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Dez Anos de C·r uzada
A ,·idn de um Bi~po, so t rtlz nmarguras e dcccp~öcs, to.mbCru traz Jrcqucnlcmcnto ales::rin. o
consohu:Uo. J: est-n- 1,or vt~zcs: t:d plc nitmlo C intcnf.idnclc. <1ue cnehe o cor~Uo do Pa..~tor.
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o quc nos ocorre c.H;,.c-r ~._
,,ropositO de «Cntolicismo», cm seu dccimo frnivc:rs:lri(). Si\o cle:,, ,inos chcios de His•
torh,. Dez ~u1oi; chcios de bc ntüos. Os ccnto e vinti\ nunu~ros que o jorn!ll 1>ubliC-Ou prc•
e nchcm intcirnmcnto
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t:ltivn eom quo o fundnmos, Assumindo no conju nto cln im-
pr<:nsü cnt.olici\ do Brasil n tn.-
rcrn espccinl de 1>nlfulino chis \'Crclndcs
CS(JUCcid!L'\l,
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1,osto cm foco com intc:Hgcncia c coi:-t1gcm um problcmn capitrtl, scnl cuja considcrn(:ii.Q nndü
se explic:\ sf,tiStütorinmcntc c m uOS$OS c:tins, c nnda sc coutroi
tlc duradouro:
cxisto uma. Re•
l'Olu~iio? € ein rcnlmcnte a ettuS;l 1•rofundfl dt1s s uJl\'crsöes
de ondo vimos, das cm <anc esh1mos_, dn<1uclas J);\ra o mle vn•
mos? <).ual,1uer c1uo sejn. o pro• b1l"mn, - r c.ligioso, cu1turnt, so• c i:.1 - clo s6 so rcsolvcrU bcm ,;m runc::ii.o desh\ grando qucs• lno. 1:-; «Oatolicismo» tcm sitlo no Urf1sil, o. forn. dc lo o vai St'ndo hunbCm, o a.tauto dc..'!l~fl.
g-r11nde vt~rdttclc. A n o,•ohu:Uo t)XiSl.o, s1)u cs1,irito, como umn r1mH1.c;a ut~rn, v1ti enc:hcmlo ::~ t e rr11. s(:u :-1 tc ntnculos sc e:dc11•
tl1•m n todo o orbe o o 1)öcm ,•m ''(Htl in1111 eon,,uJsäo. No!iso ,;ri,ndo probl~mn co1tsistc J)Ois 1·111 clominii-Ji,.
llem hajn 1,ortanto nosso (luC• rido jornnl, 1nlra o <1unl - bcm eomo parn a ,::-ri:uule f:unili:\. de s.-;us l~itor.;:,.;, eolabor:-ulorcs c 1,ro1,:-1~111di.-.t::ts - im11loramos a inf.<"rec~S-Slto oniJ)otcnte de M::t• ri:t. c n 1>ro(c~iio de Sao ?\liguc.l, modclo c sustcntaeulo dos <Jt.lO lut:\m contrn o n,al. ·j· Antonio,
Uis[JO (le CmnI)os.
A
FIR!\10U certa vez o Santo Padre Pio XI quc os jornalist(lS cato licos siio a propria voz clo Papa. 0 Pontifice fez <1uesti,o de salientar c1ue niio di-zi« ··seus porta-voz.cs"'. mas propria.mcnte ··sua voz... isto 1>orquc, cm certos 1nomentos, bem pcqucno seria o nmnero dos filhos do Pai comum que poderiam. scm os jornais. conhccer seu pensamcnto ( discurso aos jornalistas catolicos 26-Vl- 1929). Essa deelara<;äo de Pio X I e11ccrra näo somente um clog:io. mas i1nplica sobretudo numa enonne rcsponsabilidade. n responsabilidade de todos aqueles que realmente sc propöem fazer i1npre nsa cato1ica. No d esempenho de sua missäo, sabem' os j or„ nalistas catolicos qt1c näo pcrte nccm ä lg rc·jn. Doccntc, mas que continuam no papel de sin1ples fiC.is. TCm. cntrctanto, o grave dcvcr de trabalhar ein consonancia com cssa rnes1nn lgreja Docentc. quc recebcu de scu Divino Fundador o e ncargo de c n.-sinar a todas as na,;öcs. Ora, se essn C a ,nissiio da imprcnsa catolicn, para un1 jornal quc te rY, por nomc ··Catolicisn10" outro näo poclia ser o prog:ranu,. Da primeirn a ultima pagina, "Catolicismo" niio a.lrneja scniio ser voz do Papn. a.ssim ilar a doulrina da lgrcj a em toch, a sua nmplitudc, cm todn a sua gr;,ndcZ<,, e u, ~c:l1$ ,,,;ni1n0~ ponncnotcs, lcvan„ do S\ra aplicac;fto pratica näo s() ao campo cspccificamcnte rcligioso, 111as a todos os ramos das atividades hurnanas. Ncstn epoca de laicisrno ostensivo ou vdado, cm <aue os dados da Revcla~äo e da lci natural vao sendo cscorrn~ados das assen1bleias das naqöes e da vida cu ltural dos povos, nosso prognuna näo podia scr outro senäo aquele de Sao Pio X : restaurar todas as eoisas cm Nosso Senhor Jesus Cristo.
cm
O estabeleeer Siio Francisco de Sales con10 patrono dos c.scritores catolicos, indicou P io XI o seguinte prograina a todos aquclcs que se entregan~ ä missäo de propagar ou d efender a doutrma da lgreja: --o cxcmplo do Santo Doutor
ANO XI- N. 121 A JANEIRO 1961
lhcs tra~a clar(lmentc sun li,,ha de condutn: estudar eom o maior cuidado n doutrina catolica. e possul~ln na medida das propria.s for<;as: evitar, seja a ltcrnr a verda.dc. scja. atcnuä-la. ou clissimulii-la, sob prctcxto de näo ferir os adversarios; cuidnr d;). Forrna c da beleza do estilo. real~a, e ornar as idCias co1n o brilho da ling unge1n, d e mo do n tornar a ve rdade atrnentc c\o le itor; saber. quando um ataque se irnpöe, refutn.r os erros c se opor ä malicia dos artificcs do mal, d e 1'n aneira n SCl'n1>re mostrar q:..1c se est<l animado de intc n<;öes re tas c quc se age antes de tudo e 1"1"1 um sentimento d e caridade .. ( Enciclica "Rermn omnium". de 26-1- 1923). Eis, ern forma breve. as disposi~öcs com que iniciarnos a jornada ha cxatame nte dez. anos. Re,ncmornndo o caminho percorrido a partir do prirnciro nu1ne ro, oncle foram e xpostos os lineamcntos de nosso programa sob o titulo d e „A Cruza . . da do Seculo XX .. , cm primciro lugar, como servo~ inutcis. qucrcmos oferecer a Deus e a sua Mac Sanlissi1nn o resuhado de nossns luta.s. de nossas vig ilias, de nossos sncrifieios, na certcz~ de quc. sc a lgum fr uto adveio desses trabalhos, devcmo-lo c xclusivamcnte n bondndc do Altissimo. ...c..g ,,.,1.n.> "' rvf11\uh1'-tÜO de 3t,nld joa1'1\\ d·Arc: .. Os guerrciros lutarfio c Deus lhes dnra a vitoria'".
Ao se dirigircm para JerusalCm, os cruzados ia1n recon hccendo o carni1'lho percor-rido e. e in luga.res eslratcgicos. crguiam pra~as fortificadas. munidas de t·orres c de mneias, pontos de rcfcrencia e de nta la ia. d estinados a inclicar a rota segura aos quc viessc1n atras. e a vigiar os n1ovimc ntos do ini1nigo, bel'n co1'l10 a concentr;ir e orien• tar a hostc ant·cs de prosseg uir na a van~a . . da. Neste can"linhar de dez. anos. n6s. os colaboradores de "'Cntolicismo „ tivernos trCs desses i,nportantes marcos n bal izarnos• o percu rso.
Carta Pastoral sobre Problemas do Apostolado Moderno, de S. Excia. Revma. Sr. D . Antonio de Castro Mayer, foi o prin1eiro dcsses bastiOes. Para obcdccer ao salutar conselho de Pio XI aos jornalistas catolicos. de „ estudar corn o maior cuidado a cloutrina catol ica c a possuir nn mcdida de suas for<:;a.s··, cncontrarnos orienta~äo scgura nesse ex traor• dinario Catecismo de verdades oportunas que se opöem a erros contemporaneos, su• rru,1la concisa de e nsinamentos sobre a Sa•
A
grada Liturgia. sobre a cstru tura da lg rcjn. sobre mctodos de apostolado. sobre nossa vida c.s piritual. no laclo de sabins advcrte ncias quanto R e rros quc de todos os lados ameac;am a integridadc d e nossn fe. tais corno a 1nora) nov(l, o raciona lismo. o evo• lucionismo. o laicis,no. En trctanto, esscs oportunos consclhos e oric1,ta~Ocs, por isso mcsmo quc o apostolado 1eig-o näo se 1>rcndc aos limilcs clo sa1ttuario. mas se espraia por toda a vida social, tambCm abrangen1 o tc1na täo a tual das rela~Ocs e ntre n lg reja e o Estado. e quest-öcs politicas. economicas c sociais, tais co1no o problcmn. das desigualdades, do capital e do trabalho, das riquczas e da possc de b ens n1aterinis, dos regimcs politicos. do socialis1no c do libernlismo. As D iretrizes quc acompanha,n esse Catecismo foram oulra prec.iosa dadiva que imcnsnmente nos tc1n ajudado a dcscorlinar a scnda quc dcvemos trilhar c ,n mcio cla confusäo dos tempos prescntes. Dizia o Senhor ao Profeta Ezcquiel que o havin foito at;.laia na casa d~ Israel c quc lhe pediria contas de todo sang uc que fosse d erra1nado por nüo haver soado a trombcta ao se aproxhnar o inimigo ( EzccJ. 33. 2 a 6). t o emi nente Bispo de Campos umn fiel atalaia cujo zclo inquebran~ tavel lhe perrn itc disccrnir os mcnorcs mo• vi1ncntos do advcrs~rio e dcscobrir as suas m.)quina~öes cavilosas. Essa Carta Pasto. ral sobre Problemas do Apostolado Moderno, desti1"la.da aos scus diocesanos. uhra1>assou as fronteiras do Brasi l e hojc pode~se dizer quc C urn docu1nento rnundia ln1ente c-01\hcciclo atravCs de s uns varias e dic;öes en1 castc1 hano, ein ita1iano e em franccs.
D
SARDA
Y SALVANY, cm seu • sempre atualissimo livro "O Libcra1ismo C pecado··, acentua com uma vervc n1uil"o espanhola quc ein uma guerra a ninguC1n ocorre atirar sobrc os erros ou injusl"i~as quc a suscitara.rn. A fuzilaria e o bombardeio se dirigem sobre aquelcs que pcgam en1 armas para agredir um dircito. invadir sem justa causa uma na~iio. espalha r um erro dcstrujdor do be,n comun1 cspirit-ual ou temporal. Ora, a propaga~äo da verdade, a dif usäo da doulrina ca.tolica. <1ue C a partc positiva ou constru• l"iva d e nosso con1batc, n5o seria completa sc niio nos opusessc1nos aos erros quc lhc säo contrarios. Esses crros. porem. näo tCn1 e xistencia por si mes1nos, n5o nascem por gera~äo espontanc.¾",. Näo h{, hercsia
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VERDADE ESQUECIDA: ''O que temo para v6s •
•
nao sao esses nuserave1s da Comuna,
■ AfOILilCE§MO . . . ~
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- u ... •-.•.1
A tR U7.A PA
oaS&l'~l.a XX
v erdadeiros demonios escapados do inferno; ,
e 0 li b eralismo cato lico, •
ess e s1st em a fat al que son h a sempr e em esta b elecer acordo Pi o IX
e nt re a Igr ej a e a R evo l u~ ao''
l l<i dez anos: Am> /, mwu•.N, 1.
scm heresinrca, desvio doutrinario sem o seu semeador. conHmis1no ou social is1no sem a a~äo de fautores dcssas ideologias d isso lventes. A Encarna,;äo do V crbo, em seu «spccto de Rcdcn~äo, foi motivada pelo p ecado dos homcns. 1:. assim que sc co,nprecndc o que d iz o Apostolo Säo Joao ao afirmar que ··o Filho de Deus aparec:cu a fim de dcstruir as obras do de,nonio.. ( 1 J o. 3. 8 ) . Ora. o anjo clec<'!ido nfio se limitn n agi.r diretamcntc sobrc as crinturas humanas individua l. . n1entc consiclcradns, rna.s nntes rcconhccc no homem um scr criado para. v iver em sociedade, dela solrcndo profundos influxos, atravC:s de sugestOes e infh,1cncias q ue lhe säo cxte.r nas. entre as quais
un,a das 1nais poderosas procede do p roprio mnbicnte social ern c1ue cle vive? Os m ilitan tes d e "'Catolicismo"', con10 tod o e qualquer fiel q ue sc dedique ao apostolado intelectual, sente1n o caratcr de a~äo o rgnniz.ada de quc se reveste n atua~äo das fon;as do mal no mundo conte 1npornn co. Q ue for~as säo estas? C o mo agcm? Quais os princip ios <11.1 e as norteiam? Uma das mais importantcs tar e fas. para prccisar os contorilOS dcsse monstro . vcm n scr n da separn<;2\o dos ca,n pos, pois e ntre as 1nais sagazcs taticas do ini1nigo se acha a confusäo de principios. nao aprcscntando o erro nu c descarado. 1nas misturanclo-o ä. verdadc, ern oin autentico con trabanclo doutrinario.
" REVO LU(;:ÄO E CONTRA-REVOLU<;ÄO" A em 18 71. por ocnsiäo dos s.~ngrentos atcntados comunistas de Paris, dizin P io IX a um grupo de l')Cl'Cf~nno:;; rr."'lnccsc ~ : .. 0 que nf lir;e vosso pais c o impcdc de mcrcccr as ben~äos de Deus, C a confus5o de prin• cipios. Dirci a palavra. näo mc calarci: o quc le1no pnra v6s, näo sfio csscs mi• scravcis da Con,una. verdadeiros dcmo1,ios cscnpndos do in ferno; C o libera-lismo catolico. is to C, esse siste1na (atal que sonha sc1np rc crn cstabeleccr acordo ct1tre duas coisas irrcconca iavcis. a lgrc• ja c a Revolu<;.äo". Obra das mais nc„ ceSS(Ytias, portanto, C. a de delinenr claramcnte os conl'ornos da Rcvo1uc;äo. dessa iruensa con jurn<;äo quc ha scculos ve1n tentando dcstruir ern seus ( und<lmcntos a Cida.de catolica. assumindo para isso n oancs e fcic;öes di(erentcs, como mn terrivel Protei.,. Acostum(,dos n. atacar os divcrsos aspeclos da Rcvolu~äo, d escobrindo-lhe a a gflo näo somcnte nos fenomen os poli„
J
ticos. socm1s e economicos da atualiclade., 111as tambCm nns proprins rnanifcs„ tac;öcs da cha,nada a rte modcrna, tivemos n o n. 0 100 de '"Cato!icisn10" 01.1tro marco a consolidar nossos rumos. "Revolu~äo e Contra -Re volu~äo" foi o monu1ncnto l trahalho em <1uc o l'ro f. P linio CorrCa de O liveira apresentou o processo rcvolucionario em s ua h istoria, cm suas nleta1norfoscs. ein suas tuticas. ana.. lisou COJn profundeza c\ esscncia da Rcvolu~iio, seu 1nodo de agir sobre a intelige ncia. sobrc a vontacle. sobre a scnsibi lidade. os recursos cullurais de que ein sc valc para cspalhar sua il'lflucnc ia como a fu1na~a letal quc sai <los poe:os do abisrno. Dai passou o autor a scgunda.. partc desse cstudo fundarncntal. quc trnla da Contra.-Rcvolu<;äo. Assirn co,no hi, 1.1111 proccsso revolucionnrio. ta1nbC:rn existe um proccsso contrarcvolucionario. Conhecido ac1uele. näo scra dificil destro~a-lo arravcs da Cont1·n- Revolu<;äo. cotno racilitada ficarä a tarefa dos batalhöcs de c1, gc1,harin sc
UM GRANDE ARCEBISPO PARA DIAMAHTINA O $:rnlo t •:tdrc Joäo XXUl vem ein eluv:i.r u A rcebi:-;r10 i\tctro1,olitnno de Di:1111:~n• tina
o
Exmo.
Hcvmo. Sr.
1),
Gcrnldo
de I'rocnta Sigmul. S. V. J>., Uispo d e ,Jac:rrczinho, J>n~mi:indo assim os g r:tmlcs
ser\'ic:os 1,rcst:ulos U lgrej t\ )'u~lo cininc11tc. P r chulo. Ao scr tlinJ1gad:1
a.
nus1>iciosn
J\otic ia, n o <lia 3 l do m Cs 11. 11., :i nossa 11rcscntc c.diti\o j :i estnva c oeerr:.ltl:'1-. R e-~-
sen 1,\11do-sc, por isso, 1,a.r:\ no 11roxim o nu-
mcro tbr a o :l eontcci mcnl'o t otlo o r c.lcvo quo t le mcrcco, «Cnt olicism o» ,lcstle j:", J'lr0$1fl. :\
s. J~xci :'t. Revnrn. -
(JUO OCUJ)l\
imJln.r .no corpo do cotaboradorcs tlCSh\ foJhn ll homcnagcm ,lo totlo o
l u g :lt'
seu :tfolo o ,ulm irasiio.
bem conheccrem a cstrutura e sobrcludo os pon tos•chavc dos obstaculos a fazer s.~ltar na linha d e lrente. Teve esse trabalho o grande mcrito de concorrcr para evitar mn ccrto n aturalisn10 com que costumam ser cncara dos os fenomenos rcligiosos, filosoficos, politicos, socinis c economicos que se d esenrolam aos nossos o lhos dcsprcvc• nidos. Essa esp~-cie de latalismo com
c1ue se invocam "'fatores historicos... "fa ...
torcs psicologicos". a "cvolu~äo social" e outras mistificac;öes. constitui autcntica cortina de fmn a<;a con, q ue os mentorcs da R evolu<:äo acobcrtam os m il 1nodos pclos quais a p ropngn nda scctnria cnca„ m inha a humanidade por sendas q ue ela näo segulrin se co1n clarcza lhe fossc ind icad o o verdadci ro fim dcssa rnarcha d irigida.
"REFORMA AGRARIA - QUESTÄO DE CONSCIENCIA"
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OMO aplica~äo p ratica dos p tincipios cxpostos pcla Pastoral sobre P roblemas do Apostolado Modern o e pelo ensaio sobre „ Revoluc;äo e Contra-R evolugäo .. , tcmos. por fim, o terceiro ma rco ao longo da cstrnda per... corridu por "Catolicismo": o livro "Refo rma A graria Ques tä o d e C onscien cia". Co,n efcito, trata essa gra.ndc obra da invcstida da Revolugiio ntraves do agro~reforrnisn10. näo sorncnte c m noss.'\ Patria, 1nas cn1 todo o numdo. A tatica social ista para i1npor no ßrasiJ a "Rcforma Agraria " sc identifica perfeitamente com o rnodo por q ue a Rcvoh1~äo agc sobrc a opiniäo p ublica, come~an do por un1 traba1ho de transfonna~o de n,cntalidadcs atravCs de „s logans·· socializan tes habil1nen te escolhidos, do falsean,ento de nossa rca lidadc ccono • n1ico*socia], de infilt-ra<;öes sub-r epticias nos mais var iados ambientcs, colorindose o socinlisn,o atC de ··catolico" para n1elhor poder pnssar seu conlrabando doutrinario. Trnt.-1ndo cspccificamen tc dcssa fase socinlisla da Revoluc;äo. mostran, os a.utorcs dcssc )ivro o gravc prob lcn,a de conscicncia que nascc conl a tentnt iva de fazcr i1\g rcssr1r no Brasi l esse cavalo de Troia por p rocessos charnados evolutivos c pa.cificos, isto e. atraves d e uma lc~isla<tao que fcre { ronta lrncn te o direito natural, constituindo port-anto g ravc viola~äo do Occalogo. Vive1110s cm t H 'll momento hisl·orico etn que os campos se. vä.o dnrnn\entc dclincnndo, c cn1 que ncnhuma ncutrulidade c possivel. Quc o vosso sim seja sirn. e o vosso näo. nä.o. dizia o Divino Salvador (cf. Mt. 5. 37). Se as pa la• vras tCJn scntido. c ns cle.finic;öes doutrinnrias d:-t. Santa lgrcja 8äo principios de v ida c 1,äo lctra n1ortn. nem farrapos de pnpcl dianle do podcr lota litario do Estado, e,Häo o socia'is,no c o con'ltmisn,o sao abom inave is h e.rcsias sociais quc devern mercccr a cxccrac;iio de l·odos os que lutam conlra os progrcssos da R ev olu~äo. Eis porquc consideramos '"Rcforma Agra.-in Questäo de Conscicncm oul ra pr:u;a.f-ortc erguida ao longo da cstracla <1ue trilharoos. Pclas v erda.des q ue esse livro contCm. os redatorcs de " Catolicismo „ d«räo sua v ida se prcciso (Or, pois ncste 1nundo con t urbado cm quc tanto se ouve fa lar cm gucrra e cnl amca~as de g ucrra, nada mnis dcscja.m cle.s do quc seguir aciuclc Rei invcncävcl. o Rci l1norta) dos seculos. que tern palavrns de vida eterna. c ser• vir Santa (greja como i\Tautos dessas verdadcs daras c cris talinf's que formain o conjunto da doul rina catolica. Nosso p rog-nuna csta 1ra<;,ad o, nosso modo de apreciar toclos os temas de
a
quc nos ocupamos n cstes dez anos C do conheci1nen to de quan tos n os ICem. Proc urc:1.m os sempre dar uma fei~äo ai-racntc ao nosso jornnl, fo rnccendo näo somcntc tcxtos sobrc assuntos de atua lidndc, mas tambCm nos csmerando na parte grafica. para imprcssionar agradavelmente os nossos leitore-s atrnvCs dessns jnncla$ dn nlmn quc säo os olhos. Uma coisa näo podcmos ncn1 qucr einos faz.er: ällcrAT n vcrdr,de, ou atcnuä-ln. ou dissimulfi„Ja. soh prctcxlo de näo f-crir possivcis adversnrios. Mns cm tuclo aquilo que niio cn volve r dircta ou in d ir cl'amentc uma qucstäo de princ1p1os. „Catolicismo" estä nhcrto Us sugestöcs e a lvitrcs de nossos lcitorcs. aos quais a gradecemos de cora<;5o o incentivo QUC nos tCtn e n'V iado. näo so,nente d e todos os po1üos clo tcrritorio naciona l, n,as tamb61n de tantos ootros 1>a ises. A Mac da Sabedoria e E:sposa do Espir ito Sant o mais urna vcz consa~ra. mos o nosso jornnl. ncste seu decimo aniversario, pRra que Ela nos Rmp:tire e abcm~oe na luta ein cruc continunrcmos a nos e1npcnhar pnra inslaur~r no mun ~ do o rc inado de scu O ivino F ilho.
Cunha A lvar enga
Mensario com Aprova1äo Edesiasti<a Crun1)os -
Est. c:l o Rio
Olrctor: Mons. '1nfo uio no,ch'o do nos,irio Av. "Z d o Sctc.mbro, 2"7 - Cnix:, l"'osl-:11 33S: A SSINATURAS ANUAT$
con,unl ............ . . . . . .. . Cr$ l) e bcnr<'llor ..• •. .•...••• • . Ol' s:.ron<le hcnrclt(.lr .. .. .. . $(,1nln:1rlst.as C <:SlU(hlltCs ,
Exterlor .. .. . . ... .. . ... . . . . N n nu, ro :- v n l~n
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Parn O!: r-.:·:<:t:ulos de Ala~ons. J\m~z(m:is, ß:1h1:t. Cc.nrt,. Cill:'is. M:.rnnhlio, M~to Cros• so, Pn1•f1. P.ar:,lbo. Pernnmb\lM, P l~t1t, ru o Crnnclc do Nortc. Scrr::ll)e e 'J\:rrlt.nrlog, o Jornul (J cnvl::ulo por vl{t ueren Jlclo prceo
da ossln3lu1·a eomum. /\O comu nlen r n n u ulnn~r.l do ondcro(.o do a si;inantcH, d ovc-$0 m l"t1dnn :1r tamb(im O (ln(}eret o ontis:q.
Vt:tlas: t)OSt:llS:. carl.1\S com VfllOr decl n.1'1.l.dO, chequcs, dcverfiö 1-c.r t'!nvltidos cm nomc de um dos segulnLes Agentes e para o r-e~pe('Livo cndereco: A;:-ent,e GMnl Dr .
Joi:;6 de Ollvclr{' ;\ nd,·ndc, C~txa l'ostol S.'33. C::1mt)(>s: A.i;en lö pura oiil J.•:srnd os de Mlnn~ (;_.mi,i;, 1-•r,ran(1, Rio <.: r:u Hl f- do Y..ut, $:mla Cntnrlnn e Siio l•.n1l 0 - Jos<: f~uls de F'rellns Culmnl'Acs Ablns:, nua C:lslrO Alvcs, 20, $.'lnlOS, E.$lildO de St'tO Paulo.
0 PI„Ff' 0 FJ QUESTÄO DE CONSCIENCIA» « R E F.0 R MA AGRARIA DF IN J l' DF 1, ' G OR ocasiäo da passage1n do ano e oportuno apresentar 111n apanhado da situa~o relativa-1nente a acolhida e a difusäo de "Reforn1a Agraria - Qucstiio de Conscic11cia". Esta1nos certos de ate11dc1· com isto a expectativa de nossos lcitorcs.
P
EM:-SE dito c escrito que o livro e un1 "best. seller". Nada de 1nais vcrdadeiro. J{t noticia111os que ele foi la n~ado priln<!iram<!nt<! en1 Sao Paulo, cidadc ein que te1n sua S<!de a Eclitora Vcra Cruz Ltda. 0 lan~a1nento ocorreu 110 clia 10 de nove1nbro. Dcsdc logo, as cinqucnta livrarias da cidaclc n1ais populosa do Brasil percehcratn a i1nportancia da obra, quc ein toclas clas foi cxposta con1 grandc destaque. A procura do publico se revelou täo intensa, que cm ti:es sen1anas sc esgotou intcirmncntc a prilneira ed i~äo, de cinco n1il cxen1plares (tiragen1 consicleravel para obra do gcncro) . Pclos varios orgäos da imprensa paulista, co1nei;1u·an1 logo a se 1nanifestar de n1odo elogi oso ao livro vozcs das 1nais autorizaclas, con10 as dos Srs. dcputado fcdcral ifigucl Leuzzi, Axinando cle de Alcantara, antigo presiclentc do Banco do Estaclo de Säo Paulo, Francisco i1alta Cardoso, ex-Secrcta1·io da Ag1·icultu1·a de Säo Paulo, Paulo 1V[urgcl, vice-presidcnte da Associa~äo clos Criadores de Gir, jon1alista Pcriclcs Eugenio da Silva Ra1nos, Sylvio
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Galväo, asscssor ju1·idico da F'ARESP, Prof. Sebastiäo Pagano, da Pontificia Universidade Catolica 1iaulista, Alberto Prado Guilnaräes, c outros. Ao 1nesmo te1npo, o deputado federal por Sao Paulo, Sr. Ca1·valho Sobrinho, ein 1nagnifico cliscurso a que ji1 aludi1nos cn1 nosso nu1ncro anterior, fazia o "lan<•:a1nento" da obra na Ca1nara Fecleral. E o brilhante cron ista Al Neto, na TV Tupi do Rio, lia un1a cronica altainentc elogiosa a ela. Na i1nprensa carioca, dcstacara1n-se os al'tigos dos Srs. .Joaqui1n Bento R ibci1·0 Dantas c ~1f11rillo i{aranhäo Gal liez, em "0 Jornal". Os orgäos de classe näo regatcara1n aplausos a "Refonna Agraria - Qucstao de Consciencia". Os Centros Agropccuarios do CONCLAP - Consclho Superio1· das Classes Produtoras, quc rcune os prcsidcntes das JH·incipais associa!,öes nacionais das classes produtoras - clistribuira1n sobre a n1es1na, a toda a imprensa, 11111 con1u11icado quc a qualif ica de "extraorclinaria, u1na obra magnifica clo 111ais alto patriotismo e da n1ais pura cienci,i econo1uica, quc situa o problc1na e111 tcnnos racionais c cds1.iios, . . . uni livro que devc scr lido por todos os brasileiros". 0 Centro Agropecuario de Santa Catarina cnviou aos a utores mna 111ensagcm encon1iastica. E, aproveitando a passagc1n por Säo Paulo dos Exn10s. Srs. Bispos D. Antoni o de Castro J\1-aycr c D. Geraldo de Proenc;a Sigaud, o Sr. Clovis Salles Santos, Presidcntc da Fcdera~äo das Asso-
cia!;ÖCS Rurais do Estaclo de Säo Paulo
(FARESP). acmnpanhado do consultor juddico daquelc orgiio, Sr. Sylvio Galväo, estevc ein visita de cumprimcntos ,, SS. E xcias. Revmas., bein co1no ao Prof. Plinio Correa de Oliveira c ao ccono1nista Luiz J.fenclonc:;a <ie Frcitas, expressando-lhcs seu aprec;o pelo livro. Por sua vez, a asscmbleia g<!ta l de lavradorcs promovicla pela FARESP, ein Säo Paulo, 110 dia 9 de clezc1nbro, a11rovou un1 voto de louvor aos autorcs de "Refonna Agr,u-ia - Questäo de Conscicncia". Nessa sessäo o Sr. Fabio Vicligal Xavier da Silveira, rcpresentanclo a Associac;iio Rural de Ita11ctininga, leu, devida1nente autori1.ado, o tcxto da carta enviada pclo Exmo. Rcv1no. Sr. D. Jose Maul'icio da Rocha, Bispo de Braganc;a, 110 Estado de Sao Paulo, ao Govcrnador Carvalho Pint o. 1~ do seguinte teor esse ilnportantc docun1ento, datado de :; de dezc1nbro ul tilno c acolhido pm· entu~iasticos aplausos do plenario: "Exmo. Sr. Dr. Carlos Alberto de Carvalho Pinto. Os govcrnantcs cle boa for1na!,iiO c be1n intencionados, cm cujo numcro, sein lisonja, coloco V. gxcia., näo pode1n subesti1na1· 111na colabon1~äo construtiva c desintc1·essada, co1no e a da Igreja, cn1 ordern ao be1n do povo. Dai esta carta quc, confiada1nentc, dii-ijo a V. Excia., acompanhada dos relatorios ancxos, relativos ao 11ro.ieto de rcfor111a agra1·ia e seus substitu tivos originados do govcrno de
A CARENCIA DE ARGUMENTOS ,
E 0
TRACO COMUM , CONTRARIAS AO LIVRO DAS REACOES ,
V. Excia. Lendo-os, como espero que o fa~a, corn a devida aten~ao, verificani V. Excia. quantas vezes e pot· ele ferida a doutrina da Igreja. Bern sei c1ue nao houvc n1i1 fe da parte do seu autor. 0 que lhe falta, por ce1·to, e, ou conhecirnento dos ensinamentos contidos nas enciclicas sociais dos Papas, ou inadvertencia pan1 consulta-las, conhecidas e adrniradas corno o säo mundialmcnte. Con10 sei que V. Excia. näo quer que seu governo se projete no fut111·0 como clesprer.ador das normas da Igreja, conto que dispcnsarä a 111erecida considera~äo aos refericlos relatorios. Sc V. Excia. 1110 pcrmite, indico-lhe como pessoa competcnte para dar parecer sobre o assunto o Sr. Plinio Correa ,de Oliveira, que, certamente, atender,, a um peclido de \ r. Excia. para il· ao palacio. Con1 os sentirnentos de 1ninha aclmira<;äo, i· J ose, Bispo de Bn1ganga". A repercussäo da obra dcu lugar a que a irnprensa quisesse ouvir seus autores. Estes concederan1 assim urna entrevista ao "Dial'io de Säo Paulo", estarnpada ein f ins de novcn1bro. l'l<fais tarde, SS. E xcias. Revrnas. os Srs. Bispos de Carnpos e Jacarer.inho ainda fizeram declara~öes a imprensa, publicadas nos jornais "Folha de Säo Paulo", "Diario de Säo Paulo" e "Correio Paulistano".
particular significa~o foi o fato de que o dcputado Ciro Albuquerque, presidente da Comissäo de Economia da Assembleia Lcgislativa de Säo Paulo, convidou os quatr·o autores de "Rcforrna Agraria - Qucstäo de Consciencia" a co1npareceren1 a urna reuniäo daquele orgäo parlarnentar, a firn de se pronunciarern sobre o projeto de Revisäo Ag,·aria clo Governo Carvalho Pinto. Corno se sabe, o livro se ocupa principahnente corn os projctos de "Refor111a Agnu·ia" que trarnitarn na Carnara Federal. Entrctanto, contern algurnas aprecial,öes sobrc o agro-rcvisionis1110 paulista. A Co111issäo quis ouvir 1nais detidamente os autorcs, sobre a 1nateria. Por especial autoriza~äo da P~esidencia da Assernbleia,
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em vista do interesse despertaclo pclo fato, a sessäo sc realizou, sob a presidencia cto Sr. Ciro Albuquerquc, na prop1·ia sala do plenario, presentes 11umerosos deputados. As t1·ibu11as estava1n lotaclas. Nurn arnbiente cle viva expectativa, falou iniciahnente o Prof. Plin io Correa cle Oliveira, que apontou o carater igualitario do projeto, o qua! tencle para o estabelecimento de uma socicdade sein classes, e portanto neopagä. Seguiu-se-lhc o Exrno. Rcvrno, Sr. D. Geraldo de Proen~a Sigaud, que cliscorreu sobrc a necessiclacle de ha ver grancles, 1nedias e pequenas proprieclacles, e sobrc a situa~äo inumana que o projeto cria para cstas ultirnas. 0 Ex:rno. Revmo, Sr. Bispo Diocesano, D. Antonio de Castr·o Mayer, assomou depois it tribuna, para falar a respeito da "questäo <lc consciencia", Por firn, o economista Luii !l'[enclon~a de Frcitas fC"t uma refuta~äo clos clados tecn icos com que a Secretaria da Agricu ltura de Säo Paulo procurou justifica1· o pro,jeto. Term i naclas as exposi~öes, seguira,n-se clebates, ao cabo dos quais falara1n vadeputados, situacionistas e oposicio11istas, hon1enageando os visitantes.
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011{0 a J)l'OCUl'a SUJ)el'Oll
a expectativa, näo foi possivel J)reparar a segunda edi~äo antes que se esgotasse a prirneira. E so nos pri1nei1·os dias de clezembro, co1n a entrcga dos sete mil exe1n1>larcs da nova ed igäo, voltou a normalizar-se o forneci111ento. No n1on1ento, o livro estä saindo nol'lnalmente ern todas as livrarias clo Pais. Na segunda ed i~äo, a Editora Vera Crui incorporou ao volume os quadros cstatisticos que antes vinha1n ein sepa1·ado.
* UE reagöes contrarias suscitou o Jivro? Das n1ais diversas, em setores tambern 1n11ito variados. Mas estas rea~öes apresentan1, toclas, 11111 tra~o comurn: 11111a total carencia de argurnenta~äo. Ate o n1on1ento, te,n-se dito e escrito que a obra e reacio-
Q
proximo
numero
INDICE DO ANO DE 1960
naria, antiquada, contraria it cvolu~äo dos tcrnpos, impn1de11tc, inoportuna, etc. Nossos leitores be1n conheccm a ladainha de eJ)itetos que nesse "co111prin1e11to de onda" costu1nam seguit·-se um ao outro. l\{as os opositores mantern verdadeiro silencio sobre a 1nateria do livro. Nenhu1n, absoluta1nente nenhu rn argumento
foi contra ela alegado, E sen1 talvez este o 1naior triunfo de "Reforma Agraria - Questäo de Consc iencia". C o rn o responder a essas afil'lnativas sern f1111da1nento? Vem-nos i, mente o velho 1·ifäo: "Quod gratis datur, gratis negatur". l\1as uma le1nbran~a sagrada nos OCOl'l'C COlllO n1ais ))l'OJ)l'ia
para a situa~äo. Ern urna obra de quatrocentas paginas, os eminentes autores expuserarn largarnentc scu moclo de pensar. Se cstäo errados, porque näo mostrar concretarnente o Cl'l'O? E SC näo O estäo, J)Ol'· que co111bater o livro? - "Se falei mal, cl ize em que. Mas se f alei bcrn, porque Me bates ?" (Jo. 18, 23) .
A
TRES GRANDES TEMAS TRATADOS POR UM BISPO BRASILEIRO
,'NON
dicns malurn bom,nn~ n <!c bonum nrnlunrn niio dirUs quo o nud 6
t,,,inJ ncm <aue o bcm 6 m al. Com tnl nchuocstac:.iio, quo so lö nn litur.i;i:\ da sngrn<:tlo cpiscopal, lcmbru. ::, lgrujl\ no ßi~po a obriga('.Üo d e orientnr s m,s ovcllms no.s c,uninhos da verdad o c, do bcm. Ao Indo dos seus ven crnvois irmiios oo 1::pi~optulo, o jo" cm Bis1>0 tlC C11otit"<;, nn ßnhia, o Ex,no. R cvmo. Sr. O. ,Jos6 Pedro Costn, vc,n so descms,cmlrnndo :,,elosamento tlossa nobro mis-'kio, como t cstc.muuharn os 01>usc.ulos do sul\ nuloriu. quo nos n.cab::un de eb cgnr: duns P astorois, sobro <<Os c;;ristUos o a 1,obr~zn» e n ((J?'rcscn('I\ socin.l dos crist ifos», c um sermiio s;ratulntorio vcrsnndo 1'1.S «Jlnse.s c risHls ,lo Direit:o», dirigido :'\OS hüch:1r cl:1n(los de 1059 cltt Fac uldnde C~Ltolicn de Dircito d e Uelo H o ri7.outc. A conscicncin de scu devcr pnsto• rn.l 6 quc movc. :a l)OIHl d o $ . Excia. Revmn: «Escrevi,mos, n.Uo p:1ra n. gloria., uilo JU\ra a imorbüidi:..de, mns 1>or Jesus Crist-0», diz c lo com palnvras: de fi:unoso pregador, no inicio
da Pa.stor:)l sobro os c r istiios o a l>O• brCZfl. Oe" cr tanto mn.is ur,;ente qunntlo
nt.ingimos uma «CftOC:l de
nlegria il. \'Crtlnc.lc e do ntra(-ÜO r,ch\S fnbulas ucomodnd:;t$ J\O palado.r <lc. cnd1\ um» (ib.). A 1mhl\'rt1 ,10 S r. Bispo de Cnetit6 O um con\'ite sereno U. p1;ntien <las virt11dos cnsinadas: s,or Jesus C risto, m\ socicdnde pngani7.nda <lc h ojc, 1,ois ,,uC!, «se mnis hcm eonhccido c mais bcm vivido rosse o c nsinamcn to de Nosso Senhor, ntlo have ria mt socicdndc moderml tanta i_n justifn e 01>rcs~1o c, 1,or isso mesmo, tanta. indignn(,'i\o e re\'olta» (ib.).
* As duas Pnstornis r:ucrn 11n.rt-0 de um mesmo plnno quc visa levar os fiCis u uma com1>recnstlo mai.s exa1.11. clo ~SJ>irito cle Nosso Senhor_ , o a u m c umJtrimcn to mais gcncroso ,le s ua.;.; obrigarOes-. A quc tem por ti1ulo «Os c r istäos c u. JJobrc1.a» ,lividc-se cm c.luns pnrtcs. A primci.r a cs:i,Oe o ,·crd ndeiro scntido dt\ po bre;,.a c ,·angel.ico, mostru n dignidt\.do do 1>obrc, rcspondo n. :1.lgumns obje~öcs, propöc i\ reflcxü.o bclissimos pcnsamc.ntos clc Sn..uto Agostinho, c e nalt-ec,: n. fclicidnde do pobrc. Niio dc$Conheco o Exmo. Sr. D. ,Josö Pc(lro C.Oshl- us injusti~fL."t n. que t.:mtos ricos siio Jewulos llOla ganancin c o. sCc.lo d e i;ozo domin::1ut c.,; nos quc, csquecitlos do C6u, b uscnm o fclicidado nu ::1 bumhmcin dos hen~ e 1>razures dn terrn. S m\ 1,:\.lüvrit, l)Ort!m. näo sc c.lcix:1- CJUilOIJ;ttr llOr assomos ,10 1>:.lixU.o. 10:la niio s6 nito oxeit:'l os pobres 1i r evolta, mns t:un11oueo silcncia ns bcncm<~re ncins do rico, qunndo n.nimndo tl!l pobrC?..a de c.~spirito <la prirncirn bem-aventun'l.11t:'l . «A cxcc.lcncla. de todit.".t ns coisns neslo mundo so clcduz do est>irito quc ns go\'crnu. 0 1>obre cfo,•c 8
t c r o es1>irito do pobroza. nn 1>obr(V;,n, o const)r\'ar CS.."'1:0 CS(,i.rito na riquo1.a quc, J)Or kC..'\SO, lhc nc.h1cn.ha» (ib.). P or isso o ilustro P rclru.lo ni\o silencin. n. doutrioa da. .r greja sobrc a 1>ro11rit"<ladc priväda, seuiio quo n detomlo coutrn 08 ntaquo..~ tlo~ comunist~L" o c.onmnistizante.-J, e lcmbr1\ o nurco principio do Siio Tomfis do Aquino, condcnsi\do ncsta frn.~o: «pro11ricdude individual (Ul'I pro,·cito c.lc to(l0$)), a s igniriCl\r ttue os bc ns dn t.crra so n1>ro,•eit:un rcnhncnto n todos, qunmlo 110,s..;uitlos 1,rivnd11mcn• t e 11elos n1cmbros da socicdtulc, con$• cios (fo seus (lcveres ~rn face do bem comum. Com muit{l ra :r.ilo, D. JoS-6 _l.)edro Cost n. ohsr,rv:\ (\uo ((0 Evnn• gclho e n Igrejn ..• ni\o n<lvogiun o t'otal dcsat>nrccimcnto dos J>obres, o que sorin impossivcl», c «n 1,rcscnra dos 1>ohres nii.o depo.upcr1L ncn.ltunm ru\(,'iio ben1 orgauiY..adn», pa.ra concluir: <<Hl\jn. ricos catolicos e sejnm os pobres nort'c rulos de acordo com o conccit:o crh;tüo d1L pobrc·1,u, - c hnver(l a maior hannoni1\ socinl, eri:\tlora tle um clirn!\ pro1>ieio uUo open,llS a-0 ctcscnvolvimen to mnterint dos IJCH'OS, OU\S SOIJrchu:lo uo pro• gresso espirituül do$ pobrcs e dos ricos» (ih.). A :mgunda 1>nrte do documcnto r c• cordu os dovercs do pobre para com Deus, 1mrn consigo mcsmo, JHUa com sua, familia (os dcvcres civicos si\o 1\S..-iunto da outrn. l'>astoral, sobrc. a «Prescn~n socinl dos c ristilos»). :Em su,1, solieitmlo IHLtcrna, ni\o CS<lUCCC o Exmo. Autor de neonsclhnr n. «evi„ tnr noitac:la.-i de bebcdoira.. tle jogn• t.inn c outros vicios>>_, ou d e lcmbrnr quc i, riqucza. ,lo J>obrc 6 sun. honru, quc clc ni\o dcve viver «de csper tezas, vcU1nearias, barg11nl1ns despro positruh,s», mos untci; consolitlo.r su n r eputaeäo c-.om o trntndho honesto o dilige11to no Jugar onde «::1. gento nnscem), sen1 migrA('.öes- cJes-ncces;cn. rius e intrutiferns. Prec;iosos os c n• sinn rnen tos sobre u. autoridadc 1mtern a numa. soc.iccln,lc cm quc c.l n vni m _ingmmc.lo J):lrll- cla.r IUgar no cmbundono. d CSJ>l'C7.0, desat~n("ÜO, dei;n.cato ou cunm.radngem » por part-0 dos filh os. Precioso tumbem o que e:::;crovc sobro a nooessidatle do bom oxcmplo dos J>J\is, sohre n otn·igar.ilo de cduc.ür tenir,enH1do tlS con et.öes inclusivc n vnr1\. d e taeo,rc.l o coru «~\$ norm::L'- da 1>rudC"nciu. o cl n ntentn observn<:iio <lo t'cml)cramc nto. do curnt:cr c ut6 dn com,tituitiio tisica do filho quc e rra». 8
* menor importanci..a te m u Pn.storn.l sobre •"- «r rcson{:n. socinl dos cristiios», como se pode nJlrccinr p,1los titulos de algun.s de scus to• 1,icos: «(luc C o Estndo? l nte„ rcsse cristiio p clo K.~tado Obe• clicncia i\. autoridndo constituid:.\ Aut·o rhfade e Di.rcito Natural - Cri• tir.n. e 01,osi~ii.o l~imifa~öe.~ da. ohri,;nt-üo de obcd cccr - Dircito de re \'olu ('iio - Hcspcito e ora~.J1o Pfi~:un<;nto d o im11oslos - Scrvi~o Ni\o
,nmtrrr - 0 c.lovcr do voto - Nncionn.Jis-mo Dircito do g r evo Outros tlo,,crcs socinis Ucgislro cle imovcis Unitio dos pobr cs». Corno se vC, qunsc •1ito faltou rola("i'i.o civica c1uo niio foss o objeto tll\ nt cnrfio i:,n..~tor11t <lo lli~-po clo Cact-it:6, 0 Cll\ totlos- 0$ J)Ontos- $lHl cloutrin(l So conser\'t\ mode radl, dentro da tradicäo, como nesta 1H1ss11ge1n !«lbr e o dircito de rcwotut;äo : «A historitl s6 tem umn voz r,nrtl nos onsinnr <JttO n .', r cvolut.Oe...'-, cornef;rulas J)c los h om ens 11u1is snbios, s.ü.o semi,ro terminnd1t.', pelos louc:os: quc os nutorc.s dclns siio somi,re suas viti• mn.s, C (JUO OS esfor('..OS dos .-,ovos pn.rta. (:.rinr o u :\ume nt':u a suf1 lih<'r·ditdc ncnbam scm1,ro J1or l11cs dnr grilhöcs». $l1o pahl\'rns de JoscJ>h de t\loistrc, que tcm nn. atualidade doloros1\ eorllirm~.ao nos aeontecim en tos do Cuba... Todl\ a Pßstoral csta rc1H\,,-sndn de um sunvo otimis• mo, embora niio dcsconhc,cn. o situa(,':Uo nrlitiva. sob tan tos J>ontos de vistn, do povo do sc.rtiio, taue coni.lihri o r cbn.nJ,o do E xmo. Autor. Uma lingungcm nuente, com obserVi\S!ÖCS pitorCSCI.\..", t:ornn, a lcitura ngrndavcl c ntrn.cutc.
* «&scs cristis do Oircito,> 6 tcnm muito ndcqwulo pnrl\ u m 8Crmäo a
novos IH\chureis. Adequnclo com re lnt-iio ao nuclitorio, e ndequndo cm fn.cc clos tcmpos que ntravcSSlunos. cm quo o rncionnHsmo cfa. filoso(in modc!rm\ Jnn(ou n. lci n.o t o n •clinbo dn., vcrsatHhll\clo Ju.11n:1m\. Com ele :unesc1oinhou-sc 1:i j usti(,':\ c r,gignn tou•se :t missKo de \'Crcl1tde iro r cstaurador do juris ta c rlstäo. Con eeitos muito bem e x1)ost os 110 sermiio clo F.xmo. Re,•rno. S r. lliSJ>o de CaetitC. l\ln.s niio bost"n, indicar n. missiio: ao prcgrulor convCm npont.J.tr o rot<:iro. D. J os6 Pedro Costa IC-lo com mnostrin. Oosbasto1.1 o e11.minho 1\tulhndo de conco1>~0cs errone:11s pe la filosofin mode.rn11., e rctomou n, lc,;i~ tim!\ tri:u.lit.iio cristii. cm Afouso X, o Snbio, .Rei de Cnste1n. o IA}üo n o 8cculo xnr, p:na ttuc,u «tochl justic:-i-t t:e,u Cl-l g"o de, r elis:-iosidndc~ todn. injusl i("a, ::l lgo c.le s ~'l.crileg io», pois quc '" basc imuta,·cl de todo Din,1ito 6 n boml:uJe $0bcr:\m\ de l)eus. Essa ju.stis-.a tnteja no cor:ttüo do homcm, como «et-0rno c n.l)solulo s u stcnta• cuto» dos dircitos humonos. Desco• bri-la, t\m(t-la. ter dela sCdQ e rom o 6 o mcio 1>or t1uc o homcm d::,s lcis cstahelcccr:i. «as Ii~n(l0cs iutimo•.; d:1
just i("n. c.orn o sobrenntu r~d» c. so fft„ rr.. urn hcne.mc.r ito d1\. socicd1,dc. Eis e nt s intcse os bctos c uteis con8(:.lhos do E ~mo. l "rr,hulo nos b:'l.eharelnndos dn I"nculdnde do Dit·cito dt\ Uni vcrshh\dc C::&t·olic:.\ de J\linus, cm hou. horo. publictulos J)l\rt\ uma utili:,.aeiio m:,is omplu. O::; .::studio• sos do dirc.ito cncontrariio sn.bias Ji„ töes nessc 01n1sculo do Sr. n. ,JoS.: i:'cdro Costn.
D . A. C .
0 COMUNISMO EM CUBA
<< Prstsna B-S8 anular totalmsnts e a lar gos ~a ssos a influencia catolica>>
Oil'l 11al<tVl'(LS e1ui,rgic<tS, Mons. llen1·iq·ue Pe'rez Serantcs, A1·cebisvo <le Suntü,go de C·ub<t, ein in11101·l<tnte decl<i1·ciq<"io <io 11ovo cub<ino, vmn ,tc 11&r eni foco os deveres do vercl<uleiro v1,lriol<L / <ice d 11e1tet1·<iq{io 11u,ciq1, do comunis1no n<iquela illu,. Tr<iduziinos os tov·icos 1>rinci1><tix clo vigoroso doe1,1n.ento, que nos f oi trazido cl-ireutnien/.e 1101· n1n <t1nigo ln-c,silciro 1;-indo cle Cuba: "Esta1nos envoltos nu1n m<t1· de conf1,söes, 1n·ocl1tzid<ts por u1nct densa nevo<t <rue e nece.~scvrio d:issi11<ir 1·,,pi<laniente 11<1r 1·1, d«1· litgar a luz e, com el«, et v111·d~1.de, qite est<i smdo 1n1t·ilo desv1·ezaclc,. Pn1·a deixar cle l<ulo circ1,n„ 1oqitios inuteis e näo proC1Lra1· esco1uler a evi<lencia, d·iga1nos clescle lor10 q1w este confusionis,no {lii·a toclo cw 1·edo1· clo 1n·oble·1na do comnnisnio, incul,culo 11elo c«11itctlis1110 1nate1·i<,l-iz<ulo e velo r«ci01wlisn10, e bmn rletbo1·culo e d<ulo <t liiz pelos halJeis cliscipulos de M<irx. T mn110 houve, näo o esquece,nos, eni q11e se q1utlificetva cle exet>r«vel t1·<iidor qiumi näo estivesse intei1·a1nente <le acordo co11i o 1·egi1ne e o vroced·i1nento cle Macha<lo. aincla qile fosse Uio cnb«no rr1u,nto Mcirt-i, Maceo O'!l Agro1nonte. Hoje, 11onclo cle 11<Lrte as clivaff<Lföes, <tcontcce qu.e se con-· si.clerci i1111etln1ente tr<ticlor queni se 11ennite o luxo (le contbCLter o co1n1,nis1no, 01, de ex11t·e.ssar <le 1noclo cl«ro (J?lC 1uio e.stci, cle «conlo co1n as cliret1·izes, <i cloutrincu,tio 01, o 7>rocedi111ento dos 1n«1·xista.s. As vezes, neni e 1>reciso chega1· a tanto. P«rece que, 1>a1·a alguns, s6 os co1n1,nista.s e seus seg-u:ulo1·es t&m. dire-ilo cle t·ragcir a linha de condut« ob1•if1atoria 7)«1·(t todos. A11rende1nos que trai<lor e q11e111 ro1111>e a ficleliclacle 01l et lealdacle que esta obrig«clo a giu,rdar ou et ter. J1alas, mt1·egando se-,, 1\1e.strr., ci e seni sen1111·e o prototipo <lo t1·ai<lor. Assin1. senclo, co1110 01,sarci, c,lg1wni clizer, co1n qualrru.e·1· vestir1io de 1·a~äo, que 1uio e 1>«triot:a, qiw·1n detestc, o co1n1lnis1110 niate-,·i.alislCI, e ateu, oll 1ruc111. ·1>cira 1uio trai1· <t consciencia e CL f e. f1<1·(1(la, 1uio se dolJra e nein sequcw se inclin« einte os 11seu.do-1·edento1·es do vovo, ne111 esta cl-i.~1>osto a trocetr Ro1n<i 1101· 111osco1,? Qne111 110de ter o direito cle a.fir111a1· q1lc ulg·1uhn e trciido1· da Pat1·i« vorque, a111anclo-Ct coni toda a. ctl1na. näo tmne dizer que näo 11ensa ein tudo conio os ini1nigos de Deus, os ini111igos cla N.bm·dade e clos cli1·eitos h1t1nanos, os co1111inistas e se'ltS seqiu1zes? Pode1n, mfi1n, Se?' 1·C1nttados conio fll·ctido1·es da Patric, os q1w näo viol.ani ein nada a ficlel-ida<le 011 et le<ilcletde cleviclct <to Est(l.(lo ou as institwiqöes lcgili11Ut'lllll'llle esl<ibelecidas?
C
* ,i, 1>01· cm·to, inclit>ios 1n1iito ex1n-essivos, e <it,i alguns 1n11ito eloquentes, de qiw 11ara os co·11v11,11i.~tas de ccis« (i{l'l<et·is neste 1>onto a toclos os cle?iwis: det R1<ssia, dci China, clct ll1,ng1·ici, e cle toda vcirte), niio 7>arece1n 1nerece1· as ho1was da cidcidania, se e que näo säo tachados
H
Fidel e Kruchev na ONU: os cumplices se abra~am.
<tbertc,111ente cle anti11<iliriotas, rtu«ntos. <ti'l·<tigudos nos v rincivios b1,si.cos d<t lenl<ltule ci De·us e et seus M<tncl<t1nenlos <rue säo e häo de se-,· .se1n1>re o codi.qo cle hon1·a dos ho111ens <le to,los os 11«-ises - 1nanifesta1n, 1>01· essa 111e,m1a r«zcio, sua hostilidacle ou. r(i'/ntgnc1cict a 1t1nc,lgCL1na cle i<leolo(licis estranha.s, espu1•ias, ulhei<tS e confll·etric,s <WS fii-1nes e trctdici01utis sentünentos religiosos, /1tncl<inientciln1e-,1.te ccitoHcos, cle nosso 11ovo. E, 1nais <lo que indit>ios, lui a certez« de q1w estes senhores cla foice e do 1n<trtelo, do 111es1no 11Wclo qiw os que se 11öe1n incon<lit>ion<tlniente ci seil ser'Vifo, recebe111 cle brai;os etbertos <U('lteles q1w, trainclo <t C1·isto . dese1·tan1 cle sua Tgrejn, (UJ1tel<1s (/IW t«lvez A Ve?idci1n 1101· 'll1n 11r«to cle le-,itilhcis, on <lElet escc,rnece1n. N1t1na valet'lf1·a, 11<ira estes smihores, quan<lo 1nuito e cicl<t· <lcio de seg1,ncl« 01·cle1n, rel.eg<tclo ci retetg1ta1·cl<t, quando n<io qiuilific<ulo 11,iclosa1nmte de a11«t1·icla, o honie1n cle cor«{le1n (Jlte, 1101· (tmo1· US 1·ealicu,des sobrenat1trais, se esforfa vor 1101· näo cletudica1·, fir111.e e1n suas nobres e a1·r«·iucu/.a.s convi.ct;öes, q1ie näo se assent1,ni n« areiet 1nove<liqa das i.<leolor1ias e co1iipo1·t<,111mtos cles1i1na,. nos cultivados nas f1·ias estepes 1'USS(l,S".
* EMBRA e-,n seg1ii<la. o docu1ne-,1to a colaborat;äo 11restada 11or ele1nento.~ c<itolicos aos 11r·i111.01·<l·ios da 1·evol·ui;äo castrista. Est«va111 cles "confiados e1n q?Le e.~t«. t1·azen<lo-11os a fusti9a soci<il e a paz, nao 11oria ni?1r1ue1n no 11erigo cle 1·munoiar ao que lhe e 111/LiS 001·0, ou seja, a De1<s, a lgrejCL e as nossas belas t1·<t<liqöes c1·istlis. q1,e ein naclct se 011öMn et aquisii;äo e a vos.~e tranquiltt de bll'IIS 1n<tte1•ict-is fiistos e honestos, sCl!äo que, 1>elo cont1·et1-io, os 111·01>ici<t1n e !/<trante1n. l,1itando 1>elci 1·evol1tfäo, nilnca 11misar«1n os nossos, 11·1,ncet 11enso1t O 1)0'VO Cltbano, (flW (L 1näo f ei•re« e i1n1riedosa clo co1nunis1n.o luive.,-.ici de vll'llder a1ne~a(lora sobre nossa.s cabeqas; nein que have1•ict1n de Set· OS eSC(tSSOS d.evotos de M«rx e de Le?iine que 7>rete11de?•i.a,1n a1..,.ebcitar-nos o l.aui·et be?n r1etnho det vito1ia, qite rlit.a1·ia1n aos he;roicos vol?tnl<t1·ios da Petl1•iet, «s 1w1•11ws de co1tdut(L <t observa1·, che{la1ido c,o vonlo de 01·cle-,ui1·-11os qII e 1ws confine111os ein nossos te-,n11los, e neles nos ettmha1nos et diret1·izes tra9aclas atrevi<l<t1ne11te pel.os que, co1no incred1il.os q1,e sii.o, nada mtende-,n clisto.
L
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A
*
1n«neira cle 1n·ogra111<i cle vred01ninio social e atci volitico, nitidet1ne-,1te coniitnista, ce?·t«1ne11te ctnticatolico, varece claro q?Le se 11retmule an1tl«1· 1101· co1111ileto CL influ.encia catolic«, e isto, 1uio 1>asso CL vasso, 111as et grancles s«ltos. Se cissim c, smiti-lno-nos o/1ri.<Jados <t lev«nt<i1· nossa voz 11«1·<t ve<l·i r que se c011.ceda aos c<itolicos e <t todos O$ n<io eo-
niunist<ls o gozo clo cli1·eilo que toclos os cicl<uliios tiJ11i a tibe1·dcule; e, 11oslo que so1nos in.dis"11 l'iveb1nente ·1nuito su1ieri01·es e,n nu1ncro e n<ICl<L inferiores c,n q1uilicl<tde <t nossos ovosito1·e.~, e-,it<io, que nos rcS1)eite11i c nos cleixmn ocuv<ir o 11oslo <Jtie cle <li1·eito nos cor1·es1>011Cle; e isto e111 toda 11cirte e näo s6 nos tmn1>los, ja r(i'/1etidc1s vezes, ein 11011co tem.110. 1n·ofet1uulos vor 1neio de Ü"?·evermtcs e citrevidcu; incursoes 1·e<iliz<ulas neles sob 1n·etexto <le <lefende-,· inte1·esses iet·mais fe1·idos petos ctttolicos cle boet te1n11erci.
*
D
ECLARADO o q·1w 11reccde, vi1·et111os a 1>ar1ina, 1iOis Nos fetlt« al{IO a <lizer, isto 6: (Jlle <ios no1·teu1nerictLnos 1uio Nos li{letni vinculos clc s<in.<J ue, cle lin{lutL, cle t1·ctcl·i9äo, cle convivencic, 01, clc fo1'lnaqcio; e cmbora Nos 11«reqet q1w toclos esteja1n c·i entes clisto. ncio que1·e1·ic,1nos que o ignorcisse 1wnh1t1n <los nossos. Do 1neS?no 1no<lo decl(t1·ci1nos lf'IW os /1Lnciona1·ios clos BUA ncio exercei·ani ne-,1h11.1n<i vez. cliretci 01, incliretc,1ne?ite. qiu,lq1ter ·inftuenciet sobre N6s, co1no t<t1111101wo <1 exerce1·a111 os fcilcingist<is, 01l os fr1,nq1tistc,s, coni os quttis 111,nc<t 11u,nti11e1n.os rela<;öes cle q1u,lq11er esv ecie. Que11i afi1·11ui1· o-utr<i coisa se eq1tivocarc,; e, ein qiutlquer c<iso, nao estara. fctlan<lo a ve-,·cl1ule. M as näo hesit«111os e111 <li.zm·, e fulget1iamos cov<trdia ncio dize-lo, quc entre nortea1ne;1·icano.~ e sovieticos, 11a1·<t 1,.r6s 1uio ccilie vacila1· na escolha. A1n«1nos C111J<i. e lL C1,ba nos cle<lic(t?llOS tot<iln1e11te, CO'IIIO igu.al1nente a nn1a1n toclos os ccitolicos e toclos os ho1ne-,1s de lieni 111te teni a vent?,ra cle convi1,er. conosco. Po1· anior cle Ci<ba est<t111os clis1)ostos a clar t'ltclo, e tiulo esta1nos ,lando; e. 1>a1·a sm·vi-la. o 1nelhor que 71ocle1nos, estn11ios diS1)ostos inctusive a sei·1nos chn1naclos de l.ret•i<lores. 1>or aqtteles rr1w 111elhor fariani se se calassmn. Tsto .~ini s<nn11re <lirenws: Cub<t, siin; co1n1inisn10, 1iäo. Re11etire1nos s111n11re: Cnba, si111 ; escravos, fan1.ais. E sailJct?n todos <rue. se1n 1·e11unciar ci filiaq<io divin«, a cha1na1·-se filho <le Deu.s, ningiui?n 1>o<le1·6. s&r escravo, ninguein po<le·1·6. ser tr«i<l01·. ninguci1n 1,od&ra 1·miincia1· a s1ta lwe·rdade. Deixem,-nos, 1>ois, ein 1>az. Dc<liqumn-.se et algo cle consfll-iitivo. 1>orque h(,, 111.1tito q1ie fazer, se,n 111/LllJCirettlLr o te111110 ein dividi1· a /et1nilia culian.a, einvunhanclo et es·vcula te1nivel cla disci·i?ni?wqäo. De tudo quanto fo·i dito, 110·1· ({1Le SO?llOS N 6s O 1l11ico 1·esvonS(L'Vel, qne?·enios q11e estef«1n devid«1nente info1•1naclos Nosso.s cl·iocesanos, a fi-ln <le evit<t1· confusi5es la1nentaveis; vara vara (J?te conhei;a111 se1,s direitos e as ·1naq·ui11lLfÖes <los ini,n-igos declcvretdos dCL I greja; e 1)<L· rc, que, vor intercess{io cle noss<i excelsa Padroeira, a Virgen, cl<, Cetrid(t(le, 11er-<i1n incessante1nente <to Se-,ihor que nos liv1·e <l<tS ins id1uis <los a,.•relig iosos e clos irreligiosos, e 1ws vropicie o c/0111 11recioso da conV'ive11.cia f1·«te?"?1«l de todos os c·ubetnos nu1n a111.bienle de verclade, de j1csl:i9a, de a111or e de vaz''.
Pe. JOÄO BLOES NETTO
T
ENDO recebido va1·ias consultas versando sobre o mesn10
assunto,
resolve•
mos responde-las pela imprensa. Uma das mais tipicas, e que por isto como que representa as de-
mais, fe-la o autor da seguinte carta:
"Tcnho lido c cstudado o livro "Refonna Agraria - Questäo de Consciencia", da autoria
do Exmo. Sr. Bispo Dioccsano D. Antonio de Castro Mayer, de D. G eraldo de Proen~ Sigaud, Bispo de Jacarezinho, do D r. Plinio Correa de Olivei.ra e do
em que se diz que o projeto e o seu substitutivo sc inspiram na doutrina social dos Papas. Compreende V. Rcvma. a minha perplexidade diante de tal declara~äo, que afirma exatamente o contrario do que meu
Bispo Diocesano e o Sr. Bispo de Jacarezinho - aos quais se juntou ein carta publica o Sr. Bispo de B1·agan~a Paulista ensinan1. D es t a perplexidade brotou uma ansiedade de conhecer os principios por que me devo guiar no caso prc,s ente.
Dr. Luiz Mendon~a de Freitas. Pelo estudo desta obra cheguei ao conheci.m ento do que a Santa Se pensa da Reforma Agraria em gerat. Estudei com especial cuidado os topicos em
Corno se deve portar um catolico em situa~öes semelhantes? Ficaria imensamente grato a V.
que o livro examina o projeto
Respondendo a esla carta, es-
Revma. se me indicasse os principios por que n1e devo nortear" .
de Revisäo Agraria do Governo Carvalho Pinto, e cheguei a con-
pera1nos
vic~5.o de que, en1 seus principios e suas aplicac;öes, a Revi,. siio Agraria paulista socialista, e näo podc ser aceita por um catolico. ~..conteceu, porC1n, !er
que nos procuraram.
e
cu na imprcnsa uma declara~äo de boa parte <los Exmos. Srs. Bispos de Säo Pau!o,
tempo
satisfazer ao
mesmo
os demais consulentes Sem apre-
ciar os fatos recentes que deram ocasiäo a perplexidade de nosso n1issivista, inclicaremos os prin-
cipios que a Sagrada T eologia nos ensina sobrc nossa atitude diante do Magisterio Eclesias• tico.
CARA TER E OR I GEM DA AUTORIDADE DO BISPO OSSO Sen.hor Jesus Cristo constituiu a sua fgreja dando-Lhe a forma monarquica, dotando-A de um Governo central supremo, que e o Santo Padre o Papa, Sucesso1· de Säo Pedro. Debaixo da jurisdi~äo do Papa, mas gozando de autoridade propria, Jesus Cristo colocou os Bispos, Sucessores <los Apostolos, co,n a missäo h·iplice de santificar, gover-
N
nar e ensinar os fiCis de suas circunscri~Oes ou Dioceses.
A autoridade fundamental dos Bispos e, portanto, de origcm divina, e ninguem a pode abo„
lir. 0 ambito do exercicio desta autoridadc pode ser maior
ou meno1·, conforme a legisla~äo eclesiastica, que em certa escala
pode variar. Näo dependc, pois, da vontade do fiel a autoridade do Bispo que o governa. Submetendo-se a ela, o fiel se submete a autoridadc de Cristo. Näo säo os Bispos delegados do Santo Padre, no exercicio de sua autoridade. Possuem esta prerrogativa a titulo do proprio oficio. A 1naneira con10 o Bispo e escolhido para o munus episcopal pode variar. Mas a orige,n da autoridade e sempre a mesma: Cristo. E pois em non,e dEle que o Bispo adn,inistra OS Sacramentos, da OS n1andan1entos, ensina a doutri_n a.
A AUTORIDADE EPISCOPAL E A AUTORIDADE DO SUMO PONTIFICE UA autoridade, porem, näo e irrestrita. Ha duas limita~öes que a enquadram. De um lado, o direito divino, a vontade de Jesus Cristo. De outro lado, a autoridade do Santo Padre. En,bora näo seja delegado do
S
Papa, o Bispo lern un,a autoridade sujcita a do Santo Padre. 0 Papa tem sua autoridade limitada apenas pelo direito divino, pela vontadc de Ci·isto, o näo somente os Bispos lhe estao diretamente sujeitos, mas cada fiel esta na direta dependencia
Secretario do Bispado
da autoi·idade pontificia. Assim, por duas formas atinge esta ao fiel: n1ediante o Bispo Diocesa-
autoridade. 0 sudito aceita a doutrina que seu Bispo lhe trans-
no, e diretamente.
mentos em que este se estriba, mas porque ele fala em nome de Cristo: "Quem vos ouve, a Mim ouve!" (Lc. 10, 16). Näo podendo atingir sempre seus diocesanos, o Bispo delega
No magisterio se verifica es!e duplo canal que transmite o ensinamento pontificio: o fiel c ensinado pelo Papa na medida em que o Bispo Diocesano !he trans1nite os ens.inamentos pontificios, e na n1edida em que o
Papa o atinge diretamente, seja pela palavra falada, con10 atraves do radio hoje e täo facil, seja pela palavra escrita. 0 ensinamento do Bispo Diocesano e autentico. Eie fala com
mite, näo por causa dos argu-
a Sacerdotes a missäo de ensinar em seu nome. Este$ transmitem
a doutrina do Bispo, que e a da fgreja de Cristo, e OS fieis, ouvindo os Sacerdotcs, ouven1 o Bispo, ouvem a lgreja, ouvem a
Jesus Cristo.
A
vino Mestre, e näo pode errar
quando ensina doutrinas de fe e de n101·al oficialmente, definitivan1entc, ou, con10 se diz na
Teologia: "ex catbedra". Ja1nais aconteceu nos vinte seculos
da historia da lgreia; e atc o firn do munclo jamais acontece. " ex ca„ ra- que un1 p apa ens1ne thedra" um erro doutrinario. t o que dizemos quando afirmamos que o Soberano Pontifice e infalivel. Os Bispos näo ten, a mesma prei-rogativa. Embora n1cstrcs autenticos de suas ove„ lhas, näo säo infaliveis. De onde a possibilidade absoluta de vir um Bispo a cair en1 erro.
fsto pode acontecer, isto tem acontecido. Qual c a atitude que o sudito deve tomar diantc do magisterio do seu Prelado? A atitude normal e receber a palavra epis-
Pri111e:iro, porque e de se
supor que um Bispo versado na
Teologia, cuja fun~fio e ensinar, cuja vida se passa entre os n,ais
E
näo C: infalivel, pode haver cir-
cunstancias espcciais em que o
sudito se veja en, perplexidade de consciencia diante de uma
"CATOLJCJSMO"
um Iivro escrito por :
• D. Antonio de Castro Mayer Bispo de Campos
e
~öes se estriba,n deve supi·ir a simples norma da autoridade autentica.
E o meio n1ais garanti-
do de chegar a uma certeza absoluta e procurar, entre os argumentos, aquele que apresenta a nota mais autentica e infal.ivel:
a autoridade <los Papas. A atitude pratica que o fiel
fiel.
neste caso deve tomar procurar conhecer o ensinmnento
Esta raz.äo, poren1,
e se-
cundaria. A razäo fundamental por que o catolico deve supor que a doutrina que o Bispo Diocesano ensina C verdadeira, pro-
vcm do carater de n,estre autentico, embora falivel, que este ulti,no possui. 0 Codigo de Direito Canonico assim resume ~ dou-
trina da lgreja, no canon 1326: ''Os Bispos, e1nbora nEio seja1n in!aJiveis, cada urn por si, nen1
sequer reunidos em
Concilios
particulares, näo obstante säo,
debaixo da autoridade do Romano Pontifice, verdadeiros doutores C n,estres dos fieis que lhcs foram confiados". Seria sina! de fe debil e de soberba estar de animo desconfiado e prevenido contra o magisterio de seu · Prelado.
tante con, a doutrina tradicional. Nesta situa~äo, a virtude da fe orientara o olhar do catolico com n1ais f 1·equencia e co1n mais
intensidade para a unica Catedra infalivel, que e a de Roma, a firn de fazer o que, hun,ildemente, Säo Paulo fez, apos varios anos de apostolado: foi a Jerusalem conferir o seu evangelho com o de Pedi·o. Quanto mais profundos os conhecimen-
A
TODOS OS
e
pontificio
para
se
conformar
com ele.
Entäo, no foro inter-
no de sua ahna, conse1·vando todo o respeito e todo o acatamento devido ao Pastor de sua Oiocese,
ao
Mestre
autentico
n,as falivel de sua abna, aderirä ao que ensina o Sucessor de Pedro. Evitara criticas ao seu Prelado, e se li1nitara a esdarecer
aquelas aln,as que poderiam ser prejudicadas se continuassem a seguir a no1·ma co1Tente e basica
da vida catolica, isto e, a de aderir as doutrinas daqueles que,
nor1nahucnte, säo os autenticos
e ficis porta-vozes da verdade. Jamais se deixara levar por um anticlericalisn10
revolucionario,
que se aproveita da situa~äo anorrnal pa_ra dar vazäo a seu
doutrina insolita, nova, contras-
RECOMENDA
REFORMA AGRARIA
ou mais Bispos ensincm que mna doutrina aceitavel para OS catolicos, enquanto outros cnsinam
cloutos tratados, conhece melhor a doutrina da Igreja do que o
CONFERIR COM 0 EVANGELHO DE PEDRO STA deve ser a atitude normal do catolico diante do Magistcrio diocesano. Manier u.1na posi~äo de independencia intclcctua!, de critica habitual, destoaria da virtude da fe que o catolico deve cultivar. No entanto, aquela atitude näo e absoluta. Pois, un,a vez que o magisterio do Bispo
lidade dentro da lgreja, tanto maior a necessidade dcste olhar para Roma, sobretudo quando se agitam as ondas do mar en1 que navega a barca da Santa Igreja. Pode pois acontecer que entre Bispos haja divcrgencia na doutrina, ou na aprecia!räo de un,a doutrina ou de mn fato. Pode haver o caso em que um
gmnentos em que as duas posi-
copal con,o verdadeira. Esta atitude haseia-sc em duplo mot.ivo.
quanto n1aior a sua responsabi-
que e inaceitavel. Quando tal fato sucede, realiza-se aquela situa!,äO em que o estudo dos ar-
A INF A LIBILI DADE, PRIVILEG I o · D O SAN TO PADRE CONTECE, porem, que o grau de liga~äo entre Cristo e os Bispos näo c o mesn,o que entre Cristo e o Papa. 0 Papa c o porta-voz do Di-
tos religiosos que o fiel tcm,
odio contra a Hiera,·quia e n,inar-lhe a autoridade. Aplicando estas normas gerais, tiradas da Sagrada Teologia, podc o nosso consulente ou qualquer catolico continuar a defender a doutrina do livro "Reforma Agraria Questäo
de Consciencia", nele sc baseando para considerar o projeto de Revisäo Agraria do Governo do Estado de Säo Paulo, e seu substitutivo, contrarios a doutrina da lgreja claramente manifestada nos documentos pontificios, de que aquela obra e uma farta seara.
SEUS
LEITORES
ijUESTAO DE ~ONS~IEN~IA 2.a EDICAO: EM TODAS AS • LIVRARIAS DO BRASIL
• D. Gcraldo de Proenra Sig•ud Bi,po dt l11c11rezinho
o D. P. J. R.
• Plinio Correa de Oliveira
Pedido s
• Luiz Mendonf• de Freitas
Coixo Pos10I 4827 - ~öo Poulo
AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZA~OES
C OMO sucessivas vezes temos to sangue fez verter. Mas a da ruminar pei;;as oratorias in- e despretensäo, levada ao exexposto em "Catolicismo", a explosäo vrotestante do seculo XVI, a Revolugäo Francesa, a Revolugäo co1nunista constitue,n como q1.1,e as tres f ases de uni imenso moviniento, uno pelo espirito, pelos objetivos e ate peZos metodos. Na figura de tres de seu.s chefes, a sec<;ao "Ambientes, Costurnes, Civilizaqoes" procura fazer ver hoje alguns clos tra<;os cle alnia desse 1novi1nento, i.sto ·e, algo do espi1·ito dct Revolugao.
* /1/1 O retrato de Lute,·o morto f l,
(quadro de Lucas Fo1·t-
nagel, Biblioteca da Universidade de Leipzig), uma analise detida revela, na grosseria dos trar;os, a nota caracteristica do demagogo cheio de si, do arruaceiro <.,'Uja pregagao tantos erros e tanta revolta espalhou, e tan-
inizn-essäo que salta desde logo aos olhos, e se torna definitiva no esvirito do observador, e a sensualidade, o amor exagerado aos regalos de toda ordeni, que provoca ja no vrinieiro olhar uma sensagao confrangeclora.
cendiarias e planos de subversao. Ele todo nao e senao oclio igtlalitario, tanto no plano especulativo co1no no militante, desejo imen.so de destruir tudo quanto, a qualquer titiüo, Zhe e superior.
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terceiro cliche apresenta -b M Robespierre, cuja masca- 0. Ernesto "Ghe" Giievara, ra 1nortuaria conser1;ada no Museu Tussauä aqui reprocliizünos, o que se expri?ne vrincipalmente e o odio. Urn oclio täo vrofundo, tao avassalaäor, que, sem ter abolido a sensualiclade, constitui .a nota dominante da fisiononiia. Esses labios cerrados vara sempre parecem entretanto ainda destilar algo das pregagoes de violencia e de morte da era clo Terror. Esses olhos que ja nao veem parecem conservar uma exp1·essao de odio viperino. A fronte abaulada da a sensai;;ao de ain-
o argentino transplantado para Citba, que exprinie tao autentica1nente o ciinho marxista da revolugäo cubana. Os cabelos, que parece1n nao ser de ha muito nern cortaclos nem lavados, um bigode ralo e esfiapado cujas extreniiclades acabam por se uni?· a uma barbicha de contor1ws incertos, forrnando tudo pa,r a o rosto uma s6 moldura de desalinho e desordem, causa1n repulsa instintiva, m.as visam despertar uma i?npressao de natu1·alidade
tremo. De sua parte, o olhar, de uma luniinosi<lade incomuni, e o sorriso procuram dar unia certa ideia de bonomia e afabilidade urn pouco niistica. Este Ji-ome,n dulguroso e um dos suportes do regi1ne do "paredon" onde tantas vitimas teni sido crilelmente imoladas. Do 1·eginie que esta movendo contra a l greja unia perseguigäo inteiraniente do estilo de Robespie,·re ou de Lenine.
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<.5 E a fisiononiia de Lute,·o exprime sobret·udo a avidez dos prazeres do corpo, e a de Robespierre soln·etudo o odio igualitario, a de "Ghe" Gitevara representa u1na das mascaras niais r ecentes da Revolugao, isto e, a bonomia insincera, a velar a pio1· das violencias.
■ AfOJLn<CMSMO
<<FUNDADOR DA CASA DE BRAGAN(:A, ~ CAPITAO EXIMIO, MONGE BEM-AVENTURADO>> D. Lufs de Orlea ns e Bragan c;a
A
U de junho d e 1360 nasci:"l cm Cernachc do llonjnrclim, nn 1>rovinefo. Jlorlugoesn (la
Boir-n. ß11ixn, um mcnino quc in sc tornn.r um <los mnis hclos oxcmt•los <lo cn.vnfoiro cristiio. :F'ilho <lO uma dns l)rincipüiS fa.•
milin.s clo rcino, roi c<lucudo no mnis puro iclcnt dn Q\vnlnri!,., no q,unl o sen •i(•.o do Deus e di.t Jgroju so nmnl• g11mnvn. com n dcfesn, do R ci c da p:,ttri11.
(;riant,n. nindn. toi pnrn a cOrtc, t emlo sido Jc itO cscudciro da n~linhn D. tconor Telcs, quc o nrmou
envnlc iro nos tr07..e nnos. D . Nuno scm1,ro- cultivou o nn.seio do pcrmnnccc 1; virg-cm, mns, obcdc-
centlo ao clcscjo do seu llni c do Rci D. F"orna.ndo. c.nsou-s o nos dc-t cssch; :rnos com a nobro dnmn D. l~ onor de Alvim. Oe:;tn uoiUo n..,sccu unm filhn, D. l~entri-:t, c1uc, c~mdo-so eom 1), Afon,:;o, tilho de D. Joii.o I C) primc iro Du(1uc d e ßr-ngtm~n. vcio a cons tituh· o t rOl'1CO de minhn Fn~ milin. J)esch; OS 23 üflOS nt6 tl IUOrte d n o..<.posnl cinco nrtos d cpois, o jovcm serthor viveu cm pcd e.itn eontine n• chL no tnotrimonio. n. Nuno - cscre vo o c.ronistn Fornii.o Lupe...; - d C.$<10 m cnino cui diü•a de coisa s \'irt.uosns, oc u1>ando n (:lüS mais t cmJ>O do ftn C :\ ~u::, icfa.• clo rcquc rin. Dcpoi:; de easndo, mnn• tinh:t suu. capeln. mtaito hon rodn, com helos ornnmcnt.os e bons clc ri• gos e c:,ntorcs. To,los os dins nssis• tia duas ,nissas, e trCl:i ::ios snbndos c di:\S <le 11receito. scndo :-1. t.ercei.rn, no:; domiu{;os e festas, ~olcne ~ corn 111·cgf1('iio. So nii.o rosse J'> Ol:is ivel as• sistir c.ss.-.. tc rce ira mis.',a 1H;la. mn• nhü, m:\nlhwn cclcl>r{1.-la 1\ noitc. Conrossavn-sc frequentc mente e c onu,rngavü qu:1tro vczes no ano, nos tlit\S ~lo Nnt.'\I, l )a.sco11, P cnl<:Col:ites C .Assun('i'i.O d e Nossa Senhora, o <tue. e.ra. muito por a os eosh1m<is <l::, c,,oea. n c-1,.'\va dinri,unentc as s u:,s lloras. uiio dcix:uulo d e se- lc v::, nh,.r i't. nu; ia noito J'll\.ru. :·t s J\latirm.s, como t-e ros..-.e r c ligioso. J cju:nrn, e nqmu,to lhe J}e rmitiu :1 idadc, t rC;s vozcs por som:rn:), mesmo nos di:,s d e b:·, .. tnlh::,. como c m Atolciros e Aljubn.-.... rot:-.. I•ro\'ou a Slm. de votäo k Vir-ge m $.' tntissinrn construindo n.s l g re• iüs d e $ :1nta Marin. o S iio Jorgo cm Aljul;>:\rroh,, S nnt·n M~•ria da. J...agoa c m l\fonsn.rrnz, c t:rnla.s out;r-ns . 1-....m„ dou (! doou i\ Ordc.m ctu:mclilRml o 1\los t.c iro do Cnrmo c m Lisboa1 cmdo f:ntrou 11oueo~ anos d etJois como F re i Nuno d e S rmta ~foria. Strn de vo~.iio mnrhuu1. hwou„o 11. rn·,..cr muihts pc• r e,:'rina~:öc.....;, inclus i\•e n Santa Murin de ,\7,inhoto, on<lo njudou 1>es~o:dme ntc n, limpn.r o :mutuario, JlrOfönado llClos ea.ste lhnnos.
0 CAVALEIRO DEFENSOR DA IGREJA E DA PATRIA 01'( ::, n1orte de l). l!'c ronnclo ) cn, 1383, tieou i i govcrnnr ;\. n ,a i11ha-viuvt1, L ,;onor 'fdes, n t6 n. mt1iorid:ule d o Sun. filhit. D . Uoat.riz. Scndo cshl. Ci1sada com o lnfonto d e Ca.stcJn, com s ua asccn• säo :,o truno o pnis irin fic11r sob o dominio eastel hano, 1>crs11cctivn. tau„ to m f,is d ct cst:wel 1,nra. os bons 1,or„ tugucscs ncs~HL c poca. e m que es• tcs - <:S(fLV:\-~C em [Jlcno oismn. do Oeidc~nte thlJ1{1m seus vizinhos: cm conla de cismat.icos c c ~eonrun„ ,::ttdos, 11ois C a:,.t.cla Jlcrtunci:\. i\ obc... die n cin de A\'ign on c 1111u :rnto r o r tug:11 11e i-mtm cci:1 fiel no 1•ap:1 <le
0
H:0 111:1 .
1 1nmhc;m 1>odinm ospirar ::io trO• no os tlois irmüos eoosn1,."'l1incos de
l). Feronmlo (filhos ilo l n (:s clo Cas• t.ro), os l nfnntcs l). ,J oüo o D . Diniz.
Mns est.cs s c thd1nm oxpntri1ulo c se eneontravnm c m p0<lcr <10 Ue i d e Cns tc h1. O unico que cstn.va livrc dcstcs imJ)Ctlimeutos c ra ootro irmii.o con· s:-mguinco d o D. l ..,crn:u,do 1, o i\lestrc d o A\'iZ, 0. Joüo. Nuno imedia• buucnte s c juntn. a o p1U'tido do :\lcs· t.rc o lhe ()(1. 110\'0 nle nto. Nii.o closcn.ncn. 1ut. luh\ nem trnnsigc. Sem, it"miios Pcclro Alv1\rCS e Diogo Al~ varc.s .se dcch1r:\m fl ltwor etc n. ßealriz: o ßcm-rwcnturado cort.a ime• dintnmc nto ns re ln~Ocs com cles. no m esmo t em(>O c1ue couseguo o a1,oio de scu tio Uui P e rc irn, c.l o Contlo ,le Bnrcc los, irnliiO cta proprht nainhn I...c onor T e les. de Ah•nro Pacs, tmti• ,:o chnncclc r•mOr dos RoiS, 0. P cc1ro e 1), (i•c rnnndo. 0 ltc i de Cnst:el:\. manda otc.:rcecr•l.hc o comlrltlo tle Vinno. o vnrius outras t orras-, pa rn atnti•lo n scu ser\'i(O, mn..<;J D. Nuno 11ii.o sc clci~"n. iJn1>ro:-;sionnr n em J>elns orcrto.s ncm pclos tle rigos, r e.spon· de oclo «quc Deus näo t1ui.sesse quc r,or dnclh•:1.s O largn.s pl'omessa.s Ch> rosse cont r1\ n terra c1uo o crinrn, orn.s ,1ue antcs clcspe ndcrin scus dit,.s o espnrgiria scu .s:mguc vor nmparo ,.tcln». Com a c le ic:iio do J\·l f'sfre d e A·\'iz. pelt\S CQrtcs re uuidns n.o 1\Jos tci ro d e Säo Oomingos, 1mr:i rcgcdor, c de,-, fC'nsor c.lo rc ino, d:l-se a ruJ>h1rn de• finiti\in. com Cas tc l:.,. C\1ja.s host cs invnde m l 'ortugal pt\ra garantir o trono prcra D. Uc:\ tri7.. 0. Joäo nomeio N uno Alvnrcs frontc iro e ntre o Tcjo c o G un.rdif, .. naj o com unm t.ro()a. reduziclissima o servo de Deus mnrch n. os c.i.\ Stclhnnos. N;\ altur·:\ clc Atole iros d(~so o c ncont.ro. Amcclron,t::ulos, SC\IS eompnnhciros procuram diss u(ttli•lo, n1,rescnhmc:lo n e norme dosi,roporc:iio do tor<:as:, nH1s o nobrc ca1,it:ilo rcs:i,ond e crue t i\•essc m conJiu.n('.a poi:; «n. vitorin es t-5 em Deus e ni\o na for<'f 1 dos home ns». DispOe sun. troptt t':m qm,tlrndo c <:SJlC.r-fl o comhl'ltc. E st e {:. durissimo, mns sacm attnnt \'iloriosos os 1>ortuguc:-cs-. U. Nuoo . nilo dese::im;::, .sobro os louros c n1>rovc.ih\ d:\ \•it-orifl, tom:rndo Arronchc.s e Ategre te : uesse OHt fo tcm1>0 vai a J>6 <:rn romaria a S nnt.:1 ;;'\ln.rio d e Ass uinr1r o n,judt, t\ r 1;.,stnurar o tc m1,10 1uof;uuulo 1,clos cos te lhn.nos. N iio desistcm os i11vn..-;orO$ e cc renm J„isboa. por mar o 1>or t c rrn, mns sii.o dizimados pcJa. 1u:st e o ti:m que sc r<:lfrnr. Vc mlo os li.~l)oct'~\S :-1 ae.üo d e Dc u!i uesse rato. viio 1111mn prociss.i1 o festivil, com o llis1>0 o o :i.rc.strc U- rrc otc , oo Convc nt"o da S.nntiss i11l(L Tri11d11dc r,ara, r c11tlcrc m gratas, Scgucm ~se as Cortes <lo Coimbr:1, quc tt.clammn o Mes trc de A vb., ltc i cle l 'ortuga.l, sob o n<nue d e D. Joao J . t-:lcvado 1>clo nov o S obcrano a. digni<fade de coudestc,vol, ou eitere dos e xc reitos, o ß eato rc.orgfini7..0U tl„i .suas tropns, mornliznndO·:\S tambcm, niio permitiudo n. l)rcse nc;:-.o. d e muHH~l"C$ nos flCOIIIJl:'IIIH}lltOs, 0 quc (Jl.ll'\SC 111'0\'0 COU UtlUt rehe liiio. Partiu log o 1-.nr::i s ulnnc t~r o i\Jinho, e rc„Jo num ritmo cs1uu1toso, eoo,ruis tnoclo o e:-1s t clu do Noiva, Vi:1 un, Guinuu-iics, Jlrng n e Poutes d e LirHfl,
J•:m Nci\•n, d:i. mostrn. d e n1:,is mm\ ,fos virtudr s 1}ue tinha-. obcd cccndo U. rcgrtt dü Cnv:,fori:t quo manda de · fc mlci- os fr::icos , princip:,lm~n tc.~ a.s mulhc rcs, os ()rfiios e os vc lhos. N~l Jut::L J)Cl:t eo111111istit tlo ca.stclo, fora morlo o se u :ilC~\idt:, qu() c r:l 11cJos castclhrn,oN. Uc ntl<mdo~se u ,,ra(•::,. a \·iuva. s uplieou 1>ro tec,:-i'io t)ara s1_u1. virtudc, e D. Nuuo n t:"111dou lev:"l-1a
h onrtulnmc.nte ;\O pni, com bo:, cscolt~, 1lnrn protcgC„ln.
SETE MIL HOMENS CONTRA TRINTA MIL AO dcsis t c o Re i <le o,steln. cln eonquistn- c.le Portugn.1, e invndc-o novnmcntc. pro• curando cc rcn„r l .-isboA.. Acorre o eonclcsttwcl , junht. s nt•-" lor('ns com ns clo D. Joiio 1, c mn.rehnm nmbos nt6 Aljubnrrotn, ondc espc rarn os castc Uumos. N1.1110 Al\'nrcs mnncln. do no\'O formar s uns t.ropt,s em qundrncloJ c (1tmndo m,sce o difl 14. de agos to tuclo est{:1, pront·o. 0 sol r efulge m.tS l1tmim\s o nos elmos. Nuno r c-.1,.a com re rvor. 0 Ar ccbis J>O de ßraga, eom ns vest cs e1>i.sco1n1is so• brc n cota de nrmtlS, o fl imng-em d,, Virgem sohro o c,lmo, porcorro ns file ir-ns ,h,ntlo n. nbsolvi~Uo c oxor· tnntlo todos n comtn.ter em contra. os s equn~os tlo nnt.i)mJHl Clcmc 11te VU. A. htrdo ntnetun os c.s1>:\nh6is: s-t\o trint.t~ mil contrn os sot.e n,il lus os. 0 omb1tto s o chi. t e rrivcl, rompe-so no ccnncc:,o o quadr::ulo portug-uCs, mn$ logo se rechn. de novo sobre a c:av:ilnrh, Cft.'S tclha1rn 1 que C ncome• t ida po1; O. ~Joiio T o scus cnvale iros. O AreebiSJ}O do. ßrngt\ C (crhlo. l). Nuno. ilcso, csffL c m tocla pnrte onth~ o p crigo ö nmior. Afinol , 1 ö~se oseilar o 1,endi10 de Cnst c hl c os J)Ortugu c.,es se pöcm n. brruh\r-: j(l togem , j{l rogcm. J~, c omo cliz o cronist:, da ba1rtlha: «Os castc lii.os por utto rn:,, er dc lcs m cntirosos, c omc~a • r :un cada v c:,. de fur;'ir mais)), i:; t1. vitorin. 0 Rc i o o contlcs t nvc l, quu tstilo em jej um por se r a \'CSJ>e:ra. do Nos..~L Senhora de Agost-o - como <mtiio se eJumu1.\'!l :'\ fost"u da Assu111;ii.o :1gradcccm f1 D eus a d orrota dc;fioiti\':'t do invasor. E m outubro D. N uno inv:'.u le, 11or s uu ve r„ tc.rras de C:isteln-. e rccc?h c e nccita um d csario d e- \'t:trios ch cfes cnstelha1lOS. Em;ont ra.• os 1>c rto de Vnlvc rdc;, ondc, como d e cos tume, form a. sm\S for('iL-.; <:m quadrado. D cstn v cz nfio CSJ}Cr (t. o :.tnquc , m:\s nvirn('n eontn\ os ad\'c rsnrios: As hostc$ tle$tCs sfio 1.i'io numcros..'\s, ,ruc ce rcmn o qu:ulr::ulo llOr-h1guCs c c:..,t c .. csh1ca. Jtcrido 110 116 por unrn. n,~ c ha, o eondC.$h\, CI continua. n lut"nr nos Jugnrcs mais 11erigosos. A bnta• Ut::t. 1>n.rcc e iudceis n. J)Or um momc n• to, e alguns Cil\':\leiros 1,rocura m, 1,r<:ocupados, o Si'tnto cn1,itiio. Encont rmn-110 ü r c-1.nr J}rofundnmcnte. Qucr cm tirU~fo tlali, e clo r csJ"•onde : «Aindt\ niio 6 t.empo~ nguar<lni um IJOUCO e t'erminnl'ei de r c zar». E continun i111crso 11:t orat i"io, l>t\J'.t 1lc1>0is IC\'ilntnr „so e 1lesbnrat11r os ini-
N
O Bcoto Nmzo 1\/wire.~ Prrtira. -
0 ;irtig-o quc hojc p11b1i~:in~os: tern por .111tor um jovcm clescenc.lentc clo ~a1!to condc-stavc l, o ~rinc1pc D. L.uis, pri rnoi:;cni to de S. ,\ , 1., R. o Pr111~1pc 0 . Pedro Mcnnquc. de O rl(:ans c Brri~:inc;a, Chde tl:i Casa l111pcnal do ßt:ts1I. Os b r?s1lt1ros, ~em clislin(';lo de cör Jl(!_lilic.n. _rcconl_1ccc:m na dc~c~nclenc~_a ~lc D Pedro II 11111:1 tlas cxpresso<:~ m:-11~ v:.hosa:- da t rnd1(:ao 11;1t;101MI. A · e~te t itulo, nos.sos lcitorc:,. a(·olhcr!io com intcr('~!-c n colabonu;5o de S. /\. 1. R. o P rincipe 0. 1,ui~.
dndc. A cn.rid::ule 6 tamb(!m unm c.la.s g-rnmlc-.-. \'irLtulc.s dn Cn.vnlorin, o e le · n prnt.ic:wn de tnnncir:"l c." imia. l)is tl'iboia cm csmo1ns o lli'l:imo cle t ocl:;1s llS $,\lit$ r Clld;tS, V cst.il\ cn1l11 ano o.s l)Obn;s de 111nn ctas c:om a rco~ fi t! scus domioios. N i'io csbnnjn.v~, f> dinhc i.ro. oms d:w u„o dn m clhor mn• ncirt1 vossivcl. J)ro,·,Hulo :\ quc nun• en fol lü$SC pi\o par~, seus \'fl:,.snlos. N os ::wos Olll fJUC O 1rigo C1'tl :lh1111~ dnnt<:. d :wu dinlu'!iro c m vc:,, d ~~ piio. Ois t ril)ui:, o trig-o quanclo snfrttS t•r:mt ruins, cle 1ol m odo que fre ,,,w11h'!m e 11tc uao lhc. sobra,,:-. u fu.l :, pnra si, t.cudo ,,uc comJ)rar par:t su:i ei_L"ill. J}iiO q-m ) e r:\ c,u·o. S ocorri:, :1 t'>tlos , sc.m eons ide r:H' se t•rmn nmig os 011 inimigos : bast n.va-lhe QllC; rosscm 1,obres. Assim, nmn :1110 cm cwc II cotheit!, f oi n::du1.idlssim:1 cm (;:1:,.tc-l:1, aliuic ntou durn ntc quat.ro mc!sc.-. t"tu!1trocc11tos Cfls tdhnnos, e ntre hom e 11s, mulh,w-<'.s e c rianc:.as. g:t..,.l::indo (t•IOO a l,1uc ircs d r. trigo que t-irou d e se u Jlro1,rio eclciro. F;s ta c;aritl:H1<" tHostr,w:t uru gcne• roso clcs1>r<:11dimc:m to dos b c.ns d:i tc rra, quc c ulu,inou n:1 r euunci:i t oh,I, lcx:mclo-o :'U) CIOu$lr<),
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FREI NUNO DE SANTA MARIA
1
ruig os. Com est::i. \'it:oria csl:nvn. p1·atiea „ m c nto tc.rmiu:,da :, lutn pc ln ilhlc„ pcnduncia de Portugnl. A Ciunpanh:\ contiuuou 1•or algum tc mpo com com.batcs d e ruenor imJJOr(Ancin.
EXIGIA QUE OS SOLDADOS FOSSEM CASTOS ilt-iio d o comtest!i.,1 e:1 c.lur;intc n gucrra roi um modclo de comr,rime nto dos de vcr cs da Cttvnluria. J!'oi casto c exigiu C:\S• ticlac.lc de scus s oldados, s egunc.lo o C!stado ,le eodn um. Jtcstaurou :\S ig rcj:ls 1•rofant1da.":i p clos cisnrnlicos, 1'>rotcgcu-:1.s contr:, s u:1s i,ro1>rias t ropas, impcd indo l oda c qu:1lquc r ,,rof:uiat.iio. Ocrc udc u t :uuhCm os habit..'u1tcs llos lu~ar es 11or ond~ rn,s • s:1.v:1, proibindo 1>ilhaJ:c ns c c:,sHg:1ndo C'>ll1 ~ ra mlc rig,,r os tr:ms• gr c..~sor c:..-.:. N:1. 11:1.1. vcm os n. Nuno tulminis~ trnr s u:H1 t c rrns com jusl i(':\. c Ci)ri-
A
Nuno coroou s ua \'icla r c nunci:mdo a todas ns honrns c ri<1uc1,.as quc ganhnr::,. Este scn·o cle n cu·s , ,·cndo que cumpril'it a. SlHl mis;>;äo J'>ill'fl COlll a J)l\• tria. e o Hei, rcsofvc;u c11tr:H· ll:\r1\. o
D.
Carmo d e l,isboa, c1110 -
eomo vj„ mos - co11struirn e dof1rn it. Ordem c:.t.rn>c! lit an:1, Quis se i' simtllcs do11010 ou mc io• i nn:1o, sob o nome de Fre i Nuno de $:.i ntü :Mnrin. Oi.stribuiu totlos os ~cus bc us o ICrra.'), d e sorl c 1100 rrnc.ln lhc restou :;tlhu do hü])ilo C()lll 'IUC se ar,rcs cntou no m osteiro. Foi rccch ido ft 15 de ugos:lo d o H23. t•·rc i Nuno resolvc ra ,•ivcr (1(;. esmolas , ni\o con:;;c ntir quc o clHuHllS„ sem d e condcst:tvcl , c snir ,le For• tu.i;nl l):\rn ir morrc.r omle ningm'.:m o conhcccssc. J\fäs o Jnfoulc D. l)uarto nii.o o Jh~rmitiu, 1li1..cudo- lh e t1uo sc fi cus.se a scn iir n Deus cn1 sua tc rr:,, c1ue guortfosse o seu titulo d e condc.st:wcl e quc d1) 1nanc ir::a n!gumn J1(:diss:c esnmlfb'•; uns ruüs. 0 Santo Ctnmclih1, ohcd eccu, e o fl oi o o l ,rincipc e.~tnbc lcceram uma r,c.nsäo amml 11a..r:, o s u.stento d e U'r ci Nuno tlc Santa ~luri::a. e seui eom p:rnhciros. Como cstn rcnd:t rosse g ra n(h•, dislribuia. e lo c m csm olns o ,1uc lh e s obrtwa. f'n'!i N uno s;liu urna, vcz c1o e l:u1st ro pür:i J•etonmr ns :irmus., : 1 sc•rvito de Oeus. 1,~oi c m 1<12i) . Um1eslin-
cto a urm1\dura sob o h nbito. chcgou a c mb11rcnr numa da:;; nnus quc so nprcsta\'ttm pnrn ir tle fcndc r Ccutr, . . t.,:mnpolim dns invnsöcs dos in• fi{-i,s IIÜ ve ni11$1,aln. il,c.rica, h::wia. ,,oueo t rn.nsfo rmfuht 1)o r .O. J oiio I c m enhctn 1h~ ponte dos t)Ort11i,.1,:s<•s rmr.a fl s u n ol>r:'t tlo 1>rotH1g t1('iio eh\ F6 110 Oric nh•. ,\ ex11c•cli('iio ui\o se rc ali:,,0u, c o n uciiio \'Olt.ou parü o eon vento, 01ulc p!i.ssou o 1·1.'sto dü \'ida obse1·,•:11ulo :t~ r cgrt\S c. scn !indo a D eus pel :1. o r:t('iio. r1c ln J'n: nitc ueh\ e llChl.s obr:l.S d e miscric6rdht. ;\Jorrcu c m t.0 tle :ibr il d u J.t:U, c ntrc.g.-indo a o Senhor a sua nobre :1lma d e Ca va lcil'o c ;;'\lOUJ::e.
* vid::1 de J). N uno 6 :\ rt':di:,~u;,:i'io do quc .sc cham:.t.,·~-.. na ldn.de J\lcdia. o sc n •ii:o de Oc us . l 'ois nos seculos de rc o ser • \•ic:.o eh· Deus se fozin tanto soh n c;s t:uue 11h11 do Jte ligioso quanto re• ,.c...,tido da nrmadura e c m1,u11l1ando a ('SJ>:uln. Nm10 11u11cn procm·ou p:tr,\. si r; .. que~:a. g lorift ou honrari:\S, A1rn11os Sf'r\'h,t n. Ig1•c ja, comb~t1c.ntlo os cis• m:U ieos, d cf cnclc u son, putrin cont ra i\ nmc:lt..i• da dominnc:ilo ciistclhnnn, o luto u com :1bSo lt11"(1 lcnldadc 11rlo sc1_1 Rd . \'Cndo nclc o .rcp rcsc.nhrnte de O cus 1>nra prot.c g<•r e go\'e rnnr :\ n:'l('iio. r:: hul o l he foi d 1ulo po l'" :,erc.seimo. G::inhou ;,.s m oiorcs hon• r:\S e- f1 m:lior fortuna, o sobc r:.t no o c umulou d e fa\'orcs. Ch cgou n 1>os„ s uir qu:,se a m c tadc dns tcrros de P o rlugnl. l). Joi\o J quis ,,uo s~11 1>roprio rilhO $0 C:;\$:l.SS(~ com tl lilh:l 110 comles:1.vc l; d c..-,tc c:L~ II descc ntlcm ,t 11'nmilir, Jm11crinl do l:Jras i.l c dh·c rfi~\s Ca.sa s ltc1ai~ <IJ\ F; uroJnl.. l\fas . ,·c;ndo a, s o a mi~ tio tcrminad:•, Portogal livrc de scus inimigos e Sciu H,~i firm e s obro o trono, o scn ·o de D eus nb:uulo rrn htdO c \';ti pr,ss:tr o rcsto d e s•~l•s dias 110 c l:1us~ tro e mor•·e r. eomo o humildc F'rci Nuuo d1• S:tnta 1\1:u•ia, nwio-- irmfio :\. scrvi(·O dos 1\foug,~ 110c lhc cle,•itun tudo O QUC J)Os:..;ui:1111. 0 eor)IO fo i SC:!1•ul(:\do no 11rcsbiter io da 1,:rcja 1Jc S nnML Ma rhi do Carmo, em Lisl)o:1, com a scguinte i11seri(•äo em latim, gr:w::ida. na ltl.jc : «Aqui r f!JlOn s:. o Comlc..'ihtvcl Nuuo, rundatlor cln C:•s:1 de Urnr;:tuc:n, ca· Jlil iio eximio. d cpois Monge IJc,mnvcnt.u rrulo. D ura11t1! t.od:\ ::i !-iU tt , ,; .. da dC',..;cj ou t.:w to o rcino do Ccu, C JUc mcr cecu d,:11ois d:1 mort'" v iw•r ,:ter11:tm1~n h' com os S:tnt.os, (lOis , :)]){,,; lllHHl::roS:i.S \'itorin..:., ,..~-.prt"I.OU its J_>e)m1-ms '°, r:ncnthl~! humildc , clc oriucipc que Ct:\, fuudou. ornou c cl()( OII (:St~ lc mplo».
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JUBILO DE ''CATOLIC ISM O'' POR UMA PROMOQAO PROVIDENCIAL hino de agradecimcnto a Maria Sanlissima: "Da per Matrcm" e o distico que sc Je no brasäo cle S. Excia.
ato do Santo Padre Joäo XXII I, promovendo para a Arquiclioccsc de Diamantina o Exmo. Rcvmo. Sr. D. Gcraldo de Proen<;a Sigaucl, S. V. · D., Bispo de Jacarczinho, tomou aos olhos de todos o caratcr da cc)nsagra<;äo de 11111 homcm c de uma obra.
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B
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ASTA pcrcorrcr os daclos biograficos de S. Exc,a. Revma. - alias täo notorios que publicamos cm nossa edi<;äo de hoje, para comprecndcr o sentido da obra por elc rcal izada. Ainda jovcm, cm t 947, rcccbcu das mäos do prantcado Pio Xll uma das mais cxtcnsas Dioccses tlo ßr;1sil, com 100.000 ouiJometros- quadrados c 600.000 habilan1es. Tratava-sc clc uma zona de grandc c inccssante progrcsso, cm quc cmnpria dcscnvolver a vida religiosa com cc- . lcridade igual 011 atc maior quc a do dcsenvolvimcnto cconomico. Pode-sc dizcr quc a cxistcncia do dcvotado e valoroso Prclado foi, ncstcs trczc anos, um pcrcgrinar continuo. Dcstc Iabor incessante resultou 11111 tal incrcmcnto da piedade c do fervor dos lic!is, que em 1957 o Santo Padre Pio XII pöde dividir a imcnsa Dioccsc, desmcmbrando dcla duas outras, que ja nasciam elas mcsmas prospcras c florcsccntcs: Londrina e Maring,i. Era o ex ito plcno. Niio bastaria, para co111p11tar a cxtcnsäo dcsse exito, mcncionar a constrm;äo da bela Catcdral de Jacarezinho, e das quarcnta igrcjas, ou a cre,äo de quase quarcnta novas Paroquias. 0 cxt raordinario incrcmento das Congrcga<;öes Marianas, a funda,äo do Seminario Menor, hojc dotacto de otimo prcdio, a cria<;äo de de7.oito coIegios, c o vigoroso impulso dado pclo ßispo {J fundac;äo da Facu ldaclc de Filosofia o!icial de Jacarez inho, da qua! S. Excia. Rcvma. e Diretor, pöcm cm particular rclcvo o sentido profun damcntc espiritual e intclcctual da obra por clc lcvada a tcrmo. Ao mcsmo passo quc essa grande obra sc ia rcalizando, o ßispo de Jacarczinho sc fazia sempre 111 ais conheciclo c cstimaclo pelo scu povo. Dcsdc as figuras da mais nobrc linhagem residentes na Diocesc, como S. A. I. R. o Principc D. Pedro Hcn riquc de Orleans c ßragan,a 011 S. A. R. o Pri ncipe D. Gabl'icl de ßourhon-Sicil ias, os magnatas do cafc mais prospcros c prcstigiosos, as pcrsonalidadcs de mais profunda influencia na vicla pol ilica. ate os mais pobrcs c dcsvali<los dentre ()~ trabal hadorcs do C/UllJlO, Clll
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NTRETANTO, c lor,oso rcconhcccr quc a alcgria procluzida por csta leliz promo,äo sc propagou muito mas, o jubilo pclo ocorrido foi vique cm I 947. A razäo do fato estä cm quc a figura clo ilustre Prclado sc proj ctou muilo, nos ultimos meses, cm todos os ci rculos rurais do Pais, por tcr, com o Exmo. Sr. Bispo Diocesano D. Antonio de Castro Mayer, o Prof. Plinio Corrca de Olivcira c o cconomista Luiz i\1endon,a de Frcitas, escrito • a j;i cclebrc obra "Reforn,a Agrar;a Quesl3o de Conscicncia". Quantos participam cm todo o Brasil da persuasäo de que cstamos no inicio de um processo de socializa,äo quc, at ravcs das ctapas da Relorma Agraria, da Reforma Comcrcial e lnclustrial e da Rcforma Urhana, tcnde a nos co11d 11 zir, como ocorrcu cm Cuba, a 11111a bolchcvisa<;:äo tot a 1. scntiram uma verdadci ra lu fada de ar fresco com a publica,äo daquele Iivro. A propaga,äo gradual da obra vem suscitando por toda partc cncrgias salularcs, atitudcs. firmes e corajosas de oposi<;:äo ao socialismo, e cspcran9as ardcntes de dcsviar do Pais a tormcnta quc sc aprox ima. E assim a admira,äo, a simpatia, a confian<;:a de milhöes de agricultorcs ordciros, trabalhadorcs e patrioticos se vem voltando para os autorcs de "Relorma Agraria Questao de Consciencia". Nada mais explicavcl do que sua vibrante alegria ante o gcsto täo hon roso do Sauto Padre Joäo XXIII cm rela<;äo a um destcs ultimos, que c o emi ncnle D. Gcraldo de Procn,a Sigaud.
D. Geraldo d e Proen~a Sigaud, S. V. D., A rcebispo eleito de Diamantina toclos logo sc f irmou a convic<;äo de quc o Santo Padre dera ao Norlc do Parana um dos ß ispos mais insigncs do Pais por sua inlcligcncia, sua cultura, scu zclo. Tornou-se por isto mcsmo evidente quc todas cstas razöes Icvariam a Santa Sc a aproveitar täo alias qualicladcs impondo a D. Gcralclo de Proen<;a Sigaud rcsponsabil idadcs ainda maiorcs. E assim, se a prorno<;äo de S. Excia. Rcvma. motivou Jagrimas cm Jacarczinho, e jubilo näo
s6 em Diamantina mas cm todo o Brasil, cm ncnhmn lugar causou cla surpresa.
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* M .todo o Brasil, clissernos.
Dcsdc jovcm Saccrdotc, a figura do novo Arccbispo de Diarnantina sc projetou em todos os circulos catolicos do Pais. Sua clcva,äo ao episcopado cm 1947 loi urn verdacleiro e grande acontecimcnto. E por analogo motivo o foi agora sua promo,äo.
Como todo jornal serio c clinamico, "Catolicismo" conslitniu cm torno de si uma coesa c fcrvorosa lamilia de almas, clisscminada por todas as vaslidöes do Brasil, 110 ccntro da qua! D. Geraldo de Procn,;:a Sigaud, amigo dos bo11s e clos maus dias, c colaborador ex imio desta folha, ocupa, COIII IIOSSO egrcgio Bispo Dioccsano, um Iugar da maior significa,äo c importa ncia. 8cm e de se ver qu e, pa rlicularmcnte ncssa fam ilia de almas, o j ubilo pclo ocorrido loi vibrantc, c se tra nslormou cm 11111
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* ano de 1960 cntrou para
· a Hisloria como um dos mais co11 turbados que ja tcm havido. Em seu ultimo clia - a noticia da clci,ao do novo Arccbispo loi divulgada em 3 1 de dezcmbro - quis entrctanto a Providcncia brindar-nos com uma
grandc
alegria. . .
Sirva
cla para alimcntar cm n6s o proposito de Iutar, em 1961 mais clo quc nnnca, para a impla nta,äo 110 mundo do reinado de Maria.
ANO X I
- N . 122
FEVER EIRO
1961
UMA BIOCiRAFIA
Cxmo. Re111110. Sr. D. Oeraltlo <lc Proen• (a Siumu/ nasrcu <'fll ßi~lo Norizo11fc, cm 26 llc sctcmilro de 1909. Foram scus pais o Sr. Pa11to (la Nobregu Sigmu/ c Donn Maria 1/c Prm.•11t;a Sigmul.
0
l'elo latfo materno, S. C-:xcia. Rcvma. f)crlo etc Diamanfiua />rOtede d<' uma fnmilia bra-
.-.:i/cira quc lcvc origem ua Prant;n. 0 11rimeiro Sigaud quc vcit> a 110:t~o Pais t111ui chcf!.Oll em 1826. Ern a Dr. 1-',a„fi..::co X1111icr Signud~ i11sil,!11C /at:111/nlivn. que foi nomea~o mcflfro clll f tunilio Imperial. t· mai.~ fartl c 1l1slinguitlo pclo Jmpcratlor rum a romcmla rlh Ort/cm da R<>sa.
Pdu lmla mnlt·ruo. S. Exäa. l?c11mo. pl'f• ll·ucc ,i /rtuficionlll fm11ilia Proenffl. origiun-
ria de Mina.,; Ccrais, rom muuerosas rtimifi„ caccics cm S,fo Ptm/o c no Rio tle Jtmd,·o. 0
CHEIA
primciro Procufll f/llC se fixou llO Hrasil /01 o {(1moso Morgado de Sm,ta !Jarbara. <JllC rt·cebeu 110 sctulo XVIII , tlo Rei tlc. Pt>rlugul. a
scsmarit1 c/o rx1,torar,fo do /crro do
Mt>tt'o
Vcrme/ho.
MERITOS
E VITORIAS
l(,re{hS auxiliare.~: de 100 pll.';snram das a ~er
250. A:; l?cliglosas lcwutas 1,ara o Dim·esc·, nessc per;otlo. f:itio as Carmclitas da Caritlndt·. ,..,01,cisrauas ,to Jmacu/(l{/o Cora(llo de Marin. lrm,1.-: t/() Sngrtlllo Cartt('iio 1/0 Vuho Bncarnado, Frnncisraua.,; Missitmarias tlc Mall!'· S11ftsia11as. Pololitw.-.:. Jrmtis do P. 1. M. E. •• Carmclila.~ c lrm,i.'\ flll lma4;11lmla Virg,•111
Maria. Em UMS adquiriu S. Excia. Re,11110, a Fazenda S<io Jose. c mo;s larrlc m1trr1s dun.-:: vropriedadcs conliguas, oblcmlo assrm 11111a t1lcha de I 28 n1t11teirts paulistas, Qll(/c co11.~-
*
DE
S. f!.xcia . Revma. s11as vlslns para o llfOblcma do Ctcro. J::11co11trora 110 Dioccsc 45 Saccrtlotr...~. Em /957. passatlos <lcz allos tlc s110 possc. conlava rom 120 l'mlres scc1tlarc.-. c rc• ,:ulurcs. Jncan·ziuho ,lcve-/ht n prcscura dns scf!uintes Fomilins Religitxws: Vcrbo Divi110, froncisC<mo..:;, / csuitns, Cormclilas. Josc/inos tlt Asti, Missiouarios tlo PtmlifidtJ lm;filulo rln.~ Mistuit•,.:; Eslrtmgciras de Mil,io. Mis:,;iouo• rios <lc Parma, Pat/rcs de. Sfon. Urgia lamht;m 1mme11lar " 1111111cro ,tc f(cllgibsa.i:; pnrll ns
Ocrnlc/o tle Proeu(a Siga!tt! i11grcssm1 mnilo ccdo 11a rultl reltg,osn, fefl(/o • sido rcccbido ,w Congregariio tlo Verbo /)ivino rm ff//9. Dept>is de fazer com hrillw scus l'sludos prc1)(1ralorios. JJ(1ss<m pnra o 1101,icilulo cm l f12i). Csfurlou filosofia rm Juiz tlc Ft>rn, oi 11u111ifesla"'to as primorosa.-. tJ11alictadc:s infrkdunis q,u: lt1111rnm s,·u::. S11pcriorcs a e11vici-lo o Rvma, a Jim ,tc ali complclar .<:1ttM c#mlos. Nn_dtfa_de IJINnn cu!sou rcotogia 11a /<mwsa Umvers1dadr. Oregona11a, e dcfcmtcu les<· de ,1011/oramcu/b ncssa maleria. S. Exrin. Rcvma., ·a/{:.m tlc doutor em 'J'eotogia, /: bnclmrcl cm Direilo Cammiro pcln me.~uUJ Unlvtrsicltldc. Uma ,,cz coul'luitlos os cslmlas. ,;s Superiorcs " mmuloram para n llolamln, mulc l c• cfonou lalim. Em scguida, fez um cslagio ,fe cstmlos cm Paris. i' sc c;urcilou 110 apostoln• cm Moulrtwrency. E.m 1933, " jovcm Pc. Sigm,d rc}!rcssvu ao Brasil. consngroudo-se imetlit1Um,c11le ao mngisll'rio supcrior. No Se• mhrarin Mflior tfc s1w Coti;!fCJ!tt(:tio. t'fll S,ill Pa11/Q. $. Exci(I. Rcvma. f11ndo11 a radcira <I• rcologia Dogmalicn, e regen <1s ~e Blt!que,!da f>rt>/01111 t Sagr11,ta. C11/eq11rl<ca, L.1/11rg,n e Ac<io Cntotica. AICm clislo. foi ,,omcado rxt1111i11mfor ar• tJui,lioccsanv 110rn flS orctc,ractit·s sacerdofais, 11<1 Curia Metn111olil<ma. Rm /937. fornou-sc profcssor calcdralit-o d e 1/is toria c Filosofia tla Btl11rac,io "" Pnc.uldadc tlc Piloso/ia. Ciendns c Lt:lrns „Sedi'S Sapie11/iac", lwjc ngrcf!nt/a ti Ponli/icia UniW!rsfrlnde Cnlf,lica de S,io Paulo. Na Ac,fo Cnlofica ,ta Arquidioresr, paulisc, il11slre Prtltulo oc11pou. vor drsigunrc1{) tlo Arc,·l,lspo D. jhst: Ou.-:1,ar de Afonsera t Silva. os <'nrg,,s dl' /is:,;is/Ntlr /;clr.'\;n.dfro lla Jh"C 11w~'1:11/i,:a. "tlll JEC J~•mhriua~ 1/11 Ll~a 1-'cminilta de A. C. <~ dos E11gcnhc1ros dll /\, C. lf m J!)4f, <> EpisrapmltJ /'>mrlisla. tm uma tfe suu.t rt1111i,ies auuni.-., 110111,•011-o mcmhro da Cmul.';s,io P,·oviucial c/e Ar,io Calolfrn. D. Oeralllo (k f'roenfa Slgmul f,•z porte, un, qualidmJc df' sractnrio, da 1111.wa 1111c prcs,dm o Scmrma Arquidiorcsaun de Ar.,io Catolica JUlffl " Ctcro. /!III /9-13. S,u, al11arOo 11a lmprt!usa rofltlifa tlc Siio 1>m1/t> foi fl•lcvaulissima, l cndo o enf<io orgllo 1 ofirioso da An711idiorcsc•. " L_egi01wrio' - - ;. de qm: .-ra A.-.si.d(~ule Ec/e.wasllco o tdual l>1sp_o ,tesln Dfocese. 6xmo. f?cvmo. Sr. D. A11lomo de Castro Mnvcr, c direlor o 11osso rolnborn,tor Prof. f>li,iio Corrl:a dt Ofil,cira - pubUratfo mwwr,1.-:os e imporlaufissima:-. rolaborn('ifrs de S. Exda. Ne,,ma., 11oltn1cis lm!lü /Ji!/t1 solidl'Z 1foulri11arit1 CQIIW pd11 oporlumdnrle. /;111 </940, (J ,·gregio Saccrdoi<' rercbc11 de St'II St111crior Gera/ uma rarfa que Jhc ron• fiova lmporlllfllissima missiio Espa_11ha. e em f>or/urraJ. Ccutudo. csla uuss,,o fo, ad,ndo em vi7trufe ,ta gucrra 111111ulial. /;m /946, dtmtltJ tumprime11/o ,i,,;, <>rtlem; rct.rhida.-:. D . OeA rallfn fni para ,1 Europa, lrnho/Junufo c"!" cxilo na f1111dar,io 1/l• tnsos da Ctm~t<'f!flfttO du \lt•r/Jo Dü,hto ,w Nm•orra c em J'>orln.!!lll. S. E:uia. Ne.11ma. .-:c cucou/ravn 110 Porto qum,do, cm 1{147, foi clcvado 11clo Papa Pio XII a ßlspo Dit>rrs,mo dt J11c.arezi11lw. 110 Norlc tlo f>armui.
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* t; 1•0/fn ao Brasil, IJ. Gcra/(/o tlc Proe11-
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Si~nml rerl'l,l'II a sngrt1r,ilJ ,·piscopol ,io <Ua 1.• ,te uwio de 1947, 11fl ßa.-.iHra de No.-.sa Senhora clo Carmo, rm S,io Paulo. Pol .~agrtmlc o N1111cio Apm~lt>fico, Jtojt• /immo. Cardt:t)I Carlos C1tinrlo 1 e con.-::nftranles os 1:.tmos. Re11mos. Srs. D. Jm~l• Af(lurit-io da N<)dW, 11;.~pa dl! ßraf!llllffl Paulista, <' D. Mnnul'l ,Ja Silvcira D'Elhoux. eul(io IJisfW ,Je Ri/Jrirtio Prl'lo. Por,miu/oram o n/Q
S. A . /, N. o Pri11ri1>t D. l'ctlrä Nt11riquc de OrJi:m:s <' ßr11n11nr,a, r. os Srs. Molsts l.upion, OtJver,uufor tfo Eslacfo tlo Pnromi, l.ucas de 1-'rätufa Sigmul ,. Prof. l'linio C"rren tle Olivl!irn. A posst• do 11ovo Prelado sc dt•u fl 4 tlc maio "" /947..~em/l) S. E.xria. Re1,mn. ON)m~ pouhtuJo u /at 11rez·iuho por numt•rosos amit:os c tufmiratlort..~. lufriou sua a/i,,i(/mlc. romo /Ji.-:va rom n visila .-:i.,;tema/it.·a e frrq11c11Je 1/os paroqui11s. tliri;:in(lo-sc lof!.o l'III junlto a /.,,omfdnn " n Mflringti, r cch11-f1111dada c ttiul/(1 r<'ff'llfia tfc mafo virgNu. Üt!l)Ois ,,;$;hm Mnu-1/uf!11l1ri. (' p,·,n•lrou a/,.: f>11ra,uurt1i. r11 /(i(J u/. limo rrtlultJ tla rhiiliznräo flO N"rlr rlo Parmui. Jniriou u 11rgu11iz11r1io 11w·o,111iul ,1o N,Jrlf' Nuvo. Criou terca de quartn/r, JJGl'01111ias c•m treu• mws de ;.:_(111c·•rtUJ l'pi.w·<1pal. Afas t,io f!l'Otuf,• srara rslt1vil u rxigir 01u•rt,rio.-.: rm 1111111trQ rm/11 ••rz m oiar. Vo/1011
i~11i11 o Seminprlo Dim·csmw„ comwgrmlo u Nossa Senhora tla A s,t1mr1fo. A pcdra fwttln • me11/at foi la11rada ,·m /950. Dtf/(>is ,tc r<111rl11illa par lc tln 11/a dos atrmos. fm rofls lr~u!fo ,, pavilhc'ia ,los f)l'Qj(~ssorts. ~ o tJn.'> l?t.l!K''!.-:o:., C agtJrtJ t.~1,; SCIUIQ ,.,,,f,aulo {) pa111lltm1
ccnlral.
Fvram tJr(/c?11m/cs para Ja~arcziuhf!. rt~stlt 1952. Olllt' SrH'crtlolC.'i, c VOlflJS ;'>Clllllf'!flSfas ,1t1 Diorc~u• csludam llO Scmmarto Mnwr de Ct1riliha. Oblel'c D. Gcratdo ,Jc Proc11ra Siga,u/ c/fl Gover,10 do Estadb a doariio de chtco f,!ICb'!s <le mit atqucirc.~ cada uma, como palr11~w1!10 das eine,, Mi/ras Dioccsanas d<> P,1ra11<1, mrlusive a tle. Jacarezinlto. Orgnnizou um cscritorio ccnlral de ellgenharifl, com um eng~uheiro-arqui/clo ti freute :- o Dr. t;ugemo Sigaud - para a elaboracuo tlos pro_1c_los de co11slrufOes do ßlspndo e a superv,sao tlas ohras. Ceren de quarcflln igreja.'> foram c~nslruitlas sob " tlirerüo dessc csrri/Qrio. e t,~ml~ ltojc as Dit>reses de l.on_drirw_ c de .Marmgll sc bnre/iciam ,tc sun ass1stc.11cw lcc,_ uca. /Jn„ Ire 011/ras obras mb1111mentais realaadas na Dioc,sc ,tc Jncarczi11ho co11t,1111-.,e a Cate,frat c as malrizes de A1mcara1w c de Rotomhn. PrQm()l'elt S. Excia. Re.vmn., com rccursos da Dioccsc 011 de Or<lc11,? rcligioslls c do 1,bvo, a /mutnr,10 de ,tcz01~0 c~lcg,ps. cm Cambarti, ßmuteiraflles, Urm, lb1poru. londrina Porccalli Ccnlc11ario, CambC. Arnpcnga. A1mtarn11n~ ..Mllringd. Mamfaguari. P~rm!arai. Funtlott O$ Sa„tas Casns ,tc S,quc,rn Campo.~ c ,fc Aft1ringti. rccslrulttrou a.~ dt~ Aimcarn11a e d e J?ibeircic, llf! Pirthal, _do/011 llc Religio.'ia.~ as de Porrcalu. ßamle,rantcs c Coruclio f'rocopio. All:m de criar essas q uorcnla nqvas paroqulo.~. or1:a11izmrdo-as. tlolamto-as_ .t lt . Saccr• ,tot,·.~. ,Je rnsn~ t• esttJln,-; paroqmms, 111te11ll,,011 o opo.-:lollr" Pl'c~lado o ,fr~d i1foh1fmt11fu das a.~soci(lc6es rrligio.-.m;. fumlou a l·cdcraffio t/os Congrt~aförs Maria11as •. dtr! 1w1,~1 alculo t.i cntc,711t?Se ,ws cst.()/as prmwrws_ . gt· nosios e escolas nnrmois, formamto Rrandc m,mcro ,tc calcquistas c erighulo n Dlrcloria Dioc.csana cto Ensillo Rcligioso. PromO\ICIJ a edutaclio missionaria <lo povlJ, propagmulo. a Ohra tla Santa lu/allcin. Dcu uma hasc solida ao Sem;nario, i11stil11i11do c ince111i11nmlo n Ohra dns V"tar6es Snrcrtlotais. No campo carilali"o· /undou a tiga das Se11horas Calolicns que hojc. em varias paro,1uins. d,i assis!curia i,s ,·rianr.as ! ,is mäes ncccssiladas. Favorcccu a fwularao da Co11Jcrr.11cia de Stio Vice11Jc de Paulo em muil'!s varoquias, c omparou a vclhicc pobre por mc~<, 1/e m,meroso.~ asi/os. I:: obra sua o Lar Sao \liccntc. em /a<"orezinho, pnra a cduca(:tio e amparo das me11i11as or/üs, e estm•o !"'?mo• vemfo n aia~;tio de uma cscola prof1ss1onal para acolhcr os me11i11os at,a,utonado$. A $011/11 /gr,jn 111ia {! indifrrentc a ltu/o a(Juilo quc conc,,rrc parn o bcm-csl~r de scu.~ filhos. Estimu/011 r ampnrou S. Exr,a. R~vma. im1111ero.-. iuiriatfoas. 110 Nortc tlo Parmw, cm pro/ ff(, progrtsso malcrinl do Eslado. scndo tlc se solienlar " apoio c n colahornrtlO que emprcslou ,i Fmutar:<lo <le AssisfRucin ao Tra balhatlor Rural, ti Associaclio Para,w~nsc (fr Cnfdc11llore.,, ä Cooperoti11a do.• Cafe,c11/lorcs c iJ Coo11rrnliw1 dm; ·rrititulfores, {t illstnlnftiQ dn iudusfria moagcira cm Jararezlnho, ctr. Sun muis retcule ohrn ,tc grmulc rcJe„ 11,mdn C n Fllr11l1fntl1· Estmlua/ de Piloso/ia ('III /t1i·art•titthQ, dn fJIJal /!. fulllf(l{/()r C dirl'lor. Tiio gramfc. cnfim, /oi o ,tesc11110!11lmculb tla Dioresr sa/J o gol'trno tlc D. GcrllMo, <711c cm 1957 n Sanln SJ re.-:oh1eu dh1ltli-la. criantlo as 110 ,,11.-: Sedt.'S t•piscopais (le LmuJrina c Mnri11ga. E tr{:s a11os (>J!o.<. $110 Santitfadc o Papa Jotio XXIII promo11c S. flxda. Rcimu,, tt ArtJ!hiSf)/J de Dlamtmliuo.
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tro/urfo,wtio "Re/ormn Agraria' socinlizaule, que pcla primcira vez: cra demmciada por 11111 Uüq,o t,,11.~ilciro, fora,11 ntlolatln.~ pelas Proviucias tJrtc.'iiaslirus do Parau6 c do Rio <lt Janeiro, (' lransrriln~ 110s nnni.-: da Cmnar" 1:<'t lcraJ. t>or /im. <: <Ir toclo.~ cm1/tci'Mo o fr1l0 de s,·r S. C.v:da. Revmn. 11111 tlt!s mrtore..:; da li11ro 1 • N1:forma Agrarin Quesl,io fit Cansric11('ia" , qur. Jnmn11lt11 reprrcus.ttfo ''"'" f(•mfo t·m tmlu " Brasil. !Jm l!JS!) Sun Alfrza Rt.'f1/ o Priucipe FerdinmultJ. Duque t/a Catobrin. Cht•{(.' ,ta Fm11itfr1 l?e<,I ,le ßourbon-Sirilins t· (;ffio Mc..:;/rc• da Ortltm Conslu11li11l111111 t f 1,.• S,io Jor1?1.', o 110111,•<)tl ,·ow1/eiro de graft1 tlaqm•Ja 1mlign l' fW<'SliJtio.-:i.-:slm" Alilfria l:qutslrt•.
A ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA
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/AMA NT/NA t~ umn tlns t>nzt l)iaresc.'i mais anlif!as d" ßra:-:il. ll'ndo sido crlnda rm (; de ;,mho tlt.' 18.S,1, na reiuatlo d,: Pio IX. Poi rlcva<fa a sctle nr111tlt.•piscopal c mrtropolilann /JQr Beulo XV. cm 28 tfr j1111fto llr 1917. PrcrNlrrm11 a D. G<'f<1f1/o <lcProc11ra Sigmul 110 so/io cinco Prrlnclos: scu a,rlcre.~sor lmcdioto {oi o Cxmo. l?c,mm. Sr. D. /o.~r: Ncwlon de /\lmciclo ßatislfl, lui f>(Jllrfl tro11#crido para fl Arquirliort.~t· dn 110w, pita/ fet/erat. A A"711ilUoresc de Diamanlina. situatla ,ro rc,1lro tlo 1:::stndo dr Millas Gr,·ais. fluma dJls zonas mal.~ arrnigmlauu:ulr ralolfra:. <lo P11is, tcm li3.200 q11i/0111ctros lflllldra,ft>s ,. 602.000 habilnnlcs. Con.'iltl de lri11ln Mm,icipio.1.:. <li• 1•icliclos em 42 f>oroq11it1.~. Scu Clrro ,: boslmrfr 1111mr.r„ su: .wfo li2 Sact:rtfo/cs .~t:r.1tlnrcs t .J2 Rcligio.w,.'). f>,•rli'nccm cslcs ulllmos <is Ordcus dos f.'raucisNmos t Cavucltinho.~. <: lls Conf;!re~ac<ir.-. da Mls.wfo c! ,Jo SS. Retlenlor. As COll/!l'Cf:llffit:,; femiulna.': ~,io lrC."-: Franci.-::cmu,s Mi..:;sionarias da SS. Sacrmncnfo, Filhos tla Cnritlatle. tle S,io Via:11lr tlc Paufo. c lrmifa tle Jesus ,w S$. Cutarislio. Divtrsas organlza(iic.~ ,tc npo.tlnlfu/Q lcigo t otabo„am com o CtcrQ. tlestnrmulo-se o Pctlcrar<1o clas Congregar,ic.~ Mario,w.-. ,.. 11 Pl'dcrar,io ,tos Filhas <le Mnria. Mt•rt•c·c rr.gis• lro o falo ,tc quc o sema,wrio flftJ11i<liocestmo 1 ' A f:slreln Pblar" 6 um dos mai:. rmligas orgiivs ,to imprcrtsn cnlofica flflciOflal. fumfmt,, que f11i cm 1902. Para n formar<io ,1,, Cltro strular cxi.~tcm cm Dimmmliua 11111 St•minarfo Maior Prol'incial, 11111 Scminorio Mcnor Mclropolilam, (m11/JO,'i tNrigittns /Jc'lus RR. f>P. La~nri,,•/n.<:) t um Prt:-Scmi,u,rit,. Silua-sr lam/J(,m 11a Arquitliorcs(' 11111 No'1iriado dos RI?. t>P. Cap11-
n,-
rhi11ho.~. S,io ns .~cguifllC.t ns Dioccscs s11/rago11N1s : Arassuoi. Go11cl'l1o(lor \laladt,res. Jauuoria. A1011/cs Claros. T co/ilo 0//oni c Pretozia 11111liu!; ,fr Paracn/11.
HOMENAGENS AO NOVO ARCEBISPO
0
pt'oximo m111rcra d e ''Cnlolicismo" clnrn
nolicia da.,; homenagens qm: esf1.io scndo prepartulas pora o l;xmo. Sr. Aret·-
/Jispo cftito de 1Jioma111i11a, i,em Cl)lll() pulJ/1(llrll v prcgrama d11s S()fcultlades de .'iuo pos.'ie.
~f AfOJLTIC].§MO. ~ff.i~ Mensario com Aprova1äo Ecleslasli<a Ct\J'rlJ)OS -
Dlrclor: Morii. ~1ntonio Ribciro do nosario .,_, .. 7 do $(ltombro, 2•17 - Calxn rostul SSS A SSJNATURAS ANUATS
Comum
c,·s 250.oo
De benrettor .. •.... . ••• , •• • Oe gr andc bcnrcltor ... . .. . scmtnarlstas c cstu<lantcs .
ßxtcrlor .... . . . .. .. . ...... .
C,"$ 1.000.00 CrS 2.000.00 CrS l30.00 CrS 285.00
Numero a,•utso
CrS
'.Numero Oltl\'7,lldO
* zelo do Exmo. f>rc!ltult, ulftapnssou o.~ limiles tlfl J)irJcl'..:;c de /acaret inltn. $11a al11or11o n /111,or dos Cougrcgncöe.~ t\'f(lrionas I! m111ulialmc11lc tbuhccida. .'wbrelmlo a/ravl!s <le sufl pnrlicipartio cm varios eo,,.. gressos cnlolicos e rermities eplsropnis c pclos seu~· mmcn m;.1uis cilotlo.~ comc.11/arios Ir Cons tituicäo Apostolicn "Bis Sacculnri Die" <1(1 Paµn Pio XII. ..·catoficismo" tem a honro ,tc t'()lllnr S. E.,·dn. f?cvma. entre os seus mnis i11sig11cs rolnhorallorcs. NQssos Jcilorc.-. esftio tcmbrmfo., rlo estmlo sobrc I?cfarma Agrari11 /r(lll.~rrllo t'lll nossas paginns. em ngo:;ltJ tft f9!j3, e lamh(,m Jmhlicmfo no "DiRCSltJ Eronomico·• da /\s.w,cinräo Comr.rtial <lt Scio Pnulo c na re,iisln " \/"'bum" ,/ll Ponfi/ll'ia LJ,ri11crsiclodc Calolit.n d,, Rio tlc Janeiro. /\s con c/u„ s6es d(•ssc lrabalho ScJhre 11111t1 sadill volilita agrnria. <'111 rr,11/rnposic,io ii de11wgogiru e rl.·-
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Est. do ltio
•••••• . • ••
CrS
22_00 25,00
Para oi; f~srndos de Al:t.,-:ons. Amazonas, ßahlo.. CcnrA, Coläs, M:lranhäo. Mnto Gros-
.so, ParO, Pnrntbn. rcrnnmbuco, Plaut, Rio Grande do NorLc, SCrglpc c 1'errilorlos, o
Jornal ~ cnvlado Por via ücrca pclo prcco dn asslnaturo. comum. Ao C'..omunlcnT o. m u c.lonto. d o cndcrcco do O.iH;in:lnt<!s, devc,.gc m cnelonnr tanib~m o cndo.rc~-o tm tiJ;'O.
Valcs postals, cttrltts com vator dcclarado, ChC<l,ucs, dcvcräo scr cnvlados cm nomc <tc um <los sc;;ulntcs Agcntcs c para o rcspcct1vo cndcreco: Agent~ Gcr:il - Dr. J05~ de Ollvclru A.ndrade, C.a1xo. t>ostal 23.'3. C.ampos; Ac-ento p:u•a o~ E-"tndott do MlnA.S QC)mls, t •nrnnn, Rio C:rnndo do S uJ, Snnta Cllturlna e Sti.o :roulo - Jos<: Lu1s de Fl•cltas Culmar&cs Ablas, Rua Castro Alvcs, 20, Snntos, Estado de Siio Paulo,
''UM ANTIDECALOGO ATREVIDO E
INSOLENTE'' <<A vitla quc se dcsenroln. sob os nossos olhos nüo C t>rilticn.me nte um,, roa.li:tnt.Uo bcm conscientc dcstns untitcses <los 1\l 1mdllmentos: fl \linto, l'llühu-: scxto, 1,ccar con~ t-ra ;t- ct1.'i,tidndc : sctimo. rou.bt,.r ; oitavo, lovnnt:ur fnJsos tcstemunhos'? Ni'io se tro.til de umn, conjurnsäo d.hlholica coutri:1. a vcrdrutc'?» Com estas t>alo.vra..-; o Sn.nto P ndrc ~Joäo XXIII, t.i"'.io ti.ff,vc.l o bcnigno, täo ittfcnso r>or t(!mporamento no pcssüu ismo Sisto~ matico, vc,~t do nlertfLr a aten(UO ,tos ndoTndorcs <lo soc1.1lo XX praru. tmlo c1u1rnto no~ dius de:: hojo existo d o tcrrlvelmcntc ncopogito. Publienmos na intcgrn n. ?l,lcnsagcm do Nntnl prormncio.dn l>Or Sun. Sa.ntidllde cm 22 do ctezcmbro ultJmo, por ccrto um dos mni.s importn..ul'c s doe umcntos tlo gcne ro cm nossos tcmpos. Nosso texto so b~LSc.u. ,u_ ver-$a1o por-tuguc.-m, nito oticial, dos Servit.OS clo J1n1ne nso clo V i,ticm10 o nn tTndu~1o publiciulu. 1,cht. ccli<:.üo semamtl em frnnCCs do «Osscrvnto.r c l<omnno».
"Vimos a s11a gloria : gloria como do U 11ige11ilo do Pai, chcio de grar,a e de ,,,,r<fa,fo" (J o. 1, 14). ENE l<AVEIS l r mäos c <l ilctos lilhos, cspalhados pclo mundo intciro: Paz c ßcn~äo Apostol ica. l~cccbci os mais sinccros volos de Bom Nalal, quc ICIIIOS a alcgria de vos aprcscntar.
V
PROLOGO DO QUARTO EVANGELHO STES votos sc i11spira 111 na primcira pagina do Evangclho de Säo Joäo, JICSSC prologo q uc da a rnalcria a um pocma sub lime, quc cclcbra o 111islcrio c a rcalidadc da 1111iäo mais i 11 l i111a c sagrada entre o Vcrbo clc Deus c os lilhos clos homcns, o Ccu c a tcrra, a o rdern da nah1rcza c :, da graya, 1,,1 COIIIO clc rclulge C SC 1ra11sfor111a cm triunfo cspiritual desde o inicio atc a consumac;äo <los scculos. "No principio cra o Vcrho, c o V crho cslava c111 D eus c o Vcrbo cra Deus. . . Todas as r oisa~ loram fcilas por E ie ... NElc cslava a vida, c a vic.1;1 era a h1z dos homcus. E a luz rcsplandccc nas trcvas, c as trcvas nfto a comprccndcra111 " (Jo. 1, 1. :3, 5). 1-1 onvc 11111 home111 cha111ado Joäo, quc vcio dar tcstcmunho da hr z : niio cra clc a luz, rn as u111a tcstc111nnha quc convidava a rcccbcr a luz. 0 Vcrbo tlc D eus, por inclavc! complaccncia, as~u111iu a naturcza humana, vcio h~bitnl' na tcrra entre os homcns c cnlrclcr-Sc fa111iliar111c11tc com clcs. Toclos os q uc O rcconhcccram, c nEle acolheram o V crbo d e D eus lcito ho111e111 cujo nornc sagrado c bc11cl i10: Jesus
E
so
c
Cristo, fi/110 de De11s e filho de /11oria foram associados i1 sua 111csma liliac;äo divina : Deulhe., o 11oder de se l or11arc111 filhos de Deus, c fo rarn considcraclos porlan!o como scus irmäos, clcstinados ,i hcra n~a <los seculos elcrnos.
(; atravcs dcsta simples c clc111c11tar cvoca,;äo de doutrina c historia, q uc vcm a n6s o a111111cio do Natal c de ßel(:111. Säo palavras sagradas quc cm for-
111osa ha.r111011ia r~ssoam por tocla partc, clifundinclo dcsdc logo snavidadc c bclcza, para pro rro111per dcpoi~ nnma gr:111dc sinfonia co111po11clo u triplicc poe111a da Criac;äo, da Rcdcnc;äo pclo prc(·o clo Sangue cle Crislo, c da lgrcja unat sa nta, catolica c apostolica. T udo isto oferccido, co1110 tcsonro de doutrina c fontc clc pcrlcic;iio, äs al111as c aos povos que dele quci ram l irar provcito. Pri111eiro, s11rgc CJ csplcnclor clo Pai do Ccu. g lorilic;ido cm sc11 Filho, quc nos convicla a admi rar as rcl;u;öc~ incfavcis d as Pcssoas da Sa 111issi111a Trin daclc entre Si. D cpois, o scgundo Joäo, o Evangclista, apressa-se a 111e11ci,mar os rcllexos da 111cs111a Trinda cle c111 bencficio do ho111c111, da lgrcja, Corpo ~\istico dr Cristo, e de cacla alrna cm particular.
Vimos o s11a J!IOria - irar.o ,, 11er<laile. Com cstas palavras icrmina o p r·ologo, c ncste pon10. :rnl•mmc o tom de aclam;u;äo glorio~a : vimos a :wa l!.IOria.
Quc g loria (; cssa? A g loria :1ltissi111a clo Vcrbo que existia 110 principio e (mies dos seculos, c, lazcndo-Sc ho111cm, como Filho unigcn i10 clo Pa i, aparcccu
cheio <le JZraca e de 11erdade. Nota i bcr cstas d uas pa lavras: ~rac;a c vel'dn<lc.
GRA(:A pal;wra graf;a C a pri111cira q11c allora aos labios de, Anjo q uando :inuncia :i 1\iaria Santissinrn o mistcrio clivino: Ela pleniluclc de g ra<;a - Ave, chcia de gra(.a. 0 ter1110 aparccc clepois repcticlo 110 Livro Sagraclo crn varios tons; 111as c se111prc cxp ,·cssäo de bcniguidadc e bondadc. Canla o Sal111ist,1 corn accntos de tcrnura lJllC enchcrn a alma de corno<;äo : "Corno (: preciosa a lua mi sericordia, 6 Senhor ; os fi lhos clo homem rchrgiam-se /1
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sombra das h1.1s asas; int briamse da .abunda ncia da 1t1:1 c;1sa, c dessedcnta-os o cauclal das tuas d elicias. Po rquc junto d~ T i csta a fonte da vida; na 11,:1 luz veremos a !u z. Conserva. <> Sen ho r, a lua g ra~a i1quclcs q11c T c conhccem, e C<)ncc,d c a ltt:1 justi~a aos rctos de cnra,äo" (SI. 35, 8-1 1) . Oh! quanto dcsejariamos lalar-vos lo ngarncntc desta g ra<;a, quc benignidadc e bondadc.
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VERDADE
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AS clcvemos rnani fcstarvos, dilctos lilhos, quc a vcrdadc atra i o Nosso cspir ito ta nlo 111ais qua nt.o a cxperiencia da vicla paslorn l Nc)s v,1i 111ostranclo1 cnda V<'7. c.·0111 mniol' tlarcza, o quc i: mais importm1tc <: 111ais couvi,111 aprofundar. Santo Agost inho, ao dar 11111 110 111c ao Vcrho Divino nasciclo c111 r3clc111, näo hcsi ta ~m chamit-Lo dcsdc logo a V<,rda<lf. como U11igeni10 clo Pai, rcspla11dcce11tc nos 1cso111·0s da sua 11:1turcza, para ilnminar tocla a cria~äo visivcl c i11visiv::!l, makrial c cspi ritual, humana c sobreurn ana (cf. "De Trin." 15. 11 : l'L. 42, 10-7 1). Os dois Tcslamentos cncerram o ;,tnuncio cle uma doui rinil
quc vai buscar na ctcrnick1dc :is suas origcns: C esscncia c csplcndor clessa vcrdadc. quc irrndia dcsdc o principio clos scculos c sc ma11i fcst.1 ao home,11, obrnpl'ima c ~accrclole do univcrso visivcl, c ,. ao 111csmo tcmpo substancia viva d1: um c11sina111cnto quc abra<;a lodos os clcmcntos da dupla or<lcm, 11a1urnl c solwcna lura l. As primciras p,ilav ras d o J\11l igo T cstarncnto descrcvcrn, d e fato, as origcns de> mundo; :1s ul timas do Novo Tcslamcnto Vem, Senhor Jes11s - rccapitu-
lam a hi~toria, a lci c .a gnu;;.1. Para as almas criadas por Deus c rcscrvadas a dcslinos c tcrnos, c natura l a busca e o encont ro da vcrdade, quc c o prirnciro objeto da at ivi<ladc in tima do espiri to h11111a110.
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Porquc :i vcrclaclc? Porquc cv1111111ka<;.'io quc vcm de Deus, c cnt rc o ho111e111 e a vcrdadc 11iio h{r simples rela~äo acidcni:i l. mas rcl;1~äo ncc:-cssaria e
css~:ncial.
VERDADE NO HOMEM E NO CRISTÄO
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ST/\ vcrclacle qu~ jo rra clo Vcrho Oivino, esclarcce c ihnn ina o passado, c vivilic:1 corn os scus ,aios o prcscntc - c COIII(> a rcspira,iic) quc p r()111 etc o prolonga111c11k> d/1 vida. IIICSIIIO dcpois do rcg rcsso ultimo de Jesus ,; lcrra par., o Juizo Firrnl. quc dccidir;'r a sortc de racla ho111c111 por lod:1 rt CICl'llid adc.
Esta irrcHlia\fio, cst;1 vihra<;iio, cst,1 vivifica'.Jio, C011$iclcrada 110 1111111<10 fisico c nrnis :1 i11da no 1111111do cspirit ual, conhecicla pclo ho111e111 c a inv:idi r a vid:1 daquclrs cuja l isio110111ia rellc!c os tr:t\OS divi110~ - grnvn(lo ,,sf<i. Senhor. .~ohrt• 116s a l11z do l eu f{)S/() (SI. 4, 7) (: fontc clc :ilcgri:t pa1·.:1 lodas as afmas: i 11f1111tlis/1• alegria 1111 mt·11 corn(iio (ibicl.). 0 rnai~ import:111tc, pl)r(:111, c notar c l<:r prcscntc quc :1 :i ptidäo para nlnht•ccr a vcrdadc reprcscnta p:ira o homcm rcsponsahilid:ulc s:tgrada c hcm gravc de coopcrar para o p l:1110 do Cria<lor, Rcdcntor c Glorificador. E islo 111ais ainda sc dcvc dizcr <lo crisfiio q rrc h·az consigo, por mcio da gra<;:t sacramcnlal, o si nal cviclcntc de pcrtcncer f1 la111ilia de Deus. Aqui cs({1 a all<• dignidadc c a
maior
rcsponsabilidactc do ho111e111, c mais ;1incla de todo cristäo: poder c dcvcr honr:ir cs1c F il ho de Deus, o Ver/Jo feilo car11c. quc vivific.1 näo s\'> a pcsso.1 h11111;urn 1 mas ta 111ll('111 a ordern social. Jesus cifcrcccu f1 i111ila~iio dos homens lri nta a nos de silcncio para 11elc aprcndercm a conlemplar a vcrdadc; c lrcs anos de cnsino incessanlc c pcrsuasivo. para clclc tirarcm cxcmplo c rcgra de vida. ßas1a o l.ivro Oivino para nos
cnchcr e dcliciar co111 csla cloutri11 a. A uniiio com Crislo - q ue Sc procla111011 Senhor e Meslrr port:111 to o triunfo da verdadc, ;1 cicndrt d:-is cicnc i~s. :t doulJ'i .. 11a d11s doulrinas. Joäo. o Evangelista, cJissc dElc cnq uanto Vcrho Div in<l cxa llaclo luz dos dois T estamenfos: "A lci foi dacla por J\1oiscs; a g ra~a c a vcrdade vicram por Jesus Cristo" (Jo. 1. 17). Em oulra ocasiäo o Divino Mcslrc cxplicou: "l:u sou a l11 z do mundo; qucm i\1\c sc~uc nfio mtda na~ (rcva$'' (Jo. 8. 12) . Dilctos !ilhos: q uc c esta luz scnäo a verdadc? Nos l ivros clo Antigo Tcsla111 c11to, a verdadc consta 11 lc111cntc mcncionild:1. 0 Salrnista rcpctc tanlas vczcs ~sta invoca,Jo da verdadc: 11 a (ua miscricor<lia c verdadc sempre 111c susfcntar:un. 6 Senhor !" (SI. 39, 12). A vcrdaclc c o juizo sempre cslivcram c cstäo i1 volt:1 de T i. A h ra vcrclade circnnda-mc co1110 t'scudo. A ltra jtcsl i~a. a hra jusl ic;a ctcrnamcnte : u Senhor, :1 vcrcladc suhsistc eler11a111 c11lc. A vcrdadc aprovcitar,i a quantos a sa bcm utili zar. Toclos os caminhos dn Scnho ,· siio vcrdadc. 0 Senhor a111a a vcnlctdc, :t gr:1\a ,~ a gloria (SI. 83, 12).
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0 OITAVO MANDAMENTO
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OMO c llclo a est:i h11. o
convilc dirigiclo ao hnmem para diz<:r sem r>re a vcrcladc ao proxi1110 ! E com<J c cncrg ico c terri vcl o ma11da111e11w de niio clizcr 11unca 111e11 tiras contra o proximo 11ci1J di/'li.~
{also /eslem1111/to cnntra " l cu proximo (Ex. 20, 1G) - e o d1: julgar· com verdadc c co111 in luitos de paz : Palai vrrdat/1', cado 11111 c11111 a .,r11 f1rOxi1110; julf!tri
<i.< 110.~sas porlos. sefZ1111do a 1•el'dade e a 11oz (Zac. 8, IG). Säo Pedro Can isio, Doutor da lgreja - na sua <:clchrc Summa
/Joclrinoc Chri.,tionae (t\11clhol'ila/11m Sarrae Scrip/11roc et Sa11clor11111 f>olr11111, Vcncl ii s Ex. ßibliol. A ldin:J
1571 , p.
14 1),
VERDADE ESQUECIDA: «Näo e reu de culpa sö quem desfigura deliberadamente a verdade; e-o do mesmo modo quem, por temor de näo ser julgado compreensivo e moderno, a atrai~oa com a ambiguidade de sua atitude» #
quc foi o catccismo de gera~öes inteiras - exprimiu a partc uegativa c a positiva deste preceito com palavras penetrantes e convincentes. Negativamcnte: proibc-se qualqucr testcmunl10 falso c cnganoso, quc possa compromcter de qualquer rnodo, em j uizo 011 fora dele, a boa fama do prox imo ; estc testemunho pode vir tle difamndores, tfelrnlores, maltlizenles, acusadores e 1ul11/adores. Proibe-se toda mcntira e todo abuso da lingua contra o proximo; isto na mesma rnedicla c 110 rncsmo 10111 cm que os trcs manclamcntos prccedentcs vcdarn matar, 'faltar ä castidade c roubar. Positivarnente, louva o preceito que sc 'fale bcm ou elogiosamentc do proximo, e cm sua dcfcsa e utilidadc, sem e11gano, sem fic,fio e sem (Jlllavr,1s insidiosas. Tudo isto doulrina clo Antigo T estamento, riquissimo cm li ~öcs sobre csta matcria da vcrdade, cm clcfesa da inoccncia, da justi~a e da caridadc. E no Novo Tcstamcn to Evangelhos c Escritos Apostolicos quantas li~öes sobrc a bclcza, solidez c altissima sabed oria da vcrdaclc, aprendida e vivida, c ainda sobrc a sabedor ia do prcccito do Senhor 1 Volta nclo porcm ao Evangclista Säo Joäo, intcrcss.intc 110tar <> que cliz Jesus i1q11clcs quc tinh a con~cguiclo convertcr: "Sc pcrmanccerdcs na vcrdaclc, vcrcladciramcntc scrcis mc11s discipulos ; e conilecereis a verd,ule, c a vertlade vos liberlnrri" (Jo.
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8, 31-32). Mas csta conversa\ao passa de interessante a terrivcl, quando Jesus lcva os seus interlocutorcs a concl usöcs molcstas para todo aquele quc ncga a vcrdacle conhecida. "Sc sois filhos de Abraäo, fazci as obras de Abraäo. Mas agora procurais matar-Me, a Mim que vos disse a vcrdadc ouvicla junto de Deus. Sc Deus fosse vosso Pai, v6s amar-mcieis tambcm a i\1im, porquc Eu venho de Deus quc Mc cnviou. . . Mas v6s sois filhos clo dcmonio e qucreis salisfazcr os vosso desejos delc, dele quc pai". Ao ouvir estas palavras, diz Säo Joäo, aquclcs infelizcs tomaram pe<lras para alirar a JeMas Eie Sc escondcu c sus. saiu do Templo (Jo. 8, 39-59). Verificava-sc o quc csta cscrito no Sa lmo: "Amai ao Sen hor quantos Lhe sois fieis, porque o Senhor procura a fidelidaclc, c castiga scveramcntc os q,'.c proccdem com soberlla" (SI. 30, 24 ). 0 mcsmo clizc111 os Provcrbios: "Comprai a vcrdade e nao vcndais a sa bcdoria" (cf. Prov. 23, 23). E mais abaixo: "A lingua 111entirosa näo gosta da vcrdadc" ( ibicl. 26, 28). E por f im : "Qucm em juizo faz accp,iio de pcssoas ... lrairä a verdade a tc por 11111 pcda,o de päo" ( ibid. 28, 21 ) .
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PENSAR, HONRAR, DIZER E VIVER A VERDADE
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IS o homcm, cis o crcntc f ace vcrdade que sc impöe com suavidade e firmeza. As palavras de Cristo colocam todo homcm diantc da sua rcsponsabilidade de accitar 011 re-
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j eitar a verdade, convidando a cada um, com for,a persuasiva, a conservar-se na vcrdade, a nutrir os proprios pcnsamentos com a vcrdadc, e a agir segunclo a verdacle. Esta 111ensagc111 de boas-fcstas, que temos o prazcr de cliri11111 convitc solene a gir-vos, vivermos scgunclo o quadruplo clever clc pcnsar, hon rar, dizer e viver a verdatlc. Esta obriga\äo dccorre, de maneira clara e inegavd, das palavras do Livro Sagraclo quc vos rccordamos, da harmonia cheia de suaves c scveras ressonancias do Antigo e clo Novo T estamento. Portanto, antes de tudo, pe11snr a vertlatle, isto c, lcr icl(:ias claras sobre as grandes realidades divinas c humanas, da Rcdcn~äo e da lgreja, da rnora l e do dircito, da filosofia c da arte. Tcr iclcias exatas 011 procurar for111{1-las de mancira conscicnciosa e bcm intcn cionada. lnfelizmcntc, ve-sc quase toclos os dias uma desconccrtantc levianclade ao tralar 011 disscrtar de assuntos varios, numa forma quc clcnota falta de prcpara,äo de qucm assumc o cncargo de os tratar. Falta de prcpara,äo o termo mais s11avc quc sc pode cmprcgar. Por isso, 1111111 recentc discurso Nosso cm dcfcsa da in slitui,iio lamili;1r, cxor1an1<is "quantos !Cm vontaclc e mcios de influir na opiniäo publica, a quc procurcm, com as suas intcrvcn,öcs, csclarccc r c niio confunclir iclcias. procedcr co111 rcticläo e rcspcito" (,1 S. Rola 1~0111., 26 de outubro de
cida, para lhc dcfcndcr os dircitos, c para for111ar as al111as espccial111e11te as almas sincclas e generosas da juvcntude - atc se dcixa rem imprcgnar por ela nas suas fibras mais intimas.
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1960; A. A. S. LII (1960), p. 90 1). f·/011,ar a verdadc. Dcvemos ser cxcmplo luminoso cm todos os sctorcs da vida individual, famil iar, profissional c social. A verdadc torna-110s livrcs ( cf. Jo. 8, 32); cnohrecc quem a profcssa abcrtamcntc e sem respeito hmuano. A final , porquc ter 111cdo de honrar a vcrdadc e faze-la rcspcilar? Porquc dcixar adormcccr a consciencia, accita ndo co111pro111issos que sc opöc111 il vcrdade c ,i pratica da vida cristä. quando s6 qucm est;\ na vcrdade faz jus it convic,iill de ter consigo a luz quc dissipa toda a trcva, e a for,a avassalaclorn que poclc transformar o 1111111do? Näo c rcu de culpa sö qucm desfigura dcliberacl,1mc11te a vcrclacle; c-o do mcsmo modo quem, por te,nor de näo scr iulgado comprccnsivo e moclcrno, a atrai\oa con1 a ambiguidadc da sua atitudc.
Numa palavra : hon r:H' a vcrdadc com a f irmcza, coragcm e conscicncia de qucm possui co11 vic,öcs fol'lcs c arraigadas. Dizer a verdade. Niio a pri111 eira cscola da vcrdade a reco,ne11<la\äo da miie ao filhi11ho, de quc näo diga mcnliras? Esse habito, esse costumc adquirido tlesde os primeiros anns torna-sc uma scg1111da 11at11rcza, e prepara o homcm honcsto, o crisläo pcrfeito, ;i palavra pro11-
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ta c rranca. c, ~c neccssario, il coragcm clos nwrl ircs c dos confessores. E este o testcm1111 ho quc o Deus da vcrdaclc cxigc de cada lllll dos SCIIS filhos. Por fim. vi11er a ,,e,d,vlc. E la a luz quc devc banhar toda a pessoa h1111rnna, dando o lom a cacla uma das a~öes da sua vida. E ca ridadc quc lcva ao cxercicio do apostolado, para tornar a vcrdade 111ais conhe-
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ANTIDECALOGO
ENSAR, honrar, dizer c viver a vcrdadc. Ao cn1111ciar cstas cxigencias 11111damentais da vi<la humana c crislä, sobc do co ra~äo aos labios um lamcnlo: onde existe na tcrra o rcspcito it vcrdade? Näo nos cncontramos äs vczcs, clemasiadas vczcs, pcrante um a11lidecafogo atrcvido c in solente, quc suprimc o 11110, in icio dos cinco prcceitos do Senhor quc se segucm ao quarto manclamcnto - /1onrar pai e miic? A vida quc sc clescn rola sob os nossos olhos nao praticamentc mna realiza,iio hcm conscicntc clcstas antitcscs clos 111anda 111 c11 tos: C]uinto, matar; sexto, pccar Contra a casticladc; sclimo, roubar; oitavo, lcvantar falsos testemunhos? Näo sc trata de uma conj 11ra~äo diabol ica conlra a vcrdaclc? Apcsar clisso, sempre pcrmanccc clnro c obrigatorio o 111anclamcnto da Lei Oivina, que rcssoou aos ouviclos de Moiscs 110 Monte Sinai: 1Vfio feva11/anis {also /eslemu11i1() con/ra r, le11 /lfOXimn (Ex. 20. 16; Deut. 5, 20). Este mnndnmcnlo, como todos os 01 ,tros. csti, cm vigor com lodas as suas conscquencias rositivas c ncgativ;is: o dever da vcrcladc, da sinccridade, da franqueza, quc consis:c cm conformar O 1111'11/e /11111101111 0 rcalidntle adaequalio rei cf i11/ellecfus c, ao con lrario, a l ristc possibiliclaclc, c o fato ainda mais triste, da 111c11fira. da hipocrisia, da ca lu nia, atc o obsc11rcci mento da vcrdadc. Esla mos vivendo entre cluas co11cep~öcs cla vicla humana: de 11111 lado, a ,·eal idacle do nn,nclo scg1111clo o plano de Ocns, c co1110 tal procuracla, dcscjada c näo tcmevivicla; de 0111ro mos repct i-lo a falsifica,;:ao clesta mcsma rcal icladc, facilitacla pela tccnica e pclo artificio hmnano, modcrno c modern issimo. Freute ao quaclruplo ideal de pensa r, honrar, dizer c viver a verdade c rrcntc ao espetacnlo quol idiano cla trai,äo abcrla 011 masca ,·ada a cste idea l, o cora\äo näo conscguc rcfrear
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a ~11:i :ingustia, c trclllc a Nossa voz.
Entrclanlo, para fudo c pa,·a toclos, a 1•crdade do Senhor f)l'fl/WIICCC e/er110111e11/e (SI. 116, 2), c quer cada vcz mais rcsplanclcccr aos olhos c scr 011 vida pelos cora\öcs. Muitos tcm a imprcssäo de quc o mundo atravcssa clc novo horas trcmendas. /11as a historia do passaclo conhcccu outras hem piores; e, näo obstante as vozcs rui<losas 011 cnganadoras <los mais violcntos, estamos ahsolu tamcntc scguros cle que a viloria cspiri!ual scr,i de Cristo Jesus, prcgndo rw Cruz.
HO RAS INQUIETAS ERIFICAMOS com sempre 111aior inquicta,äo quc a tcmpestade clevasta cletc,·minadas rcgiöcs do mundo e amca,a a ordem social c sobrctuclo amca~a muitas almas, mais
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fracas c inccrtas do quc malcvolas c mal inlcncion,1das, e cssa vcrifica~äo leva-Nos, ncsta mcnsagcm de Natal, a (lirigir a palavra aos quc tcm a mais alta responsabi lidaclc na ordem publ ica c social, e a co11vid[1-los, em nomc de Cristo, a porem a mäo sobre o peito e a manlcrc111 -sc ä allura ncstcs dias de pcrigo universal. Na vcrclaclc, trata-sc da ca usa de to<los : grandcs e pcquenos devcm fundir-sc num esfor,o unanimc c COllllllll.
Dcsejamos crgucr os Nossos hra,os saccrclotais para os mais altos responsavcis pcla orclcm civil - chefcs de Estado c de administra,öcs rcgionais 011 locais - c tambcm para todos os cducadorcs, pais c mcstrcs; para todos os trabalhadnrcs, quer intelectua is quer manuais, e ainda para os quc aplicam o cora~iio a fazc,· bcm ao proxi,110; de 111oclo cspccial, para os rcsponsavcis pela opiniäo pnblica, quc sc va i formanclo ou clcfonnando por mcio da imprcnsa, do radio, cla tclcvisäo, do cincma, <los concursos c cxposi\öcs de tocla cspccic, litcratri:.~ ou artistic;1s; dirigimo-Nos ainda aos cscritorcs,' artistas, proclutorcs, <lirclorcs c cnccnaclorcs. A lodos os Nossos filhos c de modo particular aos q11c por missäo cspccial säo chamados a dar tcstcmun ho da vcrcladc, bcm como a toclos os que dcseja,11 viver a vidn individual e tri111ili;1r 11a sa nta lnz da doutrina crislii, säo dirigidas cstas Nossas pa lavras, que b rotam espo11lanca111c11 tc do Nosso cora~iio, c, estamos ccr lo, farao rcfletir as almas mais retas e sinceras. Dilctos filhos! Niio. näo vos prestcis nunca ,, falsi fica\äo da vcrdadc; quc iss:o vos causc horror. Näo vos sirvais dcsscs clons maravilhosos de Deus, (J11c säo a luz, os sons, as cores e as suas aplica,oes tccn icas c artislicas (ipograficas, jonialislicas c aucliovisuais - para dcstrui r a inclina~äo nah1ral clo homcm para a vcrdadc, sohrc a qua! se crguc <i cdificio da sua nobrcza c grandcztt; näo vos sirvais de ta is cois;1s para anuiuar as consciencias aiuda em forma,äo 011 vaci lantcs. Tcnclc santo horror a difundir aqucles gcnncs qnc profana111 o antor, dissolvem a fa milia, 1.0111bam da Rcl igiäo, abalarn os fundamcntos da ordern socia l, pois csta bascia-se 110 dominio <los i1np11lsos cgoistas c na concordia fralcrna c rcspcitadora do dircito de cada qua!. Colaborai, pelo contrario, para lornar sempre 111ais limpido c q11c sc respimcnos infecto o r:1 , c cujas primciras vilimas säo os inoccntes e os dcbeis. Construi, com sercna pcrsevcran,a c esfor~CJ incansavcl, os fundamcntos de tcmpos mcl horcs, mais siios, mais justos e mais scg11ros.
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CONFIAN(:A INALTERAVEL
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/11ADOS iill1<lS, cis-Nos novamcn1e diante da cena de Bclcm: antc a 1111. do Vcrho Encarnado, da sua gr a,a c verdadc, quc a toclos quer at rair a Si. 0 silcncio da noile sagrada c a contcpla,äo dcst;1 cena de paz V amos a siio eloqucn tissimos. ßelcm com ol hos puros c cora~iio aberto.
E junto a este Verbo de Deus. fcito homcm por n6s, j un to a esta bontlade e amor tlo Salvador nosso Deus (cf. Tit. 3, 4) quc clcscjamos di r igir uma vez mais os Nossos olhos, com grandc rcspeito e afcto, cspetialmcn le para os mais altos rcprcsentantcs dos podcrcs pnblicos. disscminactos pelos mais divcrsos e i111porta111cs pontos do globo, c para os responsavcis pcla cclnca~äo das novas gcra ,öcs, c da opiniäo p nhl ica. Quercmos cxorta r cacla 11111 ~ tomar conscicncia sempre mais clar:, das suas proprias obriga~:öes c rcsponsabilidaclcs, c a ocupar o scu lugar com sinceridade c
co ragcm. Con fiamos cm Deus c na sua luz. Con fiamos nos homens de boa vontaclc, e clar-Nos-cmos por satisfcilo sc as Nossas palavras suscitarcn,, cm toclos os cora~öcs rctos. um i 111 pul so de gcncrosicladc varon il. Acontccc i1s vczcs quc uma voz tc1111c, cm tom quase profct ico, chega aos nossos ouvidos. a incutir tcmor cxagcrado, quc vcm a ser fontc de fantasias dcbil ilantcs. Säo /'vlatcus, o primciro dos Evangelislas, conta-nos quc Jesus. ao ca ir da tardc. 110 !im clc 11111 clia de intcns(l trahalho, Sc rccolhcu sozinh<> a 11111 moutc para orar. A barca clos scus di scipulos ficara no lago c viu-se agitada pclos vcntos; clc noitc desccu Jesus, e caminhanclo 111ansa111cntc sobre a~ onclas, dissc cm alta voz: - Tcndc confia n~a, näo lcmais, rorquc so11 Eu. dissc Senhor, sc es Tu fazc quc cu possa Pedro chcga r a Ti ca111i11hanclo sobrc as ondas. 13 Jesus lhe disse: Vcm. E Pedro dcsccu da barca c quis aproximar-sc clo Divino Mcstrc. J\1as, por causa cla violcncia do vcnto, tcve mcclo c comc,on a afundar. gritanclo : SenhCJr, salva-mc ! Jesus estenclcn-lhc imccliatamcnte a mao, sustcvc-o c disse: - f-lomem tle pouca fe, porq11e t/11vidasle? E <111ando toclos se reunir:1111 na barca, o vcnto cc~son (Mt. 14, 22-32). Dilctos filhCJs, este cpisod io, apcsar de a noitc ,·cinar sobrc
o lago, C de uma transparenci:l
cncantaclora. 0 h11111ildc Succssor de Sao Pedro aiucla nao expcrimcnta ncnh1111rn tcnta\äo de meclo. Se11fi1110-Nos forlo? na fc, c ao lado de Jesus podc,nos atravessar 11 50 s6 o pequeno lago da Galilcia, mas 1,idos os occauos tlo 1111111do. A palavra de Jesus bas!a para salvar c da r viloria. Esla C mna das pagin as 111ais hclas clo Novo Testamcnto. t an imadora e chcia de liom augurio. /1. luz dcsta visäo, <:-Nos grato h:rm inar a Nossa mcnsagc111 natJ licia com palavras do Antigo Tcstamento quc cxprimcm a substancia viva <kstc coloquio, mcio tiio agradavcl pa ra o Pai c Pastor abri,· o cora,äo aos seus rilhos cspiriluais. l~cferimo-Nos ä ultima parte do <;nconlro do santo Rci Ezcquias com o maior Profcta de I srael, lsaias. Este o accrrara com a amca,a de uma iuvasäo proxima e clc 11111a granclissima r uina. Ezeq uias rcspondcn-lhc : - "Boa c a palavra clo Senhor quc me a111111ciaste; para os mcus anos lrnsta111-111c a paz c a vcrdadc".
Os nlgarismo.<. inclic.nm o numer o do jornal. -
tnglescs no scculo XIX• : Com. -
1;:xpli<:ntfio das nlwcvinturn.s: ACC - «Ambientes. Coslumcs, Civiliza~cs• : CDB t Cnliccm Domini biberunt>; c. XJX «Os catolicos Comcntando . .. • : J•:L - c:1;:5;ct·evcm os lcitores» : NV - «Nova et Vctcra>: OSV «Omnes de Saba vcnicnt»; VE cVcrdadcs Es<1uccldas»: \ ' 'r - «Verba. tun miwcnt in actcl'num-.,
A • AUl ,t\S l ;•u.uo. Antonio Um .-:r.:rnde cxcmpto de nbncga.eflO c comballvl • Pltnio Cor rta de Ollvclr a: llG <lade Os Cullerals cte Antonio AblO$ F~ilho: 116 • l\(;A(> C A'rOt.lCA Adc,qtu\dn no tro.balh O nn. A. C. a CormncAo es• J>lrilu(ll dadn nn 01•(1cm Tcrcclro. (
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Plo XII: lJ,O
t.lvro luc:ldo c cocrenl c ( NV) - o. A, C.: 11•1 • A(;JUCUl/fURA (ver H€F'OrtMA ACnAIHA) e AN''l'ONlO i\1J\ IHA Cl,Alllf.1'. S:111to nevolucüo e Contra•Re,..olueno cm 30 c1h15; Pli• n lo Corl'(:tl d e OUvei rü: lll (Ver tnmb~m o INOICI!; DOS AUTORES) • Al'OSTOI.Al)O nos LF.IGOS Para <1u<= Elc reine (NV) - J. <le Azcredo San· lC)S: 109 1mpc1·tlncnclns d e Jornallstos: Padres 01>crnrlo~ (II) Pc. Jos(i n1cnrt 'l'o rrcns.: 115 O tn1cl~mo lmprccl!-O e va.1,01-os,o (lc nMsos Lcm•
,,os: 116 Um )'!rande exempto de nbncgaeiio c combnUvl• duck Pllnlo Corr~•l d e 011\'Ch't, : .116
(Ver tn mb~m ACAO C ATOL(C A) e A l<C.a:N1'1N'A cClufütd C.o.lollcn• F. F. A.: 109 n evolu('ÜO c Contrn.•1tcvo1uc(,o c m 30 dl.:is Pllnlo Corr(:a de OJivctra: 115 • AIUSTOC HAC IA cToda n m lnhn Cellc.ld t:t<l e estA cm scr e:,.1>0:-a do Cornclio clc Jesus e fllhu dn snnta Js:rc• Ja. - JOSt~ C.:trlOS Cllstllho de An(lra(lc: 112 1---1nura c r.rfi•rlnl~mo (ACC): 112 Cran,1e o !)Oder da cstlrJ>C sobre nossa:-- neöcs ( Vf:) Süo Fttrnc.lsoo de Snles: 11-1 O SClllhlO s:cnulno da cnrhfade (IC Sä.o Vlcente d e r'aulo ( VL•:) 1). ,\ntonlo d e Cnstro Mayer: l 17 T . s. Ellol c o mlto d e umn :-:oc1cc.1:l(lc scm clt.i~scs - Cunhn Alvnrcnzn: llS • AnQU.lTl::'l' UlC;\ Arqultetura t,otlcn. cscoi:u~tlca de J)'Cd r a - Cunhn Alvnrcn ~n: 114 Ar'(1\1ltctura m odcrnu c cCunc:lormh, (NV) - C".01• :-:o dil Costa Ca1'\1 atho V ldlr,al: 1 16 1-.. Un('li.0 e$plrltu:\I dl'.l. nrqull<:luro (NV) - CelsO cH, Costn Carvalho VhJ lgal: 1.17 ne1,0c um 1H'c1ultcto moderno (N V) Celso dn C()stn Cnrvalho Vld lgal: 120 e AJtTJo:
Comcntur1o ).er cno a u 1n texto v101cnto: J12 &splrlto de r (: c lalcl:::mo nn nrtc tuncrarla ( ACC): 115 (Ver li:tmbl'-m AHQUITJ;:'runA. Alt"fl!: r-.fOOEll•
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F lloso(la da J.ll&l0l'l1'. ou gno~tlclsn10 d:\ IW; to• rl:_ 1·? Atnnnslo A.ubcrUn: l.13 • (;01'JCO, E!!Ulo (ver A rtT€) • GHA(:A Situne:1o J>Cr:mte n Ig1•eJn do 1n·ot cst:1nte b:itl• zndo e de bon C(: - 1). /\, C,; 111 ♦ C ltA-l'rNI$i\lO F'inur tl C' grä• rlnlsm o (A.CC): ll2
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• l (;UAl,l'rAlUS i\10 01\Cle liberal$ c t o tnlltarlos sc cncont.ram - Cunha Alvnrcnf,a: 112 0 lnlclsmo mpteelso c vnporoso de nossos: tcm• J)Os: l lG T. s. Ellot c o mlto de uma socicdadc scm e ins• ses: - Cunlln A l vnrenga: 11S lgunllturlsmo dcspersonallzante (NV) J. de · Azcrcc:to Snntos: l l9 Dcpöc um nrqultcto m o<ICl'OO (NV) - CCISO da Costn Cnrvfilho Vh1ignl: l20 • lMl' Jtf:N.f-.t\
l'.': cunho 1iecu11nr d o Jorntll cntollco o v ocabu• h\rlo t1rlst oc1·nt1co e dlgno Joäo XXlll: J09 Os nbvso~ da llbcrdndc de lmprcnsa (V'l") J Oil() XXIII: l 12 0 lnfelsmo lnlJ)recls:o e vttporoso d e nossos tem• pos: 116 ( V~r tnmbl'-m c.CATOUClSMCn) • INOIA n:evol\1tü<> c C-...ontrn•H.evolueüo cm 30 dins PUnlo Corr~n <lC! Ollvelrn: l l l • I N["l~ltNO Um dogmn csqueclc1o Pn\110 Corr~n de 8rlto FHho: 110 AnJos c <lernontos Pnulo Corr(:n de Drlto 1-"'ilho: 111 e IN(:1.,,\1'1-:ICHA SCrle cOi:- cntollcos lnglesc.s no scculo XIX> Fel'rm ndo r-·ur<1ulm <lc Almeldu: 109 n 112 Jle\'Oht('ii..O c ContrA•HcvolueO.o cm 30 dltts Pllnlo COrr~:t de Oltvclra: 115 • rw1·t:nv1-:NCCONIS MO Rcro1•mt1 Ai::.tnrlft - Questuo d e Conscl encla Pllnlo Corr~u de Ollvclrn: US • INTHANSlC:f:N(;IA cA tnftc d (l natur c.-za. (NV) Pllnlo Vldlgnl Xtwlct· (la Sllvclra: 112 Os a busos . d a llbcr<ladc de lmpren sn (V'l') Jofio xxur: 112 l..lvro de um UJ>O~t:,\t.O. (Com .) - Arnahlo Vldlgal Xävlcr c:Jn Sllvclrn: 113 0 p tor lnlm lgo t: c1ucm oculta .n vcrdndc (VE) - Chrdeal Stcplnnc: 11:1 O lnlcismo lmprcclso c vaporos.o de 110:5$0S tcm•
J)OS: 116
Um J:runde c xcmplo de n bnegacao c combttllvl• ch1dc - Pllnio Corrfi, de Ollvelrn: 116 0 sumo d a lrHllg:,u,eflO POdc scr uma irrande vlrtudc ( VE) Sftnto Antonio Murlil. Cln• rct: ll6 cQunndo ~ J)rcclso luttlr, rnco-o n t.lros de CA• nhüO• C unhtt A lvarenga: 116 Clorln a t)eus, pnz nü tertn t,os ho m ens d e boa vontad e - o . Antonio de Castro Mnyer : 120 • Hu::NJS :"110 LIVl'O de um n1>0Sl :tl{l (Com. ) Al'JHlldO Vldl• t:al X<l\' ICI" d a Sllvclrü: ll3 e l 'l'AI.IA ncvohtdto e Contr3 Ucvolueäo cm 30 dlfls Pllnlo Corrtfl de 011\'clrn: ll:t.: Pllnlo V ldl• t:<ll Xnvlci- d:,. $ 11,..clra: 120 0 lnkli::mo lm1>rctlso c vn1>0roso de nossos tcm• l)()S; UG • lUC0$J,A Y IA cSe nchnm quc morro dcv.o.r.nr, llqulcJcm-mc flsl• c:am cntc» : 11a 4
J • JAN':-il~NIS i'ltO
0 scnlldo ncnulno d1.1 cnr ldade: de S5o Vlecnte (1e Paulo ( V B) O. Ant.onlo de C.ostr<>
Mayer: ll.7 • ,Jt\PAQ I-IOzlg•l<ong, a m:,ls CJorcscenLe m!ssäo <lc to<Jn a A sia (OSV) : 112 • Jt;HONl1\(Q, $1i:(I s.lo JerorHmo. $ünto csquccldo (C08) Fct• lll.'Ul(lo Purqulm (I(! Alincid~: ]16 O «sonho • de Su.o Jeronlmo (CDB) Fernando Fu1•quhn de ,, 1mcfdu: lJS cTuas l0Jurl:1s: $Crfio m lnha g 101·1a, (COB) J;oe1·nundo r'urqulm <IC Almeidn: 119 Jl::SlJ:S CIU:S'ro, Nos.,u:, S4)nllor Como 116de o mundo odlur AQ\tCle que J>l\$SOu tai.cndo o bcm? Pllnlo Corr~a de Oll• V('irn: 112 C1orla a. Ocus, paz nn tcrr3 aos home11s d e 1:>0a vonl:tdc - J). Antonfo de C.:\.Stro Mayer: l20 • ,JOAN'A DE C IIAN' l'A.L, ~nnht A r.n1ctl J>roprJo dos ru1Hhi.do1·cs (Cl)l3) Fcr• nnndo .Ful'(}ulm de Almeh:Ja: 11'1 • ,JOAO XXlU, l':1p:1 ;\ Uc\'01uc(l.,, cm 1960 - Pllnlo Corrl-~t de Oll-
\·c1ru: 109 Ttan,,ullldUde da Ordcm.
l~xclt..'l('ÜO na <lesor• dem ( A CC): 110 A m lsslio do Pa1m uttuil: «o.prcscnl::tr n Deus um 1,ovo pcrr cito• : Oblcnh:.u n IQRO :1s: la&r lm~1s d e Mnrln o quc l)C• d lm os:: sen!lo, vlrf, u c:nnstl'ofe: JJ.1 Hc volueito e Contr~\·llcvolud'io cm 30 dlns Plln!o Corr•(':a de Ollvclra: 111 P a?. (IC 0;1ma IH) T a bor e no Cnlv:1rlo (ACC): ]ll -cSc ath.:1m qu(! m Ol'l'O d ev:-.gar. llc1ulden"1-1nc tlsl• cumcntc:.: ll3 rm1>c1·t1ncnc1ns de Jorna llst.as; Pn<lres OJ>ernrlos Pe, JosC! Hlc:u-L T orrens: I M f"illnl 1u·e.scntc n Joäo xxn r J)Or dols an1\'ers.nr los ausustos Pllnlo COrr<:n d e Ollvet• ru: l19 (Ver ttlml>~m o )NOJCI:: 00$ A U1'0HES) • JOSl-:l•"A t\J:J-:Nl :: NOß¾, Soror Um do~ma cs<iuccldo 1>au10 Cortl:a (le ßrlto J,'1U10: 110 • ,ll)UAO, J,·rnnc isc~ Jletorm::i. ARrnrln QucsUio de Consclenclu Pllnlo Corl'~a d e Ollvclrn: 11$ •~sJ)loi-a o Scrmäo d:t Mo ntanha 1>~1·a ar,lttu· os Lrabalhudo res rur{l.lS l~du:}rdo d e ßarros
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llr(llcro c . , oao samvalo Ncto: 120
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O scntldo t:enulno da ~ 1rld:\d e de $110 V lcent c de Ptlulo ( VI~) o . Antonio cre c:,s:tro Mayer: 117 (Vor Wlllb(om Plt0'J'RS1'AN'J"ISMO) • lfH~HAUQU IA
O l::1klsmo hn1>reclso c vO.J)Oroso dt! no:--sos tcm,os: 11G Clor 1a. n OCus, p.az nn Lerrn n.os home ns <lc b<Hl vontndc - o . Antonio de Castro M.:ay~r: 120 • Ht~TOUIA ESllldl\ndo 1) ();)S${lclo, c..-onhc<"e•$C mclhOJ' 0 J)rC• ~entc ( Vf,;) - Jo!',o XXIII: 112 • JIISTOIUCli-:\10 .l-'i losocta d a l 11storla ou nnostlelsm,> dn I llnlo• rl{l ? Al:tn{1itlo Auberlln: ll3
• ,.JUSTl'C A SOCIAI. A m l:ssfio d o J>o1>n t1t\ml: cnr,r·escntar a Deus um i>OVO llCl' fCl l<>• : 110 cPrOJ>tlcd:'idc v1vn e prOJ)rfcdadc m ort.a• (NV) - J. de AZCl'Cdo Santos: 110 HC\'01\l('fi() e COllll'ii•HC\'O)U(tlO e m 30 dh.l$ J) llnlo Vldlg:11 Xavlcr da S11,..elra: l20
K • lilllH, Con c,:o
He\'olu~no e Contra•nc ,..oiue5o crn 30 dl..ls Pllnfo CorrNt de Ollvclra: 111
• Ji. llVC IIF:V A m lssüo d o Pa pa ti tun l : «n 1>rcscntar n Deus u m
1>0~'0 J~:rrelt o» : J10 ncvolutäo c: COnt ra-Hcvolu<:(10 cm 30 d ias Pll nlo Co rrt.'o c,lc O l ivcira : .Ul, 113, ll-1
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• •,ror t(:' Esp lr l to (te,, C6 c tnlclsm o n:-, :H·te run~rurt:) ( ACC>: 115 • M UN Dr\ ;\' IS :\tO O halcl:-mo l m prcdso c vnporo,;o d t nos:::os t cm• 1>0s: llH
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crot11, u mlnhn f ellcldnd c c~til cm scr cs1>0:-(, d o Cor n t üo de Jesus c tllh ti dn Sirnt n lg1•cJth Jo:-~ Car JOij C.n stl lho tle Andrnde: 112 • ,r.uu;:n A l,l ~MO Apnrcnto.1Hlo u m n r e d trcndcr a t gr cJu, cmi,cn hom -sc <-m pc.•1·vcrtc r- L.he tl doutrlnn <VT) PIO IX: l O'J Comcntm·lo sci-c no n um texto \'lolent o: l12 lil. A m üc da nntu 1•czn • CNV ) P llnlo Vldlg-:11
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lll>cr.Ois e to talllarlos Cu n ha Alvur cn 1:n: ll2
CNV ) C<-l~o dn Costu C.1.u -valh O Vldi~AI : 120 Ambiente t cr1•cno quc 1>rocluz ln npctcncla d os coh;:t$ do Ccu ( ACC): 120
Jorgc H u bne r c:nto:
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N AT UHA'I.IS MO
o lnklsm o im Jwccl$0 c vaporoso de nosso.s t cmpo:-: 116 • Nt::W) IAX , C:ardcnl En<:cr1•a.sc unm cpotn (C, :Xl X ) Ferna nd o Fur<1ulm de Almctdn: 112
• OOEl)lt~SCIA 1t1lc;J:j1n<J lmJu·cclso c \'flVOroso de nossos t cm• l)OS: ll6
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c.O uando ~ prcclso lu tn r, fne<>•O a llro s d e canhii.o» - Cunlrn Alvn rcngil: 116 • J.ll)t-:JU) AJ)E
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• l.UCIA, lrmi\ Um d ottma esquccldo Fllho : l.10
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M • MAC IS TF:IUO D A IGltt;JA O U:delsmo lrnprcciso e va1>0ro :s:o d e n ossos t.cm1~os: l16 • MA N[QUEl:S/110 (VCI' C NOS'rrc rs M O) • MANSL~O. CnrdN 1I Serie «Os Cllt 01i(;O$ hl t_:lescs no ~CCUIO XlX• I;,,crm, nd o F urqulm d e Almcldn: 109 ::t 112 l•~ 'l' l-:NOlDA. t•omlc::.u. dll Obtcn lrnm 1ogo n s iu xrimi:ts de M ntln o c1u<: pc<limos: senl,o, v lr(, tl c:, tastrorc: 111 •
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Hevo tucJlo c Contra•Hcvo!\t('t10 cm 30 d ia s J>llnlo Cor rNt eh'.! O llvclrn: 111, 113 Um eSJ)lrllo <:l:u·l\'l(lcntc -- J or g~ Hubner Cnlo:
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J"rill<:-etm Hevolu('llo c Contra•Hevo1uct,o c m 30 d lns Plfu!o Cor1•~tl ,tc Ollv clrn: 11'1 • MAH IA ))0 O l VJ;\'0 C()l tACA.0 , .\ h ulro cT od n t, m tnhu f cllcltltulc cstU c m scr n csposa d o Cora.<:l'to d e J esus c filha d a santn lgroJn-.. - J O:-:~ Car los CasUlhO de A nd r ttdc: l i~ • l\l;\IU A S A N1'1$$ B.iA A n cvQlut äo cm 1000 Plinlo CorrC:n de 011\'Cfru: 109 lndlclos certos mo:s:trm n o cnrntcr ma.rlal <tc nossa epoct\ ( V'l') Jot&o X X U (: 1 00 ObtcnlH1m u,go a :- lar:_rl mn~ d e Mnt·ln o <1uc l)Cd lmo~: scnno, vll·t, u cau,strofc: 111 Com o 1Wde O m u nd o Odl:l.l' A(l\\Cle c1ue p nssou r,rncndo o bcm? P llnlo COl'l'ea d e Ollvclrn: 112 O J)l()r lnlml(:o f ouem oculln n verdndc (VE ) - Cttrdc:H Stc1·1l11l)c: 113 cl-:\1 me consomo < c zclO J>c:-lo SCnh or Deus d os excreitO!-• ;\tannsio ,\ ub-crtln: 1.19 Um :weh> v lndo de Fttthnl\ Joüo. ßlspo de l.c.•frlu: 120 (V('I' t :un lk!lll 1-..J\'l'IM A ) • ~1A ltl'l'i\l N JS :'l0 F"llosoCi:), d a Illslo,·l:l ou nnO!):tlcl:s:mo da ltlsto r1u ·t - Atan:.1~1(, Aubcrtlo: 113 um e~1)lrlto <'larh1 l<lcnt<- - Jors;:c n utmcr Calo: •
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Pllnto Corr C-a d e Ollvclra: ll3 Gloria a Ocl1s , J)-tl.z nu tcrrn a os J1o m ens de bo n \'OtltMlc - o. Antonio d e Ci\Sh 'O Mo.ycr : l20 • 'PADßl·:S o x•1-; Jl;\.TUOS tmr;>er tlncnc1ns de j orno.llstos: Pad res OJ>Crffrtos (H)' Pe. Jos~ Rtca rt Tor r ens: 115 • 1•AGA~ J$ :'ilO Cl\'lllxa cüo e l.r.!'.\dl("ÜO (A CC) : 109 c'T o1•ntu-nm„sc atx>m im)v cls co mo ns c..-ols.ns quc a rruiramo- (ACC): 116 «Scltn hinls t utol q uc o s vcncnos d e Circe» (C0.8) - Fcrnnnd() 1:-u rqul m d l! /\lmctdn: 117 • l 1 AZ A rnlssAo <to Paptl ntual : .nprcscnt n r u Deus u m ' povo pcrrcito:,: 110 ·rrn 1H\u ll1dac.1c du otdc m . e :i.:c1tac lto n a <1cso1·<1cm ( ACC) : uo Obl~l)h n m logo tl.S lngrlm ns de Mnrln O ( (\IC PC• d lmos: scnü(>, virfl. n ca.utstrorc: lll Paz (J<: a l mn no T t,bor c J10 Car vnriu (ACC):
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Ctmha Al v :n·engt,: U\l • 1'10 X, 1-.apa ~:i o 1-·111.:i.1 J)1"C'scnl c n Jolio xxn1 po1• dois t1nlver:-u„10:-. augustos Pllnlo CorrC,a de Oll~ -
ncro rmu Aj::rnria - Qucstli.o de Conscicnci.:l Plln lo Corr ~a de Ollvetra : llS n cvolu<.-üo <: Contrn•Hcvo tucno crn 30 d las PllniO Vidlg<il Xtwfer dn Sllvelrn: l20
r::x1-,1orn o Scrmö.o dO. M orHU nht\ pnra or,:ltn r os trnbnlhudores r ural~ Eduttrdo d e uo.rros ßrotc ro c J Ofl O Sam1>nlo Neto: l 20 • dU:.:l•' OU;\IA AG ll,-\ lll/\ Q 1JI-~ 1' AO DE C0:-0.' SCI I•;NCI A at Obn\ 1u·ovtdcnc1a1 com que cCatollclsm o» :s:c soll•
n cvolu (fiO e Contra•Revolucao cm 30 d ln~ P l lnlo V ld lt;n l X n vlc1· d n Sllvelrn : 120 E x plo r :, o s cr m «.o da Monto.nhn pura agltcr,· os tral>nlhndo rcs: r u r a ls Edun r(lo de IJa rro:Orot cl'O c Jotlo Snm1>1i lO Neto: J20 • JU:: r.A( :OES 1-:N'l 'IU: ((a U•:JA .t: t!S'l'AJ)O O lr,llcl:::mo hnprecl~o e vnporoso d e nossos tcrn• pos: JIG • TIE U O IOSOS Olscur so As Hcllglosns de Jtom:.\ ( V'r) J oiio XXII[; 1.18 • R t-;VOl, UCAO A H.c vol\.u;-Ao cm 1960 Plhlio Cor rfu de Oll• ve irl't: U)9 Mc t.nmo rCO$CS lntcrnns do p roccsso rcvolu ctonn• CIO(.'OlldO t-.forlo V ita: 109
Hcvotuti"lO e Co1\ l l'ü•HCVOIUdi.o cm 30 d ins Pllntu Corrt-n d<.> Ollvclrn: lll , ll3, )1 ·1, ;1 15. 117; Plln lo VlcJlg n l X n vlcr da $11\•cln, :
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Ond e llbcr:11$ c t ornlltnl'los sc cnoontram Cunhu AIV.:\l'Cllr..n: 112 Co m o p(l(IC O m u lHIO Od h\1' A<t UCIC , ,uc ru:, sso u ({IY.ClldO O bcm ? P lltHo Corrfa d e Oll• vclrn; 1'12 Arq t1itctur il got kt1, CSOOIUSlkt\ de pcdrn - Cu n lm At vurcng1i: ;&14 Polltka sodnl e HC\'01UCil() ( N V) J . d(' A Z.C• l'CdO $1.\1110.S: 115 «Quondo ~ prcclso luun, f ttt:O•O n th'os de <:nn h!,o» - Cunh n Alvnrengn: llEi Hcformh A,::r o riil <}ucslii.o etc COnsclcncln Pllnto Co1·rl•a de Ollvclru : llS A t radlcüo crlstU c t, tcrmcnrneuo 1·cvohu:::ionu„ rl:, nn cxpr cssüo flslonomtcn ( ACC): l JS T. s. 1,:11ot. •~ v mtto d e uma socled ullc sem c 1:issc~ - Cunhu /\l va1~nr,:{l : 1JS lguoliu1rl:-rno dCSJ>C:rsoonlixn ntc (NV) J. clc A z..::rc<10 Snntos: 119 Ctorln u Ocu:-;, 1m~ nn tc1·1·n nos h omcns eh-: o-va vontmlc - u . Anton io de Ct,stro 1'1nyc,,r: 120 E:-:1)IQl'J\ O sermAo dtl MontnnlHt pl\m ~igltru· OS t l'abnl1Htdorc~ 1·ur1\h~ F:d utu-do de ßarros Broten> c Joi,o Snmpnlo Ncto: l.20 • «lct; v o 1.UCAO .1-: <;ON',l'llA • JU::vo,1 .ucAO • ..c.ntolld~mo> o. 1\ntonlo de C:1st1·u r,.,u1y1,.•i:: c ltcvolu('iw e Conu·a•rte\'olueäo» cdltad:l na 1-::--
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J\Jmrcuüuulo nm:u• c dcfcnder a Ji;:_n:ja, CmJ)C• n h:im-sc cm pcrv crtcr•J.hc a d outrln;t (\IT ): 109
1'10 X I, J•:tpli SOcl:aHsmo ct,tollco 6 n1>s1.1rdo (VE) : ll~ 1'10 XII, l ' :.tpa
Ade(lu:ut;;~ no t r {1bnlho no. A. C. u ro n nnctio es• ph-ll \l{d d:Hla m, Ordern T crcell'(t (VT ): 110 1'1.t~ I O CO H Hl~A J.>I~ 0 1,l \' l':IUA A HC\'01\lClfo ~m ]~)60: )09 n evolu(.'i'io c Contrfl.•Hevol uc;-äo tm ao dlos: 111,
ll3, ll•J, 115. 117
Corno 1>ödc o mundo 01llar Aquclc c1uc fH\Ssou razcn,10 o bcm ?: 11.2 Um t:r~Jnclc e xcm1,10 de :,ibncg~t(:(10 c t.'C>mhftt1VI• clac.lc: 116 Hcto1·ma As;:rarh\ - Qul"st!t.o de Consclcncla: JJS f"iliu l prc~cntc tt J ofu> XXI II por ,101~ iul lvcrsa• rlo:s :,ur.ust os: ll9 P J.1 ~1() \ 1 1UI GAJ , XAVll>:H UA :0-11.Vl-:lll:A c A mii.o c.ln nnt urczn• (NV): 112 Hcvoludio c Con trti.,Hcvo 1ue!\-0 <'Jn :10 dms: 120
UADRO de Jean Restout: Sao Vicente de Paulo, Sao Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal ante Ana d'Austria, Rainha da Franc;;a. Corno se sabe, os tres grandes Santos, um Bispo-Principe de Genebra, outro fundador dos Lazaristas e das Filhas da Caridade, e a ultima fundadora das Visitandinas, tiveram muito contacto entre si, e com Ana d' Austria, Regente da Franc;;a na minoridade de seu filho, Luiz XIV. 0 pintor quis perpetuar essas relagöes tao interessantes para a Igreja e a Cristandade, por meio de um quadro figurando um encontro entre essas grandes personagens.
A
D
0 centro da cena esta, numa justa homenagem a majestade real, Ana d' Austria. Mas como a santidade compete gloria maior que a propria coroa, as figuras de maior realce s1io os tres Santos. Sao Francisco de Sales, Bispo, Principe, Doutor ilustre, revestido das insignias de seu alto cargo, tem em toda a sua pessoa algo de imponente e solene, ligado a uma indefinivel suavidade. Sao Vicente de Paulo, Sacerdote, se apresenta sem pompa, mas com a dignidade e a distinc;;ao de um Ministro de Deus. Sua face, seu porte, parecem reluzir de energia e doc;;ura. Santa Joana de Chantal, membro da Igreja discente, aparece toda recolhida em seu austero habito de Religiosa, em atitude de venerac;;ao ante tao ilustres e veneraveis personagens. Mas tudo revela na humilde Freira uma grande alma, e sobre ela paira uma luz que ja e prenuncio da gloria dos Santos. ESIGUALDADES de toda ordern - de situagao na Igreja e na sociedade civil, de talento, ate de virtude - se apresentam nesse qua d r o como harmo11icamente coexistentes. Pois na Igreja como na sociedade temporal nao quis Deus estabelecer a igualdade completa sonhada pela Revoluc;;ao. Corno e isto nobre, digno, sereno, espiritual, santamente alegre. E tao diverso das carrancas, do ar macic;;o e agressivo que domina os ambientes sovieticos. Tao diferente, por exemplo, da atmosfera carregada de gracejos soezes e ameac;;as, que pairava quando, recentemente, Kruchev fez a critica da agricultura sovietica.
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AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZA(:ÖES
COEXISTENCIA HARMONICA DE 1
DESIGUALDADES
.I JAT01liC]§MO 1
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1
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itoria 0 oc1a 1smo no ras1 Plinio Vidigal Xavier da Silveira
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PROVADO polo Lcgislativo paulisla c
~ncionado p~lo Covcrnador Carv~lho Pinto o proJcto dn c:hamada r-ev1siio agrarin. cntrou cm vigor, pcJa primch·a vcz no Brasil, umn lci visando dirctamente n so-
propr-io Covernaclor paulista na mensagem com quc e neaminhou o substilutivo a considcra~äo du As.,;crnblt'!ia Lcgislnliva. AS MIT IGACOF,S DE ULTIJIIA HOU/\
cinliro~f10 dn. tcrra.
A propositurn lH'imitiva, e o scu substitutivo. ambos de autoda do Exccutivo~ provocn1·am uma dns maiorcs 1·catöcs com quc um ,u·ojcto de lel jä se dclrontou no Pais.
A cJas..-w dos propl'ictarios rurais, com cxee<:5.o de poueas voz<$ isotadns, sc pronunciou maci<;amcntc contrn clc.
As classc.s produ-
toras, ah·av~s de suas mnis prcsligiosa.s asso-
cia~öcs, se Junt.aram a essa onda de J'>rotestos. E um vc1·dadciro clamor dn opinifto pu• blica os apolou.
Os nutorcs do projcto, de scu lacto, per„ s is tJrttm cm oblcl' a sun aprovi,\('iio, rn1.cndo adottu· o rcgimc de urgcncia 1>nra sua tramita(!äo final na AsscmblCia Lcgisla.Uva. Mns, tncspcradamcntc, nn ultima disc1.1ss5o cm plenario, o l cxto so!rc u nlgumas nltera<;öcs quc indicavam um modcraclo a·ccuo do agro-rcvi• sioni.s mo. E a hnprenSc"l siluacionis-ta se c nco.rregou de proclnmar q ue, no conjunto, sc tratava de uma grandc nlodlfica.siio. Dcsta mancira, o pubHco, que Unhn vnrlas vc zes ouvido que o govcrno considc rava questii.o !cchada a aprovo.tiio da r cvisäo agrnria quc projctara, nssistiu com ~urpresa n esse Cinnl dn discussiio 1>arlnmc ntnr. r:: espcrou nnsiosumcnto a publicutüo do texto
<la l~i. 0
PRO,JETO E O SUIISTITUTIVO
l)rojcto prhnitivo e o subsHtutivo continham, cm s,1ns linhas csscnciais, as scguintcs disposic;öcs: - o Estado Cicn nutori1..ado a dcsapro• prio.r tcrras ina1wovcitadas c .n (()teft-las, jun• tamcnte com as g1ebas quc ja J>Ossua ou vc nha a cornprar, a Cim de vendc r os lotcs a prazo ; cste nti.o exccdcrä a quir1;,,e nnos : - os co1npradores dcssas f)Cquc.nas pro• pric-dadcs ricam obrigadO$ a , cle ntrc> de: um ano, nclas pn.s.50.rcm n r esidir , c a c ultivä•las de acordo com normas nprovadas pela Sccre• ta1·ia da Agricu1tura, s6 1hcs scndo lieito revendQ-1as d cpois de dcz anos c mcclianlc au• tori1.:.u;r10 daqucla Sccrctar ia: - os compradorcs quc nt,o cumprircm e$SO.S condicöes pc rdc räo o Jot.<:, o~ pr('stacöes j[t pagas, e as cventuais bcnfoitorias: - o imposto t.crriloriul l)OS.'>a a se1· eo• brado scgundo uma tabcla crcsccntc (que o subslitutivo trans!ormo u cm p1•ogrcssiva) c-m fun täo do tnmnnho da..~ p ropd cdnd<:-s : DJ:i de mcnos de 50 hcctar es :;;äo jscntas, c para u~ de mais de 5.000 hcctarcs a taxa do imposto ohcga " G% : - us 1n·o1)riedadcs com mnis de 80% de a rca cullivadn sc bcncfici::i.m de um descon• to de 40% ncssc imposto; o ~ubstitutivo acrC's• ccnto u 1nais duas condi<:öes pura C$C abalimcnto: obra s de dc fes.a contra. a crosllo c moradin adcquada pora os trabt.tlhador cs : - as propr icdades com m('nos de 50% (70% no subslilutivo) de nrca nprovcitada pagam o 1·espcctivo imposlo eom m::ijor·a<:llo de 100% ; - as propl'icdadcs quc näo possuom de• lcl'minada. porccntogem de orea cohe rta por muta.,i; naturais ou art.Hiciais. l)agariio esse imposto eom acrcscimo de 50% a 70%, quc o substitutivo Cixou em 509'<,; - o 1wojelo dctermina a atualiw(5o imc• diata dos vnlo1·es alribuidos nos imovei::; para etcito do la n<:ame nto do imposto te rritorial; o substitutivo näo pc rmitc quc cs&t mojorut !io c xceda, e m cada cxcrci cio, a 30% so1>1·c o volor f.i$C3I adotudo po1·a o imovcl no exer• cicio nnterior, abrindo cxcc~Z'io para. as ;,.ono.s cm quc hnju muit-t'\ diversidadc na avaliatfio de propricdndcs de mcsmo Upo. Esscs süo os disposlUvos rn·incipais da proposituru orig inal, com as mocliricntÖ('S nela tnt.roduzidas pe lo substitutlvo govcrname ntal. todns visando a spcetos secundurios, scm afc· tar n csscncia do lH·ojcto. como o arirrnou o
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M nlguns pontos ns moditicac;öes sofriclns a ultima hora pclo substitutivo (o. ram favoravcis aos lavradorcs. Mas essns mitigiu:öcs süo irrelevantes. A p~·ir1cipat dcln.(J; sc rcfcrc a subslituic;üo da taxn prog ressiva por uma taxa (111ica de l,5% pnra pr opriedadcs de at~ 500 hcctarei:: c de 2% pnra as dcmais, dcsde quc \mlas e ou• t ras satisfa~am as scguintes condi~öcs: t c r en, mais de 80% de arca cullivada, scrcm de (e ndiclns contra a crosäo. adotnrem prnliens de consc1·vncüo do solo, possuircm mora<lia ade~ quada pnra os trnbn.lhadores, c näo screm cxp1oradns sob a Corma de arre nclame nto. Na rcalicladc, esta C umn 1>0ndcravcl mitiga„ <;Uo do onus Ciscal, mas conclicionadn. a tnn• tas exig~ncias. quc provavclmcntc sö atingi• r[t um 1\mitadis.~imo numcro de propricdadcs. Apenas uns 1>0ucos agricultorcs, cm situn<:fio rinanccitn muito especial e dcsarogttda, 1>0de• räo fazer com quc suas tcnas so.tisra<-:am essas condi<;öes dc ntro do pn\:1.0 Cixttdo pch1 lc.i, de modo a sc livrarcm de um impö~to confiscntorio. Fora desta mitig a<,:äo de maior v\11lo. favo~ ravcl somc ntc n poucos proprictarlos, varias outrns houvc, umos de muilo pcqucna irnportancia c outras de mn.ior r epercu$äo: ga„ rantia de indeni;,. n~So da.,i; bcnfeitorias para os adquirentcs de te..,.as Jotcad:is pclo Estado quc as 1>crdercm [)Or n5o cumprircm ccrtas clausulas cont.ratuais: possibilidade de r cvcnd cr d esdc logo os lotes adqulridos. dopenden• do de prcvia autori1..atäo da Sccretaria da Agricullura; ise n~5o do im1>0sto para as pl~nLa~öcs de s.cring-ueiras, olive iras c trig:0 1 quc säo culluras de im1>0rlancia diminuta e m Säo Paulo: climina(äo das exigencias d e rc„ norcslamcnto; limitatiio da rc.ava.liatiio dos imovcis tarnb~m nos ca.sos de disparidode no lnntnmciltO do imposto territorial: inctus5o
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li"lngra.nto do d c.scmbar,1uo cm $:io .Paulo de D. Gornldo do P :roonca Sigaud, logo l\p6s $un promocäo n. Arccbispo do Dinnuu.ttirm. L nclcut1·1•no (ccntro da foto) os outros nutoros do «Re!ormn. A,grnr ia - Q,ae...:;t-Uo do Consoicncin», ,D. An tol1io do Castro Mnyer, Prof. Plinio Corrön. de Olivcira c cconomiiita Luiz Mondon t-1, d o Frcitns, vendo•so truub-On1 (da csqucrdn J)ära n. cJirc ih,) 08 l>rs. l >Jinio Vid.iga.l Xavier dn. Silveiru., Luiz Niw.a rono clo Assu mp('.äO Fil_h o, Ar no.ldo Vidigal Xavicr cla. Silvcirn o Adolr,ho Li.ndcnborg, dirctorc.11 dn Edit.ora Vori• Cru1.. de mnis um r eprcsentanlc da lavouru no Consc lho de RcviS1;i.o Ap;rada do Estn<lo. Por o utro lado. ns mod ifica c;öcs de u J„ 1ima horn ng:ravaram cm ntgun!> 1>0n• tos a sit.ua<;iio dos razcndciros. A propos:i• turn primitiva clava 40% de nbalimcnto no imposto territorial p.nra ns JH'op1·icdndei:: com 80% de arca c ullivnda. 0 subslitutivo cxigiÜ ninda que elas tivcssc m dc resa contrn a c ro• S<i.o e moi·ndia adequo.da pnra os ll'abnlhado• res. No texto aprovado o tratnmc nto Ciscul abl'nndado (nli(,s, rnnis nbra.itdado at6 do quc esse) C t·cscrvado cxclusivamcntc f1s propric• dndes <1uc, al~m de apl'escnl.atem cssas ca racteristica s, salisfa~am ninda - como ficou dito -.a. duns novas condi~öcs: adoturc m pralicas de conscrvatäo do solo c näo scrcm cxploradas por arrcndamcnlo. Assim, pa.ra muitos 1av1·adorcs t oi introduzido um g 1·a• vame !iscal, c ntto umn a tc n ua<,·üo. Oulro ag ravamcnto consistc cm que cssas dun.s novas oxig:cncias tamb<:m toram inclui• das e ntre aquclas quc os donos de tcnas inaprovcitadas dC\'Cm atender, dc ntro de um ano dcpois de intimados, sob pc na de dCS..'1• propriatäo. 4
par disto, ~l lci dcixa uma larga mar• gcm de qucstöes a screm rcgularncn• tudas segundo o ar-bitrio do Podcr Execulivo. A~sim, quc C «cstabclcccr bc n„
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"REFORMA ACiRARIA - QUESTÄO DE CONSCIENCIA"
t cit(?rins~? Quc C c:morndin lldcquadm~·t 0)( 1>nstos plantados, mns uliliza clos pot numcro insuficicntc de cabctns de gado. serüo conside.rados como c:arca t·acionalmcnte cullivndn»? E os pastos nnturois e cerrndos? Urnn g ran de vnrzca <1ue e xigc obrns eustosissimas pnr o scr passivcl de cxplo.rn<:50 agdcola. sc r (, con sldcrada «ill01>r-0vc it.adn», ou innprovei tuvcl '! Assim, os ag ricultorcs ficaram a mcrcö da bc nc volcncia govcrnamental. Sc a res;u• larnc nt.n~o dn te l t or bcnigna, cles aind.t, t c1·iio como 1·cspitar. Mos, sc se qui~c r apli • car com rigor o tc xto legal, nüo havc ni atividadc mais ing n:l1tl quc n ug ropecuuria. 4
AS L INHAS MF,STR AS P ER!\'lANT$C&M
M l'Csumo, as mitiga<:<'res sSo secundl\• rius. as linh:,.s mcstrns do J•rojeto p l'i• mitivo pcrmancccram. Bsta.,;; nao säo mai::: do quc aplica<:öcs concrct.."\$ de dois princi1>ios claromcnte sociallsta ~. quc fornm t·cpctidas vc i es invoc.udos pelo Sccrctario do
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Agricultura de S:1o Paulo: - • o quc lrttbalha n terra t em direito de possuir titulo de propricdo.dc>: - pcrdc a pl'opricdade de suas tc,·1·as quem as cons<'rva inaJ)roveitados. Uma armlisc do texlo d::t. lei pc rmltc ver quc Coram aprovados os quatro pdncipais pontos q uc, no projcto c no substitutivo go • vcrnamcntal, d isscntiam dn do ut.rina cat olic.n : - a cxpropria<;-[to das t erras inaprovcitadas, po1· ~crcrn tais ; - o oombatc ao arre rldumc.nto: - n fixa~äo do imr,oslo te rritorial cm ba.5cs confiscntorias; - n subjugo<,;5.o dos J>equcnO$ pro1>riet:-i • rios ao Estado.
QUASE· ESGOT A D A A SEGUNDA EDICÄO 0 O momcn lo cm quo esla..14 notns siio rC(ligid~\81 vni $0 com1,1ctando o so• gundo mCs dcsd c o hm('arnc nto do «Rcformn Agrn.t·in. - Quostio do C<mscic.ncia». A primcirn cditäo, d o G mil csempl!l• r cs, css;otou-so cm \'inte dia~: dos: '7 mU volumc.$ dn 2.a, rcstam cm estoquc. no eabo <lo t r C.s scmo.111.\s., umns s,oucn.s ccntcmlS, o q uo ohr ign t\ cli.stribuido1·1\ a nhmdcr cm r cgimo <lc r ncionnmento os pedidos quo cont.inunm n!luimlo. Do ltio de Janeiro, l<'ortnle;,..u, o outras chladcs, chcgnm noticios do que ja nio h{a. rmU.s OXCH.l()l iUCS ~ \'Cnda nas li\•rarins loctlis; o mosmo acontcco cm Cai.npos. Espccialmcnto cm Si\o Pnulo n. sidtli\. c.lo Hvr o eontinua. cxtraordinarifa.. Por scis sernnn:L~ consecutivns - nt6 rnrcarom os volumcs dta. 2.• edi<;.Uo - n. Cnnm.ra, ß rJtSilei rn do L i• \'rO o chL«siJicou cntro as obrns mt1is \'C.ruJi .. das JU\. Cn1>ital paulist.a. E m um in<ruer ito f(:ito nos ultimos dins d o 1960, p:u-1\ verificar qu:\is a...;; obras que hiwi:uu tido nu\lor J)rO• cur:" 11nquc h\ c idade dur n.nte o nno que fin„ dn\':1, «Rc rormu. Agra:ria. - Quosti'io ,lo Cons• <;ic.ncia» se coJocou no l_•l ,0 lugttr, o <1110 6 t>ürticuh\~rutntc not.:1ve l qunmlo se cousidcro quo oht v cio u Jumo c m mcll.(10$ do novcm„ bro ultimo. TmnbCm no Rio do ,J:ülCi.ro o c.m Curitiba figurou oh\ n::Ls estul"i.sticn..~ das
N
cdit.öcs mnis \'Cn cfühL'i.
Continun. am1>la, outrossi1n, sua r<mc rcussifo n ::t in11n c nsa diarin, ntingindo jU ugors1
jornais do todo o Brasil.
Assim 6 quc., sO nn
ult ima scmnnt~ tl J+).litorn Vern. Cruz rcc.c.bcu
m:a.is do trin t,a.. r ccorlcs rüln.tivoli n e sse seu 11rimciro Jnn~ame nto o provc nicnte!'I de vnrios 10:shulos. 'l'an1bCm os gr-ancks rtw ist.as n:\eion niit so oouJUlrrun do li\'ro, c1uc foi hlr• g:unc nt.o comcntndo no «MUndo , JJust.rf,<lO>), «Visii.O>> o <<l'tl :rnchctc». Dia a din. väo•so m ulli1)lica ndo os elogios i\ obrn do Sr. ßisJ>O Oiocc.,;~mo, do Sr. Arccbi~po c lcito ,lo Dilunantinn. do Prof. Plinio CorrCa. d e Olive ir :\ e do cconomista Lui7, ~femlonca. tlo Frcih1.S. B hunbCm bast~111to numerosn.-; tc:m sido ns erilicas. Ncsto~ ultimns os: nutorcs continuam ~cccbcndo os epi• tetos de nnt:iqmHlos. rclrogrndos~ c out.ros t.nnt-0s do genctro. l\lus ncnhum nrgumc.nto fC)i :d ö ngol'n a1>rcsent:\do contru. esse H\'rO do quntroecn t:l.i ,,aginn.s, i:;olidnmenlo fu ndn~ rnentrulo cm Abundantes c.lndos cstatis-t icol:> o em mn.i::c d o <h17,entos textos 1>ontitic ios. r or outro lado. os autore.o, d o «Rcformn Ag-ra.ria - Qucs tiio Oe Conseiencia» c 1><.:SSM1s ligt ulRS t\ (<Catolicismo» e m <li\'crsos Estndozt: tc1m sido convidados a pa.rticipn.r<"m de de ln\.tes sobro o nssunt-0 o a r c~tli7;nrcm J"mlcstrüs o conferc neias n rcs11cito. 0 OXCC()Cion:\I exito do li\'rO IC\'OU 1\ f',ditor11 Ve rn Cruz. n prcparar ::1. 3.• edi(.äo, (tu() se cncontrt" no prolo e dcve sn.i r t\ tmblico Rindn c.m tovcrciro,
mois scr io. porCm, C que o cxcmplo foi dacl<>. Em Minns, no Pnrani,, no Rio Grnndc do Nortc, na. Bahia c cm Goi[1s j(I. sc quer fa1.cr uma revlsiio agraria. com gnwe l'isco d e sei- cstn mal'cndn pclo c:unho do socialismo. Na Cnmara Fcdcral <:ome<;ara cm breve n discus.~fto, cm l'ct;imC' d e Ul'gencia, dos projctos ag ro•rcformistas j(1 ali a1wescntados., e quc säo ainda mais SO· eiatista~ QUC? o do govcrno puul istu. A c::m,panha pe Ja soeinliza<;ito da agro• flCeuaria caminha, 5>oiS, pnrn o seu c1ima.x, na csfcrn legislntiva. Parulelamcntc, v.:io se tornando scrnprc mais nume l'osas as tcntali vas para c riar a ag itatüo no cam1>o. Para sa.bermos cnfrcnt{t.-ta, conv<:m nao nos es• qucccrmos de umn csctarccedora noticia l>l'O• venie nte de P crnambuco c hä pouco publica• dn r►elos jornais. 0 $ccrctario da. Scgur anto rloquelc Estado, fazcndo a policia ag ir com prcstc:1...1;, pös col>ro a agitnc:tao dcmagog ica quc o dc1)utado estadual 1:-1-ancisco Julifio ar• ma.va contra mais um cngcnho. E, nesse e nsejo, aqueh.t nutoridadc d issc quc at6 hä pouc:o tcmpo reinava a paz e ntre pro1)l'ictal"ios e arrcndatarios dos cngenhos. Mas, dcpois que cntrru·.om c m ccna os agit::,dotes, nfio hä mais sos.scgo. E assirn, o movimc.nto agro•rcformistn pödC vir ~ dar lus;ar a uma onda de lamcn• ta.vci!-> violcmcias - com suas incvitavcis rca• c:öes - quo fn~a o Pa1s rolar pc lo abismo. Pois a 01>rOvi\t5o da rcvis5o agriu·ia pauJist:1., em tu.gar de anaziguor os animos, vcio ati<;-11-Jos mais, tornando ainda 1nais ,;rave n 4
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Voltareis com a majestade do Pai para julgar OS que desprezam a vossa Paixäo
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ROSTRO-ME, Senhor, a vossos pes para adorar-Vos; dou-Vos gragas, Deus de bondade; dirijo a V6s as minhas suplicas, Deus de santidade. Ante V6s dobro os joelhos.
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V6s amais os homens e eu Vos glorifico, 6 Cristo, Filho unigenito, e Senhor de todas as coisas; por mim, pecador e indigno, Vos entregastes a. morte, e morte de cruz. Assim livrastes as almas das cadeias do mal. Que Vos darei eu, Senhor, por tanta bondade?
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LORIA a V6s, 6 Amigo dos homens ! G!oria a V 6s, 6 Misericordioso ! ' Gloria a V6s, 6 Magnanimo! Gloria a V6s, que absolveis os pecados! Gloria a V6s, que viestes para salvar as nossas almas! Gloria a V6s, que Vos fizestes carne no seio da Virgem ! Gloria a V6s, que fostes manietado! Gloria a V6s, que fostes flagelado! Gloria a V6s, que fostes escarnecido ! Gloria a V6s, que fostes cravado na cruz! Gloria a V6s, que fostes sepultado e que ressuscitastes ! Gloria a V6s, que fostes pregado aos homens e eles creram em V6s! Gloria a V6s, que subistes ao Ceu !
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LORIA a V6s, que estais sentado a direita do Pai; vo!tareis com a majestade do Pai e com os santos Anjos, para julgar naquela hora espantosa e terrivel todas as almas que desprezam a vossa santa Paixäo. Comover-se-äo as potenr.ias do ceu, todos os Anjos, Arcanjos, Querubins e Serafins apareceräo com temor e tremor, ante vossa gloria; vacilaräo os fundamentos da terra e tudo o que respira estre1necera ante vossa soberania.
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ESSA hora, resguarde-me vossa mäo sob as vossas asas a fim de salvar minha alma do fogo terrivel, do ranger de dentes, das trevas exteriores e das lagrimas eternas; possa eu glorificar-Vos cantando : Gloria Aquele que em sua misericordiosa bondade Sc dignou salvar o pecador. - SANTO EFREM.
ANO XI - N. 123 - MAR~O 1961 0
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RE FORMA AGRARIA QUESTÄO DE CONSCIENC/A . X CONGRESSO DE " LA CITE CATHOLIOUE" um livro escrito por,
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S lcitorc-s de ''Catolici:--1110" jf1 cslao fo-
miliarizados com a ~xi:..tcncia de 11111 s:tdio rnovimento quc se vcm irradiando das tcrri1s da Fr.ru1r;a par::t todo o mundo. Sen nomc C "L:, CitC C:itho l iquc", c tem na rcvista "Vcroc·► scu urincip;1l porta-voz. Em 110:--so nu111cro 109. de janciro de Hl60, davamos noticia do aparccimcnto do nHtt,:nifico li• vro ';Pou r <1u'II rCgnc", no qual um clos principai$ lidcr<-s dcssc movimcnto, o Sr. Jc:111 Oussct, expöc näo somentc seu:,; fundnmentos doutrinftrios, mas ainda os mcios praticos c1uc scus aclcrcntcs clcvcm emprcgar para d.nr snn contribui(fiO f1 instauracäo do rcinado soci:11 de Nosso Scnhol' Jesus Cristo cm todo o mundo. TambCm na Amcrica <lo Sul cssa bo:t scmentc vcm .(!'Crminando, sendo notavcis os progressos obtidos na Argentina, ondc um :tguerrido ~rupo sc vcm formando e111 torno da rcvista ''Vcrbo''. editatla cm Buenos J\ircs, quc C o cq11iv.:1lentc cm es1>anhol do jt, vctcrano "Vcrbe'' Cr:mcCS.
U~I CONORESSO INTERN/\CIONAL 0
De 1. n 3 de julho d o ano p roximo findo, rcuniu-se cm l s....:;y-lc-i•..i\'\oulincaux o X Con~re-s.-.(> de "L{t CitC Catho1iquc". Cerc:1 de rnil (: quinhcntos partici1>anfc-:-- sc cn conlraram par:i dcbater o tcma gcr:tl: ·'Civilizac:[10 e corpo::. intNmcdi:i rios". Rtpn-:-.cnt;1varn ctcs OS $Cguink:-- paiscs: • Alem:mh;t, J\rgcntina, Austria, ßclgic;1, C<uwdfi, D~1homcy, EspanlHi, Fran~a. l lolanda, Utrn[!ria, Poloni:i, Portugal, Suic;:a, Vietnam c Ucrnnin. Po r c;i.rtn licla cm p lcn;1rio, IIOS$O col aborador Prof. Plinio Cor• rCa de Oliveirn, a~rndcccndo o convite que lhc havin sido d i rigido para p.trticipar dcssc c11co111ro, 1.-11ncntou (tue $UM; :itividade$ nao lhc pcrmitisscm sc au:,cnfar do Brasil n:H111cla oca$iäo, terminando por <lizcr quc 1'todos aqucks que pcrtcnccm <iO movimento de Cnfo• lici.•w10 se scntcm intirnamcntc unidog a Vu/Jc C a J.a Cafolique. de pcnsnm..:nto (: de cor;t(:äo. Admiramos vossa cxcclcnt<- 1·cvh;t:i., vosso cxcclentc movimento c vossas puhlka{:öcs, entre as quais o magni fico livro quc M. Oussct vcm de publicar'', l'.:nlrc. :1s varias pcrson:11idaclcs cclesim;ticas p re:,;cntcs ao Congrcsso, d<:5taca.mos SS. Excias. Revnws. fla.nwyon, Oirctor Ge:r:,I do .Ensino Livre c 1·cprcsentante de Sua Eminen• cia o Sr. Cardcal Pcltin, Arccbispo de P;:irh-•,
c;,e
Dom Roux, 0. S. 13., Abadc de Fontgombault, Mons. Gegout, Dirctor da Obra de Säo Francisco ,1c S.1lcs, Rcvmos. Srs. Pc. l~Cginald Omez, 0 . P., C;,pctäo Nacional <los los-
<:ritorcs C:1tolicos, Pc. Scgura, S. J., dirc.tor da rcvisfa "Cristiandad", de ßascclona, c Pc.
Luc-J. Lefi:vre, dirctor da revista "La Pensee
Ca.tholiquc,,, de
Pari$:.
Das persoua1idadcs
lcigas podemos citar S. A. R. o Principe Xa-
vier de Bourbon-Parma, a.companhaclo das Princes:.s M.lrie.TherCs.e c Maric-dcs-Neigcs, o Sr. FrCdCric-Dupont, Vicc-Prc.sidcntc da As„ semhlCia National, o Ocncrnl \ Veygand c o cscritor Hcnri 1\-\assis, ambos da At·adc111i;1 Fr;mce:s::i. o Almirantc Auphan, o General Tou-
zet du Vigicr, o Sr. Cufli Oriol Canodell, di-
retor da revista "Cruzado Espallol", <lc Barce-
lona, c o S1·. Jean Madiran, dirct or da rcvista
"lt'1m;:r;:ures· ' . ", c1c P ans. ·
OS OßJE'l:IVOS D E «Li\ CIT~ C/\TIIOLIQUE»
Sob as bcn~aos do Santo Padre Joiio XXIII sc rcalizaram as varias sc~öcs do Cong rcsso, pronunciando, cm uma delas, o Sr. Jean Ou$sct uma confcrcncia sobrc os princi1>ai$ obj ctivos de "La Citc Catholiquc". Um destes consistc cm "agir cm todos os lugares c mcios como um fcrmcnto, orcrcccndo o mais como„ damcntc possivel aos c1cmenlos rcprcsenfativos dos divcrsos corpos sociais . . . os mcios de uma formac;äo civka rigorosa... E t:1lvcz scja esse o aspccto mais importante de I.a
1 .A PAGINA •
Imagcm do scculo XVI, no Muscu
clo Louvre •
'l'recho do scrm;io de Santo EfrCm <Siria, seculo IV) sobrc os sofrimcntos do Salvador- «Oracioncs de los prim.cros crisl-ianos1>, n.0 269, Edicioncs Rinl1> s. A., Madrid, 1956.
D. Antonio de C•stro Mayer
Cilt: CalholhJue: uma nmquina, um.t 1ec11it-a de f:1zcr f:ilar da doutrina social da lgreja. Nada 1>ior, com cfeito, do quc o silcnc:io quc C foito hojc cm dia ein torno tle::...-.;a <lout rin:1, lamp:ida conscrvadn sob o alqucirc, vcrd~1dc mantida cm cativei ro, por ig11ornnd,1, incons• t'icucia ou 1>11silanimidadc". Viv('mos cm umn c1>oca de fal$OS mestres c de falsos profc-t:ts, <111c :,.c g11i:m1 por :;;uas proprias cabc(as, vcrda(leiros ccgos condulo-
Bispo dt: Compos
D. Geroldo de Proenf• Sigaud Arcebispo eteito d,: DicJmantino
Plinio Corre• de 0/iveira Luiz Mendonf• de Freitos
rcs de cegos. Os nos.sos amii;os de "La Citc C:itholiquc" sfio <) oposto ,lisso. Näo 1>rcte11dcm cles sc substituir .-tO~ v<:rd:ideiros mcstres <1uc existcru dentro da lgrcja, isto C, o Pap:i e os ßispos que com elc se ach:nn cm comu• 11häo. 0 (.:: porquc rccusarnos scr n6s mcsmos mcstres no sentido supcrlalivo, p rosscguc o S r. Oussct, que 110s C- irnJ)O$Sivel conccbcr uosso tr~balho de formacäo dvic:1 fora <la sub~ missäo, longc <la obcclicncia c1uc nbs :sabemos tlcvi,.IH ~,os cn~inamcntos da J~rcja. ßcm longc de tomä•la por uma Esco/a ( com E rnaiusculo), n5o <:Ont'cbcmos, 115.o descjamos l .a Ci/{: Colholique scn;Jo fli'l t$tOla da unic.:1
Nest e mes em
todds as livrarids d o Pais 0
3. Edicao ,
Escola lnfativel ,111c cxiste".
Hä um pronunci:uncnto do Santo Pad re Pio XII, t r.,nscrito, i1 guisa dc. forrnu1a~fio de principios. ent re outros textos pontifü:ios, 11~\S primcira:-- paginas do 1111mcro clc " Verbc'' dcdicado a c~c X ConJ;!rcsso, quc bcm dcfinc n po~i\flO de "La CitC Catholic1uc'' : "Como (•ri::.täo~ bcm tlcddidos :'t acfio, considcrais de vosso dcvcr vcl.1r para quc nada vcnh:l l<:sar os iutcrcsses da vcrdadcira Rclig:iao, etc vo~sa l{cli~ii10. Näo form:iis um partido politico, mas ning11(•111 vos poclc ncg(1r o dircito de vo~ unirdcs. de vos o rganizn rdes por todos os meios licit<.>s. p:tra quc a Jcgisl ac;äo sohrc a familia, ;ts 11o rn1:'ls 1K1rt1. mna d istribuitäo m:1 i:::cq11ilativa tla riq11cz;1 e p:ira a. educ:u:äo d:1 juventudc, ..: fodo!'- os artigos quc fo('am o campo da Fi: c da moral sejam realizados ~cgundo os pos1ukl(los do pcnsamcnto crisiäo c o e11:ji11.1111c11to da l grcja" (;1loc11(!iO :1os Comit<:s Civkos ltaliano$, de 15 de abril de 19~>:l).
10 00 0 acrescida de indices :
exe,nplares
• analitico • onomastico • de documentos pontificios
'l'l•:MA MUI'[() CAHO /\ «C/\TOLICISMO»
0 ICIII" ('entral do X Congrt'!;SO de "L;> CitC C:ltholiquc", isto C", o cstudo dos corpos intcrmcdiarios como fu11d:u11c11to de mna ver„ dadcir.:t Cid:uJc catolica, nos (: cxtremamcntc c:1ro. Diantc da brutal ccntralizac;fio totalitari;, quc t':td:i vcz mais amc;'.l('a a socicd:uJc c:c>11tcmpor:inc:1, mcsmo aquCm da cortina etc fcrro, ''Catolicismo'1 , g uiado pela luz da <1011• lrina sodal da lgrcja, sc batc pela rcst,wra~·I10 da sociec.Jactc or~anica, dcstruida em scu:;: al icerre~ pela l~~volu(!io c as..;;;im mngist ralmentc dcfinida por Pio X II: "As linhas essenciais (da o rdem natu ral) foram semp re c continuam as mcsmas: a ramilia c a proprie<laüc como bascs d:1 segu r:ln('a pessoa.l; dcpois. como fatorcs comr1cmcnta rc~, as ins„ tituitCJe:,; tocais e ;t1' u11iües prorissionais, e fi„ 11almentc o Est;l(lo'' (Mcnsagcm de Natal de
19:;6).
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lTIL
F. X f:ßIJ.> L.-\ltßS
Esgotada em 20 tlias
Esgolada ~111 30 dias
Pre<;:o: Cr$ 400, 00
Pedidos
o D. P. J. R.
Coixo Pos1ol 4827 - Säe Poulo
Essa orclcm cstabclccida por Deus 110
scio <la socicdadc humana obcdecc .-io chamacto princi1>io de subsidiaricdadc, formulado por Pio XI ncstcs t ermos: ' 'Assim como ~ i l icito tolhcr aos i ndividuos o quc clcs podcm cumprir com .:t propri;:1 forc;a e i ndusf ria, para tr:msreri.Jo ~·i comunidadc, assim tarnbCm C injusto rcmctc1· .-, uma socicdadc maior e mais alta .tquilo que as rneno res c inferiores podcru fazcr... Pcrsuadam-sc, portanto, firmemcnte, os hornen~ de governo de que, q uanto mais pe.rfcilamcntc f()r mantida :t ordern hicrarqui„ ca entre as divcrsa$: associatöcs, c:onformc o principio da furn;f10 surtctiva da atividade :social, tanto mais forte sair3 a au to ridadc c o podcr social, c por isso tambCm mais foliz e mais prospcrn a condh.~äo do 1uoprio Estado" (E11cidic:t "Quadragcsimo Anno").
0
nn~LHOlt SOCORRO
Eis porquc nos congratuk1111os com os nossos bil hantes c prezados amif!OS de " L a Cilc Cat holiquc" pcla rcaliza~ao de mais cste cxcclcntc Congrcsso, cujos frutos, cstamos ccrtos, näo se far5o csperar e näo dcix:träo de sc. mulliplicar, poi~, dianfc das nuvcns sontbrias quc amc<u:am cnvolvcr a ht11n~1nidadc, os vcrdadciros apostolos e combatcntes cla boa causa. mio confiam cm su:1s proprias fortas, mas nAq ucle quc rcm f>3l avras de vidn dcrn:i. Corno dizia Sant:i Joana d'A rc aos habit:int<:$ de OrlCan::-, talguns dias antcs da vito ri:i: 0 Sabti quc vos t rago o rnell1or socorro quc j amais vcio a um <:avalciro ou :i uma cidade:
c o socorro do Hei dos Ccus".
MENSARIO COM APROV A~ÄO ECLESIASTICA Campos - Est. do Rio Dirctol':
Mons. ANTON IO HIRF.IBO DO HOSAHIO
ltcdnt ilo c. gcrencin: A". 7 de Sctend)ro, z.n 1\$.8,lnntun\S ~\n u nl1-1:
Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cl'$
r~.00
Oe bcntcltor .•.• , ••• , , • • • • • De g r:1nde bcnt<?llor . . . • . . .
C1·S 1 ,000,00 CrS 2.000,00
Ct1ixa l'ostal 333
SC'mlnnt•lstas c cstudnntcs , , Extcrtot . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . Numero iL,•uh~o . . . . . . . . • • . . • Numero ,,trm;Ud o , . ••. , , ••• ,
CtS 130,00 Crs 285,00 Cl'S 2"2,00 CrS 25,00
0
Porn os Estn(los de Alag:oas, Ama;-.onas. 13ahfn., Cenr(t, Gollts. Maranhüo, Mato Crosso. Par(,, Paralba, Pcr m)1nbuco, PJnut, Jllo Crandc do Nortc. Scr glpc c ·rcrrlt0r1os, o jornol (: cnvlado J)Or via acr<!:\ 1>elo J)rce<> da "~sh1ntun, <-vmum, A@ eomunlenr tl mutl1in(•J1 d e e.nderet() do :~tiinantts, d c, ·c-110 m c nelonur
lnmb<:m o c.nderoto nnti~o.
Vo.lcs post.als. cnrtas com vnlor <lcclara<to, chcciucs. dcvcrlo scr cnvlados cm nmnc de
um dO$ scgulntcs Agcntcs c 1mrtl o rcs1>cc.:llvo cndcrcro: Agcnt-0 ,:-cr:il J)r. Jos~ de 011\felro. Andrade, Ctilxu Post:U 333, Cttmposr.. Estado do Rio; A~cnto p1in1, .,,, EstndoH llo ) lhU:L1o1 Gcrnls, 1•1,rnm\, Ulo Gr:u1do do .sul, 8nnt.n CM1\rlnl\ 'o Siio J•n.ulo Jos<: J..ulz de Frcltas Cuhnaräes Ablus, nuu Castro A lves, 20. Santo$;, Estn<lo de Su.o Pau10.
CALICEM DOMINI BIBERVNT
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Fernando Furqufm d e A l meida S Mongcs da ldade Mcd~a tinham grande admira~ao e cntusiasmo pelos seus antepassados, os heroicos Padres dos dcscrtos clo Oricnte. A vida de anstcras morti [ica~öcs quc cstes levavam cra constanlcmente lembracla, näo como 11111 ideal inatingivcl, mas como um cxcmplo a ser seguido, 11111 cxcmplo de varöcs quc linham usado um mcio seguro de chc"a r ii sanlidade quc ardcnte~1cntc ctcscjavam. Era frequente entre os Mongcs do Ocidcnte o dcsejo de imilft-los. Assim c qu(' muitos, com licen~a de scu Abade, embrcnhavam-se nas florcstas quc circundavam os mostciros c, num luga r crmo, completamcn te araslados do mundo c atc da conmnidade, sc en lrcgavam a ora~äo e it pcnitcncia. Chamavam de descrlo o sitio cscolhido; cm alguns mos tei ros cram lantos os descrlos, que se to rnava ncccssa rio havcr um N\ongc cspccialmentc cncarrcgaclo de zela r por clcs c impcdir quc fosscm invadidos por cslranhos.
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FUNDOU 37 MOSTElROS Tcnninado o noviciado, Säo Simäo de Valois tambcm sc scnl iu alraido pcla soli däo, c foi sc rcfugiar numa floresta quc pertcncia ao i\<losteiro de Säo Clau dio c quc uma antiga tracli<;ao afirmava sc r doa~äo de Carlos J\1agno. 0 anligo cavalciro ncla cscolhcu 11111a rcgiäo inospita c quase i11accssivel, ali co11stn1i11
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uma cabana c ncssc lugar sclvagem viveu clurante muitos anos cnlrcguc ;\s praficas do amor de Deus. A fama de sna sanliclade, 110 enlanto, propagon-sc r or toda a crista11tlacle, c quase näo ha cro11 ica da cpoca qnc niio sc rcfira i,s suas virlndes. 0 autor da vicla cle Santo Ar11ullo, por cxcmplo, cnloa um hino de louvores ao crcmita que föra scnhor de Crcpy : "Eis esse asl ro de ouro, esse Simäo tao belo quc rcnunciou i, sua csposa encantadora c desertou do pais dos francos, ondc clom i11ava milharcs de scrvos". Täo alto rc110111c 11äo rcn11iii11 quc o Santo lcvasse por 11111ilo lcmpo a vida solita ria que escolhera. As visitas comc,aram a aparcccr c logo sc 111111tirlicara111. T odos cram atendiclos e rcccbia m consclhos sa lulares. Alcm disso, nmilos viaja11tcs quc se avcnf11 rava111 por a<111elas pa-
ragens chcgavam raminlos, c o bo111 a11acorcla prccisava rcpartir com eles os rrulos sclvagc11s quc col hcra para sna subsislcncia. Pouco a pouco, esse lugar ate c11täo clcsconhcciclo foi sc povoando; out ros i\1onges ali sc estabelcccra111. A cabana de Simao sc tornou o cenlro de uma co11111nidaclc qne co11slifui11, mais tardc, o Priorado de Monthe, c lanlos cram os quc a clc rccorriam para lcva r uma vida mais pcrfeita, quc a caricladc obrigou o nosso Santo a aba11clo11ar o scu deserlo para ir fundar, sucessivamcn lc, 37 novos mosteiros.
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Totalmcnte cnlrcguc a orienc;ao das comun iclacles que funclara, Säo Simäo näo podia prcver quc cedo tcria de abandonft-las para auxil iar Säo Gregorio V II na lula sc111 lrcguas cm quc a Santa Sc estava cmpcnhada con tra a simonia c o nicolaismo. Foi Sao Hugo, /\bade de Cluny, qucm o tirou clo convivio <los scus Mongcs, para que ele desse inicio aos releva ntes sc rvic;os quc prcsla ria ,i lgrcja ncssa terceira fase de sua vida. Filipe 1, Rci da Fra11c;a, continuava a sc apodcrar de bcns de scus subditos, scm o menor cscrupulo. Era esse um constante molivo de prcocupa~äo para Säo Gregorio VII, tanto mais quc nem os be11s cclcsiasticos cscapa vam a cobic;a rea l. Em ca rta a Roclin, ßispo de Chalons-sur-Saönc, o Pont ificc sc cxprimc scvcramcnte a rcspcito: "De todos os Principcs que mallralam a lg reja clc Deus Mac de toclos cles, i, qual devcm honra c revcrcncia scgu11do os principios do Senhor - c quc clcram provas de uma cupiclez pcrversa, vcnclcndo digni<lacles eclesiaslicas e qucrendo suj cita-La como serva, Filipc, Rei da Fran,a, c certa mcnlc o mais culpado". A Abadia de Cluny, apcsar de tocla a gloria c esplendor quc aclqu rira com o
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TROCANDO A SOLIDJ.O PELOS NEGOCIOS DA IGREJA
movimcnto de rcforma clc quc 11\ra iniciadora, viu-sc tamb/:111 cla cspoliacla pclo Soberano. Esgotaclos todos os rccursos para rcaver o quc pertencia ao seu rnostc iro, o santo Abadc Hugo lcmbrou-sc clo anl igo Condc de Crcpy quc, pelas armas, obrigara Filipe I a clcvolvcr tcrr.as quc cstc lhc arrchatara. Pccl111, pois, Säo Hugo a mcclia,äo de Säo Simäo, c cstc, accclcndo, abanclouon o dcscrto quc lanto a111av;1 c quc nunca mais vcria. J\ Princesa J\1atilcle da lnglatcrra cloara a Franc;a um riquissimo rcl icario rara nelc scr conservado o Santo Sudario que se achava cm Compiegne. Fi lipc 1 sc dirigira para aquela ciclaclc, a fim de prcsidir as ccrimonias da transladac;äo da rcliquia i11signc. Ali foi procur{t -lo o nossu Santo. Dcpois clc tcr vcncrado a sagracla Mortalha, Säo Simäo sc cncaminhava para o palacio quc hospcclava o Rci, qua11do [o i rccon hcciclo r cto povo, qnc o conduziu cm lriunfo. Rccebido por Fi lipc 1, im ecliata111cnlc cstc aceclcu a scn pcdido c cnlrcgou a Cluny os bcns rcclamados por Sao Hugo.
NOV AMENTE NA Cö RTE DA INGLATERRA T cndo dccid ido ir a Ro111:1 pa ra visitar o Papa, Säo Simäo chcgou a Ciclaclc E'.tcrna exalamcnle 110 1110111c11 to em quc scus scrvi~os se faziam nccessarios. Guilhcrme o Conq uistaclor sc indispusera com scu filho mais
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vclho, o Principc Robcrto, c cssa dcsuniäo da Casa rea l inglcsa enfraquccia um clos estcios da cristanclaclc. Sempre atcnto ans intcrcsses da lg rcja, Siio Grcgorio V II descjava rcslabelccer a paz entre pai c filho, c 11ingnc111 mais ind icado para consegui -lo clo quc o santo Mongc quc föra educado 11a cörtc da ln glafcrra c servi ~a o Rei na 111ocidadc. Obcdienlc, Sao Simäo accita a incumbcncia c novamcntc sc pöc a caminho, afasta ,1do-sc sempre mais de sua <Jucricla cabana, para trafar dos ncgocios Eie Deus. Os cavalci ros inglcses, sabcnd0 quc scu antigo ehclc cra o cmissario ein Papa, resolvcram prcstar-lhe ho111enagc11s cxccpcionais. Perto de mil rcpr.esentantcs da Ca valaria vieram ao seu cncontro com toda cspecic de prcscntcs cm ouro c prata. Säo Simäo rccusou luclo c iniciou a sua tar.efa conquistando para a causa da Sa nta Sc o apoio clos scus anfigos vassalos. Eo.:1 pouco tcmpo, o Sanlo conscguiu que o Rci c o Principc hcr-deiro sc reconci liasscm rlena c tl11raclo11ramcnlc. Mais ainda. Duranle sua perma11cncia na cörle de Guilhcrme o Conquistaclor, prepa rou os 110bres in gleses par.a os graves acontccimcntos qu~ sc prcn1111ciava111 cm virtucle da or osi<;.'io, cada vcz mais cl/lr,1, do l-111pc1:aclor H<•>rique IV obra de reforma da lgreja, e111prce11d icla com tauto dcnodo por Siio Gregorio VII.
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~A IBT VETERA
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Passo decisivo para bolchevizar o Pais Plinio Vidigal Xavier da Silveira
OLAPADA de motlo louto müs incessn.nk. 110s pi-oprios
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propricdndo 1>ri\'ttda vem scndo 1Htul11tinf\-
m c nto abolidn no B rasil. Aos IJOUC'.OS, lhL~so ::i. 11asso, o l'nis vai r"':)n<;a1ulo no cnruinho dä soe in_li7.:lrito. 0 1>rimciro gol110 !oi c.Jndo com n 1>romultrf,('~1o do Codigo d e. Ar;unst nos primoiros anos d1\ deenda de 30. Co11erct ::1.111N11 ◄! e·rmn cslnbe lccida.."i n c."sc Codigo nlgumas normns sobro o 01,rov<•itamcnto <1::ts nos.,;ns rc,s cr vns hitlro-ole t r iens, q uo fcr imn direilos c privilcgios reconhccidos nt6 cnt.t1o. Ern, uma iutcrw:nc-i'i.o, cle iunbit..o rcst r ito, clo E.i L'ldo nn. ceono1uin. M:,s, de: rate>, eom;.11gra,·n o 1,,ineipio d e quc C.<i.<;fl intorvcnt-ito l>odc sc1: fcih\ c m dctrimcnto do dfre itos de part.iculnrc.~ e sem indc niz1~r ft cstes.
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CONGELAMENTO DOS ALUGUEIS
Um no,ro 1>n.sso nas via ..-. da soc iali1J'lS"liO uiio tnl'dou muito: :\ 11re tc sto da 8itl.mtü.o anormal criada J)Cln. soguudn. guc rrt, mundinl, congclarflm-;'tc os tdugueis C· Coi promul.gn<ln a, Joi do inqullinato que, com modificn.!!OCS t\cidcn tni.s, dovin. vigo• rar atc hoje, d cpois: de cossndn, d e b{1. mullo, a. sit1.1n.c:,.ü.o ano~ mnln. <JIIO lho dcu 01•igc m. A vitbfül, dcst:\ voz, foi a Clfl..'iSC dos pr-011ricJnriQS de imoveis, formru:la. ~.m bon J)!nlo 1le Ju~s• liOilS d e fortun:\ p cquc no ou m cdiana, quc vivium unicn ou 1•rinci1>:dmc11te do remlu. dc~ses bc.u s. l!:r~·, o c.,q1irito s ocinlist.'\ cn1 nt.Uo, eon trnrio n. qrn1Jqucr orovento quo ntio r csuJte do trnbnlho de qucm o pc.recOO. Cometin,.Ne no CO..'\O concroto UllHL g-1'.'ttrtdo injusti(',: t, 1>0i.ii1 n in fln('.ÜO (); Jll IlOUCO temJ)O se on<',arrcg:. uia d e numcnta.r ns dcspcs:ls dos propricta.rios de imoveis c d e :wilhtr a r (mda. fi~a quo Jh es Cr:\. pormititlo nufori r . Pior nind11. foi n r,0nscqocncin n o campo da ltC\'0lu(!io: u.,;s:\. ct:,ssc, quo, scndo por nnturc-~l. t~.;tt\VOI e de t cn • dcncia conscr\'itdorn., eonstitui um dos grfmd(!S obiees i\ m:arch:, revolueion:,rin, er;\ scrinmen to n1ingid:1. c m sc.us dirci1os e condcnada. no c!mJ,obrccimcnto 1,rog rc.,:;sl\ 0. 1,: oulros: J):'lS::.Os so sucr.dcrnm. 0 intcr\'c,11cioni:m10 c...',· tntal roi-sc tornando ctul1t. ve:r. m:-,ior. Nos t.:,bclnmc ntos do 11r<.~os, nu, fi x:u:i\o d0."1 turlfos dus sc r\'i<;-os pot,Jicos, na trruis• formnr.ilo do E.-.:k,do cm grando cmprc."ario, na 11nc ion:Ui7..a.-c;.{(o do d ct c rminndn.-. at ividndcs eeono,uicas-, csqueecu-se, cm m:,ior ou m euor mcdidtl, o principio da atfi.o su1>lcLivo. Assiin so vem r,roccssa.ndo unH\ i,n c.ns:\ r c.to.-1n1\ n::~ ceouomit, ,u\CiO• nRI, obnlnnclo o proprio ins titut·o dn pr o1>ricdn<lc priv.,dn. 1
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PASSO DECISIVO
Embora ecrccndo, o dircito <le proJ)ricdndc 1>-0r11.u\.ncce hnst,u\ to vivo eo\ nosso m e io. Jsto 6 es-pechdmc.nt-0 vcrdadoiro no qu e (li;,. r C..',J>Cito i\. ng riculturt, : ali, cm gern1, n r c.',iStCncin ti inge r cncill- csta.tal eontinuo vigoro~m.; c, por outro lndo, npesar c)os ,rr:uu]cs prejuizos quo a hwou ra tcm sofrido com o confi.sco cambial o o tnbclnmcnto ßtl\bnlhoados dos g c.n e„ l'OS, ()la ,·e m vivcmlo sobretuclo A 1>r6pria, cust.n, sem d epende r do nuxilio do podc r publico. Por isto. a atividud o ogropccunrla o,rn o nlvo imlicado JH\ra o 1,ros imo golpo tlos i.nimigos dt\. p ropriedndc J>rivnda. i : cste golpo, quc so denomina «UeJonnn. Ag-rarhl>>, niio 6 igua.l nos l'Ult()r iorcs; u.bo.ln.ndo pcJn rnjz o c.lire ito de pror,ri~t· dudc, jnstrunente ondo mn.is intcgro cle subsiste, d es-tin:1-rre n ser o golpo d ocisivo, qo e te r{1, com o conscqucncia Jogica e inCl'itn\'el os passos que fnl tam 1>nri\ chcga.t- 1) bolche vi:t.;11"-iio do P a\is. Part, imJ)t'tlir <1ue o cor-ntcr csqucrdis t n da «Jtefornht Agrarlf\» scj1l. 11osto n. nu, os seus fnuto r cs us:'u n u nua. tntica int.eligente~ Coosiste ela cm a!i.rmar, com g rt1ndc Hl)nruto de propngandn, que a J)(',quonn propried::tclo 6 n Jl!\nne6ia ,,uo lil>-ertnr:i ft agricultura do todos os seu.s malcs. As cnchcnt<:."C lilc rifo m ih\gros:unc nto rct;-uh\(foSJ n..;, chuvn..-; cxeessiw\S e :\!'l lilCC.ns scriio c.oisns do 1u1s.sado, n.~ gcacll\S dc ixnriio de ocorrm·. ft ii pragas dcsnpn.rcecrilo, ns terros improdutiva..'\ sc tornnriio fcrtcis: tudo is t.o n.contecc.ri\ no (fü\ ,un que t·o da r, noss11. cstru t ur ta. ng rarh1.- so reduzir o {Jc qucnns 1,roJ)ricdodcs ... I„clo m c nos, 6 o quc so tc.m lmprc$$1.10 dinnto tln. c n ffL"C o das hipc rboles d:1- 11ro1,ngmtcla :\gro-re tor mista.. Argument.os tlou(rinarios. esfatis-ticns. dados do todo gcnero - tn.lsos ou vcrdt1• tudo servo J')ilrA- apoi:'tr fl tcse clrt-~ llc iros, nüo import:a virh1dos quitSc m agien$ da pequcnn. propriedndc . Ess:1- teso vem scm1,re acompnnhuda do desejo. muit.'\S vo-r,c~ c:qllie ito, outras i.mplicito, de nc..1bnr com ru; pro1>ricdndcs grand c.-4 o mcdins . Pois, roito lsto, torn:lr-se--:'i. 1•rl'lt icnmcn to im11osti\'()l a r esh1to~1ci1\ n ()unJquer intromissii.o cstah\.l ,rn a1>ropccunl"in.. Ucduzid1\ a cstrut11rn agrario do ßr:\sil n um eon~lonic rado tlc> sitio~ ß fn1,endolfls, inCAJU\zC$ de viv-Orcm i\ proprin cust.n.. e pril'ados do npoio d e grantlcs f:w..endoiros ,,i,:inhos, quo tcriio dch:ndo de> e,..\:is-tir, cstu:r{1, o co.mpo in teirnm ente a m crcö do Estndo. Esto 11odcrfs. c.ntiio, qmrndo quiscr, introduz.ir no PttllS um rcgimc semcUutnt-e no dos kolkho~es.
Esse 11crigo 6 dc nunciado pnlo livro mngistrf,1 t i j ii. fn moso, «Ueform(L Agrarin - <t.ur..stfio d e Conscionoin», de nutoria, do Uispo clc Campos, D . Antonio do Cnstro M:1ye r , do Arccbispo ch; ito de Di::n n nn tina~ D. Gcrnldo d o Procn ~a Signud, do C!:X•constituin1.e PJinio CorrCa tlo Olivc.ir:\ c- do eeouorniHtn J... uiz l\l e n<lont ll- <lo I •'t-cih1s. Sun. leitura 6 es trc mmnente utH 11:ira so eomr,rcencJe r n.. gravidndo dcs...;;e passo d cciiJivo 1>a.r1, a, socializ~.lt.o do B rn..~U, quo ser ia a dt-Oforou:t. ;\grn.rin». J•;xccutnda. essa rcformn., os pa.ssos segu.int.cs scri\o inevi• t a.vcis: c nüo hiio do tardar. Slrvn.•nos d e oxem1,10 o triste C.1\-SO do Ouba, ondo tlS mcdid:s.s n.gro-r e(ormistas r cprcscnta.r am n. e ta pf\ inichll rmra. t1. ins laura~ll-0, cm poucos mcscs„ de um regime comunhJtn 4uo üboliu todns as formns de 11ro11ri<..'tl nde.
OS PASSOS FUTUROS Tnl como ncoutceou nnquefo. h\felb. nR.<;äo irmä, :11:►0s H ehnmnd.n Tcformn. ng-rnrin. - se es:tn so imJ)fnntar aqui virtt a r cform11 com cr cinJ. Os cstobc.lccim cnt.os de comoreio serito d esnr>roprindos. O Estado, proetnn1tmdo ser injusto quc os n cgoci:U\t~s so cnriqu~ 11.m ä. custa do trnbnU10 c:los ~eus cmr,rcgtutos. a.•,s-umirft. o monopolio do c.omcrcio. T Ör cmos tnml~m a. r efo r mn. hulus trial. l'ara cvitnr que o trn.bt\lhodor opcro maquinns qu<~ rulo lhe 1,e.rt.-"'! nec m , o l~iot.ndo nnoionali7.i\rft. os fub r icas. F. n r ropricdade privadn. ind ust"rinl <lcix:\r :i d o c xisti.r. Vil'::'i. igun1mento, 1\. rc rorsno. urhan:-1. Ser i\ ost-inta n. pro• t•riedndo pnrtieulflr im obilinr in nns cidnde..-c. Cn<l:i. qunl scr{i <lono da c::,sr1- que hobitn, ou 1u,:J1tor, o E$tado serft dono d e tudo, e todos n6s scremos scw, inquilinos ou h ospcd cs·. <,i1e.i.r:u:'i, ,:,or fim, a \'01, da r c formfl. cdueu<.:iona l. O Jmt rio J)odcr - quc (! como 11uc n. propriedado privada. dos 11id$ s obrc os rllho~ - d ove dCAApr:..eccr. As crianr.ns seräo tiru,dn,-. cl!ls fnmili~ c c ntregues ao E.'ftac:lo. Este nilo 1>ode correto ri.sco do <1uo ns ger:ac,:.öc'S tutu_r!\S so ·ct1uqucm s ob o influxo de dOi$ d os nmiorcls cnwccUhos nuturn.is U. c.onnmis ti~•~iio d o t.1rn pnis: a. J)rOJ)rir.dndo e :l. fn milin. Aind:\ nUo 6 t.a rdo <lcmtds Jn\.r:, im1>e<lir osse,~ flogclos pcla uniäo tfo. t odos- ()$ intc rcssndos - e- interessndos ~1o os ng ricuJtorcs, os eom creinntos, os imtustri.ni.s, os pro11rict~>rios de imov('is, os l)Ris d e familia. c todos os quo quercm o be rn do nrasil - contrn. o f1~ rorcformisruo. Ainda 11Ho 6 tardc dc.mais. J\1as o t cm110 j{a. 6 escasso.
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<<QUEM ADERE A DOUTRINA COMUM E T1 DA ORTODOXIA PASSA POR INTEGRIST A com1,lcxa crisc dn couscioncia " t.l!l ch·i•
ca, fruto c.lo cns:1mc11to c da tnmili:i, h;i. n mis•
liu.lrii.o 01odcrn.1. 6 raci l notur, sobrotutlo e ntre:, os jovens. um1i :,cc ntu:uhl tcutlen• eh, :\ 11· firnmc:äo cio~n o oui;nda dn llroprin J)Cr• 80nnli,l:'ule, e 1mrl-nnto do p1·ot)rio 1>crtsamc11to t::-
lt rios.i:a. gcr11~iio l"SJ>iritual, contunicac.-Uo \'itnl eh~ 1>cns:\m<:nto, que ifw. 11 cscola näo mcnos Si1i;rndc, do q·uo o fitmilin. 0 11rogrcsso e R contlnui• dndc organicn c1il c ulluri1 cstüo ligndos no magi,5te.rio: ns gra,u.tcs (•scc)lfl~.. quo tlorc:::.ccr:tm ntravCs dos s cc;ulos. fornm rocos de c ic ncia <" estin\ul:\rfrn1 vi~oros:1111cntc 1\.S 1·,csquisüs c !ts ccrn11uistus, no imcns o rirm:unc nto clo (~spirito, 0 a utodidah1 6 um:1 excc('iio discuti,·cl, ,: ,aucm ,1ucr que 1>rcte111hi J)rO\'er i, s ua, cultura por seus 11roprios nwio:-t, 1icr;ligcnei11nclo us oxp i:ricnci~ «claqurlcs que si•hcm», dcs1,c rdi(."ü 8t'u tc~m110 eomo 1dg11to;m q u e, 1,:1rn cscnlnr umn mon„ tl.\nhn. comcc.-a a nhrir 11m·a s i um triJho ü , padir do so1,C. ignoründo o lrilho j:i nbc.•rt-0 J>Or c)ulros ot6 m cia~(:ncost.:a, A cscoln, (•ntonc.litla o o $c,~ntido mais nobrc~ eh\ 1mlnvn,, como rt:'lac;,:iio cle r,otc rnichulc e tlc filia('5o num cli rn:i os,,irilunl, longe de ofc nde.r :·1 tlignidndc .,, a libr-rdmle do homf!m, ctccu1,li• Cn•lhe as cncr;:ias ,: lhc t1.brt horh:ontc•s clti novu"' conquistos 1\ luz das rc•1lizndns 110 1ms$1do. A hi.storiu thts civiliz:u:O,~s elas..-.:ens pro\'u eh~ <111:mto rc.spcito <:rn. eöre,,do o m1,gistc:-io, ßasb1 pc11~:\r 11~\ \'Cncratii.o omociooncln c1uc l'JatUo tc:s• t-c.munhn Jt s eu mcstre Socrnks, com act!ntos drnmaticos, c ot Sm\ obl.'n t>rima, o Phcd<>n. Dante, como tod os os homcns W!J'd:ule ir:,mc nte J::'t·nndcs. oxpcriment:\. os rncsmos scntime ntos: lt scu 1,rofrssor. ßrunc tt.o J..,1:1 tino, eolocndo n11c• sar clisso no l utc,rno, tlcdicn clo um tcrc<·to <tue m<:.!rcceria .scr gritvr1do no rronh,I etc lodos os ,~"tabclccirnc ntos do e u sino :
N
,la propri:1- lib~rcladc , c m fac,, d1tS cx i~Cuci~,s tla
nutoridüdc o da tliS:ci1,li11a, tanto no 1>1:'u10 tc orico qunnto no i,ratico. t;m t.al climo, n crisc nmNt('il, de 11\odo 1mrticular. n cscoli\ e sui:, di~uiclrulo Sft~nula. A ju\'ent.uclc moclerna mlOht com frequcneia uma a t:itutlo ou cctic.~, ou critiea. s cnao r1ro1)rin1111~ntt~ dcsclenhosa, cm r,•1:u,:iio ilC111elc que h' m o orduo dcvcr de ins't.n1i•h1 c rtlu e:,i.-1:t. t 1;m conscquc•noia. cla C ll•V:\dl\ :a 1·,, j c.itt,r o fmtrimonio tla cultur-a ndquiritlr, e a souhür, com ousmlin ju\·t~nil, a rcnova<;-..z.io i11U'gr1\l cl!tS id6ias e do mumlo. Jlojc, ,,m llia 1\ ($CQh:, c o m~st re 1mrcccm coi:.:ns nnnoronicn.-i, tal eoo10 ns cstrutur:\s soclnis con„ t ra ns <Juais so tlCS("ttCtulc;:i:1 com viol<'ne:a o io„ quicto dcmocrati:;mo mo11c!r110. F't1-·~-sc, 1>ois, 1u:cc:s.s1,rio 1·ci\'indicar (• juslHi-
cm· esse :mtentico Q rundan,cnh1I valor humouo quo 6 o ma~lst.-ric). ~th•llllo-sc 11or ora :·1ilC.Oi\S i\s exigcncins tl:\ n:\lure·4, hun1rum.
Nin;::m':m piit, c m thn•id:, a v:,Hdadc da d c.fini(:ao urist.ot,, Iicn. clo hOllH' IH, CrlCJU;llllO futim~LI po!itico, islo 6, social. O homc:m nii.o t~ tun atomo ou um fra~m cnto c;m si, mas ur,,n c,·: fulü cm funtäo etc nm org:rni:uno. ,J:i os c:l'.itoicos conc:cbiiuu o mumlo como um corpo, ,. o.s 1u~o11latonico,!J, Proe!t,s por t}xe mvlo. conct:'bi:un ,, hmnnn:d:ulo c.om o um:\ unicn pcs.••u:m. i\l:tlJ::'r:ulo n. mulUplic:tl:ule d o~ individuos, h;i uma profun• c.lt, unidndu t\ um:\ fnnd:um~ntal solidariNl:Hhc-ntro os homc us, cli::;i,c rso~ no cs11t1(:o e no tem~ po. Solidnricdi1do ~o,~i:"11, 1>olitica, economic.o, nH\.." $Obre tuclo sofül.\ricthule J)Sicologica e mor:\l. J,:ss:, solida ricdndc sc cxJ•riine nurn:, comunicn('iio
, •itnl de 11cus;1mcnto c, conscquc ntcm e ntc. 11um:, continuidadc d(~ culturil da qunl a llist-0rlo d:i tcshmumho. A cx1wricnein, 11sicologlc.n mi:L.is iutimi\ 1·ovcln a t eudcncin, f:;~JlO ntancn c urgcmte d e comunicrir nos oulros t\ vida 110 pro1>rio es1>i• rito, que trab:ilho de J)cnsmncnto c. l:ll)orio~1, ccrnquis1":1 da \'(•rcl:ul,~. Ao lado d:1 ::er;·u:ao fisi-
,t
«chU'n fa 111<-nh• m'C tiU:t, c or m·1,ccori.\ I:\ cnr11. c huona iomgine rudc r111, di \ 'Oi 'IUiHUIO ut1l m onclo :'ld on1. t1tl Ortl 111'inse,r.111tvat e conw l'1u)111 s·cttcru:·1» (Inferno, Hi, 7!>) (1 ) A t".scol:l t• o nrn,tisterio cncoutr fl m scu funcfamcnto ll:\.s li:is da ps icologin c dü n:1h1rc1,a 1111111:ln::-1 : d cs1>re1.:i-tos C si11~,1 d(! d(•C":Ulf'nCi:l civkn c mornl.
lVIISSAO DIVINA modo d e ftgir divino, 1,orCm, ~e reconhcco nit.ithunc ntt~ 110 falo de ni\o rcnc~:ir a nnturcz:, humann c scus ,1:\lorcs, ma~ nnt~s r cnrirm:i-1~ c i11tcgr{1• h\, no nbri-hl :\0 muud() sobr c1rnturnl. E l)(m.S Se i11cli11n sobre a. eriaturi\ 11::tri, ilumin::i•la com s ua, hn (• (~n ri• fJU\'C.C-ln com sua gra~·.a. Sem d oixnl" d e respcilnr a 1>crsonn1it,11ulc o a sociabilidadc d o h omcm. Deus lhc rc}\'cl:1 s cu J>rOJ)rio IH~nsMne.nto, f_:1~A·ndo-Se M.cstro d e1c-. I\Or nrnio dos l,rofot:.1s prirnt.iro. c <lepois por s,:u F ilho, <iue Se procla.ma. :t Si mesmo Luz o Vida do m1_111clo, Mcstre unico da hunrnuid:Hlc. Säo ,loi\o rctom:1 mu:, cxl)rf"ss:\o l)rofclica c m scu 1_,;\'n11g<,1o: «Rt ernnt onrnes tloe:hifcs Dc•h> (G. <1!;}, todos o~ ho.-nens cstüo tlcst:ilrnclos n sc_rcnn discir>ulos d e J)('us, a fri::.<1ue11t:uem :t c•:,cola etc Deus. ,Jesus Cri$!O, eo111J)Nfiancl o os Pr-ofelfts, c ujo p:lJl<'l J•:lf: iit. run11lific.ar, rccd1<! clo P:Ji a rnissäo th• anunciar iu, tmmdo o (';,•:rngolho d o n.cino (,\ln.rc. l, l •I), <1uc cousistc 11n V,·rchül(', u:, T.ci c m, Cr~t('a. ,Jes us f>roe!:una <1u1• s u:1 ctoutriu:1 C a clou,rinü clo l..,:ti que O Cn\'iou Uo. 7, IG). c ,1u e ·1,;1c nüo :rnuncia scuao o quc, 01wiu do Pai. Comunic:t<,•:'fo 1h: 11c11.s:1mc11to cnlr<' l•rti c l•'i1ho, quo se rcnli'.1'.a , näo 11or (Htla,•ra!i, mas JH: J:1. J:'(•l'it('iiO tfo Vc•rho, CXIIN•S.~ic> d() llCllS!lm cnto di\'ino, c por cou:w<1ue.ncb Vcnladc \'i\•:1 c suhsf-:tnci:11. 0 i\·la,;-i:..terio clo Jes u s Cl'isto, :lO qu:ll C.$t:i vincul:)dO o ch;~lino eh;1•110 do hoiucm. niio sc J>Oderi:\ e:--got.:u nos tr(.s hrc\'CS :rnos <1un clurou sut, 11rcg:u:-i1 o tHJIJJicti, 1n:,s d evi::a ressoar alrnvi;s da t:err:, intcira, nt6- :'t cousuma<;,·iio do.s seculc>s. Uc ondc ;\ runda('iiO da Jgrcj:,, a ~ran • d e: famili:t de n cus , nn qual :-, soeiahil ich:de 11a• tur:,1 6 cJt}\'itd:\ 1\ c.,;f(•r:, sobr.,•nr,tur:11. lgrd:, hic1·i1 rc1uica tundnll:1 sQb1·c :\ rocit::i, que {- Pc~dro. Chefo visivel dfl comuni.dade iutcir!t, <? soh rü os Apostolos-, eol:d)orüdorcs do Pedro 110 i\l:t::t"istc::rio, <1ue dl\·ide n lgrcj:1 cm dOC<'llfC c clisc;l"n l<:. ,Jesus Crist-0, clc conformi,ladc. eom ::i.s <·xi,z-<:.neias J"lrOl)ria.s da n:'.lh1rC'.I.:\ hum:rna. contiou ~un P:il:wra, nüo ,, ~implcs particula.rcs, m:·1s i'., lJ!i!l'.:'lr-
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qui::.. tlc suu Jgrcja . r c.:clro e iscus A1>ostolos inicialmente, c ch;i1ois o l„a1>::t e os gisi,os.
0 r,c n s:unento c :t \'Ont:u.fc do R.t~d<'nlor rcsu1tam clnros de suns 1ml:,vrns rcfcrid:\.,; 1u'!O J•:,·l'mgclho: «Data, cst milli omnis 11ot-cstos in coelo e t in tcrr::, : c untcs ergo doee te omncs i:trntc..o;,> (Mt. 28. 18) (,). 1,: a.i nd:i: «Qui \·os amlit, m c audit: et ,111i ~peruit, m c SJ>t·ru it. Qui nutc-m Oh) s1>t:r"ni1', sri-crnit. Nm1 <1ui misit
,·o~
rnc» (l".c. 10. IG) <~). A P:-11:Wr t\ di\'ina Jlnss:t do I•ai ao Vilho cnc:irn;utc>, ,h•$11s Cristo , cle ,Jesus Crislo ao~ ,\,,ost.o los c• a scns S ucc}s.sores, 0 11 scja, :-1 lli<-rru·qui:1 d{1 l;::rc•ja, quc eontinu:l fl Med in(·:io de Cristo c.nh-c~ Ileus C" o h omcm. 1>a.r::a. ü salv:u;iio do genero l1111nano. t1:..-isa l\h~diu\·:to te m sc:u 11011t,1 cnlmiuantc 11:1. pesso:, tlo Pa)la, 110 <1u::i l Pedro eo11li11u:·1 :t (!\'N:ut:11· o m:·rndr,t·o de.• C tiifo : liS:-:\r c dc~~Hgnr, conrirm:,r todos os po,·o.-. na, f'1. dirj, gindo ;\ hnrc:-, mistica da lgr<'jn 1mra o po1·to
da salv:l('iio ctcr1m. A mis...;äo do Jgrt•ja ,-;, pois, a m esm:t mi$$"'iO dfo Jc:sus Cri:-tto, :,;:cu F 1.lmhulor : prcs:-:,r tt Ver• d:ule c :1. Le i, clislrihuir n grac.--a, ffttt... s6 ol:t, d;l :l for('a ru~ct··s.sari:., J>aru. J•cali:-.. ar unm ( ! ootr11: «Pracdicate t1:\·an~cli11m omni crc:,tur:w ..• cloc1mt,•s ro:,: scr\·aro omni:'l qu:wcunH1110. 11Hu1th\,·i \'Obis . .. h~J)ti7.:ml<'s (•OS ••. » (Mt. C Marc, in rinc> t •>. () C1·isti:'lnis m o C n ntcs d e ludo eomuuic:u:·.Uo d e w•rd;Hlc. cli\'inu J)a_fa_\'ra. dirigid:1 U inteli~cncia. faculd:Hlo sur>rcma do homcm. Sat:111;17. för:i 1>re• cipitnclo 110 ~,bismo l)Ort)lH) « in vcrih1te non stctit.-,> (Jo. 8. 4~1) (t,) , Nossoj prhndros r,ais c:iiram lflmbCm, 1rnr<1uc. prcfcrirmu n mcntir:1 de Sat"a11:-,z a :P:'ll:tvra cte Ueu~. A llcdcntiio dcvin. comc(!nr c:0111 !l cur:1 clo inlclccto pelo n1>elo i, vcrdütl<', i.sto C, r,01· um nto ◄.I<: fC n:, dl\·inn 1>:t• Ja\'ra.: «<:rcr <-m DN1s». Santo A,;ostinh(I drnm:, o :Ho tlt) f(- <<i11it.i11m S.'lluti~». A Cl'iatur:\ tl<'\'c.! \'01· t-:11· li c.sc;ol::i clt:: Oeu ~ pctn humild:Hlc do iut·(~lc-eto. Rc-sidc ai a. r:w.iiQ fmul:1111<:ntnl do i\fa„ gistf"rio c.la ·rgrcja, a Qual ,J<:su.i confiou o dc;pos ito sagraclo d~ J<cvch1c;-iio eserita. ,. ornl, com c>
m tuulato 11rc:ci.so de gunrdtt-lo. intc r1>rct:i-lo rt,rc,:::i.-lo. ~lngistcrio d e origcm c d e dir<:ilo di\'h1os. como sc vC, e 1,or isso m csmo 11orl:"ulor d e Cilractcristicns sobrcnnturnis. Cristo ensinnvn «sieut potestidc m h"bcnti» (Mt. 7, 29) (<1), c , nns suns pogndas e nos tc::rmos do mondnto d E le reccbiclo, n. Jgrcja c nsin:\ com autoridndc. Scu i\h1s:i~t erio 6 niio .somcntc (<munus», mns tnmh(;rn «r,otc:-itns docoudi». As...;im, clit•)rcnh; nis."o clc todo 011,~islc.rio humnno, a li;rc•ja t cm n 1>ossihilithuto d e irnpor :\ ,•erdndt) ü th} rcduzir «in <:npti vitr,h!m •.. omn(',n inte llectum in obscc1uiu111 Chris ti» (2 Cor, lO, :J) (1). Dc•us c su:\ lgri'jn niic> r:w..c,m, 1>or ccrto, v iolc.u ciü a ninguCm, c o homcm ü fi:-tic:m\c)nhi li\'re de :tct:it:ir ou rccusar r, c'livinn Pnla\'ra. mr,s mornlmcntc t} obri;ndo i, <:orrc·s 11omh~r 1u;la ff, sob tun,•ac;,•a clc condc1m• <:iio. <<Qui trccliclcrit.... s:1lvus .-·rit, <1ui \'Cro non e ri:didcrit eo1uh'OHrnbilur» (Mnrc. Hi. Ui) (K). Uma, s:-mc;,·iio c.) t-0ru:\ p::t.rn. cJuC'm t1m•r c1uc Cl'd1i, c• p:·,ra quc:-111 n:io e rc i!,, imt)lie!,, f,o m esmo tcm(>O qm• a ctiviml:"ulc do i\higistcr:o. :-, Sufi infolibiliclacle: Oeu~ n iio 11otlc:, co111 i•fcito, c,mN,<:ür d r. conclc.u:\<:iio <11.1t·m niio necik suo P :"tln,•rt1, sc cst:1 nilo 6 a Vc:rcl:ule. Plcmunc:nto conscien tc d o su.:, nobiHssim:t missüo. 11 lgrcja, h :t \'111to seculos, gur,.,c.la ciosr,m ento o divino p:ttrimonio da Rev<1latüo. c.leftnclc ndo-lhr a inh'gri1l:ulc e a 1n11°c'.l,.n contr,, os
:1t:111uos do C'xtc.rior c ns nhcrrntöcs intcrnn..1. Hatalhn mit,~nar, que conheceu mo1ue!1to~ tri1A'i• N>:; o rc-.r,) d o numerOl'.iO$ e ril'.itäos, nu,rtirc.s, vt,lo cli'.l,er , t,c skmunlms d1L Verd1ulc, i, e.xc,nplo eh,: ,Jesus Cristo que, cm r,rcso.n(.'a de Pilutos, cleclaro u com firmm,n : «l~go in hoc nnl us $Uth et ncl hoc vcni in mundum, u t. tcstimonium r1c rhibcam \'Critati» (Jo. 18, 37) (I>). ~ a css<: \'ii:ilnnl.\) c: onergico i\tnglstcrio dtt lg-l'e.jn qu(' sc ch:,·c o fnt:o d u n. l d ßh\ cristä. ntr:t• ,·t;.-i d e \'ic:isssitudC':s lon111cstuosns o de \'iolcntos cooh·:,stc, ter Udhulo ruizcs no univcrso inh:iro, lc.r disp1~11smlo uo1:\ luz Cttl)1lZ de crinr 11111:\ no\'n c~i\'iliz.ac;,-iio• ., tcr por tim c:hegndo til6 Oc")s in!net:1, S('IH11re: idcnti<:a }\ si mesmn, nntig11 tllJ)Cl'utr tlisso 11Jc 1m de juvcntudc, 1,errei(nm cntc cl<·fi u?cl:'t, mas 11:\0 fcclrnda sobro si mesm:1. mm\• cha·c,,.id:, •·~ c":st:\V('I, mas focumlo c din1\lt1ic:1.• 11:stn lcl6ii, mur:wilho:-::\, sintcso dn m c nsagem M·:111g"lic:·1. r1er1n:111c:co ;,indn hojc n unic:\ r:11:i.• ,·r:1. <1t11' tcm \'alor. n u11ic1"1 certc--1.n absoluta, so• hrc·• as ruinas ein ideologins c1tH: dusm ororwram, sohrc., as vng:L" ftJ;:i.t1ul::,$ do ccticismo, sobr<' ilS l:-1bo1:iosus COO(Juis!ns d:, cic11cia. f.: 1u:ssa ld6in inH:n)'.inmcnto rico, exr,osht o distilada cm rornmlns d ogmnlicf1S I\Clo l',foJ::iS• t~rio cht IJ;:,:-t ja, C')U(? se firmn o l\ d c h't <1uo so aliauen1-: \ o g,·uio eh\ liter:lh1r1, c tht ftrt.e, o gcnio do 1>c11sr1111c11lo o cla i:t('.iio r,:1r:\ a.s ,nois b cln.s o m:\i.~ crig-nns conqui$tas do c•s11irilo.
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l\lA \'iSii~, m c.smo_ suprrfici:'ll. dn hisloria ein lgtCJfl hft.sh1r,n tn\rr1 couvrnc:cr todo
homcm horwsto <la utilidtule c. niml:1 mnis, da nceessit1nde de scu !\tngistc:·rio 110 mumlo. No c.lccurso dos sc~culos 1mssndos nii.o tnHnr:un re:1{:0e:,;: c o.rises cm face do dogm:t 1>r <"A"lhlo 1wl:1 lgr•~ja: l)or(,m, :\~ criscs n1:1is g-rti\'1!.S sc pro1Jt, .. 'l.ir~m 111, erl\ modern~-.. 0 J:"c:nue inicinl CO• mum n todi:,s C'las foi indiseuti velmeuto esse s ub~ j<-tivismo ,111t rup<1<:c.ulrisla c1u•• se muuitc~t"ou pc-1o rnovimcn(o humanisl:1, c conquis:lou r•ouco tt pouco lotfos os sctores do 1HmS1\mcmto e da ,·icln, 1'1\ra chvgnr i\s C:\ :1s1H•r:\~Ocs do Meali.smo :ibsoluto. No 1,lnno re 1i,;ioso o ~ubjcti\'i.smc> .sc afirmou \'iol1'ntamc11l1• com l.ute ro. 1-'oi clr c1u<'t11 t <·ntou. p cl:, 11rimcira \'C7., Tl""!du'.l.ir sistem11ticmne 11tc o Crislinni!\m o a. uma CXJ)(~1•iencia IH!SSO:\I, CO)O(!:\ntlO O hOIU(~IU CIO faee de Deus e de su:\ r:,hwr::l, c substiluindo no i\111gisl~rio d:1 lgn'jr, o liv,·o c:\:t11nc dos rmrticull,r,ts, e nqu:mto a dout:rina da f6 ,,ro do_gnHttica)n~ntc~ tldinid:\. como 11m scnfün('nto ccgo de conri::1n('r1 C! m Ocu s. l.ute 1·0 su11rimi:1 assim com um:i 11(:.n:HI:\ a m cclia('äo di1 lgrcjtt quc, h:\\'ia c1ui11'.I.<~ l'.iCCulus, prt'lP" 'a com autor!dado sobrc n;ltor:11 :\ P;'1a\'ra de Oe us, Vcrc1ado e t .ci., o dist r ibuia n i:r·a('t\ r,cJo cmrn1 dos .Sncrtuncntos. F:li,ninondo o mistcrio cla ru,·d:t, Luh:ro d csrig,, .. r:'1\':\ o mii;.t(•rio d e: Cristo c: d1• sua ohr:1 redC'o• tor:1. Nao i~uoro qn<· hojf", scr;umlo ct~r(:--.. moda quo tencfo :\ im1>or-s,•, ru·oc:uru-s<· t:1111bCm rcabilitnr Lutc~ro. ;\lfls um t·s!udo a 11roru11cfado d•~ s1.m , 1itla tc:m1>~s tuos.::, c de scu c.s11irito r<"hc lde ü lod:'1 lc·i, 111c•.-;11m :°\. cl:t. logiert_. eoucluz ncccss.a• i•inm(~nte n tormul:lr cont n, 1•lf' um julgainc:nto s evcris:;imo. l..ute ro, c::111 sua idcoloi;:i:'L ~ •!m s ua ä("iio. dcsintcgrou a csh'utura cs:sencinl dn I,:rcji, d -:: C risto, CJU<' i; um org:misrno lf•.:wtlric;o, ,,m (auc .s,• h:1rmo11izam o hurn:rno (• o cJh·ino, a ru}rson:-1licl:i.dc t· :\ socialidtHlc, n- tf- e a r:w.üo, n grfl(':l t ! a lihc.rd:.1elc. sob a (l<,·ii.o clc Cri~to, Ch ,lfC in\'isin•l d o seu CorJlO Mi:-ttieo. o de P ec.lro, ,.1ue vin:: no 1>:111r,. sNt Vig:uio c Chef-., \'isl\·"l de lod:t. :, Ii:-rej:1 1 lfü::1·:1rquia c fiCis, 'l'nl cst rutur::. 6 :\ 0
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l grCJu doe<:ntc 1,roeecha. do cxtcrror, cm l\Om c dil. libcrdndo c.le 11cm;;uiumto. da autonomia, da ra7l1o c da conscicncin, cl:1 c.-i:ltividotlc do C"..-.pirito, ou da clialeUc:1 incoc1·c i\'CI dn matcriu. A )grejt\ 11iio tcn,n c.sl;1 tH•r.st•gui• ('iio JH.'lr m eio cla r,eno, como nao te mc.u 110 fl:"lS• sado ft r1-crscgui('5o pcla cs1,acfa. t>c lo contrario, e m cttda uma dch,s h~1ure um vigor novo. ~l:ts t c m c :rntc..; o caminh:u do c•rro e m scu organ.i.s•
garantia d:1 unidad<· de rc, de disci11li11n c d11 cuUo. A fragm (•nt.,c:äo clo Cristianismo n:t miriaclc de scita,.,; 1wot~stontcs, csru1lhad:1s hojc 11(!10 mundo, pro,·n de modo lmne ntn\'CI u loue ura e a i11conscc1ucneh1 do gesto de l ...utc;:ro! 1\1:ts o trist(• c:-t11ct:,cuto dn. dcsng-rcgn<:-äo prot<'Sfnuto t; igu1,hnentc uma prova indi,rct.a, nH'lS: lu1ui11os~,. da. ncccs.sidadc da lgreja hicrarqui'.l.:Ul:1, com se1.1 ,,oder de m.-.gistcrio c de jurisdi('.ÜO 1,crfcitn. Um 11rot-esttu1t4} s incoro 1.) honcsto, m edit:tudo m claneolicnm c nto sobr e a t.livh;.:)o e :t confu_SJio closcpigonos c.h• rcfor m t\ lutcrant~ declar:'lva r cccntem ~ntc ')UO scu mcio sc ressento dn neccssid:_tdc clc um Ch<'fo imr:t inc.lic:lr o c11.mi 11ho da unith\dc. Assb;te-~ ni :lo 1,neific::o r (•\'ide c.1:i ,·crdnch:.- c du His tori:1. 0 imli\'idu:,lismo rdigioso. ctesejndo l)Or Luterc>, n:tcl:\. m:1i:,; t) qm; cliSJ><:rsiio t~ a,·entur:1: 1\0 longo dtstr, uvc:nturn o homcm podo 11erder :, D f:us ao 1,erdcr-sc a ~i n1c..s11ic>, A lg roj::, h ier:ir• quic;\, fit•I no monc.lnto d o Cristo, c„ um ori;:-:u1ismo \'it:il (~m <1uc! as criaturns, conscic:ntcs ,~ li• ,·rc!s, t.ornom-se unum in Christo, scm J)C.J'dcr tt pro(,ria t)Crson:ditl:ule. No 1,lnno filosofico, o sulljeth1ismo tC\'t! seu pahuliuo cm n .::~eartcs, que, som o <1u<~l"r (c talvcz m c.smo scm 1,cnsar niss:o!), so tornou o Jmi d~\ filosofi:t modern:\. Seu r,cns:u11e11to, domi11:1do por um chH\lismo 1>rovisorio, obro o c:uninho para o im:uumtismo. j(a. 1,reS-<'ulc i'lll n:rnt, m:-.s: <1uc ,·oi t riunfar cm H egel e no.s scus clis• cir,ulos. Dcstn. marc.ha \'ilorios:1 do c u c do pcnsnm c uto hu111:1no, c1ue s<~ 1u·oec!S."iOu ch'J seculo XVI a o scculo XIX, 11:1sc,•rf11H todos os sh,h!tn:,s 1rnturuli.stas, quc, ou h cau uei;:\111 :1 Deus 11:uu ::,firmür o honrnm. 011 miniluh•-'1111 um ,, ()utro. por mcio de um 1>:rnte isruo hibritlo. Soonlos de criscs c'.:ssc·s, ..~m que :\ l~'TC,i:.\ c.ulrou cm co11 rli1·0 com it consc-i(:nch:, modc rna., n <1u:.d hojc se lt_:... , ·ant:1, cm uomc (l:'1 libtwd:Hh~ e dn ftut"onomi:\, contra se u Magistc rio que pro1,üe no homem, ,,m tom d \} nu lorid:ulc•, mm\ \'Orcl:ulc bem üc fi .. nidu e uma lc.i i11vioh1\'d,
E
NOVADORES
mo, Ora. t'i iru;gnvcl cruc :\IJ_tuns so1n:·os d e subjcth•icl:ide p<:nelrnrfuu ntC cm 11os...~1\ c.::,sa.. A F:nciclie:\ «HunHmi Go n('risn 1-c.,·c ncccssidadc t.lo tirm::ir 11osi('iio nr, <111estllo do ,•nlor do ;\t:·,g iste• i·io da Jgrcj:t nos dif<:rc ntes S(}l-ori·l-" da eicnci:.\., c de conCl:"lnmr o ClcrCJ ,. Qs fi Ci~ i\ ucksi1o siu cern e ühsol u h\, 11:lo somcmlc. r,o dognm dcrinido. mas tmnbCm i\s o ossa s lradic:Oes doutrirrnrins, ,wm C'.oan ist o rcjcit~,r o prQgrcsso v~iliclo do p cns:tmc uto.
MONS. PIETRO PAREHTE
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SM A PREOCUPA~AO A E RE AC ION AR I Ü >> 'Em rcnliclnde, con~tnl:\ •SC n<1ui c ali, cs()cciohnc nto nol1l grupos rlo n oss1\ j1n•cnh1tfo, uma aUtmle de c ritien c d e ciosn. autonomin de co11s• ciencin. ,.-uc~, por ve7,es, c)ctcrminh n ~-rclncfoin,s c riscs cm fneo dns ex!~c ncins da r6 e da <1isci 1'11inn celesi:L~ticn. r retcndo•se discutir com rxtremn. clrs~nvoltnrn rntos d n Re\'eln(:i\o. rormul:\s do tlos:-m:\, ddinit öes o diTetrizcs <lo l\fogis1.c rio. l>c()osita-so demasinda confhrn(~r, no nro-
l>rio julgruncnto. m es,no rao tocant:o a prlla,·rn (1o n omnno Pont.iricr e llos Bis1>os. Niio sC'\ foz ca.so s uricir,nfe'!m<mto do scntido da trmlieiio ein Jgrcjn. sob pretexto do ntu:diz.n.c:-Ocs que t l'm
~m.bor de com1>romisso. Qucm qu~r que nderc, com scntimonto de hmnildndc conscicntc. i1 doutrhm eomum, ,. (r,m a Jlreocu1rnc:ii.o dn, or tocloxin. 6 ticlo por i11l cgri:.d11 •~ renci01H,rio, ao l):\SSO quc s »:o O.plnwlidos ca .. lor()SJUneoto os <1uo so 1,brc m a tod:\S a.s co r r C"nte?S o t, imlul~c ncfo c m: faco clos e•rros:. oan, S-C"J;uir os c nprichos <lo 11r-0grcsso e votucionistt\ c• o rohttivismo quc. t m segtJid:'I, olimin11 totlo prine ir,io tthsoluto tnnto no 1>1:tno l"Corieo (Jut111• to no 1,r:1tieo. Aos n~ressorcs do cxt <"l"ior e nos novndor<•s de cu.•<w, rrs1·, omtercmos com scr cnn rr:ut<1uoi::, . Em 1>rhnc iro h•~or, contcstnmos n nntono• mitt t\bSolnta tlo hornem. i\ mnnc irn d e l(:mt. 'l'äl autonomia C 1>ro11ricdnd o cxolusiv1t 1le Deus, Causa Primr.in\ infinit:\ e inctcr,r·mlc ntc. f'0 1'ü tU-:le. to,lo ser (- limitnilo nn ,~ssencin e} 11:1 nc:üo. ~ o a me tnfisit:l. niio bast:\sso J)f,rfi. de monstnt r ciuo. tnis stto r,s condi( ÖflS imr,,ost,:-i~ :u> unl\·crso. e no hom c1u ~m 11nrticular. 1t ext,f!riench, J>c~s„ sont cl c endn um de 116:,1 fornr,c~t•rht t•lc~mcnlofo; par:t i ,::~o. 0 1•:xislcncialismo rmle nticn tfo J<ic;rl<C"{!ntu·cl, sem ns dc~forma ~öcs trn~id ta..:. ,,or Uoidt~i::J::"t'r, ,J:ls• ,, ..~ r ~ e S:\rtrc. pöe :t nu a in.suficicneia de) !'ll!r c ri:1110, a q1H,I suscih\ :\ inquietude c n ttngustia du. eo11:-:eicn cfr1. hum11nt1 , c 1-.or isto tun :'\l)f'lo im1>licito :H• •rr:m.:.cenctcnte, (Ju<" se :1ss<:m clhn muUo :-. um ;\to ,ro (c. lnsuricicncif, c! inqui<"tudr j{, 11roe1:uuad11s r,or ~üo Ptrn1o na J~phdol:'l :tos Romano:-. e JU)r Snnto J\gost.iuho. c 11onde:• r:'ld:HHc nt<: exom inndns por Silo 1.'om:'is. ~ß nti.o St!- podc fnhtr de um:-, vcrdruleirn n<:C<'-,;~ s-hlnclc de sobr('nnlurat. no 111:rno ou~h afi~ieo, cahe todü \'in ll"mhr:1r o c:wit oto cle Silo 'l'om(,s c.1,, Aquino sohro o d csejo n:'lturnl d~ Deus, ,. t:.1.mh fün :, eondit.;1o penosn do homem dccaitlo, ns• $1\11::tcla. JlOr fllond o1. no 1>1:mo J:>sieologieo. l\f:,lgrtulo sun inlc ligcnei:'\ c HhC"rclf,dt', o h o• nwm oii.o <lis-_pöe ·"cmi'io do um:a nutonomir, limi• t :ul:\, O so c:11' cl('SCC i\s J>rofnmll!'l~l.S d e" S1~U e,:.:pi• rito. ni'io po,I<• d oixnr d e scntir c'ss:·, earcnein.
<1ue so tr:tduz lll"fo 01lelo a um 01.1tro, o unico Cl\(l:ü•, de: :)1)1ncar•lhc n s{•d r, infinitn clc~ luz ,~
de nmor. A n c ,•th\c:;iio e a irr:u:a cli\'in:t <'.Onstitu.-m um c-n'.\·e rt.o h·• i:itimo c• f tcundo 111) <:s11irito hu• m:H10, :\ tim d e intei:r-:t-10. fortnt ecC•IO (! c lo\':'i•lo :1f6 a esrc,r:, tr:rnscendcntc~ :, ,11u.- 0 <:us o cles• tinQU, A c rinti\'itl:'ldc do ,,spirilo, ti\n ;ahnclcad:t, niio [):'IS$,:\ clt• uma pc rigosn ilusi'io. NUo l! o 111,m e m <1m~ erhl, m ~•~ Dc 1.1s somc'ntc•. Sc:i,:trado clc U t u s:. o honwm clcstr(1i e e:li n o 11:uht. Vine ul:ulo r, OC! IIS c sob sn:,s ordc ns, torn:, ..sc~ cap:1'1. eh~ con<1ui~hu· n \'~rcl:\elc , o o inchrinnwnto efa (~On<1ui:,1tn c.'-.. um:,1. 1Hu-f.it:ip:t('iio, c•m Cf!rto scnt.i<lo. 110 :-.to eri:,dor de tJe u$. Nüo sc objc:t c conlrn
o Magisterio divino eom o l)Crigo pnrn a rn1..i10 c u libc rd:tdo humtrnr,. Ai cst(, 1l H istorin p:1rn rc-. sponde r . H:\ vinto s ccu los n lgrejn, r,tc n:.t• m ont~ nutorizada n fa'lk -lo. nprcsenh:a. a vcrd1uh~ ,l ra;,.110 c n g rn,c:.a i1 \'Ontade livrc. Ao m cJm10 h!mpo cm (JUü Se n(>licn e m dcfcndc r os direitos d:\ vcrc.huto rO\'Clad1t c tht grn<,·a, jnmnis hufnilhou Eh, ü ri,zao ou 11- libcrdndc: l)Clo contrario. defc ndeu „lhcs se.m1,re o w11or contra ns: n~~ntOcs 1,rovcuieutes dns escol:\s filosoficn.s an• ti~ns ou modor11,1s. 0 Concitio do Vnticano rcn,.. firmou o \•idOr d :, r:-,ziio hull"liuut 110 secuto 1lc J<:mt, pai cto r ae io,mlismo mhs hunbürn do ccli„ cismo. quc conduzir{, i1. clcs<1unlifi('..'\(äo dü räzi'lo 1111. c~:ola clt) Scho11c nhauor e de ßergson. Niio C o Mngistorio c1,, l grej:1. quo vexn a ra:,..110 o a libcnhtde hunHurn, mas a J)Se udocl\1 i„ li1.a~Uo modcrnra, <JUC nt·nca o massnerit uma •~ oulrn. A im11r.:11sa. o c incmn,, o radio, n- tclcvi.sUo e:m1)olgnm a intcliJ;"anch\, os scntidos c a ,·ont:utc. im1,eclindo o homem d e J>en~mr 1>or s i mosm o e de o.gir eonrorme sua 1>rOJ)ri:\ conscic.ucia . O vil couro rmi~mo nii.o sc cneontrn m, l~rc.jit d e C ris to, o. scrvic:,c, cln. verdüdo o da. li· lu; nhule, rn:,s soou:nte l:'i ondo rc in:t o irulife rcu• fo;mo r elii;ioso, o ütc~i~ww e r, r,e rseguitiio el1, li:rej:\ 11or p::u·to c:I~ u111n. ditndur:~ <1uc. ntrn\·Cs el:" vio1e ucia e dü m c ntira ., etc.forma a. eonscicn• ci:, e d csrrOi ü clignid:ufo tlfl. t> <",$SOI\ humnn:.. Mt,.s c) o nsrH:cto po~itivo clo i'\faf,!'islcrio da tg rc~j :\ (JuO provn n. recu ndidndc c eficnelf\ tlc.st". no dominio t c.or ico o pratieo. Dois trutos. 1>ri11cifn\lmc~utc , ni'io ccssnm do ~17.ounr nn nn•orf' sccuh1r 1ln IJ::rej1, d oecn te: 1, tcotogia o a s.tintichul(•. A t.c ologia s c CS(4Hld e sobro os d :1dos th\ ll,:vt:lat,•Uo clh1iu1,, i', luz o sob :·, cliri.~<.•t\o d o 1\1:ii,:-istcrio, e so dcsc:nvolw~ como um conjunto rorumtlo 1>clo JH:.11sam onlo ,li\'ino \! hu1uauo. ,1m: 1>öc cm hurmoni:, us profuml cza.-. do inist <:rio com n.-. r xigcneh,s eh~ razäo, tc m11c radns 1,or unm f t': humihle., c constil.ui um rr,rol quo ilum in tl todo:,: os sctoros do conhccimc nto e dü vid:1 humana. Sc C " crcludo c100 i:1. tcorogia 6 uma uniiio do dh·ino eom o hum:mo. do eterno com o tem1mrnl. do intinito com o fi n it'o, tudo rc~co11du1. U tcologh,, W c ltnn$ehauung intcgr:\I, como 6 racil de const:,t:tr mt obril g rnndiosn de Säo 'l'om(1..-. de Aquino, que 1>crrunocee sempre suhstnncinlmcnte Yivn, eomo t, 1>ro11rh\ JdCht cris tü. A t cologia :1ssim c ntc 1ulidn. 6 n irrndia• ('iio do mh;t crio de Cris to, de seu tenndri.smo. quc~ cont"inu:l 110 mist ,:.rio da lg rcj:-., tcotogin \'i\':t. Ao lnclo da. tc~ologi:t cl«\sen\'Olveu-sc, 3 filosofia crist~i:. quc. ,,or se n Yigor e eonsistcnci:\. logi • ca. po.r scu scnso d:.LS r calidmlts- uoiclo :-,o cou„ c<'ito do scr d istiuto clo 1>c-nsamcnto, so 4:_rguc ainda, c•m nu:i.o ias vn~:\s. com o um r,ort'o scguro ,v ura l,oclos os c.lccc1>ciorHtdos JU!l:\ cxLr:w:,gnn• t:cs :wemturns cla filosoti:, o,odern:-,. O out1·0 fruto da Jg-rc..•jo doecntc, C n snnlic..fa.• de. ou, t~m outrns J•:dn\'ras , tl t eologia vi\iidn. 0 Santo C :·, qucle qu,~ d:i. t c;$t,e.munhc> da Ven:1:ule di\'int\-, raue i:,dcre com tOl'l::i n fort::\ elf!. s un inOO• tigcncia. c. de su a vontndc i\ P:\ll;lvr:-. d o Dcu:5, 1wcg::ad:J r,c1n. Jg rcj:1, ~ Ihn troduz ns riqucr,.n.-. t•m ntos concretos cle sau t ith1do c} do u1,ostohu.lo 1n1ra ~l * 'lv~u:iio do mundo. Aqui u t.c ologii:, 1>assa de contc:m1,lati'io :\ lt inerario de 1>crfcic;iio e d o ori~nt-nc:Uo d'!CiSi\'a pnr:t O rhH S:Ullrc mo ,10 ho m c m. /\ s:111f-id:ul1!, da m e,.~mit forma quc !\ tcotoJ,!ia, 11:lo rc neg:\ :1.- naturcz:-. human:t c seus \':11or<'.s. nll't..~ lhc nn11tip1ie:\ :-.s faeuld:tde:,: no contacto de- Oc us c 11or s ua uuiiio com 1-; 1c:.
