · ..., v ,, orae,, rernii, J oaqmm Augusto Co1mvnmos resumir. . na 1ncapaz e e ,nen 1r pou em wma 111· sanaue. La.vai-me ao chegar ., casa e nito b , to · d , J · · d oença, em 1924, f oi urna. dn e(l!cntpzar e f requen t a d"iartament e os mni's ... J>ense· no caso. •· oao l!'rat1cisco À pnme1ra b 1 ed' Sousa, .Ara, I~n I 010 1 'd C 1 l l t · dad d d' " nge o za e A me1 a osta Pereira. · · I p eurista puru enta a ta ponto grave que sa.cramen os com, pie e e evoçélo e i · :No dia 8 do m(ISlllo mez, começaram ( 20,:,00t El'1211 1 J> «deitava um mau cheiro (diz o rela.t6rio) ficante Po1 1ne 8 e ped'do passo a pre -w •J, , t os rnv.eres Ribeiro de • • r i_ • • : a di111er, com grande alvoroço, que o ciio Melo Cabrai, Amelia Ribeiro d'.Abra.nchee pela boca, que era -in.,uportavel, prin.ci· sente tnfo:maç<ìo qne a,!,WW e 1uro tn f1· que 110~ ha.vin. mordido estava ùanado, Pinto, Marh\ .Amelia. do Amarul Abranpalmente qimndo escarrava, pois upesar dc ,.,... ""'rochi .· . em vir t u d e d o que f omos ao p ort o, no cbos Piuto Cabra.I, Maria Delfina. Velode fortes de.,infectunte&, ninguém podia Paroqmal de· •ç · 'Tosé de L1sboa , S de I nst't 1 u t o, ord enand o o respect·1vo med'1· 60 d' .Albuquergue Dnmiào, E,iiilia Rodriparar ~m casa.,, . . . aoo.,fo de ins. co que rocebesseinos logo ali o primeiro gues do onza, Nicolau ~\!berlo l<'erreira Depois do v!tr1~1s peripéc1as, .e~t~adas Prior José Baptista. Ah·es Lyrio» trntamento. l\fas, - Santo Deus I - eis d'Almeida, Candida l\fotn de Jesu~, Maev. s!11dns dc:> hospital, consulta rnut1~ de que começn, para. mim, um verdadeiro . A t L ·to R'I . ,... . L . a~1os m~1cos, c?~eçou a melhorar' d~ " calvario pernnte o egtado da minha lin- ~~nesu~~O a.00) ~\fari~ ~ ,~i:ao, uFi~ Febre tifoide da net:\! ('om febro desde O primeiro dia lomena Augusta Pinto Dins, Maria Luiza pois que cle e var1as pessoas da famil~a recorre~am a Nos-1u Senhora do Rosario até no ultimo I :Niio torna.va alimento e d' Almeidll 05 00), Antonio Miranda de Fatima. . Daniel Henriquer, Silvério, escreve em niio dormia, nero me dei:xava. dormir. d' l 20 00 p J b · · O ca lor, pois ei;tavamoa em pieno ve· .Aze-rec O ( ' .e ' o. é Ri eiro Fi•.A segun?a. doença er:i prodllZlda por 6 de Agosto: dores hornve.1s do~ . ouv1dos, durante. al· rio, era intem;o, e o sofrimento de n6s gue1redo Couto, ,1uria Clementina da Silguns ano~. ma. no•_te,. em quo ru, dores «Tendo, na noi le de 1 de Janeiro de nmbns, doloroso 1 Niio houve médico va Carvalho Snntos, Jo,é do~ Santos Lie ram mais 111suport avctlj.' 1em brou-se sua 1927'J adoecido o meu filho l smael Soares a•• qul:'m niio re<·orres.,;einos. ma, Antonia Carneiro \.,.::irela, Cristina espo d N senl1ora d a Silverio, de 15 anolj de idt\de, morador em Furto.do Guerrciro, .:\Inrgarida dc, Snca,. ,, _s11 e roco~rer a o~a Quantru. vez<>s l'II i'algm•i ter em meus d I 18 ti d Fa Lisboa na Rua de Sao Pedro, n. 0 34, urn B o t ti:', J onqm· nu p reto C h ugns, l\IaF, .. t t ' ima e, <epois ' UM.lr a gua a. · chamei doìs médicos, q'ue me aconselhn- brnços 11111 caclan•r '·· · ria da C'onl'eiçiio Falciio, Julia d' Almei1ma. e prometer umo no,ena, o docnte ram a que o levasse no hospital de Siio Um dia, desa.nimada e ja som esperan- da, l\:fann<>l José do M:ap:aU,aes, Maria ndormec·eu_ e ao acordar ostava. curado. J é d t ·t ça, recorri a uma amiga. minha, para Rita Pereirn Cunha <20C?OO), '"nri'n da . A terc:mra, doefç~, de que fo1 c:irndo os ' por a oença. so ornar suspe1 a. que me desw um bocaclinho rle agua de " .;, ai. " J~ &te nno, con.si~tia. ero urna. afeeçao do Conduzido ao hospitak, ali permaneceu Nos!<a Senhora. de Fittimo. Com aquela l>ietlncle Almeicla, Joana Emilia de Taure f1gado, quo reiustia a todo O trata.men- durante ~eis dina, sem que fossem nota- fo ue lotlas n 68 nlmas cat61icns temos Viegas (15$00), l'.e Antonio Gomcs S. to e causava dores horriveis .A ultim:i dns qua1squer mell1oras, tornando-se a q . ' ir d 1\1iguel, Joilo C'Iemenle dos Anjos, Jose vez esteve neste estado cleplo;avel desd~ doonça cndu. vcz maia complicada.. quam1O im·~umos O no~e e1a ae e CasimiTo, Mad11glo11n Ah·es Cnmejo, Dera mndrugada. de 2 de maio, até Às 2 da. 0s médicos assistentes considerando o Dous, prorneh relatar O milugTe da com- to. Calado Parent..., Deolinda Amelia La· mndrugada do dia 4 hora em que sua doente irremedin.velmente perdido (do ple~abcudra d~ minha a.<loradn nj~al t cerda, Rosa Noguflirn de Castro, Eliza 8 130 . 0 mulher Ihe declnrou' que estavu curado que me foi da.do conbecimcnto) e porisso ~ponas ~gua por a unen .0, Guedes Macheiro, Mario. Izab~l Carneiro, pQr Nossa Senhora da Ftitima.. resoh•i retira--lo do hospital e conduzi-lo ao t-erc':iro chn da mmha. novem\ a Vir- A na Marques l•'<>rrc.>irn, Antonio Dias Depois adormeceu e ficou admirado de, para casa com o fim de que o meu filho gem ~fae dos pecadorcs, . comcçou aqu&- Monteiro, Mario José Lopes, Antonio Lu,. acabaSi'e alnnentar.se . eegmn.,.,, · •- sua esposa o eh amar ,. no d10. ., os seus din° ..., no seio da fnmf- le },'anJO - n dormir · e a t·18 f ·t -I d' cas Vicente, Aut-0nio .Anselmo Fernandes, hora habitnal para ir pa_rn o seu ser~i- 1 lia. Uma. yez em casa, mande~ cham~ I vut'ls;~aoos:0 c~l:na~e d:nopi: P.e Fernand&l Silveira, P.e Antonio Canço, Jevando-lhe café e le1te para. beber outros méd1cos, quo foram de 1gual op1Fnt· d . d . dido do A.velar, Elvira Mall1eiro Marinha g . dizendo que agora o podi a tornar rorqu~ niiio, e, entre éiles, o Sr. Dr. Formozi- <1oso JOrna 1 .118 ima, on. e 1181 e ir • Falcii.o, .Amelia l\lnria do Torres Santos asta.va cnl'ado. E' que o docnte &Stava nho Sanches, que o tratou como se a s~ Deus qui 1,-0_r, com a mira_cul~dn ID&. (25$00), Maria Ribeiro da ~ilva (20$00), profbido pelo médico de beber aquele li· doença fosse febre tifoide, mas o estado 01 ql~e u Vi('~em chamo~ a. nd Eia Condessa de Mnrgnride (15, 00), J oaquim 1a 1 quido e outros mais assiro como de usar do doonte mantinha-se. es. 11 \DC ~ama.·se. aria ur~ra Duarte de Oliveira. 50$00), .\ urora Marde oertns comida11 'que agora, visto esProfundamente magoados com na in- Lonn 1 eres 8 e natural. de Egtarreia, tins Candido, JoHé Pedro dos Santos, Gui.. tar cnrado ja Jhe 'niio fnzem mal. formaçoes de que o meu filho niio terio. 0nde escrevob este pe§;ennio relato, aos lhermina. Onofre, .\ rtur Jo'ernandes Barre' . mais que horas de ,•ida, resolvi junta- 2 cle " ovem ro e1e 1 7 .u to, Maria de Lourdes Caia.no, Amadeu Eczema-Paralisfa monto com a mit1ha. familia, recorrer a Dr. José de Matos Graoa, medico de Simòes (15$00), Silvio. Lucas da Silva, Virgem, Miìe dos .Aflitos, Nossa. Senhora Ba.rcelos. (16$00) Maria da Conceiçiio Simoee d2 Rosa_rio da l•'atima, e as melho_ra.s .Acometido de congostiio pulmon.ar, nos (15$00) Amnclou Paulino Rolim (15$00) Maria Ferrelra de Flsuelredo, casada, nao se f1zeram esperar. Em breves dias, dois pulmoes, chegou a inspirar cuidadoe Ma.ria dns Dores Franco, Dr. Carlos Gal· de 53 nnos de idado, residente na rua .Al· com grande surp_rezn do d_r. era pelo 1!1es- a, Famili:a. e aos seue amigoe. riio, Joaquim Duarte Resina, Henrique ves Correia, n. 0 163 - 4. 0 andar na. cida· mo senhor cons1derudo hvre de per1go. Urna sua. irma Religiosa recorreu a José .Alvcs, Domingos Victoriano .Alcan· òe do Lisbòa, que tinha sido acometida. Entrando no J>Oriodo de convalescença, Nossn Senborii 'de Fatm~ bem coJ)lo tara, P.o Amncleu Pereira Cardoso, Berdum eczema que horrivelmente a tortu· pouco tempo clemorot1 que n~o estivesse outras possoa.s dodica.das ao doente e to_ nardi.no d'Almeidn Oliveira, Tria de Jesus rou pelo longo espaço de quinze anos, co· completamente curado da terrivel doença dos viram COToa.dna de bom exito 118 suas More1ra, José Gomes da Fonseca (30$00, municn--nos: que o ,a.~om()teu. .. . suplicas, pois O doente curou-se ooIIJpl&- Julio Dina ,F. ~oimb~o., Antonia de J&«Procurando i;empre nos melhores es· RegostJ~da. a fn_m1ha com o m1ùigre te.mente, 0 que foi motivo de grande sus, José Fer~e!.ra Pmto, A~eda Rosa, pecialiBtas de Liaboa. o tratamento para q u_~ a V1rg0111 M~e acabav_a de fa.ze~, alegria. para a. familia. e para todas as I Ana ~a. Conc·<'IQ~~o Souza, l\~n_r1a. do çar um tao grande sofrimento, que me niio pois s6 por um m1lagre pod1a o meu f1- pessoas quo pedirl!Jll por ele a N068a 8&- mo V1e1ra, Maria da Concetçao Ferre1ra, deirava. repo11sar nem de noite nem de lho ser restituido a. vida, é meu desejo nhora. de Fatima Por isso todos hnmil- Dr. Joao de Sacadura Corte Real Flaudia, todos os esforços foram inuteis. que. esta. cura seja publica.da na Voz da demente prostradOB aos p6s da. SS.ma. si~o Corr!ia Torres, Jo~o Ma_nu~l GoaPois, com a maximo. fé em Tossa Senho.. Fa.t1ma.u Virgem agradecem tao grande gra.ça. vem, Joao Panlo, Saf1r:l Btssau dos ra do. Fatima, pedHhe com t-Oda a. devo' Santos Pereira, Maria M:. dos RemeATEST A DO Marla do Nascimento Morelra, natu. dios (20$00), Marin da Gloria Alba.no çio que a.tendesse a minha. suplica, permi,lo.,é Teodoro dos Santo, Formotinh.o ral de Nogueira do Cra.vo - Oliveira. do Santos, Margnrida da.s Dores P1nto, Ma,.; tindo a. minha cura pelo muito que sofria. Nossa Senhora ouviu aa minhas supli- Sanches~ medico pela Fcrculdade de Me- Hospital - ,a.tualmonte residente na rua r ia Adelaide Antunes, Antonio Damiii.o do Possolo, 22 - Lishoa, tendo sofriclo d~ Sou.ea Neto, Irene da Pur1ficaçii.o da. CllB e f.elizmente encontro-me completa- decina ae Lisboa. Decl..a.ro que c11~ faneiro do corrente ano um tolhimento geral numa perna, con- Cruz Rocha, Maria Luiza Dii1s, Antonio mente curada. com a aplicaçio da ngua santa de Nossa Senhora da Fatima, que fui chamado para o doentc Ismael Soa- sultou varioe medicos &em que do seu da Costa Pé Leve, Laura Tcixeirn Cortinha. em meu poder, desde que a. minha. res Silvério, de 15 a11os de edade, mora- tratamento tivesse tirado o menor resul- reia Branco, (20$00), Maria Joana Pafé me levou a visitar os lugares sa.ntos do1· na ru.a de S. Pedro n. 0 SI,. Tinha es.. tado. tricio (20$00), Antonia C'nr11do (20$00), de Fatima, ~I,i circunstància de meu te doente ,tido tirado, pela fa,,nllia, do Vendo que o ma.I se agravava. e sem Maria Filomena Itiboiro Lrt1Jcilo (20$00) 1 ma.rido ter sido acometido de urna doença Ho., pital de 8. Jo,,é, em 11irtude de qs e~pcra.nça& de melhorna, recorreu a pro- Manuel Lourenço dos Santo~, Gloria da. muito grave em 1925. Sendo tratado por médico.• haverem declarado que éle se teçii.o de Nossa Senhora do Rosar io da. Conceiçiio FerreiTa, Mnnuel Gonçalves cinco medicos cada vez se definhava. mais. enconfrava absolutamente perdido e se Fatima, fazendo-lbe o v6to de pedir ee- Viana, Maria da Piedado de Car-rn.lho Nii.o deixando de implorar Nossa Senhora cle.,ejar que éle falecesse em casa. De molas para a compra de umo. imagem De jornaea e clonativos varios: .Abade de pelas suas melhora.s, conseguh1 um pouco facto obaervei o doente que iu.lou.ei abso. que seria. colocada na. lgreja paroqu ial Esmoriz, 50 00; José Rodrigues da Cosltttamente perdido, 11uu a quem prescre- da sua. terra natal. de restabelecimento. tn, 60$00: 0111:11. Nnne~ Pereira, 30$00; Resolvemos entiio ir a Fatima. em agra.· t•i mn tratamento. Q11at nao foi o meu Logo em seguida a promessa oomeçou Maria Jo.-.é l!~errcira Paulino. 100$00; decimento a Nossa Senhora e de passagem e., panto quando, p<usados dias, o doen- a banhar a perna com a tli\l& de Fatima l\f:iria cln~ Don,s Ta\•nres tle Souza., por Leiriu, instei com meu marido par a te começou. a m el11Qrar sensivelmente a e a 68ntir grandes molhorne que dia a 10'2 00; P.e Manuel .M nrinho, 100$00; se confessar. .A~sistimoR a. oraçiio do mes ponto de u.ns doze dias depois, eu o po. dia se illlll manifestando. Jonquim C'arvnlho, 60$00; Lu<-inno cl'Alde Maria e obtive o. resoluçiio das minhas der coMiderar livre de perigo. De'IJo decompletamente meida. Mont~iro, 131$00; Manuel A.lves Atun.lmente julgn.-Re inatll.ncias vendo-o confessar-so e comun· clarar mais que o meu. diagnostico foi cura.da. Matias, 30$00; &atriz cla {'05ta Valengar, o quo niio fazia havia trinta anos. de uma febre tifoide e o tratamento Ja cu,npriu e v6to e conta. em Ma.io t<>, 100$00: Joa.quina da Conceiçio Nio ha duvida. que foi a Santfssima. Vir- aplicado o 1uw1.l e id no Hospital empn- proximo ir aa;radecer J)8660almente a Duarte, 122$6-50; Jo.qefa de Jesus, gem que assiro o quiz fazendo·me ,,ér as oado peloa meu., Ooleoas. Nossa Senhora. da. Fatima. a gra.ça. r ee&- 21$00; P.e nnviò Fernandes Coelho, Por ser verdnde, e me ser pedido pe- bida e levar.lhe uma esmola . u;ra.ças com que me beneficiava. I 76 0(); I), lfarin Pedrosa lfntias Fer-

Voz da Fatim à

nho, cumprir a. minba promessa, publicando a graça tiio assinalada que recebi. Graças, muitas, graças sejam dadas a eata Mii.e Bemdita que me alca.nçou tao grande favor do seu Divino Filho, favor que recordarei emquanto viver, e espero, com a graçn de Deus, mostrar-Ihe e a sua Miie Santissima, que é nossa Miie tambem, o meu reconhecimento, com a santidade do. minht\ vida e fiel cumprimento de todos os meus deveres. Peço a. V. Itev.cin. a caridade de nao me esquecer aos 1>és da Virgem Santissima da. Ftitima e. sobretudo no Santo Sacriffoio da Missa, ajudando-me a dar as devidas acçoes de graça. por tiio grande beneficio.

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4 reirn, lll 40; Virginia Lopes, 50$00· Adelor J. Silva, 105 00: Gertrudes d~ Car1110 Pinlo, 2'2$50; Zulmira GnlharJo 43 20; Luciano Leandro Pires 22$00 '. Joaquinu. Duarte de Oliveira 50$00· Ma~ ria Carolinn Caetana, 131$30; P.e .Antonio Perreira da. Silrn Duai-te, 40$00 · Maria Matilde Cunha Xavier, 17$65; N~ egreja dP Cezimbra, 23$10; Joiio Germano de 1fatoq1 50$00; J oaquim Tavares Macho.do, 50$00

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oassassino do proprio filho Ilav111. ja. uina bon hora. quc acabara. do jantar e depois dumn volta pela quinta ,·olLnro. de novo no l'Tande jardim que ser, in do ninho a elegante casa de campo. Em ,·olla urna verdadeira mato. de acacins, codro>1, platanos e alguma8 arauco.rins faziam-lhCI o fundo rasgaclo aqui e alom cni grandes mancha.s de azul e~ leste; por baixo mii e urna especics o va.. rietladc~ .Jns mail! linclas p anln1' p11 jant-Os de vida e beleza lhe ntapeta.,·o.m o Eolo niio fossé a. vista fcrir-se-lhe na terra arida e nun., llm pouco daquele cansaço que acompanlm u. digest:io obrigou-o a sentar-se. A um canto do jardim serpej,wa e erguia-se c.,mfim sobro o propÌ·io caule uma. velh11 g licinia. pianta.da pelas miioe fidal1,ta.s do sua av6, ·linda creança. Mas, nlquebrada pelos anos e pela intemperia, arquea.va-se, de vclha, formando n corta n)turn um lindo docel quo pelo •!!rde pnhdo das suas fothas convidava insist1•ntcmcnle a refugiar-se doi. nrdores clo ,ol. l•'oi nh que so sentou o senhor da Casa da Portela depois do por um creado tor ma.ndndo vir o <-'<>IToio do dia. Do olhos somi-nbertos foi pa88ando a vis~n. por rnrios titulos de muitos jornai.. di.Il; mais vnria<la.s cores- até que o torpor rcinou oomo deapota..

1''01 nssini quo o onoontrou um velho ami_go de infnncia a. quom ja niio via ha. mu1tos u.noa. Ahn1~·os um nrùt.uo olhar prescrul;ador depois 1i inevitavel conversa sobre os ra.pnzcs do ouLrora - hoje homens como elet1... E fornm passando ali em rovisto. como ~ul)la fit.a. de anirnatografo as principaia f1guru~ contempora.nens. Qua'>i a terminar a vis-ita, intencio. nnlmcnte: - Jt~ntiio tu sempre o mei.mo? - 'e111pre o mesmo ('Omo Yè,, - O mc mo.. o mesmo niio. - Porque? Ora. essa... - Quando mu daqui fui (j:i !.i vii.o bon, :r; ano, ) deixei le t·reule, um doquele,; de quem r.e dizia com verdnde que ernm cnt6licos do antes quebrnr que torcer. -E' boa I E boje? - flujo, meu caro Francisco, hoje? ... Nii.ol

- E sté. bem, Chico, niio vale ganhar ca!or. A proposito tens aqui um monte jorna.is. Ma.ndam-tos de graça.... em homena.gem ... - F.st:is a brincar. Isso é um sor vedoi. ro de dinJ10iro. Nem sei quantos centos do mii réis para ai vao. Mns também nii.o me importo: dou o dinbeiro mesmo sem conto. A gente tem de os ajuda.r o. todos. - Com que ontiio paga-los todos ... todos. · - Todos I - .A.inda é umo. b6a mesa.da, ainda. - Ah I E', é. - E quo belo auxilio eles niio teem de ti I • - Som duvido.. Tanto mais que eu costurno pagar sempre n.dea.nta.do. -1\Ins quo jornnl é este? (pegando num do:; jornais de maior circulaçi.o e men~ vergonha.). - Ah tu compreendes que a gente precisa de saber as noticia&, de se informar ~obro 1nil o uma coisa.s mesmo da. vida muncmna., coisns que s6 a imprensa nos fnz chcgar nqui. E nisoo a nossa imprensa, a im1>ren!io. cat61ica. deixa muito a desejar. - E tu compreendPs n fuoçào, a importancia da iinpronsa na sociednde mo. dernn P - Para mim é dela quo depende o fu. turo. A imprensa é o que é a. sociedade. Amanhii a sociedade sera o que a impronsa. quizer. E' uma. arma. tremenda. - E onta.o tu vaia dar o teu dinheiro, o teu auxilio a essa imprensa. impia, de~cristianisadora que a cada passo. insulta, clespresa. e uLaca o qtte 11>1110., do mais caro? Entii.o tu vais p6r o teu braço a.o serviço de.sso. imprensa. contra o teu Deus, a tun fé, a tu;1 c·ons1·1Pnc a ~ E queres quo te cbame cat6lioo ae usim combates o catolioismo? E queros que te a.che na meema. quando tu te puzeste do lado de la? .Ah, meu caro Ohioo, ou se é catcSlico em tudo ou e;n no.da.. Dous niio admite pa.rtilhas da alma. e do ror:wiio. Ou !ho dnmos ou lbo tiramos todo in.. tei ro. Mns tu és amigo ... niio me levaa a. mal e~tn. liberdade... de amigo. De resto mal nos vai se niio tornamos n, falar. Hoje ha.a-de reconbecer que a leifora da i111prc11sa md ou .simple.smen.te indi/erente te é aravemen.te prejudicial. e o pode ser para a tu.a /amilia ou para quem (Juer qu.e tenha a mllo aemelh.ante, P1!-!il1ca('/JP.~.

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OSACERDOTE Respelto que lhe dewemos fléls e que ele se deve a si mesmo

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E' 0 su.nto Cura. d'.Are quem fala: «O sacramento da Ordem que parece niio se referir a nenhum de v6s, interessa. a.finnl a. todo O mundo. Este sacrnJ]lento eleva o homem a.té DollS. o que é O sacerdote? Um homem que tem o logar de Deus, um homem que esta. revestido de todos os poderes de Deus. «Ide, diz osso Senbor ao sacerdote. Como o Jneu Pa,i me enviou, nssim eu vos cnvio... 'fodo o poder me foi da.do no Céu e 11 11 !,erra. Ide, pois, e eosina.i todas ns uaçòes... Quem ,·os ouve é como se me ouvisse a mim; aquele que ,·os despresa, 11. miro dospros:u, Qunndo o sacerdote perdoa. os pecados niio diz: «Deus ,·os perdoau, mas diz: ueu te absol\'o». A' Consagraçiio niio diz: ueste é o corpo de Nosso Senhor» mas «este é o meu corpou. S. Bernardo diz quo tudo nos veio por 1\farin e n6s podemos to.mbe,ID dizer que tudo nos vem pelo sacerdote: sim, todas aq ventnras, toclas as grnças, todos os <lons colestes. Se oiio tivessemos o Sacramento clo. Ordem nuo teriamos a Nosso Senhor. E queJn foi que o poz ali, naquelo tabernaculo ? O sacerdote. Quem reecbeu a vossa al~n a entrada na v ida? O sacerdote. Quem n nlimentou 1>ara lhe dnr a forç.1. de fnzer a imu. peregrinaçiio? O sacerdote. Quem ,i prepararli para comparecer dl·nnte de Deus, lavando esta. alma _pela prm~ira vez no snnp;ue de Jesus Criato ? O sacerdote, beJltpre O sacerdote. R se esto. alma vem a morrer quem a ressuscit:irii? Qucm lhe dara a calma e a p:w:? Ainda o Hn.cerdole. Niio podeis rccordnr nem um s6 beneficio <le Deus, st>p1 encontrar, n.o lado dessa lembrnnça, i1, imngem do i;acerdote. Ide-vos confessar a Snntis~ima Virgem ou a um .A.njo: poderi.o eles absolver-vos? N'iio podem. P odem eles clar-vos o corpo e o sangue de No~so Sonhor? Niio. A Santissima Virgem niio pode fa.zar descer o seu dh·ino Filho para a hostia e a.inda que tive~seis ahi duzentes .Anjos niio poderrnm nbsolver-vos. i:m sncorclote, por mais humilde que seja pode clizer-,•os :11e m·os perdoo, ide em vaz.u Oh I Como o sacerdote é alguma coisa de grande I O sacerdote niio se compreendera bem scniio no Céu... Se se compreendessc sobre a terra, morror-se-in oiio de medo mas de... amor. Os outros boneficios de Deus niio 110s servi rinm cle no.da, sem o sacerdote. De que vos serviria urna casa ch~ia de ouro 80 niio houvesse quem vos nbr1sse II porta p ·o sacerdote tem a chave dos tesouros cPhist!'s: é ele que abre a porta. E' ele 0 economo de Deus o administra<lor dos seus bE>ns. ~ Sem o snc:erdbte a. morte e pai:xio de N~sso , enhor niio ~erviTiam de nada. Vede OR povoR selvagens: de quo lhes teru i.cn·ido que Nosso Senhor tivesse morriclo? Ah! niio poderiio ter parte no beneficio da redençiio emquanto niio tiverem sncerdotes quo !bes façnm a. aplicaçiio do seu i:,angue. O sa.cerdote niio é sacerdote para. ele. Niio se dii a nbi;olviçiio a si mesmo, niio se odministra os sneramentos. Nfio é para. ele, exi11te para v6s. Dopoie de Deus, o sacerdote é tudo !... Deixai urna paroquia vinte anos sem sacerdote e o povo ndorara os animais. Se eu e os outros sacerdotes nos fossemo1:1 daqui, v6s dirieis: uque fazer agora nesta igreja.? J a niio ha Missa., N osso Senhor ja In niio osta, vale o mesmo quo a. propria. cas:l . .,,, Quando se quere destruir a religiiio começn.-se por atacar o sacerdote, porque onde o niio houver, niio ba Sacrificio e onde niio houver Sacrificio nio ha religiiio.

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Que nJegria niio teriam o,., .\postolo!> clepois eia ressurreiçiio de X osso Senhor de ,·oltnr a ver o Mestre que eles tanto tinham amado ! O s11t' erdote cle,·e ter a mesma alegria vendo Nosso Senhor que ele tem nns s uns mlios ... O sncerdocio é o nmor do Coraçào de Jesus. Quando drdes o i;acerdote, pensai em Nosso Senhor Jesu~ Cristo. aoo§ifc : c

Como Jesus quer s.er amarlo Jcsus Crist~ é ama.do com este amor vencedor que leva a alma a todos os snoriffoios, com este amor focomparavel que faz ompalicleoor todos os amores. So duvidais. ide bater, por exemplo, a porta d'um mosteiro de Oarmelitas, cuja clausura nos arripia e irrita. Perguntai a eeta. jovem porqu.e é que, na eda<ie dn juveotudo e das ilusoes, eia aba.ndonou tudo para. se o.sconder ntraz dessa.s gradei1 imponetrav,eis e dentro d'aqueles vestidos tiio grosseiros. Eia vos r<>epondera: amo Ohri.stum. rus a.bi o amor n, Jesus Cristo, e tiio forte que produziu n virgem cri.sta, a irmii. da. caridade, a irmiisinha dos pobres. Fez o ap~ tolo e o. mn.rtyr. Tomou o homem com toda a sua frnquezn. e o coroou com o triplico diadema da virgindade, do martirio e do apostolado, <' o levou nos cimos mai~ divinos do amor. l•'a?. mais aindn, pois quo sofrer e morrer niio é ainda o cumulo do sacrificio. O cumulo é ver morror os quo amnmos. E tem-se vi,4 o isto I Ha ma8l; que teem nmndo ,Jesus até este ponto, aM no sacrificio de l'leus filhos, Jesus Cristo quiz pcdir-lhos o obtev&-os. Sim, mal ele tinhn morrido ja as miies cristiis, tomnvam o~ srus Cilhoa e coloca.nd<>--06 sobre os joolhos lhes dizian:: «Me'! filho, eu pre_feria ver-te morto a vor trah1r a J esns Cristo». . ;Acompa.nl~u.va.m ~us filhos dennte dos 1m1,es, o ah, 110 po do cadafalso, exaltn.vam o seu entusinsmo e se témia.m que eles virinm mostrar.se fracos, lhes diziam: l{en filho, lombr&-te que eu te trouxe no meu scio e te nlimentei com o meu leit.e; por piedncle p9:r~ com tua miie! niio ncgues nem atra.1çoee a Jesus C_;1'1Sto. O que urna mulher, uma mae deve sofre~ ~m tal momento e o que sofreu urna Fohc1di:<1e, urna. Sympho.rosa e tantas outras, 11!\0 ha. palavra.s que o possam contnr. S?nto.se . ap_enas que par~ recomp~nsnr tms s~criffc1os nit_o. parec1a excess1v!\ urna etermdade de fehc1dade com seus f1lhos nos braços.

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J oiio Henriques deixava o fida.lgo da. Casa da Portela. depois de afectuoso aperto do zniio. Mo.s nquole aperto de mii.o niio era ainda o simbolo duma. comum maneira. * do sentir. • * Lii. no fundo o fida.lgo ficava sempre Dum ,mlto Francisco Gin6 aprumou-se na sua.: a unprensa indiferente e meloomo a pedir a prova ·da afirmn.çiio fei- mo a nui ofio fnz mal desde quo ha· ta. jn cuicùtdo. J oào llenriques sem se desconcertar • continua. • • - D!',culpa quc lo fale assiro r•om lo· da a sinceridn.de mns a is.so me oonvida A' snida o porteiro quo ouvira. qu88i aw o fr&.cor do teu jardim em ingénuaa toda a conversa diz...lhe baixinbo: palpitaçoes de amor. - uOlhe senhor I O senhor é que tem E ' o amigo, crè, quo ll8Sim te fala. raziio. Quem nào ama, embrulha encobre Foram aqueles jorna.is mn.us que p11ra adula. ' ' u.H voem quo estra.garam o Qulnzlnho. O 11111°1!.0 que l'lll publico cuidadosa ca· Foi t>le m81!mo que mo disse ha dillB. la rinbo,mmento tapou as. chagns des~bre- busca.los e lia-oe sem o pai saber e t&n as, paro. as curar, no tu-a-tu do. intimi- tu coisa. leu que perdeu a fé a reli~1iio dn.de. e .•. a. vergonba.. - Quoro,i Lu ontio manter o que disCoito.do I o Pai nem o sa.be mas.. . ~ seste, sustentar que em religiiio me niio verdade. encontrns corno me deixnste? Joiio Henriques saiu pensando na tri&Eu explico se 8118im o quer88. 1Al realidade dia influoncia da impreusa - Antes das tun.s explicnçoes fica sa.- ma o no pecado quo cometem ' )8 que dl\ibendo que concorro genero<:amente para presando a imprensa. cat61ica a~inam, todos 08 pedit6rios, tomo parte em todaa louvam, leem e ajudnm a ma impreosa. as festas, auxilio o Semin:trio, esforço- Sao traidores a aJ1U,nhalar as almas e a mo emfim por ser em tudo um catcSli- Egreja sua Mlle. co as direitaa. , -Em tudoP ... - Sim I Em tudo. Francamente nunca. esperava de ti i;omelhante ~nsura. Abrlgo dos doentes Peregrlnos da Fatima Ma.e... ex plica lé. ngora a tua afirmn.çiio. Fund:i.Jllentn.-a, so podes, corno eu funda.• • 2.147$55 Tro.nsporie ... mentei a minha. Quando o sino vos chama a igreja e vos Nisto no menos herdo o espirito doe Dr. Manuel José Ferreira. 40 00 rregunt:lrem: uonde idesu podeis responfidnlgos do. Casa da Portela, Niio é de der: «vou nliJt1entnr a minhn alma.» coi~as feitM no nr- gue eu ii~to seni-O Se, mostrando o Sacrario, insistirem: 2.187$55 dl\8 bom nlicerçn.du.

I

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«o que estii por detraz desta porta douradn, ?,, E' a dispensa da minha alma. E quem é que tem a chave, quem faz 11.11 provisòes, quem prepara o festim, quem serve ii mesa? - «Os sacerdotesu. E o alimento? «E' o precioso Corpo e Sangue de Nosso Senhor.11 V édP ngora o poder do sacerdote! A sua lingua, dum bocndo de pao faz um Deus I E' mais que crear o mundo. Se eu ·encontrnsse u.111 sacerdote e um anjo, sn11<111rin primeiro o sacerdote que o anju. Este 1• nmigo de Deus rnas o sacordote fnz as stC'ls vezes. Quando vircles um . sacerdote deveis dizt>r : «Ali csta quem me tornou filho de Deus o me nbriu o Céu pelo santo baptismo, qneJTI mc tem purificado clos me\li! pecados, q nero tem dado alimt>nto a minhn alma ... » A' ,,;sln dumo. igreja podeis dizer: 110 quc est:i la?» - O corpo de Nosso Se. nhor. E porque esta Jé. ? ((Porgue um sace1 dote passou por In e celebrou a santa Missau.

---------:-=--PiE D 1-D O As pessoas que receberem a «VOZ DA FATIMA» em dupli-

cado, pedimos o favor de devolver urna pondo por f6ra Daplicado - É o meio de sabermos o respectivo numero.


Leiria., 1 3 de C>-u.tu.bro

A.:n.o "VII

COM.

de 1 9 2 8

N.0

73

APROVAOAO EOLESIASTlOA]

ulmtor, Propri1t1r10 , Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos D,mposto e Impresso na Uni4o Grafica, Ru de Santa Marta, 150-152 - Llsboa.

Ad111iniatr1dar: - • Padre Manuel Pereira Redacçllo e Admlnlstraçào: Saml né.rlo de Lei ria.

da Silva

I

F~tim~, ~ L~nr~~~ ~~ P~rtn~~l pasto1·ee a. Ylriiem Ma.ria. quu ra.ega.r dos miatérioe o \'éu, e boje, em Fa.tima., a, Co"a. da. Irìa. é tlIII !Jndo cantlnho do Céu. Aos

(Do hi nd.rio de Fdtima)

Onze anos depois _ A visio de Lucia de Jesus - A confidente da Rainha do Roslirio _ o apelo divino _ A elcita do Rei dc Amor. Corria o ano de 1917, ano nssas memoravel e sòbre todos glorioso na divina hist6ria dos episodios maravilhosos da Lourdes portuguesa. ~o dia treze de Maio, a pouco mais de dois quil6metros da. igreja paroquial de Fatima, numa pe· quena colina, onde em breve se erguera o templo mais gigantesco, o santuario mnis venerando da !usa terra, tres criançns inocentes, que gunrclavam um minusculo rebanho de ovelhas, depois de baverem rezado em comum o terço do Rosnrio, tinham-se sentado no chiio parn com~nr a construir com pedras tosens e soltas urna casa em miniatura. Era a hora. do meio--dia. astronomico. Nas altu.raJJ o astro-rei em pieno zénith resplo.ndecia' com o mais' vivo fulgor e neU: urna s6 nuvem empunava a lirnpidez pur isAima da ab6bada. celeste. De repente, o clariio fulgurante dum relii.mpago cortou os ares, fazendo convergir para o firmamento os olbos e u atcnçiio dos pastorinhos. Lucia a. mais velha daa tres crianças, que co~tn,·a. dez anos de idade, julgancio iminente uma. trovoada a-pesar-da perfeita serenido.de da atmosfera levant a-se e convida os primos, Franci~o e J ac-inta., a recolberem o p:nclo a snas casas. Quando descia.m a encostn atnts do pequeoino e d6cil rebanho u~ novo reliì.mpago rnsgou o espaço e'. a pouco. distaneia. sòbre a copa dumn azinheira apareceu o vulto gentiHS8imo dumo. j~em senhorn., circunclo.do de intensa luz e. respiandecente de sobrena.tural beleza. P or momentos, aa crianças hesitam perplex:as e chegam a. pensar em fugir. Mas para logo um gesto grncioso da Apariçiio o.s demove do seu prop6sito, filho da timidez e do medo, e urna voz suave e encantadora. as convida a aproximarem-se da azinheira. Desde aquele dia do mes de Mnria em que, a uma prep;unta da protagonista'. das 11pariçòes, a misteriosa Senhora declarou que vinha. do C'éu, até igual dia do mes do R OMario, seis m0808 depois, inefaveis co16q uios se realizam ontre a Vrgem e a angélica menina, torno.da. a sua intima confi<lente pela mislmo grandio.<ia de que a incumbe e pelos segredos impenetraveis que u10 ooot:a. A' débil voz da humilde e desconhecidu pastorinha. acorrem as multidoes, avidM de sobrenaturo.l, e centenas de milhares dc p0&ioae, impulsionadas pela sua fé e pela qua. oiedade. veem prestar as suo.s ·1omenagens à R a{nha do (;éu no iocai que Eia. propria eecol.heu para a erecçiio do 1;antnario mliximo dM maravilhas es-

UMA FLOR· DO CLAUSTRO A profissao religiosa de Lucia dc Jesus, protagonista das apariçoes de Fatima

tupendas do seu poder e da sua ternura maternal. De!alde os representantes do poder--civil tentaram coagil' a ,·idente a retratar Linda, alegre e encantadora, cheia tre eia sua nobilissima cla.,;.se entra na os seus ,tssertos e nem as promessas e amenças nem a propria prisiio e a pern- de vida., luz e cor, rescenc!enclo ao'l sun- linda e de,•ota capeln, onde vitimas pectivo. dumo. morte violenta e horrorosn ves perfumes d~ flores do Outono, raiou voluntarias de reparaçiio e expiuçiio todos lo~raram arrancar-lhe os segreclos inviola- a ma.nhii, pn.rn. sempre memoravel, do os clins elevam par11 o C'éu o incenso das dia 3 de Outubro de 1928. suas pretes ardenuis. a mirra das s11as veis cl~ Alto. . Os r elogios das tòrres da ,etusta e his- , virtudes acri~oladllJ! e <lo~ seus sacr1fici08 Re.\hzado. no dia treze de. (?utubro .o t6rica cidade acnhavam cle dnr pausacln- e o ouro clum amor µrecioso e som liga, e.stupendo sino.I de D~us,. vat1c1nad~ tres beroico e santo. mesM antes pela pnv1legiada da V1rgem mente as oito horas. 1 paro. oonfirmar a veraciclade dos seus depoimentos e presencindo com nssombro e extrema comoçiio por mais de sessanta mii pes<:0ns de todas as clnsses e condi~·òes sociais e de todos os pontos do pais, Ltieia de Jesus tinha concluido n sua missiio de embaixntriz da Miie de Deus, augusta Padrocira. de Portugal. A' semelhança do precursor S. Joiio Baptista, doravo.ate eia tem de ~e diminuir, de se apngnr, de quasi desapnrecer aos olho.'l do munclo, para que s6 a Virgem sejo. glorificnda e a sua obrn nssuma as proporçoes da mais colossal maravilha do século vinte ... E' indispeusa.vel que momentaneamente caio. no olvido o in,trumento fragil e desproporcionnl de que a pi_v!na. Providencia so dignou servir para 1~1c1ar essa obr_a. Como B~rnardette Sot!· 1 b1rous, a ~um~de pastorin~a dos . Pyr1- I neus. a fehz v1dente d? !at1ma nu_ pre- I parar-se p_arn. outra m1ssao que mais cl_e . perto lhe interesso.~ por9ue a ~la estao hgaclo~ os seus dest1nos 1morta1S, a tarefa grandiosa da sua santificaçiio e salvaçiio eterna. Terminada a sua edncaçiio num colégio do Norte, onde viveu muitos anos entregue A pratic3: de tòdas as virtudes, ~b~eceu sem hes1tnr ao chamamento d1v1no, so.indo do seu pa{s e entrando no Noviciado dumo. ~as m~is_ ilustres e beneméritas C-0ngregaçoes relig1osns. A atmosfera do Noviciado, téda impreguada de oraçii.o, de sacrificio e de amor, era soro duvida. o elemento que convinho à sua. vida espiritual, ap6s a. formaçiio do Colégio. AH, ocupada nos serviços ma.is gr0688iros da casa, edificava a todos com a sua profunda humildade e a sua. exacta observancia do regulamento e a R a,n ha. do Céu favorooia-a com novoe privilégioe, corno penhor da sua predile<'çii.o especial. Um ano depois, no dia 8 de Outubro de Photoerafla <le LÙCIA DE JESUS (V. ns grnr1des mnrnt1ilhns dt Fdllma, 1928, aoe vinte e um anos de idade, $ua pelo V. dt Monltlo ), ao.1 16 1J11os. ,. que no dia J de 0111uoro c-orr,nte fez os seu.< flotos numa Congregt:(do rtligio.,a. Excelencia lleverendi"8ima o Sonhor D. J osé Alves Correia da Silva., venerando Bispo de Leirin., de11 ia presidir, em nome Numa da.s cMas religiosas mais creclo- 1 Erii bUI\ Exc.-elència Revere ndissima o da Santa 1greja. a cerimonia da sua profis- ras de consideraç.iio e 011tima. pelns ~u os ex- Senhor D. J osé Alves ('orreia da Silva, sii.o religiiio e eia, cheio. de jubilo e r eco- ct.lsas benemerencins, ne,sa. esb\nc-10 de primeiro Bi'>po de Leirin, depot& da resnhecimento, coll8agrnva-se dum modo es- paz bemdita, onde cada ano, tnnta.s al- tauraçiio da clioc~e, qu1.1 devia. presidir a !)OOia.J ao serviço de Dous, pronunciando mas, ciì.ndidas e inocenk•s, contruem mis- j cerimonia, expresaanw uto couudndo pacom um fervor angélico os ,•otos oe po- ~icos E>Sj:,.'.;;:sr.:! nr,w ,Jesus. o dh·ino Hoi rn ~ fim. Motivo de forçn m11ior inibrMa, obediencia e castidade. dos reis, uma falange escolhida de nrgPn'I L;_..;: ! ''"'l'l!)RT!'<.·er. Tal é a humil<le pastorinha de .Aljus- faz os derr11deiros preparntivO!i para. o en O re<"i nto ,11p:r111lu rl'p:orgita .;., ~iii!!. tre!, a quem Deue confiou a missiio mni.'! !ace misterioso ha muito tempo suspirado. 1'::m lngo.rO'l do de.staque ,·ecm--se o.lguns estrondoea dos nossos temoos " oue a de- I) atJhl,'l"rl"' /Jt inof"'~ol hifl'lone ,1a •.· .. .... n f'\eles• .:,t~...1.-..l.,, ~---='v,,1. ., ... ~ -=a • ..... _.,. ••• ,~ - t ; ~ ~~ ,,_fe,..,,._ • ...__,." .,.,m.,;;::;!::;-:: ~~~ " "l'.l .9az tao profunda e tiaJ E.sposo. Todos estii.o ja a po1,tos paru Aproxima-f't' o momt>nto ~olenp, ansiocom um desprendimento tao completo de o. tocant.e so:etJ;,;...!;; :;::~ ::~ ,,,..; realizar. ~»menfo P«perado, do-, mi ti00<; osponsaìa si mesma que é esse o primeiro milagre Um sac-0rdote portup;ues, honra e lus- da,i ,enturosa.'l 00111•.,! •• ., :;·:? •·r" consa-

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Voz da Fatima

2 grar-se parn sempre, dum modo e.~peciul ao serviço daquele adoruvel Senhor, a quem servir é reinar. Em atitude modesta e recolhida, e na mais perfeita e edificante compostura, mna palpitantes de intenso e como"ido jubilo, elas ali estào, em fila, nas longas bancad86 da capela, de miios postna e olhos fit.os no Céu, orundo ince»santemente e com fervor. Oonfundidn. corn as demais, h:i urna, que na-0a nssinala ÌL atençiio clos circ-unstantell, mas que rnerece uma referéncia sobremaneira particular. E' Lucia de Jesus, n feliz vi<lente de Aljustrel, a prin,-ipal protagonista das Apariçòes de No:;sa Senhora de Fatima, a Lourdes de Portugal. Esta tenra e rmmosa fior <los cnmpos, colhida entre ns urze!i e nzinheiras lln serra de Aire, e tram;plantada do patrio ,;olo para umn nesgn de terra estrangeira, onde o respoito doi=; diroilos dn Consciencia humnnn niio se reduz a urna pnlnvra vii e a 1ilx>rda-0e para o hem niio é umo ficçiio, la se ve, no rneio das flore.~ nascidas, noutros c-limo.s e sob outros c-éus, pronta a embalsa1'nar perenemente com o seu dolicioso aroma a ora ~anta e o ambiente do augusto santuario. O 'ilustre oficinnte reYestido clos paramentos blu·ros, <>nton o Fe11i Creator, invocando ;,òbre ns futuru-, espòsas do Redentor as luzes e ~nwas do Di,·ìno Paraclito, o Amor inerendo e consubstàncial. .A comunidade religiosn e a multidiio dos fi6is cantnm o admirih,el hino liturgico, que o 6r:giio ncompanhn c-om a sun voz mage.stosa e piangente, t•om·ertendo-o num cantico de gloria, num hino vibrnnte de Tl'ssurreiçiio e de triunfo. Em seguida o ministro sagrndo, 1>ronunci.rndo ns oro(·oes do Ritual henze o crucifixo clestinnclo à futura profei=;so, asperge-o com agua hrstrnl, servindo-se para ic:so do hiRSOpt', e depois prOC'etl<> dn mesmn. formo. ì1 Mnçùo do nfo. Concluida a 11ltimn oraçiio, , oltn-'-e para o noviçn e diz-lhe: - «Minha filha. que é que pedes?u Ltfoia de JeHus, 11:rn,·1_> e austera no ,ma grncioso. simplici<ladc>, rec;ponde com urna voz firme e pnusnrlu: -«Pelo amor de Dens " de Maria Anutissima, minha tern~ e c·ara ~fiie, pe(·o li graça de ser adm{t1cln neste !!tinto Instituto, para nele me consngrar de todo no serviço de Deus e à soh•nçiio clo pr6ximo, e de me lignr fambem com o~ votos cle Pobreza, CMticlnde o OherHìncia, que clesejo fnzf'r ~e~11nclo o eqpfrito e regrn• dt\ste mesmo Tnstitut-0. E. o interi>ssant.e e .com~vente di:ilogo cont1nua, c-adu vcz rna1, ,·1,·o e animado, entre o veni,rando sut·er<lote, que reprt'M•nta a Santa Ip;reja e fnla o procedo em 1wnw dela, encarecondo a grandeza e importancia do ·acto da profic;.siio religiooa e os deveres e responsahilidades que lhe estiìo inerentes, e u. humilde e despretenc-iosu menino, qua responde sem he~itar firme e innhnlavel na sua generosa re,oÌuçiio e cheia de confiança filinl na bondade onipotente do .Altissimo. - «Tene penando bem na" obriii:oçòes que nndam anexos a estes votos ?i, - «Sim, sèriam<>nte o tenho pensado e espero, com o auxflio de Deu._ i> a int~roessiio de Maria Snntf~ima e da Santa Padroeira cl&te Institnto, poder cumprilos e é por isso que peço a graça de mos receber.11 -«Reounciaste com tòda a libordade e com todo o coraçiio ao século e 11 todos ns preten.soes mundanas ?11 - uSim, Revernndissimo Senhor.» - «Entiio queres tornar a Je~us C'rislo por teu Espòso ?11 - «Sim, com todo o meu coraçào.n Nesta nltura o minish·o do Senhor apre-

senta o crucifixo ÌL uo\'Ìça è, dando-lho a beijar, diz: - «Recebe, minhn filha, estn cruz na qual estn pregado Aquele quo deve ser o teu modélo e o unic-o objecto de toclo o teu umor.n E acrescentn ns palavras seguintes que siio coma que u forma substancial dos rnisticoo despos6rio'>, que s.e estiio realizundo: - uSeja o teu Amado corno um fasciculo de mirm e fnça do teu coraçào a sua rnorada permanente, ern penhor duma uniào eterna e dum eterno amor. Sit tibi f1ucic11l1.ts myrrhae dilectuR tuus, et $Uper cor tuu,n commoretur, in signum l1111ori.1 r,t unioni., .!empiternae.u

suces:.os maruvilhosos, pòe um remate condigno aquele espectaculo emocionante de Fé e picdnde. C'omeça entào a adoraçiio nocturno. Preside no primeiro turno de adoraçiio o re,•.do dr. Marques dos S:intos, capeliio-director dos servitu. O rev.do Domingos Gonçalves, de Guimariies, director das Oficinas de S. José, que presidia a · peregrinnçiio daquela. cidade dirige o segundo turno de adornçiio falando com ternura do Deus de amor, a Divina Eucaristia. Às primeiras hòras da manh1i principinm as missas, que continuam quasi· sem iuterrupçii.o até no meio dia solar. Milhares de comunhoes sào distribuidos por cliversos sacerdotes, desde a primeira ì1 ultima missa, sendo deveras enca.ntadora e emociouante a piednde fervQro'ln dos romeirO!", que, desejando receber dignamente nos seus peit.os o Rei do C'éu e dn t~rra, se tinham preparado panL esse ncto por meio duma confissào bem feitn clos seus pecados no santo tribunaJ da Penitencia. Jesus une-se intimamente às nlmas, na Sagrnda Comunhao, para ser O alimento do. sua vido. sobrenatural e ali, nnquele Jognr privilegiado, derramn. sobre elns, merce eia intercessiio valiosi~ima de sua augustn Miie, as melhores graças e as hençao<, mais preciosns e mais escolhidits dos tesouros riquissimos e inex1111rfveiR do ('éu.

que eia se efcc.tua. Or&anisada. com todo o esmero pelo seu zeloso e iuc:.nstivel paroco, o rev. Rafael Jacint.o, impòem-se n todos corno urna peregrinaçào modelar, sendo deoert.o notaveìs e copios"~ oa frutos espirituais que alcanço. paia quantoa dela fazem parte. A populoea e crente freguesia da Serra, Tomar, enviou igualmente neste mes à. Lourdes portuguesa uma importante e vistosa embaixada. Dirigia os net.o,; colectivos da.· piodosa romagem o re,•. José Dias Rodrignes, activo e zeloso paroco <loquela freguesia. As opus encornadn.s dos peregrinos e os lenços brancos da.a Filhas de Maria punham uma nota acentunda de colorido e de graça no. imensa 111anchn escura da Covo. da. lrin.

Segue-se a imposiçào do ,·éu, durante n qual o oficiante diz: Outras peregrinaçoes - A procissilo - "Recebe o jugo do Senhor; o seu juda Virgem - A missa solene - A go é sun,•e e o seu peso é leve. bençilo dos doentes - O s ermilo Proferi<lus cstas palavras, da-lhe a beno ficial - O exodo dos peregrinos. çao e depois pararnenta-se pnra rezar a i;anta. Missa.» Começa o incruento sacrificio clos nosOutras peregrinaçòes se efectuaram ~o., nltarcs. ainda aste m&, embora formadas por menor numero de devotos da Virgem de FaO silencio é mais profundo, o recolhlmento mais intenso, a ornçào de toclos tirna. Dc Toudela viéram 80 pessoas, de mais fervoro:sa. Vila Seca 40, de Mole-00 (Lourinhà) 60, Pairnm vagamente naqnele ambiente ncompanhadas pelo paroco, rev. Joaquim sagra.do harmonias celestiais. Lopes Reixal, do Arieiro (Coimbra) 40, Dir-~e-hia que o<1 Anjos da guarda do sob a direcçao do p,iroco rev. MlWoltrel EsSacrario, onde repousa na H6stin sac-rotrela l<'erraz, do. Varzea (Sa.ntarém) 60, i=;anta o Divino Rei de amor, unem tlurn SQI, a presidéncia do p:irooo re,·. l\!anuel modo ~<'nsi'vel os suas alep:rias e O seu gò- O Seminario de Beja - P eregrinaçio Duarte, de Carnpinheira do Campo (Monz,, aos jtlbilos dns almas congrE>p:ndas nado Porto - P eregrinaçio cfe Lame - temor-o-Vell10) 60, tendo à sua frente o go - Peregrinaçio de Vila de Rei rev. c6nego José Simòes linio, etc . quela cosa de Deus. E' c-hegada a ocosiao de ministrar O Pouco ontes do rneio dia solar, forma- Peregrinaçlio da Serra (To rnar). Pilo vivo descido do C'éu. Mas, nntes di~se o cortejo que acompanhn o andor da so, o celebrante -volta-se, com o So.nt{ssiO ilustre e venerando Anti!'>tite da \Tit·gem do Rosario da capela. dns apnrimo Sacramento nn.s miios, paro n eleitn lgreja P:1censl", Senho1 D. José do P,1- çòes parn a copeln dns missas. E' urna do Senhor que, com ,oz clnra, mas e-omo- trocinio Dia~, ~omeado intilrinamente J'.e- dM scenos mais patéticas das ceriménias vida, pronurwin, em face clo Céu e da ter- I! S1111L11 Se director da Obra d~s mts- comemorati,•as do dia treze. A multidào rn a ,ua c-on~agraçiio--n formula do-, vo- isoes . d~ _ clt'rO secnlar . po1·tu~u~ r. ~m rompe em viva.s à Virgem, snuda-a com tos de Pobreza, C'nstidacle e Obedil!ncin. 1Suhst1lt111~·aDo d?r gr~n~e r~'b'-P? m,1~1~nur1ol, Oi lenços, licia.ma-a. com palma.,;. Ao meio . eotomo ";1 e1ro 10~ra ( o dio. em ponto, depois de cnntado oft./Jredo Feito~ !'.\~tee; ,,otos, a irmii aspirnnte en- o, sen tor trega ù uperiora II f6nm11 cl . ( ns~r?, ausente , 11r~ J nd111 em ser'.'1~0 da em voz alta. por tòda a Miistencin, prin. . a_ °' mesm~s Rehgtiio e da Patria. fez transfer1r para cipia. a 1,-fissa dos doentes. Emqunnto se ac;s1na,1n por sua pr6pr1a mao e clepots c1·f- · cl e t. d e• · t T rec-ehe O Piio clos An ·os. o e 1 1~~0 o onven o e. ns o,. em o- celebra. o augusto socrificio dos nossos alJ in ... r 11.l 1m de J>nssnrem ali o periodo dos b ran d o · d . d d . , tare~.,, o uve-Sl' const t\n te men te T erm11111 a :i ~l1ssa, o representante dn ., '. 1 · 1. , I • . 1l'rtas gran es os n Innoc; o ~eu somma- ciciar de mii preces, os suspiros nbnfaI greJtl a rma aspi- .. d. ' E t . d . . · d t s-:1z 11mn lu exortuç•tlO t . d' . .d . 1 to 1ocesano. neon r,111 o-:se ass1rn n os dos enfermos t't, por ,,e:,,es, os canti, rnn e. no I>O ·iTns pa ernais irigi ns a o 11 · l"guos de d1sta'nc1·11. do Sant11a'r1·0 co.~ da mult1·a-ao, v1'brantes de entus1·asmo. O\'elhinha qucridn da grei e~piritual do ~, ~·•-, " d ,.-t· .' ·, . ·· d ., p 1 10 1 L . . . B nnc-1onu 1 e 1'a tmu, JO\ eu<. · e pie o- Conclu!da. a missa, o celebronte da a benvenerane1O re°' ee et~i:_i, ~1 er~a- , sos serninaristns aproveittlram o ensejo çiio aos doentes com o Snntissimo Sacradette dn Lourdes cln sua prrvllegtnd n Dio- para o vic;itar comovidamente e render o mento, c-erim6nia sempre bela e sempre l'ese. . . . preit.o da sua venernçiio e ùo seu amor Ì1 tocante, e por fim, depois de c-ontado o Intunn-lhc, muy, uma ,·ez, 0 dever TI- Rainhn do Santissimo Rosario, no lot·al Tantum ergo, abençoa o povo. O rev. Domiugos Gonçalves subindo no go'.osc! d_e c:11 iuprir as promessas sagrnd as que Eia houve por hem sontificnr C!llll n e IIIYJ~larn\~ que aC"nbn de fazer parante sna pre~ençn e clistinguir com ns finezas pulpito, profere, diante do m{crofone, um <>:s »un °" a tares. . mais nssinalaclns da sua ternurn mater- sormao aproprindo às circunstii.ncia,, que Recom!nd:1-lhe com p:~rt 1!·~lnr empenho noi. Viom-se tambérn, 0111 numE>ro bas- numerosos megaf6nios reprodu:,,em e a ob,ervancta dus c·oustituiç~c~ e reguln- tonte aYultado, olunos doutros emina- trnnsmitem a distància. rne~to, da gloriosa e benemerito congre- rios sobretuclo do se>minario episcopo.I cle Siio qunsi cinc-o horas da tnrde. guçao n q1w tern a bonn1 e a ventura de Lc•i;ia. Os peregrino'!, pouco O pouco viio repertencer. . Do Porto, freguesin de Nossa Senhora gressando 110s lnres distantes As SUlls al. _E. collc-lurnd~, {nz. urc~ent!s votos no do Pilar cln Gl6riu, veio a l<'ll.tima urna mas, retempcrrtòas nnquele c-adinho imen<.. l:lU .P 1: rn que-, ficl us tnspiraçoes da _gra- numerosa e luzidn peregri naçao, quo ti- so de F'é e piodade e satura da~ do ar <;a dinn;.1, se _ele'l'e nas uzas da humllda- nh:t corno clireçtor espiritu:'11 o Re\'. Ahn- puro e vivificante da atmosfera sobrenadP. ! tl:i ~o!1fiança, aos l~a~a~os da. per- de Sonres l\fonteiro. ,1Os me\Ls peregri- turai que ali as envolve, sentem-se mnis fetçaQ e~piritual, às culmtnancins da san- nos, como at<>~to o R<'U zl"loso pnstor em fortes paro. as lutas incruentas mns por tidacle. _ . , carta dntada de 18 de Set1>.mbro e endo- vezes formidandas do. existencia. OR doonO _ ninttco . do T_e Demn, Yersiculos e re(·ada .10 adminjstrador da «Yoz da F:i- tes, sòbre os quais o Anjo do conforto ce0:nçoes ~o cstilo, pos rem'!-te a cstn sole- timu», foram Ìl cidade dns upariçoes, mo- leste fez desc-er o doce balsamo da resin~dndc s1multane3:mente st~gela. 6 gra~- Yidos pelo amor a. No~~a So!nhora, e por gna'çao crista, achom agorn menos pesada elio,;~, n ~ 11! ?9 ri~os e cerim6nias da lt- j.._,o portoram-se na viaitem e eru Fnti-1 a cruz dos seu!I sofrimento.<i e conformamtm·gia cr ~ta tmp~irnem u~ cunho de be- ma corno cat61icos dignos deste .nome: se santamente com os desfgnios acloraveis _ nssistiram a todos os nctos de pieclncle, da Providencia. leza., e. maieslade 1 m·ompn~ay~I. Luc-u~ ~e Jesus, <:_m relrgiao Trma Ma- tomnndo parte nn recitaçao do Ro.,,ario, Algumas horns mais tarde, aquele locai r iu T,,u:ill das J??res, fior. dos carn- no comunhiio geral, e inc-orporarnm-so na I prhrilegÌ.l\do - testemunha. muda de tanpos 1lOJO convertici:J _em mimosa f!or procissiio com o seu hndo estandurte, quo t-0 amor e de tanta dor - osta convertido ilo ?Illustro, sera _ma•s. um . para-rat~s foi co:1t1uzido pelo sr. Se?astiao Vent.ura, num ermo silen1:i.oso e triste, que o manergu1do sòbre esta_ i~felrn terin. de Poi - ladeado doutros peregr1nos com opns to oscuro da n01te torna mais triste aintngal, out~oru patrm de her6is e . d.e brancns e o menino Carlos revestido de da, descendo lentamente das cumiadns da snnt~,. a f1m de desarmar O; c~l~ra ~ivi- bn:ina e cotu, c-nntando os <ienhorns e serra de Aire sòbre a misteriosa e encanna, 1rr1tada c-~m ns cu!pns mdtvid~ats e A1,p sob a d irecçào da mcninn Aurora e tadorn Fatima, a esti.noia bemdita das c-om. os des_vnn~ colectivos, e ~t~31 : pa- os hom!'ns sob ii regéncin ,lo Sr. Luis apnriçoes da Virgem do Rosario, a Lourrn este o.bismo rnqondavel. de ltllqutdade Monteiro. Diversas oferta<; forarn dadns des de Portugnl. torrent<'s cn.udnlo~nc; e 1ncessante~ent~ à Virgem de Fatima pelos meus peresi;riVisconde de Monfelo n•no~·arlac; ·ae perd110. de p:raçn e misen- nos senclo a mais importante n cle nmu 1 c-6rd1a, pul~eiro. de oiro que a senhora D. Olga, em cumprimonto dum voto, colocou por l 'i.,ronc/e de Jlontrlo suas pr6prias miios na Tmnii:em dn Senhora.. A 'l'iugem, a-pesar-de lon11:a, fez. se sem incidentes desagradaveis e todos Con/tni,arào do artfgo FATt~A, A l.OURDES DE PORTUOAL n6s enc-ontramos bem 11s pe:;soAA clns no~Entra hoje no 1. 0 ano da sua pusas familios, e eu, que sofrio bastante de de l<'tHima., oomo a ditosa dclentc é a reu o iti11eriirio tradicional. A belezu e intermitencins cardfncns, ngorn nada te- blicaçùo a Foz da Fatima de que ja mais bela prova da realidade dli" npari- serenidnde dnqueln noite de 1•eriio, a !'X- nho sentido que me inC'Omode, desde cs- se fez até ngora urna tiragem de dois çòes. tr11ordin1iriu. afluència de roP1eiros. a ~e, santos e i11olvicl1freis dins da minhu. milhòes de exemplares, cabendo ao grande profusiio de h1zos, os càntico8 clos \'Ì~ita o Ftttimn.n ultimo ano a tiragem de mais de A procisslio das velas - A adoraçilo fiéis, as s11plicas fofforosuq e veementes, A òiocl'se do Lamego 1rouxe aos pé, da nodurna - O Rev. Domingos Oon- a recitaçiio pieclosa e cadenciodu. do ter- Virgern de Fatima mais de cluzentos pe- quiuhentC\s mil. çalves, de Oulma ràes - As missas e ço, n simplicidade encantndorn e a ,•111:1ti- regrinos, que fizernm a longa "vingem em Re e:nda um tiver sido causa de comunh0es - A pledade edificante diio unensa clnquele templo i;ern igual, cu- dez cam.ìo11ete.1. Foram acompnnhnclos por um acro de amor de DeuR e de vedos fiéis. jo pa\imento é o solo escalvado da mon- doze Mcerdote", qul" cliriginm os actos de tnnlm e cujo tecto é a ubobadn celeste piodnde durante o percurRo, um om cada nerni:ao e tam bém amor à nossa No dia doze de Seternbro ultimo, Ìb 1 n)Jlstelada do miriades de astros rutilan- vefculo. Alem doutrnq freguesius, hovi1L quericln. Miic do Céu, que magnifica dez horas e meia ùa noite, realizou-se, te~ com·ert<'m a e.>tàncin bemdita dns representnntes de Petaro11c-a. C:imbres, rerompensa para o nosso t-rabnlho ! na fon~a do costume, n. linda e comon\ll· ttp~riçò«.>~ num dehc-ioso e incompnr:hel PeSl!udo, l\fop:ueja, S. l\!artinho de MouConsola-nos a lembrança de que to 1>roc1!18iio das ,·elus. :\ umero.-..as pere- cautinho do Céu e iruprt>gnnm e s:ituram ros, nezende, Lnlim, Bretiunde, 1\-fezio e o jornalzinbo tera contribuido para. &rinaçòe:i, que tinhum d1Pgado durante a de efluvios sobrenaturais o ambiente per- itont~iro<,. tarde, incorporaram-i;e com Oli ,eus Jstun- fumado que ali Re respira. O canto do Realisou-se vste mé, u 1,ere11:ri110çao èste movim1>nto formjdavel. mesmo darle· no majesto•o cortejo, qne pen•or- l'rrdo, ern frente da cnpeln-padrao do, anual d!' Yila de Hei. R' a ,;ep:und-i vez rolossal, de Portugal , para Deus, (e

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OUTRO ANO


Voz da Fatima

3 My~lite cr6nica

ja com. bastante repercursào uo es- tempo. atingisse cerca de cem mil 1 porciouou todru, ns comodidades para eu estar relath-amente beru. A.qui lhe ogratraugeiro) sob os au:ipirios e devoçào exemplnres. • doço todoo os seus carinhos. Pelo meu rea Nossa Senhora. do Rosario da Fatrnto que junto en,·io eia me reconhecerìi . .-\. asta senhora e a uma outra que eu tima. ta.mhem niio conhoço, agradeço o carinho Kao exh·anhem que fiquem sem • que me trataram e o esforço que resposta cartas a pedir-nos agua da com fi1.eram para me transportar no nparelho ·,. 'd t . Fatima e outros objectos. E' que o a que ucima me reftro quando tirn de O JornaFl é_ d esir1um o g-ra u1ta- tempo é pouco para outras coisàs snir do recinto em que estava para. demente na •atrn1a e noutros pontos. . t pois voltai·. Sentada ou 1·ecostada no col, a· ·t b } ma1s urgen es. So teem, .porém 1re1 o a rece . e- o, p odem d 1ng1r-se . · · · chiio que me forneceram, passci toda a a J ose• d'Alme1noit:i; sempre com mais ou menos dores pelo corre10, as pessoas que env1a.rem d L opes - F a.t 1mn · (V'l N ova que · d d t · · a 1a dumram até ù missa do Snr. Bispo d1recta e a eanta- amen e o m1mmo d'Ourem). Posto que I\ agua seja de Leiria durante a qual comecei a sende dez escudos. Nao mandamos fazer 12Tatuita ha a contar com o correio, tir basta.ntes alivio:, que se forum acende dque os i"a' t a. e neon 1c1onnmen t e, o que t u d o, tuando até ù missa ùos doente.c; em que cobranças . · Lembmmo-nos - · senti completamente bem, estando j6. assrnantes sao tao mteressa os co- principalmente pnra o estrangeiro, me ne!-.-te agrnda.el a;tado q,iando me fo1 mo n6s nos progressos da Voz da Fa- r b 1 t dada a bençii.o do SS. Sacramento. tima. Estio em divida bastantes. icn as an e caro. Quando os serYitos me apresentarnm a mnca pnrii neln me trans1>ortnrem, penMuitas pessoas manclam ~enerosa• sei em niio oC'eitar por me pnr<.-Cer que mente quantias superiores, certos de Agrn.clecemos qualql1er reclamaçao esturn. bo:i; mas corno ()oderia ser urna que a sua generosidade vai reverter ilusào aceitei·n~ e aq,iim fui acompanhanpor completo a favor de tnntas ou- ou indicaçao oue nos façam. Devem do a imngem oe No;;sa Seuhora e depois tras pessoas a quem vne 11er distri- indicar 'ìempre o numero da assigna- para l\ camioncte juntar-me aos meus buido o jornal cuja tiragem quere- 1 tura. para serem atendidos com pron- compnnheiros de peregrinaçào. No no.--so regresso .,,L'llti-me sempre hem: acompariamos que este mez. se houvesse tidao. nhando n recitaçiio do terço e o.; canticos

I

Fernanda de Jesus, de S"'tuhnl, curada repentinamente na Fatima em 13 de ju· 1110, e de quom j1i aqui fa!Rmos em ago.,to. Segue o ntestndo médico, que é b.!m friznnte e clnro:

. I

ATESTADO

1'r,rncisco de Pm,la Borba, ·médico r di· 1

rector do Hospital da Jliseric6rdia de , t ·

tu.bal Decl,aro q11e u mr." Fr.manda de Je· .,us, de 90 ano11 dr idade, casadt1 com "

sr. Joùo Gumes Nouueira, esie11e inter11ada 1•or vdr·as l'tze.• co1,i perm(111 é11r1a de 111éses, 111..1 enfermaria de Santa Iza· bel do Ho.~pita/ da l\liseric6rdia de Set,,_ bal e em. tratamento com umu myelite

a· ·

I

As curas de "FATIMA,, Sciatica

-----'--------' Pa.,~ndo

è,te

t.1:mr>o

agravou-se

o

met1 man estar, continuando a sofrer do-

res i nsuportnveis, V"'ndo-me uovamente fo1~·aùa. n estar de coma, me:M"s ~eguido~. Ac-onselhuda. pelo men médico fui fazer uso da'I aguns dos Caldac. da Rainha. que 11::-.u T'oz da r'af1111r1 n:-11ho 1mhhC'a111e11-, absolutamente nndn me nlh·inrom: nem te ngradecc1· a No-..~,\ • <-n 11'?ra do Ho~ario enquanto 1:i estive uem depois de viT pada Fatima a cura, p;1ra 101m I erdar!Pira- ra Cll"'I . Nes.'le mesmo ano fiz uso de ùnuhos de mar que derom nlgun." alfrio:; enquanto estive na praia: porque quando \•oltei para cn~a o men sofrimento continuou a ser horrivcl a po11t0 de niio poder dar um passo; vendo-me forçada a usar de muletas para dar alguns passo~. Quando a distància era snperior a 11m, c:em passos, nem m<-smo com as muletns podiu caminJ1ar. Tornei n banho,- dc mar frios e qnen· tes, mas sem re.'lultnclo. A minha vidn du1·ante cinco unos pas· sei-a sentada. com n pernu e.stendida, ou deitada : a niio ser no~ sei(> mezes em que falei, ainda. que também durante éles sentia. mois ou meuos dores. Por iniciativa dns filhas de Maria des· ta. freguesia do Vilar, concelho do Cadaval, organisou-se umn peregrinaçào a Nossa Senhora cle lt'atima e eu inscrevime para ir; mas para ir como as demais pessons iam, ~·m ter ideia fixa. nero es· per ançn fundnda de que viesse curada.; nii.o porque No..sa. Senhora nào fosse capa?J de mv diNpc>osur tal b1meficio, mns porque me considerava indigna de tiio grande graçn. Surge porém a dificuldade de eu me transportar porque eu queria .er os templos de .Alcobaça il da Bntalha e nào podia andar. Nào podia ir ao colo de ninguem por impossfrel de o fazer a. uma mnlher de 38 nnos, e d~ ossatura forte como eu tenJ10. Pensou-se em irnprovisar urna mn<:'a, mas èste rneio de tra.nsporte causo va-me impressiio: e ficar no. camioMa rla Emll l a Ferna nde s nete, quando todos sa[nm para ver, tammente miracul0sa, que por Su 11 interce:.- hem dewras me nfligi:i. Por nlvitre de sao obtive no din 13 de Julho do C'Orron- meus innào" utili!<tli um c-ohertor que dote ano de 1928. brei convenientemente prcgando-lhe nas Ha 5 anos que l'U ,·inha Jofrenrlo uma I extremidndes dun!l grunde!I presilhas que dor num quadri!, que O mt>u medi<'O, ]Jr. duas l>C~ons enfiaram a tiro.colo levanMario Pereira d;1 c;o~ta, medico munici- do-me ns.<iim sentaila. Neste npnrelbo fui pal 0 sub-Of'!egudo de ,aude 011 \'ila 6 tr:rnsportada. S(>ntando-me no cobertor e Concelho do Cndaval, cli,1p;nosticou rle d3r pas.<1:rndo O'! braços sòbl'e os ornbros dos sciatica, corno con11t11 clo ate:,tado jnnto homens e ùas minhas nmigas que tiio caque envio. He~iton-11\e n1rios medica- rinhosa.monte me qui?,ernm levar. A tomento!'! internos e externo,, nplic-ando-me dos que me levnram, aqui deixo ficnr a t ambem por duas ,•ezes pontas de f<igo, expressiio do meu mais vh·o reconhecimas ,em rl!suitnrlo ulgum, n•nòo-me for- mento. Deste modo visitei as igrejas de çada a cstar de cama. mezes segnidos. Alcoba(·a e Ratnllrn pa ra onde me levaLevantnva-me, iso sont111 olgu us 11livios, ram tirando-me dn camionete em que que em pouco tempo desupur e<:iam, che- iamn'i, Sll<..-eclendo o mesmo quando ' chegando novnmente a. deitar-me. gamos Ìl Cova dn Tria. Quando, porém, ('0010, <'111 t(,mpo, t in• umu enfern,ida. me transportaram dPsde o portiio do de no joe:ho dtl mesnrn 1wrna onde tinl111 Santuario a.té ao pnvlhiio dos do<'nt.es t ia dor e o~ bnnho-, do mar 1h11 da,·am ,·i- ve dores tiio grande~ qoe se o pavilhiio , gor, pensai quo ta11,ùém m~ aliviariam fosse mais d1,,tante eu ja niio aguentava. ou tirnriam a clor, t• clepois de c-0nsultnr Sent.ei-me 110 primeiro banco que encono Snr. Dr. , torio, lllll' c·ouc·ordou comi- trei o estendi a perna para ali1•inr aq go, fui J>Oru a pn1i:1 clu ',az,ut. dores. Uma ,;enhora que eu niio conheTirei bom I e:..ult:1elo, porque depois dè' eia nem conheço, ob~en•ou-me gue eu asla vir estive um sete mezt-.5, ~enào IÌH<' sim ocupavu o logar de outras pessoas. totalm,•nte de dores, 110 mrno., l'Om possi- Conhecendo peln minha respo ta que era bilidade de me c>ntn•gar no., trnbalhos wnn doente eutregou-me ao cuidaclo de em que costumava ocupnr-me. I umn cnridosa serva d,, :\[aria que me proM aria Emllla Fcrnandes , ti,, f 'i11,areaaçào dus f'i lhas de Maria df 1 ilrtr ((udaf)al ) em CCll'fn de ;?~ d' l!l'•-•fo 11/t11,rn, diz:

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com todo o entusiasmo corno era proprio que ti,·esse quem i;e ,•ia ltne de dòres tiio rrucinnt.es, que me tinbnm at-ormentado durante rinco anos. Quando chegamos a Alcobaça, desci, sem auxilio de ninguem cfo cnmionete que estacionou junto ao quarteiriio cle casas que fica òefronte da Eg1x-jn do Mosteiro. Com toda a fncilida· de atra.r-essei o largo, subi Oli escada,;, entrei 11n. Egreja e fui i1t.é no :ùtar m6r. Depoic; do fozor 1, minlia oraçao regressei a camionpt;e onde os peregrinos me espera,·am, dnntlo t.odos graças a Xo-.sa Senhora pelo beneficio tiio grandt• que me ncaba,a de fozer. Pnrecin-me 11111 sonho e niio urna realidade. Pura ,:tlorÌ.I de X°",;a , enhorn, todos os perec;ritlos '-e :ipearam, orgnni,amos o cortejo com a,, b,1ndt>iras qne levumo, das C'ongregaçi'i<-, '111s Filhns cle Maria e da C'onp;rep;açiio de S. ,Totili, e entoundo c·autiro:, e- dantlo ,·ivns a Xossn Senhora. que eram ror re,.poudido,, rom entusiasmo pela..,; pcs oa~ que se enC'onLrarnm pelas ruas, indo eu ,t frent<-. coo1 ne; minhns muletas deba.ixo do hr·n~·o. E nssim saimos d11 Vila de Akobac;-a no moio da no::-sa mnior nle11:ria e gratidii.o a Nossa St nhorn. Niio mnndei e"te relnto no mez de julho porqn<- o meu medico me clis~e nii.o ser com·eniente pa;;sar j:.i o atestado; mas deixa1· pa'-snr um mez para que, a cura niio fos.~e ntribuida. n sugestao. Esperei o praso indicndo. Junto endo o a.testado do Senhor clr. Mario, meu medico qua sempre me t. in a,,;isticlo nec;ta. doença e c·ujos cuidados e intf're,~~es aqui lhe agradeço. Vai tambem o mcu retrato para que ns pessons que me tflnham Yisto no Snntuario de ~os.~n Senhoro conheçam aquela a quem Xossa Senho~a quiz dispcn.c;ar uma tiio grandl• gruça. Mas tanto o relato dn minhn doneça e curas, como o atestado e retrato qua envio r<>presentnm o desafogo da minh-i grat-idiio :t SS. Virgem. Ahi, de tudo o que ,·ai, fa. rii.o o uso que quizerem. En contin uo bcm. E a todas os pessoas qne threrem conhocimento doste tuo grande beneficio peço nr; suas ornçòt•s parn que eu durante toda a m inha vidn nii.o me torne menos digna dn graça que Mnria fez a ,un filha.11

I Ferna nda oe J esu s

rr61lira doe11te dor:sul,

dt m·1r,r111 1ui<1 ddermi,wda. A cu11 ..,._ rvuu·u .<r.111111 e e,11 dec1ib1fo l>Ur<l[Jleui11 co11111lctn 1 d,Jiculdade

110-• 11wrim1mfn,, do.• l,mçn-, e di, c11l,eça 1 .~entando•se 1111 t·11111a .,; cu111 ,. 1111~i/i,, du· 1110 e11/1·r111ei,~,. ),Teste Tl<MJJlfol, romo ,w de ,-.:. Jo.<é er,~ L isb61i onde iu11nlmP11tP e,,fe1•e i11ft-n1,Qda, Jora11i·lhe. 11plicad11s 1·ciri1u medica.. ç&es cspecf/icns co/lSert•nndo-.•r a dnrnte se1nprr ,w 111e.,111<i e~tacln. Em l1 de .Tu/ho do corrl'rde 0110 e a .,eu. pecl1do, /oì conrrdidn altn prol'is,oria, reurr..•.mlHi-0 r1<1s.<adns quatro din.,, r1 mes·

nw

en/rrma ,1n., uo11infe:< ro11dic,itl):

Pa.,seiu na e11/ermaria apoiando s6mente o 1,mçu ,w oml,rtJ dunia au:ril111r: os movimenfos a pesar de seMivel111e11t,-; de~ coorJe11ado.•, w1o Jeito, llolunfàriamente; o.,

111odme11fo., cle lllfrralidade e Jlr.rùo

da ro/i111a vertebml e rabrru, q11e M nùo e.xecutm,11 1 /di-o.• rom relat1vc1 farilidade e pa~ou u tli.,peMar a en/ermeira i-omo ati:rilìar no~ uus ..er~i('o-• de limpeza. Por 1111' .ser ped!dn 7>Mso _o presente declaraçr1n que as..i11n 1•0/i 1111111,r, ho11ra pro/i.~sinnal.

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Set,ibnl, 31 de jullto dc 19::R.

f~runrisro de Paulu Borha (Reg1tt' o reconherimento)

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A prop6sito destn cura tomamos a li· berdade tie puhlicnr aqui parte duma ·carta da declicaùissima servita que cuidou ATESTADO da docnte em 13 de julho. Eia que nos Marw Pereira da Co!lfa, Facultat"il10 perdoe. Munirl]Kll e Sub-fospertor de .•aùde do Diz eia: C'oncel/ia do Cadaval. .!testo e juro .•ob minlw lwnr(I gue a 11Fiquei cheia rie pena de snir de Fa· Sr.• Maria Em.ili« Fernandes de trinta timo. no passaclo dia 13 tam.o lì. presa,. e oìto amno,, de edade, natural e residen- sem lhe folur em alguns porrnenor~,;, que te no /oaar e Jreatuzia rie l'tlar, deste se pn.ssaram na OC'asiii.o daquela milagre · que eu presenciei. Gonreli10, u aclia1•a impo~sibilltada h.a da mulher de Selubal, •, . cinco ano.t, de .1e entregar a~ .miu ocupa- F. ~u~e po~que .. Porquu r~e10 que 110 çl}es, l'lll viri ttde de .~ofrer clu 11111 sciatica I puhhct1-lo, seiarn rnvert1do,. P,;ses porme· e.iquerdn, rom ~rolioi,e 1,omoloua, enco,i- non•:, do qn~ eu te11ho bn~nnte p~ma petrando-.,e J,oje romJilefamellfe resfabeleci- lo facto de i11l11:are'!1 ~epou; n.,; coisa_s erda. sendo digno de notar-se a cura ter rndllmenie. _ A 1_1ropr10 mnlh<'~ faz1a as .,ido obt1Cfo radiral e repentinamente. suus confuso~s, drz?ndo que fo1 ao ugar· Por ser 1,rrdade pa.,.,0 u presente que ra.r-se a. N~ssn Sonhoru que se c_urou, assiilO. ' ' m~s e u. f1~11c1 nn cor,te~n ciuo o m1lugre I fot Ì\ hençao do Rnnt1ss1mo porque o sen· Ca d a t·al, 18 d'11oosfo de 1928 ti, 0 0 Yi, tonto quanto foi possirnl. You (a) l\fario Perl-'irn cln. Costa c-ontar-lhe ns coisas C'orno !òC pa~sarum, e (<;egue o re,·onhecimento) oxul:i vii aincla c-sla ll tempo parn ir pa· ra. o jornnl o caso rnnis claro. Quiz <'St·reManual do Peregrino da f ati ver logo nrns 11iio foi po:'sivel. Quando a ma mulher a1111ret·eu no recmto do, doentes Est!\ public:11.da e b. vc:ndn. a. &ea-unda edi- fez·me imprl·~s:io a sua c·ara de grande cilo, huhtru1te nnment.ad!L aobretudo ua parf · . d . b· · te re,molta.me à mùsfcn. que 11.compnnha 08 bo l'lmento e o seu itr?n e .1 ,1ttmento hiuos e cllutico,. o mhmo preco da 1.• cdi- I por tnnto sofrer. Dopo1,: do · ter empre· çi\o <JSSOJ gado t,otio,, os nwio,. para lhe njuNa Uniilo Grd/,ca (rua de Snnta. Marta I 1 J • t ' · l 1· • 150- Li~boa.J u ua redu.ecào dn vo, da Fd- e ur a e, an ar o e,p1r110, e n c 1,-pos-se tu11a - Lei.ria I n urna conformiclade oomplet:1, ubn..r1do-

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Voz da Fatima

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jecçòes, pu ni;iio a e:spi nbn etc.) - Regres- Pae,; Laraoieira, Pinto Coelho, Damm, sa a ~un casa, agoni em Setubal, mel.ho- 1\16ra., Dias d'l "ilva, Cabrai, Lui.z Adao, racla, e andando apoinda numas mule·;.'\~. t·m,oni.-1, rlnas medicas, e outros meaicos (3-X- 1928) Continua tratnrln pelo dr. Dordio, que o. cu;!.I: ncrnes .11 11,10 OC<lrrem. obriga a r<colher-se a cnma. por causa da. • * gravidncle da doença. Consegue melhoDa carta. de uma senhora de Setubal Q•iando o bom po,·o desta her6ica e nobre rar um pouco. eor causa duma ch111·a que terra apnnhon recae e recolhe a coma onde se (18 de julho), grande propagandista da vin. a cren,a ·.•er em férrc'\ escra,idò.o, consorvn por O 1:.em1inas tratada pelo Dr. cle,oçào a N. Senhora. do Rosario da Fati- à F:itima, qual ttor do empirio em plena Paulo Rorba que a maudou ingressar no ma recortamos o seguinte, a proposito da serra. Hospital de Setubal porque o mal ia-se-lhe mesmn. cura: descia a V1rgom Miie-celestial visào I ccV. ~v.dn foi no dia. 13 a. Fatima? a.gravando. E' tratada pelo dr. Horba e Assistiu ii cur.n da paralitica que foi Pn.iravn. !-Obre 0 mundo a signa. a.troz da dr. Pereiro. Mac:hado (pontns de fogo). O dr. Dordio ~onselha. a entrado. no nn peregrinaçiio de Setubal? guerra Grni;as a Nossa Senhora, fica.mos mais o ar, a tt1rra e o ma.r votando à maldiçao, Outiio, o que n'iio se realisou por falta de crentes e muito reconhecidas pela grande vagn. mns na. ('ova da lria etérea. voz encerra No fim rie 5 m(•zes, por pedido cleln graça conoodida a urna Setubalense I A promes,n!l aos zngaic, de gra.ça e de perdio. volta para sua casa, visto niio se eucon- doente foi com muita fé por isso Nossa trar molhor. Em ca~a, onde· s11 demorou Senhora a ouviu. Onzo anos ja la viio: no altar respland&Eu niio fui Ra peregrinaçiio mas especente 4 meEes, teve um ataque violento que a privou do,, sentìdos, niio via, nio ouviat ro ir ninda este _ano visitar__esse logar voi Lticia de Jcens, 11 mistica vidente, . 1sagrnr-68 porn sempre esposa do Senhor. niio fala,·n. E' chama.do o dr. Borba que santo, se D~us assi~ o permitrr. Graçns ao Jornalzmho a ,,Voz da Fat1· 1 a manda recolber no,·amente ao Hospital. Ali, urna senbora, quo aparece a vi- man e a agua. bemdita desse logar tem E o, <loie: primo., no Céu t'ontemplam-n.a sorrindo sita-la, promete leva-la na peregrinnçiio havido muitas curas e sobretudo algumas de Yida e luz o paz sulca.ndo o oce~ a Fatima (julho 1928), mas, parece, s6 conversòes. A um tuberculoso sem religiiio, que niio infindo, com o fim de a animar. Dali em deante s6 fnJa no. Senhorn da querio. ou,,ir falar em confissiio, s6 regis- aos pé, da ?.tàe de Deus e aos pés do Rei de amor. Fatima, espernndo o dia tio ambicionado to.clo, qunsi a. morrer, lembrei·me de mon· da p,Tegrinaçiio. Nas vesperas o mnrido dar a agun cle N0-c;sa Senhora. para elo Viaeonde de Montelo prooura o Vigario Gernl de Setubal para beber e com tanta fé a bebeu, que no dia saber se sua mulher esta inserita, se seguinte quiz confessar-se. Fez urna boa confissiio, casou em segui· gundo a promessa da tal senhora. Este r-<'Sponcle que nio, que tal senhora nao da e dois dins clepois faleceu, cheio de fé lhe folou da doente, que a. lotaçiio estu. e devoçào que ecleficnvn. Graças a Nos- Esmol s oblldas em vàrlas lgreJas quando da dlstrlbulçle esgotada, qoe nero mesmo paganlo a pas· sa quericln. Miie rcf11gio dos pecadores.» da • VOZ DA FATIMA sngem p6de ir. Um peregrino seu visinho Maria lsabel de Saldanha Oliveira e cede o s011 bilhete .a favor da. doente ! ma, Da Igreja do S.S. Coraçiio de niio teem dinbciro; faz.se urna. subscri- Souza, encontrando-se gravemente enferJesus, de Lisl>Oa, por mli.o da çiio nn fregoezio. de S. Sebastiiio de Se- ma quasi desenganadn. pelos médicos, tenEx.ma Snr.• D. Maria ?tiatiltu bal, que passou de 300$000 reis. Ha do-se invocado Nossa Senhora de Fatima de Cunho Xavier, em Agosto outro peregrino que desiste por doença, e bebendo eia a 6.gua milagrosa, com a. e Setembro de 1928 ........ . 47$20 arranja-se bilhete para o ma.rido. Ja po- promessa de ir a Fatima agradecer a Da freguec:ia de Sant'Iago de sua cura e publica-la, melhorou em poudem ir os dois. Cezrmbra, p ,r mii o d<- D. GerNa vespera, (11 de julho) sae do Hos- cos dins, podendo em pouco tempo seguir trndes do ('armo Pint-0, Julho pital para casa dumn. amiga; o 1·e,. ,i- a sua 't"ida traba.lbosa. e Ago:sto .................... . 49$50 Era tio gra,·e o seu estado que a m~ Da Igreja de S. Mamede, em Lisgario geral vae ali confessa-la, encontra• • n. paralitica, anima-a, conforta-a e di:r- dica Patncho disse que nao durava 3 mehon, por miio do sr. Antonio Do ret•,cln Padre Frcmc-i,çco Garlos Su- lhe. Vamos a Nossa Senhora da ll'!ltim.\ zes e niio a achou capaz de fazer a. viade Figueiredo .. . .. . . .. ne,, Vigano Oeml de Setubal, director buscar a snuda para ti. gem da Louzà para Parede. da Peregri.nnçào, que daquela cidade veìu Depois da promessa poude fazer a YiaNo dio 12 parte para Fatima, contra -----'---,.,«:----a Fatim<i em 12-13 Julko 1928 recebemos n. opiniiio clos rnedicos, um dos qnnlls de- 11:em, restnbelecen-50 e pocle con,. o grano seguinte relato. clnro. que ele vae morrer no caminho (dr. do trabalho que tem no Sanat6rio. Fernanda de Jesus, domestica, de 31 Pereira Machado). .10~t. Em Torrcs No\'ns ja na camionew julnnos do edado, natural da freguezia de Despeza Siio Si miio de Vila Fresca d 'Azeitiio, con- gou sor verdndeira a profecia do medico, As contlssoes no Santuario de Fatima Trans porte .. . . .. .. . 119.924$78 celho clo Sotubal, em cujn. egreja cnsou julgou quc in realmente morrer. Pnpel, composiçiio e impres· O rev.do P.e Joiio Nunes Ferreira, que com J oiio Gomes N ogueira, natural sii.o do n. 0 72 (49.500 exemQuando vamos a Fatima, observad'.Alhos Védros, concelho da Moita do Ri- foi incançavel em atençiio, gentile•,a<, e plores) ................. . 2.965$00 caridade para com os peregrinos, mau•Lo11 mos, graças a Deus, os desejos sinbateJo. Em 15 de abril de 1917 adoeceu com ministrnr a doente um caldo de g,dmba ceros de tantos crentes q11e procuram Selos, embnlngem, transportes, gr:1, urn.<. e outr;\, despez:ui 842$82 um tifo, que eia chama negra!, no que so- que a renimou um pouco. Chegada a. Fatima, e apoz a visita a fii.o a11c1osamcnte os santos Sacrabreveio umo. pleurezia de que foi opera123. i32$60 da em Setubal pelo dr. Pereira. d'Almei- , capela. das Apariçòes, os dores, suas com- mento., da Peniténcia e Comunhii.o. da. Subscric~o panhoirns de longos nnos, desapareceram. Carfssimos Colegas, sati.sfaçamos tiio Em 1918 sofrendo dumn. ovarite recolhe E qi..ando O Pad re Nnnes Ferreira. re- piedosos dcse1·08 levando todos a sua Nol'embro de 1927) a.o Hospitol de Santa Marta de Lisboa, comondava. 110s maqueiros o maximo ClliEm-iarnm dez escu,lo,: A.ntonia Mionde permanece 3 mezes, tratada pelo dr. dndo, pois que a. doente sofria. muitns cl,,. batina a, com ela vestidos, estejaGentil, que a noo quiz operar receando rea eln sorrindo-se dizia para 1.ons1go mo.or prcparados para 011vir os fib.~ I randn. Fnrin, Emilia Pi11heiro e Paiva, com plicnçòes. 11.ll~ minha& dlJres, mas onde estào as mi- 1w Santo Tribunal da Peniténcia. Carolina Curdoso, An11:ela do Rilvn VieiO sofrimento ngrava-se durante 3 anos nhn,t cflire~!!l. Niio fiqu emos satisfeitos emquanto ra Tavf'ira, ~!aria \delaiJu Ferreira, passndos em eua casa, até que findos el<'s, O que se pnssou depois, j:i n Voz o reHenriquc Peroira, Emilia Pasco:il da. Sile por conselho do medico d' Azeiti'io dr Jatou em seu numero de agosto, e que nao confe.~sarmos cada um, ao me- va., Amelia Silva Pereira, P.e Antonio Oliveira recolhe novnmente o.o Hospital vamos reproduzir paro. o relato ficar com- 110s, 15 pe.,.was em lionra dos 15 mis- tle Seabra. Pereirn Liina (5$00) P.e de Santa Marta (Enfermaria do Dr. Ca- pleto. ' térios do Santi-ssimo Rosario. Cada Joào Lopes Gomes, Manuel Joao d~ Silbcça) onde foi operada de barrign. a.ber«Qua.ndo a peregrinaçiio de Setubal fa- i, m que la vai se ja tiver passado va., Maria C'uctnna rie Carvnlho (50$00), ta, corno ela diz, em 30 de agosto de 1921 zia os ultimos preparativos para. o reg\'esd . 'l . C /' _ lllnrin Libi>rata de Seahra Pereirn. Lima pelo dr. Luis Adiio, coadjuvado por dr. so, umi. dO<'nte traz1da por esn pqre1,.rri- o,: 8 l _7as epoi,! a u f~ma_ on issao, (5$00), Matilde Garcez Cabrai, Maria Pimentel e outro colega. Recolhe' a sua naçào, de nomo Fernanda de ,Jesus, que nao /1que também sat18fe1to sem pu- da Piedadc Pa.iva, Aclozinda s~abra Fercasa em Azeitiio, mns a cama, e entre- havia sete anos se ,1cl.aya, paralitii-a, quis rificar a sua alma naquele santo lu- reira da. Silva, Maria Clotilde Coelho tanto o seu medico assistente dr. Olivei- que a levassero novnmente a car,èla dos gar . Carvalho, Carmina. S. Franco, :\latilde ~e ra re<-ebèra umo. carta do opera.dor dr. a.pnriçòes para se clespedir cl.i ~llSS.'\ SeR d bé ""-'é' Sousa Figueire<l.o, Maria Candida. da SilAdiio, recomendando o maior cuidado com nhora. . ecomen emos. t.am aos I' 18 va Pnin, Aurora Sofi" dos Sa.ntos Niz, a doente por ca11Sa. da tendencia para tuTendo entrado no Santuario, eia, I que façam a Mta prepnraçao ante.s de Gualtier do Quental, Maria Isabel berculose. que de modo n.:nhum era. capaz do mover: se apro.rimarem do confessor para. 1 Pereira Coutinho Fernando de Matoe, Co~ 1 mez de ca.sa e 3 de operaçào so- se, levanto.-sercle rapente e abraça~e _a apena.~ chenarem, dizerem ao Sncer- Henriqueta dn Piedade Franco, M";fi.l breveru-lhe urna meningite espinal que lmagem da , 1rgem, chorando de alegrrn . , . . _ Rua Duarte, Julieta Alves Vedras,. Olimdepois lbe atacou o cerebro. Rec6lhe ao e comoçiio. 11Tio se p6c)e òescrever ~ ~uo dote q_uandof /101 a ultima Co11/1ssan pia Pereirn Coutinho, Alice da. Silveira Hospitnl d' Azeitiio, onde perma.nece 5 entio .,~ pa&sou no M:c1_nt-0 ~as. apar1ç~s- e q11a1s a., a tas que a consciencia d' Assis Martina, Maria Tereza Pinheiro m~zes, findos elEB, e por conselho do dr. O entu_s1~smo cl~ mult1d:1o atmgm ne _rarns lhes arusa, romrça11do velas mais Chagns, Maria Ku~nin Ba.rrenta, M.aria Oliveira recolhe no Hospital de Setubal d~ clelmo e fo1 no me10 dum c.-orttjo df' gra?,es. Tsabel dos Sant<>-Q Fon~ec:i Jr,rge, Candipara estudo da doença. No fim de 10 me- m1lh!1e!I de ye,~oas e d? _estrond~ duma Vosso coferra muito dedicado da. Nunes Riheiro, .l<'eliciana. Lopes, M!l-6 zes agravou-se-lhe a doença demora-se o,·aç~o form1d_avel à ~3:1~na do Ceu que ria. Joeé Barro<1 Lima Snlgedo, Amelia ainda maia 4 mezes. ' · a f~l!z p_eregr1na_ se dmgiu ao Poeto d~ Padre Franoiaoo Rodriguaa da Crut Vila Noemin, Tere,;n Loorenço, AlmerinVolto. para casa (Azcitiio) sente melho- ver1hcaçoes méd1c11s para a c·onstatnçao Fnço minhas as recomendaçoes do da Alem Elisa Penaforte Cardo..o, Euras na cabe~·n, mas sofrendo sempre na da sua cura.u . d D d lalia CÒntrerns, Emilia de Vasconceloe espinha. E' visita.dn em sua casa. pelo dr No regrosso voltou paro. o Hosprta.l on- Velleran ur. r. ruz que to os Mironda, Maria Joana Arraya, Maria Gentil que a aconselhou o. procurar o dr: de o ~r. Pnula. Borba lh~ passou_ o ates- tanto estima.mos e peço encarecida- da Encarnaçiio Pinto, P.e José Miguel Dordio director do Sanatorio do Outio tndo Junte, snhmdo depo1s de o~to dins mente: F. de Moura, Jonquim de Souaa Guercom o qual ficou combinado entrar no.~ pnra sua casa, onde faz a sua v1da norJ .• Ao Rev. Clero reiro, Cnndidu. S. O. e Costa, Manuel que as a.tenda; doe So..ntoe Charnoco. quele estabelecimento, o que niio foi pos- mal com '!18U mnrido. sivel, por motiVl>I! estranhos à. suo. von2. 0 Aos Fiéis que procurem a SanMedicos que eia consultou, e muitos dos tade. I quaes a tratllram durante onze anos de ta Confissiio nas suas terraa, deixanR~':'!h0 e~ !:!~~ita! de Se~uhal """- sofrimento: A • . e astro, e Jv lvi:rti& a[i'ti~lçs C~3 o.li !c!"e!!! ~c~~de, durante 8 mezes foi tratada p;Ìo - d rs. 01·1v~ra, o --. -.. Em ,.._zeltd-0 Dordio, o qual de o.cordo com o seu cole- Teixeira, dos pela graça do Senhor por interTr1111.-i, vrte 2.181foo ga dr. Garcia aconeelha a ida da enferSdubal - drs. PerEira. d' Almeida, P11.u- cessiio de Maria Santissima e aos D. Felismin11. do Rosario Boma p~r~ o H"t>Spital de Santa llarta, o 5$00 qu& &,u f.,z, ~au.iv&auJv-30 ~uà ~~a.; ~!~} ~~~~o~~~:,q~e~~IGrun~~c1ì::;:e!{ec~':v~h~: ;;=e:-c:a~~ri:ft!;t~uesias nao tef"m S0· 1 nifacio ........... . 10$00 em observaçiio no Hospital de S. José. Miguel Torres, A breu, Sou.za Gmnes. A """lmq ila Madeira 10100 Admitida em Santa :Marta na Enfe,-,,n ... _41~ ,~• rr!t}rn•-U!"' !!!~,]jrn !!i fn1'!~ir4n I.e!'!"!~, ! cle 0"..!!".!b!'~ 1e !.~2~. Anonimo ........... . ria do Dr. Gentil, durante 3 meses foi cujo nomt:1 niio se recorda. t J osé, Bispo de Leiria 2.212$55 aujeita n varioe tratamentos (raio X, inLuboa - Drs. Gentil, Alves, Fontes, I nonùo-~e inteiromente à Vontade de :XOl>· so Senhor, oferecendo-lhc a sua ,ida com todos os sofrimentos mais que :Nosso Senhor lhe desse, corno repnraçào das ofenaas que :Ele recebe, e oferecendo·lh0s p&la conversiio dos peca.dores. E quando No~so Senhor passava, eu quiz levantala, o que l:i6 consegui lcvanta.ndo·a s6 com o colc:hiio, e com essa ca.ra que reveltwa. oinda todo o sofrimento, e ao ter· minor a. bençào, para. que eu pudesse re· ceber n bènçiio gemi, deitei-a. Entiio é que eu seni.i :\ cura dela, completamente, com o rosto trnnsformado, revela.ndo, niio ja sofrimento ma.s jtibilo e satisfaçiio, e qnando cu lhe disse: 1>ocle ter a. certezn que levn dnqui um grande milagre, muito mnior do que aquele que a.li in pedir, eia, com o rosto e o olhar por completo tranfigurados, rcs1>0nde-me: sinto-me melhor, e en com a. preocupaçao doutros doentes, que estavom ao lado, e com o desejo de acompnnhnr o:s actos que i;e seguiram a bençào ,lcsvìei a atençio deln mas ja na certezn do grande milagre que estava fei· to, e, '-<'nl me preocupar com a. ideia de a "''r 1i andnr, ajudei-a a tirar da.li para eia scguir ntraz ào andor quando retira· vam n I mngem na procissao. Mas s6 no chegar ao lognr dns apariçòes, eia se lembrou de experimentar levantnr·se, con\'eocendo-se que foi entiio que se deu o mil11gre. Eu tenho ii certeza do con· tr6.rio. R tcnho pena que niio va estn. a tempo, 11orque umn. grande parte da gen· te quc ali vai, nao se convence que os milagra..'i sii.o feitos por Nosso Senhor, e muita gente jnlgn. que siio feitos pela ima· gem qne veem com os olhos, e niio com· preendom que siio feitos por Ele, embora. n. pedido de Nossa Senhora. Digo isto pelo muito quo os proprios doentest ingénunmt>nte, ali confessam, e é com ctificuldade que muitas vezes ali se consegue fa· zer·lhe romprcender n ·realidnde, devido a gra11de ignorilncia. religiosa de muitos que ali p11ssam.11

ALMA ELEITA

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Voz da Fatirna

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A.n.o

Leiria., 1.3 de Novembro de 1 9 2 8

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-".PROVAQAO BOLBB.l~STIO.A.]

01 ·~tor, Propri1h1r10 , Editor: - JJr. Manu~l Marques dos Santoa Composto e ;mp,esso na Un l3o Grafica, Raa da Santa Marta, 150-152 - Lleboa.

Ad11inietrad1r: -- Padre Manuel Pereira da Silva Redacçllo e Admlnlst,aç6o: Semlné.rlo

.re

Lelrla•

Rima eleitcJ (3 -X-9 2 8)

Quando o bom povo desta heroica e nobre terra via gemer a Crença em dura escravidào, à Fatima, qual flòr do Empireo, em piena serra, descia a Ma.e de Deus-- explendida Visào ! Grassaram pelo mundo a peste, a fome e a guerra, enchendo a terra e o mar de sangue e maldiçào, mas, na Cova da Iria, etéria voz encerra prom essas aos zagais de graças e perda.o. Dois lustros jé la vào: no altar aurifulgente vai Lucia dejesus, a mistica Vidente, sagrar-se para sempre Esposa do Senhor.

(a vldente de Fatima)

E os dois Primos no Céu contemplam-na sorrindo, de vida e luz e paz gozando o oceano infindo, junto da Virgem Mae e aos pés do Rei de Amor.

Em rellgll!lo

IRMA MARIA LUCIA DAS 0ORES

Visconde de Mo~te!o.

Q se11 primeiro refrato apos a sua proffsslfo a 3 de 011f11bro de 19:18

OS CELESTES ESPLENDORES DE FATIM.A A vigflia de armas - As diversas peregrinaçoes - A procissii.o das velas - A adoraçA.o nocturna- Praticas do Senhor Blspo de Lei ria - A bènçiio do antissimo Sacramento. Aproximavn-se o elio. treze de Out ubrò de 1928, din em que se realiza cada. ano a &egunda grande peregrinaçio naoional ao santutlr;io augusto de Nossn Seuhora do Roeario de Fatima, gra.ciosamente al · candorado num dos contrarortes da serra. de Aire, em pieno coraçiio do. Extromadura I As multidoes dos crentes, no seu entusfosµw ardente e vivo, entretecido de Fé e piednde, precipitnm-se c:1udalo1as no Yasto anfiteatro da Cova da Iria, ,.-indo de todos os recantos, ainda 08 maia long{nquos e 08 mais recònditos, da linda ,e pl\lvilegia.da terra de Portugal. Na véf.pera à tarde, ja o numero de peregrinos, que formig&Jn no reciDto da.s apariçiea ou enxameiam naa maa proxi-

midades, i,e elevo. à somo. de ,nuitoa IQ.i• I s0:1s; a de S. Mnmede da. Infesta (Por- I diir nos net<>$ colectivos da Grande i>elho.res de pessoos de nmbos os sexos e de to), director o paroco Rev.do José de regrin nçiio Nacionnl. P inJ10, 50 pesso9;5; a. de Pombal, 500 pesÀ.'l dez hora8 , pouco mais ou menos, tùdn~ _as idtVles _e ~ndiçòes s-ociai1. V ~r1ns pei:egnonçoes e grup°!' _de pe- soas; a de S. T1ago da ~uarda., 200 pe&- 1 oomeça a procissiio daa velM, que constiregrinos, nss1n1 C?mo ~ma mult1dao 1nn- soas; a de Santa. Euf~In::8'• 100 pessoas; tue sempre, e principalmente em Maio mer:1'.vel de rometr08 tsolodos, chego.m à a. de Pouso.-Flores (Ano1?-o), a. dos ell'!· e Outubro, por causa. da extra.ordinaria tcrr:i. santa da Lourdes po~tuguesa pa:a P;egodos do. Er_npreza "Oi~entos de Lei- concorrència de peregrinoa, uma da.a scetom(.lrem parte no. g rand iosa praqiasao r1a.n e a de Rio M au (V1ln do Conde), nns mais empolga.ntes o. que é do.do assisdns velas, que é n ultimn do corrente director o Rev.do .Antonio .Agra, at"Qi- tir sobre o. terra. ano e que ni'io ~e renovar~ seniio o. partir pres:e de Cnstro Dnire. . . Do :i.lto da varanda do P avilhiio doa do mez de Ma10 do. pr6__x1mo ano.. V10.m-se to.mbé'!i, entre JD~ntoe outr08, rlnentes, 0 augusto Prelado assiste ao e&Ent:e as pere~rmaç_oee °:ganiza.das, grupos de peregrmoe de Gu.1.marites, La- peetaculo dnquela. longo. fita de fogo, que que ,•1~rnm a ~at1mn este mes, com _"6 me~_o, P edr ns So.lgadu, Gr116, Lour08a, se desenrola através do J&<.\into daa apaseus e vistoso& estanda~,. .aftm l'ai1Ao, Val~m, S. Pedto de Alva,· Peno- riçòea numa extenaio dalguna quil6mede :\.SS18t1rem a todos 08 aotos of1c10.a da ooval, Pen,1che, Ovar, Nazaré, BomblL?'- tros comeruor nçiio festiva ,1o dia treze, podem ral, Caranguejei ra, Leiria, Tol'Né Nona E. d di t · ...z mencionar-se as seguintes : a de Liaboa, e Santiarém. nt re outroe personagens e III in,...o director Ex.mo C6nego Miranda MagaA. tarde chegou de outom6vel, aoompo.- que ~ encontr~ n91nele locai, µiereoe lhiies, 300 po.,sons ; o. de Bemfica (Lia- nhado do Rev.do Augusto de Bouaa Maia, especial refer_éZ?c1a O ilustro poeta Afonboal, director o paroco Rev.do Frano~ seu secretario partionla!', e outroe ecle- 60• Lopes Vietra, gl6r;tA daa letras paoo Ma.ria do. S,ilva, lSO pe880aS; a do aiaat,i('()8 do. eua dioceee, o Ex.mo e triaa. Porto, promovido. pelo grup. daa mulhe- Rev.mo Senhor D. José .tl•ee Correia da Depois da prooiNio daa Y&lu, que terres c.ristii.8 a08 pés de Maria, director Si!-.,a ilustre e Yenerando Bi1po de Lei- minou pelo canto do Oredo, em frente da R~v.do Alberto Pinto de Souza, 40 p.- rio., Yeio eipres11ament.e para pNlli- capela da. mi.sena, , expoet.o o Bantlsai-

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Voz da Fitima

2 Sacramento 6 pl'Ìncipia a adoraçiio nocturna. O Rev.do Dr. Muques dos Santos que, ooloca.do em frente do microfone, dirige aquela mole imell.ba de gente, OOJDposta de muitas dez&nll6 de m1l.har de pesaoaa, infoi.n a rec1taçlio do teJ·ço do R011ario, que é rezado eJD comum, alternadamente com os aesistentell. Nos intervalos das dezenas, o Senhor Bispo de Leiria explica os mistér.ios dolorosos, que propòo à piedosa meditaçiio dos fiéis. Diante doa olhos do espirito de todoa os circunstantee perpusam, DllJJla viaio de tr,isteza e am11rgura, aa scenas doloro,as d11 Paixio do Senhor: a agonia no Horto de Ge'lhsemani1 a flagelaçlo, a coroaçiio do espinh06, a subida do Calvario com a cruz àa C01;ta.a, a cruoih1ao e mort.e entre dois ladròoe. A caruiade para oo;m o pr6ximo, especialmente para oom os doentea, o reoonhecimento da Realeza de Nosso Senhor JesUB Cristo, Rei dos indiv{ùuos . e Rei da.a ~açòoe, a santificaçio da famllia portugue,a, a mais admiravel de tòdas aa faJnilias, quando verdadeira e profùndamente criati, e a execraçao das modas imorais, eia os assuntoo po.lpitantes de interesse que Sua Excelencia Reve rendissima versou a traçoe largos, concluindo · por rezar oam a multidito pelo venerando o querido Senhor Cardini Patriarca de Lisboa pelo Senhòr Bispo Coàdjutor de Laz:i.ego, inf~lizmente doonte, e por todas as dema1S peeS0I\S quo se recomendam à. pfoònde dos fi~i.i em Fatima, nomendamonte pelos enfermos. A adoraçio nocturna, cuja segunda Lora é reservada à peregrinaçiio de Lisboa, n que pr~ide o E>-:.mo C6nego M iranda do Magalhi'.es, termina pela Mnçao do SantiS&in,o dada da varanda do Pavilhào. Entretanto, na Cova da !ria. e nn11 j suas imediaçòe111 milharee de P8S60BS des- j cansam um pouco oe membros fatigadoe <lama longo. e inc6moda viagem extendidas 11obre o leito desconfort,avel' do. ter- , rn nua e dura. A noite tranqùilo. e am1r no. quasi primo.veri!, conrida docemente ao repouso. V oom-se grupos de peregrinos formando pequenos acampo.mentqs frouxamente al~ad011 pelos cotos da.a velas quo servi ram na proci1,siio noctu ~na. Muitos romoiros, porem, conservai am-se despert.os, ora re11:ando em frante da ca.pela das missaa ou junto do padriio 1 comemorativo do.a apariçòoe e doe suoos-806 maravilhoeos, ora peroorrendo o recinto eagrado para fazerem uma ide1a aproximada do que é a vi11:flia de armas preparat6ria da Grande Peregrinaçìio Nacional. I Ao pé da 'lii.pela das missas, duaa n,ulheres do povo, que ncabam de chegar, conversam em 'l'0Z baixa. De rapente, uma delas, ao ver 86 muletaa que pendem rlo tecto inter.ior da ca.pela, Dio pode conter uma exclnmaçio de aurpreza e pregunta à 11ua oompanheira o que quere dizer a.quilo. A interpelada, choia de al- , voroço, levanta a voz e re1popde com decisllo: 11entito1 foraJD aleijadoe que Nossa Senhora ourou e que deapoù prantaram as muletas ali,,. µio

.Ferreira e Sebaatiao R . da S1lva, enfer- 1 rou inst.a.ntane&lllente, <1uando, depo1s de jodho,; e de mitos postas, e com M elhoa meiros, .Alberto Oarnqiro, José Sidra, extratdo um dos rin:, e oom o 0 outro a fitos na H6stia Santa. Deolindo Marques Garcia, J oaquiJn Sil- da;fazer~ consideràdo ,i.rremediavel,nenDir-i;e-ia um doente do corpo que viera vino Madeira, Ra.miro Aranho. Junior, to perdida se preparava para morrer. 11, Fatima co,tno tanto:! out,ros pedir à Mie Joao Joeé Fernandea, Fernando Carva- O relato d&.ta cura., publicado pelo «Jor- de mj;,eric6r~ia e DivÌ_na Consoladora doa lho, Herculano Souaa, Cesnr Albot, Car- nal de Noticiati,,, da capitai do Norte, Aflit<>e a. curi\ do;, &eus malee fisiooa ou loi; Duraes Leiio, José Rodrigue& Mora.ia causou enorme i,onsaçiio em t.odo o Pafs e 110 menos lenitivo e coniiìrto pa.ra oe Nua e Tomas Costa Albob, v9luntari01. Ma- fo1 transcrit0 na fptegra. por varios jor- 1 ..of-ri.mentos. dames .Alice Aran.hll, Julia Viana, Bea- nll.lB. M as ao peito nào O!!tenta a reepectiva triz Paul, Ma.ria Clndida Costa Albot, O Pavilhao regorgita de enfermos, que !;énba. numerada. de inscriçiio, nero Q lugu Emilia Marquea Rodriguee Silva, Caro- ocupam todos 011 lugares dW! bancadas. Al- q,110 ocup:i. por t.rlia da ultima banca.da & lina Silva e M.llt11 Silvina ~ranha, Ma- guns, que sii.o paraliticos ou 1:1e encont.ram dostinada uQ8 enfermos. Entretanto o iluria Canédo, Laura Oliveira Carvall).o em eatado mais grave, 81Jtiio dei tados om tre Pre}ado abençba com a Sant{S11imo oe (Fra.i.io), Ma.ri• da Conceiçao Norton e macas encostadas ÌI. varanda da r.a.i,ela das doentes da ultima banca.da do lado do :Rvangelbo. Maria Candida Norton, damae hospit&- mit:,81li;. )Ji.res. As servitas, siio infa.tigaveis na Aquela eeta.ncia_ de tndizivel sofrim_enQuando Sua Excelénoia ReverendlSlimo sua ang.Slioa mi.Mao de poupar inc6modos, ~. on?~ se estade1a ~da a sorte de mi.sé- terminoda a cerimonia, Yolta para. a coxia: mitigar aofrimontoa e proporcionar con- r1as f1s1cas e. que a.fhgem e torturam a. 1u.i.m de se dirigir novamente para. o alta.r, fortos de toda a eepécie aos enfermoa pobr4: hum:ui~dade, acl~a-se transfor]llada, aquele jovem leTantn--se, caminha oom puconfiados à solicitude e disvelos da SUI\ ~erce da actao mar1:wilh~a ?a graç~ dt- bO firme para junto do 'l'enerando Antfainexgoté.vel caridade. \·~na, 1;1uma escola _d~ pac1e~cia e res1gna- tité e ao dr. Peroira Gens, que aoomp&No Posto .tas verificaçoes médicaa, çao cr111ta, que ed1f1ca, anima. e consola. nho. o Santfsismo 8 que ao ve-lo O dealém do dr. Pereira Gens, chefe do PoePo lad3 da Ep~tola, deitadas 8JD ma- tcm nn sua mMcha, p;eguntand~lhe 0 to, e do dr. Mesquita Paul, d,irector dos CIIB ou sobre colchoes dez senh_oras doen- que deseja, reaponde que é um doente <le Hoepitalarios da cidade do Porto, VOOJD· tes. Ent,e el~ vè-se uma menma de on- alma que tambèm quero receber a bénse a axaminar e inecrever os doentee no ze anos, de L1Bboa, com uma das pernas çiio. livro de registo ou a prestar-lhes a ne- b&Btante atrofiada. Como alguèm lbe D 1 .,, tét· t t d ,.., · h ooenro a-se env..o 11ma scena pa 10a, c688aria assisten~i.n ou ainda a viaitar O pregun ass e se gos nva 8 .,()8!;a 8en que faz brotar lai;rimas a fio dOli olhoa de ediffoio e a.e suaa instalaçòes, entro outros ra, respondeu prontamente qne gostava tod I •t · d 1 lh" os 06 que a e a ass1s em. distintos cl!nicos, os drs. Weisa de Oli- mu1to. e a e os seus o itos, negros e _meO peregrino de8<.'0nhecirlo a'oelh d . J a-ee ean veira e Pedreira Cabrai, de Lisboa, Mo- lano6hcos, covaclos num rosto emac1ado . 1 d b ilh d · t· te do. H6st1a Santa e, cborando e wluçanreira Ramos, de Grif6, Pinto Correia, de pe a or, r aram . 8 ,in tma o.1egria.. clo do novo, préso duma emoçito indescritfTreme.s, Pereiro. Coutinho, de Cascais, Uma ~as sen~oras,. amda bastante nova, , el, recebe a bençito que, i~almonfo oomoAzevedo Mendea, de Torres Novas, Cor- em cuJoe lab~ 08 branca de ve_z era_ quan- vido, lhe da o augusto "Ministro do Senhor. tez Piuto, de Leiria, Lopee Card080, de do_ um IJOITlSO de dooe resignaçno, de Em S(lguidn lov11nt11-se, abraça o ilustre Gondomar, e Mendes de Carvalho, de ma.os postas, 8 com um terço. pen ùente director do Poeto das verificaçòes médicas, Loullada. d?lllB, reza com um forvo_r angéhco, absor- diz com palavra.s e11trecortadas peloa eoloNa sala dll8 observo.çoee entra coxean- v1da em profundo recolhunento. h• · · · D lad0 do E elb t" , d d çoo: " n. mais tempo que elevi a ter ca vind<' urna mulher cie meia idade, carinhoo vang 0 , 0 !11 a lLU e O do11 1 no que o dr. Gens obtempera: <Cnunoa samente ampn.rada por outraa duas mu- ~esmohome~~ ser_eto nnd 8 rtesesigndll?~~'d estìio é tarde de mais, meu amigo» e por fim vai oen ' e1 .... os em outra vez ocupar o seu lugar para usìsttr · · lberes. Viera da capitai afim de pagar c1noo t t m t= mut nma promessa foita em bora de afliçio 0 ~n a., macas. . Ì\ bençao geral e ao sermao. Depoia de oa.no, devido à deeigualdade do terreno e à ~ 618 que ~ aproxuna a hor11; tao tado por todo o povo o bino «Salvi§ nobre 8&0uridiio da nQite, pullfera um pé em suspa..ra~a. do mo10-d1a solar: Organ1za-se , Padroeira», 0 rev.do dr. Clemente Ra.mo& falso e, toroendo-o, tinba.-o deslocado. O o corteJo que ha-de cond~z1r a lmngem I sobe ao pulpito e diante do microfone predr. Pinto Correia, obamado eem demora, de Nossa S~nbora de Flit1ma par~ a ca.- w• nm ~rmii.o apropriado as oircunstkla.code pr8118uroeo, com a. òedicaçiio que pela daa m1S1111_s. Reno'l'am_-68 mais uma rias, versando O tema: os seus clientea de Tremes bem oonheoem vez aa .~nas 1ncomparave1s do coetu~e. uMaria 11 incit, rrgnat, i,npe,-at o tanto apreciam, e nM suas maoe h!- A mult1dao, espalhncla por todo o rec~n- l Maria Snntfasima vence reina 8 im• · beis e experimentada.s os ossoe doeloc&- to i,agrado, rompe ero v1vns e aclamnçoell pera :'.· . . d06 voltam à sua posiçiio natural. «Mui- à. Virgem Sant~imn. Quando a vereran_" T- 1_nc_1t. Maria Tence. ~la vence:u o drato obrigada, eenbor enfermeiro,11 diz a da lmagem entra n.> recinto dos doent.es, pobre mulher, conoluida a operaçito, jul- o entusiasmo da MSistenoias que 80 e l~ gao mfernal, porque fo1. concehida 88lll ga.ndo ventura. dama.sia.da encontrar al{ va ao mais o.Jto grau 8 chega 8 tocar a.s manc~a e sem_ mancha vive~ e morreu. rom tanta facilidade u,m médico prepa,r a- raias do delfrio, revela-ee expand~e pe- , Venc1~0 pela V1rgem 1 o d~agao fez guerra lo aoenar de milhar86 de lençoe brnnc-os aos filbCIS da ~~ma VJirgem Sen.hor~ do para lbe valor. Niio se imagina. o exoeaso da sua con- e por palmns intensns, notridas e pro• movend? ~ersegu1çoes horrorosas ':°ntra_ o fusito quando um eacerdote presente lhe longadaa. A JnÌssa ofacinl é celebrada pe- povo crl8tiio. Venet>u &t~, ~as fo1 à V1~mostra o equfvoco em que tabora e enti.o lo Senhor .Ilispo de Leiria, que a oferece gom que deveu _a !>Ua v1t6r1a. Que o dieia. deefaz..se em desculpns, que o distin- por intençii-0 doa doentes, dos peregri- ga ';l. Rom1_1- paga, o~de o Panteon de Meto médico, eimplea e deepreocupado no no e de todos 08 que 68 recomendnm às nén10 Agr1pa. é ded1cado a _N068a . Sen~ooxercfoio da. 11ua. <'aritativa. miullo deola- 1:,uaa ora.çòoe. O Reverendo doutor Mar- ra dos Martir~, que o diga 81d.nc10, Consta.ntmo . Mngno consagra temra niio baver motivo para lhe apr~ntar. quee àos Santoo exorta os fiéis a orar o~de 06 8 . alt'!;r 88 • à. Virgem. N9.!1 salas do P~to estào expOl!tos nume- pela conversao dos pecadores, diz que O P terço que se va i recitar em comum 1:,era draga.o mfe.rna l n~a aprove1tando rosoa e interesea.ntea e:i:-11otoa de miracude ncçlio,. va1 mov_er u.ma noln.dos. V~m-11e ali, em J(rande profusào, aplicado pelaa mesmae int.en~ pelas ne11te campo 00 retratoe, cabeleiru, quadros de todoe os quais é ap)icado o santo '!acrificio da mis- '".a Iuta ?trn. a Igrcia e sus_c1ta oa ~ tamanbos repr888ntando lanoes e ecenaa sa e adverte que durante 06 me6811 do In- i;1aa. no se10 da_ mesmn. Jp:reJa. E Maria emocionantes - teet.emunhoa vivoe e elo- verno ne.o se realizurit a procise!o da3 wrr1, porql~e fo1 Eia, e s6 Eia, r1uem m&qùentes da fé e piedade dlUl nlJDnl! e dn vollll'. À mu,so. segU;trse a bençiio rom t~u a _heros111. em torlo munda: Ga_tule, M~intervençlo do poder infinito de Deus e o Santfssimo Sac~amonto, que e dada. ~a _Virgo 1 cl.l!Mlaa 11nerue& aoTn 1nt~femi&da. bondade ma.ternai de sua augu.eta. e tambem pelo Senhor nispo. o esi,ect.icu- ~1 1!i uni11erao_ m11 11 do11. - . ~~081Jai-voe lo, que ente.o se pi-eaenceia, r.ensibiliea o V1rgem Maria., porque aD!qui.19-!tee,. T6a imaculnda. Mite, Maria Santfaeima. e comove em oxtremo. J)ivisum-se Jii,,z:rimll& s6 todaa as he r("lias no mu ndo 1nteiro11. Regnat. Ma.rio. reina. E ia reina naa C u ra da espasa dum méd ico ilustr e em todOfl os ro.stos. Muito doentes cboram e soluçam. Aquoles olhos suplicantes, montanhll8 de La Salette, em Lourdee, - O s doentea no Pavilhl o - Procls- aquell\6 miios erguidlU! para o nito, aq11e- D88 margens do Gave, e 11obretudo em FAslo com a lmagem d e Nossa Senhora la oomoçiio intensa que invade e doruinJI. oe tima. Dem se ve que é a nobre Padroe1coraçòes1 traduzem, dum modo calo= e ra da naça.o fidel(aaimn, a augusta R&i- Avisos prévlos - A missa oficial eloqùente, a fé viva, operrua e hwunda. e nba. dos portugueses, e por ieso todos elee A be n çAo dos doentes. a piedade ardente e acrisolaila, que sio devem reconhecer (l, sua leg{tima soberaNo Poeto das verifie&çòee JQédiou o o apanagio da alma genuinamente cri6tà e ni.tt. 0s peregrinoe regreesa.rii-0 a-Oli aeu1 lares, mss lovn.ndo Cl)nsigo o Rosario, distinto engenheiro Rooha. e Melo, da' fit- portuguos·~. O Anjo dp oonfòrto divino tinha E-em do- os prenda para sempre a Maria. brica di!' Marinha Gra.nde, fala com calor bn,pe;rat. Maria impera. Ele impera e e en.tuelasplo, nu me. roda de amigoe, da vida descido sobre aquela man.sa.o de diìr oura da. esposa dum doe médiooe maia e entornado, noa coraQ088 doloridOi!, a tn- ordena, qual lmperatriz suprema do Céu e da terra, que a fr..tamos r l'innr nos noailustres do Porto, meroè da prot.ecçiio mi- ça do ouro das oonsola~·'>GS cele!ltes. Fehzee 08 que sofram 11ss1m, 1lummados sos coraçoes, nos noei,oa costumee e nu raculoea de Noesa Sen.hora. da Fatisna. Ef;a;a excelente aenhora aofria be.via mui- pelos fulgores d0&lumbrantes da FIS, a len n068a. festns. Porque Fittima. é o centro to tempo, da terrivel doenç~ do cancro. tados pela. f0rça dominndorn da. esi,erança dos c..-prnçàes portugu06es, deve :ser o moAp61 v,rios tratamentos de rosulta.doa " aquecidos pelo fogo ardont'3 do Amor d1:1 delo do todM 813 n088a11 manifesta~ p~ doso.e Como os Mag06, oe peregrinoa depuramente negativ011, reaolve-se subme- Deus I vem rcgr8!1111tr àe auBB t,erraa por outro te-)a a uma. operaçiio e os médicoa enoarScena comoventfssi1a1.~ - Sermilo pe- raminho, pelo caminho do amor, da pureregados de a fazer a.prefll.lntn-iM'.l a deaigna.r o di.a. e a bora em quo eia se ha-de rea- lo Rev.0 Dr. C lemente Ramos - Bln- zo., da virtude, da verdadeira dignidade lizar. Entretanto a doente principia. urna. çlo de objectos retigiosoe - Prociseio o int<•1, ridade cristii.n Ap611 o seµ1il.o, orgnniza.-se o cortejo gue novena a N ~ Senhora de Fatima e co m a lmagem da Virgem - lnvoca- hit-òe r econJu.zir R lmagem de N0688, Seaplica. externamente pa.rches de agua da fonte daa apariçòoe, pedindo COJD fervor ç6ea, cintlcos e consaS{raçlio a Nosi:ia nlrora para a ca.pela dUB apnriçoee. Maa, a sua cura. Obega finalmente o dia ma.r- Senhora - Uma cura extraordinliria. antes (J'l.,e ele se ponha em ma.rcha, o Senhor D. ,Tosé, do 1tlte da va.rantia do Paendo. A senhora esta ja extendida &6bre a mesa das operaçòe6. Maa, logo ao priO AnJo da diooese do Loiria estri. prC!f>les viuhiio, benze todo;; os ohjeo~ religioeoa meiro exame superCioial os médioos ficam B l-ODoluir a cerim6nia devina.meut.e bela que os fieis teem 1108 1niios par11, èsso fim, a$80mbradoe, conAta.tando que baviam de-- e sobremaneim e.mocic,na.nte da L.'inçao eu- co11C'edendo aot1 ter(,'011 e rosnrios ru. indulsapa.recido todos os sintomas e vestfgios ca m 1tica. ao.. onfermos do Pavilhiio. No lllO· ((encins dos Paclres Cruzi0t.. 11s de So.nta do tumor malisi;no, ,A doonte estava rndi- mento em que )>ercorr<- a 1ilticna. fila do Ilrfgido e a11 indnlgenrias Ano.,t6licas e c-almente curad-0., contra todns aa previ- doentei< do la.do do Epfstola, tendo n88 nos outi-os objectos M inrlulgenoiaa Apossòee e f6ra de todos 011 recursos da soien- /1116-& mii.1119 ungid~ e ,agrnd0$ 1\ c·u~t6d.la t6licai.. A prooissio, que é ·pre~1b pelo venecia humaqa. Ha qnom aluda. tambem n rle ouro que encHr.~ o llei do Oéu no seu cura a&&1>mbrOlll <la filha unica doutro Sacro.mento de Amor, wn homem uovo, de rando Prelaùo, d4. a v,:,lta do COitume e, wédics,, tambQltl da oidade da. Vfrgem. e ina.-1eiras dini.ntaa e eleg311te1Jlente , rlll- oolocada a lmagem sobre o seu padestal, ipahoeute .drx ~aj, di1.t~os, que ae Oli· ti.do1 chifa • solllia CODTOlsiT!lpente, de diMo!Te-ae, depoie de fp' as as dsma.deiras

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Missaa e co munh6es - Tranaporte de enfermoa - Oa servita• e aa aervitu - O a benem«!ritos hoapitallirioa do P6rto - Oa mid icoa n o P o sto d as vcrificaç6es- Ex-votos dos miraculadoa.

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.A.a quatro horM da manhi prinoipi:un aa Missas, que se oelebra.m UJD88 ~ capela do PaviJhii-0 e as outraa na Peni-

tenoiaria dos homens. De eepaço a espaço, o Pii-O dos Anjos é distr,ibuido aos fiéill devidamente preparadoe pela oonfiaaào sacramentai que se aproximam da mesa eucaristici: em numero de muitoa milhares . .A.s Missna e aa Comunbòes prolongam-68 até à urna bora, aprQsimadamente. Na véspera à tarde El durante t6da a ma.nhii., oe i.erv,itaa entregam-se, com uma o.ctividade inoaD!lavel e COJll uma dedfoaçiio sem reservu, à pesa.da tllrefa do transporte dos enfermos. Sao coadjuvadoa ne,;se trabalho por uma aeoçio da benemérita corporaçlio doe Hoepitnlor,ioe do Potto, que espontlnea e deainteressadamente viero.m no seu a1'tocar, em serviço do socorros e oonduçlo de doent61, ofereoer o 880 v&li080 préstimo à. di.recç.ào do Santuario. O grupo era oonatituido peloi seguintes ele,n11nt.oe: Dr. .Antonio Paul, director cHnico, Ramiro .Aranha presidente da direcçào, Viriato Viano., primeiro secret:(rio, Ferna»do A. Mata, tec.oureiro, oapitlo Frotuoao .Jod Garoia, oomandaate Am,rioo

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Voz eia F6tima

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De jornais : P.e Francisco Joaquim da Rocha., 30$00; Emilia Nunes da Rocha, 30f OO; Maria da Piedade Cerejo de MaUm desastre. toe 30$00; Maria Henriqueta Ribeiro Ba~tista., 30$00; P .e J oio J orge BettenA8 irmiis da Missào de Gabinda (Gonoo court 80$00; Inez Cabrai Nune11 BaraPort'U{lues) con.tam a seouinte oraça obtida na Miss/Io no dia 5 de Junho de 1928 ta, 30100; P .e Rafael J a.cinto, 50$00: !sabei Gomes 4$00; Adelaide Mendonça pela intercesslI• de Nossa Senhora do RoFreitaa1 8$00; Emilia Augusta Leite de sario da Fatima-. Estamos na vespera da fésta do Corpo Castro, 50$00; donativo. de Maria Hele• no. Padrio Sarmento P1mentel de Moude Deus. Sem que se interrompa o regnlara., 100$00 ; Tereza. B. Forte, 50$00; mento diario da Missio, tra.balba ca.da Joaquina Vieii:a, 50$00; Maria das Doum corno • p6de para apresentar a.o ~ res Tavares de Souaa, 50$00; Augusto dos Reis, as euas eurprezas. Sendo a fesMarques Gouveia P erèira, 51$00; .Asilo ta mais solene de todas, fazemos todo o de 8. J osé Braga, 26f00; donativo de possivel nos dias anteriores para preparar D. Euponin~ Teb{eira, 90$00; P.e .Antoo qu~ é necessario afim de poder mais linio Nunes .A:lberto (de jornais, de varia~ -v-remente ,nes.se dià adorar Aquele que peseoas) 30 dollars, Duqueza de Pa.lmeficando exposto todo o dia,, sa.e no fim la, 100$00. da tarde a abençoar os que para isso se Antonio Barbosa, Maria Catarina Parapresentam. Com o intuito de mimoserar as crianreira, Vasco ';l'aumaturgo Teixeira Doria ça.s em honra de quem tudo merece, pe(20$00), José de Oliveira Marujio, P.e pare.va-se uma sobre-masa de cocos, e paLuia Caetano Portela, Manuel .Antunea ra #isao fa.zia-se a colheita nos dias antePereira, Julio A. de Aseis (16$50), Mariores. ria da Conceiçio Carvalho, Maria da Xo dia 5 a.s 9 horaa da manha, bora Apresentaçao Gonçalves (30$00), Maria em que dio entr a.da na escola, uma peque~ Carolina Caetana, Ana Marga.rida Ferna de idade de 6 a 7 anos, em vez de seraz, Antonio Pinto, M11-dame Rocha Meguir as outra.8, vai para onde o aerviçal lo, Lucinda Nunes Barbar a Georgina anda a colher os cocos sem que &te note P ascoal, Ma.ria Amelia de Magalhaes Mea criança e da-lhe com um em cima da xia, Maria I sa.ura Mateus, Joana do Rocabeça I sario Silva Simoes, José da Silva MeniSua'°' compn.nheira.s que ja tinham entra.no Olinda G. Reis, Alice Garc.ia., Hilado para a escola, ouvem uro grito: A rii; de Andrade Mòrais, Amalia. Mendes .Amélia morreu I «Era aste duma mulher de Ma.cedo P.e Manuel Te6filo de SouEczema. que passava no caminho,, Num minuto aa (20$0fJ), Maria Antonia Rodrigues, todas cercavamos a criança inanimada I Agostinho Gonçalves Henriques, ,José ViA presidente Ca~ollna Rosa de Jes~s, _natu~al de ~. A nossa ernoçio foi tao grnnde e niio cente Pita. (20$00), Alzira Sousa Noliartmbo de Gandra, O!tve1ra d Azemé1s, · v1mos ali outro remédio 11enao voltarmobreg:i Carolina Eduarda, E. Post:i.c M. C . .R. de A.bren _informa assi.rn a cura devéras extraordina- nos para Aquela que é a. consoladora dos (59$42) Fernando Cunha, Luiza do Nasria, de seu fil~o Manuel Nunes da Silva a!litos !. .. Corremos ~ buscar agua de ci.mento' Fagundes, P .e Antonio Medei--'----:•e----- de 5 anos de 1dade: N. Senl1ora de Fatima enquanto que ros Ida Louzada, Ma riana Tereza Pe«Hav;ia mais de dois anos que meu fi. suas compa.nheiras em pruntos implorarei:a, J osé do Matos Dias. Abrlgo dos doentes Peregrinos da Fatima lho vinha. sofrendo horrivel,mente dum varo da Virgem que ao menos lhe desMarin, José Ferreira Paulino (100$00), eczema que lhe poz a cabeça toda em fe- se lucidez para r0<'eber os ultimos SacraTransporte Manuel R amos dn Costa (60$00), Ma.ria 2.212$55 rida, originando assiro a · queda radical mentoa. D . Vìrginio F erreira 10$00 Amelia, de Faro (35$00), Apostola.do da do cabelo. Recorrendo a medicina notei . eitamos urna~ gotas na cabeça da I Oraçiio cle Vila. Viçosa ( 54$35>, pessoas que, um instante depois abria a 2.222$55 de Ilhavo (75$10) Maria Adelaide Marq ue ali auas ,informaçoes era,m tristes e cnança boca e engoliu outras tantas I A nossa ques de Souza (14$55), Antonia Giao muito pouco animndor:is; infructfferos ----Jllt....1---resultaran1 também todos os medica.men- Amelia eSt ava; salva I A Virgem Santissi(80$00), P.e Francisco Pereira (40$50, tos aplicados. ma submete_u a. nossa fé a urna grirnde CarlO!'! Nela de Oliveira Barbosa (46$50), Um dia quando urn médico, depois de prova e qmz moSt rar em terras africaAna da Conceiçao Neves (150$00), Carnas a. autenticidnde das suas ap ri los Victoriano (105$00), Ìdalina Rodriexaminar cuidadoeamente o meu filho, na. Cova. da Iria. i a çoes gues Pouzatl a (19$50), Ermelinda Rime disse gue ele ainda tinha sofrimento Gma. cr ianta. de id ade 6 a. 7 a nos com Despésa para. mais tre+< anos, eu fiquei aflictissibeiro ( 4 dollars). ma e resolvi logo implorar da 88.ma. ViT- nm peso de 4 quilos 4 00 grama~ caido 'l'ransporte 123.i32$ò() , ' d d · da_ '.litura. de _12 metros ... nlio se_ p6de du-1 Papel, composiça-o e 1·1np,·,,~. ----~-«IC'"----gem, que e a usau e os enrerrno,!», n d • graça duma cura m ais rapida para o en- vi. nr do. milagi-e da. SS. Virgem. A siio do n. 0 73 (71.000 exem8 te que eu tanto estremec.ia. Onro.nte dois cn~nça ficou u~s dias impressiona.da. I pliires) ... ... ... ... ... . .. 4.064.50 E smo)ns obtidaa em variaa igrejas meses seguidos,. que eu, om coinum <·om a I Hoie :md3: J_>erfe~tament~ sem que lhe fi- Sélos, embalagem, t ransporquando òa òistribuiç!i.o da <cVoz da Fac-ass~ a mrnunn nnpressao. tes g ravnrn s e outras d~tima»: M!I açòes de p;raça aqueln. bendita pezas ... ... ........... ... . 998$07 Na I ~reja do 88. Coraçiio de Mae por nos livr11r da morte, nn vespera Jesus , por mao da Ex.ma f;lnr.• da granrle festa, urna criança que nos ti128.790$17 D. Maria. Matilde Cunha. Xavier nha sido confiada por stms pais, e de tiio Subscriçao em Outubro de 1928 . . . . . . . . . . . . 33$35 boa vontade I... ( Novembro de 1928 )

N11,undo as opiniòes médicaa e farmaceuticas. Oomo em Mnio ultimo eu tivesse a felicida,de de poder ir a Nossa Senho!"a de },àt.ima. onde pude obter a a.gua miraculosa, apos o regresso dei-lhe uma garrafa com alguma agua recomendando-lhe ·ciue ee lavnsee com muita fé e que implorasse da Virgem Imaculada de Fatima a sua. cura que asta.va. por certa Nos1a Se~bora a atendia. Efectivamente deede que principiou a fazer uso da agua melbora.va consil.eràTelment.e dia. a dia encontrando-sa completamente sa. Devo acreecentar que a miraculada, aempre teve crença religiosa ma11 aumentou imenso desde que foi· alvo duma tao particular graça. com que acaba de ser favorecidan A mesma cura é confirmnda pelo Rev. Vigario Antonio Martins Vilela que sob juramento 1!firma o seguin~: . «Em aditam ento à carta 1u.nta subscrita pela minha paroqu.iana Candida Martins Vieira de Magalhiies, corrob&ro t'Udo o que nela se diz respeitante à m iraotùaàa Maria de J esu.s Pereira, que se 6'Montra plenam ente restabelecida e curada da eozi!ma qUl6 lhe deformava e encortiça11a o rosto . Esta cura foi rapida e plena, ci!rca de uns cinco dias, apos as lavagens com a bendita e miraculosa agu4 da fonte da Go11a da !ria, em Fatima. »

Era dever da dita associaçao risitar o Santuario mii vezes bemdito de Nossa. Senkora do Rosario da Fatima. 0s filhos querid08 do Coraçii.o de Maria foram la retemperar a sua piedade, colher nova.e inspiraçòee para o seu v~lo mais e mais se desenvolver na propagoçao de tao santa Obra. Em constante& e fervorosas preces intermeadaa de ehternooedores canticos, ja no comboio, ja nas camio,ide.,, foram os peregrinos a Fatima. e de la regres-, · sa.ram igualmente. Acompanhadoa pelo seu reT.do Director Espiritual, o Santo Dr. Cruz, tiveram a dita de obter urna oura cujo nilsto por~1enorisado se encontra noutra secçio deste jornal. E se tudo correu na melhor ordem deve-se no zelo incansavel do sr. Engonheiro Luciano d' Almeida Monteiro, Vice- . Presidente da referida. .Arqui-confraria que se nii.o poupon a esforços para dirigir a. peregrinaçao, de sorte que niio houve nem confosoes, ·nero semsaborias. Nossa Senhora o recompense l E que resultou de 1,anto labor? Um afervor amento na associaçiio, a qual, saudo.~issima daquela. mansao divinai, nnceia por la volt11r, para o uno de 1929, com grande numero de confrades, o dobro, se for possivel. .. Que todas as grandes e pequenas confrarias e associaçòee corram ao lugar bemdito das Apariçòes,- e Maria Santissima fara em favor delas o que se òignou fazer para com a Arqui-confraria do 88. Coraçiio de Maria. . Experimentem !

Outras graças

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Voz da Fatima

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AArqui-Confratia do ss. Goraçao de Maria, de Lisboa

em " Fatima,,

Em comboio especi,a,J partiu no dia treze de Agosto, para Torres Nova.e, uma peregrinaçao, que se dirjgiu a Fatima.; levava o seu estandarte que se fez expressamente p ara ser O chele da pereorina. çào: de setim b~anco, franjado a ouro, ostentava ~ma dehca.~a e fina imagem do , 88. C?raçao de Marta, as ,niios abertas, 1 espa.rg1ndo graças; do lado oposto em se· tim escarlate, lia-se em letras bo:dadas a ouro_ «Arqui-co~fraria do SS. Coraçii.o de Marm da. lgreJa do Mosteiro da Encarnaçao. Lisboa, 13-8-1928.» . E' uma das ~is antigas corpor::i.çòes p_1edosas da capitai, tendo no seu principio. do ano de 181.8 a sua maior expanManuel Nun es da Silva .sà'.o, qu_i.ndo se filiou em 1842, a Arquiconfrana do SS. Coroaçao de Maria na minha famlia, resa.va o terço e fazia nove- Jgreja de Nossa Senhora das Vit6rias, nas copi esea intençao, prometendo, caso em Paris. i, obtiv868e a cura tao ardentemente desejaPois oste grupo de crontes era uma da, de publica-la na Voz de 1"dtima. falange desta benemérita instituiçao que Deede logo come~i a notar certo aU- tem por fim um culto amoroso no 8S. TÌo no pa.decente que t.erminou por ficar Coraçiio de Maria implorando a cor.veroompletaµiente sio, contra a espeotativa sio dos pecadores. de todos. O -ca.belo reapareceu-lhe, vasto e Portanto, os confra.des sio outros tanmimoso, corno dantes. tos ap6stolos, j a com o sou exemplo ja Hoje encontra-se sem vestigio algum com as suas palavras, e muitos delee 'med8813a enfermida.de torturante que tao Bé- r ecem aste titulo. No primeiro sabado de rios cu.idados me vinha inspirando, Por cada. mes reunem-se na l greja do Mosisso venho agor a, satisfeita, agradecer a teiro da Enca.rnaçii.o as 9 e 1/2 horas da N. Senhora do Rosario da Fatima, a gra- manha para as'sistirem aoe pios exercfça que se dignou conceder-me e juntaµien- . cios da da Arqui-confraria., constando de te cumprir o TOto que fiz ria publioaçào Missa, Comunhio geral, pratica e v,trias do relate sinliCelo e humilde dee~ liCranda oraçoes, terminando com a bençao do cura.» Sant(ssimo Sacramento.

Joaquim Manuel da Silva Gravato, Ros:,lin,i da Gl6rin Canholn, Manuel Jnacio d~ Sousa, Maria do Ceu Neto, Maria dos Anjos f!'erre'ira, Maria Antonia A. Car valho, P .e Candido Ma.fa, Ifelena Pereira Roriz, l\Iarfa da Gloria Ribeiro, José Marquffi Torres Junior, Palmira Soa.res de ('astro, Francisca Correia., Josefa de J esns tro, Fra,ncisca Correia, Josefa de Jesus (18$45), Maria Luiza Correia Pinto, Julia .Azevedo, J oaquim José Ribeiro da Cuuha (20$00), 'f .e Frederico Duf (20$00), Ana Silva Dr. Cisneiros Ff',· reira , Deodata A. Malato (20$"00), 1 .e Joaquim Borges Dias de l\fenezes .(121 ,O) Maria de Carvalho Dias 'Machndo, ,\ (a. ria Iriò. da N. Moniz do Canto P ,Jotes (20$00), Manuel Nunes do Pranto. Orescencin ~,ernandes Dias da Cruz, :\melia Lopes de Mendonça, Roberto dos Santos Carvalho, Alfredo Tavares, Antonio Machado Fagundes, Alda Rita Rodrigues de Oliveira, Maria Otilia Fa.ria, Delfina Maria de Almeida (60$00) , Maria. José Chorao, José dos Santos, Henrique Elias, Piedade Vieira Moro (15$00), Amelia Eugenia Franco da Fonseca, Inacio de Moura Coutinho da. Silveira (20$00), Maria Julia Marques Ferreim (20$00), Mnria Rosalina Lopes Marinho, Joiio Rodrigues da Costa, Manuel ds Silva Jordao, Luiz de Souza Moreira Ribeiro, Julio da Conceiçiio I vo, Conceiçao Lopes Braz, Guilhermina da Piednde Chnves, Joaquina da Silva, Cristina Gomes (20$'.)I)), Maria da Novoa Bastos, Maria Magda.lena Soares Moreira, Maria. do Carmo Neves, Mariana. Tereza Per..ira., Natalia. de Jesus Silva, .Anonima. de Coimbra (50$00), Alberto de Almeida, Maria do Carmo da Rocha (15100), Dr. José Maria Malbeiro, D , Moria I sa.bel Monteiro Reinas (50$00), Adelina Augusta Correia., Mariana Moreira dos Santos.

Assim é que é ! Um rapaz porh1f711lls, ido dos A_çores, empregou-u• em, rasa de 11m tm portante propriPtario t1.meticano, na Californ~a,. Pelo seu po1·te sério e pelo seu gé;n io trabalhq,dot conq11istou as .(Jraça.ç do patrao passando, em 11oucos meses, de simple.~ trabalhador a oapataz. O patrao, q11e e1..1, protestante, licenciava os trabalhadores ao domfogo, para q1te és fe,ç rumprissem os seus deveres religiosos. O nosso vortug11és, porém, eni 'l}ez de procurar a l greja, asse1·ava-se e ou dava longos passeios de carro, ou entretinha-se pelos restaitrantes. O patrao, tendo observado isso, chamou·o. - Que religiffo t ens? - Sou cat6liro ... - M-as ... nao vais a<>s oficios da lgreja Cat6lir:q,... - Isso é bom para as m1ilheres, disle o moço a rir ... - Espera ai, tornou o patrao, retirando-se. V oltando pouco d epoil, diz-lhe: - Devo-te 200 dolars ... Aqtti te11s um cheque ... Vai recebélos ao Banco e ... ficll$ dispensado do meu trabalho I O homem que nao é fi.el a lei de Deus, mU'ito menos o p6de ser -aos meus neg6cios. Adeus! ...


A.:n.o

-v:i::i:

Leirìa., 13 de I:>ezembro de 1 9 2 8

N.•

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E> (OOM APROVAQ.AO EOLES1ASTICA)

OlrHtor, Proprietario , Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santoa Composto e impresso na UnUlo Grafica, Rn dt Sante Marta, 150-152 - Llsboa.

o

Ad11ini,tr1d1r: - - Padre Manuel Pereira da Redacçllo e Admlnlstraçllo: Semlné.rlo de Lelrla.

Sil'oa

Santuario de Fatima ANTECÀMARA DO CÉU

Mes dos Santos e dos finados. No méa do Novembro, em pieno oor~i-0 èa quadra triste e melancolica do Outono, quando a ab6bada celeste traz quasi

ae,mpre vestido o seu manto de nuvene deil888 e escuras' e a natureza se despe pouoo a pouco das suaa mais belas gala.a e louçanias, a. lgreja C11.t61ica, màe e mestra. da. Cristanda.de, oonvida, com materna] eolicitude, os seue filhoe que andam peregrinando sobre a. faoe da terra a honrar, invocar e imitar oe santos do Céu e a sufragar as bemditae a.lmaa do Purgat6rio. Clomovente e encantador comércio de oaridade, porfia magnlì.nima de amor e dedicaçiio entre, os membros da lgreja triunfante, da lgreja militante e da Igreja padeoente l Clomo é profundamente oonsolador o dogma sublime da Comunioaçio dos Sanoos I Quantas dessas almos que boje gozam oe imorta.is esplendores da gl6ria, quanta.a das que expiam naa chamas acesos pela juatiça misericordiosa do Deus ns penaa temporais merecidas pelns suas culpas deTem a. salvaçao eterna. à interoossio da augusta Virgem do Rosario, veuerada. no 1eu Bantu aro de Fatima l. .. Niio &.'io apenas oe ruiilngres de ordem fisica, ninda. os ma.is 8/IIIOmbrosos, isto é, ae ourae instantiì.nea.s e completae de doenças, reputndas incuraveis, em con<liçoee que a aciencia nào logra explicar entisfat6ria.m.ente, nào siio esaee milagres, por mais numerosos que eles eejam, que constituem um tftulo irrefragavel ao nosso amor e reconhecimento para com Nossa 8enhora de Fatima. Sio tambem e principalmente oe prodi1ioe de ordem mora.I, quere di1.er, ne curae da alma, aa conversoes de peoadores, que ee operam à eombra do Santuario, Mlii pée do mini1tro de Deus, no Santo Tribuna.I da Penitenoia., o Sa.crnm<'nto da Confou1iio. Siio èSllee os ma.ioree triullfos da Virgem, os louroe mais prociosos e mais caros ao seu Coraçiio de Miio de Deu11 e Mie dos homens, Mooianeira entrt' o 11eu Unigénito e os pohres filhos adoptiTOS da sua dor, transvia.dos no caminbo do Arro e da. culpa. 86 Eia, a augusta Virgem do Rosario, poderia. dizer o numero incafoulavel de almu para. aa quais o venerando Santuario da Lo11rè<>s ;>ortuguesa. ro1 o pon•..o de partida.· <1uma. l'~•:la nova, verdadeiramente cristi, o primeiro degrau c!a. ~lll()aÒa que os conduziu ou harae conduzir ao Cén ...

Escola de Fé e de patriotismo Para. honra e g16ria. da. nobre Pa.droeira da t~rra de Santa Maria e para felicidade e consolaçio de todoe 011 portugue- , pode dimr-se cm verdade que a. Fat~a é, ha -o::~.., a11oe, o polo magnético

das almaa, o centro de atra.cçio irreaistf- diio bem a. madida da devoçiio acrieolada Imagino que, mais tarde, o Senhor Diavel dos coraçòea, o manancial mais a.bun- doe portugueses à glorioea e bemdita Se· po far& instaJar um orgio ligado aos dante de vida eobrenatural e divina que nhora Apo.recida. megafones, de modo que a Cova da Iria jamaie bouve em Portugal. Nito se enconE entretanto, graças a Sua Excelencia eeja. inundnda de harmonias supremaa ... tra na nossa querida Patria um s6 crente Reverendfssima o Senhor D. Joaé Alves O Santuario de Fatima. é ja agora e que niio tenha uma parcala do seu co~ Correia. da Silva, venerando Bispo de cada vez mais vira a ser um vivisaimo çao na Cova da Iria. a formar o i,menso Leiria, a futura cida.de da Virgem Tai- painel de mfstica religiosa 'cristi cuja bepedestal de amor erigido à Virgem, que se erg11endo, a · olbòe vistos, doe eeu11 ali- leza e alteza, de nacional e uni;eraal vaali se dignou eetabelecer o trono da.a euas cerces, fazendo surgir a cada passo, corno lor, eiio, pelo est.ilo, obra principal do Begraçaa e <las suas misericordiu. Fatima é por encanto, um edificio novo e transfor- nhor Bispo. ja agora o Santuario naoional de Maria mando o vasto recinto das apariQ088 nuEste Santuario dove ser coruider1ldo ~ Santfssima e é-o por vontade expressa da ma eatancia de beleza imortal, de encan- mo um alto elemento de reednca.çiio naaugusta Padroeira da Naçio, que ali, co- toe inefo.veie, de verdadeiras maravilhaa cional, esoola. de FtS e patriotismo.» mo em Lourdes, ordenou num doe sene divinas. E a prop6sito tomaJ)loa a libercolcSquios com a Vidente, que se fiZ88se dade de transcrever aqui, em que pese à um templo em sua honra. E contra a modéstin. do ilustre Prelado, um trecho Se o culto de Nossa Senhora de Fativontade da Miie de Deue debalde se ergue admiravel duma carta escrita. por uro doa o fragil poder doa bomens, em viio se mais nltos espiritoa da n0888 terra, o ma esta perfeitamente consubstanciado desencadeiam ll8 furiae ind6:,nitae do In- I grande poeta .Afonso Lopee Vieira, que com a alma portugueea, nio é menoa certo que, à medida que esta devoçiio 88 vai tornando conhecida nae diversas partes do mundo, numerosas almas de eleiçii.o de tadas aa naçòes 88 asaociam à8 homenagene que o nosso bom povo pr011ta à gloriosa Miie de Deu1 no Santuario da sua predilecçiio. No Braail, a naçio nossa innii, numeros~ jornais e revistas publicam com frequencia. artigos e grnvuras e6bre 011 aconteoimentoe maravilbosoe de Fatima. Nos Estados Unidos da América do Norte, a dev~iio a No,;sa Senhora de Fatima tem-tie propaga.do dum modo extraordino rio, graças à • piednde e a-0 dio doe emigrantcs portugueses. Na lnglaterra, tanto aa grandea como as pequenns revista11, oomo os jornaia diarios, fnlam de Fatima com rospeito, adruiraçio e amor. Na Espanha, a proximidade do DOSSO pafe e ae visitos recfprocna dos ha.bita.ntes dos c!ois estadoe da Penfnsula facilitam a propaganda, em larga escala, do cu lto de N088a Senbora de Fatima.. Entre outros jornais e reviatas delilla naçao, a Outubro de 1928- A multidio agi~do_os_lenços em saudaçio __ _ grande e scredito.da. revista ccLos Snntuaa Nossa Senhora ao recolher; da_J.•, procissio rioe Cat6lic:osu 6rgiio do fomento nncional de peregrinnçoes, que ve a luz da publ>cidade em Figueraa (Gerona), insere no ferno. Eia. oontinua.ra a eemagar oom os se honra. sobremaneira, prestando juatis- seu numero de Outubro do oorrente ano seus péa virginaie a cabeç.a. da serpente 11ima. homenagem àquele que a. Vidente uma pequellA mas 11ub,;tiincfosa l-0eal !llibre mnlù1ta, Eia, urna e mii ,·ezea, diasipara OOinominou de executor da Obra de Noe- N06Ba. Sonhora. de Fatima, em que chama a11 maqulnaç,òee da .~piedade, oonfttndin- s:i. Sen!:c.rn òe Iratima. à Flitima a. Lourdes portuguesa., e prodo os soberbos qae, na sua ro.iva impoSegue a tran11oriç-iio: ccJ n!g:> do meu mete dar em numeroe subsequentee infortente, ousa.m erguel'-ee contra o Senbor, dever ex1>rimir a admiraçio qne me me- maçc;es ::cfauciosas ncerca d~ste novo e em que niio croem, mas que todaTia oom- rece o 011tilo que observei no Santuario importante Santdrio. bate:,n ... e que é obra do Senhor Diapo, decerto Da Italia veem pedidoe de fotografiu As grandiosa11 manifeat~oes de F~ e cousegu1da com corageµ1 moral exemplar, para se fazerem estatune de NOllSA. Senhopieòade q::e se :enlizaram este ano deede atraH18 de resieténciaa e obstacu:oe. Esse ra. de Fa.tima destinadas a eorem expostaa Maio aU Outubro e em que tomara.m estilo religioeo imprimiu à multidà-0 cte ì\ veneraçiio doe fiéis. parte ceutenae de milhnr èe perep;rinos peregrinoa uma atitude de formoe{&1imo Na França, a filha primogénita da de todoe os pontos do pnis, oe todaa as doo6ro, que creio unico em o noeso pa.fe Ii;rejs, que se gloria de possuir nm doe idades, classes e oondiçoea eooiai1, e u e notl'ivel ont;re a ~zt:i?Jdnde. A vigilia mais be,oe e rrodigiosos Snntuarioa do festividadee (i;J.8 por toda a parte ~ :::i::.i!- de ila, con:. a ;!'ocissiio daa velaa, sao, sen: mondo, vni ~meçar a ter notavel incretiplicaram nas oida.d~, vilas e aldeias, duvida, dos !!lai" Le!t>s mt-meotoa da Tida mento e«ta devoçiio. 8e;a Hcito reprO':!:isir aqui algumas pnseagens da carta esorita em bonra. de No88a Senhora de Fatima, ospirit.iat dos povos.

Fatima em Lourdes e no mundo


Voz da Fatilll8

2

ha

dias pelo rev.do Fr. Gonçalo Maria. Tavarea, da. Ordem de S. Domingoe, na,. tura.I da provincia do Douro e que resido em Saint Mazimin (Var ), a proposito dum relato dna 11.pariçoes de Fatima publioado na Rev-ue dv. Ro$aire. Siio corno segue: uA pequena noti'cia, a.oompanhada duma linda gravura de Nossa Senhora de Fatima e inserida no nosso numero de Outobro ultimo, causou por toda a França. e até no estunjoiro a mais fuoda e salutar impressiio, prova de que os sucessoo tao ma.ravilhos08 ocorridos no pobro Portugal eram por ca inteiramente desconhecidos. Tendo a. n088a. Revista no.da menos de 8.000 assinantes e cerca de 20.000 leitor&1 espa.lhados pelas cinco partes do mundo, imagine-se, à luz de tais nu.mer08, a exteosiio do efeito produzido l... Ma.a nao parou aqui o zelo do n08so querido Director. Tendo acompanhado a Lourdes a grande peregrioaçiio do Rosario, organizada peloe Padres Dominican08, quo oouduz1u aos pés de Maria Imaculada nada menos de 12.000 devotos, falou por tres vezes no Clero e os fiéis reunidos no venerando Santuario de Maasabieille sobre as grandes maravilhas de Fatima, sendo ouvido com o maximo interèsse. Nossa Senhora do Ros6.rio de Fatima apregonda em Lourdes por franceses é, a meus olhos, um acontecimento verda,deiramente extraordinario ! ! l Tantos esforços nio podiam deixar de eer ooroad0o por Maria - a Miie tlio generosa I - de frutos salutares. Quasi todos os dias se recebem aqui carta.s, pedindo a assinatura da Revisto. com a condiçio de ser envio.do aos novoe 11.ssinantes o numero. de Outubro, afim de pOt!Suirem a grnvura de N088a Senhora de Fatima, que a toclos encanta por sua formosura e da qual dizia com graça um inglez que eia. tem urna apresentnçiio

dominicana

11-a

per/eìçao ...

No nosso numero de Janeiro pr6::umo publicamos, se Deus quizer, um novo nrtigo sobre Vidente, de Fatima, acompanhado dumn. gro.vura òo, mesmosu. Deus se digne cumular das suas graçae mais preciosas os rev.dos Fr. Lu1s Maria Baron, ilustre director da Révue du Rosaire, e Fr. Gonçnlo Maria Tav11res, seu distinto oolaborador, pela valioea cooperaçao que piedosnmente e de til.o boa voot.ade se comprnzem em dispensar à propaganda do culto de Nossa Senhora de Fatima no estrangeiro, tornando nseim a augusta Rainha do Céu mais conheoida, mais veneradn. e amada, peloe eeus filhos de todo o rnundo. A Revue ,:lu RosaiTe, editada pela Eco-

o.,

,

t, Théologique de Saint Ma:tiniin (Va:e)

,ai todos 08 meses num total de trinta e oinoo paginas, profusamente ilustrada oom esplendidns gravurns, e o preço da sua assinatura é de sete franc08 para oe pafaee da Uniiio Postal.

Avida religiosa no Santuario Com o avaoçar da quadra outonal o movimento de peregrillaçòes a Fati.ma decresce con.sideravelmente, embora em ~ da dia tre.ze se reuoam ainda muitoa milhares de romeiros na. Cova da !ria para preatarem à Virgem do Roeario as homenagens da sua piedade filia.l. Maa, se a vida intensa e tumultuosa das grandee multid088 cessou por completo naqµela eetancia sagra.da. e.m componsaçao a vida de piedade tor~ou-se mais exuberante, o silencio mais rigoroeo, o recolbimento mais profondo, a oi;açao mais tranquila. e mais fervorooa. Começa agOl'a a época do ano, em que ns élite& espirituais de todo o paia aoorrem ìi. Lourdes portuguesa,. nfim de retomperar as suas forças para as lutas incruentns, mas renhidas e porfiadas, da eantificaçiio individuo.I. E! também esta a oca.siil.o preferida por muitoa romeiro1:1 para cumprirem os seus votos e pagnrem a3 suaa promeseas. La se vé neste momento um médico ilustre, oficial super:ior do DOijijO glorioeo exército, de joelhos no cbiio, percorrendo a lon11:a distincia. que medeia entre o p6rtico principal do Sa.ntué.rio e a. capela daa apariçoes. E oomo este, quantos outros fiéis, de todns as classes sociais, cumprem, piedosamonte e sem reepeitos huma.oos, promessas feitas por ventura oro horas tragicas da mais cruciante dor, da mais angustiosa. e indizivel amargura. As sol~nidades religiooas, comemorativas do dia treze, realizaram-se na forma do oostume, prégando no fim da missa e bençiio doe doentes um longo e substancioeo sermao o rev.do Pereirn. Gens, paroco do Onrem. Entre os fiéis viam-se alguns peregrinoe franceses e espanhois. A's tres horas da tarde concluiram oe actos do culto oficial com o brilhante cortejo em que foi reconduzida a Imagem da Virgem da ca.pela d1111 missas para a. capela daa Apariçòes. Em seguida os peregrinoe foram-se dispersando lentamente. Iloras depois, no vasto anfiteatro do recinto dns apariQOeS, reina.va por toda. a parte um silèncio sepuJoral, apenas interrompido de quando em quando pelo higubre pio.r da1:1 aves nocturnas ou pelos uivos das raposas esfaimadas que pnsseiam e caçam hvremente entra ne frngns e alcantis da

NOTA -

'FATIMA,

Desde creança eu nutro uma viva Ié por de . 28 Noeso. Senhora, enteodi que nesta hora anoe, na.tnral de Moimeota da Beira, re- ti.o grave para mim, Eia me podaria fere assim a sua cura: acolher como sua filha . No dia 25 de Junho deste a.no apoderou~ de mim uma «Deade o m&! d'abril deste ano que eu grande afonia, sendo d ificil compreenderme encontravn. gravemente doente, aen- se-me uma palvara. E no dia 5 de .Àg08to tindo fortee d6res nos pulmoes, basto.n- reaolvi vir recolher-me em oasa duos pa,te tosse, febre, e homoptises. Principie1 rentes de meu ma.rido reeidentes no. rua a tratar-me OQ1Jl o anr. DT. Adrian_o de Santiago n. 0 16 fr~uesia de Monserdoeo, moradar na roa da Const1tu1çao rate Viana do Ca.stelo. da cidade do Porto. Dìzendo ele, que t-u O' meu apetite oontinuava sendo pouco tinha uma grave arr~nhadu_rs. Il!' pulmii.o e t1entia menos alivio eos meus padecieequerdo, e qu~ preo1sava 1med1atamen~ mentos. Em 8 din!i de permanencia em de retirar da c1dade do Porto, onde resi- Vinna abaii de pezo 500 grl Minha fnmido ba 22 an011. Como 08 meus recursos lia quaai tinha as eeperançae perdidns eram poucos para me deslocar da cidade que eu recuperasso pe.lo meoos a fala'. do Porto, rooorri a.o Hoepital ~' A88isten- Conduziram-me a um clinico residente em eia aos Tuberculoeos dell!la c1dade, na Viana tendo consultorio na rua da Pioorua da Carvalhoea, aonde andai 4 me~ ta (s~. Dr. Fa.ria e Vaaconceloe). Esse em tratamento. Como nenhumaa melhoraa abalieado clinico depois d'uma JDinuciosa eentisse com o tratamento aplicndo neesa auecultaçiio pre'screveu 08 remedios que co.sa por o snr. Director do Hospital, e aohou coov'eniente, dfaendo a mioha fa. pelo 11nr. Dr. Carlos Alberto da Rocha, milio. que nio esperava obter grande rereoorri ao hospitnl de Somide com o mes- 1,ultado devido as graves complico.çoes qne mo resultado iofeliBmente. a minha doonça apresento.va. Desde eotiio Como compreendi quo a sciencia d08 nilo a6 a minha doença me abalava, era bomens era imoompetente para debelar o tambem o sofrimento mor&l. Se a minha men mal, reoorri a NOt1Sa Senhora de Fa- orença na Virgem do Rosario de Fatima *ima, convicto. de que s6 eln me aalvaria. era muita, entio rearudesceu ainda ma.i11,

~8;;1'-1

NoYeµibro

.Afim de ser publicnda no jornalzinho uVoz da Fatima», se 888im for poesiTel, envio a V. Rev. esta carta escrita por urna &nhora do Porto, que acideawJ.. mente r esidin nesta minha freguesia, e juntamente nm o.testarlo medico. Eu corroboro tudo o que na carta se o.firma sobre a cura erlraordinaria realisada n ee,. ta cidade, no m8d de agosto do ano corrente. Fui informndo do que se ha.via pn!i!!a.do aa 10 boras da noute do sabado, 25 do reforido mèe, logo no dia seguinto, domingo. Eu e mais dois colegaa fom.os depois a onsa. em que morava esta senhora. e falé.m08 com1 pessons que foram t.estemunhae de tudo. O ruido que parecìa semelhante no dum troviio foi ourido tambem por ~ s 'p8680a8 que depois foram encontrar a doente desmaia.da. O ma.rido estava onta<> no Porto e era incredulo. Quando veio visitar a. sua esposa e soube corno eia readquiriu a vo.z, ficou oomovido e pensa ja em ir a Fatima em peregrinaçào. A carta foi escrita oom toda a sinceridade e é a expressiio da verdnèle. Ela vnrias vezes me repetiu que s6 ~ diu a voz e ainda a conserva até esta data. Niio est6. perfeitnmente curada doe outros antigos acbaques, mas é certo que alcanQOu o que humildomente havia suplicado a Nossa Sonhora do Rosario de Fatima. Era meu desejo que esta. publicaçiio viosse ja no mes da Jmaculada Conceiçiio, C'aso seja possivel.u ATESTADO

A cronica publicada no ulti-

----------Armlnda dos santo, Barbosa,

I

mo numero estava, mais ainda. do que as

anteri.9res, inçada de impertinentes gralh'll.8 tipograficas, que os leitores terio facilmente corrigido e... perdoado. No primeiro verso da B(lguuda quadra do soneto Alma eleita, onde o tip6wafo compo.z urassaram, tioha o autor escrito grauavam. E deixemoe passar em silencio, nlem doutros seoòes, 08 erros de aoentuaçao, que parecem dum principianto e que niio vale a pena apontar aqui. V. de M.

do Castelo, 26 de

Rev.mo Senhor

Vi3conde de Montelo

CURAS DE

Tuberculose pulmonar

mes (sa.bado> foi para mim um dia de profonda tristeza, qnerio. fo.lar e nao podia. Começou a o.poderar-68 de mim a ideia fua de que em breve deixava a rido., deixando meu marido doente, e 2 filhinhos de tonra idade. Eram aproximadamente 10 horas da noito quando eu e minha famrna noe retira.moe da mesa; fui para o meu _quarto paro., isola.da dos meus, desabafa.r a m:nha dor e r821nr o meu terço, oraçiio que flLQO todas as noitos. Pedi a Virgem de Fatima que me d888e fn.la (ia nilo lhe pedia a minha saudo) e satisfeita ja ficava em falar. Rer.ei o terço cheia de 1~ grimas, que por vezes impediam a minha oraçao, e numa prece cheia de magna. implorei: ((Miie Sant{saima, ée Mii.e dos desamparados, tende misericordia de mim; peço-vos fa.la, ja nao peço a minha saude completa; eabeis que sou pobrezinha; e como mais nada neste momento vos posao oferecer, ofereço-voe o meu retrato o melhor que eu puder.» Logo que acabei eeto. prece, ouço nm ruido pa.recido com um troviio; o quarto iluminou-se duma luz sobrenaturo.l, vcjo uma nuvem branca de neve; a68'11S· toi-me e gritei l Lentamente a ouvem aproximou-ae de mim, fitei a nuvem, qne

serra.

,

As

uVi1ma de 1928.

' e s6 com eia contava. No dia 25 deste

ARMINOA 005 SANTOS BARBOSA Curada repentinamente no dia 25 de Atoatu (aAbado) quando reu.va o Terço

ee abria lenta.mente e no meio d868a nuvem, aparece-me a. Virgem Santissima com o seu Santissimo Rosario pendente das suns divinns ID60S, até a08 pés e com ao1 suas divinae miios poetas. Qui111 ajoelhar-me e niio pude I A.e forças faltaramme, tal era a minha admiraçiio. Quanto maie fitava a Virgem mais ela. eorria, julguei chegada a minha hora. final. Na,quele momento nao tinha pena de morrer porque talvez mo snlvnsae. Deafaleci tendo ap~rtado nas minhne maos um terço e um crncifi:ro. PMSadoe alguns mo;nentos, algnmn.s poesoas de minha fa,milin. que ouviram o ruido, decidiram-tie a entrar no meu quarto, encontrando-me d81lfa.lecida ainda. Quando voltei a m1m, tinba-se operado o milagre I Eu foJ11,va numa voz tio forte como antee de adoecer I O milagre deixou Ot! meus ti'l at6nitos que cairam Je joelhoe, rezando umo. 8al11~ Rainha em ncçiio de graças a No11ea Seohora. P1111s11doo 2 d1M fni ao snr. Dr. Faria e Vnsconcel08, coomr-lbe o milngre, e pedi?"-lhe nm ate!ltado qnP afirmnsse a verdnde, para boD.Ta e 11,I.Sria <le N08sa Senhorn. de Fatima. Quiz O m&lico ansc11lt11r-me, e veriiioon que O pulmiio que ti nhR- as rn.Jne, estava 11fio. Grnças ii RainhR- Nossa Senhora de Fatima. No dia imediato fui oomun11irr em acçito de graç1111 lL igreja de 8. DomingO'<, sendo o men conf011sor o Prior de«ta fregnezia rev.mo padre Domingo& Borlido, que me nconselhon a publicar este milagre. Acedi de boa rontade pnrn qne todoe rooorram a. N098a Senhora de Fatima. N088a. Senhora do Rosario de Fatima, rogaj a. Deus por n6s» .

J.oào Ma,f'Ìa. de Faria e Vasconcelo., medico cirwruiao pela Fac'Uldade de Me~ decina. do Porto, Capitao medico-miliciano: lltesto que exammei no dia 17 ào oorrente a senl1ora D. llrminda dos Santoa Barbo$a, acidentalinente residinào neata e dade e verifiq1uii a e:cistencia. de u,na qua.,i completa afonia, 3endo àificil, por vezes, perceber o que me respondia. Pn·screvi. os med1camenfos que f'Ulguei utei.,, sem todavia esperar grande rea-uttado, pois além do estado da laringe, ou. tras complicaç6es existiam. Hoje, porem, 11 da,, pas1tados, aprese,nta-se-me a doente, /alando per/eita,. 111ente, sem o menor ve,tigio de rouqu1dao e nota11elmente melho-rada ,w seu eatado gernl. E por .,er a expressilo da veràade pa.,.,o o presente que juro pela. m1nha honra. • Vitina do Oastelo, 28 d' Aoo,, to de 1918 (a) Jo-lo Maria de Faria e V11sconcelot1 (Segue o reconhecimento)

Atite cr6nica Aurora da Sllva Tavarea, de 21 anoe,

Filha de Maria da Pia Uniiio das Filhu de Maria da ca.pela de N088n Senhora doa .Anjos, moradora no Largo do Dom Sucesso, 84, freguesia do Santissimo Sa-crapiento, da cidade do Porto, para cumprir o voto feito e para gl6ria da Senh~ ra de Fatima, roga a V. Ex.• a publicaçiio, na «Voz da Fatimn11, da grande gra,ça que a SantiS&ima Virgem, na aua. muita bondo.de, se dignou dispensar-lhe: -«Ha dez anos sofria eu JllUito do ouvido direito, chegando nos ultimos maso, do ano de 1927 a perder a audiQiio ne.sse ou'vido. Em 27 de Janeiro do ano corrente so,. brevieram-me dores violontissimas na ca-beça, acompanhndas de tonturas e que me provocavam frequontes v6mitos, -- o que o meu médico assistenu, cla.ssificou de crngudisaçiio da otite média cronica direita, 11gudisnçiio iniciada por perturbaçlo de equilfbrio e por supurnçil.o, cnja cootinuidade era entretida pela preeença de um polipo recidivanteu. O médico assistente, recenndo sér1aa e funestns complicaçoe11, ex,igiu uma. confer&ncia 00111 nm mé<lico eepecialil'!ta, que foi chamadp, e nmbos, depois de mi.n.uoioso exnme, deolnrnrnm ser de impre., cind{vel Decessidade uma intervençio cir1hgico. naqnele pr6prio dia, Yisto o perigo eminente de nma meningite, e pa-ra &se fim, fui tran<tportad_a em automaca ao gnbinete do especialista, onde me foi feitn a erlracçiio do polipo e a raapap;em no 0!l80, Q,1i.nze dins de'poie reproduziu-ee • polipo que foi cortado nOTamPnte, e queimad119 todns ns rllfaes. Pll88ado um mez, novamente nparereu Agora a carta do ReY.do P.e Domin- o polipo e C'Onlinunv~ a 11upnrnçio, e NMI , em tanta quantidade que de noite eram gos .August-0 Gonçalne Borlido:


Voz da F,tima neces.s&naB, pelo menos, trés lavagens, e entio o médico espocialista <!eolarou eer necessaria urna operaçio radical do eevaaiamento petro-mastoideu, advertilldo, poré;m, que era mna operaç.ìio meliotlroea e bastante complicada, m.aa que sem eia eu ficax;i.a exposta à meningite que a JXllllS pequeo.a constipaçii.o poderia proyocar.

Por exigèodaa de millha famfiia fu.i ex&minada por outros clinicos e mesmo por Mr. Moure, médico frane&, que tendo feioo algumas conferéocias no n08Bo Pafs, deu coosultaa nesta cidade, que ;me e:xamillou no seu consultério aonde fui acompa.nhada do meu médioo assistente, e ,deolarou ser absolutamente neces1utria a operaçiio ja preecritu., no que concorclaraJll os outros médicos consultados. Entretanto ja em minha ca.so. se iam fazendo algumas noveuaa a N0111m Senhora de Fatima; e oào obstante a graça iplplorado. niio fCYSSe alcançada, nem por imo esmorecia a nossa. confiança na Santissima Virgem. Aprmdmando-se a Pasooa, o médico especialista fez pequeoos curativos, e marcou definitivamente o dia 25 de .Abril para a operaçiio radica], para o que foram notificados o médico assistente e outro médico que tinha de intervir. Comecei nova novena para terminar no dia 13 desse mès, e d,1Tante eia, fiz corno naa anteriores, aplicaçiro da iigua de Fattima no ouvido: - o mal porém continuava. Por esto. ocasi.ao meu pai, tendo lido no PrimeLro de Janc1rr,, diario desta oidade,._ a notfoia da cura de uµi doente ·em Jfatima, disse em casa: ,1Lavem a Aurora a I•'iitlma e p~a;m la a sua cura a Nosaa Senhoia.» Mns . o meu e.stado era muito delica,. do; grandes dores, vomitos, dificil alimentaçào, e mal podi a reclinar a. ca.beça; varias PEbSOOS quizera.m dissuadir-nos des.lie intento. Con,,ultndo o 1nedico assistento, di868 ele l\ o.ssa Senhora tudo pode fazer, ma.a que receiava as con'>()(}uencias da demora da operaçao. .A.o medico espeoiali~ta. dei a deeculpa de quo niio me podia. sujeitar ti operaçào ao dia designado: conti nuamoe as oraçoee; no dia. 4 de Maio oomecei com minlu1s aeis irJDas, todas l!~ilhas de Maria. da mesmn Pia Untào, nova novena, o esta para ser foita por cada urna em particular, de noite, entre as 12 e as 5 da manhii, e cada uµia a hora a que acordasse, e associamos a. esta novena varias pessoas amigas para noe nj11dnrem com aa suBB oraçòes. No diu. 12, com minhas irmii& Ernestiaa e Emitia parti para l!, atima pelo caminho de ferro : - em Leiria assistimoe a Santa Missa, fizemos a Santa Co~unhiio, rooebemoe a bençiio COJD o Santiseimo Sacramento, e recebemos tambeJll a bençiio do Ex.mo e Rov.mo e Rev.mo Snr. Bispo, muito nosso conhecido e muito amigo da. casa onde fomos educndas, e entregapios o atestado do meu medico a&eistente, que comprovava. a minha doença. Chegadas a Fatima, fomos sem perda de tempo a Cova. da Iria, e depois da oraçào a Santissima Virgom, na fonte, laYei, e bem, o ouv,ido enfermo: fui sem custo para a casa onde ia hospednr-me : no meemo dia desci mais de umo. vez ao lugar da apnriçiio e a fonte, onde continuei a lavar o onv,ido: nos diaa 60guintes a<:0mpnnhei todos oe actos de piedade: - durante os quatro dias que eative;mos la, ja nito tinha d6ree, ouvia perfeitamente, cessou a supuraçiio e nao voltou o aangue: - estava, portanto, curada, como eu o julguei deede o primeiro dia. De regresso a esta cidnde, o que fiz 1em o menor incomodo, verifiquei tambem que o ouvido estava <·ompletamente cicatrizado. Dina depois apareci ao medico especialista, maa nnda lhe disse do que se havia passado : achou o ouv,ido muito bem: preecreveu umas lavagens, que eu niio fiz, até que ele declnrou: uque o ouvido estava muito bem, e que era um caso muito extraordina.rio, e muito f6ra do vulgar.u Expliqu11i-lhe entiio tudo o que se haYia pOBSaèlo: - que desde moiados de Ahril tinht~ deixado de fnzer oa lnvagens que ele prnceituara, - que s6 fi u ra 1150 da agua de FatJ.ma, e esta frin, - ae condicçòes em que fui para Fatima, e tudo o maia qne la Sf' passou. Ouviu, e guardou silencio reepeitioso. Ped,i-lhe a bondade do me p11Mar um a\eStado que provnsse estar curMa sem aer 1•nr moio naturais ; reepondeu-me : •im, i~to peloe nteios natura_ie niio &e ex-

plica, maa tanto nii.o o digo.» Passou o ateetado que apresonto, que Ja a1gum.a. oousa. diz. O men medico assistente, que me examÌllou logo apoz o regr8680 de Fatima, e que me vin va.rias vezee tlepoi.s, tambem ooncordou ser muito extraordinar,ia a minha cura, e 60 o atestado que passe u, e apresento, uio é de todo explicito, n<> seu laconismo ja diz mu1to, mas afìança que olio fQi o tratamento nem os re;medios empregadoe que efEICtuaram a minha cura, e lDèsmO no ateetado indica implioitamente que foi a Santi~irna Virgem, em Fatima., quem Jlle curou. .Até ao presente tenho-me .sentido muito bem, e niio mais volta.ram nem as dores, nem 01!1 incomodoo do ouvido. .Agradeço, po,is, reconhecidamente esta. grande graça. a SantiMima. VirgeJil de Fatima, e que Ela continue a dispensar-me a Sua bençiio de Mio. Porto, 10 de Outubro de 1928.

Aurora da Silva Ta11ares ATESTAOOS

Eu aba.i:-co Q.3sinado medico-ciruroiao pela. E scola. M edico-Ciruroica do Porto, director do Serviço d' Ato-Rhin-o-la.rvngologia do llo$1)1tal de Santo .1!1do1iio da me.~ma cidade. Atesto sob palavra d'honra que tratci a Ex.ma Snr.a. D. 1!11rora da Silva Tavar"3 de aftte rnedìa 11-upurada. cronica dirr1ta com. perturbaç6e., do equilibrio, desde 90 de janeiro até f8 de maio em que constatei que o ouvido nao supurava e as perturbaçDes do equilibrio hav·am desaparecido, o que ainda actU(llmente acontece. E por ser verdade e me ser 1)edido pas,o o pre.,ente que assino. Porto, f!I) de iulho dc 1928 (a) Antonio Teixeira. Lopee Jun.ior

• Anton,IO Oaetan-0 Fllrreira d~ Oastro, mcdicu, morado-r no ['(Jrto, rua. da Boa,. cista 418: Atesto que a Ex.ma Snr.a. D. Aurora da Silva Tavares, moradora nesta cidade, M Laruo do B.o-tn. Sucesso, 84, tninha cliwte da clinica medtea ha alguns an-01, t eve em jane,ro deste ano uma auudi~açao da .,ua atite medica 'c-rrmica direita, agudisarllo inio,ada no dia f7 por perturbaçDes do eqailibrio e por 8Upuraçào, c-u,ja continuidade foi entretida pela. prese,iça dum polipo rein<:idente. Jù d ~posta a sofrer a operaçao do eava-s,amento petro.-ma3toideu. aarou ,em esta operaçli.o como /oi verificado depois da sua pereorinaçllo a I!'at1ma, para onde uguiu munida du.m atestado firmado p<>r 11iim, no dia 10 de maio. Porto, 80 de Jmho de 1928 (a) .Antonio Caetano l?erreixa de Castro

Ooenças nervosas. Pedro Rufino de Azevedo, de Lamego (rua da O1aria) relala ùSei;m a doença e cura de sua mulher em carta de 14 de Outubro deste ano: «1"ez ontem doia anos que fui a Fatima ( Cova da !rial em compa.nhia de minha ;mulher com a qual 60 deu um caso que considero mixaculoso. Na-0 tenho participado este caso, porque niio poeauindo docum0J1toe medicoe, nào é p<l68ivol apresentar provoa scientifiCM. Ha no entanto testemunhas fidoclignns que, sendo necer.sario, confir:mariio a veracidade rlo facto. Havia 22 anos que m.inha mulher sofria de un.a ocidentes que os JJ1edic011 diziam ser bisterismo. Niio sei se era ou niio. O que sei é que continuamente caia repentinamente ao cbiio se;m sentidos sondo preciso fazer-lbe aspirar sais ou fumo de cigarro pnra voltar ao sen 86tado normai. !sto dava-lhe tiio ropetidas veZ88 que se pMSllsse um dia em que lhe niio d8668 causava admiraçiio e dias ha.via em que Jhe repetiam 6, 8 e 10 vezes, e em qualquer bora estnndo de pé sentada ou, llleemo caminhando. Apesar de ter consulta.do vo.rios medicos nunca con&eguiu molhor88 nenhumns. .Aspirava ir a Lourdes mas por vo.rios motivoe nunca. cooseguiu reali.ear esta sua a&pira.çiio. Em Outubro de 1926 CO.JDbina-se aqui um grupo para ir a Fatima. Con"idacla a fozer pnrte d0BSe gr11po nreden mas apenos por oomprBSer, µianifestando mesmo a sua pou<'a vontnde em i.r ai o o d866jo cada vez IJ)aior de ir a Lourdee. Resolvida a ir a Fatima chegamos a Covo. da Iria pelaa 3 horaa da manhi do dia 13 de Outubro de 1926. Abeiramo-nos da

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F •bre J. u .ttlf6ide O Rev. P.e Alberto Gomes, de Tra.va.esos (Povoa de Lanhoeo) em carta de 11 de Outubro de 1928 diz; «A grnça que eu queria publicar p6de chaµiar-se u..m.a resaurreiçao porque, na verdade, asta.va ja a.bo.ndona.de de tod.oe aquele doente a. quem a Santissima Virgom deu novii vida.. Em principiOd de Outuhro do ano paasado sentia.-me com fébre, e no Porù), rogrossando de Fatima, tomoi a rei,oluQio de ir procurar repouso e tratnmento at Povoa de Varzim onde ~tava minha fa.. milio. a llllO do banhos. A11 i;o doolarou a fébre (para.-tifoideu que tomou proporçoe!I nssustadoras de modo a exgotar todos os meios de c.-ombate e a. comunicar um deimJenw gora!. Era opiniiio certa em todO!I de que niio liavin mais rooursoe hnmanos e a minha debilidade natural aniquilnda por tiio pertinnz infeoçiio bem convencia. de que mnis um cadaver seria trofeo da morte. Resip;nnra.m minlia. familia decln.rando-lhe na. tarde tetrica de 8 do Novembro quo eu t~ria pouoaa. horns de vida que dever1a fa.lecer pela moia noite du pouco mni11. Foi, paréoe, 1 que nestas n.lturas quo me!-1. irmiio 1nvoAfecçio cutlinea e ulcera no estOmago. I co~ fervorosnm~nt~ o ,:mciho de N0811a . Mae do Coo ; mlllha mne cbamou a. proDas No11tda<les de 20 de novembro · tee<:iio de Nossa Scnhora de Fatima; e uNao ha freguEll!ia n011to extenao C'on- 1 eu prometi, se me restabolec~e coloc9:r colho da Louzada. que uiio tenba, neste umn. 1ma~em de N._ S.a. de Fatima. _na mimomento oonhecimonto dwna. cura ex- nhn lgreJa paroqu1al; celebrar ah todos traordin~r1a, que produZiu · a mu11, pro- ~ dias 13 de <'a~a m&. em un!à~ com .f!'ifunda emoçào neste meio, corno certn.men- hm!l; promoveria U!Jl culto mai~ f011t1Yo te o produzira. e:m quaJquer parte onde eqmpara!1do este.s d1ns as pr!me1ras sexchogue a coohecer-se. tns; e, finalmente, fazer pubhcar n. graça ]>ropositadamente, niio nos temoa refe- do me1;1 r_es~~helccimento. l!'eitoe est.es YOrido ao extraordinar io facto, uiio s6 por- tru ~rl.llCIJ?te1 a 11!-elhorar pouco,. mas n_o que oonhecemOti a se,·eridaòe das pruden- torceu-o dia, segurnte ao do miuor pentes leis da Igreja mas aindo. tambem p;o e abandono, eu pnde lovnntar-me: por porque nào quori~os fazer juizo pelo urna hora. so.i do leito! Era. um verdadeisimples notici11rio popular nem sempre ro. cadav~~ a pé, causando horror a proprrn, fam1ha I • • or ientndo por uma critica inteligonte. Hojr, porem, que, alem de outros tes(}_ m?n. r('stl\bele<.'1_men~ fo1 moro!,() e Lomunbos fidedignos, temos como gar an- pongoo1SS1mo; todav1a hoie,. fa:,; pr~iaatia o depoimento tao intoligento como menle u'!1 a no, qu? e~1 sen~1, a cnm1oho critorioso do medico desta vila Sr. Dr. par1i Fatima, 08 pnme1ros smtoJUns de féJ oaquim Hermano Mondeti de 'Cnrvnlho, bre_; _e ngora que in~essando a 1!li_nwr. vamos relatar singelnmeonte o facto, pois :wt1vida~o . mo posso_ ~ulgar h1:nef1c1a.do na sua singel&4a, ele diz tudo. pela llf1~f'r1c·~r<!•a D1vrnn 9ue 111nda me Na Casa de Pere1r6, da freguesia de poupou doo rigore" do ,Jmzo Eterno nU S Lourenço do Pi na, suburbios deela vi- qu~ melhor. me_ prepare, ,·enho cumµr1_r a. la reside a Sr.• D. Maria Marga.rida ultima ohr1gnç110 do meu ,·oto: pnbhcar M~lheiro senhora ricn pOt;Suidora de ex- n grnça tao e, ident~ e notin·el quo N'. $. celentos ~ualidades mo'ra1s, caso.da com o dl' Fati.~a nos fez e qne ~la con!pléte Sr. Teixeirn. Lopes, funcionnrio Superior - pf'rnut1ndo-a s6 parn ma1or .-tlor1a. de de Finn.nças no Pctrto. DcnR 111 Ra doz anos que fflta senhora sofrio. N. A oste nssu nto podPm V. Ex.ciaa duma afecçiio cutanea o que lhe havia dar a, reda~·iio que quizerem. N'o dia 13 tomos aqui procissào <' expoproduzido 500 tumores. Conjuntamonte, tinh_a,..lhe sobredndo siçiio nocturna em bonra de N. S. de Faurna ulcera no estomago, robelde a toc1 011 tima, que Ofl fiéis rnuito veneram. os tratamentos da sciencia que foram Os mcus medicos dt'>Svelados forn.m 4: empregados por distintoe medioos como o sr. Dr. Abilio Garcia. de Ca.rvalho; '8U 0 Dr. Abel Pachec.-o <' D. Ramnlhiio, do cunhado; o Dr. Adrtnno Mnrtins e o Dr. Porto, Dr. Ma.lheiro e Dr. Hermano, Alfredo Coimbra. desta vilo.. Dooicndo in C. J. C.u Acabamos 1111 inst.antes de falar <'om esAbcesso pulmonar te ultimo quo teve est.a expressiio. c1A peJoaqulm Saralva de Carvalho, d11. Pola da doente encontrava-se aos altos e bai."tos como a cortiça.; hoje est& perfeita- voa de Santa Iria, conta assim a. doença e cura de sua mulher. romente lisa e retomou a oor natural.» «Minha mulher trat:ivn.,.se duma doen.A doente procedeu no auge da doença corno tantoo outros a quem sostenta. a Fé, ça. que parecia de pouca importancia. apelou da impotencia da eciencia. para Co,no, porém 1,0 fosse prolongo.ndo e niio OO<le!388 ao tratn[IJento seguido, os medi11, misericordia de Quem tudo pode. Foi a Fatima. O ext.Temoso marido cos llo8istentes prognostioaram. qunlquer concordou contrariado alias com essa ro- coiHa de gravida.de e mandaram que timngem, p~ra nào desgostar a esposa, seJll rasse uma radiografia. Procurou a wn d0& mn.is distinct.os ra.diol<>iistas da capiesperança nlguma de exito. Mas ela voltou curn.da. e por urna forma tal e a. reepoctiva radiografia acusou de facto um abcesao p11lmonar do lado unitidamente n.asombrosa I. .. A doente osta radicalmente si, niio con- qucrdo. Era. portanto nOC'esso.rio n doente servando, sequer, vestigios da gravo afec- '*'r hOl!pitn.liHoda para se submeter a uma çào cutanea e outro tanto aucedeu com a. inten·ençiio cirurgica que 08 medicoe oonsideravam indispensavel e urgente. ulcera. do <'Stomago 1 Deu entra.da no hOl!pital de S. JOflé, Foi o sou Medico Assistente que nos autorizou a fnv,er publicamente esta afir- e enquanto os clias docorriam para observaçao e estudo da doente, o meu coraçio maçiio. Outros lfodicos do Porto teem exami- de marido e de pai dilacerava-se aob a nado a doente e todos reoonhecern a im- preepectivo. do retJuJta.do de tiio melindn>potencia. da eciencia pa.ra explicar caso sa operaçiio. A doente, que uma eombria apreensiio tortura.va., reanim~ com a tao extraordi nario. Este operou-se no momento da. Comn- lur. vivificante da sua fé, fnz um voto de nhao em Fat.imn e da. bençio dada pelo fervorosa devoçào e pede a Nossa &,nhoSr. Bispo de Leiria com a Sagrada Hoe- r&. de Fatima quo lhe conceda mc.>lhoraa e evite a operoçào. tio.. Continuaram ag observaçòes clin1cas, e E' claro que sujeitamos completamente o nosso juizo a competente Autoridado passados quinze dias novo. radiografia inEcJesiastica, moa entendemos que se tratn dica o desaparecimento rompleto do o.bcesd11m caso extraordinario e que muito con- so, sem a minima intorvençào da ac-iencia. Foi ncaso ou mii agro? tribuir& pa.ra se firmar e de cada. vez Niio me importo de provocar o riso mn.is espalhnr a. devoçiio a Nosea. Senhora snrcnatioo dos incréduloe. Ouça-mc que~ do Rosario de Fatima." quizer, :mns eu considero este facto mn autentico mil~re que a minha reconheOs bona sentimento~ 1111da. tialent ., e ndo cida e contrita alma, ajoelhada no ohio !e tra,na/ormatn em. boa., aceDn. loda.cento deste mundo, a~a.dece a interJonhert YODl,JiiO Divina lu

meea da comunhiio seriam 10 horas. Comungou imedia.tamente e estando a.illda de joelhoe ca.i sem sentidos. Reoobrou 08 eentidoe depois de, CO.JDO do costume, lhe fa.sor aspirar fumo de cigarro m.as mn choro convulso nio a deixa levantar-se de onde estava. Desdo 8690 momento a.té hoje nuoca mais tornQu a perder 08 sentidos nem a. sentir qualquer 1nc6modo que com isso se relacionaase. Niio seria iato u.ma cura miraculOBa? Pelo menos foi uma gra.ça concedi.da por Nossa. Senhora e corno tal dou conhecimento para assiro a tornarem publica, se assim o julgare;m conveniente, para maior honra e glor.ia da. Santissima Vixiem. Ja la voJtou depois (em setembro do µiesmo ano) a agradecer a Santissima Virgem tiio grande beneficio. Niio dei pnmeixo esta noticia para que o tempo se encarregasae de comprovar a oura. radical. Minha mulher ch8J]la-se Ana Moreixa dos Sant<>e Azeredo e conta 60 nnos de ida.de. Se V.a. Rev.• entender que esta noticia dev:e ser publicada e._ forem neceesarios ma18 alguns esclaerc1mentos pode V.• Rvr.• pedi-loe.»

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Voz da Fatima

4

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eMILIA MARTIN$ BAPTISTA

de Eepozende Ver «VOZ DA rATIMA• de Novtmbro

____ __ Deante do presépio . • • ....;__

Naquele dia. ha.via na sacristia da lgreja paroquial uma. exibiçào de cinema pa,. ra a poquenada. Era a. penultima Quinte,.feira antes do

Natal e

'O paroco queria premiar a &B11itluidade dos seus poquenin08 paroquianOB a catequese que Quintas e Domingoa tiah& lugo.r na lgreja paroquial. Naquela tarde coutudo a frequencia era maior. Ele bem o rira mas propoeitadamente deixara. entrar a.lguns que ali lbe apareciam pela primeira vez, att-a1dos apenas pelo cbamariz do cinema. Quem eabe ee aquelas 0018~ que ali iam ver os nao impressionariam mais do que muitOB dias de doutrina? Sim ... Era meU1or que entraasem. E deixou-oe paesar depoi11 de, poisando-IhOB a. mao na cabeça, 1hee ter recomendado que viessem a d<>4itrina dai por deante.

- Seria. Eu la de quando foi nio ,ne ll'mbre . ·Jr(u olbe do que eu me nio 86Queço é do ){enino. Parec:e que o estou a ver. Nuinho, ali 11m cima do canoiloe - é onde dormem oe clies, pois niio é? O meu irmazito o Zézinho. .. O senbor j& o viu? - Niio, niio Yi, maB niio faz mal... - Ai se o vi&le ... é tambem gordo m&B este da.qui da fita era mais lindo. - Eu um dia von la ve-lo... Mas agora continua. - Pois o meu Zézinho, mesmo no veriio, tem uma camieola de là. E aquele Menino osto.va ali assim ... Isso é que bavia de ter frio I. .. - E entào? - Entao ... como o 8e,1bor disse que ele estava ali por amor da gènte fiquei a goatar muito dele. Mas éle assim pequenino nem aabe onde esta., pois nlio P - Sabe, sim, porque Ele é Deus, niio te lembras? -Ah I sim, é verdade. Eu depoie lembrava.-me. E corno o senbor disse que era a. doutrina. que ll41ele _menino prégou em grande que a gente vinha aprender aqui, eu agora quero ca vir todos OI dia.e. -Para que? - Parn so.ber o que èle quere que eu faça e para ele goetu de mim corno eu gosto dele. -Ah Julito Ele ja gosta infinitamente de ti. Por ma.is que tu gostee dele nunca. cbegas o. pagar-lhe o que ele goeta de ti. - Sério? -Sério. - Enti.o e se eu félr muito bo_m muito bom? - Fav.es com que Ele goste mais de ti. - .Ah I entào bei-de ser cada vez melhor. Ele era tio lindo ... Quem me dera estar sempre a. Ye-lo I. .. -GostavnsP - Gostava. tanto, tanto .. . - Um dia no Cén. - .A.i que bom I Mai. como é que Ele se cbama. para eu o procu rar la? - Ele 16. Ye-se bem porque Ele é o Rei do Céu.

En.tre os novos frequentadores do cineum ja crescidit.o-9 pa.ra 10 anoa-. olhar vivo mus doce a revelar uma alma boa e urna inteligéncia forte a desabrocbar. Mas de olbitOB abertot. 11i.o bavia quadro ou scena que lhe po.sea.ase, Ffoou preso . .A.ca.bada a sessi.o o Julito eorreu para junto d9 prior. Também éle queria fazer parte da ca.tequeee, tambem èle quer1a pertencer a1uele grupo de creancitM que andaYam a ap,encler a doutrina. O prior recebeu-o de braçoe abertos. Era mais um cordeirinbo que o Pastor Jlla.e enYiava ... Da.Ya por be11t empregado o trabalho •aquele dia. J. semente começa.Ta a ierminar ... ma ba.vin

llaa curioso d08 misteriosot1 caminbos por que a araça suaromente Yai levando M almll3, senta.odo-o junto de si di.Jl.làe: - Olha ca, Julito de que gostaete tu .111ais? ' - Oh, senhor, eu goetei de tudo. - Sim, mu bu-de tor goetado mais de all('1 ma coisa em particuJar. - Eu nao sei bem ... - Entao que é que te fez µiais impres-

ti.e?

j

( D ezembro

de 1927)

Enviaram dez escudos para o jornal: Lucia. d'Oliveira Soa,·ee, P .e Domingos Gomes Laborinbo, Filipe d'Oliveira. Ra.mos, Marià de Jesus Neves, Adelaide Rocha Fa.ria. e Silva., Aninba do Vale (12$00), .Albina Monteiro da Silva, Joa.quina Brit.ee do11 Santos, Manuel Cardoso Sequeir.,, Deolinda Escudeiro Pinta (16$00), Natalia dos Sa ntos, Francisco Carlos .Alves, Josefa. Carolina. de MatOB Chaves, Alitia Izilda de Barbeitos da Silva, Maria. de Jesus Pereira, Maria Germana Rolao Amara.I, Maria de Josus Ribeiro, Ana de Jesu.s Luns., Maria José Correin, Maria Amalia. da Fonseca, P.e Joi.o Luiz Lourenço Louçio, Gffl-trudes. Pinta Serrano, P.e Joiio Dias de Matos (16$00), Maria de Lourdes Pereira, Rosa Campos · Pinta, Inacio Mendes da Cunha (30$00>, Liduina Agueda Maobado, P.e Virginio Lopes Tavaree, Maria Virginia de Souza, P .e Evaristo Carn.eiro Gouveia, (50$00) P.e Angelo Firmino da Silva, Maria da Con.ceiçào Ca.lado, Maria. Tavares, Laura Feio de Matos, Rosa Machado, Maria Joeé Ferna.ndes Neto, José da Silva Heleno, Ma.ria Joeé Loureiro Rdrigues (20$00) Maria do Carmo Piter, Ana Margarida Ferrnz, Rufina Maria Saventi, Manuel Pedro Pires (20$00), Adelino Barbos11, da Silva Macho.do, Odorico Tristiio Rodrigues, Dr. J oao do Vale (30$00), Mariana Julia Rodrigues Claudio (20$00), Ildefonso Moniz Barreto Corte Real, Ma.rio. Rosalina Rocba, Ma.ria. Alexandrina Fragoso, José Algarvio Tavares Onno.rio, Joiio d'Oliveira. Melo, Joaquim Augusto Pereira Borges (20f00), Manuel da Ponte Rebelo, Joao Maria Pimentai, Angelina Gordo Mimoso, Maria Pelouro Coelho, Rita da Penba Novo, Teresa J . Alvarrio Cor rente, Ano. Corre nte Soares, Felipa. daa Dores Beliz, Eugenia do Sacrnmenlll> Climaco (20$00) Saturnina Meirelee Barriga (20$00), Miguel Pedro Fialho Pinta (20$00), Eduarda :Monteiro Jiopes Ma.scarenhas, Jacinto Gago da Camara. (20$00), Francisco Vargas, Maria do • Carmo Oliveira Ferna.ndos, Ema de Magalhiies Almeida, Luiza de Bettencourt,, • • A conversa pnrecia niio mais ter fim. Maria Luz Nunee, Maria da Nav:aré, De rapente umo. idei a. a.esalta o prior. Manuel de Barros, Maria de Jeeus Pinta Ana Brazil, Mafalda Pinbeiro, Maria uSera batisa.do ?u O pequeno nào eabia, corno de doutri- Augnst..'1. d' .A.lmeida, Luiza. Johnston, Maria José de Maga.lbiies Aguiar, Maria da na nada. sabia tambem. - Bem i.u vens ca todos 08 dias a.gora Piedade Diaa, Jorgina Moraes Silva, Joao Ferreira Caldne, Maria. Fernanòes, sim? Francisco Ferreira Caldas, Dr. Antonio - Pois sim, senhor. M8ll para que? J. Laranja, Abel Tei:rnira dos Santos, - Para aprendere.s muita doutri~. Abilio de Carvnll:rt> Justino Alves, Ma- Ah I Esta bem, pronto. Um11 leve investigaçiio levou o pa.rooo ria do Carmo Moutfnho, Carminda Souza, no acertamento da sua euspeita. O J uli- Combn. da Conceiçao Teixeira Julia Gomes de Mora.es, Augusto Rodrigues, to nito era realmente batizado. .Adriano L. dos Santos, André Pere1ra, • Custodia. Miranda Canedo, Vir ginia. San* • tos, Paulino d'A. Laranjeira Junior, Naquela ,emana que medeia.va. entre Joaquim Antonio Gomoa, Maria Gomee eeta scena e o dia de Notal foi uma aza,. da. Sih•a, Maria. Moutinbo, Ana de Jeaus fama. Fidalgo, Custodia Clorinda Fidalgo, Ar· Aquela alminha tndo recebia tudo fi- rninda Alves, Maria de Jeens Teixeira, xava corno a. terra reeseqnida e' arida re-' Domingoe Dia.a de Matoe, Joiio Batista. cebe as a.guM da chuva. Car~eiro, J01,é Lourenço dos Santos, AlE no fim da eemana o prior tinba. a bert1na <le Jesus Fidalgo, Dom1ngos Bar· consolaçiio de verificar que o Julito podia roso, Luciano Baptista Carneiro, M:rnuel ser batizo.do oomo realmente foi na Vigi- Duarte, M11tilde Esteves Pires, Ilda Eslia de Nata!. teves, P.o Antonio Correia. Ferreira da No dia seguinte, vestido de branco, com Mota (20$00), Adelaide .Amelia Barroso a alma candida, também o Julito celebra. Tierno, Maria José Fialbo, Izilda do va o Nat:tl dando no eeu coraçiozinho Ca.rmo Leitiio Felicidadc Maria de Jeeus urna poisada bem mais comoda, mais (20$00), Virginia Sanb'Ana Carvalbo e quente que o Presépio aquele Menino de Silva, P.e Antonio Alvee Pereira, Joeé quem ele tanto gostavo e qne ia simboli- Fernandes Euzebio da Silva., Maria da ca.mente nascer e eucaristica.mente ha.bi- Lnz de Carvnlho Mesquita (20,00), Ad&ta.r naquela almita a desabroohar. laide Augusta RodrigneM Cruz, Maria Dia feliz porquanto o. vida do Julit-0 foi Francisca Ma.chn<lo Maria Cabreira Ronm continuo dia de Natal podendo ele cha, Marin Emilia' da Cnnba, Cordalina repetir continuamente e repetindo-o de Pires, Ano. Rosa Pires Moreira, Maria do facto com o seu porte: uAhl Entllo hei4e Sacramento Piree Moreira, J06é Maria aer cada 11ez melhof'/n Martina Pinheiro, Idalina R. Pouzada, , Joao dos Santos, Hnmberto Marinho P. Ma.ciel, Dr. Torquato Serra (50$00).

___________

Ah I.., Vamoe t. Yer se adivinba ... Nao, niio adivinho. }'oi talvoz aquela fita dos gatOB? - Nao senhor. De jornail,: J060fa de Jesus, 13$15; - Aquela do homem a comer o rato P Guilhennina Cbaves, 116$00; Ma.r ia dae -Qua.IP Doros Tavo.res de Souzn 72$00; Joao Ro- J!'oi aquela do Menino P Oespé sa drigues Uoelbo Reie, 50$00; Ma.ria doe - Ai, senbor, daquela ~oetei muito. Traneporte 128. 790$17 .Anjos de Matoe, 185$00; Brites A lves N"'ao me importava de a estar sempre Andorinha, 1051$/JC: Oust6dio Ferreira de Papel, compos1ça.o e impresa ver. Aime1c!a, ~$00; Cecilia Medina e Maria sa.o do n, 0 74 (49.500 exan:Aquelee homens a ..-ir a. ca..-alo nuns piares) .... ... ........... . 3.23iféC da. Luz Gomee, 608$55; P .o Zosé R odr iltichoe muito feios ..• gnes doe Sant.08, lwiuù; Ida de Barros Sélo~, embalagem, transpor- Os camelos? ... tes, graYurae, e c-ctrae desLin::i, !:3~:J; P.e M. Rodriguee ae Car - Niio eei. Depois os pastoreii com os pezae .................. .. . Igreja. de Sebastiao da 926$26 Vlllho, eordeirinhoe para. o !!,inino. - Eet.M engan.ado. Nio foi «depoia,, I'c:!:-eira, 30$60. ::.~2.lloait.:3 foi «anteeu. -

T a o bela! ..

Subscr içAo

Voz da Fatima

1so,oo;

s.

Bernardetta, sobretudo depoiB àa eaa profissao religiosa, eequivava-68, oomo é natural, a tudo que chamas88 para eia a atençlio. Por outro lado, a Superiora rGSpeitava, quanto possfvel o profundo amor de retiro da feliz vidente de LourdllS.

Uro dia veio para a ver a irma du11ta d&B religio:sas acompan.hada de uma filha, criança de cerca de Rete anos. Com as criança.s entendia-ee Ber nardetta bem e s6 esta obteve licença. para lbe falar. A criança vendo Bernardetta no leite da enferm11ria. deteve-se ao entrar da porta e ergueu as maos corno se estivesee dian.te dum altar ou da imagem dum santo, recolhida, com os olhos brilhantea de alegria. Bernardetta chamou-a. e fe-la. aproximar do leito. Depois, poe-lhe a mao n a cabeça e acariciou-a cnrinhosamente. A pequena depois de ter abraçado Bernardetta, cruzou de novo os dedoe embebida. ero contemplaçiio e atreveu:.ee a per guntar-lbe: - Minbn. irmii, a senbora viu a Santfasima Virgem? - Vi, sim, menina. - E Eia era muito linda.? - Tiio linda, tiio bela, reepondeu Ber· nardette em voz baixa e com um aoen.bo i ndefinfvél, tio bela, que, qnem a ve uma vez, s6 sospira por morrer para a poder ver outr a vezl A criança, conservando oonstantemente as miios postas, msse-lhe, depoia dum momento de silenci-o: - M inha irma, eu desejava. que a 11enhor a rezasae por miro. - Pois sim, minbo. querida menina, mas eu também desejava que a meuina rezas.se por miro. E a pequena niio se ia embora. - Minha irmà, a mama também desejava que rezlUiSe 'por eia . - Pois eim, também ora.rei por 'sua ma.mii, respondeu Bernarclette comovida. E a pequena saiu entào, de màoe erguidaa e recuando para. ver Bernar det ta o maximo tempo possivel.

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PeregrinaçaO da Caranguejeira Depois de oito dias òe preparaçiio feita pelo Rev.do Pa.rooo, r ealieou-se no dia 18 de novembro urna. peregrinaçiio de cerca de 400 pessous desta ft:eguesia ao Santuario de Nossa Senhora eia Fatima onde bouve Missa cantada pelos peregrinos, bençiio nos doeutes e os mais actos do culto do costume nos diae 13 voltando a casa cerca d11s 8 horas da ~oite. Todos os peregrinos trazia.m ae µiais gratas impreseoes nao sendo a menor a que e:1..-perimentarom na igreja de Santa Catarina da. Serra, onde a ida o Rev.de Prior desta freguesia, P.e Joaquim Ferreira Gonçalves clas Neves, recebeu os peregrinos com todo o cadnbo, deu-lhes a bençiio do Santissi mo e fez urna sentida pratica. que fez corre-r !18 lo.grimae o. bastontes peregrino$.

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Esmo)as obtidas em diversas ig reJas qua ndo da di stribui• ,~ao d__:1 «voz DA ~ ATIMA > Esmolo.s obtidas na. lgreja de S. Tiago de Cezimbra, pela Snr.• D. Gertrudee de Carmo Pinto, nos mezes de Outubro e N o-vomb1·0 de 1928 - 57$50 a o o,Bc o•

A MELHOR LUZ Quando um conferenci,;ta catolico fala· va da sciencio. da sa.lvaçiio, a primeira de todas, aquela que nos diz donde vimos, para onde vamos, qua.es siio os n011· sos deveres, etc., um grosseiro 1>ersonagem tev" o atrevimento de o i::t.errom· per, exclam11:::::!-,: - O inventar do ga.z e da luz eléotrica fez mais pa.ra ilumina::- ~ ruunoo do que tc,dos oe oonferec.~:sta.s tlo 1Jlundo. - Esta bem, respondeu tranquilamente o orador, t;:,:11,Jo o eenhor eetiver a morrer mande cbamar o elec:trio:stn. 1., nassa bora uro pouco sombria tera quanta lu11 quiv,er. Todos se puzeram a rir e o int.erruptor embat ucou .


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Leiria., 1 3 de J a.:nei r o

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AP ROVAC.A O

C1rt11ti,r, Prapri1tar1n , Editar: - Dr. Manuel Marqaes dos S anto& Composto t imo,tsso na Unift.o G r afic a, Rua da Santa Marta, 150-152 - L lsboa.

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Adrwiniat11d1r: - - Padre Manuel Pereira da Siloa Redacçù e Admlnlst,açllo: Sem inér i o de L elr i a .

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C R () NI CA

DE FATIMA

o mimem ùe ll&l't'~rinos 4ue se enoontra- ral'O dc l'lll suu subslitutçiio c hupar umo n11n 1111 ('(), u cln 1riu tinha aumentado laranja. C,011stantemnte deitadn num colchiio, ,10 pé dn lareira dn sun tn!Y..!esta c·onsider:ivt>lmt» te. . Entretant-O apon't!8 no Posto o re,·. habittt('ilo, ali pu%:1rn os d1all e 11s noi- , Fatima.! Ooce l' llla1·u, ilh080 • eillUDho 1\lanuel dt' 'Oilzi1, rE>1tor do nntua.rio. te.~, &t(uarnantlo re111gnadnmente que a do <'~u ! Tc•rra "'1gruda e bl'md,ta, ~nde I· que anun(.'I.:., t~r-,.,e , clntlo m1,111entos ant~s morte \'Ì(''-1,1• por termo aos seus sofri1noessante111onto !,Oprw ~ma forte raiada um11 ,-11 :-<1 \l:ott1·.aord1mfr111. Algum, instan- mento._~ e a levus!.8 pura o C'éu. d,• 8')bre~:!tural, t• 1M' vo, t'Omo em _Lo1;1r- .es mai,. t:,rdt•, 110 'Pooto ,lr ,oformnçòe,s ..\ ' s1111 r<>giiio, t-ituadn no norte do dt>s, o mtlav;rt' no esta~ 7 lii 1>~rm.anenc.ta ! 1 e de cJi-,tribuiçfw da «Vo1>. da Fatitfu\n llUil! e> junto dn niiit de Esp1mh11, e por ~ln.1,. um 11110, o deumo, aoc,,:::·"'u ,de- I 113 ,v,- . mna ,.oe,co ~,~r<lodeirumente im- is1,o tiio du.tante do serra tle A.tre, mal . •' . d V . ' ,e pois ua!l "pn riço<'K 11 .suguhLu 1rgem <i" I ;- 'IN,ionnnr.e. 1·mu nipnriga tlo pov.a.. tinlm l'l1egndo ,ii ndn o eco dai, grandes Rosari~ 1. do, n,.tupc,n~~ leuomeno,, _.aa- 1 ,.,., 01111 ,,. 11 lrnda p1,1lo poi e ladouda ò ,• nu- mnn1fl'»tn~·i>e:; 1vltgiollus do Fatima o das tronomu:os e 111,>t~rolog1co.., que v,1,1na- u.tero..os J>< r(•grint)o., 11011 tu a hi!lloria <ut c·urits t•xtn1onh1111r1ns ali operadas por larnm_ um lo<·,11 arido, u dcot>rto _da ..e,,~.a s .uo1 .!:><!n•;-:i ~ ,fo ".lii "'~:·11, ·;2:-::i~,"!a iotorcx·ssiio cm nugustn Mii.e (le ùou~. cle Au:< , 11 l''.'l>ulu1 C~v_a ~u i rta, ool.lllJ umn !Jora ,wt.<..., j1.1n1A, tlu Inrngem da M:,ia cln, c·liern cle coofionça no poder e o,tan cti,. q111•r1du l' pr1v,_lc~1ada . ,d? . Céu. Virgc,m do HOtili n 11 11,.. rnpehnhn come- na bondade du S:intfssima Yirgem, im• ~~S!!e lonp;o ~-1do da_ d1vm11 h1st<;>r1a ck• morati, a dllk upur.içòO:s. t n:imll-!i(' Mar ia ploni lotios os dias a 11ua protecçii.o mn.I! atunn., u gloriosu R1unlta dos A nJO'I uiw J do.~ Santo,;, t.Mu 11,, 1111.~eL, ,1110~ ,!... iòu.de, Ull'llll l e• :1c:alentl:l C'ndn voz moil! vivn a se Cli n,;uu ,d(• !nzlc_'.r d.t>~('01' todu a ..orte é 1111 tur,1) de Lagu1:e!hm,, -uoncelho di' Vi- doce ospernn('a de obter a curo dos se•·· do gr11ç1•., " licnçao,- ~lit·e a ohna fuo- ì uhuit (Tr118. 0 ,,.:\fontc,) o ,• filhn de Vi- mal..,s. dl\meotal1:.onte cr1stà do 00:,50 PortugaL <:ente Fl'TJ'Olr.1 Fen11Lndos , •1 Murw Lidia. Por meio de btnais mnn1fe11to à famiComo Il 1>equ,•na liolt1 d1-1 neve, que i.t• I .\ iliu•ceu hri ,-i-a·,~ do cin..o a uos e nun- li,1 u dl"òOjo <h.i 1r <'ID pe rep;rinn('iio à forma u.i,. cumeada dOti Alpe,s, engrossa. •l'U 111 ,11 ., ,·,Hht•gu1u 1·N·111,Mrm· a suude, Lourdei. portugueHu. Os pais, 1:;em n'cur• cacla Tez ·111ajs rolamlo de ravina em ra.- l ,·ina, de ,..,rt-ento em 'l"ertentt> até s,• conYerter llll u1olt> gigunw,;c:1 rluma av11..auche, n~..un :1 dtwoçiio ì1 mi..teriosa S<'nhorn A11ar~1da loi cre,,<eodo e p1·opaJ,za ndo-,,u l">U\;tl ,.. polll'O por i.oda a par-I ;e com o \'oln,r Ilo.~ 1has, mc..e,i e anos. ·-i ,.a ponto de .o nmir uo.. tlltnno,i tempos ::1~ proporçò(lS n,i.wmhroslUI, 1oauditas, un:cu, du 111us ,·olo,~al maoifc,-tiiçiio de [?é e piedn,li> do mundo inle1ro. ('Clipi.an,do sob mu1to!; pontos de v1:;ta a propria Lourd(>H, a d1\"in11 1·1<l11de dtt lmuculadu. Bdu, t·nmo,·ent,• e enc·ontadora devo-1 çiio, ,que suu,·e e irre,1stivelmente empol~a e c:ntÌl·a a,, .. lm1u piadosa~ l' punu1, fascina e aforvora IIM t{bias e indtfcren- I tes, Sllt'Orle, uvin•nt.u e resuscita as que o pooado f'stiolou forindo-as de morte, e tantna ,·ezo., g:il,,,:,.nizo, coo-.u1sta e tran!iformn e>m a 1,obtolot1 oq uell\8 que a deecren('.a o a uupic1lade baviarn tornado intraneigeott.•ml'nte ho,;t;[s ! E :sobre t,udo iiSO, corno ontrora n& Pal~tina , durante Il ddn publi<;a do Redentor, O!I cegM -,eem, oi, ... urtlo,i ou'f'em, os mudos falnm, os paralit.i<'O'I 1ooobram o movimento e a acçiio e oO'i pobre.~ e hutnJide.s sào e,.-angeli11ndo.<;. UM ORUPO D E S E AVIT .AS (Outubro de 1927) Bemdita, mii veze,, bcmdita, o aug1.1s, I/raz : Dr, P,.reiro OMS, diredar do Posto Mldlco, Dr. Oobrld Rlbdro, ta. Padroeira de Portugal, que, pura salDr. A. Dinl: da Pan.suo e D r . Mendes vaçi\o de tod<lfl n6s, se d1gnou fnzer de • _ . Flitimu, <:om·ertida em Yestibulo do C,éu. SOS l'_ll ra umu~ viagtm tii.o longa e tao du,,1m novo trono dn suo gl6rfo.. um novo u-pt>~ftr .dt.• . h•r sido trntad,a por do1s foco do seu mat4'rnal amor o um novo tintos mé<l11•os, um de Vinha1s e o oati·o pend10,,n 1 op~m-66 fo_rmalmente, bem a ..e11 p81ial', a esse _pro, ecto. ~as a _pobre JllADandnl dn, lillUll bençios, das suas dn cidnde do Porto. ..\.p6s uru longo o r ijlOl'OHO j rntamento, enferm._a nem por 1~so _renuncia a por. em gmças e d:1s au.tt1 inexgotliveis misoriquo rc,sult.ou compl0t1m1ente inut1!, 11 exocnçao a s u a 1d_e1n. Pe880tl8 aIWgaa c6rdias I ~cienciu humn1111 declaro?·:~ i..Dcur.ivel. abrem u_m n ~ubscr~ç1_1,o em ~aguelhos e Fez em tri ze_ de .J nnho ultimo uro ano n~ aldei~ c11~unvis1nl1as e_ 1untam-se ~ Muda e paralftica que sua mae, g1·a~rt'mente doente co,n mel.08 !18C<"-sa1·1011 para ,\ nagem do pa1 Oi11. treze de Dezembro. Siio oito ho- u~a. pneuu1on~ , fo1 ih•l>8nganada pelos \ e da f1l_h n. . . . . No d1~ onze de De!tt>mbro 1n1c11~.-se a ras da manhii. Ne..qie momento u Cova da méchcos, tendo raceb1do p1~os11mcnle to[rio. esta quasi deserta. Apenas um ou d06 08 .sacrnmentos. da [greJa corno pre- pie~08o. comag~m, cnr_regando o pa1 com outro peregrino oircula no recinto daa paraçiio \)1\r~ u vrngf'tn dà etern1dade. I n hl~o. que n_ao P_Odta ~uer mover-~. npariçoes ou nOb terreno.s adja.centes, ~e<lSe tlin a filha, afhta com a perspect1- No dia dO?.e I\ no1te ap<·taru-se em Leial{Uar danclo nnciosamonte a oelebraçiio da ya. de ~or em breH odi_ de màe, peorn ria e do la e.:c~dem um tcleg~ama para pri.rn&ira mina. ,meo.'-ò, 1>1•1 "" o r,!lu e f•:•l do _todo p~- n uirra, oomomcnodo a notforn do sua. No Po.o;to dns Yer1ficoçoes médicas o ralft1c~ . A ..u,i uhmeo~uo eetn reduz1- 1 c:hegndn dr . Pereira Gens prepara-se para p~i- da U 11ll~ l"'qlll' UO ~neo de pùo de tri,o, Na madrop;ndn do . d!a. tre1.c Sl'gnem dir a.os trabnlb011 de obeenaçìlo e 1na- qne eln 1ngere de v111te e qootro em vm- paro o locai dns apo r 1çoe.s e, lo~o ap6s criqi• dOll doent&11, Meia hora depoi11, jé te 1t quatro horns, t·o11tenta11do-s,l! niio a chegnda, cern11 dn'I oito horns, .Mo r ia

dos 8:rntos, pro~trnda em frente ,;a Iruagern eia V1rgt•m. i.np!:ca 1·0111 len·or '" 11u&

Fat ima. vestfbulo do P arais o

~:::·.. u 1nstantnnonm1mt1• o;i i,eus nHiles de,:nparf'(!em corno que por encanto. Exultundo cle ulegrin, ma, se1e11a e trnoquil:i I" rcorrc poi· M:>11 pé e cum a mn ior fot•iluladl• u Com da Jna c•a todab a~ dirN·c;ùl!ti o fala c·omo ,e n1111ca ti,·c,,H• sido rnudn. Tendo-~ apn·:,entndo mni~ tnnlo no Po,to da;; nrif1caçèics médtcns pernr,te o clire<:tor, quc coustutn o ~eu ei.tnll,> rnas -;e nhstt>m tic ~C' pronund ..r àcè1Ta Jele, pot• ra:tn <IO at.e.~tlld<lil méctiCOtl, experinw ntn nma p:ran<lt, 11ect>~,1dnde d" corner e i11~,•r,• "''•Il u111 apetite devorador uma dufrt"'" dt• 1·ufé c·om leìte e tun bot ndo :le pùo qu i• entrelanto )bo tinbam ttaziùo. O pai, feli11 e c:onteote pela grnç:, reC'ebida, declnrn (jUe ne~~a tor,lc, do regrt•sso tl l,eiriu e:,;:pedira nm no,·o teleg r:11nn por:t ~ua e11pò>1a anunc·iando a 1•ura cln filhA, e nallt'gurn que o pOHJ de quor!'nt.n ald,•iaij vi,1inhas cln ,ma ncorrer:i <'m mns.<1a ì, odo do l·ont-elho pu rn :,guardar u ~na c•he~ndu e admirar o \!rande prodigio que :,Jo,~a Sl'nhorn de F :itima lòO ,lignou fazer.

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di!J- 1

As comemoraç oes religiosa s X umern,os ,nt't•rJolt>~ dn cltol'ébì' de l.,•il'ia, por solil'itn('ÌlO Jo vener11ndo Prelado, pnrlirum no tlia treze dt• m aohii cedo pnru l•'nti rnn, ,tfim de c:011ie~~n1·em todos os perep:r1 nos que qu1v..e11,,em rec·orrer no su11rodo tribuno! da P(•mtenci;1 e que o niio t.ives....•m podido fazer nus ~uas te1Tnb, pu1·u ,e api-oximarem dn mesa eucnru,ti,·a <·om u c:011sc1éncia dend:11uenle 1>uril waJu du~ 1,uns faltas. Jt;ntn• os su<;erdot&s mo i~ a,biduo, no exercic·10 <lo munus de c:011f1:1Ssor no,. d1n treze 1111 ('Ma rin Jt-ia mere1;e esµPcial referéncia o nv. Map;nlhàes, dirt'<:lor ~1>iritual do Semi 11:irio de Le1rin . }fodelo tle ministro-! cln ,\lli,.,.mio t·bo10 de zélo peln glorin de Deu11 e i,1•fu sulvnçii.e daa nlrnns, nqu1>le ilu,itre ornamento do clero portugués ocupu 1·om,tantemente o ooofessionario e 8Xl' rt·e o seu sagrado m io istério dur1111te hora11 con11e<:utivas. A obra de No!!su S1 nhora de .I<'ati1na deve a e..se d ignisaimu 11:i,·erdoto rehwnnt~ ~ervtQ()'I , que eia d('Cerk> pagara l:Om largueza li munificencia. Ao meio din i;olur, depoìb da procis,,ào, relebr:i-so a mi!ltla dos doontes, cla-iw-lbes em seguidn n. hençào e i>or ultimo O reY. Gala.mbn, pr ofessor 00 Seminario de L eiria, 8000 80 pulpitic.> 0 preg,t um substancioso sermào. Reahza.do de novo o cortejo afim de reconduzir a Imagem de ~oi,~a S('nhora do Rosario para a cnpela du apariçoes, os peregrino~ começam a dwpersar-se e a breVl' trecho reioa ontra vez um ailencio quliai li('pulcral naquela ('stancin bemditn -.obre a qual B<•m !'eil.~ar d .. fl rii 39 de Deus t' as b;;.· ·~a (t sintis~imn.