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A. VETIDADI~ VOS ]·◄'ARA L"IVRES !\fagist crio d:t fJ:: r <;.j:L näo (~ 1101•l,a n to 11c m umn morcl:i.(ll, ncrn um cilicio para a ra'l.:.io c :-. lihe r-dadc humnnn, n(•m um <!xe r • cieio c..le pocJ,·r arhilrurio sohrc· :'1 1>C'rsonalitlnde tlo homc m c sobN• n vicl:L domcstic:1 , ci\'il c 1,01iticf, clo mumlo. :\1:i.1s C. um ponctr:tr h enf1:r1.ejo de hn divina n n.s eonscit~nc ias, tUo rrcqu<:ntmnc ntc t':On• ,1uls io11;·1c1:'1 s e dcscs1,c raclns, reeoncluz c fie:-1zn1entc a sociednde 1mnt o s cutitlo de unm tei su1)c rior (JUC COIHJl()rl:t Hl'll::t sm1('Ü.O elo e tt-rnitlndt:, t; l:.Oln·ctudo 6 um :\1wlo a l>c us, rontc- tlo ser, da ,·erdndo e do nmor, o qu:11 t~stll a eima d::t tci o filz dos homc.1·1. .,;: u f:1111Hiü do llai ,,uc est{" nos Ccus c den no mmulo s~u Filh o Uuige nito, purn a S!tl• vnc:.ä o ,lc t odo o gene ro humnno. l ~stumos n:'1 "ir:llia de um Concilio 1~c un1t:• nico: o r:-qm ,Joä o XXtll eooecbcu, sob im:pi• ,·ac.:iio tlivina. a icU:i:-. de!- co11\'oe:i-lo, o <1ui:-. O t.n,bt,lha pcsso:1l11H•nte i,nra :.ua rf•:-,liz.a('iiO. 1;;s1n
0
6 1.11u~1 c.,br:l tao i:-rmulc . <1oc has l:" (HU':l. cu ch cr de gloria um ron tificaclo. Os te.rn1,os csu"'i.o 111a duros. 0 scculo XX. o scculo ch1.,; du:·'-~ gucrras mun di:-.is, do. rcNo1uc;:äo $◊Ci:d, o scculo das e.rises c das c xptoS.Qes:, cla eonquis t:a d o es1>fl(:O e do 1>crigoso dcsc.s1>two iu• tclcelual c moral. estc scculo. sob certos nsp cctos paraclox:tl at6 o fib:-:tu rdo, tcrU sco Con eilio. A Cidadc 1::tc:rn:a :-.colhcr:i ccntc nns de ßis1>os, vinclo~ c1e t odns as tmrtc~ ,10 mundo o ccrcntl os d e ins igncs rcprcsc:nt:'mt.cs <b. c ullura eeleSi:\stica. os <1uais, cm u onH~ cto Cristo, sc. rc unirüo <:m tor no de s cu Vi,i::-a.rio 1>:1ra. discntir c clecidir, sob a luz c..lo )i!sjlirito S nnto, toclos os 1n·oblcnrn.'> quo d t'/.cm rc$Jle ito i, \'ida da IJ:"rc.j:-. cm contnet o eom :\ \'ida do mundo m ocle ruo. ~cuhum con g r (!sso muudiol podt~ comp:u·a r .. sc- com um Coucilio f,A'.)'wut•nieo. <au:into nos r~ cui-sos de doutrinil.• :\O sc ntido dn discip1io~ e
Alcan9ou. 1ne1·ecida r epercussäo 11oi: nieio.~ cult·n ra.fa <le todos os vaise~ catolicos et 07101·tuna conferencia 1»·on11nciada ein Roma, na Seinana dos Concilios, vor /lfons. Pietro Parente, Arcebisvo titul.ar de Pto'/t.nnaida de Tebaid<t. e Assessor da S1i11reina Congrega<;äo do Santo 0/icio. 7'radu.z-imo-la aqui da v er.scio 11ublicada v elo "Osserv atore Ro1na110" eni frances de 6 e .l 3 de janeii-o de 19G J.
No cliche, a farnosa intagein quc
o.~ veregi-inos oscul.arn na Basilica de Sao Ped,·o vara n1anife..~tar sua adesao ao Principe dos A1>ostolos e ao seit S·ucessoi-, Mestre infali:vel e ö'U,1)reino da I greja cle Deus, disc-i-evando wisi?n cl<i tendencici 1noderna de recusar todo e q1wlquei- nu(gisterio. c~rica ein. clmi delibc:rfl('Oes. Crc n t es c niio crcntes diri~irüo o ollrnr ao~ioso t):lra esse Conc;ilio, quc inrlui r:i. in(uli\'clm<'nfe sobrc o rumo d:L IJ;rcjn c sobrc os clestinos do mundo. A histori:t dos Concilios J~umcoieos Juo,·n :l ~xtr:tordinurk, d icacia e poderosn iufluenci:.t (JUi) c.ss:\S ~ramlc~S :t.sst~mhlCi:lS dtl. l~rcja 1cm soh1·(! o p~o:-:uncnto e ;\ vida , niio somcnte dos c:risliio~. mns tt11111JC.m dos faue c::itiio fora cl:l e:u.:\ clr> Pai ,. do 1•c:dil de Cristo. llehm,brcmos sinwlcsrnentc o COncilio de N iec'.;i:L (:J2a>, qu~ suscilon um ndmiravel rlo1'cscimc nto da tcoJo„ g ia c. d:, s:mlitl:.tdc : foi o seenlo clo 01no cl:l P,1. t rotogia. 1~ o g rnnde Concilio d o TrC"uto il' \':t11• tou cm d c·1.oito :111os umn b:trrr,ir::t contra. :1 r,sc u„ do-Rc;for nrn ek Luh!rc>, c: 11Us n J~ruju 111artiri;;.nda c mutihul:1 no rumo de um:\ sur1,rec nllm1tc arrcm c t ida no d om inio d:1 f6 e dos costumcs. A c.vocac:.iio desscs fatos pcrmito m_1gurios: 1,i\rtic uh1r111c nt-c bons f,IU:\nto nos result:,dos d o 1,rox.imo Concilio do V:llicano. 1!:stc Conoilio mostrrir{, uma vc;,. mnis QUl> a. lgrcja nnseeu d:-,s protunc:lc'l.:.\s d:1 s:ibcdorfo. e do amor de Dt:u.s: c1uc o 1\lngisterio e 1,nrte es,5cnci:ll d:, m <':11s:,gcn1 evnugclic~t c. sinnl hrngh•c-J cln 1)rcscnc:.::, :1lonut,~ de. Cris-to 110 scio da. luunnnidadc. ConYCm sc:n• sil)ili'l. ar o mundo dis tritido e tlcsos)lcrn(to, par:.t eJue Sf~ ponha it C--'i-Out.:·, : Deus va.i fnl:tr t\ l:m(':ir. umn v1:z. por interutedio de sua Jg rcja, !.Cu cloloroso ::q,clo t, unid:ulc. il ,·crd:ulc. :\ juiiti('!'t, a o :uuor, i\ 11:,z.
tl:'t libc:rd:uli:;, :\
Scr ia ucccss:tria a voz d o um r,rofC!l:\ eomo lsuifis. com o Joilo Jlatishl, Jn\r:t rcssonr 1•odcrosament.c no tri,gico ,h~sc.rto clo mundo opre$so, n,t solidi'io in<1uic ta d;Li eonscionci:t.S: <<Ouvi, 0 hom e us, vrc1>nrai os caminhos clo Scnhol"» ! l\fos h(" teli;;,111cut.e t>cdro, QUC, nn 1·, es~o:\ :\ugus t :, do PaJ)l'l Joii.o XXIJI, g loriosnnhmt c rc.i• u::rntc:, :n •:rn~:l. eom eonfouu:a ntravCs <l:l mult.itlao dos tJ4!sesperndos c. dos ce ticos, o sc l:tnt a aos pes clo Cr isto. l.\1z e \lid:\, rc11el'intlo cm 110m c de loda a lg-rej:'t, cle toda a homtrnid11cle, n dccl:lra('äo m:tis d igna de unm r,lnrn quc nRo quer 1>enlc.r-sc : «A <1uc m irc1mos n6s, Senhor? Som cut e V6s t c mks J>::di:a,·ras clc vit,la e tc;:rnn !» ( I ► « l'l;rf1Uu ('OIISCr \'11 ll l rm hr:uie:,. h oj" !"11 t rltccicl:i, d b \ ' l)!:i,lm fi1; 11 rf1 ' "'"rltlfl 0. 11:1l(•r11ftl • m ("n t ,,
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\ 'OS' 11(!1,rc:,,:·, . th :....:11r-f'1.a !t ,Uirn; •111<': m , 1rnri·m, d<:s1ir-,-1,a , 1h•"r1rc :1.:, 1'q11ele ,111e i\lo (Hl\' lou».
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Ji L 10 ESCREVEM OS LEITORES. C)
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Revnio. Pe. Ralfy Mendes, s. D. 8., Colegio Salesiano, Barbacena, em carta ao E:t"1no. Revmo. B~JiO Diocesano, D. Antonio d.e Castro lt1a.yer: "Tomo a Uberdade de passar
as suas mäos este modesto trabalho sobre o baile, assunto
de atualidade cm toda parte, e acerca do qual, infelizmente, ainda hä tanta divergencia atc entre eclesiasticos. Caso o artigo mere!:a o "nihil obstat" de V. Excia., eu mc sentiria sumamente honrado se pudesse ve-lo publicado no CATOLICISMO, jornal que sempre leio e do qual sou ardoroso defensor e propagandista. Aguardo ansiosamente o livro "Reforma Agraria Questf10 de Consciencia". :t uma obra urgente e de grandc necessidade, No meio de tanta ignorancia sobre o assunto, no meio de tantas trcvas, creio quc o livro scrä como um farol que iluminari1 o caminho para os que realmente pretendercm acertar. Fa!;o votos para que V. Excia, continue a nos presente,1r com outras obras como esta e a sua magistral "Carta Pastoral sobre problemas do apostolado moderno", que, na minha opiniäo, devia scr Jivro de cabeceira de todo Padre que deseja realmente sentire ciini Ecclesia". R.
N ossos leitores encontra.rcio 110 1>r0:t'inio n1iniero de CATOLICISMO o 07i0rt1tno artigo e>n apreyo.
s. CATARINA
Revnio. Pe. Francisco Biwlcstegge, 1'rombiwo Ce11tral:
"Aprccio no CATOLICISMO a coragem em afirma.r a verdade. Estou aqui no meio de protestantes, . . . Estes contactos com o erro me mostrara111 que atitude perigosa c aquela das meias-verdades. Existem vicjos intelectuais mais nojentos do que vicios corporais. Os pecados contra o espirito, os pecados internos contra a inteligencia säo muito mais graves que os pecados contra a carne ou a propriedade. Näo se resiste impuneinente a verdade. Fago votos de que o CATOLIClSMO continue a fazer un1 grandc bem cspiri tual na nossa Santa Igreja". SAO l'AULO
Eni nosso n.• J J.9, de novem.bro de 1960, publicainos 1i1na ca.rta d.e 1ini leitor que su.geria que CA7'0LICISMO ad.otasse o fonlll.!to de r evista, 7Ja.ra tornar mais coinod.o o 1nanuseio e a e11caderna9äo d.as cole/;öes desta folha. A7n·esentamos, entäo, <lS 1·azöes por q-1w o forniato at1wl nos 11arece vreferivel, e 11edinios que os leitores nianifestassl31n sua opinüio. Escreve-nos a re.-rpeito o Prof. Jos& d.os Santos Rodi·it1ues, cated.ratico dt1s F'aciildacles de F'ilosofia, Ciencias e Letras Säo Bento e "Sed.es Sapientiae", da Pontific·i a Universidacle Catolica d.e Säo Paulo: "Pedindo perdäo ao meu "co-irmäo"
de leitura do CATOLICISMO (e basta isto para ja por ele scntir grande sitnpatia) , niio posso deixar de dizer: por a1nor de Deus, do CATOLICISMO e dos seus leitores. da bclcza e da atragäo que a sua fonna atual exerce sobre quantos o leem, das ideias säs que defende, daquele despertar, vivo e ardente, de tantas virtudes - tantas vezes esquecidas que nele täo magistralmente säo explanadas, näo inude essa Reda!;äo a forma, que em täo boa hora, com tanto gosto, argucia e tino jornalistico, soube dar a este paladino audaz e intin1orato da verdade, de Deus nascida e pela Santa Igreja ' defendida. Co1n que prazer e descanso de olhar, näo se contempla1n as fotografias que iluminam as suas pi1ginas! A nossa vista, e com ela a nossa alma, fica111 verdadeiramentc satisfeitas! Tudo csta de acordo co111 o que ali se enccrra e defencle; tudo nlnn equilibrio ad1niravcl! Jmnais, creio eu, poderia isso dar-se, se fossc o CATOLICISMO r ed11zido a un1a revista, oncle ludo, por demais, r ed.11zido ficaria. Todas as coisas, segundo o fin1 a que se destinam, devein ter ou procurar-se que tenham, dcntro do possivel, certa fonna e proporcäo, bcleza c verdade cm rela!:äO ao objeto visado, para que ele, a nossos olhos, possa apresentar-sc, o 1nais que sc puder, em sua plenit.udc e esplendor, fazendo-no-lo
conhecer no que ein si c ou dcverä ser, irnplicando isso, como se ve, na sua propria afirma1:äo ou mesmo negacäo. Ora, qual e o fi1n clo CATOLICISMO? 0 firn do CATOLICISMO e täo clcvado e täo grande, quc näo cabe na terra, conquanto nela tcnha o jornal de viver e de agir, pois o seu firn c Deus na manifestacäo da variedadc - dentro da Unidadc divina - dos predicados da sua essencia infinita, p1u·a e simples, aos ho1nens manifestada na filosofia pela razf10, e na teologia pela revelacäo; na terra, a s ua defesa escudada no Evangelho de Cristo: Deus-Homcm; nos ensinamentos da Santa Madre Ig reja, Catolica, Apostolica, Romana: seu Corpo l\1istico; na obediencia cega ao seu Reprcsentante: o Papa; no amor, que tudo reune em si, de mais subli1ne, de mais eterno, de mais santo: da Santissima Virgem Maria, como Mäe lmaculada de Deus que e, e que a nös tambcm pelo mesmo Deus, feito homen1, Nosso Senhor Jesus Cristo, foi dada do alto da sua Cru:,:. A forma com que o CATOLICISMO se apresenta condiz plenamente com o que aqui fica exposto, dentro das possibilidaclcs humanas que, ai! täo diminutas säo, quando se tem de falar de Deus! Continue, portanto, o CATOLICISMO a apresentar-se como ate agora, para be111 e alegria de todos, mas sobretudo, para gloria de Deus; de sua e nossa Mäe Santissima; da Santa Madre Igreja, Catolica, Apostolica, Romana; para a salvacäo do nosso querido Brasil, e, se possivel, do mundo inteiro que täo desviado anda dos ensinamentos dAquele que e o Caminho, a Verdade e a Vida". "Leio cons- n. G. SUL tante1nente CATOLICISMO e, me apraz dizer-Ihes, o fa!:O com satisfagäo toda particular. A iinprensa brasileira, mes1no a que se cliz mais seria, pel'lnanece totahnente indiferente a constante e pertinaz propagar;äo do comunismo, seja em nossa terra, seja na America. A clarividencia dos redatores de vosso jornal traduz a evidcncia o que tem sido a propaganda e os 1netodos de penctra!;äo do creclo vern1elho. Esse e um dos meritos que ressalto ein CATOLICISMO. Outro c o da interpretacäo dos acontccimentos de ambito intcrnacional atraves de "Rcvolur;äo e Contra-Rcvolucäo em 30 dias". Tranquiliza o espirito encontrar täo Iucida analise dos sucessos internacionais, especialmente por devolver ao Jeitor a exata perspectiva e significar;äo de cada um dos fatos ai exami nados. Apreciei aincla a maneira pela qua! se exaininou a questäo do ensino no Brasil, atravcs do projeto de diretrizes e bases. E que näo dizer dos sempre oportunos e classicos "Ambientes, Costu1nes, Civilizacöes" ? A independencia e o deste1nor do jornalismo praticado por CATOLICISMO e de todo ein todo elogiavel. E nvio os meus efusivos cun1prin1entos". Dr. Neu;on Oscar d.e Souza, Tupancireta:
Um leito1· d.e Reci,fe 131iviou-1ios recorte de uin jornal catolico daqlwla cavital, dtttad.o de 31 d.e jullio do a,io findo, que r&7,rod1iz, sob a assinatura d.e conliecido jornalista pernammwcino, a segnnda meta& d.e "Revolu.t;äo e Contra-Revolit.t;äo em SO dias" d.e nosso n.• 113, d.e maio d.o niesnio aiio, de aiao-ria de nosso cowborador Prof. Plinio Correa de Oliveira. Constitui motivo d.e r eal satisfa~o vara esta, follui 1Jer materia sua transcrita 1i01' 011.tros otgäos dci im7Yrensa nac·io1ial, especialrnente quand.o catolicos. Ninguem nos quereni mal, porem, se confe-~sannos cordialmente qu,e essa satisfar«o ainda niaior (Jll(11ulo ci transcri9äo inclui o noine clo autor e d.e CA'fOLICJSMO . ..
e
Sr. Marcello R1l(lge, Ca1n71i11as: "Tendo cl1egado casual-
1nente, por intenneclio de un1 am igo, as n1inhas 111äos, u,n exe1nplar desse magniJico jornal que e CATOLICISMO, to1nej a resolu!;äo de assinä-lo".
SAO l'AU1.o
A MASSA, ENGENDRADA PELA REVOLUCÄO 0 POVO, FILHO DA TRADICÄO ('C
A'l'OTJ!CISMO" jci, vublü:ou va1·i<is vezes o lrecho adni·ir<ivel cla M ensctfJl!'IIL de N<tl<tl cle 1944,, ein que Pio X ll est«belece <i dislin~,io en{1·e 71ovo e 111<tSS<t <•>. l-lii,o Ju,, 7>0-is, q1w re1>eti-lo ciqui. A 7>ro1iosilo <lele, c1i11i11re le,nbnir rrue os fa/.~o.s vrofelc1s <lo 1101n!li;-ino 1·e·vohicionn1·io, npci1·entanclo zelo 11e/.os ü1te1·esses e 11e/.os clireitos da.s chrnscs Jn1,111ilcle:;;. oniite,n siste111ntica1nente este ponto cle cci11il<il ün71ortancfri: asseonr<ir ao 11ovo o cli,·eilo e os nieios concretos clc se1· 1i,n vo·vo 1i1,te1it-ico, na for~a. clo te1·m.o, e 1u'io 1i1nci infonnc e cctolica 11u1ssci.
•
* O seu int1älo cle nivela1·, con[1inclir e recluzii· lllulo ao cinoniniato, a11raz a, Revolu<;äo ar1lo1nera1· ,nulticlöes anorgawicas e 1.1ne11sas. Nesta.s, o ho111,e1n se sente conio unui 1inidacle 1ne1·ci1nenle ct1·-itnietica, u1n grcw cle cirei<i n1i1n cleserlo, ·1i1na f'iclui, <il{JO de ine,·te, de avulso, cle inexvre.~sivo, de in1i1n<i1w enfin1., q,ie a vrovar1<i1ula, a bu1·0cracici c <L 1>olicici - as tres tenazes <lo soci<ilisnio clirigein a seu bel 1n·a.zm·. Jf; nessa o,·cle,n cle coisas, que le1ule <L ti,·ar <L cc1da h.011ic11i, <t c<ula f1i1nilia, n cacla regi<'io, a carlci 1n·ofissiio, os ·1neios cle eXJ)anclir 1t11ui pe1·sonaliclacle 1n·o71rüi, tipica, 01·igin<tl, <le conslitui,· gnipos e co1·1:,orai;öe.~ ctni,naclas de ·vidc, ciutono11ui e peculiti1·, 11isto 1w1Litc, ge1ite q1ie1· ver o pa,·aiso <lo vovo.
Os 011erct1·ios tr,nto vo<leni estar e1111n·eoculos nci siclei·iwoia, qw,nto 11.os lr<tnsporles, nci inclustri<i clos cal<;culos, dos l<'ciclos 011 111, 1n·inerc,i;cw. Pocle1n s,w ilr,li<inos, s,u1cos, f•·cineescs ou rwgentinos. A construqcio 11oclc verossi1niln1ente s1,11or-se existente eni q1ui/q11.er continente, e ser at?.,i.lnticl<t rws •1ncds va1·iculo.~ /'in.~. Cos1n01>0Uta, brinat, in.sign·i/ic1inte no senticlo est,•ito <ln valaw ·a, ci ate o esvesso 1nilto que a111i1·ecc 1le coslas, co1n suci opulenciri fisicc1., sei, !rrosso sobretuc/o e sua j1ib<t revolta, que vode se1· cle qualquer vovo, /al<tr qualquer lingua, exercer quctlque1· tivo de citividacle. t <i ,nassa be1n exatri,nente conio <t clesc,·eveu Pio ,Y/1. lfrivera r,lgo Q?le 1nelho1· si111b0Uze essci rnulticläo, do que ·nni 1nonle cle cireia?
N
*
S
* ONSIDERE-SE este i1nenso conglo111era<lo 011er1i1·io de11lro cle 1i1na vasti.ssi1na sala. Q1ie 1iacio1u,lülade teni? Que v·rofissäo? E1n que cülcicle se •·ealiza ci 1·eunicio?
C
AUDAVEL, solidci, vivci, est<t ioveni e evülente111e1ite 1i1nn ctlenui. Eta t@i ·1i,na 1·afa clefinida e as caracleristica.s rle 1i1na vatria conc1·elct. Ade,na·is, ve1·tence - e seu trriie beni o rz.iz - a 11 ma regiäo ein q,ie os seculos elabor<ir1i1n Uvreniente /,ocl1i 1i11ui incl1i11ienta1·ia ti1>ica, rulerruacl<t cl, 1nentril:ic/1ule rl.os habitantes e a.s s'U/Ls concli<;öes cle vicl<,. Al,hn clisto, näo e vossivel ditviclar de sua vrofissäo . Dois l-i1nöes 11resos na. cct1·tol<t, cio 1neS'1no te1n110 q1ie serve·1n cle <t(Ji·culrivel e 1>ilorcsco or-ncito, inrlica,n que ci joveni e ven<ledora clestcts f1·1itas. Ale1nii, hallibu1·guesa, venc/eclorci de ti,nöes, esta 11109a vive e1n q1uiclros sociais e e,n a,nbientes defini<los, nos qu<tis el<t pode se1· ela 1nes1na, islo e, algo ,nais que 1,,n n1,111.ero i,nvessoal e1n 1i,n "11uire 11iagn1i1n" de honien.~, an101-fo e in1t11L<Lno, co,no o ila ,nultüläo reunicl<t 1><t·ra 1i1n co1nicio, no l'arq1ie clcts /!:xposiföe.~ cle Pct1·is.
AMB IENT ES COSTUM ES CIVILIZA(:ÖES
o> Vet· n.• ll3., de maio de 1960, etc.
■AtoJLnC]SMO ----------------- * -
0 AGRO-REFORMISMO E A ALA VELHA DO OENTRO DOM VITAL E
M tr·Cs nrligos publicados pcla
imprcnsa diaria, o Sr. Custnvo Cor(iiO näo csconde a irrita-
Cunha Alvarenga
<;i'lO quc l hc cnusou o livr o «Rcfor•
mn Ag rnria -
Qucstüo de Con~-
ciencia». TnmbCm o Sr. Alccu de Amoroso L ima, quc niio sc nbah-\
por quo.tquer coisa, sempre atarcfodo, como anda, com seus estudos so-
brc xomnn licos. s imholistos. parnasianos, modcrnistas e conerctistas. a rasta de si. por um momcnto, as laudas cm q uc vem consignando os
rcsultndos de scu cxatistivo labor litet nrio, para bradnr, indig nado, que
somcntc os rencionarios, catolicos ou niio, e quc sc nll·cvcm a ir contra a «Reform~ Agratia•. SOCIALISMO l'OR R EVOL UCAO E POit F; VOLUCAO
N
EM o S1·. 'l'l'isttio de Ataidc ncm o Si·. Gustavo COl'(ti.O desccm aos verdadcil'OS moti„
vos de scu deosagrado quando v~cm alr;uC1n discordnr da r>osi<,=i'lo quc nctotam cm matcria de agro-r cro1·mismo. E isto por uma r aY..iiO mui• to simples: n5o 1>0dcm fazC-lo, a mcnos quc ponham a mostr;.1. a con • l 1'a(li(;flO f undamenta l ((UC SC Cll• contrn na atun~..äo delcs nos rncios
intc lc<:tuais catol icos de nossa tcrra. Ocspcjam ambos. de <1unndo cm vc z. dt\rdos chtuncjnntcs contl'a o comunismo atcu, conti·a o totalila• r isn10 vctmclho, eontr a to<tos aqucles quc qucl'cm impor n fcrr o e fogo o coJet ivismo integral. Pisenm. J)Ol'!lm, tomp1accnlcmente os olhos para movimcntos sociali1.t.ns c:1ue ondnm vcslidos eom a 1>cl e de ovclha dos chnmados mclodos «ovo lutivo.,;;• ou «dcm0<:l'aticos». V{lmos cxempliticar. A rnarcha de Cuba para a <!'squcrda foi preparada con'I todo o crnpcnho pclo ditador «de dircita•. o snrgc11 to Batistn . Analogamente o Sr. Cc lu1io Vargas lan<:o u as bascs parn o advcnto de um complcto dominio lotalitario no Brasil por toda uma linha de con• duta na qual sobrclcva notar o opoio 3 demngogia c ä corrupcfio. bcm como uma legisla~ii.o social inspi1·ada. em boa med ida, no prir1ci• pio da luta de classcs. Quando do Jance teatra1 de Siena Mncstra, ici~ to com 01-qucsu·atOC's de 01>e1·a bufo pm·a itl'llH·cssion~l r os l)a palvos do nnmdo intciro. as pessoa.s 1n·cvidc n• tcs c conhcccdoras do 1'lotorio r>as• !<.&do de l;-idel Castro. näo Livcram duvidas quanto ao que io aeonteccr
a Cuba. r:;n tretanl.o, os: Srs. ·rris• täo de Ataide c Custavo Col'~;.'io aeoJhcram esse ngitador intc r nacional como um hcr6i e um paladino das
chamadas quat1·0 lll>c rdades <como sc nä.o nos basta~c uma u nica Jibcl'• dndc, a verdadeirn llbcrdadc dos fi. l hos de
Deus>.
0
SI'.
sem cadeia, scm v iolcncias f isicas ncm «parccl6n>, faze ndo atC mesu1·as hipoeritru; ~, )grcja, ~ facil de imaginnr quc esses c lementos tii.o r epr esentalivos. c t üo pouco previ• dcntcs, dn a la velhn c\o Ccntro Dom Vital ainda estnriam a tcccr töas n esse belo cxen'lplo de autodctcrmi„ natäo dos povos. E: isto nüo surprcendc. Pan\ os m a t·itainistas. cm cujas filciras os Srs. Custovo Cor~5o e Alccu de Amoroso Lima ostentam as insignias do marcchalato, hä um um com„ r,lcxo pr 6 -soeinlismo. E esse <:om1>l cxo lcva os discipul os do Sr. Jac• ques Maritain, cm via de tegt a, c salvas circunstnncias muito cspccinis, a s6 atacar o socialism,o com a devida perspicncia c vigor quando cslc C d o tipo t'adical. da ac;lio dircta, que rccosa a «eocxistencia ,,acirica• c us.a armas de logo, quc inst.aln camt)OS de conccnL.-a<:Ao ccr<:<-.dos de arnmc rnrpado. quc rc<:ha. jornais violcntamcn le, e1nudccc a livr e mani(esta(iio do pensnrne nto c impöe
ncintosamcntc o trabalho cscravo. Escoimado, poi-~m. desscs condcnavcis cxccssos, <1ue somcntc nr,a• r eccm (1uando o socinlismo <: consi· dcrado como m osoria de vida. (:. crc, scgundo o cs1>irilo maritainiano. \ 1111 sistcma c<:onomico como outro qunl• q uer, pcrfcitamcntc aceitavel. como de modo dcrinitivo c irremissivcl scn• lcnciou o Sr. Alccu d e Amoroso Limn em 11.0 P.roblcma do Tn\bnlho». obrn q uc um seu prcfaciador colo• cou na mcsma linha da • Cidadc d e Deus» de Santo Agostinho! 01·.n. o livro cRe(orma Agr-aria Qucs täo de Conscicnci.a» most ra, com unla. clarcza mcridian:a, quc o socia• Jismo C condcnavcJ em si mcsmo. no propJ'io eampo da economin c c nquanto mc ro sislcmn cc.::onomico, tanto cm seus ma t izcs vioJentos, da ae5o dire ta bolchevista. q uanto nas c hamadas corrcntcs modcradas . c cvoluLh 1as, suave vencno <1ue avida• menlc lragnm muitos desavi:::ados quc r ecuarinm hon 'or i;,..ados diante das mani(csta<:öcs ci·uas c descabe• ladas do Lcviatan totalitario. De f undo g nosti<:o-ma.niquc u, o $Ocialis• rno
C condcnado J)Cln
Jgr ejn, n :1o
npe nns nos eleme nlos ncidentais que a.gr avam sua malicia, mas cm sun 1>ropl'la e~nch\. Eis J)Or-quc Pio XL cnsinou quc socinlismo o Crist ianismo säo tcrmos co1'ltradilol"ios, n&.o havendo entre el<'S co11cifüt(äo pos• sivcl. A l •' AJ,SA Ml$TICA D0 DISTIU • BU1'1S MO IGUALITAIUO
Alccu de
Amoroso Lima viu 1'10 cherc dos barhudo$ um lidimo n:prcscntan tc dn tercch-a ror{'u, e<1uidistantc do eo• losso norte•americano c do moloch sovictico. lsto I udo apC's..·u· de dcsdc o inicio havcr- hmcionado de modo imr,icdoso o c pnrcd6n» rcvoluciona• 1·io. c a1,c,~ar da im1>lanh1eii.o imc• dfata de uma rcCorma agraria crua• soeialisla naqucla i nfeliz
l'n cntc
na(.:\o.
Mas com o multip1ica<-ilo das mcdidM n itidamcnte comunistas c a manu ten~io do rcg imc de tcr1·or impfonlado cm Cuha, ncompanht•do de cinica e pc1·li naz 1,e rscsui<;äo a l g J'c„ in Calolica, as coisns chcgoram a tal ponto que o Sr. Custavo Cort;äo sc scnliu obrigado a \lir n puhlico pcnitcncim·-sa do a1>oio quc crn rna hora: hnvia dado ao ditado1· cuhnno. Embora, no <1uc nO$ cons10, o Sr. T1·i~t..cio de Ataidc ainda näo .sc haja
NSINA-NOS tamb6m esse livro cxlraordin(,rio o amor äs jrn;.. Las dcsigualdades. o quc eq ui• vale, do ponto de vista agrario, o aplnudir a cocxistcncia. hn.rmonica das gnrndcs, mcdias c pequcnas propricda ctcs. Como se vivesscmos no mundo da lua, c nao n<'ste imenso pais. esscs sociologos de mctropotc, quc sc rcu• ncm sob o nome do campc~lo da hlla eontra a maconnria no B rasil, par• tcm do prcssuposto infantil de <1u<:
E
na basc de nosso problcma a.grario
sc nchn a falta de tel'l'a para plan• tar, c de que o nosso caboclo. em ::;c l he dando umn pcquena glcba como propria, opcr3.r{1 prodigios no quc diz rcsr,cito a 1wodulividnclc, c ä con• scqucnte mclhoriu de $CU padr[lO de vidn. Ao Sa-. Gu:::lavo Cor<-:äo ChOC.;,\ l'n OS g rilantes d csnivcis culturnis c cco„
r ctratndo com cs.o;.."L fra nqueza <o nomicos existcut<.'s nos chan'larlos l)(\iquc näo e dos habitos de S. Sa., scs S\lhclcscnvolvidos, como o Brasil, ofo\s), C l>cm significativo o foto de Das 1·cai:-i c;;iusas <k:::sc subd<!-S<mvol • näo ha\lc r e lc c.:ontinuudo a c logim· · vimcnto. c du importmHissima pnrte Fidel Castro, nem insisliclo na t ccla c1uc nc ll\.~ cabc 110 1wcclalorio inter-e x travagante dcss.n tct<:ch·a fo r~(l sevcncionismo do Rstado. näo hlt. Q\tC diada no Mar das Car~ihn.s. cui dar. 0 impor1a111.c C adcrir .;,\ mar~ mOJlt.."lntc dcssc mesmo interU~lA DIS'rlN(;AO QUJ•; PI() XJ vcncionisrno cstatal sociali.-'.antc. e NAO J,~E'.f..
S
r-: o r cvoh1efio ruhana, uma vcz
implantada. houvesse c ntl'ado pclo caminho da colcliviza,ao t otalitaria t·calii.ada paulatin:uncrHe e J)Or me ios lcgt1.is c aclministn\livos,
cntrcgat o quc ainda r('stn de oos.c;a s..'lcrificada agricultur(I it hurocruci:.i de lm;titutos ta.ls como o do cu[(:, o clo 1>inho, o do cacau. o do n~uc~u· c do nlcoo1, o do mntc. de Orf!fiOr-: como ~\ COFAP C t'l COAP, como
a CACl::X, como a CEXli\1, como
a SUMOC. Uma vci criado o l rlslituto tla R<'J orina Agrnr h,, com um luzido cxercito de runcionarios quc se cs:1>alharäo por 1odo o te rritorio nncionnl eomo snuvas cm c1>oca de eorrci<;äo. scgundo eS.'iCS bolos cxcm• plos atrhs citados, cstarit abcrto o caminho seguro para esta.ncar o e xodo 1·m·a1. pm·a n<:abn r eom ns dcsigu3.ldndes e xecssivas, para cxtcrminal' a.-: favclas c pan, rcst i• Luir n cnda criatura humana aquela dignidadc quc unicamcnlc o l)Cr• sonalismo maritaininno C cnpaz de garnntir em sun jusCft c cxatn mecli~ da, ntrav~s dcssn miri(ic.n reCorma. de esln1turn. A Ol l'f:R ENCA ENTRE ;\ i\ LA ~IOCA E A ALA Vt•:LIIA o 1·cacionnrios pcrigosos e maus ßispo!j C quc näo conriam no poder mngieo dessc absol ulis• mo l cgislativo dos t.empos mode rnos c ousam aritmar quc nüo ccs• sar a a mnr cha inClcxi vel do povo par a n triste <:ondi<:Uo de ma...;sa amorra, miscr avel e mccanica. cn~ quanto ni'io for cm dctidos os progrcssos dcssn Revol utiio ciclopica
S
quc vcm cnvo1vcndo a humanidaclc
cm suns ter l'ivcis mal has. c que nos
dins que corrcm sc cncarnou no socialismo. A nln mo~a do Ce ntro Dom Vital aprcndcu muilo bcm e:ssas e outrns l i<:öcs recebidas dn nlo. vclha. Com i\ scguintc diforcnc:a: dada n impe· t uosidade proprin dn idndc, c-s:ses jovcns chcgum :!ls conscquencias logica.s dos falsos pJ'i nc.ipios <1uc lhc-s (Qr{lm il'IOCUIOdOS nos Vttri()$ ;)1108 cm quc cursal'am a cscola do hmnnnismo inlcgrul. Aderem. assim. com cntus:iasmo iis r>a,:ega<:öes de um F r ei C'l1·<1onncJ, quc o Sr. Guslavo COJ'• c:äo dc nunciou como avt\n(ad.1::; : con• tinuam a admiraL' os «hc1·6is• da rc~ vol u~iio eubana 1 a1~ sar do .:p~wed6n», das 1>crscguic;öes rcli:;iosas c dos nitidos 1>endores comunistas de F ide l Castro C de !'.C\I bnndo: C l CI'• minam at6 1>0r considcrar Jucqucs Maritnin c seus discipulos <la ala vclha como complctamcnte supe• 1·actos. Ma.;;; a ala vclha. composta de gente e xoerimentada c habil, csla sabe contcr scus impclos c. pa1·a1· no l ugar adcquado. Seus membros n5o sc compromctcm cm dcba.tcs doutri• narios pcrigosos quando nio scn lcm o lcrrc no scgul'o. E por isso. ao a1>ar-ecc1· un'I livro itres1>0ndivcl como «Refonna Agraria. Questäo de Conscicncia», o Sr. Guscavo Cor~ao~ quc pcrtcnce a. css.a n la. dcix::i. de cn t rai· no amago d o a...;;.1unto c sc Hmitu a levantar e normes corlinas de rumn<:.a dcstinadas a cncobrh· os vc1·dadeiros po1'1los da eonlroversia. E:m um dcbatc em q uc se acham cm jogo principios, apcla para o patc· t ico. lrnpcdindo a a nalisc scrcna do lado tccnico do p1•01)lema, essa mania declamato1·ia torna impossivel aq_uilo a q uc clcs mcsmos düo o nome de «d iulogo». Uma coisa, por6m, ressalta de modo claro da atitudc dcsscs m c.mbros da ala vclha do Ccntro Dom Vital cm face do agro-1·eformism o, bcm como do livro «Rcformn Agraria Quc-stiio de Co nscicmcia'» , Ao co ntrario do quc aconteccu quando dn po1cmie;;-. su.scilada pelas tomudas de r,osi~äo de Frei Thomas Cardonncl, näo v5o cles tccebe r pedl'adas da ;:.Ju motn. Ao i,wcs do.quela enorme atoarda. nr,o C impossivc1 que vcnham a darse ecnas liricas de: reconci.liatao d as duas fo.cc;öcs. Dep,ois desse Jame n~ tavc l cquivoco pt'()vocado pcla e ntre~ vistn do Fradc dominicano francl's, a esqucrcla eatollc.a podc rccnconll'al' um dcnomin::idor comum : a antipnt.ia nos princ.ipios gcl\uin:: uncntc C{ltolicos c xpostos mag istralmentc na obra que dcvcmos aos Sn;. Ar<:cbispo cleito de l)iam.;,\nt.inn, Bispo de
C.ompos, Prof. Plinio Corr(:a de Oli• vcira c ~conomist.o Luiz J\1'.endon<;a de Fr eitas. Como se näo bnstasscm a.s u ·C's cdi(X)es do livro, indice scguro de sua boa :\COlhid::t por todo Ö ßrnsH, csscs ataqucs du .::1 1a vclha d o Ccn11·0 Dom Vit:ll n5o deixam de scr outra indica<:iio segunL do ,gra ndc bem (Juc elc vcm faze ndo c tor{,.
Diamonlina: imngem hislorfra.
TOMA POSSE EM ABRIL 0 NOVO AR~EBISPO DE IlIAMANTINA 0
E~mo. n evmo. Sr. Areebililt>O clc.itö <10 Dh\mnntim)-. D. Gearaldo de Proc nt.a. Signud, S. V. D., tomar{, vossc d o S:Lttl novn Arquiclioccse
no dia JG <le abrH p . f . J,_;m J a.carc1.inho - onde roi ncolhida com g rando c-onstcrn ntäo n not ici::, do quo 11. Diocc~t" iu. p.::nle.r scu :un udo Posl or. ch::unndo <m<l m aj orcn> 1,eltl con finnta d o P üp:\ J oiio XXIU estüo pr ogrttmtldas d.ivcrs1,s soJe„ nidnd cs J)arn n des1>cd idn. N o diu 9 de nbr il S . _t;."'(cin. l"tovm n. cole.brnrfl P ontiricaJ, com nssi sl onch, do Exmo. Revmo. 0 . Mnnocl da $ ilvcira D'Elboux , Arccbist>O de Curitibn, c clo Srs. Uispos d ll P ~·o\'incin l~losfaslicn do J>nrami. A tarde, c m frc.oto i\ Cn tcdra.l, h a,·c:ra. uma conccutr-at.t1o dioccsa1u1, du ra n te
qunl f a lnr Uo rc prcscn hmtc.-,; d1\q1_t eh, P r ovincin, do C le ro, da$ tmlor icl:'ul es o do po\'O d e J ncnrczinho. Em scguidn soirii lmul solc nc. 1>rocissiio e uearistica. A noite, ter{1. lugnr um b:111quetc J>r-om o,•hlo 1>elas nutorithulcs mu• n ici1mis o uor c tcm cntos rc11resc11t at-ivos dtl cidnd c. No dia. JO $ . F:xciit, ne"m:1~ 1,nrtir{i, 1,-or twiu.o, pat-t, Sao P nulo. ncom„ pa.nhnd o por umn comissiio do nu toridades cclcsinslicas e ci\•is, N nc1ucl:, ca1>itnl scr•lhe--(1. ofc r,~ciclo um banqucte no Autom ovcl Club_ , 88 13 hs. c.lo dia. LI. 1-'l'."omovc m c~\ h omcnagc m os co-nutorcs do livro «Rc(orma Ag-ru.ria - Quc.stä o d e Conscicncin», ,t;·~mo. ltevmo. D. Antonio do Cnstro l\l a.yer, ß is 1>0 desta D ioccs;e, Pror. P linio Co rrCa d e Olivcirn e oconomista. l.1ui7, McndontJ•· de l"rcitas, bcm com o os d irctores da Ed ito ru. V cr ::a, Cruz, Srs. AdoJt)ho Lindcnl)e rg-, Arnaldo Vidigo.l Xnvicr da Silveiril, Luiz Nn1.urcno de A s.,;um11~i\o li'ilho c Plinio Vidignl Xnvicr d n S ih •cir:,. As :\dcsiics J>Otlcm scr co,nuuiC.fldns nos Sr s. P a ulo nnrros d o Ulhöa Cintra. (tele rono 32-7276) , I.1,1i;,•. Naznrcno de AS$um1,s,i\o t•'ilh o (GJ-8833) o l~lunrdo de ßarros Ur otcro (52·3525). N ll tlin ~ s:uintc, U~ 21 h s., te,rii. l ug ar no nmlitorio clJl F nculd1ule de Filosoli1\-, Cicncins c Lc.tras ,,t$cdcs Sapicntiao» (J'tua l\l nrquCs do l 'aranai.;ua, n .0 J 11) ul'll:\ sess.i1 o solc.nc ern h on ra do ilustro 1,relado, p rom ovidn. por nquc lc cstnb clccim cn to ngrcgrulo i\ l'ont ific in. Univcrsidndo Catolica do ~io rnuto - do qun.J $. Excin. n c"mn. 6 1>rofcssor catedratico - c por uma comiSSt1o de amigos d e J). Gernldo de 1•r ocnca Si gnud nn C;,pihll pnulist:nJ cons tit uidn- pclos Srs. Prof. F c r onndo Furquim d o Almeidn, J. tle Azo,-cdo S m1tos, Paul o ßnrros de Ul11611. Cint rn, J osO F ernando d o Cmn argo o J os<; Cnr los Cnstilho de Andradc. P a ra cssa scssiio solcne siio convidndos os amigos e rulmirrulot eS do n ovo ArcebiSJto. No din -13 $. Excia. R e,•n u,., i\COmpa n h ndo por numcrosa. comitiva, Ji:i.Oguir(, do a viäo p1:un. Bolo Hori:1.onte, o nclc ~li\'O.rsus solcnidudes estiio scndo progr nm ad a.,;; J)llft\ os trCs dins quo c Jo passa rä na c idnde. 0 cmborquo r>ara Dinmantinn - com n. co1uiUva do Prchulo ncr cscida d o el em cntos ,trndos da. Cn1,ital d~ l'tlinas - ser:t no din 16, as JS hs., 1>or , ·ia acrco. il
VERDADES ESQUECIDAS, FATOR DE UNIDADE Da rar la d" 30 1/e j1111ho 1/e 19/i(), escrila cm flOme d e Sun Sa11tida1/c ao \II Congrcsso da U uitio l nfcrnncionnl da l mprensn Cnfolicn. r eunido cm Stmlandcr, ,,o Espanha (in "Osservntorc Romano" , cdi(..tio scmarrnl cm franccs, 1/e 15 tlc j11/ho de 1/160):
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esse amor ,Ja ver,tndc 11uc :;11ste11ta os csforros do publicista rrist,io e lhe (fci a seg11r<111rt1, cou/orme n beta exprrsstio de S,io Paul<J, de qm:, " o()ra,ufo segmulo a ,,cr<lfUle c ua cari,lndc" (Ef. 4, 15) , cle co/aborll para o odwmto ,lo reim> de Deus. 110 11110/ ,, l mmtmitlade inleira l: clumuu/11 a 1:11/rar c? c11co11lrn s11a unidadc µro/ mula. 0 Smrfo Padre falia et·o uo /\poslolo 11estes lcrmo.,;. ,w tlocwm•11/u 11d1m1 cilmlo (Ct,r/a /:i11citlfra "Ad Pet ri Cnthedram '1. de 29 tlc j1111ho de t!J5!J ver "Cnlolicb;mo~t 11.• 105. de selcmbr() 1/e 1959) : ''D11 m/11isi(1io tla 1rt.•rdatle plcua, integrll c sincern, dc,,c tli:corrc~r ucn:ssnria,u<•nfc a m1itio do.t cs11irilos, dos coracöcs e dtn; llf<its. As tli:;.~Cllfih's, m; lili;.!io.~. os de:wrordos unset•m em primeiro /11gt1r 1/0 fato de que a l't'rtltulc 11,io C r1mhc•rfrln". cvil/cnfc quc " impre11sa ffllolia, lc!m 11111 pap,,J imJJorfante ne.,;sa upro:dmnrtio dos homens pe/Q conhedmcnlo da vtrdot/c.
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CAIIOE1\ I. DOMENICO TARDIN I SCntt:lrlo de E::;tado de Sun S.intldadc
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LIVRO ODIOSO ~OMO A INVASAO IlA
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EFORMJ\ i\GR,H{li\ QUL:STJ\O OE CONSCIENCIJ\" _tcm trai i<lo a seus autores o~ Exmos. Rcvmo~. Srs. D. Gcraldo de Procn~:i Sii,:aud, ha 1>011 • eo p romovido :i A rc.:chi~po de Diamant in:., c D. 1\ 11to11io de Cast ro Mayer, l3i$pO <lc Campo:-., o cconoruis1a Luiz M cndonc;a de Frcit:,s, c o :-.ir;uatario d(,stc :1r1igo - muit.is c licHnw!'\ :tlcg ri:1:--. Co mo cnt ret:mto rll':--fe v.ile tlc 1.i~rimas :1 tri:-tei:t C c;om1,:111hcira co1_1:,t:rntc do homcm. näo oculto quc es~::it.. ~lcgnas fo„ ram c:mp~m;u.las em p:trtc por nma g r,rntlc dc-
4,.'CJ>(iio.
li~t:w:uno:-. l'Crto:--, de :intcmfio, de
quc o li\lro sofrcritl 11111it;1!-. crilicas, c como 1, ress111l1111h:unos que, dcntre cl:i~, :il~mnas p<:lo mcno~ s<.-ri:1m suh~t:rn<'io:--:is, <.kslr;,is, t·ortcz('S,
prc1ibavamos os pra1.crl'$ intclctl u:ris rijO$, inerente:- f1:s l ufa:s idcoh,>~il'as 1r:w:id:tS SCt!un„ d o at-- nohrts 11orn1a~ do l·avalhtiri:smo c da logic.--. A rca(ito 1>rcvi$1a ,•cio de f:lfo. mas quäo dikrc ntc do que t:spcr:w:imos! Ncnhurn ;!r:111dc arlito .:i1K1rcccu, ronlra no:-so livro, opondo tc:sc :1 1e:-.c c :1rg-umeuto :1 <tr;.!11111cnto, com :t lcald:uJe c...' o vi~or do rorneio iotclc<'flwl ,h: bo.-. lci. Pclo contr.uio, p 11l11laram a:IJC(l llcnas notn:- de imprcr,:--.t, c.:.:1rre;.::11.las de i11vc,:liv,1:s pc:s:so:ti:s 011 :,fir111:u:t1c:-. ;,:r:tluita:--, 4uc por !-11:1 inlt ira inron:si:stc11da 1150 mcrcci:1111 c c111 ri~o r 11cm ~cqucr c.-omporlav;un t1u,1l411er rcpfü.·a. Em mna 1cntativa de c::ri :1r ro1a.li\•>cs par:t um dcb:itc de alfo nivcl, c:scrcvi 11111 :,r1ißO ('"Juli-O Vcrnc. Morn<:ro t o -'f:.!tOrcvi:sioni:-.mo '', in "l)i:1rio de Säo P:uilo", de· 11 -1- 1961) convi<lando os 01>ositorcs de "'Refo rma a~r~1ria - Qucsläo de Conscicucia" ;1 modi fica rcm o tom de suas inve~ticfa~, <lcspin-Jo„as de scu cunho pes.~oal e dando- lhes mais ro11tcudo i utclcctu(II. N,1da ronsc.(!ui, pois cm-horn a obr:1 continua~c :, fig-urar ent re a:-111:iis p rocur(1das 1H1s li\lra rias, as c rilka$, quc jä vinh:1111 s.endo 111cnos frequentes, t:111to qu3n• to ,>udc apurar ccssaram iotciramcnte. Entrctnnto, n5o cfava e u por fru::-tr:Hb :-, <:$1)Cranc;a de 11111 vcrdai..lciro c scrio dchatc sobrc :1 m:ifcria. 8 quc, antcs mcsmo de :-.er pnblit:ado meu ~1pelo no " Diario de S;1o Paulo "~ ouvira dizcr quc o Sr. Gu~fa\10 Cortäo c.st~1v:1 prcp;1r;111do uma scric de ;1 rti,::o~ "de ;1 rraz.:tr", ,:ootra •'•Rcforma AKrari:t - QucstklO de Co11s,·it•11t.·ia'·. Jornalh;tn de rclCvo, polcmista luci• do c cfidcntc, dotado de solida inteligencia t' hoa c111t11ra, clcvaria clc, sem d11\lida, o dcb:1tc .-o nivcl espcr:1tfo. At?11ardava cu. poh;, ,:om vivo intc.:r<:!'--sc :1 lc•mivcl iuvt~fid~1.
ANO XI - N.0 124 ABRI L 1 9 61
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S artigos sair:1111, p,)r fi111, cm numcro de tn:s ("Rcformn Ag rnria : Quesrno clc Conscicncia", ';Rcforma agraria c dirri• 10 de propricdadc" c '' I larmonios.1 dcsigualdadc... in ;,O Esta.do de S5o Pau10··. de 22-1-196 1, 29-1- 196 1 C 5-11-1961). Näo OS li de$de logo po is as sc111an:1~ c m quc clas vie · ram a lume coincidiram com o pc riodo da cnfcrmidadc e 111ortc. de mcu velho c q1.writlo Pai. Assim que pudc, cntret~nto, trntd de mc intcirar dcles. E conrcsso quc tivc 111n:l dcccpc;.io a 111;1is. acom1>anhada de urn vivo scut imcnlo dc pcrplexid:ide.
A dcc<:p<:,io vcio d:t nota panflctari:1 <fo ataquc. E~pcrci quc cla nfw cstivcs-sc p resc:ntc no:s artir;o~. ou quc pelo mcnos c:-.pcl has:;c :tlgo do f~11<'nto do autor. i~to C, q11c fo~~c t·om:isa, hri lha111c, intcligtnfc.·. Pelo contrario, vcio opac:\, prolixa c p csadaniente in• juriosa, scm conscguir vulnerar de foto .1 1>:1r„ tc .tdversa. Ma:-- o pior d:.. dcsi!u~o mc ve io ü:i d r<:un~1ancia de c1ue, 101,::0 110 primci ro re„ lanrc, o::: 1rCs arligo~ do Sr. Gust:ivo Crm;äo inc deixaram \'er <1uc o fogoso critict> nfio lcr~l scri:11ncnte "Rt!orm:a Agra ri-1 - Qul•:.tao de Conscicncia'·. Or.1, dt)i:.-mc a ,,cr:;pcttiva dc tcr de afirmar isto de publico, :t proposito de um i111clcct ual com qucm muit:is vezcs nfio tcnho csf:uJo de acordo, mas que !IINecc, nao a furi:t destcmper:1da com a qu:il I r:1tou noss;:1 ohr:1 c de .algum rnodo nos:sas pcssoa:::, mas uma rea l considcnwäo.
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Cmn c fcilo, o quc hä de mcnos curial par.- um crilico do quc fazer ;1<·11~ac;öcs, so„ brcl udo violcnlas, confra urn Jivro. scm tcr tido scqucr o c uidado de antcs o l cr atcnt:imcntc?
*
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OMO tudo passa ra.pidamcntc nos di.ls confusos c :111gu:,t i,1dos cm quc vivcmo::;, f:. r,rOVi!Vcl q uc O lcitor ja SC ltnha CS<1uccido de varios a~pc:ttos dos artigos cm qucstäo, - ~c C que tcvc oc.:l~iäo de os ler. A:;si111, 1:1lvcz. nao sc rcl'Ordc 011 näo saiba da violcnci:t de su:1s pal:wrns. Con\'tm fcmbrar, poi~. aqui alguns topicO$ 1.l cssa l on~:i clialribc: ·• Oiscordo total c gl ob:ilmcntc da obra prcci:samcntc pa ra dizcr que 3 rcpilo como um lodo, e näo quc irnpugnc csta ou :u1ucla de su;is p roposi<;(1cs ( . . . ). Nfio ~c trnta, a mcu ver, de obra com tais ou quais l:tcunas, com <:slcs ou aquclcs crros adclcntais. c sim de uma obra ma.cic;a.mcnte crronca, falsa no 1odo, no cs.pi r ito quc a. a.nima , na mcnt:.lid;u.tc quc traduz c com quc :se arrunrnram divcrsas a firma~öcs, al;p 1m.ns vcrdadei r:'ls, .:,l;nnnas santas, 1111m conjunto quc sc mc afigura mo nst ruoso·· ( 1.0 ar(. cit.), As p ro posi(,ÖCs afirn1adas 110 livro ca11~1ram ao Sr. Cortäo "'um cspanto c:(rnsado, dolorido, atC adocn•
Cerw.-. tla im•flsciu ,Ja Jl1111~rifl prlo.~ frilpO.~ sm1it!lkas ,.,,, 195a. Para o Sr. Guslavo Cor• ftiQ u Ji11r o "Rejor,,w /\gradt1 Qucshio t.fc Cousci eucin" mt:rt!<'C~ impu/sqs tlc. colera ig_11ais aos ,1uc· c,:; lwmrm; bons e rclos srnffrnm rom esse rrime inominai1cl.
)..
<<Reforma Agraria - Questäo de Consciencia,, tado" (ibid.).
Considera S. Sa. que elas cornConfessa ele proprio que
da economia nacional, precisa ser mais amparada, sc se quer quc sua produc;äo seja proporcional da industria. MA que melhora r as
seus arligos contCm um "aspcro testcmunhO''
vias de t1>n11111ica~äo (pp. 334 a 336). as con-
doutrina catolica. E mostram como ela se opöe, adcmais, aos verdadeiros intercsses clo bem comum, conduzindo ao declinio da producäo rural.
(3.0 art. cit.).
Ao lcr a obra, acresccnta, sc.u
cli~Ocs de armazcnamcnto dos produtos do
0 leitor lalvcz objcte quc esse regime
"primeiro impulso foi de sair pelas ruas, c-omo no dia da invasfio da t-lungria, com car-
campo (p. 336), a polilica de pre~os (p. 331 ), as condi~oes do credito agrieola (p. 331), etc.
näo debil itaria o insti tuto da propriedade pri„ vad:t, pois multiplicaria as propriedades. De fato, uma cstrutura rural constituida s6 por
1>rometem "o que temos de mais scrio, de mais
santo'', etc. (ibid.).
a
As...c;im,
Emhora lembrando que n grande c a
a ocupai;iio da terra de Santo Esteväo peias
rnedia propriedade lern seu papel especifico e
hordas do comunismo ateu, que constituiu unl dos maiores cri mcs do seculo XX e talvez de
insubstituivcl na estrutura rural do Pais, sus„ tentam os autorcs a nccessidade do fomento a pequena propriedade ( pp. 11, 18, 113, 133 c
t:tzes desenhados äs prcs..;a~" ( ihicl.).
toda a Hi~toria, näo irritou mais o Sr. Corc;äo do que a publicatäo de um Jivro que -
dis-
corde dclc, cmbora, S. Sa. - faz inteiramente jus a seu respeito. Est«s amostras do carater apaixonado e agressivo do alaque bcm revclam o eslado
150), aplaudindo os numcrosos lolcamentos que alc aqui Se vem fazendO (p. 18), c sugerincto o fracionamento das terras clevolutas da Uniäo, cfos Estados c dos Municipios, para
facililar o täo desej~vel acesso dos trabalha-
a condii;äo de pros>rietario~
tempcramental em que foram escritos C$5C~
dore$ do campo
arligos.
(p. 115). De oulro lado, deploram eles a frequente
Tais os impulsos imediatos que o conhe„ cido jornalista teve, de sair pelas ruas gritando, que 11cm sequcr lhc sobraram calma e tempo para ler a obra. Fol heou-a si mplesmcnle. Este o fato espantoso quc a ana-
e
Ba no livro materia para excitar tanta colera? Se o Sr. Gustavo Corcäo o tivcsse lido, execr:i-lo-ia as.sim? O que diz esse livro?
Seus autores a escrcveram tendo diante de si uma dupla realidade. De um lado, a
carestia dos generos agricolas, as condi~öes de vida mui tas vczcs subumanas dos t rabalhadores do campo, a desproporc;äo entre a produ~äo agropccuaria e a produc;ao i ndustrial
do Pais. De outro lado, a tramilacao no Legislativo Fcderal de varios projetos propondo
prcciosos fautores tfo bem conmm.
a incompatibilidade entre esta $i-
lua~äo e a doulrina da lgreja (pp. 92 e 165),
e manifestam o firme dcsejo de que se encontrcm os meios 1>ara, sem convulsöes, mas com eficiencia, e scm delongas i nutcis, se rcmedia r estc cstado de coisas (1>p. 182 a 183).
ao estudo e ao debale da materia todos os especialislas dos multiplos ramos do saber c cla tecnica relacionados com o assunto (PJ>. 208, 219 e 25'4). 0 objetivo dessa rcforma
e lan~ar uma classe contra oulra. Consisle cm melhorar as condi~öcs gerais da agricultu ra - islo c, as do fazen-
agraria sadia näo
deiro e as do colono - para o bem do Brasil (pp. 9 a 12). Este e o aspeclo 1>osi1ivo da obra quc pareceu ao Sr. Gustavo Cor~ao täo criminosa quanto a invasao dramatica e brutal da Hungria pelos sovieticos.
a reforma de nossa estrutura rural, para remediar esta situai;äo. Concomitantemente, caminhava na Assembl~ia Legislativa paulista um projeto governamental de revisäo agraria, mais radical do que a lei finalmente promul„
gada. Pelo Nordeste, estimulado pelas Ligas Camponesas do depulado estadual de Pernambuco, Sr. Francisco Juliäo, se havia forrnado um clima de assalto a propriedade privada.
N
ÄO crcio que tenha sido o lado positivo, a causa do furor desbragado do
rendo no ßtasil, rcsolveram conjugar seus es-
fortos para, denlro da medida de seus res-
obra construtiva e afirmativa .
o perigo que, pcla concomitancia de fatores täo diversos, a civiliza~ilo cristä vinha corpecti vO$: campos de estudo, auxiliar a opiniäo publica a ver claro no problema. 0 Jivro que dai resultou afirma que mui„ to h:i por melhorar e corrigir, e cont urgencia, nas atuais condi(;öes da vida rural brasileira. A a g ricultura, considcrada no conj unto
.AfOJLilCI§MO Mensario com Aprova(/io Edeslastlca CB1Upos -
Est. do Rio
Dlretor: Mott.s. Antonio JUt>ciro do .Roaario Av, '1 dt\ Sctombro, tt1 - Calxa Postal 33S ASSINATURAS ANUAIS
Comum Benteltor . . . ... .. . .. . .. .... . Grande bcnfcltor ... . ... . . . SCmlnal'lstas o cstudantcs • Extcrlor . .. ............... .
Numero avulso
•..•. , • .....
Num ero atn1sndo ... . .•. . ..
Cr$ 250,00 CrS 1.000.00 CrS 2.000.00 Cr$ 180,00 Cr$ 285.00 Cr$ 22,00 Cr$ 25,00
Para os Esta.dos de Alagoas, Amazonas, Ba.hla, CCarä, C016.s, Maranhllo, Mato Cros-
so, Par4, Paralba, Pernnmbuco, Plaul, Rio Grande do Norte, Serg lpe e Terrftorlos, o Jornnl 6 envlado por via aerea. pelo preeo da n.sslnatu.ra comum.
o tivrQ ccnsuru <lc modo lermillaute que essa
evotu,iio sc fa,n em deldme11to do i11sNtulo
Mas, dir-se-ä. uma coisa C dcbitHar a proprieclaclc rural, out ra C cxigir quc cla exc rc;a sua funtäo social ent beneficio, näo s6 do proprietario, como do trabalhador agricola c da tconomia nacional. Se a nossa situa~äo rural fosse tal c1ue o wtico meio de incrementar a procl11<;.äo e alcantar condi<;Ö('S de vida dignas e huntanas para o operariado do carnpo consistisse cm fragmentar as propriedades cxcessivamentc grandes, näo se justifica ria essa medida. scgundo a doutrina catolica? Sim, rcspondem peremptoriamente os autorcs, mas cssa sifuac;äo concreta näo sc prcsumc.
t:: preeiso prova-la soliclamenle. Pois ninguem pode, em nome de um fato incerto, abalar um
direilo certo, como e o da pro1>riedade (J)p. 151 - proposi~äo 25, e 196 a 197).
A parte segunda clo livro, especiahnente a cargo do eximio econornista Luiz Mcndon,:a de Frcit.as, mostra com grande rique.1.a de
clados näo haver provas de que o unico meio
para fazcr progredir a agricultura nacional seja a partilha das terras; c mais, que a despropor~äo entre nossa produtäo agricola e a industrial resulta de causas intciramcnte atheias ä: cstrutura rural do Pais. Quanto As
S r. Cor~äo. Foi, lalvez, o lado negativo? A S. Sa. a resposta. Este lado "negalivo" come{a por uäo ser negativo. Destruir algo de verdadeiro ou de bom e fazcr obra negativa. Destruir o quc deslrutivo, negar O QUC C negativista, e fazer
E esse clima vinha ameac;ando provocar fatos
analogos em outros Estados. A vista disto, os autores, alarmados com
das c1>11di~lies dt>s traba/hadores dt> campo -
~äo, etc., enlre os colonos (pp. 21 a 22, e 155) .
reforma agraria sadia. Para excogit.ar um programa de provid('ncias concretas necessarias ä execw;äo dessa reforma, o livro incita
E
proposi~äo 23, 156 proposi(iio 22, 148 propo:;;ic;äo 29). Prcconizaudo vivnmcnte umn evoh1r<io dinamica da alunt siluaräo rural brm;iteira - na qua/, uole-'se. um cui<latlo espccial deve,;a ser ctmsagrado, it methoda
da prt>prietla<le privada, o qua/ e 11m <los mais
A lodas essas medidas, chnrnam eles de
M subslancia, "Reforma Agraria - Questäo de Conseiencia" poderia resumir-se ern algumas laudas.
micro-proprietarios cm face tlo Estaclo, quc os transformaria automaticamentc em meros ag:entes da burocracia e do intervencionismo estatal. lrnportaria na ~ocializac:äo da agricullura (pp. 146 - proposi(iio 21, 154, 155, 147 -
insuficiencia dos salarios rurais, a carencia de habitatöes convenientes. a insuficiencia ou a nusencia de higicne, de educa(flO, de instr11Apontam
lise dos tres artigos pöe cm evidencia.
pequenas propriedades tornaria täo fracos os
0 i11stituto da propricdade privada nao
e uma t rincheira em que se acobertam contra o bcm comum os interesses de alg1111s lclizardos. Segundo a doutrina calolica, e cle, em si mesmo, uma condi<;:äo sine qua non para o bem-estar moral e material de lodo o corpo social, sem exclusäo dos que näo possucm propriedadcs. O estabelecimento de uma economia coletivista, na qual esse instituto näo existissc, agravaria a si1ua<;äo, näo sö dos quc atualmente säo proprietarios, como dos que näo o säo. Esse principio sapientissimQ, sc bem que um pouco surpreendente para certos ouvidos modernos, se encontra afirmado
cm varios documentos de Leäo XIII citados cm nossa obra (P1>. 68 e 107). Nenhmna reforma agraria seria, pois, util para os grandes ou para os pequenos, se sc
opcrasse com supressiio do direito dos propriela rios, ou livessc por resultado debilitar e quase aniquilar o inslituto da propricdade privada. Esta verdade, näo a tomam na de„ vid;1 conta muitos dos que falam na fmwao social da propriedade. Qualquer instituto, eo„ mo qualquer organismo, s6 pode desem1>enhar suas funi;Oes plcnamcnte, sc C sadio e robusto. E o exercicio da fun~ao social do instituto
da 1>ropriedade s6 scrä efelivo e pleno se elc för vigoroso.
condi~iles dos trabalhadores do campo, elas podem scr mclhoradas 1>elo apoio oficial ao processo esi,onlaueo de loteamento de terras particulares, que em apreciavel rncdida ja sc opcra entre n6s, e pclo aproveitamento das terras devolutas, bem como por medidas con-
duceutes ä melhoria tlos salarios, etc.
Näo c,
pois. necessario, nem convenien1e, clesfechar
uma campanha em favor da aboli~äo das propricdades grandes e medias e do rcgime do
{öes de vida justas e dignas para os trabalhadores. Quanlo a classe dos 1>roprictarios agricolas, e evidente que cla fic.aria demolida, tanto economica como socialmente, por uma reforma agraria de inspi ra~äo igualitar ia e anticristä - uma ''Reforma Agraria" entre aspas e com maiusc11las, como esta ·convencionado
110 livro -
conlraria ao regime da propricdadc privada e implicitamcnte ä i nstitui(;äo da
Os autores mostram a injusti~a quc haveria em tal demolicäo. Essa classc representa ao mesmo tempo a lradi~äo e o progresso. A tradicäo, porque ela c a elite quc ha scculos vem dirigindo o Pais. 0 progresso, porquc ao longo das gera(öes ela se foi familia.
enriqueccndo com elementos novos, eheios de seiva e dinamismo, oriundos näo poucas vc-
zes das fileiras do opera riado rural. lndubitavelmcnle - c o livro o afirma franca c pormenor izadamente - e.ssa elite tem sofrido a contamina'1äO do espirito neo1>agäo que sopra em todas as camadas sociais do rnunclo contem1>oraneo, e näo ra ramente, por scu mau cxcmplo, tem accntuado a crise nas outras
clas:ses. 0 goslo da vida exageradame11lc luxuosa, rcgalada, muitas vc·zcs at6 dissoluta, o
cheques., deverti.o ser envlados cm nome
tir as propriedades pequenas, islo ~- aquelas
de um dos segulntes Agentes e para o
cm que, extinto o regime do sala,riado, c-ada
gamenle 110s meios agricolas (J>JJ. 22 a 26).
Jos~ de 01.tvclra Andra.de, Calxa Posta\
trabalhador ~ direlarnente dono da terra que
Sem embargo disso, os autorcs afirntäm quc näo C o caso de demolir a classe dos fazcn deiros, que prestou e prcsta insignes servitos ao Pais, c se assinala por valores i negaveis. Aplic.ando, mutnUs mulandis, ä situa~äo brasileira o principio cnunciado por Pio XII cm
Ao comunlcar a mudo.nc.t\ do cndcroto d a AS!lllnantc., dovo--so menclonar tamb6m o ondor~o nntlg o.
sc tleve acabar com as 1>ropriedades gra11dcs,
Vnles J>Ostals, cartas com valor declarado,
re.s:~cuvo endereco: Aronte Gerat -
Dr.
c quit.i com as meclias, para s6 deixar subsis-
333, Campos; A;cnto p(lril OS EAttidos d(I
cultiva.
l\rinns Gcr11l111, P Rrl\nt\., JUo Grande d o S uJ,
De oulro lado, a igualdade täo completa quanto possivcl, quc por csla forma se pro-
Santa CatQl'lna e Säo P a ulo JOS6 LUIS de Freltas CutmarAes Ablas; Rua Castro
Alves, 20, Sttntos, Esta.do de Säo Pa.uto.
curaria •alcaJH;ar, os autores a apontam corno injusta. como antinatural, como contraria a
em todas as oulras camadas da sociedade. Säo eslas as palavras do Ponfificc: "Hoje a salvat:äo deve vir rlaqucles de quem a perversäo teve origem. De si näo C diticil man~ ter no povo a Rcligiäo e costumes sadios, quando as classes altas caminham em· sua diantei ra com o bon, excrnJ)lo c criam condic;öes publicas que näo torncm desmedidamente pesada a formati'io da vida cristä, mas a hu;am irnitavel c docc. Porventura näo C cssa a vossa funtäo, di lctos filhos e filhas, quc pela nobre.za de vossas familias c pelos t arg-os que näo raras vezes ocupais, pertenccis i1:; classes dirigentes? A grande missäo que vos toca, e convosco a näo poucos outros ou ~eja, a de come~ar pela rcforma 011 aperfeicoamento da vicla parficular, em v6s me.smos e cm vossa casa, e de vos c~forc;ardc$, cada um cm scu lugar c de scu l a<lo, por fazcr suri:i1· uma ordem crist.ä na vida publica - näo permite dilacfio ou dcmora ( .. . ) .
Cabc-vos, pois, a gloria de colaborar corn a lu;,. c a atratäo do bom exemplo, que 5.ubn alem de toda mediocridadt, nfio menos do que com as obras, a fim de que aq11elc1s iniciativas e aspira~,;es de bem relil(ioso e social sejam conduzidas a feliz tcrmo" (discurso de
11-1-1943 ao palriciado e il nobreza romana). Sendo täo afim ao espirito da l greja a
e
rcforma agraria sadia, quanto lhe oposta a. "Rcforma Agraria'' socialista c anticristä. como ex1>licar quc a propaganda desta encontre certo eco no Brasil? Nosso ambiente, responde o livro, traba-
lhado ha jä quase dois seculos pelo espirito igualitario da Rcvolui;äo Franccsa e pela influencia do i~ualitarismo $entimental e humanitario inercnte ao social ismo utopico clo se-culo passaclo, tem certa tendcncia a ver na igualdade absol uta a norma $:uprema da jus„ tita. Os autores refut.am essa teruJencia ~ravemente erronca, nas varias form ulac;t.>es em quc cla sc aprcscnta, näo propriamente cm l ivros, mas nas manifestat<jes verbais da vida corrente. E mo~tram como o socialismo marxista ~ muito menos responsavel por eSsa permcabil idade do Brasil ao agro--reformismo rnalsäo, do que o igu:Jli farismo humanitario e
sentimental quc nos vem do passado. Entretanto, o socialismo e o comunismo, cuja meta c a aboliciio da propricdadc e, como tal, a igualdade econornica de todos peranle o Estado, lucram cnormemente com isso, c väo atingindo sub-repticiamentc os seus objetivös
ultimos.
salar iado. Este regime, licito e justo em si mesmo - maxime quando conjugado com a pa rceria r ural pode proporcionar condi„
conscqucnte cxcesso de despe$as, que traz corno corolario a insuficiencia de recursos para a conveniente utilizac;äo da terra e a avareza no remunerar C) trabalhador, a indifercn~a para com o progresso espiritual e material de$te, consti tuem tratos que, em proporc;äo rnaior ou menor, e salva.s sempre as honrosas exce(:öes, estäo disseminados bastante lar-
Assim, o livro chama fortcmcnte a ate.n(,äo para a 11ecessidade de näo se aceitar como norma da reforma agraria o principio de que
;ilocuc;äo ä nobrez.a romana, julgam eles quc C preciso, isto sim, intensificar a in flucnci;i da lgrcja sobre essa classe, näo s6 p.ara que ela se corrija, como para quc empregue sua in~ fluencia natural cm difundir o espirito cristäo
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T
UDO isto mcrcccrä impulsos de colera
iguais aos que os homcns bons c rctos
sentiram com o crime inominavcl da invasäo da Hungria?
Mas, perguntara desconfiado algum leitor do S r. Gustavo Corcäo, depois de haver percorrido os tres arligos de S. Sa., sera mesmo isto que diz o livro "Reforma Agraria Questäo de Consciencia"? Meu caro, rcspondcr-lhe-ia, Bossuct disse que a vcrdade, para scr julgada, s6 pede ser antes ouvida. Leia o l ivro, e o Ieia antc~ de o condcnar e de se cncolerizar conlra
ele. Näo siga o exemplo do Sr. Gustavo Corcao. Mas, pcnsar.i ainda aigu~m, näo ~ plau-
sivel que o conhccido critico tenha formulado acusa~Oes inteiramente väs, contra esse livro. Antes de dar o assunto por definitivamentc julgado, seria prcciso rclembrar os argurnen-
los de $. Sa. e refuta-los. Realmcntc, assim ~- E por es.-;a razäo consagrarei ä analise desses argumcntos mcus
proximos artigos. Nele$ vera eutao o leitor que o Sr. Guslavo Cor(äo lcu äs prcssas, e s6 em partc, o li\•ro "Reforma Agraria -
Questäo de Conscie11cia". Petliram-me o Exmo. Revmo. Sr. D. Gcraldo de Proeuca Sigaud, S. V. D., que o Papa Joiio XX III ele,,ou reccnlemcnte a Arcebispo de Diarnantina, o Exmo. Sr. D. Anto-
nio de Castro Mayer, ßispo de Carnpos, e o economisla Luiz J\1enclonca de Freilas, que aqui regist rassc haverein eles l ido o prcsentc artigo, e estarem solidarios coin o mc$ntO cm
lodos os seus termos.
Plinio Correa de Oliveira
CALICEM DOMINI BIBERVNT 1
1
1
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Fernando Furquim de Almeida
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ECONCU.1/\ DOS (juilhcrmc. O Concim~tador c o Pr111c1pc
Rohcrto, Sfw SimflO aprovcitou a vi:i~em de volle\ : 10 convcnto p;t r~1 ~c cnc-0ntr:1r com Snn to ,\11:,;chno, quc ncclb:wa de scr clcito Al>ndc <10 ßec c mais tardc, feito qu:t$C :·, ror~a Arccbispo <lc Ca11tcrh111·y, sc iinort:il izari;:1 defcndcndo a lihcrdadc da lg-rcja conl ra ns prc„ tcn:::öcs dc:-.cabiclm~ do Rci da lngl atcrra. 0 $ inmncros mosteiros clisse1nin:1do~ r,elo caminho, todos muito fcr vor o:-.o:,;, fo r nm t::imbCm de1norada-
mc11tc vh,itados pclo antigo cavalci-
ro. Est:wa clc cm Saint Oyand, ,,nde o rctivcra o Abadc, nrnr:wilhado por :-. u:1 virl udc, quando chc~arnm c.·:i rtag de Sfio Orcgorio V II pctlintlo-lhc q uc sc pu:--C$$C nov:1111c.nlc n $Cr vic;o da. Santa S<'.-. Pesaroso de i nlcrrompcr 11111 c:onvi \•io quc fozia
tanto hcm a comnnidadc, o Abadc cscondcu as car tas. Ma:-- o Papa, ao ,;ahc1· quc ela:-- tinham ~iclo iutcrccptada~. amc:u;ou lanc;ar o i nfcr<lito ~obrc o mosfciro, e o 1>obrc Prclado teve <lc c ntreg:a„ fas c de sc rcsigu;i r a ver t>artir Säo Simiio.
CONSEGUIU O QUE OS OTIMISTAS MAL OUSAV AM ESPERAR J\s d i fic ultla dcs des..-.a nov:1 missäo cr:un füo scri:1s cruc. apcia r <11, hahilidac.lc clo Santo, t-:--pcrava--~e um um. .. lo~ro. 0~ scnhor('s fcudai~ i talia110~, 11111 a um, tinh~111 rcconhccido n
~uzcrania da Santa Sc. S6 Rohcrto G 11is<.':1rd,
do:--
poutifi<:io. Siio Sim;io cra cnvi ado :t Robcr l o Guisca rd numa $uprc ni:i tc nl ativa 1mm pc)r um p:1radciro a c::::scs dC$11ln11dos : lnlvez o scu prcstigio c l'Cnomc ll:t Cav.ila rin conscg11isscm <lomina r o ci1ra tcr bclicoso c allivu dos 11ormmHlos c a r cpulsa de scu d1cfe a q 11alq11cr sujci\fiO. Mui to tcmpo pa~sou o $;rnto mon• j.!'C entr e cl C$, procura ndo obtcr, :to mcno$, 11111 acor do p<:lo <111al rcnunci;issem iis corrc rias quc t:111to mal cr1t1savam li ltalia. A cörtc lhc c ra complctarncntc hostil . Constituiam-na scnhor~ fcn<lais <1uc :1tC cnläo :-b ti 11ha m sofrido a rn{, i11fl11c11cia dos
dcsrcgramentos de lloberto Guisc;ird. Sim.lo. no cnt.lnto. nf10 :,;e l i mitnva i,s uc~ociac;öcs. Prcgava cm totlas as opor t un idades, c xpon<lo ;-, es....;c$ :,::ucrrciros i ndon,:ivcis os gr:1ndes
itlc:1i:- <la r cforrn.l grcgori:uw. c dc~t:revcndo a vida 111011:,stica c1ue C':\1:w:i rc no vando o fcrvor cl:t Cr i~t:m<ladc. Po m.:o a pouco, :is re$i~tcncia~ f(>l'Hm ,·cdcndo, o a mbicntc fol sc t r:111sfo rn1,-indo. c sc tornou possivcl o quc cm Roma ns mais olimi:,t:1$ IIHII ou~avarn c:=.pcr:1r: uma nlian(·a <los norma ndo~ eom :1 ~fant:t SC, <1ue climinou ns p riucipah; <lificuldadcs nas rcla('.OC:$ mutuas c t r<mxc .:1 Sao GrcJ!Orio VI I um au xilio p rccioso na g ucrra q ue lhc dcdararn o l mpcra-
<h>r flcn ri<111c IV. l~ohcrto G uisc.ird fo1. dcstlc cntäo, um dos. :--11~lcntac11lt):; do P:tp.i: scus homcns C quc l ihcrtaram o $:tnto Pontifice <111::n1<lo
norm:rndos, rc:$isti n n es..,,;c gc r;il i mputso de de~ vot amcnto f1 l g r cja. Lcva \1,-1 unw
Santo Angclo 1>clas tropas imp~riais.
vitl:l de avcnturns c de nada valiam O!'- :.pclos rc pct idos q uc Säo G rego-
Näo foi esse o 11nico fru to d o zclo de Sf10 Sim!io. Sen cxcmp1Q c sua
*
scnhor
riü V II lhe d irig ia, cxortando-o a r cnunciar its 1>il h:t~C11$ c incur~Uc~ <111c cost umava fozcr 110 tcr riforio
cstc sc viu ccrcado uo C:tstc lo de
*
p:1lavra convinccntc l cvarmn sc~~cn1,1 cavalci ros 11orm:,ndos ;·1 tuclo nh:rndon:irc rn c i r en1 povocu o~ mostciros tla rcgifto. J\ transforma<;äo dcsSC."$ homc ns foi tfio r .idic;1I, <111c um cro nista bc11editi110 nf10 pödc clcixa r de admirar csscs rno n[.!cs " 0 11-
trorn ~cmelhantc~ :, lcöcs pelo terro r q uc inspirnvam, a lcoparclos pcla clivcn;idadc de scus crimcs. c q ue se torna r nm lmmildes como o h is.sopo, l)crfum ados corno a mirra c nwis a lvO$ <lo c111e a ncvc".
0
PA PA QUJS O DUQUE NO TRONO, E NÄO NO CLAUSTRO Este nilo
c um falo isolndo. Os
iclcais da Caval aria b r ilhavam c ntlto cm to<la a :--u.:i p urcza c cont rib uinm cficazrncn tc p:1r a :i difusao da vi•
da mo1wslica. Numcro:;;os ravalciros. abras;1dos pclo :unor de Deu:;, ah:w„
do11:1va111 o 1m11Hlo c iam p rocurar m>~ dani-t r o:-- :1 rcalizac:[10 de scus :wscio~ de 8anlitladc. Muito~ dclt!-, como Sao Simiio, voltn 11do dcpois :10
:imigo de 5fio Simf10. pcdiu par a scr admi lido c111 Cluny <lcpois de tcr g:ov c rnado o scu (l uc:ulo, d urantc t rCs ;1nos, como um pcrfeito princii,c catofü.·c,. Contrtt o to11sclho do Pap.1,
o ,\bade, quc cra Sfio Hugo, j ulgou dcvc r ttccit{l-lo. (:: conhccida a :i111iz:idc <1uc 111,ia o P c) 11tificc c o Prclado. li"-S" <livcrgcm:i(l c11t rc cle:,. 110:-vttlcu umn admiravcl ca rta de rc-
pl'ccnsflo amistos;1 de
11111
S<1nto a
out ro Santo, r1a qual o amo r de OC11$, a caricladc fratcrn:i c o 1.\:lo
pcla s:tlva(i tO d:1s almas hrot:un de cada pal:wra: "'Mc u car◊ irmäo, cst rcve Sf10 Ü l'cgorio VII, porquc näo considc rnstcs cm quc perigo c cm <111c dcsol::u;fio sc cn('onl rn n Santa J~ r cj a? Onclc c-s h1o (>s <1uc sc c xpöcm :io pc r igo por cunor d e Jesus C risto, os c111c näo tcmem rcsislir ao imp io c morrc r pc l;i justi\:a ? 0 p:istor c os c..·äcs encarrcg.1dos tlc
~11:ir<lar o rebanho fOl!Clll c a ba ndo• n.un as ovclhas clc Jc$11s C risto i, mcrcC:: dos lobo!-. c <los l adröcs. N,1-
\li11;1, cxi~tc:m mui los bons ~::u:crdo„ fc::. t bons mongc:--; ha mc~mo milita rcs rcmcn(C$: a Deus, ma:-- cm loclo o Oddcntc (; r ar o cn<:ontrar 11111 Prindpc ciuc tcma c amc :i Deus de fodo o t:ora~·!io. Nath1 mai::; vo!=: d i~o. pois. cspc ro d:1 boml:Hlc d ivina q uc a car i<ladc de Jesus Crhito, <1 11c eo:;.. l 111m1 hahif:l r cm vOs, mc v i 11g ue tra11sp,'l.S."-tU1do o \'Os..-.o cor :u;äo c fnzcn tio- vos sen1ir qual (: .1 111 i11ha dor ;10 ver um bom Princip<: arrancculo de. s11:1 Mäc:. t\ unic:1 consol:i(50 (jllC J)OSSO Ci-l)Cr.lr C q uc O scu :m('CS."=iOr nfio scj:1 mau. En fim, :tdvc r t imos Vc.>$.":t F rnternidadc (tut se:j11 m.ti:- 1>rn<lt 11lc ncss;t$ coisas c <111c prcfirn :i todns m:. vil'luclcs. o mnor de Deus c do pro x imc..). E is. o q11c vos tlcv c lcvar, a vbs c VQ$SO~ irmäO$, a mc socorrc r com ora,·C>c.-s, a lim de quc cu merc(a c:uninhar de vir tudc cm virludc c chcg:ar l1 pcrfci(·äo da S<>hcrana t:1rid:idc".
SÄO GREGORIO VII 0 ASSISTIU NO ULTIMO COMBATE
da tcndcs c.lc <111c vos .:icus:u? Rc<·c„ hC$tCs cm Cluny o D u<1nc da Borgonha e c:0111 is...;o dcix.i:;;tcs ccm m it cri~läos ~cm ~ 11a n tif10. Sc os no:-sos <.·onscl ho::-. näo cnco11 1r:1ram cco cm
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Cavalaria. 1-\ ~ im, mongcs c cav.l• lcir o~, ajud,1mlo-~c nmtuamcntc, i rnp rimira111 it lcl.l<I<: N1cdia o c:,rnl cr <1uc ;1tC hojc ;1tl111ir;unos.
v(1s, ~c <lcsprcz:1 is ns. o rd<:n$ da San„ t;1 SC, como 11äo vo:-- .-,fligislcs, ao mc-
vicfa, tonstiluindo um do:; cstcio~ dt1 rerorrna J,!fCj.!Ori:,1n.l. Scntind() .1f) f 0„
110:--, com os gcmido:;; do:;; pobre~. as lagrima~ tl:is viuvas, os. qucixmnes
, Dotado de uma vi~äo mu ito clara do~ intcre:-.sc~ cla l~cligifio, Sfio Grc·~orio V 11 foi por vez<.~s obrigatlo a intcrvir p:ir:1 rdrc:1r esse dcscjo de
dos orfäos. :i dcsola<:~o <1:i l~rcj:i c o tks.tontcut;uncnto dös Sacerdotes. <.dos mongcs? Quc vos diräo Sao ßtr1to c S.:1o G rcgorio, u m mand:111t!O prov:ir um mouge: <lura ntc 111n .:1no, c 0 111 ro <111c nfio $C rcccba um soltfado scnfio d cpois de l l'i':S anos? 0 quc 110s lcw, a fal.lr dcs1c modo C q uc <11H,se n!io sc vCcm ma is bons Principcs. Grac;as ä m iscr icord ia di-
:d 111;1r•sc :1 morlc, pedi u qrn: Säo G rc~orio V 11 viC$$C ouvi„lo cm c..-011fiKtj"10. 0 Pap:i o ;1tcndc11, 111ini:;:t ro11--lhc os ultimo$ S;1t·r:unc11tos c J>cr m,weccu a ~cu l:ido p:1rn :ejm l.\ .. 10 uo dcrr:ulciro comb:1tC'. Säo Si miio mo r rcu 110s br.-(,os de scu s.:rnlo amigo. c po r o rdc m cle:stc foi ~cpult;ulo ent re os P :1p:1s, c m si n:11 do r econhcci 111c 1110 <la l~rcj:1 pclos i11csti111:1• vc:i:. scrvi(:clS q nc 1,rc-star:i [t C rislan~
convivio de Rcu:,; :mligos. companllci„ r o$, c.:om a J)\1lavra c o excmplü afcrvorav:un aiuda mais o espirito dn
unw vicla mais J)('rfc it:t, q11:111do cste, cm born m uito louv:wcl c m s i, :1mc,,c;ava priva r a lgrcj a de. scrvitlo rcs cm postos nos quais clcs cr ;un aind:t 111.1is 111:c(-S..',;1rio::-. Fo i o quc :u:011tcccu quando o 011f111c d :, Borgonha,
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0 a nt ij!O Comle de CrCpy pa~sotr Romn os nltimos n nos d e M1;.
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~:, ·-: ~~:,,, OVA JET VETEllRA
Por que prosperam os antiquarios? Celso da Costa Carvalho Vidigal
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RAN~CREVF:i\rOS o eoo•c nti1mos . rcccntQmc ntc, n cst:, secc:-;,o ( l ), alguns trcchos •lo :lrt,g o quc o a.r<1uitcto uorOO-im,eric.irno F:dw:1.rd f>urelt S t-011~ publicou h:l 11ouco t-Omi,o c m «'l'ho New VorJc Timcs l\lügM:ino». Dovido a l'IU::t hnporhmci:l - i\ vista d e scr .._,-,se nrquitcto o autor cte t>ro• j etos «motle rnos» tmnosos, eo1uo os clo MUscu do Arto l\fodc rn:, do Nova York e do pavilltüo c.tos F!UA ntl .J,;xposi!:'i to do ßrux elas que rc mos :11>rcse nt..itr uos nosSo$ rcitorcs m a is n lgu~ ma.s cit·a ~öcs do mosn.10 t exto.
PAT O QUE OCOf?RE POR TODA PAl?TE «Ccrhunc ntc!, cscrC\'O E. D. Stone, todos ti\'crmn o taue di;,.,er s obt·o a- t rnnsformiu~·.iio c.lol-1 hc los n1m.rt-0.mc ntos clo l'a.rl< Avonuo cm cc.lificioS- clo cseritorios c n vidras:ldos, dnndo a rwe• nid:'L f~ aJ)ttre ncirL d e umrL fcndü n u ma. gcJcfrr1. Obviruncntc, os :111tigos stmbolos do lux o vc ludo \"OrmclJlo, ~s1>e lhos do cristnl, t.:~J'H~<,:n.rias c mo\'Cis clourüdos - uiio 11odc~m scr utili7.ndos e111 tuclo o <1ue so constroi; mn.-;, nüo m enos obvhL~ m c nte, o nmndo do vidro l)hmo o <lo :_ t lmninio quc crcscc sobro n6s c,le ixa. o comom <los mortais 1>rofund:ln1 c:nte ins."\tisfc it:o ( •.. ) . «l>ois J)e rutrtneec 110 corf1('iio do conmm c,fos pessons a ft.SJ)ira('i'u, clo eercar-se de, ol)je tos de boa qunlida.dc, c.le c.lelcit ~u·-se com n, Jln.timL dos movois c.lo mogno do scculo XVUJ, o brilho da prnta :intiga c dos candofobros tlo c ristal. €u1bora r,os_-.funos t~:i,.1;nr r l'~igmtdos ftO es1mt o etula VtY,1, m c,~ nor C.JH <1uc viw: mos, r O\'Olt:u1\0-nos quam.lo tt onc,J:·L rnoc.le a:nist ~L que r nlingir os ol.>jct:-0~ ctuo clccor:üu nosso lnr. E:ssn. rO\'Olbi. so mru1if(:sta. 11:,1 1w-0s11e rit1::tc.lo do milh:trcs ,10 loj:'iS d o nutiguid:«les c cle ouf.ros e~t rll,el oeim entos qut\ ~rn N ov:L \!'orl< v,;ndc m objctos c.lo nrto do 01,oc.:~s 1>retea:itns ( ..• ) . «Scr [t. tun c rro 0U1ar para, o pa„ss:uto"t A arquitctur:l, e .-. d ocor:t~•i\o modc:rnas t Cm accita~äo real n esto J}ais dcsd c h{-. vintc nnos a1>c nns . J"a ..•;:mrcmos pot· cima d e 2.500 anos
dQ cultu.r:\.'! C'tcio que ~ c.hwc rio. tcr cc.rtt\, s hnpntin ptu-a com 1>c.ssoa..,; que n'i\o e.sti'l.o dist1oslas, 1m d ccor:u:lio de seu~ larcs, t~ sc r ostringir iH1uiJo quc sc tornou mocl:\_ h :'t. SOOhmtc clua."I c.tccadas:». <.,•urioso C not.nr (J.uC, eom varh\töcs, loc..'lis, o c1u o J,;. D. S tono aJ)C)11t.u. eo1110 r onomeno norte-amcric :u10 oc-0rre bmbCm 110 ßr:1sH, o J)Od<>--SO sur,or quo oeorrn ig u idmcute cm o utros tHl.i:«}:s. NUo 6 ve.rtl~\dc quo entre n6s prineiJHt,lnlc nt.c ml.s J:;"r::uu.l es citl:'ic.lcs, ondo <:m gernl h:'i. !orb.rna.s 111::iioros c gosto nn1is :\I)u1·:hlo - 6 gr;\.n do o sempre c resccnt-c o num~r-o <lc. loj:a.s quo so dedic:uu i\. \'(nu,1:, d e. flntig uid::uh.;.s. s cm (:dar n:t."' fi1brlca.s: (10 {(Objct-0s !Jntigo~» Y l•: OU}SlltO (:ntrc llCl'ISOas (JUC cs col.hcrmu um cstilo <.lito moc.lcrno, qui~{., OU$t\dO, [l:\ra ,, cont-t ru~i\o do s1.m. rcsiclcn ci:), uii.c, 6 i-:-u-o c ucont:rar o gosto po•· eois..-.s nn1i(;1tS, ns quais chcgam J>or \'C".r. es ntf n i,redomin:tr tu\. clccorr,<"ÜO internn. da c..1 sa. Por outro l.ndo, niio so u _ ota. no Rio d o Janeiro e onm <"rU Stlo Paulo, cm necifo eomo om SnJvador. f c nomc,no senu!lhante itquclc, quo o nrquite lo <Q'ftnl<ec~)) dt:CSCt'(WO com r c la~-iio it Pari.: A\'Cnt,U! ? l\fnng(jc:-.~ o 1,nl:,cetes, t\O longo d o ruus iul'c iras, vi\o s endo <lcmolidos r,nr:\. cl:\.r lugnr ft. edificios t1cwos, d e vidtO o nlumiuio, ou d o outros matcrh\is moclc rno~, npliendos cm forums inc x1>rcssivas ou c.xtrn.va gantc..~.
TEIMOS!i SOßRE VIVENCl li O <tut-: so \'Crificu , c.lc urn 111octo ge ral, 6 <1u<:, cnquanto a Ue volu('.:°io c.lomina. 1>rntica.me n te n n.r<Jniteturn hoc'lie rnrtl nr, dc~eor:tfl'io 1>c rsistc n1 d ct'.Crn,inados a.s11cctos eontra-rcvol ucion1Lrios quc} t, J>rirnc ira. vi.s l'n. d c.sconccrt..un os obSCJ'WtdorC!s, Como oxr,lic:w, de f:\t-0, a toimosa. sobrcvivcncia. dcss:, :1fcic,:lfo de hrntos homc n.s ,lo bom-gosto 1•e lo nlobilfo_rio o out.tos clcm c n -tos d e :_tdorno do e,' \ractcristit,a.s t,radicioonis? E is.<1:0 cm ouoSi<:.äo a 11odcwosas corrc n,t<-,s nrtis licas intcrrrncionai$, quo fc,m t-nt:)111 :t completn. ndnr,fatllo (1(:. to<los :ts uov:,s 1·cg r:,s cst c -
ticns quo c hu; j:i. c;on!>.Cguir:uu h11pl:mhlr h\ r1:_."'n m Cnte entre o:,, urquitc.tos. t<;sses c lcmcn tos consorvadoro.~ <1ue so notam nn. clceora,t -Uo contcmJloranca. so cxplionm,, t :.1lve1., pi::la, rcatüo indintiva. 110 eor:u:.äo o do 0." tlirito htmhmo. 0$ <1uais ni'io :-:c conformam intcirarncnlc~ :\s «novris r<:gn\s» o :-:c nt<:m, ~,o m e nos no r ce<',SSO cto tru-, umn. nostolgin, do ambienb:~ cle in1im.idt\c.le, do paz e do clecoro ,,uo fal ta. i\..~ cxt t·avng :1neias c.lo sahor t o t:ditario c: eoteth•ist a co11str11id:\$ pc•la :-irquit:cturn modc\rn:1, cm nos_;;;:,.s rumo.
UMA Cl?I TIC/i FACII~ DE f?EPUTAR Ch cgou :\o nosso eonhecimc~nto <1110 ecrto arquitcto criti• oou o foto do virmos cserovc ndo nrt·igos :;.obrc. sua. OSpctialitlad~ se m S4}rmos diplomado cm :'1rC"1uit~tur:1. J(1,, t ivc mos OC.flsii\o do moi;t-rar e omo muitos :u·q11ih;1t-0s co11te m1-.or:111cos Jlr-O• eurnm eonvencer o 1>ublico de} quc nonhu.m <de igo» J)o<lo dar :-.'llt, OilbüUo
om nu,t:erh\ do nrquitetm•tt: nilo csl-r~ulh:unos 1H:,rt:\11to essa cr-itic.:i,. l<! 6 facil re fut:i-Ja. Cl::uo c...;t:", c1uo näo prct eudc rnos neg:'tl· :\ mnior com1let<.-neia, clos a_rquit-elos no C)UC s o i·c( or o :,1os f>rolJle mas tecnicos ein i,rquit'<ltUl"::t. I\J'n.s. il...-. c:'ls:1..-., os 1>rcc.1ios, ~i.-. const.ru\'ÖCS cm gcr::i1, se t1.1.Zem t):'tr:l, s ercm utiliz.t\d:l..~ 1>elos homc ns. C:W(~ :.1 <'.St.es. JJOis , d~cl:n-:\r i;o tal ou taJ obra nrquitc t'onica. a tcndc ils strns convc•.uie ucias . Assim, <111alquc r H$U:lrio do um cdifieio - o niio se 11c~arii c1uo o i:iutor· dest:a..:; linh:\s t:l mb6 m o 6 - t cm o diroito do ttfirm:\.r que o m cs,no C, ou n:io C, he lo. dccoroso ou funcional. IS."'10 J>Or<Juo o uso clo um objeto fa,7, conhcecr ,.,u:LS (Ju:did:u los e scus d cf citos. ,:. qmdquc r pcsSoi\. ,loht d:, c.le m cdi::u10 scnso oritieo 6 c afHlZ d e jUISt-)r so. d eter111i11üclo ohje to, d o cluo c la, so 1.1tili;,,a, sntisfü;,. :.\OS scus :uu;eios de or<h:m cstet ic:1, e:.pirihml ou n1:1tcri:I.J. (1 ) • U1.• i, ü 1\ om :-.rctultl't (I mode rno», •C:1tolle h; mo • , 11.'° 120, de dc7.em b ro da JOGO.
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CONTINUA A MOVER-SE NAS ALGO QUE ASPIRA A VOLTAR AC luta entre a Revolu~äo e a Contra• Revo!u~äo se estä desenvolvendo, na lnglate1·ra, em un1 plano parlicularmente interessante.
A
Se bem que csscncialmente pi-otestante, a igreja anglicana se caracterjzou dcsde
seus primordios no seculo XV( por uma tendencia a c-onstituir um como que meiotermo entre o protestantismo e a Religiäo Catolica. Assim, negando embora a au• toridade <!o Papa, muitos de seus membros atribuem ao Bispo de Roma um primado honorifico, e, alem de professar a.1guns dos artigos de Fe negados pelas den'lais se.itas protestantes, ela conserva uma
liturgia muito semelhante a catolica.
* C:0»10 sempre aconu1ce quando se 1>rocura ficar a nieio-t enno entre a Revollu;ao e a Tgrej11, o angl'icanisino, em. r(tziio da 1Yl'O'))ria situatäo "intenned-iari<i", foi -<<mivre diwcera<lo ·pela atrar;äo dos clois votos O'))ostos. De 1tni lado, tmn faltado ein suas fileiras e1ementos t endente." lt vo1ta lt itnidade ro,nan<i; ao mesnio tenivo, outros ha que manifestcnn 11rq1enscio para as {o,'1nas 1nais igualitari<1s e extremadas do 1n·otestantis1no, e (lle mcsmo vara 1t1n si?n1>le.s e vago deis1110, de seiitido vanteista. Se !Jein qu,e ao longo dos seculos essas tendencias tenha1n m1ulado 111uito de 1nat·iz, aindc, hoje vode-se dizer que elcs constitueni as linhas de for<;<• c.~senr:iais, e oposta~, ein que sc d·i'l1icle <t i[1reja cmr1 licana.
,wo
Ale aqui, o equilibro entre essas linhas de for~a era mantido artificialmente, e contra toda coerencia, pela Coroa brita• nica, considerada 1neoos nas tendencias pessoais dos sucessivos ntonarcas que a tCm cingido, do que como institui~äo. A chefia da igreja an,g licana cabe ao soberano. Este, com todo o ascendente temporal que lhe vinha näo sö da dignidade regia como do poderio n1undial da In• glaterra, ao mesmo tcnlpo quc se opunha
por interesse proprio a restituir ao Papa a supremacia espiritual que a realeza hä secu1os usurpara no pais, criava en, consequencja do proprio an1bicnte monarquico,
un1 clima pouco propicio a toda forma de igualitarismo, inclusive portanto o igualitarisn10 re!igioso da ala esquerda anglicana. Acontece, porem, que a estabilidade desta situa~o vem sendo coinprometida pela propria Revolu~iio.
* C:0111 efeito, o ,))apel da monarquia
britanica de ha 1111tito se t01'11ou so!Jretudo r e1>resentativo. E, ,naxime depois da segunda. guerra m1tndial, os habitos e a 1nentalidade inglesa, ein virt11de dos 1>rogressos da Re11ol1u;;tio, se 1xm1 de tal rnaneira tornando alheios <10 avarato ,nonarqitico, qiw este 1tltimo 1,-ai vei-clendo o carater de 1tma t radi9äo afi,n. coni o 7)rc..~ente 11ara ass1tn1ir o a,<;'J>ecto de 1tm a1u1cronis1no de interesse quase arqueologico e htristico. Tsto, apesar da afiio vessoal de unia joveni soberana que e 1tma verdadeira 01Jra-7>ri?na de nobreza tradicional e sadia "hodierni<lade" ( e,n1)rega,nos a 1>ala,in-a " lwdiei·nida<le" varci evitar "1noden1idade", vois esta - ein n11titos ambientes - soa como sinonirno de filo-r evolucional'iO). De out:ro lado, o 11oderio col011ial da l ngUiterra c..~ta em dec01n71osir;äo. E dent.ro da J)r0711-ia "C01nn1onwealth" al.giimas nagöes ja v äo repudiando a fonna 1nonarq1iica de gove,·n.o. Assim, a Tndia ja. ha al.guns anos e u1na revul!lica, e et antiga Costa do 01t1·0, hoje Ghana, e»i
vlebiscito, 11otou lant/J(,,"•m. 7)(,/(;c aboli<;iio da 1no11arqui11. I sto t1ulo 11ai contribwindo vara. e11f1·aq11ecm· a coroa e, 1>or via de co11seq11.encia, 71arct tornar 1n·ccaria a estab'ilidcule desta contrad·ir;,io •17iva eine 6 a ·igrejct oficial du Ingücternc.
Essas considera~oes auxiliam a explicar que ambas as tendencias, isto e, a "ca• tolicizante" e a protestante radical, väo se afirmando cada vcz mais nas fileiras dessa igreja, e criando nclas uma atmosfera de descontentamento e quase diriamos de tu-
multo, quc culminou com o fato bastante insolito, da demissäo do Dr. Geoffrey Fisher, arcebispo anglicano de Canterbury. No sentido "catolicizante" teve muita
significa~äo a visita que a mais alta personalidacle eclesiastica anglicana fez ao Papa Joäo XXIII. 0 significado dcsta visita foi atenuado pelo fato de que o Dr. Fisher visitou tambem o arcebispo cismatico de Atenas. Näo obstante, ela irritou de tal maneira a t endencia radical protestante do anglica• nismo, ji\ exacerbada por outras circu.ns• tancias, que dai nasceram polemicas as quais o velho prin1az näo quis suportar. Mas a demissäo desse "gentleman" eclesiastico näo paralisou, nas fi.leiras anglica• nas, o movimento de simpatia para com a lgreja Catolica. A proxima visita da Rainha da lnglaterra ao P apa c um aconteci• mento que deve ser encarado com viva sin1patia, pois afirn1arä que continua a mover-se nas entranhas do anglicanismo algo que aspira a voltar ao unico 1·edil do unico Pastor.
Entretant:o, de seit lado, a Revol·rct;iio tanwein consegui.i i •u.nia vitoria. 0 novo catecisino da igreja ofici<tl det I nglaterra., 7,ew. 1,ri?11<,>i,rc1 ·vez na historia, dcixa de nienciona1· ein t 9111 o d<,"lnonio. 0 lil1eral-isino se1n1n·e in11)l-ico1i. coni <• cren9n no anjo clecoi<lO. Para ele o nucl n<io e--i;fate, todas as criatu,·as sao boas, toda venCI, 6 ant-ivatica. Pode-se calc1ücr q11anto Ui.e 6 in{e11sa a ideia. de 1t1n inferno 7>ovoado de seres total1nente iniinigos de De1tS, al>solutanutnte mal.eficos e condeiuulos a 111na ·i n[elicida<le co1n11leta e scni fiin. Adeinais, o evolucio1l'is1no, que 6 •uin dos aspcctos ,nais niode1-11os da Re1JOl:1i,vao, niio vocle a<l1nitir e.~trt fonnc1 acentiwda de fix isnio, que et 7>en1wn&n• cia na clor, 11a hedio11dez e no 111al, de cr·iat1tras que n1tnca, jama·is, q11alq1uw evol11.gcio tirara dcste e.stado. Este gol11e desferido contra. a. crenfa no de1nonio 1uio e 1,or certo 1t1n. gol1xi no denionio. Pois, 71rincive <las trevas c vai da 1ne11tira, ele teni todo o enipenho ein ocuZta1· qu,e existe, 1)ara a 1nassa. dos ho1nens. As~iin como a. I greja tein toc:w o en17>enho e,n ei1silwr qne ele e:,;iste. Ensinando-o, a Igreja co,nl>ate as t1·evas do infe>~io. Oni:itinclo-o, o anglican·is1no as f avorece.
e
Muito significativo do csp1r1to revolu• cionario e quc ao mcsmo tcmpo saiu da• quele catccismo a palavra "castidade". E.xplicou o arcebispo protestante de Bradford que os jovens de hoje "näo conhecem bem o termo e poderia o mesrno representar uma fonte de mal-entendidos". lsto e, em vez de ensinar o sentido desta palavra, prefere-se oculta-la. Depois de renunciar ä palavra, ficarä mais facil .-enunciar ä propl'ia coisa.
Para isto, deu um passo avantajado o bispo anglicano de Woolwich, ao tomar a d efesa da novela imoral, "O amante de Lady Chatterley", diante de um juri escandalizado, que deveria decidir se essa obra continuaria proibida pela policia. Ern consequencia das palavras do prelado de Woolwich, os jurados permitiram a di fusäo do livro e a editora lan~ou imediatamente no Re ino Unido uma enorme edi~äo da censurave! novela. Por ai se ve a que tendencias profundas corresponde a aboli~äo das palavras "diabo" e. "castidade" no catecismo anglicano.
* ß1erece ser <:011:siynado com. trist.c•z<, que o Prc.~idente l(ennedtJ, dan<lo interpretar;<io no·vci c't consl'it1tir;äo do.s EUA. f ez <leclara9öes cont-rarias (t aclj'ud-icar;äo de siw-vm1<;öe.s f ede,·ais ao.~ estabeleci1nentos ite ensi.no ,nantidos vor oryaniz11r;öes religiosas, seja ([ll(tl for o cr edo del.<!s. 0 7>rin1eiro Prcsideii te catolico do:s EUA to11u1 assi1n a iniciativ(t de r eforr;ar o neutralismo r eli gioso norte-americano . fazendo-o 1·ec11ar da 7>011i<;cio em .,·i 1nesma ja errada - <le u1na igual si?n'/latia 'f)O'I' todas as r cligiöes, 7><1ra 1111111 1)0Sir;äo aincla vior, ou, seja, vcira a i,ncl·if ereru;;a ofici.al eni r elatäo a. todas elas. 4 111ciis 1tn1 1x1sso que se M neste ca1ninho, e t er-se-a chega<lo ü 1,osir,;iio sov iet-ica de i,J11C1l hostHiill«te r>rrrc, con1 toäa e qualque r r eUgiäo.
* Näo cremos que o Presidente Kennedy seja comunista. Seria isto ate um disparate. Mas, a obra-prima da RevoJu~äo consistc precisamente e,n fazer caminhar frequentemente o rnundo para as metas dela, por meio de hon1ens que a ignoram, ou que pensan, ate combatc-la. Compreende-se que, segundo noticiou o "New York Times", nvma reuniäo de que participaram os cinco Cardeais e mais de dez Bispos norle-americanos sc haja delineado um plano de campanha contra o fato de que, daqui po1· diante, sö as escolas laicas receberäo auxilio federal.
*
Sobretudo, a decisäo do Presidente faz pensar na declara~äo do sociologo "yan!<ce" P. Sol"okin, feita ha n1eses nun, congresso de sociologia realizado no Mexico, de que, por e tapas, väo desapare~ cendo as diferen~as entre os EUA e a URSS ( cf. " O Estado de Säo P aulo" de 7-IX-60). E a marcha gradual e pacifica, e geraln,ente täo despercebida, da Revolu~äo.
* T eil e a forr;a <le desagregcu;äo quc mn111ia do doloroso f m1omei10 clunnado "esqu,erdis1no ccitolico" , q1te 110 1>r0111-io e.,;ei·cito (la, Fra11i;<t V<-'111 ele 11rod11zindo v i·vas 7>reoc1t7>a9öes. Assi1n, o 1ut1ncro de janciro da "Rcv1te Militaire d'lnformation", 1rublicada sob o vatrocinio <lo D'linisterio da Guen·(c frances, a1,arece1i 1tm longo estudo do Si·. Bra11ch<un11 so!Jre ci mater·ia. Ncsse est11do, a cujo autor falt'a eni alguns vontos o necessar-io e,if1·onha1nento 1w assunto ( ele c011{1c.nde com 1nani.{esta9öes do esq1tm·disn10 catolico fcctos que ncio inereceni cens1tra e deco,-rein <le outrc,s infl11,e11cias) , {ica. 1!Clrticula1m,e11te posta <,'?n e~idencia a winentavel co<n>erar;iio que, co,n coloriclo catolico, r ecebe na Franfa c ate no exm·cito franc&s a deinagogi.a coniunista.
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l) hc-r('sla, VOite ;\
0 ex-nnmstro da Justi~a, Sr. Adroal• do Mesquita da Costa, publicou no "Correio do Povo", de Porto Alegre, um lucido comentario sobre o opusculo "II est moins cinq" de Suzanne Labin (Editions Berge.r-Levrault, Paris). Nesse artigo o Sr. Adroaldo Mesquita da Costa cita, no tocante a infiltra~o comunista nos am• bicntcs religiosos, cato!icos, protestantes ou outros, o seguinte topico do livro: "Ern Fran~a, cerca de 50% dos orgäos da int• prensa catolica, cujo hebdornadario de maior tira.g em e o T Cn1oignagc Chr6tien, tornaram-se veiculos das teses filo-sovieticas ( . • . ) • Ern 1955 um cx-n1embro do secretariado do Partido Co1nunista Frances, Albert Vassart, revelou que, em 1936, Moscou deu ordern para que membros de confian!,a e bem selecionados das J uven• tudes Con1unistas ingressassen1 nos se1ni. ( . . . )". nar,os Evidentemente, nos meios protestan• tes a resistencia a tais infiltra~oes e menor. Assim, info rma a Sra. Suzanne Labin, "nos EUA o primeiro grande manifesto en1 favor do .-econhecin1ento do governo co1nu• nista de Pequim partiu da Associa~äo das lgrejas protestantes, que agrupa oito mil 1>astores e trinta milhoes de fieis". Esta Associa~äo emprega "nun1e.rosos auxiliares que organizaran,, para seus adeptos, diver• sas viagens a Moscou e a P equim".
* 0 niesino vrob/,<,>rna se ref leti1i r ece11r te1nente na verdcrdeira. tenivestade que s011roit nas ffleiras den1ocratas-cristiis italianas a provosito das cluimadas " com1t• ncs dificcis" . 'i'l'atava-se ein ~-u.1nct de
FILEIRAS DO ANGLICANISMO ) UNICO REDIL DO UNICO PASTOR bc1se mn 11rincipios ca.t olicos, 11ossc1 algu.eni sent-ii·-se mais ci ·1;ontacle ao lado dos -rnarxi~t(IS do que ao lado dos 1nonarq11,i.~tas.
..J
•
A valorosa revista "Avanzar" de ' Madrid, orgäo <la Obra de Coopera~ao Paroquial de Cristo Rei, publicou ha pouco uma nota sobre a persegui~äo religiosa que se vai desencadeando no Camerun. Narra a revisla que naquele novel Estado se generalizou um movimento de terroris,no a maneira dos mnu~1na u de Kenia. Supunba-se a principio que esse mo• vimento visasse as autoridades coloniais francesas. Assim, esperava~se que com a proclama~äo da independencia do Camerun, ocorrida a 1.0 de janeiro de 1960, os atos de violencia cessassem em pouco tempo. Sucedeu precisamente o contrario. Com a retirada dos franceses, os bandos terroristas se desenvolveram, chegando a contar com vintc ou trinta mit membros, os quais dominam amplas regioes e varias cidades <lo pais. A hostilidade desses bandidos conlra as n,issöes catolicas e terrivel. Entreve-se o momento em que os catolicos do Camerun passaräo a formar parte da lgreja do Silencio.
* N(ld(t disto foi 1111bUcado nc~n, m11ito
(' de Edlnl)m-;~o. <·e,·r1HI0:-1 a>or· II Al):1dl:1 d~ \V('Slmln:-.tc-r. (l\lt• :-:r,o v:-: m:,ls :11,tl~os d<• :cn~• t111l<·:1 d o 1<ila t u 'HtO poll•
r d<•l r!,s •lo:::sa ttJ>:U'<'ntc ()l"dem rlse 1u·ofl.m<tn. f•uJo crestcdH.)
do::: :u::ontcelmentos:
ulo.
1-el l~losos.
As m1'f!nllkns tnullc~cs
110 tcm110 d;) 1 n}!lnterrn <'n.to• :t,so :\(luc1fl n!1<:!lo. nhJur:mdo
.1nlll:u1c ,1,, lt,rcJr,.
nienos, cleplorculo v el<,s agencia.~ noticiosas a servi90 da Revol1l{:<'io. Pelo contrario, estas 1;iti11u1s forani SC']ntltadas coni a 1nai.s co1n71/.eta i.gnorcinc-ia cla. 01)iniäo 1niindi(ll. Eni co11171ara9iio, que 1n·anto ·u niversal veu, nu>rl:e de LA1m1t1nb<1! Que vartici11a9cio 1u, dor d.as tres 11iwvas que ele äeb;oit (1t1na C(tlolica, ontr(i 11rotestante, 01ttrn 1>ar1ii.)! Dir-se-ia que todos os senU111entos cle comvaixcio de que o corar;cio h1i,nano ca1x1z ser-iain ins11ficicntes 11ara choral' et v ercla do deininrgo congoles. E l>ein as.~ini a R&1;ohu;cio, qu.e se l>?asona de. ·iin1)((rc-ial e ,u, reaU<lade s6 t eni enti·anhas de 1>icd(lde 11ara .~eus pro·111·ios fillws . ..
e
.,aber sc, parr, p1·ovc1· ao anda1nento da cut,ninistr cir;cio ein certos ,,u1nici1>ios em. que n D mnocraci<i Ci·istci ncio a/canqar« " 11iaio1·ici s11ficicnte, ·"eria licito a esto aceitar o a1>oio de cleinentos do social.is1110 e.1;tre1nista de1w111inad-O "1,e,1.n iano". A qu,estäo tomava es11ecial ac1tidaclc na hi11otesc de o PDC dever esco/Jier entre o a11oi.o dos 11artidarios de N enni, genu·i nos cointtnistas, dissidentes de 1'11osco1i ( c,mi qu.e ,necl-icla serci. cu1tent·ica essc1 dis,;idencia?) , e o da direita fonnada vor ?1Wnarq11istas 011 fasc-istas. Por cima. clo 71robleina acl1ninist1·ativo e loccii, a1>co·ecirr 111na que.~tc'io (J1te ncio se ident-i.ficava intei.rainente com. ele, e que a. da "apertnra a sinistra.". Ent1·e o co1n1'nis1no e ccrtos 11artidos q1w, bons 0t1. 11u1us, näo s(io co11111nistas, o qu.e escolher ? 0 es1>antoso e quc 1t1n / orte se/01· da DC, nos debates que (t esse 1n·o71osit:o se ti·ava1·an1, ,nanifeston a conv-ic9äo de q iic seria. mclho1· a:7>0ia1· o co111·u niw10. " Esvantoso", (z.izenw-lo co,n o ?Mior de.~ernllaraqo. 0 autor de.~tas Zinhas, eit· frentando criticas e 07>osi~6es das nwis desagrada:veis, se afinnon no anti{lo ::;e111ana1·io " L e9io11ario", de Sao Pau,lo, coino 111n dos mais categoricos batalhadoi·e.~ contn1 o nazisino e a fasci1~1no ,ws f i.leir(1.s catolico.~. J>or isto, vodc ele di.zer, sen1 o 1nini?1W i ·eceio de ser SIIS?Jeitado de f ascista., que 1n·cf er ir ne.~tes dic1s o c011n1nis,110 ao f cisc-is1110 e o 1nesmo que 1n•1>,f erir 11nu1 ·t1w erciilose r1cllo7)((.nte a 1ii,1a /orte gri.11e. Qua11to ii 11wna1·qwia, se a I gre;a, q1w condena coin t odc1s as vm·c1s o comuni~no, niio tern 011os·i9(10 a. fazer ii 1·ealeza, e <U.fieil c01111>reender como, con1
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Ao n,esmo tempo, passou inteiramente despercebido da opiniäo n1undial um artigo impressionante <lo Sr. Vero Roberti, publ icado no conceituadissimo diario "Cor1·iere della Sera", de Miläo, no dia 15 de fevereiro p. p. Sem tomar con10 verdade de fe tudo quanto diz o jornalista, e prcciso reconhecer que seu estudo apresenla qualidades de seriedade e objetividade q ue estariam a exigir pclo n1enos um largo inquerito para apurar suas asser~öes. Sustenta, com efeito, o Sr. Roberti que, diante de qualquer tribunal, seria facil aos dirigentes de Katanga provar a sujei~äo d e Lumumba a os agentes diplomaticos tcheco-eslovacos e sovieticos que ope,·am no Congo. 0 assassinio do lider negro näo era pois do intercsse do governo de Moises T shombe. Sobre a personalidade de Lumumba, o artigo faz afirma9öes dignas de nota. Eie so falaria em publico sob a a~ao de drogas estimulantes, o que explicaria a fulminante vitalidade que apresentava nessas ocasioes. Na realidade, teria uma personalidade debil, julgulada por seus "luga• res-tenentes" Gizenka e Kashamura, agitadores for,nados ein P1·aga e postos a servi~o de Moscou. A cari-eira de Lumun1ba ter-se-ia iniciado com um desfa)que de 126.000 francos congolescs, em julho de 1957, quando ele era empregado nos correios de Stanleyville.
e
Co,no nal1trcil, nii.o convchn ci Re11olutäo abrir disc-u.sscio sol>re este.~ 11011tos, 71ois assi.1n lhe {icaria nutito cli fic il tra11sfonnar, 11or n1eio de larga vro11ar1anda, esse se11 agente mn ülolo. Com tudo isto consegue ela r eslrinair si.ng1tl<t1'111ente o cainvo de v i11cio da opinicio 1>111Jlica a resveito dos 1»·oble11u1s af,-icanos. Dir-se-ia qu.e e..~tes se r eci'lize,n ci luto contrc, o coton'ic1lisnio. Pon111i l:i fa<:il 1>erceber q11e o anticolonialisn10 t raz coimi ao, vor v ia. de conexöes fort-uit(ls mas •1Ji{Jorosas, niu-ita:;; outras ques/:öes, conio a da perntc¾tlril idtule cl<1s antigas colonias it influencia co,nnnista, e a re..~s11rrei9cio de ·111n 11aganiS1no agre.ssivo (< exacerbaclo, nuni CO?t'l'inente ond.e a cir;cio missionaria da Igi·eja conwr;-,ci a11e11as a deitar r aizes. Sej1i clito isto ein fnnr;cio clo r,ro1>le1na da einanci7Jar;cio dos terrilo1•ios 11lt 1·anuirinos de Portu,r1aZ. E n11tito facil dc>,11en111e11har um 11a11eZ sim7>atico aos olhos da inullidcio, 11Zeite11ndo a i ndey1,,nd1..'?1cia 11arct essCts r egiöes. 'I'odav ia, a questcio näo 11ode sm· t1·atadet coino se ncio e,1,•i.~tisse o risco grave de que tod.a a A/1-ica 1>ort'ltgue11a, entregne a si mesma, v enha <t sc1· ol>jeto da memna f ennentc1<;cio q11e constitwi. ci dR.sgra(x1 do Congo e do Ca11ierun . ..
Hii tempo, vozes das n,nis autorizadas se tC:n1 feito ouvir relativan1ente ao perigo da infiltra~äo comunista na America Latina. Entre outras n1erece ser lembrada a do Emmo. Cardeal Caggiano, Arcebispo de Buenos Aires, que afirmou em fins do ano passado que "atc em colegios religiosos" se fazia sentir esse perigo. De um quadrante be,n diverso, mas que cabe mencionar nesta materia porque habitual1nente bem iitformado do que ocorre em todo o rnundo, veio tarnbCnt, em setembro do ano findo, um brado de ala1·me. Segundo revelou o "Boletim", publica<;äo oficial do go verno de Bonn, a reuniao de diplo1natas alemäes acreditados junto aos paises ibero„arnericanos, q-ue se realizou no Rio, em setembro, sob a presidencia do respectivo m inisb·o do Exterior, Sr. von B1·entano, teve por tema p1·incipa] " o perigo da infiltra~äo comunista na America Latina". Con,entou aquela autorizada publica9äo que " o centro de gravidade da infiltra!iäO do bloco oriental se acha situado, nestes ultimos anos, no Oriente Medio. Depois passou tambem para a Africa, mas, ao mesmo ten,po, o Cremlin havia decid ido coloca.r a America Latina em uma terceira posi~ o".
* Seis 1neses depois,
11rocedencia. dessas avreensoes se r e11el.a coni cl.ar eza. solar. . . Assi.in, ein ttm 7J(lfs i1'll1äo de ind·isc-utivel influencfri na Anierica lu.~oesvanhola, a C'olo,nllia, o sencidor Liva1·do Os1>ina. deituncio1t qu.e atraoos do r ·i o Atrato, v ei·to da fronteira clo Panan16., e vor mcio de aero1>0rtos cl.andestinos, te1n saido do 7>ais agitadores co11i11nistas q-1w se adesti·Ctm em Cuba, na. Chiiu:t PoJntl<II' e na U RSS, 11ara de7>ois voltar "a fi.m de c-111n11rir su(1s i nsti•1l{:öes". 0 i nesmo senador a11onto1t infilt:ra<;öes no exercito c no se1-vi90 secreto colonibianos. Disse ele r1ne na r egiäo de S1im1)(1z teni s-ido encontrados (lrlltainentos su17rreei1de11tes, coino fu,sis, metralluuloras e ate 11equenos can höes. Em seiitid-0 analogo, dirigmites de associ((Qoes econoniicas e 1·etn·esei1tan.tes de sindicatos 011erari.os den11nciaran1 ao Pre.~ideii te L leras C(t?n<tr{JO ci 9e1w raliza9(io cle 1iin amhiei1te de desassossego no
7)((/s e 1111ut 0?1cla de cri:111es no cc11n710, "que obetlece111 a 11l<1nos sinistros, calc-ukulos, e.'l:et)11tados fielinente e desti11ados ( . . . ) a. sernear o te?Tor e a (lnrtr qu,ia,n. Coin 'IJista a n6s, ln·w,ileiros: sera s6 na Colo?nb'ic1 que os agiladore., 111<11':t'ista.~ 1n·etendem entr ar? Considera,no.~ co,n si.1117>atia a. inicic1ti1;(i dos co111erc iantes de Gofr,nia que, var<i n1an·i fe.~tar su<i re,nrlsa c1os 1netodos de I(1•1u;hev, c.~vecialmentc smi fa,noso gesto c/e ürar o .~avato na ONU, lhe e.~täo envianclo .~c11>ntos s6 11ara o 11e . .. e.~quenlo!
* A Revolu~o declama tanto contra o luxo. Näo porem quando ele e usado em sentido revolucionario. Assi1n, näo parece terem suscitado a merecida estranheza os gastos excepcionais realizados co1n o principal baile carnavalesco do Teatro Municipal do Rio. A revista "O Cruzeiro" da informasoes acerca do assunto. Uma das fantasias foi segurada em 5 milhoes de cruzeiros. 0 primeiro premio de originalidade feminina foi atribuido a uma vestimenta com quarenta quilos de plumas e pedrarias, que custou 700 mil cruzciros. 0 segundo premio coube a uma fantasia com uma capa de nylon e duzentas plumas, cujo pre~o foi de 200 mil cruzeiros. Outra custou 700 mil cruzeio·os e levou dez metros de veludo. A fantasia do segundo premio de luxo feminino custou 900 mil cruzeiros. Conforme noticiaram os jornais, a frisa presidencial nao tendo sido ocupada, foi vendida por 500 mil cruzeiros. A nosso ver, constitui isso luxo no pior sentido da palavra. Mas contra isso ninguem fala .. .
N os., o ßra, il te>n coi.,as notaveis. No "Diario da J11..,ti9ci" de .Säo P(lulo, edir;<io de 2 1 lie feuereiro 11. 1•.. lemos q1w o Dr. Antonio Carlos A l ve,; Braga, Jttiz de Direito cm Cam1>ina.~, "consideraiulo t er chegado ao seit co11heci?nm1to que tabeliüe.., da c01na1·cci vent lavrando mn mu,., nota8 o., cha1nc11/.b11 casarnentos por cont.rato, ([11er .~ol) a form.a de sociedcules 1t11iver.saiö . quer .soll a f or1nc1 de c01n·tt• nluio 011 locor;ao de ser-vi9oi;, mn qne 11,n hoinein « ·,11na ntulhe;- ( . .. ) se oln'iac11n a v-i.11er ;unt()~ e eni comnni", tmnou eiiergica.s ,,iecl'id<1~ 1Xll'(t coibir o abuso. /i'eUcitainos o inagistrado 11elrr ~'1ta cle cis<io. Ato::; ilegais c01,w e.~te, se n<lo scio 11unido/;, väo h<rbit·uanclo o Pais a näo to111ar na ,nenor cont<1 o casaniento, e 11ortanto tccmlJein niio a faniiUa. ß1a-is u1n inodo de d<~slizcff lei1tci111ente 1Xll'a o comttn'is1110 . ..
et
* Ao cabo da leitura destas notas, dira eventualn,ente alguem que quase so tratamos de problemas g raves e que preocupam anuito. "Catolicismo" nä.o prctende ser uma revista de an,en.idades. Ao selecionarmos nossos assuntos, len1bramo-nos sempre de un1a afirma<;äo de Pio XI. Dizia o pranteado Pontifice que nao gostava de pessoas que ocupam seu tempo falando do que vai bem. Pelo contrario, entendia que os hon1ens serios sO tratam do que vai mal. Quanto ao que vai bem, nao ha que cogitar, pois que anda por si. Esse pensamento näo se referia ao jornalismo. Poren, cle se aplica em algu1na medida, maxime em epoca conturbada, tambem as folhas catolicas.
P. C. 0.
0 BAILE
,
Pe. Ralfy Mendes, S. D. B. P
SlCOLOGOS. rnoralistas, ~ocio-
logo}i, mcdicos c pr-:iquialras 1w<.-o<:upnm„sc:: nn1iLo. c,u nos~o.~ dias, <:om Q hrlllc.
1•;studam as
cm.1s.t\s
th:sln conta-
s.:iantc- mtuli~. 1u·nt"t11':,m $ur, inrtuc ncia !--Obrc a moral clo inclivid\.10 c da socic<lfldc. c r<.-conhe<:cm docn<;ri:-:: Ci-
sicns c ,ncnta.is como conscqucncia.s do cxccsso de thln('a. Sob o r,onto de vista psicologico.
n mtuiia do bnih: 1)1'ovCm do ciescjo de olc~rin. irlfLIO cm lod o scr huma-
no. Na rait.a de ,m,a utcg,·ia intcrio1· comi,lcta CDeus, p~1z. de conscicr,cia), o hoincm C fcva<lo a pro-
curar o:-: divcr timcotos, como ~ucc,1a ,wo. 1>ara c n ch c 1· de alJ;:\1m modo o vaz.io de sua almn. Qmrnlo mais npngada (br n ntcgria i ntc l'ior. tanto
mo.is vccm cntc s.crr, n ~e<le de divcr• söcs. c 1\lre ns quais :--c cncont.ra cm pri1nein1. linha o ball<.". pclo conjunto clc atrativos quc aprescl'lhl para to• <los os !-.Cnt.i<IO!.. Sali~frl'l'~sc n \'ist-a : 1•cs.~ns adornaclas. lu:-.:uo~a::: vcstcs, j oias cin1 ilantcs, saföc::.- suntuo~o::: : a ::uufü:,äo : 0 1·<1ucslJ·a, jazi; o olfalo: 1ledumcs: o h1to: J)arcs cnla~ados; o 1•alad ttr: bebid~,~ al<:oolicns. rcfl"i• ~c1·antcs. l)Cli$CO$. r_.; niio CS(I\IC("ll-
mos n cspnntosn (ortn quc o •·ilmo cxcrcc sobrc todo o nos$0 sei·. cm qualqucr idadc. do bc r<;o ~\ tuanbn. Os moralistns de bc)n1 scn:--o s.äo co11c:01·clc~ cm afirmar quc os bailcs. eomo sc rc31i7,0m hojc: cm dia. sflo. nn mclhor da:-- hi1l0tcses. oca::.-i5o pcr igosa de f)Ccado. Um jovcm c uma jovcm Cde <1Uil· tor.1.c :rnos piu·n c hna. cm geraU quc pcrmnncccm horns c horas. abta• <;ados. tto r itm.o da 01-quC'slra <>u <10 jazz. e nos d i~co, quc tal ali ludc ntlo lhcs inquictn n conscicncia. ou niio sä<> pc~-.oa~ n01·mni~. o u nfio
Mio ~inccros. ou cntäo j {1 «calcja• ranu a conscicncin, o quc scr(\ ~hlda mais lamcntav<'l. Sem rcccio dcvemos, pois, condenar os bnilcs, a näo s:cr quc quciramos rm„-.sar por simplotic)s ou fa l• scntlort•s dn conscicneia. Ahomin::wcis ~ lO l <"1mbcm os btailcs infntttis no Cll.tnaval c cm qu~ 1. quer oulrn c:irC\tn!,;\ancia. Embora a crinnc;a niio sintn aind,-. flf; consc-qucncins du dnnc:a. t'. por is.~ mcsmo, n:10 r,crccba n mnliciu do hnil(', scrin grnve pccado pc<1'"1,gogico ac:osltnni,-ln Uquilo <1uc- um <lia sc tnrnstormnril pa1·a cla cm vicio imperioso. I•: us imprcs.söes re-cchidas inco ns• cicntcmcntc ncstcs bailcs infan1is niio cxc1·ee1·5o, 1>or nca.so, sua atividadc :,:;ubtenanca, oculh\, p~1rtt 1u·o• porcionar com muior inLcnsid-.,dc. n1tth;: l..;"\rdc, l'l-Clls.;mcntos c dcscjos cstr3nhl):f? J~ nao exisli r äo. 1>0rvcnll.H"tl.. o utras m:,ncir:.1$ de rmne„ mornr anivcrsnrios e divertir ns Cl"i.;t U~tl.S?
Vai se tor nando l>l'3.XC, nas cida· de:,; grandc~ c p<!(lucnas, o hailc clas «dchutan1 cs», com o qual a !ldoksccn1c, no comolctnr cp..ii n7.C anos. t-O· m c1'lloru su;:, enti·ada na :--Qciccladc. Coi:,:;a muito apropl'inda J)tH'te <1t1c ein. com<:cc, dai po1· diantc. uma vida mn.is :a-t.1pedicial, mois dis:-ip;)d.J C' mc11os t'C!ligiO$a. E isto C Jan1<:-nl:tvcl :,:;ohrctu<lo nc~a id~dc tiio im• portuntc e dccisiva cm quc :\ jovcm ncccssitu de mais rceolhimento. mai:-r c flcx.fio, mai~ rcligiosidndc parn v c nccr ~Hi tcnt::-<.:öcs 1n•oprias dcstc pcriodo. 1:: ~l idadc cm quc, na mul hc,·. sc ::irlrm-., a r>rop1'ia f>e1'!-tonrtli• dade: ocasiäo oporluna l)t'lra t.ima oricnla<;fio segun.1 tt<:c1·ca cfc sun (ut uru missii.o de cspo~,. m 5e. cdue~•· dora. E ,wm falcmos das vo<·n<:i;cs rc-ligiosas: quc sc 1.>erdcm desnstrosa• mcnt~ cm l ab cireunst..'\1wi:u. ... Os medicos nos falam de docn<~u:-. cau:q1dus. i,s ve:r.('$, 1>-elos l)ail('s pro• Jonga<los c t·cpclidos: dcsdc as: c nrctn\i(l~dcs r c lacionadns com ns vias rcs1>ii-al<wins (1•cs(rinctoi::, hronquilc-s. J)ulmo11itcs. plct.n•h:ias. Lub<:n:u lose) all• OS CSJ;Ol:.10)('11(0!--, 1\eurt1stc11ia.<:: C l)Cr't urhu<:öcs mcntais. Os 1>siq uinll·us j(i ~11\<.fam mci(') as:-:us1;1do:-: com a «corcom~nia» cor:.\Ct crislica do.s ir1dividuos qut,•, 1>01· sc JH'(!ndci·cm d<?mnsiadarnc.-ntc :\ 1•ni• x üo dH dao<;:t, vivem sempre forn dn r calidadc. 0 aspc--clo t\p(llca·mndo de tnis criatvr as dfi.•nos :l imprcssäo de quc eins esläo :-.cmpl'c cmbcvcei <las c I ncb1'iadas <:om um:.1 musica imagi naria <1vc as convida iusislcn• t cmcntc :.t clan~ar. 'l'5o gr-tmdc al l'.l(;:'.iO CXCI"(:(,: O hailc ~ob1·c C<.'t'l as l)CSSOM. QU<" lodo ~(1(!1·i• ficio lhcs 1)al'CCC J)C(JUCUO dkmtc da l)C)'SJ.Cctiva de uma fc~ta em quc haja dan~n. E: n::io sfto 1>0ucos ncm IK'<)\ICllOS OS sacrifidos. • , Jm:1g i'ncmos as p1·cocu1)a<;:öcs com o vest.ido cusloso, os 1><"tlo~s :u•tificios 1>-wa corric:ii· os dcfcitos do Cisico. o acm110 c n'l111·cg~,do 11,, eabctd1·ciro. na nrnnic\u·n. nn J)cdicura. nn.. «mt1<1uil• tng<'», o sa.p:-.to ap<.•1·tado c c1c salto alLis."'imo. :\s gucrrilh:~s domcsti<:fts: par:-i :wrrm cnr do pai c- (lo;,; in n5os
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rn.
dcmnm os baites. I)lnhlo. o ( iloso(o clu 1ncntc divina. t1firma quc s6 as peSS<>f!S !->t•m honra aprec iam tt dan~a. Dcmostcnes. o
gnuHlc o rndor grego, pai·:-t lam,:ar o
<1c-$Cl'Cd ito sobrc os pnrl idario:- do invasor Filipc da Maccdonia, acusaM os etc ter cm <'l an<;ndo cm publico. Salu~lio, para c1emon::;tra1· os rna.us ,·ostumes de uma tat Scmpronia. c1uc adc.-h·n i\ Camosa conj1.11"a(,".itt de C:i.1iliua, diz <1uc eh\ snbiu c.hrn~nr. flon,c:io, quc näo crn um pul'iU~no, proc-lnmn qllC « dan<;a C umn das tanta~ i11f:11ni11=' romana.-;., C o voluptuoso pocta dos * mo1·cs. Ovidio. <'SCr cvc qu~• as snlns de bailc sflo ,1dus:a1·cs de nnufr~,sio par.o. o 1>udor>. Cit:cto, cmbora tcnhn v ivido no cal mo c longi1tquo ~eculo I a. C .• pare<:ia j[l c-st~u· vcndo n::. coo1or sOcs cpilctic;\s c ns: d<:lin-1nlcs cabrioliee.'"i do ~elvMcm «.i-ock' n'rotb da noss..1 ("pOC: l dos «sp1..1l1li ksa,, ((UUll(IO. com lnnto aeetto, afirmou quc «q ucm dcu1(':1 ou cslf, louco ou cstfl bcbado». O.<o: cscritor es da ldndc Med ia säo s~vcl'i:-:simos (e juslis.slnlo~) pnn~ c·om a.._ clt\n("as. Pctr a rca. <1u~ sobrc rla:-: muito c-scr cvc.u. nol.O quc: o boilc C «cspc-taeuto lolo. odlo:,:;o nO!-; olhOS d0$ hOJlCSlos, indi,::no do ho• rncm, <:auAA de mui1 as in(nmias».
E . diga-sc de passngcm. clc 11äo cl'n um sa nto ... Enl rc os esc1·itorcs c (ilosofos m:\i:l \'iJdnhos U n os.5-.1. <'PO<:;), rcc;ordc mos Rous.-..cau <1ue. t\pCs;-w de- Oli• rnisli\ ac<:'1·c.a da nalurC7,<\ humam\, c1c~1consclh~ n. dan("a pclf:>s scus inuM mcros pca·igos; c Pc<h'<> J3ayl c, cctico
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«A dan(·a
s6 scrvc ptu·a c::orrompci- os eo1·a• <:Oe:-».
Plinio Correa de 0/iveir•
Sfio Fr;.-m<:isco de Sal<•s, fal;.mdo d(')s l>ailcs do seu L('mpo scculo XVU - (lu<.-. ~cm duvida. n5o Cl't\lll
Luiz M endon f• de Freitas
co1110 o:,:; de'! rtgon1 ( l)asl.l dizcr qut• 0 C:l.\13.lh~fro IOC:tV.n Upc n tts :.\ CXLl'C•
midad<: d::t nH1o dt\ (lama), j:.\ dizin qu<', «vclo modo <I<' dan<;:w. l~is hailcs pcndrm muilo pnnl o ltido do mol c, 1>otlanlo, :G10 chcios de pCri• go». Quc diri(l o S•rnlo .sc c nt1'ossc cm \Im saliio dO.<o: no~<.os dias? Dom J3o~co. ainda mcnino. acabou <•om um bnilc puhlico cm sua aldcia: (cz com quc delc sc :-.(a.s tas• scm ()S clan~arinos, au·ain<lo-os p:u·;_ \ a igrcja com sua voz mavi0$3. Qu:.111•
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Mas: j(1 C tc1npo de acabo r . E a conch1s:~10 C a scguintc: 1 - 0 r-.1to <1c cnco11tra1·n\O$ rnn„ tas 1~ssoas quc dan(".im habitualmcntc c <1uc sust<"nl~un näo havca· maldn(lc no bailc, <~ um lrislc ~in• 1oma d<' <1uc g r:"lnrlc 1>n1·1c da. humanidndc «p;.u·cc:c c:,:;tnr pcrdcn•
do o se nso clo pcc;.ido:t. como <lissc Pio Xll. 2 - 0 unico r cmc-dio contrt1 a docnc;a clo bailc <: saciar r>lcnumc1lte a $(•de de aJcgria, inUt.;). no homem. De qt1c m(ldo? Tornnndo Deus 1w~ ser\lc nas alm:.ts, pCh.\ g;1·ac;a. Eis n unica tcrapcul ica capt17. d<" cort~w pcla rai~ o v icio da danta. 1--hi liativos : divc1·söc::-: sadias. tcnll'inho:--, cs1>0rte, ch1bes culLu1·ais. nssocia('öcs juvonh,, c atC mci-mo dnn<;:u: foldo• a·icas: c bo.iludos elas..--;:icos (JuarHIO as
v••·
acrescida
de
• analitico
• onomastico • de documentos pontificios
1,a EDl(:ÄO 5 MIL EXEMPLARES Esgotada em 20 dias
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vcstes ~,o dccentc.s. os anovimcnto.i modcrndos c os patcs näo sc abn\<;am. Mas . .• cuidndo c modcra<;ii.o, pOi$ o ahu:,;o do paliativo cn(ri'tquc.-<:<: c cnvcncna o org:1nismo. 0 m cllH)1· C COJ'ta.r o m:tl pcla r aiz. l)~:,:;1,crtcmos cm nos.~os co1·u<;1)es o gosto <lf': Deus c m m'is, Xaibamos Sll· hoi-car suu pn,?!--Cnc:~. e Lta-cmo.~ a atma immdada de lüo trnndc p~z c ~lc1;1·ia c<.-lc~tc , quc d~ ll:'.1da mais 1>1·cci:,.a1·cmos 1,~, rn scrmos rctizcs.
1• nd 1• Ce S ••
Pedidos a' D. P. J. R.
Caixa Postal 4827
Säo Paulo
Revoluqao e exintia em deformar aos olhos da posteridade a verdadeira fisiono1nia 1noral dos Santos. 11ouve tmnpo em que ela se servia, para tal, da in_juria e da mentira. Falsificanclo diretamente os fatos historicos, proci,rava denegrir este ou, aquele Santo, para atacar assim a Igreja. Mas a contra-ofensiva vitoriosa dos historiadores catolicos desmoralizou esta estrategia. Veio depois uma tatica cliferente: a da unilateralidacle historica. Sao Vicente de Paulo foi especialmente visado por ela. Assim, pondo em, relevo a caridade verdadeira1nente angelica clesse Santo admiravel, prociirou-se oci,ltar sua intrepida e inf lexivel combatividade contra o jansenismo. E gue a combatividade dos bons e virtude que a Revolugao se empenha particularmente em evitar que os fieis conhegani e pratiquem. E por isto ela a passa sob silencio na vida dos Santos. 0 exito dessa manobra e patente. a numero dos que ouviram f alar das lutas de Sao Vicente CO':ntra o jansenis·mo e tao pequeno ...
A
* ÄO e raro, hoje em dia, encontrc,r nos arraiais socialistas e outros, pessoas que desejaria1n da 1greja uma transformaqao igualitaria. Nao se trata de vender estes ou aqueles tesouros para acudir ex-
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cepcionalmente 1iecessidades de e1nergencia dos pobres. Tratase, sim, de a titulo definitivo modificar o aspecto das fungoes liturgicas e da arte sacra. Nada cle paramentos preciosos, de 1·elicarios de alto valor, de edificios sagrados lu3,•uosos como palacios. Isto nao quadra, dizem, com a caridade evangelica. Convem reserva1· toclo o dinhieiro para os pobres. Como se sabe, a pobreza na Franga era frequente, ao tempo de Sao Vicente. Este niio s6 obteve e distribuiu uma quantidade imensa de esmolas, mas moveu muitos memb.ros da nobreza e da burguesia a visitar os pobres, ajudando-os näo apenas com dinheiro, como com assistencia 1noral. Entretanto, o Santo usou para o culto para1nentos esplendidos, verdadeirarnente regios.
SUNTUOSIDADE E AMOR AOS POBRES NA DOUTRINA CATOLICA
* OS SA primeira gravura mostra a riquissima casula que pertenceu a Sao Vicente de Paulo, e se encont1·a hoje no niuseu da Primacial de Lyon. 0 segundo cliche ( gravura de Abraham Bosse - Museu Carnavalet) representa a visita a u1n enfermo pobre, feita por pessoas de categoria, costi,me que o Santo incentivou tanto. 1W.anifestam-se assim clois aspectos har1nonicos dessa alma ad1niravel.
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AMBIENTES COSTUMES CIVILIZA<:;:OES
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VALOR ESTETICO E VALOR MORAL NA PRODU~AO ARTIST ICA Cunha Alval' enga
Toma posse dia 16 o novo Arccbispo d(} .Ohun:u 1ti nn, l~xmo. U.c ,·mo. Sr.
valor estetico e o valor n1oral de uma obl'a de al'te siio cluas coisas distintas. E ntretanto, niio se pode falai· ein autonomia absolu ta do valol' estetico, embora seja ele de impo„tancia capital na obra de ai·te ein s i incsma considel'ada. Distin~iio ncstc caso niio s ignifica separagäo co1nplcta nein libel'claclc ou indcpendencia em rel:u;äo a or<le.1n 1noral, ein nome do falso principio da arte 1iela arte. Di1. Säo 1.'onu\s clc Aquino que "para quc um homc1n faga bom uso da a i-te que possui, necessita de vontade reta, que se aperfeigoa med iante a vir-
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tudc moral" (Sun1a 1.'eol. 1-11, q. 57, a. 3, ad 2). Coinentando esse tt·echo, esclal'ece Cayeta110 quc "pocle uina pessoa blas(en1ax de Deus ein um cliscurso gramatical pe1·feitissimo". Entcndamos, portanto: a, arte te1n suas leis prop1·ias, tem scu c,unpo propl'iO e seus proprios recursos. Näo sc trata, 1io1·e n1, de uma arte descncal'nada, separada clo ho1ne1n; cla pennanece sen1prc tnn simples mcio de expressäo nas 1näos do artista. Este, como qualquer outro mortal, est{i sujeito i1 suprema vontade de Deus, que e o Su1no Bein, a Su1na Vcrclade c a Smna Beler.a. Portanto, tem quc se conformar com a lei moral emanada clesse mesmo Deus.
BELEZA OU ILUSÄO DO DEMON/0? verdadeira obra de arte e pois aquela que se neste caso, da autentica beleza que emana do uni-
acha em harmonia com a ordem que Deus estabeleceu no uni verso como um todo, e en1 cada u1na de suas partes, por pequcna e humilde que sej11. A beleza do universo criado nao existe por si 1nes1na, porem con10 simples rcflcxo clo Criador, e a que1n quer que a1ne a Deus sobre todas as coisas hii de repugnar essa contrafa~ao do belo que e u1na obra de a1-te realizacla co1n desrespeito da lei 1noral. Dizer, poi· excmplo, geometricamente e sem n1ais explica~öes, que a ,finalidade propria de uma obra de arte e a belcza e näo o ben1, conformc pregavan1 os estetas renascentistas e hoje rcpete1n seus herclciros liberais, e admitir a coexistencia pacifica da beler.a com a 1naldacle, cotn a clevassidäo, com o crime, co1n as pa ixöes desregradas. Niio se trata,
verso Cl'iado por Deus, 1nas de ilusäo do demonio de :fantasia f ugaz como a que 111efistofeles fez apa~ recer diante <los olhos cansados desse ho1nmn 11elho que era Fausto. Na orde1n da gra~a ein quc uos achamos, näo devemos dissociar o artista do cristäo. E a capaciclade artistica nos e dada gratuitamente por Deus cm propor~öes 1nuito variadas. Entre u1n Dante c uin Säo Francisco de Assis, entre a Divina Comedia e o Cantico clo Sol podemos ver claramcnte essa grada~äo. ll1as ein ambos os casos a belcza clo poe1na näo se acha separada do \ouvor devido a Deus, cinbora se trate de manifesta<;öes artisticas bern d ife1·entes.
ARTE E ESPIRITO DE VARIEDADE OBRE da arte sc ficasse circunscrita a frios padröes est<?reotipados. Que seria da arte po]J11lar, näo exudita, sc se aplicassem ao ca1npo cstetico rigidas normas cle perfci<;äo oli,npica? De 111n F1·a Angelico a um simples oleiro, que in1ensa ga1na de cria~öcs artisticas ! ll1esrno porque todo o ho1ne1n e tun esteta a seu n1odo. E a d ificuldadc 1naior ou 1nenor quc este ou aqucle possa ter cn1 extcrioriza1· esse pcndor artistico pouco ou nada JH'Cjudicarä sua 1nissäo sobre a terra, ))ressuposta a necessaria rctidiio de intengiio e a indispens{ivel humildacle. Tome1nos o caso de Santa 'l'eresinha. Gostava ela de pintar e poden1os clizer que suas desprctensiosas pro(lu~öes artisticas eram de valor n1ediano. Este fato tcrii influido desfavoravclmente 110 anilno dos que acon1panhara1n a vicla c a a tua~äo dessa extraordinaria carn1elita '? Mais aincla. Sao Luis 1,faria Grignion de llfontfort foi tun dos n1a/s adn1iraveis apostolos do mundo 1uoderno. Sua pregagao deixou um rastro lun1inoso pcla Fran<,a, en1 todos os lugarcs ein que o galicanisn10 e o jansenis1no näo dificultarain ou pro ibira1n seu trabalho pela salva~äo das ahnas.
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Pois ben1. f: hnportantissi1na a partc que tocava aos cauticos na prcga~äo do evangilizado1· da Vendeia. Para isso o Santo se fez poeta. E ha uns versos ded icados "Aos poetas de hoje" que poclern ser considcrados como a explana<;iio de sua arte poetica. Por eles se co1nprova inais 111na vez a vc1·clade de que os ca1ninhos de Deus säo ben1 divcrsos clos caininhos clos homens. Com tocla a certeza, de ßoilcau a nossos d ias 1nu itos homens de letras näo concorda1·ia1n con1 o 1nctoclo de vcrsifica~äo usado pclo hu1nilde 1nissionario. Salvc-sc a beleza, dir.em tantos criticos literarios de onte1n c de hoje. Salvc-se a verdade c o bem, dir. o Santo. Os canticos de Säo Lu1s i'l(aria - co1no ele escrcve em "Aos poetas de ho.ie" "se näo siio belos, sao bons", "se näo delcitinn os ouviclos, rin1an1 grandcs 1naravilhas". Säo pobi·es versos comuns, 1nas "ncn1 por isso säo n1cnos saltttares". Nelcs näo sc dcve procurar "o espirito subli1ne" 1nas a exprcssäo da ve1·dade. Versos feitos para os pequeninos, vcrsos sen1 vaidade, destiuados a guardar a inocencia da ahna. Tein clcs a finalidade 1noral cle destruh· os vicios, de cantar a g1·andeza do Altissi rno, de fazer ainar a justi~a.
S. LUiS BEM ASSIMILOU S. TOMAS RA, vcrsos con1postos corn tamanha indifercnga pela "Arte poetica" de Boileau, que estava ein n1oda no te1npo, so poderia1n produ1.ir efeitos desastrosos, segunclo a tese claqucles quc acha1n que "um 1nau roinancc, de boa 111oral, e 1nuito 1nais pernicioso do que 11111 bom ro111ance sen1 n1oral algu1na ou mes1no con1 u1na 1noral perniciosa. Deste ao n1cnos se guarcla a beleza, ao passo que o outro nos afasta do bem, por cnjoo ... " <• >. 1.'ais vcrsos, que seu autor e o pritneiro a confessar que säo con1uns, sein 1naior beleza, sem sublimiclade, sein altissonancia, que nao visa1n a deleita1· os ouvidos e niio se c1npcnha1n ein seguir os mctodos dos grancles poetas do dia, tais pobres vcrsos estariain dcstinaclos - a ser verdadeira a tese a que vitnos d<! a luclir - a exercer 11111 contra-apostolado, a procluzir uina devasta~äo entre as ovclhas de bio canhestro pastor. Na realidade, poren1, que aconteceu? F eliz1nente para a causa da Igi·eja, Säo Luis 111aria n1uito ben1 asshnilou o que Sao To1näs de Aquino quis dizer ao fazer a distin~äo entre arte e 1noral, c niio hcsitou ein cantar as glorias de Deus e con1bater os vicios ein versos pobres e despretensiosos, cc1·to de que as ahnas simples, os lunnildes de coragäo o compreenderiam, qualquer que fosse a condi~ito social de seus ouvintes. Rcc-011hecia o apostolo do Santo Rosario as deficiencias de seus recursos este-
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ticos, n1as näo vacilava em usar desses imperfeitos 1neios de expressäo poetica para a salva~ao das ahnas. E foi cantando alguns desses versos singelos, dedicados a Santissima Virgein, que anos inais tarcle as Filhas da Sabecloria subi1·ain ao cadafalso durante a Revolu~äo. Viandantes neste ,nundo, todos os n1eios devemos en1prcgar para atingir nosso ultiino f itn. Sc atc a chuva e o orvalho, o gelo e a neve devem louvar e e.: :altar o Senhor (cf. Dan. 3, 64 e 70). o quc de mais natural quc usarmos de tudo, inclusive de nossos dote,s artisticos, por mais lnnnildes que scjam, para dar gloria a Deus e concluzir nossos irmiios a sua etcrna 1norada '/ Corno 110 caso do obolo da viuva (cf. 1,farc. 12, ,J 1-4~), Nosso Senhor aceita complacente tudo aquilo que Lhc e dado con1 si1nplicidade de cora~äo. E e bein significativo quc, na ho1·a de sua 1norte, entoasse Sao Luis Maria Grignion de lVfontfort os primeii'os versos de 111n de seus canticos, "0 Catninho clo Paraiso" : "Allons, nies chers an1is, Allons en Pa radis. Quoi qu'on gagnc en ccs lieux, Le Paraclis vaut mieux". ()) TrlStfiO de Al:tldc , :irllno «Oi-: (31$0S :unlßOS>, em cO Jorn:\I do ßr::1s11 • • de 10 de m:'ll'co de 1960, tr.:UH;cr!to cm c.Cnlolldsmo>. n.o 112. de: abril do mesrno ano.
0 . Gct-aldo do Procn('fl Sigmut, S. V. D. Oivors:is o si~nitic:divai~ solcnidadcs c.-.:tiio i,rogr:,mtulas, cm J:1c:-,re zinho, S:io t•::wlo, ßclo Uori7..ont.c t":
l)i:unantinn, pnrrt homenngcar o (!l!res;lo Prolndo, como notici:unos n o ultimo m1mero. No clichC, o hr~1~.iio de nrmns de $ , J<:xch,. Uevma.
Verdades esque<idas
UMA POESIA DE PE~UENO VALOR LITERARIO PODE EDIFICAR 0 frxto publictulo dcslfl vez em "Vcrdmlcs t:squcrida.~" C: co111,:11fatlo por 110.-mo c·otnburmlor Cuuha Alva„
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n·nga 110 (lr/igo quc estampamo,.:; ao ltulu. Tratn .... du C(Ut/ict> "Aux poCtes ,111 Jcmps ("Obras de San luis 1
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Maria OrigniQ11 tle Monl(orl" - ßAC, Mtulri,I. U/54 p. 708. n,• 2). Reprod11.ziflw-lo rw lingua original. para que nossos lcitqrcs - que ,w sun grmulc- mtliorin c·ouhea•m o /rtmc,7s - possam verific11r a motfcsla ,,ualitlatl,: liltrnria tlos 11crsos, a qua/ almte o co11w11tario tlo
Sr. Ctmha Atvnrcngt,. Cl•ri u'cs_l /UlS pour vQ11s t'l1t1r11wr, VOii $ 'flll
!'C f'Cll.~CZ qu',i rimcr,
Orands poelcs, geus i11commotlcs. Je lais.se ,i 1/'autres vos ml:lltodcs.
Je sois bicn (JIII! vo11s tlopprouvcz Qm: /(','\ 11cr:-: qui .wmt rdcvl!s1 Qu'! tlcs phrn.w:s (i tlbubte htt!J<'. Qm foul 1111 fu u plu/61 qu'uu sage. Vous ferez ,li:i: lours cf roulour:; Pour /nirc 1111 vr:rs foul ti rl'l,our~, Pour ex„rimcr uuc twn1clll· U11 vniu combal ,r1111e tmw;irc•llt-. '.'
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V'?_iri mt.·s ,,ers Cl IIICS ('hOJiS()fl.').' s:~1s ue :,011/ pas hcaux. ils sonl bons, S 1/s 11c (tolle11/ pos t,s t1rcillcs /(~ rimc.11/ de gram/es m<·rveillt•s.
Sits 11c sonl quc pour les pelits, l~f n'cu so11/ pns d'1111 moi,ulrt: prfa' ,· S, cc sonl tles ver:; QJ'(/iunires lls n'ru sou/ pn.~ moins .ta/11/11i/.,:s. l.isezArs <lonc, et /es rhanlez f>l!SCZ•ICS t:l t,•s mhlilcz
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N'y cherrhrz poiuf l'<:s1;ril sublime. Mnis la vt:rill: 1/tlC j'exprime. f>rhlic:nfcur, dans fll!'S cha11som; Vous pouvez trouver vos scrmo11s. oi /o 1110/ii!re Pour vous oi(/er ('J pour vou~ plaire.
r,·n
tligcre
Vofri fies :wjcts d'oroi.,;o11, Je crois le ,lirc m1er raiso11, Car souvcnl 1111 vers, mU! rime Ponl qu'uuc vCrite s'imprime. Chnque 1110/ d'u11 11crs doit porlcr Pour ,Ju'on Je puis.o;c ml:dilt•r. Pour tc gnrdt,•r c11 sa memoirc. Pour son lumqucl cf pour sa gtoin·.
Coeur af{figl:, rhanlcz. clum/t•z, Eu cha11ta11J ••011~ 11011$ $ /lflllOlllt.l, /,e ca11ti,711c cst lri:s ,•((frace, Pour avoir In joit l'I In grOrt•, Chanfez, et de bouche ('( tlr. cocur. A lumtc voix. mrec ardt ur, Pour ha1111ir du roe.ur ltt triste.~~,· EI pour fc remplir tl'al/l-grcssc. J>rent•z garde <i /11 vfinilf,, Qui l'lm11tc vtu/ i!trc (,roul(;: Si 110/rr voix c:~J rt111i.'t~11ulr Que volrc (imc soil imwrr;,Jc. Clw11fons tlotu Ions. et rtmuuc il ftml , Chn11/011s trs f!.ttJtuleurs ,tu Trl:s-lfnut, E:n rltanltml dl-truisons lt• L1ke Et foisons aimrr la juslite. OIB\J s 1,:uL
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A ENCICLICA RERU
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NOVARU FAZ 70 AN A ~ctcnfa anos po1ssndos, a 15 de 111aio <le JSU 1, pub1icava o Pa1>a Lcäo XIII a l!nciclira "Rcrum Novar11rn' 1 sobrc a con-
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dil;äo dos opcr:trios. Longe de lwvcrcrn pcrdido sua cficacia, corno prctcmlcrn ccrtos novador<:s) para os qu:lis a doutrinn pontificin somcntc
C ap1icavcl
a rcalidadc dos novos
tcmpos <.1uanclo chcgada pclo ultimo
corrcio acrco, o~ em;in:m1entos contido:- ncssc rncmoravcl doc111nc11to c.:ontinuam palpitnntes c vivos. Oizia
ßossucl scr o tcrnpo o fiel intcrprctc da:-. profccia!'>. Com o dccorrcr dos anos. prescntiarnos o cmuprimento <las prcviscics do imortal Pontificc c111c cscrcveu. ao complctar vinlc c <'inco :1110~ de rcinado, quc a ~ocicdadc confcmporanca, "jfl fort·e.. mcntc abalacla do ponto de vista moral e: material, marcha para dcstinO$ ainda mai~ tristes, pclo abandono das grandcs t radi~:öes cristfis, scguinclo a lci da Providcncia, confirmada pcla Mistoria, de quc näo C possivel calca r :1os pCs os granclcs prind1>ios rcl igiosos scm ~otapar cou~cqucnt<:mcntc :lS bascs da ordcm c d;i, prospcridttdc social '' (Encictka "P;lrvc1111 ä la 25c. Ann(:c", de 19 de mar~o <lc 1902). J\ firmavn Säo Pio X quc a c1v1l iza(·äo näo mais cstfl. parn scr invc111;1<la. "Ela c:dstiu, cla c:-.islc: (: a dvilir.atäo crislä, C a cidadc catolica. Trnta-sc apcn:is de im;faur~i-la c reslaud-la scm ccssar sohrc scus fun„ dnmcutos 11;1t11rais e d ivinos., contra c.>s :itaqucs scm1nc rcuasccnte:s dn utopia m:ils:i_ , d:i rcvolta c da impicdadc'' (C:1rt:1 Apostolica "Notrc
rar lun;-t S<J<.'.icdadc <111,dqucr cm <lc-
cadCnl'i:1, sc prcscrevc com raz.ao <1uc a rcco1u.luza iis suas origcns•· (<loc. cit.),
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RA, imtilcrcntcs a <1uc o Pap.i
tcnha sotcncmcntc dccl arado quc a sodc<ladc contcm1,or:1~ ne:a, ao scu tcmpo jä fortcmcntc ab:1lada, marchav:i para dcstinos :iimfa mais tristes, nfw sfto poucOs os c1ttl' hojc sm-.tcntam que, .ipcs:ir de dcspicicnctos senQcs, tudo sc passa no mclhor (los nmndos pos~ivcis. f cch:111do os: olhos ä dc<:adcm:ia a qm: alutlc a "Rcrum Novarum", s.:"io ah1almenlc vcrdadcira Jcgiäo os que
considcram, pcto contrario, quc ; 1 humanidadc cmcrgc de uma id~clc infantil, ingcnua, chcia etc n1azel(IS e de irnpcrfcic;öcs, c cntr;.i na idadc rn:u.htra cm que os povos, sacmlindo a antig:1 tutela rcligios:1. politica c· social, sc tornnm indcpcndcntcs c livrcs. Os chamados "ganhos hi::;~ toricos" vao sc ncumulando gradativ:nncntc, cvoluindo sempre t, socit• Jade humana 1n1ra novas foses, quc constitucm um p r ogresso cm rel;i('fio f1~ prccedcntc~.
0 socialismo, scgundo t;il csc111c.ma ''progressist:i'·', tcria surgido 110 ho• rizontc da Mi~toria como 1m;a rca('50 contr:i o libcralisrno, cmbor:i <:stc tivesse rcprcscntado 11111:1 v:i.ntai:::<:m ~ohrc o obscurant isrno vigcntc ank:-< d:1 J~cvolucfto Fn111ccsa. E, dcSSl' modo. :·, ulfrapas...:.:ida ct:ipa libcr:1I, qnc er;1 individu:tlista c ai11d:1 trazi;1 cm scu sein os rc.stos do ~goismo hcrdadn de epocas pretcrit:i~, suce-
UMA GRANDE ENCICLICA MAL INTERPRETADA
8 mäos habilidosas de um entalhador preparam uma bela per,;a decorativa. A dignidade do trabalho manual salta aos olhos nesta gravura. Constitui um dos mais altos titulos de gloria da Enciclica "Rerurn Novaru1n" o haver proclamado em termos de uma firmeza e precisiio lapida1· todo o aprer,;o que a Igreja vota ao operario. A Revolugiio, habil em interpretar,;öes sofisticas, se tem empenhado, nas sete longas e tormentosas decadas que nos separam da promulgagiio do grande documento, e1n desnaturar ate o ensinamento de Leao XIII, apresentando-o como instrumento da luta de classes, :E para cooperar na eliminagäo deste equivoco que, no 10! aniversario da "Rerum Novarum", "Catolicismo" publica o presente artigo.
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Charge"', de 25 de agosto de t!l tO), l.c.io X 111 procfama csta vcrdadc ern l iu~ua[.!cm nfio mcno~ i ncisiva: "'.A socicdaclc civil foi csscnci~lmtntc re„ 1iovad:1 pcla$ instituiy<1cs cristäs", c csta rora de <luvida quc 0 csta rcnova.r,;äo tcvc por tfei to elcvar o nivel <lo ~cncro lunnano ou, para melhor di;,;er, ch:nn:\.10 da morfe it vidn c fuindä-lo a um alfo grau de perfci„ <;30, como 1150 5c viu scmclhantc ncm antcs ncm clepois, e uäo se vcr.1 jamai~ cm todo o dccurso clos scculos; que, cnfim, destcs bcnefirios foi Jesus Cristo o principio c dcvc $Cr o scu termo: por que assirn como tudo par1iu dElc, ;:1ssim tambCin tudo dcvc scr- Lhc rclcrido"' (Enticlica
''Rcrum Nov.1rum"), Eis porquc acrcsccnla Lcäo X 111: usc a socicdadc lurntirna dcvc scr curadil, nfio o scr{1 scnf:o pcfo regr<$SO ft vida c fl:; i ns1itui(:0es do Cristianismo.
A
<111cm crucr rcgcnc-
dcria hojc a ct.1pa $OCialh,1:1, cm q uc urna rigida tlisciplina "comunitaria"
substituiri:i, cem vantagcm, os ch:im:idos intcrcssc:-; "privatistas''. i\1cs1110 porque, sustcntarn csscs prcgressisfas quando catolicos, 11111:1 or~anir.a<:fi<> politiCO·CCOllOlllica socialist:i scri:t at~ rnuito mais facil de ser batir.ada pela l grcja do quc um cstado de coisas libcrnl. 0
Ora, havcra na r calidadc cs.-<:a oposic;?io entre lihcralismo c soci:d ismo? Est:i.riam csscs dois crros cm contradic;fio um com o out ro, crgucndo„sc o socialisrno como o dcsfruidor das :iberra('.Ocs do libcralismo? E is um tcnw <1uc bcm sc prcsta p.ira um cstudo dcsprctcnsioso, dcntro dos limitc-s de um artigo de jornal, c c!C' que qucrcmos· frntar para mo$fr:lr :tos nossos leitorcs como o pcnsamcnto de tcäo XIII se acha inteiramcntc afastado <Ins conslruc;öcs verbais: cngcndrad:is por ccrtos pscudo•
ANO XI - MAIO 1961 -
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DEVEMOS CONSIDERAR A ''RERUM NOV ARUM'' EM TERMOS DE REVOLU<;AO E CONTRA-REVOLU<;AO, COMO A CONCEBEU LEAO XIII sociologos 1,rogrcssistas q11e, sob o n1anto de uma falsa neutralidaclc ou cquidistancia diantc dcsscs crrO$. na realicladc aduzcm :igua pa ra o moinho tot:1li fario de c111c sc dizcm fer„ rcnhos advcrsarios.
LIBERALISMO E SOCIALISMO, INSTRUMENTOS DA REVOLU{:ÄO SSI NALEMOS, de inicio_ , 11111 fato _c1_1rioso. ~ocialismo quc sc chz1a. de d1re1ta, do qual o fascismo c o nazismo rorarn cxcmplos tipicos, usava como um de scus
A
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slogans" predilcto:,; a afirma<;-äo de quc o libcralhmto corrn1')tO c t.!cca0
clentc cra o aliado n:tlurnl c principal fomcntador do comunisrno. Por sua vcz o ~odalhm10 de c.<;qucrdat tcndo lt frcntc o ronmnismo. aprc-
g-oava c atC hojc ainda aprcgoa que o fa:::.ci~mo, o nazismo c scus co11j:!c-
b<:m no (1uc se rcfcrc f1~ respcctivas for(:::tS quc atu:im no or~a.ni~mo $0cial, ;\ visäo de aguia de Lci10 X111 näo cscapou o car atcr uaitario dC"ssa ciclopica n evohu;äo <1uc dcsde o scculo X V I vcm corrocndo as cntr anhas da Cr istandade. tm mais de um dotumcnto, ocupasc o imortal Ponti ficc dos g-crmcs de r cbcliäo t razidos ao mundo pcl:i Pscudo-Rcforma, p :ira concluir quc "daqucla her ~ ia nasccram 110 scculo
pas..-.ado o filosofo~mo. o chamado direifo flOVO, a sobcrania popular c, rcccntcmcn te, um:1 liccn\:i, insipicnte e ignara, que muitos qualHitam como se11do libcrdaclc: tutlo isso trouxc cssa~ p r:igaf., quc näo Jongc cxcrcem f.eu::. estrag-os, c que sc chanrn1n co111,mismo, sodalismo r 11iilismo, trc• mcndos 111011!-t ros tla socicd:1Clc civi l„ (Endclica ;rDi uturnum", ~obrc :l oriw
tcrn do poclcr, de 28 tlc junllo de 1881 ).
11crcs cram mcros subproclutos d:t plt1tocracia liberal. Näo sc tcm dificuld:ulc cm d;u rnz5o a ;nnbos c-sscs cxfremisrnos quando mutua' . mcnte: assim sc ncusmn <.le co111vcncia eom o l ibcr:ilismo. E isto por uma razfio muito !-im ... plcs: libcr:ilismo c soci:llismo säo fruto~ da rncsnm arvorc mä da lkvol u\äo. (:: cst., uma das huninosas
li~cies de Lciio XIII 1>arn q11cm cst11dn com prohmdidadc (l '' Re rum No-v;irum .., mas sohr ctmlo p:i.r:, qucm situa cs..:;c cxtr.,ordinnrio documcnto dcntro do conjunto da ohr:i dcssc Papa genial. 0 1>roprio l.efio XI I I nos convida a a:--.(;im protc<lcr ao dcdarnr, na introdutI10 <la Encicl ic:t (1uc hojc C'clcbr:unos, as razücs (JUC: o lcvaram :1 tratar ~pcci ric.::1mcntc da qu~tfio sodal : "f•: por is..-.o quc, vcncrnvcis lrm!ios. aquilo <1uc cm 0 11iras oc:.git,c!=: temos fcito, 1):ir:i hcm cl:, lgrcja e :-:ilva(:io comum dos hornen::-, nas Noss;ss Enciclkas sobrc
~, sobcrani:i polit ica, :1 libcn..tadc 1111 nwn:1, a constilui(.äO c..·ri:..tä dos f$ ... t ados c ou(ros m=.::.untos .111:ilogo:,:., r cfotam.l o, $CJ;undo Nos J);'lf('CCU opor• 111110. :n, opinit,cs erronc:.s c fal,11.c-:-:., j ttl,:!:tmos dcvcr rcpc.li-lo hojc c pdo$
me:..1110:-:. mot ivo:-.. f:i.l;111do-v<>~ d:l to11di(äo do:-. opcr,Hios". T:mto no ,·ampo dos principios, quanto 110 da. .,([10 p r::\lica, c t::un ...
RE FORMA AGR!RIA OUESTÄO DE CONSCIENCIA D. Anton io do Cnstro Mayer ßiSJ)O t!<' C.n mJ>Q!<-
D. Gcr::1.ldo de Proeu~:\ S iga.utl Arcebi::>JX> <1C Ol:1mltnlhm
l">Hnio CorrCa de 0 1i\'Cirn Lui1. Mcru.lont-.1., de F're it:\s
E AGORA
2 EDl~OE.S exen1plares
12 mil
esgotados em
2 mcses
• J O m il
CXClllJ)1:,rcs acr<'scidn de um ~t1plc n1c nto sobr·c n. Rcvisäo A g raria PauJista c de um ind icc annlilico.
0
S crros libcrais c- soci,,li::.tas
sc confunclem, c1:-.si111, 11a mcsma hcdioml:1 o rigc111, quc säo o Psc11do-Reformn c n Rcvolu{iio Frn11cc~:1. Ncgn o liber;1li~mo os prindpios fund:unentai~ ( jllC regem a SOw cicdadc hun1c111:1 1 e (1uc dc(·or rcm da Re,·cl:wfio c dn lci nalurnl. chs quais a Snnta l ~rcja C _i:w1rdift. Scca-sc,
,lc:-sc modo, :t foule de toda a honcsliclntlc c cle todn n justi~"- Pcrdc-sc :i <:icncia do j11~to c do inju~to. Prcvnlccc a lci do c:,:oismo t do m:1is (orte. ao l;1do l1;1 prcorupa(ito exdusiva tom o:,. hcn:-. dcstc muutlo.
Cai
a h11111:1nit1mtc 110 cao:- dc1s idCia~. 11;1
mais <lcf!rad:mlc corrup~•f10 do:-;
co:--111mcs. ··vcm <:111 :-CJ!uida os pri1t• dpios <lc <·iencia pol itica. N<.-::.tc f!C• nero c~tatncm os n:.turaii:..1as quc os ho111cns toJo:.. tCm i:.tuais dircitos c st10 de i~unl condi(:io cm ludo; que
todos s{10 livrc:.. por 11~1t 11rc-1:a; quc nin~uCm tem di rcito clc m:tndar cm outr<:m, c que prclendcr qm.· os hollll~m; obcdc(am a q11;1lqucr autori<ladc qm: n;io vcnh:i tlcles ml·smos i: p r opri:1111cntc razcr•lhl·$ violcncia" (Euciclk:i " l lm1wn11m Genus" ,. sohre a m:icon:tria e outr:,is :--ei1:1s ~ct'rcla:;,
de 2() de ahril de IHS,I). 0 erro liberal kv,1 :'1 :--crvidäo tolalit:iri:1, nao por vi., de r<:ac5o, 111:1~ dirctamcntc. pcla lo!!k:1 iutcrna de scus falso::; p rinripios: '·Quanto t1 coisa puhlk:i. :, f:iculd:idc cl<: m;in„ d:H :..c s~p:1ra do vcrd:iclciro c n:itur:il principio do qu;ll toma toda :i sua virludc p:tr:i promovcr o hcm commn, e a lci quc t::-1:tb<:lcc:c o (pw
sc h:l de: fozcr c dcix:ir de fazcr C dcix:1da ao arbitrio da multi<lfto 111.1i:-numcrosa. o que C 1111w rampa <111c concluz ,; ti r:rnia" (f.:nciclic:t " Libert:i.s", sohrc a l ihcrd:tdc hum:111.1, de 20 de j1111ho de l~SS). Mais "inda:
Pre~o: Cr$ 400,00 Em todas as livrarias do Pais.
PedidO$ a D. P. J. R. Säo Pau lo
qucnda cstri tos c du ros contra tudo o quc C catolico, e os quc ctäo com 1uofusäo l ibcrcladc: a lodos recusmu a cada passo dcixar a lg rc:ja c rn li•
bcrdade'· (cloc. eil.).
PREPARA{:ÄO 00 CAMPO PARA A DEMAGOGI.A SOCIALISTA Eslado libernl roi 11m insl r11mento quc a Rcvo luc;äo engcndro u 1>ara pr cpara r :t$ ve• rcdas para o totalitari$ntO integral. Atravts de scus sccfarios. o libcralismo as.Raltou o poder nos varios paises p:i.ra impl:mtar a dccomposic;äo ~oci:il de quc h:wcria de sair o socialismo como verdadcir o saprofifo : ",, rnbkionani <: por todos os
0
mcios possivcis procuram apotlcrar... se dos car gos publicos c lomar as rc<lcas do ~overno dos Estndo~. r>ara podcrcm assim m;ii:,; faci lmentc, scgundo esteg 1>rincipios, rrcparar as leis c cducar os povo::.. C:. assim vc1110s quc a <:ad:t passo ::.c cleclara t:ucrrn f, Rcligi:io Catolic-a, de modo dcscobcrto o u disfar~·ado, cnqu:mto sc conccdcm amplas fac ultladcs f>ar:t prop:1g:u,:;l o de toda classc de crro~ c sc pöem forti~$irnas travM~ :\ p11blka profis..;:;;ao das vcr<ladcs rc:.lig io• sas" (Encicl ic:1 "S:111icnfiac Christi:111:1e:", ~ohr c o~ dc\1 t re.~ <los crislao:-, clc 10 de j~nciro !le 1$90). Eis o Est:1dh liberal nl:'indo. tm plcno scculo XIX, 110::: moldcs das rcpnblicas popular c::. de Tito, <IC K ruchcv. de
Mao TsC.Tunj! . .• 0 liher;lli:m10 d:i as..-.im no sodalis• 1110 a l ibcrd:1dc de quc c-stc prcci:..a p:ira tspal har os scus crros. Cont:ord:i (· 0 111 elc 110 do~m:i rcvolucio,wrio tlo it:11:ililarismo politico. cconornico c soc:i:1I. Transforma a vida cconomica cm simples jo~o de fon:a.s n:1111rai~ c laiciz:i .:l vida social nos mo lclc:-. do mais :wtcntic.o matcri:i.l ismo historko. Oe modo quc o :lill• hicntc libcr:il sc prest:i. äs mil maravilh;1:,; p;Ha a prol ifcr,u;-5o <fa dcma~ogin ~odalista: ' 4 Täo lament:1vcl perh1rh:i(äo 110 lcrrcno dos JHincipios fci ~crminar na <:lasse popul:ir :1 inquicl:i.c;äo, o m:.1-c~ftir c o cs,,irih> de rcbcli:io, causamlo agil;u;Qt:c dcsordcns f rcqucnks., quc ~äo o prchulio dt m:1i~ uravc·s 1cm1>esta<lc~. A contli\·!io mi~cravel <lc um:. täo urandc- partc da cla~c de baixo, ccr tamcnk muito mercccdora de r(•st ~ur:u;flo e alivio, :..crvc admir:wchncutc :io:,:. dc:-ignios de cspcr tos :'t;!it:idorcs. assi11alad:1111c11tc :.ios soti:Jli~t:1s, quc, por mci-0 de loucas 1,romcssas il mnll id,lo. pros,sc~ucm na cxccuc:5o de scus tcmivcis proposi1c>:f' (Eudc:lica "Parvcnu f1 la 25c AnnCc").
mtm Oc1111s, de 20 de abril de 188d, dcnunciando„lJ1c :as ma.1<-ficas tendencias, a fnlsa dout rina, a o bra nefasla 25e ta" (Enciclica " P ar vcnu AnnCc'') . Ora, näo somcntc na Enckl ica " Mmnanum Genus'', como tambCm na "Quod Apostol ici 1\-h111ew ris.'' L cfio XII I moslr a as origens ma~onicas tanto do liber alismo quanto do socialismo. Por tudo isto vcmos quc ao condcnar, nas fufgurantes paginas da "Rer um Novarum", as injustic;as dcrivadas da cconorni:1 l i ber al , bem como o falso rcmcdio do socialisrno, Lcäo X I II näo t inha cm mcntc estahclccer um compromisso entro csscs dois crro~. Pc:lo confra rio, combate clc o a ffi de ru)\1idad('S proprio do progrcs~ismo catolico e prei:a o rc• torno da socicd,utc a um:. ordcm rc:il111e11tc inform.1c,1:I pclos principio:-.
a
da dout rin~ d~ l~rej~.
Seg1111do o
pcnsamento do ~rnnde Papa, a lgrcja nao precis:t l ivr;ir„Se do 1>as~:t• . do. Hbasfando-l.he como Sfio Pio X formula ria mais tardc. de modo täo preciso rctomar. com o :111xilio de vcrdadciros opcrarins <la rt!'-tcm ra('äo soci:11, os orj:!ttnismos qucbrados pcl n Rcvohitiio, adaptanclo-o5, com o mc:.-.1110 es1,irito cri~t?,o <111c os i nspirou, ao novo :tmbienlc t·riadt) pcla C\10h1<:clo material da. :-::o• dctl:ulc contcrnpo r.:inca·· (Carla ApOS·
tolica "Nolre Charge"). Com cfcito, c.111c diz Lcäo X 111 nH
,,·r~crum
N ov:irum"? "O sc<:1110 1),"I.S:S:iclo dcstrniu, scm :.:-:: substituir por coisa :1lg urna. as corporac;öcs an• t igas, qu<: cr.1m parn clc:g (tlS OPC· rario~) uma l)rotcc;5o : totlo pri11ci1>io c scnlimcnfo reli~ioso dcsapartceu das le is c das im:tituh;ties puhlica:-.. c assim, pouc-o a pouco, os 1r:1. halhadorc::. i$Ol:ido~ c scm defcsa ti:111-:-c vi:;10. t·orn o dccorrer do tcmpo, c nlrc;::ucs [1 mer<:i: de 11alriics
clcs11rna11os c tl cohi('~l de 11111a con4..·orrcncin descnfrcacla''. E :i~sim 11111:1 dcs:-.:is rc~t:111r.·u,:ües 1)rcconiic1 ... dns tant◊ r or Lciio XI II quanto por Pio XI e por Pio XII f a da organiz;1(·äo ,·orporafiva dn economi:i, 1150 nos rnoldcs intcrvencionistas do corpor:.tivismo do tipo r.1$cista, t111c C 11111:1 cont r:1fa('!'io, scn;io como f n, ... to da ,1tivid:-1dc 1>ropria c csponfanea dos g rupo!-:: proH:..~lon;1is.
COMO SAIR DAS TREVAS PA RA A LUZ AS näo 1>crcamos de vista o
M
principal cm bu~ca do aces„ ::.orio ou daquilo quc no~ scr a dado como acrcscimo: :l qucstäo so•
giosa e moral.
1\ ssim, por cxcmplo,
d iante das r uinas p roduzidas no m undo pelo libcral ismo, aquelcs quc incoercntcmcntc q uc rem r cduii r .i " Rcr mn Novarum" a uma mcr a con• sagrac;äo da legitimidadc da inter • vc11~äo do 1>oder publico na eco110mi;e, ;ibstraindo de scus demais cn~i • namento!--, c ao mc:=;mo tcmpo s11ste11ta111 o laicismo, ou ncutralidadc do
Estado cm face da Verdadc revelada.• concorrcm s>ara dar Rcvol ucäo
a
nova.s
a rmas
cont r a
a
socicdadc.
Contra essa sociedadc q11c sc ach~ cnda ve.z ma.is i ndefc.sa cm . facc da atäo totalitaria dos <lctcntores da rnaq uina po1itica e administrativ:i hcrdacl:i da chamada democracia l i• bcrnl. Sobrct11do.. a insislcncia dcmagogica 11a aplicatao de ecrlo~ p rinci„ pios l ibcrnis, como o i~ualitc1rismo social, cncontr:a 110 soci:1lismo scu coroamcnto logico: dcla sc p as~a rraticamc-ntc scm transi<;fio, como 110 cumpri mcnto de um pro:;!r ama 1 par a a :i.\·äo sociali1,ant"c do Est:ido que hojc calca ao::;. pl-::. os di rcitos nwis clcrncntarc-s, co1110 o de propricdndc c de livrc inici:ttiv.i, $Ob r,rctcxto de 1,romO\•Cr mclhor distribui(·fio da riqucza, csqucccndo quc os dcfcitos atuai~ dcsf:1 ::.!'io :-nnn r gos frutos d:i
pro1>ria Rcvol11~iio. Os q11e baten, p;1hnas ;1 C:S.se crC$CCnte iutcrvcncio-nismo totalit:1rio do E:-::tado, agcm
como alguCm <111c :tcha~~c natur al confinr :ios delinquente~ 11111:i rcforma d:1s in~tilui\'.•>cs policiais. Leäo XIII nifül;1111l:11te cnf-rcviu as nnvcns quc ~e :14.•. mnulava111 no horizontc. r~ sc ,·011:=;ider:1rmos ;i "Re--
rum Nov.i ru111 ·• em tcrrno~ dt Rcvo• Coutr;1- l~cvoh11,;!10, c-01110 o fc,z o imorl:ll P ontifü:c, vcrcmos que a:,:. mcdid:i::. ali prcl'oniz:u.l~::; p.n r:i SO· ltu:!io d;\ qucstfio social ufi'l p:1ss:i.ri:un de coisn:-. de pa~äo~ (d. i\·\ at. 7. 32) lmJ1u c
l h!
sc - por ;tl)surdo - ~•hstrai:-.scm o :.speclo f1111d:i111c11t.1l, dccisivo do pro• blcma, que C ~• volta d:i hunrnnid:1dc ao ~cio mafcrn:11 da San!a 1;;:.rcja. /\:-. treva::; cohrir:1m :, facc d3 fcrra qu:11alo o Filho de Deus foi crucificado. D:1 rncs111a forma o mundo de hojc sc ach:.l meri:ulhado na escu ridäo d~ apo~tasi:i como r csultado da co11gpira(l10 movida pcla~ for<;~1s do mal confra a S:rnta l~rej;'I. Trnba• 11lcmos c rczcmos p.1 ra que, pela in-lercessäo da M[1c de Deus, scja vcndda a ·hidra d~ Rcvoluc;fio e dcspontc de uovo sobre a humM1idadc $0· lrcdora o sol de Justi(:t quc c Nos~o Senhor
Jesus Cristo, o mcsmo on-
tcm, hoje c par~ todo o scmpl'c (cf. llcbr. 13, 8) .
C unh a
A l va1· en g a
Nl'"lf,1, l ibcr;11ismo c sodalismo
qu<: fao p()rfi:idamcntc 111;1«.111i11,1111 por comovcr :i.s na(lics :itC cm scus fundamenlo:--. Vcj.1m, poi~. c dccid:.m, os quc b<:m jul~arn, sc tai:,~ <loutrina$ ;1ptoveit:11n :i libcrcladc vNdadcira (: di.(::'na do homent, ou sl> servcm p:i r:1 pcrvcrlC-1:, c corrompC-la complc-t:i.menfc" (doc. cit).
t:i, ainda hojc SC <)uve () ~ri1o : 1'0 dcric:ili~mo, cis o inimi~o !" A l grc„ ja c.111cr u:,;11rpar :is ;1trihui~·öes do Estado . Sc)pram hipocrit:uncnte :i.o~ ouvido~ <lo povo os sectarios do l ib<-ralismo c do socialismo. ·r ais acns.J~·öc~, diz l.t5o XIII, constitucm :wtc-11 1k:1 pcrvcrsidadc. E nest:i obr:i pcrnicio~:i. c dcslc-al cli:-fint!nC•sc um:i ~eiln tcnchroga, que a sodcd:tdc t r:lz de h3 lon~os anos cm ~cn S(•io, como 11nm <locn(:l morfal que l hc con• t:,mina a saudc, :t fcc1111did;ulc c.: a vida. Pcr::.oni (k:u;5o permanente da
:apoio <ios c:.tolicos p ro~rcs...-;islas da cpoc:1... ConvCm, toclavi:i, acentuar <111c j:.i n:iqucles tcmpos o libcrali~mo punha as unh:is (otalit.iria~ complctamentc de forc1, cm facc ,1a l t:r<:ja c d os catolicos :u1tcnlitos: '1Mt1s cm mcio de lanl:1 ostcnlM:äo de tolc-
formal, crn Nossa Enciclica 1-/1111111-
cial C sobrctmlo uma q ucstäo rcli-
NENTE DA REVOLU~ÄO
E
Como sc vC, Leäo XIII dä o ~oci;i„ lismo como clcco rrc-nci., dircta do
~ario se torna nomca.1a, pois t odos rcconhecem P,Or cstcs sinnis a ma(:Onaria, da q11al j a lalamos, de rnodo
PERSONIFICA{:ÄO PERMA-
"R<.:t i rados o:-. frcio:.. do devcr c cl:1 cooscienci:1, s6 perm:i.ncccr:i a (or(:t, que ntml~:l. C ha:-.tantc p:ira conter por si :..i, os :1pc.:tiks d;,s mullidc)C$, Do quc C :-.uficicnt<: testemunho a qu:isc dia ri:i l11f.1 <·ontra os M>ci~l i~• C:is c oulrns furhas de scdidosos,
erro lihcral, c isto quando o libcralisrno cstava cm seu :1p O!,!C11, com o
•
c . Postal 4827 -
CABE{:AS DA MESMA HID RA
ranci:i, s.io (os libcrnis) com fre-
sacm dos lll(:smos antro~ se-crcto::;. Libcrais c socit11i:-ta:q11crc111 o camflO livrc p:t r:'l s11:1s rn:1q11i11;u;c>cs c por i~so nfio ~u.lmitcm a. :,(50 da l grcj:1 cm matcri,, J)01ilico-
sodal. Como f!O tcmpo de Gambcf•
Rcvolu({u.), constitui uma t:-pe.cic clc sodedade {1::- :ivcs:-as, cujo C.$COl)O C um J)r cdominio oc.•ulfo sohrc :i soc.:ic-
dadc. c c11ja r:izäo de scr cousistc na g uerra a Ocu~ c f1 l g rcja. Oc-sncccs-
MENSARIO COM APROVA{:AO ECLESIASTICA Campoa -
Eat. do Rio
Diretor:
Mons. ANTONIO RJBEIRO DO ROSARIO ltcdarl\o o g er cncia : -'v. 7 ~• Sotcmbro, 217 - Cau:a l'ostal SSS J\s,i:inntun o :
1u1uat~:
C'.on~u,n ••. ..•.. . .•.. ...............•... ßcntell()r .. .... ... . ......... . .. .. ..... . Gra.n<lc bcnrcltor •.•••.•. •.. •• ...•• • ..• Scrnlnnrh:tns (l <"SLudo.ntcs .•. ••••• •• . Rxtcrlor
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Ci-$
250,00
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Scrglpc e: T crrlt orlos, o Jornal ~ c nvlado por via ocrea J>CIO J)rcco du osslnnt ura com u m . Mud1t1H,'n de emJere,co d l'! ns~lnnnt():;:: m Clnelon n r o end,~rcto n ntii;o. Volcs 1>0st a.1s, cartas com voJor dec.lnra do, c.hcqucs, devcrl'to ser cnvlados cm nome de um dos scgu lntcs Asrcntcs e pnra o rcspccUvo cndcrcco: A,:cntn t:Crl\l - Dr. Jns~ de Ollvclra A n d r8'1C, Catxa Poi:;;tl\l 3-13, Cnmpos, Est:tdO (lo HIO; AJ:'entC) 1uua oi< f:.St.ntlos 1lo l ':lrn nt., lUo (; rnn clo tll) S u l, $ anla Cntorl n:1 o $i\(I t•n ulo Jos~ IAUIS de 1:·r cll ns
Cuhn:u·ncs Ablns, nua Cai:-tro Alvcs, 20, S;.lnto,;, f:st.1do de St10 Paulo; A,:anh> pa r:1, oi,1
f :srndos d o Golf.:,,, i\fo to
G r o,c~o
t'- Mln a s
C 1, r:·1il'O -
Or. Mlllon d e Saltcs Mour&o, nuu ßarti.o de Maca\lb:ls, 202, tctetonc •1-2279, Jlelo Horizonte, E:<lallO <IC MIIHts C:<-rttl~.
.......,
evo uoao on rae •
em EPOIS de var1os meses de inteiro silencio, alguns orgäos da imprensa catolica como que a uma - publicaram artigos de oposi~äo ao livro "Reforma Agraria Que.s täo de Consciencia". Ternos conhecimento de criticas desse genero estampadas nas seguintes folhas: "Pax et Bonum" ( n. • de mar~o pp.), artigo "Reforma Agraria Consciencia da Questäo", por Renato Rocha ( o texto contem afirma~öe.s opostas as do livro, e o titulo e uma evidente alusäo a esle ultimo) ; "Jornal do Dia", de P orto Alegre (n.•• de 22 e 24 a 29 de janeiro pp.), serie de sete notas de autoria da reda~ao; "Mensageiro do Carmelo", de Säo Paulo ( n.•• de mar~o e abril pp.), dois artigos do Revmo. Frei Domingos Fragoso, 0. Carm. Pelo muito apr~o que l emos a imprensa catolica, e
D
pa.ra · manifestar n o s s a
cordial simpatia aos referidos orgäos, gostana• mos de responder a cada um ddes por meio de um artigo especial. Esta tarefa seria entretanto impr:,ticavel pelo volume de trabalho en, que importaria. De outro lado, nos
1as tro modo, implicita ou explicitamente, os argumentos
essencJa1s
co m
que responderiamos aqueles orgäos. Pois a argumenta~äo dos s et o r es agro-reformistas catolicos contra "Reforma Agraria - Questäo de Consciencia" pode ser resumida em alguns leitmotivs que se repetem em todos os artigos que se seguiram aos do Sr. Cor~äo. As~im, pedimos aos interessados que leiam "Refor-
* Ainda sobre "Reforma de 1961), que ate pede Agraria Questäo de Consciencia", parece inte~ rC,S$C'lnte registrar que o s
ma Agraria -
Que.s täo
de
Consciencia:
1i v r o
arligos do Sr. Custavo Cor9äo causaram jubilo näo s6 em certos setores catolicos, como igualmen•
odioso como a
invasäo
te nos arraiais comunistas.
da H ungria ?" e "Reformn A g·ra.ria -
Questäo
de Consciencia livro que o Sr. Custavo Cor~äo näo leu", em "Catolicisrno", n.os de abril e maio, se desejarem conhecer nosso pensamento
Sobre eles se pronunciou, subitamente incendido em zclo pelo decoro da lgreja de Deus, o orgäo bolchevista do Rio de Janeiro, "O Semanario" ( n. 251, de 9-16 de mar~o 0
contra aquela obra providencias algum tanto inquisitoriais da parte da Autoridade Eclesiastica, "a firn de näo servir ( o livro) de arma aos inimigos da lgreja". t a seguinte a "Nota da Reda~äo" que precede em "O Se1nanario" a transcrisäo do primeiro artigo do Sr. Custavo Cor~äo: "N. R. Haviamos solicitado de nossos especialistas em reforma agraria uma ana•
lise desse monstruoso livro subscrito por dois bispos, um dos quais ate chegou a ser promovido a arcebispo, pelo Vatica• no, ap6s esse feito extraordinario em favor das classes n1ais anticristäs. "Ainda n5.o tinhamos recebido de nossos colaboradores a encomenda e eis que no Diario de No ticias de 22 de janeido de 1961 aparece un, oportunissimo comentario subscrito pelo lide,· cato-
lico Gustavo Co«;äo homem da intimidade do Cardeal Dom Jaime, isto e, da ala mais reacionaria e ultramontana da lgreja e homem da intimidade da. Companhia Telefon1ca.
"t, pois, um exame definitivo sobre um livro que envergonha o clero catolico e que deveria ser rapidamente recolhido das livrarias, a firn de näo servir de arma aos ini,nigos da lgreja".
* Esl<t f olhct ti,nbro1i se11i·1>re e11i se meint er ci
11uirye1n clus rl-is1rutcts 11cirt·icl<t1'ias. Assi,n, seus 1)/'0• nnnci<inientos sobre esle 01i <iquele temci <i~i cil-uaticlcule ,uu;ional, co,no 1·ecentmnmite et "Re/or1no, Agrctrici", jrt1n<tis -t-iverani ein vistci f1ivo1·cce1· QU co,n/)(iter <runl<ru.cfr 11e1·so1uilül1ule <n<,1><t1·ticlo 1)olitico. f; neste es1>i?·ito qne /,ece1nos ctly1ins conicnlct,·ios sobre o recitciniento cfrts relci~öes cli11lonuitic<is
sobre os principais pontos da controversia.
* Pelo particular respeito que merece seu autor, o
redarguiu as criticas do Sr. Custavo Cor~ao, SC
Exmo. Revmo. Sr. D. Fernando Comes, Arcebispo de Coiania, o artigo "Reforma Agra1·ia", publicado na "Revista da Arquidiocese", de Goiania (n. de fevereiro pp.) , sera objeto de u,n estudo especial a ser esta,npado nesta folha. Este estudo sera da lavra do inclito Bispo de Campos, D. Antonio de Cash·o
encontram de um ou ou-
Mayer.
n,tig os em que u.m dos autores do livro, co1n a anuencia dos tres outros,
Pcir<t sc <lefenclere,n de <icus<igöes cleste ti110, os i>nJntfJna<lores cle "Re/ or,nct Ayrcirüi - Q1iestiio cle Conscienci<t" bem 11ode1·ii.o servir-se <lo eS'f)lenclido "ßsclct1·ecimurnto" clo Revm.o. P,ulre Sec1·elct1io do Bisprulo de Ccim11os, 71ublic:culo nesl<t f ollui e11i seii n.e t 21 . de jcinei.ro 111',, e trcinsc,-ito pelci i?nvrensci <li<tri<t cl<is 1n·i1wi.p<iis c:iclrules rlo P<tfs.
0
* N ,io q1iere1nos 11assar a <n1.tro asS1tnto, smn <intes de/m1.de1· etc 11nia inc,·e1><tf<io injustci os con/rades que <te n6s <l-issentein eni 1nateri<t de <t{I ro1·ef01·m.is1no . 'l'ent ca1tSado estr,inhezci <t certris vesso(1s o f<ito <le quc or11äos critolicos sc 11uinife.sle·ni mit clescicordo coni 1t1n livro esc,·ito, näo so 1>or clois catol'icos, 1n11s t1i1nb1hn - e riqwi est<~ o vonto sensivet - vor du<is fig1i1·us do Veneran<lo E1>is1:01>a<lo N1wiow.1l. iVcul<t 1nelhor do q·1w o resveito cl. lfiercirqwi<i. Cont1ulo, 1nes1no CIS ,nelhores cois<is, qiian<Lo lev«cuis ao exagero ,iest:e t,·iste v<Lle cle lcigrinias, et 11a·1·tir clo vonto ein q1ie s,i.o exrigerrtdas cle·ixrun 11or isto 1nes11io cle ser borts. Ti<~ entre n6s 1t1ru1 tat cctrencia cle 7Jrinci11ios clfJ11·os e sey1u·os, nesl,ct ,nctlet·ici, <r1ie cct11sa usso11ibro. U1nct 11ersonalida.(le c<itolic<i alt<tniente resveilctvet, tendo sulo 11crguntac1't soln·e o q1,e 11m1.sc1. cle "Ccitolici.~1no", niio cl1,viclon cnn o cr11<tli['icrir clc vessi1no. EJ cleii clese11ib<tr<i9rutci11iente o ,notivo: citcwa ex1n·cssci11iente 1i1n 13is7>0. Foinos tircir ci li111110 clo q1i,e se tn,l<tV<t: erci1n cert<~ a71rctciaqi'ies Jllv/Jlicadas ,ui serie "Os c<ilolicos /rctnceses no seculo X IX", ctcercet cle Jl!Ionsenhor D•11,7uinl-0u11, Bisvo de Orleans. Assi,n, nein o histori<ulor, c1tja vrincipcil ob,·igagcio c et <ic cl·izer <t ve1'Clcule, s6 ci vcrcuide, " to<ui <t verclrule, teri<t o <li reito cle se CX'JJl'essrir COllt re.s11eito, ,nas co1n fr<tn<ruezct, sobi·e a.~ fifJ1trffs clo E7>iscovruw rrue jct mitrcircun vcirci ci fl-islo1·i<t! Neste cctso, seri<i necessct1·i-0 queinutr ci ·-'Hü1to1·i<i <los Pci11cts" cle Pcistor, q·ue, ,uulci oc1tltcindo clcis fnlha:; e cuis fr<iquezcis etc eteterm.inaclos Pontifices Ro111anos, e e11t1·et.<into ·1i111, ve,·da.c/.eiro hino etc r1lo1·ia ao PctJJ<t<lo.
A Constitui('ilo d o Nst:uJo da (iu:111ab:1r:,, rccentc mc ntc-
r1romulg:1d:1, rccus.::i. qu:i:s,JuCr subvcu('Qcs no c nsino 1,:1rticular,
d f:Stinando enormes r ccursos ao t'm;ino publico, <tue C lnico.
A 1101>ula{"äo ~seol:ir c.l:H)1.1Cfl:L unid:tdc d1\ l 'i"cdcr:\t.ii.O tie:\ üssim
c.xpo~kl aos gr:lvissimos incouvc nicntcs de unrn formntiio int<:l<;etu:\ I c m orul clc t')ue Deus cstarU. nuscntc;. Que re:"tt.äo contra o :de ismo eomuuista 11otli:::rii.o n11rcscntftr ess.1 s gcr:•~öcs nov:1.s cd uc:ul1,1..o; longc cle Ocust
0 MOVIMENTO PAN-ARABE EMPREITA OFICIALMENTE UMA !MENSA OFENSIV A MAO MET ANA " <:o,ne1·cici·is <lo IJ1·asil co1n <tl{lnns vniscs snleli/1:1, cle /'.1oscoit.
*
E11i 1n·inci.pw, de todo yove·rno e lodo reyi,nc c;o11,1tnista cle11e-sc cU.zer <11te e 11s1w1><ulo1· e ilc1;iti·mo. Co,n efeito, 111n 1·er1i11111 0'1l 111n yove,.,w existe pct1·c, o bent co·1nn111., l1tnlo e.n,i?'it,u,t <11utnto tem:porctl. Qiuindo 1tm, ou 01itro fetz pl'Cu;c,, <le 1nodo estwvel, o['icictl, insofis11uivel, de ne{J<t1· <t Deus, de 01n·i,nir a. l {Jrejn, e <le <tssenla.·r sob,·e <t 11er1<tq1io do Decalo(fo toda, et vidct civil, e/e tr<tb<illut con/essctda,1nentc contrct o be,n coniwin, e 11m'lle vois s<:us litul.os <le leyitiinül<ule. Isto 1>osto, nao se 1>ode 1·econhece1· tal re1rinie 0'1t teil f/OVC1'1tO, vclo 7H·incivio cle que co11i '1ts11111rt<lores niio se tritl<t. A estct 1·1izcio a,c·i·esce que, trc,t<,n<lo c:oin o 1tsw1·1>1tdo1·, nc'io s6 se 7n-est1t <u(lunt 1,poio cl. 1~~urpct<;<io, ·mci.~ se concorre 1>or estc, vfri 1><t1·a 1>restioia1· 01t <ipoicir o mcil que o us111-p<1clor /<t~<t cl. Reli1Jüto c 1l.s al11uis. Assi1n, 11ois, /<1ktndo e,n lese, 1i1n 7Jwis cci,. tolic:o ,u,o cleve esl<tbelecer 1·elaoöes co1n JJwi„es co1n1tnistcis, ~ejci1n eles "11/nnet<ls" ou "scit<!lites" clo cosino 11uirxist<t.
* E ve rdade, poder-se-ia a p ropria care ncia deslas objelar, que pelo menos o simples enla bular d e rela~öes comerc1a1s na.o se identifica com o reata n,enlo de rela~öes diplomaticas. E, con10 nossas rela~ö es com os Estados comunistas tem mu:ilo mais alcance comercial do que politico, näo d ev em clas ser tä o severamenle censuradas. Nä o concordamos com esla asser? O, Aceitamola, no entanto, para mero efeilo d e argumenta~ o. Se, por hipolese, entre dois paises se estabelecesse um habilo d e comerciar, mas as rela~ö.e.s d iplon1atic.as inexistissem,
ultimas indicaria, l'eal1nente, um eslado d e estremecimento rec1proc•o , bem diverso da pleni'.\ normalidade do convivio entre n a~öes. Entretanto, num mundo em que a d iplomacia vai cada vez mais se reduzindo a n egocios, a d istin~ä o entre rela9oes diplomaticas c rela,;öes comerciais se vai tornando s en1pre ma1s 1ne xpressiva. E as melhores rela~öes d iplomaticas se ficarem a lh eias ao plan o economico prendem menos d o que as rela9öes comerciais, desd e que eslas s ejam vivazes e pujantes.
* /'.1as, di1·-se-ci., os EUA, <t ln1;lttle1'1·<t, todas cis 1ut~öes ocicle,1,tciis e,n s11.1na. cleverici,11. e,it,io cortwr suas rclaföes co1n <t R11.~.~üt e se,1s sc,telilcs? Qu,a,ndo u,n u,;1i11>ndor esf~• forte111.ente 1·1idir.<tdo no vocler, e se lonu, incli~1>ensc,11et 1><trci os 0011e1-11.os li11iit1·ofes, oit 11roxi?nos, resolver co11i ele os 1nil 111·oblemas qu.otid-i<,nos inerentes cl. 'Vizinhetn{:<t, o estabeleci?ne,ilo cle 1·elavties entre unut c 01llr<t 1><t1·te se toi·na indib11enscivel. E, 7>el<i foi·t;<t <l<I.~ coisc,s, cleve1n esl11s 1·eveslir-se do c1i1·c,te1· cli11lo11iatico. 'f,; evidente q1ie, neste c<iso, o reconheci,nenlo de n1n gove,-,10 1uio envolve unu, cifü-mciq,io de sua leoitiniilla,de. Assi11i, ci Ale11uinlui Ocide,il<ll nao 110<le <leix<t1· <le ter rcl<tföes cl-i1>l.om.aticas co1n 1i URSS. 1\[utati s 1nutandis, se enc01ilr1t1rt no ,nes,no cciso cei·tc,s 1ui~öes, geoy1·cificn111ente clista.ntcs 11<1 llussi<t, conio os EUA, que ou ace-it1i1n ter rci<iqöes cl-i-plomctlica.s C011l 111OSCO'lt, 01l cri<t?n ?l1/t esl<ul.o de coisas que vöe o 1111tnclo a. clois 1>assos <lct (f1terr<i. Co111711'eende-se ta·1nb6'n ai a ex·istencict cle tnis rehiqöes, <tlw obvia111,e,ite n<io i11i1101·ta1n ein cif'i1'1no,.. fcio de l,1r1ili1nicl&le, ne111 do r1ove·rno sovictico, nem clo regi,ne.
* Sc(fiindo toda, a evicle,icüi, no B1·<1sil est<1s cir-
cnnstancüts niio e~istem. 0 esta.l1eleciniento 0'1L rea.t<11ne,ito das ,·elciqöes cli11lo11utticas c01n os Estci,. ,los co111.1inistas e pcir<t n6s 11., n "non sense".
E as rela~öes comerciais? Transponhamos o problema para a esfera privada. Pode alg uem manter li.ga~öes sociais con1 o persegc,dor de sua mäe, o a s s a s s i n o d e seus irmaos? Evidenlcmente nao. E se forem meras
* ,·ela~öes de n egocios? 0 n1al sera n1enor, mas ainda assim sera muito g rave. Pois as rela~öes eco• nomicas säo, cJas tambem, rela9öes humanas. E envolven1 porlanto, d e um ou oulro modo, cerla aproxima~äo en tre as par• tes. Ora. o oundonor im-
ter para com o pecador. Mas tratava-se d e um criminoso a rrependido, que, ademais, havia cumprido sua pena. A Russia e seus satelites säo inimigos ferocissimos e capitais da lgreja nossa Mä e, e perseguem os catolicos, nossos irmäos. Neles nao hä n enhum sinal de arrependime.nto, m as uma p avorosa jaclancia no mal. Desaprovamos, pois. in to• tmn nossas rcla~öes com . esses pa,ses.
ped e que estabele~amos qualquer ligafäo co m os o p ressores e verdugos d e nossos pa rentes o u amig os. Este principio, aplicado na esfera internaciona1, impöe aos povos cristäos que se a bslenham d e toda rela~äo con, o anticristo hodierno, que C: o bloco comunista. Conta-se que o assassino de Santa Maria Goretti, ao sair do carcere, foi recebido pela mäe da pequena e gloriosa martir. Essa e, dir-se-a , a misericordia que se deve
*
i1'1<ts, cl'ir-sc-<t <t·incl<t, e se c,s negoci<1r,ies forc1n '1n-uito lnc1'<ttivc,s cle var/;e et vcirte? Pergun/.11,,se: .se 7Jocle1n se,· l11crnt-iva.~ pa,·a os t:oniunistas, niio ha 7>reci.,ct11u:nte nisto um 1not-ivo ·11circi nüo as ent1ilni/1i1·? l1lao conco,-,·crc1nos ctssini 11ctr<t consoliclci1· cis bnses eni que o 1nonslro 11utr-~i.~/.<i se <it>oi<i? E se nii.o o J>oclem. scr, coni que int~Lito <ts clcscjct1n o f(rc111Nn ou os 11011en1os-l'ilcr,,s <rue clc 11u,nciet?
* Po1· /-i?n, 11er(fttntc,1·a <tl(l11e1n se cu, 'V<tn/.cige,is clc l<ulo bnisileiro nao jusl·i/icct1n essas rclagöcs cle ne,<1ocios. Sc nosso Pcvis est-ivesse num t<tl eslaclo cle po• />rezci, q1ie s6 1>01· 11ieio clessas relaföes se vuclesse 1·ec1·1;1te,·, elas se co,n1n·ee,ulc'ri<t11i. U11i che/e cle fci,nili<t vocle ne.<1ocici1· co11i o 11io1· 1ulvers<trio, var<t ev-itar que os scus 1no1-ra1n cle f 01ne. Por<!1n, evi<lente,nente esta hipolese n1io corresvonde ao caso bras-ileiro. Para 1uio / oca.liZClr .~eniio o 111ais ti71ico dos exe·1n1>los, se1·1, q1ie o Bretsil ,no,-,·ercl. de fon1.e se nao co1nercia.1· c01n et Alb<tniet?
*
Estas sc,o cts consicleraföes que o 1·eal1t1ne,ito co111 cerlos scitctites cle Mosc01i nos sugcre. N1'io quere,nos, vor 1t1no1· a /Jreviclade, esprciüi1•41os sobre os 7>eriyos obvios cle 11enet1·a~1,o coniunist<i que o Pa.·is correrc, ipso facto. Rer1isbr<11nos <tqwi nosso 7>ensw1nento sein qncilquer intenr;c,o 1><t1·ticl1i1·i<i, e co1n to<lo o respcito <1ue o ccitoüco tem nat11ral11ie,ite 1xt1·a. co1n o Poclei· Publico.
* 0 Sr. Lopo Coelho, Presid ente d a A ssemblcia Constituinte d a G uana bara, ao ser promulgada a Conslitui~äo do novo Estado, d e c I a r o u : " Näo posso, nesla segunda-feira santa , e m que se in_icia, no simbolismo mis-tico de nossa lgreja, a Semana Euca ristica da Reden9ä o, calar a emo~äo que me domina ao dar por terminados os trabalhos desta Assembleia, com a promulga ~äo da carta mag na desta unidade fed eraliva". E n1ais adianle S. Excia. acrescentou que, se inova~öes houve naquele d iploma, näo foram fcitas " s e n a o para inscrever (ne'e) o sig no da nossa civiliza~äo h um a n a e cristä".
* Estas afirma~öes con• t rast a n1 dolorosamentc com o art. 56 da Constitui~5o, que crja um e norm e Fundo Estadual d e Educa~äo e Cultura (22% das rendas tributa rias do Estado lhe sao reserva-
d as) , c dispöe que seus recursos seja m aplicados exdusivan1cnte no ens ino publ ico. Pouco adianle ( art. 57), a Carta auto• riza o auxilio ao ensin o privado, m cdiante finan„ ciamentos. Mas tä o g ra n• de e a verba destinada con1pulsoriamente ao en~ sino publico, que bcm se ve que a ajuda ao ensino privado alem de näo poder passar de cmpre.s• timo - s era irrisoria, se existir. Merecem pois a maior aten~äo da parte dos catolicos as palavras pro~eridas alraves d a Radio Vera Cruz, do Rio d e Ja. n eiro, pelo Em,no. Sr. Cardeal D. Jai.me de Barras Can,ara, sobre o assunto. Sua Eminencia qualificou de "d esrespeito g ravissimo Constituic;äo F ederal e verdadcira lrai9äo vontade do p ovo" esses dispositivo s. E aconselhou aos eleitores do novo E s t ad o que "marca ssen1 be1n quais o s deputados que o s d ecepcionaram com täo crJmt• n osa i11.iust~ca".
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Vet·i ton{le " 111Ctn1<t <Ut soci<il-izt1(1cio. De ·1tni 11uil1tlino v<iuJ:ista.. extra-i-inos estct i11f onn1u;iio im,po,·t1inte: ·'U1n <IOR setorcs nictis at,in• 11iclos 7)e/as falsicl<«lcs <los 1111,11uwos consi{lnaclos no 01·f<1.1nen.lo (fe<lcnit.) d.o co·1•re,1.tc exercicio 6 ju$l<i,. 1nente o d1i V-ict~<io e Ol1rcts P'ttbl-iciis. Jl clolcl<,iiO estcibeleciclct, 1101· exe·1n7>/o, 7>1t1·<• o Lloyd lJrasileiro e 11<,r<t <t Co1n7>cinhüi Ncwionitl cle N1ive11ci9cio Co.~teirct, mnbor<t se clestine <t eob1·ir <is clesvesc,s cle to<lo o a.no, ,; 1i1Jc1uis s1t/icie,1:l.c 1>1tr<t 1i1n 11nü;o 11iiis clos .<1<1.stos <11,quelcis a.1it1irq11-icts. Po,· 01ttro l<c<lo, <t Rccle fi'errovi<tri<i Fcc/c'l'(t/ nüo e,ic01tl·rct no 01·911,, 1nento os nicios de f<1zer f<we uos seus co1np1·01nissos de toclc, 1uibltrez1t". 0 interessc clo 7>ovo vedirüi, vois, e urge,ite1ncnte, q1u1 f osse,n ent1·e,<J1teS cl. inicü,t·i1,•c, 7Jriva1/.<t o Lloycl, ci Costeiret e <t RFF. Ma..~ em. nenh·1i1n selo1· volit·ico, <to que nos consl<,, .w, /<tl<, clisto!
* na na Africa e na Asia. Ha bitualmente, e s t a 0 Coräo, por ordern deIe, esla sendo traduzido para todos os idiomas arabes. E "adidos relig ioso s" mu~uln1a nos estä o sendo d esignados para tÖdas as embaixadas egipcias na Asia e na Africa. Assim, o movimcnto pan-arabe, que ate aqui se afirmava religiosarnente neutro, empreita ofi-
sec~äo consagra a n1aior parte d e seus con1entarios a assuntos intcrnacionais. Clrcunslan cias va rias cond uzira m-nos a trata r hoje quase exclusivamente d e temas brasileiros. Um assunto internacio • nal ha, entrelanto, d e tal monta que mcrece especial registro. Segundo informa o jornal "La Nation Fran ~aise", de Paris, e,n sua ed.i,äo de 15 de fevereiro pp., Nasser se empcnha a gora vivamente na expansäo maomcta-
cialmente uma i m e n s a ofensiva maomctana !
P. C. 0.
M~NJA E POETI SA 10 de Ju11cll'o de 1911, a rllh~t 1n·edilch1 de Ct,plstrano (lc /\brcu cntrnw, 1mm o C:wmeio de s::i.nt::i. To1·cs~1. no Hlo d e J.:incir~>. Bmborn homcm :--cm rt, nfu> qufs o pul t:onlrarl~11· :( vo<·ntüo da Jov('l'n llonoriho quc, cs~rcvln clc, cobtd cccu h S\lti. (;(mselc1H:h1>, ca unlca. ronn:1 vcrd:lclclnk C:le ser rclli• . E:-1,ercmo~ c1uc NO~$o senho1· Sc tcnlla com1)adceldo d::i. alma do 1:rt1.ndc hhHorlndor 1mtrlo, no momcnlo mlstcrloso •In lllOl't(:. J'(>is, se C.O.J)isl 1'a1lO de Abrt u nH)l'l'('U :lfoSt:t(IO d:, h:rcJ::t, l>cm 1>odem :.1s or~t(·f,cs de su~, tllha tcr J>CS;\do n:t bnl:u\ia da Ml:-crlootdla Dlvlnn 1mnt alc:rnr::u·-lhc a r:1'::&<;:, do arrc1x:ndl• mcnt.> rinnt. i\1:Hlrc i\·t :u•ln ,Jc)sC de Jesus nomc ,,ue IIOl\orlnn l otnou cm Hc:llnmo - dC\!C :-.c1· conshtcr:tcl;.\ a rcstaur:,,1or:, c!O Carm<"IO de S..'Wla Tcrc:-:'t. Näo quc 11:\(IUCIC ('(:ltObiO ralt:1ssc tllllC'S 0 l.)om es1•irlt(•: r,orl-m. cm \'ir~udc de n'm iw~ cireunstnilcl:ts :,ulvcr:-:u:-., n5o :-.e obSCl'\':\\':UU :'III :lS 1>rMki\s comuns :, lO.(I:, a Ül'( lcm.
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No scu 1()1\V.O J>rloraclo. tlc m:,is de 25 anos, M:idr-0 M;:tri:, Jost; J)t)d~. :cu:wc mr1s: tkrncment<.\ Ir lotrodu;,.lndo entre :rn:1s mhns lodas flS Ol)SCl'\ta1wl:\S l'(!('Omcod:ul!IS J)OI' Sa1H;I Tc,·csu. ;\Mm dlsso, rol miic c:-:11irllunl (~xlml;1, 1,clt.l l)tll:wr~, e m:·d s :1huJt1 pNu cxenw10, Alnda qu,uHIO curcrn·u,, s<, a <Jl>cdlcncl:\ a nrns:tav:;L d ::t ('OnformMtHIC CXfll!l .., l{Cgn:, C aos ('OSlUJn('~ dO Carmclo, 1-; d lslln1:uiu-sc.- S('l'l'll)l'C J)('l!l ll\ll'(";f,:t, l)CIO c:-q,h•lto de Po• lwc:,.a, c :-:c,brCltu,lo ,,ein carld::ule nnlenlc com quc. Prlor:1 c Mcslr;.l de novi(':ts. oricntou c f-Ormot1 cs1)0:'-as do Cordch·o rmueui:ult>. lncluslvc t:wt~,s M:Hlrc:-. cauc lcvitrnm u mesmo cs1lll'il1> ::, out1·ns ecnaculo$ de 01·at5o e 11cnftcnt-h1. A Jl-(n~ uma l)ro• v;.l('flO fin:11 n n()itc cscurn etc quc t:,1 1:a ~:to Joiio da Cru~ ('h(U1l()\l•:t O l ~SJ)()S() Oh•h,o parn a:- IIUl>Cln.s ctcrnas. F.Slrts llnhas l:>rev lsslmm; \{'.m ::, intcnr:!'10 npcnt,s d<: cxcltor· noi:: IC"ilOrcs o dcscjo de ('()nhee<-r mclhor cssa t:,rnndc ncliglo~:m. iN'oss;;,s notns foram tlr:.Hl~,s da clt·,·ulnr {'SCl'it.'I 1mr oc:.a:-:lfu> ,rc sua mc>rlc; o Cannclo do Hlo :rnu n cl::t - c com vlvo Inter-esse tl ci::1,cr:tmos uma vid:\ de M:ulrc Marlo, Josl! de Jesus:.
• Nt,o s6 oomo C:u·mcllla cximln lmlto u cla suri Mllc Snnl:;i. J)c,·cmos-mc a tradu('t10 fie l d as obra::. tlu rerormador:, dO C:1rmclo, cm1>rt•s:, :irciW cm nomc dn T crc s::a. 1·ambCm roi cs:crltorn.
obcdlcncla c IC\!ad11 ü tcrmo cm mclo dos sofl'lmcntos Jnlcns:os <1ue a.sslnr,laram os ulllmoi:: tll\O:,: de sun cxistcncia. s.:10 dcla. uunb<-m dl\'crsos ll vros: •lc J>lcd;\dl! c1ue J)(lr :,1 <.·<u'rNn r:1'l.Cndo b cm ~s nlmns: cO Cor~-.r:«o l)lvlno • • cO Senhor Mcnlno Ocus», c Dcus 1wcscntc-•. cOpusc\1l(>S m:,rln,nos•• .-Nosso Pul Si'LO Josl!•. cO Sant o noi-arlo~. Ucdlclu, :, 1,cdldo do C:w(lc:il l.cmc:. ;1 fo r„ 1n111:. da eon::.:ai;rta('i'.io c.10 nrnsil :io S.1gr n(lo COrn<:t10 de Jcsvs, t•cdtada t1utu1do <la lnaus:ui·;_1c;üo do monumeoto u Crlsl o ncd cntor 110 :,ILo do Corcowulo. Mndrc Marin Jose :-01>,·essalu•sc l,::t1.il• mcntc como [)C}Clls:,. EscrC\'Cll mulu,s 1>0esl~,s 1>::1.1·.n cdlfk~('i'.iO de su;,s lrmfü.; Ci\l'll'IClllaS C de 1,esi::oas nml;.:as:. Ai::ora, itJ)◊S SU:l mortc. lCVC O mos1.Cll'O do Hi<> t~ f~li;,. ltJ(,la de J)Ublk (1-1as:, Conslltuirfio Qtmtro v o ltnnc:-:. dos qunls Jl• salr::tm ::i. lumc os dc'~i$ l)l'hllCir():,. c (JUC IC\!.:lm COnlU Utu1o; ,(~JUClOS c 1><>emüs• : ci\ Vlrgcm S.'lnllssima C Otlll'OS JKJC1n3S> : cCido llturgtc•<,:t ; .r ►'"cst:,\S do Cm mcto. . Sc>brc o seo w, icu· lllcral'lo ns.dm sc <::-:l)l'hnc o a,rcfacio: c /\ sant:1 Pr1<w:i ,~ulllvt1va tl pON:I:\ m<'l1'1ffencl:\ (! r imafl;\ \'01'1'1 tun:, 1>c.-1·h•I;~ quc, scgumto tcstcrnunho ficlc:clll,:n() de um ~n,11:0 <IC" Albe1·to de 011\'clr:i, <lesoert..wa. :i aclmlr:,('!io do 1:1·andc J)O«:llJ •. M:,!s L:trdc (:S:('l'CVCU l:11nl)(;m JK1cm:1s cm J)I-OS:1, t"!)m a m "smn macsl rln c lns1lh-:J(':io. J,:.-.sas Jlr(Hltt~öcs !)fto sempre rc1>:ti::sados de 1liCd;.'!<IC, de ul\c.:Uo. de arnor ardc,ue u Deus Nosso Scuh()r, ti S;111ta lt,1•cJa e !\:,: :,1mns. Valc n ,~n{, ICI' :ls J>O-Csl:is cl:.! Maclrc r-.·tnrln J osl· de J csu!$. $fto vcrs:os de um:t s:uit.:, ltcl li;;.iosa c r,,.,.cm bcm :i caucm os 1~.
r. -·.0 .-,\' ...
-
Oi\lENTl:t no ultimo mm'l(:rO dcsta. loUm (J >, os t.rCs nrtis;os ciue o S r. Gustavo Cor('ilO eserc~,•cu contrn, o Jh,r o «Reform:\ Agr:ll'ia - Qucstäo cto Conseien• ein», do qual, con't os r~xmos. Hcvmos. Sr~. 0. C:cn·,1t10 d e '.Procn<.~J Sigaud. rce<·nt.c.m ontc
0
prooH>vitlo
n
Arcc;bispo
de
Ohuuoutina.
,·er(L ,1uc, cm r c.sumo, ofirmumos quc :t 1u-o-
-
o
'O. Antonio de Cnstro Mayer, Bispo de Cmna,os, bc.m como co1n o ecooomist:\ Luiz t\lcndon('a. do Frcit."l.S. sou :'u1tor. Nac1uclo art.igo, mostrt1.,·11 n\iuha sut·p1·cs,,
dinnto do fato de quo o S r. Gustavo Cor~iio nii.o lern. s~nüo n.1guns trcchos -
,~stcs, supcrficiitlmc nto - de um Hvro contra o qual investin com a m!tior violcnciu, n. i,onto de dcchlrar quo clo me r,ecia. s'"r objeto d e iiu11ul!i.os do colcrn id<inticos aos <1uc, S. Sa. ox1>c rinH:ntara. uo tomnr conhccim cnt-0 clo cr1n10 trem c:ndo quo foi n. ocusUl('-iiO tl~ Uungrh, riolf,s trOJln.S sovicticn.s. J>::i.r:·\. pör cm rcntcc o infm~thulo da I)osic..'.Uo do ro,;oso jormdist.n, o ::trt.igo i,prc.scnta•;n umn comtcmm('-<.1o tln..-; 1u•incipnii; teses d e «n~rormn Agr::.ria. - Qucsttio do Conscicncho>. J fi por (1i so podin. ver quanto orn. scm bnso n ncus,,(:iio ei1.pitAf tle nosso 011ositor, de quo sc~ trat:wa. clo obrtL cscrit:a p,,rn. frworcccr os ricos, combator os 1>obrcs o m:mlcr ,un um .,,strilltho irnobilismo noss~, vidu rural, Pa.rccii,-mo ftincl:\ convcuicnto consid,,r:\r i-.lguns dos nrgnnu.::nto~ do Sr. (.;u.s t::wo Cor-('fio contra o livro, p:ua tornar nimb. tnais <~!nr'o :,os olhos do lcitor quo S . S a. h:t\'i!L lido tii.o somcnto «:i\ ,·o! d'oiscmrn noss:o 1 ratmlhc>.
*
i,rimeir:\ oritic:i do S r. Gust.rwo Cort:Uo n «R,~torm,, A,i:-rari:.L Qucstäo de Conscic:mci1i» (nrUgo <<Rc rorma Agr,v Tia: Questi'LO llo Con:,;cicncia»., in «O J~ t!ldo tlo Süo t•nulo», do 22/Jll!)GI) cousisto cm
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1
-
o mcsmo
ßOROEMOS c m .sc,;uict:, o :t.ssunt·o <cUoa.1 f::uni.l ias». Sustcnt.nmo:,; c m nos• so livro (pJ•• 15 1, 17) <_1110. n. c la.sso <los J>roJ)rie tarios rur:,is C hcurnu;ril:L d~l nn~ ('ÜO, o clcscnvol\'cmos con1 1n·n.-,er os ,•arios
A
tilulos dcssl\ bc ne m ercncin.
dclo untrc tnnt.o 1•crfoita IJ cabalmcnte so distini;:ue, C uornml ,·1uo ali nii.o lrnj:·, o t1uo o S r. G us t{LvO Co1•{'.flO chnma. «o sot:\qu() clO$ socialista$». $. Sa. no:; ncusr,, c}rn out ros termos. do niio n1,rc.scnhtr111os 1m dih1, !'iCC~äo o vcwd::uloiro socinHsmo. /\ nCm$n('äO J>rov,;m do fato de <1uo elo niio n.os lcu bem. Pois nüo ro; o soci::Ui~o10 tauo os :mtorcs alt <1ui:Jcram 01u-cscnt 1\.r.
o igunlit~\_rismo rural, cnuncindo c m mui•
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OSSO r>obro livro, h1o nm.J litlo t'>e lo $Cu n1lre.s.51:acto cr.iti~o, trahi c_m trö.s c~pit.u1os <lo soc10.l1s1·nc> ru·o1,rnuuc nto dato, e n,ostn, cm qmuatos matizcs csto so dividc (1,1,. 29 a. 4<1). 0 Sr. Gust.;-vo Cortäo 1>ta.rcco achtlr quc o quo e lo ch~1ma. de «iguuldnde niio :'lpCfülS d e llt,turc1.t\ esscncial c d e dircitos !uml:u11c.nt:1is1 m :L'i L·tmbCm d o condit.Ocs o iltributos do t.odos os homcms». Jhtdt, t·,c.m d o commn com o sociulismo, g-cm::rie1'llne nt.-0 eon~idcrado, o scm cxce~i'i.o do qutllC)ue r maliz (S. S:1. se rcforo no soei:,lisruo eomo so ro~o um bloco homogc.nco e mncit.o). Or:1, polo
tas proposi<".ÖC..~ icnpug-n~\c.l:ts na, p:lrlc:: 1, SCC('iiO II, do livro (t>P• G2 c scgs.). e b:1.-.cndo «na i$!tlflldndo, niio a1>e n:.lS d o nnt.orezn c-s s,mcial ,~ de d ircitos fu111huncnh1is, mas t:unbCrn do comli(~ÖC.i e atributo-; do toclos os homcn~,>, näo C. socinHsta. Ncm ö 11ro1>rio nos modcr• nos n:lciona.listns, scm1,ro J>rontos ml. invoc:1r o mono1>olio c~ln.t;-, I e ...._ 'rcrrabr:h». f-! lese d e «nlgum uto1>ico distribuUsta moio hobo, (tue ouviu c:mt:n.r o galo da pequcuü pro11ric• <fade m~,$ nUo S!lbo ond<m. 1~ conelui S. S a. corn :m1>crioridt1dc: «l'or mim j:Hn:\iS c.serevcria mn livro 1,:,ra r<~sponder Uquel:1s t e:,;os,
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te ndo fortos::unc nto do dizer eoisfis cnfadonla:u; clo tii.o obvh1.-,,,. Orft, so o Sr. Cor('~"io tivt.:sse lido com o ncecssnl"io ,,:1gar u ooss.:.L obra~ tcri:\ notado dois 11onto~ quo 1>or cc..rto Utc~ C\'it;niam de formulnr mn~, flcus:,('ÜO tiio scua bas:c. l•;m retlCtict:'l.s 1>:\!'A-:,~cns, o livro nccnlua ß illlJ)OJ•t1u1cia c:\1>it:·,1. COIUI) (; h !Ul(!.O(O J)rOJ)Ul • sor do movimcnt-o :1gro-rc;formislf1, de nlgo -quc cl c distin,::-uo cla doulrin:t soci:\.lista. 1,ro• 1nfam(mto clit;.1. l•:st<~ c lenu!nto i,ropul!'.lor, os nutorcs o cham:tm um «prceouccito passional» (p. :n, 1.nn «com1,lexo» (J>Jl. 3 o •I), a. expre."sUo cle um:\ «mcnt:llid::uto csquc.r dist:\» ( p, ,1), ::.ti::o quc n5o C i,roJ>ri:une ntc> :\ 1loutrin:\ soci:\• listn, nrns n cxut:,~:io do um «cspirito sociillisl tt)) (pp. ~1 c 8), um conjunlo d u «1lrinci1,ios que conti•m cm si. im11licit:1 ou ex1,ticit::un cnt.c, n idCin de que o inter esso y,ublieo 6 01,osto no intcrcsso J>nrticul:\r, o que, cm conscqucncin. o 1noprlctnrio rural n:io 6 um l,N1f'lnr,rito, tun..'4 um J>:trasihU) (J'>. 28) , um «im~nso n1ovimc.nto idcologico o tcmpcr:unl!ntal» <1>. 52). Ora, C d cst.c c lc mcnto pJ'Ot)UIS-Or quc c uida n sce('.a.1o 11 do livro, constih1idr, J)Or (lrOJlOSi(:Öes nJirnrn.dns o im1mgn:ulas, scguid:ui do coment.arios o t-0-xtos ponf.if1cios, sc<"~Uo e.<;ta quo o Sr. Gust::w o Cor<".iio !olhcou. e contrn a qnal, cm cons:<:qucncin, muis es1,ccinl• mrnt.c. n..."scnt.n suns bat:crhis. Por isto m e."mo_, o t-i tnlo da scc~Uo ni\o 6 «l~rros socialistn."», tn:l." «01>inio<:s socinli.-..ante.i <rue 1>rcJ>M'nm o nmbicnte 1>ora 1\ R e(orma At;rnrio» (p. 57). 1,; cm conformitlnde com isto, na. introducäo ü rcrcri,hl sect5o tl (J>. 59) esclnrcco o livro <1ue ein. «tcm 1,or fim cons idornr, n5.o m::,,is o ~istema de idCias socinlistn, mas :\S: mais im-portantcs dcnt-re 1L~ OJliniöe.o; quo prc1•nr:un o o.mbiente - al6 m csmo cm circUlos que so
contrario, n n6s so arigura que tem ,1uo ver:
r<!JHJt:t,u conscr\'ndore.o; o 1,nti-socialist":ls pnra uma. ccrt.a reccptividadc cm re1::u;äo n rc,fornrns isoci:tli1.ante.." cl._: nossrL orgmü:r,:\,:.äo soci:\I e cconomic::~, " 1>ortanto tnmbCm 1mra l\ Rcförmn Agrarin. 0 sistcmtt soci:1list"a ( ... ) 6 n.bordndo f\g'Ora cm 1,lano ap<;nas sccuudaricm, ist:o 6, acrc~sce11h1. a int.rod11(':i.o, tiio so-
mr.ute 1m mecJidü em quc aquolns opiniöes forcm conn.rns no :-;oeinlis-mo. Sc niio 6 1,ois do soeinlismo quo so tratn nra. scc~i\o ß, mas de nJ,;o c1uc, :ttio, com olc,
l,ricdndo da f'crra nUo so confunde com o uso ch;l:l, f: o quo cnsinum os k~tos pnntifieios nH tri\nseritos. Assim, o slm1'>lcs fato d<, unui h;rrn ntio ser cult,i vadn nUo cons titul molivo suricicnto 1·,nro., umn. n('äo rcil)rcssivn da lci, Mas - o n6s o di1.cmos 11a. p. u;:i como cm nmitos outros tOJ"licos do li\'rO <1•1>. 120, 121, ]5l, 183, l9G o Hl7 ) - dcsdt} quo lL im1,rodutivicl::utc d o mnn ~leh1L sejn tlrovt\d:\mcnt:e noc iv:\. ::to l,>cru COffnuH, e::,ho ao .11!shu.1o aor,listtr n sihmc)äo. So n. im1>ro1lut.ividadc rcsultnr de cnr cn• cia do meios do propric t,:uio, o l~st-1\clo dovc njudi'i•lo n vcncer css.1. cnrcncin.. Se olo rec.:u:<..1.r f-nl ouxilio,, o El'!t.ndo tc.•m o clircito d e dosa1>ro1,rinr .sm\$ terrns, mcdinnto justo pre~o. f; c.st.o o om1in:1nrnnto d o todo$ os moralishlS C!ltOlicos. J)ign, o leitor sc nisto h(, qualquc r coisa do fnccioso ou injusto c m favor tlos r,ro1>rictarios clo tc.rrns inc ultas .
iml>licit:uucnto cm ~llgun.s matizcs, t~x1)Jicitam c ntc c m outros. 'l'eremos c ntcmliclo mal os :1Utorc.>t socia.lis tas? Eutiio o ,;r:uutc Lc.ii.o XJJl caiu no mcsmo erro. l'ois :1.firmou que «os socinlist1\S niio cess111n, eomo todos s:1bemos, de procl:un:-u- :·1. igu:\ldt,dc d l} todos os hom c ns sc~undo :'l u:tturczm> (J:=nefolica <<Quod Apostolici i\luncris», d e. 28/Xll/ 1$78). 1:,;, tamb(:m, <1uo «c impossivol que nn. socicdado civil todo:s :mj:uu clcvados :,ao m c:smo n ivc.l . .e, ~ •H duvida, isto o <1110 dc.sc,.,j:·un os soci:distus>> (l•:n cicli<:a «R crum Nc,\'arunrn, de 15/\1/1891) .
Se o Sr. Cor~'.Uo ti\'e.ssc litlo n p. G:) do nosso modc.sto trabnlho, t crin c ncontrndo ali c.sscs t~xtos, c 1,or cca·to n äo t-Oria ro.r mu.hulo mnis esl:t obje~ao.
Sr. Gust:wo Core-iio Jan('U- no lh1 ro unm grave acu.sa~1o: a de «com1>rom ctcr o que tc mos do m:tis scrio_ , <le 111:li$ .s:·111to, numu. c.slri111lm c incom1>rcensivcl dcres:\ do statu quo, das cJasscs tlirigc ntes. da.s bous f:unili:ls quc nimln mcrcccm m:tis asp:H; do quo :l t:,t Jlc{orma Agrarin, dos gr:uulcs i,roprictJ1rios ugricolns, inclusi\'O aquölcs cujas le rra.s cxccssivas ainda cs'tiio im1>rodutivns» (art. eil-. ). t-'1\lnrci, ndinnte, do nos.sa J>osir..i\o rclativantc nl:c ao quo S. Sa. intitula n.s «·bons fomilil\s que nlncla n1erccem m:iis :,s1:>as do quc. ::, b,I RcJormn AgrHria». (2tu\nto ao livro, ö vcrdmlo <1ue clc r,<lvoga o imobilismo, o statu quo'! e verdfide <1ue dcfcmlo <lo modo inJusto o iruliscrimiuado os «grandcs propriet:uios n.,;ricol::ls ( ... ) cujns t ~rras exccssiva.s 1li1uln. c.stüo improdutivas»? 'rivcssc o Sr. Guslavo Cortiio sim1>Iesm cnto lido com scriedadc o aviso pl'climinnr do livro <11, IX), o tcria visto que nossas criliea„i i1. «R('fornrn. Agrari:n, como f ica ali de• clar:1.do, «näo se refcr cm, r1ois, de modo :ll• i;um, r, rnecliü:ts c1ue 1>ron1ov:un um nutc utico t>ro,;rc.sso da vida do cam1JO ou dn 1>rodurUo :·1,s;rol>Ccu:tri:1.». 'J'ivcsso liclo t, p. 9, o t cri:l visto ,111e. «se 1,or r e form:1 :ar;r:lri!, sc e nt<-nd o uma lcgis1a(':iio quc . scm ,~xorbita1; cJ:,s: runc,.~rs do l~stado e scm afaca1' o JH"inci1>io d:\ 1no1nicdado 1,rivada, vis:\ a mclhorar a si~
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PLINIO
tuaQiio do tralmlhüdor .r urnl o do ngricullor, SO nplnusos Jho t emos :, dnr». I!! ali nu).-.mO ::tercseentnmos: <<.Näo nos 011onaos senäo a uma. rerorma ngrnri:, de se ntido ii:u:\lilari.o o socin.l iz:mtc, quo alte r o no$::L cstrutm·a agrarin injui;tamcnte, d e m:1nc irtt. n nbalnr o institu t-0 da. J>roi,ric,hl<k, no qunl vmnos, eomo j :i. clisscmos, n büst: o t, condit-äo d e t.odn. ceo• uomia sadin». OutrO$ tor,icos, aindn, scrhun ,:,lucidntivos 1>:,r:\ $ . Sa. sc os tivessc liclo. Assiu.1, na t>• 10. t·o rin conhceiclo as sugcstUe.~ <1uc, :1. titulo o xcm1,Hfic1\tivo, razemos 11nrn t1mr, s:,diü rc(ormn. ngrarin, ent-r e ns <1unis figurmn n concc~o de, tcrras devolulnN 1mr.L os pe(J.ut no:; ng·ricultores, c o «fomcnto du.s ro1·m:1s de cont.rato tlo trab,1Uao que 1>osi;ibilitcm uni aprovcitamcnto fotcnso d:1 tcrrn. c no m esmo tempo bcnofioicm c> :'L.'iSllhtrindo, 1>ormit.indo-lhc uma situat..üo cconomicfi. maii:. tnvornvcl c a constitui,:.Uo 11:1ul:1tina de mu 1mtrirnonio», como 1>or cxcm()IO a tHli:'Ccrin. o as cm1lfcitudns. Ou niml:1, o «crcdito cspccial para m clhorin düs morndfas dos colonos o mcd itla..<i congencrcs». Na JJ. 11, 1,odcria o hclicoso nrticulista ter visto que ns1>irnmos ao «Jome1ato crit·e rioso d:1 llC(Ju cnn. JJ1•01,ricd:1dc» o chrmatan1os a nt.c.ntiio dos cst,udiosos 1rnra ns cuult ir,Jns mc;dida.s de rcform{t social do e,:uu• po :we nt:.:ul:tS 1>or Fio xn. :1s l)uais n1i tran scr ovcmos. Na p. 182 tlc1>lor::unos a carcsUa d ü vida c n «condi~äo subum:m:l de muilos trnb:r.lhn.dores ngrlcolas». Mais adit\nte, nJirmamos: ciue o atuat rcgimc rurn1 «JlOch) c c1evo ~or u rgentcm cntc mclhorado, par;\ ob cclccer aos ditamc.s da justir..i1 e sntisfo.-.cr 1)s cxigcncins do llcm connun. Assim, lugtu·cs hfi. cm c1ue ns comlitöos de vid:l do homcm do e::mwo ,:.s• t.ao a cl:unor 11or um:\ gr:rntlc m clhoria. 1,;m vf•ri:1." zoor1s C. con,•c nicnte ~ubstituir propric• d:ulcs 1;r.andos por outr:.\$ mcdias, ou :1t6 I>C• quenn.s, facilit:mtlo--se desto modo o :lccsso do trab:dhmlor :\ cond.i tiio de 1,roprie t;1rio,>. B ncrescent:uuos: (<l.l lc.i podo e d <W(• tnvorcccr eom tod:t :1. diligcnei:t o por todo!): os mcios no ~cu "lcanec, mnt~ e outr:L d css:,s transfor-. m:\~Qcs». l..e,mbn\mc,$ COJI\ Pio XI (Jl. 93) quc, cxisUnclo hoje um <<Cl:unoroso contrastc e ntre o 1,cqucno uumero ctos oU.rn*rieos e- a multidllo inumcrave.l dos 1>obres, nüo lui. ho• m cm llrudcntc que niio r cconhct:'l os t;rävis• simos inconvc nicntcs da ntu:d rc1,nrUtäo du ri(1uczff». D issochuuos ex1>rcssamcnt.c nossa J)OSifiiO de c1unlquer solidarie<hu.te eom C-S'SI.\ situn~äo :1husivn1 n.firmnndo: «A11rov:Lr quc h:ij:1 el::isscs d csiguais. grancle..i c peque nos, J>ntröes e emprcgactos, fortunas grnndcs, me• din.s o 1>cqu cnas, e nJim 1,cssons ou familiiL"i que vi\'an1 dig-nt\ o suficicntcmente d e snlt\rio, ni\o 6 n1>rov11r 1\. cooxistcnci:, de ultrt\ -ricos e indigcntes:» (J>. 04). 0 1111c nesta 1,osit.üo compromcto o ouc tcmos de rnrlis sc.rio e mf\iS s.:rnt-o? Näo in-
clui ein um sadio d escjo de urge ntes c ncces• Sf\rlns r e rormas? J;;nt:."'i.o, no q110 fa\'Orcco o s tatu quo?
ASSEMOS agora a dr,(C*l qut) o li'!ro f11z dos «grnmlcs r,ro1,richuic,s ogrico• lf\s ( .. . ) c uj:ts tcrrns exce.-:si\•as ainda estäo imr>roduti\'fiS» (art. eil:.). DC•so o Sr. Coreao o tr:11m1ho d e le r a t>• 122 de c<Refor• m:, Agrnria Questtto de Conscicucin», c
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CORREA
Com 1no1.or, io-
sisto, c sem ac;anh:uncnto, 1,ois ncnhum dos autorcs <> f:v1.c n,lci ro. Ao mes1110 tenwo (JlJ>. 17 (\ 18), mostramo:,; (1ue uma <Iris b(mcm c rc nci:\i; dc..:;sa, cln.sso consistc crn hw accito sc:n1pre, incJus ive mu nossos di:1.-., ;1, incorporm.~i'i.o clo elcm cnt.o s s:1dios e no,•os quc il cln tCm nscerulido, e :i dCJ)or:'l{:iiO i:-radunt clc grando 11umcro d o c lcmmalos quo clc1n. ti:111 mcrcoidam<:ml'.c d cc.nido rmra sitm1('Uc:; clo n1t)• nos r<',.s1,ons...tbiliclncle c r clc"o no corpo socinl. Dem 1nccis:amc n,lo o contrario, pois, tla id6h\. t'!.~tordhL do quc o mundo sc di\'ido cm duas part-0.", ns boas fämilias, quo t.t:rn tocla~ as qualidadcs por de rinitäo e 11 titu1o inalic,u1\'CI, c ns outras. quo niio vnlcm n::ub. A ost.o pro1>osil·<t im1)ort:, r ccordn.r out-ro principio, que h1.mb6 m n.firmnmos (J>. 208). e quc a supcrioridudc social e cconomica cnvolvc g -ra\l{'S obl'iga~es. lt , C! lll COIISC.')UC.ll• ein, lc!mhrtunos (Juc U clito ineumbe tcr «um cuidndo oxtr c 1110 cm rcconhcccr os dircitos d os quo lhc. ,s1o subordin:ulos» (Jl, 208), 1>ois nisto residc uma d o s1rns caractcristio::as nc„ ccssnri:\s, Os nutorcs incit:nm os t>roprietarios ag1;icolns n. quc tomcm a dhrntcira. sobre n dcnrngogia rcvoluciooat-i::t. na miss.i'io d e «isoerguimcnto das comli~Ues do vid:1 dos tr-:,balha.dorcs 1·u rahn>. lko<1me111lmn que clcs «scj,1m oiosos de Jhes 1>n.r;:1r scm11rc o i;t\l:tr.io justo, familh\r c, IIÜ(I inCc rior n um minimo rnzo:avcl». Quo «seji\m proJlCnsos r\. :ulmitir out-ra„-1 mcdicl:.ts com o m csmo fim, quundo coubc rcm, como 1i pnrccriu, ou n tli(usii.o da pc:<1ucna propricdado pclo sistcni:L 1,lc lote,uncnto,>, e tc. Que «tnocurcm c rinr nos scus C.t\\J'1rcr::1tlos u11rce-o sempre maior pcl:1. 1>ou1>:\n('u, 1>e1o asscio e p clo bom„gosto no l:\.r», «o dcscjo ntio s(, de bem-csfrar como du pros-11e rid::actc,> (ibict.). t: c1u e f:\(':\m c)u:rnto Jmd('rcm Jl:ira J)romovcr 1i instrurl'i.o rcligios.1. dos colonos, rc.s:ul:ui1.ar as uniöes ilcgitimas. r cJ}rimir o alcoolismo c favorcccr :1s boas divcrsü(}s (11, 209).
Na 1>. 218 J)lCih"..:\m <cmua. lc~isl:',(':io prot,<·gcmlo rueHaor o tr:abolh.:,dor rm:nl tlo pont.o dr vista do s:11:'lrio», etc. Nilo con tcntcs com isso, most.,am os uut or es (_Juo uma or,tcm soeial c ristä tlcvc t~n<ler (JUtlllto J)OSSivcl J>ara. um h LXO 1)0J)ll1Ur U manc ira do qno cm va.rias partes dn Euro1>~i !'Lh::an~aram outror:1 os eamr>onescs, com scus ricos tr:ajes r cgionais, suas joia.s de ouro, scus mo,·cis ,~'>J)nt.osos o art.isl,icos, ~:uns vivc..11tlas 1>it:orcsc:1.~. etc. (Jl. 209). Nt, J'), JS7, tmbHC:'Hl'r dois tOJliCOS cl:l. En„ cieHea «nerum Nov:'l.rum» qu c eontCm urnn somuln dos dircitos do tr:'lb:1llHltlOr ent faco do 1>ro1>rictaJ'iO. Na ll. 26 c11umcram 08 d e,·or cs clo$ fazela -d ciros r clativamcnto
a formn täo es1.>irihrnl
dos colonos. Rciteradnme ntc nfirrmun quc esse- J>rOgran1:1 cle medidr,s concrctas nii.o lhc.s Jmrcce sufieien tc. Lcruhr:.m O!S princi11los e o CSJ)ir ito quc d e,·cJ'n nort-0nr uma rcforma ngr:irin sadi::t - J>ois is to c.st:'i. mi compctCnci:1. es1,ccinl dclc.'.i c os c rros quc devem ~er evifados pa rn que n:io sc chc~uq :-i um:t rcforma ngr;uia malsii. Por outro hulo, eonvidam o;,,; tccnicos c os CSJlccialii:-lt\.':i : i elnbo.-:nem um vrogramn complelo <lc bon r etormn. :,~raria, Aeonselho ninda o Sr. Gustnvo Cor(·üo t1 lcr as dccJnr:.1~öcs fcitns nns 111.,. G, 11 o 208, Al(:m dt} fälar <los CStl.OOit1is c nc:ngQs d cs-t,n clitc, t-rntr, o livro t"aml>Cm de seus scnUes. Logo thWs,is do tcr procl::nn:aclo o r◄~s-
DE OLIVEIRA
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Pade-se resalver a prablema agrar1a b ras i 1e1ra atendenda aas direitas da trabalhadar e ao bem camum, sem destruir nem feri r a classe das fazendei ras peito, o rceonhcoiJnento c o n1>oio (l\lC o Puis d c:v e i\. clU.':>$0 dos fozendeiros, j1i no c.n1,itulo seguinl:c (ps). 21 u. 26) moslrn que e h,. i, pnr tlo suns inegaveis qu11lid1ulcs, t.! r eS8itlv~u.lns ns honrosas cxcc<:-öcs, uprcse ntn t-nmt,Cm incontestavois clefcitoi;. E ntre cstes lembrnm os nulo?'eS ns <lCS-
pcsns exce.sst\•a.-. com r cprcsenta('.äo social o prn7.eres. u nuscncia por dern~1is rre,,ucnte ein. vicla do e.nmpo, etc., bcm como o dcsint-0:r-e ssc, orn müiOr, o r i, mcnor, p clo soe rguimcnto chL-; coiu,li(:0<:s r cligiosas, intel eetuui$ c mnteri1\is
,los tro.b::illu\c.lores rurnis.
l~,-scs ·c1ct citos nüo
oxiste,n cm todos os eh:mcntos constitutivo~ c.lc~a cat egorin soch\l, ne rn sc: conccntrom hnbilunlnurntc
todos
nns
rnl!i-:nms
p cssOt\S,
Em pro1>-0r~Oc.-. ,n.,,iorcs ou rne 11ores. clcs e xis• te m c ntrotanto, d e mn modo g c;rnl, cm mum}• rosos mc mhros da clnssc. A 1111.rtir de t octn.s cssns con si,le rü~öcs, t..eeih:tmos corno vzdit(() o J)rillCiJJiO do quc tod t\ clito 6 um elc:rncnto f)r-eeioso nn vidü d e um tH•is. P elo c1uc, qunnclo elf, ,,r,rosenh, cJcreU.o s, dcwc-s e 1nocurur oricnt{,. lf, o nuxi• lh'i.-la, r,r,rt, ,111~ os vcja o 1>nra que os corrij!\. 1: o ,1ue cx,,rcss1:uncn1.e diz t>io xn no cHsc.:urso 1"1. nol,rc;Ut roin:rn1l ( t.0/I/ U),13) mcnc io nmlo cm n,c u primciro nrtigo. De ui5, <1uc doto u n l_grojn. dü l'nl~sa1o e di\ rort11 nccc-ssariu. t)ttra tul:tr eom dicacio. o.o cor11('äo de todos os homc ns de todas 1,s clns· SC.$. ni'io J.,h c clcu n1c nos 1,odc;r 1,rlf1., f11lnr no~ g rmulcs d o C'].uo nos (U!quc nos. E.,-sn. obri\ indiSJ)ens:',vcl, do ine rcruc:nto da infhtN1eh\ cris• tä nas elilcs, u ach, l cm de utopieo. Nes...••as condi~öcs, cons idertut'lO$ c)uc J\ dC.".l;• lrui{'iio dns bnscs cco notnicn.-c o da influcnch, soeinl c.h1ssn clito s-erh, l ft re fa n o rucsmo l c mpo d csneccssarin, c injusln. l~rnborn se osS,nnhcm os rurores da dc rni, .. gogin contrn csli, nfirnrn('flo, n«1ui a l11.1.c:mos - e cscr cvo no plurs,I porquo os co-r.utorcs do li\'rO mo tH.:dirtun <11.10 con si,S::1üt~SC su~, plcnt\ solidariedndo com c8h': nrtigo - eom o milis inteiro dcscn\bnrn~o. Acrcdit-n ndo ,;c1n1>rc quc o S r. Gusbl\'O Cor~Uo ni'io t c nlut liclo dte rorm11 Agrnria - QucsHio de Conscicnei:l», 11cdimos•lhc que, ngo.r:\ quc conht c c n osso r,ens~\mc oto, noio r cspondt\ de modo claro, eoneiso c. com n corngl"m quc nilo lhc ncgam os: S. S n. ~~t:'i. de acordo c;J11 que cs:sa - d c molic;äo C clesnc<:cs:sr,rin, nocivn. u injus(a'! ou pc lo coutrflrio, fleha c1ue eh\ C jusl:I, neccssario c v:rntnjo~a 1•ara o ben\ eomum'f J~u alnu~ntc gost:nfamos de conh cec.r scu l )<"Ust\TH\:11(0 SOl)rc () Sc"~uintc: ('..~hllHOS 1·1e r• su:u.lidos dt~ quc lüi. mcios no llrasil pnra rc• solvc r o 11rohh;nH1 üg rnrio olc.ndc rnlo nos c.li• re.itos dos tr:11):dhndorcs o U eou,·e.nhmei" tlo hr-m comum, sc•m dc:ixnr tlcstruilht, ou 11c:lo m c nos m :,1 vista Jh"I() i,ulJlieo (:. :uuesquinlrnda c m s ua J('gitim::~ o s:uulavcl i11rJue..11da 1 t\ classe d os ra1.c mlciros. S, S n. eo11eordl1 com isl-0 '!
J•crdoe-nos ::, im.liscri('iiO cl:\.S 1u~rJru1\t:\S, /.:; cJue. t c•mos m:\ is c rnp1mho c;m c.onhc.:ce.r 1u:S• ll! ponto sc:u :dn'lli1..:ulo pronunci:tnh;nl o, cto CJIH~ l c vc t;lc ("m se int<;irnr d:1s OJ)iniöt-:..-. cJUt! consig11t'lmoi5 ('III n OS!SO d cs,•f1lioso t n1halho.
U
M A dns 1111,iis c.:lorns J')rO\'!\S d e que o
S r. G ustavo Cori,;-i'io lcu nosso li,•,·o cm clhlgonul cst;i. 110 s cu sci,'1rndo arligo, intit.uhtdo <tttcformn ttgraria e dircilo clo propricdnde» (in «O Estaüo th~ Siio P:u1lo» de
2 9 •l •l 9GL).
S. Sn. eonst1grou todo aquclc seu Jongo lrnhulho 1, dc monstr:1r 'Jllc su,, poslt .iio w dis(ingue d •~ noss.a JJCIO fato de q1w, parn e lt , «o dirc ito de pro1,ried•u le 6 indispcns:t\'<;I l, bo:i cstrutur1, social mas d e,·e sc,r d c(endi<.lo e rn tcrmos d e s uhortlinariio ao bcm comum, d e m:\io r a ccsso U , multidt\o», etc. 1~ vouco ttdiantc. nos alribui n idCia de qn<~ C soc:inlisl-t\ o t1rtigo 1<17 d:1 Cons tituieio l•\:de rr,I, 1,or ntirmr,r que «o uso d:\ 1,ro 11riccfadc csh i.. <~ondicion:tclo :10 bcm •csfar social». f:: e.111 virtmte d esto prinejpio ,1uü, qunntlo um imo,·(~1 ()re judic:l o lu;m eomum por s ua e,\"ccssiv:', cxton.-;.io, 1,ode ~r d cs:\()rOl)l'iaclo. S . S:1. a ec•il::, csta conscc1ue nciil, e no acc ihi-la inrn.gin:, di• rcrcnc:in.r-sc d e n6s. A ssim, ,,vitJ1mte111c ntc:. uos atl'ibui o J)Cnsament'o oposto. 1'i\'esse S , Sa. lido alguns eh: nos.sos to• r,ieos sohrc r, nH,tc::rio, c com1u·ecmlc rht d c.sd c logo, com a m:lis m c ridiana, c;larc7.:t, <1ue sc e n~an:l. Apc uus 1,:1ri:, cxcm11lificar, trtrnstrc• vo n r, int('gr::, o qu~ aJir,n:uuos 11:\ JI, 120: (<0 clircito do propridar io kJ:itimo t cm conu> fund: uucn to ultimo a ord<'m natu ral da~ eoi• s.1,s, : l qu:tl 6 ::, nte rior e s upcrior ;to li;st:,110. «t:'At c: niio o 1>odc, ,,ois, su11ri1uir, a näo sct· (l\131'ld0 o hc m comum o cxijn. f:, :-,i nd:l. t\Ssim. m ecli:rnte imlcni1A1<;-llo jush1 e imc.dinla. «Caso a dcsapro1>riac:ao cm larga <:sca.ln
ros.'ie indi5;pc nsave1 ao l>cm comun1, c o ·c:s• t.udo nüo pudcssc iodc oit..t\1· os pror,dctitdos condig nanw ntc, compreendcr•sc-h, c m princi• pio que ~:::s.n i ndc nii..nt5o fosse infer ior ao volor 1·N,l do imovcl dcsapropria cJ.o. N cssu hipoteso uindf,, u iudc nizt~üo de ve ria scr, nUo n. mc nor. mn.-. n nutior pos.si\'e l. «Como mostrnrcmos ntt Pt,rte 11, es~, hi• 1>ote se n iio ocorre. ali(LS, no ßrn.sil». Ai cstf,. nfirrnrado c m lod:l u sun cxt.c n• siio o principio que o Sr. Gust:\\'O Cor ~iio imngin:\ quc l\cgnmos. 1::· impossi\'CI multi1,lienr n.s citntöcs. Lei:, cntret~lnto S. So. ns J>I>· lZI, l51, J52, 183, 196, 197, l98, 219 1 o comprccndcrr, C)uo, sc nos opomos il. 1mrtilhi1 com1n11sori:l dns: tcrras no Urn.sil, n5o C porquc ncgucmos o princ ipio de quc em <:crtns :o-itua~Oc:-- cxtr c mas c1n poss.."\ cnbcr, rnn~ 1>or-
11uc 11118 coudi~Ocs concrct'n.."' do ßrns il e ht eonsl1luirit\ um \'Crdndeiro e.ti.si,:u1·, tc n 11or h:to mcsmo um:., griwhisimn injus ti(tü. J\ 1>(1rlilht\ eompulsoria nUo mc lhorurin os condi• ~Ucs di~ a~riculturu. nem dos tra bnlhadores, o crinrh:, 1,roblnnus mnis grswc.s <111e os nlul'lis. i:"; o ,auc m\ 11nrte 11 llo li\'ro lougnmc:nle s o d e1no nstr1l.,
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0
UT_Ri\ 1>rovn. _c pitorcsc1\ , de <1ue S. S o.
lcu scr1nment a «norornl!I Agr::, ri;\ Quei5läo cle O>nscicnein», quo nlil,s lnnlo o irritou, cstU m\ s ui\ flfirma~ü.o do caue «u m d os 1>ri.ucipr\ls de fcitos do livro» 6 a «uus,:nr.ia 110 um prcföcio cm c1,u} os i\U• tores clissesse,n ,1110 n obr:\ cx1,rimc o pc nsnmc.nto dl)Jes scru 1,rc tcndc.r 111nesc11tar•se corno u,n 1nonuuei:uncnlo oflciid da 'l grejtt». 0 livro nüo le rn l)t'OJlrhuncnte prc~rneio, mns n tlt.clüraeüo <:ujo ausen ei:\ o fo~oso iu·ticulista hmto dcf1lor a cst:', m, J). 150. :nüO
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nsscrti'lo cle S. $ :t., cl~ (fm· nrm ,,;cquc r r,:couhccemos ::w s l>Obrt•s o c.lire ito de ge:m e r, C tiio 0J1osta ll tudo fllh ~ sc c~ncontra no Jivro. quc :'ll6 r,w. s orrir. Lc ia o S r . Cortäo 11:, p . 7,1 o to1,ieo d~ J oi'io XXfll, quc afirm:t 1mrn « toda classc cfo cidndUol'm n liccidudt! dn d C're s:'l d e sc us di~ r cit.os. J.ei:\ n:i J), 8:t o l.(!Xlo d1~ t>io XI, r(~· couh,•ecndo :\os Jlobr cs o tlin~ito d e 1>h:itc m· m c~lh o r es eollCliföes eh~ v ida. Ld::, mt p. 8G o l or,ieo e in que, s-usll!nt:uuos s (ir ju..-( H :, intligmu:äo d os r,ohrc.s di:mle d :'1s (•xlr:lw\g-;rnci:,s o exc,:s..:.os d o luxo. Lein 1\:1 p. 02 ,, nossn arirma('Uo de quc 1\ r(;cus:1 do s11l:1rio t:1111i• füu r;m ni\'e l .surie ic nte c digno 1u)tle consli-
A
luir 11ee,,tlo q_,_1c br:ula ::ao C~n c el:1111:·1 J)oa· vingt\11('.l, I'.: S. So. com11r(!.c11dc1·:i. qufmto
crrou. A ling m,g"m (lO li\'ro lrm n esta n1:1te ri:1 :. ncec•s:,;r,ri:"t clar,•:1.:1, l~Ja t~,·it:t :tfH~n:\s o 10111 tkmag o,::ico quc Sfio P io X dcs:,eonse lhou no topieo transcrito it 1,. 95, c1m· 1>rov:n-clme ntc 110:,;so n1wcssmlo cri1ico t:·unbt m 1150 lc::u.
lJASE tiio cc nsuraw·I. c inwnsamcntc tolo, C .o , _1~c1~s.i,mcnto C)u ~ nos ntribui o S r. (iu sl:l\·O Cor~Uo. d e c}UC c<fl ri• QUC7...'l, n gr:uulc pro1>ricd:tdc, :\ fo.rtuna ,·ultosa sc ox1>licam 1,c l:l$ :,:1.111<:riorc.s 11ossibilidaM cle.~ C ntC ll:UCCCIH sinn\s dt\ tlilc<.:iio tlivim\» (nrl. «ne rormn Agraria: Q.u ,~l'!tii.O d e; Co1,sM cicncift». in «O J•;stado 11'! Sito Paulo» d e.
Q
t2/l/ 10GI). 1\•'fui, rc1i-,.111cntc, $ . Sn, <:it:, o t cxto cm 'JUC sc :111oi:\,
f; ,, 1>r<.>1>osi~Uo n.0 J, 11n 11, 62.
Leiamo•h\: «Todos os homcns ntivos c 1>robos tCm ig u:\l direito 1\ vida, :\ int'<:grida• cle fisiei,. i'i frui(-äo de cootli<:Ves ,h: cxist C114.:i::1 s ufieicntes, tlig na.s e estaveis . «M:l..'\ 6 justo CJUO os mais c:11nw.cs, nrnis
ativos, mais cconomicos lc nham, al<:m tlcs t c minimo. o quc JJroduzircm g r:1t..::,s iis suas s u 11e riorcs lH)SSibilid:l.clC.'\. «.D:d th;corrc.m tc,:ritimmue ntc :\ diferc n• ci::u;äo das r,rOflri(:tl:ulcs t:m ~r:mdcs. rncdias i : p cqne uas, o c1uit:i a t~xistcncia de uma clnssc c;ontliA'1l:unc.11lc rt•1nu11e1·adü, ums l'!t~l'n t crras». () ,,,m ß\'itlc.ntc~11w1,te esh\, clito oi ,; ,1uc i\ maior c:wac id:ult~. corrcsr,ootle. nrnior possihilitl:ulc ,h~ a s C'..t~11f:äO ccouornica. Quaut.o mais c1 hotn(•1H C c.ap:ü., l :mto O'lftis raei1mc:11t c 1,oclc toroar•sc rico. A rorma('.iio clc uma c~onlii:.xlur:1. d e 1,roprii:d:1dcs d csigu:.\is: r usulh1., ob\'i:.\• nlC'· ntt·~ d:t co11j1.1gn4:äo «lcsl c J)rincipio com ou,..
lrc:,, ()IH,! e (> d:'1 h CJ' l)ll('fl,
'J'udo is to (; claro, C s im1>les, C ll(:rfc.itü• m e ntc b:rnf,1. i\las tuo 111•rigoso C critic..'lr o
quc!, p1·0,·:wcl me nte movido [lCh1 J):t.ixUo, sc l<:u s up(frCicialmcmt c, quo o S r. C.ust:,vo Cor(!.iio ~\tabou por su~11c:itar ou imilginar ,,uc sus tcnt~\1uos n es1e topieo ,1ue os ricos, muis
do (lue toclos os outros h omcns. S.t°lO os bcm;\tntulo~ de Deus. Ao <tue parccc, S . Sü. ,,~hu mesmo t1ue l.hcs n.tribuimos o n1onopolio do t.odf, instru<.:iio. culturt, o virtude. Um d ebil mcntnl, h c:rdoiro tlo bol'l torlunn, se.ria nssin\ mais enpnz do quc urn tn\bnlbndo.r ativo c m trnnc.n aisccnr.iio : Dc1,10.ro quo o S r. Cor~..üo, trnte.s de lnn~nr cont,ra. n6s jui?..o 1rnblico täo severo, n iio t c nhtt fülo ns jä. eitn.dns pp. J7. 18, GO, ;3 o 8 1, cm quo folon,o:,; tla. n cce.~sid:ulo do .rc novnr a..~ c litcs pclo accsso cto clemc n tos novos o dc1>urn.~iio dos elcme ntos g':lSl O$, c tc mas c-1ucjnndos. pn.rn. comprcentlcr <1uc t e • mos um pouco clc scnso 1,ü:ro niio nfirmur tais dis pnuterios. 0 bclicoso nrticulis l.a Jeu n1>rC$S:'ldnme nt,e o scg-uintc texto: «Quc m nn.sce, pois, de um e:is:\I i,nrticul:lrme.nto dol-ne.l o p cl:t l 'ro,1idcne;io com bcn~ CSJ>irituuis ou mntc riflis rien muito lcgitimnmcmtc rn.vorecido clc.lj,Cle o l),;reo, mnis do quo outros uns<:idos de pnii, eom predieitdos comuns». t;stc t cxto sc c neontrJ1 m, p. 130 (I,ro1,o~h;Uo n .0 J l,). S. SI,. n Po lc u inf,:lizme nte i1s linhos c1ue se scgu cm t, cssn.s: «t::stn d csigunldnde lh·imcira 6 j ust:l, porquanlo Deus, su1,remo Senhor clo l oclo!i os bc ns. d{, n. end:\ c1m\l o quc qu<-r». •::, n tit ulo do confirm11c:Ho, nc rc:sccnh1,uos hn<::d iatnmc nte depois csto pc ns~unc:nto cte Pio xn, que r Mumo hipidnrmonlo o ~1110 vc~m ontes: «A nalurc7At bcnignn e n be nc:-ilo clo .Ocus i\ humnnidtule iluminnm o 1>roh;gc m o~ hc r<,:os. hc ijnm-nos:. por6m nUo os nivelnn'I)). Sc tivesse d e tido os olhos nis to, o S r. Gustnvo Cor tüo t.c rin. comt)rceuclido m(~lhor o scnt.iclo obl'iO do ,1ue clissc;mos. Nndn tlisso ch:mtou a 11tcntiio de $ . ~:,., quc p11recc niio tc r 1>orccbido cstar in\'C~tindo conlrn. o proi,rio Pio Xll, -..:: por t s!J.C. motivo t xel::inut. indigmulo: «Ai t"lst..."i o t om, o c.li:11u,s r,o de locht. a obrn». n cnlmcntc C o tom. l11spin·, ~s~ clc no eihulo e nsinmnc nto d o Pio XU, quc: $ . Si·, . conhcee.r~'i. uinda me lhor so loma,· c, trabnlho d e ler i\ 11. rnz nutro tcdo tlo inesm o r on• tHice sobrc i:, m nt crin.
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S r. Gu~ht\'O Cor('i'io ,icus n 110~-.o li\'ro
d e ignornr o o,uor 1,art.icul:lf quc- a J,;rc·j a tc m ao 1•01Jre, e o d evcr C..~PC· ci:d d t.'. o protcge r c1uc ineumht) no J~stado. $1!gu11do :t. doLitrina e:,t olica. 1'ivessß S, Si,. lido 1\ (l, IOt, e SC tcria di.\d() contn de• C)UO eo,u p:tlu\'ras de J.dio X lll r ccord:un<>s pre cis:unl!-nte a...-. m:·1xim:\s <tu" c lc- nos :tcos:, d e h:l\'f• r om ilido. N :1 ,,. J G5. lernbramos ,1ue a condi{':io s ubuman:t. d e muitos pobre.s <<COIIS• li(ui urrnl s ilU:'ttüo ,fa fJ11:'1I ft Igre j :\ Se eomlc)i mntc rnalmc.n tc , ,,. quc li:lft ff, z o 11osst\·c•l i,~u:t e lhnin:\r ou, th'IO me nos, mitig :u ( •. . L Aos 110brc.·s d c:;te gcncr o r, lg r cja fim:1, como um t,.,;souro U,c roi partic ularmcntc eoufia c.lo Jlor ,Jc.')us Cris to». Comc, C n:ttural, c}s l:', 1n·cre r<•11eia 1wlos f)obr c..:. 11»0 imporla rm odio nos ric:os. "' ii. (•Ste JlOll(O quc talVc."7. t c uh{\. d ci~~•tlo 1u:rJ)lcXO o S r. G usl:n·o Cortüo. <::Om c(cit o, lc-mhramos n:, fl, 105 (llH! r ieos t ~ 1Jobrcs säo fil hos clc Deus , c cit:unos l ...eiio X II I, scgunclo o ciu :tl ni'iu SI! d1~, ·•\ j 11IJ,":":1r q 1u- •~m s on :,(.'ao soeh,I o t g rda «COnSl,i:ra os SNIS c uidados: d e tal modo ,.,os inh•r"'s.-.es tfas classes inrcriorc..~. c1uc 1mrcec 11Vr du hulo as clos-scs su1,c rioros~ ,,u,~ uiio s:io mc nos utc-is 1mr::,. coni::cn ·:u,:Uo c: n'lc1hor:unc;nt o $0Cied:ulc». 'f.; a J)()Si<.· üo tlt~ l\lUO.r a t-odas a s c~b !>St>.s, rc·h•mbraeht na p. IG& (provosi('iio 11,0 :H). tti.o ti1>icn dQ 1>ens:unc 11t.o c:atolic o. <· qur 1u·oeurmno,;: r"'flc ti1· cm <tRe forma A~raria - q,u·slii.o de Consciencia».
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lOJ"na c lnrissimo. 1>or supcrricialmc.11tc• q1.1c se lc k1. o 1i• ,,ro. C qu1) o c:witulo I, na s cc.:c:äo 2 dn l'nrte l ( ()11. 62 :1 J.I.\ ) , d~ ondc o S r. G us,.. t:wo Cor~ao tirou a totalidrulc ou qur,se t ol-:t• lidade de suas obj<•c;öcs, corrc.~1,onclc u um probl<m1;, i11h-ir:H11'i11te tcorico, a S:\hf'r : se, consic.kr:ula. tllH si mcsma, :. difcro ncia<,·iio das
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UTRO tlc>nto ,,ue sc
J)tOJ)rit~dütlCS l'nrnis c~m g r:'lnd(!S, lllt~di:'IS e JIC•
<1uc•n:ts (~ contrnria ao 1~s11il'ito do J1;\':111J.tt:'.lho. Os fatos e-0ncr1•tos n:io siio :1borehulos 11c:st:l. mas: <'lll out ra..-: 1,:uCes clo lrabalho. P a1·a r <.-Sllt)lhh~r ::i.o 1,rolJ,cm:\ )'10 :.tu
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que ll" C;.\(>ilulo, a rirm:·uuos e~n tr<;. out r:ts eoi• S":'tS UIH 11rinei1,io );('llCrit~O d e: m l)r:'ll : «n..-s,lc. quc um honwm tenh:l. o quo c1: nc.ccssario i\ s ubs ist~uein c :, 11ro~J•"'richule SIHL c de su:\ f:lmifo\, e rc<wlm a jus ta r c auum~ruc;äo d (~ seu trr,IJf,lho, n:io lc m dii"Cito :\ cl<:plort,r que o utrltS r1cs$Of1s 011 famili:L'\ 11os..•,arnm mais» <1>11. i1 c 73). 0 Sr. Gos t-:H·o Cot·<.· iio, uh1• lando litc ralmrntu lh: imlii{n:l('i'i.o, 1!XCl:11na: «.Digam •m e (os lc itorcsl so cst:·1, hiJ\Otcsc n:Lo
lhes parcco tnntns tica de nudncin, o nt6 dirin d o hipocrisit1 so out:ros rosscm os nutores do livro. Todos n6s csto.mos fnrtos, cnnsntlos, cnjoados do s n.bc.r que css.'\. mi.rifica bipotesc, t-iio singclnmcnte postu. nn. baso dos subse-
quentes ruciocinios, nUo so nplica a 80% ou mo.i.s da 11opuhltiio brasilcira» (art. c it.) . ,J{1., mcneionci n cstc o uo artigo nntcrior o ,,uc pe nsnmos sobrc a anomt1.fü1., clo noSSt\ atuul situu~iio rurnl, inclusive n do t,rnbalha• dor do cnmpo. o sobre a n cccssichulo d o lho clnr rc rncdio urgente. E stnn., os ., 1>ois, muito longe d o n(ir1n11r, <'.Omo imngina o Sr. Cortiio, CJ"tU) ,, hipolcsc uvent.nda correspondn ~m1,ro e 11<:cc:ss.::uhuncnt:o a r cnlidnd o brtLSileirn. 1'1nis umn. vc1,, se $. $n. Uvessc lido ntcnta.m onto o no.sso Hvro, te ri:\ J}OU{Htdo n seu sist<:.nm norvoso c n scu figmlo momentos de. fu riost\ e inutil indignn(.'i'io. Por (:ru, nüo serin. neccs.-.:uio r ccorrer n cstc csclnrcciiue uto, 1uua 1><:rccbcr quc 6 inrundneh1., tt objc('i'io. Com cJcito. f(Ufmdo sc l rnta clc uma cxr>osi('äo do 1>rincipios do tilosofin socint ou mornl, c.studum-so t,s ,·Jirh,s hi11ote.ißS possivcis, scm cogit,tu· cln. maior ou m onor frcqucncia do cnda unm (hJh'L.-; m, 11raticn. Q Sr. Gusta\'O Corc.".l1o snbo dist o, c , com m cnos prcssn. e raivn, -,odori1, t-Or-So clado COl\tn d e ,,uo csttwa ncstc um.bito r,urnme nto <loutrinnrio n nos:-:a asscrc:,äo . . .
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ARA coneluir, unnt jofa. Um dos nrt.igos cm flflrc~o nos ntri~ bui lL idl3in d o quc, mnt\ familii::, quo
ni1o sej,1., nbnstndo < , um simulncro, pior nindn, unu\ caricalurt, de r:unilia (nr t. c it.). Poclc ,nos clb.er t.rim,1uihune11to ,,u() islo C um simulnc:ro, J)io.r nimln. um1\. enrien.tura clo f(I.I C ()(' llSnlllOS.
Com cfoit-o. o t-01,ico citndo pclo S r . Gu.sta,·o Cor(.'iio 6 o scguinle : «U mn famili;1 quo niio dcs..-.t) nos filhos umn tHtrt.iciJm<:Uo n:.\ fo.r111:l('ÜO r cligiosr1. o mori\l, na cullur:, e nn. abuml1111cit1. cle scus Jn:tis. soria um simuJa.,,. cro, pior aindn, uma caricat ura ele ramilho> (1>, 140) , $ , $.i. cs,,urccu „se por cc rlo de l c:r n. oxt.~n~:.\ 1>rOJ)OSiti\o n,0 18 (11. 1:W). tl:I quat o texto c it.:,do 11iio com:Utui se nao uma J)C• quc;no Jmrt.t) fin:\I. E i~1~\lmentt~ 11Uo lcu ns oulras JH•ssa r;cns: 1lrc>sifoas do livro, <1uc~ co1n
e~ta .:-e r e laeio,,am . Nü.o potlcmos tr:u1serc• ,·er uc.-.t-" :1 rtigo loclo o eont(':o.,:(o. 11or1~n1 o re~'lmtircm os. Os :wtores cui<l{lm 1ll1ui, c<>m o n ,1. proJ)osi4:i10 11.• I;) (JI. t:tO). do crr<> dos quc. qurrt-:11do montc r v in\ 11., institui(:ito fomili:11·. önlrf•lauto :tfirm:rn1 o prine iJliO d•~ quc clcv1? IHl\'1~r i,:i1flhl:11lc~ cle todo~. efo sorl.4:: a. nii.o sc justitic;.:·, r h er:\.n('::t nc n\ m e lhor edue:\('iiO pnra os (ilhos d e 1mis nmis ahas latlos. Assi111, a familia. ni'io conre riri:, nos filhos 11ual«1ucr r1:,rUei1•:.)tilO nt,s v:mt :\l,":t•ns d ()s 11:•, is. 0 c;ontc-xto su~tc-nta (]UO :i inslitui('ÜO f:1111iti(1r, J)ri\'ad:1 tlll ()OSSihilid:tdc cle bc ncficiar OS f'il h os, «!<c•1·i:, um simulaero, 11ior ni1Hla, u ma c:.u-icalur::, d e familia». Jsso nbs olut.:1m c nte nUo im1Jorfo c m dizer <tue., 11u:11ulo umn. fom ili:\. con$iclc ritd:1 in conc.rclo. c näo i\. in$tituic:iio fämili,u· Nu l ese, ntio 1cm i:,osse.s. (~ um simulaero ou um::t. cari• catura de famili:\. Primeir:uue ntC", ))Orque n tio fi:Ll:unos s6 cle bc ns ntftle ri:tis. m:\s d e Cormn(·Uo rcligios:t, de formac:.üo m o ral, o de culturn. l•:m Sl"J;U ndo lugur, 11ort111c, se con• siclcr:1.ss<"mos uma. Cüricttturt\ t:oeh, familia- sem bens, d <•,·criamos considcrar caricatural a $.,1,{rml:t l•':unilift. de Nai:t.r 4!. JJC.nsMncnto quo sc) sc 1,ode :\fribuir n. aulorcs que se efo•,c m c;1tolieos, e, m:1.x imo :\ d ois Bis1><1s:, so siio loucos d e intc rnnr e m snn:\torio. Nüo que re• mos orrr que. o S r . Oust :n·o <..:or(.'ÜO chc!g'UC· liiO IOIIJ;<',
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i ;nMINA!\10$ . r-: mui t,o i11gr:.1 lo clet e ndc.:r um livro eonl r:\ n(:t(Jocs destn na-
lt1re1,a. A dcfcsa t~xigc todo um trnb:\• lho de ciht~ii<::s <: h t rm(•m~utic.a , c1ue t~xtcnua, c1uc•m <'~'ic.:rc~v,~. e tambCm tJuc;m IC. M:ls quo n·nu;d io h{1., [mra o ;\Cusado seniio ,Jc.rc ntlc r-sc, c ntr:\nclo as:,im nos multiplos m cnndros, j ~i.. n iio d iri•i cl~ toclas, m:·1.s pi!IO me nos d;1s 11rinci1n1i~ a cusa<;ö,:~? A,111i riC~t aprc..-.cutncl:i, p:trn o publieö hr:,sile iro, uma. r c fut.:\(,·ii.o quc.~- d e f::acihnc ntc. po d e r:'i co1HJ1r,o\'fU' 110 1wo11rio lh·ro. Muit ::ts ontras :ls..~C.:r(.'öcs do S r. Gost.:.wo Corc::to Jl(Hlc;ri:nn ainda s~r r ctutadns. 0 ,1uc ncsta. scri<.: de :ntigos foi d ito C qunnlo b:u,·ta. (1)
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RA{;A DE SANTA MARIA FORMOSA, e1n Veneza. Gravura do seculo XVIII. Ä direita, um pequeno palacio, do qual s6 se pode ver u1na parte. Eni frente a ele, urn estrado de madeira, ali posto provavelmente para alguma representagao teatral ao ar livre. Os personagens, que parecem haver parti,eipado de 1.tm ensaio, se dispersam lentamente, pela praga vazia. Ao ce:ntro desta, um poi;;o. De um e 01,tro lado, edificios residenciais, i,ns niais distintos, e coin certo ar de nobreza, e outros mais populares. Desses edificios, alguns te1n lojas no andar terreo. Dir-se-ia u1n pequeno mundo pacifico e harmonico, ate certo vonto fechado em si 1nesnio, no qual coexistem lado a lado as varias classes sociais, nobreza, comercio, trabalhadores manuais, itnidas em torno da igreja ao /11,ndo, que, com seu "campanile',, domina digna e maternalmente todo o quadro, enriquecendo o ambiente co1n sua mais alta nota espiritual.
SOCIEDADE OR<iAHICA E C URBAHISMO
Esse microcosmo, cerirnonioso, distinto, porem marcado por uma nota de intimidade, reunido em volta de uma pequena praga, revela o espirito de u1na sociedade em que os Jiomens, lange de quererern dissolver-se em multidöes anonimas, tendiam a constituir nucleos organicos e diferenciados, que evitavam o isolamento, o anonirriato, o aniquilamento do individuo diante da massa.
OMO esta prar;a, tao pitoresca e huniana, tao distinta mas na qual convivern harmonicamente as classes diversas, täo tipicamente sacral pela irradiagao que nela exerce a presenga do pequeno templo, diverge de certas imensas pragas modernas, e1n que sobre uni mare magnum de asfalto, perdido e1n uma agitada massa que circula ern todas as direr;öes, o homem s6 teni diante dos olhos arranh:a-ceus ciclopicos que o acachapam.
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IN .TE SPERA VERUNT PATRES. NOSTRI: SPERAVERUNT, ET NON SUNT CONFUSI ''E M
yos puserarn sua csperan~a nossos pa1s: . . . puseram sua espcranga, e näo fora.m confundidos" (SI. 21, 5-6). Ern V6s, 6 l\1aria, depositara1n toda a sua espcranga os nossos pais que viveram naquela "doce pri1navera da fe" quc sc cha1nou ldade l\1edia. Neste n1es de n1aio, que Vos e especiahncntc eonsagrado pcla piedade do povo fiel, nestc mes de maio ein que os horizontes da lnnnani-
, Scinta M1i1-i<i, 6 3'Iue de DC'ltS s&inpre virg&in, 6 f.Uha do (Jr<inde Rei, 6 Rciinlui 11iise1·icord·iosissinui; Consouir.iio dos <lesol<ulos, 1niie dos 0·1'{iios, caniinho dos que se ext1·civi<w<t1n, scilv1i9lio <le todos os que espeHtni C?n V6s; Fonte de salva,{!iio e de r1ra!,<t, f onte de consola9ci-O e clc bon<la1le, f onte de a1nor e de 1tleg1-ia;
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M no1ne d<iqueta aleg1,i(i de <nie exult<istes, (JU(tndo o Arccinjo Gctbriel Vos aniinciou <t enca1-,iai;c,o do Filho de Delis, quan<lo se re<ilizoii <t conce1>~<io <l<iquele V e·1·bo f eito h01ne1n; E11i nonie daq1iele clivino 1nisterio que o Espi1·ito Santo 0·1>er01, eni V 6s, e ent no,ne clciquelas inesti1navei11 ura9as, ct1Mr, 1ni1ie1·ico1'ilia e ca,·iclade, que Vos 1nerecerani que Del111 C?tl·l'asse C?n vosso se·io vener<tbil-issi1no, ond1i Ele Se revestiu <le nossa ca1"1te; E·m. no·me cle tantas virtudes <nie Vos valeni,n aquele doce olha1· cle vosso FiU1.o, <r1ui1ulo do alto de S1ui Cruz Elc Vos con/io11 <t Siio ,Joäo, e ta111.luhn quan<lo Vos elc1101t <tcinut <le todcs os Coros clos Anfos; E1n noine da11uela i1n&11s1i h111nil.da<le que Vos f ez r esvon<l1;r <t r.abriel: "Bis ci escl'<tva <lo Senho,·, /<t9<t-Se e1n 1l'li111, segunclo a vossci 11ai<ivra:'; Eni no,ne claquelas miinze ateurias que seitti.stes cont ·i·el<tq<i-0 11 vosso F'ilho, Nosso Senho1· Jesus; Eni 1io1ne cle voss<t inclizivel co1n11aix1io; eni no,ne d1tq1tel.t1 tlor at,·oz e es1>antos11 que Vos t1·11nS1>assmi a alnia <rtutndo visle.~ vosso Filho, l'losso Senhor Jesus, clespi<lo ao 116 cl<i C1'11$, elevctdo sobre a Crttz, 11eiul@te da C1·uz, coberto cle chauas, <trdendo eni siide, tanfando uni {fr<tnde brado, e expiranclo; Eni nonie <las cinco clut{f<ts <le .T esus, &in no·1ne <taqtieta te1·1·ivel contr~iio de vossas e11,traiihas a vista daquclas cinco f ericl<tS sanur&itl<ts, no 1no11tento mes1no e1n que as vistes fazer; Ein n01ne cle tocla a sua P<iixiio, cle to<l<t a vossa cl01·; c1n no1nc cla torrcnte cle vossas /1tgrinuis:
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ENliO hoie exo1·<i1·-Vos, VirfJ(!cllt Jl,fa·ria. P1tdesseis V 6s1 coni todos os Santos, co1n todos os eleitos de ,neii Dei111, clescer ate 11ii1n, e
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dade se apresentam täo conturbados queremos dirigir-Vos, 6 Consola~äo <los deso!ailos, aquela ora~~o que foi a 1nais co1!hecida das oral:öes nJarranas nos seculos de fe: a Obsessio. Nos a cleva1nos ate os vossos pes eo1n a confian~a de que nos ouvircrs co1no ouvrstcs a nossos pais: "Eies clamaram a V6s, e fora rn salvos; puseran, sua esperan~a ein V6s, e näo fora1n conf undidos" ( ibid., 6).
consctrvar-Vos v crto clc niini 1><tHt 1ne scririr de conselho e cle cipoio e>n tor/(1$ as 1ninhas 1n·eces e s1t1>bic1is, em, tocl<is <ts 11vinhas <tnuusti1ts e necessülades, eni tuclo o que soii chanutclo et f azer, clize1· ou pensa1·, a Cll,(la <lia, a C<Ul(t hora, (t C(t<l<l ·i1istante cle nvinlu, vi<l<t. Alcangcvi-1ne de vosso F'ilho to1l<1s cis virtudes de que c1t1·ego; cilc1in9ai-1ne cui ni-is&i·icordias e cis consol<u;öes celestes, ci assist@ci<t e <t beii~ci-0 <le DellS, <t santi/'icctgäo, <t 11az, ci 1>ros11ei-iclade, <t <tlegri<i, a salvafüo, a <tlnind<incia cle toclos os b@s <lo cor110, cle toclos os b@s d<t 1tl1rui. Alc1ing<ti-1ne <t g1·1tg<t clo Espi1ito S<tnto, que 1nc cUs1>on/u1 ein lu<lo se{)u,tdo a S'Uit vontcicle, que conduza 1nm, co1-i10, e<l1u11ie ,ninlut alnta, di1•iia ,n·inlut vicla, 01·dene tnellS cost111nes, inspire 1nc-1is <tlos, 1·ealize 1neus clesefos e 1n/J'l1.s votos, racUque e1n 1ni111 11e1iscin1entos santos, v erdoe 1nelts vecaclos <lo vassado, corrii<i-os no 11rese1ite e ,ne 1n·cserve cleles no f11t11,ro; Essn !/1'/tf.a, que 1nc asseg·1tr(l:rci it11u1 vi<l<i 1·ecilnwnte honesl<t e honrosci, e a quci./. i/,evcrei <t vilori<t cont1·a toclcis as <ul,versiclcules 1nundanw,, co111, a ·1><tz, ci ve,·da<leir<t 111iz, no co1•po
e n<t, al?n<t, coni 11 f 6, a esve-
ran9ct, <t c<11-icl<tde, <t huniil<litde, <t ccist·idculc e <t 11cwicncüi; Essei urcu;ct, que ser·a a protetor<i e <i seiihont de 1neus cinco senti<los; q1,e nie farc, trcibctlluir seui cessci,· 1uts scte obr<tS <le 1nise1·ic01·cUa; q1ie nie f<tr<i cre1· nos doze (l.1·tiuos da f e c 1n·1iUcar os dez 11u11ul<i1nento.~ d<t lei; rr1te, e,ifini, 1ne livrctrci dos sete vicios capitci·is cit6 o iilti1no clüt de niinh<t v·idct. UAN7'0 ci este 1iUi1no dia, a esse <len ·<i<lei1·0 1nontento, cinunciai-mos <tntes, 6 Vi,·(leni Jl,J1i1·i<1; e cliqn<ti-Vos estcir e,itäo, est<ir L<i, !1e1n perto cle 1ni11i, 11<ir<t <}'lte ci, vossa s<tit· cleste 11iu1ulo conte11i1>tanclo a vossci f ace. Esc1itai esta 111·ece etc q1ie1n l'os i1nplont, e concedei-,nc ,i vi<l<t eterna. Dulcissinia Vir11eni /11ci,·itt, cli{f1uti-Vos niio 1ne 1·epelir, 6 V6s (Jtte sois a Mci,c de De1ts, a Mue de miscricordia. A1ne1n.
Q
( 0 lc:,,:u, :-.c rn cm nurnerosos <lo• cumcnlos rranceRes do:.: seculos XHJ u xvr a1>ucl «Pa·iCres a Ja Vicrgc. cl':l1irC$ lcs marrnscrils du Moycn Agc. Jcs litUt'S!iC!-:, Jc:-: P~rc~. etc.• . por J_.CQn ( :n111icr Alfred Mamc et: Fils - 1897).
VERilAilES ES~UECIDAS Discurso pronunc iado na scss5.o LXII, de 30 de ma.io de J.OIO, do l Concilio do Vutic.ano C«Snn Antonio
<<Prudencia>>: T disfarce com que o demonio se apresenta como - de luz anJo
Maria C lnrct -
les• -
J~scritos Autobiog1•f,Cicos c Esl>iritua-
BAC, M~drid, 1959 -
p. 498):
ENUO ouvido hä dias <no dia 17 dCste mCs de
maio) ccrtas palavras quc mc dcsgo:,:tnram cxLrc• rnamcnte (tcfcrc-sc no discurso do J3ispo de Roltcnll\lrgo (.OnLa·a a infalil)ilidadc) , rcsolvi cm mcu cora• t5o quc c,n conscicneia dc via !ah~,._ lc l'nc ndo aquclc «.Vac» do Profctu. L'>aias quc diz: «Ai de mim <1uc mc calei• Os. G, 5> ! E assint !:tlarci do Sumo Romano Ponlifice c de sua. infalibilidade, scgundo o csqucma quc lcmos em
mä.os.
E digo quc, lidas as Sagradas Escrilun\s, cx,,licadas pctos cxpositor cs calolicos. considcrando a Lradi~äo nunca inlcrt'om1>ida, depois de m editar pro(undamcmtc {\S 1>.nluvras dos Sanlos Pnd 1·cs da Igrcja c dos sngra• <los Concilios, bem como as razöes dos tcologos, <1uc por amo,· :). brcvid::utc näo referil'ei aqui ; digo quc cstou sumamcntc convicto c. tcvado por csta convic~äo. as.wguro que o Sumo Pontificc C infalivcl
<••• ).
Esta 6 a minha !6, c dcscjo com vecmencia quc
cstn seja n. re de l()(tos. Nä.o temamos a<i uclcs homc ns quc nüo lCm outro ar,oio scnäo a prude ncia dcstc m un• do, prudencia q ue na vci-dadc C inimiga de Deus, 1n:u• dcncia com a c1ual Satan{1s se disfar<:a cm anjo de lu7.;
csla prudcncia C nociva a autoridudc da Santa Jgrcja
Romana: cst.a prudcncin C, por fim, a\1xilio para a
sobcrba daquclcs homcns q uc odciam a Deus, sobcrbn q\1c. (omo diz o Profcta Davi (SI. 74, 23), c1·csce dia ü. dia C SC clcva conth'U,l{H'l'ICJllC. N5o duvitlo. Emmos. c Rcvmos. Padres. de <1uc esta dc(ini~äo dogrnat.icn da inhtlibilidado do Sumo Romano Ponli.Cice: scrf, a pU com quc Nosso Scnhol' Jesus CL'isto limpara sun cira c a·ccolhe:r{t o t.rigo ao cclciro, quc i•
SANTO
mando num fogo incxtinguivcl a.s r,nlh:)s <Luc. 3, 17). E sta dcclnratiio SCJ>urar{I a luz das trcvas <Gen. l, 4). OxaUt pudcs.,;c cu na conrissäo dcstn vcrd:.ulc dcra·iunnr l<Xlo o mcu snnguc e sacrificar n ilrOJ)ria vida ! Oxala 1n.1Clcs.,;e cu consumnr o sacriricio quc comc•
~ou c,n 1856 ( rc (e rc-sc ao atcntado quc sofrcu cm Cuha>. ao dcscer do pulpito dcpois de tc,· prcgado sobl'c a rc e 0$; bons eostumcs ( ... ). , ~rrago cm mcu cori>o as cicolri7,cs de Nos.,;o Senhor Jesus Ci·isto» <Cal. 5, 17). OxaU, pudcs.c;c eu com.uma r minha carrcirn cor'lrcs.s.."lndo de todo o cora~tw csta. grandc vcrdadc : Crcio que o S mno P outiriee C infalivcl ! Dcsejo c m sumo g rau, Emmos. e Rcvmos. Padre~ que todos conhci;amos c confesscmos csta verdadc . Na vidu de Santa Tcrcsa sc IC quc Nosso Senhor Jesus C1·isto lhe a.parcccu c dissc : cMinha filha, todos o~ malcs dcstc mundo provC,n de quc os homens n5o cntcndem ns Santas Escriluras». Rcalnlcnte. se os homcns cnlcndcsscm as Escrituras Sagrada.~. vcriam clarn c abcrL..'lmcntc csta vcrdadc de quc o Sumo Romano Ponliricc C infalivcJ, pois esta vcrdndc sc aclla <.-ontlda no Evar\gClho. Qual 6. porCm 1 a causa de näo cntcndercm cles ns E-scr·ituras? T1·Cs säo CSSfiS causas: 1 - Porquc os homcn.s n.no tCm amor a Deus. como dissc o m csmo Jesus a. Santa ·:rcrcs„'l; 2 - Porque lhes fnltu a humildadc. como sc re no 1:-:van,gclho: «Gra<;as Vos dou, 6 Pai, Senhor do CCu c dn tcn.n, porque cscondcstcs cstas coisas aos sabios c cntcndidos. c as rcvclaslcs aos htunildc-s• <Luc. 10, 2U. 3 - Finalnwntc. 1,orq\1c h{~ aJguns <1uc n5o qucr cm cntcndC-Jas, r,orquc nfio qucrcm praticar o bcm. O igcunos. pois, corn 0:1vid: «Deus tcnha picdadc de n6~ c nos ttbe n~c; !a~a l'CSJ)landcccl' o scu roslo sobrc n(>s. c tcnha picdade de nös» <SI. GG, 2).
MARIA
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As obje~öes do Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo de Cioiania RE FORMA ACiRARIA QUESTÄO
DE COHSCIEHCIA
D. Antonio de Castro Mayer, Bispo Diocesano A s 1.·. o,uli(<l c•s de vida dos lrah11llu1t/Qre.-: rurai:~ ua /Jra~il tfrixnm /rrq11e11lcmt11/c n ,,,,.,..cjar. Arcntuo•o <'11111 iusistenda " Jivru ''R,•forma Agr(lria - Qu('sltio de Co11.5cic11dn", quc pldtea vigoros(ll11e11/c 11111a m,•. Jhoria parn et,·.~. ~ um poulo t/tl<' impor/11 muito rt·ssaltnr, pois i11cxplir avclmc11/c a rampauha c·o111J'o fJ ohrn parfl• 11111ilt1,'i 11ezes ,(() pn·ssupo:.:fu tk tJIIC elfl mio sc.• iu/1.•re.~son pelo tlt:slino tim~ ,·oltmos.