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VOI ... Fitima

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CLJRAS

DE 'FATIMA,

---------:---Um eczema. Maria

Fernandes Caramonete, de Ilha-

vo. intorma: «C:heio. de confiança peço a V. Rev. pa.ra fazer publico na. Voz da Fatima, uma. cura que é ao mesmo tempo uma grande gr~a rotebida de Nossa Senbora. do Rosario de Fatima, em 13 de Outubro paei,,ado. Yinha. filbinhà Conceiçào, de 4 anos de idade, tendo ero Janeiro de 1P28 duns dermatozes, uma ,·a.ricosa, outra sarampoea, e rendo recolhido uo corpo toda a. varfola depo1-. de saida,. nunca mais sarou. Se sec:n·nm 11mas rebentavum outras. :\Iinha filhinha foi vista pelo médico, qui.' llu, tez dh·ersos tratamentos.

que Nossa Senhora podia dar a cura. a. miuba filhinha. Cheguei a ca.sa., mas sem fazer ideia de a minha manina estar ourada.. Algumas pessoas que dias antea a tinbam visto ainda com bastantes fer1da;;, disseram: «A manina esta boa, o que foi que a. earou Pu S6 entào vi que minha meuiDa eetava curada. Groças a Nossa Senhora do Rosario da Fatima por tào gra.nde milagre. Minha filhinha nunoa maia teve feri<las. •rem sido chamada a dh,ereas casaa parn ver,i ficarem o coso e toda a gente afirma s1'r um grande milagre. Exclamemo8, pois, c,heios cl~ t'é e entusia.smo, cheioe de grande oonfia.nça: Viva Nossa Senhora do Rosario da Fatima, que é a Ela. eiue devo a cura de minha f11hi· nha. Rainha do Saotis;;imo Rosario, roga i por n6s. Saude dos enfermos, Consoladora d0,,; oflito<,, rogai por n6s.ii

A bcesso11 exteriore11. Lcnm1d11 . 20-XII-1928

JJescle o dia. 13 de Outubro do corrente ano nté hoje - 68 dins - é decorrido um lapi,o de tempo, bastante para qu<.> eu continue a manter-me em silencio, de1xando que, apenns algum, impactentes jornalistns se U-nh;m rcferido ao caso, verdadeirnmente extraordinnrio, dtt cura milagro~a du Ex.ma Anr.• D. Marin }fnrgarida Tcixeira Lopes, da. C'nsa de P1•rei-1 r6, deste C'ODCl !ho de Lou,;uda. De,·o quebrn1· o silencio em que tenho permanecido, tanto mui11 que a verdit<le, ii~voluntàriamente por certo, nem ,elllprc. nflorou di!' I.odo, nas correspondenc1a1; que tenhu lido: estas despre1R1wiosas linhns sen·irao, pois, de rectifit•nçiio àquelei, J Of\· tos que, indubità,·elmente dela nC<'OSsitam. ' Ha mnitos nnos que tenho sido, em vnriad:fssima!I ocorrencia.~, um dos aSRisi.<'ntes médic·os mais assiduo:; desta senhora; fui eu CJU<'m, numa o.nuénc·in de dedicnçiio e r&..pei to pela 1,ua f<>rvorosa crença, com minha fnmilia, lhe liz companh.ta à C-0,·a da Tria, a F'atimn, esgotados um sem m1mero do recursos que a arte m6di<:>t nos fnrulta, mns que, todos eles, se mostrnmm inuteh,, incapazes de livrur a pobre doenw dum sofrimeuto torturante, 1 1 arraf;tado ju de ha cèrca do 8 :rnos ! C'abc-mE>, por isso, n honrn e a obriguçiio me,1mo de sobre o c·aso algumu coisa dizer; é o qua venho fazer hoje, MeJn int.uitos do discussiio o, tao 116mente, no prop66ito de narrar factos, de todo verdadeiros, dos quais ca.da um tirarli ns il3<'oes que mai!! se coadunem com os seus conhecimento.i ou com ai; 1,uns c•rençns. Fugindo, quanto possfvel, do terminologia médica, vieto que é, sobretudo, parn le igos nOflso matério., que eu escrevo, o porque niio siio destin11dns 86tas linhns o jornais RCientifa:o;;, tlirei dos factos em termos mais singelos, 08 mais s1mplC8 que st'l' possa. Com inteiro assentimento èa i,;'\'.,ma Snr.• D. Maria Margarida Teixeu·a Lopes, fnço algumas referenci na ao seu passado doentio; ruelhor juizo ficnriio forman· do, 0b que me lerem, da Erttenç.ii.o da V\Jl dolorosa que tem sido u vidn desta senhora. Ali mnnif81:!~oes nervoens, e doutra noturoza, corneçaram a desenrolar-se, em tenra idnde, corno primeira heronçn de t10us ma iores; dedioou-lhoo inìcia.lmente os seus cuidados profisaionas o médioo da. fo.,. milia, que foi o abalisado clinico Dr. Marnoco e SoUBa. O conheciclo especinlist1t portuense, Dr. Teixeira Lùl'""• c;_:e!'o•r-a de tumores na gnrganta. Apareceram, de segu.tda, oe primeir08 reba.tilS alormantee de perturbaçòes nervosns, em agravamento caminha.ndo tanto que 118 jul,taram indispeDSaveia OJ1 socorros de clfnicos especinlis111los nestM doenças: exominaram D. Mnrgarida o saoio oeurologieta. Dr. Magalhiies Lemos, o ja. fa.lecido Dr. J osé de Mngalhàes e µrei,· tou-lhe o.sistencia cHnica. lurante long011 mezes em isolamento completo por <'a~a:1 de sa.ude, ou mesmo som isolamento em repetidos poriodos, o ta.mbém especialht:t em doenças nervosaa, Dr. Bahia Jumor. Em quo.isquer interva.los e em imergencias aflictivaa foi reclamado o meu huuul-

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·Mcnlna - concelclo Pernande1•Caramonete, de qualro anos, curada em 13 d e Outubro de 1928, em F4tlma

l)rscoborto o eczema, minha filhinha entrou em no,•o tratamento, passou a levar nmn ,-érl.8 dc banhos de luz (ultra viole~a , e infra. vermelha) de nada valendo. Depois muitos outr08 medicamentos, muitos remédios, tudo sem tirar resultndo a1gum. Di~-;e o médico que tal lloença. era leimosa. que sendo na pele, hav,a de c11,itar a 1;ail'. Vendo eu que minha manina niio sarava, recorri a N088ll Senhor11 do Ro~1irio da 1''atima e di886 à minha ft.lhinha: • P&de, minha filha a NOSBa S,mhora quu te cure. pede muito, minb11, filha., que és p&queninn .» Minha manina, entiio, arguendo as miiosinhas dizia.: ctOh I minha Miie do Ceu, snrai-me. N068a. Senhora do Rotiitrio, curo.i-me. u A todos os momentos pedia. a cura 11, :-i. Senhora: mus Nossa Senhora. niio qulZ que aosim fob80. Nossa Senhora quiz que Il(' oontMse mnia uma. grande graça. Entl.o Nossa. Senhora falou ao ooraçii.o duroa crinnca ainda. inocente. e disse-lhe. .,ve.n:, minho. filhinha, vem · viHitar-me com os tuas feridinhae que eu te darei a C11ra. 11 M.inha filhinha., cheia. de fé e de entusiasmo dir;io. : «Eu nào earo sem ir a Nossa Senhorn. da. F,tiroa, quero 16. ir oom 1\6 mi.nhas feridna para Nossa Senhora._me '1"81' e quero la. lavar a11 minhaa fer1daa com agu11, de N068a. Senhora e quando vier \'enho boa.» Chegou o mez de Outuhro e minha manina ainda. com mais fé, me dizia : 11Va~ mos 'est.e mez a. Noesa. Beubora da Fatima que é ;ara eu sa.rar.11 Pois bem assim fo1. l,evci a minha rr,.,. ninn ò. Fatima. !avei-a com a agua aa.nta. da Fatima. N~ dia 13 de ~anhii., fui ~ Posto dns Verificaçoes Méd1cas,. onde IXllnha. menina foi vista e ~xaminada. _por dois médicoe qne confereno1a~am e di1111&ram que era mal de pela. ~01 apontado o neme a idade e a. terra; fo1-me pa1J1Jado o co.rtii~ de doente ; dei entrada no rea'peet.ivo pavilhào. . C.elebrada a Mil!Sa dos doentes e fe1taa as invocaçoee, minha. filhinha entio, de miios erguidaa pedia li. Mie do Ceu que a curasse. Poia se Eia é a saude doa enfermos !. .. Aca.bndas todas as cerim6nias retirei, ma,; sempre oom a ml1xima confiança. de

de concurso quo, em 1.t.ome~agem à verdade deve dizer-se, resultou so porcialmente o temporària.mente vantajoeo corno, alias, acont.eceu sempre com os tratamentos O!,pecialisados: todos os recursos scientificos ficnram, nestes transes, muito àquem do que eu e, certamente, os meus ilustres colegas desejavamos. Nestas c.•(>'ndiçòes, o volv1dos largoe anoa de mu.ltiplos tratamentos, contra.fu D. Margar,tda o seu casamento com o Ex.mo Snr. José Tei.xeira Lopes; a breve trecho, confirmado.~ ns esperanças de descendencia, desenham-ile novos sombrios horisontes que obriga.m a recorrer, agora, à medicina espec1alisnda em sofrimentos pulmonare:.: corno tuberculosa avançada é tida llelo colega Dr. Pini.o Le.ite que a. examina aos Ra.ios X, mostrando à vista da pr6pria miie de D. Margaridn numeroeas cavernas; nesta orientnçii.o é encaminhada. a doente para o exame do Dr. Ramalho que, confirmando o diagn6stico feito aos Rnios X o ·medica de conformdade e, à vista. do agravamento sempre crescente do mal, lhe aconselha uma estada. no Caramulo o opina. pela interl"llçiio indispensavel da gravidez. :-.,i.o b'-' utilizou O. Mnrguridu. destas indic:açf>es e, t·om relat1,·:1 folicidade, embora com muito sofrimento, consegne beijar a primeiro. filha que viu crescer e vingar, muito acariuhada de pessoas ami11;as, a.pesar clo ,eu infimo peso de 900 e tal grnmas 1 Foi, j~ificadamente, vedado a D. hiargal'idn, fazer :\ amaml'ntuçào materna, pelo estado aba.tidissimo e suspeito do seu organismo. Nao se ha.viam recupera.do ainda. as a.1q.uebrada.s féìrças ,q uando, poucos mezee ap6s o nascimento da sua filhinha é, tiio mortificarla creatura, nssaltada por um novo sofrimento: aparec~lhe um volumoi..o aht'é,.,o nn. c:òsn e,,q ue r<la pr6simo do joelho; tratado corno é de uso fazer-ile a tumores desta. natureza, lancetando-o ampiamente e desinfectando com cuida.do, 81D breve se viu cicatrizado, siio. Mas, depois deste apareoem, e sao tra..tados de igual forma, outros e outroe,

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O. Maria Margarlda Telxelra Lopee mlraculada em Outubro ultimo

muitoe outros, às centenaa dura.nt.e anoe seguidosl I N ~ mais um filho, em meio de tnnto ~fr1mento, um pouco mais robusto &te filho do que sua. primeira irmisinha, faz..se a a.mamentaça.o materna impoe~ pela vontade de D. Margarida e f&Z-ile duran~ longoa 20 me7AIS, sem um.a espinha !lo pimp6lh.o, que era. u.m encanto de puJan~ nutri~ à custa. dum organiamo che10 de 8()fr1mento e de alimen+nn-<- cli ficilima. ....,_, . Decorrem 08 anos e niio hé. forma. de li vrar a P<!bre doente dn prnga do,s alx:é:.!>US; 0111prego q unntoti mi,ios ,·ejo i nd1cad~ em revistae scientificas, maa tudo em va.o! · Toma. co~ecimento d&tes factoe o Dr. José Malhetro, aqui sub-delegado de sa.ude e médico municipa.l que a.oe meus embaraçoe, junta, a.penu, oi: 110us embaraços. Tra.ta doe mesmoe inc6modos e em diferentee ocasioes o Dr. Camp:is Monteiro que, em S. Ma.mede de Infesta é médil·o. de D. M1irgnr1cla : ohf.i1>n a-a lambém ah o Dr. Godinho de Faria e todos absolutamente todoe, empregam a melh~r boa vontade _de curar a doente, mas, infeli&mente, ficam-ae por af. Ma.ndei fa.zer analise do pus, colhido em um dos tumores, no laborat6rio do Dr. Alberto de Aguiar· e, mais tarde, u:ma. outra a.nalise no labora,t6rio do Dr: Pereira Salgado. IX' hurmonia t·om O'< re.,uhudos obtìdo~ foram feita.s repetidaa aplioaçoes séro-t.2 rapicas por meio de preparados extranjeiros, aplicaçoes esta.s que resultaram de todo inuteis. .,Tc'?t('i aindu levar t·1ibo urna exper1 enc·10 auto-ser0-terap1c11 recorrendo a 1·om1>ro,·acln competencia do Dr. Carlos Ramalhào que, por duas ve:r.es, viu a doente no S<'U consultorio; òrcu nRtancias de momento, porque as c·oleçoes purulentas e;.ta~am uindn em vin de form~ào, contrar!aram os mous d<'8ej<Jll e 0,<; ,·ali()!;O!! se_n•1ç<>::' daquele professor, por forma que ~ao fo1 possh·el fazer mais e~ta prova do mcompeténcia da medici.on. Depois, hti 3 para 4 anos, foi a doente ìt :on.suita do Dr . .A bel Pac·heco que, d(\ ncordo c•om o Dr. Lopes ,Junio1·, se propoz <'~tr:t,-lu dos seus sofrimentos gastromtesbno1s e, rom toda n. /acilidade livrn)a dos nbc·éssos, pondo em 11cçio ,;~ su,1s 1rurtnlnç<>E>, dE' Raio, ultr11-v1oletas e Rnios infra-,·ermelhos. Confesso que l'olguei (•om a noYa, que D. Margaricla me comunicou de S. Mame<le de Infesta, de que em breve estario. livre clC>b aboosiros; folguei e animeia-a a quc, pnra. tào clesejndo fim, procurasse niio i;e d()l,.-iar um apfre das indicnçòes que lho dossem 08 mous dois ilu.~trf'8 colegns. Durou rérca de um mez e meio este tratumento e os fnctos demonstraram quanto é certo ser o érro pr61>rio do hom.em: os tumores rontinuaram a multiplicar-se insistente6 e impertinentes durante &se... 45 dia.. e O('Ornpanh:.iram n cloente, de ~111da, numa f\Btada em C'aldela.e;;, donde o Yi chegar à 11ua. casa. de Pereir6, verdade1rnmente Ìls porti.1s da morte, r.mu nlrios l\boossON nns c•òxn11 e brnç06 e ainda mo.i11 O no ,·entre, ponto e1n quo jomais os ha\'Ìa tido I Desiludido com mais éste insuce.so cootinuei, c.-omo soube e pude, a dispensar o,; meus cuidados cHnicos a D. Mnrgarida, convencido de que, na 6tima oompanhin de muitos e categcr,.,a,foe colega~ me nào era dosa.iroso considerar a art~ médica ainda mnito impou-nte em vé.ri01 transes. Decorreram periodos de acentuado mo! ef:lta.r e de pa.ssngeiras melhora.s; nos ultimos 16 mezes passa.ram-se factos importantes que resumidamento passo a relatar. Deu·se, e dccorreu em meio de mli e um incidentes, n 3.• gestaçiio de D . Margarida: niio poude, durante os 9 mezes, alimentar-se, quasi em abs:oluto, por suprema intoleran<'ia do seu e~téìmago; da{ a necessidnde de alimentar e amparar as euns combuliù .... ~e;-:;;;.:; ;'')'" meio de injecçòes dinrtas de biopla.stina; o seu tercéiro filhinho veio no mundo robusto e pezado t'Om :l ktlos, ma.Ì.11 ou menos, e l 00 gramns! Pode clizer-ije que foi sustentado em sua vida intra-uterina, no ventre de sua mii,(', a. ovos do Ttalia e que a pr6pria. mae 11inp;ron, nindA por virtude da11 mem1as injecçoes, i;empre atormentada por muitos ropetidos tumores, que a niio deixaram. mesmo no decurso de todo o mez a.p68 a udélivrance». Amomentou o seu filhinho e bem amamentado, durante 5 mezes, periodo em

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Voz da F6tilllà

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que, 11 bioplastina continuou a prestar-llie gar1da sentàda. no IISU carro; nào pod~ i 1· e tanto ou tào pouco qut• eu me conven- I Era zeloso o paroco daquela alde1:1. Eu li procissàa das vélaa, senao espir itua.1- ci de que a fen·or6sn crente da 1'':it.una conhl'ci-o ciesde crioncita. Yalioso auxilio. O deeanim.o, porém, era cada vez maior mente. nii.o b8 le,·antarin mais I Delirou com eleMns, ou por influénoia de vell1a escola Do ma.nhii, transportada em maca polOR vado fébre; teve suore,, profusos em · tanto. ou u exemplo de outros coleias, ou talvez [I() tocante ao flagelo doe tumores que eln e, em verda.de, eu vfamos eternizar-ii&, servitae, foi a doente receber a sagrada nbundancia que 10 e 12 vezes por dia foi por excO!!so de trnbalho, deve-se di.zar em comunllM, ,·olt.ando ao autom6vel, depois preciso mudar-lhes as roupas; te,e v6mi- a bono da ,·erdado gue quasi nunca prepaaem mais esporança de cura. Foi neste estado de coisas, nesta situa- desHe acto que, se é J)OS8ivel, aindo a for- toa, que niio pude vèr, 'mns quo de,·em tor rava as homiUas. çAo angustiosa, amarrada ao leito dias e taleceu mais na suo convicçiio de cura I sido de sangue, e tii.o borri-rei dor lhe apaPrèp;ava entiio banalidades? Depois de algu!ll repouso e levìsaima r e- receu, de seguida, em todo o traject-o da ~anas seguidns, que D. Mariarida. se I>o forma nlgnma. Mas n doutrina saii. lembrou de recorrer a Fatima, envolto. feiçiio seguiu, sempre na maca, pnra apre- gargant.a no estomago e 111nd11 n'este, que assiro, ÌI. mnneit'a da ugua. pelns tro,·oa~ umo ,incomensuri,•el atmosfera de fé sentar-se no digno corpo médico que, diri- nao Lhe E>ra possivel engullr nem mcemo das. Ora la vinhn de onxurrnda um grupo rigido pelo Ex.mo Dr. Gen'l, a recebeu pequentu. colhet·es de leite ! oris,ta. de ideins e com,elhos aproveiLaveis ora. Comunicou-me a sua disposiçii.o inaba- solicito e a examinou muito interessndo Mediguei-11 l'omo julguei oportuno e no pisando e repisando, rechovia brandnmenlavel de em 13 de Outubro se lançar aos deante de tao caprichosas manifestnçòes, fim de 5 dias as coisa<, começnram de en- te o que o oudit6r10 mal compreendera pés da Virgem do Rosario de Fa.tiµia, pe- m6rbidas I A h1stor1a pasiinda do~ seu~ so- tror no melhor c11minho: os ultimos 8 d11 primeira ,·ez. E o ])OYO not.t\"11 isto.. dindo-lhe a cura de tanto sofrimento, pa- frimentos, exp6sta ali sucintnmente pela abcésso~ da esp11cluo estaYnm quasi cical\tns naquele dia nno foi nssim. Prepara que aos seus filhinhos pudese dispensar propria doenle e o exnme nt·tual fc1to, trizn.dos e nem um so n6dulo se desenhadeixaram no· espirito dos ilustrados clini- \"Il, am!'a~ando qua lquor novo t.umor. 1·ou-~ e a homili:i foi magistral. o carinho e am))aro de miie. .,A d0<•nte alimentava-se, por unpos1çiio O seu ostado de sa.ude era, dias antes, co~ a odmiruçii.o ante o excepcional doenverdadeiramente desa-strado e eu, ao por- ça e a duvida quanto no seu diagnosti- 111inh11 1 s6 11 lcitc e de dia pura dia go• Lhe minhas duvidas quanto à posaibilida- co ou dassificnçiio, entra tantissnuos ma.- nhuYa cnrnM e bòu disposiçiio; 11 11 de • • de de fazer tao lonp;a viagem, ouvi-lhe es- lei,; de que a p6bre humnnidade inférma I No,·emhro, quasi rnhdenclo sa\1de, nut.riE' o dia cle Rel.8, a Epifania do Senhor. Do melhor grado acedi ao empenho, ma- dn, radiante nìio ern recouhecido, em tas palavra;, de urna decisao torminante, Din lindo t'm que na lupinho de Belem firme: «ainda que tenl1u de i;er lovada na nifest1ido pE'lo meu Ex.mo colégn. Dr. Gens P enafiel, por qucm u hn\'ia trunsportudo o pn-,-,épio se transforma em trono, as paambulii.ncia dn Cruz Vermelha, hei de ir, dc o a,btar pnra, sobre o rurioso t-aso a F1ttimu no seu nutornovel ! Hoje, slio pnssado<i 68 dias sem quo a lhas fnzem de manto e o,i Magoq de 1>erporgue- tenho a cert.eza de que ~erii.o èstes Jhe dizer duas palanas. ~o eo.tretanto, seguira J,i D. Margnricm·n p6s,;a ..,er de;,m,•nt1do 1,elo mais léve ,·idorl.'s. O'! ultimos tumores, ;,e Nos.'la SenJ1orn as01; pnston•s, f1éis J&raelitas siio substisim quizer, permitindo que eu chegue a du piin1 o locai das suphcas, coosideruda indicio P D. l\Jargarida, coJn mois 10 ki- tuidO!; pelos Gentios II quem o Senhor se Fatima.; o se morror na v,uigem, nem isso corno iucuravel, pE'los recurso!:I da medicina. los do pezo, ,·em a pé todos os dias sannrnnifestu. Nao vi mais D. Margnridn seniio qu~nf ,·ados ì1 missu do Senhor dos Afllctos, m~ demove; assiro, é que nii.o posso conQuc encanto, gue graçn, que donairow do, pelo brnço de seu marido, i,e d1rigia en, Louzada, n dois quil6metros da sna tinuar a viver.» porlA• o claquelo bemdito Menino I Seria creio eu incompetencia manifes- para o autom6vel, radiante d'alegrin e casa I Oo Mogos veem, com a homl'nngem do J 111~0-rne desobrigndo, com estas linhas, ta a d~uele médico que, tendo assistido lifi rmnndo que Nossa Senhora a tinha ou..eu oroor, trazer o contributo da sua ridurnnte long011 anos ao fracasso de t.antas ddo nus ~nns ora','Ò('S; dispensou, por i,,- da~ re.-,po«tus que deveria clar n tantas dodi('tl.daa tentativas, dosprezasse esta. dis- so, o nuxilio doo serdtn\,, para de no, o a perµ;untai, que llt'el'l' I\ cle~te CllSO me tem quez11. em reconhecunento de soberania. E àqucle llieniuo entreiam, dt-positanposi(•iio du doente; prOC'urei aceit.ar e, trar{~portarem: sentia- e ja com algumas sido feitm, e que loda,, ~e cifram no sedo-lho aos pés, um rico presente de ouro maib do que isso, l'xalt.ar a espcrançu de fòrçaR p111·a publicamente pntentear a grn- guinte: çn reoebidn e que, a bré,·e trecho, se eviEfectivamente, O!, sofr1 mento~ que m1us l-omo n rei, incen80 t·omo n Deui;, mirra D. l\Iorgarida na sua. cura. Foi de extrema. dedicaçiio em tao dolo- dl'nciariu em comploio milagre, pelo de- atormentavom a D. Marg11r1da. do Perei- t•omo a honwm. Pnre<·e-me ,·er o Menino Je,;u11, cuja l'o~a c-onjuntura Sf'U mnrido, EJC.mo Snr. snparec:imento definitt,·o dos tumore;;; ti- ro curaram milngr0t,11mente, por graça de gruça in interiormente movendo e ilumiJO'-e TeiJCeiru Lopes, ucompnnluindo, dn nha a certez,i clisso porque lh'o gar11nli11 N'nssn SenJ1ora c)p Fati mn? melhor vontade, n pl'rogrinaçno a Fati- ~ossa Senhora de Fatima. Sim, repctiudo e terminando - deu-se 11ando ai, nlmas do,, Mngos, ogradecer-lhe umu C'Ura mirac-ulosn ou, entao, estou pa- oxternn, sen~ivelnwnte, 11quelu prova pnlma: iria. a Lourde~, romo i ria a qualquer Depoil:> de, sempre confiada, nssisp:h-el do amor <leles. Ha-de-lhes ter dado outra parte, em busc:1 de snutlt> de sua tir a todas ll"l cerimonias religio,;ah, no ra salwr ainda o que ,.ejn um milagre. ,\ populn~·ii.o cle,;tns redondezas cstn ver- um lindo sorriso ou ,10 mt'nO!I tent posto e,pO!,:i. l01:al onde oi, ~ervitn~ :1 colocaram, :io Eu mesmo me encnrreguE>i d<' pn~ven1r 11v1·oximar-sc para lnnçnr-lhc II ben(·iio o dadeiramente mnrnv1lhndo. com tiio extra- no olhar am qui> de wdutora e ap111itonada graticliio qu<• O!! tr11 nsforma ali mesmo os doi11 autom6vei11 que nos haviam dE' con- lh•v.mo Bispo tfo J,eiria, D. Mnrgorida ordin:irio facto e o forvor por Nossa Secm np6~tolos e mis,.ionarios - os pri111e1duzi r e é com sntisfaçiio p;rand<' que eu perdeu a. noçiio de tuclo, s6 vindo a re.v nhora de Fntim11 tem c-resc1do e crescc-ra., afirm~ ter sido um s,,crificio t1gradih-el lidnde tlns <·01M1~, ja quando aquele prela- sem d11ndn o com t,oda n razùo, cadn vel'l ros do i,eu .Nomo l>emdito. X o dia de hoje ped&-ooe ,Jesuii, pede-nos a despeza. que fi;,;, c-ontribui~do para _t_iio do hal'iu hrn(·odo n ~ua ben(·ào u mni11 al- mais. a grntidiio que lhe ofertemos olgumn t·oiutil resultndo, e que, com mmhn fam1ha, gun-, doente-,, q110 u eia se i,egu1 ram na Jooq11i111 llen111u,r1 .lle11dcs de C:arrnlho ,,u. podcrin tor f(,ito em quulq1tcr buna) pn'>- ordem de col0<·:1~-iio ; nào soube, niio viu •.\ El1> o Xosi,o amor, o nosso coraçiio. coi...a alguma do q110, no entretanto, li volseata. Par,~ "" pobres genti°" qut> ao,, m1lhò1 ~ o Por e:,pecial deferencia para com a do- ta se pnssou: sabe, apenns, que n Suntisdest·onhe<•em ninda a nossa esmola geneente. e n in'!tanc-ias repetidas de todos sima Virgom lhe segreclou 11 :,,un cura. ro~n que foçn progredir e aperfeiçoar as no.e; fez-nos compnnhia a meninn Maria Ao clespertor de tiio rapido e delicioso 110-.-,as mi..,sòes. · Ya~uela Bouças, pre.~tando serviços de 60nho, reconhe<.'eu <'Ohidos n iazc e o alI I I ])emos, pois, t.odOtl. Demo11 geuero~aque ',() eln era capnz, atentas a11 suas inex- g0<liio qu11, devidnm<'nto, lho protegiam o ment.e que o Senhor pngnr-nos-hli também cediveis qualidade"I de clediraçiio, de68m- nbcésso do broço dfreito. em gra(•nq mii e em troca peç1unos-lhe que Era II festa dos Reis a ultima do ciSobresaltada, imaginou -se coospurcnbara~·o e hondade I • . • Por rnim e por m1nh11 fam(ha, de1xo dn pela supnraçii-o e com a miio esquerdn clo Natiilic10 - e por i. so a iirej,i e..tan1 se manifeste pcrfeitamente, aoortamente aqui pùblicamen~ g~avado o nosso. ag!n,. procurou nconchegar o tumor com os obje- nuquele dia mois chllill. do quo de costume. nn 11oss11 alma. Velhos que em dia,; mnis .im·emiço,. tedecimento e cre10 interpretar a mte1ra ctos cnhidos; nao foi preciso isso, porque • Yontade dn miraculada e de 11eu marido, o abcésso hu,•ia purgado tudo, <!stava se- minrn deix11r pelo <·ttminho o pouco calor • • de que ainda vivem ; r,ipnz<'l! que, em din repeti ndo por eles, o mesmo publico re- co e o ,·estuario nao hn\"ia mesmo sido 1"on1m 11qut•les pout'O mnìs 011 menos os do divertimento num,~ freguosia visinho, conhecimento. atingido pelo pus! Porque no carro de Pereir6 re.~tav_a P nlpou aindn os pontos do corpo onde ali iam ouvir a Mii;sa, cri a nçai; n qut·m pensament<>!I qut> o ,nr. prior apresentou aindn um logar vago o porque o meu ami- os n6dulos, ameo(•ando, :i pnrt1,da par.a a. idade e por ve?.es o int-urin do" poi,; de mm; dehnixo clumn roupngem que conci1go ('ostn 811mpaio haYia inoetrado muito Fatima, dezenas de n6vo:. abscess()ij, ti- ordinario l'<'tinhnm em ca-,a vinhnm-110, zio com ns circunst.ancìa1; da f0iita. - uma nnquelt" diu, juntnr ì1 mnltidiio dos fiéis roupa.gem verdadeirnmente orientai. interO!'se em ir a Fatima, também conosco, nham desaparecìdo I Foi tal o calor e o ardor da C'Onvi~iio convidei-o com o devido assentimento da Roconheceu tnmbem que n sua péle, em mais :.u111iduo~ e por nss.im o templo II re<'Olll que ele fnlou, naquele d1n, que os doente · é mt1is urna testemunha de vistn ,·ez de gros.'leiramcnte pregaminhada, no- gorgitor de gente. puroquinnos quasi o niio reconhecinm. PaO din est.,wa realmenw lindo, de c·o~o D. Margnridn partiu, de corno dulosa, dura, como era descle ha muit.o C<'Gm dia de rÒsa11n cliziam o.., velhot.cs. recii1 011 tro.. veio e do corno se encontro. t(>mpo, n:18 regiòes invadidas, p('los tumòO quc faz um pouco de reflexiio e de ro.'I, 1<e opresentava quasi lisn, e sensivel- Daqueles que scmeiad08 pelo invt•rno foMilagro?l rn parecem de~linaclos por Deus u aque- ordem naquiJo quo <;e vai dizer quando se mente solta, flacida ! A N.ta pergunta que tantns ve~ tenho Sentill-0!, ainda os tres abcé!lsos da es- c-er-nos e às coi1-1a., que n<K cercnm e-omo lhe juntu a graçu e o auldlio do Senhor L .. ouvido repetir-me, eu respondo: sim, m 1- • poduit direit.a e o da coxa esquerda em a lembrar-nos o plncido, cr< ndor e hem• lagrt, porque tal ro~sid~ro a w,ro verda- supuniçii.o decrescente e fnci lito.ndo-lhe o fnzejo sol da pri11111,·01·n, do est10 011 do * defra.,nente extraordmar1a de D. Marga- movimento, mll~ que tinha isso? Dizia. D. outono. Gt•arn, mns de t•nrontro 110~ raios dl' riCÙI Tei:z:eim L6pes. Murgaridn. Os fen6menos que por si sen.\ urn lado, dominundo de parto o preAté ao momento •fa partida vara Fati- tiu no mini,,t::ar-se-Lhe a bençii.o do San- c;ol depre;;~a est.es ficnrnm ,·encedore~ e sép10 ~ o altar mor, e-,tava um n1paz l'Un genda transformndn assiro nu1nn snbtil ma ja M leitores viram o sudario de sofri- tissimo oram para. eia pr~7a cabol, snf1jo llllpec·to indica,·a ser abnstado. mentos desenrolados durante 8 anos. dente da liUR ('ura clefinitiva: aqueJes 84>- n••h.lina oareC'Ìa a prindpio dngnr-se del)e-,do o princii,,v da Missa 11t-1C1Jia o Do leito, onde permaneda hn mais de riam 08 ultim~ tumorea; tinha a certeza Jes encobri ndo-lhes n terra. Mi,;sal tlos l<'iéiH. O ~eu aprumo e ngor A' horu porém a que o sr. Prior chegou nn" cl'rim6nrn,i eram nottiveis. 15 dias quasi &ei;.!!~')fi, saiu a doente am- de que muito bré,e asta.rin completamonda c-apeln uonde ia dizer a primt>ira Mispnrnda por duas pessoas e entrou a ;:'.!S- tz sii. Quando ao ofert6rio se lhe aprox1mou o to no auto ero sua. casa, ncompanhando-a Podira mesm;; J\ Nossa. Senhòra que "" ja. tuclo se tinhn di~sipado. saquinho, que pel>8on piedmia confiadaFres<'alhote sim, ltt i~so é l'erdnde, ma11 mente lhe 11bria dcnnte, o rnpaz le-vou a eu até i Villa do Louzada, onde minha lhe désse mnito sofrimento alnda., se o familia. no.~ e.qperavn; era porto.dora., ne~- julgo,;t,;0 do 1:1eu agro.do . e preciso l?ar:;. nmoravel e nté mei;,mo tépido nas sonlhl.'i- miio o uro e outro bolso, correndo-os tota data. de 15 tumores forma.dos, do1s obter finalmente a alm8]adn t•ura; 1rfa, rns mol;; abrigadas, oquele dio encantava d0t< em vii.o. em supQ:nçiio aoort..1, e tr~ ai?d~. fechados assiro afrontar a vuigem de regrésso gue, pelo ar diafano ,; r,uro, J><'lo céu de nnil - De.<;culpr ... que niio trouxe nadn. Eu mas cheios de pus; os do1s pr1meir?5 ~ram bem t'..alculava, lhe ia custaT muitq, fisica- que grocio,amente o ,·estin. don lop;o depois da Misim. situndos, um junto do cotovelo d1re1to _e menw, nu1s que moralmente, cois11 olguma Aqui lo deixou-o po1·ém descoocertRdo. outro proximo do joclho esquerdo, obr1- lbe custaria. • A ~ratica do sr. prior abolara-o profundnganclo est.o ultimo a urna posiçiio curvo.da, • Por ,-oltn dns 4 1 /2 horM puzémos-nos * me~te M,~•·otudo, ao falnr dos sacrifici<k nos poucoq pas'lOR que a doente era obri- em marchn ,eguindo p_el_a Batal_ba~ umn ..\ nssistència, o tempo e sobretudo a e nec;ssidad(>IJ <Ì= missioni\!';"~. gadn a dar e aindo que cautelosamente 0-'!trnda péssima nté Lem~ contnbu1u pa'- i;;ole nidade lihhgicu do dia influirnm poQuiz l'ontinua1· 11 c;ep;uir o mi!,~nl mas :unpnrnda. rn mortificar n. l\forgandn- 9ue, a._p~snr derosa.mente no animo clo boin prìor. fo1-lhl' impoijsivel. ON outrc,s t,;-3; abcéssos fec.!~c.tleo "~"'J'?!- ciisso r,{l1c, tri;...-.:; cl.- :-~:: :l!qr1do, v1s1tou FPCho•1-o, reeolheu-i-e profundamente e Ordinà.riamente fleu11:mutit-o na expositravam-qe tomn ndo toda a espad111t di- minu'ciosnmente toda aquela Biblia 'IVOCa- çiio da doutrina, nnq11.-!.- :!:•1 11 q1111 pn 1'1- foi m<'tlita ndo no que ouv1ro. reita suo. face posterior e enonrregaram-!!e clora dl' grnndes feitos. D<"s<le lop:o <'levando-se II nlmo e o covrn. tinhu. niio sei que t-ncnnto, que mnde ~o del'urso dn viagem, mortificar D. Pernoitamos, boro miii acomodadps, eom viosidnde desacO<itumada e arrnstndorn rnçiio ,;e lh,• abrirnm numa or11çiio. M~TJ!:orida rom déìre-~, 11 todo_s os solavan- Pombal e daqui pnrtimos pela11 9 1 /2 da que pronclt>u il ,1ten(•-iio de toda o p;cnte. .\qu<'le \feni no pnrecia cresC<'r, cre~er coa ine,•itavois do carro; res1p;nadomonte, mllnhi'i. do dia. 14, seguindo pelo Porlo e ~ào sei quo tem o nosw povo que. dean- e falar-lhe no intimo dn nlma.. na i;ua fé yj\,issima, tudo suportou: cmiio Fa.malicào até noasas l.'asns, onde chegn- te dos mistérios dn vidn. de Nosso s,,ahor, B elt• sequioso dns Suns palavra~: ul•'aJle péscnm trutas a bragas enxutas» ... mos por volta da meia noite. quando se lhc explicam convcnient.,men- lai. Senhor, manife~tai-Vos claramente a. Saimos de Louznda as 6 horas ila maD. Mnrgaridn recolheu ao foito, natu- te fica corno ancioijo e inqatisfeito por e«ta pobre a lma, ::i est<' coraçiio que por nhn clo dia 12 e RR 9 e pout-o ptirtiroos ralmente fa.tigada., maR nlegre, virn., c,t.- m~is que oiça. dizer. V6~ pnlpitn. Se ,IO'! Map;os o vo<;Ro olhnr fez Ap6stode sua casa, em S. l\faméde d'Infesta, on- rada dos st1M tu.more.,, corno niio ceesava C'a a mim pnrect•-rne que é um real usende o matido da doont-E' n~ aguard1w11. de dizer no pessoal de sua casa que an- sui< C'hri!!tin um in~tincto de Cristo que lo11, que n miro a VO!i~a ~aça me torne Ch~amos 3 Fatima pelo lusco-fUb('O da ciosnmente e... du.idoeo a. esperava; os 11,im o torna i:;equioso da p11laY1·a dinna forvo1•oso <' Rtmto.11 E n fig11r11 do Menino parE'CiU c-r,..cer tarde e aqu~la noite pns.sou-a toda D. l\lar- 4. ou 5 primeiros dias foram tormentosos quando eia é realmente diuina.

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Oadiva singular


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Voz da Fatima

tru,,<·<'l' e 1ular-lhe do intimo do COra\·ào .. . 1 ( 40~00), .\1110010 Ma1t1uho 123$00), }fa- 1 Entii.o vni-1:>0 pòr' a dizer lJ:is&a e a con):ào lui n,,,b tir-lha.. E ele ardente de amor : ' 111H•l llcxlng11p,- 1'1c•d.1de ( 20$00), J0t;é fessar ? Eia era no meio daquela gente quw «Eu 11into oh bom Jcsu~ que quercis fo. :-.11'11 120$00), ( 'arlos P. Co,ta (15$00), - :--.:10 ~anhor. Mai; o,,, ,senhor& padres a bn ndona.dn pelu falto de elero uma -ver• lar-me, que IDe faluis ja. Mas a Vo,-sa A:fnuuel PE'l'<"irn ('o,-t.i (15$00), C'arlot.a também niio fazew tò6 isso, pois niio? dacleirn .\p6stola. n,z chev;a <·onfuba. Aclurni-a. Parece-rol' :Marti11ho ..\l a<·hadu (15$00), Conde de - Lii rsw nii.o. (jUe querei» clo mim al1L11mu 1:oi~a ... O que ( ';1111po BPli, 1 :\f:11in llosa de Pal\a Gui- Pois eu faço de padre noutras coi• • tenho é \Os,,o.n I 111nriie,, !\Io, 111 C'nnulbinha, Maria Alme:i- 1,as. E .t figura rin !\fon i no pa rPc·ia c:rt·sc·er d:~ ( 21J~no l, !\la ti a eia G raça da ('amara, Olbe que ~u 1.,em sei o que po.sso fa. Ao n fostar-me dela ficava-me pa.ra <"re,cer. Rra j,i urn hc1111Nn peJ'feito. E ('lotilrJ,. dn Oli,.-iru e 8ouza, Antonio Lo- zeri semprE- grn-vacla on mem6rh a figura. aproi.imnnrlo,,f' ,I.,Jo c·orno que lhe fnlou pt•s di' Olin•1rn, ..\Iariu ,)osé ft'ragoso, P.<' E ent:lo, c:omo tenho alguma coisinba deln. de11tro cl' ul111a. ('ado, dt> 8:i l'rago,o, ,lat'iuto C'one1a para corner, vou de ,·ez etn quando por O t'orpo, . o 1·osto, o aspecto - era o E 0le am·1-.o a ou, 1r. l l,3$1.lO), .)oaquim Monteiro Grilo, Ado- aqueles lugares fora, reuno uquela gente durun velha , ulgor tipo de mulber As pnla1-ra, ernm asHin, · zinrla !\pq•, (]:,!,()()), Maria Ge110\·e·m e en11ino-0R a 1·e:.1ar e faço-o\, r ezar co· gasta pelo\. nnos e pelos trnbalhos, baì«O quo o lt>u de q11e me snve be n tu- Polnira (l,3$0tl), ('lotildo Laberco, Snr. migo. xa, tez tisnnda pelo sol. - [sso a{ u meia duzia de mulhel'es ... ùo e11 tire1 do nadn, w rlP tudo ~011 Re- nnl1h·• z, \ na l<'lurin no, Augwsto da Cos· Mns ola niio e.ra. isso. nhor?... t:i )la<:\'<lo, lln--.1 Pn1s \Ti!'irn, Joaquim - Estll e nganado. Vai multa gente, lS!.o era a mascnr11 que a ..-erdadeira Umn 1·oisa 41wrin quc é hem tua - a Maria Scw ,r<J do Br1to, Ludnda ì\1agril,'o mulhe~ e homens também e estiio com Ano Maria u inesqu~fveJ e dedicadissitua •idu, o t<.•u ,uuor. ('011trnhn :\lartlm,, Murin An:1 No~ueirn respeito e fazem aquilo q ue eu digo. ma Ann M~l'i11 eJ;SO so se dava a CO· ])a. r•'n. Y<•m o ~egue-nw ! )Jartin>1, l)plruirn Pnis, l suuru de (JlivoiSim, que eu às \·ev,es também p1·ego. nhecer (\uando n almn lhe encendia o ros. ... .. . ... ... . ... ... . . ... . .. ... ... rn l•'rnKO"u (20, 00) , Frnn<"isc·o Martin, Aqui nisto é quo eu niio sei se faço bem to e lho trnnsfigurava. Tocar:.i a ten·e1r1t vez. :-.:uro acto de llni,·o, Ol1ncln J•:ul!;e111a Victoria Gon,;nl- o:.i mal, mas eu fnço por bem e Nosso E' quo ontiio eu vi claramente o que amor e de ontr~n o jovem !'Omo se nada Il'", J•:1111'1:1 ,\uKnsta dn Silva, Ester LP Sonl1or fica\ contente porque eu bO lhes é e o que vale urna alma - mesmo da 1osse, liumildl'mt>nte: Hl'lol'(I Gni111ariie,, i\fil(uel Pinto, .\!bina digo 1:oi~11s .lx>ns: que é necessario que mais bumiltle velhinha da minha aJ. S<'nhor l'U 11iio s011 di11;nn !... clc· .Jt,sn,. do ... Snntos, P.e Marceliano Na- ele!> sejnm bon<;, resarem, confessarem-se, deia - quando ei,sa nlma se deixa. ena· .. .. . . . : ................ ,.. ... ... ... tnrin. Dr. Armnndo de .\lmeida Fe1rao ireru à Mis~a e por ai adiante. morar de J esus a ponto de poder com A ,tc<"iio cli' grn~·a:, foi l011Ka e profundu. C'nstel Brn nc•o Prisco, V.e Ismnel Augusto - E fnz isso muitas vezes? verdnde dizer <.<>m o Ap6stolo: «.Ja nii.o Xo fim pelu 1greja dei;erta avançou de Guedes (20SfX) ), .Mnrrn da Gloria de Sou- Muitas, muitas nilo, maa vou qua- vivo! Mn, é ,Jesw, ('risto que vive em J>Us~o,, trémul<h em direcçiio li sacristia. sa , Marra <la Grnça :\[:11:bado Sarmento, si todos O'> dias, ora a um lugar, ora a ruim!,, E~tu,•.1 110 ult,1mo :ino dc engenhnriu. 1\farin .fonquina Tnn1res cle Proença Al- ùutro. • 11uasi a ,·ompletar o curl:io, numa altura meidn Gnnetl, Marin. Nutfridn.de ltendl'i• • - E "ocemece donde vem? em que tuclo sorrrn a volta dele, convi- ro, Sernfim P1ntu de .\lnwida, Maria dn - Do R ibatejo. Almas ussim rE"novum o mun<lo. - E' de Santa.rom? dando-o a entrnr 11n udn. . P 1edado Santos, J,nurentina drt Silva MiM= .. u ,,e,o '",lda urn do 116s 110 DOSSO meio . . • d'1go i~ é l4 Vi<lu quo o chnma agorn ... Vai. rnncla A1111 J\fnrin Dins de Sii Pereira - M a1s ,ih n1xo, mtu,... eu 11ao ~ Comovido, dcanto clo prior meio u<lmi- (]3$00), .J ulio Gonçnl\'es Ramos (12$00), donde s011. Diga. so In no tal snr. Padre 11 volta de n6s fil,,es.c;e um pouco de aposrado, exdumn: Je,uinn. du Gloria Seixas, Carolina. cl1J (esque<'o-me o nome) que a Ana Marin toludo sol.,r etudo onde o so.cerdote nilo - Sonhor Prior venbo t rnzer-lbe o meu J <'sus, ,Joii.o So,·el'ino Gago d9, Cnll'arn, lhe manda muitns snudades, sim? pode e ntr:tr, corno tudo mudaria I . _ Se no intimo do lai· a esposn cnsta - Esteja descn nçacln. cibolo para t11:1 Missocs. . (12$00), P .e .)osé cl:t ('unh11 Gonçalves, - Huito obrigado, se11bor engenheiro. Mariu c1., So('Orro P 11h-a Maria da C'onMns ja. agorn sempre p;ostava de '!&ber ijOubesse fazor vnler ns ternuras do i,eu - A ,•oz do Deu" foz-se ouvir dentro ceiçiio Ranlo~, ,Jonqu1na 1-'inoco, L uizn de o que é que vocemecè para nqui "em fu- afecto a O'\ extr emos dn sua dedicaçào 8 ' amor nprendiclo!'I no exemplo de J~sos em mim, PCOundo 110 som dn de V. Re\·.cia \ Jesi.~ M:an<;o, Emerenciana Galvtio, Alice zer, desculpe. Assim deixn os seus "freguei;esu? 'E (Jrucificaclo e nn romunhiio da S•!a .._ar• O obolo é pequeuo, modesto, dum vn- Sum 1,n io rtiooirc, M ariana Pires. Margane Tmn<:ul nda, para conquist-ar pouc·o a lor qmtsi nnlci ... Ml\s é tudo quanto posso ri<ln tb Silvn Pereira, Manuel :\1nrques tendo uma ufTeguesin11 tao grande... - Eu niio os abnndono. Venho trnba- pou•"' ,~opois do coraçiio n alma do lll11• dur... :\forgnclo, Hort<•m,in Melo Le.,11,.., e Melhnr por eles e pa.rn elei;. rido e a entr e11:ar 110 Senhor, a.h I corno ... Son 1.'U mei.mo! hl'7A.'~ (1,'j$QO), Herminiu ~una" de (ar- Como? n6s verfamos anmentnr o numero de hoU:n hilencio riip:<lo urns i;inificativo se- I 11tlho, Porfirio I<~. da Sii\·, <l 5l,$1l0), Ma- Orn css11 ... Venbo r esar por é10l! pn- mens junto dn Mesa Eucaristica_! gu1u l'l:ita, J,alana~ rlo jovem engenheiro. ria do Ho~nrio li'orreirn e Iz.,bel do1< S,rnE corno a!I famiJin.i; se tornarium ouCon,eoceu-ae dn realidadc o prior, de tos Oome-., C'nroli na ('ardoso, n,,minp.os 1 rn que ~osso Senbor os c·onverta. E n alguns ja os tem convertido. trn vez e,u,es uinhos de encnnto e de lagrimas oc.i olhos, abraçou comovidawen- Fcrnnnd<'s, Juliu Marques, Ma·1:i ~a ViMas entiio vern de prop6sito à Fa- nlel,!;rin sa no Sen ho:- !... te, afe<>tuo~nmento o futuro Je,•itu do Se· 1i;itru;iio Alnii; :--unf>s 112$!i0), An tonio E e;omo os tilhos - gentis r ebent<ll> nhor. Gn.rcin Q11intl·iro, Manuel Fnntiio, Ana tima resnr pela sua gente? - Eu a di?'"'I' a , erdnde niio venho ca de tn l amor - sori,im uma esperançn l'aai;ou-be qutisi um mez a cstudar e o Gnrein Romano, Mnnuel Garcia Quinteidecidir junto da familia o quP ir.ter10r- r::, ,J,,r;,, Luiz Anclrade, Amelia Figuetrn s6 por Ì"'-<;O. Venho por causa do dia 13. pnra a fnmiliu, pura a Iirr,.ja e pnn. 111ente jn firara 1'1• o?vido. E no dia 2 de du Silva, .Julio Fnustino, Ge!'tr'!.!èes - E n •n, tr..; ca.-lc? E;;t,,u,CJfl 11 :iù i.. . a l:)oc•ieclade. . - Ila quntro anQS que aqui niio faiSe cad1i mulher cristù desde o mais FevereiJ'O '>ep;uinte, quando a I11:1·eja co- eia , ilvn :-Juuo-,, 'Maria José .Jorge, Joafino o m nis nobre saliio 110 mais bumilmemora n apr~-;pnt,a~ii.o do l\Ionino JG.,us quinn M.i.ran:'!u, Mnria Amelia Franco Cu- 1 to um s6 dia 13. - MaR porque nito vem 110 clin, ou en- de t11gtirio perdido nns dobras dos _monao Te,oplo, batin 'l nOl:lllo engenheu·o a nha Mnlos Mnri n do ( 'nrmo dn Cunha tes - senhorns empregadas, art1stas, porta da ,,a,m ,:um(I congre11:açiio rt>!ig:o- Lomo, e ri:Ì:nLos, Curlos Nela de Olivein~ \ tiio 1111 véspera?... - E' que eu venho ,-empre a pé. Par- operArina, filhn~ de famflia, creada11 bll :nissionnrin onde anos <h·pots celebrav11 B:Hb!l'in (26~00), Alhl'rti nu (..tueiroz de Lito de la uns 4 ou 5 dins antes, ,·enho souhesse imitar esta pobre mulher que ,, sua p!'im<;:n1. Mis....u. mn, Joiio ;'lìune~ de 8orra e Moura, O bom prio,· gostnvu de contar estn his- tinho HodriKues da Bela, Pedro Gnrcia com o meu vagar e pn s~o aqui nlgum tanto me edificou oom n. oraçiio, com tempo muito socegada. o exemplo, com o cooselho, ocupar-se. um t6ri11 wuitu.-H vev,cti e eicclamava sempre !lo<ltigu<l!,, l•'rancisc-0 Alberto da Sih·n. Depois r etiro-me tnmbém a pé. pouco dn salvn<"iio dos que 118 rodern':'1, e-omo naquele bemdito dia de R eis: «Que l)e jornni'I: Anrt Mnrin clos Sanlos SilAssim vou qun ndo quero e par onde ah I entiio r einaria am breve .Jesus ('r1s. dndi,.a aingul:u· !» , 11 , 16~1')0; TTottl'n,in de l\ielo, 15$00; P .e to nns a lmas de todos os Portugue;,e_s . .\hilio eia C'ostn R <•is Lima, 60$00; Clo- qnero. - '.l'ero rn.v.iio. Mns como é que voce01·emo.<i, ~11t·rifiquemo-no11, t rnbalhrmos ti lde cle .Je~ut. Hnr• 1,los, 30$00; Joiio C'oe--:-- - todos que n searn é grn nde ! lho do,. Reis. :30$00: T> .e Tomaz rie A. Sil- mecè aguentn com II viagem? ,·nrc-,, 70$()(): (';1r1nen de Almeida, - Como aguento? Olhe, senhor padre I 25.5$20: P .e .\ uuusto Durào Al ve,, SOSOO; Quando a gente vem para ca, com n T>.C' ('arlos Nunefl, 100$00; P .e Adrl.3.no vontade de ca chegar , nem se sente o Es111ol1s o•lldaa II Yirlu l1reJas quandt da dlatrlhlçio Despésa Pnd1P<·O. fiO no: Ale-i no de Souza, 4,5$00, cn nsnço; quando 118 toron, vai a gente dt • VOZ DA FATIMA • tào satisfeita, tiio consolndn por ver 132.95:3$9:i 'l'ra nsporte ........... . aqui tonta fé que s6 se qnere apanhar :"\ a lgl'ejn do S.S. Corllçiio de JeP a pe l, (•Oml'ooiçào o impre<1· la para ver se aquilo aquece um pouco. sus, em Li,bon, por miio da Ex.ma 1iio do n .• 'i, (51.000 exemSnr.• D . Mnrill Matilde da C'uE n'l.~im nunea n 11:ente se cansn. 3.204$2,i µlares) .. . .. ...... ..... . Eu nuoca aqui folto por quo eu tam- nha Xa1·iPl', em Novemhro de Sèlos, em balugeo•. tt·o n<1porbém preciso de meter C'a r..-iiò na mliqui- 1928 .......................... . tes, i ro vura'I e 0;1tr11s desA tia Ana Maria Na (gl'(•ja cl~ S. Mnmed<'. em na e iato aqui enche-me a almn. 542$80 pe,ias ... Eu é quò ja estou velhn... começo a Lishòt\, por mìio eia Ex.m,, Rnr.• lt'oi n'outro di;i na l•'atima quo coD . Noémin Rolo. em Oulubro e ficar tròpegn. 136.700$98 \ uheci uquela bon mulher. Mus 80 en tivesse menos os me us vin- Novemhro cl(\ 102R .............. . 15$00 Acabara de 1:elebrar na Capelinba da11 Su b sc r lçAo Nn lgreja clo S. Tingo de ('e,umapar1<'oe1, o depois dc dar graças, a_o te aoos, 0fianço-lhe que Nossa Senhora brn po r miio cl11 8nr." D. Ger· (J nne1ro do 1928) snir clou-me de cara com urna m11lherz1- da Fatima havin de converter aqueln trucleii clo Cnn110 Pinto. no mez gente toda. Eu nil.o os deixava e mu.nuha' que me queria fnlur. de Set~nbro de 1928 ........ . d nvn-l hes u «Voz da F:ttim11,,, e èll!<! hn1-;o~·iararu dez el>Cudos: .Maria Carlotu do - Entiio que mo deseja ? viatn de vir. Prade F'azondeiro, J ooefit Candida Alves, - Eu ? NilO me conhece? Assiro ... pouco j1' posso fnzer, Duqui , iio, henhorn . Francameu te agorn P .e José Augustc> Rosario Dias 120$00), a nndn teoho de marchar. Mas eepero 1 Amor à Santa Eucaristia Oondessa de Sapbira, Li u de Mncedo, Ri- nào me r ecordo. - Pois 011 queriu '>6 manda r-lbe snu- que NOSSA Senhora me hn-cle salvar. ta. Maria 'l'e1xeira, P .o Antonio RodrtR0Re pela gente. cues Pcreir:t, J osé F ernnnde,, de Olivei- dade6 para o uSecretario de ~os.sa SeMuitrul vezes, durante a Missa, - Pois sim; um pelo ontro. ra Mendee, Cnrolinu da Silvn, C. L. Men- nhora da F é.tima. Ele coohece-me hem. Santa Catarina de Genova, era arreE ~epnr1,mo-nos. dee M iruoso, Estefoniu Mario da S1lva Manda-m e sempre paro la muitos jorbatada. em e:dase e voltando a si peU. Lacerda Me nde&, Maria da Gloria Mi- nais pnre. e u distribuir un minha fre• la Santa Comunhao, exclamava: randa, M oria Candida M. da Silvn Sotto g uesia e nas vi11iohus. 11 • Mayor Mariu Bea.triz Miranda da Sùva, - E vocemecé distribue-os? e Ah ! Senbor eu creio que se estives- Ab l niio me fi ca uro eru caso. Mal A nlmn é tudo. ldal'g u~rite L rquin, A?tonio Dias FalnsA morta, resuscita.ria para vos receQuando orde comunica o fogo. gueiro (20fOO), ~e.rta .A.lves Antunes, os recebo, vou logo pel~ lugÌl r fo!·n e leE n daquela mulhar - a tia An n Ma- ber e se me a.presentassero ~m~ ho~Laurn Bnrbos11. Maria Marques de Souza, vo-os àqueles que mais os est1mam e mnis precisam tl~les. ria - estava bem acesn corno no meio tia nao consagra.da. eu a d1stmg~Capitolina PiO:enta, Henriqueta Meireles, - E èles leem-nos? dns rup;as ncumu ladas no rosto pelos ria corno se distingue a agua do v1Emilia Ma.ria do!ì Santos Costa, !saura. - L èam, ~im scnbor. Leeru-nos de pon- seus <:incoenta e tal invernos lhe brilha- nho., Santos Juliu rle Serpa Adelaide BraamYam duma luz intenso os olhos vivos, secamp Melo Bre iner, Eduur o amara t ,1 a. pontu. Os sacerdotes eraro para ela ( asOlbe ! A gente esta muito mal <le pa- r enos e hons. Carvnlho e Silva (20$00), Gertrudes Masim o repetia muitas vezes depo11' da Com que ardor eia fnlavn ! rfa Feroandes, ltlabel Virginia. Ribeiro da clres. . ·., é Co · ~ • · · A miuhn fregue ia tem pr1or mas J~ m que conv1cçao mt1ma e sent1da I sua c6nversa.o) objecto duma. santa. (',osta (13$00), Rita do Sacramento Mou!gora compreendia eu corno aqueles inveja.. Invejavo.-lhes a f_elicidade zaco Alçada (20$00), Custodio José Lo- velhito e niio porle coitndinho ! . lfas as pea, Ema Nunes SantOll, Rosaria Morga- outras em volta ninda. estao pe1or, nero trabalhadores doo ca,;n.is Ribatejanoo e de comunpi;arem quando qurnessem e ••, .TOl!é Augusto Alvcs, Dulce Mnrtins velhinho O tem. S6 quando o nosso por dos montes da orla A.lemtejann ero fren'nguero nisso repnrasse, a à sem que Dl do Azevedo, Acacio Henriques Vieira, hi "ai é qne tèm Missa ou comunhiio. te à ~rra dola.. a cercavam respeitosoe e de poderem tocar com suas m 08 M.a11ul'I J OIMS Parei rn (23100) Francisco a ouvtam segu~ndo 011 &eui._ conse~hos o _ Coitadoa ! l<~tiio malzito, estiio... no Santissimo Sacramento e _so~retuR1be1ro (62100), José Rodrig~es Pa1,COnl _ Vocemec&. oqui estio 00 céu. pondo pfntci ~ os ~,rns rnstruQ088. (20,00), ~ i n Ribeiro Mazze i (20$00), do a de celebrarem tres M1ssas 110 ~:quaeJ°O: ~trnecu. arrastnm , emlfanuel Dom1ng~ 120100), Maria Augua- dr~.lhl", e u é que ti>nho de fazer de pa-1 dia de N a tal. ta \'1gar10 (20100), ManuP] Martinho - O qu{I ? V0<:e1111'r e fnv,er de padre? polgnm.

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Voz da Fatima

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UMA VELHA-APOSTOLA

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(COM APROVAOAO

Dlraetor, Propriatario

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Editor: -

Dr. Manuel Marques dos Santos

Composto e imp,esso na Unilo 0rafica, RII d1 Santa 1111111, 150-152 - Llsboa.

CRÒNICA

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Admini1trad1r: -- Padre Manuel Pereira da Silva Redacç6o e Admlnlst,açllo: Seml nérlo de Lelrla.

FATIMA

ofertn ao Pnpa», em que se narrava esse bora. altamente &tgn1ficat1vo, o Sumo Pongesto do Supremo Hierarca da. 1greja que, tffice niio prctendeu emitir o eeu juizo sejo. qual fòr o seu signtficaclo, te~ em definitH·o 1icerc-a da. natureza desses acondo dia 13 relaçiio aos acontecimentos mara,rilhosos da tcc11ne ntos, mns ta'Tlùèrn niio sofre duviA~pe1:W· das 111tempérics da. quadra. in- Lourdes Portuguesn o mérito de contar ern da que nin~nem po<lcra rc-cu!lllr-se a ver verno~a, o dia trcze de Janeiro foi este ano assinaJaclo por urna. concorrència de fiéis sobrt>m.nnoira. extra.ordinaria. Oontrj. baia sem duvida. pnra tal facto a circunstaocia, alii,s bem rara, de ocorrer essa da... ta. num Dom111~0. O tempo esteve sempre agreste e fno, o céu coberto de nuvens duma c·6r plumbea, e um nevoeiro denso e humido em·oh•in todas as colSas, oiio de1Jrnudo 1>or vczes dist1nguir 08 objectos, neni sequcr a pequena distancia.. Mas, no planali.o sagra.do de Fatima, durante a mmor parte do dia, o sol in. cessantemente 1lumi11011 c-om a sua pouca luz e aqueceu com os i,eus tépidos ra.lOS o a.mbiente sobrenal,ural do logar das Apariçòes. A's 0112,e horas a, multid1io que ~ I ~!omero.va junto dOO sa.ntunrios, DO mtmto de cumpr1r o preceito da aud1ça.o d;i. missa, é ja considcravel. No pavilhiio • dos doentes, &6 metade dRS bancadas do la.do da. epistola estii.o ocupadas. Os que se tinbam apre!l()ntado no p06to das verif1eaçoee . médicas e inserito n06 respectivos_ nlglstos procedinm, na sua grande ma1or1a de Le1rrn. Torres Vedras Ourem Figueir6 doe Vihl1os, Val.n.do, .Belmon~ e Santa Catarina da Serrn e sofriam de paralisia, artréte do joelho, u lceras vnricosns, renmatistno, tubercolose, ascite, anquiloso, epilepsia, ,•arises e outras doen_ ças. Realizararn-66, na. forma do costu me, moo sem o esplendor e a magnificenc1a doe srandee dias de Estio, as duas procissoes com a veneranda Imagem de Nossa Senhora. do Rosario. • Depois da missa dos doentes, prégou sobre a dev~iio à Virgem do Rosario, eatrèln mistica s1mbolizrtdn pela estrèla que npareceu no Oriente n.oe Santos Reis Magos por ocasiio do Nascimento do Salvador do mnndo, o re,•.do Augusto de Sousa Matn, professor de s<'iéncias eclesiasticas no tiemrntir10 diocesano c secretario Sua Santldade o Papa Pio Xl particular de Sua Excelencia Reverendissima. o Senhor ]), José Alves Correia da Silvn, ven<'rando Uispo de Leiria. Em audiéncza co12cedida aos alunos A oençii.o dos doentc-s, seguida da bencio Colègio P ortugués, em R oma, a 9 de çiio geral com o Sn nti~simo Sacramento / aneir o p~ p., o S anto Padre ofereceu a e da procii;siio, iechou a série dos aotos cada um duas estampas de Nossa Senhode pit•dado c-olectivo-'l destino.<los a. comelllorar o cli a treze. ra de Fatlma- umapara éles e outra pa-

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Como u ma pena. mais autorizada e mais <:°mpetente refere noutro logar do nosso iornal, dando a esse facto o merecido r&lévo, o glorioso PontfflC'e fehzmente reina.nte, Sua. Snntidade o Papa Pio XI, recebendo no dia nove do mes de Janeiro pr6x:imo. findo, em audiencia particular, os super1ores e 11\lunos do benemérito Colégio Portu~ec; em Roma, dignou-se presentea-los com lindas estampas de Nossa Senhora. de Fatima. O grande e exc-ekmte diario cat6lico de Lisboa. uNovidad~111 no eeu numero de vinte de Janeiro, mseria. uma carta de Italia, subordi na.da i'1 epigrafe •.Jj'atima. em Roma» e tendo por sub-titolo «11ma.

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E OLE S I A STICA)

As comemoraçoes religiosas

Fatima e o Sumo Pontffice

N.•

ra s uas familias ._ com a recomendaçào de orarem pelo Papa. P assan do Òntem o aniversario da Coroaçào do S. P ontifice, a « VOZ DA FA11MA » apresenta as suas homenagens respeitosas e f iliais ao augusto Vigarlo de Cris• to n a terra e pede aos seus leitores e devotos as suas oraçòes por S . ~antidade o Papa P io X I. respeito os advel'6arios leais e de impor ne~ ncto a. mnnifestaçiio duma simpatia do Chefe Visive) da lgreja pela •Pérola do Il() menoe um silencio deferente e obsequioso ~oe poucos e cad!l vez mais rarOll Portugnl11, corno o.rnda hn pouco chamavn à Fatima a rev1sta espandola. «Sai terrre», contradi tores no campo cat61ico. E' oerto que, c-om &se a<'to singelo, em. uma, dns mnis iwredita.drui do paia visinbo.

E tanto se impòe essa ntitude do Papa, de modo nenhum banni e insignificante que urn ilustre Prelndo, de grande au~ ridado pela sua vtrtudo e sa.ber na.o b&siton_ em olnssificar tal facto, q'ue fica.ri arqu1va.do em letras de ouro nos anais de Fatima, como urna verdadeirn «aprcn-a ça.o 1mplfcitn11. Daqui, deste cantinho da. «Voz de }t"'a. tima.», o hum1ldo pregoeiro clns gl6riu de Mnrin. Santissima., Pndroe1ra de Por· tuga.I, no seu sn.ntuano nacional , congra.tulamo-nos ofus1,·a.mente oom oe ptedoeoa nlunos do Colégio Portuguès tao devotoe da. augusta Miio dt' Dous, i{o, certeza. de que, agoro. nllo Ité.1,ia o mais tarde na DO$, 1>a Patria seriio sempre ap6stolos zeloaoa e intemerntos da devoçiio à misteriosa. Senhorn Aparecidn.

Nossa Senhora de Fatima em frança Dumo. cnrta do rev.do Fr. Gonçalo .Maria. Tavares, distinto fllho da ordem de S. Domingos e grande ap6stolo da dev<X;ii.o de NQSSa Sonhora. do !<'stima n a naçiio cristianissima, reproduzimos com a devida ,·énia, os segu1ntes period~ cuj(I. leitura ha-de por Ct'rto inunclar de 'viva alegria. tòcl1H1 as almar, devolns da Miie de C~a: •Nao me fo1 possivcl por causa doa meus trabalh08 escolares, n'Cligir o nrtigo que devia sair em Janeiro. Nadn, porém perdou com isso 11, ,,ausa. da Santissim~ Vil'gem. Vai viìr do quo mnneHa.. Prevendo jn o tntere~, que a breve notfoia publicada na «Révue d'u H.os:nre», desperta. ri!I- por I.oda a Frauçn, o nosso quertd• Director m.a.ndou tnzer a16m da ti ragem ordinaria, urna tirage~1 implementar de mii exemplares. 0s pedidos de novR.S assi· natur86 afluiram une ap6s ouLros, e eis que o numero de Outnbro so :wha. jti exgotado I Que fazor, pota 08 podidos niio c·e~sn111 de ser fcitos l' Rooditar a notfoin. E quan. do l' Ao menos no mcs, om que siio feitaa a.s nova.e inecriçòes. Ora &te mes é o de Abril. Entiio, se Dcus qutzer, terei a minhn disposiçiio dez puginas de texto para refundir o primo1ro nrUgo e fnlaT dos d1tosos Videntell. Para isso umo. ooisa nOII fnJta ninda.: é o rot,rato do Lucia. de Jesu.s, ja roligiosa. Por necessidado, peço-lhe enoarocidnmonte. Ha dias enviamos-lhe dois exemplarea do numero do Dezcmbro, para que v. P06SB., peln desoriçiio que dela 6 feita, julgar da. importancio. da. grande Peregrinnçiio do Rosario a Lourdes, onde foram celebrndM pela primeira. ,·ez as innpni;!ih·eis glorias de Fatima. Proruetemos-lhe igualmente o numero do Abril quo se npre.<,entara com noYe aspecto o melhor trajo. E aindn niio é tudo. Com u. «Ré~-ue d11 Rooaire» pubLtcamos tamMm o «Bulleti• du Ros1Uro PeTpétueh,, cuja. tirngem meruial se eleva o ~nto e sotentn e cince mii exemplares. l'ois beni: 1J noeso Boletim fe~ também o progooiro de NOM& Senhora. do Rosario do Fatima. No e•rt. espaço, de que podo dispor, /ile a tornaTi conhecidn a seu modo,,.


VOZ DA FATIMA

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Nossa Senhora de f atima na Bélgica Dum jo,·em filho da benemérita Oompa.o a do Jesus, todo abrazado no zelo do unito do .No'!aa Senhora de ..l!~atima, mas ouJo nome lt o eetamoe autori.zadoe a. reve_ lnr, irnnscrev~mos o trecho que segue e que é ~obremodo consolnùor: uVou 86Crever um longo art1go 11òbre Ft1.t1ma uo mvu ingliìa aportuguesado que foroì trnduzir para. inglés inalesado. 'l'am_ bèm o passan~i para frances. J a ha. quem 66pcre 1>ara o Lr11duz1r em alemiio, tcheco e hungn.ro. J<;litou certo quc dois companhe1ros do n.uo p:issado, um polaco e o outro bolnndes, o quererùo traduzir tambem nns sons linguns, logo que tenham conhecimenM> déle. l\laa o es;;encinl é quc a m1nha edi~,iio sit1a bem e intere.sante. Com os 1ublinhados de v. no «Manual Jo Peregrino de 1'' :H ima» e os «mterrogat6rios» às orinnQ118 estou quù ~ pode dar interès.'le. E depo1s ~iio focl08 que l:o(' impòem. A011 fruncescs pouoo falo de,,tas comas; faço-o ,,obretudo com os estranjeiroe. A's Tezcs fi<·am pl 1ptexos, v. g. porque tam~em ha :u1oe houve na Hungria peregnnaçòes n um:~ Scnhor1t que aparecera nao ~i onde, peregr111uçò&S que por fim acabn· ram, segundo parece. MJls, no n06Bo caso, qmindo elc!l ,·fem a lotrn redonda as fotogrnfius e rn,:Uog rufìns e n::1 nssinaturas ùo Senhor BiRpo de Leiria, logo aoatam respeit0,;0s. Com e.il.es c>lenieutos mais crescera a anoiedade ùo saber o que ha objectivnmen~- E nquoluR curas do m1mero da. uVoz da. Fntimu.11 de N()\"Olllhro? CriançM cegas do nascença e aquela pobro mulhor t 1do. por morta? Estou ans1010 por vi\r n c•onfìrmaçiio clestas curas, porquo ruio pode deixnr de dar para o .apitulo d0t,, m1lagrl'R.»

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As CuRAS DE

' ' FATIMA,

- -----e«- - - Paralisia lsllda do Carmo Sllva, de A lcncer do Sai, informa: ctA. s ignntiiri1\ da presente l't1t-ta vem pomnte V. Ex.", para que so diyne tornar p1tbl1co, po1 inlermédio do muit-0 licie, e nprecmdo rortn..-voz da cristnnc:iado porlugue..~a, o facto deverns mirnculo~o obiido em 13 de Jnnho de 192q, no tomnr u comunhào o muit-0 oopeciulmente n quando eia 1,ençào do S. Sacramento no Suntuario clo No$sn Senhorn ùo Rosii.rio da F1U.ima, ()Or 0<•11s1iio dn peregrinnçùo efoctuada. E o facto resume-se no seguinLO:

De>ido 19 do l\larço do 1924 que vinba sofrcmdo horr1vel111cnte da mao e hraço ehquordo, que se cncontrava comp}otainenlo ul<>ijado, paral:saclo. Recorri hnstas vez<'S ,, nc·çiio da sciencia, Clllanùo por ch111s vezes internada no ho~pita I do Sn nt~ l\[n rta, tla ciclade de Lisbon, sc>m quo melhoms, po11cas que fosM•m, c:onse~uisse obler. Sofri, corno digo, horroroHumento e, de ta l, ha conhecimento do todo o p1lhl:c-o closta vila qno teve ocnsiiio do V(>rificn r a minh,i desgraça. Mus, niio clE'Slltlpernnclo, animava-me a I<'é numa c·ura, e claf o':I rogo/i e preces quo fiz u Virgcm Nos~n Senhorn do Rosario de l!'iltim11, prC<'es quo, por sincerns, fornm om iclo11 e mo dera111 coragem :i , is:ta

Urna ap6stola de Fatima Reproduz1mos a seguir alguns periodos duma carta edificante escrita por urna distinta o p1ed0ta ~enl1orn da urquidiocese de Brnga. no rcigro:-t,o dum,~ sua viagem à oa,. pital•: 1C Pc•ço ornçÒ<'8 por um tuborculoso co.m qu<'m f1z a m111ha viagem a.té Nine, mM, coitndo, talvoz inn,i!l doent.e da alma. rio quo do corpo,-um descrento. Contou·mo a sua hi~l6rio. e quo peon me fez quando mo d1SS<', clepois do me ter d8S<'rito -acla a ma dornça, o numero de médicos •ue tinhn cou1111ltado, etc., e eu lhe procuntoi :'° tinha. ouvido falar em Nossa Senhora de l•'ail,ima: • 7'Ju 11<Io tcnho lt'é». Pobl'l'Rinho ! ('ontoi·l hl• nmitos milagrea de Fat,imn, pocll-lho qno lodo:i os dins rezasse trò!< A,·é lfariaH, implorando o dom da Fé. Proml'ti mandur-H1e agua de Noosa ISILOA DO CAF-MO SILVA, SMhom de Fatim:~ e ja. lh'a mandci junta.menlo t-<>m umn medu.lhinha e a oraçiio de Alcacer do Sai •uo a Snntfosima Virg,·m ensinou a.os pasM>rinhos c,O' mou J t·sus, perdoai-nos, etc,,. que fi11 ti Miie Sanlf81'ima no a ludido din Ele prometeu fn:rRr um,i novena o eu pro.. 1:3 do Junho dA 1928. Como rcfiro, <!epois de comungur senti moti pod1r :L ic">clrus as pessons da minha amizado que tmplornsscm da. Virgem Nos· melhornr ~ensh·clment.e, o a qu11ndo dn bonçiio solene do S. Sacromento ja. mechia 1& Senhora a sua cura. Quo <118 n~rnas p1edosa& supliquem fervo.. e seutia hom miio e braço até cntiio pa1'08llmente n convers1Lo drase infeliz e, se ralisados. ae alcançru-se a p;rnçn seria mais um milaE porque tal mi lngre so operou de molgre a l'egistnr na. rcVoz da Fatima» pam do a hoje gosa r de perfcita saude e sem maior honrn o gl6ria da nossa. SantfSBima dofeito, por e+.1ta forma e mais umn vez Hae do Céu. dou louvorcs a Virgem Nossa Scnhorn de !<'a.timo.. Fatima, a pérola de Portugal Que todos atentem neste facto que é do conhecimento gemi eia populaçùo olFatima, o. rninuscula. e singela aldeia caoerenRO !n alcandorada num dos contrafortes da serra de Aire, era. ainda houtem a mais igno- Hernla ra.da. dns ul,lcias de Portugal e o eeu no. José Pedroso de Sousa, de Vule do l•'ra. me bemdito ()('Òa hoje nos divcrsoe recantoe do mundo intoir<>, .unpond0-se a todoe de, fregesia da. Bnrosa (Leii:'.a), escreve oomo uma. esperança fogueira e uma en· o seguinte: «Como c-onsidero um milag,·e feito por canta.dora. proml'88a. Por toda n. purto, no velho e no novo Nossa Senhùra do Rosario da Fatimn, a mundo nas nnçoos cultas da Europa e dn <'lira de meu filho José, de idade de dois A.méri~ e nté nos sertoo,; adentro da Afri- :inos, peço a V.... se digne publicar, se ca. 0 nns ilhaa perdidas na imcnsidade do achar conveniente, o seguinte caso: Meu filho era quebrado desde pequeniOceano, 118 multidòee ,,oJta.m-Ee a.nsiosns para n, terra dns apariçòes e dos prodigi:os, no, o de rnda vez a padecer mais. Era horr(vel ve-lo aofrer tanta dor, que metia para. a Lourdes portuguesa.. E n Gloriosa Rainha do Céu, que escolhe d6. No dia 13 de Setembro de 1928 indo como lhe n.praz os tronos do seu amor e ou e minhn. mulher oom ele n Fatima, da 11u1\ 1111seric6rdin, pa~eoc- compr~ze;-s~ ne~ mesmo dia, pedimos com tanta fé, em rlerrnmnr graçns e bençaos prec1os1ss1- que Noss:\ Senhora do R osario de Fatima m11s sobro os seus filhos quoridos, que pcr- o curou completamente. Desde esse dia, tonC<'m a. diver1-ns nacionalidn.dcs e a in- nunca mais. o meu filho pndeceu. Assim como ta.mbém venho agradecer a T"()('a.m com confinnçn. e amor . Fatima, a Jenu;.aJem do Ocidcnte, é cl'oravante, mais cura da minha perna esquerda onde du_ que nunca, o p61o mnp;nético da8 a.lmas e ro.nte dois anos sofria duma infocçlio tero cerrtro ne atracçiio clos coraçòes, no uni- rivel que mo niio deixava. governar a viTerso ,inwiro. Essa terra, tao pobre e ha da. Graçua a Nossa &nhora do Rosario pouco tio dooconhecida., pode com razio de Fatima, fa:wndo a lavagem com a agua .er che.mo.da a Cidade do Rosario, como miracolosa e urna. novena , melhorei por Lourd0t1 é chamll{la a cidnde da Im acu- completo. la.da, e é Terdndeiramente e sera para Muito tenho a agrndecer a Nossa So'8mpro a uPerola de Portugafo. nhora do Rosario de Fatima t ifo grandes beneffoios. Vale do Frndo, 8 de dezembro de 1928» l'isconde de J{ 9ntelo

Purunculos e infecçio nos rins. u('heia cle reconhocimento para. co~ a. minha Queri<ln J\Iiie do Céo, niio posso por mais lem1~0 oc ultnr tantas graças e honoficios que 1\ Virgem SS. de Fatima me tem conc·cd ido 1 Vou nn rra r algumas do;;sa, graçns ( pois todas, seria impossi,·el !) para moior fervor e confiança dos fiéh, o muita honra e gloria a Maria So.ntft;11:mn. Durante tr& nnos sofri horrivelmento de furunculose, chegando a contar oiteutn f11r11nculos. Ja desanimadn, porquo londo re<·orriclo durante muito tempo :i medic ina, niio tinha termo tao grande mal, 11111 dia choin cle confiança, di&ie, ,·oltnch~ pnrn. umn imngem de Nossa 8&nbora do I•'atimn, que, se a minha Mii.o SS.mn me mclhornsso, eu voltnria a l<~atima ... 0 ' proclfgio I imedintamente fique1 cnradn, nùo tornando o. sofrer de tiio grande 111111. Devido ii urnn fort.e gl"ipo que me atacou a l11ringe 1 estive sem voz durante novo mozes. Re<·orri a medicina,, a. especinr listn~, mo• sem r osultndo, recorri de novo ,i prolecçii.o de Nossa. Senhorn. de l•'litima e a voz voltou logo, senti ndo-me completamente bom. Outrn, vez sentinclo-me muito doente da. ,·ista que durante triìa dinit e tret1 noites niio pude soce,zn r, 111; dores que me cnu11:wn. ti. cabe\"ll eram lerriveis, recorri com mu:tn confi11n~'sl a Nos~a Senborn. de Fatimn, pedinclo-Lhe me valesse e me lin-nsi.tl do tiio grande mal. JmediatnmentC' me senti hem, o que me cnnsou uma bi comoçiio, que niio pude deixar de exclamnr e m g litos, me~mo 8em querer: "esto11 c•urndn, cstou curo.eia» e todos em casa fi('arnm impressionndos com esto fado. .-\ 11lLi111.1 grnça que re<ehi foi a. cura clum ,dilhawo, rreanç,\ de cinco anos o meio, atoc·nrlo cl nmn infccçiio no,s rins. i-:~te,o 11111ilo mal e nté o proprio médiro clou cuiclaclo. Muito nfl:tn,' recorri a Nossa. Sonhora de Fatima por moio duma novenii o behe ndo ,i c-rennça n ogua de Ffitima, elo pr6prio pedia n. :igua quando se se nt ia m11i11 mal. No11sii Scnbora atendeu to ntns su1>lic11s o no fiin da novena. o menino estava livrE' de perigo, e para mcdo r <ledn raçiio clo mingre, teve orclem do médico llllrU se levantnr a 1irimoira ,·oz, no ,1;,, J,'J d8Sl!O mes, sem ninguém pons:ir on be h,mbrar quo dnta era essa I Estn p:raça foi concedida em outubro ult,imo, e promoti o Nossa Senhora ser assinante da «Voz de Fatima» o que ja fi?:, testomunhn mlo a, minha. eterna. gratidào parn com Nossa &nhora de Fatirna. Eli.,a do Resaale Ferreir,1. Helas, 11 do J n nei ro do 1929. - A F.x .11111 Sr.a D. Elisa do lle,igate l•'erreira é pesson piedosa l' digna, d'l t'r,L dito, e por isso creio verdadeiro tuclo o q no 1111 rra nl'sta ~u a carta. Li sbon, 12 de Janeiro cle 192') P.e ,intonio Rodrigues Soares»

Prova de gratidio «A' nunh:i Mlie mibericordiosissima quero erguor .~ mini.in voz bumilde, bem alt.o, µara proclnnrnr a infinita miseric6rdin., bondade e amor de nOE,Sa Miie querida N. S.a do Ro~ario clo Fatima, para com os sen'! de~gruçodos filhos; para que toclos quo lenhun, afliçòes, recorram a Eia cheioa ·le t·,,nfinn~u, porque Eia. ouve-nos npesar rin noli&u indigu1dade. Tn·e urna gn,ndo afliçii.o no dia 13 de Fevereiro c!e Hf.!8. Recorri chela. de ~peru nça a miflha Miìe, pedi ndo-Lbe quo mo ocudisse. ~ei o terc;-o e durante a. recitaçao dele por tr€i3 vo1.e8, senti corno que um balsamo percorrer-me toda., e presentia o sorribo da Virgcm, adejando $Obre mimi SenU1i uma olegria tio intima, que niio sei exp licn r I Fiz os minbos promcssas, e entra elas publicnr a (tl"aça recebido. no dia 13 de Fe,·ereiro de 1928, para que todos os que lesbem ei;tas simples frases, mas eternns ùe gratidào ti minha SS. Miie, a Eia. r&corram sempre em identicas circunstancias. A maia indigna da, tua! filha~"

LlçAO OPORTUNA Quem v,taitar o Mnseu da. Catedral de Seg6via., encontrn. entra oe varios quadroe a.li cx1stontes, um bastante impress101111.n_ te pela inevitavel meditaçao que o assunto oforEl(.-e. Naquela téla poz o nutor to.. da a realida.de da vdia, realidade que todoa oonhecom 1 mns que ali é aprooenta.dn. du_ mii mane1ra asma.go.dora. A um cadiiver quo a putrefaçii.o <»meçou a decompor, so.em de todos. oe Jadoe bichos onormes roendo por tocln. a. parte a caroo enegroctda e ninda envolta em re.stos de r,tcns roupngens. l!:' o as pecto repel~·nte e nauseabundo, dum corpo quo volveu à terra. Ao Indo, Ol:lLiio depoe,'tas ... nbn ndonadaa ... riquoza11 e hoornrias... o uro... um scétro r. ontras g16rias do mondo. E uma. frase que todos conhecem, m.aa que poucos aplicam, nflora aos la.b1oe oomo quo explicando o pensnmento que o autor ali concroctii;ou. De quo serve ao homem gnnhnr o mu11do rnteiro ... se deixa tudo à beira do tumulo? Esto qnndro lembrn. outro niio menos interessnnlo pois quo esse é vt\'ido ... ~· nn. Bélgica, numa abadtn. ero Louva1n. Qnom neln. cntrn, deparn com urna coisa que ftici lme nto podera pnssar despercebidn., mas quo uma. vez notad.a. é motivo de profundn s reflexoce. Na capela-m6r dii igreja conventual, ergue-~ do lado eia Ep1st-0la a cadeira do Padro Abado. E do la.do do Evangelho, em frenbe dc>sta cadeirn., ha um monumen.. to em forma. de tumulo donde pende urna. pia.ca de marmore, onde se veem gravados os nomes de todos os abades havid011 naquela. aboclia. Cada nome é segnido das dntos princ1pais da ~nn v1cl1i desde o naac11ncnto até Ì1. morte. A u lti ma linha escrita, esta tncomplet.41. E' quo ~e lò nela o nome do abnde existento :;cguido tamb<'m dalgumas datas, mns, de1xond<> moda em branco o soguida. <le, tròs pontinhos a pa lavra. com qne todas fiodaru: moneu ... ]~ aquelo padre, ~entaclo na sua cndeirn, tem continuame nte deanto dos olhoa nquehi l'ralle que lhe !ambra o dm em que n. suti poss~em desta v;tda. para a outra. o ira terminar, juntamc>nte com a pedra que ha..rle rolar sobre o Eeu tumulo. Que meditoçòos snlutnres aquela placa, lhe niio sugerir1L. Porque se eleva acim& dos outr06 pela d1gnidnde <le quo esta investido, mnts lembmclo lhe é, que ha-de voltar no p6 cl.a terra. E' o pensamento da morto, principio da. vicla eterna, orientando todn a. sua existencia. E' a luz da verdnde iluminando toda a. sua v1da. Ah I l'O todO<! 111)9 ('ompc-nctr:l,">emos bem da iclt-in de quo um dia hnn1mos de deixnr ludo o que é do mundo, romo a ori@tnçiio da nossa vida seria outrn ! Como nos dospirtamos do tuclo o que é vaidade, orgulho e amor pr6prio para. s6 nos reve!'tirmoe daquelos sentimontoe elvva. dos que s1io o apnnngio cùia a.lmns nobres I Como procurar1amoe nrranjar com ma.is ardor, tcsouros s1m, ma8 t(>souros daqu&les que longe do ficnrom à beira do tumulo, acomponham a alma nas regiòes eterDIIE,I e siio o penhor da bemaventura.nça I Pt:'nsemos na brovidade da vida em confronto oom a eternidade e, inoculemos bem fundo nn. nossa alma, os palavras que a santa J gr<ja na sua liturgia. poe dennte de n6s no dia de hoje: Memento, homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris. Ancilla Domini

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Contraria de Nossa Senhora do Rosario de Fatima

A 15 de J aneiro de 1928, foi cano nica· mente erecta pelo Ex.m0 e Rev.m 0 Senhor Bispo de Leiria, a Confrarin. de Nossa l:!enhorn, do R ooorto da Fatima. Até no presente nlio tomou, ta.lvez, ainda o d&aonvolvimento desejn.do por N06Sa. Senhora, vistos os fins altamente santos desta Confrnrini, c·omo l'0nstn dos estatu tos 1,ub~1eadoe na. •V6z da Fatima.» de Fevereiro de 1928. Dlii ante o ano do 1928, n receita proveniente das qu6tns o çsmola8 dos confrado,, entregue, no Seminario de Le1r1a, aoll membros gerentos desta associaçiio, foi de A verdadeira razio e a. verda.deira sa.- 1.763$20. A despeza no mesmo ano, com a impreAsiio de listas, patentes e outrns drsbedori a. é o saber moderar-se. peza.e, foi de 1.078$50, ho.vendo portnnto, Bouuet

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VOZ DA FATll'Y1A ra no menos duranté o tempo de t éri:.s. .As prim1cins e ni flores mais lindas levava-as sempre para as j11rras quo toloe:ava junto do Sacrario. E a visita nuquele dia. era mu1!> fervorosa Parecia que o Jlom .'T0i11s lh,• p11ga.va. logo em parto a sua delicndezn. Mas iis vezes passava-lhe nii aln111 ama nuvem de tristezn. Aquelas plantas a. que ele agorn dava tanto mimo, corno baviam de resistir as iotempér ies durante todo o tompo da SUA ausencia? E quasi choravu. no lembrar-so da maneira coino as encontrara, da maneirn como as encontraria sempre no princfpio de férins - cobertas de er,•ns daninhas umas seca& oulras qut1si, - t uclo aquilo a meter d6. M ns dumn. vez pnrou na sua Casna junto dum lincio cra,·eiro còr de rosa, em piena florescencia, a. quem ele tirava fo lhas se<'ru:, levantnva. as hastes cufdas e dava urna ,lisposiçiio ngruda voi o elega nté. Ergueu-se e fico u ponsativo a olha.r a.o - - -- - ---·-longo umn coisa. qne éle nào fitava, que Esmol1s obtldas e11 vtrlas lgre)as quando da dlatrlbulçao ele nem tilo pouco sabia. o que era.. Toldou-s&-lhe o olhnr e foi-se sent.ar no da • VOZ 0A FATIMA• banco onde toclos os dins ne crea nças da doutrina. o ,· inhnm cercar a turdinha. Na Tgreja. do SS. Coraçiio de E' qne as plantas do seu jardim fticilJesus, em Ltsboa, por mio da mento reverdeceriam 011 seriam substitufDespésa Ex.ma Snr." U. Morii\ l\fntilcle da dns mas aquelas do jardirn de Jesus ... tiio Transporté . . . . . . . . . . . . 136. 700$98 Cunha Xavior, em J)ezembro cle 1928 .......... . ................. . 26$30 tenrinhàij ... Papel, composi<·iio e irnpre..-aiio Quem as havia de a mparar e defender P Idem, idem, em J a noi ro de 1920 33$40 do n. 0 76 (51.000 exemphiTanto tempo aem terem quem lhes faree) ... ... ... ... . . . ... . .. 3.052$75 lasso de Jesus e lhes minoras~ a fome Selos, emhalllgem, t.rani;porde quo ja pegnvum n B('ntir... tee, gra,·uras e outras dOll- O snr. priorg pezas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 885$78 -1\Ias o Snr. prior niio chegnva para n.s encomendas. Sacrn.mentos, enterros, as I I I 110.012 51 missas ao rlomi::igo e clepois o serviço de Subscriçào escrituraçiio absorv1am-lhe o tempo todo. - Padre Nosso .. . Era porìsso quo ele o animM·a, e su&- Padre Nosso .. . j anc irc de 1928 pirava pelo diu em que ·"> vis~e subir os .. . que estais no céu .. . degruus do altar pois tencio na.va pedi-lo EnVJa.ram dez oscudos para. a ass1gnatu... que estais no céu .. . para. coadjutor. E nào bavin por nli mais ra, anua.J: Clara Mart1n.s de Cui.tro (Mou... ~ntificado seja o vosso nome .. . ninguém ... tinho), Maria Martins A. A.lme1<l1L e (."as... ~nntificado l!eja o vosso nome .. . Ha,•er? hn,•in ... mo s niio queriam. tro, P .e Antonio Doming u.._'tl Nunes, An- ... ... ... . ....... . t6nio Marques Serra, Antonio d'O,iveira Era ja a quarta o~· q~int~ ~·~z ·;;u~·iun- Iriarn secnr nquolas pluntazinhas. (40$00), .i\l11r1u llenriguet,a, Diat;, J uha. LO dum grupin ho de creançM eia sua al• Sottomu.1or , Mani\ Gu1lherm1ua. Samp:uo, deia urn seminnristà ropetia as pnlavras • • Joana de Meoezes (5$00), Maria do Car- sublimes di~ Ornçao Domi nica l para que da mo VinhOtl Cabntn 1 Bmilia. Ua.brito, V1oh\ repetiçiio aque.ln.& creancitus acabassem Aquela irleia negra mol o abandonava. liii.no. 1-tnllloti Sou.n.•s (20$00), 1rrederico por a aprondet' também. Augusto l<Jp;1·01as (50$00), Maria. d'AsDe vez em quundo u111a. la so di ,traf11 la ,de quundo um qunnclo. A'· bo ra ,In catcque~ relomava de or•umpçào Quoiroz d'Azevoclo (25$00). M~ :t olhar algum pussnrito que voava ou quo dinario aquilio semblnnté alegre e desa11111. Gabrie1{L do Souza. e Sth•a, Augusto ali pertinho sobro o.s Jaranjei ras cbili-eaPaizinho, JOl\,na. Segurado Cordeiro, Sii- va alegremento como a queror orar tam- nuvi ado :i que O!I seus olhos negros e funTestre .lkrn arcloe da Custodia Director da hém com a 11ua. voz cristali na e encan- dos imprimiam urna nota de muitn mi>, guice. Oasa de Saude, de S. J oào de b~us do Bar~ tadora. E ap6s aquela. ei;pooio de rosumo I:\ prii:'~· JObefa. C~tanhesra,_ Ma.ria ~an~da l\{~ por mait1 distracçòes nunca dram nsoonool06, 1 .e Jouq,uim J! erreira Gon- <> mestre perder u pariència· nuoca o ~e.n tica. com que elo encerrava a sua ltçào ~alves das Neves, Rosa de Jeeus Loite ro-;to perdeu aqueln. linha ~unve em cu- ia brincnr e chilrear rom oloe. A natureza pujanté de vida nos millia(20$~), ~.e Uomsng06 José da. (?osta I ja dsta as c-reaoça1, !i8 1>ronùiam e deleirais -r-erd&-oscuros de nltivas ban,!e1ra8 .A.rauJo, Albma. Torres, Manuel Antonio do tanim imen . t Vale Torres, D1onir,1J1. Que1jinho, Genoveva. , ~:-iu,vr, e . erguidns, nos parnpano!> das videiras emFarinha, Abil Oil Ferriio, J oaquina das Era . por isso que elns progredrn~ a balsando-se ema111nha.damente, no ar -li.iDòres Santos Nunes, Olga Pinhe:ro Mor oi- olhos nstos. De semana a ~emana abriam- fa.no que ali e re.'>pirnva, no cantar arra Ra.agel Agostinho d'Oliveira Coneia. ~&-J.h~ denot~ nc.vos ltor17c,n tes pelo cu- gentino e <;onoro que irrompia clenire n.s • Sa., .l\fu.rfa. Cnrneiro Lopcs Ma.rtins, Ma- 1~~ec1me n~ .,u m,, s nlg 111L1a . ,erda?e cup terra.a - conviclava a enquadrar-se e cnnna Amalia Pirea Carneiro de Abreu lor~ula cu1·1,L.l<h·i1,1,•11_M ..,,,.11C'adu ole Lhf's ta.r e gozar e folgar também. (~0fOO) Mario. Martin.a Moreira. de Cu- a f1xn.nrlo ·1, memo1·1a . E ele snbendo que !ho niio proib" a a tro, Marge,ricla Lopl'S cla 8slva (20$00). I Aquele 6 rup1:11u re11.n1•lu n~~lm . em virtude desde quo o fizesse no Senhor, Ma.rin. José 8 Ma,; 11 J ul iu. Ueu nques, ,·olta ùo seu mestro faz1~ evocar a 1ma- acorria. preSllu~oso ao chnmomento da naM:aria. da. Luz P ercira. Rodrigues, Amelia g?m suave ·]o J esus Mo111no entr:1 oa mc- tureza.. Bra.ziio· Mnchado P.e Daniel Cn.rreira. Ra- mnoa da sua terrn 01;1 mn1s tarrle d1;1ranFolgnva tamh6m ... na, El!DliM du. cJruz Corte (50$00), Mai·ia te o te~po eia. sua v1dn puh!i,·..t eni;.m:rnOlimpia Margn.ritùi Rito. dos Sautos do os d1!lefpulos. • (20$W), Elvira do <.:arvo.lho (20$00), Mar . Dir....'-6-hia que _o brindo npen:ts r,ara -i • • ria Eduardn. Vasquoe da. Cunha. de Len- v1d11. _ aquelas nlm1tas <'mbnlqàsnav~m JB. o caatre Joaqim Pere1ra. , Anibal Mata. a.mb1onte com o seu todo de mO<'ent~ Foi asr.im que, creanço. entre os crean_ . (12$00) , Armanda. Med in'a, Maril\ da. AB- ca ndura. ças - o foi tlncontrnr uma senbora do S<!U 1umpçiio Souza. .P1nto, .Ana. da Costa., LuE o eoraçuo 111-se poulO a pouco abra- lugar e que as rnzes gostava de trocar crecia de Jesus Leitiio (20$00), Rooa. d 'Ol'i- sando em nmor por aqnelo J esus '.le quem impre!l.~òes com ele. Yeira Miranda. (15$00), J OtJé Lourenço o jovem mestre debrnndo por vezes a ariNaquele dia viera. mais redo. Fora sem Ferniio P1res (20$00). Luizu. Guimariies, dez clas f6rmulas lhes fnlnva longamonte dizer nadl\ até ao seu locnl favorito onde Antonio Joi:;é Rodr1gues Per~1ra, Mnrgari· E corno ;.Je falnva I . a famiia di!>Sera que èle estava a enainar da Martins (20$00), Carolina. cla. Silva Ah I Entiio niio ho.via. distracçòee. Ena- a cloutrina.. Oliveira (20$00), Perpetua. Furtado Perei,. morndo por J8ilus enamorava d'Ele tam- Dela doutrina, si,n senhor I... Ora ra d06 H.eis, Venrna. Alves P eixoto, Berta bém aquelns creancinhns a quem parecia assim é quo é ensi nar I. .. Pert1ira. Teixeira. do Ai'tncida. (20$00), Mn.- sempre curto o témpo desses entreteni-Tudo 6 preciso, miobn senhora, dis r.ia. Loreto Sara1va, Carlota Cardoso de mentos. èle vi ndo-lhe no encoutro parn a. cumpriAlmeidl\ Vaz Prnto Geraldee, Ricardo Asism é que mal bolbuciuvam ainda. o me ntar. Da-me liconça que despeça 11, miCa.rclOl:IO de Almeida., Antonia da Conceiçào T'adre Nosso ~ ja cons.eguiam estar de-nha pequenada? Evariato, Ge rtrudes Rogo Cordeiro, Julia votamenté dea nté do Jeans Sacramenta.do - Como quizer. Mas a miro niio me inEliza .l'into Valenté, Mnria. d._:18 Dòres que sabiam esconder-se por amor delas de_ comodapi. A té gosto do os ver brincar. Ferll?-ndes :i'edro~, Assumpçao Lucas, baixo dns aparencins daquela ostiazinhn - Ja brincamos muito. Anto10 Gorc1a, .Msguel .Antunes, Ernesto que as pessoar, grandos iam receber. E - Pareco-o. Pela maneira corno eata da. Cunha._ .Arauio, Amel~a. da .Cunha B_r0- anelavam ja com toda. a força do seu c<lehado, Joao Honr1que d ArauJo, Gualdrna raçiio virginal pelo dia om que O irinm r.uado. - Podem fazor fnltn aos pais. Faz.-se de Quciroz (29$00),. P.o .Ben_~ da. Si~va também recebor. noité ; é proci~ que eles acarretém lenha Bravo, l<'ranolSCO Pmto, Ab1ho Mart1ns e agua. para a cosi nha, niio é P doe Santos P .o Miguel Jorge, Antonio • E voltando-se para os pequenos que tiRodriguCB Coelh~. Manuel Antonio Ribeiro • • nham ficado quasi parndos na ausencia (20i00), Elvira v 1dal Pnulioo, .Alcina Jte... do seu chefe: go de Bourbou {Lindoso), :;'mili:i. l\Ioita De onvolta com &tas t.enrn<i 11lnntas do - Podem retirar-r,e. Viio direitinbos a (15$00) P.e Manuel .l!'ranrisco dos Sao~ toa, Albino Cardoso, Ernesto C'ardoso AI- jardim de Josus esta.vam por ali em vnsos casa e viio dci,iressa. Até amanhii. se Deus Yee, P.e J oaqoim Gon~-ves Oins, P.e Jo- e pela terra muitas plantas dum jnrdim- quizer. - Até amnnhii se Deus quizer. eé de Ceiça, Amelio JJuarte de C'nrvalho zito que nas horns vagas o seminarista. ia (20$00), Ma.ria Otilia Rocha , Manuel rr- cultiva ndo. • Bentin-ae bem ocupando o tempo oeibano Alves (15$00), Ma.ria Emilio TCJxei• • n, Mo.ria. Rodrigues, '1elm1ro Pinheiro rla. tes espairecimentos o ora. com p1·a1.er .:pie Fon8'\Ca., Adelaido Sofia Preg<> L ira, Julio via crescer, dese nvolver-se e fiorir cada - O Senhor o rrep<'nde->18. I Padrio, Maria d11 Maga 1hii-,s n1hroe, Emi- uma clas pianta& que ole puzora ou cuida-

fa•or da Confrl\ri & um ~Ili lo pc~itil·o ile 689,70. Como, scgundo o artil(o 4. 0 clos ..-tatutos mota.de deste s.ilrlo dern ser .aplicado 'na. cel<'brnçiio do MissM segundo -es (ins cla Confrarta., fornm maodo.dos a.o Ex.mo Senhor Pntrinrca. de Lisboa 342$00 para oorem oelebrnd11tt por seu clero 57 missas cln. eemoln. dc 6$00. Os restantes 347$71) ficom ~m podor da chrecçiio para fina uteis i\ coufraria, conforme o art,igo 4. 0 dos estn tutos da mesma. Seria mu1 to pnru des(•jnr, quo muito mais pessoas se 111screvossem 1101,ta e-on fraria. que tem em v1stn, nao propriamente .arranjar drnho1ro, mas sobretudo I\ converaìo clos pec-adorea, o cumprimonto dos preoeitos tle Deus e da Tgreja, e a. santifica,~o doo confraclea p-0la priitica. do. Uomunbiio e parl:l<'ipnçiio d0t, sacrificios, boas obras e morti fwaçòes do~ doentinhos. Esta actunlmente, por ordem do Ex.m 0 Prelado, •nca rregn<lo cl:\ ndmini11trnçuo desta Confraria., o R ev.o P .e Ant6nio dOR Re1s-Se111inario de Lcina, a q110m podem wr d1rigidas as n<'<·l"'-~l\r111s con-e11ponclencias. •in

lia.J,eito da ()osta Faria, Antonio Fernandee Braga, Maria Rosa de Almeida, Mal'ia. R01111. de Almeida, Beatriz l\laria da Conceiçiio, J. Vioento (25$00), Adriano Venancio Coelho, Mo.rinna J.!'ale1ro Meira Ht:.rminia Forre1ra. Lencastre, Jos~ Augus: to ~arques e Melo (20$00), Julio Ribeiro da Stiva., Arm,lnda Le1lt'nstre e Bilva., An~ 01ma, Joaquitn Santiago, Elias da. Silva. Machndo (50$00). De J ornais: Jonquim eia Bilva Carvalho 77_$80; Dr. Sabino Mnrques, 70$00; Zul: mira. Galhardo, 70$00; Maria. d11a Dòrea 'l'avnres de So usa., 65$50; ?.I aria Adelaide de Marqucs de Souza.; 40$-1 5; Luciano Leandro Pfree, 170$00; Eugenia. cl& Nobrega., 626$00; l\laria do Carmo L. Bazilio, 21$70 Heriquetn Godinho 40$00 · Antonio Soaree Monteiro, 50$00; Elm1n'a da Cruz Oort.e, 150$00; T' .(' Evaristo Carreiro Gouveia, 60$00 ; Mana 01! de C. Novoo 150$00; Julio A. de Ass1s, 50$00; Ameh~ Soares, 61$00; Augusto C'o~me, 50$00.

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-----------. Voz da Fatima

Amoros no iar~inoiro

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3 -

De què?

- De que? I Destes oxOOt1Sos que faz• !sto canso-o, prostra-o. Niio ve corno 88ta esfalfado? - ! sto é hoje. - E' hoje, foi ontem, serit amanha e todos os dina até quo o médico o pro1ba por completo mas quando ja talvez niio tiver reméd io. - Vero hoje muito trtiiiica. Deixemos esso assunto quo niio i nte101;sn. -Niio interessa P Pois o senhor niio vem a férias para descansnr? - Sim e "ntiio? - E entào é assim que entende ,teecanwir? O seminarista tomou nm ar recolhido e gra,·e e retornou-lbo em tom seguro: - Sim, minha. senhora, eu del!Canso a trabalhar. - Isso é contra.dit6rio. - Perdii.o. E' que bn trnbalhos que Ml fa.zem com tal prazer qne descansamru. entregando-nos a eloa. -

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- Este é um rlesses trahalhos. Gozo e descanso no meio delo. - DevérasP - Devéraa. - Sim, mue o sonhor confundo o descanso do corpo com o goso e o prazer da alma. Eu admito que sinta uro pruzer espiritual mas ha-de conceder que fica f isicamente can!lltdo. - Fico, la isso é vordade. Mns é tao grande a com;olaçiio que 11into que até dis_ farça o cansaç(). Ah I Se soubeR~e que inl·favel gozo sinto nesté hurnildo mister de cntequbta P Sinto-me padre por rnomentos antes de o ser: - Padre? Nn imo11:inaçiio ... - Mais. P adre quere dizer pai E eu no formar pouco n pouco na piedade e no conl1ecimento de Oeus estas nlminhas em botiio, sinto cloeportar dentro dalma todo o afecto torlo o amor duma patMnide.de e~piritual. E experimN1to 11s graçus especiais quo o Senhor porisso me concedo. E pemmr en qne I.odo~ os fiéis podiam assim pnrticipnr de1>t1i patornidade formando as almas para Deus ... Ah I Nào queira. tirar-me o enlevo da minha. vida do férias. Siio 011 mais belos momentos eia minhn. vid1L cle cada dia. depois da Sagrado. C'omunhao, em que' me vejo elel'n<lo a rl1gnulude de cqopera<lor da. Dinndncle. l sto quant.o a 11tì111. - Quanto a si ? E a 11ua sa ude? - Sim, porque, quanto a elas... niio terin a. coragem de as deixar agora P - Porquè? Fez algum contracto? - Niio, minha senhora. Mas, diga.-me, niio é urna. dor de alma ver um engeitadinho? Pois estaa creandtaa serinm Ullll engeitadinho!> espirituais. Nii.o, niio posso deixa-las. Bem baata que o sejam duranté o tempo em gue estou no Semina.rio. Que tristéza. niio bavor nqui ninguém que queira colnborar com os sacerdote. dando Jesui; lis nlrnas I - 1\-Ias entiio que é preciso para. ser catequista? - Uro nadn. C'onh8C'er bem a. doutrina cristi, senti-la, vive-la. - Pois bem, com a ajuda de Deus ou vou começar a ensinnr o 1,eu grupinho e continuaroi pelo ano fora. Ma_,, o senbor vai dl!8('a nsa r. - .Agora sìm, com muita. p<'ne. e prazer: pena de 0b a.bandonar, prazer de cbamar urna. alma. a eete apostolndo. Mas rescansar por um pou<'O 11penas a ganhar novos brios para a minha futura. vidi\ sacerdotnl.

J a la viio seis anos desde o dia em que se pa-ssou eflta. scono.. O semino.rista cle entiio é hoje sacerdote e trahalha com afinco e cre.,conte ardor no grande ohra da cateq uese na sua freguesia, convencido de que é elo. a primoira e 11111is urgente obra pnroquio.l. A s1> nhorn, 0t!lla la continua. na sua fainn, ~rn to. ao Senhor por um dia Lhe ter feito encontrnr o meio de, entre flores, com trabnlho aturado ... e abundantee consolnçòes, o poder servir mais perfeit..mente. Que surja.m imitadorll6 naa mais pequenas e humildes aldeiaa corno uos grandee centros para. levar JOliua aa ol111as de tnntas crea.nças e tantos ndulto3 11ue O niio conhecem I

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VOZ DA FATIMA

Cuidado!

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O ccEl Dio de Palencia» trouxe a. 98guinte narraçao, feita em euas colnnas pelo Dr. Pinel de Arrila: uEmquanto prégava com ridente entusiasmo o sacerdote palenLino P.e .Joao Martin, deplorando amargamente oe frequentes e gravee pecadoe que se cometem hoje, particularmente com a blasfémia e a profanaçao dOB domingos, com o luxo o a imodéetia do traje daa senhoras, quasi nuas nas igrejas, a cor branca da Santa ima.gem de Cristo in-se mu.dando em pardo escuro e exactamente •o momento em que o pré11:ador pronunciava o. fra.se comum, isto é, que um centimetro ,naia de decote e wm cenUmeh-o ,nenoa de saia condttuiriam um ofensa cio pudor pu,blico, punivel pelo c6diao 'pe•al, a cor do. imagem tornou-ee quasi preta. e produ!.5ÌU ao redor de si tamanha. escuridao que fa.zia desaparecer ae duna Jampadaa eléct1jca.s que projectavam Juz 11obre a imagem. · 01 01h01 do Crucifixo continuavam a \rilbar 'f'ivamente, porém com um sinistro fulgor. E aqueles olhos tao meigos e Tesignados, mudaram-se num olhar duro e ameaçador, a ponto de muitos dos circuneta.ntee romperem em fortes gritos de perda.o e em pr op6sitos de a.rrepend1mento, ca.indo de joel.hos como se foeseJP impelidoe por urna força. ocnJta, irresistivel.»

A EUCARISTIA E O CEU Santa Teresa aparece ao P .e J eronimo Graciano no 1. domingo de Quaresma de 1583 e diz-lhe ( é ele mesmo que conta) «N6s que estamos no Ceu e v6s que estaes na terra, deTemos ser a mesma coisa em pureza e amor; n6s, gozando, v6s sofrendo. O que n6s fazemos aqui com a eseencia divina deveis v6s fazer ahi com o Santissimo Sacramento. Dizei iato a todas as minhas filhas. » Esta -.isao niio durou sena.o uro instante mas deixou impressos no meu coraçao quatro desejos: o de conservar a pureza cla alma e de amar a Deus e ao proximo, o de sofrer por J esus Cristo e o de louvar e honrar o Santissimo Sacramento. Estas quatro coisas teem sido para miro, desde entao, a fonte de um grande bem. 0

••• (A missa ao domingo, para muitos crista os) Ha, por esse mundo além, pessons que pensam far.er um grande Jcnior a Deus indo passar uns escassos vinte minutos à igreja. ao domingo, à hora da Mis1m rezada. Ha, entro éles, mnitos que nào fazem aenhuma ideia. do que se passa oa sua presença, nem do qne seja a MiBSa. Vém por uro 1Jelho hdbito, tal qual corno iriam à feira ou a casa duma pessoo. estranha. Passnm todo aquele tempo a pensar nos seus neg6ci011, a olhnr e a conversar. Outros, conservnm a.i nda uma vaga lembro.nça do que aprenderam nas instruçoes do ca.taciamo e desejam cumprir um acto religioso. Mas que desdenhoso desleixo 1 Chegn-se o maia tarde posaivel, nem livro de oraçoes nem terço. Ajoelha.-se um instante à elevaçii.o, mais vezes com um s6 joelbo que com oe dois, na posiçio mais indelicada e desrespeitosa poseivel. Outro dorme ou examinn curiosa e minuciosamente todoa os que entram e aaem. Faz-se barulbo, escarra-ae, mostram-se ainais de impaciencia. e de nbor· recimento. E corno nlio 1.eem nada que dizer n Nosso Senhor, mnl o ultimo evanp:elho começa id ele3 estao /ora da iorefa. Pobres cridtlios I Que va.lor pode ter deante de Deus uma J\fissa. ouvida ll8Sim P V6s todosl. que lérdes 81!8as linhas, examinae se na.o tendes a.lguma falta semel hante a pesar na. vossa. consciancia e lembrai-vos de que o sacrifkio da Missa é o mesmo da cruz e que emquanto .Jesus 88ta no altar a imolar-se por v6s, m<ll!lt:raes v6e que, longe de 1h 10 agr adecer , •ilo s6 lh'o nào · agradeceis mas vos moa•

trw aborrecidoe e desprezaia o seu amor. O que é certo é que dentro em pouco, E nio ha na.da que mais doa do que as- de louco corno eia suspeitava, eeu ma.rido ta folta de gratidiio, de indiferença, des- pa.recia agora um santo, pois nio sahia prezo e quasi bostilidade. da suo. boca nma palavra inconveniente. Tu, que tanto.a vezes tens sido ca.usa das dores e 'anguetias de tua esposa, escandalo de teus inocentes filbos e assunto de conversa para teus vi.sinhos, ~a.o preci2ae de roinper os bolsos com pedras. Basta que façns uma. confissiio nos devidos termoa e seras a alegria. do lar do. mestico, cuja. honra, bem estar e reputa(Carta de M. Leon Harmel a suo. fi- çii.o dependem do ten procedimento lha., religiosa clarissa) «Neetes tristes tempos ha como que ------@«---um d_iluvio de pecados que cobrem a.té o.a m&1e altas montanhas. Tu entro.ate na arca e eu aqui fiquei no meu pobre Ollquife. Tu esoolheste a melhor parte e a mais segura. Estou no meio do pecado vivo a lutar Nos arredores d'urna cidade, depois e a ser vencido. O men co:açao esté. nuda miua do domingo : ma. dor continua. Nio s6mente o amor -A tua vinha esta atacada e pernao é amado, mas é a cada momento ultrajado e cruelmente ferido. dida pelo mildio1 L uto oontra o pecado, mae alguma9 veBastante. E a tua? zee a minba impoténcia me despedaça. - l n f elizmente, muito, tambem. .As minbas miserias pessoo.is anmentadas -Ora ahi esta : tu vais a egreja com todas as mieérias que me rodeiam constituem nm peeo dema8iado forte pa- sempre e eu nunca e afinal somos ra 08 meus fracoe OJil.bros. perante Deus iguais na desgraça. Esta. é o. raziio porque eu peço o teu -Ahi meu caro amigo, o que poauxHio. Torna sobre ti o meu fardo. Caré a f alta do cump-rimento dos dera rega-te dos pecado8 que me incumbom a teus deveres para com Deus, ser a fim de que a miseric6rdia os apague. Porque é que oe ca.minhos do inferno causa da minha inf elici<laile e da vao tii.o cheios P Porque é que os ouvidos tua. da nossa alma estiio tiio dilacerados por Bastam os peoados de alguns pamedonhas qul'lixas, gritoe de dor repercutidos peloe ecos da Eternidade? Porqne ra atrairem do ceu o castigo sobre .Jesue Cristo niio tem cooperadores sufi- uma povoaçfio. oientes. Nii.o ha porta-pecados que cheNeste mundo, o inocente e o culguem e nas pra.ias da Eternidade .Jeeue estende para os seus fiéis os seus braços pado sfio as vezes confundidos na suplicantea, conjurando-os a vir em seu mesma prova. auxilio. Deus da, é verdade, neste mrundo Pobrce pocadores I Nao viram ainda a alguma recompen&a a uns e algum l uz ou, se a conheceram, vioram nuvens, nuvens das paixoes, nuvens de obsta.cu- castigo aos outro3 mas so depois d esta vida é que Ele dara, e para sem108 voluntarioe ... Quando eu olho para miro meemo, sin- pre, a cada um o que rigorosamento-me cheio de terna picdade para com te merecer. os peca.dores. .Julgo-me capa.z de cometer todos 011 cri)Des que eles oometeram ... Sem a mio de Deue a amparar-me eu terio. rolado noe mais profundos abismos, porque, diga-se toda a verdade, en sintomo o peior e mais corrompido dos homens. Niio é,. pois, de mais que eu me uHa anos (diz Braz Alves, cita.do pelo consagre à salvo.çiio dos pecadores para .Mensaoeiro do S. Roaario, de Ubera.ba,paga.r a minha. divida de gratidlio a Minas-Brazil), quando em viagem pela Belgica. - tive a oportunidade de me hosDens, meu Salvador. Umo, alma sal11a, , uma fl6r que du- pedar em casa de urna do.e familias mais rante toda a eternidade encantard o& ricas e nobres duma. importante cidade. olhos e o coraçao do Muito-Amo.do. Depois do almoço, disse-me a dona da Tu nceitaste eeta missii.o, minha filhi- cnsa: uSen;or Padre, a nossa ceia. é as nh&, e queres (niio é verdade?), dar-me sete da tarde, para o que V. Rev.• nos todos os teus bene presentes e futuros dara a honra do. sua presença. Um quarpara os meus pobres, muito amados, 08 to de bora antes da. se nm sino.I com a operarios da fabrica, à sa.lvaçiio dos campa.inha, mas V . Rev.• nii.o precisa de quaie Deus legou a nossa famflia e as se incomodar. n0St1as vidas. Faz propaganda e trata de E' o sina) para o terço que, todas as me arranjar para-raioe, di11:o, pa.r a-peca- tardes, costumamos rezar em coJDnm com dos, porque tenho uma carga imenea de- todas as pessoas de casa.11 les a dividir.» Eu porem - continua o sacerdote - ao ouvir o toque da campo.inha, nii.o pude 1osistir ao desejo de assistir, nqnele terço em fnmilia e dirigi-me para a sola de janta.r Es·pectaculo edificante! Lt\ estava o rico e nobre senhor ajoeA um blaafemo e praguejndor que niio lhado, tendo a seu Jado os filbos. La esnchava meio de emendar-se, mandou o tava a dona ila cMa ajoelhadn com suas confessor que, por cada praga ou obsce- filhas. nidade que vomitasse, metesse uina peLa estavnm os creados e creadas todra no bolso. das, excepto o.penne a que tinhn de preAceitou o bomem a penitencia e tratou parar :i ceia. de a cumprir. O nobre senhor reza.va o terço adeanMas tantas eraro as pedras, que os te e os outros rcspondiam ero coro, devobqlsos ja nii.o resietiam. tamente, corno fi lhos do mesmo pae do A mulher que todos os dia.e tinha de Ceu nii.o obstanto a gTande diferença de remenda-laa repreendia o mo.rido que jul- posiçiio socia I. gava tivesse perdido o juizo. Eu ta.mbem me ajoelhei e rezei junta«Cala_t~ (dizia. ele), eu bem sei o que mente. E o que senti em minha alma, faço.n durante essa orac:ii.o, impossivel é descreComo se depreende, a resposta nlio ex- ve•lo. Somente posso dizer que aquele terplicava no.da e a :inulher cada vez esta.va ço o rezei bem, r ezei-o fervorosamente mais convencida da maluquice do mo.rido. pelos meus paroquianos, e pensai comigo Nesta convicçiio narr ava a sua desgraço. se eu soubesse que em todas as familiaa lis vi.<linhas, pois que o marido todos os da minha paroquia, todas as noites, se dias lhe trazia para casa os bolBos cbeios reza.va o terço om comum e tiio devota.do pedras. mente corno nesta familia, creio que eu Mas o que mais a preocupava. era o seria o mais feliz dos parocos. fim de tal misterio. Belo exemplo, sem duvida I UJDa. fami"Quem sa.be (dizia eia) se ele Dii.o tera lia. sincera.mente catolica sobre a qual a intençiio de in.e fazer pagar as arrelias bao de descer em abundancia a.s bençii.os que lhe tenho causo.do durante tantos de Deus, pois é impossivel qne o Cou n io anos ! ... » se comova. a vista do espectaculo consoObservou, porem, que as pedras come- lndor duma. familia inteira diaria.mente çava.m a eer menoa e iam diminuindo gra- pr ostr ada em fervorosa e santa ora~io.» Graças a Deus ha. em P ortugal, e elD dualmente. Refeita do eusto, contou as vizinhas que seu inarido ia melborando. especial na nossa Diocese, muitas fre-

Em face do pecado Todos apostolos

omlstério da solidariedade humana

OTERçO EM FAMILIA

Obolso de pedras

guesias, inteiras, onde quasi ni• ba fa-. milio. onde se niio reze o terço em cero~, 11obretudo no tempo em qu• os serviços agricolas siio menos intensoe. A' ido. e volta do tra.balbo e aU d11_ rante ele, la pelo meio dos ca.mp011, ba. muito quem o reze. Talvez dahi venha a manifesta proteo, çio de N. San.bora é. nossn. querida Patria e o seu apa.recizn.ento aos pastori. nhos d 'A ljustrel.

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- AMISSA DUM SANTO -

Levaram um dia a S. Filipe Nery quatro judeus para este os converter. O santo acolheu-os com muitas caricias sem lhes tocar em religiao. Passados alguns dias pediu-lhes que se encomendassem ao Deus de Abrahao, de Isaac e de J acob para que lhes inspirasse o conhecimento da verdadeira fé. Depqis, levado por um grande amor de Deus, acrescentou: «eu amanhà, a Missa, pedirei por v6s e farei violencia a Deus. • A uma outra pessoa disse ele : «Amanhi, durante a Missa, vao dizer o Blm.»

Veio o outro dia mas os judeus es* tavam mais renitentes que nunca e até, depois de muitas horas de discussao, sentiram-se mais finn.es na sua opiniao. Mas, coisa admiravel, durante a Missa de S. Filipe Nery, sentiram-se subitamente mudados & cheios de alegria, pediram para se fazerem cristlios.

Agora, escolha ... A doente. -Meu caro doutor, seja franco e avise-me em caso de perigo. O medlico. - Nlio me atreveria a dizer-lho, mas jti que m'o pede, sarei franco. O medico. - O seu ~ é muito grave. A doente. - Espero que me dara um remedio energico. O medico - Assiro o desojo, e o meu primeiro conselho é qne se confesse. A doente. - Entìio parec&-lhe que iato est& perdido? O medico. - Perclido nao, mas ~tn em gra.ve perigo. A doonte- Olhe, doutor: isso de confissiio, tanto se me da corno se me deu . Para mim todas ns i.-eligioes siio boae. O medico. - Niio quero ngora. di.!-Outir isso. Olhe: aqui tem urna lista de remedios. Faça. favor de escolher, e com urgencia, o que lhe parecer melbor. A doente. - Escolher? Eu ? Mas corno bei de sa ber o quo mais me convém? O medico - Ora, adeus I Escolha UDl qualquer, porque se todas as religioes ~o boas para a sua alma todos os remédioa devem ser bons para o eeu corpo.

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LIVROS PROIBIDOS Pedro - Iato de prohibir a leitura de cortoe livros e pol-os no inde::r: é urna barbaridade incrivel e uma ofensa sem nome à. nossa l ibordade natur al: Se eu fosse Pnpa. a.cabava com tal pr ohlbiçiio. .Jolio. - Da-,:ne lioonça para e&te oferecer este i vro a sua fil ba P Pedro folboia-o e acbo. qne é obsceno. - Como se atreve o senhor a propor-me urna coiso. destas? J oii.o - Da-me licença para ofei:ecer este livro a sua filha? Pedro folheia-o e acha que é obsceno. oonte niio posso permitir que ]eia taes porcariru.. .Joiio - E entiio queria que o Papa, que é pne Pspiritunl de todos os inocentee, o permitisse P

.....

Vaictaàe é seguir os apetites da carne, e deaejar o que depois ha-de aer motivo de arrepenctimento e grave castigo. Vaidode é eaperar e rleaejar vida larga, e cuictar pouoo de que aeja b6a. Vaidacte é s6mente atender a csla vida, e nllo pre'llenir para a fu,fora. Muito oòra quem ,nuito ama. Muito far. quem t'Udo taz bem. (Da lroitaçiio de Or~to)


' A.:n.o

(COA-\

Dire.tor, Proprietari, , Editor: -

N.0 7 8

Lei.ria., l.3 de lv.1.a.rço de l.929

V:CI

APROVAOÀO

BOLBl!!!UA.8TICA.)

Dr. Manuel Marques dos Santos

Ad11ini1t11d1r: -- Padre Manuel Pereira da Silva

Composto e Impresso na Unii.o 0rafica, RII d1 Santa 111111, 150-152 - Llsboa.

.CRÒNICA Avlda religiosa nos santuarios N~ dia treze de Fe,·ereiro ultimo, -meroè do tempo agreste e chuvoso que fazia, a.. c:om'}moraçiio offoial das apari-çoes e dos suC01>-'ios marav11hoi,os realtzou.se, pela segunda •,ez, om re,••nto fccha~:> .sendo a ultima. no. linda o va~.:a ;g1·ojn da Penitenc1,ui1. O t•,1ie11rlario E>clai1iastico marcava uésse dia a ,,uarca. feira de Cinzo. O 1,om festivo dns solenidados tradicionais oaanva-so adm1rnvelmonte bem <:om o roxo do~ paramentos lit11rgicos e oom o ambiento do suave triste~a que as preces e os rito!< da l greja criavnm entio naquele locai bemclito. Va i comoç_ir uma das quadras mais importantes do nno religioso, o santo tempo da Quaresma, quo nos recorda os quaronta dias que J esus passou no deserto, ornn<lo, jejunndo e triunfando do demonio. E' um tempo de oraçiio e de penitencia, é umn épocii do roforma e de santi ficaç:lo. Eis agoro. o tempo favoravel, eis agora os dias de salvaçiio, corno proclama a lgreia, sen·indo-se das palnvras do Ap6stolo das gonte:s. Neste perfodo abençoado do ano, '>S fiéis aproximam-se mais veZO'i e colU mais fervor dos sacramentos da. Penitén(•ia e da Eucaristia, que siio a fonte pereno e i nexgotavel de toda a graça e de toda. a santidade ... E ao raiar u estaçii.o encantadora da Primavera, aR almas, j ti purificadas no <:a.dinho 1111lu Lar eia contriçìio o nutridas com· a carne sncrosanLn. do Cordoiro sem mo.ncha, exultam cheins do j ubilo, corno a n atureza, que ostenta as suna galas mais ricaa e mais formosas, desab1·ochando em flores o desentra nhando-se om perfumes, e cantam com entusi11smo os hosanas e as aleluias da Resurreiçao. Efectuaram-so, 111\ forma costumada, as duas procissòes para a copduçii.o da veneranda Imagem de Nosaa Senhora do Rosario da capeln dns Apariçòes para a igreja da P enitencinria. e reconduçii.o da mesma Imngem dn igrejn para n capela. A missa do~ doontes, cujo numero era muito reduzido, foi cclebrada ao meiodia solar no nlt1ir-mor da igrejn da Penitenciaria. Prèp;ou no fim o rev.do d r. Marques dos Santos, professor no Seminario de Leiria o cap3liio da As.soci1tçiio dos servos de Nossa Son horn do Rosario de Fatima, que tomou pom tomn da sua instruçao a. n80<'ssidade do arropondimento o a pnitica da vi r-tude da ponitoncia, recomendada pela l:lantissima Virgom aos pastorinbos do A ljustrel e oncarocida pela Santa Igrojc. nas diferentes pa.rt0t1 da missa e do oficio do dia.

Duas almas aos pés da Virgem Duas sonhoras piedosas de Lisboa, em piena florescencia. duma juvontude radiosa. e bela, movidas pela sua acrisolada devoçiio a Rofnlm do Céu, partem, alogres e felizes, em demanda de Fatima, a

Redacçllo , Admlnlstraç/Io : Semlnàrlo de Lelrla.

DE FATIMA

pérola do P ortugal. Irmiis na iclacle, pois nenhuma tem ai nda trinta primaveras, pareoom 11er também irmis pelo sa ngue. Urna delas, sc,b1inha dum dos vultos poHtioos mois t>minentes e mais prestigiosos da noss1i r1itri11, ja fnlecido, recebeu urna educaçiio e,m1eradissima no scio de sua familia, cu ltivando e desenvolvendo a primor os ~ingu lnrO!I dotes de inteligencia. e de coraçiio que Deus lhe prodigalizou. liu, ponro mais clum ano, p rostrada, de joelhos, no solo hemdit,o que a R ainha dos Anios sngrou com oR seus pés virginais, diante do Di vi no R ei de omor es-

tiro ospiritual, corno preparaçiio para essa. ,·iogem de Fé e peniténcia, que para muitas almas costuma ser o pr6logo duma onchont.e do graçns e bençiios celestes. C'onhecendo molhor a Dous deede ha um ano e I ecebendo-o tom frequencia. escondido no sen Sacramento de Amor, essa alma extrnordintiria, alma de apostola e de s:rnta, que em tiio pouco tempo adquiri u um c·onhecimento tii.o profondo dos cnminhos mnis clificeis da vida ascética, ancein lor subir cada vez mais na cscala eia perft'i~·iio espocial a que sente Dem, ch:unn-la amorosamente, sem que

ray-Ie:Moninl, pede instantomente a oraçiio, a. renuncia, o sacrificio, em expiaçiio de todos os crimes quo se cometem. Ai de n6s, Bf> niio apnrecerem almaa puras e generosas quo !le ofereçam a. Deus pnra so consagrarom a obra necessaria urgente o inadiuvel da rcpnraçiio das cui: pas ! Ai de n6s, se, num dos pratos da. balança. da. Justiça Divina, vitimas muitas vftimaa volu ntarins, niio forer:i lançar o peso dns suas renuncias dos seus sacriffoios, :!as suas imolaçòes 'compensadoras I

Nossa Senhora de Fatima eoPapa-Rei

• · .... , , Brupo di Ko1ptt1l1lros, do Pollo, qu1 pr11t111m 11lmat11 11111001 aa fitlma,

condido nn H6,tia Snnta e junto da augusta Jmag<'m da Virgem do Rosario, ouvi u a voz do Esposo ~eleste, convidando-a para as mlpcias mfat1e11s da dcla religiosa, quo é o P arafso na terra. A Iuta intensa, quo dt'sde esse momento se travou entre n s ua c:onsciéncia e o seu coraçao, te,·e 11or op flogo a vit6ria da. consciéncia, que sobrepoz a gloria de Deus e os interesses superiorE>S da alma as vantagens que o mundo oferecia o as conveniencias da famflia que, dando um dos sous momhros ao serviço do Senhor, sabe que, lon~o do o perder, assegura mais oficazmentc- a sua possa e 1itrai siìbre si as mais prociosa11 bençàos do Alto. Novamonte de volta a Fatima, agradece com o mais vivo reconherimonto a graça da vocaçao, que J esus U10 outorgou [)elas maos do s u1L augusta Mite, e o ulegria quo lhe inunda o oornçiio reflecte-se no seu rosto, «onde, segundo 11 frase expressiva dum g rl\nde apostolo de Nossa Senhora em çnrtll quo esoreveu ao nrticulista., aquela criatura pri\'ilegiada parecia trazer todo o C6u na alma". .A outra Fonhora, cliplomada por urna das nossas Universidades, onde conquistou O!! louros das mais olevados classificaçòes, figura de dcstoquo nos cenaculos literarios tla capitai, visitava pela primoira vez a. Lourdes portuguesa, tendo feito, durante oo dias de Entrudo, um re--

ai

p111crtna1l0 •o uo pmado

1 por emqunnto possa diS('ernir com segurança se Elo lL quere entro os duros espinbos do século ou entro as flores mimoso'i do claustro. Como sncedia h a um ano com a sua ditosa companheira de viagem, , t rava-se agor.i tnmbém na sua bela alma. um rude combate, llJO.S a rectidiio da suo. consciéncia liom formoda e a generosidade do seu ccrnçiio bom e p1,1ro biio-de tri unfor de todos os obstliculos, para. que, se o cho.mamento do Senhor se fizer ouvir clar11J11ente, dela se possa. dizer o -que, no doce renmnso de Behinia, o Divino Mestre disse a San ta Ma rtn a respeito dc, sua irmii.: «Maria escolheu a melhor parte, quo nùo lho sorti tirnda: Maria opt ima11t partem elegit qtuie non auferetur ob er11,.

Como proc-lnmava Victor Hugo, na ca• mara clos deputaclos de ]1'mn ça, é necessario qne haja almas que orem por aqu&las quo nìio ornm o quo expiem os pecaclos individuais e as iniquidades colectivas com a suu vida de virtudes e de sacrificios, impodindo, e-omo ou tros tantos piira-ra.iO'I, quo a Justiça de Deus se desencadeie inexoravel e subverta totalmente o mundo. Em todns as gruncles revelnçoes eia hist6ria, om t>ellevoisin, ero Pontmain, em La Salotto, em Lourdes e, mais recentemente, em Tt'atima, a Virgem bemdita, corno o Sagrado ('ornçiio do Jesus em Pa-

Quando o ultimo numero da 1<Voz da Fatimau, na sua crouioa do dia treze de Janeiro, inscrio, sob a epigrafe «Fatima e o Sumo Pontffice", a. consola.dora notieia de que Sua Santidade o Papa Pio XI felizmento reinnnte, em audiencia conOO: dida. aos alunos do Colégio Portugues em Roma, a 9 do mesmo mes, oforecera ~ cada. um duns e!'ltampns de Nossa Sen11ora de Patima, urna para eles o outra para suas fomflia!-1, com a recomondaçiio de ornrem pelo Papa, mal supunba o articulìsta que, a rneuos dum més docorrido o Sumo Pontifica se voria oingido dum ~ovo osplendor, ii face do mundo inteiro g raçaR a soluçit0 eia cbamada ccquestii~ romana,,. Este acontocimenl,o importantfssimo talvoz o mais notavo! do século vi nte, p~ las suns con~quòncias internaoiona1s mais fo rmid~veis a mais assombrosaa qu~ as da propria grande conflagraçao europeia, representa, na frase de «El Debato" de Madrid, um triunfo de ordem eapiritual, uma vitoria do direito da mora! e do bem siìhre todos os interesses da. matéria e da força. O Vigario de Cristo na terra ve reconhecida por o,;ta forma a plenitude e omnimod1i indopendénci1i do seu poder espiritunJ, depois de cincoenta e oito anos de cativeiro volnntario no palacio do Vaticano, corno protesto contra. o esbulho violento dos Estados Pontificios, defi nitivamente consumado pelo a;overno italiano com n tonrnda. de Roma em 20 de Setembro de 1870. Mussolini, o grande g6nio que salvou a. Italia do cnhos polftico e socia! em que so debntia, proclamn no dia 11 de Fevereiro, em que os plenipotenciarios da. Santa Sé o do Rei do Italia a~sinnm o memoravol aciìrclo na snln dos Pupas de S. Joiio de Latriio, quo ué um dos dias mais feli1.es da sua vida es~e em que levava 11 paz definitivo no povo italianoll. O ministro da Tt:Hin junto do governo portugue!I afirmn. que cc116 por 11i asta data perma.necera l'm evidencia ontre aque1as que marcam novos pn..qsos no cnminho dos povos e das i nstituiçoesn. O nosso ministro junto do Quirin11l dedara que «como cat6lico, corno portu1,tues e corno nacionnlista, sento grande satisfnçito pelo feliz tllrmo dn. questào romana, classificando-o

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VOZ DA FATIMA

2 como um dos maiores fa.ctos da hist6ria do mundo e da graças a Deus por lhe ter permitido viver para nssistir ao de88nrolar de eoenll.8 inolvidaveis». O ministro da justiça do nosso governo frisa, que «esse acontecimento é da mais a lta importancia. historica, quer seja considera.do sob o ponto de vista exclusivamente italiano, quer no ponto de vista internaoionalu. Os grandes orgaos da imprensa em todo o mundo enchem a.a suas colunas com notioia.s e comenMrios relativos a soluçao da questio romana, que, no dizer da uKreuzga.zettu, orgio nacionalista alemii.o, contribui enormemente 'para a paz do mundo. Os governos de todas as naçoes apressaram-se a fslicitar o Sumo Pontffice, tendo sido o da França o primeiro quo o fez, por intormédio do sou embaixador junto do Vaticano. Em Roma, na pra.ça do 8. ,Toio de Latrii'.o, ap6s a assinatura do acordo, mais de cincoenta mii pessons nolamam com um entusiasmo delirante o Cardeal SecreU.rio de Estado e Mussolini e entram na Basilica cantando o· Oredo. N as ruas e praças da oidade et01·na, realizam-se grandiosas manifestaçoes de regosijo, em quo tomam parte pessoas de todaa as classes e rondiçoes sociais, agitando ba.ndeiras da Santa Sé e da Itali!\. Os edifioios ptlblicos e particufares iluminam as ~uns fachadas. Na praça de S . Pedro, a maicr do mundo, os regimontos do exército italiano e as legiòes do Z.'a.scio apresentam armas, ao mesmo tempo que uma multidiio de dmo·,entas e cincoonta mil pessoas se prostra de joelhos sob uma chuva torrencial, quando Pio XI do alto da loc,c,ia exterior da Bnaflica de B. Pedro, da, pela primeira vez, depois do reconhecimonto da sua soberania tomporal, a bençuo apost6lica '!Wbi et orbi. Mais uma vez se verificou a profocia atribuida a S. Malaquins que, referindo-se no actual Pont{fice, diz: «Pius undecimus, rex Romae · victoria sancta, certissima (Pio onze, r;i de Roma; vitoria santa, certissima). Honra ao grande e imortal Pio onze, o Papa da Paz de Cristo no Reino de Cristo I «Que o Senhor o conserve e o vivifique e o faça feliz na terra, e o nio entregu~ nas miios Jos sous inimigoeu.

Nossa Senhora de Fatima em Espanha

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Como era de esperar, a Espanha. cat6lica, fidalga o cavalheiresca, nao podia ficar atraz daa demais naçoes nos teetemunhoe d~ sua devoçao para com a Virgem Bant{881ma, no seu Santuario de Fatima onde 88 dignou erguer um novo trono d~ seu amor para esparzir torrentes de graçal! e bençàos sobre o mundo inteiro. A importante rovista ilustrada «Los santuarios cat6licoe», orgao do Fomento Nacional de Peregrinaçoea, que so.i mensalmente a luz da I>nblioidade em Figueras (G&rona) , inseriu no seu numero de Outubro pr6ximo findo, como ja se di880, um breve ma11 suculento relato do movimento religioso da Lourdee portuguesa. Por not{ciu ultimamsnte recebidas na redacçio da ,,Voz da. Fatima», sa.be-se quo esso orgi.o da imprensa cat61ica do reino vis.inho se propoe ocupar-se com grande desenvolvimento, no seu numero do pr6ximo mes de Abril, de tudo quanto 88 refere aos prod{gioe operados no que ela chama cmovo e importante santuario», fazondo acomp~ nhar o respectivo relato de numeroso.a gravuras, sendo uma de Ncsaa Senhora de Fatima na pagina erlerior da capa. Também a notavel rovista domin icana ccEI Snntf88imo Rosario,>, quo 88 publica em Vergara (Guipuwoa), depois de ter dedicado nos numeros anteriores v&rios artigos a Noesa Senhora do Rosario de F,tima, insere no numero de Fevereiro ultimo um longo e inter08Sante artigo subordino.do ao t{tulo ,1Los Videntes do Fatima», acompanhado da gravura das tres crianças privilegio.da.e pela Virgem Santfssima, e am relato circunstanciado duma das curas mais importantes dos ultimos tempos obtida por intercessio da bomdita Senhora A.po.recida. Esse artigo é assino.do polo rev.do Fr. Benito ?,fateos, O. P ., de Laa Caldas, quo o ano passado veio expressamente a Portugal visitar o ilorioso Santuario de Fatima. Viaconde. de Montelo Quanta.e d!zee estive ontre os homens, fic1uei meno!! homem. Séneca

As CuRAS DE 'FATIMA, -------:---/

Cegueira. Maria Augusta Dlas, de 50 anos, moradora em Alter do Ohlio (Alomtejo), encontra.ndo-se cega, consultou alguns especialistne de Lisboa e voltando desenganoda, recorreu a N. Senhora. da. Fatima." e 6. terceira ou quarta loçii.o com agua da Fatima, achou-se repentinamente curuda..

Eis a c6pia. da carta. esc.rita. pelo Snr. Dr. Gama Pinto ao Snr. Dr. Egas Moniz: «Easa doente tem atrofia do& nervo.s 6pticoa, provavdmente de origem tabica. Um do, olho.s e.sta completamente ceoo, o outro mal percebe a luz. Teem-l11e feito tratamente com 914, bi!muto e mercurio. Ainda tem estomatite. . Veja ae lhe quere fazer alguma.._ coisa pelo lado souro'l6c,ioo, pelo oftalmo'l6oico deve perder-ae. a esperança. (a.) Gama Pinto». Oarta do Snr Dr . .A. Borges de Sousa ao Snr. Dr. Egas Moniz, Dir~tor da Consulta. de Oftalmologia do Hospital de S. José: «Lisboa, 12 de Janeiro de 1929

Meu ca.,ro Egas Moniz D. Maria Augu.sta Dias tem uma atrofia praticamente total daa dua.s 1)1.1,pilaa. O ezame dos olho.s aponta fo-rtemcnte partalus. O'la:ro que nada. tenho que lhe fazer e aconaelhei-a, a procurar o Ec,a.s !foniz para ver ae com oa .seus recu-r&0s a anima um, tanto. Seu m.to ad.or e obg.do (a) Borges do Sousa>1.

começou a sentir desapa.recer a vista lentamente, bem corno uma fraqueza geral, que a impedia de trabalhnr e que nos obrìgou a acordar no. sua ida. a Lisboa, no intuito de consultar um médico especiaJisado nessas doençM. Por indicaçiio de uma pessoa de nossa familia consultamos o Dr. Americo Pinto da Rocha, que deaconfiou da existència da sffilis ,e, tirando-lhe o sa.ngue para ana.lise, deu fortemente positivo, motivo porque lhe começou a fazer o tratamento de 914, dando-lhe no intervnlo dessas injecçòes umas outras, de quo me nào lembra a.gora o nome. Este tratamento durou aproximadamento une 2 meses, sentindo a doente umas pequenas melhoras, o que a levou a vir-se embom para o Alentejo, trazendo urna carta do J eferido médico para o sou colega da.qui, que continuoµ e stiguir a risca as suns prescriçoes, apenas com a diferença. do 1110 dar as injecçoes nas nadegas, quando o outro lhas dava nas veias. As melhoras que trazia de Lisboa foram-se dissipando a pouco e pouco, e, a madida que lhe davam as injecçoes sentia faltar-lhe a vista. .A ultima injecçiio foi-lhe dada no dia 3 de Janeiro p. p.do, sendo a que lhe fez pior, porque lhe roubou mais um grande bocado de eia.rida.de Entretanto, tive quo sair para af no dia 12 de Janeiro p. p.do, depois do que fui a. Figueira da Foz, Barquinba e Abran-

Outra carta.. Esta é do Snr. Dr. Alfredo da Fonseca, 1.0 .Assistente do Instituto de Oftalmologia, ao Snr. Dr. Luiz Pachoco: ,cLuboa, t~ de Janeiro de 19S9.

Ex.mo Sr,. Dr. Lu!.s Pacheco .4. Sr.• D. Ma.,rìa Auc,usta Dias tem atTofia nos nervo.s 6pticoa com visao abolida. de amb,.s os ladoa. Teve Wauer1nan positivo fortemente e fez tratamento mercurial po-r iniecç6ea intramuaculare.s e intravenoaa.s em Alter do Ohfl.o. Peço-lhe a fineza de proceder ao e:rome neurologico e dt animar a doente, que esta muito deprimida. Muito agradece e cu,mprimenta o Seu colega m.to obc,.db (a) Alfredo da Fonseca11. Foi depois d011ta negra desilusao quo o enr. 1t{anuel Maia, genro da miraoulada., em carta ao Snr. Augusto Reis, considerado industriai desta cido.de, bem oonhecido pelas suaa profundas convicçoes religiosas, pedlu que lhe enviaase agua da Fatima. Mal tinha tempo de chegar a enoomenda ao seu destino r ecebeu o mesmo Snr . .Reis o seguinte telegrama: «Alter do Chiio, 4 de fevereiro. Minha eogra, acaba recuperar vista. Atribuo agua Fatima. Os meus agradecimentoe. Maia». Dez dias depois recebeu-se a. seguinte carta onde o caso vem detalhadamente relo.tado: c<.A.lter do Chiio, 14 de Fevereiro do 1929 Meu pr eso.do .Amigo Tenho em mii.o a sua estima.da carta de 11 do corrente, qne muito agradoço. Os meus maiores votos para. que se enoontre de boa snudo, em companhia de sua Ex.ma familia. Peço me desculpe o nii.o lhe tor dado M minhas noticins em seguida no recebimento do seu telegrnma, mns, nlio calcula o meu A_migo o quanto me falta o tempo para tratnr dos meus a68untos pa.rticulares, motiva.do pelos imensos afazeres diarios que me traz o meu cargo. O telegra.ma que af r ecebeu foi de facto enviado por mim, e, as suas palavras, rezumiam o acontecimento passa.do momentos a.ntes em minha casa, o qual passo a descrevor mais pormenorisndamonte, visto ser essé o 88U desejo. Ha cerca de uns 8 mezos, minha sogra

MARIA AUGUSTA DIA$ tea, r egresaa.ndo em 16 do oitndo mes, e, quando entrai om casa, deparou-se-me um quadro bem triste. Minha sogra tinha cegado por completo hn umas duas h.>ras. Calcule o meu amigo o asta.do em que fiquei e enoontrei minha mulher; niio lho descrevo, porque o meu oérebro nio encontr& tarmos apropriados para semelhante dor. S6 lhe digo que foi hordvel. Passadas as primeiras horas veio a reacçio e a resignaçii.o, e resolvi leva-la a Lisboa para consultar oe m~dicos de mais reconhooida competencia em doenço.s de olhos, o que fiz, saindo daqui no dia 21 de Janeiro. O primeiro a ser cousultado foi o Dr. Gama Pinto, aJiéa brusco em demasia, embora seja uma grande competencia. Assim que viu a doenf.e toroeu o nariz, e disse-me <:ateg6ricamente quo nio tinlm cura, mandando-me para o Dr. Egaa Mon1z, acom'panha.do de urna carta de que junto copia. No dia imediato fomos ao reforido médico, e, sucedeu precisamente a mesma coisa, disse-me tambem quo nio era p06sivel roouperar a vista, e, receitou unicamente para doscargo de oonsciencia, umu gramas de iodato de s6dio com agua deatilada. Nio fiquei conforme com estas duas opiniòes, conservando ainda urna vaga esperança, motivo porque fui consultar o Dr. Borp;es de Souza, gue depois de ver a doente minuciosamente, me di888 tambem nii.o ser possivel a cura, mandando-me novamente acompanhado de umll. carta para o Dr. Egaa Moniz, a qual junto, ,e quo nitc entreguei, porque corno atraiz digo jn. la tinha estndo. .Ainda nao desiludido com estaa 3 consultas, fui ao Dr. Alfredo dn Fonseca, 1.0 Assistente ùo Instituto Oftalmologico, homem que tambem goza de urna grande fama. Fez urn exame demorado aos olhos da doente, aepois do que me declarou igualmente niio ter cura a doença, mandando-me acompanhado de uma carta que tambem incluo, para o Dr. Luiz Pacheco, a.onde nil'.o fui por a doente ter

declnrado terminant.emente quo nao queria ir a. mais nenJmm médico. Podo calcular o meu Amigo o desapontamento em que :fiquei, depois de ouvir as opiniòes de 4 médicos reputados os mais ha.beis e inteligentes, os quais eram unanimes <'ID a.firmar que a doença niio tinha cura, demonstrando nlém diBSo conh~la a !undo, porque eles pr6prios descreviam e>s seUB sintomaa mais insignificantes ·com uma preciaiio matematica, prova evidente que lhe niio era extranha, nlio é verdade? Depois de todas estas démarches, s6 nos restava vir novamente para casa, e foi o que fizemos no dia 24 de Janeiro: ap6s o quo escrev-i ao meu Amigo, visto a doente ter ime.usa li'é com N. S. de tima., podindo-lhe a fineza de me enviar uma vazilha com agua de l!'lttima, quo chegou ca no dia 30 de Janeiro. No dia 31 a noite lavou os olhos com a l\filagrosa agua, repetindo essa operaçào nos dine 1, 2 e 3 do corrente; no dia 4 de manh.ii. a.cordou ainda cega, levou-lhe a crea.da o café a cama. e tomou-o oinda sem ver, mo.e, dai por une minutos, sentou-se na ca.ma para pedir a roupa. no intuito de se vestir e l<•'f'anta.r, e, qual nii.o é o seu espanto, quando ,•è distintamente a cama; pareceu-lhe uro sonho, olhou em redor e viu tamliom o mobiliado do quarto, e como começasse a chora.r, acudiu imedia.tamente a. cl'Cada quo ouviu da sua boca o Mi.lagre, indo a seguir c·hamar minba mulher que ainda estava deitada, que por sua. vez me mandou cbamar a mim no escrit6rio, &onde j:i me encontrava, comunicando-me a boa nova. Cakule o meu Amigo a alPgria que se apoderou de n61- todos, e, que contraate com a. tristeza atraz descrita, que por ser tamanha, tambem niio encontro frases para a. definir. Todos estes a.contecimentos a lém de serem verdadeiros sào bem concludente& e claros, razao porque autorizo o meu Amigo a fazer deles o uzo que entender, o quo faço com bastante satisfaçiio. Que devemos pensar dum caso desta natureza? Ouvidos os médicos mais competentes, dizem sem a menor duvida. que o mal nio tem cura. Começa a. doente a lavar os olhos com agua de Fati.ma, e, pnssados apenas 4 Jias recupera a vista. Cada um fica no quo Jhe parece, mas, para n6s, a. unica explicaçiio concreta Que o facto tem, é um verdadeiro Milagre. Porta.nto, Gloria a Deus e Graças a N. S. de Fatima, quo me trouxe nova.mente a alegria. ao meu lar, e o socego ao meu eepirito e au de minha fnmilia. Por oste correio em sapa.rado e sob regista envio a latinha que conduziu a agua, depindo-lhe o favor do quando lhe for possivel a enviar novamente cbeia, para cujas dei.pezas do correio inclue eac. 4850, ja que o meu .Amigo no.da quiz levo.r pelo. primeira emba.lngem. Ha aqui u m poquenito céguinho a quem demos uma garra.fa da agua Milo.grosa, pedindo a N. S. de Fatima. se lembre tambem dele coitadinho. Além desta garrafa outras temoa pedidas e oferecidns, porque rne custa muito dizer que niio e nem tenho coragem para isso. O Milagre que houve em minha casa e do conhecimento de toda esta gente, e. num instante se espalhou por toda a. vila. Ni:io sou por hoje mais extenso, terminando por a.presentar os nossos respeitoe a. sua Ex.ma espose. e demais familia, e, o.gradeoondo mais uma vez a cota parte quo lhe devo na alegriA quo usufruimoa nova.mente. Disponha do amigo certo que o abraça (a) Manuti Maia11

Fa-

Nevralgias. José Dlas de Almelda, assinante da Voz da Fdtima, natural do Vidual de Cima (Pampilhoea da Serra), o.otualmente residente em Frnnça (Sèvres), pedindo a publicaçii.o, envia-nos daqui o. seguinte carta: uNo dia 25 do passado més de dezembro de 1928, deu-me um a.taque de nevralgia no braço esquerdo de forma quo a mao inohon e ficou tolhida de maneira quo niio podio. lovar o piio lt baca nem vestir-me, completamente pa.ralisada. Ora eu t.enbo 1iqui. uma imagem de Nossa Senhora dn Fatima que me mandou uma fillu. -iue tenho. E' ola a que recebe o jornalzinho e mo manda. depois para o.qui. Na miaéna em que me da, lembrei-me de Nossa Senhora., tirei a. imngem donde a tinha e disse: «O' Santa Mii.e de Deue, olhai corno esta esta minha mlio, tende


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VOZ DA FATIMA coropa1xao de mim, c11rni-me pelas Cinco Chagas do vosso l<'ilho Amado, e eu vos prometo de 1r a Fatima ver-Vos ()1t'1ezar uro Rosario de joelhos juntamente com minha mulber e manda.rei prègar um sermiio». Coloquei a Santa imngem ero cima da mio paralisada e coroei;ou a carne a pular entre os dedos. A miio estava fria como gelo e começou a por-se vermelha e o inchaço a abater. Toto foi no dia 26. Estava presente quando esta promessa fiz Manuel Vicente da froguezia de Fajio. O milagre foi tii<> rapido que no dia 27 ja levantava uma. cadeira na mao a altura de tres metros e hoje encontro-me bom como era antes, graças it Virg~m Mie e logo que regresso a Portugul a irei visitar com todo o prnzor e cumprir a minha promessa. Além do dito Manual Vicente, foram teatemunbas do facto Joaquim Maria, Matos Fernandes, Jonquim Fernandes, Adelino da Cruz e José J>ereira, residente em Sèvres na mesma casa (Grande Rue, 68).

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NUMA MANHA DE MARçO - Bona dias, vizinhn. Anasta.cia. - Adeus, vizinha. Quitéria. Onde vai tao cedo, com o seu fato domingueiro, em dia de semana? - Vou a desobriga. A vizinha Anastli.oia niio sa.be que estamos na. Quaresma P -«Quaresma... desobriga... Tenho w:na vaga ideia dos meus pais falarero nisso, mas niio sei ja bem a signHicaçiio da palavra udesobrigau ... - .Ah l entiio ja se esqueceu da religiiio dos seus pais? Olhe que a lei de Deus niio mudou. A nossa obrigaçilo é ainda a mesma. O preço da salvaçiio niio baixou. E fica-se tao contente l. .. - A vizinha. Quitéria tem estado em Lisboa, e é por isso que fala asSim ... Por c:i. tndo mudou, hit muitos anos... Eu sou ainda muito religiosa; , nao pense que nao. Vou as novenas e as procissoes de velas, a semelha.nça de Fatima, mns o reste ... dizem que ja niio é uso ... - Coita.da l Tenho pena de si l Tem ouvido discursos maus e palavreados insen11atoe, e niio tem onvido repetir a doutrina quo seue pais lbe ensinaram l - Isso é que é verdade, vizinha Quitéria, porque no noeso concelho todo, que tem seis freguesiaa ( com a da sMe), s6 temos doie eacerdotes, o ésses doie, me&mo, teem pouco que fazer. Ca11am-se no Givil, baptizam-se no Oi11il, e e6 chama.m o padre, alguns, para enterrar os mortos. Mas s6 depois de estarem bem rrortos, o chamam. - Triatee notfcias me eeta dando, vizinha. Anastacia.: uBa.ptizam--se» no Civil, diz voce, por nào saber o que diz. Chamar baptiemo a um registo, que nem cheira a Sacramento I E' um contra<.-to oomo o da venda duma. proprledade ou registo duro animai pelo qual tenha de pagar-se contribuiçiio sumptuaria ( P). Pobre povo, vizinha Anastacia l Como o oegaram !. .. Vou ver se começo a ensinar doutrina as crianças doste lugnr, para depois ns ir a.presentar ao Sr. Prior ... - Pois 11a, querida vizinha, que eu, quando puder, irei assistir, para reo.prender o que esqueci. - Venha, venha, vizinba Annstacia, e chame as sua,:, filhas e ae euas amigas, para vi.rem todas o.prender. En11inar a doutrina de Nosso Senhor, é a raiz de tedo o apostolado: é o apostolad1> dos apostolados. Sem este, os outros niio teem raziio de existir. O progresso espiritunl duma. fregueeia avalia-ae pelos baptizados, cruiamentos e enterros catolicos, e niio pelns novenne nem polaa procissoee de velns. - Tem raziio, vizinha Quitéria. Os povos e!!queceram-se de Deus, do Evangelho e é por isso que a.oda tudo tlio mal governa.do e orientado l Agora vou entendeoclo. Dous lhe pague a bondade com que me ensinou. De~ulpe o tempo que a. domorei. Como vai pnra a séde do concelho, que é longe, nero ja cheiarit a tempo de se confessar. - Se no.o me dosobrip;ar hoje, volte.rei la ainda. esta quareRma l E ee me for impossfvel ir até a Pascon, irei, pelo menos, até no Domingo da Santissima Trindade, qua é a 26 de maio, neste ano. Adeus, ,·ie:inha AnastaciA.. Nunca mais julgue gue pod6 dizer-so religiosa a pes-

soa que niio recebe os Sacramentos, que Deus nos doixou na sua igreja para nosso rem6dio espiritual. Sem eles ii.io ha vida crisro. Imposaivel.

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Rita

A.vi.so Pedimos aos presados assignantes em divida o favor de ma.ndarem satisfazer a sua assinatura. directamente em carta regista.da. ou vale do correio. Nao manda.mos proceder a cobrança, além doutras razoes, por nos pare.cer que todos sera.o tao interessados como uos na difusii.o e prosperidadea do nosso jornalzinho. .A.. a.asina.tura ali.o dez escudos por ano mas o que nos tem valido é a generosidade dalguns assinantes que nos teem enviado quantias mutto superiores. N em eles imaginam todo o bem que assiro fa.zero. Em qualquer reclamaçii.o é indispensavel inrucar o numero da a.ssinatura. Ped:imos que nos devolvam os. numeros repetidos.

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Voz da Fatima Despésa Tro.nsporte . . . . .. . . . 140.612$51 Papel, composiçio e impressio do n. 0 77 (61.000 exemplares) ... ... ... ... ... ... 2.934$75 Sélos, embalagea, transportes, gravurns e outras deepezaa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.020$30 144.667$56

SubscrlçAo

( }'evereiro de 19i9) Enviaram dez escudos (preço anual da assinatura): D. Ana Paula Aguas de Figueiredo, Ant6nio Aguas V nz de Ma.sca.renhaa, Dr .. Joaquim Coelho Pereira, Henriqueta do Rosario Coelho Pereira, Maria F. Ferreira, Isabel da Gl6ria Rodrigues, Laura. do Carmo de Miranda e Melo, Florinda Ferreira Cn.mpelo, Joiio Ribeiro Delgado, Maria .Amélia Almada Albuquerque (15$00), P.e Aurélio Martins de Fari a (100$00), Maria da Graça Serraaqueiro~ Manuel Marques Alexandre, Maria J osé Lourenço Maroos, Hermirua de Jesus da Costa. Lobate Pimenta.o, Flausino e Claudio Esteves Cerreia. Torree, Alcina Alcantara Matos e Silva, Isabel Teixeira de Matos, P .e M. Pombal Amorim {20100), Ana Madeira Cardoso Esteves, Antonio Pereira Dias, Alioe Quinta.nilha e Mendonça, Ant6nio Rodrigues da. Bela. (40$00), .Maria Candida J. M. de Freitas, Clara. Pimenta, Ma.ria. Candida de l<'reitas, Paulo Campoe de Oliveira, Maria José Vilhena, Virgfnio de Fornelos, Laura. Santos Lima (16100), Joana Emilia. Soares de Sampo.io, Domingos B. Ferreira (20i00), Maria. Delfina. Corte Real, Maria Ce.mila Schroeter Viana .Carneiro Pachooo (15$00), Judit de Menezes, Maria Carloiia M. Manoelos de Aragiio (15f00), J oiio Ribeiro, Eameraldi11a Calba.ncas, José Bostoa, Arnaldo Narciao dà Fonseca. e Silva., Margarida do Souso. Santos, Beatriz Amara) Candeias, P.e Joaquim Sequeira. Fialbo, Maria. Em{lia Neto, Albertina Vieira Simoes, Teresa, Barros, J osé Maria. da C. Oliveira (de jornais: 155SOO), Maria Emflia Tinoco Lobo, Emflia nouharde, Roeulino. do. Conceiçao Oliveira, Quina de Doutel, Ant6nio de Almeida Fonseca. Cabrai (30$00), Ild~ <» leste .Araujo, Luiza. Isaura. Araujo, Teresa de Jesus Quina. Maria Rsoa Figueiredo (12$50), Benevenuta. de Freitas Corvalho, Eliea Augusia Morais Braga Ramnlho, Znlmira Rosa de Carvalho, Leonardo Franoieco, Amelia Martina, Higino Henriquei, Paia, Tornida Rosa., Ermelinda Amelia Cabrai Menezes, Maria da Conceiçào Rodriguos Fiolho, Amélia .Augusta cle Jes\1s e Silvo. Garcia, Maria Isabol Rodrip;ues, Cec{lia IlA.ptista, Dionisia Pepe Pereira, Maria do Rosiirio Mn.chado Cruz, Luzarina. Augusta de :r.fatos A. S. Pedro, Mnria do Cnrmo Pinto, Maria Jos6 Batnlha, Maria José, Maria Maxime F. de Castro Cravei-

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ro, Adohiide dos Santos Gomes, Maria das Doros Pereira Coutinho Correia de Freitas, Mo.ria. da~ Dores de Orey Pereira Coutinho, Maria Cecilia Balmonte Gomes Nete, Deolinda da Silva. Gen.rinho, Maria da Conceiçao, Maria Geralda da Luz Pereira (20100), Benja.mim Antonio Ferreira (20$00), Joii<> Perei'ra Marujo da. Silva, Seoundino. Rebelo, Miguel Teixeira. dos Santos, Ana de Assia Laranjeira de Medeiros, Maria. Cnstelo Ilrnnco Canedo, .A.nt6uio Lopes, Joiio Teixeira dos Santos, Adozindo. Alves Ferreira. Donativos e de distribuiçiio de jornais: Angelo Maria da. Costa. (100$00), Adriano Menezes (50$00, este e os 13 nomee seguintes), Jaime Lino, tenente V . .I!'. Fidnlgo, Marçal A. Louzndo, Antonio Coelho Junior1 Joiio }'rancisco Seixas, Ritn Gonçnlves, José Albino Castelo Branco, Jasso Correia. da Silva, Capitiio Auiusto Guerra da Silva, Capita.o Augusto Guerra., tenente Antonio Ferreira, tenente J. M. Vieira. d'Azovedo, !l'ulgencio dos Santos, J. F . de M. Viegaa, Romeu de Souza (4.0$00), Maria Carolina. Gomes (30$00), sa.rg.to Antonio da. Rocha Barbosa (30$00) , Maria do Rosario Maia. (30$00), Joaquim Carrasco (20$00), este e mais OlS 13 nomes seguintes): Sebastiiio Miguel Nunes, M. Salvador de Cnrvalho, Joaquim de Carvalho, Eduardo do Rosario, snrp;ento Manuel Francisco da Silva, Justina Mnrques, Adelaide Quintiio Raposo, Virginio. Nunes Sho.wo.lcach, Clementina Almoidn. Rodrigues Sara Fernandes, Vitorino Gnrcez, Julio Estevee, Albano .Augusto, todos residentes em Africa. (Tete); Maria Pedrosa Alatias Ferreira. (58$50), Leopoldina Cure.do (30f00), Antonio Vieira Leite (115100), Manuel Garcia Quinteiro (50$00), P.e .Antonio Correia Ferreira da Mota (90$00), P.e José Vieirn Alvernaz (] 60$00), Viscondessa de Dnçar (150$00), Maria. Boa Horn Bernardes (50$00), Laura Teixeira Correi\ Branco (40$00), Olimpia. do Nascimento (35$00), Angelina da Conceiçio Sqares Matos Louzada 100$00), Maria Izabel da Costa Bruno (18$00), Elvira Penaforte Cardoso (100$00), Felix Ferreira Alves (50$00), Lucinda d'Oliveira Gabrio! (39100), Ann. Augusta de Freitas (70$00), J oana da 'Glorio. Pedroso Simoes Alves (60$00), Tertuliana de Jesus (30$00), Maria Henriqueta Magalhiies (83$20), P.e Raul On.macho (2 dolars).

-«Senhor, respondou cste pobre homem, 6 clarissimo. Desde a rninJ10, infancia soj que Deu sé sabio, justo e bom. Desde a minha infancia sofro da cruel doença que me tem devorado urna grande parte do c·orpo. Sempre fui pobre... Dii,;se ca comigo: sem a \' ontade ou poder de Deus no.da acontece. Nosso Senbor sabe melhor do que eu o quo me convém, porque o Senhor ama-me corno um pne ama seu filho ... Estou, pois, certo que est.es sofrimentos s:io para o meu maior bem. E assiro, eston acostumado a querer somonte o qne quer o meu amado e boro Sonhor. E, se Ele me envia do(.'nças, re<'ebo-n.s com o.legria, corno se elas fo,--.em minhas irmiis. Se me da. snude, aceito-a com prazer. Se me niio da de corner, estou contente com jejuar para expinr os meus pooaclos e os dos outros. Se niio tenho que vestir, lombro-me do mou Salv,idor nu no prosépio e na cruz, e acho-me muito mais rico que Ele. Se sofro on terra, compreendo que hei de ser muito feliz no Céu. Que mais lhe bei-de eu dizor? Estou sempre contente e se choro com um olbo, rio-me com o outro porque quoro tudo o que Deus quer e s6 desejo o cumprimento da sua santo. vontade. J a ve que sou felicissimo, qua nunca tive maus dins e que tenho turlo o que posso detsejor.» Tauloro cborava em sil<>ncio... Nunca elo ouvira 11m sermiio tiio erlificunte. Uma capa que trazia doo-a ao pobre, cleu-lhe a unica ptiça do moeda que lhe re,tava no bolso e, niio ohstnnte a grande fel"Ìda que o desgrnçado tinha na. cabeçn, ahraçou-o com efusiio I Entrou na igreja. pura ugmdeçer a Deus por lhe ter ensinado .o meio mais perfeito de o servir. Dnhi por deante imitou o mais que pode esse santo pobre e tinho. o costume de dizer recordando esta tocante aventura.: ccA felicidacle é possivèl em todnR as condiçoes, tanto para o pohre corno para o rico, para o doente como para o siio. A felicidade asta no coraçiio e nio fora dele. Esta na dispoaiçèlo e niio na &itua-

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um so~roao uara s~r rotra

Um esplendido sermao

Aos que imaginam que a. vide. lhes foi dada. para gosar e desconl1ecem a. consoledoro. doutrina da. utilidade o necessidnde do sofrimento, recomendamos a seguinte na.rraçiio. . Existia no seculo quarto, na cidnde de Colonia., 'u~ celebre prlègador chnmado Joiio Ta.ulero, famoso pela sciencia e pela ca.ridade. Um dia esta.va na igreja a pedir a Deus de todo o seu coraçiio que lhe fizesse conhecer o melhor meio de o servir. Ace.bada a oraçiio, so.e e vii um pobre a tiritar do frio nuro dos degra.us da porta, osfarrapodo e tiio desfigurado que s6 olbar para ele excitava a piedade. , Tinha metnde da. cabeça 'l"oida por uma ulcera, tinba perdido um hraço e uma perna e o corpo coberto de horriveis chago.s. Compadecido, Taulero aproxima-se desse desgrn.çado, puxa duma moeda. de prata e saudn-o: - Bom dia., caro amigo. - Obrigado senhor (respondeu o pobre), me.a eu nunca tive mnus dine. Taulero pensou que o desgraçado nao o tinha comproendido e repotiu: ueu dosejo-lhe um boro dia, desejo que seja feli..z o que tenha tudo o que possa desejar.» - Compreendi muite bem, senhor, replicou o mendigo, e agra<loço-lhe a. sua ca.ridade, mas digo-lhe que ha. muito o vosso dcsejo esta satisfeito. Ta.ulero èlizia la consigo: oste pobre homcm perdeu a cabeça ou niio ouve. Erguendo pois a voz, gritou : vos.ciemece niio j me entendeu ; desejo ·que seja feliz. - Ah. senbor, por Deus nào St> zangue. Eu ja lhe dillSe que ouvi p('rfeitamente e repito-lho que sou muito feliz e nunca. tive maus dina. Tau lero teve-o por tolo durante nlguns instanws. Notou porém, nas 11m\s pnJo.,·rns um certo ar quo lhe chamon a atençao. Aproximou-se delo, assento11-se e pedi\1lbe ,-omo candura que se explicasse melhor.

çllo.

Façnmos a v-ontade de Dous, amemos a Deus, e seremos felizes ero quo.lquer situaçiio que, nos encontrarmos.»

Esta.va um dia à sua janela uma senhora fidalga, viuva e muite sensata, quando viu umo. sua oreada andar varrendo da. loja paro. a. rna, triste c>omo a. noite, c6rnda corno urna romii, e cboroea corno uma Santa Maria Madalena. Vao ter <'A>m eia e, com carinho, pergunta-lho a rar:iio da sua tristezn. Era o caso que a boa da rapariga. tinha. nasci.do de gente consideradA e em casa farta e OII} pequena tivera. creada para a servir. Por morte dos pais ca.ira oa pobreza, o que a trazia a servir por cnsns nlheias. c,Niio me custa o tra.balbo (soluçò.va ela.), o que me custa é a vergonha, andar aqui a. varrer a vista de quanta gJlnte passa... » A senliora, sem enfado, toma-lhe da.a miios a vassoura e pòe-se a varrer desassom brndamente a. testada da casa. Ficou a creada. a principio, boquiaberta a olhnr para ela; depois quiz tirar-lhe a. vassoura. ccDeixa estar, filha, retorquiu a senhora, iato nada me custa, que vergonha é fnzer a. gente coisas uteis P Outros, que eram mais que tu e eu, ns fizaram. .A virgem Maria (e mais era do~cendente do muitos reis e, emfim, era a Virgem Maria) tenho o. certeza que tnmbem varria a sua casinhn. corno tu nind,t agora fazias. O filho de Deus, apesar de ser Filho de Deus o Senhor do Ceu e da. terra, niio viveu trinta anos em tam1mha humildade, desde ns palhinhns do presépio até ser i,reso, esbofeteado e prega.do nn rruz? Estou Yendo quo Ele niio ho.via. muita vez de tirnr a 'l'R.SllOUra dn'I miio:1 de Sua Miie Santis11imn pnrn varrer em lugar d'Eia!. .. Andn, fil ha, nnùa; niio Fuçnmos n6s coisuK de quo nos enverp;onhomos, que la o trabalha.r no que é nece,~6rio olio é c>oisa quo nos deva fazer coror.» O sermiio niio fòrn enoomendndo, mas foi pago; a c1eadinba que ja era boa, ficou optima.


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VOZ DA FATIMA

Confraria de Nossa Senhora de Fatima Graçns a Dcus Nosso Senhor e ~ sua e nossa boa rniie do céu, Maria Santfssima, esta coufraria fu.ndada pelo venerando Dispo ,lesta Diocese, tem aumentaclo muito em <liversas regiòes de Portugal. Quitsi todos os dius a direcçio recebe pcdidos de listas o patentes para a admissiio de nov06 oonfrades, quo colecto ros e colectoras, r,heios de zèlo pela gl6ria cla Nossa. .;enhora, procuram angariar. E' cinto que s6 .Kossa Senhora agrade<'6ra a e!>Sas almas 7,eJosas o trnb~lho que tiverem para propagar i-sta obra. de tao grand11 a lcanee espir1tual; de manoira. que a essas pessoas e a outras que lhe queiram seguir o exemplo, n6s incita.mos a que trabal.hem sempre, cada vez com maior zelo, nesta obra. que est.i ainda em principio, n,as sempre com olbos em Dem, e Sua. miie Santissima. Cbamamos hoJe a atençào dcssas pcs':!oas para a pi-imeira. das obrigaçoes dos oonfracles, quo etlta na l.• parte do artigo 4. 0 de,s estat11tos, e diz o seguinte: 0& con/rade3 tilm obrigaçùo de viver cristàmen te . .Por isso oe zelosos colectoree nào aclmitam nesta milicia da. Virgem seniio pessoas que vi,·:un scp;undo os precf'lilos do SenJ1or. Também sera muito do agra.do do Nossa Sonhorn quo todos os colectort>s e os confrade1,1 ernpreguero os esforços possiveis para cumprir o primei•·o dos fins desta confrari:1, 1sto o; - que traba/hem pela co11ver~llo dos pecadores. E, de div1>1sos modos podemos tralmJbar nn convorsào dos pecadores nesta grande obr:i. que foi a do p16prio .Jesus Cristo. Sim, porque foi par<1. nos salvar que ~osso Sor.hor desceu ~ terra ondo suportou sofrimentos horrot o~oo até quo, pregaclo numn cruz expiroo e,-austo do 'langue. Podemos traballiar nesta obra: do quo.tre modos: l'règando, aconselhando, dando bons e:z:emplo1 e onwdo. O primP>iro modo nem todos podem pò-lo e-m pratica, pois que s6 1ws sa<'erdote11 do Senhor foi dada n missiio cspecial de prégnr. l\fas dar um l,om conselho a 11m1i pessoa que andar afa~tnùa do cnminbo do Senhor qu:h.i todos o podem fuzer, e guem v fizer tera som duvida uruà recompensa eterna porque, se apenas um copo de agua clado em nome de .Jeirn~ tem io·ando recompomm no oéu, um l,om conselho h6.-dE> necessariamente ter umn recompensa maior. Mas, se ainrla uem todos ti"Vercm a coragem e o des,1s~oml,ro necessario:, para. dar um bom conselbo, todos podem dar bons oxemplos, e csln formr. de apostolado é sem duvida n,uito 1.1L1l .i obra ne Do11s. Nosso Senhor do vez em qua ndo clava diversas ordens o conselhos a sous np6stolos e acrosccntava: - td videant oz>era 1Jestra bona et alorificent 11atrem ve.,trum, qui in coelia est - para que 1Jl'j1L111 1Jossa.1 obra., boa11 e aiorifiquem o vo11.11> Pai que esta nos cé1u. Por fim temos a. oraçao ao alcance de todos tanto ricos corno pobres, tanto slibios corno ignon1ntes. Ninguém ha que nuo possa ornr pelos pobres pecadores. Oremos pois, todos o cada. um de n6s, por nossos irmàos afastados do cnrn inl10 do Céu. Quem sabo S<' Deus eetar6. :i espera das nossas oraçòes para. dar a graçn da conversiio a muitas almas que sem o nesso auxilio morreriam irnpenitentes? I Trabalhemos pois todos queridos confrades de Nossa Senhora. com a pala.vra, com o oxemplo e com as noseas oraçoes pela conversi.io dos pecadores. Por ,eles todos Nosso Senbor derrnmou eeu sangue atG a ultima gota. E ainda que fosse por um s6 Nosso Senhor derramaria ta.mbem corno ele o revelou a umo. alma sua. fiel serva. Niio queiramos, pois, consentir que por noeso descuido o dem6nio ,a no inft>rno consolar-se de tor inutilizado o 1,anguo de Jesus Cristo porque cada alma q•le se perdo é um triunfo para o demonio pois urna nlmn vale tanto quanto vale o Snngue de Nesso Senhor J'eeus Cristo I I t

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------------Silencio ... traidor Na mesitn ao meu Indo estavam sentados uns doutores - professores do cosino socundario oficinl. Um déles, a proposito de pedagogia pontifica.va na asneirs contra a reli~_iiio cat6lica, contrn lL hist6ria, contra o s1mples bom senso. Os outros escutavnm com um sorriso neo.ciano de aplaueo e umas observaçòes espirit11osas... Conhecia eu a.lguns de trato o o ponti/ice openas de nome e de , ista. Uì'n médico, meu nmigo, 1:10ntado à. minha mesa, notando que n.

conversa dos conspfcuos me aborrecia, · Encantadora hist6ria de piedade infanti! òle, quo na.o é religioso, disse-me com um sorriso: «Deixe-os la I F. é um patata I E A excelente revist.a. H6stia., orgào interO'> outros niio viio longo h, nacional ,la Cruzada Eucaristica dns E eu, para me niio incomodar ... Crianças, narra o seguinte facto que traCalei-mel duzimoa livremente: Silencio! Niio me devia ter calado I Reneguei, «Em 188,5, o Padre Hall, redentorista, com o meu silencio comodista, a Cristo muito conhecido em toda a Inglaterra peJesus I Calar-me o mesmo foi que gritar: la sua dedicaçiio para com as crianças, «Niio o conheço I Podem vocès clizer, nés- foi fa.?,er urna missiio numa das maie-.insise tom impertinente e 1idocicado, todo o gnificantes aldoias daquele reino. Segunmal que quizerem d'Ele e da sua Jgreja; do o seu costumo, tomou ìì. sua. conta os é me indiferente; uiio o conheço ! Podom pequeninos cuja a.tençfio sabfa prender vocès planear, a essa mesa de café, um com instrucçòes muito singelae e iutereaprograma torp,e de eusinamentos do erro, santes. Notou o Padre qne enLre o seu aude doutrinas venenosns, podem esboçar dit6rio infantil bavia rapazinbos tii.o poessa obra t.le eclucnçiio dissolvente, calu- bres no vestido e no calçado, que alguns niando a I greja, falsendo a hist6ria, re- até nem sapatos traziam. Entiio, para torcendo sofismas, que eu niio estou para anima r e consolar os pequerrucbos, o miscriar inimizades ... ; nào conheço o homem sionario começa a falar-lhes sobro a pobredc N aza.reth I za do Jesus. A pintura que dela fazia era Se urna ou outra voz me ouviram pa- tiio no vivo, quo as crianças, ente1·necidas, palavras que pareciam denunciar-me corno se julgaram em presença da mesrna realiGalileu, talvoz corno diecipulo desse Ho- dado. - Meus amigui nhos, dizia-lhes noruem que arrata e perturba as multidòes, pois o Padre Hall, o l\fenino Jesus tamiSio ... foi engano I bem andava assim dcsoolço oomo v6s. Por Nào passou de urna aparéncia I isso é que EJe tem os pobres corno mais Vede corno estou calado In predilectos do seu Coraçiio do que os ouO médico me11 amigo olba. para mim tros. Portanto na.o tenhois vergonha de de soslnio. Ape?.ar do que me disse, esse andar descalçol! e mal vestidos ... contiolha.r é para. mim urna intoleravel censu- nuai a vir ao serma.o. ra. Levante-me e retiro-me. Quando todos eetavam jil suficiente- Custou-lbe o ficar calado? monte preparados para a. primeira comu-Custoul nhiio, o missionario dispoz tudo para es- Para a pr6ximo vez niio lhe direi na- ta grande solenidade. Chegado esse dia · da e voce podera falar I venturoso, la se encnminha a. pequenada E foi-se. toda para a. igreja . .A.li miies, coitadas I fiFaltei eu, por 66ta vcz, pois felizmente zeram quanto U1es permitia. a sua pobrenem sempre isso me ncontece, no meu do- za, para que Od filhos foesem bem vestido.,i ,er de crista.o. e asseados, mas ainda ossim muitas das Um · falso conceito da amizade, o corno- cria.nças tiveram cle ir i primeira Comudfsmo, o respeito humano, uma ideia er- nhiio do pés tlesca lços. A' missa era gl'ande raclfasima ,lo quo soja a boa educaçiio, o o recolhimento e devoçiio clo todos. Depois ridìculo temor do niio fazer urna brilhan- da Comunhao do padre, o ajudante reza te figura nae minhns réplicas permitirom a Confissiio, o sacerdote da a absolviçiio e àqueles homens, que sab os educadores da diz o Domine non sum diantts. Vai entrar nossa mocidade, o a largnrem-se em con- Jesus na alma. dos seus predilectos. Mas, sicleraçòes a leivosas e deprimentes feitas com grande espanto do Padre Hall, nem em voz alta, ncomponhodns de sorrisos to,. urna s6 criança se aproxima da mesa sa.los, a respeito daquilo que eu julgo ser o grada.J Que sera? Bem e a Verclacle I Foi o seguinte. As cria.nças ricas vendo Enquanto existirem cristiios pusilani- os meninos pobres sem caJçado noe pés, ti11teR e cobarcles corno eu, os scmeadores do vora.m urna idoia admirnvel que ninp;uém mal tera.o o jogo fn.cil I lhes suger iu. Emquanto o missionario diNiio I E' a ultima vez que tal me acon- zia ne oraçoos, tira.ram botas e so.patos tece. para. irem receber o Senhor, descalços coSenhor I Perdoni a mentira da. minha rno ne criancinhas pobres. afirmaça.o tle que professo a dontrina e Ao dar pelo quo se passava o Padre estou pronto a dar o vida por V6s e por Hull des"Viou o roste para o laclo caindoeia I Ajudai-me a, pelo menos, ter a cora- lhe ainda l!Obre o pé da pixide duas gran11:em das miuhas condcçoes até o ponto de~ lagrimas de comoçiio profu nda. Entrede por de µarte uns ridicu!os r espeitos hu- tretanto as Orinnças avançavom ja para o manos. alta.r de miios postas, sorriso nos lahios, doocnlçns todas, unidas, tanto ns ricas coEsmolu tbtldu em vàrlu lgreJas quando da dtatrlbul;lo rno as pobres\ nos mesmos sentimentos do amor a humildnde de J0sus In da •VOZ DA FATIMA• Quantos dentro n6s, os adultos, teriam animo para um net.o corno èste de publica Na Igreja J1.1 S. Mamede, om Lismanifestaçiio do humildado e de amor do boa, pela Ex.ma Sr.• D. Noémia pr6ximo Rolo nos m&l;e!I de Dezembro de Ab I a alma das crianças é um tesouro 1928 e Janeiro de 1929 ... . . . . .. 11$00 riqufssimo. Que bens para as almns, para a lgroja e para a Patria se soubermos aproveitar tnmanha riqueza inexplorada ainda em Portugal I

.N(eros acasos . . •

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Por urna. e5tradn rural duma diocese oepa.nhola caminhava ha tempos a pequea sua filha nn. velocidade um autom6vel oom o Pre- Conselhos de urna boa lado daquela. diocese. 1.0 - Ama a tua miie sobre todas aa Num campo ao lado um camponès açoutava uro pobre nnimal por ele nii.o poder mulheres. a rrancar o carro demasiada.mente carre2.0 - Nao conserves ponsamentos qne gado. tua miie uiio possa conhecer nem pratiMal o Prelado a.oabava de passar che- qut'S actos quo ela nii.o possa ver. ga-lhe ao ouvido acompanhado do ruido 3. 0 - Declara.-te antes culpada de uma mais for te a pronuncia duma horrrosa falt.a, do que mentir hipocritamente. blasfémia. 4.0 - So no lar o anjo que enxùgue, com Manda parar o autom6vel, desce, dirige-se o.o carroceiro, mand0,-0 ajoelhar e amor, ne amargurns e cubra. de nlegria deante dele de miios erguidas disse repe- us tristezas. 5."- Prefere a modestia à beleza. Se tidas vezes: «Bemdito e louvado seja o Santissimo Sa.cramenton contr a. quem ti- boa. sempre. nha pronuncio.do aquela horrorosa blnsfo0. 0 - Tem convicçoes einceras, fé pura, mia. conhecimentos s6lidos o sentimentos eleServiu-lhe de emenda. A chorar pediu vados. pordiio no seu bispo e nunca mais se !ho 7 .o - Trabalha em tna casa corno se niio ouvid pronunciar blasfémia nlguma em tivesses o auxilio de tua mii.e. Pratica a toda a vida. tua vida corno se Deus estivesse preaente, e faze diàriamente a tun. comunba.o. Se todos soubés!lemos ter o zelo daque8.0 - .A.prende a fnla r sempre sem encole Pastor niio ouvidamos tantos palavroes lerizar-te, a sofrer e gozur sem extromos, por essns oficinae, runs e prUQas da nose teras conseguido muito para seres foliz. sa terra. 9. 0 - Habitua-te a ver em tua casa a Saiba.mos tod06 ter a coragem de censurar os que nos nossos trabalhos por vo- mais agradavel das residéncias e em teue paia os meJhores amigos. zee so desmandam em li ngungem. 10.0 -Trata. e estima a todos os teue E' necessario que cada um r espeite o templo de Deu<J que é o seu pr6prio cor- irmiioa corno a filhoe, niio te esqueças quo, po, o seu compa.nheiro e amigo que é o nao eendo boa amiga, niio seras boa espoAnjo da Guarda e oa ouvidos cristiios de sa e niio sendo boa filha, nunca poderas ta.ntos a quem ess66 pala.vroes vao poluir. ser boa miie.

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Um bilhete postai para ••• Deus Ao fazer-se a divieiio da correspondencia postai, na Centra! de Paris, um dos distribuidores encontrou um bilhete postai dirigido ao Bom Deus, concebido nestes termos. «Senhor Bom Deue. O papa esta muito doente, e a marni nao pode .c,uidar cielo porque morreu. Eu queria substitui-la mas sou tiio pequeno I Assim pequono niio posso ganhor no.da para a. compra <lo remedios na farmacia. V6e que tudo podeis, ajudai-mo, providenciaì para que meu papa se cure.

Vesso respeitoso servo.»

O pequenino correspondente que tao ingenuamente se dirigira no bom Deus tivera o cuidatlo de nssinar o sou nom~ e direcçiio. O ùistribuidor no ler tao estranho postal hesitou sobre o destino a dar-!he. Por flm, decidiu lanç6.-lo a esmo, no meio do peso.do maço de correspondencia, e partiu. Ao fazer a distribuiçao da correspondència de um abastado industriai, surgiu-U1e o postal em quo niio pensara mais. Hesitante sempre, pediu o auxilio do rico capitalista, no sentido de resolver n. sorte a dar ao postai para o Bom Deus. O industria! leu, releu e pediu que lhe fosse ontregue o singular posto!. Poucos dias depois, um sou empregado entrava. em casa do pequono signatario, entregnndo, em nomo do Boro Deus, nm euvelope com 500 frnncos. A confianço do pequeno E ugénio foi assiro recompensada. Deue niio clespreza nunca os quo o invocam.

Si~ite parvulos ... Hojo, em ve,.,. do costumnclo conto, ira uma serio ùe factos com ti irnpressiio que eles me causaram. Aqueles que me lerem na.da. perdera.o. Trocar-s&-lhes-ba npenos o producto da minha pobre fantasia por alguns factos reais quo, embora despidos de toda t\ roupagom !itera.ria e aprosentados na quasi nudez da realidade, nom porisso deixam df! ser impregnados de certo perfume e poesia que os tornam sobremaneira encantadores.

la entiio dizer missa a urna ca.polita dum lugar perto da. minha terra. Era. um dia de primavera e o ceu, sslpicado de pequeons nu,·ens r6seas, anuocinva. o pr6ximo aparecer do astro- rei. Estugava o passo quo a ,nissa era ;~o sol-f6ra, e ia-mo cleliciando com a frescura daquele odor inebriante que na primn,vera se desprende de todos os cantos da terra, em qulaquer caminho das nossas .tldeias. E ia-me embebendo neste pensar : que a gente humilde dos campos, mesmo entre a lida. das casns e o la.buta r das torrua, é sem duvida. mais feliz porque, 0m contacto permanonto com a. natureza se eleva mais facilmente ao pensamento de Deus cujos louvoret1 ouvem cantar por toda a. parte. Ha-de ha.ver por aqui, decerto, nlmas excelentes, cscondidas, desconhecidas que corno violeta oculta por entro o folhado perfumam o ambiente espiritunl em que vivem. Reservava-me Nesso Senhor naque)e dia urna consolaça.o particularissima. A' comunhiio, entra ns pessoae adultas do miios erguidas o po1·te piedoso, joelhava-se li mesa. sagrada u ro pequenito - tao poquonito que mesmo om pé niio chegava ainda a altura da. toaU1a. Fui tentado a preguntar-lhe a idade, 11s disposiçòes ou para. mais depressa. a. dife ri r-lbe a comunhiio. Mas, quando perto dole o olhei e repnrei no seu porte tiio recoUtido, v.io piedoso, tiio atento, esvnfram-se-me todas ae duvidas. Dei-lhe o Co1·po de Nosso Senhor. Ao caminhar para ele com a Hostia Sacrosanta aqueles olhitos que eu ainda. niio tinha visto levantaram-se-me para. Ela <'-Om tanto amor, tanto cn.rinho, tanta t~rnura quo por eles lhe escapava toda. n alma no encontro do se\1 Jestts. E aquela boquita quo u"io delicodamente se a.brira para o recober, sentindo-o em s1, focho u-so e de tal manoira qne com eia pnreciam fec har-se pani o mundo e:rlorior todos os sentidos daquele pequenito que de cabeça baixa se ficou a fala r interiormente com Jesus Saeramentaclo. (Continua)


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Dlr111tor, Propri,tario • Editor: -

N.0

Leiria., l.3 de A.bril de l . 9 2 9

A.n.o "VII

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APROVAC.AO BOLES.l.A.STIOA)

Dr. Manuel Msrques dos Santo,

Composto e lmp,esso na Un~Ao 8rafica, RII dt Santa Marta, 158-152 - Lleboa.

Adainiatradar: -- Padre Manuel Pereira da Silt,a Redacçi!o e Admtnlstraçllo: Semln6rlo de Lelrla.

CRÒNICA DE FATIMA Horn tempo e rnau tempo A mintiscula «Voz da. Fatima», sentinela vigilante da Cova da Irja e humi1de porta-voz das gl6rias e triunfos da augusta Rainha. dos Anjos no santuario privilegiado da terra. de que é a nobre Padroeira, nii.o pode, certa.mente, desempenhar o pape1, que nii.o lhe compete, de boletim meteo;rol6gico da r egiiio montanhosa da serra. de Aire, onde esta alcandorada a Lourdes Portuguesa-. A maior parte dos orgii.os da impren~ periodica. fornace aos seus Jeitores, em eeoçao eepecial, o comuni~do da iuta }>erpétua entre o sol e a ohuva, entra o bom e o mau tempo, entra o frio e o calor. Ao «mensageiro da Virgem do Rosarion nii.o 6 licito imitar esse exemplo. E' até de crer que muitos dos seus leitores tenham notado com certa estranhezll. que . ele 110 permita 'assinalar todos, ou quasi todos os meses, as diferenças de temperatura e as variaçoes do estado atmosférico. E contudo, esta particula,ridade, aparentemente ms1gnifioante, nio é de somenos importa.ncia: ha aJguma relaçii.o entra a temperatura do ambiente e o numero dos peregrinos que acorrem ao locai das apariçoes. Nem todos os fiéis siio herois, e muito meno& aio a njos que nii.o sintam nem o frio nem o calor. O numero dos assietentes varia todos os meses, quer de vario, quer de inverno, para mais ou para menos segundo o tempo, bom ou ma.u que faz. Assim, no corrente mes, em que a tem~ratu!a era suave e tépida e o cariz do firmamento se nii.o apresentl!,va tao carregado, a concorrencia de fi éis elevou-se ao dobro, ou mais aindn., da do mes anterior, tendo-se rea.lizado os actos religiosos ao ar livre, e nii.o na igreja da P eni tenciaria, como sucedeu neese mee.

tii.. Doa labios descòrll.dos sai-ihe cone- las faces de todas deslisam siienoioaa,tantemente um ciciar de prece sentide. e mente as bagas do pranto. fervorosa e dos olhos brotam-1he por ve.Ao meio-dia. solar rell.liza-se a prooiezee lagrimas de funda e irreprimivel sii.o que condnz a. Imagem da Virgem oomoçlo. O pobre pai, que é protestan- do Rosario da capela. das apariçoes para te, assiste de 'perto àquela scena inoom- a das missns. Recita.do o Oredo, um saparavel de dor e resignl!.çio e oomove-se cerdote sobe a.o altar e celebra a missa

O rnilagre da Virgern

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0s actos religiosos A comemoraçao festivll das apariçoes e dos sucessos maraviihosos efeotuou-se precisamente na f6rma dos meses precedentes. um numeroso grupo de sacerdotes da diocese de Leiria tinha vindo expressamente de manhJ. cedo parli. a.tender oe fiéis de amboe os sexos no sagra.do tribuna! da P enitencia. De espaço a eepaço, na iitreja da Penitenciaria e na ca.pela do Paviihii.o dos doentes, um ministro do Senhor sobe ao altar para oelebrar o Sante, Sacriftcio dn. Missa ou administrar o Pii.o doe .Anjos. Os doentes do ambos os sexos, à medida que vio entrando no r ecinto do P avilhio, munidos das senhas r ecebidas no Posto das verificnçoes médicas, eio oonduzidos aos seus Ioga.r as nas reepectivas banoadas pelaa servH de Nossa Senhora do Rosario. Junto da nranda da ca'pela, pr6:rimo do pulpito m6vel, esta deitada eobre um colohio urna senhora ainda nova, que sofre de tubercuiose 6ssea. O eeu rosto, palido e emaciado pelo sofrimento, traduz simult11.neamente a reaignaçii.o e a esperança, aliadas aoe mais acriso!ados se??timentos de piedaèe cris-

da a todo o povo. Terminada a bençii.o, eobe a.o pulpito o rev. dr. Galamba de Oliveira, profeesor no Seminario de Leiria, que fil.la durante meia hora eobre a devoçio à Santissima Virgem. Por fim reconstitue-se a proci88io que reconduz a lmgem de N oBSa Senhora à ca.pela oomemorativa das apariçoes, onde a multidio reza e canta e pela booa do rev. dr. Marques dos Santos se c,oI13ll,gra. a augusta. Miie de L'>eus.

~-:- lmagem de Nossa Senhora de Fatima. benzlda pelo Snr. Bispo de Leiria, tocada oa imagem que se venera no Santuario, destloada à igreja paroquial de Santo Cristo do Milagre, do Rio de Janeiro também, profundamente aba.Jado até às dos doentes. Durante a missa recita--se o

fibraa mais fatimas da sua almi!. e pre- terço, oantam-se algune ca.ntioos pied0808 parand~ talve.z para seguir o oaminho e reza-ee a Jada(nha de Nossa Senhora. de Danmsoo. Outras pessoas de familia Depois da missa., o celebrante da a Mnrodeiam-no, invocando a protecçao de Ma,- çii.o com o 81\ntfesimo Sacramento, priria em fa,or da querida enferma, e pe- meiro a oada um dos doentes e em segni-

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Coria o mes de Março ultimo. As scenas comoventes, que vii.o perpassar rapidamente, r.omo urna fita n6 écran, diante do espirito do leitor, desenrolam-se em piena capitai, num prédio do Alto do Pina. Habita ali, ha bnstantes anos, uma familia de modesta condiçii.o, que a desventura tem por vezes duramente experimentado. Uma senhora ainda nova, pertence a este lar irr epreensivelmente honesto e tradioionalmente oristii.o, começa em dado momento, a sentir feri-la dum modo desoaroiivel, o pungente aouleo de muitos e variados sofrimentos fisioos. Debalde percorre, corno quem cumpre urna triste s1na, a via dolorosa dos con,. sult6rios médioos, due poliolfnicas e da.a casns de sa.ude. Em vio reoorre as maioree sumidades clfnicas1 em vii.o aplica ao seu <i\'90 pa.tol6gico os récipee recomendados pelos mais recentes progressos dll sciencio.. Esta apena.s consegue diagnoeticar-lhe perfeitamente os males de que padece, declarando-ee ' 'e.o mesmo tempo impotente para. os debelar. O eetado da enferma a.grava-se cadi!. vez mais, de dia para dia. O exame médico assinala no seu organismo combll.lido a existencia. de multiplas enfermidades, gr a:vfssimas e insanaveie. A 'pobre martir de tanta dor tem no oérebro um tumor de mau caraoter, sofre duma. ènterocolite e esta tuberculoea. Ainda outros males minam ll.té ao imago do seu ser fisico aquele misero farro.po humano. Um grande mestre, um sabio consumado, intervem, com a sua alta oompetencia e o seu sllber de experiencias feito, oomo derradeiro recureo. A sua opiniii.o autorieadfssima, leal e francamente expoeta, lança a. famflil!. da doente n& maior consternaçii.o que é dado imal!:inar. Em 11ltima instànoia, indica um distinto eepocio.lista, médico de fama europeia, corno o unico oapaz, nio de o. curar, o que reputa humanamente impossfvel, mas de a levantar um pouco do abatimento morll.l 811' que jo.z e de Jhe atenuar por ventura as doree incompor1:aveis que a torturam. Uma ilu&tre e caritativa senhora da mais autentica e pergaminhlt.da nobreza de Portugo.l, tendo conhecimento dessa indica.çiio e condo{da da triste sorte da doente, interpoe o seu valimento junto do r eferido especialista, que deeinteressa.damente a.cede de bom grado a ir visita-la. O seu diagnostico, porém, é terr{vel e nii.o admite op!!;-, nem agra,. vo. Trllta-1'~, ::.a sua opiniii.o de cHnioo ahalieado e conscienicoso, dum caso ver-


VOZ DA FATIMA

2 dadeiramente desesperado. A doente eeta. irremediàvelmente perdida.. «Aqui 116 um milagre, diz ele, e eu niio l><>SSO operar milagres.» E logo acreecenta., nUJllA rude frll.nqueu., voltando-se pa.ra a enférma: «Se a 98nhora é crente, peça a Deue que a mli.te, porque o tumor que tem no cérebro ha.-de provocar dores horriveis e ineuportaveia, capazes de a fa.zerem enJouquecer.11 A deeditoea eenhora, perdida.a todas aa eeperll.nçns de remédio humano, volve o pensamento para Deue e recorre a.o seu poder infinito por intercessao de sua Augusta Mie, sob a invocaçio de Noeaa. Senhora de Fatima. Animada duma confill.nça intima, profunda e inabalavel, aplica a ce.beça una 'paches de ngua dli. fonte miraculoaa., que oonsegue obter por intermédio duma pes,110a dae suoa relaçoes, e pouco depoie, de improviso, a. sua. surpreza e a sua alegria. elevàm-ae a.o auge e expludem num grito veemente, que traduz t.òda a gra,. tidiio da. sua alma reconhecida para ~m a Onipoténcia Divinll. e para com a bondade materna.I de Maria Santissime.: «Estou cura.da In A principio, a sua. famHil!. reou.sa-tie terminantemente a a.ereditar IU1. cura. Urna indiferença absoluta e uma frieztt glacinl acolhem o entusiaamo ardente e irreprimfvel que lhe trasborda dii: aJnm e se traduz em palavras. Julgam que eia tivesse perdido o uso da razào, corno o especialista previr11., mercé daa COD.fl&quéncie.a da evoluçio natural do tumor looalizado no cérebro. Mas, a breve trecho, todoa se rendem, alegres e felizea, perante a ev1déncia empolgante doa factoa. A doente eetava realmente cur a.da. Todoa os seus males tinhnm desapareoido como que por e ncanto. No dill. seguinte, recebe a visita do santo dr. CruJ"., seu conterrAneo, que por eia tiio fervorosamente orara. e que, felicitando-a pelo grande favor obtido, recita com eia e com todas as pesaoa~ present.es o terço do Rosario em acçiio de grll.ças. A treze do mesmo mes, acompanhada pela famflia, vai a Fatima agradecer a Noss11. Senbora. do Rosario a sua cura miraculosa e ali, n aciuele logar abençoado do Céu, junt4> da I magem da Virgem e aos pés de Jeeue-H6atia, a sun alma exulta de santo jubilo e expa.nde-se em pre1tos de louvor e reconbecimento. No Posto da.a verificaçoes médicas, o dr. Pereira Gene, director do Posto, depois de a ter interrogo.do, obeerve.do e ausculta.do a.tenta. e cuidadosamente, constata essa cura extraordina.ria, ma-ravilhosa, inexplica.vel aoa olhos da eciAnc.ia. E aquele pobre fb.rrapo huma.no, que ainda havia poucos dia.a ee encontrava à. beira do sepulcro, qual fior murcha pendida nll ha.ate e prestes a secar e a deefazer-se em p6, espe.lha em t.òrno de si, exuberante de vida e sa.ude, a admiraçao e o a.asom bro pelo poder da gloriosa Senhora de Fatima que se dignou cura-la divinamente.

Nossa Senhora de fatima no Brasil Duma carta eecrita por u.m a,luno dC' Colégio Portugues em R oma, dn dioceee de Leiria, a.o venerando director espiritual do Seminario daquela cidade, rev.do P.e Magalhiies, tomamos a liberdade de r&produmr a.qui os seguintes periodos: «O ar. P. J . M. Moreira. é umll. bela alma.: franco, alegre e sobretudo um ap6stolo de Fatima. Como tal nunca vii A. propaganda de Fatima que éle fez pelo Braail, ja V. Rev.oia a conhece, creio eu. Todavia dei.xe-me dizer-lhe algum& colUI& a &se reepeito. Pela r egiio, onde file estava, foram ja distribuidaa mais de duas mi1 ea-tampll.8 de N01188, Senhora, daquelaa que tra.zero a novena.. Artigoe em jorna.ie e revistaa, escreveu uma. porçio déles. .A prop6&ito dum artigo que publicou num dos maiores jornais dali, uO Jornal P&queno», contou-nos o seguinte: - O arti&o tinba por tftulo «A Lourdes Portugueaa.u Orll, quando ha. urna artia;o exe&poional, sàem os g-a.rotoa 'para_ a rua _a anuncia-lo por toda a parte. Fo1 o que fiseram tambem a aste. E toda a gente querii. enbor de qne se tntava. O caso é que, passa.do pouco tempo, eetava~ veiv didoe todos os exemplares. - HaVJa aU um célebre espiritista, doe mais avança,doe, 'I\ quem 11m nmigo levou o jornal que inseria &se artigo, para que ele 18888 também.-uNao, nio leio I», disse ele 11Ha-de ler; pois, porque nao?,» retorquiu o outro. E na verdade, para oompra.zer com o amigo, Jeu ... E, antes de terminar

a propaganda de Fatim11.. J a tem oa prof8880ree da Universidade Gregoriana quasi todos convertidosl Una peqem informa,. çòes, outros esta.mpae de Nossa Senhora. Une, os que sabem portugu&, leiem «As grandes mll.ravilhas de Fatima», os outros falam do -,'.lBSunto com vivo interesse. Diz éle que tem pena de niio se.ber ainda falar bem o italiano. Entre os professoree mais entueiasme.dos estao o P. R estrepo, colombill.no, lente do primeiro ano de Direito, a. quem dou todos oe meses a uVoz da. Fatima», o P. Boyer, lente do segundo ano de Teologia., que pedin nm exemplar de «Ae grandes mara.vilhaa de Fatima.)) para ler a hiat6rill. doa a.col\teciment.oo, P . Vn.n-La.alt, holandes, e o P. Zapalona, runbos lentes do primeiro ano Nossa Senhora de Fétima na Italia de Teologia, o P . Mostazll., do segundo 1'11. mesma carta r ecortamos outra pa.s- ano de Direito, e mnitos outros.u · aagem interessante: «Voltando ao nOBSO caro P . Moreira, Visconde de Monttlo digo mais que éle a.qui continua a fazer I a leitura, voltll.-tie para éle e diz: - 11M11<1 iato é bonito I. .. IJ - ,,Pois sim, ma.e leia tudo,11 insistiu o compa.nheiro. E o espiritista oontinnou a ler a.té a.o fim. E diz..lhe o amigo, que ja advertira na. impr88Bao que lhe tinha oausll.do a. leitura daquele modesto artigo, ell\ que se desoreviam e. bist6ria das apariçòes e a peregrinaçiio de Ma.io do ano passa.do: - «Entiio que lhe pll.rece ?» - uQue lindo l. .. ll, foi a respos-ta. - «Agora desta vez sempre se converte ou ainda nao?," preguntou finalmente o amigo. E o espiritista ja lhe nao ree-pondeu. Pòs-ae a chorar e... oonverteuee I... Bemdita. seja Nossa Senhora. de Fatima I»

As

CLJRAS DE

Ulcera no estomago e larangite cr6nica

'FATIMA,,

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Amelia da Sllva, de S. Mcirtin,ho d'Arada. (O'Oar) .

Men bom Am. 0 Col.• Certamente j-!l nito se lembrava da pequena. peregrinaçio de Arada à Fatima em 13 de Agosto do ano fi ndo. Nem aèbnira. Era urna. gota de llgua no meio do mar imenso qne ai se forma. Mas a Virgem Santfseima lançou sobre ela os seus olhoa misericordiosos, e nma das doentes que nela ~e encorporara teve a ventura de ser cura.da das suas doenQ&B. Niio estranhe eeta demora em tornar publico tao aesinalado fa.vor de Nossa Senhora do Ro8'rio da Flltima. E' quo tfnhamoa receio de ser enganados por urna. apfl,réncia de cura.

I

à hora da Missa dos doentes continuou sempre o me.I estar. Durante a. Missa e a bençiio dos doentes, diz eia, parecia a.1der em febre. Sentiu, continua eia. a dizer, que qualquer coisa de eetranbo se passa.va em si. Term.inados os aotos do culto quando nos reunimos nae camion ettes, disse-me que esta.vll. c-urada..' Niio acreditei. Voltamos para a nosea. freguesia rezando e cantando como na ida para Flltima. Em cado. paragem a. pobre Amélia, ca,. da vez mais ronca, continuava. a teimar que eetava cura.da. E essa rouquidao? perguntava,.lhe eu I. .. E' de cantar, respondia cheia. de alegria. Passa.ram-se alguns dia.a e a rouqnidito desaparooia e niio tinba dores do eetoma.p;o nem v6mitos, apesllr -de corner de tndo que comem 08 pobr~ ca.Ido, boroa., sardinhns, etc. Ji la .viio seis mezes sem mais ter notfcia das suas onferrn.idades. Desde essa data que se entrega a todos 08 trabalhoe, deecalçando-se, molhando-se e alimentando-se de tudo quanto lhe apetece. Nii.o devemos demorar mais a publica('ii:• desta cnra, pois serie. revoltante ingratidii.o da nosea parte. Esperamos voltar à Fatima para agra,. decer oa beneffcios que Nossa Senhora do Rositrio nos tem dispensado com este ca.so e outros de ordem moral. Ara.da, 26 de Fevereiro de 1929.

O Paroco -

P.e .JOO.o Maria Gomea Pinto.

Amélla da Silva Julgo ter corriao o tempo sufioiente de prova e poder tornar oonhecida a. cura. Quem é a ourada P Uma pobre rapariga de aldeia. que precisa de ganhar o sen pii.o por meio dum trabe.lho continuo e !lrdno. Haver, une doze anoa que principiou a sofrer duma rouquidiio e de doree no eatòmago qne niio a deixava.m trabalhar. Consnltou v!lri01J médicos sem nada conseguir. O ateatado médioo junto é bem olaro. Organieei a peregrinaçiio a Fatima e eia ta.mbém se inacreveu. Partira de .Arada oom os reetantes p&regrinos, que ocupavam trés ca..nionettea, na ma.druga<la do dia 12 de Agosto. Na Tiagem ai"da 88 nc;taram os aeua padeoimentoa, vomitando sangue ~ queixa.nd~ se bastante, sendo bem reconbecido o ReU mal 88tar. Paasou a noite no pavilhao d::;s doentes e durante a.a v!lriaa horaa de adora.çio oontinuou queixando-se. Quando principiou a inscriçio d08 doentea foi iDIO'rever-ee e apresenton neesa ocaaiio ao Ex.m0 Slir. Dr. Pereira Gena um atestado do seu médico, a.teetado que certamente estar, 11-rquiva.do, onde 88 faz a nru-raçio dae auaa doençaa. Aumenta.ram oe eeus me.les oom o frio que apanhon enquanto eepei:ava, à porta do oonsult6rio, a vez de se inecrever (n. 0 32). Foi para o parilhiio doe doentea e a.té

dwna. rouquidiio, rebeldes aos ueuais tra.tamentos médicos, doenças eetas de que vinha sofrendo ha. aproximada.mente doze anos e da.e quais nuoca mais se quei.xou a.p6s a sua ida a Fatima. em P eregrina.çio em Agosto do ano pr6:rimo passa.do. E por ser verdade e me ser pedido passo o presente a.teetado que assino. Feira., 17 de J aneiro de 1929. (a) Beniamim 7'hiago Valente de Brito

Cancro. «Ana da Cunha, também conhecida por Ana Gabriela, esposa do snr. Joaé de Oliveii:a., proprietario deste lugar, ll.pareceu nos principios do mee de março do a no findo, queixando-se de um tumor osseo no ma.xilar inferior, de qne era porta.dora, ha.via eeis mezes, pouoo mais ou menos, mas que nos mtimos temp-os tomarn. ma.ior desenvolvimento. .Aconselhamo-la a que consultasse um médico, por nos parecer um ca.so de gra,. vidade. Foi consultar o nosso preeadfssimo amigo anr. Dr. Alberto Borgee, com Raios X nossa cido.de. Este nosso amigo por sun vez aconselbou-a a dar entra.da no Hospital de Coimbr a. afim de submeter-se a umo. opora.çao oirurgice., se o distinto operador snr. Dr. Bissa.ia Barr eto, a-ssim, o entendesse. De faoto, aa opinioes foram iguais classificando o referido tumor do um autentico sarcoma. P arn observa('ii.O ficou numa da.a enfermariaa do referido Hospita.l, onde permaneceu durante a ultima quinzena de Março e todo o mes de Abril. Por fim, o snr. Dr. l3issaia, junto com o seu BB&iatente snr. Dr. Bnoolha.n, disseram-lh.e t!IU8 seria rnelhor retirar para casa, poia j a niio lhe faziam operaçao, ja pela regiao onde ~tava implantll.do o tumor ser mnito moJindrosn, corno também tinho.m sur gido outras dificuldadee qne 011 inibinm de a. fazer, dizendo a.o ma.rido dn doente, mns muito em seir;redo, que o mnximo que sun mulher 'podin viver ern um a.no. !Desa.nimado, regressou a su a casa no dio 1.0 de maio, e paseados uns di asi, o reforido tumor ·abria. uma. enorme fendn.. com um aspecto cara<'teristico do cancro. F oi de novo consultar o se11 medico, snr. Dr. Alberto Borizes, qùe ]he ma.ndou fazer os curativos necessarios. Bep;nin 6 risca as prescriçoes durl\nte OR mocies de Ma.io, Junho e Julho. 'Poz de parte todoR 011 deeinfectantes, e oome('ou dP fnzer uso da agua de Fitimn, e nos fin'! de outnbr o estava completnmente cnrndl\. dizendo eia, e ima familia, qne se tra.ta dnm milaJZTe da senhora da 61rnde, qne se venera na noe-Bll Cnnelinhll, c-om o o.nxilio da Senhora de 'Fatima. Afirmn-Re qne as melhoras com<'('a.rnm n manifestar-se depois da. dol'nte se ter prostndo deante da ima,. 12em em orac:-lio, Q11vindo a mi!'IJn e comunp;nndo rodos oR dia.a. Milair;re? (Do li'ioueirense, de 27 de janeiro, em oorrespondencia do Alqueidao).

Duma ce.rba. do Rev. Paroco r eoortamos ainda. o seguinte : ccEste caso é maior do que eu no. narraQiiO dou a perce....her, pois a rapa.riga, devido è. falta de alimento, enfraqueceu Gastrite ulcerosa muito, ohegando-se até a falar em tuber.,,,_ ,. oulose e sifilis bereditaria. O que se poMaria Perelra Soares, solt.éiri, de ida.de garantir é que a rapa.riga desde esse dia mandou embora oa cnidadoe e nunca de de 56 a.noi!, natura.I e mora.dora na mais se queixou doe seus antigos malee.» fregu esia. de Guilhufe, concelho de Pena,. fie), vem pedir a V. Rev,ma um cantinho no jornal "Voz da Fatima» parli. relatar ATESTADO A~1ERIOR A CURA urna grande milagre, que a Virgem de Benjamiµi Thiago Valecte de Brito, mé- F atima se dignou operar nesta sua. hudioo pela Faculdade de Medicina. de Lia- milde serva. Havia dois anoa e meio que boa eofria. muito do estomago e inteetinoe, Atesto por minha h..~i::-a que Amélia da vendo-me por isso obrigada a usar conSilv&, aolteira, de trinta e cinco anoa de tinuamente de dieta. Durante esse peidade, morador& no logar das Pedraa de riodo de tempo ooneultei por varia& v&Ba.ixo, da freguet ' a de A.rada, concelho zea o meu medico Dr. Gnilherme Augu&de Ovar, eofre bi$ o:to anos de ulcera de to P ereira da CunhA, que me receitou est.ama.go, ',-ri;- 6 te cr'-:ica, doençaa e&- nrioa medicamentoe que eu tomei, maa taa de prov,n,1 or:l!., ;n' pa.-edo sifilitica sem resultado. Em Agosto do ano findo o meu estado e daa quais a te.. bo tratado. E por ser v&.:-~•l.e e me ser pedido pas-- de sa.ude agra.vou-se bastante, continuando eu a fazer uso dos medica.mentoe eo o prese::~ atostad::> que assino. que o meu medico me receitava, maa F 1:ùa, 9 de Agosto de 1921:ì. eem obter melhol'lla, antes pelo contra.rio (a) lienjamim 7'hiago Valente de JJrifo o mal se ngravava de dia para dia. Jé. niio podia dormir, sentia fortea e agudaa (Segue o reconhecimento) doree no estomago e inteatinos, apenu podia tornar algum leite mistura.do oom A.TESTA.DO POSTERIOR A CURA agua, que apenas ingerido, · logo vomita,.. Benjamim Thiago Valente de Brito, va. Em Outubro men irmio que vive na médico cirurgiiio pela Faculdade de Me- Bahia, Eatll.doe Unidos do Brazil, eecreveu-me aconeelhand~me a que eu me dicina de Lillboa A.testo por Jninha honra que Amélia da dei::i:ll.88e radiografar, o que eu nao cb.eSilva, aolteira, moradora no lognr du P e- guei a fA~ porque n8!18a. ocasiiio jé. li.a,.. draa de Ba.ixo, freguesia de .Arada, con- via perdido todll. a esperança na. aciencelho de Onr, foi por mim observada e cia humnna para a minha cura . Na minha aflicçio recorri com toda a medi.cada algumas vezes durante perto de trAs anos, duma tilcera do estamago e fé e esperl\nça. è. Virgem de Flltima, fa-

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VOZ DA FATIMA ~ndo-1.h& uma. novena. de terços, missas e oomunh6es, prometendo-lhe ainda. da.r-

lhe a importa.noia que ba.via de dispender com o Raio X, ee ficasse cura.dli. Ao eetimo dia da. novena, que foi o dia. 27 de Novembro do a.no 'findo, senti-m,e peor, e à noite deitei-me rala.da de do-ree, maa oousa. extraordinarin. l, eu que ja ba tne~ nio podia dormir, nessa noite a.dormec1, e s6 a.corde~ de ma.nha, e quando despertei, &enti-me completa.mente cura.da. J a lii vao mais de tres mellell, e durante 8888 tempo tenho comido de tudo sem me b.roor mal algum. Quando me eenti cura.da ainda. nao sabia. entao qual era a causa do meu sofrimento, porque o meu medico para nao me ahmna.r, nao m'o ha.via dito. 86 quando eu o cbamei depoia de cura,da para me paBS&l' o a.teetado para mandar parll o jornal «Voz de F!tima.» juntamente com a notfoia da minb11 cur., é que ele me dine que eu sofria duma gastrite ulce-

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a tal ponto que es doentes que me rodeavam perderam todas aa esperanças de me aalv&l', E nisto me foram dnd08 os uJtimos Sacramento& (Extrema-Unçio). Mas tendo recorrido a N .• 8.• do Rosario de Fatima, prometendo-lhe rezar 9 terços de joelbos em Fatima deante da imagem de N.• 8.• e aindll. 10$000 reis todos os anos emquanto vivesse e puder paga-los; J08000 comtanto que fica.sse sem defeito a.lgum na vista, e uma mis-sa em acçio de gro.Qas 11. N .• S.• todos os anos na Guarda, no dia da data que saf do Hospital. E por isao nao tardou o Milllgre. E para mim estava reconhecido. Fazendo isto 'publioo cumpro um dever duma graça que mais uma vez a. Mite dos Aflitos enviou aos seus filbos da Terra. E por isso peço a N.• S.• do Rosario da. Fatima, que me de mais ~1guns dia.a de vide., afim de cumprir a minha promessa no proximo dia 13 de Abril de 1929, acompanhado de minha mulher e 3 filhos.

Um pequeno e urna pequena ele de quasi 10 ela rle 11 aproximam-se de mim sorridentes alegres a pedirem-me um catecismo. Eram irmiios. - Entao os meninos jé. comungara.m na. comunbao soleno P • De olhos baixos e voz nubia.da respondeu-me um: - Meu pai nao nos deixa comungar antee dos 12 anos completos. Diz que a gente niio sabe o que va.i fazer. - E os m.eninos sabem P - Pois sabemos ... Vamos receber o Corpo de Nosso Senhor Sacramenta.do. - Maa assim ... o Corpo verda.deiro? - Esté. a brinoar connosco. Pois ja se -ve - vamoe receber o Corpo de Nosso Senhor tio verdndeira, real e substancialmente como eeta nos Céus. - Bem, bem, vejo que sabem. Pois beide ver se comungam antes. - A'i Deus quei re.! MRS foi debnlde que, em conversa ami• ga, despejei todos 08 argumentos contra a Do mesmo modo fllço publico que so- opiniiio do pai. Aquela. durez,\ de rocba niio cedia facilfrendo ja ha muito tempo do que cha,. mam hemorroidnl, prometendo a N.• S.• mente. 'U1lla pequenina esmòla se durante um Que contas, meu Dous I , mes tudo desapo.recesse e o que nao se • fez esperar até hoje, graças 4 Virgem. • • E por isso nqui deixo o meu testemunho de que peço n. publioaçao em a V oe .A.gora siio trecbos duma carta particuda Fatima. lar. ,(Carta de 18 de Março ultimo) Ouvira ha tempo contar alguns factos interessantee duma creancita em que se desenhava uma. piedade precoce. Pedi qua mas contassero por escrito. E' da carta em que me contam parte, I I que extra.io os }Jeriodos seguintes: . ( Continuaçllo do n.0 78) «Venho, o.pesar de ta1·de, cumpr1r o que prometi : falo.r-lhe da minha A. Quando voltava para o altar senti wna Mos corno lhe hei-de eu dar contas das oomoçao profunda deante daquele e-xem- supremns , iquezos e dons com que Deus plo de piedade infanti! e diBSe comigo mes- l\ dotou? mo: t<Quem me dera comungar assim. E' a minho A. umn crennça viva, irNunca mais de entao por deante me pas- requieta, rostosinho alegre, pele fina e sou da memoria a.quelo. figura miniatural rosado., olhos e sorrisos nnimados sempre do uMamielziton. de urna expressiio de bondade e meiguice. • Aindn niio tinhn 3 anos de idade e • • fugia. ja para a igrejn ... parece que JeAtitude, quadro e lembrança semelhan- sus a.trofo. a minhn A. Aprendeu de1>ressa o Padre Nosso e a te me ficou grava.da na memorin dois anos Ave-Maria na catcquese mns oomo la mais tarde. Era desta vez urna creuncita. de corpo ouviu dizer a confissiio e chegou a casa e no seriio disse para minha miie: «O' com cara de mais edo.de. Vinha a.o colo duma rapa.riga que de- mi'i.e quero quo me ensine o Baptistan. Como se da a coincidencin. de la a capois soube ser sun irmi. Os olhos ero.m duma imenea meiguice sa ir um moleiro chamado Baptista, minha miie respondeu-lhe: ma.e fundos, quasi sem brilbo, sem vide.. «Tu bem conheces o Baptista. e estasO cabelo alourado corria-lhe branda.mente sobre os ombros que com toda. a caba- -me a pedir que t'o ensine I ?11 - Nito, minha miie, niio é esse que eu ça. se encostavam de manso no colo e co.bequero que me ensine; quero que me ença da mais velba. Fora a.taca.da de Mal de Pott que pou- sine o Bn.ptista Pedro e Paulo qne dico a pouco lhe ia desfazendo os ossos em- zem la na doutrinu. Por estns po.laVTns se concluiu que se quanto lbe dava a. alma urna virtude fortratnva da confissiio que começou logo a te na provaçào. Quando me aproximei, a irma voltou li.prender. ,Era aos trez nnos de idade. levemente o olho.r para eia. Ainda na mesmo. idade estava. nm11 Como se deFpertasse levantou a cabeça abriu os olhos fnmndo-os no Corpo .Adoro.- vez sentada no meio de 01\M com n, boval do Senhor e tendo-O reoebido mergu- necadn. toda ti volta d(l)a e cantl\ndo o lhou no meamo sono a.parente e ex-terno uQueremos Deusn e eetava sempre «Quer emqunnto por dentro iOZ&va as delicias mos Deus qu'é n6xo pai l11 Men pa.i interpelon-n. : de Jesus. lit, minha. menina, entiio quem Logo de seguida o reoebeu a irma que 6 eeuOlhe paiP um pouco ao lo.do com os seus dois tesoiEia responde serenamente: ros - a irma e Jesus - bem abrnçà.dos se - Este -:le quern agora estou a fblar recolheu a 1lar graçns. Era lindo ver o.quele quadro em qne se nito li de si mns sim do uPo.i do xéu11. A11:ora. quando eu in. receber 11, Sagra-representavo. a uniao fro.terDAl de duas a.1da Comunhiio era v~la a. eia sempre e mos entre si e dum modo mais perfeito pergnntar-me: com o sen Deus. . - «Que bolo é nquele que o senho paEra to.mbém na nldeia. Aquela atitude numa creança doente d1 te da M. P En tam~m qui a l11 gravemente doente - e todos sabem como ···Pfo·.-~~i ~~--~--~x~~Ìo~--d~-~~;: as creanças na doenças se tornam impertio n1teress1rnte por revelar o desabrotinentes ,- feriu-ma em oheio e senti que ta T_>ara ~ piedade, dum botaozinho sem querer, emquanto continuava a da.r a char comnnhao se me eecapavam pela faoe duo.s que amdo. nao desa.brocbara para 11, vilagrimas de agradecimento a Jesus por • Ele ter feìto florescer o.qui e allim tao 'per• • feitos modelos do devoçlto encarfstioa. Ai qne d6 niio faz ver por a!, ta.nta Quando depoie fa.lei do ca.so a.o senhor Prior ouvi-lhe num tom de muita sinceri- crea.nça n quom ee onidh de ensinar tudo o que pOjlea aumenta.r-lhe a cultura e ao dade. • C<Nenl tu, ìmngina.s quanta. consolaçao eu mesmo tempo de esqneoer a fonte da unica. e perfeita formo.Qao hnmanl\ e crista sinto em lbe dar Nosso Senhor ... -o <'-Onhecimento e a. prritica da. doutriComunga com frequAncia. na do Evangelho I Coitadinha I E' um poço de sommento. One tristezn ompurrnr para a vida Tem o nomo com ela... ch8.Ill&-68 Celeete. E nao sei que mais admlre se a pacien- bntn nlmn que nito conhece a ~da! l>nrece que reason ainda aos nossos cìa dela se a dedicaçio da irmi - uma e outra bauridaa na recepçi.o frequente da nnvirlns o pedido nmoro"O de Jesus feito um dia em terras da Palootina e repeti&gra.da Eucaristia.11 do t'm E'CO de todos os Sll,Criirioe das nossaa i trreills. • • • «nPi:tli · i 11ir ,, Mim os ptquuiinoa! .A.gora o reverso. R o'I peqneninoe entende-nO ncorrem Foi na cateqnese numa. outra aldeia on· prr,qqnro,os M Ren chamam1>nto. de a vida cristà, a vida de piedo.de nao Mru, quanto.,; n!Io hri, roita.di\hos que eram das mais intea»ù. encontrnm no c1UT1inho a indupernvel bàr-

•••

.Sinite parvulos .

Maria Perelra Soares rosa. Disse-me que foi uro milagre tra.ordinario, e que se udmirava como nao ba.via. sucumbido aos estragos doença. Gloria e louvor à Virgem Fatima. Pena.nel - Guilhufe 2 de Março 1929.

exeu da de de

Maria Pereira Soa1'es ATESTADO

G'!'ilhe!me _.iuou&to Pereira da 01.mha, medu:o-c1rwrg1ll.o pel.a. Antiga Escol.a. Me,dico-cirwrgica, do Porto. A testo e jtlh'o, pel.a. minha konra que a. Sm-.• Maria Pereira Soare,, de 56 aflo&, natu-ral e re&idente na freguezia Ouilhu/e, de,te concelho de Pena/iel padecia deade ha doze ano.! e meio de' ga&trite ulceroaa, com dores muito inten,as e de entero-colite ora11e, tendo por t1eze1 pequenll3 hematemezea. O aeu estado oaatrico aora11ou--1e m'lllito, deade ago&to do ano vauado (19t8) e o eatado inte&tinal n companhou eue agra11amento a ponto de a unica alimentaç4-0 da dof:fl.te, o leite, nao .,er de modo nenhum tole1ado, sendo repoato por 116mito e o pouco Q'U,e /ica,ia, no eatomauo, era minuto, depoi11 expelido pelo in.teatino, por digerir. Bate eatado gra11ia.!imo, que a/aata,ia toda a e.!perança de cura e que fa.zia pre11er a morte a curto pra.ao, modific011,-ae inatanta.neamente no dia 11 de 1t011em.bro de 19t8, de manha de,apareund-0 aa dore.s e aentindo a doen.te uma tuefl.tuada enforia, com apetite qtu lhe permitiria uma alimentaçl!() ooriada ab,olutamente inadequada ao aeu eatad~ anterior. Oonsidero-a actualmente abaolutaf!Wln.te curada. Po,r &er 1)trdade pa.,.sei e&te ateatado f'Ut 0.8ftfl,().

PeM/iel, ! de ;anei,ro de 1919. (a) Guilherme Augusto Pereira <la Cunha. (Segue o rec~nhecimento).

Um fdema malfgno

Alberto Nunee Qulomar, n.a.tura.l de Galeg08, freguesia d& Sé da Guarda, conoelho e Diatrito da. meam.a. cidade, de profiuio empregado p6blico, e casa.do com ll&ria do Rosario, natural de Pataias, oonoelho de AJooba.ça, venho por eete meio testemunhlU' qu.e eative oom n. doença aoima referida e que cheguei a e&tar baatnnte mal. Mais dfX'laro que dei entrada, em 27 de Ha.io de 19'28, no H08pit&l da. Santa. Casa. da MiM1ricordia, da. Guarda., e donde ea! em 28 de Junho do mesmo ano, e, além de todos 08 cuidadoe da Irmà enfenneira, por qnem fui trata.do, cbeguei

,

reira dos pa1s que, eurdos à voz de Jesns e da Igreja impedem os filhoe de r&ceberem Jeaus Sacra.menta.do? Quantos nao ha que, sem se alimenta.rem, vio pouco a pouco ensurdecendo até que, como ais florsitaa do campo a.o contacto do euiio, secam e morrem de todoP ... Levemos as crea.n.çaa a receber a Noeso Senhor. Eie tem um pra.r.er eapecial em entrar nesso.e alminhaa que o peolldo ainda niio mancbou. Levemo-las para. que s6 Ele gor.e o perfume da 1,ua inocencia e lho a.vivente e lho acresça cada vez' mais, vesti.ndo-o e envolvendo-o com o perfume da Sua graça. Que eia.e O compreendem mostra-o bem um dito daquela manina A. ai pelos 5 anos de idade. Tinham-lbe flllado do S.8.mo Sacramento. Ao ohegar a casa, quliai zangada va.i tei: CO~ .o. irmi que se compraz de ser a Jardrnetra dl\quela almita: e diz-lhe 4. queima roupa: «- Entao tu niio sabea, o que me dis-sernrn del e? Fecharam Jesus dentro dnquela casa I Prenderl\m o Jesus h, A casa llra. o sacrario . . Nilo li para. ali estnr feoha.do que Jesus fica no_ So.ora.mento dos nossos alta.ras: ~ parll v1r as nosana nlmna - as dos gra.ndE1s e pequenos.

Fructos? Dos dois que s6 comungaram depois dos 12 anos nào sei o que tera. sido feito. A A. é o que se va. O Manuelzito cbamou-o Deus a vida religiosa. A: _Celeste ei.sn foi continuar no Cén 0 del'ic1oso banquete que felizmente começara cedo ca na. terra. E' que ~ Carne de Jesus tem a propriednde singulnr de trnnsforma.r em Si aqueles que A comem . Deixemos poie ir 89 creançns a Jesus J

____....____ A V ISO

. ~edimos aos pre9ados aBSioantes em d1v1da. o favor de mandarem aatisfn.zer a s1!a assinatura directamente em carta r&g1stada ou vale do correio. Niio mandamos proceder è. cobranQll allim doutrns razòes, por nos parecer qu~ todos seriio tào interessa.dos como n6s na. ~fusao è pr?speridades do nosso jornalzmho. A o.ss1natura sào dez esoudos por a.no mns o que nos tem valido é a generosidade da.1guns ru.ainantes que nos t&em enviado qunntias muito superiorea. ~em eles imaginam todo o bem que assun fazem. EJ? <1unlquer reclo.maçio 6 indispensav~l rnd101n· o numero da assinntura. Ped1mos que nos devolva.m 09 numeros repetidos.