« J?c \'is_ta da Arquicliocc:-1-c», d o Goian~:, (:1110 - ~' , n.• :!, re" cr c1ro de• 1901, J>. 7 5 ss.), sob o t,tulo de «Hc rorma Ag r,ll'ia», 1n,1blie:.t :1s n notntöcs 400 o l~smo. Rcw mo. :-:.r. Arcebispo J). J1'er1HtrHlo Gomcs f c7, l'jOl,ro o livro «Hcrormn Agr:tria Qucstao de Cont'Cicnciw, do qtrn1 somos :mtor eom o 1~:-:mo. n evmo. Sr. Arechispo do J)irunantilrn, O. c,~ral• '10 de Prounc;n. S ignutl. o l "rof. I•linio Cor1•C.;1 d e Olh1 eir:1, c o eeonomis:t:l Luiz i\lc mlonr.n d o I•~re itas. O distinto t>rclado .se refcro :·, 1>cnris a primc ir:l 11or(c d,~ nosso trllb~1lho, c 6. penn_, por<JUO e le eonstitui um todo, c as :,;uns dtms t)i\rtcs csliio ent.r o si intinrnmc„n tc rc lneiomulas. l) e 11ois de registrnr q110 «o li\•1·0 a1>ont:\ o JJCrig o r eal do .socin.lismo c comlcn a, qualque r .r c.ror m n. a g ruriit- de in.s:pi• ra!'.i\O m:ttcrinlis ta~> ([>, 75), observn. $. 1i:xei:1. n evma. quc dois 11ontos lhc pareecrn (<'imprceisos e :d6 s u scc11tive is d o possi\·eis cquivor.o:,;: n ) a (nJt:}l d e mnior csclf1rec.imcnto c.lo eonlo 11odorin o de vcri::i s er ft re form:\ ::1grarin de inspirittii.o e ristit; b ) ::.. J)rcocu1>:.\~i\o Jtbsorvt111tc d o \'t~r iweialismo em <lt11LS0 tmlo» (p. 75). As obse.rv:',~•Ot!s 1, rcs11cito d:a obru, :1<;..rc•sr,enhL o Sr. ArcehiS[10 d o Goiani:L mu:1 a1,rcehl('äo s obre a He\'isifo Ag rr,ri:i do Gov,:rno tlc Siio Paulo, o nii.o tl nch:, «incom11ative l com ,., doulrim\ d:, lgrcj::u> ( J>. 82). .J ulg:1. S. F:xchl. c:iuc t.cri::unos fcit-o 111clhor do ni'io t'Sh,~ d:\r o 11rob1ema o~ rario <<flpe 1u-.s sob o :-mgu lo m:gntivo», •tu(~ o im11ort:\nft) atu:dmento «C utHfL s olu<:äo de oi-dc m 11ratien» (Jl, 7n). Nossc, trahalho, r,ois, s c~ria. n (;g::ttivo o omis~o. .F'iualmcnt"<-, cmbora r(!.C.Onh<:('-::L quß :\. iufru~·üo dt1 obrn nU.o C «orc,·,:ccr um proje t.o C:\bat d e sru.tin. r c;formn t1g'rtu·itw <11. 7 ;)), Ct:ns urf~--.,:t ilOrfJnO ,u~I:\ nUo , •(:, um~, e ritica. ::L out-r:,s <·:·ms:1s dos c rros e :1busos nlu:1is, Que nilo o soci:\lis ruo <· o comunis-mo; rcfcrc„sc :,o libc raHsmo ,: üO regimt1 ca1)ita.lis t:,. n mbos ai,ontmlo.s 1,or Pio Xl c \">io XII. As ra'I.Öes do ilustrc l >rc lado näo nos parcccm couvinccn • (e.s. como mos·lr:"lrcmos ncstc artigo.
A
P
rtL"\ll,:ll?Al\Il~N'!E, sc os autur,;~ !•i'lo pre t cnd~m :l}l~cscnt nr «um 1>r()Jc to c;1bal tlc sadt:1 ruforma n~rarm.», 6 na 1nrnJ quo HO livr o niio so c ncontro tal J>rojcto. Ui7A"I' ,100 c lc C falho so por isso, C di'l.<:r fJ U(} todo li\lrO SObl't reforma agrari:L c.lovCJ'ia ofc rcccr 11rojcto c.h~ssa m1turcz:l. t>a„ •·~cc-nos cxces.-,iva scnh:.lhrrntc a.fil'ln:l('i,o. Assim, «Rc torm i\ At:'r:'lrm Qucstii.o d e Con~ icncin», sc gundo o t.o stcmunho do propl'iO S r. J). f'4.'rnfrndo Gonw~. dc nunci:1. «o p crigo r eal do ~ocialismo». N111J:u C.m, crc mos, h:.wc rU. que julgue fnlho e m seu~ objc th,o~ om livro 'JllO dc mmciu um 1,crigo 1·cnl. N inguCm tlir:1 CJUC faz obr:.L falha, o. mais o u m c.nos inuUI, ;1c1uc lo q uc a11onl:L o nbismo inc vihl\'cl. quo. so cncontrn. 110 tim do c::uninho, n. ,1ucm c,st:t f>rcstes ft. trilht'l•lo. i\luilo l}c lo eontr{ll'io, todos t eräo h ll J)CS...'i:Oä 11or caridosa e, t.rat:utdo~so de toclo um povn, m cr cccdorn <h', g ratidiio dcsh~. Nin{:'UCm dii-fi. t"1uc St-mellrnnte U(:'.ii.O 6 mcrumcnt.e uegati\'u. SO 1>orquc niio moslra. outrn vi:t a s cguir. l.,ongo diss o, tem cJa t,nnto c.lo r,ositivo, qunnt.o positi vos c> rcais sao nqu~les c:iue a mh·c r -lc neia obstou vicsscm ;\ cair no t1bismo. Serh\. fal ho es-so ato d o caridadü sc o uuico m c io de im• t>cdir R. <Jncda no prcci1,icio ros.-..c- inclic.:,r um n o,·o c:-nninho. C:\so contrario, o C\'ilar umu. vit\ J)Cl'ig-osa ja con.stitui. po.r s i s6, obra nltamcnte 1,osit.ivu. $-Ohre a :\1>rceia(lii.O do \ 1 a.lor d:ts :.ditudcs, C bom lembra.r <1ue o <ou1.o>> podc t-er um indisp cn s:n•<-1 l>!tl><'I conslrulivo. 0 cx,:mplo quo :\C.:tb:unos do dt,r o <lc monstra. c com nutori• d:tde inrnnsnmcnte maior o .Sa nto l•:\dro g lorios:mH:nto re i„ nautc, ,Joüo X.XJ IJ. salieu tou , cm sun. m::l ls rc-ecnl<:. ;1loc11t.5o tlC Natal, eomo os malos do muudo modc rno se e xJ)rinwm 11<.:la su11r1.:.ss:1o da, pal::l \'r:l «n.iio» nos s c~is u llirnos i\Jand:unc ntos, so1,re~"'io qu•;. c riou um untidecalor;o. h ojc J::Crnhue ut e t.riunr:u1te 1H\, socicdadc.
ANO XI - JUHHO 1961 - H.o 126
D
l•:1-'0JS, näo nos 1>:trcee prC>c cdc nto u. obse rv::,r.üo clo ilus„ tre :\rl.ieulist.i, q,rn,ulo diz <ruc «o livro 6 omisso c :H6
inelin:uto, näo tli7.cmos a dc fcnde r , ma....;, 1,clo menos, fL 11:\0 t omnr conhteime nto d o c-o d~L n. cxte m,üo clos :,1,usos " cxec!ssos d<' propric t'arios que tlc ix:ar:un de., cumprir os m:\is cle• 1u(•11t:wcs de v\"!res d e consci<·ncia cristJ1 e justi(•a soch1h> <1,. 78).
so
J?ois IIOSS:l OIJ'r ft 11:lo l'CJ::-istr~\ C.'~S:'IS dolo rOS:lS o-corr-On• cias c n.s rcp r ova. s.;.ut\o taue :,s i11cuhH1 dtL a hml situ:ttiio anticristt1 de t:rntos :unbi<:nt.es 1·urais. l ...cin~sc, nn J J>arlc, o Cf1p itu lo n ch 1. sce~üo J, o ali sc vc räo upoutt1do~ os r,,tos nuc l). 1-'cl'nando Gomcs di~ quc <~squccc mos-. Ali so ve r(L a. con· th-11:u::äo dos snlnrios baixo~, dns ln,bit:,~os inSftlubrc.,;;, do cgoismo ca11ihlli.stn, c uja 11io1· m tutifes foc;..'\o, fruto do libc:rtt.• lis m o. 6 isolar-se o r:w..cmdciro do tr:tb:'1 lhador rural, tido eomo m c.r o imotrume nt"o de, produ<:i\o. Loin--se n. pro1>osic:..iio 28, com se u com c nt-a rio, c vcr•Se-Uo n.s noan<:es que so f:azcm nc• ccssarias 1>:1ra r-csolve r o ('>roblcma. h1o com1>lcxo da m clho· r i:1. d iL"l comlitOes de \' id t\ do homcm c.lo e.'lmpo. l ~ nJ;O <fo negar CJ U C e m muil-0:; lug:,l'cs e:,;la.~ ~ o infr::vhurn:.112,s_, o liVl'O :.mu-~... o :1firma, um,1. \ 'C'l. QUO. c.1(1 o:--: n1ati7,<',s d :Lo; solu~Qc-s par:\ o c:1so. Os comc ntario..; ii.:-; J>ro1)osi<;öes G e :J3 mostrn.m conio a Ig rojIL <:omle un. c•.ssc f!.s h,do d e coh;as. A n! irnmt.:1o o a condcmu:.:.:lo ctos nbusos 4.'x ist en ic..~ fltu:\I• ou:n t c., c m ou1itos setor t~s rur11is, sc c.nconlrnm a cmlrl JUl~so c m noss:o trabalho. 1•odc-so di7.t}r c11,1c e tc~ niio ru, r-dt> ne nhuma ocasiäo de suhliuh:l•los, de1llor-U•los. c cxortn.r os r csponsavcis 1wfa situ:tc;5.o prescnte, no sc.lor publico c nc, ~H~tor 1ni\':tdo, ;·, quc sc csforccm 11or e x.lir1,:',- los com ::, hrevidadc i,ossivcl. l\fnis 11:io S(! 11otl<u·i1L l)C(lir de um li \'rO cu.ja liin,1idtu.le. como o ilus tre i\rcebis110 de Coinniü r cco11hccc. 6 coml>:.tc r n n !· fO rm:-, nJ;:"r:uia socht list:l. o n:io d :tr todo um 1'1ln110 tlc. um:.\. c::..;trulur:, 1· 111•:11 e ris tä. Alifr~. o~ autorc..._ d e (dh:.forma Agrari:1 - Quesliio de Con s~ cic~n c i:1», U 1·1. 208, rcsporulcm ll obj c~iio fornu,1l:\ü1L fl(~lo :t.rti~,) ,·1n npri.!<;o. Jü :aH prc \'inc.m e lcs (!iihl 1>crirunk 1: «J>or<1ue nU<> tr~l("ar um J>ro~1·an1a concreto. fundar um~L obra, fa7,,er enfim a li:o de• J>:1l1mw•I?» ~: rcs11011de m : «A euda q1ml sua lf,.
Verdade esquecida: <<E' alheio a verdade dizer que se perde o direito de propriedade com o nao uso Oll abuso dele,, - Pio XI rcfü.
Niio somos agricuHor•~s:. müs
homcns do c.studo. (;icntes do ,,u:111 to J>OdO cm ,1tud<1ucr :\.!;.Sunto 1, fi„
xn('iio do J,rineiJJios lnu;icos clf1ros <: ,·crdntlciros, eonjugnmo•nos pnra tlc todo o coru(:iio dar no 1u·obtcnin. c, contrihuto <1ue do homcus de ostudo, mocli!stos emborn.• sc J)(Hle c~spera r.
Pertcncß aos n.c:ricullorc.s o ennl)lo eins rcnli'l,a tOes». Jl~o, outrns IHtlnvras, a solu~Uo tlo problcma agrnrio O C-OmJ)loxa. Par:',
<1uc er:-, ~e ctctive com rc;,I 1,rovcito clos t.r~tbnlhmloros i:urnis o dn. hwou• rn, h{i. mist.er t1, cofnborn~.ii.o de todos, clando cndn, tun u contribui~äo <11.1.;,
cstivcr :\o 5iCU alcnnce. scm quc n cnhumn tloss:1, scr Ues,,rcznda-. Sc, com o todo 1,roblc1n:·, lnuntrno, csto c.nvoh'e v:,l'ios n.s1>cctos, n solu~iio so oxi,öc n s c.r (1dsa sc niio sc con„ sider um todos elcs, dos <1uai.t- o mnis irni,ortnnh: C o da. filosofo\ cll\. vidR cauo ~\uimnrii., ns rc~:\1i7.fitÖ<!.-. d~ orclc111 1,ratiea. I•nr n esto volvcmos
n os.i,, s ,·istn.s. ~rn o quc cstn.vn. no nlenncc. Niio Cl"f:lllOS <lUO 0 l~xmo. Sr. A rccbis 110 julguc clespre• zivcl cstc a ..~r,ecto du. ,,uc-..stuo. •romhrn1 ni'io ,,crcdit:onos c1uc nos JW("i1, n nc)s <1ue nüo .iC>rllOs tccni<:o.s, um plano pornumori7.ndo. ,1ue om l:\rgr, mcdida- c),xit;e eonh~cinu:mtos h:<mieos. Um tcologo ou h omem do C!'iludos <1m·, e1u111nnto h tl , so julg:1.sso c:,i,nz eh• r<'~•,;ol,•~r os 1n·oblcnu,.~ da t,~ri• culturn scm o eoneurso do~ .igricultorts, :-.crin, ;\lt;o de Hio cxtrin·n• gnnu, o ir\:mtc~ntico (tuanto um ;-,g-ricu.ltor c1uo. s Nn outrr,s <'1u111ificn~öes. so rn,tieas..:.e :\ ,leslindar r,s rnnis nrdum) c1uc..-.tOc.s d o t:cologin, s()eiologir, ou cconomia. Veja„se c> ~xcmpfo quc nos c.li\o os Pn1>os . E.~crevcndo, cutbora, sohro problcnms ccom>mieos o socinis, liruit, un-so a 1>ro1>or nornm.s gorttis, diretri7.cs 1mrn soturäo, niio tlesccn„ tlo :1. ph1nos 1>ormo1\ori:.mdos. t ,,! f•i o «Niio X II decforn ex1>licit.o,mente: Nos com11ut.c dofinir nt- 1>rovidcnci11.s part.icuhtt'CS ,,uo n socicdndo devc ;:utohu· (Jl\rn cumJ>ri r ,, obrigä('iio de 1,rcsta.r -,rnxilio i\ cln,s so rur-nh) (cf. «lleforma Agr:trh1. Questiio de Conscic.ncin», ,,. t t). O livro c.~t(, tiio long:e do d<:s<:O· nh~ec.r «a. mcnhllidnde cgoistn, J,."llnnncioi,a, $Cm es1>irito crist-iio» (nrt. e it., p. 78), de nmitos pro1>r ictorio~. que consngro u no estudo dos nu\lcs (h\ r,r,;sN1tc s ihmr-Uo a gr::tria. brasileirn todo um capilulo, c :~ cnd:t, l)flSSO cst!i. a. lcmhrnr os r>roblcmks existentes o a , ,,cdir c1u~ se lhes dC a sohu:iio. Vejr-1,~sc 11 1>. J 82, por oxcmplo, ondc cte1,1oramos a. comHw ('Ao subun11u1n, do muitos t.rnballrndor_es agricolus, o ntirm:lmos quc o ntual i,i$tc 1nu. rurnl pode c devc ser urgontcmcnte m e1h Ort\tlO tmra S..'\1i$w fazcr Us cxi,:encll\s d t\. justi('..tl. r ntcnder ll..i neccssidtules d o bcm comum. Citamos :_1. es.~ 1>roposit:o :1 eemmr;1. qm) Pio Xl foz no cl::u noroso eou • trasto entre o 1-.cquc.110 numc:ro dos uU.ra•rico:,, o n. multidi\o inumcra\'l"'~l dos que n1u1,, 1>ossucm (1,. 9!0. Scri~1,. oporhmo r ceordnr n<1ui que a . solm,:.lio do 1,robkmn cJo e:uupo <',.stlt intin10.rucnte ligada co111 as dem:ds Atividndcs cconomica..-:: tlo l)ais, c que o 1,rotccionismo dispcns:ulo 1Jor c.xcm1,to o cert.o s setorc::s indu$t.riais c com c rcil'1is que niio intc r..'".Ssam ao lwm comum podo, cm dndas cir,.. cuusfanei:,s, 1>rcjudienr os :d,ivid:ules ngropeeunri,1.:,, e to n1i-,r mais dificil :-, solu~ilo dos 1>rohlrnHts es1)<:cificos el f) C}fUUJ>O. Oe oml o resultn quo o eontrnste, s.alic:ntado 1>or l'io Xl, e ntre os ul• lr:t„rico:,, e os quc nad:l r,ossur,m J)Otlc, r.om muito m::tio r fu ndmne nto, o ncontrnr-se c n1 setorcs outros que a, ni:rieulturu. t-: :l iw:u·ez,1, (ontc~ de> t(Hln. dcsorde m e injusto clc.sc<1ui• libr io como lem bra o nrtigo (J>. 81) «pelo que 11s fortunas dns na<,:Ocs sc, :,cumul:un 0:1.s miios de mui Jloucos pnrticulnrcs quo a i,cm tnhlnto eontrf)l:un o m cre:ulo munclia.l, ('U\ 1n·cjui1'.() düS ru:'lSS{tS J)OJlll• larcs», h:l. de ~ proeura.r muilo nmis entre os ne,:·, mb:\J'enclore:-i.. por c)xcm1>lo. d o c1uc e ntre 08 homcm; da h,\'Oura. HO~O
rJ-, AMPOUOO proced e o. a eusn~..210 J.. clo quo c.,,-.qucccmos n. fulverteneiR. d e l,io XD
Nostrnc)>
(k.;xortac:-äo
u:• «1\f(mti
:w Clcro de
23-IX•HmO), eontro.. «ns ,:r,n1 cs ,~ fmrnstn.s con.sequcncias do caJ)itnlis• ,uo» (t>- 70) . Ar,ena.'l, distinguimos entre o s-istcma. comunist a, ou o eo„ munismo sim1>lesmcnt.e , eom o qual niio 6 permitidn. colnborn~iio cm
eantJ>O nlgum (ef. Eneicliea. «Divini Ucdcm1>toris»), o o capifnlismo, cujo reg-im o cm si - ,ti.sso o m csmo Pio XII, nlf:uns mosc..; dc pois d:1 «;\lcnti Nostrac», n n ~1loc u(.'1io de 2 de ju„ lho d e 195J sobro 1>rob!emns dü vid n rurrtl - niio so d C.\'0 (~ondt nar. tim rcgime c1ue nrto so de,·o condcmu·
do si mesmo, um r c g-imc <Jue «cont,ribuiu pnrn tornnr 11os..,;ivel e ntu c.stimulnr o progrc.sso do rcndirnen~ to :·, gricolo» hllocutiio cihüln.) niio clOve ~e r s u1u•t!S:so. mus corrig ido. 'l'nl corro~i\o, nos~o livro frcc1ucntc• mont.c a. 1>edc, nS:'ii_m com o obsorvn que o grando muJ do capit:\lismo esttt. no c.~spirito nintc.rialistn <1uo dcle d e, h:'i. muito so üt,ollc rou, o q u o o fnz procur:u· a. soluci\o dos proble• 11111...; humnnos cm fatorcs mern,nen• tc cconomicos. Achum os quo esse matcrinlis-n10 - domimlntc.) uO!; Es• tndos Unictos, bcm como nos cntolicos 1)rogressist.üs - C inteirmno n to con„ dc mwcl. ~ ncsto scnt1do CJUO tarn• hCm r c•1>ulmnos neecs:~~nia u m 1l. s:t• din rcforma agrnria, fl •ttWI, parn scr s1Hfüt, devo e , •ih\r os principios mn• tcrit,listas tlo socialillmo, c. ni\o des• eonheccr os tntorc•s cspirituuis, in• diSJ>ensu.veis pnr-a umn solu(~i\o r cnl thl.s qucstöcs su seitndns 1:,el:\s :'ltivi• dades hunu,nn:,,. •.rmlo isso pccle o li\'ro. O <1ue niio s1, cncontr11. nele U 111nft liuguagcm <1uc possn acirrar o.s ü nimos o cxeitnr r1 luta cle elasscs, ,,,mndo o cle:-.cjo du lt:r<:jti 6 solucioutir o.s ,,robJc„ nrns cconomico-soc11tis dontro tln lmro10 11i11. ,,uo o b-0.m comum pcdc quo reine. entre todus ns classc.s. N~sa :diluclc, segu cr\l os flutore.."' o consclho de Säo l:>io X, que rccom c nd:1, uos cseritorcs cnt olicos <1uc cvitom, n o dcfcndcr n cmt$a dos r., obros. « (ll'lh\vr:ls o frn.,;;,)$ <1lH) r>odcrh:un inspirnr ao povo n n,·orstto -,e1(.S clnSs(iS suvorior<;s ,h~ socicdndo» (,\lotu 1>roprio sobrc n Attto J.>o-,utnr Catolicn. d e 18-Xll- l 003).
N
A seg'Und:, Jhute c.fo scu t'r11ba•
lho, cs:crcvc $. l~xcin. quc te• mo.s a. prcocupur.iio do ver «soei::,tismo» cm qunse t udo. l.Dsta• mos cfümtc d o Ulfü\ :d'i.rnrn<:ito quo i:ostnrinmos cle ver demonst-,iu.l:l. Sustcnht. o urtigo Quo pnr:\ tf\nto «bastn.rh\ lc.r o indicc» (J,. 79) . ()rn, rcconhcee o ilustre J?'·rehtdo <1ue «o livro i:ipontn o J)~?rigo real do soch,lismo e co11dcn1t. cauolqucr retorma :,,::raria de ini,pirn~ii.o nrnt.c rin.lh;hl» <1,. 7·5 ). M'üs, sc reeonhcec que nos• Sa- m odeShl obr:\ so ocupn do p crigo sociaHstn, quo Jmtleri:', S. E xcia. n evm.a. 1>roeurar no indice scniio t>rc.~dominnnt.cmcnt-o quc:.s t Ot'!S r c.lacio• nadas com o :-iocialismo1 Acresccnta o nrtigo que «o c rite• 1'io ,ulot::t.clo (J>Cl os :\utorcs) 11:ira julgnr se unrn tcntativli de r c formn ou re ,•isäc, ngrnri:i est{t. ou niio t.lc. 1,corllo com n cloutrinn CJl.tolie1l. foi o IH:riJ:"O s<>ciali:r.:mtc.~». o d i:,. quc ••ste c rite'rio 6 «unilateral)) e «foi muit'o largo un m:111eirn do eonsidern-r n:inrlue n cios :-ioch\li7.antes» (J>. 70 c 80). ,P rimeirnmcnte, SC cscrcwe.mo:,, paw ra nlcrtar eontrn l\ r cfornui agni• rhL sociuli:r~intc , couroro'lt} rccoubcco o Sr. o. Forn:u1do Gonu;s , e<>rno t~S• tr:rnhar que nn:,.l iscmos sob esse aSJlCclo :ts re rorrn:1.-; ,,ue con sid ern• mos? Com scmcllHmto eritcrio, clevcr-sc-ia censnr:tr qualq·uer obra es• 1u~ci!1li7,:\d::i, porquc niio t rnta dos :ISJlCctos: cla q·u t)$t.ri.O nlhcios i°UJUf:l c quo constit.ui scu objeth•o c::s1,cci.Uco. T cria rn:r.:1 o II critica so t111ro• vassc•mos, sütn mais, toll:, r cforma i1gruriu, de qunlqucr ti1,o que .r osse, bastando C(UO ni\o estivo~c ch !:uln de ('..o;;J)irito soci::tli7,nn tc. T al, ,,o.rtJm, nifo ra,,. O Jivro. No que lOC1L a (Ul\llJitmlo com (]UC os tU1torC!-. :11>lico.m o e,riterio adotado, niio J)llfCCCm :-lCl}it(wei:,. IU?m ns 1·azöcs ne n\ o simile adu-1;icl() pclo ilrti,:t'O da «RC\'iShl dn Art1uidioC1!SC)). Nifo 6 cx::at.o quu \'C.j!U\lOS CIII toclns «os J):di:ivra.s, fri1sc~, cliscursos e projt:tos de tri sintom-.Lo; (HI 1,0:-:sivcis int-cnt.öcs socinli:ri mtc;s)> ( p. 80). Oe rato, ,\ p. 2:JZ d e nosso tr::tlJulho, utirm:-m1os <iuc n em tod:\S u.s m <:di„ dm!! tl<: politic:t. ügrnrin.- JlrOJ)ost.ns ou ndot:tth1s 110 ll.ra8il JJ.ode m scr el:is,.;,;-j„ tic::ula.s- d o rcform:\ 1,gr:,rin revolucion:ll'in, csquc,•dist:·t c; 1m1ls:1. 'l~:\m1,onco \'e 111os soei:,lismo cm t-otlos :u, J>ftlnv rns, fr:tses o dis:cur:;os. 0 cwc clcnuncinn\OS em nosso JivrQ (; o uso eh) ccrta.-. 1H1l:\\'ras com o fim d e crinr um nmbicnto socinH:r.ant'c. r_.; eit:unos c~s:\S cxi>rc.ssO,;s (pp. '17 n 49). Som os levnclos f1 ta~s <'.-OOsidcra~Ocs peht obse rvütiio c.ln v1-
tht. <1uoticliarm - bns tn lc r os jorrmis comunisti7.antc:,, poln,g i\dvcrtcn cins (lo Pio X( c itnc.lns i\s l•P· 50 ,;. 7G do n ossn. obrn., o peln ,1c Pio X U JH\. ntocu('i1o ao «l\.ntholil<cntng» d e Vfono. (M•IX-l952).
Quntquer 1,o.ssoü quc Jeht. llS:SO- cf11>itulo d e « R-0fornm Agruria - Qucs• täo d o Con:reie.ncim> vorii que cm nos.~, ext)OSi(!ÜO niio for~mnos o scntitlo d o no,1hu1nr1. de~1säs exr,rcssöcs, siio cm1.>rog:mlf,s- cxntamento as• sim no uso dinrio c.los moios soeiüli:r.im~s. Niio SC ()Odo dize r O IUCS* mo dn. interpret:",~~iio <100 o .E xmo. U4,wmo. S r. 0. 1:-'crnnndo <'~omcs dii,, n. outra 1>nssitg,:n1 tlo livro qu1,mlo entcmlc dcstia. mnncira nossa sugC'i,• tiio clo credito ,~,eil r,:\r:t os quo d O-· sojnm coloniznr: «Os propriet-nrios chi.s grandcs area.s terinm o~ corres -,ublicos (crcdito fncil) ä sm, dis1>ositiio, b11shuulo ptl.ra is~o o dcs cjo clo coloni-~.::1r» (p. SO tlo t,rt.) . QunJ„ quer pc~~so:i do ho,u sonso vß <J•.H~ uiio d n.mos i, IHlla.vrn «dcs-c,io» o soot'ido d e «vo.lcidode» q ue n<:ht. ,·iu o Arcobi$JJO de (;oi:'rnh,. Como c1ual<1u~r pC.$S()ft. d () b(1n1 s cn:-.o v C 1'(UC a pal:wra <<fcudnlismo» (um dos: :;.lo• gans :i:-ochllizt1otes por n6s n1,01H1~ • do!i) 6 hojc cmr,rcgnda 1H:la 1uo1mgMula. c::omuui.stizi·mto em a ef!l>C:ÜO 1>cjo1•11tiva, aalhcin. no s igniricado historico. c portnnto eomo mc·io clt~ ,u. ruuclir om nmbicnto iguulitario, so• cit\li:,.rm te, eom o obs<,rvrunos n6s. q1,10
tJLGA o artigo qur o «socia• mo nUo 6 o (rni co ncm o m uis gr1we 1,robtemn n c nrrc n tnr, so quercmos levnr o formcnto cristilo ao nmndo rurnl» (p. 80). 1romos hwndos tt. 1>c nsnr tlivcrs~1m e nt"c. 1,or 11m1, mh'crt-cnei:'t. d e l,io xn. Fnl:mdo 110 <d(ntholil<cntng» clc Vicnu, crn J,1_ d o setembro (lo JU:}2, d r 11ois de obscrvnr <JUC :t- questiio oi,crftri:l J)()dO sor hojo cm dla conslder:ulu como r~olvicln, no mcnos rms s un.s 1•:\Ttes C$SCtteinis, dcclnra c;, pr1.\nt~ndo f>ontilice que «6 1,re• ciso impedir fl pcssoa. o :\ tamili:1. de se tlcixMcm nrrnstar 1,nra o fthis~ mo onde tondo 11. tan~{,.. Jn:-i a socinli7.:l~·iio du t-odas n.s coisns, 1\0 f im dn quul :t tcrrivcl imogem d o Levi:1t..'ln tornnr• $c.-i:i umn horrive l r tnliclnde. f: com 11. m nior cncrgiü que a l grcja tra var:t esht. b:tW1lha cm que estüo cm jogo v:,tlores ~ur,rc:mos: a. digni• dntlc clo homcm e tt s.tll\'nc:,Uo c t oruu 1h1s nlnrns. «€ :.\SSi.m (JUO $0 eX:t)liC..'\ - <:Ont iw nun o Pnpa - n cs1>ecin.l insis-Wncj:, da dout.rinn socinl CJ.tt.olic:\ sobre o dirc ito do propricdndo 1nh•ndn. 1-: :,1 r:l7.UO profundft peJa (JU:.ll OS Pa1H1.S dns 1,;nciclicas socio..is c Nös nu~smc> No!; T(lCUSalllOS n. dc.du1.ir, cJirot-n ou indiretnm entc. d tL m,turc7..i\ do eon• trnto d e trab:dho, o clire ito c.lc. eo„ 1>roprfod nde do t.r:1br,lhador ao e:,11ital ,~. 1,ori::111to, seu diroito d e CO<lirc• (-ÜO. Jmporl"a 11cgnr esse dircito. ,,ois alr!IS eic h_ ~ sc t\f)rescut:t estc o utro grruHIC J)roblema. · 0 tllreito do indi\'iduo e cl:. fnmilin i\ J)r01>riecl:ldc d orivn. imcdi:\hunc nt.o da 11!1turcz:, dn i,esson, 0 um diroito ligndo i\ dig-
J
oid:ulc cln l,}C$...Oll htlllHHla, C CJUC comporta 11or ecrto ohriga('.öcs SO•
ci:\is, Oh'IS esto dircit'o nüo C sO uma run<,·i'io social. «~.Cimbrtnnos ein vos cxorh\r, ::t ,·Os ,: :\ todos os eat.olicos <i:-riro 110.s.-;o), ft. ~cguir fi c.hue nt'e a linhn nitidu d;l tlout.rinn socinl cntolicn. dcsde o c::0111~.o da.<. nov:tS lutn.s, scm dcs\'i:w n cn, l, dircita nem U cs:qoe rd:1. Urn dcsvio d e n.11cnas :1lg"1111s )!raus JlO<h~r i:, n. 1>ri11cipio p:ncccr scm it111,orhrncin. Müs, i, medid:\ quc se pro~ 1011~:\ssc. cslc des,•io provocnl'in 11111 :\fash:uncnto 1,crigoso do caminho rct-o, ,. ,;r:H·c.-. <~nscqu encias>> («Cntoliei:,,mo», n.0 2·1, de dczemhro tfo 19!';2).
V{· o J>;xmo. Sr. Arecbis1)0 ,fo Goi:111i:'I <1uc~ niio nos «pcrdcmos e m <;s1weul:\('Öc•s minuciosris c unilah~• rniS)) (Jl. 80. (lm'UHIO 110$ J)J'COCUJ)tlm os com 11 iufiltr:1.~i\o socinlist:\ '-'111 muit'os projctos c1e rcforma ag-ritri!l.. Longe di!i---SO, obe,kcemot- :·t tlire tri;,, de l , io Xll. O osqueeimc nto dt~ssn dirctri7, J>Odc IO\'ßr, o t<-m le\':1do, niio ::t solu „ cion:1r n «rcllliclüd t~ ~ritnutc do JHt111>erism O>), de CJUC) fohl O :lrtigo l1 ,,. 80, m :', s a ugrav:'i,.lu. nincla 111:lis co1n J>h\nOS <au<:, saerific:m(lO o di„ .rcito do pror,ried ::u tc - sob re o qunl hfl «mno.. csi,ccial ins-istenc in tln dontrina soci:d cntolica» (alocuriio ci• t:l<h,) m cnosi,re:r.am t\ Jei divinn, b:,se dtl fclici d t'ide de todos os povos.
i:: llOf lnlllif\llZ!lr l\th·(•rt(,mCi:\S dn Sünbt. S6 com o 1t. <1u c u(lui tran serc• vomo:;i, c1ue o:, Hun,t::rh, e c m o,,t.ro:; paise.s cm condit,öcs scmcHrnnlos htl co.tolicos q·u c t,r1\IJr1llnH11 110 coustru<,•iin dn ciclncle socinlit-h\, cujos cle• montos ceonomicos. o 80eh,is olc_1s nchnm dignos de n1,rov~i\o. Nii.o d oscjt\ntOS <1uc h1l at.ilmlO so dihmtla e n t re os brnsilciros. Scrin umn tlesot,c,c'liencia frontal ao quo prcceit,rn. Pio Xl nu l•:nciclic1\ «Divini R e• llomptoris)>: « Vcläi, Venert.vcis lrmi\os, J>or quc) niio so dc ixcm iludir os ti(:is. l ntri11s,:cnm c 11tc mau 6 o comunismo, e niio se 11odo ndmiti1· c m campo alt;um (griro nosso) n co1::iborn~·Uo rcci11roc"• 1>or 1>nrte de qucm quor quo protomht snlvttr :i civiliu\tiio cris-t.i\». Ni'io fech(tmos, J)cn·tn.nto, os olhos Us mi:-.crias (tue infclizmcnt,! infos„ h 1111 nossos cnmpos . l)csoj1unos nr• clcntc.mcnte <1uc so lhcs. clö rc:mr.d io. t: 1,or isso mc.smo, no intuito d u eon 1rihuir 11urtt. c1\m u.s m eclich1.s d~st.i• nadns a clcbehi-1:l.$ nfio scjnrn contra• r,rotluc,mh:s, O <iUO c.s-crevcmos «nerormn Agral'ii1 - Quc~stüo clo Coos• c ie nei:'I». Oe cruo ntingimos nossa, finnlidndc, t cmos um t estc.munho a.lh, .. m cnto s ignirientivo nüo s6 nn e norme prOCUrf\. do li.vr(), j1l n g c>ra. cm ccli('äo, lllflS t nmbCm nü 1nune ira como o rceül.>cu :t im1,ro n sn coniu„ nistiz:rnh"· Ni\o vissß o1n cm n o.s:;a obr:\. um c msJccilho n. scus r,lonos, .~ niio te rin, surg-hlo c nrah·ccida, com os 11podc,s nrnis soc;r, ei:- contrit. o,c autorcs. J\crcdilnmos ,,uc so o Jt:xmo. Rc.wmo. S r. ,\rc1:bis1>0 d o C.oi:min nos t.ivcs..·•-t) fülo mnis; ::,h~ntnmentc, ni\o nos julgnri:i r,c.rcliclos cm «<'..-.1,ceulntOes minuciosas e unilatcrais».
a.~
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S u1linHlS con,sidc rn<.,'.Qes ,1c J). Pern:U1dO Gomcs :.\ ros1>cito cl(' nosgo tr-obnlho c;onslitm~ru rnuo ltJlrCCiil('iiO d:\ Jte visilo Ai::r::trifl J>t\U„ listn, a qun.l r..:xeh-.. u'tio :,cha. «incomJHttiv~I com o. dout.ri1m da l t;re„ ja» (11. 82). Nüo uchn. inc<unrmt i\'CI. ~ 'o hl<lo negati\'o, Por(]uc niio se ioto rcssa. o ilustrc :tr tieulish1. pelc;, lallo positi\'o'! Os l?a1ms, cs1,cciahne nte Pio X I, lrn(:nm 11o rn1:1..lji pi\rn. so obtcr· unh\ verdadcira 1mz social. ltecom cndnm, por exc.n\J)lo, que os indi\'iduos Sc). ngrur,cm, « niio sct;umlo u s-u:,, eitl egori:i no morcüdo do lri\b:t.lho, mo.s scgunc:lo ns fun(:Öcs sochli!< quc: dcscmpr.nham» («Qundrngesimo Anno»). D i7.C.nt que a bn.se tle toda rcstaurn◊iio d:t o rde rn c.conomica C a r cforruo. dos costumcs,, se.111 n quo.l scri:un inutc is toclos os esfor('.os n essc !;<;ntido. () ~ xmo. Sr. l). F e rnando Comes n iio r ec::ord :'I c::$t es 11ontos fun<huncnh,is da. doutrina .soeial cntoli<".ll ncm scquc r JHtrft. hunentnr quc cles tstc':jnm nuscntcs ,1:t. lei de Revi• siio Agrnrit\ J)aulist~\. Dira t'alvez algut'ln que <',Sht mo.t'e ri:\ ni'io comJlcte uo Poder 1mblieo. Ni'io 1,cns:1 nssim J.A~äo XLU que, a o fix nr os cleveres do .Es~ulo nfl. questäo soci11I, cnsin:,1 <im, d cle. dc11cmlem tl.S proviclcnci::1.."' c1c ordem ger:d tlus qu11i!li brotc I'~ prosJ)cridndß 4i!rnto publica eomo 1>nr ticnl:tr, o nc.rcscc nht <auo siio os ho ns costumes <auc t.orn:lm mnft 1u,r-Uo prospc r~, («l~c.rum No,,:l.rum'»). · l)o,lcmos, 1>ois , di'l.Cr <1uc f nlh:'t C.1'11 scu pn1,cl o l!!Shld O quando, no tomar mcdidns quo vismn o bcm• cstnr da. 1,opuln('ßo rund, csquccc ns bi\scs <ht. verdndeira. 1•ros1,c.ridal1C. Ao m e nos, niio <'..St ar:'i clc: e nti\o agind o intc iramc nto d~ nconlo coru a tloutrinfl <'..'\t.o lica. J.nmcnt:1mos, 11o r t :'1 oto, c1uc o Hxnu,. Sr. AreebiSJ)O dt• Goi:mi:t. u. n6s uos r,e<,·:, uru r,ro.i::1•:_u rn\ JlOsiti\•o cm ,_ 1 ucstücs C'IH <1nc näo so• mos Wcnicos, o sc t~onte nte com o J:ulo nogativ o d:-, nc, 1 i~lo Agrnria 11aulist-a. con.sid<'ri:1da sob o t>Onto de vish1 e:\tolico. l'orciuo esse.-. dois 11e• SOS ,:, CSS:"1$ dtu\S n1,~clidas'! Nito com1)1'f~('.1tcfon1os.
A
s.
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U f_;MA IS, 6 me::.mo ccrto q uc a ltc visiio Agr,u•i:L do (;ov('rno de &io l''aulo 11:\0 c'~ incompa• ti\'C.I ~om :-1 <loutrina da„ J grcj:,'l' Oi7. o artigo em :'IJ)r C('-O quo ein. niio nt'•gf1 nem mutila o dircito d e JU--OJlficc.l;ld~ : J'U'Ol CJ:'C- :'t f un<,•Uo soci:l.l da ,,rom·ied:,dc}; c:m inatcria de dc sn1>ro1nintiic> ob<'dcee it!o c xiJ:cnc in.s da doutrin:\ ctttt)lica ..; e, 11or fim, t,t...~ndo i\s convcnic.nc ins do bcm CO• mum. F.-m s u1>te1nc nto ä. s.:. cclit ,i io de Quc.stiio d e «Hcforma Agrarin, Con8cieneia», fi scr dod11. proxiru:t•
A
mente n lmuc·. o s uuto res t ,' \'nmin:un longnmo nte o projcto, o subs l.ttutivo 4~ a le.i de Rovii;iio Agrnrin ,10 1•:stndo de Si\o l'aulo. NUo C possivcl n:': • 1>rod1nir ngora todns as co11sidcr11.~:lies quc oli ri:,.C'mo:-. V1unos s nlio ntnr n11cm1s um ou outro po nto, 1rnr11 s:,· ,·oja c1uo, nioda sob o us• 11eeto m c::rnmente •!Cono,uic~o. n n.e,1isi.1o Agruriü ,,,~mlish\ niio r,:speitou os ertsinnmc nlo.s 1,ontiricios. Oiz o l•:xmo. Sr. D . F'erunoclo Go11\(?S <t\lC O J•:stüdO «s6 l}Od<)r{, d nsa JlrOpriur c.-.sa-s t crras (1:1$ ino.provci• tmlf,s) cm ca sos <"..-,,,ocinis , no so.ntillo d e niio J>Otler fä7.C-lo nrbitrnri:\ • mcmtc» (1., . 82). (.;oneord:l.mos c.,un n doutriml :\(Jni •~,q,o~ta J)or S. l •:xci11. A11c1ms. nii'o \'C'Hl\C>S (IU(' a oln SC atc nh:i a ki r:>tllllista. Do foto, o ,,ue cstll <-slahelccc (nrt. 2, ll) 6 quo br,sh, n t-, rra cst:1r imwrov,~itntla J)ar:t se.r pas~iv"I d e dcsa1u·o1,rhl1;,:iio. -~ os eru;:os e m que o ni\o n1wo,·cii..,mcnto cfa, tcrra const-ituisse 11m tlllnO t)fU-R O bcm CO* 11111m, estarh,1110$ clo ncordo com o 1,rinci1,io tlo <1110 tmb4~riit. n d csnJ)rO• 1wia(:äo, dcsdc::: c1uo o dono :,,o 1•ccusus• st: a :tprovc.ihtr s uu nrc:1, utcmlcndo tt c•x ig<'ncin do bem commn. A lc i, 1•orCm, v11i muito mois longc. l'r"~ v,;, 1H1r:i just i.ficnr n. d e.•m11ro1,ria <:iio. o simJ)l("s (ato do uii(I ::11n:c-.,·citnmcn• to ,10 t urr:l...,_ quc• sc, prc•~t~m i"l cx11lor:-,<;Uo a~ricola. Qm} ~ isto s <•ui'io t~outlicionftr a 11ro1u·ktlad(~ d u lc,n:-, ao sm, uso':• Orn, P io X I, m, «<lumlrf1J:"C-~"imo A1111on1 co1ul(m1L 11rt:cis:unf:nte quc so suborclino ::, l)ropric.dflde d:\ lrrrn no uso ein m csm:,. Cit<m,os t.odo o trc.• c ho, 1,o rque 6, ot,st.n mntcrio, mui„ 10 ulucidi:ttivo: «E. ft rim de• 11t,r t cr1110 {1s contro\'crsins c1ue 1H}<:l'Ctt d o dominio e dC\'('rcs a clo inorcutcs co111c('111 n 11 agit':-.r•sc, notc -.sc c m r,ri„ m ci ro luJ;:"nr o fundfuncuto r1sscnte ,,or f A•äo XIII, d e que o clirc ito de 1,ro1.1ricdtulc 6 distinto do S l!U U.l'o
,,,_io
(Buc. Re rum Nov:u-um) . Com cfoi• to, n. ch:um\cla justi<,·!l comut.ativn ohrig:\ n C-Onser,1:'lr irwiohwc•I n di„ \'is.1.o dos hcn~ e 1\ n äo in\'ndir o dircito f1lheio, exccdendo os limite.~ do 1uo1,rio dominio; mos Qne os 1,ro· pr•ie tflrios nRo 1,1sem suntio lu)nt~st:u„ m (mhi do <1ue C. scu, t) d:\. al~IHl;t, niio ein justi<:a, ruüs d e outrns \'ir„ tudcs, cujo cum11rintt! nM n3o podc urgir-se poi· vios juridicas o,;uc. Re:• l'Ul'I\ NOV8l'Um). P or i SS0 1 SCIH raw ziio afi'rmnm nlguus c1no o dominio e o seu uso siio- umn. e m esma c oi• s11.; e muito rm,is ni11cht C nlhcio i\ \'Crdndo di;,,er quo se extiugue o u so pc r<lc o ,Hreito d o pro1,1:'iechlde com o niio 111-0 ou nhu:.o d c.lC')>, AICm disso, o onus tributrtrio hn11ost.o 11eln lci Cnrvnlho Pinto C, cm ccrtos C flSOS, oxecssivo. 1:>nr:1 nlgumns llrOllfiP.(lndes O iH1J)O$tO l\lluttl ehega n 12% d[I. r e.~pcetivi\ :wnlio, .. ('".i'io (i,orR, i ncidir UCSSJI. lfl.XR('.ÜO lnlSta Qut~ unm flw.cnci:t c.k mnis d e r..ooo heCh\rcs sejn ex1,loratl:t. mediant~ , 1 rrcn(lnmc:mto cm mi\is de 50% tle fma 1uc}f1). Jsso constitui um ce,rCC'nmento do dire it-o clc} 11ro1,riedndc. cen surado JlOr l ..t~iio X IU ,, llio XI como s c. Jl01fo. \'~r ctcst.e trecho d:\ «Q.uo.,trn,:csimo A.uno»: «F.is 11orqu,~ o :-:nbio t >on tifice (l„cno XLI{) ,1e-01t, .. rnwl tnntbCm que o J~stndo ntio t cm dire ito de csgohn n pro1,ricdaclc J):\ r • tic11lar eom Cxcessiv1l.S contrilmi~Ocs: N5o (! das lei~ humanas. nm!5 da nul.ur<.-;r.a que dim:-Hla o dil'C:ilo de p1·opriedadc individu:.,1: tl aulorida_dc
publicn nfto u 1)()clC, porlt1 nlo, aboilr;
o c1ut pode 6 modcrar-lhc o uso e h:wmoni1.(,-lo com o l>cm comum ( l•:nc. RC'l·um Novaru1n) ». 011li·r1s r f!SOr\'OS que fazcm os i\ lci 1,:mlis t:-1 1>0 r<1uc d:t comln1t c o ::irrcndfunc·nto, rec.hn :i situati'io 1uecnri:t. o pc<1uc110 1>roprict11rio, eous::,s:ra o inlcn·encionismo do l ~st1uJo., etc. - r,c.11.-m-so 110 s u1,le mcnto dn a.:a cdi<:ii.o ,10 uoss:t obra. Nüo e possiv-.~l transc:r-0,,c...J.ls a,1ui: seria. :\loni;flr df'mais cstc nrti,:o. As que ::uh17,imos ba.stam 1):l.r1\ nilo se podcr :1firmor ,, uo n lci rtJ;:'rnria Jlflltlist ,, m\th\. t~m de incompalivcl com o doutrin:\ da IJ;rcja.
SCRRVEMOS c,~st o 1\rtigo ::tpc• 11as parn e hac icl:~r um:l q 1!c~t.äo eh? nh;ance soc1nl c} roh,;,oso imcnso. (}uc rcmos_. pois, arirm:ar c1trn HO cscrm•C„Jo M US('..rV:HUOS todo o r c.s1,cilo, vcncra(ii.o o estimn (Hlrft c::om o J,;xruo. S r. J\rccbis1,o de Goia• ni:l, ». l:ermU1do Gom cs, s c ntime nt"os que, e m m11it'1\s 0 11ortuoid11dcs, t,ivcmos o prnzcr do mnnifcstar-lJ1e.
E
<<SE NOS CURVARMOS EM SILEN CI 0, ~ EM SILENCIO NOS MA T ARAO>> B . A. Santan1aria primcira scmana de m:in;o a:,,;!)isti 11 •• Con fc·rcnci<l <los prinieiros„rninist ros da "Com• monwcalth", cm LondrC:."-. 0 premitr cujn participatfio suscit<m rnaior controvcrsi a foi Mr. Verwocrcl, da Afri• l.';1 do Sul. 0 direito 1.h1quclc pais de pcrmancccr 11.1 "Commo nwealt h" foi abcrtarncntc conlc~tado J>clos trcs jormlis quc rcpres<:ntarn as pri ru::ip;tif- corrcntcs polilkas da ln.(!latcrrn :
A
Oxford. Lig;al,1 a csh.: g rnpo cxislc urna vigoros.:1 fac\:äo de mc>n~ts hucli~tas militantes. quc organi:i;,,111 manifcstac:,j~s de ma.$.."":t parn fnztr p n.::--~f,o sobrt o ~vvcruo c levä „10 ;1 :tt:, .. car O Cristi:1nis1no. Ü~ tllOll;.!C:0- :--äo h:,hilmc nfc 111:mobrac..los pclos c.:011111nist:is. os q1rni:-- jul.i;:.un {lue. depois (IC us,1rcn1 o:-- hmlistas 1n1r:1 :1b;1tcr
o C..:ri:--förni:--1110, tcra c.:hcg:i.c..lo o mo-
l{c rala mosfra\'n \IIIC scri:t improvavcl {jUC o govcrno do Cciläo torna~sc lal mcdida scm provocar rccu;öcs indcscjnda~. Os r>nis crisl5.o::. pudcr:1111, ;1s.--;im, f.\1.c r :--ti:i:s m.ini fC-$ta.;ücs. de protc-sto. l louvc cotäo qucm os aconscl ha:,..,-.c :i dcixar :is cscoln!'.- c confinr n:1s 1,:;1r:i11 lia~ verh.ii:;. do t:"Ove:ruo. Crcio <1uc t al ronsclho cgtava dcsas-
Em pros.:scguimenlo foi publica<lo
11111 <ltrrclo f:u.:ultando a qualqucr j!rupo <le cidndäos nprcscntar qucixa t:Ontra tolla if!rc::j:, ou 111on11111c::11to rclig:ioso <1uc j11lg:1sscm ofcnsivo i1s suas Sll:O-c.'CI ihilitlnclc~.
(.) CfUC SC clCSw
linn, cvidc.:nlcmC:n1t, :-1 cstirnular pcw d idos clos :tntkristao:-- hudistas c 011tros. 110 scntido tfc :--uprimir as igrc jns cri:s.ti'i:-- existentes. 4
o ,.,.Gu:11·dia11 .. , libcr:il, o "Oaily Mail"', conscrvador, e o ''Oaily Mcnlld", trn.balhista. f.ss<:s jon wis s u~cri rnm 1111,wimcmente ()uc o:,,; primciros•minist ros rcdi~i~,;;cm 11111:1 declarac;ii.o tlc tlircitos. (lo homcm, cuj,1 accifa(:5o scri:1 condic.·äo f):1 r :1 pcrtcnccr ;·1 "Commo11wc11lth1', Prcsum ivclmcntc csscs prind pios priv:uiam da fil ia1;f10 a egta, ullima o pais que 1>ratkassc a distriminac;fio racial, como C o caso d,1 "frica do S111. Näo prctcndo discutir cssa propos• ta. Tudo o quc pc<;o C a mais r~lr;'t das vi rlmlC$ a coc rc nda. Sc ;i pcrsct::ui(";io radal <lcvc pri v:i.r ;i Afric:, do Sul da filia(fiO i, " Commonwealt h", c11tit0 a pcrscg11icäo rC• ligiosa dcvc 1>rivar <lcla o Ceil5.o. Outr.1 personalid;tdc impo rtantc ,1uc tomou par fc ua Confcrencia de t-011d rcs foi a notavcl mulhcr-primeiro. mini:,tro, Mr~. Bti ndar:urnike. ~
dc:--clc~anfc, conccdo. criticar puhlicnmcntc urna nrnlh~r, Por i:..so näo r ritica.rci a Sra. lkmdar,111aikc,
mesmo porquc ela n~o C de rnaior im1lorta11c:ia. Scu valor politito rcsitle simplesmcntc no f:ttc> de scr cla tcsf;, de fc rro de urn ~rupo de podcrc>,:os 1,oliti<·os ting-alcse:,.;, quc constituc,n a vcrdadci ra forc;:, do rc~imc, c quc säo ;1 um tcm1>0 ;1ccrhamcntc a nfh.:rk;.täos e :u.:crhan1<·11te <Hlli•e11ropc11s. Dclc frt1.cm p:irtc o sohri nho dn chcfc do ~ovc rno. Felix ß:wdara• nai kc, ◊ Dr. Pcrc:r:i c Peter Kc.:nncm:111, fülcr co111,111h:.ta fo rm:ulo cm
,,uc "
"t dulurost) opinitia r alolfru i11ler11acimwl "slcja rulorm<•rilla ,,umufo a lgrcju. t·m tltl crmi11ado pais. ,! alac<ula. - ao f}aSSb t/tW o.,· etnmmisMs s11/Jtm mobilizar ,·a1111umhas i11/cr11acfo11ai.'> l'ltl tfc-/1.•sa ,!,: .<wu.,; iulc• rt.~scs". Com ts/as pa/avrt1.,· lt•rmitra II c{lr/11 em qut 11111 litler calolfro a11.'ilralio110, Sr. ß. /\. Sanlamarifl, J>edc tJm• "Calolid smo'' lrtrm:milu tm /Jrasil Cllfolic·o o
,,,w
0 Sr. II. A. Stmlt111wria. que j<i t,fllpau pQsfo.'- ti,· g rmult rt•spmtsal>ilitladc t·m oru1mii-ar6t·s cle apostol<ulu, dirige /ll'f'.,;twlcmc11te o ···Natio11al Cii,ir Comrcil'\ culidade
mcnto (lc dcstruir o bucli:--·ino, c:omo c:;:t;io fo1.c-11do os c.: hincscs 110 Tibet.
• Examintll\OS :a Ol'it nfa(rio quc vc111 tomnndo .1 lcgisla\·äo <lo Cciläo nos
ultimo~ mcscs. lnici:thneutc, totlns .is esc-01~1s con• fe~sionais foram confist:lllas pclo EsltHIO, :--cm indcni.i:<u;äo, no dia t.0 de janciro dcstc :1110. Ponvn nting idos os cstabclecirnentos :tnt!lic:1110~, hol:111dcsc::;.-rt::formados, mcfoc.listn~. prcs„ bitcrianos, n111(ulmanos1 bem coruo os
catolicos.
Os p:1is c.'. 1'istaos. aos milharcs. oc111l<ll'M11 s1ws cscolas para i mpcdil' a c:--polia(5o dccrctada. AfC bnrrk;, .. c,fas fornm cr f,!uidas para prote,E:(-.la:--. Sc os p:iis · pcrmnncccsscrn n:1s cscola~. o govcrno tcria <le rccorrcr .io cuvio J e t ropns para cxpul~a-10:,:.. A cxpcricncfa <l:i provincia hi 11d11 de
*
*
,,,w
1
lrttftio socioliz1111/c e com1111ista St! l'enJica ,u, pais. 0 11pclo quc rlc Jaz, enlrelanla, ruia tliz re.'>pcilo ä /\m.,·lr11Jia. omlc. nlilts_, feve /11rR,n r,•pcrrus.wio, 11ws sim ao dr1111ut ,fa l grej11 11trseguilla flQ Ccilcio. Ml'rt!~C lmlo o apoio clcsta Jollw sua proposla tle quc ,,s rttlollc·us tlc rtulu pnis 1lirij11m cis rt:pn.-sc11tarücs ,lipllJmaliras cillgfl• lrsas t arln.'c: tlc pr ol csl b t1mlru os 1,exnmt.•s ,. p ,·rsl•g,r;("iJes imposlM,· 110s /ilflos tfll l greja naqut la ,wrtio, c,,,111 .. :_;tt'lillula j,i 110 sc(·ula XVI. e ,·ujo solo foi rcgado pclo s1111gm: d e lanlos marlires.
11pefo l!t~1·me11l c etc lan('Olf Jui pout'(>. atr1111i!:; da /t'Jt.•1,i.wio ,lt• Mcllumrnc. fl snn: C<mtitlml,io:;.
*
*
que St~ prop,ic imprimir oricntar,io lfl~rtltull'irameule r.ri.o;-
t,i ,i villa 1u11ilic11 e 1/ar l'umhole :c:rm lreg11t1.,· ti in/ il-
t ro~anicntc c.:q11ivoc.1do. 11:win-sc ehe• g~do :1 urn ponto c1uc näo ;ulm il i;:1 nwis rccuo:--. Uma vt·z e11trcf!11C cst(1 po$icäo, o inimi~o do Cristinnismo pc rccbcu c1uc podcria lcvar tudo de
roldao.
'
1\ ~ leis c. i~ualmc ntc i mpo rfant('~.
o:;: alOti ;ulministr:itivos quc sc s11ccdcr:1m rcvclarnrn clarnmcntc a fisio„ 11omia da conspirm:5.o urdida p:,rn dtstruir o Cristi:111 is1110 afC as raiz($. Duas scrics rnantida~ por eficol :1s privadas tivc r:un pcrrni~säo de per• mancccr abctt:1$-1 com o cscolas J)a• ~.is. Mas logo ;:1p():=. fo r;un in formadas de quc J)ara c;onfinuar näc> podcriam coh rnr taxas. Dcpoi:-:. foi posta cm vig-or unrn lci pcl.i q11.1I toda igrcja 011 lut!:ir de c.:ulto tlcvcrin scr rci::isll':ida. lsto foi o prcludio de 11111 si$lc111a de liccn\'~S, at ravCs do qual 11m ~ovcrno ;mticristäo J"IOdc impcclit :1 construcfio clc if,!rcjns cri:--tfb.
*
Por fün, t1l1:uns mis:--io11 :irios c11ru1>c11s j~'1 fora 111 avisados de <111c $C11s vistos n5.<, scrfio prorro_gados, de mo... do c111c cfcvcm rt l i rar -:-:.e <lo Cciläo. Como altcrnativ.1, outro~ scräo onc• rac.los com pe-sadc1s taxa:-- de rcgistro, o quc constitui ;!rosscir.1 d isctimium.:äo. Jlarn. ror~lt_.los a sair do p:1is. A ..:ad:1 arl i~o dcsta lc~i$latäo C cl;1d" uma justific:u;fio cm :--cpar:iclo, :1p;1rcntc-mcntc pl:msivcl. M:is o e:,;<1ucma g lohal tcm um s (t 1>roposito: a destruic:äo do Cl'istianismo.
• Sc os pl'imciros„mini~t ros <In "Commonwcallh" t laborarcm uma nova declar<HJto c.los direitos do ho mcm, para punir a pcrsc~uh;äv r:id:11, .o c111c i r!io dizcr :1c·crr;l d:, r crsegm„ \'fio rcl igi1>:--r1? l l:1ve r:'1 uma lci para .i Africa dos Sul c ,,utr:-, lci par:1 o Cciläo?
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Tcnho :ipc.:11:is dois comcntnrio~ a fazcr sobrc :1 ::.ituacfio c.lo Cciläo. Pri mciro: sob o i rnp~\do da pcrsc~ni~·rto h{1 :tli \'OZCS c:1tolicas (JUC :tfirrn:1111 scr mclhor ccdcr t111tcs da lc111pc:-t(1dc, do q uc trnc:::ir 11111 limitc c comlntfcr. Afi nal de conlas, ai11<1:1 C p ossivcl rclcbra r a Mi:-s.a c rcccbcl' os Sncr:1111c11tos. Foi j11:--t:11ncnk csta corrcntc quc pcrs11adi11 o:-. p:ti~ ,, CV:tw c11.'l rcm as c:stolas qu:111c.lo 4.'hc,:.:-ou o momcnto c.:ritico. T al ron:;.cl ho C <laclo po r ccr tos (':ttolic.:os cm c:td:i. pais cm c111c o Cris• tiani:::.mo C: :1t:1c:-iclo, iiu,:lu~ive 11n 1\ 11strnlia. t fnrm ulado por pc$."'Oas f!c„ rnlmcnfc hcm inlcnc;ionacla~, por vc·z.es
atC
santamcn tc
i ntencionatl~s.
M:is, por toda p:i r tc omlc csfc con ... sclho (: scguido. a l~rcj;, C incvitavc.hncuk tlcstrnicl,'l. P orqnc h:'t um ccrto ponto cm 4,111c unw linha c.lcvc :;:er Irac:1tla. E dcve scr t ra1;mla qu;111do :, IKrc.:j.i :tinda cstit sufidc:n„ tcmcnlc fortc pa ra rcsistir. 1.cmh ro-mc c.lo ~rau(lc Arcchispo c.lc N:111kim. Mons. P:11110 Y11-Pi11, a d i1.cr-111c como foi tl:Hlo mruclc 111tsmo ronscl ho aos catolil'Os da China . $ 11:1 rcsposta : "Se nos c11tv:1 ru10$ c m s ilcm:io, em silcnrio noi; mntadi<>''. N.i Chin:i as rccomc ndnc;öes de a1)at.i§!u:tmcnto prcv;elcrcram sobr<: a voz do An·cbispo Yu-Pin. Entrc tanh>, n!io salvar:11n a lgrcja. 0 5-Cgundo e ultimo ponto : o:-- <·ris• t!ios do Cei15o cstäo dcs<lmp:1rados. Afa:-- n6:-:: n~o c:--t:unos. J\ opiniäc, i11tcrnadon:1I ain(fa tcm pcso. J\m:i • nhfl :--c,guir{t rninha c.i r t;, :io Alto Comissario clo Ccil5o cm Cambcrr;i, p rotcst:imlo ton1ra :t viol;w5o dos di• rcito$ h;1sico~ do hom<:m pclo ~cu f!Overno. 0 que. farcis v6s outro:-::? Prote~t.arcis h1111hC111? Ou c-ondc:sccnc.lcreis? N . R. A Embaix~dn <lo Cciläo fern scdc I, R11.:1 V ivci ros de Cas• lro, 1•11, l~io.
*
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OVA IBT VETERA ,
Cristandade hispanica de aquem-mar J. de Azeredo Santos
J'.Jst-:uuo:; dionto d~ um:&. clns J)ngitws mnis tkforumdns da. l l i.stor i:&. d o)) t.cmJlOs modcrnos. Com ctcito, nUo ))Omc utc os inimigos da lgrc-.j::1, lllfL."" os 1noprio.s eatolieos c ivnclos de lil)cr:llismo :tJ1rescntam nos olhos ,los i11Cftut-0s mn:t. ,·c,·dnd<>irn earicatur:\. clcssn, obrn coloni:wdor1\, cb. J!;sJnrnh:\ eatolic:'.l mlS
dox~ll ◄)UI'! possii p:irc.cc:r l, primcira vis-tn, h:\\"i:\. sido con ecdido r,ora esse fint, Confi:mdo i10 t emporal. oficinlm e.nte, um:, m,ss:10 assint c lc.w 1ttla, o l'ndrofülO n ii.o fo7.i:\ m :\ i:,;; do quc con s:igrnr su:1. c:lc1>c ndc 11ci::i coau rcltlt-iio :to <:SJ>iritunl ( •• •). Uc n cordo com a dout.ritHL d,:. Santo Agostinho, o ~t:.ldo se recouheco reudutnrio d:t. riu:1litl:ule trirnsccndcntc dn 1,::-rej:-,: de} 11i\o sc con~icte r:t. como um fint cm s i, m:)s c:01110 um orgäo i11k1•,,-u; clinrio c m vist:, d o tinalidadc.s sur,criorcs» (p. 110) , A 26 d e- julho de 1508, o J.>n1m Juli◊ II, J')clo Jlrcvc «U ni• ,·crs alis Eeclcsino J(cgimiui», c.~ons idc r.u1do qoc os Ue.is Citlow lieos hav innl le.vn.nt:tdo o cstandarlc snlwu.101· do Cruz (i m rc~iOes dcsconht..>eic.ht.s, conccd cu :-l os Sobe ranos ettt>tmhois c> clircito do f ':tdrolldO, Jle.rmiOmlo•lh es edific::ir c,,1.cdr:1is, igr<~ju.s:. e 1·cmih~tios, most e iros o luJ;nrcs <lo Jlicdade , e n1>.rc!sc.nt.aios ßispos, os J">ar ocos, os bc ncficiat'ios. 1'.':-11 <:.stndo d e cois;,s. t•sJlMatoso 1mr:" uosso mu11do lihe ral, cluraria (1c:;.en tos ru1os. J•: 6 fnto ineontc~sh,vcl 11110. no~ doi.s 1>rim('iros seculos o rcgiruo clo P ndrondo d cu est>lcmlitlos r c.-:ulh,dos, eomo :1tcst:"t. o e ,-traonlinario surto du J((lligiilo cnlolic:, cm tod;\. 1\. Amc ric:t l.ntin:1., <.!,uttfülo o S obCrfrno ·r ontifiC() Alexmulre VI. pela ß u l:t <<Inter C1:tetcrn» tlo :~ d o mttio <10 J493, r cconhcceu :1os lk is d:&. fi::S1)ftnhn. seus direit.o s d o oonquista sobrc o Novo Mumlo . ,, Je lh,:.s ilHJ.lÖS fl. ov:-rngcti:,,ac:äo cfo modo llH\ iS oxprcsso: «N6s vos ordem\mos, c m virtudc da santa obedicncin ( .. •) Quc d <:-s lincis i~.; terr:-ts o illHLS nu,nciomula.~ hoincns honestos f.~ hm1c11tcs :, Deus. dout.o s, ins truidos c <:x1terhnentndos 1)::u-fl doutriu:'tr os nnturnis, uomlo nis.so t'od:t. n tlilig-c.n e h , dc\li-
Am,•ricms.
tl::1»
D
fl:POIS d e mais do dois seculos cle co1·ru1lc:ßo lihc.rnl, a Amcl"iC1\. f.Attina. come~a. a colhe r os muis tHHilrJ;'OS fr1,.1-
to:- dcssa. O.JlOsh'tSin , com o
:1p11re einH'!nto
da
Jtrime irt\
1•e put,lic.n $OCinliSta no contine nt:e. jus tnmc nto na.s Antillrns, ondo ,,porhlrlun as c:ira.v clas do d cscohrirnc nto. , Ncsfn hora. triste c.rn <1uo tl Santa. .lgreja so eobre (lo luto 1,c l:'1.. 1,ersc:g1,1i{"iio ,,uc. s ofro c m Cubit. che&:n•uos üs miios um livro muito 1\trru::olo o d e 1>0-l pit:intc ntiuditl:'tdo: <<U no ChrCti,:ut6 cl'Outre mcr» (Nou \lcJlcs Editions I,atiues~ J, ruo Pn.lnHnc -
O.
Paris) , d () 1tutori1L do llC\'lllO, P:-ulro Jean Tcrr:\dt, s.
r. C. lt., anHgo (:e rnl dct ht ne incrita Congrcg11rifo tlos
Coo1u•rndores Pflroqui:1is d o Cristo ltc i.
$ . R<w ma. -
quc,
r cnunc ic)u :w ca rgo 11or doc ntc , mm; csc rc vcndo esse li\•ro 1>rc.sla. 111:-ti!; 11111 othuo scr\'i(:o U 1,::-r,';in. - vis::, ::, «d crnonst r-or simJ>fo$tnN1to quo uiic, 6 umt, qufmc r:\ eoncc:bc r unrn. ordcm de coisiL"" dn quo Cris to se;j:t 1,le 11:mw11te n ~i dns intcligc n e:ias, dos cornc:-Ocs, dn...-. vonhtdc.s, das institui('0e!;, «fa socicd uc.10 con10 tnl». Oo f.tto, dcmons lrft-o o autor d e modo cnbal, eom log icil. e ,~rutli~:üo hw11tg:1r, css.n. ordNn 11(! coisns foi rcalizadn. nns c olonia:.. cla 1•:spanhn. no 1':ovo Mundo.
.~
0 QUE SE DEVE Pl?OA10VER PRINC!Pi\LA,fF.NT1'
A mc ntnlitl:\dC lihe r:'ll dos di:b que corrc m 6 dificil :tdrnitir o ,1ue :1eonteceu ai,6s n. tkscobc1·tn d o ec)11011c nft.: :unc ricano por Colombo. l?rt ~Cn}via o ftc i Fc rnnndo o Catolico, n Diogo Colombo, i.rmi\o do dc.scolJridor: «A~orn, nc> inieio. deve•so t e r g n'u1de c uhlndo cm ordc nar n..-- cois:1.s: d e mo(lo fl quc~ scjam mais pcrfeihtnlc utQ iustroido" os indios dCssft. ilha U:\.$ cois11s de noss,1, snnta l •'C cntolica : ,l::ldo <1uo es.so 6 o fu11 d:1m(•nto sobro o qu:11 eoloc:tmos :, comauisln dc:;.sn.s r c.giOc.s. (} o (Juo se rl<wc i,romove r prinCiJ)ahuc nt.c (. . .)» (p. GS) , l'ar;&. 1·c.:1liz•U- esse pro,;rama. d e coloni'.l.,t(!ii.o, niio oeorrt r:'i. il c;11tolic1"L 1-:srmuh:, :·, idCi;." d o sc))arnr o ,,uc Deus uniu, o osi,irihml o o tc m1wrnl, :.1 Jg rcjn. r a sociecl:ul<: civil, 1>0rfJUC. c la S::tbo rnuito bc m que <~ dc."isa uniuo quo jorra. i\J vcrda... tlcir:1 civili:,.a <,:äo, a ve rdadcira _c:r:\ndc.-1,' n clo um povo. «A unmo estrt•it:l ,J:'1- Igrcja. c) do Nstado s6 roi 1>ossi\'el J)Or(1uo um uuico e m csm o fim, c.rn ultima. no:disc, e r:1 1•rocm·:1do: crhtr u1na ord<:m eristit de eoistL'>. J•;, <~01110 sc conccbc, lrnvin mna n ceess~•ri:L e just:-. s uhordi11otiio do hunll\110 no cli\'ino. do tcm11or:ll :\0 cs r,irit.-unl. 0 1>ro1nio P ;,drondo, 1>or pur:-,.
(1•. 68) .
OßRi\ COA1UA1 DO SACERDOCIO E D0 IMPE/?10 As...,im 6 que , um s cculo ttp-t;s n tlescobc r(:1, t.ocl:t. :1 Amt"".-w OSJlanhol:L c h cg-twf1.. no scu cs11fo11dor mnximo, fo rm:rndo um im1,<'rio ,111,} .n.bnwgia. ns Antillrns , o M c::xico, n Vc nc-;.ucJn, a Cotorubia, o ·P eru. o l+:'tuador, o Chile, o Prat::l e graudc ll:lrh.) do c1uo 6 hoje a Amcriea c,lo Nortc, cxlcH1$:-L arc!iL t1uc com1>rc<rnclia o Novo M cxico, o 'fc:x:L.;, n Y.'loridn, n C"nliforni::t. };._,;;t·:wl, d c.sse modo critHltl 11cl a l'jSJ):lnh(, nn.") A 1ncrieas um:-. e ivili'.l.l.\(':iio colonhtl nunen. igui:.J:1<ln. c.m totlo o mundo. l\l:ts S:tcerdöcio o hntlCrio som c nlc. nndmn c m hnrmo11i:1 qu:uttlo nmbos sao tliri~i(los pelo m e$-mo icle:al .supc rior, <JUß 6 a m a..ior g lori1\ d o Deu s hwt.o no crunpo c.spiritua l q1mnt o no tempond. Soh,padt, t\ soeicclodc eivil J)Clos gc rmcs dn Jtevoluc:-iio, o Pndro::uto sc lrru1$form:l c~m umn t"cmivcl nrm:1. n:,s miios dos agc utes das loja.s, c10{~ so servc111 dt""J c! 1,nr:11 :1.t.r,l, ·Cs clos maiores abusos, obSh\r os csror ~os d:1. Snntn l g1:cj:1. pch, s.al\':tfi\o das nlni:\s. riCü,
A llarlir do sceulo XVln St· a ernlu:'1, :, d ceodcucin. 1Xfrnto 11:1 J~:,;1n111lm m etrOJ)Olihm:1. qo:mto nas coloni,1s do NO\'O .i\luruto ::i neüo d:,s socicdt\dcs Sf!Crc!l:L~ sc fn:,. sentir por to<ht 1m.rte. insfih\ndo o v c n e no do libe ralismo na<1ut:I:\ ,~:-:r,1c~11t1icl:\ c.~~tn.1• tura, p:lra minU• l n c? d errui•h,. 110 clccorrt•r clo scc ulo XIX. Ohsen ·:1. muito bem o twt.or ,1ue os m:dcs surg-itfos uas (:olonia.s: cs1):t11hoh:ti:- d:\s A111(•.ric;:1s ni'i.o (•rtun o rruto, a conse qu,mci1l, logic:t. das cloutrlrm.s ou d:ts ins tituitUc...; ,,uc form:1-n11n o scu :trC:>.bou('O, ruos p elo contr.u·io, a radical conh':1.tli<,·iio th•stns. J~x1d n inc.ntc o 01,os-to tlo qu,• :i-.4·• 11:ttlo"S:'1. 11:ts socicdi>.cl,•s r C\'Olucionnrias mod<"r1H1.s. o mlt~ o m al (t o erro siio o coroanu: nto log-ir.o dnN doull'in:l.~ ,. ch,s ios tilui~Oo:s, e ondc o escas so be rn ,, fL esca.ssa. , ·c-,·<htdc su.-gem como eo nt rncli<:ii.o c incocr c nci:l.
COMO i\LCi\N(':AN i\ SAL V1\(': 1TO A d erroc:uta do itnpcrio ,:olonial es1>:mhol d:\ Anwriea, s(• cx 1>lic..'\ ~tssirn pcl:\. :wost a~i:_1. do Ocideutc. c.r·istii"· sobre tudo 1, elu. :,;,;dutüo do idco.l libcrt:'1rio \~m:-urndo dil lt('.,•(IJuc:llo Ji'r:uaC-OSa. «l•~s:t id~ologia libe ra.l sc.rU vc.1·d:ul<-ir:\mt"nt(' um m:ll'! S ,:rft ,·crd:1dc ir:u11c 11h~ uo, J)CC~"tclo?» indaga. o aut()r, 1m1•(t r c..""Jlo ncle r: « 0 magii,t crio romnno u. dc•nunciou m il , •c:,,e:,: como l:d. A C$~o pcc:HIO, lbtdcnincluw rcconhcce mn:L virulCn c;in e um c:tr.itcr CSJ)Cc;i:tis: 0 rato (la scp:.tr·o(!iio da Jlcll• J';'i iio c da vida t: uma cspccic de !iegundo occado ol'it•in al c.~ont.raido dcpois dn Rcdc1H:ii1, c mais fu ncsto (1uc o p1'i;1cir~ soh doii:. a~pcetos. Antcs de tudo. 1,or<1uc C uma tcg1·c-ssüo,
o cm segundo lugar po1·(1u c C uma. rccaida (l(' lod r, U socic• clade• <1>. 161). Porlnnto. s6 r c nej;'antlo esse) 1H1sstuln liluwnl c 1·,•volucio11:1rio 6 quc a Amc.ri<:,:\ es1Ht11hol:l . l)odcr:'i alcan{':lr :-, s :'11\':t<:Uo. B 6 imr101·t:t11t..c frisar quo o c rro Jil,r rnJ 6 ,;o n s idc rado 110 fi\1 ro cm .su:1. csscnc i:1-. coruo qu11lquer coiSA d f: inc rc nfo. :l
ltc volu('-110 e ,auo so acha uo o.mngo clo prOpl'iO soci11lismo,
ctnp!L finol \'i.S,:td:1 t>Or ess.:·, ohr1t. d o llJ>osfo.sia or~aui:,,:'tdo. ,,u(~ ))0 11ro11öo c-dificm r n c idaclc- dQ Autie ris to sob rc as rui1m.... cln
ci,·ilizn('--t1o cntolica. Nestes dins soml,rios . <'m 9ue :&. A111<·ri,;:1. 1mrcce l'$')uecer a 11o r VC'.I.C.."- at6 r-cpudinr s-uns _glorios.ns orige.n~, vol1 cmos nO:-.'$OS olhos 1):\rn fl Virgem tlo Pilar o- f:u,::tmo„ f.,n. nossa inC.<•rccssora, junlo oo .scu Div ino l•~ill,o, 1,ar:1. que :lJll'C..""SO o T<'Sw g-nte da hurn:,\ ni(h1d c sofredora, J•rc.~sa„ n:.,.s cudcü\s des.•Ht Rc,·ohr('Jlo gcrada n:\ :1ntcc:\lllOr:1,. d o infc rno. (lue a i\liit• tlo. Deus nos nlc.:m e() f•s ~r1U,':'1s ne<:essarins pa.r--:t. qm• 1,os.~., un o::- rest.nu-
rnr cm .solo omoric:1110 aquc ln. c ivili'.1-".t('ÜO c ristii, 'JIJO o cxce„ lente c 011ortunissimo li\'rO do Jtc,•m o. 1>,n drc J c:\.n •r ,~rrüdus, C. r. C. n., mostra te r florcsc;ido :'tqui !>Or obra da imortnl 1-;s1ntnhn dos h crois c dos S:111tos.
-
OS COMUNIST AS CHINESES, A TRA VES DE EDIT ADO EM PORTUGUES, ENSINAM AOS nota dominante do ultin10 mes, na Ameri:ca, foi a ce rimonia vistosa e tremendamentc longa ( sois horas maci~as!) em que Fidel Castro proclamou o carater co-
reg1mc pode se1· caracteristican1ente con1unista aincla que,
A
por pruclencia, sci1s di.t"igentes näo ataquc1n
frontalmenle a
Igreja. F oi este, por exemplo, o caso da Polonia ao tempo cm que o Sr. Gomulka tenlava embair a opiniäo catolica
munista do regi,ne cubano.
Na realidade, esta proclan1a~iio nada ensinou de novo aos o bservadores insuspeitos. Poder-se-ia fazer uma equa~äo
com o Äl'cebispo de Varsovia, Carcleal Wyszynski . . . Nego-
irrcprecnsivclmcnte correta a esse respeito: reforma agra•
cia~öes, estas, que a esquerda catolica e näo catolica no mun•
mediantc capciosas ncgocia~,Öes
ria + reforma industrial -1- rcforma comercial + reforma urbana + reforma educacional comunismo. A luz des-
do inteiro acompanhava desvanecida. Hoje en, dia, gl'a• ~as a Santa firme,.a da lgreja, o ardil con1unista se desfez, e os vern1elhos se atiraran1 con• tra o Catolicismo na Polonia com a mesma ferocidade usada noutros lugares. Porem, e bom, para preve• nir o futuro, näo perder uma s6 ocasiäo para insistir nesta verdade basica: um regime
=
ta equa!rao, näo poderi.a caber
a menor duvida de que, ja antes de proclamada com estardalha~o, a implanta~äo do comunismo na ilha de Santo Antonio Maria Claret era um fato consumado.
* nista, pelo simples fato de ne• P ropositadamente näo inclui-
pode ser autent.i ca.rnente comu•
gar a propriedade privada ou a familia, muito embora apa1·ente respeitar a liberdade da lgreja, e ate favorece-la.
mos naquela equa~äo a persegui~äo religiosa, pois, se bem quc esta seja o fi,n ultimo e mais tipico do comunismo, um
*
c
* Pouco ha que dizer sobre o conjunto de contradi~öes e inabilidades inimaginaveis que
guida, foram postos em liberdade.
ce reara,n a interven~äo norte-
episodio todas as circunstancias para tornar antipatica, frustra
ticia näo sofreu qualquer desmentido. 0 fato que ela registra, alem de roca,nbolesco, e tragico. Com efeito, as tropas invaso,·as foram 1·c cha~adas
e contraproducente a interven~äo do govei-no "yankce".
porque eran1 pouco numerosas. E era.m pouco nun1erosas, näo
Ao que nos consta, esta no·-
Pode-se
afi1·1nar que convergiram neste
Basta lembrar que - fato insuficientemente real~ado pcla i1nprensa o "New York Post" afirn1ou categoricamente que na vespera da invasao os
n1embros do governo cubano no exilio foram sequestrados por ordern de Washington e conduzidos a um aeroporto abandonado da Florida, onde ficaram isolados, ouvindo pelo radio proclama~öes fantasticas lan~adas em noine deles pelas for~as invasoras. Malograda a invasäo, os lidercs cubanos antifidelistas foran, reconduzidos a capital, onde os recebeu o Presidente Kennedy. En1 sc-
porque faltassen1 recursos para os EUA organizarem uma grande invasao, mas porque
Washington contava com a adesäo do povo e dos proprios soldados da ilha. Ora, como poderia esta adesäo operar-se cm propor~öes ponderavcis e eficientes, sem o apoio das organizagöes clandestinas cubanas de resistencia anticomunista? E con10 poderian, atuar estas organiza~ö.es. se os seus men• tores supremos ha viam sido incxplicavelmente sequestrados e isolados do mundo pelas proprias autoridades de Was• hington?
*
nss
* N esse s&nl'iclo, e 1n·eciso il-izei· que reconhece1nos
A. este 1n·(YJ1osi/.o, desei<inios /<izer aqwi ·1t1lt./t afir11uu;cio limn 1im·mn71to1'ia e fi·l 'lne. A nuiioi·ia, dos cnbanos, n6s o sa1,entos, 1iäo quer o •·cginie coninnist<i, e o cast1·is11io revre-
<i legiti-
1n'icltule clos es/ or9os <les&1l!votv i<tos 11elos exil<itlos cttb<inos 1><t1·n 1·ec1ipen11· s1u, -ilha.. E 11.n i <lireito cle q1w.l<11te1· ho'lli~n. i,11.t<ir 11el.a Ul>e•·t<t~iio <le sua, vcitri<i. E tli1n.l1e·1n 11n1 <li•·e-ito de qualquei· ho111.eni rc<1ver seiis l>ens ro1tbculos, e reivi-lulic«.1· <i lil>erdci<le sanla <le siu, f<111iil'ia e da l grei<t. A11oi<i1· essse:; bniv os e v<ilo1·011os e~;ii<ulos niio JJl'(iticwr 1i•n<i ·int11·rvengfio conlrwri<t 1), sobenin-i<i de C11ba, 1nics ti 1·c:stit11ir Cuba <t si 1)?'01)1'i(t.
e
* Mas, dir-se-a, Fidel Castro esta com Fidel Castro nada mobiliza massas tiio grandes
tem que ver com este assunto.
en, seus comicios, que se pode
Para nos certificarmos disto, basta pensar no caso Eich,nann. Todas as alrocidades cometidas por ele e por seus congeneres ficarian, justificadas pelo fato de que as praticou um governo presti.g iado por in,ensas manifesta~öes populares e ate - coisa de que Fidel Castro nao dispöe - maci~as vitorias eleitorais? Van1os n,ais longe. A condena~äo de Nosso Senhor a morte teria sido justificada pelo fato de que uma multidäo de judeus preferiu que se crucificasse o Messias c se libertasse Barrabas?
afirmar que o pais esta com ele. Sabcmos quäo pouco significa,n essas aglon1era~Oes. Mas
E ·1n todo caso, ein Citba <i fa.~e da,.~ blttncl-icies j <, va.ssou. B a, 11e•·ser1ui~ao •·elirtiosa desenc<ule<ul<i '/)elo governo Fidel Casm·o est<i. cl<i1·fasüna. El<i <itingiu os S<icenlote.s estr<ingei•·os que, mn niunero a1n·oxi?nado de ,n-ü, väo sei· e,._11ul;,os 1le C1iba. Pode-se f acit,nente iniagin<i•· o 1n·ej1tizo que 1uini n ·vi<l<t •·eligiosa •·e1we.~ent<i est<i subila red·ui;cio n1is fileiras do Cle,·o . A 11<t1· d-islo, foi <lee1·et<ul<i ci trtinsf ei·encia, de to<la.s <tS escolas vartimil<t,res 11a1·a o tlo11iinio esl<,t<tl. 0 11ue equi1xilc ti tlizei· que o =ino, n<i il/1.11, 11assan, a ser co1n1tnisl<i e <iteu. Coin isto, a, fainili<i fic11r<i gob11e<ul<, en, unui <ie s·1ui.~ 1,l1·ibuig,,es 11u1is essenci<iis, quc o <lir&ilo dos 1111is <le 11ro'1101·cionar e<liicai;üo ci·istü, a seus f-ilhos. 1'odas css11s ci'l-citnslcinci<is c<ir<icl.erizc11n 1i1n<1 11e,·segui~lio 1·eligios11 f en·enlui. Pc1lt11 sei fechct•· <1'> i1;rej1ui, e <tl>rir <t-~ a1·e1u1s 11ara <lizi111c11· os c1isUios. Ou, 110·1· oul,·a, ici rr1w ar&,uis süo cois<tS anliqua<las, rest<i avenas a1n11Ua,1· u1n vouco o tei•rivet "p<11·ed6n" .
americana ein Cuba.
senl<i 11111 11.,.~a.lto <l<i R:«s.,i<, <1. bon-f<i 1l<u11wle vovo i'l'lnüo. 1L,:,im, ,; ÜTc<n1s<tv el <11u1 foi 071enul<i 1t'ln<i intcr 1·cnqci.o frn'lt• 1/u!cnlci e bnll11l d11 U ein t en·ilo,·io <1nim·ic<1no . Est" /<tlo c dr. 1no!dc <1, suscitnr o .senli1nento de 11olitlco·ied11<le d,i lo(lo o 1:onlinente conl rn o li,·<inete c11b11no. 11e11uc110 cm lu<io. 1:.t1:11tr, 1u1 h.ipocrisici 11 n1i fe,·ocid<ulc. i'Vlas, <tlellt d<t solidc11·icdade <i»ieri<:<in1i. 11·,n niotii ·o <iinci<i 1n1ti/.o 'lli<tis ullo nos dcve v oll<ir conll'(t /i'·i<lel Castro. t o f<ito de C1<.b<• -~er c<ilolic«.. Coin o JJ1·usil, e tod11 11, /\n1.eric<• L«tin<t, cla /uz 1>c1rtc <lct C·ri.stun1/(ule. E, oii n<io sc tom.<1 c, serio a dou.trinu do Corpo f.1istico de C1·i.slo, ou. sc 1lev11 reconhecer qne lt$ 1'ut'is gnivcs obrignqoes <le Jr<tteni·idcule c,·isl<i nos lcv<i1n << (1Sl<t1· de co,·110 c alnui com ·11.0:;so.s irm{ios cuhctno.,.
suponhamos que elas represenlem a maioria dos cubanos. Pode um governo, baseado na maioria, roubar e matar a von-
tade, espoliar os pais do direito de educar seus filhos, e perseguir a lgreja, Corpo Mistico de Cristo? Admitir isto seria aceitar o principio rousseaunia-
no da onipotencia da maioria popular, varias vezes condenado pela Igreja. Assim, a falsa suposigäo de que a maioria
* Acre.~ce qiie a hcla conl'l'<i o fülcl-c<1st1,if,1no 6 1111u1 vcrclculcir<t ol>r<i de <lefes<t 1uicionicl. Poi.s vor to<l<i <t A,nerica, l <il'ina o co1nun:i.sm.o, o•·<t cilentado veto exen1.7>l0 i"ltbnno, oru direl<iine-nte in~·nfla1lo 1,or lic,1x1na, tr<tnia e ·se niovi1nentu nin-is C1l,())'{J'ica1n.~1te <lo 111w nunc<i. No 13rcisil, o de7>1it<iclo F,·ancisco JuN<io, qite <lesej<i uma 1·efor11u1 1,17 ra.1·i<1 <tv<ingcidciniente socialisl<t, sc 116s <i c<i•n110 11ctr<t 01·r1aniz111· 11-nu, 1wilicic1 clc: ·vol1int<i1·ios mn /<tvor de F-i<J,,t Castro . No EqU<ulor, o Sr. Ar(i11jo fli<l<ilgo, ex-1ninislro <le Es/(k do, l<in9ou unia ofensi-11<1 en1. vrol de umi<t rcfonna, <1{tr<1ria cle ti110 e11bcino. NCl, 13oliv ia, os 11utneios d<t e1nbaix<ula de Citba 11c1rct ci for11u,9ci o <io Pcirt·ido Arrrcirio 1V<1c·ionc1l-i;,l<t, destin<ulo <t <lefmulcr os interesscs clo tirancte, fo1·a,1n Uio ostmisivos que 1n·o11oc<ir<11n 1ini sevc1·0 111·otesto de "La N<ici6n'', 6rg<io ofici<tl do governo boli'vi<ino. O P<i1·ticlo C01nun·isl<t chileno se disvos a cleseiwcule<ir u11u1 greve ge•r<tl no cnso de os cintic(lstristas se fir·1nuren1 e·n i Cuba. 0 Particlo Coninnisf-<t a•·ge,iti.no ta,nb&in l<info1i umw cci1n11<1nha, <le rec1·11taniento <le 1lez 1nil volunla1·i11s 71a1·a, l:itl<t•· na i lh<i. /\ss i1n. i,or toda p1i1·te, vcio mit•·<tn<lo ein efei·vescencit, os conninistcis.
Alhtirl'S cm Cuh:i. :-.oht:u.los da~ for\·:is 111\1~1 ~ sorns cstudam pl:mos. de h:italh:1. As fotos sc·
~uintc:s (UPI - premio Pullitzcr) poc.Jcrn d:tr um:i idCi;l do quc tcr.i succditlo aos ,h.-modac.Jo:,:; cub;mos que invadi 1·am a ilha p:1rn lil)crt;i„la Elas ilustr:1111 a 1ccnic:i crnprcg:1d;t pclas autoridades comuno-fidtlista~ pn r;1 :t climiu:u;5o de um :itlvers:irio. Carrc~,'ldO ignobilmcntc par;1 (1 mat;ldou ro, com tcmpo apcnas 1,ar:. rccchcr socorros tspiril 11ai:::, C clc cnC0$1:tdo ;10 ·'p:1 rcd1',n" p:i.ra o fusilamcnto.
!J)sla ef er ve.~cenci<, ;i<l 11rov oco·1t no ßr1tsil 1lcn"l·a1na11um t.o de sang?te. Eni Ca11«t>'ll, no Est11<lo de Pe1"1wmibuco, r1r111>os de 1101nt-ltt1·cs J<tvoniveis e contrci-rios cl intei·11engc1o ein Cnba se choca1·a1n, 1·euist1·cin<lo-se fei·im.ento.s mn cluas 11essoas.
* Larga,nente comentado pela dos os pontos de vista foi o imprensa e alentador sob to-
manifesto lan~ado por alunos
1
. ' p 11 n 1 o Correc
l
MAN·UAL ESCRITO POR MAO TSE-TUNG E BRASILEIROS COMO FAZER GUERRILHAS c.la U niversidade de Säo Paulo - p•·ecisamcnte uma univcrsidade leiga ! e,n apoio a lula <lo povo cubano por sua libc1·la~äo dos comunistas. Na capital paulista, o manifesto foi assinado por nada menos de 1200 esludantes, q ue em scguida enviaram ao Exmo. Sr. Janio Quadros, Presidente da Republica, o seguinte telegrama:
Agi-aria - Rcforma lndustrial - Reforn1a Urbana - persegui~öes k"e!igiosas an astou povo irm:äo abismo l"egi1ne comunis• ta pt A presentamos Vossa Excelencia pt·otestos no ssa 1na is subida conside,·a;;äo. Fernando Furquim de Almeida Filho, Martim Afonso Xavier da Silveira Junior, Candida leite da Silva Dias, Alexandre Cunha Campos Netto, Hagop Seraidarian, Joanito Romera, Joiio Scognanüglio Cla Dias".
"Ex,no. Sr. Presidente da Republica Palacio da Alvorada Brasilia - Dislrito F ederal Comunicamos respeitosamenle Vossa Excelencia 1200 esludantes Universidade de Säo Paulo haverem assinado manifesto a Na~äo exprimindo ardente desejo liberta~äo povo cubano barbara tirania Fidel Castro que atraves Reforma
Telegramas analogos fora,n e n v i a d o s aos Exmos. Srs. Afonso Arinos de Mello Franco, Ministro do Exterior, e Mal. Odilio Denys, Ministro da Cuerra. Tamben1 em Curitiba, 4 70 estudantes se n1anifestaram da mesma forma contra a tirania comuno-fidelista.
*
M erece1-ia 1n11ito <lcsl<urue <1 noticui i?w1wessionctnle cstlt1n111id<i ein "O Gl obo", c/.o Rio de .Jc111eiro (ein 7-l V-1961), de que co1nunistcts ch-ineses, <tlraves cle 111n 11utn1utt e<litculo eni Pecrui-,n, misincv1n <ios />)·et.~ ileirog co1no fci,zer uue1•1•ilh<ts. 0 jO?'lt(tl 1niblicct, (l lit11)0 <loc1111ientwrio, (t folO{Jl'(l[Üt (UI C(t1)0, de ·u1n fol heto inl'ilu/culo '''J'uliC<t cle G1ie1Tilluts", cle <uitorfrt cle M <to Tse-t1inu, traclu.zfrlo ein 1101·t1111uc.~, e re?)l'ocl·uz, enl:re 011lras, 111na il:uslrctfcio 1nostrctndo u1u~·r rilhei1·0., entboscculos. a <tli1·a1·e·)1t contrct n1nct tro11a 1·c,q1il<vr que 11cissct <les1>1·evenüla. A legen<lct corres11ondente et esl<t il.11St1·c1fci.o ensinct co,no dctr cabo, ne:;l<1s con<lfr;i5es, clos soldctdo., do 1!:xei·cito brc1silei1·0.
* 'l'odas cst,is ci?·c1tnsl<tnciets no.- cnche,n de <tvreenscio e tristezct, q1«in,lo conside1·u1nos et c11n·oxi11uiq<io 1·1t11so-lwu.sileint, inicict<l<t no terr eno co111ercicil, nu1s que c11nec,~ct cstenclei·-:;e ?l<tr(t o cci1nvo 1Uvfrnncil'ico mn vi1·t1ule <i<t ;,tt{Je.,t<io f eita. vcssoahnente vor /{r1ichcv ao /11inistro J o{io Drintas, q1.t<i1ulo ein vi.•ilct q1u; esle /t:z <w T<1·c·m.lin. 0 ,litculo1· sovietico suy er iu e:t'1')/icil<t111C?1tc o rc11tcv111ento cli11/onuitico, co1no 1neio i1n1701·lctntc vwni le·var ao seu ct1t{Je o ·intercc,111/no coniercial.
* F elizniente, seuuncto se 11ol-icia, n<io e 11rovcivel uni rec1trin1ento co111e,·cial con1 a China, ve'nnellut, vois o D e1ia1·l<t111ento Pol-itico e fi:cononiico clo l lci111ri1·c1t·i info1·1nou nii,o hci11c1· 1nercculo 1u, Asi<1 11<,ra. os 1)l'O<l-i1to.s t?·acU.cioiutis de expo1·lc1~c1,o cto Brasil.
* Ao contrario do que esperavaru ce.rtos clemcntost näo houve qualquer altera~äo na infeliz delibcra~äo do Presidente Kenne dy de rcse.rvar todas as subven~öes federais exclusivan1ente para as escolas leigas, apesar do justificavel protesto <los Bispos norte-ame. r1canos. ....,.,
Parece ter enveredado por mau ca1ninho o novo rei do Marrocos, Mulay Hassan 11. Estreitou ele suas rela~öes com a Russia, cOn'l vistas a um
g1·ande incremento na a juda militar jä anteriol'mente <:oncedida pelos sovieticos ao seu pais. Seg undo consta em circulos bem info1·1nados, encontram-se no Marrocos, desde fevereiro, duzentos tecnicos russos incun1bidos de supervisionar o desembarque e distribui~äo de todo o material belico assin1 importado. Este material inclui tanques de guerra . Ao que parece, o 1·ei do Marrocos prepara assirn un1a ofensiva contra a Mauritania, o Rio do Ouro, e eventualrnente as bases espanholas de Ceuta e Melilha.
*
de Oliveiral
AlictS, o e.~ vi1·ito e1nvreeruleclor clos 1n119ul11ianos bcifejaclos 11elo co111.11nism.o n{io leln lüniles. U1n Ucler clos 1nctis 1n·oe111inentcs <lo 1sl:ic/{tl, ctinarnico vcirtido d<t csquercui 11ta,·• ,·oq11ina,, lanqou ha vouco <t reivinclic<tqci.o clas llhcis Cetnarias 1ietra seit vafs. t,; o l slci servinclo de inocente 1,til 1><trc1 Moscou, 1u1 lu ta scni treu1utS neni n1el'ce contra, et C1·isl ctnclacle.
11 Cril,tc1nc/cute! (2u{i,o 1)oucos sii,o os q1te conh.ccc„n o que h(t de su/1/i?ne e f/l'<trul'ioso n esfct Ca.'J)l'esscio, c:oni <t <Jll(tl .~c ind·ica,vci 01itrora c1, coliuc19,i.o 'i?ttcr1u1cion<1l d1t ·vetslct fci1n'itia, <los 1io110~ C)·isttios, nnidct nct i'!lla. cont1·<t <111 hcre.~fo-~ c: co11t1·<t os ·inhni/10:; externos cl<t l{Jrcj11. Ou<tl o hoinmn <ll' Estcido ociilent.,it <11w o'!lscirict vensct1· n,11111a rcst<iul'Ctgao c/<t C·1·fatct11<lacle neslc cino cle J .96.I? Pois, ern senUdo con.l'rci,·io, 11,mct fi!J!t?'Ct ,nwito ein cvicleni;i<t no 1n1tnclo 1111ion1eletno, o Principc Abcliil Rah,n<tn, 1>ri1nciro-?>tinisl1·0 clct il'lctlasi<t, clism,rs<tnclo 1ui l ng/{tlerra,, 1n11wif cstou seit 11rovosilo cle "fornu11· 'lt11Ut com1nonwealth cle toclox o.~ 1><tises 1nui;ul111<1nos, scuunclo o ·1no<lclo clct Commonwealth ln·it111iicn". /i; <tc)·1;scento·1t: "C1·e1nos que toclos o., 1nu~"ltl·111<tnos, on<lc q11er que estej1v1n, S<io ir1ncios; os p,1·ise:; ?)Utfit/,•)1u1nos ti':111. 1io·r /.cinto toclo inte,·e.~se c,n se unire111. vc,rc1 11 disCltsscio c/.e seus prolJ/enuts" . Clciro eslc~, esset "1:01n1non1veetllh" 1uio l(lrc/111·ici <t sei· cciv alu<idlt velos co1n.1inistc,s.
* Por ocasiäo das festas da resista independencia do Senegal, o chefe do governo, Sr. Mamadou Dia, falando perante a Assembleia Legislativa do novo Estado, prometeu engajar seu pais nas "vias a.fricanas do socialismo". Quem conhece a incompatibilidade fundamental entre o sociali.smo e a doutrina da lgreia, näo pode deixar de deplorar o fato.
* Uma vez quc a Angola se torne independente de Portugal, sera quase impossivel que
its pressOes que empur-
ram praticamente toda a Africa para o socialis,no e o comunismo. t esta uma verdade que - quer se aplauda, quer se censure a obra do Sr. Oliveira Salazar em Portugal ninguem pode por en, duvida. Assim, causa satisfa~o saber que um prestigioso angolano de Cabinda, o velho principe Antonio Felipe de Barras Jack, "en, nome dos regedo1·es e chefes gentilicos descendentes das antigas familias que assinaram eon1 Portugal os tratados de Chifuma e Simulambuco", manifestou sua soJidariedade i, n1etropole.
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110 l er eslcts notas, dir,~ atrµuJ.ln : nuis enliio ncid<t v<ti . heni 11elo ·nnt1tdo? N ctcla ia, 1Jcn1. e111 Biz<tncio n«s vesvercts da </'ltecl<1 cl<t 1:i<l<ule? Si:111, 1nwila. coiB<t. 'l'o<los sc cl·ivei·lin,n, 1·ein<t'11a et ·petz clenlro <los 1n1iro.~. A.venas - 11equeno 1)0'l'»w11or os twrcos e~lcivci,11 <to 11e clestes, 11rev<1ranclo-se 11arct inveslil·. Assiln lc1·m.bch11 et{Jorct. Jlthiita. f;ente se cUverte. il1uil.a. co'is<t 11eti bem„ A'))en<ts - 1)Clf!UJ?1.o 1101··m.enor 1«.n1.l11J1,~ 11. 1n·ofeci<i cle Fciti,n<t esta .se c1un111·inclo: "A R-1t1111i<1 esv<ilhwrc, seu., cn·os 11elo ·n uindo" .
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E,n lo<lo ca:;o, 1·cscr11cindo P<t1·a o fi?n o vinho doce. nol-ici<i1nos cont ;,<tl·isf<u;ao <t visila da, Rainlut 1!:Hzal,eth I I ao Sctnl:o P<iclre Jotio XXlfl. fi:sle fa.to, cuj<i ·i m.portcinci,t s,1 nutnifesta. 11elct e.'t:tr<torclinciri<t 1>01n1><t cle que se revesti1t o Vciticano, 1·ev)·esentc1 111nci vrtliosissitnct conl>'ib11it1io 11cir1i c1'ilt1· no 11111nclo u111 clinui cle coo11areti;iio 1,0,n <t Sctnlct l11rei<t de tocuis c1s fo1·fas que, como o 'l'rono inuliis, 1·e1n·csC'/l.tctn1. a qu~ilquer /.it'IIIO ?t?lta t.radi91io ·11ivc1 dct civiliz<t~cio c1·islr7..
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E para tenninar, um texto pontificio, ou seJa, uma gota de nectar. No dia 9 de janeiro o Santo Padre Joäo XXIII reccbcu em audiencia o Patriciado e a Nobreza Romana, e tratou dos cleveres desla classe. Suas sabias palavras poden, estenderse por analogia a todas as elites congeneres. "Säo Gregorio o Grande assint resmniu o "Osservatorc Romano" o discurso de Sua Santidade - diz que nobil itas gene ris conjungitur nobilitati l'ncntis, a nobreza do ber~o
deve unir-se a nobreza do pensamento. Isso significa princi-
palmente que a origem priv1legiada deve corresponder um zelo especial para conhecer a alta doutrina e os santos principios, para os reali.7..ar antcs de tudo en1 sua propria pessoa ( .. . ) . Sao Gregorio acresccnta que un1a caracteristica da nob1•e7.a consistc en1 jamais sc deter no exercicio da generosidade, n,as se considerar sempl'e ern condi~ces de a aumentar, isto e, estar constantcn1ente disposto a adquirir uma maior perfei~äo espiritual, fonte de toda caridade e generosidade" ( "Osservatore Romano", edi~äo semanal em frances, de 20-1-1961).
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BISPO E VEDETTE: ,, AMBOS HEROIS?
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3.a Eill~AO
acrescicla cle um suplen1ento sobre a Re visäo Agnnia Paulista c de um inclice anali1ico.
Pe. Ribeiro do Rosario
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Cris/ianismo desde o se11 i11icio <i /ra11c11 oposit;üo ao CSflirilo do m1111do. S11rgi11 em alil11de de o/e11siva: " Ncio penseis que vim /razer a paz ä lerr((; ncio vim lrazer a paz, mas sim a es„ada" (Mal. 10, .14). 11„rese11/011-se como movime11lo de renavllt;cio: "A ndemos em rwvidade de vida" (Rom. 6, 4 ). "Frar.011, 11itidame11le, 1111111 linhll divisoria enlre o bem e o mal: "Nüo vos 11,wis em j1111la desigual com os infieis. Que comercio lui entre a justir.a e a i11iq11idade? Que co1111111i<lcule e11/re " lttz e as lrcvas? Q11e co11rordia en/re Crislo e Belial?" (2 Cor. a, 14). Ora, se a orie11/afcio do Cri.,lic111ism11 essa, impor-llte 011/ra sl'rio dc•s/igttrci-lo. Como, 11ois. t:()111/JrCeiuler o s11rlo i11cJ11iela11/e de uma Je11dencio mo<frrna para c<111citiar o espirilo crislcio com certo m1111tlanis1110 absorvente? T en!lcmcia ps/ro11!to. que prelende ,,o/er-se do q11e flro/0110. do q11e clteira a paga11ismo, como meio de dif11scio da vercladc de Cris/o. Anligamenle. aos qua se declicavam 1i co11q11isla das a/mos, indicava-se a /eilttra do ''De Co11.~ideratio11e", de Scio Bernardo, 011 <la tlbra de Dom Chaulartl. Noje, prc/cre-se falar em "opostolado clo {11/ebol" c al<; cm " afloslola<lo clo lwitc" . .. Para "combaler'' as revislos m1111da11(IS qttc fllt/11/11111 pelo IIOSso imenso Brasil, f1111dam-se 011lras, re/igiosns mos clteias de c1111ccss6es ,1r1 1111111da11ismo. f\liio ci por mal, cerla111c11/e. Se rr1charcn111 lais p11//lica(.ües dl' 1111111<10,wlidades. ,: 11ara q11e 1111a oo e11co11lro clo gosl o do 110""· S6 assim sercio lidas 11s <·oisas de• largo alcauce e.<fliri/110/ ue/a., dissemiuadfls. . . 0 .<1•11 m1111danis11u1 e meia <! ncio /im. 1:: o isro clo lorl11t1st1 (mzol dos moder110.~ /ll'Scfldores de ho111e11s. Ncio lui de .,er com 011/r11 i11l11ilo CJIII! 11111a i11sli/11ifii/J Ctl/11 raizes 11a lclacle Mecfia 1111111/cim atrae11I<' rpvisla /oda enfcitadfl de adcrer.os d"s mais f1ilorescos, cnm1>, f10r exemplo, re/rolo <i<' moci11/t(( hrejeira, o/hos som /Jreados, estamf1ado a cores 1111 C(lfl<T, e descri„6es iluslrada., de film<'s feilas tom cxcelenle dcse11110/111ra . .. A fll'OflOSi/(), 1100 /WS esqur('amos que 11., revislas 1111111da11as. q11e se deseja combaler, lrazem raml>chn, ,•11/rc• suas pro/a11idades. alg11111as flllblica„iies de c1111ho dcvnlo, tra11scri/as mesmo /1111' jorrwis rclif!it>sos. Pois bem. Se ,ms re11is/as declara1!/lme11le paga11izadas enc·a11tra111-se (/a111bh11) ass1111lfls religiosos, e se as revislas relinioso., inclttem (famlui m) cfl11/c>11 do pogti<>, qutt difer~11,~a /uu,eni entre 1111111s e cm/ras! Por IJIIC
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Agente de "Catolicismo" para os Estados de Goias, Mato Grosso e Minas Dr. i\J ilton de $alle$ Mouriio. Rua ß:w5.o de ~1fae.allbas, 202, 1.c1cronc 1-2-279. Bclo Horizon-
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• D. Gera ldo de Proenf• Sigaud A.rctb15po de Oidmdntina
• D. Antonio de Castro Mayer 8i5po dt: Cdmpos f:m todus a.s livraria.s do Pal:;.
• Plinio Corre• de 0/iveir•
Pcdidos a D. P. J. R.
• Luiz M endonf• de Freit•s
C. Pos1a1 4827 -
Säo Paulo
voraveis. 1Was n follteto quc mais desrwrlein e " i11/il11lado "/\uroro 110s Selvas", rece11/eme11/e edilado. Trata-se <fe 11111 edifica11te res111110 da 11ida belis.<ima do sanlo Bispo e missit111ario Dom l/e11riq11e Verj11s, a„ostolo da Nova 011i11e, morlo em odor de sa11/idade 110 fi11al do secu/n ,,assado. Esse ap11sc11/o seria excele11/e, se o seu 011/or, liio bcm i11/e11cio11ado, 11üo livesse lido o mau goslo de gravar em 11111a das pagirws 11111 relrali11/to de artista 11<• teolro, ao tado de 1111111 lese eslapafurdia sobre "sa111ethr111r.a.s ,. di/err11~·as e11lre vedelle e sau/( ) ' . Que retarcio 11nd,• ltavet e11tr,· ,,erfell<' 1• santo? Q11e 11/ilidad<• /tavcrci em aproximci-los? Pois, por incril't!/ q11c 1111r/'(.{I. o referii/11 lil'rinho eslabelece ,, com que seriecfade! - es/ra11/111 ca11/rn11/o enlrc• seres liio dissociados . .. Para que 1uio se d1tl'i<le, tro11scre11amos 11111 treclto do origi11alissi111a paralelo: "Ambos scio he11111 lreroi r6is: o ( sie) vcdclle do fisico: heleza, lta//ilidade, disti11r,i11 artislica; o sa11fo <; 11111 lwrcii do 1•spirilo: caraler, flCrf eilo eq11ilibri11 s0111alico-p.,iq11ic11, gr11111le c-oridade". Sa/110 111ell1t1r j11izo, mio 11assfl de folice 11 tot excerlo. Primeiro, potqtte 1; 1/i.,parotado e irrila11/c /1111dir sa11I" e artista d1, tealro em 111110 mesma c/assificapio. Em seg1111do lugar, po1·q11r o apressado escrilor mio fncatizou 11e11lr11m lror.o de lterois1110. nem "" sanlo 11e111 110 vedelle. /\o 111e11os, 111io consta que beleza, lrobilidad/!, cora/er e 111es1110 gra11rle caridade sejom lreroismo . .. A coridnde podc ser lteroica. mas ,wm loda caridade o Be/eza lreroica, qttem sobe se exisle? ... Castilho esct eve11 famoso " paralelo entre Vieira e ßenwrdes"; \liclor /1111:0, "entre o homem e a 11111/fier'; em plano i11fi11ilame11le s11perior, Siio Paulo lrar1111 a se111e//1a11i;a entre o sacerdocia clr Crislo e o cle Metquisedec. Fallava 11111a imo.trJ11a,.,,o vi11az, ,,arn rslobrlecer " se111e//1r111r.as e di/ ereur,as enl re 11edell e <~ sa11to" .. . Ainda hem q11c o 011/or, ap6s 11U'lic11/osn rsludn, conse{!uiu, e111 /uu1inoso j'ergo", /Jfl>vor que o ad111ir<11•rl missiorwri() {11i missio11ario mesmo ... e ncio vedelle. Mas l11do isso se explica: .wio caisas do moder11is1110 lilerario.
.. .
O dia 29 de dezembro de 1959, o Santo Padre Joäo XXIII recebcu os participantes da assembleia anual da Federac;äo Universitaria Catolica Italiana.
N •
e
e.
Sem Jesus Cristo, a inteligencia humana esta sen,pre em trevas
Diriginclo-lhes a palavra, Sua Sanliclacle - segundo o resu1no publicado pelo "Osserva• tore Romano" cm franccs, de 8-I-1960 - Jembrou u1n comentario de Sao Jeronimo ä passagem clo Evangelho que relata a fuga para o Egito. Observa o "Doctor Maxi1nus" : "Quando Jose tomou o Menino e sua l\1äe a fin1 de ire1n pai-a o Egito, fc-lo a noite, em 1neio i1s trcvas, porque Cristo deixou os incredulos, dos quais Se afastava, na noite da igno• rancia". Explicando essas palavras, clisse o Papa que devemos velar por que o Senhor näo Se afaste de nossa inteligencia, de nossos estudos, e da pcs• quisa e interpreta~äo feitas pelos diversos ra,nos da cien• cia segundo a natureza e valor de cada qua!. Pois, un1a vez que Cristo Sc afasta, e a ignorancia que 1·eina.
•
Cristo e ? objeto de todo e q ualquer estudo supenor
Ern su1na, para o cristäo, para o catolico, o objeto dos
estudos superiores, n1esmo daqueles que näo säo de ot'de1n ascetica ou teologica, e se1npre Jesus Cristo que di1 a conhecer c ilumina toclas as coisas. 0 Surno Pontifice observou ainda que näo se trata, evidentemente, de agir como o califa Omar I, que n1anclou queimar a biblioteca de Alexandria sob o pl'etexto de que o Alcoräo bastava. Mas cu,npre afirmar claramente que o Evangelho, bc1n como o Antigo Testamen• to e. tocla a Sagrada Escri Lura, precisarn ocupar, por toda par• l.e e se1np1·e, a posic;äo quc lhes c.\ dcvida. Nos ultimos dias, o Santo Padre relera os 36 pri•
1ne1ros capitulos do Profeta [saias. E ies apresenta,n ti·ac:os precisos e fulgurantes sobre a sorte dos povos que se desvia• ran1 do bo1n caminho. Que te• souro de sabedoria se encontra nessas pagi nas! A luz de ,Jesus Cristo deverä, pois, iluminar sempre os nossos cstudos. Tudo se faz na luz de C1•isto, que e Ca1ninho. Verdade e Vida. Conse,·vemos todas as bi bliotecas, e tratemos de tirar dclas todo o proveito, mas sernpre sob a direc;äo do Mestre: Eie pronuncia poucas palavra~, porem säo palavras que per1nanece1n eterna1nente.
f j AtoJLnCilSMO MENSA RIO COM APROV A<;ÄO ECLESIASTICA Campos - Est. do Rio
Dirctor: Mons. ANTONIO RIBEIRO DO ROSARIO Hc.d:l('Uo e gcrcncia: Av. 7 de Sctc.1ub1·0. 2-17 -
Cnixa l'ostal :)3:3
Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . . . . . • . . . . .
CrS
l~nrcttor .. , . ... , , ... , , .. , ... , . . . . . • . . .
Cr$ J.000.00
2-30,00
Cr:.\ndc bcnrcllo1• . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . se:mln:u·J1stas c cs luduntc~ , .. , . . . . . . . .
CrS 2.000.00 Crs 130.00
E:x~rlor , .......... , ... , . . . . . . . . • . . . . . .
CrS
Nun,ero avulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cl'$
285,00 22,00
N'1uncn> ntr:1srulo •• , •.• , ••• , , •• , , ..•. , .
Cr$
25,00
Pi1n.1 OS E!.tndos clc Alnt;O{IS, AmnY.OU{IS, llOhln. Ccu r {1, (;oifüt, l\hlranh!'tO, Malo c,·osso, r 1ar(1. P;:iralba, Pe1·namb\1<:o. Plnut. ruo Grnndc do N'ortc, S<-rt:IJ>e c T c rrilorio,.;, o Jornal ~ envlrHIO rw:>r viu ne1·e~ pclo J)l'Cc,.-0 c'U,
risslnnLura comum.
:\(u tl:\n(t). tle cmltrc,:o d () ns.sin:111tes: moncion::,r o e rulere~o anti~o. VtllCS J)()Slüi~. t.::irl::ts <.-om valor dcclill':ldO, ch C(l\H~..:. dcvcr:10 scr Cl\ViU• ,tos c n, nomc de um c'los ~cgolntcs A~cntcs c J}(lr:t o , ·est>Ct:"llvo ende~ rc~o: J\,:cntn ,:-cr:1I - Dr. ,Jo~~ de Olivclrtt An(lrnd<'. C;\ixa Post<.\! 33.'3. C-0.mpc:,s, Estado do Hlo: AJ:Cnlo 1rnra os 1-:~tndos do )>:lraM,, Rio
Grande do Sul, Sant-a Cntarlna, o $:lo ('taulo -
Jos~ l.ul$ de Prclt.as:
Culm~rr,cs Ablas, n.ua Castro Alvcs. 20, Santos. Estndo de Süo Paulo: A~·ent o JHu1, os f:stndo~ de, Coi(,~, i'fato Cros:s(I o M hu,\s Gerob~ J)r. M11t0n de SaHcs Mourfto, Hua ßarao de MuC<lüb:,i s, 202. tciercmc 4•2279, ßclo llorl1.onl<-', J~s\ado de ~'lln~s C:ernis.
Ambientes
Costumes
Civilizacöes '
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• I ■
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OBRE um elefante esplendidamente decorado, a Rainha Elizabeth II, acompanhada do Marajä. de Jaipur, passea por ocasiäo de sua recente visita a India. A distingäo natural da Soberana e a majestade da Coroa säo realgadas condignamente por todos os recursos de uma arte requintada, em que a riqueza e o bom-gosto se conjugam. Assim se faz entender como que intuitivamente aos povos a dignidade do poder publico, e a origem divina que - nas diversas formas de governo - ele possui. Na mesma ocasiäo, foi tirada esta outra fotografia. Mulheres com roupas de homem, gente de escol com trajes mais que populares. Ao centro, a Rainha Iadeada pelo Marajä. e pela Maharani de Jaipur. Pouco alem, o Duque de Edimburgo. Voltam de uma cagada. Mas as cagadas de nenhum modo impöem roupas dessas. Para näo mencionar os elegantissimos trajes de caga tradicionais da Europa, basta pensar na indumentaria com que cagavam ate hä. pouco os proprios hindus. Disto hä. um exemplo nos dois criados montados em elefantes, ao fundo : os personagens mais distinta1nente vestidos do grupo.
S
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TOMOU SOLENEMENTE POSSE 0 GRANDE ARCEBISPO DE DIAMANTINA D. Gaultla tk P ttJ('ll ftl Si~uml rN·d1t· u ob<·tli<·ncia clt1 Cuhit/o. ORAM das mais cxprcs-ivas as hotncna~cn::; vrcstndas ao l~xmo. Rcvmo. S1·. D . Ccraldo d e Pr ocnc;a Signud, S. V. D .. por ocnsifio de $Un clt'~pcdida da Dioc<.•~e de J itcürc zioho c de S\1,1 1>m;.....c no :roliu m c 1r opolittmo de D iamanlina. Nnquctus dua$
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<:idadcs. bcm'I como cm Sf'lO Pnulo c Bc1o Horizonte. um cxlcnso ru·o,g:l'arna foi o rga• nizndo. No cnlanto, JlOr m olivo de m olcsth.t clo ilust1·c P1·clnclo -
quc l>l'Cci~o u $C $ubmc-
~c r. 1 0t::◊ npOs s un 1.ussc. ~, \lllU\ inte rvc ntüo cirt1rgica da qunl j{1 C'slil plc namc nlc l'CStuhclccido - vi\dOS d0$ atos iH'CViSLOS rlUO Con un rcnlizado~.
" JACAREZINHO ESTARA SEMPRE EM MEU CORA~ÄO" OS dins 6 a lO de n bril S. Exciu. Rcvmn. r cccbcu as honl<'nagcns de ctcspcdicla do C tcro, at1loddo.dcs c riC:is de sua iH\• tiga Diocc~. Ar. sotcnidndcs c ulm inartun com n Cntrcga ao I\OVO A,·ccbis1)0 d o liUtlO de (:l. clndäo de Jacarc zinho cm ccrimonia. rcaliY..,'\(h\ 11t1 Cnman, Mur1ielpa1. no din S. c com a so• lt nc Mis.•m cantnda nn Catcdra1. nn manhi'l do din 9, cclc br;).da pc1o Rc vmo. 1>c. JosC Luiz Villac. ltcitor clo Seminado Diocc:-.ano. A Nli::;sa (oi a:,;sistida po nt i(icalm c ntc pc lo E xmo. Rcvmo. Sr. D. Anto nio de CaSll'O Mayer, Bis(J-O de Q.1mpos. quc prcgou ao l~vangclho. .A l:.H'de do m c~n\O dia, 1·cali:1.ou-sc in,ponc ntc conccn1.ntt:1o <las a,-soch.1.~öcs 1·cligios:."ts, colcgio~ c 1mvo da D ioccse, quc contou com 1wcscn(':a de SS. AA . JT. o Principc c ::. Princcs.:, D. Pedro 1Ic nri<p.1e d ~ Orlcnn.s c ßragan<;a c SNI mho. o Pl'i nc ipc 0. 13c r lrnncl. S.<i. AA, llR. o Pdncipc c r, Pl'in<.-csa D. C:.l hri(~l de ßourhon, c auto1·idadc:-: locai:-:. Sau„ <.ltln.u n o hom<'nngeado o Vi~aric) Ccntl. Mo,,s. Pcd1·0 FilitHlCk. 0 Pt·crcilo M unicipal, Sr. ßc11cclito Mordra, c o Prof. Plinio CorrC~ de Olivdn\, estc crr1 nom c clos amigos d e S. i::xci a. n c vrna. quc colaborarn cm -.Catoli<:ism o~. D. Ccralclo clc P r ocn~a Sigaud i-cs• 1i.ondeu agr adcccndo ao!'t 1w<--s~nl<>s c- a t odos o.s scus .:intigos dioccs::111os po1· <.•s.;;,;a manifcs• uu;flo. c ;:ifirtn:mdo quc Jacarczinho r>erm:\ncccr(, s.cn-11n·e cm sc u coni<-5.o. Scguiu-~ solc• IIC i,roci:-::.i't() ('UCtU'i~I i(:a. A noitc S. Exeia. Hcvma. of ceccc-u un, jant.tu· l ntimo de d csptdida no Cl c r o cliocc• :-ano C ,M)S viSi l~llllCS. No dia 10 pc1a manh5 o ilustn } A lltistitc, ju1ll:ullc-11tc <:om o ßispo de Crunpos c numc1·o~a com iliv;,, cmharcou de ~w i;:io r,ara Stlo
N
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Paulo, w11e:lo acompan ha.clo atC o acro1)01·to pclas nutoridadcs, Saccrdotes, scminnristas c• grnndc numcro de tiCis.
HOMENACEM DE VARIAS FAMILIAS DE ALMAS EPOl_S, d~ tcr tido ':'m dcsembarquc con• co1-r1<hss11no c,m Sao Puulo, D. C:c1'<lldo de P,·ocn<;a Sigaud re:r. suspcndc1·, aten• dcrulo n oou csta.<fo de s..1.uclc, q ua~c Lo<los os atos rnnrcados cm !>Ua hon1cnag:em na Capit.nl pauli!-.tc"\. IJ;nlrc csl cs cumprc dcstacar n ccl'i• m o nia. 1>rog1·amada no Scminnrio Mninr da eo,~gregat5o do Vcrbo Divi no. 110 qual o iluslrc Prcfado ll-cionou 1)01· varios nnos, <: n scs...<:.üo sol c 11c <ruc sc dcvcria rcnliY...'tl' na F'a.• c uldndc d e Filos<>rin. Cicneja$ c L<:Lras «Seclcs Sr1.1>icntinc», da Ponlificia Univc rs idadc Cutolica de Siio Pnulo, inslilu lo <lo c,ual o novo Arccbispo C profcssor catcdratico. ltstn sc-t,;sfü> cra (H'omovidu po r uma. comi~•qJo compostn pcla Mncl rc Maria dn Pn~. Oin;~•tor a daqueln Faculd:.tdc, pclo Pe. ßcrnnrdo W o l tc"1-s. Pl'Ovinc ial da Congrcga<;äo do Vc1·bo Divino c m Süo Paulo, c 1,clos Sr s. P1·or. P li nio CmTCa <lc Olivcin,. P1·or. r-·c rnando Fur-quim de Al• m cida. Jo!-:C de Azc r cdo Santos. Paulo Bar• r os de Ulhöa Cin l.r;'L c Jo'$c.~ Fcr'narldO de Ca-
D
margo. As. horncnagcns e rn S5o Pauto Cicar::,.m poi!; t e~t1'itas ao b~nc1uc•tc rcali:t..ndo. no di;,\ Jl, no Automovcl Cluh. o quu l (oi pr omovido pc lo:-:. dc mai:; autc>n '.~ do livro • R.cCorma A g 1·0rin - QucsWo de Consc icncia.:., ]). Anto nio de Castro Maye r , Prof. Plinio CorrCa de Oli• vc ira c cconom ist.a Luiz Mcndnn<;.a de F rcitas, pclos dirctorcs da F.ditora Vcra Cruz, Sn~. Adol1>hO Lindenberg, P1·o r. Arn"ldo Vidigal Xavic r do Silveirn. Luiz: Na;,.arcno de A s.,;um1>~0 Filho C Plinio Vidigal Xavlcr (1.1
Silvcir..l. c pclos s,·s. Paulo Barros d<! Ulh63 Cintl'a C Edunl'dO de ß:;'tl,'1"0$ B1·olc.t·o. Os bl"indcs ronun c a-g uidos nc l o Prof. Pli nio Col'J'Ca de Ol ivcirn, quc falo u do gr.:,1ndc Ln1balho quc S. E:xc in . R.cvma. 1-caliY.OU cm S:i o Paulo <1u.:mdo ali r csidiu como sim1)lcs S.a-
c:cnlote. c pclo dc putado Cyro AJbuquc rq\1C, ll l'e sidenle drL Comis.,;;ii.o de Economin da As· SCrnblCia Lcg:isl:lli\la de Sfto Puulo, <1ue en .altcceu o p:;a.vcl do ilustrc Prelaclo c dos dcmais nt.1torcs de «llcfol'ma A g 1'<\ria Q1..1C"SlUO de
Conscicncin» na r cccnlc discuss.to do p rojeto de
Rc visäo A ,;.ral'ia do Covcrno J)(l.ulisUt, o. An• tcmio de Cistro M ayc1· pös c m ,·c l cvo. 1>01· fim. a alividadc dc$envol vida a sc rvi(:O da l ,zr cja, nos mtais d iv('1·.sos campos, pc lo novo 1
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Ar<:cbis1x,. E:nccl'l'ou c~t c o agape cxpr·imindo scus ngrndccimcntos •'ls \lnrins fomili:\..:. d e nh1H\.S (JUC havinm pal'licipnclo da hOrt'ICl\i\gClll, 0 bnn<1uctc valc u l>OI' umn V('t'(ladcirn <:on~•t;rn<:-fio, ~hrctudo cnlisictc 1·nn<1o~sc quc o cgrcgio homc nngeado h{t mai~ <h~ 15 anos sc n(nstara de Säo Prtt1l0, v<1nl trnhalhur pri• mei •·<1mc ntc 1u.\ l;;spn nha c. dcpois d<~ c lcito ßispo, cm Jncarcxinho, no Noi·Lc clo 1„n nmt1, A s ttdcsöes passnnlln · <lc mna ccntcna. in• <·luincfo Saccrdot<-s sc-cuh.\l'C•s (' R<•ligio~~. fo1..cndciros c 1iclc1·cs ,tn tnvoun\, 1,nnqucito:--:. cle• mcntos rcprcscnta.tivos do eomcl"cio <' dn iil<h.1st l'i<l, m cmbr os da familia d e $ . ~:xcin. Rcvmn,, dcputados c 1,olil icos, 1worissio1lais Hbcn,is. d o Säo Pnulo, do Rio de ,Janei ro c do- vnrias cidadc$ <lo intc a·lor pnutistn. 1;:,,. 1n.: os 11r<:sc1\t<:s. alCin dos j (, c;:i Utdos, cum1>n: d<.'!'!Lacar o l!:-x mo. Rcvmo. Sr. ßispo de ß r1L• ganea, D. J osc Mnul'ido da Roeha. s. A. J. R . o Princit>e D. Pedro I tcnri<1uc de Orleans c ß rnt;llll(:a, e scu filho O Pdncif)C 0 . Bc,rt1·and, os dc1ntt«dos Cnrvalho Sobl'inho c Wilson Lnpa, o Jtcvm<,. Fr<"i Jcr onimn vnn Hintcm.
0 . Carm .. c rn1.1itos oulros.
DE VOLTA A TERRA NATAL IAJANOO de avi:1o, D. G,w:ddo d<· Procn<;a Sigaud, quc o prim ciro S.n• ccrdotc, o JWimciro ßi:-.1>0 <• o 1>r imciro Arcchispo nascido cm Bclo H or iz:Onl c, foi neo1hido com ,;;rnnclc juhilo cm sun tcn.n nnlal. TambCm f)01· m otivo de sun sMulc. formn cancclad::i.s divcr~'\s hom<"nngcns q u~ lhe st.•r i:: un t1·ihutadas naquc la C<lpitnl. 'l'cvc lug-ar. unic:uncnlc, o hnnquct c prol'tl Ovido jK."h, <:ol oni a diamunlinc nsc de ßclo Horizonte c pclo.~ ex-ahrnos do Col cgio A rouldc>. Mais de uma. ccnlcna de adcsö<.~ a <-SS:c jantnr. quc sc r calizou na Sociedad\! ~,n. n<~ira. de E ngcnhciros. lcstcmunha1·om eom o o cm i nenl<.' Prclado ~ cslimado na Ca.pital minc it-a. Compnr cccr tun o Exmo. Rcvmo. Sr. A1·cchi:~1">0 de ßclo Ho,·izonlc, D. .Jo~o Rczcndc Costa, o Sc<:rcturio da r::ducu<:(10. Oi·. o~car Dias CorrCa. l'Cprescntando o Co• vcr1'1rtdor Mngalhfics P inlo. o Oe-scmlmrgador Aprig io R l beir o de Olivcira Junior, P1·csi<1c n• tc do 'frihunnl de Justi<:a do Estado. o 13is1,o d e Campos. D. Antonio de Cas.11·0 Mayer, o~ Princi pcs D. Pedro Hcnrique c 1). Bcr trund d e 01·1cans e B r~ganta. -0 Sccrc-tru·io da Seg-1,.11•m1<;a Publica.. Dr. Jos~ cle Farin Tavarcs, o Prof. P linio CotrCa de Olivciro, r ep1·cscn• rn11t<.•s d O$ d cmais. Sccrc1.a1·ios d o Covcrno cstadua l e do Prcfcilo de Bclo Hori;,.ontc. f> Comundantc da Fo1·<;a Publica, o Pl'ovincial da Cong rega~5o do Vc rbo Oivino, Pc. P<'dro 11017.. o Con. Alch1iu, 1'e pl'esent:'lndo o Clero de Oi:.un,rnl ina, o dcputndo Ccn,ldo 1;•rc irc, fll'Csidcntc d.n UDN mincira. c numc1-osas ou1n.l.S 1>Crsonalid:.t<1cs de de~tuq uc. 0 novo Arccbispo foi saudado pelo S r. Paulo l<rug:cr Con Ca i\•lour5o. em nom c da coloni~ di:unantinen$C, c pclo Si.·. Rossini l'cixcil·~,. ein n om c.- clos C,'<-a.lunos clo Colcgio Arnaldo. Rcprcscn tnndo o Covc rnador do Eslado. o Sccr ctnrio da J•:duca<;ii.o <">·gucu o brindc de ho nra ao Santo Poch'c. O bo 1i<1uctc ~ enccrr ou com ~•s palavras d<' agradccimcn• to do homena.gcado.
V
e
CHECADA A DIAMANTINA
N
O dia 16, fls 4 horas da tarde. viajan-
do cm .nviäo cspcci:.,lmcntc ccdido l"°Jo Covc rno de Minas Ccrais, c acom1>nnhado pclo Sc-c1·crnl'io de E-slado 1)1-. Edgnrd Cocloy da Mala Machndo, 1·c1>r cscnt..·mtc do Covcn 1Q.d01· Magalhäcs Pinlo, bem como pc lo Con. AJc l uia e pclos 1·cdator cs desta f olhtl, Srs. Prof. P linio CorrCa de Olivcira, ,Tose Cnl"los Casti1ho de Andradc C AtHOJ\iO Ro<11·i• g uc.s Fc r1·cira, o novo Pasto1· de Diamantina chcgou ~\ sua his1orica <: c ncantadora cidadc ar<1uicpiscopal.
' A Caletlral tlc Diama111i11a: biro-de-pc11il 11i: S. A. /, !?. (, l'rit11'ip1: D. l'edro Net1riq11t de Orlcom; c ßroga11r11, p,u·n "Cololidsmo".
Foi 1·eccbido 110 acropcwto pelo vcncr anclo D. Scrafim Coi-n es Ja1·<1im. Al'cchispo 1·csig ni,tnl'io de Dinmnnli nn. JH)r 0 . Antonio d e Cas lro Mayer, ßispo de Cum• 1>0s, pclos Bispos sufra.gancos, D. Frei Eliscu ,1{rn d e Wc ijcr. 0. Cal'm., de P.:.u-aeatu, D . JosC AI\ICS 'J'l'ind(ldC. de Mont.es Ch.ll"OS, C D. Jo:--C ~1aria Pir cs, de Aras.s.uai; po1· D. ,Jos:C Pedro Costa, ßispo de Caclilc, D. ßcle hior Nct.o, "ßispo Auxiliar de Luz. D. Scrafirn F'e i·nandes de A1·«ujo, ß ispo Auxiliiu· d e ßclo Horizonlc, c t)()r clois Prclados do Paranä, D. Geraldo
Fcrnan d<.•s c O. Jnitnc l .ui;,. CoC'lho. das o :o-
,:cscs de l.ondrina e Maringü, c u.jos LN 'l'ih>• rios for am dcsta<:ndos ein Oioce~e de Jac.m,1·c~inho g 1·n(n:,;, ao nol ave1 dcsenvolvimcnto r c li • s:ioso quc O. Ccr old(> de P rocnt;il Sig:uud im-
1,rimiu i\qocla rcgiäo, No n c ,•()pCH'l<, o novo Arcehi~1>0 fo i AAU„ <1a<10 pelo Si-. Joito 8 l'n1Hlüo Costa. r::m s<·i:uid:1, um J;!l'anc1<.• cor tcj o de au tom ovci$ c: '>nihu:- o :,comp(lnhou ntC n Pn·u:n 1). •Jo:"to, o ndo S. 1-:x(·ia. llcvma. pas:-.ou c m rcvisln a t r ovu rlo 3.0 B(ttn lluio <lc lnfaotari:J da Poli-cin i\'l ililar. No rn~mo loc:d o Prc(cito <lc Dinmanl.ina. D r. Silvio 1;-clicio dos Santos, fc-1. a :-:auda<;iio oficinl d a cidadc no ilustrc P rc lado, quc 1·cspn,Hl<-u Cu lnndo pc la primt•i• n\ vcx ao scu~ dioccsanos:. D<:pois de .s~ p:u·amcntur. de mit1'u, ha<:u lo c <:MU;\ de a spc 1·gcs. D. Cc,·aldo de Proc n • <;a SiJ;:nud p1'0R<.cgu iu n pC:. sob o palio ('tU-rcgado pclm• n\llOridnctcs, nLC a Cntcdl':tl. Prcccdia•o solc nc c."01·t~jo. ro r mndo 1,t•lc)s S 1·s. l3i$pos. Cabido, Ck•1v . n!i!-öO<:ia<;öcs 1·c l ig io&'\l" c colcgio!'Ö. Dcn~a multidilo s<: postava. .tlO longo do percurso. Numc1·0:::.:t.-" fabms, esl c mlidas :-ohrc n:-. n.itlS, c x1H·imiam t,s höas viitdns <10:,:; org;.1os da admi nislra<,:ii.o puhlic:n. do comc rcio c oul 1•:1.s enl iclaclc,s, Sc,::1..111<10 o \IClho cos1ui-nc. coh:l1as hol'<l:\da."> 11endiam de qua:-.e M cltts :1s jancla.-.:. Um lnpN<" de :1rein fina. forman• do dcscnhos de vnria~ corc~. s(' c,s1e11dia da
PJ'tu,·~, O. .Jo5o otC o Palacio Arquicpiscc) pnl. Na Catcdr';.\ I. S. E~d:.'I. Rcvma. cnt r('s;:ou no C ahido o clocumcnto oficinl de stia c.lci(:5o. n:emtidos <•m scs..~10 sc;'i'rN•.l. como manda o Dircilo Cmu)nico. os Concgos c:1.tcdn1ticos rec;o1\h(•cc1·an\ a :.\ utcnticidad<.." dv documcnl <>. <1uc- roi 1ido o scguir 1>C10 E x mo, R~\11\lO. ßisJ)O de Caowos, D . An1011io de C asu·o M ' ayc-1-. Ai,6s a$ cerimonia~ da c ntroni ;,..,"H.,·.'io. c cltt ohcdicncia d◊ Clc1·0, scg:uiu•se solcno Missa pl'c lalicia <:cl c brada l>C'IO novo Mcti·o1)0lil a , du z•anlc a <1uaJ o F.xmo. Ttcvmo. Bispo d\! M o nle:-. Cfnros. 0. :Jo:--C Alvcs 'l'ri11dndc1 pronune"iou o scrin5o g 1'a 1ulalot·io. Pm· fim, roi c~1ntndo o «Tc Ocum». A p6s ::1 Miss.o, houvc s::randc manifc:::la(-;..to J)Of>ll hll' ii po1•1a d;) C:-~1~1nt l, ui,.::rndo da I):'\• lava-a o Hcvmo. Cura da Sc. Con. Cc-1·u1<10 do 11:spiritQ Santo Avil~\. o Vicc-Prcfe ilo 0.'.'1 11icl Luiz Nascimcnlo, c..· o dcpulado Carlos Murilo. c:::tc ul l.imo t ran~miti ndo mcns:.1i:::c m de saudat.,:;'.io quc o e x -Prc-~ide n tc Ju.scciino l<ubH$ChcJ<, <1ue C. nal\1rtll d e D iamnnlino. c nviou d(' Par is pclo h.!k-fonc i nlc rnacional. Ocpois de as:::n\(l~cr ns novas hom cnagens. ocasiito c m q uc coinu uicou a nomc a<:äo de !Vl o ns.•l oäo Tav;_u•cs de Sou1.a , Vigario Cn11i~ Lular du1·a11tc a va.ca11cia dn scdc, parn Vigal'io Ccrol da A1·<1uidiocr,,sc. D. Cc1·aldo foi conduz:ido c m cortcjo atC o J''alacio Arqui• c pi~co1):)I. :1 u•n(licionol Casa do Contruto d" Oiamantina, hclo c om1110 cdificio d o scculo XVJH, t ombado com o m om.1me11to hi.slol'i<·r, n:·1.e ional. No Patnc;io, foi i1ticialmcntc inuugul'ado o n:-trato de S. E:x eia. Rcvma. na galc rin clo:j PrcJudos de Diamanlinu. Seguiu-se um ba.nquctc o fe r ccid o pcln Arquidioccse, duranlc o qual o Con. JosC Avilt, c r g uc u o brindc ao n ovo A r ccbi:--1)(>. Tom:rndo succ~~ivnm<•ntc a J)ala\lnl, Mons. Pcch·-0 Fi li • pack . Vigario Ccrnl de Jac:1;rczinho. rniou d<, vac:uo <1ue ficav:.i <'In su:i. Dioccse com n :-.aid::-. de D. C:cralclo ; o 1~:xmo. .Rcvmo. ß ispo de Londrina, D. Ceraldo 1;•c rnondcs, salicnlou a c~pe• cial bondad~ do anligo "Dispo d e- Jacarcz.inho para com o scu Cler o, c o g r nndc af<:lo q uc c.stc I hc dcclica ~ <> l~xmo. Rcvmo. ßispo ck Arassuai, D. JosC Mar ia Pirc s. c r guc u o brinde ao $..'lnto Padl'c; c o ProL PHnio Co1-rCC1 de Olivcit·a., prc-slando uma espccial homcnn,;cm a Nossi, Senho r n, falo u cm nom c dos mais antigos <:c)laho1·adore-s de!' O. Ger nhlo de Procn~ ~n Sigat1(I, quc soh a cgidc de 0 . Antonio de Cnstro Mayer m ilil am cm t:Catolicismo>. 0 cg1·cgio Arcchispo agradcccu tocta.s ;)s hOt)teJU\gc1)s, fQ;,.cnclö cs1)C?cial ,·cfcrcncia nos colaho1·:,~dor cs. dcsta fol hn, c. entre eslcs, s,rin„ <:ipah1tc-ntc uos co-n-utorcs de «Rcfon,1a Aßn.11·ia Qucstiio dc.- Con:-.c:.icnci.t>. A lodns cssa.~ so1cnicln.d cs c m Oiam:.l.nlin::a co1npar cccnun , :tlCl\'1 dn.s pc rsonalidades j{, ci\ada.s. S. A . 1, R.. o Principc D. J=>ccl r o Hc n • 1·k 1ll<! d f! Ol'lcnns C B1·ngaw.;·t1 C ~C'U filho 0 Prin<:ipc 1). 13crt1·.und. 1wmc1·osos Saccrdotcs de Jncarcxlnho c U.cligioso~ do V crbo Divi no. c mais de- cem \.\m igos c co1abotado1·cs dc.«C«tolicismo» cm Bclo Mo1·i1.onle, Säo .Paulo. ßurbaccnn. Olimpia ~ Curil ihn.
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12.
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O mundo moderno duas mensagens se defrontam: a de Nossa Senhora em Fatima, advertindo os homens de que "a Russia espalharä. os seus erros pelo mundo" se eles näo derem importancia ao aviso vindo do Ceu, e a de Satanas, procurando atrair toda a humanidade para a "civilizagäo" infernal que e o comunismo. A advertencia da Virgem se vai transformando em larga e assustadora realidade: lembra-o a gravura que mostra o desfile impressionante de Janga-missiveis sovieticos na Pra!:a Vermelha de Moscou. Para r eivindicar em sua Diocese os direitos da Rainha do Ceu e da terra - simbolizados aqui pela coroa ornada com 3.000 perolas, que as mulheres de Portugal ofereceram a imagem de Fatima - e precaver seus filhos contra a agäo exercida pelo comunismo em Campos como por toda parte, S. Excia. Rev1na. o Sr. Bispo Diocesano publicou a magnifica Carta Pastoral que "Catolicismo" tem a honra de oferecer a seus leitores neste numero especial.
N
NUMERO 127
•
ANO
CARTA PASTORAL PREVENINDO OS DIOCESANOS CONTRA OS ARDIS DA SEITA COMUNISTA
DECIMO
D. ANTONIO DE CASTRO MAYER por 8/SPO DIOCESANO DE CAMPOS
PRIMEIRO
•
JULHO 1961
D. ANTONIO DE CASTRO MAYER Por merce de Deus e da Santa Se Apostol ica "
BISPO D I OCESANO DE CAM POS Veneravel Ordem Terceira de Nossa Senhora do A o Revmo. Clero Secular e Regular, . M onte Carmelo, as Associa~öes religiosas e de apostolado, e aos Fieis em ge ral da Diocese
-
EM NOSSO SENHOR .JESUS CRISTO SAUDA<;:A O, PAZ E BENCAOS • 1 -
A lgreja
perseguida em var1os
pa,ses
N
A ~,loc u('äo consist~ ri11I de U. t~c jnnc•iro .,ru·o~i:no pa.ss.nc~o. o $nuto P:\dre glorios.::uut!nh, r e 1111:u\h•, ,Joao X.XLII, rcform-sc eom nngustiu. c dor :, na(·Ocs e in <1uc os podcres publicos
c1-il\m obstac ulos i\ n ~i'io tlu IJ:;n)jn, (J.\rticularme nte no 1>lnno echt•
cacional, s ujcitnndo nwitas t·•seol:1~ cutolicas. fund:ulns c..· tlH\11tidn~ 1>clas \'igilins. suorcs c ::rngus t ios dos mission;,rios, a Ot('<lidns tlc cocr~äo c c<tmt•n·s~'io (eC • .-\ , A. $., vol. 53, p. 67).
2 -
A persegui~äo comuno-fidelista
a -
No plano rcdigioso
b -
No plano social
S ,,nt.wras clo Aogw,to .Poutifict"' ai>licllln-se. scru :-.o mhra cle dtniicla. i1. mu:,Uo cuh:rnn. co1t,•ulsio11;1el11, pcl:L. siluü<,•iio u ela c riaa1\ com i, re ,·olu<,:iio •lc t 1'iclc lio Castro, ou li'idc:I Castro. como U ~c rr,hu,inte conhocitlo. Corn nvnr e ndas cl(' mo\'imcnto rcnO\'tttlor. c::uj:'l i11tc 11<,•ii.o scria„ 1,.111ic:1mr;nte r<•staurur :·, orekm juridieu. tr::u:licionül, gr-i:,,•ernc nh· les::uln tH'~lc, nrbitrio lh, um govcrno 1>esso1\I des,,ot.i<:o. t\ 1·ovolo('iio foh•lisht colinuw n d e rnto :t instnul'fU,'..i.lo. nt'- grnndc Antilh:t, cfo, um r c~inH: comunistn, .:-;cm rCSJH:ito i1s lihc;rd:ulc·s funcl:ono ut:'tis iucrcntcs i', v~ssoa huru:rno, entre n:<111:\is l (:m 1,ri1lll'1zin r, tlo en·r u p nd„icllr :1. .Re li~ii'io vc-rch\tlc irü. Pois, cfo :\eordö c:on1 ö kstcmunho d os Prc.1:tdos cubanos. <:SSJ\ roi n ohrn <!ncc.:huhl d cstlc scus 1>rimo1•dios l)Clo gow~rno d t· l'''iclc l <Jaslro. J•;m I d e clezembro 1'>assmlo. todo o li':piseopudo "" C 11lm c:11• \'iOu umn earla :·, o prin1eiro miuistro cJe nuuci:1111.l o o earnt e r :1nti .. orh;tiio d o novo r cgiiuc ( c(. «C1·isli:11uhuJ», c1e ßarcelona, 11.(1 358. p. 297). A1:orn. olgumu du vid:t ,111(• i1i11du 1n,dC'sse subsistir sobn~ o c;uuho tl: l n:\'olu<.;Uo fidclistü c1<·:.nt•ü1°<!C\""t1 11c todo. l•:m 1.0 d e 1n::,io d<-i-1tc ano, J+'i(l<·I Castro J>roclamou (;ulHt- l •8t:HIO :rr-oeinlista. <:onfig<;-0u todits us useoh,s c:itolic:;1s ein, Hirn. 1>r<'porulo-Hu:s clirigentcs rcvolucionarios, <· 11lti111:unc 11te eli:crc:lou :-, t~xpu lsi'io dqs J>:·, dr('.s c strtrng~iros, 1>1•(~11u11eio mtlur::,1 d e t)c rscguic,:ii.o nrnis atro'l, contra a t~n~jn. como lern neontecitl•) Nu q utros paisl"s.
om s innl, :dhrnumt c nx1)r<:ssivo, 11.t gra\'hfodo cla s itu:t(,'t'io e·m , q,uc; las mesmüs se cueootrnrn. Tomar 11a de,•hla c~onh\ .-:..,;sc; sionl cor• respondc, 1,ois, :\ um dos uu\is se1·ios chweres d o momcnlo.
6 -
... especialmcnte a li~äo sobre os ardis co1nunistas
A
P
1
com os cato licos Coopera~äo entre catolicos c comunistas cm Sierra Maesh·a 1 -
2 -
Um grande equ1voco
.
s:,criricios c.~ 1w nitN1ei:,s, :-. firn de ,111f' D<ms No:--:-.o Sl•11ho1• <:om;1~d :1 :aos e r,tc.licos ,1c Cuh:\ n e oragc m c :1 fortulc'l.:t clt• 1:1u1• prc•• cüs:uu i,ar:) imit:tN·111 0$ nrnrtir(•S elos 1,rimo iros scculos, os (111:'1i.s nutrir-:1111 com s1,•11 snngu(! a. sc·nwn1(• c r ist:i, ._, N,ofrihuir:-,m p:·, r:\ ch11•-lh,• o \'igo r tli• ('SJ•:t1har-sr, 11or todn a f1•r1·:1. Oi-a<,·O•·• s, ho:·1s t1bras , . l'j:tcrifieios 1H?s.sa inkn c;5o. ,. l:unb•-:m pal':\ ,,,u.: :1 misc•ricor• tli:\ dh·iu:1 s,~ t111ic·•cl1.! cla nac;:i.o irm it, 11urJ,:-uc-a lo,;c> d e Sl'US 1wc:1<10~. lht• d l' (•11\ hrt!\'t• :t ah:grin d e 110\'a alvc,rad:i tlo libe·nl:ul(' c ristii uo s :lnto h-mor dt• .Uc us, ali Jlr{',::'<'410 por mi~~ie)11111·ios 1la .-,11,·c r • ~ :ulura d" S auto ,Antonio i\l:lr i:\. <.:tar('(.
... do qual os catoHcos näo desconfiavatn
JS, port:-.u to , thrns ro1·c.,•a.-. •11w sc• ,·011ju~:11n p:\1·:1 ;1 <·ons:e!Co<,·Uo d•• 11111 JU1".s1110 ri111 mat<·ri:11 : 1ujr cobro :1. urmt situa<:Uo dt• f a lo. 0 dc•s:1111,r,:c:i1uc•uto tle• tun go\'1'rtto tirünic.o l~, NU si, um bc~m. 1,;1,- 11:'io 1icult~ sr.r, 11(1 <•uh1.11to. 1111ra t"' sin111lcsmcntc 1tc•s• f.ruido. l.;le prcci.sa. s(:r suhsfituiclo por o utro, 11ois qu(• a. socicdmh· 11Uo suhsisl<• s f'ln potlcr 1rnhfü:o . U o nmh.: a i111pos...")il>ilid:1dt• d e :1110„ lir a. lir:rni:i. .::~ish:nh• nutu 11:tis . s<· 111 sc co~ita.r du, no,·a autorichuh• q u e, h:i. d e. to111:1r o loi::-:u· Uo tira110. No ~:tso e::uh:1110, :., solueä"o 1Hu·c<ün. inuito facil. 0 •lllt Sc fazit\. m ~C(•Ss:,rio rrit. ahate r um go. \'Orno corruplo, ,, :-.uhstil1,1 i-lo p or outro. IHm,•s(o, tl<:nt.ro do tnf•.soio r ei::-i111e politico. Ni\o <:Onstiluiiun a,roble ma :·, s ins litui("Ot!S \'igcu• l c s, mas n 111:,n<;ira co1110 as co111l11z.i:11n os: go, ·i•ru1111te~. A soh.1(:ii,, •~r:1 tao logie:1, c)1.11! nüo i,assou 1H•l:i c.~nhc:(':1 dos catoli<:os hou,·e·•.:,;s,• cnfrc os honwns d e S ierra ~hu•slra t111<~m pt•11s:,ss~ de outro 1llodo. Nu. n11:w,·11c i:1, 11orf:111to . tuclo S(' 1u·cpr,r11\'a 110 s<"n(id<> d o corriJ!'ir OS 111Ul<'S i11t1·odu7.idos, C.S(>CCinhnc.ntc pclo :\huso ,1o i,od <'r. 110111 r cgim(• l('J:"ilimo r tliguo d•• s:c·r arn·o, •:ulo.
4 - Ardil dos comuno-fidclistas cm rcla~äo aos catolicos
S c;o muni~tas, JUl ri~m. 11c n sa\':UH di\'crsmue nte. 'El<'S tinham s(-•11 fim 11n:cst:11Ji'ff•cido. ,•• eomo costu1mi111 fazc r, :11,ron·ita,•:uu~sc• tl:'t ocnsi:lo propic ia, rmra nm1llia1· Sc!u 11otlc rio eom ,·isl:1s ao Ohjc•li\'O ultimo : :1 do111i11a(':i.o 1111111di:'11. Ni'io o dc~clara• v:u11. <:uanl:h':m1 S\~ll s<•~rt•do 1\ •·s1wr:1 d<" <1w·, senhor<'s cht s ittta•
~1:t orth•11:1111f)S, IU'SSC sent.i(IO, Jl l'("C• ~s •~S JlCCHIIS thll':Jllh· 0 uu.! s ck iu:1io. l{<;conwntl:uuos , no c 11t:u1to.• :\O:,; Nos:-;oi; e:u·i~imos Coo· tH:r:ulor<•s t1uc lc ,·r:m o JHWO fi el n. conse r\':'lr, nw:,;ino J):·, ssndo o ,ut•~~ d e Maria, o f<•r\'or de earidadu pdos nossos irmiios tle CulK1, c 1\ co11fh111(·:\ 11:, tlodcros:\ in(c rcessiio ,ta Santissinrn. :\l'ii.t! d o ON1:-.
Lcvantar cm 4 prol dos cubanos perseguidos a opiniäo
publica
S'J'J,: f,·1· , ·or lrnuritlo 11:1 or:\('ÜO ch•\'C. fr111iric:1r •-·m :·, tos. Sc e:u1:t fi el, n(>s :011hi<-ule•s <11.11, frc:c1uc:nt:1, :.c valc.r eli• tod:ls :1.s oc:1~iö1•s 11ar:1 rna11irc•st:1r ,nrn r c pul:-.:, it r cwolu ("äo conmnistn d (! F ilfol <,;aslro, ,, 1rnrn ac<•mh:1· 110 1,rox imo u1u:1 :-:antn in• cliJ;:"n:u::io c~utra <"la. ' SC' t.odos ..-m coujunto opro,·cit.1r..-m ns 01>01·• tunid:ul••s <11u~ s,~ ;·, p.,(:.sc ut:u•c111 1>arn thlr .-~oh: nc. o. 1n1b1if'.o te•s h ::.munho tl~ s ua r <,1>ro,·at:1o :l IH"":1·sc;:ui(":io re·•1igiosa na illrn, h•r.1o fcito f1u::111to ,.111 s i (•.st:i Jl:u·n comhntc•r o c-0111um) -ficldit-1110, ,) s,: -,ort;1ri10 coino :rn1 c•u(.ic;oJ-t nu•1ubros clo Cor110 l\Ji:,;tico d e C rist o, scn :-h·t~is a todos os ~ol11<'s <111,! <'-..:-.,• Cor1,o r<"•cd,c"' c~rn ,1u:ilt11.1(•r rmrtc da 1f!rrn, como filhos mn«>rosos d:i. Jgrda, <JUt' 11i10 s u110rt:11u :,;ej:\
E
J•:la ()f': l"Scguid:L NIi llU:1l(1u<:r
5 -
Aproveita,·
a li~äo que nos ve1n
de Cuba
m,eau clo 1111111do.
~TtU :'l'AX''l'O, näo 11c 11sc m os s6 ._,m Cuhn. Nii.o f•st:uuos: Jj„ , ·rc•s ,h; :-.ofrc r t:unbCm um:t. r e \'o1u(•iio m:n-xish,. 0 cxem1,10 eins Anlilha.s con sti1 ui :uuc:\<,'a, 1mra toda. :1 Amcric:a J ,atiua, ,,. 11iic> ,·cmos rcac;-r,o 1,ro11ore io11:-1d:\ t, gra.vidad o tlo 11c ri,t:'o. Muilo ()t!lo cc,ntra1•io, as.sisti111os :·i. um r ecrudeseiiuc u(o de o u sfülin 1>or 1)artc dos co1m111i.sta.s, e d e simp:1tia 1 nrnis ou m cnos ~<:11c-r:\lit..:,\1lt\. .-111 v:u·ios setor c.s da socicdade, p c lo mundo .soci:dista ~ J>c $>ndo n m ·,;cnei:1, ,·m t,ir:'1r1110:,; 11ro , ·(~ilo da li<,·llo quc nos , ·em do Norte, mc}dit:il'l1lo :·1tt: nt:11m.:o(c SObl'O a do11(1·i111.1 111:.1rxis l:1, s u ~, pro1J:tgnnda f t seu:-. nrclis. Gom e rt•ito, a t•rovic.lcnc i::l, l)l?l'mitiudo a e•clos:1o do comuuismo <·in <.:ubrt, tf:l :\s tlC11)1liS O:'l\:Oc:s e:'1tQlic:-1s ch, continenln
E
II
OUVI~_. 1,ois. 1·.-;tr~itu colahor:u.:äo (•utrc· ös c:.atolicos e os • rt!\'Ohtcionarios ficl t l-ca,..;tris ta..:i. Na, aparcnein,, uns _.. oufros l i11lu\n1 o n rnsnto ohjetivo: libort:'t r a pntrh\ de um ;-ovc:ru o lininico. Na :lfmr,: ncin, cli:t.,:mos . vor,1tit• 110 tumlo ns iule.n<,'ÖP$ •' rmn 1111,1ito tli\'t:rsns. Os c11l<,licos d t.:scju.villu ucnlmr com os (h:smaudos clc 1101 rc•,::-i 1111• corrupto. c: r <isl:1orar a onl(-m df'utro da c:h1 ili:t.:\~äo t.1·:u1icio11al de~ C uha, a c iviliza<•iio cristü. Os ridcl-eas„
Os c :11olicos hati:uu•s~ 11el:1 rc 1mra<-iio tlc ccrtas injusti('.:'1S, c mrsmo IH.:hl i,uni('iio dos c ulJ)ados. Os tid1!l-c:,1s(l'istas, como os co111u11istns 1.~ m g cral, 1li10 c ui4la\'mtt das injusli(·:ts :-1 n iio sor c:01110 m,•io tlC at r:,ir :uh.'S-ÖC>:S i1 :-ui-1 <·aus:1. NUo q11(~ria111 npc:11:1s. a rurnic;:-ii.o dos •:u lp:1<los. ums a 1Qln1 cl1~str11i<,:iio cl•• l()das :1s inst.ilui<,•O(•s (• r,c·s • soas c1ur rossc•111 r11111C't~ilhos :to cloininio do tmrlido.
3
N
A
rc,-.voluc,:üo eh.· l•'i:J~I ~ust,ro, s t~gun~lo dc:ch\r:1(."Öts dos l'r<:hulos e ub1\nos (cf. «Cri:,;tmudnd». d1• U:\ r(:elonn. 11.~ :Jä8 , Jl. 208). t e \'c, 110 scu inicio ,. durantc t odo o 1u,riodo m::,is duro tln co11(1 uis ta do r,odcr, a c:olnbon1('0o frau e:-,, COl'ajosa o c 1'llush,sh, c.h• <:n.t<,licos. A 11111io rin dos gucrriJhd ros d o S it~rrn. Olacstr1i t' ri, eons• lituidn d e catolicos, qm• lubwam com o ro:-inrio un miio, 1...-, imnclos c aco1Hfumhados por l'aclrc•s c:ttolicos.
trisl!t..-. <'1Ull<!11h~t\':t1U•Se~, 1>ur:'1 r• s implcs m c•ul(•. llfdü d4:s trui~Uo clt• 1110 rst:ulo cff• cois:1s (~II(' d <•h•:-ta\':uu, po,•c11w i111iwt1ia ;1 i111 111a11f1,-~äo d<· nutro, ainda nmis tir:uiico C'(UC o entUo ,·ids(Ntle , 110 c'Jll:il ..,;,~riam Os c.10110:-. d e• uma. na<,:Uö cser :wi1.:1(la, suhordinada a )toseou,
ins tituic,:Oc....: b r,siC.flS tl:t <:i,•ili·,,.,c:Jto crisfii, islo 6. fl 1>ropril•• thult' 4,• a fatuil ia. A 1•ri111<'ir:l fic<H1 pntti<::wwotc abolhht !•or s :acessivas re•forrn:L..;, fuud:un,·ut:u.l:l s un ralso IH'iucipio II,• <Jtu' o J,;:,;tado 1,od<",., a i;t u t:tl:tnf<!, tlispor •lo~ h1'!11s 1>artic11lan:·s: :·t r cforma :1gr:1ri:1, (II.lt! fcriu •lt~ morte 1·t pro1u•ii!tl:ult~ rural, a, r erorm~1. u1·ba.• 1t:'1, t)tw :-.11pri111iu a. 1,ro1u-i.cdmlc i111obiliurht nas cidach~s. 1.· ~• r,•. form11. i 11dus frin1. taue confiseou r1.,; fobl'ica....;. A fomili:,1, ele .sr:1.1 l:ulo. foi vulncr:\e.l:l !>l"'hl le~i quc, tir:wdo 110s 1H1is o dirc:ito clc• .-seolh<'r li\'re 111l•nh• us cs.colas 1nu•:1. scu,..: filJlo~. os 1>ri voo eh• 11111:-, tl:,s 1nois iiu11orC;mh•~ 1u·crrogati\':lS do patl'iO ll(>t,11•1·.
3 - Ora~äo e repara~äo pclo povo cubano
- O s obje tivos " human1·tario· s" d os comunistas e a colab o ra<;:äo
Al:ALl•:r.AMl;;NTt•: n es.-.<~ ~olp1•s d csre ri1los: clirc:(;11m•1tl•~ con • tru ,, Hc·ligiäo. :t r<"voluc,:iio cut,arnl a l:\cou :1. ruuclo dw,:-:
O moanen(o. o c1uc de mdho r 1•odc.n1oi; ra:r..c"'I', :.. \'ista d1.'sks folos do1oroi;os, C i•f'dObr::u· n oi;i;a$ Or:'l{'U~s c ho:1:-- o hr1ts,
M
AIS "~l>Ccialmente, r,m:ulos filhos c G~o1><:radorcs, [inr_eceu• N<>s unpot·htutc ch.:intr1r \'OSSf~ :-,tcm('aO puro os iu ·c.hs ein ,,ro(l:tgnnda , ·ornrnlhu. l"or m cio tlcl<:s, n n 1iuoriu comu• nistri, s<:iht t ond,ros:1, ra,mtizi\d:\. e disci1>lint1c.ln, HHt.S inCüJHtz, vo1· scu p cqwmo nurnc,·o, d e im1,or scu j u ~o (1 um 1mis tiio vnsto e ci,tolico como o oosso, r,rc te nclc inshu1rnr <: ntrc m;s a c:h:rnH,dü di• tmlura clo Jlrolchu·hulo,
E
0
c;:-:1Q, IHHl<•SSNU di.SJWIIS:ll" :1 urnsc:u-:1 CC)IU (JU(~ iludi:uu
OS c:ölllJ):t·
nhciros de anu:.1s.
t•: :is..:iin • 11111 Jl:ii:-. eh; illlC'us a 111:iiori:, c:1tQlic•i1, c uiu :,;ob a d omi• u:1.\'1lo dos piore.s ini111igos da lJ;:rf•jn.
5 - Engodo comunista habitual: luta contra a miseria e a injusti~a
t10<: sc d~•u c·m C uba C um ex c11111Jo tipieo do r esult:ulo 2\ <1uc l<wn colnl)or:1(."iio con1 conm11isl:'ts. F:st<"s. eom cfcito. 11:io c.lcs,hmh:'Utl l\ COOf}Cl':'t~Uo dos c:Ho licos. A nlt~S, :l SOii• c:itam, 1,1·0,·oc:..1m- 11:1 mc~mo, s:ili1•11t:H1tfo mi:-1:ri:1 •! injusti('il.S (JUr 1,oss:lm d c-sper(:lr a indig-1w('äo c tt. r1.~a<:iio dos CSJliritos 1·<:1os. F.~ i11rc:liz111c-:11t<:. :1111iuclc; f'.<mi;c·1'0<!m " c olaborn("i'io d <~sejad:1. llabittH1• dos a ü~ir dt: hoo f(-, o s c:,toticos t<;ncforu muitas vczcs a acha1· im11ossivc!I qm~ 11or dct,-:1s d e eonside ra(:(ic.s humanitarins possa :d~u"m 1.•scontlf-r um fim p e n ·c•rso. 'J'crmin :1m assim c111voli;-:111do-sc·, näo pclo rno , •imc nto (:ornuui:-.ta, mm; f)c l:\ luh'i. 1·111 b<incficio dos: infclizc:t, dos oprimidos c sofrcc.lorc:s. t•: tJ·~11J:,lh:\m juntos, cntolic.os c comunista:,;, c.;~1·10$ os r,rim,:iros de ,,ue os ou tros, eomo cfc.-.. clcst•j::Ull si11<~<:r:11ln':n l-O cur:n :1 socINhtde dns chagas q1u: a c-nrcinm ; m :·lis Ct' r tos os ultimos (h• qu,) a ilg il:t(::io ln1111a uiluriu Uu.;s 11ro• por<'ionor:i o :unhic ntc idc:11 pi,r:, a m11111ia (·~o eh.: scu fH1t.l1'1' io.
0
,t
3 6-
lnsinceridade fundamental do "humanitarismo" comunista
D
l!: tnto, us: eomunislas ui1o ,,u,•rf'ln a rcp:11'n(·i\o clos m:,lt•s. das injust.i~·::nt MJci:)is. 0 r cginw (Ju(• t·h.•~-. ;t1·1J:11uh•m t' :-, ma.is h·cmondf, tirnnin, ar,·ortula ,·m si~h•nH, elf" go,·,·rno.
1•:1 1·u dt'.,, ui'io 1·.~i.stt·m obriga<;iic:,. 111o rais (cf. t•:nc. cit., ihill .• JII>, 70 r '7li). i\luito pl'lo conCrario, C uum mubi<:nh· sr1turnd(I d t.~ h i11ocrisht, <:i11i~1110 t · ralsicl:ulf• ,1,w se mo\'i·m (et'. 1-.;nc. c il.J i()hl., 11f>. 69, 70, fü"; etc.). r:c.rn cl(•s sei hfl uma nornm de m:iio: s <.•r util :w ruovim (•nto. ()r:1. c1tmlf11w r Jh'SS(U\ 1Nn foei lhhul<: d r: 1u: rc:,•bf:r ,•01110, 110 Oci,h:nh• ,1,, mocltt rmrtic ular. ser:, ö conurnis h, tn nto 111ais util an 1m1·tid o, 1111un to 11H•110:--. Wr ticlo c h:, vido r,vr tnl. .P o r i,.-.:o, ,•seomh•1H OS llll'IHhros cla St·it:c 1t1n r ~ish1, <111anto J)OCINH, SUII rmai;,i\o (lllrticlaria. ,\1mrt'C"111 <.:onu) socialis t:,s, eom o hcnnc u s tt.-~ t•sc111~rda. nms niuilo mais, muitissimo m11h:, <:omo hum:anilal'ios 1111c s(, d 1•:,;ejain o h t•ot d os JlObr(•s, <los op('r ario~. ,1u<' St" c•ourran• ~t"m ;, vist:1. tl:,s iuJust i('üS <ruc st· e om('tc m u a socic·cl:uh•, tldcs t::md o-:1s vi\':uni~ntr . 1• muit.o tnais vi\'unu}nlc a srus :iutorc:s. ;f; :.s....;.ini q11 0 f•h•s t:(111s1•J;tH:1n ohlc•r a s impatia O ::tti; a tolaht)rntiio d os 11äo ,·mnun ista-. (er. J•:11,!. e it.. ih icl„ l'· !>:)).
,·l<·s cles..:jnm tt Jlr(,clnzir llllt :unhi(•lllt• t h • l uh1, tl () CXflC{'r• butii.o contra ns e Htcs. S1~u tim imNlinlo 1\ r•ro\'ocar a inf)uictn('ßo s oc iu.l , 1\. d c.suniiio tlos t'!SJ',iritos . N üo os 1u-r tu rha, d t· mntlo ncnh111u. a viola~äo th\ tci mor!,I. l 'ar:\. c lcs ntto ,·xist1• h•i mornl (cf. I•:ne. «Oi\'ini R-cdcmr,tods)), A. A. S .. \'ol. 20. l'I'• 70 ,. 76L O qm~ Ht<•.s t; $obrrmant ira o1il t• ,.: xcit11r ,. 01:wt<•r n lu lu dt.· e1ns:-ws, lu t a d<• 0
q1w
ox t e rminio, .srm <111:11qo c;r fr nfa ti\'H d e <:011<:ilinc;-ito harm(mi<,s!I. ~01\10 quc-r :'l ts:-rda. Or rn to , 11:t Histo ria do P;ul iclo Comu11is la d n 1·1·: ~s. ,u1hliet1C::1n ,,rieial c1os so\'itils , 1i·•sr : « r>nra ni,o :,;r 1•n~:1 • 11::tr Nn 1>olitica. t; prrci:,;o i-;c-r rM'ülu(:iounrio 1· uao r,·formisfa ( ... ) . 1>. 1•r~ciso S(•~uir mua i11tr::i11si~,mlf• pölilira protC'l:i ri:i th- c·· lnss,•, 1: n tto t11na J:IOlit ic•a 1•1•formis(a d (• harmo11ia eil• intc•rt·sst•s d o proh•• tarhulo 1· tl:1 hur,i:u(•sin, u i'io uma 11olilie:i (•011<:ili:ulo 1•a tk i ntC-~l':H:f10 clo cnpit:dii-nu) 11() soebli$m O» ( :qnUI «-llim~l'air1•s». de• Paris , n.0 ä2. 1>. 99) . N:t T•:ncidi(•:-t «Oh ·ini Ucd t•mploris », 111-.r s,•u l:\dO. l_' io XI <:on s ignu <1ur o iclN1I <1ut• \'isum os csror<;os tlos nmrxis t:1s (, ('Xacc•rbt1r a lub d e d:1s.-.i-s CA. A. S., vol. 1•. iO).
H
0 co1nunis1uo, un1a seita
E
0,JI,;, :l 1u-01n1,l!':iiul11 d os comu11is l:1s n i'i(1 :111rcsrnla 111"111 su:i
d o utrina. n c:111 ~<'us o hjd·i\•oi,, eh• n HHlö c l1\rö, palu nlt" :m J:"rnn(lc 1111hlico. 1>'( ·-lo n o COrH('-\•o. nrns lo,go 1u1n ::(•bl 11 qu1• :i~ irn ara:,.t:H'ü- os 11<n·os d o mflr.xism o (er. ~;1u•. cit „ ihid .. Jl. 05) , 0
lii.o hrut"I ,~ 1\ <--.-:~1„11c i11 d cstc·. P or is.so. 11 sr-it:a «rumlou et ... totica, ,. 1)roc11 r a ardilos:1nwnlt„ scduzi r ns nrnltidöes, ocuHau<lo o:,. 1>rC)11rio:,: intuitos alr:'i.-: "" id,~ins t-1u s i bo:ts e alr:,cntcs» o ;;n e. e it . • ihid., ,,. 9:.) . ~ nsshu ,l11t~ öS: comu1üs tas, «nrnntl"ntlO•S<' tirnws cn, s c:u.s p cr, ·ers()s princitiios, c.~C>tl\'iilnm os <:nlolicos :1 col11ho r ür co111 c.•les, no cnmJ)O c h::im:ulo h11ma nit:1rio f t cnritf,Hvo, i,roc urn11tlo, por ,•cze:--., coi~\S cm hulo :,h~ <~onrornu-:.-. :to ,·st>irilo c risl:i.n ,. i1 <1011 trinn <h, ·1g rf'jn» u,;ne, eil., ihitl,, 1>. 9:",).
8 -
Colaborar com as campanhas
da seita marxista e fazer-lhe o jogo
D
-
\'t•m
-
Mate1·ialisn10
·evolucionista
:u,:ontrccr. f'ntrch,nto, ,1,w os cat o licos inicimn unt:, t.h„t('rnti11:Hl:.'t c nmpanhn, ,,, fort.uitf1 ou ::1nlitos:111u; nt<-. os co111unista$ lnmhCm s•~ m ovirnc ntc· rn no mt~smo Sl·nthlc1. llave r:l ,·nl:\o, conro :u li:01 h~ ,.,,_ ri•m os, unHt c:onw·rgt•n cia d e (-.,~foreos O(•asio1ml, c111r potl<;l':i n :ic) 1ra1.t'1' , ·anlagt•m J):tr:, os eom1111isfas, Sc' o s t·al olie(ls n·c usan·m ar(ic ulnr (J11alt1uur :1('ilo co111 t~!c•s. lu-m corno ••st:·ih<1IN: c•1· 1:0111 o cornu11 i:-lnH) 0111 :\rmisti<·io a iiul:1 <1111' tt-11111orario.
Os r1~'iCCb s clt· Marx j a111ais l ri11Jalha 111 s rniio 11:11•a r:l\'Ql' t'Cf•r
A grande
dificuldade : discernir a presen~a da influen cia co1nunista
T udo e relativo, inclusive a moral
A
11 1 -
-
JNDA rllcSUlO quamlo c•lt•S p rOpÜf•nt f t C)lll' 1) P:,p:t i,n•, •c_'°: - <(llroj1•los cm todO$ os 1)011tos confornws :,o (':,.pirito c r ist Uo •• :\. doutrina da Igrrj:i», aiud a m•:-ts,•s (::1 >;0:,1 (c•. a (('ncl1•11<lO•Sc ao t•sfJil'ilo d:, « Oi\'ini lkc.k111ptoris», mais cs1wcialt1H·nlc~ nc.sses c asos> . «nf10 sc• podc- pC:n\1i 1ir ('tu \':\mpo ~\IJ'.,:.t1m t1 t.'üla h o 1·a('fü'I l'l't'ip1·o('~L coin o co murli$mö-. o •;u c. <:it. ihitl., J). !Jlil. A 11roil>ic,:-äo t.li• P io X I c\ eat(•~orit;a, ,. n i'io :uhnih- (•S(W(~tt1•s: C JWN•iso <1uc 11:10 haja col:ll,01·:1<,:i\o l't„cir1roC':-1 ('111 uada. null:. iu 1'<' - <.:om ('SSa seih, f•xc •<:r;1\'(•).
J>c tod::, f!ssa litllo de 1•io X1 s c• dcduz. qm' os fil:is (tur sc• unc·111 :_,os comunistas na, bu.:,,;c:u, dl~ objct i\'OS i11tdnu11,•ulL• «coufornh~s :w c•spirito c rii;tiio c 1), d out.rirrn da lg r c..•j:H>, c.a.::111 numu c il:\da t.' <:ola • boriHn imr:,1 :) im11l:111f: u:iio do (~omu11ism o 110 11, undo.
•••u 111uitos Jlnises m ilhar't•s t' atc--; mill,Qes tlc homc:-11s f• mu-
0
sistt·nta (•01nu n isl:1 C o nmtcrinlismo 1t•, ·1lclo :). s ua.s ultimns <:011src:11w11ci11s. ArirOH1 o mar.\:isrno <1uc s6 •'xistc„ :i m ntcr i:1 . N1lo h{i. A11Jo$ n c-111 d 1•mo11ios: niio h:'t nh11a 1•s11irihml n c•nt lku s. () ho111t-111 t; 1>ur:1 111:·, trrb. Um a ror<:n rniskrios:"1 in1• p 1•l1• c~s.-.1„ 1111h·,' r:--u m :H,•ria l nmn 1>•·ot<·si.o t11~ 1l(•sc-•11\' 0l\'i1111.:11to ir• rt·pri111i n •I, 1111ma c volu('äo irrcfn•~" ·d. Da 111:th•ri:1 a11o r~ 111ie:1 1•11wno11 :, , •lcla, tln l)lanf:t 11:1sc;.cu o :inim:11. 1t;111n~ <is :111inmi:1 houw· nm ar>c rfc i<;o:um~n to f(• n(c> ,, con shtnh-. :i(t"· C'JU{• apa1·c•t~c•11 o aoinrnl :1(11:1!1111•11lc· m:,i$ pf•rrt-ito, c ujo c~f'n•hro aJ11'1·•s<.•11t :1 o nrnis :,lto ;::-rnu de• d c s.;.11,•o l\'im,·nto. 1,;s11• a nimal s1· <-11:una h omt'·m. Com o frmpo, o 11w~111t) 1u•oc1•s:-() 111•0(111:,, ir:·~ oulr<> s1•r m :-1is 11~•rft•ito, 1,o;i,, :-1:-..~hn co1110 110 11a ss:ulo sur;;fu o h onwm \'imlo ilo hruto, 110 futu ro dt ,·••r:i. s uq::-ir 11111 o utro s1·1·. 11111 «supt·1...h<Unf•nt», tant<) 1u:tii,, 1wrfdto clo ,pw u cis 11u:111to iuis somos mais IH'l'f1·• itos do quc· o m:1<•:,ro. r,;-.ta (•volut:io 11:lo trm li111it1•s.
l-:Nr>Q a ssim, II OSS:t'°' icU•ias siio t't•lat i \';lS , () flll t' IIW fm n •CC \'1•ril:ul1: n1Nar isit•:1 i·• m or:11 n:1o h'm valor o hjdi\'O, i:; ver .. dmh• 11:11':1 mim, 1l:n:1 111<-11 f•slmlo elf· ,., •ohu~•ao, 1>.-1r;1 um scr m :cis c-, ·oluido , ntio o st•r:i. 1•:111 mu:i 11:ila\'r:l, u iio h:i. n·rd:ulf' ohjf'ti\'a. l•:u c r io ;t. , ·,•rda cle : IHII' c o11sc•J.ru i11fr, c r :o o lw 111. J~o~o. 11:io h:i. mf'l:crt-.ic.;1, 11t10 h:i mor:tl. f.: ,·,·,·clacl,· •· ,~ 110111 o •11w ••u t111t•ro 1111c o sc•j:,. Ni'lo h:l J)rus. N:io h :I Orlh·111 11:·, 1ur:il ,11w m o ohl'ii;:'tw. Niio h:t. dircito 11:it11rr1I. Ntto h :i :111tol'itl:uh- 1,•,:itima .
S
() honwm connmista lihc·rta-sr clc• t od n :u111da mruwir:t 110 111·11sar 111w tcm p s-f•vnh:cido ao lungo d os sc<:ulos, c ,•slalwlcc~c o 11rim;i11i(I: a ,·e ,·dacl,: 6 o <1u,· 111c• con,•,~111. f.: horn o 11ut• cool rihui p:,ra 11H·11 b c•m •ts:C :tr suhjC'th•1). Ora, :c nrn:,s:1 t! a s:0111:, do~ iiuli • \'itluos:, dos « Nm q1w n ,~01111)ü1•1t1. /\ssim. 11ui:., :t 1·x prrs.,-:'""to 111:1si11111 •lo ho1111•ni 6 a 111:1.-.s:1 . A ni:\s:-a c11w nrnis ge11uin:11111·nt,· r"11rcs«•nta o ho11t1•11t pu ro, aut,·nti,~o. (· n rnassn 1•roh•ti11'i:i. Porta11t<1, o 111·oktariado, :, mass:1 11obrt· dos lrnh:·1 1hador,•s (, o urh i11·0 su• Jll'('lllo 110 h1•111 ,: 1ln \' t•rtl::uh•,
- Desh·uis,äo da l greja, da autoridade, da hierarquia social
Al sc• s1„gu ,• tlttt• a n,:-:li~ii\o, a :111tor it1a c1,, dO$ 11:-1is •· d os IH1tr0(•s . ::t 111·0J)ri1~d:uh~ privat'l:i, :1. mor:11 o lirig :lto ri:-, •· hnu„ t :wd s.,lo 11ui1m•r:1s l.nu·g-uesris que s e d e w ~m apfigar <ln m f•mm•ia c.los e ida<läos: da. «cr~t. 110 \':\» . l,:rcjt,, t~lift-s s()cii,ii;, cla:>.."i<~s
D
lr11dic ionais niio ti:111 o tllc.11or di1·c ito dt• c.~ist ir. Cl-t1, vich, r11111ra, :tse<:.se, ~,111titludc s.i.1o cout(•itos que rmd:\ r <•1u·l'seut :-1111 dt• :'t)lro v cif:I \'t' l.
-
Corno reag1r contra a t atica comunista
Ditadura do proletariado
0
hö1uc111 niio df' \'C h : r 11c nh1111m 1u·i •<H; 11pf1(•Üo rc;.li~ios:, ou moral. Scu unico c:uid:ulo (l('\'C scr lu t:ir 1·,::ara d a r.· ao 11role t:1ri.,do o d o minio 11hsoluto d:i soticdtufo (: l)l'Of10rCi01'tftr 1•cfh1zidos t odos i, eondi('äo de 1n·oh.:t;-11·io:;J
tJDO isso l'!,-t:i muito Cf• rto •· nwito ,~laro, ,lil'ii ~,1i;:·u(•111.
H:i. n o ('nt:rnto, unm c.lific uhfode ')ue. 1rnr~cc in~upc-r:\\'cl. Qunndo Fidel C:istro e11c:tbC'('011 a r1•,·0Jta (1,, ~ierra. ;\Jacstl':1, nti.o so n1,rc scntou eomo comunista. Como f'ra 11ossi\'d s :tbrr•s~ o c)u(• i:•1 n o intimo d (:.8SC. eaudilho'! l)c fato , prob1c m :is t c)mo esse s(• 110c m con, fr<:q1u~n eia. ~ äo so d c-, ·r C.>l"l>C.r:11' dos c omunisl':t$ lcaldni,k :1lgt1111a, 11111:1 \' t!'I . r11w,
T
\'e 1s 1)1:11,-:ar. c~oni c•rt•1to, r1110 o eonnuusmo :-;(:J11> : ,iu~nas um 1>111'lid o llc)litieo. E ie c, ,~. ( :f•i•(:hnc!llh•. c Slll'IS n •tk~ f• n,·ol-
0 qut• a11i111:\ :, :tttlo tla S\~ita murxish, o lh c· tl:i. ('n rr,:in inlcrna, c~Jare:,,a <h• rin:,.., co,·si'io (• C(rns(•tluCneia U sua ilh:Olf1~ia. V:u nos c·.~pö-l:l s u cit1tmnc11h•.
sc auxilimn uni- nos o utros, 011, 111•10 nwnos. c·:·11:un h-m1,or:nianw 11t1• o runch1m4,•11h 1I (' r eciJ>roco u11tago n hm10 cm ,111t sc c n contr~uu . A tolnhorütno r eduoda s,•rn1)n• N\1 ftro,·(•itf• 1los 111:ü.' iistas. P otl1•
J,: a. ra'li"to l: cnw, <ruawlo ('I:,; ~onmnislas :11ici:11u os ('atolicos . :"'t s u :1 maneir:l , ii:.tu l•, com «tlrtJj<:tos c111 totlos o~ p onlos: confor• nt(•S a o <:s11irilo e r ist iio f• :'\. doutrin:, •l::t Jgrcjn ». e k s 11:1,l:1 urnis r:-1:,,('m do ,1u(~ 1•rc·1l:11·ar um:1 :_1rm:1elilh~1. porqo:,n(o, ~onio cli·r, o P 1,fl:'t , procuran, «:a r clilo~a 1u,:11t1~ sNl11zir :\.:; n1u l(idQ1•s, ocolt:1ndo os 11ro1>rios intuitos atr:'i.s: d t• hh~i:is t„m si ho:t~ c :\fr:u:ntcs» (J<:n c. e it... ihid., J>. !):';),
Nilo tl(•..
losorka. 'ltH' 11rc•h'11dc: c onc1uisH1r o nnuulo totlo 1):'11':t s u:1 111:111<'.ir:1. d e· f)t•n ,..r,r. tll• ,1uc rN· c: d t) s1•r. l„:ira eo11S<:g-uir t:tl co111111ish1. (ls <·0111trni-shts St• Qr,:auizam (•n1 pnrtido; 111:1:,; :, f1rrcJ:inu:11ta~·üo l)al'• tifln ri:i t~ :111(•11:ts um t11(•io. um ins t r1111wnto p a ra ::,tiugir n 1u<-ta. 1111 h 'C' l'S:t 1.
nh:\ ru, fJlHd sc C'n l(lenhnm tn mbhll o~ coinunist:,s aindn f)U{lndo nti.o sc apres,:nte!rn eomo tais C t110:, col:ihora('Üo <ruc .se d:i i-. i1111,fnnta<,:iio do mar~is m o. 0 cx,·mJ)1o •loloroso •II.. (;ul.>11 nc1s advc rh:, c :1 sim11lcs Qhs~n·~u:iio cla nrnnt.•ira d e• :tj;'i l' cla St~ih, n os C.:011\'CUCf,
tolieo:,; c comunist:1s, lrahulhanclo 1,nr:1 o mc~mo ohj1•th ·o iruotlinto,
...,nesmo quando ela propöe planos conformes a doutrina catoHca
1n1la~·ra «sc:i_ta».
do ,,uni ,:ra\'ih1n1 ou(ros milharc·s eh• s iru1,ntiza11t1·s c: toh1bor:u10„ n·s. i\111s, o couwnismo ö 111::,is 110 'llH: is.-.o. l•~l ◊ .~ u ma ~ itn n„
C 11mf)r e distin)::'uir, a ' ~'-SC' prc•,1osit o. c nCrt.• cotah o 1•:"t('i io mu tua ,. oc:1..o;;ional eo11,· er,gN1c in cl (• (!Sfor ('os. 11:i. colahor:u;äo <11mnclo c~1-
9-
1\11'.l(l•:GA:\tOS i11t i„iu·: ic_111;'l nw11lt• a
lh1·r1•s or~uni:,,:ulos r1olitic:u11c 11tc. ,. <1111'! s,•r\'NH d e noc.:IN• 1·111 lo rno
F. oml<~ st• \'i· qut~ tocl:', cofabol'a ('iio f1r(-Sh1d:1 :1 uma, c:11111,n-
r, sua caus n. Sc· h:i. 11111 n,o , ·i11H'11((1 tol:clil:trio 110 n11111do, 110 ,11,ml uiio sc c1(•$f1f•rtlit:1 for{'ü :tl~ uHm, 110 c"11ml tt.ulo. :11Jsolut:111u-11tc• tutlo, (- c,:, lcuhulQ f'm fmtt:io do ril1i colirti:ulo. 1t o d<>s c:c,1111111is1as. As.-.im , ond,· <tU"r tlllO h:dr, ntiio d (•stc~$ , h;i ;'1i urll iokn~~sc• ein (:01111.111i.s1110, ,. (· inf:lnfil prrt,,ncl r·r d~s,•i:tr-llw s :\ ilfivid:ul(', onrn \'('Z 1lll" o <:o .. munis tn. c•nqunnto p1~r111:11w(.'\' t:tl, näo ah:u11lom1 Sf'U 11os to de· mira, ,. lmhi( u:thnN1fr n äo Sf' ,·11~:111a n os sc·us c·:ik u1os. Näo (l(lr o u tro m oth·c,1 comlem)11 P io XI (J1ml1)m·r colahc)r:t('iio Nun n s m ar~h,tas.
0
IC1\, scm,•lh:u:t.· •impllli(I -, <:ola hor~tiio, llllllltlos filh•~- ,, dL•\'tmos f•,·1lar fl, tollo ~11sto. fi, 1m ra t..rnto c:.on,·,:m c1u 1J saih:uno.; diS:C('r11ir o lobo 111:'trxisl:\ sob n p clt• d1• o,•,·lho h111h:1nitn ritt. A f i111 dt~ 11111• JiO~~r, is id1•11tiric:~r os ,~omunistas. im1wrta :tnlcs 111• ltulo eonh«•c••r su:-. , ·,•rthutc:ira clc)ulrirm. lsto vos 1wrmitirfl tu111b,:111 :"11.1il:ata,• <iom mais ch1rf"1,a a oi•ositllo n\11ie:d c ins:111:i,•el ,,u<- <•.~is t<; rnt.rc o con11111is 1110 r o C ntc>lieis 1110. ·r 1\S~iu11os 11ois a 1•xpo1· s u11111rh11u c11tc.- a clo utrina 11H1rxist:1, ist(I ,!, · a rilo,-:oria tlt•ssa \'t•rtl:1d1·ira n util J'.:"rc"ja, f'(II(• (, a S('it:i con111nisf:t.
:w.
7 - A seita comunista oculta ao grande publico suas verdadeiras doutrinas
,,uo
a - Conhecendo a doutrina comunista
-
Luta entre os
opostos. "Dialetica"
lll'rrri(·:io c) :l luta C'n tre os opost.oi;. 1-; xistt.: n c h! omi, cksarmonia con s .. tituc ioual. Oo c h oc1uo dos c kmc n t os 01,0:,;tos brot:, n s inttst•, n h 11rmonia m onw11t1:111(':·1. ;\l;:1s lo~o ~111uilo ,,111: r(•s-ullo u da si11tcs 1; ,·11co11ts-:-t outro ekm c nto u •1uc sc- 0 11Ut•, c ,-is dr 110,·o u111n h•so
A
ror~·n m ctarisic.::a c1t11! i rup<'lt~ o
1111 i\'t::rso 1>al':1
:i
4 ,,uc so dufrontu <:om ~u a ;rnt.itc:-c 1ntr1\ dar origem a mna uova ·"'inlc:m. r•:sh• princi1>io rege o universo. Rege tnmbt;rn a soeie• clndo human:\. Poder-sc-hl clcixar <11.10 o 1>roersso qu~ d cscrevcmo:,. sc tlo~<mvolvcssc cm
scu ritmo naiurn1.
A sociecludc lcnhuuculc
irin roafo,. undo suü.$ oposi~öc....;, il h ~s,: conh·nr>oria. ::, nutil.csc, d ai rC.t,;ult:uh, uina sinteso, e no rim l c r-sc-ia H(:c:.cssariamentc o comunism o. l\lns cst.e t)rOccsso 111;cc:-.s11rio IH)tlo scr acch::r,,do. 0 n)t1rxismo cnsinr, a tccnica cle r::wi•-lo. ß a. lutn t.lc ChL';scs. D es.cobrimJu os 01>oslos., atift,-So :·t. luln entre cle.-., lam:1uulo um l:ulo conlri\. outro. Assim, um 1>ro<:esso <1uo 11:Jhn·:,lm(:nte durttria s-eculos pocfo dcscn,·olvcr-sc. .-:n, (}OUCOlJl ~uu)s. f.: n isso cauc o nrn rxismo ch anut «diulct.ictu>. ,Jog:.\ os 1,obres eontrn. os ricos. os eolonos cont.rn. os f:\·1.<nHlciros, os i,nquilinol:> <~n t rn. os scnhorios, os 1-,rctos cont.rn, os brnncos. os 11orlist~1s eontrn. os sulisht..:.., os n :1cio• nnis cont.rn os cstrangciros, os lcis;:os contrn os P ndres, eis al• guns ,~x<·mr,tos d o luta possiv<:i.s.
-
e rr.tos c compro"ndos, nrns eom rundnmcuto t•m doutrhrns ,·ngum c n tc humn.nitnrias c ncusnrOcs imprcciM,s, oxcihrndo os t.Spit•itos a dc tost:1<:iio 1n1rn e ~im1,lcs dn clnsso cm vist.n, [)Otlcmos te r ce.rleZll d e... quo hf, nc~-ia, cmu1H111hn o odio caractorisLico do~ comunist:1s, nincln ,1uc sc us 1>romotorcs niio so confess(!m tois . Semr,re ()Ut~ um11 C:'ttntlflltha sc r C\'CS:te dt ssc c unho d o opositüo !anntica ,. incClf11licionr11 c;ontr:, unH, clnssc clcttirmilrncln, lui n cl:\ c.lcdo eonm n istn. ·t : a eolnhor:\~iio ,,uo s("\ ,16 '" sem elh:rntc.~ m ovitn<!nto t. n o rumlo, umn eolab<>r:t('i'io p::trfi. o l riu nro do comunismo.
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A ciencia da Revolu~iio
com uuis1no dcsNl\'Ol\'C uma <:icneia Jtovn: a. c ie n ciu da Rcvolu(·äo. Assim, cic ntH1etuuc nto J)romovc ~\ loht clos Ot>OS• tos. Tcm cs:tn luta clois :ts pcctos: um tutico o ou tro c:.::t rateg"ico. Est.o u ltimo consisle 1;m aanc.ssnr cicnt-ific:rn,e nto n d es• truitiio tli:tqucli,s oimsi(:ÖC.~ qo~. 11t1turalm c nh:. nUo sc: deslru irinm antes do scc:ulos, p rim ~iro eh) eoexistc n eh,. d c poi.s, do lut:,. A cic nc ia da. r-te.,•olu<:Uo ~ tudft, alCm disso, u as1>ecto tatico. lt:ntrc n.s nmitn..-; luh'IS 1,ossi\•e is, os dirlgcuh::s do comuuismo cs.co1hcm :u1lU:h'ls qu0 d ostro~m classcs o ordens r11.1c:: nmis lcnl'l'1.mont,: irupcdcm o ni\'clnmcnto l'ot a l d u socied rule.
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lgualitarismo completo
objt:tivo fi n:\.l tlos scctarios c.h.i i\fnrx 6, 11ortanlo, u nivula1'ne nl,0 to t:d, a. nt,ofü:ii.o cl:I." cl::1ssc}s 1 o igw,litaris nto. F.:-t~t• ig,1:,titnrismo 6 cssenci:d ao <:omunism o . e 6 1>or ser iguuiitario ,,ur; do tlcstroi i ! sn1>l'i1m~ o din~ito tlt! lu::ru,11;,:n, u farnil in. u pro1>ri<•llndo pl'l\'nda, tls •·lites sociuis, t, l r:uJi~Uo.
Nega~äo total da Religiao Catolica
OMO u<'..:·thtunos th- ,·e r, C., 1Jois, por 111uu r:W-tio f>rotuml issim:1 quo o com1rnismo. a thu de nt~u. t~ r cvotucio1mrio, ,·iolcnlo, cinico, trnidor, m cnHr0$0, im1>lac.::n-c l, imor:tl, contrario it rnmilia o a 1>ropricd:1tlc (1). f'. r,or is lo <1uu du 6 intri m~c:~camcmt•• mnu, <:omo d e<:lnro u Pio XJ (d. 1•:nc. «Oi, •ini Hc!demJ>IQris». ihitl..
- Demagogia e exagero a proposito de problemas seeundarios
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Paraiso ateu
2 - Reeusar as eampanhas paralelas de catolicos e comunistas c-on1 objetivo comum
e.xt;m1>IO äcilnn n os le\':t u u11H1 ticl\'C.rlc n e in 11ect~ss:1ri:1 :., 1>ro1,osito d:1s cJwomdn.s 11(",e)cs p:1rülclos. Os comunii,tns. c m gcrnl, :-1. tim de ohh!r a eolnborntüo dos ni1o connrnist::ts, somlnm 1>rim<'iro o amhicnte 1lara , ·e r qual a camp:rnha (JUi."\ t c r{1o nmior r cCC!J)tivicl:ult~ v ntr<~ cst cs. Jo; nüo (i dific:il e ncont rar injust-i~as \'Crdacleiras, objcti\'llS, :1 de J)IOrar numa soch;d:uf(• c'11m :~J)OSl:\lou de, D,:us, I! , ·h ·o dOnlifl:'ldfl J)c.10 <!J;:'Oi $1HO ,~ llCfo ))i:d u clos r,r:,zc rcs nl:"11<-.. hiis. Orr1, C oalur:tl c1uc os cris tiios ii4 i11dig11cm com fatos sem clhi:rntt:s. Os 11 :lJlll-" li·m rc11cfü111s \ 'C'l,CS lm•;1nhulo a vor. eontrn. h1is :lbusos (l p:-.rtio11h'lrmc ntc cont.ra a s injusti(:as c..msadas 11cla nova ord••m ,•conomica. m1 ,ru:d domiua o cliotu:iro o n ilo se d :i. nlc 11<;üo i\s: 11ccc.ssi1lrult:.s i•spiritn:ds c n10r:\is mais 11rsc11tt·s das cfasws m c nos fa\lorccidns . Füt.er cco aos P :111:,s , •• h•ut:'lr or-d rn:\dmuc nto (1(1r cohro n e.-i:-as dcsorcle ns sociais, 6 c:ois:i just:, ,. dign:1- do t otfo o aJ>l:mso. ~;m s(•111<•lhantcs c ire unst:111e i:1s con,:r ctas . os comunistns com o ,,no so a ssoci;u11 i\. cim11mnh:\ clos e ris tii.os. T:111,bl-m elt;s t,lt mn a vo;o. pnra con d1•n:1r as injusti~as o t>Cdir 11 1u.mi!·äo tlos cul11ados. r c.rguut:u-sc•: seri:\ li<;ila, e m t:11 cnso, um:'I a('Uo p:ua.lcla.? Os comunistas, dt~ s<:u Judo, eom seus :irgumcntos: c scus m etotlos sciu clu\'icla d ckst:weis-, 1>ro11ug1H1ri:un, u ilo obst:u1tC', um objctivo justo c.\ th:s«•j a\'1·J. De, outro ,:ulo, os entolieo~. eom ().S mc~todos ~ argumc ntos cnsinados 1,cta. llfor:d, 1,c ros documc ntos pont,ificios., sc (•11t11e nh:wi:1111, s,;111 lig :1c:ao n c nhum:\. com os eomunistas , p :lra con$O,tuir, 11:i 1u-:ttic:, , o nu-s 1110 r esultndo, isto <-. n <•orre(·äo das
o Cntolic ismo.
-
0 Partido Comunista
1:STA u cg:J{:Ü.O total do bcm c eh\ ,•c.·rchulc, t~ da c.•s1·1criln<: n s:1ti111iC:'t de r t':'lliznr o }>lll'rtiso mi t t rra, sf•1u D eus, sein Cristo, sem n. l grcja. c scm :ndoricl:l.c,l c, 11rovt!111 a for~.a in• t crn:l, o dinamismo obsc:dantc o dh1bolieo <JtH) cm11olg:t os eomunistas c os fiw, soldndos quc n äo conhcccm trcgu:1 11cm quartel c.:m s;un. luta. p:Jr:t dc.m olir n orde rn ba~c;·1da 110 b em c 11a vc;rd:1dr,. 1) : l • sc.acta cm U cm; c c u, Cristo. <tth: ch:un:unos clc Crisl.:'lnd::u1c.
D
J•:SS A cHnlfninha <:ontr::i :'I <:iviliZ:'.l(.'iio c ristii tc m unt tm1wl cc:mt.ral ,:, prcpontlc rnnl'c o J>articlo Gomu11ist:1. Jtc~:llnumtr. <:. lc so nrvor:, c!m unico r<:(n·c:,;ent ftll k gcnuino d:1. massa prolcl:'1ri:l, U c m:rnc ir::t (J11<!- sc- arrog :'I, <~m concreto. o 1>oclcr clit:iitC>ri:,I sobro a. ,·c~rdadc c o l.,(•111 c1uc, 1•111 t('sc. o comuniSJl'IC> at ri•
N
bui ;_1() .(lrolct:ui:tdo.
-
Socialismo, comumsn10 aparenten1ente mitigado
.
b - Algun,as caracteristicas dos movi.mentos influenciados pelo con1umsn10
-Odio e intransigencia pessoal
A
l/OS ,, exr>0si<'i'i.o d a t cori,i do mnr~is mo, c;o11,·61u cfo .<: r 11111:1 1
1>aln vra s ohrt:. o socialismo. A 1·c•ali:1.a~fio tuais COIISCQtH'llfr clt:.s to 6. o ma1·xi.smo. M:1s, ao l:ulo clo sociali:m10 mnrxi.sta. htt vnriante.-. 'JIIO l}roeuram i1111>l:tntar :t s:ocic"•clacle i!,,·•,mlib1ria , orn•
t oritllisl:t_, s Nn l!"lnc;-:tr mäo dos rNmrsos hrut-ais que gcr:1lrn~111,~ :,,:iio prt'!<.:Oni:1.ntlos c U$:hlos llOr c•lc.. i-:ssn.s v:ui:mlcs Jlr<•forc·111 os m c ios lc:rais, a.-; t-ransrormat.ö <--S lcntas, do motlo q,1t• 1 num proc~s so m ,,i:-:m:w<-, m.is igu:·, tnu:ntc irrc pri111i\'cl, s ej:1m lks h ·uic.1:ts 11::.. instih1i('ÖC.~ dil socicd:tde trndicio11~1I, 1>011t10-se <!nt lugar tlt•l:ts im;t itui~Öb tlc unm socied:tdc sc:m classt";:s, is:,"lmlit.nria, ('111 c1uc- O I•~tado tudo 11re\'C, 11ro,•itlc11eia. c domi11a. .Assim, :\.-i , ·(•7,(:s o soch1lis1110 6 o 1.rc.wr io coinuoisrno nu c cru. Oulri1s , ·cY.e». adotnndo aspN:.t o J>ac ifico t• nrnrcha grmlual, cle introduz n:\ soeiccl:ulc suh-rc11tici:Hn~11fr o comuni~mo. <: 6 :1 poul<!, n IH)rl:&. IH•ln c1u:1I cst o r,e u,•t r:·t ml Cris t:1nd:1dc•.
ONIU•;c1uos a doutrina. ,... OS 1>ri11CiJliO~ tnnrxish11", scr(L a imla ,icec~:\rio cstudur a 111:111c•irn couHl os comuuis tas ng-cm pnra c hegar ao sc u idC"a1 de uma :,;oci<-lhtd c srm oln...~cs (er. J~nc. cit., ibid., ,,. 70). J•;m ooa-ras r111h1\'r:ts, qu:1is ns carnct c risLic.:L-i 1>clas <)U:tis st conhc;ccm os m ovime ntos eonmnist as, ou os <111c, e m „ ho r:\ nilo st.~ndo lt'liS, sen·em ao eo1nu11ismo. N:L in111ossibilid:'ldc d e d cscr,•,•<"r tot.las cstas e:1ractcrist-.ic;,a s. l<:mbrcmos 111,-cnn.~ cluus mais import:inlc.-. c freque ntes.
0
A
rn•hne ira ddn~ 6 :1. ocliosn int.ransigc ncia ,,c." so:ll dos 1110,·i-
m (:ntos e;omunis·t~u.. l~les f(l.nde m sc111pro f1. e ri:Lr c ('_.xncc r • bar ;1 :1vcrsilo contra unm. e 1:,ssc- soc:i:1I e uja cxistc.~ncia, SC',"lllHlo 11 01·tlcm m 'lt ur:-11 ch1s cois::.s, n::idü t c m cfo inj usto. Corno a sobsist ('11ej1\ cle h'II Cht$SC consl ilu i um c m1>ccilho no triunro d:\ sc,itt,, os comunist°::u; :\ votnm ao c:xterminio. l>otlo h tlw; r moth·os 1mra St.) t<111cl<marem llCsson:i', SC'nl <1m:, por isso, $C falt e U jus tit_~,, o U carichulc. O quo niiö C erh,t äo 6 invt~stir furiosmucote contru. 1un:1 cl:1s:sct sempre t-itl:\ como k;::-it.imn. e m~CCS."-a ria. :\ bl)a ordcm social, como s o cl:t nüo J>:'ISS:tsso de u m e;;rnccr da ::i:ocicd~1d<.~, a scr urgcnte m ent-o exth·&Hulo. Q.u:tndo, 1Jois, sc cnccta 1_11ufl. fitiio cont r:L dct crmin:uht c,,t.t~g-o. r ii, socia1. 11i\o com bnso cn , 11rinci1,ios d dinidos ou cm fnt:o s con•
no
X~M~)Lll+'JQUI❖l\10S com
O f\U U atuilh~1c nh~ S(~ • obsc~n •n mov11nc11Lo {\ fo \'or da rcfornH\ ,1.g r(1rrn. no J,~u~. D o. foto h :"L e n tre; 11c)!; injustic::1)) 110 e::,m,>o, d e fo to 6 1•rcciso m olho~ rar. o mais brt•,·c J)()SSivc.J, :ls c:om li~Öt'"IS •lc e.xish~neit\ o trobulho .to opcrario !1grieoln. br~1s ilciro. 1~ urn m ovhucmto que h-ndn n ;rd n<foir:1mentc n esse firn s 6 J>Otlc: scr lou\':Ulo. 0 qne, se n()tf1, uo c nt:rnto~ c m (IUf1sc toila. a vres1.•nte c11n11H111lrn c m 1>rol dn. rcforma n;:rnrill, 6 not esfor~o 1>arn. exeitur os (:s1,iritos eontra - a. proi,ria cstruturs,. rurül hoj1) c.xisl<:nte no ß r t1$il, ne us:-ufa, sein ,,rovns, d e, rcspousavcl 1>clos 11mh:.s c1o cnmt>() o 1>eh1 e ri~ economica m:teion:11 : u com essn. cxcita(ti.O visa...s c n lcvriu far n or>iniiio publictL contru. os r>roprict:\rios dn- tc rr:1, sem cous idc rn_r t\ inviohtbilidaclo do di· rc iLo d e 1>ro11riethulc e os inw nsos b c n c ric ios quc nmitos (n7.Cmlcir os pro1,orc ionuram ,: nind:1 1>ro1>orciomnn i', colctividi\dc.
p . Oli).
~lc• C umn soih1- rHosotica quc n cgo rndic!1lmo n le tudo ,, quc o (;ris:t,i1mismo ensinn, e destroi o 11roJ)rio fu ml:ul11?11to desto, d e todo o dircito e d o toda 11. filC>l:iOfi:1. 1:: a 0 1ais t:om,,l,:tn 1wgnc:,tto tlc U ous (cf. Jt.!nc . cit., ibid„ p. 70).
r,or co11s 1dcrn(:o<~s {•~-itrntcg1c.."1s o nuo 1>or mot1\'0S moriui-;, C muito rrc.qucnto nifo focnli7.llrcm clas :.l injusticn. sociut mni.s g rave, ncm n ,·1uo 6 mais urgente r e m c d inr: ou c ntiio nilo a focnli7..1trt-m nos s,:us just.os t errnos . Assim, <1uruulo sc germr:ilh~n umn camJ>i111h;\ eont.rn um mal socinl, umtt injusHc:n, unll'1. sihHtf:iiO clo• (>riment c, e tc., C 1>rc.~ciso e.x:uuinnr e \'Or so o eaSG posto t:m foco <:.xish:, cle ft1to, se nprescnt:1, a in1vorbm c h1 quo n eiunpa11h t"L lhc: ::it.ribui, S() esh, o s itu:\ bc;ru no eoujun to da~ ntivichuJes sociüis, clc sorto ,auc so 1>ossa nrirmar ,1uo cht näo , ~ m ovid 1't J)Or um int.uito d e OJ>Osit_:iio s istenHtt,ica, de ucirr:.unc:ut.o tlo odios c Jukts, nrns por uma. v o n tfulc <:erbt c. !:>inccrt\ d ö ·corrii:ir um mnl t"!;\'.istenh~. Sc~m 11r<1 <111e n ilo ::i:c ve ririqucm cstns car;wtcristica s tod11s, J)Odcm os C$l,ar .se~u·os tle ()1.10 :\ eomp:rnlu\ c nvolve o infc.1·<:sso thi fomcutar a lula d e elitS..iCS, m cio tle <ttH) sc utili-:r.:'lm os comunish,,..;, como vim os, 1,nra im1,1antar o dominio de su:L sc ita. Colohor:·, r <~111 l'icmo lhantc..--; C{u111nu1h,·1s: 6. colabornr po rn o t.riunfo 110 m1,rxisino.
Exemplo atual: a influencia comunista na can1panha prO„reforma agraria
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0
e impossivct concifü, r o comuni:m10 com
A
J...i::M cliss~, eon~o as c11m1·,:.mh ::i.~ m~r:dsh'I~ $10_ d ct crrni11~Hh1s
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injustira.s soc:iais.
MENSARIO COM APROVAc;ÄO ECLESIASTICA Campos - Est. do Rio
Dirctor: Mons. ANTONIO RIBEIHO DO ROSAIUO l(ed:tc:tto e gCJ·c neir1: Av. 7 do Sct e mhro, :M; -
0..1i.x:1 l~ost.al :t:J3
Asslnat ur-:u-. onu11l1>:
Comu1n ... .. . . .• . .... •... , ..••. . .•.. , .• Oen tcltor . ...... . . .. .... .. .. ... . .. . ... . Crrindc 1><:nrcttor ... . .. . ... , ...• ....•. . sem1narlsl.ns e cstudantcs .•.....• J,;xtcrlor Nurncro nvulso , , ••..•• , ••• . Nu,uero ntrnsado .••.. ..•. ...•..•..••• ,
C1·S Z:,0.00 Cl'S l .000,00 2.000,00
C,·s
c,·s 1ao.oo CtS 2S5,00 c„s 2?.,00 CrS
25,00
Pu ru os r-:swclo~ de Alacoas, AmoY.onas, Uahl::i., Ccarf1, ColAs, Martrnhii.o.
.M;lto Cro:..so, Prti-'1, r1 araibn, P<!rn1.1 ml)\1CO, Pl(lul. ruo Cnrndc d1> Nortc, Scr,;IJ)C c 'rcrl'itorlos, O JOr0.:}1 ~ covla<lo POi' via l\Cl'C.:t J>CIO J)rC('(> d~l
as:<;lnMur~ comum. Mud:tn <::1, d o andcreto do nss111nntC".$: mcnc.io1Hlr' o e nclc)re<:o n nt-lgo, v ::i.tcs post.n1s. c:-::i.rtns com vnlor dcclarndo,, ch cqu<'-s, devel'üO ser cnvludos; cm nomc de um dos scgolntes Agcntcs c P:il'a. o rcspcc:tlvo ende• 1·eeo: /\~cn\.o ,:'oral - D1•. J ot-~ de Ollvclrn ,\ndrndc, Cnlxa Po$l.11 :133, C:;impo,.;, E:-.t:tdO (IO Rio: l\,i:'c.nto 11nn, o~ t:st.iu.1011 do J•nmnlt., ltlo Grando do S ul. Santa Cat:1rfoa o S1\o P::mlo - JO/>~ J..uls de F'rell,.1.s Culmurilc$ Ablas, nuo. Castro Alvcs:, 20, Sontos:, Estado de sr,o Pnuio: Ai;-cntc, p:ua os f:~tados ,Jo Golf,,i:, l\fnC;o Cro;.,-io o Mir11-.S C r.ndN Dr. l\tllton dc Sa.lies Mour5o. nuo O:tufto de Macallb:'1$, 202, tctcronc '1-2279, 13c lo Horizont<.-, J~.st..'l.<lo de Ml11;1,; Gcl'a1s.
5 a -
Näo ha de fato
um objetivo comum
b - Näo pode haver paralisa~äo na luta dos catoJicos contra os
comunistas
-
Odio comunista contra "Reforma Agraria - Questäo de Con:sciencia"
- A a~äo dos ,catolicos näo tem o
carater destrutivo proprio a a~äo dos comunistas
3 - Corno se faz o jogo do adversario -
On1issöes e silenc.i os que favorecern os con1unistas
E
W-lo «eontinuruncnto diunlo d os olhos <1uc111 n tto 1Jucr d csvinr-so da rcht senda da. \'t~rchulc». ~ enrim IH'Cciso quo i-. C...'1 1Hpüuhn dn {tue h·atamos niin f i,1uc .;m reh ,intlica(Oes vagtis, nms nutc.s t omo todo o c uidado cm ni\o cxa,r:erar d (; tal m:·u1ei r:1 t\s r cstrit.öcs no dirc ito de 1>rol)ricd ndc, quo n t iujr, tnmb6m l"l J>r01>rin. exisb.:mCh\ dc lc. Assim, 1>or exemplo. nUo se hfl tle exigir l'H)r jostic:a o <aoe (JCr tcuec 11. outras ,·irludes., como sahinmcnte eo:iii111wn Pio XI (et. t'-:ne. cit., ibid., 1>. 102) . ••~m vnrios doc umen tos de l-.io XU noh,-so n. prcocupa(!ii.o com oi:- JHO\'iurnntos surgidos t)nrn coml>l\tc r os t\busos d tl 1,ro1>ricdmlc 1>rh111da, ou do ca1>itnHs mo (pnlnvrr, d e quc nrdilosnmen to sc se r"o o conaunismo JHtru. conruudir o dircito d o 11ropriednde com as injusti<,~us da ntunl ordom cc.onomiet\) , A r>reocu1)1\c;-iio do s:'uuloso Pont.irice rc \'cln. como houve cxcegsos nes..,,.::,s cnm1>anht18, Cit c n\Os ape m,s o tr<~cho dn. ttulio-mcnst1gcm dirigida, no Congrcsso Cnlo• lico de Vic m\ cm 1'l de i:.ctcmbro d o rn.;2, pclo (J.tutl so vö qunnlo inte r-O$sa uos eomunisfaL':> u f:dt!, de unh, 11-rirmatüo nitidn do direito de 1,ropricchHle. Jö;is U!-. p11hwrns (lo Pio XII: ,c~; 1,rcciso im• 1>cclir :'t 1>c~so.1 o :l f:unilin clo sc deixarcm nrrast:\r p:\n\ o nbisnu,, ondo tcndc a hlnt-f,. J:\s n. sociali'l.t\~:io clo t.odus n.s coisa.~, no firn dn r111a1 a l-crrlve l imngem 410 1„cviatan torn:ar-sc-in um11 horrivcl ren liclftde». 1Ht ,iunl sossohrnrinm (<n dignidndo l11,uut111a (~ ll sulvn• <,·i\o tl11s ulmt1~». Como impcdir esse dosnstro? ~kdiunl-o a urirmad'i.o c~\legorieu clo direito dt~ a,ror>riedndo. Conti rum) 1·c~a h n cnto , o ( ':'lllft: «t-: üS.~im ,1uc. s o cxplico a CSJh~Cifll irtsish;uci::t eh, doutrina sociul c:-,1olic1, solJ,-c o dir(:ito de pr oprictli\dO pri\'ttthl. &:; 1·1 riü•ilo proruotlr, pth'I <1unl 0$ l'api1s d:\s t;ncic.lic1\s socittis o NOs m csmo No:. r('cusnmos :\ d~duzir, Si!j;.-, dil'd:'1 1 scja. indirc tnmc.ntc, 11:i nüturcza do contrato de lr:,b:dho, o dircilo d e co-1n·o1,r'icdndo tlo trabn11rndor no cn1,it~l c, 1>ortnnto, scu dircito clo co-clirceii.o» (Jt4,dio-mc·11s.agem ao «I\ntholilumt:1J::'» d~ Vic na. de H - H-!052, «Oiscorsi o Rmlionwss11g:i;in. ,·ol. M. p. !H3). As cx1>r(•ssöcs do Pnp:1 süo 1m1·tt n6s snbh, ndvc rtt•nch,. A lg rej11 :1prcscnt:, como ponto iuolh:rfl\'C.I do ~tl:'l. doutrimt o (lircito de pro1u-it•dmlc i,rh·odn, rcsultimlo 11:'1 nature1.a ,~ objoto de um clos i\hlndamc ntos do Oeru,lo,:o. J•'az 1·1ort.anl·o d e J>artc dos lu111lanumlos ,1a. ch•iliza~·i'to crisli\. e uja, mnm1tn1c:..-10, J>c ln obscrvnncio ,los ,·inc ulos juridicos que 1\ co11111örm, C um d r.vc r g-r:1,·c qoe obrii,:n a t odos os Ci6is. l'or is.so, n lg-rc"jn 111:mtC.m-se: ,·i_gilnnto e m fac(• clos nlcmt::ulos <1110 contrn C:-,so di nilo s4.1 s uccdcm nn ngitn(;-ÜO dn socil:dudc cltl hojc, traballrnda. 1rnlo cspirito s oe ialista. Ouvimo~ o 1·• rriulc~1do (•;,11>u l'io X II .-, tnlnr poru o Congrcsso Cntolieo eh• Vicnn. l•'irntNl\O„uos IIR tloulrinn pontifieia pnrn ui\o nceit.nrmos ltS limiti.l\:0,•s 1uo,,ugnndns r1or um ni'lo se s abe ,,uc novo c ristinnismo vrogr~ssistn, n.s ,11mls , ·ulne.rnm o dircilo tlo 1>os:-iuir 1H1s.c.i1lo du 1>n1l;ria n :\turc1.::t. O c:ix ::,r cstc ultimo, com elcito, no sabor de::. d iSJ)Osili\'OS lcgn.is im1>rcci.so::; o imtcterminados, d e mcdidas como a des:\Jlro1,ria~:.Uo pclo ch::umtdo i11tc rcss:c socinl, qu:111do fcita scm cnusa josfa e dcn1ons1r:·1dr1, ou :th1(l:t .fic•rn inclcnit.:.l('iio c.orrC.>1J>Ofl• dc nto ao v:,lor re:al C\ feiht. c m t.e1111,o habil, 6 mutiJ{L•lo uo <1uc lhe ,; ~sscne i!1I. Os Pa,>ns . quc hml'o c liio c uergicamc11tc salic 11• tarm11 o t)aJtCI quu ::t 1>ro11ricdudc 1>ri\';\dt\ tem au\ socie,Jade, j:1mais a rcdu1.irmn :i men-. ru1u;.tl.o s ocjal.
foeil solucionar a <JuC':UUo. Primcir:mwnte , n üo uos ilmlumos, os conmnist.as jnnmi~ d Cl'cj:un rc~rmr1·1r injustico. ulgmlW, E I(:$ st'; quer~m f o ntcnl:tr agitatäo, rnal„cstur~ opos it,i io d e cla~stJ Contra classc, ,tu 1111\ncin, a obtc r t\ iwcr~\o c o odio d e m1l1\ conl-rn outrr,. Aind:\ CJuatulo, n n. üpnrc ncin, cstiio a tkfomlc:r obj(:li\'os intcir:mu111t-0 d e o.corclo co1u ilS t•;\:igcn.c ins ~ n doutrina d i1. l grcjn, o.incfa ncSStlS ocusilh:s, o <1uc de foto inte ntam (~ promover a luhi etc e lnssc.s, o J::tuude nu:io c1o o ).Amin e lhes J>Os 11a.s m:loi; fmr:, atingire rn seu fim ultimo: o dominio do mundo c o tirnni:\ da nO\'ll c l ns,.-.c diri • ,::cnk, o 1>~trlit)o comunista.
E
'M sC:J..""uodo lugar, e por esse mcs mo motivo. q1.111l(tucr ~ un~
A
JNI)/\ n<1ui, um asJ)ecto o:, lut:1 cm Loruo da r efornrn ai;radn s-crvil·(~ r>n.ra e x c m1)lific1\('UO, Oe fr,to, sol>re csto probtcm:-..
1):ü1IH, (fri.sh\ contrn, 1ts injustiti:t..~ soci:~is. p!lrn niio carr,;l{ar ~gua pnra o moinho comunish1, 1ace1sa, ao m csmo te mpo <iuc at.acn com n ~em cncii\ tais injustic:a.'i, rnostrur <lc.- modo eJa1-o c i nso(ismnvct ,1u o. ui\o ,,rc tc nde o nni,1uihlmc.11to do <111Jtlqucr das classos d e quc fon;-o~unento sc compöe o corpo s ocial, ,a uf• o quc dcscjil tiio sonu.:n to 6 1,uririear cst c ultimo de dcfoitos <1111· o <h:ro rnmm, o iS80 otr:wös di-. lmr monin dns v:uh,s c:uni:ulns sociais : u 1m1· disso. 6 coisa niio m e nos ind is1>ens;.nvc1 eomhute r o im1nagnnr. corn \'CCJHCncitl ib'1.1al Oll :linch\ llll'lior, f~ c;u)l(HHIIHI, iu1nlog:·l d r c:uuho cornunis1H. d e nuncinnclo-tl. eoruo inslnccra. e r c,·otucionnria. Qrn. ,1gindo os catolic.:os cl1J ~1co1·do com csl,f,t' uormns, os pro1,rios comunislas rcjeihu•i\o ::- eohtborn(:i\o <1U() rrntei:. proe1.1ri-n1:am (2).
junlumcutc eom o 1;:x,no. Rc ,·mo. S r. Arcebh;s>o d o Dhunnn• Una, O. c.: . •rulclo de Proem:r, Signud, o J>rofessor lJr. Plinio CorrCn d o Oli\'Cirit- e o eeonomis t.~l Luiz i\:1c nd(m('a cfo F rc itas, cscrc,·emos o lh, ro <dlc.forann Agr11ria, - Qucstäo do Consckn<.:i:o>, que n IO:di1.<,rn Vt:r::l Cruz, d e S:io Pau1o, publicou. F;s.iöa obra t ratn do a ss onto com :,:('ro.uid.ulc. lt-~conhc·eo os 111:\l t's griwissimos introdn• zidos no c-.:unr,o 1>eh1 ganrm c ia ct1i ccrlos ,,. J•ro1,ric t:1rios, <) es pec.iul• m c:ntc pc:lo :nnor:,lismo d:1 t·eonomi1i libe ral, cxoi-lfl os ·rcsponsavcis 11e lü. sitml(:i°io u s:111:ü e rn com n. possh ·el hr.,:vidncle inju:-ti<,:r,s (:ln1-norosns, c d:i ,·t,:m c nte brado clo nlcrht. con trf~ n r cfonna ngrariu de cunho soeialistn. 1,;m ·r,;$mlH), umn ohri, com obj ctivos hurnnnitnrios (p:'lrn. us ar nqui 1:t. pnl:\vrn. corrcnto f•11tr,, os niio c.ato liCO$), mns quo 11iticfomc ntc sc aHtcia d e •111:il11u t:r C(rn)l)r<>i'niss o, :)inda. c m linha pnralcla, com os coouanislfL":i c com onis ti1.11ntc:.s. .Foi o snficiento ruu-a ,1110 m111c les o (~stes rcccbcssem o li\'rO com vcrdmlciro c cst-rc pitoso odio. f.; 11110 0$ tmtorcs, rerintlo umn injusli~n rc:ll, u iio o fazifun :t molla sociülistn, n cm silc ncinvnm o~ ,;ngodos ,,uo n solu<,:Üo ':.ocialisln. c u,·olw;. «J<.,,.rormn Al{r11rin Qucs tüo de Con scic n cia » c.ra unm for(":l que :1os nrnrxistns s6 c onvinhn dt's truir. 0 odio comunist:'t contras t::L signirieat:i\':une.ntc nflo s 6 com os :1111:\usos quc nosso tr;,balho rcccbcu c m oulros sc to rc.s, nms t:unhCm com a c1ise rc•1.><111cia cortf~ e scrcam com <tue foi :1eo„ lhiclo 11or clcn1c•ul.os nüo comuuista:,. que dolo <liscord:\r:uH, S movitucnlos: im,pi ,·:ados J>Ckl enritl:uh~ erislii. jnmais tcndc m il destroi~•ii.o de..~ u1n:1 ordcm cxisfontc crue c m si nUo 6 injus tn, como :\. rcspcito do rc•gim c dt, J)ror,ricdr,dc priv~\tlü, ch:1.111:",do c:·,1>italismo 1 disse Pio xn <cf. Aloe. sobre p1·ol>lcm.-,s ruri\is, de 2 de julho de J9:;_1, «l)ireon;i c n:uliomC-Ss.ill,.'lth>, vol. J.3, 1>1>, J9!J·200) , m as procur::un, o is;;(I eom t otla n. c ncrgia, corriJ'.:'ir os c rros \'CJ.'ific.::u l os, !1 fim clo <1ue voltc m a l>OZ o a h::trmonia. 1u~cc.s s:1rias a o c-..or1>0 sociol. l 'ois ncstc. c mborn conwosto ~cm1,re tlc clf1s:s1!s cli vcrsiric:ulas, de vc r cin:-,r unta. or,::nnien uniuo cle todos os c1enHmtos, :-.~-scguradn 11c ln. ei1ridnde r1!Ciproc:1 c mudlio nmtuo.
0
V 0
f:l\f :, p1·011osito nlgomas obsc rv:u:.ücs sobrc a. ~na11cir::t eo1110, i11eon~cicntNn c 11lc c mt,01·:l, se ehcg:1 n aux1lmr c ru c1•rto~ c :t:SOS
- Amar os pobres näo e odiar os ricos
-
A laicidade
favorece a seita 1narxista
o moviam~nto eomuni:,;tn.
c mn1111is1110, como se s:,b c -
(;..-.tn 6 :-:ua carnckrh;tic:, n u,is \'isi\'C1 - c1 conlr:,rio :) pro11ricd:ulc twivncl:I. A ::u m • 1:u;Uo d(~-;s•· dirc•ito Ct'lnstitui 11~11:a cle 11111:t d :a.s inchis a ::,lin~ir p:1r:1- <~hcg':tr :\O i<kal s-uprcmo d:, socicd:ufo scm e la.ssc-s (d. 1•:nc. « Oi\'i ni l{cclc mptoris», ibit.l .• 70): c, como scmi1rc. a e:un1>rtnh:t contr:t a 11r<1pticd:1do r,ri v:t1l::t. 6 conduzidn tlor sc us :,sscclas scm a. m c nor ntc..~nc:äo :) ordcm mo.-::i.l, nos dirdtos l•~gitimu„ mcntc ad(1oiridos, umr, vcz quc par:L os conmnistn.s cou,·Cn1 t C-h> sfallJJrc 11resento - nl\o h:i frcio moral (cf. f;u c. c it„ ilJict. ). 1,:1.~ SI) 1'110\'Clll unie.i-,mc nl'c JlClll eonsidc.rft('UO tlO CJIIC 6 util i\ ri11nlhl:ulo t.11\ scila. Qr:t, C patente quc , 11:t t,tu:d orde m do coisas, nquele iu stituto, ni\o rar:,s ,·,•7,<:s, t..-:111 sido utili'l.iHlo do modo :1b~1sh·o. Os 1':wa..: .. o re!conhc~cem. ß, 11ois, Cf'rt.c> qu(~ t :1is :tln.i~os dt!\'CJH s~r climi1H1dos. Um movimc nto tlcstinado n :llJolir os nhusos da. 1,ropricc..l:111.f)riv,ul:t, '-~ a k\'ar os 11ro1>ric farios a. ra7,er uso honcsto tlo s1~11s b cns-, 6 ,~m s i hc11<.':111•rito. Acontccc, näo ot,st.nntc, quo fäcilmcnt,· pode etc favoreccr o cornu ni.smo. Jlas t.a quc ntto :,;c. :, fi rme eh· lllftncir:'~ cn er,;ic~:·, e cnt<•t:oric:, ,,uo n ins tituto 1ln 111·011ri,~dnt1c pri• ,·ndit 6 lcgitimo. 1mr:, <1uc a. c:uH&hUlhn ouxilic fl, c rh1c:ifo de um <:li111:1 hostil aos 11roi1rict:uios .~nqu:rnto tois, a1,rcs cnt,,dos 11clos co1u1111is-t.1-s <:omo p:wnsHas d1\ soci('d11,lc . NäC> 0 SO. (;1.1m11ro qm• um mo\'imcmto :1ssim s111icntc hcm o intc.r•'s....:o soci:al que h:"l na uxis tc ncia. da ch'tsso de>~ 11rOJlriCt:1rios , da qu:ll so bc.n<.:ficimu totlos, t':;pcciaJmcotc os m c uos gal:udoados 11cla !ortumi. t,; ath'•'rh~nci:-i. d o Pio X(. Ass inal:t o Pontificc quo ml propria natur•!'IJ-1 cxigc n r e1mrti~ii:o d os hcns e m dominios 11:,rl-icuhtres JH'CCiS:Hncn tc (gri(o nosso) n rim clr:. s,otlcrc m ns (10isas erirufas sc n •ir :,o hem comum d e mo,lo ordcn ndo C? conshuale» ( F;ue. «Qu:\drngesimo Anno», A. A. S., ,·ol. 2:i, J)J), J9 l-J92) . F:..;te prinei1>io, ucrcsccuto. o l"'ap:.1, UC\'C r,
r,.
l\tI•;J\IOS , pois, 1l<"~"'·r l:uhunent c os 1,ohrcs, scj:.1111os x1·us 111·0· lc•tores, dcfcnd:1111os seus dirc itos, - sah·nndo S('IHJ:H·1;, 1,or<-m , os dircitos dns outras <;;::m rndas da. sociedaclc!. por<11w a fc.:li• c itl:uh~ clo cor1>0 soci:d est.i ua hn.rm onh1- de tod:.s ns cla.~se.-i:, co111 ""us clir.-.ilos ,~ ,1'~,·e1·es, ,. nüo 11u s u1w<"11rnci:1. d u unu\ sobr,• oulra, 1ritm dimulo sohrC' n l<~i 111oral.
A
1•;.~:r A m c.smn _onlc.111 eh~ iclCias, eon\'{;m f:w.er algun1:.1s n•fle• xocs n. rc.•me 1l'o do fnlsc' fulu.mto frc quent.o <los nH)\'imc ntos d1:slhmdos !\ a.judar c tl1'f(•mle.r os 01,crnrios, trabalh~\dor~s r ur:,is, em1>rcgados do1111•stieos, t•nfim, :) Chi.SS<! dos (IU~ ,::m1h:\m d ignamc-ntc. seu piio 0()111 o tr:1h:.llho r,s,..;:1fari::1do. Qu:il (tucr iuicinti w, no sc-11t ido de elt~v:-, r t•s:-,a <:las,.-.,· ,:s1>iritu:\I, ,:uieur::tl " moralmc nle. (- d ii;:ua dr- toclos os (•ncon1ios. A ssim lmn• bCm os tuO\'inwntos quc .~u 111·011üc111 :t tlefcsa dos lf•;!'ililHos dirc itos th; t:i 1rns nla~Oc.-. <:om os ,;m))re.i;:ulorc!S, H:l de.: a qui, porl:m, le• \':,r-sc: ''lll cont:J., 1>rimch·o. que c•m 1.,is 1110\'imc nfo,;, \'istos c m seu conjunlo. janmis :,,t• d t•,••· r•·<:osar a 1,rimazia lL 1>:uto cspiritual e m on:i.l. S•\ ek~~ cuiclan::n, :1pc::m1.s da J:ml"l<• ,~eonomicn, 110 f u ndo ,:st::1rfio m1x:ili:rnclo a difusiic> dos c::rros ,~omoui:da.s, uma ,·c.1. quc cst<·s nfiromm prccisa nu:.ntc• que si.1o os fator1;s ,·i:onomicos os uni• eos <1u,: rcaliZ)UU todo 1>ro1trcsso, uu•snH'J eultur:11 c. c nqn:rnto niio se pock acahar i11h:ir:rn11)11te e:om as c rC1H,:.:1s, :ttC re.Jigioso. 1:: isso f:\1so, e unrn cr1m1lanh::i cm )lrol d t1s c l:,ssc:; m en os fo., ·orcchlas ch1 fortu1111, ,1ue niio suhlinhasse e~-.a ftllsidaclc. ,~stnrin imlirt, huuento bN1<.-ricin111lo o comunismo. P or s1:111clh:1.11te r:1'l.1lo, l:uncnhunotoi 1>rofund::i.incutc o e:1rate r laico dos nossos sinc1icnt o!i, (fue r tlc c naJ>r('i;:ndos, <tucr cle )'1t,t.rOes. Post:1 d e lado n influc ncia dire h1 <h, l(cli~iiio, t(}Sultn im1,ossivel r4~s oln~r os J>roble mas soci:Lis de.nlrQ <los q1u1elros d1\. ci\'ili'l.~i(.!ÜO crisl.ta., b:1s ..~:1tl:, c:.111 ,·nlor~s esr,iritunis, aos 'llHtis os cconomicos d<we m cshtr s-ubordimulos. como mc"ros ::uaxiliar~s.
N
,.,.
- A tendencia a igualar as condi~öes de patröes e ern pregados servc . o
COOlllnlSOlO
r1or ,·sS1.} csqucchnQnto dos ,·alorc~ cs:1>irituais quc frc«'1u c 11„ tem c.ute :'1.$ r civindiC:t!~Ocs 01,e.ritrfas d csc:unhnm par1\ 1, oxigc 1rnin. do uma iguuld:ule absolotn cll" dir<·itos ,•n1rf! ,· mru-.cgndos c c mprc.gndorcs. Coisa cm si :ibl!lut'd:~, uma \ '(}'l. ,i 11c o 1iro)'1rio contrnto th~ tT:lbitlho s:u1,0t~ thrns s itml('Üt~S distint:ts, c::u.l u. qu:\.I com s e us dirdtos lcgitimos, nao por~m os m csmos, t>ois qtu: se fos-sem os m csmos ttc.m sc.qu cr sori:'l possivcl contrat.o. Qunnc.lo duns J)CSSO:\.~ cont.rntam 6 J)Orque nito lcm os m esm o:-c dircitos : :l uma falta o que o outr,\ tcm, t: o conlrnto 6 f c ito 1>rCciS:tmcnle 1H1rn qm~ s~ com11let~m. s~ nuxilicm r ceir,r ocnmcn t ~,
E
6 citada„ rndio-rncnasagc,n aos ca t olicos m1striaco:,1. torn:, o l'npn n dizc r q1u• ,, lgre jit se rccusi, tcrminnntc mt nto a deduzir do cont rato d o trabnlho <1unlt1uc r clirc ito do em1>rcgatlo 1\ co-tli1·c<:iiO ou 1\ c;o-t>ro1-.ri<-tlntlc tln <:mpr,~s.:-1 (et. «Discorsi c ßndicmlC!-oSUJ;J;'i», vol.
ricando nmbas sntisfcitas. con::;en·m1t10, por(:n1 1 cndn c11m1. st.ms cli-
rcitos. As c1,mi,nrtha~ a ruvor dos clit'Oitos clos oJ)crarios e c m pregados cm gc.r:,I, eon, t c mlcnci:, u. i1;.•·u:1.lr,r ns. situü~Öes, scrvem aos c.omunist::,s, cu.jo ideal 6 :t s11prc..~:-;i\o ein. cli\•e rsichltfo de c.l:1ssc.s s ocini:,. 1-.;is, pois, um cumpo e:m c1ue a il<'fc:m eh; clirCitos autc n • t ieos c nt6 s agr:u1os 1,ode 11rcsh1r-s(•, nas comlic;O<:.:O: c 1·n cauc~ \'i\'c•
J,1, ,,.
Prctcndcr. pois , i1111)or tni~ participneVc·s. con,o s1.• c ons litui!i:-:cm c~igencin. da tloulrinn tlü lgreja. e 111u ,·rro ra,·or1•ec• o um„ bicnte d e ngitit<:iio c :111tagonis-1110 d e cl:\S."-<':i 1,woJ)icio i, consc-c udio tlos objoli\'Os <:omunislns. 'P.. :,indil qm• inconsci,~nre m c nt·c , colnhornr con1 o nHliOr inimigo 1lu c i\'iliz::t,(·iio t ri.stU. Ao c.sludo c i1, di(usiio das 1::ncieliet1s H11lic~1•so o axioma dos <·scolostico::.: «bonum (:X intc-g1·n enus:1, rnnlum •'X q11nc11nu1ue d1~reetu». Assim, :t d Q11tri11il tlc lus t~ clo utrina. eh~ s.i:th':\~ao <1m1rulo tomrultt n:'t sun i11t..-g rid:11lc h:irmoniosn, c r,culo 1wodu:,;ir 1,essimos frutos quündo owtil:'td~t. J)(•I:\. considcru('Uo clo unm s6 parte isolndo do todo. Nns re lac:Oc•s <:om IH1trOe.s e opc rario:-. niio nos osquct:amos do c•x4..• m51lo do l:'ilho de V c.us„ J esus tuuou os ,,obres. dcles ~ e compudcceu. nli\'iou•lbes as miscrias. Ncm JUH' is.-.o d"s:11re~..ou os ricos, (tue l~!c bmbCln ,·c;io snl\'m·. A ssi111, 1h:d ieo11 1>rofumln f11 niz11dc. :'1 fmuilin rica, ,, pdm~i1)1)SC:\ th• Lnz:-,ro, ~ , t:nt!t <" Mn,rin. t•m e 1.1j~1 e:1st, ~ost:wft de r<·1•ous.ttr chts Jabut:'is tlo :11,ostolndo,
,,,w
lllOS, i't c:q1lo1·1.u;-i\o cl:t seih, UlltrXi.$bl.
Ao cuidar clos or,c.rnrios 6 pr,:ciso m 111·r„11r bcm ;1, fun(·iio tJUl' Ncs t6.ru 11:'1 soch;dndc. ruau;iio tlig11is.si111,1. e dc lc:t 11roprin. 4·1uc h c m d e..-;cn11>c 11l11ufa, os lc va :1 dnr sN1 c.onll-ihulo imli.sJu) n.sn v<'I 1mro n b cm comum. ,. (Ju(!. n o entm1lo serU funtl1:n11cntnhnc uh; \'ichula s,•, corroiclos tlt• irwcjn. 1•01·qu o lhcs niio coubc outrH 1,0s i<;äo m rtis t·levotl:'t, vic rc:m a ~,botnr :1 larcfo, que executnm, o u 1i eohtborilr (H" mo,·im c nto:-: <1tu; 1wo,·ocnm ü desord<.: au oo e ompo N:onomico ..-:,;ocinl. Corn s~m,:1h:tnh) 1,rocctlimc nto. c.lcs 11re juclie.nri:lJH a soc:icdad1; todn, c~ a si nu:smos, es1,irituul o rnolcrinlmc ntc.
- Sem o concurso das vii·tudes cristäs nada se farä de util para os pobres
-
0 desvirtuamento dos documentos pontificios aproveita aos con,unista:s
- Exemplo: o alarido em torno da co-gestäo e da participa\'äo nos lucros
AO ü JU"cciso insislir i,ür:t ,111c sc , •('j:t como ~-.s 1•c,i\'indic:l(·Oe s oi,crarias Cüo h;~i(in1:,~ . _~ s im1n1tiens <1uando h:lh,s ncsso csi,irito ujud:un 1•otlurosn01cntc lL crhtr :unbh•nlo r:-, .. vorovc l itO e-01111111is1110 o cootrurio i't Ci\'ili~..1l('Ü() ori.stii. 1•:sta 1~
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rcitu dns g nuHl<:.:-: virt.udes sociais, :, ob<.:di<:neii:1, :'~ humihhulc t• o :uuor. Virtmtcs que ratnm cm ,k~f,1,c~o (~ dedici,\ tiio. Virtuch·s niio s6 dos oi,crnrios. mas t::uuhGm dos 1mtröes. Virtmles c ujo cone urso :\S$(}J;Ur:, que :'IS: rc ivindicncO<:s opc;:rnrins , 11or n111is c.utcg() .. rie,,s e eno rg ic:\s quc sejmn, j:unais s1.• trun.~fornu,ri'io (:l'H fntol' d e d csortle m s ocinl. Virtudcs 11uc. sc vicr(:Ol l, fulh:-.r, nem s t~ obtc ra :, snh-n~üo e t crun. ru:1.lio pur l'1m· Comos c1·irUlos~ ncm n J)!11". t' r, 1nospc 1·idmle socit,1. motivo J)Or <1uc oxis te 2'\- socicdndc c.i \'iJ. :-;cru clas domina n in\'Ojn. a ch•s-confi:rntn, o odio, eausa.~ df, tle• st1grcg:l(:iio socil-.t. sobre :'l l'ttH•l lnnc-,:n o mnnto n(•J,:'ro tl:t tirnnin, o 1h•.s 11otismo moseo,;•ita.
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-
Distin~äo ardilosa: con1bater o comu.nismo, näo porem os comunistas
INOA n esH: :1ssu11to. <1,uorf'1110:.- f:'lz.t1• 11nm ullimn . ;\tlvc rtcne~a nos NOSSOS nnu-ulos r.lhos, J)OndOwOS th• 80brC.i\ViSO c.om r c1:\('UO i\ mnncit·a como. 11or ,,c z c.-:, sc: intcr11retmu os ~nsin:t„
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tl:'i, JU)I' CXCIHJ)IO, COIII il Jl:\rtieii,:l(;iiO tlos 01wr:1l'ios nos lucros das cm1>rcs:-.s. precoui1.:-uht na «(luadrngcsimr, Anno>> (cf. A . A. S., vol. 2~i. HJ!)). t♦'nl::1 o J;>;1JJO de~ moclo opinnti\'O <.<Jul~:\uu)s <1ue d e n tro do possiveh> t; iuci„ tlc ntcme nfo. 11ois s c r,otlc tirnr lodo o trceho, sc.m quo :-:c mude t m nacla o se11t.ido cla J+;neiclie:., . t~. niio obstantc, fi,1.-sc tanlo al:nido c m to1·00 dc-s..-.c l)Onto - c rigido :).((;. <'m 11rog ranrn ck 1mrtidos 1u>litieos que• 11r<•tendcm s•·r -.nist:i.os - c:omo S(' cous„ tituiss<" a„ srrmuh· lit.i.l.o d:.1 c<(lo:·ulr:,gc•:-:inu, J\11110». Niic, ror <;:rn1c,s :, C:\"ll1"<!$Si'iO. :\1 :iis ou m e nos por todu i,nrtc, COlllO QIH; soh UIIHI 1J:'tl:'l\·rr,. d e ordcm . d ihmdiu-sc <·SS:\ OJ)iniito. •r:\nto :1ssim que ·e io XII s~ scnliu ua obriga('UO d<" d:t1• ao tre<:ho em <111cstäo o scu ju.sfo v.:1tor ,tc ntro d::t F.nciclico c d ~• ,loutrinu de scu Predceessor. l"i:.-lo c~m ,·,1ri:\s 011ortunid~1dcs. Citcmos mm\: f1 ulocu~llo que dirii::h• c m :s d e janeiro tle 195;? :1() ConsclhO Nacio11:"tl da U nii'io Cristi'i dos 1>irc torcs d e J{;m1nesa. Ad\'Crtiu e nti'io o l,outifice : do\t!:1-s..~ hojc muito de um:\ reforn1t1 d e cs(rutur:) du (:IHJJr<;Sfl, C OS QU(• l\ 1)1'01110\'(:0I IWflS:\lll cm 1•rin\ciro lu~~u· c m m o,lifieaQVcs juridicas t.:ntn: os que d cl:'t !'mo 11\cmbros. scj:1111 c:,s c011ne:-::1rios. oo os cl<:pe ndcnh-s i11cm·t1C'.11":ulos 11:1 emprc~sa c m ,,irtudo do contrnto de tr:1b:1lho. «A No~s:\ cous idOr:'lt.iio näo JlOdimn (:S<:np:lr a:- tendcnci:1s <im· se i11ri1trom e in tnis rnovime nCos, n s quais nüo aplicmu - t!OffH) so :ulu~. :'IS i110011tc.st:1vc is nornms do dirt•ito 1mt ur:d i,s c:oodi• <:Oes mudn<h1s do t<"mpo, nms sim1>IC-81tH!lllc a s e.~e lue ,n. J•ot isso . cm N0$.'50 dlseurs o d o 7 d o maio d e J.9•10 1'\ Uniuo lntcJ·nacion:\I dn.s As;oei:l~Ocs Patronais Catolic~•s, c no d e :~ cle junho d e lfJ50 ao Congrcsso Jntcrnndoual d o F:studos S ociid.s, Nos OJluscmos a t:1i.,; t c nde nehls, niio t:inlo, nu \'Crd:ulc, Jl;U'ü fn\'o.rcce r os: intc res „ scs nrntc rittis de um g-ru110 nnt<"...-. que os d<• um outro, m:1.s 1>~u·a :Lsse gurur a sinccri,1:'ulc o ::i. (r:mquilidade d e conseicncin. d e todos i111ue h•s :, ,1uc:1n so rerere m c.stcs L>rohlcm::1s . c<Nem 1,odi:unos ignor,,_r as :1ltc1·atöcs <:om ::,s quais sc dc tm·1)1\\'tun 1is pal:\vra.i d u nltn s11h,:doria. d e Nos..o;o glo1·ioso 1>rcd cccssor 1,io XI, nh•ibuindo o JICSO e a im11ortnnci1\ d e um 1>ro~ram:t social d,1 J·g rejn, cm uosso te m110, tt um:i obsCr\' :ti'iio t·otnlmcnto :,ee~oria sobro tL>; c ve 11tuni:,;: moditic:lröts juridi<:a.-; 111ts re,l:1{'.Ö~ e ntre os trnhalhntlorcs s ujcitos :10 eontra1o d e trabn1ho c :t o utra 1mrtc eontrobntc» («Dircor:-:i o R:1diomcssaggi», vol. 13, 1;•. 465 ). M11is tarde. l'IU M d e setcmbro clo 1m:smo :m o d e ll}ö;?, n:t j;i
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A SSl!:MOS a considc rar outros fu•diS <111u o inimi~o s<!nu):\ c m nosso caminho. lltl um:\ dis tin('iio c1uc. nii.o rriro ilmle !1 boa re dos nüo coo11111i.sh1~. ~ :\ <1110 st• (:o:Umnn fnzer entre conmnismo e eo• nwnist:,s, •rodo.s os odios sc:• ,·01t:1riam contr::, a<1uolc. o t)ara <•stcs sö hn\'C~rll\ toh·rancia <· comr,aixüo. l)h;tin("iio sen11; lh:111tc sc fa'l. com rrcqucnciu, entrt• o c•r1·0 (~ os <1ue crrnm. sc}guo,lo :\. rrnsc atribuida a :-.1111to A~oi;1inho: «tnt c rrit~itc t;L'rorcs, diligito crrnntes». :S<:m nos d ctcn\tos no , ·,~rthulciro 1>c ns..:unc nto clo Doutor (;ru~·a - h~1s tnntc iutdigcnte 1rnr:1 1wrccbc r c1uc o crro n üo 1(•111 exist<'1H~h1 sentto JlOr :\.l~m~m <1110 o profcssn, c por i~so m esmo $6 d e.s nrmn•cc· C"om :1 co1l\'crsao ou com o dc.-;.:11mr<:do wnto ,lt:sse nl• ~ ll(~m - S(•m nos d c tc rmos, 1101·tnnto, 1111 eo11l'l iclc 1·:,eiio clo ,·erdn(lcil'O sentido do :1xicmrn f1ll'ib1,1ido 1, Sirnto Ag◊:-ttinho_. obsc•n ·nmos 1111r, aplim\tlo ao comunisrno, eh• 6 sem1H't' p erig-oso. o,, r:-.to, t:.•1\1 outrns lw r rshts h:'.i a 1H>ssibilith1tlc d e st· t.!n c;c,ntra rcm 1wsso:\S eh• ho,·, f(,, 1°1U('. h-rulo so e n~on:ulo am b1.1sC:'l chL\ 0(•1·dnt1,,, r1c<"it:·11n hnl:wii1 os prin wiro~ prio oipio~ do rt11.H.o. 1• c uja. conn:rs:'\o, llOrtanto, y,ode s,;r t~ricm:mc nto :,uxilhuln por unm e l11c idl'1täo ideologie:1. Nüo asshu no conmnis mo. ·r-:slc. n cgnndo o 1•rim:ir,io clo <:o ntr:uli~äo, to.rma. impos.sh ·•·l 11nm cliscussäo eh• ordcm intckctunl. l'c>r is:~o nH~su10, :rio ,m «Oh·ini n cd c mptoris». 1•r•ttic:1nu111t,· niio disti11g u(; 1•11lro o (:omu11is1no " os comunist.ns. A:-.sim, m cn eionu. os r>rineir.1io~ d o eonmni~nu) como n1mrt•c1•m nn.s ins lilui(U<·s c m etod os tlos l)olc.hevistas (er. A. A. S .. ,·ol. 29. Jl. G9); :1 cloutrina ,los coonani.s1f1s 75): os 1>rcccitos qm: c-:,,:tC's dituml<:m (1>. G!J); os f•rros 1• m cio:,; ,•iolt•nto~ dos holch,•vis fo s <1>. 76 ) : <1uanclo s<· r,•(('rf' :\ co1nplcta 1· tot,,1 f•mirncip:l("ao d:a. mulhe r, fnla da ,1outri11n dos <:onm 11is1as <· ui'io clo (:Om1111i~mo (1,. 71 ) : clo m e:smo n wclo, <1unnd() :-, tribui :.1os co111u11istns o princi,,io da tfrania da eoleliviclacl,• (11. 7 1) : r,•rc•r<'- 'i<• outross im ao e ,·:mgC'Jho ,1ui• os eo111u11istus:, ho1tihf•,·istüs (' atN1s ununci:un ( p. 72) . a o 11ocler Jlolitic-..o cOIIIO nwio dC' .-,ut• OS (:OlllUllili-tns S(: :111odc.r::un 11::ira COHS(!~uir Sc':11 fi111 <r•• 7'.l): .._. 1•m ,:,~ral. omh: 11nrnrn1t11c:.11t t1 S<' r,1h,ri::i c•omu11h.11 u ) (corno :11iih: :-:.~ ,•{· 1·111 ,•:1rl:1,;; trmhu.•c}f'..S ei n « J>i\'ini RNl<·m11t()ris»). o Pa1):1 11iio u sa o krino !lbslrato par:l. i11cl!~:1 r :i clontrin:'I, 111:1s o t•oncrc-to flllC! aJmnht as 11c sso:1s dos cornunist:\s , f10s c·111:1is ,•I•~ dird1lm C11t(' a cus:t (p. 77) . f>c• o mh• (- lic•ito tleduzir um c•s1>t~eial cuid:\do do Simto P:tdre t•m prc.,·c;nir os ru~is eontrn :t sic:sso:t dos SNJtmz<'s d t' M::, rx, apon ~ tando-lhcs o c n;:!'Otlo qu,~ r c1>r,1sc•11ti\ ess:t dislin<:ifo c ulre co111011U,:1110 c con1u ui~t ns. Podl~m os, t>oi.-., coocluir, c na <:ou closäo f:.t'l.<'r uma pa(e:·rn::i :td\·c•rt('oci~• :1os Nossos :1111:ulos: rilho~ c~m ,Jc;sus Cristo. ()s ""rd::ilh.• iros comonishl:-- r e j eit :•1m os 1>rimciros 11rhu:ipios cJa logictt e os 1wo1,rios fullCl:)mt•ntos da orclem m o r:d; siio pes:-:o~,s 111>r c o ja convc·rsilo so clc:vo r<'1".:1r, Stl rH du\•ifü,, t~ muito, m~\s .;-m t111(•m 11:lo s,~ 111ltle, 11,~ m::ancl ra 1wnhu111:1 , con fittr, c euja :u:i\o St; clc \'~ k mc r o eomlmt c r.
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m c•ntos 1Hmtificios (fn(! tr:dnni dns <1n"slocs: SO<·iuis. <..:onio 6 snbitlo, os f•api~, cs11· ecinhheul1• l..ci'io XIII o Pio X I. ~•· oc.:u1H"1r111n d t•~as <1uc•stOt•s t m tloc·umrnlos !->Olc1ws, ••nlrt• o:,; <111nis ::tS r~1111os 11s l•:nciclic:)s « Re.rum NCt\'arum» c «C}1111tlra g«·st1110 Anno». Nclcs, f1 l)UT tlns obrigac:öcs, r1..:gistrnm-su c~ d,!r e ml<'m-se tomhCm o:-t dir<:ilos «los 011,~rftrios . Por -~~t c 1:itlo, f>Oth!m os eonmnistas t• comu nistiY,antcs ahus.i:1r clos 1>röJ)rios docume utos cch•sia:,t„ ticos. f.: J>reciso. f•Oh;, ,·, o t11zcr <h:h~s u :-to, <~uidar ,1uc oossi1 ntil mh~ nito vcnhit a . ri"•orccer u eo,1seeu~ii.o tlc- obj1•t i\'0S soch,lis las c eornuuis tmr. Cnulelu. h wto n1ttis oportoun. l'111a11to U fr(.:.Qucntt• c n1 ccrtos m o,·imr;ntos soeiui.s snlic,ntnr•s1~ n1H·11ns :1 11::1 rtc: eco11<uoic:\ dcsse.s e nsii"1l1mc ntos pontit icios, th:ix::indo-s,~ ,!rn st::f:'undo phrno. ou intoir:um:nh~ no ,~sc1uccimcnto. a. lusistencia dos t•npns .sobrc o iudiS-llC•n s:\\'el r~\'if;'O rmn<mto da f '(:, ::1 im1>rc.sci11divd rcfornm do~ eost.uuh~s, f• outros rncios tk ordcm es1>i1•itual ncccsSt\rio.-; p:1rfl qm~ sc t'limim: 1" inquicta(i'io 1,rovoc.a dr, JJCh• ceo110111in laie::t 111oth•r1rn. Ah':m disso, 111csmo n::,. Llf1rtc c~eono111icn, 6 co11n1m n[)CJ{:11•e m-s,· muitos ao (lU<:. r- :J<:id<'ntal ,. :,16 m:\r~i11::1l n:.ts Enei~licns, eomo i;c• rOnl o uucleo ec-nh'nl. c:, obj1.~ti\'o r,rimciro duhls.
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- Ha con1unistas e comunistas
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MA dis tinc;iio m clhor c:,b('rin en tre• co1111111is tas c comunistns:. . 1>ois, de f:l to, n cm todos os: <1110 sc c ncoutrmn sob o ju~o so,·ictico n:t rtu.ssia c satcli.h::s: p c,d ('m ser consiclerndos eomunisto.s. 11:i, 11,•ss::1s iufc•li:,;•~s m\(U1•s, uin l'nHH(•ro enorme d e individuos, a m:1ior ia , tJuc.· i;e1u~rn 1.h·b:·1i~o d o dominio ctucl f1 c'fUCQS COll\UlliSl':\ S OS sub,netcrtH)I r•el:·1- forr o. l~SS(•S t:liS sU C:01\l uma gr:n-o injusfü:;:-. sc 11odcri:lm <'110111or d e comunistas. ~ lcs dctcstam o 1·cgi111e quc sofrcm cm :;:ilcnc.io 11orqoc nl\o lh es 6 facult ado t•xtc1·m\r :.-cu 11r.11s:u11c nto. AICm lh:s..~cs, que r 1\0S pi·i iscs d e :-.tr:is da corlina d e fcrro, qucn- nos do chamndo mundo liv rc, ni'io siio 11oueos öl) quc• ::1d c rir:1m :10 p:n·tido eomunis t:\ scm lhe coohC".eer toda .a i,cr\'Cr!)ü doutrina c iludidos 110.t cn g:mos.as es1rnr.lnt,1s. Oeles, muitos o :1b::utdo11tu·:111t j(i. (na F.n1nr a, de um mi.lhi\o d e :uh:.rc nlo!i que cont:iva o c omuuismo e.m J9-15-19lG. uäo r c.stmu hoj e 111ais tlo quo thw.entos mil ), outros aiuda niio se n11io11\rn111 tt i:sse J)asso deeisivo. Oe ve rdadciros comunis·ta$ sobr:1, u111:1. 11cqucn:\ minoria (4 ¼ cl:'1 populat iio n,l. Rw;.~i.a ) , por<:.au :ttiv:1 o :\uch,7., cJuß podcrosmne nt·c co:1clj11vadn. llCJa boa f6 d o multos n:io conrn• nis h t..-., e iute.ucion:llntc ntc por näo 11oucos d os ch:inmdos cris{iios i,rog-ressis1ns, cuj::t m c nt:di,.htdC s6 11:1 :11uu·en eia difc ro d n rnarxista, conStihli O m:,ior JICl'igo :dtH1l JHl.rü fL civili:,;:if ÜO e.ris tä (cf. 1•;nc. «Divini Jtcdemptori.s». ibid., J>J>. GG e 7G). l"cnhruuos, 11ois, c om1>aix5o dos quc' sofrNu sob o dcs11otis mo ,·erm<:lho. bem como thlquelcs ,1uo n. seih, ilu<liu. Ao m cs1no tem110, ~stcji\Otos ,;empre <:m gu11 1·ch, contra os 111,me jos c nrdis
"
7 eo,,,, · ·t• · 1\ v·,,..il,111(~i,· • ,·untc-mos n ora ,1·ito ll:-'t1•n. <1ue l>cus 1 111:,0 „:o.. ,.. nos 11rotc,jn, •• os to1wcrh,. 'l'odos ~cjum nbrn('fulos r,e lo enritln<1c:~ cle uossn 11lmu, trnduzicln cm prcces. sncrificio:,. •~ IJo:-.~ obra s . t 1():,;:•
-
Dupla vantage,n en1 expor a tatica comunista
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bitrio com c11.1c o Crindo1· n dotou. N iio roi o h om e m cri:ulo :lssim. Oc.us no c omC(.O o r~,,. r ,•to, is to C, com d o minio dns 1mixOos: que, :--ubordini:tdr,s. cltwc~1·inm ser\'ir tL onlcm rileionnl, (l: dnr :1mc11illadc c do~~urn. ::ao cou,·h·fo soei:-.1, 11ois « 110 11h.1110 do C ri:Ulor, n .sooiechulo ~erin o 111t·io nülurftl cl~ e1u1• o h omr.m d evcria utilizor-se pnra a lcün tnr os scus fin s, ,. is:so nilO 110 scntido individunlish\ ,lo libor1\lis1110, mus m cdiouto i, uniüo or,l.:'::tniet, d e toclos n!l socicdnde , l)Or motu~l cstim:1 <' <:c)h1bOrft(·ii.o, a rim 1le m : h1, s,, a1wrfoitoarcm ::ts <r1.Utlith:1dt~s indiv idm:üs c ~ocii1is 1·ru c.~ pniram nci111a clo inh•rc-ssc imc-11into, 1! 111, socicdade r o11rodu1A!m it. iuu:tgc m d u di\'ina 1u~rfc•itiio». 'fcl'in f1ssiru o ho1m: m, •ttL socic dfHIC, «o re!Ocxo tlf-l i,e.r rdeiio divinu <1uc o h~, ·11ri:1 :1to 1011,·c,1• c udornc,.-Uo do Criudor-» (Enc:. ,~it.,
UJSEi\10$, com o. ,·xposieti.o 1l !l tntiC~t e do:,,: ardis clos murxistns. 1•ro1>0rcio11111··- ,·os, ic1111fld<>~ Cilhos, chms ,•antogons: clo
um lm'lo, esclarre1:r-,·os sobrc· o m odtt d e comhntc r o t crr i,·•,I iuimigo: (1~ outro, 1,rC'\·1•nir- , ·o\"t 1\ res-()cito tlo trish• pnpt'I ch:,:,;cm1H~11hado
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cli'l.CHH, m u itits
, ·1•-zc"·s, s cms :ul ver si1rios.
C11m1>rc niudn p(u· Nu rc:.h-vo tt mnli<:ia. clo comunis mo, co11.si1lc·rmlo ,.111 si nws mo, " nifo muis ,~m scus ardis c. s uns hltiens.
ibid., 1>· 79}.
Causas do alastramento do comun1smo
III -
Uma obje~äo capaz de embarasar
-
Promessas alucinantes
-
Crises
econo1nico-soc1a1s
oo1;;1ttA. dilc":tos rilhos. l"tnhnrurar• \'OS lllllfl dificuhlndc.
P
•~ tn orde rn :ulmiruve l <1uc: c~h\\'a nos c.lc.- .ignios di\'inos foi
.
1u; rh1rbt1dü (>c lo orgulho homano, quo sobrc:116s o homc m ,, o scu Senhor. Jesus Crisfo, pc,r llln, n n suu incliwcl 0 1iscri<:orcli:1, rt~1mrou•ü con1 s u n obcdicnciü :Ht} tt m ortc. tlcstruimlo nn. cru7, o t1ui• rogruro do nossn condcn tt~·iio (er. 1 Cor. 2-, l<l). Oe· $or te.~ quc , .-ruhora. n ::a p c r cj:rintt<;Uo 1>or c~stc· 1111111do cnrroJ:uc• ,:ousi,::o :1.s con'!itqnc nchi.-. clo 1u::ci-1do originl\l, 1cm ö homcm scm1.1n• u possibili• tlndo d e vc n ccr :ts c.lcsordo ns: orimulns dn. 1>rimt!trn c ol1)n. J)l'ln gn\('n do J c.'Sus Crislo, que o lt•vf, :'1 imit:u :1 vitht d e :m101· c ,,c u it ,:n<:i;,. cle sc:u llivino M,·i.tr<:.
Sen•
o mnrxi~mo i11tri1\!'!C.C:\111~nt<- mau,. c• a 11ah1~c.•~n hum:--,oa feifo pfn:) o h em. <~o mo e s1,l1cnr a ra1mln e 1u·eu_h g10~:1 0XJ):w• süo d<!lc'! ,Jii em rn:n rc~gii-h·nvu Pio Xl «u.s r:;1hl(,:i::1s d e, ,:omunismo c•s JH1lhndns cm todos os i-mist·s. 1;1·nmks r p(•cJm•11ol'!, c-ultos ou m-:-nos d,•scn, ·olvidos. :t 11onto tle c1u c n c 11hu111 C.fmto tlfl, h-rr:, ('_-,tiw•s.,-.~ th•los innrncm (l.:nc. « f>iviui l\1~1krn1,t.oriM, ihid., p. 7,1). Hoj1•, s1J um ccgo n iio vt, ai; <·m>nn1•~-. coi1quish1s dn s c itn nnuxi~ht, 'tu e atc::ut\'.OU O do1nioio l)Olitico (•IH , ·arins IH\('ÖCS cla r.:uropf1 bNH COllH) ,·m ,::riuulc J):'1l'le dft Asi;·1. ,. vni nlinmnt :-\ndo ai:-itneOc.s crt::-ice nl C's nos d c nu,is rn:ii.ses h111t:o do Vl"lho como c.lo Ncn'o Conlincntt-. Como csr,lie1,r hio rapido difusi\o eh• mtt mo\'h\H"nto c•·lc rndissimo (cJ. 1,:,:ic. c it., ibicl,, Jl. 75}? 110
.
- 0 comun1s.m o acena con1
outra reden~äo
l•;nciclk;, « Dhiini H1•1i,~01ptoris» :tJicHtta \'a.-ias <:uu:-ns J)ari·, O foto. ,1uc hoje üimla sfio :1tunn t c•.-.. O~·e liu·:1 o 1u·o,·itlf'nc inl dOCtlllU!nto c1uo «.muih) IH)tlCÖS C'OIIS(ii::u1r!HII 1u•r,wb(•r O ((UO intcnhull (1s <:omunistaso ( ibid .• 1·, . 72), ao J)a,so •11,w :t J:r:'111de nH1iorin - rilcnos ,afc•ifo ,co f:.-.;tudo :-11l11rmlo das 11111•stOc·.s «ef'de :·, t,::nt:u:iio. hnbilnwntü 1u·t·1mrhda, sob fornw elf' :tl11c i11:i11li•s 11ro~ rnt•ssa s1> ( ibicl.) . l•; rcaltnf•Olc•, o <:om11ni!m10, <1m• 110 ,·: onu; ~•o s,~ 111oslrou <1unl en,, ch!Sdt• c1u c 1u·rce b e u <111c :1ssl m :1fastaria ,IC! s i os JHWOS, «fnuclou 111• tnti<:a ,. t,roc ura ordilos:um·ntc• Sf•cluzir :t.'i multiclö,•s c<un uu111 li11.[:'un~1·111 tluhin c :IIJ:"1ms oh,ie•1ivos i111r.cliHtOs a tr:\c ut<-s» (ihitl„ p . })5). A1>rtsf"ntn-sc dt' ~l•·· r·utlio como dt~s,·joso th• «11H·lhor111• a SOl'h• das c lnisscs t.rilb1'11uulorns. 1h~ f• lilniru-,r os ahosos euu ~ulos rwlos :1'>s i111 oh,'11n:ulos lihc rai.:--, 1• clr tth1'·r nmis , •quitatint di-i-trihui('iio dos 1u•n~ h'rrf•t1C)S)> (ih icl .• 1111. 72-i:O.
A
\'1.'Z mais s<·ria s 11ropici:t ao m:1r.x i::m 10 oc.:1siüo 1mra :11111,li:11· s_u:t. i11fhtc•11e ia. Assim ,~ (J:uc~ c~tt' p c uc~trou (•111 (~las.st•s por pr111c:i1•io a,·c•l'!s:.1s ä (Jtt:1l<1m•r 111:11t.~1'iali1'tuO ou t(-rrc.u·ismo (er. f:uc. l"it.. L(~M
A
dis.,-.9. :-, cclosäo de• c;risc~s c•c:01101t1i(~o-.soci:1is
(•tul :1
ihicl .. 1>. 7:0.
-
-
Liberalismo
For~s secretas
1·•·s1Jons~lbili\ladc, pd:, dirusito tlos ~ rros ,~omunist:is rN"!:ti 1:uJ:::1111,·uh~ - Sf• ht;ru q1w niio d1;. rnodo (•xelusivo. c onio q,u•r1•111 os 1lrogre ssis t::ts sobrc o libc: ralhmu) h1icish1. 1,:1<• 1wc1t~n • thm cons(ruir a citladc sem U c uis. c {('rntinou 1n·•·1u1r:1nc)o o t c•i-rc uo pür:\ os dC"rnoliclorcs d f~- ,1ut11<1u~r isocicdad e di~u:\ ,lcsk uonw. i\lcd ianl..: o al,:111do110 mor:,1 e rc-ligioso n <11,w \'Otou os Op(~r,ll'ios. ,11·•1a.°" dificuldades ,1uc lh c·s c rio u 1):\1·a a r,r:\lie:-. tln 1>icdad(', JWlos ohsl:u'!ulois surc.h1111c.•11te 1cw:111t::u los <:Onlr:\ a, ;_\ ('iio dos ntinistros eh· f>(•us, os S :\C(~rdot,~s, pdo fom1•nto <h1.s instituic:.c"ics de :-.:;, sistc)ncia l:1i(:as - hojc• disscmimu.tas (' u11ro, ·uda,-. r1rntietuncute cm t.oclos os IHÜSüs ,to mundo livrc o libe!('alismo eon eorrc~u 110tlerosnment1• p:-.r11 conhuuinar o 011er:wi:ulo <;0111 ns c oue.-•pc:öe.-. r<-,•oluc ion:1rias tlos comuuisf:ts (~r. l•:oe. eit .• ihid„ 1>, i:? ).
A
AUE aintl:t- con sitlc: r ~,r a oh1·:1 clas for('n.s S1:t•r(•tf1S, <1uc.~ d e h:i. muil'o Jll"(H~t11·am clcs truir . a onh:01 S(,IC"i:~1 cris·Hi (cf. l~n~. cit., ihid., pp. 7-1-iii) , lnl1111(1111c nh- r c lnc101rntl:• com n :,ti\'id:u,14- clrla.s, •·st:t :a c•amr1:111lw do silcncio c;om r,•la<:äo i,.-. ohras :1111icc>m1.111ish1s. c fL «:J)rop:tgamhL w·rd:ul ('irmn(!nte dinholica, como tah·1•7. o nmndo nunc a "iu» (J•:n c.. eil ., ihid., II• 7•1) , clt~ ,au<• se 11e"'1rnricia o ,·omunismo. « PropaJ::md:1 eliriA"idn 11o r 1.1111 uuico ew ntro, 111:,s ,,uc· muito hahilnwntc- sc itdni->ta u,.._ condi('0f's dos d i\'"rso~ l>O\'O~: ,,ro1m~a nda d<'. gr:mclc•s rcc ursos fin:mcc iros. d e gig:mti~se}a s or~n11izac;1jf•S, d e.: co11gr1!ssos i11tc~r111'1do11nis, th~ ii'm1m•r:i:-- for(;:i:-. 1Jcn1 :ulc.- .tri.ulus: 1>rop;1~n11du .-11ui sc• ffl1', JH)r m.-::io d r. folhas :1vuhm.s , . r1·vislf1s. nos eirwmas , 110s h•atros, IH~lo radio, 1rns i:se ol:1s c :1t(: n:1s uni\' l•rsicl:ult•s . r1c111•h'1111do r,ooco a 1,ouc o ,•nt todas as c; htssc s stwia i..'-1'., aimla :-ts 111r lho1·t•s . SNtt t l(lflS(' 11<'rceh c•r(•m c fas o ,·encno c1tw l'/f•1111,r,·• 111ais 11,,~s ,~orrn1111u' a n,f• nf<· ,. o c•m·:1{'iiO» (l•:nc·. c-iC., ihhl„ 11, 7,1),
0 c:01nunisrno,
inimig o de morte da Religiäo
- 0 plano do Criador e a Reden~äo
Näo ha seita
1na1s radicalmente
anti-religiosa
C
IV 1 -
-
0
rc~alitl:ü le , di1".-nos a He \'<:l::t.('ifo, ,~ c::011sc:qucnci:1 d o 11cc:Hlfl (H'igi,131, tri.stc h (•r:ut(-n, c.h~ 1\os:sos 11rh11c iros rmis. A e xis-tcn ei:,. portanto. d csscs 11,alc s uiio C intrinsccn :\ uaturC'-,' .u huni:111:\, c si,u :tlgo d t· a c;id<·nt{ll e(\1<• lh c sohrc~\'l"iO ll1·vidn :in :\h11so do livre :lr~
1,1nm
A.0 h:l :~f)CllllS diV(~rgcu ciu idc:olot:ic::t l!nln\ C J'isti:inisnt() t' comunis mo. 11:l um a11fago11isino d e 111orc.-. P,·oc ltunou-o IA'11i110 : «O ni:~ r xi~nH) n iio ~ 0111 nt:).l c r i;1lis mo ,:, m· sc limila :-.o AUC. (} 11tf11•.~is1110 \•ui 111:iis lo11g4' . l•:h• di'l. ,1ui:· <~ 1,red.so s nh"r l11t:1 r e outra a rc~liJ:ii'io ( ...) . ')UC' (, 1,n·1:isc, fo?.c•r del!H11>:1rcccr :.1.s raiz<"s soci:tis <l:·1 r,• liJ:'iiio» (« D e fo n ,•li~i<m». rn:{:i. 1•- Hi - a11ud ((ltinl"r::iir,•.s» , tlt• Paris, 11 •., 52. 1,. 99).
N
U◄~ falo, 11iio C s6 110 eouc.ici fo <1111\ t cm dn natun'za:t h11111:i11:1, <·x1,lic:1t:lo <1U<• d:i 11:11·:'t os "J:'Ohm, o s a11t:"t~o11it os c 111 conrlito n:1 socit•flf1d c , na f:tl$a l'(:tlt'.JJ('tto d<, ;!"e 1u· 1·c) hu111ano ,1u ,· nr,n•~-.;eut:,. ciui• c, connrni$mo c:ontradi·,; r1,mcl:'11Hc•11talml•ntt• :1s w·rclndcs rc,.,. .. t:ulas . <) muuclo ::timhl uiic) \'iu, (• toln :Y. jumais , ·C'ja, s,•iliL 111ai:; 1·:1dicalnwnte :rnti- r c ligios n t:JU4~ o eomunis m o. J•:lc• 111;,t:1 11tC o~ fuml:uncntos da. 1·c lii:iao 11:lt11 1':)l, ((P 1' l:t primc•i1·11 , •e:,, u::t. Uis(orin. :1ssisti11lOs n mmt l uhL fri:Huc.ntc. , •olunforia c· e uid:ulos-:tmt:!ntc~ pr1:p:tr:t1fo, 1wlo homc 111 contra ludo o quc- l'• di\'ino (2- 'l 'es. 2 , 4)» ( l•:n c. C'it„ ihid .• JI. 7C;) .
2 - Comunisino, a pior das barbaries
~
l❖:s::t
A
11:·,
- Co nclusäo
coniu11isf~1s cs11!01•:m1 uma r c;.lli1lüd1~ soci::,I: a~ iujus _ti~•::t...~. llS m isc.:rias-. os s ofri1111•ntos que 11com1>~111ham ;\ llunta111d:.ld(• ,~ a di,·i1le:n1 hojc; c_,1u di:, Nn cloü~ e a11111os opoistos, o do:,. infclizes 1• cles~rn<:~ulos, ,. n 1l(ts l'ieos e• ,::oz:,1 dor~s-. Com isso o m nrx ismo :ld<1uil·c vi:-.os d (• , ·crdacl1• :rns olhos c1,1.s e·pu~ e onsill<•r:\lu t=ts <:oisn~ s u1,c rfici1tlnu!11h-.
,~ssit. luminos.a (' upozi,::-u:ulorn doulrina. :1 scitn 11mrx isln OJ>Öo um lllr\no diniue trnhno nto cont.rnrio. ·1~:11t1u:mto o erist iio sc e.sfor('n r101· clc.struir ::1 obrt1. 110 tc11tmlor, (•In. i,ro,111gm\ :\ conee ru~tio fnlsn pro11ostn J)Clo d e n1011iö fL nossos s,rimeiros pai~ no Pctrniso. O co111unis 1uö, alc;m de 11(:g'~\r ,., cxistc-ncia th• D cull ,. do 4~s1>ir ito. JHtr.e sO ::tet•itar :1 111atc1·in, n.nrma ciue a 41(•snrmoni:1 .~ intriosccu it nnturc za do h om<-m e do mtiverso. A lu t:t intc~rniJ <Ins eois.:"Js., c::. 1,or consci.;:uinh~ t:1mh1~111 du. s ocie dmh•, 1; mc•s1110 n eitusa de s u:1 e , ·oh 1(·üo ._~ t>ro,.:re ~so. IJc oiuh:, t,1H ,1c•7. d e busettr a. soh u:;äo 11:-.ra o conrlito :i.ocial 11:_1 o rdcm u1ornl, (H:lo 1u11tuo mnor (tlh! u11lrain t:t us discordias ,~ fts r<-~olvo na hnrmonht do~ <:laisscs. o comunisn\o :1ee11;1 (:om oulra r('tlontiio clo gcncrc, hum:\ltO, <1u c .sc ob((:rio cxr,cl~rb::tnclo as d es.irmonias., fo111 ,~n tn11do :\s discorclins ~•nlre :-.s: eh,.ss,:s chi snt.~i,•ehulc, u M 1\. dC"Struieiio <h:$hts e o ni \'Ol!une nt(I total. Em111f111to, llOis, tl IJ!r('ja hu~n r, eon<:ilia(·iio, :\ o r gunicich1de de: 1m1·tc..s d c.s i,g u:tis 11111u totlo hftr1110 11ico t1u(: 1•s1,cJh c :-. pc rr\~i<:üo diviuu, o comunismo ('S• limufa pr,~cisnuwn((~ o eontrario, 1i opos itiio <' :a clcs:.l~rcga<_:äo, a sohvc•rsiio c nrh,1 cJo 1>h:t110 tlt• Deus n rc•StlCito do h OnH•m o (l:'1 so• <:icdndc. A rgn'-J:1, ri,~1 :1 ,fosus Cristo. tc111 eomo lm,-.e d e ~•eüo o nmor, rf•flcxo daq,u-Ju enrid:,clc quo h-vou o Oivino R e d c n tor a cl (•rrrunar seu s;111guc 11e lo rnundo, :1 11:t r n , •itfa p (•los horne n$. 0 con11111is nu, agc c_,m flm('iio do odio <1uc clt.:;troi e e lirnina ns clrt..,..;1•s 1•1H c1ur. 01·demHlt111H'nlc Deus divid iu :-, soeicdadc. A bc.• lc,1,:1 do fil:Ht<> clivino. d.-• s 11hordin:1r Uo e c oorde nac:üo clos dh·('r sos c•lc•mf'nlos 110 totlo, or10t• o comunismo ::, r <:eu sa h ' rnti11r111fc d e ,·,·conhl)cer ::1 orcl("Oa('5o chi ohra d r: J)c.u s . f.: de :·1 r c no,·a('Uo mt h-rra do «non servi:un» •111t~ 11r cei1>itou do Ccu os :rnjos 111,uis c: 1•rio11 o inrcrno. Nao t~ l)Ossh·(!I c:oncchcr-sc: opositiio m11ii; r:tdical, c:lrCn<:ia nrnis 1..1bsolut<l 1h, c omli('c";c'!.s 11tu·a qualquc r <:o c xi:;;. (c 11<:i:1, l'or isso m(·smo. os conu111ist:is jnmais ccssar;lo :1 lnh, 1·11<111n11to 11:io livc•r,·111 t:::;cr:wi7.atlo :l hurn:t11id:uh: i11teir11, r•1:111os d e:. 1mY-, 1wopostas d e c(w;xi:..t'.-·nci:-1 pnc ifica coo, o 1111111do oeiclc-nlnl 110 <111:il aind:i p:1l11it:1 t1lgo cfo .-,ntiJ::':1 C r ish111tl:tdt· sei \'is:1111 :1 ohl<•r :1rmi:,,:tic:ios 1•111 t1u 1' a s,•ifa <·ini<;imw11h- s,• ru-<•r>itrt• para 11ov:1s ,. vitorio~!1:. arram::ulas.
3-
Exorta~öes
a - Näo cair nos ardis do adversario
P
OR, •~ss~ 111otivo, o cnrnu uismo cc>m.1111", a lu1111:111idn1h• ;'1 l)ior cJas lmrl>urics <er. idciu. ihid.). U i:• fnto, rol':1 da n.~v••lac:Uo 11udcrum Cl"rlos JIO \ 'Ot,; ohsCr\'111' II() COIIVi\'i() ~oc;i:il os pl'i11ei1,ios <1uc a , Juz ll:itur:d lht•s ,~vidt' IICifl\'a, ,. :1ss in1 lograr:-1111 C'lh'J;'ür a :llJ?1HHf1, g-r:rndc·1,' :\, <1ue• :timla hojt: dc;slumh1•:1 n cf•rt os ('stucliosos !\UJH•rrit:i:\is <fa histori:1 hunrnna (d. idc111, ibid.). Mas, st~111 a ec•itar os r1l'i11d11ios efa ll'i natural, n:io hii rr,•io rmra :1s 1niixües, to,la cruchl:ld e {~ :'ulmiss i\'CI, (~ o r e-inn da harh:u·if• 1no11ri:rn11•11lt~ tlita. ACl'Cditamos, :'1 \'ist:i dcsst•s ratos, <Jll•!. o comlmhm10, :,fast a ndo o nmndo do rN:011hl."ei11w11t o d :1l'l norma.s juridicas da oreh•m 11:itur::tl, 1•rc11tar:1 :i \'intl:i do Anlie1·i-,to de• nco1·clo eom a 11rof ccia c.l<· Siio P :-.11!0 (Cf . 2 T"s .. 2, G).
A
!"i eou s idcr~('Öf•S :'tC}ima, :1m:Hfos rilhos, <111r ()Otlc is Vt'r umi~ d ,•sc•u,,olvid:-.s na F.n eiclica « Diviui l·\1!d c m1>foris» do s:uuloso J"):tl):;l l'io XJ, mostr:i111 :t gr:1vitfadc cl :1 :,,itu:u;Uo c.111 •tut• 110s 1•11l'outr:1111<>s c• fl im("ttS:i r'C"SpOns:ihilid;uli: 111: quc-m :1:c c•it:1 c"1u:1Jqucl:" C"Olaho rac:tio t•nm ~, e on11111is:nio,
AtoILnCISMO Evitni, porhmto, nos c.mr>rccmlhnentos e nos c-scritos Nn cle-fc•sn dn.s classcs mcnos (:worccidns, t.udo o 4uc:: possa nein.,; exc.iti1r
•
a llnt.iJmtin, o oc.lio eoutrr, ns cln~es supcriorcs. Niio potrocincis rcivinc.lie:u;Oes quc sc ins1>irc m 111'- iiweja, no 1h:scjo insofrido d e sncudir qunlquc_r s ubordinnt,ü o, pois scm n obcdieucin. o a. humil" Atemlemlo
entre su1><:riorcs e subordinndos, como o quer n- Tgrejl\ c o cxigo umn socicdnde t,cm orcl<,mnda. J."ahmtlo nos OJh)rnrios, lo mbrai-Jhcs cim totltl n cxtcnsüo scos legitimos (lirc.it.os, o niio dcixcis cfo r ccordar-lhos scus dcvcrcs, cujn cuo1primcnto C indis1rnnsavC"l pnra
fi'c,Uma„ cntreguemo.nos lt. or<rviio c t', 1><mitencia'-'
justifieur a rcivintlicn<,:.i'io ,los din•itos.
b -
Luta ideologica . v1gorosa
C
0~$-D)mRt'.:~1.0~. I)Or (im, ~fo itcordo con_, 1l uu~mora., ,cl 11uc1cllcn «Dn•uu R cclem1)tOr1s», os rcmcd1os o ns n.rnln!C clc
Renova~äo da vida cristä : a mensagem de Fatima
OH IO(h'1s c-sla.s e,)11::;ich•n\('Ucs sc: \'ii ~,uc «o r cniccJio . fumln m cntal (contra o comunismo) 6 :·'- rcno,·it('ä.o :,;i ncc~ra d:1. viiln particular e 11ublica conf{)rmo os princil'>ios do t:\'ang,,lho» (1•:nc. «Oi\'ini R,ctlcm1,toris-»1 ibid., Jl· 86). J; nqui fazcmos Nossä ,mm :Hl vertenci:t ,lo J-apa, 1mr:i dh:e r 'JUC oht t cm tocl:-, 1iplicntiio t.n\ Noss::t Uioeese : «Nu1neroso~ s.üo os t;\tolieos so do uomr: c os <1ue, s cguiutlo e mborri mo.i:,; ou m cnos Ciclmr.utc r,s f>raticn..-. mnis csscnciais tla Jteligino ,auc s c uranam de profcssar, nüo c:uidnm todavin. d e conhccC-lf, m clhor. tlc n.d quirir mnis J>rofundn couviet:io, c, m cuos ttiml:t, d e trttb:,lhnr 1,0,.- quc ao ,·crni'i. exto.rno corresr,01111::, o hrilho intc.rior clo unia. c onscicncia reti\ o 1n1rn, 11uc scnte e cum1>rc to,tos os cleveres ~ob os olhnres d<~ l)c,nm (l!;nc. cit.., lbitl,, Jl. 87). Na..-. conclic.~-öc."4 i,tunis, p:1tc rmtlmr.nt.o :,ctmocs(muos os No:-so:,; enrissimos tilhos 'JUC nii.o bn.stfl a. 1-.r:\titm da vitln cristä c:omum. or<linüria (~m tc m11os norm:'lis. '.('odos os rnelos poclc.rosisshnos, d o <1110 st, utilizl\ o eomuuisn10 1,arn. clifonclir-se J)Or totln. parh~. niio t e rium c ricacin nlJ:"um.:t, .so nüo h ouvcsse C'...~tri:\t1o n nos.•M\. f6. Sc'• uüo tivcsse diminuido o ! Cr\'or com ,,uc~ os disci1n1los de, Cristo s,•s:uitun o cxcms,lo llc nu.stc~ritl:1,,le cto I)i"in o l\h:strc. Ni'io s<: ti,·csscm cstiohu.Jo ns vcr<l1ule.s no.!I tilhos dos homen..::. - «diminutac sont vcrib,t(}.-. !\ filiis ho1ninu1m> ($1. 11, 2) - vi\'Csscm os cntolicos n inte gricl:ulc clc} sw, F<,, e näo t'ncontrariam cnmpo f:woravc:I os m cios tfo n.c:.;.'\o de c1ue dis1,0e o eomun tsmo. 1>or m~,is poclc rosos (1uc (OS,.">4.Hn. .'\tc mle ntlo no JHHlitlo c1ue n J\liic <las -M isoricorclir.s rc·r. eom i11sisteneh1, c•in I •':\tima, c ntr,•,;:uc.1110-nos i\ orntUo o i\ pcmite ncin. Or:,c.,•üo e i,cuitcmcia, r,nrlc.-. intcgrünte:-; tla vitht cristä, constitucm remedios varticu1armcnte c ficm,,cs cm situn.t,Ucs critic:ls pnrn. n vidn do fiel t) d1\ l gt•(:j r,. ••:Ins dtW<-nt ser intensi.fica.tla.s ntunlmontc,. dai1n.s r,.s condieOcs nnj:!ustio~as cm <1uo se encontt-:\ 1\ J,:-rcja c m muitos pttisC$, chwitlo :ls :'t1H(:f1('ns cacln. ,·c.•z. maiorcs do eomunis:mn b:wb:,, ro c nfo u. <<l•:..;pirilo d o O('ac:äo o pcnite nci.-, eristn», rcco• memhl Pio XI (11:nc. «l>ivini Rctlcm1'>toriS>), ibicl., l>- 96), 1,orc11u: o comunismo (\ ctaquclc J::Cmcro de: dcmonios <JUt) niio sc cxpuhm111 s c:nllo 11c,la ora\•Uo c pc:lo jt~jc11u (cf. ~tat. 17, 20).
h -
Consagra~äo ao hnaculado Cora9äo de Maria
UERl•::\lOS rc~c:onh~ml:ir nmih, c:s11<'cial11rnnt.e. •'- consagra('i\o t1:,s JlC':SSo:,.s, cl:is f:unilius c da..-. p:-s roc1uins HO lmacuhu1o Cor-~,~:i.o th· Mari:\. J:>clas 1mlnvras dr~ pro1,rin. j\Jüc d l' o,,us c m f':t1im:·, , vcmos (J:u:rnto l ,h<s U :'1J::r:tda\'CI C$~C :·,eo d ü picM cl:ulc rili:'1.1. Con s:1gr:\C.·, iio que se dev,~ rcnovar sempre, c tl<·V•' s,;r vh·icl:l ua e~istc•1win cwotidi:urn, (lChL austcrichtdc dos <',.o s(umc·s, 11c l:1 11ratiea fic•I dos i\T:uulame.nt-os, i,cln. fuga vi,:ilant(: tl:'l~ oc:\sifü•s tlt! I)CCado, c JlC!la ct>nri:rnc.,•a in:1b:.lhl\'~I n:1 prote<:iio da VirJ::~111.
i - Palavras afetuosas e confiantes, ao Revmo. Clero
MA exort:\('.;;io patcrnnl c afctl1osa, c h c i~L d e confinm:a, aos Nossos cari::-simos Coo1u::rador<'S, Qs Saccrctotes ,1u,! na l)io• c<-s,~ mourej:\m n:'l. vinh:1. d o Senhor. Cc:rto de quc :'- pind :uh•, o frmor tlt• Oc us c :L virtndü do JJOVO fiel sc} 111odeh11u pclu •·~cmJ1l0 tlo 1rni os:piritual, o Sa c<:rdoh-: c nc:u·1·c·i.··mto de; gui:l•IO n:\_ send,, do Cc..111, l (•mbr:nuos aos Nossos eurissimos 1>:utre.'( quc S(• r.mr,enln~m d(?s 111cs11~os c·m lcvür um~i. vicht :n1st.cra. nbncg:\cl:1, c1e or:'t~Ocs c s:icrificios, tlc m:rneira '" ctlific:1rcm sua gr~l 1u; lo •~sfll<:ndor eh: su:ts vir tudcs. As (lificulcbdc.s 1,cculi~1res do ministei-io nas contfü:iks cl(: No~:l Uioccsc s c j:un-llu:s inec;:.u ti\'O 11:-tra Sü ch::.s~\ll<'~.i l"(•m s ,-:1111wi:_· nmis d:-is cois:'t.', t(•rn•u(ts. c i>:\r:-. se 1i:-:al'Cl11 u:i csJH:r:in<:a d:L mc:rcU (:l e rn:\, J~)ss;1s m csma,-. diricufcl:ul,~-. nos sin·am , :-1. ,·Os, caris.silnos Cooi,1.•rador(~S. c r, N6s tJuc• t:unbh11 com c·lus an,::HHOS, p:na nos esl imular it fid elicl:ule U 11oss:1 vocä('iio. «in sorkm l>tuni,li ,·oeat.i» (Conc. 'l'r•idc•nt., sess, 22).
g-
dcf cim. Contra a invnsiio dn. m cnfolidndo mnrxistn. Primcirnmc ntc, utrnvCS da impn~nsi·i <'.a tolien. c. l)or outros
meios ,tc difu.säo tlo 1rn11Mmcnto. 6 prcciso, d e um lntlo, desve nd r,r tts vcrdndcir,1s intc n~Oc." tlos comunistns, 1>rccntnndo os quc
nüo o i;iio contrn n ustucin. (} os e ns:i:rnos eom <1uc clcs 1>rocur;nn., (l rnuitns \'C7~s conscg-ucm, ntrnir pcssons do bo11. f ö (cf. J,] nc. cit., ibid., p. 95) ; cto outro ludo, cumpre cxpln,nnr e torm\r sem1•rc mnis conhccid11. u. ,toutrinn. nut.c nticu. <la Igrcja, cntrosando a. pnrtc :-ocinl no conjunto dns vcrchulcs o J)r1diens do lodtt n cconomh\ da R<:<lcn~:iio, nüo ncont~n. ,1ue um:'l. hipcrlrofia do socinf fals~c o C!:>pirito cristüo.
E
c - Recusa de qualquer coopera~äo
V l TR,...~fl!-. d C.pt>is, c-1unl(1ucr colnbornriio com os comunist.as, eom O!:> movinu; nto::. quo (n.voreccm 1~ i<lli.ins comunisb.~. e nt6 corn 0$ mt)\1 irnc ntos 1>~•rnlclos, clcsclo quo c~lcs nUo sigam as normas rccorch\tlns 11<-,Sh\ Nossit Cnrta P:,stor:d. Sem isso niio 1>odcra ning-uCm dizc•r Q.uo tomf1. totlo o cuidndo 1'>:\t:\ näo s er eontaminnclo pclo C$JJirito mntC:"rinliStn- Clo comunismo.
Desapego dos bens terrenos
NSISTAMOS muito. 1>or i~~o nrns mo, sobrc o nmor ~•o ['>roxi~no t1 o dcs,-.1,cgo dos he ns tcrrenos, como nos cns111ou Jes us Crist.o. Ue.sapcgo c.los bc ns teri·e nos, objcto <ln. 1,rimcirn, bcm•:w<mtur1\11('a. «bcm1-nvcnturndos os pobrcs d e e,,;:pirito 1,orQ.ue dole$ (i o rcino do:,; C-Ous» (Mn.t. ä , 2) - scm o qual O impos..-.ivc l oscapru• ao contngio dn nu~ntalidrulo m:itc riülistr1. difunclidit. nn. socicchulc hodicrn:t. n csn11cgo ncctssario qu<-r uos 1,ohr4Js, rmrn ne<-i• t.aretn ,le hOlL mc ntc, sm\ 11obrC-ML o sernelhi\ll('!I. mnior eom o Oivino Rcdc ntor: Que r aos ricos, 1mra fo'l.<:rcm bom us o tlo s u m• riquo-,.as, i nclusiw:, cm h\rg~,s esmolas cm bcncCicio dos nccessih,dos e em outrtts c>l.,rn.s 1'1il'lS, O csn11cgo ncccssurio nos trabnlhn.• clores, J)nrn quo niio 1,onhnm st~us rrnsc ios clc f<"licid:\clc nos c ff'm (~ro:,i 1>r1w,C':res d e..~te mundo ,,ue n„i ric1ucz~s r,ro1>orcionnm, oiio ,·t:nh:un a , sc ck:ix:'tr eorrocr pcla in\'cja qtU, infclicil:tr:-. scus cor:1(:ÖC'S C OS hw:1r:\ iL f:dtnr l\OS SC.US d c\'Crc-s. J)e.i:\J)CJ::'0 i11di.s„ 1wns!\\'Ol no::i c mi,rr~:1dores. Jlo-.ra. que s::, tisf:u.~mu larg:1. r ale.grc• mr.ntf' i1s sua.-. ohrig atti<·s d e c:1riclad,~ e d o justira soci:1I. - dcss:,, justi(':L soci:11, c111l1J)rc mnis 1rnrtic11larmeutc notnr, :, quc niio 110• dern s uhs lrftir-so n cn1 r,:,trQes uem 01,ernrios {cf. t•;uc. c it., ihid„ ,,. 92), mns <tue or~('. ('SJJccinhnc nte os l>:.'ttröes, uma vm,. que as eonc.li~ijc~s ctcstcs os torn::un nrnis t CSIH)Os :n·cis IH~lo <1ue (- nccc.ssa'riO :\o hcm ~crnl (c;f. iclem, ihid.) .
d -
I
0 dC':S."lJ)cgu dos bC'ns t<irr,~uc,s 6 HiC> iodisrn~ns:-.,·d oa JJratic:1, c1tw ck,·c• scr ohjcto frcr111 c ntc da pn~~a~U.oJ pois <111~ 6 a. miragcm d:1..-. rit1u~·,.a.s. habilmcnh- ll.tOJlosta. pcJos comunisfas, quc ilude os incnulos e :'llici:1 :1s cl:u;ses nmis 010,kst"as. i; accnamlo com o par:liso Sc)VicHieo, qoe Jlc rt.e nco : l csta tcri-a (cf. idNn, ibid„ 1>, 7G), q,h~ os scct:lrios dci i\1:trx nfast:un os 011cr:u•ios da Jlratica da J<,•• tig iV,z; no pns.°'\O {Juu. os 1>rinc.ii,ios rc lit;iosos quc s~ rc•rc!rc m ao :ilCm-tu111ulo di.ssu:ulrm o 1wolct1\_rio d e Cer 1•o r fi111 :l eonsccuc:.llo do hcm -eslar u cst·c mundo (cf. idc.m. ihid,) .
e -
Desejo dos bens celestes
f - Espirito hierarquico
<tO 1JC<l'ido ,lc:
dntfo (: irnpossivcl o coo\'ivfo socinl, nüo IH>do hnvc.r hnrmonia
NS1$1.'I muito nfl cs1>e r:m('~1 erislä. ~ ein \'irtudc h;lsica da \lida do fiel. «Nostr:1. eon\'Cn;.atio in caelis csh>, ndvcrtc Sao t>:,olo ( Fili1,. s, 20), preeisrm1e.11t<': por,1uo n c;.s(:t te rr:t d c,·cmo:,, viver tla es1)e r:'lnt.a. dos bc ns e tcrno:,;, J-: 6 c,:. 11/.(ICcialme ntc. eontrn <:~..;s11. \'irlmle que st~ IC\':mta o comunismo. N:ula temo de m:\is tlo <1ue o cri~täo bem :mcor:'tdo n!\ firm e e."'JlCr:mc:a do Ccu. J,;stc j:, <'~if.a, J)Oi$, p1·cscntu em todo!:> os movimtmtos c m prol dus classcs mcuos fl't'\'Ort~citln..~. ~ sum:unento 11ernieio:,;o, mrs mo :mm ncgar os dogmas da f(;, habitu(vh\..;. ;;1,. tmscar continw, c quase e.xclusi\'antc nt-c rnolhori:\s d:,Ls s uas conclic:.öcs do \'ida t crrcna. Este. ex• ch1si\1ismo vai cm1n\lidecc mto nn.s almas l\ C".SJlCrmita dos bens fu „ t.uros, d e maucira :-'l. uäo mnis s crvir eh\ tlc cstimulo ü. 1>rntica d:t:-c gr:uules virludc..,;. E scm ost:L-. nüo h:t fC':lichlndt"' ncm me.smo t'lü te rrn.