...

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A MINHA NOTA

SObre as pedras Er~ uma rapariiia alta, franzina, doe seua 16 anos. Temperamento vibratil de algarvia, coraçiio ardente de portugueaa, alma cristi do mau puro eacol. Que queria eia, aquela. pobre, senta.da ali no meio dos doentes P... Quem sa.be? Talvez a cura. de a.lgum ente querido, a convereào de aliiuma peasoa de familia a soluçiio de alglllll daqueles problema& que s6 se confiam a De111 e a Mii.e! ... O que quer que fosee era pedido com ardor, oom fii. Edificava ve-la ora.r.

iii.o·-~~~...

...6it~din~, ..~r;;· epll6tic».'.' ~ atribulada por ~ma doença tao incomoda, viera ali pedir a cura a N. Senhora. E n.lf ficou até a.o fim, Reoebeu a bençiio recolhidamente... Era Jesus que pusava a dizer palavras intima.a de conforto a cada um dnqueles seus filhoe. E ela ouviu-0. "'-uantas èonversoes, qll'llntas consolaQ088 a par do.a ouras que ali se operami... Slio momentos de paraizo. A seu tempo organiaa-se de n<1,vo a prooissao que reconduz a imagem parà a capelinba das Apari~NJ. E essa rapa.riga pede para lbe descalçarem os ell plltos. E la v11.i descalça a acompanhar a Imagem de Nossa Senhora.


VOZ DA FATIMA

4 Curo.da? ... Nii.o. Conaolada. Uma força nova, intima lhe dava conforto e resignaçao. Era o Senhor que sofria. porque elo., sofrin. e amava em unii~ com Ele. Alguém lhe oferece um lugar deante da imagem no meio das servitas. uNio, responde eia, muito obrigada. Nio gosto de ir ai a vista de toda a gente. Antea quero ir n.qui atraz, escondida com a sombra da imagem.,, La foi, pois mesmo junto de mim, numa enoa.ntadora o.titude de modestia. e recolhimento. Pensei entao comigo que sii.o talvez almas corno aquehi. que, com o sofrimento oculto )evado com 11.legria por amor de Deus, afostam o castigo que por tantos pecados merecemos. Notei contudo que alguma coisa n. preocupava. Olhava muito para o chao. Eram deoorto os pés mimosos e delica.dos gue lhe sangrnvam sobre o cascnlho do caminbo. Como devia sofrer I Fui observando. Aguela rapariga, gue nito sei quem era nem corno se chamava ll'pareceu deanto de mim como 11m modelo de peregrina. Confundida ou quasi com a multidiio que segaia a imagem, com as faces ba.nhadas de lagrimn.s e os pés talvez de 111ngue eia ia disfarçadamente procurando sabeis o qu8 P Caminho mais macioP ... Nào. Io. procurando disfarçado.monte oaminhar por .s6bre a.s pedra.s ... E' que a mortificllçào é tanto mais aceite e merit6ria quanto menos da nas vista.a.

,

Sirva-nos de exemplo para procurarmos na aceitaçii.o alegre dos dissabores de cada dia a realizaçiio d08 desejos de imolaQao que o Senhor exprime a tantas almas em desconto dos pecados do mnndo.

----·----:---Voz da Fatima Deapésa Transporte 144.567$56 Papel, composiçiio e impres0 sii.o do n. 78 (55.000 exemplares) ................. . 3.137$50 sruos, embalagens, transportes, grav.uras, cintas e outras despesh.s ... ... ... . .. 722~80

Subscr-lçllo (Fevereiro de 1928)

148.427186

Enviaram dez escudos: Virginia Alves Guerreiro, Ana d'Aguiar Branco Nogueira, Joiio Gonçalves de Moura Adelina Amelia Alves, Francisco do. Siln Fidalgo, Armindn. de ,Jesus Freitas Precevia da Gloria Moraes, Domingos Pinto Joio Albino da C'osta Rodrigues, Alberto' Dias, Alba!lo Fernandes Machtido, Ma.ria A. Santiago (15$00), P.e Joaquim Pereira. dos Santos Aragiio, A. Espinosa, Ma.ria da Piedade Pacheco Teles, Aurelia de Pacheco Teles, Maria Luisa Paes Mendes (15100), Alice Rodrigues Leii.o da Silva Carlota Augusta Dias, Francisco Paix~ de Albuquergue, Americo Angusto de Laoerda, P.e Antonio d'Almeida Correia Julia Clemente, Jacinto Pedro de Souza.' Gertrudes Proença, Maria da Gloria mora Pincho, P.e José Antunes Bazilio, Lucrecia Pelejio, Jn.einto Trindade, Ma.ria Angela da. Silva, Manuel Gomes Gonçalves <15800), Rosaria do Carmo Vaz de Carvalbo (20$00), Joao Maria da Cruz Ventum, Maria da Gloria Nunes d'Oliveira, P .e Henrique Fernandes da Silva, 1 P.e Joaquim do Carmo Martins, Tertuliana de Jesus, Rita de Cassia Linhares Toledo Brun, Rosa. Izabel V a.sconcelos Galviio Baptieta., Leopoldina Ferreira do Canno (20$00), Virginia d'Assunçio Machado, Carolina Pereira Dias Melo o Faro, Gertrudes Oliveira Santos Pinto, Augusta. Rodrigues, Rosa Simoes de Souza, Alba Galviio Amorim, Mario. Amelin. [>p.. pnlin, Pn.Jmira Ribeiro Lopes, Au~ta Santos Pinto Moreira Range!, Jo:L(luim da Silva Gaspar, Ermelinda Coelho ctn Rooha, Eufemia de Son.za Soares, Luiz Correia Vll8concelos, Mario. Adelaide de Gouveia Pinto Rezende, Mii.rgarida Ma.ria Soares Barbosa., P.e José Simelo d'Oliveira Gomes (15$00), .Alvaro Lai• de 9ou1la., Dr. Francisco Rodrigues da Crus, Viscondeaaa de Baçar (100100), Maria Eugénia Biscai a Relvas (30100), .Adelina Queiroz Caldeira Barahona (20f00), Ermelinda Cnrneiro Leio, Joaquina. Antanes Guerra, Antonia Estefania Gnarra, Maria da Oonceiçio Fragateiro (18100), P.e Antonio Maria dos 81tntos Camp:>s,

sa:

José Joaquim de Mendonç!l, Candida Clementina de Sa (20$00), Beatriz Fernandes Gato, Josefina Paiva Nazareth, Adelaide Paiva, Beatriz Cllrvalbo Alves da. Cruz, Maria dns Neves Vareta, Teotonio (12$00), Conceiçiio Marques (15$00), Eliza Amelia ilo Lo11rdes Mesquita (15$00), Antonio Vieira d'Aguiar, Domingos Pulido Garcia, seminaristas de Serpa. !12$00), Silverio da Conceiçiio Neves, Maria de Jesus Silva, Rosa de Jesus Silva, Cacilda Cllbrita Franco, Sofia Aurora Pinheiro (20800), Adriana Flores Ra.scio, Maria Beatriz Cabràl, Dr. Guilherme Macho.do Braga (20$00), Eugenio · de Mourb Pinheiro, P.e José Gonçalves da Costa (20100), Candida Ferreira, Maria d' Assunçiio Silvo. (20100), P.e Ca1 los Augusto da Silvo., Maria José Gomes Martin!! Correili. da Silva (20$00), Leonor Vieira, Beatriz M. Guimaraes, Angelina de Lemos, Domingos Martins, Alice Mudat, Snra Mudat, Maria Helena. Guimllriies, Carminda Guerra de Andrade, Albertina d'A. Mota, Candida Rosa Martina, M. José dos Santos Mc>reirll. (20100), Julia da S. Neves d'Oliveira (16'0), Ismalia Bastos Messedet, Candida. Alves, Emilia de Lemos Ferreira. Na. distribaiçao de jornais e varios dono.tivos: Igrejll. de S. Francisco Xavier, de Providence (America do Norte), 1 dolar; Maria dne Dores Tavares 'de Souza, 65800; Julio Dias Fano Coimbra, 15$00; Maria da Encarnaçio Rar11a, 25100; P .e Aurelio de Fari a, 80$00 ; Ant6nio Martins dos Santos, 26850; Doentes do Sllnat6rio Rodrigues Semide, 52$50; P.e C'arlos d'Assunçio Dantas, 30$00; P .e Francisco Luca.e Pacheco, 25100; D. Maria do Roeario Dias, 50$00; Ana Antunes, 50100; Hotel de Nossa Senbora de Fatima, 100$00; Dr. José Luiz Mende.'I Pinheiro, 100$00: EmiJia Nunes da Rooha, 30$00; Luoiano de Almeida Monteiro, :\28100; J osefa de J esus 16850; Ant6nio Bernardo Tavares, 20$00; Elvira de Carvalho, 50$00; J oana Serenn, de Ilhavo, 75100: diverso de Ilbavo, 15$50, Mons. Manuel Marinho, 30800; José Mornis Jordiio, do Paiiio, 100800.

••• NO INFERNO Urna das grandes manias e erros destes tempos é o espiritismo e convem que os cat6lic08 estejn.m precavidos contra esta peste, condanada pela Igreja e que muitas vezes leva a loucura os desgraçados gue se lhe entregam. l"retendendo estabelecer relaçoes entre os vivos e 08 mortos, faz mal nos vivos e nio da proveito aos mortos. Quando se nii.o trata de pura mistifica.çao, pensam estar em relaçio com os mortos ou algum espirito bom e estiio a ser o ludibrio do demonio, qae procura assim engn.nar-lhes a fome de sobrenatural que ba em todas as almas, ma.s baralhando, mentindo, de forma que os seus ad&ptos possam continuar nos ~eus pecados, sem temor de urna sançii.o de vn.lor depois da morte. O dogma da Comunicaçii.o dos Santos ensina-nos que na Igreja de DeUB ha Santos e Just-0s, de cujas boas obras pllrticipam os que est.iio em graça com Deus. Podemos, pois, oferecer Missas, oraçòes e outr08 sufragios pelos nossos queridos defuntos. Isso basta. para nossa consolaçio e alivio deles. Ninguem pode, sem pecn.r, recorrer a praticas proibidas pela Igreja na. estulta e enganadora esperança. de conviverem com os mortos. Do que valem estas praticas é exemplo o seguinte cMo veridico comunica.do a urna conceituada revista. americttina. por um dos seus leitores, cat61ico respeitabiliesimo: ccUma senhora das nossas relaçoes (fa. la o correspondente do peri6cU_co none-americano) foi convidada. a passar o v&riio em casa do uma fam!Jia niio ca.t61ica. Como passatempo, organizaram-se diversoe jogos divertidos e, para variar, um rapaz apresentou urna prn.ncheta e um lapis, explico.ndo a.os assistentes, que qualquer peTgunta por Ales feita obteria automaticamente resposta ex-acta, gue o lapis tr-açario. na prancheta.. A senhora nossa conhecida (continua o correspondente) achou 11.quilo muito interessante e resolveu dirigir algumas pergnntas ao aparelho que lhe pareceu brinquedo o.penas. .As pergantas, poeto que dificeis, a.lcan9arn.m com efeito respostas prontas e certas. A boa. eenhora, começando a r.uspeita.r

que andasse por ali qualquer influencia sobrenatural a exercer-se, meteu a. mio uo bolso e, pagando numa. pequena cruz que se solta.ro. do seu terço, escondeu-a na palma da mii.o que pos fechada em cimll. da prancheta -e perguntou: - ccQuem ésPn Depois de longa pausa., veiu a resposta: - ,,Bem sabeis quem soun. Nii.o se deu por satisfeitn. a senbora. que ineistiu: - ccOrdeno-te, em nome do que tenho na miio, que me digas onde estas,,. Deu-se nova pausa consideravel e, por fim, surgiu a resposta escrita em grandes letras bem visi veis : - ccNo inferno,,. Todos quizeram saber o que a senhorll. tinha na mii.o, e eia mostrou o crucifixo. A sorpresa foi geral e o dono da prancbeta partiu-a, declarando que nuncn. mais se serviria de tiio desaatrado in&trumento. O correspondente acrescenta que lhe conetn ter-se casado &se rapti.z dai a algam tempo numa igreja cat6lica, depois de convertido à nossa Fé.,, ·

ffoios, tais como o ci& curiosidade, o da lingua, o da vllidade ... V& oomo podes Bel' util, como podee dedicar-te?

-=·

Agu a d e Fatima Torna-se diffoil ou quasi impoesivel re&ponder a todas as pes.soas que se nos dirigem a pedi-la. Lembramos também que Leiria. fica a 25 quilometros de F&tima e nem teriar m08 tempo de atender ca.d"8. pedido. E' necessario também notar que a.pesar de a agua ser gratuita é necessario contar com a lata ou outro recipiente e com <> porte do correio, o que é relativa.mente caro. Quem pretender obter n. agua pode dirigir-se a .J~ de Ah:neida Lopes - Fatima. (Vila Nova de Ourém), que e& presta a manda-la e é peesea da nossa confiança.

Modos de ver

Um cio, um indiferente ou sem religilio e um cat61ico apreciando uma codea de pio e uma ceara de trigo. Es111olu 0Uld11 1111 v6rlu fgreJu qmdo da dfstrfbalclo O cii.o, ao v9r a oodea. de piio mexe a ca.uda de contente mas nio faz nenhum da •YOZ DA FATIMA• caso da ceara de trigo. O indiferente, por muito tolo que seNa. igreja de S. Tiago de Ceja., estimn. um pedaço de pio mas muit.o zimbra, pela Ex.ma Sr.• D. Germais estimaria a ceara de trigo que protrudes do Carmo Pinto, nos meduz o piio. ses de Janeiro e Fevereiro de O catolico goeta do pio, cultiva aa 1929 ... ... .. .................. 60$00 cearas mli.a quando pensa em Deus que Na Igreja do 8.8. Coraçiio de as creou, cai de joelhoe. Jesus, em Lisboa, pela. Ex.ma Portante, o ciio niio passa da codea, o Sr.• D. Marill. Matilde da Cunha indiferente niio passa da terra e o bom Xavier, no mès de Fevereiro de cn.t61ico chega a~ Aquele de quem proe&1929............................ 39,15 de todo o bem. Idem, idem no m& de Março E... nio é preciso por mais na carta de 1929... .. ... ... ... ... ... ... ... 82,45 (como se costuma dizer).

••• LEITURAS

A primeira vit6ria

-Que te pareceu a Augusta P - Uma rapa.riga. bastante inteligente e muito culta. Deve ter gli.sto urna boa soma. de dinheiro em livros; tem grande variednde rie roma.nces, de historias, de poesins, e até la tem um livro de filosofia; revistas... é urna infinidade. Nio sei como eia tem vagar para ler tanta coisa. Tambem, pelo que me disse, pa.88a 08 dias a ler. Ser imtruida é a sua grande ambiçao. - Pergantaste-lhe se tanta leitw-11. a fazia feliz P - Conversamos nesse sentido. Teve comigo um desabafo fntimo que eu nio POS80 repetir. Mas julgo que nào seTei indiscreta dizendo-te que a AugUBtll. esta convencida de que a,e leituras, a que se tem entregado desrle ha anos, sio a causa das moitbs lagrimns qne chora, as e&CGadidas. Parece feliz mas niio é, e a leitura. d08 romances, dos versos, etc., d&ve todos os defeitos que a tornam infeliz. Mas nito tem forças para mndar de rumo: ja nio pode venceT a pai."'tio da leitura, nem a. vaidade que lbe excitam 88 peseoas que a lisongeiam. ccQue inveja eu tenho, disse-me eia., que inveja eu tenbo da minha irmi, que com o seu livro de oraçoes e dedicada ao tra.balbo manual, é boli. e sente-se feliz; enquanto que eu, com tanta leitura e tao lisongeadn, sinto que son infeliz,,.

E' um jovem que fala.: ~os~umava eu todo~ _os dill.s pela mar nha u fa.zar ama v1s1ta. ao Santissimo ne. Igreja. de S. Barnabé. Ma.triculei-mè no liceo e pura la me dirigia com um grupo de condiecipuloe, qun.ndo calhou passar por deante da igreja. Desta va. veio-me a ideia de pll.ssar adeante, sem entrar, p~ra niio _eer criticado pelos mena companhe1r08, cuJas ideias ainda niio conheoia: Mas venci-me e disse-lhes simplesmente: --cc~ntin_ue~, que eu ja 08 n.panhon. Entre1 na 1greJa, fiz a minha visitinha o, ao sair, acbei-os todoe à minbn. espera. No dia segainte tambem eles entra,. rau1, entra os qua.is o filho de wn advogado socialista.

Acto de contrlçao ••• à moda

Senhor meu J eaus Cristo Deus e homero verdadeiro, por serd~ V6s quem sois e porque Vos amo sòbre todaa ae coisas, meno.s sobre as moda.s, peza-me de todo o coraçiio de V oe ter ofendido, proponht> firmemente a emenda de todoe os meus pecados, meno.s do.s de eacanàalo que manda C()m/!ter a modo, e de me nio afasta.r dbs ocasioes de V os ofender, eu e os que me veem nua. - Mas... este acto de contriçio nio serve para I\ confisaii.o I - Nii.o serve, com certeza (di• o Snr. Bispo de Malaga), mas no dia de jUlllO veremos o que vn.lem as confill8088 e oomunhoes daa penitentes e das que se Fez.me pena estll tua frase, querida aproximam lln mesa eucaristica co~ a Teresinha.: - cc Son urna inutil !,, E dis- sua eloganto desnudez. sesta-a com tanto amargorl ... Be;m se vf, quo tena um cora.çio ansioso por dedicar-se. Imaginas que s6 é util, que s6 se dedica. quem pl\SSa os dia.e f6ra da sua casa a visitar os pobres sem piio, a cuidar das crianças sem lar, a promover festas Que idade tons P Dezenove anos, talvez. de ca.ridn.de, aem espfrito cristiio P Ja contaste o numer o de minuto& deE tiio facil urna menina dedicar-se e corridos desde o teu nascimento P ser util... Nio sabes como P Esse numero é espantoeo: no11e milMe, Sempre que teu pai entrar em casa dedica-lhe um sorriso, urna palavrti. af"ectuo- tTeriento.s e trinta e trez mil e d·uriento,J ... sa. Dedica qualqner pequeno serviço a e cada um d&soa minutos foi parar a tua mio, e podes fa~lo tantas vezes no DeUB, e Deus os examinou um por um, pesoa-os, e rues devem servir para pagar dia... Aos tena irmios niio podes dedic11.r urna a eternidade. Cadn. am d8Jes leva um ~o - o da boa palnvra, •m bom conselho P Mas queres dedicar-te também aos e&- intençiio que tiveste ao emprega-lo. Aatranhos P Dedica-lbe as tuas oraçoes, que sim como cada mooda tem a effgie do lhes podem ser mn.is uteis que muitas principe, s6 teem curso na eternidade 01 obras de z81o. Dedica a DeUB as contra- qne estiio ma.rcados com a imagem de riedades que sol'res, uns peqnenos sacri- Deus.

Sou urna inutit

Urna reflexao salutar


ANO · VII '

N.o 80

. Leiria, 13 de Maio de 1929

( COM APROVAQAO ECLESIÀSTICA ) Director, Proprietario e Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na Uni4o Gréfica, 150, Rua ~, Santa Marta, 152 - Llsboa

Administrador: - Padre Manuel Pereira R.edacçiio e Administraçiio: Seminario de Leiri':I.

da Silva

PO.·R TUGAL Pé·s da Mae de Deus! PATIMA, patamo impregnado de mistério, estlncia ungida de graça, terra perfumada de milagres, é a mais preciosa pérola de Portugat. Jesus, Rei fmortal dos séculos, oculto na H6stfa Branca e Pura do Sacriffclo Eucarfstico ergue-se e repousa na montanha sagrada de Fatima sobre um trono de amor, g16ria e reparaçio, formado por centenas de milhar de coraçoes. A magnffica e deslumbrante apoteose da augusta Mie de Deus, a excelsa Rainha do Santfssimo Rosario, no locai bemdito das suas divinas apariçoes e dos seus estupendos prodfgios, assume as proporçoes mais grandiosas e sublimes.-A alma da Patria aJoelha piedosa e comovidamente na cova da lrla e ' prende-se e une~se a Jesus pelas mios de Maria! Doze anos depois - A época das grandes multidoes - O trono mais esplendoroso dejesus-H6stia - O mais belo centro de devoçilo à Virgem- A alma de Portugal na Cova da lria. Doze anos sii.o passados depois que a gloriosa Rainha do Céu se dignou aparecer, pela primeira vez, em e.splendida visiio, na a.rida charneca de Fatima, a tres criancinhas inocentes. Convulsiona-va entao o mundo o mais espantoso conflito armado de que reza a Historia e, em Portugal, eterno feudo de Santa Maria. as potencias cio Inferno tripudiavam so · bre a Jgrejt.L, na mais feroz das 'lanhM contra o Senhor e contra o seu Cristo. A doce Juz sobrenatural do relàmpago anunciador da prirneira apariçiio qu e ,raiou na Covo. da Iria, no. bemdita tar,de do dia treze de Maio de 1917, quan,do o sol alcançava o zénite, foi o primeiro e:rrebol duma esperança de tlias ,melhorea, o prenùnci.o consolador duma aur ora de paz e liberdade para a terr a da Rainba Santa e do Condesta.vel. Inicia.-se agora, e precisamente no dia ,de hoje, a época das grandes peregrina~o~. De todos os recantos de Portugal deade as margens encantadoras do Minbo ,o do Lima até aos jardins e vergéis do AJga.rve, perenemente floridos, e ainda de muitos pontos do estranjeiro, as mul,. tid6ee de tiéis acorrerii.o aos santuarios da Lourdes Portuguesa,1 lançando corno rioe ~tumecidos pelas chuvas dQ Inverno as suas torrentes caudalosas no vasto anfiteatro da Cova da Iria. Desde Maio a Outubro, o fJuxo e refluxo i ncessante dessas vagas humanas pora uma nota vibrante de vida e movimento n a nova cidade da Virgem. ]('a.time. é ontao, mais que nunca, neaees dias inolvidaveis, um verdadeiro cantinho do Céu. E' a época das grandea e entusiastioas manifestaçoes de Fé e piedade, das curas de alma mais extraordinarias, dos milagres mais asaombrosos, que siio, muitos deles, verdadeiras ressurreiçoes. Ao oair da noite, ero pieno coraçiio da serra, na esplnnada sem fim do plana.lito sa.grado, desenrola-se, num incèndio de fachoa que é o simbolo dum grande jno~ndio de almas, o mais empolgante e comovente dos cortejos: a grandiosa e incomparltvel procissiio das velas. Centenas de milhar de pessoas aclamam, numa apoteose formida.vel e unica no mundo a Virgem bemdita que, num rasgo de piedade e ternura materna!, fl8 dignou baixar até n6s. O Avé de Lour-

des, cantado por todoa os labios, oomo um hino de amor, reperente-Be nas que,bradas da serri,. e os olhos e os ouvidoa de drentes ,e desarentea~ maravilhados, estupefn.ctos, gozam o especté.culo mais belo e mais tocante que é dado contemplar s6bre a terra. Jesus, escondido na H6stia Purissima, recebe ali o culto acendrado de milh.ares de coraçoes, numa homenagem sentida de amor, gl6ria e r eparaçio. O rei imortal dos séculos firma, nessas noitea paradisiacas, o seu dooe império sobre as almas, muita.s das quais o recebem jubilosas pela pri.meira vez, depois de p urificadas ooru a absolviçiio do sacerdote no Santo Tribuna! da Penitencia.

0 1 ,dia 13 de Abril - Aspecto do locai das apariç6es- Uma scena comoven• te - Pormenor curioso-Criancinbas doentea - A missa oflcial, as procissoes e a bençlo do Santissimo Sacra• mento. No dia treze de Al,)ril ultimo, realizaram-se na forma coatumada as solenidades religiosas comemorativas dns apari-

çoes.

O tempo,

duma amenidade sua.'VfS&i-

m.a., verdadei.ramen\te primaverfl, convi,..

dava os fiéis à piedosa romagem de Fatima. A's @z horllB da manbii., u.ma mul'tidao de muitos milhn.res dè pessoas circulava, num vaivem oontfouo, na Cova da !ria e nas suaa imedinçòes, achan• do-se a estrada distrital e os terrenos marg.inais na erleilllaO daJgumas oen*" nas de metros, literalmente cobertos de veiculos de roda a espécie, predominando os autom6veis e as camionettes. Aque. la bora, pr6ximo duro dos portoee do santuario, depar~se aos olhos dos g·a e passam uma seena ero erlremo comovente. Um anciao de aepecto venerando, quo tudo indica possuir urna elevada posiçao sociaJ, jal! prostrado na. terra nua. A seu Indo veem-se urna senhora. e uro menino, filho e neto. Varios ofereoimentos feitos para obviar à situaçao inc6moda. em que se encontra. sii.o re&'9ita.dos d&l.ioadamonte, mas oom deci'siio e firmesa. Alguma.s familiae conhroidns aproxi,. mam-se e debalde poem à. disposiçio daquele cavo.lheiro os seus autom6veis e oa seus serviços. Pouco a pouco, através da.a conversa&, vai-se rasgando o véu impenetravel que envolve aquele peraonagem t.a ist.erioso, Partira. nessa mn.nbii de Lisboa no


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VOI DA FATIMA

eeu carro e dum s6 jacto chegara a Fa- taçiio diante de Jesus, exposto na H6stia tranqùila e feliz. Se No880 Senhor per- so, e bastou quo anunotassemos a publitima. Na sua devOQio acrisola.da para Santa. No dia segtrinte aesistem às soleni- mitir quo eu viva para esse fim, bemdito oaçiio doutra notfoia mais completa n_o com a Rainha do Rosario, queria ir vi- dades ofi.ciaie, tendo todos recebido em seja Ele. Me.s, se quiser antes levar-me pr6ximo mes de A.bril, para que oe ped111ita-la no 11eu santuario privilegiado e seus peitos o Pio dos A.njos. Edificava e para o Céu, seja feita a sua vontade ado- dos de novaa as11ina.t11ra11 afluissem oopioali receber J esm, no seu sacramento de comovia imeneo a devOQio dos peregrinos, raveln. eamente, a ponto de nu.m s6 dia receberamor. A. noite perdida, a extensiio da eru todos os notos do culto, aesim corno Começa entao uma novena a Nossa Se- moe trinta. d8118811 pedidos ... Tiagem, o mau eatado dns estradas, a impres11ionava agradavelmente, em toda nhora de _Fatima, pedindo a sua cura conA.nimado11 poi' tam extraordinario coa.vançada id&de, o jejum prolongado, a parte onde apareciam, a gravida.de e dicionalmente. mo inesperado &xito, resolvemos estender tudo oontribuiu para provocar uma li- compostura desafootada, do seu porte, A poucos pa88os dé distancia, numa. pe- a rade mais ao largo. Proouraremos prigeira sfncope cardiaca, como de tempos pr6pria de pessoas s6lidamente piedosas. quenina Betinia de paz e amor, Jesus- meira.mente que o nosso artigo escrito em a tempos lhe sucedia ter. O rev.do Fliipe dos R c:s niio ocultava a H6stia, do nito do seu trono de lomes e fra.nces ·110ja trad=ido e publicado e.m Com urna serenidado admiravel e eatisfaçii.o profundr. que lhe ia na alma de flores, volvia para aquelo anjo de ino- ingles, alemiio, italiano, polaco, heapauma pedeita resignaçi.o, &se velho qua- por motiTo do feliz exito do BOU empreen- cenoia uro olbar de ternura e fixava na nhol e cataliio. Seguimos neste partioular ai oetogenario le.,anta-se a custo e, dimento, que tinha. excedido toda a espe- sua fronte tisnada. pela febre o selo inde- o belo exemplo do ilustre religioso da aoompanha.do peloa aeus e por um servi- ctativa. lével dos eleitos. Momentos depois, nquela Companhia de Jeaus, estampado nas cota, la vai a. caminho do Hotel de FatiConolufdos' os nctos oficiaie comemora- alma sem mnncha, desprendida dos fra- lunas da Voz da Fatima de Fevereiro 6.1ma, onde e11tava hospedado desde a sua tivoe das apariçoea com a despedida à geis liames do corpo, batia ns a.zns ca.ndi- timo. chegada.. Além disso oontinuaremos na nossa BtVirgem do Ros~rio na sua capeJo., os pe- das e em serenÒ adejo voavn para o Céu. A.lguem µregunta. com profundo int&- regrinos da frèguesia dQ Socorro deixnm No fim da Novena em sua honra, n. 1111.e du. Ro&aire a eérie de artigos sobre r&se e viva. simpatia. quem é nquela fi- saudosoe aquele locai bemdito, ondo ficam Virgem do Rosario tinha vindo busca-la. Fatima. E, pllllra que éles possam devegura distinta pelo seu porte e pelas suas presas algumns parcelas dos seus cornE os coraçòes de todos quantos a conhe- ras interessar o ptiblico frnnces, venho ma.neiru. uE' o dr. X, antigo conse- çòes, e partem a caminbo da eataçiio de cia.m eram pungidos pelo aculeo agridoce em nome do nosso querido Director rolheiro da. cor8au, r esponde uma BOnhora Torres Nova.e, onde, às 5,57 h. da ta.rde, da saùdade, mitiga.da apenas pela espe- gar-lhe dois favores: a permuta da tam presente. E o grupo, quo se tiuha for- tomam o comb6io que os reconduz à ca- rança altamente consola.dora de que eia simplitica Voz da Fdtim.a com a n088a ma.do pouco a pouco, dispersa-se de su- pito.I. No pr6ximo numero do Junho, (so se encontra ja no seio de Deus, gozando revista e a remessa dalgumas fotografia.a bito, como que por oncanto, engloban- puder BOr) a Voe da Fdtima tera o su- os eternos eaplendoros da gl6ria. que ilustrem ns suas pagina.su. do-se ns pessoas que o compunham na birlo prnzer de inserir nns suns colunas Felizes, rnil veges felizes, os quo mormassa compactu dos peregrinos, que en- um belo e ci,rc unstanoiado relato desta pe- rem em pnz, no osculo santo do Senhor 1 Visconde de Monte/o chem o locai da.a apariçòes. regrinaçio, devido à pena do distinto en.:.,_ · No Posto das vorificaçoes médicas, on- genheiro, sr. dr. Luciano Monteiro. A •Revue du Rosai re• dos Padrea Dode o dr. Pereira Gene obsorva e inscreve minicanos1_ de Saint Maxlrnin - frel os doentes, um peregrino de Loiria mos- Lirio entre eapfnhoa - Luta pela vlda Oonçalo Maria Tavares, o grande tra alguns objectos encontrados no rescaldo REGULAMENtO ap6stolo de Nossa Senhora do Rosa• - No catre dum hoapital - Raio de do ultimo grande incendio de Coimbra. rio -As gl6rias de fatfrna na Prança luz e inc~ndio de amar O aonho DO Numa pequena gaveta eatavam guarcristianissima - Um longo relato das doirado durna exlst@ncia- Sacrificio dados alguns objectOB de ouro e prata IJpariçoes ilustrado com gravuras ber6ico - O v6o para o Céu. e juntamonte com eles tres mednlbas que A guisa de pr61ogo - Devoçio portinham no anverso n imagem de Nossa. tugu~sa e mundial. Benhora. de F·atima e no reverso a do . Alma lançada be~ c~do bas pugnas da DE • Santo CondeaUvel. o ouro 8 a prnta Vt~a e be~ ~do fer1da pel~ cruz do mnrJa noutro numet•o _da uVoz da Fdtima,, 1 ""-""' ' _,..., T M A das joins fuudiram-se e amalgnmarnm- tfno, ha.via nmda_ pouoos dias quo comple- se fez larga e merec1da referencia à. ma- . - - ~ 88, ao passo quo a.a mednlbas, atingiélas tara dezanov~ primavera~. Mimoso Jirio gn!fica rovista uRevue du Rosnirou, que ·- ._, igualmente pelas cbamns, permnnecernm do pureza crrn.do no . meio dos plì.nta.nos sai mensnlmente à luz da publicidade em Os doentinbos que viio em poregrinaçiio intactas, eem a mais ligeira altorn.çiio. do mundo, entre esp1ohos e nbrolhos, lo- Bt. Maximin (Var), eob a direcçiio do No pavilhiio dos doentes, que esta com- grou a. d.oc! v~ntura de pa!'8nr a ~ua. efé- rev.do L. M. Baron, brilhnnte ornamento no Santuario de Nossa Senhora do Rosapletamente cheio, hli crin.nçns dos dois mera e:x1ste,nc1a sem que_ estee d1laceras- da gloriosa ordem de S. Domingos. rio da ~litima podem ser ad.mitidos no eexos, em numero muito superior ao dos sem uma so das SUIUI _munosas péta.las e Um piodoso sacerdote portugues, que A.lbergue até onde houver lngar e medianmeses transaotos. Mal desa.brocharam sem quo a.queles embn.CJassem, nem sequer o chamamento de Dous conetituiu filbo ainda para a vida essas mimosns flores no de leve, a llua. alvura tersa e imacu- espiritunl do Santo Patriarca e qua fre- te a11 seguintes condiçòes; qùenta actualmonte a célebre Ecole Théode candura e ili o anjo do sofrimento lhes 1nda. . . 1.0 roçou com a cua ooa de fogo 08 As ra.ra.s e porogrrnas v1rtudes que exor- logiqu.e de St. Maximin, é um dos colabo., ..., corpos · ·1 · d · franzinos e mirradoe I Siio vitimns ino- navam o seu cornQao pr1v1 og1a o, 1gno- rndores mais assfduos da bonemérita roTra.zar o.testa.do do Rev. 0 Paroco da centes quo expinm com 08 seua males H- rad':'-s dos ho~ens e s6 de D!us <'ompre- vista e noia. faz intensa propaganda das freguesia da residenoin., abonando o BOU eicos as culpas individuais O as iniquida.- end1das em toda a sua extensao e em to- gl6rins dn augusta Rafoha. do· Rosario no comportamento. dee colectivas.. do ? seu valor, exaln.vnm um aroma. sua- santuario da Lourdes Portugues_a. 2.0 -A.o meio din oficinl principia a missa vfs~tmo quel . embalsnmando o ambient(?, No numero de Abril dQ ano corrente doa doentes, em seguida à primeira pro- fa.zia ae dohcins dae poucae almas qu~ t1- insere um longo relato dn.s apariçòes, ilus.A.testa.do do Sr. Medico assistente, deoissiio. Emquanto 88 celebra O Santo Sn- nbam a sorte de a._ conhecor e de prn:nr trado com gr~vuras, que ocupa, em tipo clarando a dceuça e a nèce88idade de ser oriffoio, 0 rev.do dr. Marques dos San- con~ eia. Er_a a mais nova ?e dune _irmas, miudo, dez paginas de texto do a.utorizn..- albergndo. tos, capel!io e director dos servitns, reza orfas de pa1. A. boa o ded1~nda mn.e, po- do pregoeiro de Maria Santfssimn. O es3,0 o terço nlternadnmente com a a&1ìstencin bre ~omo Job, Iuta.va pe!a vida, ganhnndo plendido artigo, subordina.do ao tftulo de 0 No momento da consngrnçiio 8 d · pao duro de cada dia com o amargo «Notre-Dame du Rosa.ire de Fatimau, u Ser examinado pelo Sr. Medico do Banprecedido dum breve prefucio, quo pas- huario quo dara preferencia n.os doentes munhiio, cantam-se algune canifcos a ~~: 80 doJou dr?s~. d f'lh t , grados. Depois da Missa, canta.do um mo- . ma o bteo1rn a l r n. ex r;m?91S- samos a transcrever, tra.duzido na nossa mais graves. tete, o celobmnte dli a bençiio com o San- ~1- 1 rad o r le o seud es o~ço pr pno. ol lingua: 1 tiesimo Sacramento, primeiro a rnda nm P oma & pio essora e e_nsrno _comeroia «Por ocasiii.o do décimo segundo aniverApresentar umo. pessoa id6non que tome dos doen~es e depois II todo O povo. Sobe para aseegurar a sua subsistenc1a. e a da- sario da primeira apariçiio de Nossa Seem seguida a.o pulpito O rev d 0 , quel.a que_ lhe dera o ser. nhora do Rodrio, grandee solenidades a responsn.bilidade do doente no fim da Ramalho de Coimbrn quo f·' · conetgo Ttnha tirado oom raro hrilbo e distin- eeri'io celobradns em Fatima om Portugal peregrinaçiio, podendo n.té exigir-se nma 1 ' ~, rua com eu u- o curso geraI o f requen , t ·., o u'Jsiaemo sobre a. devoçiio à Virgem do Ro- ç!lo ava Ja em 13 de maio de pr6ximo ... Sentimo-nos cauçao em dinheiro. § -u11ico. Se o doente fizer parte dnlgueario. Por fim, reorganisa,-se O corte·o timo ano do curso _ complomentar. Mo- feli.zes do oferecer a nossos leitores um para a reconduçiio dn. I d 6 N J rando numa povoaçao dos arredores da relato dotnlbo.do das seis apariçòes eia ma peregl'inaçli.o orgau1sada, podera o ~ e ma1gem ostsn capitai, entrava as oito horas da manbii Virgem do Rosario que tem tido logar respectivo Director tornar a responsabiliBenhora do RC1s-'ri·o u ape II com<>mora 1· · va dae a.pari"""·,. Ali lt'd" para a pr1me1ra au1a e s6 ..~ s onze d a 001-· nesse ca.nto privilegiado de Portugal des- dade. .,..,.,.,_ a mu I a.o consn- te regressav• • c d · d I 5.• gra-se à sua e:rcelsa Po.drooira, canta n.1asa, ep~111 ns nu a1, de 13 de maio a 13 de outubro de 1917. guns binos em sua honro. 8 fica por al- l)oc~urnas. A débll complruç~o do seu orFiitima I O que é Fatima P E' umn exNo caso de ser pedida antecedencia gum rempo a sous pés d f gnruemo aparentemente sàd10 e robusto, tensa par6guia de Portugal sobre n serra a inecriçiio para algun1 com doente, deve dereconhccimen ' ornn ° ~om ervor ressentiu-se bastante com o excesso da d' A.ire, na diooeBO de Leiria. A tr& qui- olarar-se o dia e bora da chegada. Passa,0 r d to~até que, rounrndo todas aplicaçiio ao estudo e a breve trecho os dn. igreja paroquial fica o céle- da urna bora da marco.da, sem o doente Ì: _orças a ~ a, 0logra soltar entra médioos pronunciaraz:i aos ouvidos ' da l6metros bre sftio da Cova da Iria. La pnasou an- aparocer, supòe-se que desistiu sem dìreib gnmas e ~tspidos, terno e s_aùdoso, e miie uma palavra terrfvel para o seu co- tigamente Beato D. Nuno Alvnros Pe- to n recla.maçao. em magoa O a eus da despedida. rnçiio alanceado. A. Maria José assiro se reira, entiioo guerreiro fampso, para ee re6.• chamava a filba, ostava tuberc~losa, ata- comendar a Santissima Virgem, cuja imaA peregrfnaçlo da friguesfa do Soc8r- cando-lhe a doença os pulmòes e os intes- gem tra.zia no seu estandnrte, na véspeO serviço dos doentes recolhidos no Alro, de Lisboa - O piroco rev.0 Jolo tinos. Ha cerca de tres meses, foi mister ra do terrivel combate que tevo logar a bergue nos dias de peregrinnçiio é feito por filipe dos Refe - A prociaslo daa interna-la no Hospital de 8. José. Pooco 13 de agosto de 1385 CQntra os Castelha- amor de Deus, pelas Servit1U1, debaixo da ':;elaa -A devoçlo dos peregrlnoa - depois ia juntnr-ee-lhe a mao, quo entre- nos em A.Jjo ba.rrota.. Direcçiio do Sr. Medico. A alegria de um pastor de almH tnnto adoecera. Cada umn delas em seu O rei de Portngal, D. Joi'io I que niio O regreBBo à capitai. catre, ourtiam reaiguada.mente os ma.Jes tinha nessa ocasiii.o as suas ordens seniid 7_0 de que enfermnvam. Tendo obtido alta a um punhado de bravos para fazer fnce Lisboa, a oidade do amor e reparn.çiio a miie regressa a casa o envida todos os s~us a um ex~rcito inimigo quo cobl'ia todae Todo o serviço é grntuito, eendo proibiJesus-H6stia no Sagrado Lnusµerene e esforços para que a filha lhe sejn. entre- aquelns das as gratificaçoes. Os beneficiados decolinns e valea adjacentes, fez voda devoQào filial à Vfrgem patonteada. em gue, corno efectivamente foi. to de oonstruir um magnifico mosteiro vem manifestar o seu reconhecimento a tantos lances da sua existem·in muitns Um dia, a deaditosa manina pedo a em honra de Nossa Senhora da Vit6ria, Nossa Senhora, oro.odo pelos Bemfeitores vezes eecular, tevo n honl'll de iniciar es- miie que va cbamar um ministro do Se- caso ganbasse a batalha. O sucesso dos e deixando a sua esmola. no Santuario, te ano a gloriosa série dns µeregrinaçoes nhor. Este ohega BOm demora e para logo portugueses foi tal quo estes o contnm podendo. organizndas. um col6quio se trava entro os dois sobro corno o mais glorioi:io dn sun. hist6ria. 8.• Pela segunda vez, um dos seus pnroco~ a grandeza dos bens eternos e a vaidnde Depressa começou a construçiio do real mais activos e zelosos, o rev.do Joiio }t"ili- das coieas deste mundo. A. pafavra de Je- mosteiro que foi entregue a Ordem dos No A.Jbergue de Nossa Senhora niio ha pe dos Rais, da freguesia de Nossa SG- sus, o Verbo do Deus, coa.da através dos Prègadorea que espalbaram por toda. n distinçoes sociais; ha s6 dietinçiio segannhora do Socorro, coadjuvado pelo rev.do ~~bio~ do sacerdote, é um raio de luz que regiii.o a devoçao a.o Santfssimo Rosario, do a qualidade e gravida.de das doençns. Francisco da Silva Geada, sncerdote du- ilumma aquela alma. de eleiçào penetran- devoçio que '!e tornou tiio fecunda e efi9.• ma piednde invulgar e duma actividade do até nos recossos mais fntimoe do seu oaz que ainda hoje se observn. nos hmis incaneavel, le,,a aos pés de Maria, no een ser, umn. scentelha quo ateia ne.la um e se tornou familiar mesmo lis creo.neiOs pedidos de inscriçiio devem ser feieantuario nacional, o eacol daquela frè- grande incendio de amor. tos a.o Rev.do Director do Santuario. nhaeu. gu011ia.. Mais de cem pessoas, dae diverso.e E' com umo. Ancia extra.ordinaria, inDuma carta do ardente ap6stolo de Nosolasses eociais, qne se tinhnm inserito pre- deeorit{vel, e qulisi com sofreguidlio, quE•, sa Benhora de Fatima, clatada de 23 de IO.o viamente, partem da estaçiio do Rocio no num extaee de pioda.de, recebe o Pilo dos Março ultimo, BOja Ucito reproduzir o dia d,oze, no cGmb6io da.e 9,50 h., em cnr- A.njos no seu peito virginal. Uepois, eet:f. trecho BOguinto, cuja leitura enchera de A.os Senhores Medicos ngradecem-se 011 ruagens reservadas de tercoira classe, pronta para os mais generosoe sncriffoios, justificada alegria tanto.e almaa de portu- eerviços que prestem aos doentinhos, asapeando-se na eetaçi.o de Torr88 Novas o preparada t>ara a.a imolaçòes mais hedi- gueses patriotns e devotos de Maria. sim oomo se facilita o exame delea e dos seguindo em camionnettel directamento cas. «A. noticia 11uointa eobre os euoeesos dooumentos de' que vierem munidos. para Jratimn. A.' tarde realiznm a }>rocis«O ideai de toda a minha vida, dizia de Fatima, quo publicamos em Outubro aio das velas, em qu1;1 também toruam eia, o sonho doirado da minha exietenc111 passado, foi para a França mais qoe urna Leiria., 17 de abril de 1929, dia do Paparte centenas de peregrinos isolados, sobre a terra ern ser professora para prv- surpresa... foi uma verdadeira revelo.Qlo I tr~o de B. José. prooedentes de varios pontos dc pafs. A porcionar à minha querida mao um pou- Todos os exemplares da.quale numero da noite paSBam-na toda em ornçiio o medi- oo de conforto e cnrinho, uma velhic.e D01188, revista se esgotaram em cu.rto prar t JOSE, Bispo ds Leiria

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Albergue de N. Senhora do Rosario

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VOZ DA FATIMA

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momento senti no meu intimo. Direi 66- $t1' 'IJerdade e a pedido da pr6pria mente: dei um grito prolongado desapa- te pcuso o pruente ateatado. recendo todo o meu aofrimento e sentinLisboa, 8 d'abril de 19t9. do-me completamente nliviada. tendo-se normalisado o lado direito. ' (a) Fernando Wan-Zeller Pessoa. V~ltando-!De para minha familia que havrn acud1do ao grito e vendo minha. (Segue o reconhecimento) rém a uma senhora das suas o minhas cunb~da enxugar ae: lagrimas diBSe-lhe: rell\QÒ08 dÌ888: utrata-se du.m tumor no . "Na.o ~ores Izilda, Nossa Senhora ouOUTRO CASO cerebro, dentro de poucos dina J_ato nào tenho dores' estou cura·~ ter"'"' umn dviu-me, 0 morte horrorosa.1 s6 um milagre podera a,. gri quo dei foi de aJivio.u A;oeuAvciro, (rua do Pnsseio, 2) 27-3-929. salva-la." (De milagre, voltou a classificar lhei-me na cama com agilidade de quem a cura., em conversa. com a. mirnculo.da.) f°m uha boa. sa.ude ! traça.ndo um challev.mo Senhor: Dois dias depois de consultar este òiq. 0 nos 0 !11bros, de maos postas e em vo0 tinto espeoia1ista (16 de Fevereiro) fui alta, cheia. da. maia_ viva fé, resei sem E' p11ra relntar um mUagre ocorrido o acomotida duma. convulsiio do ca.racter t~ocar Ull!_a unica silaba, cinco Avé-llfo- ano passnio, neste mesmo dia que eu eeepileptico com a duraçiio de meia. bora, nae a ~Mao do Ceu_ em a.cçào de graças crevo a V. Rev.ma. pedindo-lhe para éle finda. a qual fiquei com o braço e perna. b~r. tiio ~ra n <le ~llagre obtido do seu ser publicado no. «Voz da Fatima... direita. pa.ra.liza.da; o meu modico assisivlno Filho._ Milagre I sim, Milagre I Passo a relatar, frizando que vai sem tento, Dr. Wan-Zeller Pessoa, observa.n- Nbtef ag~lidecunento acompanhou-me mi- , a menor sombra de exagero? do-me diz a minha fnmilia trnsconfiar du- ~ ~mi a que :t0 presenciar o facto, Meu filho Gumerzindo Henriques da l'Uii. goma. bo.cilar meningica. Na madru- ~DS intsamen~ cair!l de joelhos Jouvan- Silva, com 18 meses de idade, adoeceu ga.dti. seguiate (cinco horas), nova con- oD:us a.n;i'ssuna Vir~em_. . . . gravemente o n!'o passndo em Ma~ço, oom vulsiio se mnnifestou com urna intensirlaq e, _pela _M1se~1cord1a Infinita urna e nterocolite e urna bronqu1te. E, !!e muito maior e duraçiio de qun.tro ho- me deu a r~signaçao cristi durante todo apesar-de ser assidua o carinhO!lnmente ras depois do ·que fiquei com aspecto do O 11:J°u sofnmento, . deu-me também a tra.tarlo pelo médico, peoro.va dia 11 dia. mo~ibunda. vomitando bastante durante g_ran graça de enviar Sua llf.iie Santis- No dia 27 Àe Março, np6s 15 clias do algum tem'po 0 chegando até a fazer 88 sima. que eetendendo o seu manto me en- doenya, declarou-se-lho umn bron~o-pneuminhas dejecçòes no Jeito som a monor volveu nele afastan?o a. negro. morte: mon_rn quo, polo seu caracter, t1rou ao consciencia Voltando O medico desenga.- ~ca.b~va ~o me sentir m1racul11da. Dina médico todas ns esperanças de o solva.r. nou minba· familia.: cedevo ser f~anco, n~~pois fui observado. pelo 1:1ou . ilustre as- No en~anto, e.omo era seu dever, o médida ha 8 fazer trata-se de urna gomn . 818~nte que 1!P_6s urna mmuc1osn obser- co nphcou-lhe tudo quanto estava no seu bacilo.r sobre ~ meninge sofre horrivel- vaçao me felicita div.endo encontrar-me nlcance e hnvi1t nos rec1trl!OB da sciénc1a, mente e se se prolongar ~hegara o. ponto ~:~s ~~lhi:n~n verdadeiramento lantas- mas, quando c~egou à ~arde, PE:rlo. dae dos senhores pedi rom n sua morte». tal , ·~ cabeça mas tnmbem no 7 horas, o médico que ainda o nuo t1nha era O estado em que me encontrou 'ten- estado pulmona.r _e geral, e autorisa. a le- desamp11r11do, tendo lutado em viio para do no intimo a con\'icçiio de que nii:~ che- vantar-~e no dia seguinte.. . I o salvar, abnndonou-o dnndo-nos a C'ertegaria a noite, corno mais tarde me con!'io dia 1111_1 da Mnr90, _18 d1as depo1s do za da snn perda. fessou . Minha fnmilia. ouvindo tifo horri- Milagre, 0. pe~a primo1ra vez, a confesOra, horas nntos, a l\indrinha do menivel sentenra sofrera bastante mas gro- sa.r-~ed na. Jgre1a ~e S. Jorge d ' Arrois, no vendo-o tuo mal, tinhn ido pcdir a v ' • part1n · , um~ s c n I1oras am1g_ · a s quo t'nh ças a nossa Fé Catolica. npelom para te h . o para J.!'at1ma . . · no. manh. a. segu1n1 o!" 1"do _a. O Coraçiio Misericordiosissimo cle Jesus e c ~1a d_o _mais v1_vo ~ntus1asmo e opti- Fatima, urna garrafmha com a ap;ua mipara nossa Ma.e do Cou medianoira. de disposiçao . .l'\qui ftu observada demo- ra.culosa, mas, com a confusiio estabelecitodos ns ~raças Envolve:am n minha cu- ra. amento P 0 !0 ilustre Dr. Pcreit-a. Gens da nestas ocasiòes, a gnrrnfinhn tinha sibe"a em panos · molhados em · ugua m·iln- queh ao termmar a auscuJtaçào me diz: do pousada porto do rloentinho o et;qu&v com os Pu1m• Ja ·' o meu f"1grosa de Fatima dando-me a be ber amiu- fuac o-a apenas _ oes bas t an t e c1'd a. Q uan d o o m éd'1co satu dada.s vozes ess;, mesma agaa. rfC?d, nno se nota a doença quo diz ter lho agoniznva, deixando de falnr, de ver, Tive a. grande felicidade de poder nos- Rso ri o, ~ a Ld?ebnça dp caheçn re ol':eu». . S _ egresse1 a 1s oa com a mesma disi,ose d ia rece1>er a agra.da Comunhao e os siçiio sentindo snud d f t ult· s to d d , « n 88 ao a ae ar-me imdos acramSen sd, terecodr o.n o-me Sape- do Santuario, parecendo ouvir sempre nas e ver o noor o ar-mo os a.!i- a. Avé-Maria qne de todos 08 coraçòes satos Oleos, perdendo nova.mente a noçao hia com ternura I duranto bastnntes _hor!s as qunc_s pnssci Ao terminar este singelo relato volvo noma grande exCJtagao (estes mfo~mes um oJhar da. 1)1ais terna gratidiio para 8 com? .se deve su por, sao dn~os pela mmha Virgem Nossa Senhora. do Rosario de Nessa meus Pu - para tod O!! fam1ha..) · · · ·mesma n01te N N es Fatima · , suplicando a bençao e irSm11-0hs pr1dnc1pR1ar~1!1 ad Fo~e!la a • os- os que imploram a Sua Misericordia· 1 sa on ora o · os~no e ut1mn segui- pedindo tambem a conven;ào de todos 0 ~ da. de terço e lada1nha re~nclo tarobom pecadores. Por intenç1io dos meinnos reo terço do Sagrado Coraçao de Jesus e zemos urna Avé-Maria. l ladainha ante a sua. Imagem Entroniznda. Lisboa 12 de Abril 1029

AS CURAS DE FATIMA «Concedei-me, Senhor, meu Deus, e minha Miie Santf88ima, mais est41. gra.ça de · com a. mais · _v1va · pod er t ransm1·t 1r expressào da minha fé o quo smto na alma abrasada do mais profondo amor por V6s suplicando-Vos quo o relato que vou fazer, em oumprimento do meu voto e com a mais fotima. satisfaçào, seja unica e simplesmente um hino de louvoros a Vossa Mieerio6rdia infinita. Em J'.faio de 1914, tendo entiio 18 anos de id.a de, ap6.i umll ~rande e domorada anemia, apa.receran. Hmf Jl ms de tuberoutose pulmonar, 1Jconsell•ar1do-me o meu médioo, Dr. Celestino de Almeida, ja

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Maria José dos Santos Nunes faleoido, mudonça. do nres e um absoluto repoaso, oonselho que segui indo para Lousa do Cima., niio colhendo melhoras algumae. Observnda af polo médico de Loures, Dr. Carvalho, ja falocido, foi-me indioado tratamento de altitude, preferindo o sanat6rib Sousa l\iartins, da Guarda. Em Ma.io do ano seguinte dei entra.da neste Sanatorio, onde fui observada pelos senhores Drs. Lopo de Carvnlho, j11 falecido, e Amandfo Paul, sendo-me feita analise a. espectoraçno que acusou bncilo de Kock. Nos dois anos seguintes voitei a fazer O mesmo tra.tomento obtendo algumas melhorne. Nos principios de 1918 consuliei O dietinto médico .(ornando Wan-Zeller Pessoa .quo encontrou os pulmòee bastante atacndos espeoialmenio O direito, ,endome por isso prescrito novo tratamento de repouao 8 mudnnça d'ares 008 arredores de Lisboa, escolhendo para esse efeito Bela.e. Dias depois de aqui esta.r foi-me declarada uma febre de cnracter tifoide e em seguida uma congestiio pulmonar, gra.ças a Deus sem hemoptise. Nova ano.lise 11, espectoraçno me foi feita dura.nte a, minha. ida a Belas, sendo positiva,.

Como nào visse rosultados satt.sfatorios 8 0 meu medico achasse conveniente O trata.Jl)ento de meia. altitude, resolvi ir para Gouveia. onde fui durante cinco anos, col bendo nesta localidade hastantes melhoras. Nestes ultimos tres anos O mou estado a.gravou-se com O apa.recimento de apendioite, inflnmaçio no figa.do 0 sofrimento constante de intestinos. A minha ultima cura de ropouso foi em Ma.nteigns, adquirindo melhoras, ainda que, sentisse frequentemente dores no peito e em todo 0 Jado esquerdo. Em meados de Janeiro ultimo apareceram-me sintomas de grave doença, manifestr. ndo-se da seguinte forma: umo. grande perda de memoria, fola.odo com bastante dificnldade, supondo tratar-se de qua.lquer impressno nervosa, evita.va. o mais possi11el falar dianto dos meus para nno os entriste<'er. Dia n, dia mais se acentuava. o meu osquecimento e consequentemente ma.ior era a dificuldade em falar, chega.ndo a niio pronunciar mais de meia duzia. de palavras por dia. Via tudo e cuvia. dietintamen~, porem o esquecimento era cada vez maior; mesmo que me ensinassem os nomes dos obje-tos a que supunham querer referir-mo, nio oon.seguia repeti-los por nii:o conservar os term06 na mente. Pa.recin que o pensamento me parava. Consultando o ilustre prof0660r Dr. Egas Moniz, 8tlW Benhor declo.ròu a minha irmà que me a.compa.nhava q,tlè o meu estado era bnstante grave e nàda podia. fa.zar-me, po-

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Na. terça feira a noite comecei a conhece1· ja as possoas quo me visitavam o a ter a noçiio verdadeira. do meu sofdmento que era horroroso. Compreend1a perfeitamente que o meu estado era. de morte; 118 qua.tro horns da. madrugada de quarta feira, ostando todos os mem:1 junto do meu leito, despedia-me, pois sentia horror de ser surpreendida pela morte sem lhee pedir perdiio. Passados uns momentos mou irmiio mais volho vo11do-mo tiio mal Jinda me dirigiu a seguinte frase: «entào parece que perdeste a f6, Noss'.' Senhor~ ha-de salv~r-te; . ouve, queres 1r a Fatima no prox1mo dia. 18 (Março) ?» Reapondi-lhe que sim. Meu espirito C'Om esta frase po.reco ter-se levantado porque alguns momentos depois erll ea quo pedin para se deitarom porque queria. socegar, corno de facto noonteoou, passai a noute sem alternçiio alguma. Ao despertar o meu sofrimento era a.inda. o mesmo, notando-se npenas que fnlava um pouco melhor nalguns momentos maia hioidos pedi a. a Noseo. Miie do Ceu que me curasse, e dentro om pouco o meu espirito decaia, assiro passei o dio. ~o dia. seguinte, quinta feira 1 21, dirigrndo-me a Nossa Senbora cuJn Imagem estava sobre a mesa. de cabeceira, pedilhe a minha. cura fazendo intimamente o voto de ir a J!'.atima. n:gradecer, dar umo. esmola t> pubhca.r no Jornal «Voz da Fatimau a graça que com tanta fé pedia. A partir do meio dia perdi a impressa.o de que morri~ apesar de continuar com o mesmo 110fr1mento, começa.vn a ter espernnça. de me salvar. Domo se deu. a cura: - A's seis e meia. da tarde de quinta feira. coisa. bem extre.ordinaria em mim se pnsea.va., pois que resa.ndo sempre durante a minha .irla. jamais sentira urna confiança tno grande na Misericordia de Deus. Cha.mei u,ma das minhas irmiis, minha. enfermeira. dedica.da, e pedi-lhe para rezar comigo a N. 8. do Rosario de Fatima para que me ealva888. No oferecimento chorei nervose.mente e dirigi ainda com tuna confia.nça ilimitada. a segunda prece: «O' minha Mie Santissima dae-me os a.livios e a minba curo. I" Bebi ero seguida um pouco de agua milagroaa. de Fatima, e nao p0880 desorever o quo neese

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Maria ,1osé Santoa N1mes Natural èe Alcochete o residente em Lieboa, na. R. Carvalho Araujo N .• 11-3. • 11

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ATESTADO

Eu abai:i:o assmado ll1 e<tico-Uirwrg7a0 pela Faculdade de Medicina de Lisboa atesto e certifico por minha honra pro: fissional que de ha cerca de 12 anos tra. to D. _Maria José Sa11tos Nunes, doente que 11inha aofrendo ;a nea.10 altura de tosses ~lmonares de natureza bacilar, tendo feito por variaa vezes cu,raa de altitv.des na Serra da Eatrela Mais o.testo que em me~dos de Fevereiro chamado de urgencia para observar a doente que se encontrava cm estado qu.e reputei gravissimo verifiqu.ei que a doente se encontrava e,,tado de grande prostraçù.o e . indiferença rubco11 s. c,e11te, pronunciando com ex'trema dificu.ldade algumas pala,.vraa com sinaes evidentes ~ perda de mem~ria, sinaes este,, consecutivos a um ataque de cararter epileptiforme, ap6s o qu.e o braço e per-na direita_ . ficaram paralisados. A doente com dificu.ldade se queixou. de violentas d6rea de cabeça. Na obser-vaç<lo a que procedi verifiquei uma preg1.1:iça acentuada nos reflexos ocularea, dilataçilo pupilar ligeira rìaca meningea. Vinte e q~tro horas depois, aegu.nda con111dsào desta vez dunw en01:m,issi1?W' v!olencia acompanhada de vomitos, incontmencia de fezes e urinas e acentu.ado ogravame11to rlo &eu eslado geral. Desta segu.nda ob.~ervaçlfo reaultov para mim ~ convicçao de que uma lesao ortive de &~tema nervoso cenfrat, de na,. tu.reza bacilar, se eatava desenvolvendo com. extrema violencia. Na convicç1fo de que a doenfe pouco poderia sob_reviver puz, diga, e de que 1lada podena. fazer em aeu. beneficio s6 cerca de oito diaa depois a ob,1ervei de no11c. A doen,te cu.;o estado geral era ;a precario antes das coi.,a,., a (l1U me referi, encontrot-se numa otima diJpasiça.o, te11do recu.perado todas as .mas faculdadu, &endo ao meamo tempa fl,a.grante a diferençci pa.ra melhor, qu.e até mesmo n-0 seu apa.relho respiratorio se nota. Por

e;n

I , Gumerziodo Heoriques da Stiva de ouvir, perdendo a respira~iio o a temperatura. O frio dn morte a.possa.va-se d~le, ja ostava gelado, e nessn bora tremenda. para. o meu coraçiio de mie, quando ja so pranteava a morte de meu filho, soavemente, comoçnra.m a onvir-se Q.!I badaladas compnssadus do sino toca ndo as Avé-Marias. Ao ouvir esse som tao piangente e tiio caricioso, tlll dei um grito doloroso enviando o meu pensamento numn suplica ao Altissimo, para que me restituisse o meu filho. E, repentinamente, corno que oro rosposta il. minha prece, Ìt minha imagina.çli.o ocorre o. lemhrança de Nossa Senbora. do Rosario da Fatima e dn sua . agua miraculosa. Pe~o entii.o a gnrrafinba, e, intima.mente fazendo a promessa de a contar desse mesmo dii\ começar urna novena. li. Nossa Senhoro. di\ Fatima juntamente <.-om o pai e mndrinha. do menino, e leva-lo i\ Cova da Jria a ngra..decer à Nossa Sonhora se Eia fizesse o milagre de o re11tituir li. vida, eu molhei dois dedos na. ngua. miraculosa e chegueios junto a.os la.bi06 inanimados do meu filho. E qual nito foi o ospanto dos que mo rodeavam qliando, no contncto da àgua. bandita, o mou filho a.brio os olhos l E eu cheia. de fé, cheia. de esperança nn Rainha do Céu, passei-lhe de novo os dedos bumidos pela testa, pela ca.rinha.. E no mesmo momento comocei a sentir o meu filho a aquecer lentnmente, muito lentamente, tendo da! a pouc06 minutos readquirido todns as suas fnculdados, co-


VOZ DA FATIMA

4 meçando a. fa.lar coma se nada se tivesse paasado I E o médico, que chamado veio da( a pouco, nào soube explicar nquela r868urreiçii.o e o.o outro dia de manhii auscultando-o aohou-o completamente cu. rado da bronco-pneumnia, wndo até tido na. sua grande admiraçiio osta. frase : Mas que grande transformaçiio se operou nesta criança. I Começou a. melhorar da fraqueza em que asta.va. tendo-lhe tambem desapa.recido as outras cloenças. E em Setembro ou tive o pmzer ioof:ivel de levar ,o meu filho li Cova da Iria. e agradecer li Santissima Virgem do Rosario o grande milagre que tinha feito. Na ocasiiio 1Jiio me lembrei publicar este milagre, mns ha pouco mais duro més, o meu filho etiteve muito doente receandose o garrotilho, e eu de novo recorri a Nosea. Senbora da Fatima prometendo-lhe uma novena e a publicaçiio do milagre do ano passado se o meu Iilho melborasse, o que sucedeu. Também ja bé. tempos, estando com uma. terr(vel dor de dentes, a Santissima Virgem acedondo aos meus rogos ma fez paasa.r imediatamente, tendo eu também prometido p•1blicar asta graça. Graças 1:1ejam do.das a Nossa Senhora da FIS.tima que tantas lagrimas enxugo.1 Subscrevo-me de V.a Rev.ma etc.

mira. ne.da, porque eu ja vou abusando da.e minhae força.s. Eu nunca julguei ir a esse luga.r, pois Nossa Senhoro. me tem concedido muitas gra.ças desde entiio para. ca. Emilia Martins Baptista» ATESTADO

J osé Gomea de Matos Graça, diplomado pela Eacola Medim de Lisboa, clinico em Barcelos A.testo e juro pela minha h.onra que Emilia Martins Baptista, aolteira, de 4.e anos de idade, da ' freguezia de Alàreu,

do para. sempre numa. orfa.ndade completa.. Prometi entio ir a. Fatima agradecer a. N. Senhora. a graça que eu dele deseja.va. Ieto pa.ssou-se nos fine de Setembro. No dia 1 de outubro apareceu-me urna. pessoa amiga. que mo nconselhou fazer urna. nov&na a N. Sonhora de Fatima. Eu fiz o que me diaeeram e no dia. seguinte comecei a novena.. No 8.0 dia. da novena, sem eu sa.ber como, apareci de rapente cura.da, sem dores, eem rouquidiio, ficando a falar corno era o meu costµme. Fiquei extasia,. da., dizeado: Graças a S.S. Virgem que operou em mim tao grande milagre. No dia 18 eeguinte fui a Cova. da Iria oumprir a minha promeesa. e pedir a. N. Efo, nhora. que continue a. dispensar-me lh euaa graças que eu sempre delas neC8SEl1to».

Eis o relato da minha doença. e da m1nha. cura. e tenho deeejo que ele venh:~ relata.te na. Voz de Fd.tima se V. Ex.a a.ssim o acha.r conveniente. Ova.r, 20 ie cctubro de lMS.

Maria Hewriques da Sil1Ja»

Enfermidade complexa «Hospital de Espozende, 16-3-929 Minho. boa amiguinha (a Servita D. Francisco. Filipaldi, de Leiria) Emilia Martins Baptista Que esta carta. a va enoontrar de perfeita e feliz Aaude é o que do ooraçiio !be desejo, eu continuo bem..!.. grnças a .Nosaa concelho de Barcelos, mas residente h.d Senhora do Rosa.rio da Jratima. ano.1 em Eir-poecnde, internada no HospiMinbn. boa. amiguinha, embora. tarde, é tal me procu.r91,1, 1Jarias 1Jeze1, deade 1910, hoje o dia em que lhe mando o atostado para me consultar .!!Obre a sua doen,ça hé. jé. tanto t.ompo prometido que s para. que eu diagnostiquei de uma tu.berculoae a senhora mandar para o jornal da Voz incipiente, a qual foi evolucionando le11,da Fatima. tamente. Tambem mando urna. fotografia. Depois a sua asthenia cardiaca era bem Este a.testo.do é do primeiro médicù <,iP<· acentuada aendo necesaario recorre,r vtime tra.ton iato durante 12 anos, pois o rias 1Jezes aoa tOfl.i-cardiacoa; chegou a que me trn.tavo. agoro. em Esposende re- um tal eatado de miseria organica que o tirou para. a Africa., ra.zào porque mando maia pequeno esforço era cau.,a de sincoe&te atestado passa.do pelo médico quo me pe,. tra.tau no JJrinofpio do. minha doença.. Tem também uma gastrite que chegou A minha cnfermeira. diz que durante a periodo de cronicidade. estes sete anos que aqui estive, paasa.va Interna.da no Hoapital de Eapozende, dia.e inteiros s01n comer nadB, dias conse- onde eata M 1Jete anos, 1Jivia como paracutivos; e quando me davam os a.taques litica, 11<'10 podendo fazer o mais simples diz eia. que julgo.va. muitas vezes que eu movimento sem au:i:ilio de enfe,rmeiraa. eetava morta, tal era o meu estado, pois Hoie movimenta-se perfeitannente, conio fa.lava, uao ouvia. e nem sentia o que me muito bem, nào sente dores no seu me faziam . A.li8im paasei sete it'nos aqui eatomago, ndo tem sinais a.lg'l./,,'M de bacineste Hospital, 11onde me dispensa.ram lose, o que tudo ae operou subitamente, sempre todos os carinhos e desv~los. A nito sendo o caso e:i:plica1Jel clinicamenminha enfermeira foi incansavel comigo te. durante ~tes sete longos anos pois é que E por u,r 1Jtrdade passo o preunte me da.va todas as volta.e de que necessita- atestado que assino. va, que me metia n. comida. nn. boca, enBarcelo.J, 4 de fevereiro de 1929. fim me fozia. tudo que necessita.va. Durante estes sete anoe, no primeiro (a) José Gomes de Matoe Graça. ainda andei a pé, doe restantee tive alguma.s temporado.e que asta.va 11entada na ca.ma., mas se me deitasae ja niio a.corda.- Laringite cr6nfoa e afonia completa. va mais sem o esforço da minba. enfermeira. · Ana Ma,rgarida d'Oliveira Santoa, r&Ae~~ paesei esse,s 6 longos anbs ne~te s~dente no logsr de Guilbova.i, da. freguemartir10, durante este longo tempo t1ve sia. e concelho de Ovar refere assiro a um abcesso nae costas, dep~is tive de ser sua doença o cura: ' operad!", tambem me cr1ou ~ braço uDeede oe princfpios de Abril de 1928 9tie teve de _ser lancetado. To~ estee que eu me oncontrei gravemente doente, 1ncomo~os a vista do mal que t1nba que j sent.indo muito.s dores na garganta e nos me obn~ava a esto.r na cama, niio era pulmòes que de dia para dia se iam a.gra,nada., po18 o meu estado ora de tal forma vando ca.da. voz mais. Principiai a trn.que niio podia ouvir o mais léve ruido, 'ta.r-me com o Ex.mo Sr. Dr. José EduarnelD: ~guenta! o mai~ S!Je.ve cheiro. Por do de Sousa Lamy, medico muito aprova,~qw J& a mmh';\ a.nuguinha podera ava,- do nesta. localidade, o qual me declarou lia.r o meu soflHmento. qoe eu tinha umo. laringite cronica mas Se o meu m6dico aesietente ca estivasse, muito em perigo de passar a. uma tubermelhor lhe poderia. descrever a mioha culose. Continuei sempre com os medicadoença deetes ultimos a.nos lllll,S corno par- mentoe precisoe, ma.e sempre eem rosultat~u para a. Africa julgo que niio sera pre- do. Depois, a.lem destes sofrimentos, me Cl80 o seu atestado; éste que agora mando eobreveio maia oma a.fonia. que me deixou dever6. servir para. honra. e gloria de Nos- quasi impossibilitado. de dirigir a. vida de sa Se!111ora. do _Roe!S.rio da ~atima. . minha ca~a. Cerrou-s&-me n. garga.nta. de Obngada, mi! vezes obr1gada, llllnhn forma que aa pessoas de minha famUia Mii.e Sant(esimo., pois tod08 oe momentos para me oompreenderem algumae pala: me chamavae a esse lugar bemdito I .A.on- vra.s, tinha.m de Bit abeirar de mim. de me havi!'8 do dar a cura. ao meu tii.o ABSim se passa.ram 5 mezee, sempre grande 11ofr1mento. 86 V6e e o meu Jesus cheioe de sofrimentos que a medicina. me Sacramenta.do é que me curastes e s6 o. niio pode tirar. Resolvi recorrer a Deus, V6s devo tiio grande milagre. implorai os auxOios de Maria 88. e onEstou curada completamente, ourada. tros santoe; resa va de dia e do noite e desde o dia 13 de Outubro do 1928, dia pedia. a. outrae pe88oas as suna oraçoes por feliz e inolvidavel que jamais osqueoorei mim, e no mc10 das minhas rezas invoquei 'por tiio grande graça que me concedestes. com muita. f6 e confiauça a N. Senhorn. Desde esse dia bemdito, a.ndo perfeita..- de Fatima, pedindo-lhe a. cnra. da. minha mente, alimento-me monoe mal, j6. faç9 doença, se nSBim fosse vontade de Nossa alguns trabalhinhos, vou lavar para a Senbor, niio por aborrecer os !iofrimentos pia. ou a propria morte, mM sim para poder Vou todos 011 dias a Igreja de manhii e a.ca.bar de crear e educar 3 filhinbos ainde tarde. da pequenoe que ju. tiveram a. infelicidad~ Porem, agorn einto-me bt>m e se, por de perder o amor paterna!, e estavam om qnalquer motivo voltar para traz, nao ad- risco de me perder t.ambem a mim, fican-

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Iterreira. (20$00), Olimpia Quintela Lo-po, Aurora Rodrigues, Maria. da.a Dtlrea. Am.a.ral, La.urinda Marques (20$~), Antonio Martina dos Santoe, Gabriel Raymundo da Silva., Maria Luiza. Aliver da Fonseca, Lucinda Henriques Dias, Feli&- bela. Henriques Loureiro.

'•E11olr1 o'llfu 11 . Ylrlu lrre]11 qaando da •111rlbtltlo •

•• •.al DAFimu. Na. Igreja de S. Ma.mede, em Liaboo., pela Ex.ma Snr.• D. Noémia Rolo, no mee de Fevereiro de 1929 ....................... . 10,00, Na. igreja. de S. Tiago de Cezimbra., pela Ex.ma Snr.• D. Gertrudea do Ca.rmo Pinto, uos meses de Março e Abril de 1929 62150 •

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As conflssoes no Santuario de Fatima

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Quando 1Jamos a Fatima, obse,rvamoa, Ana Morgarida d 1 0lÌ1Jeir.1 S,11,tos graçaa a Deus, os deseios since,roa. de tantos c,rentes que procuram tao anciosamente o& .santos Sacramentos da Peniti!ncia e Comwnhao. Carissimo& Coleoas, satisfa,.-. çam-0s Uio piedosos desejos levando toào, AVISO a S1Ja batina e, com ela 1Jtstidoa, esteiaPedimoe aoe presa.doe a.ssinantes em mos preparado11 para ouvir os fiéis no d(vida o fa.vor de mandarem sa.tisfazer a Santo TribtvnaL da Penitfocia. NM fiquesua. aseinatura direotamente em carta. re- mos satisfeitos emqu.anto n4o confessarmos cada um, ao menos, 15 peas~as em gista.da. ou vale do oorreio. Nii.o mandamoe proceder a cobrançu., h.on.ra dos 15 mistérios do Santissimo Roalém doutras razòes, por nos pa.recer quo sario. Cada 11,m que la 1Jai, se id. ti11er todos seriio tiio interessados corno n6s na pa.Jaado oa 8 dias depoia da ,atima C0'/1,difusii.o e proeperidades do noBSO jornal- f iulJ.o, nllo fique também aatisfeito sem zi.nho. A a.ssinatura. sii.o dez escudos por purificar a rua alma naquele santo luga,r. Recomendemos tamibém aos fitìs que ano ma.a o quo nos tem valido é a geoerosidade dalgun'3 assina.ntee que nos teem façam a su.a p1·eparnçao antes de ae aproenviado quantins muito superiores. Nem :i:imaTem do cc,nfessor para, apenaa cheelee imaginam todo o bem que a.saim fa- garem., dizerern ao Sacerdote quando foi a ultima Con/i.,sao e quai& as /altas que mem. Em qualquer reclama.çiip é indispensa- a conscii!ncia thea acusa, começando pelai, vel indicar o numero da a.é8inaturn. Pe- mai/I orave., . dimoe que noa devolvam os numeros reVosso colega muito dedicado petidoe. Padre Francisco Rodriguee da. Cruz Faço minhae as recomendaQ088 do v~ nera.odo Snr. Dr. Cruz quo todos tanto estima.mos e peço enca.recidamente: 1.0 Ao Re1J. Olero que o.s atenda.; Dea p ésa 2.0 Aos Fiéia que procurem a Santa. Transporte ... .. . ... 148.427$86 Confisslio na.s suas terras, deixando loga.r Pa.pel, composiçii.o e impresaqueles que ali forem tocados pela graça sao do n. 0 79 (55.500 exemdo Senhor pot· intercessiio de Maria Sanplares) ... ... ... ... ... ... 3.429$74 t(ssima. e aoa que nas sua.e fréguesia.s nlio Fra.nquiaa, embala.gens, tra.ne,teem sooorros espirituo.is. portes, gravuras, cinta.e e Leiria, 1 de Outubro de 1928. outras despeza.s... . .. . . . .. . 952$90

Voz da Fatima

152.810,50 S u bs c rlç Ao

t .TOSE, Bi.Jpo de Leiria Da «Vez da. Fatima» de 13 de outubro de 1928).

( Março de 1928) Enviaram de1- escudos para terem direito a reoeber o jornal pelo correio durante um ano: Jeronymo Pereira. Coutinho, Ma.ria da Natividade Ma.mede, P.e Joiio da Costa Campos, Justino Ma.rques Basto& (20$00). Emilia L. Ferreira (15f00), M. Helena. Guima.rlies (15$00), Antonio Furtado Mendonça. (20$00), P.e Augusto Joe6 da Trinda.de, Silvina Henriques d' Almeii:}a, Julia. d' A.lmeida. Ferreira, Maria. da Silva Rosa., Maria. da. Piedade Calado, Cristina Maria de Campoe 8011res, Candido. Amara!, Armanda Amara!, Joeé Gonçalves Pìnto, Ismenia Cunha, Maria das Mere& F léìree, Olivia Ribeiro Me.rtins, Amadeo do Ca.rmo Mora.es, Antonio Ferreira de Melo, P.e Manuel de Medeiros Guerreiro, Clemencia Candida. da Silva Pa.to, Adel~ide da Costa Nascimento, Gloria. do Jesus Martina Pires, Laurenio de Medeiros Silvo., Ma-r ia Noemi do l:t~aria Coelho, Ana. de Souza Menezos Macho.do, Maria dos ,Anjos Roddgues, Maria. da Enca.rnaçii.o Bo.rii.o (18$00), Manuel Velez Ta.vares Junior, Ana Sergio }'aria Pereira, Maria. Amelia Rodrigues d' Almeida. Coutinho (20JOO), Antonio Rodrigu86 Pepino, Juventude Co.tolioo. de Aveiro, Albertina d',Azambuja. Teixeira de Carva.lho, Manuel Alves Pereira., .Toaé Monteiro de Pinho, Ana. Barros Lamas, Americo Miranda., Maria Palmiro. de Maura Veiga, Joaquina. Ma.ria Cardoso, Virginia. da Piecln.de Gomes Amo.do Santos (15$00), José Luiz Patricio, Marga.rida. Ma.nuel Pinta Coelho, Maria J osé Pereira. (11$00), Maria. Chaparro Silva, Maria. Coelho da Silva, Dulce Coelho, Maria, Fortunata Avelar, Maria do Conceiçii.o da Silva (20i00), Artemisia Vieira Mnrques da. Cunha, Dr. Carneiro de MCll(Juita P.e Jos~ Barroca, P.o Manuel de Almeida, Rosa. Vieira de Castro, Ma.ria Clemencia Peroira N. da Fon18C8., Antonio Lacerda, Joiio José da ED!'..arnaçiio, Maria J oa.na de Castro, Ana Torros

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Atençao! N e nhum peregr no que saib a le r. deve de xar d 'e adquirir um exempla r do int e ressante volume de 412 paginas, profusamente i 'ust r ado com e s pl~ ndi das gravura2, " As g r andes m 13rav_ilhas de F at i ma ", da autor1a do sr. Visconde de Monte lo, que encerra a mais completa h ist6ria d a s apa r içoes e dos sucessos mir aculosos e e , jo p r oduto lfquido é inte gralme nte desti n ç d o à Obra d e Fatima. Preç o: dez es cudos.

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Agua de Fatima Torna-se diffoil ou quasi impossivel responder a. todas as pessoas que se nos dirigem a. podi-lt1.. Lembra.mos ta.mbém que Leiria. fica a 25 quil6metros de Fatima e uem teria,mos tempo de a.tender cada pedido. E' necessé.rio também notar que aposar de a ngu11 ser gt atuita é necessil.rio contar com a. lata ou outro recipiente e com o porte do ooneio, o que é 1·el11tiva.mente caro. Quem pretender obter a agua pode dirigir-68 a José de AJmeida Lopes - Fl1-tima (Vila Nova. de Ourem), que se pre&ta. a. manda-la o é pessoa. do n088n oonfiança..


ANO VII

Leiria, 13 de Junho de 1929

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( COM APROVAQAO ECLESIÀSTICA ) Director, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na UnlAo Gréflca, 150, Rua de Santi Marta, 152 - Llsboa

Admlnistrader : - Padre Manuel P er eira da Silva R edacçilo e Administ,açilo : Seminario de Lei ria

A alma de Portugal na Cova da lria '

A imponentrssima peregrinaçao nacional ao augusto Santuario de Nossa Senhora de Fatima-M~ravilhosa Epopeia de Fé- Sublime e incomparavel poema de Amor - Grande escola de Religiao e de)l patriotismo - Espectaculo unico no mundo.

«j d ama vez escrevi, e tenho sempre gosto e honra em afirmar, qae o Santuario de Fatima é uma grande esco/a de Fé e de patriotismo. Admirtivel painel medieval ardentemente vivido por a!mas de hoje, o Santuario de Fatima pelo estilo que o enobrece e pelo f ervor qae o in/lama, tem j d am peso singular em toda a Cristandade» Fatima, 13 de~Maio de 1929.

Do diario cat6lico • Novfdades • Aa vagas de romeiros - Peregrina• çoes do Patriarcado e do AlgarveProcfssio das velas - Adoraçio nocturna - R,eparaçio nacional - Alocuçoea do Senhor Biapo de Leiria. Grandiosa e imponente como nunca, assumin do proporçoos ver,J.adeiramente colossais, rea.l:izou-se, no dia treze do Maio ultimo, a peregrinaçao nacional a.o Santuario Mariano de Fatima, em honra. da augusta. Rafnha Glo Santissimo Rosario. De todos os ponto8 de Portugal e até dalguns do estranjeiro, sobretudo da Espanha catolica. e da França cristianissima, a.oorreram il Cova da Iria vagae e vagas de romeiros, impulsionados pelo ardor da sua Fé viva e da sua devoçii.o ac1·isolada para com a. Virgem bemdita, quo ali vem escrevendo, ha doze anos, em paginas de ooro de mistérios e de prodfgios, de bén. çios e de graça.s, urna nova epopeia, assombrosa e encantadora, do seu amor materna!. Na véspera, ao cafr da tarde, urna multidiio compacta ja poe uma enor me manoha negra no loca! da.a apariçoe& e pelas estTadas que la conduzem circulam muitos milhares de ,•efculos que despejam eem cessar torrentes de fiéis naquele lago imeneo, n!UJuele oceano de cabeças humanns. Entra as peregrinaçtie6 orga nizadas que este més foram a Fatima, lnereoom especial mençào a de Bemfica (Lisboa), dirigida pelo zeloso paroco daquela frbguesia, rev .do Francisco Maria da Silva, e a do Algarve, eob a presidencia do seu venerando Prelado, D. Marcelino Franco, grande figura de asceta e de santo. Pouco depois dns doz horas da noite, o rev.do dr. Manuel l\farques do" Santos, capeliio-dir ector dos uservitaa», convida pela voz dos altif6nios a mole i ngente de povo, aglomerado cm frente da capola das apariçoes, a rezar o terço do Rosario, em homenagem à gloriosa Senhora Apnrecida. Erlinto o eco dos ,1ltimos ramos da Lada{nha Lauretana, que se recitou depois do terço, a multadiio principia a movimentar-se. Meia bora mais tarde, o espect.-iculo que oferece a Covn. da Tria é nniC'o e in discriptfvel. Siio dezenas, siio oenten:;ui de milhar de fochos lumino1os, empunh ado, pelos peregrinos, sii.o giganteeoas serpentes de fogo coleando pelaa extensas avenidas e perdendo-1,e no horizonte di~

tante, siio milhares de coros cantando simultaneamente, om todas as grndac;oes de tons, o .Ave de Lourdes, é um incendio colOSBal a.brasando nl\8 suas charnas todo o vasto r ecinto dos santuarios. Dir-se-ia qua as estrélas do céu, caindo na Cova da Iria, a tinham transformado de repento num Jirmamento da ter ra. Passava pouco dD. mein. noite quando, reu nida de novo a gr ande massa de povo, entiio em frente da capela das missas, cle todas as bocas irrompo, como um hino de triunfo, o canto solene do Credo . Momento incompanivel,

Sua Emll1tl1 Rn.m• 1 Snr. o. ll11t1lla1 Anl6nlo 111111 Fruço, mtrufl llspo do Alprn, ,wa pr11ldlu 6 nu111roa1 p1r1rrln1çh d1q1111 -locm, 1111 Melo fltlmo

em que a alma d11, Patria, represontada ali pelo seu esco! inteJectual e marni, d&punha o tributo da sua fé a.vita n.os pés da nobre Padroeira, para que E ia o apreeentaase por suas miios bemditas junto do trono do .Altissimo I À mo!J)ba triunfal da procissao das v&las em honra. da gloriosa. Virgem clo Rosario, sogue-se o proito de amor, g16ria e reparaçlio a Jesue--H6stia, exposto num trono de luzes e de flores, no al tar-mor da Capela das mis~os. Sobre a montanha sagrada de Fatima, no centro geografico

do nObBo querido PortugnJ, o Divino Rei de Amor rocebe as homenagens de i;eus filhos, gue a Elo rocorrem cheios do coufiança por meio de l\fo.ria. .Aos ouvidos de todos sonm ainda. ns palaVTas da Virgcm, na u ltima apariçio ì~ humilde e inocente paslorinha de Aljustrel, a vidente Lucia, quando U1e disse: «Nii.o ofenaam mais a Nosso Senhor, que 86ta muito ofondido; ro:,,em o terço clo Rosario». E' preciso ·reparar .~ justiça divina, irritada com os pecados dos homens. E o terço rezado, meditado e vivido é, depois da imolaçiio do Cordeiro sem mancha na ara santa, a mais perfeita de todas as repara.çoes, o desap;ro.vo por excolencia indicado pela Rain},a do Céu. E por isso, deante de Jesus-116stia., a multidiio imensa. vai rezar o psaltério de Maria, em turnos suceesivos de adoraçio, para converter os rnioe da justiça dirina em mananciais de graça, em cauda1s de bonçito, em torrentes de miseric6rdia. .Ao primeiro turno, presidido pelo SGnhor Bispo de Leiria e consagrado il. r&paraçito nacional, sucedem mais trés turnos: o da peregrinaçito de Lisboa, o de Carapinhera do Campo (Montemor-o-V&lho) e o de Carvide e Oliveirinha. Por motivo de félrçn. maior, a peregrinaçiio do Algarve, composta de quntrocen,tas p06Soas, s6 poude ohegar o.o locai das npariçoes depois da meia-noite. A Santissima Virgem d&-<'erlo nceitou benignamente o sncriffcio dos piedosos romeiroo, que niio tiveram n. dita de tornar parte na procissiio nocturna, e tramformou-o ero chuva de bençiios s6bro as suas almas e a do seu veneràndo .Antfstite. Durante a primeira bora de adoraçiio, o Senhor Bispo de Leiria presidiu à recitaçiio do terço, meditando os misthios gotosos em formosiRsimas alocuçoes doutrina is, palpitantes de actualidade, repassadns de sentimento e notaveis pela elevaçiio das ideias e pelo brilho da forma literaria. O Venerando Prelado falou por scis veze~, pedindo no fim pelo Santo Padre Pio XI, felizmente reinante, que se recomeudou às oraçoc11 doo peregrinos de Fatima, por Sua Eminencia o Senhor Ca.rdin_l Patriarca. do Lisboa, que ip;unhnente se recomondou às orn.çòes dos fiéis neste dia, pelo venerando Episcopado portup;ués e clum modo espccial pelo Senhor Bispo do A1garve, oli presente. Rezou também

AFONSO LOPES VIE/RA. pela. mile do rev.do pliroco de Buarcoe, falccida no desastre de Ourém.

Aa confissòea doa Peregrinoa - Missa dos servitaa e eacoteiroa - MiBSa da Comunhlo Oe ral - Vinte seis mii comunhòes - Ondaa de luz e rajadaa de aom - O dr. Lufs f laher, lente da Uni• versidade de Bamber.g (Baviera) N a véepera à tarde o durante toda a noite e toda a manhii do dia trezEI, eram inumeros os fiéis quo se apinhavam junto das portas da lgreja da Penitenciaria para se a.proximarem do Sagrado Tribuna.I. Quantas almas, nessns horas bemditas de resgnte, se rehabilitariam porante Dens, despindo a. tunica manchada do peoado para se vestirem da estola puris• sima da divina grn.ça? l\listério de misel'ic6rdia e de amor, ,que s6 oonheoo Aqu&le que prescruta os segredos dos coraçòes I .A's cinco horas, o rev.do dr. Manuel Marques dos Santos c'<llebra o Santo Sacrificio da Missa, a que assistem e comungom os servitas o os etl<'uteiros, que teem de começnr a exercer as suas funçoes àa primeiras horns da manhii. A's seis ho.ras, o Seohor D. Maroolino Franco, venerando Bispo do Algnne, sobe o.o altar para celebrar a missa da Comunhito p;eral. Vinte sacerdotes, r evestidos de estoJa e sobrepeliz e acompanhadoci cada um por ac6litos com velas, dirigem-se, de cib6rio na miio, para o meio da. C6planada, afim de administrar o Piio dos Anjos aos fiéis preparadoi1 com a confissiio sacramentai. Espeotiiculo profundnmente tocn nte I J06"US, nosso Deus e nosso Pai, escondido no REIU Sacramento de Amor, pas.~eia por entre os seus fill10~ e, corno outrora na Pale!Jtinn, pas.'!a fazendo o bem. De1.enas de 11\mpadas eléc'tri<-.as, c,uja innup;uraçito fora honra.d a na véspera com a prosençn do Senhor Presidente da R&publi<'a, Generai Cnrmonn, que nn centrai olktri<-n do Sa.ntnario poz a. trnbnlhar o motor depois de ben.zi.do pelo Senhor Biepo d" Loirin., projeatavam feixes rle hw suavissima 11ohre o vMto anfiteatro rla Cov11 da Tria, ao mesmo tempo que poderosos me11:af6nios Jevava.m ao longe e no largo aR vozes de comanrlo, M invocaçoes, u pre<'es e os cl\ntiroR. O dr. Luis Fisher, professor na Universidade de Bamberg ("Baviera), que tinbo

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2 vindo de prop6sito a. Portugal para a&Sistir a. 888& extraordinaria manifestaçao de ~é e piedade e estuda.r o facto assombro110 de Fatima, nao podia ooulta.r a sua. intell.88 comoçiio, traduzida por lagrima.s ma.I contidas que lhe marejavam os olhos. Para o diario oat6lico de Lisboa ctNovidadun, oscreveu ele as pala.vras que a eel(l]Ìr reproduzimos e que dio ):>em a meditla. da funda. impressiio produzida no seu cspfrito polo. gra.ndio8Ìda.de das scena.s a que assistiu: ccCreio que este especté.culo ti unico no mundo I Assisti, em 1925, à. canonizaçao de Santa. Terezinha do Menino J esus, em S . Pedro de Roma, calculando' em oitenta mil o numero de assistentes. !Mo, porém, 'pareoe-me bem pouco em oomparaçiio desta multidiio, cheia de espirito do sacrificio plll't'a com a Santissima Virgem, cheia de fé no Santissimo Sacramento I O que ha de mais belo, quanto a mim, è ver Jesus caminhando, levado peloe saoerdotee, por entre 08 seus fiéis e 08 9eus doentes, n.brasados no desejo de O rooeber no seu Sacramento de Amor. Pertransiit bonefaciendo I»

A.lbergue de NoHa Senhora do Rosirfo - No Pasfo das veriflcaçòes m~dicas - No Pavilhlo tlos doentes - A dedicaçao das servitas e dos hospitallidos do P6rto - Homenaiem da avlaçlo - O reinado do Rei de amor. . Um dos acontecim.entos que mais consoladoramente nssin alaram o duodécimo aniversnrio <la primeira apariçào da Virgem aos hu!ll~lde8 e inocentes pastorinhos fo i, aem duvida, n. ina.ugi1rnçiio do Albergue de Nossa Si>nhora do Rosario. Construido grn.ças à iniciativa do Senhor D. José .Al, 08 Correi a dn. Silva, venera.ntio Bispo de Leirio., esse edificio, grandioso e magnifico na sua nrquitectura s6bria e majestosa, ali ficara a atestar a caridade ardente do ilustre Prelndo de Fatima a magnanimidado do seu coraçlio de Pastor, tam >«1nsivel Ìls misérias fisica.a de tantos infelizes que acorrem ÌI Lourdes portuguesa. para obterem a sua cura d' .Aquela. que s. Santa Igreja chama a Sa.ude dos enfermos e a Consolndor a dos aflitos. No Pllsto dae verificaçòes médicaa, transforido clo Pavilhiio dc,s uservitas» para o ediffcio do Albergue, desde a véspora que se esta procedendo ao exame e registo dos doentes. De rnilha.ree deles que solicitaram a senha. de ingresso n o re8pectivo Pavilhii.o para assisti rem à missa oficial e i\ bençii.o com o Santissi1n4> Saoramento, apenas quatrocentos, os que se encontr1rvam em esta.do mais grave, puderam ser a.tendidos. Numeroso." médicos prestn.m os seus serviços com urna dedicaçao inexood{vel. Alguns silo figuras das mais distintas do oorpo clinico e cirurgioo portuguee. Entre ~ les contam-ee os eeguintes: dr. J osé Ma.rin. Peroira G-Ons, da Batalha, director do Posto das verificaçoes médicas, dr. Manuel Lopee Falcio, do Barreir o, dr. Augusto de Azevedo Mendes, de Torres Novas, dr. Luz Preto, de Vila. Nova de Ourém, dr. Luis Espinola Marti na, de Alcanede, dr. Jaoob •P into Correia, de Tremes, dr. Weiss de Oliveira, dr. Mello Broyner (conde do Ma.fra), dr. Enrico Lisboa., dr. Ga.briel Ribeiro, dr. Alberto Madureira, de Lisboa, dr. Laureano Sardinba e dr. Joaquim José de Abreu , de Portalegre, dr. Cort.3s Pinto, de Leiria, dr. Lu{s Antunes Serra, de Faro, dr. Costa e Almeida., do .Anadia, dr. J osé de Paiva Boléo, de Alvega, dr. Francisco de Mira Mendes, do Montemor-o-Novo, dr. Gua.Jdim Queir6s de Melo, de Sernache do Bomjardim e dr. Joaquim Hermano Mondes de Corvalho, de Louzada. Entretanto, no Pavilhii.o dos doentes, onde estao reunidas algumas oontenas de vitimae dos males mais graves que torturam a pobre bumanidade, as preoos mais fervorosas e 811 inTocaçoes mais veem entes elevam-se para o Céu, a fa.zar violéncia. a.o Core..çio de Deue. As 1cservitas», e nverga.ndo ba.tea a.lvinitentes, exeroem a eua caridoea miseiio, sempre incansitveis no seu zelo, sempre oheias de soliritude e dedicaçao n n,g multipl8.8 e delicadas funçòes da sua actividn.de profi!l8ionn.l. Senta.do numa. oadeira, r ezando o terço, que lhe pende duma dn.s maos, eeta um doente de meia idade, ata,. cado de pa.ralisia total doe membroe inferioros. E ' um advogado doe mais distinto& do Alto Alentejo, ha anoe inutilizado pana a. vide. do fllro pela sua imobilidade força.da. Um sacerdote, que passa. junto dele, vendo-lhe os olhos marejadoe de lagrimoe, produzida.s pela comoçao, recomenda-lhe quo tenha oonfianço. ne. 8antf88ima Virgem. Entao dos labios do enfermo saem eetas pa.la.vras admiraTeis que tradumm todo um poema enca.ntador de Fé e resignaçao : ccNii.o tenha. pena. de mim ; sou felic{seimo, porque nito sofro nade. ao pé rle tantoe aqui preeentea que sofrem imeneo».

VOI DA FATIMA

Ivaato Pereira. dos Reis. De todos 011 ponto& do anfiteatro da Cova. da Iria, literal-

A pequena distincia, sentada noutro banco, V&-88 uma. senhora. na primavera da vida - vinte anos de idade - palida e aba.tida. E' D. Olimpia da. Ascensiio de Oliveira Matos, de Ooncavada. (Alvega). Sofro ha mais de dois anos de doença. de peito. A sua confiança. no poder e na bondo.de da Mie de Deu8 trouxe-a a seus pés, no Santuario de Fatima. Alguém tenta confort~la com palavras amigas. A re8posta foi um pranto desfeito e um soluçar convulso, sfntese amaril!llima de longos e dolorosos sofritnentos, apenas mitigadoa pelo balsamo da resignaçiio cristi. Os servos de Nossa Senhora do R osario e 08 HoRpitalnrios do Porto, coadjuvados por escoteio11 cat61icos de varios nucleos do pais, continuam na sua f a ina incessante de tran8porte do8 doente8. · De vez em gnando, durante a distribuiçiio do Pii.o dos Anjos, o 6rgao faz ouvir as suas harmonins p;rnves plangentes e o canto do Bemdito irrompe de mii peitos cheios de Fé o de amor. Ao colo dumn criada. entrn agora no Pavilhào uma doentinha que aparenta ter quinze nnos de idade. ColO<'aòa num banco da primeira fila do larlo do Eva.ngi>lho, benv.e-se devotamente, jnnta ns miios em atitnde de st1plica fervorosn (' poe-se A rezar o terço, de olhoR fito!I na Imag~m dn Vir,zi>m. MR.111 ntras, um venernnclo «Ar-i>rrlntp rlri ~Hocese do Pllrto, acompanhado por doi~ 1rmlioi,, um deles c6nego e o ontro médirn, toma o Rou lugar entre outros doentes. F,' o rev.do Hermano Amll.ndio Menrle11 rlP Ca.rvalho, de Vila do Forno, c-oor(llho dP Lou_zada, paraHtico ba eeis anos. De repente, por s6bre o vasto r ecinto d&11 a.pariçoes, onve-ee o rnido dwn motor. ,

As curas maravilhoaas - A paralftf. ca de Louzada - Quinzeano1 de marmonte coberto de gente, e das suas ime- tirio- Confercncia de médicos - Duaa diaç.oes, os peregrinos sa.udam a Virgem, grandes miraculadas - Scena comoaoenando com lenços. Dir-se-ia que um vente.

bando i numeravel de pombas brancas tinha surgiao como que por encanto das entranhas òa terra. e que todas ensaiavam os seus vòos a pequena altura antes de se juntarem e subi rom para o cé'u. Quando a sagra.da Imagem assoma no limiar do Pavilhiio, o entusiasmo sobe de ponto e rompe, irreprimivel, em palmas, vivas o a9!11.macòes à Virgem. Nenhurn rosto esta e nxuto. A procissiio seguiu-se o canto colectivo do Credo . Depois, o S&nhor Bispo de Leiria, que e ntretanto se paramentara, sobe ao altar e principia a missa dos cloentes . Durante a missa reza-se o terço do Rosario em voz alta, co.ntando-se à. c1evaçiio um cantico piedoso, acompnnhado a hnrm6nio. No fim expoese o Santissimo Sacramento n a cust6dia e, cantando um motete, o Senhor Bispo do Algarve, revestido de roquete e capa., procede à bençiio eucaristica dos doentes. REr novom-se entiio, mais uma vez, es scenas comoventes, que esse ncto costuma provocar <' a (}110 niio é r>ossiYel ns8istir de olho'I emrntos. Cantando o Tant'U,m eroo, o \'enornnclo Prl'l:ulo dii n. bençiio geral e,. Nll'c>1-r11do o ~antis~imo no Sa.erario da Pi>111tencinrin, qobi, no pulpito e fnz urna tu,·nnte alocu~·iio. "Aqui, estào, diRSe aie, nqui estiio, 6 Miie querida, <>-" vossos filhos estremecidos, os vossos filhoe rte P ortugal I Estao aqui para cantar as voRSM gl6rias, para. oolebrar 08 vossos louvores, para receber um eorriso do vosso coraçao ma.ternai.

DEx.mo e Rn.m0 Sr. Blspo do Algarva dando a blnçlo aos·doenlet. Pega A1mbela o Ex."'0 Sr. • Bomnador!!CMI dttl1lrl1. No u gundo plano Yè-se o poeta Afonso Lopas v1,1ra, com as correlas de •StrYltt•

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E' um aviùo, que vem prestar as suas bomenagens à Virgem e saudar os pe regrinos. A eete eucedem-ee muitos ou t ros, que efectuam diversas evoluçòes no luga.1· sagra.do, aproximando-se algu ns deles basta.nlbe da. terra. Das altuas ca.em no recinto do Santuario, corno chuva do céu , floree e romoe de flor8ll. Um dos aviòes sotto. urna linda pomba bra.nca que, depoie de executar varios voos por cim,1 da Cova da Iria, foi pousar no telhndo rlo lnnço, ne.sse dia inaugura.do, do R ospital-Sanat6rio. OutTo a.viii.o despejou sohre n mnltidiio milhares de proepeotos, em que i;e pro<'lnmava a necessidad"e <le se fozer rei nnr nas almaa de todos os portugueses, nns famflia.s e no. i;ocieòade, o Coraçao do Divi no Rei de amor , Rei clos individuos e R ei das Na.çoes, que o Paclre Matéo Crawley Roevey, o Ap6stolo pobrezinho, IDIHI riquf<isimo de dons do Céu, veio ha pouco pr~gar nn. nossa Patria.

A pro cl salo da Virgem - f\ missa campai - A b~nçlo dos doentes - Alocuçlo do Senhor Bfspe do Algarve A procfHlo ffnal - Terno adeu1 de salidade. Ao meio dia solar, oolesiRstiéo!I, servitM e eecuteiros concentram-se junto do padrii.o popular comemorativo das a.pariçòes, l\fim de conduzirem e ncompanharem pr0088llionolmente A. veneranda Imogem de NOBBa. Senhorn. do Rosario para a cnpela. d38 mi&11118, .A Jmngem é levo.da em triunfo a.travé& da multidiio numerosa e compacta. aob um chuva contfnua. de flores. A comoçio é indescritivoJ . Veem-se muitos olbos mnrejados de lagrimas. Entre oe eervitas que transportnm o andor aos hombr08, contam-ee o Dr. Afonso Lopee Vieira, o corone! Pataobo e o major

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Viemos aqui para prestar um testemunho de fé, de amor e de confiança : testemunho de fé om Deus, num mando sohrenat urol, na i ntorcessiio de Maria Sant i88ima, no adorava! misthio da Eucarietiti; testemun ho de 0::,peranç1i nos dogmas 11 ltame nte consoladoros da nossa. bemdita religiiio, testemunho rie nmor a Virgem. Aindn ha pouco ouvi rnntar ccO' gl6ria da. nosen. terra l,1 E' hem o ~rito de todo. o Portugal, òo Minho no AJp:arve. Tudo nn nossn. terra. - 11s vozee doe seus habitantes, os monumentos levanta-dos aqui hem perto e pelo pnfs aletn tudo oonta ne p:16rios de Maria. P eçnmos-lhe neste momento que assista no Sumo Pontffioe, que insrlire o Episcopado, que proteja o clero e os fiéie, mas, dum modo particular, os nossos doentes. Niio basta, porem, protestar-Ibe o nosso amon. E neces11ario tnmbèm protestar-lhe a nosim. suhmi11siio inteirn o incondicional. F. esta snhmissiio implicn o cumprimento intep;ro.l da Lei do Senhor, da vontade de Jesus, que é ip;unlmente a de sua Miie Sa ntfesima. Ao doixarmos FRtima, seja ,il&te o prop6sito que formu lamos: cumprir integralmente o vontode òo Senhor I» Te11ID inada n. breve nlocuçiio do Sen hor · Rh,f>o do Ali,;nrve, roalizou-8e a procissiio final, pagando agora no nndor a.s servas de Nossa Senhorn do Rosario. F. ao espectacu lo de11lnmbrantissimo que constituiu urna colos11nl apoteose de amor e de devoçiio n Miia de Dew, feitn de vivas, palmaa, canticos, .lRp;rimM e le';iços no 11 n, .quando os peregrinoe se deeped1rom do Ra1nha do Céu, eoltando o seu terno adeus de sauòade, vem l'IMOCiar-se, nnm gesto lindo e t ocante, a aviaçiio civil e militar, espar,.indo flores s6bro o locai seis vezes santifico.do pela presença. da angiista Pa.dnoeira de Portugal.

E.nintos 08 ultimos ecos das sanda.çoes à Virgem, começa.m a correr boatos de no-

vas curas mara.vilhosaa oper adas duIJante as cerim6.nia.s oficiais. Uma das possoa.11 curadas naquele dia encontrava-ee nesse momento no Albergue de Nossa Senhora do R osar io, onde eata instalado o Pòsto ~as verificaçòes médicas. Chama-se Emih a de J ~us Marques, tem trinta e doitt anos de 1d~de e é natural e mora.dora. em Louzada, d1ocese do Porto. Desde os quinze anos que é doente. Ha cerca de seis Q?-e estava de cama. .A-pesar-do zelo e dedicaçiio do médico assistente, dr. Joaq<Jim Herma.no l'ifendea de Carvalho, e do8 tra, tame!1tos, longos e dive)l3os, a que foi submet1da, o eeu estado, longa de melhorar agrayava-se cada vez mais. Raras vezes ~ quasi ìl. fllrça, na presença do médico assistente, consentilt em tomar algiim alimento. A sua mngrcza era extrema. A sua palidez parooin. a duro cndaver,. Neste estrt.do lomentavel, resolve ir a Fatima, contra a oposiçiio formal do médico, que te!'1 a convic~iio absoluta de que essa resoluçao rep110Senta para a sua client~ urna sentenc:a de morte ou, para melhor dtzer, um verdadeiro suicfdio. A viagem, penosissima, fez-se no meio de dores inauditas, que lhe martirizavam o pobr,e corpo, jn tiio duramente provado pela. longa e terrivel enferrnidade. Passou em Fatima as noites de onze para doze e de doze par a treze. Foram noites interminaveis, sem desrnm•o e sem alfvio dumn. agonia crnciante. de i,ofrimentos' hort';!veis. Conduzidn numn macn. pelos servitas para o Pnvilhi'io do~ doonte!!, às primeiTM horaa da manhii, ai ,;e ronservnva à esper a. da mil'qn. do!l doonte<i e da hençii.o euca.rfstira Ml('nt>, orando fervoro1mmente. A ser:vita q11e !be aqqistin, D. Maria Reis e Silva, do Pedr6giio de Torres Novas, assegura. que eia porecin. nasse momento urna defunta. Ao meio-dia. solar , q11ando a Jmngem de Nos.~a Senhora do Rosiirio, leva.da. o.os hornbros clos si>r vitas, assoma no limiar do Pn.,vi lhlio, a pobr,e enferma sente o que quer quo seja que, sev;undo eia div.ia., niio orn. rapnz de e:tplicar. As doree desaparOC10m-lho corno que por encanto, reconhece qne lhe voltnm a todo o lndo esquerdo pn.ralftico o movimento e a vide. e tem a imprCRsiio de que 'p ode caminhat1 des(lmbnrnçadnmente. Depois da prooissiio finnl , dirige-l'e por seu pé. sem nuxmo de nin~u~m, vara. o novo Po.~to d&11 verifiraçoes médicas. AH, rodeada de pesso&11 dt' famf!in. e outrns pe<:Soas de a miza.. de dlt lnrQ:M à ena nlegria e no seu reoonhecimento pera. com a Virgem SantfS11ima. V1h1ios m&licos, qne pouco a. pouco veem ch egando, examinam-na detidnmente, aM que chega o médico nssistente, que se r e6no em confer ancia com os coleeaa p resentos a quem expòe minnciol'tlmente a na-turoza da doeni:n., M snas diferentes fa968 e oii tratnmontos empre11:ados sem exito. Entretn.nto e ntra na so.In o Senhor Bis'po de T.,ei rin., qne vem ve11 n feli,i 11enhora e feliciM-la pela ,zr nnde 11:r aça 11e0ebida. On~~i no mesmo tempo chPii:am dnns das mn,iores mirnculadns do, t1ltimos tempos, n. :Maria Mnraarida Teixeirl\ Lopes, da. cMa de P o~ir6, do concelho de Louzada; r urnda em trPV..e de ontubro de 1928, e n. M:aril\ ,Tosé dos R11ntos Nunes, mora.doro em t i11boa, no. snR. Cnrvnlho Araujo, n. 0 11. ~.0 , M.irndn no dia vinte e um de ll'evereiro tHt imo. 1):l-'le entito urna scena comovente em erlnAmo. As dnns miraculadns nproximom-sp da nova vrivileiriada dn Virvem hi,mditn de Fittima e abraçnm-na afectnO!!amente, lavadas todl\ll tr& Pm liii;rimn.s de 11lejZTia e de r econh&oiment.o. 'Ponco a nonro, o locai c-0T1J1a,zrado por tantM maravilhn"I divinas vai-se descon,z&.1tionn.ndo. A noite cai lentamente. Alflll nR neT'o(>grinoR r etardn.Mrios f azem as euos desnedidas h V irgem mostrando bem ouanto lhee san~a o cornçao. ao apartarem-ee. rom n. sn.1~dade na alma e as la,zrimM nos olhoR, d11011ela e,qtJ.ncia abençoadn de 11:rnç1111 I" de nrodfizios. F. pela.a estrn.dns nl.Sm, do pru11 inteiro, segut',amente meio milhi'i.o de r omeiros levam imprOll118 dnm modo indelt<vel n n.s suas retirru, deslnmhradru, a vislo caleidoec6pica deel!M BC('nns empol,znntes, sublimE"I, incomparltveis, que comovem e enlevom e huo-de comover e enlevn.r cndn -vez mais, sem embai,zo do despeito ma.I contido e do dl'll!1>11Pero impotente da impiednde, que a Ra{nha do ~ n esmagn. oom o seu pé virj?Ìn al, n alm a. de 'Portnj?nl e 11, nlma do universo.

Vimmde de Mon.telo


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VOZ DA FATIMA

AS CURAS DE FATIMA Tumor.

Por isso, s6 4 dias depois se de havor dado a minha milagrosa cura. é que fui proGraças a Deus e a Nos.~a Senhora do curar o Ex.mo Snr. Dr. Leitio para lhe dar parte do suoedido e pedir-lhe o ates.Rosario de Fatima, sinto-me curada. tado qne juntamente remato, e quo assiro, Com a maior consolaçao da minba. alma, mais seguramonte evidencia.!':i o grande venho publicar duo.a graça.s extraordina- milagre que a.cabo de recobl'r I Prometi ir com mou ma.rido a. Nossa S&ria.s que recebi por intercessio de Nossa nbora da Fatima agradecer-lhe esta granSenhora da Fatima. de e extraordinaria graça, pois que durante a minha. novena embora cstivesso em Draga a r ezar, o meu coraçiio ostava na Fatima, aos p~ da. Virgem no locai daa suas milugrosas o.pariçoes I E por isso, nào s6 la vamos paro. tornar parte nesta percgrinaçio de maio, corno também eu pr6pria. levarci e.sta nMrativa da minha milap;rosn curo. para. sor publicada no jornal a ,,Voz da Fdtimau conforme prometi, pois, Graças a Deus e a Nossa Senhora do Rosario do Fatima, sin to-me curarla I Maria R osa Fontes, casada. com Lourenço d'Oliveira :M:acbado, sapateiro,-moradoros na Ruo de S. ~rnlclo, n. 0 77, da cidade de Braga.

ATESTADO MÉDICO

MARIA ROSA FONTES

Ha 2 anos, sofri urna tiio gravo doença interior que o distinto médico quo mo tratavn, desanimando dn minha curo., disse-mo que eu precisava sempre de mo trata.r com cuidudo , embora molhoraa..'lo e que certamente ruio voltaria n ser màe - pois nessa altura, cstando casncla ha 12 auos ja Nos110 Senbor me havia dado 4 filhinhos. Durante o més do Rosario do ano de 1927 reoorri, com muita. Fé, a Nossa S&,11ho11a. ùo Rosario da Fatima resando-lhe com pnrticular forvor, o Terço todos os dins, e com muita devoçiio tornei a milagrosa :igna prodigiosame nte nascida no local bandito das apariçoes come<:ando logo a sentir melhorns e tantas, que ao ,contrario da previsiio do pr6pnio médico, <iepois dum intervrilo de 7 para 8 ano! sern voltar a. ser m1ie, ql1iz Nosso Senhor dar-me urna filhinha mais, que hoje tem 10 mezes - à qual puz o nome de Ma.ria <le Lourdes, em honra de Nossa Senhorn. Oomecei depois a sofrer muito do peito diroito que tinha um caroço bastante sen11ivel quando se apalpava. Consultei o ilu&tre Medico bra.carense Ex.mo Sr. Dr. Jo§.o Leitilo que me disse era necessario dar en.trada no Ho$pital para. fozer a extraçiio òo seio. Fiquei aflitissima. nssim corno meu marido, quo é também doonte I E corno eetivessemos a chorar rnuito, pedindo a. NOSBa Senhora. para nos valer, pois s6 me ()usta.va deixar os meus Filhinhors na orfand11.de, meu ma.rido animou,.rno a recorrer urna vez ma.is I\ Nossa Senhora de Ftttima. que jit me ba.via. c urado duma tao grande doença. A1111im o fiz reza.ndo tambem com O!! rneus Filhinhos para que N06sa Senhora 88 dignasse Atender as suas inocentes ora.çòes. Começnmos urna Novena a Nossa Senhora da Fatima, cuja. imagem temos na nossa pobro casa, e tornei da agua milngrosa com muita Fé. Ao terceiro dia da Novena senti durante a noìte, urna. estranha. inquiet&çio, urna espeoie de tremura que nii.o me deixa.va dormir, mas, niio sei porque, tanto eu corno meu rnnrido qu1;1 a.té ali s6 tinha.mos vontade de chorar, estavnm011 dominados por urna ine:i:plicavel aatia/açllo intima que niio sa.bìam011 compr~nder I Parecia-me quo ja nnda sentia no peito, mas jul~ei que fòsse ilusio minba. Para maior certeza., logo de rnanhi eh.a,. mei a minha. vesinba e amiga Senbora. Ana do Espirito Santo Torres, mora.dora na R . de S. ~raldo, n. 0 4.8, e pergunteilhe se realmente lho pal'<'Cia corno a mim, 41ue o meu peito ja nada tinha. Esta, ao examina-do e apa.lpoi-lo cU:idad011amente, começQu a chorar de comoçiio 'proclamando o grande mil~re que Nossa Senhora me havia feito I Pen.sei logo em publica.-lo para. agradecer a Nossa Senhora urna tao grande graça mas nii.o sabia corno ba.via. de fazer.

Dr. Joào l eitdo, medico pela Uni11ersidade de Ooimbra, derlaro qtw tendo procedido a exame cli'Tlico da doPnte Maria Rosa Fontes, 11eri/ iquei qu.e a me.rnlt'l era portaclora dum tumor do srio direifo 1 de forma irregular, adrrente a pele ma., sem ratraçlto do mamilo, com rtbate a:r:ilar largo. A doente na ocasiflo em. q11r a vi ntro apresentava temperatura, ma., rlorcs e:r:pontanea,, naqu.rle ,rnposto tumor. Como nao 1)1.ides.,e fazer um diaonn.,tico de/initivo e diferencial entre '!Un tumor maligno do &Pio (!alta de retrar<1o do ma-milo, rie) e tim fomor be11iuno ou simples nifamar/uJ (!alta de temperaforà neste ra.,o, etc,) aronulhei mn tratamrnto re.,oltdfoo com compre.uas quentes, riizendo mais que, sr. nito houve.,se mel11oras, folve.z Jos.,e neces.,aria a amputaçélo do seio. Contra toda a e:r:pectativa, ao fim de tres dias fodo ho11ia desapnrecido sem dP-ixar o menor 11e.,tigio. ,Tttlgavo que a dar-u Qtuil.qver modificaçilo rla s6 ., e 1)1.idesse dar dentro de quin.~e a vinte dia~ e rontudo M Jim ile treis nada havia de anormal. Braga 4 rie ma.io de 1929. (a) Jo1io Leitiio

OUTR O C ASO O J omal de Not!cias, do Porto, publicou em 16 clo ma.io ultimo o seguiate:

EM P.ENAFIEL O mila.gre de Nossa Senhora de Fatima anda em todas as b6cas de P onafiel. Nio 88 fa.la noutra coisa. ! Diz o Joio, um bom velhote que, de ha muito, guarda a porta. da. MiseJ1icordia: - De manhà até à noite vero aqui uo pode r do mundou. Todos querem ver, todos querem fala.r à miraculada Maria I O pobre bomem, fraco e velho, ve-ee em eé11ias dificuldadee. A multlidito agrupa..-ee, incessantemente, no adro do Hospita.l. Todos querem ver de perto o grande milngre. E a fé em Nossa Senhora de Fatima, que arde no coraçao de todos oe Pqrtugueses, robustece-ee - tottnn.-se maior I Descemoe ao Hospital na companhi11 amavel e obeequiosa do een provedor, sr. Antonio J011é •l<> Freitas Gui.ma.raee. Acompanhava.-nos o sr. Hora.cio Pinto. A miraculada esta em cima, numa. enfermariu do pl1imeiro nndar. Sala enorme, clara e limpa. Um leito estreito. Estendida, miios afiladoa, perfil esguio, - a doente. Tem une olhos enonnes, profundos, una olhos de candida. ternura - quo veem para àlérn deste mundo, que dissecam e confessam a.1mas. O provedor diz..lhe carinhosamente quern somoe. - E dos jornais? Eu sofrin muito ! Nem sei como ha doTes tao fortes ! Como se pode sofreT tanto! Aprendi, sofrendo, a crér mais om Nossa. Senhora ! Sem o seu auxilio - teria pendido a paciencia ! A sua voz é um cioiar de pt'éoo. - Estava doente ha dez mezes. Nii.o podia corner - o meu estomago niio reoebia. urn «cibo» de Jeite. Vomitava a. todos oe instante&. Nos ultimoe diu, eem nada no estomago, golfava poetae de sangue. - Sofria P

- Duma ulcera no cstomago. - E sente-se melbor ? R adiante: - Melhor P R enaeci I Voltei pnra. a dda. - tenho saude, estou, quasi boa. -- ,I :t <:'>mo - e corno de tudo: Ontcm comi sitvel, pi o, o,·os. - o que mo apotcceu. E tuclo o meu estomngo aceitou sem relutiìncia. I Estou fom;e - sinto-me ontra vez mulher I - A que atribue o seu estado? Quasi ofendida: - A quem? A Nossa. Senhorn de Fatima I Eu e meu irmiio, o abadc de Uilhundos, resamos-lhe umn novena. Comungue i qua.si todos os cline I E rezava,.lhe a todos oe instantes ! Meu irmiio arrnnjou que me mandassero agua. benta de Fati mo . Fiz ns minhns ora.c;oes com ossa ogua. E esta.va corti\, que NoS-<la Sonhora me ha.via de atendet1! Atendeu-me, c:omo v31

O relato da enfermeiraC A «miraculndn.,, do Penafiel é nma s&nhorn. viuva, dc origem modesta. C'hnmase Mario. Pa<'hcco Ah-ar inho, tcm dois filhos - um, o Jaime. de 12 anos, vive <'0rn o nvo materno, o· ontro, o Antonio, ,te 14 anos, é pupilo dn tio , o ahado de Milbundos, e estuda. m, Sominario de Vilar, desta <'idade. A s.• D. Maria Pacheco Alvaninho 6 aindn. nova - tem 35 anos. Rosto dt• candura o de bondncle. A enfem1eira que a trata, nma rl'ligiosn dl' rcfuJp;ente simplicidacle. ronta: - A religio~itlnrle eia sr.• D. M a ria impressionou-no,i sempre. F, um11 alma C'hefo de fé. Rntmu para o Ho~rit-al em Julho do ano pa&1ndo. E i-teve tr.{;s meses - de Julho a Set-Ombro - menos- mnl. .l'>osdo entiio - peoron. Ao começar diìste nno - o sen estnclo ns1mstou-nos. Niio oomia. nadn - e ,·omitava ~nnl(uc, constantemen te. Causava d6 I A sua resignnçiio <'ompunJ!;innos ! Para eln - tudo ia hl'm, tudo I Era preciRo fazer a vontndo de Nossa Senhora I Jl'<Jus, R ei dos Reis. sofrena maig ! Dcpois dnma pa11sn : - Ha oito dins - o sou estndo tornou-se nlnrmante. N cm 11equer o leit'e consontia no estomngo ! Nada nb~olntnmente nnda ! S6 tinhn forças pnra reznr ! ~a noitl'I de 13, depois dn partid:i. do irrnno pnJla. Fatima, ficou tornndn di' intenso fervon. ccNossa Senhorn niio veio tor romigo, irei eu ter com eia!,, . O irmiio a.prnzarn-lhe urna hora para a ornçii.o da. noito - as onze ho113s I Improvisamos, na. 11ala. da l'lnfermeira, urna procissiio de velns ... A fé com que resamosl A imonsa fé I D. Maria, miios afilada"I e trémulas rezava tnmbém: ccNossa. Senhorade Fatima, ouvi-me, ouvi men irmfto !. .. » Chorava... Todas n6s chot1avnmos. A's onza boras deu um grande grito. Caiu desfalecida. Pensamos - A pobresinha morreu em Cristo I Soet.gueu-so, depois. Golfava sangue. Sangue coaglnado, om postas. cc Vai mort,er !11 - dissemos. Ele sorriu-so: «Nossa Senhora esta comigo..Meu estomago, la.vado com sangue, vai ficar curado In Sorria sempre. Demos-lhe um injeçiio de morfina. Acalmou. «De manhii., muito alegre, )evantou-se na cama, C'oisa que nunca fazia, e pediu de corner I De corner, I - acentuon .a enfermeira, muito surpreendida. - Deram-lhe de corner P - Pii.o e leito. Quiz mtinteiga... Barramos-lhe o pii.o com manteiia. A' tarde pediu um prato cosi nhado. E comeu savel, carne, o que quiz 1 Num comentario qne traduzia o seu reconhecimento a Nossa Senhora : - Comeu de tudo, o que quiz e corno quiz I Comeu sem regra. - rom grande jnbilo nosso I Termina. : - A sr.• D. Ma rin niio dava, ha tres dias, a.cot'do de si. Os médicos tinbam-na deBenga nado. Esperavnmos a todo o momento um desenJace fntal. O que aconteceu - foi um grande milagne de Nossa Senhorn de Fatima I

Em casa d o Abade de M llhun dos O P .e .Angelo Pncheco, abade de Milhundos, innii.o dn «miracufn.da» M a ria Pacbeco Alvarinho, é um sacerdote muito novo, culto e distinto, de mnneiros modeetas e perffl simpatico. De principio - escusa.-se aos por,nenores: - ~ùo sei ss Stl trn.ta. <lum milagre. Para mim - é jsl. grande milngre o estado de minha irmii.. Deu-fi8 nela corno que urna rcssu'Treiçio I Simpl-esmente, sem rebuscar:1 os termoe, conta: - Minha irmii sentiu-se mal em meados do ano pa.ssndo. Que ix:ava-so muito do cstomago. Procurai no 'Porto o sr. dr. Lopes Rodrigues, directoT do Hoepital de

Sa.nta Ma.r!Ìa, que foi de oprnmo que a deviamos submeter à radiografia.. O tempo pa!lsou. Entrementes, agra.vado o eeu mal, fomos obrigndos a interna-la na Miseric6rdia de Penafiel. -Depois? - Minha irmii tem fé - muita. fé ! D&eenganada dos médioos, vivendo num 11&gimen de injecçoes - sucumbiria, é minha creuçn, à. intox:icaçiio da morfina se niio sucnmbisse aos seus padocimenLos do estomago ! - voltou-se para Nossa Senhora de Fatima. R ezou muito. Aoompanheia. numa novena.. Depois consegui que me mnndassem de Fatima um j)ouco de agua benta.. Fiz nova novena, utilizando essa ngua. O seu estaclo agravavn.-so - com espnnto de todos os que sentiamos as suas tlores I • Comovido: - Minha irmii chorava. Devia sofrei, horroTOsamente. Por vezes gemia. Os seus gemidos dilacernvn.m-me. Tentava. justificar o seu estado: «Nilo tenho r esignnçiio, niio tenho paciencin, Nossa Sonbora niio se condoe de mim I» PrO<'urava co1111olarse: «Nossa Senhora, vendo-me rom paciencin, hn-de ouvir-me !» Lembroi-me entiio de ir n Fatima. Falei-lhe nisso. Ficou riv diante. uVai, vni tu, Angelo, Tai no encontro da Virgem Santissima In Di8~lhe: 11A's onzo boraJI da noite do din 13 - dia da apariçiio do No~sa S<>nborn I - rozarrui no teu loito. Toma ras urna vela na11 tuas miios - e, espiritualmente, nssociar-u--has li. proci<i<iuo das v1>las. NMsa Senhora hn-de ouvir-nos In Abrnçou-me. O!! IICUS olbos fulguraram: «Nossa Senhorn vai atendM-me no dia 13. Quando vieres - esttlrei curada.1» O abnde de Milhundos, que nao e<icondc- ns lagrimM, termina. - Sci que a l'Ssa. hora - on?.e da noite do dia tt'eze - minha irrnii Tezon. A11 uns miios, nmparncla11 peln s mii<>'! <'nrinhosas <las enformeirns, erguc-ram ns vE>las 11ngradas. No enfermnrin - improvivou-se urna pN1uenn proci~'<i'io. A MiAeric6r,lia do Pennfiel <'ontinuava a grande e mistira pararla de Fatima . Portugal E>rl(nia-se om mn~"a, orguen<lo para o l'éu, aflitivnmente, os braço" snplicanl.e'I I Depoia dum ligeiro clescanso: - Snhe o re~to ... l\Iinha ìrma, 11., onze horas qentiu um déìr est.ranha.. As c>Dfet'meiras afligiram-se mnito. Teve !!6 uma frase, dita com grande calma - «SO<'eguem, meu irmiio est:t oom No!'llla Senhora, No!!~a Senbora esta comigo In

A.GRADECIMENTO Jfan11et Carreira Franco, da.s Bra.ncae, frèguesia da Datalha, estava de tal modo doonto com urna. pleurezia, ero 18 de julho do ano pnssado, que a familia ja pensava em dispor t.udo par.a o entorro. Nesta altura a espoea do mesmo, vendo o mariclo a. dar o ultimo suspiro, recorreu n N.Senhora. da Fatima e c-onseguindo obtcr agua de Fatima foz com que o doente engolisse aJguma. enquanto rasava. t110S Avé Mnrias, podindo tambem por ole os visinhos. Nessa. ocasiiio começou a recuperar a saude, npesar-de ja estar desenganado dos medicos, e agora vem agradecer a N. Senhora.

O mundo é assim

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Um pa.dro desembarca numa estaçilo e nm carregndoJ1 se ofereoe para condusirlh*' a malata. O padre reousa-se. - Vo, diz o oarregador, que miseravE:-1 I - canega a mala sòm~nte pallQ nii.o perder dea tostoes ... Ouvindo, isso, o padre entregou-lhe a maleta. Mais ndeante, um sujeito vendo isso, grita: - Vejo.m, que preguiçoso I Quo fidalgo I P ois niio podio. ele mesmo 1evnr esta ma.leta? Semp~ a mesma. historio. do velho, do r:ipaz e do burro I Mas é nssim mesmo. Os inimfgOR da religiio repetem a cada instante essa anedota da malata. Se o padre ee ri, é devl\880, se fica serio, é hip6crita, se COT.11Ìge, é man; so niio cc,rrige, _pnctua com 011 vfoios; se a nda pobremenfe' vestido, é um usurario, um sovina. Como é solteirti, querem que se case; se fosse oasado apregoariam o oelihato, et<-., etc. Por qu~P .Jeeus ja o anunciara: ccO mnndo v01 odeia, porquo nio soil! do roundo ; se foseeis do mundo, amar-vos-hia. Prameiro do quo ~ v6!, a mim odiaratnn.


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VOZ DA FATIMA

Voz da Fatima Oesp ésa Transporte . . . . . . . . . . . . 152.810$50 Pupel, composiçilo e impressiio rlo n. 0 80 (100.000 exemplan~s) ... .. . ... ... ... ... ... 5.230$00 Frnnquias, embalugens, transporte~, gravuras, ci ntas e outras despezas . . . . . . . . . . . . 1.181$10 159.271 60

SubscrlçAo (MarQO de 1928) Envia.ram dez escndos para. terem direito a r eeeber o jornal durante uro ano: Rufina de .Tesus Zlfarques, Carolina Maria da Fonseca Marques, Ester Cobra! Nir ves (13$00), André Avelino Chichorro Marc.'Ìo (20$00), Maria Augusta Saot,iago (15$00), donntivos do Ilhavo, 25J50: Frnncisoo Ribeiro Daptiista ?tfontcs, Maria Teresa A. R. Teixoira, P .e Francisco Valente, P.e Rodrigo Luiz 'ravares, Ade laide Mendes da Silva (15$00), Mario. do Carmo d' A lmeida. Menezes, Maria do Rosario de Matos Dias (25$00), Maria Mesquita da Sih•a (20$00), Eloy Cnstanha (15$00) Ann. Valente Cardoso, Arminia Adelaide Poreira Pinto, Mati as Manuel Fra ncieco Malheiros, José Julio Pinto Ribeiro, Carolina do Souza Mll<'hndo Mariz, Dn.roneza d' Alvainsere (20$00), Clementina Maria Reis e Silva (20$00), Manuel V. Oias (20$00), Joaquim Francisco Veloso, Rosa AJves Neves, Maria J esuina Gonçalves Mourào (20$00), Teodolinda Freire, Maria Rosa. Barbora Falciio, M a ria Joaquina Ba,·bosn Falciio, A. A. Falciio d'Oliveira, Ana Branco Teixeira, Angelica P or oi r a, Sofia Carvn.lJ10, Mariana. Vi lar, Carolina, Serrenho de Souza, Filomenn. da Veiga Moniz (20$00 Maria do Rosario Frnziio, Hermano d~ Sousn Dias, Maria Si lvano Soaros, D oolinda Charters, Francisco. d'Almeida Vn lt>rio Celeste Ferreirn C'osta, P:e Manuel Pe~ r eira d'Oliveim (15$00), Arminda Santos (20$00), M anuel Fran<'isco Cabra i, J<~lviro da Gloria Costa Correia, F11usti na M. C. Moura.to (12$00), Maria da Conceiçiio Font.es (30$00), M aria da Assunçiio de Castro o Lemos Bianchi, Maria da Conceiçao do Gouvoia de Castro Lemos, Eugenia Rois, Ameli a P eroit-a A mnro (15$00), Joiio Lopes Laranjoiro, M aria Henriq11E>ta Lea) Sampaio, Ermelinda P11quete Silva. (20$00), Elizn Freitns, Alfredo Forreira da Nobre1ta (12$00), José Peroirn, do Nobroii;a. (12$50), Mn.rp:arida Botelho C'hichorro Marcio, Mary· Ferro Lobo de Mourn., C'nrlos BntaU,oz ÒE' Vilhena Barbosa, Marin. Fragoso M endPs, Cecilia ('astro Peroira, Beatriz de Viveiros P eroira (20$00), Tere._<1a de Jesm1 FerrPin Marques, Conego Dr. Antonio Maria de Figueiredo, Gloria P eroira, M oria dn P iedadl' C'alado, ,José Jl'arinha Tavnres. Ovidio Brito, Maria Pire'! de OlivE>ira ,Tir IJUS, 'M oria de Lourdes cl' Albnquorqne. P .e Antonio Correi a Ferreirn cla Mota (20$50), José Gonçalves d'Azevedo, Laura dos Sa.ntos Souza. Felix F.erreira Alve<1 1 Antonio Pnis (20$00), Viri ato Pim1>ntel Cordeiro, A na. Martn. do Tle,zo. Elisa de Lonrdos Mesquita. (15$00), Manuol P edro Lopos, Joiio F orreira dn. C'o~ta BoUenconrt (25$00), Maria Teodora Ft>rreira (211$00), P .e Jono Luiz Lourenço T,onçiio. Egidio P edro Ferreirn. Barbosa, Gcor1:rina Rnmos Lopeii (20$00) . F::fi1tenia do C'ostn Pinto. J,foria J onouina Ramo!!, T,ni7~'l. R odrirrues Alves Cnlviio. Marin da Rncarnoriio Carvalho, P .o J ORé Anin,sto dn. C'ostn. ,Toifo do Livro. Ma nuc-1 Alve!I, Anaelinn dos Snntos, Antonio Simoos. Cinrinna Fr:inc-o, Jaymp dos Sat1tos Rodrivne'I. Maria Joana de L . S. Per1>irn. di) T,n<'eròa (20$00). M . T3r,rnro Mnr+im:1, P nlmira V eiga dP Souzn,, Adelina 1\fendonra. òos Anjos (40 00) , G1>rlnide<1 TI.evo Coròeiro. J or11:o Lopes Mnroueq (!i0$00). .Tosé CriRtovlio Ouroin (20~00). Moria doq PrazPrPs de (fonveia Osorio P l"reirn. no M elo (30$00) , Mnnnt>l M nrc<"l ino. Artur A. F. RoruE>s (20~00) . Anl!elinn dtt C'on<'f't<'no Mnrtinho (1 5$00). Antonio FerrPi1·a AvPiro Aug1111to d'Azevt>dn (90!l-\00) . •To.c1ii R ;imnndo doq Sonfos .Tn nior ( 47AFiO) n roli ncfa Pinte rlt> AlmPictn RPvo. 1\fon11el Pinto Mnreira. Mnrin, da C'onceiçio F ornandes, Mn,rin, da Gloria d' A hroa Fonseoa, La.nra. Pinheiro, P .e José Gon('a!ves Loitiio (30$00), Virginin, Alves Campos, P .o Gernrdo Ahilio GomPs de Piria. (17151)), Ma.ria. J mié Vi poso (20$00) , Francisco F erreira Viço110 (20SOO), M aria de Lourdes Climn<'o R ei". M ario da Conceiçiio (l'arin. (12150) , Fran<'ÌB<'O P edro Ca.rva.lho (115100), F ernando Mnrtins Poreira (15$00, J osé C'orreia 1 5SOO), Jolto Maranhot.o, Mario Bnirros (15$00),

Lniza. Maria Ribeiro de Almeida, Sebastiiio Henriques (15$00), Filipe Cesar Goes (20$00), Guilhermina Onofre, Alice dos Santos Morgado (20$00), Izabel da. Costa. Olive ira, Maria das Merces Henriques viuva de Antonio Neves da Silva., Maria Eugenia Fonseca, Manuel Rodriguos, Jeroniroo Forreira, Antonio Maria. Henriquos, Teodoro Henriqu68, Quiteria da Assunçiio Monteiro, Alice Cardoso Pere.i.ra de Portugal, Maria Luiza da. R ocha Ferreira., Maria Zuzarte de Mascar~nhas, Soror Maria de N ery Barreto (20f00), Amelia. de Jesus Gurcia, Ma.ria. de l<'urdes Salatar, M:.1ri>1> da Conceiçil'.o Amodm , Maria do Lourdt::-1 Abranch68, Maria da Ponha Rocha, U1leto das N8\oes, Guilhermina. Correia., Ma.nuel de Sa Alves, Maria Lùdovina de Meirelles. nn distribuiçiio do jorDona.tivos naos: Ana da Conooiçil'.o N eves, 300$00; Maria José Ferreira Paulino, 500$00; Eliza Teixeira Canedo, 50$00; Maria Tir xeira Amorim, 100$00 ; Dr. Roberto Luiz Monteiro, 30$00; M a nne} Esperii<> Junior, 50$00; Maria Pereira da Costa, 50$00; Sofia Piros Neves Teixeira, 50$00; Igreja do S. Sebastiiio da Pedreira, 55$00; José Maria. da Costa Olvieira, 185$00; Sinforiano Lucas, 50$00; Teresa B. Forte, 130$00 ; Maria J oaquina. da Silva Angela., 110$00; Idalin a Ribeiro Soares, 120SOO; P .o Manuel Mari nho, 100$00 ; P .e Antonio André de Lima., 100$00 ; Beatriz Fiusa Costa, 50$00; Maria For no.uda Sa.ntos, 50$00; Manuel Maria. Lucio, 50$00; Josefa de J esus, 12f25. Dona~i vos e distribuiç•ao do jornais: José Dias Vieira , 40$00; Brites Alves Andorinha, 80550; 53 assi na.tYras cobra.das por Georgina .Morais Silva , 530$00; P.e Carlos Augusto Toixeira de Aze,·edo, 58$00; Dr. Joaquim Hermano Mondes de Ca rvalho, 50$00; 'l'ere.~ .A morim Cunha, 50$00; l\faria ,fosé Ferreira Pauli no, l 00$00; Leonardo dos R eis Bniiio, 30$00; ,Jonqu im de Sousa Guenoiro, 50$00; José M a rtins eia Cunlta Vinis, 80$00; Angelina da Conceiçao- S. de Matos Louz..'\da, 100$00; Luiz P ereira de Le ncastro o M~ nezes, 100$00; Mo rin J osé Ventura Loure nço, 50$00; José D ias Alno, 100$00 ; Ma.ria da Gl6ria Seabra, 50$00; Ana do Patrocin io Neves, 50$00; Anselmo Ah·es Borges, 189$20; Ma nuel da Silva M;tti as, 03$00; J osé F erre ira, 43$00; Ma.rin Rosa Mag ro, 75$00; Prior do C'ampo Gronde, J15SOO; Mo rin Filomena C'hichorro Marcii.o 50$00; F,Jvi rn Rnmos D ias, 50$00; Rosalinn P 1>r ei rn Bastos, 50$00; P.o Fra nC"Ìsco C'orlo~ Nnnes, 100$00 ; P .4'\ Joaquim J.,opes Seixal, 100$00; Moria das D ores T n1·nres " Rousn, 80$00; Alexandrina Marques, 140$00, B<'atriz Valente, 75$00. Moria MatilrlC' da Cunhn Xavie r , 59$75 e Noémia R olo, 10$00.

Contraria de Nossa Senhora do Rosario de Fatima Nos estatutos desta. boia assoéiaçao cujo fim primario é levar sous membros a traba.lhar com a pala.va., com os exemplos e com oraçoes pela convorsao dos pecadores, no a.rtigo 2. 0 n. 0 3.0 Jeem-se eetas palavras quo todo o bom confrado deve fazer por praticar : «Esta confra.ria. tem por fim promovor o cumprimento dos preceitos da. Santa. l greja. especinlmonte quanto a.o domingo e dias santosn.

eternidade ele esta operando obras extra.ordinaria.a na ordem da. na.tureza e da graça.. Durante a semana a. actividade de Deus fa2 com quo na. naturoza se sucedam sete dia.a ; pois dentro oles N osso Sonhor da-nos seis para tra.tarmos dos neg6cios da nossa. vida:tempora.l e para. Ele apenas exige um - o 'domingo - , e até esse que exige para. si é para nele dum modo particular nos encher de favores !. .. Fa.zem por conseguinto mu.ito ma figura. e mostram que nao a.mam a Deus nquir ]es quo lho rouba.m os domingos, niio indo a missa e traba.lhando neles como em qua.1quer outro dia da. semana. E quiio triste niio é para. n6s quando a.o passa.rmos pir la.a ruas da.a nossas cida.dee ou polos cam'pos das nossas aldeias aos domingos, vir mos os povos ocupados na. labuta. da. vida. como nos outros dias da. semana. ! Nosso Senhor foi o primeiro tra.balha,dor, pois a.in d~ nada. ha.via e Deus ja tinha. em seis dia.s ma.is ou menos longos crea.do o sol, s, lua., a.s estrelas, as plantas, aa a.ves, os a.nimais e os homens, e, no fim desta.a admiravoi11 obras, o Verbo descansou e agra.deceu a Deus seu Pai I Nobre ex:emplo a todos os cristaos deu o.qui o Sonhor nosso Deus; - deu-nos o exemplo do tra.balbo e o da piodade pa.ra com Deus. E ' necessario convencermo-nos bem disto: - ninguom enriquece com o traba.lho quo fizer ou mandar fazer o.o domingo. Eu fecharei al! nuvens, diz o Senhor por um dos seus profetas, por sobre os campos dos profa.na.doros do mou dia, do tal maneira. quo e8S08 ca.mpos tornar-se-hiio duros corno o bronzo e s6 produziriio 68pinbos e a.brolhos. Nii.o quero iato dizer quo Dens qua.ndo ma.oda. su as aguas rogar os campos dos justos as impeça. de cair nos campos dos profanadoros dos domingos, maa iato significa que os tra.ba.lhos feitos ao domingo hii<Hle ser infrutiferos porque Deus - on fa.ra oom quo eles no.da. produzam, ou, por outros oastigos, fa.ra com que ossas peesoas porca.m aquilo quo julgam iter ga.nho com o t r abalho do domingo. Vede, pois, ca.ros confra.dos da Virgom de Fatima, quanto de bom podeis fazer as alma.a e até aos corpos das infelizes oreaturas que desprezam este preceito de Deus e da. lgreja !. .. Um bom conselho, um bom exomplo, uma. oraçil'.o dirigidn. a Virgem Santissima por essas alroas, tera como consoquencia a emenda dessas pessoas, o aumento da manifosta.çiio da. gloria de Dous e da felicidade eterna pa.ra essas almas quo, sem a vessa coopera.çii.o talvez fossem cair nos a.bismos inferna.is.

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- - -----:---·Atençaol

Nenhum peregrino que sai ba ler, deve deixar d e adquirir um e xemplar .do interessante volume de 412 paginas, profusamente ilustrado com esplendidas gravura2, "As gra ndes maravi lha s d e F atima", d a a utoria do sr. Viscond e de Montelo, que encerra a mais complet a hist6ria d as apariçoes e dos sucesso s miraculosos e cujo produto lfquido é inte gra lme nte d estinado à Obra d e Fatima. Preço: d e z e scudos.

Podimos aos presados asainantes em dfvida o favor, de mandarom satisfazer a E.ua. assinntura direc..-1:amonte em carta. regista.da ou vale do correio. Nao mandamos proceder a cob:i,ança, além doutroi.< raZÒ68, por nOR parecer que todos serào tiio inter~ssados como n6s na. difusiio O prosperida.des, do DOllSO jornalzinbo. A ossi natura. siio dez esoudos poi· ano mas o que nos tem valido é a gen~rosidade dnlguns assinantes que nos t oom enviado quantias muito superÌ.O!Jl!!. Nom elos imaginam todo o bem quo oss1m fazero. Em qualquor reclamaçào é indispensavel indicar o numero du. MSina.tura. Ped1mos ')Ue noa devolvam os numeros rer,otidos.

Um encontro na rua -

Vai chamar o médico, sr." Martinha.? Nao, sr." Cecilia, mas no.o me posso demorar nada., no.do.! - Logo me pareceu que ia com muita pressa. Aind1i bem que niio é coisa rie cuidado ... - Tonho de partir pa.ra Fatima. doqui a poucas horas e ainda nem sequer nlrnocei. - A.h ! , •a i a Fatima.! Como é feliz I Boa viagom lhe desejo. Mas niio é a primeira vez, julgo eu. - Nao é, niio: ja la fui 2 vezes. - Como esta com pn)ssa, vou indo consigo paro irmos conversando, e volta.rei pela rua do norte para minha casa. Se ja la foi duas vezos, d<.w e te11 sentido aumentar a sua fé, porque XO$sJ. Senhora melhora as almas e os corpos dos quo la vao com boa intençii.o. - Oh! sinto-me outra., sinto I Mas... nuoca a vejo na. noB:!a igreja, e boje, quo é domingo, também a la niio vi I - Niio costumo ir la niio. Nào tenho vugar... - E nero se confeS<!Ou na quaresmn? - Fiz a l.• comunbii.o, ba. muitos anos, mas niio tornei la. Ouço dizer mal dos padros, o da coofissiio ... Mas Nossa Sonhora bom sabo que eu sou religiosa a. valer ! Se for a minha ca.sa, vera a.té urna lamparina. acese. dianto do Nossa. Senhora I - Ai ! fil ha! que tristeza dove ca.usar à Virgem Santissima essa sua religiiio ~em Mandamontos nem Sacramentos ! ! Que ma compreesii.o da rolip;iiio ! Nosso Senhor deixou que S\ta Miie Santissima. viesse a. Fatima, para nos a.corda.r, para nos chamar o.o cumprimento da lei de J . Cristo! Sem cumprir as leis dn. Igr&jn, niio 'poderemos ngradar a Nossa. Senhorn de Fatima. Ela gosta muito do nos ver em Fntima., mas ainda gosta mai9, mnit{ssimo mais, de nos ver na. nosRa igrejA pnroquial a. cumprir os Ma.ndamentos e a receber osSacramentos. V ale mais nuncn. ir a Fatima., e pumpri r os preceitos do Deus, do que ir la cem vozes e nunca mudar de vida. !. .. Nii.o lhe quero tornar tempo. Volto ja para. minha. casa, e Pa hei-de pedir a Nos-sa. Senhorn. de Fatima que desta vez a. nao doixe sa.ir da Cova da Iria sem vir resolvida a pmticar a. fé, quo diz sentir a.umontado em si. Fé sem obras, é fé morta I Adeus, a.té a volta. Boa viagem lhe deaejo. 12 de Maio de 1929. Rifa

O DESCRENTE E SEU FILHO

Lembra-te de santificar o m eu dia, dis,. se o Senhor ao seu povo. A mesma recomondaçao oos é foita. a. n6s o com toda a. raziio pois que nestes tempos, qunsi ja por toda. a parto 68te preceito do Senhor é dosprezado por muitos, quo a.pesar disso so dizem cristii.os I - Quo feio nii.o é faitar assim a.o preceito de Nosso Sonhor ! Houve um pai cujos trabalhos rendiam por seman_a sete libras. Esse Pa.i tinha diver sos filbos e a medida que ia recebendo o fruto de sous tra.balhos ia,.o distribuindo por sens filhos e para ele proprio s6 queria o rendimento do ultimo dia, o queria..-o, para com elo beneficiar sous pr6prios filhos I Mas esses filhos ingra.tos e provorsos, niio contentes com as seis libra.a quo sou Po.i semanalmente lhes dava tiinha.m o o.trevimento de ll10 roubar nquela. quo ele queria para si I! Semelhante figura, confrades de Nossa Sonhora., fazem aqueles quo roubam a D eus o dia. que Elo dostinou para si. Nosso Senhor é o maior trabalhador, porque durante todos os momentos desde a

AVISO

- undo vais? - Vou à missa, papa, porque hoje é domingo. . . - A missa.! Ora do1xa-me essa tolice - Quais siio os dotes da tua noiva.? perguntou oorto fi losofo a urna. rapa.z do pnlja. as mulhere,;, e vai a.ntes passear .. Ate nas, que viora comnnit:ar-l he o sou - Mas diz la o professor no colég10, que dovemos guar<lnr os mandamentos. noivado. - Pois eu direi no casmurro do teu - E' beln, 1J!Spoodeu o rapaz. professot1 que te os niio ensi ne. - Entii.o escreve no papel uma cifra. - E tambem me niio ha de ensinar o - E ' de familia distincta.. mandamento que manda. honrnr pai e - Escreve duns cifras. miio? - E' rica. A est.a obscrvaçiio o Jivre pensador e~- Escre,•c tres cifras. ti ou cm si, depois abr~ou o fil ho, de1- E' muito instruida. ::1.ou-o ir à missa e passo.do pouco tempo, - E scrove qnatr,o cifras. ele mesmo o acompnnhava a cumprir o - E' desombaraç11.da e acti va.. proceito. - Escreve ci neo cifrM. - Nii.o é ambiciosa. Feliz aquele quo em si tem um idenl de - EscrE>ve seis <'ifrns. - E' muito religiosa e dota.da de gran·· bcleza o que lhe obodece; ide:il da arte, idenl da scienciu, da Patria, 1deal da.a de piedado. vii tudos do Evangelho. Ali estiio a.s fonAo ouvir isto, o filosofo disse: - Entao, poo o numolro 1 deante de tes vivas dos g ran<les ponsomenlos l' das todas essas cin,as: teras um total de um grandes acçoos. PastP.ur milhiio.

Um dote de noiva


ANO VII

N. 0 82

Leiria, 13 de Julho de 1929

. '·

( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA )

-------------------------------Director, Proprietario e ~ditor - Dr. J.l-fanuel Marques doa Santos

Adminiatrador : -

Composto e impresso ria UnlAo Grafica, 150, Rua de Santa Marta, 152 - Llsboa

Padre Man uel P er eira da Sil va

~cdacçllo e Adm iriistrarllo: S e mlné.rio de Lelrl11

AGRANDE ROMAGEM DE JONHO Ao-sANTUARIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA DE FATIMA A segunda apariçio da Virgem - O glorioso taumaturgo portugub - Esplendido dia de Primavera - Extraor• clfnlirlo concurso de peregrino, - Pitfma, coraçio da Patria.

r ito nos pe regr i nos de facto. E ass1m a Vir-1 organisada pelo rev.do Dr, Pereira dos gem bomditn, tam a mante e tam amo.da dos Reis. Dada a recon hecida competencia des-P ortugueses, seus fi lhos pohres e [)equeni- 1 to brilhante ornamento do. cler o da cap1nos, Lem no augusto san t.unrio de l!'atima Lai, que alia ti um talento invulgar e o. um por s6lio e pedesta l urna g1gantt'sc1i pea- a!!miravel senso estético conhecimentos pronhn de cornçòes que ele,•a o seu vértice fu ndos da Sagra<la Liturgia e urna alma para o Céu e que pode chnmar-se e é nn apaixonadnmente enamornda do. beloza das verdada o 1-(rnnde cnraçao da P atia, o co- cerim6niRs e ritos da Jgreja, é facil imagiraçiio generoso e magnanimo de Portugal ! nar a ordem, a grn-vidade e a compostura que reianram semp re nesse grupo <le pegriNumerosas peregrlnaçiSes - O Rev. 0 nos, profunclo.mente compenctrndos do alto C6nego dr. Perelra dos Rels e o gru po significado duma romagem religiosa. Os dos Anjos - O Rev.0 dr. f'ranciaco Cruz actos de culto colectivos, pr6priON dessn e a Arquiconfrarla do S. C. de Maria peregrinaçiio, forarn revestidos duma gran- O Re\t. 0 dr. Manuel Peres e a Pe- diosidnde tnm soleno e du ma piedo.de tam regrinaçao da Concelçio Velha - O tocante que impre99ionavam e enterneciam Rev. 0 Antunes e o grupo de Cascals. até ìLs lagrimas, as p8t<Soas que os 1,resenceavom. O d istintivo dos per egriuos dèste F oram i numern11 ns peregrmnçò<'s que grupo era umo. medalho. de prnto. fosca penneste mès so realu:nmm no loca i dn11 npa- dente dum laço branco e verde, tendo gro.riçòes, mn11 é impossivel desc-re\·e-ln~ tòclas vada no anverso, em relevo, a 8Cenn encane scquer on nmera-lns por niio ti,,re m sido tadora das npu riçòes e no vers(l a ind ica-

Ra prociNnmente rloze anos que, na charneca arida e estéril de .F atima, a augusto. Rainhu do ('éu ~e dignou apnrecer, pela segunda \·ez, no8 lrnmildes e inocentes pastor inbos de Aljustrel. Depois de rezarem o terço do Rosario, de joolhos, dinnte do. azinheira sagre.da, a luz fulgurante tlum relnm pago sulcou de repe11te o espaço e o vu llo gro.cioso e eocantador da Virp;E>m, em formosa visiio oolestial, de~ceu sòbre a an•ore bemchta, nimbado dos esp le ndores imarcessiveis da gl6r ia. Lucia, l•'ranci~co e J nei nta, os très videntcs priv1legiados, contnuplam de novo com os seus olhos mortais uquele prot6tipo de bondade e de beleza, em que se refletem a maje1,1tado e as perfeiçòcs infinitas de Deus e que é o enlevo clulcissimo dos Anjos e dos Santos no Paraiim. A protagonist a das apariçòes in ler pela u celeste Visiio e entro as ùuas trava-se uro dialogo fntimo, que dura· upcnns ull(uns miuntos. .As poucuH deze11as ù1;1 pestsoas que assistem a esta scena, apnrent1•111ente tam simplea, numa el:lµc<:tativo. answ~o. niio ouvem sequer unU1 puluvra do n11,tor10s0 col6quio, mo.s teem 1\ 1111pl'E's~ùo h1•111 nitida ùe que algumn coisu se cst1i p1U1llt1ndo de Oliltr anho e 11ohren11turnl. A L 1it·ia vn1 fixando na mem6r:i,a e b'lH1 1·ùauùo uo escrinio do coro.çào -corno mimoiiai; pérolus de luz e amor ns pn,- j lavra11 divinns que brotam ùos labioe virginais de Ma r ia. A pequena mu ltidiio dispersa-se pouco a pou<·o. Os videntes reLiram-se ta.mhéru para suas l'asas. E nas almBB de todos fico. pair ando urna saudade infintla claqueles momentos inofliveis e sobe bem alto a espor ança faguE.>ira, on notes a cer t-Ozo. consola.doro. de que melhores dins se estùo prepar a ndo, com as bonçiios de Deus e por iuterce8lliìo de Maria, pura c1:1ta Patrrn quer ido., [)nra e;ite Port11gal Ciel q ue se bonra de a ter corno sua 1:,welsn P ndroe1ra. E' no dia t.rezo do J unho que II Santo. O Snr.l Prestdénte da Rèpubllca e o Snr. Bispo de Lelrla, na Fatima I grejà convidn os beus filho1:1 do mundo inem 12 de malo, à salda do hotel teiro .o. prt'slur homt-nngem dn sua venernçio ao hnmi lde fi lho do pohresinbo de Assis, ao g lorioso ta11 muturgo portuguès, Santo Antonio de Lishoa. 1<;11te facto e a. for- oportunnnl(\nte envindas as respectivu co- çiio da frèguesin. e o. data em que se efemOt1urn do tempo que se con11ervon sempre municn~·òe;:i u os nt><:e,..snrios elem<' n to~ de duou a peregrinaçào. ameno e delicioso, verdadei rnmento pr imu- i nfo rm,i~·ii.o ii redncçiic, da uVoz dn f?ntimo.u I Bem h11jn o ilustro organizador desta poveril, c·ontrihuiram, em lar12:a escala, parn para He fnzer o deviùo relato. Aqui ficnm regr innçiìo peln sua feliz iniciativa, coroada que a concorréncia de peregrmos fosRe n registnclns, corno nlguma11 dns que mt!lhor de tam brilho.nte exito, e praza. a Deus ma1or quc 11té hojo se tern regista.do por satisf:tzinm ì1~ c-oncliçòes dumn orgnn1s11çiio que muitas outras peregrinnçòes se renliocas1iìo do nuiversario da segundo. aparì- técnic1t t>spiritua l e materiai modelnr, o Zt>m v11suda~ nos mesmoe moldes par a çiio. grurio tln l1ì•11:uesin do11 Anjo11, ,le Lisbon, mnior honrn de N'oi.sn Senbora e mnior ~o dia t reze rle rn.da M&, por &Re Por- soh 11. d1rcrçào do rev.ùo [)liroco dr. Jos6 1,roveito das almo.s. t ugal além,· desde Vu lença ao Cubo de S. Mnnuol Pereìru dos Re1<1, c6nego dn Sa,ntn Viee nte, !Hl nhnns crente!I e os cornçùes Sé Pntr iarcnl, o~ nwmhros dn. A1·quiconfrnA procisslo das velu - A adoraçlo abrazado~ em devO<"iio ou chl11ceriulo11 pela rio. do Tmat"ulado Cora\'ÙO de Maria, da nocturna-Aa alocuç~es do Rev.0 Lufs dor volvem-11e suplicantes para Fatima. e, mesmn c·1dade, (>resididos pelo rev.do dr. Castelo Branco - ConfisaiSes, mlssas E.>m pio!losa romugem esp1 r itu nl, vùo pros- Fram·i,wo Ttodrigue11 Cruz, n. poregrin1tçiio e comunhiSes - A pledade dor peretrnr-11e junto do tr ono da Miie de miseri- cln frèg uesia da Conceiç(io Volhn, tnmbém grinoa. c6rdìa e depor n seus pés a bomenagem fi- dii cnpital, tendo à son frcnte o rev .do dr. li al da sua venero.çiio, da sua co nfi a nça e J\.lnn uol Peres, e o grupo de C'n!!cni11, gnia- 1 A procissiio dns velo.s efeotou-se na fo rma do i,eu amor . do pelo rev. 0 Antones. Seja lfrito destnrnr dc, C0!!t11me. M111s viva, mais movimenta.da Os peregrino& de desejo unem-se em espi- aqui entra tòdns a peregr innçio dos ,\ njos, 11ue a <le dose <le Maio ultimo, porqoe, a--

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-~osar do ~norme concurso de peregrinos, nao revestir as mesmns proporçoes coloesnis, assombro1:ms, cll-correu com mais ordem e regulnrìdade, posto quo o ùe11file durR11Se nlgumns borns. Esta procililluo nooturna, dt1 ('nrolo.ndo-se no ar livre, em piena montanho., e o.bra.z~ndo o espaço com milllares de fogos, con&~1tue um espoctaculo, o.o mes1no tempo imponente e c•nternecedor. Raros siio 011 olhos que podPm reprl;!Sar as lagrimas, ruros siio os cora~·òo.s 11uo niio se sentem comovido'I, em pr85ença dè~se espectnculo, 11ompre bolo, i;l•mpre novo e sempre grandioso e empolgnntc. Ap61 a procissào, que termina com o cnnto do Credo em frnnte do 11ltar das mi~sas, principia a comovente torim6nia dii adoraçìio do Santissimo Sncrnmento expo11Lo num lindo trono de lu?..es e florei,. Durante nquela noite, Jo'!us-R6stia recel>e ns homanngens de Port11gal qne viio ofortnr-lhe, em nome dos ropresentantes do tòdus 11s provfncias dos seus constitnintci,, actos de amor e nctos de reparnçiio e dl:!Bngravo. As d1ferentos peregrinnçòes fuzcrn a adornçiio por turnos. Cinco vezes o rev.do C:a,;telo Branco sobe uo pti lpito pura tnlnr longa e eloqùentomente sòbre o,i motivo~ e fins ùa peregrinuçiio. No. I gr<•Ja ùa P1;1nitenciaria os sncerùotes di11ponfre1s viio oul'indo de confÌ8811o, peln uo1te uùrnnte, u,i pessol\8 de so.xo mnsculino, ù mediùa que se a11rPsentnm paro. eSStJ fim. As nùssas <'elebram-se sem interruçùo nos alta.ras tlo Pu,•ilhiio dos doentes e na tl(reja da Penit.onciari,t. De vez em quando, u m ou maui sacerdote11 dii;tribuem o Pii.o dos Anjo,,, que é recebido com fervor por milhnres do fiéis. Scena incom(lo.rav(') u de Jl!sus clan<lo-se ùs almas pelus m1ios uugiùas dos sous ministros para as purificar e santificar com o .11eu contncto di,·ino I Enl'antadora a piedade dos perep;rinos (Jlle oferecem os seus coraçòes no H6spotle Celeste, oculto nu H6strn-Snntn, para que, fazendo delcs ,·erdadeiros tronos do seu amor 11,ibre a. torra. faça. dopois tronm1 dn 8UtL gl6r ìn no Céu i

A missa do1 strvltas - A prlmelra procisslo de Nossa Senhora - A missa doa doentes '-- A aaslaténcia - A1 oraçiSe1 e os clntlcos do1 fli ls. A's p r imeirns hor ns da mnnhii, os servinssistem a urna mbsa, qne é rlita expressnmente J>nrn èlcs, e todos ou quasi todos recebem o Piio dos Anjos, aproximnndo-se da mesa eucnrf11tica com umn pioda.de o urna dev~ào edificnnt~s. O longo intervnlo de rn111tus horns que medeia entre esta missà e a primeir a procissiio de Nossa Senhora é empregado pelos ancerdote~ em ounr confissòes e administrar a Sngrada C'omunhiio, pelos médicos no E>itame e registo dos doenlos, pelos servitas na oonduçiio dos mesmos e pelo povo no. oraçào e na pratica de acto<t de piedade. Pouco antes do meio-dia solar, renliza-!le ti pr1meira pr oci88iio, que é revestida dnm grandu brilho, para t ran8portar n Imagem de No!<Sa Senhora do. cnpeln das U[)ariçòOII para n capela nova. ! mediatamente <lepois dn prooilillao pr incipia a. missa solene, reznda, que tm1


VOZ DA f

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ATIMA

AS ;cuRAS DE FATIMA

duçòes, pensai na eternidade qu~ vo~ espera e n. luz sobrenatural que entao vos ha-de iluminor vede como deveis sempre preferir tudo, m~smo a pr6prin. morte, a serdes infiéis n Deus, atrniçoando as promessl\8 do vosso baptismo. Aprendei, ree:o!·dnndo_o santo loproso de Fatima, n mort1f1car cr1sobservado, no dia 0112:_e de maio de m~l notiimente a vssa carne, destino.da a. ser na Meningite tuberculosa. 11ecentos e vinte e 01to, a mesma cr1a,nça sepultura pasto de vermrs e gusa.nos e a Erm,elinda .4.ntunea J)u.arte, motadora a encontrei isenta de qualquer sequela que apreciar a formosura incomparavel da alaeralmenle aco,npanha, as pess!)as que soma purificnda polo eongue de J esus e na .Azinhnga da Salgndn, Chclas, diz: brevi11em tiquela doi!nça. Considero-o poradornada com a graça divina.. «Muito devot11 de Nossa Senhora do Ro- tanto absolutament e curada. Para concluir este relato, transcreve-se a sario de 1ratima desejo que todos conhcE por ser 11crdade e me ser p~dido paaseguir, trnduzido do or!ginnl fra~ces, urna çam o gr ande milagre que Eia me conceinteressante carta env1ada ao director da cleu salvando-me dumti grnrn doebço. meu 30 a preunte declaraçél-0 que assino. «Voz da Fatima11 pelo rev.do Fr. _Lu{s M~- sobrinho Arnaldo Duarte da Silva, de 4 Lisboa, 25 de Abril de 1929. ria Barnn da Ordem de S. Domrngos, di- l\nos morndor na Eric(lira, que nos veio rector dn' magnifica revista domi~icano. visit~r e com tanta infelicidade, que foi (a) Joào Torrado da Sil11a «Revue du Rosaireu, qua se pubhca em acometid~ de urn a meningite. (segue ci reconliecimento) Saint-M:nximin (Var), l•'rança: «Avé Mal\fonclitmos chamar o Ex.mo Sr. Dr. ria - Saint Maximin 24 de maio de 1929 Dìa-s Coelho e logo o desenganou. Efecti• • • - Senhor Director~ Agradeço-lhe muito vamente o· pequeno nào socegnva com a ponhorado ter-se dignado aceitor o. perm~- cnbecinha, sem vista, sem fnla, ja sem moccEx.mo e Rev.mo Snr. Direct-0r da. ta da suo. tam interessante «Voz do. Fati- vimento algum; n6s a lodo o momento Voz 1:a Ji'dfima. ma» com a «Revue du Rosaire»; agradeo triste fim do anjinho. ManPermita-me, Sr. Director, enviar-lhe_hoço-lhe iguulmente os postais ilustr.ados que espera,·nmoR tevc a grande bondacle do nos env1ar e que damos chnmn.r o Ex.mo Sr. Or. J o1io 'l'or- je estns linhas paro a Voz da Fat1ma, c:ontnndo algumas dos graçns obtidas na despertarnm a curiosidade de todos quanA b~nçlo dos doentea - Um anjo tos aqui osta.o, em So.int-1\faxiroin, no nosEspanha pela intercessào de Nossa Seem forma humatia - Um santo lepro- so Convento de Estudos. nhora citi Fatima. so - O sermlo e a procisslo final Espanha, naçiio. irmli. de Portugnl & Podia ter p~ido no nosso caro Padre fitima em frança. também filha da V1regem Imaculada, tem Gonçalves Tav,iJes que se encnrregnqse de participndo dos favore11 que Nossa Miie do agrndecer em rlieu nome, mns prefcri faTerminada a missa dos doentes, t11do se ze-lo pessoalmente nponas confundido _por Céu prodignlizn nestes tempos nos qua~s. prepara para a tocante cerim6nin da ben- ter demora.do tanto tempo o cumprimento parece quiz colocar o seu trono de m~ser1çiio do Sant{ssimo Sacramento. cord ia em l~ntima, escolhendo pastormhos désse dover. Feita l~ exposiçiio e contado um motete, portugueses para serem os se'!s confiden'l'odos os dias, novos ossinantes apare0 nficinnte, !adendo polos re,·.dos C'6nego cem, em grande numero, e pedem exprestes encarregando-os de ununc:1ar uo mundr. Poreira dos Reis e dr. Peres, desce os samente que lhes forneça os numeros que do 'as maravilhas de misericor<lia com que degrnus que conduzem 110 Pnvilhiìo e pro- inserem o relato das aporiçoes de Nossa queria beneficiar e salrnr _Po_rt_u gal. cede il ben~·ìio dos doentca, começando pe- Senhoro. do Rosiirio nos pastorinhos porSegui , 'l\lllSi desd~ o pnnc1p10 e com Jos que se enoontram cm e11tn.do mais grave. tu11:ueses. intcresbe os acontec1me11tos da. Fat 1mn. e Do lado d,i epistola, deitndo num colchao, Hn sete mesca, Nossa Senhora de Faticm toda~ ns circ\lnstancins em quo tenho naqude logar de igualdade evan11:éhcn., on- ma era pouco conhocidn em Frnnça. I<'nacudido n eatn Mii.e bendit1i ru; minhus sude n partilhn do b0fr1mento ! a candade lei dcli\ Nn Lourder. publicnmente no mès plicns Ioram atendidas. cristù a todos irmnnn,vam, esta uma crrnn- do Outuhro de 1928 com assombro, ~diVou (·ont11r olguns dos favores recebiçn. que npnrenta niio ~r. mais. d<: ~ez ficaçào e alegrfa do multidiio dos percgridos. nnos. Filho dumn das fo1mhas mais d1atrn- nos. A nosso. revista, quo ronta trinta mil Acbovn-so gravemente doente ~ma metns da capitai do Norl-e e doento ha alguns leitores, fa:r. con hecer um pouco por toda nino. e n cloença apresenluva var rns e s&anos dera nn véispern, ncompanhado pela a pnrte n. nnrrativn clessos apariçoes recenrias complicaçòes. Foi-lhe do.da agun da miie 'o por urna t1n, afim de ped1r ù Vir- tes; o nosso pequeno ,cDoletim do Rosario Fatima com recomenclnçiio de começar gem Sant{ssima n cura. da. sua doença ou Perpétuo», cujn tiragem mensa} se eleva a urna novena tornando n 1igua e fnzendo pelo menos alguns alivios aos males de cento e setenta e oito nlll exemplnres, conum promessa a Nossa Senbor a, se se cuque padece. No seu rosto angélico retrata- tribniu também podero~àmente para is~o. rasse. Assim fez e cm pouC'o t.empo oncon-se n inocéncia da sua hela alma, pa1ranTemos enviado 1t revistn. parn lnp;httertrou-se completamente bem. O a no passado-lho nos labios, lovemonte descòrados, um ra, 1~sc6cia, Italia, Alemnnha, Espo.nhn, e do veio do Espanlrn 1i l?ntimn. agradecer o sorriso quA traduz umn confinnça inabala,.. alé para o Japllo, para que se desc•revnm favor recebido. ,el nn. t1uerìdn Miiezinha do Céu e urna as npariçfies de l~atimn em revistus désNo més clo agosto paasado estavn um resigna\'ÌI.0 perfeitn. ~ santa vontade de ses diferentes pa{ses. jovem bn~tante mal, pr01;taram-lhe tod<_Js Deus. Menino ou nnjo em carne, praza Tomamos tanto n peito csta difusao os nuxilios da scioncia sem se consegUtr ao SenJ1or que os i;eus sofrimentos unidos quanto é certo que Nossa Senhoro. de Faobter resultado nenhum. Depois de ter 808 do Vl'timo Divina, imolada na Cruz e timn é no.,sa: ela é Nossa Senhora do Rosido oxnmin11da pelos rnios X os médioos todos 011 dina incl'uentamente imolndn no. sltrio; ora n n ossa Ordom é a Ordem do declnrarnm ser necessarin, urna opernçil.o. ara i;nntn., logrem repnrnr as nossas ofen- Rosario. l•'oi no nosso bomaventurado PaFoi en tiio quo me ocorreu dnr-lhe urna sn!i e atrnfr sobre n6s torrentes de graçn. dre S. Domingos que n Rninha do Céu deu estamµa do Nossa Senhorn do Rosario d& Arnaldo Duarte da Silva e miseric6rdia ! o Santo Rosnrio e ha sete séculos que os Fatima, cli7.,endo-lhe que, visto os médicos Do lo.do do Evangelho, entre todos os nossos Padros nào wcru cessudo de ser pioniio )he terem poclido fozer nadn., era. predoentes destnca-se um ,·erdadeiro fnrropo neiros desta grande e tam frutuosa devo- rado que também uos disse o mesmo e co- ciso vèr so Nossa Senhora o fnzia, que humnn~, que constit.ue uma horrfvel , 1siio çiio em todns ns parte8 do mundo. Na suo. rno o viSRemos pcrd ido 1nvocamos a pro- começnsse urna no,·ena. Urna pessoa. de fa. dantesca. Sentndo num costo de pcquenns encfolica uLrotitiro Sanctrou, de 8 de se- tecçao da Virgem No!l8n Senhora.. Dé.va- mflia. quc ja tinhn experimentado o 110dimcnsòes, julgnr-so-in, è. primeira. vista, tembro de 1893, o imorLnl Leiio XIII po- mos-lhe n. agua miraculosa de Fatima e C'orr o da. SanUssima Virgem noutro caso umn criança de cerca de sete anos dt> ida- dia di:r.er: «E' por eslaclo e por vocaçao que ao mesmo tempo fnzinmos umo. novena. e d,e muitn gravidnde, propoz a miie do de. Da cabeça até à plnnta dos pés, todo os Filhos do Patriarca Domingos devem g rnçns a Nossa Miie do C'éu o pequeno os- doente que esperasse une dias nnt~ de ele é urna chagn hediondn.. O rosto comple- aplirar-u com dlo a multiplicar a,, ('011- ta i;nlvo e sem defoito algum. mand:t-lo ao Hospital, mas a proposta nao tamente desfigurado, sem forma. humnna, frarias do Rosario e a manté-las em, t6do O .Kx.mo Sr. Dr. Di na Coelho encon- foi aooite. A miie diz quo er a coisa. imposas 6rbitns vazins, o corpo mirrado, enegre- o seu fervor.ll trando o poi do pequono, preguntou por sfvel, visto estar ja tudo combinado para. cido, re11sumando pus por todos os poros, Conte, pois, com o n osso filial amor pa- ele e qual no.o foi o sC'll espanto quando entrar no dio. seguinte, 5.• feira corno se a. vista daquela vft.ima. dum dos mais bor- ra rom Nossa Senhora do Santfssimo Ro- lhe dissarllm que in melhor; pediu, ontiio efectuou. O doente ja sentiu algumns mer{veis flagelos qua torturam a pobro b.uma- sario para o auxlliar, nn madido. das nos- licença para. o ver. l<'icou admiradfssimo. lhorns ne8SC dia R ponto de niio ser nenidade confrange a alma e desperta. urna sae forças, n propagar as gl6rins de Fati- Acons<'lbou n. ir com aie no Ilospita.l de 8. cessario uRnr as injecçò<'8 calmantes que comisornçao imensn, qua.si infinita, ainda ma. José e no dia segumte la fomos. Viram eram precisas havia jti. muitos dias. No nos eornçoes mais duros e insonsiveis. E' E minha intençiio r eproduzir no numero o estndo <ln crinnça que mnndnram com dia seguinte sujeita rnm-no de novo aos um Joproso. Como niio ve nada, parece in- do mès do Julho doi11 dos postnis ilustrados urgencia para o Hospital de D. ~stef~- raios X o os médicos jd, niio lhe aoharam diforente e corno que alheio a tudo quanto qua nos anviou_: a vieta gernl do logar dos nia, estando internado lé. s6 uro cha p_o1s nada. Levantou-se e facil é adivinhar qual se passa em t.arno dele. Na miio direita, apnriçoos e as multidòes de Fatima. que as informn.çòes oram que o menino foi a. admiraçiio dos parentes e nmigos disforme e ressequida, tem um lenço, com Se estn. modesta carta p11der ser-lho util niio so sah•nva. Entiio o poi quiz quo ele quando indo-o visitar o encontrarnm a que, de vez om quando, afnsta. ns moscas D I\!! suae publicaçòt>ij, dou-lhe todn a liber- acnbl\l!se os sane poucos dina no. sua com- passear no pateo do Ilospital.. Continuanque teimnm em pow;ar nn cbaga viva e dadc de se servir dola. panhia, no que teve bastante dificuldade do a sentir-se bem foi para sua casa no enorme que é o. sua car a. Tem trmta. e Com o meu viv{BSimo reconhecimonto, di- se niio fosse o Rx.mo Snr. Dr. Samuel sabado e no domingo de mnnha alguém tres a nos de idado. Natural de Proença-n- gne-so nceitar, senbor Director, a homena- Mo. io, qua concordou visto que a respon- mo veio dizer que o doE>nte tinha ido dar Novn, vem a Fa.tma, pela segundn. ,·ez, pe- gem do meu religioso respei to e os pr otes- sabilidade era do pai. Levou-o entao pa- um passeio de bicicletl\. Com efeito, niio dir diz eia, niio u ima cura, nem mesmo tos da. minha intei ra dedicaçiio em Nosso 1',1 a Jgreja Nov11. (Mafra) e llpesn.r-de tardou em vir ele pr6prio a. visitar-me um' pouco de lenitivo para o seu mal, mas Senhor e Nossa Senhora do SantfBSimo R o- tantas voltns o peq11eno via-se melhoro.r e di!l!le-me: uNiio sei o que é iato, mns eu a grnçn, de se santificar, amando a Deus sario. sinto-me melhor do que nunca». de dia. para dia. cada vez mais e sofrendo por Ele com urna Frei Luis Maria Bnron, O. P.. - Director Cuidndo por um dos mons irmiioe foi Pnra reconhecimento fomos a l'~ittimn resignnçiio e um amor ninda maiores. Num da Revista do Rosario,, agrlldccor è. Virgem tiio grande m1lagre para. a. Missa. agradecer a Nossa Senbore. dado momento, umn, senhora de Lisboa, -doe ao me~mo tempo umn ou tra graça cou- o favor recebido. Este rapaz ainda que ente e provada com gr aves desgostos de bapthmdo e rom bons _sontim_e~tos, n!o cedida. Visconde de Montelo famflin que estnva senta.da em frente dnRa.fohn. do Santfasu ,n Ifosario r ogai por tendo recebido edurnçao rehg1osa, nao queln épcn•e humana, excla_ma., num impulpratira a R eligiiio, mas niio larp:a a. eJtn6s. so irreprimfvel de grat1diio para com tampallinha de Nossa. Sonhora de Fatima DeUA: «Snr. Visconde, dizia-lhe ha pouco ATESTADO que eu Jhe tinhl\ dado e . algum -~mro ~eque era muito infeliz; niio, niio son; conpois indo visitar um primo rehg10so d1&sidero-me felicfssima, depois qua os meus PENSAMENTOS J otlo Torrado da Sih:a, bar11arel forma- ee-lhe: uOn-me urna estnmpa deS!in Virolhos contemplarnm este espectaculo hordo em M edicfna e CiriLrgla pela Farulda- gem quo me curou» e ~gora costuma nsrendo ... Demdito sAja Deus 1,, Pureza é vida, é fres<·ura, é formosurn dt de M eclir.ina de Lfal,oa, declaro .,ob 1ni- sistir à missa aos dom1ngo11, Esperamos Jovens, meninns, bomens e senhorns da da almn · niio doixes que se acerquem de nha re.,potaabilidade pro/issional que Ar- que a SS.ma Virgem faré. o segando e sociedndc, que tantoe cnidado'l ~ispon~ais ti assnss'inos que façam do tau cornçiio naldo Duarte Silva, de quatro ano., de maior milagre da conversiio de»ta alma. ao vosso corpo e que vos esquece1s mmtas um remiU:rio, jnzida. de decomposiçiio e edade, natural da l grtja Novo Oo11celho Para terminar, contarci outra cu~a ve21M dn vossa alma, cedendo n.o impulso podr1diio, .. de Mafra filho de Antonio da Sil11a e de obrnda em favor di\ pe~soa que me ped1u de pnixoes ign6beis ~e ofendend_? o Sen~or, P. A. de Dou, S. J. Salomé T>u.arte Silva foi, por mim, obser- para escrever esta relnçao. Estava a morvinde ver neste espelho corno MO friige1s e 1•aùo 110 dia dez tle novembro de mil no- rer ja t,inhn recebido os 1Htimos Sacra11fémoro11 os bens dn terra I Lembrai-vos de Todo genero do mortificaçiio é urna 11~cenfos e vinte ~ s~te tendo eu diagno~- me~tos quando lbo nrnndei urna med1ilha 0 qne 1,ois p6 e de quo ém p6 vos ha veis de libertaçii.o, ~a ascençiio urna. divinisaticado uma menmg1tc fuberculosa, cu10 e agua de Nossa Senhora. da. Fatima, r etornnr. Quando o mundo, o dem6nio ou a comendando-lhe que i tornasse com fé e pro{JM$tico era /atol. 1:arno vos tentarem desviar da ,enda da çiio... Dr. Gonçalvu Oerejeira. Mais dtcla.ro que tendo nova11iente começlll!Be uma novE>na. Dissa depois o virtude e do dever com as suas infames ae-

é oferec1da pelos doentes, pelos peregrinos

de facto e de dei,ejo o por todas as necessidades re<:omendadas. A assiiitencia é bastante numerosa, fazendo lem?rar a dos <l1~s de ~rancio peregrinaçiio nac1onnl do Maio e Ontubro. Para isso contribuiu de certo em grnndc parte a cir~unstiincia de Santo Ant6nìo ser o padroe1ro da frègues1a de Fatima. O dia treze de Junho é guardo.do pela populnçiio profundamente re~!giosa corno se nito fora um din santo d1spensndo. Deste modo as quaranta nldeine quo formam a frilguesia, cuja area. é v~t{s:iima, despo,·onrn-se pouco _nntes do i:nc!o d111 . solar indo os seus hab1tantes nss1stir i\. missa do; cloontes no. Cova da Iria,. coi:no antes dns apariçoes e mesmo nos prtme1ros an<_1s depois das npari~s ?ostumavnm 1r ouv1r na igrejn pnroquml m1s~n solen~ do. grande fe!lta nnuul em honrn do glortos? taumaturgo, que actualmonte se T?alrna, ~or trnnRferenria no primeuo Domrngo seg111nte. Dnrnnte 'o Santo Sn.crificio a nss1stencin r<>za o ·térço eUJ voz alta e canta alguns ciintiros piedosos em honra de Jesus Sacramentndo.

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VOZ DA FATIMA doente: «a fé e a febre me fizernm t-Omar toda a agua de uma vezu. O terto é que tr& dias depois c·omeçou a corner de tudo quando antes, sòmente à custa de grandes esforços se obtinha que engulit;se algummi colheres de leite. Deprel!!la estava completamente curado, ncbando-se ainda melhor do que antes da doença, de modo que conseguiu ir para o Convento, corno desejava nntes de ndoecer, e para teste-munhar a sua gratidiio a sua celeste Bemfeitora, hoje se chnma Frei L. de Fatima. Seria par~ desejar que se publicasse em breve, um hvro em espanbol que pudesse lel'ar ilo conhecimento de maior uumero de pessoas na Espauha ns apançoes e mnravilhas operadas por Nossa l\iiie do Céu no Fatima. Ultimamente, alguns jorn1tis e revistas publicaram artigos sobre Fatima \) estes arigos siio !idoli com entusiasmo. l•'nln-se em organisar para data muito pr6xima urna. peregrinaçiio do centro e do norte da Peninsula. Que1rn II Santissima Virgem abençoar os esforços dos organigadores poro quo cedo se possa realizar tiio piedoso projedo. Sou de V. Rev.cia Snr. Direcor, muito grnt<'t no Amor l\11sericordioso de Jesus

u m.a

reliuiosa c.~panhola

Agradecendo urna graça (Rua do~ Herois de Kiongn, 2-2.? esq. 0 ) Lisboa, 15-5-1929 Re,•.mo Senhor Venho r!)lntnr um milngre que se operou em m1m o ano passndo. Uma grave dounça interior que me faEia sofrer horrfvclmente abatin-me dia a dia, sem esperança de me curar. Levava noites levantadn e sentindo dores tiio profundas que 1tlgun1ns ve7.es julguei porem te1·mo à mi nhn vida. .1<:ra em viio quo n medicina tentnva debelar o, meu padec1monto, nplicando-me numerosas pontos de fògo sòbre ns costns que npena~ 'lervinm para me tornarem mnis dolorosa n cxistencia. llecorri entùo n Nossa Scnhora de Fatima, e um dia, numa porcgrinnçiio, dirigi-mo para o Reu santuario bcmdito da C-0,·a dn Iria, e hi, nesse locai onde tantos milagres se teem ro,elndo, eu rezei com muito fer,or à Miie do C'éu pedindo-Jhe que me eurasse. Entiio o. Virgem Snntfssi~a ouviu-me, e nesse mesmo dia, eu senti-me eompletamente cura.da. E', pois, com um profondo recouhecimento de grotidiio para com • ossa Senhora de Fatima, que tao grnnde merce me concedeu, e oo mesmo tempo cm cumprimento duma promessa isto é deste milngre ser public-ndo na l'oz da Fatima que eu esere,o estas srngelas frases. De V. Ex.a etc. Marill da Gl6ria Rei&

Estatutos da Gonfraria de N. S. do Rosario de Fatima Art. 1. - E cnn6nicamente ere-eta no Santuario da Fatima umn ooufraria denominada - Confraria de Nossa Senhora de Fatima. Art. 2. 0 - Est-a confraria tem por fon: a) trabo.lhar pela convetsiio dos pecadores; b) reparnr os peoados sociuis dns naçòes; e) promo,•er o cumprimento dos preceitos da Santa 111:reja especialmente quanto no domingo e diM snntos; d) orar e nuxiliar os missòcs entre cristòos e infiéis; e) sufragur as benditns nlmas do PurgauSrio; f) orar pelos doentes e por todl\S as necessidndes espuituais e tcmporais recomondadas n No1<Sa Senbora de },'fitima; Art.. :3. 0 - Além das ind11lgonc111s que Reriio pedicla11 à Santa Sé, os confrndes terào direito: a) à participaçiio em todos os sacrificios, boas ohrns 1• mortific:açòes dos doentinhoi que rOC'8rrem II Nossn Senhora de Fatima; b) às MiRsns que se eelehrar<•m no Santuario ou f6ra déle por csta int.ençiio; Art. 4.0 os 0011 frades tem ohrill;açiio: a) de ,·i,·erem c:risuìmente; b) de darem a esmoln mensnl de $20 (200 réis), !>endo metade paro l\1issns, segundo os fìns do. eonfrurin (art 2. 0 ) e a outra parte para o Culto do Nossa Senhora. Estas esmolns seriio roc·<1hidas em Jistas por colectores ou colectoras que so preatem a estn. obrn de pieclade e carido.de. 0

Art. 5.0 - 0s confrades siio 11com,elhados: n) a recitarem todos os dias, de preferilndn cm pubhco ou cm fomilia ou, r1elo menos, em pn.rticular, o terço do Santo Rosario; b) a comungnrem, sendo possivel, menHalmente e do. mesm11 forma ossistirem ao Santo Sncrifkio da Missa no dia 13 de cada mes em uniiio oom os peregrinos; c) a trazerem consigo urna mednlha tendo dum Indo a imagem do S. Coroçao de Je!ms, e do outro a de Nossa Senhora de Fatima. Esta medalho. pode substituir os escapularios. Art. 6. 0 A confraria de Nossa Senhora d,• Fatima tera uma direcçào composta- de presicfonte, secretario e tesoureiro, nomeados pelo Prelado da Diocese. Esta comissiio prestara contas todos os anos na forma do dir<.>ito, uo Ex.mo e Rev.mo Sr. ni~po. Leirio, 13 de l\faio de 1929. Aprorndos os Estntutos ut supra no. formn do Direito. Leiria, 13 de l\faio de 1929

t José, Bispo de Leiria

------------A DIVINA PASTORA ul~x.mo P. llov.mo snr. Director da l'oz eia l<'atiu,n. 'Permita-me V. Ex." quo lhe tome um pouco de espaço nns colunas do seu jornnl, pnra que i;e digne clivulg1\r a minha conversùo, um Yerdndeiro milngre que se operou nn minhn vida tào nddentada,, Dou os meus lonvores a Deus e à Màe Santli,sima por bojé ter os sentimentos que tenho. Era ,1m descronte ! Vin a lgreja com maus oìhos ! Puss,n·n no pé dum Pndre com repu~niìncia 1 Oh 1 meu Deus I Como eu tinha horror no ouvir falnr de Snntos. Vivi assim. desde n minha infiìncia até nos 25 anos, e, aindo hoje. nndaria por osso abismo insondavel de perdiçiio se n Providilncia me niio segui~sl' os passos. Preso em 1926, tinha aiuda ponsamentos rle repugnancia pela religilo Cat61ica. Em 1928, ja enUlo numa prisiio de Lisbon, fui visitado, no mes de Junho deste mesmo ano, por diversas pe~sons que soube clepois pert-encerem às Conferilncias de S. Viconte de Paulo. Depois de me terem dito palo.vrn!I de conforto na minha desgraçn, ouviram com paciilncia as minhas pnlavrns de revolta por me oncontrar nn prisilo. E fornm t.ais os consclllo11 que me doram que duf em deante, senti urna transformaçao na rninha alma, deba1xo ninda da opre!!Siio de mallll sen\imento1:1, fiz um exame de consciéncia e c-omecei a. folhear diversos liHos que me deixarnm pnrn eu lér. :~fom dos dina do més de Agosto de 1928, passei umn noite, no. minha cela muito agitado. Ernm 4 horas da manha, acendo Il lnz e poguoi no Cnt€Cismo; li o Padre Nosso, 11 A,·é Maria, Credo e Salvé Rainh11. A suo. leitura. deixou-me verdadeiram<'nte conful!O. C'ontinuei n ler o Catecismo e H-o toclo. Senti no mcu coraçao um tal alfrio que me vieram as lagrimas aos olhos. Chorei, e implorai a Deua coragem e resignaçiio 1 A minha prece foi ouvida, porque, de entào para ca, comecei a resnr e a ler todos os livrinhos com n maxima devoçiio e passei os dina e noites menos agitados. Num domingo pedi aos mesmos Senhorea que me trouxeqgem, por especial fa.vor, um terço o no mesmo tempo lhes mnnifes-tei que desejuva confessar-me. Depois do me ter confessado niio posso rleserever o quo senti na minha almn, oprimida pelo11 mcus mnus nctos passados. Aponn!f direi que passei a ser 11111 ltomem/ Porque antes era um ente hum1mo que andava por esse mundo f6rn sl'm ter a noçiio nftida dos deveres que n. Sociedade e Dens nos irnpòom. Em Mar1;0 de 1929, fnltnndo-me apenas 2 moses para snir da prisiio, comec-ei a anelar novamente ngitado por ter que voltar para a prisiìo 9 meses, para pagar as•multas. C'orno tfresse sido abanclonado por toda n minhn familin à excepçiio de minha mu!ht1r, senti-me vercladeirnment-0 desesperndo I Mas, orei a Deus e a Nossa Senhorn dc Fntirno., meclinneira de todas as grnçus, e em A hril ,lo 1929, começo a vér com bastonto jt1bÌlo que ns minha11 pretensoes iam ser atendido11. E, nssim, no din 4 de Moio recebo um postai do Ex.mo Snr. Presidente dns Conferéncias do S. Vi<'ente de Paulo, di:,;endomC! que tinham sido pngas ns multlts no dia 1 do mes do Mo.io. Niio enC'ontro pal11vras com que possa descrever o jubilo qne mo cansou tal notf-

eia e, pegando numa medalhinha de Nossa Senhorn do Rosario de Fatima que trago no pescoço, beijci-a tanto, com tanta fé e devoçào que c:horei de nlegria 1 Pois foi Eia que mo snlvou de voltar para a cadein. e me conc:edeu, nssim, n mrnha libercfade l .• Como nuoco. tinhn entrado numa Jgrej1L, uem assistido n. urna Missa, prometi a Nosso Senhor e à Nossa Senhora de Fatima que seria o. primeira visita ao sair da. prisào. No dio. 26 de Mnio corrente quondo fui posto em liberdn.de, dirigi-me h lgreja de S. Sebastilio da Pedreira, onde me confessai e ossisti à Missa agradecendo a Deus Nosso Senbor, e à Nossa Miie do Céu, Nossa Senhora do Rosario da 1":itima por me terem concedido a minha liberdade 1 Assisti depois a umtL Festa que se renlisou na lgreja do S. Coraçùo de Jesus, onde S. Ex." Reverendissima o Senhor Arcebispo de Mitiléne se dignou ministrarme o Santo Crisma. Devo di1,er a V. Ex.• que no dia 6 de Janeiro recebi, nn prisiio, a N osso Senhor, fozendo a minha 1.a Comunhiio e comunguei também no dia 7 de Abril do ano corrente. E agora que me encontro em piena liberdade, junto dos meus, niio ,·acilarei, niio trepidarci em trilhar o Cl\m10ho do llem conservuudo-ml' honesto e digno; e tenbo fé em Oeus o no. Virgem Santissima que aerei dora avnnte rcspeitndo pelos homens cle bem e, assim, irc1 vivendo no mundo com u protecçiio de Nosso S.enhor e com bastns esperanças cle ter um futuro nsonho. Para a clignf~simn Conforont'i1i de S. Vicente de Po.ulo, em especial no Ex.mo Presidente, vào o,; meus sincerol! ngradecimentos por mc tElrem snlvado da vida t1ìo desgraçadn que le,·uvn. E no terminar e~ta narraç1io ,·oh·o um olhnr da mais profonda gratidùo para a Virgem Nossa St>nhora dc 1"11tima, suplicnndo com ardor µor todos os que lhe irnplorom a Snu Miiseric6rdia e pedindolhe também a convt>rsiio dos meub c-ompanhl'iros da prisiio, e por inbinçao clos mesmos rezo um Pudre :Nossa e umu. .,h·él\1nrin I De V. :Kx." um sincero em Jesus Cristo residente nctualmonte no BaITciro

3 dos Santos, Mario da Graça de Carv~ Jho, Do.l'id .Nuneti de Paiva, P.u Daniel C'orrei11 Rana (50$00), Maria Benedita do 1\ienezes, Maria da Costa Crespo J<'ranco Frnziio (20$00), EmUui Bessa, J oli.o Antonio de .Almeida, Gertrudes Amalia de Oli\'era Lopes, Rita de Jesus (20$00), Abilio Martina dos Snntos, Maria rla Con<·01ç.ào Pereim ( 20 00) , Helena da Soledodo Macha.do, Maria Ines Sarmento Palriio, Moria Leonor ,ais de Sande e Castro de Barros, Ester da Conoe1çiio Reis Morp;nrida Lopes da Silva (20$00) An~ da Silvn. !?ontoura, Deolindo. do11 Santos Pereira, Manuel lnacie de Somm Maria l?ilomena Freire Hrandào, Elv1rn 'da Silva Sapato, J!"ranc·isco Telee de Andrade Roto (20$00), Albertina. Gonqnlve11, Olimpi:\ On.celar Mei rcles, P .e Abilio J<'orreira, Cecilia, Morais M:ene1,es, Mario. Medeir'?s Corte Real, Fclicidade Sn Borges, Mnnn da Conc-ciçiio Moreira, Elisa do Belo, J?.e Domingos Augusto GonçalvCti Borlido, Albino ~onçulves, Joiio Gaviuho, Alcina MagaUiaes Moutinho Antonio Me.ria Mornis, Jonnita de Diego Mariana PireR l\i. Oliveirn, Alvaro de Pi~ho e Campo~, José Fernnndes Mac-hado Luiz da Se!la Gom<'s, Elins C. Mendonça, Eustaqu10 Pastor 1\lachado, A nt6nio Emidio Gomes, 'foofilo Lucio de Carrnl110, Elvira N'un<'6 (20$00), l\faria Elvira T. ùe Oli,·(•1rn., Maria dos Anjos Pereira, Francisco Alves Fernanrfo,.., Fausta Augu11tn dos Sontos, Mllr\a TorPsu L<'al Manuel da Costa Aro.ujo ( 20$00), Mudnrne Cordenl Mnria dn Gl6rin. Pncheco, Adriano ,JosJ Fnustino, Narciso Martina Ribeiro ( 20... _0 0), Luis Lop<> Abell;iio (12,. 50). Dr.• Maria F.:nrngelinn Pinto 1 Aurora Marquos Bnrreiro, {'ono<'içilo 1\furtins Rocho. Mario. José Cumpos, 1\Iari11 Constauça d~ Albuqnerque, Jonquina Vioira, Joaquina Qut•ìroz Ribeiro, Ht'nrique Lopcs C'onde e So.usa, E!rira '!3crnnrdes Marquos Gou,·eia, ~mlherm1n11 de Lacenla, Rufina do!! AnJos (51$00). Tt>odora Martina, Luc1n O? de Almeido. Monteiro (80$00), Constnntrno Angrln C'nrvalho (20$00) Amelia C'orrein, Ciprinnn Antuncs Vicent-e Adriana M11rgllri<.l1i C'orrein. '

~n distribuiçiio de jornais o donntivQ1; , nrios: Joaquim Dnart,e de Olireira 150$00; J oaqnim Pt>reira Delgado 35$00 '. P.c José Mig,1el 1". de l\foura,' 20600'. Barreiro, 31 dc Maio de 1929. Ll•ouor de Pnhn Leito Brandi'io (Seixo)' 50800; Emilia ~unes da Roc·ho, 30$00 '. J<J,i~ dn Carm.o Verissimo LuC'iuno de AlmPidn Montero · 61$00 '. Maria de Jeeu11 Vidal, 83$00; Josofa d~ J(lSUS, 13$15; P.e Ant6nio Augusto da Jt'onsoea Soares, 1215$00; Dr. José Luiz M:enclos Pinhoiro, 20$00; Maria Julio. Silva e outros, 28$00; P.e Ant6nio GonD espèsa çnh·es Sapinho, 40$00; P.e Jtllio rla FonTrnnsporte ... .. ... ... ... 159.271$60 1.ecn Monteiro, 80J65: D. Maria do .A.njos Pereira, 4R0$00; .Ant6nio Pinto de Pnpel, composiçiio e impresRezende, l 00100: P .e J oao Bernardo siio do n. 0 81 (62 :500 exempleres) ... ... ... ... . .. ... ... 3.497$50 Mn!!Cnrenhas 100$00: P.e Augusto José Vfoira, 75ioo: C'ri11tinn Vi<'ente, 60$00; 1"ra.nquias, ombalageps, trani,Maria das Doros TM·ores de Sousa, port(l.S, gravuras, cintas e Cnrl06 Ant6nio Vaz, 100$00; P.e outras despeza>1 . .. . . . . .. . . . snioo 50$00; Mnnnel Pombnl .Amorim, 80$00; Reinaldo Monteiro Ba6to, 92$00; Miq11elin11 Costa 163.680$10 Al)(lp:ao, 2-5$00: Maria Olinda Ma~nlhàes, 80 00; Manuel .Ah·E>S Mateus, 50$00; MaS ubacr-lç Ao ria Simoes, 10$00.

Voz da Fatima

(Março e abril de 1928)

Na Tgreja de S. Mamedc, em Lisboa, por Noemfa Rolo, no mes do Maio de Enviaram dcz oscudos para terem di- 1929, 10$00; na Ìgreja de S. Tingo de reito a. reoeber o jornal durante um o.no: C'ezimbra, por Gertrudos do ('ramo Pinto, Manuel Pereirn. Dias, Leonor Gomca dos nos me~es do Mnio e Junho de 1929, Santos, Armmcla Oias du Sa, Ant6nio 66$50. Gomes, Ant6nio do Sousa Oliveira, Manuel Maria. Miranda da Silvn (20$00), Helena de Vasconcelos (20$00), Rosaria Pere1rn. Dios Rnmnlho, Maria do Rosario Piteiru. Charro Giiio, ~1aria Catarina Pcreira, Gono,·e,•a C'orreia. Mondes, :li'ilipa. dn Conceiçiio Coelho Bulbiio, Adélio. de Jesus Dins Rnmnlho (12$00), Suporior da _ N e nhum pe regri no q u c Caso. de Snudo d<' Bnrcelos, Leonor Rosaiba ler, deve d e ix ar de drigues Passos, .Alia do Ceu Pirul.'nt~l, Arminda de Oliveira Pinho, Jnlieta dos a d q u ir ir um exempl ar do inRe1s Cru;tanho, Pcrpétua Cnrcloso Norberto (20$00), Maria da Conceiçfio Cardoso t eressante v o l ume d e 4 1 2 Norberto (20$00), Pnlmirn. Luiz Sabino, p agin as, p rofu sam ente i lusMaria da As1muçiio Cunha, Mariana Fonbl'<·a, Rosa Gil, P.e Francisco Jorge da t rado com espl3 ndid as graSilveira e Pnulo, Maria Cremilda Barce- vura - , " A s grand es marav ilo.~ de Melo, Janmirio Augusto do. Silva, Maria Amélia Hrun, Maria do C'orino Pes- lhas d e Fat im a,,, d a autoria son, Clara Mont-1.li.ro, Maria Leonor de d o sr. Visco n d e d e M ontelo, M:ol(n lhàes Lnn~·os de Abrou Couti nho (20$00), Mario. da. Conceiçiio F. da Sii- que ence r ra a m a is compleva Freitas, Eull'ilia Sa. Couto, Luiza. e t a hi s t 6 ria d as a p ariçOes e Moria Morais (20100), Morin Albertina Poreirii da. Silvn, Rnquel Quintela Ponti- dos s u cessos m ir acu losos e fiC'e, Luiza Cardoso de Macedo Martins cujo produto lfquido é intede Menez<>s (Margarido), Julio Dias F. Coimbra, Joiio Antonio Coias (15$00), g ralmente dest i n ad o à O bra Moria .Adelnido P. Correa Mad1udo, Ma- d e Fatim a. ria Pu.lmira dos Snptos Jorp,;e, ]sabei Sousa. Pinheiro Fnrinhl\ (20$00), lsaurn PinPreço: d a z e scudos. to 81tmpoio Almeida, Joo.quim Fcrnandes

-----------Atençaol


VOZ DA FATIMA

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Odia 13 de Maio na Espanha Também na Espanha se celebra o 12.0 aniversario dns apariçòos de Fatima. Os resplcmdores da uEstrela da Manhii.» qua tem por firmamento a Fatima, os perfumc•s da uRoso. Mi11tico.», que deede ha doze anos embolaama o ambiente da Cova do. frin, chegaram nté às escondidas e historicas moatanhas nsturianas enchendo de nrnor e entm1insmo pela Virgem da Fatima os cornçoc.,i dae filhas de Si:io Domingos do Novicindo de Corias {Asturins) O programa do festa do dia 13 do po.ssado mes <le Moio pnra comemorar o aniversnr10 dns npnriçòes mostra bem claro que os filhos de· S. Domingos siio fiéis às suns trndiçòos e cstremosos amantes da Virgem do Rosario . Agora o programa: Foi uma fusta simple!I, mns simpatica. Qs dornini<'nnos chnmndos outrora uos Frad&1 de !l:fnrio » rcndernm urna homeOf1gem cnrinhosu i1q 111?la bondosa Mii.e que sempre velou sobrn òlee, que lhes deu o branco habito, os cumulou de graças, os regalou com o S. to Ro!!1irio, encarregando-os de ensinnr no munclo tiio bela devoçio ... Dizin-rno um dnqueles felizes filhos do. Virp:l'm: ,,Aqui "cntimos o benéfic-o influxo do Virgem da !<'o.timo..» À horn que no. }1'6.timo. tinho. lugnr o. procis.~:1o due vélas cantou-se umo. «Salvé11 à Vi,·gem pura d811sa maneira unir-se em ospirito ao culto que os piedoso9 romeiro~ rcndinm à que é ccRefugio de pecadore.11 e ( 'onsolaçiio dos aflitos. 11 C'om 1m1,·o isto n V. R e v.ma pedindo-lho o fnrnr d<' flUbliC'o.-lo na Voz da Fatima se adtnr bom. Sou de V. Rev.ma muito gro.ta em Je,ns "' Moria r: ma e,panhola

- .Ai, ern isso que voces estavam a discuti I'? Esta mu1to bem I Com que entiio voces querem reformar o mundo? I. .. Oro. vnmos la a snber I Yoces confesso ram-se aste ano? - ?? ... - Comungaram pela Pascoa da Ressurreiça.o? -???lii ... - Poii;, meus amigos, por ai é que é preciso <'0tneçar. Se qucrem reformar o mundo, comecem por so roformar a si mesmos e depois entiio falnromos I - E' urna idcia I - E' umo. ideio. I E é a unica boa I

----------0 ultimo neg6cio dum comerciante Estavn certo C'omerciante, no seu Jeito de agouia, jli moribundo e desenp;o.nado dos m6dicos, mus rel'Ul!ava-se terminantemente a reC'ober os sucramentos. Por fim vciu vo-lo um seu velho amigo também comerciante que lhe disse: - Quoro quo me dòs o teu parecer sobre o seguinto cai;o: HA um colega no1:1:,io que tem entro miios um negocio de costo. arriba. Se feC'ha o contrncto, arrisca-se o. gnnhnr urna fortuna colossol, mas no. peor das h1r,6lc!lcs, o mais que pode perder é o trnhnlho. - 1'~ nào o fecbn ? - St> o nno fecha entùo orrisca-se a perder tudo quanto tern I Quo ha de .11e fnzer? - Homum I Is~o nem se pregunta I E' fechar i_nwdiatamente o neg6<'Ìo I - Pois meu cnro, o. ti pr6prio te juJgo11te I Tu c>:1 esse hornem de quem eu to falava. Se morrM com 09 sacramentos, podes ganhar nndo. mais nnda menos que o Céu po~ torl_:i n ele-rnidade, mas supondo que 1111s1111 11ao _era, nada tinhas a perder. Pelo contrair10 se morres sem eles, podes pel'ùer I.udo o ir paro. o inferno I 1 Em fnre desta 16gicn. comercial, o moribunclo dou-Re por convencido e recebeu 09 snerameutos, ainda mrds d,1ma vez morrcndo como boro cristiio. ' So todos os que estiio e·m perigo de morte medifossem ne,,ite simples caso e fi zessm o mesrno roc-iocinio, talvez nenhum deiXll!lse de receber os sacramentos. ·

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------e«r- - -Q ual é a melhor pos iça.o p ara tirar o retrato Quando nlguém vai tirar o retrnto procura sempre o. posiçào que lhe parece melbor para isso. Veste-sa com o seu melhor fato, penteia-se, senta-se, compoe ns pregas do cnsaco, olhn. em frante, olha a ·trés qunrtos, d:i um nrzinbo da sua graça, ou faz boquinbo. pequena, em suma, dispoe ii; coisos de rnaneira. a do.r de si a melhor ideh\ pos11ivel. Orn snbem qual ero. o. melhor formo. de scl fotografarem todas as miies cristiis P Com o filhinho mais novo nos braços e o Catecismo no. miio. Porque a explicaçiio do Catecismo aos · filhos deve ~er hoje a grande preocupaçào das mii~s. (.,omo os governos nlio querem o catec1smo na 1:scola, as mii.es devem supri r o. folto.. ens1nando-o elas aos filhos para que este!I nii.o venham amanha a tornor-se bolchevistas e elas marafonas. E as donzelas corno biio-<le colocar-se deonte da m:iquina fotografica? Toda a dc,n:r,ela que hoje tem dc viver no mundo, vive rodeada de inimigos. E' natural por i~so quo o.o fotagrafar-se tenha na mii.o as suos nrmas ofensivos 6 defensivas. E qual é a melhor nrmo. do. dom:ela? O terço! Co.do. umo dos suas contas, cada um da.queles Padre Nosso11 e A11é Marias, sii.o, nos combntes 811pirituais, o. mesma coisa que as granaclll!I e as balas nas guerras humanas. O terço bem considerado deeempenho. o papel duma metralhadora,/ Que o.s rlonZ&ln ~ se faço.m fotagrnfnr com o seu terço na mi!.o. E' o. melhor fonna de niio enganar nem serem enoanadas. Até N. Senhora assiro quere ser fotografada I

O i,adre mondou-os njoelhar ao pé do altar-m6r, fechou as portas e pega num ca.valo marinho e com~o. o. malho.r num e noutro corno quem malha eni centeio verde, recitando ao mesmo tempo nào sei que oraçòes. O marido atordoo.do pregunta no intervalo de duas , vergastadas. - O' senhor prior, mas a cerim6nia demoro. ainda muito tempo? - Esta visto que demcira l Demora até que um de voces fique morto I - Nado. I Nada, senhor prior I Nesse caso o melhor é voltarmos para casa I E virando-so para a muJher disse-lhe: - Anda dai mu)her I Antes vivermos mo.I cnsndos do que desquitar•se a gente desto. mo.neira. Ponham nqui os olbos os solteiros. Quem casa, Ca!la para toda a vida: s6 a morte pode sepurar os esposos. Que ninguém cain., pois, ero casar sem pensar primeiro no que faz; que niio •ia em casar por ·capricho ou por neg6cio; que os homens tle niio deixem enganar pelas fufios e tnfuis quo desobedecem aos pais, passam o tempo em bo.ilaricos e pàndegas e nunca sii.o capaze9 de dar boas donas de caso.; que as mulboros se nii.o deixem embair por algum bo.ilabonecos que passe o tempo em tabernas e soalheiros e, a-pesar-de trazc>r pena de paviio no cho.péu e manjerico o.tr6s do. orelha, niio é capaz de gnnhor honrn<lnmente o piio, para sustentar o. sua famflia.

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••• 001 s . . . TE1 m o sos Quis cert.o pintor representar dois demandistns e a um pint-Ou s6 com camisa e n outro sem eln.. E pergnntando-lhe nlguém o que queria oquilo dizer, re-'!pondeu o pintor: - O que e8ta s6 com camisa é aquele quo ganhou. - E o outro? - O outro é o que perdeu l - Mas entiio? - Entio quere dizer que quem se mete com a justiçn, mcsmo que ganhe, fica om pontos de se poder diwr que tem do vender o foto e ficar s6 em camisa para pag1ir as desp<'zas hnviclas; e nquele que perdou, ontiio até n pr6prio. camisa lhe tiram. E tinha raziìo o pintor; mas parece que cada. vez hu mais teimosos, µorque cada vez ha rne nos humildade e caridnde.

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-------1- --DOIS MAL CASADOS

Recortamos do Jornal da li',gueira, de

22 de maio: «Agora o numero de pereginos aumenta de ano paro. o.no e Fa.timo. atrngiu tal impor;tancio. que o Presidente da R&publica e o chefe do Governo niio Jesd&nham de visita-la. As curns •mo.ravilhosas, verdndeiros milagrea que os espfrit-Os /01·tea atribuem à sugestiio que nunca. conseguiritm realiza.:r, suoodem-se freqil&ntemento, bom como fa.ctos extraordinar,ios de no.tureza puramente eepfritual, ist.o é, as conversòes. A prop6sit.o da ultima peregrino.çào no dia 14 do corrente, conto. o <'orrespondente de Lisboa paro o ccDiario do llinh.011 o seguiate epis6dio: uNiio permitiu Deus que eu fosse na peregrinaçiio mnrnvilhosa. Contudo se e'q niio pude ir a Fatima, acabo de ouvir um relato emocionante: Um meu amigo, incrédulo por educaçiio e desorientndo e.studo, foi visitar a Cova da Ir,ia com todo o scepticfsmo dum an111f11ta inexoravel. Levou consigo tudo que forrageou nas teorias nevropaticn.s, nos tratados da s11ge11tiio, nas hip6tel!es do animismo. Nao se esqueceu doe sarca~mo>1 grosseiros de Zoln nem dns ironfos venenosns de Anatole France, e cnaio piamente que, antes de partir, folheon demoractamente o Diciond.rio Filo36/ico de Voltaire. Regressou hoje de manhii., c\epoie de medito.r nos dn.ustros épicos da "81,talha. Ha meia horn. quo o ouvi. O seu relnto é singolo e fnemente. A princfpio, ohserv~n e corno que s6 es!'utou, mns de repcnte \JtU e ou11iu rom intensidadc tnmanhn, que, banhaclo ero ltlgrimos pcdin n um penitente a caridado de o cmsinar:. rezar. Foi agora de aqni pnrn o templo ùe S. Dominp;os poro se confe!<sar e comunp;al'. Todn a suo. ln!!in é voltn-r a Fatima rom mai11 lu~, diz élo, com mnis nmparo da sua fé repentina o C'orno qnfl l'onvul~a. 'E liste um d08 PCOS de Fatima que me comoveu, porque €!880 nmigo, ;X<'elPn~ de indole, parecin. condano.do a .11:1rretl11hdade perpétua. Quando me perm1ttr re\·olrir o seu nome, hiio-de rejuhilan p;o!!to11amente. ·· O convertido 6 um homem de ta~ento e d_e boa posiçiio socini e p;osa de mmto 11rest1p;io na co.mado. do idealismo demolicloru.

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O padeiro que nao tinha pesos

Um padoiro gastava manteiga da caso. dum morC'ooiro, seu viainho. Orn dunrn vez, que se deu o.o traballio de \·eri fi<'nr o peso, notou com espanto que um kilo de manteigo. nao tinha mais que 700 gr11,mas. - Deixa estar que mes pagas, disse consigo o plldeiro. Doli por diante deu ordem para diminuir igualmente o p&o do piio que f6sse paro. caso. do visinho. Este clou pela falta e foi queixar-se ao juiz do pnz. O juiz chnmou as duas partes a umo. conC'iliaçiio. - Vamo:,i lit a saber, preguntou &le a.o padeiro, tem balanças? - Sim i;enhor I Aqui estiio I - E pè.~osP - Pesos, na.o tcnho I - Ah! ve? di11Se o juiz trionfante. A{ e~ta a rszao por que voce vende pii.o com faltn. do peso l... De que maneira. - Perdilo, disse o padeiro I O facto de eu niio ter pe!!os niio quere dizer que eu Estnvnm dois rompadres discutindo os niio o peso I. .. male!! do mnndo o trato.ndo de lhes achar - Entiio corno fazP remédio, con\"ersa que é muito freqUen- Muito simplesmente I Mando buscar te ... de.~de que ha mundo. um kilo de manteiga, o. casa do visinho - Tsto \'Ili mal, compadre I e é com òsse kilo, quo eu costumo fazer - Pois vai, vai, mesmo muito mal I pesar o pùo ao!l fregueses I - Js to ja nito tem concerto I O merrreiro entupiu I - Quem sahe l E' preciso ver se pode fnzer-se algnmn co1sa I - 1\faa que ha de ser? -- ::-Jito bei I IIli. muito tempo que eu ando ÌI. procuro. disRo I - Ero. prc.>ci~ criar um grande movimento do opiniùo cm torno dum progrnDois mal cn!!n.dos, depois de viverem almn polftic·o o socini que satisfaça toda o gum tt'mpo em barulho um com o outro, gente. r esolvernm ir ter com o prior que os - Mas C'orno? casara, para que os descasa.sse. - Sim, era preciso estudnr isso I - P 6de fazer-se isso? preguntou o maE enquanto os dois compadres meditam • na re~oluçlio do problema, chega o ami- 1 ido. - Pois ontiio niio pode I Mas olhem que go Henrique. -Ora ninda bem, Henrique, que tu che- a cerim6nia do <lescasar custa muito mais caro quo do ca.sori gast~l - Niio fnz m11l a gente paga tudo I Que é que te pareco? Qual sera a me- Bem I Viio ter à igreja que eu la vou lhor forma do rep;enerar o mundo e fazer despo.oh6.-los. com que toclos a ndem contentes?

Umscéptico vencido pela fé

. . A mawr nqueza Quizera ter fé I dizio. um jovem que tinbo. pa>isado a sua. vicla no meio dos pru,, zeres. Quizera ter fé, porque sem elo. a vide. é um enigma indecifMvel, uma triate agonia, na. qual o nosso espfrito s6 acho. umo. verdade palpava! : o sofrimento. Sem fé niio ha. esperança, e onde niio h11 espernnça, podent niio haver dòr, mas nunoa alcgrin. vordndeira, nero paz. De que S8J1'' 8 coroarmo-nos de flores, 81) snbemos que em breve viio murohnr? Assim tnmbém, de que serve satisfazermos M paixòes, se elas niio nos saciam e s1 deixam remorso. .. doenças... a mor-

te... ?

Viver sem fé nem espero.nça nii.o é viver. Se clif!S0!1sem n um cego: admir,a um dia a notureza paro. cegares outra vez; se diSAessem n um pai: caricia os teus filho!! hoje para os perderes amanhii; se dh1~e'lllem a um prisioneiro: gosa uro dia de liherdade paro voltares de novo a cadein., &~e c.cp;o, esse pai, esse prisionl'iro responderia que viver num s6 dia niio é viver, amor um s6 dia. nii.o é amar, e gosar um momento de liberdnde para a perder depois, é pior que nunca te-lo conbecido. Assiro podcm dizer os que niio teem fé. Q11ereis ter fé? Comprai-a. O sceptl<'o r,iu-se tristemente. Escnrneceis òe mim P Porventuro. a fé compra,.se? - Sem ddviòn. - Se Msim fosse, eu darla toda a minha fortuna para a o.dquirir. - Nilo precisM fazer o sacnificio do tua fortuna, nem go.star um cantavo. Basta teres vontade. - Idea dizer-me que creia, quando é isso me,imo o que eu peço. - Nilo, niio vou dizer-vos isso, senao que empregneis os meios paro. a con!leguin; segui o raminho <la virtude, despojai-vos de todos 08 v{cios, orai, confesqai :19 vossas C'ulpM, o niio taròareis a encontrar o tesonro inestimlivel da fé. O que nito tem fé, é porque nito empregn. os meioe para a aJcsnçnr.

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As demonstraçoes dum recruta Tiramos est.e episodio encantndor da pa.gina de um livro. 'l'rata,-se dum .soldado recem-buptisado que se fez catequ1stn do& seus camaradl'.ls. . Um dia ouviu-o alguém exphrur Il 1~m t•nmaraòo. o mistorio do. Santii;sims Tnndnde. . d p - Entii.o, t11 niio percebe,; a Tru11h\ e - Niio pcrccbo. - Que homem és tu? Va I Niio é U muitu diffcil I - Ah I diz-me lii entiio corno é I - Olhn I Ve la: ten pai, tua miie e tu quantos é que fazP -Faz tr&. - Niio é tnl. lj'az s6 um ! Urna ... ni:na familia I O Padre, o Filbo e o E11pir1to Santo é corno quem dissesse trè., mcmbros do. mcsma familin., tres soldndos, niio? que niio fo1.em seniio um. Pe~bes ngoro? Entrn bem? ... - Vai cntrnndo. - Se quizeres, por outr~: tu, a tua espingarcla. e n, cartuchetrn., quantos é que fnz? , - Faz... fnz tres I - Ainòa tonnns a rnir no erro? M:ns niio nito fn:.1 seniio um. Escutn-me bem, hei~ I tu, sem espin~arda niio és s?ldaclo .. . f"mn c!!pinp:nrda, i<em cartnche1rn, niio é e!!pingardo... . Umn. cnrtnrheirn, sem esprn,znrda, ~ roi!la inntil, mas todns tres juntnq, qoe é qne fnz? Um soldado bom para mnrchan paro. a gu,,rrn I F,ntrn 011 niio entrn agora P - ,Jn entron mnis I - Rom vès, hcin? niio é ~oisa tiio ~mcii dc perrohflr I Tonto mn1_s qne, msto, olho sabeq? dn-se pouro m111s, ponro menoe 'o quo so rin no se1wiço militar ... niio sa deve quercr C'ompreonder tudo, sabea P

S6

DUM L ADO

Perguntava umo. senhora ilnstre ao Aree bis po òe Borrlens l\l~. Cheverns, que devia pe11J1ttr dn. ~oda do pintar a caro.. 11E' que arhei confc'i.qores '!11? mo permitem e outro,i quo mo pro1b1ram; qual é o. opiniiio de V. Ex.'-P . - E11 gosto clas opiniòes interroéd1as. Olhe, pode pintar-se dum Indo s6, fqi a resposta.