I
O ltu1o closse imlis pens:\vcl lksaJlego clos hC':ns 1wrccivcis, ilu• minatlo pelns claridndcs cuJesth,is quo it es1,or:m9n cristii n1imcmtu u.m uossi\s almfi.,;, 6 1>rcciso insistir muito sobrc ll hierar,1uh\ social, partc intcgrunte dn doutriun. eatotiC'..'1~ l\lt'.:.itllO t1:'l..'> clcmocraci:'ls, J>io xn quer quo u sociedadc rcs1>cito n di\'cr • sidatlo de ol:\sscs erhul,, JlClfl forhma, pcl::t. tradi~üo c outros 1:\torcs lcgitimos (ltmJio„mcns::s~cm d e Nntnl cfo J!').l,f, «l)iscorsi ,: Umliomes~nf;gi», vol. G, 1>. 2:19). No OSllirito hicrnrquico, cnsinn o mt:.s mo Pontifice, dc.we scr fornrn.dü 1\ infoncin e a mocitladc (cf. Radio-men!;a_gcm de 6-1.0-19,18 no C()ng-r. l 11ttrt11ncrie. de J~lue. Cat.. «Oircorsi o ll:uliomessnJt~i», \'Ol. 10, 11. :t-1 7). Sem esse es• pirito, Q prr,ticnmcntc impos~ivcl o cKcrcicio d~,s \'irtmles da obt~• dicncin o d:\ humildrulc, incfo•·J)cnsnvci:4 quer 11nra o nmavcl con,·1vio social, quer .intra ''- nssimil:u;:iio vi\'a dn. cloutrina de ,Jesu s Cristo. t cilo ohedicntc- ntc5 :, mortc de cruz (cf. FUip. 2. 8),
3 -
Ben~äo final
P
Q
U
E
esta, c:s1wr:111~:,, earissimos rilhos. qm.~ ,·o~ tfamos, n \'6s, Sacc:rdotc~s quc alivi:üs o ilCSO de• Nossa c1·u;r,, ü a v6s, o,•c:lh:1s que o \ligario de Cristo confiou H caridadc de Nos~o cor:w~10. Nos."i{l- mullo nfetuosa bc n~:ito vnslon\l 'i' em nomo do I>adn~ ·;· c do Filho •;• e do l~spirito S.::tnto. D::uh1,. c 1mss:"u,l :\ Ctn Nos..-..<\ C(liSCopnl cid:utc llC C::u1111os, sob selo o sin11I tl(! Noss:,s ~1rn1:,s, nos 13 dins <lo 1m':s de mnio de 1961, ,14. .0 srnivcrsnrio d:, 1>rimoira :,1,ari\~10 tle NO$S:l Senhora do ltosario. cc.,111
I
A
Notas
( 1) A di:\l(•tit::1 cla a\'iio eornunist.a f ol ~.1,,:poslu com m:1ior clc. ~rnvnl~•ime nlo ,ior ,Jc:111 ,\l:1dlrun · •m• « tlin(lrairc:-:•, cle t•ariM, n• 52, 1,p. ,U ss., urlli;ro d ..::, 1m1ti,1110 do ln (llnh-,tli~tt•C•. 0 l<e , ·1110. :r•e. Jullo ~f(}.ln\'il"'llo tr:11011 t.ln t~c.nf('n de diC11s:'h1 d c1 4;l)nluuii.-mc., mt prln1P,lr11,
parte de um::.. eon fe r (ln<;in. 1;ronu11P,ladn 110 lnslltul.o ,Juan U:u1Ust.'l J3ui,;. to/<l, clc (:()rtlobn•, Al'J:(."nllna, e m 2 1-Xl-19c.i0, flll<' « i\nuw.ar• . d o :\lt,clrhl. rl',·i:da d ()t' (;011J1i•radores l':1.ro,p1i.ils d a Crl,-to-Jtc l. 1mblicou c,m xcu 11111nero 110 m:u(,) dc-:o-t o nno, J>l•• !;3 !!!~.• :s1)b o til ulo: •Com>7.c;:unni,; In tfu:Uca e(1munistn Un t"jNn11l0 1u-fltiC~ d,, In, dh,U•ctlca dn la :u:cUm Co11111 ,io J>roJ)!'1j;:.·a, C'.l conu111hmrn C'll i\rg-e nUn:01. ~ ,,br,: o nu•:,.mo llS• sunt,o, ~() h:rt, •~om frulc, o lh ·r9 d o ,Je-an Ou1tsc,t., «:\lurxi:smc- l.c•ni11i1>m (l•, e tlieäo • J..'I CltC. Cntlwlh1110•, 1!HiO; h nw,-nio l'tO di;:a dfl hlm\ dn n rwm n. 1~e. 11• Dufo,r, «L'J~toilo el)nlrc I:\ Croix•, H (mJ:"-lfon.i::- (> l•arl/il, 19.;3. (2) Vtj:l-~C ll clh,lin1;:'r n ,•nh'(• «c•11labor:l(';'\o r eciprOC{UI (• «COll\'1'1'• ~cnc:.la 1)Ca~lonnl• , r1uo fl:,, em c,,; :u:lma,
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A fOHMA AD DOS S[MINAHISTAS [M fUN AD DOS PHOBL[MAS DU MUNDO 0[ HOJ[
Roma recomenda ao Cle ro atual o espirito comunicado por Säo Vicente de Paulo aos Padres que ele formava
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M s,•11 n.4 JO(i, de 011/ubro tfe 19:;[), Jmblfrou "Ct1Jolicismo" frcchos de umn rnrfa rirculnr
t.m <111e a Sngrnda Cor,gregarcio ,los Scminorios e Univcr.'>ida<ll'S St llirigia ao l::.."piscopado cafolico, a prtJposito dt> ceufennrio da morle tlo Saufo Cura tl'Ars, sohrc "11lg11ma.-: quesl(ic:; reta-
fii,as ,; /ormar,io edesiastin>", ra11si<Jcraclas cm /un(<iO do lumiuoso c.\'rmplo dado por aquelc grmule
Sm,to. Esta fotha obs trvava cntcio que, "'.'>c /Jem quc h texto sc rtfira propriamentc 11 /lfOb/emas do formar-1io
c tlo apostotado sac,:rtlo"1is, f111ulam t•11/a•,W~ c~m priudpios superiores quc tambt:m film - guardmlas ltulas as propo,·r6cs - uma nplirll(<iO impnr/fmtc 110 campo, espcrific11111(•11fe tliverso, do aposlolmlo dos lcigo.4>. e ur, formnnio ,tos miliftmfts ,tos vnrio...: qundro.t tln AC. r<nno as Cou-
gr,gacvcs Marianas. a JUC. a J/:.C, " JOC. et c." Por isso t que 110s pn•
rcdn ufif trnuscre11er parte tlo im-
porlrmle documeulo, arios de qnc "n leilnr /Jrn...:ilciro. lw /Jil11nl11nmlc 111·voz e n,:!il. ,uio l erll cli/iculdadc cm
fazcr ns 11eccssnria.4, odtrp/1,r,ies ,te.t~ se.r nllis.<.imos t"onrei/()s ,w que lhe couvCm mttlilnr co11111 n1wslolo /eil!<>, tfotil colafJoratlor ,ta Sn{.!rmla lliernrq11ia'1. As mrsmns <'Onsittcrnrti es nos le-
w,m fl rCJJro,luzir a,:ora alg1111s 1o,,;..
cos d e <mlro ,lorumcnfo relewwfissi11101 ,111e .,;e µro11lie "t"onlimwr c complelor'' o primeiro. T raln-sc 1/c 11m111 carta llo Sar:rado /Jicnslerio ,eo Episroptulo de lo,Jo o 1111111do. "sobre :il~un~ probtcmas
i mportanks de form~u;äo ccle~iast ica". Dallulu tlc 27 etc sctcm/Jr<J tle 1960. INteil'o ,·,•fllennrio da morfe ,Je S,io Vfrculc de J>aufo. ucla o f;mmo. Cur1/cai Josli Pizzartlo, Prefei/Q 111lq11eta
mcntc os quc for:im clwmados a cx1>rimir cm ~i :, fisiouomia do Mcstrc, a vida clc um Santo quc, podc dlzcr-~e, fQi copi:1 pcrfeita de Jesus Cristo. Elerno Saccrclotc''. E observa : "Nein julgamos propor urn rnodclo anacronico: sc as comli~•Qcs cspi rituais clo Clcro c da forma,ao cdc„ si:istic-a sf10, ~ra<:as a Deus, muito tl ivcrsas daquclfl.s em <1uc o Santo descuvolvcu a sua vi~oros(, obra rcfo rmadora, pcrmancccm no enta nfo ~Cnlf)rc va1id:ts as normas <1uc for:un o fc rmc nto d:t su:l multipfa a(5o, inspi rada sempre nos valorcs ctcrnos do Ev:rn~clho''. Os lrechos do tloc11111c11to que ofer ctc11ws ri mc.·,fifarü() ,los tcifores säo firatlos dirclfl mtmf c f/Q t rxfo oficim cm porfugues cn viatlo nos Exmos. Srs. Bi.,pos tlo J)rnsil. Apcnos. s11bstil11imos pcfn rc•spt•cliva verscio porfugncsa os dl11cQcs que t1 rnrfa faz. em In/im, tim; E11drfic11s Ad Calhofil'i Sacerdo tü" c "'Di1,i11i l llius ,Mn0
gbilri": oufro_;; sim. arrcscc11Jamos suiJ. fifufos para fncililar a pcrccpr,io dos aspcclos mais 11/eis aos aposfofos
lcigo.~. A prcscnfc pul>liraciio (/c via fnzcr-sc cm ju/110 ulli mo, pnro c7omemornr a fcsfa filu rgicn ,l e $,io Vicculc, que QCOffl' /10 di<J 19 doquele 111€s. A oporfrmidtule tle di11t1/f!nr em /Jrim cira ,mio a reccutc Carlo Postorn/ <IQ f.;.xmo. Rcvmq. Sr. ßispo Dioccsa110 levou ...110:; a 111/eror aquetn prog ,a ...
1110(.cio.
SELE~ÄO, FUN~ÄO ESSENCJAL DO SEMINARIO EPOIS ,Je uma introdu('iio a respt ilo da cspiritualitlade s,ucr-
Sagrada CougrcgtJftio, 11prese11la "?1
D
considcra(,"fto de qu:rntos frnb:1lham ua obra divina de assistir amoros~-
e de um f1JJ]ic() quc e:quie o pcnsnmcnto do Stmlo sobre o prohlcma da
//o/l1/ de S<io Viccut,· cle Pa11to,
.,;ctec,io dos cnndidafos t10 S1,ccrdocio. esrreve a Sagrmla Congrcgariio :
" O Scmino1·io Lcm de scr, com cfcito, scnii.o um luga 1· de ::;cle<;äo c de !ormatäo, no qual os Supcrio-
rcs s5o c nca1·1·cg-ado~ pck.\ auloridadc da l g 1·cja de descobrir os <1uc verdadci rnmcntc sao chamados por Deus para os lcv.nr 3.quelc g r au de pe1·!ci(!ii.O cxigido pclo cu m 1>l'imento frut uoso do scu !utm·o ministcrio. Selc<;üo e fornm<:iiO s..i,o, portantc>, dois momc n to$ csscneiais c imutavcis da institui~äo; e a Ig1·cja C$J>cra quc
scjorn fielmcntc obscl'vados, c1uais• quer quc sejam os tcmpos c as circunstancias. l!! L:unbcm vcrdadc quc Ela, n,ovicla pela SabcdOl'ia Jncriada. dispöc suavemcntc as coisas cm o rdcm ao tim a atir1,tir. cscolhendo os mcios mais OJlOrtunos quc as no~ vas conjun tm·a.s v:1o ncon&cJhando : nunca, porCm. J>Odcrä trnnsiJ;:ir no csscnch\l, sobrctudo quando se trata d01' Scminar ios. de <:ujo bom ou mau funcionamcnto dcpcndc o scu csplc ndor ou a suu dccadcncia".
NOTAVEL DESEQUJLIBRIO ENTRE MATURIDADE PSIQUICA E FISICA, EM JOVENS DE HOJE mais ndianfc. depois de dcsc11vqf11er o t emn da vcrifico(tio da vocar.äo : ''Para avaliar rc1amcnlc de uma vocac.~o. C indispcnsavcl chcg:u· ao
E
conhccimcnto da pcrsonalidade COl'nplcta do sujcito. Na vcrdade. muitos eri-os se J>Odcrn comct cr con st ... derando quaHdadcs e capncidadcs, i nepcins e clefeitos isolndamcnte c n;j,o como moni fcsta~öcs de mna pessoa dctenninada. dcntro da c1ual, e
ANO XI
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sO ns;im, clcs reccbcrn c, SNI vn lor propk"io. .Pol' con.scguintc. ao julgar ns vocn~cs dos candidatos ao S..'\<:crdocio. näo sc dcvc J)tu·lir do fato j sol:.tdo. f)ö.\r.j <:Ol'l<:luir ;;l c :-.:istcnc ia ,lc uma ,·ocat!'to, m as dcvc [azc.r-sc o cs(Ot(-O de ver o homcm na sua l oLaHdnclc, 1mra dcpois lhc c x1>Hcar c rwnliar adc,qundamente us coractcdstie,l:-; 1>articularcs. E dado quc a indole de cada um const i t ui o clcmcnto fund::mwntal de ondc umtt
pc,·scma lidadc t·cccbc os suas luzcs e s.ombr as. o maior c.Mor·~ do cdu„ cad<w dcvc tc ndc r a indi\1 id uar c a
estudar profondamcn lc o cnratc r dos scus alonos. a tribuindo. a mnxhna irni>orwn<:ia ;).quela e ner-gi~. capai. de tiu) grandes recursos. QUC' se cha-
ma vontadc. Ccrtns naturczns brilhantcs. 1,01· excm1>lo. podcm fnzc r ,.
num 1wimciro momcn10. u mclho1· imprcs.~äo; mas, fa Jtando-lhcs, muit.as vczcs, fl const:mcia, c näo suportando o cs(ort;◊. c scm a nccc~r ia capacidade de r esistc ncia. näo sabcrfio nmanhä su1>crar as t;randcs clificutdadcs da vida, viLimas de uma corrcnlc ,,crLiginosn. nlai.s (ort ~ do quc as suns modestns e.ar>acid:').des olitivas. 0~1u·ns vczc.s. um examc cuidados() pode demonst ror injusLi(icada a cstima conccdida a jo\lcn s , 1
muito picd()OOS, a.o mcnos rlc uma picdn<le dcvociom11. quc niio sejam dolados. 1>01· O\lh'O lado, de boas quaJidadcs a apoiar aquela. Podc trntnr-se clc uma picdadc a parc ntc, rcfugio inconscicntc da pobrc:-.a espirit.unl e inlclcctual, que. mna vcz mudado o amhientc, dcmonsta·ara 10„ da a ~un dchilidadc. Quercmos iusisti r c m q,1c os educadcwcs vigiem csr>eciahnentc os nnturei . .as inconstuntes. parn disccrnir ~e sc t ro la a1>cn..1s da inconstancia propria da idadc juvenil, pa1·_ticuta r -
AGOSTO 1961
mcnlc nolavel nO$ unos dü rnatur.n<:lto !isica. o u se l.!, ao conLrario. consUtuciona l, propria de alguns jovcns quc sc nplicam t\ mil coisas scm ncnhuma l<"var n Lcrmo. 11-riravcis at.C ao excesso, sempre pe ndula ntes c indccisos. c quc fazcm. por conscguinlc. pcnsar num funclo neurotico de Lais mnnifcsta<;öes. Estcs tcmperamcntos - que n iio t Cm culpa do ~cu estodo, \/ltlmas de um munclo agitado aLC ao paroxismo n äo s:.\o ccrta1nenlc os mnis aptos pnrn a rnilici:. $1Ccrdo ta1 c1uc ex igc tcmpcras säs c robustas, pront.as a tudo sof1•c.r c a ludo ousar pclo rcino d e Deus.
0 aluno dcvc. l)Ol'lanto. sc r e xam inndo a fundo, quci- na sua J)Cl'SOw
nalidadc, quei- nas nmltiplas manif est,1<,:0es dcsta . sobrctudo na variadi~irna gama da cs(c-ta pslqt1ica c cmotiva . Dcste mundo esr,i.-itual, ondc o c ncon u·o do homcm com Deus atingc os c umcs da 1·cs1)onsa„ bi l idadc
pcssoal.
dcvc o
cducador
a1woxlmar-sc c;on1 J·ever c ntc dc licadcza, humildcmc ntc, pron to a ouvir, a cspcrar c a pcdh· a Deus que se d ig nc mani!cstar a sua vontade. Os mcios sobre naturais dcvem, por ccrto. ocupar o primciro lugtu·, mas n:io sc 1>odcm ))Or de lado os subsidios quc a aa·tc pcdagoglca e a p_(öi• cologia podcm ofcrccer ncslc cnm• po ; c quando nfio cJ1eguc a cxper icnc ia propria, intcnog ue-se o cspccialista, scm todavla cedcr n doulrinns ()U 1>ralicas que näo scjam conforn1cs aos pdncipi os da moral cato1iea. A$ 0<•utelus num cnmpo täo dclicad() nunea scrüo de masiadns; tanto mais que, como advc rt cm compC'lcntcs psico1ogos, os jovcns do nosso t.empo nprcsen1am muHas ve...~s um n otave l dcsequilibrio entre n maturidadc pslqul<;a c
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N .o 128
Verdades Esquecidas Na f or111aQäo moder11a ''deve-se insistir· de 1noclo especial 11a antino1nia estabelecida pelo Salvador ent1·e o S8 ll ~ espirito e o espi1--it o do mt1ndo, dac1t1ele n111ndo pelo qt1al Cr·isto nao quis r ezar, exata111e11te porq11e esta s11bmerso 110 espirito clo maligno e impenetravel ao infl11xo da graQa, e ao qt1al, portanto, 11äo devem pe1--te11cer os se11s, como Ele pr·orJrio näo ll1e per·tenceu'' (i:-;ica, po<lcndo tal fato dclc•r111in:u· dcdu<;c)cs ralsns em <1ucrn sc <IC•
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·•o 1>eso enorme dn cur a de a l rnus c1uc <1uotidianamcntc sc pcde ao Sa<:cr<lolc, n cootinua e faligan tc um-s5o a quc l: submctido pclos mnis VO.\l'iOS e ab.~Ol'VCn tcs problemns, OS m1mcn.>ws pcrigos qu<! a cudn pn~o
o ass.aHain no contncto ror~oso corn um nmbicnlc quc muila:; vczcs per• <lcu todo o scn tido el'isLäo c obcctccc a u1na moral pnganizanlc. i mpöcm Cl lg1·cj<l u rnaior cautcln na c~colhtl <los candidator,:, 0 dano que Eln sofrcria quc.r na sua boa famn. ciuc1· no bcm cornum dos riCis.. seria de• masiado grnnde. sc pcrmilisse o accsso Us Ordens Sneras. mcsmo s6 nos
0 lncpto de hojc se1·ä o indigno de amanhä. So com ,nc nos idcmcos.
u11H1 juvonludc moralmcntc 8(\, abc l'w aos mnis snn lOS ideais, !Ol'lC de c-0nvic~Qe:; 1>rohmdas. pronta ao sacri!icio c it ol>lac;üo clc r,:i mcs1nu. podc n lgrcjn contar parn nr>rescnu\-ln ao scu Espo$o a fim de <luc ._, 1,uu-qoc: <:om o selo de sui, consn• J;;l'tl({i.Q'',
ll log<> ttbafa•o: "ln(clizmcnlc, l Cm de so vcrific.or \IU€'t t1;) 0 ob$Utt\lt: f's: :;cvc1·as } n~tru• <;öcs da St1~1·ada Conzrcga~:.,o do~ Snc1·nmernoi:- · "Quam ingens·• (27 de dczcmbro de 1930> c " 1--Jagna NJUi<lcrn" ( 27 de dc zcmbro de 1955) näo ta1u1.m cundidalos c1uc säo admitido~ ä$ Ordens Sac1·as scm ver• dadcira vo<:a(':ito, E: nt,o sc trMa de t:lTOS humonamcnt.c incviwvcii:-, 1>0is quc. nnulisando a hiSLOJ'ia de nmilos nau rragios. näo rv.ro ~<' dcscob1·c que i ndicios claro.." de auscncia de voca• ~üo cc;lc:-ii1sl icu. podi::un bcm tcr sido tH>tndo.~ j{1 dur.unlc a 1wor•ria vida de Scminal'io, AICm dis.w. csla Sagrada Congrcga('iio pode tnn,bCm c-om1u·ovm·, ,nedianlc 3.$ V i:-ilas A1}()s• tolic::as dcc1·c1adr1:,;, 1>c1·ioclitamente no:-. paiscs sujeilc)s :-:ua juriscli~äo. quc näo r.lr<> ~c pcea po1· om ins\1ricien1c C'l<Om C dos c~(111didah)$, C SC mmHCm oo Scminnrio c lcmc,Hos de csCOSS(> ,·::&lor humano c solJrcnaHll'OI. Parccc que 1,a ntitudc c.h.• muilos sui,cl'iores pcsa a C't'msidc1·nc:t10 <lo 1ristc csl::tdo cm quc sc• t·1w1m1n:11n muiln~ Oi<><:c:se:. q\tC sort·cm de uma grandceseasscz. de Clero. <".omo p1•oc;c.'<lc r de ou1rü modo - n!irmr"H5t! qunndo faltarn oi:- quadros indl~1,ens;\\l('I$ 1,:;'tr..\ \.Ilm., ~1:,-.-.ist~nc•i;) pti!<>lOi-al quc ~,-- 1·cduz:'\ nwsmr• {1 simple.~ adminis••·a<,:5.o dos &lcnmltn los·t Nfio C por,·cnlura mclho1· h .• r Saccrdoles. :.\inda <1uc scjtnn mcdiocrcs. c,-ont~uHo <1uc~c poss.., faz.cr frtntt! t,s cxl 1•('m;\;o:;; th:ccs...;idndcs CsJ)iJ'ilunis dos fiCh;.? Tal conccJ)c5o 1wagmatisla do sn„ c.•c1·docio eonsliLUi uma 1lc~a4.;:io d::1 Intima CAAcncia da voca~t,o c do minislcrio sac~rdol.lis; porquc. sc ~ vcr<h.tdc <1uc os Sncromcntos ntu) de„ rHmdcm m.\ Sllil ctic41da dr. bonclndc do Sncenlol c. Hfio C mc1,os vc1·dn<1e c.1uc o pl'O.(;J'c:;.-;o d~ vi<la c.-1·islä c:;t[1 profundamcr\lc Hg:;l<IO a .santida_dc dus minisu·os de l)('u:-.. cu,1a mls..<tao. SCAUlldO O ,n:uHhllo C\'(H\g<.:lico. Nm· sislC JW(:c.:isn1nc.•nt~ cm iluminar <: prcscrvar do corrup~lw 1l :'.i<> sc\ com os mcios clo C1·;.l~.a mm• tamhc'-m com os exc-mp1o:-- da p,·op1·it1 vic!a (dr. Mal. 5, 13-111). Presc•intli1· dns ciunlidadc:-. l)C'~soais do S:J.cc1·dolc. recha• zi-lo ao nivcl de sim1>lcs huro(·1·ata d~:-: cois.1.~ (IC Deus. til':1r-lhc ,, diu dCm:). da i n tima scmcJhtu\~a com CdNLO. quc dc1·lva n:'.io :qtcmas d;1 pnrl,icipntii<> nos scus 1,0<tcr cs, ma:rnmbCm da 1·cprodu('iiO das :-:uas vir• 1udcs. significa ignorar na pn\lic..i as i ndccli,,avcis cxigericit\S do Saccrdocio catoli<:o c {1 1ransccndcnria du sua di~nidadc. A p1·cocu1'>a<:äo clo numcro. ~c.paradn dn JWCC)C!Ul>..'\(fü) da <1ualidadc. l'Cvcla-sc. al<!m disso. um Ntlcuh> <H'• rado. A introdu<:iio no mini:-lerio sagl'ado de Saccrdotcs. aindu quc
a
:mcnus me:diOCl't;S, .t).:c c(nHO C(I\ISU dt;pl'imcnlc nflv np(:,nas sohrc o z.elo dos outt·os Saccrdotcs t·uJo cntusia:s• mo ar,O.'~lolico C ttssim :tlcnundo, como sob1·e1 udo ~obrc (l i ntensidadc da vida rcligio~ do 1}()vo. ctmdi<;i,o ne<:Cs!)aria pata o dc:-;abr oc:fH'l1· de numcn.):;a:; c l:>oas voea~-öcs. ~ opo1•.. tuno lcmbrar com <."!cito. quc. de 01·di nnrio, tunto o surgir como o descnvvlvcr-sc da:; voe.otöes s..wc ,·dolais cstiio ligados, como ~\ Mu\ cnus.a instrumental, U a("äo pcssonl c cxcn,. i,la1· do S...1.cc1·dolc. 1-!! um rnw i ncgavcl quc as voca~öcs no1·esccm emde uu tentic<>s ho,nens Deus. co1npcnclrados c enamorados da~ all.issimas coiS.-".\S c1uc trntnm. h.\1,cm brilhar no :scu cncant.o vil'ginal o id~a.l quc JWCgnm, c. agindo c:omo r,olo:; catoli$:\dorcs. pro,·ocam a chnmn do apclo divino no co1·a<,::lo de OhllUS gcncl'<,sns, $Cnsiveis. mnis do quc t,s palavras, no cxcmplo dn vicln. l;,iquc. por co,l sc~uint<.•, bcm claro quc a preocu1>ac.·üo do numc,·o, qunn• do de qu~\lquc,· modo vcnha comJ)romctcr a qualidndc, pccn cmllr<i si 1>1·opl'ia, tornando cndtt v cz mais ru·ido o lc rrc n o mais p1·01>icio ao clcsa• bl'OC1U'\r da~ VOC."1(,'i)C.S, c impcdimlo n obrn mcs:ma da Gt·n<;n divinu. ~-; C ainda u1n ato clc poucri co1l10 raz no1m· encrgi camcn tc f;l'illld<: Pontificc Pio XI. cita,1do o P<·nsa• m('nlo do Doulor An,::elico: " I~ nem ••. ah·ouxcm, i:-c,1uer um ponto. 1m dcvida scvoticlnclc. Jlc-lo tcmor de quc . . • vcnhu n dimint1ir o numcrn d<,s Sncc1'<lotcs. {.'.;~lc sofismn j~ Si,o Tom{,$ de Aquino o prcvcniu c dcs!cz. com a S\la hahitual ni;::udc~ c sin• gclc1•.1. de c x1u·cssäo: " Deus nun ca dc~mpal'a a sua tgrcja, n 1>0nto de niio sc cncontrarem Sa<:crdoles- idon cos cm 11mncro su ficiente para as nece.~idodcs do povo, umn vcz quc sc promovnm ()S dlgnos c sc climinem os indigno!-:" . , • ObS('rvnmo:,; q1,1t scm duvid:1 vatc mais tcr um s.6 Sacc1•dotc <1uc cstcjn intcgrulmcnlc rormado pan\ o ~u sac;1·a1issimo ministedo, quc muilo$ scm ncnhum{1 ou com pouca Cormntti.ö 1)an1 t~lc-. Co nl c-stcs C clnro c1uc nt,o podc a lg1·cja conu.w para n.Odi•. se <: quc näo h::\ de tc 1· quc dcrramaz· muilns log-d mas ()()l ' causa dclcs" <C'.:nc... Ad Catholici SnCC1'dOlii": AAS. XXVIII , p. ,M).
«~
rc.
1,
l•:sta Sagrada Congl'cs.;ac;iio 1>cdc. po1·w1Ho. com toda a Cor<:3 q uc lhe ad,•c'-m do seu allo mtandnto de vigilnneia, quc :,:c ci~ o mais ~olid1."t c, c.-.crupulosa atcn<;Uo i1 cscolh3 doi-: \.:Undida tos. cxortar,do l odos o~ rC'-sponxavd:; ;\ ot10 transigir o minimo c1uc scj;), nas $..'lbia$ normas rixod;:\.:; n f')l'()fl-0:-.ilo. pC"la S.!'.\nl:'l lgr cja. Oci• .•au-- nos•cmos u I u·am1~,H'. :.\in(l;.l ncs• lc t~nto, 1,cl<>s filhos dn:,; 11·cvas ? 8cm S;\h~mos <·om quc scv('ra s.clc(!tlO c lts p1·cpn1·:-un o:,: clcmcnLos q \ll.' mais ~e clislinguc:n t){•Jos scu:-: dot<:~ 1uuurais c 1>C-l:l sua ('rtpncidadc eh.• in rl UXC't va lido SObl'(' OS out ros, 11(.J inluiio de• fo1 •mc-r1t:::11·. por s('U in1 CI'• mcdio, ;:.~ mas:ms c g;.111h:'1-l(IS ao:-: SNIS <lcsignios, r:; um principio humano c clivino ao me-:mo l cmJ)o, (IUl' a :,;orte d:b, ioslilui('Ö<•s dcpcnclc 1n..1i:-: du c1ut1lirl:1de do c.1tt(' <:IO llUn\('l'f). " Gctl<•fu). <1U(• l rm ;,~ HWs 01·dcns uma lt11'bt1 im<•nsa. npai·entcmcute l)rc)nln a ('llfrcnt.n l' todos os 1)('1·igoi:c dificuldadcs-, ouv<- o SC'nhor dizc.·r• lhc (}UC nos ~ •·rtll(l('s (.'nllU'CS.'1!-- (· J)l'C• d::-o c-,,nhu· n;'to com muilos mas cc)m IWUCf>S. A s(•)('(".10 C um:~ lei tl(' vid:\. d<· !W0f!l'C$$0. de l)('l'f<:i(.':)()" (Jofio XXIJI. Discur:-:o ;_w:,; Alunos dos C-0• I CJ::ios R<mHmös, 28 de janc i1·0 de 1%0: AAS. LII. p. 2721 . P()llhumos, J>Ois, :1s llOSS.:.lS ('Sj)C-
ranc;~,:-: apcnas nos clcilO:-; do Senhor : chcio.s do cspirilo d<· Crislo. clc.:.s :-:c• 1•f10 o vi,:01•0:-o m~nipuln (Juc-.. com n inlcgridndc <kt v icla c o :-:cu inflnin:1• ein :t.CIO i.\J)O!<lOlieo. l'C'COl\du:t.il'ii () f)()• vo de D c.-u~ :ls fon1<.•s l)\ff~s (l;_l vicla ,•dstii, g:;w:mlindo :-.ssim o i:.u1·~ir de um.) vigorosa mi lici;J ~,ccrdo1a I".
0 PENSAMENTO VICENTINO SOBRE A FORMA~ÄO DOS FUTUROS APOSTOLOS
A
PöS (1 dtar,io (IC! <tlJ.!.llllS lt·.,·fas 11inmliuos rdulit•Q:~ ,; t',\'r<'l<·11du
ein missciu ,lt- form m· Pmlr,•s, 11rosse::.m• u tlnt umtnlo:
h.-s <luC ~Cm o cncc.irgo etc cdu<:~u- o~ oh,u,o.s: do Santuario, (>Ul.1·a coi~\ näo si,o dv CluO o 1wolongnmcnto histo• rico de Jesus m.1 mais cxccls.."'l: das m iss<>cs saccrdou-is. Per'pcluam :.\ obra educ.:,don1 de Cristo, inrundindo nos jovc1ls, c;h::unnclos a scgui r o Mcsl.r(i, n<1uclcs pl'incipios qur l~tc JH'OJ1rio aclotou nn formU<=üo clo:-; A postolos., a n tcs de os c nviar 1mr.a 1>rcgnrcm nos homcns a m<.·nso.gcm de $i\lv~c;.5.o. De ondc sc conclui quc. p«1·a o Santo, o Scminario dcvc scr .i. cs<:oln on<lc. alravCs de uma ndc<1unda J>rcpnruc;:äo, sc aprcndcm. dos: s\1pel'iOl'es quc rnicm as vezcs de Jesus c s.5o ('(lj)azc~ de in!undi 1· nos dis<:ipulo:; o ~spiril<> do Mcst,·c. as coi~"ls divlnas c humnnns ncCC$."Snrias para p1-odu:t.ir d epois fn,,os duradouros de :c-al ,1iu:iio. A cspiri tunlitlndc do Santo C 1·0• busla : a alt;uns quc sc ri<:anun na lel.n:t de ccrta:-. cxprcssö~ nHlis forl<.•s. :-:em considcrar o con junto clo scu pcnimmcnlo, <:hcgou n pn1·ccc1· c-lura. Com ctctlo, eh: nf,o sc canAA de prCf:ar a r enuncia, o s.'\crificio. o de:sapcgo da ramilia c <los bcns LC1Te-nos, cxigc a obla<;iio i nco-n dicio• na l ein vontaclc. condcna e.·mn palav1·a:.,; scvcr tH; n i ndolencia t.' a l)l'C• gui(a. ap-0nta o orgulho co,no o 1win„ ci1>nl obst.aculo no tl'iuoro da Cra~a na alrna saccrdotnl, rcquei- a pcnil c ncia <.."Omo mcio incliseulivc:I ptlfß IH'odu:t.ir frutos no mini:-lel'io ~"lg1·t1.• <to, c•xnlt:,1 o vnlor da cr,1z c-0mo mcio i ndispcusnvcl 1>a1·a a 1·e<k•n~Ao 1>1"0• 1H·l:t \' dos outt·os. c. acima de tudo, o dcspojnmenlo lOt::11 clo c\sJlirilo (ll'O• Jtrio pnr;i J)O"-'-C <:ompltla do c:-pirilo de Cl'lsto. Eslmnos na pura linha do Evnngclho, livrc de compromissos o de cntendimc ntos hul'nano$.. 1-: do Evangcfho lir·o\t a 1}C-dago,{!:it1 cclc~iastica viccnlina todn a ~tm forc:~t c vigor: sc o Santo exige a a·crnanda c o sac.·TificioJ (: rielns alma$. T;;,mbcm c lc pn?ga a mol'IC, mas para
quc sc POS..'-,,1. chcgnr a uma vidn mais abundan1c: tumbem cl e 1ira !t vidcira. com a 1>odn, os n1mos do quc C d esordc1rn.do e suJ1crtl uo, mas s6 r,ara quc dai r csultc um dct>er1volvi m cnto maiol'; tamb-cm clo prcgn n i mola~iio cont Cristo, mns 1>-ara quc sc J)O$.'ia renasccr nn manhtt triunrnnlc da Pn~coa ~ ~e <:hcgue ~ 1·n a1urido.de. ao so1wo de PerHcco:-:Les. Nt10 podendo i:-u1>0tLar o egolsmo. a i nda o mais sulil e capaz de sc dissimular ::Hrf1s dos mais ca.pciosos prclcxlol'-.. c le 1eve um enn:\· <:Uo v:'lslo como o mor; um co1·a<:t'i() tc r oi~hno, :-:e mp,·c rwon1n a como• ver-sc di:rn1c ,tc h)<las a.s rormas de miscriu. c de l)..'ll1>ita1· com um z.elo ,1\1<" nc-lc foi c·h~una dcvonHlon1,, D it.::no ,urii~o 1lc S5o F"nlnrisco de Salcs. pos.-.uiu as d('lieac.lc1...'ls d:i 1l1::msid:""10 <· da long~mimiclodc quc o t<u·nt11·,11n ca1>.."z. l:.lnlo de \1111',lJ):)SSfll' COlYI :):,; tl.&IS eh) sobrctH\11,11·«1 ns OllJ;llSI ias d::i nat1.11·~:1„t, eoino de• sc i nclimn· ('om1n·ccn:-ivo sohr<.• n~ suns mi~crins, Na na1u rc1.a humnm1, (I(" (IU\.· <'IC Coi o Bont S;_11nul'i1a110, v iu :.-, humani• dade eil• Crhi1 r,, ,. 1•fH• is..::;o a J)Ödc..· ()fh t1r sc•l'('llO l' h<•Oi).!llc). ('Olll() 0 sub$• 1n:\lo ntc<'s.~nl'io )):l1•fl 1w l:1 t:•clific:.u-, suhlimando•n, n dii;nic1ndc do hom('m rc•dimiclo. Con~cio, alCm dis....;o, d~l~ :-:uas <'nff'nniflr1cl,•s, nfin lh~ <'<>ncedcu m;:1is do QUC o papcl d e inr-:lnuncnlo. ni"10 de tim, "pm·quc- ciucm quisc-r salv:u · :1 su:l vidn Jl<'t'<lc~ln-ä; C" (luC"m li\'c;1· pcrdido a $\U\ vi<h\ J)01· amor dl' mim. 2'1- $),
<'l\('C:111 1 r.1-h1-(1"
( Mal.
IG,
EDUCA<,;:ÄO NIVELADORA : ESTUPIDA MISTIFICA<,;:ÄO
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1·(•J>el I r•se. c com rnuil.'l vcrdaclc•. c1u(•, :.ntes de f,>rm.:11· Saccni()l<'1'. os cduc·:l• dcwc-s dos nossO$ S<•minorios dC'V<'• r imu 1-wc..•ocu1,al'-1'<-' \.'cun rui·mar ho• ll'ICllS h(HlC:-.lc)S. <tUCl'Cnclo•sC ('<)lll islo ~ublinha.1• t.odn :i importnndri ((U(" tCm o:,; vnltWC"S humr111os na forma<:tlO d e umu pcrsonalidudt ~"\<:Crdota1 completn. r,: c::;l(.' (• tambCm o genuine, pcnsar da lgrcja quc. c-xig-in• clo p1·eci$(llll('ll tc n )ll"CS('ll(fl <lc nn1:.\vcis dolcs n:.\lurnis pUn\ a Cornl\1l.\('ÜO de um jui;,,0 poi:-ilivo :-.obrc :.t idoncidndc dos cnndid:i t.o:;. com is..-.:o mcsmo os d('clara J>Ontos d~ 1>artida 1>r1ra uma ~olicla (ormatäo eclc:-h\slica. A voctt('[10 nfio C. com c!cito. o r c negar do homcm, mus antcs a
:-:un vnloril'..8(,'fiO S\IJJl'Cmtl llU(lUilO (J\I~ clc C por mHu1•c;1.n c j)Or C:rtu;~,. pois o Deus que chamu (: o mc::;mo Deus <tue concedcu oi:- $C-us cl(>ns c <1uc um <lia 1>1·ctcndcrf1 o fruto dos :;:cm: taten lo:-. (cfr . Luc:. 19. 22 s.). A C1·a~a nüo dc~ll'<>i u nnturc;,.n: mas antes - scgundo o JWinci pio lomis1.:1, l:'.io rc.'-Cundo cm 1colo,zia n clcva. a ll'nnsfor mn <<:fr. S . Th., 1, 0
q. 2. ad l: n. s. ad 2).
Podc· lll4:$1l10
dizcr-::;o quc. de cc1·to modo e cm viu ordinaria, a nalurC"I.U condicionn a Ci-nc:a. c 1l<1uanlo a a('äO dcstu C Cncilitada pclas nat,a·c :1.a$ ricas de <Ions, c diflcultadn nas nntu1•ezas pobrcs c i ngencrosns. .Portanlo, tudo o que 6 natural nada tcm quc ver c:om n ,•irtutlc c:ristt1 e saccrdotnl; c un,a obra de eduen<;Uo dcsdcnhosn c nivelado 1·a, 1'1,esrY'IO ::.e em1>r ccnclidn cm nomc dos valores maii:- s.anlos, nfio pass.aria de uma c-sl upidn misti• nca<;üo. rc,·til dns n1uis d csnsu-osas conscc1uc11ciai:-. Podcriu m~mo eonslituir o cscolhr, contr n o c1ual v i rhuri a batcr misc1·nvcl mcn le as fragcis barquinhas de muilas voea(:öcs diri• gi<las 1,or limonciroi:- i nabcis. M\1itn mais c ncorajantc, l!, pclo contratio. a exortnttio do 1-\pm;toto: "l 1·müo.s. com Q\1ffnlo C vcrdadeiro. com quanl<> C nobr c , c(m1 (IUMHo C j,1.sto. com qunnto C 1>uro. com cruanto C amavcl . com <1uunto poclc havcr de bom 0;;, v irtudc e no 101,1vor humanos, c~ott1 bso dcvc-is O<'u1m1·-vos" (Filiv. 4. 8). Um cducndo1· a1ilad1), con))• cicnte das s utts rcsponsnbi lidades di• antc dc)s scus Olt1nos c <IU lgrcja, sabcdi. po1·tantn. <>l hnr ('Om r cligioso rcspcilo 1>nn\ a pcrsonalidadc d~ cn• dtl um c- dch, tirar. cr.:timuhu· c de• sc•r,volw:r tts mai:,; J'ff(•ciosas cncrgias-.
IMPORTANCIA PEDAGOGICA DO IMPERIO DA NORMA E DO ESTIMULO DA SAN<,;:ÄO ' ' VERIFICA-SE l 1ojc, nc:, cnwnto. tfü;.•smu no campo <:clcs.i nsLk-o. e cm n:""10 poucos cducado1·es. a tcndc ncia 1>aru abdicur cxccs.~i\la• mcntc de sun Cuntäo cspccHiea, <:c• dcndo demasiadnmC'n tc a<, i ndividuallsmo rcbcldc, ..t ,,ualquc-• r d isciplina. que C p1·01>rio dos jovcns do nosso 1empo. 1:-a1a„sc com crcito dä ne-• ccssidadc de educ:11' pan\ :l liberdadc mcdfonle o libc rdad<:_. <1ucr dize1·, m<:dian1 c n csvon1;.111c.•;1 :,lulo<lctcrmina<:iio d o cducanclo: c. t1·.trnsfcrindo o 1)1'inciJ>io do <·ami,o individua l pa1·.o o colclivo, c xalrn•:-:<• o autogoverno. o nccc~-.nrio cspid1 0 dcmoe1·nti<:o com dcc:isOcs de g 1•upo, com umn intcrvc11<:äo. Oll - comü POi' V('Z,('$ SC diz con1 oma "int:_c1·cnc·i<1" scm 1>rc cadu vc:t. mai$ rNlu.,.id;l da :Juto1·idadc. Acci1;llll-:5\... .lSSim, SC n:."io cm lCOl'iU .n.o mc no., na 111•nlka. ns oonclu:-:öcs de rOnt'nles P<'d'-lRogiN1s quc-. 11clo ft\lo cle c::-:lnn.•111 h<>k muiLO cni VO· !,:}\,
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1wov:,vc-is. " Tais sä<> na s1,w gC'ner:l• litladC' ~lCJ\IC lc..•s ~i$l('I\HI.S modCl'I\O!-, d(' ,arios nmnc•:-:. qut.• apf•lrim p::u-a um;\ 1wNcnclicla nulonmni:l ~ ilimilach.1 li· 1,cr<lndc dn critlll(:3, c.· quc d imilrn,•m, ou su1wi111cm a tC. n autc>l'idn<I<· <- ;_1 J\<,•i"u> do C'ducador. Uldl)uindo 30 cdu<·.:rndo um primudo C<X<:lu~i vo de ini• f ·i alivn c unm alividaclc- indepcnd{'n• 1c etc 1o<la lci :-:upc dcw muunll ~ clivina. na obr~;\ d:l s,1:.\ cduc..i('.iiO .. l•~stcs iluc-lc·m-sc mis<'l '. tVchnc.•nk eom -' p1·ct<•ns.:io d e lil)('l'l:.H'. <·omo clbwm. n cri::tn<;ri. cnqu:mlo <JU(• n nl cs a tor· nam t•!-;("l'tl\' l\ (lo scu Ol'~U lho CCtO <' <-las s1,w :,.; paix&ci:- deso1·dcnadas, vis• 10 Cl \I \." C!<>l:l:-i. 1>01· u lllfl ('()l'ISCQ uc-nC'i~, loJ::i<:.:.1 daquclcs C::llsos sistcmas. vt•m a ser J\1~Liiicndas. cmno lcr;itimas c xi~c,1,<'i::i.s da n:ttt11·<"·za 1>~cudo-autono• ma„ c Pio XJ. " D i vlni lllios Magis• 11 i " : AAS, XXII. Pi>, 69-7()). ·r-:,is l<'Or·ias pt11·1c m de uma c::on c·c•p(tm c'<..•nli'i:~iadu Olimista da nal.U• rPY„.l hu a,:ma de qucm dcsconhcc<.'m :,:. <•n(('l'midMlt...:-. us in~u(ic icncins. c n ncc:c~hh1dc c1uc 1c m, no (.•$facto dr d<·cadcncia c-m ciuc ~c e11cont1·n. de sei· aju<hldrt 1,nra chcgal' ao dominio de .si l)l'Ol}l'itl. B$l(' (: d e m odo C'S• pccial o Ctl$O dos adolcsccn l es. o dos jOVCllK. (l \le' :,;;'i(), (lcfir,it;:io. im;)• turos. fa~einadoi:- rnuitas vczcs por r-r1lusio:-.mos c rcmC'1·0:-- () dominados por inclinaeöcs <:OrHn,dhorias: "Non cnim idcm (.':<:I 1>ossibilc ci. q\1i non habe, habitum \'h'tutls. e1 ,·h·tuoso: sicul cliam non c-st idcm J)05:sibilc
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puc-i·o. et vi1·0 IK"••fcclo" tS. Th., 1U , <1, !.)6. nrt. 2). P:tlho~ ainda da <:lur e;,..a c da comt• u1.11cin nccc-s.-.ada:-. nunca os jovcm, podc1·äo chcgar a dominar o i nstinl.-0, sc mflo amiga lhc~ n;"io foz. accitur o im1Jc1·io da no1·ma c näo <:on:-:cguc lOl'nt,.Jos scnsivc is ao cstimuh> ein ~ntiio. levnndo-os assi m a nd-qui rir habiLos !)()lidos c 1wofmHlos quc, cm \fez de cmbota1·cm a consc;icncia e in'lpcdirern a libcc·dndc, lhcs ns.-,:cg-u1·t11n ao con t rario o cxc1·cicio, c srao muitat-. vczcs a sua mola pro• pulsorn. 0 c ncont1·0 entre a a.ulori• da.de do Supcrio1· c n Jibentade do aluno dcvc, cvidc ntemcn lc. 1·cnli 1.atsc no plo1\0 d e uma t r oca mutuu. clc uma colaboratUo c (ctivn, de um:, <loncäo r cci proca e do uma amorosu com1)rccni:.äo. parn <1t1e: o dcsenvolvhncn10 d" poroonalidndc do N lu cando scjn V<.'l'dadcin'lm<.•nle vital c nfio sc fiquc numa docilidnd<! nw l'amenlc 1)-(\ssivn.
AUTORIDADE E LIBERDADE
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ÄO sc r>odc. po1: eons:guin ll'. aprovar a oncnta(itO qm~ v5.o assumindo a lgun:-. Ins• lilutos de formt,c.·üo onde n..io so i nsistc d cviclamc nte no valor primord ia l do Rcguhuncnto na (ormn<:üo do j ovcm ecle:-.iastico. "A d is<:iplin;_) (: a 1·cgn1 da v ida c o cami nhn da v i rludc: sc s'Ja ra todos csta 1·cgTn C ncccssät·in. muito mnis para os clt.... dgos <1ue :-:üo <:hamndos uo Snccrdo-• <"io. Por isso, dcvcm os clcl'igos I CI' a pcilo n disciplina do Sc-minal'io, a obscrvanda da )·egr a. mesmo nos s.cu s: mais 1>ccruenoi:- 1>orm cnores.. 0:-. S upcrio1·cs siio ncccs.·•,;.ados_: C t>reeiS-O <1ue <>s sc us olhos vigicm sobrc vOs: mas um elcl'igo dcvc com1>01·tnr-~c de tu I modo qu<: näo scJn p1·cc.:i~1 a vig ilancia pnl'a elc cumpl'ir o scu clever" ,Säo Pio X . Discm'SO aos Scmi narist.as de l\li l5o. 1~1 d~ ou t ubro <lc 1908: Ench. Clcr. n.• 827). Pcdir a jovcns seminurislas, ainda C'm proeesso de torma<:äo, <1uc se aulodclcrrninem nos scus mullipJos dcv<.'J'CS sem o au x ilio d e nol'mas bcm p1'ec.isas ~ complctas: näo lhei:- presuu- o concurso de uma organi z.a('iio externa feitn de ordern, de discir>lina c dc c larcza. n-1e$mo nos r)('C)ucnos parlieularcs: s;gn ifica abnndoni• IO!<. i nccrte;,...'l c ao capricho individual. C' 1>rivi1~los de um ambie1nc- Que sct \lndc o scu IH'OJn-io csfor("o 1>es.-.oat 0 "$U$tinc et absline" quolidiano eil"! uma rcgrn cumpridtt mcsmo n~s pc -
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q\1<:nas cois.os, C aSS..-'l'l. focu ndo: ucurnuh\ en c,-s.:ins. imc nsa:-. de \'Ontadc. J>l'e para 1cmJ)era~ rohusla:-. c Jl.1.cicn• tcs, c1·ia cspil'i1.os cquilibrados c mc-
1.odicos. <1uc. no incvitavcl c hoq \1('
c-om fls <liflculdaclcs da vida. :-.alw1•f,o um clia clomimu--se n si prop1·in.~ 1.: domi n:1.1· o~ oemnccimcntos. Rrpctimos: urna c.:Oi$;8 C procurar Cj\w <>s j ovcns, c nquant() ~o obrigudn~ :,o f'1.1m1n-imcnto dos scus mai:<1ucnos cleveres. cstcjam imbuidos eins t 'ClOs pl'incipio:-: humanoi:- e :,:;ohr<'na1.urnii,.. quc lltcs pcrmilam a1;ir 1·c-st}Oll~\\'l'lmcn1c; e o ut1·a coisa C' c.•x• l'luir O\I c-ompr◊mC'lcr. desdc o 1>rinc•ipio. o p 1·01lri(l Vil lcw da obrig:t('äo. Por issc,. para <1uc a dis<:li>llna atinja verdac.lCil'{UH('lllC OS SNI:- Cins, (> nc„ cess.:-1l'io quc os Nh,1(•ndorcs nfio fiqucm isolados c n1rc i:-i. mas, cmbora scm ln l <.~1•fc-r•irc m nas run("öc-s ::ilhcia:-:. lodof: cohlb◊rcm com idcnlidadc clc eonvic<,:cjcs c consta1wiu d~ eMon:os par.) u pr <tgrc-1'..::o do ScmirHtl'io.
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ONDA DE NATURALlSMO PARECE TER PENETRADO EM INSTITUl~öES CATOLICAS
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!,.O 6 nossa i nlenc:5o desen volvc,· de modo_ c xaustivo
cstt: ponto, mas: nao podcmo:dcix!l:r d e ,•c-1·ificar com h·islC":t.a quc 1,m,,\ ond:;1 de- natur:disano v~,rec:c t<"r pcncl rndo cm a l~uns Jnsli Lulo:-. de· fonm.t<=iio cclcsinsticn. nrnilus vcz.cs com ,, cumplicidnde de qucm, con• dcnnndo ('m hloco um pas.-..,do jult;ado in:-.uficicntc pnra 1>lai-m~u· i\s jQ,•cns gc•r:u;:ö<.•s :--.'lccrdotai:-:. ,;c afn• digo. na procura o.rnnosa de mclodos ;.u.uali:1.;.\d1,s; ou ent~o com a pnssi,•idade um lantö fatali:,;ta dos c1uc. cmbora ln.mcntando no :-eu inlimo (conc:lul na p. ,1)
TA Livro profundo, equilibrado DE e irredutivelmente catolico CIEN S
Al,VAOOR. m:,r<,:o A IH<'IJ ver, dc(•ois d:, morte do .Pndr(• l..t·:o n el Frfutcr,, n ingul;.01, no
ßrnsil, sobrt,~ nssuntos d e sociologi:',, c-:-u:rcvcu com 1unis all:, medin, d•~ c·rudi~Uo, dignidadc.-, ortodoxia. indc• pendcncia o equilibrio do quo t'" c11u~ toi ntingido. J>Clos providc nciais i\ ulores d,~ «Rcfonnt, AgroriH, - Qucs•
tii.o do Conscienciiu> (Eclitoru Vcrn Cruz I.tdr,. - Süo Pnulo - 1960).
A nu~u ver, di,l:'o (}ll, ,,uo cstou tUo lc:mg<~ d e ser infn livel c'! ,1ur., 1,or ist:(1 m e.•m10 ( ... ). sc) rec:onhe('O eomo cer• ti:,s n.s h•sc.-. sociolo,::"it:il.."- quc s•·~ ruu• chun, ni\o nos ,,rincipios adotndos
J)Or... ßcrnuuo:-: ou ,,ualqucr dos cscritorcs, ,,or m tlic,r1;:s fllJC scj,,m, ei• tudos e nssinnd os contrn o livro ,1u(~ , •stumos a a prteinr, ,,orCm uos princiJ)ioi; fl<lohufos ,,ein l J,:"rejn. (~ 1>or E h, m~smt\ <:omcntados - cm documcn tos ofich\is. Ooc:umcntQs que niu> se comi,öc:m de textos- insulndos ou rri:,st·s de ,,1gibt~ir~·, : eo,11pOc-1n-se d e um longo sistcmu, d e um tlenso contexto quc. cligr,-so de pnssi.u:c m. fl o sol quo ilurninn todn. a 1•aiS(1J,!i.!.m , todo o sitio d as id6 iM tilo soeiais ,. :111tisoeit1li$hts- de «ltofornH" Agrarin Q,u t•stäo d o Conscicncin».
0 NOSSO MERCAOO OE LIVROS UU!rC1\dO tl(' lh•ros, i•Sta, (! que. ,\ a ,·c•rchule, 11:10 nos ~,1>rest•11rn, 11r,rlituh1tm ('ntc• ,1uo11do trat(uu d•.· reforma agraria, s,:-rm1th"! c.-,toqu1, , lc~ f1!s1·s c:att1lic.:anw11h1. ~qoilihr:uh1,s.
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N1ui1ihriCt, 11:io 11w rrriro, (, c laro. :·' °s <.-q,1ilih1·i::.la$. 1u-111 iu11wh!S 1rn1·:1 ,,11,•m a \'irl11d1• do c1·1 uilihrio c,m sistc:. 1wofis.-.:ouah1w11I••• f'lll th}sN111iHhrar :-, sodrcl:Hl1•, •r t:•1uos 1•1l11ilihri:,;f:1s
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(;1,·(•lnwntc· • .--sr.re\'t"nt C:Q lll muito talcnfo. ~fos o nu~s m o (itto de ~cn~m c.·c1uilihrista-. ,~-llws um ••11111f•(·Hho Jm• ra 1.rocc•d••r c·o,11 1•,111ililwio.
Tr•1nos 1•sc1•ilorc•s t.'11uilihr:11lvs, ums de foh•go ,m:·to 1• 1m:-sos atras :ulo~. 1•: 1.i-1,1os so,::Oto~os c.lt• rok~o :Hlmi1·:-1vc•t •· 1m:-..~os J:i}:a1111•scos. 111:is fo1'a tlo cnminho: r<·lativ:u1wntc· t•m gl':incl(• nunu•ro, ntw c•al olicos. f:lto t•sfr 11111' t'lHIStilui ( tl:lra OS Cltl(• (:.~(5o c-011vieto:,: c1,, qm• s6 :1s solm:ö•:s :)u1c11tif'amC"nl<- C!ttolicas s:io harmo11io• ,-:1s) 11111:a tli•sanutn1ia.
0 LIVRO "REFORMA AGRARIA QUESTÄO OE CONSCIENCIA" livro «.Hcfu-·m:i AJ,:rm•ia (}awst"iio d e• COn sci<-tu·i:i» C. um traha1hn ,1 ~ 110 cl:'ls COIISC1(•11-dns a qur sc• cHri,.::-t•: um fra h a liio 1>rof111ulo, t!rudito, t•quilihr:ulo (• irw r,•cl u ti vt~l 111(•nt(> eatolico.
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l.>h•iclt·-sr „m tlu:is 1mrh·s. ;\ 1nimcira roi ,··S4·:ri1 :, 1>or ,hms r,ürso,rnlidad(•S r1·•lu;,.,•ntr.s ..-: intre1,ida:,;. dois f:ünosos r cr,rt•scml:mb•s tlo 1<:I,iSw c•op:hlo hrasi11•iro: J)om A1H ooio d (• C3slro M3)'CT, l!h,1>0 d1• O.\llll)OS, t• Dnm Ccrnlclo <I<" Pro(•n<:a Sig,u1d. $,V.D„ t\r~c•h isp o ckilo cfo l)i:'llnantimt. i:; hu11l,C111 Autor d,•ss:1 11ri111~ir:l JHtrle o u iio mc~no~ c•rmlito ,. oiio nicnos fomoso Plinio C()1T<!a d e Oli,·~ira. sim1,l(•s co11i:-rr.J..'1ttl(J nrnri:mo, si m1•l~s fcigo, e ujn cic 11e ia r,•ligiosa ~ ort.odo~lfl \'i\'t~S!W (:lc IIOS ()rim ordios clo Cristiauisnu> - t:,h·e;,, lh1• con quis-t::u,'S('HI, l~Oll1 OS IOUl°OS da combn.tivitl:nlc• im1,erte rritn, o titulo d1' Sonlo P :u:tre el n lgrcja.
A sc·gonda 1,arh•. m::tis tc}(mica ( no sc:ntitlo origin al qu,~ so d c u :1 esto Jmhlvra: s (:nfido cconomieo). foi eontiüd:\ no cconornista, Lui;,, Mcnclon<;ä de.- Frcitn.s. e u ja ~vidc.~11te ~cgur:.rn<,·u 110 r,ssuuto st; p oll~ cmriqucccr o ,•sJ)irito ctos leit.o rcs.
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livro f:Hlntlo it.-. runiOl'OS c (o qu,: j:i. a ccmtccco. scndo quc. il lui tlo F;~•au gulho, c ra ncccssal'io quc :1contcecssc ... l 1\s nmis ('$Cf111dnlos::1s, injuslas t' ,:rossdras 01>osi<,:Ocs, 1nesmo, oo princi1utlmcntc, 1,or J>artü d aqucles que, na estnci1 dü dos J)rcconccitos, S-O n <,~:uu a h"!r o ,·olumc todo. c, mols 1>:,rtie ulormcntc :aiudn, r•or 1mrh; dnquclc.~s (tu e niio cmtemlcm ou - o ,1110 6 111H ,·c,tcs pior J)Or 1mrte c1os (1ne fnzc~11\ d e contn. <1ue niio f\-. tiio c ntc nde ndo :-, ,J:.rnn clo l•'ilosofi:'t l'(uc el e. d csassombrndn e tielnwnh•. gunr-ch, e tr1·111s~ mit.c. um
Mas C t1111 li,1 ro fortiliss inu>. Tßo f1:rtil, {lllf• j :,i km l'lfO\'OCmlo. n n. :\t,rnosforu di, im,,r,·n~) hras ilcira, 1'•'• l:unpagos ncrvosissimos c tt•·oss.i,s t ro~ vorula,-.. A IJ:umas, eh: lödo. sc•cas. Outrf,s se rilo s,:~uidas cla. c;h o\'n t• do on1,1lho corn qm.• H eus eostoma abcn('o:,r o ~ru,:10 dos l'JU(• lht~ con tinuum tifüs, o ,w:,I, 1111 com1H1rn(·.Uo de) clivino A~ricuHor, 6 tu1ucle l<"r• rcno horn qu(• J)rOth n c.:~n1o 11or um. A m c tic:ulosi, fid(• lidmlc clc « H1·ror1m\ A,:r11 ri:1 (}ucs1Uo eh· Co ns• ci<-uein» ao p c 11s.:.11nc 11to crislii:o res.• pl:111d,•c,~. 11:ts 1winwiras Jl:tl:.:nTas con1 ,1uc• c>:- Autor••s: S t• clil'igcm :-10 1mblit:o hrnsilc iro: «Of• 11o u eo h :m110 a 1•sta 1m1•tc•, diz1•m ,,:,•s:. ,·c•111 sc•nclo c::ulf, vc;,, m r, is fr1·c111<'11 ll• (•ntr,~ n6s. ut\o sei 1!111 tlist:ursos c co11ri•1·.-•m;im:, (:C)lllO ('lll •·• 111 rt:,ri!'tas, :11·tigos. li\'ros. r 1•1:ltori1)S ofich1is r 11rojdos de h•i. :1 f'Sl)r"~"sao rc(o1·ma ngr~••ia. Niw 1~ di(icil, e n1rcl:mlo, uotar 11ue c•sta clc•sif:m\(.'ifo itenc•rica tc·m scr\'ido d f• rolulo a. s u~<•slOc•s ,,u 111·-ojc•t·os mui1o tli\'c•t'l"OS NH sc•us c1hjr-t 1\·os " 110 ,·s~ pirito C\111' OS :tlliuta. «A~illl, 11oclc:-s,• f:thlr etc• IIIH;) l'(•rorm:\ :1J{rati:1 s:uli:1. qu~ <;011s! it11:1 autent;co JH'O,?re~..o. c•m har111011ia <•nm noss:1 tr:uli<,·iio cri:-t:i. i\Jas. tim, .. hhn sc• JIOtlt• ral:u· " " UIH:t r,•rorm:a :1,trari:t n·,·olueion:nia. ••.-.q 1ll'rdist:1 c mal~U. 1H1sla ,•m t11·s:u:cnclo tom t•.:,l1 a tr:uli('~"io. 1•;sh• ullinio ti1,o d i• rt·fornm :,i:-r:u·i:1 imllOrl~, 1•111 gol1wnr a fundo 011 ntC Nu (•1hui11:u· :1 1u·o11ricdmle 1•riv:1d:1. Por is to UH•sOH) ~,,~ cl,•V(• .-.1~r ficlo <!01uo h ostil lnm ht-in it r:unili:,. <.;0111 c•feito, como ,·t•r<-111os. 1,ro1,ricd:Hlc• ,. f:uuiliü, s:1o instituic_:llcs corrc latas l' rund:ulas uos 11u-:m1os 1,ri11c if)ios. ccl):11•ü t!\'it ar 1,ossi vds <:onfusOc•s, fic.a tlecl:1raclc, q1rn 1ws ti- lin·o :1 r(•fornrn. ai,;:r,,rii, l'C\'Olucionario. cSfJU <:.rdis ta c ru:.,Js5 ,~ sc•1uprc mf'ntio 11:11la coin inici:i is maioscul:~s t? (•11tr,, :', -.. 11a.-.: «R c rcwma Ag 1•ru·itu. «As. Cl'itic;"t.$ . fcihlS. 1\ <llcC01·m.:t Agn11·it1» n ilo sc r-::f<'rcm, pois, cll'. modo olg1_1m, :·l 11u·clid:1s quc: 1n·orno\t:tm um autcntico J:lrogrc~-.~o chl ,·ida ,lo c:u11r10 011 dü 11ro1hu:iio :tJ{ropemmria; s t•ri:\ 1~ssa 11nm rcforma :,;::r-aria, S1Hli:t».
COM VISTAS A AGRICULTURA
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l\1A dt,.~ 1,ro,•üs d e (tut, os Au tores n üo sc oi,Oem :,o tipo tl<- r<-forma ::ig1•:nht. sadio t". n.
n1>rcse11ht<,~ao (<1uc clcs rc;conhccrm «osen,H,r t,o m11bito do livro)) e nn c1u:\I tlcvt~mos tambCm rcec>n h cecr um sh1eero, esclurecido c ovost.olieo tlcse„ jo dt~ ,ruc c.st:. r ()(or1ni1, so r,•nlizc o ,,uanto antcs) :'l flJ) r t;s<:nhH:.iio (k • nlr;uns 1>0ntos que podcriam t 1ll"i• <1uc-e~r de contcudo crislüO» u111 f•ro .. j cto eh.\ l<:i agrarhl. Ot,St! r\'Cntos o condieional: 11otlc.~riom, modo vcrbnl 'lUC, n o ei,so, C umü o.xr,r~s.."-1.10 da, homihl:"1.dC eom quc os Autorc..~ nprt!· scmt::uu sugest.öes 1-.csso:-ti:- - quc nilo s1~ tleve m confunclir com os 1>rinc ipios d a. l gr-Ojf,, <111c c:stcs sim, e!c.-. d cfcudc m c9ru o brio d e , •(•1·dodciros milit;antc.-. s u b m ct('mlo-ns .no rccc-r tlc outros 1:sl)l!cii:ilistn.s -0-. m :,!s humildt}men(c. nC) \'C•rcdiclo da 1U('S•
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ma 11:reja. Com vistas .'t a g ricu1tu1·a. sugcN:ru ,, -cxc1rnplirieam: - «1) l•'hmt;Uo, 1•or lci, c.11,s eomlic~üt•s moit--O 1:xcc1>ciomiis c m quc a tlcsnl}ropriat.ä o c1e imo\'cis rurais, mc~dirintc. josta imh:1liY,..'\täo. 1,oclc ser reit:',. 2) <;,·ctlit o fncil 1>::.ra os 1,roprieh1rios d e grm\c.ks: :1.ro.as <1uc. os cfosojc111 coloni'l.:ar. Crcdito fncil h'mtb6m r,:u•u. fintu1ei:uncnto da compr;,. df" ~h:lnts, - :o Crt-clitc, fo„ e il smra o NJ11i1H1mf•oto tlf1~ 1>ro1)ric• tlaclcs . - -1) !\ssis tt'11d11. 11-enicn. uos agricullor,•.s, l<'onu:::nto tla a~ric:ullu „ r a , sein diri~ismo. n) Co1u :,~sstto tl c te rrn~ d c , •olu(as a os p (•(Juc nos :iJ:ric ultorc·s, sem,,r,~ q111• J)or t~stc01cio t)OSS!llll 1':h\S S1•r C(Ul\'c'•11it•ntt•.. IHC11h: (',.~ 1,lor:ul11S, G) Fooic·nto tlf! rorma~ cle c.:outrato d (' trab::ilho t11w
possihilitc-111 um a 11rov,·it:1111(• 11to in• h·nso cl:1, l<•rn1 c· ao , ,11•:,,100 tf'l11 J10 lwnt·ricic'•n·, o :'1.S.!ri:"11:,ri:ulo, j)(•'J'ntil il'I• do- lh~ unia xitua<;iio 1•cou oniic:·, m:1!s f a,•c,r:cl\' t'I o a. eon::-tilui('iiO v ::.u h,ti1m ,11~ unt p:1tri1111) 11io, l 1o r ex1•1uplo: :1 l>al'tCJ'iu, :1$ 1•111pr(•it:ul:t~. - ?) Ct1•• dito 1•s1il•~ial r•al'U a 11tdhol'i:1 da~ mormli:1~ dos colono~ c· nwdida~ <!Oll „ (;om ri,gor c;it•ufifico <· (•difit::rnl•• 1>ruch·11c i:1 1mra co111 11ossi\'Cis 1n·omrncianw11tos de Autoricf:ulc· 111:iior. os Autorc•s acrcset•11t:,1n : «I•:xcc•clcrin os limitc•~.; cl(,st«• tl'nhnlho :111:11is:11· C'jl.l :tis tl C'cSS:IS, 111r d icl:1s sc·riam JJratic:, . n·is c_, tlc.sc·,i:"l\'c is 11:1 ftlmi1 co 11ju11tur:i, Foram t•l:',s lcmbr,,,1::i~ :'1 titulo nll'famcntc:- c-xc-m1,l ificati,·o».
COM VISTAS AO TRABALHAOOR RURAL OM visl._is oo 11·abulh~dOI'
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IOENTIOAOE FILOSOFICA ENTRE SOCIALISMO E COMUNISMO l•:IU . portanlo. unm injustic,:a ut ribuir ao livro «Rcfor om Agr1).J'ia. Ouc·sltto 110 Cou.s„ cif:ncia» inspir:wöcs inferiores iis da 1•ropria conscicncia. ~ bo,n os Au torcs cont inu,·m folando: - <cf!;ntro o sociaHsmo " ,, comunismo näo ('.Xist c n t:nlunn:1 dis tintifo cloutrinnr ha. C:5.~CnCi:11 e CCln ~ist c.utc. A pnhl,•r;, . ~ocialismo», cte rato, 6 c.:owr,•s,:-:ul:1. i\s \'O'.l.<'.s 1H1r11. dc."i~füir um coo junto d e tcntlcncii,.s. u tfo nsi,iratöcs d~ rcforrnri, que. scm vis;ucm n rcn-li'l.ru- in t4)ir:unc nto o 1n-ogrnm:1. eornunis t.n, c.,,treh111to q,uer em t11>liei'i-lo ~raclun lm cnte, f" sc.m clcrr:lOl:\tHcuto th• s anguc. nc.stn o u 11ac1uclc sctor da c.strutura ccon omiea ,. .-.o cin l. Neste s1~ntido. o soc inlisn10 " mna 11rc1Htr:\(.11o pu rf, o comunismo. uma r<•alizat-iio Jlauli,tina d est o . Voltarc•nios ao assunlo. f~ mhr1-:mos a,1ui, UJ)Nit,s, f" s unrnri:unc n tc. <111r hulo (1uünto th•hilit:l us institui(.Oes c11u~ o com uuis-mo d cseJt\ su1>rimir C, C"ll1 ultima. 1:i1111lisc, unrn cont.ribuit.üo IHl• ra. :l vilorh1 d t'·$tc:. 1-:. 1>ois, a. «R.<.• .. Corma /\grnri;u , <tm• lan <::t c!ru cst:1do 11.(.!'onicc, ou 1•rl~-,,i:-011i<:.o :"l 1lr<11,riedad e 1·ural e a ••lite social .-,11<' nelu sc a 1)oia, s(, 1,odc f{worcccr os dt·• si.(.!'nios dos co1111111istas».
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OTJMA RESPOSTA 1,: alg.u!iu ohjet:tr <111,~ (•scritort'.S nii.o eomu11ist:1s c nüo soc ialis„ fas. ~ :\l(, es~ril•) r('s ~:tfolicos ( 1,ois n iio'!) sc 011o<•m a c•s.-.,~ li\'rO 111u• :11ic·1ms t r:u1smitt• as t c-st•s: tht l.i;rrc·• ja, - ,~ :'timl:, nos 11ro11rios J\11 „ tor1'S •1uc (•11c.011tn1n·mos a mais :1juslatl:\ ff•Sl)OSl:a : • A ~ ,nin Ori;'ls 01'-
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UM LIVRO PARA OS FAZENOEIROS AO 111,• Ct\ns 1:i f1 ut• os n ossos r:w.t~1ul,•iro~ lt•ulmm c.•11t:<111tn1clo, 11:1 hupn•11s:1 t,rasih•ira dos ullimos tc-111110.-., a lg-mn:i clc-frsa 111:1is cit•ntifica •• mnis vi~oros:1, mais eh• a eordo t:om a s leis da just i(':1 c• ila (•a1·idadc JJ:11':t c;Olll ••11•.~ 1• i:mr:i cn111 o:,: trnb:-llh:-ulor<·s d o t JUf• a c111r: foi orgauiz:uln lh'los. J\utores il1' «Jlc~ror111:1 A;traria Qm·st»o d1' Co m«: ii•m~ ia». N\•sta hö1•:1 1•111 tllH! a 1>r<~1U'it•daclf~ 1•:1rtict1 la r (•st:i sofremlc> a m:iis: c ru,:I •: nrnis; 11rot'ond::t 11c1·sc~ui(UO conht•cid:\ 11:. Uislol'ill: n<':s1c monrnnt o ('lllt! 1,:-,ss:1r:l, 6 t:1•rlo, CC,H llO Jl:ISSalH tocl:'1:,; as clu r:u;U,•s f111c c·sliio fo r:1 tlJL 1_•tcrnhludc). 110 <it1i1I totlo cJwft• qm· n ao SC"ja o Senho1• l•;sr:ulo: todo pai 1• tocla. ,n!le quc. uäo s('j:1 C) :uuoroso Pni l❖.; lntlo c a t fio carinl'lo.sa 1\1:'w i,;:,.t:ulo : lodo c 11~i110 (HH' 11:10 1>ro v••· nh:t tlo l"rofrssor t•:-.tmlo: toclo r(:dc:n • ('i'u'I c1tw 11iio s,~j:-, rruto ,•conomico clo l(1•tll•11tor J•;stiulo; 1•11fhn: todn hit•• r:u·,111i:.1 c111c n i\o St' unarquiz<' 110 monor,olio do l•:st :ulo d e ,·,· t1,•s.np:1rc•-
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mn ,,recisnnl lcr r,s 1>:1ginas 1:;, IG (? 1;, ficlelissimo quadro ein ascc:usUo cullurul e tjco no mica do nrn:,:il. cfctunda ru•los 11ntrOcs o trnlmlhüclOl'CS rura-i s. Qucm t,bjotnr que muilos fo'l.t'n• eleiros n iio corrcsp-0ml(-m fi c logio~m d escritiio que todos J>odcm a li 1-..ircc:iilr, nii.o s o CSC(t,IC('tt clc (JUl"! llÜO s o~ mcnte na dos f:l;,, enilciros, ma.-. Nn todns ::,s Chls.'w(:.., o condi<:Ocs, n c m to• dos corrcspoodc m. como, 1>or oxcm r,to, niio c-.orrC'..iJ1ond c o s ig n ntario clcsh: artigo 1\ grand,.,.1.:1 de sm\ miss:io snecrdot:al. Pnis o filhos, Snccrw clot<:. . c lei,;'O$, r,rorcssorc... c nhmos, m cclicos C) clic nt<~~. juizcs o r c us. pntröes II QJ)crl\rios, sempre os h o u,·,· 1nc l.hore."' <: i,iorcs, hon s "' mnus. t, 1>ort~nto, aos hons fo;,,ondciros qm· s1• rorc rc-- a j ustn, f!. rutlitn, ilumi1uuhl t• rc·~1H:itosa ch!s<:rit.iio <1uc aq1.u:.l:1s 1mgi11ns nos fou:m saborear. t•;.~ta C que l! a. ,,creh ulc ira historia dos bons fa7.end c.ir-0s tle noss:t terrH, ,. näo nqu eln - d t!'<:riti, pe:los profissionnis d o logro, da unarqu in. do assnlto e. d o .dngmnc~nto.
ACUSA<:öES f ALSAS 'l'f:: o~orf, nUo op:\reccu, cont r t, o li\'rO (:1\1 npre<.'.O, 1.1nm s6 ncu su(ÜO <au~ tivc•s."-'~ fumlrl• m e nto 11i1.- \'Crdtidc. 0 JliOr, n i'io llltr!l OS :\UlOl'CS do li• \' N•. mas 1•:u:1 ös Sc':us :tcusadOl'CS. (i t,c•rc~m •sf• fc ito , t?St es, ordin:lrinm,·nt c <:.<mht·c:idos eom o in.ft·nsos :·, atih1d..-s ncJ.,.•·ntiv:,s... Ch cg:un nlguus n diz(•r, t• um c.hc~ou a. f!Scrc:ver, «o C risti:mismo (, :\ n c ligiiio se1111)rc clo shu, c j:111111is clc> nüo» (<mm o S t' c-sh• «.in mai~ n äo Coi,;s(' o r,roprio n il:o, com:ulo univc~rs :,lm~nlf'). S ilo cutolicQs ,,u(• r(:11röv:1m :, Apologeticn, horuf"uil sonlch:nh:.i <: paeificos, <11w j:mmis f:1•1.1·111 i,ok111ica (<mm o~ in1• pios... ) . vor11u e r,fio:d d e <:onlas. d iz,·111 1·lt-s. t':lZ"r awlemic:-, (, folt:1 cl" c·:tritlfuk. Sc; l·(•C:Ollhl':CNII <~omn C(Hll„ r,ort:mwnlo f'risti\o o • diafQ!!O• , n • lc-stcmunllf)"', c;omo si• o t1•stNuu n ho n~o 1mdt·ssc- st•r :1 (innal ivo 011 1w~ali\•o. Po1h: s<'r at<- f:1lso. o tcstt"11m11ho... 0 c1u(• 11:\t) flflth· s('r c;:11"id:ul~ siio :is a lih1tlt•s aJ:l'(.'~iva.s J):\l'H com •~-"fni· (•acl os t' ,·t•rthHlci1·os irmäos 1H1 F f-. 11ri11cipal11Ht11t•· qoantlo, pnra com o, iuimi}:'os th• l)N1s, nquclc-s :·1_t:'rf•s:sor1•s -.cl'isto<:C1H l'iN>~, e <"·a101icos 11iin Chu .s<'näo :1tihult•s cxcc-111 rk ~1s: . . , Potlc•m os irn11ios dizc•r o <1m' t·1 ui S-t: rc•m no rad io. n:-, t dl•\'is:io, 1H) dn1•m:1, no lh·ro, m1 rc\'iSh\ (~ 11(1 jor11:'1l. A tunn::. do (cdialog-O>>, por
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Pe. Sales BRASIL
ijuBstäa ~B CansciBncia rn~Oes 1,reliminnrcs, e pnrodia.mlo a Siio F·runei~o c.lc Snles, ci,bc, nqui, a (u.l vcrtc ncif\: rcpnrni nquclcs homcns quo vos Jlllrccc m rnuito enridosos o ilfirmnt ivos. Contrndi„.ei-os cm qunlqucr do~ pontos n (Jno c1cs, crronctunc ntc., so t1Ccrrtu11, c vcrcis quaJ 6 n, a_(i_rmnc;:-.Uo e (l Cfiridncle quc oles unuuu ...
Nosso Senhor toi nindn. m:\iS ex• 1>lic ito no }~\'i\11gc lho, qunndo diss.c: «Por !ora sii.o eordei ros. mas 1')or dcn tro Si;iO Jobos vor i'ZeSto. Tudo :umnc indo Jh11o P rofc (~l-D nvi: «Os meus inimigos Calavam comigo pnlavr as de paz, m as, quando i rados, procu1·nvain perdcr-mc. ''fudo isto C ol hndo po1· V6s, Senhor>.
1/ ' acusafäo - comunismo e capitalismo
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GORA _e:xnminc mos o v alOI" clns ncu sm,:Ocs c o n t n. «n ctornm Ag r!,rin. - Qucs:tiio de Cous„
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c iencin». Süo muitns, m :1~ podcm scr r csumidns cm t.rC-s.
Art. .:;.0 «Conccs&<i.o de lcnas c1cvol utc1.s aos pcqucnos ag1·iculto-res, scm1wc quc por cstc mcio ()<>SS..'ln\ eh.\S sei· convcnicnlctncnte c xploradasi .
Art. 6.0 -
«Fomcnto de Cor mas de contrato de t r abalho que possibilitcm
u.m n1>rovcilamcnto intcnso dn tcrra c ao mcsmo tcmpo bcncficicm o a.'5• s.,\lariado, J~rmitindo•l hc uma situa-
~flo cconomica mais favor ttvel e {I constHui<:5.o paulnlina de um patrimonio. Por c x cm1)lo: n. parecria, as cmpreit.nch.l.S>. A r t . 7.0 «Crcdi lo especial pnra n m c lhoria das moradias dos colO• nos c mcdidas congeneres•. S6 is to ? Niio. Jt:i o r csto do livro, quo a,iio c obo num sinwrcs ttrt igo. I\lns so os nossos leJ;:"islndorcs e h ome ns de go,•crno lcvnsscm s o• m ontc i sto c m cons:idCl,'l\(:ÜO, 1,nrn. quo rn1\ is, c m mo.teria c.lo benotici os m a• t c rfois no trnbnlhndor d o crun1>0 ?
- 3 .• acusa~ao
:8: um livro uni• l ntc r:d, t>Orquc, }"!Cmmndo o soc ialis mo o o comonis mo, nlio 6 muit o cx1•licito contrt\ o ea11italistno.
1
l." Rcs1>os1a: U nilateral c1ue.r dize r: <1uc c ons idcn\ s omcn tc um In„ do, um ns pcct.o . N o cnso do livro, conu) cli:r.em os scus 1>ro1nios ne us:tdorcs, o cJe.f cito consistc c m c~shul:\r s omc ntc o r cformi.smo c omunistn . Podem os n.c rC'...~Cnt':\r: o d cfcito c on• sist c 0 111 1u•cfcrir uma cspeci:, lidadc n. out.rit. Ora, n csto scculo de hmtns c..~1,coin lidacles1 6 most.rnr-se bcm 1,ouco m cu)ern_o (e bc rn p-ouc.o nnt.igo...) cond enar um lh•ro s:6 porc1110 o seu A u • tor ou os scus Autores Umit.nm-sc, t\
dc lc rminndo nssunto. Ne~tc cnso. J)Or que nU.o coutlcnnr
t nmb6rn os outros es-1rnciali:4os?
causas da
desordem rural
a Acusa('ÜO! •
AF~RMA~ÄO Il~S SEMINARISTAS
Aeusatüo: -
0$ Autorc.s l t1-
lnnt clo tnl modo,
SU\rCCC <liie rc rn que o socialismo c o comunism o säo ns unicns cnusns da desordcm l"U.räl. (JUQ
Rcsposla : N em csta 1\cusa<;:üo 6- vcrdadcira . E m ftJ)(mos sc is 1mgim~, pnra. nüo falnrmos n o lon~o c urso clo todo o livro, siio cnumcrnda.s vinto cnusus da desordcm r ural: iL d ccnchmchl r clig i osa, t\ fulta d o i m;t.ru(!-i'i.O, o s :-1hirio d o (ol'no, o d t~sinter essc r,or parto dn nut oridnclo puh1ic:1, o d csintercs..-re por pa r te do mc;snu) tr:,bnllrndor, n. «d csrurnliza~iio» clo~ proprietnrios. ngricolu.s, ou ()Crlllll1tCJ1ChL d cl c~ mai$ fll\. <;idudc do
,,uo no canlJ)o, fl- «dcsrura Hu,ciio» dos trf1b:1lhadorcs b r at n.is, o nlcoo• li.smo, o j ogo, n prostituic:,iio, n pr1,~ t ica eins uniöcs ilicH.ns, n hnbit:t('ßo
1•:m
scm conrort-0 e scm ~alubridndc, o
Dirc ito, Me<lidno_, l i'·isic:\, Adminis-tra('iiO, l ,ir1.g1;1as , Mu sica , et c., por <1110 nUo co11clc n(l-lOs , ~e n vidn, nlC:m
cs1,irit.ism o, as outrn:,; su1,e rstic_:öcs, a f:\Jtu. de ::, ssis tc ncin. m cclic.:-1, o ~:.bnnjamcnto inconsidc rü<lo eorn n
dcsscs aspeetos, t ~m muitos ou tros de que nc1uel c.s t~-~1wcfalis'hl.::- nii.o so
ftquiSi('."iio d o objeLos su1)t}rfluos, a indolcoe in, o lihc•ra lismo, o ne op~ga~ nlsm o, «quc uii.o 110111,ou n c nhmn:1 c lassc sOt\h\1»1 o ,rn,is u nH\ vc1„ ntcnt äo., scnJ1orcs! o ca1>it:utismo ( pr,. 21 a 26). De t oc.h1s csh'lS caus,,s:, como d cvia sc:r num livro (tlJC tc m Ri.S:SlOS e lc i-
ocop:\ 111 ? 2.a Rcsposla : Näo O vcrdad o quo «He forma A,c:rari:\ Qucsrn.o <lc Coni;c iencin» niio scj:\. o.xf,lid t o cont.ra o num cnJ)it alis mo. '(,; C:\'Plieito, e mnis c ruclito do quc nl.c:umns ncusa ~.öcs <1uc näo f:tzc~m n. d cvidn clislinriio ent re er11>it:\Usm o c c aJlitl\• Hsm o.
Vnmos cil~:tr o livro: «0$ ex• ll'Cmos sc tocam. Com :ilguma frequencio., cstcs rncsmos rcsultados nocivos (do ncoln1g,:mismo) s5o pi·oclu• zidos. näo pclas dcspcsas cxccssivas. mas pelo exagcracto dcscjo etc acmnular riquc1,as sobre ric1uc:1..as. l'.:slc de• scjo origi nou•~c. por vezcs, d::i. in(i ltrat5.o da mentalidadc capitalista t.omada aq ui cm seu mau scntido urna pal:\vr n Q\IC l.Omb~m con-worta tun scol.ido hom - no cmn1'>0. Abstraiodo de todos os dc1m),is aspoctos da vida, o fazcndch'o•«c:11.>itnlistrm s6 via como rim cJc.sla seu t nlb,'\lho c seu proprio cnriquccimcnlo, etc ondc considcrar o cmJ)rcgado 001110 ma• quina da qu:tl sc dcvc linu· o mnximo, fümdo-lhe o minimo• (t,. 22). A s cit:\~:ücs podcri nm multi5,lienr„sc,
ni'io _(Orn. n nngu.s·t i:\ ctas eolunns de 11111 jornt\l. ) Ins nes.sa 11nic1, ci1f1('ÖO quo tiz, cmeontr:unos a quilo que os ncg:\ tlorcs do livro :1firnrnm <1uc ::ali n iio so c ncont.r .:a: a. concfo nac;-Uo ox• J)1icifn, do m :na capitalism o.
2." acusa~ao -
desprezo dos pobres
AC\15-("\~Uo: 0 livro d (1- a ii111>r cssi'io d o que os seus A u tores s6 sc prcocu1>:un com 0$ r ieos, d CSJ)TC7,.'\IHIO OS J>ob res. Rcsr,osla : - 'J"nmbCm niio U v er cl:ulc. Os A ntor cs. como vimos. e he• J;ütU 1\ suge.r ir <aut,sc um ,,roj c l o do l ci , com nrt.igos int"c iramc nte d cdicndos nos pohrcs:
gos catolieos eo1no :\ulores, a n)')C)11t :1tla eomo m a is profuntln. 6 a. f:\lfo d e v idfL rc ligios 1.1, pois, con10 dizcm c les: «D e onclc s::ü Crist o, com t~lc sai a ordo.m. _1i; do onclc s:ti a ordcn1, nli cntrtl a. n e ,·oluc:.a o».
NEM "DlALOGO", NEM CARIDADE Ol\10 ,·Ccm os ld1orc$, n c nhu• m a daquc l:L-; ncus:tt'.Oes 6 ver·· cla dc. Nculmma 6 :1tituclc 110 Silivn. Ncuhunia 6 tli :\loJ;(>, Ncnhu• m:1 C c:nitlodc. g c u nUo cntcndo eo1l 10 cseri torcs catolicos so lan r,nm cont ra um li\'ro desses. Sö sc 6 O cus qu<", q uc rmulo 1Hmi r
0
d esunii'io ,, CJ OOS,.<oll) d c•S(',J\SO 11:·1 rll com :,s r1d\'c rtc n e ias d:, l g r <da sobre o comunism o :,tc.u, ~st:i d eixa mto quc os <1110 nrnis de\'i:'lm eo „ .xe rg=ar niio N , xc-rg-u c n1. J ;i se clisse fl IIOSSll
,,ue c1uanclo Uc us ,111cr cr,:--tig:,r os homc ns, c nt rcga -os, 1,rime iro, i:-. cle• m cncia.
No proxilno numcro
Enciclica ruATER ET MAGISTRA do Santo Padre Joäo XXIII Trad u~iio por Luguesa
do 1no1ncntoso docun1cnto
a
pcrigosa avcntul'a pcdagogiea. n
aceitam rcsignados como incvitavel rcsu ltndo <los l cmpos. Trata-se. nestcs casos, de um pr occgso dcprcssivo. que invcste um 1>0uco toclos os aspcctos da peclngogin celcsiastica. 0 seu clcnominndoa· comum podc cncontrar-sc numn scnsivcl diminui('.5.0 do c lcmento sobrennLua·nl. grandcs rcali<ladcs de umn nutcn tica tormnc:'.io cclcsiaslico. a oi:-a~iio. n uniäo in linm com Deus, o cspiri to
ru
de mortifica(':l o. n humildadc, a obed ic ncia, o cscondimcnto. a scpara~flo do mundo vüo-sc perdendo cada vc;,. rnais, c m nomc de um alivismo que sc apclida de c..•uidadc. Qucr-sc „comprccndc1·" o nosso tcmpo c os jovcns scus ri l hos; mas. nn renlidade. o quc sc Cnz, C ccdcr aos seus dcfoitos. T c rn-sc quase a ilnprc~ii.o de q ue muit.os cducndorcs cstcjam d<>mir\ados ,>clo comr>lcxo do novo, do dcsconhecido. e, cm vcz de trnvarcm a con-idn n cle. a a l i n1cntnm numa cmbriaguez dcsalinadn. Mais solicitos cm conccclcr o agrndavcl do quc cm Ci'\igir o ulil, niio tCm c:01·.ni:cm de pedir ncm rcnuncia ncm sacrificio. ?,.•I ns Jcs.us 1>cdc a renuncia c o socri(ic io. 0 "abncgct scmctipsum"
(Mat. JG, 211> cst{, nn basc de todo o SCll en!=iinamc1llo, c nclc est{t o scntido da vocatüo c t'islii . c. de mo• do eminente, da vocn~äo saccrdotnl. 0 Saccrdotc e o homem do sac1·iCicio, ckslinado - com ns suas penas, com o scu dCSc"lpcgo, con, ns suas imola~öcs de cada dia - a "complctar cm si o q uc falla ;,\ paixäo de Cristo" (c(r. Col. l. 24) . l!: chnmaclo a produzir fru tos de Cra(:n: mns scm cn1z niio h{t J·edcntfio <cfr. Heb. 9, 22>; C c hamaclo a iluminar: mns com a condi~ilo de sc t1·unsformat· cm c hamn de puro holocausto. Seni Jwcciso di .t.er quc estn scrnc1hnnta corn Cristo Saccrdolc c V i li 1na ctcvc l<.-t' o scu i nicio no Scminnrlo? Bcm sabcmos como ~ longo o camin ho. c ci uanl a resistencia l hc opöc a naturcl.n humnnn, porquc •·muitos segucm J c:;rns atC fra<:üo do pii.o, mas poucos. vüo atC bcbcr o calicc da Pnixiio" Clmit. de Cristo. n. 11, l>. 1~ neccssario. portanto, quc os nos:i,:;;os jovcns sc inicicm na 1·,,muncia c no snc.riCicio, c ch~guem a eom• prccndcr a ccmsoladora vcrdadc da• queln~ paluvr as : "$6 C fe1iz. 6 Scnho1·. a al ma q\lc. Pol" teu umor. sc dcsp1·C"ndc de lodus as Cl"i:ll.uras, c:ombate a nnturcza, c crucifica no (Cr\'Or do cspirito, as concupisccncias da C('u·ne. pm·a podcr ofcrcccr-tc. com con~dcncia scrcna. um~ ora('5o J>ura. c scr digna de cst;,1r com os COJ'OS dos Anjos, dcr1oi~ de sc tc1· csvnziado d:Js coisns tcrrcnas'' <Tmit. de C r., J! r. 4S. c;>. Dcvcr·se- 6 i 11sislir d e? modo C$p<!• e int nn nntinomia estahelecicta pc1o Salvador c n trc o scu C!=ipil·ito c o es1)il'ito do mundo, daquelc mundo pclo qua l Cristo nfio quis r cz~1·. cxn• tnmentc J)Ol'C!UC cst:, submerso no cspirit o do maligno c impc nc11·{we1 ao in fluxo d~ Ci·a~a. c rio qu~;\l. 1>0r tanto, n5.o dcvcm poa·tc ncc1· os seus como f-:lc prOJ)rio nao l hc pcrlcnccu <.To. 1.7, 9 c 14-lG; efr. r. Jo. 5. l!lJ. S<:l'f, 1>rcciso tornor-lhes familiai· o J)CnS.'lmcnto de quc s.5o dcstinndos ~\ s eois:1$ cclcstcs. c que. Lirndos (lo mundo, mas 1>crnumcc::c ndo ncle, s6 nn mcdida cm quc s:c subtr::tirem i&s suus scdutöcs. s.c podcm l or na r o sal <1\Je r.rrcserva c a chnma caue ilumina: pe,·suadi-los de quc um c!c,-i~o nao ~c t orna cstrtmho ao scu tcmpo s(> porquc n5o lhe accita os dcsvios: rcsumindo. quc ' 10 cclcsinstico c~'lminhn sobrc u l c1·ra, m:).s os scus pcnsa.mcntos. o scu cora<:-50. os scus olhos cslüo Cixos no CCu" <Joiio XXHI, Discurso aos Alunos dos Colegios de Roma, 2S de janciro de
a
1960: AA-'i,. LII. p. 277). Ta.mbCm ncstc d clica<1is.~it110 campo da Corn,~l<:5o nsccli~ ~cra prc• c iso p,:occdcr com sabia s:c1·adun<::to, com discl'itfw, mas c<m1 pc)·scvcrnn• c;a c com docc firm~1.a: 1·ro.-tilcr in re, suavi tcr i n modo". ou, p:-.ra cit.;.u• r, UO$SO Santo, " Hi-mcza c <.-onst:mcia no firn, do~u1·a c humlldade nos m cios" ($. Vinc-:nt de P:tu l . Conc~J) .. r.;nll'CI„ Oo<:um.; (:dil. P. Costc. Pa-
•·is 1~20-25: IJ, 298-300). F.n, l u<lo, 1>0rtanto. lom31• como 1>0nto de 1·c fcrcncin a vida e cloutrin.n do Sal\'ndor. quc, sc bcm oprcscn Ladas. P.xc1·ccm uma fnscin3('i°lo c s5o de u1na cricacia incomp•."lravcl sobre ;;a almn dos jovcns. l!~ ncccs..~·u·io lcvar ,,s no8S<>S jovc ns intimldadc com Je;us Cl'isto, a vi ver do conhccimcn• to d'f.lc. quc C a vcrdadc Hbcrtadorra do cspidto. u C.l'er nElc, scg-un()o a
a
rorte cxprcssiio de Säo Joüo <M. 1 ). quc ind iea ao mc~mo t ernpo, ccrte;r_.a
na sua palavra. confian~a t otal no
( conclusäo d• p . 2)
scu nu:'\'. ilio, ficlclidndc c c<>rrcspon• dcnc ia in~ uo csquccimcnlo de si pl'optio. Oo t 1·ato quotidinno com o Mcst re, lh<.•s vir{t o estimu lo de s.c Lhc asscmclhan~m (cfr. 2 Cor. 3.
1S>, de sc imbuircm do scu cspi rito. chcgando pouco u ,,ouco "A viri I maturidndc. it n\<:dida da icladc pcrfciln de Cristo" <Efos. 1. t3J.
CONSEQUENCIAS LAMENTAVEIS DE UMA PRESUMIDA "ESPIRITUALIDADE DA A~ÄO''
,, ESTE
nos parccc ser o camin ho real c unic;o pnra r:i.t.cr dos nossos clca·igos rutm·o~ apostolos, pcrfci1os homcns de Deus. 1nontos 1>ttra tod~ a ob1·n bon <2 T i m. 3. 17>. e pnra con tribuir cfi• cazmcn tc para a cclificn~iiO do Cor•
J>O de Cristo (cfr. Eros. 1. 12). Com cfoito, o zclo au tcnt.ico pela salvn<:fio dns nlmas c nconlrou ::;cmprc o scu alhncn to e o SC\l cnlor numn pro• tunda vida lnlcrior c num~, ascc:-e <1uc sc oricntc totalmentc 1>ura a sanlifica~üo pcssonl . Hll. 1>orCm. o P<'rigo de clcslruir com uma clos m5os c cm b r cvc tcm-
po. o quc n out rn eom grandc fa. diga cdiCicou. A h.1diino5,; cm modo pnrticular ä impncicncln hojc lfto es• pnlhadn. pcla qunl com dcmnsinda tacilidnde. e scm as cautclas dcvicln$, sc quc1·cm submctcr os nossos jo• vcns dcri~os n pt'ovas dc~pror>o1'eionadas ;;\s suas fortas, para quc. como so p1·ctcndc. ··tomcn-1 conscicnc:.ia" do ll\UJ\ (IO ( ( UC SCl'{l O campo do scu n1>ostolado. Tcm-sc assim a ilusüo de os hnuni~ar eontra os pcrigos lncvitavcis. c. no mcsmo tc1npo, SO· licit:u· benl C{•do. "na O(':ÜO C J)Cln n<;!fiO", o cspirito <1uc devc nnimar o ~\r,Oslolo de nmnnh5.; julga-sc quc poclcnio ns Dioccscs tc r mn C lcro capaz de comc~a1· a rcndc1·, imcdiatamentc. mnis. c com rcsul Laclos <lc mnis a l to valOI' c1unlitalivo: um Clc• ro prcsenlc no mundo. animador de homcns, c vN·dadc in'U)lC1itC! crn coodi<,;C)cs de dar bom tcstcmu nho do Evangclho. Estn poSi<;ii.O nüo SC (undn 8J)Cll8S num crro de pcrspcctivn rlQc~sc c,m prlmeh·o 1,Jnno o <1uc dcvc scr mm, sequcncin, na onlc m quer hicp n\rquica quer crono10,~ica mns sup6e•se o quc näo cxistc. islo <:. a matul'idadc ~!=ipi,·ltual, intc lecLUal e moral ncc:.cssaria para quc tais cxpcricncins poss.am scr utcis c prO· vcil<>~'lS. A ICni <li~o. tnl posieiio dcsfit;ul'a a naturc1.n c o rim do Scmi• n:u·io como o conccbc a lcgis.l n<:äo cclcsiastica. k~stc, com cfc.ito. näo (: nc m podc SN' uma cscok, de n1>1i• ca<;.5o. c muilo mcnos um cilnlf>O de c x crcicios o.rriscados e eompl'omctc -
dol'CS. mos apcnns um lugar de pro• funda fol·ma<:5o cspirllual c intclcc• lual. J~m 131 fotn1a('(10, 0 Uf)OSlOl(lclo !uturo c ntra c devc. natura lmcn~ 1c. c ntr.ar como mot ivo lns1>ir:Jdor : mns a sua lnieia<:.:1o pratica dc•,•c scr apcnas um <:omr>lc-m cnlo modcrmlo c &'l·udua l. c SQ n.:t mcdid3 conscnliclu pclos: (ins esscn c;iais. Tal (: o pcnSt1menlo dos documcntos pQnlHicios quc tnnto sc tCm J)1-corup:,cJo com consCl'\':lr ao St•minario ,as sua.s gcnuintts finnlidn.clcs. c Quc prcvCem a ncc('s.-;idtidc clc uma l nstitui<:.5o pnrlicufar com a run('Uo cspcci rica de i nic iru· os novos Saccrdoles nns varins: runeöcs soecrclotai:i;. para quc 3 s.nidn do so~sogo do Scminario so
cfctuc com maior si m1>licidade c nnlui·alidadc. :-;cm o perigo de cvcntuais dcsc.quilibrios <'SJ>irltuais c com uma mais a.dcqunda prcpa1·atäo tcoric:i. (.' 1H·.:Hica (cfr. 0 Mcnli nost rac":
AAS. XLII. JIJ). 6VI-G92; Motu P,·o• prio „Qun11doq uidcm": AAS X LI, pp. 165-'167). Muclm·. cm nomc de un'H\ [)rC!:iU· m idtl "espiC'i tunlidadc da n<:5.o" . o cixo it volta do qual se movc com fru to toda a vicla dos nossos I nslilutos n:1.o podc d cixar de scr g ra ndcmcntc 1wcjudicinl. 11: d e tcmcr, com cCcito. ciuc os fu l m'O$ Snccrclotcs. quando fornmdos com uma tal pcdns.:ot:i<1 b;'ls.cncla no i1 tivismo. nfio 5-Cjam capazcs de um l r abalho apO$· t olicc, vcrdadcil'01llCn tc 1wofund(), de supcrat· viloriosmn c n tc dificuldntl es e desalcn tos. c vcnhnm a scr prcsa rr,til do cnfra<1uedmcnto moral num mundo nr;:itado c i nsidioso como C o llOS$,O. A cxp(!1'iencia demonslra quc o do minio das paixöcs C ohra intinm quc dcve r cali?,.'\l'•SC no sc• grcdo dft rtlma, c <1uc lcntamcntc amadurccc na rcnc~äo c no r cco· l himcnto. Pcrmitir no!) no~-.os clc• 1·igo5,; a cfusi\o pal'n o c xtcrior·, dcixar•sc vcnccr pclo cnlusiasmo com <1oc c lcs podcm n<.-olhcr - scju cmborn pnra reali1„fu· c x1>el'icncias a1)0S· tolicas - 1.\$ cva~Ocs <In sua 5-,cv c ra mns ncccs~:.u·ia vida de picdndc c de cstudo, näo scrß, 5>0rvcnturn, dis• troi-los dtt dh:ciplinn quoticlittm\ q uc s<: ulinic nta nns (onks salu1arcs ein ora<;t10. tlo C!\ludo. do :--.-.ca•ificio? r~ quando clcs. l.crminndo o ciclo d o scu til'()C'inio ~emhmri$tico. afrontn1·cm sem a dc vicln prcrmra('ii.O ::t erua r calidadc da vida. n 5.o 5-Cl'{t de 1·c• ccar o rcgrcsso ein otcm;ivn clas lh'\i • xöcs. esciuecidas. adormccidns. mns näo subjugadas? Os rcsullados de uma scmclhanlc posic:üo pcdngogicn poclcm nornr-sc j{, no Seminario. 0 c nlangucs<:imcnto da picdndc. o dcsamor IJOIO cst.ucto e in gcra l c pc lo cstuclo cspcculalivo cm pnrliculm·, a di~cipllnn abalndn nos scus as1>cctos fondnmcntais o silcncio, por cxc1111}IO - c. sobrc• tudo„ a t;randc sur,cr(icia lidadc ciue sc nota cm vados $Clorcs cducnli• vos nüo Wo de cc.rto ns m c lhorcs prcmiss."ls 1m1·a o e:d to dos autcnli cos 8J)Ost.ol0$ (IUC SC (JUCl'C.l°i:t da 1· ;\ Ig reja.. 1;; o easo d e <:itnl' n<1ui u 'a maxima de Säo Vic:c nte, ma;,.:i„ ma quc, sc J)C)(IC ~ctvh· como no1·ma ,::cral de conduta, 1cm um vnlm· c:i,:;;.. 1wcialissimo no ,~ampo cduc..'l1ivo: " Es11·agnm•SC as hc)3~ nhras J~ rquc sc quci- andar com 1>rcssa dcmaslada. porq\1C sc nge scgundo as lH'O• prias inclinatUcs quc oruscam o <.-spi rito <: a 1•azäo, c fazcm pcnS..'\r (J \IC o hcm que sc. quer fa;,.ca· C 1>os..-.ivcl c oportu no, c1uando o nUo C. como c.Jcmonsl o i nsuccsso que vcm cm scguid;,-\'' (ob. ei l. IV, 122>. Antc s f)()l'l.anlo de PC1lS..'\l' baseandO·SC cm mctodos de vnliclndc duviclosa. cm formar o Snc('rdotc do momcnlo 1n·csente. ponhamos o nosso cm1>e„ nho cm r ormar o Saccrdote de sem-
,·a.
pre".
*
,foc11mc11to .~c• (•11rcrra tom a n•co11u•11d<1r,itJ (IQ Satrntlo Dir1,slcrio 1,os f'ducmlon·s ,tos r/1'.rigos. 110 scnfltlo tle 1111c '' prtuurcm fOm to<lo.~ os meio.~ ,111r. ns hoas ,n.,;.
0
pt).'>i(',i(_•s tlo.~ jove.11s ruroulrem scm„ pri! 110 $,•miuario a (lj11d(1 npta u tor„
uar-llu.·s mais fnril o nfingir ,f(1{111dc esfml<> de vcr/l'irtfo que ,;;.(' chnmn santido<le saccrdatnl".
~jAfOlLECESMO •=-'
MENSARIO COM APROVA<:ÄO ECLESIASTICA Campos - Est. do Rio Oiretor :
Mons. ANTONIO ßlßElßO 0 0 ß OSAßlO
Recla~iio e ger cnc ia : A v. '1 do Sctcmbro, 2117 -
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Co1nt11n
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Bc!nfcltor ... . . . .... . ... ..•• . ..•• . ..•.. . c ,•:'.lndc beorc1tor .... .. .. .. .... ...• • ••• Semlnnrlsta~ c C!<ilUdt1ntcs ••. , .• • . • •• • F.xlCl'iOr ..... . ... . ' .. . .............. . . .
:l\"111ncro a vul:i;o ..... , . , , , .•............ Numero a l r:1,s ado .. . . .... . •• . .•......••
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P::rrn os 1-;slados de Al:1go:tf-, Amnzo1mi:;, ß,nhln, Cc:i.r(,. CoU,s. M:1n111hf10, M::ito (:rosso. r•Hr(i, 1>arall>a. Pcrnaml>uoo, Piau1. n10 C:1·.1111<le do Nol'tc, Scrg:IJ>C c Terrllorio~. o Jorn:al ~ cnvl..ido 1>01· vi:1 nc-rc:t J>elo JU'C('O da {IS.Sh1nlu1·a oornum:
c nd<-rC('O :tnHi::-o. Vnlcs p<>slnls, cartns com \tttfcW dcch1nHIO, c hc;,1ucs. dC\'CJ'fio scr cnvln• M 1.1tla11~:\ do ,•ndcn:to d o :o;sf n:rntc s: m c n clonnr o
(los <'m nomo dt::! um ~fos set:olntcs Ar.ent.es e l)~rt\ o 1·<-~vc.-·U\'O tiHle• r('~: A~<int,• :;:c-rn l - l)r. Jos~ de Ollveln\ Andradc, Cl\lxn Po:-tnl 33.'3. Cttmr,os, Esla.do <IO RIO: ,\ g-c;nl<> J):u·n os R,ititdO!i! dt• J'a r!'1 m'\, n io Gr nrulo do S:ul, Sant:, Cn1:,rilm e, $:1o r.•:u1lo - Jos~ Lu)::: de Frcllns Cot m:u·!ics Abh'IS, Hon Castro Alves. 20, Santo!'), 1-:;g1.:ulo de ${10 P:,ulo: A,:onto pnra os 1:;~1.a dos do G •>lf,s. MiUo <:ro"NI) 1) 1\f111!'1 ~ G,IrtHl[I -
Or. Mlllon de Sancs Mourtto, n.ua 13arno de M:ltl\Ubas, 202, tcldoite ;t-2279, U('IO Ho1·l.t.Ont.c, Estado de Mlna:,; C<'l'als.
lrmandade de Nossa Senhora dos Pampas ,__________ __ _________________ Fernando Fur quim de AI meid a A trcmcnda crisc cm quc sc dcbatc o mtmclo moclcrno, muito sc fala nos direitos dos trabalhaclorcs, nos cleveres clos patröcs c dos propriclarios, na ncccssicladc de rclormas de basc, etc., e sc propöcm numerosos planos unilatcrais para rcsolvcr ccrtas qucstöcs de pormc-
N
nor, ;)s vczcs i111porl;111tcst mas
cuja solu,ao scrvc apcnas clc paliativo, porque niio sc procu ra enfrcntar as verdadci ras causas dos malcs de quc sofrcmos. E curioso notar quc nenhum ca tolico duvicla de quc cssa crisc c, anlcs de mais 11adc1, uma cri::;e moral. Quanclo sc trata, porcm, de combatc-la, com frc<111cncia tudo sc passa como sc cla fosse cxcl usivamcn tc cconomica; c o que c pior c quc as solu,öcs aventaclas, alcm clc consiclcrarcm apcnas esse aspccto da questäo, aprcscntam muilas vczcs a nota tipica dos compromissos com ccrtas idcologias politicas, hcm co111v näo rcvclam dcscjo rea l de procurar o bcm da colclividadc. O trah.ilhador tlo campo, cm particular, foi atc pouco tcmpo complctamentc csquccido pclos tcoricos da cidadc. Agora dclc sc lcmbram, o mais das vczcs, para induzi-lo /1 rcvolla conlra os palröcs ou p;ira usü-lo C<llllO pretexto par;-l rcformas agrarias sncialislas e ant icris!as, quc viräo tumufluar <ti n<la 111ais a vida 1:ihoriosa do nosso hintcrland, j,i täo agitado pclos prol>lcmas que a invasiio do espiri!o matcriali sta c rcvolucionario d,1s grandcs cidadcs nelc va i introcluzinclo. Foi, pois, com vcrdadcira satisra,äo qu c !ivcmos conhccimcnto da cx istencia, na Argcn!ina, de 11111a lrmandadc quc combalc
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o mal pcla r:iiz, procurando rccris(ianizar a vicla ru ral de modo quc patröes c trabalh adorcs das es!ancias sc tornem " irmäos cm Cristo por Nlaria quc clcsejam ser cafolicos intcgrais f: wna pagina importa;itc da his!oria das a! ivicladcs catolicas quc assim sc cstä cscrcvendo naquela na~äo ir111 5, o quc nos lcv:t a suspcndcr hojc a narra!iva dos fcitos do passaclo pa ra dar noticia aos nossos lcito rcs dcssa oporluna c providcncial iniciat iva. 11
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Trata-se da " Hermandad de Nucstra Seiiora de los Pampas", quc trcs cstancieiros, D. Luis F. Gall ardo, D. t\<lanoel Garcia Verde c D. Pablo Mary, com o bcncpl:,cito c as bcnc;äos da l licrarquia, fundaram 110 dia 25 de mar,o de 1942, fesla da Anuncia,ao da San(issima Virgc111 Maria. A idcia cra original, e mcsmo a i11vocc1~fio 11 Nucslra Sciiora de los Pampas" era nova. A rcspcctiva imagcm foi int ciramcntc itlcada pclos fundado rcs, c rcprcscnta a t\<liic de Deus com o Divino ln[anlc nos bra,os, cercada clc 111o( ivos alusivos ao campo argcntino. Scgunclo a prudcncia hahitu;il cla lgrcja, a lri11;111cladc loi ap rovada "ad experimcu1urn". J\t\as os nmucrosos clogios quc 1cm rcccbiclo do Episcopado argcntino c o bcrn quc vcm real izanclo säo inclicios scguros clc scu cnnho providcr1cial, o quc faz cspcrar qnc cm futuro proxirno a sua difusiio por todas as estancias lhc perrnita atingir plc11a111cntc o sc11 objc( ivo de cristiani„ar c sa nlificar o campo.
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Os cslalutos da l rmancladc cxpöcm o Ideal qne clcve guiar os confrades e os mcios a sercm usados para rcalizii-lo. Rcvclam em scus autorcs mna fc pro ftmda c uma piedade rnarial cntranhada. Näo poclcndo rcprodnzi-los na iulcgra, qucrcmos pclo mcnos transcrcvcr alguns lrcchos quc nos parcccm csscnciais para o con hecimento do cspirito quc os anima. "Enquanlo oulros - lc-sc no docurncnto - cxcrccm nas cidaclcs ou nas in!cligcncias scu 11poslolaclo fccundo c heroico, 116s s6 nos propomos mclhorar nossas pobrcs ahnas c tratar de fazcr de nossas propricdadcs rnra is, fortalezas da Fe. Qncremos cristianizar csscs pampas - alc ontcm impcrio do Maligno c da idolalria - cimcntaudo lares ondc Crislo seja tuck>". E mais adianlc: "Scnlimos a nccessidade de nos conslilu irmos cm lrmandadc. Com isso näo procuramos scniio eslru(urar cristämcnlc a labula diaria de nossas vidas, de mancira quc scja 1Jossivcl cspirilualizar a ta rcla de ganhar o pao de cada dia. Cacla csfo r,o, cada gesto clos quc sc prodigal iz;im cm torno de nös, movidos exclusivamcnte pelo afä do dinhciro, eslcja cm nös unicfo a 11111 scnlido crisläo que tonte lccundo para nossas ;ilmas aquilo quc nada aprovcita a qncrn agc apcnas pcla ansia das riquczas. Pois, corno diz Nosso Senhor {Luc. 12, 34), "011de eslti o leu
lesouro, ai eslti o leu cora,:tio". E o nosso tcsou ro näo podc 11cm dcve cstar scnäo no firn para quc fomos criados. Ou, como nos in d ica Säo ßcnto, "para que cm Judo scja Deus glorificodo". Essa
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dcvc scr lilcralmcnlc nossa santa obscssäo". ·Esse programa de vida, täo simplcsmcntc cxposto, cxige 1111111 completa abncga9äo c näo pocle scr exccutado scnäo com o auxilio de Nossa Senhora, mccliancira das gra9as qne suscitam c guiarn todas as obras vcrdadciramcntc calolicas. E o quc cxprirn em muilo bcm os cstatutos: "Unimo-nos crn fvlaria Santissima para sermos mais de Cristo. Deus quis Se dar por /\1aria c sua vontadc c que a Eie chcgucmos por sua Mäc lmaculada. Ela c o Aquccluto da Grac;a, c sabcmos quc "M11riam sequens non devias", corno nos cliz Sao Bcrnarclo. Scndo Ela a rnedianeira entre Cristo e os homcns, c natural que /\1aria Santissima sej;i a Senhora de nossa 1rmandadc". 0 documcnlo rcgistra tambcm as obriga9öes de picdadc clos conlradcs. Alcm da irnagcm de "N uestra Sciiora de los Pampas", teräo clcs cm scus cscritorios, bcm visivcl a quantos os procurern, o Crucifixo, "näo so como prolissäo de fc, mas ta111bcm em 1·c parac;äo por aquclcs que se envcrgon ham clc con fcss{1-lo na vida publica e rclcgarn 11 iutimidaclc a irnagcrn clo Suprcrno Rei c Senhor". Diariamcnte, ao mcio dia, aos pes de Nossa Senhora clos Pampas, rczaräo uma Ave Maria, um Gloria t a invocn~äo: "Quc o auxilio de Deus permanc,a para scrnpre conosco c com nossos irmäos a11scntcs". A ora,äo clo "Angelus" - o anfigo cost urn c de nossos fazcndciros, de rczarcm-ua com scus traballtadores quanclo tcnnina-
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vam a tarela cliaria, cst.i hojc quase totalmcnlc abanclonado c rccomcnclada aos menrbros da lnnancladc. 0 Santo Rosario e objcto de particular venera,äo. Os conlraclcs dcvcm rczä-lo tliariamcn!c, sc possivcl crn conmrn, tc-lo sempre consigo c lcmbrar-sc de quc, "assirn como nossos irrnäos, os mongcs, tcm cm allo aprc,o a rccita,ao clos Salmos, assirn farcrnos 116s corn o Saltcrio mariano. . . Quc o Santo Rosario acompanhc os nossos dcspojos depois da morle". E impossivcl da rmos uma idcia completa do quc seja a lrmandadc. A lcifura clos scus cstafutos dcixa cnf rcvcr a rcnova,äo complcfa a quc a propagac;äo clela poderii contluzir as cstancias argcnlinas. As rcl;,c;öcs entre propricla rios c frabalhadorcs do campo, bascadas na justir;a c na caridadc por cleilo da crcscente influcncia da l grcja, sc suavilaräo, c unidos todos pclo ideal de scrvir a Nosso Senhor Jesus Cristo, unico ideal capaz de cimcntar as rclar;öcs hurnanas, sabcrao rcsolvcr pacificamenlc os evcntuais conllitos quc surgircm cnlrc clcs. Alias, os autorcs <los cstatutos foca lizaram cxplicita e cuidadosamentc os problemas principais: as obrigar;öes dos pat röes c dos cmprcgados, o modo clc aquclcs tratarcm a cstcs, os dircitos de uns c oufros, nada falla, en [im, ncsse vcrtladeiro tratado de vida social no ca mpo. Fazemos votos de quc a I rmandade se propaguc rapiclamcnfc c conti nuc dcscnvolvendo scu apostolaclo fccundo para quc na vida rural argcnlina sc observcm ficlmentc os cnsinamcnfos da Santa lgreja Catolica.
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Dois livros de grande atualidade Gon~alves Monteiro
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OUI~ rmrccer algo C$1rirnho ,1uo s(- cstcj:Hn n !~ist.r:u1do
nes:tas uota.s dois livros a1,arecidc,s h{t 15 e ~O :utO!i a C.-:i~. l\1:.as n cstc monu:nto, cm quc t.i.nto se f:\l::L cm «Ht:form:\
J\~rarin» -
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rrcqu.-.ntcm cnt~
de
nrnncira
fUo doA"maCica c)u:m to su1•erfieial - 6 do m::üor int;crcsso a l<:iluru tfosscs dois rrab:'llho~ Cl-i(lril'os com profundidiHlc por um c~cooon1ist:i
o sociolo:;o, in tcketual dos mt,is uot:weis dQ Porh.1~,1 hotllcrno,
,,m,- 6 tnmh(mt Ja\'r:,dor, o <1uc, tuc1o, lhe d{, incomum c
rcdobn1da :uitoridatk.
• • • D cs:tst rc. cfas l{cronnns Agr:1ri:t8» C cont1:!m11or:1nco d:1 11rimc ira omla r1gro-reformi:d.a clo s,~culc). quc sor,:iu ::tJ)6s n. (;rauch:~ Gucrra tl•~ 1!)14-1918. N clc. o autor cornc(•:, <'SIU• d:tmlo unrn t.t:.n latina. de~ «R efor111n. A~r::1rit'1» em Portu~:1 1 i11i:LS fracnssadn cujos crros toru::, fl:\i;:-ranl'<--s. 111ostr:rndo sua injust.i,::1, i;eu cs1atismo, sua ineric:1cia c atO ~•rn contraJ'> r()fl 11(~(: 11Ci:t. 'J'cntlo conip:·, recitlo, eom o re1>rcsenl:mtc dn :1,::rhmlturu 110..t.u~ucsa. aos Coogrcssos l uternneionais de Agrieultura. de Vnrsovi::1 t)- d ü Hucnrcst. cxpöe, :-. sc!g-uir. 111n trnlmth o, tJU O ali :·111rf;sc·ntou, sobre a <<Doutrill:'1 Oeidcn(al da JtMorma A;::rnria», f• rctmm c ns t c.scs de Jlrofc...;sor,:s c {l;{Cn1cs govc,•,wmi::n • tais da n o1n1;ui:L e d:1. •.rch eco-1•;.s1ovaqui:\ sohr(:. ftS rdormas l<•v:Hlas :1 cfcito 11:H1u<•l<~s 1ntiscs. Diseute-~,s eerr!)cl::uur.n(e, ra~emlo \'Cr {(ll(' tfm origNn c fi11:ilich1dC's 1>o liticas . ns <1uais sc 1>rocurn cmnurl:1.r com largn c inconsistcntc. moti\•arii.o d e ordc m cconomica, Os dr.sastrosos cfcitos d e ta!s rerormns, <~o m rc1h1('i'i.o scnsivel tlo rt·· ndime nto 11or 1_111ichtdc d e supcrfici~ c d:• ,,u::alid:ulc da 1•rodueao c m gernl, siio co11rcss:,clos n ess:,~ k si~s. c 111ho1·a sc pr-c tcll{b q1.1c o tcmpo os rcmcdinr:i. Niio foi l)Os~ivcl ,,criflcr1r o e u!tt o dess~t.'i r<•formns, 1,oi!> Os orgifos dclns cucarr-c gados, scm1>re promeh:nclo r::w.C-lo, nunen dcram 11uhlicidndc i\ :-:.ur, 1,rcst:1('i'i.O de- cout::.s. Acrcdihl, tod1wll1, o autor eine cssc.s recurso:.:. r.1>lie1utos numa. rcformn 11üo rc\'OJucion:1ri:,, c Ol'g:m ica, dovcrinm dar rc,•m ltados rc~1is c paci<(()
Jos~ P..:Qu1ro lh:ufa.O -
"0 Oesastt·c das Rerormas Agra-
l'ias" <Coirnbra F.clitora J..,tda., Coimbra, 1931) c "As l."afs.os ld~ias Clm•a,:-; cm J:i:conomia Agnu·ia" (Tipogl'aCia Portugucs.ä.
Ltda.. l..isboa. 1~G. 2.~ cd.) . f i cos, sc.m otcn:sn no dircito de 1>roi,ricdndc o scm [H:rturlJti.c:öcs n:'l 1u-<uh1tiio.
Adcm:"1is:, <mnm R cforma A~r:lrht. uuue:, 4 clc-,!initi\'a».
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c1110 :'ll-e1Hlet- <<110,·.-ts c.··rnutd:ls eh: 1noletr1rios: que declor:"Un
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fon,n de tcrr:a, ti\o i,tcndivcl como a <los j{i. scn•jdos». f:ish't<:--fio ngro-rcformista C umn <OH~HJuina legal do destruit-tlo integral da. tcrra». Ali:i.s, di7,, uind~t o ::n.ator : «6 l°\ i11fl1.1enei:1 clo esr,irilo bolclHwista quc. em partc. sä"o d1,wida.$ as rc ,•olucöes :·1gr:-•rhts tln Viurop:i. Ccntr:-.1».
• • • 1•:m «r•-u1su~ lc.Mins Cl:1r:1s cm t;eonomin Agrarifi», eomcc:a o Sr. Jo.sU l„cqulto H:cbelo d(.)(iuiudo o qnc (!. esse tipo d o icl(-i:'1s flUC, 1uodero:unc ute. vem in vndindo e.~te e o u tros c:un1>os do !lCIIS:•H HCnto.
cd•':l1s:,s i,ICi:1s cliH':ts -
diz cle -
e rros fals:uncntc e vi-
tfont.<:s, sorismas quo. sutihucnh::. c;1ptmn o uosso :,.sseutinrnuto
c clc pois s1) 11öc111 :, co1·rcr como boa moc.d,,, formu1n..~ pe rcm,>• tori:\s du um intc lectoali~mo faei1, id(:Ologfas supcrficiai s porsu:u1itfas tl:t $1., r, J)rof1.111(k·1~,. dogmati.smos prirnr,rio.s c m que ,·C.m ::i. Cüir litfnC.nlaveimcnto o im1>erdo:1,·chuc-111c os: hi1•crCl'ilicos, hulo i:.:t'o se citra nn(Jucla n11arcncia de vc.rdndo <ruc 6 :, sua maior iuil)lig:1 1u>1; lhe afct:ir os c:uactcres d e sim plicidmlc e d e C\'idencl.a.». 0 livro cuunciu cS."i:\..'> id(:i:tS soh fonua d e tcorcm:ts, c1uc loi;:oica. 1·ctul:1 com segurrmt::1 . .
As tc.S(!S o as rc.fut:l('ÖCS säo fo1·nmh1das tcndo c m vlstn, c.s11cci:1hne11tc, il tliscutitla c1ueslüo :-.grnria 1>orh11;·ue.s:1, que cons iste ,m gr:mdc difercn('a d e de nsitfadc clcmogr!'lf"ic;..'\ cntro
o Noroestc d e hons t-0rrlls muito subtlivididt\S o o A lcntc jo, no sul, c.om pro1-.ricd,uk~i c~t-cnsas c m tcnn 111:i. Nii.o obstnnte es,;,e objcHvo de nmbito loenl, o livro refuhl os J)rinci1mis crr·os que. se viio difundimlo eom ttlnl:'1 insistcn~ ()i:\ nesto nuamlo clo h oj e, tao tr11b:dh:1do ,,cl::, revoluti'io org:-.nizmh• e t!Stipcndi:ul:a. J>e los ~overnos de csr111c rda. O primeiro dcsse....; r:-.Jsos tcorem:1.s C <<o 1)r<:concc.•ito da s111,erfici1~». J\tostra o nutor q1,11) a snpcrfieio C, npc:m:,s, 111nn. 1>:-arte tl:1 r <:i.alicfade rumti:-.rii\, cxr,ri111indo H'io sO dm1s de s1,:-\s clime nsöes. A tcirr!I. n,::·ricohi. tcm-nos mulliplas: n profundithuto do solo, a profmulid:-HI~ d o subso lo, :1 dc nsidade dos 1>ri11cipios fcrtcis, a alturi-1 tot.ü.l d:t. ehuvi·, , :\ oltur::t d:-l chu,·r, no ,·t~riio, e out.r as nrnis. Nilo h:"1 comp:\rnr, r,or cxc!m11l0, :'l ch:11sicfade d e llOJHlfa('"..iio de duas rcgiöcs, sob o i,onto de , 1istn :1,;r:trio, srm corrigir a n ot:lo do SUfHJ:rricie territ-orial JlCl:i. eous iderfltllo dt1s clim,;nsc'foi, n iio :1p:1rc 11t.c;<;. Na. rcfuti,t:io dos tc,,remr1s seguinte~, cnjos Jlrcconceitos c.lcnuciu. c.m bo:\ JHtrtc, daque lc. 1>rimciro . 111ostrn o Sr. Pequito U c.bclo qm1 C 111ii-tcr :\ eoexistc neil"l c.hl ~rande e d:1 1H:que m\ pro1,ried:ulc, conrormc, as regiih:.:,; o dada :i. ncccssidndc de cs-JlCCi:ilizac::.io d o m m\ e outrtl ean cultur:1s J)ant <1110 siio rc.s~ 1,cctiv:,mc.~111(~ m:tis :1pro1n•inc.l11s. 0 la tirnmlio ni'io 6, gerahue nte, a eaus::r d:i. ,,obr<:·:r.u e d:a cs<:ns."ie~ ·d:1 J>OJntlat.i\o; ma.,; siio csh,s c a pobrcz:i da pro1,rht te rrfl qne s.iio a eausa do htlifundio. i! por nrnio dcstc ,1uc, nos zc>nns no \'fi.S, com c(.ou. crn gcral, o 11ovoamcnto. 11uc se dcscnvolveu ,1uuucto ns eonditOes do mcio o f:l.vo.rcccr:1111.
• • • Procur:wdo condcnsar :\S con elusOcs do e.,;regio Au tor :1 «n.erornm AJ;:'ra.r in» - cc11u 111:1isculas e 11sp1ts, scgundo a co,wen("iio adotüdä cm «Reform:, Ag-rarl:i. Qucsliio d e Con scicncia». i$l,o C, n re• form::. cl o i11spir~1('li.o rcvoluc:iou:trin 6 uma inichlli\'11. ,,o litica quc n:io resolve os 1>roblcm1ts soci:1is o cco1101nieos quo sc. Jlro1,0c resoh·o.r, :1n tcs agrnva os existentes e critl novos, torn~nu1o-se um proccsso cont.inuo e dt',.,;tru tivo.
tlcss,~s c.lois li\'ros, l)odcmo:- di:,-.cr ,1uc,
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ESCREVEM OS LEITORES
Exmo. l?evmo. Mo11.s. Piel ro Pnrcnle, Arcebispo li/11/ar ,fr Plolomnida tfa Tebaida, /\sse.ssor tln S11f1re111a Sagrada CongrcJ!{lf.Ün tfo Santo 0/icio: "Vivmncnlc ringrazia r,cr la h·aduzionc
nclla bclla lingua porloghcsc. Osscquic, llcncdicc. P. Parenlc". l?efere-.,e S. Exl'ia. Revma. <i lr<1d11i;üo de s11a conferencin
snhre "Necessidade da J\tlagisterid' . q11tP publicomns em nosso 11.• t 2J, de mnrr.<1 1'·1'· f?ca•mo. Pe. Juvenal Vuz G11imaflies Filho, Scio Joäo de/ Rei:
<.;•:An,\
1;. <: . !<t' L
" ( .. . ) seu otimo jon,al".
Sr. Francisco l?odrigues tfe Oliveira. Ch11selhcir11 Lafayelle: ,tNäo dcvcria fa ltar ou dcixar c.lc cxi$lir uos l:Hc:-. cat olicos, 11111
j ornal co1110 CJ\TOLICISMO. E rea l111 c111c c scm duvida algu111a um grandc clclcnsor da vcnladcira Rcligiii() Calolica ( ... )''. Sr. Pedro l.acave, C11111>1•as de/ Cas/illo: "C/\TOI. IC ISMO 111c gust.a mucho y dcsco scgui r rccibi<:n<lol;1".
SAO 1•,, 01.0
numeros clvtllsos para propaganda junto a pcssoas intcressacl;ts; podc scr tiuc a~sim possa ,,rranjar alg uma s assina1 ur:1s dcs~c ~randc vciculo da vcrdadc c do bcm !"
Dr. VasC/1 da Gama Paia>a, Stio Pau/o: ( ... ) niio dcscjan do in ltrrompcr o rccchimcnto de täo valioso 111cn:-;:1rio" .
SAO PAUI.O
N evmu. Pe. /IJ(io Na/011, Seminario d e Stio Joüo Via1111ey. f>almas: " ( . .. ) o grandc e bclo jornal CATO LI CfS/\<1 0. ( ... )
Sr. /?011ey Oli1•cir11. f/c/o /-lorizonlr: "Tcnho lidn assiduamcntc o scu mcnsa rio. c cstou ~atisfci1o <.:v1 11 täo provcito~a lci-
~II NAS t:•:HAIS
Pc~o ,, Virgen, do SS. r~osa rio quc prolcja sempre o cmprccndin,cnlo de läo abncgadas pcssoas quc nao mcdcrn sacri licios pcla causa c;ilolica. quais scja111 os rcsponsavcis pclo CJ\TOLICISMO".
tura".
R rvmo. Pe. Godofre,lo S clt111ied1•r. S.J., C11l eJ!io Stio Jos,: Pureci Novo: "Goslaria muilo de podcr lcr, 1amhi:111 110 meu
Sr. Jo1io Luiz Va111wz i11i, ßauru:
R<'a>mo. Pe. l?ui, C11/egi11 Saul" /1111l'i11. /;.sl11('<i" S,io Sa/v(l-
"Qucri a 111:anilcslar :1 minha sal isfa~äo pclo scrvi~o prcs1:1<10 ao f~ci110 de D,·11s n<·sl,,s dez anos (de CJ\TO LICISJ\10)".
(Ci\TOLICISMO ) 11111a p11blic;1\·iio quc nossos Supl'riorcs muilo :H lmirt1111 C :lfll'\'{'i.nm'".
Sr. Cyri//1• Labr1•cq11<'. H1·a1111orl. Quih<'l·: nmp de s uccCs :', vol rc honnc rcv11c".
II. ,JANt:11io
Da. N/oria Cecilia Bi.~(111 /Jr1111/!lli, /tu : "Co111i111ao a rcccllcr nonnalmcn1 r cssc- ~r:uu lc halu;ulc• (la:,; noss:,s conv ic\t>es rcli-
SAO l'/\ U l ,O
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0 •
rc11ov:1r ll1i11ha assi naturn dn 1nar:1vilh11~1) CATOI.ICfSMO ,. lor111ul:11· ns 111<'lhutc~ votos pclo~ fd i%es c <·onlinuns cx iio:,; dc~sc llH.·;rns;ivcl " ( ... )
Sr. Ni1i/011 Go11(:(l/1ws Fi~11,,ir(•do, Teofil" U/oni:
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qucro 111c con~r;i tul::tr \ "c>11 1 o Prof. Dr. Pl i11io Cori-Ca de Olivcint
pd;, pullfic;11;,in d" arli~o "Rc fon11;1 J\grariil - Qucslao <lc Ccl11sdc111'i:1•· 110 11." 1IS de CAT OLIC ISMO. puhl ica(äo csfa quc ill'hci opc) rt u I t i:{~im:t ••. Sr. Jac,,,u,s 1/usei·. L<111s1111111•: " II csl r(·nll1lor1;111f de savnar
qnc 1c 111c111c comhal pour lc lrirnnphe de Noln, Stignc111· sur la R<•volution csl 111c11(· sur plnsicu rs poinls du mondc cl e11 p:irtic11licr da 11 s cc eher Brcsil oia j'ai cu lc l),111hc11r d'y nailrc cl (l'y 11asscr lc lcmps rnclicux de nrn prcmicrc j cuncssc, ~ f<io 111c111c. j'ai apprccic lour pal'licnlicrc111c11t l'articlc du Prof. Plinio C,,,·r~a de Oli vci ra sur la Rcformc A~rairc. d:ans CAT O I.IC fSMO d'odohrc. Pc11t-Cll·1t, a insi C]UC vos <11nis1 vous st:rcz hc11 rc11x de :,;avoir <JIIC j'cn ai traduils de l.argcs passagcs Cl qu'ils onl l·IC ins(·r(·s, cn ci(1111t CATOI.IC ISMO 1111H1rcllc111c111, dans unc chainc d,: juurna ux yankis, en p;1r1iculicr d:tns lc "\1/;,~ltingtou Post " et d:111s des jo11rnaux suis~cs. /\ insi CATOLICISJVIO au r,'1 pcut-c1rc cxcrc:(· 1111c inll nenc:c hic11heurrusc (1;111:-- lcs milicux J\n;.!lo-St1xo11s cl st1rlo11l :-.'y faire counait rc''.
Sr. Julio C. Gonzu/(•z. La,uis. Prtwi11l'ia de B11N1os /\ire.'\: " En cslOS ticmpos cn q11<' las miasnaas de la <li,ilcclka marxisl11 rorrocn t·I intclccto y ccrccnan la virlnd, suhvir1ic11do la jcrn r<1ui:1 de los valorcs dcl cspil'i 111. llamando hicn ;II 111:11 y menlira a la Vcrdad, la tlifusi611 de CATOLIC ISMO con la pulcrilud de sns !,!tabados magis1 ralcs y con la orludoxia de su lct ra, rcvivc con vigo,· la P;a labra Revclada y las cnsciim1zas de los Padre, de la lglcsia. Asi sc rcnucva cn plcna er11 alomica cf temple dcl cn1zatlo mcclioeval quc con el :1cic;11e de la Fe 111 a11ticnc inc6111111c la certcra cspcranza en quc las pucrlas dcl inficrno, las ohras lh.~ I crror " 110 prcvaleccr,·m contra Ja l~lesia Santa" .
!<. CATA RINA
orgiiop.
"( . .. ) o ,1pr,·l'i:1dissimo
>'/10 l'Alll,O
jor11;11 C/\T OI.IC rSMO''. Sr. O .,walt/11 Perl'ira Tri/es. Hra.,iliu: " ( ... ) l:lz i'"'"',1 111:ais
"Je srn d1ai1c hcan-
SAO l'AUt.O
"V enho sol ici 1ar-lhc mna assina1 ura de C1\TOLI CIStv\O ( ... ). Tivc a i:rra(:1 de Deus de ap;mh:ir o cudcn.:c;o m1111 c111 hrulho. ;1 mim dcst in:tdo'',
Sr. 1\1orio Sifa,,•i,-u l)' /: /h oux. 1/u:
Sem;norisla 1:cr11cmdu Lopes Teixeirn, P;11cl<u111JJtltC111gubu: .. I!
" ( ... ) o aprcciadissimo
Sr. Pedro l?omos d e 1\1our11, Arraial Novo:
Da. Otilia Nl'ilrr, Tro111/uult1 A/111:
tlor:
,\ltc:m•--:"l'l'NA
••:Sl'/IN HA
Sr. Oario A/11cs, /?iheirtih f'rp/r, : " Apraz-nos dizcr da sar isfa~·;io i111cns:i da lci111r;1 du nosso grande jorrrnF".
H. 1:. st •L.
M INA~ c 1,:1<A1s
MINAS c, 1•:itAIS
l?evmo. Pc. Carlos 1Warq11es Vieira, S.0.S„ Superior (lo (ii11ari1> Santo /\11/011ia, ßar/Jallw: "Sc lor possivcl, cnv ic-nos alguns
tloiad:t~ de rorlalc.-za crislJ".
C/\:--,,11,\
MfNAS 1a,a1A1s
C1\ TOLICISMO ( ... ). Os mcus sinccros :apl,1usos i, dirc<;äo pcla confcc,ao, papcl magnifico c cs<·olha fcliz <· l'rilcriosa dvs .assuntos".
halurn cndcrc~o. ,·111 Florianopolis, rcgularmcnlc, a sna lor111 idavcl rcvisl;a. Ali, no Colcgio Catari11c11se, havcrft tamb(:111 oulros Pad re~ quc cst., räo intercssado!-. nas s11as puhlica\öcs prcciosas.
sAo Pt\l '.LO
1•:SPANIIA
"Eslou rcmclcnclo mna ofcrl:1 ( ... ) para cslc grande c concciluado CATOLICIS1'1'\0 quc vcm cxpulsando as lrevas da ign ora ncia, expurgando a Vcrdadc dos ralsos conccilos, espa ncando sempre as doulrinas dclclcrias . .. ( ... ) Quc :, Virgen, Santissima con tinuc a :1bcu~o{1-los, näo Jhcs fallando rccursos ncm an imo, cor:agem para as ln1as, para q11c Cristu reine nos indivicluos. nas familia~ c n:a soc iccl:idc".
•
l'AHANA
" ( ... ) su cxcclc111c rc-
visla ( ... ). Aprovcc:ho la ocasi(m para fcl ici1arles por sn 111:rmosa ob ra ( . .. )". Sr. Edgar(/ Prau~a. 1\ rax,i:
·r
Mf1"AS <a,1tA 1s
Sr. Nla1111el de 1\ rquer, Barcelona :
11. F1 •:111~11A1.
de (!ez dias qnc liv<' c:011hcd111c1110 d:1 ,·xis1cnci:a ck CATOI.IC IS1'vl(), e dcsclc cnlfü• ~li111c11lo :a cspcr:111,;a de quc clc 111c poss:1 aj ud;lr ruuil issimu 11<1 husca tlc Ct'rlos l'stla rcci111c111os. E par:1 1:11110 cu <1ucri;1 1\:Cd>cr de V.S. ;, assi11:1111r:1 <Ir CAT O I.ICISMO. hcm como lo<los os 11111111:ro.s :111 1crinrt·:-. cm quc se f:tl:1 de Jacq11l·s AA n•1am • ". p·1:t
Sr. Vauiel /111ira Vilri. C11s1<-llou dr /u J>/01111: " \/011 n·<·chcn-
~~<;P,\NHA
do 111c11sah11cnlc C1\TO LICIS/\<\O com grnnd,· salisf:1,iio. A h,;i1111·11 de ludns u:,; ~..-·us art igus C s u11rnml·nte. in lcrcs:--antc ' p:ara q11c111 dcscj11 profundar a do11lri11 a social da lgrcja. Deus prcmi:i.l';l o ccn to por u111 :i todos scus tolahora<lores pcla grandc ohrn de t·:aridadc quc prnlk'am cstcnclc·ndn :1 hoa se111cnh: 1111111.a cpo,·a cm110 a atua l, cm quc l:'lnlo~ ·'crros puh1lam cnlrc os ficis", scg1111do ,1firmac;äo de Pi,1 XII. Quc o 1\1c11 i110-Dcus conc:ccla a V\/. Excias. gra11 de cumulo d(' fclicid;ades n;1s proxim:-ts fcsias do Santo N,1t;d, c quc isso scia p1·t:ssag:io p:tra con tinu a,·. rum maior v;1lor l' ~~11t usi:•~1110 ~c
\'.:,h~. o itohrc tomh:th.• da fC. Este (· o sinccro dcscjo dcs1c h11111ildt ldtor q11c ~('g:uc cs.~~1 v:.k·n tc rcvis1 a corn init'r("5.~c''. Sr. Lt1111cio N/afZIIII d e ()Jia•eira, Coxiu.,: "Conhcd, laz pouro
lcmpo, scu bem ori~i nal jornal Ci\T()LICISMO. l> igo original, pclo scn formato cslc tico-l ipogl'afico c pcl;a originali dadc na cxposi,;iio da matcJ'ia intckclual. 11111 lanlo cli fcrcnlc do comum dos nutros confradcs. A~radn11- mc :-1 lcilur:1 de ~llg11 11s <•xcmpl:trcs q11c li ( ... ). Poucas vezcs cntonlrci- 111c com scu liio in~inu;intc .iornal, c nm s1~:1tei quarito de cs rorc;o hfl da partc dos seus dirigcnlcs para mclhorar cada vcz mais sua atcit:tr;ao como i111pl'cns;i :111srcra c cduc<1livamc11lc religio:-;a, pc>uco aprcciad.1 pclu~ ralsos <.':t fulico~ 111a1cri:1listas scn1 quase ncnltum:. ron 11 tu;fü) cspiriru:,I. Lidci 11:1 i111prc11s:1 du i11lcrior deslc puhrc Pais ( ... ) ".
MA HANIIAO
judiciosa interpenetra~äo de valores
N
osso clich,j (t/11'C'i<'nl<t Os f/U<t/,l'Q fil/1,,, ,/:,
111.ctrnjti rl<' l (avurlh.11i<t. no 11rinci11io do src1<lo. 0 111·1q10 im,1>·1·,·.,sii/11:r 1t111·adan•l,r1n1f<'1 1)!>1' 11 lyo <le r,itinl(t•"s.,mwic1cl(L•1nmit c •wln·e, 1J1·«cio,o ,, <leli('a.do (ftte "" nof<I. 1w. 1t1.-il1uJ,,. 1111 ,,:t:JJrCR.~<i o di: fi.,ionomic, c 1101, lrajes dos print:iJwzinltos. '/'1·1,/n-sa de ll!lf.cnlicos 111'i11cipe.,. l><'m. 11utenf.i,·amm,te /i.hl(lu.,. l'or,j,11 . ,; f1u·il nol1t1· ,;em v1·,,. ,iidzo <les.sc, 1t·1tl.enliciclacl,i , "/ffo c1,, no,.~n ci·viliz,11;1io Jll"llel•·o u nuülo 11rofw1ulct1uenl (' nde::;, f< • Ht 11l111os/cn1 <"III quc se Q,Cha111. ()u(i.n<lo dn:t" 11 nt1ules t:i 11 il-izt1<;öes "" 1•1u·onl.n.i11 . " 1nelhor f'rtü.O 1/11, re/1u/'i<1,; 11<tcifüx1., f/11<' rmlr« das cfrrent eslcilu)lc:,a:r ,: ,,:--se: tun inlt1 rr:ambio tf,, 1·alorr,s feilo com di, ccniimcnlo c e<r11i/i/11·io , <l<' sorll' lf'llt' ll1Hh, , , O?tl,r<t -'iC ('1ll'i<JU(!f il;n1 , , , "JU~nhwm,, 1)&)'{'(l s11t1 crutenlicitl<ul«. l l o <:011/r((r/o . 11 11io,· /01'111.11/a ,: 11 deslndqii.o de um<t vci<i oulr<t. A. i fJ>'ej11, näo s<' i.<lenlifil'a com n 1:i1,ilizc11,cio e 11 1:ult-111·<l, cfo nenhu1n po·110. Esl<i l"nlrd1v11to ·1111 int/11/e d /;'/a pro11101Jtn' <t ,;on,ien,rr.~<i.o e o ·i ncre11wnto t/r tudo q1w11to nas ·nut'i.< ·v1,1·i<t<las ci·,•iliz<u;öes a 1:11/-
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t1,1·a.- hc,j<t de sctbio e ·1·,1to, /u:1n <;01110 lt 11/ini-ina(:cl o 1/o que _ ne/(1,s h.ajn de /ctfao 01< 111<111. B c,n sc vi:
,,111,nlo H i11.flumwiu. c<ttolfr-11 lmu/1• c, 11ro11w't:to·. 71ois, CU/IUdtl jurNt:iOS((, inlM'J)(:JWlra.rtTo rf,, 1'1(/o1·1•s. Qnnntlo lllf int1•,'J}{•nel1'ftt;<i() -~" d1i sol1 11 <·11i<i<' d1, I111·cj11. ,·11:.ttlla drii nma nnidculr es:-uncial. mus hnrmoniu:sH• 1nc11t1· 1•111·ier111da. r•ntrc 11s civiliz1u,1,es 1·11/luras. f,; 11 ''-'•'<I ;;1,r1erior ·1111id<trlr. b<rne<td<t '"' F'<:, q1u, .,,. cl,«;11111 ,, ch1iliza{!t(o (;rixl{i. m1/1·e o, 11oro., <lo Orient& 11 11q,io <l<t l f11•1•ja. houres.w' 1t/1·11n1;11do .,111t 11/nw infhumci<t. l1ulo qu(1nto lui d,· I i/1ico . de elei:culo. <le 1·elo 11.11 civitiz<t(:cio e ,ui <:1tllllrtt h i·1ulu f<>1•in .,i<lü r·on.,m·i:<1(/Q. A /n,.~o.- i1101wi1w.c<'is q111• co1:xi.-li<t11t co,n e.~es ·rrtl01·e., 1utlenl'it:os tt idol<t.1 ri(I. Oll <t -~il:11a1;cio nl'i.,e,·,,vei dus 11aria, " <fr /.c1nlos lrttb<tlhndorr•s. 1>01' r.t,•m·11lo tm·in111, sitfo eli1nin<ulos. J,; l1:ri<t1nos hojc ·u111tt l ndi<t bmn h-i?ul11. hen, embr•/Jidrt rfo .,1111 nd11i-i·ra1ml trcttN<;ao. nu,s /Jm11 1·1·iRl<i . tl / tlt"Ol'Pl'it/11 1)(•/(1 tterilfl(:tio tlos m.1>/J1,01•1>s /)(/,• lores do 0<:idente. g,,tc ulli?no . 1101· .<1w, vez, qua.n to /.!Odl!l·ia IUC)'(l'/' no conl<ttlo COJll 1/.)}t(l l 11l Jnditt! 8111. <tlf/'ll'llllt meilüi<i. <tle <t segnnd<t !JIW1'1'(t, ·1n1tn.di<ll. esle es()(t111.l111 de J:<tlores se vinhtt fnzendo enl:r<1 11s 1:/as.wt~ all1,s cl<t l n<lit, r o Oci<lm1te. e cl<ti se )H'O• ?J<t!J<tri<t ein se,qu-i<l<t, ·1 wrm,1l1nente. ?l<tl'<t ns 011lra., r.cunltdas sociwis.
„
8-'>le.'5 JJ<•f/Uenos ·1n·i1u.:i1,es, quc lra,ze1n consiyo tdf!ltm.c, cois<t d<t ttlmosfm·a '" 1\11-il e ll'1n« 1Voiles". 111./ls f/llt' ja "'"imi/ti.1·um 1tluo d,c <i11liccul11ztt ,, d<t 11<>b·n •z1, do '"11r <ic <·ol'/e" ocicl,m.l<tl. säo dislo uma 1111,nifi,sf<r<;äo 1:<11·1H:/eri.<,;/ ir<t.
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1)S. . • tt l~e1,ohu;üo entron ,m1 cenct. Co1110 no Oci<lcnt,,, <:/a. d,>s/ 1·11i11 111t fndifl a., 1r1td-i(:iJe., . vollu·1t-.w: cont l'(t tu,lo q111tnlo 1•n1 1i11tent-ico e orf1<1nico, e, so// 111·etexto de ,;or·r igi-1· ctlniso.s, i,:,;l/i conslr1ti11(10 '11m1t 1wr,io r·os1110110Nftt, <tnor1;anic,t. q1w i:cti va:,;s1t11c/o de, a·u lorida<lc t.1i11las ·1·,1ze., excessi,r:c1. clo.- 11/(ll'll,i(i.~ 1)(1'1'(1 () <if'SJ)Q(i ,'111,Q ritt ll/(l(Jlli11.(l , da lnt1·oeracfr, 1: <i<t tccn·ica <i,· ·111·011c1r1ctnd<t. L11c1·011, COIII isto tt l ntl·i tt ~ />&l'deu ) A ?J<l /'//ll?t· 1<1 da 1·ic, 11,1,r11i:111 11 1/i.,cussöe:,; .,r III f i111 , ,, t,,,.in o i ncon,·enienl c de dc.,·v ict1· et c,ien,cio ·11<tnt 011/.1·0 ·111·olilt:11u,. i111m1.~u:11u,nt.e 1111lis •inleressctnle : 1)01' q·u ,, 1uio 1ril/10·1t ,1q1u1l,1 va·i s o c111ninho ce·r lo, q11e co:11e(:111·c1 sob <1l11uns <1s11ectos velo 11wnos c, se911i1·?
M
AMBIENTES COSTUMES CIVILIZACÖES '
*
POLITICA AGRARIA SEM EIVA DE SOCIALISMO A O t cndo ticlo cnrc,tcr u oticioso nosst, ultimn cdi(.'iio. «Cntolicis„ mo» so :,chtt na contingcnch\. clo r,ub1ie ur h oje clive rsas noticias r clevnnh1., () i1H1di:wc is. l ;:st:, .Colh,:, :--e vö usslm n:\ imr,ossibilidftdo etc.~ tli-
N
vulgnr fllt, s wt intcgra um doc umc nto do g1•nndo impor t-nn c in sob1·c o 1no•
hlc mn ngrnrio no llrasi1. quo U a De• clarn,:,.1t o dos 11:xmos. Rcwmos. Srs. Arccbi:ipos o ßis11os rc uuidos nu loculidru:le clc Coroncl r,•,1brieiano. no Estn«lo do i\tinns, de 4 n 1 de junho p .11,, 1nir::\ 1ri1tnr ~los 1>rincipnis JlrO• blenrns th, naeia. tlt> Ufo Doc<:. A rcuniifo. que foi llCclicfa pe la
Conre rc ncin Nncional dos Bis1,os do Brasil~ cstivor}un 1,r~.-.cntes os r,;xmos. Srs. )1ngnlhiir:s 'Pinto c Abel Jfofacl l?into. rc.o;-1>cctiv:1mc-nte Govcrnaclor o Sccretu.rio da Ag-riculturt\ de I\Jinf1s Gor:lis, Compnreer:u tnmb6m. fü1 qut1lic.lndc do Secr-chlT'io da CNl:lß, o i:xmo. Rcvmo. S r, O . lloh'le r Camn.ri'I, J\rcc hispo Auxilii,r do Rio d e ,Jnn o iro.
0 .-; l?rt!:ldos sigu:darios cfa. n cel:\rnt.:iio rormu os l~xmos. l<c.\'mos. S rs . D. Joii.o d e R oze ndc Costa, ArecbiSJ"JO
Coadjutor o Admi1,islrntlor A1Jos tolieo cle H-clo I rorizontc, 0. Oscr,r cto Oliveir~,. Arccbis1,o de 1\forin11i1, D. Jollo tlatisln d :\ I\-lota. e Albuc1ucrquc,
ATOLTCISMO" ten> o J>csaa· de nolici(H' - e o taz so hojc, J}Ot'quc scu n umero a ntcrior roi l Odo dcstinado a out1·n mntcrin - o ·falccimcnto de mn Prclndo de c:rnndcs $Crvic::os presl:ulos ü lgl'cja.
quc honnwa csl n tolha com sua muito cspecial amizadc. Trntn~sc do
F.x,no. Rcvmo. Sr. D. c~rmano Vcga C:'u111,6n, 0.1~:.S.A.. ß iS!)O lilulnt· d e Otco. picdosamcnlc fn lccido no ciducl<: de ß r ngnnea l:,aulista no di:t
1:i de maio p.p.. com a avan~ada it1t'td(' d~ 82 a nos. () v(·ncrando Principc du Jgrcja,
nn···~·n ... "'m Amusco. m• ,Ei:-11nnha, roi
or,,,...,..,,,,. <:' IU 20 de dczcmbro de 19'02. f\tf'mh 1·0 eh, Ord<'m dos F.rcmilns de Santo Agoslinho. oeupou ne in. vnrios cni·gos de imf)ort:tncin. alt! ciuc. cm H) de n1wil de 1941, roi 1n-omovido pclo Santo Pactrc Pio XJI a digni-
<ladc de- l3ispo lH ul~r· de Or<-o. cs-
tando a t~5-ta dn Prclaz.l:;i, Nullius de Jataf. no r~slado de Coir1s. Ali
cxcrccu S. E xcia, Rcvrn:t. urnri rceunda n~äo a1)0$lolicu. cujo d 4"s:c-nvolvimcnto roi 1:;11, quc Jatai pöclc ser Cr<'tn cm Diocc$C no ;mo de l 9!"".>6. A idndc do Ex1no. Rcvmo. S r.
D. Ccrmnno Vc~a Cmnp6n, c .ns cnnsc<1ucn~ias ru·oduzid:1.s cm :::un ~n\1dc pc lris falig-:. ntcs nlividadcs u quc sc votnrn.. p1·oihirarn-lhc c nh·ctan to u permancnci:\ ä fre ute d:1 circunscri~;io cclcsiasticn. ouc• lhc rörn confia .. da. A:::sim. ntcndc,ndo a sco pcdido. a Santa SC dist)<'nsou-o do 1nunus
pn~Lo1·a t. Conser v:mdo o lih110 etc ßisno d e 01"('0, o ilu.i.lt'(' Pl'<'l:ldö SC eons.'\~1·ou de:::d c cnt:to inl ('i r:1mcnlc il vida de 01'ü\'äO. Sf'uS ullimos :rnos tn,nscon-crmn c m Braganc::a PauJist:1. Do(aclo de un,a intel igeneia v iva c solido cultur.a, D. Gcr m:mo Vcg::i Cam1>6n mantc vc scmnl'c o cspil'ito
nt.:,crlo JU'l ra os g r;:tlltlcs J>roblcmas da fgl'ej~ no P~is c 110 nnmdo. TJCi~ lor a5-sid uo dc:,!-ta folhn, sempr e lhe m:1.ni(cs1o u valioso anoio. O fale<:imc nlo de S. F.xcia. R C"vtn:,t. foi mo• tivo de pcsar, ni'io sö pnl'a. n incllla. Onlrm Agostinia.n:-.. como prara 4\C~-
tolicisrno». que conl\crvaa-/1 con1 rm~, vc nc nt(:äo a tncmoria d cssc ho1ncm de Ocm..:. Por cspccial aulor iznc.:.lo dos dcslinnlarios, puhlicamos nqui n c~rta no lwc ~ eorajosri t11.1c o saudoso PrelHdo c nviou ::to.s :\utorcs de «Rt forma
A J.':rnrin - QucsW.o de Consclcncia»: cla C o cspclho da bcla ahn:, de scu signatario. E cste o !'.CU tcxto:
o nt:ttc rit\l cla r e~iiio, <'.Omo p:u•a hm1l>n,r ns bn.':i<~S e ristäs sohro i1.-. qu:·, is us.."ic 1uogresso ,lcwe nss.cntar-sc. P:.~ rn um <: outro crcito, SUA'Crcm ,·ari us nwdid:1s de grandc :t lcancc. Sem n, inh.: rt<;äo eh} as rc:s umir .nqui. pois
C.<mslitucm
rcalco :,tguns :1s11cctos clo 01,ortuno JUMt•:l'ltAM ~:N1'F:, flU~l·cc<, CO• n iuut:·, rio o I:,to d o <1uo a 1)cc lnra~'110 cs1u~rn soluc:äo <los problNnns cla- Hnein, niio S4i ein :u:iio d os potlc rc.s rmhlic::os. como ninda da inicinti \':t- 11rivat1:,. <:om isto, ola so situ:, c m c::un1,o OJlc>s:to no socia1ismo,
P
l9GO, d i\ <1u:ll fo1•nm si~na t:uios q11f\sc todos os m ~mbros clo \'(!nc~rnndo F.piscop:-uto t•oulis tr,, he ,o como os Rxnios. n cvmos . S rs. D. He hle r Ca• nll\rn. o 0 . ;JoUo ßatista d n. ~fohl o A1buqucrquo. As.-.inal:m1os ncst:i. roUut nlguns t1s(1t':etos clo hnJJc>rt::rnto documcnto.
hojc,~ tii.o cm
J,:rnndo- iuimi~a do hr m comum. F: r,dcita igu:llmc:uto o erro do lihc r:·, lismo c~onomico. hojc ngoniz.:-rnh:, c1uu 11rct-c ncle s uhtrnir inleirmue nlc a cconomia i, :1c:tto do lt;:,,fodo. •r:,I t)O:-li("ÜO, (JUC SC nota 110 do(:~m11;.1'1tO clo.°"lc ns Jlrimcirn.s Jmla\'r::ts tlo pr,ia.mbulo, c::st:i prcs,mt e t::rH loda.s as s ugcst Oes. qm~ rorm:1111 c m scu conjunto um vigoroso pro~rnnrn cle pro1mlsäo, :\o lougo do ,,ua l cm m);nhum to1)ic:o sc in:1nifr.st:l CJua1C')uc•r cxccsso d e inte rvc:11e io nis1no ~st"ütnl, ou \'CSligio d o lil,c r:·11 is mo cconomico. Neste l)c riodo de profumln d csor-
A
ra11itl11 lndustrinliza(,·äo. Os P 1·c l:'1tlos sc r <:unir:nu utto s6 J'mrn dn.r o innprc;ci:wcl apoio dn
sui\
zü1' admira\'clmcnte ei,."e advcrsn1·io c npon1ar sua a<;~o dclctcrin.
«R<-fonna Agraria - Qucst:'io de Con!-:cicncia • consUtui um hrado d e atarm:1 contra a soC'ittlii'--."l<:flO do cnm• 110. m:i.<:;, mai:,; ,aindn do <1uc islo. C n mcu vca· a mais :-.cgura, rworunda c c l(lra n~(utat:l.o da mcnt..1lidadc soc ialista no Brasil. Dcscjo. poi~. de lodo o corac:iio, a muis ttfflf>la dirus5o dcssc cs1>lcnd ido Jivro. r::rguendo ncssc scntido mcus votos a DC\1s, 1>clu inlcrecsstio de MnJ'i~ S-.lntis.(;ima. suhscrevo-mc de VV. Excias:. a fm o. in J ~:-;u Chri.sto
t Dr. Dom Ccrmano Vcga Caml)6n, Bispo til, d e 01'CO Filius Saneti A ugusli ni • .
dc m
idcologica.
II 11ova Nlir,io, e11riq11ethlf1 por um ..:.ubs/aucim;o npemfice rousngra</o (J l?t•vi.wio llgraria ptmlisla, contbu tnmbi:m 11tilissim11s in(liccs onomosfico, mmlifiro c de documcnlos poulificios
«13ragan<,:a Puulisla, 12 de dc i ernbro
ri/(l(fOS.
de 1900 Exmos. Srs. D. Antonio de Castro Mayer, ßispo de Campos. D. Ccraldo de Procnta Sigaud. ß isoo de Jacn1·czinho,, Prof. Or. Plinio Col't'C~:-t etc Olivcirn c l~cono,nist..'l Luiz Mcndonr.-a
E.~.-.·e ltm(ameulo ,tespcrlc11 ,,;1,0 iufercsse, pois c.·t>in titfiu rom o 11U>me11' " '-'m q11c, cm qunsc fodo tJ Brasil. n imprcnsn rofolicn c os diarios sem maliz rcfif,f.im:;o viuham publicnmln
de li'reitas E -mc grolo ap1·cscnlar a VV, Excias, minhas mais vivas (elicit.n<;Ocs pclo livro «lleforrnn Ag1'nriu - QucsUio de Conseicncia•. quc t iveram n
po.<ifo do /ivro. Com efeito. a 110/emita lmvidn a rcsptifo dclc entre o jor,wtisla 0'1.;/nvo Corrtio , <> Prof. P liuio Cnrrl:11 de Otivcirn /oi r cpro• duzitfo cm vnrins cidnfles tlo Pnis.
gcntilczn de n,c envial'.
o me!w10 nconfecemlo r<>m o arligo
<lt>is urmulrs dcbntc.~ trnvn,fos a pro-
1tos1c:no
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{J'l'RO a...;pccto dn Occhu·ac:iio. ,1uc sc not:\. no ll)ngo tlo t o<lo o t oxto. e <111e con"ttt11: ,u)(u•• tun:\ lic:iio,, cst.:"1- m'l preocu1):\(·iio tlc c o11slclo1·11r n. ,:conomin mt ßaci::, tlo J'tio l)oei' <:omo 11m l-0clo :t sc-r (lesen• ,·olvid o h nrmonie:inwntc cm stu.s ,li• ,•erst)S elom e ntos. Sem o c1:~er exprc..;-s11nu':nh:, o doc un11~11to proc ura
0
C\'ifor quo a. ind ustl'ializ;",~1o 1,ros:11cre com dc trimc nt-o d a ngrieullurn. f>or is:,,o, us s ug-cslUt~s n1,rc.'tc-11tnd:-.s 11c lo I•:1,isco p:)110 do Uio llocr, t1 1>::tr tlc \'isarmu o clcsc~uvolvhucntC) da indus• trla, objcti\'um t:.uub6n. soh vr,l'ios aspcclos, o 11rogr,•sso da :lgrieultura.
no r>onto <lo \'istn d o 11roblern:\ :1g ro•rc rormista, csta. ntituclo d:l l) cc:lnruc:.üo 6 de unia 11ri111ordh al hHJlOr• tunciu, 11ois o ec1uilibrio dus rel:,c:.Ocs e utro J)atröcs e trabrtlh:lclor-Os s c flle ru1("f1 muito mais C:-teih,,e nlc mun~, :at;'ricultura puj:mtc, omfo c xis te f:trturn J)!\r:l, <livi<lil' e n tre uns c~ outt·os. do quc noma ngricultura 1101Jrc, omlo
80 s c di\'idc miscria. I:! est o um :tspccto fund:un cntal clo prohlc ma agrario C'JUC os ngitado• rC!s clf:lihC!rfulnm(:ntc; 1>Öl'rn •lc l:ulo, 110,·que nUo se t.rnto. par:l c lcs d e resolvc r ns <1uestijc.s e ntre fäzcndeiros c
trab ~•ll,ndores. mas :.uil~,; <h: us
• ....i=·.t.;i.;.c11..,...,_i,j A Dcclara(:Ao clos Bispos do Rio Docc tcvc cm vi:-;ta um falo rctdon.:1 1 clc gnmdc importnncia ; o sm·lo coonomico con!-cqucntc ä rapi(l,a industria.H-
za(·fio da ~ona.
0
Na ro10. ~iclcrurgica cm 1\1onlcvadc.
:t- lou\':Wc l 1,reocupa~iio de \'Cr o d escnvolvimcnto cconom ico em tc>llos os ~cus ~ingn lhs,
0!\{
OS Prel:'tllOS pöc.,m cm nmito r t;k\'O o J>af>CI <Juo os f atores e<1ucociouais o re ligiosos tföu cm toclo desonvol• vil'l1c 11lo c;,1uilibr:ulo e s.:ulio. O ,10cumonto conttni, pois:, t\ J)nr clc so•
gestöcs de c:n·at.cr cconomico. toclo um c l.-uco clo m f'_,cliclns tc.ndr ut.f';s a frworc'!c:.cr o c nsinQ c o npostolndo.
'l'nmh(,m ni~to hl~ um e nsinamcu to fccundo t)1tra a mcnt.nlidndc d o bomem con tcmJ)or:rnco. l<:uqunnto o eomuni~mo o o soci:,lismo inculcrun quö totlos os 1,roblcm:ts se r~1luie in c rn ultin rn analisc: a tc rmos N:onorni<',os , n. n cc1n.rneäo, $Cm 5:iohi' stinH,r c) 1l::t1)el ch:stcs f::atorcs, i,ti nno. :l i-,n~w,1.-ncin dos valorcs rc ligiosos e cul• tu rais.
OMO de dil'eito. 0 doc11 m~11to SC 1nost r ::1 11,uito 1,rcocu1m<lo com a melhorin da situ:u;flO dos t ra,• bnlha(IOrf'S, ti:n trd:111to, !IS ntNfalas 1,0„ c!c a\'C11tmlr1s 1>:1r:\ cst e otcito, e com as <1u:,is c~'>!)c.r:, resuh·(•r o de• liend<> 1,rolJkma, tCm o mc.~rito <lc rcspcitar intciramcntc o cl i1•1:ito de (n·opricclncl c. Assim, n:ul:\ disJJ-Oc.~111 scus a u to1·es eontra o r <:gi111e tlo snfnri ndo, m.·m cootrn ::t cx:stcr,cia d e
0
grantlcs
i1ro1,ricdadcs.
t•·avor cocm
c1<~$, 6 \'Crdttdc, o :tecsso do t rah!\lh:lclor a eonctic:Zio de pro11rict:ario, e m:)uifc.~tmn unrn t':.s1,eci:ll so)icitude p:tra com a m ed lfl c Jlc<1u('nu 1>ropriedad<:. Mns isto e pc rfcit.:.u nc ntc legitinio e 1rndn tc.m de h osti l i\. pror>riccln clo ,::runde. Partic:.ul::u ·mc nto $impat!c:\ C. :l SU•
gesti\o de <1uc o J«;stado ouxme os
ng~a\'ar com o intuito dC! lcvar no
1,rc)(>l'ie t::,rios u, construircm casas comligm ,s (lflrn os lrnbnllHtdorcs e
Jnlroxismo :l, lut:t de Chlsses.
cscolas 11:,r:1 sc·:u.s fiU1os.
3.a EDICAO , "Calolicifmul', quc, publicocl,, sob
css:·,
Jo:xmos. P rch,dos 6 proprin n inspirnr :,os cntolicos onm ,mlutnr rc!'iCr\'a 110 quo diz r esptito n. t:mt:1s m ctfah\s soch1listns <m soei:di1.::111h~s do quc so fmr. {)rOJl:\gandn por totlo o 1>oi$.
-
a lt:!i<le do grmulc ßispo tle Compos. eslci illleiramcnlc solidario rom o livro "Ref1Jr11u1 Agrariu - Qucst(io <lc Consciencia", 110/idn com prazcr o lm1r.<mu:11to dn ferccira ctlif,io tlessa obrn. lcvatlo a e/cilo em / 0</o o Pnis, 11cfn EdUorn Ver<1 Cruz, ua ultimo semtma de j1m/10 1111ssnclo.
,·og:,. <1110 J'J Oc t <Hh\ a
soa. conri1111<::\ no l,Jst:-aclo e (H.:rs1!gue a. inieialiva 1lri\':Hb como sc rosse :l
D cclnr:1<,,~ÜO dos JliSl)OS df\ ßncia c.lo n10 l>oco foi rcih, cm ruutäo d o um fato rc~ionnl <1,-, grnncto imJ)Orlnnci:l, isto 6, o surto economico (J::t 1.omt, conficque ncin <lo
VV. E:~cins. souhcrnm ca n1ctcri-
su·ogrnm1,
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dOCUIIH?lltO.
vo lugnr 1•1u Süo r:,uto, cl:111110 origcm
j..'\,
c:-.: lc nso
muito sucint:l, ctucrcmos cntt·chrnt o i,Or cm
tt. O ec1nr:\(;iio de: !i d e d(:zcmbro do
A obrn sc mc aCigura da rnais pal1>itantc ntunlidadc, c 1>rincipnlmcntc rnc ng1·adou :.:ua nclmiravcl consonnncin com os d Ocumcntos pontiricio.s. Nos diu~ cm quc vivcmos, JYH.'liS scduto r aindt'l do quc o comunismo hrutnl e declnrndo. ciue n tantos crnpol~n. C o sociali~1no diluid'>, $01-ridfmtc C (l!>lUIO. E$lC C O vcrdndc iro IH'CCUl'SQl' do comuni$nl0. Vni clc confunclindo dolosumcntc as intcligcncins, dcfonnando a.-. i nstitul<;ücs. deterionll\dO nos individuos o scnso da 1·cspom;abilidaclc . c csp:ll h:mdo a mirag-cm ,,agü de um mundo sem dorcs, ncm l utas, nc m 1n-ovn~cs, csll'\1Lu1·.ado ,;ob n autoridnclc do Es~ t..'ldo i~u{\lital'io o divo1·cindo d3 lgrc-
um
,~11u1}eim1o C.1'11 formn
Jlcclido cln (.:N IUl , 11ois :, 11rimc irf1 tc-
FALECIMENTO DE UM GRANDE AMIG O DE ''C A TOLICISMO''
((0
Jgrej;~ 1\0 c:lcscnvolvimc nt·o espirituat
Arccbis1>0 de Vito.rin, .0 . GQrllldo de Proc n(:n Signud, Arec:bis po de Oin.ru:-mtirn,, O. Jos6 t:ugc11io CorrCo, Uis1,o de Carntinga, U. Hcrminio i\hl l:,.onc Hugo, Oispo <le Go,•crntu.l or Valndart~s, 0 . JosC Onlvil, B,isr,o eh' S ifo i\l;1tous. D. Quirino Adotro Sclunitz, Uisi,o d e 1.'c!c>filo Otooi, c. O. Hehh':r Canrnra, Arccbis1tt> Auxiliar (lo Uio de Jimciro. A rouniiio, cujos resultatlos vinham $(•.-ulc> ng1.H,rcl11tlo$ com grimdo cxpec~ tath·n, foi n scs:uncla promo,•idtt n
de Re forma Agra ria Questäo de Conscienc ia
csr.rito coulra tt obrn pcfo Exmo. Revmo. Sr. D. Ferntmtlo 0'1mc.-;, llreebispo de Goitmi<,, e 11 resposta tle m1toria clo 1;:xmo. Rcvmq. Sr. ßispo Em varios 011/ros orgüos, ratoficos, socialislos. com,mistns 011 de <mlra r.otorac1io, 1ri11hn scmlo famb/:m o livro vivameulc ltlacad11. De oulro lmlo, 110s mcios clllolifo:,, como cm oufros .'\eforc.~ da opiniti,>, if!uatmt•nfe se vinlram 1u·ommciam1o por clc varios ctemcufos de imvrcusa. t•nfrc os quai.,; S'1hrcfe1,n m,tnr Q Exmo. f?,,vmo. Mous. Prancisro de Safes ßrnsil, /amo.-.o pt1Jatli110 da lula routrn n iufluenria rom1111isfa lle Mtmlt.iro Lolwfo un j11vc11l111fc brm.ilcirn. Os /)ioCl'St1no.
romcntnrios cscritr,s solJrc "Re/oruw A ,~raria -
Qucst,fo de Consrie11rin'1 pelo ilustrc Sorcrdo/t. baiam, foram larvnnumlr dillulp;ndof\ pcln imprcnsn nndonnt t'Cnloliri.~11u,'' 1mblira-os c~m ()Ufrh
fot'()/ ,tr ..:.fe IIIIIIICf()).
Ilm das foto.'> silltomnlirns 1/0 in• ferr.~.~,. ..:.11•.:.rilado nela frrrrirh t!<~if 1io flo liitrn foi " brillumte distur:u, prn~ mmcin<lo nn Camara Fetleral pelo
Dcputtulo Carvalho Sobrinho, cspccintmcute para ret·omt·udci-l-0 li ateu(<fo (/c SCIIS f)(ll'l!S .
1:-: /ncil cxpfirnr nssim como, ucs 11wis divcrsos ambit'ufes, coufimta ll cxcrter larga inffueudo fl obra em tJtu:sliio. ua Ololul', do l?io <fc /11nciro, por excmplo. uolidou 110 dia 30 tfo junho /J.p. ,111c, scg111ula 111110 pesquisn fcilh quinzeualmcmfe 1111s liVfllrias do Rio. S,io f>tmlo e quiuze
011/ras copilais de Eslodos. "Rt!forma Questtio de Consdencia'' foi 1111111 <las obras nwis vcmlidm; ,ta lJllillZCllll.' fi!,!llf()II (!/11 qui11Jo tugnr. :;c:mfo os frC.~ primciro.~ rolora,tos livro.:: fle /irccio. /im sinfcsc. po,Je-se dizer que. fol1,t•z. 11e11/111ma t1hra l'.'WCfir,tizmla ja. mnis afcnnr.ou illflue,u:in ftill prc>/1111da ,.:.ol,re al f!llfll l!Tandc prohlrma 11atio11af. romo n qur o lrt,lw 1/w rstrilfJ pclns inrlitos f>relnrlos de D;tmuwliua t• de Camr,os. peto Pro(, Plinio Cor(!,. ()tiv,·ira e prlc1 t•t,womistn /.,dz MN1rlo11r.n de Fn•ila:~. N\lli cxtr-
Af!rari,1 -
„en
rc.·rulo sobre a 11m•sl1io ngrarin.
V
ISl'AS c m seu conjunto, as: recomcmcla(IO,:s conliclas n:t l>cc~n-
ra(:iio cons t,tucm 111n ,·ord nclti1ro pr-Og rumn <h: r,olitic:l n1 rol, o c111al 11n1.hl tc.111 th.:. conmm <:0111 o a~•·o~ri::• formismo sod.ilista c a ulie ristüo, c1uo cst:~ ua h nsc cle ltrntos 11roj<:fos clo lei n~rnrin cm tr~unito 110 Con~rcs.-.:o N ttcion:d. U 1i. unm vi\'a consouancin 1~11t.re c..-.to cslt'! r,ro{:'rnnrn o f1s ntcdi• d as s ugcrhlas 110 liv1•0 «l<cfonua A~rnrin - (~ucsHio tlc.: Conscic-ncia» para. ll- J)rOmO('fio tle um 5)1•0,:rcsso
ngrieoln ,1uo si r\'n 1\0 P:~i$, r cspcito o dir,;ito clo~ pro1,ric tarios, c nlcmtco a 11~c,)ssnri:1 m clltor;a <ltl-s co11tlic:V1;s do v:ctn do l ral)alhmlor do c :HH()O, O pronunciamcnto dos l!;:-.:mos, Prc~ lndo~ d a tt:1cia do R.io Ooce nprcSi::n• ta um iull•t•t"I""' t11w frnnscm1de o :-tml)it,o f•st-- · 1•n1~11te rcgio1rnl cJuc ('!<- tc•ve ,. •: •itn, Jlara constituir um:, 1-wer::o••. ~ 7'1nh- de· c.111siu:ünc! 11tos do11tri11:11·ios <· s u,;,;stifos J,1 ratiCü$ 11ara os lc~isl:ulorc~s 11atl'ic>s.
ANTONIO ABLAS F.0 F:NDO siclo nosso ultimo numero intcir:tml!ntc co11s.:.,r;-rt1do t, uu>m c.mto:,,:;a Pa.sto r:,I do l•~x mo. Uovm o. S r. Uis110 llioees:rno. D. Antonio de Cas tro 1\1:1ycr1 :Hl \'er t indo
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os fi6 is contn\ os :wdis da sdtn comunis-tn, nüo n os foi dndo rc~istr:tr e ntiio ,111c no cli:1 25 d (~ juuho trnucorrcr::, o pri• m ein ) t\ui\'ür s~:ario do falcci• numto do Prof. Dr. Antonio J\hl:"1S Filho, um dos clcm c ntos mais iosi goe.s dn gr~rndc fomilii\ d e uhnas de «Cat.olicb;mo»,
e n o:,so r ~1>rc.sc11t.::rnte p:\r:t o S ul do Pais. Deeorrido um ono, nind~, mais firm e:: c.-.t.i.i. entre os ~olaborndorcs ,. :unigos 11,.:.s t:'l. folha a. convie(:Uo de quc fot irrc~p:n:w cl tt pcrda sofritla <:om o f:tlccinurnto dnquc le s..'lutloso eom1mnhciro. Ao mcsmo pn~o. !'tNI nobrc C~ClllJllo S(~ v:,i t orn:rndo :,em1>re nl::tii:. fccu ndo p a r:, todoli. I!! n 11cr s uusiio d e (In<·, c:om s ua mortc, ganh amos 110 Ccu uma a lnm de. c:-.cnl , n rez:,r Jtor n 6s, nos con forta c n os :-u,ima. A miss:1 de :111ivers:trio do f:tlccimc nto do Pl'of. Antonio Ahlrrs Filho foi cclcbradn cm S:111to1' - ouclr: CIQ r esitli1:t. na lgrc~j~:t clo No$Sa $c:11J1ora do C:-.rmo, J)or sc.u g r:rntlc nmlgo, o lk \'mo. r-·r . t;mhlio 'l'er ß c:.-
cl<c, O. Cnrm .• Prior do Con• v~ulo C:.,rmclihrno do ltaim, cm Säo J):H1lo. Nurne rosa :lSs ist<:n c if, cn chi:\. o U"!mplo. .l 'ß• ( e vt~ prcscntc S. A. o Princ!110 J). 13,crt-r:md d e OrlC:'lns o llr:\• g:mc:.n, i·cprc:sent,:'tfulo scu P t1i, S, A. T. R. o PrinciJlC D. P ccll'O
Hc n riquc. de OrltUHtS c Urnganc:u. «Cutolicis mo» se re7, r c1w•~~enlnr 11e1o Prof. Pli.nio CorrC:t de Oliveira e numeroso grupo d e rcdatores dcsta follw.
1 •
11
1
~
CARTA ENCICLICA DE NOSSO SANTISSIMO SENHOR JOAO PELA DIVINA PROVIDENCIA
PAPA
XX111
AOS VlsNERAV~:1s IRMAOS PATRIA RCAS. Pl! IMAZBS ARC~:13 1SPOS. B ISPOS
l:! OU' i"R.OS Of::Jh'lfAl':.IOS EM P AZ E COMUNIIAO COM A $(,: APOSTOLtC A ß l':M COMO A TOOO O CLEH<)
F. AOS FH': IS
00 Of!BE CATOLlCO
SOBRE OS RECENTES DESENVOL VIMENTOS DOS PROBLEMAS SOCIAIS A LUZ DA DOUTRINA CRISTÄ
JOAO PP. XXIII VENERA VEIS IRr-•IÄOS Dl l.l•:TOS F I i.l-lOS SAUl)A(;}l.0
E 13J;;N(;A0 APOSTOt.lCA
clos povo::-. o Jgr cja Caloli_c:,~ foi instituidrt poi· Jesus Cristo p~11·::a quc. no dCClH"~O dos SC(;ll los, todos OS
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quc vics..-;cm a scu scio c scu ;-u nploxo cncontt·.:1sscm a salv::1<:ri.o, c::orn ;J plcnitudc de uma vidu mais clc• v:.1<1:-1. A csta lgrcja. ;·colunu o runcla-
mcnto da vcl·dadc" (cfr. 1 Tim. 3. 15), scu Sanlissimo Pundadol' confiou a dupla n1iss~o de gor::n·-Lhc fil hos c de os cducar C: reger, gui:rn-
do com rwovidcncia matcrna n5o so u v ida de cada homcm, rnas liunl>Cm a dos 1>ovos, cuja cxcclsa dig. nidadc l::la semt>I'C tcvc em grandc honra c 1wotcgcu com solicitudc. A dou t rina de Cristo como quc unc a tcn·a ao Ccu, pois c:lbr11·ca o
homcm todo. cspirito c rnatcria. in-
tcligcncia c vontadc, c convida-o a clcvat· u ahna das condi~Ö<'5. mutavcis da vida tCl'l'CStrc äs al l uras da
vicla ctcrna. ondc gozar{,, um dia, cl~1 J>Ct·cnc fclicidadc c 1>az. E1nbo1·.:t, por conscguinlc. a ,nissäo Jwincipal Ua Santa Jg-rcja scja santiticar ns :1Jmu,s c fnz.C-las par•
ticip~mlcs dos bens cclcstcs. tcm
1•:la, cnl1·c1:mto, ~oJicitu<lc pc)(IS nccc~xidaclc:,; c::oli<lk111:1s <la exis:tcncia clos horncns, n5o somenlc quanto ~• suhsistcncia c condi("öcs de vida. mas aind::a quanlc> no hc-m-c:.•star c pro::.pel'icladr- ('m tod:.1 ~orte de Uc-ns c scgundo ;1s wu·i;1s ~pocas. Rcali;,.amlo isto, a Santa lgrcja p6c cm pralica os 1wcccitos de scu Fundador, quc, ao dizci·: "Eu sou o caminho. a vcl'dadc c a vida" (Jo. 14. 6) , c Cll\ OU ll'O lugar : " Eu SOU a luz do n'llm<lo'' (.lo. 8, 12), rcrcrc-Sc sobrcludo it salvacäo clcl'na dos homcns; mas quando. olhando a multicfüo clos.: r.:irnintos, c1amu como a gcmcr: "Trnho con'lpaixäo de-stc povo" <Marc. 8, 2), mostra
ANO XI • SETEMBRO 1961 • N. 0 129
, , OA'l'Ol ,ICISi\fO», <rtm 1,rocur:1 iufundir d e todo~ os modos, <-m scus h~iton·s, a tlc,·oc;i"i.o :t ,) $;rnto Pmln·, nii.o l.c1n f•ftt.rc~hmto i, 11ossihifidad<· clo 1mblic:1r h::tbitu:dmc:nh: cm :-;uas Jl:tJ;"hm-; o t c•xt-0 inte,. J:rr:,I <los d ocumc otos poutiricios. 1\hrc• ,~:c h oj,,. 11o i·C1n, um:t .-~xcf•c:i'io,, cons ngr:uu.lo todo 11111 11111111•ro :'1 tr:"l<luc,•r,o c.~Omi>l<'ta da 11:m;iclica ((!tfat<:r d l\1:1;:::s( 1•a». l<':w.c-nclo--0, f:~-.;t a folh:'1 d:i :i sc·u gc·sto o eunho etc um 111•f•Ho d e \'CO('ra('iio t~ nf<'to riliais p:u·:, <:om o Vig: 1rio tlc Jc;:süs Crislo, o cfc :tclmira<,:.Uo l){•lo doc1111w11to co111 quc ero nc;:aba- de brincl:tr os fi(!is. Mas css~ ru·cito v,·in m:,n·::ulo clo um car:ttc~r ,,:·Lr lic ular. A Santa l g r\•ja, C M.iio c..t M,._~tr:,1, 1<'mhra„nos c;1u s 11:1s 1•rimciras 11:·11:u·ras o ,,ug-uslo doc~11111c:nto. Assin1, 11:111:l imporkt m:1is no:-; rit)is do <"1111~ couhc•ee,· o 11c n~~,~ numto autc.:ntico d e M estr:1, (Zio sahia, :,.,. ,lirdri;,,c:.s 1'Couiu:ts do l\Jifo trio cxtrcmos:1. o :-;:.111t;1. n,•cd,cmos rcCt"nt,•mcutc d e nQSS-O ,,g,:nto 11::1. Cic.1:Hk! l•:t.(•t•m, a. infor• mati\o clc quo uiio h:., ,·ii1- tradu('iin oficia l ou oficiosa ,1:1 l;;neiclic:t 11a1·t1 o 1101·tugu,··s. As ::,;;-,•ncias t<-lt:,::-r:1fic::is, uos n o tic;i:"lrios i:-ohro :~ «M:t1c-r et. ;\lagistra» c'1 uc forfü:• <~cram U. impn·• n s:1, como 6 11:-,tural s1\ d:l.\':Un ,J,~la um rcsumo mui(.o s ueinto, <tut:. r101· islo m tsmo 11:io 110s 11odb satisf:t:,.~r. Ao mc:mto h!m110 i:uu-sc clir undimlo t r:uluc:,O,~s clo doeunu·11(0, C)U(~ niio t.i11hn111 , <•nfrct:'tuto, e:u·ntcr oricinl. J<; i,ari J>tl!--.-:u c•111 cwrt os st~to,·,·s comN:,a \':L a fc•r~ ver a o:q,lor:u;tto.
J)ccorria. f'Sl:\ clo fn(o d e ,,uo. so,:;-umlo ,·arias ch!SS:"1s
,·c~1·söos, o $111110 P<mUfico t o ria 1u•,•c~on i1::1clo a «so e i:tli• 7„'l(.·.:"i.o». t>:ii o gcuc rn liZ:\r-sc. eh~ nort,• :t s ul d o )!ais :, C'\'.(ra ,•a~:rnh- idf iu d e <am• ,Joi'io XXIII, rc•,·t•ttclo :t 1,os i(.ifo de s1.:us Aulccc.ssorc-s. 1>m.: tu:w~" corn o socialismo, IH~lo m c uos ,; 111 :-.ua:,; rorrn:a.~ m:1is moch•racl:1i:;, 1..:.Sk\. im11rcs..~1o, nascid:t c·• m 11Jc~110 clima d1~ l ufa , N Ii l:o ruo do tJrohl<•ma, i,grarie), 11:io ckixou clc\ :wr cx1,lor:·1d:t. com o a. rn:mifel'it:t(·:'io de~ um 11c 11dor d,~ Sua $:rntidaclc, l):\r;'l o s oc it\fo~mo :,~n1rio. 'l'uclo isto Jc \'OU•IIOs a rcctorre r 11in, i.:-1n1f•nt ~ :'1.0 ()J'igi11:tl J:\tiuo publie:ulo ru:lo <<Osscr,·:-,torc nomt1110». 'r1.mto m:üs c1u:-111to <> $noto 1•:1c1rc afiromr:t c x1n-(•ssfu n (mtc; t-i.m ~ua alocuc:üo (l(' ta eh~ m:aio c1uo cstc- scria o tcx to oticiat d o doc;umcnto, s~ hem quc ch~lo sc fiz(~sscm lraclu(,'OC.'\I em di\'t rsos idiourns. Coufcrimos, r,oi~, com o original lntin o ft tr::ic.lu<:ito integral pul.>lic:1<la na. il't'IJlr-t;n:-.:·, cli::,ri:\. do P;\is , c c.m cn c.1:unos :1s disert!1Hu1c i:-,s quc• cncontramos, N il n11111cro d e nprox i111:u1:uucn h: 6:;o. !iub titutos, <111c n i'.io f ig u rmu 1,0 o r iginal. l:>liO da. v,•rsiio italiam,. Se,:,.ri.mdo () t,~xto 1>ortuguCs qu,~ hojß 1>uülicamos, cscruI)ulosrunc nt c conforme ao l ntino, pOd<'r:l o Jeitor intc ir~,r-;,,;e fncihn C"nte d e quc : 1 - ao dar um rieo c cxt.cn~o ehmco d e n1<:clidns 111>t:ts i\ solm,':110 dos J>roblc uHu.• do c.iun1,o. ~Joäo XXlD
o~
nilo inclui, c 11t,rc <tl~1s. leis clc c arah~r cxtlropria(orio o 11ois it l~neiclic:\. l ongo est-::t de cooler C)U:tl<Jucr apro~•a~ ('iio <fo uma, politiea agrari:t soeialisl:\; 2 - o $ill1to Padre, eo1110 6 n:\.tur:11, n~o rctiriea o 1•nsi11:uw:nfo cle scus A ntceei,;sorcs rclativanientc ao soci:ilismo ou a ,1u:'th')m' 1· outro 1,011lo d e doutriu:·, soci:11. Huts p r;lo co11i1':nio c> rccapitu!a, t~ounrnHl e d c::scnvol w:; 3 - o sc·ut.iclo <b 110,·a r•:uci<:Jica C 11rotu11d:uu<-nto :wti-:_sociaHsl;\, Um d e s,~us :1...;1u:ctos mais importantc:.:-1 co 11s1sl c (•m c 11('.;.u•c·e<'r o 1,ri~u•J <los gn111os intenned i:irios <·nll·? _o ~nclh·Muo t~ o 1,; sf:ulo. o :tfit•rnar o priucipio ein suhs1dmn<:dücl1\ C<ullo ll(H'IHU has icfl. das r c la(-Ocs entre os parCiculürc-s , :\S soci<'cfad('S ,h~ clircito f1r ivnclo ou tHI· hlieo, c, c, ••~s(ndo. Näo 6 c•.-.te o IHOUICIIIO dß d t~S(:11\'0J\'CI' O :\."iSUnto. 1\J:1~ ()1.int<aue r J)c;s.-..o::t quc~ t.cnh:" a rcs1,cito no<,·Ocs nincln t1u c~ su111:ui1L'5. vc~ ch:."id e Joi::-o quo \!.;;;tr,s 11rin • CiJ)ios sao dia111ct ralnic11Cc. opost.os ilO socialismo: 1l 1uw /im, 1,\ p:-,1::,,·ru (q,;oci:diz:·1(•:lo». (tue :11i:is n l'io si,::-nific::t ncc.~t~.-.s:ui:unc nte algo d <; afim com o soci:.11ismo - fa.to '111" ,,ualquc r cstuclio~o eouh,:cc - näo sc enc onh·:1 c11tr1·tanto uo tc~to lati110 c.l:", «i'later et. l\f:1gist 1';\» . (l.11:1.i s fts cxr,ressöc.s l:'l.t.i11as cJ1H1 aqui ou :tcol;'i ,·Cm s<-ndo fr:\tllnid:ls J">flr c<söd:'lli?.tt(,'!10»? l~i-1:ts: :1 - «socialium r·alionum incrcmcnta• inerc• m c 11t-0 d as rd:1~{11,_•s so<:iais: h - • :;:ocinlis vitnc pr·occssu:-.» o 1,ro;::rcssn cl:t vitla social: e- - «pro~rc~io l'alionum s0<:i:.11ium> o 1u-ogr<'s..-.o ch,s r el:'1.<:0es sociais; d - c incr<-hl'CS('C'ntcs i:-ocialis vilnt- rationcs» :l s en~s• ec-ntcs rc,.•lae,O,·s tla, ,·hht soci:\l; c: - «soeia.lis vHuc in„ er~m~nt;1» :=:: o in c r<m1e) o to d:·1. vida sochtl; r - «soci'1limn ralionum prog1·cs.'> u...;• o 1u·ogt('-SSO das 1·ch1(:öe:s sociais. Como sc vc\ dado o se ntido 1n·<11,rio c n:1t11r:tl cl<~stns •~XIH'f'..S:,;ii<·~-:, o eout'-l:do e m qun cb s säo us:ul:,.s - 1,nrto U d:t J•:nciclica, topico suborcliu:1do no subtituto «O in• crc-m,~nto d :"ts rf•lnc:,Qc:-; soei:,is)) - tlc nenhmn m oclo ,,ode S4!1· i11lc:r1,retado como uma :\llrova('iio, :\incl1-.. ,,uc muilo rcmot:t. do ~oei:tlismo. ou um:. rctirica~ao. ni ncl~ quo muito clc lic:ul:\- ou hulircfa,, tl:t f:unos!\. ntirmac;:,üo do Pio xr u::, r•:uciclica <<(!uadr:\ge:,;imo A nno». d o quo so• ci:1lismo o Catolieismo «süo tcrmos conlrudit-Orio:..». Com cst(: c.scl:trccimcnlo. visamos :\. tlcs rozcr um CQ\li\'OCO, <tm~ vinh:1 dütHlo aso o. numc rosl\S explora~Ocs. D e rato. e utrcl'anto, a tl:\l:wra. <,sociali;,..::1tiio», c01)10 dis~ Sl"~11lOS, e os t ccnicos o s;::il>t!m , J)<>do scr cm1>regnda cn1 um senticlo nndn :,ritu com o soeialismo. Assim, nos...,.o cselarcciruento niio tcm o car:,tc r de eensura a e."ta ou i't(Jußhl trndu~ii.o. 'rtlns, port1. cork1r tod:1$ ns cx11lor:1('.Qes nascidas cm u osso m eio. p r1rece mnis s imples 1,0r c m e ,•idc~ncia que o tcrmo nrto e.~ii:-te n:i. Enciclicn.
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et l\1agistra
l\1ater que Sc prcocupa tambCm com as ncees.~icladcs tcn enas dos povos. E
sal quanto cssa. Enciclica de Lcäo XI IT quc. pc:ln proCundiclaclc c ,un• r>litudc <los arg1.11ncntos, bcm como pcJa for<;a <lc c:-.:prc.ssfio, a 1>0ucas sc podc cornpm·ar. Na vcrdade, cs~as dirctrizcs c c:-.:01-lcH,:Vcs ro.-am
o J)ivino ncdcntor näo clcmonst.a·a esse cuidado npcnas com as pala„ vras. mas t~mbCm eom os cxcinplos de sua vida, quando, para :-mlisfa• 1.ci- it romc cla multiclüo, mais de
de ta,Hn i m1>0rt:mcin. quc ~ua lcmb1·nn<;.n de morlo algum podcr{t cair no csciueci1t1cnto das gc1·a<;öcs futu• r«s. Por cla sc manircstou de mo• do mais :unplo a a<;iio da lgrcja Cntolica. cujo Pastor Suprcmo, eo• ll'IO <1uc r41zcn<10 scus os .sorrimcnto!>, os gcmidos, as aspintGÖC~ dos hu• m ildes c dos oprimiclos. c1\Lrcgou•sc 1·csofu tnmcnte il La1·cra de rcivincli• CHI' C d e fnzcr 1'C'SJ>Cilndos OS scus dircitos, E:m nOS$OS clia.s, scm duvida, cmbora dccorrido long:o lnr>.:-o de tcmr>0 ckpois dn promu lga('äo cl~ssa surna• mcntc admiravcl Enciclic::i. C ainda podcros:a sun c[icacia. Podcrosa nos docun,entos dos PontiCi<.:<:s succ,ssorcs <lc Lcäo XIII , quc. ao 1ratarcm de mnteria cconomica c sociu l. sempre sc 1·c(erem A 1-:nciclica lconina. 01·a pu1'A cscla1·ccc1•-Jhc c ilust1·nr.Jhe o alcancc. 01':t pm·a dar novo cstinmlo aos cntolicos. Podcrosa ainda na lcgislatüo c na Ol'ganizac.;äo de muitos Esta<los. Tuclo is:--o clcrnons• tra quc os principios cuidndosamcntc aprofunda<los. as dh·ctl'izrs c as nd• vcrtencias pa tcrna$ conticlas na ma• gistra.l Encicl ica de Nosso P rcdcccs• sor con:--crvam ainch.1 c m nos.sos dias scu aut igo valor; c m<'~mo podcm~s<' deprecn<lcr dclH novos c s~lutarcs critcrio.,;; pa rn <1uc 0$ homcns av~. licrn bcrn o contcudo c us provor• töcs nl.uais da <1ucstäo soci,:tl c J)()ll• dcrc111 qunis slto suas J'Cspectivas •-csponsabilidadcs ncssa matcrin.
uma vcz mult i plica milag1·osamcnlc
o päo. Com cstc päo, clado r,ar~1 alimcn-
tar os con>os, quis Eie ao mcslno temPo prcnunciar o alimcnto quc, "na vcspcra da sua Paixäo", daria aos homcns. Näo e, pois. do admirnr que a lgrcja Cntolica. ~t imila<:äo de Ctisto <: cumprinclo scu mandato, j{1 por
dois mil anos. isto C, clcsdc o mini$•
tcrio clos antigos Diaconos atC nossos <1ins. tcnha ~cm Cö-S:tr l cva<lo
bcm a llo o fncho da caridadc. niio menos COll'I 1>rccci tos do quc com cxcmplos
abundantcmcntc
da(los;
caridn<lc quc. hormonizando o pn;:. cci to c a 1watica do amoe mutuo, i-ca l hm ndmil'avclmcntc o m:111clO· mcnto <ltssc duplo dm·, no qual sc c ncct·ra tocla a <1out1·inn c a<:äo so• cial da Tg1·c ja. Docuin('nto insignc dc:;sa doulri• na c a(.:flo social. quc a Igrcja Ca tolic:1 clcscnvolvcu no dccorrct· <los ~ceulos, tlcvc, scn, duvicla alguma. set· considcracla tt prccl.urissima En• ciclica "Hcrmn Novnru rn" (;\ctn 1.conis XIII. xr, 1891. pp, !17-144) c,uc Nosso :Prcdcccssor L cäo XI II. de imoa·tal mcmol'ia. 1womulgou h{l sctcnta ~nos .n fim de cnunch,r os pi-incipios PH1'i\ SC l'C!':OIVCl' ä htz ein doutrinn cristä a qucstäo opcra1'in. Poucas vczcs rceehcu uma palavrn ponlificin ap1·ova~äo täo univcr•
1 Ensinamentos da Enciclica "R er um Novarum" e oportunos desenvolvimentos d o magisterio de Pi o X I e Pio A EPOCA DA "RERUM NOVARUM" S 1wcccitos que aqucl e Ponli• ficc chcio de sahcdoria dcu a · toda a hum~nidadc bri11u-1r,m n con1 mais cspl cnclicla luz. 1>0rquc os tcmpos crn quc rormn promult;ados cstt,vam obscurcciclos J)()1· gr,:mdes t rcvas : porquc, c nquanto a cconomia c as condköes sociais 11as:-avarn J>Or ,·adicais tr·~nsrormacöcs, cra g1·andc o ca lor das discussöcs c violcn• tas as rcvol las. Como (: do conheeimcnlo de todos, a opiniiio c1uc c.-nt1o prcvafocia crn matc ria cconomica - 0 1>iniäo quc tudo atl'ibuia il.s fo1~as neccssarias da nnt.urcza - c~tabclccia uma pc1·•
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fcita scpa.ra~:io entre as leis moi·ais c as leis cconomjcas, de modo quc a u nic.;'l fin.::ilidadc visada pelo agcnte: da atividadc cconomica consislia no seu h1C\'O individual; e port-.mt:o us 1·cl::tcöcs en tre os agcntcs ccono• micos cstnvam sujeitas a lci suprcma de uma Jivre conco1T<.mci::t. isenta de qualqucr rcstri<;äo; os rcncl irncn• tos dos capit:ais, o p1·e<,:o das uti li• dadcs c do~ sc1·vi<:os. a mcclida clo luc1-o c do salario, Cl'am dctcrmin:.t• dos como quc mcc.anicmnc nte pe.Jo cxclusivo arbitrio dos ncgociantcs; o poclc.r publico dcvia precavc1•.sc 3bsolulamcntc de intc.rvil' de qualquct· modo nos assuntos cconomicos. Nnquc-l:1 mcsma cr,oca os sincticalos opcrarios. conrormc os clivcr~os paiscs, ou nüo c,·arn absolut,:uncntc per• milidos. ou eram apcn:is tolf'rados. ou lidos como simple~ c nlidadcs de dircito p1·ivndo, No quc. pois, CJ')ÜtO, sc rcfcria ft e:oonomia. u äo somcntc a lci do mais for1c Cl'a considcrada Jcgi tima, mas dominavn intcirarncntc nas rcla<;Öes ooncrctas cntl'C? o.s homcns, c dcssc modo ;;, 01·dcm cconomica cncontra• va•sc radicalmcntc perl\u·bada c m todo o mundo. Or;,1, cnquanlo alguns poucos es• 1..wmn de possc de imcnsas riquc~as, grandcs multidöcs de opcrarios J).) • dcciam cada dia maiol'c..;;; ncccssidadcs. Com efcito. os salarjo$ näo cn.1m su ficicntcs ncm pm·a as ne• cc-ssidadcs da vida. ncn'I , pol· VC"✓.CS, para matar a fome. Ncs.-i,a situa• ('iio. com frcqucncia o~ r>rolcla1'ios
cram obrigados a cntrcgar•SC a Lrabnlhos no~ cauais cot•riam perigo, niio sö sua saudc. como a purc~a <los costurncs c a fC 1"Clig iosa; cri~n(::ls
c mulhcrcs eram muitas vczcs chamadas a trobalhar cm condicOcs dcsumanas: como um cspectTO dianlc dos a.ssala1·iados. cstava sempre a am(':1<:-a do dcscmprcgo: a familia tcnclia graclua lmentc clissociac5.o. Como consoqucncia nnturat disso. os 1.raha lhndoi·cs. jä dcscontentes com sua sorte. conclenavom aberta•
a
X11
mcntc c~sc cslndo de coisas: c t~HnbCrn como C<mscqucncia, :;c insinua• vam ("lltrc os opcrnrios tcorins sc• d iciosa~. quc Pl'OPU 1)harn t cmcdios r,iores quc o rnal.
OS CAMINHOS DA RECONSTRU<:AO F'oi c m tais lcmpos c m trj,n S(Or• matäo quc J.cßo xnr. corn a ~ua Enciclica "Rcrum Novarum'', pro• pös a rncnsagcm ~ocial quc C t.irada das cxigcncias da propria nat1.11·e·za humana c cnfo,-mada pclos princi• ,.>ios c pelo cspirito do E:vangc.lho; m cnsagciri que. entre algurnas oposi<:-öcs. como costuma havcr, susci• tou univcl'sal admira<;ao c c ntusias• mo. Näo cra u pl'imeira vcz quc a S~ Ar)()s tolica. no quc diz 1·cspcito aos intcrcsscs tcmf,orais, tomava a d<'fcsa dos neccssit(1dos. J[1 o Nosso P1·cdcc~sor Lcäo xnr, de fcliz mcmoria, p1·omu lga ra outros documcn• tos abrindo de algum modo o comi• n ho. Ncssa Enciclica. poa·Cm, C (or• mu lacla pcJa primcira vcz uma sintcsc organica dos pri ncipios e um p1-o~rama h omogcneo de a~iio. de. rnoilo quc, a consi<lc,·armos o camoo economico c social, voctcmos com r·az.äo ver ncla uma suma da clou• ll'ina catoJica. Dcvc•SC djzcr c1ue näo fal1ou audacia a c.stc i:tto. Pois, cnquanlo näo lcmiam a lguns. cm facc da qucs:Uio social. acusaJ' a lgrcja CO· mo :sc nada fizcssc a näo ser exor• t;w os f>Obres a sur,or t~rern os malcs c os ricos a se1·cm gcncros.os, Lc5.o >(Hf näo hcsit.ou <'l'n p1·-0cl(lm~u· c dcfcnclcr os lcgitimos dil'Cilos do opcl'ario. i::, ao cxr>0r os 1>ri11cipios c normas da Jgrcja CatoJica no cam1>0 socia l . dcc1arou ahcrtamcnte : " (.: eom toda a confia111;a que cn• cctamos cs~c assunto, c cm toda a r,lcnitudc de Nos..1:;o dil'cito, porquc a questäo de que sc trata 6 de tal n aturrza quc. näo sc apc1ando para a Rcligiäo c para ~1 l grcja, C im• possivc.J cncon t rar •sc uma soh1räo cncaz" Cibicl. p. 107). Bern conhcccis, V cncraveis Irmäos, os principios busicos expostos com tanta ch.trexa c autOl'idadc J>Ol ' aquclc ilustl'C Pontificc. c scgundo os c1uais devc ser inlciramcntc restn.u• rada a socicdadc humana. no setor cconomico c social. Tnll~ln'l clcs antc$ de tudo do trahalho. (JUC de modo ali-;1.tm podc sel' avali:tclo corno un,a mcl'cadoria, mas sim como cxpl'cssäo da pcssoa hu• m:um. Visto sca· dclc, como ttc uma unica fonle, (tue a maioria dos ho• m cns tirn os rncios de subsistcncia, sua i-em1.mcraeäo näo dl'vc dcpcnder do capricho dos patröes, mas, antes. das lci::: da justi<;a e. cla cqui• dadc. Sc assim niio för_. rn-esmo se
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estipulado livrcmcntc por ambas as {>nrtcs o <:ontrnto de trubalho, a justi~a scrü pro(L1mJamcntc lcsada. AICm disso, a propric<ladc priva. da, scm c-xccluar a dos instrumentos de u·abalho, C 1.11n d ircilo n atu• ntl de cadn um, quc de modo a lg um C Jicito ao Estaclo suprimir. Como, p0rCm. C intrinscca U propric<ladc f)(u·licular uma runc;:äo social, qucm goza dc.c.:sc <l ircilo clcvc gozft.lo niio
s6 cm p1·ov<•ito propl'io, rn~s tarn• bCm cm bcncficio comum. Qunnto no E:stado, cuja razäo de s.er C velar pclo bcm comum na ordern temporal, clc mancira nlguma podc ncgligc.nciar o enmpo cconomi• eo; pclo cont1·~u-io. dcvc cstar pre• scnte parit promovct·, op01·t11nnmen• te. prirnci1·0 a p1·<x..lu<;fio abundante de l.>cns matcritiis, "cujo uso C nc• cc:::sario para o cxcrcicio da virlu<lc"' (Sf\O Torn4\s. ''De rcgiminc prin• cipum'', l, 15): c,, clcr>ois. para. quc scjam clcfcndidos os clircitos clc toctos os cicladäos. sobrctudo dos mais rrnco~. como säo os opcr;:ll'ios. as mu lhcrcs e as c rian<:as. Nunca pcrmi t ido ao Estndo c:-.:imi,••i<-C cto sct1 dcvcr de contribuit· at ivamcnte 1>arn a mclhoria da~ concli<.·öcs de vicla do opc1·m·ia<lo. 1~:, alCm clisso. hm<;iio do Estaclo velar parn quc as ,·clac;öcs de trabalho scjam a-cgulacla:,:: pcl;:1s normas <la ju~ti{'tl c da equidadc, c nos innbicntcs de trnbt1tho ni'10 scja lcsucla. 11cm no coi·po ncm no cspirito, n clignidadc ein r,csseu'l hum~na. A esse rc.spt-ilo acha1n•sc cxpostos. com ra:r.JlO c vcrdadc, na F.nciclica lconina, os clementos basicos da socic• cladc humam1, quc. na CllOCa contcmpo1·1111ca, as nacöcs clc um rnodo ou de outi-o incluiram cm sua lc• g i$Ja('50, c c1uc como dcclara Nosso Prcdcccssm· de imortnl lcmb1·mwa. P io Xl. na I~nciclica „Qua• clra.gcsimo 1\nno'' (cfr. A.A.S. XXIU. 1931. p. 185) - cont rib\1i1·nin grunclcmcnt c para suscittu· c dcscnvolvcr o novo ramo da <lisciplina juridica (lcnorninado Dfreito <io 'J'rabc"ho. Afirma•SC ninda na mesma Enciclica <1uc C dircito natural dos opc• 1·.:u·io..c.:. näo :::omcntc rcunir-sc ~m
e
associacöcs, scjum clas compostas SÜ de L.r.:,baltmdOl'CS ou cle trabalha• dorcs c pal 1·öt-s, c dar•lhes a [orma quc julgarcm mais apta aos sen!- in• tcrcsscs: prorissionais. mas tambtm, scm e mpccilho algum, movcr-sc ncht:; <:om autonomia c iniciativa pi-oM pria, par·a a consccu~äo de scus in•
tcr~scs. Po1· fim, os opc1·a1·ios c os cmprcgudorcs. ao l'cgu1a1~m suas 1·cla<;öcs. dcvcm inspirar-s~ nos ptincipios da s0Jida1·icdadc humana c nas normas da fraternidadc crist5.; visto quc quer ü concorrc rlcia scm frcio, prc~ada 1>elos lil>erc,is (como sao chamaclos), quer ~ lutn de classcs <le•
sejada pclos nrarxist<ts süo absolutamentc con t nu·ias t:mto a rloutl'ina cri~tä como i't propl'ia naturc.?...a hu• rnana. S5o cstcs. Vcncravcis Il·rnäos, os principios fundame ntai~ aos q uais devc cstur sujeita a vcrdadcia·a 01·dcm näo s6 cconomiC<t como i;::ocial. Ni'tO C, pois, de actmira r quc catolicos de gr uncle competcncia, scn· si vcis :t cstas c:-.:ortncfks, tcnham rcali,-.aclo ,nuitas iniciativas para pOr cm pro tica esscs principios. E cm val'ias partcs do mundo sc encontraram honwns de hoa vontadc quc. lcvados pcJas proprias cxigcncias da nntua·cza hmnana, scgui ram os mcsmos caminhos.
Poi- conseg:uinte. com intcira ra• 7Jio C <'SSa Encicllca ate hojc denominada a Cm·ta A1c,gna (cfr. ibi<l. p . 189) da 1·econstru(äo economico• -socia I a scr cmprecndidn.
A "QUADRAGESIMO ANNO" Dccorridos quat1·0 deccnios dePOis da r>ublica<:-f,o daquclc i nsignc cor1>0 de leis. Nos.so Predcccssor I'io Xl, de fcliz mcmol'ia, dccidiu pot· sua vcz publicar a Encic.lica quc comc~a com a:,:: palavras "Quadragcsimo Anno" (ibid. 1>p, 177-228). Ncssc d ocumcnto o Sumo Ponti•
ficc <.."Qnfinnn scr dircito c devcr da Igrcja Catolica dar sua contribukäo insubstituivel para quc os gravissi• mos p1-oblc,mas soci;;ais quc tan to an• gustiam toda a familia. humana SC· jam soh1cionados como convem: rcafirma dcpois o~ principios e as dirctrizcs adcquadas as condi~öcs histol·icas. quc contCm a 1::nciclica lconina; c. por fim, aprovcita o cn scjo. näo s6 1mra 1>rcds..11· alguus: pontos de doulrina sohre os quais mesmo entre os calolicos havirt duvidas, mas tambem pora cnsinar o moclo como devcrn csscs m esmos principios c d irctrizc-s rclalivos l t orclcm social scr ajustados As novas condic;öes dos tempos. Havia naqucl a. c1>0ca quem livessc duviclas a rcspcito do que devjam
o:-- ca Lolicos pcnsal' sob1·c a pl'opt·ic• tladc privacl,,, o salado dcvido aos ot>erarios, o socialismo moclcrado. No quc conccrnc ao primciro pon. to, Nosso Prcdcccssor dcclan1 no• v.:,mc1)tC quc o clircito cla propric• daclc priv~da clccorrc cla p1•01>rin htt· turcz.a: e dcmonstra e accntua ainda sC'u aspc<:to social c :-:ua fm1(·äo. Sob1·c a sc,guncta c1ucstäo. dcpois de 1·cfutar a lese quc considcr.l o 1·cgimc clo salario injusto po1· sua p1·01wia natui·c,-.-,;1;, o Augusto Ponli-ficc dcplo1·a quc nfto 1·a,·o tcnha cte
~i<lo instituido de modo dcsumano ou injuslo. e ao mcsmo tcmpo in-
,lica minu<:iosamcntc o critCl'io c as
cortdiröcs <1ue dcvcm scr obs.crva. dos para <1\1(.! nfio sc rallc ncssa qucstao ncm a justita ncm ;·\ cquidade. Ncssc particulr,r. c:omo mostra de
modo c:-.:cclcntc Nos.so Prcdcccssor. nus condi<,:öcs atuais C convcni<!11tc tcmpcrar cm alguns pontos: o:-- con, trato~ dc trubalho com os contralos. <lc socicdadc. de moe:lo quc jjos opcr·al'ios c os cmpt'cgndos sc l.orncm parl.icipantes dn pro1wiedmlc ou ein administraGiio. ou mu·ticipcm de <:crto modo clos luc)'OS apln·aclos·' (cfr. ibicl. 1>. 199) . Dcvc scr co11sidcrttd:t de grandc imporlancia cfoutrin<aria c praticn a nfirn-ut<:-äo clc Pio xr de quc "o ll'Hhalho näo pode sei· Hv:tlindo com justi(,·a
ncm
tctribuido
udcqmltla•
mcntc ~c n5o rö1· lcvach) cm conta u sua nnturcx.a sochd c individual" (cfr. ibid. ,,. 200). Pol' conscguintc. qunndo sc trnta de (lctcl'mimn· a 1·emunc1·a<i50 clos trahalhadorcs, a juslic:a c:-.:igc Quc sc considl'rcm, a !Cm das p1·op1·ins ncccssidadcs do 01>crario c de sua familia. t~,mbCm as condicöes do organismo 1woduUvo 110 q ual tl'(lb:tlhain OS OJ')Cral'ios. C as c:-.:igcncias do "bcm publico cco• noniico" (cf,·. i hicl. p. 201 ). Dccl(n·a t1irtcla o Pontificc cstal'cm os principios catolicos: crn contnldi• <;fio vccn,entt.~ com o:,:: com tmi.~tos, E nfio podt::l'Cm os catolicos. cle fo r. m a. :tlgum(.t, nprovar· o~ prinCipios dos socialistas. os quais parcccm µrofcssar umt1 opiniäo mais modc• l':Hla : pois dn doutl'ina clcstc~ de• oorrc cm 1>rimciro lugar quc. cstando a socicdacJc limitada ao mnbito clo t-cmJ)O. dcvc scr ordenada so• mcntc cm fun~äo do bcm-esh-11· tcr• rcno; c dceorrc cm scguida quc. J·clacionnndo*sc o corrK> socia l apcnns U prodw;äo. a lib<?:)·daclc sorre J>Or isso gravc dano, corn m cnos• p1-czo ctn rela no(:äo da au toricladc social. Näo dcixou. contudo, Pio Xl de notal' quc. q uarcnta anos clc1>0is da Enciclic.tt de Lcäo XIII, as circuns• tancias h istoricas cstavam raclical• mcntc mudadas. Como nas clcmais coisas, tambCm a li sc ma11ifcstava que a 1ivre concorrcncia, cm virtudc de um dinamismo intcrno c como c~uc inato, chcgara por fim quase a dissolvc,·-sc a si m csma c Jeva)·a conccnl ra<:-~o de enormes r iquczas
a
c de irnoclcrndo poder economico 1Kl$ mrws clc alguns poucos:. quc "mtli • las vczcs ncm s.äo os propl'ictarios mas npcnas dcpositarios c aclministi-adorcs clo capital. do qual, norCm, disr>Öem a. scu livrc m·bilrio" (efr, i hicl. p. 210 s.). Por esse molivo. como obscrva eom pcrspicacia o Sobel'ano Ponti• ficc. " a libcrdadc do mcrcado foi substituida pclo podel' cconomico: .\ cobi<;:a do IUCl'O scguiu•SC O dCS· mcdido dcscjo de prcdominio; c toda a cco11omia tornou-sc, assim, hol'l'i• vchncnte dun,. incxo1·avcl, erucl" (cfr. i hid. ll, 211 ). F;m conscquencia disso, os POdcres publicos sorviam aos inlcrcsscs dos cidadäos mais opu. lc ntos, e assim o impcrialismo eco n omico de cerlo moclo dom inava c m locla pat·lc. Pal'a t·csistir a estas tcndcncias, o Sumo Pont ificc indica. estes pi-in• cipios fundamcntais: a rcinscr~iio do mundo coonomico na ordein moral c a harmonizacüo dos intcressc:::, quer dos individuos. quer ctos grupos sociais. com o bcm comum. Sem duvida. con(orme o cnsinamcnto de Nosso Prcdccessor, t:i I objctivo exigc que. ~m primciro lugar, scja J'CS· taurada ordcnadamcntc a conviven• cia soci.al , com a instituicäo de associa<:<ks i ntcnnecliarias corn finalidadc cconomica e p1'orissional. näo im1·>0stas pclo Bstado, mas autonoma::.. Dcpois. quc ns autoridadcs publicas. fit!is <) sua missäo, näo nc• gligcncicm velar· pclo bcrn comum. T.t. fina lmcntc. considcr:.mclo o plano mundial, que os Estaclos. pcta mu• tua colaboratäo de scrvicos e planos. alcnnccm igualmentc o bcm economioo dos 1>0vos. Os mais importantcs principios proprio::: da Enciclica de Pio Xl 1>0clem scr reduzidos a dois, O pl'imciro clcles p1'0ibe absolutamente quc sc t cnha como criterio supremo
cm matcria cconomica os intc1·csscs quer de parliculal'Cs. quer de gru. pos. ou a concorrcncia dcscnfr-cada, ou o irnodcl'ndo f>(){le1· cconomico. o u a ;i.mhi('iio do prcsligio nncionnl. ou outros cl"itcrios :-;cmelhnntcs. (~. pl'lo contrario, ncccs::;;~u·io <1uc toda atividadc cco11omicu scju 1-cgida pcla justi~:a c pclu caridaclc, corno
supt'cmo c1·itc1·io sociul. 0 scgunclo 1wincipio quc julg;unos r>rop,·io <la 1::nciclica clc Pio XI dctcl'lnina quc. 1>01· mcio de institui(:öc-s, quet· pul)lica:::. quer livr·cs, tan• to nacionais quanto intcrnaciona.is. i n~pi l'ada~ na justi<:a soci::tl, sc inslaure uma Ot'dcm juridica m1 <1ual os agcnlcs cconomicos llOS:s:,m harmonfaar convcnic ntomc-ntc scu~ intcrcsses pt'oprios com os intc rcsses com11ns.
A RADIOMENSAGEM DE PENTECOSTES DE 1941 Mas, p(ara a dcfinic,:f,o clos dircilos
c cleveres so<;iais, muito dcvc sca· atl'lhuido a Nos..-.o Prcclcecssor Pio XI l. de hnorh1 I mcrnorin, quc a ).0 de junho clc ,1941, rn:t solcni<la<le de Pcntecostcs, lran:::miliu ao munclo i ntciro uma Racliomcnsagcm " a !im de cl'Hll'nffl' « « l Cll(:itO de todos OS cntolicos pm·u um ucontccimcnlo quc mcrccia ser mtwcado com Jcti-tis de 01ffO 110s: anais da rgrcj~•: isto C. o qu i nquugcsimo anivcrsario du pu„ blicacüo ein momcntof..a e magistra l Enciclica " Rcrum Novarum" clc 1.-('ÜO Xll l" (Cfl', ibid. XXXI II, 1911, p. 196) : hcm como pnra Hrcndcr imcnsa::. g ra<.:ns a Deus Oni(:>Otcntc (K>l' tca· o scu Vignrio na lCl'l'\1, por mcio <lcssn l•:nciclica, concc<lido täo gt·.a nclc dorn ii Jgrcja, c louvl~•Lo por ter inspirado. r,or cla, um tnl cntusiasrno„ que inccnliva lodo o ~c•
ncro humano n sempre novo:, c me•
lhorcs cmprccndimcntos" (cfr. ibid, ,,. 197) , Nc.-ssa Racliomcnsagcm o g ranclc Pon lificc 1·eivindica pal'a « lgrcjn 1 ' 0 <lircito de julgar sc as has:C"- de <lctcrminada inst iluicüo social cstüo de nco1·clo com a ordcm irnutavcl dcmarca<la Jl()I' Deus Criador c Re• clcn tor atravCs do dircito natural c das vcrdadcs rcvclach.1s" (cr-r. ibid. p. 1~6). ncafil•ma aincla a validaclc pcrl'nc da mcncionadn Enciclica clc Lciio xnr c sut, incsgotavcl fccundicla<lc. A1wovcitan<lo a ocasiäo. passa n cxno1· " minuciosnmcntc o cnsinamento da lgrcjn Calolica SO• bro trC::. valorcs rundamcntais da vida social c economic;:1: o u~o clos hen:-; matel'iais, o trabaJho, a rami. liu. valores quc sl" uncm, sc entre• la<:arn c sc au:-:iliam mutuamcnte" (er,·. ihid. p. 198 s.l . Em rcln<:fio ao primciro valor, de• clara o Nos.so Prcdeccssor quc o d ircilo de todo homcm de usnr os
bcns tcmporais para sua subsislcn• cia cl~vc scr rcputado supcrior a qualqucr outro dh-eito economico c. 1,ortanto, t ~mbCm ao dircito da pro• pric(ladc privada. Ccrtanwnte, eo• mo advcr t:c Nosso P redcccssor , o cli1'cito da 1n-opl'icdad~ particular C um dircito natural, mas. pcla von• tadc etc Deus Criaclor, näo poclc o mesmo, de modo al gum. scr um obs• taculo a quC OS bcns m:.ttc,-i;:i,is, cl'iados 1,or Deus pal'a todos os homcns, toqucm cquilativamcntc u to~ dos, como a justita e a ca1·icladc o cxigcm·• (cfr. ibid. J). ]99) . 0
Quanto ao trabalho, Pio XII, rc• tomando os cnsinamcntos da k-:nciclic:,a lconina . mostra quc o rncsmo C simu li<lllC.\mcntc clever c dircilo dos inclivicluos; c. por conscgu intc. C a clcs que cm primeii-o lugar com pctc cstabeJcccr as normas pal'a suas r cla<:öcs de tnlb;klho. Sorncnte se näo quisercm ou näo pudcrcm inc umhh·•SC disso, "cal>c uo Estado a cli visäo c a distrihuitiio cqui tuliva. do trabalho, na forma c mcdicla r cc1ucridas pclo vcrda<lcfro hem comum" (cf1•. ihid. 1>. 201). No quc conccrnc .i\ familia. o Sumo Pon1ificc afirma quc a 1wopric• dadc pl'ivacla de bens mntcria is con• tribu i sohrcmodo p~o·a a Pl'01<'Cfio c incrcmf'nto <la propria vida familkll", visto 11 proporcionar ao pai dl' (ami• lia a justa lihcrd:tdc quc lhc C nccc,;saria J')a1'a cumpril' os cleveres a cle imJ')()St<>s 1>0r Deus c-m r cla<:äo ao hcm•cstar Cisico. cspiritunl c rc• ligio~o de sua familia" (cfr. ibid. ll, 202). T)f'cot-rcncto dai tambCm para a rnmilia o <lircilo <lc emigrai·. o m esmo Prcdccesso1· Noc.:.~o a<lvcrte os ~ovcrnantcs de F.~t:;i<los. ouc perml• tcm a scu~ cicfadäos {'migr;u• ou re• ceih<'.'m novos f'lcrnf'ntos. a "nunca consenti1·f'm em n11to quc <liminun ou prc.iucliquc a mutua c sir)ccra con<.:orclia c-ntre ..1.s natöe~" Ccfr. ibid. p. 203). Sc tal sc ohs('rvar de urna c ouLra p;wtc, n5.o pcxlcriio ccr ta• mcnt~ dci:-.:ar de ;idvir para os povos abundantes vantagcns rccipro.
Mater
et MagisiTa
cas. gl'andc incl'cmcnto do bem-cstm· humuno c progrcsso da cultura.
cconomicn e socktl. vcr-sc-ü focil• rncntc <1uc hil cada vcz mais evidentes disc1·cpm1cias : priincii-amcnte,
ULTE RIORES MODIFICA~öES
cntt·c o sctor ag:ricola c os scto1·es da · induslria c dos servicos colcti• vos: cm scguida., cntt·e ,·cgiöcs da rncsrna na<,:äo. umas m ais prospcras do quc as oulras: Cinnhnc ntc. no pla no mundia1. entre os val'ios (Kti• scs cm dcsigualdadc de condi<:öcs no tc1·r eno cconomico. L..'ln<:ando os olhos pai•a o ca.mpo f)Olilico, vcmos ai grancle nunicro clc inova(:öcs : hojc cm muilos paiscs a maior partc dos c idadäos. de Quatquer condi<.'.ito socinl. pa.rLicipa d:.1 v irln puhlica ; os po<lcrcs publ icos intcrfcrcm sempre mais n o c:impo cconomico c social ; os povos da A frica c da A si::,. dcsvcncilhando•sc do r cgimc colonial. gozam de inclcpcnclcmcia polilicn : tcncto RC' mUlti• J)lieado as rcla(:(>Cs entre os r,ovos, tamt,em hojc ~c aprofuncla sua intcnlC(>endencia; clifunclcm-sc c.ncla vc;,; mni::. no mundo o rganismo~ c1uc, com crit ctio supranacionat. cuidam do b cm d e todos os povos. no campo cconomico. socinl. cultural ou das rcla<,!ÖCS entr e t,s no<,-Ocs.
A situa~ao, po1·Cm, quc nnctucle tcrnpo jit sc most1·ava a Pio XU
muito difcrcntc do pas.sado, sofrcu ncstc~ vinlc anos (n·o(uncla trnns-
formnGäO, näo so no quc C ptoprio de cacla l~:o::tado. mas tam1)(:m fW$ rclncöcs in tc t·nucionais. l)c foto, se consiclcr.armos o carn.
po cicnlifico. tccnic.-o ou economieo,
cvidcnciam-sc cm nossos diris 1>rincipttlmcnt.c cstas novicl.1dcs: u des•
cobcrta da cncrgia nuctcnr, cmprcgada pnra fins bc lico!,; o <1cpois cutl;:1. vc-✓• mais para nns civis: a possibj„ lidadc quase scm Jimitcs dada aos
hom<•ns. clc fabrical· i nurnet·os proclutos sintct.icos: o dcscnvolvimcnto du chamada (u,tomar.<10 nos sctorcs industria1 c de SCl'Vi<;os ; a modctniza<;ito da agriculltu'a : u quase su• prcssflo di•s cli$tancias entre os J)O· vos:, principnlmcntc pclo radio c pcla tl'lcvisUo ; a n l()idcz dos mcios clc transr)()rtc sobrcmodo aumcntacla; c. por rim, n inaugura~ii.o das vias Quc Icvnrn aos as( ros. Sc obscrval'mos o cam()O socinl, t..1mbC1n sc manircsla tc r succdirio cm nossn c1>0ca: o dcscnvolvimcnto dos scguros sociais; cm <tlguns pniscs cconomicnm cntc rnai~ dcscnvolvidos, a instaul'a<;äo d e sistcmas etc prcvidcnciA social abr«ngcndo t0<l<.,s as circunstancias da vicla Clvil; maiOl' consciencia, po1· partc clos opcr·arios sindicali1.ados. dos pl"inci pai s problcmas ccono,nicos e sociais; ctcvac;-äo progrcssiva da instr l1<,:äo de ha!-c: um bc m-cstar cadn v cz m a is difuncli<lo: « Cl'CSccntc mobiliclHdC com quc hojc sc h·ansfcrcm os homc ns de u ma alivicladc para oulra e n com;cqucntc diminui<,-iio cl:is rlistancias cnt1·c as cl~\sscs ; mnior intcl'cssc <IO hom<~m de cultunl mcdia pclos acontccimentos mundiais. Ao rncs„ mo tcmpo. sc sc obscrvar <1uc. c m numcro ~cmprc mttior de nn<,.-öcs, muito sc d esenvolvc u a oi·ganiz.acfto
MOTIVOS DA NOVA ENCICLICA Considcradas torlas cs.':.as q ucstöc-s, julgamos dcver Nos.so mantcr viva a chmna accs,\ po1· Nos-sos gnmdcs P rcdcccssorcs) c cxortnr Loclos a ti• l'arcm de seus ensinamcntos or icn„ ta<,:Zio c impulso sc quisct cm rcsol vcr a qucstäo social na rormn mais conRcntnnca com tls ncc<-s.:sicladf.'s do nosso tcmPO, Por esse motivo, dcciclimos a publicatfio <lcsta Enciclica, näo s6 crn eomcm oradio da 1::ncicllca de l.c.fio XUI, mas tambCm pat·a, c m vista du muclan<;a de circunstancias. confirmnrmos c Pl"C-Cisa1'1nos «R dirCtl'i1.C$ de NOi-SOS An• tcccssorcs c ao mcsmo tcmpo e x• 1>0rmos com chu·cza o pcn!Honento d.n Igrcja ~obrc os novos e ·imporlantcs proble1nas <10 momcnto.
11 Precisöes e desenvolvimentos dos ensinamentos da „ "Rerum Novarum INICIA TIVA PESSOAL E INTERVENvÄO DOS PODERES PUBLICOS NO CAMPO ECONOMICO
D
l!: inicio. d evc-~c arirmm· que
no co.unpo ceonomico a partc principal compctc ;\ inicialiva privada dos cidad5os. quer nj am isoJadamcntc, ctucr associados de diforc ntcs mancin•~ ~• outros ()ara a consccu<,·fao de intcresscs con·n ms. Contudo, ncs.">:t q ucst~o. pclos motivos CXJ')OSlos J')OI' NO$SOS A nt eccsSOl'C:5, C l(1m hC111 nccc:--.saria a prcscn<;a opc1·anlc" <1,, ~tllloridadc civi l, com o tim de prornovet· rct amonte o i nc1·cniento rlO!'\ bens matcri:ü s, di1·igindo-o p;:u·~• o 1.1rog1·cs..')o da \lida soda1 c, portanLo. cm bencricio de lo<los o s cid:1<lfio~. Essa as:-äo <lo E.slado, quc protcgc, cst llnufa, coordcna. suprc e complct.r1, apoio.-sc no "princi pio d e subs-icli<>ricdadc" ( A.A .$., XXlU, l931, p.
203), assim formulado J>Or P i<> XI na E nciclica "Quadragc$irno Anno": "l:>crmanccc. contudo. firme c constontc na Ci losoCia socia1 aquctc imJ>Ortantissirno (Wh1cipio crue C inamovivcl e irnutavcl: assim como n5o C Jicito subtrair aos indiv iduos o quc clcs 1>odcm rcalizn 1· com '1S propdas Co1·('as c Jndust1·i:..-t, p~u-a confiä-lo ü colelivi<iadc. do n1csmo modo p:t.ssai· pnra uma socie<iadc maior c mais c·i cvada o ctue socicdadcs mcn orcs c inrcr iorcs podc1·iam conscgu ir , i: uma injustica ao m csmo tcmPO quc t.an g ravc dano c pcrturha<,:äo da boa ordc.m. O firn na t ural da socicdadc c de sua a('.äo C co~djuv~u· ()$ scus mcmbros e näo d csti·ui-los nem absorvC-Jos•· (ibid
p. 203) . Como htci lmcntc $C vC, o a·c ccntc dcscnvolvimcnto dos conhccimcntos cientificos e o progresso das tecnicas de produväo fazcm com quc. muilo mais do quc antcs, l cnham os govcrnnntes a f)OS.'iibilidadc de rcduzir o d~scquilibrio entre os divc1-sos scto1·cs cconomicos ou entre as clifcr<!ntcs rcgiöc::. da m csma n a• ~-ao. c atC entre os d ivctsos paises clo mundo; bcrn como a possibilidadc de conter dcntr·o d e limitcs clctcrminados os pcrturba<,:öcs quc costum~\m 1wovi t· das oscila<:öcs cco• notnica.s: c. r>01· fim, a d e cmprcga1.· mcios cficDzcs para impcdir quc enormes multidöcs de homcns sc en-
contrc m scm trabalho.
Em con$C-
qucnck1, rcqucr .sc instantcmcntc clos podcrcs publicos. a ctucm compcte vclm· pclo hcm comum, quc dcscnvolvam no cnm1>0 cconomico uma ac;äo multifonnc, mais vasta e mais Ol'tl cna<la do <1uc antcs ; c c111c as institufr;öcs, os scrvi<,:os. 0$ insu·umcntos c p1:.nos d e a<·5o ~<' conformcm a eonsccucäo d cs.~c 1>1-01>0sito. t"iquc s<:-mflrc <lc 1:>c, contudo, o princi pio de Quc ;_1 u('5o do l•:stmlo no :-eto1· cconomico, cmbora cxlcns.:;1 c prorunda. dcvc :-.c-r Lai <1uc n äo sö nf10 1·c prima a lihcrdad~ dt., inick1liva privacla. m<1s ..1.n1es a aurn cntc. parn c:a nm1 in c pl'otc<-flo do:;. (li1·citos csscnci<.lis de cada indivi<luo. l~nll·c cstcs dcvc conslur o dircito c o clever quc nonnalmc nte 1cm toda r>cssoa (IC 1wovcr ao sustcnto Jll'Oprio <· dos 1'<:us. Por cs.-sc mot ivo. todo sisl crna cconom ico dcvc prrmitir c racilitar o livrc dcscnvolvimcnto das <.ttividadcs produti-
])c rcsto, do p ropdo cm·so dos acontccin1cntos clc1n-ccndc-se sem a l'tlCnor duvida quc n äo pocte havc;w :.lb$Olut:-.n1cntc uma sociedoclc hu• m:ma prospcra c bcm ordcnada scm a a~äo conjunla, no ciunpo econo1nico, de govcrnantcs c cidadäos. E~sa a<,-fio dcvc scr sirnultanca c conco1·dc. de moclo c1uc as rcsponsa• hilidadcs cntrcgucs a cada Qu.l l COJ'r cspondam do m e.lho1· moclo ,\s cxigcnci:ls do bem comum. conronnc as va riavcis circunslancias e situas;:öcs hum:rnas. Aprcndcmos 1>cla cxpcricn<:ia que. ondc faltn a i niciativa pi·ivada, sc instala a ti1·a nia polilic.a; mais ;1in• da, nos difc>.· cntes scton~s cconomi• eo:; muitas coisas ficam paralisadas ~ dcs:se modo vCm a Ialtnr os hcns de con:,urno. assim como as ulilidadcs r clacionad~1s, näo apcnas com as cxig:cncias matcriais, nms Jll'incipalmcn tc com as cspiriluais. Na obtc11cäo crcsscs bcns c u tilidadcs. cxc rccm-sc c cstirnulurn.sc de modo C?'S)Jc..~ial O h'I ICnto C a habilidadc de c.acl.a um. Ondc. porC1n, fälh:1 ou C d cficicnlc a dcvida a(.'5o do J~st,,do cm male~ tia cconomica, a1i sc vCem os paiscs ca ir cm frrcparaveis clcsordcns. c os mais podcrosos. tlcstituiclos de cscrupulos, abusarcm indignamcntc da miscria alhc-ia par:.t o proprio lucro; cstcs, infclizmcntc. como o joio entre o ti·igo, rncdram cm todo lClllJ>O C Jug ar.
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INCREMENTO DAS RELA~öES SOCIAIS Origem e an,plitude do fenomeno Jtntrc as pl'inci1>tds noh\S caraclcristicas de nossa epoca, dcvc-se ccrtamcntc incluir o inc rcmcnto das rclacOcs sociais, isto C, os la<,:os m u„ luos e cada vcz mnis cstrcitos cn t,·c os cidadäos. os quiris i ntroduzirarn na vicln c na$ ativicladcs <lcstcs multiplas Cormas de convivcncia social. · em gerat r cconhccidas pclo dircito p1·i v-:H.lo ou 1>uhlico. Este fato cncontra, cm nosso tcmpo. divcrsa
fo nlc c orig~m: o prog r<.'sso cic ntifico-tecnico. a. mnio1· cficacia da pi'O•
du<.:äo. .a c l c \ln<,·iio (IO nivcl da vicla
civil.
Os swog1·cssos du vida social säo ao mcsmo tcm1>0 indicio e causa da crCSccnte i 11t c rvcl'1<;äo do l :':stado cm qucstöes quc, alinentcs ao <1uc hü de mais intimo na pcs.soa hu• mana, näo säo de pouca imporlancia ncm c::.täo isentas de per:go. Säo. por C,\'.('rnplo. as (1uc sc rcfcrcm i\ S<;'ludc publicn, lt fol'ma<;5.o C instt•uw <=fio eins novas gerac,;öes, A orienta(,!äo 1wofissiomtl, it r·ccupcra<;äo c rcadap~ ta(.'flo daquc1cs (1ue sofrc m de alg u„ m a fa lha risica 011 m ental. Os progrcssos da vi<la social sfto tambCm fruto e cxprcss.-io da t cndcncia na„ tural. clificilmcntc controlavcl. pcln qual os homcns sc tcunem csp,ont n ncamentc cm socicdadc ao traw t a\·-sc ein obtc m;üo (los bcns que de• scjam c quc supcram a capacidado dos indlviduo~ ein PUl' t icu lar. Ern virtuclc dcssa t cndcncia, sobrcludo no~ ultimos tc mr,os, surgirant cm Loda parte gruvos. associa<,!öcs o in~Lituit,.·öcs. com nns cconomicos c sociais. cu l l urais c rccrcativos. csJ)Ort ivos. prOfi!,;sionais c poli ticos. ta.nto no J)lttno C'Sh'ilmncntc naci onal como no plano munclial. Avalia~ao NinguCm J)Oe cm duvida quc dcss.c dcsenvolvimento das 1·cta~öes sociai s <1ccor1·cm ßl'anc.lcs vantagcns. Com efci l O. to1·m1 clc viuvcl a satisfa(:5.o de muitos direitos da pcssoa humana, sobr cLudo cm rntt l<.'J'iit cco11omica c socin l , t:tis corno, principalmcntc, os rcfercntcs ao sustcnto d;J vjd(t, no t ratamcnto da s:u.ulc. it clcva<:äo do nivel d a in:,:tru("5o de bosc. formar5o profis.~ional mais adcqua• da. t1 habita<;ito. ao trabalho, a u m .-cpouso convcnicn tc c a uma ho• ncsta rccrca('äo. AICm disso. a or• ganiza<,:tio cada vcz rnais pcrfcita dos rneios modc1·,1os de di Cus.rao do pc1\samcn10 como a imp1·ensa, o ci ncn,n. o rarlio c a tclcvi:$.(;O p~l'milc uos honu~ns, <-m qualquc,· pa1·tc do mundo. C$l::trem como q~1c prcscntcs UO)o; :tconlccimcntos, cm • hora s<'parados dclcs po1· gr~mdcs di:;Lancias. Contucto, mulliplic;:1ndo -sc c scmJ>l'c sc dcscnvolvcndo :,quclas varfos forma:- de asso<:kt<.:äo, tornnm„se ao n\cs,no ten'IJJO c.ada v~1; l'nai s minu ~ ciosas ~,s norm~s c le is <1ue 1·cgem c clcfincm .:ts 1-elacöcs muLLl:lS dos homcns c m 11\lnlC.l'OSOS selOl'CS. De• corrc d3i c1uc .n lihcrdadc de ngir de cada individuo C confinada C:\cla vcz mais cstrcitmncnlc; (>Ois~ com frcque-n<:i.:t, os rncio~ usaclos, os me, todos emprcf:ados c as circunstnn„ ci:.ts säo tnis, quc torn;nn dificil a cada um pcnsa1· indcpcndcnlcmcnlc da ioflucncia c-xtcn1a., agi r por inicintiva 1wo1ll'ia, c:-.:c1·ccr na rorm(.• d cvid:1 os scus dircitos c dcvcrcs. arirmar c cnric1uecer sua p cl'sonalicla<lc. Seria, acaso, a conscqucnci~, dc1 sempre maior multir>lica<;.:fio das: r cl a<:öcs da vida social. uma paa·~llisaeäo <los homens, condcnarios a t>erdcr a sua autonomia r,cssoal? A r csposta niio ilOdc !\Cr scnflO ncgativa. Na vcl'dadc, os inc1·cmcntos da vida social näo säo d e modo algum rcsultado de um jmpulso ccgo de ccrt..1s !o•·~as naturtlis. J>oi:;, corno jä obsc1·vamos, säo cria<:rto dos hom c ns, scrcs livrcs c lc vados pcfa nalu rcza a agi r com pJcn a rcsponsabilidadc, cmbora dcvam 1·cconheccr c r cspcitm· as leis do 1>rogrcsso lmmano c do dcsc,wolvimc nto cconomico, c näo lhcs scja possivcl subtrair-se de todo it prcssäo das ch·cunst;:incias.
a
Por esse motivo. o prog rcsso das r(!Ja~öcs soci;i is pod(• c pm'tanto d cvc 1·c alii'.,a1·-se de m:.111cinl tal, que proporciono aos cidadfios o m.aximo de v:mtagcns. e rcdtiza ao n1inimo tis resr,cctivas: desvantagcns. Mas, para sc alcan(!a1· com maior facilida<lc o fim dcscjado. dcvcm os govcrn~ntcs tcr u rna cl~tra c 1·ctn nocäo do hcm comum. no<:5o quc abarquc o <.-onjunto das condi<.:öc:."S
cla vida sociat nas quais podcm os homcns atingir mais p lcna c racil• mcntc- sua J>ropria pcdcitfio. Julgamos: iguahnentc ncccssario quc as cnlidadcs ou instilui<;:öcs c as outl'ns multiplas inicia tivas.: nas quais sc manifcsta principa l mcnte o incrcmcnlo das rclac,:öc-s sociais, scjam rcgidas J)()t• $UU$ 1woprias leis c. considcrando ns cxigcncins do bcm comum. proeurcm cm pcrfcitu harrnonia atingil' o dcscjudo csco1>0. Mas C ncccssario <1uc tais r,;ocicda„ des npre~cntcm forl'na c substancia de vcr<ladcia·Hs comunicladcs; o quc !-0 fnriio sc o!- scus mcmbros Corcm sempre con:-idcr.:t<los como P<~ssoas humanas c chamados a tomar 1>artc ativt, na v ida dclas. Com o prog rcs.'>o, pois. dos vincutos 1>clos qunis. cm nosso tcmpo, os homcns $C u nc m. as na~öcs nlcan<.:mn mais Caci l mcnte a rcla ord cm m1 qual mclho1· sc moclcl'am rcciprocumcntc cstas duns coisas: de um 1ado, a libcnlacle de agir de ca• da i ndividuo c de cada assoeiatäo, 1·cspci tados os i ntcrcsses da mutua coJalx>ra<:flo: de outro, a acr,o do Estado, ciuc rcgula c favorccc 01)0rtunamentc a.J, iniciativa!- particu ln-
rcs. Sc för na obcdicncia a cstas normas e .ü ordern moral, quc as 1·clacöes sociuis sc realiznrcm, de modo a 1.gu m scu incr cm cnto darU origem, por sua naturc;,.a, a g tavcs riscos c onus- pnra os individuos; dcvcmos antcs c!5pertll' que cl c näo sb favor c<,·a a arirmatüo c o dcscnvolvi mcnto das qualidades proprias da pcssoa. mas ai n<la a organii'..'l<'ÜO ade• quada da cornunicladc humana. F.sh1 almcjnda constituitäo, como indicn Nosso Pl'cdcccssor P io X I, d e fcliz t·ccordac:äo. na Enciclica "Quadragcsimo ,\nno" (cfr. ibid. p. 222 s.) , ö absolutamcntc n cccSSt;" il'ia parn n plcna satisra<.=Ao <los dirci tos c dcvcrcs da vida :-;:ocial.
REMUNERA~ÄO 0 0 TRABALHO Criterios d e justi~a e equidade Se:ntimo-Nos tomado de profunda lristcz-., qu::mdo sc Nos tiprcscn„ tafft d ianl c dos olhos lamcnlabilissimo cspetaculo - enormes m\1lt idöcs de opera1'ios que cm muitos paiRC.S c <!Ontin<ml cs intciros 1·ccebcm salario tfio p,cqucno, Quc fic.um rc.cluzictos. com suas rmnilias, a con• clitöc:-:: de vicla de todo alhc ias a dignidadc humnno. Dcvc sc r isso ali-i bu ido lambC.m ao fato de quc. n cs..•ms rcgiöcs, os modcrnos proccssos d e incll1Slriali1..::icäo ou es.:tiio apcm1s no i nicio ou aincla näo pl'ogrcdira.m suricicntc.mentc. Aoonlccc•, porr.m, ein alguns <lcSa..:.cs paisc-s, quc dianlc da c xlrC'ma rniscria de muitos :--c vCCm a ormlcncia c os gastos cxcc."Ssivos de alguns poucos, cm manifcsto e i nsolente contra:-.tc com H!lö coudi<,-öcs dos llObrcs. A contccc (.nmbCrn, cm ouh·os Jugal·cs, quc os homcms cstäo subn1etidos a onus cxccssivos. impostos com o fim de clc.var cm pouco tcm • po a economia o ta I nivc.l de r iquc1.a. quc näo scr ia r>0s:-.i vcl sc-m fcl'ir as leis da jmai,a c cquida<le. 1::m outros. J')Oi· fim. oonsidcl'::.w cl p<.wlc das 1·cndos i:: dcst ina<ta a aumcnh"J.r m~lis do quc C j usto o p1·csligio nacional, c aind:1 sc dcspcndcm clcvadissimas somas cm arnu 11ncntos. AICm clisso. cnt1·c os povos cconomicamcntc <lcscn\lölvidos, 1150 6 raro quc a sci·vi<,cos de pouca imJ:,orta.ncia ou vator discutivcl scj am atribuidos pr·c~os altos c mcsmo nltissin1os, ao passo (JUC O ll't,balho ::tSSi<l UO C produlivo de classcs intcia·as de diligc.ntcs c honcstos clclaJlaos t·cc:chc )·('muncn1<:fio cxtrcm.'lmcnle r<.'d uzida. inadCQuada ,\s ncccssidades chi v icl::i. ou de qualquc1· modo dcspl'Op,orcion:uta ao bcncficio por c1cs prcstaclo i1 na(:ii.O, ao~ lucros da cm rwcsa cm quc trnbalham c it,..:. rcndas nacionais. Considc1·amos, 1>0is. dcvc1· Nos.so lcmbrar novmncntc c1ue o sal ario, assim como näo r>0dc scr abandonaclo as fch• do m e.rcado, assim tam• bCm n t10 podc scr fixado ao arbi• h·io dO$ mais podCl'OSO$, sonäo (JLIC
c.m 1al matcria d cvcm scr absolu•
w.mcntc ob scrvadas as leis da justi(.'u c du cquidadc. Isto cx igc que sc paftuc ao ope1·ario urn sa1al'io <1uc lhc pcrmita manlcr um tcor de vida cli~no de uni homcm c lhc torne J)():;sivc l o dcscmpcnho de scus cn• caa·gos fomili:wcs. Mas C p1-cciso tambCm tcr c m vist a. na dctcrmina<;äo do justo sa lario. primeira• mcntc a cfct iva 0011tribui('äo de cacl~• t r.abalhad or para a p1-odu<:fao; clcr,ois. a.!; condicöcs de rortuna d:i cmprcsa 1:iar.a a qual el c trabalha; cm scguida. ;,s cxigcncias do bcm comum de cacla na<,·äo, espccialmen-
tc n o c1uc tocn no cmpl'c go d e lodos lral,alhaclol'CS, e J')()I' fim O (}UC cx igc o bem comu m universnl, isto C. clos varios Esta<IO!-- ligaclos t"nlrc s i. divcrsos 1>cla naturcza c cxtcn$äO. 1:: claro <1uc as normus <1uc cxs>uscm o!-. acima valcm para toclos os tcmpos.: c h1g~Wc!- : po1·Cm, a mancil'a de a<laplit-hls .As circunstancias p:wlicul~rcs nüo sc 1>0dc clc t c rminnt·. .n näo :-:er tcndo-sc cm v ista (t$ f'i. quczas dis-poni vcis. Es1as podcm difcl'h' c 1·calmcnt.c difercm cnlrc os val'ios povos. em quantidaclc c qualicladc, c atC C1·cqL1cnkmcntc na mcsrna m\Gii.O conron nc ns cpocas. 0$
Processo de adcqua~ao entre o desenvolvimento economico e o progresso social "En<1uanto em no$..:;a cp0ca n cconomia dos paiscs sc d escnvolvc täo rapidamenlc. sohrclm1o clcpois da ultima c barbara gucrra, julr;amos convcnicntc chamnr a atc m;fio d e todos pat·a o s •·avissimo d cvcr d e justi<.:a !-iocio 1 <1uc cxig c csr,ccinl• mcntc <1uc o progrcsso cconomico vcnha 5-cmprc acompanhndo do prog rc ~so social c a elc sc acomodc, de lnl moclo quc todas ns classcs do pais participc m cqu italivarncntc do amncnto chL<; riquczas. f.: prcci so vig ia,· atcntamcntc c cmprcgar loclos os csfoY-<;,:os parit quc as disc rcpancins existentes entre as clnsscs dos cidadäos. por causa da ctcsigualdade de b cns, ni'to scjam mamcn tadn~. mas anlcs sc al.cnucm quanto possivcl. "A :ric1uCi'.a pub lica - obscrva com n,1.-r.o Nosso Prcdcccssor· Pio XU, de fcliz me moria - como C fruto da atividatlc comurn cfos cicladüos, nf,o tcm cm visla scnlio asscr;:urar, scm intcr1_ •up<;äo. as condi<;öcs mater iais nas quais ()OS.$:t sc d c.scnvolvcx plcnamc nlc a vidn individu:1I d e lcs. Onclc: sc oblivc r isto, c de m~ncira tluradoura. o novo scr{1, nn vcrdadc, cconomicnmcnlc rico, porquc o bcm•Cstar gcr:ll C O <lircito l')CSSOal de todos ao uso dos bcns tcl'l'cnos scr(t assim 1·calizado conrormc as normas cstabc lccidas pclo Cri a<lor " (<:fr. A . A.S. XXXlll, 191 1. J). 200). Di1i sc· ol'iginn <J\IC :t (H'OS1-.crido.dc economic;;a de um pcvo, mais d o quc pcla t,bundancia de bcns e riquci'.<IS quc c lc alcan<,:a, dcvc se r antes uvnliada 1>el:.t dis1ribui(.'äo dcslc:,;. bcm; fc.ita :;c~tmdo as normas da jusli ttt, de m oclo quc gan.rnta a todos os cidadäos o dcscnvolvimcnto c o npc1·f ci(.'oamcnto pcssoal. !im a c1ue ordcn;:td:\, 1X>r sua natul·cza, u cconom in nacional. A <1ui tlcvcmos ohscrv;11· quc hojc, crn muita~ nacöcs, a ordern cconomicu C tat, <1uc :'lS cmp1't'.'sas d e 1nedit-1.s c grnndcs p,·opor<:ücs rcalizam. <: näo 1·ar:1mcn1c. rar>idos c i n1e11sos dcscnvo1vimcnto::: proclutivos a, nlvCs do autofinanciamcnto invei-lido no a1x-1•fci('oarncnLo c rcnova(.':äo da m:l<Jtlinarin. Onclc i:-.so ;-1contccc1·, julgamos poder afir l'l1ar c1uc por <$s<1 1·az~o rlit ~ts socicdadcs devcm reconhcccr aos opcrarios algum crcdito. S:Ol)l'Cludo SC lhcs f)i:lgam um snl:,11•io quc cxccde clc pouco o sa-
e
1~11'io minimo. Ncsta n'litlCria convCm rclcmbral' o pl'incipio d<.ldo 1>01· Nosso Prcdc·-
ccssor Pio Xl. d e rcliz 1·ccorda(•fio, na E ncicl icn "Qu..1draecsimo Anno": •·1~: de todo fa lso al.ribui1· ou sCJ no capit al ou s() ao l.ral.>a lho o quc sc ohlCm com u ohra conjunta d e ambos: C com cfcil o injusto quc um sc: ai·1-oguc o rcsullado n egando :1 contrilmi('äo do outro'' ( A.A.S. XX!lr, 1931, 1), 195) . A apontadn cxigcncia de justi(.'a podc se,· satisfcita. como o cnsina a cxpcr icncia. por va1·ios modos. Sem fala1· c m ouu·os. hojc 6 mui to descjavcl quc. do modo quc parcc;a mais adcquado. os ope1·al'ios ehe„ gucm a parf.ic ip;n· J)Ouco a pouco da propri<-cladc das a·cspectivas cmp1·csas, pois hoj c, mais a,inda do quc no tcrnpo d e Nosso Prcdccesso1·, ''C ncccssario p1·ocur·ar com toc1as <1s f0t·~as (}uc, no mcno:,; J>ara o futu„ i-o, os capi1 ai$ gant10::. niio sc acumul cm scnäo com just..'l. m·opor<,:ä.o j unto aos ricos, c sc dist ribuam com uma ccrta amplidäo entre os quc cläo sua muo-clc-obr.l" ( ibid. p. l98). l\1'as dcvcmos t amhCm rccordnr <1uc C prcciso quc a adcquacäo do satario com os ,·c ndimcntos scj.:i rcali1.ada cm ha1·monia com o bcm comum, tanlo da propria na.<:fio, qmmto da fnmi lia humana irllcil'a. Quanto ao pl'imciro, devc-sc julgar d e intcrcssc nacional o scguin~ lc: dar tr·aba l ho ao ma ioa· numero d e opcrarios; e\litar quc no pais c mcsmo 110 pl'oprio mcio dos lr:tbn• lhadOl'CS sc formem gruJ}()S de J)l'ivilcgiados; m.lntcr u ma justa pro• porc::äo entre o salario c os pl'C';Os ; tornat· accssive is os bcns c comodi•
f~•
Mate1-- r - ~ ~ et Maaistr·a 5 dadcs da vida ao rnaior nurncro pos„
sivcl: n~movcr complctamcntc. ou pcto mcnos 1·ccluzir, as clcsigualdadcs quc cxistcm entre os vados sc• torcs cconomicos, isto C, entre o setor ngricola, ii,dustrial c de scrvi(~Os pul>licos; t caliznr o cquilibrio entre n cxpansäo ccon omica c o dcscnvol-
vimcnto dos scrvi(X)s prcstados aos ci(lacläos, cspcciuhncntc J)(.'Ja auto-
ricladc ,,ublica; adcqunr, nos Jit'n itcs do r,os.<.;ivcl. n.s fontes de producäo aos p1·-0grcssos d'1s cicncins c das
tccnicas; fazcr. cnfim, co1n quc o bcncricio. j.i al can cad(). etc uma vicla mnis humana sirva näo somcntc a
gcra<:5.o prcscntc. mas tcnha 1(lmhCm cm vista os intcrcsscs d as ruturas. No quc diz rcspcito ao bcm co-
mmn de toda a humanidttdc, etc parccc cxig ir <1uc sc cvitcm as con-
concncias cleslcuis entre a.s ccono• mias dos v;;1rio:; povo:s; «1uc sc Comcntc a mulua coneordia c a nmigavcl c fi'utuosa uniäo <los f>OVOS cm
rn~teria economica; c, Cina1mc rHc, c1uc sc fac,:n um trabalho cficicntc no scntido de promovc.r o proga·c~o cconomico das: mlCÖtS mcnos. favo• rccidas. As cxigencins do l)(\m cornum. quer de cn<la Estado, <1ucr de todos os pniscs. dcvcm s:or consi(lcrtulns quan• clo sc trahl de dctcrminna· o~ lucros quc compctcrn nos r~pommvcis p~Ja clirc<:äo dns cmprcsa!-: c os r<'ndi • mc ntos: dos quc nclas invcsli1~am capil~tiJ;..
EXIGENCIAS DA JUSTl(:A EM RELA(:ÄO AS ESTRUTURAS PRODUTIV AS Estruturas conformes a dignidade do ho,nem Mas V prcciso conformar i•~ leis da jusei<;a, näo SO u m.:tncira pcla c1m\l os hens adquiridos pclo traba• Jho s!'lO dist ribuidos, mas t~ambCm as corHlic;ö<.•s nas quais os homcns produzcm estcs mcsmos bcns. 1~ u ma <:xigcncia da pro1wia m,1.urcza quc .Uquclc quc produz corn o scu
L1·abalho scja dada a po~sibilic1adc de cm1>cnhar a p1·opria rcsponsnbi• lidudc c de apcrfci~oar-sc: a $i mcsmo cm scu propl'io trabalho. Sct;uc•SC <hti quc, se (">t1ra produ• zir r iquczas s5o cmp1·~ados u rn sistem a c um.a cstn1tul'a cco,101nic(l tais, quc compr omclcm a clignidadc h umana de lodos os quc ai traba ... Jh um, Oll lhe:; cnfr~l(IUCCCm O $C.?llSO de rcsponsabi lidadc, ou l hcs til'::un o podcr de agfr livl'cmcntc. csta or• dem ccon◊mica, Nö~ a julgamos injusta, ait1da <1uc. 1>01· hipotesc, cla 1wod11za granclcs ri(J uczas c cslas scjam ()ist l'ihuidas con{orrnc as normas dü juslita c da cquidadc.
Confirma~äo de uma diretriz Näo C possivcJ, cm m atcrja cconomica. dc finir nmra:l s6 palavra quais os mctodos mt,is conro1·mcs . i\ dignidadc hu mana c quais os mais aptos: a dcscnvolvcr nos homcns o scnso de r cs1>011s~-lbilidade. Todavia, Nosso P1·cdcccssol' P io x l de (clix r ccorclac,:äo. tra,ou 01>0rtunamcntc cstas no1·mas clc ac,-f,o: "A pcqucna o m cclia rwopricdadc na agricullura. n o ai·tcsan ato, no comc.rcio c na industria, dcvcn'I scr g:wan t idas c promovidas, 3$SCgurando-se•lhcs vantagcns das grandcs
r.
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cmprc.sas atr;.\VCs das uniöcs COOJ>O· rativas : quanto as grandes emp1·c• sas, clcvc scr o[ctecida a possibiJi„ cl3dc cl c Lcmperar cm nlguns pon tos o contrato de lr::&halho com o cont rat o de socicdade" ( Radion1cn~1g:cm
de 1.• d e setembro d e 1!)14; cfr. A. A.S. xxxvr. 1944, p. 251).
Empresa artesanal c empresa coopel'ativista Por isso devc m scr conscrvacltts
c promovidas, de acordo com a.s: c ~i-
gcncias do bcm cornum c o pl'ogrcs..:.o da tccnic.a. t.nnto ns cmprc• sas a r tcs.anais, ou as cmprcsas ugd ... colas de dimcns5o famil iar, como as COOJ)Ct'alivi)S, quc SC J)l'OJ)öcrn t::imbCm complc mc ntar aquclas c m• prcsas. Soh1·c as c mprcsas a.g.-i<:olas f alarc1nos ,1clianlc. No momcnt o julga ... mos 01>0r tuno tocal' cm alguns pon• tos rcl:tlivos ä.s e:mm·csas ;:trl csannis c :'u; coopcriativas. Mas a ntcs de tudo C prcciso sa• licnt:,r quc. 1>a1·a Quc as cn'lpa-esas dessc gcncro sc mantonhmn vigorosos c rloi·~s<,.:am. dcvcm scr cont i nuamcn tc ajustadas - no quc diz rcspcito i1s c::.tr uluras c ao funcionamcnto da 1wodutäo :ts novas condi(':6c$ ctos tcmJ)Os. detcrrni nadas pclos progrcssos das cicncias c das tccnicris, pclas cxigcncias c prcfc-
rcncias mutaveis clos homens. 0 quc C justo q uc sc!ja feito prcdpuamcntc pelos propl'tos artcs5.os c pelos mcmbros das coopcrativas. Para tat !im C ncccsstu·io näo s6 <1ue n u nf,; c outros scjn da<la Lima boa forma<:ita soh o aspccto tccnico c cultul'al. mas tamhCm qoc ~c rcu• na11, cm socicdadcs profissionais. Näo C mcnos indispensavcl quc o .E$h1do tomc as dcvidas 1>roviclcn• cias para regulamcnla!'.,.·ii.o <la instruc,,:üo. dos impostos. do crcdi10. dos scguros c prcviclcncia sociais. Oe rcsto. lal at:f10 dO!-: poclcrcs pub licos a favor dos ::trtcsäos c c!os mcmbros das coopc1·«tivas dcvc tnmhCm scl' aprov-.\ da c aconsc1hndn por isso <1 uc cl cs sr,o portadorcs clo vatores huma nos gcnuinos c cont1·ibucm pnra o [)l"OSt'csso cta civi-
li:z<t~äo. Pot· l:tis ruzöcs. cxorta m os putcr• nalmcntc Nossos ri1hos cal'i~~imos. os artcsfios c mcml>t·os de coopcz•a• tivas cspal hados por Codo o nmmlo. n c,uc tcnham conscicncin cto nohi ~ lissimo oficio a c lcs confiaelo nu ci• daclc, visto quc. por scu h·nbalho, o scnso etc l ('Spon!=:a.hiliclaclc ctos ci<ladftos c ◊ cspirito de colabc,r:wno nntllw podem scr cncln vC'z nuds (•t-til'l'llllado~ c podc sc inflamar o ,lcsc.jo <los homcns de cxccutnr no• vas obras notavcis 1x-la clclicadeza d~, arte. 0
Presen~a ativa dos trabalhadores nas medias e grandes empresas ;\!Cm (fü:so. s~guindo n linh1t l l'ntacla por Nos.so~ Pr<..'{lccesso1-<:~. C$• tamos pc1-su~ulido de <1uc ö lcgi1 ima
aspi1·a<:äo do:=. opcrario.s a flart ic iparcm da vida das cmpr<•sa::- a quc cstäo ncli(los c na qua l tralmlh<1m. Qual clevn sct· csta [}tu·licip:u:tio. tif\O ju IS<lmos podcr dctcrmimi•lo J)Or a-cg rus cc1•t;.1s c dcJiniclas. visto de• pcr1ctc1· isto mn is da sitiuu;fü> de cacla cmp1·<•sa. <1uc nfto C i<knt ica pm·n \()(1a::-. c ciuc p0<lc com ~rc~ r1ucncin var itu- rapida c suh:-;tancm1• mcntc numa mcsma em1>1·csn. Crcmos co1Hudo (t\lC dcvc scr atribuida aos opcnu-ios umn pm·ticipa<:fto ntiv,, nos ncgocios das cmprcsas cm <lUC l n1balhmn, scjmn <~1tts de purli culnrc::.. scjäm clo E~tado~ c. cm todo cuso, dcvcMsc tc ndc1· a quc as c mpa-cws rcvistmn a ronna clc uma socicdadc htu'l'm.11<1, poi- cujo Cf,;piri• lo scj am pro(undamcnt~ i nflucnci..l• das as rcla<:öcs individuais c as va~ l'ias funtöcs c o(ici os. Tsto c,xit:c <JllC i,s rclacöcs entre os cm1>rcs.arios c dirigcntcs, de urna partc, e os OJlCrarios da mcsma ~mrwcfw, de outra, scj,nn i mp1·cr.-nadas de mut uo rc~pcilo, <!c cstima e de bcncvolcncia.: pcdc a incla qu~ todos., con10 para uma ohr,1 comum, col a• bon:-m com sinccra c c ricaz conco1·• dia, e a obea quc intc11tarn. näo a 1wojetcm apcnas com o scntido do luCl'O quc dcla advin't. mas rcalizcm-m, ainda com o um sc1·vi<:o quc lhc.s foi confiado, c dcscm1">Cnhcm un'I oficio quc rcvcrta tambCm cm bcnd ic io para outt·os. n~,i dceo1..-c q ue, na<1uilo c1uc toca ao fu nc ionn• menlo c ao dc:,;.cnvolvimcnto da e mprCSit , sc clcv::11,1 ouvh- de modo oporl u no os dcscjos clos opcr~arios c sc apclc J>Hl',tl scu COllClll'SO. Nosso Prcclcccssor Pio Xlf, de g rata 1·ccorda<;äo, obscrvavu: "A rurn.;ao ceo• nomica c social quc cada qm, 1 de• seja cxcrccr proibe: q,ic a ativiclaclc de carla um scja totalmcntc submc• lieb\ ;.\o ai·bitrio de out.rcm" (J\ loc uc::äo de S de outubro de ]956; cfa·. A.A.$. XLV III, 1\1:>6, pp. 799-800). T odo$, C ccrto, sabcm 1nuito bc m quc a cmprcsa, tcndo C'mbora por primc iro dcvcr atcndcr [l dignid41dc humam1, clcvc p1·otcgcr il ncccssaria c cficaz uni<ladc etc scu prom·io t'<'gimc. Mas dai clc modo :\1gum sc s<"guc c1uc aquclc:-s qoc ncla trabalhmn dia r iamcntc .:11>e11..1.s OCU[>em o Juga1· de cxcco l or<-s, nascidos para s im plcsmcntc obcclcccr cm silcncio, scm podc1·cm c:q n·cssar scus dcscjos c ncccs..;;idadcs. c obrigndos a pc rmancccrcm i nert es quando sc delihcnt sobrc seu Ll'~1bulho c a direci',o d cste. Finalmcntc, 6 pr cciso l'Ccordm· que sc dcscja hojc cm dia, cm v,1rias cmprcsas proclutoras. as..:;ociar os Ol>Cl'ariO$ a J'CS[>Oll~tbilicladcs atC clas maio1·c~, c iSlo niio apcnas concorda p1cna mc ntc com a nalurcxa h,11nana, mns C itHcirmncnlc conformc a cvohu;äo cconomica, social c J>o1itica. .E mbora, infclizmcntc, nos tc.mpo~ atuais o ca.mpo cconomico c social conhc<:a hcm c:i-an<lcs di!-:Cl'CJ>:.tncias conlr'1rias f, justica c it humani<ladc, c cm todos os clominios da cco• nomi~ sc insinucrn c1·1·os quc lhc in fcecionam gravcmcnlc a t1('äo. fins. cslruturtt c runcionamento. ning:uC!m. no cntanto, podcrä ncmu· quc os rcccntcs meios de pl'ocluc;öo. inccn• tivados pclo clescnvolvimcnto das '1
tccnic.i,s c das cicnci us, de n,odo visivcl progl'idcm c sc rcnovam, bcm conw rcccbcl':un mais r:_1pido i ncrc• menlo do quc o havinm rcito atC nqui. T al fato cxigc hojc <los opc•
r:,l'los uma dcstrc;,, ., rnaior c mc,is [>el'ici<1 no oricio. 1vtas clai tambCm i·esulta disporcm clcs de mai01· ai,un• cltwcin de rccursos, de tcmr>0 bcm mnior pnra sc cnlrC'g'(\rcm a uma inslrU<_'.[lO mais apurada, c p:H'a pra• tic<trcm com mais l ibcrdadc os atos rcJigiOf,;OS. Tamb61n os jovcns agora podcm cmi>1·cga1· mais :1110!-: nn ccluca(.~rw de bn:-:c c c m aprcndcr os scgrcdos <10 oficio. Sc i•s..-.im !--C fizc1·, n uscc1·f1 novr1 silli:tc,-äo cm quc os lrnbnlhadorcs podcräo assumir cncargos de maior rc,sponsabilicilldC nwsmo cm suas 1·cspc-clivns associa<;öcs. Qunn to ao pais, inuito lh~ importa Quc. cm todns as cta:sscs. os ciclHcläos sc si ntam cnfüt (lia mais obl'ign<los ao dcvcr etc: cm.u·da1· o b<.'m commn.
Presen9a <los trabalhadores em todos os niveis 1:: coisa patcnle :t 1oclos tcrcm„sc, Cffl: nossa c1,oca, nrn11 iplicc:iclo as as• socia<;öcs de I ruhalhnclorcs, quc .sc vCcm comumcntc incluiclas n<1s im:. lilui~öcs jutic.licas de cn(la 1•:s1ndo c HlC de ambito intcrnacional. Jsto lcva os trnba i hadorcs nao rnais a comlmlcr. ma.s an l cs a colnhon·u· na mcsma obz•a; o quc sc fnz princi-
pahncntc 1>clo$ contrntos celcbntdos entre o~ sindica1.o~ de opc1·arios c de c1np1·cgnc1orcs. Aincla cabc rcs• saltm· scr ncccssa1·io, ou pclo 1ncno:;: muito oportuno. <nie os opcrnrio~ pos..~;\m fozca· ouvir f.ua opini5o c sc apt·~cntarcm por si n'lcsmos fora clo:-: limitcs de sua associa<:äo c j unlo de <1ualqut•1· c las.sc tlo r:staclo. A ,·azäo C quo sc poclc ver c1uc toda (•mlwcsa, por mais quc sc c lcvc cm gnwdc:za, cficicncia c i mpo1·tan• cia llo Eslndo, näo dcixa conl udo de inscrir-sc nas concHc;ö~ C'COnomico•SOciais gcrais de sua nacJio, c de (lcpcndc1· dcstas pnra :, p1·opria pr·o.spcridadc. Contudo, clt.-cicli r o quc muis favorcccrä o cst:\<lo gcrQI da cconomia nä.o compc-te a cacla cmprcsa. mas nos ~overna ntcs c f,q uclüs instituic,·öcs quc, fundn<las ou par.:, uma nm,:fio. ou para varios paiscs, opcram nos clivc1·sos scto1·c"s cconomicos. Torna~sc assim opol'tuno ou mcsmo ncccs.sario havc1· junto d:is au tori• claclc-s govcrnamenlais c das citadas instituic,-öcs. alCnt dos patröcs ou de scus 1·eprcscnlnntcs. t1·ab:tlhado• 1·es ou :iquclcs eine por oficio lhcs crcrcndcm os clircitos. nccessidadcs c
aspiratöcs. ~. 1,oi:,;, mnito natural que, cm 1wimcin) Iu.g:u-. Nosso pcnsamcnto c palcrna :1fcic;äo sc dirija As as• socia~öcs profi:-;sionais c .aos sincticatos opc,·a,·ios quc, confoi·mes .:ios principios <:ristfio:,;., 11·ab(llh:.1m c.m n n 1i tos continl'nlcs. Sabcmos no mcio d e <i twntas c <1u5o gran dcs dificul<ladcs CS.'-CS Nossos filhos di„ Jctis.,;;imos sc csro,.(-.aram cfic.;lzmc ntc, c com dcnodo ai ncla sc csfo1:·~am ,
J)Ol' quc. dcntro dos limitcs de seus paiscs ou cm lodo o orbe da lcrru, ~cjmn 1·cconhcciflos os clirc-i tos clos
opcrarios c clcva<los a melhor con-
dic,-iio a sua so1·tc c o scu gc.ncro de v id.i . Mas. d cscj amos ,;1inda cclehra l' a obra clcst.cs Nossos fi lhos corn mc• rccido louvor porquc näo sc prcndc a um cx ito hncdi..i.lo c v i~ivcl. nuis sc cstcndc 1>0i· todo o camJ)() clo tra• halho hu mano, por rncio de retas non nus de a('fio c clc pcnsar, propagadas pelo puro sopro cfa Hcligiäo
Cristä.
Corn Nos.so louvoi: patcrno qu<wcmos t ambCm disUnguil· os filhos ca• rissimos quC', i mbuiclos dos princ.ipios crist.Uos. contribucm com cxcclcnt c t1·ubal ho pa1·n ou11·as as.~ocinc::öcs pto-
fissio nais c s indicatos ot>enll'ios rc„ ~idos pclas leis naturnis c rcsr,cito .. sos da ·1ibc1·dadc d e cada um cm matcl'ia rcligiosa c mor:.11. Ncm P<><lcmos aqui dcixnr de Nos
congratuJa.i· c m,mifcst:u· Nossa e,s. tima J>el:.\ .. Orga11i'l.:t('äo lntc rnacional do ''l'l'abalho" - :1brcviada mcnlc O. J. T., O. 1, L. ou J. L. 0„ cm lingua vu lgar - quc h(t trnos vcm rcalizando intcligcntc, cficaz c valioso trabalho 1>n1·a rcstaun1r cm todo o m undo uma ordern c<:0110mica c socjal confonn c as normas cht ju::-tic;i ~ <l~ h11m:1nirl:ulc, na qual l.:.lrnbCm os Jcgitimos di l'citos cla clnssc opcra1·ia säo r<'conhccidos
c protcgidos.
4 quc. ncstcs ultimos anos, nas maio-
_rcs cmprcsas, vcm-sc accntuando n scparac,-f,o entre os p1-opriclarios dos hcns c os quc t.lirigc-m n cmprcsa. l sto trat. t;t·Hndcs diCiculdadcs pa. ra os govcl'nos, quc dcvcm C!:itar atcntos rmra quc os pi-ojctos ctos chcfcs das cmpi-csas mais impor• tantcs, c principalmc ntc <~ns <1uc tCm m:1ior influcncin nas <1ueslÖC'!'cconol'llicas do pai s, de modo algum sc afästcm clo bcm comum. Difi• culdadcs. como bcm conhcccmos pcl.-1 cxpcricncia, igualmcnlc g:r~,vcs q ue r os c<tpitais ncccssarios ils gran<IC's cmprcsns provcnha.m de [x'lrticula• rcs, quer procedam de c.mlid::1dC!-: J>U· h li~1s.
Hojc c m dia s!'lo mais rwmc1·osos aquclcs quc pC'los reccnl<.•s :dstcmas clc scguro c pclas multiplas formas de prcvidcncin :-:ocial julgam podcr olhar lranquilamc nlc para o fulu1·0 : cstn t r(lnquiliclaclc $C apoiava anlcl'iOt'mcntc na pro1wicclaclc de bcns, por modicos quc ros.c.;cm. l~xislctn tambCm. agorn, homcns mais dc~cjosos cle sc cspccializnl'cm cm algnma 1wofiss.üo clo quc.- <l c pOS·
!'.t1ircm bcns, c quc däo mais V<dor aos rcndimcntos quc lhcs vCm cto Ll';tbnlho ou de dil'citos uni<los ao tt-abalho. <10 quc aos rcn<limcntos ()1'0\/Cllicntcs dö C~tpih\l 0\1 de cli• 1'<•itos lit-:ados ::t cstc. lsto c::c1·tamcntc sc coadum, com a indolc nativa cto tr.abnlho, quc, 1'>01· 1>1·ol ar i mcdiat~•mcntc da J)c•ssou humana. dcvc scr :tnteposto it abundancin <los bcns cxtctiorcs, os qu::,is pcla propria nabu·c:1.a cstäo no rol dos inslrumcntos. "J~ C vcrdadci 1-o in<licio de mHantamcnto da huma„ nidadc. Tuis condi(:öcS da vida cconomica scm (luvida säo uma <las causas por quc sc espaJha a duvida sobrc sc. nas atuais circunstnncia$, penlcu SlW rorc;a o u sc tornou clc mcno,· v~rlor o 1wincipi o da Ot'< lcm cconomico„so• <:inl f irmcmentc cnsinado c dcfcndi-
('10 por Nossos P rcdcccssorcs : o prin• cipio (luc dcchu·a sc1· um clircito 11alur::-1I dos homcns o de possuit• intlivich1i\lmentc ate mcsmo hcns de prodt1<;:.Eio.
Reafirma~äo do <lireito de propricdade }!:sta duvi<IH C toln hncntc infun• dada. Com cfcito, o d i1·cito da pro• pl'icdadc pl'ivada, mcsmo cm 1-cla-;::äo a bcns t•mp1-c~ados na produ<:äo, valc pan, todos os tcmpos. Pois dcpcndc da pro1wia natm·cxa das coi• sas, quc nos diz scr o indivicluo an. lci-ior it socicdadc civil c, por cstc motivo. t c1· a socicdndc civil po1· fi.
nttlidadc o homcm. De rcsto, a nc• nimm i nclividuo sc i·cconhecea·ia o d it·cito de agir livremcnlc cm m~1tcria cconomica sc näo l hc fo$se igmtlmcntc conccdida a faculdaclc de CS· colhca- c de cmrn·cg::u· os mcios. n c• ccssal'io$ ao cxc1·cicio clcstc clit·cito. ,\lCrn d isto, a cxr>cl'icncia c a Histoi-ia atestam quc. ondc os rcgimcs polit.ico~ nao r cconhcccm aos pa.rli• cul~u,cs a 1)0ssc mesmo de bcns de produtfto, ai C violado ou complc t.amcnlc clcstn1ido o uso da IH)c1·dtldc humana cm qucstöcs Cundamcnt.ais. De ondc sc patcntcia, ccr·tamcntc. quc a libcrdadc c ncon t ra no di„cito clc propricdade prot~äo c incentivo. Ai sc dcvc pl'ocurar o mo t ivo por quc cc1·tos paa-tidos c movimcnto:; poJilicos c socia is quc p1-ocuram h armon i:zar ::t libcnJadc c a jus ti('.a na socicdadc hum~na, c quc alC b C"m pouco näo acci tavarn o dircito da pro1wicdadc parf icular sobi-c bcns p1-odutorcs de riciuczas, csscs mcsmos, hojc. rrrrais c~cl.irccidos pclo cur:;o das <1ucslöcs sociais, rcfor-mmn sua opiniüo c aprovam cstc tncsm o dircito. Apraz-Nos, fX>rta t1lo1 ci tar as P3·
lavras de Nosso Pl-edeces.~or Pio XII, de fcför. mcmoria : ''A Jgrcj;:i, 1wotcgcndo o dircilo da propricdaclc parliculal', tcm cm vista um cxccJcnlc !im c tico.socjaJ. De ncnhum modo prctcmlc 1::1a clcfcndcr a atual or dcm de coisas como sc.- ne.lla rC•
conhcccssc a cxprcssäo da vontade divina, ncm as:;umc o pnh·ocinio clos opulcntos c plutocratas. dcs1wczando os dit·citos cl os pol:wcs c indigcn tcs. .. A vcrcladcfra intcntäo da
+
.[ grcja consistc cm f azcr com quc
o inslltuto aa J)topricdadc paa·licular scja tal como o desig nio da D ivina Sabccloria c a lci na tu1·.::11 o cstabclccct·am" ( Ra.diomcn:;agcm de 1.0 de sctembro de 19•11; er,·. A. A. $. XXXVI, 1944, p. 253) . lsto C, cumpl'e quc a propricdaclc particuln1· scja uma garan t ia da libcrdadc da pcssoa hummm c ao mcsmo tcrnpo in tcl'vcnh a como clcmc nto i ndispcnsavcl no cstabclccimcnto de uma 1-cta o ,·dcrn sociaf. E nq unnto, como j ä dissemo!-:, cm muitos paiscs as rcccntcs condi<:öes cconomicas tC.m•sc clcscnvolvido rapidamcntc, tornumlo a p1·odtH.,!ÜO mais cficicntc, n jus li<:a e a cqui dudc c xigcm c1uc igun1mcntc scja aumc ntado <> sala rio do tnibalho. scm prc jui:zo p,wa o bcm comum. 'Isto pcrm itiril ao trabalhacloa· filZCr cconomias com mnis racilidnde c as..<;im consc~uir u m pcqucno P C'• cu l io. l!:. pois, de ndmirm· quc scja contcstaclo por :,ilguns o car:1tc1· nttturnl do d ircito de propricdndc, d es. tc dircito quc h1-\m-c ::.cmpl'c na fc. CUl'l(licladc
do t1·abalho $litt
{Ol'(,·a, C
scu vigor ; quc contl'ihu i d e rnoc!o täo cficnz p a ra :t protc<:fio <:la diY.• nidadc cfn pcsso;, humana, e pan, o livrc c.lcscmpc nho dos <lcvcl'cs de cacla um cm todos os c,nnpos de ativiclaclc; CJllC, finulm c-:nlc. fol'tal ccc a unifio c tranquilicl(lc!C do lnr c t rnz um uumcnto <lc J>az c pros1>e„ ridadc ao J~sta<lo.
Difusäo efetiva Conlrnlo, näo bnsta nfirmttt· o c.a. \·atcr natural <lo dirci to da p1'0p1•jcdade particuhu-, inclusivc de bcn~ produtivos. se ao mc!-:mo tcmpo näo sc cmp1•c;,•ga todo o csCor<;-o para quc o uso dcs.sc <fü•<"ilo scja dirundi<:lo cnh'c todas as ch,s.scs de cidadäos. Como ufi1·ma d e modo cxcclc:ntc Nos.so Prcclcccssor de rcliz memoria, Pio xn. clc uma 1>al'tc a ,wo• pria dignidado da {)CS$O<l humn na , .. para viver con[ormc a~ rctas 1101•. mas du nnlm·c:za, cxigc 11cccs.':mri;1mcntc o <lircito ao uw dos bcn~ malcriuis : ao qual corrcspondc :1 obriga<·äo cci·tamcn tc g-ravi:;.sim;;, <1uc r cqucr scjn <lnda a todos, cnquanto possivcJ, a faculda<lc clc vos• suir bcns p1·ivados'' ( Radiomcn~a-
gem de 24 de (IC'/.eml,ro de l 912: cfr. A.A.$. XXXV, l913, p . 17); de o u tra parlc, a nobl'c..::a do pro• prio l rabalho cxigc. cnt1·e outr;.1s coisas. "a conscrva(·äo c o HJ)c-rfci<;oamcnlo clc uma ordc1n social quc pc1·mitt1. a todos os cida<läos de <1ualqucr classe. a 1>ossc scgur~. cm bora modica, de bcns" (cJr. ibid .. J).
20).
A difusäo da propricdadc privad~ dcvc scr procurada tanto m ais. atualmcntc, quanto, como o lcmhra~ varrros, os sistcma$ cconomicos clc um numcto crcsccnte de natöcs al• can<:am cada d ia maiorcs dcstnvolvimcn tos. Pclo que, utmi..ando s,1biamcntc as varias tccnicas co1npl'O• vudas pclo uso. nft◊ scrt, dificil pro• movca· mts mttöcs uma polilica cconomica c social quc tornc mais ra. eil c abnl. larg~m'lcnte o caminho ä p1"01wicdadc privada de b cns dcstc gcnc.ro: bcns de con sumo clu1·avcis.
eas~t. 1<-rrcno. cquir>amrn1o,:. m'CC~• sarios par a a cmpr csa, scja artcsanal. scja a.gl'ico1a-familiar, ac,-öcs nas mcdias ou nas grandcs c1'l'lprc• sa.s. con10 ji, sc csli1 cxr,ci-imcntanclo com cxito cm algomas. na<:öc~ cconomicam e ntc dcscnvolvidas e sociahnentc acfümtadas.
Propriedade publica f.: cltU'O quc o <iuc disscmos ob• solutamcnlc näo proibc quc tambCrn os E:slaclos c out.ras cnticlndcs pub licas t cnham lcgitima m cntc a propricditdo de bcns instrumcntais, es:• JK'cialmcntc
j
1
sc acanctam consigo
täo grande J)Odcr que näo se podc J>Crl'l'lilir QUC scjam dcixados nns mäos clos 1nn:ti cularcs scm pc1·igo do bcm publico" (Enciclica "Quacl1·ngcsimo Anno... A.A.S. XXIJl.
193l. 1), 214). l~ tcncle nc ia de nossa cpoca a t ribuir propricdactcs cadn vcz. m aio1'C'S ora ao J~.sl<.ldo, ora a outras c.nti• daclcs r>ublicas. En contra-se a ra-
«C:\tolicismo» convida. scus l ci torcs c :\l'lli~os r>:\r::l :'l~ i slircm :1 Santa. Miss:,
<le 30.0 dia Jlc la JJicdoS:.'l. :,lmft clo
Da. MARIA JOSt CLARK LIMA DE AZEREDO SAN TOS esposr1. de scu colabo1·ador r-:ng.0 JosO clo Azcrcdo Sant-os, que sonl
PROPRIED A DE PRIVA DA
Nova situa~äo Ternos untc os olhos o fato de
cclcbr:1da r,or $ . l.•;xei:1. n c vrun. o S r. Bisvo IJioccsano, no dia ; clc
S-Otcmbro, i"1s O h oras, n:\ C:\tcdral Dioees:m;l.
Mater 'l.it.O disto tam bCm no fato de o hcrn comum pcdir quc os J>odcres publi• cos c-xcr~am fun(!ÖC:-S sempre mais
ant1,las. PorCm , ainda ac1oi, (lcvc-sc ol>scrvar intciramcntc o 1»-inci1>io tle subsillittriecl<ule, quc jt, mcncionamos: assim. s6 C licHo ao Eslado c i\~ cnlidaclcs puhlicas cstcndca· os limit.cs de scu domini<> quando a nc„ ccssi<ladc manircsta c vci·dadcira do bcm comum o cxigc, c scm pcrigo tfc climinuir a1Cm rla m cclida as p,·o-
rn-.icda<lcs <los particu1al'CS, ou, o quc SCTia pior, clim i nta„ Jns. Finalmc n tc, 11(10 sc 1>odc csquecc1· <1uc ns i niciaUvas de nnlu1·cza cconoinica. as.~umiclas pclo l!:sta<lo ou
por cnticlaclcs publicas. clcvcrn scr confiadas a ciclacläos quc sc salicn-
tcm p01· s ingultu· compclcncia c r c•
conhccida honesticladc, bcm co1no dcscmpcnhcm com toda a com:cicneia scus clcvct·c!-: para com o Estado. AICm <lisso, C prcciso c.;uc o lraba• lho dcssas 1>essons ~cjc1 acompanhatlo corn atcnta c H!~sidun vigiln ncia. a rim de que na propria adminislr.nt;iio do l~stado um m·roganfo r>0· der economico n f10 caia n<1s rnäos tlc 1,01100~. o quc esti1 <:(•1·1nni:cntc cm oposic5.o com o bcm comum.
F un~äo social Mn$ No..~sos Prcdeccssorcs consLant.cmcntc cnsinaram q uc ~o clircito de prorwiNlactc privacla C int.ima• mcntc incrcnt.c urna fun<;äo social. Com cfci to. no plano de Deus C ria• dor. ,l <1l>u,1<lancia de toclos os hcns C dcst.inndn nnlC-S: de tuclo n scrvir para quc 10,10s os homens tcnharn mrm cxistcncia digna, con'lo o advcrtc de motlo cxcclcntc Nosso Pt·C• dc<.-cssor de fclii~ m<-mo'l·ia, Lcüo XII[. na F.nciclicn '' Rcrum Nova. rurn", ondc lcmos crn rcsumo: qucm quca· quc tcnha 1·cccbido dn rlivinn Boncladc mnior abundaocia de l.>en~. c1uct· hc,ns cxte1·nos (' clo corpo. que r IJ.cns da alma, 1·cccbcu -os com o fim de os rnzc1· scrvir ::u) scu pJ'O{,)rio ~l(lC1•fci("oamcnlo c• ao mcsmo l cmpo, como minist.1·0 da Providc-ncia Di• vina. ao provcito dos out1·0~. "1:: pol' i!-tSO quc (IUCn"I tiVCt· 0 t1tlcnlo dn palnvra ton1c cuidado de nflO sc
Magistra
co lar; qucm J)()~Suir abu ndancia de bcns nüo dcixc c1uc cntorpc<:a c m si a larguczn da rniscricordia; qucm tivcr a (l'l'tc de govcrnar apliquc•SC com cnidado a purlilhar com scu irmfio o exc rcicio e os frutos dcla"
quer quc scja dotttda c aparclhada a casa clos trabalhndo1·cs agricolas. Ondc f "iltam OS 1'CCllJ'!-:OS quc säo ncccssarios pu rn quc- a vida dos ag1·icultorcs tcnhn. um t cor (lig no, ai o progr esso cconomico c social
111). Embon.1 cm r1rniSa cpoca muito sc l cnham clcscnvolviclo c cadn vc4 au• m cntcm mais as fun(·öcs confiadas no Estado c hs cnticlaclcs publicas, contuclo de rnancira alguma dcvc•SC con clui r dislo tel' pcrdido sua razäo :,:.;.ocial a propricdaclc privmla, como pcns:1m algun:,:.;.; pois c$tn hrncäo social li1·a suä for(!a do r>rO['>l'iO <li • rcilo de pl'opricdadc. A isto con• vCm aju ntar :1 cxistcncin, cm to<lo l Cll'lJ)O, de inun,c,·as $.ihia<,:Ö('S <IOIO• rosas c ncccssidaclcs gtavcs c ocultas c1uc a multiJ*i p1·ovidcncia clo E:,:.;.ta<lo nüo a tintc, c as quais näo podc a tcnclcr de modo algum ; por cstc motivo o camr,o cstar{1 ~cmprc lal'gamcnlc abc1·1.o ll humaniclaclc c cariclaclc c•r istä <los pnrlicularcs. F i • nahncn tc. C nolorio quc. para csli• mulm· ns ,1tivida(IC:-. c,uc sc t·clacionam com os. bcns cla ahna. C de n)nior va lor n obl·a cmp1·ccncli<la J)C· los homcns imlividualmcntc ou por g r upos de cidndiios. <lo q\1C pclos
com muita Jcntid5o. E crn consc~ qucncia ml<.ln J>Odc impedii- <1uc um numcro incalculavcl d e homl'ns
("Act,1 t.conis Xlll", Xr. 1891, t>.
podcrcs 1>ublicos. (m1m1·tu c-ntim lcmb1·nr aqui quc o d ircilo de propriccladc rwivad:1 C ccrlamcntc ap1·ova<10 pcla aulol'idc1dc clos Santos 'J-:vangclhos, quc nf10 dci• xam, porCm, frcqucnlcmrnlc de mos• Lr:rr Jesus Cristo a cnnvic1ar com in::;,istcncia os i·icos a dm·crn (L5 suas riquc~.as aos pobrcs: pi:u·a CHIC clas sc tro.nsrol'l'ncni cm bcns cclcstcs: „ Nüo quci ruis :1cumuh11· pnta vös t csouros na tc1·1·a. ondc :t fc1Tugcm c a 1.rac,;a os cont--omcm, c ondc os ladrOC•:-: os: clC!=:l"t1tcrram c roubam, mas cntc~ounti ~-wa vOs tcsou1·os no CCu. onclc nC"m a fci·1·11gcm. ncm a ll'at;a os consorn<'.', c on<lc os Jadl"ÖCS nr.o os clcscn1c-rtam. ncm rou• bam" (\Wn l. fi. 19-20). E o Divino Mc:,;lrc rcconhccc sei· Ccito a 1':lc prorwio luclo o quc :-.e fh:ce nos J>O· hrcs: ''Na vcl'<ladc vos: digo quC' lO· da~ as vczcs QUC fi..:<'stcs: isto a urn cl<-stcs: mcus i,·müos mais f>C<tucni•
nos. a Mim o fi>.estcs" (Mat. 25. 10).
111 Novos aspectos da questäo social mar cha das coisas c clos tcmpos rnostra ca.d~• vcz mais quc •lcvcm :-er atcndidas (IS cxigcneias da jusli\..a c da cq11id:.1Cle, näo oomcnlc nas rch.l<.:Oes entre opc• rarios c crnprcg-udorcs ou di1·igentcs de cmprcsas. mas tamhCm ntts rcla<·öt's entre os varios sclorcs cC:O• nomicos c as vaa·ias rcgiöcs d iver• snmcnte providas clc r ique:1:as, n umr1 mc.s,na nt\(:ä.o; assirn eomo, no plano universal, entre os <liVCl"SOs p.a ises ciuc n5o sc dcscnvolvcram ig ua lmcnlc no plano cconomi<:o•.socia1.
A -
EXIGENCIAS DE JUSTl!;A NO QUE DIZ RESPEITO AS RELAc;öES ENTRE OS SETORES DA PRODU!;ÄO Agricultura, setor insuficientemente desenvolvido E de inicio, pa.ra lcmhr.:.trmos .algo sobrc ns condi('Ol'S ag1·ari,1.s, obsc1·• vamos que o numcro dos trabalha• do1·cs do c.ampo globalmcntc n fio rmrccc tc1· dimilmido. N5o hU clu• vi<l.:1, contudo. quc mu ltos agricul1orcs, deixando o carnpo ondc na~• CCl'Ul'U, Oll SC dirigcm· para h .1 sm~s mai:; 1xwoados, ou par.1 as prop rias cicladcs. Como tal coisa $C vca·irica cm quase toclas as naWes, c i1s vc• 'l.<..-S cliz l'C$pcito ,1 gnrnclc numcro de homcns, acarrcta p:wa a vida c d ignicladc <los cidndäos p1-oblcmas tlificcis de sc.rcrn s6lucionados. f.: m anifcsto quc. na mcdida em quc uma cconornia prog'l'idc c sc desc1wol ve, o numcro cfos trnhalha• <101'('$ rur,1is d imi nui, ,lUmcntando 1>01·Cm a quru1ticladc dos 01:>e1·:1rios quc La·abalh~m nas in<lustl'ias ou no scto1· dos scrvi<;:os. Julgamos. con• tudo. <1uc os agricultorcs quc pas• s.am a trabt1lh::ir cm outros sctor es da produ<;&o, 5-C rrcqucntcmcnt c o fa • zcm 1mr motivos oa-iundos <lo proprio descnvol virncnto cconomico. rnais rrequcntemcntc säo lcvados pot· vu• 1·ios fatorcs cnh·c os quais os prin• c.ipais säo: a an::.ia de S.'lir de um ambi<"nlc estrcito, ondc näo h(t CS• pca-trn<,·a de uma vid;-e mai::. comoda; o d<.-sejo de novidadc::- c clc twcntur.us q uc. caractcri1..a t~into noss...1 cpo• ca: a cohi~a etc rapida fortunn; a miragcm de uma vida cm m;,i:1or
5
lil)crdadc. g ra~as aos nlcios c ra. cilidaclcs quc (.IS :1glomca·aröcs urbanas c cidaclcs costumam ofl'rccc1·. l\fas o quc lambCm näo sc pode ncgar C (}U<' os hom cns do campo sc afast.am dc.lc porquc vCcm os scus intcrcsscs <1uasc JX>r toda J>:.tl'tC des• prczado:-:, tanto no (JUC t oe:.1 ~, cfi• cicncia do scu trabalho, Q\Hmto no quc sc rcrcrc ao n i ve:l de vida do.s :1g1·icullOl'C.S. l)or isso. cm problcma de tama nha importanci..a, quc alualmcn tc in• 1e1·cs::.a a Quase toda.s t1s na<:öes, convCm ant,cs de tudo cxaminar o <1uc C prcciso razca· ;, fim de, no que diz i·cspcito ao mo<lo da p1-o• dueft0. o sclor agricolu de um k1cfo. e O inctustt·ial C O dos SCl~VitOS fle outro, näo tcrcm t.:anta difc r cn<:,:a cnh·c 5-i. Dcvc•SC tmnhCm cuidai· quc o tror de v ida da Jk:>PUla~:äo r ur:1J 1'eja o m cnos J)OS.'5ivcl cliSh.'ln• ciado daquclc clos habitantc~ das ci• dadc.-s, c1a1ja r·cnda p-1·ovC1n da indus• tria ou <los <1ivc1-sos :i-;crvi<:os. Tsto dcvc ~er bcm claro. para q ue o.s q uc 11·.:ih:tlh;:mi: nos cumpos 1150 sc j u l• g ucm de m odo :.1 Jgum inferiores em dit;nicl:ulc ,tos dcrna is; ao conll'fil'io, c~tcjan, r>ersuadiclO:i de <1uc t~unhCm os Quc vivem n o c::unpo poclcm, n5.o ~om cnt c nfirmft r c dcsc•nvolvct· sua J)Cl'SOncllidadc, mas olhar l..imhCm o rutu1·0 com confi,uu;-a. Par ccc•Nos. pois. muito 01>0i·tuno dal' ~tlgumas clirclrii'.cs paa·a. cstc problc maJ Quc 1>0ss.am scrvir <"rn qualquca· situn(.'äo histotica. com a condi<:äo. como C obvio, de quc sc• jam aplicacfr1s conformc as circuns. tancias de tc mpo c lugar o permi• t:'tm, :i.consclhcm 011 cxijam. 4
Adcquac;äo dos serv1c;os publicos essenciais
e
Antes de tudo. neccs!~:atio quc todos, c pl·incipalrncnlc os govcr• nnntcs, 1r,11:>nlhc.m para c1uc os ~Cl'• vicos c1uc säo rnais neccssarios a todos rcccbam no Ci!mpo o I rata• mcnlo dcvido, como
()Ol'
cxl'mplo :
rcpan, da.s csll'adas, Li·ans1>0l'LCS. CO· munica('öc:-t. agua potavcl, habi la• ~Oe$, nssistcnciu sanital'ia, cscola.s cJ~mcntn1·cs c l<'Cnico•prons.,._ionai~. condi<:örs idoncas t~mto J)ara a vida rcl ig,iosa como par:i ::i. l'Ccrc-a<:-Iio do cspirilo. c fin(l lmentc os cquipamcn• tos com os quais nossa c.r>oca l 'C•
nflO SC l'Calizn mmcn, Oll s6 sc dil
abnndonc o campo.
Desenvolvimento gradual e harmonioso do sistema economico ConvCm. a lCm disso, q uc o dcscn• volvimcnto cconomico dos :Estados sc proccda gr.ud.utiva1ncntc, conscrvando Cllll'C OS \lfll'iOS SClOl'CS ccononi:icos a dcvi(la proporc:flo. Tra„ ha lhc•sC principalmcntc para quc, prirnciro. scj am .:ipl icados na cult ura dos c<unpos os mct odos mais mo• dcl'no!-t, scja <1uanto il tccnica rwo• duliva, scj a quanto ü. varicdadc das culturas. scja quanto c)s cstn1t11ras das empr c!-tn~ rurais, que o sistcma cconomico, consi<lcr.ado cm scu con• junto, pennilc ou i·cqucr: c, clcpois, pata quc t:lis coisas .scjmn fcitns, na m cdida clo possivcl, na ,1cvicla pi'OJ)Orcfio 1·clutivamcnlc ao scror in dustrial c de scrvic;os. Scguh·•sC„fl cfai cauc a agricultura nflO somcnlc •·1bson 1c•1·ü mnior quan. l ida(IC de hcns indusl riais, mas l.un~ bCm cxigirU uma tYHtis aclcquacla prestn.cäo de scrvic;os. Poa· sw1 vcz, r)()rUm, a cullut·a rtos camrlOS ofcrcccril ao sctor ind ustrial c ao dos scrvi<;os, assim como .ft propria ~ociedadc, os 1n·odutos quc, p<:-la qua• lidaclc c quantidadc, atcndam ni:c• lhor ao consumo. f: POl' is.~o a :agricultura tctil J)Or cfcito uma cstahilidadc muio1· clo J)()tlrr aquisi t ivo ein mocda. o c1uc C um <tos principais rccauisilos pal'a o dcscnvolvi • mcnto orclcnado <lc toclo o sistCllm cconom ico. J\dotados cstcs 1>h:rnos, t-olhet·•sc-äo, alCm de outros. os bcncricios sc guin tcs: t('1·.~c.f, , <'m primci ro lu• gai·. m,1 is facilicladc cm conhc-cca· os lllgUl'Cs <le o ndc sc .afastam c nara on(Jc sc dirigc1n os em!f::r:lntcs do eampo que cstfio scm t1·ahalho 1>0r Lerem s iclo aplico.dns, f)OUCO ;:l l}OUCO, t, cullur:'\ clo:-. C.llllPOS ,1~ 110\1:1$ l (.'C„ nic~tS. Potlc1·5o eh~$, c m sci;:undo lugm·, scr instruidos clc l~il 1noclo cm sua:,; lccnic:.s de trahalho, quc lhcs sctil possivcl ctcdicnr•sc tam„ bCrn a 011tros gcncros de utiv idndc. 'F 'inalmcnll'. näo lhcs f aH,n•fto ncm os 1'C<:ursos cconomicos, 11c m os sub• sidios nccessarios 1x11·a sua fonnacäo intclcctutal c c:-;piritu;.11, a fim de quc possam bC'm inlcg1·:u·•!;C cm novos g ru1>0s sociuis. 4
4
Politica economica adequada P~,ra. q uc nos val'ios scto1·c::: cco• nomicos haja urn dcscnvolvimcnto Ol'clcnado, C at>solulamcnte ncc:cssa•
rio quc os 1'>0ticrcs publicos, no quc sc 1·cfcrc z~ agl'i cultura. d il·ijam pru•
dcnterncn tc sua atcn("iio para o sc• guintc: impostos ou tribu1os.. c1·cdi• to. seg-uros soc,i ais, ))1'('(:0!-t. pronloc_:äo de indus1 i·ias complcmcnt..·u'<.'s c. fi. nal m cntc, a aclcquaräo da$ c~(ruh1• ras das cmp,·esas agricol as.
Tributos No <1uc sc rcfcrc [l t1·ibu t..1<:fto, uma disciplina orclcna<la :--rgundo a jusli('a c a cquicladc c-xiJ',!C princi~ JKllmcnlC quc OS h'i hu tos S('j;;Hl'I lan('tlclOS scgu ndo OS t'CC\ll~OS clos ci~
d<.Hliios. iVfas nos imr,ostos incidC'ntcs so• bre o cmnf)O. a u l ilid~ldc comum de todos J)('(lC dos Quc govci·nam qu~ sc l ernhr<::m de quc, no sctor n 1l'a1, as 1·cn<kts vC:m mais l cn t.a• rncntc c säo CXJ){)stas a mRiorcs riS• eos, e no1· isso (: m~•is <lifieil <"ncon• t nu· os capitais tH~cesS<u·ios ao in• cr emcn to clclus.
Capitais a juros convenientes Seguc•se dist o logicamcntc q uc os quc possucm cupitais os coloqucm prcfcrivclrl'ICnlc cm outros ncgocios quc n äo os agi•icoh1s, Pclo mcsmo motivo, os agl'icuJtorcs nä.o PO<lcm pag;11· juros a1tofi; a tC mcsmo, o mais clas vezcs, niio podem pagat· os jtu·os imr,ostos pclo m crcado, a tim clc rormarcm o:; capitnis quc a administra<,·fto c o auni:cnto <1<." scus l>cns pcdc.m. Por C$lC m otivo. C ncecssni·io. par a promovca· o l>cm comum, nflO so,nentc que as auto• ,·idaclcs p11bli c::.1s cst.:,bcJetam urna politica clc capitai:-: c.spacial para os agr icu lton~s. mns 1.~H'l)hCn'I quc c1·icm in$1i tulos de c1·cdito q11e lhcs fornc<:am os c,lpi lais scm juros aJtos.
Seguros sociais e previdencia social A ICm d is:.;:o, parccc ncccss:,11·io criar duas cspccics de scguros: uma. quc dig-a r cspcito ao c1uc a tcn·a produz: out1·a, aos p1·oprios agricul• torcs c suas familins. C.: como rc• conhccidamcnlc säo as rcndas clc c.ada agr·icultor indivi<lualrncnte mc• norcs. cm gcral, do que: as <tos opc. rarios das industl'ias ou dos divcr• sos sct·viGOS, näo parccc scr absoJutamente con rormc ,is normas <la jus• ti(·a social c dr1 cquid:,clc cstabclcccr para os agricullores um sistcmn de scguros sociuis, ou de pi·cvidcncin socia l, inrcrior ao das dcmais clas.• scs de <:idadüos. Corn cfcilo. os scguro.s c a pr~vidcncia quc g:ci-almcn• lc- sc consUtucm clcvcm difcrir p<>u• eo uns dos outros, qualquer c1uc SC· j a · o sctor cco1i:omico cm cauc os cicladäos trabalhc.m, ou do qual {>Cr• ccbnrn rcndas. Oe \·csto. como os seguros sociais c a prcvidcncia ~ocin l podcm con. h·ihu.ir muito pa1·a quc as r c ndas de loda a nac;Ao scja1n clis:Lrihui das se• gundo as normas da juslit_·,1 c da cquidndc entre os c:idadfios, podcm, po1· isto, c:01, ~idcnw-sc coino lll'l'I meio pc lo qual sc climinucrn as di~Crt'pan• cias cnh·c as vurins clas..~es de ci• dadüos.