ANO VII

Leiria, 13 de Agosto de 1929

N . 0 83

- - - - - - - - - - - - - - - - - ~ ( 2 0 M APROVAQAO ECLESIÀSTICA) Admini1tr1dor: - Padre Manuel Pereira da Silva Direotor, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marqrzes dos Santos R.edacçllo e Administraçllo: Semlnàrlo de Lelrl• Composto e impresso na UnUio 0ràflca, 150, Rat d1 Santa Marte, 152 - Llsboa

POR D. NLJNO E PORTLJGAL! Grandiosa romagem da Religiào e da Patria. Cristàos e portugueses, à Fatima, terra de Santa Maria! "A alma da Patria aJoelha na Cova da lria e une-se e prende-se a Jesus pelas maos de Maria " ( Palavras de Sua Ex.0 Rev. ma o Senhor D. Antonio Augusto de Castro M,ireles, vmerando Bispo do Porto, no sea sermllo na Fatima no dia 13 de Fevereiro de 1928.) '

A Cruzada Nacional NuniJvares. - O Santo Condestavel. =- A romagem à P4tima, à Batalha e Aljubarrota.0 padrio comemorativo no campo da Batalha. - Os moços de Portugal perante a lgreja e a Pitrla. Crietilo~ e portugueses I Em tòdas a.s contingencins dolorosns da vide. nacional, a excel11a Rninhn do Céu veloo sempre com o mais cnrinhoso dis,elo pelo ressurgimento e Ralvnçiio da noSl:ln Patria. Nun'Alvares, o Condestavel her6i e santo, foi o instrumento providencinl que Deus 11U1Scitou para nR!lo~urar dnm modo definitivo a indepcndenria da !usa terra. No plannlto venerando de Fatima, santificado pela nogusta prescnça e pelas irraças e prodigios e!ltupendOll da colcsto Padroeira o ungido pela l~é e piednde de Portngal inteiro. voz<'!I mi11teriosn,i do Alto conviùnm-nos a re11;ressnr ò. profissio integrai e à pru.ticn fiel da Religiiio divina que inapirou os lances maiH belos da hiat6rin. p1Hria, cingindo de lonros a fronte do" ·noR'IOS maiores. No11 campos nbenQOados de Aljnbarrota, \mpnpndos no sangue puro e iteneroso de tnnto11 guerreiros, 'à sombrn. do bist6rico santuario de S. Jorgo, onde se travon nma da!! batnlbns mais memoraveis do mundo, o condest:ivel, C<lm a sua voz mn'lcula e dom inadora de comando, le,antn os brio11 na~ionais e inflamo. as alma11 nnm 11:io e v1goroso pntriotismo. A cruzada Nun' Alvare!I -Pereirn promove nos dias 12, 13 e .14 do Agosto uma grandiosa peregrinnçiio nacionnl a? santulirio m,b:imo da Fé e no santuario mliximo do Pn.triotismo. Depoi11 da grandiosa prOCÌ'IS:\O dns v~ la.s no dia 12 e dn mi!ISI\ campnl no din 13 - esl)f'Ctaculos tiio comovPnte'I, tiio ae~mbrosM tiio fonnidnveie qua niio aera p0!18fvel ~ncontra-los reprod!1zidos n~mtra parte, - depo;s dns grand!osns e m~ponent.Ni 11olonidacles que Re hao-de, rea\t11ar no Mosteiro d a Bntn.lha no dia 14, bavero. uma prociBl!iio aos cnmpos de Aljubar-rota, eendo a{ lançadn e benzidR: a primeirn pedra do padri'io comemorat1vo da grn.nde hatnlha que a Crnzada se propoe mondar erigir. Juventncle da minhn. P atria I M ocidade crenle e pntri6tica, nrclonte e iz;enerORn, qne fazes parte da geraçiio 11acrificarl11. do resgnte apre.'lsa-te a C'flrrnr fileiras em volta d~ bandeira da Patria encimada pela Cl-00 de Cristo, para romhat.eros o bom combate I P ela profasiio duma Fé v iva e pela prntica duma piedJl.de ncrisolada. com o amor de Deus, da Igreja e da vir-

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tos, mnis 'dc cem pcssoas, a dc Viln (C~ da1·ul} o a do Cintra. A moior parte da.a peregrinnçoos chegar am ù. Cov1i da Iria Dt'l vésporn à tarde. Ne..'l.qn noite realizou-so a proci11siio das Vt•lns que, 't'om a aprovaçii.o do Senhor Bispo, seguiu um no,o pt•rcurso, q,1e lhe emprt>11la mais briU10 e a torna mnis granclio~a o impnnonte. D urante a arlornfiio noctnrnn do Santissimo ~:H'rnml•nto no nltar-mor d11 Capelal <lns misiias, a primeirn hora foi pre'<i,lida p!!lo SC'11hor BiRpo cle Leiria, que re:rnn o tc>l'l'O t-om os fi~iA, lll(l<litltndo 08 mi-;l.;rios glorio~o,i do Ro~ario. Nos interval011 dafl clezenll!I, o nmernndo Prelado fez hr1we~ prnticns 11òbre oe rospectivos mist~rio,, <'hr.ins de Aonto11 e ealntnres ensinumt'nto-1. .\s outrns hnrns de ndornçi\o foram foitns pnlns clif1m·ntc!I pnrcgrinn\'ÒCII qne se n,qoc:nrnm pnra es~e fim. Re..qa,ln n mia.u. clo.-. semtns rnanhii n1ta., conwça o vaiv<'m quu pnc•ltr, n primeìrn\ parto rlo rnda dio trr>zo no locnl Jns npnri\-o<!ll. .Ao meio-dia solar, o ~cnhor Ilispo cfo Loirin Nlteh,·ou n missa dos clocntes, aos qunis clou ern aegu;<I:\ a b&nçiio rom o Snnt.il.(.,imo Sacramento. DPpois da hen\·ii-0 subin no p1ilpito o ~rnnclo Uispo mi11Sionnrio, D. Teot6nio Vicira de <'astro, venerando Patriarca cln~ TndinM, que pr~gou sòbre I\ clC'voçiio n ~os 11. Renhora e o (·nmpriml'nt<l'3 doe rlevere c-ristiios. Por fim, n Tmn~Pm clt> N'M n Senbora do RoR1frio foi rt'C'Ondnziùn prucrs,;ionalmenw parn n ~1111 capeln, termi nnnclo tudo ('Om n 11nndo,!{) Mlell'l h Virgem, que eonstitni o fod10 dna cerìm6nins, oficiaia UM ASPECTO OA MULTIDAO, NO RECINTO DA FÀTIMA do dia lr1,ze. O c-11lor era veròndeirnml'nte sufocante. EM JULHO DESTE ANO : A-peHar dici,o a concorréncia de fiéis foi grande, po-t.o que inferior h do dia trer.e de .Tunho. rene e inexgotnvel de virtudes de sac·ri- Numerosaa peregrinaç6ea-A procfaITouvo eorr1i de seis mii comnnhoes. ffoios o de herof11mos. DL>:iorientados em slo daa velas.- A adoraçlo noctur• A ho11 ordem dn~ J)C'rt>grinaçòea, & piefoce da renovaçào cristii. e11pnnto.qa que na. - O Senhor D. Jos~, Bispo de dado dns fi~iR, o zelo e rlE>clì<'nçiio dOIJ serLei ria. - A missa doa docntea - O ,itas, desde 1017 11e veiu operando em P ort.ugal, dos mt<diro", n resi1,t111v Senhor D. Teot6nioz. Patriarca das c:iio do'!n Holieit.11de graçaa n NOAAn Senhorn de I~6timn, elee rlO{'ntM, I\ atmosfera de pa:.s !l'l· lndfaa. O adeus à virgem. permitt>m-Ae atncar e oprimir as nOS!II\S b,'f'nntnrnl que até oli 88 respirnva, tudo crenças e pretenclem 'IUbmeter n vida !>0era de mol<lo n rnmover nt1 fìbrR'I mais cial no 111'11 ne)!nti,ismo ,•iolent<J. 'MuitM e importantE. J)(\regrinaçòee se intima!! da almo, E'levando-"8 n n mn reC'-0mn m •••·o~ tnnto!I Cnllc.<i de via rE-du- rel\lizarnm e...to m~s. 1':ntre l'las meN'CCm p:iifo 11!'r"nl\ e trnnquiln qne hem pode ser zidn, inflaniad06 no mB..mo odio 1100t6rio Elllpedol r<>ferènda a de f::11tnbl\l, C"ompo9- chamnd:\ f\ nntedlmnra ero C't<11 . e no mt-..rr.o z~lo fnn ntico, o sou mni11 vi- ta de mni-i de quotrocentu pt>S!IOns e clivo d f'sejo >1eTin afo~ar em ond1111 de san- rigida p<>lo Vigario Gt-r,tl, rev.rlo Frnn- A. t~rc:elra apariç!lo da Vfr~em. - A.s fah1aa aparlç0es. - Pé e su peratlçlo gne n lihorclade de C"on'Wi6nC"in, tron11for- cisco Car\011 Nunee, a do Pòrto, <·om oer- O anjo daa trevas transflturado mnnclo n h111n terra na R11asia ,lo Ori- ca d11 clnrA>ntm1 pes!IOM, sob a dirt>çiio d011 em anjo de luz.- A doutrlna da San• cfont.e 011 no :\ihiro da Europa. rev.tlo'I ~fnto11 RonTee o Abad11 de flomta lgreja. - Obedlhcla à autorldaCri ..tilM e portugueSC'fl 1 F,m 11inl\l de fim, a do Pniiio, Figuein da F o11, trede E.placop!'I. proWJ1to contra t,rnta mnldnde e m!Aérin zentn~ ~ a s , dirGC"çao do pliroco, rev.do Fu boje precisamente doze onos que a mora!, vamM todos nl\SBt'A dins de triun- Ant6nio Vieira, a do Olivai , Vili\ Nova fo, em romngem r'?lip;iO!la o patri6tica, dd Our6m, mii pessou, a de Salir de Ma- Virsem Santis8ima se d{gnon apare<'tt petude a arder i>m viva chnma no Indo do amor da Patrin. no a ltar do teu cornçiio, faze frente aos estranjeiros do iuterior, esses aut~nticos malfeitoroo sooiaìe, qne, reolnmaudo hip6critamente l iberdnde par a t.òdas as religioes, bostiliv.Rm e perseguem nas suns folhaa RPCtnri.1s, ""rd nr!". ·Re da mentira e da cnhinin, a R eligiiio Cat6licn que nos fez grnnrlP!! no paHi;arlo e que foi, é e sera !!empni nma fonto pi>- ,

depòr aos pés da Miie de Deus, na santa capela das Apariçoea, o preito do nos110 culto, da nosaa. gratidii.o, e do nosao amor e aos pé!I do Santo Condestavel, no altar da Patrin, a homenagem da nossa veneraçao e do ncll'so roconhocimento e urna prece 1;entida e fervorosa por nquele~ q11e no~ immltam e perp..,guom e pelo <>ngranderimento e prosperidade do nosso querido Portngnl I

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VOZ DA FATIMA la terceira vez nos humildes e inocentes pastor inhos de Fatima. A notfcin das apariçoes tinha-se espolhado, a.o longe e ao largo, por todn a vasta extensao da terra portuguesa., com a ra.pidcz fulminante dum relampngo. Pr6ximo do meiodia-solnr, hora marcnda para o conta, 1:,,, mfstico entre a terra e o Céu, alguns milhares de pessoas comprimjam-se om volta da. azinbeira sngrnda, sobre cuja copa a Visi1.0 celeste pousav-a os sous pés vii;ginais. A multidiio, cronte o piedosa, aguarda com anciodndo, rezando em recolhimonto e silencio, que se ronovaR-J':l o col6quio misterioso de Lucia com a Virgem e que m~is urna vez se produzissem os fen6menos extra.ordinarios quo tinbam acompo.nhn.do as duaa apariçoes anteriores, Chegou o momento ardentemente suspirado e os videntes, que tinlinm ncabado de recitar o terço do R{)sario, ajoelbado11 no chiio agreste e pedregoao da charneco. nr:do. e escalvada., volveram os olbos poro. o alto, embeveoidos na contomplaçao do Ente sobrenaturnl que se dignava dirigir-lhes a pnlavra. Entretanto, ns poténcias do In(erno aliadas com 11.11 do Mundo lançavam mii.o de todos os meios para desncreditar as npariçoes de Fatima, cohrindo-as de ridf<'ulo, e impedir a todo o ousto ns imponentes manifestaçòes de Fé e piedade a qae elns dnvam logar. Um dcssss meioR, alias ja utilizado sem éxito om Lourdes, foi o lançamento pelo pnfs inteiro duma larga rede de fictfoias visoes e apariçoes celestiais. E desde entiio nté hoje jàmaie 008/laram as maquinaçoes do espfrito drui trevas, procurando arrastar nas malhu deesa rede os nossos populares ignorantes e fàcilmente oréd1Ilos, servindo-se para o execuçiio dos seus planos de an.xflios ambiciosos, interesseiros e aero escrupulos. Borrai, Akanhoee, P6voa do Sa.ntarém, Estremoz, P6voa de Va.rzim, Estareja, Ahelberia, Bitaraes siio malhns desaa rede que, merce dn ma fé dalp;nns e da ignoranoia e espfrito supersticioso de muitos outros, teem forçado a a.utoridade eclesiastica a ndpotar medidas set"eras mas justns e neressarias para p6r cobro a explornçoos ign6beis que redundavam cm desprei;tfgio e meno11prozo da Rclip;iiio, <'Obrindo-n de ridfoulo. .A Santa Igreja, que niio precisa de novas npariçoes e do novos rn ilagres parn autenticar a sua ori1tem divina, usa sempre da m1t1dma prudenria e circunspeoçiio quando se trata do estabelecer n historicidado o a verdn.deira fodole dnlgum facto representado Robrenatural, recorrendo para esse fim a prO<'esso11 nbsoluta e rigorosamente soientffit•os. Em assuntos de tanta monta. e gravido.de, é dever rigoroso o instante do todos os fiéis, sejam eles quaia forem e qunisquer que eejam as cirrunstAncias em quo lie verifiquem os factos havidos por miraculosos, 11.catar com o maior respeito e a mais perfeita obedil!ncia as normas e determin.açoes da autoridnde eclesiastica unica competente para se pronunciar nes: ta matéria.

f',ttma em Eapanha-Pltima cm Prança. - P,tima na IUUa, ..... P,tfma na Alemanha. - P,trma noi Estados Unfdos. - Pitfma no Brufl. Silo pr~fundamente consolndoras para n6s oat6hcos e portugueses as notfoias quo ,•em a cada passo, em c11rtas ontusi,sticas repassadae do Fé e pioda.de de diferentes paisee dàquém e dàilém 'mar eobre a. propaganda de Fatimn. Um apostolo.do intenso e constante dos aconteoimentos maravilhoeos da Lourdes portuguesn é exercido com um amor e urna dedicaçao admiravois por urna numerosa e brilhante pléiade de almns devotfssimas da Snntfssima Virgom. E cada rnez aumenta mais o numero de sacerdotes e leìgos e.,tranjeiros que, nbrasad08 no mesmo fogo sngrado, propagnm o m1}to de Nossa Senhora de Fatima pelo jornal, pela revisti\, pelo lino, pelo folheto, pela p;ravura. e pela palavrn. Na Espanha cnt6lica e cavalheiresca, tiio z<>loRa. da gl6ria da Rafohn do Céu, aa ret"istns Snl tnrne e Lo~ lianftv1rio., cat6liro, niio ce~sam de proclamnr nns suas pnginrui, em lonp;os I! esplenclidos artigos, as grandes maravilhas da Virp:em em t<>rrns de 'Portup:al. Nn Frnnça Cl'istinnfssimn de S. Luf11 e Joonn d' Are, outrora c•hamada ,-r17M1m ltfnrirt· o M oitenta nnos fnvorPOidn <'0m o mnior e-entro de per<>,trinaçoes l\!ariann,i mundia:s, a mngnffica Re1•1u du. Ro&airt o o intt>reRsnnte Rulletfo <111 Rosaiu la <'Ontinuam Ìl. fronte deste formiditvo] rnoviml'nto d0 propagando, e l<>v11ndo no seu meio rnilbao do Jeitores espalhndo por toda a superffoie da terra o <·onhecimonto do, sucessos ns..qombrosos da Cova da

Iria e vendo por esse motivo crescer espantosamente a sua tirngem, quo ohee;a a atingir a cifra considera.ve! dum milhar de exemplare~ no curto espaço de pouco mni11 cle dois me!!8s. Nn Italia de Pio XI e de Mussolini. onde a nugWJta Miie de Deu.s é venero.da. sob tantaa e tiio <'élPbres invocaçoes Madonna del Loreto, Ma,lonna di Pompeia, Vergine di Gennnzzano, Adoloreta di Be,-gamo, Bi.anca Regina del La.zio é o pr6prio Osservatore Romano, orgao ofic-io~o da Santa Sé que ero primorosos artigos exalça as grandl'!zas da Ima<'nlada Padroeira de' Portugnl, descrevenclo com lnrgo desenvolvimcnto as grandos peregrinaçoes nacionais dP Ma.io e Outubro, No. Alemanhn. o dr. Lufs Fis,her, lente da Universidade de Bnmberg, que veio expressemente a Portugal para o.ssistir i\ magnffica opoteose da Virgem no dia treze do Maio ultimo, inicion no importante jornal Die Schildwarhe, de Bnsel a publicaçao duma série de artigos subordinadoe à. opfgrafe Fatima, a T.,011,-des port1J{lueaa, e esta preparando um livro de propaganda profusamente ilustrado pan tornar as maravilhas de Fatima mais ocnbecidas nn sua patria. No~ Estados Unidos da América. do

I Norte, sobretudo entre a numerosa co16nia portuguesa, esta muito espalhada a

rança e fé que. u doente de que venhc 6oje tratar, despertou a cura de D. MaTde,•oçiio a. Noesa Senhora. de Fatima, e garida., quanto é certo quo, para. ela, era 11acerdotes e leigos, quo ha. dozonns de um quasi impossivel a reallsaçiio ò..quianos niio vinham a Portugal, transpoem o lo quo supunho. ser 11m sonho: fr a FaOceano para visitar a terra santifica.da tima! Assim tocados o meu espfrito e o mef pela presonça e pelas bençiios da Rainha coraçiio, neles ficou desde logo detennidos Anjos. No Braail, a querida nnçilo irmii, brasi- nado que à pobre doente se reservaria leiros o portgaeses dii.o-se as miloe para um luga.:i- no meu carro, no caso, quasi a.tear em terras de Santa Cruz um vasto certo, de a Fatima voltar minha famIincendio de amor à gloriosa Visao dos lia no. primeira peregrinaçii.o de Ma.io; humildes pastorinhoe da Serra de .Aire, niio a fiz eabedorn deste prop6sito e& tendo, l:'ntre ontros jornais e revistas, o niio à ultima hora, nf por 6 desse m&, niio fosse aparecer qunlquer inesperado lfen.•agefro do Rosario, de Uberaba, 'F.8- oontratempo que impedisse a viagem; tado de Minns Gerais, descrito com todos os porruonores os fnctos extraordimfrio11 alimentei-lhe, porérn, sempre a idein da de rea.lisaçiio do sonho que ocorridos em Fatima e reprodnzido alguns possibilidade ncarinbava: bastava que a mesma artigos dn Voz da Fatima qne, pelo Bre- tanto sii imeneo, despertaram o mais vivo in- N. S. de Fatima assim o permitisse. teresse e produzira.m um bem muito grande. Do N-0rte ao Sul da nobre naçllo irDols traços da hist6ria da doente ma ergu&-6e um coro de hoesanaa e louvores à Virgem bemdita. qne no centro gellHa c3rca de 17 anos, tende 15 de idagrafico da naçao fidelfSllima Ile dignon co- de, começou eeta. doente n sofrer de perlocar o seu trono de Bmor e miseric6rcl.a., turbnçoes gastricns tiio importantes e fonte perone e inexgotavel de graçnl(I ~ graves que seu faleo:do pni se viu força-bençiios preciosfs<iimas para o mundo io- do a rec{)rrer à. medicina eepecialisad.a. teiro. depois de, sem provoito, haver bu.eoad1>, Viaconde de M,m.t-!Ct> por varios médioos, o desejado alivio a.oa sofrimontos de sua filha.

PEREGRINA çAO AO

SANTUARIO DA FATIMA FESTA DA PATRIA l.2, 13 e 1 4 de A..gosto - 1 9 2 9 Meua caros diocesanos: O amor à Santissima Virgem esta em todas as paginas da hist6ria de Portugal unido ao amor da Patria. E Nun'Alvares, a. suprema gl6ria da nossa raça, aquele a quem clevemos a independendio. e a quem a Santa Igreja eleva às honras dos altares aob o nome de Nuno de Santa Maria que ele mesmo escolheu quando abandonou honra.s e riquezas para se entregar todo a Deus no convento do Carmo, é o modelo do amor à Virgem, Senhora Nossa, e ù Patria. Pertenceu-lhe Ourém e é na Fatima, frèguesia do aeu Condado, que Maria Santissima tem espalhado as ma.iores graças e bençaos sobre as al:mas, atre.indo ao seu novo santuario milhoes de peregrinos. A Cruzada Nacional Nun' Alvares Pereira, com a~de em Lisboa, numa alta compreenaiio de patriotismo, resolveu, a exemplo do ano paSBado, vir em peregrinaçiio a Ourém, Fatima e Bata.lha., celebrar a festa da Patria. Associando-me a tao benemérita iniciativa, convido os meus queridos Diocesa.nos a aoompanhar os nossoa ilustres H6spedes. O prognuna, naa suas linhas gerais é o seguinte: Ourém -

Dia 12 -

Visita a.o Ca.9-

telo - Alocuçiio pelo Snr. Tenente Gomes dos Santo~. - AB 17 horas (3,30 h. solares), Te Deum na Sé de Ourém, presidind() e pronunciando uma. alocuçiio o Prelado de Leiria; · - Visita ao Cruzeiro do Regato, discursando o Senhor Dout.or Costa Lobo, Lente da Universidade de Coimbra. Fatima--Dia 12. AB 22 hora"8 procissiio das velas. Dia 13 - A meia noite, adoraçao do Santissimo, seguindo-se as cerim6niaa mensais da.a peregrinaç3es. Batalha- Dia 14- A.a 9 horas -Missa em honra do B. Nuno e alocuçiio pelo Prelado de Leiria. Visita. ao tumulo do Soldado desoonhecido. - Alocuçii.o pelo Sr Dr. Ferreira Deusdado, de Lisboa. - Visita à. Capela cle S. Jorge discursa.ndo o snr. Tenente ooronel Costa Veiga. Espero do zelo e patriotismo do rev. clero e fieis a colabora.çii.o entusiastica nesta comemoraçiio tao solene para honra da noasa terra.. Esta. circular sera lida e explicada pelos Rev. Parocoa e Capelaes a Santa Missa para. conheciment.o de todos. Leiria 26 de julho de 1929. (a)

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JOSE, Bispo de Leiria

AS CURAS DE FATIMA Paralisia completa do braço e perna e1querdo1; 6 anos de lnaçlo forçada. E' pol11 segundn vez quo venho, neste jornnleinho, escreier umns linhas, dita.dns pelo prnzer imenso dum crenw sincero, qne Deus qniz haver contribu{do par:~ o conseguimento da. grande cura, verdndeiro milagre, que vou relatar, n n pes80a da. minha. cliente Emilia de Jesus M11rques, da Vila de Louzadn. Da primeira vèz referi a cura assom-

brosa quo, em 13 de Outubro, N . S.• de Fatima concedeu a D. Maria Marga.rida Te~8ira. Lopes; a. su\!. ·narrat iva. veio feita, salvo o erro, na Voz da J!'dtima, de 13 de Feveroiro do a no corren\e, o deixon no men esi,frito grn.vada, bem fundn. a convicçiio de que os cnt10s clfnicos, para. cujo nlivio ou favoravel tra. tamento o médico e,rgota, inùtilmente, o ma.is persistente esforço, niio devem alnda arrumnr-se para completo a.bandono. O meu coraçiio sensibilisou-se tanto e tanto mais parante a impressao de esp""

D. EMILIA DE JESUS MAROUES

Tendo eido oonsiderò.velmente nutrida e saiidavel, definhava de dia para dia, zombando a doença. de todos os tntamentos; a medicina 011pecialisnda em doençns de eetomngo, guiadn. pela. milo aba-lisada do Ex.mo Dr. Pinto Leite, coiaa algumn couseguiu: os reg{mens exclueivoe e consocutivos de leite, peixe, farinbaa, nada n11rcrveita.ram, eorrindo escarninha..mente o. balança aos melbores prop6sitos e bona deeejos tanto do méd ico como da doente. Foi em tais condiçoes que comecei a prestar os meus cuidndos cHnicoe à doente que c-ircunstancins 8<'0n6micas ohriga..vam a p6r de parto os tratamento!I di• ta.ntes e mais dispendio11os, portante, da medicina espe<'ialisadn; siio 15 anotJ de trabnlho diiirio que conto no activo do meu melhor esforço de ùem fazer. Neste l11pso de tempo, bem corto para quem tem saucle, mas pnrel"Pndo interminavel p11ro. quem verdnrl<>i ramente sofre e pn.ra qu1m1, por aentimento e p or brio profiesionnl, se ve quasi impotente para debelnr teimosos sofrimentos, promovi que a doente se npnrta!ISe dn famflia, fa,. zendo urna temporada em C'aldelns e outra na Foz do Uouro. Tudo in1itil, absolutamente inutil. A esse tempo, claro é, n.inda a doença, a-pesar-de tndo, era nndn, pode div.er-se: bavin mot'imentos, a doenta niio tinha paralisi ne.


VOZ DA FATIMA A.s perturbo.çòes gnstro-intestinais constitu{am as tinta.a maie vivas do quadro, mas desenhavam-se ja, de certa formn, oe estigmas de um fundo nevropatioo; a. aua clareza impunha-se mesmo, e assim é que o entii.o clfnico de Caldelns, o. quem por carta preveni da Jocalieaçiio principa.l de determinadas algias, teve ocaeiii.o de verificar, com alguma. eurpreza; era posaive!, era natural que éste isolamento do meio familiar, que a mudança de ares, que o uso de douches, etc., utilisassem, exactamente pela indicada raziio, mais que suspE1ita, da natureza. nervosa dos padecimentos. Foi tudo em vao como, da mesma ma~ neira, o foi a estoda na foz do Douro. Que fazer? Tudo quanto ao mèu alcance pude: alimentaçiio forçada sob o sono bipn6t100; injecçòee t6nicas de t.oda a ordem; sugestao em eetado de viplia; aplicaQOM el'-otrica.s em choques, em banhos; massagens manu aie e mecanicas ... ResultadoP Um pouco mais de peso, um pouco mitis de fòrçae, mns... pondo de parte sunvemente estes meios, que nao podiam ser definitivos, o retrocesso era sempre certo I O mal mantem-se, o mal progride e a mo.rchn começa. a. tdrnar-90 diffoil por e&uaa da perna esquerd11, qne facha, que ae esquece. Chego.-se à permanencia quasi completa no leito; ba édemns e mortificaçoes de tecidos, no braço esquerdo, pesado, violaceo, frio do marmore; pas.snm meses e o braço, por favor de banhos quentes, massagens mannaie e eléctricas, volta. a mexer-se e a doente, ja definitiv11-mente condenadn ao leito, intertem-se, ao- menos, mota as horas intermina:veis da sna vida, trabalhando em malha. Come, desde ha mu ito tempo ja, npenas urna vez por dio, e pouco, muito pouco, com a minha. assi!!tlmcia e alguma impoaiçao, m!ll'I sempre graç~s ao auxilio de uma inje<·çno prévia que lhe c~bate, que lhe diminue um tanto as dores folgurantee provocados pela chogada ao estomago da mfnima pnrcela do alimento mais inocente Decorre a tempo sem mutaçiio sens{vel da. tela até que me cabe a vez de ficar de carr:a por espoço de 15 dias; durante esqe tempo, aplico.das ns injecçoes diarias par urna pEl'!soa amiga, foi, todavia, a alimentaçiio mnis precaria, mo.is diminuta: fui encontrar a doente considerà.velmonte mais ahatid& e com o seu braço esquerdo em completa. retraçii.o espasm6dica e sendo inuteis todas ne tentativas de distençio, pelas dòrcs provoc~ das e pela resistencia mnscular; nem banhos, nem massagens, nero sugestòes nero ooisa alguma produziu benéficos efeitos. Estava nri ordem do dia a ideia de uPansifilisu hereditario ou adquirida, como a. grande causodora de todos os ma-

les.

Sem resultado apreciavel o uso de injemercuriais, apliquei os novoe pr&para.dos de bismuto que, numn, 1." série, lograram deepertar algumas esperanças, produzind<H!O n tlncidez do braço e uns leves m-0vi1M11tos dos ded-0& 1,>0leoar e indicador; foi tudo. A instllncias da doente, foram repetidas varias sérics do mesmo preparado (Trépoean), qne mais nadn deram de boro e definitivo: 08 dois membros esquerdos continua.ram, anos soguido8, em e9tado de inutilidade, paraHticos, impoten~, até ao dia 13 de Maio pr6ximo pai;sado. Anancindn à. doente a boa nova da sua ida a Fatima, so as suaa forças o permiti.ssem, do que ea muito duvidava, foi com alvoròço e confiança maxima que me d&clarou niio haver coiso alguma que a demovesse, nem a possh•el morte durnnt-e a viagem: eu, que lhe proporcionava. o eneejo de ver realisado o 8eu grande lionho, ha via, eatava certo, do ter a caridade de niio deixar o seu cadaver sbandonado no uleta da estrada ; f~lo-hia transporta.r para junto de sua fnmilìs. Foi, pais, mesmo nn hip6tese de efectivar-se um grande dl'ap;osto, que eu, de bom grado, pnrti com minha fnmnia <' C'Om a doente pnrn n Co,·a da !rin. Pela. readruJ-!oda do dia. 12 de Mnio, estavamos em ma.rcha, interrompida junto do tempia dC' S.ta Crui de C'o;mbra, por volta da~ 9 horas, pnrn asRistirmos ao S .to Sncrifido da Mii;so, o que niio tentarnm fay,(lr a doente e minho. mulher que, ambns, permanecernm no l'arro, tal era o péssimo eRtado de sa.ude de uma e de outraAté aqui, e porque era map;nffico o estado daa e!itradas, veio a doente 11mparada por umn 8Ua irma, c-om grande sofrimento maa Rom perturbaçii.o de maior. .A poucos quil6metroe de Coimbro., e ro-

cçoes

dando ja sobre a. esburacada estrada de C'ondeixo., perdeu a. doente os sentidos caindo em sfocope; procurai deapcrta-la o que niio consegui; dei-lhe em 8000rro do pulso filiforme, quasi imperceptivel, uma injecçii.o de caféina; seituimos cautelosamente, de vagar, a.té às portas de Leiria. onde, finalmente, volt-ou a doente a recupera.r os scntidos. Sem alimentaçii.o alguma desde a tarde do dia 10, pois bada sido deposta. totalmente a refeiçii.o do d ia 11, seguimoe, ja ngora, espernnçados de chegormos a Fatima com a nossa doente em condiQoes de a N. Senhora pedir o Pestabelecimento dos seus mo,·imentos ha tanto tempo perdidos, e as melhoraa de seus velhos sofrimentoe. Chegamos, emfim, pelas 4 e meia horas da tarde, dirig:ndo-me sem mais delongas a procurar dois leitoR no hospitnl, que me ha.viem sido prometid08 por 8. Ex."- Rv.mo o Snr. Dispo de Lciria, onde pudcssem re1,ousnr e pernoitnr E-sta e outro doente (meu irmì!o P.e Ilermnno Amandio) que eu também acompnnhava dos meue cuidadOb; feito isto, o qu" nao foi sem algumas dificuldades, resulto.ntes da. infinidade de pe860as a atender, fiv.eram os beneméritos maqueiros o tra.nsporte de amboe 08 doentos. O ef!ponto dos circunstantes era tio grande, ao verem o ospecto d a doente, que aos mcus ouvidos chegou, por vezes, bem nitida n censura. contra os médicos 011 contra quom C'onsentia que doentes assiro, n6 esta.do j,t de cadaveres, saissem de suas casasl Aquela no;te de 12 para 13 foi verdadeiramente tormentosa para a doente cujo estndo de fraqueza, sem alimentaçio de qunlidnde alguma, mal podia consentir oqnele bulicio con11tante mas inevitavel, sem duvida, nas circunstancios emergentes. Pela mo.nhii do dia 13 recebeu a doente a sagrada comunhiio, outro tanto faeenda t.odBB as pes1100s que por eia se interessavam; seguidamente foi !evada. na maca, outra. vez, do hospital para o recinto dos rnilagres, onde fit·ou deitada nu'ma enxerga, na unçi'io maxima de fervoroso cronte, nquela meia duzia de horos seguidRB. O que Ile passou clepois ni'io o pude saber directn e pessoalmonte porque os meus cuidados esta vam repartidos pelo meu outro doente ; deixei-a entregue o sua irmii, depois de bem ter prcvenido para o fim dos offcios divino!! os n6vos l!erviços dos dedicados Hervitas maqueiros, Em dada. ocaaiii.o, nao sei quando, mos ao dirigir-me para o locai onde esta.va meu irmiio, ao funclo do recinto, vi de relance, ma11 quasi niio crendo, que a doente resnva de joelhos e mios erguidas I Realmante, niio foram precisos os maqueiros pora o transporte ao nutom6vel, onde minha mulher ja esta.va para pr&parar o lop;ar e receber a doente ; é esta. quem o conta: «no entrar N. S. no recinto reservado sentiu 16go, logo em si a co1;1vi.cçiio de qne ia andar I Tentou ajoelhar e pode fare-lo; ergneu es miios ambas apertadns ao seu térço que r~ea.va e resou com mais fervor, se é possfvel I Levantou-110 e teve muita vontade muita, de <'antar com todos e C'antou Ì Entendeu dispensar a ma.ca ' e procurou andar seguindo por lleu pé, junto doe maqueiros, paro o hospital; levnram-na ao po!lto de vorificaçòes I E um encanto de franca devoçìio assistir a um facto destes: um milogre Autentico, evidente fnz estremecer os coraçoes; faz ,•erter 16grima.s copiosas de alegria; determina sembla~tes risonbos n.nimados duma vido. extranhn comunicativa I E o milagre tinha-!!e dado palpével som a menor duvida pora quen: conhccia eata parnHtica ha boa mcia duzia de anos; para cruem a viu entrar na C6va da Iria mais cndaver do que 11er vivo; para mim qne, durante tanto e tanto tempo, envidei todos os esfor<'()!i para a arrancar do leito; para ela, sobretudo para eia que, nao duvidnndo de toda a minha b6o.-vontade, l'rà forçnda a reconhecer que muitas vey,es ha de ser precisa a intervençiio divina para aliviar-nps e livrar-nos de sofrimentos I No posto de ver;fiN1çiio <'ntrei mais tarde, quando me solicit.oram a minba presença nn. qunlidade de médico nssistente; descjavom os rnmts numl'rosos coJep;as, ali reunidoii, ouvir de mim a hist6ria re,mmida , mos cl11ra, verdadeirn do caso. Cont<>i, mais ou mcnos, o quo ja reln.tou a V6-' da Fdtima de 13 de Junho. DiRse a verònde que hojo repito. P.!!te caso de cura e o caso d<> D. Marp:ariòa Tebi:eira LopEIB, produzido ('m 13 de Ontuhro de 1928, 111io dois milogre>11 verdndeiramente llll80mbr6sos. 28 anos de cHnièa, Elxeroida com devoçiio e carinho, nao pormitem duvidas em

cat;OS desta ordem: oti meios acientificos mauifestaram-se de im•npacidade ab8ohita, havemo11 de cri.Jr que outro «valor mais alto,. e s6 èle podera, em casoe taes, demonstrar à evidencia e. sua f6rça. Que estas duas miraculadas ernm dois exe_mpla res do nevr6P,t1~ia, do gran~o hysteria mesmo, p6de d1zer-se e d1r-se-hé. nma grande rnròade; podem dizer-se muitas babu1tCiras caidas dos labios leigos de muita. gente e nté do médicos; sei isso, acred1to que se d1zeru. Mas que valor téìm essns bo.buseiras , enham elas donde vierem? Tém o valor da inconsciencia na maior parte dos casos, 011 tem o volor d&m?~trnti~o ~e urna _falta de observnç~o chmca mmuc1osa, c\Udada corno dever1a ser. Que estas curns siio E'feitos de sugestii.o ao nlcance de qualquer médico on, pelo meoos de cspecialistus, ouve-se dizor ! Onde estar1t o médico, o espedalisto que, por tal fòrça de sugestao, fnrin desap11recer, terminar a s6rie de mais de 500 abct'SSos subcutaneos que, por espaço de 8 anos atormentaram a D. Margarida Teixeira Lopes? Onde quem, dopois de 6 anos de paralisia C'ompleta, fa.riti andar mais de meio kilomotro, imedio.tamente, uma entrèvada corno aquela de que venho trntando? P or acMo, sei pe rfeilamente até onde pode ir o nosso poder sugestivo de méd·co; empreguei muitas vèzes a sugestiio com algum pro~eito, m&S sempre poqueno, muito pequeno e vi, por meus olhos também, aM onde p6de ir es."-0 poo.er de sugestiio espeeialisado; vai porto, muito parto. Houvo sugestào? Tnlvez, mas que importa? Sugestiio de quem? De quom p6dt• mais do que n6s: sugelltiìo sobrenotural -;mgestiio ultissi1n0, ! Bemdita s ugestiio o que ola nos apareça sempre e quando os no~sos recnrsos, Oli nossos caforços resultt>m io11t<>is Ì1. cura tle tiio queridos e lastitna.Yeis do<>ntes ! Bemdita sugestiio a cujos resultodos, oomo os cléstes dois C'llR0S a que me reporto, chamnrei sempre milngres; bemditn sugestiiCl I A mirnculndu de Maio, Emflia dP J esus Marques, nanca mais, depois do regresso do Fatima administrei refeiçiio algumn; tem ainda sofrido bastante,, é certo, do 'seu e~t.omago, mas ele vai tolerando algum1 alimentos quo a pr6pria familia lhe facultn e ola. torna Jl0r imas mao!! e SE'mpre n11 viva eiiperança do que as melhoras iriio segu indo até ao conseguimento das forçns precisas. Estaa linhos escrevo-os da estnncia d a Tòrre, em Entre-os-Rios, onde me 1>noontro a repousar uns d ;ns, na. convicçiio de qu<>, no voltar a Lonzadn , irei enl.'Ontror ri miraculoda muito minornda dos eeus ino6modos e sempre, fortalecicla pela. sua gronde fé, na esp!'ronça de c,1ra completa de todos os seus mnl86A fotografia que nC'ompanhn fuite relato, foi tiro.da dois ou ires dias depo:s da vinda de Pittima, no quinto! dn casa de sua miie, onde a doente dcB<'eu por i.eu pé, propositado.mente paro ésse fim · ronservn ninda hoje todos os movime~tos que Nossa Se nhora lhe permit.'u em T•' atima.

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(linha de Oe~te) na hèguesia do Souto da Carpa,lbosn, sofria desde ,·rian.,.i de urna bérnin, quo nos ultimos teJ'l"J)o:. o re-duziu a um etitado tao aflictiv.., , ogravando-st• cudn vez mkis qne era 1nevit1frel urna apor n.çiio. ' Neste esba.do, éle que é pi1>,losJ, freqiienta os Sncramentos e vivo numa frèguesia onde ha n1ais de 50.\)()() comunhoee por a'llo, lernbrou-se de recorrer à iotern·n~·iio de ~o~sa Renhorn di- Fatima, prometendo 1r n .l<'atimn dnro veZC'a i;e m&lhor.asse. Demornndo-s1> ,,, mrlhorn;;, começau a.a C'Ì neo peregrinaçòell e, c•om grande espanto seu, verifìcou que depois da a&gunda a. hérnia tinho. d '!làparecido, deixnndo apenhs uns ligoiro~ v<'stip;ios JUe na<da o prejudicam. Ji la viio 18 mé988 e a cura permanece, deixando-o liv,.. pa.ra os seus trnbalhos de oorpintnria, talha, pintura e dourador em virias ig,-ejas deato11 regioes.

----------Voz da Fatima Deapéea Transporte ....••... 163.680$10 Papel, composiçao e impressao do n. 0 82 ( 62 200 exemplares ) ...•...... , ....•... 3.370$00 Pranquias, embalar;ens, lransportes, gravuras, cintas e out ras despesas ....•...... l 319$10 168.369$20 SubacrlçAo ( .4.bril dt 19118)

Envihram dez escudos para terem direi! o a receber o jornal pelo correio: Pura Rodrigues Ramos, O111lherme I lenriques, Oracinda Lopes, José Agostinho Fernandes, Ana Maria Clarin de Ornelos e Vasconcelos, Sofia Regalao, P.• José Henriques de Almeida, Cecilia Correia Costa, Maria Amelia t-erreira ( 1!>!00), Francisco Fernandes Pombo, Manuel Francisco Malheiros( l5$00), Barbara Martins Teixeira, P. • Roberto Maciel, Maria !sabei fernandes, Maria do Espirito Santo Correia, Américo Augusto Pereira da fonseca, Margarida Rosa Pereira, Agostinha Oonçalves, Mana Oertrudes da Silva, Maria do Carmo Percira de Lacerda de Penalva {20$00), Juli~ta Souza, Maria da Conceiçao C oelho. Maria C. Novoa I !>0$00 ), Ouilherme Rosa da Sii va, Francisco Manuel de Medeiros Correia, Alberto Santos Nogueira. Ana da Conceiçao Azevedo, Ant6nio Barroca Delgado (20$00), Maria Amelia Vieira de Carval ho ( 20$00 ), Eliza dc Lourdes Mesquita, Luciano Cordeiro Oonçalves1 Ermelinda faria da Cruz, Manuel fernanaes da Silva Lnge, Maria Leonor de Freilas, Maria Augusta de Oliveira, Ana de Jesus, Maria de Alarcllo, Maria de Lourdes da Cunha Bernardino, Alfredo Miguéis, Luiza Angélica Oomes de Freitas, Joaquim Duarte dc Oliveira (50$00), Ema Luff Sampaio, Luiz Cipriano Esteves, Maria do Carmo Oonçalves da Sii va, Maria Bnrbosa dc S. P. Vinagre Preto, P.• Ant6nio Henriques Pereira (20$00), Maria José ferreira Paulino (20SOO), Francisco rernandes Bexlga, Angelina Dias do [spirito Santo ( 20rno ), Adelaide Ribos da Costa, P.~ Joaquim Anl6nio Vieira, Agostinho RiJonquim llerm-0no M,ndes de ('nrvalho beiro, Aurora Antunes tJ2!50), Maria da Concdçlio Fonseca ( 15f00), Margarida de Hlrnia. Sousa ( 12$50 ), Eduardo de Moura Borges, Teot6nio Pereira Dama~io, de r,0 onos, Victorino Lufs Filipe ( 15$00 ), Emilia das mora.dor junto à estaçiio de Moote Rea! D0res Delgado T6rres, Manuel Coelho de 8. Borges, Maria )osé M('lniz, Maria Eugénia ferreira Verissimo ( 30SOO ), Maria }osé Bagulho Fernandes, Catarina Bagulho de Sani' Ana Marques, Maria Joana Bagulho Correia, Maria da Conceiçllo de Arouca Assis, P.• Horacio Ribeiro de Castro, Maria Oenoveva Drumond, Amalia da Luz, Dr. Ant6nio Cagigal, Julia Pais Falcio, I lermfnia ferreira Marques, José dos Sanlos ferreira, Manuel Oabriel, Maria da Encarnaçao Almeida, Maria da Conceiçlio Arruda, Dr. Francisco Oomes ae Ornelas, Mariana Ouiomar, P.· José Botelho Amara!, lzabel Souza Aguiar, Alexandre Bt:rnardo Simao, P.• }osé Viveiros Cabeceiras, Joaquina Maia Medeiros, Manuel Pedro da Camara, P.• Fernando Augusto da Silveira, Maria Emilia firmo, Celestina dos Santos Reinas (,0SOO), Maria lzabel Monteiro Reinas (50$00), Ana da fonseca Alves, Ant6nio Monteiro Ba1c1lo ( 15$00), Ant6nio Bapti~ta. Donativos varios e na de -tribuiçì!o de jornais : l'.• frandsco Pere ira S. J., 89S30; P.• Daniel Correia Rama, 50$00; Joaquim da Silva Carvalho, 80!80; Leopoldina Curado, 25$00; Manuel Fernandes Soa res, 50$00; Leopoldina da Silva, 50$00; Alice Rodrigues Lelio da Silva, 105SOO: P.• Car10s )orge de Faria e Castro, 130$00; Joaquina Rosa Ramalho, 15$00; Famllia leal ( Paço d' Arcos ), 56$60; Amelia Lopes de TEOT6NIO PEREIRA DAMÀSIO 1 Mendonça (Coruche e Salvaterra) 150$00;

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N. 0 8 4

Leiria, 13 de Setembro de 1929

( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA ) Director, Proprietario a Editor: - Dr. Manuel Marques dos S antos Composto e impresso na U nl4o G r àflca, 150, RII d1 Santa Marta, 152 - Lls boa

Adminiatr1dor: - Padre Manuel R.rdaeçllo e Administ,açllo: Sem lnArlo de L e i ria

Per eira da Silva

A peregrinaçao nacional promovida pela Cruzada Nunalvares aos santuarios da Religiao e da Patria Dias de triunfo e de gl6rla. -Tres jornadas incomparaveis. "

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OUREM-FATIMA - ALJUBARROTA Nuno o Santo, Nano o Heroi, redemiu, numa etemidade de gloria, a alma cristianissima de Portagal. ( Palavras dum artigo do disti nto professor sr. dr. Antonio Cobeira no numero unico Heroi e S anto, publicado em ju nho de 1918 por iniciativa da Associaçao Nu nalvares de Santarem, em comemoraçao do 5.° Co ngresso da f ederaçao das Agremiaçoes da J. C. P.) O Condestavel Santo - O seu heroismo na defesa da Plltrla - A s ua Fé e a sua pledade - A sua devoçio à Santissima Virgem - O seu amor e a sua compaixlo pelos pobres.

Silv11 Tele,, foram outrrn, i;111tos nurnt!ros mo :-.apoleào BonuparlP, nlem tlo genio do programu dn;; féll1,:t~ e outro!> tnntos e,;trnt,•l(i1·0, o c-onclao !lìnp;ulur dc incut1r tributos <le nmor o grnlidìio qne o cora- o ralor 1• llt'tmder o e11t11tii:i-,mo nas bosr;ii,1 do P1it_ria prestou ti uum1<irm ~agra- , Les c·'?n!iadas ao seu N1n111111lo .~1111',\ h-adn l' bemcl1tu dnquele q1tt', nn lrn,e la- t'l's , 1,·111 1ntensnmente dl•,sa 1•~. sem a

,zrndn gurnristia, que é, tildn n religi:io, S<'l(Ulldo n expra,~ùo do ~nnto Pnùre l'io X, lE>vou o lll'roi e Santo 11 cfo•.(>r: «Qu11m mn do....c>j11r , er vencido, s,•pan•-m~ dès~ sagrnclo hnn<1uot1• (•m quo o proprio Dem, !l11slt>nt11 o homem; s,i 1<:l1> nos dti fortnlt•za e fòrc;n pnra cll'belnr o .. inimi-

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cliu, 12, 1:3 E> l~ de \ p;ost-0 foram dins desli nudo~ pela ilustr e e beoemérita Cruzadn :\ a('1onal Nnn' Alvnrt>s ÌI c•omemoraçiio solE'ne da batalha de Aljubarr ota e à c·onsagrn~·iio religio~a " patriotico. dn épica figura do Ranto Condestnvel D. Nuno .\ lnres Pere1ra, rujn nchninivt,] figura 11n1ltn. na;; paginns d11 llist6ria de Portu~:11 c·omo »imholo da lwroicidade e l da Ft>. O <li:1 14 df> Agost-o é, por urna lei qne o C'ougresso cla R(•Jnihlica unirnimementr aprovou, o dia d11 Ji'esta da Partria. O gm·e1·no e o Exl•r,•ito as,odaram\se, poi· ls,;o, justamcnte ÌI'< homenngens que a C'n1znda Xun'Alvares, numa elev11da no~ào clc patriotismo, !,('ve• 11 inicintiYa cfo pre-;tar, a exemplo do ano passado, no ~!'Il glorio,.,o Patrono e t111e revo,tir:un urna grandiosiclndC' e uni hrilho que excederam tòcla a expe<'trtL1n1. ~\ romaf..!;1'111 ao n~l,•bre (.'ustl•lo de On~ rém, ~éde clo <'Ondndo dP O. '\uuo, o «'l'e-Deum" n11 Se ('oll'giadn daquela dia, a vis1t11 ao ( 'rnzei ro dl) Tl1•,,11:nte, I' pc•rE>grinnçiio no Suntu,hio Xa<·innnl tle- :-.ossa Senhor11 dc• J,'iitima a Lourde,; Portuguesn. onde, -.;eguudo a trnclir;ào, o Rant-0 Condestan-1 ornu pelo hom (\x1to da gì{!;nnwsca 1•111preza q,1e 1111,·111 rle torn11r ,•ns ns pr1>ten,òe,- de C'u,tt•hi i, hE'!(Pmonindn Peni1h11h1 , a missn P o sermiio pelo Senbor B1,po de Leil'in, 11a Ìj!rejn da

p;-0111.

r~ a sun devoçào pu rn t·om n 1\Iàe de Deus fpz qtm ell' 1•on,..11.j,1;1'11%C' ao Het1 se1·, ì\·n r<WIXI e nlmn nos 111litn(IS nnos da sua. , irl11, d(•spojando-se de tudo 1rnr11 i;e fav,er pobre e lmrnìlde donuto <'-ITflll'lita. servrnk d1, frndP, o irmno de 111cniligo~ paqul'm p1•din esmoln de pnrtn em 1,orta pt>las rtlll;; da <'R pita I.

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A Cruzada Nacfonal Nu n'AlvareaRomagem ao Castelo de O u r ~m e alocuçi o do dr. Oomes dos San tos - • Te Deum • n a Sé d e Oure m e aermilo pe-

lo iluatre P relado de Lei ria Visita ao Cruzeiro do Resgate e aloc uçlo pe lo rev.0 dr. Andrade e Silva

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e:,qwcli\·Ùo µatriòti1·0-reh~1osa promo1wla Cn1,:nda :-.nt·ionnl ~ 1111'.\h•arcs I pnrt111 da P~tar;iio do Uo,~w em l·arruagen, privatirns ntrelada, no 1·omhoi<1 do Ntwte. 'l'1nh11 por dir(.'(·tor ('sf1tr1tual o B1>rnardo ('nhrita, J)l'lor dn 1·,,,·.clo dr fr,•glJl\stu ùo;; MtirtH,·s, P 1•ra snperiormcnle dirìgirln pelo-i ~r~. ,·npttiie~ ,\ fonw <l11 M1ru11cla e Teod,1siu dei Ah1wid11. ,\ pri111eir11 n•rimouin otit·i11l tln Cruzada passu-st> dentro dns ruinns n•twruncla~ do ('a,tE>lu ro<111eiro dn nillta " g lorio~ft Onr~m. '.'in lnqi:u tln Sii ( 'oll')(ind.i

Batalhn, 11 piedosn h01m•m111;<•111 i1 memoria do>< ,,otdaclo," dC's<'onlwciclos junto das suas 1·nn1p11-. nn hist6ri!'a snln do 1·11pitulo, o 1·orl<•io religioso-p:it riotwo du Bntalha 11 rnpt•ln dc R..Jor1,te, "" :ilol·111:oes pli<'ntini" ,lo signifil'uclo da l•\•sln eia Patria ,. da j nst ifi,•ndn !'omenwrnçùo dn glo• riosn al't;:io e],. Aljuhurrota, feitns no toque cln aln1r11da do di:i 1-l, Pm toclos os quarte1,; dn gn11rni~·ùo mili tur cfo Li~hon , o bodo :LO~ pobrt-s nuo; ruin,i-.; do anligo Conl'ento do Carmo, o dE'sfilo dns <'ontingentes de todos os c·orpos dn gunrniçào em rontine1wi11 às oss:\tlus do H eroi e Santo no Lnrgo do C':nmo ('0111 aRsistencin do i<l'nhnr Prl'sidenit.e da Rt•1n1blica e do Governo e finalmente n se1tsiio solene no,; Par;oq do C'onrelho presididu pelo ministro ,fa In,;truçùo puhhco, sr. dr.

t'X- 1

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ng11arda111

a d1e11;adu d,1 1•xc111·sà-0 o, rcv.<los ( 'nrlos PC'rt>irn G~ns, pnroro de Ourém 1• dr. Luis d.- .\ ndr:Hln e' 8ilrn, clivl'rsas ir111undndes o u 111wo cln frì•ittwsia " dns fri>ri;uesius li-

u1itrofos. Ròhre :h murallrns da ,·t•lusta ntnluia A V OLTA DA PROCISS.A.O l'xtremenl111, 1·1mtemporimea clc1, mouros e do tund,1dor d,1 nm·ionalidndl•, fnln à. 11111lticliio, Pm palnvrns C'loqii,mh•s n•paspidnr lit• Oliv.-1rn :.\1artius, fo1 n mai, pl'r- qual 11iio h:1 nem pocle lian•r liPruis e san- ~11d11~ do mais 1mro e siio putriot ismu, feita ,·onsnhi..tanriaçiìu dn ahn11 nnr1onnl. tos: pa Lrwln E' 1·rist110, ~uerreirn ,, mon- o le,wnte dr. Gomes do~ SanloA, que a J~ Wrlos csLns p;ran<l iosal! homl•n.ngem, / gP! ~·nnf1u'IL .~111 ,i, nn P 11triu t' cm Deus ('ruz1id11 ('>,(•olh()n pnra s()\I 01:n~lor ofiei:il, <'l'am he111 mPrec-idas µelu fi~1u·11 m11111 b<.'- (' 101 c·o111 n lor~·a 1ndom11vel do-,~a suu Fé ne,i\1t t.nph c1, rom11ge111 rehg10:so-pntri6ln. () mnìs ~lor1c111a e si11111ltanen111Pnte mais (]lii' Pil> cons1-1g11in sal1>ur Port11glll. A sua tirn, iwr.r,·n du did~a que f le diRRl' ser _a pnni v 111111~ l'Ompl('tn da nos.~,, hist6- _);'~ ahan1 11nm piednde 11crisolncln, e, dum do Santo Condest.:hel-..1 Mn1s ulto ,, mu!s ria. modo <'H()l't1:.tl, a devor;iio para com o alhn11, mais nito, pnru n~u,;, P 111111" Po--..11inclo a corugem no ><l'll grau ..in1s Sant is.~irno Sn1·rament-0 E' parn <'Om n au- nlém, pur:i 11m Portugnl m:ttor. c>lc,·ndo - o hProismo, tinhn hnnhèm eo- gnsta R:i inlrn do Céu. O >,l'll amor à Sa~foml·ntn, ÙPpnis, na Sé ( 'olt•11;iucla , o

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VOZ DA FATIMA Stnhor Bispo de Leìrta traça, numa elnquent-e oraçiio, o perfil do Beato ~uno ,1e Santa Maria, salìentando o criniio e o sant-0, ,:igradece à Cruzadn ~un'Alvares esta forte revfriacéncia do culto religioso e patriotico do grande Condestavel, e beoze os estandartei; de D. Joao I, Nun' Alvares, Aln dOB ~amorndos e Ordem de Avis. Por fim, sob a presidéncia do rev.do dr. Andrade e Siiva, é cantado o «TeDeu m" e dnda. a bén',l&O do Santissimo Sacramento, a.pos o que todo o povo, que enche, por completo, o va.sto templo, desfila em frente do altar-mor para oscular uma reliquia do Santo Condestavel. Ao pòr do sol, os romeiros reiinem-se junto do Cruzeiro que foi erguido na rniz do monte e que marca o lugar onde 11e- n<·ha i;epultndo ùm irmao do Santo CondCdtlivel. Ali o rev.do dr. Andrade e Sih-a, num brove discorso, proferido com J!rande entusinsmo, recorda os suce980s hist<iric011 que andam ligados a esse local. A~8irn se iniciaram solenemente as festas da Patria, em honra. do Her6i doli Atoleiro~, de Vnh-erde e Aljubarrota.

ma.ia deY~ii.o, no culto da Santi68ima Virgem. A procissiio de regresso da Imagem à capela das apariçoee é outra a.poteose à augusta Raiuha do Rosario. 0s quatro pendoes da Crw.:ada Nun' .Alvares rodeiam o andor que é conduzido pelos senhoras da comissao, D. Beatriz Arnut, presidente, D. Maria Herminìa de Sousn, D. Maria Emilia. de Lemos Franco e D. Alzira Arnut. À frante seguem as servitas e atra-s um numeroso grupo da Juventude Cat6lica. Feminina de Leiria, que duTante as cerim6nias da peregrinaçiio se dietinguiu sempre pela sua compostura e piedade. Com o adeus à Virgem estava concluida a. segunda parte do programa da benemérita Cruzada Nacional Nun' Alvares a romagem à Fatima em lionra da augusta Padroeira da Naçiio e do Beato Nuno de Santa Maria.

Missa na Batalha em honra do Beato Nun o -Sermlo pelo Senhor Bfspo de'Leiria-Visita a o t6mulo dossoldados desconhecidos e alocuçio ptlo sr. dr. Oomes do11 Santos - Cortejo rèligi• Procisslo das velaa e adoraçio noc- oso-patri6tico à capela de S. J orge turna - lnscriçl.o dos doentes - Pro• Alocuçoes dos srs. SilvaeCosta e rev. 0 cisslo, missa e b!nçtto - Sermio pelo Mfguel de Olive ira. Senhor Bispo de Leirla- Procissilo de despedida. Nu tarde do din 13 retiraram de FatiOs percgrinus da

Uruzada chegam a l•'1itirna pnwiimmente no momento em que oomeça. u prooi~ii.o das velas, na qual se 1:ucorporan1 . .Abre II proci!!bào pelas bandeiras da Cruzada, logo seguidas dos ei;tandarte~ de vn.rias peregrinaçoea, entre a, quai,; u.s do Porto, V alega, .Aro da, Mafra, Alcobertas, Azambujeira dos Carros (Roliça ) e Ovar, eata ultima presidida p<'lo r~\·.do ~édio de Sousa, di,i;tinto professor no >-eminario Epfacopal do Porto. A Cova :-5ngrado. é um vasto mar de lui.e~. O ef>pect:foulo torna-se, de instante a instnnte, mai11 imponente. De todos os lados acorretn peregrinos. Contam-se a-oe milhares. Siio, na sua granae maioria, gente humildc ùa.s oito provincias de Portugal. Subito erguo-1$8 um còro, entoa.dc, com piedade e unçio: é o canto do Ave de Fa.Lima, cujo eco se repercute por rnontes e vales, em louvor da Virgem bemdito, ref(igio dos pecadores, consoladora do$ aflitos, saude dos enfermos. A' meia noiw, tonnina a procissiio das velns. No altar do Puvilhiio dos doentes o Santissimo Sacramento é exposto solenemente num trono de lu7.es e flores. Durante toda a maubi ..,foctuam-se ne horas de adoraçio, que aiio di&trìbuidas pelas diversa!! peregrinaçòe& presontee. Da meia-noite às duas boras, tempo rei,erTado à adora.çao nacionul, reza,.se o terço, fazenda o rev.do dr. Clemente Ramoe, professor no Seminario de Evora , a explicaçao dos mistérios do santo Rosario. Dada II bénçiio com o Santissimo, às cinco borns da madrugada, principiam as mii,sns. Entretanto, na igreja da Penitenùiaria, numerosos sacerdotes ouvem oa fÌéia de confia.~iio. Muitos peregrinos passa.m a noite ero frente da ca.pela uova, nii.o se cansando de 'rezar e cantar. No Posto das verifioa.çòes médicas começam a ser observados I) i.nscritos os doentes. Preside a èate eerviço o ilu!Jtre director do Posto, dr. Pèreira Gena. A maior parte dos enfermO!! apresentam doençae graves, tais c.-omo baciloses 6!i88ae e pulmonares, tumores canceroli08, dispepsia.a, doençaa nervosas, paraliaias, encefalites e ulceras de vlirias espéciea, podendo n6s informar que numa daa peregrinaçoes ha a registar qunt.ro curaa ou melhoraa acentuadu de que faJaremos no proximo numero. Pouoo anteii do meio dia solar, realizaree a encantadora procill8a0 em que é conduzida a. Imagem da Virgem do Roaario da cape,la das apariçoes para. a ca. pela. dlMi miHSas. O a.ndor é levado, entre outras pesso~, por -trés ilustres ofioiaie do exército .membroe da Cruza.da, os &re. tenent&-coronel Freitaa Garcia, capiti.o .A.fonso de Miranda e tenente Boaventura Militii-0. .Renovam-se, mais um& vez, o entusiasmo, os cAnticoe e as manifesta,. çoea tradicionais. Ao meio-dia solar, o rev.do Manuel de Souaa, reitor do Sant11ar10, oelebra a. misaa dos doentea, com a assiaténcia do Seahor Biapo de Leiria, que no fim da a bénçio com o Santissimo. Comove imen.eo o espedtaculo da Fé e resignaçào doe doentes, vendo-se muitos olhos mare1adoe de lagrimas. Dada a. b&nçao geral, o venerando Prelado, faz uma breve alocuçào, exortando 011 fiéia a coDBagrarem-ae, cada •ez com

mu qua!li todas as peregrinaçòes. No local so.grado hcaram apenas os romeiros da Cruzada Nun'.Alvaree 8 alguns grupo:. de peregrinos, eutre 08 quais O da Murto11a e o de Albergaria-a-Velha. À noite, ii bora do costume, realizou--f!e uma pi-c1uena mn!I linda prociasao de velns, quo terminou com a recitaçao do terço do Ro,iario jnnto do padriio oomemorativo dns npariçòes. ~o dia 14 de manhi todos o,; peregrino~ ~e dirigiram para O ~osteiro da J3atalha, afim de assistirem às coml•moraçòe-s do feito épico de Aljubarrota. Era a. terceira e ultima jornada patri6ticn da Cruzada Nun' Alvares e como ns duus primeiras deoorreu com um' brilho e um entusiasmo' indesoritiveis. As 9 horus e meia o rev.do prior da Batalha, dr. Joaquim Coelho Pereira, rezou a santa Missa no altar-mor do maravilhoso templo, com a assistencia do Senhor Bispo de Leiria, que no fim proferiu urna bela e eloquente alocuçao sòbre a figura admiravel do Santo Coudestavel descrevendo a largos traços a famosa' batalha de Aljubarrota. Depois reiiniram-se todos na Sala do Capitolo, onde jazem, alumiados pe-la chama votiva e perpétua. da Patria, 08 l!Oldados desconhecidos de Portugal, cuja campa e.stava juncada de flores. Ai O te. nente i;r. dr. Gomes dos Santos fnlou n1.1vamente, com a em6çil.o e o entusiasmo de sempre, numa. linguagm bem propria dum nobre e generoso pioneiro do Ressurgunento Nacional, em que anda empe-nhada a geraçao do resgate, os novos de Portugal. Quando terminou o seu primoroso discurso, o venerando Prelado de Leiria e o cl.ero pr886nte recita.ram um «mementon pelas almas dos soldados mortos em defeaa da Patria.. Realizou-se em eeguido o cortejo religioso-patri6tico à capela de 8. J orge. Foi ali, a cerca de dois guil6metros do mosteiro da Bo.tolha, que esteve basteado o eetandarte do Mestre de .Avfs no dia glorioso de Aljubarrota. No pequenino adro falaram à multidao o sr. Silva e Costa, enviado especial do jornnl cc O Séculon e o rev-.do Miguel de Oliveira, enviado especial das uNovidadesn. Por fim o Senhor Bispo de Leirin agradeceu a oomparòncia de todos, pondo em deataque a patri6tica iniciativa da Cruzada Nun' Alvares, que poderosamente esta contribuindo para. o culto da P atria e doa lugarea aagrados. E, conol uidà aBBim a terceira jotnada da Oruzada, regressa.ram oa romeiros a Lisboa, depois duma rapida visita à igr&ja e no mosteiro de Aloobaça, levando nns lltlas almas aa mais gratas impressoes e vivas e fundns aaudades doe diaa inolvidaveia passadoa a glorificar o beroico aalvador da nncionalidade e a augusta Padroeira de Portugal na terra, on de eia ee dignou esta.bel~ r o trono do 8611 amor, o teatro daa euaa miseric6rdia.s, o manancial copioso e inexaurivel daa suas graçaa, dos seua prod{gioa e daa suaa maravilhaa. Yiaco-nde de Montelo

AS CURAS DE FATIMA Frano1,co Joaé Tomaz, de Lagedo (llh_a das Flòres) ero carta de 28 de Junbo deste nno diz: ((Ex. 1110 Sr. - Venho pedir-lhe o favor de tornar c:onbecido dos leitores da Voz de F' dtima, o que b6 segue: Quando em 31 de março pp. eu vinha de bordo do paquete .S. Miguel, da E. I. de N. quo estava ancorado no porto das Lages das ~'lores, veio-nos esperar minha mulher, e uroa cunhada, e eu fiquei muito surp1·eendido, porque moravamos a, tres leguas do distancia. ,Maa moior foi o espa.nto, qunndo me dizem que a nossa ruiie estava muito doente, com uma dor. no lado direito, ao pé da hernia , (porque m1nha sogra tem uma bernia) e é preciso 1r no concelho de S. Cruz chamar um medico, (na Vila das Snges niio hav1a medioo). Eu volto de novo a bordo a falar com o medt('O de bordo, E:x. 1110 Sr. Perry da Camara, com quem muit,0 bem me dou. Sua Ex. •1• cedeu-me umas injeçoes, e logo que c·hegu~ì a caso. adminìstrei-lhe umo. que junto com umas cataplasmas, algum tanto 11 aliviaram mas muito poul,o. Quando en'I 3 de abril o mal muito ~e agravou, vou a ~i nco leguas de dis~anci~, oh111nar o unico ~edico que ~ havia ? sr. Jn1mo Osor1?, que depo1s ~e exam1nar a doe~te, det1damente,. me d1z I qu_e o taso da mmha. sogra é mu1to comphcado. . . . • Trata-se de umo apend1c1te, Junto a hernia; tem_ os pulmoea muito estraga~os, o _coraçao esta-lhe a falhar e desconfio mu1t.o do que se possa dar dentro de umas 24 a_ 48.h Rece1tou umas gotas para os vomitos e umas empolas para eu injetnr, e di888-me que desse modo, que levasse todos os sncrnmentos. E eu disse a minha sogra: olbe ha-de confessar&e e comungar . em louvoi: de nossa ,Benhora do Ros1fr10 da Fatima. para ficar boa. . . . Logo no_ dt'.". 4 _tie confessou, e m1nha filh~ ~11r1n fo~ as Lages, buscar agua de F atuna. Al!s1m que a provou, a heruia. deixou de teimnr em sair. mai~, mas a seda era de morte, e o méd1co t1nha-a posto a diéta de leite e muito pouco,. e como o mal 1:;e agravava cada vez mais, rece~n tod'?s os sac_rament.os, que eln pr6pna p_ed1u no d1~ 7, ma;i sempre usando a agua de Fa~ima, até Junto com ai; gota!! para os \'Om1tos.

Eu niio ~ou ai;siuante, mas pago a a&sinatura de minha filha Maria de Jesus Tomas.u Reconheco e al.,onp a assinatwra -retro, como po.roco d<t Jrrgueua e testemunha dos factos descritos nesta carta. Lauedo da., Ffores, 29 de J'U,fl,ho de 1919 P .e J osé Furtado Matos

Urna nascida Gerarda Perelra, da Vila de Chi de Ourique: «Ex.mo Snr. Dr. ),fnnuel Marques doa S:mtos Venho por e5te meio muito respeitosamente peclir n V. Ex." se digne tornar pubhco no jornal que muito d1gn&mente dirige, ,Voz da Fatima», a seguinte grnça de '\"ossa Senhora do Rosario de Fatima.

MARIA NOGUEIRA (13 MESES) Minha neta Maria Xogueira de 11 mede 1dade, apareceu-lhe debaixo da lingua urna. nascida. Consultei do1s med1cos e ambos me diziam que tinha de ir a Liiiboa a um especialista. para fnzer uma operaçil.o. Depois destn resposta vim para. minha caaa, implorai a proteCQào de nassa Senhora do Rosario de Fatima e pedi-lhe para que minhEL netinha niio précisaaae de ser opera.da. Com muita. creuça comecei a lavar a boca da minba netinha. com agua de Nossa Senhora, que a.o fim de quatro dias estava completamente curada graça.s a Virgem :Nossa Senhora de Fatima. Prometi çomprar uma mortalha para m1nha netu. e oferecè-la a Nossa Senhora indo n8tilia ooaaiào a Fatima visitar a Virgem SlliltiBSimn Nossa Senhora oom a minha net1nha e com a fotografia tornar publico na uVoz de Fatima» eete tao iirande favor. Muito reconhecida agradeço a. V. Ex.• a publicaçao deste milagre acompanhado da fotografia. da minba netinha.» zei,

MARIA RODRIGUE$ DE FREITAS

No dia. 13, porèm, cerca das 9 bora.a diz que, ou sonbou ou por delirio, ou via realmente (o que é mais prova.ve!) uma meninn com cerca de a.no e meio a dois anos, mais bela que o sol e as eetrelas, e que lhe deu agua a beber com que eaciou tòda. a sua sede. Foi sonho? Foi delirio? Vin-a? O certo é que desse instante em cieante nunca mais teve sede e melhorou (posto que nào por completo) maa trabalha no &erviço da ca.sa. No dia 13 de ma.io veio ceroà de tres quilometros & pé, pa-ra \'Ìr junto com a famllia, oonfe&8111'-88 e comungar. em honra de N. Senbora e pela.s almss do Purgatorio. Para longe de ti a tristeaa porque ela O nome da miracu]ada é Maria Rofu muias vitimu e para coisa al&U,ma é driguea de Freita.s, 58 anoa de idade, e util. Ecl. XXX, l,l-.t5. 1 junto • a.1 o aeu retrato.

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------------UMA PENITENCIA SALUTAR

Imem Uro dia apresentou-se a Pio IX um bocujo aapecto e mo.neiras distintu, indica.varo que estava nli tuna pe880a edue nobre. Prostrando-se aos pée do Pontifice, com voz trém• la pela com<>Qi,o , que lhe io na alma, disse: 11Santo Padre, eu desejava. conf688arme a Vossa Santidaden. Pio IX nio pouoo maravihado pela eetranheza do pedido, acedeu àa 1uplicu que esse homem lhe fama de joelhos. E ali , n um reoanto da sala, o suce1111or de P~ dro, ero quem Jeans delegara ~ 1;!'-'ler d&

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VO Z DA FATIMA

Voz da Fatima

perdoar pecados, ou,iu a història daqueda morte, e elit vos darti urna resposta Je homem que, se era. iirnnde na nobreza, sublime. Origem do mundo, or1gem do homem, o era também na iniquidade. Ap6s conselhos paternais e saluta.re11, o ctHa um Ji'l"ro pequenino (diz o filosofo destino do homem, nesta e na. outra 'ViDesp 6sa Papa impos 1-0 seu estranho penitente a Jouffroy) que se ensina. às crianças e eo- da relaçòes do homem com Deus, deveres Trani.porte ... .. . . . . 168.369$20 respect.iva penitènoia sacramenta.I. Aqui, bre o qual elas sii.o interrogadas na igreja. do homem para oom os seus semelhantes, porém, 11urgiram grandes dificuldades. Lede esse Jivrinho: é o catecismo. Ne)e direitos do horoem séìbre a criaçii.o, no.da. Papel, composiçio e impres1,ào do n ° 83 (57 .530 exemAquele nobre · senhor, que confe..qgara. os encontrareia soluçiio para todas as ques- disso ela ignora. plares) ... ... . .. . ... .. . ... a 168100 Quando for grande nio heaitara séìbre pecados da sua vida desregrada entre la- , toes que eu propuz, pena todas sem exgrimas de sincera contriçiio, recusava-ee cepçiio. o clireito natural, sobre o direito politi- Franquias, embalagem;, tram1port~s, 11:run1ras, cint.as, etc. 552170 a aceitar ns nirias penitèncias que o PaPreguntai ao cri.&tiio donde vem a espé- co, sobre o direito dns gentes. Tudo isso pa lhe dava. oie bumana. e èle sabera responder-vos; deriva naturalmente, corno por si mesmo, Para jbjuar niio tinha. forças. Para a. para onde vai, e ele se.bera responder-vos; cio catecismo. Eis o que eu chamo uma l 172.0891g() oraçiio ou leitura niio tinhe. tempo. Dea- como vai, e èle snbera responder-vos. gro.nde Religiiio. Reconbeço-a. por e.te Preguntai a easa pobre crianc;a que nio sinal e é que niio deixa sern nieposta neconhecia os instrumentoi; com que podia S ubscriçAo castigar as suas carnes e nem sequer lhe sabe que fazer da sua vida, porque anda nhuma dns questoes que inter011sa.m à huoonhecia os usos. Parn fazer um retiro ou ela neste mundo e no que vira a ser depois man1dade ... » ()!nìo de 1928) empreender uma peregrinaçiio seria necessario abandonar os seus neg6cios e isto Enviaram dez tscudos para tarem o dinilo o podio. ele fazer. Entregar-se a pereito de receber o Jornal durante um ano: nitencia11, dormir sobre o. terra nua ... nao }!aria Izabel Henriques, Laura dos Sant.i.nha saude 1que lho permitisse e depois ... tos Sousa, Margarida. Guedes de Sousa ern um bomem nobre. Santos, Joiio Nunes Pedro, Elmina. da Que fn1.er? Depois de alguns momentos Uruz Corte ( de jornais, 7$50), A na Cos· de ooncentrada refle:xào, o Santo Padre ta Braga, Josefina ... , Manuel Duarte, lentntou-se, n.br1u a gavete. da sua eecreAntonio Ribeiro da Silva, .Ana R-011a té.rie. e tirou de la um anel que pos no l\fonteiro Baptista, Encarnu.çiio Mouaidedo do penitente. Na pedra do anel, ponho, Hermano Lourenço, Maria Celestirém, est.avo. gravada uma caveira tendo na, Maria Ma.da.lena da Silvu, Gertrude11 em volta as seguintes palavras. lembraA treze de Maio, Corde1ro (20$00), :Margarida Moria, C. te que ha~ de niorrer. da C'onceiçii.o e Silvu., P.e Pirm1no Salvana Cova da Iria, - Por peniténcia,. lbe disse o Pontifica, do Lea!, Maria 1'}mihn Tei•-eirn llernaud trara sempre e:,te o.nel e lera, a.o menos apar'ceu, brilhando, (20$00), Manuel Lope:1 Dias (15 00), duas vezes por dia, o que nele esta escri- 1 a Virgem Maria. Miguel Baia Coelho, l. Xnder Jt'ernnndes to. Fioou satii;feito o penitente pois mui(15$00), Berta Delgado (20$00), P.e to desejava obter um objt-cto que )be reJoiio de Oliveira e Sousa, Domingo.. M&rC8ro cordasse Pio IX e o penitencia parecia-- ' tins (20800), Emilia dos Santos, Dr. An-)be suave. 'Mnt:i u ela seguiram-se todas tonio do. Costa Ft•rreira, Margnrida AdeAvè, .Avè, Avè, Maria aa outra . ln1de Alves, Jo~c; Maria de Amorim Avè, A-vP, Ai-e, Jfana O pensamento da morte pcnetrou-lhe o (20$00}, Maria du Conceiçiio Cahral espirito e, 1,e todn a Mta vida foi umo. <12$00), .\nt6niò Prate.~ Ribeiro Telea prova de que era pesado o anel do Papa, .A. V irgeru :Maria., .A. treze de Outubro (20$00), Ermelìncla Zat·arias, Maria Roa sua morte edificante pror-ou quant-0 fò- ~ c:ercada de luz, foi o Seu adeus, ,,:,. du l 'ruz Lima, A ugu,t,L Mouriio, Maria ra aalutnr a peniténcia. ,J 11.l'Jnta Vicente, Mnrìn Oominp;110s MarllOt,Sa Mae bemdita e a Virgem Mo.ria tins, Barbara Carrilho, Madamt' Oliveira e ~fae de .J esns. vol tou 1iara os ( 'éu.s. 1 l\louwiro, Laura de Campos • i,·erreira, I Maria Cardo,;o, Carmen Pereira Costa, 0 FIM DO MUNDO X as dores <la guerra ..i Patria · que é vo,;i;a, hone i:;errtL II Moura, Manuela Nunea Durante o ~éculo Xll no pontifico.do de o rounclo sofria; ~enhora dos Céus, Seq11Pira, Maria .Augusta N. Poixoto, RiCelestrno II, com9\'aram a ter curbe umaa ta llarque,s da ('ruz, Eldra I<'orreira de Portugal feri<lo dae Honra, alegria pretendidaa profecìas relativaJi aos Papa.a I Sou~a, M:iria Jobé <:astro, Maria Ang'5augrava e gemia. e Grac;;a ,le Dens. que governariam a. Santa Igreja até a.o 1 licn Tavnrt'II, Zfu:i1rins Gonçah-es, L:!ilda fim do mundo. Sào atribuidas a S. Mados Santos Sousa, !\iariu da Enrarnaçiio laquias, arcebibpo de Armagh, na IrlanFoi aos pastorinhos ~\. Yirg-em bemclita Vaz V•lho, llaria Amélìa Albcrgaria Nu~ da, fe.lec1do em 1148. nes <20$00), Maria do ('éu Paiva (20$00) , que a Yirgem falou. cante Seu louvoiPublicamo-Jai; npena, a titulo de curioE. l\larques Vìeira, Iclumc•ia J. J)uarte, DP-,cle eutao nas alruas tocla a no:.sa terra sidade, pois se è <'erto que muitas delaa L111 Candido C'urto. O1-'hina Pinto Oa6nova luz hrilhou ! num bino de Amor. se a.daptaram àquele,i qui, se sentaram na. rio ( 11$00), !sabei Dias Sarn•ira, !siCadeira de S. Pedro, outras, ao contradro Marqu88 Bapti11ta, Deolindn doit Reia, rio, s6 oom grande esforço. Col.Il clo(·es palavras 'foclo o muudo A louve Rita de Jet1us Barhosa e Sii (12$00), Ha por outro lado a considerar aquela Mario. de J1.'1lus Fragoso (20$00), Rosalimàndou-nos rezar para :.;e :-al var, passagem do Evangeho em que aos Ap6sno. cla Silva. Canhola.,.Gnilhermina Amélia a Vir_gem Maria desde o -vale 0.-0 monte, tolos que queriam saber o fim do mundo Alvares Fortuna, Adelaide Ribeiro Ta,eipara nos salvar. de9cle o monte ao mar. Nosso Senhor respondeu que o conhecira o Uosta (15$00}. Manuel Marquc•s Pemento destas ooisas s6 ao Pai pertencia. reirn., Maria das Mrrcés de Bianchi CoeSegundo a dita profecia., ao actual lho Borges (15$<XI), Jo11quim l<'elizardo J por todo o mundo .A.chou logo a Patria 1 Pontifice corresponderia o titulo de fide& r2.3 00), Manuel Piedado (5$00), Dr. remédio a seu mal. ~e ama o uome ~eu. intrepida (fé intrépida.) aasim como a Ant<inio Menano, Mariti ,Joiio Rosa.do E a Virgem bemdita. Portugal a Cristo Bento XV o reliyio depopulata (religiiìo Cllbral, }larin. Rodrigues da No,·ou, Matanta, ahnas deu ! sahou PortnJ,n\l ! despovoada, talvt'z corno o.lusao aos morria cl11 ('onceiçào Mendes Godiuho, Em{ticinios da grande guerra). li11 Angusta de Camòes , L'osto. (20$00), l Mana José Baltazar Ferreira, P.e Joaé Pio X teria 11ido ior.is arden& (fogo arMas jamais esqueçam .A.b ! demos-Lhe graças dente). E na verda.de ... da Silvn, Lola, Maria do .Amp1no l<'erreiuossos c-oraçòeB por nos dar seu Bem, Lea.o XIII, l,u,,ne11- ir. ca.lo (luz do céu), ra de Tavora. (20$00), Margarid11 Pinto que nos fez a Virgeru à Virgem Maria, Pio IX, cM.1,:i: d, cruce (cruz da Cruz). Ferreira Lo1te Ronn•I! de Albergarrn, Emi· Até ao fim do mundo hM•eria o.inda determinaçòes. nossa qu'rida Miie ! lia cle JeKus Bessa., Abraiio Franc-iBC.o Famais sete Pontifi<'es, isto é: ria Abrancbet1 (20$00), Maria dn C~>ncei1.0 Paltor Ang,licus (Pastor Angelioo). ç.ao Pinto, Felipe Dia.a Ferreira (20$00), Falou contra o lu.xo, E para pagarmos 2.•Pa.~tor et nauta (Pastor e marinheiBerta da Silveira, Mariane. de Almeida tal graça e favor, contrn o impudor ro). Pinto (12$00), ,Maria Angela. da Cunha de imodestas modaa tenham nossas almas 3.0 1''lo& florum ( a flor das flore&). Rangel, Maria do. Nntivi~ade ~r&l)o1 4.0 De medietata: Lu= (Da metade da. Francisco F. Bru.ndào, Mana Jose God1de uso pecador. :,O bondade e .Amor! Lua). , nho (20$00), Dionisia da. Conc·oiçii.o Ra0 5. De labore &oli.i (Do tra.balbo do 1 miro (15$00), Felipe Antonio .Beliz, Avè, Virgem Santa, Disse que a pureza Sol). C'ristrna do Matoe Franco, Maria de. Na'strela que nos guia, agrada a J esus, 6. 0 Gloria olivre (A glorie. da Oliveira). 2aré Ferreia, Améha Soares Rodrigues, 7. 0 11Na ultima perseguiçiio da Santa. Avè, Miie da. Patria, clisse que a luxuda Maria Holena Guimariies, Maria da NaIgreja reinara um segundo Pedro, q11e tividade de. Costa Alvea Pereir& de .AaOh T'irg,em Maria! ao f ogo conduz. apa.ecentara o seu rebnnho no meio da.e sis Teixeira. Ceci1in de Castro Poreira, tribu.laç6es, findas as quais aera destrufPompeu Vida.1 Port.ela, F~li~idade _da da a cidnde daa sete rolinaa (Roma) e o Conceiçào Sou11a, Joeé de Ohveua. Dav1d, tremendo Juis 'Vira vingar o sen povo». P.e Roberto Maciel, Manuel Correi&, fl m &e1'Vita AfinaJ, o que mais nos deve preocupar Francisco Julio Correia, Hortense Cardonlo é o fim do mundo ma.s o do nouo 80, Olinda Correia Tei;i:eira de Vasconoemundo que a morte, inopinadamente polos Portocarrero, Joiio de Ara.nJo Mourii.o de deetruir. n. 0 3078 (15$00), .Aa- Ace1te1 padre, ins1stiu a senhora, (20$00), Aasinante E' paro. èste acontecimento que devemos sinnnte n. 0 3318 (15$00), Ma.ria do CarUMA BOA are1te que lhe farri bem. eetar eempre prevenid011. mo Martins Mergado (30$00), Raul Pe- Minha ~enhora, comll-a V. Ex.•, que reira Duarte, Joaqu1m Coetu. Virente, Ma;Foi num espléndido b&rco que vinha Jhe fara a1nda mclhor que II mim. nuel Pereira doe Reis, Viaoonde de Bada América para a Europa. - .A mim? Porqué? tlhe perguntou a nho, Maria Isa.bel l<'erreirn Pires (15$00), Entre os paeeageiros ~inha um nues10Para que saibam !;lama). Alexandre Coolho da Costa, Maria Garcia nar10 e grande numero de senhoras em A.qui vai uma hist6rin. antentira, e niio cujo veatu-, oomo frequentemente aoon- j - Pois.. nii.o da a S14trada. Eecrituru. Gomee dos Se.ntoe. De jornais e donatn·os varioa: P .e inventa.da. teoe, niio predominava a modestia e de- , que, quando E'l"a. com~u a. ma.çii., ee Jhe abrira.m os C\lhos e .. se envergonhou de .Agostinho Martinho Vieira, 100$00; Miv «Ha pouco, en®ntrando-me oom um cenci& que era pa.ra deeejar. ria José e Silva (graçaa obtidas e jorgrupo de rapazt111 alegres, meu amigos, Uma tnrde, enconira.ndo-ae os paua,. se ver nua? pergu'Jltei-lhee: geiros reunidos a hora da merenda., urna I A senhora corou oomo wna papaila., nais), (90$00); RO(•olhimento de Meninae - Donde veem voces? daquelaa senboras ofereceu oma maçi a.o nada dizendo, mas no dia se~11iute tinha Desamparadae, 14$00; Alberto Julio Mo11Ubstitnido o sen vestido mnie em har- nat., 79100; Antonio Vieira Leite, 70$00; ~ionario, -Do bo.ile. - Do ba.ile? E porque fora,.n dançar? - Muito c.briiado, minha eenhorll, re.i- monia com o r&eat<> que a mulher se de- Josefa de JeaDB, 16$50; Maria Carolina Caetana 196100; Parooo de Anta 100$00; -Ora ella! Para oonhecer ae rapariiiaa pondeu esté. Niio quero que &e prive dela ve a. si m811I1lll. Liçiio dura, m:w oportuua e neceesaria. Maria do Patrocinio Manso, 60100; P.e por minba c1u1a&. com quem 11i<> d~•emos caaar I»

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U m livro admiravel

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Avè dei Fatima

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VOZ DA FATIMA

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- Gnbriel ! Proiho-t.t> que pros~ig,u, I lrmiì Idalina Ho- Proibo-to e,pre~amcnte .. R Gahri<•I, quc nunC'a l'ira sua 1nulher dngtw~ t>nm,nda. :?~;l.OO; Virginia LO(H'~, 41> ·oo; d11as ass11111t11ras <le Gou, i8 ·uo; tào d1'C1•licla e dominado1·a, nào tem c·odonativo clt> .\1:irìa ('o,-ta, 40800; pronu's- rag('lll para 1·cpli1·ar. Uelaram-se-lhe os la1,a clt• Mnria Maximinn (b6rin, :'i0$00: hios, parulisou~se-1110 11 lingua ... Sim 1>roibo-te que blai,femes · conpro11wss11». ctl·. cl,, .\la rin .\ melin VH•11·u dt> C:tnnlho ,~1t>ira, ;~:;.. oo: Antònio \u- tinua l\Jargarida com santa nobresa. Regu~to '\; 01·.tis. !lll~OO tla 1gn•j;1 eh- S. negaslA• o Deus, insultaste-O, tens ieito linn1t·tlP, pela 1,;.xn1:1 '-.r.~ D. ~ R. , 1>or tocla a parte e por todas as formas a 111aii- in<l1~11a e fltoc~t:i p1·opaganda, torno lllt's cll• junhn cle ]!)29, 8$.00. naste-te 11m s<•ctariu reroz; e eu ... eu tudo t<'nho iml'ritlo em silcneio. Sil.en!'io misera,·C'l - ai ile mim - que Deus :.gora 1·astig11 inexor:ivelmente. :--:estc• momento de nn~ustia suprema em que o noi<,-,o filhlnho vai dmxnr-nos, eu ordeno-tc que niio blasfomes !. .. ]~stas pnl.n-rns, severns t' violontns, foA. 1i de a,g~sto C'elebrou-se n primeira )fissa na rapelo. decliracla ti ram c·air 110 C'onu:ii.o dt> Gabri~l c·omo urna hu liul a. Seulwra <la l!'atima na linùa viven- p1111 -l\111rp;:1rida! S:tht1>< o que dizcs? dt\ clo praia ile S. Pedro <le ~1uel do Para qu<' o no&;0 fillunho vivesse eu seapreciado e:;critol' e poeta ~nr. Dr. ria <'llpni-. cle ludo! - ~fonw" Gnhril'l 1 '1'11 éll i1wupnv. di• A!on:~o Lopes Yieira e oferecidu a dirigir humìldeml'nte a Deus a implosua 1:ariuhosu e clesvelada Esposu c•u- te rar cln sui~ 111isericonli:t n vidn dei;te nnja ac~·ao de apostole.do cristao se jinho quNi<lo I E's inC'npaz !. .. desenvohe qne1: ern Lishoa qner na- J<Jng:rna>,-le, Mar~u rida. De tudo t!OU quela praia com mnito proveito para c,npnz. J r .., ter com Deus e pedir-lhe-ei que 1·1•nha ;ité mim ou que permita que oi; pohre,;i nho~. 1·hegut' u té E le I Quero ter fé porque, Foi celehraute ,, Pminente profes- l'tt fora do Deus nada vc,jo que possa dur-me sor da °(T11iversidnd<' cle Lisboa Snr. umu P"f>Prança ... E sem espernr qualquer rospostn, GaDoutor .) osé .llat'Ìa Hodrigues, leudo assisti do o , enhor Hispo de Lei ria hriel Nui u npressadnmenw .... V1r~i1110

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Fra1wil)Cu Romana, 11

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1:1.1$00;

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----..---- Nova capela a N.A S/ de Fatima em s. Pedro de Muel

que, no fim, fez uma ulocuçao P deu a Bern:a.o Episcopal. A c·upelinba .no Pstilo simples das antign" ermi<las porh1guesas, esio. sòbre o mar pura t•uja amplidiio se abrc a ro~ncea do altar de modo que a branca imagem de Nossa Senhor.n se t>moldure uo p1'6prio azul do Céu. Numa das paredes da Capelo. le-se uum uznlejo a uclmiravel <•i-tan,·ia de ('umoes:

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' DE M G I AR AR DA

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Xo <lrn o:;eguinte as melhoras do Joiiosinho eram j:i tao seosiveis que os médic:os, surpret'ndidos, o declnravam livre de perigo. Ao mesmo tempo, séìbre a secreté.ria de Gabnel cniam cnrtus som c-onto a pedir-lhe explicaQàes pela sua cstranha. atitude da véspora e a insulta-lo, preguntando-Lhe qual fora o preço da traiçào ... Afrustou-as desdenhosa mentc .e sem a 111ais li gei l'!\ preocupnçiio. Enchia-1110 a :\Ima 111na fé que j:i nada poderia perturbar. E voltundo u.o quarto clo seu doentinho, que Uie sorri com inef:frel felicidade, ajoelha 1·0111 i\fargarida re~an<lo fervoroso e sonti<lamenle ... O rei dos l'il'Ìob, Cl ,,1Jùerl111, c·onvidou 0s sinos repicavam alegremente o aleluia bendito; e ao grito triuofal das Jin- u111 diu os 011Lros dc-io~ para llw 1•ontn1·1'111 gu.ts clt> bronze Gabriel e Margarida jun- que efc1to pmduziarn 1111~ <'<>n,ic;iics humunos. tavam a sua voz agr:idecida, entoando .-1 c11•11 n•:11 ('0Dt011 · Ru fiz m, e-ria do, 11m alel11ia jubiloso no Mestre Divino que ladròe~: os amos iniu,tos; ou fil'- os 11d,·otiio generosamente o snlvura ... gados <' joizei-. vennis, us amigos infi,tis: E dins depoìs, Gabriel e Margarida. recebium i untos na majestosa Catedral, o louvei o rouho e desp1•ezei o bcm e a. 1·irtudc. I n11111crns siio ns 1111v,1s qm, c·ltorum. num re<:olhimento emooionante, o Piio dos ;\ njo,,, que é o amparo dos fracos, o porqu-e niio tE'm (jUE'rtl :is proteja n <'airnm c.-onfòrto dos quo sofrem, a vida das al- na misérin. mas qua teem sède de felici dado... j .! im Jrure::a: Eu pern•rti n inf.lnciu e a mocidacle; lancei no ~e>pulcro iummlo De ,l Voz da F'~. m, que M' entrep;aram n 111im; so umn for\'11. sohrl'nalura l de Dcus pode sulvnr os Jl18IIS subditos. .1 iru.: Por c•n.ul:ia de mim, uni homem muta o oniro, tem mi111iz11des srm f1111 :E-3:ER.OI Eu espal11~1 u discordia ,, desa~·monìa enrupazrnho d11 doze anoi, acaba.va 1 tre os nrnt1to1s, os e.s1m,n8. os trmùos. ende entrar, corno grnmeu.,, a bor do dum tre os hontL Sem m1111 niìu haviu persenavio q 1w sttfo. de L i1·orpool. Apenas no guiçoes nem vingan\·t1s, npm altorcuc:01,.~. mar nlgun~ mnrinheirm, ofereceram-lhe .I yuùc: 1•111 f,t\'O I.JUl' 'lfl Kttste muito e UDJ. 'copo de uguardeute. csbnnje ,1t-o o. necess;irio: t.enho nas r-oi1iPrefeririu. nào beber. nhas mcus c•rrndos, qut> preparam tudo - l>osculpem-me, respondeu a criuni;a. para os l(Ulosos: en fa\·o qm• os poh1·,·~ ,,. Pusornm-se a rir, mas niio towseguiram embrH~guem _C'O m af{unrclente e> os r1t'OS resolvo-lb. O c·1ipitiio ouvindo l'alar do ca- com 1·1nhos ftno;.. so dis.\e no pequeno gru mote: . I i111,r;n .' E u enC'ho oi; c-oraçòes hnnll\- Se queres se1· um vcrdadeiro muri- nos <'0111 o mcu veucno, <l<' modo q1w um nheiro, lens dc uprentler u. beber aguat·- niio que1r11 ver a outrem; c•nnso mnrmudent.e. ra~'Òes, 1•11 ltinins: a mim st•gue o pobre quo - Perdiìo C'apitao, pr1>firo niio 0 fa- i111'eja o rie-o, o rico que inveja os outro, zcr. ' mni<1 opuleoos, faço o desprev.odo qnieiclnr0 capitiio nii.o esta,•a at'ostULmido a ou- -se, o ignorante odinr o ,;ilbio. ,·ir Ob scub grumetes dii;cuti r as sufts orPor ultimo apresentou-se " prryuiru ou dens. ocio.,idndr e disse: Se on niio prepar nsse - To11111 Ili esta c•ord:1, gritou para um o terreno u plnntasse a~ rafzcs clos vicios, marinheiro, e que se 1 :i uco~tumando a a avnrezn nii.o fazia tantos malo~, a imela; vamos a. 1·er se se decide. pureza nao uchara tnntas ,-Himas, a. ira O maridheiro tomou a c:orda e bnteu nào eng:mara a tantos, a p;nla nao proc·ruelmentc, t•om eia nn crin.nç•a. dnzira tnntas desordens e a im•eja bO dil~ntiio np;ora bebes 011 niio bebcs? fiC'ultosnmente se ani nhnrin nos C'Ornçoes. Se nw du lic·ençn, prefiro nii.o O ra- A minhn urta é vara todos os vic·ios :1 1>ntrada a porta. zer. A prt•~u1c;11 é o princ-ipio c!P todos o~ d-:'\cs.~e c11~0 sobe 110 cuno do mastro <'Ìos. 11:rnnde o ni 1111s1<anis a no1te. O pobrt> me nino ll•1n11tou os olhm, p11ra o rna;.t1·0, ti-emendo ao pensament,o do COMO JESUS SE DA' A TODOS ter dc pnssar ai n no1fo agarrado ils t-ordas: mas c•ra necessurio obcdecer. Um dio um velho mussulmano de Xo d111 seguinte de manhii., o capitio SC'utari (Albania) enc-ontrou urna c·ril\npasseaodo nn ponte IPmbrou-"e do peqne- c-inha t'rÌstii e> pE>1·g11ntou-lhe c·om um sorno grumetl•. ri,,o mnlll'iosn: - Eh lii! p;rilou élc> -('omn ti, lu c•:tpai1 de nneclit:tr qut> - N'cnhnma respoi>'tn. ,Jesns «e dii n tnntoR c·rislàos no 111es- Desc·e, ou,·cs-me? mo tempo? - 8Pmprc nnda. O peq1wno niio acho11 lo~o a resposta Xo fnn 11111 marinhPiro irnb1u pelus c•or- poi.'! f'ra n pnmeira vpz que a duvida clns em·ontrou a c·rinn~·:1 meio gelada. toc•ava II limpidez da <11111 fii-. De repenCom re,·l'io de 1·air ao mar quando o te, porém, levantnndo alth·amentc> n <':tm11·io h,tlm,~•ns,,e, o grunwte .t ioba roùen- heça pcr~nntou ao rnus,-11lmnno : do o mastro com ambos Oll braços e o~ -Qua nla-i janelns ha nl'Htn c·i<lucle? ar1ertara tiio fort.emt>nto qua o rnarinhci- F.n, sei hi ! .Jnlp;a" CJII<' nào lenito ro il'vt' cl1fic·uld11do e1u os tirar. nrnis q11P far,tw que c·cmtn-lu~? De,cPu-o pnra a ponte.- t• ai fricciona- Ii; no ( '<i-11 quanto:; "6is ha? rum-110 nté uk• vir II si. Quando E'!ltavu - H11 11111. re,pondf'u seranwntl, o \'<'lho. ·cm estado de ,;e :;entur, o t':lpitiio enchcu -Ah! !!Ìlll, res1x1nden trinnfante o para elt• 11111 <'opo de l'O~m1c:. peqnl•no, '" n sol entrn t'lll tantas jane-A~orn, 1·ais b ·ber isto, meu rapa.. ln,-. o 11w11 ,l ci-us nào pocler.i entrnr elll - SP 111<' dii liconç•n, c-apitii.o, prefiro todas 11" :tlnrns? niio II fai-.l'r. Deixai-me div.er-vos porqu-e e> nao 1·0» zangnre1s 1·omigo. :-.;6s érnmos felizes no no~sa C'asa, anti- 1

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G1thr11•l seguiu l'OOlovidamenLe a rnultidào que nc·orria ,i, c·ntedral. J a sn1 r 11. proci~siio; <' os fiei~, t•om c•irios e estandnr1.es, orii:n111san1m-se ìi portn do majestoso temp)o. Gabriel, porém, abrf.> t'amiobo resolutamente e dirige-so a cnpola-m6r. - Uma opa - pecliu èlc com <lecisao. Déem-me urna opa, qua ou desejo e quero levar o andor de JeHus Crucificado ... Surprestt e eRp:rnto de 1-0dos os quo o oonheciam. - O qtll'? O scnhor? preguntam de toA Lei tenho c!Aquelt, a cujo irupeno dos ladOd. ObedeN• o ,isiliil t> o invisibil, - Sim, eu - responde Gabriel c.,om proAquele que criou lodo o hemisfério, fu nda 1'1110\'iÌO. Tudo o que sen1e, e lodo<> insensi hil, C.:ede111-IJ1e uma oJrn: veste-a com dei;emhnru~·o e, dirip;intlo-se ao andor da ViQue podeceu desoJ1rn e vitupério, Sofreudo morte iuju<1tn e insuflihil; lima adora.n•I, mete os ombros aos varaes. Começn o desfile da procissùo pela.s ruas E que do l'eo ~\ terra erufim desceu, pnncipuis da cidatle, e ~i rnedida que a.vanPor subii- os moctnis da terra ao Ceo. ~·a, aceo1,11a.._~c o assomhro da multidiio ao c·onvcrt1do em p,•nileote o incredulo (Lusiar/11.s, Cant. I, eM. 6'/i) ,·er de onfA,111. Entretunlo, do c·oraçi'io nmargnr ado de O Sur. Bispo collC·edeu 50 dius <le Gahriel c•r,1.!;1w-se e~la 'lnpli~a: induJgi•tu·ia a quem rei;as:;e urna A 11é Aqui me tens, 8enhor ! ~ep;ue1-t<• 1nMaria diante clu imagem de :N' os~a sultei-te, 1H·o1·oq uri-tc. 111ns agora arrepondido e sP(tlltC>bO cle nmp:iro, ergo-te sobre Senhoru. Xoutro l ugar publiC'amos o c·anli- os mcmi ombros. J)iunte de todos blasfemei; dii111le> de toclos me humiJbo pura co <·om lotra do ilustre poeta Sr. Dr. glorifitur-te. Amanhii. os meus amigos e A . Lopes Vieira p musira <lo notaYrl admiradore., abandonar-me-hiio, desprema.estro e profe-1:.0l' 8nr. Francioco sar-me-hiio, insultar-mo-hiio ... Nao me imde J.acerda, C'Ompo,,to para a mesma. portn ! Sejn inteira111enle t•snrngado o mou indomun•I or~ulho. mns . 6 benhor ! Dacapela. llll' a ,· i<la do meu fi lho que est:i agoniA fetslu foi c·oroncln pelo bapfom10 san do, 8n Iva-o, Son hor ! de ~eic, cn•anças e Ires <'asameniors de Tu és hom l' misPr11·ordioso; sei que és pes~ns da loealidade que alé eu1ào u 8uprPmo rt>fugio dt> lu<los o~ eora('Ò-¾s 1111 lPrra niio en<·o11trn111 lenitivo, Senào c:on tituiam familias cristiis e que nhor I Suhu o meu fillw, (tlll' l'lll troc11 <1011quizeram espontaneamente rereber o -te :t , 1dn inleira ! S. Siwrameuto do ~fatri111onio nesta ParN·eu c•nlùo a Gnhrìol q11e o rosto de ,Jesus se• in<'lin:wa para &le, quo os olho11 Capelinha <lP -Nossa 8e11hora de divinos poisn,·ttm nelc wda ;i sua. tcrnnru. tima. infinitn l' que urna ,·oi-. suadssuna lbe dizrn: 11 \'l•ns a mim <·0111 11 tua oraçiio ardenk porl.JUP II dor te nwrmeuta.. .Foste rnnilo inp;rnto, voltnntlo contra mim ns Pross11roso e• orep;u11tP, 1·hc•µ;<rn ùuhr11•l :1 aprec•i:hPis f:ic·11ldnctcs c:om que te enri1·11su 11uqt1Pln tnnlP snn•1111 I' 1·pc•olhidu de quec·i. Ofondest<1-111c muito... Mas corno I eu niio quero a morte do pecadur, mus Qu111tu-lt•11·a Snnta. :-;n l)uarto ùo filhinho doente la c~tnva sim q111• fk• 1·fru e ~I' salq,, aqui mc tens 11g1lantt• l' 1:<ohr1>.,nltarla, a mulher admi-1 a C's<•uLnr-t1•. Gahriet, o tcu fiU10 l'Ìver:h ul (!lii' o ( 'tfo lllt• de>ra 1,or anjn tllto- ni !. .. ,, lar clu Sl'U lnr (jllerido. Nuda rtllll!I ouviu Gahriel. .Alheado de - Os modiC'os lermiuaram ja a. ronfe- Ludo <111antn o roden1·tt, o Sl'U espirito e renc·in ~ pn•g1111tn11 Gnhricl am , oz t.re- seu 1·ornç·iio absor, 1nn1-t.o int.eirarnente mula e unsiado.. nn ;\fo-.tre Divino qm' liio mìserit.-ordioso se mostrnrn purn com u sua grande mi.~un. Sairum j:i. -1~ o ftlll' dio:;sernm? O 11ue de<'idiram? ,éria. - O no~~o Joiiosinho morre se um miXem souhc corno d1cgo11 ao fim da lnjlre o n,ìo sah-nr - ri>::ipoodo 1.fargnridn. prOC'issito, 1wm <'Omo C'IH•~ou depois II caem soluços aflitivos. i;a... - Mns t•ntào - gl'iln Gahriel - para E q1111nclo Mar~urid:i, c,heia. de 11ngusque ,enl• a :.<·iencia a cs'<t'!; homens? ... I~ tia, llw grit1i q11e o filhìnho esta,·a n rnorfalnm em 111ilugre... Um milagre I Mesmo rer, Gahriel c-lamtt c•om energia: que De11~ c•xisti,-,,e, nito terio tempo para - ~ào, filhn ! JoilOi;inho nào moi-rer,i ! pensar 1'111 nos... Foi ,J c•su'l q ui.' mo <11s'10. •• Em fn1·P dt.>sta ntilude 11arcastfrnmente l<J foi tao vihranw e,it,, ~rito que l\larblusfe>m11, M nrgaridn Prp;u o-,o u obremen- gar ida, atcrrnda, pen~on que com Il dor tR "• olhnndo ,-om dignid1\de o mariòo, e:oc- <la mo r l<' e ntrava no seu lnr tamhém o. dor clamu c-om en~gin: do lou('nra...

Estas palana.s tocarnm o ~-oraçiio do <'apitiio. Subi rnn1-ll11.1 ui; lugrimas no.i olhos e, inc-liuando-se, tomou a . criançn nos hru~·os Pxdnruando: « - Nii.o, nao, mou valente.! f'urupro a tua promessa, e se alguém quiser ainda fazer-te belwr, 1·em dizer-mo I Eu te protep;erei. E 1>nrn tt! compensa r do c·nstigo quo tf' fiz sofrer, aqui esta ulllu nota dP que tu disporiis n tua Yontaden. E , dizootlo isto, o cap1tiio abriu ,1 sun bolsa e ontrogou ao jo,·em horoi urna nota do ban<'o inp;les do ntlor de 12.'i frunc-o~.

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gamentl', 111a, o nos,o pai cleu ern ·brb<-r. :'\ào no,- chl\·a dinlwiro pnrn c·omprnr piìo e urn d111 te\'1'-se dt> ve>nd1,r a nossa cmia e tudo quanto Pi a continhn. l 11111ginn1 1·0mo isto fai1rn estnlnr o t·<>ntçiìo d,i minhu pobre mii('. Foi rnclo 11or algum tempo P depoiR morreu. Pout'as horus untes do aC'abar thamou-me ao p6 dti sna cama t' disse-me: 1<Joiio, tu sabo~ o qnc• n behida foz de teu pni. Queria eu np;oro que tu prmnt>tesseo; ì\. tua moribunda mii.e• que nnnc·n beberius hehìdas nl1·ooli<'o~. Querta snher que tu p,tJtva.-. ao nhri~o clessu c,oisa. maldita quf' l'fiUS(lll u rulna de teu pai». «Oh! Sl'nhor ! 1·ontinuon o pequen o grumete, quere>doii. ,•er-me foltar ì\. promessa o minhu mii e Ìl hor11 dn morte? Xii.o posSI) nem quero fazè-lou.

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Boa resposta

D1111s e nan(·as dnhnm tln catequo,-e: -Tem graçn (div. nmu), o snr. padre clisse-'flOS cp1(' Df.>us <'~ti! em tòda a p:t rte I' l'll niio o n•jo em 1rnrt(' lll'llhnrna ! -E q1111 ndo tn deìtas 11111 torriio dc- as,m('nr nmn 1·opo dP iti.(lla ,. o assucnr s(' derrett>, niml:i o 11h? (n•pli1·011 a oulra criunçn). -N'ii.o. -Ma.. o 11-;su1·ar est,i lii . .- La is~o ~. 1·prd1tde. - E como l' <1ue l,11 s11htlS q11e elt> ,.. ltP -Porqu<' qtrnndo bPho -11into qne 11 ni,rn Psta a~s11e:\rncl11. - Pois })()m: Deu s, d11111 modo puret•ido, estit 01[1 t-0da n µa r t() do m u ndo e most.r11 n ~u1i prcsenc:a pelos sE>ns ados, m11q nin~uhn o ,·~.

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Leiria, 13 de Outubro de 1929

N. 0 85

( COM APROVAQAO ECLESIÀSTICA ) Direator, Proprietéria a Editor: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso na UnlAo Gràflca, 150, Ru1 da Saata 111111, 152 - Llsboa

Adminiatrador: - Padre Manuel Pereira da Silva Redaeç6o e Administraç6o: Semlnàrlo de Lei ria

NA LOURDES PORTUGUESA '

li Granae Peregrinaçao ·ae Setembro Fatlma-osnactacnlo assombroso oara os imoios, oara os instos o oara os anios « O Virgem Santa, Senhora de Lourdes, de Fatima e do Sameiro 1 Em Lourdes apareceis-nos como a escrava do Senhor, no Sameiro estais coroada de Rainha, em Fatima cobre-vos o manto de Màe carinhosa.» \

Na véapera ai nolte - A procissilo das vélaa- PeregrlnaçèSes do norte, centro e aul do Pais- Os jovens levitas de Beja - Confiança no poder e na bondade da Ralnha do Céu.

Palavras do Excelcntlssimo e Reverendissimo Senhor D. Manuel Vieira dc Matos ilustre e venerando Arcebispo de Braga e Primlis das I lespanhas, na sua alocuçllo na igreja do R<tslirio em Lourdes à pcregrinaçllo portuguèsa a Roma neste ano jubilar.

profusiio por todo o recinto 8agrado ilu- 1 buindo em larga escala para a boa ordem minam-no por completo, sem contudo pre- e gravidade com que decorre o feérico e jud1ènrem, graças ò sobriedade da Juz dis- colossal cortejo. cretnmente distribuida, o efeito mnraviNumerosas peregrin~oea chegaram ne&lhoso da procissiio das ~elas. Os megaf?- se dia à tar~e _no intuito. de 98 encorporanios funcionam magnif:ioomente, contn- 1rem na pr0<'1ssao e assu1t1r à adoraçio no-

E' o dia dor.e de Setembro, à hora 1ua,. vemente melancolica do crep1hculo vesperti_no. O sol poente, depois de ter dourado com a sua ponlbn. de ouro finissimo oa ruontos mais alto9 Ja serra de Aire, fora escouder-se a. oitenta. qui16me- J troa de di1,tancìa no ooio das liguas do oceano. Pouco- n. pouco, aa eatrelns ecGndem-1e no firmament.o e umn ténue e dooe cla.ridade envolve tòdae ae ooiua. Ne. Cova. da Iria. o nas estradas que a ela conduzem move-oo incessantemente um longo e intormino.vol form1gue1ro humabo. .Aproxim \·98 o momento suspirndo desae eapectaoulo extrnordinnriamente belo e profundnmeute emocionante que é o enlevo de todos quan008 toom a ventura de o prec,enciar : a proc-ili.'liio da9 velas em homenagem ÌI Virgem. Milharee de fiéie aoorrem no locai dM apariçoes, uns isolad.01, outros em grupo, todoe com velu na mào, e vào-,;e juntando em frante da. ca.pela das missas, para dar principio a.o luminoso cortejo noct,urno. N a ausència , do rev.do dr. Manuel Mnrquea dos Santo-, ilustre Profe&;0r do Semfoario de Leiria e Capelio-director da Associnçao Capela de Nossa Senbora do Rosario da FAtima em S. Pedro de Moel do1 Servos de Not18a. Senhora do Rosario, (Na propriedade do sr. dr. Afonso Lopqs Vieira, servita do Santuario de Fdtima) que partiu para Roma corno membro da peregrinaçiio nocional do ano jubilar i'l Cidade eterna, preaidiu aos serviços religioDemdita seja pela nova chama eo1 o rev. Manuel Pereira da Silva, o in- Demdita seja nos Céus e na Terra que arde nas alma~, ja livrea do ma.l; fatigiivel •116CJ'etario de No1sa Senhor&•, Santa Maria, que, p'ra. nos salvar, eomo jnstamente lhe chama a vo• do povo Falou em Fatima aos za.ga.is da serra/ bemdita. pela patria que Ela a.ma que a sabedoria das naçoes diz &er de e a. Quem ora reza. e canta o mar. e pelo amor que lhe tem Portugal.

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Deu1.

.Ap61 a recitaçio do terço do Rosario, em honra da glorioea Senhora .Aparecida, aquela imponente ma11Sa hwnana deeloca-em movimento e inioia a aua ftlt.roha, eolene e majeatosa, subindo a arande avenida, em direcQio ao p6rtico prinoipal. Lt.mpNaa elktricaa espalhad1111 com

•, poe-ee

Oh Formosa, oh Piedosa, oh l!le, oh Eetrela, Senhora no88a, alta e divina. flor: seja. por Ti cada alma pura e bela,

Avé, Maria, em teu Dinno .Amori A.fon•o Lope• Vletra.

cturna. Siio, entre outras, as de Daltar (Paredes) presidida pelo rev.do dr. Joa-quim Nogueira Dia11, Font'Arcada (Pa-redes), pelo rev.do Adriano Mnrquca C<>rreira,. Lngares (Penafiel), 1,olo rev.d? dr. Heur1que Alves da Rocha, S. Paio da Portela. (Pennfiel), pelo rev.do Ales.andre de Sousa Est&vam, Louriçal (Coimbra) , pelo rev.do Antonio Carreira Boniflicio, Vila de Ilei, pelo rev.do Rafnel Jacinto, Mata 1\fourisca, pelo rev.do Joa.quim Dunrto Alexnndre, Serra de Tornar, 1 pelo rev.do ,Jo>fé Dine Rodriguea, Marra-zee, pelo rev.<lo Jo1é de Seiça, At.onguia da Daleia, pelo rev.do Vfr.-nte Rnfnel Gameiro, Setubal, pelos rev.dos dr. Cft.ndi· do de Melo, puroco de 8. Juliiio, e Joa,. qu1m Antonio Fortuna, capeliio da Ordbm Terceira do Carmo, Nndadouro (Serra do Honro), polo rev.do José Henriques Verfs.<iimo e Ceil:illn, pelo rev.do Manuel Alve,i Ouerreiro, que teve a feliz idei& de ronduJru" a Fatima a. populnoao piedo!ia da sua. vaste. frèguesia. ap6s umn mi• 1iio frntuos!ssima. As que reuninm maior numero de peregrrnos eram as de Ceissa e Louriçnl, ca.da uma dela.<i c-om quatrocentos, e ns de Setubal, Vila de Rei e Mnta. Mouri10a, cada uma com duzentos. Qulisi toùll.8 a.I peregrinaçòos trnziam oe seu9 estondartel, muitos deles ricoe, lindos e vistosos. Na proci!Bào também tomnram part.e oèrca de quaronta alunos do Seminario de Beja que e.stiio p1188ando na férias do V&rào no C'onvento de Cristo, em Tornar, a itentil princtìsa do Nabno e uma du mais formosa& cidndea de Portugal. 8&minaristns~uwiros, &t.es jovens levita., que siio a pupila dos olhos do grande Prelndo-Ap6stolo da Diooe~e Pacenso, que notes tem potrtns as mais fogueiras espern nçes de rena!ICimento dn aua. vida orlati, puzeram umn nota extremnmente i,impatica. no eaplendido cortejo, destacandoee pela ma. C'.ompostura, gravidade e fervor de devoçiio. .Algumns senboras de elevada categoria aooial, no oumprimento de promeaiù feitas talve111 em horaa de inoomportnvel amargura, peroon-em o itiner'1io da rro-


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VOZ DA f ATIMA

varo, horos n fio, (:Urando todas as cha-1 rocle1am , e convidn-os a. irem visitar no fundamente consolador o dessa. miie criatii gas dn.s nlmas com o balsamo da. miseri- llo~pital-Sanat6rio, a grande doente d& & piodOfla, cheia duma. conliança inaba-c6rdia e do perdii.o 1 E que hist6rias dolo-· sua. peregrinaçiio. lave! no poder e na bondade da. Virgem rosas e tocantcs niio se tera.o muitns veNuma. sala, onde se encontram enfer- bendita, que é a Consolaçiio do11 o.flitoll zes desenrolado nos seus ouvidos, 1:10lados 1110s trazidos pelns di versas peregrina- e a Saude dos enfermos ! para sempre com o sigilo sacramentai, sa- çòes, paro. implorar em seu favor a comNo Pavilhiio dos doentes nio se encongraclo e innolthel I pnixùo do Rnlnha do Céu, v&-se, deitada tra um lugar vogo em nenhuma bancada. Decorrin ., · ' " adoraç·:io noturna, co- de rosta8 num leito alto uma pobre mu- Os senTos de Nossa Senhora do Rosario movente e empolgnntt::, com as suns pre- lher de i-~'llo Julia. da. Bilva, aolteira, de ocupam-se del'!veladnmente no transporc.es e os seu11 ciì.nticos, com os seus t erços 4i anos de , ·-"• que sofre ha sete anos te dos paralfticos e dos enfermos oui• e as ~as instruçòes e praticas, com os seus duma ptose gastrica e ulcera no estama- estndo é mniR grave ou cuja fraquesa actos de repnraçào e desagravo, e ja co- go. O seu estndo denota urna e"xtrema extrema· Jhes impos.qibilita ou di.ficultn a meçavam a. celebrar-se as primeiras mia- fraquezn. Devido a tiio grave enfermida- mnrcba. Por wa vez as servas de No1111a aas. de, encontrn.-119 de cama. ha trae meses, Sonhorn., niio menos solfoitas e d&dica,Além das mi888.a privativae daa diver- impossibilitada de fa.zer quaiequer movi- das, prestam sem cessar no recinto de saa peregrinl}çoee, revestirnm um cunho do mentos e padecendo muito. Resignada è Piwilhiio, os fl8rv•(_'os o ~uidados e:s:igidoe maior solE>niclade a.a que foram expressa- vontade de Deus, confià na bondade da pela c·aridade p:H ,. com 08 que sofrem. mente parn. os servitas e para os semi- Sa nt{s..1im:t Virgem e espera da 9110 in- ~ntre os doentes destaca,.se u.ma jovem naristas-escuteiros de Beja. Como sempre, ter<·cssùo mntornal a cura doa males grn,. t1tul~r portuguesa _ vinte ano11 &DgtUiooe ns comunhòes atingiram uma. enorme ci- vfssitno)' que lhe torturam o organismo e rcs1gnados, etnurchecidos ,ara a terra, fra., tendo sido adminiatrado o Pio do11 i;eco e mirrado. No Posto das verifica- mas ~lonndo o frutificnndo ero perfumes Anjos por varios sacerdotes durante todo çòes méclicn.s, Jtilia. da Silva apresentou de v1rtudeis acri!«>lodas e de méritos preo din, desde o romper da manha até de- o at.est11.rlo da wa doença, passa.do pelo ciosfssimos paro o Céu _ a tJltal, aoompois da procissiio de despedida. • seu médico assistente, dr. Fernando Al- panhnda. polu miie, uma nobiliasirna. e veOs servos e as servas de Nossa Senbora voo da Rocha. neranda senhora e por u.ma. santa. reliA adoraçilo nocturna- 0s turnos de gio~, veio do ~tranjeirq, onde reaid• adoraçlo - A meditaçio dos misUrfos do Rosario, lifilllpre dedicados e incans:iUm grupo de peregrinos espanhois hab1tualmente, afim de suplicar è Virdo Rosllrfo - Desagravo e reparaçlo a veh, no exercfoio d"'.IB suas nobres e deliJesus H6atia - A devoçlo dos peregri- cadns funçòes, constituerrt, nas diferen- - Uma mie reconhecida-No Pavi- gem Santissima no seu santuuio predites modnlidades da. wa. acçiio, um for- lhio dos doentes - Urna jovem titular lecto a . cura duma parnlisia infanti! de nos. · mosf99imo exemplo de caridade inteligen- enferma - As oraçoes pelos [que so- que sofre desde os treze anos de idade A' meia-noite oficial, pouco mais ou me- te e discreta. que se impoe ao respei- frem. e so~retudo as bençiios espirituais mais nos, termina.da a procissiio da.a velas pe-- to e ndmiraçiio de todos, crentes e deaprec1o.su1:1 e mais escolhidas do seu Colo canto do Credo em fronte do Pavilhiio crentos. Siio onw horns da manhii. Por enti-e r nçilo materna!. OS' doentes oram com dos doentrs, prinoipia a. cerim6nia da, Algnnt:, dos médicos presentes prestnm a mult1dào passa uro grupo de peregri- fervor. ~m volta do Po.vilhiio, a granadoroçiio nocturna, sempre tiio YO!ene e os sens serviços no Posto das verificn- no::1, que us carntei·isticas do troje denun- do mult1diio dos fiéis-milhnres de pe-tiio tocante, corno em nenhuma outra par- ç.oes médicas, instalado desde 1\Iaio ul- ciam corno ootranjeiros. Siio pereg'l"inos regrinos de o.mbos 08 sexoo de todn.s 88 te, naquele logar bemdito. timo na sua nova séde, urna dns salas espanho,~ procedentes de Ponteveclra. procedencins, de tòdus as i'dades de to0 rev.clo Jouo Nunes Ferreira, pni-oco do 11:randioso e monumentnl ediffcio que Com ele~ vem um pobre cègninho, ncom- das a., condiçoet1 sociais juntam 'as suas da. frègue?ia de 8. P~r? de Torroo No-, é ~ Albergu~ de No~~ Senhora d? Ro- 1 panhnclo yor urna religiosa, revcsti~a do::1 I P:~s _às dos enfermos para fazer dooe Y88 e assistente ecle81ast1co do grupo de snr10. Uns ainda no v1gor da moc1dnde, seus bab1tos, que lhe serve dE.> gnm se- v1olenc1a ao Coraçiio de Deus cheio de eervitas doquela vi!a, admirivel f~gurni outros .in adiontados n.os anos, todos ri- j gura e inRepnravel e lhe prosta o!' cuida- compnixii.o pelas nossas misérÌas. Sublide padre, como ha pouco justamente lbe valizam ein zelo e solicitud& no regista doa dli enfermeira. solfcita. & dedicada. me e consolndor espectuculo de Fé viva e chamava um gra.nde diario de Lisbon, or- • ______________..,.,,_...,_ de piednde ardente que assombra e &di!?'niza 6 dirige os turno9 de adornçiio. ,--,--:~------,..••~ fica, que en~rnece e encanta tanto os 'A primeira. hora é destinadn, como semcrentes corno os incrédulog e os indif&pre, à reparaçiio naéional. ren~s que teem a. ventura inefavel de o Entram nest.e primeiro turno de a.do--~~K.,.,..1!1.:1<".l contemplar. raçiio, da. meia.-noite à uma hora, as p&regrinnçoos de Ceissa, Louriçnl, Vila de A J)rodsalo da Virgem - A missa Rei e Mnt11- l\iourisca., no segundo, da dos doentes e a bençlo do Santfssimo uma às duna, a.e de Baltar, Font'Arcada., - O sermlo oflcial e a procissllo da Lngares e 8. Paio da Portela, no terceidespedida-As curas extraordinarias ro, das duas às tree, a de Setubal, no -A gratidlo de duas meninas alentequarto, <lns tres às quatro, as da Atouguia janas. da. Baloia. e Serra cle Tomar e, finalmente, no quinto e ultimo, das quatro àa E' quasi meio dia solar. cinco, as de Beja e Marrazes. Junto do padrao comemora.tivo daa Nossn.s cinco horas de adoraçao, presinpnriçéies nota.-i,e um movimento deiUsadidas pelos chefes das respectivae peredo. E' quo lie Ct1tu. orgnnizondo o cort&grinaçòes, rezou-ae o terQO do Rosario jo para conduzir ù capela das miBBIIB a • fizeram-.lle actos fervorosos de reparnr Irnngem de No~a Senhora do Rosario. çio ao Divino Rei de amor, oculto nà Aquoln mole imenea de povo poe-se em H6stia Santa.. Nettia velada encantadora, marclm. Por cima de milhares de cab&milhares de almna prostradas diante de ça.<1 ergue-se a brnnca e linda estatua da Jesue, exposto num trono adornado de luVirgem, colocada sobre um andor, que Volta da imagem de Nossa Senhora de Fatima para a capela das ApariçOes. Ma e flo:res, imploram da Miseric6rdia quatro servitoe levam a08 hombroa. Soom A' frente os snrs. Patriarca das lndias e Bispo de Lelria. divina o perdiio das culpas inclividuais e vi rns e nclamn.çòee. A gloriosa Padroeira 1 daa iniqui.dades colootivas e uma chuva de PortugaJ é saiidada com o acennr de oopio111a de bençiios para o nos110 queri- do11 enfermos e no tra.t1UDcnto dos ma-1 Do Albergue de Nossa Senhora. do Ro- milhnres de Jenços, numa manifestnçii.o do Portugal. lee de que ..ofrem, quando os seus servì- sano i;ai agora uma senhora ainda nova, encantadora. de amor filial. Justamente F,tima, ll8lliaa noitee inolndaveis, em ços clinicos '.f tornam inclispeneaveit:1. de porte clii/tinto e trajando elegantemen· no momento ero que a Imagem de N. Segue o eoool piedoso da terra de Santa De véspera, ùs primeiras horM da noi- te, quo se dirige para o Pavilhiio d.os nhera da •entra.da no Pavilhiio dos doenMaria ergue as miios e os cor~oes para te, aguardava-se ansiowmente a chegada doentes, levando, ora no colo, ora pela tes Julin. da. Si!va, a. grande doentinha o Céu, em auplica.a veementes, impulsio- do eminente médico oftalmologista. da ca- miio, um filho de cerca de sete anos de da perogri naçiio de S. Paio de Portela nadas por urna Fé viva e por um amor pitn.J, o dr. Eurico Fernandes Lisboa., idacle. (Penafiel), de que a.cima se falou e que a.rdtinte, pareoe, mais que nunca, um gi- que em Fatima, com preju!zo dM sua.a No dia 28 de Junho de 1927, o pobre estava. para.Htica. e YDfria duma ptosepnteaco e poderoso para.-raios, que se al- comodidades e das jasta.s exigencins da menino teve um ataque de sa.rampo. No glistrica e ulcera no estamago, leYanta-ae t.eia por cima dAs cabeças de seis milhoes suo. pi&dade de cat6lico praticante e fer- dia 2 de J ulho i;eguinie, o seu precario da m:t.t•o. em que jazia, prostrando-e& de de portugueses para dewiar os raios da voroso, péie sempre e exclusivamente ò estado de s:nicle agravou-se ainda mais, joelhoa em feTYorosa ora.çio e agradeoonjustiqa divina. ofendida. por tanta(! infi- disposiçao dos doentea pobres os recur- porque uo sa.rampo veio juntar-se :uma do à Virgem a. cura extraordinaria que delidad&1 e ingratidoes e atrair aòbre eles sos do seu muito sa.ber, de eirperièncias encefalite letargica, cujos sintomas por nela. se operou por sua intercesso.o e que torrente!! de graça e miseric6rdia. feito, e da sua inexcedfvel oaridade. In- demaie evidontes o!:J médicos constataram, 08 demais peregrinoe presenciaram com Um coro de muitos milliares de vozea, felim:nente, com grande desgosto de mui- logo que lhe fizeram o dingn6stico. admir~iio e aaaombro. umaa inocentea, outraa oontritas, fu tae dezenas de doentes dos cilhos, que esOantado o Credo de liourdH, celebra.Levndo para Lis,hoa., esteve durante ~ nolencia. a.o Ooraçao do Senhor, peravam benéficos efeitos da. sua. gene- algum tempo interna.do num hospital dar ·S& a. miSSt\ dos doentes na. capela.-m6r dq quando, num brado unisono, rompe nesta rosa. intervençao, o ilustre 811p&cialista, qnela cidade. Os pois, erlremosissimos e Pavilhao, durante a qaal se resa o terço ferrerosa exclamaçiio : «O' J esus, por e exemplarfesimo chefe de famHia cri.a- dispondo de recursos, recorreram aos e se contam alguns motetes apropriadoe. amor de voasa a.ugu!Jta Miie, salvai-nos ta niio poude comparecer, por mo- melhores especialistll8 sem nenhum resu1- Segue-se a Mnçao doa doentes, sempre e salni Portugah> I tivo de f6rça maior, que surgiu è ul- tado 11atisfo.t6rio. Todos desenganavam a bela, 818mpre comoYeate, sempre empoltimo bora e o inìbiu de fazer a peregri- fnmilin., consternadn, & inconsolavel, di- gante, tendo feito a3 inYocaçoea do eo&Aa confi11lSe1 dos homena na Pet1i- naçio projectada. zendo que o menino niio tinha cura. Era teme o rev. Manuel do Carmo Goee, p&tenclllria- Mlaau e ComunhlSea - 01 O Pavilhiio dos doentes esta quasi opinino deles que, devia viver dai em roco da frèguMia. da Barreira (Leiria)', aervos e as servaa de Nossa Senhora completamente cheio. Todos e!~ osten- dinnte s_empre senta.do n~a cadeir!, gue com a sua voz forte, bem timbrada e do Ros4rio - Os médfcoe e os doentes tam ao peito dum modo bem v1sfvel a sem movimento e sem a.oçao de espéc1e impregnnda de piedade e unçiio tornou - Uma visita ao Sanat6rio-Hospital. seuhn. respectiva. devidamente num~ra,. algu.ma. Todo o corpo lhe tremia cons- ainda mais intensa a como,ao, fazendo cia, que lhee é distribuida no Posto dnR tantemente. Niio podia comer. Chegou a vibrar na n.lmll#J até às auas fibra.a ma.i.a fntimn.s. Pr~gou o sermiio oficial o prior NA tarde do dia doze e dura.nte tada verificaçoes médicu no momento da sua e11tar completamente e-ego. a no1te do dia dose para o dia treze, nu- imcriçlo. . ' . . Foi ontiio, ao vè-lo n'!m oota.do tiio las- do Louriçal diocese de Coimbra, rev.do merosos sncerdotes ouYiam de confisaio Pr6ximo da ca.pela dae Apar1çoes, a.o t1mooo1 que a pobre ma& vo!Teu os olhos Ant6nio Carreira. Bonifacio, que versou os ho,nens, rapazes e meninos que se apro- meemo tempo que bMtantes peseoas de e o coraçiio para. a Branca Rainha de o se~uinW\ tema: uFatima é um eepect&:rimnvam do sagra.do tribuna! da. Peni- amboe os ll&J:OS cumprem promessna, dnn- Fatima _e Ihe promet:eu ir todos os. me!es cnlo para 011 {mpio~, para os jastoe e P~ Uncia. A vasta nave da linda e g.raciosa do variM volta.8 è ca.pela, de joelhos, um oom o frlho estrem8?do e~ peregnna9ao ra os Anjoe1>. Ap6s o sermil'o, efectuoa-ff igreja da Panitenciaria, recentemente reepeitavel sacerdote, ncompanhado por a.o loc:il das apar1çoes, o.fun de aophcar a terna e comonnte procii1,,ao à llle!,pecliconstrtddn, rogorgitava de penitentes que um aeminarieta benze com um aimple!! n. aua cura. 011 pés do trono da augusta da, que reconduziu a. I~agem da Virgem para a cnpE1la dM A par1çoes. . aguardaYnm, em longa.e filas ju11to dos sinru da crum ~s objectoE, religiosos que Miie de De~s. . Terminada a. proci~siio, uma fa•ilia de confeS8ion,ri06, a aua vez de eerem aten- 09 fiéit!, numn, ,ucessiio qae pareoe interEmbora no.o se possa d1zer que ~ ach_a didoe. minavel, lhe viio apreeentando para. ~8-'IB completamente curndo, es~ toda.na mui- Vaio.monte (Alf'ntejo). cbeia de reoonh6Que abnegaçiio e espfrito de sacriffoio fim. E' 0 paroco de S. Paio de Portela to me.l ~or, na frase da. mae, marchaa~o eimento ni depar, com• ex-nto aoe em tantos e tantes ministroe do Senlior, (Penafiel). rev. Alexandre de Ronza sem d1f1culdn.de e t~ndo recuperado a T11J- p's da' brn.nca Senhora de Fatima, Mie qnerida d09 pertugueMe, • re\rato de q11e, vindos de longea terra.s, e:s:011stelil de Estavam. Num dado momento, volto-se ta. . . & . .ple altamente 94iificante e pr01- duu meninos irmiie. llariarida àe Lour• cuaaçe • cheios d• soae, ali N c,ouerYa.- para alguns do~ 118u 8 peregrinos, que o eis.qiio, pisnndo com os pés descalços o t<?r· reno duro e pedregoso da r.harneca. Urna pobre mulher, de meia--irlade, pri· vada duma das wiios, leva ao colo um filhinho de ano e meio que, sendo cego e de nascença e es~anJo desrogana.uo uv médicos, veio a. _Fatima quatro vezes, obtendo de cada vez consideraveis rurlborns, que nenhum tratamento fora !'apn;i: de lhe proporcionar. COBada e com ma,~ oito filhos, esta mae piedosa. niio he~ita em fazer urna viagem de cerca de ~rinta léguas para implorar aoe pés da Virgem, Socorro dos aflitos e Mii& de m1eeric6rdia, a. cura completa do filho estremecido. .1 sua confiança no poder e na bondade da Rainha do Céu, é inabala.vel e ili'mitada, e eia. manifesta-a comovidamen~ com palavras e com lagrimas, que aiio ao mesmo tempo de magoa & dor, de a.le~ia e reconhecimento. F1•1iw-, os que creem ! Mimosos os que confinm I

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VOZ DA f ATIMA

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des Ram.albo Pirea, de 10 anos, e Maria- Tu bem sabea que teuho por prin- lfas porqueP A.lgun1 especialiatas proposeram, por na Rita Ramalho Piree, de 8 anos, por ultimo, que era urgente fazer uma melin- cipio niio pa'l.-wr nbsolutamonte a nmgu~m Ora porq ué... ? !... E o doutor lo, antou-tie exa.sperado. as ter salvo dwna doen9a que ambu ti- drosa. operaçiio pois que a doença do esto- atestados para Fatima. veram ao mosmo tempo com grande pe- mngo era grnvfsaima e niio se podia combaAté cau a~n do ver o médico, aliiia in~ .Bem o sci; e 1:onfo.~s0-te que aindn rigo dae suas vidas. Gratilltlim~ à mise- ter por outra forma. niio comprecndi o moti"o d&oo procedi- tehgentf\, po.ssenr frenòt1ca.mento pela. saNiio qufs porru:n o meu ma.rido aujeitar- mento. ricord1oea Riunba. do1:1 A.nj06, profei;samla sa.rudindo o guardnnapo, eem aaber -se suns humildes serva.a, beijam-lhe -b8 a opernçiio e por isao aa dor es conti- Ha tnntns coisn por e'Sti mundo que q11e diwr, ugitund0--ti0 corno um cpiléptienternec1dam11nte O!! pél:J virginais e su- nuarnm cada vez a acentUArem-se com niio comprecndcs ... co ... e rnepond<•r i1qm,ta pregunto clara e . <'rena do sua espo,m ... plicaru-lhe com todo o forvor das sul18 al- mais intensidnde. - Muito obrigndo ... V endo-me aasim t~o aflita rocorri com - Ora, porqu6. .. pois. .. por ù,..c;o mesmas piedosas que so digno interceder por - Mas varnos no tl\80: havia cinco elas, pela !/Ila fam{lia e por todoe os por- muito. fé Ì\ protecçlio da. Rainha dos Céus scs que eu trntava <'-11:.S tnl Rosa, alias mo 11 E tu bom sabcs .. : Olha, ponto fie dn Tena, pedindo-lhe aa melhorns do sem nenhum òxito, de nma grave influ- nnl .. Dl''ft:<' a.SHunto nem mnis pio .. . hein IP togueses. Pouco a pouco, u. moltidiio dispersa.-oo. meu querido doento, prometi, pois a Nos- m~iio do piloro qno lhe torno.va a di-1 ( [mitndo d<• P1errt L' En,1itt). Os peregrincie apr~-se a regrossar o.os sa Senhora do Roslirio de Fatima, publicar gc~iio dificflima. AqniJo era regalar cono jorDAI cA Voz da Fatima. a cura se a rno um rel6p:ìo, n m{nima refeiçiio co.u1eus lares distantes, renovando em sentido contrario uma viagom longa e fat i- conseguisse o bem assim a realizaçito de sn.va-U1e doros ;ttro7.<'8, eontro. 11.8 qunis novenns, missa o ama eamola em harmonin. todo o remt<dio t>ra inutil. gante. Correm rumores de mais curas excom aa minhns poesea. «Om aqui bn coi11a de scia semanM, traordinarinlf. Comccei depois a dar-lhc o. beber algu- encontrnnd<H'O jn rnìnada pela tubercoSe estes boo.tos se confirmnrem, os relato& das curaa b\Jriio oportunnmente pu- mns 1>0rçoes dn ogua milagros.n. da Cova. da lose. pediu-me il. queima roupa, com !rin e r,Msadoa poucos dia., as melborns nquele seu nr de inocencia, um ate.~taSabo? blicados na socçào respect1va. produ.zirnm-~e dcsaparecendo por completo do em que des'Je conta dn. sun. doençn. C"-0ntava...rue um pn<lre meu amii:o, inA.e sombrns da noite descem sobre a oa dare$ horr!veis do men mArido. uOei-lbe logo, perusadido que ~rin. pa- teligencia lucida, Odpfrito J>rofundanuniCova da Irin. Ne11ta Ot1tiincia incompnraEm vista de Nossa Senbora ter despate ob~e1·,·ador. ra cons1>g11ir entrudn. nnlgum Mnat6rio vel e unica de Portugo.l ou, nntes, neste chado as minima suplicns <:omo sempre faz, - Sabe? Vi hoje urna cois& que me imlindo cautinho do Oéu, hoje conhecido e aquoll'A que a invocnm com ontranhada ds- do incurtiveis ou pnrn. n.lcnnçnr n lgum eu- prossionou; vivamente, na Fatima. amado no mando inteiro, passou mai11 um voçiio, "6 me resto. dar cumpriment-0 a pro- b11idio. Surpreondeu-mo contudo n olegria - o que? <'onte. dia de gl6ria pnra Deus, de honra e messa e agrndecer à Mii.e do Céu a sua ('Om qne <'la o r~•cebcu . E vni hoje, ::que - Tinham ncabado 08 trabalhoa no m<> ha vin. de trnzor sòte telegrnma P d que Santuario. Ao:1h.1ra a recitnçào do men triunfo poro. a Virgem de graçna e santissima protecçiion. Hm en enrontrnr logo nn primeira p6- Bro,·iorio. 'l'omora alguma coisa a preea& bençiioe, do nlegrins intensns e de sua. Ant6nlo Francisco do Ou telro, de vita ,:?inn do jornal? vfy;iimrui emoçòes pnra tnntna almas . e in a c,orret· despo<li-me da. imagem de - Que ae curou em Flltirnn - interrom- N. Scnbora. Bemdita soja a oxcelsa Rainba do San- Seca ( Barcelos) escrcvo : «Sofrendo dqsde hu muitos nnos dum tissimo Rosario, quo em Fatima se diJ)<'ll n e11posa. Subi a grando nvenido. No fundo ha,. gnou upnrecer coberta com o manto de horrfvol mc6modo intestina! e tendo re- ;, Entiio ili o Mho..P v1u. nquole fonuigueiro bumano du doencorrido ù medecina dura.nte muito tempo Mite cnrinh011a, pnrn. abrigoc nus dobras - Nito, mnR n. ronc-lusiio é bem f1ieil. tcs devotos curiosos, ricos o pcbre(:j naqu• d81156 manto protcctor, nsilo segnro para sem rosultndo nlgum, vendo na Vo.z de - Ah I 11im P Pn.rcc~to isso? 1 la vnril.'clu<le tinica e «·ncontndor& que se Fatima, que posson. amiga me envia todoa - E' clnro. Durante seis méllei, trnta~ notn na Fatima . todos 011 nrrependimentos e para todos o, infortunioe, o,, 1'<'UB filhm, querido!! de O!I rnésca, ne gra.ndes curus extro.ordina.- n. doon~. eem conl!oguires. Aflquer o.o me- Mas toi isHo ufin!ll o que o impreerins realizadas por intermédio da Virgem nO!! nliv1ar-lhe os padec1rnento•... acho siouou? Portugnl I de Fatima, voltei-me pnra a Virgem do muito nnturnl quo olo. v, n F1Hima ten- I ~ào. C l·oisa de mda dia 13; ja niiAI Viconde de Montelo Rostirio de F:itima pedmdo-lhe para me tar a cura. faz impres,.iio. libertor dès~o borrfvel sofriroento, ja tiio - l\Ius ~ntiio que 11110 mo pedisso o at-e:;- 1 ii.o sa1r do porwìo grande comacei a.s divelho, omborn. eu oRae beneficio niio metado méd1co. ligencias a ver E<O onooutra\·n cnmionete recesso del'ido à minha grtlllde ingratidiio - E' que precis,wa delo. que mo c·onduzilòBe t>, ~raçns a pcue oopnra com seu amnntfssimo Filho, Je:sus - d E que teuho 011 quo ver com isso i': mo de oosturno In npare<:t•u uma om que Cristo. No mcii de Junho de 1027 nbnndonei i E t>u eu niio lèStou para confirmo.r com tome i lugar. Seguiam comigo vnrias pessoas <'om as por completo a medecina o laurei-me nos ii minba rtutoridude urna. coiea quo n mibra~s da Virgem de Fatima. Com gran- 11ha rnzao niio apro\'Ri' - o a.o dir.er e:.t~ quai.a fui com·er&11n<lo 1obro ns impr86de eapanto rneu no dia seguinte jé. me pnlnnas o mC:dicu, 110 auge do. exalta- SÙl' que levavnm de J,'atima. Huviu porém um pohro bomom 1·om quem P .e Oomlngos Jos6 dos Rels, Par0<'o de sentia me111or o de<-orridos tres dina acha- r;iio, impt•rtigou-!\O nu cndeira, romo Ha Valega (Ovar), em curtn de 21 de agOs- vn-me <·omplctnmonto curado. Em vista tin.:,se engulido nnquele instnut.o uma ben- -.e uiio podin falnr. Uoberu. de 11111is e in num t•:stado lastito, d1rig1da uo l~x.mo o Rev.mo Snr. do tiio J!:rando beneficio ,nlio pude deu:nr gala de pnu sunto. Scguiu:68 um l'Olllpll/ti0 d~ espl•ra .. corno mo,-o. Biapo do Lei rin, informa. o seguinte: de fo,.tomunhnr Ìt Snnti68imn. Virgem o 1n tamb6m quosi a meu Indo urna senhGctVenbo beijar o ancl de V. Ex cìa. m<'u humilde e pohre reconbocimento indo S<' n. csposa, nnt-0!! de 1•ont11111ar, de1xn.,;.se Rev.m1t, e pnrticipur quo na noa.~a p,ira- pesi;oalmente no dio. 13 do agosto desto r>r1me1ro ncolmar o <'ntimcnto de oompni rii e um:i cren1wita de 4 a. 5 onos vh·a maa grinaçuo a Fatima (13 de agosto) rece- nno pelo. primeira voz, à C'-0va da lrin. xiio quo neln. cll•Hp<'rtani a frase orgulho- duma simplicicl11de, duma 1ngenuido.de . enorme. bemos fn:vores extraordinarios de No!'.~a agrncleoer à Virgem do Fatima a minho. si~ rio mnrido. Depois voltou ,1 c-argn: g uiio soi porque oomcça a creancita a 8enhor1o1.: Unu. ropurig(I. d'Avanco., Maria cnra quo con sidero um grande milngre.1 - 1,Ma.~ o.finn! sempre il<'reditos quo tt l'Orrer pnra junto do bebedo que lhe cord011 Anjus N11nes Peroirn, quo, ha anos, tnl doento e!ltoja curndo, ou nào? respondia uum 11orriso bestini e procura.va conheço com sofrimento continuo, quo - Os médi<·os de lii diwrn que sim. e colod-la sobre 011 joolhos. causava d6, d11 12 pnrn. 13, no hospitnl, um enformeiro oté nfirmn que n viu 'coIamos ja n <·nminbo naquela ingreme la-foi atacada duulll, c-61ica, que inspirou ao mer f'ilh6s sentnda na relva, 0 que, se- deira que da l•'otimn desco para Ourem. m.Sdico per1go t:e morte; <lepoia das in~undo 0 seu 011tado ordinario, lhe devia De vcz em quando 111U11a curva mais rapivocaçoes volto Ilo ltospitnl, e ola, conten-d Em quo u11t:is tu o. pcn,;ar? can~ar a morte. do sentiamo-nos ancudir , in1mente. tÙl8ima, dirig~se 11, mim dizendo que est.i. A esta progunto. da edp<>Sll, respondio. A conn•r a qu1iei tinbn. parado o a. maior si, manifeetnndo apenus uns loves sinai.s em gernl o dou'8r amàvelmente: - E ntiio, e lh1\: endo. vez te compreen· do menos; pon-iue afinal corno médi.::o até parte tam embellidos ,. contemplar a paidnqueles movimcnu-"; e no dia 19 vem di- ... em ti ... ilo,·ins regoRijnr-te com O cura da tua sagom singular que a serra. e o \·alo noe zer-mo que 08 m6dt<'OS, que tratnvrun deUma noite, porém, demorou a respos- doente I dilo no admirnvel o hann6nic-o c,onjunto da la lhe dora.m os puraben~. ta · o doutor \.'Dtreteve-so alguru; momenpenedia tosca dt~ serra a caBar-se com fonFelloldade da Sllva Nunea, coendo., d811- Que 88 cure <'mborn, qoantns veze~ dos barranco,; , placidez da campina ena romexer a. wpo. demasiado quente, ta frèguOt1ia de V nlegn., sofria horriveia e por fim, 110111 !IOQ.Uer levantar os olhos qui1,er, mua s11m n minhn IW!inatura. entro um maravilhoso fondo que o céu nzul dares no ventre, tondo sido aconselhada do prnto, sniu....e <:om esta: - dMas qu(' mnl lbe far; a tua Mlii- e a. verda folhn1,te111 amorosamente lite formam. a nma operaQiio, arriscnd.a, n a volta de -Estou u p«msar q uo aou um est upido naturaP F at ima, a alturaa do Pombal, r epentina-- rematado. - J a to d isee. De reponto a. mite sobresaltadn. dii com mente desaparecem-lhe 88 d6res. l\fos bem que a tua explicnçiio Oli 0 ll1oe no filho que num momento podia - Ora e~ ... e porque? ~o dia 19 d iz.-rne quo niio voltarnm, - E' q ue mc deixei 8t!t ù pidamonte en- nìio te deixa I~ mo tto bern pa.rado; prooo- saltar-lite n di~tAncia, nrranca.-o dos br&8 apenas sente aJguma inf]amnQiIO ne dte- ganar por umo. miMravel toupeira, que dos corno i;e t 1ves:,,es medo i\ luz. T u re- ç011 do bebedo e aperta-o no seio arfa.nte. A oreança ficou espantadn. porque, sem ro. nao mcroce outro nome, e..sa velbaca de con beces quo em Fatima bn qllalquer coiAna Marques Guerra, tamb6m desta mulher quo aasim comprometou a minhn sa superior àA tuas fò rçaa e em T e21 de v~r o pongo gozava do eapoctaculo raro cederea o u no mono11 do estudarea o tiaso quo o. feia embriaguh ]bo davo. nnquele fràgu881a, foi levadt. dnqui em corro pa-- fama. poes 011 pé à parodo, rccu11U-te n dar um homem. ra a estaçiio, poi.li, ha a nos, esta paraHti- M ns queml? simplee papel. J E ll('hns i.s.,o bonrto ... diE mnis duma vt>z fez 11;eito de voltar paca duma perna, ao voltar de Fatima, em Umn. tal Ro~ Niio-sei.-qu!\. oam.ionete, para o comboio, B0nte-ae con- d Empresto,ite-Ilu, algum dinheiro tal- gno d8lllila acit-nc-in c·ujo nome pronnncia11 ra junto dele. com uma enfalìe pouco menos qu~ ridfNii.o o conaeguiu porém porque n mie • • i deravelmente melhe r; tanto que, quan- vez... P prendi a cautelosamente contra a aeduçio do a criada 8titava. a. aair de casa com o - Qunl dinheiro ... I ae f6880 isso ... Dei- cu la! P - Acho prudente, e boatn,.me. eatmpida c1ue noie oxercia o riao bruto dacarro po ra a ir b.acar à eataçao, ela che- lhe mns foi um atelitndo médico. Ab I sirn, jn compreendo. A. que tu quelo homem. nisfnrçadamente fui obser&a a p6, esperançada que Nossa. Senbora - E daf P hll. de acabar de a curar. - Urna brinradeira ... vai-me par em ri- 6"<4'rces é a rn<'c!ic1nn oportu ni11ta ... sempre vando tud<> nqnilo. mnia rendORa e mniff faci l tnmbém do que Niio sci bem porque fe7rme umo im- Um rupu, Tindo, hA• um ano, do dfcu]o dmnte du rnun<lo intei ro. a medicinl\ scientificn. e do que verifitar presaiio a;ro.nde. fitou demoradrunente o maA espiioo Brasi.I, com carta de tuberculoao, apezar 011 factos de Fdtima. , A loucura lo bomem, o amor da miie a doe inc6modo1 de viugem, diz q ue se acha rido sem snber se ele ostava grn.rejando - Ma11 t u 011t,t9 n. aonhnr. ,iEu ir n Fii- imprudéncia da crinnça formnrnm dia~t.o me!Lor. Es~ ì1 espcra do que o médico 0U 88 fu)O\'(I. (I. Bério ... timaP da minba fantusin urn grup-0 indissohfrel Era o doutor bnixote, mngro, le<lO, e lhe dia. e forte. dE porque naoP E' i negavel que so costumava 11ndnr muito teso e direito paOxala q ue &tee enfermos fiquem ra.Deixei c-nir n c11bcça sòbre n mli.o direidiio em I•'litim.t cura,; oxtraordinarins, dicalme• te curado., paro. honra e louvor ra niio prrdPr nem umn polcgada òa sua ta. e quedoi-me a pensar em tudo aquilo. alheia& n todn. n su&eatiio e influencin à Virgem, e aum1:1nto da nassa fé e pie- osto.tura, o quo lho do.va certo ar de rigidez. Mn11 ngoru1 mais quo rfgido, ost a- nervosa; até me pnrecia no.turai, quo tu, dade11. cujo oficio é curur doentes, te interessne• va rfspido e funo~o. , 1,ea por eaena curns, tanto mnis que al• • E loizo havia de Aer nqueln. mulher, Marta Clementina Abreu, da Figueirà pro>1Reguiu ilio num gesto de impnciéncia g umns so dernm jii. ÌL tua. vieta ... entro 01 Pnrf'cia-me um simbolo, Ju\guei Ter da J'o• em 20 de Agosto 1929 diz: tem, clit<ntos. P ois n5o fost.e tu expressn..- por momentos nnquelo biìbèdo a embria-o d<'spcito. 11Ex.mo Sr. Direct.o1 : - SnhOll qne mniR I Niio eou cnpaz de monto procurar por ii mesmo umili! iiguD!I gu~ da impie<lade, da anarquia, da ~ qu te parecin. ronvirom II um teu cli- voluçii..o, do anti-o)crichliamo ron perma.V-11• , ho1e, cheia de contentamento perceb<'r nadn. na tuo. h ist6ria. M>rnar publicaa •mu graças que obtive - Poi11 é bem simplee... e In do teu ente? nente labor de <:onquist.'1, de ll('duçio; na - E até <--Onservo pora ni <:om as do- criuncitn. Ìn<'onsciento - Portugal, ne. •• por interc."1JHilo do N o1sa Senbora de Fati- gò,to, porque 118 tratn de peregrinaçoea mn is a aniilise dOBSa tua aguu de Ftitima. nhora, miio die,·elnda. e éxtrcmoso. a noua lDA. e devoçiie~. - JE que talf O men ma.ride, U cerca de 5 mèsea - Vamoa lii entiio n. vAr, explica--te. querida Mlie o Rafnha do Portugnl. - Nada, é ngua pura. ri.nha sofrendo daat. perlinati g utra1gia: O doutor levou à boca a ultima ooQue llie parece? OOlll dona conti• • • • • inauportiil'eÙI ; conlber do sopa.; ainda per8Cguiu no proto - Pois entao nindu. é mais oxtrnordi- Ah I Urna. linda cri11çiio po6tioa aobr• aaltoa auit1.1 1aa idadee médicaa • nun- uns grumo~ do tapiO<'n. qoe lhe queriam nnrio. d C'orno opern eia. tant3$ curas? urna triste ntalidade hist•rica. 06 poutie eoaaecuir maie q ue una ligoiros fa&ir à colher, li111pou meticuloanmente o - Diz In o que quer ; a .,atimn é que E' nasim mesmo. al!Y-ies. bieode • explico11-H : eu niio •011 . - Sirn, que aa verdnlio Notiaa I H àera

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Fatal sim patia

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AS CURAS DE FATIMA

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Caso freqùente

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VOZ DA FATIMA ~m 11ido 11&mpre para n6a de extremoa iaia caual ae obrigava a oomungar todos oe dias Ladeira, Luis Nunes Afonso, ·Manuel Ri· ,ue 116 n6s podemos chamar à nossa terra e oferecer as comunhoos por esta intençiio. bau 1-lovo, Ant6nio Duarte l!'errio, Ma,. -Terra do Santa Maria. O Padre e o menino de joelhos, assina- nuel da. 81lva M.a~uis, Manuel de OliveiHa tempo um jornal 11mericano proMas nii.o é menos verdade que, a-pesar ram o solane compromisso. ra Estudante (2Ui!PUO), José .l!' erremi. disso, Portuga.l, se tem tido Ianoos subliDurante doia anos a criança cumpriu o Teodoro, Manuel Antonio J!'ernandea1 meteu um prémio àquele dos seus leitomes de devoçio e exaltado amor à Vir- que prometera. Nem um so dia deixara Aurora .Floroo, Anton1a Rosa de Jet,W1 res que dO!lSe a melhor resposta a esta &em, nii.o tem deixado de, em cerws mo- de ir à lgreja, embora fosse longe. . Eùua,·do Dowinguqs Ribeiro, José Fniieti sunples perguuta: mentoe parooor tornado de funda e irreQue lw.11et1w, de far,er da., no,,a,, /i-Falta. à missa do costume, e o P.e Ma- (15$00), lnacia Macedo, Perpetua Ma..primivel loucura que o afasta do culto da. téo ao teroeiro dia da auaencia, telefona cèdo, luacui: de Jesus Ma.cedo Oliveira lkaa Y 1ua Rafnha, Senhora, Miie e Protectora para casa do rapazito a pedir not{cia&. Joii.o da Silva Videira, Ant6nio Ferreir~ A reaposta premiada foi a eoguinte: para ingrato.mente votar amor e dedica- Respondem-lhe que esta gravemente doen- da Silva, José Antonio Rodrigue& .de uFaçamo-la.tt aoima de tudo orit.tis Detiio a quem a eleo diminue e a El& Ad&- te. O Padre Matéo vai visita-lo, e sabe l!'aria, J06é da Costa Cruzeiro, Serafim mo9-Jbe uwa boa inatruçào olementar. eonrn. e infama. ali quo a oriança esta desenganada dos Madeiraa, Joeé Augusto da. Silva MalEnsinemos,..lhe depois a. preparar conVeja. Era Portugal débil infante, dava médicos. vina Teix~ira, l•'rancisco Mayer Pereira venientemente uma. refoiçii.o, a lavar, a ainùa os primeiros passos na· vida. e ja a Quasi a morrer, o menino dirige a Je- de Oampos, !saura Lopes Pereira Mou- passar a roupa, a remendar os vestidoe Virgem o ajudava e defendia e lhe robue- sus esta su plica : J e&us, comu11 guei dura1v- tiuho, Aurora Oliveira Assunçào Es- e a tra.naforma-los e as meiaa, a taJ.ha.. tecia o braço que se ia descarregar furio- te doìs anoa, todÒa o, dias, pela com,erallo ter de Almeida Gomes, Antonio 1Pires los e a COt>e-los. 10 e pesa.do ellbre. o Mouro invaeor e inido meu po.i, e ize continua alastado de Joeé Maria Mendes Tra.vll8808, Laurind~ Que elas so lembrem que urna boa comigo da Patria e de Deus. V6a, Senhor, ou11i,..,nle/ Oon11ertei o meu de Souza (30100), Maria Almeida Mar- sinha. poupa. muitas despeza9 com médiNo,·os perigoe ameaçam com o dom!nio po.i. ' oolino Ant6nio (16 00), Maria. de M&- cos o farmacia. de Caatola a integridade e independencia Nisto entra o incrédulo no quarto e o nozes Taveira, Maria do Carmo LencaeDizei a vossos filbos que uma peçe. de naciona.l o NOd!!a Senhora alcança o mila- fill10 oonla-he o grande segrèdo: dois dez to9tòes tem <.-em centavos e se se niio gre de Aljubarrota polo génio de Nun' Al- anos que comungo todo11 oa dia& para ob- tro, Maria_ Cu':'dida Correia Diniz dll aabe economiear um centavo em pouco temFonseca, _ M1quehna Correia, Luia Filipe, •ares e valor dos soldadoe, ardentes d.e- ter a graça da sua conversilo, e o meu pai Rosa D1as Costa, Francisco Mendea po eata o 88Cudo no fim. Totoa aeue. ain.da tt.4o ,e aprozimou de Deus. Dizei.Jbe que poupar é gastar menos do O triunfo do Salado inspirou-o Ela e 'l'em a criança oe olhos fitos nos olhos (30$00), Joaquim Range!, Maria. Gonza- que se ganha e quo faça conta com a mifoi Eia também que deu a vit6ria à nos- ~o pai, procura deticobrir neles um lampe- ga do À~reu Fonsoca (20100), Maria da séria o que ga9ta mnis do que reoebe. .As!rumpçao Cunha, P.e José Francisco aa marinha unida ì\. de Espanba em Le- JO ealvador. Recordai a ,-o~as filhaa que uma op&panto na grande Iuta contra o Levante. O pai inclina-so para o filhe e diz..lhe: Conde (OOiOO), Viscondessa de Ervedal raria bonesta é com vèzes mais estimltNa epopeia sublime dn.s Descobertas la nio te canses, meu amor, nii.o estejas a da Beira., Eduardo da Silva Amado Candida. Gac;par, Alda Pires Go~çalves vel, ainda que 'lino tivesse senii.o um cenTai a imagem da Virgem nas caravelaa e nfligir-te, conserva-te socegado. (20$00); Amélia. Machado Martin~ tavo, do quo umn. duzia de raparigas o seu favor na a.Ima dos Portugueses de Maa o pequenito ap6stolo nio desiste (20$00), Maria Francisca Torres de vaidosai,, protenciosaa o imbec1e. antanho. ' é preciso converter o pai. .Frisai-lhes bem que um vestido de alE agora depois de em 1640 no11 dar de Com as mii.os trémulas, pega no livro de Avelar, P.e Luf,s da Conoeiçio Torrea godiio pngo vesto e enfeita melhor do que novo a independ~ncia vero até n6s por oraçoe~ que tem ì\. cabeceira. Abre-o, e ti- P.e Manuel Alves, Ra.quel da. Coe~ veetido de soda por pagar. noe 1ubir até Deus. ra da.li o papel onde esta escrito o pacto Cardoso (20&00), Albertina Torres, Vis- umEneinai-lhes a amar a.s flores e em g&Veja que amor, que disvelos, que extre- solene quo ha doit1 anos ali guarda com condes.~a Sanches de Baena. Ma.ria da ral, todas as obras do Deus. IDOISOS carinhosP cuidado. · Luz de Almeida. e Napoles ' Ermelinda. Quando cbegar o tempo do son caaa- Ah eim, a Fatima é o ultimo passo Da.--0 ao pai, que o oomeça a ler. O in- Simoos, Julia Nunes (20$00), Bnroneza mento porsuadi-lhes que a felicidade na do amor do Mile. crédulo comove-ae. Duna grossae la~rimas de Sumoro. Correia. (50$00) Irene Rosa - E'. Mais ainda. E' verdadeiramente brotam dos olhos para imediatamente dea- Moria Cnmilo, Cnetana R. da S. Ferraz'. sua casa niio vira da fortuna ou da sia ressurreiçiio duro morto. lisarem pelas faoes. Donativos varios e de jornais avulso: tuaçiio do seu marido mai, das sua.e quaPorque se civil, polftica, econòmicaA graça toca-o, converte-se, confessa- Frnnc~o de Paiva Doleo, 20$00; Igreja lidades morais e do seu caractern. mente todos noe tinham, e n6s pr6prios -se. No dia seguinte, no quarto do doente paroqu1al de S. Tingo e 8. Martinho noe tinbamos, por moribundos religiosa- o pai fazia a sua primeira oomunhiio e ~ 100$00; Artur de Almeida Leita.o' mente estavnmrn~ de facto mortos. fi_Iho fazia a ultima, pois morrera nesse 80$00; Teresa. Forte, 50$00; P .e David E N0-qga Sonhora veio dar-nos alento, :ha. Fornandes Coelbo, 105$00; Josefa de J&deeontorpocer &te corpo, fnzer outra vez E' linda a hi.,toriaf 1ms, 11 $60; An6nima de Podrouços paasar nele um intensissimo frémito de Vé~e corno Deua ou11e as oraçiJea dos pe- 125$70; Mpria do Cnrmo Pereira 22f50 '. ll'alando da sua l.• Comunhiio, eacreve Tida. quemnos. Talvez na vossa famUia lw.ja al- ,Joana Serèna e varios de Ilhnvo '100$1.lO '. - Parere-me na. verdade que nio eab&- gué11i que ncio fenha fé. R ezai e com-unoai Menino. Maria Amélia Guimnrii~s 15$10 Santa Tere,$inha do Menino Jesus:-Que doçura a do primeiro 6~·ulo de Jes11S à moe apreciar devidamente o amor da Vir- por éle, ,Tesus ha de co1wertUo. J06é Lui9, de Mncau, 28$83 · A~a. Bar- minha alma.I Siro, foi um 6scule de amor. gem Santissima por Portugal. bosa da Silvn. Rois, 81175; !ianuel Lo- Eu sentia-me a.mnda. e correspondia cli- Ab I meu raro Padre, a correaponPGS Dine, 12$60; Maria Alice dns Dores zendo : «Amo-voN, dou-me a v6s para semdl!ncia de Portugal a este amor foi granSilva A lmeidn., 60$00; Ana da Concei- pre tu Jesus niio me pediu nada. Ja ha de, C!lmorecou, deeapareoou. e ressurge çiio Neves, 50$00; Julia Dine F. Coim- muito quo Ele e a Teresinha 818 haviam agora.. Urgo fomont&-la. bra , 15$00; Julio Ant6nio de A9Sis de entroolhado e compreendido ... Neste dia o -Como? l\fncn n, 40$00; P.e Agostinho Mart'inbo nosso encoutro niio se podia dizer simplee . -.A nossa terra esta cheia de capelas Despéaa Viei:n, de Cnbo Verde, 400$00; Aida de vista, / oi uma fuaflo. J a niio eramOB dois: 1greJas - monumontos da devoçiio dos A~mar Forrnz, 66$00; Onrmina Vieira 1 DOSS08 mniores. 1,Trnnsporte... ... ... ... ... ... 172.089$90 48$00 ; Leopoldina Ferroira, 42$1\J ; Ma: Teresa tinha. dcsnpnreoido corno gotn de, agua. 110 meio do Oceano, fica.va s6 Je- Quere on uo que vamos construir PapeJ, composu;ào e impressi.io nnel F . BP.1.errn., òa C'nlifornia 4 dolnres e11S; elo era o Mestre, o Rei I. .. A minha mais igrejns e capeln$? do n.• 84 (62.800 exempla a meio, Tldn Pontes, do Teto, 83$50, P.e alegrie. foi tamanha que a nào pude COD· . ---: ~iio. A c·orrespondl!ncia da parte do re~) 2.933$00 Lufs M1~lo. MSOO. ·: · ·· ··· · · · ··· 1nd1v1duo, dn parte de <'nda um de n6R ter: inundarnm-me lagrimas delicio988... ba.--de ~er alinima 0019a de mais alto de I li'ranqui:u;, embalagens, transNn JgrPja de A. Tiap;o de (:ezimbra, peln Ex.ma. Flnr.• D. OPrtrndes do Carmo mais nobre, bem vi!. ' por.tes, gravuras, cintas, 953$70 Pinto, no11 me"PS de Julho e Ago11to de Os feitos hcroÌl'O" que Ol>tnaltando a noset<' .... ··· ··· ··· ··· ··· ··· 70$00 u. historia ernm o fruto da chnma inten- - - - - 1929 ... ... ... ... ... ... ... ... 175. 976$60 N:i Titreja do S.S. C'-0raçiio de Je911s, sa que in nas almas- esses é que temos de repro<luzir. pela E'.'11:.ma Snr.• D. :M:nria Matilde dn I Subscr1çiio Cnnha Xnvior, no mes de Agosto de E se 8les safam de homens em quem a Um mouro africano tinha em sua. casa, (Maio de 19~) 1929 .. . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 31$5.5 dev()('ii.o h. Virgem era uma verdndeirn prisioueiro, um ofi<'ial frances que insulpaixào, corno cm Nun'Alvnres, temos de tava. a coda momento mimoseando-o oom aeender nns nlm1111 essa rnesma chnma que l!:uviuraru dez ei..:udos para terem Q o nome de ciio. leTa os Portuguoses de hoje a urna entr&- dire1to ùo roceber o jorna.l durante wn lndignado o oficinl, certo dia ao ver-se · A m ai or d as r iq uezas p absouta de si mesmos a Deus à Vir- ano: injuriado dnquelu maneira perguntou ao &•m e à Patria. ' Adulatde Soaros Grnça, Manuel da Siimnometnno: Urna mnnhii. linrla de primavera Quorem-se dedicaçoea que sirvam no va Lopet;, Paln11ra Valente, Georgina - Porquo mo insultas continuamente Um jovem pastor npnscontava o s~u repr6ximo o pr6prio Jes11S Cdsto Noseo Se- Pizarro, Jo:;(I l'ereira de A.morun MenJt::ra tiio alogre, que pnssova a vida chamando-me cào? Que raziio tens para lÙlor. des, Marin. de Abreu Vulença, Ana do a.baobo. trntar-me nssim P cantar o a ~altnr. Qnerem-se imolaçòes que aplnquem a Espirito Sunto 'l'orroe, Laura das DOres - Ila um m& que eNtas em minha casa O Ilei pn~sara junto dele, e vendo-o Justiçn de Dens pelos orimes da Naçlio e .F oruaudos, Lucia Revocata de Matos e durante est.e t:E>mpo ainda te nao vi tiio alegro, perguutou-lhe. doe Indiv{duos. Coelho, Jo~ Ant6nio Bebiano de Matos orar uma s6 vez; por isso te chamo cio, e - Porque t•stns tao nlogre? Querem--ae heroismos quo levem o nome Ooolho, Candido. Neveti. dos RelS, José O pa~torinho nùo sabendo a quem falava, meno.s que um rào és tu, porque ao menos • o amor de Deus às plagas in6spitas da .l\!uria Toixeira Fanwreti (50$00) Ant6est.e nnimnl <'onhcce o amo que o eustenAfric-a onde tunto preto à sombra dn nio Procnça Viegn!i (30$00) cdnde de respondeu: - Porque nào hei de estar contente? ta, e tu niio t•onhece,; o Del18 que te criou. bandeira das quinns t>spera a semente di- ..\grolongo (30$00), Manuel F~rnandes da O oficial haixou a cnboça cbeio de verO nosso Rei nào é mais rioo do que eu. Tina do Evnngolho. Si Iva Lap;e (20$00), Ana da. Conceiçiio gonha. - Qunis siio as tuas riquezas P Quere-se sobretudo o reinado socia! e NeYes (25$00), Olimpia L. de Carvalho, - O pastor entiio começa a falar: individuai de Cristo qne nos afaste dn Maria da Conceiçiio Domingoa Ferreira, Este lindo céu azul com as suas nuvens tremenda uniito com o socialismo, o indi- Maria Jo.,.é (12$5U), José Fernandea de de prata e ttquele sol com os seus raios forferontismo, o espiritismo, a anarquia e Almeida, Sebastiao Rodriguea Correia, mosos, brilhnm tiio alegremonte para mim ontros inimigos que nos querem seduzir. · Ma&... confiança que Maria vela por n6a J06é Rodrigues, Maria. Perpetua. BeixQ.8 corno par11 o Rei. Adornam-se as montanhas e oa vales de • Portugal sera salvo pela devoçio ì\. Vir- Vidnl Patrkio (20$00), José Martins dn Qun.ndo Alexandre Magno, lts caladaa Cunha Viana. (25100), Ma.ria da Concei- flores, tanto para mim corno para ele. Vegem. çno Veneno Fonseca, Manuel Caetano de as minhas miios? Niio as daria por mui- da noite, contemplava. o céu estrela.do, (15100), Hermano Leça da Veiga, Ea- tos contos de réis. Vedes os Ìneus llhoi., punh3:-so a cborar. Todos 08 reinoa que p;6nia. Bnrroso (15800), Homero Gomes, Pois todns as riquoias do ,,o,,so mna,çca conqu1stllra nii.o o satisfaziam, e dese&p&ravarse por niio poder conquistar também Maria Pntrfoio (20$00); Maria do Céu oi:ll mos pnga,·inm. Além disto tonho tudo o que m~ é p1e- as estrolns. S. Nun09 (20$00), José Barbosa Leito Niio tam limitel:f a ambiçiio humana. (20100),, Ant6nio Cèroo. (12150), '3"oio ciso e posso desejar. Cada dia oomo o suficiente pard viver· O rico quare ajun~r cada vez mais diUm menino ia fazer a sua primeira. co- Arnaldo Calheir09 Cruz, Oarlos Angusto munhiio, muito bem preparado pelo Rev. 0 Gonçalves, Francisco Calheiros de Abreu, ando vestido convenientemente, receb~ nheiro, o poderoso qaere galgar sempre P.e Matéo, quo ainda ha poaco peroorreu Leopoldina Leite Loareiro, Domingos anualmente pelo mou trabalho o dinheiro mais altas posiçoes; o feateja.do qoere <»a noua patria prègando o amor a Jes11S Ant6nio Pinho de Saldanha, Abilio Dan- de que preciso. Dizem-me agora se o n0&- lebrar sempre novoi, triunfos. O facto de o bomem quorer sempre mais, prova que deira Dia11 (15,00), Manuel Lopes Mar- 6( soborano é mais rico do que eu. Oriat.o. O Rei sorriu-se, e dera.-se a. conhecer. estas coisas nio podem se.tisf~lo. A.ndan alegre essa criança, mas bavia tina Albaqnerque, Ant6nio Ferreira do Ha, porém, nma ambiçào lioita. e lou- Tena razào, e podes dizer que o teu u.ma ooiaa que o proocupava: o pai nio ti- N8.IICÌmento, Maria da Piedade Cardoso, vavel, que o homem deve 81liltentar e qoe a.laa f,. Dr. Ant6nio Pereir a de Fil(Ueiredo, J o- Rei ta deu também. A. a.logrie. e a. paz do uma boa conscien- o sat.isfara pienamente: é a ambiçiio de ReeolTeu o menino dedicar-se ì\. conver- ~ Mendel de Matoe (00100), Manuel u do pa.i. P ara i8IIO, com a aprovaçio do Joaqnim Barroe (20100), J oeé Augusto cia. excedem toda11 a.a riquezas deste mun- ga.nhar o oéu, onde a 11na felioidade eeri completa e eterna.. Padre, eecreveu um oompromisso pelo Rodrignee de Almeida, J oeé Simoes do.

ASSIM MESMO

Ha'

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Urna coniunhao

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Voz da Fatima

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Boa Liçtio

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Urna ambiçaolegftima

------------lmolaçao Salvadora

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ANO 'VII

Leiria, 13 de Novembre de 1929

N .o

86

( COM APROV AQAO ECLESIÀSTICA )

Director, Proprietario a Edit,r: - Dr. Manuel Marques dos Santos Composto e impresso"" Unito 0,-àflca, 150, Roa i, Sula ltuta, 152 - Lisboa

Adminiatrador: -

Padre Manuel P er eira da Silva

R.edacçllo e Admin.ist,açào : Semlnàr'io de Lei,-le

NA CIDADE DA VIRGEM A GR.l\NDE PEREGRINAçAO NACIONAL DE OUTUBRO Estància bemdita de mistérios, de graças e prodigios "Fatima, terra cheia de tradiç5es ligadas com os factos mais notaveis da . hist 6ria ·portuguesa, é _o locai escolhi~o_eorNoss a Senhora para manifestar o seu poder, a sua bondade, o seu amor.,, Palavras dum arttgo de Sua EJ·celencia Reverendis.iima o Smhor D. José Alveit Correla da Silva, ilustre e venerando Bispo de Lelrla.

I

A adoraçllo nocturna - O SenhorBis- ç5f'R do Porto, Alcobnça. o Alvorp;e, e das Na vispera à tarde -Afluencia de Anciiio, Alvorge e S. Tiago, Varzea. de pere~rinos - A prociasiio das velas- Santarém, P6 da Fior, Co.rvalhal de Al- po de Leiria - Na igreja da Peniten- J quatro às ciuco, pelo poregrinn,ào de LisAs d1versas peregrinaçoes - A audacia jnborrota, Soure, Paranhos, S. Maméde ciliria - A missa da comunhlo geral- boa. do• gatunoa. da Infesta e muitas out.ras rep;ioos e ter- Trinta mii particulas consagradas. Durante a tarde clo dia dozo, wda u. ras de Portugal enviam à Fatima ns suas noìto do dia clozo pnrn o dia trezo e toSoou ja a meia-noite oficinl. E' chega.- a manJ1ù do dìn. trc:r.t•, numerosos sn~rDia doze de Outubro, tùo ansiosamen- numeroaas e luziclas embaix11dna pnra

te ospcrndo e iii.o jubilosamente acolhido por milhnres e milhares de 11lmas crent,e,i e piedosas ! Tarde esplendida de Outuhro, de\Tern.s maravilhosllS, cheia de heleza. e encanto, embalncla por uma Yirnçlio brando. e sua'l"e, do ambiente embah1nmado pelo aromn. das flores silvestros, de cén azul o sem nuvt>ns, terso e diafano, oomo um cristal pudssimo. O sol, àquelo. bora adiantndn. do dia, ja declina.va para o Oceano, poh•ilhando os campos pr6ximos e os cerros louginquos de cambinnteii de luz e cor que, {\. breve trocho desmninvnm o se diluium, primeiro on.a palidaij sombras do crepubculo vesperti BO e de polli nas deu!las trevas nocturnas. A cada. horn o a cada momento a torrente hum,a.no., twu1da e interminavel, despoja na. Cova da !ria no,•us ondas, vindas do todos O!l pontos do pufs, no deeejo ,·eemente e irroprimivel de homen agenr a Virgem bemdita junto do trono das MUl\!i grnçn!I e dns suns miseric6rdiaa. Pouco depois das dez hora11 principia a. orgunizar-i:,e o. proci!:>!la.o dns vela11. A grande ma11sa dO!, peregrinos aglomern-68 em frente da. capela das mis1:1ns. O rev dr. Manuel Morques dos Santos, oapeliio-dircdor do sorviço religio!IO do Santu:irio, c·omunicn n8 snns in!ltruçòe.-1 pela voz potente dOd nltif6nios.. Em soguida inicin a recitaçiio do terço do Ro~tirio, quo é fe1ta alt<>rnudamente com o povo. ])cZllnus de millwr8tl lo vozes cicinm num doco murm11rio, ns preces incompàraveis do Snlturio Murinno. Todos os outros rnmores sii.o ahnludos pela tonda, grnve e cutfonc1ada, doli l'utr.r o dos ,1 r•c. Apenas os 1mm:1 fortes 011 cstridente,i d,ui hnzinhas dos autorn6veis, e tl:111 ca.mioncles, que circulam nas e11tro.das adja()('ntci; à C'ova d1t I ria, conwgnem dommar 1,or insl,untes 1tquole <.-ol6qnio grandioso e empolgnnt-0 enlre n terra e o C'éu, entra as nlru:u; o I>en11. Acabou a rocitaçào do terço. O lo<'n I dn.\l a.pnriçòos esta tran9formado num imenso lago do fògo. Do repente, a multidiio mo,·im1•nt1,yse. Prin<'ipia entiio o longo e mogo1<to110 de!tfilnr das perogrinaçòes, quo lovam à fronte os seus eslnndnrte.s. Liaboa, Porto, Alcobaça.,

renderem em Bell nome à excelsa Rafoha do R osario o preito sentido cln sua venern\·i!io e do seu nmor. Eia que essas embaixadns perMrrem ngora a charneca sa~radn, empunhnndo Jumea e cantando o Ai•é de 1''ci/1ma, a plonos pulmòes, numa. apo-too!\8 sublime, inoompa.ravel, unico., à. gloriosa. Padroeir a da naçiio. E o.~ lumes, Ìls centenrui, aos milhares.

do. no aeu termo a procissli.o dn.<.1 ,•elns. A mnltidiio de novo reilnida dinnte do Pavilhuo tlo8 doentes, canta. o Cre<lu dr, Lourde&, lunçnndo ll6sim no seu protesto de l<'é veemente e solene, um repto alti"o e nobilis,;imo às orgulh08aA negaQÒell da d01,crença e às violèncias impotentes d1\ impiedade. Começa a toca.nte cerim6nia. d:t ador açiio nooturna.. J esus, o Divino Rei de amor, 6 cxposto na H6stia

ANTE$ DA MISSA DAS 11 HORAS às d<'zennR de milhnre!!, espnlhnm-i;e pelo (',0vn clu. Iria, om todns ns din>eçòes, oomo estrelus de ouro, tecidas peh1.\I màos dos orentes, pnrn i;crem pregudns, t-omo simbolos dos 8(1118 C'oraçòos, no manto augusto da Virgem do Hosnrio. Gnt.uno,; do arubos os sexo:1, .wm nènhum rospeito pl'lo lugar 1mgrndo e pela piocloclo dos fié1s e cheios dnma nudndu inuuclitn, noompnnhnm. pn= a pa~so, os perep;l'mos, oomo se poregrinos fo.i~em , pura tentorem exorC'e1· as suns niminosa,; opernçoes. Vigindos pelu polic,ia do S1mtunrio e ,rnrproondid<>'i om flagranLe ou cm mo'l"imentos auspoitos, n.lguns déloi; sii.o prec.os e entn•guos no., repreoentant0111 do nutoridnd,~, que os algrmnm e remolem para n. caclein do Vila Nova de Ourém, depois de sèrinmente in<'omodn-dos por nJguns populnrea impaeientes e exaltadOII.

Snutn, A<>bre um trono de luzea 8 do fiores. As primeirns duns horus da nuito siio c:on~ngradus Ìl a.dorn\'aO e repar11çii.o nncion11l. llPzn-se dumnlc cln.s, em voz 11 1tn, o u•r1,-o do Ro~ilrio. C'-ontemplnm-Re e meditam-so os mii.wrios go:,,U,:;os. AntN, do cnda urna dns dezeno", Sua l<~xcelilntiu ]le,·erPnclis,;irna o Senhor D. José Alvei< C'orreiu. du Rilrn, ilustre o venorando Bh1po do L1•iria, explica d!'lidnmente o 1·0:specti\'o misl6rio num11 lingnngNn ver111ic·uln Cl <'lt•gnnte, mns n<·e~sh-rl a tòdn!I n,, inteli1?:i•n1•ia11. Seguem-se, até lls c·inco horas, ns ontr11s ho1·aH de ndoraçiio, sempre C'0lll o Snntill8i1110 Sacrnment.o ex posto no trm10. Doli d1111s às tròs, Il acloroçiio é feitn pelns perel(rin11çòos cle 8. Mnmédo dn ln fostn, Soùro.J da Lngou (S1•rrn de Bouro) ,, Uceira., das tres ùs qunl,ro, pelas pt•regn na-

do1.<'>1 ouvirum os homeus de confa, ao na. igreja dn, Penitenc·iti.ria. 011 penitentes ernm às centenns, 110s milhart!II, o uguardn\'um a sua ,•ez, uns dentro do c,dificio, no pé dos <.-onfessiontirios, e os outro11 na pario exi:erior, :1s pprta,i do iomplo, esporando que éste se de!st·ongl'>1LionuMe e os st1rvitn11 permili~~<'ll1 o ingl'8H!io dura novo continjl;ente de pt•nitentes. I~clif1<'avn <' comovia II pncionciu dos fiéii. que, durante horns o horll!I a, fio, <)!!pornvam, de pti o no relento, n lkcnça de entrarem n!l Pc,nitencinria. I?oi tiio grande nos dois d1us 1i nflliència do homcns no trihuunl da Penitonda, quo m11if11s oonwnns de pt>ssons do soxo feminino, desejosns de i;e 1:onfe><1;11r e de c·omungar na Covn iln Iria, debalde OHpernrnm qno lhei1 du•g:_1s~c u vez, niio 1><>dendo, <'0m gronde n11lgua, sntisfozer o seu orclonto do.~ejo. A11 miRkas print'1pi11m 111ndn. alta ma..drugndn.. Sùo uumerosfstiimos 011 s1wordotes 1ue,t•nteii, posto que a cont'Orrcn<'ia do di11 treze com um Domingo. nOIIW rnèe dificult.n%e imc,nso a ida dos l!ac:er,lo~ ì1 Jt'nt i1n1t e 101bissa grunde m1mero clèle.~ do tomarem porte nn percgrinoçiio. Aliumos doi; pcregrinaçòes tem 111i11114 prl\·ntivn: o de Alvorgo, ti!'! no\'e horu-i n. do Porto, Ìls no\'e o meitl, a do Lish~n òs cl!.'z, as de Sohrul eia Lngoa e Uc:<>ira' òs onzo o n dn Vnrzcn (S:rntarhn) A~ 011zt• t' 111<.>in. As seis hnras c.-li•hron-;a a missa cln comunhào gernl. D<'sde a~11e momento, grande m1moro do ~n,·t,rclou.-,i, distrihnir,un, q1111Ri inint~~-ruptumonte, o Piio do~ .\njos, nos f,,.is qn(> para é se fim bC tinhnm !le\'idamemo pn•1 1nrnilo, nns 6Un11 terrus 011 Nn l•'ntimn, por meio <In rel-epçào do Sncramento da C'onfi'!llào. Na clo<'CI o fl!Wuntnclorn 81•ti'ìnil\ da Co"n dn !rin. no ·sn gloriosa o inoh·iùa.ml inanha, t"er1·11 do trinta mii rwsso11s dc nmhos o~ sexos recdwr11111 nos ROIIQ ooruçòcs o H<ii imorinl dos ~é<·uloi, l'S<'On1liclo 1111 Ho,tin Santo, l'uru e r mncnlada tornando 011 seus ooruçòes tronos nugu; tos dAque!o que 11e c·hnmn J esus, Ent'aristin, Amor, fnzenclo clus suM nlm11s IIR<·riiri08 ,·ivos da Dh•indudo I


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VOZ DA FATIMA

No albergue de Nossa Senhora do Roslirio - O Posto das verificaçoes médicas - O trans porte dos doentes - O trabalho dos servitu-A dedicaçao das servitas.

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conde de Miranda., ela, a. esposa, filho. do Visconde da. Ca.rreira, actu:Umente· re!!iclentes em Lisboa, tinham ja. Tindo a Fatima n~radecer à Rainha do Céu a cura dusta, que sofria duma grave enfermidadu e cujo estado era tido pela. aciencia. oomo dec;0t1perado. E agora voltnvrun de novo ò. està.ncia hemdita da Co\·a da Iria pur~ pagar outra promossa e em ncçiio de graçaa pela cura duma doençn igualmento gravo do chefe da familia que o colocara ùs portns da morte e o fizera crer Ìl'remediavelmente perdido. Dito,ia frunilia, em que a. Fé e a piedade entrelaQadaa florei;cem e frutificrun obund:inteme'Ilte, atraindo sohre os sous mernbros, com os <lons da gra\'O sobrenntnrnl, OR bençiios tempornis e os prodigios do Céu I MnR eis que é chegado o· m.eio-dia solar. A procissiio da. Virgem é corno sempro, umi~ marcba triunfal. Lèvada no eeu andor noo ombros dos servitas, a linda Imagem du. Visiio de Lucia de Jesns la segue, sob uma cbuva. continua de flores e no moio de Yivns e adamaçòes, da capelu. comemorativn oos npnriçòes pnru. o pcdcstal de honrn. no altar-mor da capela das mi!lsas. E o venerando Prclado de r,eiria que celebra. a. missa dos doentes acoli!ndo pelos rev.d011 dr. Augusto d~ .\ rnuio e dr. C'ruz. Durante a missa re:ita-se o ter~o do Rosario. Ap6s a missa, o expo:sl.o e 10censado o Santii;Kimo Sac,ram1>nto, e dada a. bençiio a cada 11m do,; doontes e, por fim, a ben~:ào geral. O sermiio oficial é pri'gu.do pelo rev.do .Jo~é de Pinho. paroco de S. Mamede da Infesta: alocuçào breve mas eloquente, em que o ilustrndo e piedoso sacerdote presos os ouvintcs dos 1,eus lobios cant~ um hino de amor à Virgem cel~brunclo ns s11as j1;l6rias e enalle<'endo 'ns suns miserir6rdius.

No vaato recinto murado da Cova. da Iria, no lado e.squerrlo de quem transpoo o portào principnl, por ir6.s dn cupelii das apariçòe,i, ergue-se um edificio, grandioso e imponente, belo e elegante èe arquitetura i;obri11, o singola, do li: nhns suaves e delicadas: é o Albergue de JS0:;sa Renhora do Roso.rio, vul~nrmente conhecido pela desìgn11çiio de Hospita.1Snnat6rio. Os peregrinos que do alto da &it.rada u.vist.1m esta mole gigantesca de mdnnoro, senk,m logo urna impressiio bem viva tl hem profunda de assomhro e de encant-0. E' ali quo bRO <·ari.to~umente neolhido,i e earidosumente tratndos os doentes pohrtla dns _<livimms r,eregrinnçòes, que acorrem no cita lrcze de t,u.da més à Co\'a dn Iria, e que sao distribuirlo~ pelas v:irìas enfermarias, numns os do sexo m:u,c•nlino o noutras o~ du sexo fornin!no. As ..:~uas s:_.ilas, tiio linda.e:, tao hìgién1e11s e t.110 chuws de ar e de luz, r1a1gorg_1taru rle doenws. Todns oa miaérias fist~as de que enferma a pobre humanidnde ah teem u. sua grande e impressionante feira de nmo,.trn~. O Posto de Yeriffoaçoes médicas q11o, d~rnnte alp;uns nnos fove a snn séde prov1s6na 110 ~as:, dos Sen~itas, encontra-se dt>Hcle .0 mes do l\fnio tiltimo definitiva-, monte, ln8tnludo no Alhergue. O sen ilustre din•<'tor, o dr. Jo~é Maria. Pe>reira Gl.'ns, t1xerce .t'i multipla" funçòes <lo seu car~o com 1.1m zolo mdPfosso e com nm cnrrnhoso drsH7'1o, exnmiu:rnd<> os enferl7!0s cine :"'8 n~resentnm, dirigindo 0e, serviços de m,;criçiio nos respec·tivos regiNtos e fornE>cendo n c·udn nm dos inscritos a noce8s,iria !ienba de ingres ·o no Pavilhao dos. do':ntt;S. C'om uma Roliri tude l' uma Um i lustre peregrino estrangeiro cic.-d1cuçao 1guulmente ndmirifreis, coadju- f4tima na China- Um numero unico v~ rr_i-no JH>sse lrabalho, lonp;o P penoso, comemorativo -Artigos primorososvarios <·olcg,lS da cnpit1tl e da provincia. Esplendidas g ravuras. out.re os quai8 os drs. Eurit·u Lishon' Woiss de Oliveira, Angust-0 Mendes Lu~ No dia. treze de Maio tHLimo, veio a Preto, Gabriel Ribeiro e José B0~1f1icio l!'atimo., pela prime1ra \·ez, 11traido pela da Silva. D~s vefoulos que os tram1portarnm Il fama dos grandes monife1,ta;>òes de 1."é e F_nt1mn uté ao Posto d11s verificn;oes mé- piedade o dos assombrosos prodigios de d1<'0s e dé.'!t.e, dcpois do oxam1nados e ins- quo eln, 6 4'atro, o rev.do dr. Luis Fish<"r, critos, nté no Pavi!hiio, os pnriilitiros o lr.nte eutedratioo dn. t:niYer~iclade de os . doent.cs quo se encontrnm 1•m estndo Bamber~, na Alemanha.. Num;i importnnl-0 revista havarn., A ,'frn/in,l'l<1, éi;se ilm!mai. ~rave sào condnzidos em cnrros de miio1:1 011 em macas, segundo u mnior ou tre profcsf<or tem publicado, dei;de o seu regn!sso, urna série de nrtigos primorosos 111onor 11:mvidado do sen estarlo. o interossanLea, snbordinados Ì1 epigrafe o~ "''n'itns, 11umpre l·lwios de zélo e dedicaçao, dei;en\'olvendo urna acti\·idnde «l•'atima., a Lourdes Port11b>11osn.n A leitura dfsses artigos inspirou a um dos al'lt!ombrosa,_ . Nnpregam_-so nesse serviço durante qumn todo o dm, soli a direl'çiio membros mais distintos do clero regular nu,;lriaco, o rev.do Dom Prior do mol:ldos seus chefes. ~ra sobremaneira consolador o espe- t1.>iro da Ordem de Cister de Neustndt o cla~ulo que oferecium esses pionoiros da descjo dé ,·er a no1•a e màravilhosa cidnoar1dade, trabnlhando laclo a ludo irrun- do da. Virgem. E eis que, sem conhocer nenhuma das nndos nos meArno~ sentimentos. d~sde os membro11 dns dn!llles mais elevndas e mais linguaa noYi-latinas, esse categorizado recu_ltns clt~ sociednde, corno o Marques de ligioso emprooncle urna longa viagom, Rio Mn1or, o dr. Afonso Lop011 Vieira, aLr:wessa diversos paisos, entro em Poro corone) Patacho e o dr_. Cnrlos l\lendes, tugal e chega à Cova da Tria no di11 doaté aos e11tudantos, nrt1stns o oper6.rios zo do corrente, à tarde, pnrn assistir ù. procissiio dns velas e lis manifestaçòes 1•0e aos mais hnmildes filhos do povo. No Albergue de Nossa Senhora do Ro- memorativas do duodécimo anivorsario da sario, e no Pa.vilhiio dos doentes circu- soxta apariçii.o da august,1 Rainha do Snnlam em todaa as dirocçòes, num vaivom tìl!llimo RoAario aos humildes videntes de Aljustrol. oonlinuo numerosas senhoras e meninas O rev.clo Albérico Rnbensteinor - tal 6 vestidns de branco. Pnrecem anjos de.-..cidos do ('éu parn conforto de tantaa mn- o nome do i lustre peregrino - pnssou cm guas, p~ra refrigério cl? t:intas dores, pa- Fatima, c·omo ele pr6prio rlisse, algumas ro lemt1vo de tnntas lagr1mns, e siio real- dna horas mnig belas e mais comoveutes mente ani0t1 de mridade, portndores do da sua vidn. A proci11.~iio dns velas e sobretudo ns bali;amo divino cla resiiznaçiio cristii Dnmo. simplicìdade eclificante no ·cxer- procissoes da. Virii;em e a hençiio dos cfoio dn sua nohilfssuna missào humil- doentes deixaram no seu espirit.o, prodcs e deRpretenciosna elas la vii~ absor- fundamente gravadas, vivas imprel!SOO-s, vidaa no trahnlho ~ na pre<·e, 'st'mpre qua jamn.is se apagarìio. Tudo quanto ele o.compnnhadas dM bençiios dos homens ponaava, tudo quanto ele sentia ù.cercn de ooroadns sempre pelns grnças de Deus I ' Fatima, d&se trono esplendoroso de Jesus-H6stia, desse centro formosfssimo e in<'omparavel de devoçiio à Santissima. Uma famflia abençoada- A procis- Virgem, de todo esse poema. de consoln11 0 d a Virgem do RoSlirfo - A missa çiio, de paz e de felicidnde que faz da Codos doentes - A b@nçll'.o com o Santfs- va da Iria um lindo cantinho do Céu, eimo Sacrame nto - O serml o oficial. quis traduzi-lo e sintetiza-lo, reduzinclo-o ÌI, expressào mais eimples, nesta frase bem E qu1i11i meio-din. solar. curtn mntl verdndeiramente lapidar: «FaNa espnçosa. sala. dos e:r-votos, na resi- tima é absolutamente impossfvel de desdéneia. doA servitas, um grupo rnt<1re&- crever.u eante, composto de marido e mulher e Dora avante, corno o dr. Luis J?isber ja seis filhos menorcs, tr& meninos e tril-8 o e11ta sendo nn Alemn.nhn., Dom Al bérimoninas, ajoelham aos pés de Sua Exce- co Rn.bensteiner sera na sua patria - polencia Reverendissima o Senhor Bispo domos ter a certet:a disso, - o ap6stolo de Leirin. e 08C11lam-lhe o sagrado anel. entusiasta. e infntigavel do. ml.stica cidaDepois de recebida a bénçao do veneran- de do Rosario, da. Lourdes Portuguesa. do .Antfstite, levantnm-se, e o chefe daFntimn. é boje um nome que se pronun41uela familia cristii e piedosa. expòe ,com cia com respeito e simpatia em tòdas as os olhos raaos de lligrimas, as p;randee oinco partes do mundo. A glorioso. Virgem graças que havia alcançndo, merce da in- do Rosario, que o.li se dignou n.parecer teroessù-0 de Nossa Senhora de Fatima. ha doze anoa parn salvaçùo da n011Sa queEle, e ngen heiro agr6nomo, filho do Vis- rida P atria, é verdadeiramente o polo ma-

~néti«·o df'I todo~ os eor11.çòes 11:eauiauaeato portugue---P~ 6 cristào'I, onde quere q11e eli•1, so r?Ucontn:m , - no'I sertoes adustos d n Afri,·:1, Ho,; virente" palm11res da In,lia, nn s f!or1•1<lt111 qua'-'i-virgens do No, ,,_~fnnclu nu na, ilhas perdida6 na. im••si,!:lde do Gra11rl11 Oceano. l\1a<'nu.: a linda cidnde do Santo Nome de Deut' n. pl:roJa de Portugl\l no Extremo Orie~t.,, en1,taMtnda na c-0roa multi~ecular do antigo Celoote lmpério, nii.c> podia fic11r indeferente parante as marnvilhus de Rmor e miseric6rdia da augusta Miie de Deus no novo teatro das manifestaçoes do seu Coraçiio materna!. E assim é que resolveu festejar cou-dignamente o duodécimo nnivers6.rio da primeira ap11riçào da. Virgem Santissima. aos pastorinhos, inaugurando o culto de Nossa Sonhora do Rosario de Fatimo com solenidades religiosns que se assinalaram peln sua. imponenc·1a e belcza, entre as quais uma. mi~oo soleno de pontificai celebrada pelo Senhor Bispo de :M:acau e uma grandiosn. procissiio p1iblica, e dando à luz da. publicidndP um numero unico oomemorntivo dessa inauguraçiio, pm suplemento no n. 0 :302 do Boletim Eclesiastico da Diocese. Escrito pnrte eru por~ugues, parte om

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ebìne.i e parte n• dialeto indi1••a, &se numero, ,ue con~ta de oito pa1iaas em formato grande, é colaborado ~la.s m&lhores penas po,·tugueaas do Extremo Oriente, inserindo primor080a a rtiios do Senhor Bispo de Mnca.u, do Senhor Bispo de Leiria, do rev .do Ant6ni• Maria. Alves, S. J., do rev.do c6nego :Ma.nul'l J. Pintado, de Mate1111 das Nevee • d• Jaime Goulart, e mimosas e in~piradas poesiaa do rev.clo c6nego Matins Lin, àe José Machado Lourenço, de .Antonio J. P. Sequeira., de Ezequiel Pasco&! e outros. Entre as grnvuraa destacam-M a de Nossa Senhora. de Fatima, a. da sc.na das apariçoes, a do Santo CondestaTel D. Nuno Alvaros Pereirn., a de Sua Santida.de o Papa Pio XI e a do Senhor D. José, apo~-t6lico Prelaclo da. Diooese, Bem hajn. a lini cidade do Sant• Nome de Deus de Macau e que a. Virgem bemditn de Fatima se digne protee;e-la • C'utnulii-la com ns suas graça11 e as suas b~nçios mnis preC'iosns, ja que eia, 16. tio longa da màe-patria, sabe honrnr a glorioso. Padroeira de Portugnl com tanta map;nificoncia, com tanta dedicaçiio e eom tanto amor I

Vi&conde de Jl• ntelo

AS CURAS DE FATIMA Dispépsia aicida. Maria Letlcla P. de Bastos y Lago, moradora na rua cinco de Outubro, n. 0 15 cm Lisboa, em carta do 3 de Sotembro do 19:.lS, informa: «E com a maior alegrin e choia de reconhocimento para com n Santissima Virgem quo venho rolatar-lhe o grande milagre que recebi, esperando da. sua bondade e para. rumprimcnto da minha promessa ve-lo pnblicado no muito npreciaùo ,Jornal da Fatima.. Em Deze,mbl'o de 1926 oomecei sofrendo muito do est.omngo nùo podendo por vezCIII rngenr o mais ligeiro alimento. A ncidez era constante e os v6mit.os e agonins que sentin niio me deixnvam socegar. C<msultado o Dr. Julio Pinto, méd1co de minhn familra hti muitos anos, foi de opinìiio que eu tinha. urna. dispépsio. acida, iniciando um tratamonto em que i:-enti nlgumas melhoras. Assim pai;sei uns miìse8 mas ja aborrccida da. rigorosa dìéta a. que cstnvii sujeita oomecei a. alterila nulgumas pequenas' coisas. Foi isto CltUsa suficiente para mc piorar imenso, os rem6dios ja niio me faziam ofeito nonhum as agonins e a.rliçòes que seutia eram muito violontas, a a.cidez insuportavol, a intolerancia do meu e;itomngo por qualquor alimento era. tal que às vozcs nem urna simples chn.vena de cha podia tornai'. S6 com aplicnçòes quentes sobre o estomngo consegnia i;ocegn.r um 1101100. Cheguei a um ei;tado de fraqueza extrema, jd me nii-0 b<'Dtin com forçab para fa.zar na-da. Vendo o médil-o que o meu estado se in. ngrnYando ca.da véz mais, mandou-me tirar urna rudiogrnfin, po11; em 1:1111.1, opiniiio eu deviu t.er q un.lqner 1•-0isa ulcerosa. e o estòmago descaido. Verdadeiramente desanimada com tal opiniiio, e provando ter uma doença muito grn,e, ret-1olvi-me a implorar a. protecçiio DiYi1u1. como unico linitivo que me podaria ser conoodido. Comecei com mmta fé urna novena a Nossa. Senhora de 1''atima implorando-Lhe que me curasse e prometondo-Lhe tornar publica a minba cura. para Sua muior gloria. e rezar todoe os dias o terço em Sua honra. Nào tinha, porém a. milagrosa. liQ:ua nem sabia corno ba.via. de obte-la; mas precisamento no ùltimo dio. da novena sube casualmente que podia adquìri-la. na lgrejo. da ùonceiçii.c> Velha. Niio obtive nesta novena melhoras nenhumaa, mas cheio. de espera.nça corno esta.vn. na. Virgem Santi&Rima nio desanimci puz de parte todoe os medicamentos e com muita fé comecei outra novena no dia. 21 de Abril p. p. fuzondo u90 da maravilhosa agua de Fatima. Antes, pc>rém, de com.eça.r esta. segundo. novena, fui ouvir missa. no a lta.r de Nossa. Senho-' ra. de Fatima. e pedir-lhe que tor nll.880 a minhn. alma propfcia a reoeber o gra nde milagre quo lhe podio., poie me a.chn a indigna da Sua protecçiio. Nesee dia o.nheci com ara.nda eepanto que a li&eil'a

refeiçào quo tinh1i tornado niio m• tinba eausado a tao co~tumnda indisposiçao, 0 1 com a maior alegria. fui reconhccendo grandes melhorai; do dia para dia até que no fim do. terceiro. novena. me encontrn.va. completamente curada I Deisde entiio corno de tudo, S('ID a mais leve excepçìio sinto-me oompletamente boro apenaa ninda nm pouco frnca, consoqùoncin. do meu 11ofrimento durante cérc,t de ano e meio, mas cheia de eaperança em que n. l\Uie Santissima continuara sellll>re a. conceder-me a preciosa g:raça da saude. Descrever u gratidiio q.ue sinto para com a Santissima Virp;em, nùo sei nem me é po,;sivel, mas o meu maior desejo é clnmar bem alto que devo n. minha cura unica e exclusivamente a um MILAGRE DE NOSSA SENHORA DE lt'ATIMA. Todos aqueles qne 110frem niio desaniinllm, tenham fé em Deus e com a maior confiança recorram à Santissimn Virgem que nii.o deixa nunca de ouvir 1tqu,les qne com muita fé implorum .1 Sua Divina proteçao. E pois com muita esperança que imploro ù Virgem Maria que ilumine todos 011 coraçòes no. luz bemditn da fé, wrnndu todos os que sofrem corno curou a. ena pequenina e humilde serva.»

Hemorràgias intestinais. P.o José de Plnho, em carta d• 18 de outubro, E>screve de Infesta: « ... A.gora outro assunto: Leve1 ua m1nh1i peregrinnçiio urna doente, afectada de uma enfenn1dn.de gravi&'11ma, que consta dum ate:;tado pasaado por um m&dico, que deixei no Ilospita.1 cm J.;'é.tima. Ha dois anos que sofria dorea borriveia e tinha freqiientes hemorragia.s, provenientes dos iute11tinos. Niio dormia, niio l!0 alimentava quasi nadn e nào li& sustentava em pé. Conbeceu bem o b6U estado melindroso n Ex.ma Sr,A D. Maria José Pestano. om Fatima.. Durante a Tiagem pnra Fatima foi um verdadeiro horror, embora o. doente procuraS6e- ocultar o se• sofriment.o que eu avalittva. Pois bem. Ne regresso consorvou-se no mesmo estade a.té Leiria, e da.i até Coimbra aùormeceu, tendo-lhe dCt1aparec1do ns dorea, a pezar do~ n.balos da. cnmionete, devidos ao mau e.-;tndo do caminho, No dia seguinte nlmoç,ou com apatite em Coimbra e até sua cnaa veio cantando os Jou,·orcs à Vire;em . Reoebi hontem um postai seu em que me diz que se ~ente qudsi curo.da, tendo apenas a perna esquerdn um pouco inchada. Ao entrar em cn.~a a ndou por seu pé, sem o n.uxilio de pessoa. alguma. O nome 6: Marin da Adoraçiio, viuva, 36 a.nos, moradora na rua Areosa, 110 l'orto (frèguesin de Pedrouçov). Caso queira. notificar ei;te rnso, fica ae eritério de V. Ex.eia R eT.ma ... u

seu

Tumer Maria Remana, caeada ooa J - ' Pedro, do sftio 9da Ribeira. Funda, frè&uesia de Sio Jorge - lladeira , tiaàa lui 4 an011 um tumor num pe ite , t.arl• N<Jerri-


.. VOZ DA f ATIMA do Yarias vezes ao médko, sendo luncetado tres vezes pelo Ex.mo Snr. Dr. Assis do Nucim~nte sub-delegndo de saude no concelbo de Snnt' Ana. (Mndeirn) sem quo tivcsse rcsultado qualquor melhora. pnra a pndectmte. continuando o ruo,;mo tumor a deitnr pus ogrnvando-se o seu estu.do de dia pura. dia. Como o seu estaclo exig1a sérios cuidados fez-se trnnsportar do Funchol onde consultou o Ex.mo Snr. Dr. Nuno Porto n.bnlizado clinico naquela. eidndo, sendo a smi opiniiio, depois de a ter examinaclo, que a doente désl.e entrnda no Hospital da mesmn cidade, onde devia sujo1ta.r-so a urna melindosa. op<'raçlio, em que na sua opiniiio, devia ser amputado nquele pcito para ficar livre de perigo. O receio, porém, de ficnr sem vida nessa opcruçiio fez com que desistisse pois era miio de 4 filhinhos ainda em tenni idado, o mais ,·olho dos qunis apenns com 6 primaverllll, nlucenndo-lhe a alma deixa-los orfiio:s. Como o &eu mnl do peito niio ba.stusse pura nmnrgurar-lhe a vida sobreveio-lhe urna forte peneumoma, em quo se ,·iu obrigadn a guardar o I.c ito dois meSE's e meio, ch<'gando a receber os tiltimos sacramentos, tanto -0 i;eu orni se ugravou. P<>ssoa nmip:11 sabendo do ~eu estado tào grave, lenrn-lhe nlgumu a,z;mt de Nos11a Senboru de Fatircrn que corucçou a tomar, seguida <1e uma novena para obter a suu cura. Passadoq os prtmenos ;J tlias, oomeçou n sentir consicleru.veii< molhoras tendo-lbo desapa,recido utna picnd11 que tinho no Indo direito onde tinha o peito doente. Da. mesrnn 11~11n aplicou 3 ,Pzes no peito doente, tendo c-0m sua adnuraç~o notado que o tumòr hn,ia desapur&01do no firu dos tTes dins ~f>m <JUe jì11nais voltas~e qunlquer inromodo, C'noontrnndo-se perfoita e sii nJ>eznr de ja b•rem decorrido 6 m&es s<'m quc t<'nha s<mtidc, nada de anormnl no referido pei-to. Por ÌSbo vem testemunhar o seu inol-viduvcl agradecimonto a ;,,;t>si..-i S(•nhora dc Fatima, 1>0r tào oportunissimu <·ura, pois 116 a Miio do Céu nos pode ,·alor ne:1tas <.:onti ngen<.:1as».

Mo léatia incur4vel lnocl!ncio An tero de Menezes Llus, Jufa de Direito cm Maroim (Serg1p&Brnsil) em C"artn de 7-VITI-1928 informa; Com n fomiliu reiinida e de joelhos, resiimo,;, no dt>f•orror clo O noitcs, 9 terços ò. Nossa Senh"ora do Ro~.hio de Fntima, solicitundo-lhe n C'Ura do mano R6mulo Luih, quo sofriu urna molestia incu~ rlivel. Agora. ei:;tando ele restu.bolecido, venho toi·nar p(\blica :i graça o.lcançada de N." S.a_ do_ Rosario de J!'litimn, ficnndo ossim 11nt11,fo1to o que promeli fnz<>r.»

Urna d6 r Maria Virg inia Nunes Schalwach, residente em Tete (Moçambiq110) 0111 carta de 27 de novembro do 1928, diz. Ne.~to. dato. remeto n Vossa Ueverendissirna. n importancia de 100$00, para serem ompregadoi; todos, ero velas pnra. o nltar de :Nos,ia Senhora d1~ FtUuna deddo · a uma prome11sa que fiz, e me' aohar completamente curarla, de uma. dor, que me acompunhaYa ha. 8 meses numa perna, qu~ me impossibilita,•u. de anelar e mo de1xnvn completamente trnnstorno.da. No dia que fiz a promessa, rezei um terço e no dia imcdiuto fiquei completamente curadn.11

e 1,e achnr digua de scr pnblicad11 na Voi de J<'atim"' como prometi, pnra honra e gloria de Nossa Senhora, peço a publicnçào. ~o ano cle 1926 para o de 27 encontrava-me muito mnl disposta. do estomn~o nùo Ruhondo ,L quo atrihuir n docnça. Afinal fui obrigada n ir no cx.mo snr. Dr. Aurélio Gonçah-es meu médic·o aNSis tent-e. Receitou-me nlguns remédios sem obter melhoras dos meus padecimcntos sendo as dore..~ cada vez mais hordveis. O men médico, corno niio ohtivesse melhora11 dos meus rnales, mandou-mo o um especialistn a Coimbrn onde fui ao raio X observo ndo-se ter eu um1\ ulcero.çào gastrica. Fil'ando s6 a leit<' uns quatorze méses nada mais comin ncm bebia. Passndo~ este~ mlt~es, corno me custns.~e muito andar so a lcite resol\'"i recorrer a Nossa Scnhora do Rosario rio Fatima mandando vir a ngul\ de Fatima, tornando umas ,z;olns com grande devoçào. Prometi, se obtivei<~e mclhorus, d<1 fnzer publicaçiio no jornalzinho de Noss1t Senhoni do Ro:s,frio o de o assinur um 11no como ja cston completnmunte hem, comendo e bcli1mdo de tudo sl'm que n11da mo fo. ça. mal, graças o muitas graças à. Nossa Miie SunLissinl!t.

Ooença intestina! Noémla Eufémla Rolo, Run l\fonte Olivett :32- 3." - Lil!bou t•m t·nrta de 23 de feyereiro do con(ln'te uno, escrovo: «Sofrenclo horrìvelmcnte 4 anos durna <)ocn~·a horrfrel de in t<>sti nos torcidos e estomogo c-aiclu c·omo prova nos otestado'S quc se ,,n,·ontr:1111 no pocl1•r de V. Ex.da o Clitnnclo clc>M•ngu111Hlu µor médic-os e espedolistm, de incurnvcl · YC'nho <·hern dl' fé ·e reconhec·iùissima pura com no~sa l\Iae SS. <lo Rosario eia l•'atimn. <leclnrnr a minhn. cura milugrosa no dia 13 dc !11nio <le 1928.11

Oraças obtidas por intercessao de Nossa Senhora de Fatima Em 192G, esta1·a am cnsa quundo me procurarnm pani lllC' romunicnn•m qne em c·11sa dl' detorminada fnrnilia tinhn hnrido uma nltcraçiio enLre nrnr1do e mulher, quo tinba c·heg:ido a scr puhlic-a, tendo o maridu abanclonado 11 cai;a o quo se qucritt cl ivorci1u-. Trntei de In(' informar do q110 hnvin, chegando ii ronvic·çào que era dif1t·il conseguir n.-. pnzes entro os dois espo,os, quo 111utu11mcnl<.' se l11n·ium immltndo. Pedi a N.• S.a do Ros1frio dc l~,Hima qne me iluminm,sc o cspirito sòhre o qu(I dcveria faze1· r,nra cousegir u uuiiio dos dois rnnjugcs o que fui feliz nas delig{mcias que fiz e jti. nesso dio. voltnrnm I\O co1wivio anterior e nmd11 hoje ,·1vem om pnz. Mais um favor eia Mao do Céu.

Com·ersaYa com t·erta senhorn a res1wito dns mihigres do N." S.• do Rosario de Flitinm e dizia-m<> eln: « Eu, niio ;1credito nesses m1higr<ll!, pois pedi u N.• Senhorn por },'... e eia veio n folece r,,, Quo orraclo pensar o desta Senhorn: uA do,,nto teve urna grande re,ngna\•iio durante a doençn, teve umn morle ver da· dt•iramente Crist,iin, Quo ml\is sa podo aml.11c1onar porn um,i pessoa nmigl\, do que n salvaçiio dn AlwnP . Que tristeza o nao pensarmos que niio pertem·cmos a c>ite mundo, que u nossa pnliSap;em nqui siio apenas dois d1us e quo !L Vida Eterna, nuncn. ncnb,i I Um quisto A Mii.e do Céu, ouve mnitas vezes os rogos q ue se !be !azem o tem mais prot<>cAlmlrinda Hespanha, da l~règuosia de çtio pnra 011 qua cbnrno. para junto de A.vancn., lugar de Agueiros, ngradece a l>eus, do quo dando sutide nos que aindn. uura do quisto que tinha num pu lso. Ten- ficam neste vale do hip;rnnas. du sido ja tirado pelo médico duns vezes, • e estando outra véz pora o tirar, recorTiuha u rna cspinha de peixe onterruda rou a proteçào de Nossa Senhorn do Roaario da Fa.tima, e juntamente sua irmii. na gargantn, sendo n<>ccssarin. interven-Erminda, que so digna66e ouvir as suas çiio métlic·a pnrn I\ t1rnr. Ap6s meht horn de pesquiza a et1pinlm atiplicns. E usando agua e terra da Fatima, fozendo-lbo o ,·oto com aquela fé que niio aparecia; o uieu pensar dirigiu-se u todoa as a lmns ca.t61ictlS temos q n nndo in- N.a S.a do Rosnr io de Fatima e logo o vocnmos o nome da Miie de Deus, de fazer médiM cont;eguiu el--trn ir n espinhn, courna novena de conmnhòes, graças a Deus meçnnùo a. de1;,1p11recer a inflamn\.-iiO na o meu voto foi ouvido. Estou completa- gargnntn. • mente curadn e niio t.,nho nada no pulGullherme Plantler Martina, Rua 110. Dentro om breve i1·emos, se a Virgem inntissìm:L nos pormitir, nos péii d(lssa Marques da Silva 79 Lishoa (Nor te). -Fo1 em Novembro de 1925, que 110 Miie tao cnrinhmm ngradecer-lhe tii-0 grnndo u o que vou pabSar a narrar: Estavnde gr11ça.» mo11 fundendos am S. Tomé, o. bordo do vapor «Lourenço ì\farques» e Ìl horn mnrUJceraçlo g4etrfca cuda par a a part1dn fnltnva um pnssnge1Ollnda Aires Neves, solteira, de 23 n.noe ro, quo i;eg1ti n par a a Costa Orientai. de idaòe, residenl,e n as L oceir as, muiLo O ('-0mand a n t..e aì nda esperou um poudevota de N. Senhor a de Fatima. e111 car- co, mns oomo niio Ml vil!Se nenbum n emta de 18 de Junho de 1929 escrève a ee- barcnçào a Y1r de t.errn, r e110Jveu lovnn&uinto 1-façn que Nossa Senhora làe fiz, tnr forrQ • se1iui 1· Vlllitem .

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Comono dia do seunoivado

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Minlw querida ( )lementwa A tua carta de conficlencias iutimas dc de1:1nbnfo chee;ou-me as màos j:i Jm tempo mas quiz-te pagar na mosma mocdu. Fiz o proposito de to f!lwr espcrur tanto tempo quanto t•u tì..-e de espcrar estu em qut'l tiiu bem me retratnYos a tua lind:t festa de noivndo. i\Ins afinal d<1ixei-mo vencer. Nào me sofria o oornçào fazer-te penar assim. Niio era justo. Quo, n1i , erdado eu t·reio que, apcsnr de tiio mnl :dinlmvàdus ns minha,i cartas te dà.o sempre um prazer uo manos semoJhunte no que eu sinto, no lor o.s tuns. E quo as nossas t·artns niio sào corno ai; do tanlns rnpar1ga:1 do hoje. Nii-0, nns no!'sa.s, no menos nas qno mutuamente nos e11v1nmos pomos toda n alma todo o coruçiio e 110 l~las c11idamos vcr o ounr quem no las manda.. Niio 6 ns.'>im? .\o meuos <·un11go d1i-S<' isto kCmpro qtH• m1• é dado lor ns tuns. E deve ser a~s1111 mOAmo. Porque, no pns.w quo uòs nos ilpro,;entamos urna n outrn. corno 11omu~, o sempre nos conhe1·<1rnos, muita,; dns nossns c.--0nt.emporan<'11s l•,:forçnm-:.e 1>0r pnr,,c-er o que 111t renlidnde niio silo. E as cartns delati 1111cm de tal forma qne toda a. gento lhes nota o t-Om posti<;'<> tim <1110 silo escritas. Pois bem minhn quer1da eu quero untes de mais nncla dar-te os mous pnrab6ns muito 8Ìncero~. A tua fest<l foi reu.lm,.mi,e <1ncnntu.dora. Corno devill<I senti r-te fehz li 1101te ac, oterooorcs C!;Se fim de dio. a :r-.osso Senhor por n,re~ que nacl:1 hnvin nele que deRtous:se daquela norma quo te ti nhus talhndo l l?e!iz de ti quo oonsep;uist~ o que tautns nem sequér almejnm I Ào ler a tuo carta fm rOC'onstrmodo ponto po r po nto tudo quanto a{ se pn.ssou e tio vh•ns e no mel!mo tempo eua.Yes erurn 1111 tintns cl.e que te serviste no pintnres-mo tudo is.~o quo q ua.ai senti invej11 de ti. Nii-0 que 0 11 tivosse querido roubar-te o teu q uerido noivo e agorn. idolatraJo u1nrido, niio. Tonto mais q ue tcnbo urna uotiuia. a comunicar-te : estou noi va tamburo. E o 011poso que e,.oolhi realiso por oompleto o meu Jdeal. Duma dedicnçiio infinita por a 1m H · t.rega-se-me todo, todo eem l'e!<erY1111 .

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E • mni11 rioo, sabio • delic..de 11•• 116 pode imng1nar. E sohre tudo isto duma. bond,1.de Mm limite.~ e duma incomparé.vel holoza, Ja véz que e-;colhi (de.,;culpa. diHr-to) m<>lhor do que tu. «1Jc1m11ewd de alma apai:.i:01.ada1, tliras tu ao h•rt>s-nw. Nìio, minha queridn, nìio exagero. }fico nté muìto uquém da re:tlidade g• que rcsolvi ontregnr-me wdl4 a.o noa!iO qu<Jrido Je.sus. Ja l111 mu1t<> senti:1 na ahnn a su .. YOZ dooe o amorosa a chnmar-me sem doscnnço. Ma'! o mundo sorrin-me ... Procurai nbafa-la num momento de loucura e 1ngrnt1dào. . Iloje_ poréw é.,;.~e ~ham~roento é categc'.r neo, imperioso. Smto-me 11.trafda pela. 11:rnça pnrn II vìda cln claustro onde a. 1108 com Jesus e com ns nlmas das su111 eleito11 O louve, isirva e ume [>Or tod~ a. ndn. E lit ornrei tombém por tì. ~ào tom0ti isto porém coru-0 de-,pedida. Rspero, :weitantl,i o teu com·ite, ir ai passar uns dius nntes de pnrtir. R' pro, :.in•! q111• dt'.(l!lis no:; nùo tornemos n ver. Niio querm de mnneiru. alguma retirar-rne a,J:1im f'em te dnr o ultimo allr3:~. Nem tu ruo le,·arins IL bem. Resscnt1r-se-h1a e com rnziio tt nossa t,ii<) int!ma, fraternul e santa umisade de rnfincm. A im·eja que eu i;enti foi d:i magnifica s1tuuç,io da tun <·nsn em plona nldern. Nuncn. n deixes pelo llmor de Deus I A ùda da. cicln<lo torna-se mais intolerave! de dia para dia. E' um inferno lìOb todos 011 pontos de vista. Niio serve uem para a alma nem para 0 corpo. W o perfeito rontrn&te ùèsse rnmanso florido o verde onde dcscausa. 0 alvojo. <,omo um ninbo o teu Jar. Dei;ejo imenso ir ve-lo e gosnr do prazer quo d°'·es sentir ni no bub1tit-Jo. E' tnmbém 11&1im que eu ìmagrno 0 meu convenl-0 e sei que tem algo de ..-erducleiro o 1r.eu imoginnr. Por mim, na C'o111templaçiio da naturezn. do que 1•1.L w111 de 11111is helo c, mais puro, siuto um profondo prazer esp!rìtunl. .E tu tnmbam porque o quo tu me dizes dava a entender que estavus Yerdo,. doirnmonte entusiasmadn. Poi~ hmn ('le11.m1tina Nt fat;o os mais 11rdPnt.es \'otos porquo lòda n tua vid.i ~ejn. a continunçiio, a rcnlisaçfio dessa belozn., d01:1Sa. fclioidade que urna ..Yez YÌa· lumbraste. I•~ ha~de sò-lo creio-o bcm. Qunndo se com<'ça <'omo v0co:1 romeçaram por força se hn.o-de receber graçaa nbundnntissimos do céu n. ndoçar a.té aa agrurns com que Dous queirn ruimoHear os seus mnis queridos. Nào to profetizo tniH agrurns nào taa desejo é clnro, mas é po~~ivol que aa tenlm;; <le sofrer pel& vidn ùlém. Se todos temos que sofrer ..• Com urna d1ferença. porém. E' que os outros, os que niio toem té ou quo tendo-a niio ,·ivem dela osses sotrem sem amor, ..ern rc,,ip;na~·uo, s1:>m o.~perança, ao passo que aqucles a. quom Deua d1>11 o deseJo o a alegna do sofro1· por Elt• sentcm II dor a trnnsformar-1'8 ero pruzor inten80. Porisso minha ,queridu as primicias da. tua vida matr1mo11inl oferecidas 11, .Nos.'lO Sonhor l,iio delicndn., tlio ntencìosamente sào o penhor certo e seguro dumn. infinda felicidnde. Ainda hli pOlll'O oui·i um coso que sene bem de nrgumento. Era umo. famllia cristi~ a valer: mar1do, esposa cinco filhitos e 1>0r sinnl bem flN111eni11os qu,• t'>h·s erurn (porquo nOR famfli:111 cristiis a valer s6 JJous marca o numero dos filhos). Duma. 11t.unçào regalar tinham-se eleva.do a notavel pr osperidnde pelo muito trabo.U10 do mnr1do e peloe bons nogocios quo suoo.~s1-vnmento for a fazendo. Mna de rapente a adversidnde bato-lhee à porta. Um negodo unportanto imobihza-lhe grande parte do Capitai que, por cilada do inimigos, niio pode fazer render. H a algune comp romi11Sos q11e de momento niio podem ~cr cumpridos. Os crédorn::i l:wrn rnm-lhe os v1irios i•stab!l!ocimentoq. A 1:,itunçào agravn-i;e de dia. pura di11, J~ra nt•cessurio fnr.er dinhe1ro em tudo eoonomi!l11r o tnni~ pos.~ivel. Oepo1s n" econominR 11iio impo,.siYe11 po111 nem "61'.jUPr lui o indispenR11ve>l para g:urt.as na 11.limenta\•iio. Di11penA1rn1-11e 11.s crenda11 da11 quaiw 11m11. r8'4oh·e ficar da graçn por dedicaçio aos seu~ 111110!\ - oom · 11m gt-~to d" i • nereai-

E~tnvn nessa Ol'Ui!'lào no me,u t·amarote, de nodn rlo que 11e pass11vu, quando fui procurndo por 11lg11n1< pa~sa~l·iros, quo l·ouhf'f.·endo ,lo r<'laçix•s que tinha com o ('<>mandnnte, me ped1ram para <·onseguir delc o e~1wrar mnis pelo passageirn que fnltnn\, que so um mes dcpois o que tena tr:111-.pon :P. , pura ondo se dirigia e pam mnis, ti-nhn tòda I\ bngng<>m n bordo p<>is \'Ìnha comnosC'o j:i de L1sboa. ' Conhecedor da vidn do bordo e do transLorno quo cauH:tva a demorn do navio. achei o <'!ISO e<>mplicado, de difìcil soln~·iio <' apos umai; esrusas, disse que iria lrut1ir do quo me ped1nm. 'l'odos s111rum cl.i porta do meu cnm:1rote o no concentrar 1d1•ias, n quc era d1n l!J, din de Poregr1 nn~·lio no Santu,frio de ::',ioss1\ Senhoro. do llosario de Fatima e logo o meu pens11111ento so dirigiu à. Santa Màe do ( 'eu e soi, pron1rci umas 1<<>nhorn11 a 11uom 1womp1111hoi a prllbeO\'a do Comandanw, q1w ja ,•st1n·1t na. ponto e que fit'Ou inc-omo<lndo com n visit,\ porquo lhe era impo,~i\·el act'<ler no,; 'rol(ois que lho inm fawr, sem pn•jmlicnr a 0." que sorviu. - As~im po11; o nano levantou ferro o com,~·ou n vingem, ns senhorn,:; ,·iram us sun,:; <'sJ)Prnnçn1, pordidas e t.'U que sempre 1110 t'<>nsenoi <'ahdo, i;o peusn,·n, om N .a S." do Rosario de Fittiuiu e eis que Vt'l'lll dizer que mnito ao longo (os mtvios em S. To111é fundenm clistante do. terni) se na uma l'lllbnrcn\'Ùo ! Dn ponfo rio oomnndo Mscstnram os hinol'nlos <' n•rihrarnm quo era <'erto o que d1zia111 l' corno tnl o nu,·io rotrocecl1m indo !""l'C'lwr o pnssag,,iro que o tiniro mcio <le transporl-l' pura bordo, que l'on,.,,guiu, foi urn «<longo», PN!ucna embur,·uç1ìo gpntili,·:i, foi ta clu um tron~-o de ar,ore, (Ili<' i:om e-erta tlificulclnde (o mar ,•m R. 'l'om6 ,•stii 110 gora! llgitaclo) <·he~ iu ;1té j1111to rio n,por. ;-..o m,•11 t•,pirito nn~cc•u o dcvor de puhliC"nr psfa grar:a , o que faço rheio de ~nti1;façiio. sem anber


VOZ DA FATIMA

4 dade de que o no'>liO poT<> é sempre capaz se lhe tO<':un no coraçii.e. Chega-slc' u pU">l;,1' fome. Dennt.e do mundo e urn n. vcr~nnt111 um falido. De11nw ,I., muilo ~ ·- um n .hir10"0 e, imprud1:1nt~. Pura todo,, ou qu,,~i Lodo:; objecto ti, dt·~pre~o pu1.; o viu111 '*'tn <linhoiro. l~ois no me io rlt• t,,ùa l.'!jlii m iséria oonfc,..~,l\ a tn 1·<H11 tu<l n 1, fr o nqucza na intimidudl.' qu" 0 M·111 1:1m 1·0 lelizos como no diu du scu 11oi\';,1<lo. g er,im-no n-, H •r<ln d o. P ,,r peor que fos»e a ,..itua, Zio p l m nr:., 1 C'ncobrir mut11nmeute as pt·rrns lt llt. Lw,; i:un mi alm,i niio tanlo por &Il•:; 111:l.':I por aqt1e1ei; holòozitoo a nbrir q,w o Sonhor lhes dC'n1 a guardnr. Qunntal! ,·ezes 1·om o coraçào op('rlado niio apnp:nr,tm 1111111 boijo as lagrima:; quo lhc~ baìl,n·11111 110,s olhos. Lc>mbrou--.e DPU'! deles. E hoje graças a Deus tudo , 111 do no\'o brm encannnhado. Urn din. ti alguém que lhes preguntavn corno se podia ll(lr teliz no meio de tanto infortunio rei;poncha um deles. ,, E' quo uos recobemos a. Nosso Senhor todos 011 quasi toclos OH dias. Ah! Se niio fos~ is:so j,i ha muil-0 teriamOR ha.q11e11<lo. 'ft•mos 110frido tanto! ... Mail, dia a dia, uh van11,s buscar a força de que c,n.recemm1. E 11ssim gruçns a. Deus niio k•m huvido ùesgo!lto!l que not1 tire II paz da almn. (.'onlonnruno-noll de bom grado com a Vont,Hlo 1lu Nosso Senhor. Jt; :;e 11111:uma vez surge inconsrient.e e in\'oluntiirio um movim,mto de revolta logo :;e paJl(n num aclo de ontregii absoluta nas mii.oit dn Providència. E Nosso Senhor cu1do. de n6s.»

• As,iim <·ompreendtH1e. ('onhec·1-o,; ha J>ouoo. l)c;,pronde-se do rosto de um o outro um oll111r tiio meigo, tiio nmigo quo parece qne a alma. lhes sai pelos olhos. Respira-i;o cm volta deles o quo Siio Pou lo ch1tma o bom odor dt Oriato. Soubo depois quo o noivado c!Hoo fora muito semelhanto ao de voc&. Porisso ou e.;poro quo i!;SO 11eja apenos o infcio duma lon~i vidit pnssada tòda no s<•rviço do Divino 'Mestre. Deseulpa. minh1i querida, a. longa o arrostada carta que ai te vni: Nào é por mul. llti p<'qnenas noticins de gente conhecidii que tu go~t:trins de snb<'r. Guardo-tas para umn proxima carta. Os mcus re..1H•1tos a teu marido qne eu estimo por ser teu. E para ti nem sei quanlA'Js milharei;; de bt•ijoi, e saudades sem fim juntus aos votos que cm faço 11orque v0<·e11 st•jam sempre tii-0 felizea e ao mano::1 lao cristào11 romo no dia. do oou noi vado Tua m.to 11nudosa lnéa

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voz

D E FATIMA

Trnnsport.e... .. . ... .. . .. 175.976,60 Pupel, 1,ornpo:;iç~fo II impre!,nii-0 do n. 0 85 (100.000 exemplnrc!I) ... ... ... ... ... ... ... 5.154$00 1/'ranquin~, cmbal11gl•ns, trnn11porlos, gravuru!t, cintas, otc... . .. .. . ... .. . .. . ... .. . 1.644$30

182.774$90 Subscriçiio (Maio de 1928) Euviar(IIIJ dez ci,c•udos pnra. teram direite a rt'(·... ber o Jornnl pelo corro10 duru nt~ um uno: Murrn Arnélia lt'. Coelho, l\Iarin. In1i.cin. Gutu, Victoria da C'oncoiçào Avelnr, Jo11.q111111 du Sih·u Mtwhado ,ftinior, Fran1;ehnu dn S1lvu Muc-lm<lo, l'.<' Aloxandre 1'omar Lnc·11r1•iro, 1"runc1sco Augusto Coimbra, lfoutriz Pin·s de 1\1 1xeira Robulo (15$00) . •int6nio MHrtins Almeidu 20$00 P,l' )[ignrl Hiheirn d,, Miranda 20$00 l\turia Filom11n11 .Mirandu, ('~·surina d11 PiNhHIP, .\1111:uslo Alves, Munuu.l Jorl?O l'orlo~ l'Ìnto, Maria dn Nalh•idu.de l'ubrnl, lfolona Brnndiio, lfonriqueta Tadeu dn l<'on~<>ca (20,, 00), lforminia ~uno~ Ln<·ord.~. l\forin <hl Asf!unçào l!'igueiredo (20$00) ,Jovita l•'err1>1ro H,oijario de Sousa Vrnaj.!;~e (30$00) , Alherlo de Olirn1rn Joaquim cln Hih·a Oome,i (12i50), Hm1a 'cle ViLerho l,opell Vo.rt-lo., P.o ('csa1·io l 1 ert•irn <la Silvn (20$00), Maria Lcono1· 'fomé, D,wid Paulu., Emilìa de J.-,.11,. Olin•irn J11nunrio llfiranda, Irene de Alnrnilla CÌmno, .Miquolina de A:;eunçào Vitol'iuo Fuzendeiro, Luis Ant6nio

Carrac.a (20$00) , Maria Adelaide Pereira. de Va!IC-Oncelos, Mo.ria. do Carruo Bar rntti, Mnri:i José Martins, P.e Ant6nio Rodrig11011 Xnvier (4.0$00), Maria Vitoriu. do Soul:-0 Corrcia, Jsaurn l\lachado de .\7.avedo, Muuuol l\.l:1rtius Aparfow, Antonio lfonri1ues Novos. Moria dn Luz do.'I R a is, Joaqu1111 Lopo:; Hihoiro, Fronl'i'iCO Ton,ato Viguidal , Dr. Manuel A;;sunçiio, Bernnrclino Gomoo. Jo,,é I•'reitlllj Pinto, ~faria José Rebelo Varzea, ,Joiio Murqucs do Cnrvalho, Ana Nohre Costi~ e Silva P.o Joaquim Dunrto Alexandre, P.e ~\nt6nw ('urretrn Bo111f1icio, Aua Guedes (12$00) , Francisco do Jesus Peroir:t, Corina Pini:<> Ahreu (15$00) Aurora l!'inlho, Leonidio Riheiro da Costa SantoR (15$00), Alexandrina Rodrigue,; J\I:uo, Mnriu Emilia . l\Iinhava, J osé Lope.~ Ramo~, Maria da Pi edade GonsnlvC!ì Rilvn Dini::1 (20$00), Arnaldo Miller, Laura Gonçulves Rilva (20$00), Maria do Patrocinio GonçalvC's Siiva (20$00), José d:i Cunha. Brnganç,L, Virginia. Ramiros Cnrcloso Pt•reira Maria de Fatima Moreira Cnmrx.,s, Elisa Lopcs Jonna de Carrnlho VeiKU. (12$50) , EJ\i;u. de Lourdes Mosquita (l.5$00), Fldunrda. Albertin::i Ta.vorOll de S1u1tiago, Mario José de Ascensiio Tavaros de Alnwida, Murin Adriano. Snntingo Soveral Ribeiro, Delfina A ngustn. <le Pirni, Am<llin. do C'~u da Pinn Amara), Clemeatina da Cunha Estov<'1;, Eduarda Albuquerquo do Pina Gractndn de Sousa, Ana Auguatn. Corrèin, Dr. Augusto ,Tosé d:~ Silvn, l\Ia.ria da Gl6rin Moreira, Ma.rin. l\foreirn Vieirn, José Motias dfl ('n.rv1llho, ll!mflia Santnna Quciroz. Manuel Gonçah•86 Alfaiate, Ant6nio Loureiro, Maria da Conreiçii.o Loureiro Berta Dinia Moriio, Maria José Riheiro e C'armo (15$00), .Alll\ Dins Cabroirn, Mtiximiano Rehelo (20$00), José Antonio l•'rode Sous& (20$00), José Cardoso Junior, Ann. Vilares, Diroctora do Asilo de Guimara('9 (20$00), P.e Ant6nio dos Santos Alveé (20500), Maria dos Anjos Maia,.Joiio Afonso Barroso, P.e José Bnptietn Vieirl\ dn. C'ruz, doenLe.s do Sannt6rio Rodrigues Scmide (30$00), .Toaquim José de Almeida Finlho (12$50), Antonio F'l:'rreira dll Silva. Po. José Joaquim 1''erreira da Roclia, Agripina Lima, Maria cli\ Assnnçiio Gago da Coma.ra, Maria Lucil1n Sorea Lopes, Maria. do Rosario Fazendns, Lu<'inda Pereira dn. MaRalhe!!, Ana Cabeça Dntrn., Joifo Louren(,'O Gorot>li dos Santos, Ju lia Amalia de Moura e C-0&ta (20$00), Inèz Guimariies da F'onllE'<'a., .Tl)rgo Leit<- Drnita Vnreta (15$00) ; Maria. Eng~nia. Snrmento (15$00 N a distrihuiçao de jornMs: e donativos varios: Loopoldin11, Curado, 25$00; Conego Manuel Jonquim Pintado, de Macau, 45$00; M11ria Costo. Carvalho, 50SOO; Virginia Monteiro A. Guimnrii.es, 50$00; Umholina Amélia Rarbosa, 72$50; José Rodrigues Costa, 107$/iO; Frei Antonio ('apurhinho, 40$00; JO!lefa de .Tesus, 11 $10; Ermelinda Pereira Gonçalves, 30$00; P.e Manuel Feliciano Dias, 125100; P ..e Rodrigo Moreira de Magalhiit\9 22M\l. Na. lgroj11. de S. Titigo de C'e11imbra. peJn F.x.ma Snr.•, D. Gertrude$ do C"nrmo Pinto, no mes do Setembro de 1929 35$00 N'a lgrnja do Sngrodo C'oroçiio de ,Tes1111, Pro Lishon. pela. Ex.mn Snr.• D. Maria Matilde da C'unbn. Xa...ier, idem 26$25 Idem no m~ de Outubro ... 29$00 ~a. lgroja de S. Mtunedo, em Lishoa, 1rnla Ex.rnn. Snr.• D. N. R. no mès de Seternbro de 1929 .....................12$00

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D E FATIMA A ROMA

litodria., em que o Colécio, juntamente com o preito filial à Vir&;ero Mii.e e a.o Padre Santo, ronde886 a11 devidaa homena.gens oos ilustrissimos, Prehidos que nos bonr3JJl com a su11. presença e aos distinto,- <,'Offipo.triotas que de tùo longo vieram c·olobrnr o jubileu do S. Santidade, trawndo-nos a n6s no nspccto franco, no sorriso simpatico, na faln. conl1ooida o mais perfumado ramalhet.e de saudades, com que mntar as quo por ca se ~nteru da piitrin distnnte. l'm pedido fonuulado tirimeiro pela briosa jun•ntude do Co!E>gio, ao qual o cornçiio me inhibia de responder com umi, Mgativa, o depois gentilmonte rt>petido em forma de clesejo por J <'ssoa a cujos dejo1, devo obediencin, multava-me em boa pnrto dos ga,;tos da festa, cabendo-me em sorto, - bOrte alia!! im·ejiwel - ser paladino da Virgem 'do Rosario. E eu esporava ancim,o que l'le c·hega.,se, para ver se ò. luz do son olhar e ao cnlor materno do :,0u sorriso 1:16 inspirava e nc·oudia. o mou ,mlusiasmo. Maii os dias pa!!llavnm, pussavam depois M horna o a Celeste Peregrina ... , :mdaria. talrnz por terras ·de Espanha, ou pela ril>f'ira. de França, ou pelna hist6ricas paragens de Italia? I Mas, Senhora, que achnis v6s por ahi qne vos prenda. se nùo siio terras de Santa Maria? so dificilmente onoont.rais por la a fé sim1>les e sincera., a devoçii.o profunda e sentida, o amor enc1Jndrado e entUBiru;tti dos vossos portugu&es? Se nos quereria. Elo fnzor a sorpresa do aparecer à ultima bora? ... Bem vedee Senhores, niio a.pnreceu I O nicho na èapela. continua deserto e a innuguraçiio niio se fez. Quo.si diria. quo a Capela v811tiu de luto; lui.o que pesa um hocadinho também aobre os nossos coraçòea. E aqui me tendes condenado a. fatar de um assunto, que, o.ntea de oxistir, se dosvanoceu. Felizmento que niio é a. iroagem material a. que importa.; niio é a ola quo n6s homenagearoos; nào é ela que vos assiste a v6s no voSBO peregrinar de um mes, a n6s na n06!!n romarin. de nnos. Convencido estou de que a Vir,;em do Roijn.rio, essa niio nos folta: nqui osta, aqui nos a88iste, aqui nos fita, aqui nos sorri paraisos, nqui nos envolve em ofh1viOt1 de amor o se-u ooraçiio maternt:11... Eu vejo-a com os olhoe da ft> ; e v6s, 11& a tendes maì11 viva, se tendes a alma mais inooonte, mais infantil, mais digna de liOr recompensnda com graças privile~iadn&, abri os olhoe, aplicoi os onvidos, àlerta o c·oraçiio I. .. Quem sabe se a. sontireis na. realidado, corno os inocentes pnatorinhoe da Fatima? I...