Defcsa dos pre~os Dada n m1lurcza cspccia.l dos pro• duto::: clo camr,o, conv6m quc sc Jll'O·
mova uma <lisciplina eficaz 1><1.ra dcfcsa clc scus 111·c<:os, utilizando pura esse fim os mdos <1uc a lccnica cco• nomica sugcrir. Emhor;:\ scja mui• t.c> cl<:scjavc l <111~ cxca·<::11n lnl tutcla os proprios intcl'CSs:-tdos - a sabcr, mcdinnlc mna or>01·t.una no,·m::i quc s.c i mponham a si m csm os näo C licilo. cnt1·cta11to, aos pollc1·l's pu•
blicos dcixar intcira1ncnlc de c xct·· cct aqui uma a(äo modcrnctora. Ncm SC podc tnmbCm CS(JUCCCr q uc o prc(:o dos 1)1'0dutos agricohH:> ö rrcc1ucntcmcntc mais uma 1·cll'i• bui<.~äo ao lrab<\lho cJos ngricultorcs clo CJUC 1'CllU11lCl'a<:,'.äO de C.:lpi(a is. Por isso, com ioda a a-;:1:r-..10, NOS$O Prcdcccssor de fcliz m cmo1·i:J, Pio xr, m• J~nciclica •·Quacll'at;,<'simo An• 110". obscrva a rcspcito do bcm eo• mum: " C util pur:1 c$t.c :t pro1,or. c.:äo t'ntrc os salarios", Contudo, acrcsccnt.a : "com cla cstä unicla es• trcil.::i.mcntc n rcln proporc:äo clos ()l'CCQS J)Or que dcvcrn scr vcndidos os produto:-; d.-s Clifc1·cntcs ativida• des, com o scjam a agricul l ura. a in•
duslri:i c scmelh:onlcs" (cfr. A.A.S. :XXII(, 1931, 1>. 202).
Como os produtos do c-.1mpo vi• smn $Olll'et\ulo satisfazc1· as ncccssidadcs prim.;u-h\:; do homcm, C 1>rcch>o, 1)01· cslc motivo. cauc scu prc<:o scja tal, quc todos possam compra. los. E porCm evidente c1uc serja lnjusto sc, por isso, toda. u nu,1 elassc de cidadiios a dos agricult orcs rosst' rcclu..:ida n uma situa~fto de in fcrio1·id..ictc cconomi<:o•~Ocia l, fi• cando l>l'ivada cla c:tt>acidadc de com• prar o c1uc C nc~ssario para um digno l cor de vid~,: islo, scm d uvi• dH, t·cpugna flagr;111lcmc11tc :'IO bcm comum.
Aplica~äo das rendas agricolas ConvCm. ~ICm disso, promovcr nas
zonas a.gr icol3s :ts indust 1·ias c se1·vi',.~Os r clativos fl consc1'Va~[to, ä trans(ol'ma('~O c Cinalmcntc ao Lr~ln s• portc dos proclutos <lo campo. P:.:u-a isto C neccs~1rio quc sc dcscnvo l • v;;un a li iniciativ:1s c pJanos rclali• vos aos sctorcs economicos c 1>r-o• fissionais. Dcstc modo d i1•~C ,-.,..._ fam i li~1s dos agl'icullorcs a f.ncu ldnclc de aumcnt.r11· os ~cu~ rcnclimentos no p1·oprio m eio cm <1uc vivem c trabal harn.
Adequa~äo das estruturas da empresa agricola NinguCm podc fixar de modo gc• ncrico q ual scja a l'Strutura as 1·icola m ais convcnit'nte, visto havc1· g ra n• des difcrc11eas. ncstc sctol'. dcntro de cada p ~'l ls <' m ais ainda nas di· vc-1-s;)~ pnrtcs do m un<ln. M:l~ OS que consicl!!l'am a dignidadc do ho• m cm c da. (amilia, scgundo a pro• l)ria. naturt'zn ou, sobretudo, scgun• do a douh·ina cristä, cstes ccrfa. mcntc pcns:1 m numa. cmprcs.a agri. cola - c mais ainda numa cmp1·~a agricola d e dimcnsöcs famili:arc~ confiJ::urad:. U im agem de uma comunidadc cle pessoas. ou scj:1, u m a cmp1·csa na qunl tanlo as n1uluas r cla(:Öcs dos mcmbi-os como n con . fol'macäo d~la m csma se acomodam :'t..:.: nol'mns da just i('a c aos pl'incipios cla (1011 1rinn. er i::-t5. l ~les sc (\Sfo1·<;a1·äo corn lodo o ~mpcnho pa• 1·a quc csta dcscjnvcl cmprcsa agri•
cola, de acordo com cada situatäo, scja 1·cali;,,<\da. Contudo. n cmp1·csn de dimcnsäo ramiliar somcntc scr{, fil'mc c csta• vcl q uanclo r c ndcr tanto quanto con• vC1n ao digno t cor de vida. cla (a. milia. Pm·a obtC•lo C absolulam cn• le ncecssario quc os agricullorcs scj am bcm im•truiclos cm $:CUS h·aba Jhos cm gcral c ap1·cnd:mi: as novas tccnicas, bcm como S<'jam :1uxili..1• dos cm :,;un profissfio por tccnicos. 1~: prcciso ainda c1uc os ag:d<:ultorcs fo1•mcrn socicdHdcs coor>crativas, consli t u:am associacüc-s 1>rorissionais, c padicipcm cficicntcmcntc nos r1C· gocio:s publicos, i~Lo C. 1.nn10 110::: organismos de nalu1·c:r.a adll'1inistra• tivu quanto n tt poHlica. 4
Os trabalhadores da terra, protagonistas de sua p1•opria eleva~iio Na vc1·dndc. cstamos pcrsumliclo rlc quc, (lllH11(IO SC ta·{lhl <lu agt'icu l lura, os p1·otagoniSl<ts, scj;:1 do d cscnvoJvimcnto cconomico, sc-ja. do p1·og1·c$.~O cultural ou socia l , dcvcm sei· os prop!'ios intcrcssados. ou sc. ja, os luvraclorl-s. A cJcs dcvc sei· c!aro c mai,ifcsto quc o trabulho quc cxccutmn ö ~lln.m<-nlc digno de cst imn, porquc t! cxct·cido no como quc tcmplo majcsloso <lo munclo, :::c c xci-cc frc<1ucult."'lllcntc sob1·c a vida eins arvo1·cs c animuis. vida quc. i nc• xaurivc l cm sua:,, cx1u·cs:;:öes, infJc. xivcl cm s uas leis. convida continuamcntc ü lcmbrtul~« do Deus C rif!• <.101· c Provido. AIC.m do quc. o lra• halh<> cfos camp0s n Uo produz somcntc os val'ios o limcntos c.-om os quais o homcm sc malre. ll"i:\s cliari:uncntc fornccc umn gramlc ahunclancia <los matc1·iais us.aclos pcln industria. E um lrabalho. adcmais, c1uc so revcstc de uma dignicfad(' 1wo1wia po1· isso <1uc utili;:a mu ilo do quc sc rcrcrc .ft mccanica, ü <1l 1im ica1 U hiolor.ia: tuclo isto, no en• tanto, dcvc ~er ntuo lizado sem de• m ora, porquc muito contribucm 1),;, ra o hc1n <la ag1·icultura os pt'O· ~ rcssos tccnicos c ctcntiricos. I•: 11äo C sc;, pois cstc gcncro d e h':1l)alho llOSSUi $U:1 11oln·cza J') rop1·ia, Ct\(JU:'tll10 cxigc dos agr icuH01"Cs quc- lc• n horn urna comprccns.=io a_gucfa da wu·icdu<lc cfas ~l.a('öcs ~ n cL:1 sc ada1,lcm mois facilmcntc. qul' es. pc1·c:n1 o ru 111ro n,ais tnmquilamcn• 1.c. quc comp1•ecndam o v:iloi· e a scricdado de scu o!icio, quc r eco• mcccm com co1·ag:cm c tcnhttm scrn~ p1·c novns i nicia tivas.
Solidariedade e colabora~äo Lcmbrc-se t oml)Cm quc no plano a,i rario, como .... nas cm cacl:1 campo da p1"0du(.'t,o, C indis.pcnsavcl <111c o~ o.gric u l ton~s sc tmam cm socicck1dcs. t·s1>ecinlmcntc sc C o 1>r-0r,rio ta-at.>alho fomilit11· que n,ovimcnta a cmprcsa. De <aualqucJ· modo. ~ con• vcnicntc que clcs sc sintam solida • 1·ios uns com os oulros c colnhol'em na runclaelio de coopcrativas c a.s• socia~s profissionais. ncccssarias umas c ouh·ns para fa:r.cr os. ugti• c:ult01·cs sc benc(iciarcn-1 dos pro„ grcssos das cicncfa:s c tc-cnicas c pa1·a dcfcndcr os: prc<.;os. dos i,roch1• tos do tr~balho. Acrcsc::c.nlc•sc o rnto de que. admiticlo ist:o. o~ n~1·i• culto1·cs c:::l :1rtio l'm pC de ig mll<htdc com as outr.:1!-- cl~1sscs de cn1lmlha-dorcs qui"' hahilualn1cntc sc rcuncm C'll"I org-anii'.a<;öcs. l;,-inalm t'nlc, com o cxito d~sa.s ass-ocia<:öcs. os agricu1torcs ale3nt::il •f10 nn ndminislra• ciio puhli~ a influc11cin co1Tcsron• clcn tc it sua condi~iio. pois quc cm nos..-;a cr>0ca, c::omo clizem. mna voz isolada sc pc1·dc. lcv:uln r.cto vcnto.
Sensibilidade as exigencias do bem comum ?l.1a~,; os ag:a-icullorcs - como nli{as as out1·as classcs de frabttlhadol'cs sc quisc1·cm most1·a1· a for<:,·a c influcncia de sua 01-ganiza~äo. I.! ne• ccssario c1uc o fn<:::mi: · scm nuncn clcsprc'l...1r os prcccitos da m ora l c .1s l eis do Estado. 1;-;srorccm•se. ao con• traa-io. por concifüu- scus d ircil os c intcrcs.scs com os dh·eitos c inlcres„ scs das dcmai$ classl's, c po1· sul.>0r• din[1.Jos :',s cxigcncias do bcn'I CO· mum . Pnnl islo, os a~ricul torcs quc sc cmprnh~lm, confornic .scus mcios. para quc scjam mclhoradas as con<li(!Öl'S do C~l 1'1)1)0~ tCm o (lire:ito de pcdir nos govcnumles quc nuxilicm c complcmcntcm a ob 1·a cncctu.du. contc1 nlo c1uc ell's m csm os sc mos. trcm .scnsivcis ;\s exigl'ncias do bcm comum, c cmprcgucm scus csfor<:os cm rcali;:[J..Jo. Por csta 1·aziio dcscj~ui:,o::: honr:)1· com m cr t'cidos Jouvorcs Nos.~os ri• lh<'IS ((UC. cm lodos OS p;iisl'S, Ort1 ntravCs de socit'dädl'S coo1>erativas,
6 ora atravCs de quah;qucr outt·os gc„
ncros de agrcmia~öcs por elcs fun<ladas ou desenvolvidas_ , se cmp cnham co1n grandc vigi lancia pol'
quc os agricultorcs por toda partc näo apcnas gozcm da devida abundancia, mas tambCm de justa digni• daclc de vida.
Voca~äo e m.issäo Jf1. quc no Lrabalho do campo pa-
1·ccc cstar rcunido tuclo quanto cont r ibui para a dignidaclc. a1>cr[ci<;Oa• mcnto c cullivo do homc_m , cumpre que cstc o considcrc como um mandato J·cccbido de ])cus c tcncto as
cois.as cclestcs r,01· fim; C prceiso, al(!1n disto. <:1uc o consa.grc ao Deus P 1·ovi(lcntissimo c1uc dirigc os tcmPoS para a salvac5.o dos homcns;
c nnnlmcntc C neccssario quc o agri• cullor assuma de ccrto modo o encargo de se formar a s i c aos outros nos valorcs da civiliza<;.ao.
A~äo de reequilibrio e de propulsäo nas zonas em vias de desenvolvimento
a mcdida c com isto causaram certo dano il cconomia rlo pais intci ro.
f :, por conscguir,tc. coisa evidente
<1.uc a mutua afinidadc e ntre os hO· mcns, o scnso do la~o fraterno rormado entre elcs peJo mnn<lamcnto de Cristo, pcdc absolutamentc quc os {)Ovos sc prestem, uns aos Ou• tros. auxilio ativo e mulliplo, do qual 1·csulte näo s6 a movimcntac;äo clc bcns, cnpitais c homcns. mas tambCm. a climi nui<;äo das <lifCJ'CO· <:as entr e as varias na<:öcs. Oisto t1·ataremos mais longamcntc, adi•
antc.
. Todavia. näo podcmos clcixar de tcstcmunhn,· aqui Nossa calorosa
aprovaGäo da obn\ realizada pela
01-ganizacäo ab1·cvia.<1amcntc cl ita F . A. 0„ no cruc $e rcfcrc lt ali111cnta• <-.iio <los povos c incrcmcnto da a,gri• culturn. F.sta O rganiza<:äo sc p ro pöc cspecialmentc favorcccr os en-
tendimc1'ltos entre os povos_; fazcr com quc sc cntregucm a cultura da lern, scgundo os mctodos mo• dcrnos aqucl as nacöcs mcnos <lesen• volvidi1s mt parte cconomica: c, finalmcntc. assistir popu la<:Ocs vitimas da romc.
Com h·cqucncia acontccc quc num n1csmo pais haja entre os cidadäos dcsigualdadcs cconomico-sociais dcco1Tcntcs, cm pnrt icular, de n1ora• t <un c t 1·ubulharcm cm zonus quc ~;o divcrsamcnte dcscnvolvidas cm matcria economica. Onclc islo sc dit, a justka c a cquidudc peclem que os podercs publicos providencicm para quc esta discrcpancia scja complctmncntc climinada ou. pclo rncnos, reduzida. Para isto cxigc-se q uc, nns regiöes ondc houvcr- m enor dcscnvolvimcnto ccon omico, scjam cstabelccidos os servi<;ol> publicos es„ scnciais. adaptados aos tcm1>0s c Jugar cs c, na medida do possivcl, conformcs com o gcnei·o de v idn gcral. Muito apta it consceu~i.o de tal rcsultado seriL cert.amcnLc uma administracäo c d isciplina pcJn qual sc Ol'dcncm diligcntemente a ofcrta de mäo de ob1·:t, a tram;(crcncia de habitantcs 1>:'tl'a outt·a 1-egiäo. a xn('äo dos S<c) tarios para os opera„ l'io:=., a tlccrctac::-tlO cle im,>0stos, o financiamcnlo, o cmprcs:o de capital principnlmenlc nas industrh1s c1uc podcm incentivar as outras alivicln• des. Tudo isto SCl'Vidl näo somcntc para o cmprego rcndavcl da mäo de obra c o cstimulo dos cmprc$arios, mas tnmbCm pat·a a explonu:iio dos rccu rsos loca is. E 11t1·c1anto. somcntc aquilo <iuc f6r suscctivcl de revcrtcr cm p1·0• vci lo cornum de todo o pais pade1•a scr pi-ccciluacto pclos que t;ovcrmun, 0 c::u idado dcstcs, tcndo cm vista a ul.iliclaclc da ua(:.fto inteira, sc apli• eari1 :i.s::.iduamcntc a quc ;1 agricuJ„ tun,. a induslria C Os SCJ·Vi(X)S SC desc.nvolvam <1ua11to possivcl de mo• do simultanco c p1'0PQrcionado. Nisto seräo guiados de mcxlo particuhuJ>Clo 1·>ensa m cnto de <auc. sc os habitimlc:i dos lugal'CS <1uc mcnos l>l'OS· J)Cro:n·am aplic~u-cm a mcntc ;-\OS 1>rob lc mn$ cconomicos c sociuis. bcm como cu l lura do cspil·i to, scnth·• sc-Sto como principais rautorcs de sua clcvatäo economica; scr.:'\O de cc1·lo considcraclos dignos cid~•däos por lCl•e1n co11Lril)uido, de mo<lo 1wc„ cipuo, rnu·a o progrcs.o;o de scus trünonios.
n-
a
r,a-
Finalmcnlc. para <:slnbc leccr o cq11ilihrio cconomico num mcsmo pais, 1·c(luCr•sc <1uc tanil>Cl'l'l aquclc,:; quc sc apohun na riquC't.:t pcssoal c cm seu tino :,;c a1')1i(lu~111 a cssu tnrcrn cm toda r, mcdida de stws fo1·~as. Mais ainda, os quc governam, eonrorme o 1>rit1ci1,io de „mb„ s-i<liciriedculc, ravor ctam c amdlicm as inicintivt1s privadns, de rorma a 1>er m iti1· quc, ondc r><>ssivcJ. ohras i"nici;:ul:;is scjam Jcvad:.is a tcrmo J)C•
m,
los [)l'O[)riOS cidaditOS. Elimina~äo ou redu~o dos desequilibrios entre t erra e popula~o /\ csta a1lura C oportuno 1·cCletir quc cm muitos paises hä exccssiva di.S[)i'lridadc entre a cxlcnsäo das lcrr:.lS de cultura c o numc1·0 c!c
habitantcs: cm alguns dclcs ha ral-
t a de l'noradorcs c abundancia de tcrras aravei:-;: cm ou tros, ao con• trario, cxccsso de gcntc c lalla d e
ca1npos.
Nc,n ratt,.;<tm na('.Oes cujo solo po„ de p roduzit· frutos abundantissimos. mas cujos agl'icultorcs si't0 de ti1 l modo Ignorantes e cnlpi:cgam m cios t;:io atrasados no amanho dos cam• pos, quc ncm chcgam a coJhcr fru• tos suricicntes para a estrjta n eccssidadc do povo. E de oul1-o lado. cm aJguns Jugr,rcs a agricullura sc conrormou tanto as tecni<:.as rcccntes, que: tts eolhcit:-,s ullrapa~-saram
E.X ICENCIAS DE JUSTI',;A NAS RELA(,;öES ENTRE PAISES DE DIFERENTE GRAU DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO O problema de nossa epoca Hit cm nossa cpoca uma qucstäo. talvc-1. a maior, quc C' a das numc• rosas e ncccssai·ias r clatöcs en t re natöcs cconomicamc.ntc acliantadas e outras cujo dcsenvolvimcnlo ain da estä sc fa1.cndo; as primeiras de alto t:tor d e vida, ns outras sofren„ do du6ssima indigencia . Pc.ln so„ lidal'icdadc cauc rcune os homcns, os quais, ondc quer que cstcjam, se acham hojc vincu lados cnll'C si de tal modo c1uc sc sentcm como mcmbros de uma SO ramiliu, ,et su• pcra.bundancii, de todos os bens cle al~mna-; m\<,:ÖCs nii.o c1s indu'l. a dcsprczar as ou t ras, onclc os cidadiios Jutam com ~·mtas dificuldadcs in• tc1'lHtS quc cstäo a ponto de perccc1· de mi::.c1·ia e de fome e ncm (>Odem gozar, como convCm, dos dircilos clc• mcntarcs do homcm. Ta.nlo mais <1uc, dado quc crcscc c-lc dia para (lin a intc1xlcpenckncia cmtr·c ns na• <;öcs, C irn1>0ssivcl c1uc eins conse)'vcm por muito tcmpo umu tnlz p,·ovcitosa quando as rcs1>eclivas con• di(:öcs cconomico-sociais s5o difcrcntcs dl•mnis. Nös. JX>rlanlo. CJUC UllH\nlOS todos os homcns como filhos. julgamos sc1· dcv<'r Nos.so nlanifcstal' acau i bcm clanuncmtc o quc dis.semos cm ou• ti·a ocasiäo: ''Sornos todos soli<.1~1 r ia1ncntc rcsponsavcis pel,,s populH<:öes $Ubalimcnta<la:-." (Alocu<:f1.o de 3 de maio de 19GO; cfr. A.A.$. Lll, 1960, p. 465). "( Por isso) C tlCCCS$.8t°iO fo1·mar nas con:-.cic11cias o scnso da r csr,onsabilidadc quc pcs:J sobrc toclos c sohl'c cnda uni. cspccialmc11t~ s.ohrc os. tnais favorccidc>s" ( cfr. ihid.). Como f:1C.llmenlc ~c r,crccbc, c na rorma da.-. constantcs admocStla<;OCs da .{grcja, C ju.slo que: os catolicos sc comov.;1m cx trcma„ncnle com o dcvcr cfe: ajudar uos pobrcs c de• ~amparados, pois que s.5.o m cmb1-os do Corpo Mistico de Cris to. •·rt: n is• to quc <.-onhcccmo::., cliz o A postolo $Ilo Jo5o, a caridacle de Deus: c1ue E ie deu suu vicla 5>0r 116s. Ass.i m lnmbC'm dcvcmos nös dar a nossa pclos irmäos. Qucm possuir os bcns dc~lc mundo c. vcndo scu irmäo passar ncccssidadc. rcchai· ~uas cn• tt·anhas, corno podc a cm·idttde: de Deus permancccr nclc?" Cl Jo. 3, 16-17). l~ 1>0r isto quc vcmos com satis• fa(!äo o auxi1io prc::;tado As nacöes dcsprovidas de: ben:.. 1>elos paiscs eco• nomicamcntc n'lais adiantados, para quc aquc1as J)Qssam com maior facilidadc t ransformar para 1nclhor as suas condiCX)cs cconomicas.
Auxilios de emergencia Como C clo dom"inio de todos quc h(I naQöes quc tCm abundancia de bcns comestivcis. oobl·etudo ccreais. ao passo quc cm outr(lS as .multidöcs
cnfrcntam a r>0brc1..a c a fomc, C um dcvcr de justita c de hunHi.nidadc <1ue os r>0vos mais 1•jcos co,·ram cm auxilio dos mais ncccssitaclos. E por isto l Ul"IH violac;-:to a.os dcvc1·cs da j t1stic;a c da humani<lade a dcsfrui<;5o ou o dcsperdicio de p1·odutos ncccssarios. ä vjcla hum::mu. Niio ignoramos quc o excCS$O de Pl'Odu~flO. pl'incipalmentc :.lgricola, a1Cm das ncccssidadcs publi<:as. r>0de lcvar ~tlgurn prcjui1.o a ccr tns <:Jasses da Sociedadc. Näo sc sc ..
guc dai. porCm, quc as nutöcs ricas estcjam exoncl'adas de levar aux,l„ lio :\s pobrcs c famintas, <1uando houvcl· ltm(t ncccssidadc cspccial. Dcve -sc, pclo contrado, cui<far quc os i ncomoclo.s dcconcntes dc1 super„ produ(:fto scjarn atenuados, c supor• tados cq uitativamcnte por todos os cidndftos.
Coope.r a~o cientifico•tecnico•financeira Isso, cnt.rct.anto, näo cJiminarit de pronto, na. maior r>nrtc das na~öes, as causas habi t uais de pobrcza c <le Comc. incrcnles, cm gcrHI, no cstado ru<limcntar du cconomia. Parn rcmcdiar tais male$, dcvem-sc ()Öl' cm pl'a lica todos OS l'CCUl'SOS, de modo que, de um la<lo. scjam os cidadflos c~imiamcntc instruidos nas a1·tcs e: orietos. bem como no clcsempcnho de suas tarefas, c, de outro lado, -rcccb«m ,·ecui-sos cm dinheiro para ctcvar o seu nivcl cconomico, scgundo os mctodos modcrnos. Näo Nos escapa, cm c,bsolu to, eo• rno cstit prorunct«n1cntc gravada no cspirito de muitos, ncstes ullimos anos, a conscicncia do scu dcvcr de auxiliar os paiscs 1>0brcl> c ccono micamcntc a indH näo bastantc descnvolvi dos, a fim de que possam com maior (acilicladc a lcancar progrcsso economi co e social. Na busca dcsse dcscj ado cscopo, vcmos usscmbJCias c organismos n~l• cionais e internacionais, vemos iniciativas particularc::; c l>Ocicclades. a ptcstarem a tais ,>aises. cada d ia mais libc1·almen tc. sua propri a colabora~äo tccnica no sctor produtivo. Assirn , o m1xilio recebido por inum cros jovens pa.1·a quc. estudando nas univcrsidades dos paiscs mais dcscnvolvidos. adquiram urna forma(:ito cienlificu. tccnicn e profissionn l corrcsponclentc a nosso tcmt)O. l)c„ vc„sc tnmbCm acrcsccntar que institutos bancarios mundiais, cci-tas natöcs c particularcs forncccm frcquc1.llcmc.~nte capita is c1uc <lrto 01·i~ gcm a nurncrosas i niciativas ec:onomicas no::: paisc.s pobrcs. Jr;-Nos gra„ to aprovcita1.- o enscjo para cxprimh· Nossos louvorcs POr obra täo ricamcntc. focunda. E, porCm, de <lcscj(u' que, para o [ u turo, as natÖCl> mnJ.s prospcras sc csrorccm ainda mais 1>0r auxil im· no tcrrcno cicntifico, tccnico c c<.-onomico, os pai• scs cm (asc de dcscnvolvim cn to. A esse rcspei to julgamos de Nosso dcvca· formular a1gtm'rns cons idct·a• cOcs c advcrtcncias. 4
Evitar os erros do passado Em primci1·0 'l uRat', quer a prudcnc:ia <1uc os paiscs. cconomicnmcntc c,n cstado 1·udimcntar ou pouco adian~1do a1woveitcm a cxpcric.ncia das na~öcs n·n1is prospcr~,s. Produzi l' mais C melhOJ' COI') 'CSf)()ndc a uma cxigcncia da ra1.äo e a umu n cccssi<tadc impl'escindivcl. l\1'as a neccssidadc e a justi(':t exi • gcm tamhCm quc o:l r i(luC:?....'l. 1>1·oduzirla scja cli:-;tribuida com cquidndc entre todos os mcmlll'O.S do pai s. Por esse motivo cfeve-sc procurat· que o dcscnvoh,imenlo cc:onomi<:o va de par com o prog1·cs.-c;o social. Im• porta, pois. quc ~ ,c sc 1'ea.lizc ao n,csmo lempo c co1n ha.rmonia no setoi· agricola, no industt·ia l c no clo!-i: servi~1oi de todo gencro.
Rcspeilo pelas caracteristicas de cada comunidade Todos vCcm clar:,mcntc quc as
na~öcs cm !asc de dcscnvol vimcnto
cconomico ap1•cscnt<1m com frcqucn• da uina individualidadc dcfinida e inconfunclivel, oriuncb\ do proprio amhicntc natul'al. ou de suas l ra<li• cöes ricas de valorcs humanos. ou da indolc propria de scus cidadftos. Ao prcst.arcm as na~öcs mais Jlorcsccnlcs scu auxilio menos fa„ vo\'CCid a$, näo sO C ncccssario QUC ,·cconhC("tim e rcspci tcrn a indiv iclualicladc dcstas, mas qoc lcnham l odo o cuidado para quc, ao ajudä... Jas, näo quciram constrangC„Jas a imitar sua forma de vida.
as
Obra desinlcressada AICm disso, os paiscs cconomicn• mcntc desenvolvidos dcvc.m preca• vei-•se cspcciahncntc para quc, ao m inistn,rcm auxilio aos mais (>Obrcs, näo l cnh3m cm visla aprovcitar„sc da situa~üo para J·ealh::a1· pl anos de dominac;äo. Sc nJguma vc1. sc tcndcr a isto, devc„sc dcclann· c xplicitamentc que nes....:.c caso sc rwocura, na verdadc. instaura1· uma forma de rcgimc colonin l qu<•, cmhora di!-i:Jar<,:ada sob um nomc accitavcl. rcprescnta o itntigo c obsolelo icg-ime <lo qual 110s tcmpos i·cccntcs muilos povos
sc Hl>crto.rnm c quc. prcjudicando as rcla<,:öes cnt.re as m1<,:0cs. cons„ titui um pcl'igo para a paz munclial. ~. pQrtanto, de absolut.:\ r,cecssidadc C ju~li<;lt (tllC OS Eslados que prestain auxilio tccnico ou ccono• mico fa('am-no scm n cnhum dcsig• nio <le domina('äo, de manci ra quc os paise$. mcnos adianlaclos cconorni• carn cntc f)OSsam vi1· a a·calizar por si mesmos sct1 progrcsso cconomico-social. Sc isso sc der, ccrtamcntc mu iLo conlrilJuin't pal'a a form a<,!{1.0 de uma comunidadc de todos os Estados. na qual cada mcmbro, co11scio de; seus <1i1·cilos c dcvcrcs. cuiclani igual• mentc da prospcridadc de todos os
povos.
No respeito da hierarquia dos valores Ntto h{t duvida de quc o progrcsso si multanco da cicncia, da tccnica, da cconomia, c da p t·ospcridadc dos cidadäos contt·i bui notavc.Jmcntc 1>ara a civili~act10 de mn pais. De• ve-::-c. r>0rCm, pc.1-suadir <• todos de quc nüo säo. cstcs. valorcs s upl'C• mos, mas npcnas inslrumcntos que scrvcm it obtc n(!äO delcs. Pot csta 1·a;,:iio, C com viva dor quc vcmos. nos paiscs cconomicn• incmtc clC"scnvolvidos, sc cncontra• 1-em muitos q uc nfw tCm a mcnor p1-cocupa<.;5o 1->ela hicn11'<1uia de va. lores, ncgligcnciando i ntei nuncntc os bcns cs1>irituais, cs<1uccc ndo-os de toclo. ou ncgando-os formalmentc. Ao mcsmo tcmpo, procm·am m'flen• tcmcntc o prOb"l'CSSO da cicncia c da le<:11ica c o dcscnvol vimcnto cco• nomico. c dfio 1a1 imporlancia ao hcm-cstar material, quc frequente• mcnle o considcram como o bcm supremo da vida. Em conscq ucncia, näo cstä isc nlo clc pcrigosas in$iclias o pro1wio auxilio claclo pc los pHiscs mais prospcros ao progrcsso dos mais 1>0b1·cs. Pois nos cidndäos dcstcs, muitas vczes, por anliga tradi(:äo. a couscicncin dos p r incipais valo1-c-s humanos C ainda viva c opcrantc. Assi m, aquclcs ciuc tcntam de aJ„
gum modo cnfratweccr a conscicncia intcg1·a daquclcs 1>0vos, comctcm ccr-
tmncntc mna a<;äo irnoral. Pclo contrnl'io, css.a conscicncin, alCm d<: mcrcccr todo o rc:::pcito, dcvc sei· cscln recida c clcsenvolvidn. visto sei· o fundamento da vcrdadcira civiJi.
1.a,äo.
A contribui~äo da lgreja A lgrcja C u niversa l 1>0r dircito divino; confirmu-o a c ircunstancia de c1uc näo s6 jft csta prcscnte no mundo intci1-o, eomo lcndc a abra• Qal' todos O$ povos. M:;1!=-, 1·cuninclo os povos a C1·isto, t1 Jgrcja nfto poclc dcixai· d e 11'azerlht--s bencricios, quer cconomicos, t1ue1· soci.ais, eomo o dclnon~tram indubi1avclmcntc os fatos passados c :1tuais. Ncnhum cristäo dcixa de cmpcnhar-sc, J>OI' sua par lc. em mc.
lhorar as instituicöcs civis, u·abalhanclo :tl ivnmcnlc pitra que, näo sö a dig:nidndc huma na näo Sl\j a de 'form::a ~lguma lcs.."\da, m as. t·cmovi• da toda cspccic de obslacu los, sc
p1·01nova 1uclo <1oanto inccntiva a dignidadc c u virludc e n <das con<luz. Pa1·a tanto n Igt·cja, como c1uc inserindo sua roi-ca nas vcias de um povo, näo C nem sc considcl'a uma in$tiluicfto imposta de Cont n c.~e povo. J)ccorrc isto do fato de quc, ondc: <:stf1 n:1a rwcsentc. todos os homcns ou rcnascem ou 1·c-ssurgcm
cm Ct'isto: c os c1uc rcnasccrnm ou rcs.-;urgiram c m Crislo jamais sc scntcm oprimidos por qunlquct· cxtc1·na. Pclo contrario. scntindo <1uc alcanc;aram a vcrdaclcil'a libc\~dadc, sc cncnmi nham part1 Deus num livrc impulso; c clcste modo tudo quanlo para clcs rcptcscnta um bcm C 1>01· c lcs corroboraclo e n obilitado. "A I,greja de Jesus Cristo - eo• mo Oh$<:rva lu1ninosnmcntc Nosso 1:>1•edcccssor Pio XII - Ciclcl issima dcpositaria da clivinu c fecurnla Sabedoria, nao J'lroeura ccrtamentc di~ rninuir ou mcnosr>rezal' as cnractcri:-.ticas cspcciai:-. que ca<t:1 povo gua rclr. com ciosa devo<·iio c comprccnsivcl u(a.nia, c consiclera c:omo pntl'imonio ptccioso. 0 scu cscop,o C a unidaclc sobrcnatuntl no amor universal , scnli<lo c pratic.ado, c nüo a. uniformidade, cxcl usivamcntc cxtcrio1·. supcrficial, c Pol' isso mcsmo clcbilitantc. A lgrcja aprova c \tcompnnha com scus votos matcrnais todas i,s d ir clt·izcs e solicitudcs que visam critcrioso c ordcnado de• ~cnvolvimcn to clc ror(:as c tcn,lcncias parlicu laxcs. as <1uais tCm suas raiY.cs nos mais rccondito.<. a·cfolhos de cada esli rpc, eontanto Que näo cont1·astcn1 com os dcvc1-cs de hu manidaclc dcrivados dn uniclacle de ori• gern e comum clcstino1• (Enciclica "St11nmi Pontificatus'' ; A.A.S. XXX I, 1939. 1>p. 428-429). Vemos c:om profundu sntisfa<;iio quc os cidadfios catolicos (las nac::-öes rn.c nos favorccidas economica„ mcntc näo ccdcrn de ncnhum modo ttos out.ras a primazia no csfor(·o quc scus paiscs dcscnvolvcm {Xlra p1·ogre<l ircm POi' $i mcsmos no ca.m.po cconomico c social. De outro hulo. vcmos os ciclacläos catolicos d:,s na~öcs m ais prosperas mu ltiplica1·cm suas inicialivas: para quc o fü1xilio prcstado poi: sua palria aos paiscs ncccs.-c;ilndos scja, cconomic.n c socialmcntc, cada ve-1. mai$ proveitoso. A cstc 1·espcito, säo digno...:. de todo louvor os va„ riados, numcrosos c sempre ma iorcs auxilios dados aos jovens africanos c n~iaticos para <1uc adquiram nas univcrsidadcs da t:ua·opn e da Amcrica uma fo1·ma<;äo humt1nisticn c pl'ofissional. Igual mcntc digna de louvor a cuidadosa prepara(;ao P<'l · rn o cxcr·cicio <le t.odas as furn.;öcs. de homcns c:lispol>tOs a ir para os paiscs pobrcs a rim de ai exerccr-cin a t ividuclcs t.ccnico-proris.<.ionais. A todos csscs No:-.sos e:wos rilhos quc. promovcndo 1>el o mundo inlci • 1'<>, com tanta capacidade. o g:cnuino proj:!rc~~o <los povos, e como quc infundi nclo um inflnxo :-;alul~u· na civiJizacäo. dcmonstrarn a pc1·cnc forca c cficacia da 111...;-.. l grcja, quc1·cmos cxprimir Nossos .aplausos c Nossa gr.atidfw.
ror~,
e
s~
INCREMENTO DEMOGRAFICO E DESENVOLVIMENTO ECONOMICO Nestes ult i mos tcm1>0s sm·gc frcqucntcmcnle o problcma de como
ha rmonii.ar o dcscnvolvimcnto economico c a disponil>iJidadc dos mcios
de subsistcncia, com o aumcnto dem ogrHri<:o. <1ucr no que sc a·cfc rc .10 munclo intciro, quer na~öcs PO· bres.
as
Desequilibrio entre popula~o e me1os de subsistencia Assim, no plano mundi~I, notan'I alguns que. scgundo os cal<:ltlos rci• tos, o gc.nc.i-o humano cm alguns
MENSARIO COM APROVA',;ÄO ECLESIASTICA Campos - Est. do Rio Oirctor: Mons. ANTONIO RIBEIRO DO -ROSARIO n c dnrüo o gcrcncin: Av. 7 (10 Sctcmbro, 247 -
Cnixa. rostal 333
A88if1l,l turl'lil: llllUllh,:
Comum . . . . . . . . . . .. . .. . . .. . . . . . . . .. . . . . Ocnrcltor . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . • . . . . . . . CrQndc bcn rcltor .. .. . .... .... .. •.. , , . .
Crs 250,00 Cr.$ 1.000,00
Cr$ 2.000.00 Cr$ lS0.00 Exterior . . . . . . . . . . • . . . . . . • . . • . . . • . . . . . . Cr,$ 285.00 Nnm• ro n,•ul•o .. . . . . . . . . .. . .. .. . .. . . .. Co•S 22,00 Numero nlrasndo . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . Cr,$ 25,00 1>ara os: 1::stfl<IO$ de Alnsoris, Ama,:onas, ßn!lla, CcnrA, C01(1$, Mnrtrnhüo. Muto Cros:,.o, 1>3r(1, Parul bit, Pcrnambuco, Pio.u1, Hlo Crandc <10 No1"le, SCq;ir>c c Tcrrltorlos, o Jorno.l <, cnvltulo J)()1· vln aerea p,clo preco da llS.SlnalurA c..-omum. Mud:tnc:n d o cndere('o tlo ns~tn:u,tc::i: mcnelonnr o c rulc r c.to :H1tl,l!'O. Vnlc.::: J>ostnls, c:,rtn.s eom v a Jm• dcernr~do. ehc<1t1('S, d everii.o scr cnvlodos cm nomc (lc um d<>i scr;utntcs Agentcs e Jlnra o r~spcetlvo cndcre<:"o: As:cnt~ t::~r(II Dr. Jt)~(• d e 011 \'ClrA j\n<irflflC, Cnlxn l'>MIAI Xl:t Scmlnnrlstns
c
cstu()nntcs
.. . . . , • • • . . •
Campos., Es-tndo do RIO; A,:-<!nto pnra os 1::stndos do 1~arn.n6., Rio
G rnndo d o S ul, Stw lt\ Cntnrlna t• Silo rnulo Jos~ Lu,s de F'rcll8$ CulmärUcs Abh\$, Hutl Ctt;.lrO J\ lvc:s. 20, $.IJlllOS-, Estud.O de Silo Puulo: AJ:'Cnlo 1mr::1 08 t;s;u ufos do Culfü,, :'tfolo C n,,~80 6 ~llmls Gernl.ti -
Dr. MHton de S;dles Mourüo, nun Url rA.o de :-.rnc:m)bas. 202, tclcrone 4-2'279, Ucto Horizonte. Esu1do de Mllt(,s Cc.ra1$,
et Magistra
Mater decenios scri, muilissirl\O mais nu-
sima~ c inviolaveis prcscr1tocs de
rncroso; ao pas.~o quc- o dcscnvol-
Ocu:s. <1uc todos dcvcm conhcccr c guttrdtu·. Por conseguin tc. ~t homcm a1gum C licito emprcgar partt ta1 fim mctodo!-. c proccssos ciue sfto lcgi limos para conscrvar a vida das plant,,s ou dos nnimuis. Na vcnladc, a vida doR homcns dcvc ser licla por todos como coisa ~agr.ula: 1>0is dcsdc scu i nicio 1·cclmna a acäo etc Deus Criador. Por• 1anlo. qucm sc arast:, dcssas dctc1·rnina(:öcs de Deus. näo npc,nas lc:-.a a majcstadc do mc~mo DC\1$ c traz cl~sonr~• a si c ao f:cncro humano, mas :;.indn cnfraquecc as for<:as i n„ tinms de sua na<;fio.
proccssani muito mais lcntamcntc. Disto hi,
vimcnto cconomico sc
Qucm conclua quc, sc näo (ör cstal><-lccida uma ccrla mcdlda na J)l'O· cria~äo humrma, nfio dcmorar{t 1nui-
lo ~ aumcntal' o dcscquilibrio entre o numcro dos habi h'tr'ltC$ c o ncccs:;a1·io (lara o ~u$tcnto <la vidn. Conchli-sc com cvidcncia. eins es-
tutistic.a s dos 1>aiscs rncnos favorccido5- de hcns cconomicos, quc, cm con~cqucncin dos mai~ rcccntcs pro-
grcsso~ na conscrvaQäo c rceur,crn(:5o da saudc, c com a cficacia atua1 clos meios de prcvcn<,:iio da morta• l ida.<lc infantil. os homcns tCm a~o1·n um curso clc vida mais longo, cnquanto quc o numcl'O <ios nnsci-
mcntos. ondc jä costuma scr g:a·nndc. l<'rHlr. a pcrmanccci- constanlc, pclo ff1cnos 1>0r considcr·avcl pcriodo clc tcn'lJ>O. l'\<ht!. cnc1uanto o numcl'o dos c111c nasccm u l lrapassa o flos que mo1·1·em no C~PU<:O clc uni ano. os mcios (l~ produc:iio ncsses paisrs nfto rccchcrn u m incrcmcnto proporcional no numero de habit(mlcs. Por isto o nivcl ,lc, virla nos paiscs mais r>obrcs nüo progl'iclc. ma~. hcrn ao conlral'io. tornu-sc pior. Por ~stu ra:t.Jw, p:.wn quc a sih1ac;äo näo piorc :10 maxhno. nüo fn lla qucm julguc ncc<"ss.a1·io cvitar .n conccp<,:äo c o nasci mcnto. ou pclo mcnos r~·
freit-los.
Os termos do problcma A bom tl i:t.cr. porCm. considerada a rtla<:äo existente- no mundo intciro cn tl'c o num<'rO dos nascimcntos c a. nbund<.H'ICia tlos rccursos. nflo sc vC. ncm p~wa jit. nc-m parn hr('vc. a a,proxinu:u;äo de L.""lis gravcs dific11ldndcs. Os argumentos apr<'!'-<'n• tn<los sobrc <'Sla qucstäo sflO tiio cluvidosos e contl'ovcrsos. quc clc1cs mnta de ccrlo sc (X>(IC? drcluzir. Actcscc ainda quc Deus, cm sna bondaclc c sabcdori«. conccclc11 lt nntm·citt uma facutclacle quase incsgotavcl clc [)l'O(IU'Z.ia', C n!Cm di$SO dotou o homr.m de täo gra ndc :u•. s;uc:ia de cspiri to. quc näo lhc scri1. clifi<:il. <lll'avCs <lc mcios aptos, ap1·0vci tar parn os usos c ncc~ssicta.dcs da vida os produtos da tcrra. Para rcsolvca·. pois. csta <1ucstäo. de modo algmn sc dcvc ndolar urna soluc:no quc, infringindo a mor al Ct-;labclccifl:i por l)cu~. irnport c cm o fen<lcr· a procri:u,:5.o da vida human:t. Muilo uo cont rario, dcvc o homcm aplicar-sc a conheccr, o mais pc.rfcitamcnte pos.."-ivcl. erar,as üs ciN1cins c tccni<:as de toda cspccie. as ! 01·<:as da natureza. c a domin[1-J(1s ca• da vcY. mnis. Os 1wogrcssos. alias, .atC agora obtidos no eampo das cien•
ci.ns e das tccnicas. inspfram a esse
J'C?Sr>eito umn irncnsa cspcranc:a par.a
0
ru t m-o. Näo Nos cs<:.apa, sein duvida, quc
cm ccl·tas rcgiöcs c paiscs mcnos p1-ospe1·os ~ob1·cvCm, ao Jado clC$tas qucstöcs, outros malcs. dcvidos a
u ma 01·denacäo cconornica c soci~,1 ein quc o:-:; cidadäos, cada ano mais nu mcrosos, sc vCcn, incupazcs de tcr cm casa o ncccs.<-:i1·io ao scu sustcnto; c ao fato de quc os 1,ovos näo sc cncontram täo unidos cnh·c sl como C de dcscjur. Mcsrno. porCm, <1uc assim scjarn ~1s coisas, afirmamos com toda a. c1areza scr prcciso aprcscntar e r csolvcr cstas qucstöcs de tal forma q uc n inguCm adotc meios ou rnclodos conlrarios ä dignidadc humuna, como n.üo :-:e cnvcrgonham de aprcscntar aquclcs quc pcnstun ser o homcm c sua v ida tolahncntc rcdulivcis matcri a. Crcmos quc cste assunto s6 poclcrä scr sol ucionado sc o::- progrcssos cconomicos c sociais servil-cm c aumcntarcm o~ hcns vcrdadcfros. näo de cada cidadiio, como de toda a soeic<lado hmnana. Quanlo a i~to dcvc-:.:.c colocar cm primc iro lugar ludo o quc conccrnc scja fL clign i• cladc do hom~m cm gcnll, scja ü vida de cadu um, porquc n ada poclc tcr nH1ior valor. Aclcmais, C JWCe ci~o o m u luo csfor<;O de todas n~ n a(:Ocs no scntido de que. par a s:-r•-m • de u ti1idadc de todos. 1>0ssam niio S(j os conhccimcntos, rnas turnbCm os capitais c mcsmo os homcrn; ci1·c11lnr ordC\nadarncntc <'nt1·c os po. vos.
a
so
Respeito as leis da vida A esse proposito, dccl~u-amos solcn"n1e:n tc quc a t r.ansmi:-:.säo c a propago('f!O da vida hu mana C obra da Cnmilin, at ravCs do mat rimonio uno c indissol uvel . o Qual, qunnto aos cristäos. foi elcvado ä dignidadc de Sacr..Hn cnto. E jä quc ,.1 vicla passa a ou ll'OS scrcs humanos atr avCs de u m ato dclibcrnclo c conscicnlc, cxigc-se quc isso sc f a('a de acordo <:on1 as sa:n tissimas, fil'm is-
Educa~äo do senso de responsabilidade A.<:.~im. pois, C de grandc impor-
tanci;;, quc as novas gcra(:ÖCS, a lCm clc cuiciuclosi1mcntc instruidas nas humanidadcs c na Rcl igiiio o (1uc POl' dirci to e J>Or dcvcr pc rlcnec aos pais - t.arnbCm sc mostrcm cm todos os alos de sua vid~ pcrfcilamentc conscicntcs dos scus dcvcrc:s. inclusive no <1uc sc 1·cfcrc a constitui(:äO da 1·cspcctivn (amilia c a 1wocl'ia<;flo c cducadio clo:::: filhos. A cstcs <kvc1•,sc•U inculc::ir ~olida confinn('a m\ Proviclcncia Die vina. c ain<la um ritmi:ssimo c bem prepnrmlo uni rno parn supol'lar os 1.n,halhos. c diriculdadcs <1uc nin• g:uCrn podc cvitar. no assumir o nohre c gravc cnc:.trgo de colaborar com Deus tanto 110 cl.rir n vi<la como na cdu<:a<:äo du p1·olc. Pnrn cssa cduca<:äo uada i: ccrtan1e11te de maior valor clo flllC ns dfrel r iY.cs da rgrcja c os auxilios cclcstcs. TambCm por CS.'-« raziio dc-vc- scr ,·cconhcc-ido tl lgrcj:.1 o dircilo d~ cxc,·ccr livz•cmcntc a sua m is:-.äo.
A servi~o da vida No livro cl.o Genesis lemo::-. que Deus c1cu nos prirnciros ~c1·cs humanos dois mandamcntos, um com• p lclnndo o ou li'O, isto C. or<lcnou de i nicio: '"Cl·cscci c nlulti plicvi-vos"
(Gen. l. 28): c crn scguidn: " En• chci a terta c domi nai„a" (iblcl.). O scgundo dcstcs rnandamcntos, longc de tcr cm v ista a dcstrui(-5.o das cois:.s, destina-.;1.s, ::io contnwio. ;\ utilidndc da vicfa hum ona. (.;, 1>0is, com granclc t ristcza quc vc-mos csta cont radir;äo rlc nossa cJ)Oca. a sabcr: de urn lado, a CS• t.reitc1;, de rccm-sos 6 aprescntada coin co1·cs täo negr as quc quase sc chcga a d izer quc o scncro h um ano csta condcnado a p.e1-eccr de misc• r ia c de fome; c. de outro, t~nto os dcscobcrtas cla ciencia como o~ progrc-ssos da tecnica ou a abunclancia cconomica sfao transformaclos cm insb·umcntos para lcvar o gcncro humano .i ultima ruina e a l101·rivc-J mortan dade. Deus Providcntc concedeu 30S ho• mcns bcns suficicntc~ J'>ara arcm·<"m com di~nidaclc com os onus i ncrcntcs gc.1·a('.io dos Cil hos: mm~ isto n äo se f ara sem dificuldadc. 0\1 de modo ~lgum SC fani. SC OS homcns, dcix:1ndo o cam i nho rcto c- <:orn o cspirito depra.vado. cm1weg:,11·cm os mci os acima citados conlru a razäo humnna. ou conh·a sua m\tm·cza social . c atC mesrno conlra os dcsignios do proprio Deus.
a
COLABORA<:AO NO PLANO MUNDIAL Dimensöes mundiais dos
problemas humanos mais relevantes Como as rcla~öcs cntt·c 1::Stados, cm raziio dos pr oga-cssos da cicncia
c da tccnica. sc tornm·:,m ncstcs ulti111os tcmpos mais estreitos cm todo o nn1ndo. os povos cacla vcz mais <l cpcndcm uns <.los out ros. Por isto, algumas qucstöcs mais scria.s quc hojc surgcm no dominio da cicncia c da lccnica, ou no cam1')() cconornico c socia1, ou ainda no da administra~äo do Estado e do inca·~rncnto da cu1tul''1, co1n n1uita
frcqucncia, J")Ol' cxcedcrcm ,\s possil)ilidadcs de u m unico 1>ais, v5o :lfctar ncccssari.amcntc v~wias c, a1gumas vczcs. todas as m1<:öcs da
tc1·ra. Assirn scndo, cada Estado. por mais cxcclcntc quc scja crn cultunt, numcro c intcligcnci a doi:t ci d~1däos, progrcsso cconom ico. abun• ctancia etc bcn$, cxtcns..;o do tcrri • torio. näo podcra. sep<1 rado dos de• mais, resolve,· dcvidamcn tc por si m C$1'1'lO ~cus p roblcmas pri ncipais. Os Estaclos, 1>0is. tendo de complclar a uns. de apcr fc icoar a oulros. somentc atcndcriio Us J)l-OJlr h,s ncccssidades ~c lcvarcm cm conla, ao mcsmo tcmJ)O. as clos o utros. 1;: por isto da m aior neccssidadc que as
n.wöcs sc cntcndarn bcrn c sc auxilicm rcciprocarncr1tc.
Desconfian~a reciproca F.rnbora cada homcm c ain<la to~
,tos o::.: povos disto sc pcrsuaclmn sc-m,:n-c mais, acontccc quc os homcns c. cm p1·imciro lugm'. aquclcs cg1c cxcrccm muior autoridade nos J'.;OVCl'llOS, muitas vc-zc::. nrio i-.i°lO C<l· rn\ZCS de t·caliznr cssas duas coisas p..tra as quais sc volta a atcncäo dos povos. t:: jsto. näo por folta de conhccimentos. nC:m de rccursos tccnicos ou cconomico:-.. mas. com mais vci-dadc. porc1uc dcsoonfiam os 1>0vos uns dos ou t ros. ncalm.tn tc, os horncns. c por consct~uintc os 1-.:~1i,dos. tcmcm~se mut11arncntc: cacla J)ttis tcm mcdo etc c1uc o ou• tro forme o ()l'Oposito de 01>rimi-lo c. na oc.asii'\o propicia, tcve avan tc os scus p lanos sccretos. E as 1Hteöcs prepanun ludo quanto possa dctcncler suas <:idaclcs c casns, acumu la11do al'lnas quc ~-tfinnam Quercr osar para imptdi r a agrcs-
säo.
Dai cl:wrirnr-ntc :-:c ~cgue quc tanto os rccu1~os humanos con,o as ric1uczas naturais süo larg:amcn tc cmprcgados pclos 1>ovos mais mn clct rimen l o quo cm bcncficlo rJa ~O· cicdadc humana. E niio s6 os indivic1uos. mns o~ povos s:c cnchcm clc lüo pcsadn p,·cocupa<;äo. (Juc niio podcm assumi1· cmprccml irncntos de maior cnvc1·g-adul'a.
Falta d e rcconhecin,ento da ordern moral Parccc quc tudo vcm de quc os homcns. c pl"incipalmentc os <;hcfcs dos govcrnos. ngCJn segundo con<:cp(:Ö('s de vidn clifcr entcs. Hi~ ~,c1u<'ICl> quc ousam clccl•H·ar nüo lHtvcr lci al~uma du vcrdnc1c c clo clircilo quc tr::msccnd.:1 it~ coisas cxtcriorc-s e no proprio homcm. c scja al>solutarncntC' ohri~i,toria o iguat rmrn todo~. 0 rcsultado C <1uc. näo ht1vcn<10 umn lci de jusl i(·a aprovada por todo:s, nüo portcrfio os ho• mcns plcna c ~ci:u rnmcntc concQrcbu· cm coisa nrnhuma. Pois. c mhor a cxprcssc)cs como justic<t c clci-ct· <le justi(:(1. cstcjain na boca de todO$, näo tCm, no ent:u1to. cstas pal avra.s o mcsrno i,;igni ficado pant todos. Muit issima~ vczes significam ptu·:. uns ex.:1tamcntc o contrario do quc para outr·os. Po1· isto, qu:-.ndo os chcfcs de F.stnd(') falam cn1 ;u.st-i('.a e deL-e1· de ;w~tiO<t, näo apcnas näo concordam quant-o n es~a.c; palavrns. ma~ nc1as cncontl'am frcquenlcm entc motivo de gravcs dissensöcs: c n,esmo ~e c.onvc.nccm de näo havcr possibilidactc de ga . r :mlir SNIS dirci tos c scus hens. a nfio sct· 1·L~a·1·cndo fo,·ca. gcrm.c dos 1naiorcs ma l cs.
a
Deus, fundan,ento da ordern moral Para que c xi~ta confi:mta n1utua entre os govcrnantcs c c1a mais sc entranhc cm scus cspil"itos. C prcci so quc conhec:am cm 1>1·imciro Jugar as leis da vcrdadc c da justi('a c as obsc1·vem de partc a partc. Qu.:rnto aos prcccitos sobrc a mol'al c a vh·tudc, somc.nte cm Deus sc a1>0iam. Tirado Deus. ncccssariamcn tc se dcsfazcm por cornpl clo. 0 homcm näo consta s6 de coqX>, rnas tarnbC!m de ahnn. pchl CJUal sc rcconhcce possuido,· da rmdio c da Jibcrdade. Assirn corn1>0sto. o cspi • r ito ahsol u tamcntc e xigc a lci moral, firmada na lleligiäo, quc incompar a.v clmcntc mclhor do quc qualquc1· forcn txtcl'ior ou conven iencia, conscguc re-sol vcr as qucstOcs conccnl entcs ü vida dos indi „ v iduos ou t, socicdadc dos cidacläos, ,·clalivas a algumas na('.öcs ou a toctas clas cm conjunlo. Conludo. näo fa1ta hojc qocm JH'Oe f es.sc, l cvado pclo grandc flor cscimcnto das cicncias c das tccnicas. 1mdcr o homcm. dcix;1ndo Deus de lado, e auxi liado u nicamcntc po1' suas for<.;as, nlcan('ar pai-a si a m~is cxctlcntc civili1„ac:ilo. Mas. n a vcrdade, C pclos progrcs..")OS dt•st:as mcsmas cicncias e tccnicas quc muitas vczcs c:acm os hornen~ ein <lificulda.dcs comuns n todos os povos c que s6 podcriam scr complctamcntc 1-csolviclas SC clcs l'eCOllhCCCS.!-,em a dcvicla autoridadc de Deus. Autol' c Scnho1' do homcm c de toda a nat.urr1....a. O proprio c quase ili1nit.aclo 1wogl'C'SSO das cicncias parccc mosh·ar sei· aquilo vcrdadc ; esse pro,::rcsso Jeva mui tos cspirit os opiniäo de quc mesmo it.S cicncias matcm~tticas näo possivcl introspccionJr lo• tal menlc a n all,1rC'1.a c as transformac;öcs c1os sercs. c cxp1·imi-la$ com J'>:l l avras 2<1cquadas, P<>l'quc mal as 1>0dcm per cchcr JlOr conjcct urns. E
a
e
7 <1uando. com scus proprios olhos, virc.m os hÖmcns apavOraclos quc 1)()(]cm scr cmprcgnclas para o bcm 0~1 para tl rui nn <!OS J')(')VOS. as ()Oe dcrost1s cncrgias. rcpr·c:-;cnt.udas pcl:1 tccnic.;1 e pclas maquinas. C prcciso quc t1cs sintam como <lcvc sct· a tuclo prcfcrido aquilo quc sc J'Claciona com a alma c com n moral, parn quc o dcscnvolvime nto das cicncias c cla tccnica n5o tra~t• a dcst r ni<:äo do gcncro humm10, mas concorrt,. como causa auxili~1·, p:ua. a Clvilizacäo. Acontecc. 1>01-cm, quc nos povos mnis ricos. os homcns. cada vcz mais insatisfcitos dos bcns tcrrcnos. ar>agam clo cspirito n im:1gcm falsn de wna fclicissima vida n ::-er ::u1ui
viv ida para scm1>rc. Aconttce, tarne bCm, quc os homcns ni'to apcnas LO· m:un conscicnein cada tlia maior de <1uc go;,..am dos di1·citos inlcg,·os c totais d<1 Jlesson humana, ma::. cm• prcgurn mcsmo todos os csro1·~os c mc:ios para C$labclccct rcla(·öes mu• tuns, ec1·tamcntc mais cquitativas c mais proporcionadas A sua dignida• de. Dcstcs falos resulta quc 11tualmcntc co1nccam os home n~ a ver quc suas possihi lidad{]s säo finilas c a pa·ocurar com apliCa(·äo maiot· <io q uc an tcs as coi~as do cspirito. E tudo parccc s:uscitar al_guma cs1>er n11c.a de c1ue näo so os indivi duos. rnas alC os 1>0vos concorclcm 1>or fim <"'m prcstnr-sc mutu..1mcntc auxilios frcc1ucntcs c rccundos.
IV
A
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.
reconstru<j:äo das rela<j:Öes de conv1venc1a
na
verdade, na justi<ra e no amor IDEOLOGJAS DEFEITUOSAS E ERRONEAS A quc. lanto no passaclo corno cm nosso tcm1>0, o 1wogrcsso da eicncia c da tccnica rcdun• da. o mais clas vczcs, n o csh·cilnmcnto dos la<;;os entre o~ ciclndäo:-.. parccc ser 1lrceiso c1uc css<:s Ja~os, no p lano nacional c izltcz-nncionttl. sc conformcm a um cquilibrio mnis hl1mano. Sobrc islo muitas tcorias (ornm pcns::tdt•s c clifuncliclas por cscrito, - dt1s <1uais uma p~1rtc jU sc clcsfcz <:omo a ncvon pC'.'lo sol : oul ras cslii.o hojc com1)lelnmr nl c m udnclas: outras. ainda. cada vc2 scdu;-.cm mcnos o:s cspirilos. 'Es.sa precaricclade vcrn de c1uc tais opiniöc-s ncrn comprccndcm a totl\lid::1dc do homcm ncm sc a•e fc.rcm t\ sua parlc mais importantc. AICm disso, omit<"m as incgavcis fraquc1„.as da natua·cia humann, c<>mo as ctocnc:is c do1·c$. pura ns quais: C patente quc nii.o hfl organ i:1.a<;äo ceonomicn c social. po1· mais apur.-:i.da quc scja, capaz de dnr rcmc<lio nhso1uto. A isto. cm toda partc. os homcns säo movidos por intimo c invcncivcl sentimcn to rcligioso. quc näo sc conscguc- .ananc~u· pela violcncia ncm sufoc:11· pc1a nstucia. Uma falsissima opiniäo, csr>alh~\da cm nossos dias. rwetendc quc o scntimcnto r eligioso <1t1c a naturcza implantou nos homcns h:1 <lc scr t ido J)Or a1go de fantastico e imaginario, dcvencio pc,r isso sc1· totalmcnt-c cxtirp:1<10. pois cstnria cm aberta contradi<:äo com a tenclcncia de nossos diti::- c o rwogresso da Clvili1.ac:iio. Mu ito ao cont:rario, a proJ')cnsäo intimn clo homem par a n Rcligiäo prov<t que cla fo i verdnclcir3rncn tc criado par Deos c pur a l~le tcndc i r rcvogavclmC'l11·c. Assim lcmos cm Sn nto Agostinho; ''Tu nos fizcste p.,~l'a Ti. $C'nho1·. c in• quicto cstä n os5:o corae?io rnQunnto näo rcpousa em Ti" ("Confissöcs", r. 1 l. Por conscgu intc. J>OI' mais q uc sc dc.scnvolvam a tccnica c a economia. cm t·oda a lN-ra jam~1is 1>0de1·ä have1· justic;a c paz enc1uanto os hom~ns niio pc.rccl>crcm qu:mta dif:ni• dadc ncl <'s rcside Por tercm si do cl'iados por Deus c dElc s:cr cm fl. lho~: de Deus. quc clcvc ser considcl'a.do com o a. pr imcira c a ultima causa clr todas as coi!-\aS. quc E ie criou. Afnstado de Deus. tor• na•se o homcm cruel rmra ~i c f)a1·.a os outro:=.: r>01· csta r azäo. 3s rclacöcs mutuas entre os homcns rc• quca·cm ahsolut::1m cntc 1,1m:i rrta a-ce Jacfio da com,cit ncia humana <:om Deu'-. rontc de toda verdad-c. justi<;n c amor. Todos bcm sabcm c conhcccm quc cm muitos pa iscs, ;1lguns de nntiga civi l iza~Uo crista, num<'ro:-.os Trmiios c filhos Nossos. m u i to q11<'1·iclo~. jft h {t varios an os säo crudC'lissim arnentc pcr.:.eguidos. Este fato pöc antc os o1hos de l'odos. ao mcsmo tcmpo. a cxcclcntc diJrnidftdc dos pcr~cguiclos e a rcquint:.da fc1·oci dadc dos ptrscr.-uirlo,·e~. 0 nuc. cmhon1 n äo dC nincla. ctlti·e cste!-, v i ~ivcis frutos d l' :trrc-pendim e nto, indu:t. muif'os ~ rcfletil'. Todavia. nc-nhuma inscn~atez pa1·ccc mu is propr ia a nosc:-o tcmpo <lo quc a de qucrcr cslabe:lcccr uma_ ordern t<-mporal solici:t c cfil':t7.. sem colocar-l he o f undnmcnto indi~pen:o-avcl. isto C. p rcscinciindo de Deus. O m csmo se digf;I do quc,·cr cxalta1· a gl'~mdc·z a do homcm <lr1'>0i!-- de sccar a fontc de 011de chl cmnna c onclc sc ali mcnta. ou s:('j,'l. rrnrimin<lo c. ~e f)()(;.Si vcl, e:xtinf!uimlo o im1>ul$0 da$ al mas para neu~. Mas cis que oc. neont<:'c:iml'ntos d e 110"-SO tcmno. depoi~ d e cortnr a c~ncrnnca de m u ilos c clc mcrgulhar näo pOU·
J
cos no luto, con(i rmam qunnto C vcrd,1.dc o quc cslit cscl'ito: ·•sc o Scnho1· näo cdificar a cas«. cm väo trabnlham os quc a cdi ficam" ($1. 12(;, 1),
P ERENE A TUALIDADE DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA A doutrin<• <aue u Igrcja Calolica cm,ina <- pi-oclHnut a rcsp~i to da
corwivcncia c da socicdacle dos homc.m: possui, scm sombra de duvidn, um valot· pcrcnc. 0 ponto principaJ dcss.:;1 doutl'i na C! <1t1c <:ad:t u m dos homcns constitui ncccs..~ariamcnte o funclamcnto, .r. c~msa (' o rim de totlas .n~ ir"ISti• tuic&s sociais : eada um clos ho• mcns, cnquanto s[to por natm·c:,,..n sociavcis c sc acham c1cvados i,qucla otdcm quc sobrcpuja a na.turcza c lhc C supcrio1·. D cstc i mportanli$.5,imo 1winc1p10 quc pc.rmitc ä di{!nicladc sngradn da pcssoa humana nJi r mar-sc c dcrcnclcr-sc. a S,anta lgrcja. ncstcs ultimos ccm anos de moclo rarticu1nr, utilizan do-s.c dos traba1hos de Saccrdotcs c l cigos muilo douto::-, dc cluziu cl:n·amcnte uma doutrina socinl. segundo a qua l sc ordcnam as rcJac:<ks r cci1>rocas entre os homcns. tcndo en, vi sta 1wincipalmcntc as n orm as gcra is c6nformcs nalureza das coisa.s c As divcrsas condi('öes da socicdaclc human a. como tambCm l, indolc de nosso 1:cm po : 1>0r cste rnotivo. J')Odc cs.~a doutrina scr ar,to• vada por todos. Todavia. hojc, mais clo quc- nunca. C de t oda ncccssidade quc cssa cloutrina ~cj:.-1 näo apenas conhceida c mcditada. mas tambt?m POSta cm praf ica na mcdid:i. c pclo modo que as vad aclas condicOc:-: do~ tcmpos c dos 1ugarcs cornpor tar<:m ou cxi „ gircm. Arduo comctimcnto. si m, mas gran dioso. Exor tamos ö sua rl>alizatäo nfio :-:6 Nossos Jrmäos e f il hos cspa l hados pel o m undo. mas
a
:i.incla todos os hom ens scnsatos.
INSTRU<:ÄO Antcs de tudo. conrirrna m os quc a dou t ri na social prof<'ss.-:-da 1>el a Igreja Cato1ica näo sc J)Odc scpa1·ar <la con cc)')(lto de v ida c1uc E:la transmitc. Por csta razao. dcscjamos viva. mentc quc csta doulrinu scja cucla vcz m ais cstudacla. Jl:m primefro luga.r, cxort amos a que seja cnsinada, como rnatcl'ia obtip;.atoa·ia, n as escolas calolicas de qu:tlqucr grau, ma.s sobrctudo nos Scminariosi cmM bo1·a j.6 sa ibamos quc cn, vad os dcstcs estabcl cci mcntos. dcs<lc algum tcmpo, os jovcns a cstuclam com ardor. Peclimos ninda quc csta doutl"ina social seji, acrcsccn tada ao i ndicc das matcl'ias a·cligios.,s nas q uais as p.aroquias ou assoeiac;öcs de nPoSlot.a.do dos lcigos instrucm scus mcmhros : scja divulgada por todos os modos atualmen tc cmpr·c• gnclos. isto C'. pcln imr,rensa cot id iana ou pcl'iodica: clcp,ois. por )ivros destinados aos c r ud itos ou ao povo : cnfim , por t l'ansmissöes radio(onicas c de tclcvisfi.o. Para. quc a cloutrina socia I da lf;rcja Catolica sc torne cada vez m ais conhccida, julgnrnos Q\IC muito podcräo concorrcr os Nossos fi„ Jhos do 1aicato. sc n5o se conlcntarcm :.penas cm nprendt:"•ht c cm confon1·io:r a c1a a sua a<.'iio. mas cuidarcm com todo o zclo cm c1a1' a conh eccr aos outros a sua rorca. Estcjam todos p lcnamcn tc pcrsuadidos de jamais 1>0dcrcm dcm onslrar corn maior rwovci to a rct i <läo c cn cicncia clc:stn doutrina, do que provanclo scr cl a capaz de solucjonar os p rescntes problemas sociais. Por
~ Af01ICISMO cstc 1ncio vollar-sc ...~o pat'a cla os cspirilos quc hojc a combatcm po,· ignoa•f, .. ta; tnlvc-1. 1ncsmo acontcs;.a
quc l•stas pcssoas venhan1 haul'lr ,un pou<:o de sua lui.
1x,is sua tuz C a vc1·dadc; s~u fnn, a justi<,:a; sua ro~·c;,:n pnnc,pal, o
amor.
Portanlo, importa muitissirno que
Nossos filhos, a lCm de conhcccrem n doutri1'la socin l , scj~1m tambem <:duc~dos sociu lm.cntc.
Sc a cduca<;üo CJ'istü para ser complcta clcvc cstcnder-sc a todos o~ d cvcrcs de qualqucl' or<lcm c1uc
scjam, C c ntäo tambCm ncccssario quc os cl"istäos. cstirnulados por cla, con formcm sua ativicla<lc i\s <lia·ctriics da l g rcja. no tocantc aos pro• blcmas cconornicos c sociais. Porquanto. sc C coisa dificil po r si mcsma f)assar algo da idCia
a
rcaliia<:fto ~fctiva, mais a rduo sct·ä tc nta r 1>6r cm ohrtt a cloutl'ina so-
cial da Jgrcja Cat.oli<:«. Jsto r c~ulta de lrCs causas princi pais: o homcm tcm profu ndamc ntc arn1igaclo c m si o n mOl' irn0<lcrado (lc scus l)cns; cm nossos dias alastra-sc amp lnmentc na socic<ladc humana a <loutrina matca·ia lista; c. cnrim, niio C facil, por vczcs. pcr<:chcr cm concrclo. as cxigcncias da jus1 h:a. Assim scnclo. näo basta quc por uma tal eclue.acäo os homens apr·cndam, segundo a doutrina da T~a·cja, quc clc vc m agir cris tRmcntc 110 camf>O cconomico c soeial, mas C prcciso tambCm mostnu--lh~~ os mcios para c umpri1-cn, cstc seu clever.
TAREFA DAS ASSOCIA<;öES DE APOSTOLADO DOS LEIGOS J ulgr.mos nfto h astar cssa ccluca<,:üo, sc ao <$for<:o clo mcstre nfio sc juntcu- o t rabnlho do pro1wio aluno. c sc ü doul.rina tr~.u'lsmi lida näo se acrcsccnlax a a<,:Uo f\ guisa de cxpcriencia. Oo m csm o moclo quc, como di;,. o 1woverbio muito conhccido, n ing uCm nprcndc a gozat· bcm da li bcrdadc a nüo scr pc la Jibcrcladc 1,cm praticada, h urt1>0uco sabcrA nlguCm agil·. nns qucstöcs s.ocinis c cconomic:,s, clc ncordo com a doutrina c..1 to1ica. sc pcssoalmc1'llC niio a aplieor ncstcs dorninio~. Po1· estc motivo~ ncsta c-cluea(:i'l O granclc parlc d cvc cab<.'r its associa<;:ücs d edicad;1s :10 i,pos tolado dos lcigos, principalmcntc a', quclas cuja fina l iclaclc eshl cm inrorn,ar pcln lci Cl'islii tudo qu~nto clcve ser fcito no camr>0 cconomico c soeiaJ. Pois $cus n1cmb1·os poclem scrvi l'-SC de sua cx1)C1·ic ncia. ncssa matcrin parn rol'mm· mc lho r a si m csmos, pri ... rnciram cntc, c <1e1>0is aos jovcns, m1 pratiC(l clc t.-l is devca·cs. N5<> scr{1 :,rastnrmo-Nos rlo t,s. :mnto l<:'mh1·a.r quc a lodos. tanto nos poclc1-oso$ como aos h u m i1dcs, nfio sc r t, pos.sivcl de niodo .:i lg u1n srpar:u· do scnli<IO da vida. t.-l l corno o comm·ccndc a s.ihcdoria crisl5. :t vont:u.l c de mantc-1· a sobriNladc, bcm como de lOl('l·:-u- :1s coisas dul'(IS, pel,1 gra<--a de Deus. 1fojc. r,or~m. infclfamc nte, a busca dcscnfrcada dos 1>n\zci·cs dominou o ooroeäc> de näo poucos, quc cm IOt.i(I "' \lida nackt v{-em de mnis dcscjavcl <lo quc cobi('.:n- as rlcli• cias, s:tc:i:u· a sCdc de dclci1cs; de onclc sun:cm [-t1·avcs danos näo n1lC• n:1s ,,ara as alrn~s:. mns. scrn duvida. p~11·a os corpos. .M csmo para Qucrn sö considc1·a as for<,·as da na• turcza human~\, 6 evidente: quc C sol)io <- p1·ud<-nlc aquclc quc cm 1mlo sc comJ)Q1·1 a eom rnodcn'l~5o c rcprim(• os ~1X!titcs inferiores. Qucrn. cntilo. :i.wliia tuclo pcl.a lci divim,. cste na vcrdadc nilo ig non :l quc o J•:v~mgclho de Cris lo. a 1g-•·cja Catolica (lo a clis:ciplina ascctica t nulicion:d r<•ciurrcm dos crist5os quc clotnincm vigOl'oi,mmcnfc .-1s c-oncupis• cc-ncias c lotcrcm com singutar pacicncia os sofrirnentos da v ida . AICm de dm·cm ;·1 :1hn:1 um firme c cquilil)1·ndo <1ominio soln·c o COI'· J,O, cslas virludcs prof')()1·cionam ainda um poclrroso :.tuxilio para <1uc c xpicmos a pcna do J)CCaclo, do qu3J, com cxccGfio d e Cl'isto J esus c de
Jmacul3cl3,
lugarcs.
Costuma-sc dcsig nnr cstcs
trCs g1·aus ('>Clas palavrtts : "ver. jul•
Contudo, nfto bnstn c:q)Or os prcccitos 1'0Ciais. mas C p1·cci:-o n1)licl1.-los de rato. Jsto muito bcm sc aplica U doutrina social cla lgr<:ja,
:ma Mäc
nalmcnlc, cstabcltcc„sc o quc sc padc c o quc sc clcvc fazcr a fim de quc as normas daclas possa.m scr aplicaclas cOnrormc os tcmpos c os
ni11guCm
C
in11mc.
SUGESTöES PRATICAS As p1'cscri<:6cs da clouh·i ntt social s..;o lcvadns a c rcito, "m gc1·a1. ;:1traves dos I rC's ga•au~ scguintcs; 1wimciro. cstuda-sc qunl .t\ vcrdadeira sit.ua('fto das coisas; cm scguida,
comparu-sc cuidados..;-.mcntc o estndo das <..'Oisas com as pl'escri<:öcs; fi -
gnr c ugi r' '. Scri, , pois, de g randc vantagcm quc os jovcns rc rritam sObl'c csta ordcm de cxccutfto c. mais ai nda, quc, quanto possivcl, a praliquern ncstu matcria; nfio aeonlc<;a pcnsarcm quc bnsta tcr cm mcntc as pcscric;öcs aprcndidas. scm pö-las igua.lmcntc cm pr:,ilica. Na ocasiäo. po1·6m, de aplicar os prcccitos. 1)0ssivcJ. por vc zes, quc atC catolit.-os sinecros a.dotcrn scn• tcn~as divergentes. O nclc ·teil sc der, hi:tia cm uns c out1,os a pl'eocupac;äo de guardar c de t cstc~mu nhar mutua cstima c considc1·:.l tf,o. c p1·0• eurem com diJigcncia os pontos cm quc podem concordar c colaborar, a fim d e .fazc1·cm OJ)Orlunamentc aquilo quc a ncccssidadc c x igir d cles. Cuidcm com o maximo c.mpc• nho cm nfto gastm· HS for<:as em frequentes discussöcs. nc m, a prctc xto de <Juca-cr o c1uc lhcs: parccc o oti1no. dcixem ~c.apar aquilo quc l'eaJmcntc sc podcria c. poi'tanto,
e
sc clcvcria fa zcr. Os Ctl.lOlicos, nn CXCCu(:fiO de cncargos r c lat.ivos ao camr,o cconomico ou socia1, näo r aro so c nconlra m com pcs.soas quc tCm outa·a conceJ)täo Quando isto acontcccl'. aquclcs quc sc prorcssan1 cntolicos cstcjarn atcntos com g rande vig ih.\n• cia a sc mantercm sempre cocrcntcs consigo mcsmos. c a nfto clc-sccrcm a col1ccs$öcs c1ue r cp1·c:,;cnrr,m aJgum prcjuizo f1 intcgridadc da Rc ligiäo ou da m or al . No c nta n lo. moslrcm-:c;.c,, ig ua lmcnlc, solicitos cm acolhcr de boa-vontadc o mu·cccl· dos outros, scrn .-e rcrir tudo l:l.OS. proprios inlcrcsscs. c cstcjam pronlos a r calizar com conria nca c uniäo de fo1'cas o <1uc rör bon, poa· sua nalurcza. ou pc lo m cno$ rcdulivc l no bcm. Mn::.. $C acontcccr quc a Hicrarquia Eclcsiastica pr<'sc rcva ou clccrc te algo sob1·c n qucslfto, C claro quc cla dcvc sca· obcdccidu f1 l'isca. Pois, por d ireito c poi- clever, a lt:rC"ja tcm cl~ ni'10 s<> gum·cla r os principios at.inc ntcs Rcligiäo e !t intcgridade dos costmncs, mas tambC'm. coan tocla a autoricla<'lc, p ro• nuncia r scntctw"s rclativas i1 aplida
vida.
a
catäo clos: mcsmos.
A<_;:ÄO MULTIPLICE E RESPONSABILIDADE Nflo h {1 duvida de que as prcsci·itöcs por NOs da das a rc:spc i to da cduca('fa.o dcvcrn ser postas cm 1>1·.atic..1. Coisa quc compctc principalmcntc a Nossos filhos do Jaicalo, j U quc c-lcs sc ocu1>am gcralmcnto cm a tivi<fadcs t cn,porais ou na cria-
t lto de inslituico,öcs com clas t·cla• cionadas. No cxc1·cicio dcssa digna m iss5o, sejam os lcigos pcrito:- cm scus tr.nhalhos p1·ofissionais ~ c.rnprc~ucm. toda .a indllstl·ia cm agil' scgundo as mclhorcs not·ma:-;, mas t--obrctuclo conforrncm a sua alividadc aos prc-coilos c no rmas (1a Tgreja cm mntcri:, ~ociaf. Conricm sinccramcntc na ~:.hccforia dEla c ob«lcc:am como rilhos ;_\s su.:ts cxol'tntöcs. Considcrctn ,Hcnt:im("ntc quc, sc n5.o ohservm·cm dilii;:e,ntcm<'ntc cm ~ua u("ftO os J"ll'in<:i11ios c as normas dacfas cm
m:,tcri" :i.oci.al P<'ln Jga·cja. c ])01' N()s confinnacl:.ls, poclC'räo chcfFU' a <l<'SJll'Czar dcvcrcs c. muitas vczes, a lcsa1· os dircitos alhcios. c il· ao po nto de clcixn,· :wrc rcccr -s:c a con• fi(ln<-,a nc-ssa doutrin.:i, quc cnt.iio sc considcraria 01 ima cm si, mas i mr,otcntc para dil'igir a a('flo.
UM GRAVE PERIGO Como j{, acima disscrnos. muitos cm no:-so.s <lia.s t&m pc.1-sc1·utado cm maiOl' cxl<'nsäo c profmtdezu as leis da nalurc~..l. i11vcnt.:1do ap:lrclhos ()lW Sll hmclc.m a SCII Jl0dc1· as for• (:as natuJ"nis. r caliza<lo r~u;anhas :.tdmirnvcis, q uc viio semp1·c l'C~timlo. Contuc.lo. pi-ocm·aitdo domim11· :.l~ ooisas rnatel"inis c tr:msforn u.i..las. cor• l'<'lll o risco d e dcixm· de laclo, ncgligcntcmcntc, a si mcsmos, c de csgota1· us cnci-gius clo ~C!t1 corpo c <la sua alma. Nosso Prcdccessor P io xr. de rcJi½ 1·ccords.1(.'.iio. j(l o ;:tdvcrtia c-0m t:;1·<.1 ndc lristczu ntt Enc ic lict1 1'Quadr.:1gcsimo Anno", c assim sc qucixava: "AtC o ti·ab~lho corporal q uc a f)ivina Proviclcncia. mcsmo d cmois do pecado origin:-1I.
estabclccc1·:1 dcvcr sei· exercido para o bcm tanto do con)O como da alma.
sc convcrtc, aqui <' ;;ili. cm instru„ mento de pcrvc1'Säo: isto C, a ma-
tc1·ia inert~ sa i cnohrccida cJ:.t oricina, c nqu::mto os homc ns ai sc cor-
rompcm c avillam" (A.A.S. XXllf, 1931, p . 221 $.}. T am))Cm Nosso Prodecc-ssor P io xr r, de g ratn mcmoria. com ra;,.flo
* dizia quc nossa cpoca sc distingu c das d cmals pelo imcnso prog r csso da cicncia c da tccnica de um lado c. de ouli-o. pclo csq uec.imcnto, r,or p;lrlc clo~ homens, do scnso de s ua pl'Opria dign i<laclc. 1~ ca1·actet•istico da nossa cpoca. " aquclc complcto c monstruoso resul~'lc1o, isto C. quc o homcm ~c tornou um giganle ntt ordem natural, mas na or<lcm sobrcnatUi·al c ctcrna sc tl'.:tnsror·mou cm pigm cu" (Radiomenst1gcm da Vjgi•
lia do Nnt:il de 1953; cfr. J\.A.S. Xl-Vl, p. 10). J•:m nossos dias acontecc cm grandcs pror>OL'(:Ocs o quc a ril'mavu o Salmista sob\'c os adoradorcs etc fa lsos clcuscs, a sabca·, quc os homcns, quando agcm, csqucccm-sc de si mcsmos c admiram tanto suas obr.as. quc as ador.am corno idolos : "Scus idolos säo de prata c O\ll'O, ohras d as mäos clos homens" (SI. 113, 1 ) .
RECONHECIMENTO E RESPEITO DA HIERARQUIA DE VALORES J:>or i slo. impcHdo pc]o zcl o pastoral com quc abrangcmos todos os homc ns. cxortamos com vccme nc ia Nos~os fil hos a que, Ctl(JUanto CXCl'ccm scus o ficios e sc cmpc nhnm cm alcan~nr o fim visado, ni°lo consintam cm que a conscicncia dos cleveres $C lhcs cnlorpc(.:a, n cm sc l hcs oblitc rc n hicral'{1uia dos valorcs. (.; e laro como a luz clo clia q uc a Jgrcja sempre cnsinou c ainclu cnsi na quc o dcsenvolvimcnto <las cicncias c das tecnicas c a rwospcriclaclc dai rcsultantc siio coisas boas crn si mcsmas. e dcvcm scr aprceia.das como indieios de <lcscnvolvimento <la ci vili;,.a(.·fio. "Mas igual• m cntc cnsinn a lg 1·cja quc a rcspeito dcsscs bcns sc dcvc fazcr um j u i zo scgundo a vcrdndcir<• nalurc:,..a <lclcs : n sabcr, quc c lcs csläo entre os. inst n1me n to~ ulili7.aclos pcl o ho• mcm pan\, de modo mais ericaz. alc.an(;ar um fim sur>e•·ior. islo C, s>nra quc mais facilmcntc ~c 1>ossa tonmr mclhor, scjn na onlem ein naturcza, scj a na ordcm solH'cnatural. Por isso dcscjamos quc cm todo tcmoo rcssocrn aos o uvidos <lc Nos• SO$ f i l hos: US palaVl'll$ do Divino Mcstrc quc ndvcrlc: "Que aclian t ant ao homcrn lnCl'(n' O t1fli \lC l':-iO intcito. SC vic:r u sofret· dcll'imcnto cm sua alma·! Ou quc d<1r ft o homr m cm t roc~ de sua alma? '' ( Mat. 16. 26) .
SANTIFICA<_;:ÄO DOS DIAS DE GUARDA Estas aclve1·tc ncias, como sc vC. cstiio bcm l)l'O.\:irnas ct:;1qucl;l quc p1·csc1·cvc o dcscanso nos diax de
dos os homens, scj am govcrnnntc ~, c mprcgadol'CS ou t1·ubalhadol'<:S, nclvertimos, como quc com as pl'oprias palavrus de .Deus, quc obscrvcm cstc ptcceito da ctcrna Majcstade c d a lgreja Catolica c cstcjmn convictos d e quc tcräo de pr<.•star contns dclc .a Deus c ~l socicdadc humana.
RENOV ADO EMPENHO M"s, daquilo a quc ac.nhamos de al uclir s ucintamc rilc. nfto viio ulguns de Nossos filhos, c pl'inc ip(,lmcntc os lcigos, deduzir quc agcm com prudc ncia sc sc c ntrC'gam <.'Om m c• 1101· cmpcnho a a tw:11· c ristfüne1,tc n as coisas c.lcslu vi<la passagc ira; b cm ao con l rario, rcafirmnmo:-. quc C scu c.lCVCI' d cdiC(ll'~SC a isso com intCnsidudc sempre mnior. Oe fato, C1·isto Senhor, ao pr·onunciar a solcr1c orn<:äo pcla unidadc de sua Tgreja. pcdiu ao Pai para scu~ disci1n1 los csta g raca : "Niio rogo quc os tireis cto mundo, mas <tue os gu.:wdeis clo mal" (Jo. 17, 15). N i ng11Crn irnagiuc in<:om; i. dcradan1cntc ciuc sc opöcm cstas d uns cois~s quc, uo con t 1·:tl'io. J)()d cm pcrrcitarncnte se ajustal'. a s.a• her. a pc rrc i(.·üo ch.1 al ma c os nc• gocios da vida pl'cscntc, como sc rosse obl"igntorio ofust ur -sc clas obras da vida mortal para tcn<lcr ;', prorwia pe1•fci('äo c•·islfl. ou oao rosse ahsolulam cntc J>O~sivcl d cclic.ar-sc n tnis nt\gocios sem q uc a dignidacle propria ao hornen, c ao cristfto corrcssc pcrigo. · Ao invC:•s, concordn p lcnamcn tc com os dcsignios du Ptovidcncin de Deus quc os homcns sc :tpcdci(:ocm mediantc o trabalho cotiditu10 quc, ,~a qunsc totnlid:tdc dos casos, con ecrnc äs cois..;,s <lcsta vida mortal. Po1· C'Slc molivo, hil a tunlmcntc pnra a Ig1·cja uma ,:tl'(hrn tarcfa: ordcn:.u- scr,untlo as normas humanas e cvangelicas a ci viJii'...'l<;'äo hodicrna. Nosso tcmpo, c lc 1>roprio. espen \ quc a· 1grcja sc cl<-scmpcnhc dcss,1 tnrcfa, pnrccc mcsmo dcsejU.Jo com ardcntiS$imos votos. niio sö pnra ttl• c.nn<;cn- a me ta c.zlcstc. mas pa n1, pör cm scgm·an~a suas• conquistas, scm pl'cjuizo 1>ar:, si. Para cstc intcnto. como jU <lisscmos, a Igr·cja. $Olici La a ujudn dos leigos, clc moclo 1>urticu1.;w, os <1uais, ()()l' is.-.o. dcvem cxc rce r swl a tivid.idc na c-xpcdi<:äo dos ncgocios tc1·1·cnos de tal forma quc, pt'cstando nuxilio n ou tros. o faeum unidos de cora(."iio a Dem~ poa· C1·islo, c na inlc n(:i'to de glorifica r a l)cus. como orclcnou o AJ)Ostolo Säo Pau lo: "Quer coma is. c1ucr bcbais:, o c1uc quer quc fizcrdc$, fa. zci 1uclo panl a g lori{t de Den::-" (1 Co>·. JO, :Jl) . F. cm outro lugal': "Tudo o QUC rizca·des cm p:.1 lavra ou n<:5o. ludo fa½ci cm nomc do Senhor Jc.sus Cristo. d ando g ra<:.:.s ,, Deus c Pai r,or F:lc" (Col. :i. 17). 4
rcsta.
A fim d e clc(cndc1· H dignidadc quc 01·m1 <> homcm 1>0r Lcr :,ido c a·iado r>or Deus e [)01' t('1· uma a lma fo1·rnada .1. im~,gcm de Dcu~. ü lgr~• ja C~•tolica scmpl'C or<lcnou quc o tcrcciro man<lamento do Occ:\ logo: " l..cmbra-tc de santi ficm· o dia de :,;.:tbt1do" <r-:~odo 20. 8) , rosse cliligcnte mc ntc ohscl'vado por todos. Deus tcm o clircilo e o podcL· <lc oa·dcmw ;to homcm c1uc consa,g1·c eada sclimo d iu a ltibut::i•· ü Mujcstadc Oi vina o cul1o juslo c dl"v ido; .a <.•1·guc1· o cspia•i to, pondo de ~l~ prcOCUP3('ÖCS cot idi:i.11~1$, para os bcn~ cclcst cs: a pcrscru11')r o in t i rno <la conscicncia a nm de subc1· cm quc cstado sc acham as suns ncccs.sn1:ias c inviolavcis rcJa„
p:ll'lC
Q<>es com Dcus.
T cm tamh<!m o homem o dia·cito c a ncccssidadc de intCl'l'Omp<.'l ' por al~mn tc•mr>O o 1.1·aba lho. näo sö para 1·cl;:ix;;1r as fo1·<,:ns do cor,>0 (lo duro cxcrcicio dr. todos os clias c pcrmitir -.lo c.spi 1·ito u m justo dC$.· c~tnso. mas ainda pan1 clc,.'(licar-sc i1 unirio cla sua fa milia. a qual cxigc clc todos os mi'mbros quc m antcnham um frequente contacto c wna convivrneia scrcna. r.:. pois mna cxi~C'nCia comum ctn
Rcli~iäo. dos pi·cc<'ilos monlis c <lo cuidndo com a s::uutc. quc hnja :• scu tfmpo a lgwn dcscnnoo. A lgrcja C.a1olica jä h~t m ui tos o;:cculos clct crmi nou quc os fiCis guardasscm cstc Ja.zcr no domingo c a~is tis.,<;cm ncs1c di:,1 {l() Sacrificio Eucal'istioo quc rcnov:1 :l memoria d" divina ncdc-n<:flo, ao mcsmo tcmpo quc con-
ccde scus rrutos fo• ~•lmns. T odavia. com rwof uncla dor rc paramos e n5.o podcmos clcixar cle rcprov:u· c1uc mui tos. tnlvci scm aber. ta i nt c ncäo de inrr inr:ir cst(I santa lci . no cnt a11to <kla sc .afasti1 m com frequcncia cada v('z maior. Com isto. como que Hl'CCssal'i~n1cnt·c, Nossos carissimos tn,halhaclorc$ sofrem prcjuizo. tanlo cm t cla(!äO it salvu<;äo da alma como Sfnu lc do co1·po. Por conscguintc. atcndc ndo ao bcm das almas c dos co1•po!-;, a tO•
a
MAJOR EFICIENCIA NAS A TIVIDADES TEMPORAIS Qu~ndo .ns alividndcs c institui-
c;öcs hum;uws i·clalivas !ts cohws dcsla vida !avor ccern t.ornbCm o apcrfcic;o:uncn to dn alma c u ctcrna hem -avc11turan(·a do homcm. cn täo
sc torna maior sua c ricicncia para
obtc1· o rim cspccifico c im<.-cliato a quc 1.cndcm por sutt mcs:ma twtm·cis.L Na vcrcladc, valc 1n,n1 lo<lo tcmpü a lurninos~1 sC'ntcn<,:a do D i vino Mcslrc : " ßusc::ii primci1·0 o Rcino tlc- DN1s <• sua justi<;a, c t udo o n1ais vos scn\ dado p0t· acrcscirno'' <Mal. 6, 33>. Pois qucm sc tol'nou "h1~ no Senhor" ( Ef. 5, 8) c ·'t.:<-mu, filho da luz" (cfr. i b:d.) carni11h.=1, cstc cc1·tnmcntc pc1·cc hc poi· um juizo mnis scguro o quc
SC h(t tl~ fa%('t' :;cgundo OS pn~cci1OS da justl<;~1 nos divc,·sos c:nnpos da ativiclaclc hu m:ma, c ::itC naquclc.$
erieados clc n,aio1-c-s <lificuldndcs r,clo amor imodca·ado. quc a muito:5 min~,. pclos srus. pcln pah·ia ou pcla r~•ea. J\<:rcse<-ntc-sc ninda que qucin C condu;r,ido pc la c:u·ic1;1de c-1·is15. nflO podcnclo <1d xa r cl(' a 111:u· o~ ou ll-Os. considcra como ::-uas ns nccr!--sidfl• d<"S, os .sofri mcnios ~ ;ts alcg1•h1s dcles; c sua a<;äo. cm q113 lqucr ambito quc sc conc.r~ti7.c. C firm<', nie• itrc, plename,nte lnnn~ma c 3tcnta aos intc1·csscs clos outros. po is ·•a Cül'icladc C p:1cicntc. C bcnignu : f.l
caricladc ntto C invc-josa. ntto ~c ufa-
n~. näo se cnsnlX'rbc<:c, näo C (H"ll· hicios~,. nfio husca os scus p1"0prios
inte rcsses. näo S<' h·rit,1. näo ~us1>eHa mal . nüo folgtt <:om a injustic:a. mas folga, com a vcr<ladc : ludo sui,orta. turlo ca·C. tucfo c:,:;1>eri1, 1uclo s:ofrc'' (1 Cor. 13, 4-il.
MEMBROS VIVOS 00 CORPO MISTICO DE CRISTO Mas n~o qucrcn,os t.c1·minar esta Nossa Enciclica sc.m vos rcco,·dar. Vcnct·avcis Irmfios, aqucla gravissima c cap i U1I vcrdadc da cloulrina
catolica : somos me mb ros vivos do Co1·po M istico de Jesus Crislo, quc C a lg reja : "l>oa·c1uc assim como o corpo C nm e tcm muitos tnc r'l"ll)l'OS, mas todos os mc.mbt-O$ do corpo, cmbora scjam muilos, säo contullo um sc'> co1·po, ns..;:im ttunbCm C Cris-
to" Cl Cor. J2, J2J. Por iss.o cxm·tamos insist~ntcmcn• tc Nossos filhos de todo o m unclo, pc1·tc nccntes (10 Clca·o ou ao laic.a lo, n ~c corwcmcercm ein gi-~nclc nob1-e• Y.a c dig nidt1dc <1uc lhcs vcm clc cstarc m uni<los a ,J c~us C r isto como ramos ~l viclcirn: ''F:11 sou a vidcira c v6s os ramos'' (Jo. l5. 5). c de r,o<icrcm pa rticipar da proprin vi<la d'Elc. E m vistn disso. quanclo os fiCis cxcrccm s,ws a lividadcs tcm• f)Ornis profundamcnlc unidm~ ao Snntis.c:imo H.cdcntor, o ln,ba lho dclcs sc t01·1Ht como a continm-1<,:iio do trabalho de Jts:us C risto, pe1'ClnHIO de sua for(!a c virtuclc 1·cclcntorn: j,O quc pcrmanccc cm Mim c Eu ncl c, cslc dfl muito frulo"' Obi<I.) . A ss.im o trabaJho humano d e tnl modo sc e:lc va c sc c nobrccc. q uc condu;,. para <t p.crfci<·üo ein nlma aquclcs quc o cxcrccm. C pode con• t r ibuir p.ara cstcnclcr c d ifundia· os frulos cla R.C"d<'n~iio clr J f"::-us C risto. Oai tomhCm dceorrc <1uc o~ prcceitos crif-tl1os. como fcrmcnto cvangcl ico. 1>cnc1rcm as vcins da socic• <lade civil c m <1uc vivc mos c tl'a-
1:>alhamos. F.mborc1 r c<:onhcc;amos cslar o nosso scculo penctnulo clc c-r ro~ grn•
vissimos c agitado po1· ctcsordcns prorumlas. acontccc no c nta nto Quc cm n ossa cpoca sc nprcscnwm a os opc~ r.arios cla l g rcja i mcnsos eAmpos clo h·nhnlho npostolico. quc <lfio g1·andc cspcranc;a fo; nossas alma.$:.
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Vc nc ruvc is }l'müo::. c caros (ilhos. a partir <los sublimes cnsinnmcntos du F:nciclica clc Lcäo XI 1( conside• t amos convosco os varios c gravC!s 1>1·oblcmus .at incntcs it vida soci.i 1 contcmporanca : d:ili dc.•duzimos nor• nuls c pr<.-ccitos <1uc vos c xorttunos insislcntcmcntc, niio sb a mcclitar, mas tambCm a l1'(1ba lhar pa f'« c1uc s<-'jam rc:tlizados. Sc cuda u m d e vOs entrcgru·-sc animosmncntc a csw ol>ra. i~so t1iio oodc dc ixat· de $Cr um grandc auxilio pa1·a o cstahc lcclmc11to do Rcino de Cristo nn tcrra : " Rcino de vcnladc e de vida, rcino de: ~nntidaclc c de gl'U<:a. t·cino de justi('a, de amor e d e puz" (Prc„ facio cla F'esta de Cristo He i) . do qunl um cfü., cmigr:trcmos paa·a aquc• la bcm-nvcnturan<;a cclc::.te para a <1ua1 Deus nos criou c c1uc a rdcntcmen tc clcscj,, mos. 'l'ral.a-sc da dou trina da Igreja Catolica c Aposto lica. 1\1.ä c o Mcst ra de toclas as ntl <;öcs. cuja hrz ilumina, i nccndcia c infl~Hn{l ; <:uja voi admocst.:.)dOr;), chcia de ss.1bcdo• 1·ia cclc~tc, rw.-i-1cnc<' a todos os lcmpos; C\1ju virludc scmpi-c ofcrccc 1·cmcclios täo eficazcs e adapU1dos .:As c1·cscentcs n<-cx:s~id~•dcs dos hom cns. t1s :mgust ias <' unsicdmlcs dcs1n vi<la mortal. Com cs1 a \107. sc hannoni;,.a de modo adminwcJ aquc• l.:.i ptllavna do Salrnisw, quc i11<.:C~• santcmcn1c fortalecc c clcv~t nossas .almas; ,;Ouvirci o quc o Scnhol· diz: S('ll1 cluvidil fa}a ct-c pm~ ao Sl'll l>OVO c aos scus santos c ttquctcs quc <lc conH:5o sc vol t:.-u n p.:.ll't1 E ie. Sim, a !$t1a s:1.lvs.1('50 cst ;'l P<'a:to dos qu<' o tcmcm. :1 nm cl<' qur- ra glori:-t habitc cm nossa tCl'l'a. A miscriconlia c a riclclicfadc sc cncont a·:i.1·m11 juntas, a jusli('a c a paY. sc~ osc.:ulal'.;;im. A fi<1cliclaclc gcnnin:\r:'l da tcrra t~ a justi('a o lh:trU do i:11to do CCu. T :nnhCm o Senhor clarä o hcm c a nossa terl'!l produzinl o scu frul(). A justi('a ir[t ildhtnlC d Elc, c a salva<:äo pclo c:uninho de scus passos" ($1. 84, 9 s.s.). 'E..-;tcs s5o os votos, Vcnc1·avcis h·miios, quc fazcmos ao conc1u ii- ('Sto
Enciclica, ~t qual
PQI'
muito tc mJ>O
dcdicmn os a ~olicitu<lr quc tcmos r>cla l Ar<'j:.1 UnivN-snl ; clcscjamos que o D ivino Rccl<-ntor <los hon,cns, " quc foi fcito por Dc.~us sabcdorin
1xw:i n6s c justi<-a. c sanlifica<:äo. c r<~lcn~iio" CI Co,·. 1. 30), l'cino c t1·iunfc :itravC~ <los $:QCulos. cm todos c sohr c toda...-. as coh;as; dCSC• j:llllOS l :lmbc'~n q uc. ('st:1hc1ceid;, a rcta ordcm soci.:t 1, t odas as nntöc~ ~OZ<'m. fin.:ilmcntc. de 1wos1:><'ricl:.ulc. de a lcgria c <le pnz.
Scja au~picio dcstcs votos c nc· nhor ,1c Nos&"\ patci-ntt l bcncvolc nCi3. a l3cneäo Apostolica c1uc de coi·.u:äo conce<lcmos no Senhor. a V6s. Vtncravcii:- Tnnäoi::;, c a todo~ os fiCis Cr)trcgucs aos vossos c uida dos. s:ohrcludo bquclcs quc corrC'S· 1>0n<lc rcm de boa vontade a csta Nossa cxortac;;fw. Dada cm Roma. junto de S5o Pedro. no dia 15 etc maio do ano
de 1961, tcrccil·o de Nosso Ponlificado. JO ANNES PP. XXTII
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Flagrantes da crise de setembro ultimo: soldados, blo-
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A PROPOSITO DA CRISE BRASILE IRA: UM CiRANDE IDEAL E SUA· COHTRAFACAO »
queando a rodovia BR-2, leem
. Plinio Correa de Oliveira
as ultimas noticias politicas;
(pagina 2)
de cassetete em punho, a poli-
cia dissolve uma manifesta<;ao popular; fuzileiros navais desembarca1n
em
lmbituba,
Estado de Santa Catarina.
"OATOLIO!SMO e 1t11i joi·nal admi.ravel que deve set
Zido pelos portugueses, e sobrettulo veia juventude de
OUTUBRO DE 1961 NUMERO 130 ANO XI •
nossa terra", -
deciara S. A. R. o Duqite de Bra-
gant;a, Ohefe da Oasa Real Port11,g1i,esa, em entrevista conced'ida a esta folh<i (pag. 4-5).
A UM
PRO PO SI TO D A C RI SE B RA S I LEI RA: GRANDE IDEAL E SUA CONTRAFACÄO PLINIO CORREA DE OLIVEIRA
A
alual ct'is<." l>rnsilcil'a podc ser considc• rada orn pr ofundidndcs di(c r cntcs, E:nu-
mc rcm<>•las surnariamc ntc, pnra cseo• lhcr aqucln cm quc no:; vamos rixar.
CRISE PARTIDARJA E CRISE INSTITUCIONAL
E
LA pod~. antes de tudo. scr visln -
<'
6 c~te ~cu as1'>C<:to rnais su pcrficinl com o c pi$odic> de umn lula entre cqui• pes politicas difer c nw,~. A UDN. vitoriosn C()m a clci<,;:io do Sr. Janio Qonch·os. tcrin s-ofrido um~t. «rcvanchc» da parlc do PSD c
do P"l'B coligados. que $OUbc ram uLiliY .nr habilmc nt<.- ns conscquc ncias dn 1·c nuncia prcsitlc ncial pnt·a rccur.crnr sua anliga prc1)onde rnncin. Dnqui r•or diantc, ll'lll{l-SC de sahcr clc quc mancirn prosscguir(t a lula entre esse::. b1ocof: po1iticos Ol)Ostos. Sc bcm quc ~·m oticn sc parc<;a tc1·1·ivclmc1\l,e com a dos torccdorcs de fute bol, nüo ~ r,odc ncgar quc. dcntro clu.s c-0r1di<;()e$ do rcgime vigcnlc. cla tcm certa rar..ito de ser. Po1'6m. n5o C da tcmntica quc sc divisa. dcssc ang ulo, quc no prcscnte arti.go nos vamos ocu1>iu·. Outro ttSpecto quc a crisc ntual ntcrece. e ao qual nüo sc clc ve ncgar mnis profundi• dade. C a subslilui<;i'io do prcsidcncialismo pclo parlamentarismo. Näo hä duvida de quc. em c.ircuns t.ancias dadas. Pode cxcrcer alg-u„ ma inrlue ncia na v ida do Pn.is n atribui<;ftO de uma maio r soma. de !un(.'.öcs no Lcgisla• tivo, ou ao F.xccutivo. Po1·6m. niio sc pode concedcr c\ anali.sc compnrativa das duas modalidadcs do sistema dcmocralico 1•cpresentnlivo n hnpot'lancia de um nspecto capital. Pois ns duvidas sobre ns modalidadcs de um r c,gim e sfto nc<:essariamcntc menos im1)ortan• tes cto que os quc sc suscitem sobrc o pro• prio rcgiinc. Assim, o pt·obtema «s>arlnmc"latismo - ptesidencialismo» ~ necessal"iamcn• tc me nos importnntc quc este outro: «.dcmocracia• ? 4
DEMOCRACIA, PALAVRA DE SENTIDO PLURJMO
D
O ponto de vista desta ullim:.l. qucstäo.
n cri",e brasneira comcc:a a pod e r sct· divisada cm sua verdadeira 1'llagnitu• de. E isto pcla ambig uidadc tremcnda que a r>ahwra tem no vocabulario corrc nte do Bra• sil hOdierno. Quc C democracia? Todos os parLidos politicos ora e xistc nles no Pais procuram rcivindicar para si o 1>rl• mado da «democraUcidadcJ.. E nisto pare• cen1, ~ prhnc h·u visla, cst.ar de oeon1o c ntrc si. l>clo menos quanto uo fim ultimo que vi• st,m, que scl'ia a conscrva(üo e o incl'cmcm10 dn dcmocracia no Brasil. M:;as, r>0r pouco <tue sc {lna1ise o ling uajar de nossos homens l)U• hlicos, C facil vcriricnr que eslcs cmprcgnm a palavra «d cmoc a·achu cm sentidos di(c rcn• tes e atC conll'aditorios ... E quc o dcsacordo cm que sc e ncontr-am a tal reSJ)Cito l! o sin• t.oma mai.s flag1·antc de l UdO quanto os dividc no l)lano ideo togico. Sea·in cn o nco 1)C1~:=:a.1· que cada partido t c m seu conceito de dc moc racia, lnfelizmc nte, o vazio ideotog ieo de ,,ossos pa1·tidos l:. tal, quc de ntro dele tCm cm·so ns mnis variadas inlc rp1·ct..'l<;Oes daquclc vocaboto mng·ico. As• sim, em toclos os partidos hli quem aplau<la c qucm cen sure a rcforma agraria confiscato• ria. sociatista c antiCl'ista. Os quc a apla\1• dem (OZC'm•no em nomc do ideal dcmocru • tico. cuja mais alta e xprcs$iio c~taria na lgualdadc econotnica e social. Os quc u ccn • sur am !a1,em„no cm nomc do mcS'missimo ideal. con.sidcrando que a dc moc racia con• sistc ern umn justa c 1woporcionada auto• nomin dos pnrticulaa:es (ace ao podcr publico. c vcndo na to tal subordinn(iio da vida rural ao Estado - c nisto da incvitavelmc nte o agro-rcCormismo - a supre ma negac:üo da dcmocraein. 0 quc C cntäo, no seu sentido hodie rno. «dcmoc1·acia.»? Outro cxempto: as rela~öcs do Brasil com o bloco sovietico. Cuha c a Jugoslavia. Na gencrali<ladc dos 1>artidos, h{l tanlo pl'Opugnadores quanto im• pugnadores da aproxima(fi-O com csses paiscs. Os pL·irnciros alegnm como argume nto a nc• cessidnde de sincronii.ar nossa. politica exlc• rior com o proccsso universal de democrali• i.at;5.o da humanidadc. Os oull'OS a rcjeit.am 1>01·quc näo qucJ·cm quc no~o Pah; se afaste do bloco das na~s dc mocraticas. l\lfais uma vez: o quc C entJo dcmoc1·acia? Se qualquer de nossos l)artido~ ditos de1nocraticos lives.,;e um ideal proprio e definido d e democracia, deve l'ia tcr sobre cstes e outt·os g randcs J)l'O• b1cmas uma posi<:;äo nitida e coesa, procuran• do atrall' OS adcplOS d e scu J>OlltO dC' vista, e
cxcl uh· cl<-- sun~ flltinu, os c~ue pcns.an, d .:modo oposto. Orn. (· 1u·cdsamcntc o conln\· rio (tUC' sc obscl·,·a. TO(los vCm c viurndo lO• rnar posi<;-:io o!icinl c ni nguVm pensa. cm C'X• cluir ninguCrn. A polavra ~dcmocracia• sei·• vc d<• isca nn..:; aguas 1u r vo~ da opi niäo pub1i• ca. Quanto ma is i~c.'ls, tnnto mai~ pcix<-s. Quant o mit.ior o num~ro d e ver.es cm quc ~" fala de dcmocracia, ttmto maim· o numt"t O de <-lcilore:s que s.,e, apnnha. F. par n quc a 1mta• vrn rna1,";i ca (lr-1'.<-m1,c:-r1h" c-m toda n am1,li• LUdo SCY r•npcl C llCC('S...~'lriO d cix{,.la ~m omhigun. Gr ila•sc clcmocrt1.c ia, " cndn qual n. e ntcnrle 1-cgundo :-<!us pt•cssu1)0Stos pl•R'-Onis. Estfl fis,::ado o c lcitOl·. Neste gcncro de atividadcs. o objClivo essential C o cxi t o polilico pcs:.,;;onl. E o rc~to 6 nnda. Dinntc d e tal Nnprcgo do palavl'a «dc1t10<:rncia-., atlora ä m cmoria o dito atl."ibuido a 'l'n.llc yrancl: flA pa• 1av1·a (oi duda ao horncm para. ocult..;'\1' !SCU pcnsnmcnto». mns a afinna<:i'io do fomoso d i• pJomata dcvc r ia :-er rctocada. parn s.e ujusl n1· a noss.n ren lidadc atua l : «A palavra foi dadn ao homcm pat·a oculta1· sua intein, falln dr pc nsnme n10». Rxe.m1)lificamo$ com i,artidof( politic.os. NUo pensamos porl!n'I quc lllcs eo.ib:,1 c> mon◊ · po1io d cs:t.a I rislc conf\1::-r,o. E la c mbebcu to• das as categ:ol'ias sociais. Nos discursos dos. parnnlnfos. n n.,,;; nulas, na imprcnsa. no radio. nn tclevi~lo. n ambig uidadc 1•cfere nte U dc mocrncia se notn com a maior (rcQ ue ncia.
QUEM LUCRA COM A CONFUSÄO? fah'IIYI c escrevcm. ä p1·oct1ra de um nnno. i\fas ncst~ nfü · todo:-: usam como ioslrumcnto nu'lximo de c xp1·e~-süo uma pa1nvra que atingiu o suprcmo g rau da ambiguidadc. 0 que dai se <leduz, scnfio ()\IC ninguem podc1·ä snir da conrusäo? Com isto, l<>dos 1>erdem . r::xccto, diria o Consclheiro Acncio, os quc lucn\m. F. qucm h1cra? Bcm cntendido, lucnun SO os c-01nuoista.,:; . .. e lue ram cnormemcnre. E. s:~ Juc1·am com isto, niio säo os au•
T
000S clif(c utcm,
tores disto? Par:'l. ui.t nfio lhes. Calta ne m a mn1icia req\1inladn, ne m os mc ios d~ manipuln<;äo subtil. t)odcro:m c ctcsalrnada dcssc «quid» ductil c inrtucnc iave l. que {;. :1 or>iniüo J)Ublico. A confusäo verbal. a eonfusäo mental. dcsnorteia um ndversario imcnsnmentc mais
pode roso. E e nquanto isto. os comunistas. minoria c,ocsa_. avantam silenciosnmente nas trcvas. c1j l>loco compacto.
ATE A PALAVRA " CRISTÄO'' SE TORNOU CONFUSA UAN'l"A dor. ~im. quanta e quanla dor sinto c m mc ve r obrigado a dir.e r que o mcsmo J')rocesso de dct.crio1·a<;äo a que: roi submc tido o suh$.l:.\ntivo «dcmo<:racia> atacou tamhC.m em n os.,~) ling uajru· politico uma das palav1·as mais prec isas c rnais nobre,s, o nrnis hc l o adjctivo quc jarnais lahios humanos ,tcnham pront.1nc iado: rcfiro -mc ao te rmo: ccrisläo». Em via de r_cgra, o adjetivo sofrc a.~ viclssit.udes do suhstanUvo com que costuma scr conjugado. mais ou menos como n csposa neomr>anh_a as do es1x>SO, Ora, In concr et o, um ime nso numcro de pessoas, dos mais diverses QUttd l'antcs politicos. quando usa o substanlivo «d<'moc racia» lhc ns:;ocia o t crmo cc rist...'lo:.. De ondc, como «democracia:r. l'l<>de sc r tudo. •c ri:=:tiio• C: um molho quc V~Li bem com os: p rato~ ,mais d i• vc rsos. Uns se r efercm a • dcmocr:)cia cris• tii» pn1·a tirur a «dcmocracia» um cca·lo cunho jncohino, bilioso, quase inccndiario, pal'a indicar que desejam uma a1)licac;-üo restrita c bc• nigna da I ri1ogia «liberdade. ig ualdadc. fra• lernidadc». Outros ~mpregam a mcsmissima cxprcs..~o para fazcr enlcnde t· quc o C ristianismo ncelta quc o u nlco critc rio da justita seja a igua1dade. E que, apaixon::tda pcln justi<;a. a consciencia cristä cxige as t·cformas 1nais 1·adicais para chegar no igualitarismo cornL>leto. Poucos, por~m, siio os que tomam as pala.vrns «democracia cristii» cm se u ver• da<leiro sigoificado. Assim, essa e:r<pressäo a que Le5o XIJJ ligou na Encic1ica «Crave.s de Conununi• um scntido t5.o claro, invariavclmcntc seguido por seu.s Sucessorcs, hoje foi transformnda nurn inSLl'umcnto suprcmo de confusäo. Pols esta atingc seu mais a l to g rau de noc ividade e mat icia quando l)C'nctra, 1>a11l- o eonspurcar c profanar. o terreno sac1-ossanto dos valores relig iosos.
Q
A VERDADEIRA DEMOCRACIA CRISTÄ
mc1llc dt-sejoso de .sc 11Hu1tc1· cat.olico. eomo ~ o hra:-.ilch·o.
SCR.EVE~U l ~ fiö XUr. nn li":nc~iclictt a <1t1C' aludlmos. c1ue. a dcmo-cracia cl'i:;lit nüo C unm formo de t:ovc rno. p◊( l c nd o ~er tanto n'lo11tu·quito. quanto arislocrntica. (lll:\lltO dcmoct·ntica. E in C O i cicttl da l'Cltl
COMO LUTAR CONTRA A CONFUSJ\O?
E
ord cnn<:5o ttos. assunlo~ atincntt:;: ao bcm eo• murn, c ntcndido c 1·cn1i:,-,..'\do scgundo os dilamcs da cl0\1trina c::itolic~,. Eis n,.,;; 1>alavras do Po,,tirice : « ... a dcmoc1·acia c ristü. peJo sio,. p lc~ fato de sc chamar Cl'i$ti't, ctcvc lmscar•sc, <·t>lnO em scu p1·oprio fundnme nto , no:; priu c:ipio~ que cslabclece u ((; divina, buscnndo clc, t nl nu'lncia·a c) he rn <los coq >0s. que niio dcixe de bu!-:cnr no mcs1,10 tcmpo a s.rmtifi• ca<:üo das almas. destinadas aos hc ns ctc1·no~. Na<la. 1,ortanto, d cvc ein antCJ)Ot' ii j usti<;a : mantcnhu cm sua i ntcgridndc o direito de n<lc1uirir e de possuir. ndmitindo a dislin<;5o de cla~sei-:, como co1·rcsponclc o.os Estndos hern con~tituidos: e tratc rim'llmc ntc de dar U eomunidaclc htnnana ttc1uc la forma t~ cnralcr quc condizcm com os plnnos do C1·inc1or. «<... > Tamb~m scrin ccnsurnvel c mt>reslar uo nomc de democn,cia cl'istU algum :,;cn• tido r>0lit ico. Pois, cmbora a pnlavrn demo• crncin, scgurtdo $ U8. e limologia c o uso dos filosoros. dcnote um rcgimc 1)0pular, 11Uo obstantc, nas presentes cil·eunst.ancias, tnl cx1>rcss5o se devc usar de preforcncia parn de• notal' essa. mesma neiio c l'istli. cm tavor do 1>0vo. vre:=:cindindo absolutamentc de toda acep<:.:io 1>0litica. Por(1ue. sendo os prcccitos naturais e os do Evangelho supc riores a toda.-. as vicissiLude!; h\lmana.s. de modo nc• nhom 1'>odcm dc1·, endcr d e Q\ULl qucr regiff1c civil, seniio quc n todo.'> clcvcm podcr· aeomodar•:;:c, contant.o c1ue nao cstcjam em C(>nfli• to com a honeslidadc e a justi<;a <.•. >. «Tambtm dcvc a ra.,:;tm·•sc dn id~itl de de• mC>eracia Cl'istä outa:o motivo de diseordia. qual sejn o de ocupar•s.c de tal mane ira com os Interesses das cl:\s:ses intcriores. <1ue se dcscuidem os das classes supel'iorcs <.,, ) ». E ntcndcr q,1e, pondo um rol.ulo critfio n. u,,, ideal liberal, ou u um ideal soclilh,1a, in• trinsecamcntc pior, sc coonc$ta ~ lu?. do dou1rina catolica o libc1·alismo o u o socinlismo. C e1To e vidente C' funestissimo. Pior 3buso da paJ~vra •<:ri:Hüo» ocorre quando uma 1>es.wa, pal'a csquivar•sc de dar uma c:...plicac:üo paro. co11c~itos o u a('<>es com q ue lcnha alarmado n opiniäo conscrvadora, alega. como unicn de:(csa. que t: 41.Cristä». 0 quc 6 mais ou me nos IIio absurdo quanto se nlg u~m. pnra se dcfende r de uma acusa('äO moral. n5o dis..~essc sim ncm n5o. mas se con• side rassc justificado sim1>lesm cntc corn a(irmnr: «sou cri~tao».
COMO FOI POSSIVEL EXPLORAR A PA LAVRA "CRISTÄO"
,,o
R!S1'/\0• . . . quc prc1c,to cncontrou o eonfusionisrno pnra o.husnr de tnl rnanc ira dcstc sagrnclo vocahulo? «Ser cristäo. c nsina•rms o Cutccismo. ~
se r balizado, crer c p1•_o(c$Sar a doul ri na c a lci de ,J esus Cristo». 0 1wotcstante, o cismatico podc ser ctis• täo sc- 1h.rer t ccebido o batismo, se c.rcr nos verdndcs essenciais de nossa. FC c pro(essnr a lei de J esus Cristo. Mas um e o uL1·0 serii \nn ca-h;tüo e.m estado anormal c de!cctivo. Mais ou m cnos como um hom e.m sc-m bra('os
e sein pc.rnas. Um homem podc nrto t,er hra<;os e per•
nas. scm dc i:...ar de ser home m. O Homcm tem braQOS c pernas. Assim, um cristüo podcr{l nüo scr catolico. l\lfas o crist.üo ~ c.ato• lico, nposl o lico e romano. Do !ato de que tamb~m os hercgC$ e cis• maticos sc 1>0dem dize r crist.äos, nasce u para a palavra «e1·lstüo» uma scr ie d e aplica~>es al>\lsivas c vagas. distiota$ do sign iCicado de «catolico» e atC OPOstas a ele. Dc~ejar um F.stado cristäo, ou uma lcgis1acäo cristä, ~. nesle diapasiio, dcscjar um Estodo acon.fos• sional . sel'>ar ado da lgreja, o u ligaclo igual• mente a Codas as igrejas. com umü lcgislatüo quc sc inspire em alguns grondes pdncipios evange1icos. mas que sc nCirme indifcrcnte e autonoma. Cace a toda. a dout r ina. socia l catolica considcl'ada como um bJoco homogeneo e i ndivisivcl. Assim aplicada. a palavra sc tor• na Cl uida c vaga, ideahnente pl"opria a sofrcr toda.s as viole ncias im1>0stas ao v~abulo c.d e moc\·aeia». E dcsse modo sc co,1seguc desnortear e l'Cduzir ao augc da confusäo de id~ias - J>on• to de partida de toda..i 8.$ outras conCusöes todo um r>0vo inte tigc nte, o rdeiro e si nccra•
A
NTF: L'1'la confus..iio. um dos dcvcl'cs f>l'i•
mo,·dltiis. quc a codos incumhcm, eC>nsistc cm cs.ctarecer. Oe quc rnUn(."irtt l)Odcm C>S l citOl'CS de c.Cal olid:=:mo> ,~ontdhuir pal'a t.al'! Sc n <:onfusi'io f d<.• idCins c clc l)Oh\vrn:=:. a a·t:::-peilo de dC"mocrneia t Cristiani:-:mo. e in :--6 vodc sei· dis:-i1lncla f>elo npostolMto das idCias c laras c das t>nlavras cl tit:ns. Poi· isto, C de sc rcefl· menda1· a maio1· ctm·c-1.n c m matct·io de «de• 1noc1-ucin Cl'is cü• . A dc mocracia cristii, no senticlo quc lhc <l"u L cfto X111, isto <·. de 01"<lcm tcn111or al c.·o nd\leentc ao bcm comum segundo a lci de Cl'isto. e desvinculada de qualqucr forma de govcn10 in couercto. C o ideal ncccs.-;ari<> da a<;üo t cm1:>0ral de todo catolieo. Mas C prcciso lc r o cuidado de, no c mpregar a e.:,q>rcssrto, (a1.C•IO em ta:1 scntido c c rn tnl conlc xto, quc jnmni:=: sc possa idc1Hi• fic{1•la com n.lgo quc l- o eontrnrio da ver• clndcil'a dc mocr aein. cl'istii. 0 que C cs.sc eontrario? f: a ot·dem tcmpora.1 .onticri~ti'1. Orn. scnclo atualmentc n manifcs ta<;Uo mais eat-e• gol'iea c mais aliciar'lte do ideal tc mr>0ral an• licristäo o comuoismo. s.e1·ia vcrdactcirome nte de bn\Clar ao Cl!u quc n cxpressUo «d cmoct·n• c it\ cristii:» sig ni(ica.-.se um comunismo vaga• mentc borriCndo de ngua bcnta. 0 adjctivo «cl'istfio» scrvirin e nttto de rotulo 1xu·a e nco• brir o pio.- dos contrabnndos idcologicos. ou s.cja, a a ccita<:i°lo da dcmocracia mat.edalista c revolucionaria como ideal politico dos rne ios cntollcos. A este 1woposito C nrcciso le mbl'ar sobre:• tudo a ncccssidnde de jamais usar n 1>alavrn «cristäo• cm tcma.-; tais. quc cla possa $Cl' intc1·prctadn eomo sinonimo de interconfessional, r,nncristüo, etc. «Cristiio• d cvc sou1· nili• clttmentc como «catolico». 0 ideal da dcmo• cl'acia cristä de Lciio X rn <: - c ntio podc·• a·ia deixur de scr um idc~I gcnui no. c 1>lcnomentc catolico. Como t{,l. esse ideal ni'to ~ su:scepl.ivcl de acomoda<;OCs vergonhosas, como a dn igre ja cismaticn quc na. Russia r,aetua corn o comu• nismo. ou a de certas scilas 1>rotcstantes quc accitam o socialismo. Se l' comunista e inco1·• 1-er cm cxcomunhäo„ como a1>0slala da f ~. dccretou o prante ado Pio xrr (decre to da Su• prcmn S. C. do S,;-anto Oficio, de 1.0 de julho de J949). Socialismo e Catolicisrno «säo te1·• mo~ contnulilorios», r>roclamou Pio xr <Encielica «Quaclragesiino Anno J>). Uma cdemoc racia <:risU"i «quc ~nda, ainda que de longe, r>nra o socialismo e o c:omunismo. ou quc de qualqucr forma lhcs fnc;a o jogo. nem I! dcmocracia. ncm C Cl'istä, no sc nlido de Lcuo XIII. Por isto mes,no, um ideal de mocl"istäo que inclua a rcfo rma ag1·:lrill. a r crorma in• dust.riol. ~ rcCormn Ul'hana c n re forma educacion::..I cm termos mais ou n-1eno.s Cidcl castristas, (: a pio1· c a mt,is c rucl iH.•gac;fro da dl'moc racia crist5.
* STAS considcl'a~öcs, cviderttemente, s6 poi· s i näo basta1n. Poi~ muitns outra....; provi<lcncias have:rin quc sugerir. ~1ns a mois essencial dclas e que fique be m elora para cada (iel a dislin<;.J.o c mais que isto a ~ntinomia enlre a democrncia crist;l e a de .. mocracia revolucionaria. Para adq uirir vcrdo.dciramcnte c lare1...'l c logica. nesta materia, C da malor importancia quc os lcitorcs de «CntoHcismoJ> se imprcgnem dos luminosos conceitos da rcce.ntc cCat"ta PastotaL prevenindo os diocesanos contra os ardis da seil:'.L comunista», do ilust:re Bispo de Campos (v. cCatolicismo». n .0 127, de julho de l9Gll . A lnsanave1 incompatibilidnde do vcrda• dcil·o ideal da eivili1.a~äo cat olicn - que ou„ tra coisa näo C a democracia cristä - com o sociaJismo c o comunismo. (iea a.li paten• tenda. com uma evMc ncia admiravcl, quc cons• litui um dos muitos l itulos que eolocam esse documcnto no 1·ol dos mais importanles da atunlidade brasilcira. Eie t;. bcm, sob esse a.•mcct.o, o ma_r-co di• visor entre a d crnocracia cristii. vcrdadcira e sua abominavct contl'afa~.äo. - «Abominavc l», n5o t'! {orte a ex1>l'CSsäo? Sc C otimo o ideal genuino da civili7.3• ~äo cd sW, como neg-ar <1ue seja 1>cssimu sua de tcriora~äo '? «Co1·ruplio 0 1>timi r>essima.» ...
E
CALICEM DOMINI BIBERVNT
A Pataria, uma associa~äo pouco conhecida Fernando Furqufm de Almeida ~ocictlat!c mcdicv:,1 formou-sc org'anicnmcntc. $Cm pl:inos prcc~tabclccidO$, :-:.oh :l im~pir a<;fio c.lO$ princi1lios <lo Catolic.:i:::.mo e a vi~il;uu:i:i ;1tiv:i d;l S'°'uta SC.
A
Tcve um progr r.:--.:,;o lcnto c na apa-
rc11ci:, dc.:,;or<lcnaclo, mt,s <l:<lmir:ivcl• mcntc p11j:1nfc. c aprtscnlou urn;·1 unidndc quc n1111cc·1 m:iis os homcn~ con• sc-,:!11l r.am rc~t;tbclct·cr dc-poi~ tJIIC' :,
Rcvolu~äo iniciou sua obrn <kst rui• dor:i. N!io a1in~i11 t:--~a (.'ivilii.:ic:f10, por ccr to. a pcrfci(;ä<>. impo:,;.siv<:I na~ cois:is tcrrcnn.:,;. t<:vc dcfc1fO$ c crrou algum;i:; v1.·zc-:-:, 111:1.:,; 11cm por isso result:t mcnc>s ,·cnladciro quc naqucks :,;.cc11l\1S clc fC o ,lc-scuvo1vimcnto C$.po1H.a1H.·o c vl_:::oroso das J.!fillltlcs for(;1:,;. sotiab:. öl suhordin:1-
<;fio h:1n11onic.· a th: 11111:1:-- {1::-. outr,ts, .i rorn1..1c;:io sempre rc1uw:1t.1a tla:~ in::.titui<;c)c::;1 fo rnm o ric11t:1tlas pc1a lf!rcj:1 de mmlv ;i c ri;,rcm 11111:1 ::,.o...
ci<:d:1tlc 4)11dc o bem tivcssc plcrrn pos..-.ibilid:ich: de flo rc:--ccr c o 111:il dcparns~c condir,;ö('i-, par:1 scr com„
h:1tido com cxilo, proporcion:111do-~c :1s..-.im :io:-- hmn<:111' urn ;uuhicntc prop icio par a a co11::-.ccu.,;fio de scu dcstiuo ctcrno. As iusfitui('c1c:-:. da $0cicdade mcdicv;\I, imprc:::n:1d:i.s tl<: C:1tolki~mo. i11ccnliv:1v:1111 a prnt ic:-i t1.1s virt 11c.ks a.o me:-'- mo lcmpo <1uc <li fkult;w:un o aln:,;.fr:unc:nlo dos vic ios, c quantlo o:-:. homcus, lcv.ndos por ~cu~ dcfcito:,;., conscgui:un cor• r ompc„1:1 c impl:1111:ir ncla o crro, ncl a rnt:srn:i. ~e cm:ontr:wam os :,u„ xilios 11ccc:,;.:s:1rios p:1r;i uma rca<;äo c 11111:i rcfornw co1111>lcta do orgcmis•
nu) cont;:1111inmlo. Foi o quc sc clcu no sc:t:11!0 X 1. ,Quand<>. :iti,h, ;, c iviliz:1c;fto mcd icval ncm atingira :iind:i ~cu l)lcno clc:--cn• volvimcnto . Penctr:1ra cn1t10 :i l'Or•
*
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rupc:~o de t:1I mndel ncl scio d;1 lgrc• ja. <111c Voll;d rc chc~ou a dizcr quc
1150 t.·omprccndi:1 \'4.) 1110 J'IÜtlc El:1 ::.o• l)revivcr. J\ o c.111<• Josc1lh de M:iis„ trc, ..·0111 :o.tw co:Humcira prc<:i:-äo, rc~pontk: ·•t~calmcntt, C de ('$p:tn• t:,r, pon1uc o fonnmcno C hum:111;1mcntc incxplit'an•l". De foto, qu:indo tudo p,,reda per• tfülo, :, Pro\'idcnc.'ia :::u~citou os mOn• )!CS de C luny, c1uc iniciar~m :1 rc•
form:1 g rc;.:orfan:i, rc$fanr:mdo na:-,1lm.ts o ideal t.l<; :::antitl~ulc, de hfl mnih'I :ih;1mlona<IO, l!.:--tamlo o 0 1.'i• dcntc prcp:lr:tdo parn r ccl'bcr-lhe:,;. ;1:i<h:ia$, cl:1s ~e int roduzi r:un 110s mostci ws de tntla :1 Eur<>pH, c :1 or:tc;äo, a pcnitcnc.:i:1 c o zclo :,po~toli•
l'O vult:1ra111 a :--1.:r o fu11dm1t\!nto d:1 virla mo n::1:,;.Cicn.
Ai>nrcccrc111 ~rnn• <ll'$ S,rnto~, e o P~tpa Sf10 GrcJ,:oriel VII , i:om o scu :tuxilio, cons<:guiu o p l'Otli~io hu1t1i111amcntc incxplic:1vcl de rccr g uC'r a itrcja d;i $itua1.,:äo <:m quc se cncontr:w.1 e dar lt C rist:tn• d :HIC C-S$C c~piritc, :1tfmir:1vcl <111c dt'~•
de cnrno imprc;:::11011 a lda.<lc Mcdfn.
"O BANDITISMO ESPIRITUAL A TUDO· DOMINA" J\ s itu:u:iio t111c Säo Grc goric► VII t<:vc quc cnfrcnfar crn cal:unito~n. Os ßispos cr;irn t:unhCm, muit:i:,;. vcZC-$, :-cnhorc~ fcu<l:d:::: 1 $1tl)or c.lin:1<los a $11zcr~1110~ :1 qucm deviarn :1:-;$.i:;.. tcnci,1 c de qucm dcpcn<lia1n. Por outro lndo. o d<•:,;.cjo de 111;111h:r pcrfcit:i har1110 11i,1 entre o Clcro. ;1 nO• bn·z.a c o ,,ovo k.v~tra tl l;!rcj:1 a permitir <111e as tr(:s classcs dc1 $c,dcd,ulc t ivc::-:-.cm parrc n:-i cscolh:1 do~
Bi:,;.pos.
;\ cki(:[10 dc~trs sc f:izi:1,
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crn j:!crnl, tlo ~cguintc 1110(10: a 110hrcz:1 c o Clcro da r cgiüo c:-.colhi:1111 o t.' m1<lit.l:lto, cuj o nomc 1-:rn submcfülo :10 scnhor fcut.fal, que clcvcria :11•rovä„fo: o povo .id:im:tva o cscolhido. c s6 dcpois d<:s:-.1. rntifica(fto :,;.c.; cou:,;.idcrava :i clci<;Iio tcr111ina<k1. Esse protcsso näo c ra ri ~or os:1111cntc SC;,!ui<lo cm todo$ os h1i.irc.-s. J\bn• ~os foram sc introrlm:indo c sc 1ransfor111:111t10 cm rcgra. Os sc11horcs fcuclai:-. ;ios l>Ouc-os, for:1111 sc arro„ g-:111do o <l ircito de indicar os camfi. dato~. c por fim pnssaram a nomc::1r, ::-.cm 111:i.is, os ßis,>os. Po uco 1:1 rd<m qm.,, <·omet:-i~scm ti considcr:ir os Diocesc.·:-- como p roprictladc s11:1 c vc,1tfC'-l:1s :1 <111<:m dc:,;.z-c mnis. A cxcmplo <lclcs. scus vm,"Si1lo~ sc pu„ s<.:rnm a vcndcr bcncficios ccl<"sia:,;.ti\'0$, c :, :--imonia ~c :1lastro11 por todo
o ◊dclcntc. Es:,;.l•~ mnle:s cr;un :dncl:i :ig-rava„ do~ pclo uicol :iisrno. Oe :ico rdo com .is rc,:!rtts c:rnoni<:a:,;. d:i cpoca. o ca• samcnto cn1 pcrmitid() :10:; dcrigO$ <lc o rc.lcns 111cnores. Quando 11111 r lc• ri;:o casado sc o rdc11:1v.1 S:1ccr<lotc,
(lcvia 11asgar a viver com :::11:, cspost1 c.·01110 sc fo:,;,..._cm irmflos. Comprccuc.ll....:,.c focilmcnk <111:rnto:-- :,busos po„ di:un ::-u rS!i r <k1i. Com ;·l dc(·:1dcncia tlos cOfi.t 11111c:'- 1 to rn1·1r:im-sc numero~os OS s~ccrdot<:s QIIC vivi;un 111;11, C <) pior C q uc muitos tlclc:s rhc;_!:1w11n :i:,;.sim ao Er,iscopado. E::-tcs ullinu>::. cr:un f:lci l ,, re:-.,1 d,1 tcut:ic;äo :-.imonia„ <·.a de tranMo rmar as rc~pcrtiva$ Oioccsc:- cm fcudos da propria f;unilia. de modo quc os ::-.cu:,;. f illto:,. tr;un 11111i• t:is vczes o rc.tcnado::- s.cm voca('Ao, apc11a::- par.1 :,;.uccdcrcm aos pais no t rono c piscopal. Fcz.sc tnmbCm frc• qucntc o ca~:1mcnto de clcrit!O~ antcs dn o rtlc11:u;f10 sacc rtlotal. com o pro-
*
1>osi10 clclibtr:ulo clc :-is:,;.im tvit:i r o cclibato. O Clcro c:tiu na m~is: coinplctöl de-sordcrn, de moclo quc 1111111:1 horn de desalc nlo o lmpcrador llcn„ riquc 111 pödc c.-.:clam;:1r com razäo: " Tod:1s as Ordens d:, l licrarquia Eclcsiastic:i, <lc-Stlc os c:hcrcs :itC os Oslia rios, csl:io suhrllCßoS sc)h o pc:-o de s.ua d :rn~H;äo, c o IJ:mditismo csp iritunl n tudo do111ina". Säo G rcgorio V II r ca~iu cncrgicnmc11tc contr:1 tS.'-C C!-.tatlo tl<: cois:i~. T od:1 :1 su:1 vidti, mcs.mo ,1ntcs de c lcito P:1pa. cons:,~rou-:1 clc il cxtir)'l:t('fio da si111011ia c do nicol:iismo do
$Cio <l:1 lr,:r cj:i.
En('Onlrou oposi('fics
tcn:1zcs. c-n ti'c :is c111ai:s .1 c.fo ltnpcr:i<l<1r I l cnriquc IV foi n m,1i:,; violent~. 111:1~ c~tcvc bcm lonj!c <IC s.cr :1 uni-
c,1.
Po r toda :, Europa sc o rgani„ za r:tm mtc1co$ th.: rcsi:-;.1<:11cia quc proc11r:w,'u11 impcdir ~, obra ~ i~:'t11tcsc;1 da rcfornw. P:1rn c..·ornh:1IC-lo:,;. sur~ir:1111 mostci ros cuja admiravcl p:ir1icip:1<;iio nc:,;.::-a luta l' oo to ri:t, c as• soci:t(<'>es ,,in<l:t pom·o conhC<'id:is nh::,;.rno de nrni!o~ histori:ulo rc:-.. M c• rcccri;1111 cst::,s mclhor (•:,;.ludo. n.io
:-:,l por <:onstit uircm .111tcntit·a!') ~lo ri:1::,;
tlo C:,tolid:-.mo. com,,
1;11nl>l'n1
porq11c t;il <.~hulo l:uu::iria muita luz ~ohrc a hi:-:;lc,ri:i ,10 sct:ulo X 1.
OS CARGOS ECLESIASTICOS TINHAM COTA{:ÄO NO MERCADO DE MILÄ.O A l.0111h:1rdi;, fo i 11111 c!CS.'S:C~ ßll• clCO$ <111c $(' Opuscrnm ft. r cforma g rcgoriana. M i läo, a cicl:tdc princip:il (la rcgWo. för<l f rc<1ucntcme1,fc
rcs itlcn('ia <los lrnpcr.:idorc-~ romanos c fivera Arc:ebispos ilust rt:--, entre os
*
qu:.is b:t:-.tn rtltmb r:ir Santo Ambrosio. A importancia poli1ic.n da A r<1ui<liorc-.c mi lancs;1, o hrilho c o prcst i~io c.la sua hi~toria, os scrvi-
~os inumer:wcis eine rHcst,ira l1 Re:.. ligiäo lhc havi1u11 assc~urado uma p osh;ao de rclcvo na llic rttrquia f.l· tolic:1:
mas,
c.·01110
Co11stanti 11opl:I,
duminada pclo orf!ulho c l:1 passara :\ :-c :frro;:ar 11111a anlonomia incoinp:divcl com a o r:::miznc;äo da lgrc-• j.:,, dispu1:11nlo a l~um.i dircito:,;. quc nao lhc pcrtcndnm. A 11t'>brcz:1 de Milfio c ra podcrosa c us11rp:1ra o dircito de indkar ao lmpcr:ulor o 1\rccbi:-po :1 $Cr nomca„ do <111an<lo vag:1va :1 ~<:dt..: :uuhro::-.inna, Os ontros car ;::-os cd<•:,;.inslicos c r :1111 vc11<liclos scm o mc11or c..·::-.cn t• 1n1lo, chc~a 11do-sc ao cxtrc1110 de cot;'l-los 110 me rc:1<10 Jocal. Na moe... d:1 de, (cmpo, o rmrni, o subdiacon:·1to cu:,;.lava 12 n11111i. o diact>n:ito 18, c 24 o prcshitc r:ttc>. A par tlis• so, a c.:orrup~:;"io mor al domin~wa a
ci<fadc. 0 prorrio Ch:ro förn olingido po r c1a do rnoclo 111:iis vcrgo„
nhoso. Säo Pc<lro Oami5o procla• 111av:1 q uc o Clcro mil:inCs cst:1v a profundamcntc corro mpido c q uc va. rim• P mlrts <111c vivi~1m mal procur;,. vam d<:::.culr>;ir o::. piorc::. excc~os l'Om tcxto:o; dns Sag rnth1:,. E:--cl'ituras c i11voc:1ndo :i fraquc-1.:1 h11m:u1a.
Para comhatcr c,-::;:;e:s <lcsvins. o r„ f!;iniza ram os caiolicos fc rvo ro::-.os da ci(l;1(lc umn .1ssoci:i<:iio conhccida como a Pat;iria, quc c..k:11 f1 l ;:::rcja clo is Sant<>s c um P:1p:t: S:111to Ari:11• clo, Santo E~lcmbatclo c i\ lcx;rnclrc II, ;rntcccssor intcc.li:,to de Säo Gre~o• r io V II 110 solio pontifido. V:unos dcdicar urna !-.Crie de ar1igos f1 his„ tor i:t dcss.a .tssodac;äo.
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O~A IBT VETERA
0 ALIADO INCERTO J. de Aze redo San to s liX-;tJNOO unm ,·i~io ingcnu:, e excessiv:'tme n tc osqm~muticn dO J'n"IIU)r:uun inlernacionnl nos dins quo eorrcm, O mun<lo cslnria. di\'idido e ntre dois g ig:_ \ n te$C.OS l,Tocos
o sN1 'l'ermid o r , os 1•:shulos U uidos, com o outros p:tises c.lo mundo CJciclc nt:"t.l , csti\o sc tornnudo crula vcz mnis sociali~t.as c igu:d it:::trios, c nqunnto :'t Jtussia 1)crman.ceo tot::t.lih-.rii:a. l~
011osto~ per diamelrum: de um lado o im1rnrh1Hsmo sovie tico, d o outro o i.m11cri:tlismo nor lc'; -::uue riC..'tn o, n1nbos tendo :1t:r:ls clo si tod::a. unm. e norm e esrc r:1; d o influe nciri. (}ue as coisii.S ni'io $C r,oss:uu e<uu cst':t. simi,lic idudc. :1 r<tt•· Jicfaclc ~ritanto sc..~ encarrcga, d o o dc monstrnr ao nosso c ntc n• flim on to. !\l:\s, sc a.l~l'n d e exc!rcc rmos o clcm enhlr ofieio d e 111:-mt.e r os olho:- nbertos, 110s clc rmos no tfltbn.lho de cncnrnr os fntos i\ luz d o fc nomc uo quo sc ehnnrn. ltevolu(.äo, taeil nos .ser:'i, dcscobrir o:-: fios (lue com1~0cm r•ssn. c ic loi,ie.1 tra.nm quo cnvoh •o todo o orbc, c. r,.ssim c her::u i\, eooelu:-:i-io cle cauo ·n seJ)aratii.o dos cmn11os 11i'io 6 t.äo nitidn quant.o ;\ aprcsenta a 1,ropag::111da. clirigi(h1.
acre~e.ntn: «J~m todas as socicdad<'..." human:ts as id6i:ts c t cori:1s sofre m uou\ eert:a dofnAAgc m cni r e ln('iio oos fatos u a cont ccimontos, e nssim 6 que o botche vismo mi\rxist~t orto• do'.11:o potlo 11:-t hnilh:\r o en.minho do aspcro indivi(lunlismo da histor hl c do mito nmc ricano. A livr c.-c.m1n -es:a. pe rnu-rnece o oi-gulho c a. b11.so d:\ eeo.nomi:l cloi; It shulos Unidos, mas o Ne w Dca.l o o 'f a ir Deal fi7..er~m, 1>rofund~1.s ineursOes uos redutos do ,,:ur,it::alismo 11riviulo. Os sindicntos crcseeriun, nssustadoramc nte o ::i.s fort.uirn.s i:rng:un um r,csado tributo :1tr:·1• \'Cs d :1 t:1..«ac;üo tise11.J e d os c n eargo:,; soehis.. As c.nticladcs cstafais o os or.r;anism os intc rnacionnis domhrndos 1►cl:t AmclriC:'L do Nor tc ::a.s.'i1.1mir1un muihlS cht.s fun(:Ues :1nte rio r • m c utc dcscm11c nh:tdns IH~lo capitnl e JJ("hL fin:uu;a r► rivad:1. Mais que em ouu·os . luga1·cs, cscrevcu AntlrC Sieg,tried, a soricdade na Ame.r ita e n. sociedi,dc de u,n homem , e C nessc m esm o homt m quc sutL fo1ta cconomica r cpousa... A procura da c.ficiencia. dcscc a. mesma n\m1>a cole tivista c m Pills.bul'g h c c rn M~nilogornsk> (olJra cit .., pp. 20-21).
S
DUAS FRE,\T'l'ES REVOLUC!ON An!AS A fig-ura. d~\ cauint:,.coluna, sc t"ornou clussicr, ckStl(~ o inicio d H :,;,~gundta, gucrrn muudi:d. Ve rdndc.irQ P rot <':u, nii.o C som e nte cle turisl:t.· <tue :t n evolu{'äo so fänta.sh1. Se (i uni„ ve rsal o :-at,nnic.n1 se scu p rOJl()SitO C, se~unclo J.e.tto XIJl , c<clestruir nt6 os t und~tmc ntos tod:1 n,. orde m rc ligiosa. e ci\'il cstnlu~lecidu, 1w.l o Crisfornismo, lo\'n.uht.nclo :'\ sua n u1neira ou• tr:'L uov:\, com fmul:uncutos t irndos das cnt 1·onhllS do na(ur:,.. li:,.mo», o fäto de agir de modo nrnis ch,ro e dc.sc11bcl:"tdo 1,or clctr:ts dr, corrin:1 clt~ f<'rr<, o da eortinn d e. h:tmbu ni\o c•xc lui sua nt,ua~.üo J► or rnctodos mais , ·elm1os o c:mt<:losos 110 mundo oc;iclc nt.:ll.
V ez por outr:t d o1mrrmt1)S co111 cs1,iritos lucitlos l\O:( <1uois niio e~:\p:un ,~~h1s ,·t~rdach:s . Assim (, quc o Sr. ,John Bitri::-sl):wison. combntivo m cmbro da, bancudn. conscr\'aclo1·:a no Par• J:\mcnto hrit:\nico. om scu r cccutü li\'ro ~l 'he Un<:ertain Ally» U~I. Christophe r Johnson, l „ondrcs_, J957). J)lt.Ssn c m re vi:,ta cc.rtos aSl>Cctos v ihtis d:\ histori:\ do mumlo. dcsdc 19 17, a o su rgi.rcru os (luator-,. e l„ontos de \ Vilson , no :wo de .1057, qunn• do foi t ormulrula iL d oulrhm 1,;isc nhowe r. foc:\J i:r.::rndo de motlo CS(lccial o 1u11, cl aparcntcnumte contraditorio da politic:-a, norte• 11nu;riemm n os trrnndcs neontccimc ntos quc :;acudir-nm n hu• muuiuuile n csso ·1>cr iodo. &.1o os l •; stados U nidos e.s..._o «tdiado incert-o» quc., 11or nssim c.li:,,-0,r, dcs m tm ch tl com n müo c sc1uer· do o <JUC fuz eom a cli rcih,. 1~:xplict1.ndo o J)roeesso m eclfante o qunJ a, Revo1u('äo t c.ntn fo rmn17 nquilo a, quc, \Vendcll \\'ilJ<ic, dem o nome de «um i\fumlo sCJ», vis.1do pc lo in ternnciomtlismo libe ral n:a, Arn6rien o pelo conmrtismo in ternacional n a. Uniäo Sovicticu, mostra o nutor quo, h i:l.j1~ 011 nüo u Revolur,iio comunist::, nle::mfftdo
FALSOS Pll ! 1\TCIPIOS IGUALITA RIOS Nft vid:\ int-c) r11:1cio.n:.tl a J)olit ie:, n o r te•:uueric.(lJU\ 1,rocnrn
inculcnr csso m csmo ideal iudividuaHsta. o iguo.Jih\rio, sobrct.udo :itrnvC.s d:\ iuclu~io, nos t.r,ntndos, d e umtt c lnusuht. (IUC impOe :, nii.o..tJiscrimin:u.·il.o ecouomica. ou proilJirUo d o trnta... mento t•rct e re ncial, l<mhtmlo nssim d es truii: ru1uilo il quo se podo ehnm:,r um1L <'.Omu.nidadc org1.mie:, de povos, p:un dnr c urso for(. t\do «a. h e rc~sh\ sem ,,lnm do laisscz- fail•e». Em <>u• tros t c rmos, ntcgando o princit1io tiio sn.nto de que todos os 110,·os se de.wem um auxilio mut.uo dcsin t.cressetdo, cl.icgn-sc sofistic:uncnto :\ conclusi\o do quo todos clc.s tcm igm'tl dircito r, c-,...r.to nuxilio, scm 1,re f<:.1•(:ncins fun drulas c m t>roximicl:ule d e origem, c m co1mulhl:-utc de idenis, e tc. Orn, di.z o autor, pcla atu:t(':i'i.o pr:,tic:- di\ niio-dh•e rimin:u;Uo c.co11omic::t. ent re; os po,·os. <eo i,at riot ismo gencroso 6 amnr;n,n,,nto tr:u1sform:u)o em um cstrc~ito c ,;ust1cito nnciom,lismo; o a.g rupnmento tfas rH\~öes, c.ont ith~.:Ü$ ou intcrc:s.-..es eomuns ou Jigrul!1S 1•cla. 1-lis l"orin. o 1,ch t geogr:1fia, 6 <le(ornrn.do ou fru strndo». R o ve.neno 1>r O• e ur::t um:1 s:,ida: o dem~1g-ogo ou :-a. junta disericionrll"ia C guin• chltht. no podc r. ('.lu ::tl :·a. r:\1.üo que im1)Ccle, no t c rrcmo t>oHtico ou eeono· mico, c.lo dis·1)c nsur t rat:une nlo 1,rcforcnciu.t n d et.c rmlnnd.o 1,uis., uma ,•c7. satisfcit :, a. jus ti(':.t e emUf)ridQs 0$ dc.wcrcs de hunrnnic.hl<lo no trnto com os d cmn.is? Ncnhunu1 cxistc, a niio scr <iuo a procurc1nos on ol,seSStio re , 1 oluciomiri1L d1~ igunld:ulc,
o que le ,·n o nut·or n nfirmnr : <<A niio-•d iseriminn('Uo 6 tun
princi1>io cosn1opolit.:\.. tüo r ovoluc::ionario quanto o int.crmteio„ nulis mo c1os comunista..", () fim logico 6 o mc.smo: o imrwrio mumlio..l incomJ):lli\'e l c::om o gov~l"no J>or consent imento, ou
sej::L-, tt Catastrofe ?tlundinl. .e um c.rro 1:►er1ti<~ioso d:1 m c.sma. Qrdcm quo a ilus.:.1o inte rnneiontt..lista. d e quo n sohcrnnira. uaciomtl 6 CJ\U $ l de eonflito. .H :i nmn concc1H:-i'io scm n.l mn, de <1110 n n:t('.iio (i. um fcnome.uo t r:-u1s itorio o primillvo ttufado a. scir submc rgi<lo c m um S upe rcst nd o. ~ is t:o m e ro de te.r01i11ismo· ( •• . ). Jgno ra 1, n:.1turc:r,.'\ orgnnic.'l d:\s socicdoc.lcs hu• m fln:LS. A familio. tcm seu dominio proJ)rio que :.1.s le is d e Heus e d:\ u::iturc:r,:1 cleerctam inviot.:wcl J► Cfo E.st.ftc:lo. A mträo 6 unm f:uuilin. nrn,ior com nJgurn:·a, eoisi-. cspcci:al pnr;t ofcn1ccr a ric1uezn. e i\ eh 1 ili7,..•u :iio dos. homons» (obrn. eit,. , J>. IOGJ. i'fcsruo um principio lcgitimo. eomo 6 o dt\ nutodctcrmi• uac:l-lo dos 110\'os, v c.111 sN1do fnrisa.ic,omenlc i11\'0C:uln r1e los falsos lidc rcs do Oc ide nt:c 1'>:"ara :\eohc1rl-:1r !;(m jos:o 1u·o„Jlev0Ju„ c:ilo. l\lostri:1. o nul:or como cm su:1 apliC.'lC!'iiO 1>rüliC:\ ~e u s;1n, doi.s pcsos e c.lua.s mc~tlidtl...__, dn1Hlo eomo c.xe m1,lo e lueiclativo o eontrns ·to cnt.re ~\ :'llitudo da ONU na. Hungrin. c,. no E:gito. J~ todo esso e-011jun to de atuatöes no etu'llJ>O inte rn:teion:ll IJOr tH,r to desse$ cstr:rnhos lider cs do ()ci(lcnto livrc t·em dnclo i1ninrinvcltncntc como result:-tdo o alnrgnrncmto do <'.Jtmpo clo influoncin d o eomuuismo $0\'ie.tieo. com o no c:L-.o do l~xt.rcmo Orientc, do Oricnte l,1'6~imo, dil.s · colonhl...; afric.nnas.
' Jm1>ossivcl resumir ,!m um sim11lcs ro<ln11C. t ocht a mn.ssa d o iuform1.L{'-Oc.s t.) lc>th&- 11- urgumcnt:,5:äo ecrrad1i
,,uonos ofc.rcco
esse subst:mcioso li\'ro, ao qunl nüo falb1, 0111 sc.m numero do ci t.utOcs ni.l$ <Junis «os vilü<'..~ o os hcr6is fal:un por si m csm os», seguutlo :\ 11itorcsea cxm·c.ss::"\o 4.lo rmlor. l\fo.s, no c nee:rrf,r, que rcrnos <leixar bc.rn cl:-.r:t. uossa l)O$i„ (lio em fnee desto pnlr► it.<tnto a.s su nto. Dinnt.e tlos n ,·an eos do eomunismo so,,ietico, coin s u:-,s liolrns uuxili:.\.rcs eotisi-ituidt\S 11clos movimenl.os cs<Jucrclis tns do v:., rios mnti:t. es e stmlh1l(los 11or tocl:t t>:-trt.c, nüo dcscrcmos da. C..'lpac:idüd c. de rcsistcncin do nmndo li\'rc. E nt.re t:mto, par:\ cw o cs$iL r esist'Unci(&. niio so vej:t. ,uinn.<hl pcln rc t.nt"lmrcl:i., o J):\rn c1ue tc.nhnmo:,; um ,·c.rdadciro mundo livr<-, ncccssnrio so torn:, quo , 1 01.c.s co,·ajosM eom o :\ d o autor d e «11he Unecrt:tin All~•» so lo\'nntcm 1mra. d cnurt.Cit\rcrn os cmbustcs dos fa tsos 1 ►rcgociro::- <lo «um Mun• d o SO» quo s e a clm oos nn ti1)0dfls düqucle «Ut omncs unum sinti) ) (Jo. l i, 2J). derr:,deir a, su1:,Iicll do Oi\'ino Satvudor a seu Pttl peln pobrc hum:u\id:\<le neslc pcr egrinnr 1>cln ter.ra.
AO PF.DUO DE SIN'.rltA
S
<Portug"I)
-
Crcio sor cstt1. ::i. 1>ritneir~\. entrcvi.sh\ pubu„
c~,da cm «Cntolicismo» c conccdida r1or um Portu~uC.s n um 11orlug11CS. Dois fntos inieinis m o provoenrnm o <lc.scjo
do realiz:'i.-ln.: n 1,osicäo unica <lO «Cntolicismo» no mundo cfa imr,ren sn dos nossc,s clias. c. o m cu conhccim cuto <lta. adniira(!iiO quo Sua. Altczr, Rc:ü o Senhor D. Du:1rte clcclicn. a cste jornnl. J)cpois. firmou-se-uos n, conv'i e(tto do (Juc ft relcW!ntci:t <10 te rn:\. o d as 01>iniöcs cfo S un. Alteza.
U:cn1 •le:-1·,crt:1rhun ju~t-0 intcrcs.so nos leitorcs <1C «C:'ttolicis nlO».
Antc: :l honrosn, nnuenei n. <lc S un 1\lte.r.a. R eal c- n coneordnnc ia nmnifeslmla, r,or c:-111 !olhn-, s6 ,no rcst.fl a ccrt czn. do (1uc, 1u1r:\. ti'io h ela tarcfn,
scrh, jus to qur. C$h\. ontrcvis t:1 fosso re nUW.tltl 11or <1ucm possui:-.~c os: merit.os i11dispcns.:wc i.s tlo quo c ::i_re~o.
POR'I'UGAL DEVE AOS REIS BUA EXISTENCJA COMO NA(fÄO
A
::.~, A
Soro11is:.;.imi1 Cas~ do Hrn~:tu<;:a, i!1icind:l
ru,10 (chz c<mi;or c10 clo O. Afonso, t il.ho c.lo l!.:l•Rei 1) , Joiio t, e clo O. ßcatri7., filhn tlo S1rnto Comlest:\ve l D. Nuno A lvnrcs l'o.rc.irn. o 11a qun.l «niio h:i. Rci ou l?rinci1>0 1Ht Europ a <auc se nito or gulho du nein cntrOncnr>>, l)O:,.sui
hojo a 1·c1iro.,;ei.h\tllo (~oncligu:\ cl:"l grzmdc.zfl q uc dc~s.lQ o seculo XV a. e aract:cri;,,a . Por isso mcsmo, o 1,cln llrOt)ri:t autori<lrulc clo quo s e _rc:westc, n voz. de S ua. Altc;,.a ltcnl o Senhor l)uquo de ßrnga11ta tles1u::rta.rii. n O$ loit.orc:s d o «Cr,t.o liciiimo>> a :de nc:üo {1, '1t1.o tc.nt jus. 0 Um1uc do Urn~ntn, at6 quo orn 16<10
Reportagem d e Fr eclerico de Sa Per1~y Vidal - Fotos de S. A. R. o Senhor D. Dt1arte
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cius:-iu, por dircito r>roprio o J>or voto unünimo tl:\ N:t('-l10, !\ COTOll, do Portugal, foi, no longo de todn. n. g lorio:m. Dinastia. tlc A ,·iz, o ntais podcroso ficl:tlgo 11-or tus::-uGs. De1>oi~, o tiluto eoubc :wmprc no primogoni to do Uci, nt6 que, 1,eh\ rnorto scm dcscon• chmcia tlo 1~1.Jt:-ci Müuucl Ir, il h crnn('t'L do t rono clc Portu;;nt pcr tenceu a Sua Altcz.a Real o Senhor D. Duü..rtc, tul. possoi:L do ,·1uc m ostav mu j1l. enHio rt~unidos os lcgitimos dire itos U eorot\ 11ortugues.:i, <lo $cus A u_gu stos P ai o lrmiio m:üs vclho. eomo \.jlho c Ncto <iue cram, tlo :t_;t„Jtci 0. i\Ii~uel J. llojc, como ontem, o l)uquc do l3rng:\I\~'\, Herdciro clo t.rono d e ~ortu~al. r- uru P rine iJlO e in c njo cor:l fÜO Jlulsa. o ouüs c necndrndo amor il Sm\ Wrra., e imc, ut:n.clo JlOlo n rngnifico t•.xc.m1>1o d o to,tos os Sens maiorcs <1uc, como Senho res do I>uc,u1<1 d o l3ra.g anc:a. eom o n e is de P ortugal e como l„rincipcs 110 c xilio. soubc ram sem1lro tcr o bem e n honra da Nnc:.äo, co,no o 1>rimciro dos i;eus cuiclndos m::iis i nst•r111tA'!s. No mundo n hml, ,•::tr rido p cl ns pnixOcs m a is d c..~,•niradas, :\.$ doutrinas po1it.icas illlJlCr:mtes n cg,un ttos l'rincipc.,; o «lire ito qu o tcm do ntuar, c:• d e so r>ronuncia.rem com o ,!quilil,rio, :1 t>Onclc 1·aräo e o scntido d e) justi(!n d o quo partic uln.r,ncutQ s.'iio dot::u los, gra(':t.$, e m g r:mde r,nrtc, itquclo s:tbcr clo ex1>cric.nc i~, toit.o, do quo fala
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0 llOCt:'I.
No e nt:a n to, 6 eurioso not:,r quc, mu.ito cmb(u·:t n nda se lhes qucir:1. pc<lir, pa.r:.utoxnhuc nt.c tmlo SC} lht!$ e xigc. Por isso mesmo, Jl :'\tu:u;i'io clO$ l?riJ1cipcs, quo- vc rcfad cirmcntc o tmbc m ser, cnchc de jubilo qu:mtos consngr:mt a. tr:uli~Uo mon;\r4uie.,'\ unu,i bcn, jostiJi<:1U,la d edica('.üo. l 'ort.ug:d, eomo :\ ,::rando m :\.ioria <los 1)0\'0S curo11cus , d evc nos seus Jleis n i,ropria cxisten ... ci:1. eomo Nn("iio. A Casn. Oe ßrngnn <:,t O o t>cnhor clcssa mc.s -
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m ft c.livid:t. Di;,,em „no :L atnntSio dos 1;rimc iros Duqucs, :'ls nobilissima.:. :ttit,ll(les tl::t Ou<iucs.:\ D . O.\tn.rinn-, c m 1580. c do l)uquo )). ,JoUo, cm l G·lO, e con ... fil' nm-o cnfim o excm11lo d:t vida, austcr:1, d e $u:1, A ltc-1...:.t. ltca.1 o Sc:nhor )), Dua.rtc.•
ASPECTOS DOMiiVANTES DE UMA A Ordcm de 111alta nas comemo ras:öcs panlinas cm l\~alla: cavaleiros assistcm um dos alos; chcfes das dclcgas:öcs de varios paises; o chcfc da delega~äo bri!anica e Sir Oran!ham, Oovcrnador da ilha.
NOBRE PERSONALIDADE
A Sobernm, Or,tcm Mililllr de Mflltn co11sfi„ f!,i u!ua tl~s _maf·! ntta~ lradicties .dn civilancao cr,slo. 1 ratf,cao 110 seululo preciso cm 1111,: Pio X II cmpn•gtwll ll 11alm1rn, i slo t:. 11111 l cgado do p11ssado, rhcfo de vitnfidml e e de pon1ir. Nim(Jnda pclns gloriosas rccordar,ües tllis Cr11~(1(/fls. n Ordcm de Malla, fiel a sc11 ideal cavafheircsco, de,,c scr ,,isla cm se11 nspccto hotlicrm, ,'\Ob 1/nis augutos d e grondc imporlom:ifl, Bsfri em sua misstio retcber em scu gremio os elemeulos ro11.~lif11Ji1,os ,la 11Qbrczn cnloiica. n /im de os formor religiosa11u•11fc e os nrrcgimcufl,r pora t1 fula em prol da civifiznr,io cristti. Quonl<> <i imporltmcin alual tlcstn aJi,,idnde, ,fizem bem OS 1tisc11rsos tlc Pio XII C j(){iO XXIII (l 11obr,tza e ao 11nfriciatlo ,Je Romn. Vc oufro lado, a Ordem sc v11lc de seus recursos pulrimo11i11is c das coulti/Juicöes quc stio cuviadas do 1111111tlo infclro. pnro "servi r os pobres de Jesus CrisltJ como reznm ns s uas Co11slit11i(-iies - c.tcr cendo as olJrns tfc misericordia, parlicularmcnfe alrm,l:s tfa nssistc11ria .'wuilnria, cm tcmpo ,tc paz e de gucrra". [;"sla cooperoc,iQ de gram/es cm fm 1or tle pcq11e11os, iJ qua/ to,l ,,s rcconllc('em olfo grau de c/itfonda, lt1m um real w,lor simbofico m•sta
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epoca cm quc <> milo dn lula de clnsses prcciso scr com/Jt1tido näo s6 com 11alavras como com /alos . Emersa fcfiz111e11te <lc longn c <loforosa crise. n Sagrada Militio parficipou com rclevo nas brifhnnles comcmorartirs com que fl lfha de Mn/In, que ein oulrora goveruou, celcbrou o X IX ce11tc11ario ,111 passagcm do Apostolo Stio Pouto. Sua imporlnolc parficipacäo uessas comcmorarücs conslituiu wru1 reofirmnc<i<J da puj(lnr,n c ,ta uuidotlt! da Ort/cm, bem como de scu frndicibual
c represenla uma lradirlio r espcitada ,,or hrasilciros c porl11g11escs tlc to((os os 1111adra111cs poli• licos, 0 D11q11e t/e Br1tf!Oll(t1 /az-rws 11 ho11ra de ser lcilor 11/cnto c assiduo de "'Cafolicismo". Assim, aqufosccu S. A. R. cm tfar oo 11osso jo~ vcm c latculoso amigo Juso. <> Sr. Fredcrico tle S<i Pcrry Vitia/. 111110 cnlrci•isla para csta /olha, rclcmbrnmlo as rcfcridas solcuitlndcs. N11 01>orltmidntlc dcssn cntrcvista, tlesejou b Pri11cipe proporciouar aos leilorcs tfc "Cafo/i„
n1,•1llnmc11lo ,i Santa SI:.
cismo" n boa 110w, de unw e,,,mlual rcslnurnc<io
Os leifores <le °Calolicismo", (IQS l/ lllliS 11al11r11/men/e () ass1111Jo tanto inlcrcssa, lcnio o prazer de sc inlcirar dclt atraves 1/0 tlepoimeulo ,tc lllllll f<-sl,·1111111/w 11//ameulc quafificnda.
tln autouomia tla 1//,a de /Halfa sob a egide ,ra Ortlem, cmbora manlt:ndo estrcila colabornrlio com a l11gl<1/erra. E ao mesmo fempo quis ex-primir scu nmaw.:I tmclo tfc quc sc ,flfmula csl11 fo//m cm Porlugl1/, espccial111e11l c tmlre o.,; jo11c11s.
Como Bailio Grti-Cruz, quc
e, da Ordem,
l0111011 J>llrle ""·,; st1/e11Modes Sua Allczn Real o Priudpc 0 . 01111rtc, 011q11c ((c Braganrt1 c Che/c t/11 Ca.,o Nett/ Por/11g11csa,
O ifustrc Cm,atciro ,tc Molla, clescc,ule111c c/o ßt•alo N,1110 Alvarr.s Percira, e cujo 110111c lembra 1011/os /asto.i 1/a hi.storia tla l grcja, de l'or/11gat c ,10 Brasil. C ras(l(/(J c.0111 11111a br<,sifcira. S. A. R. a Priuccsa D. Frnudsca tle Orleans c ßragaurn,
Aprescnlando aqui ao iluslrc eulrcvislndo o l estcunmlu, de lot/tJ o uosso rcco11hecimc11lo por sua de/crenda para com "Calolicismo". clescjauw.,; "graclcccr tnmbCm oo Sr. Preclerico tle S<i Pcrry Victal. jor1111/isto, csr.rilor e Ct>tJ/creucista 11orl11guCs clos de maior deslnqm: 110 nova gerar,To. t1 geulileza ,fe St! hnver to11stil11ido 110:~so reporfer 110/un/ario para ltio alfa ,:11lre11isln.
GOJ'tA, <tue o nbu\J Duquc tle Brngnnf,n fnln.
pani «Catolicismo», 1mrccc•mo oportuno recorc.la r t1s fncetn..-. d omina ntes (la, 11ersoua.licladc de Sun. A l t<:1,n, R <:n.l. Nasecu o Senhor D. Dunr to no Castelo do Sccbc.ustciu, no B:\.i'~o Dnnubio, n. 23 do sctcmbro de 1907, cm qunrto nta1>ctndo d e tcrrn. 1>0...,. tug,.1cso, c foi bnti7.:ulo com a gua d o Guimnrücs. 0 lar 1>rof11mlnmc.nte cntolieo c caracteristienou) fll'-0: 11ortuguCs c m quo naseeu, e xc rceu n n.l.11rn.l influcnci:l no earater de Suu. Altc :r.a Ren.l, quc c.lesd o a 1>rimcirn i_n fant:i(\ comp,eer.1<lct1 a ra1.Ao do scr di\ totaJ d cdicat,;i o A Patria distantc. l1;111 1020 reccbeu de Sen P:li e tlo Seu Jrmito nrni.s vclho a sagrado. hcrnnc:.a clos direit.os ao t rono J>OrtuJ:uc';s c, dcs<le c nt.üo, o unico (ito ,la l:1boriosn oxistcncia. de Sun. AJtcza llcal tcnt sido contribuir para. o 1>rcstigio de Portugal, conscio dos d ove.res qu o lho r,ssistcm c quo for:un singuhtrmcnto re fori~o.tlos q111uulo, c.ru 1032, talcccu scm ct csccoflc uci:i o Scnho1; D. l\la.nucl D. Ncsso mesmo a no. fl. Q\usa l\lon nrguica n.cln,mou S ua. Alh}7.iL lteal o Princ i)lo Senhor D. Duartc, Du<1uo do Urngnnt n, h er<loiro da. eoroa. do l'ortugül, com o nomc de D. Duarte n. A eduC:.t(iio de S u a. Alt-01.t1.. R eal f'oi r c...1..Hzadn com os maiorcs c uichulos, o fi el, como scmpr-e, nos iot:e rcsscs cl::t l")::1 .tri~ r esoh 1 eu W..er o eurso de cngenhciro agronomo, pc lo que l}assou ,., viver e m 1.'01,l lnose, cm e uj:l Unlvc.rsidnclc Sc to1·mou.
Corto clin, qunndo um 11ortugul"s ru: reorrin aqueln. cic.hulo h-ancesa-, nn c-01111>:rnhia <le um Jmbit.anto scu ilmigo, dissc -lhc ~te, apontnmlo dotcrminndo predio: «Nfl<1ucln,. <iasn, mora um rr11n:iz c.la s u:) tc rra. <1110 e~t{-. r:v.cmlo um eurso brilhnnte». 'l'ratav~)-SC justnmc:mtc. do Scn.h or D. Duartc. Dot>ois, 1,ch\. primc ira- vcz o sob o mi,is rigoroso inco~uito, visitou Portugi,I, nontlo vottou mais tnrclc pnra sc clirigir ,,o Jlrnsil, (1uc l)Cr<~orrcu cle rnor::uhuncnh; , o 0111l0 ficou noivo d e Sun, Jl>ri,mn, a :P•r inccs:~ D. Jlfaria Francisen, bisn ctn. do Jmr,cr-fUlor D . P<:ctro n; o f ill1t:i d o S un. Altcztl> Jm11crinl c Jtc :\I o Princi1,e Senhor D. Pe„ dro cle Ale:u1t-11r:t d o Orleans o llr(1gnn('.üJ Tcnliznmlo-sc o ca:romento m~ C.nte<lrnl tle l'ctropolis, c m 15 c)e (Hitubro d e 1_9·12. J;:m 194 0 o Govcrno t>ortu,c:-mls con,·idou Sun Alt~Y-a R cnl o Senhor Onqoo d o Ur11gn_n(:J\ n fa.:oor~so rc1wescutnr nas: eomemoruc;,:öes do «.luplo cont-0111Lrio eh-. l;'undll('iio e d1\ U,c..;tru1roc:iio dtl ~fonnrc1uia '.rortugucsa. Foi nssirH S111t Alt'~,,..," Re al n Scnhorrl Tnfilnh1- D. Filipa. d o Ur::tJ;nnc:a, irmä do Senhor 1). D unrtc, c stcwc proscnto cm tocl:ts n.'> grnndcs ccrimonins dnquc h\s com cn1ornt öcs. rcprescntando o J)u<tnO d o llr1\J;ftl'ujn„ rc~idiodo no P1t1ncio do Quc luz e rcccbc ndo ns muis expres..-;;ivas homcnngc ns ein, N :l('iio. Sun. Altei,._'\ Rc.a.l o Senhor D. Du,nto t cm visitn<.l o toclos os t)l\.iSC$ clfL F.1.1ro1>a, e de pois do Seu casomento, t1t6 i\ dat.n. clfl rcvogn~iio da J.ci do ß tlllimcn t.o , vivcu em GunhH1, m\ S ui~.:l , onde m\...'-Coram Scus trCs Filhos, D. Ounrtc , J?rincipc <hL• llufr~t, r,filhntlo d e Stu\ S::autid:\dO O r:ll)ll l,io X U o do sun. ~ lft,jcsb.tdo 1\ Häinh:1- l). Amelia, ,·iu,Ti\ do 1!~1-Rci D. Cr,rlos 1, c os Scmhore...-J ln!nntcs D. i\.ligucl c 0. U c nric11.1e.
,,uo
i\laltn. - s imhoto impcr ecivct clc g-rruHlczn e de clignidndo nuncn. desmentidns. Dem P ortugal i\ Sagr-nda. ?tlilicia. quntro Griio-'i\Jestres, como r cfe ri. F ornm cles O. Afon• so de Porlu~t,IJ Luis i\tomles <lo Vnsconce los, D. Antonio i\fnnuot <le Vilhcnn. e l\f:mue l Pinto ,lll Fonse~i:a. De ent-ro totlos. pormito-me s:nlie nb\r l\fanuet Pi nto d:1 Fonseca, (tllß cxcrce u o cargo tle 18 d o janoiro do 174 1. nt6 U. :mil, morlc, ocorridn cm 2-t ,10 j tm ciro d o 1773, <1uanclo conta.vn 92 nnos «.lo iclndc , dnndo tl-Ssim lugar a um dos nH1is lon~os ~ovcrnos ve ritic:,dos na historia d a Ord cm, o clurante o quol pQs a 1>rova, ,10 forma hem cx1,re.-;sivu. ta intc ligonein, ·n. J)onderar.1:1 0 c o bteto <lit>lomntico de t')uo orn superiormcntc dot:1do. lloje, :1 l\Iilicin. de 1'fnlt!\. tom s cclo cm nomn c rcunc no scu scio n. m c lhor nobrc--.r.n o urOJ)6 i:). A Assc.mbl6itl Porh1~ucsr1, uma dt,s mnis clisti.ntas, (oi presididn-, durtmto longos nnos, ne lo Senhor Concle dn..i Alen~ov:1,.-;, h:'"-. poueo (:dce itlo o o quo no rc[c rido cargo nenba do ser substih1itlo t>clo Senluu:- Comlc d e Vila. F"lor e c.lo AlpcclriuJm, d csccndcnte do Gräo-i.\testro D. Antonio !\Iii• nucl de Vilht.11(1.
NOS PARAMEN'l'OS DO CARDEAL LEGADO O BRASif.O DE PINTO DA FONSECA sol cloirava 1\ Casa d o Slio • i\Inrcos qonnclo ll-trtW';'i-SCi o g r:m,10 porttto se.n horiftl <tue lho da. neesso. A paz d e 'Deus oc upnvn todo o c.,-;pn~o, as tl\'CS m editiw:un $-CUS c nnticos c.Jo crcJ)usculo c
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No tlia scguinto - continuou o Senhor incorJ)Oramo•nos on gramliosa. proc issiio <iuc, snindo tla. Cntcdrnl de l\ldirrn, nntigu en()ifol da ilht1, so dirigiu l)nro, n J)rnf..,'\ omlo o Citrclcal J,cgado eclebrou i\li~.-,;,a, cnm11aJ vo.~J)ertinn. Foi Uma cerimonia imr,onentissima. Dc1,ois formou-i;c 110,,r-. J)roeis~io tll-6 U. srrut.n. onde vivc u Sii.o Pnu10 1 scgundo rcza a- trndit:i'io. (lucro tilmb6m di:,,cr~lhc quo os riquissimo~ pnr:uncntos n t ili:,,m los 1rnlo J~rnine ntissimo Cnrdcnl Legndo tinhnm o br:L<.,Üo do nrnms «.lo GriloMcstro 1\lanucl Pinto du. Fon scca. - Eram. eerfnmcnl-0, Mcu Sonhor, os mnis ricos pnrruncntos existentes, uma. ve:,. nuo fo,r-nm utili:,,..'\clos p clo proprlo R eprese ot:ante do Sumo Pontitico., - pcrmiti~m o obscrvt1r. - Sim, scm c.l11vidn1 d o resto os Gräo-r-res.. t.ros 11ortug uesc.s d cixarmn bc m vincatln a. s m'l. passagc m por J\"(nlt:,. A ßibliotcen. P ubli<m. foi tnmbUm fumlndn. por l'into cla Fonscc:,. n. lquc m s o devo ain«.1~ o Pnln.cio <los Gräo-i\fcstres, omlo nos (oi o(crccida. umn reee ru;tt.o p e lo Govorr,ll<lor, S ir GranU\:-un, o por Lady Ornntlmm. Es:;:e l"a1:)cio O hojc n scdo <lo Govcrr\o dn. ilhn. J Out.ro c-dificio mngnitico 6 o Pt-.lac-i o Verclallc, nntign. rcs itlcncin clo vc rüo dos Grito-1\testrcs. F oi nos seus jnrdins que so rcaJi~ou o j::iutar o i1- r ccc11~Uo cm quo !omos e onvhlndos dos CnvtLlciros clo Mnltn res identes nn. ilh o!. No :-:.cgnntlo di:\ dfas comemorn(.Qcs, ei nl6m tln rcccp~äO do GO\'Crmutor e do jantar no1rnlncio Vor<h,Ho, de quo j(-. Uto talc.i, , ,isit-0911os, a ford o, o Hos1)itt1I clo S üo Viecnt-0. cle Paulo, cm e uj:1- <~~,,1u1uttlo. se cclebrou !Uissa. Como vC, o 1>rog ra1nn. Coi intcns o. - Sem cluvid::,.,, i\Icu Senhor, mns so pon .. s :-,rmo~ 1H, crno('iio qno a "isita. n toclos esse.-; lugares historicos 1,rovoc.a , cstou certo «.lc fquo o podc remos considcrar 1,inda bem m!,is inte nso .•• -
n. l)uarte -
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Os dois l'rinci1,cs mnis volhos $10 ntunlmon-
to alunos do Colcgio Milit.nr do Lisb-0n. R O\'Ognda. n Lei do ßonimento, n 11":unilia. Rt':nl P ortuguc:--a p::assou a. .residir om VHn. Nova do Gail',, junto do Porto, c hojo lmbitn. o Pah1cio de: Siio 'Mm·cos, p.roximo de Coimbra. Unrn v<.~z cm Portu~;)I, o Senhor D. Dunrto ost(1o dinrhunc nto n. pnr tl o todos os 1>roblem n.s naciomüs, o dos c,~trru1geiros quo 1)-0SSfLIU inte rcssar ou re fl etir•so e m nosso Pnis. i,.;..~tmla. mctlit.a . conhcce como 1>oueos ns grnn· clos eorron tes do pcns mnonto contcm1,orrrneo. T c m llt'!rcorrido Portugal <lo nortc, :1 sul, o cmbora. ti\'CSSO j{1, , 1 is itado Angola. o n Cuin6 portuguesn., r <::1li:,.ou ht\ dois a nos, 11complt11htulo clo S ua Alle:,.:-. R c.r,I n. Senhorn. Duqucz,, clo Ur::1gn11t~"L () clos Principes Sous F ilhos, um:t dc morncln vingcm 1to Ultrnmn.r 1,ortug m';s, p:trn. conhccer do pcrto as ruaiorcs 1u.uceh1s do lm1>c rio o cnsi„ nnr t'- Sens Filhos n litäo t>rodigiosa do oortugucsismo q·uc 6 t-odo o uosso Ultranrnr. E m Süo Mareos, ou nos [lOnt·o s 1u\r11- omlo SC clc.s1oca, Sun. Altc:,.a Re nl o Senhor Duque do ßri-t.gnr\r.a. :reecbe, c m c:\dn, nn.o, '" snutla('.:ii o do muitos milh1trcs <1() r,ortugucses. F'innlmcnte, em 1960, ass ist~u pesso:llmc ntc, eol'no lidimo r cpres<mtant:e do lnfänte D. J-tc n.ri<1uc-, il.s ccrimonias cvocnt-ivas do V eenten:n•io c.l1i morto do Prirtci1>0 N::wcr;ndor, c. nesto nno do t 96l tcm pnrticipado nas cde.l>r11QOes 'l'C:.tH7..'\das cm todo o J.>it.is, comcmornnclo o VI ccntc.n:nio do nascimc nto do grmule Conclcsto"cl-Snnto, )). N uno Alvarcs l>crcira, cle qucm provCm, como jf-. r cfcri, n. Scr en_issimfl. Cn..~a d e. Hragan ~a. Sempre n.tc.nto as rcnis nrnnifos fa!.:Öc..foi: do cs1>irito, be m so comJlreerulo, 1,ort.::111to, o inte.Tc.i;sc. quo des()crtnram cm S un. Alt<Y,...1. l?cnl ns sole.nidadc.s eomcmor::lt.ivas do XIX eenten;'.i.,r io d:t chcgndtt. do AJ)ostolo Sao J"'auto i\. llha. d o i\falta., n:as (tuais tomou Jlart.<, a. Onlem 4110 gov crnou nqucht. ifüa dcsde 1530 nt6 1790. S u:1- Altc'l,u ltc!\I, ßnilio Gra..Cruz <le Honra o De\'ot.Uo da. Ordmn clo l\folh,~ d csecn<lcntc. e l't;~pre..<,ento.nto dos Reis li'idclissimos, h crdciro do trono de P ort,u~al, r>::liS <1uo cleu n Sngrada J\Jilici:, t')uatro G räo-1, tcstrcs, os quuis so d o.1cm1,c„ uh:\nun tlc form:\ r ele vn.nte dn. h onrosa. miss äo t')ue llles !oi conJc ricla, n.i io podiu, c m bon. vcrdatlO, cstar ausente do tuo s igolficillivn r cuniilo. «C:ttolicisn\O», :10 t>ublico..r as po.Ja.vras quc Jho !orrun confiadn.s por Sua A.lt'c-za. Real, Jlrcsta U Orclem l\JilitfLr o Sobcn)u:\. de S ii.o ,Joi'io cto .JcrusaMm n homcnagcm quc o se u 1>:L'>Stulo g-r::mdio$O C) o C.",pirito <1uo ntuaJmc ntc i l oricnt:, - um o oulro ,·otados scmpro ~ gloria d e Deus e d:\ Su:1- Jgreja - J>lonamcnto justificom.
QUATRO GRJf.0-MESTRES DA ORDEM DE MALTA FORAD1 PORTUGUESES rcln~Ues ontrc} Porlll_g al o t\ Ordem c.le l\lnlta. <latam de h ii. muitos seculos. $u:1 Alte1.::1. Emincntissimt\ o Gräo-l' \festro l'rineipe Ludovico Ohigi .S:\.lientou :-1. imtlor-füneia dcs.~a!'. rc lat.Uc..-;; (1t1111\t)o em ltoma, mn novcmbro d e 1935, confcriu :l Sml Alte?.:1, Reitl o Senhor Uu(tuo d e ßrnl_,,"'lm(".a o grau de ßailio GrU-(::ruz do Honrn. o Devorüo tla. Ortlcm 1\Jilitar o Sobcrnu:\. 0 Principo Chig-i, figur:, ndmirnve l, ,,uo ao Jongo do hu,tos nuos, :\t6 ,~,lccer , tlcsem1,cnhou ns r c!CTiclns fun~ e.-., snlicntou cntii.o quo a n<lmissi1o C.to Che(e cla. Casit cle ßr:\)jl\nt:) c ri\ unH, hon.ra. [>ara :1- Ordcm de ?ttnltu, 1>ois tlc:ste modo S() t C.1\t:lV:"I. UUHL vclhu. C. glorios:\ tr1u1i!:ii.O. Do fnto, :1- Ordcm foi grnnde c 11obilis.<iima na t~rra t>Ort.ugucsa. A cruz branca d e oito pontas, que C s,rn insignia., foi ostcntnclo. uo i,cito c no~ hr:tsc:ies d e ar-mns do muitos portu,;ucscs itustres, e n indu. h ojo r,cdrns nrmorindns c mo• numen t.os ontiquissi.rnos nr,rcsentiun a. e ru~ d e
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cu dctive-me, eomo sc m1>re, emoeic,a1.0tlo pch\. eort e:,..'\ de ,,ue om bre vo cst-nrh1- fU\ vre.sen5:11. do l.,.rincipc. · f'!u snbia <1uo o Senhor D. Duarto so ocupa.vn dos multi11los 1>toblcm11.~ que o nb1'0r\'cm, ou quc e.stnrin, t.alvcz, rcs1>ondc ndo pront:une ntc U. corrcs1,omlcncia. numcros.n. <1uo todos os di:ts r ccebc. $11bh1. tnmbt m quo n um r ·rinc i1>0 niio s o dirigem pc r~u nhis, o niio tlcsconhcci11- o int"c~ r esso qno o S c ohor Du<Juc do llraganc,:a d cclic~l (l «Cutolicis1no». Avancci l)Ois, n. passos lnrgos, ntt nnsia d e re w.:r , de, c umprimc nhtr o da ouvir o J.'l'ri11ei1>0 gt~n<-roso o bom quo so 1)rontificawi mnis unu, vc7. n r cccbor-me. I TrlmSJ)US o v6stibulo, {>Crcorri a. CSt)hmdid;\. bibliotcc,,. Qu:tn(lo m c c urvci <linnt.o de Sun Altcza ltcal quo m e estc ndia a mi'i.o, t rnnsto..-mou-sc c m alcgri:'.1- l) cmos-~10 c.onticln, g-rar,as n.o sorri..so c.lo Senh or D. Dun.rt·o (tue j(a. m e p c rguntrwa se cor rcr:.\. bc m :-, minJH\ vingem descl e J.,.isboa. Dcvois, eom ~ sim1,lici<lndo t')ue sempre me e ncanta, Sun. Altct.:\. Reitl dirigiu a COll\'Cr sr,, ofercccu-mo. eignrros o comeut.ou os i:-quciros ,auo u iio gost:am tlo :,prcseuh\t' a, sua. ehama. ao 1>rime.iro a1>-0l0 <los (u.m a.ntcs: .. . AJ;-rl\dcci c.ntuo a. honra de scr rcccbido c a t'ä.o i,ronta. a(tuie.sccncia. do S ua Alh.!Zflo ße.nl c m concet.lcr urna e ntrevi:dn 1l. «Cntolicis mo». J!; logo rui intc rromJ>ido: - So <cCatolicismo» r cconhceo intcrcsse cm r egistrar fLi tniuhas imJlressöcs. bem m c.r eeo quo c u lh::1s COrlfic. S; um jornal achnirü\'CI ,aue d e\'e scr liclo i,clos 11orhJgucscs e, sol>retmlo, I)cla ju,1entuclo da nossa tcrra.. - Mcu Senhor, «C:,tolicismo» c.sforr a -se por bcm servir. A1' 1>nhwrtts quo n.c~d,o d o cscut."lr scriio um JJode.roso in.ccntivo parn. que coutinuc, sem dcs fnlccimcnt'o, n. tarcf!"lo quo se im1>ös. Por isso m esmo - prossegoi - n Ordc m do l\f:tlta., quo ~ mant6m iualtcr:.weJmc.n te fiel nos 1>rinci1,io~ quo n. regem, ,nc reco a sua adn1iratäo. o n..-i: pnh1vras do Vossa. Altcz.::L. R c:\.I sc.riio s inguJnrmcmtc 011ortunn.s nc~:stc. momcnto cm qnc, 1ni1is do que mmca., ns forras do mal t>roe urom dc rrub::, r oi:- m:\is ~olidos sus te ntaculos <111- ci\'iliui~o eristä. - Sim, :\. Or<lem <lo 1\talta. mn.nMm u.mn. vit.ßlidndo admiravcl c, $0 niio 1>oclo j:'i. ombrCJlr com n..s mt90es cm podcrio, a. sun. n~o bc nfa7.oja. 6 cxtruordim:, ria. Como s11bc, as ccrimonin.s quo so r<:uli7..n.rrun cm i\t.....u.n. o n quo :-.ssisti, tivcrnn1 11or objotivo eom<:mornr o dechno nono centennrio do de.scmbarquo do AJ)ostolo Siio Paulo naqucla ·m,a. As com cmorn~Oe.-, foram promovidns pclo Episco1>ado local o n Ordem de l\Illl:ta. quis prestar-lhe a eot:1borat.äo quc sc impunJta. A.$ cc.lebrat.Oos tor:un g-randios..'ls o bom signific:1tivi1s. ComcQnrnrn a, 20 clc julho, com l\lissa 11:1. Cn1,el:\. do Fortc do Sao Tehno, eelcbrrula por l\lons. G:onzi, Arccbi~1,o c.lc. ~ln.lta. Nessn. m esnH\. tt-.rde nssistimos, na Catc<lrut d e SUo J ollo, cm Ln. Valcta, U ehegncht c rccc1,täo do C:lr<lenl Luiz Jos6 l\l ucneh, Lcgado do Sua Santidatle o l,npa, - c voltmulo-so par:, mim mais vivitmc ntc, Sun. Alte;,,11 Real obsc rvou: - Disso n.,;;sistimos porquc, como crcio quo snbe, Cu niio fui SO. - $ im, l\lcu Senhor, rcspomli, sei quo S ua Altezn Jtcnl a $onhor1.1. Duques.n. <lc ß.ragnn~a. tamh<:m foi, como ni\.o JlOclia- cleixar de- scr, 111Cm do m:.1i:s, por scr l)mm, Grii-C.ruz clc Hom.·a. o Devoe.iio di\. Oi-dcn1 tlo l\!aJtn. 0 Principc so1:rh1, :\.Cenc.lcu outro cigorro e <lisse-m e : t-; ccrto ! 1'~ :1com1,n.nhou -nos o Comlo <le Cmn1>0 ßcllo, Uailio Gri\-Cruz da. Ordcm. 1••oi cnhlo quo sorri ttunb6m, pnrn. infor1nnr S ua A.ltczo. Ucnl do que ao Senhor Comlo d e Cnmpo ß c.llo fie:'lr:\ dCNCn(lO (Junnto j:'i. sabh\ a rt~S:t>c ito dn. reuniiio de l\f:1.lfo„
Jll\iSC.~. S 1.10. Alteza n.onl o D1_1(tuc c.lo ßnlgffnt,:!'1.- es -
elnr,:ceu logo: - A com cenr 1>c l:t Snntt1. Sc, säo ·muito num c ro~os os E stndos <1110 m:rntCm rolntöcs cliplo• maticas com n Ordern clo Mnl tn, <tue C umn. 1>0tcncia. cs11irilunl sobern n:).. 1!:m muiha..~ nn.~öcs, ni\o sU <ln. i :uro1u1. c omo tnmbe.m cl~, Amcrioa, oxistc m lc&'l'l(',0Cs da Orclcm. l•:m Portugn.l, o i\linistro O o Condo l\tvi~c 'I!~moC:11,odilistn, pcs.-.ot1lmcnto ligndo :to noss o Pnis 1>or ht(lOs tlc snnguc. O objetivo clcssl\s lcga ('.c1cs C l)reeisnme nte incrcm cntar o clcsc nvolvimcmto dtt"' .. obrns assiston ci1:ai$ colo-c.::ach,s s ob o 1>:,t rocinio d:\ Orcl~~m. n ~pois d o umi, brcve pnus:1, Sun. Alte-:,,..-,_ Rc•,\I dig nou-sc fat.or-m o - o n {(C.n.toticismo,> - t mu1, rc"cln«;iio tlc cxt-raorclirmriQ inte ress e : - J ulgo h:lvCr rnzöos pnrit novamcntc nli1ne nt armos n esJ)or ::rn«;" «.lc quo n. llha clo l\Tnlt:1, num futuro proximo e e mt,orn. montendo umn estreit:1- colahort1("ÜO eorn a ( irä-Ure tnnhn. rcndc1uira. a. suu, nutouomht sob a egide) cl:1 Sobcrnna Ordem do l\ln1ht. Acrucla granclo potcnch&. conservn.r in. nli a SlH\. bnso ruw:\I e, 11or S(}u turno. os Cnwilciros <lo i\(.:dh:t-, espn.lhndos J)c lo mundo, torit11\1 de co1ocar i\. clisposi~~1o dn. Orctcm, niio s6 ~a.s s>ersonufülacles capaz,e s de formnr um govcruo. como ttimh\. uma. contribuit.äo rinnncoirH, nmito nH,ior 1>art\ o mnnter. E r>rOSSO!;,."tlitt: - Tornn,-so escusn,10 s nlit~ntar n....:; enormes , 1 a.ntngcns (tue css n. sobcrnnin. <lo fn.to trnrht aos lull)itn.utes cl:\ ilha c. muito cm csr.,,~ci::,I, U<1uclc..'i quo fossc m ndmiticlos eomo seus smlitos.
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II ■
- Sim, tem r:.l7Alo, retorquiu armwehncnto S ua Altc-,..o. ß ca.1, mas, jtt quo cst(I. U1o i.nteres :,;ndo, vou cont.n.r~lbo o r e.sto. - Como o ugrntlec:.o, l\leu Scohor. - No outro tlin„ a eonvitc <los CavfilC:ir-os britnnicos, nssis:t-i mos U. t\lissn. nn Cn1>eln do Forto d o Snnt-o Angclo, seguida clo r CceJ'l('.ÜO lln r osidcncia <lo Comnnd1u,to clo Forto. l?or tim, n. 2-1- do julho, si:tiu c,11\. Cnteclrnl d e S.1o Joiio uma. s>rocissiio, cm quc nos incors>oramos, o que so dirigiu r.mrn. St„ Publius's S <(uore . Ness;\ t>ra<;'.tl grandiosn, a, dois IH\SSOS dn cst.n.tua, c.lo Grii.o-i\lc.,:;tro 1,ortugut}s D. Al\tonio t\lr1nuet d o VUhc.na, so c nccrr1\ rtun ns comcniora(:c'fos. o näo 1,o<lh:un ter titlo inelhor re mntc, pois ouvimos o disc urso que nos foi dirigi<lo pclo Snnto Fiulre ,Joäo X:Xlll. t:, conctuiu Suü Altot.::-. R cnl com :-. mnior nJnbilill:"tdC, c rc io que j(a. snbo tuc:lo. l\las logo rctomou :\ , pal:wr:1 J)nrn. a crcsecntur: - :Ni'io lho dis..ote quc, nlcm clos moumnontos a. que m e refori, o d:1. ßiblio teca t>uhlica., t'ambCm visite i rt Armaria, quo C dns: i,rimc iras seniio a. J>rimc ir:t d e todo o nnuulo, e (Juo 11c rcorri com o mnior int.crc..o;so :t C:thHlral, que t:rnto f:tln.. :10 110.sso CO(i1t.Uo, c ondc csH'io os gr:111dios os t.umulos dos 1>ortuguc.,,;es que ror:\m G ri'io-i'fl c;:stres clo :\lalla.
VOLTARA A !Ll-IA DE MALTA A SER GOVERNAJ)A PELOS CAVALEIROS? OJ\.( quo inte rcsso o u vir:1. e u tolln n. narrativ:-, , :to longo dn. qunl live o Jlrivilcgio d e nssist ir no desenrol:\r imponcntissimo ,ln~ comcm ora(:öes 1mulinas. Parc.cia.--me ve r , soh o sol d o i\taltn. o r efulgir l'ieo <lo ouro vclho dos parnmc ntos <lo .E:minc ntissimo Cnr,clcnl J~gn.do, ostcntando ns nrm:.\s clo l"in to dn Fonsoon:, o depois o dcsfilnr dos C:.watciros, cic nt-cs dn. rcsponso.hili(lado grave, qlu} a. 1-.ro1>ria, c)ignichule clr.. Ordcm a. todos nntura lmcnto imtlc1e. Como <Juo scguindo n linhn. do m.cu pcnsn..m cnto, Suu. Alt:<!1.a Re nl o Duquo do Urngnn~..'l disse-m e, eom vis ivcl s nt.isfnc:üo: · - Näo 1>eu.sc, no e ntanto, que n Orclcm de l\falb\. vivo npcnns dn eontcm1)lfl!:.äo das gloriaspn.ssndas. Bein pe.l o con trilrio, dedicn.-so chi, com si.nguh-r a t ividrulc, n obras: sociais: o d o :.tSSist.eneh1. Dis1,0o c m lt.oma. de um excelento hospital_. o t\ s ua. ns.Uo est-Onclc-sc tl01.'" cliu.ieas, hospit-nis e c rcchcs: n os m nis divcrso~ pootos do mundo. - E, scm duvilln1 1\leu Senhor, umn obr-n nclm.iravct.. Crt .i o rnes mo que cst::'-. r-elncion:ufa eom os servis-,0s tradicionalme.ute 1>restndos pclos C::wnlciros de l\[nltn U. R eligHlo Cntolica... S ua Alte;,..n. tteru disse-mo cnblo: - A !unt äo 11r-imnrin dn Ordcm de l\lnlb\, desdo n sua. fundnc:Uo, tem sitlo sempre a. assistAmcinl, nclaptnda. Us nccessidndes da~ s ueessivns CJ>OC:\S e it.s ea(rtct-eristicn$ espeeiais do ct1dn. J)O\'O. Liu-go C.'\m,,o lho cst!l, port.a.nto, nberto aiodn.. hojc em Portugal, quer m1. l\lct ropole, quer no Ultra.mar. 0 m ilis ntto .scrvic:.o que c.la prc.s ta a J,;rejn. Catolica e 1\ hmu:,ni<ltldc 6 jus-t-o mento o de descnvol\'c r esst&. sun finnlidadc, ou scja, pOr cn1 pratica, o m nis s ublime dos Jlrccc;itos - o da. C(1,ritlndc. 1>rC.$lmuJo i:-ocorros c!ctivos, no gcncro clos d1t Cruz Vc rmcllln e da. Carihls, e m oe:\siQes de f;'IJCtr:\. ou d e efll:unidtldes J>ublicns . Mas ni.nda. sob o fi.Sl)Ccto socin.l tl son. ntäo se t.ornn. be nf:'azej~,, dndo o cuillr.do cscrupuloso qu() d cvc presidir i\ ndmis.si\o do novös memhros, t>ois, a des-pcito d e to,hls 1\S vicissihules dos nossos clins, rc r,rcscnt:it e la. :tinda. umn aprcciavc l r cs-cr\'ll. de nltos v:tlorcs mornis.
C
?totuito obrigntlo, 1\leu Senhor, por t.ä o am• comprccrulcndo o motivo que le vou a Onlcm <le ?tfalt:n. (l erinr missöes cliplomn.tien.s cm c.live.(SOS -
Jlht ex1>licntUo; n.figurn.-se-m o quo ostou
'
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Sonsibilizndo, ng-rndcci n. Sua Altw..n. Jtenl o Senhor D. Dunr to n rc,•t!lntUo quo nenbnvn. <10 to.r :\ horuhulo do fn1.or-m e, e nincln. por d e<liCfi„Ja a um orgiio da. imprcns.'\ <lo ßr1Lo;il, pnis onclo ~...;t(1- tämb6m rc1>rc.sc nt:t<lt1 n Ordcm. - l!':xistom atuulmcntc bnstnntcs mcrnbros br11.-;ile iros da Ordum clo i'1:dta. - dissc-mo Sua Altcza. R eal. Jn(clizmcnt.c, nc nhum compnreceu Us coriinoni:l~ 1,nulions llo l!lGO, o quo profumla.ntento Jfnnc11.t::1mos. OctlOis do ngrndcccr tüo csclnrcccdoras infortn:.\(:Öcs, r c (e ri a S ua Altc:,.t\ n cnl u ,ninh::i i:ulmirn~äo pellt Or,lem de l\tnlt.:'t-1 c (lunnto m o cmoeionn.rn, um füa., no ver S un A)tc1.a E rnincntiss imn. o "Principo Chig i, o unico Griio-1\l cstro tlo l\lnltt\. t')llC j t&nUli.S conheci. - Qu[uHlO o viu? - port:untou-n'lo S m, A,1te-,...'l R-Onl o Senhor Dunuc de ßr-ngonc;-.a. - Em 19,).t, l\le u Senhor, qunndo S u1\ E :mincmei:a. o Catdeill Tedesehini vcio 11. P ortugnl, C-Omo Lcgiulo a. lttlc t·c de Su1, Santitlncle o rflpa. P io Xll, par1\ e nc~rr:·, r, e m Fntil'ntt, ns con,c1uora~Oos do Ano Santo. - ~~nhio, foi em Fatima. .. • - Nilo, ~fcu Senhor, foi nos J e ronimos, n a, iut1ul_,,"t1r:t(.ÜO sotc.ne eh&. }:)sposir.üo de Arte $ :tcra. ncrc.secnt.ci - l embro-rno 1'liss ionarin.. ~fas 11erfeit:mtento d:1, :\tilmtc de Vos.'ia A.ltcza. n cal 1:>arn. com o l,>rincipc Chigi, ein _F flt.i1nn ... - ~ vcrd:t(lo . • . Niio fiz mnis do que o m cu dcvcr, volvc u S ,1::1. Altt :i-'\ Ucnl. dn1tdo por eoncluhl:t n minha rc fercncin... · l\fas, n e.sse instn.nt-c, nns ombrc iras de) una::1. 1lOrt:1. da Std:i, descnhou-se ''" figura. eshe lt.a de Sun Alto:,.tt. Rc nl o Pri11cir1c d:\ Reim~ 'l'·i nha- ncab1\dO d1} eh egnr clc. 1..-is.b oa., vinha. fn.rdndo d e :,hmo do Col<:gio l\lilitm,"'. Av::ua~ou rar,i,lnme.nto o bci,jou n. mU.o d e Scu Pni, tnl. como cu fi.:,.crn ba. pouco no m eu Jl>riu„ eipo c como sco1r>ro Jiz n. m cu t>ni - quc unH-. unic.'l. vcz tevo a alcg-rin Oe ve r c snutlar o l?rincipo q1u> tanto :unou e quo acabava. de m e con-ecd cr uma e ntrevish~ invulg:.1r. Dcpois, o Principe U ea.l voltou--sc tHua mim, estendcmlo-m c a miio, c c u li cm scus o1bos lodns n.s vi.rt.udt-~ot dn. rn('a: a. cncrgin, o valor o a deeiSt1o quo fi7,ernm ).>o(lugnl, Entäo, eom1,rec.nde 11do tolvez o meu silencio, 1>ergu.ntot1-me eom ,lcsc nvolturo: - De ,1u o ra11\,1 a? r,•oi Sun. Altc z1t R~nl o Duquo de ßragnn~a. quo clcu :L res1>ostn: - l)o Princir,o Chigi, o de sua vinda. n ~ tima cm J.957 ... - E vor,1uo falnvn nisso? - vo1vcu sagn~ o PrinciJ>O, olhnnc.lo p i1rf1, m im , - rorquo mo rec onlo, respondi cu , c.le- quo cstn.vn muito sol nesso dfa, e d e que o Principo Cttigi, eom m:1is do oite ntn. f.U\OS, n,iio tinha ncnhuJn totdo a de fcmlC-lo. F'oi e ntiio quo nlguC.m n.vnnr.ou, nbrlu um gui1rtfa.- cb.uv:t. o prostou n.o Griio~Mestro d1L Ordcm do l\l :tlta um scrvis;:o inestimn.vcl ••. - Qucm foi? - Foi o Pai d o Voss:t Altezn. n eal. 0 }>rinci1>e da. llciJ:-n. riu eom excclcnto <lisposi-::äo, o no olhnr que volvc u 1>:na. scu Pai l}(i.lllou, fugidia , tmln cont'c lha de> at.Imiratiio. i\'lns o Senhor D. Dun.rl'c <lizifl jfl que tOra :IJ)cnns um instontc, e procurav:\. dimiouir o \'fi• lor tln. sua atit11dc 1 reafirmando quo cumpria, a1>cnas, o sc u <le vc..~ r. :e bem certo ! Cum1,rir <levercs - 0 fun~Uo tloit J.>rine iJlCS, S<:guir-lhe.s o excnwlo 6 obrigarilo nos:sn.
*
Q
U AND(), 1>01100 <lc1,ois, de ixc i Siio i\1:treos,
r>nrei CO\ Santa Cr,1,17, de Coimb ra. ,Junto do tuomlo tlo D . Afonso H cnriq-ues ergui no Ccu umn 1,reco d e r ccouhecime nto fervol'oso J)Ch\ t)ICh\c.lo nclmiravol de lteis quo <lcu n Port11gal, e 1>ela. c.moeionnut:c certcza (lC (Juc cssa 1,lciadc glorfas.<l ntio t c vo a.ir1da fiJ.n.
GUE R RA REVOLUCIONARIA •• A REVOLUCÄO E M ARMAS •
.,,
Fabio 1.
Oefini~ao, objetivos c fases da guerra revolucionaria
U
MA tl:ts ca ractcristit':1s <fa scJ,.:ttnda Gucrra A\1111c.li..1I ( 1939;9.~5) foi niio tcr tido prOJ'>rin-
mcntc um fim.
P;1~~011-st:, mni:,;. 011
mcnos silcnc:ios:1111e11te, <l:1 lu ta ;1rmada, fonnalrncntc t l<;cl:i r:al:i., :1 uru outro tipo de: Jut:i, quc: por ~er cncoherto näo foi mcnos rc:il. 1~m ;, cst rntc;'.!ia, ~plk;Hl:i cm al1lhito mnndial, d.1 ch:un:ala ·•~ucrr:1
frin''. E::-t:, g'. ucrr.1 fri.1. quc 110 sahio dizcr do $:111do$(1 Po ntific:<: Pio XII, :-:-0 podcri'1 gcrar 11111a "p:tz fri:1'', 1·cs111ta11tc nwis do mcdo <111c COIHJ)rccns:1o. foi c<uno qut ~c ;:1q11(--<:cndo lc11t:1mcntc c, sobrctudo n parlir de 1954 11a Afrk:1 <IO Nnrlc Francc-:::.a, as potcncias ocidcnt:iis vicrnm a dcfrontar-:-c com um:\ 111w:-i modal idaclc de gucrr:1. <1~ora vcrd:1dcir:uncutc ~loln1I c tot;-11. ·-r:11 g-ucrra C Wo tltsco11rerta11te nos scus mctodo~. rno ;i r r:.~;uf()r:1 nog cfoitos. t;io fugidi:i m1 idcotific:.(i"to dos ohjcfivos ·milili'lrc~. quc ,,arios oficiais, dos maii- cxpcrimcnta<los nas batalh:ts. d1c~aram alC a duvid.,r de sua cxislcncia t·oucrct:1. P-0r is~o, um ~cncral frnnc~!5 dcfiniti-.1 como "uma gucrra ah~lr11hl, conlrtt 11111 inimi:!O i11exislcntc·•. T;1I C :i ch;un.id:i „gucrrn rcvolucionari:i", a cxpre:-.sfio arm;'ld;\ da Rcvolu~äo. Näo oh~t:mtc t·crfo::; i11$:~11110~ c1uc d11vi<1:un de su:, c:-.:istcncia, .l Fr;Hl(:t C obrig~tdn prcscntcmcntc a mantcr n:1 Argclia 11111 cxcrcito de 500.000 homcng, :::.ubmctidog a uma camp.inh:i de dcs:g-astc fi~ico e p~icOIO!!icO, cujos cfcitos cum11l,1 tivos ja dur:-1111 hä m:iis de q11nt ro :1110~. Este cxcrcito ainda näo l'OnSCJ,!uiu lr:w:ir 11111a 1mic;a hal:ilha, no $Crttido milit:,1r tradiciou:11, porquc o i11i111i:,:o C ;,i,wisivcl". Eie näo aparcte cm park alRUma c, no cntnnto, cstä cm tocla partc, surgi ndo como os f,1nt:1s.ma~ da lcnd:i, para matnr, atcr ro rizar c desaparcccr i11cxplic.·avclmc11tc, logo (1;1
dcpois.
Na su:, :u:?io contin11acl;1, o inimig() g-cra um csf.1do de tcns!io psicolofic,, ("strC$s", cm psicologi;i), <111c :.;c irr:1clia das tropas p:1r:1 :,:=- popula~öcs, rcsuHaudo d~i n5o s(t um moral cornbalido, comu mna ;1tiludc de desc rcni;a em rclatäo a :mtoricladc constituid:t. 0 ;tdjclivo " revol11cio11:trio" , p1·0posto para cssa cspccic de :;.ucrra por Mao TsC-tung, um de $.Cm; gr(lnd~ tcor icos. parCt'C•n<>s bem adcquado, princip:ilmcntc quando sc 1cm em visl:1 :t lucid:i. cxpo:--.i<;äo fcit,1 ~obre a Rcv olt1(Jo pelo -P rof. Pliuio CorrC,, de Olivcirn cm :,;.c11 en::;aio "ncvoltu;äo e Contr.1-Rcvolu('äo". Com cfci to, o quc ;1 ~ucrra rcvoluciouari:t rcprcscnta C, principaJmcntc, um:i cs.tr;1tcg-i:1 ~11bvCT$iv;l, at u:rndo lanfo cm prohmdid;Hlc como cm supcrficic, c visando ao aniquilamcnto da Ordcm, cnjti cxprc~.::.5o autcufica c ctcrna. C ,1 <lout ri11;1 m1scid:1 no C:tlv.\rio. Tuclo l~va a crcr quc as fonnas subvcrsiva::; de gucrrn ( c muit:is podcriio .-,inda aparcccr) scj:-un o clemcnto fund:i.mcnl:tl nos con flitos da
cra atomico-c$p:tci:1I.
0 potlcr dcs:-
lruidor dos novos cnj:!cnhos c o mcdo r c<:iproc:o t·om <111c os ('Ontc.mlorrs sc olh:im, tcndcm ,, inccntiv:i r os hornen!' na husca de 11111:i soh1(JO c.1uc os dispc:nse de ut ilizar cs;t;'IS :irm:is.
-
questao de . .... . consc1enc1a D. Geraldo de ProenfiJ Sigaud Arcebispo de Di'1m<trtrino
D. Antonio de Castro M ayer (füpo de Cdmpos
Plinio <::o rrea de 0/iveira Luiz Mendonfa de Freitas €m todas ns livr:tri~s do P~fa.
Por 011tro l:tdo, o prt,,J;:"rl•~so \I:,~ dcnci:is sol.'iais. c 11ot;1da1m;11tc.· tl:1 psicologi.1, permitc n pcuctr:u:ao .1 um tcmpn violent.- c r:,pid:, de infil„ lr:u;öc:s i<lcc>log'k:is. 1.~om (·t1r:tkr ~uhvcrsi\'o. :--crvintlo :1$ :-1spir.1~·,il~ pop11l:1rcs l'omo $CU ponto <lc atr:u;ao.
0 objctivo <hl :,:ucrr:i rc\·o ludona-
ri;i s:~:ri:1, poi:,., $01n1,:ir o mor:il c ,
com i~to, ris co11dic:l1cs p:.;;il'olo;.:k:i:,; tlc rcsi:--.tcnda, tlc 1nl forma <Jllt. <1u:111<10 ;1 nt;iio milil;a ~<: rizcr opor 11111a 11fio cncontrc rnai:,; podcr (lc rc:::.isknc.:i.1 110 intimo llc l';u.l:1 pC'ssoa c no scio da:.;; :-:ocicda<ks c~m gcr:11. Um ofid:,I r r:ind-s, quc ~c o1K...:in;1 Ximcuc~, c.·<mduiu qut.: o fim vi~tdo por cst:1 J!'Ucrr:. C ''.a ro114uh.ta tlo ,,oder, g-rac;,1::: :-1 um:1 pt1rtkip.;w~io :11iw1 d:i popul:ic:äo (l'o11q11h:t:-u.l:t fi:.;;ica c mor:1lt11c11(c) . por mcio de p roc1,;sso~ tcrnicos ao mcsmo tcrnpo de ~ll·st rui~•:io C de (.'On:o:;lru<;:io, ~t1,!lllldO um mctodo prccis~1m·11tc :ulol:ido" ( .. L;i G11crrc RCvol 11tionn:1irc··. Revue M i lit.;1ire d'lnfor mation, u,-t 2.~I. rcvcrciro-mnn;o de 19:l7). Tccnil'.1S tlc.•struliv:i~ ~o m• qt1l' ~c dcstin~111 i1 tl<:~trui(äo (lo ~lullt quo. da Ord<:m, ,,ort;'lnto. Tccnk:i:.;; con:.;;... trutiv:ts ~äo :is quc vi:.;;mn :'1 construc:fio itlcolo~k:1 das pnpula.;f,cs c-011q11isfad:1s. Sao c:,;t(,:,: os pruccs:.;;os ,lc <le-trui1."äo c-mprcg-ados: - tlc!-;nH.:mbrm11(•11„ to: ~rcvcs divcrs:is. rc::-ist<:nci:i p:-i:.;;siv.i, ctt·.: - i11ti111il1;1i.;tt0: t.:rrnri:-m10 ~igtcm:1tico, gucrrilh:1:.;;. m:incjo c.lc ma::-.".1::., etr.: - dc.smor:1lii,1,äo: 1:xplor,1(:i10 d 0$ rcvczcs, n<:~•1~;io d:ts vitoria:t:, cctismo com ,·cl;u,;fio f, Ju:.;;ti,;a, intoxicac:äo dos 11cutros. ctr.; climina~·äo: liquid.t~·!w fi:.;;ka tlo:.;; "nao-coopc radorcs", ;.:ucrrilh:ig c.lc a11ic1uilamc11to, <lcport:u;iic:.;; cm 1i:,:1ss;l, etc-. Os procc~~o:.;; t·o11~trut1vos 11filiz::1<1os s?io: :--clc.'(fü, c rorma~·fio l);igka: prcparn(·äo de „füfcres pop11l;1rts.., forma<;äo doutri1rnrit1 de 1 • catc<111ist;1:.;;'', etc.; gc111t,1d11r:t: :t~5ü de 1111clc:1r c control(tr os t:rupos ~impalicos; infillrnsfio 1>::;icolog:ica: cri:t\·äo de estimulos aos cle-mcnto~ simpaticos c u~o de '"stog ans" de prop:,i;:anda, etc. : cnquadrn111cnto: fol'mac:äo (!as " hicrnrquias p.1ralcl :i:-f': constr1wfio : organizac:äo das "ba~C!-- <lc .:,poio", multiplil':u;äo tlc~tas ' 1 b:1~cs·· c "libcrta('ao·' da:.;; zo 11~1s corrC'spo11dcntcs. Tndo i~.._o rcccbc o nomc gcncrico de ''l'ri:.;;1;1l iza(.::io", quc C como os espcdalist~~ dwmam :i e:::tc pri mciro 1cmpo da m:1rdrn rc\lolucion:uia. 0 sc;:!undo tcmpo, cham.:1do de ,;or~aniz:i<;;io" 1 usa como pri11<:ip;1l tC('nica opcr;itiv:1 ;1 criac;äo c o r ganiz;i<,;50 das cham:1d:1s hierar<111ia~ par:tlc lasJ $iStcma a(ravts <lo qual c:1d:i i ndividuo C inserido no contcxto gcr;il, scndo facilmcntc conl r ola.vcl por di„ fercnte-s meios: distrito, r:rn15o, eo• mitC c, finalmenh:.-1 o Jlt)rtido. 0 tcrcci ro c ultimo tempo do proceS$O (! o da "milil:,riz:t(äo"', qu:i11do $C pa~.. sa ft rchcliäo plr n:i c, tlcpoi~, ,:1s OJ?Cra(<1cs 111il it,1rcs no $C11lido clas.."'1co do tcrmo. Notc..~e, porCm, c.wc de 1111c1<> :i~ for(·:,;:,. rcvolucio11:1r ia::- cstäo scmptc cm inferioridade tccnica c de pcs..-so;1I c. no cnt:mto, frequcntcmcntc :tl':1• h:11u por vcncer :1s ro r(:a::. d:t Ordern. E.111 que sc fund;t a supcrioridadc <1uc assim 111a11ifcsl:1111? fün dois po11tos, ;1eima de tudo : a n:1 conqui::..ta fiska c psic.•olo~ic:t das popula00
(ücs; h - n~ i<koloJ:!i:.1 revolncion;,. r i n quc C inf1111dida 11:1s popult1(Ö('S co11q11istadas. N:t vcrdadc, o quc o terre110 r c„ prc~c::11t:1 1ws opcr;'l\·<1<:s: 111ilit:ucs tt.ldiciouai:--, :1 popul(l('rio r cprcscnta 1,:ir:-t a ~ucr r;1 rc,•oludo11~1ri:i. 0 prnprio Mno (li:,;.sc na sua "E:-tr,,tcg-i:i cla Gucrr;1 l{evol11do11ari:1 11:1 Chin:t„ ( l ivro quc sc tornou fond:uncnlal na co1nprcc11~fto dc..::.ta :u:äo): "O quc ;, agua C p:1r.1 o pcixc, ~• popula~5o C para o rcvol ucio11:1rio. Ern no::;.-;_:t ,::ncrra, o povo annado c a $:"IICrnlha, de 11111 lado, c o Excrcito Vcrrnelho, do outr(), cons1i111<:111 o~ dois br;ic,o:.;; de um sO homcm. Um ßxcrcito Vcrmclho, fo rd1 princip:i.l, scm () apoio cl.l populai;1io cm nrma:.;; c
da g-ucrrilh:1, scri:, um l!Ucrrciro scm br:u;o:s''. P;ira conquist~1r um:i. popula(fio c pan, inf1111dir-l lic po:::1eriorn1cntc uma dctcrini11:1da l'onvic(äo idcotor::ica, os rcvolucion:trios atumn por todo::; os mcios, b:is.canc.lo-sc 11:1:.;; :;cg:uinh:s linha!-- m<'stras: couhcccr :t popu„ r cfor(ar os antal;1(fio--objctivo; ~oui:.;;mos com as auloridad<'s lc~it iznjs : intimid.;u:äo, dc$rncmbramcuto c dc:m1oral i1.~1('50; - dc1nonsCr.lT a~ afini1.ladcs dos anscio::; da popula(äOohjetivo corn a idcologia r c.\'olucion:,rfo: "$log:ins" , favorc:c:cr o "nacion~1lismo·•, etc.; to11trol:1r ~ ra<fativ:uncntc a populatf.o: dcfcus,vamcntc, impcclinclo :i voll:t <1a ordern
lc~al
c
c1imi11:111do c)s
rcsistcutc.s :
n111:,;t nuiv:imcntc. pcl,1 eth1c:,(iio politk:1 d:1s 111:iss:1~ c pc:la:.;; hicr:trt111ia$ p;1 ralcl;1~. N:1 t.,rcf:1 tlc conquist:ir :l popul:1(iio fo~c <111c clc ccrta fornrn o proprio ßr:is.il c.-stl1 :,1 rn,·e$.<::;11ul<> todo o cmpcnho C PO$tO na c:ipt:t~äo dos clnun:ttlos "uc.·ulro$'" c da~ cli tc.-s intclcdu;\i~. lihcrnii- ou pc:rfo,1rcntc::-: a po$icüc::- polifk:is incdi,1t:i 11u:111c favot;ivc.:is ;·l lkvolu(fio. At111i :-.~· intcn:-.i fir~, :1 p rcg.1('.l10 ~lo quc os
c:~pct'i:11i~t:1s ch:ttn:uu .de ';idco!o;..:fa~ i11 1crmcdi:iri:1s" , n 1jc> cxcmph->•pa<lräo l· o ~urlo de ''rmdon:1lis1110" cx:1c.:erh:1c.fo. Si10 doulrin:1:.;; clc :::ahor por1ul;1r quc l'm1:.;;c;.!11em pcncl r:1 r ondc :t idcoto~itt c:ornuni:-.1:t fornwl 11:i.o h:ri.- scn.äo 11111a pet.111cn:1 :ll'Cil.it;äo. /\:,;~im,
atrav(•:.;; ctcst:1s do11tri11su;öl's
i11 tcrmcc.li:1rirts. :,;c con!;cf!ttc um.i ntitmlc rccc1lt iva p:ira com n ''li11h.1 justa". "Ni10 scndo a itlcolo~i:1 com1111i:-:t;1 scnäo um ;::-uia J}~tr.'l :1 .t(fiO, romprccmlc-sl· f:idlmcnle <111c. :1~i mlo SCJ:!und<> mclodos c.·omunisf;1s, .. 1:-sc
lcvttdo m) c.·01111111is1110. "'Muit:i:.;; pc:.;;:.;;oas de bori fC (:.;;ic) nf10 puc.lcram cs.ea,,:i r "' c:-ta cvoln(.10 f:it-;il. Accil:tr:nn um Ohjc1 ivo tamhCm vis:ulo pclos comunistas <rn 1,,-:-tabl'lcccrm11 ;,1li:111ta~ tatk:-is com c:-.tL-s. Certo~ nncio11:11istas do Vict11.nn, t·crtos fülcrcs opc:r•'t rio:.-. d:t Fran\·.;t c umn p:irtc do~ c:11olkos da China fizc rnm a cxpcricocin dcst;1 ~·oopl·l'a.(iio c, cm !-\11:1 nrniori:i, :tt·:ih;-.r;1111 por in;.:-rc:,;.."'<.ir no romuni~mo (ßoulnoit.·, "L.:i Gucrrc l~Cvol11tio11n:tirc").
M.ii::; 11m~, vei, C$t~1 com:lm•.i10 de um r<:110111:ulo cspl'.d:1li:-.t:i. o corn:i11 <l:intc l ~oulnoic, harmonir.:t-sc pcrfcil:11ncnlc COnl tl:3 repc1id:1:-:: :1dvcrtc11-
d;1:,. de "C,,1olicismo" cm rclnc:äo a c.·crto tiJlO de c;itolkos partidarios d:i politic:i cla "mäo cstcndid:i··. A ad·•o rcvol11cio11,1ri.i, porCm. sö a(in~c scu :1po~cu .apbs a cri:i(·flO c cxpan~:io <Ins " bnscs de npoio", <111c
po~sibilit:uu o :tp~1rccimc11to das ''zo~ libcrttd:i::;··. o mlc fin~\lmcntc ~e
11.1-s
in:-lal;,
o
" govcrno
rcvoludonario".
A FI...N d:1 /\rj!'cli:i, :iincl:i um:i vcz, scrvc <"omo cxcmpto dt~t.l :1(".io. No :1l;1rgmncnto (lcsl;1s zon:1:.;;, :, l nta ja C nbcrta, c 11::;::i como opcr:,('f10 111il it.nr mais .idcqu:id:1 a t.itica de ~uerr ilha::;. na qual, scgundo prc:scrcve Mao Tsi:-tung: - sc o inimigo avan(a, nOs nos retiramo:.;;; - s<: o inilllii!"O ~c entrinchcir.11
nös o i11(111iclamos: - se o inimigo c.-:ta csgot:1tlo, nös 0 :tlat:llllOS::
- ~,· o inirni~o sc reti ra, nös o pcr:.;;cguimos; - se o inimigo sc cntrcga, n6s o liquid:m1os. Vcncid.a •• Jut:i, s11r[.!c um simulac ro de J.:"Ovcrno, a "dC'mocrnl'ia po„ p11lar". onc.lc, 11:1turalmcntc. "cl ,,a„ der6n" on,para lugar de dcstaque: .•. M(IS
nin<.fa näo cgt,i complct :i a
:u;5o.
/\::: popula~·cies vcndd:1s aind:,
ofcrcccräo rcsistCnd:i., a mcnos que adquirMn 11111:i idcolOl,!"i:1 rcvolucio11;1ria. Torna-sc nccc::;::;:,rio 1·ccd11car politk:imcntc :is ma::;.~:is, "livran• cto~as d:1s <:rcndiecs do c:1pifnli:::mo c do~ fan:1ti~mos da r<:liJ!ift0". Aqui cutra em l"CU:t o 111011st ruoso proccsso chamado de "lava~cm clo ccrcbro", instrumcnfo tcrrivcl de violat;ito da inti111ill:1dc p:;iq11ica, da pc:rsonali• dadc. A camp:inha da
Indochina, mais quc <111:ilqucr C)u1ra, foi 11111 vasto l::bora1orio c.lc cxpcrimcnt:1c;5o 1>:ir:1 os ,,sicolo~os do munclo intciro.
2.
da Motta
si~te cn1 ver, 11c$:l:1 1.:11crr~1, ~1pc11:1~ uma cvolu~•;'i o da C!--lratcgi:l milit;ir noruwl. Assim, c11quanto a l~r:Hl(tl milcm'lf v:1i ~c dc~~;1~t:111do infcrn;1111c111<: ,rn dch.1te :1p:tixon:tdo do problcm:i, .'! lk\'oh1,·fio i:onti1111:1 a av:1m;:1r imph:<lo:.;;:unentc, näo s6 u;t Ar;tcli:1, 110 L:,os. 011 11:1 E.11ro1la Oricnt:11, t.·omo 11;1 propria fcrra de S.fio Lui::;. c·111 Cnba c, <111l·m sabc:. no rcsfo d:1 1\mc-
rk:1. l)cntrc ;1:-. v:tric1s soln(fü•s po:-~ivCi$, 1C111 ~ido 1.:ns:ti;1da:.;; :is $c,;::11i11tcs: rcprc:s."'<{10 fo rnwl c dircta (ohvi;1mcntc i11t';'1paz (lt: co111cr c~lc tipo de J:!ucr,·:1), racific.'M;fw (impotente, 1;·,,uhCm. 11oi:-. scrvc :ipcn:1~ p:ira rermi1ir rcfo1\'0s ~1os rcvol11l'ion:1rio:.;;), detl~.i cm supcrfi<:ie (romhntcs isol:i• dos c oc.·up:ic:äo tlc pontm~-d,a\'c. rncclitl:ig tHllbtts incfin1zcs). eh.'. l1111 balaiu:o di, cxJ'lcl'i<:nd:t 111ili1:1 r rrancC"$a J)ropöc, :1s sc:~ uintc:.;; mcdid,1$ gcr:·1is: - 1111114:,1 tr:.tnr de i;.:11:-1 l'W ra igu:11 cum um movinlcnlO rcvo~ lucionario: - isol:i.r Iod() tcrritorio oml<: :::e vc r ifiquc um:i rcvolt1(;:io :1rmac.la: - tcnt:ir hlo<111car () prc)c-Cs-"O rcvolu<"ion:i rio o nrni~ ccclo po~~ivcl:
<111:into rnai~ lardar :l :i("fio t()11frn„rt.... vol11do11:ui.1, t:mlv 11rnis d ificil :-.cr:i cl~1; cn1prc~t1r lodo~ os 111cios 11a luta nnt i•r<:volu<'ionaria : poli I il"t1.s, 1>:.;;icologi(..'OS. ••dmi II isl r ~1i,10::;. ct.·0110111ico$, sociai~. rultur:iis, rnilitnrcs: efcti\'ar :1 th,.,:,:trni\•f10 d:1 "or;:-:111i~ 7.:1~·{w „ r cv ol11don;)ria: rcconqui$lar llu)ral. fi:-icr. c psicc.,1ogic:1111cntc :IS pop11l;11J1-($ lihcrttt<l:1$; - C~J.!Ol~1r ;1~ for<;:ts ;irmad:i.s da Rc \•Oln(äo <: d:1r ~lhc-:.;; co111h:1tc si:.;;tcmatko. Tmlo is."o. porCm. fü:a condicion;1<10 ;1 c.·cr t;1s prc111is:1s: 1 m:111kr firme a vontade de vc,1c.· cr. p;Ha o Qlll' $C dcvc lcr hem vi\'f> um !--i$tcnrn tlc v:,lorcs <111c rcprc:-.cntc fictmcntc :is :ispir:t\:t,l•$ de qucm l11t,1: 2 - al11:1r co11tr:1- rcvolucio11.1ri.1mc11tc cm todos os sc111ic.lc,::. t: por 1ndos o~ mc:,ios. tcndo :-.cmprc prc:.;;cntc quc a 11nid.1dc de crcn(':1s C f1111damc11tal; 3 c rcr firru<:111e11tc n:i rcal i<ladc dt:::.ta gucrra c cst(,r 11tc11lo ä sua cvoh, ... <;5() e a scu$ :i~cutcs : 4 - c.· onhcc(•r os. proc.·csso:-. e "a tec11ka oper:1donal d:t l{cvoh1(.-~10.
3.
A guerra revolucionaria e, apenas, parte da Revolu~ao
problcma politico-militar d:i ~11crra revol11don~1ria mosfrase bast:rntc fodl clc idcnlific:ir, 110:$ scus fund:1111cntos rilo::.ofico:.;;, p;1r.- os catolicos. Esfa ~ ucr ra ntio pass:, de um :1~pcdo - import,lnte :-.cm duvida, nw:.;; :1pcn;is um ;'lspccto de 11m proccs.-,o ;.::trnl c 111:iis profundo, ch:im:i„ do fkvohi(äO. A Hcvoh11\i10. t 11q11;111to movimcnto progrc-:,...._ivo c i,:r:td.ativo, :,1nlC('C\fC c ul1r:1p;1~sa a gucrra
0
rcvol11ciona rit1. /\pcnas. cm fun('iio tlc oporl11nid;,dcs o fcrccidai- pclos f.ltore:-. J.!CO~rafico:,;. c c ullurais, o movimc-nto icral da n cvol11('50 cnc.·ontr;-1 11111:i fo rma parlicul.irmcnte cJk:iz tlc a(·fio na l'h.tm.ttla J!UCrr:i rcvol udonari;i, 0 que {! trist<·. J)or(•m, l' vcrificar :t Rr:11ufc dl':-.oricnl:t<;fü> :,inda C'xisfcntc ~nlre :1s for~·as t.la o rdern. a ll•!a~ 11:10 l hes pcrm1te 11111;1 a~·äo mais cf1t1cn1c cm proftrntlidadc. Por in-
nivcl c.111c p:irc~·:t - c is:-:o 1111nc., podcri;1 ;it'ontcccr :to:,; quc sonberarn Jcr "l{cvohi( ~"io c Cont ra„nevoht('.:io"
-
:1i11cl:1 h;\ quc111 dlsn1t;1 :t cxi:.;;1<:ncia dcsta l~cvoh,,·Iio c <lcgt;i g11crrn rcvol1Kio11;1 ri;1: c)11tro:.;;, :tt'cila11tlo a c:xistcnda dc·st:i ultim:1, intcrpret:un ua nrnis nm10 1101:t r:1d<J11:,liz:1c;;"io do or~ulho mililar frtuicl's di:rnfe das tlcrrot:1~ :-.ofritf;1~; e .iind:, nutros cntar;1111 tudo $üb o ponto c.lc vi:-fa c:xclosivo tlo intcn·s..._c rc;.:ionnf da Afril":t 011 tln Asi:i. Os proprios 11ortc:-1mcrk:1nos. lt10 clir(;t11rncntc i11ttrcs.-.._,ttlns, ;iiml:i nf10 vnlodz;1r,1m dcvid:11ncutc :1 <111csl.;io. a:::.smnimlo uma
atilmlc q11c podcri:unns l'lianrnr <IC i mlif(•rcn\:;1 1'impr1lkc1, c;uq11(111fo f\!111
..:ru:i.:~ 11crv~;1~ :mtt a .,mc:-i~·a tlc 11111 :1t r:1so 11:1 corrit,.13 csp~1cinl. 1\ ~ucrr:t t r:l(.lic:i(rn:11, ou mcsmo :1 nuc.-k:1r. C t.•111 ull imn :urnl i:.;;c o rc:-.111t:1do de c.lu:is rnr~a:-. <1uc sc c lio<·:1111 111ili1.1rmc.:n1t:. J\ ~ucrrn r cvol11..:io11al'i<1 C 11111ito ntais profu11<l;1, por(llll'. C h r1...sult;ido do cntrcchoqttc tlc
t111r1~ t.:011ccp(t1c.-s c.tc vid:t, intrinscc.lmt·nlc irrcconcili;1vci:.;;.
s,·.
pclo c:<:unc dc Sll,1$ c:111:,:.:1:-; profonda:,;. :::c J)Odcröl chcg-ar :t 11111a :t('!ic> vcrtt:1c.lcir.11nc11lc dcdsiv:, contrn c:-:~c tipo <lc 1'.{ucrr:1.
4.
A defesa autentica contra a guerra revolucionaria
E
M vi$t~ \IO n<1ni cxpo:.;;to ,dcnt r<>
tlo~ hnutcs de 11111 a rtiJ,:O de jornal, nfio p:.1<lct·c duvid;1 quc .t ;.:ucrrn r<:v()f11do11:iri:t (·, cm si rnes111:1. :inti-rcli:,!io:.;;a. E isto pofl111c C a Ucligiäo, 1.'01110 fundnmcnlv da Vcrd:utc, :, Hllima c. mai~ tcmivcl h;,rrdrn par,1 :1s for~:ts do J\t\al. P:1rcl'C-11os - mc.smo indc1>cndcnk de l."Onvit::cäo rcli~ios.-. f, luz da mc ra ;rn:ili~c p~icol01,!icn n5o h:-1vcr ddc~a cfic~11, cont ra cslc fipo de gu<:rra :.;;c;m sc rcvilaliu,rcm, rohnstcccrcm c cxaltarcm os v~1lorcs pclos <111ai~ tlcvcnios luta r. Um homcm 011 um.i 11a\·f10 t111c nfio ~abtm ü <1uc qnc1·cm dcfcndcr ja es1äo dcrrotados. Os 1·>ovos oddcntai~. <1uc. bcm ou mal, :iiml.i säo os hcrdciro:,;. d:1:.;; 1rndi<:t1cs da dvilizac:äo rristä, n 1j o apu~cu foi a socicd:idc o rg.:it1ic:1 tlo :.;;i:.;;tcma km.l:11, tCm urn., filo~<>fin de vida quc cnccrr:.1 um s:istcma de v:tlOrc:-. Bcm s;1hc111os <1uc, cm ccrto $<:,n1ic.to1 i., apostasia r>ro~rc:,;siva desses povo~ C quc sc dcvc ;ci facifidadc d:1 pcnctrnt;5o idcologica do credo clc Moscou c i>cquim. No conj unto, porCm. aim.la (: ;1 tradic:fio crist.a do Oddcntc a g r:mdc barrcira conlra o co1111mi~mo :ip:1trid:i <: atcu. Acontccc {1uc t;ll sistcma de valorcs r:iramcnte (: conhcddo do horncm d;1 r11..1, ao mc.nos no $t1a fo n nulac;äo cxplidta. lsto C: sabcmos mais aq~1ilo quc n5o quc.rcmos, tlo quc aq111lo quc nos convCm. Pnra gar:tntir. pois, a dcfcsa profnnd;:a cont r a ;1 ma rcha da Rcvolu<;fio. a primcira tarcfa dos govcrnantcs · c cfa:.;; clitcs :::crf-i a tle uma c.duca(fiO gcr al, nutcntkamc.111.c crist5, tlllC vit;1lizc c to rne co11hcc1dos nos1'og VtilOrl-S. Dcntrc cstcs valore:s,, naturalmentcI ;1 unidade da fC c .i. edi fic.a~äo de • • Cristo cm cnda :ilm.a const1tmrao o :iliccrce p rofundo. "E tuc.lo o m:ii:; ,•o:,;. :-;<:rft dado por acrc:.;;cimo··, como dizcrn os E vangclhos (J\'\at. n, 3:{, c
l.ur. 12. :II}. Si"1 as....:im $.C cmnpr irä a docc pro-
mcss3 de quc "por fim o l maculado Corat;f:10 1ri1111 f ara !''
As solu~öes contra-revolu-
.
.
c1ona r1as
C
OIJßF.. ntc hoje, ao cxer~ito
frm1Ct-s <> m:1ior pcso da g-ucrra rcvol11do1wri.1. Mais do que outros p:ii:::c•:.;;, :i Franta tcm scntido na propria tarne os cfcilos <l<'St<: tipo tlc g-uerr:1. Era nator:tl, port:info, quc :is 1>rimcira~ tc nt,,t iv:is Je ncutraliza(·äo si slcma(ica parli~scm d:1li. A folta de prcp:i r:1('äo filosofica 110s q11:iclros 111ilit:1rc:.;; t.-ilvcz t<:nha $ido o f:,to r rcspons~wcl pcl,1 <livis."io intern., quc o imp;icto da g ucrr:1 r evo ludonari;:i; causou ent re os oficiais fr:uicescs. II;\ os que c xi~em uma r cformul:1(:io co1111,lcta da doutrina mi lit.ir, prcp:ira.mlo o:.; ofi<:i:iis c s11b~1ltcrnos alr:ivts d<: um ~istema de dout r i n;i(•äo, c h:imatlo de ":t(äo psicolO;,!ic:1··. Ontrö::: vl!cm ues f:1 ac:äo 11m;1 t:1tk:1 comunb~ta fl:; avcssas, c sc in:-urgcm contr;i o quc considcram mna lura com os mcsmos rcc ur~o:.;; quc ;1 co11::;<:ic11cia ocidcnt:il vis:i :1 combatcr. Urna tcrccira corrcntc in•
MENSARIO COM APROVA9AO ECLESIASTICA Campos - Est. do Rio Diretor: Mons. ANTONIO Rl ßEIHO DO ROSARIO R<:da(:äo c gc1·cnci::i.: Av. 7 de Sctc.mbro, 2 <17 -
Q.iixa P oShll 333
Con1um .....•..••• , , •............. . . . , , Ocntcltor •..••... , . • • . . • . . . . . . . . . . . • • . • Crandc bcnrcltor • • . . . . . . . • . . . . . . . . • • • • Scmlnnrlstas e cstudnntc-s . . . . . . . . . . . . Extcrlor . • . •....••• ..••. , . . . . . . . . . . . . . .
CtS 250,00 Crs 1.000.00 Cr-S 2,000.00 Crs 130,00 C-l'S 2S5.00 N u n, cro lt , •uJ~u • • • • • • . • . . • . . . . . . . . • . . . . Cr$ 22,00 N u mer<> ntri\ ~H\tlo . , •• , , ••••••• , • . . . . . . . CrS 25,00 r orn os ~suu:tos de Aln gons. Amaz.onr1s. Btthln, Cenrt,, Co1!1s, Mo.r:U1htlo. Malo C1'0$SO, )'.>t11·(1, P"raiba, Pcrn:,1m1>uto, Ploul, lllO Cn\1,d(! dO Norlc., Scrglt>e c TcnltOrlos, o Jorna.J ~ covl;HIO ,,or vln ncren 1>elo 1>rc('O da tisslnnturn oomum. Mudn11ta do cndere('O do ni,!;liml n tcs: mcncionnr o cndere('o a nH;:o. V::1tc~ J)0Sla1s, C:lrtn~ com
\':JIOI' dcd:lrado, c;he<IU('S, dcvc,·«o SN' (mvi:)-
dos cm nomc de um dos St>gulntcs Ap.cnlcs c JMra o 1·,~spccttvo cnderc<'o: Ag<:nte i:-c,ral - Dr. Jos6 de OJlvclra An rndc, Culxa J>ostal 3.33. C:unpos, Esto.do do Rio; A,:-cnt o pnra 011 &tad o~ d o r::u1u,f'l , JUo Gr::111do d o Sul, Snnta Cnt11rlr11\ "" S:lo Pnulo ,,_ Jos(: 1„u1s de Frcltas CulmnrAcs Abl;ts, nua Castro Alvcs, 20, Santos, 1::st.ado de srw Pauro; A,::en l~ 1mm os 1-:;st 11d os c.Jo Coli\s, l\lJ\to Grott.oeo c ~ln:u~ Cnnls Dr. Mlllon de $..'\lies Mourüo. nua ßarüo de Mnctu1bas, 202, tcicronc 1~2279, ßclo Horli',OlllC. EsUtdO de Mlnas CCl'.'.llS.
stirnu o a cortezia ' Ba 1 n1 a B <<
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parquc a mclhtJr qut;, s,• 1wssa ,fr .. sc;ar a ffrlelidadc ,1 cssa tradir,fo que sc rhama II cuflttr(l crislci, qmm•
do se <ulolam as /or,,w.~ motlenws paro a toruar acctssivel: espltndor do cullo <'OJtse.rva„ tlo m, li11ha sevcra c muito 1mra. robuste: juridica c morol das iustitUir,iies civis. (' eufim amor cfq l>elo hrlislico. quc <'<>flfcre 11111(1 nolo
,,oetica äs aldeitls mah; humildes. <larulo-lltcs 11111 esfimuto ,i corlezia c ,i dignitlndc da vidtr" ( Aloc11r1io ,tc 30 de abril 1/e 1961, " percgrino.-. de I.Jergamo, i11 "O...serva/Qrc RomatU>'', nlir,io S(mtmwl em /rllti tl!s. de I .• de maio ,lc: J/)61 ) . C<>lll e.~sas palavrr,s de tnlfQ o Santo Patfrr Jo,io XX/ ff tlefinc n.,; comlicöes para quc as ohras de arte produziclas ,:m 11ossos l<·m• po.~ vussm11 scr considcrtlllas conforme.s ü "lra<lif<io quc se f/u,ma tullura c.rislii''. Nlio dcvNu dns ser Q co11trario, chm·tmle. berroufr. caco/011ico. ,1morol e extravaga11le, do 11m•• smfo tri.tltio. Mas uma prqdu(äa nova. 110 arle rellgio:w c fi1,i/. quc CQ11/c11/w em constanfc as,·<•nstio os volares 11ertm<'S ,fo civiliza. r<iü (a/Qlira: seuso motal. amor ao l>elo, es• plcmlor se11cro e pur(), proprio ludo ao "esli1111110 <In cortezio t' ,Jo 1lig11idmfc <.In i,ida". Qut•m 1t: cslas /fl1ses e 1>cmw na m11on1• lismo cinico t· uo odiu ao belo d e Jcmlos
obras cuja "modcrni<ladc" ro11sisll' em a/JrC• seular Jormas ,lisporafatfas t: c·on:s ,felirmtfrs. em induzir o e$pirilo a divt1garUes Joucas. Oll em produzir 1,efe impressiit'f" r ho("(mfcs e destfJllififJr(l((as. mio pmfr tfd.w,r cfe rcconlrecer quanlo ,fiscrepam ,to scntido vcrda,teiro tfa lratli{:cio crisfii, conw foi 110 pa.,;sadtJ e tomo sc conserva. vivt,. cm uosso,-. tlios.
ESTE$ allos e olvi<ladissimos pri11ripios o Santo Padre desccu a um CXCIIIJ)fo COIICfClo: a pocsia de altleias h1111zildlw. qttc tonlribucm para proporciorwr a<> 11ovo os 1•11/ore.t ff<, " ,·urlezin ,~ tlttlig11itffule tlc vltla" 1111e mm,a dvilizar,io c.'t'llo/ica ,uiQ stio o 1,rivilcgio ,Ja hri#oaacia, mas </tu: a arte auimtufll pt•lo t•svirilq rrisftiu devt favorcr,·r cm todas a .... classc:; $<Jdais 110 modo que C proprio a rodu ,mw d('/,1s. Por foda a /;1,ropa f lorcscem - mio lui <mlrn cxprcss,io - 11/deia:; ossim, a um tcmpo
D
/011/cs . rdicarios c sc111t~11tcira.t ,tc umo 11idd ,Je almo mlmirnvC'I. proprio ,1 um povo quc ,uio foi frtm.'5(ormado cm ma~sa. Cm110 lcriam a lucrar na cousitlcrar,io deslt-s r.,·1..•mplos Innlos <ia:; ridades ,lt tU)SSO iulerior, ,ix 1111rlis 11 pcnelro(cio do rspiri/Q re110/udo11orfo, lodo matcrialisfa c 11tililario 1 priv()u tfe.,..dt o llilSn·-
,/QurQ do t:UNlll/o cfr S,io Jmio de/ Rt i. de Co11go11hns da Campo, ,.:111 Mi1111s. clt• M'Huy. t·m Säo Pmrlo, elc.!
Stein am Rhein -
simples "Pcdra junto ,10 Rcno'' - C uma cidad,: minusrttla 11<1 Suira. nw~ ("/u:ia ,Tc pocsia. mute. fomo se vc ·,w folu. fudo co1111il/a ti cxislem.:ia crishi tlig,m e cor-
lcz, tle quc fa/11 " Pt1f)11. A peq11t·11(1 /lfUf/l tfo merrado, afavel, lrlm{Juila, 11tturatla a fumlo pela Sl'rie,tmle ,to Pa(o muuicipul rlu sec:ufo XVI . reprcseu/11 a aspecfo ciltufino tla
cuc,mtllllort, locali<lntlc. P,,ri:m. co11w lmltt al,fr;a ,1ertlmltira ( c S tein am Rhein (: nwis uma aldeia ,7,re uma ,·ü/tule). ela <ICl'(! scr visfo mit> s6 cm si mcs1111t, ma.~ U1mbl!m cm /1111nio tlo u,mpo. 0 scg,mdo clicltl: 110./t1 mostra como elcmcnto iutegrtmle da paisagem lmcolicu. ,711c seu c:ampa11nrio alla1u:ir<1 domi110. e11quauto as lwbilar,Ucs popularts. conforlaveis ,. olc•;.:rcs, pa,eccm aconchegor-se fililllmente j1111/o ,i igrcja. e mirar-sc~, salisfeilas de si. ,ta paisagrm c ,10 Criador rheio ,Ir houdade. na placldez li11111ida tim; flguas ,ta Rc•tlt). Arie, pO('~·in, tliguidade e ,mu: uidade da 11idt1. frufos eximios dessa ;'lr0tli(tio (flll' St' rhnuw o cullura aist,i'1 • •• lradirüo <111e mio e avcrw~ um 11erfigio d<> possatlo, ma.t um VCI/QI' 11erflw, a i11s1)ifl,r o prest•11fe ,. o fuluro .
•
AMBlENTES COSTUMES
CIVILIZA~~ES
•
AfOlLliCISMO- - - *
NÄ.O ENTERRAR NEM DILAPIDAR O TESOURO DA REVELACÄ.O ' EUS quer quc todos os homcns sc salvcm. Mas näo hä salvatäo parn uma nlma scn5o na possc da gra~a santifitantc, c1a mesma indissoluvclmcntc unida, scnao idcntificada, ä virtudc tcologal da caridadc.
D
Orn, a caridadc, por sua vcz, supöc a fC, virtudc que inclina a intcligcncia a dar scu a.sscntimcnto, sob o impcrio da gra~a, a tudo quanto
Deus nos rcvclou. Deus, quc quer a salvac;~o de todos os homcns, descja pois quc todos
ctes chcgucm ao conhcdmcnto c a accitac;äo cxplicitos ou implicitos - das vcrdadcs de sua Revcla~äo (näo abordamos aqui o problema da ignorancia näo culposa).
Jesus Cristo, Deus l!ncarnado, hmdou uma socieda.de rcligiosa, a
sua lgrcja, para transmitir infalivelmcntc As ahnas o tcsouro das vcr<ladcs rcvcladas (c para ajudf1-las a conformar a cstas a sua conduta) a fim de que, pela fc, chcguem ao amor, it gra.~a C ft salva~äo.
A lgrcja Catolica, unica verdadcira lgreja de Cristo, rccebcu pois cm dcposito a Rcvcla~äo de Deus. Para sua miss!io salvadora, dcvc scr fiel Ela asscgurar cstas duas funtöcs: 1 - guardar ciosamentc esse dcposito; 2 - aplicar-se a cxplicita-lo c a toma-lo acessivel a todos os homcns.
a
Oe dois modos faltarja a lgrcja il sua missäo: dilapidando, ou cntcrdcixanrando o scu tesouro, isto do penlcr„sc alguma coisa da doutrina divina, ou näo sc empenhando, com todas as suas ror(.as, cm fazC-la conhccida.
e,
0 scgundo clever supüc o prirnci„ ro: C impossivel salv~u os homcns fora da prcga~äo fiel do Evangclho c das verdaue,; conexas.
Da parte da lgrcja, a conscrvatäo
do deposito sagrado c, tanto, pelo mcnos, quanto a divulga~äo dclc, uma missiio de amor a Jesus Cristo c äs afmas. Embora susccptivcl de graus, a conse.rva("fiO nfio admite matcria levc : o abandono de um unico jota da lei ja constituiria infidclidade gravc.
e
para a A divulga~äo tambcm l greja objeto de um dcver grave, mas näo "ex toto gcncrc suo'', scnäo apcnas "ex gcnerc s110", o quc significa quc uma ccrta dcficicncia de zclo podcria näo passar de falta lcvc. Sc bcm que a l grcja tcnha quc asscgurar ao mcsmo tCmpo as duas func;öcs, de salvaguarda c etc comu„ nica<:äo de sua riqucz.a doutrinaria, comprecndc-sc quc scus ministros possam sc cspccializar cm uma ou outra ctcssas duas atividadcs. Tal especializa(:5.o, a scrvi<;o m:iis ou mcnos direto da virtude da caridacle, näo pode significar isolamento rcciproco das funröcs, pa.rficularmcn„ tc no que diz rcspci to a comunicat;äo, que tcm quc scr divulg:ac;äo de doutrina ortodoxa.
Falta ä s11a missäo de caridade o ministro da lgrcja quc conscrva c dcfcnclc o dogma com uma aspcreza prejudicial ou, mcsmo, apcnas inutil ä pcnctra<;äo do Evangclho.
Mas peca bem rnais gravcmentc contrn cssa mcsma caridadc o apostolo quc adultcra o Evangclho para
Nn comunic:t(":'io da mcnsagcm divina, C possivcl adernais incorrcr cm ccnsura por falt.ar ao respcito dcvi„ do a pcssoa hmnana, ä prudcncia, äs convenicncias . .. O apostolo podc, all:m disso, deix;1r•SC lcvar a "major;ir'' o dogmn, nprcsentamlo corno obrigatorio o quc C opiniäo livrc. cxi„ ginclo, cntäo, mais do quc cxigcm Deus c a lgreja. Essns faltas scräo, conforme o caso, gravcs 011 lcvcs. Salientcmos o scrvko quc f>rcsta ao opcrario evangelico cspcci aliza(lo na divulga<:äo do dogma, o outro opcrario cvnngelico que sc aplica a conscrva-lo cm toda a sua intcgridadc.
Se a primcira caridadc para com Deus consistc cm Lhe. guardar a pal.\vra, sc il primeira c.aridadc para com os homcns consistc em lhcs eo ... municar a vcrdade, qucm näo pcrccbc <1uanto mn tal scrvico C prcnhe de amor?
Prctcndcr opor na lgrcja, crn norne do prog:rcsso, a fun~äo de comunica,;ao da doutrina a de salvaguarda desta, seria tcr uma Singular id~i_a do que scja o progresso. Mas pretcndcr cstabelcccr cssa oposi~äo cm nomc da caridadc, scria o cumulo!
• Talvcz n5.o scja inutil rccordar cstcs principios em nossos tempos de ccumc.nismo, para cvi tar quc. sc digladiem mutuamentc, scm proveito 1,ara ninguCm, um sabio conserv:111• tismo c um prudentc ircnismo.
F. V.
sc fazcr mclhor ouvir c aceitar.
REFORMA A<iRARIA - QUESTÄO DE CONSCIENCIA
EM TRI NT A DIAS •
Nn. V F:xposirlio Rogionnl A.;-ropecu:1r in. o Jn,,lustrinl d e Sct-0 M\goas, J'Al;t.ado do i\linns Gcrais, o m;butd>) clo livro <<Re(orma. Agrnrht - Qucsliio ilo Conscicncin» rccebcu mcn~iio honros11, r1n. ca.tcgori11. livJ·os.
•
0 comcnt.arist-a Joiio AU.>crto Leite ß arbosa. relembrou cm «O Globo» do R io de J nnch:o a. advertcnci ,1 feitn, c.rn «Rc!ormn. Agrari o. -
QuestUo do Consci<mci:t» ,.. rcspcito dos «prcconceitos 1mssionn.is» com quo o. quosli'io ngri1.rin. costuin:\ scr trnt.rula, nlcrt.."lndo contra os peri_i:ros de uma 1,olitioa. rural tundnd ::.., null\ «eom1llcxo» coutrn o 1>.ropriet-ario rural e o tlireito de pro11r icd nde. 0 jornaliSL"\. Itubens ,l o Am1\1·t1l c o nosso colnbor:tdor Eng.0 Cclso dt\ Costa C,'arvnlho Vi<lignl cstfto t .r a vnntlo, atr:1-v6s das J>nginn..-. do «Diario clo &1o Paulo», u nm ,,oJc.mie,'\ suscittul :L 11or criticits fcitas pclo primciro ::io livro «nc.rorm :\ A~ariu - QuestUo d o Cooseicncin». J{, foram J>ublic:.1dos cinco nrt igos. •
Questiio de Consciencio» este"c vi\'amcnte cm foco 1>or oensiiio <lri >L'\..'Vlll Ex•
«Rcformri. Agrur i~\ -
1>0Sitiio Nnejonal do Animnis e P rotlutos Dcrivndos, do P orto Ale;re„ Uma ofienz pr o1>ngamla, com fili xas nlusivns c <listr ibuitäo de tolhctos. 1>rovocou inu mcros eomc uhtrios sob"o o livro, cvidcncinndo fL grnnclo siml)atin quo cJo vcm cn cont riuulo n os m.e ios, rurais gauchos o clo toclo
o Brasil. •
Um nJ'tigo do nosso coJaborador Eng.0 P l i nio Vhlignt X:wior da Silveiro, most nuu.lo o cotn1,1eto s:ilcncio n. que ficaram recluzhlos os economist.·\s {nvo.r"i\.c.is no ngro-rc„ form ismo, <11.wois dn. 1\ublicr,t,äo de «.Rcformn. Agr aria 1 Questiio cle Conscicncia», foi publicndo n o. «Fo„ l hn. de Säo Pnulo».
•
0 liv ro dos Sr$. A1·cebispo de Dinmnntin:l-, ß is po d o Csunpos, J.>rof. l'lin io CorrCa de Olivcira e cconom ista. L uiz i\Icmlonf„'l <lc F r ei• ta.'i con tin ua. a scr objeto de elogios da critica. bibliograJiea o dos c..o;;tudio$OS do assunto cm h>do o P ai.s c mosmo no extcrior. llcgistrnmos nqui os or~1Qs tfa. im)lrCnStt. eseritn c tnlatla, quo t>ublic.'\ram, r cccntcmente, t:1is cto~ios: «O Estndo», Fortale::1. a,
CE; «Corrcio d o S ul», ß a.gC, RS; «Folha. ,10 Conehas>>, Conch as, SP ; «i\lunici[)iO d o x•.atangui», -Pit,a.ngui, ~IG·; «O l tarnrC», Utirflr6, SJ.>; «O Deb:,te», Por t-ug,nl; «Dhnio do Comcrcio», ß clo -Horh:ont'e. 1\IG; «O Nordcste», F'oltale-,m, CE; «Oiario Comcrcio o lndustria», $t1o P :ud o, SI•: <<P onch o Vcr de», D om J.>cclrito, US; «.Oi:\rio (l O Na.tal», l'•l ntal, RN; «A Semnnn», Simi\o Dias, SE; «Ru~ clio Jor nal tlo Comcreio», Rcci.fc, P E; «Ohirio do Sao I'>nulo», Süo P :1010, SP: «0 Jorna l clo Uio e,le Jo.ncir o», R io do Janeiro, Gß. niio tem falt:ndo os opositorc.s, quc, o mnis d ns vc7..CS, i n(ol.izmcutc, 1täo critier1m 11cm discutcm tloutrinas ou fn.OOs, prefe„ rint)() tienr )'\0$ fih,\'1, UCS l)CSS-011is C na.s i nvcotivns. Apresentnmos tn,nbCm uma rcl ntäo (los jornnis q uc lhes cle ram ,l ivulgat.äo: «O Sino da :P'lorcsb,», ß elo Hori:1.01\te, l\l G; « l n formador Co1nc reinh>, l.Selo H orizonte., ~{(;,; «Jof'nal do Dim>, Port.o Ale„ grc, RS: «Voz do l„nran:'.i.» 1 Curitibn, l">R; «Dia.rio <lo Silo Pau 1o», Siio l >:l.ulo, SJ?; «Mosa ico», l'tclo Horizon„ tc, i\lG; «A On:r.ctm,, $:"io \ >uulo, S P ; «O Est.'lclo de SUo Paulo», Sl,1.o l?':u1lo, SI,; e «lJlt:inrn. llorm,, Siio r aulo, SP. •
Tantb6m
Säo Bcrnardo -
Imagcm da Abadia de Solcsmcs.
VIRTUDES ESQUECIDAS
ABORRECER HERECiES COM ODIO PERFEITO De i,rna carta aos habitantes de Toulc1tSe (in "Obras Coni11letcis del Doctor M elifluo, Sc,n Bei-nc,rdo, Abacl cle Clarc,val" - tr·ad. esvanhola do Pe. Jc,irne Pons, S. J. - Rafael CasuUeras Librero-Editor·, B1i1·celonci, 1.929 vol. V, "Epistolar'io" - c1,r·tc, CCXLII, 1,. 505): 1V E itrna ur·ande aleur'ia cont a cheucula de rnei, car'is;·inio inniio e coler11,, o Abade Ber-n<trdo de Gran<lselve, pelas gratas notici.a.s qr«J rne tr·ouxe de vossa constcincia e lealcuule no ser1>ifo que deveis a, v ossa Fe, e cle co1no verseverais no car·inho e devo,;äo qiui v os ins11i1·oi, rninha pessoa, bem corno no odio e zelo que cuirnentciis contra os hereaes, de rno<lo que cacui 1,rn <le v6s pode r·epetir sein nientira 1,quilo do Profeta: "Por·venti,r·ci nao abor-,·eci.a m,, Senhor, os que Vos odeiani? E nlio nui consu,nict 1>or cwusa de v ossos ini1ni(los? Coni oclio perfeito os abor-1·ecia, e tive-os vor· inirnigos 111,1311$, so vor salJer· qiw ei·arn v ossos inir1iigos" (Sl. 198, 21 -22) . Dou gr<tgas a, Deus por·que se dignou abengoar 1ninha ida ate v6s e f ez ([tte rninha v errnanen,cia cm, vossa co·1npanhic,, <nnbora breve, pr·odrizisse al~ 1nirn bein. Pela ve1·dade (['l«J v os 1nanifestarnos, näo so cont palavras, 1mis tcirnbern p01· nieio cle pr·ocl-iaios, foritrn descobertos os lobos qi«J, introcluzi.clos entre v6s, sob disf<ir·ce de ovelhas, fciziani vercuuleir<t <levasta,gäo cm v osso povo e devorctvani as alnias, tat corno urn home111, esfai11uulo deglute o päo fr·c.~co e engole a car-ne das ovelluts que 1nat01,. E j1,nta1nente c01n os lobos clescoln·i?nos as raposas q1ie clevastavarn <t vinha pr·e&iosissirn<t do Senhor·, a saber, vossa, nobre citlade. Penc, e que, enibora descobe,·to.~, esses ini1ninos ctindc, riäo tenharn si<lo apanhados! Ao t,l'abalho, vois, ca1·issirnos rneu,s: consagr<ti-vos a pm·se11ui-los se,n a/1·ouxci1·, acoss<ii-os, enC1tr'l·alai-os, <ite dar cabo de to1los e faze-los desavcirecer de vossa terr<i, 7Jois nii.o vos vodeis entr·eaar cio r·evouso enquanto houve,· a, esvreitc, se111entes que vo~ 1·01ulc,11t a casci. PCr1nanecein eles de <nnbosc1ulct, esconclidos coni os poderosos e r·icos deste rnunclo, vctrci assaltcir e 111.atar· os inocentes. Siio saltea<lores e /tul1·i5es, co·1no obsm-v<t o Senho,· no Ev<ingelho; gente perdicu,, que ci/rct todo o sm, p·razer· cm, 11e1·cler os denuiis. Sc'io C01'1~t1)lores ao rne111no tmn,110 de vossos cost1,1nes e de vossa Je. Beni se <liz que "«s conve,·sas rnas co1-r01n11e1n os bons costu1nes" (1 Co1·. 15, SS), e que "a Unawigeni clesses ta.is estende sua co·1·nt1>ye'io co1n a radipez dci u<ingrena" (2 Tirn. 2, 17).
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,·nm 11 linrn po11lificia. 1111 Bosilit·o tlc- Stio t>r(lro. o Papa Joüo XXIII. Pclit t·oiucitl<•nci<1 ,Ir dalus qnt• vropordtma a torlos os filds n oca:~itio tfo pre.-.for J)OIII/Jt1s Jil11rgfr11s,
,:ru
fllrt)hc/a
um prc•i/o tlc amor C'QIIIJ.>lcfo 110 Pm romum tlä Cri.,:;tm1(lmfr. Pois t•s/e tmwr ,trve rccoir (le 11um1•irt1 impessonl solJrc Pe"ro semptc~ 11i,10 l'III c,ula 11111 tlt• .';c·us S11t('s~otcs, mt1s (/1•,1c famln!m ,•sh'mler-:;c <i pc.'ison imli11itl110/111e11ll' ct>nsitft·rtula sobrc ruju.~ 1Jm{)to.~ ptwa. por disposir,io (/(I Pro,,frfcuda, o ferril1d /ardo 1111c S,io Paulo rlra111m111 o " cuidtulo ,tc lmlt,s tr.'i Jgrejas"
(2 Cqr, II, 28).
Q
UfiM, 1/e quolqutr 1/a.~ grhmle.1:: fi</(1(/(!.I:: fcl,ridfllnf<-·.~ tlc
11ossos dias. ~wi pora o cnmpo. mio lnflla cm scufir 11111n f111ult1111c111ttl tliftrcura ,tc ambicnle. Na d(lfl(/t, lmlo nos fala do homcm. ,lc seu lrnbollto. de s<'us tmcto.-.. de sun.,; /11/as c ,fc sc11s tazcrc•s. li romo o hom,·m hodfrrm, ä ate11f11atltm1e11t,· w,rio. cxritadt> c trcpidautc. ,mtlt,, de .;;;,u,s ,wsiet/{l(/t:s. de sua iustnbilidmlc c ,fc s11t1 e.,·t,·mmr,ia 11tarfft ,, a/mo.')ftrft riltuli1111.
No ,·11mpo. veto r,mtrnrio, 11 suct•ss,fo nalurnl, t'1JIIIJl(1.~st11la
e ptmlaliua ,tos fcuo11u~11os ualurais comtidmw n
idn h11111a11n.
11
0 rilmu dcsln 1cm. poi.~. muito da regularidade c.0111 q,u: Deus rc~t: II 1111/urezn. Dai origim,r-..~c - t.'mlltJ C '1cm sahitlo - um,· homc11s formn,Jos cm co11tnt'lo com (J com1u,. 11111a l'Slabilitlatle, 1111w screuilltulc, uma tempera que Jltes permite t.11/re11Jar com csvlrito tf(·.·w11m,iod", suhrtatrcirü c d;sJc,uUtlo os pio,·cs lormc11/t1s.
Na s11n louga vitln iliplomalfra, lrt111.,;corn',ta cm car{!os de grtuule rc.~1wnsabilitla,Jc. c cm mcio muilas ,,rzcs a circ1111slcmdns criticns, Mons. Roucalli so111J1· c·onservnr as 11irludes ,wlivtt.~ que St• espellwm cm s11a /i.~ionomin: b(•uevo/N1tit1 imf)erlurhm,el, calmt1 c tlN>frezn /Jttra t(m/ornar as sUuociies ma;s ,tiffrc-is. s11h/Uc•za disfcus;w, c suav,·111(~11/e maliciosa ,:111 mcio 1,os t•11/l'erltotJ11(•.~ mais ,,iQJeuto.~. c an 111(':w,o frmp,> 1111Ul csllllJilitlotlc c umn r(mfimridatle de flf<i<J doccmcnlc im1e11cil1cis.
Caila ttlma fem .~ua atiluth· tegilima11umlc cart1clerislfro cm fac·e das ,1bRl1tn1/(J.~ ;uercntes II rsla {!rourlr:. /11/a ,,uc C o
exisdeudn frrrenn. NtJtla mal.~ rontrnrfo ö t•sptemli<ln r ,wl>i/i~s;ma varie,ltufr das atm,,s quc Deus c.riou, do quc imagiuar 1/ttl' ttm drrmtslanrim; iguais tl ev,:rlnm lodns rcngir ,lo mr.:;mo 11u)do. Alitis. quam/() se repeltm, iuleirnmcn/e ig,u,is. t1.~· c.irr1111sla11dlls? Nmla mnls ,lifc'fl'lllc tlc 11111 Sa1t/1J quc oufr,J S1111/Q, se sc rmuporr,r 11111 tw ,mtro. uäo em /1111nio 1/a tltmlrinu l' dos priudplos quc os guiarom, mas cm pmctio cla.,· 1u.ic111iaritltu/cs pt•icologicos e fl•111pcr11mc11/t1is, do 'e:;filo" pcssoal t.om ,711c· t'Gtla quol agiu cm 11ldn. Por isfo mcsmo, 11a touga :mct·.~.wio ,tos /Joulifitt•s ,ow 110/a, n pt,r tlc uma odmirr,vel roercurin tlc dm1fri11a e ,tc mclas. ,mw lmnbl!m ndmiravcl divcrsi<Jntlc tlc cxprcss,i1..•.,· tle 111·,·s<mnli<l(l(fl!. Jmio XXIII 1cm um "esUlo" pessoa/ i11co11/111ulivd. /:.'sie "t.sli/0 1' lifo pcculior~ täo i11i111illl11t'I. /cm uma rclnnio vrof11nd<1 com l1 ltora quf' 11ossa. TQ1/o che/t. tlc c·stn<lo. lodo rhefc 1fc fnmiUa, 1011,, /Jispo , :1 fo rtic,ri o Nomano Po11li/icc. 1..·xcrcc mur, pro/mula ac,io tle prcscnr" llcufrt> ilo 11111bilt> rcspcc./foh. Aos olho.~ dn lmmtmidatlc tli/a„ tCf(l(/a, c-011f11r/.Jntln, 1m$iosa, Jo{io XXIII, poirmulo serc.110 sol)re o N1os. l• umn nfir111t1(-tio vivt1 tln homlmfc pere11c, sobia, plathlll c comlrsccmlc11fe, da Providcntia Dil,i,w. l?c1,resn1famlo ,tois milruin:.:: d1• Nislori11 chcia ,Je luft,s_ . ,lc vil1Jrias em gern/, de 1/crrotns par 11c.u~s. o Papa rcinnulc parect: olltnr pnrf1 o /11/uro lcmfo 110s ln(Jios n /rnse /amoso: ''11/ios ego vidi v,•11/os; alias prm;p<!Xi tmimo procellt1s" (Cic,tro,
"Fnmitlare.s", 12, 25, 5).
Em lodas as cpocas, 11 Prm,ldcut'ia ~-usci/11 vnrÖl'S tlc Deus que tltio cada ,,ual o exemplt> partit1tlt1rme11lc salicnlc de ntguma virlude. Uns c,lificam pc/11 corogem hufomilo, outro.~ pclo /cmv,:rnmcnlo nrdc11fe111e11te 110/cmico. outros ainda pela sum,itlmlc a11gcliu1, pela alivitladc /ecuutla. ou pelo cspirito cmlnc11tcm,mtC coufemplalivo. Subre (Olla e.(;f(I mulli/orme vnriedadc de atuws~ pcreuc ,u, Jgrcjn. disp0$ 11 Pro,1ide11cin qm: pr,;rt,ssc cm uos.<:<M tlias como 11111 nrto-iris entre a lmmanltlmle ,lc•svairlldt, c Deus, a figurn s11n11e, i11lcligc11le c pnlcn111 de
Ja,io XXIII.
A
SSJM a,ista uo horiltmlc. 1110,tcruo n pcssoa <lo augusfo Auh,ersatiautc. o quc naesceulnr sobre seu oimla Mo curl o 11011/i/icado'I
Do;s fnlos IJastam para 11 l,>r11t1r imorlal: o 1/cds,io de l'om1arflr
Q
ConcililJ Ec11mc11lco. I: a f}ublitn(-ciO ,ta linl'irtira
"Maler el Magislro".
A N O DEC IMO PRI M EIRO -
Ntula sc pode imnt:hwr 1/r- mois majestos() do quc o nto
,tu 263.• Suc,..ssor de S,io Pc,lro, rcm,ocnrulo cm mcio ti procela
!to,lier,w, os 2.700 Sucessorct.~ d()S Aposlolos, vi111los tle foclos m; /11/i/11,Jcs, pora esl11dt1rrm os mcios tlc lucrcme11/11r (1 t1Cc'ilJ tlll l1trtja, sat11ar as ntmns e revigoror a tivilitt1(.tio camboleanle. A mcnle quc cxcoai/011 esto magna rc1111i/io, o brnro que ,mm g t:SII) tlirigitll} ll lo,/Qs OS (fllf1tlra11lc!S COIIVQCl)II 0$ que devcm prcvar6~/o, mcrecl'm jti por islo o 11gratletime11/o tla lwmauldmle i11fe/ra.
A phr ,lislo, h "Mater cf Mngislrn". c<milcnsactio, tfcsdahrtmn'lllll a um tempo rocreu/c t~ original. ,Im> em;imuuculos 1/os Ponlificcs tmltrlorcs, C 11111 fat'lto rh: /uz <Jllc satva tlos tristes tsfolhos do socialismo e tlo libtrolismo milltOcs de olmas, c dcsveuda 1mrn eins. "" sofl1ciio 1.fos problemas sociais. horizo11tes all: llgorn i11suspeilt1dos. Pein riqueza de scus cm;i,uu11e11los, 1u•tn oporluuitltule rle .(;110 publiroc,io. esla Enridica se inscrc,,e entre as mniorcs {I/C: hqjc promutgmlas.
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U/\l. a rc:sso11n11cifl de fautos lilu/QS de veuernctio, de amor. tle recoulteriuumlo. 110 fornr-tio 1/0 pm10 c·risftio? [),io-thc forma, ueslcs tlias. as csple.mli<las "Laudes
.~cu ncclamalioncs" que lui 011zc scculos as 11arins gcracöc.~ de fhU.~ crwlnm cmpolRatlu.~ cm l<oma. 1u1rt1 ('XJJrimir tlc motlo hnrmo11ioso c nlliss11111111tc se11 jubllo um; g rmult·s flco11tcrimcrtlt>s da ltistoria dfl lgreja. Os lilultJs quc nli se diio 11 Nosso St•11hor Je.~us Crislo se ajuslmn aualogamculc fombl!m no scu Vigario 11a terrn: " ... E xaudi, Chrh;lc. />apoe. viln.' Salvator rmmdi.
lon1111i S11111mo Ponlifici et uuivcrsali
'J'u lllum ndim,n.
Sa11c.lc f>clrc.
'/'11 il/11111 {1(/iuvn. Snnc/e Paule. Tu i/111111 mliuva. .. . Rex rcg1w1! Rex uosfcr! Spes uosfral Gloria uosfra! Miscricordin uoslra! Au:dlium uosfrum! f"orlifudo noslra! Arma uosfl'tl i1111icUss;mn! sio el exalfallo nostrn!
M11rt1s 11oster iucxp11g11nlJilis! l.ax, via, tl vl/11 uoslrn.
Defe11-
. .. rcmporr, t;o,w 1,cuifml! sn11g11i11c Christi: tias. Amen".
f'eliciler!
Pax Chrisll vcniaff Rt:1/cm11tis Neg1111m Chr;sti ,1e11inl! Dto gr11-
131 - NOV E M BRO DE 1961
0 ARCEBISPO DE IlIAMANTINA AilVERTE CONTRA 0 ''REARMAMENTO MORAL'' "Q Rcarmllmc11/o Moral proibirlq an C!ero;
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110$
lcigo.~ e vivamcnte ,tc-
llssim sc cxpdme o C.'1:mo. Re1111w. Sr. D. Ger(l/t/o <lc Pr11t11rfl Sigflml,
!Utco11sdluu/Q'1.
S. V. D., cm sua ,,riuwira Circulnr t·omo Arctbispo ,le l)ia-
,,o maufiua.
E ts/e o /ex/Q ,lo ,,por/11-
110 docm11c11fo. quc lci,a a duln de 14 (Ir. .~elcm/Jro 1/t' J!)(H e froh,, ,.,,, sua ptimcirn JJllrle, <111 parlicipar,io da ArquidiQ<'c•,,.;1,.•
nas
c' f>lllt'lll(1fflfiits
<lo 80.' ,mivtrsarit> 110 11asci111e11lo tlc Sua Santid(l(/c o Pava Jo,io XXIII:
OMO os Revmos. Sacerdotes e fieis devem ter ouvido, esla sendo feita, atualmente, no Brasil, intensa propaganda em favor de um movimento de renova~äo n1oral dos individuos e da sociedade denominado "Rcarmamcnto Mora l".
Tratando-se d e un, movimento de origem e d e espirito protestante, com a agravante do interconfessionalismo, levamos ao vosso conhecimento, amados filhos, o documento em que a Santa Se nos da orienta~ o e norma de agir a este respeito. Eis o documento: «Tendo cm vista n propngnndn sislomaUca quc ullimon,cntc vem sendo Ccita no ß t•a.-;il pclo Movime n lo do Renrmamcnlo l\1orn1. com a eol',s<:qucntc s impaUa ou ade!-äo de muitos ca.loliCO!) c at~ eclcsiu..'-ticos. o J~mmo. Sr. Cnrdcnl $<#:1·ctario de Estado. [>Or it\tcrmcdio da Nuncialura Aposlolica. raz sa.l>er a Loclos os Exmos. Srs.. 13ispos q\1e continua cm vig◊t· o Dccrcto <:om que a su,-u-cma Sagradn. Congrcgn<;äo do Santo OCieio 1>1·oibiu os cclcsiaslicos. na primavcrn de 1955. <~c parlicipar cm Congressos ou Encontros do Rcarmarnc nto Moral. 0 D~crcto 6 o seguinte:
«O S nnt-o Oticio so 1\Clmir,1. de ver catolicos e. mesmo, cclc• sins ticos procurn rcm :t obtcn\~to c,l e rins mornis o soei:;tis, ainda quo lotn'llV4.frs, no seio d o 1Uli movimcnto c,ue csta be m IOn J::'b d o r,ossuir o p:drimonio tlo <lout rino, tle vidn csr,irit unl o do mc ios ~obre nnt11n1.is do g r:u_:n. prOJ)rio da. Jg roj11, Ci,tolic1'-. Notou -se nin .. dn, com o mnior n.._..somb ro, o rnollo eomo ccr los ioclividuos, dctcndcndo com e ntusinsmo exagcrado os nu)todos e os meios l,ro1>ostos pclo Rca.rm:unc nto Mora l, pa r cc,:m 1>en:mr. eourorme n, imprcsstto <Jue (1w:cm, qne c.stes süo mnis c ficnzes no s..1io de6t c movimcn to ttuo uo scio d:t 1>ropria l g roja. Cntolicf1. Al<:m disto, muitos vCcm uo Rc a r mnme nto Moral um 1>c rigo d e sincrctismo o indiforc: nti:;1110 TCligioso. P or esto mot ivo o Santo Otieio rc1,ete :ts cJirctivas scguintcs : 1) Näo U eon venicnh} , t1uc St\Cenlntc!4 s<'cula.res ou Re ligiosos, o muito mon os Ue ligios.tis, 1., :\rtici1)e rn dos e ncon t ros d o Jl.cnrmt,m cnto ~fon\l. 2) Sc, c m casos ou ci reunsta nc ins •~xco1>ciom\ is, se tornnr 01,orhult\ urn:1,, t::, t par tic iJlfl("i1o, !L, 1,c rmiss11o d o San to Otieio dover:.\ ser f')Ctlid:\. nntcc:ipi,d:uucn tc. J~t:\. ,,crmissäo do $ :,oto Oticio nüo ser{i. conceditla scni\o fl S:..c.erdotes dou tos e pn.rt ie uhtrrumlte l)rutlcntcs, cspccialme nte do pon to de vista doutrinnrio e teologi co.
3) J;;nfim. nilo 6 convenie nt'e qu~ le igos entolicos :\ccitcm 1>ostos de dirc('.ii.O no l ~ arnuu n cn to l\forn-1». l.JOsse r\'atore Rom a no de 9 de dezcmhl'O de 1957, comentando tal disposi~:'io do SarltO Oticio, <lcsaconselhou todos os entolieos n. adcrirem ao Movimcnto rlo Rcal'mamcnto Moral e cspecialrncntc a se tornarcm mc mbros pcl'mane ntcs».
Proibimos pois ao Nosso Clero tomar parte no „Rear• mamcnto Moral.. , propaga-lo, prestigia-lo ou recomenda-lo de qualquer maneira. Doceis a letra e ao espirito do documento da S. Congrega~äo do Santo Oficio, desaconselhamos vivamcnte os leigos de entrarem para o „Reannamcnto Moral'· ou de o propagarem e prestigiarem. Se nos temos, como alicerce, Nosso Senhor Jesus Cristo e temos a eficiencia irresistivel da sua lgreia, porque vamos trabalhar cm organiza,;äo cujos alicerces sao vacilantes, cuios remedios sao falsos, cuja eficiencia e ilusoria? O interconfessionalismo do „Rearrnamento Moral'" vem destruir nas almas dos fieis o conceito da fe catolica como a unica verdadeira. 0 resultado d esta destrui~ao e que, passada a euforia dos primeiros anos, os catolicos seräo menos catolicos do que e.r am. 0 sal perdera o po• der de salgar, e do mundo teriamos entäo que dizer: --◊ e:stado final daqude hornem ficou p ior do que esh'lv a nntcs· (Mat. 12, 45).
Nos ten,os outra for,;a, nossos remedios tem outra eficacia, nossos fundamentos lern outra solidez. Vamos nos u.n ir, nos organizar, trabalhar para levar ao rnu.n do a mensagem d e Cristo inteira, con1 toda a sua for~a e eficac:ia. Nä'.o procuren10s curar os males do mundo com ren1edios n aturalistas.
Vale pois do "'Re;irmamcnto Moral„ o mesmo que dos congeneres, "Rotary" e "Lions". Säo esco1as de d eformayao do espirito catolico, em que sob a aparencia de realizar um trabalho de moraliza,;äo, se destroi nos corayöes catolicos o espirito de fe, a visäo catolica da vida, e os catolicos se tornam naturalistas, interconfessionais e indiferentes. Em resumo, o „Rearmamcnto Moral„ e proibido ao Clero; aos leigos e vivamente desaconselhado" .
REFORMA ACiRARIA - QUESTÄO DE COHSCIEHCIA
EM TRINTA DIAS E
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M vnrios ponlos do Pnis vem sendo poslo 1,111 circ11lnrlio, por e,,idenle iuspirnc;iio co1111111ista. que " Reforma Agrnria - Q 11es/(i11 de Co11scie11cia" 11111 livro co11de11ado peln lgreJn. ! 111pressio11oda com esse r11111or, a c()11ceil11oda livraria Catolica Sti() F roncisco de Safes, de Sorocaba, em carla receule ti Editora Vera Cruz, assim sc exprimi11 : " Q11a11do eslcve aq11i o 11iaja11le dessa co11cei/11ada Edit1JJ·a vc11de11do o livro Rclorma Agra ria, 116s o compramos 1111i ca e exc/11sivame11te acredilando 11a palavr a do viajanle que 110s disse ser o referido l ii•ro a(Jrovado pela l greja. Co11/ia11les 11a palavra do sr . ,,iaja11/e, adquirimos alg1111s exemplarcs. M{(S o livro Rcfo nna Agrari a 1cm 110.< ca11sado grandes problemas, pois ele 111io abso/11tame11/e a11rov1ulo pe/a lgreja". E, depois de se estender sabre as press1ies q11e sofrc11 para mio mais 11c11der o l ivro, acrescc11/011: "Sendo a l ivraria Catolica S,io Fra11cisco de Safes de car ater be11efice11te, {Jois lodo o /11cr o adqr1irido {Jela mcsma 1' re1,erlido em fa ,,or das fami/ias pobres da cidade, m7o llllS i possi11e/ f icarmos com essa mercadoria lo/a/menlc eslocada. Espero quc os Se11hores comprecrulam a 111i11ha si/11a~cio, sou ape1ws c11carregada das compras da li vraria, o Cl er o confia 110s meus 11edidos c 111edia11te o ocorrido a minha posifcio cs/ti um l a11l0 delicada".
iluslrc c 11irt11oso Bispo de Soroca/,a, 0 . f ose Carlos de Aguirre, desfez a lor(Je ma11obra de que foi vilima a rcferida /i1,raria, com 11 seg11i11/e carla dirigida a D. A11/011io de Costro Mayer, ßispo de C{fmpos:
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"A {im de desfazer r11111ores i 11{1111dados, e- me gralo iuformar a V. Excia. q1w 11enlr11111a co11de11ar1io eclesiaslica ()csa sabrc o li11ro "Reforma Agraria Q 11esliio de Co11scie11cia" da au loria de V. Excia., do Exmo. l?e1m10. Sr. 0 . Geratdo de Proenra Sigaud, S. V. D., Arcebispo de Dia111a11/i11a, do Prof. P/i11io Correa de O ti1•eira e do economista L11iz /Vle,ulan,a de Freitas. Os /ieis tlcsla Oiocese ()Odem pois /er, d i/1111dir /ivremenle a ref erida obra, se,n iucor rer cm qua/quer
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• Os Exmo~. Revmos. S rs. 0. Antonio de C:ostro Mayer c D. Gcraldo de Procn(a Si~aud, c o Prof. Plinio CorrCa de Olh1cirn, ~stivcram cm ßrasilia, ondc. m~ntivcram conlactoi:; t·c,11 varios ~cnndorcs e dcputados a rcspcito dos projctos de reforrna :l({raria t:111 anclnmcnto nas duas Cn• ~a~ do Con~rc~so. Acomp:rnh:iram os autorcs de RA-QC o Rcvrno. Pe. Jose Luiz Villac e os Srs. Adolpho Undcnbcrg, Cclso da Costa Carvalho Vidi~al, Plinio Xavicr dn Silvcira c Fabio Xavicr dn Silvcira. • A rcvisl3 °M:111chctc" publ iC'ou unw amµla rcporl'ag-cm sobrc a visit;, dos auforcs de RA-QC a ß rasilia, <·m quc sc refcrc ?1 enorme influcncia <iuc o livro vcm tendo nos dcbatcs cm torno <la <1ucstäo agro-rcformisf.t.
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0 comunicado quc abre esta
scccöo
foi
publicado pcla Editora
Vcra Cruz 11:i imprcnsa diaria d as
principai:;: c icl;1d('$ do Pai::;, sob o titnlo: "Torpe: m:mobra comunista contra Rcforrna Agrnri;i - Qucsfäo
censura".
* * * Atraves desse cpisodio sc ve 11cio s6 q11a11/o e i11{1111dado o calunioso rumor mclodicamenl c d if1111dido cm /o([o o Pais, como lambem se pal e11leo11 a vitcza das me/otfos 11sados pefos com1111is/{fs para 11c11/r alizar o efeilo de 11111 /ivro q11e llrcs e corajosamcnle adverso. EOITOl?A VEl?A CRUZ LTDA.
outrns publica.('öcs, pclos seguintc::parlida rios do agro-rcformisrno: Sr. Josc lloffrnann, dcputado ~~ladual do Parnnft; S r. r:·n,ncisco Juliäo, dcpu„ tado estad1ml de Pcrn:unbuco c litlcr d:is Li~as Cam1>011csas; Sr. Zaqucu de Mclo, dcputado estmlual do Paranä; Sr. Valfrido Piloto, jornalh•ta
do Parami. • A Associa(iio Rur;1I de Alfcn;1:-. couvidou o Prof. Plinio Corri:a de Olivcira f)ttra s>ronunciar uma confcrcncia sobrc a rcforma agraritt na cxposi(äo af!ropcc,rnri:i, rcaliz:ul~• naqucl:t ckfactc rnincira no 1111}$ de outubro. Trata-sc do princi p:-11 ccrt.'."1• mc do gcne.ro no Esfado, quc se.
rcuniu pcla oitav.1 vcz. • RA-QC foi cilada cm "Organiza,•fio Ag r\iri:1 scm Comunismo", colctanca de ar ti;.::os publ icados pelo Sr. Joao licnrique, cx-Prcsidcnlc do
• HA-QC foi citada cm discursos parlamcntarc:,, c nlre:vistas. arligos c
A proposifo da polcmica havida entre o Prof. Plinio Corrca de Olivcir:i. c o Sr. Gu:--tavo Con;5o, cm torno do livro RA-QC, (ver "Cafolicisrno", nos. 124 e 125, de abril c maio p.p.) , o jorn.tlista Julio Maria, prcmio llcrbcrl Moses de 19C,O, 1>ublicou n :--c;.;-11i111c not;1 na. scc(äo "Coi$:tS e Fatos'' do "Oiaric> <lc. Nolicias" do l~io de Janeiro: "Foi magist r:tl a rcsposta quc Plinio CorrCa de Olivci ra, urn dos autore$ do j~'i famoso livro " l~cforma Ag r;iria - Q11<.~fäo de Com,cicnci;1'', den ao 1>anflctario c:-ifol ico, Sr. Gustavo Cor('fio, a r,ropo:--ito da verri na
vcz aconfc("a cm Säo Paulo, <:0111 a ado~:5o da 1'revis..!io" as,raria ali cstabclccid:l. 0 livro incr iminado de rcacion:,rio pclo Sr. Co1·<;äo ch:una a atc.ntäo ,>ara a ncccssidade de näo sc aceitar como non na o priucipio de :-;c acabar com :1s J:!r:uu!C's propricdadadcs c com as mcdias, J_):lrn s6 ~c dcix,1r de p(:, :1:s pcc111<.•11;1s, em quc o trabalhador pass;i de n::-::.alari:1do .1 dono da terr:,. 1\ ij"!'u~,td:u.lc completa, total, radical, comu11ist,1, (: antinatural c portanto con1raria il do11trint1 catolica (111c Cor(äo fanto ,,rofc-s..~a. Dai a cstranhcza do at:iquc do panflcfario a um livro quc, sc fossc melhor lido, s<> npl ausos co-
<111c e~tc csl:unpou 110 "'l~stado de
Sf10 Paulo'• contrn aqucla obr:t, a (111.:11, f>ara clc, Con;ilO, cra como sc fo:-.sc uma scgunda invas!io d~i 111111gri~, 1>cl.1s hordas comunistas de Nikita Kruchcv, C!)magando a l ibcrdadc. Pl inio pulvcrizo u. pacicntcm<:nfc, picdosamcntc1 todas as alcivosias arficuladas contra o livro, quc e, anh~::; de tudo, 11111 livro purarnentc crist!io c nfro socialist:i. E dci xou claro que Cor(ao, t.1lvcz na ansia de fazcr scnsacioualismo, n5o lcu o livro c $C g11io11 pclo vczo da dcst rui\'!i.O, pcrclcndo otima oportunidadc de fica r c~lado.
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Ncnhnma refor1na agr:i.ria, diz Pli„ nio CorrCa, scria util para os ~randcs c ~,ara os pcqucnos 1>ropricta rios sc sc opcr:1ssc com a suprcssäo dos clireitos qu~ l hcs säo inrnnentcs, ou t ivcsse como rcsultado a dcbili tat;äo ou o aniquilamcnto Uo instituto da p ropricdadc privad:i, coisa quc tal-
• "C.nratinj!a'', jorn~I da ci(l o1dc homo 11imt1, MG. p11b1ico11 11111a ,,oc„ sia, i.Scrt!io cm Pcrit::o··, quc alcrt:i os trabalhadorc$ do c,:mupo c:ontra o agru-rc formismo c os 1Ho~rc~sos do corn11 nismo no Brasil, clogi:indo
l~A-QC.
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Oiario'', de Santo~. "O Jornal", do Rio de Janci ro, c o "Botet i m J ßiblio~rafko ß rasilci ro", da mcsma cida(Je, publicaram clogios a RA-QC. Cont ra o livro ho11ve artigos cm "Ultima Hora'', de Sao Paulo, "O Estado.., de Florianopolis, c HPanorama" , (lc Curifiba.
Consc111o Superi or das Cai xas Economicas J'=e ' dcrais.
• 0 "Oia rio do Paranä", de Cu rit ib.a, trnnscrcvcu art igos dos Srs. Cclso da Cosla Carvalho Vidigal c Rubens do Anrnral que f:11.em parte da polcmica que :unbos vCm travando a rcspcito de RA-QC.
de Conscicncia. ·•.
• Um „trnilcr„ com faixas c cartazcs de propaganda de l~A-QC foi colocado pela Edi tora Vcra Cruz. no rccinto da c:<positäo <lc :ioimais de BagC - o nrnis importanfc ccrtamc pccuario no RS - onde o livro foi muito comcntado e bcm r<:ccbido.
lhc1·ia.
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Ag-orn. pcrgunt:i~sc : por q11c o Sr. Gusfav(') Cor(äo näo atac:, a "rc-
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• 0 '' Diario de Säo Paulo1 ' , da Caflital banclcirantc, publicou artigo do Sr. Fabio Vidi(!al X nvicr da Silveir;,, i nti(ulndo "Ü Anticristo ta111bC111
rara a rcrormn
a~ra ria", (JUC
dcn1111cia a dcmagot:i :-i com quc os fautorcs do agro-reformisrno dcfcn-
dcm ::mas 1>osi(öc:;.
vh;fio" ag r;uia 1laulist;l. cuj:ts linlws mcstr:i.s do projcfo ~ovcrnament:1I s5o nitidamcnce socinl istas c foram hnbilidosamcntc manfidas 110 ~ub:--ti tu1 ivo aprovado pcla Asscmb!Cia LcJ!is1ativa de Säo P:mlo? Nessa "re~ visäo'' hft doi:-- principios $Ocinlistas da 111:tis alta pcriculosidadc, 011 scjarn: 1) aquclc 1111c ,1<,clara quc qucm frabalh.l a tcrra fern dirdto de possuir tifulo de propricclaclc; c 2) o quc afirma quc pcrdc :i propricdadc de suas tcrra::; <111cm as com;er\la iil:tr,rovcitadas. A doutrin;1 catolka condcnn qnatro p rincipios ;1provados na "rcvisfio" p:u!list:i. Säo clcs : 1) a ex1)ropri:l.täo por ina1>rovcita„ mcnto; 2) o combatc :io arrcncl:imcnfo; 3) a fixa(äo do irn1>osto territorial cm bases confiscatorias: e 4) a $Ubjui:a(äo dos pequcnos pro1,rictarios ao Estado. E o Sr. Cor• nao • (.I',ssc n:t dn, nt·t;. agora" . ('ao
A TOL.ICISMO conseguiu ate o presente fomecer a seus Ieitores materia abundante e atuaJ, com uma
perfei~ o de recursos graficos e jornalisticos que lern at raido elogios ate de pessoas que se opöem a sua orienta~äo. E, gra~as a Deus, foi possivel faze-lo por pr~os extremamente modicos. Contudo, o ritmo acelerado da infla~o obriga-nos, mais uma vez, a rever os pr~os de assinatura e venda avulsa do jornal. Desde o dia 1.• do corrente, nossa tabela e a que figura na pagina 6 desta edi~ao.
IHIDOHEIDADE CIEHTIFICA DO A<iRO-REFORMISMO EXPROPRIATORIO Luiz Mendonca de Freitas > ODO o 111ovimcnto favoravcl i, rc·forma agraria cxpropriatoria ml Brasi l sc rcsscnte da falta de cstudos prcv ios que funclamcnlcm dcvidamcn tc as diretrizcs quc sc prelcnclc i111 pri111ir il politica agraria do Pa is. 0 livro "Rcfonna Agraria Qucst,io de Co11scic11cia", do qnal so111os 11111 dos coautorcs, tcvc oportuuicla<lc de clwmar a atcnc;iio clos intercssados para esse aspccto do prohlcma. Co111 cfeito. ns projctos agro-rclor111istas aprcscntados an Lcgistativo cla Uniäo c clos Estados näo tcnt siclo prcccdidos por levantamcntos cstatisticos c ccono111icos capazcs de apontar as cau$as da~ dcficicncias - no
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do. ou scja, a participac;iio dos fatorcs ( proprictarios, assa lariaclos, etc·.) naquclc proclulo. Esclarccc o autor clo pri111ciro art igo quc sc pc11 sara, a principio, 1111111 i nqucrilo sobrc custos clc proclw;iio. Coutudo, as tl ificuldadcs tlc apropia\äo dos custos comuns a varias cuHuras 011 tipos de cxplora,iio levata111 os pesquisadorcs a sc limitttrcrn a um a invesliga(äo dos componcnlcs da despcsa total dos est.abclcc i111c11 tos rurais. Esse cstudo mosl rou. por cxc111plo, quc a participac;iio do t rabalho ( rc1111111crar;äo em salarios) no ptoduto c da ordern de 38o/o dcstc, p,ira as alivicladcs rura is, quando nas atividadcs urbanas paulistas cssa
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caso de as havcr - de nossa cstrutura rural. Podc-sc, por conscguinte, afirmar quc 11 äo sc dcter111ina111 quais säo os p<>11tos quc estcjam cvcn tuahncntc neccssilaclos de apcrlcir;oamcnlos 011 rcformas. Agc-se, 11essc tcrrcno tiio perigoso, de modo intei ra111cnte cmpirico. A Rcvisao Agraria 110 Estaclo cle Säo Paulo prelendeu tcr "cmbasa mcnlo cicntifico". Em apendicc ii 3• ectir;äo clo li vro no qual colaboramos, ficou clcmonstrada a fraqucza da arg11111cntac;ao c o carater pseudo-cicnl ifico da 111anipulac;ä<> de dados cstatisticos co111 quc sc procm·ou fundamcnlar a inicia!iva do Excculivo paulista. No a111bito fedcral 11cn hu111 esforr;o foi leilo ncssc scntido. A Fundar;äo Gctul io Va rgas, atravcs da "Rcvista ß ,·asilcira de Eco110111ia", acaba contudo de clivulgar 11111 lrab11lho quc lalvez vcnha a scr invocaclo como apoio cienti fico para a realiza~äo de progra111as de rcfonna agraria . Trata-se de colabora<:öcs clivulgadas 110 11 u111cro 2 - am> 16, relativo a j unho de 1962, mas so clistribuido em lins de levcrci ro ulli1110. Vamos cxaminal' um pouco a 111.atcria ali inscrida.
parle que nos inlcrcssa da cilada rcvista aprescnla trcs trabalhos, a sabcr: 1) atl igo de Julian M. Chacct, quc cxamiua as Varir111cis 01<>/Jois da Af!ricullura Paulisla, de acordo co111 pcsq,;,sa agricola rcalizada por tecnicos da Fundar;äo Gel ulio Vargas c da Sccrctaria da Agricullura do Estaclo de Sao Paulo, soh os auspicios da Funda~ao Rockefeller <los Estados Unidos; 2) nota 111etodologica de autoria cle Salomäo Schallau; 3) art igo clc Jancs Angclo de Souza, quc prelcude apon!ar "a di111 ensäo otima da propriedadc agricola em Säo P aulo". A pcsquisa refcrida visou conhecer a estn,tura do Produto Agricola 110 Esta-
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porccntagcm c de 60 %. A ,ned ia ponclcracla dessas porccnlagcns mostra que a participa,äo mcclia uo trabalho 11 a rcn da paulista (: de ordcm de 56%, nivcl superior ao rcgistrado na Argcntina (5 1% ), l igeira ,ncntc inferior ao da Nova Zelautl ia (58% ), e niio muito distantc clo vcrilicado na Fran,a (62%) . 0 artigo do Sr. Schattan nos dcscrevc n 111ctodo usaclo na 111cs111 a rcsquisa c dccla ra quc f<Jra111 obt iclas inlorma,öcs sobrc 27 itens de grandc impc>rtancia 110 setor rural, tais como: c111prcgo de semcnlcs, adubos c inscticidas; paga mcnto de sa larios; arrenda111cnlo; pa1Teria; bcnfcitorias, maquinas, cquipamentos c vciculos existentes ; valnr das cxplorac;:öes agricolas c das ;wirnais, etc. U l ilizanclo 11111a parte clcsses dados, o Sr. Jancs Angclo de Souza prctcndc tcr cstahclccido o la111a11ho otimo cla propricdade rural para o Estado de S~o Paulo. Vcja111os quc v;i lor t."111 as suas conch,söcs.