Terra de Santa Maria I abençoada. ~rra portuguesa I Aben(,'Oada. pela mòo do C'rea~or quo a colcx,ou ali cconde 1\ terra se ncabu e o mnr começa» como ooroa de safira. e esmeraldas on. cabeço. dn. Europa. No seu 0011 de um ani! i;em par aoendeu ns eetrelaa mais brilhnntes; da sua. glebn. fez um janlim perfumado, onde floreoo eLerna e canta a primavera.. Colocou-a ali corno caravela. ancorarla 6.11 porta.s do mar oceano, - borço pequenino de um grande povo, para cujo u.rrojo aventureiro os mnree seriom pequeno tei\tro, e 011 balislll! do munrlo acanhada meta, pois quo ui;e mais mundo houvera. Ili <'hegarnu. Terra de 8. Maria I abençou.dn terra portuguesn. I Abençoada na ahnn boa, s6bria e gen11rosa, arroj;LCla e prudente, nlogre e eonh1tdora dos filhoe quo Dew1 lhe dou ; cap117.oe, corno Od melhore.s, de tio nssinala,. rllm em todos os campos dn humana activida.de : tiio destros oro manajnr a e;;padn. t·omo u. lira, na sci oncia do bom d iir.or corno na do ,;!'1ll fnzl•r, nas nrteR corno nas l11tras, em Hondnr e explorar mnres. illms, rontinent~'I, Mmo em clevnssar ns mni!l arduas rep;iiit.-.1 do ospirito. 'l'erro. dò Santa Maria I nbonçondn terra port11guos11 I Abençoada bOhret.udo porque o Salvador ao nasoor lhe deu as s1rn11 chagus por brusiio a c-rismou 11e11 Ap6it.olo, a oowaitrou jarclim feudo, solar, terra do S. llforia I E Maria com corrnhos de miie, rom desve)oll de pndrooira, c,om generosidacie de rolnha no p<'quanino Portugnl embaloo-lhe o berl,'o, nmparou-lhe os primNro~ p:1~'los - hcrn diffceis o oontrastados, \.'Om quo tomou ()05$8 da terrn. sun, l'onduzin-o depois rola miio nns urrojodns ompre!las de dilatar a M e o império a.trn\·ez do mar tenobrOtJo, desclo m1 balisaa do mundo oonhecido aos ultimos confins do

Esperavnm oo brim,os 11lunos do Colép;io Poriu~ucs quo em Roma. freqìtentnm n Univer,,idade Grogoriann o que tiio nrd011tement-0 dovoto,i siio de Nossa Senhorn do F11tima, que o inauguruçìio dn inmi.(<'m d(1 Nos.'<l\ SN1hora. na !lun. cap0la <:oinl·itfowo C'Olll u. ffit11da alt dus nossos porep;rinos. A isto >IO rofero o primoroso discurso do Snr. P.o l•'ons<.-ca, director ('spiritual do oolfigio. J~ru. nos;;n de.-;ejo da-lo 1111 inlevr11, n quo ob-.ta n c-xten,iiio do clisc·urso e n poqtw1w7. do jornnl. Publicurorno,i no entirnto a parlo que mais ùirectnmenh, se refore ll Nos,ia Sanhora de I<'dtima. Tinlw.-s<1 plane11do paro. 8'1te.'I dina a inaugural,'ÙO da lwH!!l;ima C'11pola no llOtbr uobrn do Coll\11:10. O allnr-mor r8dervado para a. Senhorn do H.u~nrio du Jc'tit.imn o.-;t1LTa pronto n rocobo-la, e de um dia ))ara oulro eapt•rt,vnmo!l a l'hegndn, da imugern que DOii prometC'm primoro,.[ssima. Rnliretanto ferviam 011 pn,pnrativo11 da fe,ita. À reliciosa. haTia de juntar-se urna deaconheoido.

Que palmo de terrn. ha no coutinent-u & ìlhae que nii.o oswjn assinnlndo por algum' beneficio dn. Miie do D<'us? E em c·orrespondènl'io., que monte onde niio alvojo nm Snut.uorio de l\1ori ,t, meta de fervorosa.a romagens? Que c id11de, nhi ou alcleia onde as melhores igr<'jm1 niio sejam em Sua honra? 'l'alvez todns a,i igreja11 mi terra, talvt~z todos os altnre, no. igreja, tnh-ez toc.lns as imagen.s no altar h.ìo de Maria; 0111 rada enrrusillwdn urna irungom, om c-ada pulacio um oratorio, ern <'Uda cnsa um altnrEiinho, até em cada cho\'a ao menos um rrgistrozinho de papel, pogado com miolo de piio na porta desengonçada. De fact.o Portugal era isto : cada palmo de terra urna memoria, c-uda coraçii,o umn alampada a ardor om honra da Mari:, I Torre. de S. Maria I abençoada terra. portuguesa I Nii.o ndmira se naqnele jardim cu1dado por miios lii.os mimoM1ls do tal l\fiie, 1,e arroigou profunda n fé, floreceu a Religiào e piedade, o amor ao Senhor dos Pnssos e a Jesus Sacramontado e no C'oraçiio de Jesne, a deveçfio inquebrantthel no Vigario do Josus Cristo, o amor à S. lgrejn. tiio filial, quo nté os dias todos dn. vida quiz rOC'ebl'r da sua mii o santificadoi;: bnste a pro,•a-lo a denomin1t~iio dos dias da eemana, que enqunnto no.11 outras naçoe.~ tem resaibos do paganii;mo untigo, so om Portugal é puramente <·ristii e oclesinstica. Niio ndmirn quo la d1•sde o prinripio vi<:oja&!O se 0-~pnndi1,..,e incoorcivel o zelo apost6lioo ; zelo talvez rude o manifestado em poderosas cutilndns ::t0.'1 np;o.ren06 ou em ferM lnnç11das nos turcoR na India, ma11 sempre ardente e genMoso, qne durante dois séculos inundou de missiooarios a Africa, a. Asia, a O<·eania. e grande pari;() da América, hPro mais de meio mundo: fazendo em pouoos lustros tais prodigios de O\'&ngeliznçiio, quo niio creio tenhnm sido egualados por naçiio nen buma em muitos skulos Mas ern. tii.o pujnnte de sei,•n o amor da fé na. terra de S. Maria, que precisava de estender no lonp:o a. c-opa dos KOus rnmos: ancioso de o.brigar ll(lb eles, be po:.s{vel fora a todo o mundo. Brotava tio oopioM a' fonto da criMtandnde no coraçiio portugu&, que nao bastava a poquenina taçn. lusitana para t'Onter as suas agull6: transbordava em catadupas, corrin no longe em rios caudalosos a regar e focundnr mais de meio mundo. Ardia tao poderosa a c·hamn da caridnde, que bl18tava. a alumiar e aquecer a qnantos num e no outro emisfério estavam 11inda sen• tados nns trevns do gentilismo e nos gelos da. morte. Terra de S. Mnrrn I aben~•onda terra portuguet1a l Oh I porqne roudaram os tempos? porque possou a prima,·era que devia oor perpétua, pot·que veio o inverno (·urronl'udo e gelndo, nortou o ,•onto da indiferença e croi:;tou todo aquele viço I Veut.ou o suiio cla impieclade e ia secando toda 11q11eln. soiva. I No jardim clesfolhnrnm-se as flores, definbaram a1:1 planbs, cnfrnm pé,·os os fru,. tos; e a wrrn de S. M11ria ameaçava torn11r-11e um prop:n.l mnninho onde pululasse todo o mul uma rharneca arida e rellequida para o bem. Felizment-o que Maria velava do c6u sobre o seu parafso, s6bre II t('rra sua I E Eia deer,eu do céu a horns de meio dii., corno i;e o repicar das Avé Marias fò1'80 toque n rebate que a chnmnsse; desceu sobre a azinheira, enfèznda, nn charnel'a moninha. A ch11rnecn er11 renlmenw o simbolo dn terra re5S(>quida; n azinh<'1rn imap;em dn. llrvoro frondosa, que, por fatta de C'huvo. do ct>u, JlOr efeito da &>rurn da torr11 so ia dia II dia cacio. vez mai!! definhando. A clivinn jardineira. desreu; e no encnnto dn sua ,·oz, 110 império de sen olhnr, 11.0 Mntifrto milap:roso cln 1111n miio, na ch:trneca uridn brotou umn fonte de fé e de milll~rl't! da almo, - onde Portngnl, (pròdip;o que ,·oltn i\ raso mawrnn I) \'('tn l11vnr os anclrnjos., curar os {·hnp:ns , heher a fé nntiga, e rom eia r<'itl\'<'lll'SC'er ns fòrçus, rctemp1Jrar a ~n1i.cle, n>c·upernr tod11!!· ns virtudes dos nvos. .M:u1 a VirJ.1:t•m do Hosnrio, nùo cont<'nto l'Om que oR rtlhos vrnham a l'lu, vai ela a bu~t·n-los do monte ero mont<-, do vale ero vale <'m romaria npost6lirn a taclaR 11s terr11o, 'n. t.odos os l'Rsni11, n rncla fam{lin.. Quem l11i hoje por la qnc> niio t'Onheça. qne- niio tonha vi11to, que nào tenh~ fnlado n11, ornçiio simpl<'~ e c·onfrnnte com n. ~nhora. do Rosario de Fiitima? e que cla <·onvorKaçiio nito t<-nlta R:ticlo ou promt•ticlo sair melhor? A Virgem do Rosario ~ hoje a ~rande Missio111iri11 do Portup;al. Graç1111 a ola a terra\ de S. Mann 118ra sempre abençoada terra port.uguesa».


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ANO VII

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I

N.o

1929

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87 I

( COM APROVAQAO ECLESIASTICA ) Oireo11r e Pr1priatéri1: -

Dr. Manuel Marques dt1s Santos

Ad111ini1trad1r : -

Emprisa Editora e Tip. Unl4o Gr6flca, Travessa do Despacho, 16- Lisboa

Padre Manuel Pereira da Silva

R.edllcçllo e Administraçllo: Semlnàrlo de Lei ria

CRONICA DE FATIMA

A VIDA NOS SANTLJF\RIOS J a. passaram os dirui do. Primnvera., lin-1 dos e sunvomente tépidos, banbn.dos de luz esplendida, cheios de vida e de encanto, e os dias grandes do Estio, por vezes a.inda mnis movimt!otados, sempre quentee e abrazudol'es, qu1i:.ì equntoriais. Sòbre n charneca, :irida e csculvada, da serra de Aire, de paiBUgem uniforme e mon6tona, sòbre oq sc1111 montcs e vales em que mal se enxcrgu, brotando dos inten~tfcios das rochns, umo. vogelaçao pobre e rnquitica, caem, como umn bonçao do Céu !l8 primeirias c-huvns fecundantes do Ou~no. Cessou por l,ompleto o movimento rumoroso e profundamoote impresaiooante dlUI irnndiosns romni:ens dos meses dus apariçòes. Deoerto niio se desvnneceram ainda os eoos mnvios{!ISimos das formidaveis e empolgantes manifestaçòes de J;'é o piedade da quadra estivnl. Pairnm Yagnmente no eepaço sons de voiles celestiais. O ambiente esta i.mpregnado do revérboro das luzes das procissòes noc·turnas, daa harmonias suavissimas do 6rgiio e dos canticos sagraclos e dos aromas das floroo ofertadas oomo preito de amor a Jesus-II6stia e à Virgem bemditn. A Lourdos portuituesa tem ns caractedsticns da sua gloriosa irmiio de Alem-Pyrineus, ofer()('Ondo um encanto particular e aempre ntrnonte, mesmo durante a ostaçiio invernosa. No locnl privileg;iado, que a Rnfoha dos Anjos- san tificou com n. sun. augusta presença, a alma. do peregrino arroubnda num e:dase perene, poln. oontemplnçiio dos mistérios acloraveis que alf f:8 desenrolaram, sente-fle, no silencio e na solidiio do ermo, mnis longe da terra e mais perto de Deus. Dir-so-in que os efluvioe sobrennturais, que perpussrun na atmosfera espiritual da Cova da lrin e se adensnm na capela das a.pariçòes, descem entiio <las o.lLurus, em torrentea misteriosas, mais ubunda.ntes e mais intonaos do que nunca. Siio estes os diaa mais propicios ao recolhimento do espfrito mais pr6prios para. a ornçiio devota e fervorosa. A prece, quo nenhum ruido distrai, snindo do ooraçiio e desprendend<H10 dos labios, no meio da paz tranqui1& que domina no recinto sagra.do, reveste o caracter dum col6quio {ntimo com o divino Prisioneiro do Sncrn.rio ou com a divina Mito e evola-se pnrn. ns altura.a, suo.ve e sereno., oomo o fumo perfumado do incenso a arder sòbro as brasa.a fumegantes dum turibulo. Quantas pessoas ntraidn11 pelo polo magnétiro espiritual de Fatima durante os longos meses do Outono e do Inverno, para la se dirigem em e11pirito, corno tantns veze.'! o fnz, exultando de jubilo, Lucia de Jesus, o. mistica. vidente, do fundo do seu querido convento cln. Oalizn. I E cousa admiravel l Quando reznmos na Covn da Iria, dinnt.e da Imagem da Virgcm ou nos pés clo R ei de Amor, escoll(lido sob os véus eucaristicos na prisao voluntnrin do Tabernaoulo dentro da. Penitencinria dos homens, pnreco que no, rodeio. por todos

I

os ladoa e enche aqueln. estàncin. de milngre umn. multidii.o de almus aincla mais numerosn do que a. dos dius grnndes e inolddaveis dn. Primavera e do Verìio. De dia e de noite, a cada bora e a cada momento, o siloncio que reina cm volta. do trono de Maria é atrnvessndo por m1lbares de mensagens de almns quo omum _e d.i almas que sofrem, mcnsngens que vno ferir o coraçiio maternnl da Virgem <llll:nipotente e misericordiosa. E 9 . pcregrmo iso)ado, de miios postns e. de Jbelhos_ no solo hcmclito daquele adm1ra't'1Yl 1 cnntilnho do Cén, nno-se de alma e corli~o ~ essa s11plic-n rolectiva que, por ser silenc1osa e inRensh•el, nern por is.'!o é feitn com menos piedado, nem repassada de menos unçiio e fervor.

to Sncrific•io, a. multidiio, <tlle µouco a pout·o fora engrossando, atingia a cifra de nlguu!I millrnr~ de pcssoas. Du,ante n miium, rct•itou-se o terço do Rosario e cnnt~rnm~e nlguns ciìnticos apropriaùos. As comunhòe:< fornm em m1mero de alguns milharcs, t<1ndo e~tado drioq qnc-erclotcs tòdn a. rnnnhii a prepnrnr o,i 11cnitcntes parn se nproximorem da nwsa encorf~t.icn, o in· i ndo-o..q cle con ri~siio. 011 cloentes ocupnvnm ponco mais ,le n1t,tndo clo pn,·i lhiio C!JUe lho11 é dC1stinndo. ,\ p6!i o misHn, fezRe n. expoaiçiio do Snntis.,;imo S1tcrHmento e de11-.<10 a hençuo com o r,1st6dia, primeiro n. c-ncln nm dos cloPntes Elm pnrticulnr e em seguicla., depois de <'nnt11do o Tantum eroo, conjuntamente a todos os fiéis. Por fim orp:anizon-f'e dei novo o cortejo

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temente publicado na HnK11U. de Goetb. e do St-hillor. O assunto qne versa sào cemo <> proprio titolo indica, os ncoi:teeiment<,s mornvilho~os que ha do1,0 nnos ae ,·eom dP!IE'nroln udo no ree i nto hi!!t6rieo da C'ova do !rin.E' seu nutor o r!'v.do dr. Lui~ lt'i-;her lente du. Univeriiidndo de Bumborg, nn Baviera, quo no més de ltnio 1iltimo Yt-io expressnmento a Portugal pnra t1"list1r i\s mnnifesta~òes colocti' ' a!.I de l<'é e piedadE> quo se rualizaram no dia treze no locai dns npariç1i111. As 1mprOS!IÒf's 1nolvida11cis quo o H1ibìo e piedoeo snc·or!lote lovou da ~nn visita no locai privile~inclo pPla Rninh1i do Céu e que llJe sintetizou nesta frase !lllitl'«tiYn <1 profundnmento verùadeira. - 11n1ìo hn nndn sòbre n. Ù\rrn quo se pos.'<ll compnrnr c-om eese 01:1pl'<"tnrulo», - siio jn c•onhecidna dos leitore11 do «Voz da. Fatima». O ilustre profE>ssor, nas cento e trinta e duns pnKinns do seu livro, que nbre c-om umn 1>00Rin. em honru dn Snnt.is1;ima Virgom, à quo.I se segue um breve preftlcio, fnz oons-cienc-ioAomente a hi11l6ria dos Hnre-.Hos a&somhrosos de Fiitima, npron1itanrlo elemento~ fornec-idos pela colt•cçiio eia. «Voz da Fatima» e peln obra «As grnndN mnravilhns de Ptitiman, e cfosrreve r.om 11umn justPr.:t o intenso brilho lit.irario oe epis6dios c-omoventes de quo foi testemunha nn noito de doze e no dia trcze de Moio. O livro e..,la divi<lido cm ùoze cap(tulo~ reRpectivamente subordinados às t1t•guintes opigrnfos: 11('oi ncidencins pro,•ideocinisn, «A t·aminho de F:itimn», «Na. l-0vn da Tri,w, «Ao.~ poi; da dinnn Miio», uUm pUl:i.SOÌo n1~ cidndo de Mnria,,, uJunto dos querido,i docntinho~m, «Noilo luminosa11, uMibereor super turtinmn, uSo todos choram ... ,,, «.My11terium ficloin, 1tPl\gu. no teu loito o và1-to ernborn11, ult'ol1z regreG11on. Ap6!.I o ultimo cnpitulo, o livro insore a. letra o n musica, de nlguns c8.ntioo11 o os estu.tut°'"'i do. Confrnrio. do Nossu. Senhora. do RO$nrio do 1"1itima, in11tituida por Sua Excelencin Reverendissima o Senhor D. Jo:;é AJn,.-; Correìa da Silva, iJu!ltre e venerando Dìspo de Leiria. No texto est.ào intercnladna diversa& grantr:.\.<, t'IU pnpol especinl, duma nitidcz e pcrfeiçiio i noxcecliveis, represcntnndo algumn'I dus sc·enns m111s empolitnntes e mnis cotnoYoul.t•s ,lo dia trE"1.e. A c-npa, verdntfoiro mimo de arte, rcprod11z o cspectifrulo in,·ompnriivel dn procis.~iio do adeus, vendO-€-e no primeiro plnno os estnndartc~ cloR pereirinaçoo11, 110 fundo os edificio!! do S:1ntuario e dnminundo todo o c-011junt-0, a Tmngem ;ndio!lo. n oncantadorn do. Virgem do Rosario tr&l18portudn nos hombro,; dos ~ervitns. K n torc·oit.1 <>~tampn u nutor do livro, revesliclo do hntinn e sohrcp<'liz, osta no Indo t!in•ito do snre,rdoto quo 110.iRe din presicliu 1i prodssiio eque caminhn à frante do nnclor. No meio, a um dos brai;os, Ùu andor, YÒ-St• () YUlto dì,,tirito 0 Bl!Dpatico dn i-:rnntle poeta Afonso Lopll6 Vieira, à e,;qnt>rdn do ofici11nte o rov.do Nunee

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13 de Malo de 1929. Ao inidar-se a prociss~o, as asas de Portugal veem saudar tambem a Virgem, quasi roçando a multldlo quo conduziu a brnncn. w1tat,uii eia Virgem do Ro~nrio cla 1·opohL (In~ missns pnrn Pouco antos do meio-din. solar, realizou- a cnpelti dns npnriçòes. R o,; i,eregrinos, se a primuira. procissào, cm quc n lmnQ;em tei1clo-se de~(Htthclo snudo,os_ ila Rnioha do da Vìrgern foi conduzida da capela dns Con o tondo rozado nt1 1Ht1mn>1 prece!! nn npariçòes para a cnpela tlas missas por c-upcln ùn,i apari,;òes, retirnram-se pnra entro nliui compactas de povo. Colocnda a a>1 s~Ul!I _terrns, _lc,·nudo C'OllAi~o. umn rec-o_rdn('no 1mp<'rec1vel dru; horas 1ncompnrasngrndo. estiit.ua sòbre o seu pcdestal ao Indo direito do nltar-mor, principiou a v~is quo lh~ foi . dndo pn,q~r ~-nquele misan. 11olone, depois de recitndo o Credo t 1ocho dn ,;c11 n )'~' o11do do m1!lté1 ios, de pelo clor o e por tòcla a multidiio que r o- gru(·as O clo procligtos. deuvn o pnvilhiio dos cloontos. O tempo, agreste o cbuvoso, obstou a. quo os poregrinos fò968m tio numerosos corno ero igunl dia do ano nnterior. Contudo, preTn) é o titulo, Mihrcmnneiro eloquente cisamente à bora em quo c·omeçou o Snn- e significati\'0 1 dum mnKnffko livro recen-

As cerim6nias religiosas oficiais.

f4tima, a Lourdes Portuguesa

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vnz Ferreira, zeloso pat·ooo do. frò!,;UPsia do S. Pedro do Torres Norns o dcd1cado asijistonte eclusi!istico do grupo de servitns dnquola vila, o por tnb ùèste u elegante e giganlesca~ figura do dr. Carlos Mendes, o boneioérito e im·ans1in1l J>ro\•edor da Misoric6rdin wrrc>jana. • Desto. primoirn odiçiio do livro ((Fatima, a Lourdes portug11csan, quo veio enriqueccr com mais um n11ioso sul.l!i!dio a j6. -rasta bibliografia fntimita, fez-se uma tiragem de dcz mil exomplnres.

f atima ,na Italia 01 alunos do bonemérito Colégio Portuguès em lloml\, fundado pela munif1~ncia de S1u\ Santidaclo o Papa. Leiio XIII, de sauclosn memoria, grnçns à dedica.da e, generosa co~juvnçiio do falecido Visconcle de S. Joiio cla Pesqueira, e bojo dirigiclo pelo ilustraclo,. piodoso o activo Monsenhor Porffrio Mondes da Silva. Cor-

DA FAT I MA

festa la se ospnlhou por loda a pal'te, a-pesar-tic so i:,o t<>r · .t , um pro"rama., que fo1 a.fixallo 1~ um da., 1,ortns da Catedral. A1:1 ~eis o 1,e to born, dn manhil missn.s rezadas, t'I c:omunL,ì o g ,•ru I ì1 miA, a das sete, quu foi <·c.-lohr:id:• 1·cl J 1{,,v.•~ Sr. P.e Foll!lecn. Al,~m cl 08 uh-un~, clos rrt•.idos o dnR relii:i osus quc c•, t iio <:•mosco, comungararn nmas qu in;r.o> no,:,,.01 ~ dc f6ra, - o que ropnisentu mui I flll'' O de Orto, onde u. instruç.~o , ,., " quasi nula. Foi com grando pr , , quo vimos p.proximar-iso nesso dia do confessionnrio e dn mesa Eocarfstica a. uma velhota, nossa vizinha, que niio punha os p6s na igreja ba urna porçii-0 de anos. Urna graça de N. Senhorn. de Fatima.? AsRim o cremos. Durante a missa. e à comunhio cantarnm-se alguns ,·orsos cm bonra do S.S. Sacramento e do Nossa Senbora. Ci. o nosao bom «Pedro» teve n amabilidnde de nos fazer urna tra.du..,ii.o ou adaptn,..ii.o clos versos do ' '

;:t:~!fa

~:~i:;a;;:i': s~~~'!:~nhir ('Ti~~ode s~fb~ldi~

r;:~n~ù;~:~I q~~r;6t1~~iri pnt1saram ns férnis grnncl<'s do 1'iltimo ano mou amigo farit circulnr. A-pesllr-cle serom lectivo na cidado episcopo! cle Orte, que f · , fica sitnnda a poucas léguns de Roma., em eitos uro pouco u. perssa, creio q_ue niio envergonbam o autor. pieno roraçiio d.'I. Umbrin. Nao quizeram Às nove horns houve missa cantnda. O esso!! nossos estimavei!I compatriotns, q11e celebrante foi O Sr. Vico-Reitor. Serviu tanto se nssinnlnm pela. sua acrisolnda doa voçiio a Nossa Sonbora do Rosario de F6.- do di cono o Rov.clo P. Sobastiiio, do Portima <' que tnnlo teem trnbalhado cm prol to; e do sub-diacono o nosso cnro Venandft difusiio do seu culto na patria clo Dan- cio, que nesse dia exerceu a ordem pela primeira vez. te o do Miguol Angelo, dei:xnr pnasar o dia treze do Ontubro findo sem fazerem, Tanto a missa cantada, corno a da cona. medida das suns po~scs, urna rondia;na. munidade pela manha, foi a da Senhoro. comemornçiio do duodécimo aniversario do Rosario (tal qual corno em Fatima), da scxta O ultima apnriçii.o do Nossa Se- pnrn o que obtivemos lioença da Congrenhora do Rosario ao.q inocentes pastori- gnçiio. nhos de Aljustrel. Dessn festa, tiio singeln Às quatro horas da tarde - Vésperas corno C'ncantadora, a quo imprimiu parti- solenes (as de Nossa Senhora tnmbém). culnr realce a palnvrn choia cle sciencia o Depois pratica pelo Sr. P.e FonS<.>ca, quo do unçio do zelozissimo director espiri- desC'roveu em breves trnços as apnriçoes !le F1itirnn, explicnndo tnmhém M rnzòes tual, rev.do Luf!I Gonznga da Fonscca, S. da f08t.11, e terminou recomendn.ndo a-0s J., o que foi visivelmente coro:Hlii peln11 . bençiios clo Céu, da~nos urna justa ideia ounntes a recitaçiio do tcrço, nduzindo o trooho dumo. carta do distinto nluno do varias rav.iies, qu~ temos, para o reznr com fervor todos os dina. Colégio, Jonquim Carreira1 pnru. o dirop d ctor e!!piritual do Seminario Epi1;copal de assa os tres ou quntro dins, dizia-me Leirin, rev.clo .Arnaldo do Magnlhiios, que urna mulberzinhn que ora cnpaz de me reobseq11im1n.monte permitiu 1i sun rcprodu- petir toda aquelo. pratica I. .. O que mostra çiio nas t'Olunas da ((Voz da. FaUma». Es- que a ti.nha ouv.ido com atençio. Depois ae tre<:ho, que denuncia uma pena transJ!rati~a rezou~, 0 . terço e. deu-i>e a bordante de mociclade o de imagrnnçii-01 é enç~o com O SantiSSimo termrnan~o. ll d teo te funçao com o canto doe ver,;os de Fatima. o • r ~egum : . _ em italiano. · «Nuo JUlgue, S1. P.e Magnlhncs, que o 1 n· t 'b · ·- • din trezo de Outubro foi um dia de festa is r i uimos nassa ocnsrno cerca cl~ ?em estrunpns de Nossa. Senhora de i;atuna 116 pnrn. Portngnl ou 80 para. os portugueses; tumbem n6s participlimos c fizemos (daquelns que .trnzem a novena). ~ pena. pn.rticipnr os outt"Os, quanto pudémos, das que tudo a.qUJ!o fosse em portuguos. Em 11.legriM da no~,a. patria. C'a fizemos, pois, todo o caso, 1!110 se _Perderli tudo, porque urna festinhn nn nossa. capcla da Senhora aQ meuos la hao-de ficn.: com .a, le_mbran_ça. dns Grnçns, em Orto, com.. moranclo assiro Umn festa, corno ve, m~1t1ss1mo simo d6dmo segundo nnivorsurio da ult.imn ples, mns. que decorreu mu1to bem e q~ò apariçi~o de Nos.~a Sonhor:i em Fatima. O nos fez viver uns mornon.tos dnquelo dia Vigario Gera!, niio so nos deu liconça de no. abençoada Cova da l~1a. E, para quo fazer n. festii, mns até nos aconsolhou a nada fnltasse, até bouve 1anta.r de festa I» arranjnr uns programas e afixa.-los oa cidado para chamar o povo. A notlcia dn. Visconde de M ontelo

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AS CURAS DE FATIMA La:twincla das D6res Oli ueira, de Setubal, no sou relatorio de 13 de outubro do corrente ano, diz: «Prornotendo à Santissima Virgem do Rosa.rio de Fatima a pnhlicaçiio duma graça obt.ida por sua intercessao, rogo a caridade de a. mosma ter acolbimento na Voz da Fatima: Sofrondo ha 7 o.nos, conforme atestado médiro, de urna intercolite rebelde,' com perturbaç6ee renais e qnc me impossibiUtava por completo de tro.balhar e de diierir qun.lquer rofeiçiiq, motivo que me levou a um grande estndo de fraquoza, encontrnva-me ja coll!pletnmente desanimada. e com a certeza da incurabilidnde da mesmn. Era grande o a.batimento f!sico o dia a dia maior o definhnmento quo oria;inava apreem;oos o meu estado e considero.ram-me urna tnberculosa em a;rande proa;ree10, e •.1opois aiuda o pé~simo funcionamento dos rins e todos os demais orgiios de quo depenrlo u. vida Immani\. A sci6nda médica rocorri dosde o sou inlcio, o todos os t.ratamentos me fora.m aplicad~ sem resultados alguns, e guan· do previa. que o fim de~ta rida niio tardaria a c•hegar , e j a dosonganada mesmo pelo11 pr6prios médicos, lembrei-me que a unica salvnçao seria a sciencia. do céu e recorri ent..~o, cheia de fé sincera e com &11perança de melhores dias à Virgem Sa.ntfS8im11 de Fitima., mao de clemencia e i.noore. dos enformos. lniciei entio urna novena quo era fei-

que n Virgem Santiss ima. me l'Oncedeu, oii.o ton<lo pal.wrns que prossarn trnduzir u 111i11l111 gratidiio. Adoec;i b,i qual ro unos com nma tlòr na perna dtreita o sete meses dopois urna artrite bacilosa me prosirou , obrigando-me, durante tres nnos e meio, a conservar-me de cama, ij('mpre de co:stas do clia o do noite, so me sentando com o au~ilio de outrnM pessoa.~. ~ impossivol descrever o meu mortirio durn.nte esse tempo, niio tendo outr:is posiçòos em tantns longns uoit.e.s e rlias com1ecutivos. O pé e a perna nio tmham mobÌ'Jidade e estivorarn com um apnrelho de gesl:IO durante seis mèses o em snspensiio continua um ano e oito dins. O restante tempo sempre com urna goteira e tòdas as vezes que 0l'a preciso nlgum tra.tamento, retira,. do aquole apa.r• lho o pé lombavp. sem ncçiio alguma. Sujeitei-me .. tratamento tres rneses em Pa.rede e sete mèses em Lisboa aos cuidados do Ex.mo Sr. Dr. Carlos Carvalho Dias e ultimamente aos do Ex.mo Sr. Dr. Francisco Fagulha desta loco.lidade; que com todo o interes.~ e disvelos exgotaram todos os meios da sciencia do sou alcanco. O meu estado de fra~ queza, cada vez maior, inspirava cuidados e os pulmiies começnvam a ressentir· -se. Perdidas ns esp.rançll.i por completo na. moclicina, ncalontava-mo s6 a esperança da Fatima. Mas éste deséjo representava pnra mim o impossivel, um sonho, por clificuldades materiais e de transportes dificeis para o meu estado cle snudo. Até qne em 13 de Agosto p. p. um grupo de pessoa-s ami1 aa diapos tudo pare. que eu fòsse a Fatima, tendo feito antes urna. Novena a Nossa Senbora. Na manhà desse dia. 13, com muitns dificuldades o imensas dòres, fui colocada a braço.~ num automovel quo me transportou a Fatima, sofrendo b11stante-s dòres pelo caminbo. No pavilhiio <los doentes, onde n-s sorvitas me nssistiram com todos os c{lrinhos, fui acometi<la de um grande mau estnr com enormes dòres, mas quando saf do Hospital ,para o carro o no trajccto para minhn casa notei oom alegria que as dòres tinbam desnpar"°irio... até boje. A meu pediclo, como sntin a perna aliviada ~ na primeira noito tiv0888 ja descansado de laclo, com o que me julguei bastante foliz, o rnédico tirou o apnrelho très dias depois, ficando dovera-s surpreendido com ns melhoras. Sete dina depois comecei a. andar com muletns e hoje dosloco-me com reln.tiva facilidade, fnzendo serviços o arranjos em casa, que pensei nuncn mais ter es_~a felicidade. Repeti a minha visita. a Fatima em 18 de Outubro corrente em acçii-0 do ~ra.çns, e ja hoje assento o pé no chiio e firmo-me nele fazendo pouca firmez11, nas l'll:u letas. Tenho fé quo num futuro pr6x1mo venbe. a pr88Cindir delas. Com efeito1 o meu jubilo é imeneo por tao grande milagre operado por intermedio de Nossa Senhorn. Milhares de lou-rore.s • gr11-çaa pois, n Virgem SantfMima..n

Ptose viaceral

P.• Domlngoa José dos Re ls, de Valega (Ovar), em cart• de 14 de novembro informa o seguinte: · · ' «Àlém do.a peM?M cu~adas, e out;as, que sentem coru11dera.Te1s melb011aa de ta cm comum, com outras Pll680M quo seus sofrimento.!i, por ocuiao da pere1riacompnnhavam a minha doençn. e me au- nnçiio . de A~osto pr6rimo pMSado, peço xiliavnm, tornando também a bemdita que se1a rea;1stadn. e publicada ma.ia uma agua de Fatima e comocei notando una Maria de Matos, corno consta do a.teata~ alivios, embora diminutos. do junto. Abandonei os medicamentos para. s6 me Louvoros :t Maria. I preocupar com a. minha miie do céu, e De V. Re-r.• ete ... n mantenclo o ruesmo eepirito de COJ1fian9a, tornei a fazer segun da novena e vi ente.o ATESTADO que os alivios mais se acentu avam. Para <<~nto!l'io ck Abreu Freire, miài,o pela o restabelecimento completo, propuz enU ni1iera,dode ck Ooimbra e /<&etlltali110 tiio -visitar o lugnr sagrado, onde a Virmu,n,icipa.l do Oo,icelho ù Estarreia. gem apnreceu o.os humildos P_!.lstorinbos e -Derlar, qut Albina de Matns, solteirogar-lbo o qne os homens niio pocleriam ra, lammàora, de 38 anos de idade·, natudar e quo é a. sa.ude, agradecendo-lhe tamral ria Rua N 01ia de A 11anca, concelh.o ck bém o que ja tivera feito em ineu benefi- E.,tarreja, 30/ria duma ptose visceral gecio. neralisada que ha alguns anos a fazia O que se operon entiio em mim é indis- 1xusar 1Mna vida de martirio. Ha um anc critfvel e so Deus e a Virgm o sabem. porém, a esta parte, os seus padecim.en~ .As forças voltare.m, o f!sioo transformou- tos agra11aram-se a ponto de nao pockr en-se o pr6prio médico quo me tra.tara acba- treo<l'f'-,,e 4a &!U4I ocupoçoe, habit-uais e ra tào extraordinaria a melhoria. que disse por isso decidiu-se, a meu cONelho, a /aque s6 um milagre a teria operado. E a.~- zer o e:rame radiologico do apartlho cUsim foi. Nossa Senhora tinha operado oesti110, o que con/irmo-u. plenamente o mais um milagre e para ser oonhecido por diagnostico. Oomer,ou deacù entao a u,ar todos os coraçiies que a nmnm, recorri a mna cinta ela,tica ~'114<1<1., que modieste jornnl onde se registnm tantn.s e tao /ic{)'U, o 8eu e1tado p&r• melhcw, e dengrandcs benemerencina que esto. boa ma.e tro em pouco ndo podia andar um ela. dispensa. i\ humanidade sofredora». Em 13 de aoosto u ltim o Joi a Fatima aonde a,3i.atiu a todas as cerimonia, reArtrite bacilosa ligioMlJ, e, coi,a ,ing,ùa.r, ;a a{ ae senMaria da Pledade Stiva RIJo, em carta tiu mais ali'lliada, teMO ne, "1as ,r.,uindo Paialvo ero 29 de Sotembr o, diz: tea posto a cit1ta definiti'llamente cle laCboia do maior contentamento e da do por a n&> poàer i,upor tar, nao to-rmais fntimn. satisfnçiio venho por éste nando a poder uad-la ckMk eua dato. meio tornar publica. urna. grande i]'&ça ..iconulhe.-& a qtie I ' - fotn' sovo • • -

me radiologico, em face da transformaç,ìo operada, pois tinha cmpenho em compr, m r tis duas , c,diografills, mas a ex-doc11 I e reru.iou-se et Jaz é-lo dizendo que se sen tia b, m , que est1rnu cu.rada e ndo se sentia disposta a oastar mais di nheiro. O que f ica cxposto e a pedido da rcferida Albina de Matos , é a ercpreu ao da 11erdade, o que afirmo sob a m inha palavra dt 1,onra. A1ia11 ca, 9 de novembro de 1929. (a) Antonio de Abreu Freire,,.

Alucinaçoes psico-motoras Clementina Pinte da Stiva, de Chave de Arouca, om cu1·ta de 21 de n"osto ultimo, diz o segniutc, que é confirmado com a assinatura do Rev. P4roco, Joa.quim de Pinho Drnndiio: uPermita-me V." Ex.• que nessa folha registaclora de tantns grnçaa da VirgeO:: aos dovot.os que A invocam por intermédio do Santuario de F1Hima, eu manifee· te o meu acto de agradocimento pclas sensi veis molboras quo alcnncei ao rc11;ressar desse Santuario, cm 13 de Maio de 1928, pois paru la me d.irigi na ansi,\ do suplicar aliv10s que n mcdiciua me niio dava. Desc rever o quo foi 11 minha enfermidnclo niio osta no me u animo, simplosmente direi que sofria de freqiiont-0s ins6nina e :tlucin1Lçòes psiéo-motoras, vivendo tiio martirisada que tive a desditosn ideia do s uicidio I Depoii1 de tanto sofrer, volvi confiante os meus olhos para a Virgem, a Sutua InJirmorum, que milhares do portua:ueses veneram om Fatima e no còro clos supli<'antes junt.ei n minha pobre ornçiio, destinando o dia 13 de Moio de 1028 para. a minha visita a-0 Santuario do ]' 6.tima. Felizmente consegui o meu desidera,. tu1n aos pés da Virgem ajoelhei, implorando alivios para tiio torturante enfermidado. Fatima foi o meu melbor Santuario, pois a-0 r!è'gressar ao lnr de meus pais pude experimontar tiio sensivois melhorns que, sem ncusar aquela. clepressao menta! e fisica, reconheci os efeitos duma grande grnça quo a misoric6rdia divina mo havia concedido por intorcessii.o dn 88. Virgem. Por isso no dover dumn piedosn ncçao de graças juntei o resoluçiio de registar neste jornalzinho o reconbocime nto da minha alma que jàmais podera esquocer tiio preciosa graça.n

Dor intestinal Maria Augusta Ferrelra, do Porto (Rua da Constituiçlio n. 0 112) relata o seguinte, em C'nrta de 10 de J unilo : uParn honra o gl6ria de Nossa Senhora do Ros,trio da FatimR,, dcsejo tornar conhecida uma graça quo Nossa Sonhora me concedeu para o que p~ a V. R ev.ma a puhliquo neste jornalzinho. Nossn. Senhora livrou-me duma grande clor que tinhn 110 intestino, da qual sofria. ha 7 anos, aconselhondo-me os médicos a urna opernçiio. A 13 cle Agosto do ano pnssado fui a. Fatimfl, e o.os pés cle Nos.~n. Senhora pedi com tòda n dovoçiio para me tirar este sofrimento. Regressei sem resultndo, maa nem porisso perdi a fé, continuai n orar e podir e em Novembro do m6smo ano prometi a Nossa Senhorn do Rosario da Fatima. que se me concedesse a graça de me melhorar andario. cle portn em porta a pedir urna esmola para. ir In agradocer-lhe. Fui atendida e desde entiio acho-me cu,. rada. E' da nlmn o do coraçiio que vou no pr6ximo dia 13 de ,Tulho agradecer a Nosso SenJJOr e 6. Nossa Miie do Céu.»

Um aleijlo Joaqulm Pouzadas e Catarina Morais, de Alter do Chiio, om carta de 9 de Agosto diz qne tendo urna filha clo 3 nnos com urna perna aleijada, tendo consulte.do muitos médicos, sem obter melhorag, e tendo aU ido a Coimbra para ser operarla, niio tendo os médicos qnerido fnzer-lbe n operaçao : tendo muita f~ em Nossa. Senhorn. do Rosario de Fatima, principiou a lavar a pernn nleijada com agun de Nossa Senhora de Fatima, e a pòr-lhe panos molha.dos na mesm11. tigna. Logo no ontro dia a. cria.nçn principiou a nndo.r. Ofereoe o fio douro da sua filhinha a N0&Ra Senhora, em cumprimento do voto que fez, e em acçio de graça.<1 por este grande milagro.

Urticaria Lutza Rlcoca, cle Ilhavo, de idade de 60 nnos, sofrendo ha 8 anos de url.icnria. e tendo ronsultado v:irios médicos, nlguns e11pecialistns, sem r86ultado, recorreu a NOSSQ Senhora. do Rosario de Fatima, obtendo inesperadamente a sua cura. Vero reconhecida, agradecer.


V07 DA FATIMA .t:111 ma10 de 1\):./8 aepo1s oc ter rciLo a suti poregrinaçào, tendo ja osquecido a sua doença urna ~ua filha ainda admirada clrnmou n :sua a tençiio para o facto. Acom;ollrnda pelo Dr. Luis Viei:;as tcria Ttllvez muitos dos nossos loitores nito de internar-t1e no Jiospital para um tmta- tonlrnm aiucla. ouvido falar de 'l'erosa Neumento ei!pedal so N. S. de F1{tima niio 111u1u1, nquelo. ra.pariga qu<', como S. Jtrnnlhe conccdei;i;e a grnça. ci:sco do Assi11, tem nas miio:s, IIOll pés, no Indo, as chagns da Paixiio como se eia. tiP .e Caetn no .Bernardo do Sousn, Paro- vosse sido crucificada, mns, àlém disso, vè-a, ouvo o que se diz, sabe o que pensa co dc Fajìizinha - Flores - .A.çoros Concolho do Lages das .l!'lores (27 de Mo.io cada. um:i das pessoas quo nssistiu à Paixiio de N06So Sonhor . .Mais do que isso: do 1029) esc1·e,·e: sente-a, sofre c:omo se citi mcsma. ostivosee «G16ria, honra e louvor sojam dados pan oxperimcntnr todos aqucles transes dora todo o sempre à cxceba Rainlrn do lorosos. Céu, Nossa Senhora. do Rosiirio de .!!'a.ti:Fez 31 nuus em abril o é nat-urnl de maE.• osta. a pa'li"da e xpressao - que me aco- KonnersrouLh, nn Baviera, 011110 vivo de a0s Jabiol!, a.o ser testemunha do uro com seus pais. E' umo. rnpa1:_iga simples, retrafcla, .Mlm pretonsoos, tondo vivido facto mirncuJoso opcrado por Nossa. Se- entreguo aos trabnlhos do campo. nhora por meio eia agua da fonte bomChamam-lhe por lii a 1'ere.,inlta e na dita de Fatima. n)rclade eia Ei bem dovotii de outra TeroH:i nesia l'règuesia urna donzola de 18 sinha, 11 santa 'l'erosinha do 1\foniuo Jeanos de idade, por nome Maria do Céu sus, eujn protec\·ào tem scnUùo muit:.is Avelar l\iendonça, filha de José Jaci11to rnzes. de Avolnr e de Mnria do Céu l\Iendonçn, Ha nnos que niio come nom bebe, e que foi a. miraculacla.. apesar <lisso, i;e diminue de peso nas sexDesde o mès de Setembro do ano passa- tas foiras, volta dopois no seu estado nordo (1928) qu~ Rofria. de urna portinaz mal. doença quo a retinha no !cito. Em maio tivemos a satisfnçiio de ver Ja tinha consultado a. medicina. que em l'm Fatima o seu compa.lriota Dr. Lufs n~da lbe _debelayn a crnel docnça quo a Fischer, quo por vitrins vezos n visitou e mmava dia. a cha, pois niio comfa quasi nssistiu aos s<'us extases. nada, e por ,ozes sofria c6Jicas violentisJa. depois disso este,,e com <1la o Rev. simas. P.e Mntos Soares (o outro Rev.do Snc<'l'E' minhn paroquil\na, e ~nhecia be~ o dote) clo Porto. Eis aqui alguma coisn do estado dela, o que po:iw af1r~~l' com JU- 9ue a oste respeito tem escrito nas Noramenle, so tanto fòr nccessar10. ·uiclades · Po_r um_ feliz a<'oDtecimento, chegar!l_!ll- ' · «Do meio dia à 1 hora Teresa Nerunann )ho as mno:s a)guns ntimeros dn Voz da Fatima, e tal esporunça. na. SS.ma Viriem vii tudo o quo se pa8sou no Calvario, doode se apoderou dela, que podiu ao !Jlli para quo- o Salvador la chegou até quo morreu ver se en~on_trava algumn gota de ngua. pregndo na Cruz. Durante tiida esln bora, santa de I• iit1ma que operaria. a sua cura. a osi.igrnntizada permanece numa. pos1çii.o Parn. osto fim, o pai cheio de fé :foi a quo nenhuma pesson. poderia normalmente urna o~tra frèguesia, onde sabin quo af- 11uportar. guém trnha da dita i,gun. Esln. é n parte do oxtnse mais impresCom dificuldado o pni da miraculada sionaDto, é aquela <'m quo Teresn maiR soarranjou uma pec1ucna porçao da agua. de fre. Entramos, pouoos minutos depois do N. S. dn Jrntima, na sexta. foi r1t do Pen- moio dia. A comoçiio ai>0dera-se de todos, tecostos deste ano (1929) mas que a dita parante o espectaculo quo se deselll'ola don~e!n niio quis lomnr sem p1·èviamente aos nossos olhos. sant1f1car a tma alma angélica oom O saO sangue tinha alastrado mais pelo rOllcramento da cgnfissiio, para o quo fui cba- to, ns manchas vonnelho·oscurns do lonço made. o dn <'arnisa tinham aumenta.do ern numeAnimei-a ì, confiança na Miio do Céu, ro o em superficie, os olhos qUtisi deimpuaconselhando-a a. fazer urna novena ù. Vir- i-ociam sob cluas vercladoiirns pnstas dt> gem Santissima. sangue. E' peni~ niio terom aind:i permitiNo b1tbndo do Pentecostes ola sontiu do tirar·lhe urna. fotografia neste estndo, urna grnndo c-6lic-a, talvez corno ntmca ti- pnrn os leitores f:17,erem uma pequt•ito. nha sontido desde que ostava doente. icleia da realiclnde. Domingo de Pentecostes logo de mnQua.odo chegnmos, Teresa conte(l'lplava. nhii. levant-0u-se dn cama' exclamando _ horrorizada a. crueldade com quo os soldaestou ourada I ùos tirnvam os vestidos n Jes.us. Em soE realmente esta curacla. l(llida viu esumde-lo siibre a Cruz, o pcgar Antes niio podio. suster-se de pé se- nos cravos para O prego.rom. Nosta O<'aniio a.mparadn. a cluns pessoos 8 fovnntou- siiio pouoos assistentes puderam conter ns so ncs.~o cl!a s6, andando pe:foìtamcnte e liigrimas. todos os dina vai ìì. igreja paroquigl recoA cada pnncada quo eln vin dar séibro ber a Santa C<>lll.unhiio. os cravos, contra.fa as miios ou os pés, seJa co~e oom apatite, 0 qne niio tinha gundo o lugnr tJru quo os cra,·os ornm preaté entao e andn com tal ngilidade que gados. Estas contrncçòos eram v.cou1vnassombra todas as possoas que observaram nhncln!! dum t10frimento tiio intenso o i;oa sua doençn, e com enorme alegria diz rc:>no, que, espontiì.nearnent.:,, nos vinhn Ìl que nunca se scnti u tilo robusta corno lembrança o quo o Evat1golho diz séibro n agora. resignnçii.o de Jesus no alto do Calva rio. Em sinal do seu reconbecimento n N. P ouco depois, TElresn começou a seguir Senhora do Fatimu, envin. 40$ 00 quo vio com os olhos algum1i roisa. que se ia JevpnjuDto ,t este pedindo a 17oz da Fatima e tnndo. - Assist.e, oxplicou o P.e Nabor, também eu mando 20~00 para a Voz da no levantar da Cruz. Fatima quo desejo receber. Oaqui por diante olha para 11111 lado o Jun~ envio as direcçoes. para. o outro, segundo ve fnzer no Salvn.Di':10Jo quo V ... foça pnblicar este mila- dor. ~rimeiro volta-se para a. esquercla, gre n. a. Voz _da Fdtiin.a, para. gl6rie. da nn a.ti tude do quo111 o uve, c-om ndmiraçào, 9 t V alguém a falar. ERtava ouvinqo as prian. issima 1r_gem quo aqui nesta peque- moiras palavras que Cristo pronunriou liOna 1lhn. no mo10 do oceano e a mais ocidouinl do te~rit6rio t>ortui:;~es, n iio e1,que- llre a Cruz, tendo o rosto voltndo para n ce os Seus f1lhos que nEla confiam». sua diroitn., I~ ronteruplar o povo que o ultrajava: Pai, perdoai-lltes, nao so.bem o

Teresa Neumann

------------o poder do Rosario

Daniel O' Connel, o Libertndor da Irlanda, era tiio devoto dn Santfssima. Virgem,_ que em ~ertn ocasiào em quo ia pronunciar um d1sc11rNo referente à admiS.li.ii.O dos lrlnndozef! no Parlu mento Britan ico fez um entusi:fatico clo11;io eia Miie de Deus em presençn do 100.000 ouvinteti ~ t6licos o protestantcs, qu<1 o oscut;vam com respeitosa ntençiio. D epois, quando se discutia nn. Camn.ra a sua proposiçiio pelos mais eloqiien tes oradores, naqueles solenes momentos em que se tratnva da liberdnde da Irlanda, O'Connc:>l sentado a uro canto reza.vn o Rositrio cm bonra dAquela que ha.via Tencido t6das as hercsias e que naquela oca.siiio ouviu ns suas suplicaa, conseiuindo que os irlandezes fos.sem admitidoa no Parla.mento.

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direito do S1il\'ador, na nLitudo de qucm queria ver n impr11ssao ni:radli,,·el que clas doviam c·nusar na,quelo criminoso arrcpendido. l)epo1s dislo, Teresa m,~istiu à scena tocunte que so deu ontre ,Josus, 1rna Mile o S. Joào. Jùmuis eM1uecere1 o qunnto me impressionou a t>xpres.5iio do seu rosi.o em,angiil.'ntado, no contemplar c>sta pas· saµ;em tilo comovedo~n dt1 Paixùo. Levaut()u um pouco os olhos e n!'! mùo:s, e ficou surenu n. ouvir. O P.e Nabc>r ex.plica: Ebl:i 011,·indo ns palavras dirigiclas por Jesus n sua l\fùe: Ei.~ ai o teu. filhCJ. A gora, t'onLi t1uou elt>, vni olhar pnra !fori a SnnUsaima. E olhou, manifcst!lndo, dum modo in<lescritfrel, n maior tornum e compuixiio pela l\iiio de J)cus. Pas,;aclos momeutos, dirige o olbnr para um pouco mnis longe. - Estn olhnndo, ùiz o P.e Naber, purn S. Joùo, e ouvinclo mi paluYras do Salvador: Eis u( a tua mlÌP.

1<:m sc>guida 1,eguo c-om o ulhar alguém quo 60 aproximn. ]<]' S. Joiio, qne vai p:1rn junto de Maria Snnt(s,iima, depois de Jesus !ha ter confiado. O mesmo Ap6i1tolo o disse no seu Evaugelho: E de1;de aqu~l:1 hora o discfpulo tomou-a ronsigo. E' a. pr6pria Teresa Nenmann que descre,·e ao P.e Nabor (' outros, t>om todos tos pormenorcs, o que ve e ouve durante os extnses. Acab:lvnmos de assistir à parte mais impresgionante dos acontecimentos <le Konnen,routb. O PAroco, oom téìdu. a am11bilida.de, podiu aos pr~ntc.~ q11e dessem a vez ao ultimo grupo. Ah<lim o fizomos. ,\o snir a porta. do quarto, ninda lancoi um ultimo olhar para nquele quadro <le sangue, que tanto 1\0 vivo me tinha feilo vor o que Josus sofrou por n6s,,. Nào é caso uni<'o nn hist6rin. da Igreja. de que citaromo,;, e-omo mais conhecidos Cntarina Emc-rik e Santa Lydwina. ' Relativamente a um c·aso tamMm de n1,tora, rocortamos da Unilio, do Rio de ,Janeiro, de 3 de outubro tHtimo, o seguinte: «A Madre Superiora (do Instituto d1t~ Mi~sioonrias do Jt111us Orucificudo, de ('nmpinns) mostrou-nos entàot nbrind<J o embrulho, cli\'or,,os lenços maculàdos pelo sangue ,·ertido peln estigmatizada (Irmii Amiilin) nos momcntos de ednses, Vimos DOs panos v1irias impressoes deixndas pelo imngue. Bmn visfvel e nìtidnmMte esttt dt'senlrnda <'m um cliìles n c-oron de espiDhos, cm outros os crn.vos, a cruz e placas do sangue. Disse-nos mais a Mndro Vitae que, em um dos oxtases, por ocasiilo de um dia em quo 88 comemornvn a paixiio- dÒ N. Sonhor, Soror Am1Hia, tendo derrnmado Jligrima'l do c-ompaixào li. vista dos sofrinwntos cle Jcsm.1 Cruc ificado, ossas deixaram impresso no cruc-ifixo sobro o qunl c·hornvn a irmii., o dcsenho do mapa do Rrnsil. A irmii. que s6 tem os estudos da escola prinuiria, nos extnses dita proposiçèics ndmirnvoia de teologia e do amor ardente a ,Tcsns Crucifi<'ndo. I<;m todns as apariçòes o Senbor, cbeio clo tri~teza, se lnmcntn. do abandono (IJn quo n ing-ratidiio dos homens, seus f-ilhos o doixam. uTenho sede de almasu - repeto amiuclndamonte amargnrndo. Despodimo-nos do Instituto gratas polo acolbimento a n6s ùispensaùo. De nossns visi 1-as trouxcmos doces recordnçocsu.

es-

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Distancia . . . Infinita

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«Niio ha distii.ncin. compnravel à que C'xiste entre 11ma mu lber piedosa, quo do jol'lhos cm terra e miios junt.1s dennte qne fazem. Dovo notar-se qt10 Teresa ve ,Jcsus vol- do poito e os olhos amorosamente postos tarlo pnra eia, e por isso o lodo direito no c-éu, ressa humilde o confiadn mna de ~m corrospondo ao esquerdo do outro, fervorosa ornçiio, e nm homem que esta de pé a seu fodo, q11e e:itupidamente a o VICC-'V0rsn. P onco depois, a vidente a·gita a miio contempla e compa~sivo se sorrir do que esquorda num gesto indignado, ao ouvir ele duima fnnatismo. .Aqneles coraçò<':1 as bla:-fémiai; do mau la.driio. Repote o distam como o céu o a terra, corno o amor mesmo p;esto, olbando para bnixo, e abn- o 6dio. A vidu lem para cl(•s porspecth•ns ll(tndo um P?UCO a rabeça, corno que a pe- contrarias : a proRporidade por ele tiio d1r encar ec1damonte quo niio procednm clesc-jacln. J)OÌH CJUO <'0ffi o scu hem Ol:IL!lr de tal modo. Ne.-.to mom<'nto via .o povo estimuln. o seu orµ;ulho vaidade e egois1110, a vo eln com tem'or corno pequena a escarnecer e a nltrajar J 0811s. Em seguida o seu rosto adquire nm sntisfaçiio e go11to, roncediclo a quom ustom rio serenidade, oomo he a lguma coiirn ta condonado à morte. A dE'sgraça que p:, ra. ele s6 trnz diìres, mol6stins e penaa, de oonsolaclor se estivesse pa1111ando. Tc>resn, disse o P.e Ne.ber, as1:1iete neste quo ela blasfomnndo com desElsporaçìi<l momet1to ao dialogo entra Jesus e o bom maldiz, Lraz para eln Deus entre ns snns l1tdriio. pregas, e o bemdiz n.~ torturo o humilOs seus olhos volt1tm-ee ora. {la.re. um d('mento o adora.. ora para outro, niio querendo perder no.Que bit de comum entro fl6ts.lij duas aldii .daq nela scena co'!:wladora, pauadn · no m11a P me10 do tantas tortura.e. E, quando ouE ' ndmirav('} oomo é diforente n villio viu ae pala.vra.,: H-,e mumo utarat da vidn ronforme so vè com olh9s cren11iioq no pa1'ai«o, Toltoa.... pa.ra o la.do tee ou nio crentes.

ro-

Num passeio ao campo Boa tarde, miul a scriho1·,1. \rlcuil Sr.• E t,c,r. ,\ Sr.a voi ,1111 o &•u 1rnssPÌO do co,.tulllt', niìo (,. , crd mle? _Y~,u, cirn, Si-.• l~swr, p:ira n!l' i;e volto a li undo. ò 11, 1 I, , 1òuica .lor tlo cabeça. -Do,·1, tni- 111to andar sempre mo.I da cnbt·\:i q1rn o ,1 ul'e1'ulum11nto do oorpo todu.u Cust.n bastante, é cerio. . Jli_tom ido n lt'atima tantas vews e TeJo-a 1r para a l\fissn mesmo de bemana e No~sa Sonhorn, que tuntos milngr,;.s ~ foi lo, niio n <'ura? I Xiio se ndmirn que a Virg,•m do Flitimt. 1110 nii.o atendn o. mirn, que bo me confessai u com~nguei mmi vt•;,: un dda - quando .-ra crinnçn - e nunC'n vou à igrc:>ja senio qunn~o se casa J:.i alguém da minha rua, para 11· 1·N· o ac•ompnnbomento. !llas a Sr.• y outrn!l qut, und:}ru sempre nwtidas n,as 1gr~jas cle,·inm ser ouridas, ncho eu cu na mmha. - Sem querer mostrar que me tonho em oonta de boa ~osso Set1hor é qne IG nos cornçòes e sobe quem é melhor S('mpre l he clirc:>i qne ncho urna. certa 16-gil'a no seu modo de discorrer, visto quo niio tem sena.o urna. leve sombra de edu· cnçiio religio!<n., recebida h:t muit-0s nnos I A_s pcssoas cren~s,_por indole, por educaçao e por conv1cçao pensam ù 0 modo bem diferente I Tunl10 tanta fé, corno se milagree tiveeso ak·ançndo dn. Virg<'ln do 1":itima quo 6 a de Lourdes e de todos os titulos, como sabe, porque a l\Iiie cle Deus é urna 86. Sei qne Nossti Senhorn veio apareoer em Fatima, mais para curar as :ùmas do que os corpo~, e i,or isso uem i,equer me admiro so eia cura mosmo os ateus e nii.o dcspacha os pedidos dos crontes. O quo Eia quere é convert.er o,-i inoréclulos, mover os corn<'Ò(!s dos indiferenlies <' aforvorn r os tfhios. A ddn ,.ii.o dois clins o toclos temo,;; de tor urna. nuz porque sem cruz ninguém so santifi ca. So Jesns Crist,o sofreu mnis do qne ning!1ém, sem t<>r ,omllra de imperfoiçao, o so para nos snlvar1 <'Omo queremos n6s, pohrcs pecadores, alcançar o C'éu sem sofrt'r e sc-m c-umprir r,s IE'is da igre•!l? I Devemm1 pedir sempre a Nosso Senbor que nOR de a rosignaçiio crii;tii e c:-onformidncle c•om a sua divina vontodt>, se saudP nos niio qui8<'r dar 1 Ha muita gente que nuoca. se lembra.rin. de Dous, i:o th·esse sempre anude • tnrlo ll1e c-0rre.'1so à vontade. A dé\r é que desportn o chama as almas ao caminho do C6n. C'onrordn, Sr." Eijter? - Sim, minha. s(lnhorn, vou entendenr!o que tem rnziio. Trnbalha-tie tnnto para o c-orpo, que em ponco t<'mpo podo sor trnnsformndo em podridiio, rinza e nndn, e dn alma, que aer:1 C'ternn, corno Dens, _quer eiiteja na gl6rin ou em penns, q11ns1 se nilo pensa t t N()",Sa Senhorn de I-'atimn ronv(lrta, 0s ptcndores, salvo os moribundos e alhrie ns nlma.'I do Pur11:at6rio. Foi para bem dM almas que Eia !le dig nou vir pousnr siibre os rnrnos da azinheira do F:Himn; o se curn os corpos o para atrnir as nlmns trnnsvindns. - Adeus, minhn R<'nhora, e obrigndo 1,elns °"plicnç6es que me deu. - Nnda tem qne ap;rndcc:-er, Sr.• Ester, e fico sempre no seu dispor, Re quiser tornar n vir conversar romip;o.

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R.

Necessidade do Purgat6rio e sua espantosa natureza «... No que diz respoito a Deus, eu vejo que o Parafso nilo tem J)()rtm, o que quom quizer, pode nli entrar porqu; Deus é !.-odo mis<'ri<-ordio o os -ous brnços estiio smpre abortos para nos receher na itl6rin; mns a divinn Essencia é ti.i.o purn - infinitnmente mais pura do que possamos imaginnr que n o.Jm11,. oncontrando Clnt si mesmn a mais levo imperfeiçiio, se lnnçarin por si mc:>sma ero mii infernos nntes que apnr('l:er mancha-cl,i na presençn da divina Magestade. Sa· henclo E'ntiio que o Purirntorio foi feito para n purifirnçiio, eia l:i se precipita por si mesmn o nlì i'ncontrn estn grande miseric6rdia : a destruiçiio c]1113 suas faltai;. O espfrito nito pode com•eber n 1,m n• nhuma. lingua pode Elxprimir a grande importancia do Pnrgn.t6rio. Sòment. lf'Ì

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voz iiA FATIMA

4 que a., suus penos sii<> tiio grnndcs como as do inforno. Vejo, por~m, também que urna alma mnnchucla da mais leve folta, reoob,,ndo e,,lii misNic-urdia, conta por nad:i a,'I Nnns ,~enas l'm dstn da esperança da nlegrio. do seu amor. Eu sci que o mnior oofrimento d'essns almns é vN em ,,1 o que de..<ingrada a Deus (' <l,~~t·obrir 4ue, nprnmr da ""11 bondado l'lus o consentJram. E 'isto é ussim porque, ostando e m estado d(' gra,;ri, vocni 1i ronli<lade o importiincia drn:1 imped irneo toR que lhe11 niio permik•m uproximnr-se clEle'.n (Do trut.ado do l'urgnt6rio, do Snnt:i Catarina. de GenoYa)

.....

Voz da Fatima Despésa Tranaporte ... ... ... .. .. 182. 774$90 Papel, compo1,içiio o 1mprossiio do n. 0 86 (5:3.650 3.034$00 exemplnro1,) ... ... ... .. . ... Franquias, ombalagons, lrans'portee, gravuras, cintas, etc. ... ... ... ... ... ... 847$40 186.850$30 Subscrlç~o

Olinda Candida Moreira, Francisc3 Romana, Sara Lcnl Oliveira, Paulo do Sousa, Joào Cu.rdoso, Rosa de Sousa. F orreiru, Manuol daa Nevos, Armiµd~ Ribeiro Oaspar, Efigénia Antunes Can1wia, J>.e Joaquim Gomes da Costa o Silva (15$00), Artur Soam1 Figuoiredo, Domingos Figut'iredo. Esmolas e donativos varios: Joaquina da Conooiçào Duarte, 105100; Livraria Populnr, da ilha da Madeira, 251$30; C'uat6dio Forroira de Almeida, 50$00; Uuquosn. ùo Palmela, 100$00; .Ana Joaquina dn Sii va Cnrva.lho, 40$00; P.e Anl6nio Roliz, de Mncau, 500$00 Mario da Silva Jordào, re.~iclonte na Amé rica do Norte, 5 dolarOO!; Delfina Maria de Almeida, 80$00; Maria Augusta Pereira Veiga, 115$00; Maria Clementina Sir queir11, 10$00 ; P.e Ant6niò Jonquim Ferreirn, 100$00; Maria do Carmo, 50$00; Maria do Carmo Pires, 6$20; Maria da Apresentaçiio Gonçalves, 20$00; Onilhermina Piedade Chaves, 172,00; na iizrojn dos Fiéis de D eus, em Lisboa, 80$00; P .e Honrique Vieira, 30$00; Jgr&ja. da Misericordia da Povoa de Var'z im, 122100; RliRa Lourdes Mesquita, 20$00; Rosa Soaros Teixeira, 11,00; Mnnnel Ribeiro Pontes, 67$50; Maria Freitas, 5 dolaree; .Toao Cust6dio, 2 dolares · Maria Rita Virante (ourada do canoro' no na,. riz), 2 librllfJ. Esmolas obtida~ em va.rias Igrejas por ocaeiiio da dìstribuiçiio de jomais. No. Igroja de S. Ma.mede pela Ex.ma Sr. D. N. R. no me,: do Outubro de 1929 10100; na lgreja de S. Tiago de Cezim~ bra poln. Ex.ma Snr.• D. Gertrndos do Carmo Pinto, idem, 31$00.

(Maio de 1928) Joaquim Cardoso Pinto da Cunha, 12$50; D. Maria Jos,1 Ferreira Paulino, 188$00; Monsenhor Carlos Costa, 100$00 i A lfrcdo de Ma los Viegns. 50$00; lgrejn dl• !s. Sobastiii.o da Pedreirn, 50$90; Cnrloi; Vitoriano, 180$00; P.e Manuel lto,lri~ues de Carvalho, 178$50; Zulmirn Gulhardo, 69$00; P.e Antonio Joaquim Fi11:m·irn, 200$00; Moria dm1 Dores Tavnr<>,- de Souz.'\ 40$00; Maria S. Gu0des Coutinho, de' Lol\nda. 100$00; P.o Francisco LuOM Parlwco, 60$00. Nestes Lempos om quo tudo é eléotrico e Enviaram dez osoudos para. terom o todos pa.re<,-em andar alocados de vei·tidiroito do rooobor o jornal durante um gous, pode huver quem adte longa a deano: Virginia. Carr1lho, Beatdz Rodri- voçiio do Tl'r\'O (nem ja falamos na recigue11 Lnros Paulo, José Miranda Pili po, !.açiio do Rosario oon1plcto l) tào abcnçònAdelnide C. Forreirn, Domingos Maria du. pela Snntissima Virgcm e querida. clrui Monteiro (20$00), JOllquim Cunha., Joa- almas 8incoramente piodosas, ou que roalquim l•'olicìano, Zuln11rn Teles, V1soondes- mE>nto nito tenba ocasiito de O rosnr (hti sa de Montodor (20$00), Ant6t1ìn. Mula- muito quom <> roso pelos caminhos, de comfaia., Vi!,condo de t'orlegn\·a, A,•elino Jo- boio, do 1iutomovol e n.to de... biciclete), sé Corqu<-ira. Mnrqucs, Jooquim ('nrdObo ,•en1 mosmo a. calhar uma. devoçào qua du. Silrn, l{Ol;ll. da Costa Macicl Gonçàl- Santa M:u.tilde diz no :.ou livro da graça. ves, l\Iunuel do Pns~os Martìns, Dr. Trin- Especial, ter-lhe s1do ons1nada. por Nos,;a dado Loitiio, P .e Ant6nio 1\lartìus Carnei- Seuhora: uResar diario.monte tr& Av&ro, José da Roclrn Pninhas (20$00), Ma- M:arias é meio aeguro para obter a 1traça nuel Barros de Cu.rvulho, Domingos Mar- da persevurança, (quanta. confiançu. niio tins Pimento, Cociliu. l'urente l•'erroira, deve isto iufundir àquolos que resam tanOHvia Paronte Ferreirn., Jobé RodriguE's, tas e com Lanta devoçiio I)» Ant6nio Jt'ernandos Reguengo, Jo.sé Cfm· S. Leonardo de Porto Maurfo10 recodido G. do Carvalho, Albino de Lima, mendava t•sta de\'oçiio do nrnnhà e à noite Raimunda .Almeida Alvcs, Vitorino Afon- para alc:\nçar a graça do evitar todo o pir so. Dr. Antonio Cnrlendo Montciro, P.o endo mortal e prom0Li11, oom rertezu. a snlManuel I!'ernandes Lopos1 D. \lclt~ Gon- vaçùo nos quo ni;,.to fòssem constnntos. çalvea Va.louça, Jonno. 1),mtns Viana, P.o Claro 01,t,it qua est.a. mosma. constància 6 Ant6nio Gomos da C'o~ta Pereira, P.e ja umo. graça espocial quo niio obteria. 0 José Ant6nio Conoia, P.e Domingos quo oom moustruoso. iniirntidii.o quizesso Amorim, D. Carolina Rosa dns D6r011 abusar cl01.tn. devoçao para. pecar com mais Cruz, Laura da. Conceiçiio Gonçalves, confiiin(·a. Margaridn Branco C<>rqu('ira, Maria AnRecomendava-a. também muito o nosso gelina Torres Lima, A11L6nio F. do Molo Snnto Antonio de Lisboa e Santo Afonso Guimarùos (15i00), Loopoldina Rooha., Maria do Lig6rio que <'o:.t11mava d~la coRaquel Diniz Serradol:i, Agostinho To- mo . pe niU.ncia o_ exor(.(Wn 08 pn.es que a moz C-0rreia, Rosa de .\lrueida, Ant6uio ensmusscm aos f1lhos. Simoes dos Santo&, José Mcndes 8'1quei_Leiio Xli C concedou 200 dias de indulra., Mario. da Anunciaçiio do Vale Santos, genrni UO!I que de manhii e Ìl tarde rozai;Armando S. Luis de Pinto, Matilde da soru 1\8 lros Av&-Ma.rin!I com a jac11lo.t6Cunha Xovier (27$00), Luisa. I•'roilas ria: ''.Minha Miie, lìvrai-nos boje (ou ne&HenriqueM Rais, Frnncisca Faria, Ange- ta n_o,t.e) do pocadQ mor~al.» . . Pio X concedeu 300 dias de rndulgènc1a lino. Moreira, Maria Olindo. Machndo Poreira Manuel Rochn .Melo P.e Ant6nio D.06 quo 11s resassem acruscentnndo a caMore1ira de Carvalho Condos.~a de Cuba da. uma n. seguint.4:1 jnc·ulal6ria: «O' MnGertrndee Rosario S11ntos Arminda d; ria, por VOs$a lmaculada Conceiçiio, l.)uriAlmeida Ribns, Madame 'VaUin, Frnn- fieni o mou oorpo o santifirai a. minlui alciscn. do Vasooncelos Sonto~ (15$00), Ma- ma.n ria da Concoiçi'io Maldonado Pereira Tomo,i presento um:t gronde relnçiio dG (15$00), Maria da. Purificnçiio Godinbo, factos ex-Lr!lordinnrio1:1, couvt>rsoes ropontiCust6dia da Silva, Emfdio Pereirn. Sena nas quando humanamante tudo parooin. (15$00), Vicencia Candida Ab{lio impossiYel, por meio da deYoçao dns tres · Avè-Marios. (20$00), Jorgo M. Santos, Etelnna TorQuem estOR l'Oisas escro,·o ntribue a uma res da Costa (12$50), Ant6nio Guodes, novonii do tres AYè-MariM, segnidas do Bento Serra Moreirn, Jonquina Rodriguoo Lembmi-1Jo.~ ... , a cum da nm sobrinhito Parie, Rit11, Mana Mnrin dn Grnça Gou- atacndo de paralisio infootil, caso ja conveia, Maria de Jesus C'ruz, Marin Mar- tado na T'oz cla l~atima. tins (12$50), Adriano ,Jos6 Vnz, Anibnl Ninguém de\'o 01,trnnhar r1ue a formosa Abrou Carrilho, Frnncis<'a da Conoeiçiio oraçiio do. Avè Maria. soja. assiro tlio efiRa.po.~o, Clara Delfina Bet-ronconrt, Cé- cnz. sar Gomes de Oliveirn 1 Eduardo Gomee 11 A Avà Maria. (diz O D. Grigniou do de Olivoira. 1 Joiio F,vnngolista Gon~·nlvos, Monfort, r0$umindo a dontrina de muitos Dr. Francisco Rodrignes da druz, Mica.e- outros snntos) é martolo quo esmaga o dcla Duarte Co_rreia, Ant6nin das Dores m6nio, è santificaçiio da alma, a)E>grin dos Almada., Alm1ra. da!! D?res Fernand~ Anjos, melodia dos prcdestinndos e il6rin (20$00), José .T. Neveq ( 20$00), 8N1.tr1z da Santissima Trindade. E osculo c:isto Monteiro Rodngues, Eulalia da Silva. que S!l da a l\fario., ro~1. <-ncania.da que se Freitns, Cristina. Santos (25$00), Vtt6rili lho a.pr('sonta, parola prociosa quo se lhe Sinde Pinto, Marin. do Cnrmo Sindo, Lt'l1,1- oferoce. rinda. D11maso Tn.vnre", Lucindn Marti- , A Av~Maria tem tnifl encnntos qne tunbo, Ana. :F:erroira de Mngalhiios (50100) 1 do a ela. se submete o nem Deue irritado

Tres Avé-Marias

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lhe r &.tiostc; se a OUH ~z~~-;~ cl• Jm:t con_; - Ali,r .... essa... E é Mai• piedosa verte-se cm Pai.» ~'lt',r a.f fora? O que ela é ... é nma moniMna ... porque hiio de 110r trt.t> Nio ae- ns admiravel: 'bela, perfoita I Conhece o ria molhor rezar cinoo ou sete? E aohretN- quo lhe fica bem; sabe vestir-se. Converdo niio sera preferi·rnl rezar o RoMio ou sa, cal'lta, tém eapfrito, é linda... briJha o Tc rço? num s.wl\io I Som duvida., .mas é mel~or ainda rea&!! j _ m~b t Hah r Ha.h I Como éa ingénno r o torço o as tres _Av&-Marias. . Para ti ~ Hiler é nma perfeiçio I O qu• porque hao_ do ser prec1 sam1:r:n:_e nio quere- dizer, meu monino, qne ola tros P _E porque 11ss1m aarada ~ San.t1~s1- nio vii ò. oomunhiio todo!l 09 diM, nii& ~a Virgem, ero honra. dos tres privilé- frequente o Cnrso de Roliiii'io se nac cleg1os com quo. a. dotou ~ada urna das. pes- dique do alma:, vida. o coraçiio M obru soas da Sant1s111ma. Trmdade, comun1cant61' E 0 ln · ·t bem 0 _ a. qu':. ou Rei mm 0 do-lhe o Pai o seu poder, o Filho a sua ca te~. eabedoria e O Espfrito Santo a sua mÌII&- que a.firmo. Nno é tào mundana oomo te ric6rdia pa.rece. Veste è. moda, mas é mod'a d. mo. da del.a. O deoote é sempre discreto, e a ~ aaia. modestamente comprida. Seriio oi'!lharias, mas ... A8 lgUém. . . ( reSpOStI ) - Ori\ I é urna rapariga. distinta I - E' mais alguma. coisa. que distinta. Dizes quo respeitas a Relìgiio, mas di- Notastes quo é linda, e é. Pela minhl\ zes isto com os labios e niio com os factos. mana mais nova, quo se da intimamente E é aqui que esta todo o teu erro, pois ve- com ola, sei quo é me.cttno muito culta. jo que niio cnidas em pratic.-la. Nada de Mas é cultn precisament.e porque niio lè missa. D08 dil\8 santoa de aiuarda ... Nada frivolidadoe. E o quo é ontao admiravel de confissiio e comunhao, nem mesmo pe- é admirares tu neln precisamente o quo é la. Pascoa.... Nada de vida cristi... Quer o resultado da. educaçiio cristii I di,zer tudo iato que nio te importas com Nii.o convencido mns desnorteado, Joiio a Religiao e que no teu coraçio a deapre- começou a matutar no caso ... zas. Mns, entiio, corno pod011 o.firmar quo a. respeitaa? ... Mentes soleoemente e , teu • • • dever nunca. mais repetir tal mentira, Pasaados doie mesee, numa bela noito o mesmo para nii.o comprometeres a tua honrapaz entrou na salata onde a. mnmii se 110. de homem leaL... entretinha embebida no. leitura.. - :Boa noite, mo.mii I Vonho tazer-lhe um.a. visita. - E, abro.Qnndo-a. calmo.men· t.e: - Venho da.r-lhe urna. notfcia ... I I Madame Verchéne poueara. o livro para receber os cu:mprimentoe do filho. FiEspera... Qne é isto? - excla)'.11011 .Toiio xou-o, o, animando-o com um doce sorVerchéne, sontindo deba.ixo do pé qual- riso: quer coisa quo ia. a. pisar. E, mirando o - Entiio qual é P intorrogou eia duvi- • chilo: - Ora osta! Um terço I Vejam la I dando de quo doli safsse coisa l!éria. Um terço I - Pois, ma.mii ngora. é certo. E com efeito era um terço. Simploa, -Tu P Assiro j:t.? Ninguom se case à pequenino, bonitinho, a11è-marias de oli- pressa.... veira., e vadre-nwsos de madrepérola. - E eu qne jnlgava da.r-lhe uma. notiApesar do rapaz ee odmirar, niio era eia tifo alogre I. .. <·oisa do outro mando: oncontrar um ter- E é, - responden ola vivamente ço no chiio, ali ao pé da i"1'eia. da. Mo.da.- e é. Mas ... oontn, conta Ili. - Eu sei mnito bem o quo preocupa a Iena, quo ndo, como àe costume, ia flanar para 1H1 runs do Pari., ... mnmà; é me.,mo C'Om e.,ffa ... Um ohjerto de piednde cafdo a' alaiuém, - Pois niio I - comenton madame qnando ontrava. para a 4P"oja ... Nada Verchéne ir6nicamente. E, rOC06tando-ee mais simple!l. na oadeira para fixa.r melhor o filho, conl\fas èlo ostava. intriaaào. A1titava. o tinuou: terço em roda, mirava-<>, remirava-<> ... - Falas sério, .Joiio P - A sério, mnmii; o ma.is " sério, que - l\1ns do qnern seras tu? Para quo quero eu isto? ... é possivel. - E' quo on niio compreendo: Susana - Ah I Pordiio, Snr. Joiio Verchéne rotiniu olegre e fresca a voz duma rapa.- Hiler é a rapariga mais piodosa que eu riga Iourn, de rosto quasi escondido nu- conheço. E, corno sei dos teus preconceima a.conche11:ada polo de lontra. - In. de tos, niio percobo corno te resolves a escoolhos no rhiio, tiio abatro.ta, a. procurar o lhe-la. Quando me !ombro quo deixute meu térço, · quo nem sequor via V. Ex." de frequentar a <:Ma da. tia. de Saint- 0' minha menina I Peço perdiio de a Bont por ser religiosa. - por aina.l bem niio ter cumprimentado. - Nem ou tam- . modero.da I - e tinhae mMo de quo eia bém via. V. Ex." Mas ... V . Ex.• fa.la.va. se metosse a escolber-te noiva, franca· mente niio compreendo. nnm tÉlrço? - Sim, perdi agora mosmo o men ter· - Ah I - exclamou ,Toiio alegremente. ço. Cafu-mo, quando subia para a ii,-eja. Niio espera.va quo a mamii se admirosse Feli:•.mento dei logo pela falta., e vim pro- tanto! - 0' meu filho, atalhou madame Vercura-lo. Tenho-o em muita estimaç.iio. Nào é pelo valor materia.I; mas, corno ohéne, a tua csoolha aloiTa-me. A maniveio da. Terrn. Santa, o é recordaçiio dum na. Hiler P E' nmn. beln. rapa.riga. E' I\ tio missionario, qno la mo falecou ... noivn do quo precisa. o teu coraçiio. Mas - Pois ou aoa.bo de nchnr uro. Queira qne mnda.nca foi esta? - Foi muito simplc!I, mamii: Enoon· V. Ex.• v6r se é este. - Oh I Justamontel E' o men. Ai I trei-n em <'Ma. de madame Perrier, que Quanto ostimei encontra-lo I O mou terci- frf>Quento hit dois mesos. 'E pude ostudar nho I. .. Como bei-de agrndocer a V. Ex.•? ali urna alma. cristà a vah,r. E comecei - Por qnom é, minhn. manina.I Sou a pensar qno a minha felicidade niio pornuito foliz em ter porlido assiro casual- dia ost11r molhor p:arnntida do qne nns mente restituir a V. Ex.• eesa estimada. miios duma. tnl rnpariga. na qual a. pioreoordaçiio. dado tornava mais brill1nnte os sous enE com um efusivo aperto de mao sepa- c-antos. Porqne urna. mulher piedosa. nlo raram-f!o i11:1:ia.lmente sotisfeitos. é nada ab'IQlutament(>. no.da do quo eu imaginnva. A idea q11e on fazia era in• teiramente folsn. E pnrecf7me mosmo • • quo nom a mo.mii. calcula o.o certo o que Retomnndo o seu cnminho, .Toiio mor- isso seja... 11:ulha o ospfrito em reilexoes profundas. - Talvez. Mn!I tu hom NO.bea quo eu Tinha. feito urna desooborta: Com quo en- nunca nntipntizei, corno tu, com as pe&tao a moninn Hiler, quo ha duas eoma- soas piedo!IM. nas estava mima. reuniiio da cond0888. - Niio, bem sei. M1111 eu snpunhn quo de Pcrrior, o quo ele ochara. umn perfeita urna menina religiosa nito tinha gosto. mundana., era afinal uma menino. piedo- A11:ora soi quo é o contriirio. A musa? I Poss ivol I Niio compreendia. lher cristii, dumn fé, ei;clnrocida., niio Tal rovelnçao tra.nstornava t6das ns tem na sua fé obstnrulo no de-qenvolviideias do ropaz, destruindirlhe a sua mento da sua intelig~ncin. A i,-açn extooria: quo umo. senhora do mundo nito terior, OII l:lncantos do e<1pfrito n1iam-se tem nadn a. ver com a. religiiio; porque es- perfeitnment.a b qunlidnde..ci profnndas sns, a q uom chamam piodoea.s, niio tllem da almn e do coraçiio. Vi hito tndo, e elogancia, nem graça, nem espfrito. senti-mfl cnriq11istadn por 81111nnn ... Naqu(l)n tarde meemo, para robustecer Niio RE'i A!l lhe dign, conclni11 o rapnz, n sua tt<<ie, depois de tao violento a.baio, que devo. mamii, a minha felioidncle no falou dola numn roda cle amigos. enrontro fortuito dum t~rc;,o no chiio ali - Mais d('vagar, nmigo Verchéne. no né dn I i:i:rojn dn Mndnlenn. Tem urna - Repup:nn-me, mns confirmo o que hist6rin, qu<' a minhn noivn e eu um dia. disse: tada~ qunntas conl1eço niio sii.o, mas lhe hnvemos de contar, minha qu(lridrt é quo nem podem sor... marni ... - E n manina HilerP f

!'fas

A MENINA HILER .


N .0 88

Leiria, 13 d e Janeiro de 1930

Ano VIII

E>A

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( COM APROVAçA O ECLESIASTICA ) Director e Proprietario : -

Dr. Manuel Marques dos San tos

Emprlsa Editora e Tip. Unii.o Gré.flc:a, Travessa do Despac/101 16- Lisboa

Ad111ini1tr1der : - Padre Manuel Per eira da S ilva R.edacç/Jo e Administraç/Jo : Semi né.rio de Lei r ia

CRÒNICA DE FATIMA I

As bodas de diamante da proclamaçao do dogma · da lmaculada Conceiçao DE

DEZEMBRO DE 1854

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Ha procisamente setenta e cinco anos que Sua Santidade o Pupa Pio IX, de 1aiidosa. e venerada mem6ria, falando a toda. a. Criatando.de, do alto da. catedr a èe S. Pedro, <'omo Meetre supremo e infa.livel da Fé, proclamava entre canticos de triunfo e de espera~ça, o dogma. da Imaculnda. Conceiçii.o. Urna daa verdados fnndnmentais da no,,;sa. Santa. Religiiio, que faz parte do dep6,;ito sagrado eia rcveloçiio cristi, é gue o l)C<·ado orip:ioal oomititue urna verdadeira muncho. inerente Ìl. almo. humana que a. torna. dip;no. de aversao do seu Criudor, nma desordem que consiste .no. fnlta de harmonia das nossas faculdades entre si e aobretl1(1o dns nossas faculda.de.. com Deire. E' um poco.do, no sentirlo pr6prio do. pnluvrn, a-pesar-de niio ser um efeit.o da no8sa vontnde. Todos os filho~ do Adii.o, formam com o sen primoiro prop;onitor urn s6 e o mesmo corpo mora], do gue Adii.o é a. cabeça e èlcs sii.o os mernbros. E a~m bs actos do primoiro homem ornm impulaveis primeiro I\ Adiio pessoalmonto e ùepois à raça qua dèle hnvia. de d~ender. Je..,u11 Orist-o, mira<'ulosamente concebido por obra e graça do Divino E!!pfrito Santo no soio pur{s.'~imo da Virgom Maria, foi naturnlmcnt~ isento do pC<'ado de origem. A sua santido.de originnl, mnior, inC'Omi,nrùvelmente maior do que a de Acliio à sa ,do. daa mr\Os do Criador, nio der1You nom podio. derivar do privilégio concedido n. suo. nugusta Miic. A excepçiio de J csus, todos os membro!l da fomflio. humnna. descenderam do primoiro homt'm por via de geraçiio; todos hauriram, pois, junt.amente com a. Tido. do rorpo, os seus t{tuloa ò. morte da. alma e por i= todos t<.-em neceasidade de redempçiio. Mo.a nem em todos a redençiio i.e renlizou do mesmo modo. Se, p~a o comum dos motro.is, a redempçio é a liberta.çiio da taro. da culpt\ em que 110 incorreu, n. purificaçio dBS macula& oontro.fdae, a rupturo. daa cadeiaa insu.portaveis forjadas pelo dem6nio, pnra a Santfssima. Virgem elo. é a isençao dessa. tara, a san tifioaçiio nntes de toda a mancha, a gloriosa liberdade dos filhos de Deus perante e <'ontro. todoa oe esforQOI da eerpe inferno.]. Por outras palavrRB, como definiu o imortal P io IX, n a qualidade de 6rgio aut6ntioo da r evelaçio divin a: «A Santissim a Virgem M&ria, no pria eiro instante da 11ua ConoeiQio, por 1Ull& graça e u.m prinl,gio ainplar de n.u11 Onipotecte, em -rirtude doe

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tos da :Jesus Cristo, Salvador do 1é11.ere humano, foi preservada. de tada 1. m1.noha do pecado or iginnlu. E' esta a doutrina cat6lica, conser.-ada durante séculos na sociedade crist.4i. romo uma preoiot1a joio. de famflia O finalmente impo~t1i ì1 crença. de todos os fo~ia no dia 8 de Dozembro de 1854. oomo ~ dos dogmas, como umn. dM vorda.d011 irrefragaveis da Fé crist:i. A fe»ta da Jmnculnda Conceiçiio foi celebrada no 8nnt11ario do. Cova da Iria com a llOlc•niùn<le que ~ tempo e as circunstnncins permrtinm. A popula.çiio ùe Fatima acorren am. grande numero, nesso dia jubiloso, a snudar n. VirgPLu Imn<'ulnda dulcfssima Padroeir11 do Porlugal, qno foi o tabernaculo vivo de i;ou Divino Filho, Salvador do G~nero humano, e oongratular-ee c•om Eli~ por u,sn gmnde e singular prerogativa, por esso doro incomparlivel q110 a oolol'n. ocimo. de tad11s ns cria.turas da terra o do C611. Ft,sta do paz, de nlogria e de felioidade, eia preg3: a todos o amor da pureza como conrhçii.o nect'jl8:ir-1a da amiza-. de e da nniiio com Deua, a qu.em s6 Jograriio ,er, por toda. a etornidade, noa esplendores imarcet;sfveis da gl6ria aa almas quo fornm sempre purns e' ino<'Ontee e os ooraçòes purificndos pelo arr~pendimento e pela graçn divina na piscma salutar do santo sacramento da P&nit&ncia.

As c erim6 nias r e l igi o sas

lmagem de Nossa Senhora de Fatima benzlda pelo Santo Padre Pio Xl e que se venera no Colégto Portugués, em Roma fil 1f1111i.1

,,1,1mlllr Sr. Tulm, , , s. 11111111h ,, C.rt11f1, u

....., C.16&1•

Os ncto,; religio.~s ofioiais do dia treze de Dozombro no. Cova. da Iria. rove,;tiram a solenidude o impon~ncia. do 00&tume. Ao moio-dia. e um quarto, hora legai, efectuon-tiO a. primeira. prooissio, em quo a. Imagom de NoS8a Senhora de Fatima foi oonduzida, aos ombros dos servitaa, do. capola dns apariçòes para a capela dn.s missa&. Terminado o emoci<>naute oortejo o rezado o Oruw ero comuru, principiou a mill8a doe doentM. Durante a missa, o rov.do dr. Manuel Marques d<>s Snntos, director-capelio ~ ral daa Associnçoos de serritaa, explico• aos fiéis ne diferentea pnrtes e cerim6niaa do santo 11neriffrio, Tooitando em vos alta, pausooa e gra.vemento, aa principais on.çòes liturgicaa. Em eeguida , feita a oxposiçlo aolene de So.nt{SBimo Sacra.mento, deu-se a b&a~ aoe doentee e a todo o po-ro. D ada a WaQio eucaristica, o re-r.do Carlell b - P ereira 0.n-, seloeo puoeo de Ourh, . . biu ao pulpito • f alo11 demoradamlDk •


VOZ DA FATI MA

2 llr• a pureza aero ma.ncha da 11:loriosa. Raia ha. d o Céu. Por fim, realizou- a !IE!gunàa procis.~ào, a prOOÌSlliio do a deW!, come'&ndo entii.o 06 fiéis a dispersar-se. A bolHa excepciounl do tempo e urna temperatura amena e quasi tépida, verdndeira.111onte primaveril, a..-pesar de e11tar pr6ximo o cornçiio do inverno, contribuirnm para. que o conrurso de peregrinos n&Rte mes téìsse superior no do mès precedento e puz08lo8 uma nota de vida e animnçiio ex\raord inaria nnquole teatro perene de maru·ilhas divinns.

Urna paralCtica curada A pouco mais do dois quil6metros de tl istiì.ncia, no rologio do. tòrre da. igreja. paroquinl de Fatima, acabavam de soar u duas horas da tarde. Estavum conclnidaa as corim6nias religiosa., oficini1:; comcmorativna do dia tr&ze. Os ot•os donadeiros da11 aclnmnçòes à Virgem bemdita, que naquelo rinciio nbentondo da terra portuguesa ergucr a o seu \rono de amor o miseric6rdia, tinham-se ja extmguido por complet-0. No r<>cinto sngru.do, Yiam-se apenas alguns grupos de fiéis rotardatarios rezando as ultim~ preees ou preparando-se pa.ra a vingom de rea;resso ao~ seus lares distantes. E entito que no. vnranda do Alborgue do Nossa. Senhorn do Rosario, recentemente inaugurado, oo passa umo. scena extra.ordinaria e &o.'inZ comovente, na presonça do alguns médit'O:; <' de numerosos servitns de ambos os scxos. Urna mu lhor, de meia idade, quo se achava quasi completamente paraHtka., arra.stando-se a cu,t.o apoiada em duas mulotas, tinhn-se i,entido de rapente completamente curnda. Dispt.>nsn ndo o nuxilio das mul9tas, d'oravante inuteis para eia, dirig<>-se pnra o Albergue, caminha.ndo com pa.sso firme e com o mnior desembaraço e fozendo os movimentos dos membros inferiore:; nas condiçòei, normais. A a legr ia da boa mulber é indescriptfvel, oomo incle.,cr1ptivel é o contrnste ent.re a serenidnde importurbavel dos médicos q ue, para se pronunciarem definitivamente, aguardnm a i ndispensavel rontraprova do tempo, e o e ntusiasmo deliri\nte da. multidiio que se nglomera t•m volta da pl'Ìvilegindn. do Céu nesse din, dnudo gl6ria a Deus e bendizendo a Virgrm San tissimo. por mnis ~sse testemunbo assombroso da aua oniputenoia. suplirante, por mais essa pro,.,~ tiio sup;e~liva e tiio comovente da ana bondnrle e do seu amor materna!.

Fatima nos Açores Da rnteressnnte carta dum zeloso sarerdote dos Açores, muito devoto de Nossa lenhora de Fatima, o rev.do Edgard Beaedito de Limo. Catitelo Bran co, qua fez parte clos seus e.rluclos eclesiasticoe no continente, clirigida a. um dos seus a ntigos profes.wres, trnn~crove-se o seguinto tr&oho, que c·onvém arquiva.r nas pagi nas des10 men11a rio: «Se nito féìra. o eu ter de emlta.rcar a 8 do p. p. m& de Agosto pnro. os .A_çores, ap&! uma pequcn~ ~emora en:i L v1bon, cert.ament~ que teria 1do cumpr1mentar o meu a nt 1go professor. Ha ~inco ano11 que sou _:incer~ote e que, p11.roqu10 nesta Uho. de Sao M:1guel. P reAentemente eatou na I grofo de Siio P ed ro de Ponta.-D olgada. Na CMI\ Fanzeres ten bo uma I magem •• Nossa Senhora do Rosario do Fatima d• 1,m50 de a lt ura. Antigo cliscfpulo de V., niio podia esf! Uecer-roe do entusiasmo e fervor com quo T . 0011 lia oe pr ime iroa relatos dos videote.. . P or 1680 osta I magem é corno que tam'luim urna Imngem que ee distingue das d&-

rerem-lhe em fio pehis ful·e& e 11em um fré- Prwhera do -.anta aleiria o coraçio d• V. mito de inefa,·el e intensa ulegria a sacu- 1!:x.cin , tam ù,·voto c·omo é, de Nossa Sedir-lho fortemente a. alma que um purtu- nl,or:l cle Fatima. Veio-no!! de Portugal 11:uès cronLe o pat.rioLa constali\ o facto a linclb,imn Im ngem qne ofereceu ao Coadmiravel, ~mhroso, ,foko, de, au caho l<lgio n ,,~,·ultnr Theùim e, depois de bende tiio pouc·os unos, esso recunto ignorado zidn. polo R,1 nto Patire, la a colocamos no de F,tttmu, onde a excclsa Raiohu do Céu sou pi.!,-to a pre'lirlir aos destinos desta capousou os seu1:1 pés virginais, ber objecto ,a q11t, f.i,·a SPtulo inteiramcnto sua. À das atençòt•s mais curinhosas e das aspo- C'ongn'p:nçiio ::\hriana do Colégio, de que ranças mais bola.s e mais fagueiras do mun- ~nu indigllo pn• ,idt>nte, qufs solenizar dido inteiro. Pululam oonstantemente, nos ·, gnnnwnto o \jin 8 do Dezembro de 1929, paises mni 11 cu1tos o mnh1 civiliza.dos, o:; quo fi<·nr:i p;nn·:ulo em letraa de ouro na jornais, iu, revistas, us folhetos e livros hist6ria. df,sr-o ('olégio e do culto de Nossa que so ocupam com solicituclo e disvelo dOti Sl•nhorn do Ftitima. sucessos maravilhosos eia Lourdes portuf,<>mhrumo-no.~ de fazcr urna Arademi~, gue.'la. · . <"!llll; o maior <'Splendor possivel, a que asPor tòdu. a parte se rcnhzam festa.a so- s1st1s,-,e111 todos ns portugueses rosidentea lenes em honra. da augU!lta. Senhora Apa- na Cidade E!Rrna o aincla. muitos estranrecida., descle a Europa à .Asia. o ao No- jeiros CJUO enwndem o portugues e se invo-Mundo, desda a Italia no Brasil, doo- lf.>ressam 1wLi Ftitimn. de Portugnl ì1 China. Onde quere quo haDo mauhà tivemos M i'!sn solenissima., ja port.ugueses, os cornçòes palpitam de com q1w ~<• inaugurou o rulto da novo. cajubilo 6 estuam de entusiasmo quando so I pi-la, e n. \caclcmia ~empre se renlizon às pronuncia o nomo b8mdito de Fatima e trfs horns da tnrdt>, segundo o programa as almas vòam, em extases de amor o em trausporles de gozo, atrnvés dos rontinentes e dos nreanos, irresistivPlmente atrai- j das pela poderosa corrente magnética. espiritual que se polariza nesse lindo e pri- ) vilegindo t•antinbo do Céu a que o povo cbama singelamente «Cova. da Tria». No numero da «Voz da Fatima» rorrespondeute ao passado mes do Novembro, os Jeitores viram a. lnrga. ref('rendn quo se c 6 lkas hepaticas. fez no magnifico Jivro «Fatima, das Portugi8!lische Lo11 rdes11, devido à pena abaEm eumprimonto i.la minha promessa e lisada do re,·.clo dr. LuiR Fisher, lente da. pura muior gloria da Santissima. Virgem, Uaiversidalo de Bambc,rg, no. Baviora, rnnho_ relatar o quo ,•omi~o so vem .I?assanque no din treze de Maio findo veio ex- do ba ~1ns nnos p_urn ca; aconleo1mentos pressnmenlti da. Aloma a ha a Fat.irua. para. quo muito devem rnt,.re.~.-ar a todos aqueaJl!listir às incomparih·eis ruunife..,tnço,•s de I les quo tenhnm r~c·oh1do grnças de Nosli'é e piedado desse dia. inolvidnvel que fi- sa Sen_hora <le Fittimu. . . eari para ~emrire regist:ldo em letras de Servi quatrn nnos o me10 <>m ffrtca. por ourn nos fnsto~ ineom pttrav<'is do grande duns VPZAs. <'ID _Angola; scnclo tres de ca_mSantuurio :-.acional de Maria Santi~sima. µanha. Ali f111 lrntnclo d~ _duas anemuu1 Agora é um jovem sa<·erdoto purtugues, pr?fundas o umn.. fcbre biho!la, que me l'Ulto e piedoso, fil ho espiritunl do grande j cle1xnrnm u org,mrsmo bastante depa.upepat.rinrca S. Domini,;os de Gusmiio o distinto nltrno da P.,·ole Thhilog que de S11int ,llaxi,nin (l'ar), Fmn.rl!, que, c!epoi!I de ter t r atado, com um amor o um entusiasmo inoxt•edirnis, o arduo 8 complexo problt,ma do Fatima, em ni1meros consecutin~ da espléndida Revue du Ro.,aire, orgiio do11 ilustres Padres P régadoros na patria de S. Luii; e de .Tonna ù '.Are, r<'une os seus artigos refu nclidos e ampliados, numa prinrnrosa e elegnnto brochurn de gr nnde formato whre a mnis ostupendn m:1ravilha do século \'int~, na srena do mundo con ht•cido, Esi,e livro, que tem por trtulo «Notr, ])11me du Rosaire de Ji'atima», é ila~-trado com dez mngnific·aa gr nvurns de pligiua. e rontèm vin te o seis ca.pitulo,;, além <lo prefncio. A s <'pigrafes dos capitulos siio as seguintes: ,1$ aparirlies - Prime ra apariçao - Segullda aparirao - Terceiro al)(lriçiio Quarta apa-

As

ric<7o -

Quinta <il)(lric<111 -

cu:,stio dos

aronleeimenfo., no l)(lfs -

Os

Videntes - Morte do Franl'iuo - Morte da J acinla - Lucia de .Te.ms relioiosa -

As grandes peregrinacoe.,. Bem baja. o rev.clo Fr. M ari a Gonçalves, o ap6stolo nrdente e infntigavel da dev?çiio a Nossa. Sflnhora do Rosario de Fat1ma, que, desse contro do mundo intelectual quo é a F ranca cspnlha. t•m todas as naçòes, por intem:édio da Rtvue du Rosaire, n a sun. serçiio Ohronique Mariale, o_ oonhccimen to e o nmor da gloriosa Apa.r1çiio da Serra de .Aire e a a dmiraçiio e o a.ssomhro pelos acontecimentos portento908 que so teem dCllen rolndo e continua m m11ia. a desenrolar-se na. estancia misteriosa da Na. cabeça. tem um resplendor de p r ato. Cova da Iria. .am quinze estrelas - os qu..inze mistério. do R osario, 8 estae palo.vraa em doiFatima em Roma rado: 11Eu sou a Senhor a do Ros, rio.u Os a lu!los do Colégio Portue uès em RoD a nuvom emergem r amos de asinheira, oomo a que esM na P aroquial da Fa- ma contmua.m a dar pr ovas inequivocas tiima. da sua devoçiio Mrisolada a N06Sa SenhoNa. peanha tem u rna oaixa-gaveta, que ra de F atima. No dia 8 do corrente m& aer-' oheia de terra. n o locai da Apariçio, de dezembro renlizou-se finalmente a ina uaonde a Imagem ira para ser benzida. g ur';\çii.o_ da nova. capela daquele prestimol'nmbém na peanha ha. am pequono livro so .1nstitnto de educaçào eclesiastica. su~ue sera assinndo pelos que con t ribuiram penor , sendo colocada séìbre o a!tar-mor a p rua o pagamento doa despesB6 feitas oom linda estatua da glor iosa V irgem dns Apa. i . Imagem . r içòes, feita de marmore das serrM de P orDo f acto da bénçio sera paasnda certi- tugal 1_ t_ra.bnlhada por maoe portug uesas e 4ao onde se d ir& a autenticidad• da ter- em onoinas portugu68as. ra. ' Eis corno o rev.do Antonio .José RibeiBsporo, r.on flado no Sagrado Cora.çii.o r o, _piedoso presiden te da Cong regaçito .i. .Jeims, que V. admirara esta bela Ima- M ariana daqnela benemér it a i nstituiçiio , - e que a N01JSa Senhora pedir, a oon- - pequenino. nesga da patr ia enr rustada Tfftio do poTo p ara ond• n m _ Sii.o Rono cor açao da Italia è. sombra proteotora 1•• - qu• , arraba ld• da cidad•.» da rooha Vaticana - d011Cren, numa carta diriitida o. um doe vultos mais emi nente. do a lto clero portuguee, eua fe.t.a enFé.tlma ..em França oantedora e impon•nte que foi reTeatida N&o é Nm 1'srimu 11aeatea d• fuada duma emooionante bel011a eepiritual: .....io olbot1 • owu... V•nho fa,lar dum aoont.oimento qu•

a m•Nè•-•• •

a

I Amadeu da Conceiçào Ròxo Tenente de Jnlanteria

rado. ~:lon<lo da ptinw11a \t•z de 1908-1910 da segun<lu. du 1017-1919. l•;m 1918 00meooi a sofrer de c6licas hepaticas com a continull.\·iio de.-;tas colicas o t·o1t\çiio começou a resenti r-:,e bastante, dev ido às do.. res violentaa dn.'i colicus e dar-me ba.stante ~ue pensar. O coraç~o ago:a e r a o q ue m1us mo clava quo i.ont.1r. F ui tratado por var1os médicos desta cidade que nada me podoram faze r, pois a doo11ç1~ cada vez se agravava mais. I•'iz dois tratamentos naa Termns do Gerez, quo em na da me a livia.. ram os meus 80friI11entos. F ui observado pelo Ex.mo Snr. D r . Pinto Lei te, no P orto; estive vinte dias em observuçiio no h011pita! daquola cidade, onde fui j ulgado incapaz do serviço nctivo por o mcu estado de saucle ser dei.esporado. I sto passava-se em Fevereiro de 1926, nno em que a minho. orise foi mais ngudn. Com o l ratamento que me mandaram Reguir em nada melbor ava. Comecei a ter vnrias nmença.s de sincopes cardfaoas. O méclko assistente chegou a prepar ar i i minbo fa mt1ia. que ee o oor açiio <-onti nu a.Bse n&im, niio se nguent a.. va mui tos dias. A minha. fnmilia nunca de!lnnimou, por ter fé em N ossa Senbora da l<'étima. . Nns sulll!I ora.çòee e oomunboee la ia ped in do ÌI Santissi ma. Virgem por miro. Em M aio de 1927 veio a est& cidade fazer a. l!emano. fra.nciscana um mi1111ionario frnnci!ICano à qual a minha famfli a me pediu, par a ir as.~istir, e eu reepondia.lbe: corno qoerea que eu Ta se me nio poe!IO aillent a.r nas pern l!.8, deTido à minha 11:rande fraqueaa l' E minba mulh•r eempr• oom o HU ar d• bo•dade qu• a oa.rat._

Ie

,

CLJ~AS............ DE FATIMA

Jnferroaaf,Srfo

do,, Vidente~ Outro., interrogot6rios O grande milaare: uxta apo.ri("llo - Na110., interrooat6rio., doa V dentes - Reper-

que enTio a. V. E x .eia. Assistiu o ~r. Dr. Trinda.do Coelho e compareceu quasi toda a ool6nia portuguesa., bem como represeatnçòes dos brasiloir os, um bom numero d• a.lunos do Colégio Espanhol e até alguns lentes da Universidade Greeoriana. .A festa C'Orreu admiràvelmenle deixandci em todos as mPlhorcs impressoesn. .A «Voz da Fatima.», humilde pre11:oeiro das gl6rias e da.s miseric6rdias de Mara Snntfssitpa - «la bianca R egina di Fatima,,, rejobila com ns solenet1 homenagena prestadas pelos jovene o p iedosos a)unos do Colégio Portup:u& ÌI. celeste Virge.m das apnriçòes e faz a.rdentes votos ao Céu para qoe, de regresso a Portugal, findas as suas lides escolares, cada um désses moços esperançosos seja um np6stolo indefesso e entusiasta das ma.ra.vilhas da Augusta MiiP de Deus no snntunrio incomparavel que Eia ergucu no pr6prio cornçiio da Patria para salvaçiio e felicidacle de seus filhos. Vi3conde de Montelo

ri1:1a, respondia-ma_ ti i que te coloco 16. uma cadoira onde possas estru· sentndo, e pede a Noss:t Senhora de F:i.Lima qua Ela ba-de-to mt.>lhorar. As miuhas crenças andavam bastn nte ador meriùa.s, devido em parte à vida de quarte! e aos respeitos hum11nos. Ali fui em tiio bon bora quo a Miie do C'éu ouviu-me nas minbas débeis preces. Niio vollei a ter colicns, e o coraçiio começou a regul11r muito bem, deixei de ter o.s perturbaçòee rardfucas, o organi~ mo ia m<>lhornndo dia a dia. Fiz o proposito do ir a Fatima agrndec~r à Miie do Céu se al:l minhus mol horns oonfirmaasem osta tiio grande graça. Efectivamente o.s melhorns toom-so mantido, e tanto assim que em .Julho déste nno la fui u Fatima agrndecer à Santfssima Virgem, pois s6 Eia. é que me podia valer, ficnndo a11sim cumprida n. m inhn rromos1;a . E tiio grnndes tem sido as melhoras, quo me ronsidero quasi curndo. O n no pnssado fi:i: urna viagem de doze dina, sempre debaixo de nevo e &.te nuo, cnmo n.trns fica dito, fui n F1Himn. nos dina de mnior rnlor rio ano e nnda. me fez mal. Estns minhas melhoras teem sido o nssombro de toda a gente da cidade, porque niio ho.viii ninguém que niio sot1b<>sse do meu estado gr ave de saucle e ngora veem-me corno se nnda tive.~se tido. Dcsde 1927 quo nii.o t-0mo medicnruentos e corno de tudo. Iloje emprego o meu tempo a fnze r bem aos pobrezinhos e à Snntn Igrcja. Desempenbo O!i s!'guintes ca rp;os grntaftos: Secretario da mésa admi uistro.tiva da Santa Casa da Misericordia desta ciclnde, seoretario da oomissiio fabriqueira do Culto Cat6lico da frèguezia de Santa Maria e secr etario do Apostolado da Oraçiio do Centro de Santo. Maria. Aqui quero fr izar bem èsto pon lo. A junta de snudo quo me deu inrapnz de seri·iço nctivo, niio ligou n doença com o serviço de cnmpanha e nssim nnsta conformidnde foi-me nplira.do, a reforma ordinaria rom o voncimento mensa ( de 461$00 (Jllllndo no activo tinhn. 1.250$00. Pnra um doente, mui to principa lmente do <'Oraçiio e com sete pe.'!Soas de famf!ia a seu cargo era para adoecer e niio pnra melhorar se niio fò<;.">e a inter vcnçiio da Sanifssima Virgem, pois quo com a miséria om que o refor moram niio po<lia viver, se niio fosse urna pessoa do familia., que todos os meses o vai socorrendo, sooorros estes que ger a lmente apnrocem com o jornalsinho «A Voz da Fatima». Com estes sofrimentos mornis, se nito fo88e a intervençito da Santissima. V irgem nii-0 molhor nva. Téìda a gonte da cidade d iz qun ndo eu passo, corno é quo F ... molhnrou, sendo tiio doente corno era? Pois vinm-mo passar sempre cabisbaixo e acabrunbado, o que ja niio acontere agora. D izem, eles, com os sofrimentos morais quo tem tido, era ma is para adoooer do que par a molhorar corno !ho ncon teceu. Mell1orei, l!im, porqne tive a Santissima Virgem por mim espnlbando a.a suas graças. Eia quis hon rnr um peca.dor tào grande corno eu o sou porque niio me considero merecedor delas. H oje é escusado dizer que sou u m d011 sous filhos mais dedicados que E ia tem em Braga.nça. Quando me dirigi a Ei a foi com tan t a fé • devoçao, e hoje comungo quasi tod01 01 diu em agr adecimento e r eparaçiio dos meus pecndoe. AbenQOa da doença, que embora me prejudicasse materialmente fes-me mnit-0 bem espi r it u-a lment e, po; m. aprorimar d08 Sant(asimos Sacramento•, d• ~u• tao esqueoido andaTa.

I


VOZ DA FATIMA l!lntre oe varios ateat;ados que uiatea

3

Peço poi~ para me puhlicar esta tiio

A criança que se coll!\el'V!lv11 nwll grnnA comunhào de urna Santa <le estado de ng1tai:ào, principiava de ai a pouc·o a i-, erenar e ussi m se consenou ::fant11. Mar"a.rtda. Maria arùia num conmais !3 <l1us dc doloro,;11 espcetativa, con- Linuo desejo du roce ber, como eia diz, 110 que tonho um f:lhinho para crinr e sou tinuanclo n6~ a dar-lhe :1 agun o n ped1r Deus do se u <..'<>raçùo e o C:orni:ào do &e• J.)ousn. viuva ~m ter aux:flio de mnguém. Nunca. <·om muitu fo a Nossa Senhuru. Resoh-ernm, entìio, o.; méclico'-, fazcrLogo desdo crianço. èste amor intenao Vos esquecerei, poi11, minha Miie Bon-ilio el:lgunda ,cxtraçùo do li4u iclo. c-omeçou a c.lominnr-.lho a nlmn toda. 01dita. Fe1,.~ a an:ilise rE!Sultando negafrva. \'1tmos como 1:<e oxpnme: Este caso vem confirmado por atestado Che10, J<t de espernnça nu. sua curo , «~ gronde alegria que eu tinha em da. Snr.• D. Candida de Jesus Pere1ra, do1xar o muodo, era. por pensar que baenfermeira do Ilos-pital, dizendo ser gra- inictou....o entiio um tratamonto O a de Setembro, (tre.~ meses de poisl) iamos via de comttngn.r a miuùo. Ln. fora 116 ravissimo o e.~tado da doente. com ole a F1ttima agrndccer u .Nossa. Se- rnmente mo pormìlam; e eu dnhn-me peOarrotilho e bronco-pneumonia. nhorn. j ta mnis foliz do mundo :;e pudes.,o ter ·., Aindn ficou por ulgum tempo com O Comunhùo freqùente e pa,,sar as noitea, Ant6nlo Maria Dlas, de Oliveira-Arcos de Valdovez, om carta de 17 de outu- l,racito direito imovel e a fnco contruidn, ~6, diant-e do Santhl!imo Sacramento, mns boJe oncontru-se compll'tcm 11m/e ,-1,- onde me i,entin nnmo. tal soguruni:u, que, hro ultimo, di!b-DOS; erubora eu fòsse muito me_d rosu, loio que «Tondo mmha filha Olinda Alice, de rndo. S6 i\ um grande milagre de Nossa Se- ml! Yi1\ neste lugar de deHcins, ja me nio cloil.;: nnos do iclade, com garrotilho e bronc..o-pneumoma, chamei o médico que nhora de Fttt,ma. utribuo o tor-so sah-o o leml,ran1m medo~. men filhinho que rido; e, conforme pro~as \·ésporn~ eia C'omunbiio (diz a qn:isi n nbundonou. A doenç11 indo de mal a peor, vi-a com- moti, venho por cste meio, tcstemunhar- 8nnta) ,entio-mo ahismnrla num tùo profundo silèncio quo niio podio. falnr sena.o pletamente perclicta. Foi t•nlào que de -Lhe a minhu eterna grati<làu. Quo No,:,sa Senhora o clefonda sempre, à. fori:a , pela gruodezn <In nci:iio que ia joelhos pedi a Nossa Senhorn. de F:itnna quo O protein, e que tome tnml,ém sob n fazer. R depois de a ter feito, a minha. n vida de ni,nhn fi lhinha. 1 Sei que 1mediatnmente fui ouv1da; pois sua gua-rda os ,-eus clois irmiiozinhos, 0 0 n,ntarle ora niio hl ber, nem comor, nem n<: > m fnlar: tanta <'on<:ol.1çiio e paz ,·er, quando o médico 1·hegou d1s.-.e-m<:> que es- quo dc tocln o mou corui:iio o com a 1111- C'u 1,entin. t:n·a linlva. nha mai» ard,mte fé, lhe ròp;o.» Esc•ondia-rne entào quanto podia, para. Atri buo oste grande fa\'or s6 à SantisEczema. nprender a amar o mNt soberano bem, fiima Vir!!:em do Ros:irio da l•'utima, e que lanlo mo npertava para. que lhe toraasim tenho minha filhinha sii. e C'om sauJ osé Laurentino Morgado, de Rocha- nasse amor com amor». de perfeita.. forte, l's<:reYe em 26 de Outubro de 1928: :C,te nrnor ardente de, ia, de certo, ir Junto envio uma velinhà. eia altura da ttTalll,o 011 como mìnha esposa, vimos cre~cendo · endo vE>z mai'< no elau,;tro. E peqnona. qu<:>, corno pobt·e, ll6 isso prometi agrndL'<:cr n .Nossa Senhora do Ro.,nrio de por isso dizia: acre.scido de nlgurnas comunhòesn. l F1Hima a eura do meu filho, pois quo 1 ,,Tonho um clc·wjo tiio grande da Sa.cle:-.cle u tenra idudtl de 4 di1w, 11uando grnd:i. C'-0munhìio que, ~e fog~e ne<·es,:irio Doença grave. lhc apnn~t'tlu umo. tPrril'el clooni:a, que os nmlar cle-,cali:a por um cnrni nho e.le l,razu, V ituria 8mde Cardoso, de Coiu, mfor- nu5d,t·o~ denomina,·am ecZbmll, sofrirnen- pare,:0-1110 <1uo nao me ,·ustaria nacla 0111 ma O seguinte em l1 de Fevert1iro ,ilti- to que punhn n pobre t•rian~·a num estn.do t·umparnçiio do qui, sofreria com a pri-ra1110 : gnn·t•, e para 110, pai~. mn1to cle~gòsto e ~-ii.o deste bem. Nii.o ha ,•oi"n nPnhuma qui' «Permitn-rue \1. que eu venha hoje muitu., somns gnsLamo~ pn.ra n ir o en- mo possa dar nlog1·ia ,wnsil'll ~niio est.e c·111npr1r uru dover sugraclo, pedindo !;(l 1 1,ontr:\Yamos mell1or C'Olll o nuxiliu <los piio de 11mor. Depois de o roo•(•ber fi co coùigne, public,ar no n?s,;o jorn~~nho «l'oz mèdicos. Pois cons11lta1110~ mu ,toi-. e d, re- mo :rniqnilacla dinnt~ do men Deu,i, mns de .f, at 4me1» a begumt,e not1cia do uma rl'ntcs ON., i,;endo os pr1me1ros trntamen- com alt:'gria tiio grande que nlgumas -recura que eu e uutras pessoas c-onsideni- tos recoitados pelo Snr. Dr. Albino Va- ze)I, durante a ncçiio de grnçns, todo o lente cspccial sta na Polyclmìt·a no Lnr- Ol(lll interior f"!ta num silencio e reApoitROl! uma. gm~de gra~a. Adooc•eu rnmhn_ mae . com urna _dooni:a, go de Cam<Ì<•s, em Li boa; o 11s,i1111 corno to profundo, pnra ouvir a voz dnquele ,1•1e que dcsde logo fo1 cons1derad,i mu1to gra- tarnhl;lll pelos nos,os métl1cos clt• e11tiio, o:. é iodo o contontnmento da minha nlma». ,·o. Tendo consulta.do vartos médicos, en- Snr-;. Alexandre Agrela. j::t fal~cicln, o pH«O meu ~obc-rnno po'I na minha alma. tre olrs um doe mais distinctos clinicos lo nind1i presente J\.1:iirio da ('osta, nmho, 11rn tii.o gr ande clesejo de O nmnr, qua me do Porto, e bil\·endo iseguido à r1sco. us do meu ( 'onc·elho do ( aclnrnl. · p11re1.•e ~e rlevin converter em rhamM de 1>111.1s prescnpi:òes durante alguns o.nos sem I Taml.térn consult1imos, no llomburral, o amor tuclo o que vojo, para que ibt-e Seresultudo nlgum, acnbaram eles por <lo- Snr. Dr. Ant.6nio !o'errun. Este mandou- nhor fos<:o nmnrlo no Sen divino Sn.cnclnrar a doença incunivel. -lhe dnr banhos que v1oram dar :ilgumas mento. Estava indrndn, sem poder nlimenLar- 1 molhorns no peqnono mns la de quando E' para mim um mnrtfrio pen~nr qui' -so_ por vomitar o que comia, e imp0!<.<11- em quando, eia Jho YO!tnYa que o deixa- é tiio pouco nmnclo e que tanto,; ,•or:.çnc'b.l1tada de qualquer trnbulho. Encontrn- vn num estndo de muito sofrimonto. E ns- ~e negnm ao •cu r>nro Amor e ~o e~que<>em ,•a--ae de.-;alentadn, ~m espernnças alg11- 1 sim se t.cem d('corrìdo 11 anos sempre com d,,Jo e o clesprl'znm. Se, ao menos, !'U O ornasse, nlgmn :l limns, quando uma. nos.-ui amiga lhe lem- 0 terrii•el mal. brou uma novena em honm de Nos--,a s,~No dm J:l dt• Mnio deste uno fui, vio terin o 11ll'tl Cor,1i:ii.o: mns sou a mai• nharo. de l,'ntimn e lhe deu uma porçii.o minha 08posa e O Jl<!<Jlll'no pela pnmeirn ini;tri\ta. e infiel de todas as criaturM, porde agun da <.:ova da. Jria. vez n L•'titimn u pe<limo~ t·om mnita fé ÌL qne pa.<1~ uma vida inteirnmente aenqual Fez~ a novena e experimentou algu- No~sa Miie dos .Af!.tos e Hainha clos no nmor de mim mesmn,,. mas melhorns; rnas ~tavam muito longe Céus, e no 110~0 amndo JeM1'i, de sercrn unrn cura completa. Cornecei a Graçns ii Santis~ 11111 V1rgem , niio voinsl!innr a Voz do J<'atima e li nele a cura ton 111111-.. i'.-stl' torri,el sofri1mmio, e teduma. Senhora que tinha feito umn nove- mo:. fé que llll'U filho csta t' urndo. «Meus l'ilhos (dizia o Sunto Cura d'Ara), na de teri:os, bebendo ero cada dia duPeço a V.• H:ev. 111& que mnnde publiear quela ngun milagrosn. C'om umn fé, qno no no,,so jornnlzinho a Foz <le Fat1111a,, a nào é l'Oisa. de puuc!\ importancia a pala· nté entiio niio tinha a.inda sentirlo tiio vi- cura <lo meu filho. Também tenbo n hon- vra de Dem1 ! A< pr1me1ras pa.lavras de Nosso Senhor vamente, prostrai-me aos p és de uma rn de 11er assinante e muito gosto do o ter imngem de Nos.~a Senhorn, p&di-lhe de e fnzer sciente u mais olguém as l\foro,•1- a seus Ap6,.,tolo,; foram cstas. c<ida e enlagrimM nos olhos a sa.ude de minho lhna de Fatima. Voltei no dia 13 de Ou- s1nn1 ... ,, para no.'i fazer n~r quo a rn•trn· rniie, e comecei a novena de terços, niio tnbro corrente n Fatima agradececer 11 ~·iio roliitio~n. est:i nntes de tudo. O qu 0 é q1u, no, fnz oonheeer a. nosaa hehendo a ngua. milngroso. por nii.o a. ter. N .• S.• a cura do meu fil ho. Espero e t.eP as.<iados doifl dias comei:ou n melho- nho fé na Màe do C'éu e nt\ noss11 Advo- Rollgiiìu? Fornm a~ instruçòes que ouvirar, e depois de conclu ida a novena 'lOn- g11dn, que me ha-de dnr auxilio pnra. vol- mos. O que 6 q11e nos d(i. o horror no peti u-se muito bem, e continua na melhor tar mais algumns vezes com minha farni- cndo, ... nos fuz aprecinr o. beleza eia virtudo,... nos inKpira o de.'lejo do C'éu? A• disposìçiio, entregue ja à sua vida ordi- li1i nqucle Santuario hemclitis.'-limo,,, i nst n1i:òes. · naria de trabalho de casa. O que é que fnz conhec.er aos paia • àa P am honra e gl6ria de Nossa. Senhora mii.es os clev<'res que teem a. cumprir para. de Fntima pede 11, µublicaçiio d~ta notfcom seus filho~ e noe filhm1 os devere• que cia. a mais humilde dn~ Servas da Santeem o. cumprir para <·om seu,i paia? O tissima. Virgem. eMino da R oligiiio. Meu\l fi lhos, porque h:t tantos ceco• e Meningite tuberculose. «Agueles que niio teem F é (fnla. o Santo tantos ignorantes? Porque se niio fu neMaria de Lourdes Parrelra Blano, de Cura d'Ars) trazem o. alma. bom mais ce- nlmm ca~ da palnvra de Deus... g1\ do que aqueles quo niio teem olhos ... Li.&boa, diz o seguinte: Com umo. pl''ISoa. instruida podem011 aemAndamos neste mundo corno que dentro pre contar. P elo contrario, urna peuoa. «Foi em Junbo de 1928, qne o meu fidum nevoeiro, mus n Fé é o vento que qne niio P in~truido. na sua Religiio, é lhinho Ant6nio Maria que entlo pouco mo.i!I tinho. de 3 anos e meio, ndoecen di~qipa este nevo<:>iro e fnz brilhar sobre a corno um do<>nte na agonia. que ja niio nossa alma um lin cio sol... tem conhecimento: Niio oonbece nem a gravemente. Deixemos fn lnr os munclunos. Ai I Co- grnncleza do p<:>caclo nem n. belezn da 111a Trés dia., depois, declaro11-se-lhc urn~ meningite tubercuLo$a, confirmada. pela. mo hnvinm éles de ver? Estiio cegos. Fi- nlma., n(lm o preço dn vir tude; arrnata...H zesse N. Senhor J esus Cristo, hoje, todos de pecado em pecndo. anali110 fe1 ta no lfquido raquicliano. os que foz na. Judeia. que élee Mens filhO'I, mnit1U1 vezes medit<> que a. O médi co deu o pequeno por perdifio. niio milugres noroditnrinrn. mnior parte clos cristiio11 que 110 condenam , Nadn havio. a fnzer. . Quando D6'! dizemos: uEu creio, 6 meu Todos em Cll8:I fico.ram d81!1orientn.dos e Dous, e u creio finnemente, isto é, sem o. condennm-se por fa.la de imtruçio ... u eu, como miie, apesnr de ignorar ainda menor d11vidn, sem n menor hositaçao ... a 110ntenc,a. do médico, ndivinhavo,-a e es- oh I se n o..'! rompenctras.'lemos bem destna Para mandar cantar um cego tavo. inconaolavel e aem forçrus para cois.'\ pnlnvrns: eu oroio firmomente que estais a.lguma.. Um liVTe pensador conversavn com u• presente em tòda a parte, que V61 me vèNa noite em que ile esteve peor ·· 1•10 des, que estou diante dos V ossoll olhos, seu amigo, em casa dest-e, quando cbegaqua o médico dizia que devia entrnr em que um dia ou mMmo Vos b ei de ver oln- rnm duM religiosns, que andavn.m pedinconvul.oee, daa quaia jli tinha prenuncios, rnmente, que gosarei de todoa os bens que do l.'Smoll\ para um asilo. lembramo-n011 de o entregar, como ultimo me haveis prometido I... En espero que O dono dn caso., oomo de costume , foi r eoul'90, a Noasa Senhora de Flitima ; e me recompenso.reis de tudo o que tiver generost> com olas ; o que levou o impie a UtnA 1rande amiira n<>&sa., oomei:ou a darfeito pc.ra Vos agra.dar, porque Voa que- observar-lhe, com mal disf:uçado 10rri10 -lbe oolherw de AiUa de No.saa. Senhora ro IUllar 11empre 1... ,, 01100.rninho: e pos-lhe eoi. a. cabeoeira uma Sua Ima«Por qnnnto t e licario, na roda do ano, Oh I oomo èate acto de Fé, que é tarn1ea. bém um acto de amor 1upriria tudo l. .. n ns vistias destas mulheree, que bea pod.-

a o men proces&O com que fui presente à. iranda graça. porque ~im o prometi. junta. de so.11de 9 quo podem ser conaultaAgora. digo à. Virgem da Fatima urna àos no Ministério da Guerra, ondo dovem e mil -rezes obriga.da que me curou pois

estar arq1,1ivados, mando c6pia de dois que ae V. Ex.• entender que devem ser publieados com esta fra.ca oxposiçiio, mas que é a expressii.o da verdade, pode publica.-los para honra do Culto de Nossa Senhora da Fatima.. Bragança, 19 de Dezembro de 1929.

Amadeu da Oonceiçllo Ro:i:o ATESTADO

Alipio lle Abreu, sub-delec,ad-o de saude io concelho de Brac,ança. .d.testo sob palavra de honra qu.e o Ez. 010 Sllr. Tenente de Ln/antaria n.o 30, Amadeu da Gonuiç<Io Rozo, /oi por uii1n observado em 1919, numa_ ocariào em qtte estava so/rendo de uma r.ohcu hepatica, notando , nesta ocasillo, t ue, àlém do seu. lievatisnio, sofria do coraçllo -hipertro/w. do venlriculo uquerdo e arritenei3 - de entiio para. ca tenho-o diver!<ls vezes tratado de Jreqilentes colicas hepaticns, constatando também que o coraçào - perturbaçDes - se nlio teem agra.vado, lambém nlio teem melhorado. Est<ni, ab.wlutamente con1Jencirlo de que estas doenças as adqu.iriu durante a sua per111ané11cia eni Africa . Por verdade e me ser pcdido -pas.,o o prrsente que assino. Brauança, 11 de Marro de 1926. (a) AHpio Ile Abreu. (i:;euue o re!'onhecimento do notario). ATESTADO Manuel de .Jesu.s Fer11andes Torres, Oapitào-.JL édico. A te.~to que o Snr. Tenente i e ln/antaria n.0 SO, 1lmadeu da Conceiçlio RiJ::co, tem sido por mim tratado, deade flle ~eio de Africa em Setembro de 1919, 11arais vea:ea de c6licas ftepaticas sendo a ultima. vez em, 19 de Fevereiro' p<1ssado. So/re, também aritanis, docnça que o pede de qualquer es/orço /lsic1J e moral. Durante a $Ult estadn em. ,I/rico desde 1908 a 1910 e 1917 a 1919 sofreu b~stante èe /ebres palusl re.,, ent;e as qu11 is uma / ebu bilioMt em 1908. o meçou a aofrer de c6liras hepafiras t'm 1918, durante a. .tUa. e.,tacla eni ,f/rica. A-pesar do3 tratamento., /eitos enl re 0 ,, quai., dois naa Termas do Gerez, () .,eu. e.,tado teni-., e agra.vad? sempre. Por ., rr wrdade e me ser pedido, pa.,so o pre.,entr que assino e iuro pelo meu orau de Doutor. Braoança, 19 àe Março de 1926. (a) Manuel de Jesus Fernnndes Torres, Oapitllo-Mhlico. (Segu.e o reco111lerimenfn do ntrlario).

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Ulcera no estomago. Maria da costa Terra e Sousa,

pozende, em. carta de Ja de mai o de Rsdo ano pnssndo dìz-nos: «Venho por esto rneio pedir a V.a Ex.• o g~·ande favo r de publicn.r no seu jcrnalz1nho o grande milagre que a Virgem do Ro~nrio da I?tttima me concecleu. Sofria muito do ootomngo, i;ofr1mento borror°"'o, quasi clois anos vivi neste loniO ma rtirio; no dia 14 de Dezembro de 1927 <leu-rne um grande atnqnr, 1\onde èe'itei urna gr.ande qun.ntidade de sangue pela hoca e estnva. num estado tiio grave que tive de dar entra.do. no ~spital de Espo:oonde. A9,;i m neste estado prepnrei-me para morrer, n o e ntnnto sempre com urna crande fé na Virgem do R oso.rio da l•'atima. que me havia de curnr, o.pesar de e meu médico n~istente declarar que eu Jtio tinha. cur a visto ter uma ulcera no estomngo. Cotnecei depois quo dei e nt rada no H ospital, urna novena em bonra dn Virgem ilo Rosario do. Fatima e bebia agua de Nosea Senhora em jejum; logo quo comecei a novena dnli a 24 horas ja nii.o deitavo. aangue nenhum. Estive om convalescença até a.o dia 25 de Mnrço dio. om que sa.i do Rospitnl. Fiquei completamente boa graçns a Nossa 8enhora da Fatima. Dar a 15 dias que saf do Hospita.l tive •ma pleurisia e na convnlesceni:o. tive mais urna intricolite de que tudo sa{ bem iraçae n Nossa Senhoro. do Ro11ario da Fatima a quem p&di n minha cura com 1rande fé. Hoje encontro-me completamente bem, trabalho e desaes sofrimentos nn.da sinto. Durante n. minha doença premeti se N<>BN Sehoro. me caratee ir agradecer-lbe e,o lu&ar bandito da. Fatima. • le-n,r-lh• ama 861llola pedida Hoi• pois, aqui venho agradecer-lhe iio arand• milngre e entrecar-lhe a 41nantia 4ie 7!100 escud<>i que a.rranjei da. -ola 4fH pedi.

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O alicerce de tudo

Aexcelencia da Fé

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VOZ DA FATIMA

4 ri1m1 ter outro oficio, sem a.ndar a pedir P - Ora ... Obrn de 5 escudos por cada 'l"isit,a.. . - E M quanto tempo sll8tentas &se encargo? -Todo. a. vido. assiro tenho feito. - lfaluco I So tivesses posto a juro ~e dinheiro, poderias hoje andar de autorn6vel. - Entiio tu uunca daa nada p11ra aa obros religiosa.a P - Eu? I. .. Nunca I Nem um cent11vo I - Bem esta... Niio te esqueças, entllo de me convida.r, quando safres a posseio no autom6vel qua deves ter comprado, oom as tuos coonomiils ... O Iivre-penSlldor ... emba.tuoou. P orq_u~, a-pesar-do nii.o dar e.qmola nem às Irrnamnhas nero a. nonhumo. obro. cat6lica., a 'l"erd~do 6 que ns suM economias niio chep;o.riam pare. mandar cantar um oego. TOdaa de~apnrecernrn por snmidoiroa varios ...

-----------------Um caso notavel

uDeu-so h.:i. poucoe d'ia8 um Ollso (é a Unl4o do Rio de J aneiro, de 5 de dezembr~ que fnln) tii.o sugestivo e curioso qut> julgamos dever publico.-lo. , . Urna jovem, negru, educada. no Col6g10 da Imaculndo. C'onceiçii.o das irmiis de caridnde foi servir em caeo. de 11110. mo.drinha e protectora, corno famulo.. F'ez-se not_nr ai por um exemplar comportamento, ptedade e constante bom bumor. Todos os gue conhPceram e. Terooa. - o.sa1m se cl:1.\mnvn. alo. - a estimnvam. Vendo-a diar1amento, nos podemos o.testar n. bene\·uléncia com que, sempre alegro t r atava a t.od06. Infoli?.mente uma tuberculose galopante reclamou a. retira.dn. dola, e a. su11, internaçiio no hospital de C'ascoduro., i;ervido pelo.a irmiis de co.ridade. Tre.s din.s antes do. sua morte, indo visi~la a. madrinha, mamf~tou-lhe ela o ardente dosejo do receber n fita de filha de Maria. Nos pom-os dios de suo. osta.da ali itt tinba. morecido tanta. simpatia de toda a gente da casa e especialmente do.s santas irmiìs qua fifril foi de obter do Director espiritunl o,;,,.a grnçu. Ali, junto ao Jeito dn. padeutc, reunirnm-1!8 com grande alcgrin a 6 J?1lhas de Mnrm do hospital entou ndo cil.ntioo;i assistindo ii emociouanto cerimonia. Nndo. far.,a prcYer a morte proximn. Do1s dina dopois v6Rper:\ ùo fnloc1monto, umn dn:; l'Ompanhoiras do enfermaria reforrn ii 1rrnii do Caridade 11111 sonho <1ue muito a 1mprossionou. Viu apr6ximar-se de bOu leito Nos.q11 Sen horn dir.endo-lhe: - «Vim hojo huS<·ar 11mn de minhns l1lhni11,. • - Seroi euP - re:.pondou n. dormentf>. -N iio - respondeu a visiio - V ou bu,;cnr 'uma quo osta vestiùa. de branco, com lirios no poito e hrancn.s ro,-as nos pé!,. ---A.qui na enfermnrin nilo ba nenhum11as.~im - disse n menina udormecidn. -Vou vér - disso Nossa Senhora, qua imoùiat:unente desaparcoeu. Acordnndo a manina, contou, muito impro.ssionadn, o seu o;oubo à. irmil. Na mudrugnda des;;ii noite oxpira\'a n. boa Tore<,ll. ·Avì~ada a mndrinhu, foi :,,go no boepital acompa.nhada. de umo. amiga, levnJ1do Jirirn e a amigo. le,·anùo 1·os:t8 •Jruncns ; com 0-~soa tlores 011fo1 tiU"am a morta exnctnmento t·omo foi tlescrito. rio 110nl;o de que nào tinham not.icia algumu. ('~mpnrecendo ao funernl com rui Filbos de Mnria, relatou u irm,i. de Cnrido.de muito corno\'idu o souho da rno11nin.. .Estu ignorava até entìio a ronhza~iio do !IOU sonhon.

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Subscrlç~o (Jun ho IÙ 19t8)

JlnYi aram cie1 tlSOt.dcs para terem direito a r eoeber o jornal durante um ano : h w a . Sc,a,ai, !!da.a Newtoa, P .e Joa,

Lourenr,;o .l'tm ira de !\la.tos {15tilXJ), .Ma- pelo correio, niio s6 por niio haver -Ora. - , muito a serio. nuel doa l:la11w11 {lb:;iiOO), lnac10 Autòn10 E continue., ~ecla.ra.ndo qua ni • r;osta pessoal para todo esse serviço maa .Murques, 'l'eoùohnda Maria do Nascimenno.do. do seu nome de Oristiua., e8fl9 noto l< re1Las, J oaqu1m da S1lva Carva!.ho, também porque supomos que t.odos me gue, por devoçao cristi, e para pòr a Murrn Alves M.oreira dos Santos, Jo~é os queridos aasinantes da V oz da sue. a.filhada debaixo de. portecçio esp&.1:fruz {12i00), Aut6nio Garc1a Pulido de tima, levados pela sua grande devo- cial daquelo. grande santa., a. sua. madri,. Almeida, l•'irmmo Abrantes, Murgarida çiio e amor a N:ossa Senhora, siio tio nha. lhe deu. du. Costa Albuquerque, J osé .Augusto Piree E depoie - de_c lara - quando voltar dos Santos, Maria. Luisa de Sousa ltosaclo, interessados como n6s na difusao do paro. a. sua terra, guer viver a sua vida (assim no-lo dizem jornalzinho, que P.e JoaqULm Teixeira de Sousa, Ant6nio quer ar, horizontes... guer ver mui~ 1'~er1·eira de Magalbiles, Mn.ximiana Toi- e estamos inclinados a crer) tanto ·muito.s coisn.s para poder oompa.ro.r e eaxeiru. da Rocha, Custodio l•'orna.ndes Soa- bem tem feito nao s6 em Portugal colher. res de P1nho, Mn.1·ia Emilia. Augusta de mas por todo o mundo àlém. -0' Cristina., se a irmii Superio1,a te Brit.o, J osé Moreira Lopes (25$00), J os6 ouvissel Ha anos que mandamos roAnt6nio Monteiro Ant.onio Mnrtw Pel't!as Cri.stina esta desenfrea.cla: Ah de jornais (sao muitos m1- sim, a irmii. Super iora., essa tolheu-a nu~ reirii, Mn.vildia de l~reitul! Mascarenhoa los .Andrade,' Maria Martins P roença (20$00), lhares) a diversas pessoas que ma idnde em qua se niio podio. defender Virginia da Conceiçiio Almeida, Ofélia os desej am ditribuir e difundir mas ngoro. entendia qua ja tinho. ouvid~ Rainhn., Amélil\ Mata-~, Candida Tenreiro a clevoçao a N. Senhora de Fatima. sermòes bastantes para chegarem para. toFolicidade de J01;us Barroll, Francisco Pe: da n sua vida. Est;n.va farta. de negrura.a reira, Jo~efa. Rosa l\.foreirn Armanda Desejamos saber se fazem a distri- de main.s-tintaa; a.gora querin. gozar, di~ Franco Ilessone, Maria .Augu;ta dn Con- bui'ç'ào e se continuam a fazer algum vertir-ee, dansn.r, ir ao teatro ... querin. .. ceiçao, Ju<itinn. de Sousa Oliveira, Maria. bem para, no èaso contrario, interSao ta.utns as coisas, que ja se niio sabe J ouquina Aguo.11 Cravo, Maria J osé Pon- rompermos a remessa evitando despe- bem o gue eia. guer. tes, Maria Jovitn Vila Verde Alves de zas intiteia. -Mns os teus doentes e o teu diepenFttria, Alfredo de Oliveira Serrlio, Tidn . sarioÒ o catocismo dn. tua. frèguesia? Magalhiies Varela, Loopoldina Lobato - h, o catecismo, e~ acabou; estou Florentint\ Machado, Elmina do. Cruz Cor~ farta. Enguunto ao dispensa.rio, reremoe. te, Ana. Moria de Frina, José NWlos CoeA miie fita-a, eepantadn., sem perceber Alta, <loia lindoe o~os, 22 _n.noe, per- o quo foi que lhe deu. lho (20$00), Jonquim l\.!nrtins Sonres Junior, Ant6nio l\{acbado Guimariies Joo.n a. tencente a. uma familta de aér1as e exooCristino. continua., estonteante a eetonFe_rreira Mngalbiies, Gertrudes R égo Cor- lente.s tradiçoet11 Cristina. V. tinba von- ten.da,, niio fica por agui. de se casar, o que, alias, seria para to.de de1ro, Manuel Antunes Mota., Ant6nio O capitilo quo iugero a. sua teroeira chiFernnndes Lisboa., Elvira. B. Vieira, Ana. eia um p!U;§O aoertado. car a de C'h1t, vai remexendo o aesucar, E aste o seu desejo, tanto mais que no mu ito dsvngar inho ... Carlota. de Bnrros e V nsooncelos, Mario das Dor~ de Castro Lopes (20$00) Ma.- chalet visinho daquele onda moram seus • rin dn Encarnaçao Da.rito, Ant6ni~ Vaz pn.is, habita um joven e brilhante oficinl • • Pn.to, .Em{Jio Cnrdoso, Alice Martin<! l\fa· de art11hari...'\, que incontestàvelmente Jhe E' de cr er quo Cristina ultrapassara no, Baltaznr Mo::cia de Matos, Gt·ilhermi- presta umn certa atençiio. .As rapnr1gns nao precisnm de muito o seu fim; urna a u.ma, como olhocs gue se na de J e,,ms Graça Reboln (15$00), .Ana cerram, fecharam-se as ja.nelae de vario• de. Conceiçiio Neves (75$50), Maria Au- tempo pn.ra descobrir eet;as coisas. Enconchalet6, chegou o fim da. semnna. e a f .,. gusta R. Cunba o Almeida, Brites Teles travam-se nn. praia. deram a.lguni, pnade Oastro (15$00). Isabel C'onstança Mal- seios, dos quais mais duma vez volt;a.rn.m milia de Cristina dirige-se para. o comboio sem que nenhumn. pa.la.vre. lléria se len, Maria da Pideade R ibeiro da Costo. ju nt.os, conversando a respeito do mar Angela. de Sow1a. Pinto, Ana Rosa da Con~ dos lindos efeitos da luz, dos pesco.dores: tivesse trocado eòbre o importante n88unceiçiio, Amadeu da Conc:oiçiio Roxo, A nt6- do pesca., etc., etc. , conve1'6aa esta.&--de- to. No ultimo momento Cristina teve llDl nio Joaquim l~erreiro, ]<'rnncisco Ant6nio vo dize-lo - quo niio OMDl positivamenraio de esperança... Q. capita.o chega.va à dn Costa Diniz, Maria Eus6bio Caleirns, te todn. a. axpressào daguilo quo pensaestnçiio I Mo.s est11 esperança. foi de curta Bo1ttri11 Lopes do Almeida, Augu!lto. Hen- v-am. O pior é que setembro estnva quasi no dur açao O. oficial era. uma. possoa educa~ riques Ferreira, Norberto. da Conoeiçao Rnmo~ Monteiro Pnlmu. (20$00), Manuel fim. Os cbalets iam-se fechando, una ap6s da tinha. sido recebido e por ÌB90 vinha di~r a.cleus e deseinr umo. boa viagem. Cabrnl Botelho, Isménin Loite Barbosa, outr•u, a famflia de Cristino. deixa.rn a. A maquine. a.pita, os lenços agitam-se, Salvador Nunes de Olh-eira (20$00), J oo.- praia no firu da samann. e o cnpitiio tammas niio o de Cristina gue precisa dei. quim Honorato (20$00), P.o Afonso Ja- bém partia brommente. cinto Soares Forreira, Francisco do FreiSe daqui até lit qualquer coi,;a 11e deci- para enchugar !Ui lagrimas. Escondida., tas Co.pelo, Margaridn Gomes de Souso., de, ontiio ade=, aco.bou-se tudo. E por- cboro. desolndamento sobre umo. felicidad• Conooiçào da Purificaçii.o Fernande.'I, Lui- que tiera que amda uadn so disse nesse que julgou til'.o pl'6ximn e que agoro. reputa. tiio longfnqua. sa cle Je~us Gonçalve~, Manuel Francisco b811tido? • Es<"ovnr Canada, Ventura José de CnmUristmn nnaliea e torna. a a.naHsai; • • pos, Ant6nio Jt'rago.so, Maria Jos6 Costei- èsto problema. na sua alma. inquieta. O E eu voltando para a praia com o raru, Concau;iio Morgues Rodrigues, Olinda ca1Htù.o é m0\'o, alegre, muito nctivo. Aire!! N'eves, P.a Martinbo Pinto dti Ro- Quom sabo se O.'!-'>& rigidez dii fnmilia. do- pnz, reputai-me b1111tante intimo para lhe chu, Domingo,; de Sou1,a Roriz, Maria de lo, tuo llérm tiio tradicional, tio cristi, d1zer: - Capitiio, tinbn feito um sonho. Azev<.><lo Mnin (14$00), Virginia Menezes o nii.o asi:msta um pouco? Ele parou e olhou paro. mim: l\fortitlR, Ann. Pires da Costa, Mo.rin AlAto o proprio uome de Cristina, elo - rm sonho I Tnmhém eu fiz uro. ve,; dos Snntos, .Tonna Angusta Henrigues devo acbar indigeoito. - Cristina V.? Nunes, Jnaquim Francisco Voloso, Joao E se ela so ro.solves,;e a m011trar-lhe - Quem lhe disse I. .. Fcrrcira Dins, Anl6niu Simòes Duarte, qua ,-e engann.,·a, se oli\ lbe provasse gue - Oh, aclvinhei eu ... Ji.l da{ P... Joona Xobre, Jo~é Ferreira. Caxarin, Ro- tnml,ém sabia. i:;er divertida corno as ou- E dai, tudo me ugradnva, tudo, o sn di' ,Jesui1 Rodrigues rlos Snntos, Caroli- trntt, se elu se fizesse um pouoo mais género de famflia., o meio, a rapariga. na C'orrei:I Viveiro Vieirn, Ant6nio Do- moderna? ... mingues Ferreira, A.nt6nio da Costa MiJ u:ftamente, essa tarde, debaixo do tol- Ontem à noite estavn resolvido a fnlar, lfriM, Jncinto c!n. Costa Milfrins :Manuel do_ d~ pram ia. h1wer um cba. - o 1iltimo1 quando de rapente a i;enhora. D. Cristina da Costa Milicia~. ' tnlohzmenLe - e o caiptiio era nm dos começn n expòr tois teorias, qua à ultima .Tornai~ nvulsos o donntivos vario1:1: convidados. E Cristina, preocupada, re- hora recuei. VocA compreendeP ... Vonho Lncinno de ..1\lmeiùa. Monlciro, 285$00; volvìii n.s gavetM 1:1c1smando: se -,u Jo,;,;e dn. guerrn, tenho fome e sede duro lor caldc llhavo (Mnria F<'rnande·;), 115$00; capiti.io de artilbnria, qual serio. u. blusa .. mo e sel);uro ... Repito-lhe, tive piedo ... - Voce, ca.pitito com medo I. .. n1i igreja. da Canclc!Hi11. (ilhn. do Pico), qual o v~tido ... guai a écbarpeP ... O - Que quere, onheço fanto., ramarado, 60$00; P .e Augusto Duriio Ah-es, 60$00; re:sultudo cléste cogita1· foi q ue 'Cristino Maria do C"nrmo Pire~, 7$50; Manuel foi para. u prai1i, a.parentemente muito irremcdùlvelmente d eagraça,do., l\foin, 30$00; drios tissinonti>s do Santo desproocupnda, mas na reahda<lo niio • Tirso, 65$00; Mada dns Dores Tnvnres de tendo d~uidado neubuma di ligencio. • • Sousa, 70$00; Emflia Nun<'s da Rochn, para fowr o oou efeito. Qu<'ro oqporar qua a coiso. aindo. tenha 60$00; Joào Albino Cust6,1io, 36$00; Al ·Meu amor dis,;e..lhe a. Miie, com toconcerto, mas ncabo de escrever à rapa~ino Coelho do Roma, 95$00; Alborto Ju- da II cerLeza va1s-te l!Onstipar. riga urna destas sar abandas I. .. ho Monnt, 175$00; P.e Manuel Nt>greiQua 1de1u I... Nii-0 hli peri go. ··: ..................... ...... ros, 2!,0300: ,Jo•c< Lop<'s Dins, 8$00; In-I<.; qua exquisito pentendo tu arranternodos do. Asilo ~e 8. José, de 'Rrngo, jaste I E bom muda.-lo. 31 $00; Moria. Mntilde cla Cunhn Xavior -J•'az uem ÌI. rnfa dos cabelos ... O pecado de Judas nn Ìj?reje. do Snj?rndo Coraçilo do Jesm,; -Os meus nii.o precì&am désses cuido.em T,isboa, 83$10: N. R., na i1?rejn de dos, ob,servou o pa.i que ero calvo como - Em que consiste P S. l\famede, em T,isbon., 8$00. a palmo. da. mii.o. - Em e..timar mais o dinheiro gue lhe Dai a pouco chegou o capita.o, todo ofereciam os Fariseus, do qua a amizo.de èle de ponto em br a nco, maa, como vul- de J esus. garmente se diz, parece nguo.rda.r os ncon- Mntiio, ha hoje muitos Judas 11 ... AVISO tecimentoa e deixa.- estar no. espectati- PorquAP - P orque ha muitos que aceitn.m o diEsperamos 4ue os nossos assinan- vn.. nheiro e os empregos que os Fo.riseus lhea Os aoontecimontos favorooom-no, pois tes em <livida nos enviariio directa- nei;sa tarde nao é s6 na toilett,e que Cris- g rangoiam, com o oondiçao de que o.tra i• mente em vale do correio ou carta tino. ei.1;a. sendo ertraordinaria.. A sue. çoem a J esus e n sua R eligiao. registada a imporlancia das suas as- conversa cauaa surpreza a muita. gente. - Niio lhea i nvojo a sorte. Terao aqu• Com n. sua. cbfcar a de ché. na mi'io, re- la quo teve J udas. sinaturas, minimo <le dez eacudos mexendo o ossuMr devagar inho, o cap ipor ano. tiio ouve-a, responde-lhe, pr ovoca-a, reMuitos nos envinm generosamente pliea-lhe para de novo a tornar a provo«Se tens postas oa t uas deUciaa em quantias muito maiores e é por isso car . Deus, gueridn. jovern, se n.mns o gue 6 ela. E Cr istina vai de vento ern popa.1 fal a vado, sobrenatura l, t udo o que é vii te que temos podido distribuir gratui'.sem parar, d iz t udo quanto 1he vem à on- causara n ausea e todaa aa frechaa ervadaa tamente uma g rande quantidade de beça, aem 98 importar com os ohs I... é os de amor munda no ee desponta.rito .:e:, bat&jornais, c:!ie;ra.ndo algun.s meaea a oi- a.ha t... o;;candaliudos da mie e du tiu. rem no teu coraçio abroquelado eom e tenta !:lil. -Criatina, tu nio eetu a falar a 8'- amor c!e Deus.» Nao mandamoa fazer a cobrança r io. P . J . de JJou ~- .] .

Fa-

Forno o sftdo dum lar ca Imo o soguro ...


Ano VIII

Leiria, 13 de Fevereiro de 1930

N .0 89

[)( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA) Director • Proprietario : - Dr. Jfanuel Marques dos Sa ntos Empr!sa Editora e Tip . Ur,iao Gràfica, Tra vessa do Despacho, 16- Lisboa

Admi niatrador: - Padr e Manuel P er eir a da Silva R.edacçllo e Admini straçllo: Sem inario de Lei r ia

CRÒNICA DE FATIMA

As cerim6nias oficiais O tempo agresto o chuvoso impodiu ,quo o ooncu rso do perogrinos à Co-va da !ria no dia treze do Janeiro fosso tiio avultado corno om igul\l dia. dos doi& mesea &nteriores. Os llcios religiosos comomo,. ra.tivos das apariçòes o dos suoessos mara.vilhosos rcalizarum-se por esse motivo, niio na capela das tni11sas, a.o fundo do par vilhiio dos doontes, corno é costume, mas na igreja du. Pt>nitencinrin, recentemente edifica.do. por trai; do mesmo pavilhào. Os fiéis encbiam completamente o vasto e lindo t-emplo, sendo a multidiio tao numerosa o tiio densa que ninguéin podia. aioelbar-so, nom mec,mo durante a santa Missa e durante a distribuiçii.o da Sagrada Oomunhiio. A concorrencin de pessoas das povoaçòcs circumvizinhas, que teem a. devoçiio do i'r ns.~istir todos os meses à missa dos doent-es, intonsificou-S& à medida quo so io. aproximnndo a bora do meio-dia solnr. Um quarto de bora antes, subìu ao alta.r-mor o oelebrnnt-0 1 dopois do todn n assist.oncia tor rozado em voz alta o simbolo dos Ap6sto1os. Acolit.arnm dois chofes do servitas. 0s fi~is acompanbavarn com visivel dovoçiio as diferontes partes da. missa, cujn significaçiio era explicada pelo rov.do dr. Mnnuo) ]rforques dos Sant.os, cape)fio-èlirector daa associnçòes de aervos o servns do No:;sa Senhora do Roaario. Em seguida à elovaçiio do calix, cantou-1;e um cantico pi0<loso em honra. do Santfssimo Sacramento. Depois do ter tomado o precioso sangue, o celcbrnnLe adminh;trou o Piio dos Anjos a. grande numero de pessoas do ambos os sexos e de todns us idados e condiçoes, devidnmonte preparadns para esse acto pela confi~1o $acrnmcntal. No f im da missa. deu a. bençiio com o Santissimo Sacramento n.os onf&rmos, cujo numero era muit.o reduzido, e, clepois de canta.do o Tantwm eroo com a re.'lpNtiva oraçiio liturgica, a bençiio Jt<'rnl a todo o povo. Concluidos os actos rel igiosoe, o rev.do .fos6 do Espfrito So.nto, wloso paroco do Reguengo do Fotal , revestido de sobrepe,. liz e E-stola, falou durante cerca de meia b ora sobre a Snntf1111ima Virgom, estrela mistica figuro.da pela estrela misteriosa gue aparooou no Oriente aos Reis Magos e os p:u iou até junto do prcsépio de Deua-Menino recemnascido. Por causa do mau tempo n iio se efectuaram as procissòes do oostume. 0 s peregrinos retiraram cedo para as suas terras. Ante& do ca.ir da noite, j a n iio se via

um s6 nnquela ost6.ncia. bemdit~, patrio. dilocta das almns crentes, dooo encanto do roundo cristiio.

Peregrinaçlio Nacional Vicentina a Fatima Do diario cat6liC'O de Lisboa oNovidades», numero do dia vinte e tres do Dezembro findo, transcreve-se com a devido. v~nia o local seguinLe subordinada à mesma epigrafe: «Por dolibcrnçio do Coru,elho Superior

A comis.'lii'.o conta muito brevemente, depois dorecober a devida autorizaçiio de S. Ex.ola Rov.111• o Senhor Bispo de Leiria, publicur o progrnroa e condiçòos da refurida peregrinaçiio o doscle ja pede aos presidentes dllS Oonferencias de todo o Pa.is quo façam a. mnior propaganda juntò dos seus confrades o os incitem o. tomnrem as 11uns di;;posiQàes, pnra se incorporarem no maior numero. A peregrina.çii.o po.rtira. no dia. tres de l\faio que ~ um feria.do, e regressara. no Domingo, qua.tra, e nela podoriio incorporo.r-S& os Vic-entinos e suas fnm{)ias e

porte dos do Sul trn.tado pela comiesiio c•entral de Lisbt>a. Est.a, comisl>iio 6 constituida pe109 srs. Francisco ScrzC'dclo Amorim, Adrin.no Son.ree Leite, Mo.rio Neuparth e Alvaro Mondes Simoos, podendo qualquer correspondencia. sobre o ussunto b8l' dirigida para casa. do primeiro dnqueles senhores, aqui em Lisboa na. Ruo. da Socieda.de Farmaceutica., 37, 2. 0 , esq., ou para o presidente do Consolbo P11rticular de L11boa, sr. Jo-..(, Augusto Pais .l<'erreiro, na. Rua de Renato Bnpti1:1ta, 83, 2. 0 u

f atima em f rança

O Snr. Antònlo Arti, Importa nte Industriai e fervoroslu lmo <"Btòllco de Anvers, com aua fa mllla na praia de Bloukeuber!l'be. Este senbor ofereceu t .000 f n. para a 11ropa1randa do Cult o de Nossa Senbora do Roa4-rlo de Flltlma, na Béllflca

dns ConferAncias de 8. Vicente de Paulo, foi oonstituida em Lisboa uma comissiio centrai, delego.da do mesmo oonaelho, para tratar do. organiza.çiio do. Peregrin açii.o N ncional Vioentina à Fatima n o pr6ximo ano. Essa comissso, quo iniciou os sem tra,. bnlhos dirigindo-i;e a todos oe venerand08 Prelados, pedi ndQ-Jhes o sou patrocinio e apoio para que oqu<'la poregrinaçii.o resuite numa gr ondio:;a parodn das forças Vicentinas, ja rooobeu do alguns consolar dora.e palavras de paterna.I i ncita.mento.

os s6cios subscritorea daa variQII conferenciaa. A per~rinaçii.o ne.o Jevara. doentes. Sabomos quo a. comissiio se vai dirigir a. todos os Con."8lbos Centrais e Particnlares do Continente para. que façnm dentro daa suas areas n maior propaganda e toruero aa medida.s que julguem necessariaa pn.rn o boro exito da. Peregrina.çiio. Mais nos consta. que se formariio no Porto, Coimbra e Torr es Novaa comissòes para trn.tar do transporte dos peregrinos vindea do Nort.e e Centr o, sendo o tra.ns-

Sob pena. de se comoter uma inconfidencin e quasi um nbu~ de confiança, nao so pode deixar de coclor à tentaçiio de reproduzir nas Cj>lunus do humilde pregoeiro dru! glorins dn. Vir~em do Rosario de Fatima. a linda carta do rev.do Fr. Lufs Maria Bnron, ilu~tre director <la. Rei•ue du lto.,aire, qno ,;e publico. mensamente em Saint Muximin (Vnr), dirigida no venerando Prol:ido do Leiria. Esta <'l\rta 6 mnis um 1ostemuul10 a juntar o tantos outros µo entusiasmo com que a. d(l\'Oçao n N01,sa Sonhora. de Fatima é aoolhido. por t(lda. a. parte e do incren1ento a.dmiriivel o sobremanoira conRolador que ohi vai tondo nto uos meios opa.rentemento mais refrucWrio,;,. Segue a cart::i.: «Reoohi ho poucotl wsto.ntes a corta de V. Ex.ola Rev.ma. . Sinto-mo tontooo a oxclnmnr como Santa !sabei: Et unile hoc ,wbit, ut ve,.iat A.nti3tei Domin.ae no3trCle ad noir Da molhor vontnde, envio a. V. Ex.•ta Rev.m•, n.i nda hojo, com op'dscu los. Este modesto trnbulho, se foi para n6s oriçndo de dificulduù()ll, tomMm nii.o deixou de ser ~ompro acompanhndo de mnito amor. Cada lin ho. d&se Iolheto foi um acto de e.mor para com Nossa &•nhora do Rosario do Fatim&. V. Ex.~1• niio pode fnzor ideio. do entusillllmo produzido em Françn pelas apariçoes da Santfssima Virgem em Fatima. o a nossa Revista do Rosd.rio teve a hoiira de ser, posto que mode:;tamente, a reveladora dÒRtea aconfocimentoll, Fatima paira em todoe oa ltl.bios e basta. fa.. lar dela umo. "oz àquelos quo a d&eonhecem po.ra deepertar na& nlmas transpo~ tea de f6 e de amor para com a Rafnba do Céu . Por Ì580 V. Ex.ola Rev.m• proporcionnria nos DO!IS08 trintn. mii leitoree umo. alogria imensn, dignondo-ae honrnr a Reviata clo Rosario com uma. carta de incita.mento e com a sua. bençao. Uma car-


·.

o

VOZ DA F ATIMA

ta. oom o a.plauso e a. bençiio do Biapo de eia. de Je.qus e às suas irmiis (sic) em 1917 Fti.tiima, que penbor rie prot-ecçiio celes- e nos anos anteriores (sic). Som duvida te e de feliz 011:ito para. a. nos.o.a Revista. I ba de haver relatos, artigos ou descriçoes Ouso esperar da extrèma. be, ,da.de de V. dessas apariçoes. Soubemos ha pooco que Ex."'°' Rev.ma eeta. gra.ça, que peço em no- o profiessor alemiio Dr. Fisbor vai publime de Nossa. Senhora. de Fa.Urna.; sera ca.r uro livro, mas seria. preciso esperar umo. ampia compensaçìio dos oem exempla- muito tempo. Ficnrfamos ero extremo poros que lhe remato. nhorados para com V. Rev.01a se se dignasCometerei por ventura. nm abuso pedin- se corounicar-nos onde nos seria possivel do também urna. fotografi:.. de V. Ex.•1& encontrar o& facto& relativos às apariçoes Rev.ma para ilustrar es,a carta? Seria dn Santissima Virgem em Fatima.. o cumulo da. felioida<le lu Nào precisamos de muita cousa ou dum O opusoulo de que o rev.do Frei Lufs relato muito minucioso; uro a.rtigo de jorMaria Baron fnla. na. sua. carta. é aquele nal, uma. boa d860riçiio, eis tudo o que clefolheto do quaranta. pnginas ilustrado a. sejamos para pormos os cat6licos da Hoque se fez referencia. no ultimo numero landa no corrente dos grandiosos sucessos da. uVoz da. :fatima11 e que tem por t{tu- do Fatima. Em gernl, a. Holanda niio salo uNotre-Da.mo du Rosaire do Fatima..11 be quasi nada a &se respeito. A qUlOBtio da. lingua. é d_iffoil; quanto a n6s, oompreendemos bem o frances, o inFatima na Italia glès e o alemlio, mas lastimamos niio entonder o portugues. Além disso, como a Duma. carta do a.luno do Colégio Por- nossa. revista é ilustrada, quedamos adguès em Roma, rev.do Joiio Pereira Ve- quirir cerca. duma duzia. de bona fotogrnnlncio, da diocese de Leiria., para. o seu fias de Fatima., da. capela, da. santa Ima.ilustre Prolado. transcreve-se o, segui nte gem, dns procissoes, etc. interessantissimo trecho. A gl6ria. da. Santfssima. Virgerri de Fa«Agradeço muito reconhecido o n .0 uni- tima. deve ser admirada. e aclamnda tamco da Revu.e dii. Ro&aire e o jornal de Mn- bém pelos cat61icos da Holandn. Temos a cau que V. Ex.0 "' Rev.ma quiz ter a bon- certeza de que V. Rev.ola se dignara. presdade de me mandar. Aos restantes dei o tar-nos o seu vnlioso auxflio e desde ja destino quo Ex.ola Rev.ma se dignou indi- agradccemos ns informaçoes quo tiver n car. O jornal de Macau, que tifo bem mos- amabilidade de nos enviar». tra. quant.o amor e devoçiio Nossa. Senhora de Fatima sabe grangear em todo. a. parte, foi lido no nosso refeit6rio. 0s nuf atima na Bélgica mcros da Revu.e cnviados dos lcidenses j6. andam a circular. :8sse trabalho esta muiDo grande ap6stolo do culto de No~a. to bcm foito o orn frnneès que toda. a gen- Senhorn. do Fatima na. Bélgica, rev. 0 Gaste percebe. par Pizarro de Portocnrreiro, S. J., reA Imagem do Nossa. Senhora. de Fati- produzern-se a seguir du11s cartas dirigima. ja se encontra no Colégio. Chegou a das ao venerando Prelado de Leiria. Roma. no dia treze do mes passado e ao Primeira carta: Colégio na. véspera da Apresentaçiio de uPenhorad{ssimo voti.ho ngradecer a V Nossa. Senhora. E urna heleza I Todos quan- Ex:•la Rev.ma a bela. fotografia que, por tos a virùm niio se canaaram de a. ndmi- me10 do Sr. P. Mngnlhiies, V. Ex.ola rnr. E tao dclitnda, tiio perfeita e tiio Rev.m• tevo a fina. dolicadeza. de me ofecheia de vida. que pare<'e estnr a falar com recer. quem a. com tempia I Juntamente ngradeço n bénçiio, quo V. O Senhor Thedim disse que queria. fa,. Eit. 01• Rov.ma se dignou mandar para os zer obrn tiio perfeita, quanto o podiam fa- meu~ trabalhos de propaganda de devoçao zer miios humunas, ajudadas polo. graça. à V1rgero Nossa Senbora de Fatima, e Parece que nssim foi. npro,•eito a ocasiiio para expor sumò.riaAté o Santo Padre, quando a benzeu, monte o plano desta propaganda. o que se diguou fazer no dia seis deste Em primeiro lugar escrevi em fr11nres mos, se deteve a admira-la. Como nin- 11m artigo, onde resumo a hist6ria rlns guém do Colégio poude nssii;tir, bem a nos- apariçoes e me refiro à prudente reserva so pellar, ninda nio sabemos o que 6 que por V. Ex.eta Rev.ma impol:!ta no clero duo Santo Padre tera dito; mas logo que rante os primeiros anos. A ~eguir ~xpoMons. Rcitor l.enha ensejo de fnlnr com os nho a aprovaçiio do culto na Covn da Jr1,1 Monscnhores que ncompnnhav11m Sua San- a orgoniMçiio dns peregrinnçoos nac101t1.1i~ tidade, ja o poderemos ficar a saber. Os e particnlnres e o grande impnt•o quo i.uempregndos do Vaticano ·oao bO fnrtavam do isso deu no ospirito do fé e à pratica de a ndmirar e de elogiar o artista, so- da religiào. bretu do quando lhes obi;ervamos que ern Menciono por fim as obras em con!ltrutòcla de mo.deira, o que, à primeira vista, çìio e projectadas. ninguém suspeitava, tuo finamonte eia é Este artigo esta a ser traduzido em intrabnlhnda. O manto, sobrotudo, tiio nn- glés, hung~ro, polaco, flamengo, espanhol; turalmente caido e tao fino que quasi niio tavez o se-Ja também em alemiio e itnlinexcede a. exprossnra dnm manto natural· no. A puhlicaçiio dos nrtigos sera ncomas mnos tiio delicadas e de dèdos tao bo~ panbnda de ilustrnçoes, escolhidns dentre tornoaùo1:1 o distintos e o rosto que é to- as quo ja tenho relativas às apariçoes. do celeste. La para. o Natal, se conseguir numero Niio sofreu nada na. vingem de Portu- suf!ciente de fo~ografias, darei pelos cogal para. ca, nem nn8 que fez aqui, pois lég1os conferenc1ns com projecçoes lumifoi tratada. com todo o carinho que more- nosas, sistema. apreciado o muito em voga cia.. A inaugoraçiio foi no dia. oito, com na Bélgica». Missa i;ofene a que assistiu o Sr. Dr. TrioSegonda carta: do.de Coelho e sua. Ex.ma Esposa, que fez «Foi urna. sut·presa gratissima e urna e ofereccu a. toalha. do Altnr. N6~ compra- grando consolnçii-0 para mim a. recepçiio mos 08 castiçais, em numero de dez, e flo- da carta, que V. Ex.ola Rev.ma bondosares, tudo por umas seterontas Jirrui, quo te- monte so dignou escrever-me. mos vindo juntando desde que resolvemos . Dou a V. Ex.01• Rev.ma os parabens pelo arranjar a Imagem de Nossa Senhora de tnrrernento que a. devoçiio à Virgem SeFatima para o Colégio. n~ora de Fatima vai tornando. O men cleDe tarct. Iizemos uma. Academia, a que seJo é poder contribuir o mais po11Sfvel panssistiu o Sr. Ministro e sua Ex.ma Espo- ra que tal incremento se estenda igunlsa e quui tada a col6nia portuguesa. mente à Bélgica. .As circunstiì.ncias nùo Safu-nos n festa. mais cara. do que ao prin- me permitem grande coi sa; mns o poucocipio pensavamos e até, por isso, o Presi- cl~inho, que fizer, vnlera por muito, se lhc dente da Congregaçlio Mariana. me di868 nao faltar a bençiio da Virgem Santissique tinha escrito a V. Ex.cli. Rev.ma a. pe- ma. Os belgas estiio em geral dc pé atras dir urna. esmola. Agora. esperaroos que NoS- em acontecimentos oomo os de Fatima o ea. Senhora. nos continue a njudar corno isto devido à notfcia. de varias npariç5Cl<i até aqui e ainda. roais.11 quo,. ap6s a. grnnde guerra, i;o disse ter hav1do e que afinal so oncontrou serem simples especulaçiio. Patlma na Holanda Por &te motivo exigem fnctos positiDuma carta. do director da. revi8tB. De vos e muita documentaçiio, e om especinl illustratie, que se publica. ero Helmond, a. documontaçào fotografica. EfectivaHolanda, para. o adroinistrador da. Voz da me~te esta. represent:l a ronlidade, e Fatima, transcrevem-se 08 seguintes pe- apoia, com a sua linguagem muda mas sonsfvel, a exposiçiio orn i dos factos. rfodos, a&1az interessantes: Neste ponto ia tenho um bom numero «Seria. para n6s nm grande prazer podermos informar os as.qinantes e leitores de postais fotograficos sobre o movimento da. n08fla. revieta semannl ca.t6lica àc3rca religioso na. Cova. da. Iria. Tenho pena, doe asaombr060e a.contecimento& de Fati- porém, de nii-0 ter obtido nPnhnma fotoma, de que os cat61icos da Holanda. ainda grafia. nem da povoaçiio do F1Hima. nem da. igreja paroquial, nem òos nrr!'clore.'I cln uio a&bem quui n&da. Toda-ria ...timoa imeDAO niio possuirmos Cova da I ria. Ora. fotogrnfins rle~tas é aenlaumA informaçiio autenti<'a. relativa que seriam grandemente apr~r111<1as n par à,3 ap&riçoea da. Santissima Vir~m à Lu- da dos videntes e da Tmagem da Scnhorn

do Rosario. Deus queira que para. o ano jn. se encontre nlguma. coisa no género. .Agradoço muitissimo os seis numeros da Re,111Le du Rosaire. Tem sido muito aprceiada. a narraçiio dos acontecimento11 do Fatima. nelea deacrita. N o entanto eu tomo a. liberdade de expor a. V. Ex.0 1& Rev.ma a. impressio que me deixou a leitura desta. revista, bem corno a. dos livros sòbre o mesmo nsunto : Fatima de Leopoldo Nun,es e As orandes maravilh.as de Fatima, pelo Visconde de Montalo. Tenbo constatado que nii-0 ha conformidado de daods e pormenores, gue podaria. chamar hist6ricos e funda.mentais, entro estas diversas narraçòes dns apariçòes de Fatima. Assim, por exemplo, niio compreondo como o Sr. Visconde de Montelo diz, a png. onze do seu livro, quo a apariçilo parecia niio ter mais de dezoito anos, sondo que a pag. novanta afirmn tor dito a Lucia que a Visiio pareoia. ter uns quinze nnos .. (1) . .A pag. doze fa.la. dum rosario com urna cruz de ouro; depois na. pag. setenta e quatro a. cruz é branca., no dizer da L1icia. (2) E ha nssim outras divergencias que, sobretudo dentro de alguns anos, serio um embara.ço para quemque1· que deseje fozer urna hist6ria de li,atima. Digo iato na. esperança do que talvez V. Ex.ola Rev.m& possa obviar o tal inconveniente mandando proceder a. urna. rcdaçciio bem precisa quanto a datas, porm~nores relativos à Senbora apnrecida, aos ddentes, etc., etc. Orcio bom que no meu artigo em frances bavera uma. ou outra. coisa menos exacta; no entanto procurai escrever o que me pa.receu mais conformo às d!'dnrnçòes dos videntos e, em gernl, aos tlndos fornacidos pela Voz da Fatima. Resta-me agradecer a colecçiio da. Voz da Fatima que mo eluddou sobro alguos polltos e que brevemente remeterei a V. Ex.0 1& Rev ,ma. Peço perdiio do tempo que tirei a V. Ex. 01~ Rev.m& e do meu atrevimento om expor a minha. desautoriznda opiniào; fnço-o, porém, para maior gl6ria de Nossa Senhora do Rosado da Fatima». Visconde de Monte/o pl\g. onio o.firmo quo apariçiltJ pa. reco nao t.cr mais do dezoito anos, i,orque WD1\ vez a mìle da. Luca, na. prescnca da fl. lba o doutras pesaorui, me dl!l<e, ao perguut.ar a ldnde a.parente da Viijil.O, quo esta. pareoio. ser como wna. rapa.riga. do lugo.r de A.ljuetrcl , quo eetavll. presente e quo tinha jtl. completa.do dezasete anos. A m1g. noventa declaro ter dito a. Luoia. que a Vi,ào pnrccia. ter uns qulnze auos. 1,orquo t'C'almente o disse, embora eia fOill!O mn11, PC· queno. rado, a.peno.a com dez anos do idado. e locapaz de co.Jcular bom a Ido.de duma 1)~800.. De resto a. diforença entro o.s expre•sòes un, (1) A

a

quin•e a11os e parecia ndo ter mai, d8 <le•oito ano, nilo é grande o esta ultima expresaùo

oli.o sé nll.o contradiz nem exolue a primclra. senilo quo o.té a completa. e pormlte rLmn maior aproxlma.çào da verde.de. (2) As pa.lavra., da ptl.g. doze sa.o uma transorioli.o do folheto Oa epis6dios ma-ravilho~o, da Fd.tima, publiC'ados em 1921. Foram escrita• htl. cèrca de dez anos. decorlo em face de apontamentos quo o.gora oli.o me é fl\cll en· contrar entre o.. mcms papcie. Jlfas, se me reportava a. d~clarac6t's das criancas que con· oorvru>•e de meml'lrla. nctunlmente é-me dt' todo lmpo••lvel precil!llr qnal delas ml' as, egurou que a. oruz do rosario era 011 pareoia dc:ouro. Teria sido o Frnnclaco? Terio. sido a Jaointa.. Nilo sai. Convém no cotanto 1>c•ar qne a. Ldcla. a-sim corno 011 primos, às vt'zes dizlam ser brancas oertas partes do corpo 011 cet"tas pe~as do t rajo da Vi silo por cn.uan. da lui clara e vivissima que a envolvla. e qntl.si lho, ofu~oava. os olhoR. A ptl.g. 77. a Ltlcin. diz: • E' que eia às v~ed oegn,». A pl\g. 94. dlz o Franoi~co: •POfleo olhar J)llra a cara deln, mns pouro. por causa. da lnz•. Mas. na hlp6te~e. aliti.a multo lmprovt\vl'i dli que ao trate clnm ln.1>so do mem6rla. on ria preooopa('llo de arreclondnr n. fra~I' rom prl'· julzo lnadvertldo da verdnde hi•tMlca.. o porml'llor nflitura•se·mo tl\o lnsli,mlfirnntp (lttP n/lo vejo inronvenh•nte nenhnm Pm s11primir de futuro. pura e simpleRmentP. da rcrerldn de•rriçào o Impertinente qualjfjcativo de 01/TO.

Ma.ria Pomba. Teixeim, na vara.oda. do quinto andar do prédio sito na. Rua. Bariio de Sabrosa., N. 0 192, Lisboa, precipitou-so, inexplicavelmente, dessa altura, no solo, ante o horror E! angustia. clos que tiv-era.m a. desdita de presonciar tal scena, no numero dos quais se oncontravam forvorosos devotos de N. S.• do Rosario de Fatima, cuja. pr otecçlio em favor da inocente foi imedia.tamente invocnda. Facil seria. supor a. morte imedia.ta. ou muito pr6xima de tiio teoro ser, simpl~ mente as pessoas do fé osseguraram logo que a. criancinha olio morreria. Entrando o inocente no Hospita.l de S. J osé em estado considerado bastante grave, corno nii-0 podaria debtar de ser, com espanto de todos, no cu,rto espaço de 5 dia&, a. hospitalizada, isto é no dia de N.a. S.a do Rosario de Fatima, sa{a do referido hospital para o de D. Estefnnio quasi livre de perigo. NoS'tle ultimo ho&pital conservo11-se aponas 10 dias, voltando pnra junto de seus pai8 completamente curnda. e sem o menor defeito fisico. Passados poucos dias foi Maria Pomba. Teixeira consagrnda a. N.• S.• do Rosario do Fatima na igreja. de S. Jorge de Arroios de, Lisboa, ficando clP~do essa. data m11ito mais alegre e descnvolvida do g11e o era antes do desnstre.

---**___ AS CURAS DE ,fATIMA V. 3f .

Menlna Masla dos Pra281es Pomba Telxelra ATESTADO lllflnuel de Va.,conrelo&, Ciruraicìo do1J llospitais C'ivis de Lisbo(I. ,ltesto que no dia 8 cle junl,o de 1929, pela& 16 horc,s, ('ti frou nn llcinco do ll.0$pitol de l::J. José Mnria dos J>razcres Pomr bei Teixeira, cle lS meses de idade, re&idente na B. JJarilo do Snbro.m, n. 0 192-!e.0 D.to, qu.e momentos antes cai11 de luaar clevado (de um 5. 0 andar no dizer da famllici). 'Yo momento em que entrou i•inha em coma, co11i u ma hennato11n mi regiào pari eta I Ji,rril", inlcyridacte dos o&ws clos membros e dei coluna 1,erfrbral. Foi meUwrando grndualmente o .-reu traumati&ino craneano e leve alta 110 dia 29 de iunho de 1929, wrada. E por ser verdade e me ser pcdido, pas.,o o preseiitc que auiano, sob minha responsabilidade pro/issional. 19 de ju.nho de 1929

(a) Munuel de Vasroncelos.

lnfecçiio puerpura l. 1lrmandina Ortiz de Vilhcaas de Lticena e VCl.le e Alexandre de Lu.cena e Vale (Notario e 11.dvogado em Vizeu), em carta. de 13 de janeiro informam:

Ex.mo Snr. Director da Voz de Fatima da nossa. maior consideraçiio:

«F,m cumprimonto duma delibornçiio tomada e corno testemunho do reoonhecimonto a N. Sonhora, pedimos n V. Ex.ola publique no sou jornalzinho o seguinte: A primoira signataria foi nos princip_ios de outubro aoometida. duma infecçào puerpural que opesar da. continuidade de assis-Queda dum 5.0 andar. Lénci11, méd ica o do trat1tmento respectivo Ex.mo Sr. Director do jornal Voi de o muis intenso e diligente, se manteve oom Fatima alwrnativas de temperatura de 37 a. 38,8 Para oonhecimento dos fiéis e dos des· nté fins do outubro, uu primei ros dias de crentes, sobreturlo para estcs, se npresenla novembro. Nesta data clepois do un9 dois hoje mais uro grande milagre ocorrido em ou tres dias de temperatura. baixn, a inLisboa., &0b a. invocaçiio de N. S.a do Ro- fecçiio alastra de rapente para. os orgiio8 vizinhos ou adjacentes com temperatura sario de Fatima.. Foi o caso que va.i descrito em linhns de 39 1/2. Debilitada. pelo parto recente, sinl(elas e despretenciosns e que passamos pelo regimen de alimento liquido e pelo natural exgotamento fisico que ocasion am n na rrar . No dia 8 de J unho de 1929 encontran- sempre as temperaturas e)eyadas, a. doendo-se uma inocente de 13 meses, de nome w cheirou a um11. tal fraqueza. que s6 o tra-


3

VOZ DA F ATIMA ta.mento intenso de injecçoes de soro fisiol61iico • 6100 canforado, e_ outras subste.;11oias injectaveis, a. iam a1uda ndo a. resta.tir. Como, porém, a infecç~o niio passa~a. nem a. temperatura, por isso mesmo nao d escia. dos 39 1 /2, foi o seu estado julgado gravissimo. E' nesta alturl\, quo numn. sexta feira, depois de comungar, corno fazia todas as eema.nas neste dia., a doente tomou algumas oolhorninhas de agua de Fatima, orando os s ignatarios para que N. Senhora a salvasse, i nterccdendo por ela. Como passa.do talvez umn. hora a fobre decafsse para 38,5 e desde entiio até o dia seguinte sncessivamente decresces9e até fixar-se em 87 no dia imediato - logo a doente e seu marido a.tribuiram o facto a umo. graça. de N. Senhora., resolvendo, desde entiio, entoo os seus agradecimentos e louvores de g raças, incluir aste - o da publicaçiio do facto no J ornal de Fatima. E' o gue hoje - embor a. tardiamente cumprem, pedindo desculpn. a V. Ex."1• e apresentando-lhe as suas malhores homenagensn.

Urna ascite. ,,IAiisa <la Grara, Francisca da, Graça, e Maria ,losé da Graça (tres irmiis), de Cortelo - Varooa do Sa ntarém , dizom que tendo esta ultima, que é casada, em sua casu. urna rapariga que t em cri ado, de nome Mnr ia. da. Conc·oiçiio, de 17 anos de idade, osta. ndoeceu no mes de Agosto do ano passndo. Con sultando-se o médico este declarou tratur-se do urna a&cite e que no estado adiantado ero que ja. b8 encontrava, pois que hnvin ja muito tempo que se desoonfinva deln, mas corno s6 se queixava de fraqueza, o qne se lhe administrava. er nm alimentos de s11stiì.ncia e alguns remédios com o mesmo fim, o que era contrario a esta doença. Na opiniiio dele levava mais rio um a no a. tratar e quo pa ra isso ainda era preciso quo houvesse muita cautehi O que a dieta fosse muito rigorosa, o quo, c:sta de crcr, ia 11cnrretar mnitos cuidnùos e muita despezn, o que com dificuldnde se podaria sustentar. Em vista de tudo isto o no meio da sua apoquent.nçiio, lemhraram-so de recorrer n Nossa Senhorn da Fati nm e ~heins do fé verdnòeira e esperançndas de que No~sa Sonhora. ns ouviria, porque siio muito suas devotns. imploraram n, sua materna] protocçiio, fozenclo-l he vnrias promessas e entro e las a. de publicar na Voz da Fatima tiio g rnndo ,zraça. obtida, se a Virp;em Santissima a melboras,e. As!>im foi. .,\ Santissimo. Virgem, Miie de Deus e Miie nossa, Rafnha do céu e eia terra, Sntide dos enfermos e Consoladora clos aflitos. lnnçou sobre eia o manto da sna protccçiio e pas,mdosi dois meses, isto 6, em outubro, nas ,·é,;porns de irmos para n Fatima, com g rande admi rnçiio do médiro, achava-se curada, ncnbnndo elo por lhe direr: ,ctive.,te 1ima boa madrinhan . Iloje contin ua. de boa. saucle g raças no Divi no porler da SnnUssima. Virgem Mnria e seu D ivino filho N. S. J esus Cristo. P or isso, para cumprimcnto das suas prome$8as, peclom 11tnito r espeitosamonto a V. R ev. 01a o favor do se dignor publicnr tao p;rnndo gr nça na l'oz da Fatima para gl6ria rle De11s o de Sua Miie Santfssima, o que muito np;radecomos. Sejn b<'mrlita, mi] vezes bemdita n Snntissima. Virp;l'm, R a fnha do C'én e da terr a quo tiio pie<iosomente acode aos a flitos e pcrdoa aos pecadores, que tiio mnl pap;am a sua grande protecçiio junto de Deusu.

to divino de Deus o hii.o de receber por intermédio da. Miie do Céu. A estes ainda o aos caros confrades se a.presenta boje um resumo da receita. e despeza que esta. espeoificada. no r espectivo livro de contas. F az-se isto para. que todos possam ver a. aplicaçào santa. e proveitosa. que team ns suas esmolas. Desde o dia da. fundnçlio da. Confraria até no dia 31 de D czembro de 1929, foi r eceb ida a. qunntia de 6.445$80. D~ ta quoutia gnstou-se em Jistas, patentes e outras coisas necessarias 1.104$10. De maneira que havia. em caixa. uro saldo de 5.841$70. Meta.de desta quantia foi enviada para o Santuario da. Cova d'Iria para. o c ulto de Nossa. Senhora., corno manda. o artigo 4.0 dos estatutos da. Confraria.. A outra mota.de foi gnsta na celebraçii.o de missas, segundo os fins da Confrnria, fins quo vcem explica.dos no nrtigo 2.0 dos estatutos. Foram celebradas 8 missas na Cova. d'lria pelas almas de alguns confra des romidos, e foram celebradas pelo Rev.do Clero do P atriarcado de L isboa. 425 missas por toclos os con frndes q ue satisfii•,ernm as suas mensalidades. Como vcmos, estn, Confraria niio tem em vista entcsourar dinhoiro, pois que no fim do coda. ano da contas de tudo quanto junto u o gastou e aplica. o lucro que possufT em obras de muita gl6ria pa rn Dous e parn a Virg(lm M àe e de , muita utilidnclo para. 1,s almits.

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Contrariade Nossa Senhora de Fatima Diz Nosso Senhor, nas Santas E scrituras, que, quasi sempre, as grandes obras comoçnm muito obscuramento, à. semelhança das g randos nrvores que, em grn nde parte, nascem também de sementes muilo pequenas. E !lta. Confr:i ria de tao alto e nobre nlcanc10 espi ritunl (e é isto que a toron grande espiritualmente) com tiio pouco tempo ùe exist~ncia, apenas 2 anos, lançou ja raizes em todas as prov{ncias de Portuga l, e ja. no estranjeiro também I e, se niio chegon ja mais longe, foi porque ainda. niio teve quem espalhasse bas tantemente a. fama de seus beneficios. Aos ,-,olosos colectores e colectoras que, até aqui, se teem dedicado a. osta. obra. de No911a Senhora de Fatima, se presta a.qui o devido reconhecimento e humnno agradsoimonto, pois q_ue o acradecimeu-

NOTA Q11:ilq11t•r c·orrespondencia. sobre lL Confrnrin podP scr dirigirla. no Sr. P .e Antonio cimi Reis - Seminario -

Leiria,.

----**____ "Voz da f atima,, D esp ésa T ransporte

.. . . .. . ..

Papol, C'om11osiçiio e impres~iio do n .0 88 (54.000 exemplnres) . .. ... .. . . .. . ..... Frnnquias, embalngens, tra.nsportes, g rnvuras, c-iutns, etc. . ................... .

190.867$40

3.030$00 009$00 194.806$40

Su b scr lçiio ( Desdc 13 de junho de l928)

raiva., Laurinda Beirào Bi1rroso, Augusta. l\iartinha Rodrigues, Maria dn Ascen:siio Canalho o Bo1dohrn, Emilia CJaldeira. de Bourbon Vaz l'rl'to Gera!des, Prancieco Ant6nio Louznda, Maria. do Curmo Corte Reo.I Ahreu de Lima. (20$00), Ana Quevedo San<'hez de Cnmacho, Ester P a ulo Santos, M !\fia Augusta. Oliveim Pato, J oi;é Bupli~h de Andrnde, Holena Maria de 1\1<'1,o Mn.nuel, Maria. Ohivia. Santo Ant6nio Ncto, Laura de Andrade, .Alberto Macedo, P.e Ant6nio P a ulo F erreira Montoi i-o, Julia. eia Conceiçiio Dias de Macedo, J onquim Cnrdoso Pinto d11, Cunha, Ma.ria da. Conooiçii.o Borges, J oaqu im Carvalho, urna. assinante da l\Cndeira, Rosa Ma.rqncs da Sil'l'a R ibeiro, Ma.ria Amélia Rodriguos, J onquìna. l\1endes l\Cnrques (30$00), Ana. Aranda, R eitor do Veiros, An t6nio Henriques Antiio (15$00), Ca.rlos Gil, R osa Mendes l<'erreirn, Noémia do J csus P cdroso, Maria da. Conceiçiio R i no Jorcliio, Arminda T eixoira (12$00), Condes.~a de Azambujn Leonor l\1anuol, Director da Casa. do S~tide do S. l\1igucl, 1\Iaria. Maroelina dos Remé<lios, J osé J. <los Remédios, Maria <lo RosMio P ire.<i Vicente, Adelaide Guimnriìcs, Mar ia. Fuertes . Gomes, Moria Juli a Nunes, M a ria. Elisa Brandiio, Ludovìna Correira, Dr. Gabriel R iboiro, Etolvina. de Jesus ('as('nlho, Aùilia. l\1encles do Vast·(mcelos (20$00), Ana. Dicguos, Natércia. R iboiro da Silva. Guilhormin,i clos .Anjos Cast11nhei r a. De donntivos v:frios o jornn.is avulsos : l\farin. M. dos R-0médios, 80$86; Josefo do J esus, 35$00; l greja da Madnlona. 20$00; l\fnnuel R odrigues P iedade e mu is oito possons <le Guayçnra (Drnsìl), 2-10$00; )farin. J osé Cor<leiro, 51800; Dir1.wtorn do Coléj!;io de Santa Ana (Bnroolos), 60~00; Atlelnide ~farques do Sonsa, sos;55; An.i da Conceiçiio Ne'l'es, 51>$00; fro Gonçaln>s Costa, 45$00; P .e l\fonuol Valonto P ombo (50$00), Britcs T.-les do Castro, 50$00; P .e l\lnnuel M nrinho, 100$00; P .e ,Tonquim Lopos S!.'ixal, 813$00; Elmi no cla Crnz ('orte, 150$00; l\Inria. do Cormo Pircs, l l $00; Jonquim da Si Iva Cnrvalho, 106$00; Mnrrp1fu; do Rio Maior, 100$00; H otel de N. Senhora <lo Hosario do F:ttima 100$00 · Dr. l,uc·inno de Almoìda ì\[onloiro, 21Ò$00; P .e l\[anuel S:ihino Marq nc~, 70$00; .\Hpio Vi<'ente, 25$70; Jus6 Aug usto Aire~, 120$00; P. o l\fanuel R nmo-. da ('osta. 215$00; M iquelinn Costn Abe11:uo, 30$00; P.o O. C. R., Fi~$00; da igr('jn. do S. C'. do Jcsns, em L1sbon, por Mnria ì\latil\1.- d n. C'unha Xavier. no mès de Nnvt1mhro do 1029, 36$60; dn igreja do S. Tingo do C'czimbra, por Gertn1des do Carmo Pin to, no mes de D<'zcmbro de 1029 e ,Tnneiro ùe 1930, 63$50.

Envinram dez escudos para terem direito o. recobor o jornn. pC!lo corrc10 du~ ranw um ano: ì\fnri:t Rosalina R o1:hn, Curio!! J oùo Vi"gas, A ntònio lnacio, J oaquim de Snnt'Ann Curvalho (20$00), l)omingos P1•reira cle .Ar:uijo, Ant6nio J o~é de Sousn, Cu~todio Domingos Vaz, J oana do R ,>siiri.o Silva Simocs (20$00), Mnnuel l•'oli x Pnustino Daniel (20$00), Ant6 nio F orna ndes, Francisco Gamelo, H elcno. l•'erreira (20$00), Antonio Cnlvo do Oliveira, J osé dos Snntos Ribeiro, Ma ria clos Anjos Lopes, Alzira da Costa (15$00), St•bastiano. Victor Rodrigues, l\lanucl S imèies P a rcelas (11$00), Roso. Jferrei rn, Amélin Gonçnh-es Vieira R ~ mado, Pnlm irn de Azevedo Cordeiro, Guilhermina. Mendonça, J osé Rijo R osado Snl,zueiro, Mnruel da Cunhn, M a ria de Pina Jrn~a., Ester clos Prazer es Olirnira, Filom<! na. da Luz Ai'l'es Pinheiro, Isahel l\1arin. Tavares, Ma r ia. Sebre Almeicla, Cipriano da. Costa Freitas, An o Teresa Silva, Beatriz Santos Silva, Julio do Amara] Noto, M arga.rida dos Santos Ferrei ra (20$00), Cam ila Rodrigues Gomes, Maria do Cormo Tnvares, Virginin Borges do Cnnalho, Juliana Guedes Cnrdoso, Beatrilll R odrip;ues da. Silva, P .o Aug usto J osé Vieirn, M orin Lopes de Miranda, Eh•ira. da Silva, Felisberto Rodrip;ues de Pniva., Maria Julin Figue ireclo dn. Sliva, Marin. Virg inia. Figueiredo d11, Sii va, Julin. do Almacla Pinto Correla, Ma r ia clos Dor es, Ca.ndida Sanches, Emilia Qomo!l Pol6nia, Idalina. D ias F erreiro., Maria da Purificaçiio Godinho. Loonor Rosa Viterbo, Bernardina. da Silva Gonçalo (20$00), Bernardina de Andrade Jnci ntn. da Torre (20$00), Aida. Fip;aeirodo ( 15$00), Henriqueta Augu$ta. Bcsalooo, Mnria dos Santos E steves, Miquelina. da L11z Azevcdo, Abel E steves, Ja.ime Queijo, l\fari11, Tere~a Morais, P .e Joiio Ant6nio Ribe iro (20$00), Avelino Augusto de Aratijo Dantas, Ines Guimnriies da. Fonseca, J osé do Pniva Mnnso Snrrea de Carva.lho, Maria Guilhotn Sa-

Coraçoes de noivas ... Naquelo din. notnva-!le em casa. de Ma.ria Ma rques um movimento extraordinar rio, desusndo. Os pais, os irmiios o irmiis entravam e safam npressura<los. Ela via-so pas:sar ligeira do quarto pa.ra a sala e logo, pela porta aberta de par em par, voltar de novo ao quarto donde o.ca.bara do sair. Urons a njuda-lll, out.ras paradas a conversar, estavam por nlf tombém as melhor es r aparigas da Ribeiro.- quo todas elas oram amige.s da. Mari11 M arques. A casa toda. branqu1nha e quasi coberta, pola frante, de roseirns de trepar, com seu jardim uro pouco no Indo e mais adiante umns poucas de larangeirns e cnrvalhos era urna clas ca<1ns mais conhet·idas do Jugar, pela importiincia da familia. Era ali que vinha portar o capeliio quando, em clìas do maior im·ernia, rereiuva os cam inlws por alta. mn.drugadn e resolvin vir de véspera . Era. ali quo os vif-inhos precisados recorrinm, certoci <le enl'ontror no rosto ~mpre alegre da. Sonhora Emflin. - a l\1àe da. Maria - um olhnr meigo de compaixiio e, n as miios meio encobertns até mcsmo aos olhos dos filhos, a esmola cristìi que ucrc~ccnta o quo fiC'a. F.ra tlli que nos Domingos ao soalheiro sa junt11vn. C'm alegro e sii. c·hilrenda. a mocidade do lugnr a misturar as suas vo:i.es com o trinar clos passaritos no carvalhnl Yisinho e ,i perfumar o enchor do alegria. toùos os ca u tos t1,u1ueln. t·asn b,•mdita. Tuùo nH respirava. paz e ordem e hnrmon1u. . A Rihoira é uro lugar lindo. As casns, semeiadas por aqui e por :ilf, fawm lombrnr 11111 btrndo de pombas brancns perdidas sobre a rclva. Mas, niio sei porque, pnreco que as ro!lns das outrns casns niio team tanto perfume, quo o jnrdim é mnis despiclo cle flores, 11 parode monos br,rnquen<ju. A quem passa na. e-strada. ficarn·lpe, sero querer, os olbos nela.. «Quo linda cu,1t In I~ contndo, i;e o qufaes.;e, niio seria cnpnz de cli:,,er qual a rnziio desse encanto. Nnqnele din enl:io uìlo pnss1w1i ninguém quo niio p11.1·nsse a olhnr aquele quadro de tuntii vida, lnnto movimento, tanta vuriedaclo. Alp;uma bocla. toh-ez... l\fn~ certa sombra. 1L empanar o rosto do lodos monos o <!ehi; <·~rtas lagrima!I a. cle~lisar silt'rtcir>sns e ocultas - envcrgonhadns - pchi fnco <il, nlgumas nm igas aquela a)t,griu. no r n><lo dola niio o ùeixa.ram supor.

• • •

• Para nao p 11 rher O jurnalzinho &6 cle nmnes fir<indo O fooar à teitura muis -vae a z,ublirt1('11o dos subscriptores 1;t il ' · de u110 r me,o. · atrnzada ma1a Reconhcce111lt,•.~e a im po.~sibilidaùe rle 11 on()r em dia, resnl ttemos re.,.,a r es/a 1>'U'' lilicarao, re,,e,·vrrndo-<t apenns a alamn donativo cxtraor,lina rio. Em troca, prornmrrmo., aru.,,ir em POSfol, a rercpçao de to,103 oR t/nn11/i11os quc no11 /orem

I

rnviacloJ.

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IMPORTANTE OJJjectos perdidos

na Fatima Encontram-se na FATIMA, na barraca dos jornais, muitos objectos achados e entregues alguns Ja ha anos. A lguns estao Ja estragados; outros vao-se estragando com o p6, humidad e, etc. Para que ni o acabem de se estragar ali inutilmente os,.que nao i forem o rocurados até . ao dia 13 ( treze ) de Abril serio

considerados corno abandonados e apoz esse dia •distribui-

dos pelos pobres.

Tlaixa mns hcm proporC'Ìonadn, de rosto n•dontlo e drnio bcm deformiclnclo, com uma,; ros1•tns percnos sem t·armim e, logo por t·irna uns olhos funtlos 111;1s hrilh:int&i c•om um fnli::c1r sereno, os l:lhios sempre prontos ii ontrenbrircm-so num sorriso frnnco on n cst•nnrurarem-se numn gargalhnda gulhof(·1ra entrl' a gente da sun ida<l.o, tL Mt1r ia. ero rom a sua 'l'idn, a s11n. alegria, o p;nrbo clo seu porte, a drninha dus rnparigns da suo nldoin, n fior a mo<'iclutlo d:i H,iboirn. ~iìo admirn pois quo cada urna Jhc proc11rits.'i0 a intimidnde 8 muito mcnos ainda quo 05 mo0iore'! rapnzC's dos arredorcs ~e prepnra-.sl'm pnra ~er<'numenle t1·1sputnr a J>O<lo;() clnquPIO!; vinte unos em fior. Era. natural. Tocla a g<'nte at havn bem. Est.wa nn idndt• ... ern uma q11estiio dc OllcolJ1u ... E n t•·-rolhn começn'l'n ... P r>mc>iro um ou oui.ro t·nizar de nlhnrc,i, dopotl! urna pnlann a es<·apar ~ .Mnrin ucnbnv1L por pn(,nr ulgum tempo a tnrdo a uC'onverRnr mn dia ou 011tro C'0m uro rapaz gne n. pretendin.n Ilu,·ia rontndo 11lguém que uao vin isto com hons olho!>. uErn mu it-0 uova ... e ... nii-0 'l'ia nela ainda nqueln. mndurezn pr6pri.t dumn. dona do cn!la. Frnncnmen to pnret•ia.lbe redo de mais.11 E a mìic nào se importavn cle, mesmo por f6 r a, relcmbrnr certos defeitos jti conhPcidos. «Quo por vezes responclin à miie e nao ohe<lecin com n prontitliio devida; que nào t.inha t·uidndo no sc,rviço e-tc.n 1\-fa~ no fundo bo.via 11ma rnzao mais séria e mais forte no ànimo da Senhora Emilia. A Maria ni'io ora tiio piedosa e~ mo eia ùesejn.va. A comu nbào mensa! era pnra el:i qna~i um peso. Freqnenria de snrrnmento, pìedacle, cle,•oçiio, oram N,i~as paro quo, com frnnqueza, se niio sentia c·hnmnda. E a miie tinha me do de ver ir assim • sua filbn.


VOZ DA FATIMA uNiio sei o quo lbe hei-de fazeru queixava.-se eh~ aa vezes. Niio i;ei a. q uem ela sili. J ulga. que alguma vez aquela bemdita almn pedo para se confeeaarP -P ... - Nunca. E eu desgosto-me com isto. Queria ve-In. mais recolhida., mais piecloaa. .. Depois... nào me importava que ela casnase.. .

• • •

Ilnvia uma. coisa. que a horrorisava. A ideia de vir a ser freira. Quti? Ver a sua juventude radiante metidu. entre o.s quatro paredes dum convento? Niio. Nosso Sonhor niio a quereria para Ì680.

Eia. positivamente niio queria. Credo I Nom imaginar t.al coisa. Podin la ser I Concordavam assiro as mil maravilhas. a 1uposta vontado de Deus e a sua muito 110ntida o muito nrrn.igada. maneira de pensar. Mas niio foSse as vezes dar-se o caao de . virem a dit;Cordar, a Maria ia-o lembrando a Nosso Sonhor. Eln ora. boa, profundamente boa. e sii omborn oom alguns defeitos, oomo toda a gonte tem. J•'azia. pois ditiriamente, a sun, oraçiio. }<.} a Mis.~a, na capolu., rozava. também. So hnvia ornçiio em publico, da famfJia da lifaria niio faltava um membro sequér. H,ivia quem se queixaase de que a hora eia. Missa lhe t,inbam roubado isto ou aquilo. uA mim, ro.-;pondia o Snr. Marquee num·:i niuguém me roubou nada a. essa horo.. Nem o~tou mais descnnsado do que qu,tndo vou para a missa oom a familia todn. Dei"o a Dl'us por guarda I...,, Fo1;so quando fo&le cle ruanba ou a noite, ero casa ou na cnpela, s6 ou com outms pessoas nuncn. se esquécia. de baixinho di7.er ao Senhor muito sincera muito sen Lidn.mente: ccO ,Je-~m1 fazoi de mim o quo quioordes ln Mas logo acroscentava com mais sincericlndo e calor. ccTudo ... tudo menos f:reira... »

• • • E num soliloquio encantador de iogenui<ln.de ficn.vu.-so a repensar naquelas pnln.vr1u,: «Sirn, sim ... tudo ... tudo ... menoa fr~1ra I. .. «Oh S<•nbor ou ouvi fatar de vocaçiio, de eh:mrnmento ... ccGo><tavu tumhém que me mostrasseis o quo detiejais de mim. «Estou pronta para tudo... Menos pam freira. Ah I para i&;o nào oh Jesus In E No11,'>0 Senhor que opera. una alma11 dumn. man11irn. maravilhosa. pela Sua. gmçn., dohn.,•u. aq11olo coraçiio expandir-se fr1rncnmento num tu~:vtu admirn,vel e iii-o insensivclmonle levando pelos ad(}rnvois ciuninhos do seu Amor. Aindu. nos queixumos tis vezes de que Deus nos ni'io ouve. Fosso la fnzer-nos sernpro o quo lhe pedimos ... Inmos parar perto ...

• • •

- Mal empregada... Era uma. rapariguinha tiio galhard1nha... Ao pé dela niio havia tri:;.tezas. - E o pobre rapaz coitadinho? I. .. - «A.ntao,, eia fa.lava com aljjtumP - Tinha.-se deixado a.qui ha tempo11 mas ele fazia tençiio de voltar. - Qu.om era ele P - Olhu. I... «A.ntaou tu niio sabea P Era o Zézit.o da Venda. - Nùo lito fa.ltam ra.parigas: é o quo por a.i ha mai11. -Eu so fosso ao pa.i niio a tinha deixado ir. «Na... u A gente croa-los e dopois ve-los ir assiro ... - Elo é vordnde comadro mas... olha ca ... o i;e elea morrossem? I -Tons. razào... tens raziio ... Deus Nosso Sonhor la sabe... Mas sempre te digo quo tenho pena do «dia.nas,, da rapariga. E, ora uum ora noutro sentido, choviam os coment.arios aobro a ida da Marqui tas quo era, corno costuma. dizer-se em giria jornalilltica, - o coso do dia.

• • •

Como tinha sido possivel uma. tal mudunça? Aquelu. rapariga tito viva que nunca pensavn, em tal ... Quem o diriaP Ma11 era um facto. Da caso. para onde fora, a Maria escreve as amigas cartas lindas que, deixam ,·er bem de quanta felicidade esta cheio o oornçiio. Pouco a pouco sem ee sa.ber corno a Maria. sofrora. urna grande transformaçiio de quo eia, ao menos na apa.rencia., niio era a autora. Tornara-se cn.rinhosa e obediente parn, com a mii.e. O trabalho que a ocupava scm d<>.scnnço nmenizava,.o eia com um cuntar cristalino cheio de expressiio o sentimento. E, ooiim. curiosa., os canticos religio.i;o.q quo mn dos irmiios, seminarista., onsinara no grupo de cantora.s do lugar tinham a.gora na boca. dela alguma coisa. de novo. Niio so passn,v a um domingo sem cornungar e de semano. sempre que podia niio faltaVl\. Como ola comungava. l A comunhiio transformara-a. O reoolhirnonto, o forvor a piednòe que mesrno '88terna mente transpnrocin, o olhar o geito do rosto todo o porte fazinm-na su~ por mai11 uru anjo do que aqaela Mariti que nlguns ml',ies ani,es tiio bem conhecinmos. A Eucoristia começava a operar visiVl'lnu'lll<'. A mao contente explicava. o caso poln. ideia d<.' pensar tnlvez ,em casar dentro em linin•. Mns inC\~peradamento corta o namoro o no me10 do grande espanto, diz um dia 1.1 Miic que o. nào ll{'redita. - «0' minho miie eu gosta.va. de ser froira ... » -Tu? E no.-.te tu? ia toda urna censura pungonto e n negaçiio de quo tal coisa. fosse poss{vol. E riu-se dosc,rent.e do que aca.bava. do ouvir. l\lns aquilo <'ro. a l'lério ... Do hn, algum tempo ja qua ruminava no assunto. Um dia E>ncontrnndo-~e em adoraçiio dea!1te do S.S.mo Sacramento Exposto ounu a voz <lo Esposo a convida-la poro. os SuM Nupc,ins Eternas. E o convit-e era ~io certo, tifo instante qne logo ali so firmou uuma entrega. oompleta a Jesua. Ao me<1mo tempo que um encanto novo com novo!. ideai'! bem mnis subidos lbo aluidnvam o rosto de mais suaves fulp;or(\'I ia~'lo-lhe o espirito num doce enle-vo clespegnndo-a de quanto aUS ali a prendora. 8<.'ntia-se levar parn. longe muito longo para junl,o do S1m Jesus a Quém queria C1ntregnr-so para. sempre. E !il foi nnquolo dia ncompanhada da afeiçao dumn. clttzia do almas que, talvez niio soube-m avalinr bem o sacriffoio lteroico daquela rapariga e muito monoa o tesoiro oscondido a cuja. conquista se ia lnnçar.

Rapiùu. COlllO urna noUcia funebre em meuo,; do oilo dins tinha corrido os lugaroo Nn volta o até ns frèguesia& vizinhas n afirrunçiio de quo a filha mais velhn do Snr. l\farquos fòra para o convento. «Que eia om posson. a acompanhnra la naquele dia do movimento que se notnra em sua casa.» Era. mais uma. quo lhoo fugia e porisso os ra.pazes sentinm tanto corno as amigns o vncuo produzido pela sa{da inespcrada da. Maria Marques. Os rapazes com alegre esperança profotiz1wam porém uma breve ausénoia. Dns rapnrigns os que viam nela um obstncu lo n ren lisnçiio dos seus sonbos pediam a Deus quo a conservasse por la e alegravnm-se a.t6 na esperança dum triunfo cert-0. As mnlheres graves das cercanins mnl souboram do caso, emquauto 08 qunrtéis se coziam, juntavam-se para • • • comentnr o cnso em ar de enlevada adiniraçiio: A quantna alma& de jovens do um e - «Ah comn.dre «antllou e estaP outro sexo niio lançn. o Senhor por ve«N/J. sabesP zes a sua. palavra Divina de oonvite: -O quAP ccVem. e aeou.e- me/... ,, - A l\forquitna do Snr. Mnrquea, Qunntos quo no meio do fracasso da C<pr'ouu convento 11... vidn. mundona niio ouvem ou procuram - Quo dir.es tu mulborP abafnr E''I.~ convito adoraveli ... - E o quo te digo ... Foi-se «trena.-nQuem sa.bo se la no fundo da vossa. altonte,, com o pai. ma osquocido, abnndonado niio jnz algum

d08808 convit.esP O Senhor fa.la • leva. as a.lmas duma. ma.neira. misteriosa.. Porquo niio heis-de reoolher-voa do tempos a. tempos para, escuta.rdee a palo.vra. do Senbor? Quem sabe so Ele voe cha.ma. ta.mbém a v6s P Em todo o. caso çonsorva.i-vos prontos a acorrer a.l,egres no chamamento do Divino Mestre, puros, imaculados, como em carta aa suas amigas feridas pela. graça e a.nsiosaa por partir, ainda ha. pouco rocomondava. a Ma.ria: Minbas amigas "Consen,em puros, imaculados para o Divino Esposo da, Mssas alma.s ease, vo.1sos «Coraçoos. de Noivasu Leiria., Janeiro de 1930

G. de Oliveira

------*•*4----Exercrcios espirituais na Fatima Bealiza-se é1te ano, na. Fatima, um twno de exercfoios espiritua.is reserva.. dos a.os «Servos de Nossa Senhorau. Oomeça.m. no Sabado, 1 de Março, à. Mite e termi11am. na. quarta feira de Cinzas, <k ma11,11/J... Os servitas qiu desejarem tomar parte Mles dcvem fazer a sua inscriçli-0 o mais ckpressa possjvel enviando o seu nome ao Rev.mo Snr. Dr. Manuel Marqu.es dos Santos-Semi11ario de Leiria, a quem podem ser pedidas também qua.isqu,er e:i:plicaçDe,.

----*•*·' ----Urna 'actriz . . . espiritista A' célobre actriz Eva. Lavallière, falecida. em 10 de julbo de 1929, fez-se ouvir em ma.io de 1917, repentina o irresistivelment~, luminosa o profunda, a pala,. vra de Deus, quo se serviu para i,sto dos liibios do um sacerdote, paroco da. aldein. de Chanc,caux, na Tou-ra.ine (França). Eva andava metidn. no espirit.ismo, e est.a circuusUì.ncia levou o paroco a dizor-lhe sem rodoios: cc.A. senhora. a.eredita, no diabo visto afirmar ter-ae comunicado com ele. Cuidado, pois, porque b~m podo iser quo venba um dia a est,ir eru c,ontac,f,o com éle In Ditas OOW16 pnlavrns o sacerdote sa.fa. M1ùto ta.baJada e profondamente imr pressionada com este tiro à quoim:i rou pa, subitamente iluminada., a arti..ta diz à &ua fiel compn.nheirn Leona: «Se o dinbo ezi.~te, Dctts existe igualmen te. N c.çte caso, que ando eu a. fa.zer? que vida é a minli.a fu Pola primeira vez, Deus so revelava aa seu espirito e no seu coraçii.o. Mais tardo poncio dir,er a Robort de Fiers: - «l~ui levacla nos brnços do ;Deus, polo pr6prio dom6nio. (ie S'Ulis t1erme a Die1, pa,r le diablr».)

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Verda d e s So urna jo\·em porn. oomungar tornar o café um pouco mais tarde, clamam quo projudicn. a sa.ude. So, porém, ela. for nos bailes e dançnr horas consecutivas sem de«cansar, niio ha que temer. So pnra ir ò. igrojo. ae levantnr um pouco cedo, criticn,,se a sua iroprudencia e o pouco cuidado que tem da sua. sa.ude. Se, porém, passar a noite inteira, ou qansi inteira, nos «s.-iraus» sem dormir, niio ha. que admirar. Ah. quo bom se mostra nestes factos e noutros nnnlogo8, o desprezo que se nutro pela alma o pelns ooisaa religiosas I

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UM PEJXF, DE IMPRESSOES••• A

FATIMA

NO MUNDO

Duma. rarta do Brasil, moatra-ndo interesse que por la ooi :

o

«Tenho seguirlo sempre oom sumo intor~ o santo eatusio.smo as ma.ravilhas que a VirgC1m Santissima. em Fatima. tem operado em boneffoio de seus queridissimos filh06 portuguesee; e dosojo ardentemente quo n6s também os braaileiros

oomparticipemos deseee beneficio. 9',IO& /ieri proterit. Dosojo, pois, funda.r em nOSia eapela. um centrozinho de propaga.nda da VH da Fatima..

• •

Aoora é um. gesto gentil dwm od11011a.. do formado ha pouco e cu,ja direcçllo por ina.dvertén.cia nos ndo foi envia.da. Ild. nele um perfume cristli-0 (l1H encanta. Da carta em que vinha.m vinte • cinco mi/. réis para o Soot-uario àe Nossa Senhora. :

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ccEm J unho do a.no que findou fiz & eeguinte promessa. a Nossa Senhora. do Fatima: «O primeiro dinheiro, foSSG muito ou pouoo, que eu ganhasso com a minha forma.tura em Direito, ~ria para Ela.,, Como cumprimento de,;sa promessa tomo a liberdncle de enviar a V. Ex.0 1& Rev.m• e JI\ um pouoo tardiamente, o pI'imeiro dinheiro, qoo .como :advogado ganhei. E' urna pequena. soma a que envio mas com a maior alogria o faço e que Nossa Senhora de :Fatima me proteja sempre na. carreira quo escolhi.

• • Do fim dtu,ma carta du.ma religiosa missionaria portuguesa, donde se -vé que os portugu.eses de Africa nlio &do menos de1:otos ck Nossa Senhora da Fatima do qiu os do conti-n ente : «1\iuito agrn.deccmos os jornais da. "Voz da Fatima.n. E' urna oonsolaçiio e uma. alegria quando chegam; mas esta. vel!l chegou um vapor e niio trouxe nada, sobretudo oo jornnis quo esperava, pois ja. ha muito tempo que niio pnssa.m va.pores.

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Niio posso tèrminar s.em vos dizer com muita alogria. quo todoo os. meses no dia 13 fazemos aqui no. nossa Capelinha., a festa ~ N. Sonhora da. Fatima.; todaa ns meninas cantaro oom muito fervor e entusiasmo durante a S.ta MiBBa, os versos do N. Sen bora da Fatima: e pa,. r:i. o.sse dia. oolhem-so as flores mais belas para. ornar a nossn Boa. Miiezinha e tnmbém oom muitas luzes; parece que esta,. mos la n ~ santuario bendito onde a Miio do Céu sorri a. tantas e tn.ntas mil almas quo vecm n. sous pés implorar e pedir ns suns graças I. .. eu passo esse dia. unirla de 88pfrito e c,oraçiio tanto qunnto mo é possfrel nesse cantinho do Céu, ondi) me foi conoodido ir 2 vezes, grnças no Bom J 08US I Oh nunca. 011 e;;quO<'erei ésses feliz,ea momento~ que af poSl;-Oi ! sobretudo quando fui a primeira vez quo fui de véspora. e passei toda a. santa noite em adoraçiio no Santfssimo Sacramento.

• • J)a ilha de Santa, J,(aria ( Açorea) a vroposito da erecçao du~na ermida em honra de N. Senhora. da Fatima que de&de o prinrfpio ali co1ita muito& e mu.ito fervorosos devoto&: JulJ10 do 1928 Tevo lugar a blìnçiio do. nova. ormida a 17 de Moio, dia da gloriosa. Asoensiio do Senhor, nào podendo sor a. 13 por causa. do mn.u tempo. A oonoon-enciw do fiéi!l foi no'tavel, corea de 3.000 possoas, ou seja metnde dii populaçiio de toda a. ilhn. Desde entiio, &ita ermidn. toro i;,ido muito freqiiontnda, celobrando..so ali, nos dins 13 de cada mes a. Santa Missa. n. que assistem e comunga.m muilo11 fiéi8. Dopois da. Capela. comemorativa das apari~òes, no. Cova da. Irin, é esta sem duvidn. a primoira quo so erguo em Portugal a N. Sonhora do Rosario de Fatima., seudo aindn. digno do registar-se que a esta ilha ca.be também a. honra. do ter sido a primeira. qne nos Açores consap;rou uro poqueno templo o. N . Benbora do Lourdes, ha.vendo àlém disso duas ermidns comemorando ns apariçoea dc Monsorrn.to e Pilar. Como a ormida. fica situnda num lugar elevado, tenho projectnda u.ma escadnria. composta de 100 degraus divididos de 10 em 10 por uro pa.tamar, ficando ll88Ìro rep1"6t'Ontado o Rosario. Estou a vor se consigo também orga.n isar urna peregrinaçiio mariense que a! va ì1 C'ovn. da Irin l'ender as suas hom&nngens ù. Virgem Sa.ntf~ima.


Ano VIII

Leiria,13 de Março d:e r1930

N

°

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( COM APROVAQAO ECLESIÀSTICA) Oireotor e Proprietario : - Dr. Manuel Marqaes dos Santos Empresa Editora e Tip. UniAo Gré.fica, Travessa do Despacho, 16- Lisboa

Ad111ini1tr1dor: - Padre Manuel Pereira Redacçllo e Admlnistraçllo: Seminarlo de Lei ria

da Silva

CR6NICA DE. FATIMA

Fétim8, oasis de:H encanto em triste deserto, jardim de delicias em terra de pranto Os actos:religiosos oficiais :r-io dia trczo de l•'lwereu·o, os a.ctos rehot 1ciais c·oweworat1\'0S das apa.riQ06l:I e dos suoo:,i,011 maravilhoaos realizaram-be 1ui forrua do co:;tume. A-pesar do frio intenso que fez durante todo o dm e ùo etipOSSO nevoeiro que nas prime1ra:1 llor11o clu. manhii. onvolveu a ser1·a. de Aire num manto alvfssimo que os ra.ios do sol II bro\'O trecho desfi:zrei-am oòmo que por oucant<>, a. concorrencia dos fi!Sùi, nii.o :;o dus po,·oa~·òs circunvisinhas, oomo uindo. de varrns terrM distantes, foi bastante numerosa, bO se ntender a. que ee estuva. em pieno coraçiio do Inverno. D~de alta. mudrugnda, muitoi, sacerdote& ocupnrum os confei,s101uirios du Penitencinria pnrn om· 1r ,1s confissòes dos peregrinos c1ue desejaYam aproxima.r-se do. mesa. eucaristica. Sob um céu :,em nuvens e à luz dum sol espliìndido, efectua.!'am-se ns duus procis.~ùl·~ de Nossa Senhora. Depoi~ da. misHa dm, doentes, seguida. dn. bençao com o 8nntis:,;imo, subiu ao pulpit.o o rev.do Augu!lto de Sousa Maia, 4iisti.nto p1·ofessur no Seminario de Leii·ia, . que, pelo ospnço do mein. horo., falou com oalor e entusiasmo sobre a devoçiio à Santfosimn Virgem. Som revestirem i~ imponencia e a grnndiosidndo quo lhe~ imprime a presença dM grnndos multirlòes, corno sucede na Prima.vern e no Estio, ns cerim6nios do dia. treze duro.ntll a estnçiio invernosa, siio impregnnclas duma pieclade e dume. unçiio pnrliculnrec;, qne ns tornam justamente mais queridM de muitns nlmas. Porém oontrMte "lingulnr, Fatima, a. gloriosa Lourdes portuguesa, é, mais que nunea, no.qim quadra n.qpera e agreste, u.m oasis de encnnto em enno mnldito, um ja.rdim de delfc•ins em terra de prant-0.

grinaçao os rev.dos Marie-Etienne e mon-1 Durnnte o percorso cantaram-se diversenhor c6nego Antonio José Moita.. sos cantioos religiosos.

l

iÌOSOI!

Peregrinaçào Nacional Vicentina

leregrinaçao Noelista Nos din11 1 n O de Fevereiro ultimo, sob a. presidenci:\ ùo honra. de Sua Eminencin o So11hor Cardini Po.triarca, IJ. Manuel Oouçall'es C'E>rojeira, e com a presenço. do rev.do Ma.rie-Etienne (Noellet), reo.lizou...se cm Lisboa o primeiro CongroMO Nncional Noelista. Porluguòs. Um dos numeros mais interessantes do bem elaborndo rirograma dt.~se importan te Congresso foi, serri dti ricls.. J. P-,!'~grinaçiio NoolisU\. o.o 9antnarid de Nossa Benhora de Fatima, quo decorreu n11, melhor ordem e c:om •> mn,s v1v-o 1.mtu~:nsmo. Este. pierlo"11 romogem realir.ou-&e no dia. 3, tomnndo parte noia. muitns Noe-liirt.na de Lisbon e dos diferentes nucleos ào Pu(a - do Pòrto, C'oimbra, Eiitor!I, l'aro, Evora, Portalrwe, Tornar, etc. Com e)as fora.m tamh~m muitns pessoas de BUM familina. Acompanbaram a pere-

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grad!L Comunhii.o o clou a bènçiio com e Snntiss1mo. À Comunhao, o Senhor D. José dirigiu ulgumas palnvras às peregrinas, incitando-118 à pratica. da ptedade Dopois do. missa a.s Noehstaa renovarram a sua oonsagraçiio :L Nossa Senhora. e em sog11id1t holl\'ù procissào, fazendo no fim o rev.ùo Noellet urna alocuçiio o.propria.da.. Seguiu-se o nhnoço, findo o qual os peregrinos oo dirigiram à Bo.talpa, ondo visiLurnm a 1greja. e o mOBteiro. De-pois do nrornpunhort>m a. Leiria o venerando Prdado, portira.m pura. Mafra, onde Yisitai-nm n Bnijilica e o Convento, regressnndo a Lisboa pouco depois da meianoite. .A~ picdosas per<>grinas ofereceram a missa do Comunhiio gernl em Fatima. p&los progres,01 da Ohm Noelistn em Portugal.

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, l Modèlo dos operdr!os, dos cbefes de lamllla cr!stls e proteclor da lgreJa. O Santo Padre Pio Xl reco· menda a lodo o mundo urna cruzada de oraçlles no dia de S. José, no dia 19 do com,nle, a lavor da Russia Ilo pavorosamante persegulda e opr!ml<la na ,ua conscU!nda, puecendo que lodu as pot@nclu do Inferno se vollaram contra eia. O Er.mo e Rev.m0 Sr. Bllpo de Lelrla, recomend1, àlém dlaao que na peregrlnaçlo de boje A P,llma, o, lléls orem principalmente por est~ lnlençlo.

A partida. efectuou-se às 9 boraa. Na viagom de ida, as Noelistaa visitaram em Santarém o Seminario Patria.real e om Tornar o Colégio das Missoes e o Convento de Orist.o.

Ero Fatima, no. Cova. da Irìa, preaidiu a.os aot.08 reli(l;iosos Sua Ex.eia Rev.o Senbor D. José Alves Correi& da Bilvo., venerando Biapo de Leiria., 'lll8 celebrou o. Santa Mi~, miu:istrou o. s~

Do dinrio Cnt6lico de Lisboa 1t..1'lovidade1n, numero de 18 de Fe,·ereiro, tranecreve-so a soguinie lqcul 1mbordinada à epigrafe uPeregrinaçiio Nncional Vicentina. o. 1<'6.timan : ,cJd. hojo podemos dar mai11 nlguns pormonorcs sobro osta peregrinaçào. Como ja dissomos, niio IS uma. poregrinaqiio doe Vicenti11011 dosto. ou ùaquolo. DiOC66e. t urna perogrinO.\·ii.o dos Vict•ntinos de todo o Pu{s, de inil'iativa do Conselbo Buperior das Conforènoins do S. Viooute de Pa.ulo, que dologou no Cons<'lho Pa.rtioulu1· de Lishoo. u. i;un reorganiznçiio. O Conselho P11rticulor de Lishon nomeou pol' l!Ua voz umn c-omii;.:;iio para juntamente com o "8U Pl'Ollidl•ntò orgnniznr niio s6 tudo o quo so pronde com a poregrinaçiio ùesde a sun chl'gnda n J,'ntima, corno também o trnnsporte dos peregrinoe de Lia.boa e do Sul do Pnfa, que se lhea queiram vir juntai-. C-onforme jn onuociamos a peregrinaçào reolir.n-SE' nos dias S e 4 de Maio (f• riado o Domingo). 0s poregrinos de Li. bòa seguiriio ern <'omhoio especial no dia 3 à tardo, do forma n <'hegnrem a Fatima còrcn dn& 10 bora.s. Os pcr<>grinos tlos rest.antes pontos do pa{s doveriio tamb!Sm ohegar a, Fattima pouco mais ou monoa à meema. hora, pois os exercfcios oomeçariio li.s 21 horaa, rom a. reiinillo de anlldnçiio aos perevinos. Somos tnmhém informndoe de quo • ConRelbo Superior promoveu a orgnni.u.ziio de romi~!l<Ì<'S no Pòrto, ero Coimbra, om Torres Novnfl o noutrna locnlidades, paro. trntnrem do tra.nsporto dos peregrinos das regiòes das snas Conferèncias. 0a quo ùnicnmente nece>illitem. da organuaçuo de trnnsport.es em carnionetes de Tòrres Novas ou do Entroncamento para. Fiitima, encontrariio no nos.'IO amigo Dr.