OMOU S. Sa. inicial111e11tc o valor liquido da produr;äo rural (agricola c pcc,w,·ia: ateni;äo a cstc dclalhc) para os sctc tamanhos das propriecladcs pcsquisadas. Dessc valor dcduziu II par1c relal iva a re111unera,iio do trabalho c oblcvc, cl csse moclo, duas funr;öcs: 11111a rc fcrcntc i1 produ,iio liquida por hcctarc (cxctuicl;1 a re1111111crac;:iio dv traba tho), e oulra refcrcnlc ~ produ,äu liquicla por hahitanlc (incl11ida a rc11111ncrac;:äo do lrabalho ). Fora111 ohticlos assi111 os rcsnltados do quadro 1. Esscs dados, st1b111ctidos a aj11sfa111cnfos, leva ra111 o art iculista 11 afirmar o que c obvio sob certo aspccto, e absurclo sob outro. Com eleito, da analise dcsses clc111c11 tos conclui elc quc, onde "haja cscassez de tcrras'' <m 011dc ·'scu prec;o scja clevado", clcvc ptcvalcccr ( curioso o cmprcgo clestes tcrmos: cles traem o caratcr tcnde11cioso da ana -
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lise fcila pclo cstatistico) a propriedadc co111prccnd ida entre 10 c 30 ltectares, pois c cssa a faixa cm quc hft ma ior proclut ividade por uniclacle de area . Por outro lado, 011dc houver clisponi bil idade de lerras e seu prer;o lor pouco elevaclo, a clirnensäo inclicada sera a das grandcs propricdacles, nas quais c maior o re11cli111c11l0 por habilantc. Na rcalidadc, n quc o Sr. Janes fcz foi constatar, laboriosamcntc, o quc c obvio ä vista dos dados apresentados 110 quadro 1. Considcrarcmos, a scgui r, quc valor tcm clcs. A11tcs de passar1110s a cssa ,malisc, r orc111, q11crc111os lrisar quc nas rcc-omc11dac;öcs acima o autor aclolou 11111 argumcnto pa ra cada caso. Num prcvalccc a produlividadc por arca, c 110 outro a rcmuncra~äo por habitante. Um po11q11 i11ho de logica c uma pitada clc bom ~cnso tcria111 salvo o artigo dcs:s:a vcrdct .. dcira ci11cacla.
crilcrio de produtivicladc do nosso autor cstf, longe de scr sa tisfatorio. A produl ividadc por arca que incxprcssiva, pois rcsulta clc ohtcve de 11111a media en tre a proclur;ao de lavouras c a cxplora~äo a11i111al. De acordo cmi1 os rcsultados da pesqui sa incl icada, aprcsc11laclos :, pai(iua 15 da rcvisla. a prod11<;äo :igropccuaria total ctcusa, t m Sfio J>(l1 II<), 11 111 rcndimcn1o por hcctarc de Cr$ 15.830,00 para as tavou ras, c de Cr$ 2.(il0,00 para as explorar;öcs animais. Po r outro lado, o anigo 111ostra, it pagina 42, quc nas proptiedaclcs de lama nho pcqueno e medio a part icipar;iio das lavouras na prodm;äo liquicla c superior a 70% do total. Nas propriccladcs co111 t11i1iS de 1.000 hectarcs, ao conlrario, a tcntlcncia c para 11111a menor participar;äo das lavouras e uma maior contrihuic;äo da pccuaria. l sso laz co111 que ~ rrodutivicladc media por
pagina 42 da revis1a que cstf, scnclo analisacla. Aincla quc csses dados puclessem scr aceitos se111 rcscrvas, a mera produtividade por area nao constilttiria infonna,iio suficicnlc para a conclusiio täo aprcssada do Sr. Janes A. de Souza, muilo habit uado, ao quc parecc, a excrcicios matcmaticos, porCm scm 111 ;1ior contaclo com a rcaliclade. Para chegar il condusäo a quc chcgou, dcvcria clc cx:uninar sc l1s cl ifcrcn<:as de " produtividaclc" nos divcrsos eslratos 11 äo corrcspo11 dcria uma desigual distrihui~äo de outros fatorcs de prod u~·äo (cxcluicla a tcrra, nat11ral111c11 tc). Sc a produ~ao por arca maior, rnas pnra lclamcntc, a nplictt(äo de capitais cm cq11ipa111cntos, corret ivos, adubot-:, etc., tambCm o C. cnliio a maior produ,äo scra dcvida a esse falor c nao ao tamanho da propriedade. Ora, esses clcmenfos fora111 pcsquis;iclos c cstavan1 ;, ctisposic;äo do articu lista, mas etc näo sc int crcssou em conhcci:-los. Da i sua conclusäo gravcmcn tc claudicantc.
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OSTARIA/\10S de cha 111ar a atcnc;ao do leitor para •>u lro clcta lhe. A analise <los cstrafos de cstahclecimcnlos rurais parcce tcr lcvado o Sr. Jancs a csqucccr-se de q11c as p,·opricdadcs do 111es1110 tanrnnh<> 11äo csläo agn1padas cm arcas confinuas. Pclo con(r;irio, :. nossa cslru(ura a~ral'ia, 111ais 0 11 mcnos por tocla parfe, comporla propriedadcs de diversos t11111anhos. A rccomcndar;äo do artigo 110 sc11 ticlo de sercm criadas verdadciras zonas de 111inil1111dios constitni 11111 absurdo. A pcqnena propriedatlc exigc solos rclat ivamentc fcrteis, dado o caraler intensivo de sua explora~äo. A circnnsta ncia de näo dispor111os de grandcs cxtcnsöcs de tcrras fcrtcis, 111as apcnas clc manchas dclas cm
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Quadro II hectarc, obticl;1 pclo Sr. Jancs A. de Souza, conslitua 11111 1111111cro abstrato, resultantc de 11111;; 111cdia ponde,·ada entre as duas i111porlancias acima iudicadas, t'Xpurgadas das parcelas relat ivas lt rcm uncra~äo do trabalho e111 cada mua dcssas at ividades. Dcssa for111a, a prctcns;1 maior proclu l ividacle dos cstabcleci111cntos n1tai$ de 10 a 30 hcclarcs deco n·e cxcl11siva111entc clo fato de quc, cm $ua proclu,äo, a participac;:ao rclaliva das lavouras supcrior ,'I tcgistrada c111 qualquer oufro cstrato. Para comprovar essa afirma,äo vcja1110s o quadro II, que rcprod11zi 1110s da
c
clctcrminadas reg,ocs, faz ,0111 que <> aptoveit:1111cn to cconr>111 ico dos solos seja 111aior na 111 edida c111 que a cstrutura agraria för divcrsificada. Por conscguintc, näo sc podc recomendar a gcnera liza\'.äo de eslabelccimentos rurais de 10 a 30 hcctarcs so pclo fato de haver C$Casscz de tcrras 11:. rcgiäo, scm considera r outros lillores. Como sc ve, a 111aior qualidade do artigo cm ap re~o näo c o bom scnso. Os obstinados ini111igos da atual eslrulu ra :,graria do Pais contin ua m, as• sim, a incidir cm crros grosseiros na aprcciacäo da rcalid:ldc agropccuc,ria nal'ional. Ale quando?
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E
M 20 de junlto <le 1961, o Santo 0/icio, de acorda com os Emmas. Srs. Cardeais da Comiss{io ßib/ica, pul>lico11 11111 "lvl o11il11111" cm que (ldver/i(I conlro " juizos e opi11iöes" que se dif111ulem cm vorias r egiöes e que "pöem em grove perigo a exala verdade ltislorica c obj eliva da Sagrada Escrilura, 111io sli no que toca
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ao Antigo Teslamenlo ( . . . ) como fambem r,o N11vo, mesmo com retor,iio a fialavras e fatos da vidu de Jesus Crislo". Mais adian/e, o 111es1110 "Monitum" ressaf/11 que a c1111seq11e11cia de /ais opi11icies stio o per/11r/Ja(:iio da C(n1scie11cio dos fieis e lesöes cis veräode., ile {<' (cf. AAS, vol. LIII, p. 507).
GRAVES ADVERTENCIAS DE PIO xn NA "HUMAN! GENERIS" preocupar.,i(I com <1 cxcessiva lil>crdade de cerl o.< cxegelas calolicos 110s 111/imos a11os, a · S1111ta Se jti 11 linha manifeslado em d ocame11/os nnleriores. t:m 12 de ago.,10 de 1950. Pio XII 1m!Jlic1111a a E 11ciclica "N11ma11i Oeneris", 1111de, sobre a exegese calolica, se l e: "P11r olg1111s v,io se11do proferid11s e e11si11adas cer/as i/n11/ri11as em delri111e11/o ilo tu1/11ridade da Sagrada Escril11rt1. De falo, al guus permilem-se 11 ousadia d e ile/urp11r o <lefiui,cio do C1111cilio Valica110 S()/Jre 01•11s como 1111/or da Sagroda Escrilura; c re110vom a opi11iii1> j<i muila." vezes c1111ile11ada, 1/t/ quc 11 i1111111idade ile erro que campele ,is Sagrodas L elras se es/ende s()me11/c 11<1 que se refere a Deu., e aos assunlos religios11s e 111()rais. lvfais. Fa/0111 .,cm acer10 de um senlido /1111110,10 dos S1rgrados Li"ros, so/) o qua/ eslaria l1tlc11/e o se111ido divi110, 1111ico que /cm C()/110 infalivel. Na i11/erprelar,<io da Sagrada Cscrilura 11enh11ma co11fa querem /er da analogia da fc e 1/a l radir,110 da l greja, e s11slenla111 que r, do11/ri11a i/os S011/os Padres e do Sngrado Magisterio se de,,e reg11/ar pclo Sagrada Escril11r11 explirada 11e/os exegelas sob aspeclo mero111e11/e /1111110110, cm vcz de ser (/ Sogroda Escril111·a (JIIC dc,,a sc,· CX/JOSlll seg1111dh a mcule da t grejn, co11sli/11ido por Crislo Nosso Sc11/t11r gunrila e inlcrprele de t odo o d eposil o da verdade rcvclada". Est e modo de /Jroceder, co11/i1111a " Papa, se afasta dos ·'pri11cipios e normas hermene11licas j11sla111e11/e eslabelecidas p elos Nossos Prcdecessorcs de feliz memoria, l.e,io XIII, 11a Enciclica Proviclcn tissimus, e ße11/o XV, 110 Bnciclica Spiritus Paraclilus, como tambem por N6s mesmo 110 E nci clica Divino Alflantc Spiritu". C l er111i11a a lrecho : "N<io e, [)Ois, de causar espo11!11 que lais ru,vidades lc11ham [}roiluzido frulos vene11osos cm quase /odos os compos da T eo/agia'' (D. 2315, 23l(J). Na mcsma Enciclica " /-111111a11i Gene-
A
ris". Pi() XII q11eixa-se do abu.,o que 11/g1111., exegelas fazcm da cor/a e11viatla em 16 de janciro i/e 1948 (D. 2302), pelo Sel'relario da Po11tificia Comiss<io ßi!Jlica, ao Emma. Carlfea/ Suftaril, A~cebispo de P11ris, a 11ro11osilo ile d11os co11s11/las do il11sl re P11r1111rado: "Deve-se ileplorar , diz o Papa, cerlo sislema de i11/erprel11(:iio demasiado livre dos fi,,ros ftisloricos do A ntigo Tcsta111e11/o; os /011/ores dessc sislema, p11ra dcfender s11a posi,,io, ape/11111 i11{111ulada111e11/e 1wra o carla e11viada, 11tio ftä 11111ilo, 110 Arce!Jispn i/e Paris /Jela P1111/ificio Comisstio ßi/Jlica" ( D. 2329).
A
fascinar pelo melodo cftnmada " f-'ormgeschichle" ( 1 ) , 011 da hisloria das formas lil eraria,. De acordo com est e mel odo, "as uarra~öes evangclicas seriam 111110 eloboraf<io da primiliva co1111111idade crislii; claborar.,io de indo//! r eligiosa popular q11c co11scrvo11 aqui e ali alg1111s el emenlos ile obje/i,,itfade ltistorica. embora sejo hoje 11111ilo dificil (p(lro 111io ilizer impos.sivel) ä ed11zir com precistio es/es ele111e11fos 11ara empregti-los 1111111a /1i11grofia de Jesus'' (D. Gi11.,e11pc Ricciolli, "Vit a di Ges1i", § 217). Os Evang<!lhos, pois, ,uio passnriom de 11111a colclw ile rclolhos, uma l essilura ile lrcchos brcves, ,,e911e11as pericopas couslruidas pela
*
NOVAS ADVERTENCIAS DA SANTA St
Oflologelica, o c111/11, a or ga11izllftio i11lcr11a
os pressuposlos raciarwlislas que lhc derom origem. Conluilo, 111i11 deixa de exercer i11-
i111111111ha-sc oos 1111/ores lfessas [1Crico11as, aos aulores das c1111j1111!11s e,,a11gelicos e aos
fi11e11cia sobre nwilos 011/ores cr1/olic11s. 11nra
dos //f0/1rios Eva11gelltos. De ma11eira que na 0110/ise des/es ullimos devemos disli11-
c>s quais o meloilo d/1 "Formgeschichte" 11Ci11 pnile ser co11ile11ad11 [)Or i11leir", pois conleria e/eme11/os 1>011s que se devem aproveilar.
g11ir: a) ll q11e r eal111e11/e Jesus Crisl o tfisse
Assim, ocham que o melodo /cm razcio
acorli() com as exige11cios da fe 111/11/la e
T,io freq11e11tes e ltio g r<llles adverte11cios ,uio form11 s11ficie11/es par<r q11e lodas as exegelas calolicos reflc1ti., .,e111 melhor so-
s11s" do Padre Joiio Sleitfma1111 (2• eä., Paris. Denoel, 196 1 ). Dessa obra dissc o "Osserva/orc Romano" ( em 28 de j1111ho de 1961 ): "Se o Jesus tfa Nisloria fosse o Jes11s desto "biogra[ia", a Tradir.äo i/os Pais da f li e a l greja, f1111dada 11or Crislo e i11slil11ida pclos Aposlolas, /e- lo-iam agig1111tado i11ilebil11111c11fe e lra11s/or111ado, so/Jrepo11do-lfte 11111 Jesus que po11co lcria o 11er com a 1-/isloria".
e11volvc11d11
alcm, e aceilam quc exislem 1teles pericopas
1111 se11/ido original dos dito., e fatos do Sc-
011de ho1111e 11111 lrabalho de a//aptar.ao, de
11/tor;
a111alizar.1io, de r es11osla cws /JrOblemas s11r-
Eva11getftos de acordo c11111 o /im e a leo-
gidos na l greja 11osce11/e.
logia dos mesmos.
A /Mlemica, a
c) o <111e 11roce1fe dos 011/ores dos
CONSEQUENCIAS VENENOSAS DESSAS "RESERVAS" EMELNANTE conce11rlio, que i<i e ge11erica demais, e lcmfa 111110 d1111i(fa sobr e a correspondencia entre os dilos c fatos de f es11s Crisl o ,wrrados 110s
S
E1•a11gelftos e o que J<,sus real111e11/e fa/011 e fez, chega (is mais ve11e11osa., das co11seq11cncias
q11n11do
oplicada
co11crelamcnlc
porque os escrilos do NT 11cio s,io escrilos hi.sl oricos, mas /esfe1111111hos de ff/'.
Ntio ti
e
fora d e prfl[)Osilo salienlar que 11/io 11111 moder11isla que escrevc, e sim 11111 011/or calolico, membro de 111110 bc11e111erila Orilem religiosa. Sobre a [1r1111iessa de Jes11s fcila a Scio f>edro, que se le 110 ca11i/11lo 16 de Sao Ma/eus, e 111ie sempre scn1i11 de base para o afirmar,iio da primoilo do Popo so/Jre
/1
l greja, escrevem q11e o 11crs. 17, "!Jem-a,,1:11lurado es Sinuio, filho de Jmio, et c.", 111io de Jesus, mos 111110 i11vc11r,ä11 de Sao Male11s.
e
() Ev1111gcllto da i11fa11cia clo Se11/tor d escoimodo lfe /odo e/cme11/o solucna/11ral. Aflari~Yio do Anja, casa de Nazare, Brlem, elc. stio 011/ras /anlas i11vet1f1,es para tra,:ar o fig11ra i/11 l1eroi c1111111 a/larece ti fe. De real 11tio /emos mais que os falos co1111111s : co11ce11,1io, gravidez, 11asci111e11/o, i111posis:1io lfo 110111e. "9 q11e st• re/a/a de circ1111sla11cias exlr11ordi11arias e aparir.öcs miracu/osas pcr/eflcc j<i ci i11/1!r11retarcio /1'11-
/ogico". Os cxem11los podcria111 111111/ip licar-se, como h em se pode imagi11ar flelo., aq11i rrf cridos, e qua lambi:111 j<i l1asla111 p(u·o moslrar o revol11r.1io "ob imis f1111da111e11/is" que
prcleude realizt,r " nova excgesc, c.,,m rt'percussocs cm loilos os ramos da rie11cia ef/esiaslica e da for11111r-1io calofica.
A "DIV INO AFFLANTE SPIRITU" E OS GENEROS LITERA RIOS
!Jr c o imporla11cia c gra11idacle dos esl11dos a q11e se deilicavam. E fai 11ece.,sario que o Sa11/o 0/icio l er111i11assc i11screve11d() 110 /n dice dos Livros Proi!Jidos a "Vida de f e-
da CXflericncia mais rica, -
11111a evolus;cio e mesmo 111110 /ransforma,,io
e impossivel faze-ta. 0 Jesus do NT 111io e o Jesus ftisforico,
c11/e111-se e cxpöem-se queslües de 11e11/111ma 11/ilidade para os 011vi11tes e que, por vez<'s, co11lri!J11e111 mais para destr11ir 1/11e pora cdificar.
e fez; !J) 11 que deriva da co1111111iilade. de
q11a11d<1 afirma que os Evange/hos stio o fixa,.,io da lralfi,iio primililla. Vcio mois
"a hist oria <lt! Jcs11s,
E
*
milido pelos exegetas catolicos com toilos
Assim, de modo geral se afirma que
M 1955, sempre 110 p1111tificado d e Pio X II, a 111esma Co111isstio !3iblica (1/erta,,a os Ordi11ari11s de /11gar co11/ra os pcrigo.~ que sc 110/am 1111 cete!Jrar,<io de re1111iües !Ji!Jlicas, ,ws quais, 11ao raro, dis-
*
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oos lrechos eva11g1•/icos.
PRINCIPIOS DA NOVA EXEGESE; 0 QUE SERIAM OS EVANGELHOS 11ova exegese /lft>cura /lascor-sc sobretudo 110 crilica lileraria, com 111e11osprezo da lradir,tio e ilos arg11me11fos exler11os. E, por 11111 11r11ritlo de 11011itfadc, vai accilando apressado111e11te /corios destiluidas ile f1111dame11!0 solid//, sem o cuidado ile ai•ali<i- las ri /uz ila /radiFiO calo/ic(I e do Magislerio da l grejn. 1/oje, 11111ilhs au/ores cololicos dcixam-se
*
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UANDO se 11erg1111/a o es/es aulores
lem11os do Oritmle, e com o a11xilio da /-fis-
se /ais [1ri11cif1iOs 111io se ofaslam
lorio, ila arqueologia, da e/110/og ia e 011/ra s
da reta i11/crprelaf1111 lileral histori-
cicucias, cxominar e dislin,guir claramenle
Q
co-crilica,
e/es
redo1ulome11tc
q11c ge11eros lilerarios q11isera111 emf1regar e
que nao.
E 11üo faf/a quem recorra ä En-
<'mf)regaram de foto os escrilores daquelos
respondem
ciclh"a "Oi1•i110 Afflau/e Spiri/11" de Pio XII. Apelam, em gerat, para esl e lrecho:
C/Jl)CllS
"qua/ o se11lid11 fil eral de 11111 escril o, mui-
11e111 se111f1re se serviram das f ormas 011 ge-
e flio claro 11as palovras dos
11eros de dizer de quc 110s hoje 110s servi-
011/igos orie11tais co11111 ,ws escrilos do 11osso t em(lo. O que et es queriom siguificor com
mos; 11111s sim daqueles que esta vom em 11s0 entre os seus co11/cmf10ro11eos e co11/cr-
as [ialavras 11tio se poile delermi11ar s6 pelas
ra11eos.
regros 1/a g ramalica e da fi/ologio, 11c111 sä
exegelo delermirwr a priori, mos so por
[)efo co11fex/11; o i11fcrprelc deve lro11spor-
meio de 11111 ililigc11/e exame das 011/igos li-
lar-se C0/11 0 /ICIISOJ/lell[O äqucles 1111/igos
lerol11ras orienlais" ( D . 2294).
las vczcs 111io
r emolas.
Reolme11le,
os
a11/igos
ori/!11/ais, para exf1rimir os se11s co11ceilos,
Quais cles fossem, mio o pode o
co1111111idadc primiliva, a {im de o/e11der ä prega,,io e 1111 cullo, scm a merwr 11re11c11f10fti11 de orlfem hislorica. 1':: esso lradi(:ao, que com II J1?s11s his-
ALCANCE VERDADEIRO DA
ENCICLICA DE PIO XII
era fr11/o do 0111/Jienl e em que se desenvol-
N
via a a/ma rcliginsa dos 11rimeiros crist,ios
empe11fto, /azendo uso ilas descoberlas da
e declarar,oes ilo
-
cic11cia moiler11a, para cftegor a 11111 co11fte-
/Jem cam,, (i ex11osi(:ao dos Sanlos Padres
ci111e11/o mais pro/1111(10 e mais exalo das
e ä a11alogia da fc"
/rech os sagrados.
nosso).
loric11 quase 11ad11 li11ha de co11111111 -
11ois
que N/llslil11i a maleria dos 11ossos Eva11-
gc//111s.
Os Evo11getistas r ecolfteram (1 tra-
di(:cio esporsa 110s peq11e11os r elalos. 111ois compilculores ilo q11e aulores.
S,io
ESTE l opico, 11f!-sc clara111e11/e q11e
c11 j a conservar,<io c i11/erpretar.iio foram pe/o
a i11/c11„1io do Pa(la <i excilar os
111esmo Deus ,011/iadas
exegelas catolicos a oplicar Iod<> o
mcnos cli ligcncia alender<io as cxplica,1jes
Ora, em outra passa-
,i l g r ejo, com näo
Magislerio
eclesiaslico,
( D . 2293 -
grifo
B mais adianle regislra com pra-
0 me-
gem der mesma E11ciclico, diz Pio XII </11/II
zer que "os exegelas col o/icos, maucjondo
lado da ftistoria das formas lilerarias, pela 0110/ise i11/er11a dos r efatos evongelicos, em-
a orie11ta„cio que tleve guiar as excget as ca-
rcla111e11tc os mesma, armas do cie11cia de que os odversarios 111i11 rau, o/J11savo111, c11-
penho-se em ilescolirir os diversos frogme11los primilivos. Proc11r11 descnser a c11/cha.
lolicos nasse afci, e ,1110/ o /im que (/evem !er cm visla 11/1 apticar,iio dos co11heci111e11-
coalrara111 inlerprela(:oes con[ormes il clou-
los f or11eciilos pefa ciencia hodier110. Assim, recomenda-lltes que, 11111nidos de l odos
trina catol ic:. c lt gcn uina tradi~äo" (gri-
AS "RESERV AS" DE EXEGETAS CATOLICOS
'
evidente que semclha11/e sislemo 1160 so/va a vcrilaclc ot,jelivo dos falos da vida de Jes11s, 11e111 se co11/ormo com os e11siname11111s da l grcja. Eie r1ao ad-
E
e
famos).
os recursos que /lies prof1orci1)1111111 as 110-
A "Divi110 Af//011/e Spiri/11", pois, 111io
vos dcsco!Jerlos e esludos, proc11re111 o se11-
,,cm i11/rod11zir 111110 rcvo/11(:<io 11a exegese
lido lileral
"Mas,
cal o/ico, nem 011/orizar as mais temerarias
acresce11la o Pa11/ifice, os e<)menlalfores da
demolir,iics, espcciolme11/e 1111 q11e l oca tls
Sagrai/a Escrilura, terulo 11resente quc se lrata de 11111 l exl o divina111c11/e i11sf1irado,
pa/avros e <1os folos da vida de Jesus Cris-
tfos Livros Sllgrados.
lo, ficlme11te 11orrados pelos Evongelislos,
1
M dos mais gastos s/Qgtms da Rcvoltu;äo, cm nO$$OS dia$, vcm a scr aquclc quc afirma "a incvitabilidadc das ~olutfics socialistas" par;:1 os 1>roblcmas do nu1m.lo m<>dcrno. Mas ha~ta urn
c111110 semr,re creu e e11si11011 a lradii;tio calolica.
U
Nem se co111pree11de como 011/orcs cololiro.< se pro111111cie111 sobre os E11a11gelhos /lllf /1 declar<i-los 11111 lerre110 IIOVO, dificil, ai11da 11äo desbravado por complel o. Serti, perg1111/a 11111ita bem o Emma. Cardeal R11/fi11i, q11e avos dezenove sec11los, a l greja, 1\1cstra e Mäe, airul a nfio sabe o que e11si11a (/ SCIIS filhos?
muumo de S:tl'.!acidadc para pcrccbcr quc tais sotm,;·t,cs sf10 impingidas .:', socicdadc atravCs de 111n inccs.sante rtpetir quc o povo quer isto. o r>ovo cxigc aquilo. Ocssc modo väo scndo promovidas. arhitrari:i„ mcnte, :is mutlan(:ts de cstrutura cuj;1 ncccssidadc (; forjad:i pclos cJc„ 1ncnto:,:; audacioso~ c atuantc-:-. qm~. stm nenhuma protura(5.0, fazcm as vczcs do pobrc c c.·atuniado povo. Cumprc as$inal;u, portrn, que atC no::. o rg anismos mai:-- contagiados pcl:t RcvohH,'fiO, os clcmentos rcal mcnlc ativos rcprcscntam uma minoria, que arrasta urn certo 1111111cro de i11divit.luo:,; cm dis1>onibilidade, 1>ronto~ a scs:uir, pclo :-:cu cspirito avcnturciro, a primcira bandc:ir:t dcmagogka quc sc lhe:-- aprcscntc. Outro foto. n5o mcnos irnport;mtc, c c1uc C o ttuc m:tis favorcce os av:uu;os da $t1bvcrs.äo totalitaria, vc111 ;:\ scr a ina~·äo, a ncutralid:utc, a ar,atia ou a i ndifcrc,wa da nrnioria, dc1 cmpOIJ:"trntc m:tiori a do povo, quc näo C re\•Olucionaria. mas <iuc por comodismo ou tilnidcz torna cssas .,titudcs diantc clo:-. acontccimcntos, eomo s<: os scus proprios <: m:iis lcgitimos in1crc:,:.:,:.cs nfio cstives~ein cm jogo. Fclizmcntc, hä tambCm por tod:i partc uma mi noria atuante, c.-0rajos..1. quc: :,:.e cntrcg:i de ('Orpo c ahna f1 dc:fcga da hoa c:msa. E. näo hä nc{!ar qnc :,s dcsvantagcns quc tal minori:i l>.lrece lev::ir, cm c(rnfronto com a minoria revol ucionaria, con~titucm par:idoxalmcnte :-.u:i ror(a. Ela näo m;a ;is armns da demagogi:i, näo procura scduzi:0 p roximo com ns promcssas rcliradas da cornucopia soci:1lista. F:1la :1 linR"ua~cm da vcrdadc, do bom scnso. Nf10 crige cm valo rcs absotuto~ o quc C contini.:cnte c: eferncro, m:1s vai busc:ir alento c cnergia nac111clas vcrdadc$ clernns que cnsinou o Divino Mcst r(!. Por ii--so me::;mo, tcm ::;cmprc a :-.olu(äo mnis :i.ccrtad:t para os proprios pro• blcrnas de ordern tcmpor.ll, poi$ näo faz 11cnh11ma c.:011ce~$.t10 :io cspirilo rcvolucio nario, de ~111c estäo po:--se$:--:ii tanfas ein~ cll;unada~ conquista~ do nrnndo moderno.
Alicis, o trecho da "N11ma11i Oeneris" 1111e tra11screve1110s no come,o dcsle arligo e11cerra 111110 a<(verle11cia conlra o ab11so de cerlos 011/ores cato!icos, q11e proc11ra111 laslrear seus desvarias com a Encic/ica " Divi110 A///011/e'' ,
CIENCIA, NÄO FANTASIA
A
Lf::NI du mais, este 111/imo doc11111e11/o
11011/ificio fala 110 reta 11/iliza,,io d1'.s conc/11söes 11erdade,ra111e11te c1e11/if1cas. 01'(1, a "Formgeschichte'' ruio passa de mera hipotese, q11e ale agora 11äo flprcse11/011 flrg11111enlo solido q11e a j11stificasse. Um a11/or nada s11speilo, como Tricol ("/11itialio11 ßih!iq11e" ), diz q11e "il 11fllor abso/11/0 da 11,oria dfl hisloria dos formas /ilerarifls 11<i11 esl<i flinda esl abelecitlo, 11e111 rws se11s principios, 11e111 11as dedu<:iies. Os principios s,io, 110 maior 1mrle, pos/11/fldos mio demonslrados". Uma co11/raprova lemos 110 q11e ,,ai aco11/ece11dl) com a " Formgeschich/e'' . 0 mesmo q11e se da com lodo., os sisle111as apriorislicos: possom como 11 motfa. Assim, a l eoria da hislorit, das formas parece s1111er{11/a pe/a "Redaklio11JZCsthichte"1 que por sua vez /11111bh11 recehe 11c11ra<1as cril icas dos mesmfJS r11cio1wti., tas. t a moda q11e se vai transformando. E11q11a1110 is.,o, 1•e111 agora alg1111s exeJZelos c11/olicos fl prel e11derem dar 110110 a/i,11/0 a 11111 ago11iz1111/e aba11do111itlo pelos proprios porcmles.
CONCILIA~ ÄO IMPOSSIVEL
C
OM a "Filrmgeschichle" aco11/ece11 o
q11e se de11 com 011/ros_ movimentos 110.scidos fora do gre11110 da l gre1a, ~ 111es11u) ori1111dos de pri11c1p10.s conlrarios t,o Crislia11is1110. Como o liberfllismo alraiu cototicos q11e prele11deram 11111 liberolismo catolico; como hoje se fata de 11111 socialismo tris/110; assim. ,,arios e.x,•gelas ca/olil'ilf< proc11ra111 111110 co11cili11r.iio entre o melodo racio11alisla da ''Formgeschichle'' e a do11 /ri11a cfllolica sobre a i11/erpretar.ci11 da Sagrada Escril11ra. Näo acei/11111 o siste1110 tad1J, mas mio o rcjeilam em bloco. Acham q11e hii 11e/e 11111ilo tle apral'eilavel. C)11011do, porem, v110 oproveilar o que ,wie j11/g11111 haver de po.sil ivo, saem-se com 111110s opiniöes 11ovas e deslr11idoras mio so da i11ter1,re/af110 l radicio110/ da Bibtia, ma.s ale dos f1111dame11/os com q11e se de111011slra a origem hislorica da I greja de Crisla.
O s wa l,Jo L ehma11 (1)
A ct!"o1·m,wschlchte... t.cm oomo tundadoi•('s
Mtu·Un Olbellus (cDle Form,:csehlc-hle des ßvnnr."· Hum~• . 1919)
c Jhzdolt 13ulthnnnn ( «Die C:esehichtc
der Synopllseh<-n 1•rad !llon», J921).
Seus dlscl1n1-
l<>s. mals wrde, supcr{11·a m :-. poslc:\o dos: mcstrcs. SObre a e,·olu('(lO c'-10$ v:1r1os slst.emns r·aclonallst.~s
O fint do primc:iro scmestre do a no pa::.sado todo o Brasil prescnciou a agifac;ilo crind;-i pcla Uniäo Nacional dos ~studantcs ao desencadc:ir uma g rcvc gerat dos cursos supcnorcs, sob prctexto de rcivi ndicar um tcr~o de rcprcscnt:inlcs clos al unos no:, or„ ~äos dirctorc!-- das ' '(lrias l =aculdadcs c Uni vcrsida.dcs. Mou\'c, por<':111, um lntar no Pais onde essa 111anobr.1 de uma mi„ noria rcvol udonaria (' aud:1dosas tcvc pcla sua frcntc 11111:1 mi noria <.k militantes dccididos c.la Co11tra-Rcvohu,·äo, qnc fizeram malograr o movimcnfo pa rcdista :ili de::;,c,11:adca_do pcla. UNE. tssc luga r foi a d(ladc de ßclo Horizonte. Dada a importnnda do c1>isod io pam ilu:-lrar o quc diziamos de i nicio. r<:solvcmos frnnque.ar 11ossas colum:1::- :tos 1111ivcrsi tarios rnineiros quc partidparam do movimento antigrcvista, para q uc elcs mcsmo:, o f:t('am c.;onheccr por 110::.sos lcitores, apo ntando no mcsmo tcmpo a:;; difkuldadc.s criada$ pclo ambicntc: hostil quc ccrca quem quer quc sc oi>onha lt dcma~ot!ia nos dia::,. de hojc. Como cra muito dclkacta a conjunlura J)olifka naquelc$ dia:-::, cspcrarnos qnc a ~itua(:.io voUassc ,l non nalidadc, pnra sc podc:r tratar do a:-$111110 scm o ri::.co de con.. trihuir 1K1r:i a· :1gitac;äo <1uc cra, jusüUU(!ntc, um dos alvos c:olimados pcla grcvc. Puhlkamos, porl:wto, ncstc nurnero, a rcportai;cm prcparada cspedalmcnlc p;1r:t "CaroliCi$mO" petos univcrsi tarios Eduardo Antonio Vieira Aycr. dn r:aculdadc de Oircito da UMG, c Antonio Camlido de tara Duca, da Faculdaclc de Mcclic.:ina da UMG. Rcg-istraram clcs di:1 a dia os pontos altO$ dc~sa mcnwravtl reac;!to ronl ra os ntetotlos ::;ubvcrsivos da U NE c de scus $CQu<IZ('::., g ra~·a$ il qual foi mai$ uma vcz tlesmcnlida tt balcla da inc.·oc:rdbilidtidc <lo rcnomcno social ista. Como, alias, acontc:cc sempre c1ue os agcntc.$ rcvoltn:iona rios encontram ,,ein rrcntc um grupo tlc:cidido näo .-cbrir rnflo de seu direito ?, verdadcir:i libcrdadc c ao:- oulros wllorcs fumlamcritais da $odcdadc humana.
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c o rt f ,.< a-1<evo Luci o n ar i o J
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en 1·<er, tarn v i t o 1·<i o Ja m e rt t e g 1< ev e p 1< o 111 o v i da p e La
1A 11 E
BELO IIORIZONTE (1>0rn "C:ilolicismo") 1\ cxcm1>lo do quc sc: dcu 110 resto clo Pai$, n:t$ v:,ri:ts Faculdatks ,~uc comp6cm a Uuivcr:--idadc t.k M inas GNais näo houvc prova~ no fim do primeiro scmest rc do ano pass:1do, cm consequcnci:l <f.t grcvc geral dC$Cnc:ulcad:1 pcla UNE. Tais provas roram adi.1das pa ra dcpois da::; reria$, cm a~o::.to, mas a lJ Nl: insis1 ia cm quc ning uCm 1>articipasse dela$ e i11:-.ufl:tv:t os cstudantc.s a c.:ontin11arc111 p lci(c;rndo a particiJ)..l(,'f10 nos orgäos dirclores (1;1 Univcrsida<lc. na propon;äo de um ter(o. E o tcmpo ia p:issando. AtC que acon(ctcu ;;tlJ!uma coisa quc ia altcr:tt complctamcnt·c o rumo dos :,c.:ontccimcntos.
Fatima os cs1ä protcgcndo" (cis 11111a ~r:indc vcrdade n:i boca de in$Cn:,;atosl) , "scra que Siio Pedro wti reccber uns traidorcs corno csfc$?", "näo toqucrn nclcs, pc,rqm.: cssa docn\'a C cont;:1gios:i.", ''filho de .Ma .. 1 ri :i.", 'co11,t:rega<10 mari:i no" (romo se csscs ho11rosos titulos pudes-scrn constitui r 111:;ulto). E ao mC$1110 tcmpo quc uns assim g ritav,1111, outros, cm voz baixa, dirigiam aos <lois nwros (>s mais to rpcs bal(l<;es. M:is a opini5o puhlica, di:-mte de scmclh,mtcs ult raj e~, näo tardou a pro111111ciar..:,;c, por v~1rio:, modos, a fovor de qucm :issim sc expunha :i vexamC$ 1>or ;11nor de uma t.::rnsa nohrc.
Um g rupo de cstudantc...:. cntolicos, j ustamcnte indij'.!iu1.clos t'Om :1 imposturn da UNE c de. scus: lugarcs-tcucnles, r<:solvcu conslituir-sc cm c.·ornh;.:;iio antig·revc e, para :iccrtar os ncce·:,:;sario~ p lano::;, rcal izou urna primcira rcuniäo no di:t 31 de j ul ho de 1962. Dcdclimos ru r:ir n {:tcve, ;;1i nda quc sozinho::.. Espcr:w:11110:,:;, po rCm, scr acompanhado:-; por bom 1111rncro <lc colcgas, uma vcz lar1t:u.l:t a f:tmpanha a:nfi1,nrcdista.
INTERVEN~ÄO DA AUTORJDADE POLICIAL
0 PRIMEIRO A FURAR A GREVE Chcgando o dia dcsi~na<lo par;t o inicio dos cxamcs 1. 0 de agosto. pcla manhri - o primciro 11nivcrsi1ario :1 htrar :i.. grc:vc fo i um scgundanista da F:tculdadc de Mcdici11a. Chc~ou sozinho ao loral da f>rova c, dado o clcrncnto surpre::.a, nao roi obstado cm scu proposito. Varios coleg:1s, ao pcrccbcrcm o quc etc ia fazcr, tenlaram cm tom arnig:wcl dissuaöi-lo, m:u; cm väo. /\ grcvc csf:tva. for;1da.
A nc>tici:i. corre:11 cclerc: pcl;1$ divcr:--a~ E-:-:;c.: olas. l!m ton~c<1uc1u;ia, comc(:aram a surJ?ir dificulcla<.Jcs para o::; a11titrC"vistas. A$:-:.im C <111c 11111 aluno do 1.0 ano <l:1 faculd:1dc de Odonfologia c F:trm:11.:i:i. com prova 111:ircad:i para aqucln mesmn m:tnhä, lo~o il cnt r:u.la t:?ncontron um piqucte de ('Crca de ccm j'.!tcvistas, quc atr:ivCs de apclo:,. c de ,m1eac;as quiseram dcmov..:-..10 de scu intcnto. A respost:1 fi rmc foi quc cle e out ros colcgas 11!'10 podiam concordar com a UNE por scr nqucla uma g-rcvc de cara(cr ::.11bvcrsivo, de modo que, caso mio fizesscm :1$ provas, estari.1m apoiando um.a i nicintiva cont r~ria it sua cons<:icn„ da. D:ts amc:t~·a$ passaram os grevistas pa r:i OS insultos c dai p(1ra 11111 inicio de violc:ncia par;1 impedir a rc~tlizacäo da 1>rova. ma:-, ~r:1("a$ ä intcrven\äo cncrgka do pr<>fcssor. pcla sc~unda vc1. :i. i;:rcvc. foi furada. Acornpanha.do r>or outro rolc~a a11t igrcvist;i, ~wi u o jovcn, por entre vaias c apupos, scndo amhos loJ:!o ccrcados pcla r:i.paziad.1 (llu„ cinada. l)irigir,1m-sc ao pon(o de lroleibu:-, e qu:rndo chegou o primciro vciculo näo conscguir:1111 fom:i-lo, porquc os ~revi:-;t:1$ ~c amontoaram na frcntc da porta. Foi improvisado cnfiio um c:;;pctaculo dcptimcntc <111c iria rcpcfir„sc por ocasi5o de outrns provas: tcvc inicio a primcira passcata pclo ccntro da dd:id~, com os dois antip:i.t(!distas pcrscguidos e cercaclos por um grupo ul ulante de ~revista~. Aq11ela turbamulta iusuftav.i o~ do is colcgas de tod:is as mnneir:i::..., c $Cmpre cm nftos hr:idos : "fu rücs" , "minhoct,es·'. ''ca ro l~s", "cova rdcs" (0 ~uprema irrb;.äo : cov:irdc <1ucm assim :irro::;tav;1 a furia de mna mulfüfäo de amofinados!), "cles ja ajudaram a Missa e cornun„ g ar:un hojc !", ''cles cstao qucrcndo scr marlircs", ''No~sa Se11hora (k
Para ~c vcrcm livrcs de seu:-. pcrneguidorcs, os dois an liparcdistas sc valcram de tun anl il. Oricnt:1ram o cortcjo pa ra o Quartel da Guarda do Palado do Governo c. ao chegarcm ali, cntraram c pediraru prot<.•~·äo p olid:tl, sob os prok::;to:-; dos ~rcvistas. Acorrcram cntfto ao Quartel variO$ elcmcntos da comissao anti~rcv(!, ;u:omp:inhados de alguns opcra rio::; amigos, todos dispostos a um dcsforc;o sc fossc pr('ciso. Assim p rotcgidos, podiam os dois a11tip:1tcliistas s;1ir Sem ri.sco, mas o tencnte comandantc fez <.111estäo <le lltl's dar <·obertura, conduzimlo-os .i Sccrctaria da Seguranc:a Publica cm viaturn mil itar por c:le pro1>rio dirigida, c dcixando o Quartel pcl os fundos p:1ra dcspi::-tar o~ g rcvi:-;tas. Na Sccretaria c.la Scguran('a, con<luzido:-- :1 prcse1u;a do litular da pasta, solidta ram garantias para PO• dcrcm p rcstar cxar11c$. Promctcu o Sccrct:trio nw11da r viatura:,; da pol ida p:ira asse~urar a r<-al iz:1~·50 da prova scgui ntc., quc teri:l i nicio ;°i$ 14 ho ras cJo mcsmo ditt 1,•" tfo agosto.
Era a vcz de um f('rcciro estudantc furar a g re.v<-. Tclefonou d e para o Oirctor da Faculctadc - a de Odontologia c F:irmacia c lhc rorarn <lad:is gar:intias parn. rcalizar ;1 prova. Mas o 111(:SlllO amhicnlc hosfil o aguardava por partc dO$ grcvistas. No meio de ins11lt0$, cl irigiu-se ao 1:tboratorio onclc h: ria luf!ar a prov:i, c tcvc a suq>resa de o uvir o p roprio cxaminador dizcr C$1:t cnormidadc, din• gindo-sc aos J)f('Stntc~: "Eu acho quc <i :it itudc dc:stc r;q,az t a de um covarde, de um dcsfi brndo. Sb cfarci :t prov.'t par:i <:le porquc sou obrigado pclo Ministetio; sen:.io cu näo a tlari:t" . Notc.-sc quc aqui ja näo C um cstudantc imaturo, mas um 1>rofc·sso r uni \'crsitario quc qualifit-a de cov3rdc c de desfibrado um mo~·o qu<', 1>ara obcdcccr a um impcralivo tlc sua con:-;cicncia, cnfrent a uma turba cnrurcdda!
UM, ERRO DE TATICA DOS GREVISTAS Por ocasiäo dessa prova, o~ g rcvistas comcterarn um g ravc crro de tatica: r>rovidc:nciaram o coinparecimcnto d<: 1111mcrosos fotoirafos, cinegra fi:--tas, rcportcrcs de jornais e. tlc te1cvis:1o, c reccbcram o ''inimig-01 · , said:i, corn carfazcs insultuosos, roguetcs c bomba~. Assim, scm ncnhum lrabalho para a comis$1iO ant ig rcvc, mas. pelo co11trario, por i niciativ:i clos proprios ßrcvist:is, roi fcita :t primcira promo(,'äo 1>ropaga11distica do movimcnto de opo::;ic;äo ;) paredc. T oda a. cidadc tomou t'.Onhccimcnto, pcla tclc:vis.fio c: pc1os jornais, da cdosäo dc:,;.-.c movimcnto c clo :unhicnte de i ntimid:i(·äo quc clc tinha que cu-
a
dos ullimos a nos ,•er 1-:-. Spodarora, cJ.n Crlllca c s:11 1::vungell•.
Reportagem de fduardo Antonio Vieira Ayer e Antonio Candida de Lara Duca
ESTUDANTES CONTRA- REVOLUCIONARIOS frcntar para romJ)er o l·crco da UNE c de $CUS a::-scdas. No dia 2 de agosto um atuno lla Faculdadc de Mcdicina kz uma prova $Cm maiorc:- fro„ pC(OS. alCm das pres$öcs de quc roi objcto para <.lcsistir de sua intc:m;äo. T<:rrnin::Hlo o
c:<amc, :;aiu pcla porta principal da E:scola ~cm so frc-r con::;t r:mgimcnto. Foi C!--.'-C um clia t·heio de r,tivid:ulcs propagandistic:,s 1l:i r.l a
romis...._ao anti,c:-rcvc. No dia 3 o centro (las akm;öcs foi a Facutdadc de Ditcito, onde tcri:uu cnffw inicio :-is provas. Apcsar <.IC algumas nwnobras cnvol ventc:-, um lcr<:ciranisfa prcstou cxamc so-
'l.inho. Ao sair da sala, cra tal o ambicntc de hostilidadc contra etc. quc o profcssor sc ofcrcceu pa ra lcva„Jo para t a:-.a cm :-cu proprio l·arro, razcudo-o :ttravl-s de v:1rias pcri•
Quanto ao scgundo ahmo a fa1.cr prov:i n:i Fm:ul<ladc de Cicncias Economka$, somcntc t.·onscguiu livrar-sc d<>s :li:-ifadorc~ :t durn~ ,,cnas e corn o auxilio do Oirctor d:1 E!--tc.,la, rc>.t<lju\lado por clemen1os antigrcvis1<l$, N:1 Paculdadc de D ircifo, porCm, outro es1tuJ;-intc pödc ,,resfar cxame scm maiorcs dirkuldad('s c saiu garantido por clcmcnto5- d,1 romissf10
:tntigrcvc. Ainda no di:i 3 um antip;1rctfo•t:1 foi h F:t· <.·uldadc de Medidna fazcr sua scguru..l:\ pro,,a, quc consistia cm 11111a p:i rtc pratic:1 c outra oral. Rcalizado o exan1e pratic.:o, o pro• fcssor da catleira cxi,-::iu quc o oral fo~~c fcito cm llublko. Pondcrou o estudantc <111c näo convinha admitir na s,tla rn:th, quc uma t'O• mis...::!io de ahmos, para näo havcr tumulto c toni-trang imcnto durantc a prov:1 ; rnas o pro•
pccias.
fC$SOt näo o atcndcu c fez. abrir a saln. O
Na raculdadc de Arquitclnrn mn elcmcnto aotigrcvista fcz urn cxan1c, scndo, rorno de i>raxc, saudaclo por apupos de scus colcgas J).lrcdistas. A s;1ida foi abordado por 11111 vc.lho profcssor, que o ol hou do!-. p(-:,; ;, rabe(a, corno sc quise~sc sc c:crtHitar d..: quc de cxiS• t ia 1nc!--mo, e c~ten<len„lhc a mao. dizc1Hlo; "Vocc C 1.fa<1uclcs c1uc C!,livcrnm ontcm ua t<:• tc,•isäo? l{a1>aziiula l>oa. S6 m;sim mcsmo C quc o 13rasi1 ,,ai p;ira a freute. Gostaria de dar prova ;,gor:i 1>arn vocC. ~c fOS$-c :--cu pro-
cxaminando dC:cl:tron quc iria sorfcar o ponlo apenas para quc ficassc consignado cm at,'l t 1uc etc havia precnchido, de :-:u.l partc. a:-cxii::c11cias rcf!ul:uncnt;-ires para a rcaliz:t(fio tla prova~ cstava furando a grcvc por urna qucst5o de principios, nrn:-- foltavam .1li comli• <,·ücs indii-pen-:~.1veis par:1 fazcr o C:<imH:. Dei.. xava fl ba nc.a plcn.1 libcrdadc pnr a lhc dar n nola quc quh::cssc, quc cvidcntemcntc scrla zcro. 0 scgundo txarninador reconhcccu o dircito quc t i nh<.t o ah1110 de suslcnt;1r scu
f(':;sor".
1)011to de vista contr:uio ft grcvc. 111..is. l::rnH.:ntou q11<: ''tal afitude c firmcza de l."(1fatcr mio fosscm unid;-is ;1 11rn igual amor aos li vro:f', 0 cstml,111tc rcsponde11 que na rc~lid:1dc os
FIRMEZA DE CARATER 0 ,1111bic11tc na f':tcuhl:tdc de Cicnci:1~ r~conomica:-- näo cstava mtno:-- t::trrcgado. Doi::doi- :111tif!rcvistas que ali compar;·u.:er:un no (lia 3 sofrcram toda sortc de prcs...::e>c~ c de ;1111ca\·ns para rcnunciarcm :, :-.c11 int<:nto. 0 p rimciro :i tcrmin;-ir a prova. saiu d;1 c:--c<>kt :--ob prot<:(fio policial. cm mcio a uma $..lrniv:ul:i de insultos pcs:idos, nlCm das vai:,s c do cstrcpilo c.la.s bomba::.. Alg1111s elcmcnfos d:1 i..:omi:,;säo ;-intigrc,1 c, que c:-.fav;-im ai:-uard:indo o fon <to cxamc do out ro :1111110, ti\'crnm !'-U:t prcsc11c;;, 11ot;11.l.t c foram cercados por varios ,::.rcvisfas, quc os h:•v;1rcu11 Nn nov.:t p:is::;cata. cnc,nminlwndo•:-.e 1)ara o ccnlro dn cidadc. Durnntc 1odo o lrnjclo, vctinv;1111 c ~ritav:1111 os i11sulto~ j:'t conhccido$. Dirigir:im-sc por fim rcf.la(50 do "l)ia rio tl;, Tarde", ondc n11u11c.· i:,rn111 a:- :-.a11(()cs c1uc cs1,w:11n rcscrv:ulas :ios CJtt(' furas• scm a grc\/C : $Cri;un cxpulso::; tfa:,; as:-oda,;öc~ de estud:rn1cs c dcdar.,dos "pcrs.on:tc 110 11 r;rnt :-i.c 11 u;i~ rc:,.pcd iv:&$ P'a\'uldadcs.
a
A inflayäo obriga•nos. ma1s urna vez, a reve1· os prei;os de assinatura e venda avulsa do jornal, que vim os mantendo desde novembro de 1961. A pa,·tir d e 1... do c-o rrcnte, nossa tabela e a que figu.-a abaixo.
Mensario com Aprova1äo Edesiasti<a Campos -
Est. do Rio
OJrclor: Mons. A 11fOn fO ll-ibCirO d() llO:w,-to Av. ? d o Sotcmb ro, 24? -
Cnl~n l'o~lal SSS
As:dn:1tura:i: :1nu:ti~:
Co1nu1n ..... .• .. ••...•• ••.•
Cr$
ßcnreltor •• , , ••••••.•..•.•. Cn,ucl(: 1umfclto1• •• . •••••.•• !')cmhml'ls:tM.: e t:-tocl::intcs: , • 1-:xtcrlor ..... . .. .. . ..... .. .
C'rS 2.mk).00 Cr~ ~.()(1(1.00
:Suuwro :tt r us ndo .••.•..•...
600,00
CrS Cr$
3!;4>.00 700.00
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Pnr~t os f;l)t:Htos de AI.HJOüS, Amazonas, ßnhln, Cearl,t, Col6s, Mt.tl'illlhÜ.o, MiUO CrosSC), Por6, Par::albü, Pernnmbueo. Plau1,
ruo
Crnndc <10 Norte, SC.rglpe e •rer1·lto1·los. o Jornul f env ludo 1>01• v ln ncrco J>t>lo preco
da ass1ruu.uru comum. ~lud:111,,:,:1 do Nt1lereco 1.l(} assln::mtcs:
111ene.it,nar o cud~rc<,•v :rntll,;'o,
Valcs J)C)Stals, t'artus com vah>r t1ctl:1r:ulo, Cheques, <levcrfto scr envl:1doS; em nome
(l():S $CS:Ullll("$ ,, gcntcs C J):')r~ 0 rcspcc-tlvo cndc1•c,c-o: A;ttnto ~ernl - Or.
de ~llll
Jos6 de Oliv clrn Andr~HIC, Cabrn POSl~1 333, CtimJk)s, Esl<ldO dO IUO! AJ;'Cntc pam 0~ J-;i/!tmloJil tlo l'ürn nf,, Hlo Gr:uul0 do S ul, ::-nntn C nfarlnn o S:io 1'11111 () - Jos~ r.-u1s de l-'s'("ltUS (a.ilm{lrAes A btu~. RUl'l C~stro
Alvc~. 20, StHltOS, J:::-t:ldO de stio P;i ulo;
l ~t:uloN J\1:,t,, „ Gcirni8 Sl\.11<:s Mou1·!10, nu:1 llnrfio de Müc:n.ib[I$, AJ:'Nllö Gro,i~o
JHlr:\ os Mlnntt
d e Gotfü,, l)r. l\'lllton d e
202, tctcronc 4•2279. Uc1o llorlzont.c, F.stttdO de Mlna:s Ccrnfs.
profc$$Ores podi:un facilrucntc .:omprccmler quc. no c!,tado de coac:äo moral cm que ~<: .iduw.1, näo lh<: (•ra cl;-ido fa7.cr mna bo::1 prov:1. l~is po r c1u<: tfcl a dcsislitt. Durnntc todo c.-ssc di:,togo t1 ~:,la pcrnrnncccu 110 m.ti$ t()m• r,tcio $ilcncio. 0 jovcm lcv:111fo11-sc. foi tli)l:111tlido pclu~ grcvist:1$ zomhnri:1, c $:tiu s:cm que :--c 011$:1s.;;c a mtnor mani fl'stac;f10 cont r:i clc. clt nlro 011 fora da Escoln.
t!Cl'laradio ft imprcn$:'I. o uni\fcr:..itario p rc~i-
A GREVE EM SEUS ESTERTORES FINAIS t\ imprcf\sa c :,s csta~ücs de klcvisäo de• rnm hoa cobertura ao movimcnto c.·onlra :, i,::rcvc. 0 m;.sunto, dad:1 :1 sua imporl;111ti1l, foi lcvado äs manchctcs ,lo~ jorn:iis, das q11:1is transcrc,1cmos algumas ruais ~ugcstivas: "Crcscc n oposit;5o ft politica da UN~.. - ''Est11d.u1tc:-- ins.urj.!cm-sc contra ;1 ~rcvc c rritk;Hn a UNE" - "Univcrsilarios catolico5- : n ~rcv c C subvcrsiva" - 1'Sctc :ilunos t·om1);-ircccrtun äs prov:ss ontcm na UMG" "Oois maria• 110s fur:tr:im a grcvc c for:1111 v:tiados por mai:-- clc 200·• - '' Est11d:1111t:-. quc ruraram :-i ~rcvc vaiaclos n:t port:1 da F:,culd:ide1' "Crc.scc o numcro de csludautcs quc sc tlizcru dcscjoso:-; <lc pör fim f1 grcvc 1111ivcrsitaria" - "Excrdto garnnlc prcsenc;-a dos furn-grcvc:-f1:,. prova:f' - " E$tud;-intcs g rtvislas provoc;-i ram dc:-:onlcns" "U Nf: ; Uniäo Nacion:11 <IO!-. Extrcmisfas·· "Nuntcro de rura-grcvt·s . 4
c111rncnt:1" -
.. Tempo ti-1cvc qucn1c 11:1 E11~c:
4
nh:iri:i : ('~'fml:mtci- tomnr:un arin:t cl() solcl:tdo" "GrC\IC co11traprocluce11lc" ''Ocputado
,-a1Hla a rca<;fao contrn o:-. mctodos :-.uhve:r si\lO:Odn UNE" - "UNE J')Crdc o tontrolc d;'1 cla$:,;,t• estmfant ir', /\ final , 110 dia tl de :,g·o:-.to„ os jornai:-. 110• 1kic11n :1 suspc11:;;.äo dtt g:rcvc pcla UNE. Em
dent<: da Unii10 Estadua l dos Ei-h1dantC$ de .o\•\inas Gcr:si~ rcvel:1 o mofivo principal da re:-.oltt\·5o d:t UNE: m:u111tc11(äo da unidade do rnovi mcnto, quc vinlw :-.ofrcnd() "um for(amcnto p;ir:t seu di\lisioni:--1110" ( .. Oi:1rio dot
T:tnlc', tlc llclo llorizonk, 9 de a;:oslo de 1962). Por 011tras pat,wra~ rntiis simples, intcrprctando esse jar_gfio: ca ~rC\IC acahou 1>orq11c fc>i furad:1. ..
A 12 de :i~osto, enquanto sc d.1va a dcbandada g-cr;il dos afivistas da j,!rcvc, a im•
prcnsa de ßclo llorizonlc. de Sfio Paulo c do Rio p ublicav:1 o mnnifcsto quc :t (;Omi~::-I,o anti::!rcvc lanton p;-ir a justifit.:tr sua <1lifudc. i\lostr:i c::-..-.c documcnto t·omo a UNE vcm ~endo mancjad~ como in:'i.trumento da bolchc• viz:i~f10 de nosso Pai:-., c ;lpout:i as caractc-
risfü:.1s snbver:-:ivas da grcvc, quc S(• arr;1sta• "" por mais <lc dois rnc~c:--. A grcve. de-:-.mor.1liz;tda. cst:w<1 no fim. f-im 111clnn~ol ico, diss<: 11111 arlicoli:sta. Des• truira-~c. des...;e modo, o tabu do dominio da UNE sobre o~ mcio:; 1111i\1Cr~it:i rio~ minciros, E 1tt1nhar:u11 com~itlcr;-ivcl p rc$1i~io o:; cstud.1111«.::-. :-intip.ircdi:.;t:is, n5o somcntc entre os 1lruprios c:olcg::is, t111c da pcnumbra da li1nidcz vinham ;I franqueza d.l$ posi<;t1cs dc$a:-.som• br:tdas, ma~ tamb(·m tnfre o !:rnndc 1:)Ublico, q11c de 1oda partc c d<: \l;:1riados motlo::; 11.:-10 rcg;)ft:011 :1pl:rnso~ ,10 110~:-:o movimcnto.
\
A MARCiEM DO CONCILIO D . A. C.
r,or
OS SOLDADOS TREMEM; A GREVE CONTINUA A SER FURADA /\ ultima Escola a iniciar :1:;. pro\lc1s foi " de Eogcnharia, quc dccidiu f::17.C-lo n::i lantc (lo dia tl llc .t;::osto, Os cinco aluno~ :rntipa.. rcdist:1s com cxamcs 111arcados parn ,1<1uck dia d1ei::arnm lt Faculdadc em doi:-. ;:.:rupo:--. 1\ 0 :-e: :1proximarcm d:t entrad;1 tlo cdiiicin princip:tl, Ut cncontrnram s<>ld;1do:-: tlo Excrtito c. da Po1ida Milit;1r, o quc näo impccliu quc os ciuco fo:-.scm cnvol vidos por cerc:i de trc-• zcntos g rcvi::.tas, quc gritav:un insultos c :1nwa„ \'a!-., sollav:un bombas c m:dtratavam por J)n• lavr:ts c gcslos t:unbCm os militarts c o Dirctor c.f:t E.s<·oJ:t, f:,zCJ1(10 110 loc;•I 11111 vcrtla„ dciro pamkmonio. A g u:1 rd::t tcvc quc scr rcforc;ada por pr:u;;1s quc vicr;1111 do intcrior do cdifido com ruzis de baioncf:1 c~1lada. l l o1wc a prov:1,
A saida sc den soh a$. s:1lvas j{t conhccida~: vaias, a1mr>o~. \:Strondo de homha::-, chuv., de: cast·.as tlc la ra11j :1. etc. 0 ambicntc cst:iv:t täo l ~nso, qut a propria uu:trda sc mostrava rccciosa. a fi rm:mdo .\lf!tms dos quc assi~(iram ;1 ccn:1 quc, pcl~1 primcir;1 vcz, virnm „um i-Old;Hto lrcmcr (·0111 o fuzil ,ws mäos", Durantc a rcnliz:1c:fio <las provas. ho uvc na rua um at rito ent re grc. visf:is c um mi lici:1110. ao c1u.1I foi :trrcb:tlada a :trma.
N."lqnclc mcsmo tli:t q11:1tro :rntip:arcdi:--t:.s for:im .i Faculdadc clc Dircito prest:1r c·x:uncs. Na s~,ida, f1 "ista. <l:t atitudt ~mcn<;.ttlora dos ~revist~is. o~ qu:,1ro for:im t"crc.·:l<IO~ por sOI• d:1dos com haionc:fa cal:1d:1, para impcclir a aproxim:t('äo dos maz<>r<111ciro~. lmpo$sihilif:1. dos de tomar qualqucr <.·ondu(!iO. dir igir,1111-~c o:-:: .antiparcdista:-.. sob protc(fio polici:11, i1 rc• d:1ct10 do 11 l::$(ado de 1\-\inas". $Cmprc ;1:-.:-.cdia• dos pcla turma ul11la11tc do:-- ~rcvi:--t:1:-... De..._ poi:-. de prcstarcm dedar;1('ücs aO$ rcportccc$. o sarg-cnto comam.:l:wtc ,ta pcqucnn trop:a pro„ vidcnciou uma vi:1tura do Excrcito p;tr:i kva„10:-. p,1r,1 c.i:--a. No momcnto cm quc $C rctir:1v:tm, soh fortc cscolt:t (trm:ufa de h17.is l'Om h:do11ct~1 {'alatl:t, 11111 coronel c umprimcn„ 1011„os pcl:i bravura de ,1uc 1i11hnm d:ldO mostt:i. Nos di:1:-. scguintc:-. :-.c rcpctira.m ;1:-- t'cn:ts ,o$I 11111cir:1s, por(:in ~·1 \:xaC'crhac:5o dos J::'rc,·i$t.is cncla vcz mnis fa sc abr:111d:uHI<>, pns:--:in• do ;i havcr prova:-. cm quc n~o ~c rctistr:1v:1 • 11cnl111111a rc,1('äo conlr:1 os quc as frtzi:1111. A c:sta :11t11r:1, näo cram pom.:os os colc::ra$ ((m: diri~ iam aos ;111tigrevisf;1s rra:..C$ t.·omo c:--ta:--: - ·•voc(·s t(:ru toda. rnziio. Mas cu :-;ou da 1cori:1 de c111c mais v:tlc 11111 <:ov:anlc vi\lO ein que dois hcrüis mortos··; ..sc fOS$C para faz(: r :1s JHova:-- ,w ntl:u.ta da noit·e , cu iri:L M:1s com ;1qucle:,; piquctes. näo \'Ou".
NTES 11wsmo de rcc.·<nm:rar 1Uio di• zcmos de fl'rmhwr. pois que o c11ccrra111c11fa dt· wu Conrilio .::c rN1fiiu 1u·rlcm:c aos fuluros omliu{!cnle..:: - o II Co11 dlio Volit·auo j,ti lt,:m .-:t·us hi,i;;f(,rifulort.'i. Clwmn11w„Jos <IC. 'hist11ritulort.s", porquc mio s,io simpfr•.:: rmalisfos o.'i q11,• pror11r11111 11111plinr vara " gramlt· puhfh•o a~ uoticias do prescufr Coudlio. Srus n•lafas J1{:111 fi:plc-lt1s rt111:~idt.rll(U(•.,; uwis a/fus. t/ll(' prc/t•mlcm tlt-sdt• j,i tlr.-.t'ohr;, o imhritmm·ulo itlc-ofo{!icY> quc pn·•
Nulfiui a uma st·ria mlvcrh'ndü wio 1•11c·'!,,11lro11 oulra grupo ,111e /Jw fht·sst• opusi• rao. Dt.• falo, os tftosro11lt·11lt·.~ rom a C11rit1 Roma11n J'f'1f{rt.ssislas. ou lratlfrimwlis1qs ew,tui(Jo..::. romo qul.'lram dumui-/Q.,; lmlwm mtmi/~slflcti4!,,. tJII<' ,tri.,·avtuu c11frl'11(•r 1111w 11t Nft1dl'1r11 QtJttm1zartio, c muilo aliva : inl,•rvc•ncUt.s tOIH'Ord(,•,'i, ,i.. l'CZl!S Cülll ('.\'f1fl','\• slits idt•111ic11.-.. lflrt_:o rirrufo tlt· c·o11/1•rr11t'ins. ,. tomh,.;m m,w t't)/110 t'la,1m· /Utrn aptmuli-lo.,·
süfr c onimn ().'i ,tdwf,•s tlt1 f!,rnutlc 1\:;scmb/Na. No t•11fa11to, romo m'<J111C'fc l!Ctalmr11/c 11 1111cm /alt, eil' um pro/Jlnua ruja solt1ftio min thc C i11difctc111,•. m·m .w•m1wc ftlis historiodu re,,; (·011sc•1·,,om o ,tistoaria psiquira porn fransmilirt m t/Ntur,il',~ im11arrinis tfo:.,· nlo..:. ohserva{/Q.~. A.i;;sim, rt·rlas tronirns 110s iufarmilm qur os Prdmlos f('unitfos c•m l?mua s1• ,tfridem rm <lois f.!l'IIJIOS: ,,... tnufitioualis/os t· os flrOf!l'l','i:ü:;ta.o;. Em to,fos o.. C"m•ifios ho11 vt· tlii'l'fJ!Cnr ias ,, ,U:;t11.-;~iie.;,;, por vctits arolottulas. 0 Tritfc,, .. liutJ c o \lnlittmo J. Q.'i 11ffi1110.-; rrnli.zmlos. forom assiuatndos 110, 11111 grtuulr ,•11frprhoq1u· ,k idNa.... Nmlil ,lis..::o ,t dl' st• (ufmirnr. f-: alrav,:s das e{(•11u•11/u.-. ltmumws. rmu Imins as suas 1lcfidc11dn.fi, quc al!e o 1;.~pirito Santo para a ccli/ica(',io das. fh:i.-., t•xallor,io (/{l Sauto l {!rrja e gloria tfc /Jeus. /\i c:~ltiQ O.'- rc·• su//otftJ.-. tJos Com:ilios Et'umenicos paro o d1•-
Not/11 ,tis.w, .w· 11ofm1t1 t'III ntgum prrl,msq t'fll!IJI~) op'!,,;fo. /Je. mtmr:ira q11(• seria 11111i.-. f>hJl'/1110 cJ,z,•r q111• os Pndrt•s conrilitlfC-$ putftrmu l'l![!iSll't1r a exisl,.•11d11 df' um grupo ,Ir rrrfmlos 1/rsgosfo.,;os ,!o Curin Romrmn t• cteciditlh.,; 11 ,unhar l'Sf1t•rir,/mtut,· com n iu/lutn•
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da do S111110 0/ido, Q111• desrjnriam Jois l'rrta,Jos? Uma /grrja ,t~ 400 milluics dt 11/ma.,; go11cr11ml11 1u•l1> Pap(t ,f,rrfa " pt•ssoalmrnle. sem nuxilinn•s de .•mo Ou qucreriam ,~lt's m1•s11111s str tM t·1>11st•fl1ciros do J?omtmo Pouliffre? 'tnlvez .~r ,·011/('lt/nss,•m Nnn imlfrar-111(' os auxiliare.'i, f,mfi1111(f1?
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e tnmhhn normal qw• rm faruo ,las of}i11iöts discnnlnulcs S<' agrupc·m 11orios Pac'lrt•s c·oufi„ liares. Oi11illir, pt>rl:m. tlescfr logo. os Preta<lo:; do II Courilio \lalfrruw />rttiS(l{JICIIIC '1111 (loh: grupos oposto.,;, lt<11licio11oli.-.tas t" ,,,,,. J!fl'.'i.~i.~lllS, lrfli a J,t('O(llf'tl(tio ,loqut•/(',I;; qut dr..-.t•jt,m impor r,i tgrrja uma r(•1w1,o('lio rc1,o·l11r/011t1dt1 , '-'• 11or isso. n si mc.,·mos rl/uiem os outros que flJ>t'liclam clt~ fradido,w/i.,·to.... 011 malhor. tft r,tadm,arios, .w) pat'quc mfo lcJcm peln .wlfl r11rti/lu,, D" ft1 lo. In/ tlivis,i1> mit> sc fmulnmcuto ,w estmfo da.,· ft.'~c's opres,•11/od11s /Ulf uus c oulros, ,fr mam•il'a II caNn·ftriznr hrm os /e111Jtom•ins a r11w s,• /iliariam. 111111111 reparli(<io c.,·t'lusi1rn NIi ,tois gr11pos opo.,;/1)s. Ntm pmterio ser. Do.'i quh.tt lrc1.-. mll Pa• ,lrcs fonrifiares quc routa o VntfrnmJ II, 11pr1111s pouco mni..:: d,t ,1ui11lu•11/Qs fiz1•r<111t u:;o ,In ,,a1t11,ra. 0 jufgomcuto s6 pcrlt.r,i ter sitlo Jt.ito solu·e Q que diSS(' c.,•SS(l X('.\'(n Jlllrlf. IJtS.WI propria milloria. umifo.'- se exprtssarnm ,lc mnocira n .- .tr impossiv('I t/assiffr,i~los, /J('/o
tJtl<' ,ti,,;:,t•rnm, mm,n QII 11011/ra ,•,Jfreult:, 011 stja, N>mo frn<licfo1111/i.,;((I::: "" rrvolutio1111rios, r,•11do11udos ,m progrcssislns.
/\li<is, u 1>rrtm1ccilo q11t· prcshlc n cssn dfs .. linräo sc ma11ifcslt1 ,lt.s<lc' logo. quamlo s,·us
autorr.,· ..t llf)rc·ssmn t·m suhslifuir " 1fi1,l::uit• tmlre lrmti(iQ1111/i.~lns ,, 1w,1{.!1'i'S..::i..::tax. por m, .. Jra. (}II sejtt. a qm' tlfr•fri(mi ().c; /l(lt/ft•s ,·ouriJiorts cm plrrlidaritM d<· uma ,·011.q•rva11/ism<, imr,11('/ 1111 /j!rrjll fJQ,'i quul.-. .'i'f' OJUit•m o.-. quc. tlt•.-.,•jam um ,•11rit111,•t'i111rnto da lradi('titJ rmu rltmcutos Ol'J.!rmir11mr11ft assimilodo.,;. Em .-.cme/Jumlc 1•xplrmt1ftifl, 11.-. lrodicionalisfm; per„ 1km q ru· orl'!tlo:rn ,Ja proJ!r_in fidw, ,~ '!~· pr'1J~rcss1slus de1x o111 tlc 1ust1fu·nr n rc~n·w d<.•s• perlado ,ros fieis J>t•la sua ,1,•11omi11or,io. Qm•m ossi.-.fiu 110 Conrifio p6de pcrcc•her. mio ll 1:xisfh1ria de dun.,; fnrröes 'fllt' tlividirun "s Padres rouriliarcw. mas ape11ns o apt11·,·ri• mrnl,1 de um ;.t.r11p" q11r .-.:(• c,1m11/111 ,; C11rin Roma,w t' .~(' (·mpr11ftm1r1 NU prr-ssiouar os Co/t.J!OS a { im de aliriti-los 1111 me,,;uw oric•nfll(tio. Esse J!r11po cujn imodt•rn(,io ohri... gou a mcsa presidida J}tlo Emmo. Cnrdral
P
:\l h ('lo t1s id(,lu.,.i e d o 11trh11ls :Hlniira\'c~I C, s6 o humeru ,p,r SC" ,le dlcn :•o~ oc,:ocios. Pani o omr.\'.i~I:, • .,.inhi,) 6 ~o o ••J•t•rarl\J. l'lnnto C ,t{i " <-tich•nh-, cml(o t• w6 o tr'a halln\do r :ti:-lt:tdo. l ~ara o
All A o libl'rnl c;.o11tNnr1or:u1N, -
t"_>:(lttl'rdi,,;I,:'\ tla
1ll'nh1ClrJtt'i(1.-e:ri:o1t:1. o
b cmllo C
todo t•.-.1..- conjnnto d<" p rNlieaclo~ reuuidc,s num nws mo ('ld:td ;"10 uu (:f10mr11dr1,
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2!'i •~9), J)orPm,
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t, b~n1 o ulJ•:t: • O lc-trt1d1) 1icJ,1 u ire, u ~(1-
hedorln. o o 11•rn1>1J do ocin. ,. o r11sc, t,c,m JlOue:-i s n o ,111r .,.i:,br• dOrin ,-:erfi e h('io» a1) 1u-li• «1;: 11.j :1 (:(m\'Crs:'1(':lo ,l ...i(lnwntt• ,tuhrr n u\·ilhos " t,H1ro.,.i't As,-hu · o e:,r. pint ('irQ f; arquih~(c, c••• ). J\s~im o tcrreirQ (, •• ). Assim o ol,•irn ( •• ,). S f'rn to1h)S 1~8'l l's 1d1) ,-:1!
oeu1n1~Uc$ :1h'-:111tar1i n :i.alu~dori:1.
N llflc·:, rin um!'t 6 1l l'1d t•; m)o se lrnbltnrla n l'l:1: )111, 1.m ~~cnria; ma.,.i (' l ('S n:iu •~otrari"tn nas :1r.:wmhl(·ins. J•:11'.~ n t, o ,;;o :1sse11tun-ul n:·~ (':11fl"i r:1 d•• juiz; e mic• NHc;ndi'r:io :,s lel~ d11 J u:;Uc-:-. ; n:if> ,~11si1mr:i1J :is r ,:;:r a:,. da mor:11, ru-m cfo di rQlto: o 11:'io :il" :.1.c.l11H'olo ocup adc,s nu intc;li;;tndn dr,s 11r, 1•:1bola.,;;,. M.rt..;: sY r c,s-tnuram a ic eoisf1S: t111c 1l:·1~• s:011 c1.1n1 o ten11rn. n o.,.i s ,•us \ 'ol os s:io l)llrn r:1~.C!• r ('in hNn :\8 ,, b ras de i.un f1rt~• ; elt-i- aJlll{'alH nls1 n a !'IUa nhu:,, •• 11Nw 11r11n, \>i\'Cr l'-f'j;nnd O a
""°'
lt'I do AICh.:slmo». l'o1·1:1nt•J, f horn s,·r c::tr1,lntdro, .:, 1,om i,icr t;1ICito, /. hiun t-i•r :up1 ltdo; i! boni C:(lt1Slrni r t'i -
d:u1es.
M:,s-. tiodrr-.se-la pc;ri:-11nl:1r, ~.-.r tudo Ist<> 6 o m ('lh1lr'!
On n 11ic•lhor seri:t c 11id:1r da j u i:otlt:l,
da moral, ,·m1,rt'g n r o ,.:trm110 do oc.:.io• conSldtlrandu :1 « i n h•li~encia
cl:1.~ i,ar:ll,olns• ~
llujc, 11ar11 nns:,.o lrru:,,:i «C":011t.P111pon111;•1111, •'t ma~11U ic!\) tl tralmlhflr, t! i:c,r1stn1ir, (., f:iz,~r , 6 tocJific:nr, (1 1:onaprar e \'Nttl1•r ,o:110\·ll h os o lonros». I·:, 1Nr 11-to m c:~mo, 6 « pf'rdt"r l c f11(1(111 ec,~i• t:'1r d :t j11slit.':t, ein, nton,I, d o IJl'1o. do :ullstico, (> bonlto (1 1>c! nii:1r n:1s «cols:,s r111c 1m~s:u1u,
r•cl(, lllh'
.,,ll:HH(I„
11{1i,;~
1,;\ idi'ntc•11H:11fl', P<"lo 0
1•!('1(.'.sla.-.t lt·11,
Fabio Vidiga/ Xavier da Silveira
,
SE ALGUEM TIVESSE UMA SUBI·TA PERTURBACÄO ' NOS OLHOS, NOS NERVOS OU NA MENTE ......
•
.
•
. . -· ..........
AMBIENTES COSTUMES
-
CIVILIZA<;OES
0 1
qundr() fmm,so de Vt!/t?U/ll<'Z - ns Mcninns do Pra<fo passn. a ju,..,·to lilufo, por um tlos poulos allos ,ta arte. A urorr, iu/011/il e tmulidfl do 111/tmta, o cariuho chcio de dignida(io c rcspdlo dn,i; jov,·11.~ fitlnlgns 1111c a servcm, t1 11//tmtria do cav11/,:iro tfr S1111/iar:o que sr 1'C ti csqur.rda (c q11e C o 1,roprio piulor), tmlo t·xprim,· um nmbicutc rt!co .. lhit/Q, cle1,atfo, prof111ula111cnfe riviliz,ufo. A ,·ousidrrac,10 afc11lt1 desto ol,ra-1>rimn, a/t'/11 de aprimorar " stmso nrtisfico, t:
allameulc for111oli11a para a persounlidadt lwmonn.
Sc m11 obseri,,ufor ti,,essc 11111a :;ubiln pe,·lurbnctJo 110s o/ho.-;;, uns 11r.rvos 011 ,w me11h', C dort) que a.-. harmo11i11s do quadro
s:(• irinm desjnzemfo pnra etc. No ''""'" cxtrcmo d,•ssa pcrtur/Janio, patlf(i~, o fISJJef/o _<la ofJra de. Ve~aztluez d1cgar . ""
grau de " twrnp1tn11c1n" co11f1do 110 tmfro cltr lu: desta pagma. 0 iuw:rso jamois poderia oc.,,rrer. Sc alg11im considernssc o segu,ufq rlil'hl!, e romcrnssc o so/rrr 1/n vista, ,los ncrvos ou (In mcnlc. 111111ca chegt1ria a ver as Mcni113s do Prado.
e islo l,io l.:vi<leutc, que dispcusa dcmonslrac:tio.
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E q,w o primciro ,,uoclro (' /JfOdulo ,uio ,ta desordrm. mas ,In <>hfrm, do tofrnlo. ,ta cullura, da d1,ilizacrio. c nprcscnta cm sc11s impmull'rm1l'i.~ ,mm mnrrn prn/1111dame11/c rrist,i. O s,ll(1111do e Jrut,, 111io da ,,rdcm, mns tfn dcsordcm, tla cxtravagancia, do ,1e.w!f1111'lihrlo, da illle1111u•ra11c<1, SO pode procetfcr - insh;timos - ,Jas paixQes dcsordenmlns ou dn docur,o.
0
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.tcgmulo clicht: rr./JrOtluz a copia, feita por Picasso, tla
obra imor/al de Vc/a1q11c1.
Sem come11lnrio.
IJATOlliCli§MO
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-· DIRECAO COLEGIADA PARA A IGREJA? Cu11l1 a A lvare 11 ga
A
re visl:\ catolica, frnnc.--. .-..a <<Lc
l\fossngcr du Coe ur de Jesus»
(num c ro c.lo [o \'crci.ro de 1961) publicoo um nrtigo dn. lnvrn do Rcvmo. r c. Uou<1uottc, <tue 11arccc 1>rctemle r influir nn.s c.lccisOes tlo
proximo Coneilio l~umcoieo e m assunto de surt1:\ grnvidadc.
I nsurs:o-sß S. Uc.wmtL contri, n <ccstrut,lra dioccsana. ahral cm quc cada ßi:;;1,0 g<n.:'\ do umn autonomia 1\bSolut!t cm rcln(,'.t1o r, seus irm:ios oo e1,isco1>mlo». Nao so t.rata. sc gumlo o autor, clo su1>rimir llS Diocc:,,:s, mns d o (ormar «Igrcj;is mnis vn.shts ,,uc uma Oioccsc», o isto cm nomc d o su1>ost:,.s <(circunstnncins historieas o sociologiet,s». Oe m cio s cculo 1mr1t c:1-, <li·t. c lc, viu-·s o tlflS• c cr 1m. lgrcjit c.l:, Fr;uu~a. todo um conjunto c.1o institui<:ÖCS do COOT"de• n:,(\ÜO nncional, entre as <Juttis n asscmbl6ia dos Cnrdc:,is e Are<:bh•· pos., a assc mbl6in do E11iseo1Hulo eom su:\s cornissöcs por mi\m:mtc~, o seerctnrhl<lo do J~piseopfülo, ns i,s sis• t nncins nneionnis dn Atäo Cnt:olic;,. Entrc hmto, ne.resc cnt:\ o Revmo. Pe. Rouquotte, «ncnhunm de~s.1,s instituitQes tcm jurisdi('ÜCJ sobrc os Uispos: rncsmo n ::~-scmbMia do l<i 1,is-co1>rulo niio e um Coneilio Nncionnl. Fn.ltn US J grejns nacionl\is mm\ 1\l1• to1;idn1l0, ccntrnl SUJ>rcma o d ccis ivn1 sob o Pontilico Rom:.no». } "! assim scudo, «u1n ß ispo llOelo to1n::, r nbc-r htmenl:e como 6 c.to scu dirc ito, um cmuinho conlra.rio no quc ·recomc nd:l n. nssc mb16ia c.los C:udenis o Arcebi.s1u>S>>,
Dialetica centralizafäo nacional e de scentraliz afäO internacional
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UEit isto c,li;,,er, ind::1,gn o nu• tor1 <1uc seria neeeSs!1rio rc.. .;suscitar ~l :tnti~u formu-
cindir cm P 2tt.riorcndos 11aeio11ais o 1'2,triarcado do Ocidentc, do <1m,t <> r:,p:1 (~ o cho[e?" J:! r C.St)onde : "l >cssoalm<!n• tc., n i'i.o o crc.mos". A solu("U.o scria outra: «t•;m ,·cz de) erhu no Oeitlt n• t o P ntl"i1nc::ulo:-- li~:ulos :, scdcs de• tcrminn<hs e t e n<lo nulorid:\ch~ sobrü os outro!':' ßisr,os c.lo r1ais1 se ri:, nrnis sabio e nrnis 1>rudcn1c r cintro,luzir uma instilui(:.ii.o que e ncontra :umloJri:t cm e<:rt-0s prceed e n lc s da all:'.1 id::i.dc !\h:dia, sot,re ludo n:\- GcrnH1• nia : IJCgados p crnmncn lO$ com dclegatiio do 1>0dcr nposlolico. lslo C, 1mm 116s, um chefc Meli\!O da lgr,~j:1 da, l.-r:tn(':t, com nulori(h\ele c ju• risditäo sobro os l1isJ)OS locnis, nom eado 11or J(oma., dcmisSi\!CI por Rom ft, 11iio vinculado ,1 umo Se rcsic.luncial, es colhido e nt'rc os nncionni.s elö tl:\'is ondo CX'.t~r(w s u:1. func:..:'io, ml m ediiln do r,ossiv~I 1mfro os lfoq,os d:'1$ gr:lndes Sedes tlotados d e v:'lSlü e x1,cri~nc;i:l dos 1,rohlemu.s 11n.-;tor~tis 1,ro()rios da- l„rtrnt:1. J'.)sse l ,eg:ldo :tJ)ostolico 1,ornrnucn to 11:io seria, un\ tiri:mo: a nsst mblCi:l (IOS C :)nlc ::i.is e Arcc bii,1 los scri:\ seu c ons cilho !lt~r·• manemh~; •~l e 1>rcsidiri:'t C consul(ari:'t :) :'lssc.mbl<;ia, do RJliseop:ulo, :\ •1ual s ori:\ cleixnd:1 unm l:'u-g-a autonomi:1: c 11Uo tom:u·ia dc:ci söcs ol)ri,::ntori:l...; a niio se r c m caso.s cxt rcmos. cm <1ue g-rn., 1i~,;i111os intc rtsStt:, pas torais cstivCsscm ('m jogo». 1,; o Nuncio d e Su:1- S nntid:\de , o ,)uc scria fe it() do Nuncio ? <<Um t:11 )A!g:"1do a11ostolico 11ermnnN,tc niio !1n•-i a bis In idcm com o 1>apcl do Nuncio, cuja funtäo ()Crmanec t" uceessari:'t. l):\ra ~is rel:t('::Ö(:S com os go• vornos c 1mr:'1 rniu,t:e r n intlcpcmJc nci:i toh,I da $ :mt:, $6 no J•lano in• t e rnaeional. O s Nuncios, sc,;undo o clire,ito c ononiC'.-O ttluul, i.i\o s imulttt• nc.:.unen te rc1n·c.sc nhtntcs d:\ SnntrL SC junto !\O govcrno c S(HIS 11u,mlrt.· tarios junto ao l ~1liscopatlo nncion:)I, ßast,aria. scr,nrar ,~ss:,s <.hms run(:Ü<·.s, cuj:i coexistcnci:t C iiteomod:1 (g,C" tHlntc) c? crifl. dificutch1dcs. O.s N uncios, c.sl"r:,nhoi; ao p:üs e.rn que r c...~i• clem e sNn e xpcricncia rmslor;\I <li• r ctn, vCCm, J'lOr isso m esmo. sua. :l.fÜO limit:\da,; e J)Oliliefunc n1.c h:1 htcon,·cui..-ntes no foto ele o r c.11rc• sentantc dir>lom:\tieo do um:1. inshmciä intcrn;tcional coruo :'t Sant:1 SC 1,L pntri:',renl ou, antes,
oxcrcer tmh, a('Uo direta. 110 pnis em c1ue est{a. ncrcdilmlo». Atem tln coordc nac:..üo ,bs J)ioccscs, 1,reconi;,,r1, o f-t(~vmo. P:-u.l rc lmn1JC-m n coordenntUo dn.s. Orde ns c Con.g regflf.ÖC-s masculirH\S e rcmininns: «'t no plano nncionl\l ,,uo CS:Sil eoor(fo;.. na(:ÜO dcvc csl.nbc lecer -sc, r cprcscntando os J{cligiosos hist:oric::1mentc n jurisdi~;äo univers ül do .Ronmno Pontific.e. Sc rin norm:-1.l <rue os Provinciais, !lO me:-:mo Citulo C)uo Os llispos, rossc m submetidos ao controlc, U. coordcnn~·üo e, 111\s C)uc..stOcs de inte• rcsse npostolico suporior, ia. ohe<lie nM ci1\ do L cgndo l)Crm,me nt.e. 10:vidcn~ tcmc nte , o L<:gndo rcs p (}il:1rin ns fi• nnlid~•dcs proprhi.s do <:ncfa. Ordcm c Congrc.gnti\o tnis como J\ Snnh, SC ns 1\11rovou». J.; conclui o nrticu1i.sk,: «Como so vC, 6 um11 O$J'>ceio de clinte tie:, el o clcseentrali;,,.nti\o intcrnncional c de e-0nccntr~\('.ÜO oncionnl <1uc 1H1rcco (1-sigir, parn .f i ns nrtostolicos. n COit• junlurlt ntunJ nn Jgrcjll. e no muntlo».
Tentativa de d iminuicäo d a autoridade papal AO tnr-d :nn.m ns rcac:öcs dt'~~rn. vo1·twe t'> no ~,rt.igo do Hcvmo. rc. Rou<lucUc, do C)u:d ch:unos ncinm um bro vc rcs-umo. Assim 6 que. c.m rtota introdutori:\ :-. umu eolal>ornr,i'io do Rovmo. P e. Rny~ nio1Ht Dulnc, 1\ con.hecicla rovishl de J:>nris. <<1,,i, P(!.ll$CO Calholiciuo» ( num c ro ohsc.rv::1, clepois do citnT" tal• guns comentnrios inlt)c.rtincmtes o mcsmo irrc ,1ereut.cs a1mrcciclos na imprcnsa fr:tnccS!l a pro1>osito do r>roximo Cöncilio F.Jtumenico: <cSem cluvi<ln dcvc~,;e dnr mai~ im1>ort.anci:t :1 escrilos :·11>nrc ntc mcntc, rnois rc neOdos, a eonsMer :-\ t üos cuja .rc.11e tit~1o, em h1gnres <"..sp:u;,'ulos o v:niactos-, dcscobro 1101::t. ins11irat.Uo eomum; um dc.sscs ditos nos imprcssiona: 6 o qoc 11ro1,öt~ ao proximo Coocilio nc111ilo n quo ch~mm de rc va lo.-i~a~Uo cla. fun t i'i.O CJliSCOf>ttl, C O :rnc lo tlc; urn:t dirC(ÜO colcgiada tha. Tgrej:-., r e-rmrlida entre o J,>npa e o;,; Uispos d:,s. nfl(:ÖCs . Rcccnmos que so tralo :d, uUo a11enas d e um:\. i1n1,roJ)ricehtdc clo voeabuh,rio, mos d e uma tcnd c ncin tlout ril,:\ria, ou mcsmo d o uma. cloutrimt, rc flctid ~, caue 1>rocurn diminuir n. :u1toridadc clo Uom:mo Pontiricc. Como, JlOr outro lnilo, 1·1or uni:\ cstrnnh:1. contraditäo, dceornd:,, com o nomn c.lo dia lc tica, c..""~a des• ecntraH7.a(,'äO c.om rcl:\!'ii.O ii. SO n<>· m:tn:t 6 eo1111,1ctad:l por uni!l ccnt1·alii.a~5.o com rd:H,'i io a um E 11isco1>:1,10 nac;iona l, somos. lcvüdos :., uos 11ni:unt:tr: onde sc J>rct e ndc ehe,.. gar'! ••.» 1-,asscmos. 1,ort}m, a r c (uta(!i'i.O do arligo do Jtc,•mo. r c. Rou,1ucW: f(~ita, cm «T..a PcnsC:.e Cat"holique:» JlClo l<e "mo. P e . Jtaymoml Uulne. ))e1,ois dü e-s t udar em quc m c(lic.l:t <,s ßi~1•os siio os succs....;ores tlos A11ostolos o (UU que J·Cfo('.iiO SC n.Ch:l..\':), dentro cto Colc,~io A1los tolico, o tH>tlcr dos 011~.o. c nl f:le ,~ clo pocle r do Si:i:o P e• dro, incl:\g:1 o ilustre Sncc.:.rdot:e : «Po• de-sc c nttio f:\lnr lcgilim11nu!11tc elc
N
,:n
uma d irc<,:5.o colcgiada da. li;:rcji,?»
1•:lo m e~mo
rcsi,onde : «])ig ~m10-lo ::;cm dc morn: 1>clo m cro so1n c.fo suas :-;ilah:,s , a. cx11rcssilo ofondc os ouvi .. dos dos e::itolieos. &tcs sc lc inbr:"1111, :'llih;s m esmo clo. qualqm; r outro cs:t• me, c c~onto <1ue por imitinto, <tue toc.Jns m, ,·c-1.os que s c qui)i :,c rcscor, cm clctrimcuto do .P rimndo U:om:lnO, o 11odcr <los llisr,os. 1•roduziu--se uma r t:nriio <'IH c:ulc ift. quc s c. 1>ro11ös ncrescc r o Ju)tlcr tlos S nccrdotes cm dctrimcu(o clos :OiSJ>Os c, tm brcvo, o clos lcis:os cm de trimcnto <los: Clcrigos, d e q u a.l ')uQr or d cm quo fos• scm: de um oxtrcmo 1\ outro o.s ltrgmne nto::; torn1n os mc.smos•>·
Expressäo nova, e q uivoca e profana
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cs1ucsSt"io dire~äo col(!giada da. (g-rcja, prc>cl:imn o nrti~ c ulistn, U 110\':·, . c:c111i\'0<"..::1 e origiruu-i:uuc..nte 11rofi\11a''. Dc.1•ois cl<~
nsh ul!,r o se ntidö da.s 1>ohl\'l'US: col fogh1n-1. colegio c colcgiado, ,1m, eH• ·1..e m r esr,oito fl, um cor1>0 <fo llC.~sons: roves tidns da mc$ma clignidncl<', sus• te nta o Rc \'mo. Pc. Ouluc: «Niio hii, vror,rimnc.:uto f1\lmulo, govcrno cole~hulo n uUo s or entre fHll'-eS, o sc tir... c ntro cstcs.., unt prcsitlcntc, um . 11rimiccrio_, um prc.boste , mn cleiio. de ui'io o 6 sc:niio p cla. cscothn, 1,cln vontadc dos outros, ou por sor: toio. e jarnai.s s c rcwc~1c de uma autoridado sobc rnna. o sc m npe lo». «Quo cntolico conscntirin. c ntüo, continua c, nrti{:'O, e m usnr c.lcssa ex• pressiio pnr..l n lgrcjn do Cristo, c.di-ficncln, f>cln vontnc.Io ,to scu FHrulntlor, sobro Simäo, a pctlra u nien, e sobro o funtlamcnto dos A1,ostolos ?>> R-0lcmbrnnc.lo ns Ht.öcs da llist.orin, cita o P<:. Dulae a scguinte oo.r tn do Si'io Joiio Crisostomo a l nocencio 1: «J'i:m1u•cgni tuc'lo o <tue tcnclos dn for~a, o d e lm lorid1tdo pnrn. bnnir (lll lgrojfl il impicdadc <tuo n. invndiu. V6s o s cnti.s: se \'ics..'(e n. noln so C$• tabclccc r como c<•shun c quc. cmla qunl inHlc.sso us m·pnr n jurisdi~5o dos o utros, dc r,0-los a s cu tnlanto d e suns Seele~, e ni'i.o ngir cm tuclo so niio sogunclo s tu\ pro11ri11 nutoritla• de pflrticulnr. d cnt ro e in brovo cstorin a l groja dest-ruidn, o n. tc rra nUo se ri:, nH,is qu0, 11111 vnsto campo ele balnlh;ty c nf.rC&:'UC n unm gue rrn. im• r,1nc1wet cm qnc s o ,·nrin. c,..;tc b~mido ,lc sun Seele por :u,uc le outro, quc o ~c ria por strn \'C7. por um lc rcciton.
Mcsrno po1·quo «os cscmplos isohulos, de.scncontrnclos, cluvitlo.sos. ,1uo F cbionim; foi 1>csear c m ()<,rioclos t..onturbados dn .IUs toria el:ilesint:-t.ici·.., eontra um 111·inci pio clnro o unln 1u-ttlica conshmto, foram ecm ,·cw.c.s c.~1,licndos. l!:sso 11riucipio, ci-lo com scus co.-olarios: um Jlisr,o 1)::an, uma l g1·cja. •~ um:a lgrcj:1-- t>:tr:t um ßis-110 - s it,g:uli pr o singulis. O e dircito di\'ino, ncmhuru llis110, 1\ nii.o sc r o P=-a,a, tcm autoricl:\tlo sobre qu~,l<1ucr outro lliSJld. "Os i;rnus de hic.rn-r,1uht quc. cm cpoc:,s relath·runc nle fardi11s e, :\(le„ lll:\is . V:il'iavcis :;egundo OS IUJ...,lt"CS, ()istinguirtim OS sim(llCS lliStlOS, OS M cl ro11olitas (A rc:.cbhtpos com S nfrf1• ~ancos), os l„rimiw.cs, os P ut riarcas, sao um::a h1st·itoitio el o dirc ito posili• vo c clcsi:\stico c, unic:unentc , 1mrtici11tttOcs do poe)cr un.ivc rsttl c.lo 1-,on• tificc Jtom::ano, concedidas JlOr eh:, sujci(as :t re~\10~t(-i\O O lllC$THO Ü , su11rcss:1o. «Os Carele.ais , como t:1is1 uU.o pc rte n,~cm tambCm tt Hicrarqui::t clc eliroito di\'ino. Ou:lndo nüo s llo ßis11os r cs idc nciais, nllo tcm 11odcr de jurisclitäo. s:'ll\'O 1u1~u~le quc o l)r,11:1 lhcs coucc<lc ; siio s cu:- con$c lhciros n:'ltos, c.ncarrc.i::::ul(ls t·:unbCm clos cui„ elmlos J;Cr:\i:-i ein lgr..-j:t dur:mlo a v:,cane h, da S6 Romnnn, c da clci• (".iio clo llO\fO Papn, mn:; tudo is--.o dc!nlro clos limitc.s dec ididos volunt.:1riumcnte pclo dirt.a~ito r,ontificio». f: dCJ)OiS d o most rar como os C-On• cilios Re unu;nicos se achnm m, llc11cod~ncin do \>:111~1. o o p:·1ru~.I ime11„ s.anwnto mnis 111oc.l e.sto das nsscmbl(:ias e)os Uis1>0S de um pni..s, :1c1·c.,,;;c cntn. o n e vmo. Pc . Oul:\e : <<Qu:mto i't~ nssc~mhl6i:-.s episco1>ais rcduzidas unican1cutu aos Arccbis11os ö On• d<:,tis, s:to <;Ins efo uso r cccnt c, n».o uoiversitl, o scm 1>rccede ntc nn Historia <la I i;,:-reja. Nüo conhe:ccmos nc nhmn c.Joeumcnto c;utonico quc ci,:l:\s fntc».
A experiencia do passad o ltJ\, ,,imos <JUO com n. institui{'.llo do «1..cgi:1elo 1>erm:uu::11fo.>> l c r•se•ia, scgundo o Hcvmo. l„o. Roucauctlc, "'um c hc rc e rctivo cl:" J.~rcja d::, l•'rnntn, eom nutoridade e jl1risdi~~10 sobre' os Uis1,os loc:1is, nonu;flelo JlOr Jtomo., de mi~ivcl JlOr Rom:",, nUo vi.nculado a uma, SU rcsiw d e n ci:tl, cseolhiclo entre os nncionais do pais cm quo cxcrco sml func:S'io ( .•• ) . A asscmbhfü, <los Cardeais c Arcehi.s1>os s e ri1i scu con.scJho pcr1manento; elc 11rci.idirfrt. o cou• sult:\ri:1. n :L',sc,~ntblcht do 1.;1>iscop:1do, i\ ,1tml s c rin dc ixa da 1111111. l:'trgn uu--
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A1wcro11ia1 tt "es/r11l11rn tliocesa,u, flluol, ,:m que rmln ßi s110 goza dt: 1111l0nom ia oh.w1lula cm r eln(·<io n scus irtmio,,;; ,w cpiscopnda"? Devc exislir cm uula pai.~ "uma tmlorida<l c ccnlrnl .w1pt<•11w t..· clt•tb;iva, .~ot, ,, l<omann PouJificc", com juristlif<io sobrc m~ Bispos? f:: a im porlnutc quest,io conlrovertictn entre os Rc1m1Qs. Padres Rouqucllc ,. Oulac. - No clich(\ 11111 ß i spo frn11cCs 1/0
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Neoga /icanismo f::t cilidac.lc (hls com1111ic:it Ocs 6 cadu mnior c m totlo o nnmdo. c uma, consult:l de qunlquo.r 1,ooto thl f''r:\nc;::·, :\ Rom:\, c m Cft,;o d e urgc ncia, s c fnz hojo l)Clo te lcfone ou 1,c•lo radio c m 11011 ~ cos min1.1t-0s. Eis por(luc diz. o l'c. Onhtc, rufcrindo s e a ccrtos argu•
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V E R DA DE S
11u:mtos <1uc o Pc. Rouc111l•Ur mlu;,, cm fovor tlc sua tc.se : ' 'Rcceamos. t\. falb, d e clicio1ti)ri1>, niio c:nle nth:r csatnm~ntc o .scnf.iclo el~~.:.a. lin ,::un~em ~agr:\c.fo. c,fo.s so voe:1hulario de clruiilas, ~ niio "omos clo modo ime di:tto f•n1 <1ue o crcscimento dcmogroFico do um:\ naeäo, ou o c nsäio de ccrtr,.s rormt\s acidenl~tis elo n1,ostohulo, ou i-1in<lIL ns eoordcnn<,:Ö(I-..S: moito reeome nc.l:wc is cntro n.s Die,• cos,~~. ju):ltiricom n. crin~äo de uma h iCr itl'(lllitt (U'lrnlcla_, d o jurisdi('.OOS l)<'s~onis, de su,wrdioccscs o d o dioccscs•snlclitcs .••" Qutmt:o no foto eh) couside rar o R o,·mo. P(:, ltouc1uc U o os Nuncios como estr nnhos. c cle eitxc:ri;:i:,r in• convcn ienlcs na. a(!ÜO clirc:ia clch•s no pnis em c1uo :-u1o :'tCrcditaclos e,.,-scs reprcscnlnnlcs cliplomaticos de urna inst nncia intc1·m,c:ional, mostr~" o uutor como esse rnodo de C:'llar cneontra io.S})ir::t('iiO rorinal c m eli\'er• s os nrti~os das '' l_.ibcrclnc.lc...; d ft l~rd:t (;nlicnni\» (os de nos. 11 1 3t. ,(;) , 58, ä9, GO), nn traeli(.'iio r cg:llistn, cle Vithou n Flc ur.r, a l)upin, n. Combcs. e no cpisco1;a lismo c.lc ,1nrios Prc lndo~ nlcmiics clo firn c.lo s cculo XVO t. Lamc ntomos quc a l':-Xig uitlmle clo CS-lHl(!O uiio nos -,e rmit.o tr:luscreve r 11a intcgra toda. n ccrr:u.la. itrgumcnttt('äO do ltc"mo. P c. R::iymond Du• Jac. Ac rc...;ccntc mos a11c1111.s, 1mrn. ence rrar, 1'\ u:i-:i-,JiC:.\('ÜO fionl, que clc d:i, d:1s rn~.iie;s q1,1e o lc vnram a m :1nifcst:n•s e sobr c o uss unto: '•R~pitmnns },lquel,·s e1uc nos cli· :r.cm: A lgr cja. (O\I o m undo!) C$per :.l que.,, :r-M s näo es1'1Cramo~ 11:ul:1. Niio fol'mu lmnos uc nhum voto, utto lcmlo rcec hido c.1iciugo uem con vite 1,:,ra tanto. Oont ont:'11no-11os do nos lembra.r: c.lc nos lembrar daquilo ,,ne existiu lllo :'1gori\ n:\ lg-re.. j::a do Cris to; c·; , t·ümbCm J de 1,roe ui·ar prcvcr, 1,or noss,t. cont:i, o quo pode aeontecer so :\lgm:m se t" 1ent11r:u- ::1, mud:i-lo. 4 ' Ac.lcmais, no C)uc conc1,rnc U. honra do Clc ro d:1 l'~rnn('a, um de vc r de l'li<'cfadc• fratc rna nos hu11c•le : o de niio d eixnr Janta.r sobre etc 0111:1. re 11utarrto de turbuleneia, d e tcmerW:ulc c - ,,ucm sabc? - de intlc• p~mh~n.ci:\ c falttl (fo rcs1rnito e.m r cla('llo ao S obc rano J>ontHiec c: a.. S:mt:-. Sc. ''P or nossa humildc 11:'1rtc, a tcsta• mos e clecl:\r:unos que \!Otos: c juizos C01110 OS (J\IC c.ritic:üHCIS rieste nrtigo ni'io siio os c'l a imcus:i umioria. tlos - c.cles instiC".OS c ,los fiCis clcs l o 1>~1is . ( •.. ) A Jgrcj:. näo r,rcei.s:l fazc r os11e rienci:1s, por c)ue l~lo tem exi,c rie ncia: a dos s cculos i,or ~1m m c mofirl tle J~~posu. e de M.tio; :·1 do Vc rbo por su:i orus:üo".
E SQ UE CIDAS
SATANAS E O PRINCIPE DESTE MUND □ : NA TEORIA, E TAMBE M NA PRATICA Das Constiluicöes do I Sinodo Romano, pro1nulgadas pelo Santo Padre Joäo XXIII, atraves da Constituicäo Apostolica "Sollicitudo omniu1n Ecclesia nun", de 29 de junho de 1960: ANON 237 - Näo sc julgue, contrariando as palavras do Senhor, que seja falso que Satanas c o "principe deste mundo" (Jo. 14·, 30) e age como tal. Tr:1nsformando-se em a njo da Juz, ele 1novc u1na guerra furiosa contra Deus, odeia a justica e c inin1igo da paz. Por isso, os fi cis roguen1 a Deus, 1nuitas e 1nuitas vezes, pela vitoria contra o principe das treva5.
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POR
D GERALDO DE PRoENr;A SrGAlfD S.V.D. Arcebispo Met·ropolitano de
Diamantirla +l====i====::::!:==l,+ DEZEMBRO M. CM. LXI.
N2 132
C
OMENTANDO o 1•611 <io.• ,iois COSIIU)ll(lllflls J'IISSO.-.:,
o chefe do co1111111is1110 1111111dial experi111e11to11 fazer "blague" dizendo: ·'E1111iamos oa espaco por 111110 hont a Gagarin, e ele proc11ro11 lli t1 paraiso, e ucio o e11co11/ro11. Ma11da111as de/Jois a Tilov, com orde111 de olhor para lodos os lados e proc11rc11· 11111ito bem. De„ois de 25 horos de buscas /IOI' fodos os confos 1/0 espaco, refor11011 com a mesma resposfa: "Näo cncontrei nac..la". Logo, 1160 lui paroisol" Potleria o cfilodor /'11.sso 111011dar varia., duzio., de sei1s sudifos percorrernn o 1111i1•erso em 11111/fipfas orbilas. fodos el es volf11ria111 CO/II l1 IIICS/1/11 res„osto. !11as, se e111 /ugor de procurar o Paraiso, proc11rasse111 a a/1110, os co1111111isfa., 1161> precisariom ir lcio fonge. Seg11i11d11 o me.,1110 111efodo, poderiam 1/irigir-se 11 lotlos os cir11rgiöes de se11s alrasados hospilais, fazer 11111 imenso i11q11erifo para saber se, aa corfar c,s carnes ••iva., dt1s seus pacil'ntes, olg11111 dcles IPria ,mconlrado 11111(1 0/1110, 11111 espirilo. A " '-'JIOsla 1111011ime seria es111agod1,rr1111e11/e 11egoli11(1. Dai co11c/11iria111: logo, mio ltli alma!
A
CONTECE, pori:m, q11e, se em 11ez de proc11r11r 110 es1w,o e 11a ponla dos bisf11ris, Jlfocurossem 110s folltas da Nisloria e //(IS de 11111 f/C(JIIC• 11i110 livro, cltomado E1•a11gellto,
os sa/Jios da 111aferia enco11/raria111 algo de diferenfe.
NIA1\/CINIIA que descansGis 111u11a 111angedouro 1 /rndf's alguma 111e11sogem o dar, 110 Nafal dcste apocalifllico 0110 de 1961, so/Jre a a/11111 e o Paraiso?
C,w.,
c<11111111ismo tiro as mais radicais co11seq11e11cios do maferio/ismo evo/11cio11is/a. ßaseondo-se cm dois preconceilo.,, conslroi sen 1111i11erso. 0 primeiro o 1,reco11ceilo e110/11cio11isfa. 0 seg1111do, o preco11ceilo materialisla.
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ONSIDENEMOS o primeiro. Diz o e110/11cio11is111a marxisla: o lto111e111 provem cl t>s primafas s11prriores e esfes dos inferiores, q,,e vor s11a ,,ez /lfOvfim das especies animais 111r110., perfeilns. N11111n s11cessfio i11i11/rrn1pfo, a ar11are tlos 011/epassados da /w111e111 chcgn tis fon,,as 111ai., r11dime11/orcs dn vidn onimal. D estn., passa o linlta!!e111 lt1111w11a paro os 11/011fas, das 11/anfos pora a 1110/t>ria orgonica mois simple.,, e tfesla pora a 1110/crio inorgonica. U111a forrr, clemenfar, 1111i11ersal, mi.,l eriosa, vrovoco esl e desc11vol1•i111e11/o, dando inicio ti organizaffiO do carpo 11ivo e impelindo
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ANO 11
os cor11os vivos n se apcrfeii:oa- l i1•idadc das ideias, dos volores, rem sempre mais. da moral, do dogma. Näo f11i verdades, 111io lui norAssi111, dizem as q11e professam esse preconceifo, 1111111a semas morois vafidas, porque nfio c11ie11cia sem hinlos, parfindo da hci ser i11111fa11el, 11cie1 f11i espccies mnferio i11orgo11ica, 11111a for„a fixas. Nfio lui 1111id11de de na/11cega maferial deu orige111 ao /Jri- reza entre homens de seculos dimeiro ser 11ivo, desle a vida evo1,crsos. "No111c111 ,uio um con!11i11 atti o nnimat, e dai nie o ccifo l'ferno c 110/itfo a/Jsof11fnltomem pri111ili110. Co11fi1111a11do 111e11fe, / III/ esfoda da cvoltt(,110 suo ascen.wio i11i11/err11pla, o ho- da 1110/eria. Ncio hti melafisica. mem chego11 ti perfeicfio atual . 0 qne inleressn a metafisica? Vejamos o preconceilo moleAs idcias ncio 110/em como exria/i.,111. Nfio ftti Deus. Nfio ha presscio da 11erdnde im11favel . espirifo. Por/011/0, 11e11f1111110 i11N1io pode hnver conformidade ferve11i,:lio di11i11a fra11sfor111011 o tla i11/elige11cio ct1111 a coisa. Uma brul o cm homem, pela infuslio vez q11e o i11felige11cia se muda, tfe 111110 alma espiri/1111/. Eis-110s e fodas as coisas se 111,utam, que tuJ 111aferialis111t1 mois cr(ISSO. Niio inferesso ao IJ0111e111 11111u aparenhli alma h11111a11a, tfisl inla da 1110te co11corcla11cio? Mas as ideias f erio, f10rque hli 1110/eria 110 scio fe110111e11os i11/eressa11fes, por1111iverso. Al11a/111e11/e, a forma que esfas secre(.Öes da massa enmais perfeila, ,i,ais organizado cefn/ica fi:t11 11111 flOder de a,fio, da materio e o cerebro 1!111110111>, conseguem dl'sencadear movie f11do o que a cscolasfica chamenfv. ma de espiri/110/ scio secre„öes do cercbro. Mas o homem ltodier,10 mio O fl r i II c i p i o era a o fermo final da e110/11rcio. 0 A1-1'io", dizia Goeflte. processo co11fi1111a. Cada ,w,,a geroi,:fio q11e chcga e i11se11sil•el111e11/e mois perfeifo que o possada e, somondo esfos difer/'11IS a vi.,fio do 111,ivr.rso qne (:IIS, 11111 dio o /111111a11idade cheeslli 110 mois prof111ul11 bagarri fUJ s111wr-/Jomcm, quc ser6 . se d<J C1J1111u1is1110. /cio s11p1•rior ao <t/110/ "homo soDesto viscio 110sec a ideio tle piens". co11u1 e.~11' ,i superior aos que a ft11111a11idade 111ort:l1a i11esimios d1• que descende. 11
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xorovd1ue11le paro o "Progrcsso"
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ESTE maferiolismo evo!11cia11islo detluz o marxismo a compfefn rein-
e pnrn nol'os formas de 1,ido ir,dividnal c cofcfhl(I; de onde se segue CJIIC o somo dos seres em e110/11fät1, 011 ao 111e11os a soma dos moi.~ 011/enficos ftamens,
os profelarios, sna soma, digo, que e o Eslado, l em tlireitos soberanos sabre a colelividnde. 1'11da o que forncce os /Jens nccessarios 11ara a feficidade tfa 111assa 11roletoria deve perte11cer a ela, ser por ein dirigido e re11erler em se11 be11eficio, medion/e o posse <' adminislr//(:cio de lodos os bens de prod11(:1io pelo cofefivitfade, pelo Esfado. Nfio have,ulo ordem 1mf11ra/, 11e111 Direifo 110/11ra/, mas simples evoftt(.äo material, lodos os meios podem ser empregados, co11/a11ta que co11frib11a111 para promover e opressor a evoll1(.fio pGrr, 111110 sociedade de iguais, 11111a sociedade sem c/asses. T11do o que perpe/110 a familia, a desig11afdade, as cfosses, e criminoso. Ora, a propriedade parficulor e o moior respo11sa1•ef pelo perpe/110„cio do., classes. Lago, deve ser abolida. 0 paraiso do ltomem eshi exc/11sivnme11/e 110 lerr<1. A /ei da fl'licidade c crioda e imposfn pcla massa 11roleloria, e lodos. sem excef(io, !cm de se snjeifar n ela. Nlio !tri 1/ireilo, mia ftä Jibcrdadc. t-fri fl fOl'fO.
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O principiq /'l'a 11 Verbo" ( /o. I , t)!
/\s 111111/idöes de Anjos q11c aparecem .,obre a compina de ße/t!m 110 noile de Natal can/11111 a e11car11afcin da Verbo. Ncio c! a o(:fio qne esfli 110 principio. No principio esl<i o Ser, e estä a Verdade. Esfri o
o sopro vossa boca Divina, e com de Levantai- Vos, Crianca ' - - - de tudo 0 que e de Deus destrui 0 1n1m1go Logos Ser e Vertlade. V crdadc obj efii,a, verdadc e/crna, vcrdade s11bsta11ciol, o Logos <i, 11ecessaria111c11te. Tudo foi f eilo 110 Ser-V crdade, e se111 Eie nada existe. Tu<lo o que exisle li imagem do Scr-Vcrdade-ße111. Logos Ordcm elerna. Rcla,;,io esscncia/ enlre a l deia di11i11a c o ., er 110, Eta concebido, criado c d eslinado a D eus. Ordem objeli11a, abso/11/a do "Ser", ordem igua/111e11/e objeli11a, absolula do "Vcro". Verba, CIJ!I· teudo de 11111 oulro mtlfulo, do 111u11do mais real, do m1111do neccssario, do 111111u/o do Alo f>uro, oposlo ao 011/ro, <10 111u11da do co11li11ge11te, do polencial, do a/o i11co111plclo c da 1110/eria.
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ASCEIS, Satvador, logosN amem, N o111e111-Deus: An/es de fa/(,r, SOIS. Sois V crda//e, sois Ordcm tt /Jso/11/a e d cfi11ili11a, elrrna, necessaria, s11bsla11cial. Sois espirilt1 e sois carne! Proclamais a existeucia das duas g ramil!s r ca/idades har111011if11s: espirilo mat,•ria. Eli/ V6s o cspiril o SC CtlCl)///ra em sua plenilude - Pcssoa Diviua e alma lt11111a11a (!II{ Vos II materia ·"' CIICOlllrll cm seu maximo expoen/e: "Cor1111s autem aptasli milti" (') (Neb. 10, .5)! 1111111cm defi11ifi,,o. Se por 11e11/11ra houve a/f!.uma evo/11,;1it1, Shis //()/1/0 final IICS/([ ltipolelic(l OSCl'IIS(i(). Nomem ,,crfeilo. "Pl'imogenilo entre 11111i/os irmüos" (Rom. 8, 29 ). SenlarVos-ei.~ 11111 dia ii dircila do Pai, com ,,os.w, l/(11111tnid11dc ass11mida. Caber-a da l greja, na q"al cada fiel e mcll/l>ro. Caber.a defi11ili11a. J-Jomen, dcfinilivo. Sois garanlia e g,,ardiiio da Ordcm objeli11a, da Vcrdnde objcti11a, do 8 cm, da A1ora/ objcli,,a, abso/u/o. "C11j"s regni non eril finis" (') (do Credo }. E.~/o/ieleccis (l/11 r egimc iJ"e 11äo e11ol"i d esde os /11J111cns iJ"e criasles para super-homens do "rI()vO milenio", mos 11111 rcgime definilivo, "rei110 de caridade e grar.n, r ei110 de verdode c vida, reino de j"sli,a, de amor e de paz'' .
1Vcio sois 11111 r eprese11/a11te da !"1111anidade evoluida e cm e,10l"(:iio. Sois II plenil"de da /111manidade. No.~.~o destino 1160 o de sermos mais pcrfcilos q"c V6s, Jnfanle amado, mas sim o de rcceber da vossa pleniludc a gra,a de sermos filhos de Deus e 11ossos irmiios, 11ascendo n110 dos imp"lsos da carnc ncm d os <111.,eias da paternidade humana, mhs direlamcnle de Deus.
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INDES trazcr uma rca/idade l<io a//a, tüo espirilual, que ja divina: a gra,a. Ptaulais esla r ealidade no ccnlro do univer so, e a ela /(lc/0 dcslinais. Da propria mal eria a grara se apodera. Domina-a p ela caridadc, e 11111 dia ressuscitareis a 1110/cria en vo/la na gra,a, a /im de lrasladar para a vossa gtoria os ltomcns, corpo c alma t ransfig"raclos.
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de vossa creche mio siio seus irmiios, mas seus Sll(lil os, porq11e V os, Logos, Ser-Vcrtladc, acendesles em 11osso coraf·110 <1 chama da a/1110 espiriluat, e 110s des/es 11111 <iesli110 eler110. L e,,aulai- Vos, Se11hor, e fazei que nossas cabcfas näo mais sintam a vcrligem que faz que 110s f/0/'Cf(I O /1//lll([Q vacilar, II/OS Sill-
/am que o universo rcpousa em vossa mäo. (1)
"P1-e1>araste.~ 1,m·tl Mim um cor1>0··.
(2)
"Scu 1-clno 11i10 tc1·t, Clm",
(3) ( '1)
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(SJ (G)
"'~:o :!-◊U tt \ 'Crctz\dC", .._ e O c-splrllo Clll<!' Vl\'ICIC:t". "De c1uc volc M> hornein &anhn r
(~/)
.. 1>1~)cur:1i J>rlmcir:\mcntc o 1·c.•i1\Q
todu O MUIHIO?"
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n stm Ju:,;th;:1·· .
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FIR1\1A lS o cspirilo, mas afirmais lam/iem a maleria. Afirmais a malcria, mas afirmais lamliiim o espirilo. Trazeis fe e vi111/icais a razao.
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1\1 oposir-üo ao marxismo q"e 11cga o Ser, V Os sois o Scr. "Ego s11ml" ( ' )
) tr:S- 1 ---.,
(fo. 8, 58). Em oposii:üo ao marxismo q111· nega o Vero, \los sois a V erdade: "Sum verilas!" ( ') ( / o.
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14, 6 ). Em oposi(:lio ao marxismo qu,· ne.f.!O o espirilo, V6s afir11u1i~: "Spiritus es/ q11i vivifical!" ( ' )
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(Jo. 6, 64) . Em oposir-,io ao marxismo que 11110 vc o paraiso senüo 1w lerra, V os proclamais: "Quid proclesl homini si 111111u/11111 1111i11ers11111 Jucre/11r?" (•) (1Wal. 16, 26). Em oposi,;üo ao marxismo q11e pr()C/(11110 (1 SIIJlrC/1111 C/'(I do ecolll/lllico, V os dizcis: "Quacrile p ri11111m rcgnum Dei cf j11slilia111 ejus!" (') (A1at. 6, 33). Em O/JOSifiio marxismo que brada: "Gloria 110 ltomem ,m terra c .~ auerr11 a Deus 1ws 111/11ras" , .~hbre o v1Jsso /1er(:o de lnfanle cantam os Anjos: "Gloria a Deus na.• al/uras e paz 110 Jer fll nos ltomen., de /Joa von/ade" (luc. 2, 14).
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ONTRA a Eslrela g noslica do Cremlin, fozeis bri/har VOSS(I Estrcla de ßclem.
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E.V /INT1\I- \IOS de vosso berr,o, Senhor! Em Moscou apogam 110 pedro do 111aus11/eu da Prar.a V erme/lta o nome do grande criminoso Slalin, rcliram o scu cadavcr embnlsomado, e 11 Jani;am em nlg11111a fossa desconltecida. Derru//aram o idolo adorado por frinta anos. /11as as nuios que /lfOCUr()m apagar a sangue est,io, eins t ambf:m. manchadas de sang11e. Säo mäos de carrascos.
L
MENSARIO COM APROVA<;:ÄO ECLESlASTICA Campos - Est. do Rio Diretor: JV!ons. ANTO N IO IHßF. l HO 00 ROSARIO Rcdn(':io c ,:-e rc nci:'l: Av. 7 etc Selernbro. 2,t7 -
Co1num . ••• . ••• . . .••• .. ••• •• ••• .• • . ,, •• )3<.•nf~llOI'
L evantai-Vos, Cria11,a l)ivina, e com o sopra da vossn boca <leslr11i o vosso i11i111igo, o i11in1igo de /udo r, que lem/Jra a Deus, ,,osso Pai. Le1m11tai-Vos, Crian,;a Divina, e fazei que os homeus compreendam que scio fithos de Deus e ruio filhos de brutos, e que os 1111imais que r11111i11all/ em lorno
..•••••••.•• •• ••••.. ••••• • ••••
C:,ix:n l,osto.1 333 CrS
3,;1>.00
c,·s 1.500,,,0
scrn1u:11•tsws c cst.\1<lantcs .• •...•• . .•..
CrS 3.000.00 CrS 1~.00
l:;xt.crior
Ci·$
-100.00
Crs
35,00
Cl'n1,c1c 1>cnrc1tor .••• . •. . ••• . ••• . . .• •• . .
. ...... . .............. . ... . . .. .
N 111ne ro :.1,·ulsn • . . • . •• ..• •. . •• . ••• .• , , , ~,unero nti·a$fl1lo .. .. •• . , ••••• . •• , .••. •
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30.00
Pnr.n ö~ 1-~st:utos de Al;1;.;01iS, Am11;,t11rns, On!ü:1, C(':trfl. ( ; oft'l1', Mnrnnhflo, i\l:'l lO Crosso. P:11'!1, P:,rnlhn, Pcr,rnmh\u•n, Pinul, Hlo Cr:H)rte f'lo No1•1.C'!,
DO EXMO. REVMO. SR. ARCEBISPO DE GOIAN IA Sr. P. F .. Rio de Janeiro CF.st. Cuanab-n1•a) : «l)uas J'te rguntas. .Por <rue a cd(evist.:1 Rctesi:·, ~tica ßrüS-ileirn», qurrndo 1H1blico11 o nrtigo d e D. F c rn:111-
tJo Gomc~, Arcebis1>0 do Goinnh,. contr:1 o livro «tteform:\ Agrar hi. - QuostUo de Conscienc ia» (R€B, j unho d e l9Gl. 1)1), 387-39!)), niio i,ctliu n n c ulu,1111 dos üut01'CS su:\.-; obsorvn.<:,öcs a r eimeito, o quando 1mbticou a r<"~pos ta do D. Ant·onio de C:\Stro i\fay c.r, l)C~lliu n n. Fermuul o Gomes quo resi,011dc.o;.sc (Rl~H, sct<:mbro do 1061, PI>• OG9-G7l)'! $,:g1rnd:-, : (]uO lho
rmrcco. a trcJ)lien d o D. l•'o rn::uu1o Gon1<•.i;?» 1
NSIO :::abcmos o movcl d,1 "Rcvisfa Eclcsiasfic,'l Brasilcira" na su;1 nmncira de :1gir. Em • gerat, qu:mdo 11111 pcriodico se bat-c por uma opioiäo, p roct1ra ou dcsfozcr ou diluir nos lcitorcs q1w1<1ucr imp rcss!to contr:iria causada por alf,!11m ,'l rfi~o quc sc vej.- na contin~cncia de puhlica r. Acrcditamo~ que, scndo agro-reformisr:t, tcnh~1 ;1 REß R.(!ido no caso dcssa mancira. Achando quc <lcvia publicar a rcfu1-n(50 quc o Sr. Bispo D. Antonio de Castro M:tycr or,Os äs considcrac;Ots do Sr. J\rccbispo D. Fern:imlo Oomcs, procurou cxtcnuar mc.di:mtc a t rcplictt dcstc ultimo a imprcgsfio quc os :i.r~umcntos do primciro ca usariam nos lcitorcs. Crc„ mos quc foi s6 isso. Qualqucr jornal costumn proccdcr assim.
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• • • _Com fodo o re~pcito c rcvcrcncia que dcvcmos ao Exmo. l~cvmo. Sr. A(Cebi~po de Goi,111ia, julgamos quc sua l rcplica nao ahatou a :tr!:'11mc11tatäo de S. l:xcia. Rcvma. o Sr. ßispo de Campos. Ela se dcsraz c:om n lcitura do arl igo de 0 . Antonio de Caslro Mayer. Sem iotcn\äo de aprcscntar :tqui todo um :urazo.1do. quc o cspa~o dcsfa sc<:äo n1io comport:1, consit?"narcmos. näo ob~l:rn1c, al:!t1111.1s oh„ scr\la(:Ö(:$ p~1r:i justificar o quc ac-abamos de afirnrnr. /\ssim: 1) Achamos quc o Sr. ßispo Dioccsano fem rilzao de l:uncnta r quc o Sr. D. 1:-crnando Gomes, na ~ua critic:1 1 nao illcncl:i ao ncxo existente entre a prirncir:1 c a sc~11 11cln partc do livro. Qucm, 11uma obr.i com tluas partcs intim:1111cntc rcl:1cionad:1:.., annlis.:~ 11m:1 scm atcndcr ;) li~ a('!io quc tcm com :1 oul ra, expöc-sc :i 1.1111 j ulg:11nc11to f.:il ho. Foi o que acontcccu ao E.xmo. Sr. Arcchi:tpo clc Goi:mi.1 ao dcclar:i r, por excmplo, quc os :iutores de "Reform:. Agraria - Qucsf,:-10 de Conscicncia" vl!cm :,;oci:1lismo cm tudo. Sc S. Exci:t. Revma. t ivcssc lido a scg-1111da 1rnrl·c do livro. lcria vcrificado quc. de 2t3 1>roj~fos de polil ica rural aprcscntados no Con~rcsso Nacional, a ol>r:1 critka 41pc11c1::: 20, quc silO os quc propugn;nn mn:t rcforma at:rari:, de cunho soci:1li::..ta (PI'· 234-235). 0 quc quer cli1.cr <1ue os aulorcs näo cstao :tS$im tflo obcec:tdos <:om atgo de irreal. que o cstcj:tm vcnclo por toda partc. AICm do mais, um Jivro vi::::tndo cornbater .1 tcnde11cia :,;oci:1li!--t:1 :i1uautc 110 Brasil scd sempre incQmpleto sc nao re1ac-io n:t r :1 doutrin:t ('Om ,, sit11:t(äo agropccu:iri:i do P~1is. De acordo com a aplica{'äo ('Crta ou crrada <1uc clc fa<;:t da doutrina ao caso ronncto. su:i :ir;::11111c11tac;!io scr~i <'Onclmlcn„ tc ou näo. Examin:ir, pois, apcnas a :irtumc11tac!io 1 scm cx.,minar :i nccc~saria confirrna(50 clo:; foh>S1
C fazcr critica falha c cxpor-sc a conclusöcs aprcssadas.
2) T:11nbC111 niio nos parccc h~nha o Sr. D. Fernando Gomcs j usti ficado sua afirnuu;iio de quc o livro C: omisso quanto it tcrormn agraria de im,...
1>ira~5o crisfii.
· Prctcndc o i lustrc Prclado <111c scus :mfores näo tomam cm considcr:u;!10 os abusos do <::1pitali~m<> c .... istcntcs ern outro~ sctor(l$ <1:1 vicla rural. Coo1 toda a rcvcrcnda, pnrecc•nos quc d{l prova de tcr lido o livro muito supcrfici,tlmcntc ao insistir ncssa :i~~cn;lio. Sc "Rcforma A[!r:tria - Qucgfrio <tc Conscicndn" focaliiou cspccialmcntc a prc~enca do soci~1lismo, na invasäo a~ro-tcformista, roi porque csfc fato sc -tornot1 um ~>roblcma de grnnde alualidadc c rcclamava um cstudo ~crio c concl11tlenfc. 0 ruror com quc invesf iu contra o livro a in1pr<:11sa comunistizant c, dcmonsfra a utilicladc t.lclc c o scu valor altamente posilivo na dcrcsa da cstrutu ra agr aria de acordo com a doutrina catol ica. Scja-nos pcrmifido r cpcfi l' a.qui a csfranhcza quc ja manifestou o Sr. D. Antonio de Ca~tro Mayer quanlo ao foto de o Sr. J\r<.:cbispo de Goiania tcr-sc mostrndo rno cxigcntc de parte positiva na obra, c ter sido täo bcncvolo ao· jutgar con forrnc ä do11lri11a da l g rcja a lci de Rcvisäo Ar;raria do governo de Sao Paulo, onclc, a par do atcntado cont r a o <lircito de proprictfade, mcdiantc a desapropria{'äo de tcrras inaprovcitadas. s6 porquc inaprovci tadas, c o imposfo cxpropriatorio, nada h{I <1uc visc a forncnt:,r a cmcnd.1 dos costnmc:-. indispcnsavcl cm qualqucr rcfornrn ag rari:1 vcr<Jadeit:imcntc cristä. :n Pclas p;i l:wr:is d<> Sr. O. f-crn:rndo, actcdifari:nnos {lUC a l~cvis.io A~r3ria pauli:;t:1 foi canouizada pcla Enciclica "Mater et J\•\ aj!istra". Näo scrä possivcl tr:tuscrcvcr .1qui todo o trccho cm que o providcncial documcnto t r:1ta d.1 agric111t11r:i. Nossos lcitorcs podem vC-lo cm ''C:it◊li ci:;1110", n.0 129, de sctcmhro dcstc ;rno. Salicntc010s quc clc näo r:,Ja um:1 sO vc,: cm dcs:ipro pria.;.äo, c 11111Ho menos cm dcsapropriacäo de tcrras inaprovcit:td:1~. s(; porque in:iprovcit:id:is. qu:wclo c.sh:: principio folsQ est:\ na basc de toda a Rcvisäo Ai:raria do governo paulista. O P,,pa 11fso tcrn ncnhuma pal:ivra quc justifiquc a tril>utac:äo cxpropri:iloria sobre os imovcis agricolas, ouf ro ponto c:udial da lci :ißraria de Sao P.11110. Joao XXIII, no l ugar mesmo cm quc cnaltccc a cmprcsa agricola cle dimcusö(-s fa111ili arcs, 1oma todo o c:uitkulo 1>ar;1 nfto aprcscnttt-Jn ('Omo tipo unico de cxplora(:!io :igraria, admitindo, pois, de :ic-or<lo t·om as concli~·öcs dos divcrsos pai~cs c rcgi6cs, propriedadcs rurais de. varias dimcnsöcs. Enfiru, a E11dclic.a C uma murnlha cont r:i o ~oei;tlisrno, pcla salicnda q11c d{t ao principio de suhsidk1riecl:idc, qu:indo a Rcvh,äo Agrari:i tcm <:omo base a intC:r \lC11~·äo cs1:it..1I. Por huJo isso, com toda a rcvcrcnda, :-idmirnmos como pos..~a asiicvcr;u o Sr. D. Fcrn:rndo Gomcs quc, 0 a rc~pci10 da Rc\liSflo Agrari:i clo Est:,do de Säo Paulo, tcmos, 1Mrn jubilo de todos. a p:11:wra :iutorizada c csc:lar<:<:<:dora do Santo Padre Joäo XX III, na rcccutc Enciclica Ma":r cl Alogislra".
• • • Pclo cxposfo, jul.c:-amos quc. o Exmo. Rcvmo. Sr. Arccbispo de Goi:inia nfio rc.spondcu aos arR11 • mcntos de S. l~xcia. lkvma. o Sr. Bis1>0 de Campos.
Serr;l1>e C 'l'etl'iLOrlos, 0 Jo1•nnl ~ env l:1do llol.ll" via l\Cl'CO. J)CIO J)l't'<;'O da ;:.:-1'111.'lllll'll C:c)nll.ll'n
i'H11dan;:n do cndc r e.;o d e :,i.si,rnul4'": menclcm:ir o enclere;:o nntil:'O, Vale:r;: po:o-lnl:r;:, 4'nrtn~ 1'-0m v:ilt''II' c·l('d:ir.-.cto, ("t\t.•<JU<'~. d cvcl'Ao scr c1wln<los
rmtn(' d(' um dt•s i,:('J::Ullllt.•:<- J\!'!t.'lllt'S (' rnll'."I O J't'.>Sf.N"U\.'n Ct1'IC• J f\S4' d..- (')11"\'lr:, ,\1Hlr111J(•. Cnlxr1 Posrnl 3:l.'}, C.lll'nf,OS:. E:-t:uto d() Hin: A::-1•1•lci 1,:1ra "'- J-::..,1:Hl11• do 1•11r:1 11l\, H io (:r a111l1• do :--111, S:111tll ( 'nlnriua •• :,;:;i„ l':1ulo Jns(- Luis tJc Fn:ll.tS Cu11ltilr:'1cs A l1lns, Hu11 C;,.:-tn,1 Alv<:s:. :Nl. Sanlos. r-:suuto de $:"10 1>:1u10: 1\ ~.,- 11 ((' llar:1 oi,. l·:,1:1,l ••.'4 oh• (;o i (1, , ,\lalo c':ru~i,.o 1• ~llna~ Gerllll'l ('M:
r.-•,•o : ,\ ::-1•111,, : ••r:·11 -
nt.
Dr. Mlllon <I<.' s:,111.-s t\!uur6.o. Ihm ß:11 l10 de M:1ft1Ul.las. 202, lelctonc
+:e.rm. Uo,;1(,)
llcJl'lZOlllC, E:-.uulo d c
Mlm.1S
Cci-.:tls..
N 0 SSa 1t<:'na• a Pa g f· n a ••
No clichC, a ccna central do Prcscpio nnPOlilnno pcrt~nccntc {~ Prefcitul'a Municipal de Säo Paulo. Suas 7CO Ciguras 00 a 50 cm. de allura), de madcira ou cot.:i. das quais a maiol'ia con~Cl'V..t O!,; primorosos lrajcs originais. clal~rn do scculo xvnr, Quando a rcprcscntacäo tlrlis lica do Prc~cpio nling:iu. cm N~1polcs. sc-u maximo csplcndor. Pcla pcrfci<;äo dos tra(!os c da cxprc-ssäo. constitu<'rn pcqucm1s ob1·as-r)l'imas da -'''IC l>al'l'oc:l. Como scus c..'"Onp;cncres. cstc PrC!-.l' pio - um dos poucos ~aidos da ltalit1 - apl'e~cnl~ cm torno du ccna do Ntttal, localizada noma 1·uina rornam.1, a rcprodu<;5o, im1wcssionantcmcnlc f:cl c chcia cl c vida, de uma ~1Jdcia nt1politum1 do sccu1o XVHJ, com suas casas, stm~ viclas. suas rwa<::'.'$, ~uas ron1cs, c :;cu born povinho ()ntrcgue ~~1 frlina diaria ou ü. alcgrc comcmo1·a~iio clo na..:;cimcnto de Nosso Senhor.
DEBATE NA TV TUPI DE S. PAULO
CAPITALISMO E SOCIALISMO: UAL A POSI '-""'AO DA IGRE A? ESPENTOU ,,ivo e gern/ i11ler e.~sc ,w cidadci ,Je Sfio Ptmto, o dcba/e ocorrü/o na 'tV-4 claqucla capilal. 110 ,Jia 24 ,tc 011/u hr o //,//,, e11lre o Pro/. l'li11it> Corri!n tle Oli1•cir11 c Cl clepu luc/o /cc/era/ Sr. f'/111/t> tl c T orso Sa11los, sobrc o probtcma se o socialismo c o rapila/ismo
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siio, ou mio. compativeis r.om a dou• Jri11a calolict1.
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t/ebale /oi ctn1t1 promortio da r elevis,io Tupi, 110 programa
"O Grande Jurf'. dirigido pelo
prod11lor de T V Au relio Campos. N/1 rcta, 21 pop11/i,res. t1p6s assislircm o programa alraves cle refepfo-
res tolocmlos na Avenida S,io JoUt>, a alguns meltos da esq11iua da A vcnitta DutJIIe de Caxias, formu convitlatlos pclo rcporl er llSSOcilldo Carlos Spern n ,lar o 11crctliclo ,to Grande Juri" sobrc 11 tli!.cusstit> ftm,it/11. 0
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ARIOS //1/orcs tle 111011/ll toncor-
r cram para conferir ao atmlitlo c/ebale m11/I fll11llli<l atle
palpiltmle. J\11/es tlc lttdo, o fema . 0 ßrosil , cm c,·11jo C,mgre.')So csttio prcstcs ,, se disc11lir "re/on11as cle bnse" /t>rlcmcute socialisllls, se cm:oulra cm 1111w cucruzilhatla hisforica ,ffls mai.~ grave.~. Ortr, predsamcntc tll'sl c 11wmn1li>. a 1':.udt'lfrfl "Mater et t\lugislra", rujn imensa ri!pcr cus.win ucm rn; mais CIII/ICilCruidt1.~ mimigos (/o {f!tl!jfl f)CJ 1/cm u cgttr, lfl'io iluminar os pro/Jfc11ws rclalivo..:: ao socifllismo com sabios c pro/mullJS ensiuameulos. 0 1111c e11sin o11 o Paptt soiJrc o sociali.,;mo, c mnis espcfilllmcute sobre um pnssivcl 011 suposl o socialismo cnlolico? B a pt•rguuta quc pair11 em Jo<io., ,,s ln/JiilS, /\ lal proposilo. as opinirk.') sc bi/urcam. Efemtulos f/e prQjt.'!ftiO l l!m suslrnlmfo que, falmulo 11 [;,u:iclira cm socializa(:tio, abriu vias para 1111u, rcconriliocüo entre o soriaUsmn c o Calolicismo. Esla Jolha tr
prommciou dcsdc logo em SC'nlitfn oposlo (cf. "CfliOlitismo", 11.• 129, tle sel cmbro 11.p.). 0 lcrmo "socializaf<it>" ,u1o c.tisle 110 fo:do o/icial ,Ju "Mal er et Magistra". M(ls etc poclcria estar ,w Encic/ic11 - como figura cm 011 /rcs tlocu mcnlos ponlificios sem que dai atgo se iufcrissc qutmli> lt recondliar,i o eulrc .')ol'ialismo c Ca• lolicismo. Pois "sqdalizar.,io'' mi o I: palavra elimolt>gicnme11/e tlerivatla de socialismo, mas de sacietlntle. Ali<is_, o principio dll subsilliarie(l(l(le, cmmciatlo pela "Mt1lcr el Mflgi sl rfl", l! fl qui11/a„cssentia ,to 1111/i-sorialismo. Por /im. a E11cicli ca c/e Joci o X X III r cof irma exprcssame11Je o cm;inamenlo ,los Papas rmleriores sobre 11 mnleri~. Do quc se seguc cslar cm pleno 111gor ff n/irmaftio f/c Pio XI 11a "Qua1/ragesimo Auuo", ,Je que Calolicismo c socialismo s<io lcrmos coutrtulilorios. Tomado {Jois o votabulo "sociafis„ mo" ,w aceptlio que lhe ,frio lotlos os documcnlos po11t1Jicios at(: n<J'li, 11111 sorialismo calolico t: vert/tule1ro con/ra-sc11so. E so o tlei.rar/c ,tc scr 110 11it1 cm q uc um do$ fcrmos tmlagcuicos - socialismo c Caloficismo mm/t,r ,tc scnlillo. ComQ esle ullimo 1uio sofrcr(i jtwwis lbl 1mula11c:n, socialismo u1lo/ico s6 scr1i possivcl a p11rlir do momeulo cm quc sc a,fmifir que o sqci11lismo 1/eixou tlc scr socialisl a . Como potleria lw vcr um protestautismo ralolico 110 ,tia cm quc a propri11 p11/m1ra " pro/esl rmlismo" 111mlas.1w de sig11iJir(l(lo. e o falo fossc atlmilitlo 110 li11g11agcm cclesi{ls/ic{l por algum ,tor 11111N1/o t/a San/a SC:. No s<:nlitlo gcr11l tft\~sa.t itltias, o Prof. />finit) Corr/it1 ,tc Oliveira J/11bficou ll(J ''Diario (l c Pauto". IIÖ tlih 7 de setembro p.p., um tlfligo d e larga repercuss,1o. 0 autorizatlo prommciamcnto ,10 Exmo. Rcl'luo. Sr. D . \licenlc Scherer , /\rccbispo ,lc Porto Alegrc (iu "Jor1u,/ do l)ia", 1/c 17 de 011/ubro p.p.). c,mtr11 11 itll:io tle 11111 sotialismo crisltio, fllm/Jhu rrpercutiu iulc11snmc11/c 11f1 ()pinitio publ ica. 0 tlebalc entre o Prof. f>li11io Corr€a tle Oli11rira. qur ,ws fildrm: ,lll
progrm11a. D ANDO [N l c lo aoo ,,rodulor de T \I Aurelio Ct1m110.,; formulou 11 qutsltio s,,_ brc a qual tlcviam v1:rsar os tfebnli's: ·'qunf ,lcslcs doi:; sistemm; sociais c.,;/ti mnis p"rlo ou 11wis louge tlo Cri.slitmismo: o capilllllsmo, 011 o sodali$mo? /.im quc po11l0 dea1c se si „ fuor n I grcjn Cafolica com rl!laf t'i.o a csscs 1/ois polos 011oslos?'' 1;·,,, seguida, pnsso11 a apresenlnr tzos lrleespcctmfores o Prof. Plinio Corr{fa d e Olivcirn e o D epulaclo Pmc/o de Torso, "/ig11ras cx11011c11ciais clo pcmwmcnlo rrisftio - e 1>orlm1J,, CIIIOlico br(1Sileiro" .
s,10
laicato ratolie<, U o lider i11conlcslc tln r c11r,io 1111/i -socialisla, e o jovem ex-prc/cilo tlc ßrasilill. {fflc rc1,rcsc11l fl 11111a temleucia liio opos/11, /in/ur J)ois atgo de simbolicc quc l lte <lcu o carater tle um acoulecimeu/o„chnvc. ß c/aro qut, ,,ein pr opria ualurcza ,las coisas, o 1uom111tiamenlo popular que .sc scguiu mi o liuha, ncm potlia tcr 1 11111 ct1rnlcr ,tc arbilragem, mas apc,ws ,Je l esl e tla opinitio publica. Ncsta maleri11 o unico juiz suprtmo c' o proprio Papa. T nn to mais que, logo t/e i nitio, o ,Jcbt1le lomo11 uma amplilude ainda maior quc a prcvisla, pois o protlulor tlo programa ,tcc/arou iues11er fufa mcnl e qu c cle em10/vcria lambCm o d el icatlo problema do cnpilalismo. llsl a rirr1111sl1mcia tleu t1ill(/a maior impor loru:ia ä ,liscusscio.
0 PROF. PL1Nl0 CORR~A DJ!: OLIVEIIl A: A 1>osh:äo <1ue cu t om o 6 :l segu i nto: o cn1,.it.nlismo 6 um r c~i1uc soc inl c ccon omico c)UC,
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Ußll C/\MOS aqui o /exlo i11legral 1/0 tlebnle, a11ota,10 clc tl11ns fil as magnclicas em 110SS(J potlcr . 1::.~1as tiprescutnm lacuuas (que assitwtamos 110 l<'.\'IO) fl/U!1W.'. nas bre11e.~ pnssagcns tm 1111c. t:mpc1tlt0dos m1111a discus.witJ mais 1,iva. am/Jos os parlici11a11tes falavam sim11/hmNu11c11le. 0 l cilor mit1 l erä di/irultlade cm concortlar com a QpluhiQ gcncrolizmla cm S,io Paul<>, ,Je 1111e os prommciamcnlos firmes, t'laro.~, doc11me11/nclos do Prof. Plinio CorrCa de Otivcirfl ,·,mtraslavnm rom as nlil11dcs ev11si .. 11as "" 11s opiniöes imtis{arrm,clmcnte crrnf/a.t do Drpulmlo Ptmlo di·• T11rso. ,. cl c quc ti argumcutac,io cerrn,ta t/o primeiro. o jm1c111 proccr pc,lc~cisfa mio op6s sc,uio RCncralidades capazes de imprcs~imwr cer/n.') arC'ns cfeilorais de ,,.,·press,ih muilo mais qua11lilaliwi ,lo qm· quafilt1/iva. • Quanlo ao teste, C ob vio quc a priori mio f)()deria l'xprimir 11 opinilio publiro cm seu r.onjuuto, mn.~ s6 uma /rar,1io tlClfl, isto t, " 1m/Jlico 11111ilo especiol c caracll!ristiro quc 11t1s gra11tles cidatle.~ st! ,JeMm 1w s artcrins ,tc illlcuso mm1ime11Jo JJOpular, ,ls 23 ho„ rt1.~. para ossislir duranle 50 mi1111/tJs
e m si mcsmo, 6 llCrfcitfun,•n te eons<;nt:nnco eom :-, tloutrin::t. catolicn. 1:: evidcnt4, quc esse sistcmu, como tudo quant.o 6 h n n1trno 1 JlOdc"· tOJ:' t iclo abusos, c obusos consiclor:wcis. l'.! n iio s-O os 1,odo tor t iclo, como os tcm nind!\ c m n os.•m e poc::., o isso 6 Uagra utc. <l1u.:. es.-.c;s nbusos siio rosponsnvcis, ean ,:r r:rndc 1mr~ to, pc los crros quo n doutrina eutolicn condc• u u, tnmb6 m n cste r<:..'il>eito ui'io h (i cluvi<la n cnhum!I. :PorC.111, clo acordo com 1-, do utrinn <los J'>ont:i fi ecs, c.01 si mcsmö cousidcrntlo, e :d,.stT:t~iio fe it:\ d os nbusos eine lho s:io :1ci<1e nt:nis, esse r cgimc 6 cou!orm c U. dout rh1:1 cnt'oliea. Exnt:uuen1o o 011osto dC\'Cr ia eu di:r.or n
AURL:l.10 CAMPOS: A mi11/ta tlireila. i11q11cslio11m1e/m c11lc uma ,t,1:s mnis otivn.-. e brillumles pcnas tlc 11ossa imprcusa, a scn ,iro (IQ pcnsamento catotiro; 11111 litte,· ,wlurnt dos po11t os de Jiisla mais tradicio,wi.~ tla l grejn ; tlirl'lor tlo joruol " Catolici.')11,on, Cx-,ft:pulado /etlcral. pro/essor tla U11il'crsitl11tle Cf1/olicti: Dr. f>li11io Correa clc Oliveira. Quonlo oo sc11 opoaeule, prefcrimos usar as proprins palflvr11s com quc. cm. ~ecc,!fl! enlrevista. o 110/Jrc dcpulatlo sc 1Jc/111m: Aos fJltC mc prel cndessem fichar comtJ ,·01111111isla, eu pcrg untaria e rcspomlcrit1 com Siio Pnuto: \lot'Cs st'io calolicos? . . . cu l11mbt m sou . \locCs fem a fOll(ia11r<1 da llicrarq uia?. .. eu tombi m lculto. Vo.:-Cs s,ia bous ehe/es tle /a• milio? ... cu 1(1111()/:m sou. Voci:s liim muilos filhos? . .. cu tamt>Cm l cuho. \locl!s pt:rlencrm lt bt1t[!11csin? •.. tm Jambi:m. Jf,xi~Jc apc7 11a.~ uma ,Jifcre11(.a: eu 11(10 tlcvo f11fcllda,lc a miuha r.lllss«~ burgucsr,. mns ao Crislitmismo". t; (} D cp11lntl o Ptmlo de Tflrso. ( .. . ) M eus amig os, n pcrg1111/fl ja /oi /ormulada c jti couhcccm o.o; tloi s i/uslrcs c:ouvi,tatfos. C cu tlaria, 11 c:nda um, trCs mi1111Jos pnra quc sc siluasscm de11Jro dfl pcrg1111Jn f ormul<uf11. Dou a palavrr, oo ituSlrc profcssor, Dr. Plinio Corrl:t1 ,Je Oliveira. para que exponha o seu pen samento em siu/esc, ,tculro ,lo trmpo ,Jclcrmimulo, a /im tle d eflnir fl 11osic:lio. MuiJo obrigntlo, Profess or.
um programa de l elcvis,io. Ningul!m t/1111frlu de qut• mit> .'.C cin·1mscrevc 11 isl o II opi11uio tlc um pais cle 60 mi/hijcs tle hllbila11/es. Entrclanlo, aitula mcsmo cslc lesle mio prot/11.ziu rcsul/t,t/os conc/mlentes. l n cumbido de cousnllar os prcsenl cs~ o rcporlcr Ct,rlos Spera 11so11 partt isso 111,w formul a quc itrsimwva ott impunlw 11 resposl a. Com efcil o, o perg111rla corr ela d cvt•ria srr a que. o J)rodutor Auretio Campos Jormulara uo inicio cto programa: capilafismo c soci a/ismo - <11w l tiefes, 11 seu 'IICI' , cslti mais perl o ,Ja ,toufriua r.afotica? l 11c1>rrelo, t><>r pcrsonal i zar i,u/e&i lamcnfc a qucsltfo, scria perg,mlar : o Sr. co11cotllfl tQm o Prof. Pliui o Corrt!ft de Olivcira, ou ccm o Dt~JJlllaclo Pa11/o tl c T(trSO? 0 re11orler Carlos Spcrtc. o mllis tfns vezes, ,u((J f1dolou 11eulwma f/es las formulns, mas 011/ra. ,Je carater Jcmlrndoso: o Sr. I! pr6 ou coulra o Sr. Pau/o de Torso? N,it> Jul qucm ruio ,,cja quc a resposla esM co11fid11 ,w cnpciosn iulerrogartio. 'f"udo is/1> uiio obsltmlc. os votos. como iudicam as Jilas tle grav1ulor cm nosso poder. somaram 7 ,, favor tlo Sr. Pli11io Corrct, tlc Oli„cira c 14 a /avor 1/0 Sr. Ptmlo c/c 'l'tlfSO. 0 quc o eucnrregntlo da a1mrnc,io JWfCCC lcr ()U11Ü((J mal, prod11mamlo o r ct-·ul/mllJ tlc (j a 15.
res1>c ito do soeh,Hsmo. 0 soeiolismo, cm t o• cfas as suas: " :lri:mtes, cm tod~,s n.s suns mo„ d 01i<l:H.1cs, 6 cssencialmento cont.r:lriO :'I 1lout rh1i-, entolie::i, inde1.>011dc ntc clos abusos: o. quc. JH>r acrcseim o poss:\. <lär tug-:u nest:i oo na „ quela 1uirtc clo glo bo. r~, ·u~-sa s eorulit,ÖC)'J, uiio vcjo :t pos~ibilidnc.fo de um soci:tlism o eü... tolico, 1•orc11rn, como clih o Pa1lt1, Pio XJ n:_1 F.n ciclicn <<Quadragcsimo Anno», Catolieismo o s ociaJismo siio te rmos ineomr,nt-i vc is . A r ::t7.Al.O dess::t inCOlllJlatibilid!l(le cleitt1 s u:1s rtti7,es 1u> mais profuntlo da dout,rina, catolic••· N 6s s ahc m os que D eus c]o t o u o h o m cm do intcligcnci:\ e vont:-u.Jo para c"fttc, de ::teorclo com n t.xJ,rCS-'tÜO r,loque nt'o clo l 'a pa Lcäo X lU, o hom cm scjn. d o n.lgmn m odo, a sun Jl ro1,rh:t p rovidcncin. On 1, ncontcco <1uc o h omcm tc.m p or t nnto 1\ libord:ule de 1,rovcr a. tudo (1u::rnt o lho con vCm, tondo ü JH» ans 1>or liruit-.:\~iio a. U(.ilO dos g ruJlOS sociajs imcdio.tm ueute su• pe riores. Esses g rur,os soci:1is pr ovi:cm ao intcresse- tlo h o m cm nuquilo cm qu e c lo häo 11odo :,g i.r 1>or si mcs:nto, mr.s, 1>or su n vez, csscs g ru1>os soei:ds so limi t.:uu pc lo .Est::t<l o IHl(Jllilo cm ()UC OS g ru)'IOS HÜO siio s uficic nt(',.,i i-mra si. Ncss:1S condi~öes, a. ar,üo clo Estaclo C tlll H\ , a cä o '.'i u1>l~ti,·ra.. clo g ru_110 socir,1, eo~ m o l:.•••
/\UREL/ 0 CAMPOS: T trmille se11 pc11sa111e1110, ProJcssor, por favor: seu l cmpo Jermiuou.
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P CO: ...eomo 6 suplctiva clo imlividuo. l!: q u er cr :1bsorvor tuc..lo no .Estn<lo 6 ~lgi.r a eonh'ario sc nsu d1\ do utrhia ca tolica.
R
*
EOISTR/\NDO Cl espk11clitlo lri1111/o at,·n11ro,l o 11cl o Prc>/. Pli11io CorrCa ,Je Ot111rir1,. etc 1111c 11 l eifura do prcscutc documeuto d1i ifl„ l cirn dcmo11strt1rcio o uossos tcitorc.,·. 1:. com prazcr quc esla folhn ossiuala s11a simpalia peta l eafdatlc do gcsto do Sr. Paulo tlc 'f"orso, cm accitnr a tliscuss,io e nfirmnr publicameutt• sc11 pcnsameulo. Quaulos, idco/ogirnmeule t>fius com o vilJrtmle tlepufado pedeci sla, SC! vllm ma11let11/o t!lll ttlll 11111/i!;m o COll{IISIJ t irrilatloJ em lugar t/e tlizer tle pul>lfro o ,,ue /Cm tt objctar sobrc as fomatla.~ tlc poslr,io ,tc "Calolitismo" c scus colabortulorcs!
AU REl, 10 C/\Mf>OS: Muilo o/Jrigmlo, PflJ/. Pliuio Corr.ia de Otii,ciro. E agora. o Dtpu• lütlo P<mlo tlc Torso.
0 OEP. PAUL◊ -DE TARSO: Tcmos um documcnLo reecnt.c c o ficinl da lt;rcJ::t, n Enc::ieli~ «Mater et. Magistn:b, como 1·otc iro de nossas d~fini~cs. E:la conclcna o libe.l'alismo e o m::u·xismo. 0 murxismo, no plano ccono• mico, significa o c:omunismo, ou o soeialismo (J\ic numtCm !idclidude a uma csscnci;;a mutcria.llsla. E o libcrnlismo, no J>lano ccono• mico, s ignHica o eapilalisino (l). Afirmar-se que podc hnver um <:apitulismo abstral<.> con•
$cnlanco com o C1·islianismo. a mcu ver s6 tem importancia ncndcmica (2) . Na ve1·dadc, o c:upita1ismo C o mato.rialismo pnu.ico <3) , quc pc,·petua a mis.cria. 1>erpctua u fome do povo, pcrpelun a injusticn. E Siio 'l'omäs cnsinavn que a ;;usti('::l e5.t{t p11r:.t a sociedade como a s n.udc para o cor1>0. A Enciclica rcm„ bra quc clcvcmos sair do J)lnno a bslralo parn as aplica('ües concrcla$: dos 1>J"incipios ncla dc!cndi<los (4). Assim, eu cotcndo que n6s devcmos partir para uma rupt m·a com fotmas o.1·c.nicas de eonstitui~öes j uridieas superadas do 1>assado, numa VCl'dadcira, numa autentica revoh1t~lo crislft pelo amor do proximo. combalcndo lO• das as i njusti<;as da csll.·ulura eapitnlista quc ai csta, lutando pol" u1na J"cforma ;,1g1·ai·ia c1uc p-crmita a o homcm scr proprictario dn t c rra que h'abnlho. <5>; lutando )'>or umn retorma urhann quc mosh·c que a ca sa devo servir de l ugru· pnra Q\lC o homem morc, c näo pnl'.n in$ttumcnlo de r c nda. (6); l utundo por uma rcforma clcitoral quc cvitc quc oeorra. o quo oco1·1·eu na.s ult.imas clei~öes : apc,1ns 19.l•J% da POJ>ufa\'.iiO naeional votaram para Prcsi• de nt<: da Repub1ica. E n tcnclo (tue inelusivc o analfobcto de ve voto,r (7). 1>01'(Juc o diretto de vo ta r C um di1·cito nat ural. 0 homc m, pclo fato de ser Jlomcm, de vc tcr o dircil,o de eseolhc r ~,quc les: quc v5o r cali1....1r o bcm hu• ma no da comunidudc. Acho quc dcvcmos luttu· contn, a cspolia~tlO das noss~s l'iquezas pc los gtupos cconomicos intcrnacionais CS> ; dcvcmos lut.ar contn\ os abusos do podc1· economieo CS>: dcvernos luhu· para que a ed uca('i'10 dcixc de ser um prlvilcgio (8), por(tuc Cristo nti.o mo rrcu a penas para 1·cdimir o 1·ico. 0 Sanguo
Essa rirc:u11sl a11cin cla parlicutar vator ,I 11/irmalivitltule tlo Sr. Paulo d e r arso . e lcmos prazcr em {) dcclarar aqui. Dcslas coushlcrac:öcs gcucricas. 11ass·cmos rapitlamenle a 11/gumns ob„ st•rvoc,ir.~ de 011/ra ,wt111eu1.
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tle/Jalc ,•11/re o Prof. Pli11io Corri!t1 clc Oli veira c o Dcp11laclo Ptmlo 1/e 'f"orso se tli vicliu cim ,tut1s partes cssenciai.'-, corrcs11omlc11do a <luas qucslcies de cunho fmulomc11taluumle doulriuario. c-omo scja, a posic,it,, rcspcclivamcntc. l/() capilalis11w c tlo socialismo cm /ac1,• da tloulrina caloliu,. Sobrr ,unhos os problcmas. a <liscuss,io - ttpesar t/11 tlc.~proporni o culrc a ,t11idc11fc cxiguidcufc do tempo <: a amplilmlc tlas questüe.~ - projc/011 Jodu 11 t:lart·z11 11eccssaria. Para quc <lislo se c-ertifiq uc qua/quer pcssoa, basla /er () lexlo qm: cil:Ja fJUblframos. E11Jrcla11/o, il marlfetll d l'Slcs doi.'vcfos re11/rais do ,trball', "'Caloliris„ mo'' d escja cou ... iguar alg11111as uoltl.'; fcilas tlc um ponfo de vi.~la mais especit1I. Ni11g11C111 ignora o prcsligi o polilico c i11Jeh:c111at ,Jo Dcpultulo PtmlQ dt Tarsu 1wx drculos ,fll assim ch<muula l!Squerda r,110/ica brt1silcira, da qua/ o cx-prc./cilo <lc Bl'asiUa (: um ,los lidrrt.\, mais t:onhetitlo.~. EMa folha j,i 1cm uumi/(•s /mlo suas aprccuxti,•.t tJufm/tJ u tl.·r la.~ h-mlt n rias itlN>l of:Jt'11.~. a um l cmpo exlre,mul as c S<Jm /111ult1111e11lo t/011/riuarfo ClJ1tsisft:11Jc. que, infcrprclmu/tJ mal o con„ n:ilo dtt d1·11wanri,1 rrislti. rirrulnm 1:m tlel t·rmlfftul o.-: meios. De m11n e 011/rt, coisa .•;r ,:olh<'lil e.remptos /risaulcs 11a mwli.~e 11/cula <IO$ prommrinmenlos ,to Sr. Ptmlo de T(ln;o d11rn11/e o tlebnl c 11a TV /J/Wlis/11. E c/flf(J que no.t cinttlmos nqui opcnas '"' r.omeulflrio de algum; desses excmplos. Para maior t omQdhtoclc: dm; l cilores, i11scri1110-lo sob ft formtt de Notm~ da Rcdac;5o - 110 proprio JexJo tfo ,tisruxs,io.
de Cristo toi dcrramndo tnmbCm par~ lihcrt.~u· o pobrc. E atC h(, un-1 ccrto mcssianismo no Antigo 'rest...,mcnto quc dU c n(ase ao pobrc. Quando J oäo ßatista pc rg:untou ao Ct'isto sc Eie c ra o Cristo, l~lc d issc: -t.Os coxos and;Jm, os: ecgos vl--ern c os pob1·cs: s:io cwangclii„ados>. e preciso quc aquclcs quc csläo sorrc11<lo, aque lcs quc estäo ru\ miseria.. nquc les quc estii.o so(rc ndo a injusti(a , por cxc mplo, dl\ cmprcsa. cc:onomic.a, sintam ao SC\l lado um Ctist.ianlsmo adulto (9) . um Crist..ianismo disl)Osto a mantcr n pcrcnidadc dos scus JH'i o„ cipios, mas dis1>0sto tarnb{?rn a 1·cc.onhcccr quc S\IU apHea~Uo <: analogica c dcvc Clillu' sujcita ao clima h istorico quc a i csl11. 0 im„ <l uo a cmprcsa. quc C o microcos1>0rtante mo capitalista, n5o scja pro1>ricdadc i1pcnas do cmptcSaJ:io. 0 lucro da cmpr e-sa ,·csulta do esrots<> de muitas pcssoa $ humanas e n5o pode pcrlcncc.1· npcnas l\ uma ~◊. o u a um:.\S poucas <10>.
e
• ( l ) X. cJ:i n. - O cnpHalis m o ..-,.st,:1ri:1, 1>ob;, co n de na du tlout.rl 1111 r i:une ntf•. •
(2)
x . cJu n. -
)fmlo •lt> ei.<1u lvr11· o 1l,•ln, to
.si;.\)1•(, :, :, tJrmae:l 1> s1t1lr:"1. Nfto s o eom11rc•endo com o ntir11, :1cr1e> d o ntrinari:t t iio irr:l\•O J)Oss:, n i\o
t e r fJ 1111l11utr i m1·101•la11c.la c on creta . • (3) N. d 1~ n. - A firmn("l'io nebulol)a , om n m.... l t ri:l d 1; h n11o rl:u1eia m 11>ilt1I. A ,,ra t it a (l:'l i n j u s tl(::l n fic, s u p i:iö 11tt~Csim rinmt1llc~ uma t o nH1d:1d o 11CJSi<:iiu mat1•rinlis t:1. Se 1,cm c1&h) o m:1tcrh1lis m o :1brn c:uu lnho 11:1rrt tocl:\~ :\$ injuslie:1S:.
•
(4)
N. d a ll. -
A 11:trtir desto momonto, n
11u c.to\tf10 de ,-uhcr 110 rm Hi u capit üli1!11't10 6 (1n fi Cr i s t1'io est:", cs,;iu i\':.u.l:t. Se~uo-,;(} u nm. 1011,:-a dfa...
trlbo cont.ra o c11,,1t.al hmw .
• (G) N. tla U. -
Jlro11oslfl'io vn,:n o pc.rl,:0~11-.
0 (IUQ siJ;nlfl cu i, S « o h om em-• t
C:u l:, lwmcm1
A ,i:cn c m l i dfulo dOSc ho m c n toi" Nost e tM!IO so d e• ver la d i~,;eJar :1- nlJull("ilo do rc-glm o du ~:1la r l n do f10r inunm n o, o ~ U Q ju1iUrlc::: 1r J:\ u nm A_i:r:·1r i t1» t, l ;"id c l Cil~t r().
dccrorm t,
n. -
• (C) N . tltL A p ro1,o~lt:io 1>arcco :1fi r n m r n i nJu ~ti(':1 du h 11111i l inf1t.o, :lbriudo enmi11ho
umo «nerorma Urban:rn.
a •
(1)
'X. da Jl. -
l)(lmai;-oj:'h, .
Corno 1i otlc, u m
analft,bclo conlu~cer os J11111ncros p roblc.111:1.i,. conc:1•rnc 11t.~
:,o~ intcru~r-..S n:u:lcmais'!
\ '(1t a r cist fa.
0 dlrelto do
c::oncli<:iuntu]o :u:, bell\ comum, o J'u"\o
11ot10 :.er <!x,wcldo 1,or 1•<'.',~on~ l nen1>ae 1t:ul:1s 1,n .• rn l:d.
(conUnua na pag • .scgulntc)
A
PARTICIPA(,AO DOS TRABALHADORES
NA GESTAO DA EMPRESA E UMA EXIGENC IA DA NATUREZA HUMANA? • (8) N. cla n. - Objcth •os bons c.m ;;i, i\l:i.-. ~IU() d o H~nhum lll(HIO col lth;m eom ü !trirllHt\'.'tlO de 1,110 um c:·tt)itnlhm,o c.scolmndo d o a.bul)u~ ~ <:om1n1li \ '(ll c;om n doutri,m 4.la Ji:r (•jl,, •
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<Ju!uulo o.\'.iijll u
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indolo tlti fg reja, 6 salvar tudo qunnto podo sor s:d vo o näo dcstruir ineousidc.rncl:\m(mtc nquilo 11110 cxislc , De mais u m a i.s, .Oc1>uhulo I•aulo de Tttrso ( u111::1, vez ,1uo e u -»;,tou eom n 1nda\'r1\ nos
r1iirn111 n i'\o n du lto'? O Cri~Unni~m o do,.; umrUrcs, dos c r1,1v.1ulos, dl\ Gonlrit.•ll<'forma, d e, Anchlotü O :-i' obr(!~n. ruio o cr-11'!
mcus doz minutos) . V. Exein. m c. 1rnrmit.n quc ac.-esccnto o seguintc: o l'Cgirnc cnpita.liSh\, no ,1uc so clife ro nci:t, eon cr ctamc ntc, do
• (10) X. dn. n. - A. nfir111t\tiio d o quo n c m1,r~~=-- 1u)rl(ln t 1)n to :., 11111 1'16 d ono ~ inju!'.ltl\ (Im sl, colid n eom a doulrhm ,,nonehuln por l'io XII 111\
r ogim o d;i. -~•ro11ricdado 1>riv:.<h\? 1>-r: V, E:xcii,. t•slit porguntando a mim. ou est{4 xc 11crguntn1tdo'! PCO: Nii.o, C U e~tou nt() pOrj,"lrntanclo, mas terci 11razcr em OU\'ir n. sun. rc s11ost11, d c11ois. F.u l)e rg unto, .;ntUo_, n o (Jue 6 ,,1.10 o r eginto Cüpi hilist::L so diforcncin„ dn. 1>ro1>ricd:tc.lo 11riv:tdl\ '? V. 1<;xcia. m o 1>ermita c)uc lhc <lig1'l quo li vnrios pronuociarnentos sco.s J)clos jor• nais, tlC.lns r c\'istas, a rcspcito clo nssunto cn11itnlismo, o cst:\• C- umn. que..;ttto ,1uo m c rieou t\O fur\dO do cspirit.o. Porquo , ,. J~xcht. fo.ln eom fr(:.t'Jt1(mci::1o r1 res11cito do copitnli:-mo. nm..:; cu gost:1rita. de s.<ib c r o quc ~or ita. o r c.gimo c.lo 11ropricdnllc pri\'ncln, <JUO. niio li\'csso umn eor t:1- c ::irnctoris tica cl() cnpitrllismo, nns con• di~.Oo.-t nhmis da cconomin. Assim, fo.h,,r eontrt, o e:11,i talis-mo eomo senclo lluro, como scn• e,lo utroz., ete., etc. - o e lo o 1,;, per nccidens, in(elizment o, e to<los nqur,lcs q uc luhuu eon tra essns atr oeidt:tdc.s U!m locht n.. minhn. soli• dariedado - :\ $$hn, f1d:'tr contra c.,.:,;so r egimo mns n~o rcssnlv:tr l\. cirOJlri1~dncfo privmlft. dos bc ns de proclu tJio ... PT: Mas, Pl'ofcssor .•• PCO: ... isso m c 1>arccc ... P'l': M.as, Proressor. os quc divcrgcm clo ca1>it.nlismo nf,o divcq;cm da i,ropricdade privada: näo clivcrgcm da propricdadc 1,rivacla em absoluto. ·p c(): 1,:m nrnt-0rin. clc moios d e 11rodutiio? P'T: Os meios de produ<:äO. qu.an.do instl'U• mcntos <lc trabalho, clcvent :-er pro1wi edadc
llndio,n t,nsugem ao «l<ntholil<ent:--g» tlo Vic:no, do J.1 d1) S(:lC!Olbro d O IO~t (ei:Oiscors l O Undiome~-tNll;:'~ i:o, ,·ol. Xl\f, ,,. 3M).
AUR/31.10 CAMPOS:
Muito o/Jrig{///Q 110 De ac·ortlo com
Dep11ta,to Pauto ,tc Torso.
0 CSQIIC/ll(J t/() 110$.S0 J)fQ[!l'(lftl(l, l'hlllOS. C'tJIU'C-
1/Cr a catla um <los circun.~fanfes. <los 11os.sos ifasfres co11vitlntlos~ dnco mi1111/Q:;, para a cxposic,io de mais frll!ia.~ ,tm fortu> tlt, lese. potlcndo concc'tfer, ou mio, apartes, seguimfo um arremellt> tle regimc purlamenfnr. digmuos assim. Prof, Plinio. . . Prof. Plinio com a paltu•rt1. P()O: N 1'tii JH1h1,•r-n.s clo Dc1mtiulo Paulo do Tarso n respoit o cJo eu1>ihdismo, m o r,1ucee h ttJ)()rlnnto fnzcr unu\. distintäO: di:1.cr CJUO so ,1uc r o hc m cJo 11obrc, dizor que se quer a . r cdc n~Uo do t>Ol>re, dizer quo so quer conrorir o dircito tlo ,•olo. fJU() "0 ,1ucr n lfribeti:1.;tr. mO pnrceo (Jm) sUo afirma~öes 1100 nii.o tc~m n enhuma rohtt.Uo cli.rcta coru o 1nob1c ma cn11ittali~m o o s ocblismo. Com efoito, o regimo c:-.pitnli:-;tn. 6 :u')uelo :rcgimo c;m c1uo o eapital concorro eom um clcmcnto 11ro1,rio 1Hirr, o J)rOdm:üo, ,,o lndo <lo trabalho; o rcgimc cnpit:,Hsta C n<1uc lo cm <ruo ~c :'ltribui 111m\ 1,nrto e,lo Jocro (l l) ftO capifal O S() ~tribui Ullll\ l)tll"h~ <10 luero flO trabfllho. 1:.:•rccc•mc nbsolutomcnlo ovidcnte qu,, esso ;rc;gim t~. d,!sdo <_1 00 atribtH1- 1mrtcs 1>roporcio• h:u.lns de lue ro:-t a. C-:tdn uru::i. d as c uthl:u.lcs, 1\. c:tula um <los clcm1.~otos quc <:oncorrc:m 1mrn a a,roclu(·äo, 6 mu r t,::-i1110 h:gitimo. 1.; h'tn to U lcgithno <1un. n6s tcmos n11ui est::t ~\rirma~•Uo de 1-"io X I, 2\ rt~:-peito da lcgit imidado intrin.sCCl1 do cnpit:-tli.s mo: «No~so J>r e:.d cces~r. cle feli¼ mcn,ori:\, c:m su;, J•;nciclica so roferht princiJ)ahuc ntc. it<ruclo sist ema c m c·1 uc, ordin nriamcnte, uns contdbu<:m eom o et11)it:JI, o ou tros com o trabfllho, fliU'fi. o comum excrcicio da cconomia, ,,uni <,lo pror,rio c.lc (iniu nit frase t:,r,icfar : «nada valc o ca1>iln l sem o Lrnbalho. ncm o tn\hAlho ~cm o cnr>ital• . Foi ess1\ ti csr,eeie cl(, cco11on1i11, C'Jue L eiio Xlll 1>roc urou, ec>m todas ,1s veras, rot;ul::1r sc,::-undo normns d,1- justic:a. Do omle so scguo quc, clo per s i, niio C condcna.v el. :E, r<!:llment·o, d o sm\. na.ture1.:\ näo 6 vici os:t. S6 violn :·, rct:t- ordem <runmfo o C.'lpitnl cscravi1.ii 011 01,or:t rios, a cln„"ISC J>rolct o rb, J)ar:'l quc os negoeios e t-0do o rcgime c::eonomico estcj:uu o a.,; SlJ:'tS milos c r <wcrl:un c m \';mt:,gcm J)roprin, s..-m sc i1u1>ort:ir com ;1, clignicbdc hunu)n:a. dos 011c.rarios, com :i funtiio soci:ll da ◄~co nomia, c com a. propri:i jm,:t;sc:\ s ocial C O b C!IU COIUUl)l)). Ai c.st:i. fcit :i. :'l- distintt\o entre. OS inCOll\'C• nicnh_ • s c os e r ros ,10 ci-1pit.alisnu), d ~ um l::tdo, e :-, lcgitimidadc do r cgim e, de> outro lndo. Or:, . cst~ distintäo uäo 6 unrn. dis tintii.o :-.e::,d emicn. l~I:\ flg-urn com im;h;tcnci:1- n os documentos 11ontificios. • (11) N. tlf~ U. - l i-to ~. do produto chi. em1>rei,1a, C4.>m o 4 tac::H ,·er 110 eontc~l.o.
,,s
PT: V. F.xcia. mc permitc \un ap~rtc? PC(): -Pois nao. PT : Apcna':- para dizcr a V. E·x cia. q uc o m cstno PnJHl Pio Xl sc re(crc economia capit.alista dir.endo quc cla. sc tol'nou chorrcndame ntc dura, en,1c l c atroz». 0 quc impo1·ta no 1>0vo. Pl'ofcssor, uäo C tanto o sabcr corno se 1>0dc, abstratamcntc. con!igurnt· o capitnlismo (12). mas ~ saber quc. concrctamcnlc, na vida de eada dfa, clc <: honcndam cnlc duro, crucl c atror., scgundo o me~rno Pio XI aiil'mou.
a
•
(12) !N. d 1L R . -
i'llals mn:~ vez, recuo tlinn•
te d :1. c.onshlc~r:u::'\o do ,,,., btNlllt, l'ßl SOUS t~trmo~ CNS!en t,: htl~, c, 1-lonal.
lnslstc::.ncla S(lhro o uchlc ntal 0 ,,ca .•
l •CO: $1) V. l~xcin. concordo. n:'I :1 fi rmn("ii.o tle quc. em teso. o rc~i111e en11it:-.Hsht. 6 lcgi· timo ... · (ambos fnln.m no mcs mo tem1lO) ... o 110\'o, um;l. p o r tiio clc ,·e:1.es, te.m ouvido f:lltu , 1o" ,~ ,;.se regime t cm se prcstado n. nbu sos, o :-, lgrej:-1 d e tal mnncir~_,. ~ tem ,,ronuuci:ulo
coutra c;s.-.es :,tms:os, que o povo uiio 1>odo tcr duvith'lS :-, es~c:, rc!s1>cito. i\tns imt,,ort.a no ()O· W> ~nhe.r IJIH} t•le thwc corrig-ir os nhusos mns nüo d c ,·e comh;n::,r o re,gime cm s i, q uc o r cg-i1110 cm s:i C just.o. 1>:tr:1, quo o J)OVO nwsmo
s:üba. rcgular a s ib1:-u:äo. i\.ssim como o Pi-'!)!\ i,rocurou regufi'i-1:\. ll\mb~m. NOs n iio 11ochi1'nOS cli:1.cr quo os 11011tos d e rnornl, os 1,ontos cle doutrina c:'lto lic:', tüin intcr(:.ssc 11u:::r:1111c11to :,cadc mico. ~lc:s regem, Dc1mt :ulo t>aulo de Torso, a 01>iniüo rmblic~'l. E :l opi11ii'io pubHca. S-O gove rnn. 1>or 1>ri.11ciJlios. P'I' : Profos:sor, a opini5o de Pio XI ai e-sta: «horrcndamcnlc duro, c.rucl e at.ro;:». i-•oo: t •ois uüo. l\b.s l1iio cm s i, D cmu• t :ltlo ... PT: Mas: como cxistc historicamcnte. PCO: Ni'io, como e.xlstc con ere.1tnmente. E, rc:1,Jme nte, us cois::\..~ como existcm concrctt,m c nt.c ,1evcm s~r corrigich,s J>clo genio SUJlC.· rior d a civilizn("--110 crisrn.. l\Jas n Uo clevc.m ser nbolidttS. t>or(1ue o quo cstti; exa.tmnento, nn
privadn. 1'>00: 0 fllJC V. J~sch, , ch1rnu\ «lns·trurnonto c.lo tr:-1tndh o», no cnso? ...
PT: 0 sr. quer ver . . . (t1m1>0~ falam no mcsmo tornr>0) ... 0 quc nös näo qucrcmos C <1uo o bel'n de produ<:.äo scja iostrumcnto de oprcss.to. PCO: V. Excin. m o llOrmita ; V. 1!:xcia. mo pcrmih1. concluir, (>Or<1ue <ill c.sto11 com a. J)a• lavra. O r cgirnt) c1,1litalish\. 11odo ser consicle r::uto a<1ucle c:m qnr- por algum lm.lo, ao mcuos c.m seu 1ts)',ccto iiulustrinl, o Cfl11ital, r cpre.-.cnt:-ulo püht. maquim,, pcrt cneo ll olguCm c1uc niio 6 ru1uc lo quo tr:,bt'tllHt. A~ora, isto 6 uma cois:l que c u c onsid<~ro 1,:gitir,111; c u considc:ro 11uo as aJirnrnt.O es etc <JUC :·1- participt't(ÜO c1os opcrflrios nos lucros, na c;li.rc(:äO da cru1,rosa, etc., 6 obrigntori:\~ cu com; iclc:ro is!';O unu, coii.a con traria :\ doutrina. c:dolic..'\. l ">or cxem11lo, ::, afirmnr.iio 11uo cu li num
docunumto do V. 1<;xci:1., c c u gost:a.ri:-.. quc V. Bxein. mc rntilicasse isso fmra S:\bor so ö vcnl:"tdo oo niio: V. Excia. con.sitlcra. quo thwern s c.r ox11ro1u-i2\clos oii: 1.H:ns das socicdades :-.nouim:is, 1nira, ncla.s sc tslahelccer obri• ga.toriamcnte :1 Jmrt ieiJln~Uo tlos 01,crnrios nos Jucros e n:, dirc('iiO dn c m1)resa~... E u conSidcro isto conlrinio i\ doutrin:-1 cutolic:-\ , O <1uc cu digo C urnn. coisa muito clifercn te : 6 quo a 1,1articipl'1~ß.o p ode scr :\.lgo do cl csej avcl , lt.lgo clo csHmnvcl, c.ligno de ::.e r Jlro1t10• vido, 1>ois nUo. j\bts ir no r,onto do des;l1>ro1>riar inctustrh'lS, d o d csa1,ro11ri11r conjuntos ceonomicos, s:6 1,orque si:1o soci4..~cl:ldes :.111oni-m::ts e tlnrn ,,ue nclt'IS sc cst::tbclct.:.\. a purtiei1>a~iio dos luc rQS eom1>ulsori::m , on tct... Ji:u ntio ·v ejo, l>CJ)Ut :\clo Paulo cle Tnrso, o,1do 0 quc,- is..~o llOd.c tor c:1,iclo das F.u ciclicn.s. AUREl.10 CAMP0$: Prt1/c.1sor ..• 0 Deputado Pauto tlc 'farso tem ciuco milwtos, podcudo aparlear o Prof. f>linio Corren de Oli11cirr1.
P1': V. Excia., ao mc acusar, dlvcrgiu, a meu ver. de um tcxto da propria Encicliea «Mnt.et· et Magistra», quc cu passo a lcr: «1!: de notar pot· ultimo que o cxcrcicio d..'L rcsr,onsabilidndc por p.nl'LC dos cmpregados dos organismos: r>rodutivo~, näo s6 con·~spondc äs cxigencias lcgilimas 1wo1wias da naturc:1..a humana - proprins <lf\. unture1.n hunm.111, mas cstia taml)Cm de hal'monia com o prog~·es.~o historico em l"Mtlcl'ia cconomic.a. so• cial c 1>0litic.n-... A mcs.ma Enciclica most.J·a (t\lC a e-mprcsa dcvc te ndct· para a comunid~dc. c quc o eonll'ato de M.l~rio dcvc scr mitigado p,elo contt·alo de soeicdadc. 1>00: i\fns o quc sc ch1tn1n :-..q-u i «conmnicl1tde» uii.o 6 1mrt id1>:'l<:1io nog lucros. P'f: N5o. cu cstou di;,.cndo outra coi~'\ •.• (ambos (alam ao mcsmo lcm1>0) .. . gu es-
lo\1 c::om a pnlnvra. V. Excia. mc pormitu. V. Excia. mc 1>ergunto\1 ondc encontrci o di-
rcilo n~tu,·nl dO 01>eratio ;;) 1n)rlici1>a<:(l.o n:1 itcm 90
r esponsabilidadc da cn,1n·csa. ~ o da E ncielien. ll'aclueno da Vo;,.cs . .• PCO: Niio foi n 11crgunt:\!
P'l': . . . da Enciclica cMatca· et l\1(1gisL1·a• .•• 1-"CO: Ntto (oi, 1:;u r,·, lei contra, n. obrigatorie(l:ul•J sO (ambos f:ilom no mcs1110 tcmJ)O) . PT: V. Excia. mc pcrmita, P1·ofcssor. 1;: cxigcncia p1·01u-la da nature;;,,a. Se (: cxigencia propria da naturc:1.a, decone da nalure:1.a,
e \lnt d ircito nalunll porquc dccorrc da na-
Lu1·e:1...."I. Cl 3). Mas cu goslaria de to11rn1· uma de rini~äo de capitalismo isenla. dcsa1>aixonada, de um tccnico: f ·t an~ois Pcrro u. OeJiniu o capitallsmo c:omo ·8 islcrna econon,ico quc t c m nn emprcsa J)rivada a sua. instiLuir.äo pl'inci1>al
e, como finalidndc, o I uc::.ro da cm1wcsa. E nti,o, todo o sistcma cconomico Cunciona pnra quc n empr c.•s.n dC lucro. Sc a cmprcsa dc1· lucro, tudo {uneiona rcguhu·mentc, r,orquc o livrc jogo das leis cconomicas ncabal'l1 promovcr'lclO a pro~,H~tidndc d e Loda a conturlidadc. Ora. o quc vcmos no ßt•asil. 1>0r cxcmplo, C quc o~ lucros das cmrwcsas c:-tf~o aumcnttwdo c o povo cstll aguardl.lndo quc o
livn: jos;o das leis ceonomicas promova n sua prospc1·idudc. E1.1 li, hojc ainda, um ta·abalho do Sr. Cclso Furtndo. no q ual clc dcmonsl ra q uc o t..ala1·io r<.•al na. industria. c na agricult\11'a nao a.umcntou nos u llimos {11lOS no B rasil. 0 que aumenlou Coi o t..nlnl'io nominal. Na vcrda„ (lc, o ca1>il.nlismo C o slstcma quc Cuncionu pi\l'a o emprcsario (14). qunndo n6s, cri:~LUos, dcvcmos dcscja r n economia pa.ra o homem, a cconomin do gcncro humnno. v. gxcin. concorda comigo na tcsc dc Säo Tomtw de quc os bcn$ rornm dcstinndos pela Providc1tcla n todos o.s homens, c ni'io ai>enas aos capitnlistns. nao a1>cmas aos p1·tvilcgiados, nüo opena.s aos ~1nprcsru·ios. •
(J3) N. di1. R. -
So a 1nuUclpa<;:1o n:, ;<i:-tffo
tc,ss(• nmn t".d~(}nc1a eh, nnLurc~a hunH\nit, ,o;ria obrl,:-atoria, Ort\•, !'C'J:undu r,tirmou l'io XU (1-t:f, .. dion,c ns llJ:(' nt 110 «1<;1,thollkc nt111:,. de Viönl', , de J.J d,, sc-t c mbro d o H.152 «Oi8-Cor sl o R:tcli<"' m c.-.su,:,:i• , vul , XIV, tl, 31,1) , nt,o u U. 0 t6pit.1• d 11. 1-:nciollcn tt,\ l ntc r ..-t, "1t'1J:i:ttr:n c;t. t:u.lo acinm IH,1h1 S r, l"i,ulo do ' l'a rso, na tradn..-:i.o d :1, J<:clit(,ra Vozel'<, lfom a ~Ch't1inlo rcda<,·:io nn e d lt:1o orlclal du. «Act:, A1u., s.l•)lic;l10 S(!11is» (vol. 53, p • .J;t,I ) :
,-..~t.
-.<;omm,~mornndum clcnlt1uc 1111a(l, 1:ra,•lura us11110 mune rll in \':triiti, socict:·1 lib 11s boni" J:IJ:"nOn• dis luuJfo oi,lricibui:1 dt·fcrrl 011trwLur, ca non soJurn cum homlnl:,: n::i.tur:-1 {q:,t.;: c·omrMJnl. i,1rd 1; tia m
c;um O('Co1iorolcls, 1<ocl::1 llbu1"< 11e eh•HIIJu~ p rnJ:re,. di1.mlls nct..ati~ r.ationi b u s omn lnn t1)11,:r11crm1.
A l r:'ulul'.':io corrf'IJt ö ,,.-.1:, (c:t. «Catullcl:;;1110 » , u• 129, d P Sl'lc rnl.u•o do 19G I ): « l•'irmh nt•nl4', t, 11r eciso rN; (lrd11r t1111J sc~ tli•seJa
lrnJn i'lll dla, ,•m varlfls ornpN•sa:;; r• roduh,r:,1-, 11~i-ooi:1r us 111mrnri1,s n r1:S1>on1-nbilicll'1(IC," l'llii da~ nrniort~. r. islo niio a,,c,ms c.'Vntorcla 11tcnnmc1a<: ('Ol't'I ~, tl(lllU· ('zU hllln(UlO., llHl-i,i l! inkir:un1:nto (:yn rflrmo :\ " ' 'oh1<:1'io f' (:un omic;11, s1,d11I () 1l1)l1. 1 iea.-, 11!11Y 1H1:,,,il o, , •11,S(• 11110 o t~xlo d <l 'J.!ditor-a Vt.1Y,1.•s \' Hi multo :,IUm eh• 11110 arlrnm o l'a1rn, Uma C(,i S!'l, 6 <'lotlar (;01\Cormc o d ircih> nnt.ur-al. outr:1, 6 ::;:er cxis:idO pclo lllrc,il" u nlur-al . ,,~ t r.•;Q r(,rmr,~ du ,:n,·l)rn o, n1on::1r11uia, arislocracla i~ d (•111„c1ra• d:1, 1rnr es(ln1r110. 111:'ic., (;cm rvrrn,•:-: nc• dlreito 1111Lur:-d. Cn11Stlt.11i 1•11tN•ta11t(1 um c-rro ntl rmar c,uc t1unh1ue r dt•ln" t, cxis:lda l)Clo di rt,iCc., nal.un1l, (M) N, dll, H. Ca11ihdii1mo /. h :-:is l Nna c~m c1un 1mrtr. 110 r1ro1lnh1 cla i•in1,r,-~:, hwa aos •1110 trnhn ll'mm, U 1H1rlr} aoi,1: 1•n, 1,rit•l:1ri(,s d (•S i 11;.tr11nwnto1"< d1) prodnt:io, 0 n e1u1f111h• l'fuiln •h~ 'fnrl'< ,;. •:on rurul<'I ~em11ro c~to c,;,ne,·llo cvru o l.lo mau cn11lh1U:;;nw. •
$cm duvid:"t. P'.l': Ncssc scnlido c u sou m3b• ::i. !ttvo r da propl'icd:.ldC privadu do quc nquclcs (1uc de-• t e ndem a propricdadc privnda apcnas ptl1'n o capit.:tHst..,;. POl..'(luc o quc cu <.)ucro nflo C acaba,· co1n .-1 pro1wiccl{1.de privada. anas r:.1zc1· c.-om q uc Lodos scjam pro1wicttu•io$ U 5) , Profcs.,:;or, todos, 1_>0rquc lodos lCm dircito. 1~00:
(15) N. ,Ja lt. - S.1• i,.e Lrata d.-~ ac:1.fmr corn rf'~i ow 1·ar,itali~tn, J)t"trt\ ,·1110 l•Hlo.i,:; 1t111ja111 1,ro1.rli'tarlo~. :i <:•)ns ,-•1111f'uela ,~ 11111; u~ u1u·r:u·lol'I cltwc-m 111~t~tl'IS:"1ri:1mc11lc NCr (m11ro1>rith1rfo.i,:; do h•• dn.s a s t! 1Hprc1"<:ts. on,. l:11 cc11>ro1,r1,,c1ndc, lieit11 •! at(l d Csf'j:n•c•I c.111 ci1:rtos <::1so:;;. ntw 1>ocl(~ 1-c;r <:o n s idcradfl o l,rih'atorla , c m 110111,, da tlv11trlu:1 (!:'\• tolicm. e omo cnsln o u Piv X II ( H:tdiontf'nsü J:-(•m flO « l\11t h o l ilu•nhtJ:• d e Vic1m, d e. J 1I d e !«dc•mbro do 1052 -.Ol:;;<:4.>r~l o ltndlomei,,a~l:'b, \'(tl, X(V, •
l'I
1). 31<1} .
POO: V. Jo::xcia. <1ue r ac:tb:u cooi o c:i1,it:tlis1110 1>ara instit.uir o quc? PT: Para inslituh' uma onle.m social ei·is• lii. jusla. l>OO: Que r cfö·. er f) u nl'? P'f: Pcrfeitamcnlc. V . Ex<.:ia. vcio ao cn• contro do mcu 1>ensamcnto. A LC~ h mda· mental C csta: a dc:-:tin.:H:5o providcncinl clos bc11s matcdais. 'rodos os bens for,m1 c.-iados, por Deus, para todos 0:5 homcn:=;, scm cxec~äo, todos os homcns.. . (e V. E xcia„ no scu livro, diverse dessa afirmaeäo, a!irrmrndo quc muitos lrahalhad◊l"CS , .• ) PCO: Nilo, niio, i sso niio 6 verdadc, issc> ni'io 6 o ,1uo cu digo, 1'.Jxcfa. Ji:stou com m e u livro nqui. E rn quc pngiua C'! f.':\~'-.'\•me o C:ivor ... PT: Ah ! 1,ois nfio ! Vou lcr. 1!Z pagina ... 114. )">00: Pois uiio. 0 quc 6 quo cst:'i ni? PT: «Por tim cum1we lcmbrar quc nas condi~öcs concrctas da vida teri·cn~\ niio s6 havci;{, !>Cmprc r,cssoas quc, scm t c rcm qualquN· 1n-01n·icdade - scm t crcm ,nrnlquc~r pro• 1,rieclndo - prccis..'ll'iio viver cxclusiv~mcnlc do scu tra.bal ho, como out.ras quc nccc1'.-.i10r?10 da ea1·iclade pnl'n subs;istir». Esta tcso C: quc cu oonsidero contr~1r-in ä CS$encia da m cnsa.1?;cn1, P,·orc:-:sor. PCO: li_;ntiio, o :Sr. di:t. <1ue h :H·cr:t um:'l oc,1.~mo c m 41.10 :\. cnrid:\1h} erhHä uiio t cr-:i m:,is com quc Se cxc.reer? 0 que 6 ~" r,n1avr:a. clo 1C:v:mgclho: «r':mJ1Cr cs 8(:rui:,cr hahctis vobiS<:UHU)'! PT: Ah ! mas nflO miSCl'{IVCis:. A mise ri;) distinguc-sc da 1,obrc:1.a pOr<auc . .. (ambos IaJom ao mesmo tcm1>0). PCO: 1'1fL~ <<pauper >>, <<1)c)brt.~», 11:io 6 n11ucle a qucm faJta. :1,lguma coi sa'! PT: E <1uando a Enciclica «Malc 1· et Magistra• susLc nta q uc o dircito ao uso dos l>ens. malcdais, que o dircito ao uso dos bcns matcriais - (rccusando um :q>arlc:) V . E:xcia. mc r>crmita. 1>0rquc cstou com a palavra ~ o mais im1>0i'Lan1..e de todos os dircHos economicos, supcrior, inclusivc, ä p1·opricdadc pri„ vada?
\
1•<,"() : f.; ovh.lcntc, c c.st(I nlir1n;H.lo cm m c u livro mil vc·tes. PT: NUo, 110 livro de V. Excin. nfio vi isto
com cssi:t c1ol'c1.a ... 1"00: Ah! 1u)rdiio!! ... V. I~x eio. m o r1ormit.a cli:1,er ... (ml'll>O$ fohuu r,o m e:-:mo tempo) . PT: V. Excia. mc pcrmita. po1·<1uc cu cstou com a palavrn. A .Encicliea sustcnta. quc o dircito a.o uso dos bcns n\alc1·inis C o mais impol'tc'lntc de toclos os clircitos cconomieos, supcrior, inclusivc, a 1u·opricdn<1c 1u·ivnda. IS.'50 ~ig11ifica quc nn ordrun social pcla <l\1al cu luto. . . E:u I uto 1>0r umo. 0 1·<.tcm soc:ial jusw, unic::a na qunl podc havcr a paz. que 6 o fruto dn jusliea. A juslicn C dar a cad.n um o quc 6 scu. N6s r,odcmos dixc.ulil' intcrminnvclrno ntc sobrc o «scu» de cadn um : mas sabcmos: que cada um tcm dirc ilo nos bcn::;: ncccssal'ios c convcnicntcs a vida humonn OG>. E por quc todos näo tCm bc,,s necc:,:.;,~1.rios? Porquc muitos. tCm supcrfluo. Nflo cxistc dh:cito rlatlH'O;I ao ~mpcrrluo. E:xislc clirciLo natur·al ao ncce-ssario pntn matar ü romc ... • (16) ~- da ll, ) l':I.'( h1to 6 h c m di\'Cr~o llB ofi rnll'1r 1n 1,~ ciuh1 homem c:m ,mrtic;nlar tcm o dlreito C>l'< l,rlt<t d o ~c!r pro 1,rlel.:ui(I de, al,:-Q.
J>CO: O <111c V. "F;xc.i a. con..:;idcrii com o benl s ur,er tlu o? P'r: Aquc les crue ni'lo tCm ligne5o com as 1\CC~idadc!-- primori{i::;, dn 1)C$$0tl humana (17). • ( 17) S. da n, - 0 n ecCMari(I 1•:·1r(l o homem 1>•:ldo n:i.u t-e ein J:"i r a,wn:1.-. u~ sm,l'< nccf:.""'hhul(:.." 1•rl m1,ria~ 1•1H1U:llit-o lu,nwm, nrn~ e$lar tambfm co111licion11tlo U 1•o~i('1tc, x(1(:ial ,,11„ eh; oc.:u,m. 1,;n . si110 11 •._. l .<•iiu XIU: «Nlni:uCm ('1•rl :11ne11t.O 6 1) hri~ :i1lo a
nll\'lllr O i,ro:1/11111) r,rl \'!UHh• •~() d o $(:II 110•
c<~sario 0 11 do d o sun fomH in: n cm rui~S nl t) l\ u:ula 1'111irimi r d<> tptf' a s eo11,·f'n i1•1u:i:11or ou II d (!• (!cn(;ia ilu1,ücm :i s ua pt'•'"o:·1: c Nin~u~ m. <:o m crt-irn. tfew.: viver de um modo <I\IC" nli.Q ◄.:o nv t• nhn ;'l() :;;e;o cst:HIO• ($fu) 'l'Omf,~. $um~\ TCOIOJ::i• c-::1. rr11. lfa.c~.• (1. 32. n. G, ◄.:, ) > (Encicli(·a «"He. r um N'o,•11r-1u11», de Ir. 1!11 11111i ,'1 d o 1391 - l·:dllura \11r1.1•.~ l ,hla., 11, 18).
PCO: Frimnriaii: s(i, niio, mns ... (nmbos fo„ 1am ao m csmo tcmtio). PT: Os b<.'11$ su1,crfluos cx islc1n, cst.iio ni c süo a causn da misc1·ia. A mh:c1·ia 1\Uo cst{1 110 plnno dn Providc.-ncia. Ocus nii.o ct'i0\1 o homcm pm·a vivci· na miscria. Po1·quc.,.
r co: V. ~;xci:\, diz CJUO 0. c .:\USl\. ein misCrit1
ö :', corlccmtra<;iio dos bcns?
l slo mudado, :\
miscria. e~ssari:,.? ... PT: A
miscria C a J)l'i\13(:f&O de bens ll('CCS•
:;arios r,uro qu~ o homcm 1•os.sa vivc-1· com o homcm. 0 dirciLo do ric::o ils ~uas cinco ca.sns de cnmpo nt,o e o 1uesmo dh·cilo do 1>ohrc no i:.c u hat'l'acüo. 0 di1·cilo do rico ao seu ialc 11;:io C o n1csmo dircito do Ope rnrio i;\. S\Ul hicicle ln: l)Ol'qUC um C O llCC('S$,.'H'if) c convcnicntc, c outro l! o su5>Crtluo. Existc a miscrin, Professor, porque cxi:-:Lc o su,1-c1·-iluo, e a rcvolue:io ct·ista devc lutar po r uma ordcm social jus ta, procurnndo vcnccr a mi:::eria, quc podc scr vc ncidn sohrctudc) ncsta hora historic{'l, ~m quc ttmlo sc dC'Sl!nvolvcu rt tcc.nica c a cicncio. ciue 11odc.•m :-.er coloca• das a scrvi~o dessa luta c01'tll'.;.l a. miscria, c ntio a scrvieo do armamcntismo, ou n servi~o de oull·as. lina1idadcs m c nos h\1manas. AUNE.l.10 CIIMPOS: Co11li1111,•1110.~ tJ ((,t,11. lc. Cinc,, mitmlos 110 Prof. l'linhJ Cnrr<:11 de Olil,eira. quc potlcNi CfJIIC-C(fer. au mio, as aparte.;; solidlad(IS pclo .~r11 opo11r11le. 1?00: Antcs de tmlo, me 1mr,}Ce ncee.·, s:'trio rC$S:\.lt:-.r uma cois:a.: 0 que nUo so c~t:L nqui Ca1.e.11do, (l o m i nh:a. i:m.rte, unrn d cfo„,t;.\ dos direitos dos ri<"..os eont rn. os pobros. N:'io existe est:', dissoch.\t.:i\o fu ndnmcmtn.J clos intorcsses, dos clircitos dos ricos e <los pobrcs, comr,r-e endid::i.s ns coisns d cntro do 11e ns:unento, da clou„ t,rina. c.atolico. E por quo? 0 q ue n dout-ri~ 11a eatol ict\ est:ibdece 6 que devc h a-,·er ricos o 11obrcs, tlcsdc que so c.n tentl:L 1>or pohro nquclc quc t"c.rn a.-; eondit,Oes suricic nt-cs pnr::t viv er digr1r, e scgur,uuc::ntc. con si1to c} com s u.a f;imilil\, nrns que n üo t'crn o utra, cois.n ;1lem disso. A e xi~tcnciit <lc alguns 111::tis ricos s ignific:l a1H:na.-, n h arm on i:1- o a eomplcm e uh't(li\o <10 corpo soei:11. 1,:, rcitcrodam cntc, nos tlocumen tos p ontifici os vem :'- nrirutft('.iio d o quc. 1>or is.so, n.s c1nsi:.es socinis c :-1:-t clnsscs (~eonomicas näo ostäo n cccss.:1riarm:nt:c cm lu-ta e ntre si, 1n:'L" <lf·vmu vive r m.1111:1 COOJ)Cratiio hnrmonic:,.. () 'tue . ,~ontudo, no momc nto se 1,lcite i.1 niio 6, :1bsoluta111c 11tc. o slatu quo i,ar:, o 1,obrc. Isto scrin 1.11n verd:-.c.lciro :tbs urdo, e nilo crcio qoe haj1l umn s6 pe.-.soa eh~ hom senso, p:ira. nüo r:,1:,tr tH11n:'t. 11<'s ~oa d e hom corn~iio. qoo vlciteio um slalu q~10 IHlta mns!it1s intcirt1s qu,; est äo inu~rsns n::, miseri:1. i'\fns, 1m1t\ coist, 6 lllCitcn r esse slat11 quo quc n ingu(-m pleit.eia, outra cois!\ C Chl'J;tlr :10 exlrtm o cle d c..~cj,rar umt't t,r ;'t n sfor1n:\.• eU.o quc nii.o tomo e m C(lnsidc rnt.üo o,- clireitos 11:,h1rnis de t odo o con,o social, tl neecs:sidüclo do h:wc r cl:\s$CS clifcrenciadas. n ncecssid:1de d..- h:1,·..-r diforc nta!' :-.t6 do fortunas, C(Hno e1c m c-nto 1•:11•::L :-. harmonht da ,·idn soeiul. r-: as.~hn, f11ze111Jo cs~:,s ilfirni:-1~0cs. c u nilo cstou tomoutlo a tlcfcs:\. de,~ 1.ms eontrt1- outros. 1n:ts c.st.ou f::11,emlo a :'tfirm:'.u:Uo d,t nf:ccssiclade de quc t'odo o corpo soeial 1>ros111~N! 11:l h11rmonin, quo se r,rocure descnvolvcr :unb:~s .is clnssc-s i-,och,is, .-• nUo so 11rocur<- jognr 11111a clo~~o socinl contl'tt a outr:-.. l~u d cvo di'l.Cr, a cstc r es)lc ito, que v i unm ofirm:'l(:äo do Sr. Oßpuhulo Paulo de 'l'ürso c1o <1uc nös, hojo c m di:l. tloclcm os consider:,r c1oe o socinlismo (e v:nuoi; p:-.ssar pnrt, o socialismo, Oc1mtndo, quc. 6 o e lcmento 1>ri11ciJ>al eh~ nossa. cliscussRo clo hojc i\ noitc), C") UC o socinlism o C comirnt-ivcl c.~om !\. doutrinfl cntoliefl.
AS SOC IEDA-DES ANONIMAS SAO NECESSARIAMENTE INSTRUMENTOS DA HIPOCRISIA E DA EXPLORA<;AO? .P'T : V. r,;;, .: cia. tcu islo c m quc jornnJ ·t P CO : Ah ! om vnrios lugnres. Inclusivo V. Exch,. 1,ctliu ,,uc rosse tlado o titulo do Pin• tido Socialisln Cristüo, cm cnrta A dirc:',.'-l10 clo PD(; br:~siloiro. P1': Mi,s umn <:oisa ~ r,lc ilear u1'ria tcn ninologia s,:.ra a dout rina. so<:ial crisl.i't, c outru. coi$a C arirmar·-sc a compnlibilidndc do so-
eialh;mo mntcr ialist.n com o C ristianisn,o (am1,os falam ao mcsmo tcmpo) . 1:.00: V. f!) x cb. introduziu c m sua r es11ost.n
n 1u1h:wr::, «nrn.te rinHsb1». E u 1>c r~rnto so lt(, um soc!Alismo niio mnterialistn. F. so esse socinli!tmo niio male ri1distf1 6 comp:\lh•c.l corn a doutriu,, e::,tolica. Eu d igo que niio. PT: v. Excia. q ue r c1uc cu 1·es1>0nda ago• r n, ou quo l'Csponda dcpois? P CO: V. E xe ia., 1u>1; ravor. r <:spomh\. de• pois, 1',nr:L cu fH)cler neabnr mc u pc nsamc nt.o n., :ora. fi:u ,lii:o o scguintc : que 1mssnr dcssa s illv«;ctivns c ont"ra a'-buso11 r e:,is do capitnlts mo, (UU'iL r:worcccr l). :\tirrnn!:iio tle que n dout.rimi soci1\lis tr, C co1n1 ►otiv(}_l coru o Crt'it i:uai!'>mo. m e ll»rc:ec: um n.bsur<lo. 0 S1;. Oe.r►utmlo P:\ul(1 d e T~,rso 1dir1n n. (tue no mntc riali:uno s ocinlishi cle nüo or,oi:l. Eu sei bc m. M:,s, o Pt,fJfL P io x.r dechlrn qoo h :l uma incoo•p::,tibilid:ulc com11lc tn ontro so• ,chtlis nio l) Cnt.olicismo, inclusiv,~ qu:rnto i\ JHthl\' ri\. «soci:11ismo». F. ess e lr<~cho ... PT: A <:x1wcs8f\O cont1·a a pnlavl'n nfio cslil n n Enciclica «Quadragcsimo Anno~ c V. Ex.ein.
!:wthC di:-t.~o OS). e ( 13) N . d :, lt. A l~1u; l e liea. « (lu:ulraJ:c~imo ,\nnni. 111: l'ic, X I tlh; 11).Xllmlrnun h ,: «$oeinlis mo r(•li~ iMw . so1ih1lls mo c ri~l:lo c ....:primf'IU <:mu·c-l tos cc,ntra1lito rio~; nins:u<:m p(lcl"• ao nw~mo l e m1•c,, ,.o r h1)m cnh,lico 1• 111.nr t'(1m v c rn t•i(liul e () o.;iriu:, c.lo 80CirtUs h~• (it,.A.$ ., \'ol. 23, p . :H G).
P CO : N tio, cu niio sei. l<:u lo nho nqui n Euc.iolic.a ..• (amhos r,11:uu i\O m e:,;mo tempo) . PT : , • • csttt :-;c ,·crcrindo ~o $CU c lima hiS•
torico.
.l?CO: Nllo. olc nüo diz isto. Elo d i:r., s im1,tc::sm c ntc . quo socinlismo c:: C:1tolicis mo stio h : rmO:;l <1110 SC t}XC•lue ,u . .PT: E~lc <1rirm.nva 1rnm~, cpoc-n c m que sO havia o socia1i~mo mntcriali:-;ta . P CO: Ni"io. 6 o eontrnrio. l•:le ftthi 1nccis ontQn to :, r ess,ci t o do soci:\li~mo e mostrr, o soe.iafü,a no cwoluiu muito o forn ou mnli;,,m: t nis. ciuo e nt muit os ü c 81.!US a stJt::ctc,s at<- 1,01lc rio. lmrcccr c:ompi\ti\'el eom ,., clou„ t r i 1m <m tc>lic:.t. r-: cl o cH;,. assin,, N:pr1':J>s:,m cute. l~le. cli:r. <1oc o sc)-(:.i:\fom u1, n(~s:-tes S(•lJ.$ ilSl)tctos mais hraodos, «lc nde 1•:\ra :'tS vt.1rdnd~$ (f\lC :t c ivilizat~'lo cristä S('. 1Upre sohmcJlh!nle ensioou ...» :PT : V. 1;:xci..l. podcriu dnr u.nrn enfasczi nha ncstC' peda('.O, Profcs..;ßr, por gcntilc-1„1.? P CO : Ah ! com muito gol';lO. PT; Fa('a o ruvor. J!CO: O socil\lis ino, cm scu s fiSIH~etos mais hrnodos - ~,1;or:). comec:run ns nsrrns - «tc.n~ •c.lc ... » PT: «Tcndc, tcnde». • . l,CO : « ...p:lr:l üs vc)rdnclcs que :-,. civiliz.::t(•:lo -orist ii S4~m1>re s olenc m(~nto c nsinou ...)) PT: Muito ohrig::ido a v . r::xc·i a. J>CO : «...e drhts, em cert:\ maoe ira., se :,1, roxi10:,, porqn:mto 6 in(; _gr"·cl que s uns r eivimlitüt-Oes coneord:uo u1uit.is.-;;imtts \'ezes...» .PT : Ah ! • Mui1isi-imos» . . • rco: « ...com ttS rcclamn~öes clos entolicos ,,ue tr-ob:1lh:'1m no. r c forma soci:\I». PT: Minhr. m e,m orin nfto csta h\l hnndo. r CO: Agor1, cl o acr esccn t=t : <<1'Uo jus tos d ~cjos c r (;h·indiC..'\tÖCS em n:\d:l SC 0Jl0Cm •i \s vc rd:ulcs erist.iis» : mn.s, c lc (Hz ndi:rnto que os t ermos soci:di!'>rno o C atolici!'>rno s.i1o t r.r• ·n ~os :1h~olut:-\nrnnto contrnrios. TO:lc di;,. que o socinli:-tmo concebo a soc icdad~ d•~ um rnodo eon~i-,tct n m cnte uvcss o ~ ,·enlndcs c ri~ta:-;, Conccb,,. :1 socied.ude : niio 6 rilosorirL sO, 6 n soci ed:ulc, Corno Jl(>dc hn.vc r um ~ocinlism o c ristuo. näo vejo. AUNEl.10 CAMPOS: Agorn o Dcpulodo Ptmlo de Tnr.,·o r,•111 t'inr (> mittttto.~. pmftomfo r1Jurc,frr os nparlcs 1u,licilaifo.~ pclo Prof. PJi„ nio Correa ,le Olivcira. PT; A oconcneia h islorica dC' socialismos malCl'hlli:-:cas n5o dcvc impcdir a existcr)cia <le uma ordcm :-:ocinl c l'i.st5 que, a m c u ve r, J)(JdC chamar-sc :-:ocialismo c.risti1.o. Mas C t1m probJcma de tc rmi nolog ia • .. J>(X): •••muito imt)C>rt:mtc::. P'r: V. 1-:xcio. mc pcn ni l a. _Depois dn En~ <:icl ica «Nrater et Mi,gistra• . .. l>O(): I!: eu l:u11c.nt o quc, cxatnnHmtc, umn t·e.rminologin .::rr:1.d:\. v(1- viciaml o eom 1 ►l ct:,m en te o sentido cl:t l~nciclicJ,. l>'J'; 1:: qual <.! a. opinitlo de V. 1::xeia. sobre soeialii.ac5o '? PCO: Min.hn 01:,iniiio s obre soc:h\1i1.n('äo com e('t&. JlOr ai crue 6 11111 ,·ocnbulo que nlio cst:I 11f1. °€11<,:i cliea. «'l\"latcr et I\fog ist.rt,». PT: Ai V. E:xcia. esl~i engo.nado. J>CO : Ah ! niio. V. l~xcin. qm,tr se dm· no t.r11h:llho d e ve r aqui ... PT: V, E xcia. vai m c dar licenca, scnilo meu t cn'll>O v~,i i:-c cscoar. PCO: l'oi ~ n i'io. PT: Eu tc nho aqui a ti·acht<;äo dn ßditor n Vo:r.cs con'I im1,rinrntur por comissäo cspcciol
,,uo
do Sr, 13is110 de Pctropolis. P OO: l ~ cu t c nho a c<Act:\. A1,ostolicoe Sedis». PT; 'I'cnho a lro.du~äo da «Mnlcr et Mn.gislra> dn A(tio C,ntolica Ora sileira. l>CO: 'l 'c nJ10 n c.d i('..110 oriei:,I. V. Exc ia.
,,m~r cxnmim\ r ? PT: Agora, o q uc V. Excia. quer i gnorar
e quc o Cardca1 Tnrd ini, Sccrcta.r io de Esla•
d o de S ua Santidade Jo5.o XXllf, c nviou t11na
carta ft Scmnna Socinl <la F t·nn~a. de Crcnohlc. suslcnt.ando o t ermo «socializaciio» c usando c xprc$~0cs quc cst äo clccatcadns na E nciclica. V. Excia. achn quc a A~o Calolien (oi lcviaua no usar. a (!.xpress..lo «..c;ocia li1.a<-.."io• ?
.POO: Näo, 6 o,•identc.
PT : V. Excin. achn quc o Bl$pO de Pctro• polis niio dcvin lC:t' dado o irn11rimatur? V. Exc ia. nehn quc o C<1rdt al T ardilli usou de umn cxpr css.no q uc nii.o dcvia usar? (0 Ptor. Plinio Corr·Ca de Olivcira pedc licen<:a pat'a um apar te). V. F.xcla. mc pcrmita. V . E x cia. vni Lcr cinco minutos para rnit.u· dcpois. l nclusivc a cxpl'essüo «sociali;,.a<;.fio• jä esLava em Pio xn com o sinonimo de ••• rco: ... e cn1 ,•n.rios doc umcntos. l s to 6 conhccitto 1u>r q11nh1ucr cst.ucluuto d o ,looumontos 11on tific io:,.. V. Exein. pcn s~L ttuo e u nii.o eonhoe.o i~to~ quo nilo t~stou il par dessc;~ documc ntos'! Ftt(':\•nle o fnvor! PT : O q uc c u <1uero C quc . . . (falmn ao mcs.m o Lc mpo) o quc cu qucro dizc r . P ,·orcssor. C o scguinte: a 1>0si(i\o C q uc C im portanl c. l„CO: J?osi('iio clo ,,uc ? PT: N6s l crn os <1uo construir uma Ol'd cm social crista sob o 1wimndo da j u sti(!'a, q ue seja c.npaz de vcncer a 1niscria, c (]uc .•• P C.'O: lsto todos sabenl c com isto cstou tlo plono acordo. 1>-r: Niio. näo. V. Excia. acha quc o l ucro ctcvc scr da c m1we-i-a privada . •. P CO: Niio disse ls~o. P'l': • .. do c mp1•c~1·io.
P CO: SV cl:\ e m1,rc~:1. nä o. Q.ue a c nwr4:-t cr unm parte du lucro. m:'l!-t <auc , ovad cn h~m c nte. t.n mb(:.m o oi,er1lrio ,1,wc t c r um
m1-vn os t--:st:ulos. ~"-,;:s a "IJOC:\, a infl u (•ncin et:, 8i1bec.lorh, Crikt-:\. o n $ U:'~ ,•lrtud(, dh•l na 1,e ne trn, •am a :i: leis, u.io; lnio;lit.uh:öc~. c,s eo:i,hirn"~~ d os 11(1\' (l:1,, todn~ :1:. calc,:orl a~ '> toda"' a ~ 1·cl111;-c"u•$ da s uc:lecl:ulo. c;h ·il. l-:s1Hh, n l'f o ll~li\l:, l ri.stituidn JHU' J esu ~ Crl$to, N1)1h llunc ulc:, t~t:1bc h)cldf1 110 i;rnu do d l.J:o ldnclo 11110 ltrn 6 d ◄•vi clo, e m lud1L 1•i1rt.o e ra fl Ort·.-.ccnU:, ,:rr1('11,"I 110 f1'1Vof d o:; 1•rln. c lJH\~ -., 1\ J)rot e1;--1) 0 lo;:-it.int:, dos nm;:i s lrn d l),i:. 1::11tf&o o ~ n c1•rd1)Cio e o lmp e rio <ishn•1un li~ radu:,i e ntre lill 1>or uma rcllv. concc,rdia ,, rinla 1H•rm11ta umli-tosn clo lmn~ Orit ios . Ors;nnl1,1ula a ~sim, :·, l!ll)ci ed:ulo ('i,•11 d e,11 trut o" s 111)r riort-~ 11 Iod:~ (•X • p eclaliw,, frnlos c 11j11 rnc morla sob11i~t•, 1) i,.ub. idktir{1., •~onsl;:n:ula. c:onw csl f1 c m lnunw-rus dYc umr,ntos 11110 nrlifiei o n li:11111 d o11 :·1 ch•trSl'1rlos 1•0ilur 6 eorro mpr•r oo obscurce,~n (l•;nclcllca «rr·n m orlah> Oc i • , clt) U d o nov~n11't r(1 d t'l 1885 - .f üJl . t1.1n1. \loze.-. J.tda., p . IG).
T:'CO: V. Ex cifl.. nio rcspondcu n. minh a 11c rgu11tn: o quo 6 o $ Ul>Crtluo'! 1'":-u quoro $nbe r o <1uc 6 o sur,ernuo. 0 ,1uc 6 o s u,u, r-
fluo? PT:
0 su1>cdh.10 6 aquilo quc 11üo csti, ligado as ncccssidades do homcm, c portanto näo <:. ncm bcm ncccss.nrio, nc m bem convcnicntc... l:': t,ll(lo o.quilo que ... PCO: E;ntiio (ümt,os (ahun ao m csmo tc m tlo) ... l)O(lC•SO tlividi.r tudo por i1;unl, 110 IUO• m cnto 'l Ou nito t PT: Näo, näo: cu acho quc d cvc htwcr uma igunldadc imHlnmc ntal c todos os homc ns dcvcm ter .. • l'CO: Ji:nmo, o ,,uo v,:m a s cr ,~sso ~1.11u)rrluo'!' H(, 11nm. i gualdadc fund:uncmtnl c. del)Oii., h{i. uuu\ desigu:ddndc ru nclnme nhtl. de ~o dcfcm cssa.s tlcsigunhh1de$ (20)? •
(20)
1~ 11111\•a
X'. eh', lt. l ntt•lramc nte
On-
Com(I SC) \'l)r6, 11 t'C)Sl) O~ l! l ('~!-!.!', 11e r j,,'"unl:-a lnc:lsh•a.
s :1. chwo
s,, lario pro1,or cioondo ... P'T; $(tlal'io 6 outra coisn. P CO : Ah! P''J': Mas o o pcrario <lcvc 1>n1·t.icipar do luca·o. o u n5o? <Fnl nm ao 1ru.~:-;mo l cmpo). J•:u :1c ho quo cm certos c nsos 6 tlesoj:wc l, m tts nüo sc im1>0c (:ru ri&:'Ot" do jus•
:roo:
ti<.:n. P'r : :E: n parUcipa!;üo mt sc~tüo? P C(): ldc m.
PT: V. Excia. <1ucr quc cu d~ o :-;upc1·fluo? O s1..1p~rfh1h C a cmpr esa tora da cscala Im• mana. C n socicdadc anor'li tna brutal quc. 1>clu acumuln('iio de capi1-<1.is, i,cln composi<-äo de vm·i:1.-; cm1>rc-sas numa s6, de tnl manc ira ~c c nt:n\ndecc quc sni da cscala humnm.1. 1;: cu c.tiio c,uc o dircito dcssas sociedadcs :, scu vaLl'imo nio nUo C de dircilo nnl\11·a1 (21) . • (21 ) N. d:I H. O nin 11:'1$ m:ti~ i:-rr~,•c•s a f irm:) ('1) 1•...: do n cpul-a ,lo Pa ulo d e, ' r :, rso. C lmmn moi.
~l1111,l••~m nn W U• :Hen~:1 (1 d o lcitor JH1ru e h,, po r d iN (H'IISil CMll(mtur io:-.
PT: F. a parlicipac;.:'10 na propric<ladc? PCO: P c r fr ihun,m to : n n11:,.:,;m1t <:oisn. PT: ßon1. como a Enciclicn « Matc.r Cl Mn• gi~Lnl» diz quc n6s dcvcmo~ t ender para a
11110
C()11Hlllidadc. , .
humana, ni&o t cm JKt lU1'C-/..:l humana .. . 1_,(.,'0 : Oh ? V. •~x<:ia. cli?.t~r <11.1c :,, soeicdndc nUc, ten, 11at urc•n, hum:u m !... J,~ p o i- c)uC uäo
PC:0 : Pio XII ... PT: Mas V. l!:xcia. s~bc quc o Pa1>a Jo5o XX 11 t fa ln QU(." rlc):; dC\ICllH'Js tcndcr p,w~, a t•()mtrni<l:ic!t:-. <1ue a c mprcsa dcvc tcndc1· p,~ro a comunidadc. PCO : M:is com tmidtulc n5 o C is~o. Com o V . J•;xcia. 1,ro, 1 tL. quc comunid:ule scj.:\. is.....-o 'l Comrnuniltts 6 o grui,o inWrnu;dlario... P'l': Comunid~l<le. P1•ofossor, C lm·nt asso· chl(!fiO <lt pc:-.soas, na qual. .. nn qual os dircitos das pessoas sfio dcfcndidos. J>CO : Niio, COl'nunitlado nüo C isso. PT : A m c u ver ~ isso. Professor. a mcu v er, o ponto (ocal. . • V. Exci:.t. m e permita, c u vou concluir. A m cu v er. o ponlo tocal dtl$ nossas divcrgc nc ias C o scguin tc : c u acho <i uc as cois.us f ornm criadas por Deus J)ara o homcrn, e nilO i,ara o grupo, ou para o e1n 1n·csa1·io, ou para o Estado, <:omo quer o eomunis-m o ..• 1'00: l st.o cm t::unbCan ncho. PT : •• . e acho quc dcv cm os rcali1...-:i. r uma rcvolueiio crist.i', cont1·a o privi lcgio, contra o supc rfluo, quc esti~ na basc dns iniquidadcs, das atrocidades e da.5 Cr\lCld.l.dCS da ntual CS• t ruLura social, PCO: V. K~ei:,. quer mc di1.•;r o quc e ntcude · i,or .suJ)Crrluo? V. F; xc ia. aeh:\. quo 0 Jlreciso clivitlir lodos os bcns l)Or i.r;u:,1 e ntre todos? PT : N '',o cu ,,u-o sustcntci isto : o q uc c u acho C quc os homcns .•• (arnhos !alam no m csmo tcmpo) . T~u vou dcrinir: os hom cns tcm d i(crcncas, pclo simples fato de sercm ho,n ens: mas t~rn lambCn'I uma igualdade iundam cn l al quc vem da sua nalurc;,..a h umana ..• _rco: S im, i,c r teit:unc.ntc. P't: Essa igu1.\ldadc cxisle. cm lodos, mas niio como V. E x cia. d iz no livro. quc m uitos näo vi'lo ser p t oprictarios nu n<:a, <LUe muitos vi\o tc 1· q uc dcpcndct· da caridade, näo! . . . E. (\li(,s. Lcfio Xll f ... PCO: Vi\o te r que c.lepencler 1,cln. miscria das c oh,;:,s. Como a. docn r n.: ni'io desejo quo hnj:, cl<W11(•:1s, nms d oen~as IHLVCrfi. :,tC o rim t.lo mu ncfo. P'I': V. Excia. mc pcrmita. Olhc como esse tl·cc.ho de- Pio Xl vc m a eal har :-.ohrc cstc ponlo : «Com tal cstuclo de coisas raci lmcnt e se a·cs::ig navam (cs::tnvn dcscrev c ndo o ::.eculo XIX). sc >·csig 1\avrtn'I os quc, nadando c m ri„ q t1(>:1..::1s, o supunh:'lm efoi10 i nevitavr.l ,la~ l eis cconom icas. E l)Or isso, que sc dcixas.~c a c:w idade com o cui<lado de socorrca· os miscnwci.s. como se a caridnde hotw~.s..:;c de cobrir cssas viol atOes t, justira. quc os JegisJador·es t olc rt\\lnm . . . ~ ünnlX>s. f.1lmn ao m esm o Lcmpo) ... c u n.c ho quc (: uma exigencia da joslitn. PCO: P crfeitamc ntc ! PT: 0 1>0bre, o misc1·avc l , uquc le quc cst.::'1 no submundo d e hojc, quc vc.m scndo pcr ()C:l\u1do pcla cstrutu ra 4Ulroz. cruel , hol'rcnda.». de Pio xr, este dcve lCl· dil'cilo oo m in i,no indi~pcn8avc1 p::i.ra \'ivc r htnn::mamente, niio por carida.dc, eomo sc pc,t~ava. na 1<1ade Media (19) , nms por justi~a.
.
• (19) ~ •- d:, n. O v1•lho 1,recon celto :1nt.lc l e ric:1I do ~,~cull• X I X c m rcll'L(':'io i'l Idiulo 1\ted la , da qui\l l ..c::i~) XUl t)ntr1}li\lllO di~se: «Tempo J.l OUW,l: NU C JUO t, fi loi;ori:t d o t-;,•tuigolho l:'0\'0r-
P OO: FoJ· quc "! P'l": Po1-quc ;J socicdadc uUo t cm 11nture:tA1
U:m '!
P'r: N5o. nüo tcm. Ncm r1ome lcm. P C() : Como 11:io tc.111'1' PT; Dir·eHo natural ~ o quc dccorre da nntua·cza humnna . .. ( folam ao ,ncsmo tc.mpo) . P CO: E V. J•;xcin. conhcw :,lg urn tratadista. Ct\ t·olieo - tcmha a bond:ulo d e, m c c it'ar <JUO dig:\. quc r1- soci cd:1do :u 1onim~,1 nüo t cm dirc it-o a 11ro11ricd:1cle'!' (:unhos f:ltam :to m esnu, te mpo >. PT; ... 0 homcm l c m c;lircito .:\ comidn, pclo rato de scr homcm. Sociedadc u,umima niio $Cnlc Corne, .so<:iedadc anonima niio sentc !omc, n nä.o sei· a. romc do lucr o. PCO: J<;st.n 6 uma. atirm::t (iiio... P'l': Eu d istingo a nalure;,...~ humnna, J?rorcssor, das cmprcsas:: anonilntis, de capilais• ßcl'diac tc d izia que o cnpilalismo transfol'mou as t'cla<;öcs entre os hon1c1\S cm r Ch'lt~s entre coisas. V, E:xcia.. sabc quc a socicdade anonima nüo ~ uma socicdadc de 11cs..;:oas; a socicdade anoniln~ 6 o oociedadc de tllg uns 11ouco:-; quc procuram mistural' c.apilalismo com Cdsthloismo v~nl 11c1·p<:tuar ~ us pl'ivilcgio$. Mas, fc lizmcntc, o Crislianismo .l.co1·dou pnra a divcrgcncia fundamental entre ea11it;;"llis.mo c C rislia,1ismo, assim como j t, hav ia acord::ido J)ara a d iv c r g:cncia c nt r e Cris• tianismo c eomunismo. NOs p r ccisamos supcrar os dois, c m oome de uma linh.:l afir mntiva c criaclora.
AUl?c l.10 CAMPOS: Muito ol>riJ!ndo aos iluslrcfs opc11e11/1:s dcsfe 11osso Orai1dc Juri. E d ,•110 Jembrar tws .';rS, f elc-especlnilorcs t/tlC. denlro ,te alg,ms inslaufc.,;, Cnffos S11cra, rom a 11m~sn rcporltrgcm vollmlt:, irci fa.zer a eo,,. .'m ild <i (lpiuiiio p111Jlit11, E11 J'C(O 110 Prof. Plinio CtJrr{:11 ,Je Oliveira que, sem nceitar oparlcs, 1111ma siulese, lt!rmine o .c;cu vensamen"1 tfrnlrh do ll'mpo de tl ois mi,wtos, poro eurcrrar a s11a parl iripnc,io. PCO: •r c":rmino, c om nrnito 1,rnze r, di:u :ndo o seguintc : quo a soci~cl:tdo nn<HthtHt. ni'io C, 11« 4,~S$arifunc11t"c 1 imcn s!l._; nllo 6, nc!ecss:uiam c nte. I\J"ol och: q uc h:i soci cd:"1dcs :rnouimas Molochs, quec h:"i- soci cchules :111oninu1.s inum:t11i1.S-, q uc m nüo o sahc '! !\las h(i. socicdades :\nouinl:ls nuc nito o siio. _r,:; c u ucho cxt rcm :·1m(•nto 1>c rig-oso 1mrü 0 01 rn1is <1U1mdo l cgis l::u lor~s. q11:111do homcns d e r1•$pOns nbili(ht,.. do eornc.(':un :\. n tto ndmitir m uis a distin~äo (:ntre :lf1ui lo ')uc: 6 mau pe r· necidc n.s e nquilo quc 6 mau cm s i: n climin:,r tothL soci c:dndo :lnonima,, d cclnrar qno uma. socic.dncfo anonim a (i1.s ,·c·ZC'~i c.le eitJ)it:\I r eduzido, c m (Juc um C:-~"'l)Olio s~ tr:w srormou 1•ara m c lh or gcrir os scus Inte resses) d cvc t c.r111i11:1r " quo 11e rcle scu d i r c ito natur:,I Jl Or<1uc so tr:\nsformn. de uom. conrnnitl::ule do 1u:s soas numa sur,ostu comunid11tlo d o cois:\.."i. D <mois, :1 nfirmac;:-Uo do Sr. l>e)'1ut::,do P::mlo
cfo. T~lrso tlo que
:1
s:oc iccl:1de nnonhua niio
e um:t s oc iccl:lde ,1c possoas ! A s:oc.iectado
:u1onimn, sohrc tml o ,aunuclo tem titulo$ nomi ... nnis, 6 llllH\. socied:lde nnou int:\ de IIC$SO:tS. F.la O anonimn :\()Cn:\s J>()rquc niio km nom os indiviclunis: mns os nomcs clc sc us äcionis t.ns C$h1o public:,dos cm cat-alog os, estäo
t>ubliettdos J>Or toda (lllrlc. E u niio sei, v c r <lndciramc nte, como so 1>odo atirmar des.so m 1m d r n <i,uo n. soeicd:ule l.U \Onim(L oiio tcm dircito onturn.l, com ::i. postor gnc;:äo do tudo C(Ut\nto s o nfirm:, cm matc ria do dout.r inn cat.olica! F; u gos h\ria d e c 11<:.crr11r c.sta. 1>ft.rt-c rc:lntiva no socinlismo, lc ndo cstö trccho d:l. «Q.undragosin10 Anno», ,ruc e u tirci dire huu c nto du «A c ta. A11os tolic:ao S<:dis» ( :l. ,,u:11 «A c hl J\s,ostolict\C Scdis>> csta nqui), c1uc r dize r, 6 do or~lo o tic ift.l clo Vaticn uo. Oiz c l a: «J :i. quo o socinlis mo, como toclos os c ,ros , com1,orh, nlgo d e vcrdndc - o quc os S umos Pontifices
jmn:üs ocgnrnm - no cntn.nto runchl ::t cloutrina sobre :\. socicdtulo humnno, <am) tho 6 r,eculinr, c m rundnm cnto c1uo dcston. do ,•ordndc iro Cristi:\nismo. S ocfafouuo relig-ioso, soc;i:lli.smo eris tio o x1>rimc m conceilos c ontrndi... torios; 11ingu Cm podc, ao m.csmo t.c m JlO, s cr bom eato1ico o u sar com verücid:Hl o o n ol"nO d o $0CiAliSl-n ». V. E x c ia„ di7,, S r. Oe1H1tn<10 Paulo do 'l'a rso, c1uo os c:, tolicos ncordnram. Aco rtltlr:ma 1mrn ontc ndür he m <iuo 6 r,reciso tttlotar com todo o c~lor as ro ivindic:\('.Oes Ol)Ornria.~, c1uc 6 JU-0ciso fo1..cr racc nos nbu:.«>s do cnpih\.lis:mo, nu,s sah :\ml o os princ i11ios fuuclnm<mtais ein. civili1.ac:ä o c risti'i. cm ve1. da. d:ir as miios, por confus.üo do tingu agem, JJOr conrusii.o tlo rotulos. <1110 scja, i°l•lU«:lc que 6 o fli<>r clos inimigos dt\. Rcligiiio C ntolic u, c m nossos di::.s-, quo 6. J>rcei~tmontc , o soei nli~:m o.
AUNCLIO CAMPOS:
M11i"1 t1bri1ttulo "o
Prof. Pli11io Correa ,tc 0/iv,·ira. Trt:s mimtlos ao Depnf<ula f>tmla de Torso pt,r(t (tpre.'Umlar suas rm,clu.wics. tm{(•s 111w sc prmttmric o Ornutfr Jnri. 1111111 luf!ilr qualqutr ,lfl d,lmlc. PT: Eu nUo dc (c rl dc rin nu 1,cu o oomunismo, c1uc c o a.tc i:-;mo filosofico: c n:"io dclcnd crio. nunca o cn1,italismo, niio dc(cnd<'ria nunca o ea1)itnl ismo, quc 6 o sncismo pn:ttico, mililanlc . 0 que mc im1H>1'ta nüo C:. i:-al>cr o q\1<: C o cnpilalismo abstrnto (22> : o qu(' m c hnpo r1a l: !-:abc-r quc o ca1>itati:-;mo C <::\us.1. da misc ria quc ai cstU. ~ c:wsri dn injusti(a quc tri csh"1, o <:apitnlismo lcvou pnr c1uc l'(:$\11'11(! lOd() 0 l'C:<:ullado do $iSl C'l\lfi c,:o nomi co nn prospcridndc do c mpresar io - lcvou a <:l;;ls.::;e mcdin. a ~e pl"olctad:r.ar , o 1>1·olc tario a pa~sm· mu·n. o nivcl de miscrirt. c os iniscra\'cir-: n um submundo quc cada vc:r. numc1'lta m {,is r>elo subcmpl'cgo, pc-la impos.c;ihifidaclc d e L1·abalhru·. c l">Cla inwossibilidadc de ver rcs1lcitndo um minimo de di~ oicladc da 11cs-:,;on 1nm1n nn. O..Josc Ta\'0 1·a di~e. em Rccirc, quc a doul rina socia1 crisl.fi nunca podcria CQn<·o,·dar com a ~o<:.ic<J::tdC dividida c m dois N1mp:u·tim onlos cstanques: um. dos 1·icor-:, <1uc <:üda vez ,nuis uumcntam n a c unn1ln('~lo dr 1·iquc• i~l.s nos suas 1n~tos. c o outro. o dos que estfio nn miscriu, o <los quc nao tCm o mi ni mo ind ispcn:-tttvcl para viver humnnarl'lc ntc. D izcr ~l urn misc1·avcJ Q\tC el e C livrc, C 1·h' da miseria dc-lc ; diic,· ao fnmi nto que e tc C livrc. (: m c nos1wc1.u1· o sofrimcnto dclc, 11orquc o faminto C o e_:;;cravo du. f ome. • (2-2) N. da H. Ai nda, uma W:?., •w lt:\ (1 Jlt:1w1:Hfo l':1ulo d ,• 'l'ar,;c, c-ntrar 111) :unag o do 1,ro h if•• mn: c:onw 4JnC.r e r 1, r o 111.1 11ti1lr-~o k Obro l\ li-
1.• ehhu.h- 110 1·111,ltalls riio <-rn ract) d:1 d o11t r i11::1 e n (ulit·i,. s~m s ,• impc,rl::ir· (;.om o:i, flSfH~ct os l eor lcos d:i 111,cstiio'!'
P OO: A liberdade 6 po.r:.\. $er escr:'1vo c om o
m, nussia.
PT: Ru n5o dc(endi n Russia, Dcrcndcm .a Russia aquc-lcs quc manl Cm tm\n ('Stn..1tura iniqua q\1c C o cn1do de eu l tun\ clo comunismo. POO: A sua pO$i~'-1o t $Obrc o soci:tlismo fa„ vorcco n. Jt.ussi:,. PT: 0 comunismo vive das iniquidadcs do ca1)ilal ismo. P <..,'X) : T c.n.ha ... ( f:\lam no m ~sn•o t cmpo) . PT: V. Exc.ia. nfao pode apnrtcar. Eu nunca 1>cnsci que c u in r ccom c ndur prudencia a V . Excia . ne-ste dc balc. Eu concluo d izc ndo o scguint c : quc a i nju:-:lic..·o.. quc ai cstä, a miscrin quc ai cst.5, na vcrdndc cxistcm 1,orquc n5.o cx istc justi('a na di~lrib\li~üo das coisas quc Deus Cl'iou rnwa o homcm. E tc rmino d izc ndo o !-Cguinlc: n liher dndc quc- 116s dcseJa.mos para toda 1>essoa humana C un1:). vitoria sobJ·c o egoism o. E n;'.io o cgoismo c xato. absol utiiado, cada individuo 1n·cocupado .apc nas com a sua 1>rospe ridadc, como o liberalism o c nsinavu: quc cada um. dc via tcr jnclusivc n sua moral indcpcndcnte . N6s lcmos uma voca<,:. fio comunitaria; n6s n5o podcm os chcg:u· a J)eus scm passar pelo nos..w proximo, · scm passa1· pclo prolcturio. A hisloria da Jgrcja C a histor ia cla. lrans• cc ndc ncla. que <: o eaminho para Deus, c a historia da ima.ncncin. quc C o mnor do pro• x im o. Eu l Cl'll"lino di:,.Cndo O scguinte: ()UC LOd OS eS-'i<!'S miscr,wc.is que u1 csti\o nos vfto julgar. E (Juando Cristo, na 1)an1:-;ia. do Juii.o Final , disse1·: «-1•:u live romc e näo JvJe dcstcs de com er. Eu tivc SCde e ntto Me dcstcs de hc• her• . n6s vamos pcrgunt..·u·: mas qunndo oco1·a·cu ist.o? g E:te vai dizc 1· : c...1.da v c-1. <1uc a es• trulul'a pc L'pctuou a mis:::c1·l~J, a fomc. a iniquidadc, c os cristfios se omi til'am, cra a Mim qu~ cstavn $<?ndo (c it.n a injusCita.
AUNEl, /0
CAMPOS:
M11it11 n/Jrigado ao
Dl.'pulndo f>aul o ,Je T orso.
0 r eporl cr Carlos S1,er1r passou, c11/äo. a l omar os volos do pqvo quc nssislin o 11ro-
grama 11a r11a.
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Ca rtazes roram colocados cm livrarias c nas Faculdades. folhclos imrressos, distribuiclos principalmcntc 110 in ferior das cscolas supcriorcs, vinham complclar o quadro clcssc vasto traba lho de propaganda. A cssa cxpcctat iva enlusiastica corrcsponcleu a arnpla accila,;äo que as tescs 111agislral111e11tc suslentadas pclo con fcrcncista cnconl rarattt 1111111a assistencia composla sobrch1do de csluclantcs e fazcndciros. Con[irma~äo disso o falo de que, cm oposi,;äo a frentc opcrario-csludantil-camponcsa que o Dcpulado Francisco Juliäo quer criar cm Minas, como cm loclo o B rasil, varias pcssoas quc presenciaram o cxito das confcrcncias do Pror. Plinio Correa de Olivcira propuscram que sc constiluisse 11111a rrentc de cstuclanles c agricullores conlra a reforma agraria socialista c anlicristä.
c
Duas conf erencias do Professor Plinio Correa de Oliveira 0 em Belo Horizonte, promovidas pela U EE e pelos Diretorios Academicos de Medicina, Engenharia e Odontologia e Farmacia da Universidade de Minas Gerais N
ÄÜ cxagcraria qucm clis-
scssc quc a rcrcrcuss~o de " l{cforma Agra ria -
Questäo de Couscicncia" conlinua au111enta 11do dia a dia, embora scu la11,;a111cnto sc te111ta dado lt;i mais de 11111 a110, isto c, e111 10 de novc111bro de 1960. Co111 cfcito, o lcitor de "Catol icismo" pode vcrificar, pclas 110ticias quc csta folha publica a rcspcilo loclos os mescs, que cada vcz mais o livro vai rcnclra ndo a fun clo nos mcios religiosos, polilicos, rurais, cco110111icos, sociais c cstudantis. 0 succsso da obra clos Srs. Arccbispo etc Diamantina, 13ispo de Ca 111pos, Prof. Plinio Corrca de Olivcira e ccono111ista Luiz i\>\cnclo111;a de Frcitas (: particular111c11tc notavel em J\1inas Gcra is, quc sc destaca, dentt·o da Fcdcra,;äo, pclo cspirito couscrvador c catolico de scu povo. No intcrior daqucle Estado dezenas de cxemplarcs clo livro se !Cm vendiclo nos 11lli111os mcscs, e todas as semanas a Editora Vcra
Cn11. Ltda. atende a m1111crosos pedidos feilos por particularcs, por casas religiosas, por livrarias. Na capilal mincira, oncle s6 reccntcmente foi lan,ada a tcrccira edi,äo de "Reforma Agraria - Qucsläo de Conscicncia", rrovocou cla imediatamcnle amplos movimentos de opiniäo publ ica, cm quc era patente a simpatia frequcntcmcnle calorosa quc as tescs e posi,öcs do livro encontravam por toda parlc. fora dos a111bic11tcs csqucrdizantes, os quais, rclo contrario, lhes
manifcstaram vigorosa ltoslilidadc. Reflexo de todo esse movimcnto iclcologico fora m os convitcs cndcrc,ados ao Prof. Plinio Corrca de Oliveira para pro111111ciar cm 13clo Horizonte cluas confcrcncias sobrc a rcforma agraria.
Essa
in ici:tt iva partiu
da Uniäo Estadual tlos Es1t1danlcs, cnlidaclc max ima dos universilarios mineiros, c <los Oirclorios Acadc111icos das Faculdades de Med icina, E ngenltaria c Odontologia c Fannacia da Universidade de M in as Gcrais.
A DEMAGOGIA, MENTIROSA COMO SEU PAI Escrilura diz quc o demonio c mentiroso c pai da mentira (cf. Jo. 8, 44). Näo c de admirar, porlanto, que a dcmagogia, sua filha dil cta, tambcm seja ncccssariamcnte menlirosa. A c;tmpanlta agro-refonnisla quc sc vcm movcndo de norle a std do Brasil c tocla cla bascada na mcnlira. Diz que so a pcquena prorriecladc plcnamen lc protlut iva, - c isso näo c verdadc. D iz que a clouI rina ca tolica cx ige u1na plena igualdadc en tre os homens, - e isso näo c verdade. Diz quc o lrabalhado,· agricola vive rcmocndo odios conlra o fazcndciro e qucrcnclo tomar o que cle possui, - c isso näo vcrclaclc. D iz quc os mcios cslitdantis säo quase 11nani111emcnte a favor de 11111a rcrorma
A
c
c
agrari:i r:tdica l c revolucionaria,
- c alc 111cs1110 isso 11äo (: vcrcladc ... f:: !also que os cs ludantcs brasilciros
qucirarn
para o campo.
o
socialismo
0 que acontcce
c quc grupos de universitarios
comu nistas 011 para-connmislas, quc sc inlilulmn porla-vozcs da classc, vivem pclas capita is a bradar "slogans" agro-rcfonnistas. Mas o grosso dos esl udan-
tcs, <iuc muilas vczc~ näo manifcsta suas opiniöcs com estrifitvoravcl a essas dcncia, näo invcstidas do comu nismo c da
c
clcmagogia. P,·ova dcssa a firma<;ii<>, quc pode parcccr tcmcn1ria a qncm j ul ga a rc,1lidade hrasileira apcnas pelas 111a11chcles clos j ornais, o cxilo 111ag11ifico obt ido pelas duas cxposi~öes sobrc rcforma agraria quc o Prof. Plinio Corrca clc Ol iveira fc.z para OS est udantes de Bclo l-lorizontc. Nas clivcrsas Facu ldades, foi aguardada com vivo inlercssc essa oportunidade de ouvir sobre o tema S. Sa., cuja perso,1ali dadc jit era conhccida na carital mincira como lidcr calolico e como orador. A enorme propaganda das conferencias, feita pelos proprios univcrsilarios, foi um primciro sinal do eslado de cspirito dcstcs; merece dcstaque ncssc particular 11111 vciculo quc durantc dois (lias pcrcorrcu ininlcrruptamcnlc as ruas da cidade, convidando o povo, por mcio etc 11111 alto-falanlc, a comparccer ,\s scssöes. Tambcm por in iciativa dos csludantes, as confercncias fora111 ra?ta mcnte anu nciadas pela imprensa, radio c tclcvisiio.
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D01S AUDITORIOS REPLETOS
ilustre conferencista chegou a ßclo Horizonte no dia 29 de outubro, dcsembarcando no aeropo r to de Pampulha. Em sua companhia viajou o jornalista Josc Luiz Bravo Coll ado, diretor da revisla "Cruzada", de Buenos Aires, que se cncontrava no Brasil em viagem de cstudos. No acroporlo csperavam-110 o Pror. Arnaldo Vidigal Xavier da Silvcira, colaborador desta folha cm Säo Paulo, que jit estava na cidade havia alguns tlias, e um grupo de mais de 70 cs1t1dantes, tcndo it frcntc o academico MilIon Alvarcs Cordciro, prcsidcnte da Uniäo Eslaclual dos Estudanlcs de J\o\inas Gerais. Eslava tambc111 prcsenlc outro colaborador paulista de "Calol icismo", o Prof. Orlando Fcdcli, que na antcvcspera pro111111ciara 11111a conrcrcncia na Escola Preparaloria de Cadeles do Ar de Barbacena, a convilc da dirc~äo claqucle cstabclccimcn to. N um ctcsfilc de quinzc aulomovcis, os univcrsitarios acompanharam o Pror. Plinio Correa de Oliveira atc o hole!. ' A noitc clcsse 111cs1110 dia. rea.lizou-sc, no auditorio da Escola de Engcnharia da Univcrsidadc clc J\~ inas Gerais, a primcira conrcrencia, que ·roi promovida pcla UEE c sc s11bordi11011 ao lcma "Rerorm:L Agraria". Varios cstudantcs de cngenharia ali prescnles comenlavam que mmta o audilorio ;1brigara um publico täo 11u111eroso. Frisava-sc, de moclo especi;il, quc a assistcncia cra duas 011 trcs vczcs maior do quc cm outras conferencias realizaclas II() lllCSIIIO local e na IIICSma semana, quando falaram dois Governadores e 11111 J\1inistro de Es tado. A 111csa lomar,1111 assenlo os Srs. :icaclcmico J\1illon Alvares Cordciro, prcsidenle da lJEE, qne saudou o confcrencista; Capitäo Benoni l<oscky Pi111e11ta, rep rcscnlante do Governador Magalhäcs Pinto; Derutado Fcdcral Geraldo Frcire da Silva, da UDN mincira, aulor de 11111 tlos proj ctos de refor111a agraria aprcscntados it Camara dos Dcpulados; Prof. Josc de Alcncar, Di relor da Escola Superior de Agriculltira de Vi(:osa; Prof. Josc Gcraldo de Fari,1, Diretor da Escola de Arquitcl ura da U MG; F rancisco Fcrreira Coelho, representantc do Presiclenlc clo Tribunal de Jnsli<;a, e Prof. Arna l-
do Vidiga l Xavicr da Silvcira. da PUC de Säo Panlo. No dia scgninlc, o Prof. Plinio Corrca de Olivcira fol0t1 sobrc "O Prol>lcma l~ural ßrasilci ro". Essa seguncla confcrencia foi promovicla pclos Diretorios Academicos de Engcnharia, J\1cdicina c Odontologia c Far111acia da UMO, e lcvc lugar 110 auditorio da Facnlcladc de J\1edicina. 0 orador foi sa udado pclo univcrsilario Herbert Francisco Hudson, prcsidcnle do Di rctorio Acacle111 ico "Alfredo ßalcna", da Faculclacle de Medicina. Compttseram a mcsa que presidiu os lrabalhos os Srs. Pau lo Salvo, Sccrctario da Agric11 ll11ra c rcprcscnlanlc clo Govcrnaclor; Josaphat J\1acedo, Presidcnlc da FAREM; Prof. Sylvio da Mata Macltado, rcpresenlanlc do Prof. Clovis Salgado da Gama, ViccGovcrnador do Estado c Diretor da Faculdadc de Medicina; Prof. Luiz Lima, reprcscnlante do D irelor da Escola de Arqu ilclura da UMO; Pror. Firmino Soarcs Siqucira, Oirctor da Escola Agrotccnica de Januaria; Pror. Arnaldo Vidigal Xavier da Silvcira; 1111ivcrsilario Millon Alvares Cordciro, prcsidenlc da UEE; Rodrigo Pircs do Rio Ncto, rcpresen lantc da Associa,;äo de Crcdilo c Assislencia Rural (ACAR); Rolcläo Nogucira, prcsidenlc da Associa<;äo Rur;il de Fonniga; Josc Oarcia de Frcilas, prcsidentc da Associa,äo Rural de Carangola; c academ icos Vitor SantQs c Luiz Savio, clos Direrorios clos Esluclanlcs de Engenharia c Odontologia e Farmacia da UJ\10. Ncsta scgun cla noilc, mais 11111a vez, o auclitorio estava repleto. 0 interessc cxlraordinario despertaclo por ambas as conrcrencias c bcm uma rrova, näo s6 do largo prcstigio clo orador, como lambcm de que os principios catolicos, quando exposlos cm locla a sua pureza e CQm lodo 0 seu vigor, C()IIIO OS exp{)s 0 Prof. Plin io Corrca de Oliveira, alracm os espiritos com mna for~a exlraordinaria. Como a11da111 longc da realidade os quc afirmam quc (: preciso edulcorar a dou lrina calolica e adapl{1-la i1 civiliza,;äo ncopagä de ,wssos dias, para quc cla alraia os filhos do scculo X X! A imprcnsa mi ncira nao passou dcspcrccbida a excepcional aflucncia de pessoas its duas sessöcs. 0 "Estado de J\1inas" clo dia 30 rcgislrava quc, na vespcra, a assislencia ocupara "todos os lugares do auditorio da Escola de Engenharia". 0 "Diari,> de i\1inas" da mesma clala afi rmava quc o publico "lotou completamente o sa läo". E, cm rcla~äo it scgunda con ferencia, o "Eslaclo de i\>\inas" observava quc 11111 " numcrosissimo publ ico, na sua maioria univcrsHarios, !\u-
perlolou o saläo de confcrencias da faculclade".
CABRAL NÄO ERA AGRO-REFORMISTA ... A scssao do clia 29, o Prof. Pli nio Corrca de Olivcira condenou a lendcncia simplista de rcsolvcr os proble111as sociais com ror11111las abstratas e dcmagogicas. J\1ostrou quc a tradi,;äo brasilcira c especialmcntc a mincira (: de se solucionarcm as questöcs nacionais de modo cristäo, matizado, lenlo c sabio. Fazcndo uma solida disscrla~äo a rcspcilo clos fnnda-
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REPORTACiEM . DE AHTOHIO 'CEROH HETO E CiUSTAVO A. SOLIMEO
Plinio Corr~a de Oliveira redarguia aos seus intcrlocutores. Sobrctudo ern rela~äo as perguntas de inspira~äo comunisla ou socialista, tal era a scguran~a com que a replica atingia o seu alvo, c tal era o brilho com que a verdade resplandecia entäo, que numerosas vezes o auclitorio prorrompia e111 aplausos calorosos e incontidos, interrompendo o confcrencista. "Por que V. Excia. niio considera o proble111a social da reforma agraria independentemente da lgreja Catolica?" indagava alguem. Outro perguntava como o orador poderia expl ica r a afifude de muitos catol icos que dcsejam o socialis1110. Uma das auforidadcs estadua is presentes, exprimindo sua ad111ira,iio pela conferencia que acabava de ouvir c sua inteira adcsäo ils iclcias expostas, perguntou: "Näo poderia V. Sa. sugerir o meio para quc os catolicos, de Nortc a Sul, de Leste a Oeste, se unam cm a~äQ conjunta, com o objclivo de repelir a reforma agraria social ista ?" Verificava-se pelas perguntas o quanto certos ambientes intelectuais brasileiros, in clusive catol icos, tem ideias con fusas sobre a doutrina social da lgreja. Uma das perguntas defendia o "socialismo cristäo", jä tantas vezes condenado pelos Papas. Outra pretendia que o Antigo Testamento proibia a propriedade privada da terra. Uma tcrceira confundia a "socializa,äo" de que falam diversas tradu,oes da "Mater ef Magistra", com o socialismo. Outra ainda considerava que pequenos proprictarios e colonos säo, ipso facto, escravos... 0 ponto culminante da sabatina a que se submeteu o orador foram sem duvida as ultimas perguntas da segunda noite, as quais podem ser resumidas na seguinte: "Como explica as oposi~oes de tantos eclesiasticos ao livro de que V . . Excia. (: co-autor?" Fazendo uma desassombrada pro!issäo de fc catolica e de submissäo ao Soberano Pontifice e a 1-1 ierarqu ia, de que o Papa e a Cabe,a, o Prof. Plinio Correa de Oliveira lcmbrou varios pronunciamentos de em inentes figuras do Episcopado Nacional cm harmonia com a doutrina exposta em "Reforma Agraria - Questäo de Consciencia", entre os quais se destaca a magnifica dcclara,äo dos ßispos do Vale do Rio Doce, de 7 de julho p.p. ( cf. "Catolicismo", 11.0 128, de agosto de 1961). A scguir, expös sintetica mentc a doutrin a descnvolvida pelo Revmo. Pe. Joäo Bloes Ncto, Secretario da Diocesc de Campos, em seu importantissimo "Esclarecimento" sobrc a posi,äo dos catolicos cm face daqnelc livro (in "Catolicismo", n.0 12 1, de janeiro de MINEIROS 1961). 0 povo min eiro, sempre (PROVERBIALMENTE amigo das atitudes claras c geRESERVADOS) APLAUDEM nninamcnte catolicas, aplaucliu DE Pt o orador de pc, em prolongada salva de palmas. O tcrrninarem ambas as Foram tantas as pcrguntas fciconferencias, o orador foi tas depois das confercncias, e saudado por prolongacla e · tal o interesse do numeroso puvigorosa salva de palmas. A me- blico prcsente por tudo o que dida, entrctanto, que S. Sa. ia expun ha o Prof. Plinio Correa respondendo as pcrguntas for- de Oliveira, que o auditorio permuladas pelo auditorio, os aplaumaneceu repleto das 20 horas äs sos inlcnsificavam-se cada vcz 23 horas na primcira noite, e das mais. 20 horas äs 23 horas c 30 min11Era mesmo de cntusiasm ar a tos na segui11te. Verificando que prccisäo de pensamento, a aginessa segunda noite näo haveria lidade de espirilo, a vivacidade tcmpo para rcsponder a todas as das exprcssocs com que o Prof. questöcs formuladas pela assismentos do direito de propriedade, c lcmbrando os textos pontificios que condenam o socialismo, o orador expos que e pelo amparo a lavoura, pelo credito facil e barato, pela assistencia mcdica, tccnica e educacional, e por outras medidas sem carater revolucionario, que se resolveräo os problemas do campo 110 Brasil. Citando a Enciclica "Mater et Magistra", mostrou que ta l modo de pensar c o que corresponde i1 doutrina ali exposta pelo Santo Padre Joäo XXI II. Na segu nda conferencia, S. Sa. desenvolveu sobretudo a lese de que os homens säo e devem ser desiguais, e de que, portanto, näo se pode desejar uma igualdade de fortunas no campo, co1110 em nel1hum outro sctor da vida social. Em defesa desses principios, aduziu numerosos textos de Papas. Em ambas as exposi~öes, rcssaltou um ponto que o Prof. Plinio Corrca de Oliveira chamou de "Marcha para o Oeste". Conformc argumentou o orador, näo se pode pensar em dcsapropriar e retalhar terras que tcm dono, enquanto continuarem a existir vastissimas regioes do Pa is que näo estäo ocupadas. Lembrou que duas ter~as partes do territorio nacional näo foram ainda apropriadas, pertencendo, portanto, a U niäo e aos Estados. Como sc pode, diante disso, pretender fazer uma revoluc;äo social para espoliar os proprietarios nas regiöes habitadas, deixando desertas as que estäo a espera de colonizador? Citando mn deputado com qucm conversara recentemente em Brasilia, o Sr. Plinio Corrca de Oliveira dissc, com muito espirito, que no Brasil o problema näo c de " Joäo sem terra", mas da "terra sem Joäo" ... Esse ponto despertou o mais vivo intcresse dos ouvintcs, co1110 se pode verificar pclas perguntas que estes formularam por escrito, depois de terminadas as confcrencias. Nas respostas, as ideias expostas durantc a disserta,äo foram mais largamente descnvolvidas, tendo o orador frisado, por excmplo, que näo e por faltar no scrtäo assistencia hospitalar, educacional, tecn ica, etc., que o brasileiro pode se cxim ir do clever de povoä-lo. "Com efeito - argumentou S. Sa. - se os primeiros portugueses que vicram para ca l ivessem espcrado que os hospitais e as escolas os precedessem, o Brasil näo existiria. Se os bandeirantcs que penetraram pelas terras mineiras pensassem como os partidarios da rcforma agraria expropriativa. o que seria do Estado de ll1inas Gcrais?" Pedro Alvares Cabral näo era agro-reformista. . . Demos gra~as a Deus!
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tcncia, o orador "deu prcferencia äquelas que contrariavam os seus pon tos de vista", con forme escreveu o "Estado de Minas", cm ampla rcporlagem que publ icou sobre a sessäo. Sc se considera r que ambas as conferencias se baseararn ern argumenla,äo solida, extensa e por vezes inevitavelmente arida, melhor se compreendera o quanto os ambientes brasilci ros aincla näo domin ados pela Revolu,äo tcm uma scde cada vez maior de doutrina seria e profu nda. Tudo isso leva a observar, novamente: como c falso clizer que o homem do seculo XX quer um Catolicismo diluido, morno, sem hcroisrno e sem intransigencia...
HOSPEDE DO GOVERNO MINEIRO Prof. Plinio Corrca de Oliveira foi hospedc oficial, em ßelo f-lorizonte, do Governo clo Estado. Em ambas as conferencias, como ficou dito acima, o Oovernador Magalhäes Pinto se fez representar. Na do dia 30 foi o Sr. Paulo Salvo, Secretario da Agricullura, que o representou; nessa ocasiäo, a convite do orador, S. Excia. usou da palavra a !im de responder a uma pergunta do plenario sobre o plano de reforma agraria do Governo mineiro. No dia 31, o Prof. Plinio Correa de Oliveira fez uma visita ao Sr. Magalhäcs Pinto, para agradecer a hospedagem oferecida pelo Executivo, bem como as aten,öes quc o Ooverno lhe dispensara. Nessa oportunidade trocaram-se ideias sobre os principios expostos no livro "Reforma Agraria - Quesfäo de Consciencia", e sobre a reforma agraria mineira. Juntamente com o ilustre lider catolico, estiveram no Palacio da Liberdade os Srs. Prof. Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira, Milton de Salles Mouräo, representante de "Catolicismo" cm Minas Oerais, Antonio Rodri~ues Ferreira e academico Edelcio Barbosa Freire. No mesrno dia, o Sr. Plinio Correa de Oliveira fez visitas de cortesia ao Exmo. Revmo. Sr. D. Joäo de Rezendc Costa, Arcebispo Coacljulor de Bclo f-lorizonlc, e ao Sr. Pau lo Salvo, Secretario da Agricul tura. Noticiando scu regresso para Säo Paulo, o "Diario da Tarcle" observou que o conferencista "deixou a melhor impressäo, pelo trato scguro de 11111 problema de grandc atualiclade, como e a
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rcforma agraria".
"OS FAZENDEIROS DE MlNAS ESTÄO COM 0 D R. PLINIO" rcportagem procurou ouvir varias pessoas que est iveram presentes äs confe rencias, especialmentc cstudantcs e fazendeiros, a fim de oferecer aos leitorcs de "Catolicismo" 11111 quadro das repercussoes que elas tivera m. "Ontcrn no auditorio da Escola de Engenharia - declarou o Sr. Josc Dale Mascarenhas, Prefcito /11unicipal de Caetanopol is e imporlantc fazcndciro da regiäo - tivemos o prazer imenso cle ouvir a palavra c<1rta e abalizada do Dr. Plinio Corrca de Olivei ra, quc, pela sinceridade cristä com que expös o scu pcn~amcnto, valeu-nos corno uma encicl ica".
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Divcrsos estuclantcs anticomuni sfas accrcaram-se do orador para felicitA-lo no firn de suas exposi,oes, pedindo-lhe que autografasse cxemplarcs de "Reforma Agraria Qucstäo cle Consciencia", c exprimindo a certeza de que o meio estuda ntil näo e comunista, mas apcnas parece se-lo, äs vezes, devido i1 ina,äo dos bons. Os fazendeiros presentes 111ostravam-se simplcsmente entusiasmados. Um propu nha que sc promovesse111 novas con ferencias do Prof. Plinio Correa de Oliveira na capital mineira e no intcrior clo Estado. Outro comparava as idcias revolucionarias do Deputado Francisco Juliäo, ouvidas na vespera em ßelo Horizonte mesmo, com os idcais cristäos defendidos naquela noite. Um terceiro vinha dizer ao conferencista que todos os lavradorcs de sua regiiio cstavam com cle e com seus principios. Outro, ainda, frisava que a posi,äo dcfinida na reuniäo da FAREM (Feclera,äo das Associa~öes Rurais clo Estado de Min<!S), nos dias anteriores, era a mesma que o Professor expusera. "Agora encontramos um caminho para seguir", comentavase numa roda de fazendeiros. Particularmente significativo foi o depoimcn to de 11111 fazendeiro que a reportagem ouviu alguns dias mais tarde: "Tendo dormido duas noites depois de ouv ir o Prof. Plin io Corrca de Oliveira - dizia com calor devo afirmar que estamos inteiramente com ele". A sinceridadc com que essa declara~äo foi feita deve ser anal isada em fun,äo de um tra~o proprio do espirito mineiro: primeiro pensar longamente, dcpois dormir sobre o caso, para s6 cntäo tomar uma posi~äo clelinitiva.. . Segundo o dito po1>ular, "o mineiro cla um boi r ara näo entrar numa briga, mas, lenclo entrado, da uma boiacla para näo sair dela". Essas e outras manifesta~oes de adesäo exprimiam, de modo iniludivel, que os fazcnclei ros de l\1inas näo cstäo dispostos a accitar a re!orma agraria socialista e anticristä. Muito exp ressiva foi a afirma,äo de uma das autoridades presentes: "Ontem estive na conferencia clo Deputaclo Juliäo, e devo clizer que näo sc pode comparar o magnifico espetaculo a quc assistimos hoje com as ccnas revolucionarias, · comunistas c vergonhosas de ontem; c a pa~ lcstra desta noite bem mostra como se pode organizar um debatc proveitoso, ordenado e de nivel elcvado, mesmo num meio tantas vezes agitado, como c o estudanti l" . Na mcsma semana em que falou o Sr. Plinio Corrca de Oliveira, varias ou tras confercncias importantes foram pronunciadas em ßelo Horizonte. Falaram na capital mineira o Sr. Celso Pe,anha, Governador do Estado do Rio, o Sr. Magalhäes Pinto, Governador de /11inas, o Sr. Pau lo Salvo. Sec,-etario da Agricultura, c o Deputado Francisco Juliäo, sobre a rc!orrna agraria; o Sr. ll1auro Borges. Governador de Ooiäs, c o Ministro Gabriel Passos, sohrc problemas economicos clo Pais; o Deputado Fernando Ferrari, sobre o movimento politico que lidcra; e o Sr. Alceu de Amoroso Lima. sobre a Enciclica "l\1ater et Magistra". Naquelcs mcsmos dias, a FAREM rcalizou uma imporlantissima
conven,äo, especialmente para fixar a posi~äo da ent idade cm face da reforma agraria, tendo-se feito ouvir figuras exponenciais dos mcios agricolas de ll1inas e outros Estados. Naqucla semana houve em Bclo Horizonte, portanto, um amplo clcbale sobre problemas sociais do Brasil, expriminclo-se represcntantes de relevo das mais diversas correntcs de pensamento do Pais. Tai1to os jornais como o publico em geral niio podiam deixar de co111para r as diversas con ferencias, e de comenlar a oposi,äo profunda que se verif icava entre as tendencias de umas c de outras. Ncsse conjunfo, as exposi,öcs clo Prof. Plinio Corrca de Oliveira sobrcssaiam pela ortodoxia, pelo vigor de suas convic~öes catolicas, pela nobreza das idcias c da expressäo, c pelo cunho eminentcmente tradicionalista c antidcmagogico.
"CUIDADO COM AS PERGUNTAS, SENÄO..." ONFERENCIAS assim, cm nossos dias, encontram sempre no publico a que se dirigem a oposi,äo cle uma minoria tanto mais ativa quanto menos numerosa. lsso c verdade atc na catolica e conservadora Minas Gerais. No auclitorio de am bas as scssocs cm que falou o Prof. Pl inio Corrca de Oliveira havia grupos coesos de clementos esquerclistas, que näo escondiam sua posi,äo. Constava quc varios desses elementos tencionavam criar um ambicnte de caos na platcia, como acontecera dias antes na conferencia do Deputado Francisco Juliäo, durante a qual tcvc-se que recorrer a policia para restabelecer a ordem. No entanto, a figura eminente e grave do con ferencista, mostrando-se ao mcsmo tempo intransigente e combativo na defesa da verdade, e acessivel ao resronder minuciosamente a todas as pcrguntas, ainda que hostis e agressivas, de tal modo se impös, que as duas sessöes decorreram na mais complcta tranquilidade. Muito expressivo e este "flash" que a reportagem colheu na primeira noite, enquanto o aud itorio formulava as questoes. Num <los grupos de esquerdistas, um estudante dizia a outro: "Cuidado com as perguntas que vocc faz, porque, senä.o, ele nos esmaga; fa,a perguntas inteligentes . .. " Mais significativa, ainda, foi a cena a que o reporter assistiu a sa ida da ultima conferencia: estudantcs anticomunistas, com ar vitorioso, ap roximavam-se dos grupos formados pelos socialistas, e ll1es falavam em tom ora amiao, ora ironico, interpelando -is sobrc as con ferencias, inda<>ando de suas imprcssöes, colhe~1do os louros do ma~nifico exito que a boa causa acabava de ol>ter. • Nos arraiais esquerdistas. que no nosso munclo paganizado se mostram habitualmcn te a vontade, alegres e triunfantes, as fisionom ias exprimiam desaponlo e preocupa,äo. Raramente se esbo,ava uma tentativa de explica,äo. Um socialista, cm quem {: preciso reconheccr urna meiasinceridacle, clisse o que os demais näo queriam dizer e ·gostariam de r,oder negar para si mesrnos: "Rea lmente, tenho que rcconhecer que a exposi,äo foi . boa " ... lllUIIO
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COHFEREHCIAS SOBRE A REFORMA AGRARIA EM BELO HORIZONTE (Ver pagina 5)
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A chegada, no aeroporto de Pampulha, o Prof. Plinio Correa de Oliveira e recebido pelos estudantes. Flagrantes da pri1neira conferencia: a entrada do conferencista no auditorio; parte da assistcncia; a mcsa que presidiu a sessäo, vendo-se o orador falando. Flagrantes da segunda co11fe1·e11cia; ponneno1· da assistcncia; a n1esa; o Prof. Plinio Corrca de Oliveira en, palestra con1 os Srs. Paulo Salvo, Sccretario da Agricultura, e Josaphat Macedo, presidente da FAREM.
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FAZ CEM ANOS ,, ''O CAPITAL DE MARX, O FRENOLOGO .
Ce,n anos depois da p11• blicação da obra ,nest.rfl de f(arl Marx, o ,nalôgro da propagnn,ln e da ação diretn leva o co11uinis11io int,ern<t• cioru,l a recorrer 110 estrau1-
ANO que se inicia assinala o ccntcnario de um acontecimento tristcmcn1c famoso: cm 1&67 Karl M:trx publicava cm Londres o primeiro volume de "O Capital'·. um cios livros que. a1 ravés de enorme propaganda, iníluiram de modo decisivo, no mundo in teiro. para os avanços da Revolução no campo polí1ico, econômico e social.
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' do diálogo relativista. ge,na Di(lnte do açocu11nento co,n
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. que os progressistas se vao
Costuma-se marcar com o adven10 cio filósofo ale· mão e sobretudo de s ua obra máxima, que é justamenlt "O Capilal'', a passagem do comunismo da fosc utópica e român1ica para a fase científica. É bem verdade que cn1re as loas que se entoan1 aos 1esouros de ciência possuídos por Marx não se menciona. por exemplo. que êle foi um fanático da frenologia. O fundador d o socialismo c ientífico dava, aplicação pr;\tica i, anlropologia nm1e rialis1<1, cn1ão nascente, correndo os d edos sôbre o crânio dos recrutas de seu movimento subvcr.sivo, de modo a determinar-lhes as qualidades de liderança ( ver a êste pro pósito Wilhelm Liebknecht, "Ka.rl Marx Biographical Memoirs". Charles H. Ke rr & Co., Gbicago. 1907, p. 52). A emprêsa da meia-ciência do século XIX, de fichar as faculdades da alma através das bossas cra nianas, a que Menéndei Pelayo chamava de "'nova espécie de c harlata• nice nigromân1ic_a" negadora da responsabilidade moral e do livre arbílrio, não iardou a íica r completamente desmoralizada, razão pela qual normalmente não se fala na adesão que o autor ele " O Capiial" a ela emprc.,1av:1.
deixando embair, os co,nu• nist(IS já procla11u11n encer• rada na Igreja - cuja indef ectibilidade não é para êles
lifica,n de e.ra " de ódio, d.fl fanatis,no , de negação raivo-
so de urna orde,11 nova, de raivosa defesu da ·velha orde ,n funclacla sôbre o privi-
légio", 1inia era assinalada
Uma ponte o lançar entre o marxismo e o Igreja
por "Noss"-~ Se11hor(lS pe re•
das massas se mostraria eíicicntc na medida ~m qu\! co~ lahoras~c.- com as incocrdveis tt.:ndCncia~ da evolução .socia l. na qual o fator econômico seria decisi"º· Mas nes•
d nqiicnta anos de pnltica rcvolucion:í ria cornun isrn ficou arquiprovado que as leis "cic111íficas" do marxismo lCS
não têm aquêle dinamismo próprio que as faria irr~sistiveis. Pe lo contrá rio. apesar de se terem empregado todos os meios possíve is, desde a violência mais brutal até a propaganda mais hábil. o comunismo con1inua a ser impopular. E o Cristianismo autêntico permanece como a grande barre ira contra seus progressos.
Eis porque assistimos nos tempos que correm à tcnrntiva de lançar uma pon1e entre o socialismo marxisla e a Igreja, num esfôrço dialético - não previsto pelo próprio Marx - no scn1ido de abalar a rcsis1ê ncia oposla pela Religião cio Crucificado ao domínio vermelho sôbre o mundo. Chegada a um impasse. a fase fcro1. do expansionismo cornunisia cede lugar agora i, fase dialogante.
Adrede preparados poro facilitar os coisos 1- - --
coisas, ou seja, pelos ca16lico~ ditos progrcssisws, que se espa lham por 1ôda parte. Ê talve,. na Itália que o progressismo reprcsenia o
grinas, suaves 1nilagres antico,nunistas, sói.~ (Jue giran,
• Rússia CI Maria, - u.,n ·verdadeiro e autênt.i.co m.u.~eu. ele horrores".
ANO XVII JANEIRO DE 1967 N.o 193
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Como será isso possível sem que o comunismo inte rnacional abd ique de suas 1cses fundamentais? Muito simplesmente: -quem fala eni di,ílogo pressupõe um interlocutor. e no caso êste ê representado. c nlre os fil hos da Igreja, por elementos adrede preparados para facilitar as
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para anunciar o retôrno da
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Em 1967 , cem anos. após a publicação de sua obra mestra, Marx não se acha superado sõmenlc neste detalhe de suas c renças "científicas", mas sobretudo cm suas previsões quanto ao papel do materia lismo histórico e ao advento incoercível do comi.nismo. Para os marxistas há dois tipos de materialismo: o materia lismo vulgar, professado pelos precursores de Marx, e o materialismo científico, dialé1ico e metafísico. <(UC deve ser necessàriamcntc adot ado por aquêles que pretendem permanecer fiéis ao ensinamento de "O Capital" . Para êstes, como para seu mestre. a religião é ópio do povo, e uma das principais a lienações de que quere m li• vr:,r a hum anidade é justamente a religiosa. Neste ano ocorre iambém o cinqüentenário da implantação do comunismo na Rússia, aplicação prática das idé ias de Marx q ue derramou rios de sangue não sõmenlC dos detentores do poder político e social, mas sobrelll · do de cristãos, numa demonsiração ela incompatibi lidade que há e ntre a adesão ao mate rialism o histórico e a fé cm um Deus transcendente e absolmo. Pan1 Marx a ação revolucionária é apenas a partici1n1ção consciente no processo das lransíormações sociais ditadas pelas leis do mate rialismo histórico. A agi1ação
mais relevamc papel nessa deplorável cmprêsa . e isso não
l 1 FÃ1'1MA
1 13 do ououbro de IYl7 Q MII. ACRB 1)0 SOi , 1
No ano jubilar das aparições de Fátima, pecamos à Virgem a graça de sermos
instrumentos seus contra a tá tica comunista do diálogo só por se tratar de um país de maioria católica, que abriga cm seu tcrritorio o próprio Vaticano, mas por existir na Península o mais poderoso partido comvnista do Ocidente. No ano de 1964 foi publicado ali o livro "li Dialogo · aUa Prova·• (Mezzo Secolo, Vallecchi Editore Fircnzc) , coletânea de depoimentos editada sob responsabilidade do progressista Mario Gozzini, pelo qual ficamos sabendo que coube a católicos de sua linha a iniciativa do diálogo que dá nome à obra. Segundo Gozzini, o acôrdo entre católicos e comu• nisrns sõmcntc será possível se ambos os lados cederem: "0.v comunistllS' devem renunciar aos dogn1atis1nos ,netafísicos levmlos ao plano p1íblico; os católicos devem renunciar llQS tlo,:nwtismos 1e1nporais. Uns e outros deverão tirar tôda.r as cOn.l'eqiiências de rai.r remínciar· ( obra citada, p. 67). Em poucas palavras, enquanto os comunistas nada cedem de essencial, os católicos devem libertar-se do "complexo majoritário", renunciando aos d ireitos da verdade na ordem temporal. A influência da Religião Ca• tólica sôbre as estruturas políticas representaria um resquício da era constantiniana. Voltando à fase das catacumbas, desprezando sua própria ordenação jurídica para perdurar apenas em seus e lementos pneumáticos. reduzindo-se ao estatuto de mera instituição privada, deveria a Igreja ceder ao princípio laicista de que a religião é negócio de fôro íntimo e de que, por conseguinte, o Estado não pode intrometer-se cm questões de consciência ligadas a urn credo religioso. Até aqui nada de novo no conhecido jargão da esquerda católica. Há porém algo na audácia dos progressistas italianos que deve deixar meio desconcertados seus simi lares de mentalidade subdesenvolvida, dêste lado do Atlântico. Apesar das advertências pontifícias que vieram a lume desde o tempo do Manifesto de Marx e Engels, quanto ao caráter conspiratório e intrinsecamente mau do comunismo e do socialismo marxista, houve sempre católicos ingênuos ou coniventes, para os quais os progressos da seita vermelha no mundo inteiro se explicariam pela exploração capitalista e pela decorrente miséria das massas. Ainda hoje êste é o .. lcitmotiv" adotado por progressistas brasileiros para de certo modo coonestar a sub• versão comunista no Nordeste.
A te levisão, mais que a fome, favorece o comunismo
Pedimos a atenção de nossos leitores para as seguintes palavras de Mario Gozzini, que fala informado por urn saber de experiências feito, conhecida corno é a circunstância de que a parte mais próspera da Itália, o Norte, é justamente onde o comun ismo tem maiores contin• gentes. Diz êle: .. Há enfl•era11to uma lição dos faros que 11ào foi posta aind" em prârica. Por lo11gos a11os houve a ilusão, em nos.\o J>aís, de ªe.ivaziar o conu111is,no" co,n a ,nelhoria
do nivel de vida, com a difusão do ben1-estar. Foi esta uma ilusão viciada pelo n1aterialismo prático: coisa bas.ra11te grave da parte de cristãos, Não se percebeu, com efeito - e em vão se procurariam hoje sintomas claros de revi.l'àO do esquema que se demo11stro11 falido - que o fasd11io exercido pelo com1111ismo ateu, na situaçüo histórico particular da / tá/ia, 11ão é sõme11te de caráter econó,nico, mas, e quiçá sobretudo, de caráter ,nora/: é o fasc/11io de uma participaçüo e uma responsabilidade das quais o horne,n de hoje, en, todos os nfveis, sente necessidade em medida cresce11te. Eis porque as referencias às condições materiais dos 1>aíse.r sociali.1tas. certamente bem mais miseráveis do que o 11osso [ ... ], 11ão süo argume11• to pertinente. Se, e,n rósea ltif)ótese. se conseguisse ,nu/tip/icar ,,or tr~s 011 por dez o que ganham todos os italia• nos, o proble,na seria talvez adiado, mas voltaria fatalmente. sem estar resolvido. "So1110.r todos tesre,nunhas conscientes, por exe,nplo,
da prof1111tla revolução de costumes operada pela telcvi-
são nestes dez anos: li enorme i11fu,1ão de co11hecime11tos, a irresistivel fôrça 11iveladora. o deslocllme11to de me11talidade, a ruptura daqueles equilíbrios psicológicos tradicio,wis entre autoridade e liberdade. que se tinham mantido inaltertulos 1>or .téculo.,. C<>n.w•qiiéncia natur{I/ ,. imediata é t1 exigf!ncia de participaç<io e a correspo11dente recusa 1nort1I das a11tigt1s tutelas como <·ontrárias ao simples fato de se .ver home,11. Acontece assim que o campon fs acha estranha a própri" noçtio de ··pCllrüo". antes mesmo de co11stt1111r -a reduzida rentabilidatle da terra: e que o operário se sente co,no um hon1em neces.tiuulo, ncio obJtante todos o.t progressos externos de .l'lla condiçüo. ao verse reduzido, em SEU trabalho, " 11111 mímero, a um objeto, que o poder sempre mais imJ,essoal da fábrica regula sem nunca consultá-lo, sen, considerá-lo janwi.r um i11terlocutor válido" (obra citada, pp. 70-71 ) . Como se êsse anonimato do proletariado moderno não existisse, cm sumo grau, nos regimes socialistas. O acicate das necessidades materiais é, portanto, ti't11 elemento secundário no processo de cornunistização do mundo, Movem êsse processo poderosos meios de subversão social. de que é exemplo a televisão, mõrmente quando posta sob exclusiva orientação do Estado; como se dá em vários países do Ocidente. Trata-se de um agente de massificação e de uniformização de mentalidades, muito mais eficaz na preparação das vias do Esiado t!)talitário que os métodos clássicos de agitação propugnados por Marx e Engels.
Tese marxista que s urpreende ria o próprio Marx
Até aquio.nos ocupamos do ponto de vista típico de urn c<11ó/ico progrelcrista ern face do comunismo. Ouçamos agora um marxista. A contribuição de Lucio Lombardo Radice para ''11 Dialogo alia Prova" traz o título muito significativo de "Um marxista em face de fatos novos no pensamento e na co·nsciência religiosa". Para o Autor o diálogo era impossível com os partidários de uma religião que parecia "inalterável e imutável" enquanto instrumento de domí• n io das classes privilegiadas em certo momento histórico. Acredita achar-se agora diante de uma situação nova, citando a êssc respeito a opinião do teórico soviético l lytchcv quanto ao ·'Jato de que 110 Ocide11te haiam aparecido grupo.i de militantes da Igreja que defendem o chamado ..cristianismo co1111111ista" (fato êssc qucj atesta O.\' progre.,·sos, 110 mundo conremporáneo, da fôrça tle influência da idéia comu11ista'' (obra citada, p. 92). Dispondo dentro da Igreja de elementos progressistas que lhe abram as portas por aceitarem o socialismo marxista crn sua essência totalitária, o X Congresso do Panido Comunista italiano aJ:!Ovou a seguinte tese: ..Tra1(1-se de comvree11der como a aspiração a uma sociedade .,ocialisl<l voe/e 11tio ape11as fazer Ci1minho em home11s que têm fé re/igio.,11, mas que tal aspir{IÇÕO pode. diante dos dramáticos problenws do mwulo contemporâneô.. achar . estímulo e111 uma sofrida consciéncia religiosa" (l, 8 apud obra citada. p. 90). Após c itar êste texto, comenta Lucio Lombardo Radicc: ..t dif/cil encarecer a 11ovidade e a importância ,lesta tese. aprovada 110 último Congresso do Partido Con11111istt, italia110 (mio sem resisrê11cia: foi tuna da.,· "teseS' n1ais co111rovertidas, e a discusscio perdu"' llinda). Foi a primeiru vez, se não estamos engmwdo, que u,n Pt,rti<io co1nu11is1a, t·o,n 111n grupo dirigente profundamente marxisw. afirmou que NA RELIGIÁO PODE HAVER UMA CARGA REVOLUCIONÁRIA, MESMO NA PRESENTE ÉPOCA HISTÓRICA" (obra citada. p. 90).
Para o líder comunista italiano, seus próprios corre • ligionários russos não podem compreender essa mud,inça operada dentco do marxismo peninsular, pois partem da premissa de que hoje a forma religiosa não .; capaz senão de conteúdos reacionários ( como andam atrasados os rus-
sos, dizemos nós) : "1/ytchev não pode conceber a 1111<1 OENTRO da religião .l'enão como um dissidio tático, importante ,nas não essencial; não pode admitir que DENTRO DA RELIGIÃO se haja formado uma corrente. um movime11to de opi11iüo de mas.\'(< progressista! RELIGIOSO E PROGRES· SISTA. Pode ser (,' ar(, provável) que. nüo havendo na his1ória ru ...:w, - qul! e11 .-.·aiba - ,novirnentos de ,na.rsa religiosos e progressisw.,. resulte um tanto difícil para um marxisw ru.,.,o com1,reender bem fenômenos diste gênero. N,io o é. J or <·erto. par" um ,narxisu, italiano, que leva consigo a lembrança de Galileu e Man zoni. que bem conhece fendll.v histórica., dentro ria fé religiosa. Católico Galileu. ,·arólico Belarmino; católico Ma11zoni, católico o Padre Bresciimi; ma,\' ésse "católico" diz tão pouco! esses ·•catolici,wnos .. tê;n conteúdos tliversos. antitéticos" (p. 95 ).
O mesmo ódio que têm À que triunfaró dê les
(
A meta visada pelos marxistas dessa linha italiana é que desapareçam tais antíteses, com a passagem de todos os católicos, com armas e bagagens, para as hostes do pro• grcssisrno. moldadas segundo as necessidades da subversão socialista. E para isso dão pleno apoio aos elementos progressistas em sua luta contra os que consideram o comunismo um flagelo a ser combatido em nome de Deus e cm favor da liberdade dos filhos da Igreja, ameaçada por êsse poder totalitário que calca aos pés tanto a Revelação, quanto a própria Lei Natural. Lucio Lombardo Radice relembra com sarcasmo insolente e blásfcmo a era que êle reputa encerrada na Igreja: "Nossas Senhoras peregrinas, suaves milagres antico-
munistas, sóis que girarr1 para anunciar o retôrno ela Rússia a Maria, anátemas con tra os construtores de novas SO· ciedades sem espoliadores nem espoliados 1..• ]: 11111 ver· dadeiro e autêntico ''museu de horrore.," desfila diante de nossa memória. Todavia, sob essa dura crosta de ódio, de fanatismo, de negação raivosa de 11111a ordem nova, de rai• vaso defesa da velha ordem fundada sôbre o privilégio, alguma coisa tle diferente se n1ovia, urgià, pressionava" (p. 96). Era o pr<>[lressi.,mo católico que tornava impulso, in• suflado por adeptos de uma idelogia materialista que não crêem na assistência indefectível do D,vino Espírito Santo à Igreja. É tempo de terminarmos. Falamos do centenário de
"O Capital" e do cinqüentenário da revolução bolchevista. Ve(ificamos como os comunistas do Ocidente abandona· ram a linha dura, cm troca da tática dialogante. T1mdo comQ interlocutores os católicos vrogresshtas, êles conservam para com os outros, os "fanáticos", o ódio de sempre: o mesmo ódio que têm Àquela cujo Imaculado Coração por fim triunfará do comunismo. como Ela mes• ma anunciou em Fátima. Felizmente não são sõmente de sombras malévolas as comemorações dêste ano de 1967. Nêle também, a 13 de maio, fará cinqüenta anos que a Virgem pela primeira vez apareceu aos pequenos pastores Francisco, Jacinta e Lucia, enviando por meio dêles aos filhos de iJeus palavras de advertência e de alento diante dos erros que, como castigo pela apostasia dos cris• tãos, a Rússia espalharia pelo mundo. Segundo a Mensagem de Fátima é o pecado, a desobediência à vontade do Altíssimo que faz a infel icidade dos homens, já nesta terra. Ora, a Revolução representa o pecado elevado à categoria de instituição. vale dizer, ela é em sua própria estrutura o antiDecálogo. Neste ano jubilar das aparições da Cova da Iria, peçamos à Santíssima Virgeni que acenda em nós o fervor contra-revolucionário, de modo a sermos dóceis instrumentos seus para anular a nova tática do· diálogo, com que o inimigo tenta destruir as resistências internas do único balu arte que se lhe opõe no mundo moderno.
C,u, l,n A fvare11J{a
A
S colõnJ:as J!t ''Amiclzla Crbti.áua.. s, rc,u11b1m du:1s: ,·bA'S Por stm:rna tm as• .)tmbl, iJas que ~ rstt11dir.1n, 110 máxhno, por du:1s hor-:1s. Come(:1""º' coro um:1 lcil'ur.1 de f<m11~1ç:"io rcllgiosa, i'I qu11I $C' se-gul:11 um dtbl'Jt SÓ• brt- 0> lllt'ÍOS m:lls udt."(IU(ldOS ao 1>rogrt'$SO ,~-pll'IH1~1I
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dói :1ssocÍl'ldos. Ntss:t oporlunldade .St' tcsolvl::. a odml.ss.io dt novc;,y i 1 pe$quJs11dores" (dos quali trnt:uno~· em 110.sso último arli;::o). OtpOiS u.m dos membros n:.sumia o lhro que rõm cuc:o1rrc-g,11do de ler, e dch.'nui1)1n•U•)'e ll oritut,u;:io dêm~. ;i fim de c:H:1loa,fi•IO, O:u·11~t tiH:'io ~, l11,b1vr:1 :, rodos p:,ra t:<1>ortm as 0UvJd:1dc.~ dC.S('UVOlvidas 110$ dl3.~ unh: rlores. Com isso li :,sscmbléfa ~ cncurava e linh:t 1.nklo o ,,m-:, se ch:mmvn "círculo famlll.i,r' ', Era.. durm1lt' méla hór~1. utua <:c>nvc.•rs::t ui.:.tls (otlmtt sUbrc fudo o <1ut r>udt·sst intcremr rio apo)'fOl1tdo. Co• mcnb1, a•.S~ ;1$ uotíc.•i:1$ d0$ Jomai.i, as lnfornrnçõts polílicus que c;1dr. qual Cr:1zfa, t', qu::iu do oportuno, o 11rlmdro blbliott"..-:'irio fbc.:n·.a a coudut;a q ue dc~c• ri.:un ter os mc.•mbros d11 ..A nJlcb ,b '' o ~ t:1 ou n.il• quth, C'lr<:ufl!~f:ind:,.
INTERESSA V A À AMICIZIA TUDO QUANTO DIZIA RESPEITO AO BEM
DAS ALMAS
tssç círculo f:,u nill:tr uâo cs-1:\ vrc.·,·lsto nos esta• fulos. No ent:'11110, o f.)t', PfoUi, c.m Slw biograflu do < Vtnc.nh·tl l..;uHcrJ, diz que as ~lSS(mbléhl.$ " S(' t1H;tr• ro,·ntu com mt"Íll hora de círcu lo f:uniliar e de eon• ,·crso ~ôbrl' :L~ noticht,~ nmls lrnp(>r1::.01es cio dfo, ftn• d o por b;,s c o,-. jornnis do ltmpo, c;u J!'I leih1na t dh:, e ussiio era muito justamentt coos:idtrnc,h1 de ~r:-utdc ln1por1!iuc:b" tPt. 'l"omm:tsu Plaul, •·Un precursort: - t'lo 8runone l,a nrerl, a1,ostoh> dl 1'orlno. (onda.• tore dtjtli Obl.Hi di Mnri:~ Vtrginc., - p. 43). Ali:m d:1 :1u1orld::idc:, do Pc. Plnttl, a stmtlh:uu;::t de ors.;:;,.ni~ç:io tnfrc- n "Aa.. e a ''Amic11,iJ," f umn cont'irnmçrto dn t·.dslê.ncl:t dos d rcult)!,. Ot f:1101 » ºAa" r:uubém d('dic:H·:t mela hora, no íim d:L~ reuniões, p:1r.1 UIIIU C(HO' t'rS:I sôbrc :J.$!,'U111U$ ger:lls. C ê nr.Jurnl ,,ut o Pndrt L1inrerl knh:t adot:1do t$\ll pcldca na ·•.,\miel1,i:l''. woro nuds qm: el:1 C"r:, .11>tà a <onítrlr :1os rutmbros dt-Sht unui vls;1c;, nrnl'> umf1h1 das 11ccc-.ssid:ulcs do :>,t>OSIOlado e a prtp:tr!i-lo.:i parn 1>romo,·crtm a cout,:-1-rcvolu\•:'io t.'Spirilual <1uc: SC' tJn h rt 1>or o bjetivo no criar n ns.wciação. .H vimos que t1 fonn::iç5o de biblioteca~ tm ~1 prJnd1>;1I fin:dld::1de dia ..Amkb:iJ1". m:t~ 1ão s()mc-ntc: como ó 1>rlu1dro 1>à.SSO de u m vàStO plano t.h• :1pos, rot:1<10 conctbldo pelo Padrt- Oicssb:1ch, o 'Juaf dt-.. ,·trla ~bnUJJ:C'r f(;das tt.S atividades humnn?-S. Em
180-l, cm um:1 rcunl:io dn "Amic:Jz.la Crb.1bim1" de ·r urim, o Pa dre t:mrcri deu um bnl:::ln('o dos lrnbr,,;" lhos das ,·ária.~ eolônlll$ ~ r(<'ordou as On:tlldtldl'~'' com qut" tl:1.S haviam sid o crbul:i.s. Oepois d(' ex• por os planos d:i i>..~oc:laç:io, con t1ulu: "tsh•s pia• nos t:ío v:ts1os. a ''Amkbfa Crls1h1n11" nfLO se <:ou• tenta em e;(cct1rá-los num só ~laís, mas vollt1 .-i1e1U:1• rncntt o seu o lhar- p:1r::i Cúdns i:.'i piirtts do mundo I.! cm tõdns c:lc-scja t Jtrocurn '""" Jc-.-.us Crtsto sd::. uuti.s
~ROF.mA do hl~t' d~ma dC' Olt!lndo, )t ll(ttJlll ru.ss,t . dC'Sde O lnklo rol $t,r\' 3 do fJOdC"r lc."mP-Or•d. Ptrsc,:uh.lll J)C'IO$ Íl'lC'Ílll)r.iS q u (' S,t- ;:tpOSUntm da Rtí$Sla cm J9t1, ,·ollou ,111 mal$ f{lrdt a ser IOltrnd::a 1JC'IO ,:io,·émo $0b a condlçio n!ío s6 dt 1àc:ICgJncn1e 11«ftt r o n:ittmf.' tomunbu1, nua~ ainda dt lhf.' prC'Star om:1 col2bom~o sorr:ucl.nt . ..., A ,1ue os mtnlorc-.,: do l'(lmunlJmO lntoernJi<'lonal
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A PROPAGANDA SOVIÉTICA: O PATRIARCADO DE MOSCOU
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t;.s1:11do so,IE1ko $11C'nlc w111ni o fnMI• luto da lltCll)f'IC"dUd(' ,1rh·ad1i t' (CIIUnt n., ,~-.:Hlmlh u~ h crd-'d~ dt' Stu.1o súdtfos: b:a;o,C:i. q11t' êle n!ío ~e lmlsC'u:. n:. \·Ida l-Cl ('fi~Jt lca. Por Isso mc;o,mo n:iu se 1)01:. n:a t":uta u.m:t rt)h'l('íÍo sc,1ucr ao tts:lmt C'Olllunbtu C'OI s i
ntl.'Smo coos:ldC"~do. como SC' 11 ,,..,."" de N'ow> S,·11t1or l<'.w • CrlSto IU>S farl(\'.uS: "1)11I :i. c,~r o (lut f dc as.:ir e :a l)l.'1,1$ o qut' ~ d.e 0C'U5" (M:11, 2'1, ?U fa. <'Ullassc :i Cés~r derr1)J:$1.r sa 11r61nfa kl n:11h1rnl, A t.Ohlbornriio dos tlStmillw11 ru~ o~ C'rn fá,or do rrahne eot1111n.bfll fie. m:11~ d:ir11 iilnd" .,.,.,,.) d.u •C1111,
conhecido r rc.-lnt:. P:ir~ ls:s:o. pOr mtlo de oporfo• n~s ;11.slru\·Üc-s de vb1,gtm. ela sogtrt- aos iunlgos c1ue. fmtdcm no"n.s colc)nlm~ Qttdt fôr po~vct. c1ue procurem conhecer ptS.SÔ:'.IS dt bem, ou ao p1cnos qut <'s.to.bdtf:tm corn:spttndêuda com efa.~ t tum dono~ de llvrnrllls, c1ue tc.uu cm conhec:imr.uto dt norícl:.s sõbrc livros, ou quul<5qucr o umL5 qut pus• s::un lnh:rc:.$$u, pum a.~fm r.perl'c.lçoanu os :tinda 1n:1li os mcfl)s e 11 \'i~o q u e já. po.s.~ím os, a fim dt Jn. fluir onde pummus, 11romovc11do 1ódt1 tspiele dt bt!m t' huptdJndo tc,do .:,êru:ro d e rnal. Pois niio t:<b(t' lugur, nC'm pessoa, nem col~, r.1I.J(mn 11 1 CIUt' pudendo reftrlr•Sc :'\ Jtlóri:1 de Deu$ e à sah·R(áo das 11lnms, t' porlonto inttrt#1r de 1>crto o S..g,rndo Co• nt(':io de Jl~"US1 não h1ttrt'SS'c fml'll.tém. :u) me.~mo h'mpo. a um "t"r<l-ndefro •Jmlgo crlsttfo., (:ipud Mor:is. Frul:1~ "Ue-:11ifk. el C:monlz. S. O. J>U Brunoni Umrerl • Pos ltio s u1,tr fntroducr. c!mime: ct ...:uper ,·irtut!', p. JOJ}. Além de orc:i,:in1r melhor os membros da socJe• d:1dt p1tr.1 :1 f:'lrtfo e~l)l>ciflc:i dt dlfo$liO da cullura \·t.tólic:-,, o círculo f:.mlll'lr- abria no,·:is pt'rsptctiv,-is de :1posrolado. A sqiu lnft- re.soluçfio. lucorporadi. 110 rtfotórlo d\: mm, d.11.s as.scmblélas, p:m:tt:•nos um tXt'mpl1,.t slgnincativo dos rt'Sulri:,dos dl.'M':1$ c:onvcr• s:1.S 1uni.sto.):1s sôbrt! te1m1s de ,Ju11Ud!idc: "Os tl'J.• 161lcos :irminlos sofrtrn cni Constnmino1,1:·, (' l.!m fC>• do o L,cvnntt um ~ 1><·r.segul(iio cnatl e obstln:ul:i d;, p1trt~ do p~1trbrc.·a cism:ítlco de SUY, 1mçiio. s,11, QUt 11té :,gora n intcrc"'SSJÍ<> do Emb11ixadot d:, fran(n (r~lvu muilo debihm·nrt: t'Xt"rdd:a) u lenlm eouse• {tuido deter. Tendo Su:.i Majesrnde o Rc:I Católico, stgundo os jonmiS', <Oncluído um 1n1taclo i.:om o Porta Otoin:;11H1, p~irtctt que s t J)Oderlti e se dcvcrJ:l, ne.,'il:J oporlunld:tdt, tentv.r propicfar :10$ nossos irmã os sofredores ~lgum lcnHh•o cm Slm extrema n«l'S$iditde, sejà por in termédio da Côrrt, seju por iMtnnédlo do Embai:mdor Que ,,,,111 l!i fô r c.•m·l.t• do.. (apud Pt". Can dldo Bona, ''l.t Aml<:l'l.lc". p.
70,
"º'" 68) .
0(•scrcvtn:1os até ~1.gor:. o (u11clon~1t11fo da "Amlc:-id11'' e seus objetivos hnccllaros. Mas o P:tdre Oiessbach, mi-sc·rt dn vida espiritual, não concc:bb o 11postolrulo sco:'io como d"-corrêncfa de uma "ldn in lerlor inren$?... "l.,cs 101$ de l'Amitlé t hrétltntH'.'' tstão imprejtnndas: da ucttssidudt! de um:. sólldn for• n:i.:11,,·:io da :tln u.1, pn:.- scnveudo aos nmiscos um:t pro• fuudn dc\·o(·:io :1 Nossa Senhora, a ~1>1rllui>Jid:idt: de S:mto ln.ido de Lo.roh- e fl lelhm:1 das obras de Santo Afonso t\farlà de l ,fi;tório, c1uc pre:;:crv:1v:1m do perigo j:mscr1i,;-ivAs pffillc::is de pltd:utc obrJgrJ.16rla.'i er:::tm a fre• qüênc:l:i aos S+1cr-amerifo.s pelo nu:n os du~,s vàc..'i por
rois. tUtla hora dlári» de- rutdilatão, mein hora de leifurn espfrl1ual, a obstrvíincl:, do jejum nos dias prc-sc:rit.Olí', devendo c1uatro dtsCcs ser p:lSS3dO$ a pão t' l»turL, F!i.zbw os amJgos lr~.S: voto$ auunis: o
çâo do ardprestc: Horotov (Que p:utklpou d:as. Ms.(()es do li Co11dlio VS't.llC'1à11() <Omo obStn'2dOr), F:ahmdo C'ftl rt.ec-nte C'<tnftrf'ntla mundla1 p,omo,•Jôa Pt.lO Con• 1><-lho l-~ umfnko dll.t lg~Jas, cm Ccntbr.i. C'Ol'.110 ttt>rt• ãtnt:l.nlt' do 1,a1rl:..rc~do de- M<>S<'Ou, l'Onvldou r'lc os nlS13os do 0C'ldtn1C' lll !iC' onlrt:m à Rt,·olu('lio e a n:io 1,r~c-dtttrn como a l~rcj:a ortodo);II ru.i:sa. • qual, de Inicio. St opô,) à no,~ ordttn. romunlsfa. ·~Por nmlfo 1tm1,o - disse fforoJo~. l>tf~ df.il a1n10Síll'm. dC" noch·si :1mblgUldadC" C't.rt'Ou 2 ,,~.ln\·na rcvolu ç.lio ( . ,, J, Ccno~ ,i;rlstâo; a ltn'lt.m ~ 1>rt'ttre,tt ~vll:5.-la d" lodo. ou $Ô· mcnlt llt sen ·t'm d('hl 1>21'111 dc-s:lstnar um kn6mtno que du:aprc.1v111n. M:1$ ls,:o i qulmfrlC'o. E~a ,,~l:u ·rn ~t. 1ornou dl" u$0 mullo torrtnlc pan1 qu t' St'Ja Pó..-.Sfn ~I :1bolí-h 1 tom 111.'l)lll vc:ni:tdll 00 d:ar-lht' Uni iiJ1kc.1 ,kntld<>. Uni , enlldo llt'l.:lllh'O (' ;ull lC'rbf!io". "0< o utra pattt - continua o Hde-r d sm:lllco nrnllO) crbf4o:,. dt'l:a St- Stf'\'C'DI ~pootà.11t11mcn1t' p2 ra r~h,r da slmplu ~ i,:rnd11111 nolufâo ,,a,. vnu, scxlcd11d<L10 ,·a, s em que SC'J:. nc«,q:árlo rompt.r rvdk<lll.mC"n.tt. com 0 llllSSlldO ( • • , J. À tcoloi,:b1 Shlcnt\Slka t' li$ IJ:r('j:o; hl.stórlciu n u 11C'a (',-fh•cr.am i•O l:ldo da re,·oluç-:ío pd:'I ~tn1pl1:$ raV.o de qu" t.r,un prbk>nt.lffiS dt' un>:a vls:io cosm0té11lrlC'11 dl'I rl':tltd$1dr, dei 11mu \' l~O t'111ii11ta d~ ordC"m soc-lal, eS1:a.bch:cld:t 11ni• ,·tx por IÕ<l11.S $Ôblt :a IC'rra" (• 1>11d àr1l~o "A wnhlio do 11:alrh1.rC':ado mJio", 11or AltkStl flo r()\'.)klJ, CII.I "O ~lido dt- Siio Paulo". de- 16 de ouhlbt~ de- 1966).