VOI DA FATIMA

2 hrlos de À2'.evedo Mendes, presidente do Censelho Particulll.1' de Torres Novo.a, o auxiliar nec-ario, pou sabelllos que aquele contrade dosde o. prime1ra hora. pòa todo o sou valìoso prést.i010 à dispoaiçio da. Comissào Dolegada do Cotlll&lho Superior, para tudo o que fosse n• cea,ario. Brevemente contamos poder dn.r o progru.ma. completo doa exorcfoios roligi.0808, po1a conv6m frbnr qut• e!IW. peregrina.çiio, sendo OJtClusiva.monte pa.ra V icentinoe, suns fo.milio.a e aubscritorea du Conferencias do S. Vicente d, Paulo, tem um cunho profundam.ente espiritual. Como também ja diaaamos, a illlCriçio par& 01> peregrino~ de Lisboa. encontra-ae aberta desdo o d1n 1 do corrente, podendo a. inscri~iio ser feita. na lgreja. do Coraçào de Jesus (diàrirunente das 8 àa 12 borns) ou por carta dirigida. ao Teaoureiro da Comiss:io, o n0880 nmigo Mondea Simoes, Rua Renato Baptistii, 67 1.0 • A comissiio pe<lo-noo quo P.risomos a c-onvenièncin e n~idade de todoa 10 iru,<1rove1·em deade ja para. ma.ior facilidnde 1108 trabalbos de organizaçiio. Somos tlimbém informados de que no dia 4 de :Mnio, depoia de terminndos 08 exercfcios da. peregrinaçiio, reiinir-se-ha em Fat11nn. n. Afi.~l,mblolll, Nndonal Vicentina, caja orgnniznçiio l'6tli n cargo do Conselbo Particnlnr de TorrOC1 ~o,·o.a, fecbundo assim com chavo de 01Jro n. Peregrinnçùo Nach:m,il Vice11ti11n a Fatima de 1930u. No numero do 31 de Jnnoiro do mo:;.mo jornal )1n-;;e o seguinte: «Na peNgrinnçào 1<6 tomarùo parte, conforme temos dito, os viC'outinos, suaa familius o os s ubscr1tores, devendo egt,ea apresentnr a respectiva cota, Hendo ninda obrigat-Oria a inscriçiio por pesson o nio por familina ou posxoa.s ngrupadas sob um a6 nome. Ne. data. da inscriçiio dovera o peregrino entregar es<:. 30$00, completando a 't'orba tota.I com duns l·ntregas de 25$00 a satisfozor oro 1 de M nrço e 1 de Abril, salvo se a inscri~·ii.o fòr posterior a qualquer <let;tas dntas, pois ne,tc caso Il entrega oomproondora a. insC'riQiio e 1111 prost~oes jli voncidrui. Isto, porém, llcorreta dificuldad,$ na orgauiznçiio dos trabalhos, pelo que é dn. maior couvenigncia quo todos se apreesom a fazer n sua inscriçiio a pnrtir do dia 1 de F evereiro.n

Fatima na' Bélgica O grondo hebdomadario belga de Bruxelna «La rnvue C'atbolique des idées et dee foits,,, no seu numero de 17 do Dezembro 11ltimo in.sere am longo e magni. fioo nrtigo sobre Fatima, devido à pena do grande ap6<ito]o da Lourdoa portugueaa no estranjeiro, o rov. G. Pizarro, S. J. EsF<O primoroso trnbalho, que tem por titolo «Les e.pparitiona de )a Bainte Vierge à. Fatima. au P ortngaln e ocupa. sete colunll!I da. importante rovista, con,-titue a hist6ria completa, embora. resumida, das apnriçoes o dos sucessos mnravibOkos de qne tPm sido teatro a &erra de Aire. Em outros tnntos qua,. dros, o autor do n.rtigo passa sucosaiva.mente em revista., n largos trnQO!I, 118 diferentes scenns dns npa.riçoes, o fon6m&no solar, ns per110guiçoc11 oficinis e 'po.rticulares, as grandes e pequenns romngens, ns manifestaQoes de Fé o piedade ae obro.s na Cova. da. Iria., a n.cçilo do; &eITos e daa servu de Nossa Senbora do Rosario, o projecto da futura. cida.de e o destino de Lucia de Jesu1 e do!I 88DB primos. Tr6s eaplèndidaa gra.vuraa ilustn.m o texto: a. de Nossa Senhora do RO!llirio de Fatim11t, a dos vident.ea e a da eegonda procis.,iio d11, Virgem no dia 13 de Afnio do ano paasado, em que se v6 atrrui da ,estatun. o ~erando Prelado de Evora. N outra revista do mesmo pa.{s, 11Le b]é qui lève» também hebdomadaria., orgii-0 of-icial da. A8&00i&Qio Cat6Jica da Ju't'entude Belar., o mesmo escrit.or pnblica., no ndmero correspondente ao dia. 6 do Fevereiro 11Jtimo, um artigo, igualmente extenso e primoroao, oom o tftulo uNotre-Dnme de Fatima, au Portn,;aln ilustrado oom id&nticaa gravuraa. Bem ha.ja. o di,tint.o jornaliJJta. que, longe do. pa.tria querida, em boa hor& ae oonrrt,ituiu pregoeiro da.e maravilbaa de Fatima, torna.ndo oonbeoidu ao perto e ao Ionie u 1il6riu eem }>ar da Rafnha do C'..én qne do tantb,m gl6riaa, u mais puras e 114 maù belu, d• Portugal , a. t.erra pri't'ilegiada de 8a.nt& Ma. rial

Fftima na lt41ia Duma carta do aluno do Oolégio Por-

tugues ero Roma, Br. J oaquim Carreira da chocese de Leiria, pli.ra o director espiritual do Seminario da mesma dioOOl!e, rev.do Arnaldo de Magalhiicll, Nproduz-se a seguir um treoho interOt!Rant..e ncerca. dos incidentes do transporte nn. cidade eterna da linda. ~tatua de N068a Sl•nhor a de Fatima, feita e ofereoidn. polo e.~cultor sr. José Ferreira. Tedim para o altar-mor dn nova. capela do CoMiiio. uComo talvez ja. sabe, inauguramos no dia. 8 a wtatua de No;i.o.a Sen hora. de Fatima., quo foi benzida pelo P npa na manhà do dia 7. Agora, que a. temos no nos80 altar a vela.r &abre n6s, n nos.sn oraçiio aera. m11is fervoroea e mais proveitoso o 110680 trabnlho do cada dia.. E quo dfaer da. linda imagem P - Que é linda., linda lindo I. .. Se a imagem assiro é, que biio oora a realidadeJ> ... A meu ver, &te é o melhor elogio que so pode fazer deeta. obra, que tanto honra o seu a.otor. Ela tem o condii.o de cativar os oorll.QOOS de qn11ntos a contemplam... Pa.rece a realidade. Qnere provnsP Vitmos a elna, que siio interessantes. Niio falo nos o.lunos ou noR nmigos fa. miliar011 de Nossa Senhora. de l<'aiima, porquo a ~ . o amor apaixonndo quo oonsagram n Màe de De us, poderia diminui r um pouoo o valor d!UI suas apreciaçòes sobre a ìmagem quo a reprQ6ente; pois é oorto, quo os coraço~ amantes nao uotam os defeitos do oùjocto umado. Nào qul!ro di,,er com iBto qua Nos:.:i. Senhora ~nha defoitos. .4.b&itl Mus qualquer da& snns imngons os pode ter. Oi. carregaclorea, quo t\ trnnsportaram ao Vaticano, niio ~e canauvnm de n admirur, e dizinrn • uQua.nto o bell.1. I... A verament, 1111 rapo lavoro/ 111 I talia non, ,i / a co~-a r.òme queafa». E o cnidado com qne elc,a n tnitavam, desde quo forum cativados por n.quele olhar t1io bondo~10 e 1ueigo I ( Porque ao prindpio, quando ae tratavn de a descer de c1U10. p1trn. o corro, pareciam uns verdadeir011 farisouR, acoatumndos s6 a lidar com ferro I) Ao chegnr ao V nticano, rope~flO n mesma soona com os empr egados que lii trabalham (porque est.es é qne n deviom levnr à.s snlas do pnlacio, onde hl\vin. do ser benzida pelo Pl\pa). No prinripio pnreoo que niio l'ln.biam tnmbém o que f&.c;e rleliradezo.. (E oe primeiros ja. niio estavam nadn. satisfeitos com aquela sem-oorem6n i a, d if;(•ndo-nos: uOlbn. romo oles a tra,. tam .. . E 1,tiio piores do que n6s... 11). Mas tudo mudou num instante. C.omeçnm a examina r atentnmente o n osso Tesoiro, e ficam preRos, coitadinhos I E preguntavam: «Qtte .,anta éf 071/ qua11/o é belai ... Onde /oi feita t Para 01lde 1•ai ?» E n&i (oa 3 loirienlltl8 com o Sr. Vice-Reitor) respondfomos que era a Senhora do Rosario de Fa.tirua., quo era obra. feita. em Portugal, e que vinba nl1 pu.r:i ser henzida pelo Papa, devendo em segu.ida volt.a para. o nosso Colégio. E ero poucaa paln.vrna (niio ha.via tempo para. mais I) desoreviamos a. hist.oria dna Apa.riçoès. E la paS88.,'n. mo.is um aaoerdote, umo. senbora, um cavnlb.eiro. Examina.vam, fazendo 1\8 meemn., prelt'lntaa e os mesmos oomentarios. Admira.'t'am principalmente a expreuio do reato. uHa proprio una e,pres&ione de.iota... Sembra che parliln dizia um canlheiro, todo entneiaB1Da.do. A~ noe dan, vont:.ade de rir dom a satiafaçio do homemzinho. Mais eepanta.dos fica.varo quando se !bes dizia. quo era feito de madeira. tndo aquilo (Porque em Italia oe esoultores nio tra,. bnlham em ma.deira; é eapecia.lidade portugll068.). Por a.quele dia (6) a. Benhora la ficou no Vaticano, e n611 't'Oltamos para. ca.sa., a.nsiosoa por que cbeg&Me depreua. o dia seguinte para. a Tennoa de nO't'0 no Colégio. Qno.ndo o Sr. Vioe-Reitor cbegou no Vaticano no sa.ba.do à tarde para. o. ir buscar, encontrou u.m ra.ncbo de opertirios (na.do. menos de 10) todos contentes à volta. da. Imagem. 18110 é qu• elea esta-vo.m sa.tiafeitoe I Quando cbegou ao Colégio, era. qnui noite. Estava. o Sr. P. Fonseoa com 01 aparelhoa todos prepa.ra.doa paro. tirar umaa fotog:rafina à Senhora ante& que eia. fosee poeta. no nicho, o que a.inda fez, n,-peear de a. luz niio eer ja. muito abundnnte. (A primeira. fioou muito nftida; ma.e por desgraça. houve um enga.no oom M chapu: jnlg11ndo que metia uma grande, moten uma mais peqnena. O re-suita.do foi safr a. Senhora com a cabeQ& oortnda. Da test.a para cima, fioou tudo forn.. Paoi&ncia..) Enqnanto a llfl1:6 tua a.li eet.eYe no P'teo, nio se acn.hn.vam 011 ndmiradoree. Era gente qu,e -vin ha às ja.nelns; ernm 01 in-

quì lmos que se cbeganuu ao 1>é da Senhora. As mùes com os filhitos, etc. Achei muita graça o. um potiz dos seus 4 n.nos, quo, cbega.ndo-se ìt janela e dando com 08 olhos na l rna.gom, tiro. o boné da cabeçn. e ali fica. muito sério n.té nos retirarmos com eia. E olhe que devo ter e.stado ali bem porto de meia. born. Nuturalmente pude a.plicnr-se a e~ta criança n hist6ria do pll.liSa.rinho, quo, com o seu dooo cantar, entreteve um monge durante cem auos, os quais lhe par1K-eram urna horn.. ( A hist6rin. é do Berna.rdes). Tiraòas as fotogrniins, 14 vamos n6,1 com a Sonhora pelns esca.da& fora até à c·apela. J a eia. est:i.va. no nicho dd Altar-ruor, quando n.li chega o méclico do. Casa, Dr. Proli. Este, assiro que o. viu, bate aa pnlmas, dizentlo o.o mesmo tempo: «Oli I rhe bella Madonah> E desfazia-se t oclo em elogios. C'laro 08t6. que npanhou logo urna inj,.cç(Io hoa sobre aa Apnriçòos de Fatima. I • Vem depois a festa da inaugurn~,iio. As 11 borns, mi11sn c-untada, a que assisti ram algumnff )lEll;KOas de fora entre as quais o Sr. Dr. Trindade CoE>lho e Ex.m,. esposa, a qual ofereceu uma. linda toallrn para. o nltar do Nossa Senbor o.. cuja renda e borrlado é obra s6 das sua.s miios. A tnrde bouve a Academia, cnjo progrn.ma lhe envio. Todos quantos assistirrun à Academia foram ver o nosso tesoiro, gostando imenoo. Viernm dois prof81'80res da Gregoriana: os Rev.dos P . Vo.n LMk e P. Mostazn.. Este t1ltimo dizin-me que, a nvalinr pelas foto!!:rllfins que tinho visto, c~ta estatua é mai~ bonito que o. da Fatima. Ja ca vieram a)~uns hrnsileiros visitn-la. I'\ outros (de vnrios colPigo9 e nnçoes) qu<'rem vir tnmbém.n l'fo·onde de 'Jllnnteln

---**--Exercicios Espirituais na rf atima

Em 13, 14 e 15 de abril havern este ano um turno de exercicios espirituais na. Fatima principalmente para. as senhoras Servitas e mais algumas outras q11e também qnizerem inscrever-se previamente, podendo, para. isso, dirigir-se ao Rev.mo Sr. Dr. Manuel Marques dos Santos Seminario de Leiria.

-----------Urna Hlor... Eucaristica Aquele quadro terno do Evangelho convidando na criancinhaa para os seu1, braços o reproondeudo os que deles aa nfasta.Yam pur~ ropetir-"e com Pio X quando couviclou e ohnmou os peqneninoR a. nlimentarem-se de J esus e a lnnçnrem-se nos sous braços, para. 011 estreitar contra. o Cora.çào que tnnto os nrun.. Uma. deasas almitas que fez ns deliciaa de Jesna o.o entrar peln prime.ira vez em seu pequenino coraçli.o quando tinha apenaa tr& n.nos e levadn. por Ele po.ra junto dos outroa anjos do céu na idn.do de qun.tro apos e meio, foi a manina. Eme. Mariani, nascida. em Luooo.-, na Italia. a 6 de novembro de 1911, falecida a. 26 de julho de 1916. A sua vidll, n ào foi mais que nma. vista. de olbos rapido. para a terra, 't'olta.ndo imediatament.e para o Céu. Bre'f'e corno tuna, fior de primavera. mna que deixou a.tras de si o aroma celestini da. gra.çn, e das virtud011 a. embalsnmar oste triste deaerto da vida. Aos doia a.nos começou a. dar ~inoia mani~s da. obr n. ex'traordinaria da. gra.ça na. sua nlm11, e da. IIU& &tracçào pE'Ja. Santa. Euoaristin,. unida. ao respeito e 't'eneraçao derida. a. tao grande Baernment.o. Um dia, indo na oompanhia. hnbitn al de sna tia, 81!1ta, por distracQio cu11pin no eoa.lho da igreja.. A peqaenina. J!:ma viu e advertiu : una igreja. nlo se de't'e cuspi r, porgo.e esta. ca Jesus na sua ca• sita de ouro (referia,.se ao Sacrario) e J09W1 é Deua.11 Algumaa nzes indo pel11t rua e sem 't'er nenhuma. igreja, a pequenina 11.miguinha de Jesnl!I ditria para. quem a acompnnha,. : uSinto um oheirinho tGo bom de Jesua. Ele eata aqui perto, maa onde serai que niio njo igrejll nenhuma Pn E olhn.ndo em roda com Oli sene olbitoe pu'l'OB e inocentes, continuava. : uNilo vejo nenhuma igrejo. mu JOl!lns dne ostar aqni perto porque ainto o cheiro a :eJe,,. E logo

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que desool>1·ia a igreja corria a 11.j oelha.r-i;e em fronte dela., adorando a Jcaus e mandando-lhe beijos com a ~ua. miozita. Um d.111. ocbando-se numa 1greja onde ostava expOBto Joous pelas Qun.renta Horaa, a i.ua tia, depois de ouvir MiBSa • 1·e2nr as de,·oçoes do coi;tume, conv1dou-a a irem-i;e porque era tarde. A pequena ajoolhou-liO fazendo oomo de co11tume 11ma grn.nde inclinn.çào, ficn.ndo naqueln. pot1içùo de mii.os junlai; cerca. de dez minatos. Chamada vanas vev.es nii.o deu einal de ouvir; por fim, moveu-se um pouoo, fez o sinal da cruz e, como se respondesse a alguém, disse: «Siro, s1m, farei sempre ll&!im ... Mn.ndou um beijo o. Jesua, i_nclinou-se de ttO'l'O profondamente, beìJOU a. terra o voltando-se para. a tia, diz..lhe: , - «Porque esta ai' tao direitaP P orque niio se ajoelha e beija a terra ?11 - Porque? (observou a tia). - E :tindn. me pergunta porque? ( Ns-poudeu a manina quasi a. chor ar) . Nio sabo quo estu ali Jesus? Nào o vèP Nii.e o sente? Ajoolhe: Nao Sj}be q11e J esue é Deus? Deus é gran,le, :,aho? E n6s somoe pt.'quenos, pequ<luos nssim , e (bnixando a mào quasi · até ao' C'hifo), acrescentou: uai;sim, n~sim, ve? E Je:,us é Deus, é alto, alto (e levantou o brnço quanto poude) nito assim, cl1ega nt.6 ao Céu. E ' preci!;o njoelharmo-nos e bumilharmo-nos parante Ele. Ajoelhe e boije». - Eu ja fiz isso, vamos que é tarde, replicou a, tin. Entno a pequonn. deu um grande subpiro, lançou um ulhar n. Jesus e e:occlamou: uPobre Jesue (e volton a auspira.r) mas eu quero-te muito, muito». Mandou oom n. mii.o outro beijo a Jeans e levantou-se po.ra se ir. Quando Jbe preguntavnm qucm lhe ensinaYa flljtae ooisns respondia: uNinguém, sinto-ns nqui dentro (e npontava para o ooraçiio). Dis.è-mns J esus:I Ele diz-me tnnta1, coisos lu Um dia, quando eia tinhn ainda 80 tros anos perguntaram-lhe se Deus via tudo e a menino. respondeu com t.odn. a frnnquezn.: ccSim, ve tudo, nté ~ o aqui dentro (e indicava a testa)n -E quo tene tu ur P - O que tenho? Olha: tenho uns pensamentitos . - E quantos sàoP - Um 86: pGnBo em Jesu,;. Dopoi9 de reflectir um pouco acr escentou: uUm so niio. Tenho tantos 11 PeDBG em J esus, penso no Parnfso, penso na. Gratia PJeM (na Santissima. Vi rgem), nos nnjinhos beloa, nos santos ... penso em tantns coisa.a lindos, todns de Jesus ... Jesus no. casinha de ouro, no dooe Cora.çiio, quando esta com a roroa de eapinhos ... » Freqiient-emente ùizie que quoria. muito o. J es\18, que queria. Ror sempre d~le e que tinha. no. bocn muitos beijos grandea., mnito grnndes mns para da.--los 80 a J esus. Antea de ter tré.~ nnos completos pediu oom insistenoia a sngradn. Comunhiio. Foi exnminada a r cspeito do que sabia. s,6bre é~fu divino Sncrnmento e deu tais reepostM que assombrava.m mostrando um conheriment-0 t11o profondo deste mistério inexplicavel naquela. idade vendo-ee que o seu mostre era o mOl!lmo Cordeiro imaC'nlado que lhe opraz viver entro assucenns e fai!! ns auas delfcio.s em vi~r c-om os simples e pequeninos.

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Depois de ter pedido, chorndo e sofrido muito por lho dil ata.rom a. Comunhio, foi-lhe finalmente coucedido comungar peln pri.rn-eira. vez no dia 18 de novembro de 191', com urna piedade e devoQào que assombravam ]endo-se no seu rosto uma satiKfnçio inexplicavel. Sendo de natural vivo. gostavn de brincn.deira corno todaa as criançaa, ae niio mais aindn., mM quando estnvn. dea.nte de Jesul'I parecil\ outra., pnrecendo um anjito11 absorto, extatioo, penetra.do e enamorndo de Jeaus. O dia da sua primei ra Comunhio foi um continuo ool6quio com J esms. - Falou pouoo 0 a6 de Jesus o com tanto afecto quo enternecia. Niio quiz brincar em todo o dio., seniio qne s6sinha !IO retirava para a]gum s{tio esoondido ero u.ma. pOfliçào oomo de ~xtase, CO.OO<"O. iwolina.da., mitos cruv,adna 116bre o peito, ou-rindo-ee responder bn.ixinho. No fnturo o caso repetin~'le oom frequencia.. Uma noit.e, nu.ma desta.a ocalrilles, mo't'eu-&e de rapente e comeQOu a. chnma.r com força.: uTia., tin., est.a. ma.nhà tive aqui o menino J esue e aiioro. ninda o o4


VOI DA FATIMA ( • apert,nva _o cornçii.o com ~ mioc.). uEstove aqu1 todo o du1. oouuiO • aaora ta.mbém est.a. Sente-lo? Move-se ... Olha que ca.lor tiio gn111d~ I Qu~ima (• pe<liu à t,ia que lhe puz~,-.e n lll.,\O eobre o ooraçio).» Dcpolll uftrmou q~ J0Bu1 lho dìll68ra coisas muito lind:1s e que bro\'emente a Jevaria para _o l'JraillO Queria oomungar todos os du:u. <' pedia-a com lngnmas. ..l<'uz1a-o com tal modesti11. que movia à devoçùo mdo pes110w; à igreja de proposito p1~~11. a verem Nada a distraia, par_ecendo Ja gosar da risa.o beatifica. Dopots de recobor a Jeeus inclinava a cabeça, cruznvn ns miios eobre O peit,o como querendo segurar o aeu Tesouro e assiro fic.iva um bom quarto de horn. A. miudo dizio. que !>Ontia muito oalor 80bre o cornçào mns quo llie enbia bem e coro info.ntil ingenuidade quel'ia que os outroa cxperimentassem pondo-lbe n miio eohro o peito. Niio podin ootnr quieta um instante maa dennte rla rasita de ouro (sacrario) a sua imobilidado era completa. De mnnhii quando baia da caS:\ para oomungar seria, silonciosa rocolhida, niio falnv~ nem olhava para ninguém e ae a suo. oompanbeira parava. no caminho, eia a puchava pela miio para que anda&ee. . Tinh11, uma amiguita de qnE>m gm,tava. muito e logo qne a via i n n correr abra.çn,..la mas se a enoontrava de manhii. quando ia comungar nem aoquer a saudava. procornndo-se ooo.npar, dillMl,Ildo bai,tinho Ìl tin.: «Vamos a Jesus, que è . guero' melhor; niio posso eapernr m:us, comungn.r. Ha tanto tempo quo Jesua es-pera... >, tenb.e

ii;

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Em junho de 1915 enqua.nt,o na sa,cristia b6 61lta.vam preparUDdo para. u.ma devoçii.o Il.O Sagrado Cornçuo de Joeus a pequenina Ema ligeira, cheia. de a.legria. franca, mu.s humilde e reapeitosa, e u.cerc&n<lo--,;e de wn sacerdote, diz-lhe «Sonhor Conego, quore ir coniessar-rueP11 «Vou, i:iim, menina, mns esP,"U'a para depois da. devoçào que vamos fuzer (r~ pondeu o sacerdote). «Obriga<la (retorquiu a. pequeua) e foi ter oom a tia a quem explicou que tinha podido aquele so.cerdotezinho (e apontou.-o oom o. miiosita.) para quo a conf611Sa.see. l!'eita nel!BO dio. a !>UO. primeira. confissilo i;ucra~ntnl preguntou ao sacerdote se queria. continuar a confessa-lo.. EsW!, agradecido ao Sagrado Coraçiio de JORus que Jhe mandara aquele a.njo a aeus péa, respondeu afirmativamente e perguntou. se querill. fazor a ~ua primeira comunhno. ccJri a fiz (respondeu eia) e comungo todos 08 dias mas até agoni niio mo teem qu.orido oonfeeear.» Daf por <lea.nte confossavn-sie invariavelmente t,odos os oito dina e !IO o nao podia fnwr ficnva nflitissima. Suporiores 6 sua edade ernm também a.e dispo3içòes com que in a o.~t.e Sacramento. Esentava. a voz do coufessor oomo 11e fosae a do pr6prio Dcus e o venerava mostrando-lhe respeito e gratidao e reeando por ele. Ouvia com a.tençii.o os aeus aYi808 e recomendaçot'A e o que ou.Yia urna vez cumpria--0 integralmente aem neoeseidade que lho repetisiiem. Quando voltava a. confessar-se a primeira. roisa que dizia. ern: uPadre, fiz tudo o gue ordenou e o farei sempre porque Jesus as&im o quere. Nio ~ verdade?n E sim, meninn. «Muito obrigndlJ. (dizia. ela)». Quando foi confessar-se o. primeira vez disse-lbe o confes.sor gue rezasse o acto de contriçiio. t1Nii.o o sei (respondeu eia., confusa)» Resftr<I comiio, disae o oonfJessor. Asaim o fez com humildade e compun~. «Minho. menina (diz..lhe entiio o confet1110r) a.prende-<> que 6 preciso sabe-lon «Pois sim; a outra vez ja o direi aò1inha.,,. Efootiva.monte quando voltou confesea.r~, depois de pedir a bonçiio, di988 logo: t1Padre, ja sei o acto de oontriqio,,

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Tinha urna. grande devoçiio ao Menino J~ue, ao seu Sngrado Cor~iio e i\

Paixio. Tòda.s ns tardee ia a uma igreja onde venern.va u.m• gracioso Menino Jesue a quem dirigia. a& expr61S068 mnia te1'IUla, dir.endo qua lbe queria muito, muito, qu.e lhe dna. o oor~iio e que !ho d0866 :Ele o seu. Urna tarde de j aneiro de 1915 depoie le

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das costumnda., efusòes de a.mor o Meru-

no J0i,us qu11'. fuvc,roco-la com uma "r.1ça. ei;pc., inll::,i,uno. vrndo aos ~u» bro.çoij e

AS CU ~AS......,....... DE FATIMA

1--<>nlj1:1rvando w neh.:s .nii.<) s61 11a. il!,roja. ma• até 1wlo t·iuuuùio. Efect1vau1onte uo tt· pura c,1sa l1JvaYa o braoito <l1roìto n,i p<>sl\'llO rle qucm leva. ao colo urna crian<;a, ernquuuto o acariciava <.,oruo u outra. Um tumor. mu Ol'!l\•ào, o 1-(ruça.-. :. Miiù clo Céu1 Toltou A 1'\l<!H•lllU11L Ema. oonfo. ou tru.nbém Maria Matilde, de S. Martinho .Arisào e salvo , dlpors <le muitas lutall e oomt·om todn a ìngenuido.de que o Menino IJ:ttes. t:I,• uùo_ lovunl mudrinh:\ de p;uerlhe di-ra coisinlias muito lindas o o eiro,' t'6cre~e o l:leguinte. _ ra, mas èo ù1ssc-lho C{Uo tourn868 como levarm brovomente para junto <los outros u'leudo eu fe1w uwn opora~·u.u 110 l~- 1 r~n<lrinlm ~. Sl·nhora. e Eia O iml'f'Oll e anj1nhos. do <l1rett.o, olJl 1926, do tilll Lumor e !1- hvruu do tod0t1 os perigos e mo n•t1tit.uiu Como 8,('to do ngradecimento pediu pa- can~o lx,11, ow 1929 com,·(,'<>U novumon~ 1,ào o u•rn a ncinitnu bcli!iCndur 11. ra lhe e.~croverem por detra!'l duma es- a.. mcltar e oo_ mesm<? tempo sohl'l8ve10 Onti-a gra~·a: Tcnho algun8 filholj e neta.m pa do Menino Jesus o segomte: or1s1pcla.• J a nno po_dia ,·ootu· a ;L0:1.nga Los; o ruou fil ho t.uvo 11 infelici<lnde de porque tm.ha de aphcar os rem6d1oa. )ho nparel•cr 11os filbos a toHso convulsa., «Meu querido J esu1>: Eu muito me afl1gia sem poder trab11- o lemhrou-se de com fé fnzer uma nove'.. quaudo eu e..tne1 para ir para. o l'arai- lbnr e 11 minha fomilia ,·ivia triste em no a X. Senho:a. de Fdtima. Ao t4 rooiro "° quero quc; c:sta 0!>t,amp11. i,e lllo ponhll mo ver llti1>1m. dfa <lis.,ipou-i;e a tos.,,e ao!l qne a t.inham e sobre o peno porque VOb quero i;ompre ~o dia l:.! de Junho do 1929 Iui ao nào deu ,1os rostnut,es innào~. comigo, Je:,11:1 que1·ido. Tua. J!!mu, do médico Drom, e examinun<lo dis.-.e-mo Eu h•nho a de\'C,~·ao de prnpnp:nr ,1 detl'es uuos.» que era proc1110 dosinchur pru.·n n·r entiio vo~·lio :i X. S. do Rosario de l<'litima e .l!'oi igualmente muito dovola do Sa- so era prc<Jiw aplicnr o raio X. Q., remé- de:itruìbuo joroaiR todot1 os IU81lOH, mns nlgrado Uora\·u.o do Jesus e todo~. oi; dias dios fornm em viio. Nada ma fov. bcm. guns dil',Nn-nw - !sto é para ,i fit~ de Deix<'1 do fozer o trntnmeuto que . o dizcrl'm qno ,·iio <loentes e voltum snos. llia m lazor wua. visito. ao sou ultar. A visita. do Coraçào de J Ol:iU!l coroado de mèd1co mnndou. Por fim ju nào podin ir .A mim, gra~ns n Miie do (X.u, 'N. Senhora do Ros,trio, foram-mo conc-cdidns tòespiuh~ a comovia eeru,ivelmonte dei,e- à mi,isa. Xo dio 5 da Julho, primeira soxta fei- dns as grn~·uq qnP deixo mPnrionndas, e J!lndo quo u.quelt:i; &pinhos t-sti-.E)fjlj(lm antes no 1,eu l'Oruçiio. Tìnha frcqtltmte- ra do moo, nào poden<lo iu,sistir ì1s cere- ontrru, qne d(frxo dt> ment·ionnr para. nio mente o. sua estru:npa. nas mùo,;, enclien- m6nias que :-e foziaru na Igrojn, lui no tir:i.r mnit.o lu11;ar no jornnlzinl10. Muitaa do-a. de boijoe eapecialmente quando al- fan receber N. Senhor, nùo mo podendo gra~ait sojnm ,Jad.1~ a ~- Seuhorl\ do Rosnrio do Fntima porque n minhn rerida. guma. dor ruai:. forte a inco111odava, re- demot'ur com dores no brnço. No diii Sl'guintc, primeiro t.:.ibado do quo tiTe e im·mnodou d11rant<1 30 a1101 designnndo-se prontamente eru quulquer som&, oonsagrado a. N. Sl'nhor:1, estM·a ~::ip111,•c·1•11 complotronente.11 fr1ruento. A1 suti <levo~·iio principnl, porém, era peor. Deixei-me ficar na cumn emquunto a P aixào dc Jcsus. O peru,nmtc•nto de que minbn fam{lia foi para a 111;.i!'IU, Levan- Uma conversio. Jesuij :;ofria o trulll!formnva dsi,ohneuto ki-me e fui a t·a.~a dnmn \'izinlrn, Maria Sara lvem, F.irraz Mala de Lourelro, dchando-n absorta, quando nii.o podia. .A ngui;tn da Frnitus, que ha tompm ti- (rna 1.nrz d., Cnmlies - Li,bo11) ('111 cnrt& fnzer u. via-csacra pedia o hvro e ollinn- nha sofrido uma ersipefo na perna. 1\ro,- dc 29 ,lo Dc>7..embro 1929, dir-not o "8do para os qua<lros da Via-Sacra ia--OS trei o brn~·o e eia ao ,o-lo diss0-mo que gnintc; pa&ando todos pela vicsta, pnrundo uro eu in AOfrer muito. Fiquni tris.t,, 1 m ,er <1H.e,·.'M l':ll]l'f! instante. quo jn in nos quatro me--cs o m•\ ,·in rn<la Nii.o sabia ler o quando lhe pergunta- Vt>Z peor. Choiu llO ~rutidùo, veuho r,or Ò.-;te rueio, vam corno é quo meditava a.pontava com l\111ha i rmu, 11-0 Yer-me tri11t{', disse-me agm<lcl'cr n No,iim ::,ouhora do Ro~ario o dedito os quad1·os da Via-Sacra e di- q11e lovns.'!EI o brnço com itgun. d<' Fa.t.ima. de J<'ii.timu, a 0011ve1'6iiv duma Pl'Slio;~ de Minhn. mòe foi à farmacia comprur O!> familiu, ?i horn cla mort.e. Niiv sahendo zia: uVe,i? Jesus ca.in I Pobrt' JcsuR ! Niio remtlidios pr<>ciso~ pnra o braço "' ,,u vol- corno almnlar o ah-s1111to «co11fissi11» propode mais. Esti debnixo da Crnz e os tei para o mt'u quarto. l\finhn irmii etnei mnncira d,• !ho pòr ao 1ws,:0ço uma. maus o estio agarraudo. P ohre J esus, veio-mc:1 lavar o hroço C'Om ligun do :S. 8, ml•dalhinhn du ~- S. de Fatima; depois quanto sofro I .Ele niio chora nem se quei- o den-mn tamhém a beher, 11e<tt11 0<•11,,- cle me tcr reforhlo por nito a ronsoluçào xa porquo é bom. Eu quoria levnnta-lo siiio fui em ei;pfrito para F1Hima junto do qne (•u scntiiL1 na fn,,q1ioncia dos Sacrama.s niio pos.-.o. l\ias om trocn, digo-lhc No,-,'!a &mhoru. Ne.<ita oca11iiio fui firnn- tnl!:ito,,, Durante dim; cumunguei pela sua contnnta.-. coizinhas tiio bonitas... E que eu do s•·m forçns, todn fria, ouvin mn11 niio quero-lho muito e peço-lhe que fnça bons podia folar. Foi neste momento qno sen- veniòo. Foi-mo impossiYcl voltar n. sua. casa; e a ootes maus que o atirnm ao chiio,,, ti N. Sonboru curar-ml'. Nilo pott.<;0 do.~crcver o que ~o paséou qnunrlo 8(>Ubo dn sua morte, D<'m mo a.treNa rooitaçiio do Rosario preferin semvi n pc•rg1111lar. •·omo tinham siclo os aeu1 pre os rui11Wrios clolorosos. O seu amor n. no mcu ooraçr'i-0. Quando minha miie rhegou a ,·a!lo ja eu ultimOA momento~. Quando me diSliCram Jesue e a. sua atracçiio para a. Eucari&tia e tudo o que lhe fa.lava de Jesus era e~tava curnda, maa fiqnei oro silènl'io som que 3le, dias depois da minhn .,j,;itn se aoompanl1ado duma terna devoçii.o a No~ dizer nn.da. No din i;eguinte do mudrugo- ronfl"s~nrn e re<-ebera todos os Sncrn.mensa Senhora a quem chamavn. a Grafia dn chamei por minha irmii 1, dbse-1110: tos, senti umn. alcgria e urna grntidao tao nndn ,·er o nwu braço; N. Scnhnra cu- (!rande, QUO r~olvi rccorrer a Maria 'l"f'D· piena e <t 111inha. mliezinha. Em uro dia do mes de mnrço de 1915 rou-me. Levnntando-se e encontrnndo-me pre quo se rno aprusentem ca,o!' itii-ntiuma senhora lhe pediu para que rezasso cura.da foi grande n. alegrin que sentiu CO!I. .Aindn hoje, me par0<'8 mentirn, uma. para que 11, Italia niio entrn,-,<;l' n1i guer- e voltou no quartq dizè..lo nos moue pais tal conn•rt1iio: tiio diffoil !'la me parecia I ra.. Como a menino. nnda reapoudesse a que ainda dorminm. Se a minhn dov~ito o. Nossa Senhora. tin nmeaçou-a de a. niio deixar r,omunAo ouvirom ei-ta noticin oomeçnram a do R o~nrio de Fatima ero grondo, boje gar se eln niio prornetesse pedir por es- ngradoc-er ù 11os.'!R- Miie do cén. sa intençiio. l\iinhn imia manrlou fnzor urna novena é muito mnior. .Agrud!'l·ontlo a publicnçiio doetae linbu. Roopondeu entilo: sim, sim, pcço e pe- ero honra do N. Senhora do Ftttima e direi sompre, mas a.pesar-de tudo bave- eu prometi anuncia-ln. na Voz da Fdtimll son 1·om toda o coD!lidernçiio». ra guerra.• para. dar honra. ìì nossa queridn. Miie do Reumatismo. .A senhora porém, no.o se contentando Céu,,, oom osta r esposta. evasiva. voltou a perAlmerlndo Plc6to, de Caluquo1nbe ( .A.•guntnr 110 a. l talia entra.ria no. guerra. gola.) cmv in 11 ~guinte carta: !rUma ferfda de 30 anos. uSim,. sim (respondou dpcididamento) Manuel Franolsoo Andrlno, do Macei«Ex.mo e Rev.mo Snr. dnqui n dois rueses a Italsa entrn.ra nn ra (Leirrn) envia o seguinte l'Olato: Guerra.,, Isto mesmo voltou n. a.firmar E' na qualidnde de Director de o jor11Com o mnior prazer e contentrunento alguna dina depois deante de vnrias pes- Yenho, por moio da uVoz da. Fatima• tor- n&l Voz de Fdtim.u,' que ca de muito loneoas. Efoctivamente, passados os dois nar publico, corno prometi, a cura que ge, deste belo_ rincii.o chamado ,A.n~ola, meses, a Italia entrava na guerra. obtive por intermédio de N. Sonliora do que eu pcço hoonça parn mo dmg1r a Havendo-lhe alguém recomendado que Rosario da. l~atima duma oasci<la que ti- V. Ex.' Reverend{~ima, parn !ho rogar pedis.se umn graça especia!ibl<ima. que ve durante 30 nnos, além de outraa grn- que no mesmo jornal ::;eja inserido mais parocia. tor rontra. dificuldadee insup&- ça.s t.emporn.ia. Tendo consultndo vnrios um milngro que a Virgom Nosea. Senbora raveia eia reapondeu que a podiria. e que médicoe, entre el86 os Snr. Drs. RiYot de do Rosario de Fatima me acaba. de fnzer se a.lonnçaria., o que voltou a confirma.r Cnxias, o o Dr. Vasooncelos de Paço de • pelo qual estou rendendo ne minhna granntes de morrer. A.ssim aconteceu. Arcos, o mais alguns clinicos, que me man- çns de riel oat6lico. A '61tima vez que Bt' con.fee!'IOn foi a 7 da.ram ln.var n naecida. com borato de soHa pouoo mais de 2 mesee, umo innl de julho de 1916. da, niio obtendo rl'Sultado nenhum. Um minba aabendo da minha particulnr deQuerendo voltar nessa ocaaiiio no con- doa clfnicos ainda tentou receitar-me un- voçiio pnra Mm a nossa. Mlie do Céu, ton feesionario por lhe tor esquecido qua]quer gllento, sem r!l6'Ultado. Quando nok-i que a genia! gontilcr;a de me envinr nlguna nucoisa, a tia. disse-lhe que isso ficava pa- por efeito da nascida, principiavo n in- meros do grande arauto dos milagre1 da ra a outra vez, no que ela reepondeu char, deixei os remMioa temporois e Virgem, a. Vo11 d~ Fdtima. . quo era. nquela a. ultima vez. Fiquei marnvilhado oom tanto m1lagre I voltoi-mo para N. Senhora do Ro~ario ooUma enformidn.de qua o médico niio meçando urna novena o promotendo man- E eu gue d8f1Conhecia. o jornalzinho I. ... snbia axplicnr a. ia minando o em breve da-la publicn.r, caso melhorQ.l!IIO. Algum tempo ap6s a rcoopçii.o dos J~rtomou proporçoes alarmnntes. Melbor No dia 12 de Outubro, tratei doa pre- nais de UJDn. estampa e medalbns da Virdirinmos quo o fogo do amor divino àob parativos para. partir para Jl'litima i\s 5 ~em' minba filhinbn. de gun.tro o moio a influ~ncia da Eucaristia, a in. consu- horaa da. manhii e fiz o. viagem n~n.rra.do an~ adoecou com reumatismo, inchnndomindo o o se.u debil temperamento niio à capota. do camion por ma nii-0 podor sen- ae-lhe as perninha., e os p6s.8Mn medicateve força parn resistir à voemencie da. tar. A volta do Fatima. vim ja eontado e mentos de rspkie nlguma com qu1> lhe Caridade divina. Foi à igreja a \iltima esqueoeu-me completamente a nMCida, pois &tenulUISe tiio horr{vel sofrimento II lonite vez no dia. 10 de julho. ja niio existia, e estava curado, p;rnç.aa à de qualquer !IOC6rro (precalQOB da rida No dia 15 eetava gravemonte doent.e, Maa Bemdita, N. Senhora. do R<>"'~rio do sertaneja), oomo ia nito podia ouvir gemer oom febre muito o.ltn. e neaae dia. nito po- Fatima. Louvorea à Virgem !macula.da. minha filhinha, lembrei-me cle n,corrM' à dia estar quieta. 86 socegou qunndo lhe que veio a Fatima para oonsolltçii-0 e aH- Mite doe Aflitoe, para nliviar llll daree da criançn. prometernm quo podio. com1U1ga.r na ca.- vio doe pecadoree. Enquanto eu, cheio de F6, implora'l'a • ma pois quo (dizia ela) soro Josue nio Quando o meu filho mais velho, corno POf!110 euportar o mal. militar, teve que ir l utar pela Patrin, pa- socorro Divino, oom a Bandita FJ!ltampa No dia 26 foi fazer a sua comunbiio a.o ra a Fra.nça reoomendei-lbe que !18 lem- toquei M parros doentes e fiz t'Olll qn• a brasse sempre de N. Senhora com nlgu- pequena a beijnaee. Céu.


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VOZ DA FATIMA

Neaae dia. ja a crianoinba. passou mais ~ada., embora ainda est1vesse com as pernq e p~ muito inchados. PaMados tres dias - oh I Bondade Divina. I - minha filha asta va radicalmente cura.da, dei;cia da CUIUa 116sinba e repleta. de alegria., dizia: - «Papa, Malia poèe andar». De facto ela. andava, brincava • corri a, oomo 110 nada tivesse tido I .A. Conwladora tlos Aflitos ba.via ouvido a minha proce foita num momento aflitiTo e curava milagl'osamente minha filliinha, quo por si nnl é SUIL ufilhada. Nes.so mesmo dia dei oomeço à m iu ha promessa - Novena n. 0 2 - e, mais uma Y'ez, certifiquei-mo do qua todo aquele que apele para a l'irgp,m Nossa Senhora do Ro&drio de Pdtima com 11erdadeira Fé, Ela, a Mae de illi&ericordia, jamais deixard de ate11der a suplica de qualquer doa aeua filhos. Gloria e lou,·or n Nossa Senhom do Rosario de Fatima. Tnlvcz quc so nli.o fos:;o o urnuto dos milap;l'e, de 1"1Himu, me niio tivesse ooorrido tiio repentinamente recorrer à Mao do C~u ! Abençoada lembrança de minha irmii e abençoado jornal, parn, o qual desejo longa vlda cheia de prosperidades. Dosejava ardentemente asaina.-Jo, mas corno fioo a mnis de 60 qui16rnetr os da estaçiio postai quo <'mite valcs, em tendo portador mandnrei o numera.rio para duas <1Minntnrns. Como nunct\ clei:ejei fa7,9r nadn pomposamente pois a Virgem acolhe oom mnior 10licitua'e os humildes, obsequeia-me subsoritar n notfoin com o nnngrnmn de meu nomo - Almerindo Picoto ... u

Tumore&. Elisa Perelra Marques Costa, do Jugar e frègue,nn do Puiiio, co_ncelho da ~'igueira da Foz, venho mu1to reconhec1da. a.gradecer a Nossa Senhora de Fatima, e dar cumprimerrto a um "oto, por uma graça obtida.. Dizem meus pais que pouco depois do meu nabCimonto come<,-ei a sofrer do tumores, que viiihum rcbentando, em diYersas pnrtes do corpo e pl'incip:ilmento no ouvido e~uerdo qua de contfnuo pul'gnvn, exnlnndo muito mau chciro que niio s6 a mim incomodavo, mns também às pessoas quo comigo viviam. Sofrin, de quando em quando fortes dore,11 de rabeça. Fui diversas vezes a bnnhos do mnr o dns Cnldas da Amieira. aem obter resultado algum, corno r~ultado niio obtive de outros tratnmontos m&liCOA, Vidn dovoras muito dPsconsolnda com tal incomodo que jn julp;nvn cronico visto resistir nos trntameotos durante 27 anos. Em de1.embro de 1!)28 achei-me peor, pelo quo numentou o mflll desp;osto o <liminuiu a e~pE'rnnc:-n de molhornr com medicnmentos. F:n!iio, chein de fé e coniiançn em NoAAn Senhorn de Fatima, pedi-Jhe muito a p;roça. da minha curn, prometendo publica-la. no "Voz de Fatima,,, e de il' a Fntiml\ np:rndccar-)hP nCS!!8 santuario bemdito o dar para ns obras o que pudesse. Sofri ai ndn um mee e lavando o ouvido com ap;ua de Fatima, oomo quo me esqu<'ri dc pedir, de ncs~e sentido reznr e, .. pmumdo pouro mais de um mÉls, lembrando-me, nchei-me curndn !. .. Como iRto se clM..ie ha mais de nm ano • sem mais ~entir l'ofrimento nlgum, venho np;orl\ rndiante d<' contentamento oumprir o. ultima parte dn minha promes110, visto ja tor rnmpr ido ns ontras, para o qne venho pedir a. V. Rev.a sr. P.e Silva, um ea.ntinho do jornal de Nossa Senhora cle qne 11011 nRi1idua. leitora, Areite meus respeitos. Paiiio 27 de Jnneiro de 1930.i,

lnterc:o llte. Maria Vlt6rla, de 19 nnos, natura.I do Jup:nr e fr~guesia do Reguengo de Fetal, 11ofrin hnvia quasi dois nnos de intercolito e niio olcnnçnndo melhorru:i por meio de medirinn, recorreu a. N, Senbora dn. Fatimn, que se mel hornsRe no espnço de trii!! mese8 mnndnrin publirar a sun cura na Voz rfn P'tifima pnra moior gl6ria da N. Senhorn do Rosario da Fittimn, 12 de fovereiro de 1930.

Cegue fra. Ant6nlo Correla e Maria Jos~ Correla, de S. Martinho aeguinte:

Arieiro, infoTmom o

A 18 de Maio de 1927 N. Senhora ooncedeu urna p;rande graça. a urn a criança, son filho, do dois _!noe porque eetnva cega, niio vendo onda, e nem de dia n em de noite IJ008gava. Foi um p;rnnde sofrimento que a criança passou duran te cin-

.. .. eees.

A. miie da, criança ouviu dizer quo se lavasse os olhos com agua de N. Senhora de l•at1ma., talvez fosse curada. Estava-se tratando com o médico mas os reméd10s uiio lhe serviam de na.da., cn.ùn vez poior. A miie da criança. foì a. casa duma visinha, a monina Maria Matilde para lhe dnr urna ooisinha de agua de N . S. de Fatima com quo lavou os olhos da criança. No fim d08 cinco meees a. criança. melhorou, fico u boa o por feita corno era. dantes. A màe promcl-Ou a publicaçiio na Voz da Fatima, e corno o médico niio quis passar o ntcstndo por isso o niio mandou; mas ngorn envia e,;fo rclnt-0 s6 para dar honra n. Nos~a Scnbora de Fatima.

__ __.,_,

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los e !ho d1ssesso: «Quero qua sejaa feliz, fica oomigo. Gosa. de todos 08 meus bens, mas nào queiras desagradar-me em tudo quo f6r justou, que cuidado e ardor nio empregaria éste vassalo para fazer a. ..-ontade ao sou principe! Pois bcm I Deus ooncedeu-nos os mesmos lieneffcios e niio noe importamos da. sua. amizade nom fa.zomos nenbum caso das suas prom86Sas... .. C'orno fnz pena I... Quo felicidade para 08 justos quando no fim do mundo, a alma embnlsamada dos perfumes do Céu vier procurar o seu oorpo para gosar de Deus. por toda a etornidadie. Eniliio os D06808 corpos sniriio da terra. corno a roupa quo foi passada pela. barrela ... brilhando no ('éu por toda. a eternidade,

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"Vo'z da Fatima,, UmJeixe de notas eimpressoes

D e p e rto e d e longe. . -__ D esp èsa Transporte... . .. . . . . . . 194.806i40 lJn ilha de Santa Maria ( Açores) qu.e, PapeJ, composiçiio 18 impelo nome, deixa su.por a fé e devoçào pressào do n, 0 89 (54.100 Jlariana dos seu.s hubitantes, um ano ap6s oxemplures) 3.08li70 a inauouraçào dmna ermida em honra de l<'rnnquias, ombalngons, tranaNossa, Senhora da 1"dtima, escre11e-nos portes, gravnras, cintn1:1, etc. 839$85 pe.~soa amioa a dize1·-nos da uniào eapiritual aos cxercfoios de de11oçiìo que rea198.727i95 lizam na J/'d.ti,na todos os dias 19. Julho de 1929 Donativos Vlirioa Tenho receb ido os 50 numeros da uVoz H,ecouhocendo-se a impossibilidade de trazer cm diu. (ostava ano e meio atraza.- da Fatima» ouj n distribuiçito na. ermida. do) o registo da~ qu11:ntìas ~nviadas pe- de N. Senhora. eia Flltima uesta ilha, é los ~i uantes deste J0rnabanho, renun- sempre osperada com anciedade, O culto de N. S.• da Fatima. nesta. ilha. ciarno11 ao desojo de as pubhcar aqui, procurando ucusa1· a recepçùo doutra. forma, vai n11m entusiasmo sempre crescente e Publicnremos, uo entanto algum donati- doveras consolador. · No dia 13 de cada mes, de todns as frèvo e.,traordinlil'io quo llOS for ellviado, José Mora.is Jordiio, por si e por ou- guesias de.cita ilha, numerosos grupos de fiéis aoima.dos do cspirito de piedade e de tras pes.oiu, ùa frèguesia do Paiiio, penitencia, em devotn. romngom resa.udo o 119$00; Maria. da S. .FernandOli, 30i00; Rosario e entoando lindos canticos de louMaria. Isa.bel Couceit-o, 66$00; Augusto vor à Virgem, ncorrem à ermida de N. Marques Gouvoia P ereirn., 80$30; Josefa S.• rla Fatima, para ali unirem as suas da Jesus, 8$80; Marcelino Ant6nio, ora~-oes e 1mcriffcios às de milhares de nl14Sl0 ; Malaquim1 da. Silva, 50$00 P ,e mns qne em tais dios se reunem na esVirginio Lopes Tnvnres, 86$00; P.e Be-- ti1ncia privilegiada das Apnriçoes, Com nedito de Abrcu Castolo Branco, 200$00; indi111veis sentimeutos de. piedade assisMaritt ùas D6res Tavnres de Sousa, tcm à Santa Missa. acompnnhnndq n re100$00; Beat .. iz Valente, 22$50; M. d ' Ol!- <'itnçiio do terco e rànticos apropriados, e veira, 110$00; Joaquim M. de Sequo!- no momento da comunhiio dezenos de pesra, 100$00; P .e Antonio André de Li- soas reeehem o Piio doe Anjos. ma, 100$00; Horn, Weinschenk, 52$50; Terminodo. a Santa Missa tem lugar urna P .o Candido Muia, 135$00 ; Viscondessu breve nlocuçìio, o finda osta, ressoam as de Baçar 140$00; Maria A.ngela, 127$50; enternecidns invocnçi5e'I a N. Senhora quo Maria Clara de Vilns Boas Potes, 150$00; a assistenc-ia mi repotindo, deixando deMaria do Cnrmo Pereii-o., 66$50; Amélia. pois nqnelo Padrno erguido em testomuLopes dt• Mendonça. (Sa lvnterra. e Co- nho do int<'n~o :imor dos Marienses à. Virruche), 18.'3$00; Manuel N6brega, 50$0U: gem Santi!lsima. Joa.quim Pedro Junior, 50$00; Maria Parante esfas manifestnçoes de fé e pieDelfina. Còrte Reni, 210$00 P.e Fran- dada tao sentidn!I e grandiosas, chora-se cisco Carlos Nune!!, 150$00; Mnrin Filo- "" romoçiio. mena Mnrieira. 15 00; Manuel Joaquim • • da Sih-n, 20~00; di rertorn do l1ospit11 I de E.,ta i u.ma 1,oz da Jfrica que nos che.Alpodrinha, 20$00: Monsenhor Ant6nio Mal'ia. dos Santos Portugol, 101$50; Clo- aa atravb das txpressDe,, sentidas da petilde de Almeida (Capela. do Senhor da no grnfil duma senhora portuu,usa que Vera. C'ruz), 40$00; Maria. Ma.tilde da ali 1•ive wi terra& de Portuual UltramaC110ha. Xa.v ier , da. Igreja clo SS. Coraçiio rino. Fa z bem 11er assim irmanados M de Jesus, do T,ishoa, 30$00; D. N. R. da mesmo amor ò Tlirge,n . tantas almas de /illin.~ seus dispersos por Eue 11Lundo. I p;roja. de R. Mnmedc, 10$00. Lubango (Angola), Agosto de 1929. Nito imngina V. Ex.eia. o bem enorme qne vem t>!lpalhnn do o leitura. do jornal:>.inho «Voz do Fntimau de que sou muito devotadn, a11Sinnnte, poii; a 11ua leitura nmenl\ e clespretencio~n, as curas mara,. lJm mau <·rist.io (fai.i o Santo Cura. vilho~ng e <>xtra-0rdinnrins obtidns por i nd '.Ars) niio po1fo comprconder esta bela tercessiio cln nossa Miie SS.ma, opernm espernnçn do Céu que anima e consola. nos nos- espfritos. avidos das cousaa uo1 bom cristiio. · divinas, ns mniorcs trnn!lformaçòes, .A.s P1~rooe-lhe duro e inc6modo tudo o que grnças obtidM pela stlfl intercess,fo, siio numero~ait, se-ndo nlgumas verdadeirnmenconstituo n fclicidado dos Snntos. Com qucm estnremos no Céu? Com Deus to erlraordinarias. Afastado!! corno estamos centenas e cenno~qo Pni, com J esus Cristo nosso irmiio, <·om u Snntfssimn Virgem qua é nossa tena" d!\ quil6metros dessa estlncia. p;loMli.e, com 08 santos qua siio nossos amigos, riosa. e bandita, n8<'0SStirio se tornava paSe rompr<>endesscmos bem a nossa fe- ra a piodnde> dos fiéis, um nltar com a licidado quasi poderin mos dizer que somos Imngem da SS.ma Virgem, onde pudesmais folizes que os santos no Céu. sem ir pi!'dO/!amente a 1181111 pés implorar ElPs 11ivem do3 seus rendimento&. Ja niio a. prot<'cçiio de que cnrcres!lem, e em copodem ga.nl11w mnis nadn., omquanto que mum com os seus irmiios em Fatima, rennos podemos a onda i nstante a umentar os deT-lhe as homenngens a. tii-0 excelsa Padroeira 1 nosaos tesouros. MandlimO"I ontiio vir urna imagem, fiel Niio devemos, pois, considerar o 'trabalho mas a, l'ecompensa. c6pia dn d o. Fatima. Orii:nnisnmos entiio uma comiSl!iio para. Um negoriante niio olha ao trabalho que lhe da o sou comércio mas ao lucro ren liznr u primeira (segundo ere) festa qua dele tira ... Qua siio vinte anos, trin- em honra de Nossa Senhora de Fatima. em terras de Africa, e para que tivesse mnior ta anos <'omparados com a eternidade? No mundo ignora,.se o que é o céu e brilhantismo, fez-se pela pt'imeira vez o o inferno. O céu, porque se o oonhecesse- ?tf& de l\!aria, e a 13, coruemora ndo a mos quererfnmOfl ir pnra la a todo o p'.e- festa. que <'-Onstou de Missa cantada. e QO deixarfomos de bom grado tudo, O m- primcira A.pariçiio na. Fatima, fez-ae o femo, porque "8 rooonheces.~moe o quo sermil.o. Ap6s a Mi1;sa foram distribuidos o Sané n iio tor por toda. a cternidade o amor de Dous... quererfomos evitar essa de&- to Cri!'lma n centenns de creanQas e alguns adulto&, niio havendo mem6ria uté boje graça ou11tasse o que custasae. Se um principe, Be um impera.dor cha- de e,e ter j unt.a.do tanto. gente n81!ta ptr masse l'\ aua preeenQa um doe eeu s Y'UII- quenina e encantndora Igreja desta lin da. •

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Um pensamento reconfortante i

terra. africana. Viera.m dezenas de autom6veia e camionotes das localidades mo.ia proxituos, para ass1stirem a essa. mod88ta e ence.ntadora. fe,;ta relig10sa., 110• deix:ou as melhores impressòes em t.odoe aqueles que tìvera.m a. dita. de a eia. aasistir. E qua linda asta.va. a SS.ma Virgem I No seu trono profusamente ornamentado daa mais llndas flores, e com o seu meigo o l-Orno olhar parecia onvolver todos no mesmo amploxo de paz e amor que irradiava. em t.o1·no de si como a. prometer quo d'ora a.vanta teriam umo. Protectora a. queru rocorressem, Des<lo Moio qua se celebra. todos os dias 13 a l\I1ssa. em sua. honra, e asta sempre n Igreja chei1L de ùevotos de Nossa. Senhora do Rosario de .l!' a.tima. ----,l11U111Jllll1oUl!I .,1r------

Um estudo interessante Urna oxceleute fillia de Ma.ria foi wna vez consultar o seu bom e velho Parooo e Dirootor da Congregaçiio, para lhe ptr dir conselho sobre o futuro de sua vida. - i\leu Reverendo Padre eu nào sei, que faça: umns ,•czes sinto a.tructivos pelo casamento, o outras pela vida. religiosa. Um bolo e CXl'olcnte rapaz, de bòa. familia. e muito bem prendado, anda. a roquestnr-1110: eu, porém, creio qua o meu cornçiio pende para o claustro; ajude-me com seus (·onsolhos, qua eu sofro com eeta indeoisào, O vclho o experimentado sacerdote, ouviudo-n fnlor com tnnto calor daquele «importuno», compreendeu. tndo e arvorou-i;e em Snlumào. Tomou de u ma. beng,tla qno Jhe ficnva perto, po-la em pé, e, di rigindo-se Ìl amavel consulente, fez-lhe asta. propoi;ta: se a bengala cair para. o men laclo, i l'Ois para o convento; se cnir para o ,·osso, c·nsareis. E conservova o. bengala inclina.da. para. si. - l\fat1, Pndre, protestou a jovem com vivuciclndt>, a bt>ngnln niio esta a. prnmo I - Minhn fi)hu, vo)\'eu o bom do Padre, casai-vos. Casou-se e fez bem ; ti boca falnra pelo coroçiio.

Um bom exemplo (Recordaçoes ,dumparoco) Ern um oerto dia, como tanta.e vczea me aoontcce, fui acompunhur um cadaver à sua ultima morada. Voltando-me em certa altura., deparo com doi~ jol'ons soltladoo;, do boné na mio, , o aoompnnhar o caixiio. Quem os vis!;& passar pensana que o~a nlgum parente ou algum camnrnda que 1a a enterrnr. l\Ia.s e>it:nam h11 pouco tempo no quarte) e o pobre dC'funto, nuturnl nào se sa.be dondo tinha entrndo apenns a lgumaa semllllns ~nt.os no hospital e por is~o devia ser-lhes intoiramonte desconhec1do. Pert'orridos os qut1si dois _qui~6metros gu.e sepnrnm o hospital clo cem1tér10_ e qu_e chegamos ù hoirn da cov_a, os do1s _m1litares njoolhanun e vin-se qua 1am mum1urancfo as suM ornçoes, emq uanto eu rasava. ns oraçòes do rituaL A' ROidl\ do cemitério tive ocasiào de me ttproximnr dÉlles e de os felicitar pela. sua. boa conclnta. «Fize..,tes urna. boa ncçiio (lhes disse eu), Deus a vin melhor que o mundo e v~ rocompcnsarit poi' terdcs ncompanhado &te pohre ao c.emitério». - Que quare Vossa Reverèn~il\? (re;spondO\t um delos), vimOI! qua nrnguém 1a a acompanhnr. Lembramo-nos que tnmbém um din, nos, poderemos descer à te1:a. abandonadoq o unimo-nos n. V .. Rc_v.c1a na esperança de quo DE'u!I rnspunr1!1' a. alp;umM p0!!l!0n~ o pensomento de v1rem _ re!la.r por nM~as nlmn.11• . Apertei-lhes C'Om?vidn,m_ente a_ ma.o e fui redigir <*!t a me1a duz1a de lmhM. ---,11111111111111111111111111111- -

IMPORTANTE

ObJectos perdldos na Fatima Enc:ontram-ae na FATIMA, na barrac:a dos jornaia, mu ltos objecton ac:h• doa e entrtgues all!!una jat ha anos. Alg una cstAo j4 estragadoa; outros vlo--s~ eatragando com o p6, humfda•

de etc:. P ara que ni o acabem de se e atra.J1!ar ali Inutilme nte os que nl o forem procuradoa a té ao dia 13 ( treze ) de Abril seri o c:on1lderados c:omo abandonado1 e apoz ease dia distrlbuidos pelo1 pobre1.


Ano VIII

• Le i r i a, 1 3 d e Ab r i I d e 1 9 3 O

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N . 0 91

f)A

(COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA ) Direotor a Proprietario : - Dr. Manuel Marques dos Santos Adminiatrador: - P adr e Manuel Pereira da Silva R.edaeç6o , AdminlstraçlltJ : S emlnlrlo d e Lei r ia

Emprlsa Edifora e Tip. Un lAo Gràflca, Travessa do Despacho, 16- Ltsboa

CRONICA

DE

Ff\TIMA

Fatima, 'divino poema de luz ,e de amor que a Virgem gravou no livro da Patria A cruzada de oraçoes pela Russia No dia treze de Março, realizou-se, corno nos outroa meses, a comemoraçiio festiva das apariçòes. O tempo, mais favara.ve! que em Janeiro e Fevereiro, permit,iu que o numero de peregrino,; fosse também um 1><>uco mais elévado. Numerosoa fiéis aproximaram-ae da mesa eucaristico. com uma picdado edificante, depois de se terom roooncilindo com Deus no santo tribunal da. Pon.itencia.. Ra.ras foram os. doontes que ccimpare<'ern.m no Posto das verificaçòos médicaa par1i &e inscreverem e requisitarem o cartào de ingrei;ao no respectivo Pavilhiio. Por desejo expreseo do Sua Excelencia. Re,·erond{ssima o Sonhor D. José .Alves Correia. da Silvn, ilustre e venorando Bispo de Leiria, todos ~ a.ctos do piedado realiw.dos nesso dia foram oferecidos peln salva.çl!.o da Russia. Em uniii.o com Sua SanUdn.de o Papa Pio XI e oom todoe os Bispos e fiéis de todo o mundo cat6lioo, os peregrinos or1ram e ora.ram com fervor para que Deus, por intermédio de sua ::\Iiie Santfssima, se digue por termo à. 1errivel perseguiçao movida contra todos os crentes naquele pnis, que constitui a sexta. parte das terras do nnivorso. Depois da bençiio dos doentes, ptègou nm bermào cheio de salntares ensinamontos o rev.do Oonceiçào Cabra], distinto professor no Seminario do Porto, que no numero do diario cat6lico de Lisboa Noridadu, de 22 do MarQO corrente, publicou um longo e primoroso arti go, no q uni deixa. exaradas, em frases da mais sentida admiraçào e do mais vivo entusinsmo, 11s fundas e map:nificas impres.'!Òes que produziu no &Rpirito piedoso e culto do venerando sacerdote a sua. recente ,,isita ao santuario da. Lourde11 portugneAA.

A Obra dos retiros Sua Exoelincia R1.>verend{ssima o Senhor O. J osé tem-se mostrado sompre incansnvel em promover o bem espiritual dos sous diocesnnos o em imprimir à. Obra de Fatima o cnracter que eln deve t.er , tornando o seu uugusto Santuario um foco pereno e intenso de vida cristi e sòlidamente piodosa. Ultimamente, depois de conolu!do o Albergue de Nossa Senhora do R-0s&rio para os peregrinos doontes, que viio à. terra dos milnRre& pedir a cura dos seus males on lenitivo e copforto para os suportar com resignnçiio à. vontade de Den.s, instituiu a uObra dos retiros» do tao lnrgo alcance individuai e socia! e tao recomendados pelos Sumos Pontffie<'s, e ainda ha pouco tempo por Sue. Santidado o P e.pa. Pio X I , numo. encfclica. especialmente oonsagrada a &se &Munto.

Este projecto ja Sua Exoelencia. R&vorendissima. o acalenta.va. ha muitos ano:i coma um doa sous pensamentos mais queridos, mas as circunstiincias s6 ngora. lho permitiram realiza-lo. Efectiva.mente o retiro espu;tu11l, ero que a alma duranto alguns diaa se a.fasto. e ioola do munda exterior e se reoolhe para meditar 11s vcrdndes eternns o elaborar o plano de refotma da. sua vide., é um doe meios mais poderosos e mais eficazes de recrisUaniznçiio dos individuos, dns fam!lia.s e das socioda.des. Por iniciativa do Senhor D. José, ja se tinhnm efectundo alguns retiros ern F~tima, mas sem ns comodida.des e fl conforto que s6 o Albergue logrnrio. proporcio-

Nossa Senhora do Rosario de f Atlma QUe se VENERA NA IORe.JA PAROQUIAL oe VALeOA

nar. Durante os tr& dìns do Entrudo, porém, renlizou-ae jii o pr imeiro turno do exercicios espiritnais com car(otor oficial, dirigido pelo mv.do dr. Vaz Serra e èm quo tomaram pll.J'te cèrca de trinta. membros da Assooiaçio dos servos do N088a Senhora de Fd.tima, vulgarmonte ;ihamados «servitaeu. No ultimo dia foi presidir à conclusiio do retiro o venerando Prelado, qne fe11 uma. tmttica IU'lequada à.s oircunstiinoias o deu a tada.s aa exercitantes a. MnQiio do 80.ntfssimo Soornmento. Nos diM nove a treze de Abril pr6ximo ha.vera um novo turno de exer ofoioe espfritua.is, dostinado às eenhoraa da. .Assooiaçio dns servas de Noesa. Senhor a. do Ros«rio de

Fatima o nos dias catorze a dezallete um do a inedita.çio feita. por Sua Excelincia. terceiro turno para. os s6cioa da Juven- Rornrendissima o Senhor Bispo do Leitudo Ca L6lica Lisbonomo. ria.. llem haja o ilustre Prelado Leirienso Da. 1,30 às 2,30 - .Adoraçio ao SanpolO!! incompantveis benefrcios de ordem tissimo Sacramento oom prègnçiio. As 2,30 - MiSllo. e Oomunbio Gera]. espiri tual quo por eBta forma fa1c. descer do Céu sobre tantas nlmas sedentas de As 8,30 do dia 4 de Moio - Prooissi.o ,·erdado, de , i rtude o de paz I <'0m a Tmagom de No!!Sa Senhor.i. para a Penitenciaria. Às 9 horas - Misaa rei1nda com canPeregrlnaçao Vicentina a Fatima tioos - Rençiio do SantiS&imo SacramenO diario cat6lico do Lisboa uNovida,. to. As 1:3 horM - Procissiio de reoondue&o des», no seu numero de 10 de Março ultimo, publica Il. locai que !;egue àoercn. da da. Imagem de Nossa Senhora. para a CaPerogrinaçaoi Vicentina. a. Ftitimn, que pela, dM .Apn.riçoes. A inscriçiio continua aberta na lgreja deve rea.lizarM nos dias 3 e 4 do pr6xiParoquial do Cor~ de Jesus todos 01 mo mos de Ma.io. ,,A Comissiio Delegada clo Conse)ho Su- dias, dna 8 à'! 12 bora!!. perior dns Conferencias de S. Viconte do Pa.ulo para organizar esta. pon•grinnçiio FAtima na Fraoça foi ha dias recebida por Sua. Eminencia. o Sr. Cardini Pa.triarca, a guem apresenUma ('nrta do rev.do Frei Luf:s Maria tou o prograrn1L elaborado. Tovo a pieno. Baron, roligio~o da Ordern de 8. Domina.provaçào do Sua. Eminencia, quo prome- i0S, rlfroctor cli\ excell•nto «Revue, du Roteu à ComiSlliio todo o seu alto apoio e pa- sairon, de Snmt-Maximin (Va.r), Frantrocinio para estn peregrinaçii.o, que po- ça, ondereçada a um 1Jui1trado sa.oerdote lo sou cunho profundnmonte o.-;pfritun l portugu6s da. dio<'cee do Leiria, cla conta va.i rertamente atrafr p;randes bençiios de da propnAandn. inten~n. que por int.erméDeus pura. n. tiio gra.ndo obra dns Confe- dio do,..sa revi,rt,a O& boneméritos Padre.~ rencias <le S. Vicente de Paulo. Além de Prt-gndores tooru feit-0 do culto do N08p;randos bènçiios para as Conferèncias e so. Senhora do J!'ii.timn. o daa moravilhos para os perop;l'inos quo noln. se incorpora- da Lonrdos portugue,m niio s6 em Fra.nrem, esta porogrinaçiio proporcionar-lhei:;- ça, corno no mando inteiro. -n a facilidndo de assistirem à assemE' i<Obrt•maneira ·coni;0lador para no!I, bleia Nacional Vicentina., que hO roaliza portuguelies, v1.>1· o amor o a dedicaçiio oom em Fai.ima no dia 4 do Mnio depois de que no. patria de S. Lu!s e de 811nta. Joatermiuados os exercfcios dn pcregrinaçiio. na. d'Arc oe gloriosos filhos de S. DominDn al<l>embleia. certamente ndviril.o gran- gos procuram tornar oonhl>cido o nosao des vnntng~ns para o 1100 maior nperfei- mais célebre santuario Mariano & bem çoamento. O Conselho Partic-ular de Lis- nssim o fervoroso entUlliosm-0 com que a boa pede-nos qno chamemos a atençào nova dovoçiio é n.oolhidn. pelos oot6liooe doe Presidentos das vari1U1 Oonferenciaa france.'leS. para a conveniencia de fazerem ver nos Bem ho.jam o rev.do Frei Lufa Maria seus confra.dos que tenoionam incorporar- Baron o os soutt irmàos om religiào, no-se na peregrinaçiio a necessidndo de se mea.dnmonte o nesso ilustre compatriota inscreverem quanto antes, pois a Comis- rev.do Frei Gonçnlves Tovnre!I, pela. sua siio, tendo elaborn.do -0 programa. contan- lou,·a,·el e para. n6s tào honro,a e penhodo com a ido. dos perogrinos de Lisboo. rnnte inicia.tiva., tiio visìvelmente abenem comboio espocial, necessita. saber se QOlU)a pelo Céu, o quo a glori08a. e bemrealmente _pode contaT com um numero dita. Senhora. que, depois de ter nparecisnficiente de perogrinoa para &sé com- do aos MUS filhos da. Franço. cri,tinn{ssibaio 06pecia.J, ou se tera que modificar ma ~ di,mou nparecor tnmbém a.os de o programa 'para o adaptnr a outrM ho- PorluRnl fidelillsimo, do que é vonerada ras de oomboioe. :g realment.e &te um ._. queridn. Padrooira, faça. C'hovor ~bre toponto de capitai importAncia. e por isso dos, com munific3ncio. materna!, aa suns cstamos certoA do que os confradee que melhoroe graçns o as suas b6nçiio, mais ainda. se nào ineoreveram, se apressario preciosns e mais osoolhidas I a fnz~lo. i o seguin~ o programa da Seguo a. carta ne. trndnçào portuguoso.: peN>grinaçio. «Ave t Mnria-17 de Março de 1930. Às 21 horal!I do dia 3 do Ma.io, saùdaMeQ Roverend{ssimo Padre Queira çio a Nossa. Senhora, presidida por Suo V. Rev.cia. perdoar-me nito ter ngrndeciExoo!Guoia Reverendissima o Sr. Bispo do mais N'do o mngn{fico click~ que fez de Leiria.. o favor de me envior. Nio pude oonter & minhn. alegria. pernnte esta nova domon~ Às 22,80 - Procissiio dns Ve!IIB. A meia. noite - Exposiçiio do Snntfa- trnçno de bondn.do: proahei-me a.os pés simo Ancramonto e terç,o meditbdo, sen- da Sant{sl'lima Virgem e no efnslo di,. mi-

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VOZ DA FATIMA

A maior dm; pequenos cbama.va-se Lu13, ~O o 27 de Fevereiro ultimo, in11ere t-m cxtensos e explendidos a.rtigos um es- cia de Jesus dos Santos que cont.wn 10 tudo conscil3ncioso sòbre uFatima, a Lour- anos do idade. Os outros dois eram 1''randes Portnguesa... No numero de 13 faz..1oe cisoo l\farto e >111:1, irmà Jacinta Marto. Nonh11m delcs 1-nb1a lor e ~ crever e sòr&1umidnmente a hist6ria. daa <luas primeirns aporiçoes, reproduzindo-se do mente Lucia tinhn. foito a primeira ooopusculo «Os episodios maravilhosos do munhio. ]_t'atima,u um interessante dialogo em que Autes. do meio dia desse dia (13 de entra Ltfoia. do Jesus como interlocutore., Maio), èlepois do torem passndo o seu o desorevem-!18 os ultimos momentos de tempo com nlgnn11 jogos inooeutes, 1ezn.Jacinta. Mo.rto e de Francisco l\'.[arto. rnm o terço em comum; e niio .. tinham Todo o artigo ocupa oito colunns e é nincla ara.bado a rocitnçiio dele (terço) ilnstrado oom quatro gravuras, grnndes quando virnm urna luz aiibita. oe)estia.b e nftidn&, representa.ndo Nosi,a Senhora que apnr('(;0lf porto cléles, e foi vista. no do Fatima o aspectos inter068ant<>s dns mesmo instante sobre o cimo duma azitiltimaa peregrinrtçòes. N'o numero de 20, nhoire. a. Virp;em Gloriosa. no aspecto dua hist6rin. das resta.n~ apnriçoos enche ina dom:ela. npnrentando uns 18 nnos do romµletamente duaa paginns e é acompa- 1dade aproximadnmente, toda bela e fornho.da do nov;i11 gravuras, entre elas u mosa; niio hl\vin. coi!!n. semelhante sòbre a dos vidontee no seu trnje- de pastorinhos terra. Sen vestido e seu manto eram umn. e n do Lucia de Jesus com o seu habito purezn. do brnncurn. ; o.s bordas do seu de religiosa de Santa Dorotei11. O nume- manto ernm doirndns, e ele cobria-lhe a ro do 27, que se estende por mais de duna caboça. Em sua fnce desenhavam-se uns paginos, verso. sòbre as gr11ndes manifee- trnQ06 dÒ trist<>za, e de suas maos juntnçoes de Fé e piedn.de, é iguaJmente tns i\ nlturn. de i>l.'11 poito pendia um roilustra.do N>m mngni'fioaa gravura.s, re- q1irio, C'ujos griios ernm branoos oomo pé· produzindo scenns da.'! peregrinaçòes, e rolas, e umn. cru111 de oiro; e de son rosi<> Ìn!,Ore o hino nacional 11Salvé, nobre Pa.- -1e erait1n umn chiridn.de mais brilhnnte drooira", om portugues, }etra e mti1;ica. q ue a lnz do wl. Qunnclo n.pnrooou a visiio, os tres crinnF4tima na Jugoslavia çns tiveram medo e pensa.ram em fugir, mas ola (n vi11lio) tranquilizou-os e proO célebre calendario jugoslavo de Zn- meteu-lhes com umo. voz doce que ola greb «Ka.leudar Srca Isusova. i Marijina,,, niio lhe fnzin. o menor dos males. Ent.io 110 numero correspondente ao corrente n Virgem vonerstvel convorsou (falou paano çle 1930, consagr~ ciuco paginas, de ra) com Lifoin. durnnto una 10 minutos 120 a. 124, 11011 aoontecimentos mnrnvl- r10uco mais ou menos, e convidou as crilhosos do li'atima.. O longo e bem elaM- nnQ!lS n. voltar ì\quele lngar no dia 13 dos rado artigo, subordinndo à epigrafe ccKo- 5 meses s011:11intes. vn. d1t Trin111 descrove a longos traQOs as A SnutfSljima Virgem em todas as suas ,renna inolv1daveis daa n.pariçoei,. reeor- npariçoes conversava com a. Lucia sòmenda o concorso erlrnordinario de peregri- te. D08 a qne elaa doram origem e termina Quanto à JacinLa, ola. ouvia U6 palaroforindo ràpida.mente o destino dos vras que dirigin ìì. Lucia, o Francisco tr& videntee. Acompnnhnm o artigo al- porém via. o. Snulissimo. Virgem e niio oup;uma~ gravuras: a. percgrinaçiio de Se- via. noda dn~ suns falas I tnbal ero F,Hima. a. caminho da ca.pela Foram-se dnU 119 crianças e começn.dnll apariçòee, nma. vista parcial da Co- rnm a espnlhnr a notfoia daquela. vfaao vo dn. !ria a multidii.o nclamnndo deli- o.dmiravel e n gente julgou-os mentirornntemonro' o Virgem na procissao' fi- !';(>S, niio exceptun.ndo membros da fnmfnnl cle treze de mo.io ultimo e 011 tres pns- lin dele.'l. Segundo o desejo da. Virgem, torinho~. aoorroram a.o loca) da visi<> nos tempos Fatima na Alemanha fixndos, o o numero clas pessoas prcsentea 1.1. npariçiio da Mii.e de Deus ia cresO diario cat6lico de Lisboa. «Novida- cendo d11mo. vez para outra até que em des», no sou numero de 8 de mnrço fin- l3 do Setombro de 1917 chegou a. 30 mii, do, insore a seguinte locnl, que com a pouco mais ou monos. No começo da apnclevidn. vénia. se tra.nscreve por ser dev&- riçiio vinm-se no ar e no céu einais miln1·ns interessante e para n6s, portugueses, grosos o numerosos, que a.testa.ram muisobremodo consoladora. tas pesaoas dignns de fé. Enqua.nto du«Fatima a Lourdes portugueso, é, um ravo. a a.pariçào aos pequenos, reoomennrtigo do 'netty .Arenr. publicndo no. Ka- dou a Virgem quo todos fizessem penitholi.!iho Kirchenbln.tt-Korrespondcnz (23 t.encia. por seus pecados e que reznssem de Novembro de 1929) e reproduzido em o rosario. Entiio desoobriu àa crinnçn.s outros jornais alemiies. um segredo, niio lhes pennitindo que o Termina nf\Sim: revelassem a uinguém. Finnlmente prouQuorn esteve ,una vez, em treze do ou- meteu-lhes o Céu e pediu qu~ fosse edifituhro om F6.tima., pode contar as horas cndo. uma Igreja naquele lugar, em honque ~r puS!jQll oomo as mais belns da sua ra deln, e declnron que eia fa.ria, na sua vidn.. S6 em troze de Maio ultimo esti- apo.riçoo cle 13 do Outubro, ur;n milagre veram Id. trezentoe mil peregrinos. CRdn com o qual confirmnrio. a realidn.de da vez &:ite lugn.r be esta tornando mais be- sua. npariçiio em Fatima, para. t6da a gente. lo... Certamente tempo vira em breve cm Na dato. sobrodit1\ o nwnero dos preq ue a. u Lourdes portuguesa." sera 11eme- sentes à npn.riçito da Senhora era oercn lhonte em tudo no «Lugnr da Graçan dos de 70 mil, ùe todn& ns classes, vindos de rrancc.qe11 : o m1mero dos peregrino, é ho- todos os recnntos do Portugal. Quando je em Fdtima id NPerior ao de Lovrdei. comOQOU. a fola. da. Virgem com Lucia, o ja lhe tinhn. declnrado que ela era. a Senhora. do R-0eario, recomendou a donzela Fatlma nos Palses de lingua Arabe l\06 milhares de present.es que olhassem O ,cMoni;ageiro do Sagrado Coraçiio dc pnrn o sol. Estavn. todo o céu coberto de Jciiusn em arabo, no seu numero de Fe- nuvenR, e a chuvo. cnfa incessantemente, vereiro do c-orrente ano, publica, de p~g. quando ois que as nnvens se dissipnrnm 56 a pag. 59, um excelente artigo sobre n repentino.mente e npareceu o sol no meio do céu, com o mais forte de eeu brilho Lourdes portugueaa.. Fatima era, oomo se sabe, o nome da e rolova sòbre si me.~mo, oom umn. pressa filha querida de Mo.homet, que 08 mus- terrivel, oomo so fo'ISC umn. roda de fogo sulmanos oonsideram como um grande cle artificio, tornando inceSSllntemente todas as còrll8 do nrco-iris, espalhnndo feiprofeta da sua religiao. E' natural, portanto, o interesse que xes de roios de urna beleza sedutorn. muitos arabes, oat6licos e islamitas, ma- Renovou-so &te milngre tres vezes à vis-nifestam ha j4 alguns anos por tudo o tn. daquelaa multidoes, e durou cerca de que se relaoiona com Fatima. Foi decer- 10 minutoe. E esta-s 70 mii pessoas oaito para. satisfazer n sua. juatn curiosidade ram de joelhos por terra recitando o ccPaque o «MenS11geirou arabe resolveu dedi- teri>, n. uAveu, o uCredo» e o acto de car algumae daa euas paginaa do numero oontriçiio, humedooendo-se 90us olh011 de F.evereiro à divina historia das lipa- oom lagrimn.s de alegria. riçoee. Dopois d&ate milagre admiravel e da.a Graçaa à extrem11. gentileza dum dos apariçoes da Virgem, esl)alhou-se o culD08806 mais sabioe arabistaa, o rev.do Dr. to da Senho-ra de Fatima oom urna ropidez Aut6nio Alves da Cruz, a. uVoz da F&ti- extraordina1ria em Portugal. O nome dema,,, tem o pramer de proporcionar 8()8 la. estava em todos QS fnbios e em todos sous leitores a. traduçiio do inter888ante 09 ooraçooe e ns suas image1111 e Of!tatoa.s em milhnres de cnaas, lfoltiplicou-se o artigo, que 6 como se~e: nmnero dos peregrinos vindos à Fatima uA mlla1ro11 Senhora de Fatima» No. mnnhii de 18 de Mo.io de 1917 es- de todoa 08 fados da Regiao ( de Portutavnm um menino e duM meninas guar- gal) e de fora tamb6m, especinlmente no dando um rebanho naa proximidad0B da di.& 13 do cada mes e uos domingoe e fe&FAtfma na Holanda aldeia do Fatima aituoda om Portuan.l à tn.s de Mario. Snntfs.,ima, e duma mnneiA importante rovista cat6Iica bolande- distl.ncia. do 106 quil6metros no norte de rn. particolar no dia 13 de Maio e 13 de Outubro, chogn.ndo o numero deles a 400 za «De Ilustrntieu, nos 68118 numeros de Lieboa.

nha. alma fiz e reno\'ei repeti<lns vczea a. mìnha acçào de graças, suplicando-lhe que pagasse contuplicndamente a. V. Rev.• a 'l'iva. sa.tiiJ"nçiio que me proporcionou. Publiquei &te lindo cliché na «Revue du Ro.sairou do Março; torna-lo-bei a. publico.r no mos de Maio em follia separo.da e em pa.pol de lnxo o envia.-lo-ei gratuita.mento a toclos oa oossos assinantcs. Elea eeperam com sa.ntm, impa.ciencia eata reproduçiio artfstica paro. dar o luaar de b.enrn. no. snn. fnmHia a Nossa. Senhoro. de I<'atima. O npusculo «No1111a, Senhora de Fatima» publicodo pela uRevue du Rosairei> tem tido um exito ca.da. vez mnior. T6da n gente quorn v~lo. Este entusiasmo das almn.s é um 111nnl inequfvoco dn hençiio da Rafoha do Sa.nt1asimo Rosario bòbre èsse trabnlbo emproondido puro. sua gl6ria. Eu estava longa do pensar num exito semelhante. Nomee.do director da 11Revue do Rosniro» om Setembro rie 1928, qui11 colocnr sob a protecçiio da Rainha do Santissimo Rosario o género de npostolaclo que 11. obediencin. me confiava. e trabalbéi com tòdn a. minha nlmn no. redacçiio do numero de Outubro. Tendo ouvido vngamente -ralnr de N= Senhoni do Fatima, ocorrnu-me a ideia. de dizer algumns pnln.vras n &se respeito neste primeiro fo8ciculo: ern tiio nn.turnl falar de Noli81\ Sonhora clo Rosario de Fatimn. na uRovuo du Rosnire» para. o mes de Ontubro I l•'11 i por isso ter com o rev .do Gonçalve.<i Tnvnr86 para lhe pedir quA se dignnsse preparar um artigosinho sòbre os ncon~imentos de Fatima. Este artigo su. cinto mm; oompleto agradou imenso. O numero de Outubro da «Revue du Ro&aire» exgotou-se ràpidnmente como que por oncnnto. lmpr68Sionndo, também eu, por è.-.!-tes ponnonoret1 que ignorava, constitui-mo o ~eu din1lp;ador em Lourd86, no més de Ontubro de 1928, por ocasiiio da peregrinaçiio do R()t;ll.rio, _,,rigida. pelos rev.do,; Padres Dom1n1canos, perante um a.uditorio numoro!liasimo de peregrinos. Fiquei surproondido com a impressi<> quo &se. factos sobrennturais produziam naa a.Jmna. A pr0mOlsSa do falar circunstnncia,. damento dua !!Ois o.pariçòes da. Santissima Virgem na Cova da Iria atrafo A «Revue du ltosn1re» um grande numero de novos l\88111antre; dentro de pou003 meses elevavnm-se o. nlguna milhares. ERto estudo ompreendido no mes de Abril de 1929 e apaixonadamente saboreo.do Jielos nos,;oa leitores, sugeriu-nos a ideia dnm opusculo inteiramente consa,grado a Nossa Senhorn de Fatima. Eetavamos om ,Julho na época daa férias. O est.udo inicindo nlguna mooes antes tinha familinrisndo os religiosos de S. Ma.x.imin, oom os ncontecimentos ·da Serra de Aire e eervido de trabnlho de Jignçao para 11 nova publicnçiio plnneada. Dois religiosos particularmento cn.tegorizn.clos, um dos qunis n.ntigo prof8680r ~a Universidnde de Edimburgo e o outro diplomado pela Faouldnde de Teologia de S. Maximin, tomnram oontn de todos 08 dooumentos de que a hondade tiio delioado. de V. Rov.& nos tinha. abuudnntemente provido. Oompulsn.ram Asse11 clocumentos nté às mais minurioall8 pnrticulnridndes, com uma sngncicln.de, um amor e umn. persevernnça quo deviam n.trafr s6bre eles a p:rotecçiio e11peoial de Aquela que tanto desejnvam glorificar. Além disso, on.do. se descurou para. dar a &te trnbalho o oa.racter da mais rigorosa exnctidiio liist6rica. O IUll0r filinl cTésscs religioeos, maternalmente acolhido pela Rainha do Céu, explica, pelo menos em part.e, o exito inesperado do eeu traballio. Dopois das preooupaçoes da reda.cçiio, viero.m as dificuldades da impre,;siio; estas 'foram sem oonto. A-pesar-de tbdas as precauçoes, tivem01 oontrnriedndes &abre contrariedades, aurpreen.s sobre eurpresa.s. O dem6nio pareeia empenhar-ae dum modo particuln.r em por entra.ves 11, est.a. obra, oujo objectivo era n gl6rio. de Aquela que tem por mwiio esmagnr-lhe a oabeça. As dificuldade~ cessa.ram e o opusculo ha.via tanto tempo ~perado apa.receu fina.lment.e para nl<>p;rio. de todos e vai, ca.dà Tes maiR, pnblicar ao longe a g16ria e a mieerioordiosa bondade de NOfl8a. Senhora do Rositrio de Fatima. Com a expressao reiterada. do men viTo reoonheeiment.o, dip:ne-ee V. Rev.oia aceitar a homenngem do meu religi090 • profundo re9POito em NOSllO Benhor e Nos.qn Senhorn. - fr. Lu!a Maria. 13aron, O. P., director do. uRevue du Roeo.iren.

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1925. (l)

Quanto às graças o milagres atr.ibuidos à mteroe,;sùo <le N.• Sr.• de :Fatima con'fam-se nos 111ilhar~. Muitos destee mila-

gros feitos (obtidos) por meio duma fonte de agua. milngrosa que o poder de Maria tez sair do solo ~eco e sem agua. E ngoro. corre e!Sla agua por nwnerosas torneiras e é onvincla a todos os distritos de Portug;nl, e nté polo munclo, e cura mnita ·gente, corno a. tigua de Lourdee. Os roroeiros de Nossa S<>nhom de Fatima. viio nli levando cenlenas de doontes esperando 11, curn. de sous mnlEfl da& miseric6rdins do. Compassiva Mae de Deus. Criou-se ali um ,cbnrenuu de constataçilo médica. pa.rn os casos de curo.s admiritveis, afim de quo niio ns possam negar os incrédulos. Procurou o governo inimigo do Catolici11mo proibir estas mnnifestnçoes do vitalidn.dc (cat6lica), mas ficou cetéril o seu esforço, a.ntes pelo <'Ontrario aumentou a devoçiio doa crentes para com Nossa Senhorn. de Fatimn e n confiança dèl08 naia, e ja jnntnrnm milhocs do frnnoos para edificnrem à Virgom, nn Fl\timn., a. mai" boia das Tp;rejn~. Nnt1i, D<>scnidoi um pouco o portugues dn trnduçiio cinginclo-me o mais poss(vel ao origina] para lhc conservar o gosto nrabo. O 'fradutor: 1lnt1.itiio 11lves da Oruz. l::h-aga, 23-11-930.

Fatima na fndia portuguesa Em l)iu, que é umn. das poucas reliquia.i. quo u1uda pos:.uimos do nosso vasto império colonial na India, acaba de ser muugurndo o culto de Nossa Senhora de 1''ai.tima. Muito contribuirum para 81;l;e desiderafmn a. piecln.do e o zelo da Senhora. D. Mnrit1. Luisa. da. Costa l~olque, virtuoaa espò1111, do ilu!òtro Governo.dor. Em carta 1 pura u1n.~ sua nmiga de Lisbon, essa piedosa o patri6tica dnma, tiio cledicada ò. Lounles portuguesa, faln dn.s comemoraçòes religiosns que be fnzem no dia. tre~ de oada mes naquela nossa. colonia do Extremo Oriente. Siio <lessa ca.rtn os seguintes periodos: uMuito gosiei eia 11Voz eia Fat,itpan. Que <'onsolaçiio ver a fé que ha em Portugn I o entiio q11t'Tl'1 anda ca por fora e pode far.or tt compn.raç1io, que louvore~ t.em quo dnr n Deus pela fé e pela confin nçn da nos<in. gentt' I N11 ,cVoz da. Ftitima» fazoro referoncin à. festa que se rPnli111ou em Mncau a No&"-''\ Senhora d<' l!'ntimn. 'Eu gostnria muito que soube~ s(lm c1ue aqui, nesto oantinho de Diu, ~~ 1mplnntou essa devoçiio, tendo havidu missa cantnda por mim e algumas p&quenus dnqui a qnem cusniei e que todo-. o'! dias treze temOf! por minha iniciativa (tnn!! i!lto 6 escuHado dizer) a nossa. devoçìio ìt-; ~eis horns dn tarde, hora a que em Fatima devem estnr i~ misS:1 dos doonte~. constando a nossa. devoçao de expoaiçiio do S:intiRsimo Sacrnment.o à boca. do Sa.crnrio, terço, lndn.inht\, urna. visita no SnnUsiiimo, um motete n Nossa Senhorn, tudo on81\indo por mim e contado por n6s !l()nhorn'I, e versos tnmbém mena».

Fatima na China O ccBoletim Edesi1h1tico da Diocese de 1\laC'nn», no seu m1mero oorrespondentA no mès de Novemhro findo, na secçiio «Noticiariou, foz o relato doma. festa a. Nossa Senhoro. de Fatima, do qua.I ee rcprodnzon1 o,; soguintes perfodos: 11A 13 de Outubro, a nobre Cidade d" ::\,focnu tomou a homenngear mui solenl.'mente No~'III. Benhorn do Fatimn. A fostividndo d~s,;e dia constou do Mi-.sn de oferecirnento, celebra.da, à.s 18 hon\'i, pelo Dg.mo Director da Cateque~e dc S. Lnznro, Rev.mo P.e Domingos Yim. As comnnboes clietribufdns a esta. Missa. fornm numerosas, niio oont-ando as muitns que o Sr. C6nego Mn.tioa Liu distribufu do sacrario. A's 9,30 o Dg.mo Dir<'ctor da Cn.teq111,r se de S. Domingos, o Rov.mo Sr. Conego . Pintndo, cnntou Mi11sa., n<'olitado pelos Rev.dos P.09 Domingos Yim e Porffrio de Cn.mpos. A parte musical foi hìlbilmente exeou~ tada polo. c-npeln de Nossa Senhora de Fatimo, que exoctrlou n «Missa. Tertinn, a duos vozes, clE> Hnller. De tarde, pelns 17 horns, o R~v.mo C-0ne,:i:o :M. Pintnclo e-cpoci o Snntfseimo SIIC'l'amento no baldnq11ino. (1) 89tee nllmeros 1llo a. BOID& doe perèJTi· noa de tMM aa pe.re&'rinn96es do a.no. Nota do tTadutor.


VOZ DA FATIMA Iniciou-se en Wio o. rocitnçiio do terço do Rosario, cujaa dezonns oram entremcadas pelo conhecido cnnto popular «Nome de :Mo.riau, quo, no coro, cantava a capela de Nossa. Senhora de Fatima.. O terço foi seguido de Ladainba de Nossa Senhora, cantado.. .Acabnda. a. recitaçiio do terço, subiu n.o pulpito o ilustrado sucerdote P.e Aut6nio Roliz, qne tomou para texto do seu ,ermiio aquelas pnla,•raa de Isnfas uNornen tuum et memoriale tnum in de.~id1r rio animne» («O teu nomo e a tun- mem6ria serio as saudaclcs da minlrn. nlmau). Depoia do sermiio, o Ofioinnte rezou 11ma ornçào a Nossa Scnhorn de Fatima, ap6.CJ a qual houve um c&ntico.

Terminou tudo com a bençiio do Santissimo Sacramento. A concorrencia foi numerosissima». No numera de Dewmbro, o mesmo Doletim noticia a fnndaçii.o duma Congregaçiio de No.~sa. St'nhora de Fatima enlire menino.a, promovida pelo Rev.do P.e Roliz, ap6stolo de Fatima na. diocese de Mncau. E conclui ru;sim: ttA Virgem lance um olha.r benigno sobre aquelas crinnças que sifo as primeiras ctl no Extremo Oriente a tornar conhecida Nossa Senhora de Fatima, tao queri<ln. para n6s os Port.ugueses.»

Vi.,conde de ìllontelo

AS CURAS DE FATIMA Uma nascença. Fellcidade Rosa de sa Borges, em carta de 21 de marQO uJt1mo, escreve: E na qualidnde de Director da Voz de Ftitim.a, que ca desto cantinho da. Proyfncia Transmontana, frè~uesia de Samòee, concelho de Vil11 Flor, que eu van.ho pedir a V. Rev.m" a bubida fineza de public:ar ns grnças t'oncedidns por Nossa Senhora. do Rosario de Fatima, a est.a. humilde fnmfli11. a que eu pertenço. Minha miie ja com porto de setenta anos, ba mais de quinze que- vem sofrondo de urna doença tiio impertinente que nem os médic:o;i que a teem tratndo, so entendem com o seu mal. Em princfpio de 1924, npnreceu-lhe urna nascença. no peito, foi pre<'iso manclnr-lbe fnzer opcraçii.o, sendo opern.da pelo distinto médi• co de Vil11. Fior, Eic.mo Sm. Doutor Joii.o de Noronba., com o. ossistencia do Ex.mo Snr. Doutor Lopes Mouteiro, e honra seja. dada nos distinto& méclicos, por quo a operaçiio ficou bem feitn.. e minhn miie, fioou livre clum mal, que podia. ero pouC-O tempo leva-lo. ii. ~epult11r11 . .\pesar-disso, continuou sempre doente, apossou-i:;e clo11;1. uma. tal frnquez,t, mesmo porque o mudie-0 assistente obdgou-n a ficar so trn ta.da. a. loite, o :.i~sim oi;tove mais de uro 1;1.no, porque o modico dizin n meu pai. que ela tinha no 1•stoma~o qunlquer coisa muito grave e todos no!f da fnmilio e~peravamos um do~echo fntal dia por din ! Em Janeiro de 1029, tlo. e meu pni estiveram cada um com sua pneumonia o tiio grave foi a sun sitnaçiio, que os julg1~mos no fim da vida. Nesta triste situaQiio lembraram-se da Virgom Santfssilna de Fatima e promeieram fazer a visitn a Nossa Senbora., tendo minha mae ja nntes disso feito essa. promessn.. Meu pai t1nba. grande rB<,-.iio de l:t conduzir minha mìie por que o seu estndo do frnqnesn orn tal, que lhe foi prat·iso ostodar a melhor maneira de o poder fazer. No dia 10 de Maio do ano pr6ximo findo partiu com ohi até no Porto, ar descansou dois dins, e no dia 12 de monbii pnrtirnm no comboio nté Coimbrn, descansa.ram ai algumaa horas, o tendo automovel nlugo.do oom antecedencia, seguira.m para Fatima. Meu pai diz que no tra.jecto de Coimbra a Fatima, se viu muito apoquentado, lembrando-se quo minha miie a. cada momento exalnvo. o ultimo suspiro. Chegndos a Fatima, minhn mie em quasi tòdn a noite, niio pode !mir do automovel, npesar-de meu po.i insistir com oln, pnra irem fnzer a visita a Nossa Senhc,rn. 86 dc mndruiri.<la conseguiu resolve-ln a snir do automovol , e entio apoinda por mou pa.i, e por meu irmii.o, que os aoompanhou do Porto, conaegoiu conduzi-lo. junto do portao principa.l. Ai junto da grade fizerA.JTI urna prece à. Virgem. Pn!l~ado pouco tempo pediu para ir junto da cnpela da. Senhora. afim-de a seus pés fnzer ornçiio e C'umprir a. promes.~a. Mou pai fioou deverns surpreendido, quando viu minhn milo a romper pela mMSa compncta de gente, pois que eln pou<.'<> tempo notes niio podia dar um pnMo, sem 1-er amparadn, o entào abria cn.minho n meu pai e meu irmiio I... Cbegados a. muito custo junto do. Virgem SantL«sim:t, eia pediu a meu pai que a pn.'l.'IO.IISe pnra dentro do muro da capelinha para. ajoolhar aos p~s cla Virgem e assim foi, fizoram ornçiio, cumpriram a son promee~a e retirarnm-se. Jtl no regresso até Coimhra passon muito melhor. Chegnram o.o Porto, e ai jtl se encontrava. muito bem o dosde entilo até ao prel!&nte tem pn11Bado muito bem, oome regnlarmento o tem muito bom aapect-0. Todos n6~ te-mos muita devoçao ò.

Virgem Snnt{ssimn do Rosario de F4timn. e para. sua l1onra o gl6rio., tanto rueu pnl corno minha màe, pediram-me para eu mandar publicar no jornal a l'6s de Fatima esta grnnclo p:raça e outras mais que nos tern concedido a Miie clos Aflitos.»

Vlirias. Hermlnla A. Cavaoo, de Alte (Algnrve) diz o seguinte (em 1 de fevereiro deste ano): Sofri dois mcses de urna. doença nos olpos qne por mais remédios de que fiZel!Se uso niio havia. meio de me curar. Por fim recorri à. Santissima Virgem do Rosario de Fii.timo. e a cura foi quasi instantanea. Igunlmente nm netinho meu ostando com urna. enterite às p01•tas da morte, sua miie t-ambém aflita recorreu à. Virgem Santissmn. e obteve a cura. milagrosa tnmhém rapida da. crinncinhn. Sua. miie também pndeceu dois anos de nns tumores nos seios, que nito ho.via meio de cnrnrem. Tnmhém invocou a. proteçiio da SantfBSima Virgem cle Fntimn e hoje esta radicalmente curo<la. Por eatas curas ohticlas venbo agradeoer a Nos.qa Senhorn. clo Rosario de Fatima tiio l{randes beneffoios o torna-los p1iblicos pnra sua honra. e g l6ria.

Uma graça espirltual Zulmlra d'Almelda Marques, do Porto (rua. da Pico.ria), em carta de 2 de noYembro ultimo, diz: uMil graçaa aejam dnda.s a. Nossa Senhora. de Fatima, pela grande graça que me concecleu no din. 12 cle Outubro passado, ò. tarde. Desejando 0 11 on tmr numa. Congr<'gllçlio religiosa e niio o podendo fnzer devido a minhn miie nii.o o consentir por causa do muit-0 nmor que me tem, recorrendo eu a :-l'osgn Sonhora ere F'atimn., qual nii.o foi o meu espanto quando no dio. 12 de Outubro pedindo-lhe de novo o consentimento, ola mo deu com o. mn.ior facilidade. · E pois com um profundo recanhocimento de gratidiio paro. com Nossa. Senhora de Fatima que tlio grande graça mo ooncedeu, e ao mosrno tempo em C'Umµrimento duma promoS&a, isto é, de ser puhlicada na Voz da. Fatima quo eu es· crevo estas 11ingt-las froses.»

Duas graças Claudlna Marques dos Santos Fellz, do Lisboa (rua do S. Cristovam, S-3. 0 ) onvia-nos o seguinte relato, em carta de 21 d'abril do ano paS1Jado: uDoi urna queda de um muro arrastando um pinbeiro que pesadnmente .veio cair-me em cima. de um joelho. Recolhi no leito onde as dores me retiveram duas sema.nas sem quo a11 mesmaa minorassero a mais pequenn. coisa pnrecendo-me que no mais pequeno movimento um osso me entrava. pelos cnrnes dentro. Uma noite diz-me minba irmii: torna. osta. e11tnmpa.sinbo. de N. Sonhora de Fatima e ooloca-a. sobre, o joelbo porque princ!piei-Lho runa novena. Aasim fiz; mas ns dorcs ainda aumentnrnm mais. Pelo. meia noite quiz pòr-me em pé para me cùyem um nrranjo a camn qual n:io foi o meu espanto quando começo a. mover a perno. sem a menor dar e fui logo ter com 08 men& pah1 quo jn. estnvam no seu quarto e ficaram todos admira,dos de me verem ns.~im ea 1 qnnndo ha poueo eles me tinbam de1xado o.inda cheia de daree I Ao 011tro dia levnntei-me e nnnca. mai11 tive d&reeu

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Ontra. graça. é o <;eguinte: Estava. para ijer miiti pela primeira vo~ mns era. tiio grande o sofrimento que tive de me sujeitar ÌI 1ntol'vcnçiio oirurgic,i mesmo com o qual !,(>rin diffcil o bom termo, tanto para mim (·omo purn o meu rilhinho. Sobrevoio mo uma inf&\'~·ii-0 e var1as oomplicaçii~s. O médico nào linhn , ,c:gundo ole dizia, esporançns ncnhumns. ~fos graç11>1 n N. S. do Ros:irio cle Fntima n quem 10oorri com tod1~ a. confinnç:i o mcu quorido flhinho foi extrnido siio e eu no f1m de trcso dias snia. do ITospitul livro dc porigo contra t6d:i ,1 "'-pectativn. do meu médi<'o o.esistente. Prometi oferecor umn imagem de N. S. de Fatima. po.rn a minha terra (Pn rada do Con.) e fnZ<'r-lhe urna fostn em acçfio de grnças, promo.s.~n est.a quo in cumpri bem corno a de El.i ~r Madrinhn do baptismo do meu querido filhinho. Muitns outra..<1 p;raças N. S. me t<>m concodido tanto de ordem mornl C'Orno fisica, ap86ar da minha. grande indignidncle.»

Um qulsto

..

Bernardina Llsboa, do Oliveira de S. Miguel - Sinfiies; sofrendo dum quisto num bmço, recorrou a Nos.sa Senhora d<> Fatima., prometen(lo publi~·nr u p;rnçn caso a. obtivesse, o, fnzendo urna novena, durante a. qual 11plicava agua dc No&'\a Sonhora de Fatima, logo nos primciros dina da novena, obte,•e sen~ivois rnelhoras e por fim a curo completa. Vem reconhecicln agrncle<'er.

dc adm,rnçao do m~dioo a.--i,;lento e ùe todo~ quant<>s \ ir:un o se11 C8t.ndo gra,.. vissi mo. Esta. minho. il-mii. C\ll<'0ntra-~e hoje mnito nutricla, sem temperatura. alguma e um dos pulmòos que durante a doonça. inspirou serii,<;imos 1'.uiclados, d1egnndo 11. S(lrem tomndas ns mnis rigorosa& precauç.òes, encc,stro -se, segnnclo diz o mé-clko :1&:-istente, porfeitamento bem nao CT lhe encontrando nNn umn pcquena rnln.. Tudo isto digo pnm honra e gl6ria da. minha :'lfiie Snnlis.,ima sem querer de!lpr<>stiginr o cnrinho<o nuxilio tanto do m~<li1•0 assistente <'omo de mais doi~ ohn1ic::1dissimos clinicos do Port.o que faram inransnt'eic: em prostor os seus vnliosfq. qimoq scrviços. Por tndo que fica dito honro. n gloria i\ Snntn Mii" de Dens, 'fos.~'l Renhora de Fnltima, e que ct1to. Miie> Santi<:.~imn continuo a derromnr ns R11M abundnntfssima'I grnçAI! niio 116 ,òhro mim, o minhn fnmflin mn<1 "6hre 'Portngal intoiro.»

Uma. feriff11 Maria Luisa Mondos, moradora. e111 Vila No'l'a. de Gai:,, R11a do Choupelo, 6, <1ofria de umn forida nn. bocn e logo qnl' pecliu à Virgem No><.<Ja Scnhora do Rosario rlo Fatimn noordon rnracla no din i;egninte no pediclo. C'orno estn grandi• graçn niio pode fiC'nr om silencio fH'd<' se dip;ne publi<'o-ln no jornnlzinho do nn11Rn Senhoro. do Rn· s1frio do Fntimn pnra 1111a honrn e it16 rin de nens.

Lesilo pulmonar Duas curai Armando Alvaro& de Barros, de 16 Maria Madalena da Fonseca Plnheiro nuos, dn Povoa. de Varzim, adoccendo esGulmarles, de Santo Tirso. em carto. <lo to1 <' itrn,•omcnte eum 11111a le:-iio pulmonar

10 de setembro do 1029 informa o se· guinte: «()omo penhor do grn.tidùo, e em cumprimento do que promoti, venho puhhcamente manifestar o meu agradecimento pum oom n minhn l\liie do Céu. - Sofri durante très meSt!i; do dore~ horriveis no o..~tomago e 1utestinos, que mo nii.o deixa.vom :-1X·ogar de noite, e mo nùo deixavnm alimentar seniio de rigorosa diétn.; consultoi nlp:umns Yeses um médico da. minhn torra, o qu:il rccciton vnrios medicamentos, mns sempre ijem molhoras e C'Om pouco nlivio. Minhn fn milia vendo que en niio molhorava nconi;olhou-lhe a ir consnltur um e~pecinlista oo 'Porto; oonC'Ortloi e mnndC'i marcar con~ultn no Dr. Pintn Lf'ite. Ern gran de a. minha rcpugnani.i C'm ir consult11r ontro médico, prin<'ipnlmente por mo dizerom qoe ero. preciso radiografar-mc , mas niio havia remodio o estavn conformndn. quando, no domingo que -preco<lia a semnna em quo d'evia ir à Nmsulta. pt>gnei casualmente no jornal:1:i11bo cle F11tima., -0 corno é mcu co'!tnme sC'mpre, li tòdas as graças e honeficios nlC'nnçndos por intt>rcessiio cln nossa hòn l\Iiie do Cé11 e ponsoi: - porquc niio recorror também a esta l\fiie ~nnti<.sima? !mediata· mente prometi fa7,cr nmn noveninhn hebendo todos os dias lip;ua cle No""-0. R<>nhora de Fa.timo, <' pcdi-lhe qne mc deix11sse melhorar c pcrmitisNe quo niio fosse precil!O ir uo rnédico. Confia.ndo que a S.S. Virgem mc atondoria nito fui consulta-lo pois que clurnn to os din'! da noveninba me seniia melhor e graças à interC'essìio da. minha. Miie do C'éu es.~as molborll!< acentuornm-ae encontrando-me nctunlmente muito melhor pois ja tonho muito po11cas ve.qes as dorl'!l no Cbtomngo, com o rogula.rmente de tudo quo come minha famflin., e esporo qne o. S.S. Virgem mo alca.nçara. do seu Divino Fillto o mo11 oompleto restabeleci mento. - Igualmente q11ero ngrndecer Ìl Snntn Miie de Deus n !Illudo qne conc-edeu 11 urna minbn irmii, quo tendo ticlo umn plouresia. de orip;em tuh<>rculoso, e qnando parecia. estar qu1i.!li curadn !be sobreveio umo. febre intetitinal <'Ont terrivel agrava.monto do. pleur8flia, pondo.n. corno ~ de supor ò.s portrui da morte, p11t111n~do noites horrfvei!I sem dormjr. Conc11io11 o sono na. noito dc 12 pnra 13 rle março, baixando a tt>mporn.turn nossa mnnha., e apresentando-sc a, do<1ntc bastante bem di11po!ffn. Noi..~o Senbor que querin provar a no%1\ fé fl paci~nda deu-nos ainda dine terriveis d!' incertezn pois que, segundo dieia. o mediC'o ll11Sistente a doente nj\o pocleria rosil1tir n tao grave doença. Maii havin nlguem cuja fé era imquehrantnvel e niio desnnimavn. Por i890 apesar das terrfveis crises porque pn!ISOu a doente, Rendo tiio gravo o seu estado quo ch8f!:OU n ~er sacramento.da., começou lentamente n melhoror com grnn-

o dC'clarnndo o médi1·0 que ,ie tornava neoes.qiirio provoc•nr a. 11ecngom clo pulmiio, sua irmit recorrou com todo o nmor e confionça a 'N'. S.• do RoRnrio de Flltinia, prometendo 1\ publiraçiio dèst<> fnt'or e grando grnc;a se F.la nl<"ança'!~e cl~ Reu Divino Filho n. cura do doente. di~pensaudo-se mesmo n. intervençào médirn. f'lll uso p:trn a. ~ecagem do pulmìio. Oito dias do 90frimento e oraçiio se hnvinm pn.ssndo quando o médico, e'tnmi nnnclo de no,·o o doento, declarou quo n cloença. in desapnre<'endo notavelmente e jn se nfio tornnvn necesRarin. n melindrosa operaçiio, que dinR antes julgnva. in<lispensavel. A febro desapare<'e'ra tnmbém.11

Cegueira. Maria Gaspar, da frègue-,ia d~ Chiio di' C'Olwe, (Figueiro dos Vinbos). ra,iadn, pnr<.-ccndo ter rÉ\rco. do i;etonta anoR (nùo 11011 soube dizcr !\ idad-0) havin doi~ nno!I quo <'St(l.vo. <'egn, mnl distingnindo um pequono <'lnriio (diz 0l11). Pa recondo-lht> nii.o ter mais nada de qui' livremente on i.cm rpparo, pudesse clispòr, lembrou-s.e clr. pro1m•t<>r as :,uas arro.das cle ouro a ~- Senhorn do Rosario da Fatima, se <'Urn,so Qnnsi repontinnmente romeçou a Yor porfeitamonte e hl C'stava no dio 13 de março om F1itimn n op;rndecer a No~a Senhorn.

Doença de 17 anos. Ant6nlo Perelra, do Sobral, frèguesia clo Santa Cntnrinn cla Serra (Lei ria), vem, corno prometeu. poblicar a sua cnrn do urna. doonça de et1tomngo e inte3t.inos do que sofria bnvia dczesete ano!\. rebeldc a toclos os medica111entos, hn•endo meses ir1teiros que nom o pr6prio cb,t se lhe conservava no ei;tomago 011 niio vomitasse. Até se lembrou quo mnclnndo de clima., melhorasse, mas ò. volta do estrnnjeiro tevo urna c61ica durante doze hora.s. Foi cntiio que, pondo de parte os. roediQamontoe que ainda conservo. lacr::ido11 corno vicram dn fnrmaoio., se volton para No'l"l11 Scnhora pedindo :i cura e promet<-nclo pnblicar a graça, o que hoje fn~. che10 de grotidiio pnrn com a Miie do Céu.

BOM HUMOR E SANTIOAOE Ha tantas p116Sngen, choins de eepirito na vidn. de Santa. Toro.'!a de Jt'sus qoe a sua. simplea mençiio 6 capnz de intere11sar os leitores, me!lffio quo o articulistn qcja asea.z pouoo espirituo~. Santa Tere110. niio tinha um fundo alegre, nem por herança nem por falta. do sa.ude podaria. ser dnm humor jocoso. MM a. virtude snpre em certa medida O'! d&fritos dn nature1t11.


VOZ DA FATIMA

4 Eia. fozia ci;pirtio com todos, até com N0ll80 Senhor, quando se oferecio. a ocaiiio. Pas.9aodo de Bul'go:. para .Alba, onc.a morreu, diz-6e que se feriu num joelho ao pas!lllr urna. ribeiro. e quo nesse momento JesUB Cristo lhe apareceu e lhe disse: «Filba., é assiro que trato os meus amigos.» - «Ah! Senhor, - exclamou el:i,é por isso que V6s tendes tiio pouoos In E' sue. outro pnssogem: Quando era 1l,(J11a, diziam que eu era, bo,iita, e acred,ite,; (a.cr<.-ditou porguo ora verdade). Mais tarde diaseram-me que era intelioente, e acreditei ai1ida; (ncreditou porque tnmbém ora verdade). Auora dizem-me que sou uma. santa, ma.s nisso é que eu niio acredito. - Contudo ora verdado, mas, sa eia a.ereditasse, deixaria. de o ser. Era bonita. S1in~a Teresa de Jesus. Quando frei Joiio da Misérin. lhe fey. o retro.to, quo parl?C'e ter ficndo urna v<'rdadoirn. misérin, a Santa nùo se C'0nteve e disse-I ho: uDeuR vOR perdoe, frei Jo1to1 por mo terdes feito tiio foia. - O artista estragnrn. a obrn. de Deus, por isso a Santa quorin. que Deus lbe perdoasse. Niio era. vnidade mn'I coque~ria. Na roforma do. Ordem do C'armo tornou ns monjas deséalças, em oontraposiçiio à rogra mitiga.da. em quo ficaram calçadns. Aindo. hoje se consorvnm os dois ramos da ordem, calçadas e descalças. Estns sii.o a.s mais pobres, mas tumbém as ma.is alegres. W n.ssim em Es.panha. e nssim em todo o mundo. Niio é s6 noa Con, entoo do Carmo q11e os descalços. sùo mais folizes; ca fora, no mundo, a observaçiio mostra que os mais contentes 11iio, muita.s vezes, 011 que niio teem sapatos. .Aoonteceu quo um dia, quando a. Santa. in. a subir parQ. o carro que a. havia de transportar a umo. terra para fundar um oonvento, houve um impetinente que se poir a olhar o pé elegante da carmolita. desco.Jça.. - «Mira, caballero, que es la. ultima. vezn. Dai por diante 11ma mein. de lii branca de palmilho. grossa robro mod811tamente o pé da.a descalçrui. Eep{rito lesto, pronto, picante e largo. A caminbo da Andaluzia pa.rou em Mnnzaganares, nas abas da Serra Moreno, a descaDMr, em caaa. dum 1avrador. O dono da casa ofereoou-lhe o regalo dumn. perdiz para. o jnntar. A Snnto. saboro.'l.va c·om certo prazor o rico manjnr, no que advertiu a criada da. casa, um tanto escandalizada.. plhr, ,nenino., cada coisa tem o scu luoar; quando peniUncia, penitllncia., mas quando perdii, perdiz. A réplica. tem graçs. e profundezo. ao mesmo tempo. As alcgrios mnteriais niio podem de todo excluir-50 no caminho da perfeiçiio; a naturev.a. exigo-n~ de tempoe n tcmpos, porque 11cm elna o animai humano sucumbe debaixo da cnrga. Era urna mulh<-r de espirito cln. que ùomou a resistoncia. dns froiras t1a Encarno,. çiio, quo a. niio querin.m paro. superiora. Obriga.do a aceitar o cargo, recorreu a.o Q<'guinto expedi<-nte: pos nn C'adeira. do roro uma imngom da Virgem com ae chn,. vNI do convento mi mao e assentou-'16 junto da cadeira. A Rainha. do Céu ocupava ali o lugar da Prioresa; ns monjas recalcitrn.ntes que se prepnravam talv02 parn. a deaoon~idarar, foram obri~ada.'I a inclinar-so e ola recolbeu assim indirecte.mente as homenngem1 de toda a comunido.de. A Santa gosta.va das disl'llssoes teo)~ gioa.a. Um tema. foi dado paro. controvénn_a escrite.. Um letrado, C'hamado Solcedo 1 d1vagou sabra o aasunto, citou oopiosarnonte pn.ssagens de. Biblia, citou o Es_Pirito Santo por fim mo~amente t•onclmu pedindo' deaculpe. porque tinha dito muita tolioo. «Cn.utola, senhor Solcedo, - exclan1ou a Santa - vou denuncia-Io por injuriar os Livros Snntos, porqno o senhor, depois de os transcrever, vero dizer-nos que escreveu tolicesn. Ab I os Jetrados, corno élE.'13 a atormentaram I Nos «Ca.~telos da alma» corno eia os trata, uos meus letrados espantadiQOs» que tanto a fizeram aofrer I Est.es poucos exemplos mostrnm a. finur:1 0 a graça levo e profunda do seu e&pfrito. E qaem quisor iniciar-se 1111, leitura da T'ida dos Santos deve começar por Santa. Teresa. Nela ha de tudo; ba grandezns, audacias, onergins i;obre-humanus, ha pitoresoo, ha delicadczas fomininas, htt a graça, tudo iato acompanho.do das sublimidados do misticismo mais guindado e do &eDllO pratico mo.is positivo. Molher extra.6rdin&ria que merecia um trono; santa admiravel quo merece um culto; e&critore. que tom as honros duro clasRico. Tòdaa as idadoo, tadas as condiçòes sociaia, todos oe tempos encontro.m em Santa Tereaa de Jeaua mo.t.éria. para apronder, para se deleitar, para. subir até ~us.

pnz muito sério e com bom ordenado... Esta ca ainda ba pouco tempo na. terra. Sei quo mo quere muito. - E foi a esse quo diSIIOllto que sim? Nao: Pedido corno aquele, tao sincero, - E11gnn88-te. A esse disse que nào. tiio veemente, tiio porfeito, ninguém ti- Porque? Quo pena I... E quem é o nha feito a S. J osé. outro? Dilll:I antes, ao sair da casa onde tra- O outro conl1eces tu um pouoo mebalhavltm, Cecilia e Carmen, a& melho- lbor. ' res costureiraa dnquela terra de braço - Mas quem 6 P Estou impnciente padado, muito ligeiras, Jembraram-se de fi- ra. o sa.ber. losofar um pouoo. - O outro é ... (ora a.divinho. la I) é ... E fil060faran1,. u,-pesar dos seus riso- Dens. nhos e louoos vinte nuos. A razao? Um Carmen parece quo nio compreenèlo. pobre papelzinbo quo Cedlia, levava on Pareoes tolinha. Nao sabee quem é mao, urna dei;sas follia& soltas com quo DeusP às \'82!011 SO depara bOID se sabt•r COIDO nem - Sim, filha, mas ... donde, o quo voem a.té 116s e nos falam -Nem mas nom meio mas: vou fnzeruns momontos de Deus. -me froira I Quando Ele folti... é irra'!is- Sim, minha quorida, 6· a pr6prin tivel. Santa. Teresa quem o ofirrn1i dizendo: «H6. Carmen, corno que ful.minada, pa_ra, jii nlguns anO!:>, me pnrece, quo nuda pe- apoia. ns mii.os nO& brn.ços da. sua am1gn di a. S. Jo:;é que éle me nii.o concecles:;eu. e olhando-a frente a. frante, exclama: -('loro! Eht t'l'tl urna ~~1ntu (exC'la- Mas isso é verdade?... Pode la ser? mou, inlenompondo a loituro.l) Estas doida? Tu freira? Se S. ,Tosé n. nà-0 ak>ndesst>. entiio a E nota. enUio quo o rosto de Cecilia quem havia de atender? se in. trnusformando ha uns tempos para - O que é verdade é qae S. José é um ca, quo a. sua tez se vai fn:rondo ~m pousanto maito gra11de I Nao teus devoçlio co palida, quo a sua fronte é mais pura, por èlo? I (preguntou Carmen). como quo acariciada. pelo mist.ério; que - Te.nho muitn I Até todos os dias lbe em seus olhos :tlegres e vivos, brilha uma rezo um Padre Nos.-;o para que me conl'e- doçura inoxp1ic6.vel, um reflexo de felicida urna boa ruorw. dade... - Oh! filhn I quo oo'inciclf!ncio I E' exnE para que Cecilia a olio vejn chorar, ctnment<> o que ou fa.ço I aconchega-so ao seu brO,QO e continuam n - Pois se- soubesaes o mèdo que tenho ca.minho.r. de morrer ... (continuou C'ecilia) embora - Quo pena. I Quo pena (vai murmualguma~ ,•eZ(>s tenhn desejado a morte n rnndo intimamente). sériol. .. Agora, porém, se soubesses o E, oomo dias atr6.s, vai repetindo: modo riuo tonho mesmo s6 clo pensar nis- «Po.reco mentira I Tiio nova, tao simpatiso !. .. ca., com ~ vinte a.nos que tecm o per- Tem graçn. Precisamente o mesmo fume das flores ... » quo se da comigo I Mus eu nem sei por- E isso é a. valer? quo se ha de t.er merlo dnquilo que afi- Claro que é. nal tcm dt'. ser... - E estas contente? E Cecf1ia, guin<l1i pela sua o.miga, - Contentissima I nlheia ao bar ulho, passo a.pressa.do, meio - Mas nao te custa muito deixnr a tua. sufO<:'nda. pelo calar daquclo meio dia de ca.sa.. os teus, a tua terra? ,eriio, in !endo: - Tantas coisns me custa. deixnr I. .. - «So eu fosse pesson. com outoridade Pensas que esta. resoluçiio me niio tem para escr<'ver, hovia de contur m1nucio- feito chorar muitas lagrimo.s P Pensas que samente ns graças que me tom concedido siio tudo consolaçòes P o glorio~o S. Jo~é, n mim o 11 out.ras mui- Entiio porque vais? tn.s pessoas. 86 pcço, pelo nmor de Deus, - Ah I manina, a& que so viio casar quo quem nio acreditnr faça a exµnr1òn· também choram e... ca.sa.in-se. 'Tolinha I eia recorrendo n-0 glorioso Patrinrca, ten- Também estas a chorar I Dize-me ca: S. do-lhe urna devoçiio s6lida e nrJente,,. José ja. te J'.llaudou a.lgum noivo? Que- S6 i!'SO, Cel'ilin '.• re-me parecer que sim (continua elu, sor-86. rindo) porque S. José atende sempTe ... - Pronto I Est6. resolvido. Vamos por - Estou a. ver que nao, exclamou Caro Santo à prova. Vomos vor se isso é men doso.lontada.. verdade, Cecilia ? -Ninguém? - Ninguém... nem Deus. - Cola-te, caln-te, quo estas muito en• • • gana.da. - Mn!! entiio porque quero Dous sepa- Quo ha-de ser P E Co1mon, sem deixar d& rir, disse o rar-te de mim? - E i.e eu t,e disser que vnis ooupar o qua qucrio.. meu lngar em minha casa? ... Se eu te - Ai I que tolinha I... gritou Cecilia. ES8t1s coisas podem-se a Sunto Ant6- disser quo o meu irmiio mo encarregou ha dias de te consultar e falar em seu nio. - E que tem la? Assim 6 que se ve nome P J a ves que S. J osé fez o que lhl? pedimoa o fé-lo muito bem. onde chega o poder de S. José. Se concordares. j6. tens o quo pedias. - Mas a S. Jo<:.é. s6 i;e costuma pedir Minha pobre miie ganhara umo. filha. mii urna. boa morte I - Niio, nào. Sn nta Teresa diz qua so vezee molbor do que a que se vai. .. E eu te.mbém terei urna. bodM que s&lhe pedo tudo qunnto se qneira. E (muito fonno.lizada): olba ca, Cecilia, i'- ti- rao eternas e santas ... - Cecflin., minha irmli.l... Irmazinba veste nlf(Um pretendente? - Eu ca, niio, re.spondeu C«-ilia muito querida, ll())UQOU CIU'Dlen, a.braçando-a. - Sim, mas vem a{ a. feste do Patroséria.. E tu Carmen P Tnmbém niio. cinio de S. José e niio te esqueçns. de Calaram-se ns dua~ o ficnrnm para. nli lbe agradeoor com uma comunhiio fervoa pensar na mesma. coisa, nma. a respei- rosa para que o teu lar seja bem modelado pelo do Nnzaré e que a minhn. doa.to dn. outrn : uPnreco montira I Tao nova, tiio sim- çà-0 a Deus seja bem amorosti., inteira. patica, tiio séria, tao bem comporta.da, completa. com es!'ICS vinto nnos resrendendo a floree, com maos tiio trn.balhadorns, oom ordenado... Se niio aoubesse que entre n6s niio lta segrodos, quasi nilo ncreditava I» - Acn.bou-se I... A primeira que consiO eapé sa ga nll!;um vai logo diz~lo à outra. - Bem I Vai la pedir com toda a deTransporto ... ... ... 198.727t95 voçao, disse Carmen. Papel, oomposiçiio e impres- Ah I is.<;o vou I si-O do n. 0 90 (59.000 E desde entiio nero um dia se passou exemplnres) ... .. . ... ... ... s.s21,oo sem quo ns duas petiçòes foRsem fervoFranquias, embalngens, tran11-rosamente dirigidaa n S. José. portes, gravura.s, cintns, etc. ... ... ... ... ... ... ... 928$30

j tdindn tt_mnoiun

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Voz da Fatima

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Encontrando-se alguns me!les depois, diz Cedlin. à quei ma roupa: Sabes P Um dia déstes a.o voltar à noite para casa., procurq.ram-me dois. - Dois P (E nfrouxou um pouco o pa&ao).

- Sim, filha., é o que te digo I - Que feliz que tu M, se sao quem eu suponho I... - Nit I Um niio conheces tu. E' caixeiro dum estabeleeìmento oomerciol, um ra-

202.972$25 Oonatlvos varlos Bendo imposs{vel regista.r aqui todM as quantiM enviadna pelos assinante&, limitamo-noe a. publicn.r alguns donativos exoepoionais. Maria Alice das Dores Silva e Almeid&, 55$00; Ma.ria. Clementina Ribeiro, 60t00; Elvira Martins Pereira de Carvalho, 50tOO; Emflio Gomea da Silva,

50,00; Maria das Dores, 190SOO; l{aria dBB Dores Coste., 50$00; Olga Nunes Pereira., 85$00; P.e Iné.oio Dias, de Lourenço Marquos, 45$00; Leopoldina Curado, 25$00; Maria do Carmo Pire.-;, 13$00; Judit Rabaça Gaspnr, 50$00; A.nt6uio Martins dos Sontos, 50$00; Mo.ria Amélia. Guimn.riies Azambuja (na. igreja d• Santo .André), 60$00; por intermédio de Maria da Conceiçiio Neves Pereirn, 60$00; Elisa A.mélin de Lourdes Mesquitn., 40$00; .Alberto Julio Monn.t (igreja dos Anjos) 211$70; Alberto Barbosa. Matos, 45$00; Filipa da Assunç1Lo Veiga. 50$00; Adelaide G. Camara Vnz Pinto, 50$00; O~avin. Marini Gnrcia. 50$00; Maria. Adelaide M. Sousa, 55 65; Angela do Amara! Canduzeiro, do Lubnugo (Africa) 100$00 (Angolares); Irmiia da Missii,o Oat6lica de Cabinda, 200$00; Henriqueta. Augusta Bozalooo (sete assina.turns e esmolas), 100$00; Gertrudea do Carmo Pinto, da. igreja. do S. Tiago de Cezimbra, 68$00; N. R., dn igreja de S. Mamede, 10$00; Maria Mn.tildo da Cunha Xavier, da igreja do Sagrado Corn.çiio de Jesu'I, 81$20.

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Caso interessante

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0s jornais eu1·opous ooupora.m-se ultimamente com a imngem milugrosn de S. Luis de Mitrowitz, oldeia de Yugo-Slavia. No ano pa.ssodo a popnlaçao ca.tolicn. claquele lngar C<'lebrou, eonforme antigo costume, uo dia. 21 de Junho, a festa de S. Lul's Gonzaga . Desta vcz os clevotos colocaram un. mao da imagem um lirio natura.I em Jugar de um lirio de madeira. on de metal. E cis que ap6s mesee a mulher do l>a,.. cristiio ,no momento ero que i1t limpar a imagom., descobriu 6 milagre. A buste do li rio niio tem raizes, Ioi cortadn e secon; niio obsto.nto isso a ho.ste florosceu, e aparoceram botoes novos e fresoos. A imagem do Santo é de madeira, muito antiga e niio tem bumidade alguma. .Apenns a noticia deste facto' foi divulga.da, quo de todas ns pa~s veio correndo urna grande multidiio de curiosos e de devotos. O clero sempre prudente, e até alguns homens do sciéncin, ocupam-se com o fen6meno qne ]bes parece extraordinario. Um professor da Universido.de Ayrom levou para cnsa. um dos botoee, esporando poder dn.r urna. explicnçào natura.I. O vignrio da igroja proibiu, tirar o lirio para nii,o impedir o desonvolvimento deste fon6meno. O povo cat6liC'o de YugoSlavia.. quo tem de sus~ntar um ('Ombnte terrivol ('JJ]l prol do ansino religioso nns escolas., v~ neste farto extraordinario um sina] do C'éu.

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uma boa liçào

Foi no pab ,mde os m1ss1on11r1os ensinam os pretos a conh<.'<'er Nosso Sonhor e a Virgem l't!aria. Um negrinho, de 12 anos, ncabava do Rnfr da cabana em que habitavn.. Era negro como o carviio, mas os seus olhos vivos e brilhnntes, a sun fisionomia, indicavam nma criança inteligonte. Tinhn. dndo apenas alguns plll!sos quando, vendo passar um bcanco, ge dirigiu o. éle; era. uro oficin] ingles. Cumprimenta ram·se e trnvnram conversa. O negrinbo tinha. pendente do pet;eoço um escapulario que lho tinhn. dado o Padre n ultima. v07, que ali estivera; tra.zia-o 11 vista, todo attivo com ele. - «Que é isso quo ai trnzesP preguntou-lhe o ofil'ial. Para que servem &se.'1 dois boonditos de pano, um sobro as oostas e outro sobre o peitoP O Pndre, dando-te isso, fi-z ponoo de ti». Nii-0 é para admirar que um protestante diga tais coisas: ml\R o nogrinho niio lovou o caso a rir. o~ o]h08. pa.recendo dnrdejar fogo, iluminnram-lhe o rosto. Olhou primeiro fixamente o oficio.l corno para !be ce:nsurar IIS suas injuriosns palnvras. cc E v!SR, di~se o negrito, porque trnzeis ess11, fita na fnrdn? Parn que serve is.'-OP O brn.oco que vo-la deu, riu-ae de v6s?» - «Nlio, Esta. fita. é sinal de que eu sou servo da Ra{nhau. - «Pois bem I iato, disae o pretinho levantando o escapulario, isto é sinnl de que eu sou servo da. Rn{nba. de toda& as rainh o.s, de Maria., Mie de .Jesus». O inp;l3s continnou o caminho sem dizer mais nebumn. pn.Javra. Re('cbera urna rude liçio dum negrinho.


Ano \/lii

Le i r i a, 1 3 d e M a i o d e 1 9 3 O

N. 0 92

( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA )

Oirntor a Proprietario : - Dr. Manuel Marques dos Santos Emprlsa Editora e Tip. Unillo Grafica, Travessa do Despacho, 16 - Llsboa

Aatn1ft11tradar ; -

Padre Manuel Pereira da Silva

R dtur6o e Adminlstrarllo: SemlnArlo de Lei ria

CRÒNICA DE FATIMA ,

PORiLJGAL AOS PES DE MARIA Fatima é urna coluna de luz e de fogo: de luz que ilumina as inteligencias e de fogo que e abrasa os coraç5es. _________ . . . ;:;._____aquece --'=--------------Treze anos depois. - A luz divina. A visilo dos pastorinhos. - Do Céu à terra. - A gl6ria da Virgem do Roslirio. - Fatima e o mundo. 'frev.e do mn.10 de mii nov-8<'entos e trinta. l l<'az hoje trczo an0& que no alto du-

ma. i,orra, ou1 plono coraçao de Portugal, ncen<lou uma. luz b(lmditn. quo, depoi,;, de ter envolvido a. n0b8o. querida Patria nos wus divinos ei.:pl(mdores começn j:t a. iluminnr o mundo inteiro.' O rellimpago percuroor da. cele1>te Visiio que, sulcando o l't>p11ço i\ hora do mcìo-dia, assustou ()ij humildo., o inooeutes pastorinhos, assinulavo. o inic·io dumn. era uova, cheia de proru(lt;Sll.ll i:;ooutoras o do fagueirns esperançaa. A augusta. Miio do Dous, i rnpulsionada polo sou Cora~·iio mi~ericordioso, descio. à terra, de quo é nobre Padroeirn., numa das crises mais graves da su o. b ist6ria., para mois uma. vez n p rotege1· e salvar. No. c·hnrneco. arida e esca.1Tndn. da, Cova dn. lril~, eia levnnta o seu trono de g!6ria o firma. nos peil.os loo.is doa portuguebell um reinado de bondade e de amor. Do cimo da coliun sagrodn, aonde niio chegnm 88 ondus rovoltas dns paix:~ que divi<lom o desgruçnm os homens, irradia sobre ns almas, scquiosas de verdade e de ventora feixc:; de lUJ!l, quo iluminam 1 as inteligenclas o onda.ci do calor, que aquecen1 e ubrn~un os coraçoes. Fatima, n div-i na cidnde da Virgem do Ro,..nrio que a do ira com os i;èus celei;tee espl~ndores, é hoje o polo magnético esp iritun.1 qu o tem o c:ondiio singular de p render com s11a portentosa atr a,:;iì.o a,; atençooe e os nfo<'tos d e todoR os crent-e!t om P ortugal , n o. Eu ropa o no mundo ! li6

o retlro eapirltual Ouw =~rvltas. -

ProciHIO das velas, missa e a~ .. .-:::-:lo nocturnas.- Aa peregrinaçoes de Llab"Ja e da Murtosa. - Oa piedoaos exerdcioa do dia treze de abrll. - O retlro esplrltual da J. C . L. Es taçio centrai de despachos e bagagens.

S uo Exoolèncio. Reverouclissima o Scnhor D. J 06é Ah-es Correfo dn. Silva, ilustre e vener ando Bispo de Leiria, institu iu ha cerca. de oois nnos duas prestimosns oolectividndos q uo teem prestodo val iosos 110rviços i\ Obra do Sant uario d e F :ttimn: a A.ssoc:iaçiio dos Servos e a Associaçii.o . daci Servns de Nossa Senhorn. do R osario.

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Fotografia dos 3 pastorlnhos LUCIA, FRANCISCO E JACINTA, tlrada a 13 de outubro de 1917 ultlmo dia daa aparlç6ea

Ambus estaa :uisooinço0M ~...,m por missò.o a priltioa d a cnridad o cristii porn cv::: os

doen tes que vio à L on rdos portng uesn pedir àquela (\ue é chnmad n a Sa u de dos en fermos, n. Consolaçiio dos nflitos e a M iie de :Misedc:6rdin, a cura do!! sens males ou o conforto o a re,:iignaçifo de quo p recisnm pa ra levar oom mérito para o Céu a cruz d o scu doloro,,o martfrio. O recrutamento do11 seus membros é feito en t re ns poAAOM do fé vivn e p1edad e nrden te. cujo: cnridude oaTa oom o or6xim~

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o e,,pirito do s1u•r iffcio oa le,·em a sujeitar-so aos t rnbalhos e inc6mod os ineren te., no ••.,.l'ric:io do tiio boln corn,. ->;!::..,.;u c, dificil miss~. M orce da. r igorosa selec_çio a quo se prO(•otl(), o, tua duns ben emér1tas coloctiviJados const.it111>m u ro verdad&iro e,,rol da nlmas E"loit:1s, q uo se impoem à oonsidoraçil.o p11blica pelo examplo das sua,; nc·risolnd n" virtudea c ristiis o, d u m modo particnln r, pel:i. nobro cornp;em mor nJ, uom quo porfinm na g uer ra. a tadric1 M infiltra,cÒf\h <la fl'l11frito pne;ao e na. re-

nuncin. às pompas 1..• vuid ados do muudo. Tendo orgnuizndo rc1..-.,nlemonlo a u t iJi!lSima obro doo c>xercidol! espirituais no Santuario clo Fntimn, dnpoi~ do col'll!truido o Albergue do Nossa Sonhora do Rosrir10, ondo eln tcm a sua sede, o venerando Prnlnùu do Loiria dcu-se pressa em proporcionnr n-0& nwmbros claquolM duns institui~·ùc>~ :is groças quo ro.<itumam sor o frut-o d,• tiio snnln pnitica. ;\si;Ìm, por ora~iiio do Cn nrnvnl, houve 11m turno d<' •'xC'rcf,·io,., dirigido pelo rev.do dr. Vnz 8erru, em qne tomaro.m part,, c-~rc-a de triula l't-rvos de Nc,,-_~i Senhoro. D11r1111tf' 06 dillfl 110ve, dez, onze e dozo do oorrento m/1,-, func·ionon um segundo turno dl, rx,•rdrio.i, sob ii <lirecçiio do m01,mu re\ .do Sncorùoto n que assistiram qunrontu S\'rVnR dn No<:.s.'\ Senhorn. No dlll du:w. ÌI. tardo, c-lll'p;ou !I 1''ntima o Sonhor O. J os'5, CJUO foi lii exproi;samt>nto pnrn prosidir 110 l..'IWtwrnmento do retim. À n oitc:- reuJiv,01M-0 a proc:isaiio di:ia ,·eln<i, a qua dcu partit'nlnr renlC<' a. preiwn ç·11 de cluM pC'rop;rin:tçÒCs, Il. do frègup,-j;i do So1;orro (LiMoon) O ll da frègnf',ill du Murt-0i;.1 (l•;stnrn•jn). A mein-noito fo1,.~ n l'X)lO':IÌ\·ào d" S:1.ntis.-<imo So<'rt1monto e rodtou-so ('lll comum o t6rço do llosnrio nwclitn<io p<·lu SPnbor Bispo de Leirin., qu,, ,•111 sPgnidn <'c>l1>bro11 o s,'l.nt.o SOl"rifirio da lfis.sa " don n. Sogr11da C-0munhàu. Nn dio trrz{'> efoctuaram-!<8 os nctos rc,ligi~os na forn111 costumadn. D,•pois do. mis.~a clo11 clocn tes, so meio--d111. solnr, o Senhor n. J osé deu o. bènçsio rom o. S11grnda Cust6tlia. P ri-gou o rev.do dr. Voi Serro, quf\ <·oml~U o i,eu sermiio por :;c!!'lr t r & vin1s u. No&&'\. Senhorn rlo Fii t.imil, enttu,i nsLic,o men t-0 c,orre~i,-.:: i!:~-.... pelo. 11111lti<liio, !«'m dtivid11. a. mnis numProso. do c:orre,nto uno, e recomendou n dovoçao ÌI. S11ntiasiin11 V irgem como um doa n1eios mnis poderosos d o 11antificnçào e snlvaçiio. P ò<i termo aoa uctofi roligiosos colectivos Òf\llto ù rn n. ('On ~agrnçiio do~ 1>er~rinoe- a Nossa Sonhorn fpitn polo rev.do dr. ~forqll08, <106 Sa n to:. no. rapelo do.,• n :· :.o.: :,1..,cs npos ,~ 11l'gnnun 1,:-""is11iio. ,\judou n fnu• r o ~f'rvìço de ordem urr.:i nlcateia de lobitos do C. N. S, l'm num(... ro do df'1,a.-;.'4,to. do ,·izinhn frògue.~i11 de R ep;ll(•ngo do Fetol. O tempo con,;ervou-so l'"plendido, o que fez o.correr n. Fatima. numcro,,os romeiros de qunsi todo o paf1. No"' imooi1tç.òee d o rednto do Snnt111frio vìnm-+-e mu it<l!I nu-

tom6veis e rarni()lltltc•. À tardll n r inrioiou o rl'tiro r~nirit u nl


VOZ DA FATIMA

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da. Juventudo Cnt6lico. do L isboa. sob a. em Fu.timo, (l'ortugal). publica, de p1ig. tlirecçiio do rev. P .e Sarreira. No dia. on- 9:i a. pltg !)6, em tipo miudo e oompacto, ze do més oorrente foi inaugurada a esta-- o primoiro al'tigo duma série sobre Fatiçào contrai do despachos e bagngens de ma, a Apal'içii.o e o Sinai do Céu. AcomFatima. que tem a sua sede entra o Ho- pnnha est.o arti~o uma liuclf1,sima estam. tel de N0i;.~a Sonhora. do Roonrio e o re- pu de Nossa Senhorn. de Fatim:1 1 segundo cinto do Santuario. o modelo exiftC'nte nit capcla. do Colép;io Portugue,; em R oma. .,,,.

minario l~piiscopal de Loiria, tendo sido lido e dit,cutido o rolatorio que, depois de dìven;ru; u!Leraçòès e emendas, fo1 aprovado por unanimidade. O rolat6rio com todos os documentos que fazom parw do processo foi entregue a Sua Ei.colencia Ren•rendissima. o So. nhor Bispo de Leiria.

f1Uima na E1panha. - Fitima na França. - Fitlma na ltilia. - Faitima na O meru;ario italiano ccMaria na fami O Rev. dr. Lufs fischcr, lente da UniJugoslaivia. - Faiti ma na Tchecoslo- lia », que vé a. luz da. puLlici<lade cm Alversidade de Bamberg. - O livro • Flitima, das Portugiesische Lourdq uia. - Fitima na Alemanha. ba, dedica. as tre.s oolunlld das duas prides•· - A traduçio em vern,culo. Fitima no Brasi!. moiras pnginas do nuwero de .Março do A ediçio da • Un ,10 Oraflcan de Llsa.no corrente à hist6ria das apari~·òe~ de À revistn espnnholn uAvé Maria» de J.<'n.tirna. '.esse longo e primoro:,,o artigo boa. - O livro • Die erschclnunMnnresa., no 11eu numero de Mnio ultimo, tom o Utulo, que corre ao alto o ao longen von faitima ~. -A segunda peregrinaçlo do rev. dr. Lula Fischer. insere um peq11eno artigo subordina.do à. go da primeil'a. pagina., de «As maravi-

epigro.fo uA Virf!:em de Fatima», em quo lhaa de Fatima» o é ilustrado com gravuda umo. breve notfcia das graças esp!ri- roa, antro ns qunis merece e~pecial refetuai~ o curns mirnt•ulosns que a Virgem réuci1i o nrnpa corogré.I1co da. regiao em Snnt{ssima procligoliza nit Cova da lrin. que fica. situada. ~ cidacle do mistério e Acompanhn o ·artigo umo. linda gravura do milngrt>. reprooentando Nossa Senhora e os pastorinhos. O ccMeni;ngoiro do Coraç'ii.o de Jesu,o, Outra r<'-rista espnnhola uLos santua- da Yugoslo.via. insere rlois nrtigos, breves rios cnt61ioo,,,, de Fi,:tUeros (Geronn), nos mns intere,;c;antes, "'6bre Fatima, um no m1meros de Ahril e ,Junho do ano pni-.cin- ntlnwro de l\foio e o outro no numero de do consagrn driu p!'iginas ÌI hist6ria do Junho clo ano pr6ximo findo, "<ubordinasa'ntuitrio d<" F!'itima ilustrnndo-ns com do~ ì1 epigrafe ccA L ourdes portuguesa,,. numero~os o lind:IR gravurM a cores. O primc>iro, que ,·ai de pag. 125 a png. 127, irata dns npariçòes e o segundo, quo uEI Santfs.-;imo Rosario», revista. igual- ocupa n!I puizinoc; 157 e 158, decreve a exment~ cspanhola; do Vergara_ (~uipuzcoa), pnnc;ao do culto. o movimento das peredirigida polos Padres Domrn1canos, em p:rinaço('s e nlp;umns das principais curas artip;o do cinco pnginas devido à. pena do miroculOAnc;. Ca.da um dos artigos é ilusrov.do Benito M1iteoH, O. P., e publicado trado rom duas nftidns gravura~. das no mimf'l·o do De7.embro findo com o ti- quais a primeira representn. Nossa Senhotuia «Nosija R<>nhora do Rosario do Fa- ra cle Fatima, con forme o modélo existima» descre>vo urna viagem quo es.<;e pie- tonte na. ca.pela. das npariçoos. do.,;o ~ ilu;;trndo filho do S. Domingos foz n Flitimn e>m Rotflmbro do mesmo nno o Outrn. revist11. jugoslava «Gospina Kruresumo a divina. hist6ria dnquolo a.ugu<i- nic1t1»>, no son numero do J aneiro do cort<> Santuario. rente ,~no, inseru, do pag. 32 a. pag. 35, um nrtip;o com o tftulo uNossa Senhorn. A re-rista uO nmigo de Dous», das Vas- do llos:irio de Fatima», rm que fnz a congarln~. no numero do dezembro passa- historin dos apariçòE's o trnnscreve do lrdo <.Iodica catorze oolunns, 1lustradns oom vro "·\ " grnndes mnrnvilhas do Fatima» gr~vuras o imbscritas polo rel'.do Angc>lo nlgun-, rlos intorrog1rtorios feitos aos viJaurcgi, à rle.~<·riçiio" pormenorizada. doe dentt:•s pelo antor dèsse livro. acontccimentol, d<' Fatima. O importauto jornal tcheco!>lovuco de A uRevi~ta do Ro~:irio» de b. ~faximin Olrnutz ccNaHnec,,, no seu numero de (Fronç:i), di rigida pelo rov.do Frei_ Lufa quìnzo do Jauoiro finJo, d_a. as honrus_de )forio Baron, da Ordcm de S. Dommgos, 1undo :i um longo o pnmoroso art1go oncho ns pagiml6 dos seui; numeros de Fe- intit,ulndo uFatima». Ne,.,::.e orligo faz um vMeiro o Mnr~·o do ano corrente com ar- 1·elato sucinto dna apa.ri~·oes, fala da vitigob, notas e gravurns relutivas a FaU- sita de Sua Ext'elencia o Senhor Presima. O numero de l•'o,·eroiro contem urna donto da Rep1ihlica, Go11eral Oscar Caroxplendicla grnvura d" p,igina represen- mona à Lonrdos portuguesn, refere-se n tondo o Sonhor ,Tosé A lves Correi a da um intcress1mte a rtigo do «Osservatore Silva, Bit.:po de Loitin, C' urna C'arta. do Roma.no,,, orgii.o oficioso da Santa. Sé, mnsmo veuernndo Prclado C'nderoçncla Ìl àcerc·a. dc I•'ntimn o clescreve finalmente ccRevue rlu Hosairl'». No numero do Mnr- n la.rgos troços a. hist6ria ~dmiravel d~s ço, nlém cluml\ bela reproduçiio da. ost:i- peregrinnçoes no nosso mn1or santu:ino tu,i de Nos,m Senhora cle Fatima benzi- nnoional. da por Sua Snntid11de o Papa Pio Xl e n•11rrada nn 1·npelu (lo C-ol6gio Pontificio A revista alemii uDl'r Sendbote der Hl. Portu1tuc•s, i'ID R01110, o durn nrtigo sobre Familio», de Bet7,dorf (Sieg), na sua ~e.Nos.,;a i:icnhorn do Fatima na cidfl.de eter- cçao ccAtrnvés da IgrC'jn C: do m~n.do», mna, in,oro num!'rosos trechos de cnrtus de eloi uma e>..'ien~n Joc.nl !-ohre Fnt1mn. em Portugal. Fron~a C6rsegn, Arf!:élia, Bél- que fola. òa l'ia.grm <lo rev.do_ dr. L~fs gi<'a, Jt(ilin. e lnglaterra., em quo os res- Fischer a Porlup;al e dns suns impre~soes pectivos signat.:hios dùo conta do bOJn e "" reforo em termos q ne Pxprimc>m a produzido pela lf'itura. do folht•to ccNotre-- mais vi,•a. ndmir.1çii.o 11s manirestoçlks de -Damo du R06airE' do Fatimu», dado il fci e piPcllldr ,1t, quP tt tc>r1tro a Cm·a. da Juz da. publicidnde peln dire<'çào da. ccRe- Iria. vuo du Rosnire». A revist.'I brnsileira ccMnrin», orgno dn!! Outra pnblicaçiio francOl!a ccLe Noeln, Conizrep;aço<'!! l\fari nnn11, n<> seu numero rovista. h ebdomndnria ilustradn. para a de Novl'mhro findo, pu~licn nn rr!moira Juvont.udo Fcmi11ina, num nrtiio dn. au- pal=(ina dn capo. urna estnmpa colorida de torio. do rev.do Noellet suhordinndo no Nossa. Sonhorn dn Fatima e de png. 2fi6 tftulo «O Noel em Portugaln e no sub-ti'- a pl'ip;. 259 um primoro~o arti~o rlPviclo 'tulo uO primciro Congresso Nacionnl (1 à ponn do rev.do ,Toaqnim 1\fnria ~[or?io. 9 do Fovereiro o 1930) » e ilustrndo com rn, S. ,J., rPchE'n-do cle fnct-oq e c>p1s6d1os grnvurns, trnz um exronso relato da pe- interessnnteR rc-lath•os à Lonrclcq porturegrinnçiio noi.ifo1ta n Fatima, levada a fZlH)im, l'ntro O'I qnnic; nvultn o das cartas ofeito por ocasiiio désse congre;;ao. de crinnçns endercçndos Ìl Virl=(em do Rosario no seu <1nnt11urio predilf!Cto. A revi ~ta. bi-m<'n~al belga ccA cidado cristii», de Druxel:ls, no i;eu numero de A paatoral do Senhor Bispo de Leiria. cinco do Fornreiro 11ltimo, publicn, sob - O inquérito aos acontecimentos o tit11lo do c,Portugal - O renascimento de Fatima.-A comisslo can6nica. catolic.-b» - um nrtigo tran!;Crito do - O relat6rlo oficial. - Ultima ses«St,indvard», de dois do Julho do 1929, em 110 da comlsslo. - Conclusllo do que se nnrram oom c:i lor e entusiasmo os processo. nconte1•imentoq de 1"1itinrn, especinlrnente ns por~c>p:11içòe,-,, 11;1; c~ras maravilbo,;as Em mii nov<'centoii e vinte <' treq Sua e tlB grnnclc>s poregrinaçoes. Excc>loncin. Roverondfissim11, o Renhor D. ,Jo"~ Ah•es Corroio da. Silvn publicou· umo. .A rovista itnlinnn. uStellu. matutina,;, pastora! ll6bre os acon lecimntos do Fano n11moro ,te Janeiro do corrento ano, tima. Doc,1mento notabili'Rsimo n. to,fo~ os a p6.p;. 27, wh a. rubrico. «Roma - Con- rc-'lpeitos, <'ssn. <'nrta do von<>rando B1spo grogn\·ào Mariana do Colégio Portugues,,, do Leirio. 110 cloro cln sun dioce~ reprefnz n l1tri,tos lraçoq a dGllcriçiio da festa f!('lntn um VC'rdndeiro marco miliario nn soleno reali1.ocfa no Colégio Portugues em hiRt6rin. d1t Lour<les Portuguesa. Nela o Romn no dia oito de Dezcmbro ultimo, fndito Pr<>lndo nomein n comissi'io can6. <'omemornndo ns bo<las de dinmnnte da nica. incumbida do proceclc>r a nm rigorod1•finiçiio do dogma da. Jmaculada Con- so inqu~rito, completo e definitivo, sobre coidio cle ?.far io Santis.~imo. Nés.,1: arti o mom~ntoso <'OSO de Fatima e• de elnbogo 'nJ11dc-~ ìt in:tuguraçii.o da novt1 l'apo- rn r o n:,.<1p(l('tivo relotorio. F,,qa t'omis~iio acnhn de concluir os sous la ,lo ('ol<-gio, un primeira que em Roma e tnh-oio1 na Italin é dcdicadu. à tauma- trnhalhos q1111 circun"<tan<'ins vl'irias turga Virgem do Fntimn». nnrom demorndo!!. No dia. catorzo de Abrìl No ni1m!'ro de ~farço, rom o titolo 11A findo renlizou-se a. ultima reiiniao da co11.pa.riçiio do Nossa S!'nbora do Rosario mi'l~ilo can6nicn nnma. ,hs salas do Se-

n.

tor-,

Como é ja. sahido dos leitores da ccVoz

da Fatima11, o rov.do dr. Luis Fisher, lente da Onh efljidade de Bnrobreg (Ba~ viem), é o.quele sacerdote alemii.o que ha um ano voio exprel!Bamente a Portugal pnra assistir às grnndiosos mnnife;.taçoes de fé o p1oduclo de que no dia treze de Maio fo i teatro a Cova. da lria.. :f:sse ilnstrc> profe,ioor, que tii.o odificndo e comovìdo so· mostrou com os scenns ,·erdadeira.mento oolr:stea de que foi testemunha nE'J,SO elio. inolvid11vel, desoreveu as improosòes dn. sua viap;em a. Portugol e dn suo. estadn. em F:itima numa ~érie de brilhantos artip;oc; publicados no jornal aie. miio «'Dns Shildwache11 e reiinidos clepoii, em volume com o tftulo de «Das Portugiesishe Lourdes». A primeira ediçii-0, de que se fez urna t irnl=(e<m de de:,; mii exemplnre.'l, esgotou-so rlìpidnmente, ~aindo alguns meses depo[s a SC'gundn ediç1io, tnmbém de dez mii oxemplru-es. E' a vor~ilo para. vernaculo dessa- mngnfficn brocbnrn, calcnda sobrc a

11eguuda. ecliçii.o, quo apll.rece o.gora no mercado !itera.rio do nosso pais, ero esplendi<lu. odiçiio da «Uniii.o Gi a.fica», de Lisboa, com o titulo «J.'atimn, a Lourdea portuguesa». A traduçii.o, oonfiada pelo venera.odo Prelado do Leirin à pena culta o erudita. do rev.do dr. Seba.stiiio da Costa. Brites, iluHtrado e zeloso paroco da frògucsia da Sé, da cidnde do Lis, niio desmerece em nnda. do origina!. cujos primoroo de G-'itilo consegue trasladar oom perfeiçiio, a,.pe~ar dns dificuldades ine. rcntcs a um trabnlho desta natureza., manlondo no mesmo tempo sempre vivo o intel'<':!..'lO e o cncanto di\ narrativa. Os primeiros excmplnres forum postos à. venda no principio do <"orrente mes de Mnio, no preço do ci nco escudos cada oxemplnr , r c,•ortendo todo o produto liquido da n~ndo. :i fnvor da Obra. de Nossa. Senhora cle Fntimn. A prop6sio desta nova. publieaçao, oonvém diZ(lr quo o rev.do clr. Fisher prepara um segundo li no cln c;ua autoria, subordinndo à E'JJigrafe <cAs npariçòes clE' Fittimnn, estando a reiinir piira ésse fim o.e; rnnteriai11 indispen~aveis com o zélo opero;;() e> inclefl"sso e a pa.ciéncia henedi. tina propria dum hi!;toriador nlemiio. Ellt-0 ilu,itre ~aoordote, n quem a. cnusn de 'Fatima e portanto a dn nos.<la Patria jn deve rE-levantes serviços. tenciona. SPp;unclo constn. voltar brevemente a Portugal, nfim do visitar df' novo os lugares ~antificndos pC'ln. f>l'E"SC'nç::i e polas Mnçitos clii. Rnfnlllt do Snnt!s'<imo Rosario <' <'Olher pessonlmente os C'lementoe neces.~~rio~ pnra os seus trnbalhos séìbre as ap111·ic;oe<1 o ns curns mnra.vilhosns.

T'iscnnde de .lfoiifrlo

AS CURAS DE FATIMA Uma graça.

Tumor. "Ex.mo Snr. Povon de Vnrzim, 10-lV-930 Sei quo no jornal A. Voz d,a Fatima de que V. F~x.a. é digno roùnctor, se publicam os milngres e gruças, quo a Imaculada Vfrgem. Nossa 8cnhora., generosa. monto vui procligalisa.ndo, aos que, em momcntos ang11$t1osol:!>, l.otl:llmento desamparudo.s de vrotll\!çào humann, a. invocam, humilhn.dos e contrit·to>-, como verdadeiros i:rente.~ 110 alto rn!imento d'Aquele, que ntravez os S<'cnlos vom sendo apelidnda dd «Mtldo dos onforruosn e «con.soladorn do,; ufli to:1». l'<;is a rnziio pela. qunl me atrevo a escrever.lhe a. pre:iento carta, scm ter o pro,. z.er de o conhecor, para lhc pedir a publicnçiio st>nùo do,;ta. visto qne nao quero tomar cspnço no upredodo jornal, pelo menos da noticin, quc pa.'1.-;o a expor: No ullimo veriio adoct·eu nqui, em minhn. casa, miuha filhn Juliota, esposa do Dr. J onquim Torr~ <la Costa Reis, com um a.hsces!lo no scio direit-o, que se apresentou com tiio mnu cornctor, quo os t<:cidos oo de~faziam corrofdos pela gangren a. quo lnvrava. Apoii uma conferéncia m6dica c-m quc intc>rveio um distinctis... simo l~nte d11 Escolti l\fédica do Porto, o umo. clas mnioros compotencio..q, que conheço, o coso foi dado como gravissimo i;e umn opernçiio cirurf!:ica, n. que dedn proceder-se in-continente, nao vie~.se a. tempo cli' lravur o avanço do mal, que ia lnvrnndo. - Foi n<'llto sit.naçiio nflitivn, que fecha.-lo no mcu nposento, me dirigi à. bondosn Medinneira 11<' todns as graças, para. que fj7,es!le o milogre, restituindo o 5aucle nquela mi11ho fil ha, j:i a urna morto prematura concfonada. Pois bem: - o milagro dou-se; n. minha debil voz foi ouvida pela ROberana. Rafnhn do Céu e da Terra., e d1mtro do poll<'O!l clias a espcrança de cu ra rniavn, o o eRtndo l?erigoso dn. doente tinha d Nm pa.r<>ciclo. Fez a opernçiio no dia s<-gnint<>, niio sondo !lcquer pr e-ciRo proco<for à extrnN;iio rio soio gangrenodo, e dontro de1 um meq, on pouco mo.is, n cicntri:,;nçiio tìnhn-so operndo. Aqni venho, pois. pedir-lhe a. publica.çiio de,eto gronde milnizre de~ta explendL da graça, a.~i1im obt id a, de acordo com o voto feito: e Mo, · niio R6 para edificaçiio do crentcs, <'Omo tnmbém, por ventura, para ronVl"Niio clC' incrédnlo'I. Ap;radecenrlo de'!CIP. ja subscreva-mo com tMa. a consider:içilo D e V. E:-c.a ?tf.tn att. 0 ven.0 • e obrj1';. 0 D,1/im Martin& Florn (Dezembnrgnclor da Relnç:io do P orto)

P.e Albino f-Juure~ dc finho, de Beduido (B11tanoj11) cm carta de 5 de dezembro ultimo diz o seguinte: ,,Envinndo os meus C'umprimentos muito s1nc,• ros, podio. u. V. Rev.'11 & a subida fineza de publicar no jornah,inho A Voz da Jt'dtima nm:.i gr11çn. extrnordin,iria obtidn. por intorméùio de Nossn. Sonhor a. do R osttrio de l•'iHinrn. EnC'Ontrnndo-me um dia numn. seria dificuldade, carecendo de que a Virgem mc nl<'nn-;asse do ~ou Di-rino Filho uma grnça singular de ordem eRpi. ritunl quC' nil.o julgo necess:il·io especificnr aqui, invoquei No~sa Scnhorn de Fatima com tocla n confinnçn de que era. cap::iz, e-erto de quo minh:is pobres preC'es Feriom ouvidas por urna Miie que tanto vela pelos !'-('us fil hos. }.'elizmente, ap6s bnstnnte tempo de oraçòes e tnmhl,m cle prova. fui ouvido. a minha s11plicn. foi ntc>ntitln. Por es.w motivo venho cumprir o voto que havio. feito no impc.trn r o fnvor especial do Céu que mc foi concoclido emborn imerecidamento o no me~mo trmpo testemunhar à Rninha dos Anjos e dos homons n. minha infindn p:ratidilo e n minhn homenngem de ncrisolndo nmor, confe~sando-me seu filho aindn que mnito inclip;no.u

Urna grande doença. I sabcl dos Santos, do Cbaves em carta do fovcreì ro e.<;creve: 11A minhn. Mao misericordiosi&.ima quero erguer a. minha vo?, huinido, bem alto, para proclamar o. infinita. mii;ericordia, bondade e nmor de nossa Miie querida., N. s.a do Ros11rìo de .l!'n.tima, para. com os scus desitraçatlos filhos; para. que todos que tcnbam afliçòos, recorram a Eia clwios do confin.n\·n, porqnc Ela ouve-nos oposar-dtt nos1m indignid:tde. Sofrendo hn,·ia cinco nnos duma g1·ande doonça o tendo rocorrido a, varios médicos que me trat:.nrom bastante tempo, o corno ,·i~scm quo crn. impossivel assiro curar-me, nconsolhnrnm.mo a ir fnzer uma. operaçiio, quo dizinm ser muito melindrosa o como fiqu(li mnito aflita, recorri à s;ntiAAima Virp:em do Fatim1t pooindo-lho que JDC\ curns!le. Ini<'il'i urna nov<>na (l ro.qnnclo o terço e tornando n milnµ:rosa nizna de Fatima, com<'<.'t>i notnndo grnndcs melhoras e hoje grnçns à VirgC'm Snnti~.ciimn. enoontro-me curnda.. Firr. ns minhas promo~~ns entre elas publìcnr C'Stn. grnça so a obti~se por sua interces~iio.

Difeteria. lllnria, do C(lrmo Prata. de Lisboa. (ave. nido. Almirante Reis n .0 62-5.0 ) ero ca.rta do maio de 1929, oscreve o seguinte 1


VOZ DA FATI MA . «8cguudo a prome.."'.60. que fiz, venho pethr a V. Rt>v .• se d1gne publicar no jornal de J!'a.tima, a cura de urna filhinha. minha, Rita de Cassia Pina Martins Prat.a, de 6 anos de idade, por intermédio da si:;. Virgom de ~'atima. }<);tando minha ft!ha muitissimo mal, num ~tndo por iu;sim dizer letargico, e sem tirar re:.ultado algum dos medicamentos que 1:}ie hovinm sido prescritos, no o.u_ go do. mrnha nfltçiio, invoquoi a 88. Virgem de FAtimn, e, num momento em que minha _fìlbo. m_e fixou, disse-lhe para recitar a 1nvocoçuo: «N. Senhora de Fatima curai-me.» enquanto simultilneomente lhe d:wa a beber umo. colher da a.gua mir aculosn cle 1ratima. Oh I prodiiio ! lm<'dintnmc>nte começa a melhorar e a t<-r c-onsciencia das coisns. Jt'oi tifo pnlpavcl n inlervençiLO da SS. Virgem, que algumas pcssoas de familia ignorando ainda n grnçn que N.• Senho: ra nos ha,ria disponsado admiravam-se imen!IO duma 1.ransiçiio 'tao brusc-a na mo.rcha da doonçn, e. post-ns ao facto do quo "° hnvin pns,qado, enton.ram Jouvores à SS. Vi~em, que é e ~ra sempre, 1\fiie do l\IiSC'ric6rdin e a. Consoladora dos aflitos. Cheia pois de gratidio. ,enho tornar p11bli<'a a grnçn. que a 8. Virgem peln sua Miscric6rdio. mc concede, chamando à vida !I minha filha, quando na minha grnndo dor procurava, re~ignnr-me, a veln. brevem<'nte vonr no Céu. Th-pQis diHto, ja a SS. Virgem se di,z:nou lnnçnr outro olhnr de Misericordin, sòbr<' um outro filhinho meu, Francisc-o Xa.l'icr Pina :ifartinR Pnita, de 3 anos de idade, Jivro.nclo-o durn renitente bacilo de difoterin. Tinha feito durante alguns meqes vario-. tmtamentos :t gnrgnnta e repetidas analiRes, quo din·am S{'mpre positivas, pelo quo, ja vcrcln.ddramente desanimnda com a inrficticin. dos trntnmentos, comecei com algumas pl's.-.ons de fnm{)ia uma novena a N. Senhora de Fatima. Termina da est.'1. mnndou-se novumente fnzer-lhe 11 analise e p;r\1çns ÌI. SS. Virgem. deu nop;ntiva. Rccont<-mC'nto, mais urna vez n SS. Vir· gem me ,·n!Pu numa µ;ronde an1çao, e corno ne~Ra ocai;iiio prometi (ls.~inar a Voz da Fnfimrt ~ N. Renhora se dip;nasse 011vir ns minhns pohres petic:oes, rop:o a. V. Rev.• o ob~~qnio <le mc cont:ir no numero doq as.,innntc~ da. Voz da Fatima . Por tnntns grnçM imc>rocidnmonte reO<'bidns. entoo nm hino do amor e grntidiio à 8S. Virj!:c>m, e o men mnior deqp_ jo seria, qur o hnmildo publicaçiio das referidns p;rnçn11 lauçnsse no menos, uma c-C'ntelhn cl<' amor <> l'onfinnça para com a 88. Vir(?;!'m. nolgnma nlma qne sofre e psta invndidn. ~lo dosnnimo.n

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Tuberculose. nhn doençn l . \.inda. paro. mai:., tantos médicos quo me viram nenbum dava com Sil1•in<t ,da Conceiçào, solteiro., moro.do- a 1·a7,ào d:H1 dores quo tinha nns. pernas ra no lugar clo Cusal ViPp;as, frèp;uesia e contudo clesde que o espedalista me dt\ Anciìio, enoontrou-so bastante doente. oxnminou, dis\;O logo em que oonsisti:un, Consultou varios médicos que oonstata- e qµo era nt.>eessarto uma operaçào. ram a gravidade do seu mal, tend~se innevo o.dverti-la (e niato é quo :.o funùa clino.do que estaria. a ser atacada. pela terrivel tubercuJose. Durante bastante o m1lugre) que éstc niédico, no.o /oi, protempo nndou a i.er tratadn por eles sem c1uculu pur 1ios, poi~ ncm. sabf<.lfrws que obtcr melhorus. Recorreu entiio à vnliosa c.ristia, ne,n é médtcu que lenha muita intercosiio de :Nossa Senhora de Fatima. fam<i, pois dot'ido o scr muito rico nào prometendo ir la tre11 meses soguidos e~ exerce clfoica a-p1Mar-de ser muito e1ingradoci monto. N 068a Senhora ou vin-a.. tendido. '.l'ivemos oonhccimento dele por Ero breve se sentiu curada. E agora que um1t oonverl:lll. com umns pessoas col}beciesta prestes a terminar o cumprimento do dns e essas com uru médico quo .lhes disseu voto, ven1 tornar pubhca. a sua gra- se, so me niio curaf;SO e,;s.e tal especin.listidiio a. Nossa Senhoro., muito desejando ta, nonhum outro mo curari:1 em Graquo se-jn publicndo no jornal do. Fatima. na.eia I E nssim foi quo a. Virgem de Fatima. oporou o milugro I Anciii.o 11 de setembro de 1929 Tnmbém dovo dizer-lhe que o médico Si/vina da Oonceiçao quo me operou (quo nìio foi o ei;pecinlis-· Atesto que é verdade o quo nesto. ex- ta) antes do operar-me preguntou aos meus Pais e n. mim me!!mn, se estavamos posiçiio so ufirma. ùispo,-tos o. tudo, porque èle niio podia res.\nciiio, 11 de Setembro de 1929 ponder por tiio delidnda oporo.ça,o,, por O Prior ser a primeirn quo se fazia desta fodolo, P.e Manuel Maria Ga.,pa,· Furtado e no ver a no11s;i ronformidade, niio poudc deixo.r do mostrnr a sua erl.ranheza Tumorea suape itos. as Inniizinhns do Sannt6rio, e era porO Co.pelii.o da Casa d1: Suude da l danha que elo niio i<nbin a confinnça tiio gran- .Bela1:1 em carta do lll de nbril de 1929 de que n6s tinhamos em Nosso. Senhorn db: , <le I•'atima. «Venbo por est.o meio ngradecer a Dig~lhe mais quo numn. rovista mécliNossa. Sonhora. da .l!'utima diversas grnças co foi publicacla o. minha opernçiio. que me tem teito. Trago sl'mpro t'Ornigo n medalha, e Haverri. doi11 ou t reb anos gue me apn,. roceu no labio inferior nm co.roço ja mui- propago qunnto posso a devoçiio à. Virgom do ~'il.ti ma11. to saliont.e, o eu muito apreensivo volt.ei-.i;ue para. Nossa Senhora. de Fatima peDores in "1Upo rt~vel dindo-lhe com muito fot·vor 1i g raça de mo tirar. No dia S<•guinie mostrai ao Sr. l!'lorencm .lllarques, d:\ Lameìrinhn, frèDr. Bo1·gos d'Almeidn, um dos médicos guesia de Abiul (Pombal) diz que em d<'lltn Cas.L de Saude o ole depois de cxa.. març,o do 1925 dopois de uma constipnçiio minar niio onc.-ontrou nadn; cfectivnmen- sobrcvi<'rn.m t:tis complicuçòes e a tal este tinha do~aparl•ciclo. tado cht>gou, qno (di,i ola) FC visse pegar Mo.i!! tardo aparC<'<'U-me oo céu da. bo- fogo Ìl 1•nma niio pode-rin ncudir. Debalca tnmhétn um cnroço bastante c1escido, de <."Onsultou ,nrios médi<'os. Ai; dorcs voltei-m!' logo pnra No,c,sa Senhorn de Fa- ornm insuportn,<'is e inm aumentando tima e pns~ada,; :l ou •1 horas jti hnvia c:ufo. yez mais e assim (•ste,e tre,; nnos. desnparC'<'ido. Mnis tarde nparece-me um T,embrot1-1,e do r<'COrrcr a Xossa Senhoontro c-aroço no céu da bocn jn muito grande; rrc-orri rom muito fervor n No~- ra d() Fptimo. promotendo fnzrr oito <'0sa Sonhora dn Fatima e no acordnr de munhòt•s ~t·guiclas, cu111prir algmuns pronoite jit hnvin dMnparec-ido. Finalmente mo,-sns do jot>lhos o ìr u Fatima ngracleagradeço mais urna outrn. p;raçn quo No!;... c·er a N. Senhora, que coru~·ou a ronliRa Flcmhorn do Fntima o So.nlo. Ter<'sinhn. znr em 11 tle ontnbro do 1928. Logo quo t•omt·<-ou n viagom sentin. re:Ldo Menino ,Jesus me fo,.Pram curando-me duma p:ravo !'nfermidarle sem o amdlio do nimar-se cada vez mni!'I do formo que Jo,. f,'!;O como~·ou a rolll<'r e hoher o sentin-:.e qunlquer m~dico.» c·urndn :io chognr n. Jo'a.tima. nà.o voltanDo V. Rov.m" 'M'.to Att. 0 e obrig.mo o do 11 s<'nLir os nntiios in<'omodos. Deseja humilde servo in ('. ,J. por (-sto 111t•io lest<1munhnr à M_à e do C1.<11 Capclùo cla C11so. de So.udo tln Td11nlrn- tòdn a sua gratidùo e mais profundo amor. Bclna

Ouas otitee. Gracinda do, Santos, de Mntozinhos, em · carta de 12 do o.bril ùe 1929, informo. o ,eguinte: «Dccorrin o més do Janeiro de 1926. Meu fillto Jo,,é, du 12 anos, foi o.tacado de p:ripo da quo! n•sultou urna otite no ouvido direito (111édio). Bnstantos diai. docorrerom cheio de febre o do dor0t-, ugudns. Por indicaçao do médico nssistenw foi a criança transportuda tlllm :rntom6vel 11 um especialista da cidndo do Porto. Re<·oitou um modica. mento oxti'rior e>; so por ll<'nso nnda fi~s.Este livro muito interessante, cuja pr.imcira cdiçào alemii de sc, torio. de !.(?r !<Ubmetido a ,1mn meltn10.000 exemplares se esgotou na Alemanha cm 4 mescs, enconlr!;:!e drosa. opernçiio. . à venda na UNIAO GRAFICA, Travessa do Despacho, 16- Llsboa, No l'l'RNs~o o. cn><a, ,mcoutrou-se mu1to mnl, marcando o tenn6metro 41.0 , f.!nr<>na VOZ DE FATIMA, em Leiria e no SANTUARIO DE FATIMA. cenclo quo men filhn ostava nos ultimos diM de vidn. Aflito. por o ver Lio doente, recorri a Nos.<.o. Sonhora de Fatima. E em tao bo:\ bora. que meu filho oomeComplicaçoea vlirlaa çou a melhorar e no diu. i;ep:uinte estavn ~ qunsi curado ! . Jfrrrr.di-.1 Ilerna11dl't, de Grnnnda (EsPrometi dar publicidnde dèste m1lnp:re panha) atrihue n uma grande protecçiio nn Vo:; Fatima. S6 hoje o faço. Ehi de ~Of'so. Senhoro. do F:itimo. o bom reme perdoara, pi-In imo. bondnde, o conser- 1:;nltado de umn operaçiio. Eis corno eia var por tnnto tempo ocuna estn dadiva da. se cxprimo cm carta. dirigida. ò. R ev.da, Virgcm Marin, na qual mnnifestou o S<;ll l\indre Vilnr do ,foijus do Luqne: Alogro, <I<' sorriso peroue nos labios ou poder o a sublimiclnde da. sun alma chein «Antex de mais 110.dn., mu1to lhe agra- 1,ronto a nflorn r no primoiro condte, o dt> purezn e dP piedncle. dec.•o 11 coro.11:<'111 quo mi- <lava po.ra quo Douto1· Simòo!l era <> arnigo proferido duconfias.«o cm No8sa Sonhorn. de Jratinrn, m1\ lo.rgn rod1i cli• cnvnlhciros a quem clo e que invocnndo-a com muito fol"Vot al- si nt·cm111e11to quPria. l:nnh6m. • Médicos, nd\'og11dos, nwp;istrnclos, emA.nf611io {Jan·rira 7Jernardino, do lup;ar cançurin. dolt~ as melhor as I Renlmente foi do Tubnrnl, frè>g11('i~a. da Cnrnng;uejeira um milngre o que i.o pnssou comigo I Pois pregn.do~ 1n1hl ic-os. convirciu ntc,, lnvrnrlo(Leirin) foi ntn,·nclo <lC' ntite media aou- i,;upunhn r1uc> dt•pois dc e-~lnr 9 me.~es clr re~-.- Lodos o o,t.ima1·nm muito. Pc>las alrloia~ t i11hn ulc muitis~imn:; simda (conformo ntesbdo do snr dr. Alber- cama, fnzcndo tudo ·quanto o mficli<'o to) de qnc sofrcu durante dois meses (7 mondo.va, ou nlio senlin. 111li,·io nlgum, pntins. Uro ou nutro niw RO csquì:-cin nté de exde do jnnoiro a. 7 do mnrço de 1928) che- e logo quo m(\ operaram, ninclu que pousentimentos clumn. forma gando n um <'stado tnl que perdeu o VÌFo- <'O, et;lou mC\lhor P !;Obretudo a. doençn for iori ar é to. e est.ove nn Pminencin de 11mo. opera- nao tem ncliantndo I S<'~undo o que o mé- pnlp:i,·el cm•ianclo.lho alp;nm presento do ça.o no. cah"<'n · R<!corrondo à iuterc-èssiio dico me dis~c. E,O niio fize,se o. opPra- tempos a t<>mpos. S6 viato prondin. De <' t:itnra méclio, do No1>"l\ St'nhorn da l<'utimn cessaram ns çiio dentro de 2 ou 3 anos, fiC'nrin. pnrndòres e o m~di<·o reronheccu que ja niio Htica.. S6 p<'nsar nist-0 me l1orrorisa I Por obeio ~<'m exnp;cro, <'Orpo bom conformnera. nece~~lirin n oprraçiio e agorn encon- isto estou pl~namcnto convencida. qne a. do, tcz rnon•nn, olhos p;rnndes e meip;o~ tra-i;o !Wtn clefoito, do perfeita saudo, con- SuuU~,;imn Virp;<'m foi quom ilnminou os o Doutor ~imiiM era. realmonte o homem m6dioos pnro. quo compre<>ndrssem a mi- dc> qu<'m a natnrezn. com os sens dot.es e tra. a opiniiio médicn.

FATI~1A

a Lourd es Portug uesa

. O que um

i iterço faz ...

a,.,

• •

~o,

l

educa.çiio com o o:,fotço tinhmn feito o t.ipo 00111ploto do cavalheiro delicado sem pedantuuno. l\Ias, tra.r.ado, folado, u Doutor Simòe.s torna,u.-se encant.udor. Sociuvel i;om de...-er da ;.ua po1,1çao, dando-so com todos ~m scr <le ninguéiu, am1go l<'al Mlm faniiharidado~ oomprometeùorns, era. de hti anOEt umn rlas liguras ùe mn1or rdovo no poqueno mLio provin,_ dnno onde ,·iera l brnr ro~idencia oom sua t'spoi;a. E moreoiu-o nn v·Ndade. a

. .. .

Quatro auos apos a bUa -vinda oomeçava de notur-se uma pi!quena uuvem que sem a.umont,ur,. nao consegu1u tlesapareoer nunca mais. Cada vez se notava melhor a realizaçiio do.que!e <litaclo: «niio ha boia. sem so-

noou.

Ha.,·in. nlgumn. co1sa. que descon:o)ava. os sous umigos e c>mpan:\Va um tanto aquel~ ful~or <le alc>gria que de principio, lhes 1l111n1navo o ro~to ao falarem dele. - )io] c>mprl•g.ulol ... E' penn.!... ouvia->:<' o. · co..du momento pclus povonçòes vi. s1nhas ~·mpto que '-e fal:11·a nele. - l\lns entùn o que haP ... - O Doutor Simò1'<! n:io é cattilioo. Até por0<·e impo-;.-.jç('] e-omo um homl'ltl dnquelo,c; nao prnti<'a. - Mns isso corto? - Infelizmento. A principio nao n.credit~i. inform!'i-nw minuciosamente e nfinnl, vim n rcronhec<'r qne €, verdade'. Niio persogue, niio nto.ca. m11s nao defendf' nnm prntic-11. T<'nho peno. d6le. S6 lhe f:tltn isto pnrn s1>r 11m homem às direitns.

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Estn connll's1i tiv~a. um dia com um santo homum (l<.ffou-o De11s o ano pnssado) um tipo nnti~o de al<leiio, intelip;entf', apogado ò sna terra e à sua Fé homem em cultura lit~m!.rin. ou scientfficu tnas dot11do de muito ~enso pratioo. T't>ln boco. dè-to falavnm quasi tanto& qunnto~ ernm 06 11i-us amip:os !.inceros (que n <liwr n verdnde um ou outro hnvio. que "o~ta,·a rle o ,·er nssim).

• Como chrgaru t•lo nté ali P Se na sua iorra 1·o<'obern dui; pnii. urna. educaçiio primorosa 4uo :i ini;t,ruçao e o cxurnplo de_ vinm tor tornndc> iu<le,strntivol... ~o os rapnzes. da. bitti idnde, com quom brmcaro. om i•no.11~·11, cstavo.m firmcs na posso dn t·rt>n<;a hordndl! de "eu~, a,·6s ... EHtudo~ J>rofunc.los P Cultura mais vasta? ).fois lnrgns horizont<!s int<>loctuais? Ao!I 011:,,,0 anos entr:ua num oolégio de grnnde nomenrln o ali t'Om a formaçiio hteriiri:\ rec,-•horo tamhém n111n etrtudo metodico o conhocirnento dns basP, nucionnis d:i Fé. Dosd11 cntiio subia bPm porque crin ti Pst.a, n cm casos de w defender oontni n inl•re<lulida.de. E foi exad:uncntc t•ntiio quo èle so ,•iu arn•f1><·cr. Pnss:irnm-!;{' ano~, nùo M.'li qnnntos o tro1·ou ns ~1las do <'olégio J>c>las uu)n~ da Universidacle. Longe dos pniB, dofl nmigo", dos mest.re~ qneridos o <'Oraçiio foi-so <'~nocendo deles. J,on~~ clu l'istn longo do coraçiio ... No Mntito do jnrdim q1rn ìi..~ ,ezes cnlti,·o por dl•,fnst.io sei, por !',cperiencia q_ue n:1o 6 no nnséer, quo as plunt.as pr~ c1snm de ampnro rnns q1111nclo ja a de~m·olv<'r-se, pod<'m f.(>r d<'rribndas pelo t-ent.<> que sopra rijo. E ns nlmas silo plnntns que o Senbor da n cuH.h·or 110 jnrclim da Igreja. Deixnr urna almo. s6, qua.odo os pai:i:ò"" "Urgc>m e o dem6nio II ataca na pes<:on rlos mnus rompnnheiros é prepnrnr-~ parn ,er quebrada a baste viçosn. dumn açnc-l'nn. .\ cndn posso so nos deparn ante os olho;< ÒSs<! e pcctn<'ulo triste duma juventude <'eifada 1>m fior. Pnssoram-M o~ nno~. Cusou. ::\Ins n virilidnde e n. oon•, r·iènr.in cfo no1·11" r<'"1)0fl!l!lbilidndc>s nùo lite dernm o. fòrçn. dn quohrnr e.«;.'18 ambi!'llt.l' morno 1)1tf'l. o niio deixa\'n lovan- • tur n rnho<;>n dinnt<1 tlos rol<'~ns de out1·orn paro tlohrnr o joolho hnmildementr dinnt<> ,lo 5-flnhor. .\lmns clcdil'ncln~ n quem o s.'lngue fabva forte j11nt4'1vnm-so ÌI e~pòsn pnrn fnzerem ~11bir 11m:i prf'<'P continua ao trono tl<' Di-u,. l\fAA •• ~" trono pnr{'('ill ina<'eGsh-el. Todn n lihrrda<lo parn. oe '-8118. l\.fns Mo s<'mpr1> nq, mesmn. A mnlhrr oonfo,s:wn-se e oomnngo.va com r,.,Jntivo freqiién<'in. O filhos c-nmprinm ÌI. risca os l'<.'llll dovere~. religiosos. F:r11 ele até quom lh<'II Pnsinnvn C) <'llleCi. mo.


VOZ DA FATIMA

4 lfu a Ot!pòsa. quoixa.n1...se, em vào, de quo niio lite~ dos,<.o o rnelhor ansino : o do cxomplo. · E <>!I filho:1 nota.vrun-no e o mais novo chegou um dia. a dizcr-lho: «O Jlf.tisinlw rioriiu.e nJo verr. comnoaco à lorcjaf» A situaçùo ora dificil. A censura. que Deua lhe fnzin pela. boca. dum inoceutc, seu filho, oru pungente. Mas o rospeito humano era mais forle am<la. So um empurriio da graçn o podaria leTnr eorno a Siio Paulo.

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doluro.,, i Murin das Dores l'avares do Sou!in., 110$00: D. Joao de Portugul, 100$00; Luciano de .\lmeida. l\Ionteiro, 211 00; Marga rida. Lopes da Sii va, de Ei,pozende, 395$00; Zu lmira Galhardo, 8S600; P.C' S. R. dn. ( unhn (donnt.ivos de 12 pe.,sons, de Tete, na Afric~), 1.070$00; .Joann dos S:1ntos St•rcna, do Ilhavo , 100$00; P.o Manuel Vieirn Ribeiro, 30$00; Cnrmen de Almeicln, 3-14$00; Gl6l'Ìa <le .Jo.~us, 50$00; I micio Alves Dins, nO$OO.

H e.~sns ulmm, sen.tem.-se fclizes tn~ ser s6 de Ele, em pa.m11· a l'ida. breve, coino 1·0.•n& aos l)és cli- Drus. Se o Se11hor 1•u-lo z,erle &ede também ... corno rosas ma., ro ..iis dignas dEle!

MA a

NA INTERESSANTE

ul)eus niio é ca precibO para nada», dizia. um pretencioso e ninda. mais ignorante caixeiro viajo.nte a um cnmpònès. «A scioncia oxplicn tudo (dizia ele), fn:ii coisas vPrdadoiramc.111:.<1 oxtraordinarias». - La isso é verdadv, responde o outro apMontaudo estnr muito conveucido. Ora quore o senhor 11aber? Ainda h:t dias vi umn. maquina reo.1ment.e ndmir:i.vel I Metin-s&-lhe um braçado de fono por um Indo e saio. do ,mtro umn. bilhn do leito I - Orn ni tem o ~. nhor I. .. - S6 o qu~ tem é que esta. m:i, 1 •:ina niio foi :i. i.ciencia quo a inventou. Chuma-sc urna... vu<'n.

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Como. rosas

I I I Naquolo dit~ lovuuwu-se he.m disposto oomo ~empre mus nos modos, no todo «Mo... <le ent'antos e de flores» lhe ch0tra.nspurecia um (lUè de 1,ingular. Re.soh-ora ir Ìl· Patimu. e levar coosigo 111a 1un pnetn e Jfuio pode orgulhai·-se de fol nu,n.e. todo. a fnmilin.. ,1 t1alurll-:a wbre de oalas ·a nassa terEra por is.<;o? ra. Niio. 'fantn. vuz lii tinlm ido jli. DMde a cumpi,ia (Ì urro tu.do verdeja O e.-,pectéculo grandioso das perogrinnçoos o movìmonto de:ilumbrnnto daque- e flon~sce com milhurea cle tO'Tls e de 1,1aJea ~-ios do fògo a. d11slizar à noite pelas tizcs qve nào cansam. O frì11a1· d11s pa~sarinhos vem dar a avenidns e u. subir sempre das nlmaa para l)eu,:i; os milbn.res de comunhòes tiio B$se quadro de sinoular beleza campesidevota& tiio sentidas; us invocaçoes in- 11a uma. 11-0lrt vil'a de ,no~imento que com,flamnd~s, n. escnldar os Hbios de siios e 11lefo o encanto. de doentos o n. orvalhar o rosto ùe tòda 11 as 11lma$ pit-clo.ta.• com a lgreja cona g~nte tudo o quo do mais singulnr c.1_ wc,ra11t n1111}1'<,snmente Pstc mils ù Viroem raoteriRn o movimento da Fatima, de SalLti.•si,1111. tanta vc,z o cont<•mpln.r tornnrn-se-lhe ja 111aio é u 1nès de .Jiaria. familinr i;ern contudo lhe penetrar o funComo n lpreja é niestra e a piedade, do dn. ulroa. fonte ,lu mais subicl1i poesia! Niio, nào em i~<;O pela certn. ,titMes monu1,.e11tciis de velhas igre_ Quando do mu.nhii foi snudar n. e.~po- ja.,, cape/as acolhedoras das nouas aldeias, ~a, C'om uro b\,ijo grnnd<' que lhe depòs si11yda., e bra11cas ermicfos das encostas na. foce, disse-lho tcrnamente: 1110,ttanlw~u,• e sc,tuncjas sil-0 neste més uHojo vou-mo confes.iar nn. Fatima '-8 objecto de mri11ho sinoular. nchnr n quem». Ra:rtci quc, no alto, sorria a imaoem de Nossa Senlinra • lnao os cantos ecoa11i • • Pnrtiram. trrnos I' melotlio.,os a ptr/umar de piedaQmtndo o.p6s u ('onfisi;iio &eguin acom- de a rtlrgria univrrM1l. pnnhado da esposti e dos filhos para a. meill iJrM bra11ras dc do mas oentis com flolill du. comunhiio, olhoi-o longa.mento. us cura., d{1,, sU<IS cstufa.s màos calosas Do que so pnssou nii.o li()Ì. Mas o Dou- e ti~na.dns dc rapariuas e'sbeltas da al-tor Simoes niio ero. o mesmo. drin com os cmt·os e roS1,., do $CU canBrilhavn-lhe no rosto alguma ooisa. mais triro r, até com flores do mato, 113 da do que o volbo 110rrfao. p,1.,t,n·(I .v,·rrana aueis de tanfo fiar, e,iA luz do. grnçn. divina quo lhe ornava lrctrcem ori1taldl1., para a Viruem e disa. alma. tmnsparocin-lhe nos olhos, nos lli- Vl1Pm. ramQ~ ac, red"r da Sua imagem. bios, em todo o rosto. E a Virnctn sorri-l11es bl'l<t a e1neTgir A ei,pòi;a. acompanhou-o oomo quem dum tufo dr t·rrdnra e /Tores, cercada acompanhn. o seu ~nino. de h1zn. C.omun~aram. E <>nquanto, de joolhos, E q1icm /ha., pi,e ali .,ente-se feliz r dizia. talvez n. Deus oom Suo Paulo: guarda por Mda a vida a lembranrn sait«SPnhor, qu.e q1urtis que eu faça ?» sen- do.,a dr tal Ot'ttp(tflfo. tiu d!'ntro do cii tacln. a inefavel o invi_ °M(L., a,, ro8as mitrchnm deprl'SML. .. sivel boleza dn. Fatima e doixon inadverT!rc,P &ub.•tif iii-la.,. tidnment-0 cscnpnr umM lngrimM que dcE' t(lo li11do 1•rr 111,1 altar nrnado clep6c; nos pés dn Virgem Snntfssima. florrs nn{ruai., .,rm.prr Jre.,i:as, umpre l'iMni11 <lo que nnncn entiio se sentiti. fe- ço.ms! .. liz. Ap;orn. Jcvnntnva a cnbeça, procedendo llu 11-1n. u~nrro de J/ore11 qur. nei-O murcorno cnt<>ndia o corno devia. cTuou 11u11ca . CuTltei-a.i J}«1'tl a l'iroem. Ap:orn, progtraclo dinntc di' Dens a Dura11te o JU~ de ,ltuio 11/io vos es_ Qu.e-m tinha igualm1>nto dentro de ~i ... quiçr1ii de ir mut urando no., vos.!OS ramalhtn 1111s lirwsito, de ,n<,rtificaçiJ.o. • • • .1 imaoinaç<io tdt1 louca, os sentidos irDr J'A3•auem., como pnr ,u:11so, soube qui' req1111·to~, <H 1ini.rlir.& que ~e i11S1.Lroem: todo., o& rlins n•:,n,a. o f com a fa- tu~lo pc,fr o freio da modéstia r da mormflin. fifiraç1iu cri~tr1. F,sfa11a nli todo o uur/ldo. 11 np,ce,w. t1 flw linda! ... O.•orrr11-1nr enfOo a,r11ilo de Sao Hcr_ 1'J II açua,111 é o .1€,nbalu Ù<J. 7,mreza.

----*•*----

U m espfrito forte ...

..

,·,-ço

nardo. ((Lem.brai•voa 6 pifasima Viroem Maria qur mmca u ovvi" dizer gue a/011111 daqu,1ea qur. tr.tm Tuorrido ,l Vossa protecçi1o, impforndo n. Voua assi,,Uncia, Teclamado o Vo.,~o snr6rro f6,,sc Pl>T Vos de.mmparado».

Quando tantu.• rmn md,! romp«nhias r tnds lcitrim., se polurm, quando tanta3,

U

'l'Ld qunJ UID bot.iiosinho ue rosa. quasi oculto na folhagem, dormia o pequerrucho meio sumido ontre rendaa e cambrai1111; a respirnçiio ténuo, de uma seroni~ndo idoal, !iOerguia-lhe brandamente o peito; e nn. fa.ce de anjo espelhava--se urna calma indefen{vel; di-lo-famos o desabroohar de um sorriso do C'éu sòbro a terra. A ama., que Pm breve o iu. tomnr nos bra.ços, contemplavn-o embevecida, emquanto a miie, senhora n(nda nova., recostnda no leito se dosfazia em reoomendnçòes e ca.rinhosas suplicas. Mal ac·1tbnva do rnp,•tir nirins ,ezes ns rue,.mn.~ <'oisoH, tmblim{'t, na sua ,iÌmplit·idade, c-0meçon o pn i : - Niio iw1 !.o 111100m quo estou decidido ii nàt1 deixar hnptizar o pequeno ... ;. ouvom be-m o que eu digo? ... Estou muito c,mponhado t•m o niio dcixar baptizar ... A am:i te,·<' um gei.to c>sp<>nta.neo de sobres. ialto. - Sim, senho1', tornou cle, nknnclo n voz, nii.o ndmito quo so di~ponha :i.si.im d;i <'Onsci~ncin. dum M'r humano sem prévio conHontimenlo 1,t.>11. Mn.is tnrdE>, 11unndo for homem e tiver adquirido n~ sua.a comicçoes filo~6ficas, ontao pod<'rn podir o bnptismo ... se muito hem o t>n~nclor A hoa rln urna ouv1n ùe olhos bnixo!'I aquele 1irrn,.,.1ado; mas ninguém lhe surproondeu um 11orriw - (niio sei se de compoixiio, m df' ironia) - que lhe frnnziu mornentnnc>nmcnh, o!'I lahios... .Apernu.i i;e lh<' ouviu dizcr num tom stibmisso: -Estii bom, meu senho1·... esta. bem. E dPpOÌ'l rle ofercC(•r o néné, pela ultimo. vez, nos hoijo.'I ;.equio!ios dn. mami:i sa.fu clo q1inrto ...

I

* • cscrava.v du111a mnrla i11/ernal, se txpDem Dec:onernm 11101,().<i i;om uovi<lade. e dP.,JH·m i1111,udic,i111e11te, levai à Viruem 'fodoi, os domingos, papa e mamii. to,1 ,,/rum i111acullltln rfo i•ossa pureii:a. mn.vnni o comboio e fom visitar, ì~ casa ,I ~ rnsu., ... dn am11, o 1tnjinho de gracioi;a!I fitas, ,qim, n ro.,a é rt raf,1/111 rla3 f/ores. multidao agradeqn(;l j,i. noria. agorn oa :wu;. encantadores E f, fuml,~m o ~{mbnln ,In amor.

E ronfunclido rom a ci :i. Deus o dis~e <le mim pnrn. mim: Ora at e.,ta o

([ltf'

Am01· puro, .-011,t<J, n-islllo, tende-o a

cm

um luro podo fa:rr.

tuclo O quc De11~ .,e podP amar. ,h11ai os pobrezinho,Y, o., hu111ildP3, oi oprimidns e ,(ocorrlli-o.,. A ma i 011 prrndores, a., almas tra11.n•iada., r orni por t1a8. Amni os 1•0.•so, pais, fi/1,o.~ e irmllos e aacri/iraLt•o., por fle!. Amai a Santa Iurrjrt e honrai-a com a voua 11ida. irrer,rrrn.,(1,rl.

I.cirin., Ah.-il 1930.

Culumbn dc O/iveim

---•---

Voz da Fatima O eap ésa Tro.n11porto .. . . . . ... Pn.pel, corupo~içiio e impresaao do n. 0 91 (55.000 exomplar06) . . ... ... ... ... Fr~nquins, ombnlngenll, LrnnsporteR; grnvurM, cintM,

As ro.,<t., p,w,a m d<1s iardirw para i rem murchar e m.orrer pélala a pétala. no al202.972$25 ·tar do Senhor. Para. o oltar 1111,{sfvel do Ttolocav.sto eolhe Dru.~. como vtfimas que o ornem e o 3.052$00 pe-rfv,mrm, a., almas. Auim. ~ que hd alma., que flore,re.m eni &wt.1V

etc. ... .•. ... ... .. . • • ... ...

206.83.'3$55

Oonatlvos v Arios VL;to nùo ~r pO!ls(vel registnr aqui to-

dM oa quantina envin.<lws pelns n~,inn.turas (o mCnimo de doz escudos por ano) Temo-nOR for~ados a publicur s6 algum donutivo mais nvultado. Mario da Silvn. Jordii<>, dezeseis e meio

1

rxemvlos nrA ,.;.n, ')

111aun{firos

de

dedica.rifa

pelo

• Oufra; et orultas mandm1whe o ptTfu- , me duma vida de sofrimrnto so Elt

que

conÌlUI': sofrimPnto na vi<ia J,3 f;;:::!!:·t,

no ahandono do r6njugP. 11a tira.nia dos pau, 11a dcsre.•pei/osa insul,ordinaçélo dos JilT10,. Jfo~ hci qutras a quem Deus· quere a imolar-se mais ;u11to de Si. A Ima~ a quem e1e tira do munda, nao sr lhes empane o hrilho, pnra lhes a.spi_ rnr a fmart111civ.

olho~ de e,sm!'ralda, ria cht>io do graça ao avh;ta-los, <>, à mcdidn que ~e lhe aproximnvnm, agitavo. radinute para eles os brarinhos rechondmdo~. No diti sc~uint.> quando abrinm a ]ojo (Armazém do eristais e porCE'lnnas) tinham n ilwiii.o cfo quc tnclo ao redor se iluminavn do nlegrin: os cristais capricho."08 da BOi.>min. iri,11wnm-Re cm revérberoe pn.lpitnnt.os, os jnrròes da Chinn respirnvam louçanin. e ventura, n5l>8n tes na firmezn. do suns bn11es, o uté as rumas de prntos, tao mon6tonos em sua frinidado r{p;ida, p1trecinm reflertir um pen.~amento do esp<'rançu.. A senhorn. Forjndo em plena floraçlio cln. mnternidado, ia i;è11tnr-se è. aecretaria, sentindo vibrar no {ntimo da. alma nm dinpasifo a unCssono com o nr jubi10!'0 do r°"irtto. Entretn.nt" :.,-. :do, que ostnva -tornando o son toniro no rafé vizinho, r epetia r,ol:i cont4Rim11 vez om meio de urna ;.:,;!~ de ndmiradoros: uen é qne nao consenti quc, !;:ititMsem meu filho: nito tolc>ro qne !18 rlispu.~lin. nAAim da ronsci6ncin d11m 11er humano, s, :-• orévio oon,;entimonto dille ... T,~ mais tarde ... ~!~ ..,

*

...

:!\In~ a felicidade hµmnnn ... um impre-

visto vento a trouxo, um inei;perado -rento a. leva....-

Certn. manhii. a. scnboro. l!'orjado encarou no jornal oorn e;;ta liwnl: "Casos de bexigas om Vilu. l•'ranca.n .:Em Vila Franca I? :Mas ent.ào é a dois pnssos de oqui I 6 E fòsse embora. la nos confins da Europn, por ventura. importam-i;e lii os micr6bios traidores com fronteirns? E niio é verdatle que sendo, corno realmente siio, umo. poeirn invisivel, se podc>m propagar ràpidnmente pelo vento até Ìl.'! regiòos mais afnstadas ?. .. Jn niio ponsou mais em si nem no ma.rido ... O pensamonto dosvnirado Toou-lhe subitamente a.o berço eBtremecido, onde dormia. o inocente quo ero. as delicia.s da sua vida ... E ja o considerava vit1m:i. daquelo. hedionda. onfennidnde: par~-cin-lhe ,·er o r01;to de linhns tiio mimosas a. inchar, a inchar com borbulha.s ::.upurantes... os olhos de esmeralda a npngarom-se numa nng,1stin inexprimivel e n agitar em desespero os bracinhos, corno n. rebater um pesadelo nterrador. Entiio l'Oro uma voz sn<'udidn chamou o empregn.do do anna1.ém. - ,iJustino? - Minhn senhora! - Vni chnmnr imedin.tamonte meu marido. ll:ste veio, ma!i vislvl'lmente contrnriado, porque nun<'a. levn.rn a bem que o viessem intorromper em plono trinnfo orat6rio. Muito deridida., porém, preguntou~lhe

ela: - d0 pequeno jti foi vncinado? A pregunta. oolheu-o desprevenido; comprcendeu po1·~m qunndo n mulher lhe o.presentou o jornal, o para logo foi éle quem tomou n. ofensiva: - ,iEnlào niio fize.-;te ~sa reoomendnça.o à am<L? Ora. se niio I qunnt.'ls veze,; lho tinha eia recomondado; mas ... nfinal nii.o tinham recebido a!ndn, o. é."te rcspcito, a minima. noticia, o por sòbre isto nii.o havinm exnminndo oom os pr6prios olbos, no bracinho de nevo, ns rocitumadns cicatrises. Ali andavo. aoisn rom aert~?~'l I... · E dominados nmbos pela ffil!l;nri nnsiedado dissernm qu1i1>i n. um tempo: - E pt·eciso trata.r disto qun.nto ante~. A f;Onhora Forjado olhou para o marido, o qual int~pretatJdo nè.~t,e olhar um dei;ojo, deelo.rou, nbotoando o sobretudo: ~nio imedintnment.e u. informar-me.

• •

*

Quundo cliegou n (·a.,a da ama, embala,·a da :L criança no ritmo daquela,; toadas mon6tonns, uom quo ns miie-6: costumn.m con,·idnr o o.njo do sono n. pairnr sohre R9 palpebra<; dos sous néné.s. C'm rnlam·e dè olho:. para o pequeno, j:i :1dormccido, nfu> o M'.>6segou inteirnment.e: i;iio tiio troiçoeiros e.-;tes malesi. .. F:: dirigindo-Re à. amo· . - A !l<'nhora mandn-mo ,aber se o peqnono jn foi vncinado. Eia porém tor('Ntdo n. 1·egposta e num tom <lo surprnza · - v.~ Ex.• dii;i;e-me u10iLa& vezes quo erti precii;o esperar polo consentimento do meniuo ... - M,,ij i:;,,,o ora para o b:iptii,mo l... - Ulllll o !':Ci I como JJOrém, a meu ver, o bapti1>rno ,, mni,i importante quo a vndna., jul~uei que devia pn>et>der oom el14 do m11smo modo. O i-r. I:t'orjndo Pm·ontro.vn-se deronsiado opnnudo pnrn se M:asporar, e, vislvelmenta flt'rturba<lo, retorquiu: - eCom quo entii.o meu filho a(nda niio est:, Yad nado? A provinciaurt f1cou silonciosa por algun.'I inst.ant.e,, ... o lop;o com vo:.1 firmo: - Elit1t liim, meu senhor, podo SOS<!-Ogar quo jn f\stii I •. porqno on niio compreendo nada dcs.~n" patacondas que para ai dizem ngora. No mou tempo dizia-se: a-, crinnç1111 niio podem cuid:i.r ninda do seu bem : ()(1mpeto-nos n n6ll Lratar d8le em seu lugnr. E li-O dir.er osta!'! paln.v,·M nrregaçou a mangn dn. rri11~~" o do"<'obriu oe sinais da. vn : :,,a. O !iT. l<'orjado nli"iado de utn pesadelo, respirou profundnmt.>nh,, e.-;boçou um sorriso involuntario e ... s6 lhe fioava. umn. ponta de curi0t1idndt'. - Apo,ito quo também o baptizaste. - E' cloro quo bnptizei. -Va l:i, va lit ... fiw~t.e h,ml E CODV<>ncido fir>n!;.,1ento da fnlsidnde ~!!~ ~·-~ t:oorin'I criminosa.a, e todo entregue à nlcgrin de ver seu filho a resgnardo dos perigoe da almn e do corpo, o 11r. Forjn.do foi depMitnr nn fronte adormecidl\ da crinnçn 11m heijo carinhoso.


. Lei ria, 13 de Junho de 1930

Ano VIII

"

N. 0 9 3

( COM APROVAçAO EC LESIÀSTICA )

----------------------------Dlr11tor • Proprietaria : - Dr. Man uel Marques dos S antos

Emprlsa Editora e Tip. Un iAo G r éflca, 7 ravessa do Despaclw, 16- U tboa

Adai1i1tr1der: -

P a dre Man uel P ereira da Silva

Redaeç6o I Admlnlstraç6o: Sem lnirlo de Lelrla

Fatima a Estrela· de Portugal A GRANDIOSA ROMAGEM NACIONAL DE MAIO Como Lourdes, nos Pirinéus, é a cidade gloriosa da lmaculada, assim Fatima, na serra de Aire, é a mrstica cidade clo Ros ario e uma e outra sa.o sobre- a terra, o trono mais augusto e mais esplendoroso de Jesus no seu sacramento de amor - a santrss.ima e divinrssima Eucaristia I Aa peregrinaçoes - A procisslo du velas - Os clntlcoa - A profiesi o de Pé - f elxea de lu:i - Ondas de aom. Dia . doze de Mnio I Tarde linda., ta.rde prunaveril, estuante de vida., aheia de Juz e de enca.nto, irizada de mii cf>rea, u.ngida com 08 suaves perfumes da natu:reza em flor I Pelaa estradaa, caminhos e atalltoe, do n0690 querido Portuga.l, herdeiro da fé e das gl6ria.s do Portugal dos desoobrimentos e daa conquiatns, dos galeoos e das caravelaa, através de montes e valee, la vai, la corre, em fiias lon~as, interminaveia, como caravanaa no deserto, dirigind<>-ae à Cova da. lriu, a grandiosa e incomparav&l romagem da Patria. Sabre o planalto aagrndo da Serra. de Aire, santificado pela. presença e pelll8 bénçios da. Ra.fu.ha do Céu, enoontram-se ja, a.o p6r do sol, duzentos mii peregrinos, ali tra,. zid08 pelo ardor da sua fé vivo. e pelo impul110 da sua piedade acrisolada para. com a Vitgem bemdita. Sao qulisi dez horas. O locai das ape,. riçòee é um vasto mar de fogo, que tudo ilomina e abrasa. A breve trecho, as vngas d&se mar ligeiramente enorespado movi111entam-se e formam rioa de chamaa que oircuJam em todas aa direcçòes produmndo um espectaculo assombroao o unico. La desfila.m, em cortejo ìnterminavel, u diferentes peregrinaçòea e 08 numMo1U11imos grupos de peregrinos. Quiaioa (Figueira da F~). Lagaree e E ntr&-08-ltioe (Penafiel ), Bemfica., Santa !sabei e Olinia (Lisboa.), Varzea (Sa.ntarém), Oaldaa da Rafnha., Mata do Rei (A.loaneèe), Oliyeira. do H08pita.l e Pomo.rea, A). vorge (A.nciio), P6 da F ior, A&uim (Ba.irt'ad&), A.lmelirim, Lamego, 8. Cosme de Gondomar, Melo, lforrazes (Leiria), Ola.lhas (Tomar), Rio Maior, Vandoma (Paredea), Lad6rio, 08ja, La.doeiro (Oastelo Br anoo)t Pelma (Alvaiazete), lgreja Nova, Ferre1ra. do Zézere, Serra de Santo Ant6nio, e muitas outraa cidades, vilas e aldeiaa, enviaram 08 aeus contingentes a esta formidavol parada de foCQaa da milfoia. crietl portngueea. Urna. daa peregrinll,Qòes mais numerOBaa e vindaa de mais longe foi a. do A.lgarve, constitmda por cinooenta peasoas e presidida por Sua Excel6ncia Rev~nd{saima o Senhor D. Ma.roelino Franco, Bispo de Faro. Esta peregrinaçlto chegou no dia doze, de manhit, a T~rrea Novaa. Na. igreja de S. Pedro desta vila, li.e oito horu, o Benhor D. Ma.roelino oelebrou a $anta Hi~ e nthninistrol) a Sagrada Qo.. I

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rev.do dr. Marques doa Santos, capelitoA adoraçio nacional - O Reveren• -<iirector dos aetvitaa, dezenas de milhar do Oon:iaga Cabrai - Oa miatirioa dode labios deacerram-ee para fa.zar, no lorosoa - Aa miaaaa - As mlasaa doa canto do Oredo, uma profiaaiio, solene, vi- aervi taa - A B! nçlo com o Santf11t mo brante e calorosa, da Bll& fé. E a procissio Sacrame nto. das velaa, &se oortejo imponente e mageaPouoo depois da. meia-noute, termina.da toso, que durante mais de duna horaa per- a prooi88io daa velas, o. quo, oomo 98 correu oa domfnios sagrados da Virgem disse, p6s rema.te oondigno o oanto entnem tada., a.s dirooçòes, acla.mando-a. deli- siastico do Oradoi Jee11&-H6atia 6 erpoeto rantemente, depoia de t.er sa.uda.do a Raf. oum lindo trono ae lut108 e flores no altarnha do Céu, reundo o tieroo, aca.ba por -mor da capela dAs mieaaa. Começa neae b8 cooverter nnma. grande apoteoae de fé, momento a primeira hora de adoraQio e canta.odo o Sfmbolo doe Ap6stolos nos péa reparaçao, a honra de a.doraçio e reparado Divino Rei do CMI oculto no eeu sacra.- çiio nacional. Em frante do miorofone, o mento de amor. rev.do Gonzaga Co.bral da iufoio à recit&çio do t.erç,o do Ro&ario, fazendo uma breve introduQiio e explica.ndo o primeiro lllÌBtéri. doloroso - a agonia de Jesua no Jsrdim das Oliveiraa. Torna para t.exto da.a suaa d,inqo pratioaa aS palnvraa do Evaogelho de S. Lucns, cap. Xlil, v. 6: «Se v6s nòo fiwrdee peuiUncia, todoe à uma perocereis». E, antee de pa.aàa.r adio.nt.e, oonvida os fi6ia ,. repetir oom &le a saudaçlto popule.r a Jesus Cristo realmente presente aJi nQ seu ea.cramonto de runor : «Bemdito e louvado eeja o S.ntf».. simo Saoramento da Eucaristia, fruto do vontre sa.grado da Virgem Purissima Santa Maria». l!,ìn aeguido. profligo. a auporstiçio do numero treze, tio Npo.lhada no n0880 paia e qu~ a Virgom po.reoe ter tido a iutenQiio de oombater, escolhendo o dia treze para data daa 8UM apo.riçòoa dura.n1:A meio ano. A grande Jiçio de Maria em Fatima, diz o ilustre orador, como em La Sa.lett.e e em Lourdee, é urna liçio de peuit&ncia. Depoi1 deeenrola oe diferentea plMIIIOII da PaixiM> do Senhor. O primeuo mistério é o miaUrio da paixio do Cor&Qio de Jesus. O Divino Salndor eecolhe o algoz : o aeu amor. A ile se entr&ga., antea de se entregar aos aeu1 inimip. FATIMA - PROCISSAO DAS VELAS Durante tr& horaa permanoce em oraçio a seu Eterno Pai. A oraçio tam~m 6 penitencia.. Portngal, pecador, precisa. de Os megaf6nios rogulam o movimento e:x:piar os sens pecadoe. E &4.ni, em FatiOraçào t.endo e.ùo. ultima e11treado um lindo ~standarte do Sagrado Ooraçio de dos peregrinos na procissio das Yelaa e ma., esti1o tanto& o. pedir por n6e e por J eeus e leva.do uma vistosa· bo.ndeira re- depois, duTante a adora.Qio nacional, aa aquelee que nio veem a Fatima e nao presentando· a primoira a.pa.riçio e perten- precee e oe canticoa, funoionando com creem e niio querem orar. Begue-50 o mistério da flagelaçìi.o. O cente ao lugar de Fonte da Bica., d81188. umo. perfeiçio inexoedfvel, grll.988 aoe esfoCQ08 inteligentea do e~nheiro Rocha amor de Joeus entrea:n-o a outro algoa: frègnesia.. Durante a prooillllio das vela.a, o A 11e é Melo, ofioamnente ooadjuvado pelo rev.do a justiça da terra, repreeentada primeicanta.do com entusiasmo por milharee e Ma.nuel de Bouaa., digno reitor do San- ro pelo tribuna! dos pontifices e depoia tuario, e as limpadu e!Mtrioaa, disper&&8 polo tribuna! de Pilato&. J esus expia no milharee de bocas. E' qnaai meia.-noute. A Cova da I ria oom profusllo no vasto reointo da Cova da 118u corpo 11a.crosanto todos os pecadoe da eeta de novo transfonnada num imenllO !ria, diatribuem por t.tida a parte uma. impure11a. O sa.ngue divino, espndanando lago de fogo, calmo e tranqiiilo. .Aa mul- )\Hl auavo, alegre e abun dante. Fatima, daa veiaeJ oonverte-eo numa onda de santidòes oonoentram-410 em fronte da oape- nesta.a horu da nonte, é verdad&iramente gue qoe D&nha e lava o mnndo. Que &ae 1.a da. )lisslla. 8ubit.o, a uma palaTl"a do um lindo cantinho do 11angne venha inundar Portua:aJ I Que munhio a. todos 08 peregrioos o mu.itns outras pessoaa. Em seguirlo. à misaa, 08 peregrinos foram transportadoa a Fatima em camion,nette,. Mereoem ta.mbém espeoial roferenoia pela sua excelente organ:u.aQio e pelo numero doa 80118 membros as tr& peregrinaçòes de Lisboa, asaim oomo a de Rio-Maior, Varzoo., Alvorge, Olalhas, Anciiio e Ma.rrazes. A da.s Caldne da Rafnba. composta de cem pet;soas foi promovida pela Oongre... gaça.o dM Filhae do Ma.ria, a de Melo pela. AMOCinçii.o da Juventude Cnt6lica. e a de Rio Maior pela Liga do A poetolndo da

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, VOZ DA FATIMA

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Os 1ervos de Nossa Senhora do Ro- oomo o profeta, nào :,a.be falar, depois de de Santo Ant6nio, das trèa às quatro, aa sitrio -As aervas de Nossa Senhora do t;udo o que viu. Julga.va. conhecer Portude Marrares, Alvorge e Caldna da. Ra.inha, terra., donde os pr1me1ros, que os in1m1gal o nfina.l nii.o o oonhccia.. .A.qui, em Rosllrlo - Os hospitalitrios do Porto e daa qua.tro M cinco na de lgreja Nova. gos de Deus se a.pressaram a. expulsar, l!'a.tima, ve.se bem que Portugal é a. terdos avlé'SesPlores do céu A visita e Ferreira. de Zér.ere. Às ciuco horas, com foram os cnato.s. ra do Santissimo Sacramento e a. terra · A Fonte mlraculosa. No terceiro mistério oontempla-.se a oo- a assistencia do Senhor D. Joeé, venerande Santa Marin. Vamos dizer adeUJJ à ronçii.o de et;pinho~. So a flagelnçii.o fora do Dispo de Leiria, depoia de cantado o Vir~em. M:as lovemos a. paixiio de Fatima Q,i servos de .N'o~ a Senhorii do Rosario, a pnixii.o do oorpo, a. ooroaçii.o de espinhos T111ifum e r(JO de1J.ll8 a bènçuo eucuri,uc·a sob a direcçào do seu chofe, o sr. major por todo o Portugal. Parlindo de Fatit' ene;er1·ou-se o Sa.ntfssimo no Sa.orario. foi a pa.ixiio da honra. Aquela. foi :i dor Per~ir1t do,i lleis, presta.ram os mais re- ma, todos hào.rie sentir saudadea de Fatifisica, Ot1ta a. dor, mora.I. Jesus, Rei por Jovant&i i;ervi\'Otl 11u. conduçiio aos enfor- ma. uEu assisti aos mais deslumbrantes A. miasa do Senhor Bi,po de Leiria moo e no desempenho das outras funçocs espectAculos de Lourdes, diz o ilustre oranatureza., R ei por conqu1st;,. e Uci por esoolha é procla.mndo rei de comédia I Re- - A Comunhio Oeral - A• conflsslSes a ..eu r argo. As servas de Nossa. Senho- dor; é onda em comparaçao de Fatiman. couh.eçamos u. çerdàdoira. soberanìa, a. aacramentais - No Posto das veriflca- ru do Rosarlo superiormente ùirigidas Em pr~nça d88tns ronravilhas divina.a reu.leza. divina de Jesus, e 1 se ele, o Rei ç6es médicas - Os doentes - 01 mé- pela. Madre Amaùa de Luisa e Lemos, do- re<:onheoo-:se que niio é possfvel destrui; do Céu e da terra, se suje1tou a. tio hor- dlcos. minicana, fo:ram dum d88vèlo 1nexced{vel o ca.tolicismo em tr& geraçòes, nem aerfveis humilhaçoos para. expia.r os 008808 pa.ra com os doenk>s. Ao Indo dos aervitas quer em trinta.. Aqueles que o a.finnam é pocados. nos, liO queremos aer verdadeiroa As cinco h9rQS e meia., o s~nhor D. Jo- e dns servitas trabalbaram também pres- qua _devinm. C11tar agora aqui. Oh I segropenitentee, sofram01> com paciéncia. a.a in- ,,~ i;obe no altar-mor da cnpela das mis- tando 6timos sorviços, com um zelo, uma dos rnefave1s dos oonfOl:ISOrt.~ neste& dias I jurius que nos forom foitas e por amor de sWi, para.monta-se e celebra. a miasa da t•ompotencia e uma. dedicaçii.o dignas do Marnvilhas conhooidas s6 deles de Deua Josu.s perdoemoa aos noBSOs inimigos. Comunbii.o gera.l. Na. mesa do alta.r, do la- mn1or elogio, os beneméritos bospitalarios o doe penif.<>ntes I E preciao que estea No quarto mistério contempln..-se a. ida. do do evangelho e do Indo da. epistola, aio do Porto, tre7,e homens e doze sonhoras perseverem pnra poderem fica.r, no dia do J o...us com a cruz às costas para o Ca.I- colocadas liÒbre oorporaia duaa enormes ajudautes, sob as ordena do romnndante ao nju.<1te de contas, à direit:1 do Suprevario. Nenhuma. naçii.o na. sua. terminolo- pixidea, contendo cada uma delas cerca sr. Mario Barreto. mo Juiz. gia. do piedade achou, oomo a n0$f!8., uma de seis mii partfoulaa. No dia. de hoje, os AnJos os Santo& e Por vqlta do meio-dia, aparecem nas expressìl.o tiio originai e ao mesmo tempo os Santos e Santa.a de P~rtiio exacta. para. traduzir èste mistério. Ap6s a oon.sagraçio, suem da. sacristia. alturas, procedentes do sul, os primoiros especiulmente tuga!J debruçarnrn-se dos balcòes da. eterChama. a. No880 Senhor Jesus Cri:;to neete 8 viio a.joelhar-ee dum e doutro lado do nviòe..'I, que iam &<'1.udar a Virgem no lo- uidade pa.ra. oontemplnr a Patria. portupa&IIO Nouo Senhor doa Paasos. Quando altar vinte 8 cinco sacerdotea, revestidos cai das sua.a apariçoes e associar-se às hoe louvar n. Deus pelo admiravel eeo Verbo ainda. nii.o se tinha. feito homem, do sobrepelis e estola, tendo caùa um menap;ens nacionais quo nnquele dia lhe gucsn pectliculo que eln ofereceu. ernm ali prei;tadas por centenas de miera. senhor de ti>da.s as riquezas. Era foliz. nas •mns miios um pequeno ciborio vasio. O' Virgem de Fatima, ndeua, adeus, lhar de port11guescs, do tòd11.s as c19.ll888 Mo.a achou quo alguma. cousa. fa.ltn.va no l,ogo quo o augusto celebrante Ma.ba de Céu. Era o. cruz. No Céu nio havia. so- tomar o preciosit;aimo sangue esses sa<·or- e oondiçòes sociais. De bordo dos avioes 11deus sempre I Ao terminar o ~rmiio, orador e fo~is, dotes aproximam-se do nltar' e, uns ap6s sio lançados sobre a Cova da Iria. lindos frimonto, nio ha.via. dores. Jesus amou-nos. E, porque nos amava., quia paraoer. outros, enchem os ciborios de partfoulas ramos de flore!J que, piedosamente reco- todos choravam, tlominados por umo. for-se oonosco. E por isso veio à terra. pro- quo tiram com as suas pr6priaa miioa dos lhidos pelos poregrinos, viio dopois orna- te Aoomoçio. multidiio cnntn o uSn.lve, nobre Pa.-curar a Cruz quo no Céu uiio enoontra.va.. vasos oolocados em cima do a.ltar. Em se- mentar a ostatua o o altn r da gloriosa droei rau, onc1uanto b8 organiza a. procisA cruz eram 08 66118 amores. Todos te- guida, juntamonte com o venerando Pre- Rainha. do Roeario. sio de «adeusu. Em volta da fonte dns apo.riçòes. de cumos a. noesa orus. .A.ssim O exige a. nOSII& ludo, partem para. a. vasta. espia.nuda a O andor, precedido do eforo e d011 vecondiçito de pecadores. E, 68 agon. algum fim de a.dministrarem o Piio dos A.njos oos jas quinze bocas jorra abundo.nte a agua pecado deve aer assinalndo, é O doe vos- fiéis preparados com n. confissao saora- miraculosa, aglome-ra-se uma. multidiio D('randos Prelodoe de Leiria e do Alga.r808 possos, paaaoe que dais O nio devieis menta! parn. o receberem noa seus peitos. numerosa, ince!\Santemente renovMiB, que ve, é conduzido aos ombros <laa !!Orvitaa sob uma. chuva. continua. de Clores, qae da:J paasoa que devfeia da.r e nio dais. Durante horas e horaa a. fio Jesus-H6a- enche com a. preciosa linfa rocipientes de de toda. a. parte sii.o la.nçadns sobre ele ~o quinto e ultimo mistério doloroao tia. desco às alme.a que o pr~ura.m anaio- t.oda a espécie e de todas as formas e tapeloa fiéia. De rapente, junto da fonte oontemplamos a. crucifixa.o e morte de snmente, nu.q uele banquete divino, para. ma.nhos. mira.culosa. é solto um numeroeo bando de J eans. Chegou o lugubre aoompanha.men- >ier O MJU alimento, a. sua. força e a. aua. A procisslo de No1aa Senhora - A pombas brancas que, voando por cima. do to ao Calvario. Amigos poucos: Maria consoluçio. O rev.do Ant6nio Pereira. Sa.ntfBSima, algumaa santas mulheres e O Qua.rt.ilho, paroco de Rio Maior serviu à missa oficial - O Senhor Bispo do Al· andor da Virgem, viio pousar no telhado disc{pulo ama.do s. Joiio. lnimigos, mui- mesa eucadstica durante quatro horas earve-A Bbçio dos doentes-0 aer• do Pavilhio dos doentee. O entusiasmo é indescrit{vel. A multidiio oomprime-se à tos que insti,am os algozes a. serem mais tendo de interromper a sua. grata. taref~ mio do Reverendo Oonzaga Cabrai passagem do cortejo e <lepois reune-ae em orueis. 11:stes ordenam a Jeeus que se dei- para poder ncompsnhar a. peregrinaçii.o a A proclsaio do •adeu, •. volta da. capela das a.pariçòes, onde a. . . te aobre a. cruz. A Vitima. divina. obede- qne presidia. nté junto rio Pa.vilhio dos Pouco depois do meio-dia. realiza.-ae a. Utua da Virgem é oolocada. sobre o aeu ce por nosso amor. A cruz é levautada ao doentes, onde ia. tornar parte coleotivaalto. Jes118 vai falar. A sua. primeira pa- mente nos actos religiosos oficia.is. O Te-V. proc.ù;sio de N OSIIB Senhora. A linda. est.il.- pedestal. Ret:adas as ultimas ornçòes e feita. a la.vra. é, nio u.m grito de vingança, maa Gonzaga Cabrnl, que pola. primeira vez tua. da Virgem é oonduzida em triunfo, ama. suplica de pernio: uPai, perdoai- visita.va a Lourdes portuguesa, empregou, a-06 ombros dos i,ervitas da ca.pela <Ùl8 conaagraçio à Virgem, a grande massa de lhee, porque nio a&bem o que fazem In. E com grande so.tisfaçio da. sua. nlmn, duna a.pariçoes para. a. capela das niissaa. Quan- povo oomeça. a. debandar. A.o por do eol, se viam na Cova da. Iria., como rectan6s nio ha.vemos de perdoar ~ueles que horas e um quarto no mesmo serviQO. O do o andor transpòe o limiar do Pavilhio s6 guarda do grande exército do fé e piedos doentea, o antusiaamo da. mult.idii.o nos ofendemP Tornou a. desoerrar-98 a. bo- rev.do Augusto de Som~a. Ma.io., secreUrio ca. divina.: particular do Senhor Bispo de Loiria. atingo os raios do delirio. Eetrugem os dade, quo a.cnmpa.ra durante dois dias uHoje eetar,s oomìgo no Para.r80,,. p.,. chegou a. ir, na. distribuiçào do Pio Euca.~ viva.a e as aclamaçòes, de mistura. oom naquela. terra ungida. de gra-ça e perfuJanaa dirigidaa a um grande pecador, a ristico, até a.o portioo da. Avenidn. Cen- a.a suplicaa e os canticoa, centenae de mi- nia.da. de milagre, a. peN,grina.çiio de BemLisboa, que no dia. soguinte de maum ladra.o, a Dirnas, que ostava ao seu la- tral andando por dezoito mii 118 comunhoes lha.r de pessoas eapalbadas por tòda a Co- fica., do direito. deste dia. Ao IDOIIIDO tempo e desde a. vés- va. da !ria. e nas oolinns adjacentes ace- nhi, corno de costume nos anos a.nteriores, ba.via. de realiza.r os actos religioeos Porquè esta.a palavraa a u.m oondenado pera. à. tarde, milhares de homens purifi- nam com os seus lenços brancos, semell1an- priv11tivos da, peregrinaçoes antes de reca.vam""'8 nas aguas lustrais do sacra.men- tes n {locos de neve, e nas a.lturas, osda justiça. humanaP :e que 6Je pedira per- to da peniUncia. Dezenns de saoerdotee tentando oom ufania. a. cruz de Cristo, co- gresaa.r à. capita.] nos maitnfficoe uautodio. Onde asta.ria. Maria. Sant{esima. nes- ocu1>a.vam os oonfessionarioe da. PeniUn- mo mensngoiros do Céu os n.vioes, no ron- carsn da Sociedade Autocar Limitada e ee momentoP Talve11 entre a oru11 de J&- oinria., ouvindo, no tribuna! da miseric6r- car forte dos seus motores, tomam parte, nos outros carros expre.qsamente contraaua e a. Oru11 do Bom Ladrao. Terceira. pa- dio. divina, os pecadoe dos penitentes ar- Il. sua. maneira., naquela. npoteose sublime, tados para a traI\sportar ?i. estancia. bomlavra.: 118enbora., eia aro teu filhoh> Ma, rependidos e concedendo-lhes, com a ab- o indescritivel à gloriosa Ra{nha do San- dita de Fatima, a gloriosa Lourdes Portug11eea. ria Bantiaaima reoebeu entio aoleneman- solviçio sacramentai, o perdio daa cui- t{ssimo Rosario. te a inveatidura de noaa Mie e Ra.fnha. pas, as gra.çaa de Deu 9 e a pH da consDe repente, centenas <le vozes rompem Pregoelros de fati ma - Pregoeiros uMeu Deua, porque me a.bandonaateaP» ciència.. E E>ra. tao avultado o numero doa num cantiCQ de fé: o Credo. E aR notas Jesus sofreu a doixaçio de Deua para. qne queriam reoeber &so sacra.mento que cle!lllll cantico ecoam ào longe, levn.ndo até de Portugal - O Reverendo Oonzaga conaola.r a aridee das P888088 piedoeaa na. umo. grande rnnltidiio so conservou t6da. n.oe oonfis de Portugal o protesto da me- da Fonseca-Confer~ncia no lnstitufo or~. A l>t!~eiçio nio eata no gozo da.a te e d · lhor e maior parte da. p0pulaçio do paia, Biblico de Roma - Cardiafs, mfni1troa, au11~1dade., dn·1nn11, mn,- mi unìiio du nos- a. non em rente a.s port.as da igreja ali repre&entada pelo !l('U escol, contra. tò- lentes, diplomatas - Centenas de ala• sa von~e com a vonta.de de Deus....non- da Penibencinria: na. esporan~a de qae das aa blaafémia.a da. impiedade, contra. noa das Universldades Romanas. ..v lhea chegllllSe m:.ns depressa a. voz. Mea,u.mm.atum tat fu A paixlo roalulou-ee. Ma.a mo no a.r livre, no vnflto recinto da. Cova. tòdrui a11 negaçòes da descrençn. e oontra. Subordina.da. ao t{tulo «Uma. oonferena aua aplicaçio de"pende de ncSa. Para. noe da Iria, eo via.m sacerdotee sentadoe ao- todos 08 sofisma& da. duvida.. O Senhor Bispo do Algarve, D. Mar- cia sohre Fatima no Instituto Biblico de podermoa salvar ' neoeesitrio que oo.,..._ hri\ blocos de pedra, a.tendendo penitenpondamoe à &f~. tea quc nito coneeguiam ent.rar na Peni- oolino ~ranco, sobe ao altar, param11nta-&e R-omau, publicou o grande diario cat6lico de Lisboa uNovidadeen no seu nwnero uPai, naa vouaa miloa entrego o meu tencia.ria. I _ t• celebra a missa. dos doonte~, quo é acomeep{rito In Et inclinato capite expirant. pa.nhada a 6rgiio e canti008. Depois da de segunda-feira., dezanove de Ma.io ultiuE, tendo inclinado' a oabOQ&, expirou•. Até às onze horas, no Porto dns verifi- miBSa, fnz-ee a exposiçii.o do Santissimo e mo, umo. interessante loca], que, com a Ha um mf~rio neat. inclinaçlo de ca.- ca.çoes médica1t, inatalado no .Albergue de reza-RO o terço do Rosario. Segue-fi8 a. to- devida vénia, so tranacreve aqui p ara. oobeqa. :g mn dado a. t6daa u n ~ .-4. Nosea Senhora do Rolllitio, tinham aido t·ante cerim6nia. da bènçio dos doentes. nbecimeoto dos leitores di\ uVoz da. F,tiO plicaa justu e aenaatu. Da.i.e-me o per- insorito9 n09 cadernos do registo oitenta E o Senhor B~po do Algarve quo levo man. dil.ol' Sim, ae te a.rrependeree. Daia-me o doent.es. Algumtu1 centenni, dAles niio ti- n Sa.grado. Cust6dia, condor.indo a umbeuTeem &te ano paasado pela tribuna. Oéu P Bim, Ml trabalbares por iuo. ]! 0 nham oonscguido obt.er o carta.o do in- la, a convito do Renhor Bispo de Leirin, de conferèncitl8 do Pontiffoio Inatituto ,. ,,, ·d ,.. ef · d grosso no rcspectivo Pavilhao, una por d Dfbli<:<> de Roma alguns doa nomes ma.ie a eu.a .. ,u e quen IL. "" 0 eito O peeo falta. de documontos imli=ensaveis e on- o Rrigadeiro sr. Lnoerda de M:achado, co- ominentes nn. Igreja., naa sciencias hiet.6da crt111. ~ o designar da. ferida abert. no Q,, mandante militar da rep;iio. 0s doentes Coraçio. trO!I por niio se a.charem ero estndo tao ricns, na. investigaçio arqueologica, nos grave como aquoles a quem foi facultado orguem os olhos e as miios, em atituàe su- mais precln.ros sectores do pell8amento e pliC'ante, pn.ra. a. H6stia-Santa. A comoPeçamoa à Virgem de F,tima que noe esse cartio I Entre os médioos pro!'lentee nctivida.de hnrna.nns. introduza no Ooraçlo de J881l8, que , in- viam-se, àlém do dr. Poroira. ~ns d~ çao é enorme. Véem-se lagrimas om toQueremos dar a gratissima notfoin. aos finito, e que DOIJ aJcance d6le o perdio Tlntalha, dirootor do Posto, oa drs. WeiRS dos os rostos. Ei:,tretanto, no alto da. tri- cnt61icoe portugueses - e dovia. 11&-lo a.té doa n ~ pecadoe. • de Oliveira., de Lisboa, Falcio, de Alhos buna, ero frente do P avilhào, o rov.do ca- pari\ todos os portugueses niio cat6lioos, Dep01a da. hora de adoraçlo Daelonal, 1 Vedros, Mendes de Almeida do Fron- peliio-director dos servita.a fa11 as invOOll- se os ba - do que acaba. a.li de ee far,er que ee prolongou atAS o4roa. du duu teira., Joeé Bonifacio, de Poniche, Abreu ç6M rio oo!ltum.e. Siio gritos de alma, oor- uma confer èocin. s6bre No!!.<m Senhora. de ras, cQm0911ram oe aacèrdo~ pNll&ntea, Freire, de Avanca., Eusébio Fontee, de Nll!pondidos por milha.res de baca.'I, que Fatima.. Foi no pnssado dia. onze, peranquo era.m em n1i.mero ~e !'1u1taa demenu, Olhiio, Augusto de .Azevedo Mendes, de sobem a.o Céu e fuem violAncia. a.o Co- te uma aasin.ttlncia select{esima. de sabioa, raçio de Dous. A multidio rezn., ohorn. & oelebra.r o Ba!lto 1acriffo10 da miùa, au- Torre.ci Nova.a, Carlos da Silveira, de Toeoluça e canta.. E os doentea, oe pobres de diplomata!!, de Cardini.'!, Prelaù011 e oedendo-ae e .a1udan~CHl6 uns Mia out~, 1 mar, e Pereira. Coutinho. doenw, no eatuar do. sua fé e no cr9!!oer rapa1,0F1, estud,mtes de todo o mundo. nos alta.ree d1spon{ve1a da ca.pela du maU d 08 ~:,· · ·d De J'atima. !'6 pode, a. bem dizer, falar da. sua <'.onfiança., imploram e eaperam da a11.11 e da. Penitenoia.ria. A.a quatro horaa, m mo,ulCQS _trnhn. percom o a P~, do oornçiio, um portugu&. celebrou-ee no altar-mor da Penitenoiaria da ~ua terra. a Fat1~a., cAroa. de cem QU1- bonda.de de Jeeus, que, oomo ontrora no aE linguagem foi um .portugues o oonferencista., o 16metroe\ em cumpnmonto d~mn. prome!!- Palestina, passa. fazendo o bem, a. cura., 11 santa. Mil!Sll n que n silltiram " romnngaram aervos 8 88 eervu de Noua Se- sa. que fizera. Entretanto, m1lhares e mi- o lonitivo e o conforto de que carecem ou sabio jcsuita dr. Gonzaga da. Fonseca., nm 09 nhor11 do Rosirio, para. fioarem deade 81- !ha~, de ve{culos, quo vio c~o~ando, a. ~igna,çao h vontade de Deus para le- dos mais eminentes Prof8!!90tes do Intituaa. hora depois de fortalecidoa oom o Pio dl!f:lpoJam na Cova da. Irfa mnltidoc,; de varem a cru,i dos sene sofrimentos oom to, cuja sciència e virtude lhe grangeararo ha muito uma. situnçiio de maroante d01 Anj~, oompletament.e livree a fim de crentes de todos oa_p~~tos do pa.{a, que 8fl m6ritoe para. o Céu. Dada a. bl\nçio gora.I e oonduzido o relevQ em Roma. O snliio n.obre, mstfspoderem entregar-ee A sua benem~rita t,a;. prepa.ram ~ara. a.<1B1sti! à8 grand~ sole~urefa. Entntanto aucedem-ee aa diferentee dado.ci ~o d111.. 86 da. c1dO;de de L1~boa. vt~ Sant{s..-.imo Sacramento para. a. ca.pela da. 11imo, pojavn.-o uma. multidiio. Na. primeire. fila dos ra.deiraia aolonea, horaa de adoraçlo. Fazem oolectinmonte ram se1BOOntos a.'!1tom6vo1s oonduz1ndo mi- P enitencinria, ocupa. de novo o lugar jun+f\ A-" -rn;,-.,,.~~..,,..,.. ..o ...,._~ .... ~.,._ ...",.. ... r,~1.....,. 1. '.:'c:--!:'l~". 'l~•"! ~l~!!H!"!"" -!~ ~ria lloa aua. hora. de a.dor&Qlo, daa duu la tra. lhares de peregrinoe. ' O llnstre orndor oomeça. por dizer que, I mnnn, Profes!!Ore,, diplomatne, entre ~~- aa !',j:j~~~ ~., e Se!'T& a.qui surja umu. pl~i ad.e de casw s, nest_a

•o-

r.isooz.