"€ ltr«lso - dl.1. :1lnd" o 2rcl11rc-i,(t Oorojov qut 1udos os u lS.tiios lenham con11<-dmenfo d:t cx1>e• rli:'nC'ia d2 no ss:i
ltrcJ~ <'m ).11:1$ rt:l:\('Õf'J> tom a~ rcvo•
htc:ôes socl:ah d e no~ • l1>0<:.1. A nO$Slt IJtttJll, na t>USóà de hkrarqul:a <t p:lr'IC' dt: ,;c:11 t lt'rO, 1~3\SOU pqr IÓd:l.) llS f:asd do tt11fidlo, d:a OPOS1(1ÍO C' :111f d:ii ução direi~ w111,11 11 rc,·q lução e n, ntud:111ç;a). CUJ<' f'.lohl 1r11:t.1.:, 1>:arn II vld.11 da ÍJt.r d:i, f',;5(1 Se lmh1,·,i. m:ah d11 rcftl• 1:1~-!au 1cór~11 ou d• f'C' ~ISCêud,i v:ushll!. t;:r::. u ma lula C'tutl " 111b<'l11,1, O r<tM1ll1.1do 1111111 il l1Vf'la tol a i>c.rd:, de cnllhõe) d e flf~., • A r(l\'Olu('~O \'II0,1(1$11 a \'11.ll('ll\'11 Uà 'b, dlrftll d.a C'Onsolfdl!Ç~l4) C' do dC'~lt\'dl\'ln\1'.N lv . ,)('m u l,:r't'ju. F;n1tttanfo, a 1Crandc malorb. d., 11111».1 de c-rentc~ QIJt' l)C'ffll:U\t'~U flf'I (l'hthu1lsmo C' !li bireja - aqullo QUC' c-haouunos o J><WO dC" Deus - s.. lornc,u urn eolt'l.l:IC'nlu cql)~frufh u d111 11(1\A ~C'lc-dadt' (un•
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dr n íio ler nenhum livro proibido. o d1: c,.u:,s:i~r:tr uma horn por sem an a à lr i(urn aknl.a de um livro
d~ íornm(ÜO rc-lljtlos:, fornC'ticlo pcb "A1nh:l:da". e o dt obedll:nc:h~ em tudo o qut' SC' rtftrl~t às :Hlvfdndt.s tom,m~ ou à obs ervAncli:i dns rcttr~,._.. Cada ~oo o tunlseo c.•riSf:io dev\'rla fú'lcr um retiro, de oito ou 1,c lo mtoos 1rês dhls . -,exundc, o mélodo de Sunlo tn:1:..:lo. ·
Ao lado dUSlt.S prálita~ Obrig:uória~. ó de.s:tlo <lc .!>'ll1Hid1tde C- 1.1 r d 'Olutão rlrmt <lt' 14 :ll(:IRÇ;lr (I('\' !;'• rb1n1 ser a prlncip:il c:11mcrtrísfi<'J1 do ,·t rd:uklro membro du .,Amiclti:.1". Nt.sse s entido, nüo Qucr'emos dt'IXar de reprodu'.dr o que tsçrc:vln Olt'Qb:u:h o respeito d.:t $Olldão. n.s, "Suite dt'.S loli de l'Aml• til thritituuc-••: "Seria extrcmamcnlt de dt.scjar c1ue IOdOS os :1ml$tOj cri.«i'ios ,,udc-.sscm pi,ssar rcgul:1mH!Rlt q0111rc.1 mfsts do a u o itm ::d{(.um ~r,ul), i'rnh;:u111:nle ocup1•.(lo~ ern culli'"ttr :1 alm~1, 11lhuen1:uido-:, dcv:tjtrv com llS gnrndt'$ verd:idt$ dn Rt11$Cl.ãO, com ldturns c.SCOlhl• d:\$ 1 meditações sfri:is t' tr:mqüHas~ t! com pusstlos soll1:i.rlo$ cm q u e, tutrtgur:s dmtmcnc à ftu,buuu;.i da prctttttá de Deus e à.s .su~1s próprl!I.$ rdlc:(~C'-'"\ pudts.ktu sentir tôd!.'I :, fõrç:1 das r<'ílt.--:õc.s q u <' u nm piedr1dt sl.n(tra e t:sc-ls:-.rec:ldrt t c:.pa:,; de produzir. Nudr.i nu mundo , m:tls adl'<.IU:.tdO :I". d.:u \' iAOr uoi; $tntlmtntos das virtudes c:rlst!ib,, ~ravau do de m:1• 11elr.1 Jndclé,·cl no cor:t('àO do hornem o "--ooht"CI• mc-1110 do nàd:i da.~ çri!tlur~•s, d:1 imt 11sld~1dt dt Deus, e d~ importúnd~• de cudo o <1ut lt.Httes.su à ln<oo,. preens'fvel ettrnidadc, n!lda ~ m:,ls ude<1u:1do J>!ltn 11t.1 do que oma &olldiio se,.crn, 'º*' shbl:nü\:UI(' :.tmtnlzuda. Não f S<'níio Já, IOU)(t! do tumulto d :id paixões qut ogit.am o c:on,ção, da frh•o lld~1de hu• m:m:a q ue u dh·crCc cm v"o, dos c:ulthldo1, doméMI• cos quC' o dis1rnem, d:-t v'l dà óC'los:a qut: o mimei)::. e enc-r,·~,. n,io f stn:io 1~ que- êle se dl'\'l)Õc • btm OUl'lr u voz de Otus e d1, el<rofdadt, e St' rt",olve dt mod<> lrrcv~ávc-1 n faier todos o s c.sforc;os pat11 t•nslnitt aos outr0$ homens ns llçõt.s da S.1bedorh1 ctl~1t de c1ue êlt aprendeu a ftOZ!lr. «Mas como as drtuo~1iinda.s (cm que vive} 11 m:dor purte dos nossos niío nos consente tu rmuul• mente tiio irande bem, f preciso ao mcno$ quc: t:$• tn$ condlçõe:. 110.s levem prim eiro a dt-.scj:'í•IO, tm sc-wuid:t u procurá•IO qu;111do oossa s ltu:.ição ptrmi• tir, t' fini1lmente ft prut lt:tr com muir:a txt11id:io ílqutlus dt ,wssas R t--g r"i que ftt\d:un 11 t~ fim, rnls como ,s que prescrtvcm us lt'ilurus, as mcdllu• ções dlárfas. os extrcfclos e.spirituillt de oito dias por :mo. e 0:( retiros no c:1.m1,o. SôbrC'ludo quando :1 Oivinn Pro,·idên ciu Sé dignar nos conceder 1.11, ~umn cusu sulir!'trla que- POSSflmos ud:>..f)hir p+trll ~~ fim" (:\pud . Pc.-. C:i.ndldo llona, op. c:ll., p, 489) .
Fernando Furquim de Almeida
d:td:t sóbrc b:l.SCS ~voludon:tri:al", t' t.(.~S nHr St: 1mn~ formáram :t,Ç$lm n um C'~c:mplo Jl.llN o c-lc,o t' p;an1 a 11l('l'llrQtll:1 (fnt n:'.io h:n•f:am occlto :a ~,·o luc.-lo, t »o aj1.1dou o no.sso dcro e ll hltraniulA o unirem i llll S(>l'ff' à ,•td:11 do J>O,·o e- a at<!l1::,r os acontt'tl01c1110,;, "Os nosso~ 1.nn!ioi l'rl~iios do OC'ldtnft dcvc,111.m
1lrnr df:ls« fat<15 u,u:. llçJio pa,a si próork>s. Os C'r l~• f:io s dc,·trlam fflodar-J;c C'ONJ,os~, honeseu e allvnmtn• IC' li vida rtO V:11 ha.kJl.da n0, Jus0,;.11 $0C'blh dc-,crl.nm tnn.f'r 11m ttn·or ,.-o,dnl crlsdo p11rll • rcvoluçlio S()(l;11I dos nossos ftn>i>o.s t- e"lf:tr a~s-lm 11 dtscrlsflHb..$1.Ç$,O dC" nru.~o mundo C'OJ1ltm1•úr-l nco, Por ,:iua ,·u, l$$O não dtf.tatr:5. de lt'r l'ÍCIIO ~éibrC" li 11161,rlll nsitura::. dau te• \'Olu(ÕC'S' M>t'lab''
t C'Omfl quem dl.»~.»t: t;i (',im «,mo nó.; e- n!'.í◄> serio l)C'rSf'~uldo~ ,~tos llulotrtlfllf do Cr'C'mlln, m-:is. 11tlO eon1drlo. 1crlo o O:POIO d:is m:.ssas t'<l'munlsfa~. Como ,t:<m O.li lcltorti,., o p21rlartado dsm:111t"O dt" MOSC'OII ,;e \':IIC' d~ lrlbu,n:a ortrtC'lda 1)-tlO (:,onscllw €cu mfnko d:t.s l.1 trda$, p:.ra faktr •bt'rta i:,,otti:ix111mfa C'Offl U1ilSf:t1 (on,•lda.ndo h>dóJi: CIS nls,iioS: a $-C't.:ulr ~C'U lri.,.e. C'Xt-.001110. N:io r:eua s«aucar 11 1unt:tt1ti lnsoten1t: O$ c-rlstilos do Oddtnlt dtnm, 11dtrlr •ó nuirxb'rtio, pllr;i niio lbt.-: 1•C'011IC'('tr O inc-Jf'l.'IO (JUC' fl f.JJrt }ll clStnf, lku ruSSli, cuJcl► mt•mbroic rct::ilcltnrnft$ rorsim \IOl('nlM• rncn(e dc1><1$1(1S e llft"M.IS, tdh1dos ou fokUAdoli, 110 lona:o cJ11; n111l;o, 11rro:,; 11e-r►t-,:"Ul('!fo. T:io rt.1,uKr,.;1n1.-: ~,,r,su,lfrid:.. dts1,cr1Jil h cto, 11t-rtl• uenltS C"()m e1u:trlo$ do 11rlltullst11 CIIJC' diS nolfcla do dl!l<'IHW dt" BoroJov. s,. AIC'k.!>tl P'IOr()\'àklJ: "Não f • ~1rl111C'lnt ,,~ q11~ o 1.1 rcl11rUIC' llorojqv, d~•fonnimdo J"0P0)1r::!d:amenlC' o s l:'OIIC'CIIQ) crlsHiO.) de l>ll1, t' dC' ju.,1lca .,;oc:lal, t' llltC"ni.odo Clt'SC1lnt.dll.f'llt'flk Ú) fafO) M~úrlcc» n-lnllvo) à re,-olu(';Í(> C'OOIUlllSfa e :)s JIC'l'$C-J:Ul('ÕC'S 1111~1• J!tnl() d()) ~ lf'U$ 1111111:llll~
C'onlrU lódo:,. Oi
C'fC'Oll'!I C'
C'Olllni .)Ulf 1"61ula fJ(rC'Jll r\1$)111, '"l)('ur:a f'Oll''('IIC'C'r 0) «h15os do OC"ldt"nl~ a tolabonirtm «111'1 o An1krb10•· ü n1lKO dlado). ôrn. ('(ID\'ldtr (t) C'rlSl:ÍO> do Oddtlllt' li hwor«"c.r o comunb.mo «1ulv-.1k II west:tr a má)'lrm1 aJ11(1i, 31 RunJ:a. ~n, C'Spalh:tr S'~Uli l'rTú3o t1<IO mul\dO. Tnm,to~ lnll•SC' llbirn O p11Crlurt~dc.> dt MOK<III l'OI l n..:1rumf'nlO dlil N:•llv•~o do C'•SllKo 1Ln11nC'1111do u, F~tlm11,
J. de Azeredo Santos
.DE COMO
DESFAZEN .D O
PERDER TUDO
UMA LENDA Q .UE APROVE 1 TA À RE VOL UÇ÷o
E NAO
SALVAR NADA T
ÃO lotr:o alg11!m cogf;a dr raie, uma rtform:: capa,: dt faV'orc<:cr a esquerditnçâo do mundo. começam qurise incvit!lvdmentc .1 circulnr enlrc os que $e dcvcriflm OJ)Or .i1 eli.\, du1,s fórmula~ mftgic:l": ;1 úu " tcdt-r par11 não pcrdt"r" e u do ' ',salvar n qut f .~l'°iinl". ' A 1>timciro c:mprcga-se na fa$C inida1 Jc, proçe.s:5,0, para íunadar t1S resistanciBs,
Assim, por exemplo. quando :;e trttla dt: implonl"r uma reforma agrária confiscatória. n4o faltam vo1.es 3rBves e ponderadas para ac:onstlh:-1rcm os fazendeiros a qoc cedam, p,ois. n(ina.l, o tcovêrno não voi corn:ir 1ôdC1.s M 1euns• .tpenlls unua p-1nc delas, e é pre<:iso ccdt:r essa pan:-ela p1H~ não perder 1udo: se não cedermos. fl revolta popular po<k conduzir ~ subversão ,·trrnelha, com il qual seremos espoliados de todos os bens. Evidentemente, dcJ)Oi:s que: os fa.zem.ldros c(mcordam em tntreg,ar parte de suas propriedades, é muito mais fécil 1irar•lhc:s o r c-SIO e consumar a espoliação. Na ~rea Cft• t61ico. não foliam u1mb~m O$ Que a..:onselhllm '1 silenciar quanto a alguns ponlos da dou1dna social da Igreja. como o \Jireito <le propriedade, para que a intransig!nci:i nlo provoque o a.dvcnco de uo, i;ov~rno ai.rt.ssivamc:1Hc C!querdista. que imponha leis hoMis 11.0$ ca1óli~o:,:. Vencida a prirneira rase, e- quanclo o regime comunista ou com1rnl$1iiante esté instalado, passa-~ ,,o " j3l\'u, o que E ~ lvdvc1", isto ~. passa-se- ~ concordar co111 1udo a ptc1êxto de ver se E possivel conscn·tir uma nesga de direicos individuais ou de liberdade de culto. 1;;: claro que: cs1a r,titude contribui de<:isi,.•ameme para a con$Olid<1ç!o do nôvo rc:g1me. pois um;. fçaçlio enérgica e pronla poderia <!crrubA•lo ou di(içul1ar-ihe a vida cnormcmçnte. Ningu~m levou maiS lonic 11 política tlc <:onc:essõu. baseada nc-stal duat íórmu, ht.s. do qut 11 i~reja dsmá1ica ruS!l8, Após u1n conflito inicial. que durou poucos anos, :,comodou-sc chi com o s,1>vérno bolchevis1:1 e passou a calabotlll" tom este. Alual• mente o p:urhiu:ado .:te MóÍ'COlt. i ob ., dir~l.\o do pl1tri:uc:i Atc:xi5, vi'l'e nos melhores tl!rmos com o.s diti~cntei: russos. Pira vcrific:1r :tende levf\ scmclhr\ntc atitude, é intc• res.~antc tons.idctar os dados fornc:ddo.~ pele, artigo tle autoria de Aleksei FJorovsldj, publicâdo cm "O Es1ado de São ftaulo.. ,te 9 de outubro \1himo. Cita êsse artigo um11 c:u1a de pro1cs10. dirigid11: por dois ~acer<101es ruisos. Nikolay Ashlcym:11n e Gleb Ynlcunin. em 21 de novemhto tk 1965, ao pacriarco. Alexi$. Por esta cam• - c,:ujos :.1utores são insuspeitos. como mostra J. de Azeredo Santos t n1 seu rodap6 d~ste número de "<.:atoficismo" - ficamos sabendo que. a igreja russa, procurando salv&r o salvável, acab<>u por ~ncordar 1àcitamen1c com o fcehamcnto de milhares de igrejas. seminários, e até centros de peregtU\aç?l.o 1'nliqlHssimw. Além disso. anuiu a que os seus padres não mais parcicipasse1n de qualquer Mo religioso forlk dos 1c:1nplos. impedindo :assim n Wnção de casas. as vig,Uia.s. fllnebrts, o acompa. nhamen10 de cnttrrõs parts a encomendação, etc. MlS n!o é. tudo. Cedendo a solici1açõcs do gov~rno, a~ autoridades eclesiásticas obrigare.m o~ .;;1tccrdo1es a manterem re~istros com os nomes. de todos os que recebem saernmenio~ ou solici1am que os seus filhos sejam batizados. Munida dh1cs reg,is. 1ro..ot Pode i adminism1.çUo çonl\lnista efetuar à ,·on1ade perseguições contra os crentes , Prc.m lr•~ uma igreja a isto é de uma tal abjeção, q11e re.i'llmente fttlcam palavras para comcmá•IO. Acredi1~1mos que pouc:i:s notícias J)Oderi:im ser tüo ilu,strati,.,ns quanto csu.s. do ponto -:\ que tonduz a política do "ceder purA não perder" e: do "sal,.,ar o que l Sfl.l• ~:i.vel"'. Não se• salv~ nada e 1ê:rmina•se ,,or perder cudo, a1é mc-s n10 os (1himos resq"fcic>~ de honr-:, e de dignidhdc.
Alberto Lu iz Du
Plessis
A PESQUISA QUE PROVOU DEMAIS
O
l>ror. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da Sociedndc
8ta)ilefro. de Defesa da Tradição. F'amUia e Propriedade, corne,uando cm e.nuevis1a distribuíd:,, 1>ela A81 M o lev:in13memo est:itfstico publicado pela rc• vi.s1a " Re,tlidnde" 0i te.spcito do divórcio, 3íirmou parecer "de todo inadmissível que corrc-sponda à verdãdc dos fotos n conclus5o a que chegou o inquérito, de que 79% dos brasileiros s1io a f1wor do di\•6rcio e apenas 2 1% contrâ". Alérn de obScrnr que o 1rab0;lho em apréço "não oferece condiç&.s que 1>crmiu11n tirar qu:i.lqucr contlusão consis:ttntt", e que o próprio modo de :;wrtsenta, O) ,csuHados " revela e.e na parcialidade", o Pror. Plinio Corrêa de Olh·eira mani• k<11ou surprêsa diallle da afirmação da revisrn. de cer sido dcl:i. a "inicia1i,.,, de ouvir, pela primeira ,.,ez, o grande p(1blico", como se se pude$Sc ignorar o ãbaixo• ussin:ado promovido pela TF P con1rn o di,.,órcio, "do qual todo o 8rn!.il tomou c:onhccimcn10··.
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ERR ITóR IO imen<<' q ue <e
mnnt~vc por quase 1,.lu~s cen-
túrias ii 1n:1rgcm d:1 civilização planiada Ob Allléric:1 por f'ortugaf e pela ~~panhi1, a largn faixa de ter• ras comprcendid ~, entre o Rio Uruguai e o Oceano· Atlântico s6 ~e incorporou ao~ vasto~ domínios <lt,s duas Coroas ao longo do século XVII 1. A sociedade rio-grandense e a uruguaia tiveram ncss~, época o seu 11;-,scimen10. Já então havi11 núcleos de upultn1:i civilização no Peru. no OU• tro lado do Pr:11~ no Cernro-Nor• deste brasileiro.
A peneiração je.sui1ico•por1uguês1.1 no Rio Grande não vin~ou. A jesu!tico•espanhola, que daw dos (1ftimos .mos do primeiro século. Firmot1-se. prosperou. mas. segrcg"dn desde o seu nascimento, tt socied~1dc dela emergente dissolvcu~sc por entre os iumos da guerrtt gu~ runícic:s.
O Continente tle Si'io Pedru nasceu para o convivio humano no terceiro século. O gado xucro que crn1va pt:'• las c.o.~ilhas - recurso it mão pnro. o .sustento h u mano - mur<:ou o n1• mo predominante dt1 ccono1niu inci• ph:ntc, do qual d t1 não ~e hfastou até hoje : o da pecu.lritt. 1\ posição geográfica do Co11ri111·111e. poslsdo nos confins do Império 1>ortug11ês. ilha lusitana cercada de cj1s1elhanos por quase tcxlos os lados. imprimiu naquela socieda~e. que nascia ~,o tro• ar dos tiros de peça e entre cargas de cavahuia, o curárer militar que► crn boa parte. htmbém até hoje conserv:1.. Eis o goúcho: militar e csrnncieiro.
Porws,al empregou neste !\cu último tnibalho de colonizaçio n:1 Amé• rica homens <lc }arga visão e de fibra incontestável. A galeria dos che• fes porluguêscs no Continente de São Pedro não desdourn <\ dinastia dos capitães que integr&ram no Império lusitano o Centro-Nordeste do Bra• sil. Silv.t Pais. (;omes Freire, Dom Diogo de Souzu. Pinto Bandeir& om• breiam com Duarte Coelho, Com Martim A(onso, com Salvador Cor• rêa de Sá ou Fernandes Viei ra .
Torcedores "Em S("u n.A 4, de julho p.J>, - :ir·tmncma o J>rot. 1>1inio Conêa de Oliveira "lte:,lid~de'' Mirm.1 que 1irou 450 míl cxem1,ta,cs, S precisamente :1 cdi(âo que bnçou o inquét ito. Orn, no n.n 8, a J"e,.,is1a i1,ro11na que quase IS mil pessoas.. 1cs.. porideram. t.ogo, 3S rcspoSt31! ..,bi idas reptcStnt:im uma pequena minoria dos leito, rts: exatamente u m trigé,simo. a admitir•Sc a média, mui10 baixa, de um leitor · pot cxemplM. " E..~1a minoria cxptimc o pcns::i.mcnto da maiorii. que se dC$intcressou de pronuncfo,.sc sôbre o inquéri101 A pergunta exige como resposta algo ml'li.$ que um" mera suposição, São necessárias provas, e estas, '•Re:i.lidade" nâo is fornece. •·An:ilis:;rndo :is coi.s:a-" a frio, só há rniõcs p:1r:1 supor que os leitores que rc:,.. po1Hlcrnin n~o rcpn:-.sen1:1m os leitorc.s. que se calaram. Nosso povo é cético quanto a ioquéri1~ désst tipo, nos quais, em geral, res1l0ndtm principalmente minor-i:i..~ de 1orcedotcs. Está na 1>sicologia do 1orccdor organi:tar•sc parn que o maior núnttro pos.sívcl (lc pessoas que pcm;,:uu como êle inOuencicm o resultado dos inquéritos, comprando os cxcnrpl;ucs que comem a cédula de ,.,010, etc. A$Sim, é muito íCicil acontecer que :is eslatístit3$ decorrenlt.S de ii,quéri1os reflitam ptincipnln')Cntc a i11tcn.sidade da 1oreida de utn ou de outro lado. "A$$im, :,inda <1ue os que lêem "Realidade" represcnta~m à médi:I dos b rr•• ."ilciros. a "tHquê1c" por tJa organiiada não S(ri:t conçludéntc. ..Acr~ce que nfio se pode nfirmar que: os seus lei101e.1; constituam :i. m6dia dos hra:-:ikitos. e ~so <aucr pelo preço da n;vis:1:.. quer pc;la n3turcza da mMérfo q~1c eJ:, puhlica,
Surprêso " t{é:'.'-ta, finalm ente. obsc,var ql•e no pr6pri<1 modo de aprc..~m3r o.~ resuhadô~ do inquéri10. " Realid3dc" rc,.,clà eer1:1 parcialidndc. Depois · do abaixo-assinado pro, nh)\'idO z>él:l Socicd;ide Brasileira de Defesa dr, Trndição, Fa,ru1ia e Propriedade con1r:t o divórcio, do qual iodo o Brasil romou c-onhecimento. causa S,urprésa .-, :1(irm:1çlio do mag:1zinc, de que íoi déle a. "inici:uiv:l de ouvir pela primeira \'C'l. ô grande: público" a rcspei10. "iambém lturprccnde que "Rcalid:idc", ao fo1.cr cstatis1ica dos p:u1id&ri~ ou :1dvcrs.trios do divótdo segundo sua profissf•o, tcnh:, coloc:,do na me.sm:i rubrica Padres católicos. a.n1id ivotc♦sias 5>ot deíiniç~o. e p3storcs protcsrnntcs, gcrnlmc:nte divorcistt\S, para concluir c.1uc ess:i c:1teiorfa :11>re$e1ua 49 pessoas t1 favor do di• ,·61cio. 1S a favor dô desquite e 33 con1ra o divórcio e o d1:Squi1e. N:1o quero crer que um :;ó eclcsiás:tico c31ólico se 1enha mani(c.s1::ldo a favor dr1 dissolubilidade ele> m:11 drnônio. A me,,os que a tevista 1enh:1 :1cei10 corno de autt:n ticos J>3dres c;,1btkos \'OCOS :mônim~ . eomo o f1ue da ei1 :'l n:i p{1gin;i 102 de .seu n. 0 8.
Inverossímil · ·R, j:\ <1uc :-\' 1:il:1 em relsgifio. cabr um (1himo argumento. Uma vc1. que a imcn.sr, nrniori:l de.~ 1>0\' 0 bn,~ilciro e; t111óliea, e que o divórcio (; ca1egôric:1rncotc proibido pela lgrcj:\, r>~Hecc dt iodo inadmissível que corresponda à verdade dos fo1os r, conclus:"10 a que theiou o inquérito cm qucs1ão. de que 79% dos brasileiros o;fto :~ f:.wór do divórcio e: :lf)<!nas 21 % conlr-3. Aindn que .se descon1e do total dos c:tt6Jicos o número de votos di,.,orcis1:1s que p0ssa. derh·:H da ignorfinci!'I ou do telitX!'IMClllO , digi0$0, pateee.me e\'idcntt que :'I cifra de: 79% é for1emé nte: exa.s er(ld1'•. "b10 ímporti em obscrvár - concluiu o r>roí. Plinio Corrér\ de Oli,.•tir:t que, como $e dt1. cm filosori;,, o inquéri10 de ''Realidade"' pr<n•ou dtmois. ou scfo, nruht
f')fO\'O U ...
Assim cnraiz.ad,,. a socicd,,dc rio.. -grandcnsc seria. ;.to menos dcmro do possível para o século. uma sociedade hierarquizada, harmônica na diferenciação de suas classes, dotada de um profundo senso de equilíbrio en• tre a liberdade, a que convidavam irresistivelmente a faina campeira nas es1âncias sem limi1~,; e a ondulação sem rim do solo. a a largar extraordi.. nàriamcntc os horizontes do cavalei• ro nndarilho. e :1 :wtoridade incon• 1cs1ável e rcspci1ada do es1:Hlciciro. :l u m só ternpo patrão. chtíc militar e padrinho de sua grei. Mas es.,ça sociedade :surgia no momcn10 em que a Re\lolução investia furiosa mcnt<' contra a ordem cristã. As brochuras dos /il6so/os cnvcne• navam os povos ocidentais. Na Fra n .. ça rolavam as cabeças de Luís X VJ . de M aria Antonieta, tios nobres íiéis e dos Padres refratários. As lojas maçônicas mulliplicavam-se por to~ dos O$ rccan1os da E u ropa e da A méric-',
O Rio Gr,.ndc de São Pedro foi ~tlvo de. um trabalho feroz. dos dcs~ trui<loré!) Ja ordem ê da picr:lrq ui:,. A preocupação por êles dcmonsl rada par,j com :i jovem socicdudc gaúcha não reve talvez $imilar em ou1ras partes do Brasil . Ao cabo de poucos anos. Garibaldi. um tfo.s mrtis 1.lcst:1• cados agente:- inrernacionai~ tfa sub•
versão. foi desunaclo a vir, em com .. panhi:, de oulros carbonários, alfa. heliiar o Rio Grande na carrilhu <.los imooai.,· princípius.
Formou-se. entiio, a idéia fixa, até hoje espalh,,da por ai. de que o gaúcho ~cria por natureza igualitário, inimigo de 1ôd<1 hierarquia, e até da soci&bilidru.le. revolucionário ~or Ín• dole. que só admitiria uma autorida .. de nominal. como a p reconizada pe• lo cérebro de Jean Jacques Rousseau. A casa do gaúcho seria o rancho. Seu linguajar autêntico seria o de galpão. Seu ideário político seria o da liberdade sem peias.
A respeito desse Rio Grande des• conhecido, uma obra recente nos dá farto material para medilação. Traia-se de "O MARECHAL CAMARA". de autoria do Gen. R1NAt.OO PEREIRA OA CAMARA.
O Autor, que se distingue por seus csludos históricos sérios e in1cressan• tes. e por sua fé sempre afirmada. percebeu co m clareza a importância fu ndamental d as tradições de íamí• lia, da hereditariedade, do meio social e da Religião no desenvolvimento da personalidade. Foi mais adiante: compreendeu todo o papel das instituições tradicionais nesse desen, volvimen10, fundamentando-se em de Bonald, para quem ns instituições tradicionais não são válidas por serem antigas; são antigas por serem válidas". Não quis, pois. iniciact a .bio• graíia de seo iluslre avô sem an1es ,s1udar detidamente todos êsses elementos. No primeiro volume da obra, que publicou em 1964, faz com bri• lho estas Reflexões /111rodut6rias. 11
A ral ponto ,e propagou essa idéia que, ao apresentar Aurelio Porto uma tese ao I Congresso de Hislória e Gcograíia Sul-Riograndense, em 1935, na q ual provava que o Rio Grande fôra capitania hereditária, doada aos Corrêa de St a comissão de parecer não pôde conter o seu es• pan10. E abriu o seu veredito entre exclamações de e_~tupefaçiío e dúvid&s : ·1Choeantc, à primeira vista, o enunciado. Pois quê? Então o Rio Gr~nde, qt,e nos acostumamos todos a ver proclamado, por autoridades inconttstes - e até com certa ufa• nia. por que não confessã-lo de jamais ter tido donatário. consti• tuiu ''contrario sensu". uma tlonatn• ria outrora?" M ns. se é vtrdade que o gaúcho
!>Ofreu uin trabalho pcrtina2. destinado a conduzi•lo ;lO iguali tarismo, ao laicismo e às posições mais extrema .. das da Revolução, e se mesmo che• gou a se deixar influenciar por ês~c trabalho - como, aliás. lodo brasi• leiro e todos os povos do Ocidente cris1ão - tambéan não é menos ve1·dade que ;.,s raízes tradicionalisias de sua formação, lançadas durante o século XVIII . infl uíram decisivamel\• te no seu caráter. Efetivamente, como medraria nu. ma sociedade rnilirn.r e semifeudal hierárquica, por1an10 a 1endên• eia dominante para o igualitarismo? Ao contrãrio, são muitos os indícios que se encontram na índole e na história do povo do Rio Grande, de que o seu aruor à liberdade - que é um fa10. sem a menor dúvida 1cm originàriamen1e um sentido or• gânico c não liber1ário. A liás, é êstc o verdadeiro amor à liberdade; o ou1ro, o revolucionário, conduz fl cs• cravidão. A liberdade au1ên1ica só cxis1e dentro da ordem; e a ordem s6 existe onde há hierarq uia . A própria linguagem do gaúcho a do to u um 1êrrno típico IR1tafo - que bem caracteriza •• compreensão di1 necessidade da hierarquia social. "Não .sou da tua iguala". d iz
Descendente 1ambém do Viscon• de de .São Leopoldo, q ue foi o pri• m eiro his1oriador do Rio Grande, soube o Gen. Rinaldo Camara retratar uma época da hist6ria de sua província - a época do Marechal C•· mara, 2. 0 Visconde de Pelo1as - li• gando•a intimamente à etapa an te~ rior, da fundação, através d o esludo dos ascendentes de seu biografado. Ent re êstes, sobressai a figura extra• ordinária do 1.0 Visconde de Pelotas. Patrício José Corrêa da Camara. descendente de João Gonçalves Zar• co, descobridor da Ilha da Madeirs. seu Capi1ão-dona1ário · e fundador da cidade de Funchal. Ao longo dos seus capltulos atra• entes e da ampla documentação pu• blicada em apêndice, "O Marechal Camara .. nos permite contemplar ês• se outro Rio Grande, de que ião pou• co se fala, e sua elite em que não são raros os chefes brilhantes por sua cultura, por sua capacidade de or• ganização e de mando - qualidade. que Oliveira Vianna atribui ao longo tirocínio guerreiro dos povoadores tio Continente de São Pedro.
Prestou. pois, excelentes seJviços à verdadeira história de seu Estado o G cn. Rinaldo Camara. Esperamos 41ue o utros es1udos conscienciosos CO· mo êste - que, aliâs. não é o pri~ meiro de sua lavra - contribuam pa• rn que se for me uma idéia sempre mais precisa do gaúcho, e para que êsse povo, que. reviveu, à sua manei"'· os ideais da Cavalaria cm pleno século XVJII , reencontre a missão q ue lhe foi conferida pela Providência. desmentindo as conclusões ligei• ras u seu respeito, fr uto da propa.. ganda polílica a serv iço de uma de.. mocr~1cia rnal e ntend ida.
êle q ur,ndo quer frisar u ma dispari• dade de posiçõe.~. A e.stiinchl foi e continu,, sendo., em pane. uma escola de desigualda• de e cJc respeito. Paulo Xavier. em .. Rio G rande do Sul - Terra e P o• vo". íaz um estudo das rclaç-õcs do csu,nciciro com seus agregados, peãcs e escravos, chegando i, conclusão de que élas promoveram ··um tspíríto de: classe m ui10 parecido com o fe\1dal'". Ainda hoje. em alguns rincões do Es1atlo 1 se vê peâcs pedirem " ht11çiio ao fazendeiro. Ora. quem abcnço•• nãü é mcramcn1c patrão, nu sentido hodierno de empregador; rC• prescma um;, uutor idadc de naturc • za. muito mais p rofunda e hum,u\a. . •
Homero
Barradas •
'
.O. encarecim ento dos custos
.
· obriga-nos, ainda uma vez, a reajustar os preços das assi-
.
naturns e da venda avulsa de
" Catolicismo", .que vínhamos mantendo inalterados há quA-
se um ano. Assim, a partir de 1.0 do corrente, nossa ta• bela é a que figura na sexta
pá~ina desta ediç~o.
Plinio Corrêa de Oliv eira fala ao Congresso de "The W anderer''
DIÁLOGO E ATEÍSMO e
0~•10 noti~iamos cm nosso último numero. a Sociedade Brasileira de Defesa cfa T'raJiçf10. Familia e Propriecfade partici• p0u. cm julho p. pass:tdo. do ' ' li Natiooal Wandcrer Forum... realizado em MinneapoHs, no Es· tndo nonc-americano de Minneso11n, tendo por 1cma : "O desafio cris15o no ateísmo".
No cs1udu cm :·• prêço a baldcaç;.lo \'Cm consi• derndn como ca1>::t1. de se desenvolver cm qual<1ucr tl.!nHI, 0:1do que o programa dêstc ~ongrcsso se rdet<: especialmente à 1ransfor1n~,ção da fé cm ateísmo. o assunto ''diálogo.. strá nrnis apro, pr-iadamente aprescn1ado do p0nro de visrn da f~.
, ::. sessão in::i.uguràl dêssc consrc.sso de ami~os <lo tmeosâ rio de orientação cat61ica e con-
sê:1·v:,dorn "The War,dcrer", foi lida cm inglês. por .. um dos delegados- da ·rFP. o Sr. Ju1io Ubbelohde. uma conferência 1!-Serita pelo P rof. P1.n~·10 CORRiA DE OLIVEIRA, que íôra convidado a
desenvolver o tema:
"Diálogo e ateísmo".
Pela grande OPor1unida<le de seus eonc:ci1os, pass:unos a lrnnscrevcr o texto dcs.sa conferência :
A
GKAOECO aos promotor~s do Far,1111 p<>r tereri, convidado 3 SOCIEOAOE BRASILEIRA DE 0 E t'ESA OA TQAOIÇÃO, PAMÍLIA e PRO·
PRl~OAOij a parhc1par de uma reunião de u1nt~, imp,ortància. Bs.~ convite exprime a convicção de que a c:tt1sni da dcíes.\ d:\ América conua o comunismo é 11mn só. Tal convicçf10 tem por pressuposto o reconhecio1er110 da unidade não só geográfica mas histórica de 10<10 o nosso continente. e da unidade 1ranscendente da civiJi. zaç-iio cristii cm côda a A,nérica. Ê isto tor• na ~obrem:lneira atual e simpático o convite que recebemos. A comissiio que represenia a Sociedade Brasi• leira de Defesa da Tradição. Família e Proprie• dade, bem como os v31orosos grupos congêneres de "CRVZAOA". de Buenos Aires. e "F1ouc1.c. de Santiago do Chile, tem a incumbêncin de ;l(ir. mar nqui que se compreende na América do Sul o 1rír,lic,c vínculo de unidade a que acabo de me re ferir. 1\ consciência dês,se vínculo é pois cO·• mum aos americanos, do extremo sul a1é o nor. 1c. o que c1uer dizer que substaneiahnente e.xis1e. e111re nós a união de a lmas p:ara uma grnnde mis':>50 histórica. comum. Venho 1r:1zcr a &te r len:írio :i Mirn,;içfio dn inteira compcnetraç.tio, fervor e le:\ldade da famíli:\ de :\lmas constituída pcht Sociedade 8rasi1ckn de Defesa da Tra~içâo. Família e Propriedade. do Brasil. ·•Cm; zada". da /\rgcn1ina. e "Fiducia", do Chile, no que se r~ferc a êsse nobre ideal de unidade. 1:elicito os o rganizadores do Forum pela inserção do tema desta conferência no progr;:una. Mos1r:-1 êlc que estais alcrt3dos par;1 o perigo de uma transição. J>Or crn1>as s;\bi:1n1cnte calc:1• ladas. da 1:-é e de uma civilização baseada na F'é, 1>arn o ateísmo e urna civilização baseada no :ucismo. O chamar a atenção l)ara êssc ponto reveh1 da p:lrte dos que organizaram ês1e cuta• rne uma visão de flagrante atualidade. Pois os coinmlis1as, cootim1ando cmborn firmes no pro-' r,ósito de cooquistar o mu,1do pela fôrça, isto é, por guerrilhas. golpes de Estado, revoluções e guerras, deitam hoje uma esperança Ol\1ito especial em OlHra forma de conquis-1a, que lhes p:,rccia até ;tg.Ora francamente secundária. Essa for• m:•. <1ue êlcs planej~ram cuidadosamente. e na <1u;\I vão invertendo gr~1ndes recursos. é a J,altleução imufrerthla de muhidOOs que crêem cm Deus, pãra o ateísmo. de m:,ssas gcnuim1mcnte an1 icom11nistas, par~ o comunismo. Ao mesmo tempo efeito e causa dêstc fenômeno é a progressiva transformação das leis, instituições e costumes da socied:,dc ocidental num sentido sempre mni~ hosril à livre iniciativa e à propriedade, para que o Ocidente fiqu1: cada vez mais parec ido com :, sociedade comunis1a, e por fim com ela M! con• íund:1. Essa tátic.;."t foi obje10 do cswdo intilul:HIO ''BA1.o tAÇÃO IOi!OLÓGICA INAOVER.TIUA 1: DIÁLOGO", C$·
crito por mim. e é ·até de se admitir que cm raz.i.o dêsse livro é que foi dado a um membro da TFP falar sôbrc o assunto neste magnífico Forum.
Como de.sejamos focalizar <1qui o diálogo cnqu::11Ho oôvo c.str:u:igcmn eomur1is1a, é necess...4rio chamar a atenção sôbre um aspecto d:.t dou• 1rina marxista talve.z niio Ião conhecido - e que mosira como não é. ::ipcnas no diálogo que os comunis1a~ coh.>e:im suas e speranças, mas também na metamotfosc gradual das leis e dos CO!>tumcs. Refe rimo-nos ao modo pelo qual consideram ales a · relr1ção entre as convicções religiosas de um~ pessoa e a influência que sôbre a mentalidade desrn exercem as instituições econômicas, poltlicas e sociais cm cujo quadro t ia vive. P~ra os comunistas a religião é um fenômeno de :'\licnação. Alienaç.;i.o, vis1as as coisas nesse ângulo. é o raio de alguém estar voha(lo para outrem e servir a outrem. Quem se encontra nessas condições é explorado por outrem e não se pertence :, si próprio. Deus, par:1 o m:lrxismo, é um mi10 ao <1ual o homem se aliena p0r um jõgo ps icológico semelhante àquele pelo qual êle se alienava outrora n Rei~ e senhores, e ho je a patrões. proprietários e governantes. En1re êsses vários tipos de alienação. Mi uma correlação no espírito das massas alie11adas. Em outras palavras. cx1in1a ::i alienação cm um campo, de• bilirnm-se inevitàvclmcnte as fibras por onde a me,ue adere 3 alienações em outros campos, Por exemplo, segundo êsse princípio, numa socied:1de que se t0rnasse atéia. a realeza. a nobrez::i e qualquer rorma de dependência política. Hind:1 que democrál ica. bem como a propriedade privada, ícneceriam gr.wementc por foh-:. de s:eiva, Reciprocamente. 3 se aceitar tal principio. f'luma sociedade de rories convicções religiosas, que se 1ornasse in1eirame1He igualitária pela abo• liç~io da iniciativa privada. da propriedade i1tdi• vidunl. c1c., a religião perderia sua seiva. Em um e outro caso. o homem ficaria por fim emancipado e livre numa socied~1de anárquica em que :né o Pode, Público cessaria de e.xistir. Assim, vcmo-s que o ''ideal" anarquista da igualdade completa e da comple1a liberdade é gémeo do ateísmo total. no espírito comunista. Seriá o caso de nos perguntarmos se tudo nessa concepção marxista é falso, e se não há ai• gum resíduo de verdade na correlação cnlre ~, fé e uma justa, c ristã e harmônica desiguald~-tde en• Ire os homens. Falo. é óbvio, de uma desigual• dade purnmcnte acident:11, pois substancialmente os homens são igut-tiS na orde.m d;:-t naturew. E, , se desigualdade há en1re êles oa ordem da grn• ç,1, é certo pelo menos que tc.>dos são ch,1mados para :, vida sobrem11ura l. por h:wcrem sido re• midos indiscriminad:rn1cntc por Nosso Senhor Je. sus Cris10 . o que os fo z iguais, a ês8': título. ori ordem sobrenatural. São T omás de A·quino nos ensina na Sumr, contrn os Gentios' (livro li, cap. XLV ) que. pOsta a cxis1ência de vári:-ts criaturas, estas são ncccssàriamcnte desiguais entre si (na ordem acidental). pois do contrário haveria algo de redundante e imperfeito na obra de Deus. E explicando a excelência dessa estrutura hierárquica na Criação, êle indica ( no livro II l, cap. LXXVII), cnl l'c outras razões. que é, bom que uns 1cnh~m mais e outros menos, pois nssim os primeiros r,odem dar algo aos segundos e. com isto, representar junto às criaturas a munificên• eia e 3 bondade divinns. Oêsse modo, par.a o Doutor U niversa l. ;\ presença de justas desiguald~des prepara 3S ;ilmas para 3 aceitação da cxis•
1ência de Deus. E com a supressão delas só pode lucr~r o ::ateísmo.
Com i:):10 podemos compreet1der que, quando os comuni~tas dcscj:1m instituir a igualdade completa para dessa íorn,a favorecer o ateísmo, êlcs de fato c rinm c ircunstâncias propícias ao obje• tivo q ue têm em mente. ll-nos necessário pôr em realce esta verdade residual. para deixar claro que o fr\ltO atcíslico que o comunis mo es pera obter de S\la ca mpanha em prol da igualdade e da liberdae;te., no mais exagera<lo e abusivo sentido dêslcs nobres vocá• bulos, existe, e não é mera concepção cerebrina. Em ou1ros têrmos, a tfttiea ig\lalitarizantc dos co• munistn.s constitui um perigo objetivo e real, con 1ra o (1ual nos devemos prec~wer.
Isto pôsto, convém não perder de vista que, entendidas no seu sentido cristão, a igualdade e a liberdade são valores preciosos. que a l greja senlpre timbrou em favorecer.
Essa propaganda (oi clara, e até bmtalmcntc c lara. Não houve insulto, nem calúnia, nem SO• fisma1 a que ela não recorresse.
Se êstc estilo propagandístico malogrou. é de bom senso concluir que se tornou necessário para os marxis ta s apelar para o estilo oposto, ou seja, para aquêle que consiste cm levar os homens ao a1eismo por meio de uma difus.io hábil, sem que ê les o percebam. Pa ra isto, o marxismo tenta condu7.i•los não só c diretamente à negação c.: uegóriea de Deus. mas por vêzes a uma pos ição relaüvista. tõda feita de dl1vida. a respeito de sun exis1ência. Como a crença em Deus é uma certeza, aquêle que duvida j â tem o ateísmo instalado cm sua a lma, pelo menos em estado germinativo. Conseguido o ateísmo que chamaremos inicial, fácil será chegar att a negação categórica d<: Deus.
O difícil, como dissemos, é criar a mentalida• de relativista em a lmas iluminadas pela fé. isto, o grande es1ra1agema é o diálogo.
Pàra
Assim, laboraria em êrro quem dissesse que o apr~ço a êsses valores. e seu justo e propõrciO• nado reflexo nas instiluições, nas leis e nos costumes. imporia na realidade cm favorecer de a lgum modo o ateísmo. O que é marc,a do por um sentido ateístico, e conduz à formação de um estado de espírito atefStico, é o anelo de uma liberdade e de uma igualdade a ntinaturais. excessivas e quiçá totais. O anarquismo, que cons~ titui a etapa final da luta de c lasses, visa êste escopo. S nis to favorece o ateísmo.
Não me refiro. é claro. ao ,li&logo ,Ja salva• ftiQ, recomcnd3do Por Sua Santidade o Papa Paulo VI, que tem por base. no interlocutor ca• tólieo. a plena certeza de que a única Igreja ver•
Creio que não seria necessário acrescentar qul! a lurn contra as de.sigualdades injustas e despropOrcionadas, bem como contra as indébitas l'eStrições à ampla liberdade que a lei natural confere ao homem. de nenhum modo pode ser considerada em si mesma favorá vel ao comunis1no e ao ateísmo. Pelo contrário, tal luta deve ser admitida como um direi10 e não raras vêzes como um dever para o cristão bem formado. Julgo que. dePois das Encklicas "Mater et Magis• tra", " Pacem in Terris" e "Ecclcsiam Suam". é supérfluo insistir neste ponto.
O diálogo comunista é malicio~o. f;Jc tem um ponto de pariida parecido com o diálogo reco,
Ficam, assim. bem caracterizados os dois senlidos. om explicitamente anti-religioso, e outro apenas implicitamente tal (POiS en1ranhado p1·0• íundamen1e nos campos econômico e social} da ação ateís1ica do marxismo. Parcce•mc que esperais que não permaneça. •mos longamente no plat10 do\llrinário c 1n q\le nos s ituamos, e que passemos a indagar qual ~ a maneira moderna pela qual o comunismo desenvo lverá gradunlmenle sua tática de penetra• çf.o ateistica. Para esta pcrgun1a encontrareis ampla resposta cm dois livros que escrevi e foram edilados pe-
la Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Quero me referir aos eosaios "BALOEAÇÂO 101;,0LÓOICA INAOVERTIOA E 10 l>IÁLOGO", já mencionado. e A l,.IOERDAOE DA 11 ICRF.JA NO .ESTAOO C0M UN1Sl'A •
No primeiro se faz uma 3nálise do diálogo a serviço da propaganda a1cística . Notemos de inicio que todos os esforços rea. lízados pelos comunistas c m favor do ateísmo, nos liltimos cem anos, redundaram cm completo malôgro. Isto é. nem <!e longe a existência de qual. quer religião, e menos a inda da Religião Católi• ca, ficou comprometida com a propaganda dis• ~ndiosa e dotada de alto teor técnico que Marx e seus con1inuadores realizaram dos meados do sétulo XIX até nossos dias.
<ladeira é a Ca16lica.
Consisle êste diálogo nu•
ma argumentação amena en1re o católico e o não católico, na qual cada parte tem cm vista não só o que a separa dá ou1ra, como o que a ela a une - e na qual o católico tem cm vista trM·.er para a aceitação plena da verdadeira Fé. o não
caiólico.
mcndado por P aulo VI, mas não rnrda cm res• valar para os atoleiros do rclativis,no.
Em lugar de nos atermos a descrever esquemas, figuremos uma hipó1c,se concreta. lmagi• nai alguém que creia e ,n Deus, mas esteja tra• balhado pelo que chamei em meu ensaio de /Ji. n6mio me,Jo e simpa,fo~ isto é. pelo pânico do comunismo e por uma certa sin1patia cm relação a êste, provocada pelos germes de socialismo sen1imental e utópico do século X IX que todos c:irregamos cm nós. Sob a ação de tais fatores de-' seja essa pessoa, acima de tudo. um modu~~ vi• v~ndi com o comunismo. Infelizmente, inc:on1áveis s5o os homens que em tal caso se enc:on1ram : crêem em Deus. mas sofrem, no que se refere à sua fé, o influxo de vários fa1ores de debilidade ideológica e tempe. ramental. Estã.o êles prediSPoSlOS para a open• ção, fri a , sa.gacissima, a que os quer submeter o comunismo. • Numa primeira fase, a pessoa que figuramos começa a dialogar cordialmente com o.s comunistas. e essa cordialidade, deíorinada pela influência do medo e da simpa1ia, e pelo desorde nado de.sejo de unidade a qualquer preço, que se segue a esta influência, dcsarm3 tódas as ob• jeçõc.s que o caráter intrinsecamente perverso do co1nunismo nela suscitava até há pouco. Por certo, se algu~m a ·interrogar, e la dirá que seu diálogo visa a conversão do comunista. Mas, subconscicn1emente o medo a leva a dese• jar incot1dicionalmente tal conversão, pois, do con• trário, e la se vê fustigada, massacrada e aniqui• lada pelo adversário comunista. Assim, o desejo da conversão e o da unidade a todo custo aca.. bam Por ter um igual gr3u de intensidade.
•
Numa segunda fase, essa propensão à uniito
a todo preço ganha corpo. Com efeito, o medo é um sen1imen10 que fàcilmente se dilata cm pâ• nico. E por outro lado o contacto cordial com um comunista blat1dicioso pode adormecer prevenções e aumentar simpatias. Neste ponto o de• sejo de converter se torna menor do que o de chegar a um acôrdo. Para se (azer mais atraente o nosso c rente aceita - com vistas a tornar
A abolição da propriedade privada faz soprar sôbre a s alma s um vento de ateí s mo implícito mais cordial o diálogo uma ficção segun<.lo a q ua l êle e o alcu não se acham ern posiçôc.s
anrngõ nicas preconcebidas, e correm juntos, de braços dados, à aventura excitante da procura de umà "'crdadc comum à ambos. liwoluntàri:imcntc, despcrcebid:lm.:n1e. o intc rlocu1or que crê terá p::a:,:sc1do d:, cc nez,, du verdade <1ue ê le J)OSsui, par ~, :., pesquisa de
verdode d êS(:Onhccid:.'1 - e a pesquisa neste sentido já é tt d(,vida ;, . Rcsh, s6 :-iproíundá-fo. u 1n11
■
Numa terceira fase. aprofundc1odo,se sem, prc mais nas regras do jôgo, o interlocutor cren-
te. desejoso de um acôrdo a todo custo, comcçn a ser 1rabalhado pela idé ia de que é mais Polido, mais elegante. e até mesmo l'n ais caridoso. que êlc e o ate u reconheçam haver parcelas de. verJade e de êrro nas respectivas posiç&s. E de q ue cm e.S....::ência. em tõdas as discórdias. o obje1ivo final não consiste cm q ue um:. parte persua<la :.1 o u1 rn . mr,s c m q ue ambas encontrem juntas um~ tercei n, verdade, c.Jepurac.J;, e quinta -esscnci~d:1 das opiniões :tmitéticas ~interiores - ou poss'ivclmenre um:1 rcíormufação das verdade~ anque ponha cm realce umri medula teriores comum ::i ambn:,;, e libere o q ue nns respectivas posiçóts h:.wia de especial e melhor. A-;.sim, para o in1erlocutor cren1e • .tcab-Ou fi. c:-, ndo c laro q ue: o diálOi:O é um pro,:.e sso de coopén,ção dn tese com a :,ntitesc par., n c::1:'lbo• rnção de uma sín1c:~ superior.
Tese .. . an1ítef.:e .. , sin1c.sc . ..
Tudo, tm tal
pcrspcctiv::i, se reduz a i::;10, n.1 vida e n:, his16ri:, do pcnsr,me,uo hum~rno. •
Q u:tndô c~-.ia pen.pectiva es.t{, bem mdicada ,m mente do st\1 in1crlocu1or, o comuni:Hn lhe desvenda uma surprê.s.,, e com cs1;1 o nosso cren• h;. que melhor já seri~1 chamar a esta altura de ex-crente. enl ra num~, qu:uta fase. Côm dei10. risonho e escondendo hàbihnc.,,:e. s un sensação intcrn.i de vi16ri.t~ o comunil>ta lhe dirá : meu amigo. você ncabn de descobrir com o~ recursos f>C$SOais de su:a inteligência uinn g,r;u\de verdade . ·Essa verdade q ue você descobriu coi1\Cide com a descoberta de ul'n grr,ndc fi. lósofo <1ue viveu hG mais de cem anos, e que
MliNSARIO COM APROVAÇÃO F.Cl .t;S IAS'l'ICA
Oir<:1or Mo ns. Anto,,io Ribeiro ,lo Jtosario R.t rl~1çio e- ,1d1olnlstrn('âo Av. 7 dt SC"tcmbro, :247 - C. po.sfal 333
AS;!,in:tfuras P.ou:ll~: comum: CrS i .000: beníei1or: CrS 40.000: 1:1,rnnd(.' benfeito r: CrS 100 .00()i seminaristns ç estud:in1c...::: C rS 6. 000: Am<:ric:i do Sul t· Cc111rnl: USS J.00; idem Jk)r vi:1 aér<:j: USS 4,00: ô utros países: USS 4,00: idem por vin aérea: USS 6,00. Número avulso: CrS 600. Número :1lr:\S~do: CrS 700. P:1rn os Es1ttdos do AC, A I... AM. GO, MA. Mi, PA, PB, 1>E. JJJ, RN, SIZ e 'l'erri1órios. o jorn;1I 6 enviodo por via. rtérn pelo 1>rcço d:, àSSina1ur:1 comum. •
Pim• nmdança dt t 11der~ç-o d e a.ssl.• 11:ulft'S, m enc io nar lamhl m o endcrt'ço .-nllao.
V:,k~ 1>ost:1i, , t':1,rns eom v:llor dcd:imdt), d1cquc...:, dever:io .'iCr en vfo(.)os (:ltl nome d <" um dos $\:RUin{es Agenu::i: e 1mrn o rc.•~pcctivo çndtr(-ço: Aacmlt' Rt-.ral: Or. Jc)Sf J t Olivtir;1 AndrÓdç, c:,ix-.\ J>OSt.:11 JJ), Campo$, RJ; A;ttnlc para os Esla•
d os d(I Pa raná, Rio G'r.mdt' d o Sul. Santa
C:.t:1rin.:a e Siio Paulo: Dr. Jo~é tuis de r-,cit:,s úuim:.uães 1\bfas, Ru:1 Cas1ro Alve..-:. 20, SMW!i, SP: ARt llft' par~ os E.«a• do$ dt' Colàs. M :iao Grosso t M lnns Ge, ~Is: úr. Milto n de S:tllcs Mour~o. Ru:i. São P,mlo. 824. safo 809. tcldone 4-8630, Hcl o Morjzonlt"; A J,tt'U.tc p;m1 ,, fo;.,"ttt do da
C u:rn:1b?.r.1: Or. Luís M. l)uncan. n ua Cosme Velho, 815. telefone 4S•82M, Rio tlt J :,neiro: AJ:('Utc p~irn o f~1sado do Ct";id : l)r: José Gerardo Kibciro, Rua &nndor Pompeu, 2120•A, f'ot1a le1.a: Agentes para a Argtnllna: " Cnn:ada", Casilh, Je Correo n.0 169. C~pi1al Federal, Argen• 1in::1; As:cnltf Pura o C hile: ''Fiduci:\", Càsilla 13772, Correo IS. S::inti:\go, C hile.
Compos.10 <' lmprc.s..so na C iit. LUhographk:i \'plrnnJu•
alcançou a glória tia i mottalidade na memória dos homens. O grande Hegel fazia consistir na 1csc. na antítese e na síntese àS três ernpas, os uês momentos do pensainc,110 universal. MMX. 'nosso genial Mnrx, :1eu co1Hinuac.lo r, que alguns S:.1cerdotcs reconhecem ter sido l"nab cficicnh:: do que .-s Encíclicas e o Clero n a defesa dus rcivinc.lic.:àÇÕC.~ operárius. depurou o pcnSl\rnento de 1-legel, trnnSJ)Ondo,o dos mundos irnpalp:.f.veis do espírito !iOnhador par:, ~,~ rea lidndes tnngÍ• ,•.:is d.1 1fü1ttria. Ai tem voce o m:s(crifllis rno dinfé1ico. Em última ~mílise. como você bem diz. tudo é relativo. Você não é materialista e cu sou. Oialogucrnos, Pois. Dêsse nosso diálogo 1)al>Cerá. 1:erada de sua tc-.e ç de minha antítese. uma sín1eSc.: no va .
E eis nosso e:<-crenrc - no qutll o de,se:jo de unir elimino~""°'b de converti:r - sõlidsmente in.-. 1alado n:1 dlíi-1Jn univers.11. o,l dialética marxisw. rumo :1 J m:1 te rceiru pcsiç5o (.1ue supere: ~1 crença cm Deus e o atcfsrno. E o curioso é que êlc aind;, se imagina crente! O que aconteceu é que êle foi h11/de,ulo itu,dve11itl111nt:1tk dr, sua crença par.1 o ;1teísmo.
Nilo se surpreenda o ouv1111e. dcspreve11i<lo. Fundamc1ltalmc1\IC diaJé1ico, viscer:-1lmen1c cvôlu• c ionis13, o comunista verdt1deirnmentc cQ1\hecedor da doutri nrt que professa niio i1dmi1c <1uc o c.o mt111ismo sejt, o \lllimo esulgio d;.1 evoh,çiio. No, v~ panora mas in1prcvis10S, pcns.a êle. il'::iO t1ind;1 surgir, depois do comu nismo. no~ íiru)üO'lentos do rel:Hivismo e da dúvid:1. O connmis1;1, íund:t• mc11t<1 hnc,ue, é um relativista. Seu verd:H.leiro :tdvcrsário não é o u1ro rCh,1ivis1n, pois:, com ê.ste, ê le est;í sempre disposto :n enírcntiir o di:ílogo e n pôr em jôgo os clcmen1os da tese. da ::-1n1í1c.::.e e da $ín1cse. Po r i:a o. o Eshldô comonist~ deve dar liberdade de culto. de palavra e de nçiio ao "crente" rclativis1a. Bsté (1l1i mo. 1:01.:mdo de 1:il liberdti<lc, ~ sen1irá :iaurdido e s urprêso. Tô, d:.s :-.s exigências de se.v p:tnico. tôdM a~ :1pc• tê1lcias de su:i simpt1tit1 est3n"io atendidas. O pobre rolo niío perceberá talvez que j{t foi (11rnído pelo comunismo, e j á sé deixou devorar. Êle é um :11cu. O verdadeiro advers..írio do marxismo é o crc,Hc não rcfo tivisrn. Bstc tem certcz:.s. P;1ra êlc há uma verdade e um ên-o objetivos. um bem e um mal ohjc1 ivos. f>:1rn êle. a discu~s:"io conduzid;\ segundo as hcK1.s normas da lógic:1 é um meio de evitar o érro e conseguir a verdade.
Para êssc cren1e qu~ ê le e s6 ê lc é um c rcnlc - o co,rnrnismo nega ::-1 liberdade de cul• 10. :i liberdade de palf,vra. :t liberdade de :ição. P ara êlc reserva seu dc~prêl.o. ~u ódio. su::is r,crscguições. D ig;unos tudo: par:, ê le. em vc1. t.1;1 liberd:.ide cômoda co11cedid:1 ;·,o "crcn1c" rcl:,livist:l. o coom1\ismo s6 tem mas:morrM. nas q uais $C- depc.rece pcl:1 inst1lubridade, pela doença, pcl:1 romc ou pelo 1rnbalho e:<ccssivo: uma morte. infaman1c. precedida 1>0r uma. long:i 1o rtur3 da :1lm:1 t do corpo. nunrn :1tmosícm em que ni'io entra um m io de esperançri 1errc1rn 1 nem mesmo o lcnitivo de um s6 gesto de carinho: u111 horl'or, rnciocinam ris oomunis1ris:. e com êles lodos os crc n1es :icomod:llícios: " gl(ufa do nrnrtírio, pens:tm 1odos os ho,nens que acreditam cm Jesus Cris• 10, Filhó de Deus Vivo. e ttue s:1bcm o p rémio q ue Êlc rescrv~, :\Os <1uc O :Hnam sôbre tódatas coisas: •1&;rei Hu inc,m10 ; 1 vossa rccompcn.-:a, dcmasifldamenlc 1-:n,nd,/ ' ( (..icn. 1S, 1) . T~:,mos aq11i ,10 problcnrn da liberdade religiosa. Vimos que., na moderna ofensiv:, :11eís1k;1 do comunismo. :1 :,ccit:1çí10 implícil:l da dtívida 1cm por prémio :1. libcrda.dc. Ao crente 1íhio, cormído de medo e simpa1ia an1e o advcfsá rio. o ~om,111i:.1llO a<::en.1 com a li• bcr<l:tde, e lhe diz: i.:Sl l\ -.crJ :1 hrn rccom1,cns11 imcns:uuentt eómodit.
Fci1a :,ssim :l :m;ílisc Ja t:'1tica de fM"11cHaçiio in;id ver1id:t ma.is csuit:1 e dircta111en1e ~,tcístic:a, do comunismo. em seus ;u:pcctOS mais s ubtis . cíic.icntcs e .s:1tfinic;\mente :,gc is, c uid:,reinos agora d:t pcnc(r.u;:io atcístic~, il\tubada no pr0t.:csso i~ualitàrio. Este assunio íoi 1ra1ado nurn outro cn~~1io. "A UOERDAOF.
OA
IGRE.JA
NO
ê.S'IAl)O COMUNISTA'',
que. como o 1>rimciro os Sr:,;. verão poste riormcn, te. em nosso 40 Sl:ind". O seguinte problcm:, ê nê1c estudado : se um govêrno comunista ofore~ cesse ti Igreja libcrd:tde de culto. de pfil.:tvra.. e de ~w5o, inclusive pura combater - combater dk-1~
létic-a mentc, é imp0r1an1e notá-lo o Meismo, r-11as e xigisse como c:on1rapa.r1ida que ai.. auto,idt1dcs religiosas. ensinando e mbora, con, pala vtas rápidas e ligeiras, que a propriedade ind i• vidu:,1 é legítim:,, recomendassem um:i nct.:ita• ção a ltgrc do falo consumado d:. colctivii3ção de bens, poderia tssa sugestão dos comonistas ser acolhida pela (greja? Ê.-ih: é um problc:nm que se mostra par1ieuhumente penoso pant nn• .;õc~ cat6liei1s come> n Polôni;, <: ..'l Hungria. Como é naturol, uma q uestão lle tal g ravidade comporrari:-, vários aspecto~ que não é o caso de expor aq ui, nem sequer rc:sumid,1me1\lc. uast::t-me dizer que tim !ai acôrdo seri!I imoral. A onodoxia desu, tese foi claramente acentu:,~ da pela Carrn da Sagr:ida Congregação dos Se· n\inários e Universidades que cxplíciu, e c::ucg:õl'icamenlc louvou o e nsaio sõbrc " A liberdade d1, Igreja no Estado comu nisw''. A nós, no mo, nu.:n10, não in1erc.~a tanto estudar a moralidad..: de um tal acôrdo, quanto perguntt,r que vimtagcns ê lc o ícreceria à ofonsívn a1eístit:1 modernn do comu1\isn,o.
A propdcdadc 1>riv~1d:, e seu comlflrio .J1eccs...:ft.. rio. que é :-. livre inich1tivi1, 1êm como con~~ qliênch, unH• ordem de cois:1s cm que tódas t,s desigualdades de virtude. de capacidade, de edo• caçã o, de iniciativ,, e de for1t1n n se podem cxptU\ · dir livremente (e t5o livremente t1uc, em rn1.ão do liberalismo do século passado. se chegou :1 certos cxct.:SSO!i ;;iberrnntcs, do~ <1ua.is nlgt111s :,im.fa perdur!un hoje) . Aqui, dcvemm i1cenumr 411c. como vimos, estas desigualdades, desde i1uc :-.e dese nvolvam dentro dos limi1t::,, d;.1 j us tiç:1 e ..,1n caridade, predispõem fortemente :LS almus :l COI\• fia r cm Deus . como unl mo<lêlo irrcfr~1g.àvelmcnte perfeito de tudo o que 1\elas é reto, nobre e cheio de dignidade. A abolição da propriedade pri~ vad,1 c:<tingue tÕ<.las essas dcsigur,ldades cm su:1.s raize-s , fazendo $0prnr sôbrc o espírito hu• mano um írio vento de ntcíi..mo iin1>líeito.
l1"'1c procci..w gradual. d i:\lé1ico e. in.idvcrlido de :Hci1..ação assim cs1ud:1do, cumpre indagai' agora q ue imponâ nei:'t tem êle para ~1 impla,uaçi:'i o do comunismo no mundo. P o is, se é verdade que não se p0de ser verdttdeil'O comunista sem ser :11cu. são por Oli1ro l:ldo incontáveis os ateus n:'.io comunist:1s. E p~r:i muit:is pessoas n5o fi. c:a rfi claro. à prime ir:i visrn. <1ual :"1 vantàgcm que o comunismo ~ufert: de "íabric:1r" :11eus se êstes p0dcm dcp0is n:io se tornar comunistas.
Um:, 1>riinein1 rcspost~ se :-1p1•csen1:1 desde logo :1.0 e•..::pírito. O ctlr(1ter ntcu e.lo comunisn,o f, de si, um obst:íeuJo :, que ê lc s.ej:-1 acei10 por ceo1cnas de milhões de 1>esso;:ss que crêem em Deus. êstc obs1.'iculo a <1ue elas adir3m 30 marxismo.
Novarum" a1é a ''"-·1nter ct Magis1rn" e de outro lado tll p0si1tiiC> comunista sôbrc o mesmo ussunlo. Quem conhece .is refcrid:,s EncicliéitS 11f10 po. de ignorar o vigor com q ue elas pleiteiam puni .as e las.ses desfavorecida:,,. condições de vida me• lhorcs. A ~1cus:1çâo comur1isu1, d e que a religiilo é o ó pio do povo, constitui uma imposluro que hoje provoca um sorriso des dcnho:-o . Isto ni\o obst;.rnle, as Encíclica~ concinuam in, 1eiramen1e fiéis :ios princípios da livre inic:ia1iv;1 e da pl'opricd:ide priv~d:i. F. isto por<tue c:h1s reconhecem cm cada homem - <lc:ntro emborn dos q u.idrvs do princípio de: subsiJinriedade e d,, furu;:io .social d:-1 propric::d.t<le - um ser íun• damc111ahncnlt: livre e Jono de si mesmo. Co, lllO dono de si mesmo, êlc 1:,mbém o é de sua ali• vidat.le t: d o produto <1ue desrn i,cividndt.: lht.1 advém.
Or;,, é de suma imponância lcrnbr::,r que i:s1:1 fund:-uncnt ação J:, livre inicir11iv:1 e da pro, pricdadc individuul na próprin natureza hu1m1nn é explic~1c.h, nm,: Eneíclie;,~ t, partir de 11111 p0n10 <1uc toca à Re ligião: o homem, en:,,iLltn'l elas, n5o é 111na panícula dêmcro e inconshtcntc llo imenso todo que é o cosmos materi:ll. O homi.:m tem uma .ilma c.spiri1u;.1I e imorrcdourn, 11111 des• 1ino pesso:\I sobrc 1latural c eterno. U é Por isto i1ue h (l nêle 111u "cu1· irn:du1ívc l e inconfundível. c;:ipaz de ser dono de si mesmo, de seu corpO. de !!leu tr,,b:ilho. e do produlO dêstc, e pac:t o qual direi:-, e primordialmente se ortfcnam :,,cu M1lârio e :is cconomi;,s h:tvi<fas de seu tr.,b;1lho. P~1ra o comunismo. ao invés, o homem nada é. e ..i ln,m;\nid:tde Ç iudo. A humanid:tde sim, m;1s e nquanto considernda como a parte mais cvo, ,
luíd(t do universo ma1er-i.1I. De onde, cm (1hi1m, :1nálisc., o v;do r supremo é a mn1éria. Oc .icôrdo com c~-sa concepÇ:,1o, cad;, pessoa human:, nfio é mais do q ue um respingo íugat d;. m:11érb, unH• parcela inst5.vc1 de um todo. ;.1 qua l nrío tem ot1tr;;'I razão de ser senão a de servir ct.:ga~ 1nen1e .às fô rças da cvoluç5o q ue impcl_cm ês.se todo pum um progresso indeíinido. .Ern ou1ro.s têrmos, a douirina d;1s Encícli(~tS 1orna evidente (IUC :t <::renç:s na cspiritu.:ilidadc da ;.t lnla e em Deus impõe o reco_n h(:timento, pa• ra cada homem~ do nobre atributo d:. livre iniciativa e (1:1 ig ualmente nobre capacid3de de ser propric1,lrio. Pelo eontrário. o a(eísmo e o ma1erialismo conduzem tõgicamentc• - e ainda que niío o pc,cebam muitos ateus - à negaçf10 Ja livre inici~tliva e da 1>ropried:idc. privadn, e à aceitação de u1n regime soci:.~I e econômico q ue a jush1 thulo leva o non\e. de comunismo. 1.~to Jcix:l intcirnmcntt.: cl:tro quanto <> co m u-
nismo hu;ra, com sua ação :,1cístic:1, para a im • planiaç.lo de S,C\1 rcf!ime ~oci:,I e ccooômico.
E~:, resposta, se bem que vcrd:1dcirn. n5.o con1ém 1ôdo :• realidade. A' p.'iicologi" do homem nioderno est~ muito longe de .ser cst:!i1ic:1. Nela se 1rav:'I u1ll::S dura e contíniw bat:1lh:1 entre dois s i:ncm:,s oposros, ou melhor, en1rc duas concepçóe$ de vida irrcdu1ivelmen1c contntl'las:. De um lado, :, civili1.:i,ç ão crist:i, ;1 fé crislà, que inspirnm milhõe.s de creotcs. e <1ue consrituem um fer mento cspirittial com sensível influênci:, sôbre o modo de scn1 ir e de vivei' de: n:io peque, no número do.~ que 1\ ;itJ crcn1c~. De o utro l:ldO. o m:;11erialismo ateu, rc1>rcSc:nt:1do não só pelo c<unu11ismo, como pelos germes de l\l~ucrialis,no difusos cm t3ntos. hábitos fisioló~icos e mcntr1i~ de nos...._a vida :\lual. Assistimos :i mna luta enc:·1rniç~1da 1\a psicologia de milhões de si.:• rcs. onl~ )UI:\ encarniç.ada. se bcin <1uc mudt-1 e ruuirns vêzes subconscicn1c. cou·e duas como que legiões de i1\nuência s opos1:1s. f!.~s dois çrupos tle influênci:ts 1ém cada qu;.11 seu polo de :.Hta<::'io e o homem n:io co11scçuc mover-se no mundo cspiri1u:-.I sem que. qucréndo ou ni'io, caminhe pàt:t um dêslcs polos. Um dêlcs é a fé vivida cm 1ôda a sua pureza, t.:m lodo ◊ seu fervor. .:: com tôd..is :t:'\ :'\\l~ts cooseqüéncias: o out ro é 3 ~,ccirnção de urn sis1cma ateu e nrntcrialist.'.'l t concebido em todo o :ieu rigor e .iplicado em todo::os seus efe.i10.s,
~•o
Stme;rndo o :11eí~1fü), o comunismo 1\jo só derrub:1 ullla barreirn. como au1nenla énOrmc • me11te seu c;unpo de alrnção. Por fim. p~1rn se compreender in1eir:1mcnlc o :.ilcaoce da v~1n1:,ge m 1(icic:.1 qu..: :.t scit:1 marxista ~1ufe1·e com sua c:u11panh~1 de ateizuç-!ío. é. preciso pt.:ns:tr m, diveriê1,ci:, ,1uc existe e ntre, de urn lado. aS Eodtlica::, p;1p.-,is sõbre ;t prop1·icJadc privada e l\ livre inici;iliv;, d:, "R.cl"um
Com estas considerações julga,no~ ter convenientemente trt'tado d:t ma1éria que voss:", honroStl confi:mç:t nos :idjudicou. A eonclu-s:í.o a que c-hcg;.-1, mos nos estimula e nos enche de :.le~ri:1. EI;\ no$ perm ite compreende i· que, cornb:HcJ\do com cíid ência o ri,1~0 diã lo·so. temos meio$ p:irn cnfr:1q\1ecer :1 invcs1ida de nosso advcr~ário numa lut~~ ideoJógica de cnvcrg;.1dura absolutamente sem prcccdcnlc~ cn1 tôda a hist6ri:, do mundo: Traia-se de salvr1su:1rdar ao mes mo tempo a Fé e todos oi:, va !ores que conferem tl vida hu> l'llaoa o rdem, nobrez;l ..: verdadeiro signific:1do. Tr.1ta-sc: de rolher o passo a um êrro tão radi, cal que deturpa t1 íundo as a lmas e que. se não fôr con1 ido, :1c;11'J'ctaní n:1 o rden, concrc1a do.." fo tos a c~crnvizaç5o Je 1ôda ,1 hum:,nidade, a sub,•crs:i\o de todos os v;t!ores e a aboJiçflo de 1udo 41uanco rorn:l :1 vid,1 dis oa de ser vivida.
De outl'O lado, nt.:srn grande lula c:.:;tá ,mgajad.1 hunrnnidadc intein1, :, de hoje: ~ a de n~uito:, séculos vindo uros.
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Vencer ncs1a luw é um idea l que c~tá bem à ;,1ltura das vos:-.~1s m~io res aspira1yt5<:-s. Lutc.r nos. pois, com 1ôdai m: noss,,s íôrç:1s. conlrn o c.füt• logo (:1lso e tcndcndosv: veículo da camp~111ha de a tciz.açfto io:1dvertida.
Somo:,, pouco~. é vcrd:1de. M~,s co111 Q auxílio <lc l)cus e J:1 Vi rgt:m SnntÍS!<.in1;1 , 1\enhum~1 vitóri:1 é imro.s~ívd, E ~• ju~to 1ítulo :\!i ge,ações fu turas, pc,,s:1m.lo cm 1tós. poderão Ji1.cr. ruu-;_ \ frnseaoJo Chutchill : ··' N1mc(1 l(1111t,s ,!t·1·,·nm1 h/uto a "'"
pouco.-t'.
''AGGIORNAMENTO'' E DEGRADACAO· ..>
NOTICIA aci111a, div11lgada por 111n 1elegrama da AFP, con1é1n u,n co1nen1ário lúcido de uni órgão subsidiário do "Osserva1ore Ro,nano", i,npresso nas oficinas gráficas dês/e, o "Osserva1ore della Do,nenica". Uni dos riscos q11e o e,nprêgo de ins1r11rne111os 1necânicos - 1náxi1ne quando au1011uíticos - 1raz para o ho111em moderno, consisle e,n que êste se habi111e a 1ôda 111na série de atos e ges1os que não 1ê1n o 1ne11or cunho pessoal. Co,n is10, tuna a11nosfera de anoni,nato inurnano se vai generalizando nos povos. E êstes se vão de1eriora11do e Jransfonnando e1n ,nassa. (!;, ben1 de ver que, e,n face de 1al perigo, o verdadeiro "aggiorna1nen10" não consiste e,n escancarar as portas, se,n o n1e11or discernimento, ao automa1is1no, ,nas e,n o utilizar cclm un1 judicioso senso de medida e proporção. De sorJe que êle seja ad,nitido onde cabe, e, 1a1nbé1n, recusado onde não cabe. Se há campo onde a automatização es1á fora de propósito, é o da piedade. é be,n certo que, antes •da Consagração, unia par1ícula não é mais do que
A
pão. Porén1, considerado que ela será obje10 da Transubs1anciação, deve-se-lhe 1ôda a reverência. Assim, por exernplo, era comovedor o rnodo por que Santa Teresinha do Menino Jesus /ratava, ao lempo e,n q11e foi sacristã do Carmelo, as panículas destinadas ao Sacrifício (foro), e sublimes as considerações que fazia ao prepará-las para a Missa. Análogos deve,n ser os sentimentos tios fiéis, se se lhes der a ocasião de lidar co,n. hóstias a seren1 consagradas. E não favorece a êsles sentimentos o obtê-las co,n um gesto lrivial, is10 é, a trôco de uma ,noeda e de premir u.,n botão. Pois é assini que se faz 'etn nu,nerosos bares norte-americanos para comprar urn sanduíche. Tudo quanto é auton1á1ico induz à irreflexão. E, en1 ,natérias co,no esta, a irreflexão está a um milímetro da irre, . verenc1a. Usar êste processo não é "aggiornamento", desde que se ad,nita que "aggiornamento" não é degradação ne,n baratean1en10.
Santa Tereslnha, sacristã. do Carmelo (novembro de 1896)
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TFP DENUNCIA MANOBRA DA MÁFIA COMUNO-PROGRESSISTA H
Á já nf~~m tcm,p o, os só~i~s da ".l'F~
i: os m,htantcs do. Trad1çao, F·a m,-
lia e Propriedade, de Belo Horizon• (e, vinham sendo alvo de insultos, proferidos em altos brados, quando pn.t• suvam pelos mais diversos locais da Capital míneira. 25:ses ataques, ncom• panhados freqiientementc por bla.sfêmins contra u Religião, se distioguiam por seu caráter obsceno e por o.ão haver nenhum fato que lhes , servisse de fundinnento. Entre os autores das injú-
rias -
os c1uais se apresentavam sem-
pre em grupos - foi possível Identificar elementos notõriamente csquerdlst:1s. Na muioria dos casos, por~m, os provocadores conseguirnm manter-se no anonimn!o, atacando de modo n mio poderem .ser identific-ndos, e fugindo quando perseguidos. Essa vaga de pro,·ocaçõcs vi.o ba apresentando altos e baixos, teodo recrudescido illeinmmcntc, depois do grande êxito alcançttdo pela Sociedade Brnsileira de Defesa da T r;1diçâo, Família e Propriedadt na campanha ao• tidivordsta e da eficiente ação desenvolvida pelos mílitantes universitários nu recente crise c.studaotil.
A primeiro denúncia:
uma trovo H~ pouco, na Faculdade Mineira de Oirdto, da Universidade Católica. cstud:rntcs esquerdistas - aos quais aderiram muifus dos chamados Inocentes.. úteis - acharam de cantar uma música com versos injuriosos à TFP,
lmcdíatame:nk os universitários que cofaboram com a Sociedade replicar:nn c:om um11 letrn adaptada n urna toada popul:ir. denunciando a existência dcss:.i onda de hosfilid:•d~ que se levan• tava conlrn :1 •n ,•p f que não podia npro,·eí' ar senào nu comunismo •'e ns• semelhados". Ao 1114,.•smo tempo, advertiam os inoccnfes•Ílteis de que se tS1:.n:lrn 1>r~s1ando ::io jüco d11 esquerda. Nes'l:1 oc~•siiio, muitos fthmos que no dia anlerior haviam cantado contra a Tf·p, juntar.un-se aos militantes da Tradição, F:unília e Propriedade para zombar dos colegas esquerdistas. O que bem mostrn como o prescígio dêstes 1'1I• limos é menor do que parece. Depois dês te acontccimeoto, a onda
de insultos contra 11 'fFP - cujos pro, motores se senelrnm desmascarados dhnioulu um h11Ho, mas logo recrudes-
ceu enormemente, tomnndo caractcristicas de campanha organi.zada e somnn• do-se n ameaças de agrcssâo e atitudes de desafio. Procurav1,.se,
a~im,
criar parn a
TFP a altern111ivn de aceitar em sllên• do tantas loj1írins - desco~lderandosc uos olhos do p6bHco - ou rengir através do desfôrço físic:01 hipótese em que os mesmos adversários incógnitos estariam prontos a invectivar os clernen• tos dn Sociedade como agressores. Não se dtixando envolver por êsst jôgo, a direção da T F'P ,e.solveu lançar um manifesto - cujo texto Jutegral reproduzimos no lado - de.o unciando à opinião públlcn n manobra e desinasca• rondo os seus autores.
A quem aproveito Um fenõmtno cm série que se de• seovolve n.a.'i mais diversas faculdades e colégios, bem como cm ruas dos mais diversos bairros, constando sempre do mesmo gênero de obscenidades e blas• fêmias rtpetldas até por algumas moças.! e ademais inteiramente estranho aos hábitos mineiros, não podia dei:xa.r de str o produto de uma ação organizada. Esta supõe, por sua ve7., uma organii."lçâo que a desencadeie.
2 evidente, pnra quem tenha um mÍ• olmo de conhecimento da atuação da TfP, que uma campanha contra ela não poderia benc.f iciar seniio os comunistas e t eus cooperadores. A êles, pois, aos quais aproveita o delito, como se diz. em Direito Pcna1. deve-se atribuir a nutori11 da carnpa.nha. O manifesto da TFP denuncia, dêsse modo, uma Máfia comuno-progress ista como rcs1>ons6vcl pela ondn de calúnias e insultos de que vinham sendo vítimas os seus sócios e militante.~.
Distribuição antecipado . .. e oportuno No dia 21 de novembro p.p., seguo• da•fcira, foi ~unphunente distribuído cm 1ôdas as faculdades ~ cm alguns colfgios de Belo Horizonte, um volante que :umnchwa p:1ra a quínta,feirn imed.iata o
Verdades esquecidas
PODE SER CARIDOSO PROFERIR SENTENÇAS DE MORTE D<1 Suma Teológica (li-li , q. 25, a. 5, ad 2):
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SEGUNDA ob#çâo cabe re~ponde,· que aos amigos que pecam, co,110 diz o Filósofo em IX Ethic., não se deve privar dos benefícios da <lmiza<le. enq11a1110 se t em esper{JIIÇ<l ,le sua cura; pelo conrrârio, mais auxilio se lhes há de preswr parC1 recuperar a virtude do que para recuperar o dinheiro que houvessem perdido, pôsto que a virwde {, mais afim com a amizade do que o di11heiro. M as. quando caem em refin"dc1 n,alícia, tornando-se incuráveis. então não se deve oferecerlhes a familiC1ridade da amitC1de. Por isso é que a lei tlivi11a e h11111a11<1 or de,u.1111 (1 morte de wis pec,ulores, que se pre.wunem 111ais danosos aos demais do que .1·11sceptíveis de emenda. E todavia ·não os condena o i11iz ,>or ódio para com êles, mas 1>or amor d1, caridade. p elo qual se prefere o bem 111íl>lico à vida de 11111<1 p~ssoa /Járticul<ir. E a morte i11/ligid<1 pelo j uiz <1provei1a <10 próprio pecador: caso êle se converta, serve-lhe ,,ara expiação da culpa; caso co11trário, para pôr têrnu> li esta, pois assi,n se impede que êle peque nwis.
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São Tomás de Aquino
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lançamento do numifesco. Nesse volan• te vinhatU repetidas, cobrindo todo o espaço dispooh·el, as palavras "Mafia? 1\.1afia? Mafia?" e a fra~"t "A quem ~,proveita?", dt ' ·modo a despertar a curiosidade dos estudantes. A distribuiç.ã o do manife.sto foi, tn• trc101.1to, unlecipad:i para a terça-feira, colhendo de surprês:fl a Máfia con,unoprogrcssis1a. a qual não teve. tempo de preparar o contra-golpe que, como se verificou depois, linha programado para à quinla-feira. Oc onde umn reaç.ã o literalmente desvairada.
Oe fato. os estudantes esquerdistas, sentindo-se apanhados, depois de lerem o maoiíesto c:obrlram de losultos, re~ cbeados de imoralidades, os c.olegas Q.uc o distribuiam. Não sabendo o que fazer, procuraram atrapalhar a distribuição, impedindo os outros estudantes de re• ceber os exemplares <1ue lhes erom ore. rtcidos, e chegando, mes mo, u tentar recolher os que havitun sido· entregues. Em alguns- casos prometeram iniciar uma repressão pelo fôrça. A oposiçiio mais .séria se deu oa Fa. culdadc de Dlreilo d.a U niversidade. Federal, onde, por não ler havido aula na terça-feira, 1~ distribuição foi feUa na quarta. Ali houve quchna de manifestos, empurrões, tentativas de tomar as fô1ha.~ das nüi.os dos que as distrJhulum; ao mes mo tempo lançaram-se tomates, água e até pedras contra os militantes da Tradição, Família t PropríedAde. t dêsse modo que costumam agir, aliás, aquêlcs n1esmos estudantes que pleiteiam Jibcrdade de ação paru seus colcgns ag"t. fadores comunistfls. Em todo ca.w, esta reação ni\o logrou impedir a distribuiç-iio d1ls fôlhas mimcografodRS conten• do o manifesto, que pôde, assim, chegnr a todos os cstudnnles. No Colégio Santo Antônio, conco• mitantemente com a distribuição do manifes to d~l T FP, elementos csquerdiS• tas fi1,er:m1 circular uin volante ml• m cografndo no qual eram repetídss as conhecidas injúri~ vciculndas pelá Ma. fia comuno-progrcssista.
A componho cessou por completo . .. Apesar de tóda es-s:fl re.a ção dcsv,d• ruda, n ~randc maioria dos illunos. nas diversas faculdades e coléc.ios, demons• trou vivo intcrê~i;c pelo pronunciamento da TFV, lendo.o com ritenção. e tomando, n.ssim, conhecimento d:, origem dn campanha desem'Ol\'idi-1 contra a So• ciedade Brasil.e ira , de Ddcsn da TrJdi• Çtto, Fmuília e Propriedade. Muitos, par:1 fugir 3 importunação de seus eolegas csc,uerdis tns, procur:·1vnm algum canlo sosscg:1du ônd'e pudessem lê-to mdhor. N umcrOS.'\S re1,ercu.ssÕ('S e:olhidaç na oe:asião enlrc universit!lrios t colcgiai.s demonstram o prestígio de c1ut go1,a a entidade no meio es «udantil. Na Faculdade de Filosofia da U FMG, uma alu• n::i, esdnreccndo uma colega que quérla snbcr o <1nc era n TFP I assim se ex• Tradição, Fan1ília e Pro~ 1>rimiu: pticdadc. a coisa mais falada no Brnsil".
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O m:mifosto lauçndo pela Sociedade alcnuçou, pois, plenamente, o seu ob• jctivo, que era denunciar a campanha que êlc qualificou de "polular de qui• xot<.'S da bl:'l.;;fêmia e da pornografia". Desde então, essa <:ampanhn cessou 4,.•omplctamcnte. Resta saber o que a Ma fi.i. comuno•progre.ssista tentará fa. zer no futuro para escapar ao silêncio ao qu:ll foi reduzida.
A. A. Borelh Machado
Sede& da TFP en1 Bew Horizonte Imagens barrôcas na sede do Diretório Seccional de MG; uma das sedes; exterior da sede do .OS.
O MANIFESTO ,
E
o seguinte o texto integral do manifosto distribuído em Belo Horizonte, sob o título de "Mafia comuno-prog,rc-ssi~'1a contra a TFP (edi~ çâo antecipada)":
"Em IOCàiS dos mais variados desta Capital, quando passam membros da TFP 1 grupos de provocadores anôni1nos têm praticado agressões orais a ês1es, as quais se caracterizam pelo seguinte: l.º -
blasfêmias contra a Rcl igi:.1o;
2. 0 -
injúrias obscel\aS aos membros da TFP· 3.0 - · completa c.arência de provas para justificar estas injúrfas.
A lé.m disso procuta m envolver nestas inj(iria~ uma or1-:aniz.."lçâo perfeitamente dis1int:i da Sociedade Brasileira de De• fesa da Tradição, Família e 1>ropriedadc (TFP). quais sejam M Congregações M(1rianas. A distinção, en1retanto, é evidente, porque embora membros da TFP sejam congrcg;1dos. i, TFP é. ao con1rãrio das CC. MM ., uma associaç5o de caráter es1ritan1entc cívico e cut• torai.
Componho teleguiado N;1 cidade de Belo Horizonte, cam, panh:,s 1ão desabridamente >violentas r1unc;;1 constituir:.,m hábito. O mineiro scmpl'c cuhlvou 3 cordialidt,dc de trato e nunca deu clima ao fanfarrão faça. nhudo e quixotesco. no qual sempre viu um ente marc~1do pela desconsideração de todos. Ora. nem nas maiores incandescênciai. de paix:'io polílica jamais se viu um tal pulular de quixotcs da blasfêmia ç da pornografia, como agora vem ocorrendo. Isto ni'to é:. portamo, produto esp0n• t:ineo da mentalidade e do ambiente bclo•hori1.or.rino: isto i artificial.
Lic.a e seral. inflexive lmente igual a ~i mesma cm lodos os pormenores. Por• tanto, ela só pode resultar dn açiio dt uma organi.zação. Qual seria està O rgoniz.aç5o'/ Rccememcme, m1. F:iculdade M ir,cira de D ireito, da Universidade Católica, em resposta a uma cantiga inju riosa aos militantes da TFP, foi distribuíd~ uma trovinha que dizia~ "Ein Direito Penal se ptrgunta.: A quem aproveila o delito?
·· ········ ········ ···· ····· ·
A TFP é um martelo Do comunismo e assemelhados. Um golpe contta o m artelo Só é bom para os martelados".
' Portanto. a uma Mt\fi:.l cornuno-progrcssista se de,ve: :dribuir a .ãuloria desta campimba.
Alternativo poro o TFP No citado caso da U niversidade Ca~ tólica, esta Máfia se encolheu com a 1rovinha . pois se sentiu desmascarada, e rccor-rcu a 1,1n1 nôvo processo parai coloear 3 TFP na seguinte alternativa: ou dcsconsidcrar•se aos olhos do públi~ co pela acci1ação passiva da.s injúrias, ou rc-ttgir contra ela com dcsfôrço físico. Neste tíll imo e.aso est a mes1na t-.·táfia estaria preparada par:. nos qualificar de a.gressorC$.
Palavras à população de · Belo Horizonte A TFP uão se deixa tn,·olver ntstc jôgo1 e não toma em conta as inj úri:\S, nem contra elas reage. A única resposta dn TFP consiste
cm denunciar a manobra à opinião pú-
Aspecto frisante da totalidade dessas agressões é a identidtlde d.as características com as quais elas se repetem nos m;1is vari:,dos ba irros e a mbientes. Constitui-se, assim, um fen ômeno cm i:;érie. igu31 a si mesmo por tôd,, parte.
blica como mostra de uma expressão do espfrilo ditatorial do comuno•progrcs• sismo. Este, que não se cansa 'd e trom~ bctcar liberdade parn a UNE ç para os subversivos de tôda ordem, quer privar a TFP, por uma espécie de ter• rorismo moral, de continuar u Juta cm prol dos três valores b~~ieos da civHI~ 1.ação cristã: a Ttadiç.ã o, ,, f'a mílh1 e a Propriedadt.
Seria insensatez atribuir ao ucaso uma mi camJ)anha de avi1came nto, s istcmá•
A cs1a injunção a TFP responde com a mais inteira indiferença".
Quem está por t rás dos bastidores?
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t}IJEBEM A LIJTA DE CLASSES NA SOCIEDADE E NA IGREJA· ossos confrades de "Cruzada", de Buenos Aires, dedicaram as oito páginas do número de dezembro último à análise das deploráveis conclusões a que chegou o J Congresso Latino-Amerícano para o Apostolado dos Leigos, realizado naquela cidade em outubro do ano findo. "A mais desconcertante reunião da históda religiosa da América Latina. Críticas à Igreja e à Hierarquia. Demolição das estruturas sociais. Supervalorização do econômico". Tais são as expressivas manchetes que se lêem na primeira página daquele número especial. "Cruzada" reproduz o texto completo das conclusões do Congresso, acrescentando-lhes notas destinadas a "facilitar ao le itor a compreensão da linguagem às vêzes obscura e confusa dos congressistas". Um editorial estampado na 2.ª págína - sob o título de "Congresso para o 'apostolado promove a luta de classes'' apresenta uma visão de conjunto das conclusões e tece graves e oportunas considerações a respeito. Dada a importância do certame em questão, que reuniu representantes do laicato católico d.e treze nações latino-americanas, achamos oportuno traduzir o editorial de 'Cruzada'', que oferecemos :i consideração de nossos leitores. E o seguinte o seu texto integral:
N
Desconcertante Congresso Latino-
An1e,;-ieano 1•ara o
ouco antes da reunião do CELAM (Conselho Episcopal Lati• no-Antcl'ict,n.o) cm l\1ar d~? J>lata, o·.: :::c;::1, dr. 7 .;,. ~ <l~ 01,:tubro p. passado, realizou-se em Buenos Aires o I Congresso Latino-Americano para o Apostolado dos Leigos. Esse certame, que reuniu representantes de treze nações, constitui uma preparação para o Congresso Internacional para o Apostolado dos Leigos, que terá lugar cm 1967 cm Roma.
P
Apostola«lo dos Leigos
ANO XVU FEVEREillO 1967 N.0 194
A importância da reumao para a vida religiosa do la icato latino-americano resulta de várias circunstâncias. No momento c m que se estreitam cada vez mais as relações entre os países do nosso continente, um congresso de leigos dêsses mesmos países estende êsse esfôrço de aproximação ao campo tão interessante e tão importante do apostolado leigo. E natura(, pois, que para ê.lc se voltem os o lhos de todos os dirigentes católicos das nações ibero-americanas. As conclusões do presente Congresso estão destinadas a uma grande divulgação, como também a exercer considerável influência nos rumos do pensamento e da ação da América Latina. Ademais, já que êsse Congresso é uma preparação para a rcun.ião internacional romana, é natural que os resultados a que haja chegado se reflitam na atuação que as várias delegações sul• americanas terão cm Roma. Em conseqüência. um estudo cuidadoso de tais conclusões não pode deixar de interessar a quantos desejam um incremento da causa católica nesta parle do mundo. Por ora, parece que a divulgação do texto integral das conclusões não foi grande. Que nos conste, a imprensa apenas apre. que "C ruzad a" d eseiasse . sentou resumos de!as. Era natura1. pois, publicar o tex.to integra l, colaborando assim para dar maior penei.ração aos resultados a que tão importante asõembléia houvesse chegado. Para isto, dirigimo-nos ao Secretariado do Congresso. logo que o mesmo se e ncerrou, e obtivemos cópia de tais conch1sões, coos1an1cs de dezoito fôlhas mimeografadas. Recebido o texto, começamos a lê-lo com vivo inlcrêsse. Com efeito, era de se esperar um docu111cn10· que contivesse valôrcs positivos. inspirado por um e ntranhável a mor à Igreja, à Hierarqu ia e às instituições e m que se concretiza a civilização cristã. E verdade também que de antemão admitíamos como possíve l que o Congresso assinalasse aqui ou ali erros ou omissões, porém com um c,5pírito de respeitosa submissão à Igreja, e com um reconhec imento sadiamente otimista de quanto se vem desenvolvendo nos múltiplos setores de nossas atividades religiosas. Em lugar disto, 1odavi,1, encontramos afirmações imprcg-
nadas de acrimônia em relação à Hirerarquia e à Igreja. Um pessimismo doentio inspira o documento, já quando exagera até o dramático as lacunas de nossa vida religiosa, ou quando descreve nossas condições sociais ou econômicas com demasias e unilateralidades que se compreenderiam melhor . cm um panfleto marxista. Analisando-se o quadro traçado com estas pinceladas pessimistas, não é difícil advertir que elas formam um grande conjunto cujas diferentes partes são coerentes entre si. Esse conjunto pode ser assim resumido: • J - A situação do povo na América Latina é miserável. O subdesenvolvimento reina por tôda parte. Isto resulta da incompetência, da apatia e do egoísmo_ da classe dos proprietários, os quais pensam unicamente em suas próprias vantagens e comodi• dades, são negligentes na exploração das riquezas que têm e ntre as mãos, e impedem assim a melhoria das condições de vida dos operários e das nações. • 2 - Esta oligarquia de proprietários aceiia, para manter-se, apoio do capital estrangeiro, e permite assim que os paises da América do Sul sejam objeto de uma exploração de tipo colonial ou semicolonial. • 3 Diante dêstc fato, grande parte dos elementos da Hierarquia Eclesiástica, ou até todos êles, tomam uma atitude de silêncio comprometido e .conformista. Não despertam as massas para a consciência de sua miséria e dos seus direitos. Não exigem qc._ ::, ;:~!s entre nas vias d~ dcsenvolvi'.llentismc-. Com isto traem sua própria missão, pois na miséria não surte efeito a ação evangélica. • 4 - A relação entre a oligarquia sócio-econômica e a Hierarquia Eclesiástica não é apenas de conivências, roas de identidade. Em outros têrmos, os dignatários eclesiásticos exercem ~uas funções espirituais com o mesmo comodismo, o mesmo espírito rotineiro e o mesmo egoísmo com que a oligarquia procede no terreno temporal. E por isto o subdesenvolvimento espiritual não é menor do que o sócio-econômico. O laicato católico vive em uma espiritualidade egoísta e primária, ignorante de tôdas as correntes espirituais renovadoras que circulam em nossos dias. Sobretudo, nada sabe de seus deveres para com a Igreja, nem de suas obrigações para com as massas oprimidas em matéria de justiça socia l. Tudo isto faz com que a l greja não seja o fermento de libertação e ascenção das massas, senão, pelo contrário, um freio que as mantém no estancamento religioso, econômico e social. • 5 - As instituições eclesiásticas, como por exemplo as de ensino, servem de preferência as classes ricas e desenvolvem uma ação antiquada e inadaptada às necessidades de nossos dias.
Dêstc quadro, se deduzem os remédios. Estes são - para o Congresso - análogos no que se refere à Igreja e à sociedade 1cmporal, e consistem cm reformas de base. Quanto às reformas sócio-econômicas, tendem elas a operar a t ransferência da propriedade das mãos da oligarquia para a dos operários. E isto, tanto no que diz respeito à agricultura, quanto no que toca à cmprêsa comercial ou industrial. Dêstc modo, resultará destrulda a oligarquia, e a estrutura socia l deixará de estar formada por várias ·classes, para ficar reduzida a uma só. Ou seja, acabaremos por ter uma sociedade sem classes, o que é um ideal conforme às utopias do socialismo e do comunismo, mas c-001rário à doutrina invariável dos Papas até nossos dias (cf. "Reforma Agraria - Cuestión de Conciencia", Mons . Geraldo de ·Proença Sigaud, S. V. D. , Arzobispo de Diamantina, Mons. Antonio de Castro Mayer, Obispo de Campos, Plínio Corrêa de Oliveira y Luiz Mendonça de Freitas - Edic. "Club de Lectores", Buenos Aires, 1963 - pp. 64-85). Claro está que êste objetivo não se enuncia de modo explícito no documento. Deixa porém entrever-se no espírito que sopra c m tôdas as suas páginas, e, sobretudo, em sua sistemática omissão a respeito de um ponto capital. - Em 1ôda a América !.,atina vê-se urna verdadeira orquestração artificial cm favor de reformas
''ADMIRA Q.UE UM SACERDOTE OUSE . ESCREVER UM TAL LIVRO''
Ql!EBEMA Ll!TADB CLASSES socialistas e confiscatórias, desejadas pelo comunismo internacional. O Congresso é tão insistente a favor das reformas, que por um elementar dever de prudência deveria manifestar também seu repúdio ao. reformismo ;ocialista e confiscatório, condenado pela doutrina católica. Pois do contrário estará levando água para o moinho comunista. Entretanto o documento não deixa transparecer em momento algum a necessária oposição a:o p ior · inimigo da Religião e da civilização cristã. Pelo contrário, deixa pairar em sua linguagem uma ambigüidade sistemática acêrca de sua posição nesta delicada matéria. O único inimigo combat ido pelo Congresso é o mesmo inimigo a quem ataca também o comunismo, isto é, a assim chamada oligarquia latino-al1'~ocana, acusada de ser serva da oligarquia norte-americana. No que se refere à Hierarquia Eclesiástica, o documento evidencia também o desejo de uma reforma de estrutura. Aqui e acolá campeia a idéia de que tal reforma consiste em reduzir muito consideràvclmente a autoridade que o Clero tem sôbre o laicato.
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io, janeiro (ABIM) - "Admira que 11m Sacerdote ouse escrever um livro tão berrantemente oposto a tôda a tradição
da (greja e aos mais recentes ensinamentos pontifícios". declarou à imprensa carioca o
Exmo. Revmo. Sr. D. ANTONIO oe CASTRO MAYER, Bispo de Campos, a propósito do livro "LIM ITAÇÃO DOS NASCIMENTOS", de autoria do Revmo. Pe. PAUL•Euo~NE CHAR80NNEAV, C. s. c. "Nessa obra - pros,;eguiu o ilustre Prelado - o autor contraria frontalmente as normas dadas por Pio XI, Pio XII e Paulo VI sôbre a moral familiar. Abre totalmente ns portas, de modo escandaloso, para o uso das
C RUZADA
..
. A Ge;êncio:lei;nbro que, poro .. .· .. mudonç,o de ê r,derêço' .. de ossi~ :-. . nontes, -.é indispens~vel me1:,- ' , cionor também . o· enderêço' .. · ontí•go: ~ ~
Referindo-se a ê$se ar1igo, assim se pronunciou o Bispo de Campos: "E. um trabalho esplêndido. O Dr. Antonio Rodrigues Ferreira prestou inesti mável serviço aos meus diocesanos publicando, em jornal de minha Diocese, um estudo tão claro e de argull)entação tão sólida. à vista do qual só uma pessoa de má fé pode pôr em dúvida quais são as determinações da Santa Sé sôbre o contrôlc da natalidade". •
pílulas anticoncepcionais, e chega ao absurdo de autorizar a ligadura de trompas com o ob•
jetivo de esterilização. Como Sacerdote, o Pe. Charbonneau deveria saber que em questões de fé e de moral, a decisão pertence ao Santo Padre, que para isso é assistido pelo Espírito· Santo". Arflgo de grande repercussão
A Igreja não est6 em dúvida
Acentuou S. Excia. Revma. que "o Pe. Charbonneau interpreta tendenciosamente um 1exto de Pio XII, insinuando que aquêle imortal Pontífice autorizou a limitação dos nascimentos de modo indiscriminado. Depois finge ignorar as normas dadas por Paulo V1. E no seu mais recente livro, ºMORAL CONJU•
Como tem sido amplamente divulgado pela imprensa diária. o mensário "Catolicismo". editado em Campos, acaba de publicar um amplo estudo sôbrc o contrôlc da natalidade, intitulado "EM DEFESA OA PAMÍUA BRASILEIRA CONTRA AS INVESTIDAS oe UM
CEROOTE -
SA•
A PROPÓSITO DE UM LIVRO DO
RevMo. Pe. PAuL-EuoliNe CHARllONNõAV,
C. S. C." O autor do lrabalho é o médico cndocri-
Ante a gravidade dessas conclusões, perguntar-se-á se seria possível alegar alguma atenuante a favor do Congresso. Por exemplo : tratar-se-ia formalmente de um congresso? A reunião realizada cm nossa cidade não terá sido antes um colóquio informal, cujas co~clusões implicam, por isso mesmo, nu.m a responsabilidade menor? Não encontramos fundamento algum para essa hipótese. Pelo contrário. A assembléia, no texto que temos em mãos, várias vêzes se auto-intitula "Congresso", e as fôlhas em que foram impressas as "Conclusões" ostentam o seguinte cabeçalho: "I Congreso Latino Americano para el Apostolado de los Laicos". Nada faz pensar que os promotores dessa reunião hajam usado com tanta falta de responsabilidade um título de alcance bem definido, cerno é o de "Congresso'', isto é, assembléia que delibera com base em estudos sérios, segundo um método clássico, e afirma conclusões inteiramente responsáveis. Não obstante, ainda que admitíssemos a atenuante aludida, não poderia deixar de assombrar-nos o fato de que cm uma reunião de tantas figuras do laicato, representativas de tô<la a América Latina, hajam prevalecido as referidas conclusões. E isto sem que o documento que comentamos evi dencie - pelo menos não o faz de modo claro - qualquer oposição que tivesse havido contra elas. Vistas em seu conjunto, as duas lutas a do povo contra os oligarcas e a dos leigos para emancipar-se do Clero - fundem-se para constituir uma só e imensa luta de classes. temporal e espiritual. Apontando estas graves impl icações contidas nas conclusões dêste desconcertante Congresso, cremos cumprir o nosso dever de jornalistas católicos, em um tempo de confusão como o que vivemos.
nologista de Belo Hori1.onte, Dr. ANTONIO RODR1oues FERREIRA, que é Presidente da Secção de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade.
OAL NO SÉCULO XX", continua surdo ao que tem dito o Papa gloriosamente reinante. Pretender que o assunto, porque estã em estudos, se tornou duvidoso, é con1rariar as declarações
pontifícias de 1964 até hoje, como bem demonstra o Dr. Antonio Rodrigues Ferreira"'. O Pe. Charbonneau sustenta que a limirnção da natalidade é •'um dever para a maio• ria de nossos contemporâneos". A êsse res• peito observa D. Antonio de Castro Mayer:
"Generaliur a necessidade do contrôle dos nascimentos é concluir apressadamente. sem tomar em conta os desígnios da Providência, que impõe os filhos como finalidade primária do casa mento. Sem razões proporcionalmenre graves, a Igreja não justilica o contrôle da natalidade, nem mesmo pelo meio em si lícito da conrinência periódica. Generalizar a ocor. rência de tais razões graves é lançar uma suspeita de imprevidência sôbre a Providência Divina",
Aplaus os à TFP
E o insigne _Prelado concluiu: "Aliás. era de se esperar da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade uma atitude como a que acabu de tomar o Presidente de sua Secção de Minas Gerais. · "Pois a TFP já se destacou por relevantes serviços prestados à família brasileira, como sua recente campanha conrra o divórcio. que foi decisiva para obter a retirada do projeto de Código Civil que se achava em tramitação no Congresso. E ao Presidente do Conselho Nacional des,;a Sociedade cívica, o benemérito pensador católico Plinio Corrêa de Oliveira, o Brasil deve os magníficos estudos de repercussão internacional: "Revolução e Contra-Revolução", "A Liberdade da Igreja no Estado Comunista" e "Baldeação Ideológica Inadvertida e Diálogo". São obras básicas para a defesa da família e das demais instituições cristãs contra as investidas do progressismo".
VALIOSO DEPOIMENTO N
o dia t. 0 de jan~iro p.p. foi publicado no
jornal "O Estado de São Paulo", da capital paulista, um manife~1o sôbre aspectos da presente realidade religiosa brasileira. O documento, subscrito por elevado número de magistrados, professôres universitários, jornalistas e pessoas que se dedicam a profissões liberais, alerta a opinião pública a respeito de perigosas tendênc.ias, e a té mesmo erros manifestos, que se introduziram nos meios cat61icos, com grave dano p~ra a F ~ e para a estabilidade da civilização cristã. O texto c.ita em abono de suas afirmações vários fatos sigoüicalivos, entre os quais o depoimento - a seu modo histórico - que noviços dominicanos estamparam na revista "Realidade". De passagem, contém uma alusão elogiosa à campanha antidivorcisla levada a efeito pela Soc.iedade Brasi.leira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade.
De um grande comedimento de pensamento e de linguagem, os redatores do manifesto quiseram evitar alusões pessoais de qualquer oatureza. tles conclamam os cat6licos brasileiros a atuar contra a expan.~ io de tais erros, seguodo o pensamento e as diretrizes da Hierarquia Sagrada, isto é, do Santo Padre Paulo Vl, do Emmo. Cardeal Agoelo Rossi, Arcebispo de São Paulo, e, em cada Diocese, do Ordiná.rio do luga.r. O documento constitui expressivo sintoma com referência à assustadora extensão que alcançou presentemente a penetração insidiosa, em nosso ambiente, de erros contra os quais híi 2S anos vêm alertando o Brasil, em sucessivos pronunciameotos, personalidades do vulto do ínclito Bispo desta Diocese, D. Antonio de Castro Mayer, do Arcebispo de Diamantina, D. Geraldo de Proença Slgaud, S.V.D., e do Prof. Plinlo Corrêa de Oliveira. Pois em
1943 veio a lume o livro "Em Defesa da Ação Católica", de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, que foi um verdadeiro brado de alarme a êste respeito. Publicada essa obra, o prestigioso jornal "Legionãrio.,, de São Paulo, iniciou uma atuação de envergadura contru êsses erros, no que foi depois sucedido por esta fõlha. E pari passu se vieram publicando no mesmo sentido as Pastorais e livros que o Brasil todo conhece. · O documento dos intelectuais paulistas representa uma contribuição positiva e oportuna para o escJarec.imento da opinião nacional. Seu valor Intrínseco é realçado pelo prestígio e pela projeção cultural de seus sigoatários, e constitui um depoimento a mais, sôbre a nossa triste situação religiosa. A nioguém, nas fileiras progressistas, é lícito, em sã lógicà, negar o Incontestável alcance áo testemunho que contém.
HOJE EM DIA NÃO Slt PODE CONFIAR EM NINGUÉM... Sr. Eduardo Frei Monu,/va, Presldente de.mocrata-cri.rtão do Chile, tem boas r,izões para .te sentir log,a,Jo com ,,s conclusões a que chegou o presidente do Insti-
O
tuto de I nvestigações Rurais <Íe Paris, Sr. Oer-
tramf Ltirrocque, a respeito do programa de reforma agrária chileno. 1'anto mais q ue êsse perito em problenias agrários /1,e /Qra recomem/tu/o pelo /i/6sofo e mentor da Dcmocn,.. <:ia-Cristti internacio,wl, Jacques Maritain . e, quem o Sr. Frei havia confi<lenciado a 11ecessi• tlatie que titiha eia opinião ele um té,·nico ''mio comprometido". que lhe permitisse en• Jrenwr as críticas enérgicas ,la direita, bem ,·o mo o opoio entusiástico, porém i11oportuno. ela esquerd(i. , . Disposto a safar o cfiscípuio a11di110 da cliffr.:il situação em que se encontrm,ll, comu• nit·Ou•sc Maritain com de Gaulle e conseguiu que o General financiasse a viagem de Lar• roc<1ue e sua estadia no Chile. A contcce que. d epois 1le passar duas tem• poratlas "là bas", o perito francês - que é amigo pesJ'Oâl de lllC(Jues Muritain - 1/ecforou a Frei que sua reforina agrária era política, e não et·onômica . . .
• Essas revelaç§e.s .são do jornalista RmU
Gonzá/es A/faro, em programa ,ia .Rádio Portales, de Santiago, transmitido no dia 30 ele novembro cio ano passado, e reprocluti<lo pelo
"Diarlo Ilustrado", daquela Capital, na J,"
11ági11a de su/1 edição de 2 de dezem/,ro. Scgw,do o jornalista, 110 tlia J4 d e novembro Larrocque mostrou ao J?resid ente Frei "que sua reforma agrária e,.a política e não econô .. mica. Que a prevalência do aspecto político distorcia OJ' objetivos sociais e econômico.r, 1/Ue a êle pareciam essenciais nas mudanças de estrutura do campo . . , Que o empenho em alcançar metas políticas estava conver• tendo a reforma agrária em um processo ruino.rmnente antieconómico" e que na atividade 11grári<1, como em tôcia Junção econômica. "imporu, muito o valor da exploração, e pou-
co os valôres publicitários''. At·resce11ta Raúl Gonzáles AI/aro que o in,·ómodo perito, ªmanejando com habilidade o.r cálculóJ' e os fundamentos d e tôda planificação agrária motierna, de:i·(mtoritou com ,Jois ou três argumentos de extraordinãrio pêso e alctmce a quase 101tlfidade das realizações do
INDAP (Instituto de Dese11volvime1110 AgroP«·uário) e da COR A (Corporação de Reforma Agrária), que prctenclem constituir a van-guc,rtia revolucionária 110 programa de refor.. nws oferecido pelo regime democrata-cristiio", Não é da ,se estranhar, tlepofa· disso, t1 reação encolerizada dos responsáveis por aquê• les órgãos. Os assessores de Frei para qucs• tões agrdrias fiz.eram declaraçõeJ· contra o 1écuico francês, negando-lhe competência na matéria e procuram/o ocultar a exisrê11<:ia de seu ino,,orluno prommciameuto. Ne.rsa cem,.
panha foram , segundo infonna o "Dlario Jlustrado", a1,oiados por dois jornais, um gover• nista, e outro "marxista-leninisto•semipequinista".
• Mas mio vá o leitor pensar que seja um reacionário, êste Sr, Bertrand Larrocque . Não. Tem éle prestado colaboração a vários governos ele nações subdesenvolvidas, e,npenltaclos em prÓgramas agro·- re/ormistas, inclusive o r<'gime revolucionário argelino de Ben Bel/a. De resto. sua amizade com Maritain e o fato de ter sido recomendado por ê/e já são por ~·i uma forte garantia do contrário . . .
Seu ,lepoimento é, pois, perfeitamente insuspeito, e co11~·tilm" uma curiosa confirmação cio que "Fidudcl' proclamura oito. m e.se~· a11tes: ào denunciar à nação chilena, em Mci,Jo manifesto (e/. "CCltolicismo"., n.0 184, de abril
de 1966), a fmlo/e socialista e co11/iscat6ria ela reforma agrária do Presidente Frei, escrew:,·cmJ nossos jovens confratles que, ela mio se • inspirm1a ·•e,n razões técnicas mas el'a de Ctl• ráter i<leológico e doutrinário''.
Depois de tudo isso, o Sr. Eduardo Frei terá cerrame,ue formulado aquela famosa slÍ• plica,· "Livrai•me, Senhor, de meus amigos, que de meus inimigos me livro eu!" . ..
Gustavo Antonio Solimeo
A
O parlir pnra a Áustria com Pio Bru• nonc (,.--.nteri, o Padre Oicssbac.h deixara a
"Amldtiaº de Turim dando os primeiros pa~-
sos. 'Em Viena, encontrando boas perspectivas para o nposto1ado. resolveu lá ficar e dirigir da c.apitnl do Império todo o seu g,iganlcsco plano de combate à impiedade. O Venerável Lanteri votrou $Õ7Jnho para o Piemonlc.
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A
sua prepa.r aç.fio para o sacerdócio estava quase completa, de modo que: chegando a Turim, l'lprcs..;ou-sc a terminá-la para poder se dedicar de corpo e alma à •'Amicizia". A 25 de rnnlo de t 78Z, na Igreja da Imaculada, re«bcu a ordcnaçâo sacerdotal, que lhe foi conferida pelo Arcebispo, Monsenhor Costa dí Arignano. Dois meses depois, com excelentes notas, concluiu o curso univcrsitt.rio de Teologia.
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ORDENADO. PADRE, A personalidade do n6vo Sacerdote, sua
O VENERÁVEL LANTERI CONSAGRA-SE DE CORPO E ALMA A' AMICIZIA
lnteligência e cuUura já eram conhecidas cm Turim e não lhe. faltaram ofertas tco(adoras que, se aceitas, teriam posto em risco a existência da "Amicizia1' . Entre elas destacava-se a do Duque de Modena, que queria confiar-lhe a educas-ão de seu filho ou a direção da Biblioteca ducal. Não é dificll imaginar os so• fismas que o demônio deve ter sugerido ao Servo de ··Deus para dtsviá-Jo de sua missão. Educar o filho do Duque não lht darin actsso e pre.srígio Junto a um senhor p0deroso, capaz de ajudar a sua obra? Não entraria nos planos da Providência a utiliza('.ã o de uma biblioteca como a do Príncipe parn começar a formar essa sek('ão de. bÔns livros que era o objetivo prático da "Amiciz.ia"? Por outro lado, o apostolado que Deus parecia ter-1.he confiado estava cm início <' tudo precisava ser reuo, dêle exigindo uma dedicação totnl. ~ verdade que os planos eram magn:íficos, mas, eram planos e não tinham o atrativo das obras já. consolidadas e em franco progresso. Para executar (ais planos era oecessário renunciar a uma carreira brilhante e ingressar na vin do sacrifício, O Padre Lanteri resistiu a essas tenta('Ões e não aceitou as ofertas que lhe tram feitas. Era a "Amiciz.ia" a sun missão, à qual se entregaria integralmente.
t pouco conhecida a história dos prímeiros tempos da ''Am1cl7ja» de Turim. Ela ,-inhn substíluir a Pia As.çoci.açã() para a fm prens:a, sociedade que o Padre Oiessbnch fundara para promover n difu.s.io de boa litcraturn. Embora tivessem o mesmo objetivo, prático imediato, era profunda a diferença entre amba.... A Pia Associação reunia cni6Hcos pnra execUinrem uma obra em comum, enquanto a "Amídzia'' c.ra uma escola de formação, sendo o aposto lado fruto da vid11 espiritual que seus membros aprendiam a cultivar. t mnis provã.,·el que à transição eotie uma e: outra se tenha dado pouco a pouco, aproveil.ando o Padre Oiessbaeh os cohlboradores dn Pia A$SOcíatão que de• monstravam maiores aptidões para a nova vidn tôd:1 dedicadà à lgreju. qut êle: inculcavn aos ami~vs cristãos. Ao que purece. o Cônego G. O. Giulio e o Conde Robbio dl San Raffacte foram dos primeiros n passar para à novu sociednde. Quando o Padre Oíe.ss·bach decidiu ~rmanecer cm Viena, a sua ausência não prejudicou a consolidação da obra, pois Luigi Virginio e Lãntcri tstavam suficicntcmcote preparado,ç pa.r a dirigi-la de acôrdo com as diret1izes q·ue êle enviasse. O Padre Virginio tomou a direção do sodalício e ao .Padre Lanteri foi confiada a secretaria, e-om a guarda da ci.fra que permitia o uso da linguagem convencional na correspondência. 4
A falta de documentos que impede um coohecimcnto preciso da fase inicial da "Amicizia" pode ser devida ao segrêdo que: a pro, tcgia. No entanto, é mais provável que ,cLes lois de I'Amitié Chrétíenne", que scrvtm de guia para a comprecns:ão do movimento, não tenham sido escritas senão depois do apare. cimento organic-o do primeiro grupo de amigos cristâos, tendo o Padre Dicssbach concebido o funcionamento da a,çsocias-ão à medida que ela tomava corpo. Isto explicaria a cxlçtência, nêsse período, como entidade dislinta, das "Amiche Cristiane", das quais o Pe. Candido Bona, en, seu exctlente livro já tnntas vêzes citado, estuda dois documentos que encontrou em suas
pesquisas ("Le Amicizie'' p. 85). Um dêles, :, que posteriormente foi dado o tí1ulo de .,Memorie dcll'Amici7,iu C[ristiana] F[emininal di Milnno'\ com evidente engano, pois se trata de um grupo de amigas cristãs de T urim, relata as atividades desenvolvidas peln n.~çc,.cia('ÜO desde o seu apnrt(Ínt('nto u,té 1783. O outro, intitulado "Aux Amles Cbrétiennes . unies dan.ç le Sacré Coeur de Jé,SUs'', é um repositório de conselhos espir-Huais às senhoras que constituiam o grupo. t preciso lembrnr que "lts lois de l'Amitié Cbrétiennc" prescrevem doze membros para cada "Amicizia", sei.,; dos quais deveriam ser mulheres. Ora, a partlcipacão aOva de senhoras cm um ap,0stolado organi7.ado, sobretudo cm sodalícios que também tinham n1embros do outro sexo, era uma novidade. Daí a con• vcniência de formá-las separadamente ante~ç de constituir a "Amlciiia" de acôr:'do com o pen• sam•nto do Padre Diessbach. O Padre Luigi Virginio e o Padre Lanteri se encarregaranl de dar formação a essn,ç piedosas senhora.li, in• cutindo-lbes o espírito que deveria reinar na ''Andcizh1".
lnfeHzmeote não se conhecem os nomes das participantes dêsse niícleo. O Pc. Bona procurou nos papéis deixados ~lo Vencrá.vtl La.ate.ri quais eram as senhoras que mal~ cola• bomram com o seu apostolado. pois, muito provàvelmente, elas pertenciam ao grupo inicial. Não vamos relatar aqui suas pesquisas. Que.• remos apenas registrar, entre as almas pro• pulsoras dê~ período, os nomts de Delfina Pios.,sasco di Rivalba, Condtssa. della Margarita, e GabrlcUa Gallt ani d'Agliano, respectivamente av6 e: mãe do Conde Solaro dcUa Margarita, ctlebrc político pie:niontês. Gabriclla Gnlleanl d'Aglia.n o era por soa vez irmã de Cesarc Renato d'AgHai1o, um d~ futuros membros ela "Amlc:izia", o qual, como veremos, teve um papel desfacudo na reação que: o sodalíc.io de• senvolveu contra a ptrsegu.içíio religiosa dc.sen• cadeado Por N apoleão.
Fernando Furquim de Almeida
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lJAROJÃ da. R.evelaçâ-0 e da lei na.tu• ral, não é est.rnnha a Santa Igreja ao bem•~tar material da , espécie hu• mana. Sociedade sobrenatural fundada. por Nosso Senhor Jesus Cristo para dlslrlbai.r os frul<)s da ~enção, c<>mbate EJ,o preconceito lalcista que a. quer completamente isola'.da da cida'1e terrena, rest.rlngl.n do-Jhe a ação ao camPo ~xclusivamente espiritual. Ensinando, contra os manJqucus de todos os tem• J>O$, que a. alma. humana se a.eh.a. substancial• mente unida a. um corJ)O material, interessa-se a E.spôsa de Cristo pela boa orilena.ção da vida social, econômica e poliUca, J>Ofs 'tSt.a, conforme s-Cja. estruturada, pode f"l'llita,- ou dificultar, como meio. lnstrumentaJ, a. consecução do fim último do. homem, que é a salva~ eterna.. No extremo OpOSto ao do lalelsmo, se ·encontra a. conceJ>Ção romântica. de um Cha.teau-briand, Por exemplo. seg,mdo a. q~al o Cristianismo é bom l)Orqu·e sob ê1e florescem a. fi• Josofia. as ~ e até a ati\!ldadt econômica em seus "arlados aspectoo. A "erdade, p,orém. é que a prosperidade ma~rlaJ e o a.primoramen• to cultural dos po,•os cristão$ são meras dec.or• rênclas da. ação santificadora da lg'reja de Deus, conforme a. clara ad"ertência. do Sermão da Montanha: «Não vos aflijais, cfuendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com qt1e nos \!esUr'emos? Porque os gentios é que procuram tódas essas coisas, Vosso Pai sabe que tendes necessidade de tôda$ elas. Buscai, pois, em primeiro lugar, o reln.o de Deus e a. sua. justi('a, e tódas estas coisas \!OS serão dadas· de acrés· elmo» (Ma.l.. 6, 3l-33J. Não é outra a lição do Velho Testamento: o que mais fmporta: é a. fidelidade ao s ·e nhor e às suas Leis. O qae é feito com desprêzo da soberana vontade de Deus não pode te.r senão as aparências de r,rospcrldade, consUt.uindo a ih1.~ória. prosperidade dos iníquos. Não sõmcn• te não escaparão os maus ao castigo eterno, sujeil<>s como estão à lei da morte. mas é também llçi,> da Hls~ria que a apostasia dos ))()VOS mais eedo ou ma.ls tarde os leva. lnexo• rl.vebnente à ruína. material !\lesmo porque o demônJo. como pai (la. mentira, nunca. se atém às prom-cssas com que seduz os homens. O Livro de Jó DO$ most.ra, claramente o ca.. ráter Instrumental das riq·u ezas perecivels. Se• gundo a visão carnal da. vld.a, não seriam teli• us senão os que dlspóem de fartura de bens materials. Nosso Senhor, pelo contrá.rio, proclama bem•avellt.urad05 os pobres de esphito (cf. Mal.. 5, 3), que são não somente os que levam com paclêncf.a. suas dlflcutdades mate-
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CONGRESSO PARA
APOSTOLADO PROCURA ANTES DE TUDO PROMESSAS
DA REVOLUÇÃO
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riais. util.izando•~ como m•e io J)ara a. conquista do Re.lno dos Céus, mas também aquêles que, possuindo ri.Quems, tém o cora,.çâ.o "desprendido de.las, aceitando-as como dádivas de Deus, e dando-lhes destinação a'1equada. à consecução da finalidade última de tooos os mortais. Por tódas estas raroes é que os Soberanos Pontífices têm proclamado ser a. questão socla.1, antts de tudo, uma. questão religiosa,, não havendo soJuç.\o para ela se as naçócs porfiarem na a-post.asia fomentada pela Re,•olução.
Não pen.')am a.c;s1m os mentores da· chamada esquerda eat.6Uca. Para. êles a. Santa Igl'eJa. há de ser antes de tudo desenvolvlme.ntlsta.. Como qu·e m aJirmasse que devemos procurar em pri• meit'o lugar o. bem-·e star material dos ))Ovos subdescnvol\!idos e que o Reino dos Céus e a sua Justiça nos será.o dados como acréscimo. Só assim se explica. que nas conclusões do 1 Cc,ngresso Lat.ino.. A.mcrfcn..no para o Aposto· lado dos U,igos, reunido em l3uen.os Aires de ? a 9 de outubro último, esteja declarado com lôdas as letras o seguinte, sob o titulo de «A Igreja 110 mundo de hoJe»: «t: evldcn~ que o problema tun'damental de nossa. América. é un1 )>roblema <}e desenvolvimento das riquezas na• lura.is. 1':: necessário que como mllltantes e lns• tituiçõcs nos agrupemos com organizações e.a• tólicas e não católicas. com organizações estatais e internacionais, p.ara. alcançar maior dl· eiéncla nas tarefas de promoção humana. A fome, a. miséria. e os problemas de rnoradfa. são problemas que se fizeram carne na sociedade cristã; mas ainda nio se projetaram em uma ação concreta. na. medida espera.ela. e com a. urgência. que êstes problemas exlrcm:» (apud «Cr\1• iada», n.0 66, de de-7'.enibro de 1966). Comenta. muito bem «Cruz.ad» que a primeira. afirmft(áo dês.se tóJ)ico «só é conccbivel na. pe.na de um marxista., para. o qua.l a economia e os problemas de infra~~tr.stura. domi• nam absolutamente, e a vida. do homem se encerra com a morte». Depois de um século e meio de laicismo dos Estados, promovido pelos responsáveis pela vida, política. e social do continente~ vêm êsses rnillta.ntes leigos coroar a obra. de destruição alirma.n<lo ser evidente Que o problema. fundamental da. América se cifra no desenvolvimento de seus recursos naturais! llfais al.n'd a. Já estamos aeostumados a. ouvir a. distinção entre «Igreja. Jurldlc» e «Igreja. da
caridade», condenada Por Pio XII, na Enclellea «lltystlcl C<>rporis», com estas enérg-lca.$ pala.vras: «Lamentamos também e reprovamOIS o êrro funesto dos que sonh am uma, Igreja fan• tãstlca., u.ma. soci'cdade forma.da e aumentada. ))ela caridade, à qual, com certo des-prézo, opõem outra. que cha.nuun JuricUca. Enganam-se grandemente os que lnlroda.zem tal distinção». Ora., ês.,e Crro assumiu hoje nova roupagem, havendo catóUcos que desprezam a Igreja. conio instituição, c<>nimpondo-lhe a que chamam de «Igreja. do proretiSmo». E colocam-se no. papel de Jub:es da Mãe e Mestra do povo de Deus, criticando s ua. atuação no mun()o moderno: «:A Igreja tem uma missão profética. Is!<> faz com que. embora a. mlssào de construir o mundo deva ser rêallzada pelos homens, conserve a lgreja essa. missão, Até agora., na. contormldade desta missão manifestou si>mcnte um profetismo teórico, mas ainda não o fêz denunela.n'do como autêntico profeta as . tnjustica.s sociais» (conclasões citadas. a.pud «Cruzada• - a. de• piorável redação é do original castdhano). ror outr~s palavras, derramou Nosso Senhor Jesus Cristo seu prcclos-isslmo. Sangue para. remir a humanidade; fundou a. Santa Igreja e confiou-lhe a disl.rlbulção dos frul<>s da Redençác,. assegurando· lhe a assistência do Espiríto San!<> e a indeíeclibllidade diante das portas do Interno, - mas até hoje, apesar de ludo, até hoje a Espôsa de Crlsl<> teria falhado la.men· tà.ve:lmente em sua missão, pois se manteve ·e m um «pre-fetJsmo teórico», não denunciando «como autênUco profeta as injustiças social.$»! A missão profética. da. l çe.ja não seria. aquela, a. ttue aludia Isafas quando se dirigiu ao po,•o de Israel com palavra.~ impressionantes: «s·e quiserdes e me ouvi reles, comereis os bellS" da terra. :Mas, se não quiserdes e me pr4')vocardes à fra, devorar•vos•á a espacla, I)Orque rol a bôca. do Senhor que falou» (Is, 1, 19-2-0). Conslsllrla. essa. missão, antes de t.udo, e Quiçá. exclusivamente. em combater o que os progressistas apontarem como injustiças sociais. &,se I Congresso Latino-Americano para. o Apost-Olado dos Leigos 11>rocurou em prime.iro lugar as falsas prom~ da. Revolução, cm vn do Reino de Deus e sua. jusU~ como nos or• dena o Divino Salva'1or (e!. Mat. 6, 33). !!is J)Orque nos.~os confrades de «Cru1.ada» têm U.· da razão ao classiUcartm ésse certame como «a reunião mais desconcert.'\nte da. história.. re• lig-Josa da América Latina».
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J. de Azeredo Santos
"CLIMA DE HISTORICISMO EM QUE S6 DESVIRTUA TôDA VERDADE E TôDA NORMA MORAL"
O Cardeal Caggiano censura publicação progressista D
OCUMENTO de relevante imp()rtân-
cfo e intcrêssc aca~.t. de publicar, sóbrc n retn defesa d:i verdade reli~ gios.a, o Emmo. CARO-SAL ANTONIO C.\O• OIANO, Arcebispo de Buenos Aires: e Pri-
maz da Ats:cntinn.
Em e.arta Pàstornl
darn.da de 8 de dc:Zcmbro p.p. e ditigida no Clero e aos fiéis de .sua Arquidiocese, o egrégio Purpurado tr111a da atuaç,ão de
alguns Sacerdotes, pertencentes: ao corpo redatorial da revista "T1e.i:tu Nue.v,:·, de Bueno$ Aires. os quais, dominados por ••;,,,, n/ú de arunUwç<io ,ta lgr~ja" , situ::i.ram sua public:içlio num "clima ,tc Mstôrléismo, t•m q11e se des,1ir111a t/Jda " 11er·,1ade/ natural e sobrenáltttal, f! 16,fa uormá moro/ pcrmammrc·-.
O documento :iprcS,cntn uma síntese dos princípios gerais que rcgcR\ a dc{CSà do patrimônio sngrndo da verdade n:li• giosa e a pregação da pal:ivr:k de Deus, t1plic:ando-os, cm seguida, ao e.aso concreto de ''Ticrrn Nucva•·. Pelo seu valor in1rfn~co ~ pcln :'llualidadc de que s~ reveste, julgr-1mos OJX)íluno tri nscrcvcr 1>ar3 os nossos leitorc.s 0$ trechos n~is incisivos da Pastoral (ncrescentando,Jhcs sub1hulo$ que nllo pcr1cnccm ao original). Antes de p ublicá-la. o Cardeal Cagg_jnno, no desempenho de suas :uribuiçóes e deveres episcopais, enviou umn advertência no~ responsáveis pcfo revis.la, fazendo reparos à sua conduta.
Tute la e defesa da verdade religiosa ''Entre as mais g,a~·es 11rcoc1(pa~s ,lo ministhio pastoral de vO.fSO ArcMispo começa o documento - tsul " tu/fia ~ a defeso da vrrdade ,eUgiosa, cuia importdn, ela I ~.sst11cial ua , ,ida trist,1 t: 110 dese11volv1'me11to da atividade ,la Jgn•ja. Neste miuisthio da pregação ,la pal(tvru de Deus, que e11gcudra a fé e a mantlm vi, gQ10.sa como princípio d< vida da <sptra11fª .-. da cfJrilla,lt, o, S,tcudotu silo ,,:eus im<,liatos colal:>orat/Qr~s e cOQpuadores 11a ,mid11de Úf! nosso JYwuúQCio, Entretanto , btm o sabeis, há na lgrej,t um oNlcnameu• IO qu~ lst11bdece comllç/íes para participar do mi11i.stlrio da palavra de Deus, o,al ou escrito. N~m ro,los, ,,cio /ato ''" st'r<'m Sacerdotu, 1;111 t(Jtlar àJ• co,ulições pura exh• ct•r ist< m;,dstlrio. Náô .f1)me11te ; 11eU$.rárlr1 a ciêhtia e " ,·011hecimt'1llo ,1,, /1,
MENSARIO COM APROVAÇÃO ECLESIASTICA Campos -
Est. do Rio
Diretor Mons. An1onio Ribeiro do Rosario
Rtdaçlo ~ admfo l.ttmc-ão A,-, 7 dt Stltmbro, 247 - C. postnl 333 Assinaturas ,.uua.ls: c,o mum: C rS 7. 000; benfeitor: Cr-$ 40.000; grande benfeitor: Cr$ l00.000; seminaristas e estudantes: Cr$ 6 . 000; América do Sul e Central: US$ 3,00; idem por vfa a~rca: USS 4:00; o u1ros países: US$ 4,00; idem por via aérta: US$ 6,00. N6mcro avulso: CrS 600. N6m<ro ah'asado: CrS 700. Para os Es1ados do AC. AL, AM, GO, MA, MT, PA, PB, PE, PI, RN se o Tcrritórios, o jornal t enviado i-,or via :i\~re3 pelo preço da assinatura comum.
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Para mudanç;i de cnderê-(-o de a.uJ .. n:t.ntcs, me:ndonar tamWm o e.ade• rêto anllgo.
Vales PO$H1is1 cart:15 com valor declara.. do, cheques, deverão ser enviados cm nome de um dos seguintes Agentes e para o t('Spcctivo cnderêço: Agente geral: Dr José de Oliveira Andrade, caixa postai 333, Cnrnpos, RJ: Aacnrt parn os Estados do Paniná, RJo Crandt do Sul, Santa
Catarina e Siío Paulo: Dr. José Luis de Freitas Guimarães Ablas, .Rua Cá$1ro AJves, 20, S:intos, SP; Agente p:u~ os Estados de Goiás, Mato Grosso e MlnllS Gt• rals: Dr. .Milton de Salle:s Mourão Rua Siio Paulo, 824. sala 809. telefone 4-.8630 Belo Hotizon1e: Agt.nre para o €.ttttdo d; Cu2n:ib1-rJ: Or. Luís M. Dunc~n. Rua Cosme Velho, 81 S, 1clcfone 4S-8264 Rio de Janeiro: Agente p:ua o EstacÍo do Ceará: Dr. José Oernrdo Ribeiro, Ru:t Senador Pompeu, 2120-A, Fortalc2;3; Agentes para a Argc.nHna: "C ruz.\da", Casill:l de Correo n.0 169, Copi1al f'edcra1, A.rgcn• 1in3; Ag:rntts para o ChJle: "fidueia'', Casilla 13772, Correo IS, Santia.g o, Chile.
Composto e lmpre-s.so n2 Cl"- Lfthographfca Vplranaa
mas um1b6m requu~sc llquêlt coujtmto ,te cr.,,11/içijts sem m: ,1u<lis corre.si: o r,'sco de co11dutir ,> confuslio. ,) dlivül" ou à esttrilfrlude, Clt1reza e precisi'ió n o ,:,,:por, pru• dlnci" e tmç,1o 110 tr<msmillr, sifo uquisitos i11di.spe11.sáveis sem os quais mío se cO• lllb,,ruria e/ica1.meme com o Bispo da tranrmissifo ela me11sagem e\·a11géli1.:a. Por luo a Igreja /01. o Bispo res11011• sdvel, em l'tltima i,ut/Jucfa, ,,ela pre!(aç,10 e exposição oral ou escrita de -.set1s Sat:H• ,lotes, txigi,ulo seu co11scntimc1110 e tmlO• riwç,io par,, que 2st,:s 11ossam faz.ê,lo re• 111111e11te. 'Mais 'tl.imla, em probleuu,s clifíteis e ,lesti11odos a r<puc11tir ,,o úmbitr., religioso, a lt;n:ja exigt que o.r escrit<1s sejam submetidos a pr~\'ÍO exame, a Jim ti,: eviMr nulo o que poss,1 puj,ulicar a verdade religiosa coutitla nfJ Reveluçiío e s ujeita scmf)rc ao co11tr8le ,ltt seu magis ti• rio ,loulrinl,rio.
À margem do autoridade,
fora do unidade Um (lcoutecim emo pt,blico obriga-me a ,lil'igir•l'OS também 1nlb/lco,m:11tt esta. Car• t", nuos Sllte1'/oler, Religiosos e /ili$. A (for, " re/ltxiio e a oração Jar,é'm•me p,•sor as palavras. ,,ue nãq teuciouam /t·• rir uw.s iluminar. Emretamo, 11,io poderia calar-me. Nt1 defeso ,to patrimbnio sagrlldo da ,,erdade rt'l1'gioso, se é Cfrto que (le,1<> ser respeitoso e c(lTilativo par« com as pessoas, mio " é m~11os ,,ue ,Jtwv se, c/"1(1 e categ6rico t:m /ate ,to ;r,q e ,los pi:rigor qut! le\·am ao hro. ; lpare,· eu há pouco wna revista, "TitrNI Nuewl', ,m q1wl figttr/l um grupo ,le S11cer,lotts /ov..111 como integrantes ,la "equipe de re,1'1çi10'1 , e outros ,·onu, "cc,. laboradoru perma11e11tes'', Não sei .fl! os redntorfs Sr:' solitladwm com ltu/o Q qu<' é publica,lo, nuq, certome11te, ao meno., os membros ,ta "equipe d.- redarão'' s,io rt'spo11:túvds pdo /(l(O ,te que os artigos apa• rtçam ou nüo, « [lor 'Sitas littlu,s /mula• mtntais. Em menor propor,ç,7o 3,10 tambim r,·sponsáveis, 110 que se ref.:re " .su,, própria colaboro'-'''"· (Jt Saccrdotts qu-: constam ,lo ,lenco de "coit,bort,,forts ptr• IIUutcmtts''. "€ .,,,idemt - obscr,..a mais adiante Sun Eminênci~ - que ,, rcvislt1 está ,Jomi11a,lu, de.'ttlt o orligc ,IC' fundo ,,ti a 1ílti11u, p4, gimt, por um afã de atuali:açeio da Jgr('• ja, neste momento ltist6rico. Ncio poderia ;.sto str motfro ,,em de i11quittaçãQ nem (/e alarmt: ""' .si' mtsmQ, suüt acei· tdvd. Mas iampouco 11ode fazer-st rtl<l'• mc-11te ,l margem do au1ori,ladt ,loutrim1rio ,la lgrejâ e fora ,te sua unidade, na qual todos oi· membrôs ,levem col(lborar, 1Jorticipa11do cada f/UOI rm seu próptio JIÓ,tft> de ativida,Jc.
"º"ª
Clima incompatíve l com a fé e o moral A re,rista. mais do qw~ em suas /rases
isolada~· -
que, com boa vouta,ltt, tm ai•
gu11s cmos poderiam interpretar-se bem -
está siwada 1w111 clima de Mstoricismo, no ,,uai st ,lts,1irtm, tôda vudadc, nalUra/ e sobrt11a11uo/, e t6da normal moral pcrma11e111t•; I o Mst6rit:o e mutávt•I que si! exn/. ta s6bre oquifo que é ess,mciol e 11crma11c11-. te 110 ,loçmu t' m, moral crist,i, e na cultu, · rtJ humo11a. Coudm. ,, €-.stt· cUnw de erros. como o comprovam os artigos assinados, a /alta de .:011/tccimt:nto sbio e ,,rofumlo ,la fílo.fO/id e teologia cal61ictis-, IJ~m co• mo das cii11cias t• cu/luras l:odit111as, às quais St' t,\'alUI, mos $Cm nenhum ,U.scer11i111c,t10 crítico. Daí r,:sr,lta que a cqract~rístic" gcrQ/ ,los artigos I um tstilo t11tre !Jistdrico e pro/ético, em qut· o "homem 11(wo" I <1110se sim11lt6m:tm1c1tte tXPOSU> ccmo realitla,le e p10110,IIO como modilo, 11111110 m~scla iudefi,iido em que n,io .,·e ,,f () linu'fe entre o ·•ser'-' é: (> '•,te,•er .,·a 1 ·, com() -se. ,lclx«~ ,10 ,, ,teus not1uqis impulso$ ,r tn,dências, Q "'hom«m1 116,·o" temless<' .ftmt/lft: e 11ect:su)riamt•11te ua relo I! ao mell,or. Alter1u1111st: assim 110s 11rtigôs, assi,u,dos também por Sa,·tr,lotcs, ,·cisas ,tiJ·cutfrtis em sã doutri• com outras lmpug11&vcis do 1,outo ,Ir: ,1i$Ut tia Joutrhu, t' da prudfllcia. Por Clltro lado. o COIIIC>.' /Q l1i.f16rico <m que isto apar.:cc. t•m scguhla a um Concílio rt'JlQ\•ador, p()l}cria /(11,cr crer " n,io poucos i11gbwo.1 bem imt'11cio11udol, ·qu,· tudo corr('S/IOmh• a um movim,•1110 ,lc 3 b,. ct:r,, rl!uO\'ar,ill, q ue~, por iSl·,> mesmo, St"ria o justo (,·tuwl de uma 11111f11tict1 fiddi1lt,c/t ú Jçrt•io contrtJ os 11uc mih querem aplicar o Co11eflio. luJelit.mtnte. por;m, wíQ j assim . I: c•rro grav,• /JÓJ' 11roblemál• com fr11scs imprcciso.s t· <11111,íguá~', ,is r1uais, ('Ili 1frmos absolutos. podu•rf•ia 1/(,r ,111111 i11tu1,rcU1• ção auitá,•l'I, mos que o nwiorio dos lei• tores, que carcctm ti, umo preparoçtio adcquadc,, cntt•ndtrâ 1111m St'ttlitfo erdmeo ou pejorativo. Mai.$ ,;,ave ai11da f lt,•amor prohlemt,s ou dtí vidas s6brt: tcmQ~' Ju11d,m1r,,tt1i$ st·m
m,.
insi11uar stqut•r o reta sofot,io ou via ,le s(J/uçl1o. mm,a re,,i.,111 ,lestlna,ltt a tóda espüic de pessoas, porque isso signi/ka, ua meilt<Jr (los Mp6teses, tl~scQ11/tecer a h11ma,,a c11pacidade dt! errar, ou atemtar a impc>rttfocia ,lo lrr<J. Vale ellter que esw maneira orga11iz.a, <la de esc1ever, nas circuustâ,ici'as Mst6ri• ct1s acima assim1la,laS, com a participaçíio de um çr11po ele f>adr<'s - entre os <1uais figura quem !tá pouco destrlou dt .1e11 miniSlblo e dev~res Jacudotais, pcrsistilldo, 11iit1 ob.rta11te, na s,m,ca,/u11, clt•stas itl;ia.r - ,•stu uláneirà ele c«rever, dir,Ía• mos, colocou um 116~•0 problema. Isto critl ua iuveutmle ct1t6lica .- 110 Clttro ioV<'m o risco dt• st· ver co11J11udido e: tl<sorit!mmlo por SClceNIOt<s qu,:, ,lcve11do .1er lut e <'Xc:mplo ,,ar,, '1 s61idt1 / 01t1wçáo c1"s ccmciê11cias cri.st,is. parecem lravcr perdido o sc1t.so ele pondt•raç,1o, úe cordu• ra " de prutlfncia opr~se11tar-se n,u/". ciosame11te comq se fôssem 1110/etas ela r;.•/ôrmll do lgrt•ja. r,,1 '3il1u,çiio m e obdg" " asshwlllr, com vro\•as objetiw,s. algumas ombigiiidades, i111pre1,·4·,t es e erros contidos 1101 ucrilO$ út• tais Padres'-'.
"º
Por uma cômoda Ig reja a-hierárquica Ocpois de indic.ir cm ''Tierr-a Nucva" alguma:. amostras de um lingul\j:lr tcnden• cioso. e da "/alta eh• pudor ,Ir um fillu.1 $acerdo1,· que lunÇ(l 11<, rosro da que chu• nu,mo:, nossa Santa Madre a Igreja, acusaçõ,·s que, se stt po,l~m comprc,mdu 1111111 lwmem st:m .são i,1co1111,ree11sfvds rm quem " tttm'', o Emmo, Curdeal continu~: "Hd, ~ntrt'lonto, exposiçiíes mal$ lame,r, l(i\·~is vorque rda,·iouodas com as fórmulas d" #. Ei-ltu: "Nosso homt•m desen\'Ol\•tm wm, grande capacidade crUica. Sub" 011alisar, ,liscrim/,u,r, .separar, fil~ Irar. .. Deixem p,u,, Irás O.\· mundos ;,,. gbmos das explicuç~s m6glcas, e tlt-Stá pc>siç,io <'11/rt-11/c, as /6rmulas da #, os ar• tigos do Credo, llS proposições ,la Jgrcia''. 111/emo t' Ciu, e ademais o 'Purgat6rio, Au}os e ,lemó11io1, ptca,lo original, sepa, rllçüo de olmr1 e ~orpo, .- mil outros t'leme111os que configuram o co111e1í,lt> objetivo de uma fé, .fDam a seus o u vidos como co111os ,Je fados o u lc,ulá.s ,lo passado me• dievt1/, De um lu,lo tstd a comciência ,to /tomem, ao qual C(lsto ,11:eiuu <> mislirio. t: de outro a a.pre.srntatiío de uma Jé necessi• tudu de "RÊFORMULAÇÃO l'OTAt.'' , A PAflTlll
u:
00$ OAOOS 08 UMA CULTURA A'rUAI., QUI! ELIMIN8 os aesíouos OE INl:AN1'11.ISM0 e: O CADUCO CO?'IJUN"l'"O
oe fMAClÉN.S QUI! i!~s
ARRASTAM CONSIOO.
Sublinht'i as 1íllimas potmwu, que tlüo () imprr.fSão de que a f4 precisa (lt: uma re• for,m,Jaç,io rotai "a portir ,los ,lt.ulos d.: uma cultura a11ml'' , .ftm re/uéncio alguma - Sc'!m aludir sequer - ,is fontes m esmas ,ta Rc,•t'/açiio. Â .f \'t'rdadts 1logmó1icas drw:rltJm, pois. ajustar--s~ 00$ modos fra11sit6rios Jt, ,,e,wrr de cada époto: 11,io são verdades cibsolutos 110 St'lltido ensina,lo pe• I" /(]reia. Nesta afirmação luf coincidbrtio com o modernismo, $t11\io 110 que toca li forma de t>,Vpress,io. Po,ta de !mio ü intc11ç-ão, ;s,,•~ mOllos de t xprimfr•se ge-rtlm co11/u.s,1o " frro, ou a 11u111tb11 na maioria. ,los leitor<'s cartn• tes de ,stmlos teol6gicot sirios". Mais rtdiante obscr,,~ a Pastoral: "Com os mesmo$ mi todos acima mtn• cionáclos procede.se outros llftigôs. Nó que se intilllla "Cri.se moral". ,, natural 1t'11Jê11cia a umo maior muonomin da p,•ss0<1 - ,l medida l/1'C- se alca11_ça a moluri• dad<' pr/Jpria do lromtm, desde o infância à idade odu/la - 1. oplictul" à moral em gera}, t1ropfcimtdo uma liberdade sem li• mites coultctidos, ame o autoridade, $Oh 1>retexu, d,· que esta impe,Je Q cnscimento. Não se /Ilia dt• ,,busos tia auto• ridaút que lmptdt•m ,is vl{,es o crestl• mc1110: /11la-sc da autorid:.tdc. N,1o t isto a promorão ,le uma cómo,la /grei" a-hic• ,·(lrquica? Não resta outra illl<'J'J}rtmçiio rQz_otfrel, qwwdQ se ,uumcút, na co11trocopa da re1•i.s1a. um crtigú qm: ,Simplesme11t,: afir'ma que ",, autorid,ulc mio ~ se11úo umâ ,\.flf)frl!.Strutura, 11111 .ruper,·go", lt.'.su.s, Divino f'imdmlor da lgrcia, foi quem ittstltufo (1 Nhwm111ia. Se .YC t1/Jrt•• S<'11tasst <1 Jlierarq11ia coma tilgo acide11tol na lgr<'ja, negar..st:•i<t uma ,1erdade de /t".
,w,
Rejeitam tôda o cosmovisõo tomista Passando 3 tr:11ar da GOsmovis.:io adota• da 1X>r "Ticrrn NucvaU, escrc,..e Sua Eminência : "Num ortigo s6brc a /Uoro/it1 contem11oránea < a.f ,liuu:usões tio homem nl),,o, e sóbrc a religi()sida,lr do ltomtm d" hoje. 11/ir111t1-sc~ que "c1 cosmo,•iuío mtdic,,al Joi ,lcma~·iado intl11uu e que "por mtlo <li! sUagismoJ' se llCrt'ditm•a d~scobrir a~· 11101,ri~dadu ela u~,lt!m tisica", I:: sta con·• tc:pfiIV "fkaw, mimula" pelo l11ício dt1 ob•
sen·(lç,io científica t: pelo ,,parecimento ,tr. 110\'crs té,•,rivas. "Esta co1rccpçiio ;,,gimt<t ,to cosmos iá srr derrubada por ""'" pri• m eira g,ande wzga d< criticismo", "a ,lií "Ma metódica ,t<' Desc11,1es, o crítica da raz,1o de Kant, as uorias t mpir!sto.s dos irigllses, o ,,osi1ivi1mo Jrm,ct'.f'', "tt1,/o ft• \'Ova a quebtor os ídolos ,la imagi11ação·•, "a destruir os s upQSIQS ruciocíuioJ que, cm lugar ,le comlutir tl verdade, af,ura1'àt11 dos Jatos rt•ais e impe,liam iodo co11• tacto com o mmulo d11 experi211cia", " A JwmauMade 11t1o volt"rá u fa11to.1iár sóbrc o q11e 11,io potl<l conlwcer com seg11ra11ça". Em tôtlas estas ojirmaçiíts falta uma dísti11ç,1o entre o que é pcrma11r11te 110.r co11llecimt11tos Jilos6Jicos e teo/6gico.s t o qur é nt111úvcl nilrs t nos co11l,tcimt11los C'ic:111ljicos. N,io /oi ilJda a cosmovis,io medie.rnl q ue cai'u, p()sto qur o que é Jumlamcrutt,I e fieT• ma11,.mte m, filosofia e teologia tomisu, e cristii sup,•rOI{ us críticos e /oi re11owulo t' u111a/iyulo". Oépois de lembrar o que cn$inam a respeito d~ autorid~de de São Tomás os Sumos Pontífic,cs e o recente Decreto con• ciliar sôbre o form:tção sacerdotal, o Cnr• 4
dc:\I Cag.ginno ~dvcrre: "A C'TÍtico.r tão i11clsh•a,S ,,uanto g('lltra-
liwd(lS t} cosmo\•isiio filosVJica e teo/6gica medicw,I, mio se segue, .-11treta1110, a críti• ca aos sislt•mas modcr11os t! c.·o,1/('mporâ• 11eos tle Desca,tes. Kant, etc:. Parece uut~s que uos tra!Ja/hos me11clo• mulos está J'ttbjacente que os sisttmas t a concrpçlio rtligiosa 1ltpemlem ,la ctllltua d e cada lpoca - inclu.si,•r 110 ,,ue toca ao c:011ct'ito de De11s - sem distinguir tntrl! " verúaJt• ou ,u1o w:rdadr desta co11cepção (que é p,rmanente) e s ua cm·t1maçiio o u fommlaç,io J,istúri'ca, qu(' pode vari11r, N,mcó J~ rxpõe qual t o con ctito ,te Deus, 11t<m sequer se i1t,fi1wa, olgw,u, l·er,, que possa hllvu um critério de vtrda,les permtmcutts, que, t:mbor11 possam crescer, ,·omo os g<rmet, são, 110 ~ntarrto, imutd• wds em sua ess211cia. Mais 1d11da, o modo de falar sôbre a intellgi11cia é semdl:a11te ao dor fil610/0.f t·ouceptualistas ou a,rtii11telectuaUstas, como st: ela fomm!assr rsq1,emo1 "fora do ser''. e ,·om um dcsco11l1tcimt1110 dtt verdaddru 11a111rtr,a ,la inteligfncia, QUt uttta como uma '''"'"deiN1 ap,u11.u lo do ser. St:111 htr voto, da l11ullgê11cfa, ignora• elo 1101 ar11'gos aponta,los t ~m algum outro, em que Je afirma: "a ,ealida,lt his, t6rlca está acima dt qualquer racio11alitJ1• çáo aclrca do l,omt'm". niio i possível dt O(dew s<Js 11ste11uu \·trdatle brt•1wt1m1l - como são os vudadts dt /1 - e n em sequer de Qrdem n atural, e caminha-se, i11txôrifrt'lmtucc, para o ctticismo, f'i11(1/mtme, t• Stlll/Jf<' tm li11g,u1gem im. precist1, ojirma-se que ''os argumentos tomi,Stas da ex;,11ê11cla de Dt11s ,ltixam na h1di/crt•11ra tOMI o homem comtmporlJ• m~o", A .uim pensm•om tamblm or modu• nistas o neomodtmistat. O autor do artigo completa seu ptm.amentQ diuudo: "" rtligiosidade formará parte 1mltdria com tlxlas as a/ittl(fi.f de s ua vida''; "as ,•al(}r~s da libeT1/ade crit1dtJra /t11;em,11os sonhar com umo religi°i1o lmmaui.sta''. St hem f/U<' t!SfOs ,•xprtssóts dt:screvan, o homc'III co11tt:mpor6m:o, os come11uIJios ,to orticuUsto pareceriam cô11cordar com ile ao afirmar que "a consci;uc,'a MSlórico illlro,t,,z um C('rto rela• tiviimo cult11rol, Os absolutos se embaÇ(im um ,,ow.·o e o homem moderno ,uio cr2 que os expn•ssiks ,I" vfrla r~Ugiosa te• 111,am l/lU! ser IOtalment,: id/11ticâs rm todos os imlivíd110J· <'· em todos os povos . • . .m a religiosida,lc busca uma cata amplitude de compretnsão t: foge dos t,\·tlusi~ \•ismos. ,la reUgiosidade estandardiwda,. co• mo de receita 611icll de salvação"; t: pouco depofr ucr~suuta: "o 1,omcm moduno ,h•scouji(I, por isso, dos moralistas, dos 11rcst:riçõc-s c:.:trínsetas que! não faz.em rt · /t•rfuci" i1 int~rioridade. da catalogação de Pt•cados e virtudts como objetos de lc,bort1t6rltl'.
"'«"""'
Graves palavras de encerramento O Emmo. Cardeal Primaz assinala que as dt:tções feitas <.-omprovom o que afirt'tlOU de início, e obstrva: "Sf!jam 'ttuiis /ort-n,. os i11t~nt1Ks de seus atttQrt'S - que niio julgamos,- '- t!Vidcn• te 't"é t•sw~· exprt•ssüt•,,; l11d11r.cm o leitor " ""' subjetivismo st•m normas obje1ivt1s de \'et<lad« natural t sobrtmlluml, stm 110r• 1,w1 pumane111es de mQral, Q1't: provim n ão de sm, própriá consciinciá, exclusivamcut~. mas &1 lei ,le Deus. 11at11rol 011 rl'• \'clada". "P,,r t:sf"s rot.õl's - co1tclui Sua ""Emi• nênciu - julgamos que ~ste i11tc11tô ,lt: rcuoi·Qç/io ,. owalir,11$:ÕO da lgrtja não as~·i11alll o ,:ami11h(J uto ,le uma amênticll /itldidadc ,, Ela mes ma, Tal iutt•nfo sur-• gitt e _,·t• co11cretl1.ou, nu rr:'/erid" publicação. t> margt•m ,to awori,ta,lt: doutri11órü1
,111 Igreja, sem seu conhtcimento nem cons~111imt11to'', Após exprimir, ainda uma vez. seu de• sacôrdo e sua reprovação diante dessa iniciativ:t, que não Jevou cm con1n "as obrl• gC1çiie.s e exlg211cias da disciplina ecleslás, 1it',l', e depois de advertir 4ue não apenas no campo doutrinjrio. mas tam~m no pMtoral e litúrgico, se. m:rnifestam, na Ar• genlina como em outros países, desvios 3nálogot, a Pas1oral se encerra com os .seguintes palavras: .. Ra,cmos e t'SPC'TCIIIOS, Q Jim ,le (jllt: c.sta a1/verti11cla e o que ~•orsc, Arcebl1po já enviou aos inttres.sados possam lcvC1r d reJltxilo perarttt' Deus, t por ela d po11derar;iio, d cordttra t! d pmdE11cla, para cl1egá1 ,> 1mí<lade "" caridarle. Esta t a grande <'Speranço ,Ie vossQ Arcebispo, que pede 110 Sruhor vos ábençoe e. acompauhr St:111/lre''•
,,ue
Respondem os leigos de "Tierra Hueva 11 Diante de uma c-cnsura tão precisa e S-C• rcnu, a direção de "Ticua Nucva" não pôde senão recorrer a evasivas. 6 fê-1o :11ravts de; uma dcclarnção subscrita Por leigo, - um d iretor o d uas sc<:re1árias da revis1a - mantendo-se em absoluto silên· cio os Sacerdotes a <1ucm diretamente vistwa a Pastoral. A ,e,.pos1a de "Ticrra Nucvn" não ft$• ponde a ncnhun\ dos arguntcntos arrola• dos pelo Cardeal. Limita-se a contestar <IUC os articulistas tenham incorrido em hi'Storici.smo. relativismo ou ncg3ção da au1orkfade e d ::s unidade da Igreja. fa.z uma profis:sflo de {idclidade à mensagem evnns~m:a, mas reconhece que a revista np1.-rece como.. "prodttfO e r~sultado da experii111;ia ,te um grupo ele- trisliios, "ºs 'quais o co11tacto com o ,ealidadt, cm to• dos os seus níveis, levou a sentir a uigi11• ela dt formular, de umt1 mm,eirtt uow,. a su" /1". Ent conse<tüêneia, reputa natural que um primeiro número não estivesse "isemo de impr-:cisifrs, dt ,/efeitos de li11• guagem, e dt: idli'as niio aculxulas''. A realidade, porém, ~ que as ccnsur:.s {citas pelo Emmo. Cardea.l Ca.ggiano não correspondem simplesmente a dcíieiências de expressão da revista, ma.s denunciam nela tôdtt uma orientação errõnc:i, que Su.\ Eminê!ncia define com precisão. A pretc,tdida defcsll de ''Tiecra Nuev:.'' nada defende, e constitui-se em mat,; unia atitude esquiva, que vem confirmar a acu•
M\Ção de ambigfüdade conduc-cnte a.o êrro, que o Cardeal formulou tio justa (luâo oportunamente.
''DIÁLOGO'' NA ESPANHA
e
RUZAOO ESPA1'0L, a prcsti• giosa- revista católica· que edi• ta em Barcelona sob a direção do Sr. José,Oriol Cufff Canadcll, re• produziu em seu númc:ro 20 l-204, de
se
agôsto •sctembro do ano findo, o estudo do Prof. Plinio Corr!a de Oliveira, "Baldeação ideológica inadvertida e diálogo", estampado no número 178-
179, de outubro-novembro de 196S, de "C3tolicismo". Traduzido para o espanhol, o texto veio precedido pela seguinte nota: "Constitui uma honra para "Cruzado Espaiiol'" publicar integralmente o importante trabalho aparecido na revista irmã "Catolicismo", do Brasil, de 3\l· toria de nosso bom amigo e grande 1utador, o insigne Prof. Dr. Plinio Corrêa de Oliveira. Utilizamos a tra• duç,ão - cujo texto respeitamos quase totalmente de nossos amigos de "Cruz.ada''. de Buenos Aires. Recomendamos com empenho a nossos a.ssinantes uma leitura atenta e meditada de tão extraordinário trabalho, que analisa profunda e s istemàticamente uma das mais perigosas táticas do comunis mo, - tática que, infeliz.mente, tamb~m nós estamos vivendo, através de certas ati• tude.s e de certos periódicos encharcados de progressismo até a medula , e cuja fina1idade dir-se-ia corresponder ao objetivo do condenado modernismo, de destruit a fé de nosso povo e a1é, se possível fôssc, a mesma Jgreja Santa
de Deus".
181-182
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Os algarismos indicam o numero do jornal. Explicação das abreviaturas: ACC - "A.mbientes, Costumes, Civilizações"; C - "Comentando"; CDB biberuot"; NV - " Nova et Vetera"; VE - "Verdades Esquecidas" ou "V inudes Esquecidas''; VT - "Verba tua manent in acternum"
INDICE DOS ASSUNTo·s
INDICE DOS AUTORES
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VJDA DA JGREJA
(Vc 1 1:1,mbEm .. Ert0$ ~ .desvi~ no. mu~do moderno" ) R.c~onhcdtlOS pela l greJ:~ m:i1$ dois mll~gces dç: 1.ourdes €dwaldr> Marqu~,: 181-182 Enccrr:i.Jo o Concflio: momento de: fmpouàncl:1 ttMS· e:cndcntc n~ história d:a hum:1nidadc: 18M82 O Jubileu cxtrnordin(t.do e os frnl0$ que ptopkl:i t>. A. C.: 181-182 P:lr:1 levar ?L vitória a gronJc Crni.."ldlll do st.culo XX: 186
A respeito do canto p0pul:u· U16rgko: 188
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TEMAS DE DOUTRINA CATÓLICA
(Ver 1ambim as Sccc6t$ ··Verba tua ,uancnt in :ietcr• num" e "Vcrd:.des esquecidas··> Cruz 11mo.da. pdne:csa minh.- - S. LllÍS Mq,i" Grtr11ton d~ Mont/tut: 1$4
Con3 idcraç6es :1 ptOJ)Ó,Sho di .Ap11caç5o dos docuMcntos
promulttadO$ pt:lo Coocíli.o P..cumênico V~tiellinO 11 - C~rtn Pastoral ( 1) D . A11tonic, df Cu.suo Mr.1yu, 8l:1po Oiqc~sa110 de Camp()s: 18S Coruldcraç&'$ • propósito d:i 1,1plle-:1ç!i:o dos d ocumcnt0$ promulgad o$ pelo Conctlio Ecumênico V111ic4\n(J li - Cartll P:aston1I (2) - O. AntonltJ de Castro Mr.1y<r, 8f:1pu Oloc"sano d~ Carilpos: IIJ6
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ERROS E DESVIOS NO MUNDO MODERNO
(Ve r 1ambtl:m "ô comunismo n o Brasil e- no mundo" e ~ s«-çio •·Nova et vc1crn'") Oa p1tleontolot-.in ~ metafiska, his tó rfa de uma CJi l U· polaçlo Implicações m arxistas tio teilh ardismo ( 1) - Gfoc(Jridc> Marlo Ylw : 18) Açiio Popu h,r, oplluto deplor6;vcl na hi$1ória .do 8rMll caióllco Atol:.lo A"S""'º s,ultOS(f Ton ~,; 183 A c2;minho (h1 cr2; dos pr«onoclto:. Crlsc men inl amoça o fututo d,i h umanid:tdc. - Cttlso du Costct Carvatlw ViJfg,11 :
ISl
Vl$n.o do universo que fltvo re(e ~ lmptant11Ç-ÚI) dll ~n1ior• dem l3uaUtMi11,, coletivista e 1,1,ra Jmphcuçõcs m :mdst~s do u,:llhardismo (2) Gloc~1rd<1 Marlo Vito : 184 1..c Corbu:iic:t: J a.s ca1cdn1i.s que crorn brancas uo arra• nha•céu CMtc-,5i:rno - C,mba Afrlurnga: 136 A inform :ição deíorman1c "1'<:1c'1.ulada e impregnada d e prop:t.8"nda" - / , de A :,tttdc> Stmtc:n: 186 Mais uma 1omad11 de .-ithudc do t d s renu:nte r:unoso "cs• q ucrdhimo ca1ótieo" : 1$9 , . • ., Monlqueus os que: defendem o cehbnto e~lcimhlltO, Clmhr.1 AfrarC'ng,,; 139 A Joia Al<1l:Jo Auim•tc, BQrbosa TonC's : 190 "Qu"1lío de. vid.- ou de morle para ! Atcmanh~ e para o mundo" 400 mtdkos alcmaes d enunciam per• versão :ti.Stcmálk~, do senso mor~t - Edi.·,rldu MarquN : 190 Rafic.s l(IIÓ!llkáS do ch11nuu.to esqucrdlsnio c;ilóliCó C1mhu Afrllf,:nga: 191 NO$ anã!.$ da AsscmblEfa a c;ir1:i aos Dominicanos e :i.()S Fro:ncisc.anos de BH: 191 Em dere,"' d21 rnmíliia, brasileira contc:a ns inve"ld21$ de um Snccrdole - A propósito de um livro do Revmo. Pc. Paul•Eug~ne Ch.ub<>nneo.u, C. $, C. - A ntonlú R()drit11,u F,:rrC'iro: 192
Ulilitam a fome como prctcx10 pua p romover o pecado 1'orpe exploração Albttto L,d: Oi, Pl(ssis; 18S A rumília no & tido c<>munlstn - Os mais baixos do nmndo o_,: índice.~ de :i.umenco popul:1donal n• Alemanh:l Oriental e na Hunid;, Allurto Luiz. Du Pl,:nis; 186 A preciosa liç!io das eleições de Sio Oonünios AI• /uno Lul:, D" Pl(ssls: 13& Mais um dePoimcnlo sóbre o m:al6gtO da economia sovi~1icn - Albtrt() l"lt Du Plnsb: 189 Oo arcabitt de Cnramuru às preocupações do Sr. Toyn• bce - Albt110 l.111:, 011 Pltssls: 190 Ma nob1"11 bem l11nçadll encontrll terreno fllvotável - AI· bcrtq Luiz, Ou Plusls: 191
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ESTUDOS HISTóRICORELIGlOSOS 0
(Ver 1:i.ntbém a Scc.çlo "C:1lkcm Oomin i b ibNunl"') Reconhecidos pel.t lg.tej:-i mt1lll dois milagres de Lourdc.s -Edv.-,,trlo Murq11u: l lSl-182 "A Vendii:-i de " 119) foi obra de SUll.$ mSos" - C 1mlat AfrurC'11g1,: 184 Sfí.o Pio V, h,110,(h)r tem1vel Ctulqs Albtrl() 3°()1lf'3
Corria; 18S Nunci o mundo viu ódio tllo ~p;aixon:tdo oonml ,i; 5-anrn 1srcJ111 - Há trinrn. :inos. n:, Esp:.nh.:, Ort,m,lo Ftdell: 1$1
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"CATOLICISMO"
(Ver l!lntbém a Scc.ç!O ' ' ltsctevcm os lcllores") " Catoliclsmo" complcla quinte :.nos de vida - A,mmfo, Bispo ÓifX<sa,10; ISH8'2 lndice d0$ n6mcros 169 Ili 180 - Ano XV - 1965 : IIU• 182
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DIVERSOS
A cn•t de Vliclay: 184 Porque lol " exp ulso" do Chile - Fdblo Vldlgut Xrn•ltr da Slh•~lrn: 190 En~rsico protC.$10 enviado ao Ministro do l n1cdor chi• lctt(): 190 Ditadura ..temocr1111~-c:ristã no Chllc: 19 1
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O COMUNISMO NO BRASIL E NO MUNDO
(Ver 1amb~m " Erros e dC$vlos no m undo moderno'') Oo ,·clho p:a:cto Rlbbcnuop-Molotov ~ dslo entre R6$.sla e China Alhnw Lili: Du Pl~ssl:,: 18M82 A rnmflill no Estad o comunl~t.11 - Os mnis baixos do mundo os índke, de :tumento po pulacion al nn Ate• manha Orientei! e n11 Hunu.ri.1 Albuto L11I:. D1, Pltssls: 186 Nunca o mundo viu ó dio IÜO :lpalxon ado «mira ;'l Sani:, l grcja Há uin rn n.no:i, na Espanh11 - Otl(ll1do Ftd,:ll : 187 Mn~s um depoimento &6bre O rn11lôgro d.a economia $O• vii1ka - Albtr to Luiz D1, Plusls: IS:9 Manobra b ein Jançad111 encontra terreno faYor:Í\'el AlbtrfO Lrtl: D11 Pltssls: 191
SECÇÕES
A CONTRA-REVOLUÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO
"6C$1 scllct" an1icomunis ta «Sit.tdo cm :.tlemão: llU-181 A ,dorma agrári:t do Pr~identc Frc:i i socialiSla e con, fiKatóri:1 - ••Flducla.. s.e dirige coin btilhO e rir• meu ~ nação chilena - A , A . JJordlt Moch11do : 134 "Piducia" enfrenrn seus: opos.ltorcs Pcdc-cistM mostram-se dcsconcem1dos A, Bortlll !lfochado: 18S Um:t ln ichuiva oportuna - Centro Pastoral •"Chris1l
,1.
Rcgis": ISS Pa11:11 ._te, i d c.-i: 13S
Apêlo :10$ nltos Poderes CiYb; e Eclesiástk0$ cm prol da famílfa bmsilelra: 187 680 mil à.SSln:uur:1$: 187 Olsposillvos lmpug,n:idos n o projc10 de Códi3.o C h·il: 1$.7 Quatro r,ronu nci:1mcntos relcv·antcJ: 187 So.Lld:ttíedadc do E. Tdbun:.11 de JuslJçi: 187 Soc:ledado Brnsiteira de OcfC$1l da Tr11dlç!io. ftimfli:) e Pr◊pficd:ide p,omovc triunf:11 manlfesrnção d()S: sen, 1lmcn1os :intidlvorcista.s do PO\"O brasileiro A. A. B<>ttlli Motltad<>: 161 A T:F'P e ia invcslid~ divol'Cis.1:1. no 8r:s5il: 1$7 A S.Xlcdade J)rasilcftt'I de Ocfc$3. d:a Tradiç!io, F:tmflia e Propriedade ao P6b lleo Respcltosn defesa cm f::lcc de vm comunicado dl\ Vcnc.ramfa Comi$$.'tO Ccn• Irai d:i Confetincb Nacion:al dos Bispos do Bt:asil - Filial conv i1c 110 dl:llogo: 188 M:tls de un, mflhtfo de :,ssin ::aturas no 11p~10 :in1idlvorcis1a d:a "fFP: 188 ·rFP çelc:bra o milh!lo de a$$ln:.1ut.1s conu~ o divórcio - O m,io, abaixo-assinado de noss.."' his,ó,ia: 189 Tem novos estatutos :i S<>tiedadc Bral)ilclr!'I de Oefc-sa da 1·r;1dlS'llO. F:1mítf:a e: Proprled:ulc; 189 Contni o consd:imcn1c,; 1~'9 Milit1mtc.s univcrsitdrlos d1 TFP 11kr1am conir::. 1:hica rc,·olu(ion:hia : 190 Fes 1e}:1d<.1 cm C11m~ bito d:1 1' FP C0nl1"\11 o divórcio: i,n Cri:;c univet~h!\rfa: Tradfção, F;11nílin e P,optled:idc rc-ag.e coocr11 niino fi:~ esquerdista - flauto Corria ti(' Brito Filho: 191 "Cruzada" :1 O n t::i.ní3: par.a Qndc v~i o país1: 191 Edllado n:1 Argcn1in:1 o ctl$aio tlc Plinít> Correu de Oll• vc.it:1: 19l A TFP $:\Oda o l'fc$lden1c <leito: 191 iF)) p:irtiéipu do 11 Naiional \V:indcrer f'on1m - M11r• co.r Hiht'irtJ Om1111~ ~ M . Afonso X11v/u da Sllv,:/rn Jr,: 192
Flduda não leme n violênci;1: 192
■
PROBLEMAS POLiTlCOS, ECONôMlCOS E SOCIAIS
(Ve-r 1:lntb~nt ..O çOmunismo no Rr:,s il e n o mundo" e a S«ç!ío ..Nova et \'C-lcm") Do velho pacto RibbcnttOP•MOIOIOV a d.são cnirc Rús.:s.ia e Chln~ Alb('IUr L11ii 011 /ii,:ssls: 181-132 A lngl:Herr:ii l:lz «onomia Atbt'rfl) lttl: D11 Pt~Jl.f!
,.,
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ALBERTO LU IZ. DU PLl?.SSIS
a Aa: J?I
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LEÃO XIII, Papa
■ ANTONIO, BISPO DIOCESANO ( Ver ,.\ n1onlo de Castre., Maycr. Oom)
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LUIZ. MENDONÇA OE FREITAS
A at;i111,ção, a preua e: • rdorma na.1drl11 (NV) :. 184 Em falta de melhor. recorrem a0$ tisloc:ra1115 (NV ): 186
•
ANTONIO DE CASTRO MA VE R, Dom
"C$110llcismo" comple1a quinze anos de vida.: 181-182 ConJidcraçóc$ :1 prop6S,ho da aplic.atão dos documen tos promult,1ados p elo Condllo Ecumênico V:uk11no 11 - Cari:1 Paitoral (1): ISS C-onsidernç:(>($ :a propósito da nplleaçlio tios documentos p romulg;,dos pelo Co11cflio Ecuménico Vaticano 11 - Ci.Jla P:.i.ston.d ( 2) : 186
■ ANTONIO RODRIGUES FERREIRA Em dcf~Q! \1111 f.,1míli:, bt:isHelr:. oon ua :is investidas de u1n Sitccrdo1e - A propósilo de um livro do lt.evn,o. Pc,. P:101-Bu~ne Ch:irbo11neau, C.S.C,: 192
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CARLOS ALBERTO SOARES CORRtA CELSO DA COSTA CARVALHO VJDIGAL
P,11)/r> Vldlg,,I
ESCREVEM OS LEITORES NOVA ET VET E RA
J. de A:.P~do $miras :
190
O socialismo se csgucirn n a lnglntcrr":t pela porta dos fundos - / . dr At,:udo Sanios: 191
VERBA TUA MANENl' IN AETERNUM
Querem que :, Igreja se con1c11te com o que 1~m por eSscnchtl - Paulo VI : 181-182 Prilioi. :an!lQu:'ld.'1$ ou fome de. rc.novaç!o e progrc.sso1
- Pauto VI ; 181-181 Opiniões enôncas <om1>rometcm presentemenlc :. ft n:) Buc:ifistla - Pu11lo VI; un-181 " • . • e iõbre esta Pedra cdific:uci a minha JgreJ:a" p;o IX com o I Co11cllio d" v,,1ico110: 181-182 A vfd:1 c~tólica é o.pos.16lic:1 e milit:tnlc P,111l0 11/ : 181-182 Fora da Jg,rcJa Ca1ólka ninguém p,odc $alva1-sc - Piq IX : 181-162 Con$1fltltino. • lmper"dor dcne~rido Pt111lo VI: 188 VoUcm lodos il lgJdtt - mas pela via que Jesus C riMO mostrou - U,lo XIII : 188 Fjdclidndc à lti.rda exige te$pclto :'I seu p:11dm6n io uadlcion.al Pa11l0 V I : 18ft ■
■ E O\VA.LOO MARQUF.S í<cc;on h«ldo$ pela l arcjtt m ais dois milagres de Lóutd cs: 181-18? "Quenr.o de ~id:, ou de mor1e p~rn 3 Alem3nha e pam o rnu11Jo" - -400 eu6dlcos :.tcm!i.t-s dc n un<:i._m per• vcr:1!1) sl:.1cmállea do senso mor..1 : 190
VERDAOF.S ESQUECIDAS ou VIRTUDES ESQUECIDAS
O i1moran1c pertcerá cm s u:. l~norfüid:1 - Silo Vi,:n,tc de Pmilo: 181-182 A,- c1ipto•hcres.la$ c.xl$tcm. e do perigosa$... r... Ko,l Rolmrr: 183 • Perdcr-sc,i çcrta1nc.ntc quem n!o prof~r a rf ca1ólic~, (do Símbolo ··Q11fcm11q,,(''' ); 18S Sem a ,, n õo h~ civllfx.'lç!ío (1H1lavros do Sag1odo C<>rocão de J~s111 n S6r()r l ost•/tr M~nhufr:.) : 1S6
Não 1em a Deus por Pai (tucnt n!io cem M-1rfa por Mie - S,'10 l..,,l:1 Mo,;o (iric11l011 dC' Montfon : 188 e próprio :io homem sábio lmpu,:.nar o frro - Slio T q. m4s d,: Aq11i110: 189 Filhos de l.tklfc, os c;,tólle0$ orgulhosos que despre,.am o têrço - Siio l..11is Mur/11 Grlg11lon dr Mont/011: 190 Odirir o pecador 1,or c:iusa ..ta <Ulpa~ :1mi-lo por se, c.iiP~t de S-'IIY:\Nc- - $â<J Tomds d ~ Aquino: 191 Mirfa. e, pois , Jesus n asceram de est irpe rc:'1 1 Sllt> R,•mrudlnn d,: Slrno: 192
,m
FAUIO VIOIGAL XAVIE R DA SILVEIRA
La l'irn faz.~c pomba cm hora errada (C): 1$ H82 Porqu e hii "c.xpul$0' ' d o Chile: 190
■
A$ <ripto-hete.i;lu$ existem, e do perlg0$a$ ... ( VE): 1&3 VoUem lodos à lgreJ11 m0$ttOU ( VT) : 188
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FERNANDO FURQU IM DE ALMEIDA
(C08): 181-182 Em con1ae10 \.'Offl o J~R$Cnl:1mo (COB): 183 De <:.ilvin.i.Sla e milha.t a Sacerdote Je:suíc.i. (C08) : 184 O Padre Oicssba~h e seus d.i$dpul<>s (COB): 1&6 O!c$Sb!\Ch funda :i Amiciiia çontr;a a Revolução nas idtias (CDB): 188 A 111is1er1os.- Aa, su:, urlge1n e >U!'I oraan izaç!io (COB): À sombt."i de 1t1tdlçôcs i Ucrrciru
mas pel:1 v ia q ue Jesus Cristo
MARCOS RIBEIRO DANTAS • M. AFONSO XAVIER OA STLVETRA JR.
TFP p11t1ldpa do li Nutionat W:tnderec Forum: 192
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ORLANDO FEOELI
Nunea o mun..to viu ódio !lo a.p:a.lxonado contu1 a Suta Igreja - Há 1tln1;i anos, n:i &panha : 181
■ PAULO CORRtA OE BRITO FILHO Crbc univer,,itátf;,1;: Trnd lç.ão, F':tmlH:t e- Propriedade rell• i,:e contrn minoria csquerdis1a: 191 ■
PAUW VI , Saoto Padre
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PIO IX, Papa
Querem que 1o1 lgrejfl u <ontenle com o que tim por cs:sençl.11 (VT): 181-182 Práticas :indquadas ou fonte de renovaçlo e progresso? (VT) : 181-132 Opiniões errõncn.s .:ompromctcm prcun1cmen tc a ri na Suçnri.$11:t (VT): 18 1·182 A vida c:uólka f , :iipostólic.i e m 1Utan1e (VT): 181-182 Consinnlino, Imperador denegrido (VT): 18fl Fidclidildc A lttt~Ja exige respeito n seu p11trim6nto tradicional (VT) : 188 ~om da li.reja Ca1ólic11 n lngulm pode salvu•se (VT): 181-18'2 ■ PIO IX COM O I CONCILIO 00
O. A. C.
O jubileu \'~lrnOfdln$tiO e os fro10$ que propk-la: 181-1&2
189
SocinUsmo, de um modo o u ..te o u1ro - J. ,te A:.cudu S<1.11t<J1: 1$1-182 Sob o 1>retcx10 de diilogo, tc.131Msmo - J. dC' A:.ur.do Santos: 183 A agiu1ç!\o• ., prcss:i e a rdorrr,~ :,gtárl:i - Lid: Mtrt • d<>11Cú de FrC"lto$; 134 ~m folia de melhor, recorrcn1 :ios fislocr:itu - • Lul:; Mt11donçu d,: Frclt,u: 186 N!i.o sc-rá, a lj:rcja, mlli111n1c .sen io concr:i. :i romc. e a doença? J, dC' Att'rr.do Santos: 188 Oi:ilog.1.r oom o rogo e nJo polen\11.ar com o lnefndio J. dt At.,:t,:do Sotttl)s: 189 Reli3iOSO$ e Cóncso crllkam rtsixramente a S;1ma Sé -
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COMENTANDO ...
LI\ Plra fai•se pumt>a cm hora errada Xm•I u dú Slh•~lro: 181·182
J . D E AZEREDO SANTOS
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Em con1ac10 c.om o jansenismo: IS) De ç~lvinis l11 e mll!11u ;i s~cetdo(c jc,uf1:li: 184 O Padre Oicssbach e $CUS dl$dpul0$: 186 Oimb.\Ch fund:t a Amldtfa con1ra a Revolução n as ldfias: 188 A rnts1crlosa A~. sua ori$,em e W!t organluç.l'io: IS9 "A devoção a N . Senhora , :. dcvoçGo d:. Aa " : 190 em friSfintc íl scmclhan,ç-n d~ estrutura en1re a Amldt.i~ e
•
■ ALOIZIO AU GUSTO BARBOSA 'fORRF.S Aç!lo . Popular, c.1,pítulo lleplorávcl n::- htstória do 8rasll catõllco: 18.) A ios;,i: 190
■ CUNHA ALVARENGA " A Vcndiit1 de 1193 foi obra <lc suus m!'ios": 184 t..e Corb1l!ller: tl11s ~nlcdUli$ que cra1n bruncas ao llff:t• nha-<éu e;irksiano; 186 M:,niqucus o$ que ddendem o c.cllbato i:clcsh1s1ico?: 18.9 fü1fu::1 ~nó:stfc:111 do i::hamado uquerdismo católko: 191
guerreiras: 181-182
lnç.lo - lmplic~ç&s mnr:dstas do 1cllhardls.mo (1): 183 VJsão do unive rso que favorece a Implantação da AnliOt• dcm lgu11Utârla, colc1ivl$t:1 e a1/i1 lmplfcaç&.s mirxis1as do 1eilhatdlsmo (2): 184
KARL RAHNER, Pe.
Fusindo li 1lrnnln d os sequnc:s do dcm6nio: 181~181 ~ellíd«o d :1 lrrcli.giio. (1$P(:CIO sublil dQI n ová tálka comunl.st:a: 18,) Utopia e c:,t6is-1rofc: 184 Como se cheg<>u :116 is10'?: ISS l{Ullltlt.lrisn,o C$16pido: 186 Plor do que .lS s6culos no 4C$cno: 188 A Potôni,- e. a 1c.n1:1.çiio do rcl:ttlvlsmo: 189 Conservad:., cm rec~n10 tranqiiito, Por famlll:i de foros nobillárquicos?: 190 Em busca de a rquéliPo par,i o pesadelo do sk u to XX: 191 OJssillcênda vandliUca ou irrcYetfncl;i v;an(lálka?: 192
À. $0ttlbta. de trndiçõc-s
■ GIOÇON!>O MÁRIO VITA Oa p:iteoniologla :i mct11fbka, história de uma e-xtrapo-
■
AMUIENT F.S, COSTUMES, CIVILIZAÇOES
CALICltM DOMINI BIBERUNT
e,;1
Soc:ialismo, de um modo ou de outro (NV) : l8l•IS·2 Sob o pre1cxto d e diá.1030. ccJ,itMsmo (NV): 1$3 A ln(ormaç,5.o defOrmllnte - ''Teleguiada e Impregnada de propaganda": 186 Não scr1i, a tircJa. m llitantc senllo contra a fome e • docnça?(NV): 188 Dialogar com o fOiO e não polcmi::a:ar com o foeEn dlo (NV): 189 Rcliaiosos e C6nego cri1lcam bpcramcnte a Sanla S6 (NV): 190 O soc;lall.smo se c.sttucita n a Inglaterra pcli\ pOtta d0$ fu ndos (NV): 191
A cnminhv J:, et~ dos prceoncdtos - Crbc ntental :1ntct\• ~ v fut uro da hum;inidadc: 18l
■
' ' A devoção :li N . Senhora 6 n dtvoção da An.. (CDB): 190 Irisante u semelhança. de csuu1ur:1 cnue a Amlcl:tla e a Aa (C08): 191
Oo velho pncto Ribbcn1top,-Mo10,ov :1 ei$ão cn1re Rússl:t e China : 131-182 A ln3ln1eua (a-i coon omfa: 134 Utiliiam a fome conto prc1u10 p:u.- promover o J>C<ado - Torpe cxploraçJ:o: ISS A f1unílh1 no Est2:do eomunbla Os mais b;iixos llo mundo os fndic-cS de aumento J)OpuJ;1çlOn~l n;, Ale• manha Orient:al <' n 111 Hungrl.a: 186 A pr«totJt liç.l[o das eleiç6cs de São Oomlngos: 188 M11ts um dcpolmento s6brc o m316gro da economi" soviética: 189 Oo arcabuz de Carnmuru à:c prcc,ç.up:&ç6cs do Sr. 1'0)'n• b ee : 190 Manobra bc,m lançàda encon1rn terreno favorfivcl: 191
"'
EK,c,·crrt os leitores: 136--18'
■
·rpp promove o lançamento público do livro " 8:.'lldeaç1o Ideológica fmtdver1idn e. diálogo": 18) A reforma agrária do Presidc.nte F rei i sodaUstn e con• fisca1órin - "Fiducin" $C d ltige com brilho e firmei:. à n11.ç.no (htlena : 134 " Fiducla'·' en frenta ieUS opos1lore.s Pcde<i5tas mos• 1ram•u. de.sc:ontenado$: UIS Sociedade Bnuileit2 d e Defesa da ·rr:ultç.!io, Famlfü1 e Proprlcdnde promove uiu nfol manlfcsiaçiio 40$ Sen-• dmen1os anlldivordstas do poYo brasileiro: 1$:7
S!'io Pio V, lutadOf lemivcl : 18.S
por Ptrnrmdq Fu"111l m dr Alm rld,,
■
A, A, BORELLI MACHADO
"Calicem Domini
VA'flCANO
" ••. e s6bre e.sta Pedra edificarei a minha la.reJit" (VT): 181•181
■
SÃO BERNARDINO OE SIENA
Ma rln, Josl: e, Pois, Jesus nasceram de est.lrpc real (VE): 192 ■ SÃO LUIS MARIA GRIGNION DE
MONTFORT
Cruz •mada, princcs.a minha: 184 Nlro 1em a Oell$ por Pai q uem não lem M'atia p,or M5e ( VE), 188 Filhos d e Lódfer os n tóllt()) oraulhosos que desprcz:am o 1lrço (VE) : 190
•
SÃO T OMÁS DE AQUINO
8 próprio no h omem ~bio impu9.n;u o trro (VE) : 189 Odiar o pecador por caU$a da culpa: ami-Jo por &er n ,paz de $1l var•sc (VE): 191 ■ SÃO VICENTE OE PAULO O ls:not3nlc pctcccrd em su11 fgno ràncfa ( VE) : UU•l82
INDICE ONOMASTICO ■ AFONSO XIU, Rei Num::, o mundo viu ódio 1iio apaixoi1ado ccullta a Santa l t;rcj:i: 187 ■ AGANBEGIAN Mait um depoimenlo sõbfe o m3lógto da. ecoitomia sovittic:i: 13'9 ■
ALOJ, E lisa
!lc.:onhcddos pc:l:s lgrcj3 m:1is dois rnll:1gtc-1o de Lourdes: 181· 18'2 ■ ALVARES, O. José J~sfayette A SBOTFP ao públfco~ 188
Ferreira
■ AMUNÁTEGUI MONCKE8ERG, Pa lrício Porque fui '"expulW" do Chile: 190 Enérgico pr~es10 c.iwfado 110 M inistro do Interior chi• lcno: 190 ■ ANTONELLI, Fr. Fcrdínando Em con12tio com o Jansenismo (COD): 183 ■ ARANTES, Aldo At5o Popular, e11phu10 deplorável na l\ls:1ória do 8r.,sn católko: 183 ■ ARAúJO CORRtA, JoS<! Lúcio TFP p:ar1icip :1 do li N:itional Wnndcrer Forum: 192 ■
A'l'HA YDE, Tristão de
l)ialogar \.'Om o rogo e. não polemizar com o lttcéndio (NV): 169 fhf?.U tp'Ó$1ka~ dó éhi111:1du c.~uerdismo t:iitó1ic.o: 191
•
AUBERTIN, Atanásio
l ):I
p;.1lcornologfa à met11ffsk:1, hiSCótl:i de um.- cxtni• pol:içllo: 18~
•
A2.Al'-IA, M'1nocl
Nunc.,~ o nmndo viu ódio tão :1paixon:1do conua a San1a fgtçj:): 131
ti
AZEVEDO, José Roberto de Fr<il:>s
Em ddc$õl da famflii br:tsilcira ç.o nt rn as investidas de. um S.'l\."e:t doce: 192
•
8AGOT, l'e. Jean
A mi.stcti<>.$:, Aa, wa orii;em e 5\.1~ organi:r.:iç.:io (COO): 169
•
BALAGUER, Joaquim
A p, celo$:a lição das cleli;ôcs de São Oominsos: 188
•
BARROS MONTEIRO, Des. Rapbacl de
SBOTFP promove iriunf;,I manirestac;!l:o dos scr11imc11tos :mtidivorçistu do p0vo brasiJciro: 187 /\ 1'FP e :a i1we.stlda dívorclstl\ no Or.1..:1il: 181
•
BltROIA EFF, Nicolas
lbh:c.s gnósik:•:. do o:h.im:ado c-squcrdismo 1,~, ,1.tólko: 191 ■ BliRULLE, C,irdeat d< "/1. dc.woç!o a N. Senhor~ t ,11 dcvoç!io J a A:t .. (COD): 190
•
BIAIN, Pe. Inácio
A,;lo Poput:a:r, <aphulo deplor:ivcl n21 História do Brn.sil ca1ólico: 183 ■
Bll.LOT, Cardeal
Co11sidcr:1ÇQC$ a prop6$ito ..ta 11,plicaçio dos doc:umentos promulgados pelo Condlit> &umenico V:11kano 11 - C:1r1:1 P:01or~l Q): J86
■ BLAIN, P e. " A VendHa de 1193 foi o br:i. de 5uas mli.os": 1&4 ■ BOA VENl'URA, Dep. Sinval Nos :anal, d a Assemblfl• a c11,na aos Domlnkanos t aos Fr2ndsc:a11os de. BH: 191 ■ BOLESLAU 1, Rei A Polõnill e a te,11:aç!o do rdat lvi.smo (ACC): 189 ■ BONA, Pe. Cândido ' De c.alvin~sta e militar a S:,ecrdotc- Jcsufui. (CDB) : 184 Dicssb:.ich fu11d3, a Amicizfa cont ra a RevoluçJio nas id,Has (CDB): 188 A misteriosa A11, ~1.1111 .:,rltcm e ~:a org:anb:ação (CDB):
189
.Era frlS:i.nte a semelhança de C$Ctulura en1rc ;t Anddti• e :t Aa (CDO): 191 ■
BONELLY
A predou. lição da.s eleições de São Dômingos; 188 ■ BOSCH, Juan A precios., líçlo das clticócs de SIio Oomfn&o$: 188 ■ BOUOON, Padre Henri-Marie "A devoção a N . Scnhor:a ~ a devo,çlo da Aa'" (CDB): 190
•
BRA1""1', Vinicius l os~ Caldeira
Açlo Popular, capitulo deplorivcl na hi!.1ória do Brasil cntóHco: 183 ■
BRIZOLA., Leonel
Ação Popular, c~pítulo deplor:h'el na história do Brasil católiC:o: 183 ■ BRO\VN, Joe David A io9-a: 190
■ CAAMARO, Coronel A preciosa Jiç;to das eleiç6c.s de Slo Domingos: 188 ■ CALLAGHAN, James O .soc:i:alismo .se «$Ueira na lnS]alerra pelo pona dos fundos (NV): 191 ,. ■ CAMARA, D . Helder Crise unlvcrsitárfa: Tn,dlçlo, Famrti:t •e Propriedade ruge C:Ontr.i minoria esquerdista: 191
■
CÂMARA, Cardeal D. Jaime de Barros
■
CARNEIRO, Dep. Nelson
Qua1ro pt<inunclamc.nlos relcvan1c1 : 18-7 A Tr:p e a invc-.stida divo,c:isla no Brasil: 181 A SUOTFP ao público: 188
S80TFP promove triunfal ma.nlfcscaç!o dOi $Cnllmen1os antldivorclscas do poYo brn.sileiro: 181 A TFP e ~ investida. diYorcista no Orasl1: 181 A SDOTFP ao p6blico: 18-8
"
CARPEAUX, Oito Maria
•
CASTELLO BRANCO, Presidente
Soc:i:tlismo, de um modo <iu d~ outro (NV): 131-IU
SBOTFP promove 1tiunfal manifcst11,çlo do.s sc:n1imcnt<>s :1111idh·orcistas do povo bra$ilelro; 181 ■ CASTRO, Fldel Ação Popular, capítulo depJonivel na história do Brasil , C11tó lleo: J83 Crise uni,·ersldria: 1·radiçlo. FamíUa e Propriedade- rui• cont~ minorfa e~ ucrdlst11: 191 (conclui na p1gin:a seguinte)
■
CA VALL ERA, S, J., Pe. Fcrdinando
■ F URFEY, P<. Paul H anly Não ser~. 111; Iirejl'I , militante senão contra a fome e :t doença? (NV): 188
A mistctió$a A.a, su:i origen, e sua organizaçSo (COB): 18? ■
■ GALLEJONF,S, S. J., Pe. Euslilquio Aç-fü> P'opular. c:-:apttulo dcplor(tvel na hi~tóri:a d<> Brasil <:at61ieo: 183 ■
CHA VF.S, M io. Pedro
■
fisc-:116ria: 184
,CIRl.OT, J uan-E duardo C LA UOEl., Paul
CORRtA D E OLIVEffiA, Plfoio
"C.ntolicismo" t--ompletà quinze an0$ dç vidn: ISl-182 " 8c:st seller" ;inticomunlsc:,, cdilado em :ah:mlio: USl-182 La Pira f~:t•se l)Omb:a em horn errada (C): 181-1&2 Formatura de ft.mdll.dOres d:1 T F P univcrsit:hia de MI• nas: 181-182 Açio Popular, C'apítulo deplor!,vcl n:, históda do 8ra$IJ e:ac61i('O: 13J A caminho d:. eni dos prc<:oneeitos: 183 TFP promove o lançamento público do livro " 0:aldu• c~o Ideológica fn:tdvenhJ:i. e diálogo": 183 A ngi1~ç.!ío. a pressa e 11 ,erorina 11srória (NV): 184 Vi.sli.o do unívcr$O que (3\'0rece :ri lmplantocio da An1i, ordem l11-11:-ith!irio. eo1c.1ivist:i. e !'ltéi0,: 184 A reforma :agdrla. do Pt csidente Frei i s~h1liSta e '-"On• risc11tória:: l84 • " F iduci;1" cnffen1:. seus OP<>SitOrd; 18S Em faU:a de melhor, recorrem ~os t is-iocra1as ( N V) : 186 ConsldernÇ<>Cs a prop6si10 da aplicação dos documcn1os promulgados pelo Concilio lkumênko V;Uic-asno 11 - C:1m 1 Pastoral ('2): 18-6 Escrçvcm 0$ l ci1ores: 186 A ramllia no Estado eom unista: 18.6 S OOTFP promove 1riunfal manircstat-ã o dos ~ntimc:ntos :iinl ldivor'eiSlas do Po'IO bt;Hileiro: 18'7 Dit:$$bach fund:i à Amicb.fa. eon1r:1 a Revoluç!o n:,,s fd~i:lls (C.0 8) : 188 Mais de um milhão de assin:1turn:1 no 111pêJo :anl idivor• cista da Tf,' P: l88 'l'Fl' ,8:lcbr:a o milhão de as.sln atur:is ç(lntrn o divórçio: Cot11ro o cOnf::Clamemo: 1$9 A ioga: 190 J>orque fui "cxpul$0" do Chile: 190 "QueS1ãO de vida ou de morte para :1 Atemanh:a e p:iim o n1u11do": 190 "Çruzada., a Ontt;1nia: p:ua onde vai o p~í:t1: 191 O,rndura dcmocrat11-cristli no Chile: t,I Edl1nJo na A,f,:ent ina o e11S11io de Plínio Cottêa de Olive ira: 19 1 A 'l'F'P ~6da o Ptesicle ntc• dci10· 191 TFP pnnkipa do li N::i1ional W,mdcrcr Fowrn: 192 ■ CORTE, Marcel de A it1formaçlo deformMlc: 186
■
■
•
A $ c~ipto-hc rest/1~ existem_, e $ão perigosas ••• (VE); 183 Cons1dcrnç&$ ~ pro1>6sito d:i. :1p lic:1ç!o d os documentos prom ulgados pc.10 Condlio Ecumên!C'o Vatk:ano 11 Carrn P:a~ornl (1): 185
■ DlESSBACH, l'a drc Nicolau J osé Alberto de Em co111a10 com o Janscnis.rno (COB): 183 Oc c;,lviniSI~ e mili1ar a $:iiccrdocc Jcsuft.i (COO)• 1$4 O J>ndtc Dic$$bach e seus d l$Cfpulos (C0,8): 186 · Oicssbach funda a ,\ midz.ia co11t t.1 :a Re\'oluç:'\o na~ id~i;iis (COO): 188 • A mister-io~ Aa. su:i. otitem e su:t ora:aniiaçlo (Cl)8):
139
Era his:une a :;emelhanç'll de estrut ura criue ;,i Amici~b e a Aa (COB): 191 ■ OOUZOUS, Dr. Rcconbc('ielo:1 pela lgteJa mais dois milttgtcs de Lourdes; 181- 182 ■ O U Pl ,ESSIS, Alberto Luiz (~e, rnm ~ m. o fndkc dos Autores) V1$âO do u,u vcrso que fa vorc-cc ::i implaut ic:io da Ant i, ordem i~u:ili1á rl:i, co1ctivisia e i:.t,i:t: 184
•
Consldc f:\ÇÕC-8 2 prop6si10 d:a :aplic.ação dos documcn1os pron1ulgad0$ J>elo Concílio Ecun,ênico Vntlea.no JI C:1rt:1 P :is1orn1 (2): 186 ■ FANFAN I, Amintorc L"1 Pira fa:i:-se pOmb!I crn hora errada (C): 181,182
•
FERNANDES, Des. Alceu Cordeiro
SOOTF_P , pro1_nnve t riunfal n1anifcst aç!io dos $en1imtntos :-i,111d1vót~astas do po\·o bra$ile iro: 187 A !FP e a im·cslida divordst:. no Ur;i.sil: 1t 1 M111s . de um mllhifo de a:1~fo.ttur;is : no 2pê10 antidh·or. c1sta d:i TFP: JS$ • ■ FE RRAZ, D. Salomão Maniqueu$ ()$ que defendem o <'<'libaco « k s iistko?: 189
•
FE RRl:,IRA, Antôoio Roddgue~c;
(Ver r:1mtx-m o l ndicc dos A.u1orcs) TFP <elebr2 o n, itll!io de a$$irtàlur:as con1r11 o div..,_r.,.io· 139 v' . M:ai.s uma, com:.d~ ele atiludc do trlsaemcnte famoso ..c-squen.11smo c:itólko.. : 189 No:,: :ini•~ da, A$$4:mbl~in 111; c.;ut:'I ao$ Oomink:inos e :•os J•r:1m;:1.sc:1nos de UH: 191 ■
FILIPE li, Rei
São Pio V. lul~dor 1<:mfvel: J6S ■ Fll,LIOZAT, Dr. Je<m A iog:i: 1?0 ■ F RANZEN O.E LIMA, Prof. João SOI)1"F'P promove lriuníal m:1nifes1açlío dos sentimcnl0$ :tmidivor<isCas do J)Ovo brnsileiro: 137 /\ ií-P e :i investida divordsl a no Brasil: 1$7 ■
FRE I, F,duardo
MEUR, Pt. Vinceol de
•
•
HOUTART , Côn. F.
M ONT F ORT 184 0 Padre Oicssbaçh e seus dl$Cípulos (CDB): 186 Oialosar com o rowo e não polemizar com o inçendlo (NV), 189 ' "'A <lcvoÇJo ,a N. Senhora t a de\'OC:,!iO da A:11" (COO):
■
■ !\1'0RAIS, Vinicius de ,\1,." lló f"opular, capí1u10 deplorá,·el 1ut hl:stóri:1 do Brasil
NER1, Adalg.isa
A~ão Popular. capítulo dcplor(avcl n{' hiStórfa dó Brasil c.::ilólico: 18.l
N 'KRUMAH, KWa rnc
tllupl:t e, C'./11:ÍS,(rofo (ACC): t34 ■ N ICOLAS, Augusto M:,nlqueu$ os que defendem o cclib3to cclcsijslko?: 189
18 Ál'IEZ LANGl.01S, Pe, José Miguel
•
O'CON NELl,, !'e. Palrkk
O:.
pnk ontotoifa :\ rne1afísic;i.. história de ui'na cxt t:i• pol:u;-ão: 183
A. !oi,,:a: 190
■ JOÃO D'AUSTRIA, O. S!lo P io V, lutador 1cn,fvd ; Hl5
■ OE LCK!lRS, E mílio Porque fui ..expulso'• Jo Chile: 190
"
■
JOÃO XXIII, Papa
SÃO PA ULO, APóSTOLO
■ SÃO T OMAS DE AQUINO Le Corbusier: d!l$ e:acedrals que crnm branca$ ao 11m,nhn-céu e1mesiM o: 186 R,;;Jtu g:nó$1kas do c.hamado c.squtrdismo c11tótko: 19 1 ■ SCHE RE R, O. Alfredo Vicenle A SBDTFP ao p(1bliCó: u1i
e:.tólieo: 18)
■ MORRIS, Willíam l.c. Corb115ier: das c.11c:<1rnís t1t1e cnim bmncls ao :ar• ~nha,ct11 ".artesi;mo: 186
,...
,\inniqueus os que. defcndco, o celib1110 ccle.liiáSlko1: 189 ■ SÃO PIO V São Pio V, lutador tem(vcl: 18S ■ SÃO PIO X Cons iderac;,ões a propóSilo da 1pUeaçl'io dos doc,unc111c>.i; promulgados pelo C'oncUlo Ecumênico Vfltle:ano li - CAfla Pas«ota.l (1): liS Con.sideraçóc:$ :i ptopósi10 d:a aplicação dos documentos promulGados pelo Condlio Eeumê ni<:<> V1'1lic::an0 li - Cana Pascor-al (2): 1$6
"º
A 1dorm:, aw.t~l'Íll do Presldcnle F rei , soci;,lista e "01'1• físocórla: 184 " Fidud:t" er1frc111n seus OJ)()SÍIQrl:S: 18S
J ENNY, J. J .
190
e a tcnlflçâo do refa1ivi$rl'IO (ACC): 189
■ MONCKE B.E RG, Oep. Gus lavo Porque f11i ' 'eApulso" do Chile: 190 Enlq:ko protesco envi1tdo Mir1is1ro do Interior çhi• kno: 190 ■ MONTERO MORENO, Anlonio Nunca ó n'lundo viu 6dio 11ío :,p:ii.Jtonido c;Onlra :a S!l.nl:'1 lgteJ:1: lll:7 ■ MONTESANO, Dario Lc Corbusicr: d:~s catedrais que eta:m br:ineis ao a r, rrmh:·1-<fo c.:ancsfano: 186
,.
S ÃO FRANCISCO OE BóRG IA .
■ S ÃO LEÃO MAGNO M,udqucus os que defendem o celib:ilo <'clesfástleo?: 18~ ■ SÃO LUIS MARIA GRIGN ION 'OE
M IESZKO, Príncipe
A Polõnit\
S ÃO CARLOS BORROMEU
S!lo Pio V, lut:1dor temível: ISS
;\ mi$Cctiosa Aa, s ui, ortii.cm e- .sua org.anltaçlo (~08) : 189
•
■ SCHULTL, Theodore \V. A asi1ação, ~ prC$$ll e a rtform11. ag:r~rht (NV): 184 Em r.tlla d~ melhor, t<'corrcm :tOj flsloenuas (NV): 184 li
S EGURA, Ca,dea l Ptdro
Nunc.:::a o m undo viu ódio i li.o :ip11ixon1do eonm, a SAnt:a Igreja: 187 ■ SERRA, Josi Ação Popul(lr, capítulo deplorável na história do 8r"sll católico: 183 ■ SIGAU O, O. Gemido de Proença A a11,i111çâo, 11 Pte$Sí1 e a rcform:t agr~tin (NV ): 184 • Em ble:ii ele melhor, reeorrc ,n 11os fislocr:iu1s (NV): 186 Consideraç6c.s :l prop6$ilo da aplk:1çlío d0$ documcm<» prom,11)1,u doi pelo Concí'lio Ecumf nico Vu1icano 11 - Cort:1. P:i.storil (2): 1$6 Qunuo pronui,ciamcntos rcteva.n1cs: 181 A TFP e a lnvestid:11 divorcista no Bra5íl: 181 A SODTFP ao públi<:ó: 138 ■ S ILVA H ENRIQUEZ, Cardeal Raul A n:rorma l\grárii do Prc;-idcnlc F°rei l s«f1111isca e eon•
fiu.t1órh,; 184
OLIVEIRA, D. Osear de
Mal$ de: um milhão de assin:1tura$ no :\pêlo :enlidivorei$1:I. d!l 'l'l~I) : 188
■ SOLIMÃO S ão P lo V, l.utador temlvel: ISS
t!r1ctrr.ido o C'om.::ílio; momento de impon5nd:i t ran!I• cendentc 1111 históri:i, da hum:inidadc: llll•l$2 Con.sidc:rn(:QCS -' propósito da apllC1tçlo dos documentos promult:id<>s pelo Condlio Ecumênico Va1ica110 li - Carta J>~1S1ora1 (1): 18S Utillt~n, a fome eocno prc.•texco p:.ra promover o pc• cad~: 1&5 Con~i.,.1,.ruções :i propósito d11 :i,p1knç3o dos documento$ promulgados ~lo Co111:lllo Ec-umi:nko V:.1ic11no li C'án.- P :is10,a1 (2): 186
•
■
t<cllgi0$0$ e Cluu:-s:o .:rilkam àspcntmcn1c a S:tl'lh\ S~ (NV) , 190
■
•
a ntldivorclstas do povo brasileiro: 137 A TFP e a investida divorc isi:,, t10 Brasil: 187 M ais de um milhão de assl.natun.s no apClo untidlvor• e iMa dfl TPP: 188
•
JOURNET , Cardeal Charles
KENNEDY, John F.
M:inobra bem 1:inçada cm:01u t a terreno ta vorávcl: l'il
•
KHON, Oscar
l)a p:ilcontologfa b met afísiça, hb,16ria de uma polaçâO! 133
•
OTIA VIANI, Cardeal Alfredo
PASTOR, Ludwig von
S!io Pio V, h1!11dor 1ern,vel: 1$5
Consklcr,ic;õcs :t PfOl)Ó:fito d:t uplicaçlo dos documentos promulg:-idos pelo Concilio E(umê nloo V-'cknno 11 - Carta Pastoral (1): 185
■
■ ONGANIA, Presidente J uan Carlos "Cruiada" a On&:1nfa: parn onde v.tl o p:1ís'!: 191 ■ ORAISON, Pc. Marc Rtllti.loso$ e Cônego crilic:in, àspe,arncnte a S:u11a S' (NV): 190
JOHNSON, l'res idenle Lyndon
M'111C>bt:1 bçm l::inc:ida t:llCOllll':i t erreno Íl.'IVOr.\Vd ! 19 1 ■ JONES, Pe. F. Berlram Sob O Pf<'lCxto de d l!ilos:o. relativismo (NV): 18.l
CÃlt:i•
KNAUS, Dr. Hennaon
" Qucsc5o de vida ou de morte p;mi a Alerl'l:inha e 1,2 ,.. o m undo..: 190. ■ ~A PIRA, Giorg,io L:1 Pira fat-sc pomba cm hora CJ NldA (C): J81-1$2 ■ LAFORGE, André D itiloa;ir <Om o fogo e n!o polcmiz:tr oom o inc~ndió (NV), 18?
■
■
PA VONE, Pc.
O P:1dre Oif!ssb:-ieh e s,cus discípulos (COO): 186
■
PflREZ, S. J,, Pc. Nazário
··A Vcndéfa de 1793 foi o'br:i de su:iis mãos": 184
•
'l'E RRET, Francisca
A
ÍOg3: 190
PHILIPE . OE LA 1:RIN IT f>,, O. C. O., Pc.
■
■
Da Pntco,uolos:,rn à mc1:1.U:&tc:3, hi1o16u:a de umn extraPolaç!io: l8:) Vísão do uni,·erso que favor«c a impfanl.l(lo d:t Ant iordem i1w:ililátia, coletivisl:t e otti:i: lt4 ■ PlO XI, Papa Em dcfe..~ d.a fnmfti:a bra$ild~ contrn H invcs1íd:i:1i de um S:-t«rdote: 192
LAGE PESSOA, Pe. Fr:ineísco
Aç!to Popular, c3pf1u10 deplorávtl n:t históri:. do Brasil C1i.lÓhCO! Jt3
■
LANDIM FILHO, Raul
Ação P opul:1r, c-apíl ulo de plotável na histórll'I. do Or:asil C'lllÓliço: 1$.J
•
LANfERJ, Veuer,hcl Pio Bruuone
À $Oinbrn de tf:1dlç6C$ Jutrreiras (COO) :
■
IS l -lt2
Em <'On1,.i~o rorn o, jnnSenismo (CDB): 183 Oc cnhm1$I~ e m1ll1a, :-i S:11:erdote JC$uila (COO): 1$4 O_ Padre Oie-s sbach e seus dlkípulos (Cl) B): 186 01cs~b1_eh fund3 a Amki.1.i!I «>nui, 3 Rf!votuçlfo nu$ 1dfo1t (COB): 188 A mi~ ctic~;a Aa, $Ua orígC'm e Suá Or$anitaç:io (COO), 189 Era fris:1111e n s.emclhan(:;) de cstrut u~ cnlre :a Amkhd~ e a A:1. (COJ3): 191
■ LARRAIN BUSTAMA1''1'E
Patricio
A rd orm:l _agrária. do P residente PrcÍ f socl:iH.s:ta e con, fi.,;ct1.1órm: J$4 Porque fuf "expulso" do C hilf!• 190 Enérgko protc.-.to cuvindo ao· Minlwo do lnic.rior chi, leno: 190
•
LE CORBUSJER
Lc Corbusier! d:ai c:iledrnis que eram brn11c-as :i~ ranha-c~u c:tr1e.$l:rno: 186 ·
•
:11-
LEIGTHON, Bernardo
Porque fu i "ex.pulso" do Chile: 190 En~n;ko protesto c ,wbdo ao t-.lini,;uo do lrtt c:tfor , hilcr10: 190 Dltadut:i demoçrat i..erl$1ã no Chile: 191 ■ LEMAn 'RE. Sola nge A ioga: 190 ■ LERROUX, Alejandro Nune:. o· mundo viu ódio l:Íó :1p3i,conado comn, n Santa Jtrej:i: 187 ■ LUIS VU, Rei A <Wt de Vf1.cla)': 184
•
MATA MACHADO FIL HO, Aires d a
A rcfonhà :11;;rárfa do Prcsídcnle Frei é $0<:fali.sa:i. e contl$catória: 184 "Fiducfa" cnfrer11:1 $eus oPOSIIOrC$: 18S Porque fui "expulso" do Chile: J90 "C n,1iada" a OnM,nfo : para onde V.ai o pr.ís?: 191 Oitadur:a dcmocr:H111;<.ri.s1~ no Chllc: 19 1 "FIJucb·• nllo 1cme :i viol.:m:fa : 192-
01:)108:lr com o fogo e n;io polc:mb.,:ir 00111 o incêndio (NV): 1$9 ■ MARITAIN, Jacques lb í~$ gnósdC'.\$ do chamado esquerdismo c-:1t61i<:o: 191 ■ MARTl NS, Heldcr A ÍO{i.ll: 19()
■ FR E IT AS, l.uiz Mendonç• de (Ver· também o fndkc dos AulorccS) Com1i<1eraçõcs a 1)rop,6si10 .da :,.pJk:.iç:io dos doc:umentO$ prom ulg:tdo.,; pelo Conc ílio Eeu111.:nico V:ukano li - Carta Pastoral (2): 186
•
PIO XII, Papa
Vc11d,i:1 de _1793 (oj obrn de $Ull$ mãos..: 1$:4 A rc~orma ,:t.ttrlin:t do Prcsideme Frtf é $()(:h\Hstn e eonf,sc:u6ria: 184 Considcraç,õcs n propó$ito da :iplicnçlfo dos docl1mento.s promuli;ados pelo Concmo E<umênico Vatic-ano 11 - Cal'c:, Pastoral (1): ISS Con$idcraç&s 3 propósito d3 :aplkacl<> dos documente» prot11ul1t11dos pelo Co11cíllo l!eumênko V:itk.ino 11 - C:111" J>asloral (2): 186 ~1:iniqueus qs que dd t t1dem o ediba10 ectc.si:lstieo?: 189 Que~áo de vld:1 ou de ,~iorte p:ir;, ::. Akmt1.nha e p:u'.l o m undo" : 1?0 1:m dcfes111; d;1 famílía b111síldN1 "-0111r:1 .is invcsaidas de um S:tccrd~e: 192
..A
■
RAHNE R, Pe. Ka rl
•
RA PP' Roberto
Considerações ~ 1>ropó$i1c>. d:a apJi<:.a(:fio dos doc1.11ncn10& pr(nnuli::llldos pelo Concilio Ecumênico VaUci,no 11 - c~na P:a~oral (1): 18S
s.
Sob o 1>rece,:to de Ji!ilogo, rel:1t lvis1uo (NV\: 1>13
•
R EAD 1 Herbert
Le Corbusicr: das. c:'l.tcdrnls que crrim brnncas 110 ura,
nh:l-eéu <:artt-$111.no: 186
•
ROCHA, P:tulo Vieirb du
C riSe uníver~i1ári:t : 'l'radlç!o, Famíli::i e rc-3g<' ~ont t'!I minoria esquerdist;1: 191 ■ ROSSI, Cardeal D. Agnelo A SIU)'fFP :10 públko: 1$.8 ■
RUNCIMAN, Sleven
Maniqueus os qu<' ddcndc111 o cd lb:\10 cCle$Í~Sti<:O?: 189 ■ $ANT A 8 E RNADE1'Tll Rcco1d1ccidos pcll'I l greJa mars dois mi.lagrc.s de t.01.1rdcs: 181• 182
•
"
MASSON,OURSEJ.,, P.
A log:.: 190
•
SOUZA, Luiz Alberto Gomes de
Aç!lo Popular. c.apí1ulo deptor:tvd n11 história do Brai1II calóli<:o: I S,
SYLOS CINTRA, Des. Joaquim do
SOOTT-P promove uiunfal m11nife$U1.ÇfiO dos scn1imen10,
•
TAMBURIN I, J uliette
J\e(OnhecldO$ pcl• l g:t eja mais dois mil:agres de Lourdcs: 18 1-182 ■
T EILHARD OE CHARDIN, S. J., Pe.
D:, pa lcontologJa à mc.t11Hsk11. história de uma çii;1rn• Poh1çlo: 1S3 Vis!io do unlvet$O que favorece li ímplant:içAo dii Anel. ordem igualítárí:i, colc1ivi$1111;. e ttti3: )84
•
T HOMAS, Hugh
Nunc:i, o mundo viu ódio l.! o ap:slxon:tdO con1ra a San ta lgrej:a; 187
"
TOURÉ, Sckou
Ut opf:a e i.·t1.1.\~rofc (ACC): 184 ■ T OYN 8E E , Arnold J. [)() arcabuz de CJ!rnmuru às prcocup:içõc.s do Sr. Toynbtc: 190 ■ U88E LOHOE, J úlio 'r-FP pat1lcip:i do li N:itional Wandercr Forum~ 192
•
VALLE F E RREm A, José do
SBOTFP promove tdunf:11 m:mífe$.l~çilo dos stntlmcn1os antidivordst3.S do br:l$Ucito: 187 A TFP e a irwc.stidi divoreist:i no Brasil: 187
Po''º
■
VARGAS L VON, Cbrls lián
•
VASCONCELOS JR.., Pc. Caetano
"Fiduçia" nll.o teme a vlolbd:i: 192
Não sc:rá. a l~rejn, n1i111:in1c sc115o «mln,, :1 fome e doença? (NV): 188
•
VAZ, S. J., Pe. Henrique de Lima
■
VIEGAS, Pe. Luiz
3
Açlo Popular, c.:i1>hulo deplor5vc.l n:i hlseóriá do 8111sil c:itólico: 183 Raft.es 3nós1ic.-s do <:hllm:ido esqucrdi$mO e:itólico: 19 1
Açtío J>opul:tr, ei1pítulo dcplor,vcl na hlstórl~ do Brasil c.ntólko: 18) ■ VIEIRA, SebasCiã o Navarro TFP celebro o milh!io de a$$in11tur.i:s contra o divórdo~ 18? ■ V(RGINIO, Padre Lui; i O Padre Dlcssb:tch e $CUS d1$dpulos (COD): 18' Oicssbach funda ~ Amiciúa .;o,ur;i II Re volução ntis ld,iis (C0.8): 188 • Era fdl\3ntc a $Cftlt'lhanç:a de c.sarutura entr<' :. /\mid1.i:. e a A:a (CDB): 191 ■ VOLLE, C. P. C. R., Pe. Franeíseo Urna. lnici:i1iva OPOrtunn: ISS ■ VON PEN CKLER, Barão J oseph Oiessbach fonda a Amiclzia «.1n1rn a Revoluçi'io rrnll idéi:ias (COO): 188: ■ \VEISS, J. B. S!io P io V. lut~dor temh•cl: JS5 ■ \ VILSON, Harold O ~ialismo k cstutira na l ngJ:.terro1 pela. porta dos fund0$ (NV ); 191
Propriedade
Solidariedade do E. T ribunal de Ju.saiÇ.t: 1$7 A TFP e " hwci,lid:i divorcist:1 no UrnsJI: 187
MARTINS FERREIRA, Oes. M,lreío
SOUZA, Herbert José de
Ac;io Popular. c11pílulo deplor4vcl na história do 8 ra$11 c;alólieo: 183 Rafu:s g:11ó~iea$ do chamado esque rdismo católi<:ô: 191
REZENDE, O. P., Frei André l\funiz
M:\Í.S uma com:id:i. de :itirndc do 1rlS(tmcnk f111~oso •1cs• qucrdi$mo cacólico" : 189 ■ ROCH A, D. José Maurício da Qu:1tro pronu11ei:tme1110, rclcva111es: 18'7 A TFP t í1 irm:.stida divorcista no Urasil: 187
•
"
PAULO VI, Santo Padre
(Ver 1;im~m o fndkc. dos Autores) E,K'.'~ i tàdO O Co11dlio; mon,e1110 de impor1â11d:i Iram• « 1tdc:1ue n â hi~órill d:a humonielnde: 18l• l tl O jubileu ext raordinário e os frutos que propkb.: 181- 18, S!to Pio V, lulador temível: 18S • CoMldct:i\"'ÓC,$ a propósito da a plicação dos dOCumentof prom ulgado$ pelo Concílio Ecumênico V:acitMO 11 - C~rt:a P:t.stornl O): 185 Co111>idcr:a~1 a prop6sl10 d:i -'Plkação dos documentos promulgadot pelo Concmo Ecuménico V:nicnno J I - C:ina PasCONII (2): 186 f"ar:i h:v:ir :1 vilória i, ~ra1tdc. Cruzada do ~culo XX: 136 A SBOTFP !l.O públko: 188 Em defes!i da farnlll:i braslkini contra :,s invc.stlda$ de um Su«rdote: 19'2
■ LAGE, Alfredo Raízes jnó.slic:ii:; do ch:imado CSQuerdisnio C;itólko: 191
DUCA, Antônio Cândido de L'll'a DlJLAC, Pe. Raimond
■
Rt:lltcloSO$ e C4nego c;rili-c:iun !Ls1>enaimc1u c a S:inla Sé (NV): 190
F'orm:1.111r-:a de íu,,d3dores da ·r i:p unlvcrsíl~rl:t de- Mi• 113.14! 1$ 1-182
■
MENflND EZ PEL AYO, Mnrcelino
■
•
S!l:o Pio V, lult\dor t crnivel: 1$5
Maniqueus os que defendem o celibato cctesiá.sli<:O?: 189
■ HORTA P.EREl RA, Oes. Carlos SOOTFP promove triuntai manifcstaçlio do~ sent imentos a ntldivorC'ist:ss do p(lvó braiileiro: 187 A TFP e 3 i11VC$llda dívorei.sa:1 110 Brasil: 187
OANT AS, Marcos Ribeiro
01 M llGLIO, Mons. Gíus•ppe
•
■ .HIRSCH 8E RGER, Jobannes Cons iderações n propósilo d:1 aplkitc:tio dos d()(\unemos promuls.ncJos pelo Concílio Ecumfntco Vut ieMO 11 C.1rt:t PlJtornl (1): 185 ■ H OLLANDE R, Z a nder U1iliz.1m a fome como pretexto 1>;1ra promover o pee:i• cado: 185
CRf:T INEA\J-JOL'\'
■ DA YRE LL, Gilson A. Açlo J>«,11ulnr, capítulo deplorável ná história do Brasil c:al ólko: IS-J ■ D E GAULLE, Charles Manobra bem lanç:idn cnconcrti terrrno h1vo,hcl : 19 1
GOULART , João
■ G UERRA BRITO, Mariano A. A respeito do c.-mto popul:tr lil6r~ko: 188.
COSTA E S ILVA, Mal. Artur d•
( Ve r 1ambén, o fndkt- dos Au10,es) Mais u mn tomada d e atilude d!,) 1ri~emcruc fom030 "esquerdismo c:uólico" : 18'9
nn1idivo1d$1:i$ do Povo bt~silciro: 187 ■
Ação Popula,. c:.phulo deplorável níl hi$1óri:1. do Brasil co1tólko: 183 Porquç fui ..c:Àpulso" do Chile: 190 En~rgiço proteSIO enviado no Ministro do Interior clll, lcno: 190 "Cru:tt11dt1" a Ongiu,f::.: p:u:i onde v:-1i o país'?: 191 Oiladura democrnta-<ris t 5 no Chile: 191 ■ GRENTE , Cardeal Georg•s São Pio V, lurndor ceni(vd : 18$
SIio Pio V, lutador u:mívC1: 13$
■
■ M ENi;NDE'L, Sóror J osefa Sc.n, a fé não h:\ c::Mliuiçlfo ( VE): ISG
soo·rFP promove 1rh.111fal m:i.nife.\i,çio dos scnlimcntoi
SÃO BE RNARDO
A cruz de Vh.eh'i)'! 184
"A Vend~l:1 de 1793 fo i Obra de :fuM mitos":
GOMES, Orlando
■
•
p0bç5o: ISl
■
■
■ SANT O INACIO DE LOYOL A O P:-adrc Oiessbach e seus di$C:fpulo,; (CDS ): 1$6
■ MElN VIELLE, Pc. J úlio o~ 1>aleon101oii::i :\ mtlnfísk:i. his1óri11 de u1n:i extra•
GODOY, Pres id<nlc
S ANTO ATANÁSIO
Perder-se-á certamente quem n!i.O prOÍC$.$ilr t !=l e-'tólie~ ( V E), 13S
■ MEDE IROS JUNIOR, Min. Raul da Rocha S.UOTf P promove triunfal manifcscaçtío dos sentimcnlos ant ldivorcis1~s do ()Ovo bt;i.Silciro: 1$7 A TFP e a invcstid:i dh·orclsea no On:1sil: 1$7 M:ii.s de um milhiio ..ie a$$1rrnt urM no apêlo Mti(llvorcina d1, l"FP: ISS
A preciosa liç-lo dias c1clç6cs <Jç S!lo Oumín3~; 188
A ·rFP $8Úd:t o Prc.sidcnle clcilo: 191
■
GARAUDY, Roger
■ G IRARDI, S. O. B., Dom Sob pretexto de di{1IO{l:O, relalivismo (NV): 183
Le Corbusicr: das c-11cdrais que cr:1m brancas ~o arranh;,., ciu caHcsl.aM: 1&6
li
l?O
Oa palçontolõi;,in ~ mé1affsic.:i.. hl.$tóri:i. de u1113 e,o rapo1'1Çio: ISJ Vl.s$o do unlvcr$0 que fa vorece a l.mpl.antaç?io dn A ntiordem iguat1t:íria, eo!etivist3 e a1ti:l: 184
A rcform.-. 311,rária do Presidente l'l"rci ~ sociafü1i e con,
■
GALLI, Min. llalo
antidivore isias do povo brasileiro: 187 A TPP e :i invcsdd::t divorcls1a no 8rasil: 187 Mais <k um milhlfo dç 11ssina1uta$ no apêlo antidivoreista d_. TFP: 1$8
:intidh·orciSl:1$ do pOVO bnisllcíro: 187 A TFP e a IMest lda divorcis1a no 8 r3.$il: 181 M3i$ de um milhão de assinaturas no 11~10 iantidivor• ci~a da. TFP: 188 ■ CICOGN AN I, Carde•! Arnleto
l gu.11li11ui~o estúpido (ACC): 136 Nunca o mundo viu ó dio 1$0 11,p:i,ixoniu,10 i."Ontm a Snnta Igreja: 187 ■ CLEM ENTE XI, Pap a "A Vendéia de 1793 foi obta de SUH mã0$": 1$4 ■ CONS'rANTl NO, Imperador Corl.!.tan1h10, Imperador denegrido (VT): 18$ ■ COR81SHLE Y, Pe. Thom.as Sob o pretexto de di:.\loio. tch11Msmo (NV): 1$3 ■ CORReA L ETELlER, E mb, Héclor Oi1;,durn dcmocr:u:i--c:tlstã no C hile: 19 1
MA'n• SR., Alpbonse J.
■ M AVER, D . Antônio de Castro (Ver também o fndke dO:f Autot cs) A asit aç.!io, a pfc:$$;) e a reforma att,nhia (NV): Hl4 Em 1311:1 de mctl!or, recorrem nos fisioc:r-alas (NV): 184 · Esctc:vcm os leitores: U14 Quatro pronunçi:ilmcnu» tclçvantC$: 187 A TFP ç a investida d ivotcl$1:l no 8ra$il: U17 A SOOTFP ao público: 1ss Festejado en1 CMlpos êxito da TFP conua o dlvórdo:
S80iFP promove triunfo! minifuc:ição dos sentimentos
SBO'fFP promove crh1nfo1 m anlfesrnç!ío <los, scntiincnlOS
■
■
'l' FP pulicipa tio lt N.11lon:il W:indercr Foru rn: 192
um S:iccrdotc: 192
■
■ SANT O AGOSllNHO M~nique\ls os que defendem o celibato edesl:1.$tko?: 189 Do areabui de CaHam utu ?Is preocupações do S r. 'fo)'n• bce: 190 Em dçtesa d :1 fo mllfa bra$ilcím contra ns investidas dç. um S!tccrdote: 192
MAIT, \Valter L.
l'r-P p2rcid 1):1 e.lo 1l N:.\tional Wnndercr Forum: 192
CHA RBONNE AU, C. S. C., Pe. Paul-Eugent
Considccnçóes ~ propósho da 3plicaçlo dos documentos promultt::idos pelo Concilio l;A:um~oko Va1ic;1110 li - C2na, Pastoral (1): 18S e,n defesa d:i. famili:i. brasileira con1U1 as irwcstíd::i$ do ■
■
SANTO AFONSO DE LIGORIO
O P :idrc Dic.ssblich e scu.s dl$cíputos (COB) : 186
•
XAVIE R DA SILVErRA, Arna ldo Vidigal
S8 0TFP promO\'c: ttiu11ra1 mMifcst1i.ç.iio do:1 scrtlimentos :u11!div(>rd$l :)$ do povo braslldro: 187 D
XAVIER DA S ILVEIRA, Fábio Vidigal
(Ver 1amWm o frtd kc de)$ Autores) Enbs.ico protc:~o enviado 310 Ministto do l ntttfor chi• leno: 19Q Ohadur~ dcmoc:raca-crfat!I no C hile : 191 ■
ZEEN, O. F. M., Frei Herardo
Mal$ unta 1on1ad:a de ~lil ude t,10 t ristemente fomo~o "C'.S· quc.rdismo catól ico'': U19
•
11
Um grande hluff do século dos hluffs" 11
11
Ne
ADA haverá de injusto em que nos-
so século venha a ser cognominado pela História de "século do bluff" . que a impiedade e o comunismo resolveram demolir as últimas resistências dêste pobre e cambaleante Ocidente, recorrendo, em proporções até aqui desconhecidas, ao diabólico estratagema de utilizar na demolição pessoas fadadas por todos os títulos a serem defensores impertérritas da ordem cristã. Teólogos ateus ou quase tanto, Príncipes cujo socialismo importa na aceitação dos erros fundamentais do comu• nismo, burgueses comuno-progrcssistas que lutam rijamente pela reforma comunitária e socialista da emprêsa, líderes rurais que fazem quanto podem em favor da reforma agrária cspoliativa, são chagas que outrora constituíam exceção e em nosso tempo se vão multiplicando com uma celeridade impressionante. Entre tantos blu/Js, um há, de outr' gênero, que importa não esquecer.
Passo marcial e agressivo, gesto audacioso, face sombria traduzindo uma belicosidade sem entranhas, a juventude desfila como se fôsse para o combate. As imensas bandeiras, que tremulam ao vento, parecem de um pêso supcril>r às fôrças de um homem. Os jovens as carregam en tretanto com desembaraço, dando a idéia de que estão resolvidos a aceitar os encargos mais inumanos para alcançar a vitória da mística que os obseda. Trata-se de um desfile esportivo em Moscou. Desfile com características políticas e militares, bem entendido. Seus componentes avançam gritando compas, sadamcntc ;,Viva o esporte, viva o Partido Comunista, viva o govêrno soviécico! Viva! Viva! Viva!"
No imenso estádio Oy,,amo, de Moscou, em que se destacam como se fôssem ~ois ídolos os perfis de Stalin e de Lenine (se fôsse . Podgorny, daria exata
mente na mesma) , grupos esportivos, por certo longamente adestrados de antemão, executal!J exercícios ao longo dos quais formam com retângulos de pano colorido a palavra "paz", sucessivamente em vários idiomas. Sabe-se bem de que paz se trata: da capitulação covarde do Ocidente diante de tôdas as ameaças comunistas.
A nota simbólica da manifestação é incgá vel. Dentro da amplitude material do quadro, os indivíduos tomam as proporções de formigas, e a única coisa que conta é a massa. . . a massa informe e imensa, na qual êles parecem perder-se e se dissolver como gotas de água no oceano. Uma disciplina imposta de fora para dentro obriga essa massa a manobrar com uma docilidade e uma precisão mecânicas que reduzem cada homem a mero autômato. Nesta foto, vemos o domínio esmagador da rnassa sôbre o indivíduo. Na primeira, o domínio do falso misticismo sôbrc os homens hipnotizados. padronizados e massificados.
Eis aí, bem caracterizado, o comunismo, suspirará tallJez alguém. Realmente, assim é, respondemos. Mas logo em seguida, uma pergunta nos salta aos lábios: que tem isto de diferente do nazismo? Pela própria semelhança do espírito que se nota nestas cenas com o que se desprende de cem e cem aspectos conhecidíssimos de manifestações nazistas, oão se põe a nu, à saciedade, o substrato comum entre uma ideologia e outra? Por que, então, apresentar o nazismo como o gran<!e adversário do comunismo? Não é êle, antes, o utra cabeça da mesma hidra? Não é bem verdade que o aparente antagonismo entre o totalitarismo neopagão vermelho e seu congênere pardo é um dos grandes blu/fs de nossa triste era de b/11/Js?
1
Oesflte esportivo <m Moscou
AMBIENTES COSTUMES CIVILIZAÇÕES
Ma.aife1taçio dPottiva no uú.dlo Oynamo, de MOS<:ou
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AfOJLICliSMO----- *
PRESIDENTE DA. REPÚBLICA RECEBE O CONSELHO NA,CIONAL DA TFP
BAINHA DO BBASIL J71SITA A DIOCESE
e
OMPLETANDO sua sétima peregrinação pelo Brasil, esteve na Dio-
cese. nos dias 9 a 13 de dezembro ú ltimo, a verdadeira imagem
de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Recebida cm sua chegada a Campos pelo Exmo. Revmo. Sr. Bispo D. Antonio de Castro Mayer, pelo Preíeiro Municipal, Sr. Carlos Ferreira Peçanha, pelo Clero, autoridades civis e Co ngregações reli• giosas femininas. bem como por grande massa popular, a Pad roeira do Brasil foi saudada pelo Chefe do Executivo municipal, que a declarou Rainha d;, cidade. Exposta em seguida à veneração pública em magnifico aliar armado no presbitério da Cated ral-Basílica, a Virgem Aparecida viu a seus pés, durante três dias, um incessante afluxo de fiéis, entre os q uais se des1acavam as numerosas peregrinações procc•
dentes dos mais variados recantos da Diocese. Na tarde do dia 12. acompanhada por longo cortejo de auto• móveis, a sagr ada imagem foi conduzida para n vizinha cidade de São F iclclis, também pertencente à Diocese, onde foi venerada pelo povo católico que durante tôdu a noite encheu a igreja rr.atriz.
A
propósi10 do proje10 de nova Lei de Imprensa que então se ::ichava cm debate no Congres..
so, o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira. Presidente do Conselho, Nacional da Sociedade: Brasileira de DefcSa da Tradiçã o, Família e Propriedade, escreveu uma c;.rta ao Marcchàl Castello Branco, na qual pedia que a propositura "passasse por subs tanciais modificações de sorte que, reprimindo embora a licença, proporcionasse aos órgãos de difusão escrit:t e falada a liberdade necessária para sua atuação". Tendo tomado conhecimento da ma,
nifcs1ação da TFP, o Chefe do Estado, de visil;l a São Paulo por ocasião do aniversirio da c idade, no dia 2S de ja• neiro p.p.• solicitou a presença do Con• sclho Nacional da Sociedade no P:s•
lácio dos Campos Elísios. Compareceram à audiência, atlém do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira_, os con•
selheiros Prof. Fernando F urquim de Almeida, Caio Vidigal Xavier da Sil• vcir-a, Plinio Vidigal Xavier dtl Silveira,
Celso da Cosra Carvalho Vidigal, José Carlos Cu1ilho de Andrade o Luiz Nazareno
Teixeira
de
Assumpção
Filho. O Marechal Castello Bronco exprimiu enião a satisfação c,o m que rcce. bera a carta, que qualificou de fidalga_, e amável para com a pessoa do Prc-sidcntc da República, e acrescentou que, com e la em mãos, procurara o Ministro da Justiça, rccomcnda11do que fôsscm imroduzidas alterações no projeto de Lei de Imprensa, de modo a c-scoimá• -lo de restrições ¼ justa liberdade dos órgfios de comunicação csc.rita e (a. lada. O Presidente manifestou esperança de qoe, Por essa forma, a nova Lei de 1mprcnsa não melindrará as "susccp1i• bilidadcs de 150 prestigiosa entidade como :~ Sociedade Brasileira de Defesa da Tr3dição, Família e Propriedade, e dos bons br.l.Sileiros cm gerar', O Prof. PJinio Corrêa de Oliveira asr:ldcceu a.o Chefe de Eslado :, gcn-
1ileza da comunicação, e da audiêncin conc-e dida aos d iretores da TFP; dizendo aproveitar a ocasião para íclicicá-Jo pela" eficiência com que vem reprimindo o comunismo. Acrescentou que a Sociedade, com suas Seçções e
Subsecções cm quase todos os Es1ados do Brasil, estava d isposta a cooperar <::om o Govêrno para os assuntos de interêsse do Pafs.
A carta da TFP ao Presidente
t o seguinte o texto da cana. enviada ao Presidente da Repúblic11 pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, c m data de 13 de janeiro último: "Senhor Presidente "Apl'e.sentando a Vossa Excelênci.:l nossos respeitosos e cord iais cumprimentos, submc-temos à sua alta consideração o que segue. "Bm meio à campanha que se vai generalizando por todo o País. cm prol de uma substancial tr:'\nsformação do projeto de Lei de Imprensa, íaz-sc no· car aqui e acolá, por seu c::uáter demagógico e gritante, o vozerio dos sc1ôres progressislas, socialistas e comunistas. Este fato poderia criar a ilusão de que o bolchevismo, a mazorca e a subversão têm a lucrar com a livre mznifestaç.ã o do pensamento do povo brasileiro atrav&, dos seus órgãos de d ivulgaç3o escrita e falada. "A realidade, cntrcta.n to, é bem outra. A esmagadora rnaiOl'ia dos brasileiros aspir3 a viver e trabalhar cm paz no atual regime social e econômico, desejando apenas que nêle scj~101 feitas gradualmente as ad~tptações e melhorias necessárias, cscoimadas nli:ís de qualquer influência sociodista ou comunista. Foi o que tôda a nossa população demonstrou por -ocasião da crise comuno-janguista e da rcvolu~t o de 3 1 de março. Dias antes de sua queda, o ex-Presidente Jango Goulart se queixou em memorável discurso da absoluta frieza das m;.is.-sas rurais em
re lação à sua malfadada reforma agrá• ria socialista e coníiscatória. A revo• lu~ào de 1964 conlou com o consenso cnlusiástko de todo o Pais, e de lá para cá a opini~o pública se vem pronunciando incqu'ivoca,ncnte contrn a demagogia e a s ubversão, como bem o demonstram as últimas eleições. "P,1rn glória do povo brasileiro, po• demos :afi rmar qut a grande garantia d:1 estabilidade dos três valôrcs íun• damcntais que caracterizam. em face do comuno-progressisrno. o nosso regime social e. econômic:o - ,1 Tradição, a F:.'lmília e :l Propriedade - se cncon• tra mi opinião públic.17 emanada hnrmônic.amcntc de tôd,as as ç lasses do País, civis e militares, pa trões e opçr;írio.s, intelectuais e trabalhadores nmnuais. Cumpre pois não coarctar a legitim;i expressão dela. mas antes lute• lá;la zelosamente. "Que os pl'ogre$Sist.1s, socia listas ou comunistas peçam ;,1 mitigação do projeto de Lei de lmprcnsa nada tira à notória veracidade do q ue acabamos de 2sscvernr, o deve ser explicado pelo afã dessa solem: e. astut(-1 minoria de capitali.z ar em benefício próprio o desconren1amento que à propositura vem ocasionando. ''Assim, é no próprio lnterê.sse dos três valótes básicos de nossa civiliza• ção - a Tradição, a Família e a Propriedade - que es1.1 Sociedade, reconhecida peJa opinião pública como paladina da lura contra o progressismo. o soci,1lisn,o e o comunismo, pede a Voss:1 Excelência que o projeto de Lei de fmprcnsa, passe por subst;.:inciais mod ificações de sorcc que, rcptimindo c.:m• bora a. licença. proporcione aos órgãos de difusão ~crit.t e fa lada a liberdade ncc~~ária para s\1a aluaçiio. "Agr~dccendo ;:1nu:cipadamcnte a :.1colhida que Vos.s:1 Excelência haja por bc1n dar tl p1•e,se1ue. rog;.1.mos à Oi• vina Providência que favoreça- com suas graças n pessoa ilustre de Vossa Exceléncia, e seu govêrno 1 para o bem e a grandc1.a do Brasil".
Na
manhã seguinte, após a Missa celebrada pelo Exmo. Revmo, Sr. D. Antonio de Macedo, C. SS. R., Arcebispo Coadjutor de Aparecida, Nossa Senhora partiu de volta para a sua Basílica Nacional. Pouco antes de sair da Diocese, ao passar por Pádua, foi ainda alvo de comovida manifestação de aíe10 da população local. Acon1ccimen10 de máximo relêvo na história religiosa de Campos, a visi1a da milagrosa imagem da Rainha do Brasil constitui um penhor das melho res graças para 1ôda a Diocese,
Virtudes esq uecida s
SIMPLICIDADE DE POMBA 1,ias... coni
PRUDÊNCIA DE SERPENTE Do Primeiro e Segundo Livros do Sacerdócio:
S
E a sagacidade íôsse semp(e má, se não fôra permitido usar dela para um bem qualquer, estaria eu pronto a sofrer o castigo [ .. ,) que os juizcs costumam infligir aos criminosos [ .. . ]. Se o anifício porém nem sempre é condenável, se é bom ou mau conforme a intenção de quem o emprega, põe de reserva a culpa que me imputas e prova-me que tive má intenção, procedendo como procedi ; enq uanto essa prova não íôr apresentada, é um dever, pelo menos aos olhos de quem sabe distinguir o bem do mal, não culpar o que usa de finura, antes louvá-lo e aplaudi-lo, Um artifício hábil, que parle de uma boa in1enção. é um bem tão precioso, que m uitos homens rêm sido punidos por não o usarem. Consulta a história. dos capitães mais ilustres. remontando a té às idades mais remotas, e verás que a
máxima parte dos seus troféus fora m devidos à habilidade, e que as vitórias alcançadas por êsse meio lhes mereceram maior glória, que as adquiridas à viva fôrça, J... ) Os recursos de rropas e dinheiro, que a guerra exige, gastam~sc e desaparecem com o uso; a sagacidade que uma alma desenvolve. quanto mais se exerce, mais aumenta .
l ... J Não é só na guerra e contra inimigos que por vêzes se devem empregar cerros estratagemas; é também na paz e a respeito dos melhores amigos. Para q ue te convenças de que esta prã1ica é 1ão vantajosa aos estratégicos como aos enganados, atende ao modo como procede q ualquer médico para com um cnfênno insubmisso:
r.. ,J teria de prolongar demasiado o meu discurso, se houvera de contar tôdas as artimanhas dos médicos. Bles porém, q ue se dedicam à ç ura das molés1ias corpóreas, não são os únicos que lançam mão
de tais m eios.
Também com freqiiência os vemos empregados no
1ratnmcnto das moléstias da a tina.
Foi assim q ue São Paulo atraiu à nova fé milhares de judeus, f . .. J É grande o poder da fra ude
con1an10 q ue não seja empregada com desígnio fraudulento. Neste caso nem deve chamar•se fraude; merece antes com justa ra1.ão o nome de habilidade, finura. piedosa indústria; porque salva de dificuldades e dirise a a lma por caminhos re ios. Porvcn1ura, ousaria cu a lcunhar de homicida F inéias, por matar ;, u m tempo dois culpados,
ou o Profeta Elit1s por fazer· cair o mesmo castigo sõbrc a ct1beça de cern soldados e seus c hefes, e por fazer também derra ma r uma torrente de sangu·c , passando a fio de espada os rniscrávci:,: que sacrificavam ao demônio? Se 1al fi zéramos, se julgáramos das ações sem atendermos às intenções dos seus ~,gentes, teríamos de condenar Abraão. por querer imolar ls;,ac. Igual condenação deveria ser fulm inada con1ra seu neto e b isneto, porque o primeiro tinha arrebatado o direito de primogenitura e o segundo fizera passar às mãos dos is rnelitas as riquezas dos egípcios. Mas não é possível isso, não: longe de nós uma tal audácia. Não só não censuramos a conduta dêsscs homens, mas a té a louvamos e admirarnos, porque o próprio Deus a louvou. Com razão se chamaria enganador o que assim obrasse com vistas iníqu:1s. mas não o que se propusesse um fim bom. muitas vêzc.s necessário o arlifício, podem resullar dêle grandes bens, precisamente quando a fra nq ueza causaria os maiores males aos prc)prios a quem não se quisesse enganar. Podia demonstrar com raciocínios mais desenvolvidos que é permitido usar de astúcia para u m fim jus to e bom, e ttue então ela deve perder o seu nome e c ha rnar•se a ntes uma sabedoria admirável; mas,
e.
( .. . ) o que fica dilo é mais que suficiente 1••• )". Crisóstomo -
Os seis Livros do Sacerdócio -
("São João
com um resumo da
vida do s10. Dou1or e algulllas cartas" - trad. do Pe. Marinho Tip. Fonseca. Porto. 19 17 pp. 35-43).
A~pecto da audiência, vendo-se os Srs. Caio Vidigal Xavier da Silveira, Prof. Plinio . Corrêa de Oliveira, PrcsiJente Castelfo Branco. Prof. Fernando Furquim de .Almeida e Luit Naz.:.1re no Tcixcita de Assumpção Filho
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Crisóstomo
1 §
1
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§ § § § § '§
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Sagrada
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Sudário
de
Turim
1
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Ano XVII -
Março de 1967 -
N. 0 195
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§ § § § §
§
§ § § §
§
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a Ti se ·d á
§ § 1,s
Se quando contemplamos as secretas
Causas, por que êste mundo se sustenta, E o revolver dos céus e dos planetas;
§ E se quando à memória se presenta B §
d O ..... ~eo · -:1 •
erre•
ª
B
S oSs
Ó sumo Deus! Tu mesm~ ·Te condenas,
·
§§ § § §
Aquêle efeito, tarde conhecido, Da lua na mudança tão constante, Que minguar e crescer é seu partido;
Pondera-o com discurso repousado; E ver-te-ás advertido fàcilmente.
Por mi, Senhor, no mundo reputado Por falso, e violador da sacra Lei? A fama a Ti se põe do meu pecaao?
1 §
Aquela natureza tão possante Dos céus, que tão conformes e contrários Caminham, sem parar um breve instante;
Olha aquêle Deus alto e incriado, Senhor das cousas tôdas, que fundou O céu, a terra, o fogo, o mar irado;
Eu, Senhor, sou ladrão, Tu justo Rei. Pois como entre ladriíes eu não padeço? A pena a Ti se dá do qu' eu ,.rrei?
S
Aquêles movimentos ordinários, A que responde o tempo, que não mente, Co'os efeitos da terra necessários;
Não do confuso · caos, como cuidou A falsa teologia, e povo escuro, Que nesta só verdade tanto errou;
Eu servo sem valor, Tu imenso preso, Em preço vil Te pões, por me tirares Do cativeiro eterno que mereço?
Se quando, enfim, revolve sutilmente
Tantas cousas a leve fantasia, Sagaz escrutadora e diligente:
Não dos átomos leves d'Epicuro; Não do funâo Oceano, como Tales, Mas só do pensamento casto e puro.
Eu por perder- Te, e Tu por me ganhares Te dás aos soltos homens, que Te vendem, Só para os homens presos resgatares?
1S8
Bem vê, se da razão se não desvia, Aquêle único Ser, alto e divino, Que tudo pade, manda, move e cria.
Olha, animal humano, quanto vales, Pois êste imenso Deus por ti padece Nôvo estilo de morte, novos males.
A Ti, que as almas soltas, a Ti prendem? A Ti sumo Juiz, ante juízes Te acusam por o errar dos que Te ofendem?
1 1
Sem fim e sem princípio, um Ser contino; Um Padre grande, a quem tudo é possí~il Por mais que o dificulte humano atino;
Olha que o sol no Olimpo s'escurece, Não por oposição de outro planeta; Mas só porque virtude lhe falece.
Chamam-Te malfeitor; não contradizes: Sendo Tu dos Profetas a· certeza, Dizem que qu~m Te fere profetizes.
Um saber infinito, incompreensíbil; Uma verdade que nos cousas anda, Que mora no visíbil e invisíbil.
Não vês que a grande máquina inquieta Do mundo se desfaz tôda em tristeza, E não por causa natural secreta?
Riem-se de Ti; Tu choras a crueza Que sôbre êles virá: a genre dura, Por quem Tu vens ao mundo, Te ,despreza.
Esta potência, enfim, que tudo manda, Esta Causa das causas, revestida Foi desta nossa carne miserando.
Não vês como se perde a natureza? O ar se _turba? o mar &atendo geme, Desfazendo das pedras a dureza?
O teu Rosto, de cuja formosura Se veste o céu e o sol resplandecente, Diante quem pasmada está a Natura,
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8 8~
§ j §
I1 1 1 i i
1§ B 1 1 8
§ § 8 §s §
Do amor e da justiça compelida, Por os erros da gente, em mãos da gente (Como se Deus não ·fôsse) deixa a vida.
§8
Ó cristão descuidado e negligente!
º
Não vês que cai- monte, terra treme? E que lá na remota·e grande Atenas O docto Areopagita exclama e teme-:>
Com cruas &afetadas da vil gente, De precioso Sangue está banhado, Cuspido, atropelado cruelmente.
1 S ;
§ § § 8 § § § § § §
1§
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§s (E legia VI) §8 . §S B § § §t-.,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,....i:r.,..,..,..,..,..,..,..,...,..,...,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,...,..,..,..,-.,..,..,..,..,..,..,..,..,,., T ~ q.,-.,..,....i:r.,..,..,..-.,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,._...i:r.,..,..,..,..,..,..,..,.h".,..,..,...,..,..,..,..,..,..,..,..,..,...,..,..,..,..,.~~ . § Ca,11,ões
1
O
ALVO LENÇOL no qual José de Arima1éi~ e Nicodcmos envolveram piedosamente o CorpO do Salvador dep0is de o descerem
da Cruz., e com o qual o seputtara,n, co.nstitui uma
das mais preciosas relíquias dà Paixão. Enquanto os trê.s Evangelho$ sinóticos falam apenas de um pano de linho (Mat. 21, S9; Loc. 23, 53), compra• do p0r Jo;é de Arima1éia (Marc. IS, 46), S.'io João se refere ;~ ''pomos" e a um ºsudário'', prôpriamcnte dito, que estêvc sôbre a cabeça de Jesus, e que depois da Ressurreição Siio Pedro achou separado dos demais panos utilizados no sepultamento ( Jo. 20, 6 e 7). Isso indica que - c:-o mo
aliás era coscume - vários panos, lençóis e faixas estiveram cm contacto com o Corpo do Senhor morto. Dai resulta que divcrs:\S igrejas rossam gloriar.se de p<>ssuitcm autênticos "sudários", to-
mado êstc têrmo no sentido c:orrente de "morta• lha". Dentre todos, o mais insigoe e famoso é o que se venera na Catedral de São João Batista, de Turim, na Capela do Santíssimo Sudário, atrás do ::1lt:tr-mor, o nde estão também os túmulos dos Duques de Sabóia . • Segundo parece, foi êle trazido do Oriente no século XJI pelo Grào-Mcslrc da Ordem dos Cavaleiro$ Hospitalários, que o doou ao Conde Amadeu Ili de Sabóia. O que é certo é que, de• p0is de p~-tssar por várias mãos, foi adquirido cm l456 por Luís de Sabóia. Venerado em Cham• béry - onde residiam os Príncipe.~ daquela Casa - até J 578, foi cnt3o lr..lnSpOrt3dO para Turim. sendo por isso conhecido comumcnte por Sat11c>
Sudário de Turim . (i. uma grande peça de tecido lino de linho, medindo 4.36 metros de c,o mprimento por 1, 10 de larguta. Apresenta dois desenhos de um corpa humano, de frente e de costas, de coloração ver•
O SANTO SUDÁRIO DE TURIM mclha enegrecida, e vestígios de fogo, deixados pelo incêndio que destruiu a igreja onde ::. relíquia era venerada, em Chambéry. O vulto a li esttimpado constitui um perfeito cliché negarh,o, difícil de ler e interpretar como
todo cliché. Sõmenle com a descaberia da foto• grafia é que se pôde constatar t6da a sua belez.~. a través do negativo fotográ.fico, que nos dá t1ma imagem posi1iva do corPo que ê lc mostra, As fotos tirad:rs a panir de 1898 revelam um corpO huma1w que apresenta feridas de um caráter especial, Pois pode•se ver com uma abundância impressionnn1c de J>Ol'menores todos os estig• mas da Crucifixão, os sinais da Flagelação t da Coroação de espinhos. A vítima de tão 1crríveis suplícios não passou senão alguns dias e nvolla nesse lençol, pois a experiência mostra que, do contrário, 1ôdas ~iS manchas se teriam espalhado, dando ràpidamcnte um c-onjunto confuso de imagens, O que mais impressiona, contudo, no S,,nto Sudário de Turim é a figura da Santa Face. O rosto que o negativo fotográfico nos 3presenrn (nosso cliché da I.ª p~gina) é, apesar da deformação provocada pelos maus tratos e pela morte, de uma incomparável beleza e majcstudc. Que obra de arte, antiga ou moderna, nos revela semelhafte grandeza e fôrça de alm~1, doçura e
humildade, resignação. e trislez.a, nobrez.a e serenidade? Sob o véu da dor e da morte, do sofrimento e da humilhação, vislumbra-se uma in• tcgridade, uma retidão moral, uma recus3 dcfinilivn de todo o mal. Não tem folrndo quem negue ser autêntico o Sudário de Turim. Não só entre 1ivre,pcns.:.,dorts e incrédulos, mas também - o que é doloroso - entre c,Hólicos, a pretexto de objetividade histórica.
e
vcrd;,\de que do ponto de vistn histórico a questão da autcn1icidadc apresenta dificuldades ainda não resolvidas, dada a insuficiência dos do• cumentos que chegaram :ué nós. Por outro lado, p0r~m, ~ hoje eic1HUie~-1mentc certo que se trata de uma autênlica mortalha de hã quase dois mil anos, onde um corpo, depois de 1er sofrido os tormentos descritos na narração evangélica. da Paixão, estampou sua figura, cm negativo, p0r uma ação fís-ico,.química a inda mal deterrninad:1. A hipótese vap<>rográfica do Dr. P. Vignon (escurecimento do aloés usado ,rn unção, por emanações amoniacais do cadáver) parece supcr-.tda. As imagens relativamente grosseiras que se obtêm• cxperirncn1almcnte fe.vam a crer numa in1c:rvenção da Pro\•idência parn que um processo natural ;,inda mal definido produzisse no Santo Sudário um resuhado tão perfeito. Essas
s.io as conclusões do Dr. Pierre Barbct. que fêi detidos estudos da santa relíquia, e demonstrou sua autenticidade- do po1Ho de vista anatômico. O Dr. Barbet, que viu a Mortalha de Turim à lt1t do dia, sem nenhum anteparo e a n1enos de mn metro, afirma ainda que as marcas das chagas que, ao contrário das demais, são imagens p0sitivas - fornm ccr1amente produzidas pelo sangue que impregnou o tecido (cí. hLes cinq Pla ies du Christ - Etude anatomiquc e. expérimentalc", 4e. éd .. Js,oudun, Pillcn & C ie. 1948, pp. ·9. 10 e S6-S7).
Acresce que é um argumento de pêso cm íavor da autenticidade dessa grande relíquia a c ircunstância de apresent~,r. cm négativo. uma impressionante coincidência com os traços: que a iconografia católica all'ibuiu durante séculos à Face do Salvador. Ora, tal semelhança .não poderia 1er sido forjada, por isso que até a invenção da fotografia, há p0uco mais de e.em anos. não se conheciam as imagens ntgmiv(ls, e é his.tõric:1mcntc indubittivel que o Sudário con:i:erv;sdo cm Turim apresenta há séculos as figuras que nêle hoje se vêem. Ademais, que artista de eras remotas teria podido fazer uma tela. ião perfeita do ponto de vista da a11atomia, da fisiologia,, da patoJogia? Por fim, ao Santo Sudário de Turim pode-se aplicar, ao mcoos cm certa medida, aquilo que São Pio X dizia da Santa Casa de Lorcto: p:tta ó e.s pírito católico, ~,inda q\1c .não ~e tenham tôdas as provas históricas e científica~ desejáveis, o fato de ter aquela relíquia, ao longo das gerações. despertado a piedade de tanto fiéis, e edificado a numerosos Santos que a contcnlpJaram, j& oferece uma garantia de &utcnticidade suíicientc.
Gustavo Antonio Solimeo
E
... UM DEPOIMENTO
"Desde que cheguti a tsta cidade, escrevin o Padre Virgi,~io, quáSC pfio estive senão com ex-Jesuítas. A todo momento vejo um dêles. Encontr.uu-se aqui tnmbém alguns [ex-Jesuíta~) espanhóis e americános, mas não estão em condiçõts de ttabãlht,r, quer pelo desconhecimento do estado moral da região e pela igaorâncía da língua, quer pelo uso, introduz.ido há poucos
SÔBRE OS CATÓLICOS
meses ou anos, de não se permitir o trnbalho u
ITALIANOS AO APROXIM.AR--SE A REVOLUÇÃO FRANCESA
SCREVENDO de Miliío ao Padre Dicssbacb, em dala de t.0 de abril de 1783. o Padre Luigi Virgioio retrata :1 situação religiosa da cidade, assim como as preocupações das pessoas corf1 as quais tivera C.-ontado. 'e muito curioso êsse d~poimcnto. Revela o t:~1ado de espírito dominante entre os ç.à tólicos italianos nas vés-pcnas da Revolutão francesa, mostrando como e.s iavam pouco prc• parados para as provas que cm breve Cerhun de enfrentar: Viviam despreocupados, um ou outro sentia-se um tanto f\larmado com a confusão ninante, ma$ quase nin,gu~m se. preocupava sen.ão com seus eroblemas pessoaJs ou, uo má• xímo, com nquêles que diziam dlrdamcnte respeito à cidade e à Dioce5·c, stm se dar conta do vulcão que estava prcstts a explodir e arrazar uma ordem dt coiSas que u . todos parecia inabaláve.l.
quem não tenha aqui nascido. Portanto, convé.m procurar sc)mcnte os naturais deSht regiií9. Ora, êstes (deixando de lado alguns que lêm cmprêgo semiprofnno) s.'io, em geral, de slngular probidade, devotamento à Religião, etc. D e.. dicam-se zelosamente· à confissiio e à pregação, mas, fora disso, não pensam senão no restu• beJedmento du Co1np1mhia, parcetudo-me um ,,ouco indolentes no rtS1o.' "Ptnso que isso prov.hn: primeiro, do próprio clima, como explicam os habifantts da re• s:lão, e eu mcsmo tenho stntido os seus efeitos; segundo, da atual confus1.o, que gera h:n1or em alguns, le,1nudO·OS a esperar para ver que rumo tomam as coisas; terceiro, da falta de no• tidas sôbre a situa~·ão moral das outras regiões, a rtsPeito das quais exisfe ~'Uma ignodincia; ciuarto, do fato de se-: tsta região ai11da bastante' bem orientada, pois o Clero é excelente e o povo muito religioso, razão por que não conht• cem outro mal que o desrtgramtnto dos costumes e o desordenado amor aos divertimentos.
t bem verdade que já se notam alguns indícios de jansc.nismo nos ecftsiástkos e de impiedade na nobreza, mas são muito rcceoles parn ,,uc seja fácil avaliar tadas as más c.o nseqüêocias que 1raz-em consigo, conhecer as razões de seu aparecimento t os remédios a serem apllcados. 1ºTudo ;sso não impede a convicção de. que, se houvess,. l'llguém parti dirigir êstes Padres, se J>O<kria tirar muito proveito, pois, conservando um• grande fundo de boa vontade, eertaincnte at• guns, ao menos, se dedicariam às obras boas que lhes fôssem propostas e, tomo têm o espírito reto e justo se poderh1 ba~'1ante lttilmente fazê.los conhecer 1uuitas coisas. ..Nessa classe se podt colocar um n(1mero ~1preciável de P:'Íroeos e Padres de grande capacid1,de de coração e de espírito, que. trabalham com zêlo na vinha do Senl1or". Convém lembrar, n esta altura, que uin dos membros de cada "Amicizia''. o chamado missio• nár-io. devia fazer freqüentes viagens, quer pam incentivar as colônias já existentes, quer para fundar novos grupos. Principalmente para êstc ,íltimo dtlto devia estudar as possibilídâdes das regiões visitadas, procurar ter u111 conhecimento exato da situação moral reinante, e travar conhe• cimento com o maior número possíl-'el de,. pes. solb: que pudessem ingre.ssur na associação 'ou ~judar os 11migos e:rist.ãos. f,ss;·, <.·arta do Padrê Virg.inio é o relat6rio de úmn dessas viagens. tle fôr-a a Milão eom á incumbência de ver se ern viávtl fundar ali uma 1'Aa" ou uma " Amíei:tiâ Cristiana". Oevtriu prim('iro observar, te• v.1t.n tnr o mapa moral da região, e.sh'tbclcctr con~ hactos, sem f:tlar de. nenhurnà d:1s a.ssociatões, paro depois ser resolvido em T urim se stria ou não criada .- cvlônia.
A deseris:\o do ambiente religioso milanês íeila por CS.'lià ca-rla revela um obsen·ador Mcnto e pers picaz. Vivendo ouma sociedade que a.ioda couservava muito de medícval e em que, pelo menos tcõrJcamcntc, os homens rtconhcciam a necessidndc de paular a sun conduta pelos prin• cípios do. Ev;mgelho, os celesiás:Hcos de Miliio s('nlimn dificuldadt em dcsvinr sua atenção dessa ahnosfua de relatíva ordem e trfu1e1üllidade J>i~ra os gravíssimos problemas que afligiam :1 J~reja•Uulvers-.:tl. Restringindo seu .apostolado às 11uc-s• tifos que dependiont de sua :.t\·ão p4."s:o;oal imedia• ra. nem cogUavam de opor b:arreira., ?I bruh'tl
ofensiva revolucionárin que esrav~ prestes n se deseocadcnr. Os fundadores da " Amidz.ia", ao conlrlirio, Hnhnm couhcdITlento da Revoluç.ão nas idéins e sabiam que esta preparava o caminho para as mais profundas transformações. Tinham cõ,is• ciêneia dá Sua unívtrsalidadt. Sabiam que ela se Insinua em eada país de acórdo com tlS ci.rcunS• (âncias, ndttptando-se par~• peneirar mnis profundamente. Dai uma concepção mais ampla do apo~'tolado, oão restrito aos problerri:is locais, mas atento a tadas as aflições da fgrcjA, pam aux:il.iá•la eni tôdn a mtdida do possível, sobrt• tudo através do estudo aprofundado dns causas, manobras t dinamismo da impiedade, paru ntt• lbor combatê•la. Precisavam para isso vencer a cegueira •)ue atingiíâ por tôda parte os cató• licos, tid-los dá Inércia rru que tinl1a_m ('aído, e prepnrar cuidndos:unente os nmigos cristãos pn_rn o trabalho a que se devc"'iam dedicar.
O Venerável (..Anterí, depoi~ de ordenado, pôde•st entregar complttamenre a essa obra. Ajudava o Padre Virginio na formação do pri• meir-o núcleo de Turim e o substituia quando êlc se ausentava, nas freqüent,.s viagens que faz.in para fundar nol'as "Amiciz.ie-11 em outras cidades. A "Amicizfa" de Turim, Pouco a pouco, tomnva n íorma préviSfa nos estatutos e já começava n auxiliar e liderar outras associações, cujas itti• vidadt.s compJcruvam ou podiam facilitar o apos• tolado dos amigos crislRos. Entre clas1 a hAa" ocupava mn lugar especi:11. Dcstin.ada á amparar os jovens que se prcp:.t ravam para o sacerd6clo, propotcionava n seus membros essa visão mais anlpla dos proble1nas de ap.ostolado. A ela também o J>adre Lantcri dedknva bo.i. parle de seu tempo e procurava· propagá-la. Reservava, no entanto, um cuidndo todo especial a uma ftrctirn so-cied"dt, ::t " Amidzht Suctrdofule", txc1usivamcnte dc~1in.1dà a cclcsiih'tkos e, como as outras, secreta. Não se sabe qunndo foi fundada a "Amki• :( la Sac<:rtloC::dc". Em 178S e1::t j:í cxt(;tia, reu• nindo um pequeno número de Padre-s zelosos de Turim. F'oi u precursora de muitas outras osso• ciuc;-ões do gênero <(ue apareceram naquelu ci• dadc, no séeulo XIX, e que mutro concvrrcram para a boa formatâo do Clero do Piemonte.
Fernando Furquim de Almeida
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O~ JIE11[ \VJl~11[1JEJIRA\ E SanfiaaO do Chllt rC'C'f'btmos rttOrCt d.a rev1$ta t:,SQut:rdl.$1.a ' 12ttllla", n6mtro dt 24 dt agosto de, ano p:,q;s:11do, tn1 que- apar«c um11 cnlrt• vl~a s;ob o lftudo dt "Yo lul <"ompaúcro dt CaroUo Torre-$•'. O tnlrnlsfado E o Rtvmo. Côntgo Frantols Houmu1, Sactrdott btlg• J1'. no~o wnl'lttldo, 1>0ls f o mumo qut rttt:nlc-mtnte dlrltlu l S2.nfa Sf as ma is rudet dl,:fribtf por n.ão s~ tnquadra~m em .stu$ e$Que• mas p«s0als cc::rca.s dtdsões dt $uprtm.a Autoridade E-clf:~IC'A (vtr "Novlll tt Vt'ltra'' ""RtlltlOSO$ t: Gnc-go trllkam àipc::ramtnle a Stnht Sf", ''Calollc-b· mo' •, n .0 1.90,! de:- u11lubro dt 1966).
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F. HOUTIART, CÔNEGO, PROFESSOR DE LOUVAIN E COMPANHEIRO DO PADRE CAMILO TORRES
Com o ~utm• XIII $C' t'On«bt11 a mudança C'Omo al11:o poslllvo., t li hum;tnld:aclt' como um11 unidade dl• n:imlC'i, qut- ft'm 1>11J:QldO, prc-stnlt ti futuro, €stabt1cC'-t'u,: se que $t'm mud.1.nfiii niio h1'. 1>ro,:nsso, que a hu• manldlldt' st tncon1ra em um PTOCC'.Sli() de mucu:afio ::óclo-cuUural lnt'vlt:lh·C'I''• Sabemos qut' ntm Jolo XXJII. ntm Piaulo VI, nem o Jl Condllo Eturo~nko Vaticano rtvogaram a conde::• 1u1.~o do1 tun,stos prlncfplos llbC'ral.s t' 1ocal11dir1os dt· corrt11ftS d:t Rnotufllo Fr1u1«sa t: da rc::,olut!io bolC'htvlsta, Mas 1>:tm '"I(' prolts$Or dia Vnlvtrsl<f2cJt dt Louvafn a soclolo~la ~ uma t.spfcle dt- carcol2 de mfudco dC"111ro da (lual st op.trsim as m2ls lnc-rhe1$ lr.i.nsformaçõt':., 1orn11ndo taoJe ~«H~\'t'J e mt<fm.O dt.K"J~vtl a<111Uo qut onte.m tra tond<"nado lu;,; da R.,... ' 'C'12tiio C' d:. l,el Nalun.1. ,\van(• tle: "Na Amérlc·a Lati":. n!io h:i poi-:slblUd:adt d«' nofoçiio, dt' mudança, reformista. TC"moi qut "1lmlnh:ar para uma ruplura, t falo C'ID sc-ntldo ~rtriu11enft soclc,ló1<ko, N:11 Europa foi n~te-ssárbl uma Rool·ut5o Franct~. um.a Rt.voTudo Rus:sa, p;,na rtalb.Mr essas 1rant1form11f~$ dt- ciuf' $«:: llnba ntt<"ssldadt', A<iul rtifo E>Odtmc»: ttpt'rar solução J>:a~ hce-s problema$ $<'ffl. uma ru1~fura \ 'IOltnh1. Vlo-lC'nt11 c1u11n(o h s-,111 1nofundldadt' C' n .l)ldt~ nio Pn• aren111:•. Strl-.a cômlc:o, st não fôssC" 1u,1u dt tudo t"Jitko,' ,·tr r«Omtnd:tr um modo ,lolcnlo, 1.UII$ u:to 111n.1ercnlo, para a ruptura d11 ordt:m 1>0lill('11, ("('Onõml• u t' $Othtl d.i Amfrln L:tllna, <Omo st n~o c~l\'bSC"• mos no conlintnlt dos c::audllhOS $$1.nxulndrl(IS do llpo dt" P': mt'hõ \ ' lllia t Pldel Castro.
r:1'10$ C' ca,,wontsts OFJ:a.nludos tm agrupamt'nlO$ for• lt-s '·', S:ah·o cxcc::.çk-s como o Chll-t- e ::a Arttntlna, n~o Julga élt qut 0$ fr11bsilhadoru t$1f!J.nm 011tlU.'lb:llldO$. ''Na matlorla do$ taSO.f, a faH • dt uma con~ lêntht ( dos obJtllvos t d0$ mtlos) é l(C'ts l; t Isto ocorrt., prt• dnmitntC", noi, vafStS oui.ls con.mth·os (slt), como o Brasil, por u~mplo_, ondt o oso é rcllfmentt tl11r• ,n:u1ft'', Por ondt s e vê qut' p:ílra o Ro"'Dto, Cõntf(O H outta.rt a lula dt das.~u 1n111as vhe$ condenada p.tJos 'Ponu. fkes d.a A.tio Soclnl, 1. um 1n~1rumt'nfo ptrftllamtn• lt' lt-1tSUmo. O probttma ('~j t-1'1'1 qut QS Ol)tr.irlos t1ão qutr<'ID tmpr«ndf•llt.
a
S. Rtvmii, l 11rofU.«tr dC" ~ocuuoala na Unlvtr$ld;adt dt lAuvaln t sou~ (riu par::a $1 a h1ma de t$pCdAus,a do "(trct:lro mundo'' e uandt <Onh«tdor do~ probltmAa,r AllntnltS 11101 pàÍ.$t.$ $UbdC'.st.nvolvldO$, ..~ rito do ConC'fUo, utana•st dC" ltr Jldo amlio íntimo dt C::tmllo TorrC"S, o SllC'C'tdOIC' to1ombl:mo QIIC', del)OIS dt sec•ubirl:udo, n fC':c i.:uC"rrllhtlro C'Omunh:la C'O'I $CU ,afs t foi morto num c·ncon1ro tom as fõrças l~uls. O CünC"JCO Houlf:uf, que conbt«u (..1'mllc, Tottt$ quando h•e' ' <"$tudav• e,u l.011valn, tscrcYtu «rl• vn Que foi ''por ç11U$:l d::ris ,:1cllaNits de:: .sua J,:reja qut tlt foi morto u:,s 8llt.rrllh11s C'Oloa1blOinji.$" (d. ritvbta cfl.), No Qut d!% N'iPt'lto à Amlrka J,alln11, tomo se nfio fósst.m ~ufkltnlt-s ias c.tll)mldadt.$ que no.s :11.nls.=tm t. Qllt. do ponto dt vlstll sodv..1 e polítlto $!IO dC't'Ot· rinC'i:t dlrrt:.i dt século t: mc::lo de:: lalcbmo <' da ('(ln• s.t((Utnlt ln~fabllJd:adt. re ,·oludonir~ das ln)tltulçêks - nm o Rtvdo, CônC',:o l>tlta tr.'17.f'r aJ,::uma.~ a<"h.L< p:ar.a li foJt:utln quC" aqui $e ftnra, :artifkb.tm,nft', 2c-endcr c::m provtllo do C"audllhlsrno t$Qut.rdl$A.ll. Pautrno,: 11 p;1l111•n:. a S. Rt.vnu:1., A l'õl('U ver, 11 mu• danp. de c::Mruluras - ,,olUk:as, c-conômlc-a,s:, soC'lals 6 um pro«m tomum t-m t odo o mundo ntu11I, Se11s lnttrloC'uloru d:a r("vbflll "Er<'illt'• dtsdam sahC"r como aerC'dila fk que a l ,tttJa de,-. tnfrC"nl11r t S>11 mud:m• ç,a. Rt-Sl>OS.111: " H Oul'I(' uma Crat1dormação du l.1 ud~ 11 rc::speko d11 mudl.\ntu, Dumnle muUO ttmpo c::ncarou-a tomo 11JJCO n<"~ath·o, 11l1,:o que niío $t podla tocar. Con«bh1•St a iodt<ladc:: como uma .s·fott~ fio t>tr, ftlta, que niio podlsi mudar. St-m t-mbargo, a huma• oldade c::volulu lnevlt:hdnu~ntt, porque , um-11 unldadt dlnimksi. A u •otuçii.1;1 C'lt-ntffka t h:c:-nol6Jelt~ o tao• vou. A 1nc-s.u çolsa se deu com o.s: tl)1<"1D.ll$ ttonõml• <'0$ e 1>01.fllt'OS qut • 1,;reJa toncknou''. ''Se á l1trda - 11ro»c1tUC' o cnlre\'b'Cado - <"nc~n1 a ruudanfa tomo algo nC"icath·o, sua Mlltude Stt'A t.1un° Wz:u nc-gi&fh'II, Aislm foi, fnchuh't., alf o $kulo XIX,
Pc-r1:unl:;1dO l>f'IO rt:pÓrtt,t dC' "Y.r't'llla'' C'Omo ff dt• ,·"rl:a ,:lt't11:,r :1 mudàn('a rC'tOmf'ndnd::i., rt$t)Ondt: O Rc,•n,o. Cónt,::o R oumuf: "Podt' hav('r m11ltaS; fOnmas de- f.1zf,Jo. N.io cttlo que o comunismo $da a mtlhor, &sll\'C' na <."uba dt Fldtl Cia$fro mul111s vius C' conhe('O btm t uii txpt-rlhC'ht. O «i.so mt par««:: poslth·o, l)Ula) hOU'l't' multa pC'rd.ã dC" t""J>O, t: $Ull rtrolufl,o mC' p:111tcc:: multo w.sios:a do ponto de vi$!~ h11m11110". M• Ls <h1n.mt1Ut nilo podtrb algufn1 upor a convkfilo dtCIUC' a rt',·oluç:io comunl$la cub•na rtprc~nCA uma tonqubta IH)sklva, embora não stJa o c1ot- ti& d(' nie• lhor 11.0 ictnero, 1tda dtmora em .st.r hnplanladã e, qulç:\, pelo s-.an,ttut qut ftt correr. A qutm tompett rc:-all:u.r 11s mudiauras •loltnl;u n• Amfrlt:t l,;a.Uu7 ..l~o i multo t idl dt ~ondt'r tm Ctorl11, m.u não n• pnilka, Ol.>$t-n• S. Revma. " ' muff•~ C"nlld11des•ch.avt. q·. it podulaJn rtalWU- .s mud•n.. (1LS., mas lm1>0rtâncb. varia tm c-ad.a pais da Amf. rk• l.l,iHn.a. € m 1t.lit1.1M ta.$0~ 1>0<l~rlam fa"X.ê •lo os op-t-~
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Por hrdO lsto, niio ,c$111 d(l'•kb qut o prore$$0r de:: sodolorb. da Unh·usldndt dt Louviiln nio M>mc-ntt foi, ma, .alud2 é um dl~no tompanhtlro do l11n:m1Hivtl Padre:: Camilo TorrC't, que s usttnfava tnfrit outnis coisas, p2ra a mudança da C".$1nJfurs política na Colôl'l'lbli11, o.~ $C'Jt.ulnlt& prfnd11l0$ abt'rfamt-nte SOC'lallstas: "A pro prltd:tdC" da IC"rn'l str& dt qut-m ntb rnibt.lha. O aovêr• no dt&1~n:ard lnspetort's a.,tr4rlos que enf~JttariÍO Chulos dt pro1trltdad, aos c-ampo11ese, Q11e t~1dan:i ncssai rondl.çõts, mas procurari que u t)(plorar5o M J:11 ltlta por ib'lt-mas coopc:r111h·os "' wmunltárlos, de acôrdo C':'Otn um plano aicrirlo natlonal, t'Om C'1'"4Stco e asslf • têncla 1&11IC'lt. N5o Se' compr:icl ltn'a dt ninguém. A que fõr t'On.dduada nt:et-ssirla para o lx1a comum $'.t't:1 txpro1>rb1da. S-t-llb lndcob;a~o. [ . •• ) Todos os Ju1.bka.nfts dit c::a.sus nas eld•dt-.s e aldeias st"'o proprlc-• fírl()S dll cau 011dt' ,h•tm. [, , • ) 0$ )bn,:os, hospll.als, dfnkas, tt'nlros de, fabrkatio t: dbfrlbuls-!Io dt rt• m,dlos, companhl••· dC" ieicuro, o,· t r"ansporeu ptjbJkos, o r:1dlo C' a Ctkvl~o, lil ex1>0rta.çio dos rC'C'Ur$0$ nalu• r:als, nrão do K,1111do" (p111Mforma aprt-s«::nt11d1t pelo Vaclre Cl' no dia 12 de maio dC" 19~ - •pud ritvis.a "P1111; e Terra'', 1:1,0 1, pp. 157•259). Proxrama. rc:-volu• elonárlo no qual o Côn(JCO t·1'nm~lt Houlhu'f, tomo .sot'lólogo "t'nJi:11Jado", t a.lvp. d~ordt • PC'n.S dia lr•K ••c::xproprlada stru fndcnU.atlo~', pondo tiD S<"-U J11iar o tfrmo t ,t'nlco ..<"onrl$t'ada". O que E t't:rCO ~ que:: os eomunlitas s u1-amtrkaoos rttebtrsam o q·ut os lnalhd ch•m•.m ..a gltc frorn UIIHP«:l(d quartC"n;": \,llll •lil•do dOb a.s roup~('(I$ dc:Côntgo e vcrlto condllar, qut. dj :a mão a Mu,r e l~uora ~ f'ontrrlct't. da A(io So<bl. 4
J. de Azered.o Santos
08 o título simpático de " Convtrsas Avulsas" S. Excia . Rc.vma. o Sr. O. José de Medeiros Delgado, Arcebispo de Fortaleza. publica habitualmente anigos cm que dialoga de maneira vi11a, atrn• ente e singela, com seus diocesanos. Cada gênero liti:rário apresenta, cnitctanto, a par de possibilidades- de expressão próprias. também limitações específicas. Não cremos que em um artigo do gênero das "Conversas Avulsas•· seja possível trà· tar a fundo. com os necessários ma1izes, e com a indispensável amplitude de Mgumcntação, temas melindrosos. Por cxe.m plo, temas que põem em jõgo a reputação alheia. Em matéria como estn, a é;tica exige do escritor que use de tôda t\ circunspecçrto.
S
qcç. rormule exclusivamente acusações definidas e sõ-
liclamenre demonstradas. Constitui grave falha di• fund ir acuSações pessoais imprecisas. vagas ou ma.1 fundamentadas. Como também se deve censurar a pub1ieação de meras s uspeitas. desacompanhadas de motivação que lhes confira sérios visos de verdade. Foi por i.sso que tivemos uma dolorosa imprcs• são ao ler - com. não pequeno atraso - as "Conversas Avulsas" publicadas na cdiç.ã o de 26-27 de novembro de 1966 de "O Nordeste" (diário pertencente a uma emprêsa que tem como Oirctor•Prc,si• dente o próprio Sr. Arcebispo O. José de Medeiros Delgado. e como Diretor-Superintendente um SacerdOII.!. o Revmo. Pe. Francisco Pinheiro Landim). Nesse artigo ( l) notamos nada menos que seis acusa• ções ou suspeitas grave$ além de outras n,enores - conrra profcssôres. jornalistas e homens de ação que vêm dedicando tôda sua existência ao serviço da Tradição, da Família e da Proprie• dade. Nesse artigo também não se pcupnm jovens dedicados e brilhantes. que têm o grande mérito de voiar seus lazeres às mais nobres causas, enquanto ranaos e tantos outros moços esbanjam seu tempo em divcrsóe$ imornis ou cm conspiratas esquerdistas. . Dcs.sas acusações: pe.l o menos uma, e quiçá a mais grave, envolve 1ôda. uma corrente de Prelados que atuaram com brilho no Concílio Vaticano li , e entre êstes, dois Bispos brasileiros que lodo o P&ís admira por sua inteligência rútila, sua grande cul• tura, e sua indiscutível compc1ência teolósica: O. Ge. rnldo de. Pro cosa Slgaud, S. V. D., Arccbisp-0 de Diamantina, e O. Antonio de Castro Mayer, Bispo de Campos. Sem dúvida, o au1or de "Conversas Avulsas'' foi traído pelo próprio gênero liter:írio que adotou, Con• densando cm um só ar1igo can1as acusações e tantas ~uspeitas, contra um tão largo número de pessoas; Julgou_ que era _possível íazê-lo com a argumentação sumána e 3 hn3uagem Pouco precisa incrente.s n meras "conversas avulsas'". B, data venin, nisto se enganou. Alvejado cu mesmo, quer como Presidente do Conselho Nacional da Sóciedade BrMilcira de Defesa da Tradição, FumJlia e Propriedade, quer como apagado colaborador do brilhante órgão de cultura que é "Catolicis mo", vejo-me no direito e 1ambém no dever _de opor de público uma formal con1radi1a às :iss~rçoe! e às suspeitas que constituem a matéria do artigo citado. Acuado a me defender, não perco de vista que ~ em relaçã~ a um Prelado que me defendo. E que para !odo fiel:. ~ualquer Bispo é sempre um pai. S:. pois,. com animo de filho que desejo haver.me ocs1a triste emergência. E assim, antes de passar à a nálise do artigo do Venerando Arcebispo de Forta• lc7:a, de-sejo exprimir a S. Exeia. Rcvma., a par de minha profunda mágoa, 1amb~m minhas homena• gens t o preiro de meu filial acatamento.
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O fundo de quadro Esrá na lembrança de 1odos a situação do Bra• sil na IJftima rase do govêrno João Ooulart. De Nor• te a sul. o País era varrido por um tufão comuno• pro1;ressis1a. O então Presidente não ocultava sua simpatia para com os vários projetos de reforma agráriá socialista e confiscat6ria que esvoaçavam no Congresso: cm São Paulo já estava aprovada a lei de revisão agr-á.r ia Carvalho Pinto. E um POUCO por tôda parte parte se faziam ouvir vozes pedindo a reforma urbana, bein como a reforma das cmprê~ $3S.
Em face dessa situ~1ção, a opinião c:at6Jic.a se dividiu. Como todos sabem, o Arcebispo de Dia• mantina, D. Cernido de Proenta Sigaud, o Bispo de Campos, O. Antonio de Cilbtro Maycr o economista Luiz Mendonça de ,....rcltas e eu haví;mos publicado um livro intilufado "Reforma Agrária - Que.stlio de ,,. . º , que d enunciava . eonsc1cnc1a como socialistas e coníiscat6rios certos projetos de reforma- agrária. Mais rnrde. publicamos a "Dedaração do Mono Alto" pr?grama cons1rutivo de reforma agrária cristã, cs~ counada de qualquer nota socialista ou confiscat6· ria. Em "Reforma A&n'lria - Questão de Consciência". dedica.mos um espaço n5o pequeno, para refu. 1ar, de passagen, embora , as demais reformas de base socialistas e eonfiscat6rias. Vozes au1o·r i1,_.adas do Episcopado pr~11g1aram com seu apoio o livro .. Reforma Agrária - Questão de Consciência''. Análoga Posição em face dêsses as·• suntos assumiu "Catolicismo". 1) O texto do artigo citado vtm reprodu7.ído na sh:tà página desta nossa edição.
Dent·ro do âmbito próprio a uma entidade me• ramente cívica, também e ntrou vigorosamente cm liça, a favor daquele livro, e portanto contra as reformas socialista:. e confiscat6rias. a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Proprie• d•dc. Enlretanto, também das venerandas fileiras do Episcopado Nacional emanaram em considerável nú • mero pronunciame1uos ca1egóricamcnte discrcpan. tes da ~sição tomada pelos autores de "Reforma Agrária - Quc.stão de Consciência" diante da revi• são agrária paulista e do agro•reformismo. De outro lado. e atuando cm faixa própria, o tristemente famoso jornal " Brasi.1, Urgente'\ publicado c:m São Pa\llO, dirigido pelo Revmo. Frei Carlos Jo53ph11t, O. P., e ligado a Hdcrc,s janguistas da eha• mada esquerda católica. o ex-Ministro Paulo de Tar. so e o ex•Deputado Plínio de Arruda Sampaio, cn• chia o País com seus bramidos demagógicos a fa• vor de tôdas as re(ormas de base. ~e órgão che• gou a publicar um.t p<>esia que tleclarava adequado o momento para os traba lhadores rurai,s procederem ao mor1icinio dos proprictá'rios de terras. No Nordeste. o irrcquiclo Pe. M~lo .se en1regava a uma cam• panh;, desenfreadamente demagógica para sublevar as massas rurnis. De tan1as divergências nasceram, como ~ cfaro, lances diversos que não é o momento de historiar. , De passagem, apenasJ fazemos not.ir que, em conseqüênci11 de tais fatos. os meios católicos quer favoráveis. quer conlrários ao agro-reformismo confiscat6rio - se viram na contingência de concordar com uma parle do Episcopado e discordar da outrn parte. Isto não obstante, tôda cr11np,1nha mo• vidu por "Catolicismo" e pela TFP visou continua• mente o agro-reformismo janguista e outras evcn. tuais reíornrns de base, consideradas em um plano doutrinário e levado e impessoal, e de nenhum modo teve o caráter de uma oícnsiva dirigida rundamentalmcnte con1ra os Srs. BisPos que pensavam de outra maneira. Bste é um íato impossível de ser con• testado, pois se trata de uma .campanha registra• da tôda ela nas páginas de "Càtolicismo'', bem como nas $UCCssivus c:dições de "Reforma Agrária - Ques• t~o de Consciência'' e " Occlaraç.ã o do Morro Alto". O que cm todo êsse volumoso material se nora é que li$ reCcrências aos Prelados favoráveis à revisão agrá• ria paulista e à reforma agrária janguistr, foram apc~ nas feitas quando os fatos o exigiam absolmamcnte, e vasadas numa linguagem sóbria e profundamen, te respeitosa. Tudo isto sôbre a reforma agrária e as demais re[ormas de base. Não tinha ainda perdido sua in• candescência êssc problema, quando se reuniu en, Roma o Concilio Vaticano 11. Como é natural num
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Concilio, deíiniram~se nes te duas correntes, uma preocupada pri_ncipalmente em promover e ampliar a atualização da Igreja no momento presente, e ou1r~ empenhada principalmente em preservar, dentro de um legítimo "nagiornamento", a continuidade da doutrina e da tradição. Ora, sucedeu que os Srs. Bispos brasileiros que mais categóricamente discordaram do livro .. Reforma Agrária Questão de Consciência" se incluírtun rodos, ou qllase todos, na primeira corrente, cnquan• to na $cgunda tomavam posiçâo de inconfundível rclêvo os Ex.mos. Rcvmos. Srs. O. Geraldo de Proença Sigaud e D. Antonio de Castro M.1yer. Registro o fato por ser isto indispensável para a compreensão do que .se $eguc. Abstenho-me de estudar aqui se êsse curioso paralelismo de posição cons1i1ui mera coincidêncinJ ou se resulta de a lgum motivo doutri• nário. Consignemos apenas que. nos meios do lai•. c,1to brasileiro. fato c1nálogo se passava. Com efeito, enquanto ··Cato licismo"' se tntusias• mava com a atuação da corrente conciliar prevalen• temente cradícionalista (a TFP. por seu caráter tS· tritamente cívico. não tinha pronuncian,ento a ítf• zer na matéria, e por i$$O a omitimos no caso). ;.1 generalidade· dos elementos católicos que dívet'giam de "'Reforma A1;ráiia Questão de Consciê11cia'' se entusiasmava c.om a atuação da corrente que visa• va prevalentemcnte a. ,a tualização Jn Igtcja. Encerra.do o Concílio, claro está que, nos llU· mcrosos e vastíssimos círculos que se interessaram pela reforma agrária. e depois pelos problemas con• dliare$, essa interessante e imp0rtante bipartição continua. Esta a problemática rica cm aspectos religiosos, culturnis, psicológicos e sociais que nos imporcav~l evocar. Pois ela constitui o fundo de quadro sem o qual é imposs·ível compreender os graves ataques conlidos nas "Conversas Avulsas" do Venerando Arcebisp0 de Fort:\lcza, c a respo~ta que nos vemos na con1ingência de lhe oferecer. Não convém deixar o assunto sem ressaltar an• tcs que. por sua importância. por sua elcv:iç.5o. por sua multiforme riqueza de aspectos, os temas en• volvidos nesta grande e substanciosa con1rovérsia conferem à mesma uma magnitude especial. Situa, se clh desde logo na linha dos episódios mais noHi• veis e interessantes de t&:hl a história do pensamcn• to brnsilciro. E merece um estudo .sereno em que os aspectos doutdnários prevaleçam de todo em lodo sôbre as considerações pessoais, bem como os gran. dcs lances e as linhas gerais releguem para o scgu11do pluno os episódios secundários. o diz-que-diz e as pequenas dcmasias a que eventualmente $C tenham entregue, de um lado e de ou1ro, pessoas, não direi de primeira nem de segunda, mas de terceira plamt.
A posição dos "Conversos Avulsas" do Exmo. Arcebispo Ora, a.c ontccc que, segundo se depreende das "Conver$aS Avulsas'', o Ex.mo. D. José de Medeiros Delgado é favorável às reformas de base. Por outro lado, S. Excia. Rcvma. se inclui evi• dentemente, no artigo aqui comentado, na. corre11te co,1ciliar que postula prcvalcntcmente a atualização da Igreja. Em vez de ver principalmente cm todos êsses assuntos um nobre e árduo conjunto de problemas doutrinários, S. Exc.ia. Revn,a,, parece que cxpcri• mentou a respeito dêles um vivo ressentimento pessoal. Assim, afirma que os Srs. Dispos do Nordeste se sentiram pessoalmente atingidos pela campanha movida- pela TFP e por ''Catolicismo" contt :1 a!> reformas de base: "sentiram-na na e.a nte" , assevera o Sr. Arcebispo de Fortaleza. A as.serç,ão pode níío ser exata quanto a outros Srs. Bispos daquela região. Mas bem deixa ver que "na carne*' do Ex.mo. Sr. D. José de Medeiros Delgado algo vibrou. Essas circunstâncias talvez· expliquem que as medidas de paciência de S. Exêi3. Revma. já. estivessem cheias quando um fato nóvo as fez transbordar. Este fato nôvo foi n. divufgação da c.arta•c.ircular do E.xmo. Rcvmo. Sr. D. Antoºnio de Castro Mayer SÓ· bre o manifesto do -~xmos. _Revm~~- Srs.. ~!~os do Nordeste e a subsequente crase, rehg1oso-m1htar. E o trnnsborda.mento foram as "Conversas Avulsas''. Um conjunto de circunstâncias h:vara o preclaro Bispo de Campos a, amainada a réferida crise rcligioso•militâr. dirigir ul'lla tircul:.r confidencial ao Venerando Episcopado Nacfonal cx1ernando seu pen.sarnento sôbrc a matéria. Era um documento lúcido, sereno e firme, que, pubLicado. colheu apla\l• sos cm lodÔ o Bras.if. Coin efeito> .o doc,u mento foi publicado. Provàvehnente por um dêsses casos fortuitos cuja explicação permanecerá para scn\pte dc.sconhccida, a car• ta do Exmo. Revmo. Sr.. D. Antonio de Castro Mayer - como tantos outros: documentos confidenciais ao longo da História acabou caindo nas mãos de homens de imprensa, e daí passou com muita saliên• eia para :.s páginas de um grand~ matutino paulista. Como e.ra inevitável. a carta confidencial foi objeto de vivas controvérsias. Aqui e acolá. foi ela 1ran:;cri1a por outros órgãos da imprensa, e bem o merecia ser pela palpitante atualidade do assunto, como pela profundidade dos conceitos que continha. Nada de mais explicável do que desejar a opinião pública de Fortaleza - tão inteligente e vivaz conhecer o documento. E nem se compreende que, rcprodutido por tôda parte, dêk íica~-c privada ape•
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nas a Capital cearense. Assim, o belo documento que se deve ao rnlento privilegiado de D . Antonio de Castro Mayer saiu a lume também cm Forlaleza. O Ex.mo. Sr. D. José de Medeiros Delgado, que já vinha ••sentindo nll r11rne" 1 com a sensibilidade a 1inir. os anteriores acontecimentos. julgou cntâo ur• gente revidar. Era impre$CÍndívél, segundo S. Excia., prevenir seus diocesanos contra a i_nfluéncia de "Re• forma Agrária - Questão de Consciência", de "Cil• tolicismo" e da Sociedade Brasileira de Oc-fC$.a da Tradição. Família e Propriedade. E pata isso S. Excia . articulou as impulações e as suspeitas con1 idas cm suas ''Conversas Avulsas''.