VOZ DA FATIMA

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Pois n11da mai~ [oj procÌJio. Logo que, ver que ~ iaru rcnovar quuudo d1i,to souchego a casa., eucont.Ni a minha querida bessew. Elo.:,, poréw, couw me v1.ssem tào trisw, filha melhor, e, passado-. alguns diu. pl'eguutaram o que t111ha 11(.'Qlltecido. \'1- pouC>C>$, ostcnva complet:nnoute curnda da -me' devoni.s ombaraça<lo, mas pensando terriv,•I dtw•nçn., depoi,. de tor sido .ibanuru pouco, respond 1 que nuda e dil'ig1-mo a donada po•lo~ médico,. Si.rin. um milngre r Nii~ t enho autorium quart-0, onde pedi à. Santis,;ima \" .rgew, 4uc, :;e nùo S'3 digua~ conceder-me rladc para. ntirma-lo. O que posi.o afira cura, ao muuo1:, que me d(lSSO corageru mar, ho,u alto, e om tòda a. parte, é qut.i vara informar meus ·pais e que °" oouso- mi1ùrn lilha s6 molhorou, dcpoi de terlas.-;o l,em oomo à rt.'1:,taute fumiJia. mos reoorrido, c·om muitii fé, Ì\ intercosSai rlo quarto. ju me OS(J<:rnvam para. ,iio tle '!:o:. S. de F6tima , que é, renlmonme i111A'rrogart.'m· dc uovo, quando, nutcs t.P, :1. saude dos eni <'nnos. :;,,fa, infi rmo• de mo fuzerem a weo,ma. ou toemelhunte rum. p1·egunta, oom mu1ta. corageru lhes dit.So, E11 o mmha filha, cujos nomes vào ahaino.da. do desanimu.r, mas muita oonfiançtt xo as.smudo,;, pl>dimo,; ao rov.do (.'upeliio na ('<msola.dora <loi .Ulito11, poi:, a ruinl111. da lgrnj,i tfa ".\li;.oric·6rdia o fnvor do nos l'isconde de Montelo hon, ainda nà.o é chogada, e priuciRiei l\ escrever C!-t.a carta e de a mandar para oontnr-lhllt, o ~ue se tinba pw;sado. ,Nào o jornal l"o:: di' 1"1Hima, qne V. Rev. • Uto tonho paliwrns para expJ1car a dòr que dign:uneute dirige, para que todos Oll 1>entir11ru. .A.o , é-los desfeitos em prnnto, seui; leitore, ,·ejnm que nunc•a é em vi1,0 niio pudo oontN as lagri.ma~. Mou pai lo- qne ~· l'(..'<:Orre à. 11ossn bòa :M.iìe do Céu, vou-me imediatamente ao bnr. Dr. Delgu- onde t:la. é a. t.e,;oureira de totlru; na grado quo depoi.s de me ter exanunndo, dis- i:as, quando as merecemos. se-lhe que me acompunhas.~,.. n ca.sa e volPt!dindo o fnvor da puhlica~·ào desta tas.-;e la. Minha fomilia \ll>tllVU tril,te lllUS carta, nssinamo-nos, com o mnior re.speiultima vez. Desde entiio até hoje (9 de ainda mais ficou quando chegiimos; certa- to o grntidiio. Mal de Pott maio) sente-se curo.da. Eia que nem cin- mente pensariaru que jn niio havio. cum. De V. Rev.• etc. Fmnci3co Pereira Au1-ora., de 44 anos, oo rninutos pod1a e:,tar de pé nem fazer Trist.e, meditabundo, di2.iu comigo mosOn11 s/11,1ra ,lugusta TrQ11fa Real mo. infeliz de mim que ja. nùo tenho cuca.sa.do, da. Golegii., havia etneo mesea que qualqu.er traballio, andou léguas e chegou e estava de cama, atacado (segundo afirma) a. casa tiio satisfe,ta quo fez a admiraçiio ra e l\. S.• a quem a peço de::ide o aparecimento da doençll. nào :,e digna ouvir<le mal de Pott, desenga.nado de todos os de todos. ('arolina J.ugus(n Tron/a Real -me. médi006. Più, acompaubudo do Sur. Yoltou meu Antes do dia. 13 dè mo.io de 1929 oomePfatula Chav,·~. Rua. do Pò,.;o. 26 do Mnio de 1930.11 Joaquim de .A.Lmeidn, ao dito Dr., muit-0 çou uma novena e foi a Fatima, começanLui~ l'éna Pedro, casa.do, de Aloochete tri!.te, peu~ando que ia ser privado do do logo a. melhorar, desapareoendo até em Tuberculoae galopante pouco, a saliencia. e deformidade que ti- resident.e em Lisboa, na travessa d~ mim, segundo mo dis.c;e, depo1s. Quando nha na. espinha. dorsal. Do livro de regi.sto Moinhos, 16 (a. Santo .Amaro), sofria, ha- chegou niio qnoria dizer o que lhe tinha Serafim Jlo.d,ira, casudo, <le 25 unoa, dos doentes albargados em Fatima na.que- via quatro anos, de uma fistula de que dito, mas pedindo-lho muito. :,empre dis1,e do Toixoso (Blliru. .Buixa), foi atacndo de le mée consta. o seguinte: uN. 0 41- Fran- foi operado sem resu.ltado. Em vista disto com profunda tristeza : Diz o Sr. Dr. que tuberculose galopant.e. tendo sìdo trat.a.do ci.aoo Amora, 43 nnos - Golegi-mal de o médioo aoonsolhou a entrada no hospi- precisa... de ser no,·amente operado ma.~ pelo !;nr. Dr. Paul, dA Guarda e outroe da Pott». O atestado do Ex.mo Sr. Dr. Bri- tal de S. José para segunda. operaçao. Sa- arri:,<'-ado a ... «aqui uii.o ten.'l c.-orogem pn- Covilhii cheg11ndo ;~ dize.r quo v1veria to diz a.penna o aeguinte: cc ••• l!IOfro nesta. bando isto sua mulher recorreu a N. Se- ra pronunciar o resto, mas l!ntendi perfe1- npen118 uns qui,w.e dias, chegando a. rooedata. (7 de maio) de nma. doença. que o nhora de Fatima assistindo a todas 88 no- tamenton e que te t1nha encontrado fro- bor M ultìmos 11a.crament.011. Reoorreu a impoesibilii. de angariar os meios de sub- vena.s e devoçòes realizadas ua 1greja de s. quissimo, por i.%0 que espernsscmos mais .N06~a Senhora do Ro/:,llrio de Fatimt. Pedro de .Alcantara pura inaugoraçi\o da. nJgum tempo e proibiu de se por remédio prometen<lo trab:1lhar uma. seman&, de aistencia•. imagem de N01,sa Senhora de Fatima, pro- algum. pedre,ro, nas obras do 8antuarìo, e1wonmetendo ir com seu marido a Fatima anEm casa de rueu~ pais ja nii.o haviu se- trando-se curado. Perna ufcerada havla 16 anos tes de entrar no hospital. Assim fizeram, nàu lristeza. Cogit.lmdo nn minha triste J o,i La'NJ#"1o Braz, da. Giì.ndara, frègue- inoorporando-oo ambos na poregt'inaçii.o do situaçiio, vi que a sciencia humana oii.o ----+• 1-----me podia valer. Ent.iio rccorri novamente à 11ia de Carvide (Leiria) do 68 o.nos, havia Patriarcado de mnio de 1919. uNa véspera (informa. 0 rniraculado) )iàe do Céu, ~- S.• do Fa.t1ma. e oom 16 anos que tinha urna perna. de tal modo ulcera.da, que ca.usando-lhe por ver:es conf088amo-noll nas Oficinas de s. José e muita. fé principiai a pòr uma compressa dorea a.trozes, cstava. na. eminoncia de ser comungamos de manhii. em s. Pedro de embobida em tigua de Fatima - Milngre Deap!sa .Alcantara e dnli partimos para a. igr&Ja de - DP'<de que me 1<0rvi delu, pnocipioi caneoeasario amputa-la. Uma. vez quo volta.va de casa de um fi- S. Domingoa, donde pnrtia. 8 peregrinu- da vez que a nplicava, a achar-me m~ Transporte . . . . . . •. . . ..... 206.833,s;, lho, casado, que ha.bita parto da estaçao çiio, assistindo ali a todas as cerim6nias. lhor !... Passados 15 dias fui tcr com o Logo nes.sa. ocnsiii.o me senti melhor Mio- mel!mo Dr. Delgado, que ficou admiradis- Papel, composiçào e impres-de Mont.e Real, sentiu ta.is dorea que pendo possiv,el estar sentndo sem que nada so- simo. Diriia ele, dcpois de me t.er exumisava. nio poder chegar a ca.sa. sao do n. 0 92 (80.000 e-xemplore,,) ......... . ......... .. Lembrou-&:, entio de reoorrer a. Nossa fresse. No e-ntant-0 nada. disse a minhn es- nado: C'-0mo sarou f - Eu dis.,e-lhe que tiU42,oo nha reoorrido il. Consola.dora dos .A.flitoe e Franq1111U1, embalagew;, transSenhora do Rosario de Fatima, oessa.ndo posa para que eia. pr6pria. 0 notasi;e. port.os, ~ra:vuras, cintas, a.s dòres imediata.mente e aparecendo cuR~ressei a Li1>boa completament.e cura- desde que la tinha i~o. tinhn posto tod011 etc.... .... ................ . ra.do dentro de pouoo tempo. Jé. lii. vii.o do. Volta.mos &te ano a Fatirua. para os ~ms, com, mu1ta fe, U!311.1, compressu ('J?313f00 tree meses. Oheio de gratidiio veio em agradeoermos a N. Senhora a. sua miseri- ' bebida. .cm a~a. de ~atimu. Ao _onv1r 1s<'6rdia.u to mn.1s ad~11rado _f10011. Vol~e1 a casa maio a Fa.ti.ma., como tinha prometido. 211.388f55 com meu Pa1 e continue, a aphcur o mesmo rem.édio. Passa.do oulro tanto tempo lnfecçlo grave Durante 15 ano1 oonat1vos varloa voltei ao Snr. Dr. Delgado: est.e, depois de me ter sujeitado a novo exame, disse 0411.dida Ferreira Ooutinho, de 33 anos, ,Toaefa Maria, dn .Ranha, frèguesia de O nosso jornalzinho é distribu(do ~atui80lteira., de Espinho, devido à pioadela. de Vermoil (Pombul) bavia. 15 anos que qua- que podia agradcoor à bondosa Mìie do uma espinha de peixe t.eve uma tal infeo- si nunca se lhe conservava a. comida. oo Céu, pois niio tinb.a. sido i,euiio um gran- tamento na. Fatuna nos d.ias 13 de cada. mes o s6 o enTi.amos pelo correio a qU4Wl çio em um bra90 que foi lanceta.do em estomago. Urna. visinhn, condoida déste de milagre I... Fai dopois examinado por drios médi- enviar o minimo de dez eecudos por ano. cs.torze partes, fa.lando-ao em ser corta.do. sofrimento tronxe terra e agua. da Fatima Nii.o ha.vendo espa90 para rogistar a.qui Ao pr6prio médico pal'Cceu extra.ordina.- e deu-a11 à doente, estnndo ja cura.da., o co~ que confe!lliaram o m<'Mmo. Qual a. Màe que niio atonde aos r<>gO'I todas as quantina enviadaa, limitamo-noa ria uma. tal cura. que ela. atribue àe oraQ5es que vem agrndecer a N. Senhora por a~ às mais a vultadna. do fil bo i' de umas religiosas de Ma.toriinhos a. N. t.e meio (carta de 11 de maio de 1980). Maria Rosa Fontes 30$00, Co~o Desdo 1920 vinhn pedindo a Nossa &,.. Senhora de Fatima. Veio a Fii.tima. em uhora de Fatima, a minha cura, t'ui final- promotora do Culto de N. Senhora da ma.io oonforme prometera. Reumatismo ment~ aten~ido. Fl.t1ma. na igreju do:. Teroeiros, em BraLauirnd.-0 Fer1Ulndea da Silva de S. ViAgradOQO, pois, reconhooido a. Nossa Se- ga, 50100; donativo de L. M., 240f00; Tuberculo1e cent.e de Ovar: Em 1927 ca( doent.e com nhoru. de Fatima, a minha. cura, e que Maria do Ca.rmo Martina Morgado, 'l'eodo-ra ~ Je$U4, de 53 anos, oa.sadn., reumatismo l! umn qnedo.. juntamente. Es- acuda com a. sua. dfrina itraçs. aos quo 30$00; Joaquim de Santaim Carvalho, r811.idente nn. Venda Nova., frègnsia do tive 7 meses puralitioo pnre<'endo-me que choios de amor e fé, corno en, a. ela recor- 00,00; Beatriz . Rodrigue,. S1lvu., ss,oo ; C..'aatelo (Cezimbra), havia cinco anos qne nunca melhora.va. remn. P.e JOllé Pires Coelho, 58$50: José Mar90fria duma doença. muit.o grave quo o m&Minha fa.m~Jia. dera.-me um jornal da tins da Cunha 70JOO; uma pe.'l60a de dioo dizia. ~er tuberoulose, à.lém de pa.deci- Fatima e eu !lO v3r os grandes milagres Doença grave Pedr6g.i-o Grande, 3100; Daniel Ant,une,, , fiquei cheio de osporança 8 principiai n 45f00; Manuel ùa Silvn. Matiaa, 100$00; mentoa nos intestinos, rins, figa.do, etc. Da pr1meira. vez. esteve seis meses de rezar um Ro~urio todos o,i dia.a e a<>i; 9 ccE' uma miie, ch.,in do nlegria e con- Vice-Reitor do Sommario d;} Evora, 50f00, cama voltando, depois de a.lgumas melho- dia.a ja caminhei dando a.lgumaa'pasaadas, tentllmento, que e.;,cro\·e a y Rev.•, coJU AnS(\1010 AJV'O!I Borges. 202f50; A.rtur do ras, a ostar mais sete me.'189. Andou depois continuando a. melhorar. Hoje faQO via- o fim de dar a n11iior pnlilicidade à cura, Figueiredo, 30100; Maria de Jesus Vidal, que ou julgo mira.oulosu, que -:V. Seri.ho· 125f00; José Jouquim Antunee Lopo, do levanta.da. quo.tro meses posto quo sofren- gens de 10 quil6metros a. pé. do muito. O médico nic> sabendo ja. que Prometi publicar no jornal da. Fittima ra dr Fdtim<t f<.'z a um.a minha filbn. Portalogre, 600SOO; M. Adelaide""ae Allll'· fawr ma.ndou~a recolher ao hospital de ('<,ta, gr~a O que peço a v. Ex.• quo 8(1 diF..- minha filho, de 20 ano~. é o eule- vedo de Moura, 60$00; Emilia Nunee da Cezimbra. mM nem ela teve in1mo de dei- gn(' tornar publioo. vo do~ seus. Sondo de.~de oempre forte e Rocha o Costa, 70$00; Joiio .\!bino Cusxar os filhos nem o mo.rido o.provon, pr~ robusta, sobreve10-lbe, ha mais de 4 auos, t6dio, 55$00; Manuel Ah-es lfoteus, ferindo morrer em sua. ca.sa.. Afinal sempre Um Kisto umn. tao grave doença, quo, e.sgotados to- 58$00; l\Iar1a. do Cormo Pires, 14~(Q; L . &e re!!Olveu a Mir para o hospita.l de santa dos os meio, 4uo a. sci~ncin noonselhn, a. G. Rihoiro, d~ llong-Kong, 50$00; 1'.o Marta, em Lisboa. Quando anda.-a. nos Dmningos d"' Sales GomfU Moreira, de poz à.'! portas dn., morte. E tanto ru.!lim .Joii.o Uernardes Ma.saarenhae, , 50100; preparativo:9 oomeçou a deitar muit-0 san- Viana. do C11:1telo, em 3 de nbril ultimo, que um dia (tristo dia. &se I) eu fui en- Maria lìlUbol de .\lmeida. 100$00; Joiio gue pela boca o que sucedeu varins -ve1.011 expoe o seguinte: coutrn-la fechada no sen quurto, deitiida Mene,.e de .Azevedo 200100 · Jo~ GonccP('('O a. finoza do publicar no jornal nn cnma com 0t. S('US m~lhores vcstiJo,,, çalvoo O<>vérno, 22$50; Maria Angela, depoia. Convencido. nrinal que nadn. tinba. a. es- Voz da Fd.timn, para mnior glcSriu,dt, Ma- n chom.r' ropi-,~um<>nto, di,-A-•ndo-me- que, de Poorouços, 103800; Jonquina Rosa RnPQrar da medicina, cansada de sofrer, ria Santii,simn, o @eguint.e: Em 1920 apa- tendo ja perd.idM toda!I a 8 <l!lf)eranças, ~...- malho 25$00: Donativos do Ancora, 15,00 ; lembrou-se de recorrer a. ~ossa Senhora de reoeu-me, na parte exterior da. garganto., tava proparadu. para o lo\·:irein para o oc- P.e Augusto I<'innino da Silva, 30tOO ; Fatima n. quem fez varias novena.a. No uro Kisto. Andei pelas mii.o dos médicos mit.~rio I Colei.t.e F. Co Ul, 20tOO; Rivira lfortin11 dfa 10 de junho, a.pesar de o médioo di- e nado. de so.rar nt6 que em 20 de Maio de C-0mo é de cnlt-ulur. 1x>rdida de dor, PPreim do Cnrvalho, 50,00; :Maria do zer quo ia. fioa.r polo oaminho 1929 tendo entiio ja feito IIOm resultn.do, 4 chorei nbundantos a ninnrgn!I lagrimn11 e Carmo Pereira, 25SOO; ?t!aria Joaquina Ao entrar. no. comboio ia tao bern dis- operaçoeA, fui para. o Pòrto. Fui nbvam_en- minhn. pobre filhn chorou (.'Omigo tam- da Silva, 150$00; An6nimn, 100$00; Mnposta. e satisfe1ta que_ nem se lembra.vs. t.e opera.do. Snr. J?r. ~)varo RoRns disse bém. ~u~ .momf.\nto feli~, )embro-mo de ria Forreira Rodriguea, 19100 i Maria da da. poss{vel expectoraçao de sangue. No que es~va sno, mns 1nf!bmncnt~ engunou- recorror- a 1nter~iio rle N. Scnhora do Enoarnaçào Bariio 20$00; Mnria das Doentanto, asaustando-se um pouco à pa88a.- -s_!, po~s na manhii do dia 5 de Jul.ho, qual Fiitima. e fui à lp:rein da 1Iìooric6rdin , ree Tavares de &USll, 110100; Marill gem de um ìunol, ussustou-t!e um pouo;o nao fo1 o men OO(?anto _:er q11;e trnha. ~e- deb-tn. oida.de, onde Ela é muit-0 venera.da, Mariar-ida. Tenreiro, 50$00; Antonio F. porque sabando-lbe a booa. a sangue do1- benta.do. Melanc6hco, nn.o sab1a oomo µi- e podi-llie de tòdo a minba nlmn e de todo Lour<>nço 30$00 · l<'ilipe Antonio Deli11 ~u _um.a srolf~a. o OTIA Ili. fp, ~~......,._ ~ f')rma~ ~~!!!: ~~ P::.:;; :!~~ i::!ò!fa: -~~ ,:, l!!!: .... C'GI4~ e=== :.= :...ii.Q aAC>t!Jl 3-JiW; r'.: :tld:i~! =è. ..:.:-::.::;: ~~:~:~'>, ..,. o&IlllOra. ainas. oom mais fervor. Fo1 a I ao, pol.8 tJnbam ja aoabado as tristezu ,. pedir, qne n:o fuesse a g:-a~a :!e ca c!::-a:-. ! 2:;$CO; :r..~ ";":!cl;o LG_i;e& Va:ela, :..~CC. ele.~ os representantes de Portugal no Vaticano o Quirinal, e muitos oonteno.ree de alunos daa Oniversidade:J Romano.a. .A confei:encia foi ontrecortada. de projecçoes de belas fotografias de Fatima, a.presentando o espoctaculo unico, formidavel, dessas massas enormes de gente que ah veem acorrendo ero louvores à Virgem, Pa.droeira. de Portuga.l. lruproSSS-O profunda. causou essa. conferèncio.. na ll6lecta a.ssistencis.. Entre as fotografias conto.va-se a da imageru da Senhora de Fatima venerada. no nltar·mor da capela do Colégio Portugues ero Roma. e benzida. pelo pr6prio Santo Padre. Bem haja quem tanto se honrou levan-

do juuto de tanta.a almas as gl6rias de Maria. na terra. de Portuga.l. Es.~os rapa:ies, filhos de tod08· os 1>aises e lutitudes, irao um dia. 1>elo mundo àlém cantar e espulhar os louvores a Maria em Portugal, os lou'l"or..., e as btinçaos dii Senhorn. de Fatima. Ap6stolos e progoeiroe tamMm do nome e da ac..-iio portugue,;a.. M~onarios de Dèus e de Portugal I Graçna a. Deus I Mais uma. vez ùs gl6rias dn lgrejn. andarli junta., pelo mundo, a gl6ria dn terra. t.le Portugal, que é terra de Santa 'Maria. e do Santrssimo Sacro.mento h,

AS· CURAS DE FATIMA

Voz da Fatima

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' Confraria de N. Senhora da Fatima

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Entre as numerosns cartas que recebo sobre dfroraas c.'Ois&.B que dizom respeito à Confrarin., voio ha. dine wn.a du.m dos coleotores mais zelol:>08, pedindo-me quo, se fos.<;e po:isivel, se diSSOllllo todot1 os meses, na Voz da lr'atima, alguma coisa liO· bre a Coniraria, porque nssim oomo éle ganhnra. a paixiio a;rande que tem por e.ita Oonfraria !endo uma noticia s6bre eia na. Vo:a da lf'afima, a!l8im sena possivel que em outras almns com igual semente se produzis.~em i.ei;nelhantes frutos. Aqui vai 1 poi.li, . boje, uma. noticia e a prom8118a ae oont1nuar tiempre quo seja possivel. A primeira coisa que tenho a. consolaçio de di~r é que, graças a Deus e il. Virgem Santissima tem aumontado muito o numero de confrados. Este aumento dove.se, é claro, em primeiro lugar à Miie Sant(&;ima, pois é eb quem la do céu fnz deseovolver esta santa. obra, ruas deve-so tambem muito a.o Zflo dos bons colector81i tanto dum oomo doutro soxo. Hn alguns que polo sou zAlo siio verdadoiros ap6stolos entro os fiéis confrades quo dirigem I H,t-Qli que teem a seu cargo mais de 200 confrades que dirigem com todo o acerto I Almas nsaim fnzem no mundo um bem incalculavol. Peço sempre à. V1rgem Santfssima que conserve e aumenta nesaas a)mas o fervor que ja por Ela team, e quo no exemplo do!ns1 de dia a dia, as outras se tornem m111s rervorosas. Contribuir para n oonversa.o dos pecndores tal é o primeiro dos fine da Confraria. E que obra. sublime essa niio é 11 Foi para a realizar gue Jeau~ veio ao mundo operar as maravilhas de amor e abnegnçao que nos de1xou por hernnçn. Poi1, bem, o Oonfrade de Nossa ·senhora, no entrar para 11. Confraria, oom a esmolinha mensai que da e oom us grnças que adquiro pela participaçio naa missas e nos sacriffoios dos doentinhos, sabe que vni contribuir para 881111. obra mngn{fica - a conversò.o ùos pocadoreR I Se a.o mooOt! um IX"· cador fosse leva.do a abandonnr o cnl\linho do inferno, por moio de n6s, niio seriam bem a.proveita.dos todos os noasos sncr1fi:cios e ornçòee P I Oom isso fica ria. um condenado a menoe no inferno a nmaldiçoar a Dous por todo o sempre, e ficaria um eleito a mais no Céu a louvar e n bemdizer o seu Reclontor Jesus Cdsto e aquelns pesaoas caridosaa gùo trabalhnm para quo o sangue divino de Jesus riscasse de sua. a.Ima. os pecados. Entro M obraa divinai! a mais divina é trabalhnr com Deus pela sn.lvaça.o dos pecadore.s, diz um doR Snntos Padres da Jgrejn. Por isso miios à obra. E' Deus quem o quere. Ele niio neceasita. de n6s maa quare dar-oos o. honra. sublime de o njudarmos na. distribuiç'"'ao do seu sangue divino nas almaa que Elo deseja salvar. Prègn.i o Evange!ho a toda. n crio.tura dillll8 6le a sous ap6stolos. Eles e sous su: cessores oumprindo a ordem divina prèga. ram e prep;am aindn publicn~ente; n6s . prègnremoR mais em particular, ofereoendo peloe pecadores ns nossas esmolns as nossn11 ornçoes, os possos sacrif!cios ~ torlns as nosRns boM obras, e tudo isto e estns prègnooes, embora feitns em parlioular. s6 entra n6s e Nosso Senhor ~iio por Aie muito bem aooites e tom~m-se eficazes para o pr6itimo, E' Deus quem quere por este esfòl'('<) pela converaiio dos pecadores, clima on, mas é também a. Virgem Maria quem no-lo pode. Quando NOS8n Senbora veio à Cova da Tria fnlar aos pastiorinhoa de Aljustrel clìsse-lhee nssim : - ReMi muito 11do1 pe: r.acwre, para que '1140 o/endam, mai, G Dl'u~, po-rque meu Divino Filho e,td muitn ofendido com o procedimento do, maua. Que n6s 011çam09 esta. voz de Maria. corno dita n n6s mesmOfl. Que t.odos os Oonfrades de Nos.,n. Benhora de Fatiam ae Até nqui tA.>em sido cuidadosos em pedir' peJos J)e('adores o eejam cada VOJl mais d~ qui para. o futuro, e que os n08808 confrades venham aumentar o numero e a efil'ikia dna o r ~ da.queles que j a ostio nJistados na milfoia bendita da Virgem &>nhor~ da F1ttima.. Assim, da.remos. sem d11vidn. honrn e ~?6ria. ,i Detl1'1, consolo.çio à Vir2em Ma.ria, o.judnremOIJ a salvar os infoJir,ee poondore11 e, salvnnd0--0e a eJe11 mni"I fadlmente noa snlvaremos a n6s tnmbmn. Em tod1U1 O!! terras podìa haveT, e era tlo bom que honve!llle, um numero ma.io?' on menor de confrades que ae inter088assem peli\ conveniiio dos f)l'eadoree em g&ral mae eobretndo peloa dessa terra. Pari\ i11110 bastava que umo pesaoa èle hem 11e enoarrep;t\SSe dos trabnlho.ci de ooJt>ctor que aiio os 1tep;uini;e9: tomnT nota

VOZ DA FATIMA

, dos nomes doa seus confrades em listas que para. isso lhes seriam mandadas, distribuir p$r essas pe&loas as pa.tentes que para os colectores serii.o também enviadns, e receber nté no fim de ca.da a.no os $20 por me,;, Obmola que sera dividida. em duas partes iguai.s, - uma para missas de qu,o todos teem porticipoçio, e outra para. o culto de Xossa Sonhora na Cova da Irin. J:i é8te ;1.no forom c-elebradas 100 missas e brevemente seriio colebrndas muitas mais se a Virgem nos for njudando na sua santa obrn. . Esta actuulmente encarrega.do da Confraria o Rov.do •Ant6nio dos Reis - Seminario de Leiria.

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FATIMA

a Lourdes Portuguesa

lmpressoes de vfagem pelo Dootor LUfS FISCHER

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wProfessor,~da Uolversldi.de de Bamberg, ( Alemaoha)

Traduçao do Re,. SEBASTllO DA COSTA BRITES, pAroco da Sé!Catedral de Lelrla Preço 5$00; pelo correi o, 5$70

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~steJ livro muito interessante, cuja} primeira,' edicào atemi de

Teresa Neumann Segundo noHcias recentes, Tereso. Neumann, a estigmatisada de Konnersrouth e de quo ja aqui falamos em dezembro, entrou em extase logo no princ{pìo da .Semana Santa. A lém das chagas na cabcça. e perto do rorn.çiio, veom-se agora lorgas cbagas nas miios nol:I pés e nas espaduns e derrama ince8santomen te grossos h{grimas de sangue. Este!> fen6menos oumentnm todos os nnos coda. vez mnis por ocasiiio da Semnnn Santa.

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UM GRANDE APOSTOLADO Nao ha ninguem gue nilo possa. e niio deva ser a.p6stolo, aqueoendo eepiritua.1men te o moio mnrcado pela Providencia para a :;ua actividade oom repercU88ii.o em todo o mundo o por toda n etiernidade. Diz-88 do diobeiro que onde esta faz bo.rullio. O mesmo se pode dizer da graça de Deus, da piedade e da Yirtude nas a.1mns. Ha uma espécie de a.J)Otlto)ndo gue t.od0,; podem exercer. E' o apostolado d4 ora,;lUJ, que com o apostolado do sofrimen to e da poni ténoia e com o do bom exem1>lo, formam como que a alma. e a vida do zelo extorior. Este, o a.postolado du oraçiio, todos os fiéis o podem praticar. Neru totlo,; podem prègar, nem escrever ou ontregar-se a. outras obras de vu!to, m11s todos podemos ser ap6stolos do Sagrado Coraçiio de Jesus uporque (oomo diz Snnta. Margurida Maria) tod-Os temoa corpo para. sofrer e aoir e coraç~es para amar e orarn. Parn fozormos WlUI, ideia do va.lor do apostolado da oraçao basto. considerar oomo Nosso Sonhor o praticou e o continuo. a exercer. .Ao apostolado extorior oonsagrou npena... tJ"es anos da sua vida publico. e ao outro, os trintn e très anos da sua vidn. morta] e continua-lo-a na. Eucaristia, até ao fim dos séculos. Esta oruçiio inefavol que oomeçou no primeiro momento da IncarnaQio com o primoiro bat.er do sou Ooraçào, nuoca foi e nuncn mais sera interrompida. Santa Margnnda Maria folou muita vez do. ne<'essidade qne tcem, os devotos clo S. f'oraçiio de Jesus de imitar estn oraçiio eucarfstica perpétua. Basta mcncionnr o quo ela diz do desojo veemente que NoRSO Senhor tem de enoontrar almns medianeira s, isto é, almas ap6stolas pela oraçii.o. «A irmii. M. (conta eia) andava cheia de tristeza por niio poder ter utilidade nenhuma em relaçiio à devoç~o ao Sagroclo Coraçiio do Jeans. Este, porém, !be impos como devor de orar, fazcndo-1i sun medianeira.. Efectivomente ésse Sagrado C',0raçilo deseja. que haja nlmns media.neiras. Muitio felizos soriio aquelns que lhe pre.starem esse serviço pois que Ele mesmo serti. para elas medianeiro,,.

• • C'-0mo prop;rama deste npostolado por moio cla oraçiio, Santa Mn.rgorida Mario r<>sume os seus e11.11ioos convidando-nos a uma. espécie do viagem espiritual do s6 Ìl'I varina necessidade\11, e regiòos do mundo mas também a.o Purgnt6rio e no Cén, o fa.vor do Roino Universal do Sagrado Coraçito de Jesus. A verdade é que tanto na. igreja paciente, oomo nn. triunfnnte, corno na. militante, o Sagrado Oornçiio de Jesus, tem intereeaoo que a oraçio pode defender e firmar, e em t.odas essna igrejas ha. poderosos interoell80re-c; aos quais nos podemos unir pela causa. desse divino Coraçlto. Esta via~m OBpiritual deve ir terminar d<>ante do trono eucaristico de Jesus. i principalm<"nte dennte do Bacrttrio, oom o pr6prio Cornçilo de Jesus, que n6s devemos nep;ocinl' os interesses da sua ~16-

.. ria, no céu, no purgat6rio e na.s varias naçòes do mundo. Nilo esqueçamos isto sobretudo neste mes oonsagrado no S. Coraçii.o de Jesus e em que 'l'ai rea.liznr-se em Braga um congresso do Apo,tolado da Oraçl!O.

.; Dispensa de abstin~ncia

Concedemos, dentro dos limites da Diocese de Leiria, dispensa de abstinencia aos peregrinos ao Santuario de Nossa Senhora do Rosa.rio da Fa-----+·..._____ tima, no dia 13 do corrente. Leiria, l de Junho de 1930. t JOSE, Bispo de LeirùJ Ao i,eriio, em famiha., iam o:. pequenos

Oque ha de mais terrivel

passando 9 jornal (uma ilustraçiio cujas gravuras falavam aos o!hos das criançaa). Dava, como de costume, larga noticia. de mortes repentinas, mortes ,·iolentns, mortes de todas a.s maneira'.s. Os pequenos iam ve11do e comentando: «E' medonho l Um ua.vio a afundar-se; nrripia esta morte dentro duma mina J,, Sentado il lareira. O avo murmura.va.: «Nii-0 é ÌSl>O gue é medonho,1. E as exclamaçoes dns cria.nças coutinuavam: «Ai;sassrno misera ve! I Tanto sangue I E' espantoso J,, E o a.va continuava.: «Niio é isso que me espantn.11 E os pequonos p1°0beguiam: ccpo"res viup b f" · b I Q d· l vas I o res or aosin os ue o e es causam lu E o avo ia monologando: «Nào é isso f d• qulsm~i:i~!ça~.,, a principio nao doram conta destas e~tranhos paln~a.s, mas de&ta. vez, notando esta insistencia do velho, niio pucleram possar quo nii.o di96eSsem: ,,Que é que o avòsinho quere dizer?u - O que en qnero dizcr, replioou gravemente o nnciiio, é isto: vocés no jornal niio viram nnda., nada. - Como é que isso pode ser P - Nào vi ram nada, ooisa nenhuma. Apenas nmns coisas sem grande importancia. Viram s6 a desgraça dos corpos dessas ,•itimas de cuja morte tragica voc& 1:1e compndecem. E a desgraça dns suns almasP Isso niio viram vocès. E é isto quo é importante. A sorte dessas almas cni'ndo sem preparaçiio nns miios de Deus é bem mai., medcm,/t,a ben~ maia terrh,el quo a sorte dos co;pos primdos sùbitamente da vida. Para os corpos, pronto ! MM para as almas? Se elas nio estiverem na graça de Deus? Se eetiYessem em pooado morta] I. .. Ab I E se safdas repentinamente dos seus corpos' se precipitai.ciem, malclitas de Deus. nd inferno, nesse abiamo formo,. do de 6dios, de treva!I, de d86ellpero, de espnnto, de torturas R(lm nome e sem fim 1 uOra ai esta meus meninos, o qne h& de mais medo~o no mundo.1> E oistio niio se pen,m. O que fare os bOntidos comove·D08, o que 88 refere à.<i almns deixa-noe inoonsiveis. Por isso, meus menino'!, ha.bituem-se a. rezar todos oe dins pelo~ moribundos de coda dia.

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F\ TRf\ V EZ Df\S CF\ RT f\S ,1 ·notfoia 1ingela clas Apariç(jes da Fa,. tima 1Jai peregrmando por u.se mund<, em pagina& de semanarioa hmnildes e de, ' lu:-cuosi.sitna.s revfatas, desperlando um . intere.ses inaudito.

De França: u.A.cabo de Jer nos numeros de novembro de ccL'étoile de l'Enfant Jésusu um, d d · ., l a.par,·,.a:~ de N-~resumo a a miruve v-v ......,.., Senhora em Fatima. Quero conhecer bem tod d t lh d tii0 grande acontecios os 8 a es e mento e peço-lhe tenbn a bondade de envia.r-me o livr~ do Sr. de _Montalo: «As , grande& marav1lhns de Fatima». •

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.1:1. lmguagem do trechq .seoumte chega. da da América. do Norte re1Jela um 16tranjeiro ma,, ben~ irm.anaào coinno.scc, no amor a 11". Senhora da Fatima: uPor acai;o visitando um amigo meu caiu nas minhas miios a loitura. da. Vo: da Jl' atima» (ano VII, n. 0 86). Queira. considerar-me como um leitor do seu aemana.rio. Se me em·iasse os numeros déste ano ou especialmento o n. 0 86 considerarla um imenso fn.vor. FaQS-me conheoor o lugar, origem da apn.riçiio, tudo causa-me imenso. interesse. Toda e qualquer despesa. d,ga.-me o gue é, que lhe enviarei no. minha pro.: xima cartan.

De E!ipanha, com o zi!lo dum propagandista de.ri11tereuado e com gesto da yrr,. 1'trbial fidalouia ul)Gnhola. «Queiro. perdoar-me, Re..-.mo Senhor, ter demorado tanto om lhe eecrever e enviar o dinheiro que incluo. Foi est& de-mora ocasionada pela minha. mudança. d6 residencia e por ter ido em exoursio a Tarragona. e a Barcelona viaita.r a. formosa Exposiçiio, onde tive a. honra. de llllllis-tir ao festivàl Valeciano da chegada. e reoepçào do Ex.mo Sr . Gener.l Carmon&; Presidente, do nosso pa.fs li rmio - Por-tuga.I. Estando eu muito pr6ximo do Ex.mo Sr. Preeideote Carmona. onvi-lhe tecer grnndes elogios n. Baroelona., sua. Exposi·PARA A PERPElçAO çio, e à Espanhn. . . Na Exposiçlo tive o gòsto de Vlllltar Um amigo do grande artista Miguel Angelo visitou-o na. ocasiilo em que ele todas llS produqòes e Art.es de P ortuga] gue esta muito bem representado, ee~ estava conoluindo umn estatua. .Afinal (diz o amjgo) esta no meemo es- cialmente na11 Artes onde b& quadroe e tado em que a encontrei da ultina vez. telas preci0&88imM. P8QO a V. Rev.cia se digne fa.110r o ob- Esttis ongana.do. Retoquei éste braço, profondei ~ta prega do v~ido, eu~ l!léquio de me e nviar pelo oorreio, dllU visei a axpr086ao dOfl olhos, fiz sobresa.ir fotogra.fin.s da Imagem de N069& Benhomais Aste musculo, adelgaoei &te braço ra. da. Ftf.tima beozida pelo Santo Padre P io XI e que se ven er11, no CoMgio Pore... - Est& bem (diz o Amigo) maa isso 11iio tugues e m Roma, e duna da. vordadeira. bagatelos, pequeninas ooi88s e... . Ima.p;ern de N068a Senhora. que llè venera - E' verdade, sii.o baga.telas, pequon1- na. Ftt.tima, do fot6grafo A. L . Di&D\a nnae ooisas, mas lembra.-te que nio 1e de- tino. At1 qua.tra fotografias quo 88J•m vem desprollllll' as bagate1na, es pequeninas da.11 mais pt1rfeita.s porque qo.ero entrecoisaa qua.ndo se quere chegar à perfeiQào gtf.-lna para serem publicadas em todu e a perfeiçiio niio é uma. bngatela.. u revistu cat.6lioaa,,.

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N. 0 94

Leiria, 13 de Julho de 1930

Ano VIII

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e,·-

( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA )

r------------------------------Dlmtar • Proprietaria: - Dr. Manuel Marques dos Santos

Ad111inl1tr1der: -

Emprlsa Editora e Tip. UnlAo GrAflca, 1ravessa do Despacho, 16- Llsboa

Padre Manuel Pereira da Silva

R.ed~/Jo e Ad,nlnist,aç/Jo: Semlnlrlo de Lei ria

Fcltima ~ivino crisol ~a-s almas "Continuam acesas as chamas da Fé em Loµrdes, Lisieux, Paray-le- Monial, F À TI MA À dòce luz désses santuarios providenciais, trahalhflmos todos pela consolidaçào do Reino de Cristo, do dominio do Rei de Amor, num Portugal cada vez maior ,, Final da conferéncia feita pelo snbio lente da Universidade de Lisboa, Snr. Conse/heiro Abel de Andra le, por ocasiao da « Semi\na da Entronlzaçao », realizada em Lisboa, de 24 a 27 de Junho ii/timo. ;

Santo Ant6nfo de Liaboa. - O cente• nirfo do glorioso taumaturgo. - O rev. Joe~ de Castro, ap6stolo do centeniirfo. -Aa homenagens naclonaia.-Aa duas piitrias do Santo. - O padroelro de l'Atlma. S~nto Ant.6nio de Llsùoa, o grnnde e glorioso Taumnt.urg<> portugu(i,-, é um dos ~a!'tos mais oxtroordinariof' do ngio16gio c·ristào. ~le cnche, niio s6 uma patrio, mas o mundo 1nteiro com o esplendor das "uo<; virtudoo e com o fama dos seus mil.11tre!'. Arca do testamento e martelo das l1ere<iins, corno lhe chamou um Papa 6'1,io profondo e snnto consumado, o;ador clogUentiss1ruo e up6stolo nrdonte e indefosso, foi a figuro mais ilustre e mois admira,·ol do seu século o século treze r1ue o nomo bomdito do' humilde religioso <-'ingia dnmn nnréola de g16ria re!ul(rt>nte e inconfundivel. Brevemente princjpiarao es comemoruçoos fcstivas do centenario do dignissimo filho espi ritual do grande P otriar<.'a de Assis. Ora.çns à. iniciotivn e oos esfo~ do distinto jornnlista, rev.do J osé de Cu,.tro, actual conselheiro da legn.çiio de P ortagal junto da Santa Sé, gue, numa longa, intensa e brilhante componha na imprensa, encarooeu n necessidode de celebrar oondignnmente o <·entenario de Santo Ant6nio, constituiu-se pnro &se f im umo comi&.iio nomeada por Sua Eminéncia o Senhor Cardini Pntrinrcn de Lisboa, a gue pertencem olgnmns das figuras mais cot<-gorizadns do no.-.,o moio e de gue r,e di~non ac.'Citnr n presidéncia de honra Sua Excel6ncin o Senbor Genero) 0 Sl'nr C'armona, P residente dit Republica. A Ttlilic., onde o ap6stolo t aumaturgo rlispenden a maior parte cla sua octividade o teve o seu pos.c;nmento na cidade de Padua, qoe erigi u om 11uo honrn urna suntuoill bnsili(,n o 1·onsen·a riosamente ~ @e11s procioi:ios despojos mortnis, prepara-se para tor a primazia nos 1•11ltoi; relip;iol'OS o nns homenitgens C'fvic:-s, de car1foter nacionnl, o prl''itnr àquele qno eln cham, C'Om justo orgulho e piedo<;o egofamo Sante Ant6nio de Vadon. O nosso brio cle compntriotns ilo !-.llr,t.; fl a nossa grntidiio para com .;Jp imp0('1Tì· -nos o dover de procurnrmos r1va·1,i;,. c,,111 a rica. e poder08a naçao latina àlém Al pes, se niio nn gron<liosidade e imponent·ia , no menOR na si ncerid ade, no fervor e na nni\'eraaHdaclo dos preitoe consagrndoe1 n ~se formo11{~imo ornamentd da in-

seu tumulo, dnr-S&-io innamente 11 miios pnra o pngnmento doma divida t'o lossnl a um sunlo que, mais c?'sseo pnisea do qué de nenhum outro é no mesmo tempo do mundo into1ro, porque é um santo ommentemente populnr e unirnrsal. 1 Fiituna, a LourdM portuguesa, ufana de o ter roruo bOU pudroeiro desde temJ)OII imemoriais, 01,~ocin-se, de alma e <.'oraçio às grandiosns homenagen.s que a p,tria e o universo cristiio \·iio render no fnclito santo, qne tS im..-onW!ithçeJmoute uma dar. mni~ bela~ figurns da nossu terra, gigante no snber E' giganle nn santìdade.

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l

· A• 61timaa peregrlnaç6ea paroqulala -Na vlapera do dia treze à tarde.-0 concureo de peregrino,. -A• trovoadaa da Primavera. -A• dlvenaa peregrlnaç6es.-A proclulo daa vela..

• j

I

..... JUNHO DE 1930 - JUNTO

A

aigne e benemé1;ta Ordem Ser!Hica. E mister que n naçiio inteirn, durante o ano do oenten6.rio, se lennte em peso numa exploslo de amor e entusiasmo, parn fitur urna apoteoso condigno a um dos per'lO-

No dia vinte e novE' de 'AJaio, quintafetra da Ai;oonsi'io, ,·cio a Flitima um.'l pereifinnçiio da frèguesia de Santa Cutarina da Serra, diocese de Leiria. l'oJdo di1 zer-se que nela tom11ram parte todos oa he.bitantei; dnquela 1mportante e po(>ul<>sn aldoi11. PrOflìdiu 'à pieclosa romagem o 1ev. p!iroco, Jonquim Ferreira Oooçal\'eS div. NeY86, (JUe n-posnr da i;ua a,•anf,ncla idndo e dn suo saude t'ombalida, acompnnJ100 os seus poroquinnos e' pr~ gou por dua'I Y<-zes. :roi estreada uma lindo e ricn bandeirn, que rep1eseutovo a scena daa npnriçòes. O re,·. par()('o C<'lebrou a santo missa, n que <-'omungaram todos ou quasi todos os peregrinoa. .Ante& da mis.<ia realizou-so a prod~~iio de Nos.~a Sonhore o depois du ,M issn n pTocissio do Santi~simo S:t<·ramento, quo fez um longo r>errurso dentro òo re<-into sagrado, sendo clndo no fim o b6nçiio llO!i doontes que aromponharom a peregrinnçao. No dia pTimeiro de Junho renlizou-sP o per<-grino~·iio comum dOR frèguosios da nutalho e Aljuborrota. IncorpQn1rarn...,o nol11 muito'I f1éi'I <ioutro1 fr~gneo;iar. nzinbas. o~ pcrep;ri noq seiuiram pr()('Cqgionalmente pola oelr11d11 distrital, fazenda o pied01111 devoçlio da \'Ìa-sncro. Em rada nmn d11s estnçòe,1 o rev. pirO<'O, Manuel Per<'ira Oonçnlves, proferin umn alocuçlo adequada. E11ta percgTinnçiio <.'hep;ou no vé.-.pera h der. horae do noite, depois de CAPELINHA DAS APARIQOES ter iJ:OAto <'inoo horas no porrurso, e retirou-ae no dia- primeiro à tarde. No 11\eftmo dia, tleln mnnh:i, c-heii:nu e nagons mais Pngust.oa e mais \'eneranda. d11 sua his6ria. ao mnis 1mnto dOR aeoa Fatima a perep;rinaçio de 8. Mamede d.1 Sorra, preeididn polo rov. José dn Cunhn sabios <' oo mai~ slibio do.q sens snntos. Oomee e no dit1 no,·o a de Alcobertns, rreAs.~im Portugnl t> 11 Jwilin, na duaa trias de Santo Ant6nio, o seu bel'\"O e o sidida pelo rev. Ant6nio Oomea J,oureiro

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VOZ DA FATI MA

2 ncompanhnda pelos rev. Manuel Vicente Coetano, pnroco da frèguesia das Lapns, e Ant6nio Mendes, paroco do frèguei,in dn. Zibreira, ;imbns do Pntriarcado. Esta ultima peregrinnçio promoveu a celebraçiio dumn. Missn. cantada, a que ~ sistirnm todos 011 peregrinos com uma piednde edificante. No dia doze à tarde, ja uma grande multidao formigovo. no. Cova da Iria e no!! suns imedinçòes. Na manhà seguinte o concorso de peregrinos o.umentou, coneidorì.\.velmènte. Vinm-se pessoas de tadns as clal!888 e condiçòos sociais, provenientes de todos 0-1 pontos do paia. Muitos peregrinos percorreram a pé a longa distinoia que medoia entre ns suas terrns e a Cova da tria.. Desta forma foram a Fatima quorenta pe--t;oa.s de llhnvo, que dista cerca de trintn léguQs da Lourdes portuguesa. As trovoadaa que se desoncadouram em diferentes regiòes do pois uos \1ltimos dina da qninzeno. fizernm desistir muitru; pessona de ir Il Fatima nc,sse mos. Mas sem embargo dii;so, o oopectac1ù 0 que ~ferccia o recint-0 clos npariçòes, quere durante a proe1ssào dos ,·elas, quere sobretudo por oeasiiio da Mi!!.<m dos doentes, era surproentlento. Tinha-so n iluiiùo de que se estavl\ ~111m dos dios. de grnncle peregrinnçiio nnc1onnl. A proct!l.'>IÌO das velas clecorreu <"<>m n mnior ordom, cantando o!4 pe1·egrino,q o A de Lo11rdes com dc1·oçiio e ent usiasmo. Entr<> ns 11orogri11a~·òes prc~entes morec~m e.~pecinl rcforencia as scguintes: AnJo~ (L1!lhon). ro1·. c<inego dr. Manuel Pore1ro. <10,. R<>is, Lnmego, Souto dn Cnrpnlhosn, Monte Rodando e Cnnides, 2.000 ~ssons, ro1·. Jnc1uto Ant6mo Lopes. Espiro, 1.000 pessoas, Cnrnpinheira do Cnmpo e Mflii~. S. Simiio d!' Lilém 0 150 Peniche, ..\lcnnhòes, P6von do Co~ (Alc~b11ça), Azom (Leirin),· SelTa do Pilnr (Porto) Bomfim (J?òrto), Alcleia Gronde e Ca~ la do Po!;t1go do Sol. Tres colégioq de menmn~ c~os mnis ncreditndo'! da provincia imprn!1i,rnm _urna n~tn ,·ibrnnte de grnçn e moc1dado ns mnnifcst:içòes do din treze; o _C'olég1? . <le Annclia, o Colégi0 de S. Joso, do (01mbra, e o Colégio de Nossn Sonhorn. de Fatima, dc Leirin. Dumo. carta do rcv. parooo cle AJco,. bertns . ì,cercn da poregrinaçio dnquela f~ètuos1n repr~cluzem-se os Reguintos por1,o~loR: uNo dm 9, sog1.1ndn-foirn do Esp1nto Santo, renlizon n frèguesia cl!' Sant!l Ma.rin .Mndnlena de Alcobertns, Pntrrnrcndo do Lisbon, a sua peregrinoç~o nnunl uo Santuario de Fatima. Préviamonto rcconciliados com Deus no Sagrado trihunnl da Peniùincia, nbeirou-se da Sngrnda Mesa dn Comunhiio nn. mnnhii do mencionndo dio. nn. igrejn paroqu1nl, donclo om aeguidn portirnm com a. sna bela bandeira de :-fossa Senhora de Fi(timn., cstreada t>m 1929, flm cami0netea, por Rio Mnior, Alcobaça e Bntolha, chegnndo à Cova da. lrin pelns nove horns e mein dn manhii. Rezndo um tt,,rço ontremendo dt' canticos, na capo-In. dM npnriçoos, dn.li seguirnm os romeiroo em proois8iio, oom o andor dn Imngem cle Nos11a Senbora de Fatima !evado pelo!¼ srs. Manuel Dins, Jaoin~ FOTreirn., Ant6nio Ferreira e Joiio Piednde t,ara o Pavilhiio dos doent.es, celebrand~ ontiio n. Misso. cnntnda o respectivo Prior José Gomes Louroiro, que foi aoolitndo pelos rov. Prior da Zibreira e Reitor do Santui(rio. Ao Evangelho houve sermao prègado pelo rev. Prior das Lapns. Ap6~ 11, Mi!!!!a expòs-!IO o Sant(ssimo no trono, rezou-so um 11egundo torço e clen-se a bènçiio ('()m o Sant(ssimo. Depois foi reconduzidn. proce.qsionalmento a Imngem de No!!Sa Senhora para o, cnpela. dns apariç<)es, onde so rezou o terceiro terQO e os peregrinos se clORpodirnm cheios de safldade de No!'IBa Senhora, penhorados com ~ deferoncia imerccida quo o rev. Reitor do Santunrio lhes dispensou e com a r880luçiio de novo.mente ali voltarem, em outro nno, com o mesmo fim.,, 'O

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milllll\ du Comunhùo Gerul. Ao meio-dia, de pois dn prociSllìio de Nossa Senhoro, o SonJ1or Bispo de Leiria paramenta-se e sobe uo altnr, pura. dizer a missa dos doentes. Segue-se a beuçiio eucaristica. Como sempre, estll. cerim6nia. enconta e comove imonso. Todos os olhos b6 arrnznm de lagrimns . .Entre os doentes, v ~ o piiroco do Souto da Carpulhosa, tendo ao Indo o zeloso coadjutor, rev. Manuel Gernldes, seu dedicadisaimo am igo e insepnravel companhefro. Completamente cego e com o rosto e ns mios rofdos pela leprn, o venerando sacerdote, modolo de pitroeoH, cuja igreja é um dos maiores ceutros do . pioda.de do nosso pais, onde cado. ano t-Orn a felioidade de ndministrnr t•ercll do oitenta mii oomunhoes1 edifica. <> comove todos os~uo o conlem plam sereno e santamente nlegre na sna. res1gn:1çiio her6ica à vontacle de Deus. Depois da bençio dM doentes. o rev. Cnstelo Brnnco sobe de novo no pulpito e prega. o "8rmùo oficinl. As cerim6nias terminnm oom (1. prociRSiio do «ndeus», em q11e u augusta Imnp;om de Nossa Senhom do Ros~l'io é !evada em triunfo, no -meio de v1vns fl nolnmn<·òes e soh um,i chuva incesMnte de florcs, para o seu pedestnl no padrii.o comomorntivo clos apariçòos.

Um A,nJo no exmo. - Nostalela do " mesa do banquete divino. Plores roxas de Martirio. - No regaço de Maria.- ~egrett10 à Pitrfa. C 'u. -

Mario. Dia11 LOp81i, filhn de Alvaro Lopes o de D. Narciso. Dio.s Lopes, era urna gentil menino, a mais velha de duas 1rmii.<1, [lrole uhonçonda dum lar honesto e cristiio, consolnçiio unica e dooe espe ran~n dos pnis e:ctremosos. A sua infancia, mocont.e c descuiclosa, tinha deslizndo tranqtiila e sunvemente, entre jardins ~ \'orgéis, i~ ~01ubrn de arvores copndos nas !"'Hlr~ens ridentes e formosns do Tejo, ouJns aguns n.._ época dos cheins inm beijar, ospreguiçando-se, os mur~s brancos da linda e 11prazivel estilncin em que vivia. As maiores delicias dessa ttlmu. em extremo delicnda e sonsfvcl c:onsistinm em estnr junto dos po.is ostre:ii.ocidos e dl~ irmil quoridn, portilhnndo dus suus nlegrio.s o do,., seue dos11:ostos e procurando oom o cnrin l10 e u ternur1i dum coraçii.o nfectuoso e meigo, como nnjo tutelar do snnl,ll'trio doméstico, tornar-lhes menoe durns ns prnvnçòes do oxilio, quo é &te vnle de lagrimus o de mist'irias, em que pass.amos ulgumns horus antOl! de raiar a mnnhii. do dio. eterno. A sua radiosa mocidu.de era uma mocidnde exubernnte do vida, cbeia de viço o frescura, polvilhando o ambiente de inebriantC!t perfnmt-'8 e enchendo-o de suuves harmonin!I, qunl fior de encunto quo d8>1nbro1•hn ao contacto do orvnlbo mntutino ou no beijo do raio do sol nns,.::mte, qual nvezinha canora que desfere n11 ~iringe do seu peito oe i;eus ctinticos de ventura e os 11em1 trinados de amor. . ~ntre RII meninns da mesma idade, suas v1zmhnij e <'ompanheiras, distinguin-se poli~ mt>dél!tin no trajar e 1,elo desprendimento dna vaidndes do munclo. Um dill o pai quis oomprar-lhe um vestido, mns a boa. m<'nina, que d61e precisava, recenndo onerar o orçumento cloméstico com umo. despesa exces.qi va, disse: . «Mou pni, nii.o quero que fnça sncriffc1os; nao compre O vosticlo, que eu posso remediar-mo oom o que tenho.11 Extr<'mosa por sua mie, nào a. abnndonava um s6 instnnte, quando a via doente do cnma, renuncin'lldo entao de bom grado a lodos os seu11 divert.imentos e pns. sntempos, para ]bo n"Sistir com o clisvelo e a. solicitude dumn. dedicada enfermeirn, enquanto eia niio.,. voltaYa, reonperuda completamente a snucle, à., BUns ocupaçòe11 ha bi tu aia. Se, marca dalgumn indispoEliçi'io do estomago, n mii.e niio tomo.va qualquor dnir?f~çòes, a pO()uena, triste e inquieta, cl1z1a logo: 1180 minha mao niio <·ome eu niio comou. ' Adoratlo nocturna.- O rev.0 Lufs tnmbém A tudo antepunha o sossego e o conCutelo Branco. - A. Mlasa da Comu- C'ht\go clo lar, a oonvivencia dos pais da nhlo Oeral.- O Senhor Blapo de Leio clns outrns pe~soo.s de fnmilia'. ria e a Missa dos doentes. - A !>@nçlo irmii M~iatiu a bniles nero freq'ii.endo Santrsslmo.-0 aermli o e o• adcua • touNuncn. t<>ntros o nnimat6Jl:l'nfos, onde tantns almn11 perdem a inodnrin ou enoontrnm A melo nolte prfnolpfou a adoraçao perigos parn, a sua virtude. nocturnn. Exposto o Sant(esimo SacraNiio 11:ostnva de se por sò.zinhn às j:1mento no o.ltnr-m6r da onpela dn8 mi!llllla nt'ln11 do. sua encantndora vivendn, e s6 sobro um lindo e eingelo trono de luzea o fnzin juntnmente com sua miie. o flore~. o rev. dr. Mnrques dos Snntos, PJrn niio se nfn11tar um s6 momento dn cnpolii.o-dir<>ctor dos servitu, inicia a re- <'Ompnnhia dos pni!l (JUl'riclo.'!, reC'U"SIIVR-so cituç1io puhlica e oolectiva do terço do até n dnr pnR.~ei011 in()('t>nto!I e higiénicos Ro,ario. O rev. Lu{s Cnstelo B;anoo fas, polo~ N1mf)O!I vizinho~. nae intorvnloa das dezenns, a e-xplicaçio uFilhn ndorncla, clizin-lhe nm clia n mite rlos mistérios. À8 seis horaa, oelebra.-ee a extremosn, ncompanha ns tuus amigns no

pu:,;,eio que v;ìo dar; fnz..te bem respirar menina Maria Dius exalnva o clerradeiro o ar puro dos pinhais, ouvir o canto das suspiro, enquunto a augusta. R:iinha do avezinhns e aspirar o aroma das flores sil- Céu vinba no seu enoontro e recebia nos vestres11. brnços m.aternnis a. sua bela alma, adoruNùo, mùeziuha, repùcant eia, se me nnda. ainda oom a inccencia do bapti.sacompnnhus:,e, iria de boa vontade, ussim mo, para lhe por sòbre o. fronte virginal prof1ro ficur em cai;1\, no pé de si, do pai- a coroa rutilante e imaroess(vel da. eterna gl6ria. z.inho e. da mana,,, A breve trecho ohcgam os catorze unos. E' entào que Santarém, a formosa prinAp6atoios . e convertldos . - Patlma ooza do Tejo, a ncolhe dentro dos seus na Col6nia. - Um artigu da Civllta Ca• muroe eeculares, proporcionnndo-ll1e, no t61fca. O rev.0 Oonzaga da Pons~ca Penaionato Andnluz, modèlo de institutos e o lnatltuto Biblico de Roma. - Um femininos de educnçio e ensino, um nbri- Arqulmandrlta de Constantlnopla. go seguro para a sua. virtude, urna esco- A famUla real oa Orlcla, la primorosn paro. a cultura do seu espirito e um prolongumento do lar paterno, Duma carta do aluno do Colégio Po.rtuondo o seu cornçiio encuntra. lenitivo po- gues em Roma, sr. Jonquim Ca rreira para n feridn nele onusnda peln sai.idade na rn O Yenern.nd o p re ln d o de Leiria trans' estima e nu 1:ari11ho dns mestrns e con- o~e\'em-se . 0,., ~uinte,, trechos, qua discipulus, scntindo-i.e pienamente sntis- p1edosos le1tore:1 da <1Vo.: da Fatima» defeitn e feliz. certo hiio-do ler com interesse e satisfnCinco .mcsPs - o:s ultimos da sua exh... çiio: uN ~ Senhura do Fatima ,·ai sell()o tènci1\ ,-,òbre u terra, passn-os no cumprimento e;,,.acto do., sous de,·eres, e na pra- cnda vez mais conhocida e amada cli "Or t11:a tle todu:s a~ virtudes cristùs. ei;tas parugen-;. Xem admirn. Porque, "011·~gi~ como u1µ.'l. nrvel~, nlegre corno _um ment81ldo os boru, upostolos, ne<:essariu,·ulibr1, eia e! no~ recre1os e nos pnsse_1os, mento hiio-de uumontnr também 08 000 • a auugu _d~1cndn dns suas compnn?eiras ,·ertido,;. A remessa du uVoz da Fatimau de colég10, . 1gunl pnr!l tòdus na ostnna e engro,;son muito 11111 bocndo. l<'icnmos n_o~ obséq~1oe d~ um1znd~ _frnternnl. D6- content-0s com O uSecreté.rio de Noasa oil e obed1e11t~ as prescriçoes regulamen- Senhornu. )ius nùo bnstnva ainda; portar_~~ _e 11011 mn1H. le,·~ ncenos dus suas ~u- que, • nesta Bnbilonin de lfnguo.s, 0 por1>?1101ns ? _mest111s, tentando,. por assiro tugues, posto que sejn ainda bust:inte l'Od1zol', _:uhvinhur ~!i _scus <lese,os 1>ara os nhecido, nio p6d.e passar por urna lingua C'UlllJ>_1·11·, . - •n~poe:-Re co~no_ u~ dever de I 1.1oiversnl. J<Jra estu. a nossa clificuldade , coleg1nl I) ndmirnçuo e 1m1tnçao <lns ou- que por enquanto nos parecia insuperatrni, mmunus. . I voi. Em boa hora, porém. teve V. Ex.• . Aforvoru_nclo-so cu?a vez mah nn s !tn. i n ahençonda tembrnnçn e.le nos mandar p1e~11_cle, s111ceru _e sohdn, e ro. co.ru us dis- alguru; o.xemplnrcs dn uRénie du Rosaiposl\'OOS du~1 !IDJO qu~ se nprox1mava _uri 1 reu. A,zorn sim, que 1:1 podemos correr mesa ou<'nru,t1c11 , , abrindo o s,e':1 cornç11~ 1 meio mundo!. .. p~ro e ,_nO<'ente. aR doces car1c1as df D1Potwo cJepoi:, 0 nos.,,o Rev.do P. Vevino Rei de Amor, corno n fior !°unosa nàncio mnndou vir de J,'rança mais 28 descer.:n a corola pa.ra receber todns ns exemplures da mosmo. re"ista. Do aJema.nhns ns g~~s do orvalho do céu.. manhu manclumos ,•ir 13 (coincidència cuÀs v-ezes cl1z1~: «Nn 9<>va da ;rm ha rios.'l ... ) exemplnrcs do livro do D1·. Fieumn fonte rie ,lgua ~111to fresqumha ... » cher. Ernm mais quurentn e tantos bons Era ,m1~l de que a sedo abrasnvo. a po- missionarios, qu.e entra,·am em campo. bre merunu, cle~orad~ por urna febre n~- Como era e.le esper:11·, o incendio niio cl?nto. E a prec1os1\ lmfn., q~e lhe. e~a mi- tarclou a monifostar._<;e, V. Ex.• nìio len11,trnda às colho1•os, parec1a dehoiar~lhe vnra a mal, quo eu me dctenha um poua nhna, no !"osmo tempo qne· lbe refrige- co a contar olgumas impressòes sobre a ra~a os lab1os crestncloo e a bocn resse- propagnndtt de Fatima, que por aqui se quida, fnz. . F oi com ON mnis vivo,s :-entim eutos de )(urn ('olég 10 de Salrntorianoe uustriap1e<ln~e que r~hen os ult1mos sncrnmen- t·os, 11qui em ltornu, le11-se no refeit6rio toR. ~ 1oou a~1m proparada para a gran- 0 lino do Dr. J;'ischer. que causou a me~e vrngent do. oterntclnde quo em breve Jhor im1>re'SSii.o no meio de todos, comein ?mp~eender. . çnndo ja alguus clèles a peclir-nos futoJ<,foct1vamenie, 1,n,O ein!ado na terra, o grafius para ilnstrnr os nrtigos, quo queCéu . r('C)amnvn-u l'OJUO co1sn. quo lhe per- rem escre,·er sobre os ncontecintentoa de tent•1n. -\_ d~nça, urna doença mortai, vem Fatima. roçsi-Ja., me~poradnmente, com a su:i nsn Um diu, ù snida da aul:i, up1'0s:ime1-me dum holo.nd611, ja. meu ,'<>nheoido, e faleinegra.. No curto 011paço de oinco c!ins, o seu -lhe de Nos.-.n Senhora de Fatima pasorj!;ani1<mo tlobil e tranzino, a-pesar de sando-lhe paru. n. miio n uRevue d'u Rotodos os esforço,-, empregndos pela soien- bll1reu. E corno è-le nio tinhn grande clic10 para a sn)n>.r, sucumbe nos e~trngos ficuldade em entende1· o portugués escr!do m11I que o minava. to, levei-lbo também, pouco depois, u.A.s Ournnte a suu dolorosa. ugonin , um11 grnndes Marnvilhos de Fatimnn. Ficou voz nmiita di.z-lhe, !lum dodo momento, muitc.> contente, e prorneteu escrever alem que p11reo1a sentir menos dores: gu ns a1·iigos sobre NoSSll, Senhora de Fau.Agora niio sofre tanto, nii.o é verda- tinm nunu>. revisto. semaual, publicnd11 na de Pn Bolo ndti pelos padres da Congreguçao do Cheia duma suntn reJignuçiio, a pobre Verbo Divino, ii que o mesmo pertenoe. menino. replica com vivncidade: Falou-me tombém nurnns estatuoe de uAh t s6 cu sei O quo sofro, mas ofere- N~ssa Senbora de Fatima, quo urna f~ço da molhor vontacle todoe os meus so- bricn. pertencente a essa Congregaçào tifrimentos pelns nl.mas do P:irga.t6rio,i. obn. posto no morendo nlemiio . A sua. <levoçiio para com N088a SenbolJontra v-ez, estova eu muito socegndo ra de Fatima, n. quom tanto amava au- no qnnrto, quando me bate à porta o mentou co1l.liideràvelmente durante os' pou- Rev.mo Sr. Vice-Reitor a pedir santinboa oos, moi1 longos e intcrminaveis dias do de :\'os~a St'nhora de Fatima e qualquer seu crucinnte martirio, que suportou' na coi.,a escrita sòbre ns npariçòes. Era 1\ mnii- perfeita conformidnde oom a vonta- Madre Gera! dumns freiras polacas, que de de Deua. • mandava. no Colégio a pedir ìnformaçòee Comprnzin-so mesmo em invoca-lo 8 nté sobrc os ocontecimentos de Fatima. LenM horns do. aua lucida agonia achava re- varam dois O:"templares da uRévu-eu. e frigério, deglutinde> algumns gotns de qnantos snntinhos hnvia à mi-O, que, por ngua dn fon.te miracu)o,;:_~ do santuario da sinul1 ja ernm bem pouoos. Depois dis..'IO, Lourdes Portuguesn. i:t t'll viernm varias vezes pedir mais reUrna vez a Diroctora do Colégio dis- visto.~, que querinm mandar pura a Po',('-lhe: «Pode n Nossa Sonhora de Fati- Ionia, cli,,endo quo la nào se conheco °N06mn que te dè snudo I» E eia. numa angé- H1i Sf'nhorn de Fatima. Por causo. destes liC1l exprcssiio de 11uplica, ox~lamou: 11Nos- pocliclos ja se mnndnrnm vir mais 44 sn Senho~a. do Rosario rle Fatima, dai- exemplnr88. . . -me n 11nude para fnzor a vontacle n miro Um polnco m111to meu am1go, pertene no meu paizinho 111 cento n. uma t'spé<·i<> do Congregaçi-0 cle O pai preguntou-lhe um dia: saC'erdotes. que se dedicum duro modo esccMinha filhu, quo prometeste a Nossa peoisl ~ boa impren~n, estn prep~rando Senhora de Fntimn 110 ola te curar p., um art1go pnrn publicnr na Pol6111a, em A re!!postn foi: ,~Vnmos la todos e eu l\laio, porqne pns1111 entii.o o anivcrsario lovnr-lhe-ei cincoenta mii reis». dii primeira apnr1çiio. :F.st~ mesmo, fa. No dia t.rinta e um de maio sabnrlo e lando-nos de Fatima, depofa do ter lido ultimo dia do mèa de Mnria ~onKagrndo a ccRévuen E> o livro do Dr. Fischer, di1wla Santa Igrejn a N0-c;sll Senbora Me- zia-nos. dianeira de tadns ns graçns, às onze hocclii pince molto questa benedetta Tll!I e meio dn mnnhii, ro<leada dos pni'I Madonna di Fati mo. l... n \ nmnnt{,i,iimos, inronJiOliheie na sua proUm outro polnoo, da Congrognçiio da fttndn magna., o de pnrente,i e pe.R.«ons Ressurreiçiio, !'sta trndu11indo um artigo ami~n'I n qlH"m pungia clolorosnmente o que, sòbre as Apariçoes de Fatimn., ac.anrnnrp;o cspinho da snUdacle, a angélica ba de ser publicado na revistn. mensnl

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VOZ DA FATIMA

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«Stella. Matut10au, orgào oficial dus consa Mae do ~u que tornaria publico o meu gregaçÒt-"S Marrnons de Italia, artigo reconhetimento se fOsse atendida a m.inha que sera continuaclo no numero seguinte. prece, o que' !aço hojc dgpondo aos Seus Divinos pés as minhas melhores acçòes de Actualmonto estamos preparando tres Hrt~gos, que devem ser publicados numa& graças. Siio muitos ja nesta cidadc os beneUcios reeebidos por interméd1o de Nossa rev1stas do. ctOùra Cardeal Ferrnriu ediSc,nhora de Fatim.-i e p.'1ra nio ocupar muitadns em Bolonha. Nesta altura n6s l)iio vimos mais a quem to espaço no jonyùzinho a. Voz da Fatima Sete mtaea com abceuoa. Q,, leirienses acabamos de constituir pedir scnào à Màe do Céu. No dia 10 ùe limitar-me-hei quanto puder, ma.s, é tiio uma. sociedade (de respousabilidade limiA na d8 Oliveira Sa11tos, do lugar de Mou- Outubro do dito ano tomamos a resoluçào grande o milagre que passo a relatar que 'tadn) e vamos fazer uma ediçao de estampns de Nossa. Senhora de Fatima em q uinho, frèguesia de S. Vicente de Pereira de fazer uma novena a Nossa Senhora do me parece nao dever !icar ignora.do. Ha quatro mcscs que, Joào Maria, de fotografia . .A tiragem desta primeira.' edi- (Ovar) casada, de 56 anos de idade, foi Rosario de Fatima. Comcçamos numa quin~iio, que é mnis a tftulo do e.:i:perieucia, Cerida com um espinho de ameixieira que t.1.-feira às 15 horas para alcançar duas sex- 21 anos, casado com Almerinda das Dores, tinha o comprimento de um millmetro. Foitas feims ao toque das chagas de Nosso de 22 anos, ambos do lugar de Santa Lu,;era de 1.500 exemplaros1 e serao vendido.s o. trinta ou trintn. e cinco oontésimos ·lhe tirado no dia r2 de ma.rço de 1928, Senhor Jesus Cristo. Tive o gosto de logo zìa, a 3 quil6metros desta cidade, estlDficando dorida um pouco. Passados oito no segunclo dia do curativo com agua de do a corner ervilhanas ingeriu ama casca cada um; ou sefo. n. 30 ou 35 liras o cendias começou a doer muito e no dia 21 do Fatima, pela manha, jA nao tiuha dores e das mcsmas que foi alojar-se nas vias aé. to. Baratinbos, corno "e, comparando com mesmo més ja nao podia caminhar. No dia a mecha de borracha que no dia 10 ia à. rias. os q~10 a( vendo a casa «Estrela clos pe26 fui à farmacia para ver o que seria, mas fundura de sei:; centimctros, ei.tav;t J,'u d.i O rapaz sentindo-sc af!itfssimo correu a regrmosu, que C.'\tsùim nada menos de ja num carro. Por um a.caso esta.va la o um es('ucl~ _cndu. um .. O gnnho, que hou- Sr. Dr. Alves, do lugar de Figueiredo, de feri<la, dcbaixo das gazes. No curativo da estn cidade procurando um m6dico e foi o tanlt, foi minha filha para meter a mecha Snr. Dr. Rogério Ramos abalizado clloico, ver, !_erv1ra para DJltdor a pagor umo. Oliveira de Azemeis. Como o Snr. Farmana ocasiào da Novena e niio pode. Era co- quem tentou extra1-la, empregando todos os c~lecçao dumas sete!lta. fotografins, que pe- ceutico Bessa lhe pedisse, éle me lancetou rno um vento que a cxpolsasse para fora. e,;forços inutilmente. Foi o rapaz enviado d1mos no Rev. Pizarro. Afinal é uma o pé. Estn novena era foita por: meu ma.rido, fi- para Lisboa tendo dado ent.rada no be,;pireproduçào, em ponto maior eia' colec.-çiio O Sr. Dr. Alves logo me preguntou no- lha Rosa e uma net.a dc, 6 anos e por mim tal, onde, depois dc ter sido ob6ervado, foi _déle I Estas foto11:rn fias se;viriio para me, logar e Irègue.~ia, julgnnclo que tinha (est.a ueta era muito amiga da av6). decretada. uma opemçiio tendo, porém, dc 1lustrar umns conferèncins de propagan- de passar o atestado do morte. No fim de cada novena depois dos cura- se preparar para eia dando entrnda na. enda de Nossa Se11ho1·a <lo Fatima qne o No dia 27 as dores eram insuportaveis. tivos com a àgna milagrosa, <liz!amos por fermaria. O pobre rapaz fa.zia d61 Chorava 'nosso dedicadil!simo sr. 'P. For:seea. se No dia 28 do mesmo més mandei, ou meu trè! vezes: «O' Maria, sem peca<lo concebipror,oe fazer uo snliio do Institulo Bibli- marido Ioi, coavidar outro médico pois que da, rogai no Senhor por n6s que recorre- constantemente prevendo urna morte pr6xima pois se sentia. dc hora a bora mais co durante M férins de Pnscoa. Oxnla o Snr. Dr. Alves nào fa1. visitas. mos a v6s>>, e en lwbia urna porçào d~· aOito e lembrava-se que JJ'ia dcixar par..1 quo e~as confer~ncins aejnm muito conagua. sempre o mundo, n. esposa a quem t<e ticorridns; corno, nluis, é de esperar, trnTenho o prazer, as~im corno minha faml- nha uaido poucos mese;; antcs, a pobre màc tan:do-..:ie clum assunto clestes, e por d&lin dc no fim da novena Ja nada me doer que nào se consolava, enCim todos quc m111s, ilnstrndo com projocçòes luminoeaa. o agora julgo-me &i e vigorosa. a1n,1.va.. Segundo nos coflsta. um lente da. fnculConsidero pois a minha cura efcctuada Umas senhoras pied<>:.as que andavam dadnde de FiloRofia: também empregndo , contra a~ possibilidadl'S e prcvisoes da sci~n- ne~,· dia. visitando e con~lando os doeuna Recloc~iio dii uCivilti\ Catolicn11 estli cia médica, corno um a_uU!ntico milagre e tes, abciraram-se da cama do enfermo inpens~ndo_ num _artigo s6bre Fatimn', que ver<ladeira graça do céu que obtive por in- quirindo do scu mal pois o viam muito pubhcnra no f1m deste ano -escolnstico, terceçào de Noss..-i Scnhora do Rosario da a.flito, preguntaram se e-le era homem com In pnra Agosto. E talvez que este mesmo Fatima, à qual protesto a minha profonda fé e Sl' tinha devoçiio em algum Santo. profe.">Sor por ai npar~a neste veriio ; gratidào e consagro corno minha filha, muiO Jo.io Maria diS$t.1 quf' tinhn muita depol8, se me niio engnno, ira também 110 lo devota, os restante,; anos <la minha e,cis- v..<;ao com Nossa St:nhora de Fatima. As Congresso do Apostolado da. Oraçao. t~ncia. mUtlmas :,enhoras entào, deram-lhe urna Torno ngorn a liberdaclo de narrar a mcdalhinha, rccomcn<lnudo que rezas~c S. Vicente de Pertira, 11 dc Junho de V. El(.• uma. das av~nturns mnis curiomuito ,\ Virgem Santa e tivcsse muita es193011. ~lls da minba vida. :e o seguinte: perança. ATESTAOO MÉD I CO No dia 8 do corrente quando chega.Colocou sòbre o peito a medalha e todos mos ao Pincio depois dda au!as da tarEu, Ma11uel J/111,mtc, }1in(or. licc,11crado os dias que se seguimm diz ll!e que so rei de, encontrei ali seutndo um Padre orien8m .lledicimt e cm11gil1 pela Faculdade de :tou e chorou implorando a Miseric6rdia Ditai, cuja. figura e habito me improssioMc,du:rna do Porto: Atdsto, peici minha vina. nara_m lJrofnndamcnte, E, niio sei porque, Na véspera do ùia designado para ir ao llo11ra, que Atra de Olivem, Santos, casada, senti-me tent:ldo a ir ter com ele e fad8 56 anos de idacl<1, do luga, de .ltonqui- raio X o rapaz niio socegou toda a noute lar-lhe em Nossa Seuhora de Fatima. nho, f,,guesia de S . l' ice11te dc Pereira, e dc madrugada quando viu arnanhecer, Comuniquei este pensamento aos oolegaa, conce/ho d8 Ovar, est evo entrtJ a vida 11 a olhando para a janeh fronteim à cama., e todos tomitmos o caso a rir, dizendo 1110,tti desde z 1 de ma,ço a I r d8 out1tb10 vm a l111ag<1m de Nossa S811hora per{eita,que era uma idea extra.vagante, corno tanANA DE OLIVEIRA SANTOS dc 19z8, com 11111a séptico-pyé1111a, dtJ ab- m1,nto i1,'Ual à que tinha. na medalha. Pretas que veem ?i. cnbeçu de rapnzes novos. cessos ,mHtiplos, se11do o ultimo ,1io-lom- so dc grande comoçào, esperou que mais vid.e S, Viceote de Perelra-OVAA Mo.s, tornando o ponto mais a sério, e bt1r. c11ja caviclade ili tl11 fos.\a iliaca esq1ter- va (Osse a clarida<le e, nitidamente tornou nao fazenda caso da unica dificnldnde da ao 11111, sendo por 111im tratada déste 1U- a ver a. Ralnha do Céu, a Nossa Mae e Vrio o Snr. Dr. Antunes da Vila da Feique teria. pela. fronte - a questoo da Hn: advogadal gua, quo éle falarin - aproximei-me pe- ra, infonnou-se do caso mas oao meteu t1mo abscesso. /irnntlo 1mtao co111pletat11811Quando mais tarde vi<'ram busca-lo para te restabelecida. medo (roas era eu quem sofria as dores). dindo-l~e desculpa, e perguntando-lhe Po, me se, peclido, pa5,ço o presente que o conduzirem à sala do operaçòes, ja no i\feu ma.rido Coi tcr com outro, pois as em italiano, se ele fnluvn italiano ou laelcvador, sente-se muito a!lito; é amparal1$Sltl0. tini. Respondeu-me que niio, em frnnces. dores no quadri! l'!ìquerdo eram muitas. do pelo médico e, dc rcpento, tem um granEste médico viu e disse que era uma vaClaro esta, que nào tive outro remédio Q111nta. d.8 Atliie,. 11 de j1111lto de 1930. de v6mito, apara as màe,; e deita a casca cina. A' segunda visita lancetou-ma e ficou sena.o ir arranhando o meu frnncès, con~ da crvilhana! Olivt:ira dc Azemt•is. for!DA3 pnde. Quem hnvia de ser aste sa- um pouco assustado. Nào foi éste um granùe milagre? Meu marido tornou para o S('gundo e dal cerdote? Um Arqu1mandrita do ConstanO rapnz, préso de grande a.legria parepor um més fui por Ne lanct'tado no braço Perfdaa e dOrea. tinopla'h,.que eeta em Roma tra balhundo cendo-Jhe que ja ostava cura.do pedia que <lireito. Pa.ssados tempos tive dt• ser lancene. codtt1caçiio do C6digo para a lgreja t.ada na pema direita Maria Tlele,ia Bravo " Castro, cua Fer- o d<>ixa:;sem sair logo para voltar para junOrientai. De Roma voltare. para a SuisDt·pois assiro fiqut'i gritando com dores reira Gu1mariies, 52 r. Porto, em carta de 2 to da sua q uerida fam!lia e corno eia nao :.n, onde vive habitualmente; ·nao poden- noi1 intestinos pois clas eram fortes, - di- de maio diz o seguintt•; cei.sa. de dar in!initas a.cçòes de graças à. do torn?r a Constantinopln, visto ser um zeado-me os médicos que eu nào tinha gran«Ila dois ano~ que li~ urna promessa da Nossa Divina Mie, à Màe <los aflitos.n · f>&l"\8gu1do dos tnrcos, que o matariam de mal publicaçào de urna graça recebida, por in:'18 o ).a a.panha1,.,'-òflm. Ern scismatico e Um dia leimei com o Snr. Dr. Antuoes tennédio da Virgem de Fl\tima, sem que teDoença grave. converteu-se, ha qunsi dois a.nos, entran- para Ole me observar bem e élc assiro o fez. nha conseguido cumpri-la. do· na Igreja CatolicA. Folei-lhe em NosJoana Rodrig118s ,lfa,ti>tS, dc EstarreDissci-me que eu tinha um rim em muito Prometi publicà-la no dia 13 de Maio e sa. Senhore. de Fatimo, de quo éle niio co- mau est.ado e julgou o caso de morte. Veio o ano passado fui com /l~~e fim .1. 11111 ci.)s ja em carta de 13 de ma.io ultimo diz: nhecia. nada, e prometi mnndar-lho a «Ré- segunda vez e disse que nao sabia se era diarios do Porto. tendo-me prometido os «Estando minha filha Maria das DOres vue du Roeairen, o que fiz, mnndnndo-lhe o rim se era o baço inflamado. o que s6 l:lO rcdactore:; que sairia ;,t,m falta nesse dfa. Pereira da Silva,• ausente na América do juntamente o livro do Dr. Fii;cher e umn raio X se podia sab<·r. In!eli,mente v1 com surpresa. que no dia Norte ha quasi 10 anos, e o ano P{lSSado fotografia. da imagem de Fatima. Ficou Oi,;.<;e a meu marido que la !Osse da{ a 13, nem dias segui_ntcs o jornal a. nada se encontrando-se em estado grave, eu recontentissimo, e deefnzia-se depois em dois dias, o que éle fez. Que era médico rdt:ria. Lembrei-me pois de vir pedir a corri a No,;sa Senhora ùo Rosario de Faagradecimentos, dir.endo que Deus é qM M. 30 anos e que nunca tinha encontrado V. Uev.cta para a publicar na Vo.r da Fa- tima, se a melhorasse dess.-i doença lhe me tinhe. mandndo ir ter com ele, para tal enfermidade. tiwa do pr6ximo dia r3, desejando saber mandar o valor de 5 dollars que corresponIhe fnlar de Nosiin Senhora de Fatima, Meu marido, que andava ansioso pela mi- a.o mesmo tempo quanto tenho a pagar por dem a no$oo; Nossa Senhora lhe concede que ele noo oonhecia nem, sequer, o nha so.ude, veio um pouco triste, mas a.o t•ss..-i publicaçao. A graça é a que segue: deu essa graça pelo quo lhe envio a dit.-i nome. mesmo lempo tomou a resoluçào de proAchando-me gravemente enferma, com import.Ancia, pois quc ela 6 Nossa J\.lie MaJn veio ao Colégio visitar ll nossn lin- curar um médico que se interessasse deve- <lorcs horriveis, e tendo o médico dito quc ria Santissima a quem n6s todos os dias da imagem, g011tando muito. Dei-lhe ras pela minha s..'\ude e encontrou o Ex.mo urna feri<la que cu tinha, nii.o cicatrizaria pedimos graç.as. tnmbém um e~mplnr de u.A.s grn.ndes ma- Snr. Dr. Valente, de Adàes, concelho <le t.,o cMo, pedi a. N. Scmhora de Fatima no Pt.,ço o lavor de publicar no tao querido ravilbas de Fatimau, quo me pediu, pa- Oliveira de Azemeis que procurou todos os dia 12 de ~Iaio <le , 928 a graça de me cu- jomal o. Vo.r da Fdtima esta graça que ra mandn.r a. uru rnpnzinho portugu& meios de me salvar a vida.. Por fun come- rar, e no dia 13 quando o médico chegou, Nossa Senhora me concedcu.u (um tal Viegns) dna sua11 relaçòes, que çou-me um trcmor ~o lado esquerdo no ficou admirado de me encontrar muito mec,e encontra. na. Suis~u. num sanat6rio de rim que o Snr. Dr. Valente mo lanceton. lhor, e a ferida começar a cicatrizar, nao Tuberculoae. tuhercul0110s. Levou tnm'bém o nrtigo, O pus estava à Cunclura de onze centime- !;Ofrenclo as dort'!l qu,• atti al me atormenMaria Madalena l'into Dias, de Vian., sòùre ns apariçoos do Fatima, ultima- tros, deitando cerca de dois litros. No cu- t.wam. Promcti publicar a graç.i no dia 13 de do Castelo, em carta de 3 de junho ullimente publicado no. uStella mntutinau, rativo, à noite, moio litro. Assim fiquci por a que atraz ~ referi, e disse quo o io. espaço de dua.s sem;inM a fazer cuµtivos Maio e é cheia dc rrconhedmento que o ve- mo relata o seguiate: uVenho respeitosamcnte pt-dir a. V. Rev.• mandar à. fnmflin reni da Grécin, que trés vezes por dia e no fim j.l. nem obcdc- nho fazer, agradeceudo assim à SS. Virsem se eucontra. exiladu. em ]'lorençn, e cujos eia a dcsinfect.antes nem às rnjecçòes. O Sr. dc F.1.tima a sua poderosa. e bcnéfica inter- se d1gne publicar no jornal Vo.r d,l Fcitimu, membros, a-pesnr-da serem scisma.ticos Dr. Valente declarou a meu marido que eu, n·ssào. Graças e lonvon-s à SS Virgem do a graça alcançada por intennédio de N. Senhora de Fatima que passo a expor: ferrenhos, sii.o muilo devotos de Noaaa. ou tinha morte pr6xima ou (icaria com fe- Hosario da Fatima.11 rida aberta em quanto viva. A<loeci gravemente cm 1928, tendo o Senhora. Ne:;ta ocasiào veio-mc visitar umo. miSlngular col ncld~ncl:: l pulmio esquerdo bastante contamina.do a Prouvera a. Dous qu.e, por iutcrcessito de ponto de o médico quc me trat.'lva me jul-. ~01--in. Senhora do Ro~:tri.o de Fatima., nha inni!. quc: é assinante da Voz da FtitiAna Febrcfoio Sérgio de Fana Pereira, de gar perclida. essa nobre fnmma seguisse o exemplo ""' e me contou os grando,; milagres de N. Tavira • (Algarve) cm carta. de 15 de junho Fui observada por trl\s mcldicos durante deste Arquimnndrita, entrn.ndo também Seohora do Rosario. Meu marido logo o foi buscar. dOste ano, diz: o. minha doença e a an:'ilise de axpectorana Barca. de S. Pedro -sujeitando-se no Foram depois cm busca de agua de Fa«fmplonndo da Divina Màe de Jesus, ç:lo acusava bastante~ bacilos. Vendo que 1foico Pastor do rcbnuho de Cristo, ao tima para fazerem o curativo tanto à fe- da.quela que quis gpa.rc·cer na csttl.ncia bendi- os recursos da mf'dicin.-i seriam ìmpotrnPontffioe Romano I. .. 1> rida cç,mo a outro lumor quc, estava a ta da Cova d.-i lria onde tcm conquist.a<lo te, para debelar o mal que tanto me fazia :unt-açar, 110 lado tlirl-'ito, de tt-r de ser lan- tanta,- almns, 1Jt1lhares drlas, num momen- so!rer e a minha famflia, rt'COrri, chei:i. <le l'isro11de de Jfontelo cctado. • ' lo doloroso da minha viùa, prom1·ti à No5- fé e confiança, Aquela que é a Sau<le <lo,i

AS CURAS DE FATIMA

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• VOI DA FATIMA

4 eofermos - a Nossa Senhora do Rosario da Fatima, prometendo couiungar nos din.s 13 de cada més e publicar a. graça da minha cura logo qut· eia se efectuasse. A minha boa Màe do ~u. cujo patrocinio se tem experimentado tào poderoso a favor dc tantos infelizes, dignou-se ouvir as minhas humildes queixas alcançando-me a graça duma cura completa qne experimento e o mcu médico assistente constatou. Aquì fica, pois, consignado o tributo da minha humilde mas sincera homenagcm pa.ra com Aqucla que nunca deixa de socorrer aquelc:; que a Eia recorrem com amor e con!iança,,.

Doença nae fossaa nasals. Cdndula Jlfendes; de Ourém, em J dc rnaio ultimo diz-no~ o que segue: 1t.H:\ tcmpos j;\. que me qucixava de urna ro~sa nasal na qual mc apareccu uma t·xc rescl:ncia quc dia a dia mais me tapa.va o 11a.ri1.. Assusta<la j,t e aconsclhada por todos a consultar um médico, rcsolvi suplicar Aquela perante a qual a i;ciénc.ia é nula que me cur.i.sse, e, se dentro dc um certo praw isso aconteces!>C 1ria ao S<·u Santuario cumprir urna promessa que fiz entào. A respo~ta nào se' fez l'sperar, pois dt•ntro de 5 dias est.ava complctnmcnte curada. c sem vestfgios alguns do que por tanto tempo me afligiu. Para cumprimento da mcsma promessa peço a V. Rev.a o obséquio dc fnzcr publicar estas linhas no jornal Vo.r da Fatima nao sendo mais exlensa por haver casos que s6 verbalmente 111: podem cxplicar."

- - --+e,----Vo z da Fatima D esp èsa Transporte... ... ... ... . .. 211-388$65 Papel, composiçii.o e impressào do n. 0 93 (66.500 e:xemplares)... ... ... ... ... ... ... 3.637,50 Fronquias, embalogens, transportos, gravuras, cinta&,

etc. ... ... ... ... ... ... ... ...

725$60

215.751$65 Oona t lvoa vàrlo s P.e Ant6nio Roliz, de Macau, 789$00; Sobnstiiio Rodriguos dos Santos, da India, 80100; Muria Cart.-Ola Peixe, de Jbnvo, 120$00; J9sé Raimundo dos Snntos, 50$00; de jornnis dbtribuidos no mosteiro da Serre. do Pilar, 110100; Angelinn da Concoiçiio Sonre.~ Motos Louzncla, 150$00; Jonquina Vieira, 50$00; Moria doe Santos Mirnnda, 40i00; Joaquim de Sa Couto, 30$00; Viscondossa do Ervodal da neira, 50$00, igrojn de S. Sebastiiio da Pedreira, 9-1115; dr. José Alexnndre Cnldas Fraziio, de Nova Goa, fi0$00; Joaquim Lencastre, 279$90; P.e José Mnria Antunes, 70100; P.e Manuel Mnrtins C'épa, 70$00; Maria dns Dores Ta,•nros de Sousn, 95$00; Alberto JdJio Monnt, 255$75; Pura Rodrigues Ramos, 50$00; Ma1·in AmtHia Guimariles Azambuia, 60$00; P.e Virgfnio Lopes Ta,·ares, 88100; D. R. C. 00,00: esmolaa <'olbidas na igreja da Misericordia de P6\"0a de Varzim, 172$35; A. J. Fernancles, de Tete (Africa), 100$00; Em!Iio de Oliveira, 50800. Esmolas obtid.. em diverem1 Jgrejna, por 0<-aeiiio da distribuiçiio de jornais· Nn T~reja de 8. Mamede, em J,isboo, no més do Março de 1930, peln Ex.ma Sr.• D. N. R. ... ... 10100 NI\ Jgrejn do S. Tingo de Cevimhrn, nos mesos de 1\forço e Ahril de ]930, po]n Ex.m• Snr.a D. Certrucles do Cormo Pinto . . . . . . 69,oo Nn Jgrein do Sagrado Cornçito rl" Jeans, em Lisbon, nos mesea de Ahril e Afnio de 1930 pela Ex.ma F-r.• D. Maria Matilde da Cunba

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Medalha milagrosa Passa no dia 18 para .19 do corrente o centenario da primeira apariçào da Santissima Virgt•m a Catarina Labouré. Eram onze e meia da noite quando esta religio,;a ouve chamar trés vczes seguidas pelo ~eu nome. Ao ncordar e ao abrir o cortinndo da cama ve um menino de urna belcza nrrc."batadora e que teria quatro ou ciuco ;1no~ de iùade, de branco e da sua cabeleira Joura·, ass1m corno de toda a sua pessoa saem mio.~ de luz que iluminam tudo em volt:1.. ' ,.\·cm, diz ne com urna vo1 melodiosa, vem à capela e; ut· a Santa \'irgcm esta là a tua espcra». :'lfas, pensa.~·a a irmà· 1.a:,ouré. se mt• levanto :iconlo tuclo \'Ìstn t·star num grande dormit6rio. - «Xiio tenhas mhlo. quo esta tudo a dormir 1: ninguém acordan. \'este-se ,\ pres~a e· -.;egut> o mcruno que caminhava à sua esqucrda, espargmdo raios de claridad<1 por onde passava. Por tMa a parte t-stavam também, com grnncle espanto da religiosa. acesas toda! as lu1.cs. Aumentou a surpresa quando ao chegar à porta da capela est.-r se abriu logo que lhe tocou achando tudo iluminado, lembrando-lhe (dizia eia) a mi'!Sa da me.ia. noite. Chegada à grade da Comunhao, ajoelhou-~c. con~rvando-se o guia de pé à esquerda. Pc·rto da meia nolte o menino a avi,;a d1zenclo: uAf vl'm ,1 Santa Virgem, ai estA». !mediatamente sente a seu Jado um rugido corno o rnçar de um vestido de seda e uma. senhora, de grande beleza vero sentar-se no lugar ocupado ordinàriamente pelo director da Comunidade, ao la.do esquerdo. A irmà corre a Jançar-se aos pés da Santa Virgem corno o teria Ieito com a pr6pri.1 màc. Eia lhe faz ,·arias recomeodaçoes e prediçoes dolorosas trndo sempre um ar triste. Tendo Noss.-i Senhora desaparecido, le· vantou-se e o menino conduziu de novo a irmà ao dormit6rio. Pensa eia que o seu guia f6.-;ge o anjo da guarda, pois que tendo tt-ma devoçiio à Santissima Virgem a quem <'scolhera por màe desdr que em pequenina ficara 6rfà, ardfa em contfnuo3 dc~jos d<> a ver e ,n~ .->v:t :::,.n •"> Anj.1 da Gunrcla p:ua Jhe Qbter esta graça. Ora, pouco c!epois de estar no dormit6rio ouviu bater duns horas <' s6 assim soubc o tempo que tinha estado com Nossa Senhora. Catarina nasceu a 2 de maio de 18o6, na Còte ù'Or. em França e aos 24 anos tomou o h:lbito das Filhas dt" Caridade. Foi al que a Sa11tlssima Virgem lhe apareceu por vàrias vc:zes. Mas a mais importante da~ apariçòl'!I foì a do dia 27 de Novembro de 1830, sabado antcs do 1 ° Domingo do Advento. Nesse dia, estando a veneiavel Jrmà. na oraçào da tarde nrs!la Capela da Comuniclade, Rua do Bac, Paris, a Ra!oha do Céu se Jhe mostrou, primeiro junto do arco cni1eiro. do lado da epistola, onde hoje esta o altar da t<Virgo Pot,ns» e dt"pois por detraz do sacrario, no nltar-m6r. «A Virgem Santissima, diz n Irma. esta.va de pé sdbre um glolio, vestida dc branco-aurora, com o feitio que se diz d Vfrg,m, isto é, subido e com mangas justas. véu branco a cobrir·lhe a cabeça, manto azul prateado que lhe descia. até aos pés; o ca.belo em tranças, ""guro por urna uta debruada de pequena renda, que sObre èle ponsava, o rosto hf·m descoberto e de uma formosura indescritlvel. «As mfios, elevadas até à cinta, sustPntavnm outro globo, figpra do munda, remat.-ido por urna crurinba de oiro; a Se-

,·,·ste

nhora todà rodeàda de taì esplendor qu: era impossivel iixa-la; orosto iluminou-se-lhe de radiante claridade no momento em que com os olhos ll•vantadc,c para " céu, oferecia a.o Senhor ésse globo. «De repente os dedos cobriram-se de anf'is e pedrarias preciosa.s dc extraordinaria beleza, donde se dcspcdiam raios luminosos para todos os lados, C'n,·olvendo a Senhora em tal esplendor que ja se lhe nào via a tunic-i nt"m os pés. As pedras preciosas eram maiores umas. menores outms e proporcionai~ eram também os raios. luminosos. «O que entào c·xperimentei e aprend, naquele momento é impossfvl'I explicar». uComQ estives.<;e ocupnda em contemplala, a Yirgem Santissima baixou para mim os olhos e urna voz intcrior me disse no fntimo do Coraçào; «lste globo que v4s represe11ta , o mundo mteiro e em especial a Frcinça e «1da pe-ssoa em particulaY,1. Aqui nflo sei expriIT)ir o que descobri de beleza r urilho dos raios t.'io respland<'Centes. A Santissima Virgcm acrescentou: ueis o sfmbolo das graças que dt·rramo -.òbre as pessoas que mas pedemn. «Des.1.pareceu entào o globo que tinha nns màos; e como se cstas nao pudesst"m com o péso das graças, inclina.ram-se para a terra na atitude gmciosa reproduzida na Medalha. «Formou-sc entào em torno da Virgem um quadro um pouco oval onde em letras ùe oiro se liam esta~ palavras: «O' Maria, conc,bida sem pecado, rogai por nos que recorremos II t•os,,. Fez-se ouvir entào urna voz que me dizia: «Manda cunhar mna Medalha por 4ste modAlo; as pessoas que a trouxer,m indulgenciada Yccsberiio grandss graças, 111òrmente se a trouxerem ao pescoço: hiio de SM abundantes as grar.as para as pt!ssoas que a tro11xerem com confiança,,. No mesmo inc;tante o quadro pareceu voltar-se e a Irmà viu no rever;o a !etra M encimada por urna cruz. tendo um traço na bac;e e por baixo do monograma de Maria os dois coraçòes de Jesus e de Maria, o primeiro cerca.do por urna corOa de espinhos. o segundo at.roves.~do por urna espada; e. segundo tradiçào ora! comunicada pela Vidente, uma corOa de doze estrèlas a cercar o monograma de Maria e os coraçòes. Também a mesma irmà disse depoi!l que a Santlssima \'irgem ealcava aos pés ama serpente de c0r esverdeada com pintas amarelas. Passaram-se dois anos sem qu<> os Superiores eclesi:'tstic<>" d<-cidissem o que havia de faur-~: até quc, clepois do inquérito can6nico, Sl· cunhou a Mednlha pqr ordem e com aprovaçao do Arcebispo de Paris. .Monsenhor de Quélen Para logo começou a. espalhar-se com muita rapidez e devoçào I pelo mnndo intc-iro, acompanbada. ~empre de prcx\igios e milagres extrardinarios. re.anirnando a fé quasi extinta em muitos coraçoes, produzindo notavel restauraçào dos bons costumes e da virtude, sarando os corpos e convertendo as alma.s. Entre outros prodfgios é célebre a conversào do JU· dt·u Afonso de Ratisbona, acontecida depo1~ da visào qne ele teve na igreja de Santo André dellt Frate, em quf' a Santissima Virgem lhe apareceu corno se representa n..1 J\Iedalha Mila.grosa. O primeiro a aprovar e abençoar a Medalha foi o Papa Greg6rio XVI, confiando-se ~ protecçào dela e consf'rvando-a junto do seu crucifixo. Pio IX seu sucessor, o Pont!fice da Jmnculada, gostava de a dar corno prenda particolar da sua benevoléncia pontiClcia. Nào adrnira que com tao alta protecçào e à vista de tanto,; prodigios se propagas~r rapidamente. S6 no e«oaço de qua.tra anos, de 1832 a 1836. o fabrica.nte Vechette, qur foi incumbido Je a cunh11r. wncll•u doi~ milhòes delas e-m oiro e prata e dezoito milhòes de cobre: em Pa-

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Xa'"ior ... ... ... ... ... ... ... ... ... 152100

Nn Jgroja de 8. Mamede, em J,isbon, no m& de Abril de 1930, J><'ln Ex. 111a Sr.u D. N. R. . . ... 10$00 Na Jgroja de S. M.nmede em J.isbon no m& de 1\.fnio de 1930 1•1>ln Ex.111• Sr.a D. N. R. ... ... 10$00 1" n Jgrejn do Sagrnclo C-0rnçio rle Je.'m~, em Lisbon, no m~~ cle .T unho de 1930, pela F.x ma Sr.a Jl. Mnrio Matilde da Cunhn Xn, . '"i<'r ................. 28100

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JACUUT6RIA INDULOENCIADA Nos~a Senhora do~'Rosario..•da F a tima, rogai por n 6s. 300 dias d'incfolg~ncia por c.ada vez ( S. Pom. Ap. IJ edov I927.) L eiria, 2r de Junbo de- 1930.

7 JOSÉ, Bis/.J de Ler'ria.

FATIMA

a Lourde s Portu g uesa

lmpresslles de vlagem peto Doutor LUIS FISCHER Profeuor da Unlversldade de B1mberg. ( Alemanha l

Traduçio do Re,. SEBASTIAO DA COSTA BRITES, pàroco da Sé Catedral de lelrla -

Preço 5$00; fpelo correlo, 5$70

f..ste livro moi to intere11s1rnte. coja prlmeira ediçlo a)emli de IO (X)() exemplar es •e ei<r,rotou n 11 Ale man1i a e m 4 mese" cr.contra-ce

m« VOZ DE FATIMA, e m Le lria e no

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ris onze fabricantes mais vendcram outra9 t.-iotas; <'m Lyon quatro cunhadores venderam o dòbro e em vari4s outra.s cidades da. França e do <'Stranjeiro se fabricou e vendeu numero incalculavel de J\fedalhas. () que nào tera sido desde 1836 nté agora! Graças a esta difusà.o prodigiosa, foi·!~ radicando mais e melhor no povo cristao a crença. n-i Imaculada Conceiçào de .Maria ea devoçào para com tào excelsa Senbora· assim se preparou es.sa apotense sublime da Ddiniçào dogmatica dc 185~. que a Yirgem Santi~sima veio como que confirmar e agradecer em Lourdes em 1858, coroand<> assim a apariçao de 1830. Em outra~ apariçòcs subseqtlent<.>s a Santissima Virgem falou a Catarina Labourl· da fundaç.ìo duma Associaçào de Filhas dc.' M1ria qu<· dcpois o Papa Pio IX aprovou a 20 dc Junho de 18~7. enriquecendo-a com as rndulg~ncias d,l Prima-prim;hia. Espalhou-se ptlo mundo inteiro r cont:i. hoj~ mais de 150.000 As!IC>Ciadas. Lt·ào XIII a 23 de Julho de 1894 instituo a Festa da Medalha Milagrosa com rito duplex de 2 • clas.~e; a 2 de ?ifarço <le 1897 encarrega o Cardeal Rìchard. Arcebispo de Paris. d~ coroar com o seu nome a estatua da. lmaculada Virgcm Milagrosa que est.i. no Altar-m6r da Capt>la da Apariçào, o que se fez a 26 de Julho do mesmo ano. Pio X nào esquecc a MilagCO!;a no ano jubilar: a 6 de junbo de 1904 concede roo dias de indulgència de cada vez que se diR'"' a invocaçào: 110' Maria, concebida etc. a t'ldos quantos tenham recebido canònl· camente a Santa Me<lalha; a 8 de jolho de 1909 institue a Associaçào da Medalba }.Ji. lagrosa. com todas as indulg~nrias e privilégios do Escapul.irio azul. Dento XV e Pio XI enchc·ram a Medn.lha e a AsGOCiaçào de novas grnças e favore.~ Que rica e preciO!l.-i é pois a Santa l(Jedalha que a noss.1. 11-Iàe do uu nos veio trazcr f'm 1830I E corno a devemos estimar e apreciarl M;is crcscera muito mais a nossa estima se soubermos compreend.-r as liçòes que .Maria Santissimn. nos qtris dar na mesma Medalha. Ei-Jas em resumc,: No anverso vemos a imagem de Nos..a Senhorn tnda bela, toda bondosa, com a• màos carregadas dc raios luminosos . .,..c,s quais S<'gundo Eia mcsmo dis.<:e, representam as graças que derrama s6bre as pt""''lOa5 què Jhas pede,n. e torna cuidado de nos dizer, corno devemos pedi-1.u, ens!nando-nos a oraçào: O' Maria concebida s,m -f>t!Cndo. rogai por nos que ,,,r:orY11nos a vos. A Virgem toda mdiante de luz calcando a serpente. Jembra-nos a sua Conceiç3o Tmaculada, portanto a queda originai. o Salvador prometido, etc. No reverso _vtmos :1 cruz, simbolo ~ Re<le.nçao .. Mana _a-<;i;oc.1ada a <'llS-1. obra divma,. med1ad:>ra 1unto de Jesus;. a cnn e o~ do1~ cornç~s. fal:;m-nos de candade. pemt~ncin, mortiflcaçao e amor; as doze estrélas lemhram Q zGlo do ayastolado ~ _a recompl'nsa que o espem. Nao M. inscnçao Mste lado. porque, con:o ~~s:i Senhora di~•e. a cru1, e ~ coraçoes duem bastante. O clirector nac1onal é o Rev P.• Hent1que J\[nchado - Vizeu.

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HoJe • , , agora mesmo Num • hoc;pital dO'I !lub6rbios de TolO'!a ( França), clefinhava-o;e um pobre 9?ldado, de naçào anamita. Preguntado mmta v_e.z se desejava baptic;.-ir-se. respoudia invarià· "elmente: -- àmanhii. Entretanto faziam·!!C muitas or.içoes r>rl i sua conversiio: os seus camaradas cat61icos, do arsenal, pediam também ~r l le Tantas oraçòes niu:> pocliam deixar de 'ler ouvidas. Um dia. o doente aproxima-se do ca.pelio do hospital. e po!ltO de joelhos, pede-lb~ o baptismo. Bem 11e pode supor o alvoroço com q'be Ioi acolhida e despachada tào suspirada petiçao. ' Depois do baptismo, exort.ou o CapeJJo ao feliz ne6fito o receber N. SMihor. Ou,;a tudo o doente com manifesta comoç§o de temnra. Se as.ciim o queres. meo Iilt,o. àmnnhà de manhu te tr:ir• 1 S1~w Pai ... A i~t"' acode o recembaptisndo. com ilumila::b expressao de rosto: - F'adre, àma11n1i nào. mns hoje .. agora mesmn ... Àmanhil. quern sabe o que sera? E tinha razào! Depois de comnngar, o enfermo parecf'u adormecer; ma.~... para acordar no céu ! ( facto bist6rico) QJant:l'I alma.s ~e salvariam volt:ando-ee para Deus com a resoluçào déste dito.o nt6fito: àmnnha. nao; ma, hoje... agora mes· mo ... Amanhii. quem sa.N o que seri?

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Se esUi culpatlo pror,lle emendar - t~. e eenJo tea culpa, tr3b de ,ofrer peto •'"or de Dens. /mli. de Cristo. L. lii. Cap. XL V1.

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Ano VIII

Leiria, 13 de Agosto de 1930

N.0 95

( COM APROVAçAO ECLESIÀSTICA)

Dlrutor • Prapriet6rio: - Dr. Manuel Marques dos Santos Emprlsa Editora e Tip. Unilo Gré.flca, Travessa do Despadzo, 16- IJsboa

Ad•h1i1tr1dar: - Padre Manuel Pereira da Silva R.ed/l#llo e Admlnlstraçllo: Semlnàrlo de Lei ria

Fatima, estrofe sublime do grande poema do amor de Deus Jesus lançou novamente a rede admiravel do seu amor sobre todo o mundo, para nela apanhar tudo o que é ainda susceptivel de se deixar pr~nder por este amor. Pois Fatima nao é mais que um dos seus muitos pontos estratégicos, na linha da grande ofeosiva da hiper-natureza, pela qual Ele quere reconquistar um mundo atascado no pecado e na matéria. Dr. L-u.is Fischer, lente da Universidade de Bamberg (Baviera). A "Semana da Entronlzaçio •- No ceniculo de Liaboa - Oa arautoa de Cristo-Rei -Amor, acçlo e reparaçio - • Suraum corda 11- O arco-iris no ciu de Portugal. De sa bado, 21 de J unho ultimo, a sex~feira, 27, dio, da festa. do Sngrado Coraça.o de Jesus, renlizou-se, pela primeira vez no nosso pufs, a jornada da «Semana dn Entronizaçlio•. Foi Lisboa a cidade privilcgiada a quem cou be a honra intiigne de waugu.rar, no snliìo do Patronaw de 8. Sebaatiio da Pe~eirn, o série desses congressos do Rei do Amor wefavel, iniciodt\ sob os ~elborea uuspfoios e com um éxito super1or a toda a oxpectativa. Deve-se tam nobre e tam. fecunda iniciativa a.os ap6stolos do Reinado Socinl do Coraçi'io de Jeaus, fa.11\llge esoolhida de novos c1waloiros do ldenl, ainda pouoo numerosa, mas jl!. brilhante, formada. por a.ut41nticos valores do nosso meio culto e piedoso que se aesinalam pelo ardor do seu zélo 'esclarecido e prudente e pela. sua, activido.de vigorosa. e indefessa. A a.doravo! oc6nomin. da Redençlio exige que 08 homèna cooperem generosamente na santificaçilo e salvaçiio una dos outros. Ninguém pode runnr a Deus sem amar o pr6ximo e ama-lo é sobretudo trabalhar pela. sua. salvaçiio, orando por ele e reparando os pecados que cometeu, para. que a graça do Benhor desç.a. s6bre a sua alma e a purifique e redima. Fo1 esse e.spfrito de penitencia. e de reparaçao que a Virgem Slllltlssima veio prèp:ar a F11.tima., ha treze a.no,, pela boca doa trea humildes pastorinhos de Aljustrel. Dosde a épOCI\ bemdita das apariçoes, a Lourdes portuguesa, ma.na.nciiQl fecundo e perone de vida cristi e piedosa., que irradia. luz e cnlor por todo o prua e pelo mundo inteiro tornou-se um d1que formidavel oposto à. onda. avassa.ladora da impiedade e da corruçào morn.l e ficou aendo simultAneamonte o trono mais explendoroao do Rei de Amor e o tn.Ais belo centro de devoça.o à Virgem na. nossa querida Pittrin.. 8am . Fii tima, eem a deacida prodigiosa. da Ramha do Céu aos paramos agrestes da Serra de Aire, sem n. intervençiio extaordinaria da augusta. Pa.droeira de· Portugal, o rennscimento religioeo, rapido e intenso, operarlo em t6das aa regioes do pa{s e em tadaa na oamadaa da popular Qio, conatituiria um fen6meno obsolutamente inexpli~vel.

Sursum corda I Corn.çoos no alro. Embora as potencia.s do mal ee leva.ntem, numa furia. insensata, contra Deua e o seu Criew, oontra Cristo e a, sua. Igreja, os esforços que empregam eerao felizmente bn.ldados, po:rque no céu da Patria surgiu um formoso tu•oo-iris, penhor seguro de triunfo e de po.11. A glorio,ia Rn.(nha do Santissimo Rosa-

finalmente Deue n. Portugnl e Portuga.J grandiosa ~eata.çio de fé o piedBde da. naçào fidelieaima o Ero.mo e Rev.""' a. Deua I Benhor D. lianuel GonQ&lvea Oerejeira, Na "Bracara Auguata • -O Congres- Cardial Pa.tria.roa. de Lieboa, constelado so Naclonal do Apo1tolado da Oraçlo da plèiade brillla.nt.fseima. do11 venerando& -0 Venerando Prlmaz das Hepanhaa Preladoa portugueses, que a, paJavra. auw- Reetauraçlo. reparaçlo ref,!enera• rizada do Ein.•11° Cardia.J Loootelli, antigo çio-0 Samelro, a terra no Céu-fa• Nuncio Apost61ioo jllllU> do DOBBO Governo, proolamou, num preito jmitiBBimo a tJma. o Céu na terra.

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AO DESPAZER DA PROCISSA. O

rio, dignando-ee bai.xa.r seia vezes a esta De 8 a 13 de Julho findo, efectuou-ee terrn que é eua, porque é a terra. de San- na c1dade de Braga., capitai do Mi.nho, ta Maria fez de FM.IDl.a o santuario da que com a.rzào li8 ufnna de eer chamada a sua predilecçiio e prodigaliu, ali, naquela Roma portu~ueiia, o primeiro Congresso estlncm ungida de mill'Mrio e perfumada No.cionaJ do .Apostolado da Ornçlio. de milagre, os tesouroe inuhaurfveis das Como Emba.iudor eapecial de Son. Sansuas grnçae e da.a suas bénçiios, para dar tidnde o Papa. Pio XI, pl'68idiu a eesn.

PINAL

éle rendida. pelo seu t.,lento pela.a au.aa virtudes d pela 1ua. dedicaqoo à Sa.nta. SI, como o mellior epieoopado do mundo. Sua Ex.• Rev.au o Senhor D. Manuel Vieira de Matoe, venerando .Arceb1spo Primaz, de&envolveu uma actividade admiravel para a boa organaaqa.o de toùos


VOZ DA FATI MA

Um anjo no exflio - Nostalgia do Céu - A mesa do banquete divino - flores roxas de martfrio - No regaço da Vfrgem - Regresso PAtriaJ

sem

duvida graças ao eeu ponente emboru corno é natural, niio tentes para fazer cair o r6cio de graças 01 11erv1ços e foi esforQO col088al que 0 Congresso r eveatiu l'Ovestisa'.e as proporçòes da. do dia. treze sòbre o solo patrio do que 08 trovéies daa aa proporç3ea de gra.ndiosidade, de ordem de Maio. D urante n hora de adoruçiio na- bornbardas em tempo de estiagem, para e perfeiçii.o que teve, tanto no oon ju.nto ci9nnl presidiu à rec1taçii.o do terço, ~x- on·a.lhar 'as flores e as hervinhns do como em ca.da. uma das partes do seu phcando o~ respeoti\·os mistérios nos 1n- campo. à Creio que é aH a morada. terrestre desprograma. tervalos das dezenas, o rev.do J ~ Cesa Mii.e Omnipotente nus sua.a suplica.s. As sessoes solenea no Teatro-Circo re- téstino Lopcs Buln?A!iro q ue, depo1R ~e Creio que Eia tem feito e continuar, Maria Dia.s Lopes, filha de Alvaro Lopes suita.ram u ma a.poteooe calorosa. e entu- vinte anos de e::tilio, veio do Brnsil n si!Uffiioa a.o Divino ()oraçao de Cristo- !lltar l'ortugal e para o Brusii volta em o. esps.rgir beneffcios a miios cheias, e e de D. Narcisa Dias Lopes. era urna gentil -Rei 888im como 88 88S60e8 particularea breve. Sacerdote notavel pela. sua. virtu- que 8-0 seu enoanto sedutor niio baverli menina, a mais velha. de duas irmàs, prole abençoada dum Jar honesto e cristiio, co~da.e 'diferentes seoçòee fora.m um estudo de e pelo seu saber e encanecido no ser- pecodor nero miséria socia! que resista. solu.çào (mica e doce esperança dos pa18 Eu creio, eu crei o... eu creio.» · oonsciencioso da sua. a.dori\vel Pessoa, viço da Santa. lgrC1ja, o seu espirito exulextremosos. A sua. in!ància, inocente e desdaa suaa inefaveis perfoiçòes, do seu amor tava no. contempluçiio das m.aravilhns de TrAduçio dum lfvro alemlo 16bre cuidosa, tinha deslizado, tra.nqilila e suavepam oon nosoo das gra.çai. que nos d1s- Fatima, louvando a. augusta. Mie de Deus r,ttma.- O Deutor Luf1 Pieher, Lente mente, entre jardins e vergéis, à. sombra. de pensa, d08 se~s dire1tos inouferfveis so- por se ter dignado faJl&r déese reca.nto da Universldade de Bamberg. - Lour• arvores copadas, nas mnrgens ridentes e forbre n6s e dos no ·s<>s deveres imperiosos arido e e.~téril da serra de Aire, que eru. dee e r,tfma, mlradolro1 do Clu. - O mosas do Tejo, cujas aguas, na época das para. com Ele. ii Cova. da Jria., um verdad_eiro cant~- acontecfmento regllo.o male notivel cheias, iam beijar, espreguiçando-se, os muNos tra.balbos dos ora.dores, l1omens e nho do C.:éu. Aoompanhava o 1lustre e::u- da actualidade. - -E xcelente car,cter ros brancos da linda e aprazlvel estAncia em &enhoras ecleaiastioos e leigoa, fr1sou-se, lado outro sacerdote niio menoa distinto do• portugueaea.- A llteraturaea •Voz. que vivia. dum modo especial, a. necessidade de rea- {)('lo seu talento e JX'P !lfflls méritos, o da P,tlma• obra1 prlmae de lnform•· As maiores delicias dessa alma, em extau.rar a sociedade em Crhto, ~ndo o rev.do dr. Antonio Durào Alves, octual çlo e de verdade. tremo delicada e sensivel, consistiam em eslema de Suo. Santidade 0 Papa. Pio X, director espiritual do Seminario de Vitar junto dos pais estremecidos e da irmà de sa.ùdosa. mem6r1a., de repa.rar na cui- nbnis, a quem Fatima, com a sua a lta Sob a epfgrafe «Fatima a. Lourdes Porquerida, partilbando da.s suas alegrias e <1os paa individuais e as miquidades coleoti- e fecunda espir1tualidade, igualmente co- tuguesan, . pelo Doutor L. Fisber (Tip. seus desgostos e procurando com o cariano vaa para. deter 09 golpea da j ustiça divi- mo,·en e inundou o. a lma de santo entu- da. Uniio Grafica, Lisboa), trndu-çiio do e a ternura dum coraçào afectuoso e meigo, na e de regenerar ns almas que pecaram, siasmo. Dr. Sebastiào da. Co.'Jta Brites,-<> distin- corno anjo tutelar do santuario doméstico, trn.nsformnndo-as pela educaçào moral e .A ntes da mis,a. rios doentes, realizou- to critioo literario do grande diario cato- tomar-lbe menos dnras as prova.çòes do ex1rehiiosa e pela acçio da gl'aça divina em ·l>O como de costume, a procissiio da. Vir- lico da. capitai uNo,,idndesu, que eubscre- Ho, quc é éste vale de lagrimas e de mi~ Pedros penitentes e em Mn.dalenas arre- p;e1;,, Foi o mesmo entusiasmo de sempre, ve 08 seus artigos com as in iciais J. A. rias, em que passamos algumas horas antell pendidaa. · o mesmo a.cenar de lenços, a mesma chu- c. publicou no numero de vinte e cinco de raiar a manbà do dia eterno. A prooissiio eucaristica na tarde do dia. \' a de flores sobre o nndor, os mesmos de' Julho ultimo d&se jornal um primoA sua radiosa mocidade era uma mocidoze e a peregrinaçiio no Sameiro no dia vivas, ns mesmaa aclamaçòes, a. mesmu roso artigo ern que aprecin. e poe em dade exuberante de vida, cheia de \·';o • eeguinte foram cumulativamente o triun- comoç1Io, as meamas lagrima.s. Celebrou-se justo relevo aquele enoantador volume do frescura., polvilhando o ambiente de inefo explendido e magnifico de Jeeus 110 a missa oficial e deu a bençào com o 8011- sabio professor barnro. briantes perfumes e enchendo-o de _,;uav~s seu Sacra.mento de t\lllor, o de Mario. San- t{saimo o rev.do dr. José Galamba de E' aste esplendido urtigo que com n de- harmonias, q ual flor de encanto que desatissima, no augusto mi11tério da sua Ima- Oliveira professor no Seminario de L ei- vidn vénia se t r nnso1·eve a seguir: brocha ao contacto do orvalho matutino ou culnda Conceiçiio. ria, qu~ no mesmo lugnr, igual dia e houA traduçào, 6t1ma., deste livro estr a.n- ao beijo do ra.io do sol nascente, qual aveNo alto da montanha santa., por voto ra, tinha. ba dois 1,nos celebrado a sua jeiro é jii feita da segunda ediçiio a.lema, zinha canora que desfere na siringe do seu unanime da na.çao, erguem-se a-gora, la- primeira missa.. 0 que mostra que a Fatima. nìi-0 interessou peito os seus ~ticos de ventura e os seus do a. la.do, sobre majeetosas e imponenVinho. incorpor11<la. na. peregrinaçiio de a.()enas O professor da Universidade de trinados de amor. tes colunas, as estatuas do Sagrado Uo- Setubal a mira.culàda. de Julho de 1928, Bamberg, que a \ isito~, ma~ est.a desper Entre as meninas da mesma idade, suas l"&çaO de Jesus e de Maria. Fernanda de Jesus, qua, depois de ostar tando 0 intere.sse da. hlosof1a da Alema- vizinbas ~ companheiras, distinguia-se pela lmaculada, dominando com um gesto paraliti(;a. durante bete auos, se curou re- nha. o Dr. F1sher niio quis, entreta.nto, modéstia no trajar e pelo desprendimento de bençiio a. cida.de quo fica a. sous p~ e pt-ntinamente em J!'titima. Ul'lllar em' fil6sofo 011 em critico diante das vaidades do mundo. Um dia o pai qufs tada. a ditosa. torra de Portugal, o Sadaquela. porta do Céu, que veio encon- compra.r-lhe um vestido, mae a boa menina, meiro, o maìor e o mais belo sa.ntua.Peniténcfa e reparaçi o -NoblUaaf• trar na terr a !usa. que dèle precisava, reccando onerar o orçario Ma.ria.no do norte do pa{s, pelaa mo acto de fé - Poder da fnocé ncfa e S6 se fez pequenino, orou e fra.ternizou mento doméstico com urna dcspesa excessiaua.s 1I1Anifesta.çòee de fé e piednde, pe- da aantidade - O canto eterno do Ma- com os simples. Para ele, Lourdes e Fa- va, disse: la.s suas gra.ndiosas peregrinaçoee e pelas gniffcat - O trono eté rio da Vfrgem tima m1radoiros do Céu, para. géizo de to«Meu pai, nào quero que faça sacriifcios; araças e milagres que la se operam, é A morada terrestre da Mie de Deu1. dus us a.lmas do mundo; niio eiio privilé- nào compre o vestido, que eu posso remeverdade1ramente a. terra. no Céu e niio gios naciona.1s, favores cone:edidos por um diar-me com o que tenho11. pode deixar de rontinuar a ser o centro Dumu interessante e formOSf8Sima cnr- Céu parcial para logradoiro egoista. de Extremosa por sua m:ie, nào a abandode devoçiio mais querido dos portugue,,os ta com que O distinto publicista. sr. dr. oertos povo;. Por isso, depois de rezar nava um s6 instante, quando a via doente em h~nra. da. sua, nobre Pa.droeira, a. Ima- Crespo de Carvalho ~e dignon honrar o e:om os portugueses, achou que era. um de cama, rcnunciando e:ntào de boro grado oulada Conoeiçii.o. Ftitimu, santuario na- autor desta cr6nica. reproduz-se com a de- dever informar-se bem, com o Prelado de a. todos os seus divertimcntos e passatemoional, que a. Virgem oonsngrou com a. vida vén ia. o soguinte trecho: Leiria e com todl\6 as teatemunhas fide- pos, para lhe assistir com o disvèlo e a solieua. augusta. presenQA e o. que ltgou o doro «Confiteor. Haverei do confessa-lo. A dignM e depois ir para a. sua. p r6pria ter- citude duma dedicada. eufermeim, enquanportentoso de atra{r irresistivehnénte to-. minhu. romngem de treze de Ma10 foi ra. tornar conhecido o faoto de Fatima., to eia nào volta.va, recupera.da completadoe 08 oor açòes, é B<"ll1 contestaçiio o Céu obra de penitenci11, e reparaçào. ignorado de todos, nllo ob&tante Fatima mente a saude, às suas ocupaçoes habituais. Se, mercé dalguma indisPOlliçii.o de est6no. terrn. e sera sempre, por marcii da. Desm-i longo tempo das apariçoes. fo.~tituir um d-01 acontecimento, relioio• bemdito. Rafnha do Rosario, o IIUlnnncinl Babcar da Gl6ria. a. urna Terra, chama- &os ,nais notavei.,, 11e 11~0 o mai, notavel, ma.go, a màe nào tornava qualquer das refeiçocs, a pequena, triste e inquieta, dizia. feoundo e inexgotavel dos prodigios da da.· emborn de Santa Maria, mns onde da actualidadel) graqa., das curas mora.is, _mais ainda que tanta vez a impieda.de atropelara 08 sous Se a V1rgem aparec1da arrebatou o logo: uSe minha màe nào come, também eu dos m1lagree de ordem ffmca. mais belos tftu108 de Virgem e !macula- lento alemiio, por tal forma. que ele anda nào corno». A tudo antepunha o sosségo e o conchègo Parooe que Nos.'la. Senhora,. dignnndo- ! da (p.na. exemplo e m1nha. vergonha, nes- a trabalba.r !lindo. noutr a obra. de maior -se a.pareoer no centro geografi_co de Por- tn pr6pria. minha. terra, ainda em te~po tomo l't.cerca. da. npnriçilo portugue::1a, niio do lar, a convivència. dos pais, da irmà e tuga.], qufs fu ndar u.m santuario nce.sa(vel da monarquia pouco antes da repubh- doixura.m também de e ncanta-lo oe ,por- das outras pessoae dc famflia., N unca asisstiu a bailes nem freq0en1.()U a. todoe <>e seus filhos, pnra. q1;1e. ali acor- ca) ... a. urna. Terr a., onde ~ma primeira tugueses tao hospitalo1ros, tiio inteligenressem dos quatro ponto1:1 oa.rdrnis_ a pre&- revoluçào pr oclamara. a laic1da.de de todo te~, de Va.lença pelo Porto até à for mo- teatros e animat6gra{os, onde tantas alma.i ta.J-lhes ~ euaa homenagens e unplorar 0 _poder, das leis e das in11tituiçoes.:. urna sissima Leiria. Na. Fatima, entii.o, a. 11-08- perdem a in~ncia ou encontram perigos . . as suas. m1ser1c6rd 1as. ·. fl(lguuda ma.ndara. confiscar e violar to- sa. gente apareceu-lhe corno bem mais or- para. a sua virtude. Nào gostava de te pòr sòzinha às Janela.s No dia treze, por ocas1a.o da missa dos do:. 06 templos... e wna. teroeira. estava. deira, ca.Ima e mot6dica. do que os pr6doentes no templo do Sa.meiro o ca.pel.iio- promet1da. para. oxtinguir todo o culto p r ios tentòes, com os qu ais, diz o Doutor , da sua encantadora vivenda, e s6 o fazia mor doe servita.a de Fatima med1tou pu- om trez geraQòes... e logo ha.vi,. de eer !leria 1mposs{vel conseguir tanto. ordem junta.mente com sua màe. Para nào se aiasta.r um s6 momento da bhcamente os mistérioe do Rosario e na num.a. cova. deeorta na. ramagem duma em nglomeraçoes tìi.o oolossaie e tiio immisaa. campa.I oele~r3:da na grande expl~ azinheirAJ, perdida. 'em c.har~... Nio prov1sadaa. (E falavam do n_osso _meri~10- companbia. dos paia queridos, recusava-se na.dn. e a que aaB)&t1rnm dezenaa _de m1- e niio ... niio podia ser, mas hoje Creà-0. nulillmo e do nosso r evoluc1onan o b1cho at6 a dar passeios inocentes e higiénlcos pelos campos vizinhos. . . _ lha.r de pessaae fo1 o venerando B1spo de Creio que ba.via. no Pa{s mais de dez jus- cnrpinteiro I) . uFilha. adorada, di1.1a-lhe um dia a mae Leiri~ qu_em junto do ~ iorofone pr~ d i~ tos, que de mios leva.nt ada.a ao C~u~ qua.I Ve-se gu.e, no beneffoio sobrenatura.l à rec1taçao do terço e fe21 a. a locuçao f1- ?tfoisés forçaram a o1emenoia. divin e. a. da. sua visita, a Virgem troxe aoe portu- extremosa, acompa.nha a.s tua.s amig~ no n al. favor 'duma Patria que tinha por si a gueees beneficios concomitantes: a.té o de passeio que vào dar; faz-te bem respirar o ar puro dos pinhais, ouvir o canto das_ a.ve. :tstee dois factos, l_'parentemente tio tradiçiio de longevaa mi88088 da cnu:. eerem mais bem aprecia.dos I SJmp~es e tio natun us, !ora.m dece!1-<>, Creio que a. gratidii.o de D eus decretara. Quanto a. n6s, se o Jivro do sabio alo- zinhas e aspirar o aroma das Oores silvespor m esperados e tmpr8'Vlstos, um etna l no Alto a. imortalidade e a. regen.eraçiio mito niio trouxe nada de novo, podemos tres. «Nao, màezinha, replicava eia, se ~ e p rovide~cia l bem pa.te~te de qu.e oa ~oi.a dessn. terra. que alargara corno ne nbuma. pelo menos ver que nii.o eomos exagerados santuanos, o do Sameuo e o de Fatima O dominio do seu Jliba.ro. no ni>reço que faremos doe noesqe pr6pr1- a.compaohasse, iria. de boa vonta~e, ass~ devem da.r-se irmimente aa ~ ios para Creio que na. eua alta. glorifioaçiio de os t ra.bl}lhos: a literat,u fa fa.timense e so- prefiro ficar em casa, ao pé de Sl, do pa.ipromoverem, cad a. um na. med1da. a.o seu Media.neira. universal, a ternur a. da Vir- bretudo o jorna.lzinho uV oz da. Fat ima » zinho e da mana». A breve trecho chega.m os catorze 8:1105a l?"-noe, 11. gl6r1a. de Deu11, a honra d a gem Pura revindicou para ei o <!_ireito de siio notados pelo professor teut~o corno E' entiio que ~ ntarém, a formosa pn nce~ V 1rgem e o bem du almaa. redemir pela segn.nda. veE a. Naçao portu- obrJis p rimaa de informaçio e de verdade. guesa. E' certo que o D outor va.i nota.ndo que, sa do Tejo, t acolhe dentro dos seus ~ uros Creio que a Nossa Senhora. avistou do se a. Senhora quisCIISe apareoer n ~ Alema- IICCUlares, proporcionando-lhe, no Pet1;'ll~>DaA• comemoraç6e1 do dia treze- A1 modèlo de institutos_ féilllll.l.DOS Empfr:io tree crivtQM ingenuaa e sa.ntae n ha, teria. de apreaentar prime1r0 «cer- to Andaluz, peregrlnaç~ee - A proclello dae vetu educaçào e eD$Ìl!O, um abn go. seguro -A adoraçlo nocturna - Procl u l o, na. sua inooencla. e na sua. fé; e, na or- tidio de idade, de baptismo e de nac10- de a sua virtude, uma. escola pnmorosa mina, bé nçl o do• doentee e 1ermlo - dem sempre imnroessfvel da. P rovidència. nalida.de, para. que a. residènci& lhe fosae para para a cultura do seu espirito e um prolO_!l· de fn.zer d08 e oom os pequenin08 grande& • permitidau. M as o eep{rito poli<:ial d~ proa- gamento do la.r paterno, onde o seu coraçao A mfraculada Fernanda de Je1u1. obras, pos nelas os 01h08 da. aut. oom pla-- sia.nismo, que l& pelo Norte 1nva.d1u a.W encontra lenitivo para a ferida nele causaa. vida. religiosa., niio !be pa.reoe, ao Dou- da pela sa6dade na estima e no carinho dae A-pesar do calor ~ aordiurio e . qu,. cenoia., para. que em todu li.Il ai sufoca.nte que fam1a, a ooncon &DCla de houveees quem entoasse o 11Magn1f1ca.t n. tor fazer ca fa.lta. nenhuma e a.té aoh a. mestra.s e condisclpulas , sentindo-se pienaCreio q wi a. Virgem mediu a. compaaeo ~ melbor O ca.tolicismo livre e voluntli- mente satisfeita e feliz. fiéie ao locai da. apariçoee no d ia trece . de Julho ultimo foi bastante numeroaa, a. terra da. sua predile\',iio e encontrou na rio doe povos do Sul..,ll Ci.neo meses - os ultimos da sua eXllltènposto que um pouco inferior à do mls Serre.-D11.1re o centro delo. pa.ra. facilit&r cia sObre a terra, passa.•os no cump~ento o !\<l8ll80 a. todos 08 seu.s filhos. precedente. exacto dcs seus deveres, e na pratica de Creio que escolbeu essa gigantesca. ba.Entro as pereg.rina.çoes organizadaa que tOdas as virtudes crista.s. nasse dia. visita.ram a. Lourdes portugue- eia. da. Iria. admiràvelmente disposta. em Agil corno uma arvel~, alegre como _um sa, mereoem espeoial referènoie., pelo el&- soberbo - ~fitea.tro para. arreba.ta.r òs colibrì, eia é, nos recreios e nos _passeio~. va.do numero de pees0as de que se oom- olhos ~ os coraQ6e9 dos &eUB adoraòores. A md consciéncia est4 sempra inquie- sempre e em tOda a. parte, a amiga dediCreio na grandiosidade emociona.nte do ca.da das suas companheiras de colé~o, punham as de Setubal (220 pesaoa.s), ta e assll-Stada. Gotards dtJ brando soclgo igual para tOdas na estim3: e nos 01:>9éqwos Cem Sofdos (120 J*ISO&a) , Aloanede (l H e._~petaculo de fé que inoutem os cirios e 11.'l invoca.çoee para nbrir os olhos dos deste,i coraçao da nada ta acusa,. Nao se da amizade fraterna!. D6cil e obedi~te às pewJOna) e Cela. (Va.La.do) •. Ha.via, grupos de perognnos de Br a- orentes e dos cegos e paro. curar as doros te alegres s1mào quando fiures alg-rim bem . prescriçòes regulamen~res e aos mats leves accnos das suas supenoras e mestras, tengança,, de Chaves e até de Tuy: pe Al- da. alma. e os a.chaques do corpo. Creio que nos to~s ma.viosos da. ~ve-Ma.Imita.çao de Cristo, L iv. II, tando, por assim dize~. a.di':'1nha.r os seus on.ins veio gente a. po. A pr001ssao das desejos para os cumpnr, - 1mpoe-se como Teina, em que tomaram pa~ milha.ree ria subindo como incenso no eténo trono cap VI de peregrin08, re<1ultou grandiosa. e 1m- da' Virgem sii-O metrulhadoras mais po-

~r:açoea


VOZ DA FATIMA um mod~o de colegia.1 à admiraçao e imi-

taça.o das outra.s meninas. Afervorando-se cada vez mais na sua piedade, sincera e s6llda, era com as disposiçoes dum anjo que se aproximava da. mesa -eucarfstica., abrir,do o seu coraçao, puro e inocente, às doces carlcias do Divino Rei de Amor, corno a fior mimosà descerra a carola para receber tòdas as manhas as gotaa do orvalbo do céu. Um dia duarnte as !érias da Pa.scoa, fal~u uma pessoa de sua. famfila. No dia segumte era Domingo. À hora do costume, preparou-se para ir ouvir missa. A mae, ao vè-la ja pronta para salr, observou: «Minha Iilha, esta.mos de luto, e por isso nao ha obrigaçao de ir à missa. Olha que a tua prima hoje nao vai e tu nào tens companhial» Ao que a pequena retorquiu: «Os paizinhos façam corno quiserem, mas ~u é que nil.o falto à missa, porque as senhoras la no Colégio diziam que cada um respondia por si». Anjo exilado na terra, o Céu reclamava-a corno coi.sa que lhe pertencia. A doença, uma doença morta.I , vem roç{ùa, inesperadamente. com a sua a.sa. negra. No curto espaço de ciuco dfas, o seu organismo débil e franzino, a-pesar-de todos os esforços empregados pela sciéncia para a ~var, sucumbe aos estragos do mal que a mmava. Durante a sua dolorosa agonia, urna voz amiga diz-lhe, num dado momento, em que parecia sentir menos dores: uAgora nào sofre tanto. nao é verdade?» Cheia duma santa resignaçào, a pobre menina replica com vivacidade: «Ahi s6 eu sei o que so!ro. mas ofereço da melhor vontade txxlos os meus sofrlmen1os pelas almas do Purgat6rio». A sua devoça.o para com Nossa Senhom de Fatima, a quem tanto amava, aumentou consideravelmente durante os poucos, mas longos e interminaveis dias, do seu crucia.nte marUrio, que suportou na mais per!eita conformidade com a vanta.dc de Deus. Compra.zia-se mesmo em invoci-la e até ~ ~oras da sua lucida agonia achava refrigério, deglutindo algumas gotas de 11.gua da fonte miracolosa do santuario da Lourdes Portugue,-.. Urna vez a Directora do Colégio disse-lhe: «Pede a Nossa Senhom de Fatima que te dé sa.ude!» E eia, ouma angélica expressao de soplica, exclamou: «Nossa Senhom do Rosario de Fatima, dai-me sa.ude para fazer a vontade a mim e ao meu paizinhol» O pai preguntou-lhe um dia: «Minba filha, que prometeste a Nossa Senhora de Fatima, se eia te curar?» A" resposta foi: Vamos la. todos e eu levar-lhe-ei cincoenta mii réis,1. Às vezes dizia: «Na Cova da Iria ha. uma fonte de agua milito fresquinha ... n Era sioal de que a séde abrasa.va a pobre meoina, devorada por urna !ebre ardente. E a preciosa linfa, que lhe era ministrada às colheres, parecia deliciar-lhe a alma, ao mesmo tempo que lhe refrigerava os .labios crestados e a bòca ressequida. Foi com os mais vivos seotimentos de piedade que recebeu os ultimos sacramen~- Ficou assim preparada para a grande viagem da etemidade quo em breve irla empreender No dia trinta e um de ma.io. sa.bado e dlt;imo dia do mès de Maria, consagrado pela Santa lgreja a Nossa Senhora Media.oeira de t6cbs llS graças, à.s onze horas e meia da manhà. rodeada dos pais amantissimos, inconso!Aveis na sua profunda magoa, e de pareotes e pessoas amigas. a quem pungia dolorosamente o amargo espinho da sa0dade, a aogélica meoioa Maria Dias exalava o derradeiro sospiro, emquanto a augusta. Rainha do Céu vinha ao seu encootro e recebia oos braços mat.emais a sua bela alma, adorna.da ainda com a inocéocia do baptismo, para lbe pòr s6bre a fronte virginal a coroa rutilante e ima.rcesaJvel da eterna gl6ria. Visconds ds Montslo

Esta. cnlou-se mas fixou umo. imagem do Sagrado Coraçio de Jeeue que esta.va no. parede e eorreu à igreja. Aqui, por toda. a oraçio, pronunciou com f~ ardeot.e a.s seguintee palavras imitadas das do bom ladra.o : «Senhor, no vosso reino, tende piedade do meu filho e nii.o o deixeis perecer et<>rnnmente.» .A.o entrar em casa. quo.I nio foi o seu espanto ao ver o ar alegre e pietloso de seu filho I Minba. miie, disse éle mostrando a.o mesmo tempo a. imagem do Sagrado C<r raçio, Ele disse-me: «Hoje entraras comigo no Para{so.» Era a resposta do aalvador no bom lndriio oompletuodo a ora.çiio da mii.e. Pedo um sacerdote e depois conta tudo a aeu pai tìto impto como èle. Morre corno um predestinado e o pai oomeçon a viver como um bom crietao. Este facto passou-se hn nlguns anos em New-Iork o vem eitado no Petit Ap6tre du Sacré Ooewr, de M. Febvre.

Chegamos no dia seguiate à tarde, e assisti à procissào das velas . e à adoraçào noctuma do S.S. Sacramento, e a todos os mais actos do culto divino; e no dia 13 de manhii. recebi a Sagra.da. Comunhao. Às 9 homs fiz a entrega do meu atestado da doença no hospital. e em seguida dei entra.da no pavilhao onde assisti à Missa dos doentes e recebi a bé,nçào particular do SS. Sacramento. Nesse moment.o veio-me uma séde, tào grande que eu nào pude agueotar e pedi a uma das Senhoras Servitas um copo de agua. Bebi e fiquei bem. Dai a um quarto de hom voltou-me a mesma séde e pedi outro copo da mesma agua a outra seohora Servita. Quando bebi éste segundo copo da agua milagrosa senti-me melhor. Lembrei-me nesta ocasi:io de que foi um copo em honra de Nossa Senhora e outro em honra do seu divino Filho. Depois de terminados todos os o.ctos religiosos voltei pa· ra casa, com grandes saildades désse lugar bemdito da M5.e de Deus. T6da. a viagem, quer à ida, quer à volta. para casa, caotei sempre a Avé-Maria, com a grande confiança e alegria, que trazia no meu coraçao. Ja passaram u meses de experiencia com as comidas e nada me faz mal e encootrando-me cura.da da referida doença por intermédio de Nossa Senhora do Rosario da Fatima, que 6 a mioha Màe. Entero-colite. Eu sou Filha de Maria ha 18 anos e para que as pessoas que me conheceram na miAna Ferreira Salgado, da frèguesia de Pa- nha grande docnça, e a.gora vejam corno esço de Sousa, concelho de Penafiel: tou boa, envio a minha fotografia para ser Venbo por éste meio pedir a V. Rev .a o também publicada, pois a minha doença foi grande favor de publicar no seu jornalzi- terrfvel mas eu confortava-me com a vontahho o grande milagre que a Virgem Nossa de de Deus, que levou a sua cruz. e eu pe· Senhora do Rosario da Fatima me conce- cadora também a devia levar. deu. no dia 13 de Ma.io, do ano passa.do Para maior honra e gl6ria de Nossa Sede 1929, e que eu, muito desejava fazer pu- nhora do Rosario da Fatima pede a publiblico, para maior ~oora e gl6ria da Santis- caçao desta noticia a mais humilde das sersima Virgem. vas da Santfssima Virgem. e lhe agradece t.5.o grande graça que Eia lhe concedeu,,.

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As curas de f atima

C5Jicaa gravea.

Ana Ferrelra Salgado Pois eu desde os 10 aoos fiqnei 6rfà, sem pai nem màe. Tinham-me dito que eu tinha outra mii.e; que era a do Céu. Quando me via aflita era a Eia que recorria, e nada me faltava pois ela logo me protegia. Durante 25 anos andei a servir, e à noite. qµando ia para o meu quarto, sempre me consagrava a Nosea Senhora e pedia-lhe que me Livrasse de txxlos os males. Durante 9 anos sofri de entero-colite ostando de cama set.e meses, chega.ndo a receber todos os sacra.mentos, para partir para a outra vida. Depois melhorei alguma coisa, mas s6 podia tomar urna reieiçao por dia e s6 daf a cinco anos é que pude tornar duas re!eiçoes por dia, urna ao meio dia, e outra às 4 hora.s da tarde, sendo a comida 96 batata cosida sem sal, e meio quartilho de leite, em cada urna das reforidas refei-

N. da R. -- Devido a alguns lapsos e saltos de composiçao, ést.e trecho da cronica çoes. Durante estn minha doença fui tratada do més de Junho salu completamente transtomado. Por isso se reproduz agora em ae- pelo médico Snr. Dr. Aloisio José Moreira, da visinha Irèguesia de Fonte Arca.da, que parado euctamente como tinha sido escrime deu muitos remédioe e grande qllJ\Dtidato. de de injocçòcs e eu, ia andando, dias melhores, dias piores. tendo no entanto ns ~ peraoças perdidas de tornar a recuperar a satide. Lembrci-me eotào de ir a Fatima pedir a Nossa Senbora que me curasse se fOsse da Um jovem de vint.e anoe, ferido mor- sua vontade. Pedi ao reforido médico, patalment.e cm uma. rixa, viver& sempre no ra me passar o atestado da minha doença, vfoio. Havia poueo que u.ir& da. priaio. e éle me disse que a viagem me devia faA sua pobre mie, vendo--o em pontos zer mal. devido à gravidade da minha dode morrerl quiz falar-lhe de Deus, o que ença. mas sempre me passou o atestado, e o fez blasremar horrivelmente e ficar tao no dia n de maio do ano p.-issado, parti foro. de si que procuravo. qualquer obje- para Fatima, numa peregrinaçao desta !rètu que pndeese atirar à. cara. da. mie. guesia. I

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Um bom ladrào

. da s·l• va, de TeH ermengarda eorreia te (Africa Orientnl) em cnrta de 29 de março ultimo, diz O seguinto: «Venho cumprir um dever sagrndo dando eonhecimento a. Vossa. E:x:celencia, dum facto quo 11tribuo à. intercessi.o de Nossa Senhora do Rolllirio da Fatima, opora.n.do assim o milngre no. rapido. nlterac;io, para melhor, na grave doooc;a que ncom&teu um dos meus adorndos fill10s. O meu filhrnho mais novo, de nome Eduardo, o meu quer1do Mbé, foi em princfpio de outubro do 1929 ncometido de muitns febres que o fornm definhanùo, até que em prmcfpio de dezembro peorou sens1velmen~, \'endo-o eu a braços com a. morte na no1t.e. de 14 paro. 16 do mesmo mes do Deze,obro. Quando o mou cornçii.o de mii.e foi alaneea.do peln crucio.nte notfoin. do médico ll88istente, de que poueo ou nnda mais tinba a fazor, quando eu ,·i o meu aélora.do filho a. torcer-se com doree em resultado de uttlM c6licas terriveis, quando de minuto para minuto eu, o meu ma.rido e todas .-is pesaoas nmigns que nos acompanhavam1 esperavamos ver exalar o ultimo suapiro pelo meu rico filho, recorri ò. protecçio de Nossa Sonhora, dei agua dn. Fatima. a heber a ès.'l8 meu ente tlo pequenino, friccionei-lhe o ventre com a mesma agua, oaf nos pés da ~m.agem da Nossa Benhora e re&\ndo, por vezes acompanhndn. por pessoa• nmigaa, eom todo o fervor da minha. alma de orente e com roda a s1neeridnde que pode ter urna màe ao pres&ntir o deeaparecimeoto do um filho, rogue i a Nossa. Senhora. a sua protecçao, OQm a promessa de lhe man, dar dir.or urna Missa canta.da no 11&u Santuario ero Portuga.l e umn, outra aqui em Tete, e mais duns simplesmente r~ zndas, promessa que ja ccuneoei a. cumprir. Por milo.gre, as dores quo o men filhinho sentia comoc;aram a. diminuir e, qUAndo rompeu a manhà do dia 15 de Dezembro, o1meu adorado filho1 o m.eu bébé, j& nos pareci11. outro, ja esta.va na. verdadei ra. vida, encbia de alegna os sous paia e tode.s aa pOSIIOas amigas que nos acompnnhavam neasa grande dor. .As c6licas nuoca mais voltarnm e para. alegria e ventura dos seus paia o meu rico {i]ho vive, eato.ndo hoje bom. Jtt a &se t.empù o meu dito filhinho e oe &e\18 dois irmiios, creancinhas tombém, trn11iom mednlhas de Nossa Senhora e que nunca deixam do tra.zar. Nunca doixo.rei de ter Rov.mo Senhor, umo. fé ardente na protecçiio da Nossa Senhora quo foi o meu sublime e augusto t()nforto nos horaa da maior tristezo. que pode ter urna. mie, e pedirei sempre à Ra{nha do Santissimo R06lir10 da Ftttima que me Muda e aoe meus nas horas de perigo e que rogue sempre por n6s.

Pedindo a Vossa Reverendfseima a publicaçii.o desta carta oom.eçada e aoaho.da oom os olhoe postos na imap;em santa de Nossa Senhora, peço desoulpa. doe aeo• poucos dir.eres porque eia nio foi eòmente dita.da pela impreseiio que reoebi cora o milagre operado mas ta.mbém porque sou, como tenho sido, uma fervorosa orent.e, e gl6rie. a meus queridos pais que aoubernm impregnar o meu corac;io de tal fé.»

Ooença num pi. Jufio Go11çalveI, escreve de Hong-Kong em 29 de maio, dizendo: «Soiri dois meses durna doença no pé d1· reito. Por mais remédios de que fizesse u!IO, nà.o havia. meio de o ver curado. Recorri um dia à Santfasima Virgem do Rosario de Fatima e finalmente encontrei a cura. Por @ste beneficio, venbo agradecer à Santissima Virgem, tornando-o pl)blico para sua honra e gl6ria».

Ulcera cancerosa. Maria ] osi Gomes. natural das Lages das Flores (Açores). onde reside, sofria. havia doze anog de urna l'.ilcf'ra debaixo de um braço que um médico classificou de cancerosa e t endo-lhe aplicado compressag de agua de Fatima nos dias da novena de N.a S.a do Rosario, Padroeira desta frèguesia. acha-se actualmente curado., pelo quo agradece reconhecid!ssima a NO!:sa. Senbora e manda publicar Cllta graça corno prometeu.

(J1cera no eatomago. Rosalina ds Jes11s Marques, de Venda do AJcaide (Pinbeiro Novo).

Ha muito tempo doente. mas h.-\ 4 mezes andava sendo tratado., pelo m&lico Dr. Vieira de, Carvalho, de uma ulcera no esto• mago. nào se alimentando seoio de umas pequenas gotas de leite e isso mesmo o vomitava, a ponto de ultimamente ser aconselhada pelo proprio médico a ser operada. ma.s visitando urna pessoa. pi~o~ e esta aconselhando-a a rezar o terço oferecendo-lho recebf'u-o com tanta F é e no prop6sito firme dc implorar da Virgem, suas melhoras, que ao sa.ir de casa dessa peesoa, encontraodo umo. vend~eira d& frutas, comprou am<:ixas e ali mesmo comeodo-as, logo a St"guir se sentiu aliviada do seu ~frimento, e, entào, abandonando reméd1os, começando a corner de tudo ,;e tem sentido melhor. Segun<lo analises feitas tinha também albumina. Nestes ultimos dias tudo digere, funcionando bem o intestino. ~ pobre, e, s6 com sacrificio e milita Fé na Providéocio. Divina e em N01Sa Senbora, I iostada e aconselbada pela mesma pessoa piedosa. se o.balançou a fa1.er a viagem em julbo po.m mais de perto implorar da Vugem a sua cum radical. Sctubal, julho de 1930.

Oorea numa pernL Fislicidada Ma,ia Ferrisira, da Cela (linha de Oeste). casa.da, teve durante seis meses uma d0r em umo. pema. Nero com banbos nem com outro quo.lquer tratamento conseguiu melhorar. Vdo a Fatima, resou o terço e dentro de vinte e qua.tro horas achou-se cura.da, ,10Itou em julbo a Fatima a agradecer a. Nossa Senhora.

Surdez. ]osé Teot6nio Msnd.es, da Cela (linho. de Oeste). Ha.via cérca de um ano que nào ouvia. Lavou tr~s vezes o ouvido com agua de Fatima e dentro de trés dias sentiu-se curado .

Uma creanclnha. Maria A.nt6nia, de cinco anos, filha de Jos6 Gaspar, do Casa! dos Carvalhos (Alvorninha.), chegou aos dois anos sem andar. Veio a Fatima e no mesmo dia começou a andar.

Uma graça. Mdrio dos. Santos, 35 aoos, rua dos Cal· deireiros, 210 - Porto, tubercoloso; aproximava-se a morte e éle sem querer confessar-se; poisque detestava. até mesmo a sombra du.m sacerdote. Florinda Rosa, rua de Traz, 127, pediu com muita fi, no dia 13 de Fevereiro do corrente ano, a Nossa Seohom de Fatima a graça (que prometeu publicar no seu jornal) de quo por vont.ade propria do doente pedisse um sacerdote para se confessar. No dia 20 do mesmo m~ às 8 horas da manha, pediu para lhe ch,imarem um sacerdote, mas i9to sem que pcssoa alguma lho lembrasse. Confessou-se recebeu com lagrimas a Sagra.da Comunhao, e faleceo no dia 23 do mesmo mélò com todas as bòas disposiçoes.


'

Tuberculoae pulmonar.

A.nt6nio Ale:randre, da fr~eaie. da Cela (Alcobaça), cntregou no dia 18 de julho · o aeguinte relat6rio : uEm 1925, quando tinha. 49 anos fui ataca.do duma doen~a que me privav~ de trabaJhar e que bastante me incomodava, chegando, por muitas vezes a deitar grandes porçòes de sangue pela' boca. . Consultei vitrios médicos, a]guns espec~ahstus, tanto de Liaboa como da provfoc1_a, e por todos ou quasi todos me era dito que o melhor que ou tinha a fazer ern. comer de tudo quo me apetecesse e ter ba.stante descanso porque outra forma do me curar niio conheoia.m. Pedi a f.odos, ou a qulil!i todos, o favor de me a u::dliarem a fim do ou ser interna.do num hospitnl, e u. resposta que aemper obtive deles era o soguinte: Ji;so nil.o lhe vale a pena. Va para junto da sua famflia, porque é melhor evitar essns dospèsas. Notai por ÌS..'k> quo eles me julgavam i,em cura possfvel. Mais tardo, por informaçòes qua rocebi de varios doent.es que se trataram no 8ann.t6rio da Guarda e que me gnrantiam poder-me ali curar 'resolvi, sem consultar mais nenhum ~édico àcerca disto, seguir para o dito Sanat6rio, onde ainda eetive cérca de tr& meses. Nn minha idn, fiz-me acompanhar do algumaa cartns de em1>enho para o Ex.w• Snr. Director daquele estnbelecimento a quem niio posso derxar de t.estemunha; a minhn gratidii.o pelos assiduos cuida.d09 q ue ~empre me dispe~u, e pelos esfor.90s q ue fès para con!1egu1r n minha cura do que obteve pouco resultado. ' V ~ndo eu q~e niio tinba cura e que continuando ah, gastnria todos os meus haveres, doixando minha fnmilia mulher e oito filho!I (o mais novo entiio 'oom dois anos),. redusidos ii miséria., resolvi voltar para Junto dolee. Passa.do t-empo, uma noite ernm 10 horaa, ncordoi muito aflito o ~hamei minha mulhor para que noendesse uma luz. Possados momentos comecei a deita.r grande quantidade de sangue pela boca oomo nunca tinha. deitado tanto supo~do todos que eu nesso. noite mo'rreria. Minha. familia chora.va, e eu JembraD.do-me dos meus irrniios quo moram distan te de mim algwnas légumi e querendo-me d espedir deles man~ei-os cbamnr, aparecendo-me alguns vest1dos de luto por os terem informa.do do que quando chegassem j a nii.o me encontrnrinm ,ivo. No moio de toda esta. afhçilo podi n Nossa Senhora. de Fatima que me valosse. Niio lhe· pedi que me 1.'Urasse, mos que me conservasse ,ivo até todos os meus filhoa me conhecerem ~m, e que eu •1.>0desse, no menos admirustrnr os mous servl~os de In voura. Hoje, ja com 54 ano~, felizmente ja fnço qualquor trabnlho de Ia,·oura ,;em que me faça mal, evitando assiro d~ pedir o auxflio dos meus visinhos, oomo acontecia entiio, e corno também todos os meus fiU10,. ja esttio <>m idnde do mo conbec:erem como pai, e crendo quo foi a Virgom Nosso Senhora que mo fés &te milagre v&nho podir ,i publirnçilo destns linbas no jornal a V de 1''.dtima o fazer entrega da promossa quo f1z (o valor de dois bewrros de doz mozea e de um cordiio de ouro).

oz

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Um sermaooriginai

VOI DA FATIMA

.

Voz da Fatima

OSétimo: Matrimonio

concilia.r-se com ela e voltar a ser p~i dos filhinhos. - Isso nunca l:le !ara, segundo me dis-

Oesplaa

Uma consulta

se ... - Talvez. O que vem a acontecer 6 outra. coisa. Cesteiro que faz um cesto, faz um cento. ~le, a primiera vez nao quis saber de religiao. - E' que éle naquele tempo nao a conhecia . - E boje continua inimigo dela e dos sacerdotes, como todos sabem. Se recorre ao Sacramento do Matrim6nio para conseguir um~ segunda mulher. E se morresse a prime.ira antes do div6rcio. unir-se-ia a outra também pelo civil. - V: Rev.~ vè tudo .pelo lado piorl - Minha filha, eu tiro apenas a conseqiiéncia de factos coneretos. Um bomem q ue abandona na miséria uma mulher e filbos e é inimigo da religiao, nào dando por isso valor ao sacramento do matrim6nio nao o!erece garantia a.lguma de ser bom ~ fiel esposo. E é sòbre tal base que V. Ex.• quere construir a felicidade de sua vida? Diga-me: um individuo assim pode inspirar -lhe tal confiança que lhe confie o seu destino? - Snr. Prior, muito obrigada. Eu nunca tinha pensado nisto. - Pois é bem que pense, e muito sèriamente, enquanto é tempo. E' melhor assusta.r-se agora e recuar, do que chorar depois quando ja niio ha remédio. E' o conselho do sacerdote que so interessa a sério pelo bem dos seus paroquianos. Va, minha filha, reze e peça a Dcus que a ilumine e guie para com serenidade, boa vontade e docilidade ouvir os que lhe mostram o bom caminho a seguir. Noivo que nao é amigo de Deus também o nao sera de sua espOsa. Casamento e mortalba no Céu se talha, diz o provérbio. E', pois, a Deus que os noivos devem principalmente pedir a soluçào dèste gravissimo problema, de que depende a felicidade das famflias nesta vida e de todos na eternidade. E ' preciso sobretudo m11r11c11r a Deus esta grande graça. Uma mulll11r boa , dada a um lwmem bom, como recomp11nsa, diz a sagrada Escritura. Também do Céu é que ha de vir o noivo quo possa dar a lguma. felicidade a uma donzela p ura e santa.

Transporte .. . .. . .. . .. . .. . Papel, composiçào e impressa.o do n. 0 94 (55.500 exemplares) ....................... . Franquias, embalagens, transportes, gravura, cintas, etc.

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Donatlvos vlirios Na im~,isibili~ade de regista.r aqui tOdas as qua.ntias env1adas pela.s assinaturas (o minimo de dcz ~cudos por· ano) , publicamos_ a.penali algum donativo maior, feito qua1s sempre por ocasiào da disbibuiçào de jomais: . P.8 Ant6n.io Martins çarneiro, 40Soo; Sofia Regaliio, n2Soo: Annmda Maria Coelbo. 2<>Soo: Amélia Belindrinha. 20Soo· En:ii~a G_omcs dc Almeida e Silva, 5oSoo'. Alipio V1cente, 4o$00; Joào Craveiro Viega.s, 93$30; P • Avelino Domingos, 3o$oo· Joaquim da Silva Carvalbo, 102$6<>; P .~ Joaquim Lopes Scixal, 15o$oo; Maria Isabel Monteiro Rcinas, 50Soo; na Capela do Senho_r da Vera Cruz de Landal, 4o$oo; Ant6ruo Francisco Barbosa, 20Soo; P.e Augusto José Vieira, 65Soo; Angela Costa e Idalina Nuncs, 175Soo; Elisa Lourdes Mesquita, 20Soo; Maria Margarida de Campos Casais, 37S50; Maria dos Remédios, de Maca~, 70$00; Ana Rodrigues, 40Soo; Zita Rodngues, 40$00; Manuel Pereira da Costa Brasil, 41$8.1; na igreja de S. Tiago de ~ zimbra, por Gcrtrudes do Carmo Pinto 59Soo; na igreja de S. Mamede, ero Lisboa'. por N. R .. 10S00: na igreja do S. S. Coraçào de J esu:. por Maria Ma tilde da Cunha Xavier, uS6o.

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Oferta ao S. Padre no 50. aniversarlo da sua ordenaçao sacerdotal. 0

Apélo para a fundaçiio, em Africa, de urna estaçao missionaria denomi, nada "Fatima.,, Como é do dominio publico, o j11bileu do

S. Padre foi prorrogado até Junbo do corrente ano. Ao grande Papa das Missoes devem os leitores da «SchiJdwa.che" oferecer uma estaçào missionaria, a qual sera colocada sob a protecçao de N. S. do RosArio da Fati-

ma.. As miss6es sào a proocupaçào constante do S. Padre. uA _co!1vcl'5ào do mundo, a propagaçào da fé, d1ze1-o a tòùa. a gente, anunciai-o por tOda a parte, é o pi,nsa.mento dominante do nosso esp!rit.o, o principal anelo do nosso coraçào, a suprctna aspiraçào da nassa vontade. De tòc.la a parte cbega até n6s o grito: «ajuda.i, euviai dinheiroli, Atcndenclo a estn. grande necessidade, devem mobilizar-:w i6<las as fOrças. Todos devero prestar o seu concurso e a ninguém é lfcito permanecer inactivo. Um sacerdote acaba de se inscrever com a quota. mensa! dc 10 marcos para a manutençao d um catcquista. Muitos dos nossos leitorc:1 dcscjarlo, por certo. seguir-lhe o exemplo, sustent..-indo também um catequista cujo ordPnado varia, cm Africa, entre 5 e 10 ~arcos. N5o falt.arao outros que, para èsse fim, procuntrào coligir esmolas e?tre as pe:isoas das suas rt:laçòes e, outros :unda. que. de bom grado, concorrerào com a quota men'lal de urn ou meio marco. Por meio dést.e,; cate<Juistas poderào con\'ertcr-se ao catolicismo aldeias inteiras. E' frequente l_er nos relat6rios dos missionarios: Se eu tivesse c..'\tequist..,s poderiam converler-so aldeias int.ciras desta regiiio». Os pag~os imploram instruçlio e Baptismo. Infehzmente !alta quem ensine ou antes, faltam meiqs para manter os ~tequistas. Mìios à obra, pois, e que Maria sob cuja prot<.-cçiio vai ser colocada esta ~ova missiio, se digne abt:nçoa-la e protegè-la. Que alegria para. esta boa e santa Màe se, la no longa, na .Africa, m uitas almas se converterem ao Coraçào do seu Divino Filbo! Prestam-se esclarecimentos na administraçào da c<Schildwache,, para onde devem ser envfatlas todas as dadivas.

- Snr . Prior, eu vinba fazer-lhe uma consulta e pedi r-lhe um conselho. Pode agora atender-me? - Pois niio, D. Alice? Queira ter a bondade d~ ~e sentar. O meu tempo é dos meus par~u1anos, sobretudo quando se trata de cat6hcas zelosas corno V. Ex." ·. - B3nclade sua, snr. Prior. O pouco que faço nao ~erece ta.manho elogio. . - Humildade e modéstia. sua, D. Alice, digo eu. Mas ... vamos la ver: de que é que se trata? Parece-me que esci. tao preocupadal... . - E: uma novidade, que, a.final, talvez Ji o nao soja para V. Rev.": é que penso em me casa.r. - Muito bem, D . Alice. mu1l'> l.,em' E descle jA faço os meus votos Je muib Licidade. - Muito obrigada, snr. Prior m·1, n.jo te~ho pressa pois que nero sei s~ V. Hw." v~1 apr<:>var a escolba que pretendo fazer. E precisamente para ou vir a sua opiniao que eu aqui vcnho. _- A escòlJ1a que pretende fazerl... Mas nao é V._ Ex.a que ha de l'-l'colher? Tenho alguma co1sa que ver? ... -Tem, sim senhor. E até me ad.mira V Rev.• nào s.1.ber de nada, tanto mais qu~ ba ~nta gente linguareira, amiga de contar nov18adesl - Isto de contar é com elas; o de ouvir e escutar é comigo e a mim nao véem elas. M3:5, vamos ao caso: quem é, entao, o seu ele1to, ou candidato a seu eleito? - Conhece o Vasco? - Como? Isso é la possivel? - E u ja estava à espera disto! Em casa a minha mli.e fez tamhém um tremendo es: ca~céu quando o soube. E agora, o snr. Pnor... é a mesma coisa! .. . - l\fa.'!, minha filha, corno é que eu me nào havia de espantar com o que a.caba de me dizer? Nào comprecndo como a V. Ex.• pudesse vir a ideia dc casar com semelbante homem. - E que crimes t.amanhos cometeu èle? - Est.1. civilmente registado... com outra e agora trota do div6rcio. - Sim, nisto fe;r. éle mal. Nào hA, porém, pecador qu~ nào posaa. cooverter-se. . - Tcol6g1camcnte, esti certo, mas... duv1do que V. Ex." possa ser feliz. - Ora, a !elicidade é Deus quem a da. - A quem a merece e nào procura a infelicidadc. - E porque é que eu havia de ser infeliz? , -.J:i lho vou di?.er. Antes porém um considerando quanto ao tal Vasco. Acha V. Ex.• correcto e l!cito abandonar um bomem desta forma urna jovcm que tirou do lar paterno, com a qual teve filhos e proc~ar 1,1ovo enlace? Acha i~so correcto, dir?1to, JUsto pcrantc a mora! e a conseiénc1a? Parece-1111' que subsistern obrigaçoes para com_ a tal mulher e filhos, obrigaçoes de que nmguém o pode dispçnsarl - Diz<"m dela muita coisa. - Ja sei que éle diz cobras e lagart.os da pobre, que par.i. alì vive a curtir a misériA e a trnbalhar para sustentar os filbinhos. E ia nao da escàndalo e mostra que tem senlimentos do màe, posto q ue pague agora o ter-se unido s6 civilmente a uro ho-'?em que n~o quis saber da religiào, prefenndo o ma.rido a viver na graça de Deus. :Ble é que_ n~o tem sent.imentos de pai para com os lilhmhos. Ora agora pregunto eu: um ho_mem que assim procede dara alguma garanba de que sera um bom esposo? - Mas éle pode corrigi r-se. - Podel ... e da parte déle a emenda seria casar-se religiosamente com a mulher, re-

Niio faz muito tempo, um paroco f.,z 0 seguinte senna.o na missa do domingo: Meus amados irmaos: Ao pt:dir-vos alguma esmola para as vitimas da inundnçào, para os meninos esfaimados da Russia, para a Santa Infància e para a Propagnçào da Fé, correspondestes sempre com geuerosidade. I Ioje niio vos pt;ço para pessoas distantes e extmnhas: suplico-vos uma esmola para pessoas desgraçadas, especialmen1.e senboras e mcninas da nossa par6quia, as quais nllo tcem com que comprar um vestido que as cubra, o se veem obrigadns a andar, coitadas, pelas ruas, sem mangas, sem meias e d.ecotadas, com perigo de resfriados e pneumonias. • Recomendo-o/'s de todo o coraçào essas 1nfelizes... Da minha parte, ja tornei nota dos seus nomes, e quem lhes oferecer urna esmola, tera a béoçào de Deus e a gratidao das beneficiadas». (Traduçào da revista alema DiescbitsNo domingo seguinte quAsi todas as jo- macbe àirigida pelo Rev. Douto, Luls vens da paroquin assistiram à missa modei- Fischer, autor do livro FAtima, a Lourdes. portuguesa). tamente trnjadas.

!

---**:- -A arte de saber sofrer Um velbinho vivia no meio de mil penas e dificuldndes sl'm nuoca mostrar um movimento de impaciència. - O que fai vocé para viver tao tranquilo no meio de tào grandes contrariedades? perguntou-lhe um amigo. - ~ uma. coisa muito simples. Faço um bom uso dos olbos. - Entio como? continuou o outro; diga-mc isso. - Com todo o prai:er. Pn,meiro levanto os olhos, Iixo o céu e penso q ue ali é morada para onde eu devo tender com t0das as f0rça.s da. minha alma.. Depois olbo para o chào e vejo o lugar t.'io pequenino que ali ocuparei uro dia. A seguir olbo para o meu lado e vejo q uantas pessoas ba mais infelizes do que eu. Compreendendo estiio em quo consiste a. verdadeira felicidade, em que o unico bem 6 amar, a Deus, que tanto nos ama e vejo que nao tenho ra.zào para me queixar. Aqui tem o meu segrèdo.

FATIMA

a Lourdes Portuguesa

Jmpressoes de vfagem pelo Doutor LUIS FISCHER

I

Profeuor da UolvenJdade de~Bamberg, (Alema.Jha \

Traduçlo do Re,. SEBASTIAO DA COSTA IIRITES, pàroc0- da Sé Catedral de Lelrla Preço 5$00; : pelo correlo, 5$70 P.ste livro multo inte ressante. cuja primeira ediçAo alemii de 10.000 exe molares 1e esgotou na Alemanba e m 4 mese!' enconu-a-11e à v e n da na UNJ.AO ORAFICA. Travessa do!Desoacbo.'-16 ..::lliboa. na VOZ DE FATIMA, em Lelria e no SANTUARlO DE FATìlfA.

I


Ano VIII

N.0 96

Leiria, 13 de Setembro de 1930

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-t >k

( COM APROVAQJ.O ECLESIÀSTICA ) Adai1l1tr1dar: - Padre Manuel Pereira da Silva Rtdaeçlo t Admlnlst,açlo: Semlnlrlo de Lelrla

Dlrtetor • Propri1t6rio: - Dr. Manuel Marqaea doa Santoa I!mprlsa Editora t Tip. Unii.o Gràflca, Travessa do Dtspa&lw, J6- IJ11boa

,

Fatima e um foca intenso e inexgotavel de graças c'e lestes que irradiam com profusao I

sobre Portugal inteiro

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.,.,.,,. ...,._ uSe é verdarlu que n fé se mede pe!Oll aacriffcios qui' por ela se fazeru, gran· de e profondo. <leve ser a fé deste povo que nao se causa. de cantar os louvores de Maria Santissimn. E l'8tes rnsgos de &.mor à Virgem sao coroados pela maior parte dos devot.os peregrinos com o acto que, entre todos, deve ser o mais ngrndavel àquela Miie celeste - o de reoober nurn <'oraqiio nbrnsodo de amor divino J esus no seu sncrnntento de amor. Foram talvez ossa.s uumerosas confissoee e fervo. rosas comnnhòeti - sinal iuooutestavE'I da verdadoira. fé viva - o que mo.is me impressiono~ e comovou de tndo quante pnw;enc1e1 no a\lgusto Santuario de Fatima11. PalM'l'llll du1n~ carta do Ex.mo e Rev.mo Senhor D. Este,·ao P. de Alenoastre, Bispo de Honolulu, para o ,enerando Prelado de Leirin.

Cruzada Nacional Nuno AJvarea Perefra - O Nuno, beroi e eanto. -A ftata da P,trla - As homenagena ofi• ciala - ~omagem a Our6m, ftltima, Batalha. e Aljubarrota - A apoteose do Sa.n to Condeativel. A prestimos11 o bene1nérito Cruznda Nacionnl Nun' Alvareii Pereira acaba. de juntar aos titulos que jt'i possui mais um titolo à oot1ma e gr11tidào de todos oo portuguc-se., dign08 d&te nome sem di&tinQào de partidos. ' No dia 2 de Agosto ultimo a. sua Comissiw Executiva om i;e,.-;sà~ conjunta oom a. Comissiio do Culto tomou conhecimento de todos os trabnlhos ja realizadoe para o. comcmora~io da emancipaç.iio nacionaJ no dia 14 e peregrinaçiio aos aantuarioe da Plitria nos diaa 12 a. 14 de Agosto. Por inicia.tiva da Cruuida, a Camara Muni~pal de Lisboa usociou-se de bom grado à organiençii.-0 da festa da Patria. Ficou ruisente ilum1uar e embandeirar na Pta<;llll do.'! Restauradores, Lufa de Cami5e8 o Largo do Canno, armar nelaa roretos para os conoortos das bandna rogimontais e promover, na sala nobre dos Pnços do Conoolho, uma. sess!o aolene, onde deveriam fatar oradores de grande envergndura. .A.nuncinda a veregrino.çao nacional, reg:istou-ee deede oa primeiros dio.a runa grande procura de bilhetes para ests romagem oomemorativa daa apariçoes de Fatima o da gloriOl!a batalha de Aljubar-

rota.

AB solenidades religi06a8 e as comemor ~ patri6ticaa em 0ur&n, Fiitima., Batalka. e Aljubarrota seriam dirigidas e presididas por Sua Exoelenoia Reverendwimn o Senbor D. Joté AlTIIII CoM'9ia

com o ,eu eustelo de µa~<.IN negraa e oaroomidaa, graoiOlll\mento abandonado no cimo de um monte oltfl!l'limo. 0s perogriuoi<, que viero.m de Li1boa em autom6n,ie, eram nc·ompanhados pelo cnpitào dr. Afonso de Miranda, alma ardente e bem temperada de ap6stolo, director da ncçiio e propognndn. da benemér1ta Crllliuln.. A popnlaçiio da terra e dos nrredores recebeu-os rom nlvoroço e entusiasmo, tendo ì~ sua. fronte 08 rev .dOB Carlos Pereira Gens, piirooo de 0urém, e dr. .Andrnde o Silvn, quo fornm duma gentile1.r.a ootivante par1i com 06 'Visitante&. 'fendo !lub1do Ò.3 l'elhM murallias do cn.&telo, os jorno.listns S1lva Costa e Armando do Aguinr referem-'8, em palavraa i;(\ntida.s, à festa que nH os juntara a totodos. Fola também o rev.do PeN'ira Gens. O seu diacurso è urna evocaçào • um bino h figura simpatico. de guerreiro e de santo do horoi de .Aljubarrota. Fòra nli perto, diz aie, qne, na. vébpera. da batalha, o GulnaJl portugu& ajoelhara el&vando ao Céu !Hl prooos da sua alma. iooconte, da i,un. ulruo. grnndo e nobre. O povo, quo se t•stonde em mnasa pela encosta, escutn profunduniente comovido. Pouoo depoÙI, de casn do rev.do Pr1or, onde s.e en<'ontra.vnm Suo.s Exoelenciae Reverendissi1nns oe &-nhores Bispos de Leir1a e Bispo de ,Honolulu, so.io o Sf'nhor D. Jwé> Oorreia da Silva., debaixo do Palio, parn n Sé Colegiada, onde se canton um aolene T&-DeUfl'I, !!Oh a. presideucia. do Sua. Excellmda Rel"erendfssima. 1 Parante urna multidio de fié1a, que finchia.m ai, n1u·e.~ do , ~to e lindo templo, o Senhor Bispo de Leir1a, numa alocnçào brilhantisaimn, referiu-se à obra benemérit& da Cruzndn <1uc, num intwt,o patri6tico, por todos os motivoe louvavel, se e:dorça JJOr fo.zer oonhooido de todos os filhos da terra lusa. o imortal ' (~nd011tnvol qua o Sonta. Igreja ja e1evou às honraa dOR altaree, confirmando a. devoçilo doe porluiuosea, desde ha. mu.itoa anos, desde o tempo em que morreu CondostAvel. Termiiwu aste numero Sua Ex. tla Rev. 111, Senhor D. Estevam Lencastre, Blspo no Arquipélago de Hawai ooomovedor do patri6tica feat,1 oom a b6nçito do Snptissimo Sacrarneuto, Em sena Oceania, que presidio à peregrinaça:o de Agosto de 1930 a Nossa S.• de f atima l(Utda foi dacia. a beijnr o. todos os pre- ~ Bente!! umo r('liquia. do Beato Nuno peda Silvo., ilustre e venern.ndo Bispo de Junto daa amelaa do caatelo de OU• lo venerando Prelndo de Leiria. Leiria. rem - Na Cova da lria - 01 Senhore1 Neese mesmo dià., ~ onze horaa da D&ìte modo, como nos aoos anteriores, Blapos de Lei ria e de Honolula - Pro- noite, os poregnuos da Cnu1nda, inno grande heroi e aant<> portuguee, o cfaalo daa veJaa, adoraçlo nocturna. tando-se aos numerOIOB peregrinos que Condf<tavel D. Nun' Alvares Pereil'l\ mlua e b@nçlo doa doentea -Na rireja se enoontravam no C'-0,·a da. Iria vindos aera objeoto de cultos noendrados e de e na aala do capftulo do moatefro da de div81'80lt ,POntos do :r,nJ11, tomaram preitos fervorOE1os, que constituem o po- Batalha - Noa campo• de Aljubarrotà parte na. procissio dns velna, .apos o gamento doma divida. aagrada 1)11.J'a com e naca pela de S. Jorge. qual 86 realìzoo a adoraçio nooturna do aquele que, no. frase lapidar do 0lh·eirn Sant{saimo Sacramento. Martius; 4§ 11a mai.& pura coneubstancia,. Como nos anoa anteriorea, a Cruzada, ÀI eeis boraa da manhi do dia. tretr.e, Qào . da alma nacional11, o ealvador da I nn ~nn peregrinaqà.o, começou por o Senhor Bi~ do Leiria oelebrou a HisPatr1n. , vi~itar a. velha e bi~torica. vita de 0urém · sa da Comunhiio Ger11J e no meìo-dia o

I

• ,


VOI DA FATIMA 3enhor Buipo de Honolulu oolebrou a. dos doentes, dando em seguida. a ~nçao, que foi acompanhada. de invoca\'oe6 e ciì.nticos por todos os present4!8. Por fim, realìzou-se a. proci$ào do ndeus, em que ao.,; 81!tanda.rtes da. Cru:mda foi dado um logar de honr a, ao lado da Imagem dii Virgem, que era conduzida. n.06 ombros doa servitas. Era geral a. comoçi!.o da numerosa assisténcìa., de que fa2.inm parte, entra ou~r o.s, as peregrinaç3ea de Benedicto e de Sala de Maw.;1 prosididas pelos seus par OOO!I, rospeot1vamente os rev.dos dr. Manuel dos Santos Canastreiro e Manuel Dolgn.do. No dia. 14 os membros da Cruz!l.ds. con clui.ram a ai.in.· patri6tìca rom:igem. Vii.itara.m o moat.eira da Batnlha e na igrejn. comeruor..tt1'·a do nm <1os uuuore,; feito,i milit.ares do que reza a Hist6ria 1u;si~tiram à Missa celebrada pelo Senbor nìapo de Lciria, que ao Eva.ngelbo fez nma prìmorosa. alocuQiio em que erncou ò no.9;0 glorioeo p1u,sado e a tiguru de 61lnto e de guerreiro do ooroi de Aljubarrota.. , No. sala do capitulo, um do,i oradores da Cruza.da proferiu um disourao jUDto do tumulo do soldado desconhecido. Por ultimo o,. nuruero.~O.'I romeiros vis1taram ta.mbém O!I c-1unpo,; de Aljuborrota e a bist6rica cnpolu de S. JorgE,, par tindo em seguidn val'a Leirio. e regre1111a11do finalmonte 11 Lisboa. M1Soa

A• llhu HAway ou Sandwich - A ff e a pledade da col6nla portugulsa - Uma grande figura de Prelado - A caminho da terra natal - Saudadee de r ,ttma - Uma carta encantadora. Fatima, I\ glorio~ Lourdes de Aquém Pirineus, rec<ibeu 110 mes de Agosto a visito. de um d01. mais ilustres e mais dedicaclo omigos de Portug:ù: 0 Ex.mo e Re,·.mo S1>nhor D. Estèviio de AlencMtre Bispo do Honolulu, n!UI • ilhos Haway ou 8Mdwid1, pc<111eno nrquipélago do O<'eano Pacific-o, n.ctunlmente sujeito a.o dominio doli Estados Unidos da Amérioo do Norte. O ,·enernndo Prelado é portugues, f-&ndo natural dn ilha de Pòrt-o Santo, no nrquipélago dn Madeira. Tinba opt)nus seis anos de idade quando seguiu com i.ens pnis pnra ns 1lhna Haway. Foi nf que foz os t1eus e,;tudos. Ordenado 11acerdote e tendo entrndo pnra a C',ongrcga.çiio dos 8111,,rrados Coroçòes de Pio-pus, a que pertenco o re,·.do Matéo Grawley, foi d~·pois elevudo à alta. dignidnde do su,•(l.,lor dos np6stolos. Sob ·a ~uo. jurisdiçiio <'pi&-opal tcm o ilustre Bispo de:eenas rio milbar de portugueses, emigrndos, na ~ua quiisi totalidude do.~ Aç~ros o dn Madeira. ' A col6nin portugues:t, que mantém naqueln.a rernot.11.11 ilhas a fé e os co.~tulllC!I das i,uas terriu; natais, fala o J)Ortultlll'.!.'l<'s omborn n. lingua oficinl seja a ingl&a, e po~i.ui pnrooos, cnpoliies e profe.ssoree portugue,;es. · O venera11do Prelndo, fazenda eiite a no a sna visita a Roma, ad so•cra limina, nilo quis regres,mr :1 sua diocese eem visitar Portug;nl e 11 sua terra nata! qua nuuca mais tinlrn tornado a ,er. ' Em Leirin, l>. Es;teviio foi b6svede de Bun Exeléncin Ruverencli,;aimn o Senhor D . J ~ All'ea C<>rr1>in da Sih-a, que o acompnnhou nos SGWi pu.sseios pela cidade, na sua , icutu a Outém o 1là sua pe~innçii.o a Fatima, cumulando-<> de t-0d11& a& n.wnçoos e doferencias numa porfia gPntilissirun em que niio se sube o que é mais de admirar, i,e a mngnanimidndo de um dos Pn. ton·,, i;e Oli sentimentos de gratidiio e de humildade do outro. D. F.s~vào do Alencastre traduziu primorosa e eloquontemente n., impre&eoes profundog e inolvidaveis da sua vi~itn. no Snntuario de Nosga. Senh ora. de Fiitirna numa corta encanta.dorn. 88Crit.a. de Li~bott ao venerando P relado de Leirin, de que 11e transorevem os seguintes i nteros.qnntfRSimos treqhos: ccProuvera oo Senhor que neste mom('nto eu logra.'lfte poS'luir perfei~mente • a formosn lingua do Camoes e Vi6ira para. elfprimir os 11ontimentos e aa emoçoes de que o men cor,içào foi pre60 dura.nte a minha visita pnra sempre inolvidavel ir. Loirin e à Fif.tima. Tudo qunnto penso e sinto, melhor o poderia traaladnr 110 papel Ilà lingua in11;IMB que as circanst&ncinA me furçaram u. adoptor dosde .L minha. mais ten.ra infancia, maa um oorn~ào portngu8e ex• pcrimente o. nooessida.de i~perioea de d• ~af-ogo.r no Hngua da 110a 1 Pif.tria.. Eapero que V. Ex. 0ta Rev.ma tera a bonda.-t"' d~ snprir as fnlta!I. -

Carta de Roma para aa •Novlda- de facto hist6rico de .F atima. Portugsl e Em p.i;imeiro lugar que direi eu da bela surpreza que me aguardava no che- dea• - O distinto eecritor e jornalista o Brasìl sentem palpitar em uniaono os

gar à estaçio de Leirin? Quando parti J. Santa Rita - Oa rev. dos drs. Manu- se\18 coraçoes, quando qualquer dos dois de Lìsboa, esperav11. pai,sar o tempo em el da Rocha e Soares da Rocha - Du- povos celebra. o.a datas mais glori08&8 da Fatima. corno um de.idanheo,ido•, perd,do as miHaa novaa - No Coléglo Portu- sua vido. nacional ou os epis6dioe mais entre os domaìs peregrinos; qual nio fui, guh aos péa de Nossa s~nhora de P4· n.otaveis dn. eua. epopeia. de fé e piedade. Os jornais e aa revistas do nobre e be· pois u. minha surpeza, ao descer do com- trma - •Ve nham almaa para a cidade lo pais que o Cru.zeiro do Sul ilumina boio em Leiria, encontrnndo a.bertoe pa- eterna.t inserem com frequeocia artigos e locai& r a miro os brnQOs de V. Ex.ola Rev.sna, J. Sa.uhi Rita, pseudonimo qt~e ocult.-i que sào verdadeiros hinos do amor e louque desde éi,,;e momento nté à minhn despodida nìlo deixou de me bourar com uma dos figuras mais distintas · e rnais vor deèlicudos à pérola mais preciosa. de oompletas de escritor e jornalista e uro Portugnl, ÌI, bemdita Lourdes portuguesa. ias mais delicada.s nten('òes. dos membros mais consideradas do clero 11LusitAnia1,, a. importante re-vista de Jàmais poderei esquecer a nOBSa visi- secular portuguès, na suo. cs.rta de Roma a.ctu.o.lidacles portugue= e de a.proximata. a Ourém, onde me foi proporciouado parn o grande diario cat6lico de Lisboa. çiio luso-brnsileirn, no sen n. 0 35, consa,o ineftbel prazer de o.ssistir e até partillNovidades,,, puhlicoda no numero cor- gra integralmente quatro paginaa, em oipo.r duma maneira activa. numa dessa.'I rcllpondoute no dia 8 de Agosto ultimo, pope! eapecia.l, profusamente ilustra.daa griandiot.as o como,entit,,s manifestaçòes d oserei e, co111 a, cores vivas e 08 cambi- t-om magn{ficas gr avurns, à hist6rfa dos religio.sas e patriotit•as que so é po.'isf- antes ,·arintl:1s que s6 n sua pena duct1l acontecimentos de Fìitima. vel pn~senciar nas nldeins; onde, longa dn e oinlea,·el é capa:& de fornecer, as ceri- D um artigo quo noompanhn as gravu· agitaçiio e ei'erre._¼'imci,a dns cidndes, a monias singelus mali comoventes da pr1- rns, primoro~ sob O ponto do dl:lta. Jitefé simplt•s e ,h·a d'o noaso po,·o reina metra missu. de clois :1lunos do Colégio rario, mns re-ssentindo-se bastante nas ainda sohel'onomonte. l'ort.u~u6.i ern Roma que concluira.m ésoo ideia.s e na.s ap:reci~s. alias expostas Quando, terrninadai; ns solenidades cm uno os seus e~tudos univeri;itario~. sob uma. f6rma digna. e respeitosa, da dehonra do Boato Nuno de Santa Maria O rev.do dr. ~fonuel da Rocha, «du ter- ficiencia de formaçao solidamente fikle6ousei lembr-ar a. V. Ex.01• Rev.m• que ja ra ,erde dc 8. l'ifiguel e do mar azul do,; fica e religioM do seu inteligente e cui· se ia fazenda ta.rde e que eu tin'ha gran- Açore.,11 ofereceu pela primeira. vez a Vi- tissimo autor, reproduzem-se com a dede de.wjo de assistir à procissiio das velas timu. Di\'ina imoloda iséìbre o alt.or nn vida v~nia o'I scguinfo~ int-eressnn™ peom l<'ntima, V. Ex.• Rev.ma responden-me cripta de S. Pedro, na Basilica. Vntica- riodos: qua cheguriamo;; bastante cedo. Com efeito, no.. · ccPortup;al também tem I\ sua. Lourdes ,a qualquer bora que chegti.ssemos a F11O rev.do dr. Sonres da Rooha, da dio- de divino pod~r milagroso, pnra coneolatimn, ch13garfamos a tempo, porque a noi- cet.e do l'orto, uiio qufs celebrar a sua çiio dos humildei,, esperança dos que so· te é passnda pelos <'levotos poregrinos ul- Missa. nova n0, cripta de 8. Pedro. frem e e pii-O maravilhoso dos frunintoe ternadnmento em orav;iio e procissìio. JiJis como J. Santa Rito, no seu esti lo de grnç1\. Como ern Frnnçn Notre Dame Eram onze horas quando pisavarno!I o brilhant-e e incisi,·o, a ele se refere, n de Lourd<'S, rujo pre..<itigio é bem conhe&alo bendito do locai das npariçòes. Noo proposito de tao faustooo acootecimento: cido em todo o mundo e corno em Hesha que engannr-ae - é bem Fatimn. «O Padre Soares do RO<'ha preferiu o panbn S. ',['iago de Compostela, que sa.Que vem n ser aquele desfile de l uzes altnr de No..<isa SenJ1oro. de Fatima do Co- ravn o" leptosoo e anima.va os antigos caqne no meio da noute serpenteia. em to- légio Portugues. valeiros nas guerros <'ontra o sangue ,in· d~s as direçoos? Ah I é a procissao de La teve a.~ suas rozòes i razòes de fé e fiel da. Mauritlìnia, Nossa Senhon é, m1lhnrei, de devotos de l\[aria. que la viio de potriotisrno. Nossa Senhorn. de Fati- actualmente, em Portup;al. o trono mais cantando 1tlo11:res 11Aves11 à Miie do Céu . ma e.~ta reoonqwstando Portugal para as alto da piedade e-risti, a iigul\ mistica. e Que 9(•ono. comovento ! E o que sobremn- sull!I antigas gl6rias. No.~a Senhora de purificacloro que de~~edentn e nos aponneiru me impre.-;sionou foi o pensamen- l<'o tirno é Noo:,a Sonhora de Lourdes na- ~ o C'éu luminoso e infinito da vida to dos sa.oriffoio.,; que muitos dos milho- ' turnl1v.:1da em Portugal. E o centro do eterna. res de' p6'180a.~ aH pre,<;entes fix.oram vin- pois, é o trono mais quente da nossa ter- ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... . ..... do de terrns longlnquas, algumas 'a pé. ra, é o grande hrn'-Ciro em que as almns Qq milnRres !.l'io facto-; c-omprovados par.a pre ·tar homonagem à augusta Rnl- lusitanns 118 nquecem cle 1917 para e-li. por tadn a J!Onte. vrrifica<los a todas aa hna dos Anjos. Se é verdade que a fé ,;e E o Padre Soar-es da. Roohn, niio po- boro.e;. Niio sii.o apen:i~ i n,·ençòe!l da fanmede pelos sncriffcios que por eia i.o fa- dendo gozar a vontura. de celebrar na taiiia humnno , po~ta. a trahulhar para. re1,em, grande e profunrla de,•e ser a f~ eua terra de c-nmh inntes lindos e nMt:1 1- frigér io pr oprio ou pnra inconfeaaaveis deste po,·o que niio se cansa de cantar gicos, nn sun terra onde o .comhoio do fins de me:n'a.ntilizaçiio espiritual. Teemos 1ouvor<'s <le Maria Snntissima E &.- ])ouro torna. moi,i gnlhardn e imponente -se visto <'A'!g0.'1 rec11perorem a vista com tes tMgos de amor à V irjl;em siio coroa- 11 pni~ngPm dc Penafit>I, na suo terr11 on- urna 11implos ablll\'iiO de ai;i:ua nbenQOada do~ pela. maior parte dos devotos pere- de tudo lhe ero. amor , resoh·eu encosta'r pela cr<>nça, nnulos recuperarem o doro grinq~ t'Om o octo quo, entra todos, de- o peito n Nm1sn Sonhora de FiUma t>, d11, voz l\rticulado, paraHticos ganharem ve sor o moi!l agrndavel àq uela. l\!iie ce junto cfo]n., c<>lebrnr a sua M issa Norn. movimento e n~ilo, e-omo se o proprio lest-0 - o recebet- nurn cor:u;iio abrasa.do Aqui, no c:ontrario do tumulo de S. DeuR, repetindo a. cacla pnsso o milogre dcJ amor divino Jo.,11s no seu >1acrnmento Pedro, houve flore.'>, houve cànticos e que reanimon n. filha de ,Jniro. pronunde amor. ho11,•e 1misic-a. M1hi<'n q11e mii.os portn- cinqqp f'lm tlldn a terra fl .. Tnlithn Cumin l•'ornm tah·ev. 11~ numc•rosas confis.-.òe!l guesn11 arrnncornm do 6rgào, cantic-os que do vpr~éculo hebrnico. A romagem no e fe rvoro,1111 c·omnnhòe.~ - sinal incont~,- p;argant:is po1iup;11esas ontoarnm e noro<1 log1tr ,;nlCl'ado onde n Virgem aparoeu a. tavel dn. verdncleira M vi'l':1 - o quo rnnis que no nltar ilnminndo morreram deli- 1t re.'\ pnstorinhos. é olg11ma c-oisa de belo me impre,-~ionou e comoYen de tudo doMmente <le 11mor por nmor do Rei de e grunde, pelo numer,o a~'!Ombroso e peq ua:nto presenoiei 110 augn,to Santuario Amor . In olevnçiio <'spiritual dos devotos. Niio d<> Fatima. A fostn. corn11 ,1 primeirn, foi intima, ee encontrnm aH difer"nças de castoa, F.: oomo 1,odPrei 011 asi;:iz agrndcu~r n foi cnrinhosa e foi de c-riqtinnis'!imn pie- fronteiras marcadM pelo orp;ulho ou pela fortuna. Ajoelhnm na imensa forra o V. Er,m• e Ro,·, ma o fovor qua se dig11011 dade. fazer-me de me ))l'rruitir qua celebrasse a ...... • • . . ... .. ... ... ... ... ... ... ... pobre e o rico, o fidnlgo e o pleheu, o Pnrtirnm iii para Portugnl estt>s doi'! mistico e o i;~hio - na .-c;peronçn de que Miss11 doH <lountes e depois abençou:,..,e com o SauW*-ÌllliO Si1erarnento ~da nm paclrE'!< l'tlle sii.o doutoros. Siio èle.<i a Deus, sohedoria ,l\fo ;. \ Ifa - os ilumine dèssc, ufli to, que ,·ier3m :tli com fé e nlinnçn , h·n da sr·ii\nri:1 e da fé. Viio 1n- e c-ontempfo. Cristinni'\'TIO puro A Hnmaniòade niconfi.an~ pedir Ìl ('onoolnclorn. dos :1fli- c-enò iar pelo zèlo ;1postolic-o pedaçoli lm dos da ter ra JlOrt11guesn. Vìio extravasnr Vf'lncln pcln F~. Mnfor 1,e t>!a devin ser.» to!I 11111 nHvio paro os oeus sofrimen tos T'i•condt de Jfnntelo acto éste qu<1 me C'0mo,·eu até às liigri- l uz e nmr>r: a me~m11 ln¼ e o mesmo nmor qut• el(•s, como t1111tos, c-onqnistarnm noH mas. Nos seus olhos fito11 t>m ,Jesus H6stin. !iam-ae os 1i1mtinu~nt<>li qne naque- hom·o~ ncudt~micoH tln Unin~rsidacle Grele momento agit:wam o c-oraçiio de cada gol'innn e na diurin <1011templaçiio do um. Ah I Maria, :.\fiìo de miReric<fodia t1111tn coisa sunta q111• 11or nqui se Ye, ~e Cou~olodoru do~ aflitos, nào pode deix:1; ostudn. o 60 f.ente ... a cn<la canro... a c-aAVISO de rOt'ompen-iar duma 011 doutra manei- da esquina... em cacla pcdra... no prora tiio g r ande oonffonça no seu amor prio nr ... o no pr6prio sol. Vii.o entusiasO San tuario de Nossa Sematerna!. Niio lui d,fridn. de que Fatima tas polu formidavel organiuiçao da Tgrpé um fot•o intenso o inexgotavel de gra- ja, ,·iu, plet6riro~ <le amor por el:1, e viio, n hora da Fatima nao empresços Mlestes <111.- irrudiam com profusiio como cnvaleiroR nntigo!I, dispo!ltos a mou- tou nem empresta dinheiro a rejnr, hatalhar e morrer 1,or èste, ideai : aòbre Portugal inteiro ... fnr.er melhor ninòn ' o. tcrm ' de Portugal. ni nguém. Nao faz dep6sitos S un E:tc1•lilncia Hc\'crondissirna o ~eccl,cn<lcrs» de almas t·omo fle~, partirnm nho D. F.stol'iio pnrtin no dia 16 de Agos- tnmhém podrt>., o tloutorc~, O'! rev .dos nem em Bancos,· nem em comto pora u l\fodl.'ira cm oompanbia do ve- Muia, do Pìirto, Vcnàncio, de l,eiri:1, pan hias, nem ern rnaos parti~erando Prelado d,1q11eln diocese, quo 6 Gonçah·o11 o Ribc>iro, de Braga. 1rmào do cnpitiio R ibeìro valorÒRo oficinl• Portugol recE>bo ngorn no seu seio ,e- culares. Por isso, as quebras da llrignda clo lfinho, mòrto em Franç:1 t.e pndrr.:;, !,()t,o pérolM nornR, sete 80ldasociais ou individuais, nao nos nn bntalho; de $1 cle Abril. ùos para n linha. de frente. Portnizal fìcn A hnmi lde «Voz <le Fatima", que j11l- mais rit•o. Mos o Colégio Portugnes fi- ati ngem. g:i. ver na pore,:trinaçiio do ilustre Biepo cou rnni!l pobre. Qua venhom mais nlmn11 As es molas, voi u11tà1iame nde TI011oh1 l,u o Fatima um desfgn i0 ado~ para c,a e que venh(lm muitos. Qnt> "~ entregue-s pelos fiéis, sao te r if.vel da Divino. Provicloncin e- uro penhor nham o.~ quo p11derem vir. E les aqui honooguro da difusiio do c1ilto de Nossa Se- rnm sobromanoira Portugal e a.prostam- gastas no culto a Nossa Senhora de . Fatima entro a col6oia. portu~ se n. voler pn.rn M lidcs ~agrnclns do ho111 nlt ora e nas obras, a nao ser J!:1188& da 1lba. Howay, fnz os mais arden- combaoo.n tes voto/i no Céu para que o nohre Antisque tenham fim especial desitite, o, peregrino que de mais longa "eio Pi tima no Brasll - A importante a Fatima, gastando mais de triota diuà revista "Luaitlnia ,,- Numerosas e ea- gnado pelos devotos. na viagem, reatnure completamento :1 ptantlldaa gravuraa - "A milagrosa O Santuario nao entesoura saude oomblllida e ae forçns 011gotodas Lourdea Portuguésa,,- O trono mala din heiros, nem tem dfvidas ou nos 1eu11 arduoa trobalhoe apost6licOA e, alto da Pledade cristi em PortugaJ comprom issos. resreesando à sua. looginqua diooese, te- O • Talltha Cumi. • nha um longo e -venturoso episoopado, E' pob re, mas ho nrado. O Brasi!, a querida. naçiio nassa irmù, oheio doe dona de Deus e dos bençios de aoolheu, a priuoipio oom a maìs bené,·o11ua. Mlie Sant{t1Sima. Leiri a, 20 de Agòsto de 1930 la. expeotativa. e depois, sempre, com Bi,c;po de Lelria . simpatia, alvoroQO e entusiasmo, o p:ran-

I

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Santuario de Fatima


VOZ DA FATIMA

AS CURAS DE FATIMA C oqueluche e bronquite. .4.114

Adelina Betenc()'ll,rt Mi Oo&ta

N1i-

nea, da. ilha do Faia.1, comunica.--nos em

carta de 2 de julbo ultimo, 0 seguinte: «A Virgem de Fatima estende seu manto de graça.s por todo este verdejante Portugal e nele a.collie carinhosamente tadaa as fe1·vorosns preces que se lhe dirigem. Para o n tet.ta.r eu ergo a voz, e, daqui, d&te reca.nto do. terra portuguesa, qu1hri ~rdido no seio majestoso do Atlanti<'o torno pubbco. a. minho. gro.tidlio pe.ro. <'.Om Nossn. Senhora de Fatima, que M> dignou ouvir-me em momentos de afl1çào, dispe1181!.ndo-me duas grandes gre.çn11, duM ourna miraoulosas, realizadas em dois dos mena queridos filhinhos. l.•.- O meu filho José d66de pequenino sofreu dos intestiuos, tendo estado por duo,. vezes qua.ai n morrer e preoisn ndo sempre clum <'erto cuidado na. alim<'nta(ào. Todo:; os :rnos na. estaçiio calmosa peorava. Ern Janeiro de 1929, porém, o mal agr.l\·ou-se oonsideràvelmente e durante tr{ls meROs e meio ,i crinnça, que conto,. vn tlntào pouco mais cle 8 anos. foi tro.tacla por dois médioos distinto&, sem resultodo algum. As numerosns dejecçoes ere.m ll.<'omonhadas de pus e de sangue e o Yentre apre:sentnva-se-lhe ,·olumoso e duro. Um clos médicos disse-me que 8le hnvia de ,;ofrer tOda a sua nd:i. mats ou menoi. d™)uele rno.l de intest1nos. Rei.'Qrri entào n No,;se. Senhora. do. Fa.timo, fazendo-lbe rl1ver:;OS \"Otos, entre eles o de µu blica 1· a gra~·u e o de fazer oom qne o meu filho F1mois e!;quècesse que devio a sua saude ìi Virgem de Fatima. Comecei urna novena, tendo no prime1ro cli11. romungado e !evado o meu filho à confi,siio. Durunte os nove dias da no\'l'na, todas as manhiis da.vn-lhe um,i 1:;òt,1 <lu rniruouloim :igua de Fatima. Ao nono di11 u crinnça esto.va curada o essa curn durn ba 14 meses. i,em que tenhn tido dieta alguma, pnssando o verito ndmiràvelmente e t-endo oomido frutas é outrOli alimentos de que, dantes, nunoò. podia fa1.er uso. 2.0 - A minhu filhinha Maria do Cnrmelo, de 3 nnos de idade, em Mar~·o p. J>. foi atacacfa de <'oq11elucbe e dumo. bronr111ite que a ia vitìmando. Na nonte de 1 para 2 de Abrìl, ho.vendo très ,fin;. quo a <'rionç.1 se encontrava com fehre a 40 g1 aus, :i.s unlrns tornaram-se-lh,. roxas, a respira.çuo tào ofegante e tiio cuna, que pareci:i. prestes a. sucumb,r. ~:io l!nhn poaiçiio a inocentinha e, num gemido oonstonte, jazio. nos meus braQ()b l·omplet.amC'nWi pro~rada. Jnlgueì-a perdida. Tmploi-ei entào da Virgem, pelns sua~ seoo dòr<'~ e, principalmente. pela que sofr<'ll , onclq J eau,, agonizante, que resti~uis...e a sn1ide à in1nha filhinha. .Fui bui,(:nr ,igun dc Noi;sn Senhorn. de F:i.tl, ma, clei-lh,• uma colherzinha cles.~a 1igua bem.dita, promoti publicnr e. graça e devota l' n minh11 rilhinhn. à Virgem J\Iarìu, ,un mndrinha e ~ua protectora. Podi JUais cine, pnra eu t-er :i cerl<-zn do mì.lagrt,. o méchco no dia. segninte rne dìs,e~se que eia e,:;ton1 ja molbor. Logo que 1\ m1nJ1a h)h1nha tomou n :'i~11n dtt :\o. ·,:1 Senhora de Fatima con<·iliou o tsono e parec-eu re&p1ror melbor. Ve manhii uontinuavu pro:stradissima, ruas ja mono~ aflito. O médico ao obeJ,!llr nu5l·ultou-a e as primeirna pa.lovros, q ue mc diRSO, fornm: - cc.Mali ela esta melhor !11 - e ns molhoms ncentuara.m-se desde ,,ntlio ràpidnmente. Em poucos dius a <'rinnc;-u encheu-se de vida, toroou--:;e nindn in111s esperta. do que era dantes e a tos~e l'Odeu logo. A Virgem de Fatima clQve II rnlnha f1lhinbn. :i. vido., a. saude e n ,,legria rom que nos enche cariciosnmonte o lar.n

Chaga cr6nlca no pefto. Uu.1CJ do8 .':iarilo.5 1"errei·m, 45 onos, cln fri'.•guesia de S. Joil.o da Foz do &>1111a, solrendo ba 13 nnos duma cbnga. or6n ka no peito do lado esquerdo e sendo t rnt:ul.1 por diversos médicos do &spital o pelo Sr. Dr. Valada. a pelo Sr. Damiiio Ferrèira do Castro quan do usava de farmaceutico e pelo seu irmao Sr. Antonio J.'errnirn do Castro, farmoceutioo em VaJliom. rrcuturns que com tonto. caridade me t ratara,n e tonto. eaforoos empregarnm paro. eu rerupl'rnr n. 11a.ude e tontoe

sticrificios passo.ram para me n.ux1.ha.r, maB tudo foi inutil. Niio podendo com a despesa. mensa! que era de 45 a. 50$00 para ourntivos externos e internos. E se niM> fizesoe 88008. curativos duas vozes por dia. cria.vo. vennes iguais aos quo a vo.rejo. deixo. quando levanto. o vòo donde pousa.. Vendo que era olhada. com desdem por muitos pessoa.s, e a.té maltra.tada. Um dia em que o.s clòres ornm tanto.a e tao fortes e rodeadn do nocessidades externaa que so V6s 6 Mile SS.m& sa.beis tal sofrimento. Fui ù. igreja da. minh:i. querido. frègues1a mostrar 1\ SS.ma Virgem o meu ei,! tado e pedir-lhe o. groç.a de uma. boa morte. Chognda à igrejo. j<>elbei-me nos degraui, do altar de Nossa. S.• de Lourdes para entrega.r a. mìnho. . almo _nns SUl\8 SS.mu màos, d111endo: «Mmha Mae SS.m&! Da porte do corpo niio vejo mais nado. que possa fozer para recuperar a aaude; nao posso trabalhar, niio posso por m~do o.lgum foror faoo a tal despesa. Por lSSe> entrego desde _ji :i. minbo. a~a nas ':08sas SS.mu ma01:1 e peço7vos oh I D•:,rna Miie SS.ma que m.i nss1stais no. minho. morte, untl'e~iii-me V6s no S. Coraçiio da Jei;us vosso .l!'ilho. Est.is dòres que eu le,nho nao posso por modo algum ~fre..las nem sei corno bei-de ir par:o. a ~mh:i. rellidt\ucia, niio me ubundoneis. Oterece-vos todos eates sofrìmontod yara. desconto d~ meu!I peca.Jos que sào 1~ensos, mas mais uma ,·ez vos PeQO e l.'onfto que qunndo J esw me cliumnr a. contns, V6s é que Ila,·eis de lo~ar a mmha _pobre nlma. e nus v0::;:1as div1nas miio~ he1--de ser Julgnda.ll No roeio deste:; podidos e destes soluços e lagrimas, se os coroçoos fos.'iem de partir o meu partir-se-1a em pequeninos booodos. Senti entào tol de.,ejo de ir a Fatima que mo niio pude conter. Pas..~1tdos pouoos dìas aai de madrugada_ e pn~do no pé da nos,,a querida 1gre1a 0Joolhe1-me no pé da porta princìpnl e di,se: uMinha Mite SS.m• sjgo pora Fatim~, m&ios niio levo, apenas levo alguns mod1oa.montoa pnra me tratar n a. viagemu. Segui a pé.,Cn1ninhos nii.o os sabia, apeuas pelos meus muito sitnples estudos snb10. O.'i estaçòos do cuminho de ferro que hav ìo. de pall8ar. Feliz viagem, nada. ma faltou e.ponas l·aleje1 muito os pés. Chogndu a. }i'iitima. (niio era dia. da festa) ~gui para. ess:i. fonte de graçns, iigua do.da 11ela. SS.m& Virgcm. Molhei um penso dos que loveva, coloque1-o cm cima da ch:i.ga por alltuns momentos, niio souhe onde Olitnvo.. Quoudo dei acord.o de mmi tirei o penso o nero c1cutriz eucontiei. Mii gra.çns, 6 Mii.o SS.ma. Urna Sr.a muito distinta foi ter t-om1go, ocompa.nhou-me até J,eirin pa.g'ando-me a \'ingem uto Gaio wtn~·iio das Devezag, onde p:1J;sa1 a. ulÌ.1ma noit.e fora da minha resid~ncia em Avint<>s em l·asa chi Sr. D. Olivio Fer_nnnd1•s ('npela..,l

ningite e perder a rnzao ou a vida. Est.Ilvo. ja marca.do o dia. pn~a 68 ~a~r a operaçùo e na manha do mo.smo dia. 1ndo novnmento consult,ar o snr. Dr. Noronba o.fim do bUber n bora em que eia. se devia. efectuo.r, est.e dodarn. que po<lill evita·lo. pois quo oi-ln\'{l mu!to melb.or. ? que n6s atribuimos a um ru1 lagre da V1rgem 1t quem o doente pediu ferv-oroeamente :i. sua ourtt. Peço n V. R.cla se digne mandn.-1:i. publico.r se ossim o acbar conveniente, pu.ra. honra o gl6ria da Nosso. Màe do céu e para sah ai;iio dns 11lmns11.

Defelto na fala. P.• Jurge Octav1CJ <Joelho da• S1lvo., da Ilha do Corvo (Açores) esoreve o soguinto: Tomo a liberdade de lhe esct'ever sem 0 conheoo1· para lhe pedir o favor se v:\Jer a pena., de publi<'ar no jornol dn sua proficiente direçiio o que a seguir lhe reJato: (.'(Imo me ochava com um defeit-0 na fala que me impossibilitava de falnr i\ vontado, tive a. feliz lembrança de recorr er :i No,.11tt Sonhora de Fatima, pedindo-lhe, cine mo auxiliasse n desembaraçur-me de tiio embnrnço,;o defoito; fìz-lbe também a promessa de, no caso de recon heoer diferenço. ua minba fola, mandar publicar no jomnlzinho de Fatima a graçn. obtida, e tnmb6m mandar essa quan1till que incluso lhe remeto. 0.-a, na verdade nna funçòes do meu ministério sacerdotul tenho uotodo qne me vejo bastante r1.e.~orubarnçndo no fnlnr, sem mo preocupnr quasi nndo. e por t-<>nseqùllino1u. falando h.romente. J ulgo, qua devo ntriliuir isto 1t 1atervençiio do :r-.ossa ~Pnbom que tiio prontomento ntendeu no meu pedir.lo; e por isto me apl'8111,0 a satisfuzer a minh:i. obriguc;-iiu.n

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223.929$.iO

Donatlvos vilrlos

Maria .\ lice òns Dorc:; S. .\ lmeida, 60$00; Morgar1da dos Santos bilva, 4:3$00; Abol Gonc;-ah-es do Frettns, ( Braeìl), 60$00; Anonimo da F1gueira da Poi., 160$00; Snrn Mudnt, 25$00 i Jo.sé l<'rnnCÌSl~ dos Sautos, 40$00; :!\!aria dns Dòrl!s Tùntros do ousa, l 29$00; José Dios Aliio, 100$00; Almiro José Pinlo; 20$00; J.l'l'oucisco l\Inria 1"t•rroirn (Lo11ren~·o Mnrques), 50$00; Elvir.i Nunes da Fonsel·.l, 60i00; Ana da Silva Carvnll~o (<le 13 t15o)nnturas), 130$00; An:i. Mano do. C-011<'PIçoo Noves, 300$00; .\ ~L6nio Tnuc10 HenTu mor na b6ca. rique, 50$00; do Colég10 do Sngt'lldo Coraçiio de l\inri11 (C.'opacnbnna) e nl~u:I Jl/ci111a de ,f r,11,s .\lade1ra 1.'trndade, de ruas outrus possom1 clo Rio dtal J anC'1ro Cubeç-0 de Vide, Alontejo, muito grata (pnrn na obra'I tle :,.;_ S de l<':ituna), Ìl Vil'~l·tn do Rosario da Fatim11 \'CJD I1l1 2-11$00. hhcnr mn;L grnva rec·cl>1da por sua interC'essiio. Esmolas obtidus c,m ntrins lgroj,1s p.::r Tendo um aiillrndinJ10 dtl 1dnùe do ~ 0(';1:.iiio do. distrih1,1içiio de jornaìs: IIIIOS 8111 1:1118 cas11, f10T tre;i: vezes Se Vi\l Na. Igrl'ju do Sagrado C,ra1;ào de aOiti!,,ima. vendo a. crinnçn sofrendo muiJosus em t,161,o:i., no més do t\1 e pordidn com ancias. Uro.a das vezes Agòsto de 1930. ptila l}x.m• Sr. chegou .1 tor um tumo1 na licx:n. que mai~ J). l\!:ti·ia )tn tilde eia Cunha Xauumentu\·.i o 110fr1meuto da polire crinn- , nor ... ... ... ... ... ... ... ... ... 2Qlit 10 .,. ça, • • v• s • • I / Reze1 com lei vor a 1rgem ant1s.<;1ma prometendo puhlicar a grnçn de )h o conc.:<ler as melhoms da c·riança. se tosse atendida e aon<lo-lhe e lièber uma oonhor da égun, repentinamente o sau nfilhad1nbo ficou bom scm que nté hojo se t.euh,, de tornado a queixar. D:i pois m11il:is grnça.s • (E:r.lrofldo du.~ e,ciiio~ i11é(lito.~ à Virgem Santa. l.11t.dle f,rufli(I r:1l1'1t1<111l, fa/P.rid,1 c1,eiro de sa11tul~ie l'lll 1872)

---**'--Mae de Misericordia . . .

Fal(a de:Vlsta.

:4dri•io Mdximo da Sih·a Malhe,ro, do 1'0:wlos (Moneorvo) tinbo perdido o vista ho\'i a perto do 50 nnos, tendo o,; olbos oompleLamente coùerto,.., nilo tendo porém 011tro sofrirnonto qno o dn fa]ta da vi~ta. No rn& de Novombro do ano pnssado :i.pnre<'.011-lhe umn. na~oenço. no òlho <'1:1quordo desonvolvenclo-so-lhe nma oonoroso. inflamaçilo acompnnhnda de dore..~ horriveia f.6Ildo t.ratndo pelos distintos médteos de Vila-l~lòr, Dr. ,Joiio Lop&l; '.'\fo11teiro e Dr. Joào do Noronha. .Arubos consto.taram que era precisa uma opera~io a.o olho afim de o extrni r porque com a violencin cl!l!l dòre<i podin ~obrevir umo me-

fil rle Marçr, - Ontc111 l·stava eu ha~tunt.o oontristndu. pelu morte de mn meu

pntrfoio, cuja vida, ,·omo n de tantos 011l rns J>Cl;SOIIS, se tinhn 1,a11sado no "~queciment.o do Deus o de todos os sll1.lli devores relig10~. Xo oiltanto um sacerùo· te p6de abordnr o OO<'nte nos tiltimos d ine da sua vida, nrns :i. confi,;siio qnl! Aie tinha foito duva murgem :1 fundadu-t tcmoros 'sòbru :i suo snh·ac;-1io. O enfr.1quecimonto dus i;.m orgùos e me mo d:h suas idéia.s levavum II pensar que éle n ito ti"orn perfeit:1 ,·ons~-i~nc1u do q11e fozia.

Este homem deixava uma. grande fortuna. ràpidameute adquirida. Era felir:, no pensar do mundo, e essa felicidl\de mo fazio. tremer por èle. Est:i. manha, du1·ante n. miasa, q111s rezar por sua. 1ntençii.o, mas nào me fo1 po:;s{ve1 fazi-lo. Parecia. que uma 'l'ontade mais forte que a minha me impedia o eu ei.tov1~ desolnda porque ja uma ve:a me aoonteoou a mesma coisa. por uma pessoa. de quo ?\osso Senhor mo fez em ~ guida conhecer a condennçiio. De1>ois da comu\llhilo, num momento, do lncfo opost() àquole onde eu esto.vn VI uro dem6nlo 1necwnho, que tinhn naa miios urna cadeia. enorme de que um dOlì lndos pnrcciu. pordor-fle · no. terra e qut> 6le ngìtuYn com ares arrogantes d1eendo: - Agorn Ja é turùe paro. pedir&. por est:i. a1ma I g minha, pert-en<'e-me e est.a perdida pura sempre para o teu Jesus. Fazendo imediatamente o sinal da. cruz tod:i. a. tromet· proguntei a Nosso Seohor se esse dem6nio mau quo tinha fugido deonte da crui., terio 1nludo verdade e ee realmente &ta :i.Ima e.stava perdida. - Nilo est.i, dOllCama, me respondeu Elo oom bondade. E~ta salva I. Mos ec;t,ii no mois profondo abismo do purgatorio e a{ f•l·ara por muito tempo que sJ eu oonheço. O demonio enn1ivec1do porque Maria lhe nrrancon das mìios esta nlma oom que éle Mntavn (corno lhe urranca tantos milhares dc nutra~ todos os dina) querin impedir-lo de rezara; por eJa para a privar da oon.solaçiio que as tua,ornçoes lbo poderiom obter I A que de,·e osta. pobre n.lmu n sua 1,11.lnçiio (preguntei cu a N. Senhor)? - .\~ orac;-òea quo o &anto !laCOrdote que a ns<1isti11 no~ ultimo~· momentos dirigiu a Nossa Senhoru. Estae prooes juntos à e11pécie de <'ontiso;iio que o doente fez o ù Extrema Unçiio quando e,;tova muribundo, lhe obth·eram de m1m um iru;tante do oonhcdmento e durante ele se pòde arrepender. E a graça do. ab~lviçiio junta a t!Sta oontriçiio, po,,to que 11nporfeitn, o arranco.ram do inferno. - .'.\fos, men Deus, nito é \'erdudo quo /!le est.ava inC'on•l•iente quo nd.o recebi:11 a Extrem11 UnçitoP E verdndc, mns a virtude e o poder quo eu dei o.os sncrnmentos, inatituido,, J)Ol' mim, u t-nl qno n Kdrema Unçiio opero 110hre :i. nlmn do doonta mesmo quando èle est6 privmlo cle sentim<'nlo,1, l~ oinda quo é,te SUl'r.tnlt'nto tive..."e 11<'tuado sòbrn èle dum modo mE"no~ ef1c·nr. do que E-o o tLVlb'SO r&:obldo com pieno oonheciment-0, obte\·e-lhe, ui;sim me,..mo, groçns e at(. n de mn instante de conhe<'imento, qne o'i a~i tentes niìo nota ram mas que bastou para que n sua alma pud - voltnr-;;e parn mim e !!Or sa.lvn por r meio da iiltimu absoh-ìçìio que rOCE'ben .. . Disro-rue nincln que o dem6nio detestava a Santfssimn Yirgem 1•orq11c Eia lbe tirnva lodos vs dins uma multidiio de alma!I, bastando q11e umu pe<!l-0:i p1edosa pedii;so por um pecnclor p:ira que Eia o nuo duixasse pPrder. Assim tam Mm b,1stu"a que 11111 pec-nclor tÌ\·(•sse durante a. sun vidn. Lido nlgnns 11<'tos de devoçiio I para oom l\101-i:'I, 1111Hl11 ciue nù.o fosse senào cm 1·1-ennçn 011 no momento dn i-nn prime1r11 Comunh!to, para que Elo, lenlbrondo-&c mnpre <l11;.•o, lhe obtenha graçna que o sal\'em. .- Ah r como Ehi é boa (lhe disse e11 ). MM on tao, mou l)eu!>, Eia é mnis nossa amiga qua \'OI? - Nao (mo rcspondeu .Ele). Eia nmaI vo,. menos mas o <'11 c-oraçiio foi formndo e modelodo pelo 1,wu. F. qne :liarin niio foi crcadl\ sonl!o r,nra tazer dobrar a minha ju tiç,t, (!11 11iio tcm que exert'<lr e.i;.. jta · é l\fiie e toclo" o. dios subtrni o, ~,u'fill10-; u estu ju. tiçn quando me \·é pri'$tès n ter de os casLignr. }<;11 ,istuva tilv t•omonda om11 lii <JII" No<,n ~nnlior 1110 d1:r.1a que RI m111ha.s higruua!i: ror1 inm Plll 1il1u11ùin1•Jn. E voltei aindn. a }lreguntnr: - Meu Dtin!I, oriiu portan!J pouc-as ne; nlmus que se pNdem? - )fu,1to pom·nR, 111<' re!iponrfou F.le, entro os t•at6licos. E n t.iio clieio. lle c·onfiançn na bondade de l\fori11 ,, 110 p,)1!i1r de son intercessìio e por 11m zélo, de lltll.l hrevemente <;<>nhoci a indiS<"ri,;uo, dispnnha-me & pechr p!l.ra quo Eia ohtirnsse do :r,,;O!lso S1mhor o fowr safr rieprU8."R do Purgatorio a pobro alm:i q11e e11 snhia h1 dl"ver estnr t:t.nto tempo. )fos n:1q11clo mstant-c .No~so Senhor r'lCl fez parnr, dir.endo: ~iio pO<,"ns iS30 a àforia. E uma or::i~:io que Elo. niio atcn der~. Eia ~ma_ e ad.ora todnl' a, minhns perte1çoee. A m1.nha. 1u~t iço. lhe é t:lo quc•rida corno a m1nha m1-

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• '<0% DA FATIMA

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'-tericordin e procurando dobra.-la, Eia niio quere que os seus dire,tos sejam lesado,. e mwto meno.,, d~trui-la. Devea compreender que se uma alma, que nada fez por mim durante a. sua. vida. inteira, quu eu anh--o por pura miseric6rdia, que n10rre com uma <'Ontriçiio muit:.o imperfeitt, bnstante no ento.uto por vir junto à graça dn nbsolviçà.o, qua so uma tal alma. entrasse no céu imediatamente Jepo1s da. sua mort-e, n mi11bn justir,t\ niio ex1st1ria. Nùo, rninha Mi,e nùo 1110 lav. tal ped1do, e osta alma pagani a Hua divida nté 110 ultnno et•n lavo. Podcs obt<•r-lhe con;;oJÌÌ.çoes polu.,; tuus omçÒOli mas nio pordiio da. pena rnteira qne eia mereeeu 1.0 dr. A l1r1I,-:- Vi hoje o :;:tl:crclot(l que n,;sist111 un doL•nt<> de qnern No.~w Senhor me falou ontom. Cont.,u-me 4ue .1ntos de dar n Extrem:t Uu~·a,,, achando-i-e s6 com o doenh• Jl!"l,cnruu um crt1<;1f1xo o que nào o nchnndo, tomou o terço, quc por acas.o :ili esta., a e nprc,;entou a cruz ilo mcsmo no doento dizendo-lhe: · uE&t.n l oqui a 1magem de DeWI que morreu por n6s. Se ouve e me entende, se se nrn•1>endo ._. <• ama foc.1 nm sìnnl parn en saber11. ' · Enta.o o pobre· moribundo estendeu os Jabio~ pnru b<>ijar a. rruz. Igualme11· te lhe apresentei urna mednlhn lembrnndo-lhe que se rt-romendn.s!lO à boa l\{àe do Céu. De novo eslondeu os labios pn,ra. 11 beijar. Em 'rista. disto quo confirmava tiio bem o que 1\•>ts!iO Senlior me tinho. dito ni'io pude oonter 118 lngrirnns nem impe: dir-me rlo dii.i•r àquPlo lq1w ncabarn cle o fnzer: Ah I 8111:.eju descansado. ,;enhor Padre I As oraçoes que V. Rev. dirigiu a No,so ~enhotn. pelo vnsso pobre d,,ente lhc obtn·ernm ro10 cerlew a ~alrnçii.011.

---**--0 melhor contra veneno M:irgarida, até ali criaoça tào simples e p1cdosa, tomara-se dilicil e demasiado

preocupadn com a sua toilete. O que ganhava na modistn onde tioha acabado a sua aprendizagrm, gostaria ela de o empregar s6 cm vestidos e bugigangas. A ~ste descjo excC'ssivo de se a.ssinalar pelo brilho do ~eu vestido veio junta.r-se depres5-.'l. o fa.~tio o dcsgo!;tO pelas coisas de Deos. Dc,ntro em pouco tOda a sua piedade consistia em ~r à Missa aos domingos e Ì!;s0 mesmo faz,a-o eia com CAp{rito preocup.-i.do de todas a.'! vaidadcs. Tinhn abruidonudo n engrndn Comunhiio; e us'lè m()StnO Jesn~. que do fundo do Sn<'rario, t.ant:\S vezcs tinha Calado ao seu coraçao, era agora inteiramente desprezado e desconhecido . Ao m!!Smo tempo, urna mudança nào menos notavel, se tinha, :i pouco e pouco, operado no seu canl.cter. Aparte umns gargalbndas estridentes e francas provocada.ii por essas palavras, raramente ino!cnsivas, a que o mundo chama espirituosa11, ela tinha perdido o seu constante belo h umor. Ja niio sabia sorrir nem se via nela aguola. cAndida simplicidade que era tòda a sua graça. Isto, quo.nto ao que se via, pois que s6 Deus sabia o que era !cito d:i. sua beleza de alma. Ha pouco aioda, as manchas produzidas no andar por estes caminhos da vida eram lavadas e purificadas nas aguas saluta.res da prnitl!ncia, Agora. tratava s6 de orna.mentar o corpo., A alma. essa la !icava a viver na lama de cada clial Sua mii.e. mwto fraca, comprecndeu finalmentt: que todo o mal vinha da assiduidade, cncorajada por eia. das companhias pouco cristàs com quem vivia sua filha. Verificando os dete:;tiveis progressos feltos poi sua filha no caminho da impiedade, cafu cm si, pòs-se de joelhos aos pés dum crucifixo e pedlu perdiio a Deus da sua fraqueza imperdoavel. Pela primeira vez lhe salt:aram dos olhos Jagrimas ardentes. Niio se limitou a. chorar mas foi ter com o seu con(essor, em quem encontrou um apoio e conselhos de sabedoria e prudència. Além disso, com a graça divina recebeu também uma I6rça que eia. niio conhecia e nma energia de vontade de que se nao julgava capaz. . . Fol isto num sabado. No dia segumte, Margarida a.ntes de entregar a sua mii.e os ganhos da semana, declarou-lbe que à tarde qoeria .ir ao teatro com a.s suu babituais compa.nbeiras. A mie opòs-se terminantemente e pediu à filha que volta.~se à simplicidade dos seus verdes anos. Margarida pareccu insensfvel a tais rogos

<', para obriinr sua màc a ceder, ameaçou abandona-la ime<l1al.amcntc se niio lhe conc,7dcssc csta inoccnte distracçào, como ela lhe chamava. A t•stas crnéì,. palavras, o coraçào da mae rcvoltou-bc Urna lai ìngratidao a.cabou de lhc abrir os o lhos. Num instaute, luvaota-se e, sem proferir palavra, dirigP-~e para a porta e abre-a de par 1·m r,.ir, parn indicar à filha que podia s., ir q uanclo q u1~e,sc. !>,•pois ,lf-ste e,,:{0rço. caiu <le joelhos, dc olhos voltados par,l " imagem de Nosso Senhnr, , kvanL,ndo para ~le as ma.os juntas. exclamou ., -;0l11ç:ir: «Meu Deus, meu Ucus, tirai-mt· d èstc rnun<lo antcs que eu veja a minha fillta para ,sempre perdidal11 :'l!argarida quc: n ào ,·,pC>rava esta atitude n<·rn c~tc grit'l dc dt,r, s,·ntiu-5<' tocada la p,>r dcutro no que ain<fa resta.va de bom no fundo cla i;ua alm:1, Nunca tinha visto chorar su,L màc ,. (·st<- t·spuct.1culo a comoveu fortf-mc·nte. I~1nçou -,e logo ao pescoço <laqutl,1 que lii.o ternanll·nte a amava e com ., voz cntrt-cort.\da pela emnçào diz: «Perdào, màesinha qucrida, perda.o. Eu nào vou, 1111nc.~ mai, quero ir! :'llàesinha, por favor, n:io cbore Farci tnùo o que a màesinha quisern. Promete aqui, millha Iilha, diante de Jesus crucificado• que faras a m.inha vontadc ou, se nào. morro de pena. - uEu o promctn de todo o meu coraçào, minha boa màesinha. Eu o juro, ajuotou Margarida com sinceridade, mas peço-lhe que niio chore mnisl» Ncsse mesmo instante Margarida resolven cortar tlklas as n·laçòe~ com as companheira,; que :i tiuhnm <lesviado do bom cam.inho e combinamm que nesse mesmo dia ma.e e Iilha iriam confirmar éste pacto junto do scu confessor. «Para as.sC'gurar a volta de Margarida aos habitos cristiìos, di!lSe-lhe o homem de Deus, nao hà seniio dois meios. A vossa filha absorveu o vc·ncn,., dos maus cxemplos, o veneno das nlegrfo.s falsas, o veneoo du.ma vida munda.na e s6 pod.e recuperar a sua antiga e bela saudr n·correndo a um contra-vencno poderoso. Dcixon o primeiro dos bens por ftiteis baga trias; quis viver sem tmzer em si o principio cla vida, quis caminhar para fora daquele que é o caminho. Que fila, port.a.nto. procure o soberano bcm, quc eia incorporc em si a vida, que C'ntre no caminhol A Comunhào fervorosa e frequente, eis onile csta a ~un salvaçàol» :\largarida rc·cuperou o seu bom humor com a pratica dos dcveres cristii.os. Voltou a aplicnr-se à oraçào e à bumildade, apareci-ndo s<·mpre que pod.ia nas devoçoes reali1adas na sua par6quia. Tomou tòdas as precau~òes para evitar as suas antigas companheiras e com tanto mais ardor, quanto antes as procurava. O s,•u can\ct<-r dl\ce e jovial reapareceu ainùa qui' com um urto esi6rço. E se a sua aft-ctuo~ expnnsao oào revestiu a graça da sua primitiva inod\ncia, omou-se no entanto de,,La outm graça mais severa, mas igualmente amivel, que vi-m do arrependimento. Espantada agom com os perigos que tinba corrido e r('C()nhecendo no .afa.sta.mento da Santa. Comunhao a primeira causa. do seu mal, tmtou, com um fcrvor angélico. da recrpçào frequente déste divino h6spede. Nio contente, t6das as vezes que podia la ia :\ sua igreja fazer uma visitinba ao divino prisioneiro, quebrando assim aquele pesa.do isolamento cm gue li vive J esus. Se nào podin. mesmo de casa Lhe enviava o coraçào acompanhado de alguma jaculat6ria cheia de ~tidao e amor. Como eia compreendia enti.o bem a verdade do qne muitas vezes !be dizia o seu confe,sor: «Jesus. recebido na Eucaristia il o divino antidoto contra todos os venenos.

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os p(gos que os bomens mnu,. te puse- uma fabrica, avonça ,,ùbitamcnte de um rath11. grupo um homem r dnige-..e a.o saceroot. Xiio t;1nha ainda mail; de tre~ :1Dos e proferindo urna borri,el blasfémia. ja, oo olhar parn Je!lus na Cruz. pregunO vt>lho '-Rcerdote estremece e apressa o tava so ern o me!lmo menino Je,us do passo s<>m responder. Pn.rece aindir. mais Presépio. curvado do que de costume como se do corpo quises<;e fazor um baluarte com que <'Obrisw e defE>ndeS&C' o preci= teeouro Outra crt·a·'llça (deu-~e o ca:;,> aqui per- que levava. to de Leir1a.) olbuva. rom admiraçao o A eruoçiio das criançns é muito viva. O grande Cru<·ifixo dti snrristin. mnior, con~•·ncln -sP a <'Usto, excla.ma no Alguém de laclo lhe explicou a rnziio cnlanto: ccso eu jn fo,w grande!...» dnquele suplfcio e <Jlll' foram os judeus O mais pequeno n.idn clit mas soluço. mu us que pregnrnm a .J l'~"" n11 C'ruz. O moribundo rccebeu os sacrament:.os e Comt"ntnrio do é-reon~·u: o saC't"rdote regre!';~0tl Ìl sncri!ltia. oom OfO ~<>us pcqn<'ninos ('ompanheiros, em cujes ,<'l'umbém ... sào /Ju/u.111. rostos trnm1pnreci11 urna !;('rie<lnde que lhes 11iio era hnbitn nl P ,e dn a emoçào proTocach pE>lo inc>s))<'rnélo incidente. P orque qnerias usrr ,n·ande» O pequl•no fila-o num movimento brusco e rcspondc: yOra ! Parn ser soldado». O c;ncerclot.e oisfnrça uro sorriso e oora F.ble c:,~o passou,,e ha cerca de dois o, olhoq intE'rroga o mais pequeno. 11nob, no Rio de Janeiro• Xumu lìuda mnùhà, de58ns que fuzew ccEu querin scr p:r11ndo porque niio covibrar de oerta alegria ainda os tempera- nhecem a Deu~ e por isso o injuriam; quemento& mni11 tristonh011, saia a passeio com ria M'r grande pnra fnzer com qwe O coa ~ma uma cri3:nça rivn, maa de indole nhe<'e<...•em e nmn~sem.11 me1gn e compass1va. La in o menino, dos seus tres anos e alguns me!>es, conversando, pergunt.ando tndo quando do repente lopo. com um vélhinho a quem c•hnmava «o meu pobre». Hnbit1111do por sene pais a olbar para os pobres, aSaim como seu i1•mao mais velho, Eis com La Harpe, célebre !iterato Iran• com verdadeiros sentimentos de piedade cès, descrevcu a ioua convE>rsao: rristii, o galnnte menino e!-itncou e, tendo«.\chava-me so na pri~'lo. em um peque-lhe csquèddo em cns,t os tostoesinhos que no aposento, e profundamente triste . Havia por ,·ezes levn,·n pndn c·omprnr rebuçado!I, lido alguns Snlmos. o ~·angelho e a!guns cliv. pura o p-0bresinho: outros livros bons. O sl'u efeito tinha sido .. Que pena I Rston tào longe de casa e rapido, ainda quE' graduado Ji havia reconiio tenho :1qui nem um tostiio poro lhe brado a f<-. via. urna luz nova, mas eia endnrl• chia-mc de espanto e son!ltemaçào, mosuNa.o foz mal, meu filho (responde o trando um grande .abismo, o de 40 anos dè pobre) ouh·o clia sera.,, t·xtravios. Via todo o mal qnc tinha feìto, O menino é que se niio conforma,·n de mac; nào enxergava rem&lio algum, pois ver partir o pobresinho sem esmola. Num nào 11.ch,wa ao pé de mim coisa alguma que gesto brusco salta pnrn. junt:.o do velho e me ofereces:;e os socorros da Religiiio. Por cliv.: urna parte e.,pantwa-m,· a vida, considf'ra11,Ja quc niio tenho agora. outro coisa pa- da à luT. da verdade celesti.al, e por outra ra lhe dar, dou-lhe um beijo.» E beijon as atcrrava-mc a. morte qui" rsperava todos miios colosM do pobre, q11e eheio de emo- os dias. tal qual i:e rccebia entiio, no cadaçiio, doixa va correr pela faee eprugada falso. Nào viamos o c;acerdote junto de n6s pelo~ a.nos e pelns n.fliçoes da vidn, Jagri- pam consolar, o quc, ia morrer. Cheio desmus cle nlegrin e gratidio pela ~onsol açiio tas ideias desoladorn.c;, o mcu coraçào esdndn <'0m tanta espontaneidnde e ca.rinho t.ava abatido, dirigia-•e a Dt·us quo aca. por urna crinnça apenas de tres anos. bava de falar, mas que muito mal conhenMeuino, disse o velho, pensa que nio é cia .. Dizia-lhc: Qur d,·vo fazcr e que devo umn grnnde e~molo. é.sse beijo ?u E pressu- E'Sp<·rar? roso Nlrreu a C'Mll. dtt crinnça contar à. Estnva o lino rla Jm itnçiio de Cristo sOmii.e o t41.-.011ro qne era o coraçio de seu fi- bre urna mesa , e tinham-mc dito que enconlhinl10. traria nele a re,;posta aos meus pensamen- Qno.nt..'\s , ·eu-s a pobreza ma.is afli- tO!<. Abro i· se; livro ao acaso, e lendo detivn. nào é de bens mat-Orin.es. param-se•me ('!ltas palavras: Eis-me aqm, Qunntos vezes urna boa pn!nvra, um me1, /ilho, ve11ho a ti po,qu.: me invocaste. ponco de corinho e de inter8!'L«e pelas trfa- ~ào li nada mak A impre,;:;,'io repentina t<>zas nlh€'in'I vem fMer despontnr toda que experiml'nlc·i (. i;upi-rior a tudo o que 111110. primnvera cle è-,perança. se po<l<· imagin:u: nào me é poss!vel cxpliDe p0U<'0 vnle a e~moln ~e com eln niio ca-ln ne;m c-,_quC'cl--la. CAI com a face em for t ambém o cornçio. terra banhndo em lagrimas,,.

----•---. POBRESINHOS

-----•·----Os bons livros

-----11lll1lill11lill1:UUllll1lll--'"..,........-

Como Aie queria ser grande

Boa noite

Umo mnnhi'i de jnlho, no lado do rio

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~.10 te par.-cem muit.o grandes a:. noi-

Mosn nos anedores de Liègo 11m velho ea.- tes? (prcguntava o ca.pela.o d<' um bospital cerdote, po.roco duma par6quia, levava o sogrado Vintfro a um onmi>onès gravemente enfermo, morador 16. para o erlremo da cidade. Doi, n<'6lit-011 o ncompnnhavam. O mais velho, cle <'èrca de doze anos, levava nma tocha ncesa. O mnis pequeno, de gestos sun,·es e sonha.dorcs, teria apenas no,e anos e nem era ninda capaz de responder correctomente àa oraçoee do. Mi888. Ao pns.qnr<'m em frente do portiio de

dc tuberculosos a urna doente). - Nào, senhor. ~em uma hora dè sofrimento me sobra. Sofro a primeira hora da noite por minha màe para que seja me: nos inieliz. A segunda sofro-à por meu pa1 para quc «e converta e morra bem. A terceira. por minha irm:i para que melh~re e ~e c,1se. A quart.1, pelos pobres. A quinta, pelo« pe=dorcs (e M-os tao grand~! ... ). ne... <" quando mf' apan·ce a manha nas vidraças, a noite parece que voou.

---**___ Para creanças e para quem o nao é O Antonito é fertil em e:-tped1entes I. .. encontrn-lo no jardìm armado de urna lonp;a vnra, prOC'urondo em viio atingir a cnhe(·n de umo t"sMtua da Sa.ntff1sima Virgem colocn1lo. 1rum nicho elevado. - uQue fnzes tn ai, Ant:.onito? Tem juizinho,,. - E que eu queria. nbrnça-ln e eia est!l muito o.lta. Por M'<O nbracei e beijei osta ,·aro. e eln vai lit lel"nr-me o meu beijo.

FATIMA

Vao

• • •

O Cruoifixo impres.'!ionll.'ra muito o Pedrinbo ... Ele olhn, interroga, comove116 e eapontant>amente toma o habito de jnnta.r àa suns oriu;-òt-~ de todos O<; dias

o sesuinte:

uQnnndo eu ,, urcwrl,, eu te

ternrei

I

a ·L ourdes Portug u esa

lmpressoes de vlagem pelo Doutor LUIS FISCUER

Traduçlo do Re,. P ;o~;~;~IAOu~;a~~;~~ ;~~~~~;~r~~~·~;

1

Catedral da L11fta Preço 5$00; ,1:>elo correlo, 5$70 ; ~)

tste livro muito interessante. cuja primeira ediçio alemi de 10.000 exemolares ae esi(otou n a Alemanba em 4 mese" encontra-11e l venda na UNl AO ORAFJCA. Traveasa do Desnacbo. 18- LIBboa. na VOZ DE FATIMA, em Lelrla e no SANTUARIO DE FATIMA.

I


N. 0 S7

Leiria, 13 de Outubro de 1930

Ano VIII

( COM APROVAQAO EC LESIÀSTICA )

Ad111i11i1tr1der: -

Dlreator • Propriet6rio : - Dr . Manuel Marqries dos S antos Emprlsa Editora e Tip. Unii.o GrAfica, Travessa do Despacho, 16- Llaboa

Padre Ma nuel P er eira da Silva

R.edaeçlo , Admlnlst,açllo: Semlnàrlo de Lei ria

I

Pasturai sObre o Culto de Nossa Senhora de Fétima Sua Exce1encia Reverendissima o Senhor D. josé Alves Correia da Silva, Bispo de Leiria, declara corno dignas de crédito as visoes das crianças na Cova da Iria, frèguesia de f atima, nos dias 13 de Mai o a Outubro de 1917 e per mite oficialmente oculto de Nossa S. de f atima. ta. l grrja., com O'> cri.stiios de todos os tempo-~: Sai 1·t! Ila i1~ha, 11ute de mikric6rdia, vidu, doçu.T<I,, e~per<n1.ça n.oaaa &ul1'é/ ,l vò., bruJumQS, O& deyrada.doa /~ Ilio., de Jt:vn ,rt 1163 su.,pirnmos, !}emendo e cluncrnclo ne.,te vale de lagrimas! Sai.-

A Prolidoncìu Div1011, que l'ege e governa lòùas ns crinturns, tem parn oom o homem, dolndo de alm.n 1mortal, ternuraa e.,paciais. A&iim tomo um ùom cliefe de frunilin nil.o poùe pol'quo nunca deve nbu.ndonar a e!!posn. nem os filhos, também Deus. infinitnmcn_to bom, qua nos cr1ou por wu noto ln·re do u,nor, nào nos pode

vi! Comprin<lo . o legndo do J esus,

Divino 1':spirit-0 Santo, ei-la ornndo com os primitin,,i ~ri~tùoe, tomnnùo parte nos sun,i nlliçii<•,.,((j). R corno tem sido ;l!iie tao carinhQ6il. em todos 0,i '>écu los I... F.:rnborn fò ~e p,h.-:ivul cont-ar 11s aroins do mnr e os e~ttuln-. do C.'éu, nào era p<>!l~h·t-1 e11111nNar os dons que a. Virgem S,rntfa~imn, n chei,i e/e !Jraça (7) tem &11 pnlh:11l0 l'ohro ns nfrnm,. 8 >tir u. quantidnde de instituiçoes de curidodl• ,,epolhndos pelo mundo, crindas ~b n s1m prote<:oilo; é contnr os inumeros templo,. erl(uidos em !!Un. honrn. - votos de nlnw~ e nnçòes agrndeoidas pelos sen~ beneficio~ ... E i;e,n lr mllh lons,ce, niio saindo da. DOl:11\a. queriihi !>1ilri11, uasta npontnr as copelo~, i~r,1j1111, 1nonumentos, pndròes de glorio. ergu idl>!I p!!lu. fé de nossos paia, tnutos e t1u1to~ t'Dl honra da. queridu Mila do Céu, Sen hura da terra portugnesn. Ma~ é !iobretudo n1ts hor8'-I calamito8ll!I, qunndo os sl•U':1 filhos ou ns naçoes ~tiio para !<08NOÙrnr, \"itimas dns suos ingrntidòes e do,i i:eus pe<'ndos, quando, <·omo d ' z o profe>t:i (8) cl,imei e ndo mt. rup,mJtatea, /al,-, e rwo me eatutastu, qoe ~ ou,·o de Moria, rhamando 0c1 homens à penitem•io corno em Lo Salette, Lourdes e ùltiu111mMte em 1'':itimr.. Ontrorn J eremins nmeaçnndo os hebreus oin nome d4l Jehovuh (9) exclnma, va: nu ,n. mom.ento, pri>nun.cio o decrf:to

aban<lonur. :E o que n hisléria e a experiencin de-

monstrnm. Quo c·.trinhos teve o Senhor para com o po~o cseoll1iùo, àc; ,·ezes tiio ingr.~to o infiel !. .. Como o defonde11 dos scus inimigos; como o cousenou no culto da verdadeira rt:ligiiio, apel\Ur das ~uus tendéndag id6latrns I Como alé nos ca.'ltigos, se mostra. Paì oMinhoso e o.morave) I... . Quando chegou a horn bemdita da Redençiio, o pr6prio Filb.o de De\18 <lei;co do Céu à terra, n<,i;ume a natureza hurun.1:1n. e morro 1111 Cruz para nos remit- o salvar I... E mesmo depois da sua Morte fica oomn01:JCo, oumprindo n. sua promessa. (1): Eis que e..tnu. tomuosco <tfé e) conrunwç«o dos séculos! A esta obra de R edençiio e Snlvaçào o Senhor <1uis associar a sua Santa Miie. Relo1nbremos n agon ia no Calvario. Je9us, corno um pai qne passa a vicln a trabalhnr pelos filhos, tinba-uos d,1do tudo 11cm medidn e sem reservn. Dera-nos a sua doutrina e com eia a luz e a vidn. Dera-nos a. gr nça e com ela. o perdào o o. rc~surreiçiio. Tiuhn ìustitufdo os sn<·ramentos - outros tnntos m.eios de snntifìcnçiio. :\lns o seu amor nao Ollta ninda sntisfeito. Agom qua vni morrer, quare dispor do qne lhe resta; ditar o s"u testamen-

de uterm!nio $6bre

to.

Mas Ele tem npena., a sua boa. Miie. E 1>ssa qua nos v11 i lega r I Como é solon e nq nele momento I Todos os homcns siio 11eus herdoiros: os gentio.i reprt"st"ntado!I pelos soldados roma.no<t; o povo judeu, pelO's habitantes Sua Excelencia Reverendissima o Senhor D. José Alves Correla da~Silva de JerusoUlm quo nJi tinhnm ne-Orrido llustre e venerando Blspo de Lelria, que Nossa Senhora de FAtfma para pr060ncinr a sua. morte; os pecodoconstltulu apostolo das suas gl6rias e executor dos seus deslgnJos ma· res.. J)(llos doi!I ladrOt"S também cruciflil.. cn.d08; e OR jnstos, pela!< Sont°" M ulbe-ternais de Padroeira de Portugal res qua ncompanharrun J osus nté no G6lgota.. Joao, o Santo Evangelista, é o encar- aos li&UB carrascos: Pai, Pllrdoai--lh.e3 (&) do SffiAur (5) - rooeb&-nos corno eeus firegn.do de fi-:omr pela escrita. as palavrns E depois exc1runa.: flia a, 1'0asa Miù ( 4) . lhos, gerados naa d6res imensas do Caldo Benhor (2). E Maria. Sn.ntfssima, a Virgem pura , vario I Proetrados dinnte de N08811 Senhoro. J esus perdoa ao lo.driio a rrependido, tesonro d08 Céns e da terra, a. eacrava nii<> podemos deixnr de dizer como a San(1)

Xath. XXVIJT, 20.

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t·on\ us .\postolos e,iperando n descida do

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3-4.

15)

10,

I, 38.

1111~

r,ot•o e con.tra

an

um reino para <> prrrler e destrufr à.~ rnlt:e&. Ma.,, &e fls.~ naçc'lo /izer penitin riu <ÙII males pelos quais a ameacei, · a.rrepender-me-ei, r~ mesmo, do mal ~ tinha resolvido /o,:er-lhe.u F.:ste cuidodo e zelo do Pai do Céu e da. nossa. Miie vindo até n6s inspirar-no~. fa.lar-nos, é o quo ba de mni11 natural. PoiR poderfumo, aon;Ao admitir. quo um bom pai nilo fnle a seu filho? qua uma. mÀll niio tcnha um cnrinho para aquele a quem trouxe nns entrnnhaa e amnnu.>ntou? Umas ve~ é a. lin~ungem muda, ma.. nem par is.c;o menos persuasiYa. dum (6) Aot.. 1, 38.

(7) Luo. 1. BS. 18) la. L- V, 12. 11 Jerem1aa. ~\'!TI, 7.


VOI DA FAT IMA

2

10 anos de 1dade, Franci!!Co nove e Jacinta. se11. Est-es eram 1rmios e a. primeira prima. dèlea. N enhum sa.bi a. lér nem escrever. AproJ:imava.,-se o me10 dia. e as criançu, confor.IDa o costume da. sua terra, rezaram o terço do Rosario de Nossa &nhora. TermÌJ\ada a. oraçao, entretinham-sa a fazer uma pequenina casa. com pedrall soltaa quando, de repente, um relìlmpago, de luz viva. e brilha.nte, sulcou o esp~. A-pesar do céu eatar diafano e aem nuvens, u crianças, com reooio dalgo.ma. trovoada-, juntara.m o gado e iam retira.r-se. Ao' chegarem porém porto do ponto onde se encontram actualmento as bicas de nitua., fuzila. novo reli.mpago e, a. poucos p8680s de . dist4ncia, de pé sobro umo. pequena azinheira no sltio onde esta a pequenina. e pobre Ca,pela dns Apariçoes, veem, com espanto 0 vulto duma. Senhora. de incomparavel forrnoaura, envolvido. num vestido tle nlvura. purissima; um ma.nto, orlo.do de ouro, cobr&-lhe a. cabeça. o a maior parte do corpo. O rosto, duma beleza. celeste, sobrenn.tura.l, o.pr~nto.va.:,-se aer&no, grave o toldado dumo. leve sombra. de tristeza. Das miios, junta8 ò. altura do peito, pendin-lhe, remntado por uma cruz, um lindo rosario. • De todo O vulto, circundado dnm e11plendor mais hrilhante que o sol, irradiavam feixes de lu.z. Ae criançns nproxìmnrnm-se, travou-se um dialogo entro a Senhora e a maia ,•elho. oondda.ndo-os o irem ali todos os dias 13 do oada mAs até outubro. Como consta do testemunbo das cria11ç88 e de muitn!I peesons, nR aparic;òes foram seie, todas no dia 18 de onda mòs, eJ:cepto em agosto que eo realiwu alguns dìas depois por a autoridade ndm1nuitrativa ter ll8 crianças presas em Our~m. A Senhora dii;i;e.-lhes que O sou lugnr é 0 céu, ronfiou-llies um tiegrédo que a ninguém poderii.o revelar, eneinou-lhes uma pequena jaculat6ria, reoomonclou a recitaçao do Rosario, a.conselliou a Lueia a. a.prender a ler, ineietiu Ila neceseidade de ora.çii.o e pellit.enica para. a guerra. acabar, nfirmou gue No11110 Senhor esta. muito irritado com os pecados dos homena e eobretudo com o poco.do do. carne, ordenou que se edifiquo ali urna. ca.pela. em sua honra e deoJara. que é a Senhora do Rosario ... Como pouco a pouco a.1unentnese extrn.ordinàriamente a. multidii.o e, neRse tempo, 68tiv 6680 a diocese de Leiria, ca,n6nioamente erecta nosse ano, go'l"orna.do. por Sua. Eminéncia o Senhor Cardial Patria.re.a. de Lieboa.. D. Antonio Mendee Belo, de 1111 nta mem.6ria, Suo. Ex.• Rev.ma O Senhor Aroebispo de Mitileue, hoje venerando Bispo de Vila. Rial e entii.o Vig,rio Gemi do Patrarcado, mandou a.brir um inquérito. Tendo n6s vindo parn Bispo d&lta Dio06fl6 em 1920, nito podendo nem dovendo ignora.r O que 88 pasaou, publicam0s a 6 de ma.io do 1922 urna. Provisio 8 nomeam06 uma Comissii.o de Rev.o- Snoerdotes Jetas (15). pa.ra ouvir ae testemun" Ba a fnvor 011 oPeloa .1eus /rato, o, conhecereia. PDf'- contra na. mais ampia liberdnde e apre'l>efl.tu,ro oo!hem-ae U11a.$ de e$f>inhoa QU senta.r-nos O rolat6rio dos seus trabalhos. figo, do, abrolhos Y Nilo pode -uma. dr110Dois membr0s deesa Comissio ja foram re ma dar bon., froto1» (16). oh&mados à presenc;n. de Deue, mas 01 E nplica à. sua divina Misoiio eeto reetantea continua.ram 09 seus tra.balhoe. 'Oltimamente aipresentarn.m-nos um mesmo critéri<\ dizondo (17) ,e eu. fido f~ iu obra& ae meu Pa.1, nao ~ acre- largo relnt6rio qae exam.iné.m06 com ditM MCLI ae eu. a.a faço, quan.do in& todo O ouida.do. queirai., crer em mim, crlde 1UU mifi,ha., Aos Rev."" Snoerdotee quo forma.ram olmu pa,ra. que conheçai., e at~editai, part,e deesa Comissiio, queremos deixar au• o Po.i eaid em mini e eu no Pain. exara.do 0 n0880 a.gra<lecimento ealienPara. distingu1rmos de que la.do estA tando duma, maneira 611peoial O R,e.-.11>0 a verdado nu visòes, profecias e outraa C6nego da. Sé Pa.triarcal de Lisboa. e manifeetn.çoes sobreoa.turais, temos de ilustre Prof88110r do Seminar io de Santa.. eJ:aminar n.s qua.lidadea das pe81J086 por rém Dr. Manuel Nunee FormigiLo J ,ielaa favorecidM, se aa move qualquor nior que nesta Comill!liio oomo em tudo inter81!188 materiai, se a. doutrina. gue quanto 86 relaciona. com 0 oulto de Deue apreeentam esta ou nio oonforme aos en- e gl6ria. de N088a Senhora, é verdadeirasin.amentos do. Santa Madre lgreja, se o mente inca.nsavel e digno de imita.çiio. fim que move os videntes é bom o sobr&Tendo ~ido oooarrega.do pela Santa natural... Igreja. do Bispa.do de Leiria e competinAs conside~. que acabnmos de fa- do-nos, como Bispo reger 08 fiéis que nos aer, .-eem a prop6s1to do coso tào conhè- foram oonfiadoe (18) e eegundo 0 exemcido da Fati~a. • . plo de venera.ndos Prelados em caaos seA 18. de ma10 d? 1917 _tros cna.nQOa da 1 melbant.ee, depois de tenno& estuda.do frèguesJa da Fatima., vignnma. de Ou- atenta.mente dura.nt.e 10 anos 08 aoonte~ . doma D1ooeE10, apas()('nta!iun um ' oimentoe, vimos da.r a n 088& eentença. peque110 rebanho num_ lup;nr, entii.o ermo deolara.ndo deede ja gue submetemos, huohn.m,'ldo Cova. da Ir1!1'•• mildemento à. Santa Sé, o nOflSO jufzo. A mais velhn., Luo1a. de Jesua, t 1nha Caro, dioceaanoa : (10) M'at. VI, 26. cui vai VI, ze. Referindo-ae a.o pequeno numero de (12l 2 'Nm. IV. 7. (13) Vat.. X, n. sabios, de poderosos e nobres entre os (141 J XI, 4Z. cristaos da Jgreja primitivo, acreecenta (15, .:11-1,. ~ . ;s. gesto do nosso paì, o lagrima que brota espontanen. dos 0U1oe da. màe... ; aio 011 a.visos e coni.elhos prudentea que no,s guin.m no camìnho do dever; silo os 80?'ri806 que no:t animam e ti.I ameaçaa que noa a.terram. Ora. se 0s nossos pa.1s da terra DD& mo&tram aaaim o seu cuida.do e desvelo nio é superior o amor do Pai do Céu que tudo pode - :Ele que vela pelaa avecinhms do Céu (10) e ve:;te os lfrioe doe campos? (11) Quem de nos nii.o 11entiu em si a acçio da gr~a? &6el; bons penaa.mentos e santns inspiraçòes que iluminaro a noesa inteligeucia... é.sS&I genel'osos movimentos e piedo$0S impulsos que incitam a noasa vontado à pratica do bem P E' Dous, 0 boro Fai do Céu guom oos fala... Quantn8 vezes es11ns luzcs divina\8 nao 110:1 dot.éem, quando prestes 11 res\alllr numa. ncçiio criminoim, nOll nfastnm duma ocnsiiio 411e nos perderin.? ... quu.ntas vozes a tristczn e o remo1·so nos fazem envergonhnr dum acto da vidn J>.i&sP.da e no meio dus ufliçoa'I, <las J<igrimoa, surge a. <>i,perança da regonora\'M, a vislo lnrrunosa tlo prémio que Deus promete àqueles que combatcm o born combate (] 2) e ywrso\·eram até uo fon P... (18) Tudo into a;ào inspirn~·ite~ quo a. bondado divina nos concedo direotnmente ou por inwrmédio do bc-mditu. Mii.e do (~u. Além dObtlls graçai; quu sio concedìdas mais raramente a uro.a. ou outra alma., na.o tanto pura ,ma utilidade pr6pria, ma.s para bem do. rolagiii.o, dos povos, d88 naçòes, dllJlla comunidil.de... 'fais sii.e os dons de milngrea, de profecilllf, 1111 visoets sobrenaturn.yi. Etssrui gru~·:.is l'om·edidiu; quasi sempre so aos snntos, por si, nii-0 eantificam a p88Soa. que delus é fu.voreci<la. porque a icantidado exige um esforço proprio, urna. oooperaçii.o continuada, mus aproveitam ò. colectividade, àe vezes no mundo inteiro. J.'oi o que Jesus guis significar quundo pediu ao Pai o gronde milagre da ressurreiçao de Lazaro como prova. da sua divino mi&a.o(14), Ma.s se é pr6pno do homem orra.r, porque muito frnca é a. sua inteligencia e Hmitndis.'>1mo::1 os seus oonheoimentos, a Santa lgreja., nunca impondo 8.8 visooe como de fé cnt6lioo., exige provaa sevenMI para. nos deixar acreditar nelas, embora com fé mera.mento humana., para D.08!18. instruçào e odificaçilc. De\"em01s notar que a Santa lgreja. nu.noa tem pressa, espe~ialmente nestes aaeun~ m.elindrosos, por maiores que sejam as i.mpaoienciBS dos ho.mena. Ca.minha atra.vés dos séculos nume. lenticlito majEm.O!III., nMietida. pelo Divino Espfrito Santo, 1:om a. consciòncia. da sua perpetuidado, ouvindo a todos, tado aprecinndo, para resolver conforme a.s leie sapient1SS1mna que lhe deixoa o seu. Fundador. Efeotivn.m.ente Jesus nes!A3 ponto C!Omo em tado, ensinou-nos como devfamoe prooeder acautelando-nos dos falaoa pro-

IJ61 Vat VII, 16, 18. (17) J. X, 37, 38.

'181 Aot. XX, 28.

S. Paulo: (19) as coi~as toucas, 11egwndo o mund-0, e11colh.eu-a 8 lJeu,s para confu.nd,r os sabios; e as coi&<u frocas segundo o mundo escolheu.-as Deus pwra, c01~fundir 0'! forte&: e Deu.s e.scolh.eu a.s cois,u vis e duprez!vei& ~egu,ndo o mundo e aquelas que nao ufo, para, destruu a& que aiaq pwra, que -nenhum honiem ae glorie dian,.. te dele ... porque, co11w eatd eacrito: 11 que se gloria, glorie-se no Senhor,,. A hist6ria demonstr:i. com factos estas obllt'rvaçoe,s. Os Ap6~oolos, escolh1dos pelo Senhor para prèga.rem a doutrina. cristi em todo o mundo, eram pesoadorea; S. Gregorio 7. 0 , o campeiio do. liberdade da. lgreia, era. oriundo duma pobre familia de campone,-;e.i; S. Jonna de Are que libertou a Frnnçn, a. Beata Berna.dette de Soubirom, - a feliz vidente de Lourdes - eram pobree pastorns. Em l!'iitima 'l"erifica-se 0 mesmo. 0 lugur· escolhido para ns Apariçoes é pedregoso, sem otructivo de espécie alguma.. Portugal é, rico de belns pnisagens, te.rras verdej-nntos, Jlnnoramas soberbos. A Cova da Iria, ìi.lént de ser urna. verdudeira cova, nii,o tinha coisa alguma que ntrnfsse. As çriançns videotes sii.o humildes cr1aturns dns nossns ~rras, modestamente , estidas i:;em i nstruçào, niio sabendo ler, aJ>ena.s com umo. rudimentur inst.ruçiio relip;i0'5a. . Niio siio nen-osus, mas nhive1s e carinhosns no meio da. 1:1ua rudez, amigas du fnm.iha, obedientes :i.os puis, alegres .. : Niio 86 visi umbra neln~ qua.lquer mter&se 011 vaidade. Nii.o n.ct•1tam eamolll.8 ou prendas que lhes querom dar. E, quando resolvemos d1amar a Nos a direcçii.o das obras e do movimento roligio80, entregnraru-nos honradn.monte, até oa me11ma. c11pécie, os dinheiro11 e os objeotos de \'U)Or que 0 !iovo, no seu ardor, deixavii f1car no locn das Aporiçòe$. 01:1 seue pais t>ram remediados de bens e hoje continunm a. viver na sua mediaJln.; viviam do seu trabalho, do seu tra,. balbo oontinuam a viver. Nnda se alterou no. sua. vida, pnssad0s Ul, nnos. Ae crianças. ora interroga.dns cm conjunto, ora separadas, respondem com a m6llma. preciet"'io, sem controdiçoes sensiveì!'I 1109 diferentes interrogat6rios quor ofioiais, quer particnlares, a que foram sujeitll8. Sii.o presns pelo repr&.entante da autoridndo administrativa, a.mençadns de &&rem fritndna 8 nem ll&iim se desdizem. Nada. dizem que seja. contra. n fé ou costum= Regundo a "aJa.vra do Ap6stolo: v;o

,..

Ninouém qu.e fale pelo ES1>frito de d,z andtema a Jesus (fO).

D

eua,

Finnlmonte Ot.l dois irmiios mais peguonos atingidos pela. pneumonica que ceifo11 'tantns vidas no mundo inteiro, tivern.m 111.orte edificante e a Lucia, unica sobrevivonte abraçou livre e voluntiì,r1a.mente sem' coacc;iio de espécie ulguma., depois' de obter o consentimento de sua miie, a vida religiosa. Sii.o do considerar ta.mbém ns circuneti.noias que acompanbarnm as visoes. Sondo pequenas, rudee e humildes ne crin.nças fnvoreoidas, devom existir pro'l"QS pa.ra n6s poclermos ligar-lhes crédito. A Senhora., i;egundo na videntes, apareoia.-lhe11 numa 1izinheira. pequeua, ra,. qu(tica. corno silo gern.lmente a.e nrvores dn.queln.s terraa pedreg05ae o centenns, m.ilha.res do pest!OB.8 cuia. veracidnde nii.o podemoe por em duvida, viram uma coluna de fumo que, à maneira de inceneo, envolvia. a arvore durante as Apa.riçoee. ~ste fen6meoo, humanamente inexplicavel, repetiu-se varins vezee. Como fnz lembrar n exclamaçiio do livro dos Cnntares (21) aplioada pela Santa lgreja à Virgem Sa.ntfssima.: uQue," é eata que ,obe pelo deaerto,, como uma varinha de fumo composta. de aroma.a àe m;.rra e de incen10 e d§ t8da a casta, ~ per/urne, odon/tro, f,, O fan6meno solar de 13 de ontubro de 1917, des<'rito nos jornais da ép?Oa, _foi o mn.is mara.vilhoso e o que maior 1mpressiio causou II09 que tiveram a. felicidafle de o preseuciar. Ae crinnça.s fixara.m oom anteoedencia. o dia. e bora em que se havia. de dar. A notiGia. correu veloz por todo o Portugal e npei1ar de o dia. estar deeabrido, chover oopioen.mente, junta.r am-se milha.re11 e milhaTOB de po88008 que, à boro. da ultima Apa.riQiiD, presenciaram todas as manifestll"'•es do astro-rei, hamena.geanv--

jdo a Rai11ha do (;éu o da terru, mais brilliante do que o 1101 no auge das 11ua.s luzes (22). , .E:111:16 len6meno qu.& uenhwn observat6rio astronomico reg1stou e, portnnto, nio foì na.turul, prè,,enc11u·alll-no pe:;soas d8 tòdas o.s categoraas e classes sociaie, crentee e descrentes, jornnlistns doe principais duirios portugueses e até individuoe a quilomatros de distànc1a, o que deatroi tòda. a. explicaçào de ilusii.o colectiva. Às npnri\-òes de Fatima nii.o faltou também o urgumento ùns perseguiçoes, que eiio uro sinnl dns obraa do Deue (23). Ninguém foi mais pen;eguido do que Jesus, e u Santa. lgreJa. tem sofrido contrad1çoes om todos os sécul08. Urna multidii-0 inumera,·ol de Santos aofreram o martirio no meio de eapantosos tormentos. S. Pedro de Alcànta.r:i. dizaa a Santa Tere,;a. que um dos mn.iores t\nstigos D66tt- mundo era o que oln tinha sofrido, i&to é, a. contradiçào das pessoll8 de bem (24). Jeremias, o 'Santo Profeto, d1zia. (26) Sou. todoa O& dias objedo de ucarn.eQ; todos me insultnm. Os vidente.i de l!'atinm foram preeos pela autor1da.de, nmen.çn.dOll <le serem lançados em uze1te a ferver. E' de todos snbido que ns a.utoridades f 1:r.nn.m todos Oli e~forr;os para proibir a& peregrino.çocs, dificultnndo as p8888,gens, em1unnto C"Orto.l publidsta.s esca.roec,ia.m e ludibriavam d11 fé ardente do bom povo portngues. A crença. nas Apal'Ì\'~.es res 1stiu a todas llS , iolénc1us que, afinal, s6 1,erviram pa,rn anrncntar o fervor religio~ e propa.p;nr ns gra~·ns e beneficios que NOS!;ll. $&. nhorn espnlhn sobrti o~ que a invocam. I~ ni'io "8 d1g11 quo a. Fi1t1ma foi uma invençào do Cloro, pois se os govérnoe, apo.sar da. força e prcstfgio de que dispoem, niio conM>guirom vencer ,1 crenqa. em Nossa Senhora. da Fatima, oomo éque o nosso Clero humilde, cspoliado pela revoluçiio de todos os htweres que a piedo.de t•r,stii entregou à. Santa. lgreja para. e seu sustento, o clero tn.nt..'ls vezes per!!Cguido ~ cnluniado e demais n~ta Dio«><:e de Leiria., a mais pequenina. e pohre, torìn. poder para. criar o movimento religioso da. Fiitima qne hoje se eetende a to<lo o Portugal e so desenvolve consoladornmente cm tantos paiees e&trnnjeiros? Além disc;o, Sun Eminéncia o Senhor Cardia.l P11triarca D. Ant6nio Mendee &lo, que Dens haja, proibiu o Rev. Clero de animar e tomi nr partelef!l q1:n.ieqF~~r manife.-;taçòes re igio-;.-is re nt1vas a ..timo.. sabina pre!l('ric;oos qne conservamOll o.in.da algum tempo depois da. nos..ui entrada neSte Btspndo. MM voltemos ò. sentença do divino Mestre aci.m..a citadn: Se ,iilo qiurei., a.ereditar t111 mim, ac-reditai nas minha,, obraa (f!6). O culto <le Noi;o:;,'\ Senhoru. da Fatima propap;Ou-1.18 r àpidnment~, oomo ncabamos de dizer , tanto nesta diocése oomo em toclo o Portugal e hoje e.stend&-ae a todna as parte!I do mundo niio s6 entre naçoes cat6licas, mas protestn.ntes e até pagiLS. O olhar nmorm;o e triste da Virgem Santissima. - amando-nos corno Mie, embol'l\ triste pelas nossas fn.ltas - vai-se e&palliando por t6da. a terra., levantando oe coraçoes e avivnndo a fé. Ae multidoos aos milhares, de t6da. a parte, compostas de pesaons de tòdaa as clOMeS sociaie, vindas de todos os reoantos do pafs, sem reclamo de espéoie algumn, sem nenhans atra.clivos, e eem oomodida.dea, com viagens dificilimas aoorrem eo:n. massa à Fatima. Onde é qne so téem reiinido multidoes oomo no. Fatima., na. melhor ordem, oom ma.ia profundo r6Apeito? E niio é uma vez por outra. O mo-rimento é continuo, comitnn!A3, nume•t& de ono para ano. A voz do povo responde à T0ll de Deus. Os doentinb,oq ncodem ali oom tnntotl sacriffoiOfl, tantos trabn.Jhos I... Quantns corae admiraveis niio !IO 1ié6m dn.do por intermédio da. Viritem 811,ntfllllÌmo p E quanta resignaçìio nii.o manifesta.m 08 enfennoe, emb<>ra niio t,E,nha.m obtido a cura dos seua males HsicORP E ee eiio a.oe milhares os doentee do corpo gne vii.o a FittiIIUI, em mnito ma.ior n'timero siio os aflitos moralmente. Nossa. Senhora é a sa.ude dos enferm<>!I e o <22> CànUOOB VI. 9· (23) 2 Tim. IIIJ. ~ 1~.

lt~)

(19) 1 Oor. I. 2~1. :21J' • l"lnT' n1. 3.

cu > CAntiooe m,

6.

Vid•

de

eanta

pr6prta Santa.. XXX. (25) Jer. XX, 7, 8. '.26: J. !'., !9

Tere.a

eacrìta

pela


VOZ DA FATIMA refugio dOb pecadores. Quantos coraçòes tra.n.sviad08 niio tem encontrado ali o perdào P quantos afastados e indiferentoo nào tem enoontrado ali a, fé de seua paisP Ah I 98 oi; confebbiona.rios da. F'atima nii.o fil,Stivessem rigorosamente techadoe pelo sigHo saoramental - sempre inviolavel - que prodigios da izraça nii.o nos conta.rilllll I Bemd1ta e louvada seja o. Mie de AUseric6rdia I Deix&i-nos ainda foz.er outra consideraçio. Muitos de v6s oonheceram o lugnr da Cova da. lria., ermo, arido, sem vida. Tendee Tisto também rui construçoes que ali se est.fu> a fazer, quo naturalmente èxigem muito dinheiro. Pois bem: até hoje niio ,;e abriu umn subscriç-.:i.o, nao l;O pediu uma 8timola, nio se fez um apelo, em publico ou partioular, à. curidade dos iiéis. As esmolns siio oferecidns espont,:\013,ament.e, quasi todas an6n111rns. Como é grllllde a força da fé I U>mo é prodigioso o poder da. Virl<{em S.S.n.a quo nrr'a,.tu. as multidòos para um.e. montanha escalvadn e em pouco'! anos trausforma um locai sern vida num oentro magnifico dc p1edade, no mais espa.utoeo mila.gre du vida relig10s.'1. do nos.qo tempo! . ·

Fatima é, actualmente, em Portugal, o trono mais alto da piedade crista Como é prodigioso o poder da Virgem Santissima què arrasta as multidlies para urna montanha escalvada e em poucos anos transforma um loca! sem vida num centro magnifico de piedade

.w

Caros 1YOC-Ot!:inos:

Niio querernos. ne111 preoisamos do n0s alongar mais. · Em virtudo d!U3 t·onsidora,;òes oiq,011taa e outrus que omitimo'l por- breviclnde, invocando humildernt'nte o Divino Esp(rito Santo e confindos un protecçào de Maria Santfssima, depots de ouvirmos os Rev. Consultores de!jta no~sn Di{)('('se. Hnvemos por bem

1. àecla·ra.r corno dionas de créd1to aa vuae, da, trian<a..s 1t01 Oova. da Iria., fr~oueaia lk Fatima, lksta Dioceae, no, dia.! 13 àe maio a outubro de 1917; !.0 permifir ofìcialmente o culto de

No&sa Se-nhoro., de Fatima. Re,;ta-no.'l, amad~ filhos em N0668. Senhor, advertir-vot; que, i;e para. n6s é u.m gran.de motivo de nlegr1a. e consolaQio a gr~ que a Sautissima V1rgem nos oonceden, mnior é 11. obrigaçao de correaponderroos à. sua bondade. A experiencia da anos demonstra. que 001 olhoa de De1M eatllo abertos e 01 ouvido, atentoa às prece., n.e•te lugair11 (t7 ), maa é preciso que pela. pureza da. nossa vida., pratica dos Ma.ndamentos da Lei de DetlB, observaucia doo Prooeitos da lgroj31, reapeito e submiMào às direcçòes da. Sé Apost6lioo, nos mostremos integi,a.bnente uatolioo,i, pois unem todo o que du,: (28) Senhor, Stnhor, 1111-trara. no reino do.a O~us, mo, o que faz a v011,tade de mtu P<JJ que eata no, Oéu.a, €!le ~ trard no reino doa (Jé,,ts. A Santa. Igreja, roferindo-se o.o Mi&tério da Incarnaçiio do Verbo divino, ex-

lm11111 da Noau SenUr1 la FA!lm1 qua II mera no m Santuario

As curas de Fatima

cln.me. (~) : o· b&ne/foi-0 digno durno. eterna oratiàao I Deiu f e,:,,.Be c011,hecer fJ. n6s dum modo vivi'llel o.fim da que, vend&-O, aefa!!Yla Angina Pectorls. abraaodo, no <2111.0T da.a belero& i1Win1Jei.sl

Permitn-cne V. Ex.• Senhor Director que eu venha. oumprir o, para mim, sagra.do dever de oomunfonr a V. Ex.• mais um grande milngre que a Virgem de Fatima. acaba. de oonsuma.r ni!ete sortio africano, agra.decendo a. V. Es.• reeervar no eeu conoeituado jornal, um oa.ntinho pam a. publicaçiio de tào ngradavel e conROla.dorn. notfoia. Minha. Mii.e, Maria. Emnia Jottn Teles Grilo, a.pezaNlos sous J!i 65 anos de idade e de 1>er urna card1acn e por tal motivo estar ja bastante oançada e ncabrunha.da, sendo l·omo é umn mii.o extremosa. e bo& a.vòzinbn, resolveu e ass1m o fez n.companhar-me a m1m, su11. t1nica. filhA e nos meus <loia filhos, seus uni. CO& dois n6tinhos, nn n08.qs viagem para Angola ao enoont.ro de meu marido que aqui exeroo o cargo de Admi'nistrador do Cin·unsoriçào C'ivil, porque, quando do ultimo regrei:,~ dE1le dn Metr6pole onde féìra de hl'E>nço grn<"ioea., Leiria, 13 de Outubro cle 1930. nito o pudo aoompnnhnr. dev1do à melindrot111, doença que en u-nho nn vista ha ja alguns a.nOR. t J o.,é, Bfapo d-l uiria. E precisnmE>nte por eu ser 11mn ùoente, é que, minha rolie me 1Wompnnhou para. Africa som roceir dO!I •uMnven Ì('ntes dn longa ,•ingem f•t<lo mnr e dn n.oç,i.o d e-;tes mn.\18 cl i rmi.. (271 2 Pu. VIII, 15. Suoe<ll'I que, no dia :>:i de Ahril diti I (28) )(at,. vu. 2. mo, minh11 miie r.-uu 11or tf>rra fulrninn (29) Preta.oto do No.tal. da por um ntnque de nnl,[i.na pectori· (3C) J l'1""11!1M VIl, 5, f.

Recomendrunos duma. mn.neira. especin.l &08 n0880S CIU'OS Diocesanos o nmor a. N0680 Senbor Saoramentado, a <levoç-i.o à Sant{ssimn. Virgem, a S. José, li.a benditaa al.mas do Purgat6rio, a recitaçao diaria._ ao menos, do Terço do Rosario, a fuga do peca.do dn ca.me, daa modo.a imod011t.u e leituras imorais, a. pratica da. peniténcia em que Jesus tanto insistiu e a Virgem., Benh<>ra N088A, tanto lembrou, caridade po.ra. c.-om todos oe DOIIII08 irmàos e principalmente para com os doe•tes e pobrezinhos ... Se aasim fir,erm.os, podem aplicnr-se à n08l!a Patria mi palavrna do Profeta: (80) Se àiri#iN-es b&m oa 'tlouos pa,.so~, h.abitarei f0'1J.1'~ ne.ste htgM·: 11a terra que lki a-0, 11-0UO& paia, ha tanto, sMuloa.n Bsta aossn Carta Pastora! era envia.d& 11()1!1 ReT. Parocos para n lerem e esplicnrem aos fiéis, na forma do co.'ltume.

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(Da Carta Pastora! « A Providcncùi Diviua,, de Sua Excelencia Reverendissima o Senhor D. Jose Alves Correia da Sil va ilustre venerando Bispo de Leiria, sòbre o culto de Nossa S. de Fatima.) No diu treze de Sct.embro ultimo, l'Callzou•se, na forma do l-"O!itume, a grande poregr1na~·ao monsal ao Snntuu.r10 de Nossa 1-ienhora de lt'atima. .\. c·om1orrèn<·1a. do fiois, posto que int<,rior ù do mès prO(.'Odonte, foi ex.traordinì1r111meuto grande, v<rnclo-se entro élet; pe,;.,<;011s de todas n"' eia~- e condiçò!l!! l'iOCiais e do t~xlvs o,; ponto~ do pais. Muitos <loont~. de nm bo.~ oo sexos, t•heg:u·nm na véspora ò tarde o foram ho....pitulizndoo uo .\lhrl'l.:ue de Noi:.'<a. Seobora do Ro~ario depo,., ,le terom i,,ìdo examina<l<>s J.clos mliclicos de serviço e do so ter roconhe<'1do quo oo documontos de que cram portador011 esta,·am nns coodiçòc.s oxigidus pelo 1ogulamo11to do Pò1:1to. A noite, um J>Oll<'O depoi!; das clez born11 1 deu-~o princfpio à proc.•i,,.~ii-, da!. 1·,.,_1!1, quu ncabou porto da m~ia-noit,o. 8eguiu~~e a adol'nçiio n0<·turna, em qu(' tomaram paHo, entra outras, ns poregrinaçòt•,- orgnnizad1U1 de Serra, Tornar, e lforntzes, Loiria, isob n prcllidenc•a dos rev.dos parocos, e o ~rupo de poregrinos tlt.> Bnltar, dirig1do pelo rcv.do dr. Jooquirn Nogucira Dios. Vu.rauto a. hora det;linada à udora\·iio nal'IOnul, 1·ezou-~<· em comuru o torço do Rosario, oxplicnndo nos intcrvnlos das dezonas 0b mistérios l(lori<>oos, t'ono~pondentes ao dia de !ilibado, o rev.do dr. Clemcnto RIIJllO!,, l)rofessor no Seminario .Arquiepiscop.al de E,·orn. Era edificante cm extremo II picdade do~ fioiR que, guardando o mais rigoroso siluncio, oui·iam atontnmente o orndor e rez11vnm rom 1•isivel devoçii.o a oraçiio d.ominical e a t-ill.uclaçsi.o angéliNl, nu.m.n homena.gem S('nt,ida de amor a Jesus, ocuHo ROb as espéries sncramentais, e n. 8Ua nugu&ta Miie, Maria. Sa.nt,is.sima. Entra os peregrinos de <"ntegorin mernce especial referencin um di!!tinto m&Hco, sabio lento dum c1us D06Sn!I Unh-orstdades. Todn a noito, numeroso;; socordotos oouparnm oonsta.ntemente 011 ooufessio-ndrios da Peniwncia.ria1 oonf~lllldo centenns de homens e rapnzes. Às oinco horaa dt1 manhii, foz...se n repos1çào do Santissimo Sa.orn.m.ento. Entretanto oontinuou a celebraçio das mis-

l>!IS, quo &e pn!!l,Ou a iazer, desde èsse momento, em todos os altaros. Dul'ante a. mnnhii., Oli 11ervos o ,...,, i,ervas èe No,;sa Sonhoru. do Ro,;ario, entrog~ rnrn-w, c·om um zolo o urna ùe<licru,-iio inexcedivois, à penosa nrns con~oladora lui otn da condu,;iio o do truiamento dos cl1wnh·,. De •'·JHl.l,'O a cspru,·o, nirios twto"rdotes distribm,1111 o P1ìo dos Anjos 11s rentenna de fiéis, quc ~o apl'o:1.imavnm du mcea eucarh.tica, depo1,; du devidnmenw preparad011 com a. conf1s,;fio sacramentai. Ao meio-dia sclilr, é solent:'mento oonduzida )rnra. o altar dns Mi,,.•,as n (111.ngem de Nossa. 8eubora do J:t'u.tima, noolhida, à 1111:1. !HISij:lgcm por C1ntro a 111ultìdào que for1JJava. ulu.'<, l'Om dcmonstr&.çoes do mais vivo e caloroso t•utu... iasmo o da mais fi. linl a ooternccicl,t d<n·oçàt.>. s,,.gue-se a. Mifllla do!; docnt<'~, quu é 1·el.ebrada por Sua. Bx1'\'lònc1a Hcwerond{,:;..;in111, o Senhor Bis110 de J,eiria, Terminado o Snnto 8ncrifldo, rei:n-i,e o torço <!m comum e por 1 im o 8onhor I), Jo~l• dii n hençào 1·0111 o Snnti!!Simo a cada um ùos duenfo.-i e a tl'iplice I unçào a todos -0;, fiéis. .\ procis.'Jào ilo nd<>u!'I e a tocun~,> <'erimonia da. oonsngraçao d0-,; Jl<'regrinos à Snntl\.sima Vìrgem e'nt•N1°1im n série do~ actos relil(iosos oficinii; tlo diu. A., pr: meirn, horns da. 111:mhit umn doontc>, muda, e pnrnHtica, e~per1mentou consideraveiR melhorns, fnlando o m.:ivendo-i;o, ~, precisam<'nte 110 receber a l,ènçiio com o Snntfasimo1 011trn doent., tombém parnhtic·.n, hMia. jn nova anos, o transportada a Fdtim.a. em <t!\tndo IJ'll· yf~imo, rec111ierou• i111JtnntAneament.e a sa.ude, saìndo por SCII pé clo paTilJ1lo dos doenteii para 8nde tinha sido tra.n,q,ortitda. em maca po]os servitas, • 0s tnt~icOII do PòRto dM YerificaçÒù!I m6dicas, que n observara.m onte.,; e d~ pois da curn, reservaram o M'U juiro, ngnardando a prova do tempo para 66 pronun<'inrem definitivamente at>hr" n naturezn cle.'lfla cura.

l'iiconde de ~fon.telo

quo de ropE1nte Jbe deu. Chamados dois de todO.i o mais un.portante: Implorar a médfoos e prei,tados os primoiros socor- M,seric6rdia dt1 Noi;sa Senhora de Fatiroe, voltou a. s1 apos nlgune m•nutos, pa- ma... Desta. V1rgem Santfasima. mo lombre1 ra. logo cair noma grande prostraçao que ou e vri.rias i.enbo1·11s nObllas amiga dedic.u.cla.s. F'izemo... fhe novenas e prom&sa8, res1unoe-lhts terçO!I e out.ras or1wòe11 e demos à do..utinhn ngua do 1''u.tima a. bober, quu geutilrnento me foi cedida por uma d11quelcib nossn.s ~andl'IJ ornigns. Minha. mae, quc 110:1 !IOUS momentos de pequono.i alfrio11, fa.zia egualmt•nte fervorosas pr('('(l,q .Aqnela VfrgNn M:urin, i;u1,licou-Jhe que lho desso vida e forçaa para à moin-noite do dia 12 pnro 13 desfo mes do ma.io, poder do seu leito, at·ompanlmr oom oraç6eR 0, procissiio dns vela.s quo todos os nno!I é cootume fazer-r.o ero Fatima.. Todo.~ Oti dias beb1a uns golvS da reforìda agua e eia que o.os rogOfl do. doentinha e nos do todas n6s, Eia, a. NOllfl&. &n)iorn. clo Fatima.,, ooncede a ~ç.a. de minhn. miie rom<>çnr a sentir-~ nm pouco molhor no din 1211 À meia-noite dèsse clin fez as precos <111e quNin f117,er e no din IM'gtiintf,,, dia 13, dia da apariçilo eia No~qn. Senhora ern Fatimn, tomou. a !'l8U pedido, no set1 leito, por niio poder ainda ir à lgrt'jn., n. Sngradn C-.mu.nhìio Maria E1111!1 Jota Tales Grifo t' nesse mesmo dia., de tarde, const:1tas<1 o miln.gre do Noe.~o. Senhora de Fati,ua1s DO/o JDdicava o fim du i.un vida do rnn AAlvnr minha. miw. ~ eln mf!'!mn que 1ne outr11 coisa. ,;e dcclnra. melhor npre<;(llntnndo, pnrn. A.pe..'1111 dos muitos cuidados do t.o<los no, cortificarmos òi11,,;o, outm apMéncin 116r- e 1a p:rnnde e ine:s:oodivel dodica.- e diHpnsiçllo a pontoH clo seu m~ico u,.:i\o dc médico n.'i.'li1tt-ente, chegrunM a 11ietente quando o l'"i<titou, n 1-001,idernr perder ,1s esp(lra.nçaa de eln ~e ~::i.lvar I lil'"T(I de perigo moi;traoclo-80 l't1rpr(\zo e Ma11 um recur110 nos re..'IU!vo, qne era e~tranho pela traMformnçào repentino


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VOZ DA FATIMA

<la i,11n <loento que hav1a ja. 20 dius \'J. Rocouhecida ,enho cumpdr a. promesnha ja:i:enclo 110 leit.o mot1,ific11dinhn de sa. que fiz ù Nos..~a. qucrida Màe do Céu dores, peor:rndo a lwm ù1wr, de dia. pa- ùesej:rndo que millure.s de gr~as ~eja~ ra dia. dadn~ a No~sn. Senhora do Rosario de Ben<l1tn sej11 No-;sa l:lenhorn <lo ~'i~ti- l•':Hima pelos henehctos quo tem foito». 111a cuj:1 acçùo niilagrosa so fez sentir em tdoa a pnrte, niin esquecondo os sena Doenc;:a de estomago. fiU10. quJ mourojarn uosto sertiio nfricu,J1ili11 1i'11rf(11fo Rul,·,111, om carta do 12 110!.. . Doi d in-; 12 o la para c·1i.,· pu'isou mi- de ugosto, d il'rnos d:t (;nlif6rnin o ~nha llllÌ•• 11 entmr numa tul fran<'n t'<>n- guint.-: uHann mais ùe um nno quo eu \"ules.:t:nçn, quo mc pormit.o garnntir bofrin <lo estomago ,entindo um mnl esque dentro dc l a :; dtas l'star:i <'Ili ron- tar horrivel depois do tòdus ns rl"foi(·òes, rliç{1e<: (e é:sta ,: tamhtlm a opiniiio do n,ndo.mo C(l.(f.t ,·ez 11t•or, ret·t>:rndo sor tuS(\U mrdi,·o us.-;Ì,;t<,n1u) dl', Sl"m n•c·eio. do isLo motivndo pur urna ult•ern. Vht>i1. de <;u'llo falei :i mNt murulo er1t poder fnzer , 1 \'ingom de rol-(res:;o n Por: tugal, para onclo m e n marìdo jit linha. ir co11s11ltnr 11m médico. Bxperimentei rosoh i<lo rnnnclai--r, ,~ 11orame11to cm tù<las as eom das a. \ òr so o mal assim drtml" cl13 t-0r sido lr,1n~f...rido pa:a 011- dtisaparcria. O proprio loifo mo fnzia. lro <'1111<·elho clo ()(>(>r c-lima que o dèste. rnnl a np-0nM m.e da\n um pouco do Pam ho11r:1 o ,i;lt,1 in do Nos,i:i ~rrnhorn nlivio um eopo do rnfé, ,·endo no entando l•':irimn, po,;o e muito ngra<loro II V. to q11u n doençu proµ;rrdia t·nd11 \'ez mais. J~:,:.a SI.! digno p11hli1·111· no S(!U jorn;I, mai-i Tfoviu iii nrnis eh· 11m ano qno re<'<'bia csla grande gra\'a h!'m corno n foto!,trnfia. dn. mirnculad11 quo para ~so fim junto a ~'oz da Z.'1ffimu, enviuda por minhn fn..cnvio a. V. 1'::x.n aoompanlinda Ùt> umiL rnilia cln ilha rlo Fn11il. O quo eu !in. com nota ,1.., cinroontfl ammlnrc<i pnra. aind:~ ma:s entusiasmo era a. relaçiio de curns. o quo me animou n re<'Orrer a N. qenhodns rt'"-PN·tivns despeso,1. 1,\ do :It'atimn. Niio me ern fat.'i) oht.er Com ,;;nhida c·nnsidf'rnçiio, etc ngu11. do Fii.timo mns \'endo curas obt.idas por outro,i meios, prometi fazer umn noJ/aria /rrnc .Tntt,, Trlr.., Glilo l'enn, confessando-mo depoi!I e recebendo Rii dn Rnnrle.1·n a ,Jestts S:w1·11mentado prometendo tam,. Lnban~n. 20 dc Ma in de 1930 h~m m'1uclnr publirnr' esLn grnçn e endnr fl"r.o" pnru o <'lllto d!' N'. Senhorn. Uma hérnla. ,\pt•nns c·~1mccei a novena achei-me Amdia do('"'"'" 1:'uhao, do Po,to (rua. 11erfeitnmente curadn. E ja la viio seis <lQS Brngn,, 186) e,<Tt'\'13 o 1,eµ;u111tt!: nw,M. Por ,~so, cheia de grattdào o pnra «Como prona ùe graticliio para rn.1m a. Rna rn1iior glorin, vonho agradeoor a miSR. Vir12:em do F,ilima quero 01·guor a nhn rura e louvor a grnnde miseric6rm1nb11 \'OZ h11111ilde hem nito, porn pro- rlin dn :Hae do Céu.» clamar ti tnfinila mberir6rdia, bonclaclo o amor de nol:ll;a. l\liie queritlo. cl11 lt'iiti----}}:*:---mn pn.ra. t·om seus pohres filholl, para que todos ciuo tcnham nflu;òes reconam n Eia. c·hoio8 <le confi:tn\'n, porque Eln. OUVO•UO~ n.-1rnsnr-cl1\ llO'-"U ill(lignidnde. Oespaaa Solrendo duma hérnin l><'rto dc a me'l'r:iw,porte 223.929$50 sos e depois do ser trn tacfa • por um do.~ mn.is distinto~ médicos desta. c-idaclo sem P1tP-O!, cornp0t1i\·a-o e ìm0 pm-i~iìo do n. 96 (62.800 resultndo, rC?so!vi C0Multar nm 1116,lioo oxemi,lares) ... ... . . ..... 3 803$60 op~ra<lor,. quo me nt-onselhnn n oporuç·à-0 Franquins, embnlngens, trans1>01s n minh,1 vi.Jn. <'orria 5ério risro. I ort<'~, p;r,11 urns, l'intns, Com receio do !-Cl' operncla, ,roltei noetc·. ... ... . 909$00 n1mente ao modieo n.,-;i,tonto e continuoi com diferento,,; <'Ur1,ti,·os peornndo ~em228.292$10 pre mnis. Oonativos virio1 Ab:indonnmlo os curnti,·o~ e me<licarnento . rel'orri ÌI 11roteç1io ùo N. RenJ10Esto jornnlzanho é distribuido grntllira dn. Fntimn e nr>licnndo fi~>mento penporegri nuçoes sos eia s_na. :igun mih1µ:rosa, tive a ,:i:ran- tamonto nn J:c'iitima uos rle nlegrtn. do ver quo no torceiro dio. clia. dos <lin.s 13. S6 tem direito n reoebe-lo pe13 de Ahril <'~tavn Mmplotnmento 1·ur:1,- lo correio quom enùar o mfnimo de dez l"~<'urlos por cada ano. Nt\ impossibilicladaf Fiz a« minhaR promes!las o entro 1•las de, por faltn do espnço, do publil•ar topublic·ar o grnndc mila!tr~ rl'(l('bido no do<; os donativo,i, limitnmo-nrn, a publicar dia l? cle Abril de 1930. Por esto meio os dona ti vos mn 1<; nvll ltaclos sobrotudo ~enho, pois testemunhnr ò. SR. Virgem a. o~ quo sào obtidos por ocnsiii~ dn clistriminho etemn p;rntidiio pel11. itroça ronce- lmiç.ii.o clo jornn.is. Maria. Angelo, de Pe<lrouçO'>, 120$80; tlido n mai~ humildt' de suM filhn'<,11 a Teresa Forto, 103$00; Dr. Jonq1,1,im Mo.!'in ~ln'I Ne~·e!'I, 90370; Mario Justino (na Tumor na garganta. 1graJn do Mnd1ial), 30800; P.o PranSofia da Stfra Leusdwer (run. do., Es- d~ . Lucas Pacheco, 87$80; Artur de tudos, ll - l'oimbrn) ern r·nrta do (3 de F1guc1rodo, :36$00; P.o Antonio Ferreira. mnio escreve o h<?gui nte: eh. Silvn Duarte, 50$00; Manuel J oo,é e1 ••• Tt>11do-me up1trocido um tumor nn Lopes Dins, 9$90; Mart•iano Bnptista., gargantn, cornecei gnrg·n.rejundo oom nt- ll:1$40; Joaquim da Silvn. Jordiio (Amérios meùicom,mtos n ver ~ acllt\rfa n. r1c·a do Norte) F5 clolnres; Maria da. Enl'u.rn, ma~ t·a<lu din. que pu!.sava .m:ais ro- cnrnnçiio Bnr1io, 17$50; Ant6nio Vioiro. lumo'>O se tornava o mnior ero. n minha. L!'ite, 115$00; ,J1Hio A . .Assis (Macnu), aJliçiio - pensando quo terin de sofrer 40~00; Clotilde de JC'sus Barcelos, 110$00; F.:d1th da A"s111npr,iw (Hon~ Kong) qun.Jquor operaçiio. Um dia, mostrando a minba familia., .''i.1$10; Um clonntivo recebido nn Iw-ei~ a p:orgontn,, clissoram-me: ubem podes dn,q lt'lamenga'l, .5$00; osmoln~ obtidos na. ped1r a Noesll Senho1·n. do Rosario de Igrej11 de S. Mnmeclo. por ocn<;iiio eia disl<'atimn. que te vn.lhn, pois qne a gargon- tribuiçiio do jornal, em Ago~to, 111~00 · ta. nào ~tu no.dn. b6a: Ì!'ISO é um tumor idem, na Tgrl'ja do Coraçiio de Jesu~, e~ e certamente tens de conHultar nlgullll S<>tembro, 22$50; n. Cnrolinn Quintas médico». Logo nesso instante dfar.;o - ,1so coma don'tivo, 40$00; entreµ;ne pela sr'. me nchns.~ boa, Sf'nl nec·essidnde de ar D. ,ortru l'!I do Carmo Pint.o, de e~moobtidas nn Iizrejn. de 8. Tingo de C'eo.o ml'><lico, p11blioari1L 11n fio:: da Fa.time,, lns · I ·I d" 'b o. cura». Nu tnrde dà-isc dia (seiruncla.- ~1m •i;n, por 0<·1U11ao t a 1str1. uiçiio do fPirn de Pni;cocla) fui ìì. [gl'eja do Cnr- Jornn. 00$ "10..;('~ de Junho, Julho e mo, n«,iistir à festn a 8. Dento (Igreja. ~gosto, 88$!j(), esi,n onde !;0 !'ncontrn umn linda image.m de Nos.-;a. Scnhorii <lo Ro~tir10 Ile l<'ntima.) e chein. di' fé, podi 11 Nossa. 81•nhoro. quo me cnrnsso, sem ter do rocorrer n ()tuilquer operuç-iio cinirgicn. À ~:i{dn da Igreja. disse n minha miio: upnrf'<'o-me que me sinto melhor», - no que eln respondeu - «Deus quoirn que ns.'lim sejn. I» Eh, o que a tal respeito nos diz o Dei:,:ei de gnrgar<>jnr, IOR:o ne,.so din, Rev. 0 P.• José Maria Figuoire<lo, seu e comecei uma novono à Nos.~a queridn fun<lador, em cnl't11- de 29 de Agosto: .M:ae do Céu. Na noite do 116timo dio., «No numero 95 da Voz da Ji'dtima de tendo-me deitado nm J>onco cloonnim.ndn, la do correnw. vejo umn. idea, e é tan~entinclo-me peor, rezei nindn m.nis q11e to JDl\ill do meu ngrado, qua jii, osta rea.noe dina nntoriores e, no clin seguinte, Jizado. Veio nn 4.• ptig. que o Dr. Fisn.cordei ndmirnvelmente bNn dispo;;ta o ch<'r propoe que se fllnde no Africa. uma <'Om ~rande nll'l!:ria verifico que estnvn. mìss.~o oom o nome do Fatima. Essa. cur4do; o tumor hnvia d~npareciclo ~m missiio fnndei-n eu em 1927, na Cirouns. ., .. .. '. " .... . , e1:,:ar vestfo10, n ,gun~. c.rJçi!O \. l VII un. u-htU.Ut. U.-:,4,..l 11 " ' " VC.4J'"

Voz da Fatima

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Mlssao de N. Senhora de Fatima em Africa

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guola. Com efeito, a pedido do Governo Portuguès e para. enfrentarmos n. propa.gnnda. de1maoionalizadora quo em Angolo. fazem as missòes protestantes, fundou n. Congregaçi.@ do Espfrito Santo essa :Uissào no _Ganrla, onde ja ,-e encontrarnm duns · misSòei prot.a.~tantes uma sufça, nmericana ontrn.. Como sou portugu&, dei à nova missiio o tftulo de ,)fo.~iio de Ne>s.~t Senhorn do Ro..ario da Fatima da Ganda». Como estani cançndo tivc do , ir a. Portugal, achand~me actunlmcnte no hospital da minha terra, (Co\·ilhii) onde vim fazer uma operaçao. Quo Ìl ffactfs.. ima Virgem ~ejnm dndns grnçns, pois rorreu muito bem. Se nos leitore~ da. Voz da Fatima int!'res~ar, poderei de l'<'Z em quando dar notiCJa.s da mi~,iio cle Nos~a Senborn do Ros1frio da. Fatima. da. Gandn. Acaba de' mo escrever o octu:il ~uperior <lessa. mis.'là.o. qno lbe foz muitn. faltn no. capeln Ùm hnrmonium para os oficios religiosos. V. Rev.• niio podio. tor a. bondade de rccomendnr oste pedido ae>s piedosos derntos de ~o~sa Senhom da. Fatima? ---111111111111111111111111111!-

Filha de Maria E'

um titnlo que \'aie mais do quo to--

dos os titulos de nobrezo.; honra que excede tod86 ns honras mnnclnna~ ... l\fas é necess6.rio que à nobrcza <lo titulo corresponda a nobreza dos acçoes, J>Orque... la. nobles.,e oblig,, corno dfaem O!! franoezes. Uma Falha cle Marta. que de manhii. so njoelha à meza da Comnnhiio e à noite vni assistir o. espetnculos imornes; que, om vez de se instruir com bons leituras em ordem a. sa.ber cumprir os seus deveres fo.miliares, sociais e religiosos, se entretem a ler romn.nccs perniciosos (mesmo os melhoree romanccs niio prostnm); que niio visita os enfermos, mes perde horas em visiwis e com•ers1t!'I ociosns; que gnsto. nvultn.das quantio.s em luxo superfluo, emquanto os pobres morrem à fome e ao frio; que, à semelhanço. dn'I mundnnns. usn modas indeoontes e decote.CJ exn$(erados; tLOl.O. Fil ba de Mnrin. q ue nssim procede, é indigno. de tiio J(!orioso nome. Como Alexondre Mngno dizia n um ba.ndido rhamn.do Aleimndre, deve dizer-se a tais Filhna de Maria: - Mudem de nome, 011 m11dem de vida.

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I-

A IGREJA NlO ENCHE BARRIOA

Cresce pelo mundo a ond0, suja, am quo ns almas se o.fogam. Na noite da Agonia, Jesua viu tudo isso, e 90bretudo (orn.m as feze.s do cali:it) quo o. sua Paixiio seria. i miti! pnra romover ess•u1 ahnns ! Porquo o. mnior porte dos cr1stiios vive como Ml Nosso Senhor nao ti. vesso morr1do !')or n6s I ,i Quc111 rem penn do,i sofr. mentos de tod:i. a orùem, humilhuç-òes e dores, qtte, por amor de n6s e em reparnçiio dns nossns culpaR, Jesus pndooou - imbendo todnvia. qne o mamr numero fit'arin. indiferente ii pragn ilos pecado;, do mundo e no Seu Sacrificio? S. I<'rancisco de As-sis choruni de dor r,elas dòr<>:1 que por 116$ sofrcu o Sl'nhor - e n6s divertirno·llO-'l, como se ,Jl•sus, como um escravo, dernsso fnzer 1>0r nos o quo fez I d Xii.o h,n·ent nmgu<'m que, ron.<1iderando a. maré remontante do pecado e ti cr1m1nosa , ndifu.rença. dos que Jesus nmou, queir,i i,ndemnizar, <:onsol:1r O Senbor - nmando-O e servindo-O mais e molhor, cm l'ez dess<'s? ... 11 •

-----+-14----.Pa.ra. ser boa. esposa. Os dez mandamentos da boa. a~posa, oscritos pela rninha dn Romania («Carmen Sylvo» na literatura), qoe também é uma es1>0sa efectuosissima, merecem ser conhOC'idos: 1.0 Nào i-e-jns a p1·inwira a brigar. Mait 1,e tores o.rrastnda. o. ter di~us,;i'io acaloradn, sé ,·nloros:, :it-é no fim. 2. 0 Niio te osquec,"as quo eosnstes com um homem e nÙ<) com um Deus. NiiQ te aclmire.'I, pois dns suas froqltezns. 3.0 Nao peçM freqtlenternento dinheiro no tou espozo, gasta someute a menaalidn.de quo da pnru as despezas da ca.sa. 4.0 Se reparuros que teu marido tem pouco cornçiio, ponsn. que tem um estomngo. Acnrici:mdo o scu e11tomago o coraçiio se oxpandira.. 5.9 De vez em qunndo, mos niio com freqilencia, deixa a 1!1tim.n pnlo.vrn. ao tou mnrido. me ficara. contente e tu noda sofreds. 6. 0 Lè todo o jornnl, e niio ~òmeote os fn.ct.os esrnndn.losos. Teu mnrido ficara sn.ti"feit.o de poder fala1· contip;o dos noontecimentos do dia e até da politica. 7. 0 Niio ofonclns tau esposo, mesmo quando hrigue!'I com ole. Niio deves nunca. esq11ecer que èle foi o rou semi-deus. 8.0 Dit às vozcR 1\ entenclor n teu mo... rido, quo ele é o mnis pel'llpicaz, mais cult.o e confl'ss:i quo tu niio és sempre i D foJi ,·et. 9.0 ~e tou mnrido far intoliii;ente sera'! para el<> nma camtt.rncln. Se fòr estupido, umn ami!tn, 10. 0 Rcspeitn, nntes do t11do, a. màe de teu mnriclo, pensa quo ele n amou ante!! que to nma!l."-0.

Olho. o misera.voi I Niio pensa ,qoniio na bnrriga. I Nilo pensa seniio naquilo em que pensnria um irrncional so pnde,;se ponsnr I - Um homem deve pensar nalguma 001sa m11is alta, por is!IO mesmo quo é homem. Se nio porque querera que o tenhnm na conta de superior aos irracionais? Porém, snponbn.mo;;: n lgrejn niio enoho barriga. Mn...'I enc,he o cornçlio, enche n 11lma.. E a. alma é muito mois ampia do que a barriga. Se pois a lgreja encho n o.Ima, é porque eia. é muito g ran Henrique Lasst>rre foi um dos primeiroa de. mira.culados de Lourdrs e nm coovertido. Mas, afinal, qunntos devem a miséria ~ maravilhas daquelc caminho do céu trouem que vivem a.o sen despreso pela Igre- iceram-no irrcsiqtivelmente à vida de fé. Pocco dcpois da sua conversào, I.assere jn.1 Se a ouvissem, Reriam cliligenuis, hl>, nestos, sobr ios, terinm snuda, pnz. o.1&- encontrn-!le com Thiers que lhe di1. comovidamentt•: gria. e... o 68tomago cbeio . - Dt:u!I é muito bom! .. espero que :Ele me nao conden:1.ral - Pt-rdiio ( respondeu Lasscrre). Em teologia o verbo condenar n5o é activo, mas 1'8/lexo. Niio é Deus quc: condena os peca(Para·Uffl 8l8ffl8 de CORSClencla) dores; mas éstes que se coodenam a. si pr6110 que oqui se vnt escrever (sao po- prios. Deu3 criou o homem livre. Ao homem lavl'tlB do Oorreio de Coimbra, de ha compete, pois, nao abusar da. sua liberda.nnos) ~ pouc06 o entenderiio... E' que, de... Diante de 116s abrem-se dois caminhos: nestaa coisas da alma, todns interiores, um conduz ao céu, o outro leva ao inferno. , n6q s6 entende.mos em rOl!;ro. que tra.-- Perferimos trilhar este ultimo? !zemo.'I ja em germe dentro de 0n6s, com.o A culpa 6 l6da oossa e so HOssa. diz nlgures Bourget,. Esta. quadra. de termas e praias é n. bora da tenta.çiio I Por ellseS cnsinos ohics e ossaa prn.1as elegante.'! ostenta-se tentndoramente a. peco.dora cnrne humnna in quai-i 11em fing1mentos <le pudor Fnlan<lo-se um dia sòbre os inumeraes,qo. carne por causn da qual fai reta.- veis perip;os a que ootn exposta a mooilhndo, e cuspiclo, e sujo, e eicposto nu o dade de hoje conta.-nos um antigo ma,. Corpo Santissimo de Nosso Sonhor I gistrn.do: «Olhe quando eu freqiiont-ei Coirobre. Dante& ainda o. mulher elegante cultivnva a arte discreto. do se vestir. Ho- foram som conta. os perigos em qne me je o que tantna sobrotudo a'!tudn.m ti a. enoontrei, formida.veis os asso.ltos feitoe arte pérfidn. de se deapir, vesti ndo-ae. à minha. fé; e snbe o que eu fazia. P Lod E acaao pensnm q ue &se corpo (q ue é go que chegava a caaa ajoelhavll- ante o o templo do Espfrito Snnto) 6 o inimigo nieu 01-uci/i:co e dizia o Grido com cùdo reino de Deus exoitando e nrra.'ltan- voçao, e /irmerB. E rom eata, pi.edota do atrM de si n mntilha esfnimnda dos prdtica a minha fé se revioora va e o co,.

Diante de n6s abrem-se

dois caminhos...

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Depois das •Praias r. ••

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Amocidade das nossas escolas

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Ano VIII

N.0 98

L e iria , 13 d e Novembre de 1930

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( C OM APROVAçAO ECLESIÀSTICA )

DlrNtor • Proprietaria: - Dr. Manuel Marques dos S.zntos Emprlsa Editora e Tip. U nilo Gréflca, Travessa do Despflcho, 16- Llsboa

Ad11i1ì1treder: -

Padre A.nt6nio do8 Rei8.

R,daeçflo e Admlnlstraçflo: Semln6.rlo de Lei ria

Oue é Fatima? 11 Porta do Céu aberta sòbre a terra, fonte perene de graças e de milagres, fortaleia espiritual para a defeza da fé, santuario do sobrenatural, escola pratica de todas as virtudes, teatro das mais grandiosas manifesta~oes de piedade e das maiores gl6rias e triunfos de Maria• ( Dr. Luis Go,isaga da Fo11stca, lent, do I11sUltlto Biblr'co de Roma , Dlrtrtor espiritual do Colégio Nac,'onol Portug1'ls da mtsma cidad,.)

A celeate vldo. - f4tJma-e a Litur-J giada lgreja. -As cataratas do Céu.A nuvem de fumo. - O fenomeno solar -A Senhora dos trls naipcs. Era em 1917, n treze de Outubro, n hora do moio-din. Sois moseR 1mtes, em igual dia e horn do mos de Maio, clepoia de terem r<>zado o terço do Rosa- I rio, oe tr~~ pastorinhos da. CoH1. da. Jria riram doi~ relam1111g0s oortar o espaço e em eeguida um vulto formoso o encn ntador de donzela apa.recer sòbre urna azinbeira e convida-loa com um nr de imeni!& bondadé a nproximurcm-se para lh~ fatar. Néeee me ~ dià c+31l>brava. 11 Santa lgreja Patriarca!, a <'uja di0<-ef'8 pertenoia a par6quin. de Fatima., a. fostn de NO<ISa Senhora doi; l\fnrt.ires com oficio e MiBBa. pr6pr1os. A• primGira.s 1mlavra11, no Off<'io Divino, lii.o ns que formam o ver::1icnlo e o reeponR6r10 cle T' éRper1u: uSaistes para. s ai vaçiio clo VOSRO povo, alegrai-vos, parn snlvaçu.o com C'rh1to, alegrai-vos I» A primeiro. antifona do Laudea diz qne npurcceu no céu 11m grande 11inal : «Umn mulher que tinhn o 1101 por manto, o. lua por eS<·nhclo e nn cabeça ama. coroa. de doze estrèlns». O bino proclamo. quo n. Virgom Snntissimn se eleva entre os nstros. O ver11kulo e o reapons6rio insist-0m no motivo da snn -rinda. Fint1lmente a. antifona do Be11edictu, diz: uBemdito s<"ja o Sonhor, que por mei.o da. Bema.venturndn Vir(l:em Ma,. ria visiu,u o nos.so povo e a nossa. cidado e ne.i libortou do. miio de todos nqueles que nos odiava.m e dirigiu os nos.~os pn111oa paro o camìnho da. palll"· E, por todo o Offoio, 11iio contìnuns a11 nlusoes à ncQiio benMica. dn. Rninha. dos Anjos oro prol do eeu povo, de quem é Patlroeira, e à ale~ria, confiança. e entusinsm.o com que file a. nclama. nas snas apoteoses de fé e pit>dnde. De )luio a Outnbro a misteriosa. Senhora faln., reJ)<ltidas vezes, rom 06 videotel!. Entre outrl\8 coisas diz.-lhes qne vem do Céu, promet&-IMB a felicida.de eterna, confia.-lh811 um sogredo que a ningném podem rev(l)ar, r(lromendl\ a. reoitaçio do Rosario, ensina ume. pequena oraçio para se reza.r nos intervalos da!t der.enaa, nconBOlha. aa criançaa a aprend&rem a. ler, proclama a. neo<>1111idade da oraçio e da penitencìa. para. ncnbar df'Preal8> a. grande guerra. eoropeia. e a.nuncia que no dia. treze de Outubro fa.ra um milagre, para qne ningném possa. duvida.r da realida.do di\ aoa apariçio. • Chega. finalmente o dia. trer.e de Outubro. Dum extremo ao outro de Portugal, tinha oorrido com a. rapidez dum rellmPaeo a notfoia oonaoladora. da.e a.pariçoes

lndulgencias concedidas pelo Sumo Po~tffice aos peregnnos do Santuario de Nossa Senhora da Fatima

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e teorioa, longas e intermiuavois de fiéis, pòem,-so a c111ninho do pla.nalto aa- grado para pr(IS('nciarem o maravilhoao sinal de Dtus, predito pelos videntee. ~ meio-<lia solar. Nii.o ae vi uma. ae&ga de céu ozul. Cbo,o torrenciahnento, desd(I oa 1>rirneira.q hora.s da manhi. Cerca do set.onta. mii pessoa.s eetiio reùnidae no recinto do C'ova. da lria. De rapente, a. chu,o. deixn de oair, um braço inn,;fvel ra.sga. n>< nu,·en11 e o sol, em todo o eeu 811plenclor, gira vertiginosamente labre 11i mosmo, lançnndo feixes de diamas, que revestom euoossivanl(\nte tòdaa e.s còros do uroo-ir1s, emquanto a multidilo, com1llHto do crentea e ìncréduloa, se 1>rostra de joolbo11, chora.ndo e aoluçando e pedindo perdiio o miseric6rdia. Moment<>ll antes clo maravilhoeo fon6m• no, tiuha-se Yerificndo a sexta e ultima apa.riçiio. Uma nu,·em de fumo envolria o espa.ço ocupado pela. Apariçiio e peloe viclentes. As pri,·eligiada.s criança.a Timm Il Senhorn dos tres noipe,. A hinha do Céu manifeittou-se-lhee suoeasiY&mente sob tres dli.li invo<'açoee ma.ia •neridas dos portup:u81i88, as invO<'aqòea do Roso.rio, dne Dor~~ e do C'armo. A celeate Visiio disse que era. preci110 nio ofender JIIJIÌs a Nos~o Senhor que eeta.va. muito irritado eom OR peoadoe dos bomena e sobrotudo com o pe·cndo da caTne, pediu qne se edificns.~ al{ uma ca.pela em aua bonra. e declarou que era a Virgom io RORario. ,

Ancloaa expectatJva. - Trc&e anot depoia. - A Magna Carta de fitl ma. - O rego1ljo Naclonal. - A repercu• Ilo m undlal do vcredictum da Jereja - A itorloaa Lourdes Portueueu.

O SANTO PADRE PIO Xl

O S. Padre Pio XI, por iotermèdio da S. Congregaçli.o da Penitenciaria concedeu a I de ou tubro de 1950 aos peregrino1:1 de Nossa Senhora da F.\tima as seguintes indulgèncias:

r.o- JndulglHcia de sete anos e sete quarcntenas a todo o fiel cristAo - contricto dc auas faltas-tOdas as vezes que visitar o Santuario e al orar segundo as intençOeti do S. Pontlfice. :,,o - lndull{Jncia plendria - sob as coodiçOe~ ordiné.rias - ama vez por mès pcregrioos cm grupo ao mesmo Santuario e al orarem pelas intençOca do S Pontilice.

ao•

Mn11 os nnos • 1moedem-ee UDJI aoa ft· troe. Entretanto o nome dulcfasimo ie Fatima. pronuga.-8o> a.o longe e ao l1u·so transpòe aa fronteiras e cbega até acia confine do ruundo. 'A simplee lembranQ& d&,ie cantinho do Céa, alcandorado nu enoostaa da serra. de Aire, fam palpitar de a.legrfa e de entusia.c.mo os coraçòea do.<1 crentes. Uma. torrente oaudalosa e inNlkfla.nt.e de pes.-;oaa, de tadas aa cl&aMI e condiç~s sociaill, ocorrem no mai« centro de culto religioso do D0880 paf•, levando depojs para toda a parte a • · va fecundante duma fé viva e duma p~ dade ardente que, regenernndo 08 indivfduos reformando aa famrnaa, reoriatianir.a a sociedade e prepara a SD.lva.çio da Portugal A Rafnha. do Céu, glorioi.a Pa,. droeira da Naçoo, eeparge a flux graçu e oonçiios eobre tod,oe 09 quo a iovooam cheioe de coofianqa. no 89U va.limento e na sua i nteroossilo maternal. Ae ouraa pi. digioeae maltiplicam-&e de Mio para ano. VftilWl8 de todoe os ma1ee f{Bi009 qae tar-


2 tnra.m. a pabre humnnidade viio à nova piaoina probatica buscar a. saude e a vida. .Ao m.eemo tempo, os almas mancha,. liaa pela culpa e a.tormentadas pelo aculeo do remorso, encontram, na fonte de &J'llça, que é o Sacramento da Peniteneia, oom a mieoriccSrdia e o perdito para 1111 SUW! m1sérilll! moraia a f<irça e o conf<irto de que precisam para a Iuta oonstante, por ve1.e11 violenta, e smnpre tem&r<l8a1 com os inimigos 86(lirituais. Mua o 110l divino qne na6Ceu em Fatima ilumina oom os 6"118 raios fulgentee, nao s6 Portugal, ooniìo também ns demais no,. ,aee do orbe. De tod<>fl o.'! pontos da Europa, do E:stromo Orienti.', do Continente Noiro, d~s vastas N'gioes do Novo Mundo e da.'I ilhas espors.'ls no Grande Oceano, os olho11 e os oornçiio voltnm-se para Fntima e a devoçào à gloriosa Senhora Apnrcdda toron-se, a par da de Lourrle!I, mnn dns dev~òM mais quericla., dos nos.qos tempos. Tre7,o o.nos depois, a tro:,,e cle Outubro do rorrente o 110, Sua Exe('lencia ReYe-ren<lissima o St•nbor D. J~é AIYM (',or:reia da Silva, ilustre e Vf'nernndo Bi'lpo da Leiria, dedar11 como rlignns de crédito I>.!\ visocs clAA cria.nçn!I e pormito oficialmente o <·ulto de Nossn Senhoni de Fatima. A ènrto pn.~tor:11 ccA Providencia Divina» qnfl C!>ncorrn 11 S<'JIU'nço d11. a11l.oridado ooJ.,~inMtica rompetet100, r,roCeri<fo depoi11 <lo dez nnos duro Cl>~tudo aNut-0 e profundo dos noontecimentoa, ron titui vN.Jad(•iranwnte a Jfag,1{1 Carta de Fntima. O Anjo <la. dioccl!O de Leiria, e~.olhido 1)$l4 Rainba <lo Céu pnrn oxecutor du sua oltra e np6,tolo c.lns sua" gl6rins pos a.i;i1'!, d11m modo l,rilhante, um ;emnte con<l1i;no n~ i;eus trabnlh<>s de juiz nesta moment<N\ quei;tiio, fochàndo oom 11hne do ouro a primeir,1 fnse da divina 111.iatoria do J!'ati.m.a. Embora de ha mui~ --~pc>rnda, a dooisào episc•o1,al r.. z pulp1br de santa emoçiio Portugal inteiro, que no pulpito, un imprensa peri6dica •aa <:onversM pu.rtic•ulare,i, C'lnfim, po; toàlUI O!! forrnm1 de pulilicidude manifesta. em vh-os traru;porte~ de e1;tusin11mo, déide o alto clf'ro até aoq mais hurnildce f1,i1, a sua alcgria f' o seu reconhecimcnto para com a augusta possoa do venera.ndo Preludo cle LoiriaÀ r<1perc11q<;iio mundinl do vuedfrtum d.a Igrejn, proforido no momento opor••11e, nn hnra que a Providencia mareara no re}6gio _flo tempo, quando o no~· de Fat1mn. t1nhn ja ch<'g11do MS oonf1as clo orhc, deve ser enorme e r etum~n te. Ja !le sahe que alp:11119 Prelad06 1la11t:ee i;e pr(lparam., nn He.qpnnba na n,1g1ca e nn. \lemanba, para vir dep<ir a homenngem dn 11un ven0rnçiio e o tribnio. do seu nm_or a.oa p611 cla Virgom que ae d1gnou 11ant1f1car com n sna preeença uaa DO!lp;a de terra nòste c11ntinho da l!uropa e erAner nela o trono dns anas gr~M. e dn!I _,mns mi,ericordias. Fdtimo., da hoJe em chn.nto, é cle direito e cle fa<'*• para o mnnclo inteiro, a gloriosa. Louc-10!1 P.ortugne.rm. Bt'lmdita sAjn, mii Vfl""6 hemdita, a nugns~ RnCnha cln" Anj011, Imaculnda Pa-dTc_ie,ra clR. Nnçito, que mais uma vez q111:1 provnr que niio eRqneco e que ama ~a t.E>rrn., Qne é sua, porque é verdade1ramente a uirra de Suntn Maria 1

A r,ereerfn11c:llo na<'lonal - Perefrfnaçllé" Ors.!anfzad111 Procfaalo daa vela" - As irande" multld~es - Adoraçlo noturna - Explfcaçlo doa mle1'rfoa do Roairfo. A gronde _peregrinaçno nncional de Ouiaàro rE!\"0St1u a imponència e o flllplond.r pr6prio11 clns suns empolgantes ma.aif•taçòes do' fé e do~ -mais oomoventes eeJ>e('ticulos de pieclllde que se ral1ze.m e.m Portugnl e que s6 conhecem dois teairot: o Snmeiro e "Fatima. 011 dios dl'tze e treze fortUn d ia.'! -rerda.••iramente primnvoril!. llaa, se por um Indo a amenidade do te•po rontrib11it1 pa.ra o brilho claa 80leaidadoe religiosM, por outro lado aa w.-rondns do11 dill.8 preoodentes, que ~uibe ~a.s r &('ea vnm se ropetissem, desfalcarnm, em la rga tll!Caln, com.o era na.nral, o conoureo de peregnll09. Em todo o cn.'IO, ern digno de Tél'-MI, eoàretudo no. prooi!l.ciiio dn~ velua e por ~ilo da M is."IO dos doonteA, o a11pe<'to d11e multidòeci, que ,;e estendiam, I\ percler de ,·ista por todo o vnst.o recinto d• ('()va dn Jrin, 1iemf'lhante a um lago im. .llO de cabeçaa hwnanne. Ne dia <lozo, às primflÌrl\!I horM da tarde, romeçaram n chegar ns peregrina,. Qiea orp;anizadn.,. Entro n!I mais mtmeretas, mereaem e.'lpecial refer6ncia M do

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DA FATIMA

Patrio.rcado, Bemfica, Alhandra, S . Mamede de Infesti\ (Porto,) Ma fra, Alcobaça, Mosqueira, Extromoz e Troviscal. .A procissào dns velns, de68nrolan<lo-se no recint.o das apariçòes, na form11. do costume, com os estandart.&<J com n'i \"8loa, com os canticos, com o entusiasmo e a pied&<Je dos fiéis, foi, oomo oompre, duma beloza. e dum <>nranto impossheis de débCrever. À meia. no1te principiou a adoraçao noct.urna.. Lido o a(·to de repar oçiio pelo rev. 0 Marque11 dos Snnlos, aproxim8.-fl0 do microfone o rev. 0 dr. Lufe Gonzaia da Fonsecu, profe.-ssor do In11tituto B11Jlic.o de Roma, o dnH, fnz a explica.çiio dos mintério.ci ~ozo!>Os do Rosario, antes de se dar inkio à. recitoçiio dt• terço e noo interralo!! dne dewn:111. À s seis horM, depois de tiidns n!I pcregrinni;oes terem feit.o II snò. hora dc ndornçao, é dada a. bençiio ('om o Santissimo Sacram<1nt.o e em segnidn celehradn, no altnr-mor do. caJ)fllti non\, a Missa da. Com.unhito Geral.

Na Penltenciarla - Vinte e cl neo Crf1t6foroa - As oraçoea e oa cAntlcos -A longa teoria dos doentes - A visita do• avloes- Urna peregrlnaçlo belga. Entretanto juuto da" putae da PeniUlnciaria aglomt,ra-i;e utna multidii.o tnumornvel de bomens. Dl'ede a v~spero. à ba.rde quo se observa, a cada momento, e:;.."8 consolnclor espotacnln. Onrante horM consecutivni:, doente!, cl,. t.odas os doenças moraiR, ah aguardam a eun vez de se oproximnrf'm do i-nnto tribunal da Penitènci-a de mist,ura. c•om pie<lCf!Os poregrino~, que pre~'ndNn 11pl•n11...<1 r(>(·onciliar-,,e para far.er rom maia fervor quo o usual a ('omunhào do dia treze. À n1edida que o dia n.vança, a multi<lito ore8oo em volta do puvilbiio dos doentes. l\fuitoe mi lhnres do peesoas, de nm'l>Ol'I 08 !!ElX06, de tòdas :ie idades, cla'ISeS e condi\·&e ROCiais, com n11 nlmna purificadns pola graça e os cornçòes palpitanto!I de amor divino, prepnre.m-!10 para receber a Sagr&<Ja Comunhiio. Vint~ o cinoo saoord.>t.es, r,·vestidos de sobropeliz e o-,toln, dis.tribuem, in<lt!ssantementa peloe fiéis, horaa a fio, o Piio dos .A.njoe. Re0a,..cie com fervor . O sil6ncio, profondo A solenE>, s6 é i.n.le1 rompi do ptilo brando cieiar das pre<·es oa pelaa snaves barmoniaa do òrgi.o, De vez em quando, um cantico liturgico, entoo do jnnto do microfone, rompe de milhares do labio", fremf'nte de santo ent11siasmo e impr&gnado cle piedof.4 un,ito. Dl'itadoe no~ aeua grabaroe de dor ou sentadai em longu fil as, nos bnnc<:6 do Pa~ \h,ìo, vt>(lm-se in11mera.'1 vitimaa de todne as miRérias fCsicu qne afligem n pobre humanidado. Quantos ro;;tos emnoiados pelo sofTiment<> I Quanlet1 corpoe ronsum1doa e mirradOR pela ·loença I Qoantos verdadeiros farrapos hUJllllnos 1 Subito, ouv&-eo DM altura.s um rumor cara.clerfstico, ainda distante, que ràpida.mente se intl-nsifioa, ~ medida que se a.proxima., vertiginoso. .E n 1·isita do.,i aviòes que viio depor acs poo da Virgem, oomo mensageiros do Cé;1 1 ramos de flo·re11 e tributos de amcr. , Entre os perep;rinoe eatranjeiroa que foram ~ Fatilil& no dia t ~ de Ontubro, destaca-se urna joven !l(!Obora de nacionalidade belga, :M.11~ Jeanne Shifflere, ta.m inteligente e culta corno profundnmente piedosn. V isitando entio pela primeira vez o !<lUltuario a.ngu!lto da Lou rdes Po:rtuguesa, o eapectiiculo nssombroso e empol~ant~ QUe tove a ventura de preeencia.r excedeu sobre toda a madida a aua. expectntiva. PrA,a de admiraQio e coniovida em extremo, no ver a fé e a piedade du multidòes, dt-balde pretendia traduzir em pala.vras oe sentimentoe que lhe inm na. nlma. e quo lhe fa11Jiam brotal' dos olhoa lap;rimRS de ooneolAçio. Os leitorea da ccVoz da l<aiti.tnaJ, terio o <lw1ci0f"-0 prazer eepiritu,~I de lerem no numero do pr6ximo - mAe de .Der.embro omo carta intere$8&n.te da jovem belga, bcSsr>ecle do nO!lSo pais, - verda.deiro mimo literario, i-m que eia tenta trasla.dar a.s impressoes vivaa e p ro!undM prodnzidM no 11eu e11pfrito pelas ~cenaa mara.-ilhosas de.quele ,11a inolvidhel.

A procfsslo de No11a Scnhora Missa do• doentes. - Binçlo do S11nH,1lmo Sac:rar,,ento - O 1ermio off<:f. al - Proctsa•o do adeua - Duaa curas extraordlnalrlaa. i!:' ,•hegado o meio-.:J.ia. "-O)nr, a hora do contncto mf11tico t>ntre a terra e o Céa. A augusta. Jma.p;em da Virgem, eepn.- I lha.ndo g r ~ e bénçios, pa.ssa triunfan- l

t.e, em cortejo, !evada. 008 ombros dos S0.1'vì tM, através de alna compactaa de per., grinos, sob urna. cbuva ooot{nua. de P'talns e sa.ùda.da pela multidio imenaa oom o agitar febrù e entusiastico de ~ zenas de milhares de lençoe. O Anjo da d1ooese de Leiria. aobe ao altar e c~lebra. a Missa ofic-iaJ. O 6rgiio em·he de novo o espaço :,om os aeus ocordi,s harmoniosos, graves e tristes, qu.e couvidom ao recolhi.mento e à meditnçao. A oss1st.encia, orando e cantando hin06 hturgiO<lls, une-se à Vftim11, Divino, que se imola solire o altar, Pm expiaçào dos pf,<"ndos do mundo. Term1nou o augusto Sacrfficio. Rez.t-se o terço. I>epoie é expoi.t-0 o Santissimo Sacramento. O venerando P relado de Leiria. d ~ do altar e vo1 dar a. bençiio a cnda um dos doentea com a. HcS,.tia. Snnt.a cnoerrnda num.a cust6d1 a de prata, onrique<•ida. t-om ìncrustoço06 de ouro, La\"& a umbtila o gronde médioo g nosta. Dr. Weiss de Oliveira, oni.igo Govornodor Civii de Lasboa. Acomponham o Santfasimo Sncramonto os sr.oerdota. presentes, rcveatidca de sobt·epohz. A t·erom6nia s~m1,re untiil'.n e sempre uovo, bem o condito de fazer brot.ar mais urna vez doa olbca de todos, siios e doentes, lagrimaa de a legria e de int~ma. t-omoçiio. Encerra.do o Sant(BS1mo no 11at,rario da. P1mitencinr 11 1 tomn o ~~u lngar junto <lo microfone e prègador do !><.'rmii.o ofidat, rev.do dr. Lufe Gonznga da Fonseca. A ~u& oraçiio, quo ser, in te.1,?;ralrnl'nle N.·pr odu,.o;1da na «Voz da Fatima... H'l'SCtU 1,6bre o a"scnto da Carta P0atoral sobre o culto de N0811a Senhora de l<'atima, fa1.eado dela uma l11m1nosa. i.inro,,o e expondo a latS(· ,s traços ns graças incomparaveis que Ft tirna trouxo a Port11gnl o ao mnndo. Concluiu o sermiio. Renlì7,o-se agora a proc1<tJifo do aàiu,. E' o c-apeotnrulo mais lindo e mais empolgonte QUO se pode imaginar. A bemdita lmegem clo Santi!-Simo R06tirio volta de novo para o seu pedestol na capelinha das npnriçòes, c,nde se ef«-tua. a apoteose final. Mais fonços braocos a esvonça.r, mais st1plicas veemon ·e:s, mais floros, 111ais ltigrimns, mais entuaiaamo e maia uruor. Feita a conaagraçao çoleotiTa da 1>eregrinuçii.o nncional à Virp;em Snnti!isimn, a 1u,sistencin, tnm numerosa. que ettch.e o nlsto 1::apnço do local das opariçòes, que medeia en t re .a fonte miroculo:;a o a Penitencioria. prinr·ipia a disper5ar. l\fomc-ntce nntes, quanrto a Imagem da Virgem passava por entre oe doentes, n o rt'NHJ<•t i rn Pnvllhiio, uma rapariii:a, de 21 anos de idade, de nome Isobel Ribeiro de F'reitns, poralCtica, sentin-se repentinamente c·uroda. Fazia porte do grupo de p<'rogrinos do Porto, orgnniza.do pela sanhora D. Moria José Pe!'ltana e pelo ~r.

Jouqu 1m José E11teves. Moradora nuqnela oid&<Je, Rna das A.ltaa, 1~, ostava, ba dois anos, a lavar roupa., à. porta de sua ca88., no Bonfim, quando, de repente, a l"aranJ:la da janela, nbateu colh.udo-L Do desastre reaultou i,i.rtir uma ~ a pelo qun.dril e o osso da bacia, àlém duma forte oomc.;;iio cerebral. lnUU"Dnda no Hospital da M1seric6rdaa., to-re e.ltia possa.dos quatro meses, m.oa s6 podi& andar com muletns e nunca. mais deill'OU de sofrer. Ocorreu-lhe enti.:> o pensa.mento de ir a F atima pedir a. &na cura por interOOE;suo de Nossa Senhora. Como e ra pobre, ulgumas pessons do sua amizade pro.mo1·eram umo. ~ubscriçii-0 para. com o seu produto se ooorrer às despeeu da viagem. Parte acompanl1ada pela. aernta. D. Moria clE.• Jesus dn ('ru11J. Tenclo chegndo n Fatima no ,!il\. doze à flarde, foi reoolbida no Alberg-ie de NO!IM 8&nhora, onde pas..,oo a no1te e donde, no dia aeguinte de manhii sofu em mara para a11-qistir àe oer im6nias da Pe rettrine.. çao Nac1onol. Depois de comungar e de r8C'eber a bençio do Sant(ss1mo, nio experim(·ntou ns melhoras que eeperaTa e, jn resignada rom a sua sorte, preparava.se pura o rl'gre,;so, No momento 0111 que a. lmngc:m da V1r~em pa~f!nvn junio d&la, no regresso ò capela das apariQ6eto, a doonte ~ent,iu-se 1mpeliJe. para fora da mnca. Obeckceu ao 1mpllleo t', le-rantando-se, sa11ou para o chiio. Estava eurada I Na ,·ospera, no Posto dns verif1caçòes médicas, tinbn. entregad'l o seu oertif1cado quc lhe pa~~arn o Chele da eecretar1a do Hospital Gerol do P<irlo • em que i;e eucoutr{l e:sarodo o diagn6-tioo que motivou a entrada. &.-.e diagruSetioo é do tl('()r aeguinte: «Fractura. cla porn,a esq ,Jerdn e eomoc,ào oerebral e fra<·tara. da bacia. (}aua: desmoron nmento.11 Entre òS peregrinos, v11.--se Maria do1 .Anjos de 23 anos, moradora. em A-ranca , que sofria de ataq ues epilolicoa e de doença. cla colona yerlobrnl e que foi nrada no dia. trese de .Agosto rio ano pr6ximo pa."llndo. Tr otadn por varice médicos, &ntre 011 quais o dr. Egas Moniz, todoa d 1zinm que a sua doença era inouraTel, tanto mnis que tinhn o carticter de ltered1taria. .Apr&.;ent,cru um ntestado do dr. R.urìque Oomes de Araujo. Bemditn seja n V1rgem Santl.sa1ma, Ima<'ulnda. Padroeira da l'ortugnl, 11,110 clesceu do C'é1t à terra - terra de Sant:, Mnrin - pnra, como médica di-ri aa, curar os q1Je ~ofrem de doonças e enfermidad8h ou t 1·117.er -lheA doce leniti-re e o ·oonf<irto aindo. maii. dooe eia resiil!açio cr istà I l'iSfoncu de Montelo

Graças de N. Senhora de Féfima •• • • ••

ques e qu.e aòménte no P6rto poderia oonseguir algu mas melhoras. Oe ak41uee e ro.m suceseivos I Sua pobre familia aierr nda com o sou g ravissimo estado, a&gu1u imediàtamente o snb10 cons.U.e <ID• ilustre clinico, l•'oi leva.da. em braços para a eamioneta. e de:;ta para. o comboio. Foi àirigida no Dr. Gomes de .Arnnjo Que toi dum.a grande docli~iio parll com a 4ioonte Os ataques coutinuavam I Uma 'iarde t;0bNWeiu..lbe uro em piena rua Si d1~ Bandeira, e o seu closol11.do ealado a\ra(u o. atençào de tanto povo, que a policia teve neccssidnde de inuirvir por ea•sa do tranaito qne f6ra impedido. Viam-ee lligrimas em todos oa •peotadoroa ao cont,emplar~m o sen tlolor()I>() Rofrer. Durou essa cri,;e urna.e longas e critioas 24 horns, e, apnreeeodo o Dr. Victor Ramos èjingnOfltico• 861" incuravel a. sua. doenç.a.. Devido perém Crises eplleptoldes. a.o cuidndoso e 11.'lbedor trat.'lm~nie <lo Dr. Gomes de Àrnujo, com~u a eaferEra ero 1925. Contavo. eia, Maria dos mo. a. oxperimentnr algum aUrio, eom Anjoe Nunes Pereira, da Murtoso. os alej!;ria 11ua e d1> todos os l!I011s. sous risonhOR 18 nnoa. Sendo cle rara. bePorém o seu estndo compliooa-se 10leza e mnito robusta, começou a enfra- brevi ndo-lhe u.m terrfrel mal de eabeç& queoer e a. tornar-se um pouoo anémica. que lhe niio consentia eet.a.r parada fato, junto à oompleta falta de apoti- era a r'1orea.. te, cha.rnou a. e.tençio de sua fa.ma11a. Néilte estado de coisns clis."e • •r. No dia. 9 cle Mnio do mesmo ano, Gom.ee de .A.rnujo qne era. èllensad. ps1925, foi vftima dum formidavel ntn.que• ta.r-68 mais dinhf'iro. Neffta triste eonQUEI lhe tirou o uso da. nziio ficando jnntura. sua famflia mu.ito 00601.ada • ji( tompletnmente dementada. Foi charna- aem eqperanQll8 de haTer cura, ie.-. .-a do o ilustre médioo Dr. Ernesto Mar- Ù, fn.!Nl90 esnecialiflta de doençae aeroueA Ql'--:-::.:: 'J ...u uiEl38 serem uns ata- I TOSM - Dr- Egne Monia - E ie1'e iltnt-

Relatando algumas das muitas graças obtidas por intercessiio de Nossa Senhora da Fatima, niio queremos 11em devemos anteciparmo-nos ao juizo da Santa Igreja que neste assunto como em todos emprega as maiores reseroas e cautelas. T atito é as'iim que tendo sido as apariçocs de Lourdes em z858, foram julgadas miraculosas por diferentes Senhores Bispos de França, apenas 30 curas, depois de rigorosos processos canonicos a que foram sujeitas. A palavr• milagre que, às vezes, aparece nesta secçiio, nao i, pois, tomada em sentii.lo rigorosamente teologico.


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DA FATIMA

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tre olinic0 interesi,ou-se tanto pelo seu Mais tarde a saude voltou nova.mente a go ali a corner de tudo sem quo nada me Declaraçao médlca estndo, que ped'io. que lha leva11110m toalterar-se, a sofrer muito do estOmago e fize&so mal. «Declaro qu.e namin.a,nào a ,ni,r.• Mo-- em dezembro de 1927 começ.ou a deitar sandos <ltl diaa. Todavia. o resultado era. nuMii groças "ejam dadas a Nossa Seahora lo. Assiro se pnsso.ram qua.tro longos e ria dos Anios Nun« Ptrtira. da Mur- gua pela boca, facto que se repetiu nestes do Rosario que se dignou atender a minba dolor0ll08 a.nos. Quando eia se sentio. me- to&a, averiguti qut ela /t e du1'(1.iitt cinco ultimos trés anos varias vezes. prece num momento de tanta ang4sda. a,,ios d i11eraas crists tpilepto-ides. So11.be lbor, entretinha..-se o. ler o j.ornalzinho Nova jornada dolorosa para a pobre J Amais deixarei de amar toda a vida a coeT' oz ci. Fatima - e logo começou o. pe- pelo àoente que, com. a s11a ida a, Foti-- doc;11te, consultas, m1:dicamentos, injecçòcs, soladom dos aflitos para quo continue a dir inl'Onsàvelmente que, por carid:i.dle mo, para.ram tais mse,. O t:IXlme Mtual mu1tas vezes entre a vida e a morte, ten- abenç.oar e proteger t.odos aquelN que aEta a. le.-M&em a Fatima, à.quele ~ntinho de'lllll,ncia. um e,taào geral, 'Ptr/eito e pe- do recebido os ulurilos Sacramentos, per- pòem as suas esperançasu. d•J Oéu. A sua petiçiio foi exeoutadal la. evoluçdo do ea.,o d,u.ra,n,te u.m ano e'- dendo varins vezes os sentidos e a fala nào po<lendo tornar mais que umas go~ Condll.airam-na. em brnç,os para. o com- tou certo irue a doença termi11CU, de flgua. Pc,rfo !l9 de iuJho 1930 boio. l'oi no dia 11 de Agosto de 1929. O es~mago pOs-se em tal estado que a.té Dos que a viram, una <'Titica,am tal (a) H . Gomei; d'Araujo.n isto repelia e durante oit.o m= nào pOBem haja N.a S.• do Rosario da P'Atiaa proced6r11 out ros, iiorém, Jastimavnm a d? deita.r-se nem um s6 instante, nào po- <Jll<' nii.o limitando os seus favores ao, ii1100 deeciita.. Mal de Pott. di.a (diz eia) suportar as almo!adas junto lhos ainda embalados no regaço da lllàe P'-· A Tiigem foi muit.o agit:1dn e tonnénao corpo, scndo tal a sua iraqueza que nào tria, os vai tornando extensivos tamt>. tosa. Sobrevwra.m-lho doi11 ataquos du••Eu, Olivia da. Conceiçào Pereira, de 17 poJia com um chale fino s6bre os ombros. aos que c.\ andam por tao longe. Portu...,• rllilt. a. mosma, !!Ondo um na Curia e anos, do lug;i.r de Nadrupe, !règuesia da Qualquer movimento lhe causava dores ses e Brasìl<•iros, irmnnados no mesmo sout,.. em Leiria. .\li <'hegada, ~ c,nrregndòres tirnr:un.- Lourinhn, venho publicamente, agradecer a atrozes e nào podendo sustenlar-se sòsinha pirito de Jé dt, sc·us Maiores, pnrecem ooaNo~ Senhora do Rosario 'de Fatima, a mi- i-r.im a màe e a innà que tiuha.m de a am- petir cntre si :.òbre qucm mais se a'VU>éa·Da era braços, mas o seu estndo menta! nha cura. parar dia <: noite, o que constituia nm mar- jara. no culto de N.a S.• do Rosario da F~era de tal ordem, que desejBvn m11t6-lo<i, Sofria horrlvelmente de dores na espinha. tirio p ara todos. ....._ tima. etc. Passava as noites e os dias continuamente Neste esta<lo aflitivo e desesperado recorO precioso livrinho «As grandes maavigritando. A.a d0res eram tao forte<1 que me reu com todo o fc:rvor a Nossa. Senhora e lhas de Fatima» e os 6oo e tantos exeaaleijaram, arqucei toda para traz, estava prometeo ir a. F:l.tim:i o mais cèdo possi- plar,·s da Vor da Fdtima que do Recife se numa posiçào que niio podia ver os meus vel, se Eia, ao menO!I, lhe concedesse a fa. vào espalhando cada vez mais ao lon,e, pés. la pois lhe cust'l va imt·oso nem poder di- mais e mais tam~m v'io tornando conJac,clTratei-me com o Senhor Dr. Lea!. Che- z,•r o que sofriil e pedir o que lhe em ne- dos os extTae>rdim\rio~ e mnrnvilhoso. begou a duvidar do men restabelccimento ce,;s."irio. neficips do U\d:i a sorte a màos cheùu derquasi me desenganon. ' «l'ode bcm diur-se (diz a miraculada no ramados ptla. Màe do Céu sòbro oc; qH a. Fui-me trntar com o Sr. Dr. Alberto, do seu relatorio que por ser muito extenso re- Ela coofiadamentc n-corrcm sob a nceci.to Bombarral, que declarQu so!rl.'r en de mal sumi1no,-) que é um veroladt>iro Purgatorio ÌDVOC."\ç.iO <le N.a S.a ùo Rosario da 1"~1ide Pott na espinha Disse-me que tinha de que ~e passa neste mundo e que s6 p<"lo m,1 tirar urna radiografia e depois mandou-me amor de Dcus se ,iuport.'l com resign:tçiio. JA oao tem conta o numero de esta•pu, para o Sanat6rio. Em a_qsim que a minh:t cruz era leva.da f"m rn,><lalh"\S e novena.« de N.• S.• da F1tima Mas f•u com as grandes maguas que sen- fervoroso tran~porte de amor por Jt.•,;us Cru- a.qui distribufdas e pJincuradM coru inter•!t:1. em tei de me au!\Cntar de minha famf- cificado. se sempre crPsc.-nte. lfa .nào quis ir. Adoeci em r927. Andei a E a agua miL-igrosa. .• raro 6 o dia que Qunnta.q ve1.es teria de'lt'>perado no meio t~tar-me com os Sl'll. Drs. mais dum ano do mqu prolongndo so!rimento se n:io !Os- nào vfrm div<'IBOS pessoas procura-la. Pesem resultado. Voltci-me com uma f6 tào so o nous Santo, do meu cornçilo, que tan- n;i. é ser t'to cliffcìl rtn•bermo-la dal, poli, viva, com um amor tiio :udente, à minha ta.s vezcs entrava. na minha alma. N~es quanL'l mais vies.«e, maior de dia para dia rica ?,,lie ,10 ~u. Nossa Senhora do Rosa- momentos ti.o folizes .i que eu pedi:i n Je- se tornarla n sua e;,,.tracçào. rio de Fatima, que se Eia, me fizesse o mi- sus e a N. Senhora ùe Fatim:1 que me cuA's devot:as hom,•nagens a N.• S.a da FAlagre de eu melhorar sem oumprir as pres- rasse;, 8e f'ssa f0sse n sna vontade». tima, cada ve1. mai'! intf'nsificadas do lui criçoes dos médicos, eu iria a Fatima a pé, R060lvc:nùo vir n Fi\tima, pediu atestado 2 nnos a esta partu, veio dar novo e aaior e dava ns minhas joias. Tamblom prometi ao sr. Dr. Mntos que lhe di"'Se que est.ava incn·mrnto a expo-iç!to no rulto p!lblico comprar nma imagtm de Nossa Senhom do mnito mal e nao ngui:nlnria a viagem, te- (com licença dc S. E,.a o Sur. Arcernspo Rosario de Fatima, para: a capeln da minl1a mendo que morrè$C no caminho. O metimO MPtropolit11110) duma esL1.tuazioha de N ,• terra, e fazer-lhe urna festa, pediodo eu, peus:Lva a fnm!lia quo, com n ùoente come- S.• do Hosario da Fatima. Nào medi& mai, pelo povo. çnr:un urna nov.-na do comunhòes, que fo- de 13 Cf'nti111<•tros a r .• . mas nem por ~ Maria dos Anjos Nunes Perelra Fui ouvida nas minhas suplicasl Mesmo ram repetindo durante quatro meses. deixou de <lC$p1-.rtar St-ns{vel interesse a :;u.a nleij:u:linha corno estava pus-me a ca.minho A's 10 da manhii de 12 de setembro es- vennaçao. Com o aumento porém da devoFoi p1rnoit.ar em casa. di\ Snr.• Maria com duas pessoas de minba famllia que, coi- tavn cm Fatii:na st,ndo levnda em bra.ços çào cresct-u no povo tamb6m o desejo do Tòrre. • ali repetiu-se o ntaque, deixnn- tadiohas, se prontifica.ram a ncomp:tnhar· à igreja para rnceber :\ Sagra.da Comunhào. possuir urna e~t:\tua ma.ior e mais perfeia, do-a •Il& esta.do furioso e horripilnnte. -me para tao longn. viagem. N6s nào sabla- toNem po%o eitplicar (di~ a doente) o quc dcscjo quc cm 15 de Agosto {indo se eoaPassou-ee uÌna noito de n•rdncleiro mar- mos ca.minho nem carreiro mas eu estou n=e momento o meu corpo sofria, o mais vntcu em rC'alidade com a ~nçilo soleno convencidlssima que tivemos urna excelcoto cruchnte martlrio, m~. ao mcsmo tempo de urna nova estatua cle 6o centfmetro,. tfrie. Dah no dia 12 de manhà. seguiu para companhia nue foi a nossa Màe do C6u, a minha alma gozava as dellcias dum amor N.lo se convidanm pamninlos; aceitar&JllMaria ~nt1'15irna. sem mcdid:1.. ·Se o~ que IK>r de\'oçào se qui~ram iapreFat1aa. <..:onduzirnm-na imediata.meute Foram nproveitadas ns minha!! sùplicas. Ap6s un~ momentos de aq;ào de groças sentar corno tais. Para nvnliar <lo intepar11. • Pa.vilhiio, mns, devido no sou de- as minbas oraçòcs. /ui rcconduzi<la ao Albcrsuo dos doentes geral, l>.1!it.:1 diz<'r que nuoca à nossa Capoearrnnj, mentl\l, viram-se na. dura. nocosIIoje, graça.q à minha Ma.e do Céu, sintosidade '1e a retirar dali parn o hoi1pitol. ·me compelt.-unente boa, com f0rças, mes- onrle me lmL-iram com todo o carinho e la a0uiu ta.oto povo do t/ldas a.'I cln!ISell e.Ali Yeiu-lbe utM. terrivcl rolica que mo com animo Elc tmbalhar, julgando eu amor pa!-sando o dia e a noite em gronde mo naquch noite e com mostrt\l da mai• complieou o sèu ja grave estndo, inspì- nunca mais vir a ser mulher quo prestnsse. sofrimento, quo eu ~ultava, em siléncio, sinctll1l. pirclade. Enquanto 4110 a estatuazinha anterior 8' q,rnnto podia. l\fas !'e o meu corpo em lx>· rande aerifssimos oui<liulos no médioo qu11 Ja comprci a imagem e a festa realizar- do sofrimt•nto, a miuhn almn era toda ale- se c•xpunha nos dins 13, ou no Domillp d1zia nio ba,·er curo. humn no. para aque- -se-ha no!I dias 18 e 19 do pr6,cimo mès dc gri,t na ccnvicçao de que no <lin 13 fica- mai~ pr6ximo, a actual ficou cm expoaila martir. Outubro. No dia 18 ha procis.'liio das velas e ria livre de todas aq111·lns dòr1:s. çao permnncntn em gracioso e arti.8tìco De.-ido ainda ao !ieU d(lsnrranjo mental c."U1ticos e ne, dia r9 a festa e sermào, tudo A's rt hom~ fui lev:tda em m:ica p :ir'.l o orat6rio, onde todos os dias se véem ajN>negarara-se os super1ntendentes de Patì- em hon.ra do N. S.• do Rosario da Fatima. Pavilhào dos doentt-s. Nào me 6 poss1vl.'I lhar numerO!\o'i fiéis implorando com fo arma a àar ordens pnra que a levas~m paO povo r<'conhecido por tao grande mila- explicar n que ent.io nl sofria quando vi- dentP a protc·.-ç:io de tiio boa Màe. ra o P11..-ilhiio. Isto rontristou deveras a gre ajudou-me de muito boa vontade. E que n:io tem sido fru5trnila a confùua· nha n procis.Jio e No«sa Senhon parn junsna faaOia e todo,; oo que a conhecinm. En, graças à Ma.e do Céu, continuo bem. to de seus filhinhos, pedi-Lhe mais com o ç.i òo'> qnoudi:rnos suplic:\ntes prova-e o Momentos nntes de ser <lnda a binçiio .A toda!I as pesson.s peço que nunca es- coraçào quc com palavras que t.iv1:sse com- cumprimeoto de sucessivas promessas do SS.•• oos doentes, no dia 13, clevido queçam a Màe do Céu, que Eln atendera os paixào de mim que ta nto sofria. tributo de ~mtidao pelo feliz despacbo de I\ mui~issimos rogos, levarnm-na para o nossos pe<lid<l!' e nos acudira nns nos'laS aflìDesdc ~se momento· perdi por completo grnças imploradas. Pavilbiio. A sua cheitnda nh atraiu n. çòes. J;\ U vai mais cle um m~s, e desde • · a vist,, sendo a afbç:io cada vez mn.ior, con\paixio de toda a gente. A tOdas as pessoas que tiverem conheci- nfio podenclo suportar nenhuma posiçào, tào nem um $6 dia, todo o tempo q11e a mento dé.<ltc tào grande beneficio, pcço as nào St-ntindo nacla do que me faziam. Eia tinba os olhOfl fechn.dos; niio Tia. Capela penn:inoce abt-rta ao puhlico, dH 5 A &el"Tita fulou-lhe ao <mvido, perp;on- suas oraçòes para que eu durante tOda a Scguiu-se a '.\lissa celehrada pelo Snt. às 8 horas da manhi'i, téem delxaùo de ar· tando-lbe oo deséjova ver N ,a Snr.a Pnre- miuha vida olio me tome menos digoa da Bispo de Leiria e as invocaçòes e a Mnç:io dC'r 2 vela.s a.n te a linda e devota imas-. oe que lhe derarn um <'h~ue eléctriro. graça que Maria Santi~sima !eY. à sua 61ha». dos doe-ntes, mas eu onda cmvi. O Sr. Dr E. corno e:;t:L, frl'<iilentes outra!I ofertu Jlt• Abri• 011 olhos e-~.. nt6nita, respondeu G<·ns julgou-mti perdida. Quando tudo e.i- tét·m sido feit.'l.'I. de urna artistica l!mpada, afir~ti.-amente. Trouxernm-lhe a ima- Um ca1v4r:lo de olto anos. tava a terminar senti-1111> intfiramente im6· toa.llms, jarros de meL-il , flores quer a.rtiliciais, quer natura.is, etc., tudo aut!ntio&s gem • a ~er't"ita ergueu ·nM seus brnQO!I vel e que a vida ia a abandonar-me. a doente, qne oomé(,'ou a ~upli<'ar à miie Qu:indo Nossa Senhora voltava. para a demonMraç~s de filial amor e sincero reNo dia 13 de setembro ultimo, terminada do Fatima. a suo <'t1ra, em alto'! ~ritos a procissào final que costuma rematar o.s sua capelinha e todos acenavam com os conhecimento. Fica déste modo bem patente que, CMI• ccrem6nias da pe~grinaçao, vamos. encon- lençoci, lemhrnndo-mc c,ntao qutl oem para de a.fliçio e fé. :Es~ eeus 1·ogos tocaram 1\5 raia~ do trar em casa do Rev. Reit.or do Santw\rio, a minha terra podia. voltar, agn.rrei-me co- rm Portugnl. tambc\m aqui no Br:a5il ~ dolirie • nssim consegue d~prend~r·Eo Mrridente e feliz, falando e comendo, uma mo um naufrago, à Maezinha do Céu, di- devoçào est.a sendo um poderoso mceaiiYo para um novo ressurgimento do t'Splrit. iodos l,raQOS carinhosoe que a amparavam, e pessoa que, de v6spem, e mesm9 antes da zendo assim: O' minhn Màezinba do Céu, ou levai-me ligioso de um povo naturalme~t~ _bom, eaja eollle(,'a 11, correr por seu pé atruz da ima- Mit;sa finaJ, dos doontCll, tinbamos visto primeiro no Uospital e depois no Pavilhào convc>,-,co para o Piua{so ou dni me alfvio fé mais e mais !'lita sendo v1V1ficada pelo gem., chornndo cantando e •'Jzancto. nos meus sofrimentos. Curai me que b<·m brilho e calor d ~ foco inten!!O que coa Est.a realizado o gra.nde milagre . .Foi dos doent<'-. cm estado dese.~pemdo. E tào mal estava que o Ex.mo Snr. Dr. poJeis. T ende compnixao de mim que tan- origf'm em Fatima. estc:-nde !!<:ns raioo Mao i:ulTidanl dia. 13 de .Ag06to de 1929. néficos sòbre e."ltas long!nquas p..,ragen11, ~ E eia a.gora. cantn, reza. e chora; rhora Pereira Gens, Director do P0sto Médico, de- t.o so!ro. I'assa<los uns momentos, i:enti-me trans- mo provam com maior realce, além do 011de injf·<'çoes a doente, dera as suas pois lagrimu de gratidiio à.quela que e a formada em todo o meu corpo, vendo &s tras mJitas, as graças pediclas com felir. ordens para o caso de morte. aande do11 enfermos. Chama-se Emilia Bnpt.ista de Castro e 6 I0rças a voltar-me oovamente e que uma éxito, cuja relaçao junto remeto. Foi •m verdadeiro milagre a.utenticanatural da frèguesia de Frago.'lO, concelho voz mc convid,iva a kvantar-me. Como do pele m&lico do hospital de Fatima. Outubro-1928 nào obcdecc,;se logo, t<'mendo nlo me scde Bnrcelos. ' e pe)e médico ll!ISÌ~nte, cnjo testemuO seu longo martirio começou em 1921, gumr de pé, ouVJ ~eguncLi vez: levanta-~ nho a 11eguir &e transcreve, om.itindo-11&, quando tinha 16 anos. R1-colh<'ra-sc ao Jiospital Portugue. ua e ca.minba. por amor à brevidade, os testemunhos Sem mnis. 1,·vanto-me de rep<'nte e fui cavalheiro ja idoso, avo de 3 alunos n ~ Uro golpe profundo na mao m;querda foi de mais outros médicoe, pois ela. f'Sta ocasiao de urna infceçào de tlll gravidade por meu pè li. Capellnha acompanhando a dfl cntào. Era um Domingo, em que se•· completamente cara.da e ht'I mais do um que, <lepois de variadas peripkias em que procisiìo lin:il, agradc-c,,r a gronde graça. pre, à ooitc, se faz na 0011sa Capela o caano qne i' niio sofre. a vida esu-ve tn.ntn.'I vezes a extinguir-se, Fui depois para casa do Hev O Rcitor do t<'Cismo para o povo com prègnçào e Bali· Van.ce, pois, 11&mpre com muita fé o. em que o seu alimento era apenas a S.-uita Saotuirio onde estavam famblom o Snr. ç;;o do ss.mo. Por 11er nn novena d~ N .a S. a do RONJ'io Fatima, ùquole torriio bendito, pisa.do Comunhào e um pouco dc agna de Fatima, Bispo de Leiria, os srs. m,<tlicos que me pelOl"I aagrn.dos péa da mii.e de Dous, velo a ser-lhe amputado o braço (um bm- examinaram, e outrns pessoa.'1, que ilcaram da F:\tima n prègnçào d:iqurla noite -.V• sou sòbre a eficncia da devoçio a N.• s.a àqnela pequenina. n esi:r;a do Céu e ali, com ço que pesava oito quilosl) nn 23 de agos- radiantes de alegria. ~ntfa-me bt-m dispo,,t1,, apenas com urna soh a dita invocaçào particulannt'.nte •• o~ joelhos sobre a terra, o.s miioa encla,. to de 1926. vi11ha.du sllbre o peito di~n.m.os com No entanto o. operaçao correa tao bem pcqu<'oa dor no estòmngo, maii dal a pou- que dii respcito aos Sacramentoe aot tk«n• te.~ ob~tia.'ldO!I, Providencial coincidéodal todo • DOl!!IO entusiasmo: Mite de Fati- que passados oito dias j4. a doente se entre. co tudo tinhn desaparecido. J!u quo oem agua suportnva, c-.omecei lo- Em me.io da prègaçlo abeira-se dc aia =-~. •ie dos portugnesee, Salvai-nos. gava ao S("rviço de casa.

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Fatima no Brasil

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VOZ DA fJ.TIMA

(qac estava de lado assistindo ao sermào) • 111:us vclho dos 3 netos do doeote pedindo-me com argéocia benzesse uma medalha cle N.• S.• para levar ao vOvO que, em estado gmve corno "· !..i.va, Mi recusava a rece!M-r os Sacr.unentos. Satis(eito o pedido, la se Ioi pru.-;.suroso o jovcm levar a medalha, e eu, terminada a Bénçlio, comunicando ao povo a providencial coincidéncia, com todos fiz urna prece a N.• S.• da Fil.ama para que confirma.ssc, se preciso f05se, com uru milagre as palavras do prègador, tirando assim uma alma ao i nforno e abriuJo-lhe o céu. O r<:sultado o.io podia ~er mais satisfat6ri<>. r.foia hora riao era pass:ida quando pelo tel<:fone informam do !Iospital que entr.in<lo a vi,;itur o enfermo um virtuoso Sacerdote, amigo <lo <loente, tste ao vè-lo, espontant•amente pcde que o oiça de confissllo. Ea !;eguida a eia lhe for,1m administra-

dos os demais ·sacrameotos, confortado com os quais, pouco depois sua alma descançou ao Senbor.

Dezembro.-1928 Ptlgava eu urna Mis!<lo cm Macci6, capitnl do Estado dc Alag6as. Nri. ante-vés· pera da concluslio. por causa de uma corrente dc ar, enrouqueci not6riamcnte, toraando-se-me cada vez mai~ penosas as res1e.ates prègaçoes que, se bem que com noW.vel ei;fOrço, consegui ainda assiro levar por diante até à da Comonhào geral. Teve de tardo lugar uma vi11tosa e devotissima procl.S:lào com o SS.rn° Sacramento, corno remate da qual so dcu a Bénçào campai do alto da escadaria da Cat,,dral. Encontravam-se ali rPunida.s para cima de 5.000 pesso.'ls, e o Vigirio, Rev. C6ncgo Ant6nio Valente, voltando-se para mim diz: o Snr. depois da B~nçào fala ao. povo.. . a quo eu 116 pade responder: urouco como estou, ao ar li-rre e a tao grande multidào, corno pode isso ser?» Sell\ nova insistència proctdeu-se à Bénçao, durante a qual me veio a {eliz inspiraça.o de pedir a N.• S.• <la Fatima que, se f&ise para. gl6da do sçu Ben<litls:.imo Filho • para bem daqucle povo, s6 dando-me a voz que qué.si totalmetne me fa.ltava. Form11la<lo nssim o pedido, senti-me possuido de 11ma tal confiança que nào hesitei, terminada a Bénçào ,cm pedir uma cadeira de cima da qual (sl'gura por um soldado) consegui Calar durante ~rea de 20 minutos, e eom voz de tal m:mcira clam. que ainda o~ IJlllis nfaslados puderam nitidamente ouvi•. Graças mii a tào prodigiosa intcrvençào Ile N.• S.• do Rosario da Fatima! ... Colégio N6brcga ~ecile 13-I X-930 P.• Joiio dd MiranlÙJ, S.

J.

Malo..1930 Ercdina Travassos de Almeida, residenc--0raçlo a N.• S.• d1. Fatima a grande gi-aç.a ob· t.iùa. ml-dianto a sua novena, do felìz resultad• do urna interveni;.ào cirurgica a que se aubmeteu sua filha Zuluide. te era R1:eife, agmdt>ce dc todo o seu

ltev mo Snr. P.• Manuel Pereim da Silva l'teepeitosas saudaçoes. E,ta. tero por fim cornunicar-vos urna gn.•de graça quc alcancci de N.• S.• do Ro.ario dri. Fatima, e peclir-vos ao mesmo tempo o oùséquio de publica-la no jornal y.., '41 Fdtima. S.ntido-me chamada para a vida religiosa e encontrando grande obstaculo, quer da pe.rte dos parentcs de quem dtpendia a licença, quer daqueles a cajas porto.s batia e se rtcusavam a me adotitir, tendo feiw a - 6 sentido a prodigiosa novena de N.• s.• co Rosario da Fatima, precisamente no eia 13 de Malo a. Eia especialmente consapdo mo Coi dado o sim por q;1e eu ~to uciava. E', pois, com o coraçao ~be10 de ~nhtcimento que Tenho por me10 desta apdecer a minha B6a Ma.e do cén o inalpe favor que acaba de tao prodigiosaconceder-me.

••t.e

ltecife, 4 de Junho de 1930. I

Jlaria /osi Alva do C'"""o - F. M.

Julbo.-1930 Vivia de bi muit:oe anos doent.c a Senhora Maria Alcina Correia da Silva, residente . . Recife, Pateo de Sant.a Ct'IU, n .• 428. ~,u-ou, po~m. notavelmente o seu estado pral de Junho para cA, t.endo o mal atin,;do o coraçio, complicando com os ri.ns • di..-ersos outros sintomas qual deles mala ,ra•e. Era. geralmente tida na conta de pioaa.: qual nio f.oi. porém, a decepçlo de pala e amigos dedicados quando à ~

posta de se confessar 96 obtinham como dni-

ca e insistente resposta que quando melhora.sse receberia os Sacramentos na Igreja, mas so la e nào em ootra parte. Tào renitente estava nesta sua determinaçào que durante 2 horas frustou completamente todas as tentativas do seu proprio confessor. No dia seguinte, 1. 0 Domingo de Julho, voltou dc manhà o mesmo Sacerdote porém 11t·m melhor éxito. Por outro lado o seu estado cada ve,: mais se agravava, tendo convulsòt.-s horriveis, dizendo sentir Cogo na boca, etc. Urna sun. tia, Scnho.ra muito piedos:i. e deJicada., &1bendo-a devota de N .• S.a da Fatima, cujo novena gostava de fa. ier, bcm corno de Jcr o jomalzinho Voz d, 1-'citima quando a viu sem mais a<;<>rdo, qua~i sem ver ncm ouvir, corno rccurso ex.tremo m<:tcu -lhc a novena debaixo do travesi,1·iro, dando-lhe ao mcsmo tempo de quando em quando um:is golinhas da agua mi' lagro~. implorando conjunctamcnte de N.• S.• qucr o scu alivio fisico, quer a acoitaçào dos Sacramcntos. Ja. se pensava cm the administrar assim mcsmo ao meno,.; a Extrcma-Unçiio, chamando-se pam isso o S:1cerdotc que determioou impòr-lhe o cscapulario do N .• S.• do Carmo e se dtSpunha a aplicar-lhe condicionalmentt, a indulgència pam a hora da morte, sena.o quando a doonte recupera. toda a lucickz e oào s6 pelc l·xpontanen.mente a confissao e os dcmais S.1.cmmentos. m:i.s suplita in sistentt:mcnte ser admitida Filha de Maria, cujos devcres querc · conhecer minucio•,amcnte paro fi<-lmcute os cumprir. Nos dias que ainda lhe restavam de vida por sua l:spontànea vontadc tornou ainda a comungar e rezava o terço medita.do pelo livro do 01açocs, tudo com demonstraçoes da mais .sincera e inequlvoca piedade. Dai cm diantc até expirar em nenhum apreço tcve coisa. alguma do mundo para lodo o seu Mplrito concentrar s6 em Deus em cujo seio anhclava repousar, como de fac-to repousou placidamente aos 29 do mesmo mOs. Pcrcllia de Carvalho Negromontc, residente cm Hecife, à Rua Joào Teixeim, vem agradccer a N.• S.• do Rosario da Fatima urna importante graça obtid,L por interntédio da sua bemilita novena. Achava-i;e urna pcssoa nmiga seriamente docnto e em condiçécs de nao poder continu:ir a cxerccr o seu cargo. Começada urna novena a N.• S.• da J:atima, ja aos 8 dias se ach,wa a doenle muito melhorada e com animo paro continuar o seu antigo trabalho, e com poucos dhs mais estava cornplet.1.mcnlc restabelecido.

Agradeço a N.• S.• do Rosario da Fati· ma urna graça extraordin{lria que dEla. obti ve com promess.1. de publica-la na Vo.r da Fdtima. J. F.-Rccife.

Setembro..1930

1

,

Avisos

N 6s eetaIDOII neste muado -.as aio eo11108 deste mondo, pois todo11 08 diu di-

1.0 -Toda. a correspondt'lncia deTe ser dirigida. da.qui por deanto ao Rev.• P.• Antonio . dos Reis - Seminario de Leiria. · 2. 0 - Rognmos o fa.vor de nos d.eTolverem os jornais em duplica.do para ~ liermos o numero que vai na. ciuta. Bem este numero é mujto dificil e à8 V'eW6 impossivel atender ns reclumaçòes. 3. 0 - Espern.m.os que os assinantes em dividn n os enviariio, dirootamento em vale ou carta registada, a import§.neia di\'! (l.~sinaturas.

z.emoa: Pai nos.'IO que estais no oéu.... Devem06 portanto esperar a DOB&& reoom.pensa quando estivermos un •assa caaa, na ca.sn. paterna».

Voz da f atima De11pesa Transport.e..... . Papel, composiçao e impresao do n .0 97 (84 .000 exempla· res) .............. , ........ . Franquias, embalagens, transportes, gravuras. cintas, etc.

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228.292$10

234.n3$15

Bcatriz de Paiva de Morais Leite Bra.odao (Scixo), soSoo; C.1.rlos Vitoriano, 203S00: povo de Salvaterra de Magos e Coruche, 2oo$oo; Domingos Fcrreira dos Santos, 90S00; Idalina Duarte de Oliveira e 1\-faia, 97$50; Cindazunda Ribeiro, 5o$oo; Ant6ni,i Gaspar Fernandcs Giào, 1oo$oo; P.• Ant6nio Placido Fcmande~. 50$oo; Albina Alves, 37$50; Maria das DOres Tavares de Sousa, 175$00; Tercsa. Amorim, 1ooSoo; na Miseric6rdia da P6voa de Varzim , 73165; Britcs Alws Andorinha., 5oloo; Ilda Duarte Rodrigues, 50Soo; Alberto Monat, 252$45; Alzira Calado, 7o$do; varios assinaute5 de Ancora e Tavora, uo$oo; prior do MidOM, 50$00; Joào Albino Cust6dio, 5iS50; Anl6nio Coelho da Rocba, r30$oo: M.,rta. F. M. Reimào Nogueira, 5o$oo; P.• Carlos As~unçao Dantas, 1oo$oo; Fmncisca Romana. 36$10; Francisco F. Brandào, 5o$oo; Maria Femanùes Camaronete, 140$oe; Manuel Duarte Ortigo (Brasi!), 22S32; lr. Maria dos Anjos Teixeira, 4o$oo; F . A. Xavier (de Ilongkong), 350$oo; Ma.ria Isabel da Cost.1. Russo, 6o$oo; na capela <la Vera Cruz (Candal), 27$50; Maria Ferreira Rodrigues, 40$00. Esmolas obtidas em varias Igrejas quando da distribuiçiio de jomais: na Igreja de S. Mamede cm Lisboa, no més de Setembro de 1930, por Laura Gouveia, 10Soo; na igrcja do Sagrado Coraçào de Jesus, em Li~boo.. no més d<: Outubro de 1930, por Maria Matilde da Cunha Xavier, 31$20.

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0 mundo presente eofuturo

Um dC>t"nte que de h.i 2 auos a osta parte vinba arra.stando com graves sofrimentos, em fins de Agost.o tcve os ditos agravados com urna meningite e oongcst.'l.o ccrebral. Além das d6r~ que eram violenta.s, quasi por completo se lhe tolheu a. f.ala e neste estado o fui encontrar na tarde do dia 1 de Setembro. Para o animar comecei por !ho incutir S<'ntirncntos de confiança cm N. Senhor e N .• S.•. narrando-lhe alguns prodlgios do N.• S.• da Fatima. De natural bom, tudo ouvia com gOsto o maniIC11to apreço, o que me animou a dar-lhe uma novena que éle tomou examinando a estampa com particular carinho. O mais import;mte porém foi a eficAcia da dita novena com a qual na mio, passados poucos minutos, o doente começou a falar com relativa facilidade, o que arrancou ao proprio doente a exclarnaçao: «oh I corno N, Senbor é boml Eu nao podia falar e agora cstou falandol. .. » Deste modo se poude confessar direitinho, pedindo em seguida uma colherinha de agua milagrosa, dando em tudo sinais de manifesta piedade. Conservou-se muito sereno o resto do dia, no seguiate recebeu com visive! devoçlio os Santos Sacramentos, sentia prazer em estreitar cont?- o peito, ora o crucl.fixo, om N.• s.• da Fatima, cujn. agua pedia de quando em quando, até que no dia 3, sobrevindo urna Cl'i.se mais violenta, descançou finalmente no Senhor, deixando sua. oxtremosa esposa e parentes, se bem que profundamente magoados pela perda, ao mesmo tempo grandemente consolados por tào prodigiosa intervençào de N.• S.• da

«O muudo pas,,a e n6s passamos com ele (é o 811Dto Cura d'An. quo fola). Os rais, os imperadore.;, tudo desapare<:e. Tudo 60 abisam na etern1dade donde se na.o volta mais. Nao se trata seniio duma. coisa: salvar a no~ alma. Os santos nao estavam nre-~s noa bens do. terra; s6 pensavam noe liens do Céu. 0s muudanos, pelo contrario, s6 pene.aro no tempo presente. E nec~rio fazer como os reis. Quando vii.o ser dest,ronados, mandam adiante os seus tesouros. Do mesmo m.odo um hom cristil.o envia para o porta do céu tòdns us snas boM obraa. O bom Deus ooloca-nos nqui sòbre n terra, ])ara saber c:-omo nos <"0nc1uziremos e se o amamos; mas ninguém ca fica, Se reflotisaomos nisto, elevariam.os sem cessar os nossos olhos par11 o cén, no!'.!la. verdadeiro. patria. Mos n6s deixamo-nos l\l'J'astar ora duro lado ora doutro, pelo mundo pela& riquezas e pelos gosoe. Vede oe santos: Como erarn deeprendido~ do mundo e da. maMria. I Como olbavam tudo isto com desprezo I Um religioso, tendo perdido seu po.i, enrontrava-se senhor de grandes bens. Quando lhe trouxera.m. eeta notféìa pergu ntou: Hif. guanto t.em.po morrel'$m rueus paisP Ha tr~s semanas, )be reeponderam. Div,ei-me: uma. J)8!80a. que ja morreu pode herda.r P Com oorteza. que nio. F,tima. Pois bem. Eu que ja morri ha vinte nnos niio P0890 bardar de quem morreu. Que ditoso e prudente é aquele qua pro- ha tr& semanas. cura ser na vida qual dàlOja que Deus o A terra. 4 u.ma ponte para pll88al' a a.ohe na morte. agua.. Serve apenaa para eustenta.r os U06/JOs p'8 ...

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Olhar para..• dentro ccDeos chama a todos, gra.ndee e peqoeà sua intimidadeV iver c-om Deus é viver dentro do n0850 pr6prio cc,raçao; e, Senhor é nm Deus comn.oaco. Mas entào, ae o Senhor esta tao pr6xim,:, de n6s que em n6e mesmC& O temoe, porque serii.o tao ceremon1o~as e friaa a11 nossns relaçéee que quasi &6 se manif. . tam 11.aa pratica& meio oficiais do culto exterior, aom o <·onvivio intimo duma v1da. s doisP E' que, para entrar no reino de Deus intimidn.de de J esus - intim1dnde di~ unià-0 - temoi; do conformai' a uo""a vontade à sua. E é tao dif(cil passar pela terra tocando-lhe s6 com es pés, sem deixar o coraçiio prender-~ a nada d~ humano I 'fio diffoil lutar contra. n6s mesmoa para dar <> triunfo a Deus sobre a ll06!\& vonLadel Pc,r Ì$$0 a vida sobrenatural, que deveria ~ para todos, é afioaJ para tiD poucos. · Mns, se queremOtS ser relir.es, temos de enlrq.r no peqoenino numero doe qt1e se deeprendem do mondo ,:, se renunciam a si mesmos para viverem para Dena. Viver com Deus I Nao é outra a felicidade no c&U ; e &6 e-sta cxiete t&mMni verda.deira na terra». IllD8,

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Quando ocoraçao nao é puro... Quando se procuram P/J causaa da inc:-redulidade, fòc ilmente o;e encon.tra' est.a - a. luxuria. E niio admira. O }1omem doohoMSto torna.-se ff611le• lhan'48 ao animal, e,;cravo d08 apetit. carnais e prccura. a sua fel icidade ond"' o animal o. encontra; ora o homem animal uiio pen·elie os coisaa que sio do e11pfrito, corno d1& S. Pnulo. Para i,ocegar o. consciéncia que lhe repreondo ns suns bnixesas, para se abandonar 11em medo e sem remorso la suu vis paixoes, procura arrancar do e.spfritc t<idn. a idéa de Deu11. Tarefa relat1vame11to fn cil, porque a pr6pria deva&!idllo vai ooocureoendo a wteligéncia. «Li, diz um escritor notavel, )i t-OdOB o~ livros que me Ioi possfvel ~ posso garantir qua todoa aquelee que apostatara111 da fé c:-.at6lic.a forum pes:,0as de mli vida». H enriqt.•J VIII, rei de 1n1'lnterra, que tinha rnereoido o epft~to de de{ensor da fé, abjurou a religiio cal6lica. para oafr no 11.dultério. Lutero despiu o l,abilo de Snnto .Agoetinho e abandonou a rcli~iio catolioa por cnuea daa suaa relaçòes iHcitas. Toodoro de Bev.a, apertado pela l6gica de 8. Francisco de Sales, estava quasi resolvido a voltar à lgrejo, mas a luxuria o impediu. Apontando para uma jovém lindissima exclnmou: «Nao por.so I... Ali ffll1 a causa da minha 1noredulidade !11 Assim, muitos qua dizem que nio hl\ Deus, deveriam dil!ler para serem s1no&ros: uNiio me convém que haja. Don.a, porque quero aat.isfnr..er a millli• pa1xlo dei;honestau.

S6 o homem ... Um dia, o célebre nstr6nomo Arago explicando em urna conferéncio. publica u grandes leis da mecànico. celeste, faina admira.r a regularidade do movimento do1 céus e a. ordem que preside ò. marohA d01 BBtroe. E a prop6sito disse: - N a pr61dmo. semaua. vamos ter UDI eoHpse de sol visive! em Parie. A lna se enoontrara em conjuncçlio com o 801 e a lum deste astro-rei sera interoeptada para a terra. Em tal dia. pois, meus senh-Orea a tal h-Ora., a tal minuto, a tal segundo, tr~ irandes Mtroa oorreeponderl.o, nio à noe,. sa pred1cçiio mas à ordem de Deus... 8'

o kom.em a 1M2o cumprs. A est.a ultimo. fr&11e proounciada lenta.. mente, com uma voe grave, tada a .aaembleia eentiu um fotimo eatremeoimento.


Ano IX

Leirla, 13 de Dezembro de 1930

N. 0 99

f

( COM APROVAçA.O ECLESIÀSTICA)

Dlr11tar • Proprlat,,lo: - Dr. Manuel Marques dos S antos ~prlsa·Edito,a·, Tip. UnlAo Gré.flca. T,aressa do Dtspacho, 16- IJsboa

~

CRÒNICA

Adai1i1tr1dar: -

Padre Ant6nio 'dos Reis.

Redatrilo , Admlr,lstraç6o: Semln6rlo de Lelrla

DE

·

FATIMA

A·pf REGRINAçAO DO DIA 13 DE NOVEMBRO -'li

,.

Visita de tres ilustres Prelados.-Romagem das Filhas de Maria de Bel ém, Lisboa. - lnauguraçao solene da cabine tetefénica. No dia treze de ~ovembro ultimo, reali~ram-se, seguodo o co!ltume, nos santaarios da. Cova tla Iria, 11s cerim6nias OQJXlemorativo.s du, uparit,òes e dos fe116111enos m1r11culosos <le 1917. O co»curso de t>oregrinoa niio foi ti.o numeroso como Nll iguu l dia de qualquer tioa mesee do :Estio, uiio be efectuou a prooieaiio dns volas, niio houve a a.doraQio nocturna solone do Santl!<t!imo Sacr11111ent.o, mas, em 1:ompeni-açiio, o sìlenc10 • o recolhimonto fornm maiores, perm1tindo t.ornar muis vivu1<, e mais intensas, post<, que menos rnidosa11, us tradicionais 111anifcstnçòes de fé e pfodade. A doçura e nmenidade do tempo, verti.a.deira.mento pritn.a\eril, fez que milharee de pessoas das povoaçòes circunviai~ acorres.,;em à. Cova da Iria, para nsaiatìrem à mi ..sa dos doent~ e ao sermào. Durante téida a mnnhii, oontenae de hocena paS/lararu pela Ponitencìaria ontie forum preparur-!16 palo conhss:i~ aaoi-amentul, para a recepçiio fervoroso. do Pio d<;>s Anjos. Prl>gou o sermiio oficial o rev.0 pii.roco da Scrrn de Sant.o Ant6ni~. Os doentes, u cada um dos quais foi dada a bènçiio corn o Santissimo Saorament.o, ernm em grande numero ocupando quaqi todos os bancos do re;pectiY"O Pavilbiio. Depoie da pubhcat,ào da Carta Pastoral de Sua Exoolencia Reverendissima o 8enhor D . José Alves ·correia da Silva ilnstre e venerando Bispo de Leiria, bre o cult.o de No,;sa &,nhora de Fatima j, tr&I n~neran<los Prelados visitaram ~ lantuario dns npnriçòes. Fornm eles os ~-'.""' o Rev.mo, Senhores D. Teot6nio 'f'1e1ra de Cn,tro, Patriarca drui 'lndia.s, D .. Ant6nio .Antunes, Bispo Coadjut.or de Ooimbrn., e D . ,Tos~ da Cruz ?tforeira ~into, Dispo de Vi,.eu. As visitns reaJum.ram-Me re11peotivnmente noo dias 23 de Ontubro, 12 e 14 de Novembro Os ilu!Jtrea viAitantE>s c-el<'brarnm o San~ Saoriffoio dn Mis.~n na <'llpela das npnriçoos e almO('nram no Tiotel de Noosa Senhora do RO!lario, de cine é proprietfrio o Sr. Marqulls de Rio Mnior, retirando no me,;mo dia em qne <'hep;11rnm. Scp;undo nmln<'in. o difirio cnt61ico de L~11boa 1tNovid~de.~n. n C1onITTeJZnt,ào da!! F1lhas de Mar1n de Relèm l)E'.diu licenc,-11 a 8011. Eminèn<'Ìn o &-nhor Cardinl P ntriaroa J)arn r,romovt-r 11mn pereJZrinnçlio <le FilhM de Moria no F!11nt11nrio de N - & nhorn de "Fittinin. Nesta peTee:rinaçio podem ternar partA> ll'ilhn'I de Moria, J)e,'ll!OR!l di' "11M fomflins e onni!!(Jner pe&1on11 apre11entriòa-1 e r<'<'omendadn,; por

sa:

lmagem de Nossa Senhora de Fatima colocada no jardim do Asilo de S. josé ( Altersheim St. josef) em Altshausen ( Kurttemberg) ALEMANHA Esta estAtua foi feita, segando a fot~rafia enviada de Leiria, pelo escul-

tor Franz Albertani, de Bregenz (Bodensee), encomenda dos asilados (homens e mulheres) a seguir a uma confertncid do Rev. Dr Fh;her . A1 ofertas daqueles pohresinbos bll.o de atra(r as Bènçll.os do Senhor por intermedio da Virgem Santissima sObre o sea Asilo. É a primeira estatua de madeira de N.• S.ra da Fi\tlma feita na Alemanha.

al1tuma l<'ilba de Maria. Ainda se nii.Q sabe qunndo f'O rcnlii:nra 88ta. pere~inaçiio, 4110 t-ertnwente vira a. &er muito notavel polo numt•ro e quulidade dos peregrìnos, mas supòe-s.e que niio B(lra ant.ee da Primavera. Sua Eminénciu nproi•ou oom paterna] ìnlereAAe a piedo~n. inicintiva. da. Congregaçao das jf'ilhM do Maria de Bel&n, dignou-so con<'ecler a Jiceoça pedida e nomeou sen representante e direct.or da pe'"'grim\çìlo Mon9011hor Oonçalo Noguei.ra, ilustre o zeloso paroco da frèp;uesia. R&. rehera as ndesocs t• dara esclarooimentoa a eocretaria da ('ongregat,ào dà8 Filhaa de Maria de Bolèm, na igrej1\ doA Jer6nimos. }'ntima est.li actualmente dotada oom uma cabine telef6nica., cuja inaugura.çio ao rcaJizou no dia treze de Novombro. A!kiistiram no 11ct<> os Ex·"""' Senhorea Bispo de Leiriut Govcrnt.dor, Civil de Santarém, Presidente da Camara, .Ad.ministrador do Oonl•elho de V1la Nova de Ourém, Barò.o do Alvaiazero e muitaa outrrui pesson.s de ropresentaQio. A ca.bino ficon inataladn no Hotel da Nossa Senhora. do R osario. Na Fatima aguardnvnm a chegada doa convidndos os nwmbro~ da Junta d& Fr~ guesiu e grande c-.oncurso de povo. A bandà da musica de Minde tocou o hino na<'ion11l à chegudà dos convidadoa do Lishou., toc-undo tnmMm o hlno do 8&uhor Bispo de Loiria, quando &te c hegou ao locnl. O sr. Gon•tnador Civìl, na oca.siiio da inaugurat,iio falou para Oliveira de .Aze. ml'ÌS oom o S.•nbor Pr88idente da. Jlepublic-11 e com varios M iniatros e para Liaboa com p Sr. Marqu~ de Rio Maior, propril'tano do Ro~l e grande benemérito de .l<'ntima. .\. innuguruçiio l!Cguiu-ae o almoço, em que tomnrum porte cérca de cincoenta oonvidndos, trO<'ando-ee no finn! varioa brindcs. O primeiro a. flllnr foi o digno Administrndor do Conoelho, sr. Tenente Adriano da Conceiçiio, cavnlbeiro c!e primoro!la oouc-a.çiio e fino trat,<,, que no exerdcio do seu cargo, tir, eriçado de ee.pinhos, tom rovelado ·~oalidadea superiores de intoligénoia e de ncçio aliaàaa a uma firmesa e :nna conduta crédoraa dos ma.is ra"ga~..,a ologio11. . O diilt1nto funcionairio oong:ratulou-ee cc1n 08 quo vi'io beneficinr dAete imPort&nte melhoram<>nto, agradecendo a0s &nbores Dispo de Leiria, Governador Oivil li doma.i,. ,-ry::-;;.!11<;"" v +.Arém viado compl\rtilhar da nlegria, que a inetalaqio <1a


V02 DA FATIMA

2 cabine telefonico. causa em todoe os que acorrem a Fati:mo.. O venerando Prelado de Leirio. descr&ve a Iargos traços, o que Fatima era ha tr;ze anos e o que é hoje. O nome de Fal.tima, di• Sua Excelència Reverendissime., ecoo. em todo o mundo. Muito &e tem feito, ma.a é nec86116rio fazer-se muito mais. Procurando, o par do progresso mora], o progre,;so mntoriul da. sua dioceae, tem trabo.lhado par;i. conseguir o. linho. férrea. até Fatima, para quo nté nli possam chegar oa peregrin0ti mais nipida. e :mo.is comodameute. Agradee.e à o.utoridade super•or do distrito ns focilidndee que tem conccdido ?is peregrinaçòes ao Santuario e fnz votos por quo niio se deixe ficat· no f'6<1Ue<'Ìmento o pl1,no de urbaniuç-lo, complemento ou termo clo quo materio..lment.e so tem foito o infoio dumo. nova cidnde em terraR de Portup;nl. U11ar11.m da palavro aindn outros orador8R, ontre os quais o Sr. Bnriio de Alvaiflzere, e por ultimo o Sr. Governndor Cfvil de Santnrém, Sr. Mnjor VPrdade'l de Mirando., quo prometen intere1111a~se jnnto do Gov~rno do. mpublic.a, para ser posto o mais depresAA pass{vel ern execuçiio o plano dli urbnnizaçào. Vfaronde rlt Mrmtelo Nota. - No Ululo de. or6nica do 11ltlmo n11mero da. Yoz do Fdtima. onde 11e h'! •OR dlnreeplondoree de F,tlma• deve lor-BO •O• dfvlnoa esplendoroe de F,tfma.• e no dltfmo eub-tftnlo, onde se lè •Uma 1>0N'trrinacll.o beige.• deve ler-88 •tuna J)eNll'?'lna. bofira•,

---**--SERMA..O DO DR. LuiS OONZAGA DA FPNSECA Caros dlooesan11t1: « Em vlrtude daa oonslderaoaet expo,• ta1 e outras que omltlmo1 por brevi• • dade, Invocando humlldemente o Dlvi• • no Espfrlto Santo e conflado1 na pro• • teoçao de Maria Santlulma, depols de • ouvlrmo1 01 Reverendoe consu1tor.. • desta no11a Dlooete, « havemo1 por bem e 1.0 declarar como dl11nu de or4dlto e •• vl16e1 daa crlanoa1 na Cova da lrla, e frè11ue11a de Fatima, desta Dtooese, nos e dlat 13 de malo a outubro de 191T; 0 t1 ~. permltlr oflclalmente o culto de « Ne>sa. Senhora de Fàtlma.» a

(Da Oarta Pastc>ral de S.

E~.• Rev.m• o Sr. D. Joaé Bispo de Ltiria,, Sobre o culto de Nos.,a Senhora de Fitti.mo.). Eia o gra~de acontooimento que as.,inalou &te dia I ncontooimento que o deiurli. perp~tuamente grava.do oom Jetraa de 01ro . niio so na h.ist6ria de Flittma e nos a.na1s da nObSa. Patria - mas om g&ral nos fastos Marianos e' nos monumentoe da Igr:eja Universal. A.conteoimento ha 18 anoS desejado, invocado d~ céu, pedido aos homens, esperado pnc1ente e impncientemente por tantoe coraQOOS: ora trepidant&li de hesitn.9'0, ora exnlta.ntes de oonfinnça, sempre 1n.O~oa ne amor de Nossa. Senhora de F,t,ma, eempre _nvidos da sua glorifica-çao, sempre eequ1osos da amplificaçio do 118U culto. Finalmente veio o dia, e ~ hoje, que fu oessar tòdns . as hesito.çò(!e que serena tadas na Ancias, que confirrna Udas u ~rançns: aa Apariçllea <Ù Fdtima allo aut~nt1e<u; o culto de N oa'°' Ben hoTlll ,te J'.dtima ~ pela '!-~toridade competente ol•ciol~t, pe-rnut,do. MéUs irmiiosl Parante Aste momentoso acontecimento, de ~ e~ra6rdinaria importinoia, o DOllllO prunell'O geeto deve eer levantar olhoe e ooraçoee a.o céu : aunum co,rda/ 0 n0180 primeiro sentimento deve 1181' um acta de profonda e imensa. gratidio para oom Deu.e, pai daa luzes e o.11tor de tadM Ml graçai,, a primoira palavra de noSSOII labi08 nm hino de agradecimento, um fflllgni/ieat de gloria. a.o céu que atondeu a.oe nossos votoa, que despaohou ns nossa.a ltt1plica.s, o finalmente noe fez ouvir a sua voal Ja ha 13 anos neste mesmo dia, o céu falo11. Quando no dia e bora preditos, a um &Eltito da Apo.riçiio, ns nuvens se raa. garam, e o sol o.parcceu - fenomeno unioo na. hist6ria., - transformado numa iJnt)nsa girAndola de fogo de artificio, digna, da mào omnipotente do Criador que era isto senii.o a homenagem do céu A.qu.&la qne o Espirito Santo celebra. radiosa e pura oomo a aurora, formosa. oomo a ha, eecolhida e deelumbrante como o eol? e ~ homonagem que era seniio a VOtS do cfu que fatava, e na aua lin&11agem lu-

minosi&11lla. no~ ate..t.a\'a a. pr8b0Jlça. do. Augusta !la.i u h,l do uupér10? llojo a voz do cèu tornou a fazer-se ouvir; niio porém a voz désto céu matorfal, seniio a voz dD céu dos céus, o. voz de Deus, - que nos fala. pela voz da lgreja, coluna o firmamento da verde.de; - e essa. voz transmitida pelo seu porta-voz vi,,hol, por Aquelu a. quem o Espirito Santo assisto para bem governar o. Igreja. Leiriense, fatando diz...110s: As apa,riçlJes da Cova da Irta allo aut2nticas; o culto de Nos.,a Senlwra de I<'atima ~ o/icialmenfo permitido, Vordndeiramento até ngora os coraçòes sentìam-nA, Q.'1 olhos quasi A viam, as m;ioa qut\si A toca.vnm; - o se 11.lguém pensa.va numn, iluslio, - logo a. conscienc1a o a fria ra1.ao e mais o.inda. o amor filial protesta.vn.m: Niio I nii'o podin. sor I nào era ilusào o. sinceridade dos videntcs ! niio <'ra ilusao a cura. prodigiosa dos docntes I niio era il usi.i.o est.e e.<;pectrumlo nunce. visto de fé e piododo a1astrando-S(', avolnmando--so, crescendo sempre de mos para més, do ano para o.no corno as agnos de uro rio caudnlo~o, corno ns vagas cle um ocenno iml'nso impelidM pelo vento do Deus I Podinm la ser ilusiio esses milagrcs 8!tpiritnai~. ès..'lo remoçnr di\, fé nas almas, 0Rsa primavera colestiol quo n. npnriçiio de No~a. Senhora do Fatimn. ao toque macio da sun mii.o, ao conchego materno do !'.eu olhar germina por esse Portngal em fora e além front-E>ira11 por todn. n porle onde Ela vai -.endo conhec-ida e invocada P !... . Mas hojo a lgreja. falou ; e ombora o Jttfao pronunciado nik, sejn urna dofiniç~o dogmatica, é sempre a l\iestra infahvel da verdndo que fa.la o ensina é sempre a sua nutoridnde que confirm~ e dli forçn nos argumentos da raziio humana. Por isso agoro. podemos seguramonte crer uas apariçòe8 da Cova da. Irin a.gora podemos oonfiadamente invoca; a milagrosa protecçiio de Nossa Sonhora de Fatima, - a.gora podemos com devoto entusiasmo propagar o seu culto. E o son nome aprogoado a.o longe pela voz dn. Igreja, sera mai11 rà.pidnmente conhecido, sere. mais fervorosamente invoca.do de um polo ao outro do mundo sem que haja ninguém que se osconda a~ seu bonéfi0o influxo. Benedicftt3 Deua! Bendito o Senhor 9ue noe deu &te dia de gozo e juhilo 1nefavel I Bendita a. Mii.e de Deu8 qua tal gloria r086rvou à nossa terra I Bandito o Prelado desta diocese privilegindo de Mari!\, que dooii à inspiraçio do alto col.orou na frente da augusta Rninha. do Rosi1rio mais &te diadema.I Pt\TO. fundamentar o tornar maiA sentidn. a nosen. gratidiio consideremos, meus inniios, o que é para n6s esta Cova. dn Iria, - o que noie. noe deu Nossa Senhora. de Fittima.

- niio seré.s com mais raziio a porta do céu, onde desoeu até n6s a sua Ra1nha? Por isso niio ndmira, meus senhores, que aqui as o.lmas se sinta.m corno fora do mundo, esqt1oçam o. terra e na suaa m1sérias, orem com mais fervor e devoçiio que cm qualquer outro santuario, aspirem perfumes celoates, aura.e de vida eterna I' Sii.o os perfumes da Virgem Santissima, é a bençiio deixada aqui pela sua prosença I Alm.as 1mersns nos cuidados de. vidn, cor~es atolados no. matéria, homens 11empre curvos para t\ terra, vinde aqui a respirar o céu, vinde recordar-vos quo parn. o céu sois feitos e para ele deveis ir de fronte erguida.

2.0 Uma /onte peune de niilagre$, umn tona do prodigios; m1lagres Iisicos para a saiide dos corpos, milagree more.is para a res;;urreiçiio das almas. Nem todos os enformos se curam, n61ll todos quere a Miie de Deus curar. Niio se curaro todos, porque o milagre é sempre umi~ 1ntervençiio extra.ordinaria de Deus, e deixaria de o ser, se nii.o fosso urna e&cepçiio. E e. Miie Santissima niio quero curar milagrosamento e. todos Elo. mesma o disse - porque é Santa. e porqne é Mao. E Sa.nta, e... quantos por sous pecados se torna.m indignos da. graça quo pedem PI. .. Sobretudo é Mii.e, e niio concedera milagres àquelos a quem ve qne a saiide seria prejudicio.J pata a. vida eterna.. l\fos ' ontretanto quant;as curas prodigiosas aqni operndas P Quantas l1lcoras incurliveiii, quantas tuberculoses dososp&ra.da.s, quantns parnlisias de nnos, quantas outrn.s doenças reboldes a todos os esforços da sciencio. - aqui achnram remédio novo e inesperado P E quanto mais numerosos os enferrnos, quo ll('bavnm alivio fisico aos seus sofrimento'l I e quantos, quantos mais os que daqui levave.m resignaçiio, fòrça, ooral.gem para perm.anecer no. sua cruz, convencidos do quo era para el05 o seguro veb(culo do céuP Mas se as coisas f{sica.s, os milagres operad.os nos corpos sito admiraveis e nnmerusfs.'limos, - os milagres. da alma, 11.9 oonvet8088 prodigiosae, as ilustraçoos ine.'lperadas das inteli_J:tenc•ns, os o.be.los irresistiveis dos coraço<'s - quem os pode <'ontar? Digam-nos esses confessionarios, a.testem-nos os ministros do Deus I O Senhor tom-nos registndos todos no livro da. vida - e um dia 08 veremos com pasmo, porque niio se contam a dozonas nem a centono.s de milhnree, - quern sabe se ja a milhòe6P Meus lrmàos: o a. fonte dos mila.gres niio se exgotou nestos 13 anos I Começou o.penne a correr I A Milé de Deus é como sou divino Filho I Os &ene dons sii.o pela. madida do seu amor; siio sem fa.diga nem a.rrependimento. Tenhamos n6s fé I tenhamos fé como u.m griio do IllDStarda I I tenhamos confiança inabnlavel no seu poO que é a Cova da Iria PI o quo nos der I niio duvidemos do. sue. bonda.de - e deu n'ela Nossa Senhora de Fatima? veremos oomo os mila.gros f{sioos e os miMns den-nos umo. porta do céu, por lagrea morais flO multiplicam sem numeonde podemos ln.nçar um olhar aos mie- ro nom limite& I térios da g16ria, e go.za.r na terra. hora11 J esus costumava porguntar aos que de para.{so; deµ-nos uma fonte pernne lhe pod.io.m milngres: podei1 orer P Tende m.ilagres; deu-nos um sa.nutuario do dee fé PI - Pois fnça-4;0 o que pedis à sobrenaturnl; deu-nos a mnior escola de medida do. vosso. fé I piedade e virtudes cristiia i deu-nos o Essa. fé era grande, os cegos viam, os maior teo.tros dns suns gloriaa, o trofeu ~xos caminhavam, 09 leprosos ficavam mais glorioso dM suas vitoriaa; deu-nos lunpos, os mortos ressucita.vam - na oruma fortaleza invisivel para. a dofeza do. dem f(sica e na. ordem mora!. Tenhamos fé na11 prom8681ls de Nossa religiiio e para a conquista pacffica do Rei no de Deus. Senhora do Fatima I tenhamos fé no eeu Tudo iato DOII deu, porque tJado iato podor - omni potente! tenhamos f'é no e mais ainda é hoje pa.ra. n6s esta. aben- seu amor - mais que materno I tenhnmos çoadn. Cova. da Iria.. fé na BUa pala.vra - infaHvel I e mesmo, 1. 0 Uma, porta. do rfu a.berta aos nos- ainda mais que no passado veneremos 808 olhareii, o vet.tibnlo do Para{so sobre também a.qui neeta terra. de procHgios, a. terra. Quando J acob 86 ia peregrinan- nesti\ fonte de milagres, veneremos os o&do para a. Mesopoto.mie. viu em sonho goe iluminadoe, os coxos earados, oe enuma esoado. lançada da. terra ao céu 0 fermos de tada a Aorte miraonlndoe, e até os anjos de Dous quo por ela subia~ 0 mortos ressuscitndos todos, porn p;l6ria desoiam. Deepertando atena.do exoln- de Deus e para p;l6r:ia de Maria. mou: «Terr{vel é &te lngt\r; aqui niio 3. 0 Um 3ant1«irio do 8obrenatural. Hoé outra coisa. quo a, casa. de Deus e a je no século do materialismo, hoje que t\-8 porta do cénn. nlmns, oan!IO.das e desenganadas de niio Mais que os Anjos, a Rafnha. dos An- enoontraJ'ém na. matéria sacieda.do àa jos, no explendor da sua gl6ria e na bon- sua.a mais nobres aspiro.çooe, sontom tada dade do sen amor mnterno aqui nesto 1 a nastalgia. da sua orip;em, hojo Falngar niio uma senào quatro, oinoo, seis 'tima, oomo Lourdes, é mais que n.m.a revezoe ee dignou aparecer I olhoe mortais velaçiio, é urna ma.nifestn.çiio palpitvel do viram o sou sorriso e a. sna tristezo. i sobre.na.tural. Aqui vé-86 a eficacis. da ouvidos mortais ouviram oe "'lelodioeos oraçito, aqui tocn.-se a provid3noio. de acentoe da sua voz, 86Cllta.ram oe seus Deus, aqui sentem-se es acçoos de Maria., deeejoe, M suu 8Uplicas 08 sens conse- o.qui até oa véua euoarlsticos pareoem tornar-se transpa.rentes - e os n08808 lhos ma.ternais. Azinheira bandita, que eerviste de olhos a m.omentoa veom a Jeeus pl18Sando trono à Rafnha do oou I AbenQOada Cova compadeoido de.a tnrbu, abençoondo e cuda Iria - eo.ntifitmda pela eua preséllça rando 06 enfermoe, conaolando os trietee,

I

fazenda bem a todos; Pertransiit beM /aciendol Ah I quam, vindo a Fatima, niio volta de ca mais crente com a. fé mais viv~, com ns convicçoos mais arraigadas, malli pronto a lutar contra a. onda invadente do mnl e do. inrreduli<.lndeP I 4. Mas aqui temos nos u. meZhor escola de virtude., cri3tàa. Neste lugar arido e deserto nlo ha atractivos. da terra, niio ha belezns naturais, niio ha conforto o comodidades que ntro.iam. Aqui tudo é oraçiio, morUfioa.çào, penit6noia, caridade mutua, humildado, - num exorcfc10 rontiuuo, e quanta vez cheio de horoismo~ I Bondita ,n Mii.o de Dcmi que tal esco· la pratica de virtudo l'eio a.qui abrir I Aproveitemo-la, mcus sonhorosl saiamoa daqni mais cristios, mnis fervorosos, ma1i; savtos I 4.

Por isso

ainda -

é aqui o

maior

teatro das ol6ria8 de Maria.

I

Onde tevo eia nem tem em todo o munda apoteoses tiio ardentes corno as da Cova da Irin? ònde se viro m Mmo essa por exemplo de que ba poucos minutos fomos espectadorcs e actores? nunoa peregrinos aos 100, nos 200, aos 300 mil fundidos nnm s6 coraçiio e numa s6 alma., a.mar n!l$im, vitoriar assiro a Miie de Dous, ofertnr-lhe aasim os coraçoes com todo o S0U amor, OS oJhos COlil t<ÌOIIS as BUIIS }agrimns, os htbios com todos os seus viva.a e cantos, ns miios c-0m todos os sens aplausos o floreti - os corpos e os almas com todo o ser, com t6das as onorgias - oomo aqui em Fatima P Os estrnnjeiros nssombrados e nii-0 orendo 11,0s pr6prios olhos confesso.m que é uespectacnlo unico no mundo I e que em tada a. terra ha urna. s6 Fatimau. Denditn. seja a Miie de Dous que aasim honrou a no,;sa terra, bendita. a fé e a piedade òo hom povo portugu&, bandita., meus Ir.maos, a vossa piedado que assim sabeis glorificar a Maria!

5. Mas ninda o mais conaolador é, meus irrniios, que Fatima é a praça forte, a fortaleza invenc{vel -que resistiu victoriosa à guerra. desencndenda pelo inferno e seus ndeptos contra a fé de no&sos ma.iores e nossa.1 à guerra de extermfnio que prometia acnbnr ero tr& geraçaes com n. Religiiio cat6lica em Portuga.1 I Gra~ms à. Virgem Senhora Nossa de FatitIU1, I é 9er I - niio pnssou meia gera.çiio, os profetas do mal ai estao ainda para. sérem teetemunhas do desonlabro da.a snns profecill.9. Nunca o. f~ o.pareoe'D tao vigorosa e florescente I - e afnda. ~ so o principio da primavera. I A Virgem Mao ha-de a fazer florescer cada. VOll mais l ha-de salvar a nossa fé, bit-de salvar com eia a. n0988. Plitria. Assiro, meus lrmiios, Fatima é - gra.ças à Virgom Senhora Nossa. - um. ve&tibulo do céu na terra, urna fonte de mila.gree, urna esoola. de virtudes, o penhor da nossa. eeperança, a pre.ça forte da noaea dofeza, o padrào da nossa gl6ria I Audi, !arati, et vide/ Ouve, 6 Isra.el, e ve! Repa.ra bem, men Portuga.l, verdadeiro povo de Deus, repnra bom e dize..me. que naçio ha t\{ tiio grande e tAo pod&rosa no mundo, que assiro ee veja, fa.voreoida da Mii.e de Deus, tii.o onriqueoida das sana grnçaa, tio mimosa dos seus oarinhos? Envejitvamos Lourdes, e 1\8 suaa d&monstraçoea de fé, e a. etui. fonte perene de graças'? Aqui temos, - menos belozae na.tura.ie eim, - mas em compenea.çil'.o nao menoe f~, nào menos graças, nito menoo aobrenatural, mnltidoes mais compacta11 de peregrino11, mais extraordinarioe hero{smos de devoçiio e de ponitencfa, explosoes de santo entusiasmo mais delirantes; Por tndo iato I - pelos beneffoi08 reoebidos no )>asst\do, - pelo grande beneffoio, coréia. de infinitoe outros, hoje rooebido, - pela. certeza. dos mais que rec&berernos no futuTo, sub!\ deata terra bendita, d&te trono de w~ns dA. Virgem de Fatima ao trono dn snt\ g16ria. no céu, subn a gra.tidiio mais ardente, o amor ma.iii acrisolndo doii nos11os cornçoes, o hino mni11 ~entido dOA no!'.'!Oi'I lnbiosl Qnando a Virizom Snntf~sima aparecia sabre a nzinbeira., urna. nuvom misteriose. envolvia a arvorezinhn e os videntes ... sejn. corno ('flllll. nuvem o incen110 do no!!l!O nmoT que suba ~ cén ... Virgem Santf!ltlima, NOBBa Senhora. oe Fitti ma I n088a mae t n~o nmor I n<ll!!Sa ~16ria I n088a divina PndToeira I - reo&bei neste dia. 11olene o tributo o• noesa infinita gra\idao por tnnwa )eNffowe,


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VOZ DA FATIMA por tanta.s e tii.o ternas prendas do Voseo amor I Nos Voe bendizemos por terdes ooloca-do nest:e. logar o trono das vossas gl6rias, o prop101atono das vossas misencordi.o.s, & . fonte manancial das V oasus graças e milagr011. Nos Vos bcndizemo., sobrut.udo pelo amor inefavel do vosso ooraçiìo materno, pela. solicitude e ternura. o carinbos de que rodea1s o,,teg voliBos f1lhos, os mais pequeninos e hum1ldoa da vossa imensa. f_n mflia, mas por isso mésmo os vossos llllmosos, os vo:,,:;0s benjnmins. _Acolhei a homenagem dos nossos coraçoes a trasbordar de afecto filial para convosco I acoll1ei os louvores dos nossoe labioe1 • as higrimns dos .nossos olhos, o Magn1f1cat do gratidao, amor e gloria que vos C'anta todo o nosso ser a vjbrar n<>s entusi~smos da mais sentida pioda.de, da .m.rus inc~ndicionada devoçiio. Comnosco - bemd1ga-Vos todo o vosso Portugal, ter~a vossa, solar nbençoado dos voss<>s cannhos mnternos I Btmdignm-Vos todos os vossos filhos em toda a Igreja qu!Ze sub coelo eat! Bendignm-Vos inebriados na vo_ssa. contemplllçiio os anjos do céu I Bencl1,za-Vos o Universo iutoiro - num Te Deum, de gl6ria imeneo digno da imensidade do vosso amor I '

dades P- doentus da a.Ima., cegos, surdos, aleìjados, leprosos, e:ntrevudos, na. peuitencia. tendes o rémedìo: é a. Mii.e SS. que ,,o-Jo oferece, que vos roga. que o tomaia I curn.1-vos nel>-te grande dia I e vivei depois com perfeita sa.lido, honra.ndo a. Virgem taumaturga. pela. imitaçiio dns suas virtude.s. 3. - Pureza. Entra essns virtudes lembrai-vos , quo uma rocom.endou Eia. oepecialmente: a Pureza I Recomen<lou-n. oom a, pala,rns; recomendou-a. t'OID a tristeza. rnaguacla q110 lhe C.'\Ut1ava o pccndo impuro; recomendou-a com a. candura. luminosa. da. apnriçiio; recomendou-a l'Oro a sun mosma. veste modeatissima, 00010 tecida de lfrios o neve. Era a. sua ,,irtude predileda. Eia estn,a pronta. a sacrificar a dignidade incomparavel de Miie de Deus, se por ola. houvesse de sacrificar a pureza virginnl I Mas Dens fez nm grande prodigio, qual niio v1ram os séculos precedentes, nem hav1am de Yer os futuros, unindo na meRma haste de Jessé a fior imaculada da. virgindnde com o fruto celestial da mntornidacle divina. O jovens e donzelas, que me escutaia: hoje as tentaçoes sao tantas I hoje o mundo é um locl~al de corruçiio I hoje a !10ciedade é um pantano donde so csalam miasmas de todos os v{cios I Fugi cle moclas dcsonestas ! V est.i <'om elegancia, quanta guizerdes, mas crista.: qne adorne e niio profane o templo do S~hor que é o vosso corpo I Fugi, 6 jovens, de mas companhnis, cle mas leituras, de m~us espect:iculos. Guardai a pérola. dns v1rtudo8, que é o vo.qso mais belo tac;oiro I E todos, no matrim6nio ou no celibato, . cultivni religiosamente a pure7,a p_ropr1a do vosso est!l-do. S6 assiro podere1s airadar à Miie 1maculada à. Virgem das virgens, e contar <'Om 'os 88Us favoree. 4._ - Apo.,tolado. No!ISa Senbora. quer aqm muita gente e quer muita gente a ama-la por ai fora. Ca.da peregrino deve ser um apostolo, que à volta de si ateie a. d_e-voçiio a N. Senhora. de Fatima. ~ preciso que venha, bm realiclade ou em e~pfrito, que venha aqui aos pés do Marui. todo Portugal. Vira depois todo o mundol Vir1?;em SS., Nossa Senliora de F:itim.a I g16ria. da nossn.- terra I vida donurn esperança, saI vaçuo deste povo> quey é IVos.so! nosso refugio, nossa Padroeira nossa Ra.Inha, nossa Miie I N 6s Vos ~arnos I n6s Vos queremos amar !'omo os que mais Vos amam I N6s prote'!tamos aqui na voesa pre~ença, qno Qt1eremos amar-Vos e eervir-Vos e fnzer-Vos servir e amar mais e melhor do que ninguém. N6s protesta.mos, qne serémos doceis no, V ossoe ensinamentos, fjue obedeoeremos aos vossos conselhos maternos, que cumpriremos P!essu~osos os V:ossos desejoe. Oraçiio, pemteno1a, ournpr1mento exacto da lei santa. de Dous, p11reza. da alma e do corpo, seriio o progrnma da U088& vida I Prometemo-lo neste grande dia, prometemo-lo solenement.e por n6s e polos nossos e por todo Portugal, q ne sempre foi qne é que ha de ser sempre v 0890 I ' ' Niio ha hoje em todo eJe nm s6 Jug_ar, onde nii~ se venere a Vossa imagem. Niio ~a qua,11_ umn. s6 fammn., onde se ni'io veJII. uma. unagem Vossa, sorrindo carinhos ofoI'OO&D~ bènçiios, ensinando virtudos' Oh faM1 gue Mdas as famflias portngu&as Vos venerem com verdadeira dev_oçi.o; que tadns. as casas eejam a o6pia f1el da Snnta. Famflia. de Nazaré. Fnzei qne o vosso Porlup:f!.) seja realmente a ((Terra de Santa Mnria..11 a Vossa famflia, a V08Sa. ca.sa., o Vosso 901ar· que do norte ao suJ, no continente e ~M ilhas ~ em todo o mundo. ~nde quer qué baJB um portogu&i, haJa um verdnd"iro oristiio, hajn. 11ma lampada n arder um ooraçlio !!Cmprt' inflamado nn. devoçiio e amor a Noo•ui Senhora de Ffitimn. Viva. Nossa Sonhora de Fatiml\, etc., otc.

Graças de N. Senhora de Fétima

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Relatcrndo algumas das 'Tnuitas graças obtùlas por intercessao de N os• su Senhora da Fat·ima. niio quercmos ncm de·ve·nws antecipar-nos ao ju!zo do Santa lgreja que ueste assunto conio em todos emprega as mawres re,Mrvas e cautelas. Tanto é assim quc tendo sido as aµariç~es de Lourdes em 1858, fora,n julgad<u miraculosas por diferentes Senhores Bispo., de França, apena.~ 30 curas, dcpoi.1 de rigorosos procet1t1os canonicos a que fora,n sujeitas. A pal<i·vra milngre: que, ,>s ve::es, aparece net1ta secçao, nao é, poit1, to7nada em se11tido rigorot1amente teologico.

Doença do estomago.

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Para eTitar que a perna. lica se mai, cmta, o que succderia se os tapos se uni• sem, pois bada.. pedacitos do osso 90ltos junto à. fratura., oe Ex.moe médi~e rndores ligaram os Of!!IOs <leixando Oi ta-JIO~ dh;tnnciados um pou<'o na espera.nça tic <1Ue o c:ilo S(l fonnnria e a.c;,im a perna nào ficnrio. m:1.is (·urta.. Pnasn.do o terupo ma.ro.'ldo voltou mmi marido para !ho scr t irfldo o aparélho de g_e s.,o, e ; i placa, mas um exame radiografico ncn',()11 niio estar o C'alo formado e por conseqiiéncin niiÒ osta.rom 08 05809 cnnsolidndos o quo ntribuirnm à ida.de dl' men marido. Uma non• opuraçiio se Lornuva neoe1,siiria e 1111e c·onstava da. extracçiio da pia.ca e uniii.o doo l-opos. Fiquei como Deus ~abe numn nt'li\"ilO que nilo se deS(·r~e por ,·cr o 15?frimonto otroz a que de novo o 1am suge1ta.r. Como o estaclo d:1 perna nito Jl?rmitin nesc;a altura. a. op&raçllo regres:so1 a c11,;a. com men rual·ido parn vol- • tar dai a 30 òins. Ncs_te entervalo de t&lllpo roc-orri à S, S. V1rgem N. Senhor:i da Fatima oom t.6da. a c.-onfiança e comooei uma. nol'ena. pondo toclo~ e,~ dins spbre a perna wm penso da 1nilag1·osa agua de Fatima. N. &nhora 0~1v1u as minhas suplicaa e da.s pe.---;oas am1gus e Je familia. a quem pedi quo ~ogllS/;Om a N. Senhora que llAO fos~ p_rec1so s~gunda operaçiio p1·ometend~ eu 1r a Fnt1 ma. com meu mari do e r,ubhcar no seu jornal esta graça ~e tal suoedcsse. T<>rmiuado o prnzo voltamos a Lisbo& e com grande- surpreza. verificara.m oe Ex_. 010• médicos que os 011sos haviam oonll<lhdado sendo nssim desneces.~aria a. r&ferida opéra.çiio. A S. S:. Vira;em operou pois O milogre e cm nc~ao de ~raças peço a publicnçào para. ma1or honra. e g;J6ria da Miie SS. N. Senhora da Fatima. Lourinhii. 15-11-930 Maria ào& An.10& S. da Si1-va Co,ta..

op;.

.Ant6nio Pereira de Ma.tos, frèguesia da Tòrre, Concelho <le Vizeu, diz o segu1nte: Meus Irmiios: ::iofri <lo e::;tomago nada. mono,; de 12 Nii.o basta. agradecer com palavras e anos. Hurante és.se tempo consulte1 a.1af~~, - é preci~o agradecer com obras I guns médioos do V 1zeu que mo declUJ'aVimos o gue a Virgem Senhora de Fatiram incurival. O mou alimento era, àlém rna. noe. da nesta (',eva bandita.. - Vejade certos medicru.nento:;, nponas leite e mos, 01çamo!I o quo nos pede, - para alguns o,·os, alimonto que do nada. me que . correspondendo fielmente aos seus valia., pois cada. vez rno sent.ia. moi11 doend~Jos nos tornemos C'nda vez menos inte. T~ aflito me vl, que, t·am minha ~ignos__daa_ suas )'lredil~oes. Quem é mulher, r8d<>lvemos ir no Pòrto consultao privilegia.do de Mnria nilo deve contar médicos diferenteà daquel<'!i que in me tentar~ com qunlquer pi~nde filial, deha.v1am lratndo. O Sr. Dr. Aot<inio Coeve assinalar-se singularmente entre oe lho Jevou-me no Raio X, e dE·pois do exasous devotos I me dii-;sò-mo qua fosse a. cnsa. preparar Ora que nos pede a Virgam Senhora minhos coiSds e quo ,·oltasso porquo nede Fatima.? Cebsitn.ni dum tratamouto ospecial. EnPedo oraçiio, penitencia, tretanto comcooi a. lnnçnr san.p:ue pela 110pureza., apostolndo I cn.. Em Vizeu o Sr. Dr. Vasconcelos ma-1. - Oraçào. Aparece com o rosario, nifeston-me o estado porigoso em que me orando e ensinu.ndo a orar · exorta os viencontra.va, de maneira c1uo eu, desendentes a que orom, a que r'ezom quotidiaganndo polos homens, "l'Olooi-me com grannamente o terço - para. aplacar a. ira de do fé para Noqsa. Sonhora da F6t.ima., Deua, para obter O perdiio dos pecados, cujos prodigios ouvia narrar. Com granpa.ra esconjurar os oastigos que nos nmeade trabalho fui n Fatima onde comunçam. guei tendo-mo confessado e comungado ja A oraçii.o é a chave do céu: quem ora, na minha. terra, e à volta da Fatima, Agradecem graças aN. Senbora d(Fàtlma salva-se; quem niio ora, niio 88 pode saljuntando-me com umn familia. e com um var. Maria Franciaea Pereira de Mar04 de tal Sr. P .• .Adelino, comeoei o. co.m.er do Oremos l Froquentemos a Missa, os Sa..tudo, e graçaR i\ Virgem Ma.ria., dai por Vnnaveze~, creada. de f;O~r no Port.o. ora.mentos, 0 santo Rosario. Niio haja u.m dianto, niio mai, me fo11 mal alimento al- Esla Senhora, por interOO!ISiio do. Vi~9111 Benhorn da. Fatima, nlcançou a sa.ude que s6 _peregrino de Fatima, que niìo love da.gum. ba mnhos anos ha.vin. perdido. qui a re.,;oluçii.o ina.baJavel de honrar toLealo cardiaca. MonaenhO'r Ant6,wo M. d.oa Santo, P<>rdoe os diaa a. Miio SS. com o terço, a.o EmUia Felicia do .l!'aial, conoelho de tuotù, agradeoe umo. grn,:a t~mporal 8 . . ~en<lf!, do sou Rosario- E uma devoçio tll? sunples e tii.o divina; tii.o facil o tii.o Vtzeu, de 70 anos do edade, sofria ha piritual que obteve do Sagrado Coraçlo e~?U pnra obter graças de Deus e santempos do uma. lesiio cn.rdfoca.. Estavn. de do Jesu!I, por interméclio de Nosaa Senhotificar a alma I As mnis belns e divinaa tal modo a.tacada do ma.i gue jn nem p<r ra. da Fatima. oraçòos, gue nunca. proferiram labios hudia alimentar-se. Fomos1 diz urna sua fiJoaé Gome&, - R. Auguata-Liaboa agrama.noe ! oe mistérios inefaveis que opera-Lha, a dois rnédioos e atnbos nos dissoram dece a Nossa Senhora umo. ~raça temporam a Redençiio do mundo l que minha Miie devia 90r operada o mais ral. E uma devoçiio ti.o portuguesn. tii.o breve pO<lS{val. Opozemo-nos a. isso d17'6nRicardin111 d,o Rosario, de 7 snoa do nosea I Façamo-ln. reviver onde m~rreu · do-lhes que seus 70 anos ja niio pormi- Reguengo do Feta.l filba. de Joa.qnim cultivemo-ln. . carinbosamen'te, onde vive'. tio.m. em minha. Mite urna operaçiio. Constnntino de Carva.lho teve, dura.nte T?<l38 as ,n~ntee o terço em fa.mflia. Que Entretanto apareceu-l11e no peito um dois moses, urna. perna enoolhida sem aodinna mwnca IIOS ouvido8 e a0 coraçao cancro oirr ozo de maueira que pareoia çiio alguma. Foi a F1Hima em Outubro e da Mii.e de Deus ! Credo-me : Eia no oou inevitavel a. operaçiio. dentro de trè.'I dina melhorou. Urna 1u f~r& calar as musicas angélicas para ouDai por deante tòda o. minha. fam(lin. irmii Idalina d.o Ro3drio, do 5 :i.nos, en nr a das vossas Avé Ma.ria&. começou a rezar diìtriamente o terço e çèp;uinha, enlnndo doo olhos um cheiro 2. - Penit2ncìa. E a segunda recomais oraçòes em honra ùe NOS8n. Senhora naui-eabundo. Veio ficar a Fatima no dia mende.çii.o da Miio SS. Para que a nossa de Fatima. pedindo-lhe pela saude de mi- 12 do Mnio e à entro.da do nrco do Banoraçio seja aoeite a Deus e à. Mii.e de nha Miie. Muitns pessons amigna 88 jun- tnario C'omeçou a. nbrir oe olhoe, eetando Deus, é preciso que n1io apareçnmos na. La.ram oomnosco arando à. Virgom da Fa- boa, dentro de po1100s diM. aua prosença com o pecado na alma. t.ima pela rnesma intonçiio. Gre.ças mil sojam dndaa à. Mi~erioordioQuem ora com o ()O<'ado na alma, quem No dia 8 de Setembro de 1928 fomos sa Aenhorn da "Fotimn ora enquanto_ ofende a Deus, mais protodos oon11mgar e àepoie da SS. Comuvoca a sua. ua, do que concilia a sua nhii.o p.rometemos a.li todos ir a. Fatimn, misericordia. se Nossa Senhorn., dentro de 8 dias, puP~rtanto, me11a Irmaos, façamos penizo11se minha Mae em estado de paB.98.T l'Om ~01a.: ponhamo-nos em graQa de Deus, oper,içiio, e, graç<u à, l'tli.,ericlh-àitJ. de ohorem.os e detestemos 09 pecados pnasaNoua Senhora da Fdtima, pnesndos 6 doe, proponhamos evita.-los cuidadosa,. dill!I minha quE>rida Miln achou-se melhor. ment.e para. o futuro. Valha-me Densi 234.113$15 Tronsporte . .. . . . .. . . . Apreseot:ulo. imediatnmente o.o m~di<"', Quanta oraçiio, quantas novonas, quanPape!, c-OID.posiçiio e imfoi por 61!te dE>Clarndn. desneOMSAria a op~ ta.a promes.'188, qunntos sacriffoios para •Peregrinaça.o do Troviscal raçiio, favor qne, cheins de nlegria ja pressiio do n. 0 98 (63.500 ob_ter do N. Senhòra de F6tima algum fomos np;rndooer ii queridn benfoit-ora exemplares) ............... Causou a melhor impre,;siio, em Fati- doli des11:rnçn.d011, que l!s NC!f<8a Senhorn da mtlagre, que vos r estitua. a. sa.ude do corFranquias, <'mba)op:~n!! mn, a. peregrinnçiio do Trovisoal a.tR,nd1~npo e vos oonBGrve osta. vida, qne n.final Fatima. a qu11m devem ser dado!! imen- tra.nsporw, grnvuras, cindo Ìi8 condiçòee especiais dnquela. frèha de acabar ! E pela salide da alma que ta.e, etc................ .. . !IO!' louvtires. , tanto ma.is preciosa, pela vida da. ~lma, gues.ia, onde alguns infelizce teem 1msque é etorna e ha de durar para sempre, tenta.do uma. lamenLnvel rovolLa. oontra. Practura duma perna. o seu Prelado - o venerando Bispa de Donatfvoa virioe qua.nwe ba que pouco ou nada fazom I Em oumprimento de uma promessa, A C'ovn. da !ria é a. pi11-0ina salutar Coimbra.. Virginia Ferroir& - Porto, 15100; Os 105 peregrmos rom o FeU zelosissi- · venho pedir a 'V. Rev.• o faTor de pumais ainda da.a almns, gue doe corpos. 01 m.ilagres do corpò nio dependem de ~o Paro<'-o Rov. 0 Baatoe, fi~.eram por pe- blicar no jornn.lzinbo Voz de Fdtifll(l, urna J!:Hsio Fooha - "F. da F6z, 15100; D. n6a; oa milagres que saram e ressuscitam n1tencia o trajooto do Cei!IS& à Fatima graça que a S.8. Virgem me conoedeu, e Ma.ria Adelaido Ferreira (Oliveira. do Ba.irro), 15SOO; P.• Dovid Fef'~ Cota .P~ o durante as oerimonias reli~i0688 que pa~ a. narrar : &11 almas pa-los Deus na nossa mao. Men marido fraoturou urna pema no lho - (Feira), 120f00; P.• lndcio Dta, Meus Irmiios: ni~ém se va hojo da.- ed1ficaram a. todos pela sua piedllde e dia 14 da Jnnho de 1928, e eeta fraotura - (Maputo), 100100; Joeé Moria de Iloqui eem o aeu milagre. Mort.o. pelo pe- fervor. A Vi~em Bantulilima - Begina ~ foi de tanta gravidade que teve de 181' raia (Viln.-Flor), 20100; Franciaoo JCM olldo, na peniMnoia. tendee a Tida.: r01tGomee CamMo-Eatramcla, 20$00; D opera.do. 1nsoitai à ira.qa I Doante. da alma., - • ci& - krre a pas àguela frèiueeio I. .. II

J

quem nào é espiritualmente onfermo e nio s6 de umo., seniio de muitna enfernn-

I

---**:--Voz da Fatima


VOI DA FATIMA

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Maria Izabe1 Rapoao (China), ~5$00; a.ba.far um movimento de aprova.çào de. D. Alice Monteiro Vinte Um (Vmmon- assistencia · Instada mas coutrafeita leva.ntou os te) 20$00 · D. Carolina de Moraes Boa.rea' (Arona), 20$00; Distribuiçào no Hos- olhos avermelhados e numa tentativa de pital das Oaldas da Rain~a, 30$00 ; D. sorriso~ responde: - Othe ... se quere qu.e lhe diga ... nem Ana Formigal Morae.s (L1sboa.), 20$00; P.• José Lourenço da Rooha. (~çor~), eu. sei. Depois lhe conto ... 20$00; n.. Sofia. d 11B D. G. Garc1a. ( ~I SAté logo! ... tribuiçào em. Obidos), 25$00; D. Delfina E sniu. Maria d' Almeida (Alcaria), 90$00; D. Logo atraz dela. feitas as despedidas Joaquina da O. Duarte (destribuiçao em Regel,.Mnfra) 160$00; Joao Manuel toda aquela gente se dispersou em magoGouveia (A.' da Mata), 20$00; Cnpitào tes pelo lugar àlém. Quando entrei na ca.pela pa_:a dar g~aPedro Correia, 20$00; Monsenhor Antonio M. $. Portugal (Ericeira),. 1~$00; ças s6 la estava. ela com a mae e um 1rHoracio Marti11.q de S<nua (Seminario de mao. • • • Vise-n). 58$65; D. Joana Segurad? Cordeiro ( Vila A1va) , 20$00 ; Dr. Lu1s BalMa.ria da Graça era o nome que lhe hadoque G1ùmtuiies (Porto), 20$00; D. Ma- viam posto no santo baptismo. ria ,losé da Sìlva (Aveiro), 100$00; P.• E na verdade, no lugar, n.enhuma ouJosé R. S. L. e Si/va (Anha), 225$00; tra 'rapariga com razii.o se podia orgulhar Dr. Angelo Neves Tnvares (Re<londo~, de mereoer, oomo ela, tal nome. 15$00; !greja de S. Sebastiao da Pe<l~e1Em familia, durante os longos seroes de ra (Lisboa) 56$00 ·1 Manuel da Stiva inverno numa hnrmonia e caridade fra,. Jordito (F. da Foz), 20$00; P.• José S~- terna que era.m o melhor louvor daquela meiio d'Qli. Gomcs (Ovar), 20$00; D. Alt- mulher cristii, sua. màe, vi uva ainda nova ee de Quintnnilha M:. Mantas (Guarda~, mas nero porisso menos forte na. educaçao 20$00; D. Maria de Jesus G. L. Rodr1- dos 10 filhos com que o Senhor lhe alegues (Barbncenn) 1 40$00; P.• Aoostinho grara. a vida e, em bençao, lhe enchera Vieira (Caho Verde), 100$00; P.• Frtm- o lnr; nas descamisadns em eira de amiciuo .Yavier da Silva (T. Vedras), _50~~; gna; em qualquer ajuntamento de moc1D. Guilhermina P. Oliaves (destr1bmça_o dade nlegre e folgazi ou de gente a amaem Peniche), 223$00; P.• Augusto Te1- durecer pelos anos, Maria da Grnça puxeira Soares (Açores), 20$00; Manuel nha sempre a nota alacre dn su11. graça Joaquim da Trindadé (Ma~eira), 20$00; pura e scintilante. · · Angelo André di' T,ima, (Esprnho), 130$5.0; Rapazes è raparigas, era v&-la e logo D. Alice do C. G. Toixeira de 80115:-1 em risos cristalinos com ditos a. que urna (Porto). 15$00; n. 1',faria do CaTino Pi- pontita de m.aHcia niio tirava contudo a ree (distribuiçiio no Porto). _12$70; D. nota de cristàos. Aquoles dezoito anos Eugénia do Sa.t'ramento Ch:maco (P. de mocida.de om fior moreciam a indiscud'Arc-os), 20$00; D. Augusta Nogueira ti vel e indisentida realeza entre a. gente (S. M. d'Infesta), 15$00; ?Jr. P.• Fran- nova do lugar. ci&co Rodrigue& da Gruz (Lisboa), 30$00; :E que, ao olhar vivo mns meigo e terD. Maria Frnnciscn Lima (Porto), no li() enca.nto da voz rea.lçalo por um pe20$00· Enge11heiro I.mciano d'A. Mon- q uono defeito de pronuncia, ao porte doteiro (Lisboa), 360$00.; An6nirna. dE! Ca- nairoso è e.~belto, nume. palavra: à. belexarine. 15100; D. Maria Geno-vev11, Pol- 7,a. fisica clo seu corpo ajuntarn o Senhor vora (Evora), 20$00; Joaqu~m P. F. Go- a beleza in1/omparavel duma. alma inomee (Agueda), 30$00; Tenmte, ,Toaquim c-ente e pura, formada com longo trabaO. Ohaves (L. Marques), 45$00; D. Er- lho da miie ajudada pela gra('.a. melinda da Gama N. Ferreirn (ChamusEra um encanto nquela fa.mOia. ca). 20$00; D. Rita do Sacrnm~nto M. Do mais velho com 27 anos e ainda solAlçada. (Covilhii), 20$00; D. Maria J. R. teiro a ganhar para a. casa e para os irB. Varelaa <Evora), 201$00; D. Maria miios até à mais 11ova de 11 nnos, ainda. Judit.e R. G. (destribuiçao em l\fantei- por fazer todos tinham pela miie um resga.s). 87$50: D. Carlotn Trigueiros (Fun- peito e um amor quo nos faz lembrar o diio). 20$00; Rev. 0 T'iatfrio Geral (Setu- ambiente duma antiga familia patriarca] bal), 100$00; D. Marin fa.abel M. sfo, C. repentinamente perfumadn. pela luz do (distribuiçiio em C. d" Vide), 25$00; Evangelho e afinal ... siio aponns o retraD. Maria Emilia P. F. è Silva (Man~ual- to e o tipo cluma perfeita familia cristi. de), 20$00; D. Marin Soare.1 de Matos Niio sei q110 mais admirar se a. obedien(Lisboa--Pedrouços. distribniçiio), 35$00; cia qua.si infanti! à mii.e ou ao mais veD. Conoei('io Caixas (Fiiies), 25i00; lho dos irmaos que se encontrarem em caRev.0 Prior de Vila Frnnc11 de Xira (àis- sa; se a miio forte e suave daquele motribuiçiio), 15$00. delo de mulher, se o encanto, a virtuEsmolas ohtida,; em variai1 Jgrejas quan- de e a modestia daquele grupo de filhos e do da distribuiçiio de jornais: filhns que o Senhor lhe deu a. guaraar e ~a Igreja de S. Mam1>de, em Lisboa., formar para aie. pela Ex.ma Sr-• D. Laura Gouv<>ia, no O que a mnlher pode fa.v.er quando quemes de· Outubro fjndo - 10$00. re ser e é mii.e e miie cristi I Na lgreja de 8. Tiago de CezimDentro as irmiis pie<losos e trabalhadobra, no mes di' Setemhro de ras oobresaia fàcimente a Maria da Gra1930, pela Ex.ma Sr ... D. Gerça. trudes do Cnrmo Pinto . . 28$00 :E q ue a modéstia e o pudor, gloria. e Ne. Igreja do Sagrado Coraçii.o unica joia e aoorno da mulher aureolade Jesns, em Lislioa., pela vam-lhe singularmente o rosto e empresE:x.ma Sr." D Matilde da Cutnvam-lhe urna beleza. imponderavel e eonba Xa.vier, no més de No1 brenatural que muita.s debalde pedem às .-embro ................. . 29,115 tintas e nos p6s que ns afeiam e envelhecem.

• • •

Harmonias do Natal.

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I

Como naquele dia o tempo me niio da:va sequér para ensinar a dou~rina aos pequenoe, depois de rezar as uamentaso, fui-me deeparamentar apressado. . . . De repente entra-me pela sacn~tta. um grupo alegre de rapazes e ro.pa.ngas do lugar que, acompnnhados duma bo_a duml!- de homens e mulheres, me vmham dar as boa.e festas. Era o grupo dos cantores. A~radeci 8 dei-lhes os parabens pela ~ane1ra corno ae tinham hnrido naquele d 1a. Abrindo ca.minho a custo na pequena eacristia dirige-se a mim urna raparig_a que acnbara de cbegar, por entre a o.dnura.çiio de todos e o sorriso trocista dé algumas amigas. . Oumprimentou-me a me1a voz e, ao corresponder, reparei ql:!e chora.va. - Que é isao Mana da, (ha.ça r - De olhos baixos, a rapnriga nlo responden, maa urna do. grupo, talve~ .oom dar de cotovelo, é:'tl)hcou logo mahc1osamento:

- ... Eaptraneo,~ que &e 'lliJn... .mtt00• dea ... aenhor P~re ... - Que I iuo r preguntet de novo, a

A saida os tres acompanharom-me urna casa amiga onde ia desjejuar-me. a No. sala de jantar, emquanto eu comia, a Maria da Oraça contou entiio.

• • • Emquanto ela se encosta à janela da minha. dierita e a màe se senta quasi à entra.da, convém snber que ha tres meses qua no Seminario da Diooese entrava pela primeira vez um rapo.z de 19 anos, estatura mediana, rosto redondo e bem conformado com uma regular cabeleiJia. castanho escuro e um buço loiro a apontar. De chefe dos cnntores e melhor b:iilarioo dnquelns bandas passou inesperadamente a-0 Seminario com decidida intençiio de ~ ordenar. Ora. um ano antes fora Ale o primeirq e unico nnm&ro da Ma.ria. da Graça. Saudodes P - Niio sei.

• • • - Diga 1a enttio pOTque e~td triate·r . - Eu triste r Pelo con,t.,.drio, fen1to ti,.. do p01u:oa dias tilo alegres na minha vida. _ Entl!-0 port]'lie eafa'llq a c'ho-rar r - ,l., -,eze.! também ae c1t01'!'.» tk alegri.a...

também... . . - Mas olhe eu nem se\... Bf'& uma, c•1su que e1i nem sei bem ezplica,r. - Esteve assim t6da a Missa? - No.o senhorl A principio cantei também e cantei com alma, com vida, como 0 senhor costumq_ dizer. No ccHosaanan sob'retu.do. Ali ao o/ertorio qiiando se cantava o ~Viva Cristo Rei» puz nele to4o o cuidado. Oantei com entusiaamo. - Nao percebo. E foi por isso que chorouf... - Nao senhor. Foi logo a seguir. Quando ca-ntamos «Al o mundo» nll.o sei q-ue senti quc parece me transformava. Toda e,u vibrava a cantar: ccBom Jesus recebe todo o meu amor Dentro do meu pelto vem polsar Senhor.» E disse-o com sinceridade, com franqueza, com um grande desejo de que assim fosse. Dali por diante nào 1JW{Ìe cantar mais

nada. Apertou com.igo tal ch6ro que nlLo pude vencer-me... e chorei: Fiz mal 11./1,o fizf Nào devia chora,r ... hoje, em dia de Natal. Mas, olhe, eu ndo podia. Sinto que J esus veio hoje nascer em mim. Se 8 01ibesse a luz q11e me iiumina... Olhef lsto sente-se; nào o sei d,izer. Ohamam-me doida se calhar ... Deizaln nao m.e improla ser doidat ... a1sim...

* • • Um dia, ai por Setembro a Maria da Graça estava com duas companheiras à porta da S1Wristia do le.do do adro. .Mandei-lhes dizer que entrassem emquanto combinava umoa coisas com o sacristao e dois rapazes. S6 quando me dispunha a falar-lhes à porta, me entraram à. pressa e, à queima. roupa, relanceando o olhar prescrutador pelos nssistentes, peepega-me com eeta pregunta: - Olhe ca, para um peu6a ir para o convento é necessario saber ler f - Eh la I Isso esta ia assim resolvido Y E sorri-me emquanto os outroa se riam a valer. - Rem, bem... diga-me la se sim 011, niio. E melhor saber ler mas em rigor podesr. entrar sem is.,o. Porqui 1

• • • - E fiquei ali a conversar com Noaso Smhor. Tem--nos dito tanta vez que tkvemos se·r generosos com Elel... Quiz aer generosa tamt.bém, muito genero8(2.. .. dar-Lhe t'Udo o que tenho ser t6da, dEle ... &er s6 dEle I .•. - Deiza minha mae? ...

• • • Eu tinha para.do a ouvi-la. A.m.boe a .tnite e eu. nos convenCéramos de que a Maria da Graça tinha recebido naquele dia u.m lindo presente do Menino Jesus. Por detraz dela florira. uro ]imoeiro que lbe vinba engrinaldo.r a ca.beça e o lenço num tufo de flores duma brancura imaculada: - A fior de laranjeiral ... A figura da Ì\laria da. Graça toma o aspecto das gro.ndes virgens cristas e cresce, cresce, até junto da mii'.e, que dando-lhe a mao a beijar lhe diz nii.o sei o que. «Que SÌlll.)> interpretei eu e a iilha pelo olhar agradecido que, do rosto aljofa.rado de lagrimas silencioso8 se cravnra numa, linda imagem fronteiriça de Jesus Crucificado. Ao longo ouviam-se as vozes sonoras de rapazes a cantar inconscientes: Oh Meu Menino Jesus Convosco é que eu 'stou bem Nada d&ste mundo que'ro Nada me parece bem e logo corno um éco, um grupo de rapa.rigas de braço dado, pia rua além, re~ tia em formoso coral que vinha ressoar no peito da Maria da Graça e a deixa.va. recolbida a sorver-lhe todo o enoanto: Nada d&ste mundo quero Nada me parece bem Leiria, De?,embro 1930.

__________,_____

Galamba de Oliveira

Telefone em~;fatima

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· No dia 18 de novembro foi lnaugurada uma cabine publlca de telefone no hotel de Nossa Senhora do Rosérlo de Fatima com uslstGnola do Sr. Blsp0 de Lelrla, sr. Governador Civll de Santarém, Comlssào Munlclpal e Admlnlstrador de Ou-ceca por colsas» ... E despedindo-se sacudida agradeceu e rém, Junta de par6quia da Fatima, em• pregados auperlores dos telefones e mutto retirou-se. p 0 vo da frèguesia e arredores. • • • o telefona esta ligado à rede gera I pomomento pnssou-me num reliì.m- dendo talar-se para a Fatima de qualquer pago pela. imaginaçiio a scena. da sacristia. Quem sabe se a graça nii(> fora ope- ponto do pals. rando devagarinbo P... Seria possfvel_ P 1D0 ofert6rio à comunhiio na alma dela in uma. lufa-lufa. A visao suave de Jesus que a esoolhia alternava-se com outras. Agora era o mundo a tomar o aspecto Mais 12 dias, e e&tamos no ~iver&aroseo que o prisma dos 18 anos lhe cedia, rio do nascimento dum. desconhecldo noe a sobredoirar-se de lindos sonhos de tavel que, apeza'r da viva op?&irao de muiamor puro e casto 110 seio duro lar. espalhou id seu dominio por grande Mas de repento surgia Jesus e com Ele tos, r,arte do 1n1indof ficnva.-lhe a alma em pa.z. Depois, pareEsse desconhecido é o nosso Bom Jesua, cia-lho ouvir da. juventude buliçosa irreo terno e amavel Menino de Belém, • Fiquieta. e amiga o que outras tinhnm di- lho da dore Virgem Maria I to do seu namoro no vè-lo pela primeira. V e io ao mei o dos seU8, e os &ttts ,n,iI.o vez dentro da batinn escurn: o receberam I n ega>ram tudo absolutamet1.Mal empre1adal · Logo a seguir es luzes do alto a desta- te twdo até dWl& telhas de seus telhadoall car-lhe o idea.I de suprema beler:.a e per- pobre J esus ! .. . pela vez primeira que 11-ifeiçiio que ela queria a toda a força atin- ,,.,,ha para dar a paz oos homens que ~ boa 11ontade a quizeram receber n8.b teve gir ... E nesta luta, que pa.recia nii.o quérer quem abriaa&.11e seus Pais e quem o abri• aca,bar encostou as maos à balaustrada, go.wi, por con&eguinte a Si! • • • descan~u nelas a cabeça e deixou cair a.1 lagrimas por entro os dedos. A festa comemorativa do sew Natal af. Porque chorava.P . vem novamente, ... vcwn.os ao encontro de Podia bem dizer que o niio sab1a ... tào amavel Senhor, o terno e amante Menin-0 Jesu.a. Abramos-lhe a.f porta, do • • • Foi a.ssim, debulhnda em l,igrimas, que nouo Ooraçllo, mais /rio tawez _que aa as vozes das snas omigas, aveludadas co- paihinh0,3 da gruta! Porém, ae de,zaTmos rno o cantar dos &nios à lapinha de Be- quo J eru& na.sça dentro de n&s, como llle lém a vieram apo.nhar um poueo antea quere o 11.-0sso coraçllo tronsformar-se-ha num.a .,arça aTdente, onde ?u11ire'?1"'s o& do ~omunhao. E pela alma toda lhe ecoava aquele c6ros do 8 A.njos cantando mù gl6rias, ao gr~e DtJU,3 das alh.t.1'0JS. dòce cantar: - Hoje di.a da, ultima peregrinaç4o «Oh vem Jesus vem, vem a mlnh'alma do ano a No.fsa Senkora da Fatima, IU1'BQue eia ancela Ja s6 por ti mo3 toma'r a 1'esoluçilo firme de f)Tepa,rar Oh vem Jesusl ... vem ... vemr ...» o f)Teaépiozit1ho do no&ao coraçl!.o para Comungou com nunca comungara. Foi ela que o disse simplesmente: Fie nele recebermos O terno Menino J eau,. A S Oomunhllo bem feitai, que ~ a entroda lioje OJ minha primeira comunhll.o. a J ems Saora,mtn,tado em 11.61, sera uma - E depoilfr - Depois fi(Jtl.ei ckeia de alegria. Nu11~ preparaçl!.o aàmirdvel para t1'1'6 J B&tf& Meca mt ~en,ti, tl!o fetiz. NII.o &eì o que s.e nino no di.a do Santo Natal no, •nunde p<u3ou. Beifèi o Menino mas 11.6._o cantei: interiormente eom <U inesgotd11eis torrente3 de S1U1 dfoina (J'r~ o que serti paOkeguei-me para o cantinho ... 'll!U r TCI n&a penhor de sal1Jaç60 eteTna. -Vi

Nesse

um Josconhocido notavo!


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