Imputações e suspeitas Ddxando de lado várias acusações miúdas, e a1cndo-11os ao essencial. enu,neramos aqui os pontos em que mais imporia opor, respcilosamentc embora, contc.staçõcs e ressalvas às palavras do Ex.mo. Revmo. Sr. O. José de Medeiros Qclsado. Iremos cnuncian• do cada ponto. e opondo-lhe pari passu o respectivo comentário. • a) "Atitude gritantemente oposta aos Bispo$" Ê bem verdade que a c:tmpanha contr-ária às reformas de base foi franca e dcsassonlbrada. Mas de nenhum modo merece o apelativo de "griloofe", pois não fêz senão usar os meios comuns da propaganda correta, sem promover gritos nem vozerio de qu~,1· quer espécie. Menos a inda essa campanha teve ourro alvo senão as reformas de base. E se ela se ocupou csporàdicamcntc com pronunciamentos contrário$, dêsses ou daqueles Prelados, fê-lo em defesa própria. com tôda a correç5o de linsuagem. Já o d issemos acima, e o repetimos aqui. Está cm mãos de todos o que na ocasião foi pu• blicado. A ~lcusação de ''oposUore.s gritantes" ao Episcopado só poderá prevalecer caso o E•xmo. Rcvmo. Sr. D. José de Medeiros Delgado aponte em que documcn10, cm que pá&ina, em que texto merc• cemos a censura. Graças a Oi:us. t.tripta monent. e
b) A oposição dos jovens
Queixa-se S. Excia. Revm{-t. de que ''bá jovens também entre os ad~ptos de tais idéias. Vemo.Jos cm
nome de Deus pensando prestar serviços à Igreja, espalhar notícias contd.rias aos seus imcdiáto'.s su• periores hierárquicos•'. Em outro 16pico assevera ter "recebido ~" alcunha de homem de esquerda e até da comunista". Parece.me impossível que algum jovcn, se te• nha- apresentado pomposamente como representante de Deus para declamar contra S. Excia. Revma. Co-nhcço Fortaleza e 1ive ocasião de admirar o fino senso do ridículo que c.aracteri1.a seus habitantes. Não creio que uma tal atitude pudesse ser mantida. ali sem que afundasse tudo cm copiosa gargalhada. "Em tempo de guerr:1, incnlira é como terra'',. afirm~l o rifão. O que se diz do tempo de guéi-ra pode igualmente ~1firmar-se dos tempos de dissenção ideo• lógica e de confusão. Os ânimos se exaltam, as im.:i • ginações se ;.14uccem. E se cm épocas normai.s, mesmo $Cm o me11or in1uito de mentir, "quem conta um conto acre:;oenta um ponto", em épocas de e[crvescên• eia a tendência ao exagéro ainda é muito maior. Ferve o d iz.•que-diz.. E as afirmaçôe,S mais defens:i, veis podem íàcihnentc ser hucrprc1adas num sentido pejorativo. Assim, se a lgum jovem da TFP afirmou que a reforma agrári~'l faz o jôgo do comunismo, não é de espantar muito que alguma outra pc.ssoa te• nha entendido que ser agro-reformista é ser comunis• ta, e que por fon uma tcrc-e ira pessoa tenha prOpà· k1do que essa ou aquela figura saliente da TFP haja dilo que um Bispo X, agro-reformista. é comunista. Por isto mesmo, o melhor ne$tas coisas é recusar importância ao diz-que-diz. nada fundal'l'lcnlar cm palavras que voam s!!m deixar rastro. E: o que temos feito de nossa parte, com quanto diz-que-diz nos chesa de oulras bandas ou arr3iais.
r1osos IROS
fRSAS ~ SAS''
1. SR. 9/SPO
tLEIA
1 de Oliveira
Quer isto dizer que negamos absolutamente a possibilidade de ter ha.vido aqui ou ali uma demasia de linguagem ou um~ injustiç-a de a.prcci~,çfio? Não conheceria a naturez.1 humana quem, em qualquer' c.ampo ideológico, ousasse fazer tal negativa . Salientamos simplesmente que não está provado que cais demasias existiram, nem que se possa impu1á-las a um número ponderável de pessoas de cabeça fr ia e verdadeiro senso de respQnsabilidade. Os mexcricOs miúdos ou csp0rádicos, a loqücla dos irresponsáveis nem podem nem devem ser tomados a sério por quem queira ver em suas devidas proporções coisas dC$ta magnitude. • e) "Um infame pan.flelo" Historia o Sr. D. José de Medeiros Delgado cm "Conversas Avulsas.. o seguinte fato: 64 Nas Imediações da votação ddinHiva da De:lnn1çiio sôbre a Liberdade Religiosa, coneu, na Cidade Eterna, urn i1.1fn.t1.1e panOeto em que se amen• ç.ava o Papa e os Bispos do mundo inteiro. com o fim de obter efeito contra a aprovaíão do referido documento condllar. Pois bem, entre os assinantes do panfleto toOSfava ucatolkismo". Ora "CatoliciS• roo" é unt jomâl feilo no Brasil. P.stc órgão de im• prensa da respo11mbUfdade de um dos nossos bispos tem um similar cm Uuonos Aires, ''Tradlclon'' e outro cm Santiago do Chile, "Fiducla". Aquêtes dois, algumas vêzcs aparecem tom o~ m esmos tcxtós de '•Catolici~1no" . Const:ivant corno f'Ca tolkismo", na fü,1a dos autore,,ç do panfleto". Antes de prosseguir, devemos fazer uma reti• ficação. E n1re os supostos signatários do documento apócrifo que S. l:xci3. Rtvma. merecidamente qua-
lificou de "infame panfleto" não figurava a revista "Tradición" de Buenos Aires. Parece.. nos que S. Excia. quer referir-se a outro órgão portenho, êste, sim, unido a ucatOlldsnio'' na deíe.sa das mesmas posições doucrinárias, que é a prestigiosa revista. •'Cn,• zada" (a qual, en1retanto. lambém não figurava entre os supostos signatários do manifesto). Ademais~ o panfleto não foi publicado por ocasião do di;bate sôbrc a libe rdade religiosa, rnas sim do esquema referente aos judeus. Continua o Sr. D. José de Medeiros Delgado, depois de ,e. referir à categórica publicação cm que o Sr. O. Antonio de Castro Mayer desmentiu a par1icipação de "Catolicismo" no rorpc panflçto: " Nenhum do$ bispos da Argentina e do Chile deu igual declaração. Fic:ou o.a mente de quantos a1..'1.>mpanham de perto os reuômeoos associaeivos apostóli<:os da Amérito L:1tina a dolorosa idéia de que, numo.s, os movimentos, quando não os jornais que lhe servem de órgãos, estavam solidários com o famigera• do panflrto». S. lamentável que S. Ex.eia. Revn,a. antes de in• vestir por esta forma contra "Fiducia", não tivesse pedido explicações a êsse brilhante periódico. Seus diretores teriam tranqüilizado inteiran1cn1e o Sr. Ar• ccbispo dando~lhe cópia da seguinte nota que a re• vista enviou à Scctetaria do Concilio c à Sccret;,. ria de Estado dn Sanla Sé, por meio de um d is tinto cearencc que então se encontrava ern Roma. o Sr. Ht n.rique Barbosa Chaves: ..Eu vos envio o texto que r·eccbl do Sr. Patrício tarrain, Diretor da revista "Fiducia'', de Santiago do Chile: ""Peço-vos desmc.nii_r junto às Autoridades da Sanla Sé uossa adesão a um ma.oifesto intifulado '-Nenhum Con<:ílio, nenhum Papa podem cond('nAr Jesus Cristo nem ::. Igreja Católica nem seus Papas e Con<:ílíos mais ilustres'' , (!ue, segundo a imprensa, foi distribuído aos Padres Conc.iliares. Ao c.•ontr:trio. ''Fiducia" aprovtit.a a oeasião paro afirmar s ua indefectível, filial e amorosa obediência e acatamcnlo ao Soberano Pontifice e à Hierarquia Católica reunido atualmente em Concílio. - Patrício Larrain, Dire• tor de "Fiducia". - a) Henrique Barbosa Chaves". Os diretores de "Fiducia"' teriam também man• dado a S. Excia. Revma. cópia de análogo desmenti.. do que publicaram ein Santiago no diário '\EI Mcr• curio". a 19 de outubro de 196S. e no diário "Ln Nnci6n", a 22 do mesmo m~. No referido palt(leto não figurava nem "Cru• zada" de: Buenos Aires .. nem "Tradic:ión''. Nada de. mais explicável, pois} que o silêncio do Episcopado Argentino. Se "Fiducia" protestou, nad~ de mais natural do que o s ilêncio do Episcopado Chileno. Pois seria de todo cm todo supérfluo que éste acrcscen• tassc um protesto ao q ue já íizeta c111 térmos peremptórios e inilud.íveis o próprio interessado. ~. assim. inexplicável como do silêncio de am• bos os cpiscop::idos tenha ficado na mente <lo Sr. Arcebisp0 de Forraleza a conclusão de que "os mo• vJmentos, quarldo n.1.o os jornais que lhes servem de órgãos, estavam solidários com o famigerado paoflc• to't. Aliás, é dirtcil compreender 3 distinção que S. Excia. Revnrn.. faz entre os jornais e os mov~mcn1os. O órg;lo de um movimento não pode ter outro pens:imcnto que não o do próprio movimento. E não v<:mos como a revista ''Fiducia" possa não ser soli• dária com o panfleto mas com êle possa ser soli• dário- o movimento de "Fiducia.", Qu;tnto a "Catolicismo", S. Excia. parece scncir as ma is graves suspeitas, pelo fato de os leigos que atuam no corp0 redatorial ou nos quadros de agentes e propagandistas desta fôlha não se ha,v crcm solidarizado de público com o desmentido oposto pelo Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer ao documento 3pócrifo. Não vemos de modo nenhum a necessidade de 1al manifescaç.ão. Pois. tendo S. Excia. Rcvma. todos os podêrcs para falar cm nome de "C-.ttolic ismo''. seria supérfluo que outras vozes a1ém da sua preten• dessem exprimir por seu turno a justa indignação dêste mensário. De qualquer forma, estava o Exmo. S r. O. Antonio de Castro Mayer na Europa, e foram, portanto, os leigos de "Catolicismo" que publicaram no n.0 J 78• l 79 desta fôlha. correspondente 30S meses de outubro e novembro de 1965. a seguinte nota que bem diz. de sua violenta repulsa ao infame nH1ni(cs10 apócrifo:
~•o
"TORPE FALSI.FICAÇÃO - Na primeira qul11zenn de outubro foi enviado aos membros do Concílio Eeumêni<:o um manífesto que., a propósito da Deda• raçiio tonclliar sôbrc os judeus, continha expressões ioadmissh·c.!'is e injuriosas com referêneia a Sua Santidade o Papa e. aos Padres Conclliarcs. Figuravam como sigoatárias diversas entidade~, e:atóHcas., e.ntrc as quais aparecia o nome de~1a íôlhn. Tão Jogo teve c:onheeimeuto do fato, o Exmo. Revmo. Sr. BiSPo Diocesano, D. Antonio de Castro Maycr, fêz publi• car ua imprenu romana um comuniodo que desmentia enhgkamrute tivc:-ssc "Catolicis mo" subs<"rito tal docun,ento, ao mesmo tempo que exprimia nossa amorosa e filinl adesão ao Soberano Pootíflce e no Sagrado Sínodo. A respeito da autoria dessa torpe ratsificaçâo estão 5eodo feiias em Roma as necessárills invts Uga• ções. Outro órgão sul-americano envolvido ua ignóbil manobra roi a valorosa revista "Fiduc:ia", de Santiago do Chile, a qual também publicou 1.m impren• ssl de Roma um cate.górico prot~1o.
Estamos informados, aliás, de que já foram di• vulgados desmentidos de quase tôdas as entidades da• das como signatárias do manifesto". Uma vez que o Exmo. Arcebispo tanto se interessa pelo que diz respeito " "Cntolicismo.., tudo lçvn a c rer que tenha lido e.ssa nota. Se ela não foi suficiente para lhe aquietar n suspicácia, tinha o rC$pcitável Prelado um outro caminho. Era só perguntar-nos, que lhe teríamos dado o nccess.Ario esclarecimento. Com cfeiro, uma primei· ra notícia que nos chegara de Roma sôbre o ma• nifesto apócrifo dcra•nos a impressão de que os falsiíkadorcs haviam ralvcz apôsto a ê le a assinatura de a lgum de nós, leigos, como se fôssc representante de ''Catolicismo". Assim. comunicamos imediatamente ao sr. Bispo de Campos, por telegrama da .. ltalcable'', a seguinte mensagem: ••oesmeoUmos categO, ric-amente infamlSSimn falsificação dispostos proc:essar responrivcis Jogo que identificados''. O telegrama era por mim assinado. Tenho cm mãos a 2.ª via dêlc, fornecida pela "hnlcable' '. O telegrama foi expedido às 22:50 horas de 16 de outubro, e tem o número
0874 -
PFX: CP~O -
OPER 670.
. t sempre melhor, quando se têm suspeitas, ir diretamente à fonrc, antes de lhes dar publicidade pela imprensa. Nosso desmentido existiu, e categó rico. Não o publicamos, porque tal nos pareceu e continua a parecer supérfluo. 4
a
d) ''Grandes fôrças econômicas"
Segundo S. Excia., ''pessoas entendidas.. conside• mm que a onda de manifestações populares contra o ié-ié-ié ''nasc:e de uma campaoha comercial de autores dt discos populares que, com o aparecimento dos discos do iê~iê-iê perderam mercado". t curioso <1uc. em face de um fen ômeno psico• lógico e cultural tão complexo quanto o impacto de uma 111úsic~, 1ôda ícita de aberrações e cxtravagãn• c ias, sôbre um público afci10 n uma. tradição musictal imeiramcnte oposta. o Exmo. Arcebispo pareça nada vislumbrar sen,io uma rivalidade comercial. Afigura•sc-lhc ioexplicávcl. ao que p.irece, que o ié-ié-ié descontente a sensibilidade artística de incontáveis pessoas. Parn S. Excia . .Revma. o fato chega mesmo a s.er li'i o insólito, que deve ser tido como artificial. Assim. um fcnõmcno de rico con1eúdo de alma como a reação cont ra o ié,ié•ié rcduz.-sc inteiramente, para S. Exci~-t., a uma causa econõmic;) e material. mera .sabotagem de intel'ê~es industriais c comerci:iis c:on► rrariados. Tudo isto parece ao Sr. O. José de Medeiros Delgado tão plausível. que d:\ crédito - sem mais - ao que "pessoas entend idas" lhe d isseram a respeito. Os saborndorcs do ié•ié-ié são. segundo os infor• mantes de S. Excia .• pessoas rc~-ilmcntc mcfistoftlicas. Não recuam diante dos piores artifícios. Chegam "ao ponto de inventar missas cantadas em o tal ritmo, pará engrossar o trabalho eomer<:ial da guerra entre autores de discos". Dc.sta vez. o a lvo du insinuação confus.:, mas grave são os rnis fabricantes de discos. O que lhes imputa precisamente S. Ex.eia.? O que IS "lnventa_r miss-.tS canládas cm o tal ritmo'1 ? As missas ié-iE-ié não existiram e não _p assam de mentira dos mefisto• félic.os adversários do ié•ié-ié? Ou êste.s inventaram a idéia de mandar cantar tais missas para suscitar reaç,1o? Neste <:.aso, em que papel ficam os Sacerdo• tc-s que consentiram em celebrá-las? S5o uns to1os1 que se vão prestando imbccílmcntc. à ação dos mcfis• tofélicos homens de negócios? Ou são pcs.so:.1s que viram a malícia da coisa mas 11ão resistiram aos encantos de uma gordíssiina espórtula? Estas são perguntas que as asserções de S. Exci:l. Re ... i'l'a. sus• ci1am forçosamente. Mas o Sr. Arcebispo de ~'>r• talcza parece in1ciramen1e insensível à p0stura cm que ficam assim as pessoas alvejadas. E prosseguem as "'Conversa, Avulsas" rumo a ourro a1aque, dent1·0 do tema "gr:mdcs fôrças ec:onô-
e.
micas". Se contr:, o ié,ié-ié se fazem râo feias eramas comerciais-, S. E.xcia. vê ni:,:10 um motivo Jl\l,ra suspeitar de que o mesmo aconteça com algo que ê1e tam bém muito ama: "Seguindo a mesma linha de propa• gandu (é opinião de outros crl'tkos de lmpretLça) atribuem-se aos que se ocupam de divulgar tudo quanto se refere aos pronunciamento." dos Srs. bispos brasileiro~ contrnrios às reformas de base, principalmeofe a reíorma agr:'iria, puro lnterêsse capitalista. Em favor do jornal "Catolicismo", corno em fnvor de publiCu\'Ól..'S maciças, saídas da corrente ideológica•rtligio~'ll da t-hamada " Igreja Velha", da querida "Jg:reja T radiclonallsra" (opinam os críticos de imprensa) co• loc~m-se grundes fôrças econômicas, má;drno no Sul do Brasil 11•
Assim, s·implesmcnte com base na opinião de ..críticos de imprensa'', o Exmo. Sr. O. José de Medeiros Delgado chega ;1 esta acusação enorme. Uma corrente de intelectuais de renome em iodo o Brasil publica e difunde largamente um livro como "Reforma Agrária - Questão de Con.sciência", um estudo como a "Declaração do Morro Alto", e umu série de artigos conexos. Trala•sc de produções intelectuais acolhidas com respeito cm todo o Pafs, até mesmo pelos que delas disscntem. As teses cnunci:\· das em tais trabalhos são d.t maior importância, os argumentos são expostos de forma precis3, com con• 1eúdo doulrinário seguro e larga citação de autores. Os falos alegados se bmsc::iam cm. estatísticas que até
hoje ninguém contestou. Tudo is10 deveria servir normalmente de prova da. seriedade e da elevação de propósitos dos autores dessas obras, bem como dos que ns difundem. Pois, a quem escreve obras sérias e elevadas ou eis propaga, se deve cm tôda justiça atribuir propósitos sfrios e elevados. S. Excia. .salt3 sôbrc côdas essas considerações de bom senso, para atribuir aos que difundem essas obras uma posição abominável. tles são insinceros. São movidos por "puro lnterêSSt c:apitalista". Faltlndo dos djfusore,s de tais obras, S. Excia. Rcvma. parece querer ressalvar os autores. Mas n pergunta 3e impõe: êsscs autores - dois dos quais membros insignc:s do Episcopado - são papalvos que não percebem a que interêsscs escusos servem de joguete? Ou são fariseus que a trôco de Stibôrno consentem em apoiar com argumentos insinceros certos intcrêsses escusos? e licin verdade que o Exmo. Sr. Arcebispo de Fortaleza se exime de endossar tais acusações: "Não irei me firmar nos juiu>s t-m tela ao ponto de os aceitar sern mais exnmt, c:lto--os apenas paro d1tr maior atenção ao problema grave da seguranç.a críHca ru!<:t:ssária aos que deseja1n andar com os pés na tt:rra diante do que afirma a imprensa mudial, a imprensa dt: cada dbt cm tôda parte". S. Êxcia. Revmn. escapa dêsse modo à nec-cssi• dadc de apresentar argumentos cm qué funde seu juízo. Mas assume a responsabilidade de difundir s uspeitas d11s quais reconhece que- não tem certeza. E se coloca assim - seja-nos lícito dizer - tm uma situaç.ão indefensável aos olhos de qualquer mora• lista. • Não ~erin pO$$Ívcl completar o comentário dêste tópico sem pergunlar a S. Ex.eia. quem constitui no Brasil o que ê lc chama de "lgreja Velha" ou "querida Igreja Tn,cJooallsla". Há hoje cm dia na Igreja Católica duas ·i grejas opostas, uma tradicionalista e outra progressista? Ou cindiu•se em dua.s :1 Igreja Católica·? Neste caso qual é a conlimmdora kgítima da única Igreja de Jesus C risto? S. Excia. Revma. manifest:imente se s itua fora da .,Igreja 11'adlclonalista". Ncs1c caso, a "Igreja Tradi<:ionalista" está fora da Igreja Católica? .S o que parece. pois que S. Ex<:ia. não pOdc s ituar-se a. si próprio fora da Igreja ... Não, responderi:1 talvez o Exmo. Prelado. Náo quis dar l1s palavras " Igreja Trndic.lonal.lsta'' uin alcance 1:io enérgico. Nes1c caso, qut,l o alcance preciso de expressão? Há conceitos que só se tem o direito de empregar com lôda a precisão, sob pena de fazer contra outrem as mais pesadas insinuações. O modo pOr que S. Excia. emprega aqui a expl'es.são "lgr"Ja Tradfcionalish1'' bem pode ser entendido p0r muitos como referente a uma seita que, ou se destacou da Igreja, ou ncsla se encontra como um corpo estranho pre.stes a se separar. Para um católico digno dêsse nome, que preze acima de tudo sua or1odoxia., nenhuma :1cusaçfto pode ,ser mais grave. E sobreludo ela o é para eclesiásticos. Ora, à pergun1a que n;Huralmentc vem ao espírito é se nes ta ''Igreja 1'radfcionalista" estão os Bispos, Sac,e r• dotes e leigos contrários às rcforn1as de base (pois S. Exeia. manifestamente identifica a chamada "Igreja Tradíc.ionaUsta" com o antiagro-rcformis mo e o cha~ mado integrismo, do qual cm breve falaremos). • e) Contra a opiniiio de alienígenas
S. Excia. sa1isfeico com sua ~rgun1enrnção, ex• pli<:a que a desenvolveu para "precaver os meus dio• cesanos cont.ra atitudes contrárias ao que penso e ensino t ... ] cm assuntos econôrnicos•soclais-". Mas visivelmente um fundo de inquielação lhe resta. Pa... rccc entrever que muitos leitores não se contentarão com os rumores e as hipóteses a que S. Excia. Revma. deu crédito, nem com as insinuaçõe$ que propalou. Por is10, aduz. logo a seguir un1a outra J)Ondcraç5o, "mais condudente e em tudo mais digna de atenção". Em suma, os $CUS diocesanos devem ler COJ\l a. maior desconfiança o documento do Exmo. Sr. D. Antonio de Castro Maycr. relativo ao m3nifes10 dos Exmos. Srs. Bispos do Nordeste, porquanto o seu autor é do Sul e nada entende dos problemas do Nordeste brasileiro. Tenho para mim que os cearenses que leram a cnrta•circular do Antístite campista não se sencirfio muito impre..-.sionados pelo brado de al:1rme do Exmo. , Sr. D. José de Medeiros Delgado. Pois cm nenhum tópico o grande Bispo de C3mpos afirma coisa ne• nhuma sôbre a região nordestina. Ele lrat:, das repercussões de certas atitudes do Venerando Episcopado do Nordeste sôbrc :1 opinião pública de todo o Br'1sil. considerada como um lodo único e orgânico. Quanto às condições existentes no Nordeste, 1imita-se t1 lamentar que os Sr.;. Bispos da região não hajam publicado os documentos cm que se fundam para fazer as descrições trágicas das condições de vida que, segundo SS. Excias., aí imperam. Também neste ponto D. Anlonio de Castro Mayer nada afirmou. Limitou-se a manifestar o desejo de provas. Por isto, a alegaçfio de que não conhece suficientemente o Nordeste não colhe contra êlc. •
() Integrismo manique.u
Passa o Exmo. Revmo. Arcebispo a outro tema, referindo-se a uma ••corrente idcológico,.rellglosa, cujo berço é a França " que se denomina, universalmente, de "integrismo". A essa corrente considera filiadas
RESPEITOSOS
TEX TO
REPAROS
DAS
''C ONVERSAS AVULSAS'' as pessoas que o têm na conta de homem de esquerda, ou - segundo disse S. Excia. - de comunista. .Dessa corrente assevera S. Excia'. que "é, sob alguns aspectos, digna dt exaltat.ão. Conta ,m seu seio homens santos, pessoas sábias. Distingue-se por uma fé ardeott. Ioclioa•se constantemente para um moralismo rigoroso. Chega at.gu.mas vhcs a se asse.• mclhar ao ~ntigo maniqueísmo, que empolgou o pró• prio santo Agostinho durante cuco período de sua vida11•
Surpreendentemente, o Sr. O. José de Medeiros Oclsado a esta a ltura de.svía seus olhos do cenário cearense, e •passa a denunciar assim chamados ínte• gris1as no mais a lto cenáculo da terra. Para S. Excia,. Revma., h.avia tôda uma corrente integrista no Con• dlio: ''No Concílio Vaticano D (essa corrente integrista] teve uma a tuatio digna de melhores causasJ mas contribuiu para se dar a a lg uns assuntos uma redatã o mais perfeita, evitando-se, portanto, ínftr• prttaçõcs futuras, contrárias à mente da maioria dos padres contiliare-s".
Em que o integrismo se diferencia da sã doutri• na católica? Mais preci$an,ente, que é o integrismo? A explicação de S. Excia. contém ,llgumas expressões amáveis mas ~outrinàriamcntc vagas e inclui uma in• sinuaçiío ul1rajantc, O maniqueísmo é uma heresia execr:hel tanto do ponto de vistR doutrinário qutmto moral. ê lc jamais chegou a empolgar Santo Agosti• n ho , mas apenas exerceu sôbre êste um atrativo passageiro. Tal Se. deu porém antes de sua conversão. Para um carÓJico, é ultamcnte desonroso ter qualquer coisa em comum com as doutrinas do to1·pe Manés. Seria preciso que S. Excia. explicasse em que. o inte• grismo "c.hega algumas vêzes a se assemelhar a.o nnOgo maníqutismo•'. Pois a acusação ::tSSin, fei ta no ar carece tota lmente de provas e pode ser entendida no pior sentido pelo leitor. O " mo rallsmo rigoroso" que o E.xmo. Arcebispo a tribui ao in1egrismo parece 3er, no entender de S. Excia .• o Ponto de contacto entre êste o o maniqueísmo. O rigorismo maniq t1cu era hipócrit,\, ~· velav~l uma completa deterioração da vida espiritual. Em que o rigorismo atribuído por S. Excia. Rcvma. ao integrismo também é hipócritt, e participa dessa abominável fô rça de deteriornção? Em tudo isto, as "Conversas Avulsas'' são omis• sas. Limitam-.se a difundir insinuações. Entretanto, o que é especialmente grave é que de5ta fei ta a p~adn acusação a tinge de cheio as f ileiras do Episcopado. Como ninguém is.nora const ituiu-se durante o Concílio Va ticano li uma corrente que lutou com auanariu e eficácia contra certas inovações d outrinárias. A cesla desta corrente f iguravam Prelados de grande valor. entre os quais Mons. Luígi Carli, Bisp0 de Segni, o Arcebispo Mons. M 2rce1
Lcfebvre, Superior Geral dos RR. PP. do &pírito S3nto, bem como - e com quan,a projeção! - O.
{IJAtoILnCISMO MENSARIO COM APROVAÇÃO ECl,'ESIASTICA
Campos -
Est. do R io
Oire1or Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
Red:i~io e ndmin.lstntç:ío Av. 7 de Stkmbro, l47 - C. postal 333 Assln:.ilur,as: anual,;: comum: NCrS 7 00 (Cr$ 7,000): benfeitor: NCrS 40,00 (CrS '40.000)· &r>•)de _bcníeilor: NCr$ 100,00 (Cr$ 100,000)'. scmumrisrns e es1udnntes: NCr$ 6.00 (Cr$ 6.000)i Améric-3 do Sul e Ccnlral: USS 3,00· jdcrn, por via o.érc.:t: \JS$ 4.00: outros países~ USS 4,00; idem, por via afíea: USS 6,00.
Geraldo de Proença Sigaud e D. Antonio de Costro Mayer . . • Precis.amente dois Bispos contrários às reformas de base.
• Pois bem, pa ra o Sr. Arcebispo de Fortaleza tôda esta corre nte de Bispos é intesrista, e portanto maniqueizanle-. Prossegue o Sr. D. Delgado: '"0 mal dos que segucrn a referida corrente es1á na facilidade de coo• deoar o próximo. Os mestres nem sempre são bem lntcrprttados pelos disdpulos". A julgar pela citação acima, êste m~,I não é só dos integristas maniqueus. mas também dos que tacham o próximo d e integrista e mani<1ucu sem o menor fundamento.
Concluindo
Bstcs são os principais reparos que, na justa defesa de "Catolicismo", da TFP e, por conexão, d as d emais personalidades e movimentos alvejados pelas "Conversos Avulsas" do Venerando Arcebispo de F'orrnlez:a, me cabe fazer.
Em resumo, depreende-se de quanto ficou dito que S. Excia. Revmi\. , num gC$tO que só se pode explicar cm momento de paixão. deu a p1íblico contra as personalid,·, des e entidades repl'cscntativas • do que considcr~, a "massa damnata" dos integristas adversário~ 1.h1s reíormns de b:."lse uma sél'ie de acusações sem prova, e de suspeitas nascidas dos diZ•<IUC•dii. palavra~. A defesa correspondente exige pOr vêzes laudas inteiras. o que explic::\ que infelizmente tenhamos sido obrigados a dar à prcsen1c defesa tão g rande extcn.são.
e:
Pedimos ( l S. Excia. o Sr. D. José de Medeiros Delgad o que veja cm tal extensão. não o desejo de dur desneccs~ãria amplitude ao assunto. mas apenas o rc.sultado da contingência em que nos pôs, cm vista d o número e da grnvidade das acusações e das suspeitas que i1lseriu cm suas "Co,wersas ,Avul~s.". Amamos cntninhadamcnte a conc6tdir1 dos espí• ritos. de modo particular quando se trata dos ~101• biente~ católicos. Entretanto, não somos dos c1uc consideram •-t.s d iscussões doutrinárias entre irml\os na fé uma catástrofe ou uma vergonha. A Igre ja militante vive num vale de lágrimas . E as vicissitudes desta vida já criaram no passado, como çrfom no pre• sente, e cri;.,r5o até o fim do mundo. situações em que a d ivergência. das opiniões torna inevitável " d iscussão, mesmo entte os c,ttólicos:. :Em tais discus:sõe.~ se 1êrn empenhado, cm oulras eras, pcrso• nalidades da maior envergadura, Sanlos. Doutores, teólogos e filósofos-. Nfio pcnsnrnm éks que ~e. di~ minuisscnl com isto. Ou que 1rouxesscm para a Igreja qualquer dc.sdouro. Nem julg3ram que o modo t.lc resolver os problemas consistisse. cm os abafor no silêncio para evitar a discussão. O que êks procuraram. is10 sim, com o maior empenho, foi tvi1,1r quanto possível que àó nobre- terçar dos argurnentos dou1rinários se juntasse o rumor turvo e confuso das retaliações pessoais e dos <liz-que-dii..
Patticul;1rmenfc cm nossa época., êstc empenho tem lodo o seu valor. Abrindo o diálogo com os nossos irmãos separados. hereges, judeus, pagãos ou a teus, o Sanro Padre Paulo VI e o Concílio Ecumênico Vaticano n no s convidam, mais do que nunca, no debate das doutrinas, feiro de modo sereno, ainis1oso e rigorosamente impessoal. Com maior mzão êste clima deve impregnar as controvérsias en1re n6s, católicos.
P:1f':\ os ~13do~ do AC. A I.,.. AM, GO. MA, MT. l'A. J>U, PE. PI, RN, SE e Território.<;;
o j~rn;tl é enviado por via aérea pelo prc~o d~ a.ss,n~turn comum.
O di;í.logo. sim, o d iálogo ao long~ do qual nos:
•
'Para muda115a de tnderéto de ass:in2ntc.s, mencionar Nmbém o cndtrêto antigo.
V:tlcs postais. c:irt:ts com valor dccl;\r.\do. cheque.~. deverão ser enviados cm nome de um dos seguintes Agentes e p;1r:i o rC$pcctivo endereço: Agente ge.mt: Dr. José de Oliveira Andrade, caixa J)()Stal 333, Camp,os, IU; Agtn• te- para os Esf;;idos do P-'.r.uaá, Rfo Grande do Sul, S1.11ta C:,tarin:i. e São Paulo: Dr. José Luís de Frcil:'ls (;uim:tr.:ics Ablas , Ru3 Ca~tro Alves, 20. Santos, SP; Agt.ntt pam os Estados dt Goi,~ Mato Grosso e Minas Ctnds: Or. Milton de S3IIC$ Mourão, Rua São Paulo, 824, s.,Ja S09, telefone 4-8630, Belo Horizonte; As;tnCc p:1ra o Estado da Guan1,ban;1: D r. Luís M, Ouncan, Rua Cosme Velho, 8 15, teldonc 45 ,8264, Rio de Jnneiro: Agente porn o F.st-ado do Cemi: Or. José úer:trdo Ribeiro. Rua Senador Pompeu, 2120~A, For1ale,:a; Aicntts p:mt a ArJtcntin.a: "Cn,7,ada", Casilla de Corrco n.o 1<,9, Capital Feder.\l, Artcntin:i; Ax tntc-s pitra o C hile: "Fiducfa", Casilla l3172, Cor re<> 1S, Santiago. Chile. Composto e lmpresso na Cla. Url>ogr:,phi<a Yplrnnga
seja dada :\legria de poder exprimir continu~uncntc Exmo. O. José de Medeiros Delgado lodo o afeto e iodo o respeito que º h, Cbris1o Jesun tributnmos t1 Su;,1 pes.soa s:agrada. Se reclprocamentc, \:Omo não duvidamos, formos objeto de urn tr~1lo jusio e caridoso da. par1e do ilustre Arcebispo, nosso toração se ilumi• nará de alegria interior. E, ao longo do diálogo, êle cantará as p.ilavras dá Escritura: ' 1E-cce quam bonum et quam jucundum, habifare frafrcs tn unum~ (SI. 132. 1). Com efeito, quão decoroso, quão agradável, quão doce é para irmãos habitarem jun,os ;,,t e-asa sagrada que é a Santa Jçrcja Católica Apostólica Romam1.
"º
''º Exmó.
Rtwno. Sr. D. Josi ,Jc Medeiros Delgadq, Arcebispo Metropolila110 de Fortaleza, PII• blicad<> ~,,, Nordeste'', tdiçt'í<> de 26-27 de
·-·o
nov~mbro do uno ,,assmlo, sob o tfmlo acima; O Corfcí1.10 V:11ic.ino ll abriu novos hori• iontcs ao 3postolado dos leigos na lgrej.1 de Deus. As conquistas dos últimos cinquenhl anos, devidas à Ação C:1tó lica, foram ampliadas de maneira admiráYcl. Os teólogos com suas luminosas e, algumas vt"Zcs, irduus d iscussõe:i, çontribufram m vito pára isto. Hoje sct apóstolo 6 de í.1to uma conscqUêneia d~i vida cristã, com.o. aliás, já ensinara o S. P. Pio XI. O apostolado continua a ser. cm ~11gumijs de $lias maniíesrnções. rcsultnd9 de um mandado paniculM, m~s se,npre e em tóda parle, sija q m,I Cor a su:1 modt\lidnde, é u ma dtcorrêncü1 dt1 rc!llidadc divina iniciada · no batismo de c~1da um. é :11ivid:tdc t'lssis1ida imediatam(nlo pêlo Espírito Santo q ue c::,riS; matiza o Simples ctisl:iO a cada insiantc, independentemente do rcforido mnndado. Faz-se mi:Hcr apenas recordar como se de,. ve exercer o dom e:.1rism:\1ico. Agora, coino sempre, é graça subordin:,da a leis csixciai-.. Os dons catismálicos íicnm sujeitos aos apo,;. 1olc». aos doutores, aos portadores de dons identicos também, como os proíctas aos profcrn.s., a íint de: evit::1r as anorn;ilias a q ue os c.a rismá1lcos andnm expostos. Em tudo. o bem comum da li:;reja deve ser visado rn.nto pelo portador do rarisma. como pelos <1uc. o cxnminam, uinn ,·ci que. ~:iucm o d:\, Deus, assim exige. A grá('a carism;\ticn é. sempre concedida nfto imcdit,1nn)cntc cm favor d l\ <1ue a recebe, mas em favor dos outros, da Igreja de Deus. & te$ critétios são doutrina revelada e 1radicionalmen1e sc:1\1pre :\plicada. A c..xperiên• dtt a comprovt1 (1uc 1odo tc1npo é lugar.
V ~ Pxcc,so bas1an1e senso crilico pan cn• tender a imprensa diária :iqui e cm iodo o mundo. A 1cmpestadc dese-ncadendn, por exemplo, contra o iê•iê-iê, dizem 1>essoas entendidas, nl'l$ce de um.a e:ampanh3 comerci:11 de autores d e discos populares q ue, com o ap.1re:(imcnto dos discos do iê-iê•ie, perderam mer. çado. A imprensa, ou ,nelhor os rcportcres d3 imprcn$a contrnlada pelos ,eferidos autores, levàram smt furia. propag.lndiSlâ ao ponto de inventar missas cantadns cm o cal ritmo, para entrO$$ár o tr:ibalho comercial da guerra en• Ire autores de discos. Sct;uindo a me$m,\ linh:. de propaganda (é opiniiio de o utros críticos de imprensa) alribuent-se .ios <1ue se ocupam de divulgar tudo quanco se refere aos p ronunciamentos dos SI'$. bispo~ brasileir0$ contrários às ,crorm:as de b:1sc, 11rincipalmen10 1\ reforma ;,gr~ria, puro in• tcrêssc capitalistaS Ent favor do jorn:11 "Catolicismo", con10 ·cn, favor de publicações nrn.cic;:ts, safdaf da, . corrente ideol6gieo4cli, giosa d:i chamada " l4reja Velha". da qucrid;1 "lgrcj:t Trudicion:-tlis.t:i.'' (opinam os críticos de imprensa) eolócarn-se grandes fôrças eco,. I\Ômicas, máximo no Sul do Brasil. ~Nfio irei me ;fif'mar nos juítoS em tcl;a ao pon10 de os .aceitar s.çm mais exame, cito-os a1)(:'nas para d:ir mrtior atenção ao problema gr:wc <fa seguranç:.. crhic.i necessária .tO$ que <le~~ jam, andM com os pê$ n3 terra dian• 1e do que 3íirma a imprensa mundial, a imprcns.;1 de cada di:1 cm tôd:t. parte.
VI
e f.xvt tCÁVl!L que cm me colocando cn1re
p,essoas que tuilizam a irnprtnsa d iária e a
Os fll,HOS de Deus, portanto, cm m:itirfa de apostolndo são (:h11mad0$ a criar formas variadi~imas e ,tutonomas de ação apostó• lka. Os novos temJ)O$ çJam:..m pela iniciativ,, livre neste pnrticular. Os movimentos nposl6• lícos. de onttm e de hoje, com feição purot• mente: leiga são oportuníssim0$. Os seus membros, porém, na medid,1 em que goz~m de uma rcsponsabilidt1dc d ireta também se devem con..,cncer que íicam obrigados '1 uma vigilânc:i:1 e delic.ad c-la nmi10 n1aiotes no respeito devido não sõmentc. à hierarquia, mas tnmbém aoo leigos de outros movjmentos. N5o é isto o q,uc sucede algun,as vêzes. Aindtt a.gorn um dos nossos bispos enviou um d ocumento reservado aos seus irmãos no episcopado e alguém o trouxe à imprensa comum o que importa cm triunfalismo em un\3 cs~cie de os1enrnção, no caso, em uma apa. rênci3 de divisno da hierarquia da Igreja. Não há. no caso. divisão, mo$ libcrdndo de opção. desde que não se envaideç3 no camp,o d11 íé ou dos costumes.
q uerem trun b~m a serviço da.o; causas q ue abraço, :in1es que tudo no :i.postolado que exerço a tí1ulo legítimo na Arquidiocese, informando aos que se neham cnlt'egucs aos meus cuida.. dos C-$pirituais. utifo·.c argumentos · comuns, ~·omo a.s1c :1cima, referente$ aos proccs.,sos crí1icoJ de rcportercs da lmprcnsa, para pre• cavcr os meus dioccsBnos con1ra atitudes con1árias ao que penso e ensino, desde que pisei o solo te3rcnsc, cm :issuntos eeonõmicos-sociais. A3or:t uma outra udvet1ênci:1, esta, :io meu ver, mais concludente e cm tudo mais digna de atcnç5o. Os bispos do N ordeste são homens nascidos e vividos no Nordeste. Possuem uma ; cnsibilidade apurada para se pronunciarem aéêrca dos problemas nordestinos. Em .se trn1;-indo de problemas do Centro e do Sul não ter5o j~mais n. capacidade de julgar de q ue os bisPoS daqueles pontos do País são possuidores.. Se de lá levanta•se uma voi, por mais autoriuda que seja, conir:t o que e.ns inou os irmãos de cá, cumpre.nos exnmin&-ln rigorosa. mcnlc. Deixarmo-nos embalar na rêde ·de jornais !iulinos. talvez. interessados materialmento em divulgar o que lhes sabe bem ao paladar de homens que vivem ouuas realidades econômicO•S,OCiais.• é expor-$C a erros de rCS,• pcccivn, inc.Jusive n injuslos julsamentos.
111
VII
A l'ROPósno do des.1grnd:\vel ,abuso, no caso, 3Jiis, não iden1ifi<.'ado como devido aos leigos que seguem e, ,llsurn:is vc-,,.es, ultraf>as, Súm o guia a que se li&a.m, quero lembrar o <tue su,.;cdcu cm Roma com grande desonrn p~1rn o Brnsil católico. N:,,s imedinçõcs da vot:,ção definitiva da Declaração sôbrc a Liberdade Religiosa, correu. na Cid:.idc.. Eterna. um infame panfleto cm que se ameaçava o Papa e os 0.spos do mundo in1eiro. com o fim de obter efeito conlr:,, a npro,•ação do reíerido documcn10 conciliar. Pois bem, entre os assin.'lnlcs do panfle(O constava ..Catolicismo·•. Ora Cato, licismo" ~ uin jornal fei to no Brasil. Este orgão de imprensa da rtsPQnsabilidade de um dos nossos bis1>0S tem um similar cm Ouenosc Aires, "1"radicion'\ e outro cm Sun• ti;igo do C hile, ·•fiducia''. Aqueles dois, algumas vcz.es, a1>arcccm com os n\C.Smos 1ex1os de "Catolicismo'', Con:mwam como "Catolicismo'', na lislá does autores do panfleto. O Sr. bisJ)O brnsildro apressou-se em declarar que o $CU jornal ,~ão era rcspons.1vel pe.lo panOcto. Nenhum dos bispos <la Arg.cntina e do Chile deu igunl dcdaraç.ã o. Ficou nn mcme de (luantos acompanh:,m de perto os ícnomenos ass<>• eiativos ap,os1ólicos da América La1ina .1 dolorosa idéia de que. Pelo menos, os. movimentos, QU3ndo não os jornai:; quç lhe servem do órgãos. cslavam solidári0$ com o fom i,g:crndo panílcto. Em rc:laç!io ao Rrnsil :1 foHa de qu:ilqucr oulr.i maniíeslaçffo da p.lrtc d0$ ,cspons:hcii lcit'os pelo movimento ligado à fôlha "CatoJicismo", t1inda hoje o ferece moli• vos J>:11"à que os julg\lemos com rcsen•o no c.:dcbre ea:s<>.
MAi. CHEGAVA a esta amada. terra cearense fui: 1>rovocado a pronuncinr•me cm matérin
Uma acusação pode caber cm meia dúzia de
Nosso pres.cntc ar1igo não visa abrir uma d isct.1~io e menos ainda urna P01êl'nica. Etc consti• tui, isto sim, urna d efesa que abre caminho J).=tra o di:\logo.
Núm•ro ••ulso: NCrS 0,60 (Cr$ 600): Númtro alra>=1do: NCrS 0,70 (Cr$ 700).
/t O seg11i1tU O te:((() do (Utigo
11
IV MUITO POJlA de
dúvida que naquele foto
como agora na: publicnç.1o cm leia não ~ pode S3bcr com rigorosa sc,g:ur;rnç:.1 qual a parcc de responsabilidade dos nossos leisos. Em ou!ros casos, porem.; a cnusa é d iítrcntc. tia ma,s de JO azlos, exemplo, ri ConferÇnci:.i Naci?n:il dos Ilispos do 8rns il (CNBB) pronunciou-se favor:.welmentc às tc[orm:.s de base. à rcform:1 a.gr:.uia cm panieul!1r, Po is bem os leigos do movimento cm exame 1omar~n~ 3 ta.l rcspci1o atitude g.ritantcmcnte oposta. Scnttr:im•n<;> n:1 c3rnc os bisJ)os do Nordc...~ . O pronunciamento re.servado, ha p0uco di,•ulgado na imptcn.s;1 de J':'01 t11k"7.:1, é um :,;i1lal de que entre nós con1inu:1 a haver algucm en_1J:>Cnh3do e,~, a1ir~r lgn::ja contra l;rejà, ull.ht:indo a h1crnrqu1a. Explic;1,5e que os ca. ló licos cm ação individual e; quando c:.m ação cole1iv11. de m:1ncira :sindu mnis dclic3d:1 discreta e respeito$.-i., sigam um bi$pO dn Jg_rc: ja cm maléri.1 livre, como cs:t.i cm exame, mas nrio o devem fazer com OSl<:nsiva oposição 30 bispo. de. cada lugar. nem mui10 menos aos bis1>0s de uma região.
econômico-social. lendo recebido a àlcunh~t de homem de esquerda e até de comunista por parte de adeptos de certa corrente ideológicordigiosa, cujo berço f a franç-a e que se denomina, universalmente, de "integrismo... A dita corrente 6, sob alguns aspectos, digna de exahação. Conta ern seu seio homens: santos, pc$S03S sábias. Distingue-se por u ma (é ardente. Jnclina-se- constantemente para. um mor:ilismo rigoroso. Chega al3um3s VC7.C$ a se assemclh.'tr ao antigo maniqueismo, que emp,olgou o próJ)rio santo Agostinho duran~ te certo período de sua vida. No Condlio Vaticano 11 teve uma atuação d ig.na de melh~ res causas, mas contribuiu p:u3 se- dar a :)l. S,tll\S assuntos uma redaç5o mais J>Crfeila, cvi. 1:mdo-s.c POrtan10, interpretnÇÕC.$ íu1uras, conir:irias à mente. da maioria dos padres conci•
lial'CS.
O m..,t dos que seguem :i. rcferid~t corrente es1á na fac ilid:tde dp condcnat o pr6:x.imo. Os mcscres 1lem scm1>re são bem in1erprc:.1ados
pelos di~eípulo)>\. H! jovens tt1.mbé1,1 entre os adeptos de rnis idéias. Vemo-los cm nome de Deus pensando p resiar serviços à Igreja. CS• palhar notícias contrárns aos seus imediatos superiores hicr!irquicos. Por oc.i.sião da rtvoluç5o de mar-ço d e 1964 chegara.m ao cumulo de. dcntmci:ir in n!ios como comunistas. Apc.. sar de o foto ter sido anunciado já no Evnn~ sclho. onde Cristo ensina que pais se levan1arlio contra filhos e íilhos denunciar-5o pais, e, t;uc nos deve. impedir dC os condenar, como êles nM condcn:im, v:ilc a pçna csd:\recer bem ::is consciênci:\s d os que se J)Oderiam dei~
XM cooduzir 1,el:1.s crí1kas que fo..:cm aos seus pastores. No caso d;, divulgaç:lo de um documento 1>nrticul:.,r de um Sr. Bispo do Sul contrário ao modo d e julgar d~ irmãos do Nordeste. é meu dever instruir os meus juri$djeionados CS· piri1uais :a se precaverem contrn :i corrc.n1e integrista brnsilcir3 que se iníiltro\1 também Mtre nós. VJII
NÃo 1,,.1-1i:,s reconheço :\ rmnim:\ :iutoridadc
de oricn1adorcs de consciências, considetO•OS n;1 ordem jurídico-mor:1l-religios..1. suspeitos d e
:.p:aixon:\mcnto idêológ_ico, irre.Oc1idos e ousados. dgnos de tôda compaixão, mas de• sapro,•ados para a ação pastoral na a«auidio,. ccse. Não os :1benç6o como apostolas. Vejam,.. nos como simples cidadãos invasores da seara t.tdtt vez que :;e apresentem como cvangcli•
zadorcs.
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Est.u:lo bem q uando ensinam economia, quando $e. bntem 1,or tradições tais ou quais, falando em nome pessoal, n unca cm nome da Igreja, uma ,·ez q ue se colocam íront3Jmentc cm con1rndiç.ã o c:om . a hicrarquin local''.
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na cabeça de modo ap,1raroso e algum umto complicado, não
Mas élc seri<l por demais pesado, se uma dtUc~da "aigreue" não resgatasse com sua le~•tt<l fa/u, m,u, ge11uí11a tlig11idcu/e.
~ste inco11ve11ie111e." Uma jófo formada de rrait(mte pedraria fixa a
"aigrelle" no lllrbaute, e acemua a nobter,,, do c<mjuuro. A, trinica que cllegu até ó$ joelhos, /eilt, ,Je um tedclo alegre e precioso. é 011umtt11tadu per um belo t i111urClo , e por diversas
condecorações. O personugem se apóia /evemellle sôbre uma espadll ricamt111t adornada. Passemos agora à análise da saiu. :,.{ primefr,, impressão que
ela causa I ele uma nwg11i/icê11cia e de unw t .?uberliucia impor. À m etlidu que " ela a visu, se vai habilllando. ,,ota que tSSll magnificência 1tão resulta de uma profus,ío desortlcnada. A j'ala se compõe, do ponto dt ••istu estético, de ,1ária~· faixas_, harmô,iiêas entre si. Paralelctmente ao chão, as pt,redes apresemam t6da uma "'z.onp" de beleza. Logo acima, outra fai;ru. Em seguida, até e teto algum temto t1rqueado, outra zona. :Mas 'já t1í a zona se diversi/ict, de pllrede ,, parede, atl tocar 110 tc:fo · ft1bulostmre1Uc rico.
Emrc o personagem e a sala há um nt.?Q. Se t1fguém ,,isse !'° salt, um ..be(lfle", ficarfr, chocadíssimo. Se nela w·ssc o perso• 1u1pem. ,1,·Jwria que era o fato maü· muural do mundo. E realmenll! ó personagem I lJ Marfliú de Jaipur, ,: (1 s<1la foi ptJrte do admirável plllácio ,los Maraiás tle Jaiour em Amber. 1w
ludh.1.
A_ que. vêm essas velltaria.t abomina,tas pelo !tomem do século XX, tlirá algum progressista que nos leia. O P0\'0 execra hoje r:m dia coisas ,lestas. Para das mio ltá se11sibilidode ua alma do homem hodicma. Mafa· ainda, elas despertam ddio e stmha de VillKarlÇO,
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O VISTOSO 111rbm11e formado ,,o, um 1ecido qut .se dispõe
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A l,u/ia d~ hojt, diria o leitor progressisu,, niio comporta nenhum re:ilO vivo ,lcsltl Judia ,/e museu. tradicioual e bolore11r,,. EI" é por illftiro, e tl11icamc11te. u lmliu uu)derniz(U/t, e sodt11i.ttt1. de Gamlhi, Nehru e lmlirt1. E predsameme nista es1tí o i111crêsse da ,,,,,tida hoie tstampadu nesta secção.
A Revoturtlo cosnmra llptesc11wr u povo como /mulame11tal• mente hostil " tôdas 11s trtufiçót.·s, se;am esws bOllS ou más, justas ou t'njustus. Com t'sto, vü·a da aniquilar pelo desânimo tôda resis• tt'nc,'a dos adeptos ,lu Trucliçãv. e um embuste " mais. a par de ta11tQs Otttros dela. Na re"lidcule, ~m matériu de Trttdiçiio, como tm tudo mais, é preciso separar o joio tio trigo. fiá tradições (Jllt mertcem so, bre~river. E aJ· hú que não o merecem: é o c"so, na própria l11dia, cremaçtlo tias viúvas. logo ,,pós a morte ,los marldos, ou ,to culto imbecil dos ,minwis sa,:rndos. Entre tis tra,Uções que mere,·t:m sobre\1iver. t1lgumas têm taiz.es tNbeis, e podem ser e/imi,wdt1s sem cnu,me abalo ,,ara a naç<lo. Mas outras há em ,,ue mio j'e pode 1occ1r sem dts/igura, o pr6pria ttlmu. ,it, uaç,io, o ,teu prfJce.sso dt co11ti1111itlt,de. histérica, Sttll pr6prlt1 identid,uie ,·011.\'igo mesma. St111t11Hto profmulamellfe muitO$ povos, apesar ,lc 16,la o pro1>aga11da co11lrt1 ll Tradição_, que como um lu/c1o ntrrc o ,mi•
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O nsl,ltmlo ,•. esttí. De1JôÚ' de uma larga ondll soôalista. o povo se volta saudoso, para as pessoas represtllfutivus do que m erecet'ic, .wbrevh,cr ela /,u/ic, de ou1rora. De um /ougo e substancioso ,lespacho ,lo corrcspondt11tt. da AFP em No,•a Dt.'lhi, tlawdo de 15 tlt janeiro p.p., tlestacamoJ êst~ trecho: líder dos comunistas indianos: comentando a preparação das listas de candidatos para as e leições lcgislativ~ts do próximo mês, exclamou: "Isto é a rest;·1uraç3o! Nunc:-1 hOu\'e tantos Ma~ rajás nas listas como êste ano!'' E isto é certo. As notícias proccdenie-s dos diferentes pontos d.Q território indiano coincidem : jamais os partidos polílicos do país (entre os qmtis não se incluem, natun1lmentc, os comunistas) haviam adulado tanto os Príncipes, pequenos e grandes, para obter os sufr,gios populares. Antes de se cclcbrare,n ns quartas eleições gerais da lndia independente, já se- torna manifesta um:t cois:t : vinte anos dePois de terem perdido seus podêres feudais► a maioria dos seis.cento$ Rajás que se rcpar1iam cm outros tempos a metade da tndia continuam sendo uma (6rça política . ...Grnndes F;tmflias" ilustres que reinavam sôbre vastos Estados e.lo Radjastan, do Pum.ljub e de Madhya Pradesh, e que, na reali• dadc. não deixarnm de dominar nunca a palític.a local, e cente• nas de pequenos Prínc.ipes obscuros volt<1m ao primeiro plano político' '. (:; â corrtspomlêm;i11 conclui: "N5o existe O.l fndia, com efeito, um "Partido dos Príncipes'', que represe,Haria n pcrigOS(l união dos reacionários e dos íeudais. Se existisse um, não haveria outro remédio sc11ão :u.lmilir êstc :1no um recuo do Partido governamcnt:.'11 do Co11gresso. que há vinte :mos promete •- conslrnç-5o de uma democracia socialista na fndia", De /aw, as t leiçQes, realizadas luí poucos dias, i11dicm11 um forte recuo da esqucrtlt,i "º quhl correJ·poml,: um m•u11ço ,,rommcilldo ,la direita.
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Nt1 lmlin tlós MarâJllS, por e.\'(!}Hplu, muita coisa 1,averia t1uc
m6'Uficar. MaJ' csJ'tt obm jamai.f poderia clegtnerar num faz.e, 1t1bula ra,rn - "" vide, da fmlin nt1u,I - ,te todm· O.\' tes,ouros de arfe, d~ culturt1 e ,te tolt11to ,la lndia trtulicional. Nem l!m umo sub.s1ituiç,io s;mttírill e total t.h1 lmlia grllmli<>J'll, lemlárit1 e poitich plasmoclt, pdos séculos, por um Esuulo soc:it1li.•;ta 1 prosaico e \ 1 ulgar como é a bulia otruzl: mm, < :spécie ,lc 1,ulia orgtmiwd11 à sueca. isu/ 1. 1mlo qminlo há de mai.-. pt1rculo.u,J l!. tmorgânico. A /11dia de hoje süo os himlus que hoje vfrem, E êlt's mio apro,,artmt tão radico!, intliscrimi1wdt1 e brulàl 1ransformaçéio.
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Nüo é sob o ti11gulo político ""e nesto secção 1i11alisamo~ <3.uc curioso /euóme110. Não cmramo.t 110 mbiro ela queslão da forma ,Jc govémo. Descartado de seu aspecto político, l;slt reviver tia popu/,~riclade dos Rajds indicll im,a ret,çiio de alma muito impor• tofltt do ponto de ,1isu, "Ambient~s, Costumes, CiviU1.t1çóes'". Em suma, o povo bim/11 está j(lrto ,lo SlJCiu/ismo trivial, rasttiro e stm nenhum YÓlJ. E volta-se para tJ Trtuliçc1o ~m busca tlesto ' · paro a alma. coisa iudispeusável: ultos horitomes
■ AfOILXCISMO
*
ES
VER
A DEMOCRA.CIA -CRISTÃ, SEMPRE IGUAL A SI MESMA, .POR TODA PARTE A
DAS
ESQ Dos Cânones sôbre a Justificação: ÂNON 8 -
Se alguém disser que o mêdÓ do inferno, pelo qual, doendo-nos dos pecados, nos refugiamos na misericórdia de Deus ou nos abstemos de pecar, é pecado ou faz piores os pecadores: S EJA ANÁTE MA [Denz. 818).
C
Dos Cânones sôbre o Sacrtimen;to do Batis,no:
A
DEMOCRAC IA-CRISTÃ. movi, mcnto que oficialmente se propõe orientar a sociedade segundo os princípios da doutrina social da lgrcja, surgiu como grande fôrça p0lílica nos anos que se seguiram imediatamente à guerra de 1939-194S, T rês dos maiores paísC-$ do mundo. a ltalia, a França e a Alemanha, viram-se nessa ~peca. para surprêsa de quase todos os observadores, com govctnos de preponderância demo~
cr-ata•cristã. O acontecimento foi recebido sob
e-xpectativa favorável, pOis procurar que a sociedade seja influenciada pela dou•
crina cat61ica - de maneira a criar um ambiente propicio à salvação das ai• mas: - sem deixar de dar n César o que .! de César, constitui evidentemente
uma tarefa du mais alta benemerência. As ilusões todavia durar&m pouco.
A DC italiana inaugura tática das cisões O primeiro a destrui-las foi o M RP, ramo francês da Oemocracia-Cris-1ã. Para espanto de numerosos católicos. viu-se êste partido governar lado a la.do corn os comunistas de Mauricc Tho• rcz, e dar o seu aval u. tôdas as medidas confiscatórias então adotadas pelo Estado. A OC italiana não pôde agir tão dcpre.ssa, embora te"nha desde o inicio moslrado a sua índole realizando uma reforma agrária espoliativa e, Portanto conlrária aos- expres.soJ ensinamento~ do$ Papas. Encontrando uma consciência ca1ólica mais rígida que a do país vizinho. os demo--cristãos peninsulares :,:entiram•$e obrigados à cau1ela. Recorreram então à tática favorita do movimento dcmocrata<:ristão universal: cindiram-se, para efeitos ex1ernos cm vár~~s ala.s , co~rindo uma gama' de opin1oes- que vai desde o centro até uma es~uc_rd~ basrante avançada. Dessa ma• ne1r.-.. tôda vez que uma medida socia•
lizan1e, desejada pela direção do parti• do, é repelida pela opinião pública, é fácil convencer esta úl1imn de que o pro jeto 6 defendido apenas por um grupo de cabeças-quentes, não represem• 1ando as tendências da maioria do movimento, as quais - assegura-se - ccrminarâo por prevalecer. Tranqüilizada assim a opinião conservadora. a medida passa sem major oposiç-ã o, em geral nmenizada ligeiramente, o que por sua vc-z é apresentado como um triunfo da benemfaita ala direila. que impôs moderação aos esquerdistas, & te regime de grupos dentro do partido pcrmitej além disso. \lma lrnnslnção de opiniões que, Por processar.se lentamente (na Itália j á dura vinte anos), chama pouco a atenção, provoc-ando assim escassas reações. Nesta lenta lranslação os esquerdistas avançam ca• da vez mais para o comunismo. e os moderados passam pouco a pouco a de• íendi:r as leses que antes eram privi• légio dos extremistas. Assim é que a ala esquerda da DC peninsular propugnou primeiro a alianç.a com os socialiscas-democráticos, oficialmcn1c. 11iio marxistas: uma vez obtida esta, passou a lu1ar cm favor da colaboração com os socialis.• tas ncnnistas, que professam o maneis• mo e cujo líder, Pictro Nenni, é Prê• mio Lenine da paz. Vencida esta etapa. :as mesmas voz.es j3 proclamam que sem a par1icipação do comunismo não poderá hasvcr govêrno cstávd na ft:.Hia.
Cavalo de Trói a també m na América do Sul Vui. desta maneira, n Ocmo<:r3eiaCcis1ã desempenhando. na Península como por tôda par1e., o seu papel de c.avalo de Tróia do comunismo.
Não destoam disso os seus ramos la tino, americano~. No Chile. governado pe• lo pedccista Frei. as garantias do di• reito de propriedade foram eliminadt1s d:t Conslituiç.ão, abrindo càminho parn
TFP promove Congresso de est11dantes anti«!om1111istas
P
OR INICIATIVA da Sociedade Brasil~ira de Defesa da Tradiç5o, Família e Propriedade, rcalitou-se e~ São Pauro, nos dias 2 l a 29 de janeiro p.p., o J Congresso Lnti.no-AmcrJ<"Bno de Estuduntes Secundários Anti• comunistas, vis:mdo incrementar a for• maç.fio doutrinária da juventude da América Lat ina para mais: cíicatmente combarer o socialis-rno e o comunismo. A9uela Sociedade, que há 1cmpos vc.n, reunindo cm Semanas de Estudos com grande proveito, jovens Jc todo o' País contou para a realização do Congr~~ com a colubornção das prestigiosas rc• vistas "Cruzada", de Buenos Aires e ''Fi~ucia•·. de S;1n1iago do Chile, Que enviaram numerosos estudantes argen• tinos e chilenos. Ourante o ito di;'tS. jovens procedentes de diversos Estados do Brasil bem como da Argentina e do Chile, s~ concc:nt~aram 0(1.S sedes dot TFP na Capital pauhsta, para o esludo e deb:i.te de temas candentes da atualidade. Pela manhã e à noite ouviam conferências pronuncia• d~s J)Or inlcl<:ctuais e homens de ação que se 1êm dcslacado no combale ao comunismo e na defesa dos valores funda• mentais da civilização cristã, enquanto as 1ardcs eram dedicadas aos deb;Jtc:s. exibição de filmes documentários e visitas. Foram os seguintes os temas das confe rências feitas no Congresso: " As ori• gens do comunismo", pelo Prof. Or• !ando Fcdcli: "Em quo consiste o comunismo", pelo Sr. Arnaldo Vidi8al Xavier da Silveira; "O perigo c.ornunista
no mundo hodierno'', pelo Prof. Fernando Furquirn de Almeida: "A histó• ria do comunismo", pelo Prof. Paulo Corrê.i de 8ri10 Filho: "As barreiras que o comunismo encon1t:t no inundo hodierno", pelo Prof. Fc1•n;1ndo Furquim de Almeid:t: "Que é o soci.tlis:mo? - Socialismo como instrumento do comunismo", Eng.0 A1bcr10 Luiz Du Pies• sis; "A ofensiva coo1trnis1:, e!. .socialisla na América Latina - Como con1r~•ata• car''. E ng.º Plinio Vidigal x avier Ja Silvcir:i.; "O comunismo. o socialismo e ris: Encíclicas". Ens,.0 José de Azercdo Sa1Hos: "A presente .situação interna• d?nal e o comunismo'', E11g.0 Adolpho Lindenbcrg: "Ma1é.ria e espírito na formação moral". Prof. Plínio Corrêa de Oliveira; " A Democrada-Cris1ã ilustra• d,1 Por um exemplo", Sr. Fabio Vidig_al X;lvie~ d:t Silveir~;. ''.Sociedade orgânica e _sociedade total1t~-tna". Eng.0 Adolpho L1ndcnbcrg; "Tem:i.s de formação para a juveolude concemporânea", Sr. Edu• ardo de 8MrOs Brotcro; "A juventude anticomunisi a na América La1ina Possibilidades de êxi10, formação dO\llri• nári:s e formação para a nção'', S r. Caio Vidig:11 X:wicr da Silvcir:1. A sessão solene de encerramento, sob a presidência do Prof.' Plínio Corrê a de Oliveira, realizou-se no auditório da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Na, oportunidade, o Presidente do Conselho Naciona l da Socied3dc Brasileira de Defesa da T radição. Família e Propriedade d iscorreu sôbre o 1cma: "A irreversibilidade da vitória contra o comunismo·,.
os confiscos. Em ou1ros palscs desta pane do mundo o conúbio dento•criscão• -comunis1a é patente, não íaltando nos POCs locais quem chegue a bater palmas à Cuba de Fidel Castro. No Brasil. é bom não esquecer, foi um Ministro da Educação democratacristão que oficializou e financiou a baderna comunista nas escolas e universidades, a qual perdura até ho je graças à aliança entre a Ação Popular, movimcnlo <lue se pretende calólico-cs• querdisra, e os comunista.s. Também te• mos cm nosso País, de acôrdo c.:om a lática de des pistamento inaugurada ni1 ltálii1. as alas que se dizCQl moderad:\s e conservadoras. m3S mesmo estas não deixam de demons trar os seus verda• deicos intuiros, com os seus projetos de reformas e revisões agrárias.
Preparando um falso dile mo na Alemanha Constituia, até certo ponto, uma cxccç;io neste trisce panorama a linha _po• lítica da Oemocracia•Cristã teuta. No poder há vinte anos, conseguiu ela reec• guer a Alemanha destroçada pela guerra, transforma1tdo..a numa das ·mais prósperas e poderosas nações do mundo, sem se afastar de uma economia livre e de um anticomunismo mili1ante. Surprcendcmtementc vemos ;;1gora êssc partido, sob a d iteção de seu nôvo líder, o Chanceler Kiesingcr, ligar-se aos sociais-democratas - socialistas para constituir urn n6vo govérno, fazendo para isto cvidc111es concessões à esquer• da tanto no campo da política econô• mica como no da política cxh.:rior. N ada obrigava a esta a1itude, Pois a CDU, embora não tivesse.mais a maioria abso• luta 1\0 BuudcSfag, ainda ern ,najoritá• ria e poderia aliar.se novamente c-o m os liberais. ou. em ú lcimo recurso, dissol• ver o p;1rlamcnto para que novas eleições decidissem a queSH\O. Em vez disso, numa atitude a ltament(: contraditória com o seu próprio passado, preferiu a liar-se aos socialistas. •· Ê$tc nôvo scrviçq prestadô à esquerda por um par1i90 democrata-cristão tem urn aspecto particulanpente grave. Verificou-se nas últimas clê içõe.s regionais a lemãs (Hes.se e 13avicra) o acentuado crescimen10 de um nefando parti• do neonazisla, que obteve peno de 8% dos voios. A simbiose OemocraciaC rist:i-socialismo podcr!i lançar o e leitorado conservador :1tcmão. desorien• !.Ido e colocado anle um falso dilcmà, nos braços do nazismo, contribuindo assim para reviver um horror que já se julgava definitivamente extinto.
Alberto Luiz Du Plessis
13 - Se alguém disser que as crianças, por não terem o ato de crer, não devem ser contadas entre os fiéis depois de recebido o Batismo, e portanto devem ser novamente batizadas quando cheguem à idade do discernimento, ou que mais vale omitir o seu Batismo do que as batizar somente na fé da Igreja sem que creiam por ato próprio: SEJA ANÁTE MA [Denz. 869].
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ÂNON
Dos Cânones sôbre o Sacramento do Marriniônio:
10 - Se alguém disser que o estado conjugal se deve antepor ao estado de virgindade ou de celi. bato, e que não é melhor e mais perfeito permanecer em virgindade ou celibato do que contrair matrimônio: SEJA. ANÁTEMA [Denz . 980]. ÂNON
C
Concílio Ecumênico de Trento
Repto da TFP ao autor do Código Civil divorcista Prof. Orlando Gomes, autor do projeto de Código Civil atentatório da família q ue foi combatido em todo o País pela Sociedade Brasilei.ra de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, declarou ao jornal .. A Tarde", de Salvador, que os dirigentes daquela triunfal campanha an1id.ivorcista eram " remanescentes do fascismo indígena". Tra1a ndo-se de alirmação frontalmente contrária à evidência dos fa1os, a TFP dirigiu ao jurista baiano, em data de 22 de fevereiro, o seguinte telegrama, assinado pelo Sr. Eduardo de Barros Brotero, 1•0 Secretário do Con-
O
selho Nacional da entidade: "Tendo tomado conhecimento do artigo de Vossência e m "A Tarde" de 7 de dezembro, cm q ue acusa de " remanescen1es do fascismo indígena" os dirigentes da vitoriosa campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade contra o projeto de Código Civil divorcista, convido-o a fundamentar de público a acusação, totalmente discrepante da realidade. Saudações". Até o momento de cncerram1os esta edição o Sr. Orlando Gomes se mantinha em significativo silêncio.
Aspecto parcial da assistência, na sessão de encerramento do congresso
1 '
lL Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosa.rio
Quando &c tscrntr a hb16rb religiosa do Bnut ao s«U.l o XX, lJlerá lndlspt.n5'nl t.fflldlr tm
lm,Porflnda na Ylda rclJglosa nadon1J, tru qu.e n0$$0 querido Bispo Dfocesa.110 nio tOtrul.lllPf: atU·udc. F. não teve D. Anton.lo de Cru.1.TO Maycr uma só tomada de atitude que não marcM.Se a fundo o .suceder vário t pollm6rfko dos acon-
bloco a obffl de. O. Antonk> de Castro Ma,tt, como professor de SentlnA.rlo, coto.o Assistente EcJd:Ü.stko do ''ua,lonárlo~', Vla:úio Cera! da Ação CatóUca paulisfnoa e Pároco do populooo balrro do BelenzJnho, e mal$ r.J.ndn como Bl.spo, a um tempo trolas:o d e primtlra pode-xa no rtrmamcnfO bnsilelro, homem de ação t•s clart-ddo e intrépido, escritor de Yb'tas profundas e pen.a clara e ria tm m.adus. Com efeffo, não houve nestes últimos trlntl. anos acootcdmtnto VC1'dadc-lrame-ntc de primclra
tedmtntof.. A Carta Pastoral que ''Catotlcluno,. .,e ufana em publicar hoJt., tm prlmcira mão, f, pelo valor e pela dea.sldadc de MUS cmúa.01.e,ntOY, btm como Ptla Importância e atualidade cl08 temas a,ua. dos, um mlJ"Co a malir na brilhante trajetória do Pttlado de lnt"StlmliYeb dott.s, ~uc a ProTJdm. da no., concedm.
CAB.T A P ASTOBAL por ocasião do 250.o anivers,írio do encontro da milagrosa im.agem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida e do 50.o aniversário das apari~ões de Nossa Senl1ora do Rosário em Fátima SÔBBE A PBESERVA(;ÃO DA FÉ E DOS BONS COSTUMES
por· D. Antonio de Castro Mayer Bispo de Campos
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N , º
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Dom Antonio de Castro Mayer, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Campos, ao Venerável Ordem Terceira dé Nossa
' Congregafões Religiosas Femininas, Revmo. Clero Secular e Regular, as
Senhora do Monte Carmelo, às Associaf ões Religiosas e de Apostolado e aos fiéis em geral da Diocese de Campos SaudafâO, Paz e Bênfãos em Nosso Senhor Jesus Cristo DlLETOS CooPeRAOORES E AMADOS FJUIOS
HISTÓRIA da humanidade é escrita pela bondade de Deus e a ingratidão dos homens. E nossa miséria é tanta, que nos levaria ao desespêro se maior não fôsse a inefável misericórdia divina, que em nós deposita a esperança. Porquanto ao coração contrito e humilhado, Deus nunca recusa seu perdão, sua graça, seu amor. Mais. A Revelação nos mostra o Salvador como que a perseguir os pecadores, a esmolar-lhes um ato de arrependimento para inundá-los com sua Redenção. E o que aconteceu nos abençoados dias da vida póblica do Salvador continua no decurso dos séculos. As irrupções celestes na vida dos homens são outras tantas manifestações da misericórdia com que Deus Se empe, nba na conversão e salvaçao eterna dos pecadore.s. Neste ano, temos a felicidade de comemorar duas dessas celestes irrupções. Estamos no 250.0 ano do encontro da milagrosa Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Rio' Paraíba, junto ao pôrto de ltaquaçu, no Estado de São Paulo, e no 50. 0 das apariçõe.s de Nossa Senhora do Rosário na Cova da Iria, em Fátima de Portugal. E êstes dois aniversários são novos convites da graça que a nós nos importa muito aproveitar.
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á duzentos e cinqüenta anos, em outubro de 1717, uns humildes e bondosos pescadores, empenhados numa pesca noturna no Rio Paralba, perto do porto de Itaguaçu, nada obtinham, quando, já meio desanimados, colhem na rêde uma imagem de barro de Nossa Senhora da Conceição, com traços perfeitos, belos e artísticos. Animados com a descoberta, lançam novamente as rêdes e colhem uma multidão de peixes que a custo levaram à margem do rio. O fato miraculoso encheu-os de gratidão para com a Mãe Celeste. Construíram no local uma ermida, que se constituiu desde logo alvo de peregrinação piedosas, avolumadas cada vez mais à vista das graças especiais obtidas pela intercessão da Virgem Aparecida. Levantou-se mais tarde a bela Ba-
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sílica que encima o morro vizinho. Em 1904 o
Cabido da Basilica Vaticana decretou a coroaçã.o da Imagem, realizada pelo então Bispo de São Paulo, D. José de Camargo Barros, circundado por inúmeros "('relados do País; em 1930 Pio XI constituiu a Virgem SantJssima da Conceíção Aparecida Padroeira do Brasil, e hoje a nação inteira esforça-se por dar à sua Patrona c.eleste um santuário maior que possa acolher todos os peregrinos que vão venerá-la, agradecer-lhe uma graça recebida, ou pedir um auxílio nôvo para uma necessidade grave. A preparar condignamente o povo brasileiro para a comemoração dêste 250.0 aniversário, a Imagem milagrosa da Aparecida percorreu os Estados do Pais, como que a convidar seus filhos a uma visita ao seu santuário. Assim, tivemos a graça inefável de hospedá-la nos dias 9 a 13 de dezembro passado. Cumprenos agora rerribuir tão honrosa visita. Para
mais nos animar a essa peregrinação ao san• tuário da Padroeira do Brasil. o Santo Padre concedeu um jubileu a ser lucrado em Aparecida durante êste ano de 1967. Como a experiência demonstrou ser pràticaniente impossível uma peregrinação de tôda a Diocese, recomendamos vivamente que nossos Párocos e Vigários organizem peregrinações das respectivas freguesias, de maneira que no decurso dêste ano a Diocese de Campos tenha sempre aos pés da Padroeira celeste quem suplique pelas muitas necessidades desta região. · Não nos esqueçamos, no entanto, de que a melhor maneira de honrar a Virgem Mãe Aparecida é a emenda de vida, mediante a prática das virtudes cristãs, o espírito de penitência e mortificação. Fato que de si se impõe, uma vez que êie encerra tôda a pregação de Jesus Cristo a seus Apóstolos; mas que se torna ainda mais evidente quando consideramos a mensagem de Fátima, cujo cinqüentcnário estamos a c-0me-
morar.
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uzcntos anos após o encontro da Imagem da Imaculada Conceição no R io Paraíba, apareceu Nossa Senhora em Portugal, na Cova da Iria, a três pastorinhos, Lucia, Francisco e Jacinta. À Mãe de Deus precedeu o Anjo de Portugal. A própria Vir-
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gem Maria apareceu aos pastorinhos seis vêzes, mensalmente de 13 de maio a 13 de outubro. Não vamos aqui especificar tôdas as circunstâncias em que se deram essas aparições, nem os dissabores que elas ocasionaram às três crianças com quem Deus Nosso Senhor usou dessa misericórdia. Guardemos apenas o que direta ou indiretamente contém uma mensagem que interessa não somente aos três videntes, mas a todos os fiéis, a todos nós.
O Anjo de Portugal O Anjo de Portugal, ou Anjo da Paz êsses dois títulos êle mesmo se impôs - encaminhou as crianças à oração e ao sacrifício nas suas 1rês aparições, no decorrer do ano de 1916. Na primeira ensinou-os a rezar: "Meu Deus! Eu creio. adoro, espero e amo-Vos. Peço perdão para os que não crêem, não ado• ram, não esperam e V os não amam". Na segunda aparição, exortou as crianças à oração e ao sacrifício: ºOrai! - disse orai! orai muito! Os Corações de Jesul· e Maria
têm sôbre v6s desfgnios de mise;-ic6rdia. 0/e• recei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios". Na terceira, em que se mostrou com o cálice e a hóstia, êle mesmo, profundamente prostrado, fêz uma oração reparadora, que os videntes depois repetiam: "Santíssima T.-inda-
de, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente
e ofereço. fios o
preciosíssimo
Corpo. Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrárlos da terra, em repMação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que 1::/e mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peçoVos a conversão dos pobres pecadores!"
As visitas de Nossa Senhora Preparados seus corações pelo Mensageiro celeste, os três pastorinhos tiveram a ventura de receber a visita da própria Mãe de Deus, nas seis aparições que lhe.s fêz, no decorrer do ano de 1917. Na primeira, a 13 de maio, convidou-os a Virgem Santíssima a se tornarem vitimas reparadoras do Coração Divino: "Quereis oferecer-vos a Deus, disse-lhes a Senhora do Céu,
para suportar todos os sofrimentos que 1::le quiser manda,..vos. em reparação dos pecados
com que é ofendido e em súplica pela conversão dos pecadores?" Ao que, varonilmente, os pequeninos responderam: "S;m, queremos''. E não esperaram os sofrimentos que Deus
Jhcs quisesse mandar, espontãneamente entre• garam-se a uma vida de sacrifícios e mortifi• cações que pede meça.s aos Padres do Deserto. Tudo pela conversão dos pecadores. Embora. como declara Francisco de acôrdo com a boa ordem das coisas, quisessem antes do mais consolar o Coração Divino, a conversão dos pecadores tornou-se para aquelas crianças como que uma idéia fixa.
O Imac ulado Coração de Maria Na segunda aparição, Nossa Senhora mos• trou aos videntes seu Coração Imaculado cercado de espinhos que nêle se cravavam. O que mais ainda excitou nos videntes o desejo de reparar pelos pecados e converter os pecadores. Nessa mesma aparição, a Virgem Mãe revelou que levaria logo Francisco e Jacinta para o Céu, mas que Lucia ficaria como inst.rumento de Jesus Cristo "para Jazer conhecer e amar'' a Maria Santíssima, pois Jesus "quer estabelecer no mundo a d evoção ao Imaculado
C{)f'ação de Maria".
Visão do inferno A terceira aparição, de julho, teve importância maior. Nela revelou a Virgem Santíssima os Segredos, dos quais o primeiro, mais ta·rde sob ordem do Céu desvendado pelos vi-
dentes, consistiu na visão do inferno, assim descrita por Luc ia: "Era um mar de fogo . Mergulhados n2Je, estaw,m as almas condena• das e os dem8nios, como se /ôssem carvões hicandesce,ues. transparentes. pretos ou côr de bronze, formas lwmartaJ' a esvoaçar nas clza• mas dêsse imenso incêndio, arrastadas pelos labaredas, a espalhar nuvens d e fumaça, tom~
bando de todos os lados como fagulhas de um
grande braseiro -
não t inham pêso nem equi•
líbrio e soltavam uivos de desespêro, gemidos de dor, tão horrendos que arrepiavam de mêdo. ·Os demônios se distinguiam por forrnas asquerosas de animais medonhos e desconhecidos, mas transparentes como corvóeJ· acesos'', Desta visão fêz Nossa Senhora, com me-
lancólica ternura, o seguinte comentário às crianças aterrorizadas: "Esta1~-r vendo o lnfer• 110, ao11de vão as almas dos pobres pecadores. Para salvá-las Deus deseja estabelecer 110 1111111do a devoção ao meu Coração Imaculado".
Os pecados - A guerra A difusão do comunismo l?. também desta aparição a profecia sôbre a segunda grande guerra e a difusão do comuni~mo por todo o mundo, o anúncio de que a Senhora viria pedir a consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração e a comunhão re-. paradora dos primeiros sábados, bem como a consoladora promessa de que por fim o mesmo Imaculado Coração triunfará. Eis como Nossa Senhora se exprimiu: "Se /iterem o que vou dlter-vos, muitas almas serão salvas e virá a paz [era durante a guerra de .1914-1918). A guerra val terminar. Mas se não cessarem de ofender a Deus, outra guerra virá pior ainda no reinado de Pio XII. Quando virdes uma luz desconhecida iluminar a noite, ficai saben•
do que isse é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus orimes por
meio da guerra, fome, perseguição à Igreja e ao Santo Padre. Para impedir isso virei pedir a consagração da, Rrissia ao
me11 Imaculado
costumeira v1sao da Virgem Mãe, seguiram-se três outras. de quadros simbolizando os mistérios do rosário: a Sagrada Família, vista pelas três crianças, a Senhora das Dores, vista só por Lucia, a Senhora do Carmo, com o Menino ao colo, coroada como Rainha do Céu e da terra.
Lições de Fátima Os fatos que se desenrolaram em Fátima con1êm um amoroso apêlo de Deus Nosso Ser.hor: 1 . a que O desagravemos e ao Coração )maculado de sua Mãe Santíssima, das ofensas de que contlnuamente são objeto; 2. a que nos compadeçamos dos pobres pecadores; 3. cuja conversão, assim como o desagravo, se obtêm pela oração e as mortificações, ·as voluntárias e as enviadas pelo mesmo Deus. Ensinam-nos) outrossim: 4 . que a meditação sôbre o inferno tem eficácia especial na conversão dos pecadores; 5. que a guerra foi um meio de que Deus se utilizou para punir os pecados do mundo; 6. que entre as orações mais eficazes, está a reza do san10 rosário; 7. que a salvação do mundo se condiciona à consagração e devoção ao Imaculado Coração de Maria. Inculcam, enfim: 8. a devoção aos Santos Anjos; 9 . o poder do milagre para autenticar a mensagem divina.
Coração e a comunhão reparadora nos prime,·•
ros sábados. Se atenderem a meus pedid_os, a Rússia se convertel'á e terão a ,paz,· se não, ela espalhará seus erros pelo mundo, promo• vendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniqui•
/adas.
Por fim o meu Imaculado Coração
triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converter4, e será concedido ao
mundo algum tempo de paz". Estas palavras mostram que a Virgem Santíssima já previa que o mundo não atenderia ao seu pedido no sentido de não mais ~e ofender a Deus; por isso, ao me.srno tempo que declara que êsses meios evitariam uma segunda guerra, anuocia o sinal precursor da grande catástrofe. Enfim, é desta aparição a jaculatória que Nossa Senhora manda que os videntes insiram no têrço após cada dezena: "ó meu Jesus, perdoal•nos, livrai•nOs do Jogo do inferno, levai as almas t8das para o Céu, principalmente as que mais precisarem".
A conversão dos pecadores A quarta aparição se deu, não na Cova da Iria, mas em outro lugar da região, chamado Valinhos. Também não ocorreu no dia 13, mas alguns dias depois, em 19 de agôsto, devido à interferência anticlerical e maçônica do Administrador de Ourém. Nesta, como nas demais, Nossa Senhora insistiu sôbre as orações e sacrifícios pela conversão dos pecadores: ''Rezai. rezai muito e Jaze,' sacrifícios.pelos pecadores, pois vão nmitas almas para o inferno, por não haver quem se .mcrifique e
peça por elas". A quinta entrevista entre a Virgem Santíssima e os pequenos videntes, a mais curta de tôdas, assinalou-se por uma in.sistência sôbre a reza do têrço, uma advertência amo• rosa da Mãe Celeste, alegre pelos sacrifícios de seus amiguinhos, mas moderando-lhes um pouco o ardor na mortificação, e a promessa alvissareira de que no próximo mês veriam também a Nosso Senhor e São José: "Con ti• ,rnem a rezar o têrço, para alcançarem e firn da guerra. Em outu!H'o Nosso Senhor virá também, e Nossa Senhora das Dores e Nossa
Se11hora do Carmo e São José com o Menino Jesus para abençoar o mundo. Deus está conte11te com os sacrifícios de vocês, mas não quer que durmam com a corda [que tinham atada como cilício à cintura). Usem-na sõmen• te durante o dia". Na última aparição da série, em 13 de outubro de 1917, deu-se o conhecido milagre do sol, com o qual Deus Nosso Senhor autenticou aos olhos do mundo a veracidade das entrevistas da Virgem Maria com os pastorinhos de Aljustrel. A um pedido de Lucia, de que curasse alguns doéntes, a Virgem Santíssima decJarou que êles deveriam emendar-se e arrepender-se de seus pecados. Terminada a
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stes pontos todos concordam perfeitamente com o ensino ttadicional da Igreja . iê, na visão celeste da Côrte angélica que cresce no coração dos fiéis a confiança na Bondade Divina, que tão aniorosamente providenciou os guias de nossa peregrinação terrena. Sôbre a Virgem Santíssima, de há muito a doutrina constante da Sagrada H ierarquia e a piedade ativa dos fiéis a associaram à obra redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, seu Divino Filho. Como por Maria recebeu o mundo ao Salvador, assim por Maria recebem os homens os frutos da Redenção. A Virgem Santíssima é chamada a Onipotência suplicante, porquanto está sempre a interceder por nós, e suas preces são sempre aceitas do Pai Eterno. Mais; por disposição da Providência, nhuma graça desce do Céu à terra se se nao interpuser a intercessão de Nossa Senhora. Como corolário dessa doutrina tradicional da Igreja, Nosso Senhor determina, cm Fátima, que a salvação do mundo Ble a concederá por meio do Imaculado Coração de sua Mãe Santíssima. Nessa mesma ordem da Providência estão as graças especiais concedidas à reza do rosário mariano, como, aliás, já consta da história eclesiástica, desde que foi essa devoção introduzida entre os fiéis. As guerras e calamidades, desde o Antigo Testamento, são apresentadas como .conseqüência do pecado, e é doutrina tradicion_al que, como todos os males, também elas entraram no mundo pelo pecado original, fonte dos demais outros. Importa, no entanto, nos detenhamos mais sôbre o espírito de reparação, a penitência e a consideração sôbre o inferno.
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Reparação e penitência Ao espírito de reparação, à compaixão nos sofrimentos do Divino Salvador e, conseqüentemente, nos de sua Mãe Santíssima, nos convidam as expressões cheias de ternura do Discípulo amado que auscultou o Coração de Jesus, e as queixas amorosas do próprio Divino Salvador. A palavra de São João, ''sic Deus dilexit mrmdum w Filiwn srmm Unigenitum darei - Deus de ral maneira amou o mundo que entregou seu FUho Unigênir<>u. ( Jo. 3, 16), soa como um brado a despertar em nossos corações as fibras da gratidão; e a de Jesus Cristo, no Hôrto das Oliveiras, quando se viu oprimido pelos nossos pecados, e triturado pelas nossas ofensas: "Non potuistis una hora vigilare mecum? NO.o pud,estes
vigiar uma hora apena. coMigo?" (Mal. 26, 40), é uma amorosa censura por nossa falta de compa,xao nos seus sofrimentos. A penitência, a mortificação dos sentidos
.. e da própria vontade são, parle essencial da doutrina de Jesus Cristo, constantemente pregada pelos Apóstolos é pela Santa lgreja. 'e. ela condição indispensável· para que a pessoa possa entrar no Reino de Deus: "Fazei penitência. porque se aproxima o Reino de Deus" (Mat. 4, 7), prega-nos Jesus Cristo. "Fazei penitência e seja cada · um de v6s batizado no nome de Jesw; Crisu), para remissão de vossos ·pecados" (AI. 2, 38), confirma o Prín~ipe dos , Apóstolos. Por seu turno, a mortificação, à. imitação de Jesus Cristo, obediente até à morte, e aceitando todos os sofrimentos que tortura• ram seu Corpo sacrossanto, deve acompanhar o liel que deseja manter sua união c_om o Divino Salvador: "Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que rambém a vida de Jesus se manifeste em nós" (2 Cor. 4, lO), diz São Paulo de si mesmo, e recomenda a mesma norma aos seus discípulos: "Se viverdes segundo a CMne, haveis de morrer; mos, se, pelo Espírito (isto é, a graça dç Deus], · mortificardes (1s obras da carne, vive: reis" ( Rom. 8, 13). Depois, a Igreja inculcou, sempre aos seus filhos o espírito de penitência. Foi êste espírito que povoou os desertos com os santos anacoreras, como foi a renúncia até 11 morte que deu energia aos Mártires para sofrerem os mais atrozes tormentos por Jesus Cristo. E todos os grandes Santos, os Patriarcas das Ordens e Congregações religiosas puseram sempre a penitência como fundamento para chegarem, êles mesmos e seus discípulos, à vida de união com Jesus Cristo.
A natureza decaída exige a penit ê ncia A razão por que a penitência é assim tão n·ecessária é a concupiscência que habita em nosso corpo de pecado. -e. a lei da carne que se opõe à virtude: "Sinto nos meus membros, diz São Paulo, outra lei que luta contra a lei de meu espírito e que me pre11de à lei do pecado, que está no meu corpo" (Rom. 7, 23). l,.ste fato, essa luta, esta contradição íntima de nossa natureza, que nos leva a fazer o mal que reprovamos, é que nos obriga a uma vigi• lância. uma mortificação contínua, a fim de que. auxiliados pela graça de Deus, em nós não domine o pecado, mas vivamos segundo o Espírito de Jesus Crisro. A exortação, pois, do Salvador no Jardim das Oliveiras, "vigilate et orate ne intretis ifl tentationem" (Mat. 26, 41). vale para todos os tempos. Oração e penitência recomenda Maria Santíssima cm Fátima, para a conversão dos pecadores. De fa to, a oração e a penitência. assumida com espírito de reparação, à imitação de Jesus Cristo, não apenas valem para o fiel que as pratica, como o tornam colaborador na obra redentora do Filho de Deus, conforme a palavra do Apóstolo: "Alegro-me 110s sofrimentos suportados por v6s. O que falra às ,.,.ibulações de Cristo, completo na minha carne por seu corpo que é a Igreja" (Col. 1, 24). Em suma, deve o cristão, para .saotificarse e colaborar na conversão dos pecadores, levar uma vida nova, .santa em Cris10 Jesus e isso dêle pede que, pela mortificação contí;ua dos seus membros, renuncie ao que há de m_undano: a devas~idão, a impureza, as paixoes, os maus deseJosf a concupiscência, a ira, a cólera, a maledicência, a maldade, as palavras torpes, etc. ( cf. Col. 3, 5-8). . Não há dúvida que a luta que se pede ao !1~1 é um combate duro, porquanto o inimigo é. anter~o, ahc,aotc e, bem manejado pelo Prín~1pe d_!'sle mundo, é, sem a graça de Deus, 1nvenc1vel.
Benefícios da meditação sôbre o inferno Uma dessas graças que devem ser arroladas entre as fôrças que vencem nossas tendêndas para o mal, é a consideração dos noviss,mos, conforme a expressão da -Escritura: "Memorare 1~ovissima tua er in aetenmm nón peccabis1' (Ec. 7, 40). E entre os novíssimos o que ca~sa m_aior. impressão e, por isso, goz.a de especial eficácia para arrancar o homem animal, que somos, ao vício, e orientá-lo à prática da virtude, é o inferno com suas penas eternas, a perda da bem-aventurança e o fogo intermjnável. Freq(ientes vêzes propôs o Salvador o fogo inextinguível do inferno como meio para levar seus discípulos à prática dos Mandamentos: ''St a tua mão fôr póra ti ocasião de queda, corta-a: melhor te é entrares na vida eterna aleija<{o, do que, tendo duas mãos., ires para a gcena, para o fogo inex,;nguível [ ... ], Se o teu pé fôr para ti ocasião de queda, cor• ta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, rendo dois pés, seres lançado à geena do fogo i11exti11gu!vel [ ... ). Se o teu ôlho fôr para ri ocasiãa de queda, aN"anca-o; melhor te é entrares com um ôlho de menos 110 Rei110 de Deus do que, te11do dois olhos, seres lançado à geena do fogo, onde [ ... J o fogo não.reapaga" (Marc. 9, 42 ss.). Em São Mateus, o Senhor nos adverte que não devemos temer os que matam o corpo, mas não
podem matar a alma, pois devemos "temer antes Aquêle que pode precipitar a alma e o corpo na geena" (Mal. 10, 28). O mesmo intencionava o Salvador, quando declarava a sentença do Juízo Final : "Ide, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o demô• nio e seus anjos" (Mal. 25, 41). . Idêntica doutrina, igual exortação encontramos nos 'escritos dos Apóstolos. São Paulo freqüentemente adverte que os pecadores não possuirão o Reino de De11s, e São João, no Apocalipse, assim fala do castigo eterno que aguarda os sequazes do demônio: "Se alguém adoTar a fera e a sua imagem, e aceUar o seu sinal na fronte ou IÍa ,não. há de beber também ô vinho da c6lera divina, o vinho puro deitado no cálice da sua ira. Será ato,me11tado pelo fogo e pelo enxofre dianre dos seus Santo., A 11jos e do Cordeiro. A fumaça do seu tormento subirá pelos séculos dos séculos [isto é, eternamente]. Não rer,io ,Jescanso algum, dla e n'oite. êsses que adoram a fera e a sua ima• ge,n. e todo atJuê/e que acaso tenha recebido o sim,/ do seu nome" (14, 9-11). Mais abaixo volta a falar da pena que espera o.s pecadores: "Cada um foi julgado segundo suas ob.ras [ .. . ]. A segu11da morte é esta: o flagelo tio fogo. Se alguém não foi encontrado no livro da vida, foi lançado 110 fogo" (20, 13 ss.). Com semelhante doutrinaJ _n ão admira que os autores ascéticos proponham a meditação do in(erno como salutar para obter a conversão e salvação dos pecadores e, mesmo, o afcrvoramento dos bons, porquanto o inferno também nos mostra o amor que Jesus nos teve liberando-nos de cativeiro tão horrendo. Vem a propósito salientar que Santo Inácio de Loyola no livro dos Exercícios Espirituais - livro elogiado e recomendado por inúmeros Papas - entre as meditações fundamentais da primeira semana, a semana que deve determinar a conversão do exercitante, coloca a reflexão sôbre o inferno precisamente à maneira como Nossa Senhora o propôs aos videntes de Fáti• ma: falando intensamente aos sentidos.
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IV
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ós nos demoramo. aqui a recordar convosco, amados filhos, êste ensinamento ininterrupto da Igreja, não só para que vejaisJ quase diríamos sintais, como os fatos da Cova da Iria estão dentro da mais genuína tradição católica, mas, sobretudo, porque se. trata de verdades importantes que, não obstante, vão sendo relegadas ao esquecimento, pois que delas não se gosta de ouvir falar, por motivos que abaixo exporemos. No entanto, nada mais salutar do que a meditação de tais verdades. Insistimos, pois, sôbre as mesmas. porque a tanto Nos obriga o dever de zelar pela salvação eterna de Nossas ovelhas, e, outrossim, porque Nos parece fa. lha qualquer comemoração de Fátima que as não ponha em plena luz. Não há dúvida, o recordá-las o Altíssimo na Cova da Iria foi uma dessas manifestações da inefável misericórdia com que Deus persegue os pecadores, porque não quer que morram, mas sim que se convertam e vivam (cf. Ez. 33, 11 ).
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Fa lta de atenção às advertênc ias de Nossa Se nhora Infelizmente, é menor a vontade dos pecadores de se salvarem. Os pedidos de Nossa Senhora não foram ouvidos. Após a primeira desoladora conflagração inundial, "11ão cessaram de ofender a Deus", e veio a outra guerra pior ainda, mais atroz, mais devastadora, na qual, segundo a palavra de Jacinta, grande parte dos que morreram foram para o inferno. Não obstante, a punição não serviu para a cura. Todo o mundo hoje tem pavor de um nôvo conflito universal, mas esquece-se de que a guerra foi castigo dos pecados, e volta novamente para uma vida animada pelo desejo desenfreado dos prazeres, onde domina a paixão inipura. E já não se limitam os indivíduos a cevarem-se no vício da carne; a sensua)idade irrompe dos aglomerados urbanos para os campos e infecciona tôda a sociedade. Resulta do fato larga e nefasta conseqüência. Por uma disposição da psicologia humana, não suporta o homem, longo tempo, contradição entre o modo de agir e a maneira de pensar. O indivíduo ou procede como pen• sa, ou termina pensando de acôrdo com seu procedimento. De sorte que, por inelutável exigência psicológica, numa sociedade engolfada na sensualidade, começam os homens a perder a noção do bem e do mal, e a criar para si uma moral subjetiva que lhes não censure a conduta irregular. Daí a ojeriza a ludo que lhes avive a consciência do estado moralmente deplorável. Por isso, a sociedade de hoje não tolera que se lhe fale do inferno, que se lhe lembre que o demônio existe e é o Príncipe dêste mundo. Como gostaria que tudo isso não passasse de ilusões, quer viver como se nada disso
tivesse consistência. Faz como o avestruz que esconde a cabeça para não ver o perigo.
Dessora mento da moral católica Daí, outrossim, o ressurgimento, e com maior desfaçatez, da moral-nova condenada por Pio XU, e sôbrc a qual advertimos Nossos caríssimos filhos em Carta Pastoral de 6 de janeiro de 1953. Na sua atual apresentação, a moral-nova se volta especialmente contra os conceitos tradicionais de virtude e vício, en• volvidos no sexto e nono preceitos do Decálogo. E há, nos meios católicos. quem não enrubesça de sustentar hoje como erotismo nor• mal, ao lado de outras, as aberrações indelevelmente estigmatizadas no castigo tremendo com que a Providência consumiu a Sodoma e Gomorra. Quanto ao casamento, pretextando uma sua nova e mais alta visualizaç,ã o. tiramlhe a nobreza do sacrifício que dêle faz uma instituição ordenada a colaborar com a onipotência criadora de Deus. Os filhos não os consideram mais a alegria do lar, e sim um fardo pesado e indesejável. Triunfa o egoísmo, diante do qual cambaleiam a unidade e indissolubilidade do casamento, e há uma criminosa indulgência para com o vício solitário. A imodéstia nos trajes e a falta de seriedade nas maneiras coincidem com a grosseria do espírito. De acôrdo com a profecia de Nossa Senhora em Fátima, a radicalização do pecado no mundo traria como castigo, além da guerra, o fato de que a Rússia espalharia seus erros por tôda parte. l:. ao que assistimos, na ordem política, econômica e social, onde já vão dominando por todo o orbe os princípios materialistas do comunismo. Não obstante, para o triunfo pleno dêsle na terra inteira, impõe-se a demolição da Igreja, único baluarte sério que ainda lhe pode opor resistência. A demolição da Igreja é a demolição de sua doutrina, parte essencial da obra de Jesus Cristo. Tão essencial, que o Apóstolo maldiz aquêles que procuram perverter-lhe o sentido. Na Carta aos gálatas, lança anátema sôbre os falsificadores do Evangelho: "Se alguém escreve enôrgicamcnte - n6s ou um Anjo baixado do Céu. vos anunciar um evangelho dife• rente do que vos temos anunciado, seja anúte• ma"' ( 1, 8). E para que ficasse bem claro o mal imenso que faz um evangelho falsificado, repete mais uma vez: "Se alguém pregar doutrina diferente da que recebestes, seja anátema" (1, 9).
Desarticu la~ão da doutri na da Igreja Os desvios da moral-nova, que aponta• mos acima, já fazem parte de um dessoramento do Evangelho que a Igreja sempre nos ensinou . No entanto, a desarticulação da doutrina católica que notamos em mestresJ que se arvoram em renovadores do Cristianismo •ia Igreja, é mais profunda. Diríamos que um senso de êrro e pecado invadiu a sociedade e infecciona também meios católicos. Como, quer o relaxamento moral, a que acima aludimos, quer os erros de doutrina, espalham-se ràpidamente, pelo mundo inteiro, graças à facilidade das comunicações modernas, julgamos de Nosso dever alertar-vos, carJSsimos filhos. não venha a criar-se no vosso espírito uma mentalidade cristã falsa, contrária ao Evangelho de Jesus Cristo.
A n<>são de pecado e
o a mor de Deus Assim, uni dos pontos que os fautores do nõvo cristianismo ignoram é o pecado, porquanto - dizem - o fiel deve ser formado no amor e não no temor servil. Ao menos evite-se a expressão "pecado mortal", para não parecer algo de definitivo, para não traumati• zar a criança. O mesmo se diga da distinção entre pecado mortal e pecado venial, que cria uma casuística que mirra o amor. Não há dúvida de que o modêlo a ser apresentado a todo fiel, para sua formação, seja qual fôr sua idade, é a Pessoa adorável de Jesus Cristo, cujo amor ardente se deve inculcar ao crislão desde os primeiros anos. Essa norma, no entanto, não só não pede que se evite falar sôbre o pecado, como se torna falha, inoperante, se omitir semelhante noção. De fato, como formar o coração da criança, a vontade do adulto no amor divino, sem ensinar-lhes que êsse amor pede uma conformação da própria vontade com a vontade de Deus? E como conformar a vontade própria com a do Altíssimo, se não se sabe o que Sle quer, o que Lhe agrada e o que Lhe desagrada, ou seja, o que Sle manda e o que Sle proíbe? O próprio amor divino está a exigir que Deus nos diga o que deseja que façamos, e, conseqüentemente, o que não quer que pratiquemos. Santa Maria Gorelli deu certamente a maior prova de amor a Deus Nosso Senbor. O próprio Jesus Cristo o declarou quando disse que "ninguém tem maior amor do que aquêle que dá a vida por seus amigos" (Jo. 15, 13). Ora, o que levou essa menipa de seus doze anos ao martírio? - A fugá do pecado. Ao
sedutor que a impelia ao ato mau, opunha: - Não. 'e. pecado! Perguntamos, como poderia essa virgem mostrar tão grande amor a Nosso Senhor se não tivesse a noção de pecado? Se não soubesse o que Deus não quer que se faça? A noção de pecado é, pois, indispensável para a formação da própria caridade com que devemos amar a Deus sôbre tôdas as coisas. Sem essa noção, é impossível dar uma idéia do que seja virtude e do que seja vicio. E m outras palavras, é impossível distinguir entre o bem e o mal, é impossivel qualquer formação moral. S, pois, de todo necessária para a formaç~o católica uma noção exata do pecado. E nao vemos porque se deva evitar a expressão "pecado mortal", quando o pecado que ela designa dá de fato a morte à alma, tanto assim que uma pess~, que morra em estado de pecado mottal nao se salva, vai para o inferno. Te!"?S falado sempre de pecado, sem nenhum ad1e11vo, porque, no sentido estrito da pala~r•. pecado só é o mortal. 8§1e, com efeito, e que envolve uma desobediência deliberadâ a uma ordem positiva de Deus Nosso Senhor cm,. m~téria grave, encerra. portanto, u1na preferenc1a do homem para consigo mesmo, para com sua vontade, com preterição da bondade e_ da_ ~ontadc de J?eu~. _Nem por isso queremos s1gmf1car que scia mut1l, ociosa ou prejudicial_ a disti~ção entre pecado mortal e pecado venial. Mu,10 pelo contrário está ela fundada !'ª debilidade da nossa natu(eza, capaz do atos incompletos .. scmideliberados, capaz de proceder como crianças que evitam o que as faça romper com seus pais, mas permitem-se mui• tas coisas _que elas sabem que, embora desagradem, nao c~egam a destruir a amizade paterna. O conce,10 de pecado venial, aliás, serve de um lado par~ evitar o desespêro, e de outro para nos habituar à humildade, tão fracos somos que não alcançamos agradar a Deus absolutamente em tôdas as coisas como o desejáramos. ' Coincide com a maneira de pensar por Nós_ a9ui reprovada a afirmação de que a conf,ssao auricular não é nem necessária nem conveniente às crianças. e, mesmo para os adultos, só raramente deve ser admitida. porquanto para a absolvição basta a contrição. Dizemos, apenas, que tôda esta maneira de conceber o Sacramento da Penitência não é católica. O Concilio Tridentino (Sess. XVI) reconhece a distinção entre pecado mortal e pecado venial, declara que, por imposição divina, devem ser confessados todos os pecados mortais, porquanto cada um dêles deve ser submetido ao tribunal da penitência. De maneira que se deve reprovar o costume de dar absolvição geral aos fiéis, sem primeiro ouvilos em confissão auricular, sendo que a cada um julgará o confessor antes de absolvê-lo. Se agora perguntarmos a quem interessa a dissolução do senso moral, não teremos dúvida em responder: ao comunismo. Logo, um dos meios de se opor ao avanço dêste é dar uma noção viva do pecado, sem a qual, aliás, é impossível qualquer formação católica. Será, portanto, sempre necessário repetir aos fiéis as palavras de Jesus Cristo: "Si diligitis me ma11dara mea se,vate" (]o. 14, 15) "mandara•\ isto é, ordens, leis, cujo conhecimento só é completo, e cuja observância só envolve caridade perfeita, quando se conhecem também quais os castigos que sofrerão os transgressores. Não é, pois, preciso dizer que para nós, sêres compostos de esJlÍrito e matéria, cujas idéias se formam através da sensibilidade, a noção de pecado só nos é completa quando avaliamos a enormidade dêste pelos castigos pavorosos com que justamente o pune a Justiça divina. Uma formação religiosa que omitisse a exposição do inferno seria falha, não se poderia dizer católica. Não há necessidade de salientar como se torna oportuno comemorar as aparições de Nossa Senhora cm Fátima, nas quais a Misericórdia divina veio ao encalço dos pecadores. fazendo-lhes sentir o pêso de suas faltas através do espetáculo pavoroso do inferno.
O pecado o riginal e a Redenção Outro ponto essencial da doutrina católica deturpado pelos mestres do nôvo cristianismo é o pecado original. Uma noção falsa sôbre êsse dogma de nossa Fé falseia o conceito de Redenção, verdade igualmente fundamental em tôda a economia da salvação misericordiosamente estabelecida por Deus Nosso Senhor. Por isso, vamos aqui recordar o que todos sabeis, caríssimos filhos. O pecado original é o pecado com que todos fomos concebidos, com exceção da Virgem Maria, dêle isenta pelo ,especial privilégio da Conceição Imaculada, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, cuja coricepção virginal o punha fora da lei do pecado, pecado aliás que vinha Sle destruir no mundo. O pecado original consiste na ausência da graça santificante, ausência ·que nos faz inimigos de Deus, incapazes de entrar no Céu. Nós (continua na sexta página)
O
S leitores estarão lembrados, por certo, de que o Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo de Fortaleza, D. José de Medeiros Delgado
-
cujo nome declino com a maior consideração
- publicou na edição de 26-27 de novembro do ano findo do jornal de sua Arquidiocese, "O Nor• deste'\ um artigo intitulado ºConversas Avulsas".
Tal artigo continha acusações e suspeitas injuriosas contra a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, ''Catolicismo". a revista argentina "Cruiada" (que o artigo desig• na por equívoco com o nome de "Tradiciónº) e • revista chilena "F iducia". Algumas dessas acusa•
ções e suspeitas alvejavam igualmente os preclaros Antístites de Diamantina e de Campos, bem como numerosos P relados da ala dita conserva• dora do li Concílio Vaticano. E, concomitante• mente, caíam de cheio sôbre grande número de professôres universitários, escritores e homeÓs de ação, da América e da Europa, entre os quais eu. A todos - Bispos, revistas. professôres etc. acoimava S. Excia. Revma. de integristas hereti• zantes, e maniqueus.
Confesso que o artigo me surpreendeu. Nunca vi. cm tão curto espaço de jornal, tantas acusa-
ções lançadas contra tão grande número de pessoas. Nunca vi também - perdoe-me S. Excia. Revma. que o diga - tanta desenvoltura no for• mular acusações desacompanhadas de provas. tanto desembaraço 110 divulgar meras suspeitas que-as boas normas mandariam não fôssen, pub1icndas enquanto não tivessem a confirmação dos faros. Sem embargo da profunda estranheza que as "Conversas Avulsas" do respeitável Prelado me causaram, quando publiquei - sob o título de "Respeitosos reparos a "Conversas Avulsas"
do Exmo. Sr. Atcebispo de Fortaleza" (l) - a defesa de minha obscura pessoa, bem como de tôdas as egrégias personalidades e prestigiosas entidades vulneradas por S. Excia. Revma., pus nas minhas palavras todo o comedimento e todo o respeito que meu coração de católico me reco• mendava já que eu tinha diante de mim o Sr. Arcebispo de Fortaleza. Todos os que leram meu artigo puderam no• rar de quanta reverência estava impregnada a linguagem que usei. Resumindo quanto me ia na alma, encerrei
os "Respeitosos Reparos" com estas palavras: "Nosso presente. artigo não visa abdr uma di.scussão e me.nos ainda uma polêmJca. i -le cons,. titui, isto sim, uma defesa que abre C?m.inbo para o diálogo.
O diálogo, sim, o diálogo ao longo do qual nos seja dada a alegria de poder exprimir continuamente ao Exmo. D. José de Medeiros D elgado todo o afeto e todó o respeito que "in Chrlsto Jesu" tributamos a Sua pessoa sagrada. Se reciprocamente, como não duvidamos, formos objeto de um trato justo e caridoso da parte do Uustre Arcebispo, nosso coração se iluminará de alegria interior. E, ao longo do dlálogo, êle cantará as palavras da E;scrítu:ra: "Ecce quam bonum et quam jucundum, habitare fratres ín unum" (SI. 132, 1). Com efeito, quíio decoroso, quão agradável, quão doce é para irmãos habitarem jµotos a casa sagrada que ê a santa Igreja Católica Apos• tólica R omana". Por certo o público esperava que, a pronun•
ciar-se sôbre minha defesa, o Venerando Arcebis• P" aceitasse tão respeitoso e amável convite, e entabulasse comigo, paternal e benignamente, o diálogo assim pedido. Parece que S. Excia.
c.iura, não s6 a mim, como às demais pessoas que
acusara. Pelo contrário. Na tréplica do Exmo. Revmo. Arcebispo, não aponta êle um só êrro, não con• tra-argumenta senão em dois pontos (veremos de que modo). E, embora tenha ficado sem funda• mento para manter suas acusações e suspeitas,
também não se retrata delas, como pediria a jus• riça. Simplesmente volta contra mim uma série de invectivas pessoais. Ei-las. A cada uma limito-me a jUJltar, a tí• tulo de defesa, um comentário tão sucinto quanto possível: ■ o)
"Gre i a m aldiçoada d o s q ue
vivem de polêmicas estéreis" O Venerando Prelado começa por se referir à "grei amaldiçoada" dos que se dedicam a "polêmícas estéreis". Fala êle da "ignorância que de• vide os homens e atira uns contra os outros, inclusive em polêmicas estéreis, como no caso do mais infeliz que s6 vive de polêmicas". E depois,
1) Publicado no último número de "Catolicismo'', juntamente com a transcrição do texto das "Conversas Avulsas" de 26-27 de novembro. 2) Texto reproduzido na sétima página des• 1a edição de "Catolicismo".
"Não passa d e um cangace iro
• b)
das let ras católicas"
Em seguida, o Sr. Arcebispo de Fortaleza me lança em rosto uma injúria: sou um mísero "caa•
gaceiro das ,letras católicas''. Eis suas palavras textuais: "Desde aquele tempo que o ilustre paulista só sabe atacar, só sabe destruir. Quer ser bom, mas, à semelhança de nossos míseros Migueli• nhos, não passa de um cangaceiro das letras católicas". outro lance altamente polêmico da 1répli· ca. Não tenho S. Excia. em conta de leviano. Por isto, estou certo de que, antes de fazer tão grave afirmação, S. Excia. Rcvma. percorreu pelo. me•
e
a outra parte terá ta lvez feito examinar por ou• trém. Permita-me pois o Ex.m o. Arcebispo fazer-
como todo o mundo, o que havia de respeitoso e filial em minha resposta. Embora afirmando em sua tréplica, publicada no "Correio do Ceará", de Fortaleza, em data de 28 de fevereiro p. p. (2), que escrevia ºcom os nervos nos lugares. sem arrepios de míninut impaciência", o Sr. D. José de Medeiros Delgado não quis ver nos meus
lhe notar que nunca, no mais candente de qualquer discussão, terá encontrado, partida de minha pena. expressão tão violenta contra quem quer que seja. Um cangaceiro é um malfeitor, um assassino. Comparar alguém a um cangaceiro é uma in•
"Respeitosos Reparos" senão uma série de inso•
Jências e deselegâncias. No que consistem estas. cusou-se a me responder cm têrmos de diálogo,
truir. tudo quanto fiz. não foi senão ataque e dcs•
asseverando: "Se êle quiser diálogo, diipa n túnica
truição. Inclusive minha participação, que foi muito considerável, . na elaboração do livro "Refor-
abaixo.
"sem querer repetir o fariseu do temploº, excJa .. ma: ' '.Meus Deus, eu e o Dr. Eduardo Campos não pertencemos a esta grei amaldiçoada". Para que não caiba dúvida sôbre o enderêço desta reflexão, S. Excia. - em um gesto supremamente polêmico - me inclui expllcitamente nessa grei: "[ . . . ] o Dr. Plínio ,Corrêa de Oliveira [ ... ] só se ocupa de polêmica . ~ o sinal de sua grande e pobre vida, desde que escreveu um livro em "D efesa da Ação Católica". Confesso que essa c-0mo que maldição episcopal me perturbaria profW1damente, se não fôs• se o fato de que, precisamente "Em Defesa da Açáo Cat6Uca", isto é:, o livro com que, segundo S. E'xcia. Revma., comecei a pertencer à "gre,i amaldiçoada", foi objeto de uma Carta de louvor a mim dirigida, a 26 de fevereiro de 1949, em no• me do Santo Padre Pio XII pelo Substituto da Secretaria de Estado de Sua Santidade, Monsenhor J oão Batista Monlin~ hoje Papa Paulo Vl glorio• samenre reinante. Transcrevo a parte essencial do documento. Por ela verá o leitor que, se meu livro era polêmico, longe estava de ser estéril. Pois o imortal Pio XII não só o louvava calorosamente, como lhe desejava larga difusão: "Levado por lua dedicação e piedade filial ofereceste ao Santo Padre o livro " Em Defesa da Ação Cat61 ica", em cujo lrnbalho revelaste apri• morado cuidado e aturada diligência. Sua Santidade regozija-se contigo porque ex• planaste e defendeste com p<?nctração e clareza a Ação Católica, da qual possuis um conhecimento completo, e a qual tens em grande aprêço, de tal modo que se tornou claro para todos quão im• portante é estudar e promover tal forma auxiliar do apostolado hierárquico. O Augusto Pontífice de todo o coração faz votos que dê.~ie teu trabalho resultem ricos e sasouados frutos, e colhas não pequenas nem pou-
,
A THEPL
sileiro lançado contra qualquer leigo. Entreta nto, cm plena era de diálogo e ecume.nismo, acontece
S. Excia. Revma. não o disse. Simplesmente, re-
8. o que veremos nos textos citados mais
COMENTAHl
júria que jamais me consta. haver um Bispo bra-
isto pela prin,eira vez ... Se até aqui eu não soube senão atacar e des-
de polemista deselegante". Confesso que tal recusa me deixou estupe• faro. E isto não só porque injusta, como ainda por outra razão, quiçá de maior monta . Na época cm que, sob o influxo do Santo Padre Paulo VI e do li Concílio Vaticano, a lgreja se empenha em abrir o diálogo da salvação com adversários que contra Ela lançaram os piores ataques, as calúnias mais pérfidas, e até perseguições das mais cruentas, parece•me que, ainda se eu tivesse sido violento, à dignidade episcopal de que está revestido o Exmo. Sr. D. José de Medeiros Dei• gado ficaria bem a benignidade, a mansuerude, a cordura de Pastor. E ainda se eu houvesse sido deselegante, a S. Excia. Revma. melhor ficaria responder-me cem elegância. Porém. com tristeza sou obrigado a afirmálo, a tréplica do Sr. Arcebispo, concebida no que a linguagem polêmica tem de mais ácido e extremado, não foi senão uma descompostura.
QUE SE IMPOj
nos grande parte de minha produção literária, e
Revn,a. não teve o coração aberto para sentir.
Muitas invectivas pessoais, poucos argument os
Odiai o êrro e amai os que erram, preceituava o grande Santo Agostinho. ~te é um dos mais sagrados princípios, já não direi só do diá• logo da salvação, como da polêmica cristã. Em função dêle, parec~-me que, se erros havia em meus ºRespeitosos Reparos", justo e lou.. vável seria que S. Excia. Revma. os tivesse refutado um a um, com lógica implacável. E que ao mesmo tempo tivesse tratado com justiça e bran-
cas consolações. E como penhor de que assim seja, te concede a Bênção Apostólica".
ma Apia -
Questão de Consciência". E as-
AHCEIJ
sim teriam sido cúmplices dêste meu grande lance
de cangaceirismo dois Colegas dos mais ilustres de S. Excia., os Exmos. Revmos. Srs. D. Geraldo de Proença Sigaud, Arcebispo de Diamantina, e D. Antônio de Castro Mayer, Bispo de Campos. 1!. a êsses extremos que, por inevitável via de con-
DE FOB'J
seqüência. chegam as inveclivns do Venerando Ar•
cebispo de Fortaleza. Perniita o Sr. D. José de Medeiros Delgado que a êste propósito aduza eu mais uma reflexão. Na rninha obra de escritor, que êle reputa mero
amontoado de polêmicas estéreis, figuram alguns trabalhos contra o comunismo. Será tão estéril assim polemizar contra o pior adversário que a Igreja e a civilização cristã tiveram desde os dias da existência terrena de Nosso Senhor Jesus· Cris• to? Não haverá, pelo menos nos meus livros antiCC\11lUJlistas. algo de positivo? Segundo o juízo de S. Excia. Rcvma .. não há. Nem todo o mundo, entretanto, pensa como o Arcebispo de Fortaleza. Assim, meu ensaio "A liberdade da Igreja no Estado comunista" foi objeto, da parte da Sagrada Congregação dos Seminários e Universidades, de uma Carta de louvor, datada de 2 de dezembro de 1964 e subscrita pelo Emmo. Cardeal Pizzardo e pelo Exmo. Monsenhor Dino Staffa, Prefeito e Secretário daquele Dicastério, a qual reza: "[ .. .J congratulamo-nos com V. Excía. e com o egrégio Autor, merecidamente celebre pela sua ciência filosófica, histórica e sociológica, e au• guramos a mais larga difusão ao denso opúsculo, que é um eco fidelíssin10 de todos os Documentos do supremo Magistério da Igreja, inclusive as luminosas Enclclicas "Mater et Magis1ra" de J oão XXIII e " Ecclesiam Suam" de Paulo VI, felizmente ,re.innnte. Queir~ o Senhor conceder a todos os católi• éos que compreendam a necessidade de estarem unidos "in uno sensu eade.mque scntcntia» a fim
de evitar as ilusões, os enganos e os perigos que hoje ameaçam internamente a sua Igreja!"
~te ensaio, que uma Congregação Romana qua lifica de "eco fidelíssimo" do ensinamento pon· tiíício, é para o Exmo. Sr. D. José de Medeiros Delgado obra de mero polem ismo estéril. Constrange-me continuar. E-me impossível, entretanto, defender meus escritos sem falar um pouco dêles. Outro livro que escrevi é " Revolução e Contra-Revolução". Obra de polêmica estéril segundo S. Excia. Revma. Entretanto, assim não pensou a respeito dela um Núncio Apostólico, o Exmo. Revmo. Arcebispo titular de Sidone, Monsenhor Romolo Carboni, representante da Santa Sé no Peru. Quis êsse egrégio Prelado prefaciar a edi• ção castelhana de "Revolução e Contra-Revolu• ção". E em seu prefácio, datado de 24 de julho dé 1961, se encontram as seguintes expressões: "A leitura de seu livro "Revolution et Contre-Revolufiont' causou-me magnífica impressão, tanto pela justeza e acêrto, com que analisa o processo da revolução e desenvolve as verdadeiras origens da quebra dos valôres morais, que desorienta boje em dia as consciências, como pelo vi-
Plínio Correa
gor, com que indica a tática e os métodos de lula para sup<?rá-la. (.. .J Estou ce.rto de que com seu douto Uvro o Sr. prestou um singular serviço à causa ca161íca e contribuirá para concentrar as fôrças do bem na rápida solução do grande probl.ema contemporâneo. tste é, a meu V'er, o caminho repetidamente indicado pelo atual Vigário de Cristo r... ]. Não me seria difícil aduzir em favor destas, e de outras obras minhas, comentários encomiás-
ticos de pessoas revestidas de grande autoridade, e que medem cada palavra que escrevem. Cinjo• me entretanto a êstes, para não cansar os leito res. Estou certo de que os que prezam a boa re,•
percussão da cultura brasileira no Exterior deplo• rarão que seja julgada pelo Sr. Arcebispo de Fortaleza tão sumàriamente, e com tal violência, a produção intelectual de um escritor patrício, quan• do seus livros têm sido traduzidos em diversos países da Europa e da Améria Latina, e têm alcançado grata repercussão em órgãos de imprensa da Europa, dos Estados Unidos, do Ca• nadá e da América Espanhola. Enfim - já que S. Excia. Revma. não vê em minha vida senão um amontoado de polêmicas estéreis - devo ainda perguntar se a campanha an'tidivorcista que a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade lançou sob minha direção, cm 1966, em numerosas cidades do Pais, campanha essa prestigiada pela assinatura de mais de um milhão de brasi-
4LOGO TORNOU
merecido prestígio de que a Sociedade goza em nosso País. Felizmente, pois, não é todo o mundo que pensa que minha atuação pública é de um ne• fasto "cangaceiro das letras.'' • e)
Pa ra perturbcir "as aleg rias da v ida abundante do S11I"
Depois destas invectivas contia minha pessoa e minha obra, o Ex.mo. Arcebispo tem um desprimor para com o Sul do Brasil. Como o Sul é r~co, bom é que seja fustigado por um cangace.tto: " Que êle se fique pelo Sul onde o bem-eSúlr, felizmente, não o faz notado. No n1eio das alegrias da vida abundante de lá, é até vantajoso um po)emista incorrigível como o nosso beatissimo Dr. Plínio Corrêa de Oliveira". S. Excia. Revma\ se compraz em ver a fera indesejável, o polemista estéril devastando o jardim do vizinho, para que o cangaço perturbe a "vida abundante de lá''. A afirmação do Bxmo. Revmo. D. José de Medeiros Delgado, de que no Sul sou um desconhecido. que "não se faz notado", e a alcunha sarcástica de "beatíssimo" - estranhável na pena de um Arcebispo - resultam eviden1emente dó mero intuilo de me humilhar e me ferir. ln•
'SÍVEL
ros SÔBBE ,I CA DO
10.
Contra-argumentação sumá ria, fugidia, po uco clara
rALEZA
Como vê o leitor, na tréplica do Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo de Fortalez., a descom• postura é contundente e copiosa. Pelo contrário, a parte de argumentação me parece, data vênia, sumária, fugidia e pouco clara. Com efeito, das muitas acusações do Sr. D. José de Medeiros Delgado que me permiti refuiar nos " Respeitosos Reparos", S. Excia. Revma. faz silêncio sôbre tôdas, exceto duas. Esta atitude esquiva circunscreve multo o âmbito do diálogo. Ou antes, da polêmica, já que S. Excia. me recusou o diálogo e voltou . contra mim as armas da polêmica. Seja-me lícito acrescentar que, nos dois pon• tos em que resolveu contra-argumentar, o Venerando Anlls1i1e não foi claro.
5 de
tuito altamente polêmico que se repete pouco adiante, quando S. Excia. Revma. assevera que o autor dos "Respeitosos Reparos" nem sequer merece sua tréplica: " N ão por êle, mas [ .. . ] pelos que estão entregues aos meus cuidados espirituais e queiram ouvir a minha palavra, é que venho pedir-lhe acolhida em "Unltál'lo" [ . .. l para as "Conversas Avulsas" de boje''. Bem pode aquilatar o leitor quanto é inverossímil ser um desconhecido nas suas paragens natais quem aos 24 anos já, no in{cio de sua vida pública, foi eleito pela Liga E leitoral Católica Deputado à Assembléia Constituinte Federal de 1934, com 24 mil votos, tendo em seguida ocupado contlnuamente a cátedra universitária e a tri• buna, dedicando-se ao mesmo tempo e ininterruptamente ao jornalismo: ' Imaginemos, entretanto, que eu fôsse no Sul, coh10 deseja S. Excia. Revma., um desconhecido. Quando um Bispo se dirige a um fiel desconhe• cido, é conforme à benignidade pastoral atirar-lhe isso em rosto? Que grande vexame há para um católiéo cm ser um desconhecido? Não foi porventura um desconhecido o grande Patriarca São José, cuja festa a Igreja celebra neste mês de março? e, só aos ilustres e poderosos dêste mundo que um Prelado deve consideração?
O l iv e i r a
• o)
" Não me convenci da inexistê ncia de alg um aluci nodo"
Quanto ao pan(leto lançado em Roma con• tra Sua Santidade o Papa Paulo VI e os Padres
Conciliares com a assinatura de "Caco1icismo'',
leiros, e altamente elogiada, no programa radiofônico "A Voz do Pastor", de l 7 de junho daquele ano (cf. "Diário de Noticias", do Rio, de 18 do mesmo mês). pelo Emmo. Sr. Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, se essa campanha presti• giada pela assinatura de Ministros de Estado, altas patentes militares, Magistrados, homens públi• cos de grande relêvo, Bispos, professôres universitários, Sacerdotes, Religiosos e Religiosas, foi também um lance de polemismo estéril de minha "grande e pobre vida". Para tranqüilidade de minha consciência, tenho ·o fato concreto de que o projeto de Códi.go Civil divorcista foi retirado quando chegou ao auge essa campanha. A propósito. compraz-me ressaltar a grandeza de alma de que deu prova um ilustre cearense, o então Presidente Castelo Branco. O projeto de Código Civil fôra apresentado ao Congresso por S. Excia. Era compreensível que êle se sentisse magoado com a vitoriosa atuação da TFP contra o mesmo. Entretanto, o primeiro Magistrado da Nação soube ver nessa campanha valôres positivos. Tivemos oportunidade de o verificar, porquanto, estando S. Excia. cm visita a São Paulo no dia 25 de janeiro p. p., convocou pára uma audi8ncia o Conselho Nacional da TFP, a fim de exprimir o agrado com que. dêle recebera uma carta com reparos ao projeto de lei de imprensa. No decurso dessa audiência, que constitula da parte do Chefe do Estado uma alta prova de consideração, S. Excia . - segundo noticiou largamente a imprensa - fê·z referências ao
"Fiducia", "Cruzada" e outros órgãos católicos, demonstrei cabalmente, nos "Respeitosos Reparos", que não passava de infame documentos apócrifo, e que a assinatura dos três mencionados órgãos ali estava abusivamente, A isto responde o Exmo.Revmo: Sr. D. José de- Medeiros Delgado: · "[ . .. J em homenagem ao que de positivo encontrei no longo ar1igo polêmico do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, quero dizer que apenas tenho a destacar a informação oferecida ·pêlo articulista sôbre a atitude dos membros da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, da Familia e da Propriedade, protestando contra a inclusão de seu nome entre assinantes do panfleto espalhado em Roma. A isso, a êssc agradecimento pela informa• ção, peço licença imediatamente para confessar que não ntc convenci da inexistênia de assinatura no panfleto de algum alucinado membro do movimento ou do ".Catolicismo" - digo para argumentar com a opinião do Dr. Plínio - de que é i.mpossivel um membro de um movimento afastar-se da linha do seu veiculo dê publicidade". Como se vê, a asserção não é clara. Não se chega a ver que nexo há entre a inexistência de assinatura, no panfleto, dêsse ºalucinado mem~ bro" e a impossibilidade (que aliás não afirmei) de o membro de um movimento " afastar-se da linha do seu veiculo de publicidade". O sentido mais provável do tópico em questão talvez seja o seguinte: S. Excia. Revma. con• sidera demonstrado que os membros da TFP (porque a TFP, não .sabemos, pois estava em foco tão sõmen1e "Catolicismo") protestaram contra a inclusão de seu nome entre os signatários do folheto espalhado em Roma. E agradece a informação. Mas, apesar disso, o Exmo. Arcebispo não se c.onvenceu de que um "alucinado membro" de nossa organização ou de ºCatolicismo" não tenha assinado aquêle torpe documento. Se foi isto o que quis dizer S. Excia., permi• ta-me algumas reflexões a respeito. Antes de tudo, ninguém é obrigado a provar que é falsa a acusação de que foi alvo. lõ ao acusador que incumbe o "onus probandi". Co· nhece o Exmo. Prelado alguma pessoa de "Cato-
licismo" que seja alucinada? Quem é ela? Que provas tem S. Excia. Revma. de que a assinatura do jornal tenha sido aposta por ela no vil panfleto antipapal e anticonciliar? Não parece con· forme as boas normas que S. Excia. venha a pú· blico fazendo acusações dessa gravidade sem as calçar em qualquer comprovação. Tanto mais quanto, em seu anterior artigo, o Venerando Antístite aduzia como prova de que "Catolicismo" assinara o panfleto, o fato de que os nossos redatores não teriam protestado contra êste. Ora, provei que os redatores de "Catolicis• mo" haviam feito o protesto ignorado por S. Excia. Revma. Derrubada assim a prova, o Sr. Arcebispo mantém sua acusação, sem a estribar cm nenhum argumento nôvo. Não me parece que seja isso conforme as normas da justiça. No tópico transcrito, ainda outro aspecto da a1itude de S. Excia. Revma. não se afigura conforme as normas da justiça. O Sr. -Arcebispo de For taleza atacava tam· bém. cm seu primeiro artigo, as revistas "Fidu~ eia'', de Santiago do Chile, e HCruzada't, de Buenos Aires. Tive ocasião de provar que contra "Cruzada" nada se poderia alegar na matéri_a, pois o nome dessa públicação nem sequer figurava n~ documento apócrifo. Quanto a "Fiducia", prove, que, do mesmo modo que "Catolicismo", pr_otestara contra sua indevida inclusão entre os signatários do panfleto, e que assim não tinham base na realidade os argumentos formulados pelo Exmo. Sr. D. José de Medeiros Delgado. Isto pôsto, parecer-me-ia de rigorosa justiça que o Prelado se apressasse em retratar a acusação. Pelo contrário, S. Excia. Revma. permanece mudo a êste respeito. Por quê? Se tem novos argumentos para manter sua acusação, qual a ra• zão por que não os aduz? E se não os tem, porque não se retrata? Não chego a compreendê-lo. • b)
" A che i notáve l o silêncio do Dr. Plin io"
E passemos agora ao segundo ponto em que S. Excia., em su·a tréplica, esboçou algo de argu• mentado. Começa o Exmo. Arcebíspo' por asseverar: "Achei notável o silêncio do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira para a ~arte final das "Conversas Avulsas" de 27 de n·o'Vembro de 1%6, que êle ,·eio criticar pelas págiÍlas de Unitário, como se seus colegas de Fortaleza fôssem analfabetos". E depois de mais essa amenidade, continua: "Na• quele final, eu declarava e o repito aqui: "não reconheço autoridade moral e religiosa aos membros da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, da Famtua e da Propriedade para se imiscuir l'm assuntos religiosos e pastorais oa minha Dio--
ccse". Ao contrário do que afim1a S. Excia. Revma., tÍatei do assunto em meus "Respeitosos Reparos". E não me esquivo a dêle tratar novamente aqui. e, preciso distinguir entre a TFP conio sociedade, e seus membros como indivíduos. A TFP é uma entidade de caráter estritamente cultural e cívico, que desenvolve sua atividade ideológica no mero plano do direito natural. Enquanto tal, ela
não se enquadra na categoria das sociedades religiosas, e não deve entra.r no âmbito destas. Mas a TFP sabe que possui o direito de opi• nar - respeitosamente embora - sôbre qualquer fato que se passe no Pafa, desde que êle seja sus• ceptivel de ser analisado do ponto de vista do direito natural, e afete os três nobres valôres que são a Tradiç.ã o, a Família e a Propriedade. Ao agir assim, claro está que a Sociedade niio pretende falar em nome da Sagrada Hierar• quia, nem se imagina revestida de qualquer autoridade religiosa para tanto. A TFP só fala em nome próprio. bem certo que a Igreja é a mestra e a mantcnedora do direito natural. E assim a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Famma e Propriedade, que é constitu{da de católicos e !ala a um povo católico, fundamenta freqüentemente em Doumentos pontifícios suas tomadas de posição no tocante ao direito natural. Agindo dêsse modo, ela não só usa de um direito . mas cumpre uma obrigação. Pois as entidades cfvicas e culturais como a TFP, embora não sejam de for• · ma nenhuma associações religiosas, devem co• nhecer, seguir e defender os princípios ensinados pelos Romanos Pontífices e pela Santa Igreja em matéria de direito natural. E a Sociedade está cônscia de que esta sua posição só pode ser bem vista pela Igreja, desde que nos mantenhamos sempre fiéis na obediência ao direito nat'ural por esta ensinado. Assim, portanto, todo o problema para quem nos queira· acusar neste campo se reduz ao seguinte: se erramos em algum ponto do direito natural, então realmente merecemos censura. Neste caso, aliás, prontamente e com a mais inteira submissão, nos retrataremos. Se não erramos, senti.mo~nos inteiramente à vontade em nossa posição. Vejamos agora o que diz respeito aos membros da TFP como tais. Como tôda associação, não aceita ela qualquer responsabilidade pelo que os seus membros façam a t{tulo pu.r amente privado, e sem alegar sua qualidade de s6<:ios. lsto pôsto, um católico, filiado à TPP, a titulo puramente pessoal é um católico como outro qualquer. sujeito às mesmas obrigações e titular dos mesmos direitos que seus irmãos na Fé. Acho compreensível e razoável que a propósito do que ocorra na preclara Arquidiocese de Fortaleza, como em qualquer outro lugar, os membros da TFP usem de tôda a liberdade de expressão e ação que o Direito Canônico lhes assegura. Conhecendo-lhes o entranhado senso católico, o ar• dente amor à Igreja, o profundo respeito aos sagrados direitos da Hierarquia, estou certo de que jamais saíram dêsse limite.
e
As últimas inve ctivas: algumas ácida~, tôdas vagas O ilustre Arcébispo faz em seguida uma cen• sura à atuação antijanguista e contrária às re• formas de base, da TFP, cm Minas Gerais. Mas em têrmos tão vagos, que nem sequer me é pos· s{vel refutá-los. Depois, refere-se _êle a "aspectos demagógicos'' de nossa recente campanha antidivorcista. Porém, com o pouco que S. Excia. Revma. diz sôbre êsses aspectos, também me é impossível defender contra essa, increpação a TPP. Por tini, S. Excia . me dirige ainda uma amenidade, referindo-se a membros da Sociedade Brasileira de Defe.sa da Tradição, Família e Propriedade que seriam "vitimas de alienação plinlana". E conclui condenando-me em nome da do• çura evangélica, como se eu fôsse o mais ácido dos polemistas, o mais leviano e gratuito dos acusadores: "Se êle quiser diálogo, dispa a túnica de polemista deselegante".
Faltam as condições para o diá logo autê ntico O leitor compreenderá fàcilmente, ao cabo de tudo quanto leu, que, já que a paixão de meu ilustre e venerando contendor chegou contra mim a tais extremos, e sua argumentação é tão sumá• ria e esquiva, não existem as condições para que um diálogo autêntico se trave entre nós. A con• 1inuar a polêmica neste diapasão, seria eu obrigado a dizer eventualmente coisas que o sumo respeito que tributo à dignidade de um Arcebispo me impede de dizer. E seria obrigado a ouvir coisas que minha dignidade de homem, de cristão remido pelo Sangue infinitamente precioso de Nos• so Senhor Jesus Cristo, de filho amorosfssimo da Santa Igreja Católica, me impede de tolerar.
(continuação da terceira página) nascemos com êsse pecado porque pertencemos à família de Adão, à progênie do primeiro homem. Adão foi criado por Deus com a graça divina e ainda adornado de outros dons também gratuitos, que tornavam sua natureza de uma excelência superior à que de direito lhe seria devida. Essa graça santificante e êsses dons preternaturais, Adão, segundo os desígnios de Deus, os transmitiria à sua posteridade, se obedecesse a um mandado divino. Mas, êle desobedeceu, e como castigo dêsse pecado perdeu a graça santificante e os demais dons que enaJtcciam sua natureza. Tornou-se inimigo de Deus, incapaz de entrar na vida eterna do Paraíso; e essa situação do primeiro chefe da família humana tornou-se a situação de tôda a sua família, de tôda a sua progênie, excetuadas as duas Pessoas que aci.ma lembramos. Deus, no entanto, na sua infinita bondade, não quis que essa situação permanecesse irreparável. Enviou um Redentor, capaz de dar-Lhe uma reparação condigna, mesmo acima do que exigiria a justiça. Bsse Redentor é Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filbo de Deus fei to homem, por obrn do Espírito Santo, e nascido da Virgem Maria. Foi Ble, nosso Salvador, que, com sua ignominiosa morte de Cruz, na qual consumou a obediência ao Pai Celeste, reparando a desobediência do primei-
ro homem, nos remiu, nos resgatou do cati .. veiro do demônio, nos restituiu a graça san• tificante, tornou•nos novamente capazes da amizade divina. da vida eterna dó Paraíso no seio de Deus. Tudo isso se encontra sintetizado na frase de São Paulo aos romanos: ''Como pelo pe• cado tle um s6 a cóndenaçüo se estendeu a todos os homens, assim também por um s6 ató ,Je justiça recebem todos os homens a jusli/icação que dá a vida. Assim como pela desobediência tle um s6 homem foram tódós constituídos pecadores, ,,ssim pela obediincia de um só totlos se tónrarãó justos'' (Rom. S, 18-19). E para que não houvesse dúvida sôbre o sentido das palavras de São Paulo, e sôbre a verdade revelada, o Concilio Tridentino explanou, contra os erros dos protestantes, em um Decreto de sua Sessão V, tôda a dou• trina católica sôbre o pecado original. Bsse Decreto consta de uma introdução. cinco cânones e uma consideração final sôbrc a con• dição especial de Maria Santíssima nesta matéria. Nos cânones, o Sacrossanto Concílio ensina que Adão, prinieiro homem, pessoal e livremente transgrediu um preceito divino e com essa transgressão perdeu a santidade e a justiça em que tinha sido constituído, e incorreu na ira e indignação de Deus, fi• cando sujeito à morte e ao cativeiro do de, monto ( cânon 1); que a prevaricação de Adão prejudicou não só a êle, mas a tôda a sua descendência, a qual, por isso mes• mo, perdeu a santidade e a justiça recebidas de Deus no seu progenitor; e mais ainda, que Adão transmite à sua posteridade não somente a morte mas o mesmo pecado que é a morte da alma (cânon 2). O cânon 3 declara que o pecado original se transmite pela geração e não por imitação, como queriam os protestantes, e que se apaga não por fôrças naturais, mas pelos merecimentos de Jesus Cristo que a Igreja aplica, quer às crianças como aos adultos, no Sacramento do Batismo; os cânones 4 e S afirmam que as crianças recém-nascidas devem ser batizadas para que nelas se apague o reato do pecado original, porquanto o Batismo apaga a própria culpa e não apenas a risca ou faz com que não seja imputada ao fiel. Como vêdes, caríssimos filhos, é a mesma dout1ina que aprendestes nos vossos primeiros anos de infância, ou nas aulas de catecismo ou dos lábios de vossas mães. Também compreendeis que se traia de ponto essencial. B o dogma do pecado original que nos faz como que sentir as profundezas do amor com que Deus Nosso Senhor nos amou. Ble que dá a compreensão do que dizemos com inefável esperança na Santa Missa: "Deus qui l111manom subsratlliam mirabiliter condidisti er mirabilius re/ormastis'', Pois realmente, se há um aro maravilhoso da onipotência divjna ao criar os sêres do nada, de longe o supera em maravilha a caridade com a qual Deus vem ao ho• mem pecador para transformá-lo de inimigo em filho adotivo, em membro de sua familia, conviva de sua mesa! Destruí o dogma do pecado original, e esvaziareis as alegrias com que a Igreja canta o "Exsulttt" na vigilia da Ressurreição. Tudo isso, amados filhos, é verdade, e antigo como a Igreja, e não precisamos gastar tempo para vos convencer. Não obstante, os mestres do nôvo cristianismo tentam anular a base de tôdas essas consolações com seu con• ceito nôvo do pecado original. Para êles, o pecado original não é a desobediência voluntária de Adão, que acarretou para cada u.ro dos seus descendentes a ausência da graça e o estado de pecado. O trecho de São Paulo aos romanos seria um "gênero literário'', ou seja, uma maneira de expressar um pensamento diverso daquele que as palavras literalmente exprimem. O pecado original quo nos cootami-
na não seria o pecado de Adão, primeiro homem, mas o pecado do homem em geral, o pecado do mundo, o pecado da humanidade tomada como um todo! Cremos que não é preciso insistir mais para se ver como tal doutrina interpreta ar• bitràriamente a Sagrada Escritura, não faz o menor caso do Magistério infalível, anula o caráter moral que há na Redenção, e prepara uma concepção gnóstica do Cristianismo.
A Santíssima Eucaristia Todos nós, caríssimos fi1hos, fo mos for• mados no mais entranhado amor e na mais profunda reverência para com a Santíssima Eucaristia, o Sacramento de nossos altares. Na Sagrada Hóstia temos a convicção de que está vivo Nosso Senhor Jesus Cristo, tão real e verdadeiran1en1c como está nos Céus. De pão, como, no cálice, de vinho, só se conservam as aparências, porquanto no momeolo da consagração tôda a substância de pão e tôda a substância de vinho se transformaram no Corpo e no Sangue da Santíssima Humanidade de Jesus Cristo, indissoll1velmente unida à Pes• soa adorável do Filho de Deus. Essa mudança total, a Igreja definiu no Concilio de Trento (Sess. XIII, cap. IV e cânon 2), chama-se transubstanciação. Por isso, porque na Sagrada Hóstia não há mais nada da substância de pão, mas foi tudo transmudado no Corpo de Cristo, por isso. dizemos, nós rendemos a mesma adoração a qualquer parle, ainda que mínima, da Sagrada Hóstia, e tomamos todo o cuidado com os fragmentos que notamos na patena. Os construtores do nôvo cristianismo não pensam assim. Bles não conhecem a doutrina definida infalivelmente pelo Concílio de Tren• to. Para êles, a Eucaristia não passa de um símbolo. O pão significa a presença de Cristo, passa a indicar o alimento espiritual. Por isso mesmo, não crêem êles que se deva ter grande atenção aos fragmentos da Sagrada Hóstia, pois, dizein, segundo o senso comum um frag• mcnto não é Pãô. Com isso deixam pairar dú• vida sôbre o que foi sempre o centro da piedade cristã, o Santíssimo Sacramento, a Vítima do Sacrossanto Sacrifício da Missa que permanece nos nossos sacrários para confôrto na nossa via dolorosa em demanda da Pátria. As visões da Mãe de Deus acenderam nos corações dos pastorinhos de Aljustrel um amor ardente ao Deus escondido. Bles, especialmente Francisco, passavam horas em adoração ao Deus velado no sacrário. Eis, caríssimos filhos, como havemos nós também de concorrer para o crescimento do Corpo Místico de Cristo que é a Igreja. Meditando, visitando e adorando o Santíssimo Sacramento. t êle o centro da vida da Igreja. Pois ali temos o Deus conosco para nosso confôrto, e como penhor de nossa vida eterna.
Nova noção de milagre Outro ponto fundamental da formação católica que os mestres do nôvo cristianismo igualmente deturpam refere-se à credibilidade da Religião revelada. Pois, de fato, contendo embora mistérios que ullrapassam a capacidade intelectual criada, a Religião Católica não se impõe arbitràriamentc ao fiel. Está muito longe do "crê ou morre'' dos muçulmanos. e_ ela um "rationa• hile obsequium'' não sOmeote enquanto en• volve a humildade da inteligência que se curva diante da Verdade incriada, mas também porque essa submissão não é cega, e sim pie, namente justificável. E a justificação, que torna racional nosso assentimento às verdades reveladas, são especialmente os milagres operados pela Onipotência divina em abono da Revelação. O milagre vem a ser uma interfe, rência de Deus Nosso Senhor à margem das leis da natureza, pela qual Ble produz um efeito que é inexplicável pela ordem n~tura~ das coisas, e que 'Ble assume como seu selo d,vmo para comprovar a autenticidade da doutrina revelada por 'Ble, ou por seu profeta. Jesus Cristo aos judeus incrédulos apres~ntava como prova da verdade de sua doutrina os m,Jagres que fazia: ºSi mihi 11011 vultis credere, operibus credite. - Se não quiserdes crer em mim, crede nas minhas obras" (Jo. 10, 38), nos meus milagres que dão testemunho de que ,ninha doutrina é realmente de Deus. No decurso da história da Igreja, Deus tem agido da mesma maneira. Ainda em Fátima,_ para , autenticar junto ao povo que os pastonnhos recebiam de fato a visita e a mensagem de Nossa Senhora, fêz Ble o milagre do sol, yue se desprendeu da abóbada celeste e caminhou em ziguezague sôbre a multidão, enchendo-a de pavor. Por isso mesmo, pela importância que têm os milagres como ob'ra realizada imediatamente pela Onipotência divina► e, pois, como meio para autenticar a mensagem celeste, a Santa Igreja em Concílios e outros documentos de seu Magistério firmou a possibilidade, natureza e valor probativo dos m ilagres. Vejase, por exemplo, o Concilio Vaticano, Sess. III, cap. IV, câ.nones 3 e 4, ou o juramento antimodernista.
Pelo exposto, vêdes, amados filhos, como apreciar a tentativa de dar às ações mira• culosas uma explicação natural, sob pretexto de que Deus não iria. contrariar uma natureza que Blc mesmo íêz. Tal explanação não mantém. mas subverte totalmente a Religião Católica. Sem milagres, o Cristianismo não passaria de uma filosofia irracional, porquanto é firmados nos milagres operados por Jesus que nós sabemos que os mistérios por e te revelados são de fa to verdades . divinas, e a êles assim aderimos com tôdas as veras de nossa alma. Aceitar mistédos sem ter a certeza de que realmente Deus os revelou, é agir irracionalmente. Não pretendamos, a título de reverência para com a obra de Deus que é a natureza, coibir o Senhor dessa mesma na• turcza de superá-la quando Lhe parecer conveniente para os seus inefáveis fins. E tenhamos a certeza de que Deus Nosso Senhor acompanhará sempre sua Igreja aprovando-a com milagres verdadeiros como já {êz no iní• cio do Cristianismo, quando acompanhou com prodígios a pregação dos Apóstolos (cf. Marc. 16, 20). Os exemplos propostos são suficientes para perceberdes, amados filhos, como os me.~tres do nôvo cristianismo de fato subvertem completamente a Religião Católica. · Servem também para que vos mantenhais vigilantes contra tão nefastas inovações.
O Magisté rio não infalível Certamente tereis percebido, amados filhos, pelos exemplos aduzidos, uma atitude estranha nesses inovadores. Há nêles, de fato, uma ausência completa de atenção para com o Magistério supremo da Igreja, quer ordinário, quer solene, mesmo em Conc(lios com definições infalíveis. 1:, certo que o Concilio Vaticano I definiu que o Magistério do Romano Pontífice é infalível cm determinadas condições. Não definiu que. faltando tais condições, seja o Soberano Pontífice igualmente infalível. Seria absurdo, no entanto, daí concluir q ue o Papa erra sempre que não faz uso de sua prerrogativa de infalibilidade. Pelo contrário, ainda quando não se reveste desta prerrogativa, devemos supor que êle acerte, porquanto normalmente age com prudência e não emite sua opinião antes de muito ponderar. Para não falar nas graças especiais com que o assiste o Espírito Santo. Por isso é de todo inaceitável a atitude leviana daqueles q ue não fazem caso dos D ocumentos da Santa Sé que não vêm sigilados com a nota de infalibilidade. Pois êsses Documentos obrigam a uma aceitação interna que só poderia ser recusada na hipótese de haver engano patente no que êles trazem, ou porque abertamente contrário a tôda a tradição da Igreja, ou porque evidentemente falso. O que é absolutamente inadmissível é considerar. sem mais, peremptos Documentos solenes do Magistério ordinário como as Encíclicas doutrinárias, especialmente as e,scritas para dirimir questões ou apontar erros relatiV(?S à Fé, como por exemplo a "Pasce11di Domi11ici Gregi.<'' de São Pio X. contra o modernismo, ou a "Human; Generis", de Pio XJI, contra o neomodernismo. Especial atenção merecem também os Documentos do Magislério ordinário quando Papas succ.ssivos, por um espaço suficientemente longo, repetem nêles os mesmos ensinamentos. Temos nesse fato um sinal de que tal doutrina faz parle do depósito da Fé confiado à Santa Igreja. Não compreendemos, portanto, como se possa formar católicos. ignorando totalmente a fonte mais próxima da verdade reveJada, que é o Magistério vivo. Só por semelhante atitude se tornam suspeitos os fautore.s de um nôvo cristianismo. Certamente não é desta maneira que se realizará o "aggiornamento" de que tanto falava João XXIII. Como êsse Papa e seu Sucessor gloriosamente reinante, Paulo VI, entendem o "aggiorname1lló'', já vos ex• pusemos em Nossa Carta Pastoral a propósito da aplicação dos Documentos promulgados pelo Concilio Ecumênico Vaticano 11, datada de 19 de março do ano findo. Não há, pois, motivo para que retornemos sôbre o mesmo assunto.
•
V
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CARÍSSIMOS COOPERADORES E AMADOS FILHOS
A
s considerações que acabamos de fazer
mostrai>\ a grande oportunidade das comemorações cinqüentenárias das apariçõcs da Virgem Santíssima na Cova da Iria. Nessas ternas visitas que nos fêz a Mãe do Céu, Ela nos recomendou a oração e a penitência porque o mundo estava imerso no pecado e Deus era sumamente ofendido. Não é diversa a situação da sociedade nos dias de hoje. E podemos bem debitar os desvios doutrinários sôbre os quais chamamos a vossa atenção, podemos debitar êsse dessoramenlo da doutrina e da moral católica ao desejo imoderado do prazer, à falta de espírito de penitência e oração. De onde a necessidade de e)(citarmos em nós o amor da oração e da pe-
nitência, para oferecer reparação aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, para afastar os castigos merecidos pelos pecados do mµndo, para conserv_a r a integridade da Fé e para contribuir a que muitos pecadores se con~ vertam.
·O têrço em famíl ia E cm primeiro lugar, fiéis à mensagem
de Fátima, recomendamos-vos. caríssimos fi..
lhos, a re1.a do rosário de' Maria. Como seria uma bela comemoração dêsle feliz cinqüentenário, um presente agradável à Mãe de Deus e um penhor de salvação, se as familias de Nossa Diocese retornassem ao costume tradicional das famílias católicas de se reunirem à noitinha para, com todos os membros jun• tos, pais e filhos, rezarem o têrço do santo rosário! O rosário conta na sua história pelo menos quarenta e quatro Sumos Pontífices que o louvaram e recomendaram em mais de du• zentos Documenios. Ainda o atual Papa. gloriosamente reinante, na Encíclica ºMense Maio" nos recomendava, a nós Pastores do rebanho de Cristo. "não deixeis de inculcar com todo ó cuitlatlo ,1 prática do rosário, a oração tão quNi<la da Virgem e t,ío recomendada pe• los Sumos Pontífices. pôr meio da qual os fiéis podem cumprir da maneira mais suave e e/,'caz o mandame1110 do Div;nc Mestre: ·'Pedi e recebereis. procurai e achareis, chamai e abrir-vos-,ío (M(lJ, 7, 7)", Ouvi, caríssimos filhos, a palavra autori• zada do Vigário de Cristo: é o rosário a maneira mais suave, portanto a mais fácil, e ao mesmo tempo a mais eficaz de cumprir o mandamento de pedir; e, pois, igualmente a mais eficaz para obter tôdas as graças de que havemos mister. e acima de tôdas a graça de viver e morrer na amizade de Deus. Já muitas vêzes ouvistes falar, caríssimos filhos, sôbre a beleza e valor intrínseco do santo rosário. Nêle falamos a Deus com as palavras do próprio Jesus Cristo, palavras que nos ensinou o Salvador precisament~ para rogar ao Pai Celeste : "Quando orardes, ditei assim" (Luc. 11, 2). E nêle nos dirigimos à Virgem Santíssima, à Onipotência suplicante, com a saudação que mais lhe fala ao Coração, porquanto é a saudação que Ela ouviu quando, tornando-se Mãe de Deus, se .fêz igualmente Mãe nossa. E para completar, o rosário nos habitua à meditação salutar dos mistérios de nossa salvação. !;, pois, propriamente a oração do fiel, e uma resolução de recitá-lo sempre. será ótimo meio de comemorar o cinqiientenário de Fátima.
A devoção dos primeiros sábados Outra devoção a que estão ligadas as visões de Fátima é a prática da comunhão re-
com APROVAÇÃO ECLESIASTICA Campos -
&t. do RJo
Diretor Mons. Antonio Ribeiro do RoS:..'l.rio
Diretoria: Av. 7 de Setembro. 247, caixa J>OStal 33l, Campos, RJ. Adrnl.o.ls1ratão: R. Martim Francisco. 669 (ZP 3), S. Pau• Jo.•Ageote para o Estado do Rlo: Dr. Jos~ de Oliveira Andrade. caixa postal 333,
Campos, RJ: Aecote paro os Estados de
Goi,s. Mato Grosso t Mlna.s Gt-rals: Dr. Milton de SlUes Mourão, R. São Paulo, 824, sala 809, telefone 4,8630, Belo Hori• zonte; A.ge11tc para o Estado da Guana-
bara: Dr. Luís M. Duncan, R. Cosme Ve•
lho, SIS, telefone 45-8264, Rio de Janeiro: Ae,cntc para o Estado do Ceará: Or. José Gerardo Ribeiro, R.. Senador Pompeu, 2 120-A, Fortale1.a; A.gentes PHn a Argtn• 1in;o,; "Cru1,.'lda", Casilla de Corn~o n.0 169, Capital Federal, Argcntin:.\; Agentes para o ChHc: " F iduc:ia", Casilla 13772, Corrco 15, Santiago. Chile•,
Número avulso: NCr$ 0,60 (CrS 600): número alrasado: NCrS 0,70 (Cr'S 700). As.tlnatur,.s a11uals: comum NCrS 7 ,00 (CrS 7,000); benfeitor NCrS 40,00 (CrS 40,000); grande benfeiJOr NCrS 100,00 (CrS 100.000); scminal'istas e t.studantes NCr$ 6,00 (CrS 6,000); Amériç~ do Sul e C~nlral: via marítima US·$ 3,00; via aé-rca US$ 4.00; outros países: vja marí1;mo USS 4,00: ,·ia aérea USS 6,00. Os paa:amc.ntos, $empre em nome de Edi• tôra Padre Bc.Jc:hior de Pontes S/C, pode•
r5o ser enviados à Administração ou aos aacntes. Para muda,nç.., de cndcrêço de assinantes, 6 ncc:essirio mencionar também o enderêço antigo. Compo~1o t. lmpre-sso oa Cla. Llthogr.1phka YpinlJlga R. Cadete, 209, S. Paulo
paradora dos primei!os sábados. . Na Cova d_a Iria, a Virgem Sant1ss1ma anunciou que mais tarde viria pedir a comunhão reparadora nos primeiros sábados e com um fim determinado. Aparecendo à Lúcia a I O de dezembro de J925, ao pedido dessa comunhão reparadora Ela anexou a promessa de sua assistência na hora da morte. Eis suas palavras: "Olha, mi11ha filha, meu Coração cercado de espinhos,
com que me ferem os homens ingratos com suas blasfêmias e iniqiiitlades. Tu ao menos procura consolar-rne e divulga que Eu prometo t1ssis1ir na hora da morte, coni as graças necessárias pt,ra a salvaç,ío, a todos os que 110 primeiro sábado de
cada mês .,e confessa-
rem, comungarem, recitar.em uma parte do rêrço e me fi't.erem companhia dura11te um quarto de hora, meditando sôbre os mistérios com a intenção de me oferecer reparação".
A consa gração ao Imaculado Coração de Maria Mas, a parte principal da mensagem de Fátima refere-se à consagração e devoção ao Imaculado Coração de Maria e à penitência. Na Cova da Iria aprendemos que Jesus deseja implantar na terra o reinado do Coração Imaculado de sua Mãe. Por isso, condicionou a salvação do mundo à consagração e devoção a êsse mesmo Coração. Não há, no entanto, verdadeira consagração à Virgem Santíssima, sem o espírito e a prática da penitência, porquanto a consagração exige que con-
tlnuamente reprimamos em nós as inclinações de nossa vontade e de nossos sentidos contrárias aos desejos da Virgem Mãe.
A penitência De onde, a penitência, no sentido próprio da palavra - isto é, enquanto significa o arrependimento pelos pecados cometidos e a emenda de vida - é o meio para se chegar ao reinado do Imaculado Coração de Maria. Nossa Senhora. insistia muito sôbre a emenda de vida. Nos interrogatórios a que foram os pastorinhos submetidos, volta sempre esta re• comendação da Senhora: que nos emendemos. A emenda pede uma mudança de atitude com relação ao mundo e os prazeres dos sentidos. O cristão é o que não tem aqui na terra morada permanente, é o que vive com o pensamento no Céu. Por isso, tem o coração desapegado dos bens que sabe que são caducos e passageiros. Aspira aos bens eternos. Assim, igualmente, êle se despoja de si mesmo. 81e sabe que não nasceu para satisfazer às inclinações más das paixões. !!le sabe que precisa mortificar os sentidos para não ceder à violência de seus impulsos. 81e sabe que precisa disciplinar a von't ade, pela humildade e obediência, não venha a acontecer que, no momento· oportuno, ela não saiba dobrar-se quando seria imperioso submeter-se. Assim, amados filhos, desejamos ardentemente ·que, por um exercício de todos os dias, vos habitueis à renúncia de vós mesmos. Não
satisfazendo aos vossos desejos e gostos a não ser dentro do que é necessário ou conveniente, e sempre procurando ficar aquém do que pediria vossa vontade ou inclinação. Cremos que com êsse exercício perseverante vos ireis habi• tuando à ren(oncia de vós mesmos, e ao exercício da reta intenção em tôdas as coisas, de h,aneira que termineis tendo sempre em vista fazer a santíssima vontade de Deus. Sem confiar nas vossas fôrças, pedi sempre à Virgem Mãe esta graça, e Ela, ao ver vossa boa vontade, não vô-la negará.
A conversão dos pecadores
Fátima nos ensina outrossim a nos sacrificarmos pelos pecadores, pela conversão dos pecadores. admirável o que fizeram nesta i.ntenção as crianças que viram a Virgem. Como dissemos, pedem elas meças aos S3)ltos do Deserto. Apesar de nossa miséria, não pensemos que não nos será possível atender também neste ponto à exo·rtação da Virgem Santíssima. Temos muito que sofrer, independentemente de nossa vontade. São os sofrimentos que Nosso Senhor nos manda com o frio, o calor, os dissabores inerentes ao nosso estado de vida, e tantas outras coisas que nos mortificam e Nosso Senhor dispõe para nosso bem. São outros tantos meios que estão em nossas mãos e cios quais podemos dispor em benefício dos pobres pecadores. Se não nos aventuramos aos
e
grandes sacrifícios que a si se impuseram os pastorinhos de Fátima, êstes pequenos sacri-
fíclos, aos quais podemos juntar alguns outros voluntários, não deixarão. de ser aceitos em benefício dos pecadores.
DILETOS CoôPERAOORES E
AMADOS PtLHOS
ão deixemos passar estas duas datas memoráveis, o 250.0 aniversário do encontro da milagrosa Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, e o 50.0 das aparições da Virgem Mãe na Cova da Iria, sem um sério exame de consciência que purifique nosso modo de pensar e agir, que nos faça mais fiéis a Jesus Crisro, que nos afaste de proceder como o mundo hodierno, tão dado à sensualidade, tão distante do espírito do Divino Salvador. Que Nossa Senhora da Conceição que é a mesma Nossa Senhora do Rosário de Fátima vos alcance de seu Divino Filho esta graça .
N
E que a bênção de Deus Onipotente, Pai+, Fi+lho e Espírito+Santo, desça sôbre vós e permaneça sempre. Amém. Dada e passada em Nossa episcopal Cidade de Campos, sob o Nosso sinal e o sêlo de Nossas armas, aos dois dias do mês de fevereiro do aoo de mil novecentos e sessenta e sete, festa da Purificação da Bem-aventurada
Virgem Maria.
t A NTONIO, Bisp o de Cam p os
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TEXTO DAS NOVAS
Igreja, mundo moderno • e progressismo
O
'Rcvmo. Pe. Juuo M Gll'NIRU.6 goza de merecido renome nos meios intelcclllais
católicos do mundo inteiro. Desen.,·olvcn• do ccmas candentes com raro brilho e espírito polemico. sua variada bagagtm literária foi enriquecida no ano passado com mais uma obra: LA. IOLl!$t,\ V '.8(. MUNDO MODERNO EL PllOOM:P,.. SISMO eM CONOAR V OTROS Tl!Ól.OGOS Jt8CJ6NTB$
(Edicioncs Theoria., Buenos Airts, 1966). Para dar uma amostra da riqueza dos assuntos a.bord:tdos nesse livro, basta que citemos a distribuição dà matérin pelos vários capítulos: O Mist~rio da lgteja no Vaticano li; O leigo na Igreja segundo o Vaticano II; O Mundo, cm .seu, m6lliplos $ignificados, cm face da Igreja; Igreja e Mundo em alguns teólogos progrC$$istas; O Mundo Moderno utiliza o homem, pr~viamcnte degrndndo, na construção da Tecnocracia; O Poder Oculto, judeu-maçônico, contra. 3 Igreja; A Revolução anticrUHt dentro da Igreja; A Paixão da Is.reja e o Mundo. Dois apêndices levam o dtulos de "Perig,os de um J)OSSÍvel Cristianismo reencarnado" e "Os rccen1es documentos do Cond lio Vaticano II", Sobrcnuincirs intercss.ante e oporluno 6 o libelo que. o Revmo. Pc. Meinviclle lança dessas p~g.inas contra :1 atuação dos chamados teólogos progre.ssi.stas. que ajudam nas própria., fileiras católica$ os avanços da RcvoJução. E é êsse grave aspecto da ação revolucioná.ri~ dentro d:1 Igreja que 0<:upa a maior parte do livro, dando lug,u a pas$agcn$ incisivas como, por exemplo, a. que analisa as ativjdadc-.s do Revmo. Pc, M. D. Chcnu, O . .P.: ucJ:c11u, O . P., 1. um dos u6logos mais afamados das 110,·as correnlts, e um dos que t!XNUm influfncia mais ,lccisivo. For• nuulo nas ldllqs do "Humanismo Jutcgrol" de Moritai11, nutrido com o personalismo de Em. manud Afoimitr, lcvqu primeiro ao campo uol6gico, e d<•pols tomblm tJOs amplos amblenttt da cultura religiosa, tostas ldiias, Que hoje se torna• rom lugares-co m1111s, ,la antiga crl.standad4! sncral e da 11ovo crlsta11dade profana, do fim da era co111ta111i11loua e da lgrt/a cm esrado de cristonda• de, da 110M pastoral para a Jgrtja em estado de missão, t: ,lo sacerd6cio dos PadrtN>ptr4rios. TfJdat essa: idlias são ditas e repetidas dt mil 1mmeira., diversas cm copiosos artigos e conftriucias, e tendem a atuar, tiáo Umt<> n<> tnttndimemo t por co11vicçóo, mas por aproxima(ÕO e na imagi11açiio, até criar uma lmagtm de fatos qm•, analisados dttidame11te, não c.orrespondtm d 1<alidode" (p. 126). Fazendo um retrospecto da Ju1a da Revoluç.!to cooua :i. San1a Igreja e contra a cristandade i panir sobrewdo, do sb:ulo XVIU, pjg.inlS adiante mos1ra. o Au1or como eS$a Contra-Igreja
t
''CONVERSAS AVULSAS''
"logrou penetrar dentro da inteligên cia dos ca• tólico.s" por três caminhos principais: "Com Maritaí,i t Mo,mier, deformando a mtntalidade, es• ptcialmcntu· nas aplicaçiíc.,t pr6tlcas, dt eat6llcos que st reconlrtctm fiéis à espec11façlio /ilos6/icouol6glca de São Tdmds. Com as Jilosolias mo• dunas, altaondo as bases Jifos6/icas, t com elas a pr6pria teologia, t/01 pensadores católicos mais frtflutntes ua hora atual. Com Teilhard <lt Cliar• din, dando-nos 11ma religião 11ova, na qual se trans• põem puigosamtttte o~ dogmas /tmdamtutais da Igreja, em t6mo do Cristo C6smico, que crlstifica e dí ~iniza o Homem t o Mllndo Modtmo" (p. 246). Não C$capou no Rcvmo. Pc-. Julio Meinviclle 11 muda.nça de tática dos Inimigos da Igreja, que nos 6ltimos tempos vêm passando " da posição d< oJ,nsfra para uma otJlra, de didlogo, de compromisso t mtsmo de colaboraçáo" (p. 247) . ObStrvt :1. prop6sito S . Revma.: "Att agora mlo se assinalou. que safbmnos, o significado e a importlincia dtsla tóaca do ;11imigo. Entreta11to <lo se acha t\·idtntemt11te \•inculoda ao prop6sito, ma• 111/tstodo hoje de diw•rsos ma11tiras, sobretudo pelo c.omw1ismo, de co>1tor com o colaboraçã~ ativo dos cat6licos e atl da pr6pria lgr<ia 110 construção da Cidade terre11a que as F(irços do mal tstão aprts.radameme edi/itondo" (p. 147), Pediriamos licença ao Revmo. Autor par:i ponderar que o signiffoado e a lmport!ncia dessa tática do inimigo se 3cham devidamente indicados no ensaio "Baldeação ideológica inadvcr. tida e diálogo", do Prof, Plinio Corrêa de Olive;ra, publicado ern "Catolicismo", n.0 178-179. de ou• tubro-novcmbro de l96S, e do qual há agora uma versão castelhana que veio a Jume cm Buenos Aires, sob. os !l.USpícios de ''Cruza.da". 1 1! pena, J)(>r ouiro lado, que enlrc a profuso. bibliografia citada em "La lglcsia y cl Mundo Moderno" não se encontre referência ao estudo "Revolução e Co1Hra-Revoluçlio", do Presidente do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, obra de repercussão internacional e dC' consulla obrigatória para quem se proponh-' 1ratar com profundeza da crise do mundo moderno e- da essência da Revolução Que lhe dá origem. bem como do modo por que se há de levar a Contra-Revolução. Se assinalamos essas duas omissões. não o fazemos parn desmerecer o nÕ\'O livro do Rcvmo. Pe. Julio McinvicUc, mas· por lamentar que fique perdida uma op,orlunidadc de estudar tão importante temá1ica com os subsídios forneeidoi por duas obras que,· rc11ctimos, julgamos fu ndamentais para o completo e cíiciente desenvolvimento do ;issunto.
"º"'ª
J. A . S.
"C,toUcismo" convida sçus le.itores e amigos para assistirem 11 Santa Missa pela alma de
D. DULCE VIDIGAL XAVIER DA SILVE IRA
Mãe de seus colaboradores Ors. Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira, Plinio Vidigal Xavier da Silveira, Fabio Vidigal Xavier da Silveira, Caio Vldigal Xavier da Silveira e Martim Afonso Xavier da Silveira J r., que será ·celebrada pelo Ex.mo. Rcvmo. Sr. llispo Dioce.sano, no dia 24 de abril, às 9 horas, na Capela do Palácio Episcopal. •
P. o seguinte o ttxto tias "Co,,vers,u Avuf• sas" ,lo Exmo. Revmo. Sr. D. Jost oe MeoetkOS OS.LGAOO, Arabispo Merropo//t(lnO de Fortaltta, publicadas 110 ''Coruio do Ccarlf', tdiçiio de 28 de fevereiro p.p.:
ESTOU HOJE, caro Dr. Manoclito "'ndo docemente obrigado :1 dirigir-me ao Sr., nestas Convcrsns Avulsas. Faço-o. m.ovido pela admiração e estima que lhe tenho e insti.gndo pela in1romiss.ão do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira. lã de S. Paulo. cm nossa vida de. humildes nordC$· tinos, FeHz:nicntc o inverno, neste momento, como o Sr, o sabe festejar em seu (dtim.o romo.nce "À Véspera do Dilúvio", se de um lado espalha apr~ns.õcs, de ou1ro reanima ludo. Reanima e leva-nos a vibrar intensamente. ainda quando encontramos pelo caminho uma vítima de trai. çocira emboscada. No seu romance foi o easo do mísero amante de D. Alice. Pobre João Paulo - exclama o lei.tor de "À Véspera. do Dilúvio" - mas logo observa que o morlo jaz mergulhado na lemn. e diz. consigo mesmo: ''6 sempre melhor do que afogado na poeira esvoaçante da sêca.". Nasci no sertão paraibano e tenho um pouco da sua sensibilidade, embora desacomJ)anhada do seu talento literário. Quase choro diante do outro cadáver, da.quéle de Mi3uelinho h'lmbém em seu romance, de_pc.ndurado da corda. Vcjo,o, porém, a escorrer igua. d:l. chuva; já nc.m sei se nns páginas do livro ou na minha lm3ginação de leitor $Cm memória, vejo-o redimido da sêca do coração de ignorante, vítimn dessa maldita i&nO• rância Que divide os homens e atira uns contra os outros. incJus ive em polémicas estéreis, como no caso do mais infeliz que só vh·e de polêmicas. Sem querer rcptlir, o fariseu do teinplo, a-:::rcs• cento imediatamente: "Meu Deus, eu e o Dr. Eduardo Campos não pem:nccmos a cs.t:1 grei arnaldiçoada", 11 -
EU IA. DIZENDO que estou impelido pelo Dr. Plínio Corrê.1. de Oliveira. de São Paulo. mas cm tempo de iovcrno e: portanto co.m os nervos nos lugares, $Cm arrepios de mínima impaciência. Estou mesmo sorridCnte ao abrir estas "Conver• sas''. Só poder dizer com salis(ação que êstc a.no não ircm<>S J>edir esmolas no Sul, é uma glória. Até está sucedendo o contrário. O Sul 6 que anda mendigando 20% das migalhas dcslimtd3S ao Nordeste. Não sei do juí1.o que ftlz a tal res• peito o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira . Não, ~lc só se ocupa. d~ polémic.a . :é o s inal de sua grande e pobre vida, desde que escreveu um livro. em "Defesa da Ação Católica", E isto va.i: muito longe. Jnngo nem era conhecido. Desde nqu~le tempo que o ilustre paulista só ~bc atacar só snbe destruir. Quer s.cr bom, m:u, à semelhança de nossos mísero$ Miguclinhos, não paua de um cangaceiro dM letras católicas. Que tJc se: fique pelo Sul onde o bem-estar, fclWllcntc, não () fat notado. No meio das :Llegrias da vida abundante de lá, é at6 van1ajoso um polemisw. inç-orrigívcl como o nosso bcatíss.imo Dr. Plínio Corréa de Oliveira. Imagine meu doutor romancista, que, durante- o êondlio, :ilguém se empenhou para levar aquÇJe paulista ilustre às Aufos Conciliares. Ainda bem que não chegou a ir. Teria feilo asa <..'Om um polcmisla da sua corrente integrista, um pad"re francês que vivia ao lado de um. dos seus protetores - padre conciliar - tendo caído no ridículo de denunciar ~ Bispos de uma certa na• ção fa1 ino-ameriç:.rna aos diri.gentes das Aulas
Conciliares provocando um 1riste incidente. T1.1do pas.sou, mas o aborrecimento foi grande. Estou rcferinc1o-mc 1 isso, muito de passagem, pelo fato do Dr. Plínio S3ber J)Oucas cousas de integrismo, máxime cm se wuando da presença de bisPoS integristas no Vaticano li, E acrescento logo: os brasileiros da dita escolB eram, no caso, cauda1ários, simples caudntários. Ainda bem (LUC nós brasileirM ainda não criamos doutrina$ exdr(1xulns. como o m.1.niq_ueísmo, e o integrismo.
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JTI -
NÃO POR llLE, mos pelos que oqui se encontram, $Obretud'o pelos. q_ue estão entregues a~ meus c:uidados espirituais e queiram ouvir a mi, nha pnlavra, t que venho pedir-lhe acolhida cm " Unitário", se poss{vel t:.1.m btm cm edição domi• nkal, para as "Conversas Avulsas" de hoje. Nela$ cm homenagem ao que de posith•o en• contrei n~ longo artigo polêmico do Dr, PIJnio Corrêa de Oliveira, quero dizer que apcnns tenho a dc.m,c.3r a informação oferecida pelo ar1iculista sõbre a atitude do$ membros da Sociedade Br-a• siJClra de Defesa da Trndiçiio. da Família e da Propriedade, protestando contra. a inclusão de $Cu nome entre assinnnte.s do panfle10 espalhado em Roma. A isso, a êsse agradecimento pela informa· ção, peço licença imediatamente par-a confessar que não me convenci era inexistência de assinatura no panfleto de algum alucinado membro do movimento ou do ' 1 C31olicismo" - digo par:\ argumentar com n opinião do Dr. Plínio de que é impossível o membro de um movi• mcnto afastar-se- da linha do seu veículo de. publicidade. Eu, e-orno pastor, diante mesmo de ccnsu• ras de alguém sem autoridade para tanto. tenho 0 dever de esclarecer aos que vivem cm t6rno de mim. Achei notável o silêncio do Dr. Plínio Corrêa de Oliveira para a. parte (inal da.$ "ConVers.as Avul$as" de 21 de no"embro de 1966, que êlc veio crilicar pelns pág,inas de Unitário, como se seus colegas de Fortaleia fôssem analfabetos. Naquêlc fina l, cu declarava e o repito aqui: "não reconheço autoridade moral e religiosa aos menl• bros da Sociedade Brasileira de Defesa da Trndição, da Famflia. e da .Propricdrtde parl se imiscuir em assuntos religiosos e paslorais ntl minha Diocese". Ali cs1.'i. tôcfa. a gravidade do meu pronun:iamento delicado, mas incisivo e t muito original que n f,s1c respeito o Dr. P línio Corrêa de Oliveira não tenha dado a mínima atenção. Só ali há alt;,unrn cot~n de pesado, de g.rave. de importante para mim e is10 eu faço que.,tão de tornar público. a 'tempo de dizê-lo para (lue não :ioonteça o que aqui já. acon1eccu cm duas oportunidades: primeiro, por ocasião de uma Juta política cm Minas Gera.is entre membros da Sociedade do Dr. Plfnio e membtos da Ação Católica e, mais peno de nós., quando da Campanha antidivorcis1a. Nesta última, passar da santidade da c3usa, os processos da referida Sociedade tomaram aspec• tos demagógicos e eu jnmais os aprovnria. Por delicadeza moral, por excesso de respeito a nl. guns que reconheço vhimas de alienaç-ifo pJini:mn, nada reclamei.
CONCLUO estas ingratas declarações, meu e.aro Dr. Manoclilo, pedindo-lhe para o número dõ domingo, a reprodução das ..Conversas Avul• sa.s" que deram ocasião ao artigo do Dr. Plfnio Corrêa de Olh·e.ira. Só assim o leitor inteligente., mc.smo ,cm apreciar•mC• fará um juízo crítico dos despropósitos do meu crftieo de São Paulo. Se êle. quiser diálogo, dispa a t6nica de polemista dC$Clcgan1e.
■ AfOJL~C]SMO
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TFP PROPUGNA A
NEM SEM,P-RE
REVOGACÃO DA ...
SE DEVE FALAR BEM
LEI DE SEGURANCA . !l
DOS MO.RTOS D
IZ-SE co1nu111ente que dos mortos só se deve falar be,11; todavia, certas re• percussões que a recente ,norte do Dr. J. Robert Oppenheimer teve na imprensa 111undial obriga,n-nos " analisar de modo objetivo alguns aspectos de sua discutida persona• /idade. A capacidade intelectual que fêz dê/e 1111, dos mais eminentes físicos de nossos dias, a erudição espantosa que êle manifestava e11, nove lfoguas (aos do.z e anos já escrevia ensaios sôbre luz polarizada, lia S6-
focles no original e pertencia à Sociedade Mb,eralqgica de Nova York}, " aptidiío ;para. organizar e dirigir que levou o govêrno norteamericano a confiar-lhe a execução do projeto Manhattan, do qual resultou a p;:imeira bonwa atô111ica, nada disto e'ntra em questão neste artigo. Aqui nos interessa111 apenas deter111inadas opções políticas que o personagen, assumiu, e a atitude da quase totalidade da imprensa internacional perante tais opções e as conseqüências destas.
Atô mico, pois n ã o; d e hidrogênio, -
O Dr. Oppenheimer, depois de, como dissemos, ter dirigido a produção da primeira bomba atômica. passou a opor-se frontalmenJe a que os EUA fabricassem a bo111ba de hidrogênio. Isso, sob alegação de motivos hu11umitários. Sabendo perfeirame,11e - e Oppenhehner ta1npouco o ignorava que a Russia fazia todos os esforços para possuir essa nova e terrível arma, cuja potência de destruição é incomparàve/111ente superior à do engenho atômico, as autoridades "yankees" não podia,n deixar de se surpreender com a atitude do cientista. Resultou daí uma investigação que forneceu dados muito graves. Desde a sua mocidade Oppenheitner tinha participado de tôda espécie de movimentos comu• nistizantes. Ele mesmo se lncum• biu de proclamar que quase não havia grupo político esquerdista de• e/arado ilegal nos EUA, do qual 2/e niío tivesse sido =111bro. 1:; verdade que afirmou també,n que, posteriorn,ente, havia ro,npido co111 rodos ê/es. Quando da guerra civil espanho• la, suas sitnpatlas confessadas ti•
nunca
11ha111 ido tôdas para os vern,elhos. O fato de dezenas de 11úlhares de inocentes, inclusive seis mil Padres, terem sido ass11Ssinados pelos carrascos con,unistas 11ão parece ter in1pressionado 111n homem, de senti11ie11tos tão delicados e humanitários. Excessos, êle não os via senão do lado nacionalisu,. t. significativo que mais tarde se tenha casado com a vilÍva de um, co111batente con,unista. Encarregado da e,ecução do proieto Manhattan, sabia - evidenteni,ente - que, chegando êste a bom ténnc, a arma que se visava pro• du:r.ir seria utilizada com tôdas as suas terrfveis co11seqiiências, e ista não lhe provocou nenhum drama íntimo. Por quê? Seja-nos permiti• do lembrá, que a bomba at6mica ti11ha sido progra11,ada contra a Alemanha, e s6 u111 atraso em sua fabricação é que impossibilitou os EUA de empregá-la contra o dia• b6lico poderio nâzista - o qual representava,
no
n1ome11to,
u111
grave perigo para a União Soviética. Quando dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, a sorte dos mi-
O Dr. /. Robert Oppenhcimcr
/Irares de japoneses quehnados vivos niío perturbou de maneira algun,a o e,ninente cientista. Tão logo, p(lfé111, o govêr110 de Washington decidiu fabricar a bomba de hidrogênio, e fabricá-la a11tes dos russos, já então seus a11tagonistas, o protesto de Oppe11heimer veio fulmi11a111e: co1110 se podia cogitar de produzir '"" e"genho tão terrível? Note-se que êle não podia ignorar que, se os 11orte-americanos desistissem da. bomba H, o ,nesnro náo aconteceria coni os soviéticos, os quais eni breve estariam e11> co11dições de produzi-la, de ràl modo que, cedo ou tarde, os EUA, e con, êles todo o Ocidente, ver-seiam colocados• ante o dilema de en-tregar-se ao conzunisrno ou seren1 aniquilados. Se11,elhante facciosismo ,ião poderia deixar de chamar a atenção. Submetido a 11111 inquérito e a um processo cujo resultado lhe foi tlesfavorúvel, "Oppy", como o chamuva111 os amigos, não foi fuzilado, nem prêso. nenr mesmo ntandado para uma re11101a e áspera. Sibéria,: foi-lhe simplesmente proibido o acesso a tudo o que interessasse à defesa nacional. Continuou, no entanto, a gozar de tôda, a co11sideração entre os f/sicos norte-anrerica,nos, a ser um professor requestado e altamente remunerado (até meados do 0110 findo era diretor do Instituto de Estudos Superiores da famosa . . Universidade de Princeton). , a via1ar por todo o mundo, profe• rindo co11ferências para audr't6rios numerosos e prestigiosos. A nota mais grave do caso A gora podemos abordar o que nos parece a nota nrais grave em todo ésre caso. Fôsse ou não Oppenheifner u,11 comunista convicto, o que é certo é que, dadas as suas atitudes e o.r seus antecedentes, deixá-lo participar de segredos militares seria uma te111eridade equivalente à de wn chefe de família que e11tregasse sua melhor arma à guarda de quem sin,patizasse co11i 11111 rancoroso i11imigo, apostado a ex1ermi11á-lo e a: todos os seus. Ora, as 111edldas preventivas adotadas contra o perigoso ·cientista, ,nedida.• razoáveis, justas, e brandas até o excesso, foram vituperadar por qu(Lie rôdo a ilnprensa do Ocidente, inclusive certos jornais que fazem profissão de fé anticomunista., E êste clmnor, embora 11111is atenuado, voltou a levantar-se quando da morte de Oppenhei,ner, em, fins de fevereiro. Loucura? estultície? cwnplicidade? são perguntas perfeitamente cabfveis diante da atitude dessa itnprensa. Seja qual fôr a explicação adequada, o fato que registramos surge como mais um o/annante sin• toma de desarmame11to dos espiritos em, face de "'" adversário feroz e armado até os dentes. Aonde tal fe1w1neno pode levar-nos, é fácil de prever.
Al berto Luiz Du Plessis
O
Prof.. PuN10 CoRRb DE OuV.EJRA, Presidente do Conselho Nacio•
nal da Sociedade Brasileira de .Dcfosa da Tradição. Família e
Propriedade . .tfirn1ou cm entrevista divulgada pela ABJM que a Tr-:P __ap6i~ r~so1utamen.,t e o movimento que se esboça cm vários setores da opuuao pubh_ca do P:us, cm prol da revogação ou de uma _larga rc(usão do decreto--lc1 n.0 3 l4. de 13 de março p.p., que "define os crimes contra a segu~ança nacional, a ordem política e so(ial e dá. outras providências''• conhecido como Lei de Scguranç:t Nacional. :S o $Cguinte o texto do im• p<>rtnntc pronunciamento: 1 ' Nad':.l mais eficaz para persuadir a quem quer que seja da necessidade d~ . tal. _refusão, do que a análiso - ainda que sucint3 - de alguns dos d1SJ)OS1t1vos do referido diploma. ' ~Ol' exemplo, reza. o seu art. 48: " A prisão em /lt1grantt delito ou o recebunento da denúncra, em qual<Juer dos casos previstos 11estc decrtto-lei
importará, simult/Jnt<m1e111c, na suspensiio do exercíc,'o da proJ;sséio. em~ prêgo em ~midade priva,hz, assim como de Cârgo ou função na adminis• rru_ç,lo ptíblico, 111aarq1,iq, em emprêsa pública 01.1 sociedade de economia 1111sra, até a sentença absolutória''. Assim, basta que seja recebida pelo Juiz. a denúncia (o que de nenhum modo quer diter que o crime e sua autoria estejam cabaJmente provados) e já uma sanção severa se descarrega sôbre o acusado. Essa s.anção poderá ?urar por tempo indeterminado, pois, quando uma ação se inicia. é Quase impossível prever quanto tempo Jevará para percorrer todos os seus trâmites, tantas vêi.es tumultuados Por imprevistos de tôda ordem. • . Sujeilar assim uma pessoa possivelmente inocente a uma punição gra• v1ss1ma, é contrário aos mais fundamentais princípios da Moral e do Di• reito, os quais preceituam a iliceidacle de q\lalqucr castigo aplicado ao inocente. Oulros reparos. 1ambém graves, poderiam ser feitos a mais de um disposiHvo do decreto-lei n,0 314.
Uma incógn it a Diante de ta.nta severidade, oposta à nossa formação jurídica e à índole de nosso povo, fica-se a perguntar qual o intcrêsse público que ai justifique. A lei de Segurança Nacional fig,urará provàvclmeotc, aos olhos dos que a ap6ian1, como um remédio heróico e amargo, a ser imposto na pre• sente conjuntura ao País. Precisamente aí está, a meu ver, a inc6gni1a. O único mal que me parece proporcionado com a gravidade do remédio, isto é, com o caráter draconiano da lei, é o comunismo. E ainda assim. haveria que expungir dela algumas disposições manifestamente injustas. . No Brasil, ninguém há que. se oponha a.o comunismo com intransigên~ra Ião constante e meticulosa quanto a TFP. Somos, pois, inteira.mente insuspeitos para dizer que aqui o perigo comunista - considerado enquanlo consistente na implantação direta de um regime marxista é remoto. O P arlido Comunista se arrast a entre nós, desprestigiado e impopular. por• que não têm faltado vous que contra êle vêm alertando a opini.ã o nacional. fundamentalmente cristã.
O nde est ó o perigo O verdadeiro perigo comunista no Brasil não resulta diretamente da atu~ção do .. Partido Comunista, porém da expansão contínua, rápida, e o mais das veic-s velada, de certas formas de progressismo rotulado de socialista ou de cristão, de demo-cristianismo esquerdista ~te. .ele tende a dcrruir o instituto da famfJia por leis e c·o stumes que lhe arruinem a esta~ bilidade, e desprestigiem a autoridade paterna ou materna. Sle vai minando e mutilando gradualmente a propriedade privada- por uma s6rie de leis de índole soei.alista e confiscat6ria. As.\im, sem .o perceber. por um processo scnielhantc ao da erosão, o País vai perdendo seu humus cristão, e nossa civilização cristã vai-se transformando cm uma civilização socialista. Por sUa. vez, à n1edida que o socialismo fôr-sc requintando e extremando, iremos nos aproximando do comunismo. Ora, não me parece que a lei cm aprêço tenha sido fei ta contra êsse processo lento e gradual de ••socialistiz.ação'' (que não confundo com "so~ cia1itaçAo"), E nem creio que ela fôsse apta para deter tal processo.
Cam isa de fôrça Se, pois, assim é, a Lei de Segurança Nacional, proporcionada. qmça a um perigo que entre nós não é próxtmo, põe o Bra.siJ numa camisa de fôrça. Dêsse modo parcce--me que sua refusão pelas vias legais competentes, ou sua inteira revogação, corresponde 30 verdadeiro interêsse nacional".
Ve rdades esquec idos
Deus aborrece igualmente o ímpio e a impiedade Do Livro da Sabedoria ( 14, 7- 10):
o
MADEIRO pelo qual se faz justiça é bendito; ,nas o ídolo, que é feito por indústria das mãos, tão 1naldito é êle mesmo como quen1 o fêz: êste porque de fa_to o fabricou, e aquêle porque, sendo tuna coisa frágil, foi chamado deus. E Deus iguahnente aborrece ao ímpio e a sua impiedade. Por isso a obra que foi feita, co1n aquêle que a fêz, padecerá tor,nenro.
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Diretor: M ons. Antonio Ribeiro do Ros:'ir·i o
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FÁTIMA Ano XVII -
Moio de 1967 -
N.0 197
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EPARANDO no presente número comemorativo o relato das diversas ap~rições de Nossa Scnhol'tt aos três pastorinhos de Fá• timn, cm 1917, e posteriormente à Irmã Llícia,
parecerá talvez. útil :.. mais de um leitor uma análise sllcintn dos mlíltiplos aspçcto~ que essas im()Orlantes nmnifostações da Santíssima Virgem contêm.
■ 1 - Pan'f se entender o conjunto de visões e comunicações com que Lúcia, Francisco e Jacinta foram favorecidos, é preciso ter cm vista, antes de tudo, a doutrina ca16lica sôbre a comunhão dos santos. As preces e méritos de uma pessoa podem beneficiar outra. Assim, as orações, os sacrifícios e o holocausto da própria vida, oferecidos pelas três c riança$, máximc depois de espiritualmente beneficiadas pelas aparições da Rainha de todos os Santos, é lógico que pudessem aproveitar a um grande número de almas, e at'é a nações inteiras. Nossa Senhora veio, pois, solicitar orações e sacrifícios aos três. A Jacinta e 'Francisco, pediu também o holocausto da vida c-o mo vítimas expiatórias pelos pecados dos homens. À Lúcia pediu que ficasse neste mundo para o cumprimento de uma missão da qual adiante falare-
mos. Outro pressuposto para a intelccç.~o dos acontecimentos de Fátima é a mediação universal de Maria Santíssima. Ela atua, cm todos, como a Medianeira suprema e necessária - por Hvre von1ade de Deus - entre o Redentor ofendido e &. humanidade pecadora. Mediadora, 'de oulro lado, sempre ouvida. e enquanto tal exercendo uma verdadeira direç.i.o sôbre os acontecimentos. Mediadora régia. que será glorificada com a vitória de seu Coração materno. O que é a mais requintada expressão da vitória do próprio Deus. • 2 -
• 3 - Falnndo aos pequenos pastôres, quis Nossa Senhora falar ao mundo inteiro. exortando lodos os homens à oraçflo, à penitência, à emcn• da de vida. De modo especial, fa lou E la ao Papa e à Sagrada Hierarquia, pedindo•lhes a consngração da Rússia ao seu Coração Puríssimo. • 4 Bstes pedidos, a Miie de Deus os fêi em vi~a da situação . reJigios., em que se cncon1rava o mundo na époea das aparições. isto é. em 1917. Nossa Senhora apontou tnl situação como altame,He calamitos..1. A impiedade e a impureza haviam dominado a terra a tal ponto. que para punir os homens explodira a verdadeira hecatombe que foi a Grande Guerra. Essa conflagração terminaria em breve, e os pecadores teriam temp0 para se emendar ao a.pêlo de Fá.lima. Se êssc apêlo fõsse ouvido, a humanidade conheceria a paz. Caso não fôsse ouvido, viria ou1ra guerra, mais terr1vel a inda. E, caso o mundo a inda continuasse surdo à voz de sua Rai~ nha, uma suprema hecatombe, de raiz ideológica e de parte universal, implicando em uma grave perseguição religiosa, afligiria todos os homens, trn1..endo grandes provações para o Romano Pontífice: "A Rússia espalhará seu.t crro.t pelo numpromovenclo guerras t perseguiçõe.r <) Igreja . .. O Somo P"dre terá muito que sofre,...
,to.
• S - Quebrada assim, ao 1ong,o de t6da uma cadeia de calamidadc>S, a dura cerviz da huni:tni• d~lde contemporânea, haverá, em larga escala, uma conversão das a lmas. Tal conversão será CS· pecificamentc uma vitória do Coração Puríssimo da Mãe de Deus: "Por fim o m eu Imaculado Coração triunfará. , . " Será o reinado de Maria sôbrc os homens ... • 6 - No intuito de mais eficazmente incitar humanidade a acolher essa mensagem, Nossa Senhora fêz ver aos seus três confidcntes AS alinas condenadas ao inferno. Quadro trágjco por êle.~ descrilo de modo admirável, e próprio a reCOn• duzir à virtude os pecadores endurecidos. ·Essa vi. são lúgubre bem mostra quão profundamente estão engan:'ldos os que afirmam ser inadequada para os homens dêste século a meditação sõbre os tormentos eternos. (1
• 7 - A fim de provar a re.a1ida.de dns aparições, e portanto a autenticidade da mcnsa,gcm, a Virgem dispôs três ordens de acontecimentos: a) Afluência de grande número de espectadores. no momento em que Ela fa lava aos vídentes. Embora sOmcntc êstcs fôssem os desrina1ários ime• diatos da mensagem, os c.ircunstantcs, fazendo uso de um:i penetração psicológica comum, podiam certilicar-se de que as três crianças não mentiam nem eram objeto de uma ilusão, ao afirmar que estava,n em contacto com Nossa Senhora, mas realmente ouviam um ser invisível para os outros, ao qual falavam. b) O prodígio das transformações cromáticas e dos movimentos do sol. &se prodígio se fêz notar cm umtl zona tão maior do que o local das aparições, que não pode ser .explicado por um fe..
nômeno de sugestão coletiva (sumamente difícil de ocorrer, a liás, com as SO a 70 mil pessoas que se achavam na Cova da Iria}. e) Confirmou-se a profecia de que, pouco depois das aparições de Fátima, a primeira guerra mundial chegaria ao fim. Como igualmente se confirmou a profecia de que, não se emendando a humanidade, uma outra guerra mundial eclodiria. A luz. extraordinária que iluminou os céus da Europa an1cs da segunda connasração foi um fato observado cm vários países e universalmente conhecido. A Senhora prevenira os videntes de que êste seria o sinal da punição iminente. E p0uco depois a punição veio. d) A previsão do castigo supremo, que é a difusão do comunismo, começou a realizar-se pOuco dcp0is das aparições. e imp0rtante notar que a Santíssima Virgem anunciou que '"a R.ússitl espa• 1/wrá seus erros pelo mundo'". m3S que, por ocasiiio dessa profecia - 13 de julho de 1917 - a expressão era mais ou menos ininteligível. Com efeito1 o czarismo acabava apcna.s de cair, subs• tituído pelo regime ainda bur3uês de Kerensld, e não se podia saber qllais seriam êsses erros n1ssos. Pois manifostnmente não se tratava aí da difusiio da religião greco•cismática, mumifica.d& e privada de qualquer fôrça de expansão. Assim, a ascensão dos marxistas ao poder .na infeliz Rússia, no mês de novembro de 1917, já foi um elo• qücnte comêço de confirmação da profecia. .Em seguida. o Partido Comunista russo iniciou a propaga.ção mundial dos seus erros. o que acentuou aindn mais a coincidência entre o que a Vfrgem anunciara e o curso doS acontecimentos. Depois da segunda guerra mundial, a expansão comunis• ta se acentuou a inda mt1ito mais, porque numerosas nações, subjugadas pela fraude e pela fôrça, caíram sob domínio soviético. A URSS se conver• teu assim cm um perigo mundial. E uma agressão eomunisca é hoje como que umn espada de Dâmocles suspensa sôbrc o Ocidenlc. Dês.se modo, a amença formulada por Nossa Senhora, que po. deria parecer confus;t e inverossímil em J917, se apresenta em 1967 como um peri.g o que faz es• trcmecer tôda a terra.
Ante estas afirmações de uma grandeza apocalíptica, é preciso fazer uma observação. O mundo de hoje se vai dividindo cada vez mais cm duas famílias de almas. Uma considera que a humanidade é prêsa de um feixe de erros e de iniqüid3dcs, as quais começaram na esfera religiosa e cultural com o humanismo, a Renascença e a Pseudo-Reforma protestante, Tais erros se a• gravaram com o iluminismo e o racionali1mo, e culminaram na esfera Política con-i a Revolução Francesa. Do terreno político passaram êles para o ca,npo social e econômico, no século xrx, com o socialismo utópico e com o socialismo dit9 científico. Com o advento do comunismo na Rússia, tôda essa congérie de erros passou a ter um co• mêço de 1ransposição, incipiente mas maciça, para a ordem concreta dos fatos, nascendo da~ o impé. rio comunista mo1och que vài desde o coração da Alemanha (lté o Vietnã, e cuja uni~ade {a divisão em ''linha russa., e "linha chinesa" nâo passa de um "bluff" propagandístieo) é indiscutível. Ao mesmo tempo, sobretudo a partir da Gronde Guer. ra, a moralidade se pôs a declinar com rapidez espantosa no Ocidente, preparando-o para a capi• tulaç-ão ante o comunismo, o qual é a mais auda• ciosa expressão doutrinária e institucional da amoralidade. A concepção histórica contida nessas considerações se encontra exposta no artigo "A cruzada do século XX" publicado no primeiro riúmero desta fôlha. Procuramos dar•lhe um mais amplo desenvolvimento no ensaio HRcvolução e Contra-Rc.voluç.ão", que ºCatol icismo" tstampQu cm seu n.0 100. Por lim, encontra•se ela enunciada com grande elevação e c lareza no histórico documento em que duzentos Padres do li Concí• lio Ecumênico do Vaticano, p0r iniciativa dos Exmos. Revmos. Srs. D. ANTONIO DE CASTRO MA YER e D. GERALOO DE PROENÇA SIOAUO, pediram uma nova condenação do manismo. Para 3S incontáveis almas de todos os eslados. condições de vida e nações, que condividem êste modo de pcns3r, a mensagem de Fátinrn é tudo quanto há de mais coerente com a- doutrina cat61iea e com a realidade dos fatos. Há t:1mbém outra família de almas, para a qual os problemas do mundo contemporâneo pouca ou nenhuma relação tên, com a impiedade ( considerada enquanto de..wio culJ)Oso da inteligência) e a imoralidade. Nasee,n êles exclusiva• mente de equívocos involuntários, que uma boa difusão dou1rinária e um conhecimento objetivo da re,a1idade pode,n dissipar. &ses equívocos re• suham, aliás, de carências econômicas. Filhos da fome, morrcl"ão quando no mundo não houver mais fome. E não morrerão antes disto. Com o
e
Dar•se•ão os ;:,contccimentos previstos em Fá• tima, e ainda nâo rcali1.ados até aqui? ~ a per• gunta que a humanidade conlcmporânea faz. En, princípio., niio há como duvidar. Pois o fato de uma parte das profecias j á se haver realizado com impressionante precisão prova o caráter sobrenatural delas. E. provado tal caráter. não há como pôr em dúvida que a n\cnsagem celeste se cumpra. até o fim. Mas, Poderia a lguént objetar. as pro[ecias de J.3 de julho de 1917 têm um cunho condicional. Elas se realizariam caso o Papa e, cm união com ê lc, os nispcs não fizessem a consagração da Rússia e do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Ora, tal consagração foi feita por Pio XI( quanto ao mundo (em 1942) e quanto à Rússia em par1icular (1952). Logo, é de esperar que os cas1igos previstos pela Senhora do Rosário nâo ocorrerão ... A esta objeção duas respostas podem ser daPrin1eiramentc. conforme p(llavras de Nosso Senhor à Irmã Lúcia, em 1943, por e la referidas em carta ao BispO titular de Gurza, a con• sagração do mundo feita por Pio Xll, se bem que tenho sido do divino agrado, não preencheu tôdas as condições formuladas pela Mãe de Deus. Em conseqüência, parece discutível que tal consagração tenha por efeito afaslar as calamidades previstas. A essas palavrns comunicadas por Nosso Senhor à Irmã Lúcia cumpre dar todo o crédito, p0is~ tendo e la ficado nc.sta vida com uma mis• são conecrncnle à mensagem de Fátima, é nor• mal que receba do Céu comunicações dessa natureza, próprias a orientar o mundo sôbrc a in• tcrprc1ação a ser dada à mesma mensagem, bem como sôbre a relação desta com o desenrolar dos acontecin1cntos. E p0r isto mesmo é normal ta.rn• bém qµe Jesus e sua Mãe dêem à Religiosa fiel e tão amada pelos Sagrados Corações tôda a assis• tência para que desempenhe essa missão sem cair cm êrro nem induz.ir ao êrro a humanidade. Em segundo· lugar, sobreleva notar que, na Covo da Iria, Nossa Senhora formulou duas con• dições, ambas indispensáveis para que se desvias~ sem os castigos com que Ela nos ameaç3va. Um:\ dessas condições era 3 co1tsagração. Di• gamos que csla tenha sido realiz.ada da maneira pedida pela Santíssima Virgem. Resta a segunda condição: a divulgação da prática da Comunhão reparadora dos cinco primeiros sábados. Parece• -nos evidente que essa devoção não se propagou a1é hoje pelo orbe c,a tólico na medida desejad:t pela Mãe de Deus. E há ainda outra condiçõo, implícita na men• sagem mns tamb~m ela indispensável: é a vitória do mundo sôbre as mil formas de impiedade e de impureza que o vêm dominando. Tudo inw dica que esca vitória não foi alcançada, e, pelo contn\rio, que n.os aproximamos cada vez mais do paroxismo nesta matéria. Assim. uma 01udança de rumo da humanida.de se vai tornando cada vez mais improvável. E, à medida que caminha• mos para êsse paroxismo, mais provável se vai tornando que estejamos caminhando para a. efclivaç.ão dos castigos .. , Cumpre aqui fazer uma observação. t que, a não serem vistas as coisas assim, a mensagem de Fátima seria absurda. Pois se Nossa Senhora afirmou em 1917 que os pecados do mundo ha· viarn chegado a um 1al cúmulo que clamavam pelo castigo de Deus, não pareceria lógico que êsses pecados continuassem a crescer durante cinp qüenta anos, o mundo se recusasse obstinadatnen• te e até o fim a ouYir o que lhe foi dito em
PI 1n 10 Co rrêa de Oliv eira •
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ton1unto
:\Uxílio da ciênctn e da técnica, .;1 crise da hmn3. nidade se resolverá. Não só isto. Não havendo, como nota tônica das ca1ástrofes e dos perigos cm meio aos quais nos debatcn,os, o fator culpa, a noção de um ctistigo universal se torna i1tcomprcensivel. Tanlo mais quanto, para esta família. de a lmas. o comunismo não é intrinsecamente mau, e com êle sâo possíveis acomodações que evitem incômodas perseguições. claro que por amor à brevidade a descrição dCS.'t.'\S duas famílias de a lmas esquematiza algum tanto o panorama. Entre uma e •outra há muitas gamas, Não haveria p0rém espaço para retratá-las aqui. Na medida cm que qualquer das correntes intermediárias se aproxima de um pólo ou do outro, para ela se vai tornando compreensivel ou incompreensível a mensasem de Fátima. Fátima se encontra pois. neste sentido, como um verdadeiro divisor de águas das mentalidades contemporâneas. · De qualquer forma, exceção feita da parte ainda manlida cm segrêdo. os pedidos, as admoni• çõcs, as profecias (lodos com mero caráter de rcvcfações particulares, é bem de ver ... ) da Cova da Iria es1ão lançados e em larga, via de confirm;"tçáo. Aos cépticos d i.1.emos: "Qwº \•ivra ver!a...1 •
4•s.
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Fátima, e o castigo não viesse. Seda o mesmo que se Ní1tivc não tivesse íeito pcni1ência e contudo :.ts ameaças do Pro(eta não se verificassem. De mais a m:iis, a própria consagração pedida Por Nossa Senhora n.i.o leria p0r efeito afaslar o castigo se o gênero humano continuasse cada vez. mais aferrado à impiedade e ao pecado. Pois, enquanto tal se desse. a consagração conservaria a lgo de incompleto e despido de conteúdo real. Em resumo, desde que não se operou no orbe :.t imensa tr:ms[ormação espiritu:d pedida m\ Çov:. da Iria, vnmos cada vez mais caminharrdo para o abismo. E, à medida que caminhamos, aquela transfom,ação se vai tornando sempre mais im, provável.
Entra aqui o ramoso a$Sunto da parte ainda não revelada do segrêdo de Fátima-. Conterá e la talvc-7. palavras de perdão e de par. que nos deixem esperar uma indefinida impunidade para ês.~ indefinido crescimento da impiedade e da impu• reza? A isto devemos dizer, desde logo. que não conseguimos pcrc.cbcr o que haja de piedoso em tal idéia. Em situações análogas - de um mundo surdo e recalcitrante até o fim - o.s almas santas do Antigo e do Nôvo Testamento sempre pre.fe.. riram a misericórdia ~ justiça, e o perdão ao castigo. Mas sempre preferiram o castigo ao espetá• culo da impi~dndc vitoriosa escarnecendo i mpunemente e por tcmJ)O indefinido da majestade de Deus. Ademais, parece absurdo admitir que Nossa Senhora lenha fc ico uma mens.'\.gem pública asseverando que- sem emenda de vida o mundo in• correria em terríveis castigos, e uma mens,a,gem privada na qual afirmasse de um ou de outro modo que na mesma hipótese ocorreri:\ o contrário. O que jmpQr1a ~. pois, re1..ar, sofrer e agir para que a humanidade se converta. E jsto com redobrado empenho, p0rque senão o cas1igo está às Porias. Um scsrédo é um segrêdo. E, em boa lógica, ningu~m pade tirar deduções do seu conteúdo, já que não o conhece. Entrct:.mco, não é fora de propósito fazer aqui uma conjectura. A parte ainda não divulgad3 do segrêdo provàvclmentc contém pormenores as• sustadores sôbrc o modo pelo qual se cumprir-lo os castigos anunciados em Fátima. Pois só 3ssim se explica porque Possa parecer duro publicá•la. Se e la contivesse perspectivas distensivas, tudo leva a crer que já escaria publicada.
~ ~ bom que, ao fim destas reflexões, nosso espírito se detenha na consideração das perspecti• vas últimas da mensagem de Fátima. PMa além da tristeza e das punições supremamente prováveis, para as quiis caminhamos, temos diante de n6s os clarões sa-crais da aurora do Reino de Ma• rin: "Por fim o meu bmu:ulado Co,açiío trim,. far(l'. (:. uma perspecliva grandiosa de universal vilórin do Coração régio e maternal da Santíssima Virgem. J:: uma promessa apaziguadora, atraente e sobretudo majestosa e empolgante. Para obviar o castigo na tênue n,edida em que é obviável. obter a convcrsiio dos homens na frn. ca medida em que segundo a economia comum da graça ela é ainda obtenível antes do castigo, para apressar o quanto p0ssível 3' aul'ora bcndila do Reino de Maria, e para nos ajudar a c.ami• nhar no meio das hccatomhes que tão gravemente nos a.meaç.am, o que Podemos fazer'! Nossa Senhora no-lo indica: o afervoramento na devoção a Ela, a oração~ 3 penitência. Para estimular-nos à oração, revestindo-Se su• eessivamentc dos atributos próprios às invoc,açóc.~ de Rainha do SS. Rosário, de Miie Dolorosa e de Nossa Senhora do Carmo, Ela nos indicou quanto Lhe é grato ser conhecida, anlada e cul• tuada por esta forma. Outrossim, insis1iu a Virgem de, Fátima de modo muitíssimo especial sôbre -a devoção ao seu lmaeulado Coração. Referiu-se Ela a seu Coração sete vêzcs nas suas mensagens (e NO$So Se• nhor, nove) . Assim, o valor teológico, aliás já tão com• provado, da devoção ao Imaculado Coração de Maria, encontra em Fátima uma preciosa e impressioname corroboração. De outro lado, a inp sistência da Santíssima Virgem prova à evidência a ahíssima oportunidade dessa devoçao. Quem toma a sério as revelações de Fárimn deve, pois, inscrever o incremento da devoção ao Coração Pur1ssimo como um dos mais altos desideratos de um sadio ..agg.iornamento" da pie• dade. E. é nesle sentido que deixamos aqui consignada uma comovida recomendação aos leitores de "Calolicismo''. Recomendação esta que não é se• não um ec:o do que sôbre Fátima está cont ido na Carla Pastoral, rica cm empolgaJ,'ltes cnsinamen• tos, com que o ilustre Bispa de Campos, D. AN• TI)NJO DE CASTao MAYE.a. acaba de brindar seus fe lizes diocesanos .
li
a •••
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. ss,a esp
M 1917, em plena guerra mundial, a primeira grande guerra, Nossa Senhora apareceu várias vê;,,es, n:, Cova da Iria. Portugal, a 1rês pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco.
E
St isso fúr feito. Elt, co,1verterá a Rússi!i e lun,erlt 1>az. Se niio, os erros da Rltssia se
espalhariío por todos os paí.sc-s do mwulo'' (op. Cil., p. J97).
Na terceira apariç..,o, a de julho, em que mostrou às crianças o inferno, a Virgem San• tíssima anunciou:
"Se /iterem I) que Eu ,,os disser, s,,tvar. ..se,,ío mulws ,,/mas, e teriio pa1.. A guerra vai i1Ct1bar, mas se ,uio dei.tarem de ojender u Deus. começará outra pior, no reinado ,te Pio XI . Quando virdes uma noite alumitldt, por uma /111. desconhecfrla, sabei qut é o grande shral que Deus vos tlá tll! que Yl1i punir " nwndo ,te seus
crimes, por m~io da
guerra, ,ia fome e da pcrseguiç,io à lgreia e 110 $01110
Padre.
P11ra ,, im pttlir, virei pe,Jir a co1ttllgrt1çiio da Rússh1 ,,o meu lnwcufatlo Cor11çãô e a co• mu11hiio repartufor,, nos primeiros stibaclos. Se atcmlere11) a meus pe,Jidos, a Rússia se. co11• verterá e ttriio Pllt: se 11ão, espc1lf,a"í seu:• erros pelo 111111ulo, promove11do guerras e prr• seguições ,) Igreja; os bons serão mc,rtiri1.mlos, o Samo Padre ren.í mulro que sofru, várias ,:ações serão m1iquiladas; por fim, o meu lnW• cu/tufo Coraç,io triuflfaró. O St11110 Padre con• ,ft1grar-Me-lÍ ti Rússi<,, que se conw.~rterá, e será concedi<lo ao mwulo algum Jempo ,te paz''.
Estas pafavras contêm uma promessa ab• soJuta: "a guerra vcu· llcabar''. E de fato, no ano seguinte, cm novembro, as monarquias do centro da Eutopa pediam armistício aos a lia. d<>s, pondo fim ao conflilo que desde 1914 cnsangUentava a Europa e enlutava o mundo. Essa paz seria duradoura, se os homens se emendassem, se não continuassem a ofender a Deus Nosso Senhor, se deixassem de confor. mar sua vida às máximas do mundo, opostas às máximas de Jesus Cristo. Do contrátio, SC· gundo as palavras da Virgem Santíssima, viria outra guerra, pior do que a que lerminara . .E foi :10 que assis1imos. Após a primeita eonOa~ gração mundial, os homens não souberam tirar proveito do c.as1igo. Houve um recrudesci~ menlo na busca do prazer e um alasuamcnto d:, sensualidade nas moda:; e nos costumes. O mundo p:uecia ter acordado de um pc.:;adelo e só pensava em como gozar a vida. O castigo não trouxe a emenda, pois foi muito logo es• quccido. Por isso, como prometera, veio No~a Se. nhora pedir a consasraçao da Rússia ao seu I.maculado Coração e a Comunhão repara• dora dos primeiros sábados.
A Comunhão reparadora, a Virgem San• tíssima a pediu à sua vidente, Lúcia, cm JO de dezembro de 1925, com escas palavras: "Olha, minha filha, o meu Corarão cerc<1do de ~sp;. nhos, com que Me fetcm, os homens i11gratos com sm,.r l,lt,sfêmfr1s e i11iqiiid(ldes. Tu ao me110:r procurt1 consol<1r•Me e ,livulga que Eu f)romcto assistir nà hora da morte, com as gra• ças necessárias pam a salvaçiio, a todos os que 110.t />rimcitos sábados de cinco meses conse• c lllivos se co11/e.ssarcm, comungarem. recitarem uma parte do rosário e Me fizerem compt111/11'a d11r<irllc um quortQ de horo, meditando J'Ôbrc os mistbios com a imcnção dt! Me oferecer reparação" (William Thomas \Valsh, "Nossa Senhora de Fátima", Edições Mclhoramenlos, São Paulo, 2.ª edição, p. 196 - com emen• da de incorreções d3 1radução). Já 3 co,1sagração da Rússia, veio a Mãe SanlÍssima pcdi•la cm 1927. Sabemos os têr.. rnos do pedido através de um;.i. entrevista que leve com n Irmã Lúcia o e.scritor nortc-a,nericano Willi3m Thom3S Walsh. Nessa cnltevis.. 1a, que \Valsh relata no seu livro ~ôbrc Nossa Senhora de Pálima, a vidente aíirmou : "O que Nos:w Se11l10"' de.reja é. que o Papa e todos os Bi.'ipos do 1111111,/Q consagrem a Rús:rit1 ao seu Imaculado Coração, 1111111 dia t•specil,I.
Semelhante consagração não tinha sido íei. até o momento em que explodiu a segun• da guerra mundial. Também os homens não emendaram sua vida tôcla voltada para os bens du terra, - e realizou-se a profecia de Maria Santíssima cm Fátima. Em 1938 íoi visto o sinal precursor da punição, anunciado pela Miie ele. Deus. Foi aquela luz intensa qi.1e os cientistas procuraram explicar como sendo uma aurora boreal. A Irmã Lúcia não teve dúvl• da em dissipar o eng:mo. Em carta ao Sr. Bispo de Leiria. datada de 8 de agosto de 1941, escreve: "V. êxci(I, .rc recorda qu,: luí (dguns ""ºs ,,trás Deus enviou êsse sinal que os c1s1rú11omos de11ombu1r,1m aurora boreal. Se obscnrassem melhor, veriam que tia numelm como ap"receu 11,l(J .,e podia tmwr tlessa OU• rota". Na mesma carta, A lrmã Lúcia declara que a seu tempo advcrlira o Sr. Bisp0 de Lei• ria, insistindo sôbre a cons.ngração da Rússia ao ]maculado Coração e sôbre a Comunhão reparadora dos primeiros sábados. Diz mais, o que convida a meditar: "As orações e os St1çrifícios que se /ittrcmr em Portugal aimla mio b,1stam para aplat:ür a Juslit/ª Divim,. Forum jeUos sem coutriçlio ou C1rrepemUmenJo'' (op. eit.. p. 180). Ul
Com iS$O. com ~t falta de penitência por parce dos homens, veio a guerra, com seu cor• tejo tenebroso de fome, de mortes, de cid:1des descruídas. Os países dà Europa Central (ica~ mm reduzidos a verdadeiras colônias da Rús.si:i. ~rêm uma independênci:~ fantoche. pois seus gov~nos são manipulados por Moscou. Durante o conflito, cm 1942, o Santo Pa. drc Pio XII. consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria, incluindo uma rcíerência à Rússia. Em J 952, o mesmo Pontífice consa• grou os povos da RÚS$ia àquele Puríssimo CO• ração. Sôbre a primeira consagração assim se exprime a Irmã Lúcia cm carta a \Valsh, mediante o Sr. Bispo de Leiria, datada de 17 de íevereil'o de 1947: "O Samo Padre já consagrou a Rússia, incluindo-a na consagrarlio do mundo, mas uiiu foi m, Jormu huliccula por Nossa Senhor". Não ,'ic'i se Nossa Se11hort1 a ,,ctitou, feita ,têsse moe/o. e se realizou suas promessas'' ( op. cit., p. 198). Como quer que seja, neste após guctra ussislimos a uma rápida diíusão dos erros do marxismo por tôda parte. Ten1-sc mesmo a im• pressão de que há uma podero:rn máquina mui10 bem mon1ada para fazer triunfar a mcn• talidade comunista no mundo inteiro.
Primeirnmenlc, como fogo de barragem, uma campanha para s ile11ciar tôdas ::is inicia• tivas contra o comunismo. Assim, lança-se :1 dúvida sôbre a sinceridade dos que se opõem a êste. os quais .são apontados até como ini• 1nigos da Igreja. E isso sem apre.sentar ra• tócs, como não S'!. dão os motivos que haveria para antipa1izar a priori com qu:tisquer campanhas anticonlunistas. Paralelamente, uma m;•I disfarçada simpati."t pelo marxismo russo. Fala« com indignação em colonialismo norte-americano, quando os Estados Unidos dese. jam ver bem empregados os auxílios que dis• lribuem pelos cinco continentes: e esquece-se o colonialismo brulal exercido pela Rússia sO• viética sôbre os povos vizinhos por ela subjugados, como se viu, por exemplo, quando do esmag:imenlo dos anseios de libert~\Ção da Hun• gria cm 1956. Até o aparenle antagonismo China•Rússia é p6sto ao serviço de uma campanhn de aproximação com o comunismo so~ vittico, apresentado, sem o menor fundamento s~rio, como se se e~~tivesse abr:rndando e apro-
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ara seus erros xi mando dos paíse.s capitalistas. Coisa curios..1: o e.apitalismo é apontado como coisa execrável nos regimes ocidentais, a ponlo de se prcíerir o comunisn,o russo a êsscs regimes; e dcdara• -se que o regime russo cslá melhorando, está• •SC torm1ndo potável, precisamente porque se cslnria. avizinhando dos sistemas capitalistas ocidentais! Não há dtívida de que semelhantes atitudes. contribuem para abrir caminho à propaganda ideológica de Moscou, que sàmente um ingê. nuo acreditaria tenha terminado. Há mais. -po. rém. Há uma verdadeira organizaçiio com o rim de difundir erros e tendências comunisrns nos meios católicos. São conhecidos os mo• vimentos "Pa:c'', c riados sob o patrocínio de governos de países satéliles da Rússia. ~ses movimentos têm Por objetivo, segundo testemunho do Emmo. Cardeal \Vyszynski, Primaz d<1 Polônin, levar os calólicos a uma adesão à i<lcologin marxista. Pois, tais movimentos cn• co.ntram patrocínio cm meios autorizados do Ocidente. Uma das conse<1üêncin.s da atividade de movimentos como êsses é o olvido cm que é lançada a grande Encíclica de Pio X(, "Divini Re,lempu,ri:/'. nu qual o Magistério supremo da Igreja ensina aos fiéis o que se deve pen~ sur do comunismo. Quando se cita esta Encíclica há, enlte certos elementos. mal-est:,r como o de <1uem encontrou entre seus convivas um intruso mal educado. Não estamos mais em temp0s como os de Pio XI! Por quê? Não se sabe. E <tuando se lembra que o 11 C-0ncflio Ec1.1mênico Vaticano alicerçou na "Di\1ilú Redemp1oris'1 suas afirmações conlra o ateísmo hodierno, há um :ir de conhecimento superior, de quem se. apieda do Pobre ignora11te que nada entendeu. Não obslante, Pio XI declara que o co,nunismo é intrinsecamente mau, e não consta que o comunismo renha mudado nestes lrin1a anos.
O mcnosprêzo da palavra do Papa faz com que se generalize a colaboração cnll'C católicos e comunistas para, como deseja "Pax'', 3 cons• trução da sociedade marxisla. Semelhante fi .. nalidade ultrapassa as íronteiras dos Estados satélites e se transforma no ideal também de muita gente nos países ocidentais. Uma con• trnprova se 1cm na maneira como essas pessoas consideram a guerra no Vietnã. Nem de longe desejam admitir que Já e.xis1e um agressor injusto. O que que.rem é que o conflito termine, não pela vitória da justiça, mas pel3 mera cess:1ç!io das hostilidades. O que cm bo,n põnuguês significa o triun(o do agressor, que, a btcve I recho, recomeçará a luta até a vit6ri:t final. é. :lssim, num terreno já profundamente minado que se vão difundindo os erros do comunismo por tôd:ts as nações. Queremos indicar apenas um ou outro dêles, mesmo porque é p6blieo e notório o em• penho em fazei· aceita( uma sociedade e um Estado de feição comunisca. Em nome da disnidade humana. pretende• -se :1cabar com as desi;ualdades sociais. Nesse sentido deseja-se riscar do dicionário ::\ p:dávra ''p3terna lismo··, como humilha nte, e da mesma mnneira a palavra ··esmola". Como se a dcpcn• dênci3 acabasse porque não se us.1r1\ vocábulos q\le a podem indicar. Sendo que se trat:t de têrmos ::,lt.unente cristãos, cuja doçura o Es· píri10 Santo Se incumbiu de nos manifc.st;\r nas palavras inspiradas da Escritura. O paternalismo lembra- a amorosa pa1ernidade que exerce Deus sóbrc tôda's as suas criaturas, e da qual participam aquêles que a Providência chamou a o r·icntar seus semelhantes (cí. Eí. 3, 43), e os Livros Sagrados estão cheios de recomendações de que sejamos e.smoleres. Não obsta,Hc, uma e outra palavra, para muitos) cs• tão vinculadas às desigu3ldades sociais, e. , . a sociedade sem c lasses é · o ideal comunista; como uma sociedade hierarquizada consta do ininterrupto ensino da Ig.reji, (cí. l.éão Xlll, "/?crum Novarum": São Pio X, "Notre Char. ge Apostolique''; Pio Xt, ''Divhrl Rede.mptó•
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ri/'; Pio X H, Radiomcnsagem de Na1nl de 1944; ete.).
Em nome da justiça . social, levantam os pobres contra os ricos. e defendem as e:itpro~ priações sem íundnmento no bem comum. Ê doutrina comunista que a proeriedade é um roubo, e que tudo deve pertencer no Estado, passo intermcdi.irio e necessário para se chegar à .sociedade. sem clas.se,s; ao passo que a doutrina católica ensina que a propriedade pri• vada é um direi10 natural que deve atender ao bem comum (cí. Le.ão Xll(, .. Rtrum NQ w1rum''; Pio XI, ..Quculnrgesimo Atino"; João XXIU, "Mater c~t Mllgistra"). · 4
Em nome da m':-duridade do homem mo• derno. defendem-se as piorc,s aberrações cm matéria sexual. O comunismo materialista Ori• enta o homem para os desregramentos morais. Ao passo que o Decálogo nos ordena "11011 moeclwberis'', e São Paulo declara categõricamente que " m<ts,·ulomm co11cubitoreS' não possuirão o reino de Deus (eí. 1 Cor. 6, 10). Talvez o sintoma mais saliente da influ. ência comunista nos países ocidentais seja a concepção materialista da vida. Não se apelamais para as soluções morais dos problemas de o rdem cconomico-soeinl, já não se. acredita que êle.s 1êm um aspecto moral, e que sem a virtude s.;ío sin\plcsmcntc• insolúveis. No terc~iro domingo dep0is da .Pá$coa, a Santa lg.reja nos faz ler o seguin1c trcçho da
primeira Epístola do Príncipe dos Apóstolos: "C,tríssimos, rogo-vo:r <Jm.:, ,•omo estra11geiros e peregrino.\'. vo.s absttul,ai.s cios dtJ·ejos da ç(lrne que combatem contra a almu, compor~ raudo-vos btm entre o., vag,ios. Assim, 110• quilo em qul! vos c(l/1111illln como ti malftlW• res. chegarão, cousitlcrando vossas boas obras. a glorificar a Deus 110 ,lia dt, sua vlnda. Sub• mt!lei•vos, pois, a tôda outoridáde humana, por (lnJOr de Deus, quer ao Rtl, como a .sobe• rano, quer t10.v go,1cr11a,lores, com o o em,iados por éle. pare, castigo dos malfeitores t para /a• ,,orecer as pessoas ltontstos: porque esta i o ,,ommle de Deus, que praticam/o o bem fuçais emudecer u ignorância dos l11.r t11satos. Com• p<1rtai-vos como ho111l:11s /il'r~J·, e não <) ma• nefrc, dos qut! tomam a liberclâde como viu para c11<.·obrir o sua malíclt1, nws vivei com o servos d~ Deus. Honrai a todos, o,mri os ir• miios, temei " Deus, respeitol o .Rei. Servos, sêde submissos am· senhores com tôdo a rcve. rê11ci<1, não sõmellle aos bons, mas taml,/m aos ,Je ,mm ginio. Porquanto lsto é uma graça, ,,,, Cri.110 Senhor Nosso" ( 1 Pcd. 2, 11-19). Semelhante exortação não tem sentido para muitos católicos de hoje. tles não compreen• dem que :.'I paciê,ncia e a humildade. tenham seu coeíicientc eficaz na obte11ção da paz e de uma ordem social mais justa. Esqueccm•se de que foi assim que o Cristianismo destroço\l aquela ordem social odien1a que vigorava no império romano. Eles só acreditam nas solu~ ções de caráter terreno, seja pecuniário ou semelhante. Ora, 1ais soJuções de si nada resolvem. Ou são acompanhadas de uma refor• ma moral, do exercício sincero da virtude, ou servirão apenas para desacreditar os. regimes dos países de aquém cortina de ferro, quando já não carregam abertamente &gua para o moi• nho comunista.
Assil'n, vai-se infeccionando a sociedade cristã ocidental. Melhor, está a nossa socieda .. de já infeccionada, e de tal maneira que dela humanamente não se pode esperar uma rc-sis,. tência séria e diuturna :\O comunismo. Os erros da Rússia dela se apoderaram como uma leucemia que :Hinge a circulação vital do orga• nismo. Em semelhante conjuntura, a inda há um remédio, O grande remédio que nos aponta Fátima: oração e penitência. Que cada um de nós se resolva a mortificar seus apetites e sua vontade, renunciar a seu amor próprio, e suplicar a Nos.5a Senhor-a do Rosário de Fá1ima que Se apiede do mundo. É o que de melhor lemos a fazer.
D. Antonio de Castro Mayer, Bispo de Campos
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OS livros que tratam dos acontecimentos de F,'l1 in,.i, !'\ descrição das aparições e os coló• quios Jc Nossa Senhotn com os videntes ;.aparecem inscnos, segundo a ordem cronoJógica, numa seqüência de fatos que englobam as repercussões loc:,is que as aparições provocaram, os interrogatórios dos videntes e das testem unhn.s:. as curas e con\"t rs«.s cxtrnordinárias que M: ~guiram, os porn1c• norc.s tão a trncntcs óa asecnsão cspir·i1ual das privi• lcgiada.s crianças, e numerosos episódios conexos. N;-idn mais 1ógico e comprctnsívcl, por cer10. lid~ os livros, PQrém, surge em muitos espíritos o desejo de dispor de um lc.xco que lhes fo. dlite deter-se nwi.s especialmente .sôbre o conteúdo mesmo das ap.iriçõc-S. no empenho <le pçnetr-.sr sem-
pre m~1.is o Sél'ltido da mcns:,gem 1.1ue Nossa Senhora veio comunicar aos homens. de modo a poder atcn• tlcr•lhe à$ prescrições. No intuito de satisfazer a ê~ á nelo ltto legítimo, "C:,tolicbmo·· publica hoje um reluto c irçimscrito no que se passc,u cnlrc a Virgem, o Anjo de Portug;.sl, e os videntes. islO é, um rdalo no q ual todos os outros fotos-, çdi fícu ntes ou pitorescos, que cnlr..:.• m<:hun ~1 hisróri;,, de Fátinrn. foram dcixaJo.s dt l nJo com vist3s a fixnr :i atenção sôbre o essencial. A relação das nu'lniíi;.stRçóc.s do Anjo cm 191 ó e de Nossa Senhora cm 1917 segue.se ~1 <lHs revela• çõcs P~•rticularcs recebidas por t,m ou outro do.s ..,identcs isoJad:imtnte (cm especial as da Irmã Ltí• cin) . Constituindo um complemento das nparições d:1 Cova dn Iria, não poderiam elas fa ltar uqui.
Para ê stc trabalho. baseamo-nos principalmente em durts obr;;rs muito conhceidas, <1ue recomenda• mos aos leitores desejosos de possuir uma h istória complela de Fátima. A primeira delas é a do escritor católico norte-amtricano William Thomas Walsh, ' 'Our Lady oí Fatima ", c.o m tradução cm pOrtuguês editada no Brasil e inlitulada "Nossa Senhora de F:t. tima". A segunda Obra é a do l1 c. Joílo De Mnrchi. 1. M . C., sob o titulo de ''Era uma Senhora mais brilhante que o sol. • . " O Pe. Oc tvforchi passou 1rês anos em Fátima interrogando :,s principais testemunhas dos aconteci• nu;ntos e a notando cuidadosamente seus depoimentos. Entrevi.s tou a Irmã Lúcia e pôde compulsar os m:rnuscritos da. vidente, dos quais falaremos adiante. William Thomas Walsh também esteve cm Portugal rcalir.ando inquérito~ e entrevistas. Falou com a lrmã Lúcia e baseou seu livro, de modo especial, n,1~ quatro Mt:móri"s por ela escritas. As obras do Pe. De Marchi e de \Valsh são lntstante fidedignas, e concordam, fundament;1lmen1e • • entre s1. Entretnnto, pàra maior segurança, conírontamo1.is com outros autores, <tue esclarecem certos fatos
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Infelizmente, não nos foi dado recorrer diretamente à Conte mais autorizada, <1ue S<~o. sem dúvida, os manuscritos de Lúcin, Com efeito. permanecem êlcs, até hoje:.. inéditos, salvo um ou Olitro fnagmc,Ho rcprodoziclo por autores que puderam examiná-los. O primeiro relato escrito pela l rmã 1.lícia, e m L936. num caderno pautado comum, é. uma ' 1Co111ri• buiç5o de mcmóri:ts pessoais para ~• biogrnfüt de, pequcnin:-1 hcint:\", No $egttndo, inti1ulado ''Hls. túrin da Fáti1na ial qu~tl ela é". d:.,tado de 1937. Llícia rc(cre..sc pela primeira vez, e de passagem. ao Anjo d:.1 P:,z. Por obediência, ~ Por inspiraç!iô ,to a lto, silenciam. •1té então, ;1 re~peito . 0$ dois do, cumcntos - hubitualmcnte designados como Mcm6. rias 1 .: li - correspQodel'n íl m<tis de 80 p:.tginns d::tilogrn fod:ts. Em 1941, o Bispo de Leiria ordenou ?1 vide1Hc ttuc e~cs•co,•csse Ludo o nwi~ <1uc soubesse Jn vida dos <lois outros confidentcs de Noss~t Senhorn. bem cumu tizc~c unm oarn,ç5o pormcnurizndn das apa• riçõcs, sem calar nada de <1uH n10 M: pude$$e cnliio di"ulgar. Os dois documentos, que co:nunrnm ser c i• tatlos como Memórias 111" e IV, leva m data de ::tg6sto e de 8 de dezembro de 1941 , respeclivamentc. cor. respondendo ~1 m;1is di; SO páginas datilografadas. No (1ltimo mnnuscrito. Ltícia aponta certos erros que havi:.l' enco1ur,1du nos mais conhecido$ livros a té cn • 150 publicados sôbrc as ap:triçõc~. Permitimo-nos formular aqui o voto, que é o ele tôda a fonlíl ia de ~lmas que se reune cm côrno de "Cacolicismo''. de que seja dado :., lume o texto integral dêsses preciosos manuscrito~. pant ediíic11çfto de todos O$ devo1os de Nossa Senhora de Fátima. Nenhurn;,t ocasião parece melhor pitrn publieá•I08 do 1.1uc êstc fino jubilar das cipariçõc.s.
No texto a scgoir aprcsenrndo, procuramos rceonstiluir com 3 nwior fidelidade Possível , com base nos autores <1ue referimos a cada passo. o transcor~ rer das .ipa rições. Apontamos. em diversas notas, ,1s discrepãnci:1s verificadas entre as principais Contes bibliográficas. Algumc1s dúvidas1 infelizme.111e. persis• km, :.lS q1,i::iis sômcnlc um estudo critico dos rcxtos básicos - relat6rios diversos, processos canônicos, interrogatórios, manuscritos da Irmã Lúcia, sua mlí llipln correspondência ele. - co1n eventuais cscla. rccimc1Hos da própri:, vidente flinda viv;t poderiam resolver. Oferecendo aos leitores êste trabalho de sua rc• <l<1ç,to, ''Ca to licismo" tem PQr fim contribuir para que a mensagem de Nossu Senhora de Fátim:, s.;ja c-:1da vez mais conhecida. :amada e acatrtclf1.
APARIÇÕES DO ANJO DE PORTUGAL E DA PAZ
A
NTES ~as a1,ari~VCs de ~o~sa Senhora, Llícia. Fl';)nc,s-co e )acin1a - Luc10 de Jesus dos San• 10s, e seus primos Francisco e facinrn Mar10, lodos residentes na aldci:1 de Aljus trel, rreguesia de F:him:1 - tiver.un três visões do Anjo de Portuga l, ou da P~l?..
Prime iro aparição do Anjo A primeir::i aparição do Anjo deu-se na prima• vera ou no verão de 1916, numa loca (ou gruta) <lo outeiro do Cabeço, perto de Aljustrel, e desenrolou-se da seguinrc maneira, conforme narra Lúcia (Me1nória;, IV, pág. 3 1): ..Alguns mo11umros ltllv;a que joJ:ávamos, e ti.f (fUt: um V(' lltQ /Orlt sacode llS IÍrvores e /01.•JW.l' lt!-
OBRAS CITADAS Willi•rn '11,omos Wi\l..SH 1) "Our Lady o( F:itima", Thc Macmillan Comp:my, New York, 4th prin1ing. 1947; 2) 1ra<lução cm portusuês sob o título de "Nossa Senhora de F:\1ima''. Edições Melhoramentos, São Paulo, '2.:i edição. 1949, Salvo indicação cm contrário, nossas referências dizem res~ peito fa ediçffo em J)Or1uguês.
Pe. João M. OE Mi\RCHI, J. M. C. - 1) "Era uma Senhora mais brilha-n1e que o sol. . .'', Seminário d:1s Missões de N;1. Sa. da F'!t1inm, Cova da Jria. 3.:i edição; 2) tradução cm inglês sob o tllulo de "·n1c C rusadc of f'a1ima - TI1c Lady more bril• fü1n1 than lhe sun", adaplada pelos PP. Asdrubal Cascello Jlr:rnco e Philip C. M. Kelly, C. S. C .. P. J. Kencdy & Sons, New York, 3,·d princing, 1948. Salvo indicaç,1o cm contr1írio, nossas referências di• icm respci10 ll edição em Português. Pc. l.•iz Gon,,:iga A YRTlS DA .F ONSECi\, S. J. - "Nossa Senhora de Fácima". Editôrn Voze.'). Pclrópolis. s.• cdiç5o. 1954. Cônego Jos é GA LAMlli\ DE OLIVEIRi\ " Bis tó ria das Aparjçóc.s". in "Fátima, AII;\~ do Mundo" . Ocidental Editôra. Pôrto. 1954. vol. li, pp. 2 1- 160. Pc. Antonio de Almeid:1 FAZENDA, S. J, "Meditações dos primeiros sibado~·►, Mensageiro do Coração de Jesus, JJraga. '2.ª edição, 195 3.
MEMólUAS da Irmã Lúcia, m:rnuscri1os inédi• tos: l - "Contribuição de memórias pessoais 1>ara a biogrMia da pequenina facin1a", 1936; H - "His16ri:• da F;)tim,.1 1:11 qual ela é", 1937: 111 - Sein 1f1ulo, •sôsco de 194 t: IV - Sem 1f1ulo, S de de1.embro <Je 1941. Nossas c itações foram excr:.,ídas dos :mtorcs acinrn.
SIMPLES RELATO n
e complclam a lguns colóquios. Slcs vão ci.tados nos lug:1rc::$ correspondentes.
,·,1111,,r ,, visw I''-'"ª vt•r o que se pm·.sava, pois a di" ,•.~fm•a :tt•rtnr,: e eh,' que (:omeçt1mus a ver, o olgu• m a ,lisuiucia, slibre w f ,fr11t>r,•s que se l'Stemlfom t·m chrt'Çiio ao uusceute, uma luz mais bronco qut " llt:ve. com u form,, de: um jovem trtlll.\'fUu·e111e, ma;.r /)rilha111c que um c:risu1/ àft•avf!~•s,ulo pelo.-r ráio.r tio .mi. A mc,lidu </Ué" St CIPN>ximm•a , fa11i(}s-ll1e tlisti11, s:,11i11t/Q fei<;ões. Esut\'cunos surprcemlitlos e mt'iu llbsortos e JUio diz.íamos p,,lt,vr". Ao chegar iumo ,te nós, di.n·e: - ''Não Temôi3'. Sou o A uj() ti" l'lll., Ort1i ,·o· migo'', E ájOelhado em rerra, cu,.vou a frm,te. at~ o chão. Lt:~·,ulos ,,or ,m1 mm•im e111u sobn:11"t11ral, imi-
,,s
uuno-lo e repe1;,11a3• m· palcll'ra,v que lht t>u l'imos pro, mmciar: - "Mctt Deu.t, eu crtio, miara, ,~spcro e amo-Vos. Per<>-Vos p,•rdilo pm·a os que ntio crêem, nrro mloram. mio <'S'f)t!mm t• V1Js mlo amam", Depc;.-. ,lé r~p,•t fr isso 1,•(s ,•c!t<'.\', er1<m!u-se ~ di:rse: - ''Orai C1Ss;m. Os CorC1ções de Jei us <' Mcu·ia t',ft,10 ,,tenros à vo1. das ~•os.-., ,x .wíplic11s''. E ile:lapm·(•ceu",
(Cí. De Marchi, pãgs. Sl -52: W:ilsh, págs. 39-40; Ayres dtt Fonseca, pág. 12 1~ Galamba de OJivcirn, p:lgs. 52-57).
Segunda aparição do Anjo A segunda aparição dcu•se no verão de 191 6, sõbrc o pOÇO da casa do!> pais de Ltícia, ju nto :10 qual ::'IS crianças brincavam. Assim narra C...úcia o que o Anjo lhes disse - a ela e aos primos - cn. tão (Memórias, tV. pág. 32) :
- "Que fuu;t? Orai! Oral mm'ta! Os Cotações ele Jesus e Morh, têm ,t úbre i·6s ,lt.\·íguio.;: de misui• córd;u. 0/t"tecci CQ1t,fll111tcmt•11te uo Altíssimo Qr(JÇÕl!S e J'm:rifícios". ''Como uos hm·emos de sucrijic,;(Jr?'' -
f'('r•
gmaei. "De ttulo que pmlcráe.r, oferece; um siu;r;. ffc;o Scnltor t!m tito ,le rep,1raçii<J pela.t pccmltJ.\' cmu que tle I o/cm/ido t· th· sâplico pelo co,wersú<> ,los pec,ulon:s. A traí assim ,,;ôl,re li 11osso Pátri(J (J PCll., Eu ·"º" u Anjo ,111 sua j!uar(lu, o Anjo de Portutal. Sobrettulo aceito; t .mpor1u; com .-.ubmi.f• sifr> o sojtimenlo que Q St'nllor \'OS em·ior".
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E ,lcsilp11r,::c,•u'1 •
EM FA QUANDO NOSSA SE ,
ACRESCIDO DOS F.A
1r:rnscrevcm a nnrrnção d:, vidente sem cons.ig,rnr cm c1ual de seus nrnnuscritos ela se encontra):
.. E~·uuulo po;s CIÍ , ,,pC1rece11-1ws pcl" terceiro vez, traz.em/o ,w meio um cálice e. s/Jbre êle, umll Hóstfr1, da qll(1/ cC1fam dttw·o tio cálice algumas gouu ,/~ Sangue. Dei.mm/o o cálice e a fl6still suspensos no ,1r, prustr()u-se em t~rrll e repetiu três 11ête-l' a oração: "Somíssim,, 'rr;m/adc, Pai, Filho, Espíritv SCIIIIO, mloro- Vos pro/untlm11t-.11te e <J/ercpJ-V os o Pret.·fosíssi'mo Corpo, Sangue, Alma e Div;mláde ,le l elm· Cristo, pn!Ufllt! em f()(/t.>s o:l s,,crádo.t do terra, em rt•pm·11râ1> ,toi ultmjc,\', :tacrillgio.t t imli/ertt1 fal' com que 6.tc mcJ·mo é 0/1:nditlv. E pelos mbitos ;uJl11Uo3• do .rt•11 Stmtíssimo Coraçiio t' do Col'fl~~ão lm"',:ultulo (li! Mm•fr,, pcço•V(,s " t.·o,wcrs,io ,los po. br,•s pecodore.,•". /)epoi.,. levtmumc/o.se, romou de u()vo o có/;cc e tl H óstill, I! deu-me " n hsth1 a mim e ,, que con• tiuh" o cálice de.u•O li beber à lm;i111u é ao Fronci.rco, di1,e11do ao m esmo tempo: - "Toma; l' bebel o C,>rJJO e o Sm,gu< de J,:. sm; C,•fa'tO lwrr1\•dmeutc uftrajudo pt /(>3· homens i11•
li
Deus''. De ,iôvo st prostrou em terra e repetiu conosco muis trt':s v€1.es a mt,mra oraçi;o: "Sa111í.uimt1 Trimia, de . .. " e tlesuparecett'' (a).
(Cf. De Marchi, págs. 54-55: Wnlsh págs. 43-44; Ayres da Fonseca, pág;. 122-123; Oalamba de Oli• veira, págs. 58-59). • As a parições do Anjo. cm 1916, fornm prece. didas por 1rês -0u1ras visões, no verão de 191 S. nàs quais Lúcia e ouirns crês pastorinhas, M:1ria Rosa Ma1ias, Teresa M:uias e Maria Justino, viram, u,mlxm do outeiro do Cabeço, pa irando a certa altura sôbrc o arvoredo do vale. um~ espécie de "nm t'm, m,ú.r bnmc" que e, ne~1 e, C1!go transpateute, com /(,r. 111(1 lmm(l,ul', ''Em á figura como ,le uma estútu(l ,Je 11e,1e , qul! os rtJi<J.\' do sol ti11luun trm1s/ormu,lo em algo muitt> 1ra11spa,.c11te". A descrição é da própri:t Lúcia (cf. De Marehi, págs. S0-5 1; Walsh , p;;igs. 27-28; Ayres da Fonseca, pág. t 19; Oalamha de Olivcirn, pág. 51) . 1
APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Quando das apar1çocs de Nossa Senhora, Lócin de Jesus, Francisco ç Jacinta Mnrco rinham 10, 9 e 7 anos de idade, rcspcc,ivaincnte. tendo nascido em 22 de março de 1907, 1J de junho de 1908 e 11 de 1narço de 19 J O. As três crianças moravam, como dissemos, em Aljustrel, lugarejo da fregues ia de Fátima. As aparições se deram nun1a pequena propried:,de, dos pa is de Lúcia, chamada Cova da fria, a <!ois quilômetros e meio de Fálima, pela estra da de l.ciria. Nossa Senhora àp;:-1 rtcia sôbrc um::-1 azinheira. ou carrasqueirJ, de um metro ou pouco mais de <1llura. Fra11cisco apenas vi-1 Nossa Senhora, e não A ouvia. Jacinta via e ouvia. Lúcia via, ouvia. e falava com a San1íssimn Virgem. As aparições ocor. riitm por vo1ti't do mc:io-d i.-1.
1.0 aparição: 13 de maio de 1917 Brincavam os 1rês viôcntcs n:t Cova da Iria, quando obscrv:,r:ml dois cl.arõcs como de re15mpagos, ~pós os quais viram ;1 Mãe de Deus sôbrc a azinheirn. "Er(l 11mt1 Senhora ,,estida de bronco, mais bri//umtc lJU<' <> sol. e.\'pm·gimio /111. ma;., dc11'" t: ;,,. tensa que um copo ,te Cl'istal cheio de ÓJ!11t1 criswli,za~ ,,trovess,ulo pelos ra;os mais (1rtl~111es ,lo sol'', dcs♦ crevc Lúcia. $u;1 íace, indcscrit1velmente bela, não era "nem triste, nem ,,iegrc. mas sbi<l', com ar de s uave ccnsuta. As mãos junl:1s, como ~1 re,..-,r, aPoia• das no peilo e voll:,das p::in. cima. Da mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam íeirns só de luz. A t(mic~, era branca e bra1~c-0 o manto. oi'lado de ouro, 1.1 ue cobria a c:1beça da Virgem e Lhe descia aos pés. N:.'io se Lhe vi:1m os cabelos e as o rclh3s. Os 1 .-aços da fisionomia, Lúcia nunca pôde dt·screvê-los. pois íoi-lhe in1J)Ossível fila r o rosto ceksria l, <1ue ofuscava. O colóquio desenvolveu-se da seguin1c maneir.l ( ~) : NOSSA St:.NHORA:
NOSSA SENHORA: "tamb~m frá, mas tc,•'1 dtJ rtz.or muitos tc,·ros''. LÚC'IA: "E il Maria do Ros6rio do lo.ré das Ne. ,·tw ttstó 110 Céu?''
NOSSA SENHORA: "S;m", LÚCIA: " E a Amilia?'' NOSSA S ENHORA : " Ficar6 no Purgatório lllé ó J;m do mumlo ( " ). Qm:r~is <ifctectr-vos a Deus pá1•,1 suporwr tmlos o;,; sufrim e11t().S que êle qu;ser mumlc,r..vos, em ato
de rcpm·uçõo pr::lo$ pecC1tloJ· com tJue é ofemUdc, e de súp/ic(J pelil conver.rcio d<>s pecadores?'' Lúcu: "Sim, ,,uetemos!" NOSSA S ENHOR.A: "Ides, pois, ttr muito t/U<' J'fJ• Jrer, mo.r a. grC1n1 dt Deus será o ,,osso co11/ôr1n11 • "Ao promuu:iar t•stas palál'rils, C1bri11 ª·" mão.;: co. numiccm do-nos - é Lúcia quem escreve - uma luz mu;to ;nu:n.ra, como um reflexo que ,Jel<1s expedht, J)t:11Cll'OUc/Q•llOS ,:o peito t "º 111(1;$ intimo Ú(I almu e /111.tmlo-n()S ,•tr o nós mesmos em Dt us, qut! em ~si" lu1., ma;,-r clariunente c/(J que nos \iem o,:,> num e3•.
pilho. 8 nrcio, por um ;mpulso ímimo wml,lm ,·omu11ictulo. colmos de j()e/hos t repetimos intimt1m c11t": " 'Ó Somíssima Trimlade, t!u Vos adcr<>. M t!IIS Deus, meu Deus, eu Vos mno no Somíssimo Sa,·,wmt!JtU)'', F ic.ara.m assim alguns instantes, qu::1ndo Noss~1 Senhora prosseguiu: - "Rt1tai o têrço 10,lo.l' os dias pw·,, (l/cançar fl pa1. para o mut1do e o fim da gucrrtr''. "Começou então - descreve Lúcia - ,, ,.,,.._,,,,,. -Se se,·em,memc, .w bbulo em dircçlio ao 1w.sce11u•, {li/ tlesaparece1· na imenshliltle do <!SPllC'O, circmultula ele uma i·lvid,, luz que ia t.·onw que "brimfo ,·wnfolw no cerrado ,los ustros''. (Cf. De Marchi, págs. 58,60; Wolsh, págs. S2·S3; Ayrcs da Fonseca, págs. 23-26: Galomba de Oliveira, págs, 63-64) .
"Não tl'nlwi.\· m {:,lo, Eu nã()
Segundo apari~ão: 13 de junho
vos j,,ço m(lf".
Lúcu: "Donde é Vo.tstmtcc'i?'' NOSSA SENHORA: ''Sou do Ctu" (e Nossa Senho•
(Cf. De Morchi, p:í g. 53: Walsh, p:\g. 42; Ayres da Fonseca, pá~. 121·122: Calarnba de Oliveirn, J>ágs. 57-58) .
ra ergueu a mfio parn apontar o Céu). LÚCIA: "é que é que VosJ.·emect' me quer?,. NOSSA SENHORA: "Vim pará i·os pe,lir que 11e• ulu,i ,1qui sei,\' meses scgui<los (:<1) 1 lf( t ,li11 13, (1 e.,.,"
Terceiro opori~ão do Anjo
m esma fi em. D epois Jirel <1uem sou e o <1uc quc,·o. E vollorei ,1qui "i11d(1 ""'" sétimll ve_z".
A terceira ap~1rição ocorre u 110 fim do verão ou princípio do outono de l 916, novamente na Loca do Cabeço, e decorl'eu d:.1 seguinte forma, sempre de acôrdo com a descrição de Lúcia ( os riurores
gl'atOs. Reparai os seus crimes e consolai o vo3.,a
LÚCIA: "E eu também 11ou /Jat'il o NOSSA SENHORA: "Sim, v11i.,·'',
LÚCIA: "E a Jacinta?'' NOSSA SENHORA : "Também''. LÚCIA: " E o Fra,,ciscof''
Céu?11
A seguncl::i apariç.~o (oi precedida também por um relãmp3go. Alguns dos çspecladorcs, que em mímero de aproximadar'llente cinqüenta, tinham acorrido ao lo<:al, notaram que a luz do sol se obscureceu durnn• 1e os minutos que se seguiram ;to início do colóquio. Outros disseram que o tôpo da azinheira. coberto de brotos, pareceu curvar se corno sob um pêso, um momento antes de Lúcia fa la r. Durante o colóquio de Nossa Senhora corn os videntes. alguns ouviram um sussurro como se fôsse o zumbido de uma :,belha. 4
t)
Ver as nocas na página 7.
QUE SE PASSOU
lTIMA
WHORA APARECEU
nistrador de Ourém, que à fôrça quis arrancar.Jhcs o segrêdo. As crianças permaneceram fi rmes. ·· Na hora costumeira, na Cova da Iria, ouviu~se um trovão. qual se seguiu o relâmpago, tendo os espectadores notado um,, pequena nuvem branca que pairou alguns minutos sôbre a azinheira. Obser• varam-se também fenômenos de coloração, de diversas côrcs, do rosto das pessoas~ das roupas, das <trvorcs, do chão. Nossa Senhora certamente tinha vii,do, mas não encontrara os videntes. No dia 15 de agôsto (•C), Lúcia estava corn Francisco e mnis um primo no local chamado Vali~ nhos, uma propriedade de um de seus tios, quando. pelas 4 horas da tarde, con1cçaram a se produzir as nlterações atmosféricas que precediam as aparições de Noss.a Senhora na Cova da Tria: um Slíbito rC• frc,s car da temperatura, um dcsmaiac do sol e o característico relâmpago. Lúcia mandou chamar à$ pressas Jacinta, <1ue chegou cm tcmp,o para ver Nos• sa Senhora ciue aparecera sõbrc uma azinheira. ou c"rr~1squeira, um pouco maior que a da Cova da 1rh,.
"º
LÚCIA: '"Que é que Vossemecê me quer?'' NOSSA. SENHORA.; '~Quero <1ue continueis a ir (l Cova Úll /riu no di11 JJ t! que continueis o t ethr (J tfrço rodos Qs ,lias'' .
lTOS POSTERIORES
Lócu.: "Vo.fsemfce que me <J11er?º NOSSA Sii.NHORA; "Qutto que i•e11/wis ll(JIÚ IW
dia 13 do nu':s que vem, a que re zeis o lt'rfo tcdos os ,Has (:O). Qm•ro <11111 <tprt•mlas II ler, e depoi,t 1/irei umis o que <1uero•·.
Lúcia pediu o cura de u1n;_1 pessoa doente. NOSSA $F.N1101tA: ''Se se co11verter. c ur,,r-Se•lt tltt•
rm,re o tuw'', LÚCIA: "Queda pedir.Lhe porei nos lcvnr para o Céu", NOSSA $ENHôkA: "Sim, (I JlU:inta C (10 f'rw,cisco h-110-os ('m bn:vc"!. A,fa,t 111 /icos c,í m,,i.s algum ttmpo. Jcs u.t qr1er SUl'ir,se de 1i para Me /a'l.tl' conhcc~r e 11m11r, a1c quer f!stt,beh•cer no m1111do 11 dcwJçiio ao
mru lnwculado Comr,lo. A qutm a ab,.açar, pro, mNn " s,,tw,riío: estas t1/ma.'f :rerifr> prediletas de Deus,
camo //{ire~· por Mim coloclld<1s 110 stu trono'' (G), LÚCIA: "Fico t:á sàún/u,?•~ NOSSA SENHORA: "Não, fi/h(l. r:; 111 sofrts muito com isso? Eu 11u11ct1 tt ,lci.\'arâ. O m ~u lnwculado Cort1t·lio .,;hlt o 1,•u ref,ígio e o CQmillho que te con-
duz.irá olé Deui'. "Fo i m> momtlllQ t/Ué ,Jisst tsltis 1'tlti111<1.t plllavrm - con1a :, lrmã Lúcia - que a Virgem abriu as miios e nos comunicou p~la .scxundtt ,,cz o ;,eflexo tfo luz imensa que A envol,•ia, Neltt nos vimos como que suhm ergitlos em Deu:;, A Jnci111a e o Frtmcisco parrciam éslor ,w pllrtc que se elci·twa para o Céu t f•u ua <Jue se eJ·pargfr, sóbrc a terr<1. À frente da paitia m?ío tlireiu, tle Noss,, Senhora t stavo um Ccra(',io cel'cado tle espinhos que ué/e se Cl'nl'tlVOm. Co,n. JJl'Ctmtlcmos que era o Cora(<iO lmacultulo de Mnda, ult,'tljculo pelos pectulo.t ,ta lmmtmitlade, <Jue qutria reparnç,io'' (1) ,
"'º
Quando se desvaneceu esta visão, a Senhora, cnvôlla ainda nà lu1. que dEla irr:-1diava , elevou.Se da arvorczinha sem e.s fôrço, sua~emente, na direção' <lo leste, até desaparecer de lodo. Algumas pessoas mais próximas notaram que os brolos: do tôpo da :1zinheira estavam Lombados na mesma direção, CO• mo se ~,s ve.s1es da Senhora os tivessem arrastado. S6 :tlgumas horas mais tarde retomaram a posição natural. (Cí. De Morchi. págs. 76-78: 11/olsh, págs. 6S-66: Ayres da Fonseca, ·págs. 34-36: Calamba de Oliveir:,, 1>.lg. 70).
Terceira apa rição: 13 de julho Ao dar-se :~ terceira aparição, uma nuvenzinha aeinicn13da pa irou sôbre a azinheira, o sol se· ofus. cou. um:, Magem fresca soprou sôbre a serra apesar de ~ estar no . pino do verão. O Sr. Marto,' pai de Jacmt;i e Franc,sco, que assim o refere, diz que ouviu i.:,mbém um sussurro como o de môscas num cân~ taro voiio. UÍCIA : "Vossemecê que me quer?"
NOSSA SENHORA: "Qm•rô que voltem t,q,,i no dio I J ,lo m ês que vem, que co111i11uem a reu1r o têrço 1odos ôs dias l!m honra de Nossa Senhora do Rosário ("1) paro ob1er a pai do mwulo e o fim da gm:rr<i, porque .r6 E/tJ llte.r poderá ,,uter1•. LÚCIA: "Qucrit1 pedlr•Lht para nos dher <1uem é, " p11r<1 f<1ur um milag,·e porn que 1odos acreditem qu~ VQs.stmt'cé 110.v apare,·(,".
"Continuem 11 ,,ir aqui 10dos Ol me.,·es. Em CuJubro direi quem sou e o <Jue quero. E f'1r'<'i um milagre que iodes hão de ver pata acrcJitnrem11 (íl). Lúcia apresenta eniiío uma série de pedidos a Noss;, Senhora~ um dos quais foi a da cura do filho par:-lílico de Maria Carreira. Nossa Senhora respondeu que não o cur-arü\ nem o 1iraria de sua po'b reza, mas que ~ez..1ssc to_dos os dias o têrço cm família (lO) e d:tr•lhe-1ri os m-c1os de ganhar a vida. OuLro en(êrmo pedia para ir cm breve para o Céo. NOSSA SENHORA: ''Que mio 1cuh" pressa: Eu bem sti qumulo o héi de ir buscar''. NOSSA SENHORA:
Para outros, que pediam conversões, c-uras e Ou• ll':tS gnwa.s, Nos~m Se1lhora recomendava sempre. à prática do têrço) que assim alcançariam as graç3s duramt o a no. Depois prosseguiu: ''Stlcrifictli•vôs pelos peca• dores e diz'ei muiws vêz,eJ· e em especitil .rempre l/Ue /izerdeJ' algum J·ucrifício: ó Jc$us. é por vos~'.O u.mor. pela ,·011ver.s,ío dos pecut/oreJ· e em reparaç,l o pelos pectldOJ' comttitlos contra o lmacul"llo Curt,ç<io de hf(Iria". ■ 0
SEOR@OO: A VISÃO 00 INFERNO
" A ó diur estaJ· pt1l,n1rtls -
narra Lúcia obdu de nôvo c,s mãos como nos dois meses onte• riores. O ufl~xo que elaJ· t-:cpeJiam p(lre,·eu penelrllr a terra e vimos como que um mar tle fogo e mergu/l,udos nesse fogo os demónios e as alnu,s como se fôss~m brasas trauspartntts e negro.s ou brouuatlas, com forma huma11{J, ((Ut flulUavam no incindio lcvad,1.v pclaJ' cl,am,1.f que dclt,s m esmas safam junta• mente ,·om 11u~•c11s de fume, caindo parti wdos os lados - as.sim r,:omo Q cllir ,las fugu/lws nos grtmdl!S ;ncêndios sem piso nem e<Juilíbrio, emre gritos e gemido.s de dor e desespfro que l1orrorlzaw1m e fatiam t'Stremec(•r de pavor. ÓJ' demónios distinguiamse por formas horrívâs e asquerosas de animtlis tspamoscs ~ desconheâ<los, mas trunsparemes como negros can,6es em brosu'' ( Memórias. 1V), • Ov-rRA P1t.R1·e. oo SeGRtoo LÚCIA: 4'Ai, Noss,, Senltorar NOSSA SENHORA : "Vi.s,es o inferno. poro omle vão 11s almas tios pobtes pecadores. Pum âJ' .talvar. Deus quer cs1abclcctr no mundo o devoção ao meu I maculado CcNzção.
St /ir.trem o que Eu vos disser, st1frar-,re-ão muiws almas e terão paz. A guerrn voi acabar, mas se niío tlei:mrtm de <>ft,ufer ti Deus, no reinado de Pio XI começar<Í ouIra pior (li). Quando virde.r uma 11oitt alumiada por uma lut. desconhecida, .fabci que é o grande sinal que /Jem· vos dá de que ,1ai punir fJ mtmdo de stus cri• m cs, por meio tia guerra, da fome e tft perseguições d lgreia e ao Sa1110 Padre (11). Paro o impedir, virei pedir a êonsagroçiic da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão r eparadora nos primeiros s&bodo.r. Se atenderem a meus pe,lfrlos, ti Rússia se converterá t terão pllz,; se não, espalhará .l·cm· errQJ' pelo mtmdo, promovem/o guerras e per.o;cguiçõcs à Igreja; os bons serão mar1i~ ri1.11dos. o Somo Padre terá muito que sofrer, várias ,wçóe.r seâio fmiquiladas; por fim, o meu lmat:ul11do Coraçllo triun/t1r6. O Sontó P,ulrc consugrar•Mc•Ú a Rússia, que se com1er1crá, t~ será concedido ao mundo tJIRmn ttmf}c> de pu1. .. Em Portugal co11.rcr\'l1r•sc-â sempre o doRma
,la Pé. Is/o mio o ,lilltús ll ninguém. Ao Frcmcfa•co, sim, potlcis tliiê·lo'' (>3) , Passados instantes: "Quamlo rez,aiJ· o l êrço, diz,ei depois de cada mlrtério,· ó meu Jesus, perdoni-nos, fü•roi-nos ((Q fogó tio infer no, lc,1ai as alminhas tôdas para o Céu, principalmenle tis que mai.o; precisurem'' ( 1,4), LÚCIA: "Vossemcc:é 1uio me quer mais mult,?" NOSSA S HNHORA: '' Não, hojt não te quero mais nnda". · Ouviu« então uma espécie de trovão indic~ndo <1uc a aparição cessara (U),
(Cí. De Marchi, págs. 90-93: \1/alsh, págs. 75-77: Ayres da Fonseca. p(tgs. 4 1-46; Calamba de Oliveira, págs. 72-78 e 146- 147).
Q~arta a pa rição: 1 S de agôsto No dia 13 de agôsto, cm que deveria dar..se a quarta aparição, os videntes não puderam compare... ccr à Cova da Jria. pais íorarn raptados pelo Admi•
De nôvo L(icia pede a Nossa Senhora que faça um milagre para que todos acreditem. NOSSA SENHORA: "Sim, No 1íltimo mês, tm. ouluhr", /t1rei um mih,gre p(lru que todo.r uefrun nas mi11h<1J' tlparições. Se não vos tivessem levado à at. tlciu (17), ,, milagre seria mais grmrdioso. Jlirá Süo Jusé <,·om o Me11i110 l<sus pam 1/t,r " pat ao mmulo. Virá lumbim Notso Senlwr pllru 11be11çoar o povo. Virá ainda Nosst1 Se11hort1 do Rosário e No:.su Se11hor11 das Dores" ( 18 ). LôCIA: •'Que I que Vossemecê quer que st. Jaça do dinheiro e dos outras o/erws que o pm,o 1/,:i;rn na Cavu tlu Jr;a?" NO$SA S.eNHORA: "Façtm1.se tlois andcre.v; um leva•O tu c:o,>1 11 Jtu,:ima e outras duas meninas vestitlt1s tle brmrco, o outro le,1e-o o Frtmcisco com mais tl'ês m enittos também Ví!Stitlos de opas branca.s. O ,Unlteiro dos antiores é puta " /csu, de Nos:w Se• nhora Jo RosáriQ ( 10). O que sobrtlr é para ajuJ,,r a construir umu c'aptla" (:?O). LÚCIA: ''Queriu pedir-lhe a curti de alguns docnf<'S" .
NOSSA SENHORA: "Sim, alguns curarei clurtmte o
1,no··. E assumindo um aspecto muito triste : " Rez.ai, reuli m1u'10 e f111.1:i Sllcri/fcios pelos pecmlores, pois l'ÜO muillls t1l11w:,· pura o inferno por mio Jwver quem St! sacr;fique e peça por elas''.
Em seguida a[aslou-Sc cm direção do leste ç desapareceu (Memórias, IV, pág. 40) . Os videnles cortaram ramos da árvoce. sôbre a <1ual Nossa Scnhorn lhes tinha aparecido, e leva. mm-nos pa ra ns respectivas casas. Os ramos exala• v,,m um perfume: $ingularrncntc suave. (Cí. De Marehi, págs. 127- 129; Walsh, págs. 109-110: Ayrcs da Fonseca, págs. 61 -62 : Calamba de Oliveirn, pág. 89).
Quinta a parição: 13 de setembro Como das outras vêzes, uma série de (cnômenos a1mosféricos foram observados pelos circunstantes cujo número foi calculado entre 15 e 20 mil pessoas' ou talvez mais: o súbito refrescar da atmosfera ~ empalidecer do sol atl ao ponto de:. se verem ' as eslrêlas, uma espécie de chuva como que de pétalas irisadas ou flocos de neve-, que desapareciam antes de pousarem na terra. Em p:uticular foi notado dcs• la vez, um globo luminoso que se movia lenta ~ majesto:.-amc1Hc: pelo céu, do nascente para o poente 1 e nf) final da aparição, cm sentido contrário. ' LÚCIA: ' 1 Qur 4 que Vossemecê 1>1e q;u:r?"
NOSSA Sl:NHORA: ··co111i11ucm 11 rezar o têrço ti No.rsa Senhom ,lo Rosário, todos os dias, para alcon• ,r11rem <> fim tia guerra. Em outubro Nosso Senhor ,·ini Jambém. e NoJ·sa Senhora d"$ Dores e Nossa S,•nhora ,lo C(lrmo e São José com, o Menino Jesus, 11art1 aben,:onrcm o mundo. Deus está comente com ,,s vossos S<1crifiâos, m11s não quer que ,lurmais com ,, cotda, ll'tU.ei·u s6 tlurtmle o dia·• (21 ). l.ócu: ''1"fm-me' /U!<lido pàrtl Lhe pedir muiu,s
coisas. Esftl pequena ~ surda-muda. Não a quer
cm·11r?" NOSSA SENHOR.A: ,. Dur<mle o ano expedmemat6 fll1trmUJs melhoro,,;''. Lúcia apresen1a outros pedidos de conversões e d:: curas. NOSSA SENHORA: "Alguns cura,·ei. outros não, 1iorque NosJ·o Senhor não Se fia neles''. LÚCIA: "fiá 1múlos {JUI! ditem que eu sou uma inlrujona, </Ué mt•rccia sei' enforcada ou <Juâmada. Faço um milaKl't! pata que lodos creiam".
Ili -
NOSSA SeNHOAA: "Slm, tm cmubro ftirei um mifogre part1 que lodos acr1ttli1em". LÚClA: "Umas pesso<1s dert,m-me ,hw.v cat1as parti Yossemtcê I! um frasco de água de ,·o/Qnià". NOSSA SENHORA: '"Isso de ,wtla serve pt1ra o Céu (22)!" E dito isto, e levou-Se, desaparecendo cm direç.ão ao nascente. (CI. De Marchi, págs. 138-139; 11/alsh, págs. I IS-116; Ayrcs da Fonseca, págs. 70-71: C:tlamb:i do Oliveira, pág. 93) .
última apa rição: 13 de outubro Como das outras vêzes, a aparição foi precedida pelo clarão de um rclâmp:-,go. LÚCIA: ''Que é que Vossemecê m t
quer?" NOSSA SENHORA: "Quero di1.er.Je que /<1Çtmt m1ui uma capela em minha honru, que fôu a Se11l,ort1 do Rosário (23), que conlinuem ,, reie1r v t€rço JQúos os dia:.·. A guerra vai acalu1r e <>s militurtJ', volWrt1o em breve para s1ws c,,sas''. LÓCIA: i•Eu tenho muitas ,:oisus p11r11 Lhe pedir. Se curava uns doentes e se convertia o.~· p,:cado1·cs . .. "
NOSSA Sl?NHORA: "Algum· sim, ou1ro.v não. ê pr~cisa que J'c emendem, que peçam pertltio do.v seus pec,ulol'. E assumindo um <àr mlliS grave: "Não oJemlam mai.s a Dtm· NoSJ'O Se11h()r que já e.s1á muUo ó/c11dido''. LÚCIA: ''Não quer 11wü· mufo dt: mim?'' NOSSA SeNHORA: ''Niiq quero mais muhl'. LÚCIA: "E eu também não quero mais 11a• tia"("").
Em seguida, abrindo a.s mãos, Nossa Senhora fê-las refletir no sol, e enquanto Se e levava, conli• nuava o reflexo da sua própria luz. a projerar-sc no sol. Lúcia, nesse momcnro, exclamou: "Olhem para o sol!" Desenrolaram-se, então, aos olhos dos videntes. três quadros, sucessivamente, simbolizando primeiro os mistérios gozosos do rosário) dCPois os dolorosos e por fim os gloriosos (apenas Lúcia viu os três qua<lfos; Francisco e Jacinta virnm apenas o primeiro): Apareceram, ao lado do sol, São José com o Menino Jesus, e Nossa Senhora do Rosário. Em ~ Sagrada Família. A Virgem estava vestida de branco, com um manto azul. São )osé também se vestia de branco e o Menino Jesus de vermelho claro. São José abençoou a multidão, traçando três vêzcs o sinal da Cruz. O Menino Jesus fêz. o mesmo. Scguiu,sc a visão de Nossa Senhora das Dores e de Nosso Senhor acnbrunhado de dor no caminho do Cnlvário. Nosso Senhor traçou urn sinal dn Cruz para abençoar o povo. Nossa Senhora não tinba_ a espada no peito. Lúcia via apenas a parte superior do Corpo de Nosso Senhor. Finalmente apareceu, numa visão gloriosa, Nos~ s;, Senhora do Carmo, coroada Rainha do Céu e da terra, com o Mcnioo Jesus ao colo. Enquanto estas cenas se desenrolavam aos olhos c!os videntes. a grande multidão de SO a 70 mil es. pcetadores assis1ia ao milagre do sol. Chovera durante tôda a aparição. Ao encerrar-se o colóquio de Lúcia com Nossa Senhora, no mo• mcnto tm que a Santíssima Virgem Se elevava e que Lúcia gritava " Olhem pt11·,1 ô sol!", as nuvens se enlreabriram, deixando ver o sol como um imenso disco de prata. Brilhav:i com intensidade jamais vista, mas não cegava. Isto durou apenas um instante. A imensa bola começou a "btlilar''. Qual giguntesca reda de fogo, o sol girava ràpidamcnte. Parou Por certo temp,o, para recomeçar, cm seguida, a gir:1r sôbre si mesmo. vertiginosamente. Depois seus bor, dns tornaram•se escarlates e deslizou no céu, c:o,no um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo. Essa I\IZ refletia-se no solo, nas árvores, nos arbus1os, nas próprias faces das pc.ssoas e nas ,·oupas, tomando to 1rnlidades brilhantes e diferentes côres. Animado 1rê-s vêzcs de um movimento louco, o globo de fogo paree<:u tremer, sacudir-se e precipitar-se cin ziguezague sôbre a multidão aterrorizada. Durou tudo uns dez minutos, Finalmente o sol voltou cm z,iguc.zaguc para o Ponto de onde se ti• nha precipitado, ficando novamente 1ra11qüilo e. brilhante, com o mc-s mo fulgor de todos os dias. O ciclo das aparições ha via terminado. Muitas pesso3$' no1arom que suas roupas, ensopadas pela chuva, tinba1n secado sllbirnme11te. O milagre do sol foi observado também por nu· mero$3S testemunhas situadas fora do local das apa• rições, ,.ué a 40 quilômetros de distância. (Cí. De Marchi, págs. 165-166: Walsh, págs. 129-131; Ayres da Fonseca, pá~s. 91-93; Oalamba de Oliveira, págs. 95-97) .
ALGUMAS VI SÕES PARTICULARES DE JACINTA
No pouco tempo que passaram na terra depois <las apariçcks, e mesmo no período abrangido por estas, Francisco e Jacinta, ma$ sobretudo esta última, tiveram isoladamente diversas visões. Relataremos ::tqui as prindpais, que sio de Jacin1a.
"Eu vi o Santo Padre.
,.
Numa- tarde de agôs10 de 1917, estando os vi• drntcs sentados nos rochedos do oulciro do Cabeço, Jacinta pôs-se sUbitamente a rei.ar a oração que o Anjo lhes cnsi11ara, e depois de um profundo silên• ci<> d_isse:
- ·•ó Lttciu, não vês toma eslrado, tantos caminl,os e ct111tf)fJs cheios dt geme a chort,r com fome e n<lo 1êm "'""' para comer? E o $011 /Q Padrt numa igreja tlitmte do !maculado Coração de Mariu a r('zar? E ttmu, geme a re1.at com ile?'' (cf. De Mar•
chi, pág. 99: Walsh, pág. 84, Ayres da Fonseca, pág. 137) . Noutra ocasião, aproximadamente ao meio-dia,
junto ao poço da casa dos pais de Lúcia. Ja'Cinl:, per• gun1ou à Lúcia: "Não i•iJ·1e o Sánw Pt1,lt~?" - "Não'', - "Não sei como f <>i. cu vi o S"mo Padre ,,u. ma c11st1 mui10 cr(lm/e, de joelhos ,lfrmte de uma mesa, com <1s miíos 110 rosto a cltomr; for'1 tia porlu da cosa e.swva muila gente e t1tiravpm-lht pedras, outros rogavam-lhe 1>r11gas t di1.iam-lht muit<1s pálavrtzs / t ias. Coi1<uli11ho do S(}lllô Padre, temos de pedir muito por êle!'' (cf. De Marchi, págs. 98-99; Walsh1 pág. 85; Ayres da Fonseca, pág. 136). Um dia, cm coisa de Jacinta., Lúcia enconlrou-a rnui10 pensaliva e interrogou-a: - •'_E m que esilts pensando, Jaci111a?'' - "Penso na guerra <1ue luí de vit. /lá de morter tanta ge111e ~ ,,ai ttmla parti o inferno (2G)! lhJo de J·er arrasadas muitas cosll.v e mortos muitos Padres! 0/lm, eu vou para o Céu, e quando vires de 11cit~ essa luz que a Senltoru disse que ,,em anle.>', fogt
A. A. Borelh Machado
SIMPLES RELATO DO QUE SE PASSOU EM FÁTIMA , (cf. De Marchi, pág. 238; Walsh, pág. 85; Ayres da Fonseca, pilgs. 161 - 162). pan, ltí tambhn"
últimas visões de Jacinta Em fins de outubro de 1918. Francisco e Jacint3 adoeceram, quase ao mesmo tempo. Indo visitá-los, Lúcia encontrou Jacinta no auge da alegria:
- "Ollm, Lúcia, Nossa Senhor<, veio nos Vl:r e ,Hsse que vinha buscar o Frtm,·isc:o nmitó breve pam o Clu . E a m;,n pergunt()u-mt se ainda quuia converter ,mlis pectulore.r. Disse-lhe que sim. Nossa Senhora t/UU c1uc eu vâ ptm, dois lros-
pUais; m,,s não é para me curar: é para sofr~r mais por amor de Deus, pela conversiio dos pec,,dores e em desagravo tias of,msas comeIMlls
contra Q Coração Imaculado de Maria. Disse-me que tu mio irias; que iria lá minha müe levc,r-me e que depois Jicllria lá sõzinlu/1 (cf. De Marchi, pág. 227; Walsh, pág. 146; Ayrcs da Fonseca, pág. 153). Durante a doença dos dois videntes, Lúcia visitava-os freqüentemente. Conveí$avam então lon• gamente sôbrc Q:s acontecimentos de que tinham sido prota-gonistas, Transcrevemos algumas observações de Jacin1a: - '"Oth,,, sabes? Nosso Stmhor eslá ttiste porque Nouá Senhora disse 11os para mio O ofen• derem mais. que jtí estttv,i multo o/t.,ulido, e nillguém Jê1. cciso; co11fi11uam a fazer os mesmos pec,11/o,'' (cf. De Marchí, pág. 243; Walsh, pág. 157). - "Já falta fJ()UCó para ir para o Céu, Tu /i• cas cá para dizeres que Deus quer estabelecer no mundo a ,ltvoçiio ao Imaculado Coração de 'Matia. Quando /ôtes para dizer isso, não le ts• co,ulas, dize a tôda a gente que Deus nos cQn• cede as graças por meio do Coração Imaculado ,/e Maria, que lhas peçam a Ela. que o Cora• çâo ,le Jesus quer que, a seu lado, se venere o Coração Imaculado de Matia. Que P.eçam a paz ao Cotação Imaculado de M,iria. que Deus Lha entregou a Ela. Se eu pudesse m eter 110 coração de tóda a gente o lume que lenho cá demro do p~ito ti queimar-me e u fazer.me goswr umto do Coração de Jesus e do Coração de Maria! .. . (cl. De Marchi, pág. 244; Walsh, pág. 156). Em fins de dezembro de 1919, Nossa ~nhora apareceu novamente à Jacinta. que assim rela• tou o lato à prima: 0
TE X TO
- "Nossa Senhora veio ver•me esta noitt . Disse-me que vou p'1ra Usbon, para outro ltospi• tal (ZO); que não te tOt110 ,, ver, nem a meus pais: que depois ,te sofrer muilo, morro s01.i11ha; ""'s que ll(ÍO lenha mêdo, <Jue me vai buscar pa"' o Ci11" (e[. De Marchi, pág. 245: Walsh, pág. 157; Ayres da Fonsec~. pág. 162).
"Quem t e ensinou t ontos coisos?" Transportada para Lisboa, Jacinla ficou pri. meiramente num orfanato contíguo à Igreja de Nossa Senhora dos Milttgres, sendo depois lcvad;t para o Hospital Dona Estefonia. Nó primeiro dêstcs estabelecimentos foi assistida pela Madre Maria da Purificação Godinho, que tomou nota - embora nem sempre litcralmenlc-- de suas úl• timas palavras. Reproduzimos abaixo a lgumas delas, repassadas de tom profético e cheias de unção e cnsinr,mcnlos, De Marchi publica-as agrupadas por assunto. ■ SÔBRE A Gm!.RRA
''Nossa Senhora tlisse que 110 ,mmdo luí mui• u,s guerms e disc6rdias. As guerrâJ' ll(ÍO são senão c<1stigos pelos pe<:tulos ,to mwulo. Nossa Senhora já 11Clo pode suster o btt1ço tio seu a11uulo Filho sôbre o mu11do. prtciso fazer pe,útência. Se a gente se emendar. ,,ill(/a NoJ·so Senhor valerd ao mmulo; mo.s, Se mio se em emlar, virá Q castigo . Nosso Stnhor está pro/u11dameu1c indlg11ado t·om os pec(l(/os e ,·rimt:t que se comettm em Por• tugal. Por isso, um terrível cataclismo de ordem social ,,meaçt, o ,msso País e prúu:ipalmente a cldade de Li.vboa. DtJ·eucadtuzr~sc-lÍ, segwulo pttrcct, unw guerra <:ivit de caráter ,mc1rquista ou t·o• munistu, acompanluu!t, de sm1ues, mor1icí11ios, ,.,,_ c/11(/;os e devaswções tle túda espécie. A ,·apiu,I co11verter•.1e-ú 1111111,, w:rclaclelm imagem ,lo i11/er• no. Na ocasicio t m que u Divi,w Justiça ofell(lidt1 infligir tiío povoroso casligo, totlos aquêles que o pmltrem Jazer fujam ,!essa cidade. &te castigo agora predito convém que sejtt cu11wciculc> pouco « pouco e com ,i ,le~,ida ,Jiscrição" (cf. De Marchí, pág. 255; Walsh, págs. 160-161 ). os homens se emendarem, Nossa Se.11ho1'1 enviartí ,w mundo um castigo como ruio se viu igual, e, ames ,lm· outrOJ' países, à Espanlm'º ( De Marchi, pág. 92). Jacinta falava também de "grandes aconteci. mentos mtm,li"is que se deviam reali1." r por vol• '" de 1940" (De Marchi, pág. 92).
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DAS DERR A DEIR AS
''CONVERSAS AVULSAS'' Em no";ii Vitima edfç!o, public~mos o ucigo de
11osso eol:ibOr.,dor Pror. Plinio CorrCa de Olh·cira, inHtub.do " Um di4logo que se tomou lmposdvc1 - Comc111:\rlos à trfplic-:. do Exmo. Arcebispo de Fortalcn... P:m::cc" oon,·cnicntc 111 S. Exci,. Revma, o Sr. D. Jffl de Medeiros Delgado d:ir a lume, i guisa de rc.<1í>O$Ca. m:1i$ um:t de sutts "Co1wcrs-.s Avulsas". TN1nscrcvcmos aquj o rc$J)CCtivo texto. cstam,pado em '"O Unil:\l'io", de Fon;ilcu, ediç!o de 9 de abril p , p. N°"°s lehores \·eri\O porque o Prof, PJinio Corrê~ de Olivcir;i $e ab5eém de rc.spc,nder ao n6vo a.rtigo do Vcncra.ndo PrcJ~do. "C)lbaa OPOrfuoldadc dei AO P·ror. Pllnlo CorTb de Oltvclra dt faur uma lon,a tKpOSl(io .abre. ku.s mErl• tos e sôbrc lit"Us e~rhos aJ,cuns Induzidos t-m dlnrus llnj,iui&.s, ou1ros J:1.pbludldos p0r aua, personalldadu «lc• sl:htk at, um tXCtptuar o ah1al P1111,1•, Quudo ff.t•ree,. rlo de Estado de S. S. Pio XII. Depoli de ludo bto, que 1•odertl rtspcmdcr ao nobrt" C':ld•dAo? Nada. Seria tt.rf.amt.nte lnulll voHar a ralar a atole tio. hopor«anle. Que lbe rali• para tbtgar ao Cfu7 ~mente r«tuiir os olhos e abri-los na crcmtdadt-? A 11.11, da t"fc-mldadt- nber.S fie um dla o que "'11• ltm as Jtlórlas 1trnnas, m u mo as que parcctm tnoon• 1es1divel, e sc3uras, Sa~r.i, p-or uemplo, o que p06e va.ltr um mhero t1111;u1cdro do NordtSft" com1>arado a um pl"()ft"$$0r do Unlvtl'$kb.dc. R mutco poSSh'c:I que um J)Obrt tant:actlro nordtl• Hoo a qut-m o Or. Pllnlo nio quer ttr comparado nem dt" bdncadt-lra, merct• multa afcn(io do Pa.l Eremo, embona na tem tc-nha re~bldo deq,rho e c-ondt:oaçlo. €u me acostumei a Yt"r como do 1trandt"!I a1aun.s dttiH desprttados 11crt1 h11maoos, pc,quenos e mcdfocns no Juli.o dos homt"D$, prlnclpalmente do,. que nunca c:onhectl'lllll • mbfrla, a ptrttituJÇ'io t" • Injustiça, criadoras dt- tipos t".ltttrlorme:1:1te tiío mal1lnado1r tm .su• pró• prln pditrla t pc_los $Cu..-. próprio$ lnnlos.
- n };u A,:nl.dt(O SI Dtu.lf dt lt"f nascido Ht,>ht am:adll ttrra dtK<>nb«lda ptlo Prof. Unh·t:r:df4rlo. Assb:n llquel muudo ptla pltdade para com e$$CS nossos bm.los. VH>t aJnda na lofânda. Em m.loha familia , que habitou o satão íldusto aff. 011 me-u.t nove anos $tndO t·u o $étimo dt d~rmte: J:nniio.5, «invtrsaYa•&t, multas vf. ua, sôbrt1 a M>r1t do cangllittlJ'o. Ctn:a yc,z. Mnta e cln«i dfle:,, tompan.btlros do clltbr,c Antonio SIMno, a<uparam a faun~ dt meu pai. Ni'ío f4t-ta.m mal a nln,tufm. · A.pt,n:as custl'l.ram 1101 POSSO$ palols dt mJU,o, farl• nha, arro,; e n1.padura, como ao nosso turral de- gado, alJtuma, b.ib.~ Foi ti:111 q,o('8 poUllca dtlkad11, A Pantlba at.ravcmva um PtrfOdo de duras caçadas aquelt:a lofelluJ. Alnd.a $C falna na tM-dnll de lnd do Bacamarte, onde, c:m 1911, onu bomtru capturAdOt num combale com a POU.cla, ronun 11an1radoJ barbaramtntenum11 mllln.h .i frlflt. Mtu pai ua um homtm Que-. paSSara pelo St:ml:n5rlo de OHndlll e alnd.a st preparou para o vestlbular de Dlrtlto na Faculd:ade dt Rcdít-. Minha mie d~tndla do uma fAmflla das Espinharas, no Rio Grande do Norl t . Na mfnh2 C'a.sa vMa•llt: a (arldade crlslã. Não se dlt-1:1 nuJ de. ninguém. 1'fnha•llC: se:nllmtnto de solldarkdado humana para C"om OI qut ,ofrttd ~nteulrão. Eu a:iprendJ a ver Of próprlOs nin,racdro, romo minha mie. 0:1 via. N úo ttnbo outru cousas alorlosas A tOn• tnr romo o Hu~rt: homtm de ltlra.s t" de Unh·ersldadt. Clorlo-rnc-, Porfm, de tc-r amado o canaacclro nordt•• llno Ptlo qual nlio alimento o borTor do dvlJludo p:rnlb1a. So o chamtJ de. c:angacelro da,1 lclnLII foi mais pu1, ele.vi-lo na c·<u•11gem. O can,at:tlro nordt.~l:no antt.s dt s« um malfeitor tn1 um for1t. O Dr. Pl(nlo POdt nlo ftr outro flp0 dt rora,ccm, m:u no tkltYtt, f 11m «in• g-acelro. - lll -
C.Ontard uma ltl$16rla de c.anJa«fro. Eu J5 wava no St:ml:dd,o. Conhtct:n1 Cfcuo Porlírlo c:m casa dt: meu pai, ainda rulcUndo tm Malfa, munldplo de Pom•
bal. Mloh• ra.1n1lbt dclnra o sertão cm J9J4, Clccro contlnuava no &crtiio t• tmba111ava o:a fàz.tndo d~ um doi Ucllurlo$. Ctno dia, 110 raxt-r conlaJ com P•lfflO foi aJLArrado de s1n1>resa 1,0, c:lnc:o dos aJ.reaados dt?.1t. e, cortado$ os CC"ndúd dús 1•€$ t amar-rada.$ as mtos, Jen;n1m,no, Prt'$0 " um pau, até. um strrolt. AH dt· ra.m•lhe Utnll dtscargA de b11l;i., e- o allninuu tít uma lcxa de pcdn, O pai do dt-s,·enlun&do qut o havia mandado J>an. o u rflio, somt-ntc com o pen?.'.lmento de o Uvrnr dt pcrngulçiks no BttJo dt Arda, donde ,ra nativo, tumlnou sabtndo da mortt do tllho. Foi pr0<ur4-lo. Achou a t'D,·efra do misero nap:1t. 1>tlo rato de 1ei- cn• contrado n•<1ude StJTOle, qut dtzJ1un ter sido o lu,c·u do crime, Uh.$ urubu$ mot101 por c.nxanchamtnlo, nã dllA lc>tn de, P<dra. A roupa cm qut se: tncontravam os OSSO$, O tsquclt'fO alnd.a Jnttll'O dt' Clctro t n1 de mcs.cla »uai e nova. Resistira a. dc,composl~o. A$ cordás com que o bavtam amarrado ao pau Hnh11m podrtcldo mas dc.lnram sinal na roupa, O dt1nnluntdo p1tl levou o au:bsado fúnebre: A Capital da Paralba. Mo$trou ao PÚ• blfoo e às a uforid11dc,s como .mau1ra.m o fllho, Níio bou• vo 1>unlçilo, VI ci:un.ndo o lnfdb pai lrouxt' alf vU11 dt EsLlc:rtnça, vlilnbo à Ô)m1>ln1t Cni.ndc, os rc-.?.'tOs mortafs do rllbo. 1-~01 cncomtndado e- tnrerrado naqutla tt"ma. AU h• bilava naquele t t'mPO a minha !Jl.mllla, Cf«ro ro,. morto J)tl::a fam:l que conqu1Suu11 de l1omtm Y'Jlll entc. Tivera uma irandt safra dt a lgodlo. Queria raur oonftis e dtlxar o $er1ifo. N~o stl ff foi $6 pc_rnrsldadt do 1>:.lriío ou s lmplu covardl:a do Olt"$o mo. diante da 1>en·u sldadc dt seus moradotts, que 11nhB multa Inveja de Octro, a raúo do crhnc, O «no 6 qut niio o punlnim e: o vtlho pai 1,1trdtu a t:ab1:fa, Deixou o Brc:Jo de. Artla e transferlu•k para o H r• t:lo p-_nlt,ano, • fim de Ju$tar con.tas com os mliltadorcs do tllbo. C.he:ttou a t-llmlnali uns dols dos criminosos e dcUou fo(,:o A raund.a do Be:llt.irlo, tido como pTlndp11I ru11onsdivd pela desxmça .sucedida ao tlll10. Passei pc-la taic,nda ttdutldn n minta$. VI :11(nd1 car<a$$..n t$palha• d11.t no pateo. Esta dolorosa tragédbri t' oulra. l:ilnh1.$, romsindadas Ptlo.s ~ntadorc:s se:n'gncJos, tomim mtu upírko de cri• anÇ11,. Mlnbll mie dua a tudo uma c<ir dt pltdJldc-. TinhP. um i:::nande ,imor aos mlst:r:ivel1. P lanlOu•me no coração um.a coml$1!:n&tão profonda Pt"lo homt-m sofredor destas tt-rra, brasllelr.11. Tr:11n4'flt<MII ao crl$t.!io cmp1t"ooado. Quando falo de c:an,i:ll«lro do "r15o 1>0$$0 t-$Ctlnda lh.ar s um Pllolo CoJTb de Olh'tlra, mas o f1110 f que, me e:nrem~o. Eu amo a e.sst I lpo de homt-m do Unasll, Amo-o e o lastimo. La$Hmo,..o e lenho vontade de dde-ndê•IO do.s C'ldad.los cultos que o n~o eonht-«m t dtsprtt..am, Só estou volfando a !aliar no nome do cxmo. i r . Prof. dr. Pllnlo pa~ de!t11dtr o canllacclro do meu ttrHio, -
IV -
AGRADEÇO ao Dr. PHnlo Corrb de- Ollvcin1 111 quem nllo C'UIPO 1>clo dtsprtu> que nutrt t>tlo c:angacclro. Dt.seulpo-o das csllr:ad:1s dt'. aufotloglo t du relvas quo teve: de mim 11tlo raro de não l.be ter dado maior lmport{ioela 1$ crh lcas f1U$11mtnle rc-spc llo~. ftl• las a minha pessoa., Tranqullb.o-o. N:ío falãrcl nl1'ls dr s ul\ J>ts.so:11 alf no$ cncorirnnnos na ttcmldade, t:Spc:ro que os $tu, fllb0$ c:$J>lrltoals, tm Forfnleu:a, nt~ a mlnh., morte: 1nC'. t e.,11.im ao mtnos o rt~1>tlto do s llê.nclo quo o Dr. PHnlo niio $Oul>e mauCt'.r. Tou1bfnt não lht p~ que ltla, att morrer minhas Conversas Avolu.s, quo do ~rll11,,t W para mt-u$ dlo<t&ano.s. Qut se t'S· qucç~ de mJm ('OW01 tu o í:lrel dt su.a 1►t".S.SOít kr.lndc dt1nial$ p:,ira it.r t<>C':'ada Jl,t")O Arcebb'po de F ort:ale::,;a. ~u rcs ptlto multo o quC' o Pa1u1 nnc-m Deus mt llvrc- di: (OCllr ru1Us tcn t:ll $1lnlo. E vamos conHnu:u 11 vida. For1111C':,,a J11m:rit,: prcclsar4 de PllnJo Corrh de. Olh'clr;i p:ua cou.:;11 alaumu. Vamos con1b1uar a \'(d:. e pedir 1, Deus que os ti'51na• m t nfo.s dt Direito Nlltur.d do l'ror. d~ São Paulo n!ao pertu.rbtm • consclê.nth• do$ $t)l;uldorcs do E,·anitC'llto dt Jts u.s Cristo de.ú:..s b11nd·J1.S do Nordt$1t.
-VCosca e SU"a ac11ba de :u::sumlr o "º''t-.m o do »ras o.
■ Sô8RI! os SACBRoo·res e os GOVERNANTES
'ºMinha madrinlw, peça muilo pe(os pecadores! Peç" muito pelos Pmlres! Peça muito pelos R eligioscs! Os Padtes s6 tltviam ocupar-se das coisas da Igreja. Os Padrej· elevem ser puros, muito puros. A desobe,liênci" dos P,,dres e cios R eUgiosos aos seus Superlor~s t:: tio Santo Pmlre o/em/e muito a Nosso Stnhor. Minha madrinlw, pef,·a multo pdo.,· governos! Ai ,los que perseguem a Religião ele Nosso Senhor! ' Se o govêt110 dei.rasse em pat ,, Igreja e ,lesse a libertlade à Santa R eligião, era abençoa• d<> por Deus'' (cf. De Marchi, págs, 255-256; Walsh. pág. 161) . ■ SôBRE O PECADO
··os
pecados que levam mais almas para •o iufttt,o siio os pecados ela cartre. Não ele vir umas motim.· que hão de ofender muito " Nouo Senhor. A s pt:.l'SOUS que sen•tm a Dtus mio ,levem <mtlllr com ll mo,lu. A Igreja mío tt:m modas. Nosso Senhor é sempre a mesmo. 0,f pcc,u/QJ' do mwulo são muito grandes. Se os homem· soub~.1sem o que 1. a ett r11ida. de, luziam uulo para mm/ar de vi,!t,, Os homt11J· perdem.se porque não pe11sam na murle ,le NoJ'SO Senhor e mio fazem penirêncio. Muitos matrimônios niio stio bons, não agracl"1il " Nos.to Senhor e não s,io de Deus. ■ SÔBRI? AS VIRTUDES CRISTÃS
Minha madrinlw. não mule 11() meio ,to luxo;
Juj" das ri<111eu1s.
Seja muito amigu da S<itlla pobrez." e ,lo silh1cio. Ttnlw muitti c,1rüh1cle, mesmo com quem é 111(111,
Nüo /tde mal de ninguém e fuja de ,1uem
c/iz mal. 1"tnha muiu, paciência, porque a paciincia leva~nos parll o Céu. A morlificaçiío e os sacrifícios agrad,1111 mui,,, u Nosso Senhor.
IV -
A Confissão ~ um Sacramento de misuicÓr• dia. Por isso é preciso aproximt1rtm~se do co11/essio11ário com confiança e alegria. Sem co11/issão não ltá salvação. A Mãe <le Deus quer nwis almas virgens, <Jtte se Hgut m a Ela pelo voto de C(lStidade. Para ser Religiosa é preciso ser muito pura m, alma e 110 corpo''. - "E sabes tu o que quer ,li1.er ser pura?" pergunta a Madre Godinho. - "Sei, sei. Ser pura 110 corpo é guardar tt castidade; e ser pura na ,ilma i não fazer pecados; não olhar pura o que não se deve ver, não roubar, não m entir nunca> ,lltem semprt â ver• . tlacle alrula que 1tos custe . .. ,_ ..Quem não cumpre as promesst1s que /01. a Nossa Senhora mmca tt rá /tlicld<Ule ,u,s .suas cOi• Os médicos não têm luz p,zra curar bem os dotntts, porque niio têm amor de Deus" . - ''Quem foi qut le. t n.t imm tcmt<tJ' coisa.t?" pergunta a Madre Godinho. - "Fol Nossa Senhora; mas "lgunws pensoo(JS eu. Gosto muito de pensa~• (De Marchi, págs. 254-256; Walsh, págs. 161- 162). Notando que muitas visitas conversavam e riam na capela do orfanato, Jacinta pediu à Madre Godinho que as adverlissc da falta de respeito que isso constituía para com u Presença Real. Não dando tal medida resultados satisfarórios. pedia que comunicasse isso ao Cardeal: "Nossa Senhora mio <1ut r que a geme /ale na igreja" (De Marchi, pág. 252; Walsh, pág. 160).
últimos dias de Jacinta Durante a sua curta permanência no hospital. Jacinta foi favorecida com novas visilas· de Nossa Senhora. Quatro dias antes de morrer, a Sanlíssima Virgem tirou-lhe tôdas as dores e confir. mou que viria buscá-la cm breve. Nas vésperas de sua morte. alguém pergun1ou-lhe se queria ver a mãe. Jacinta respondeu: - "A minha /tunília durará pouco tempo r: em breve se t11co11trarão no Ci u. . . Nossa Se11/,0"1 apare,:crá owra vez. ma's mio ,, mim, porqut com cerlez.a m orro, como Ela me ,lisse . .. " (De Morchi, pág. 262). . Nossa Senhora veio buScai Jacinta no dia 20 de feve reiro de 1920. Franciseo entregara sua alma a Deus no dia 4 de abril do ano anterior.
A M ISSÃO CON FERIDA PELA SEN HORA A LúCIA
Quando da segunda aparição, ao pedido de Lúcia para que a levasse para o Céu juntamente ,om seus: primos, Nossa Senhora lhe respondeu, como vimos: · - ·'Sim, tl Jm:ima e ao Frcmcisco levo-os em brevt•. Mas tu Jict1s cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se ,le 1; p,11a Me Ja zer conht1çer ~ ,mwr. ~le quer eslabelectr nó mundo o devoção ao meu lmacu/ação Cotação". 8 tas palavras indicam claramente que Lú .. eia. a lém de depositária dos segredos revelados por Nossa Senhora, ficava nesta terra para desempenhar uma determinada missão. Cabe lembrar, ainda, que logo na primeira aparição, no dia J3 de maio. Nossa Scnhoht anunciara: '' Vim pa.ra vos pe,lir que venhais aqui seis meses seguidos* no dia I J, a ~sw mesma lto·ra. Depois e/irei quem sou t o que quero. E voltarei "qui ainda 1m1u shlma ,,ez.'', Devia, por1an10, dar-se uma sétima apari.. ção de Nossa Senhora, na Cova da Iria. Quando? O que Nossa Senhora queria comunicar ou manifestar nela aos homens? Seja o que fôr, parece normal admitir que à Jrmã Lúcia caberia ser, ainda uma vez, 3. confidente de Nossa Senhora na Cova da lria. Assim sendo, caso esta sétima aparição não se tenha dado sccret3mente, representa ela uma das grande.s expectativas do assunto Fátima,
A mensagem de Fátima não c.stava, pois, definitivamente encerrada com o ciclo de aparições da Cova da !ria, cm 1917. No dia 10 de dezembro de 1925, a Santíssima Virgem, tendo ao lado o Menino Jesus sôbre uma nuvem luminosa, apareceu à L ~ícia. em sua cela. Pondo-lhe . uma das mãos áO ombro, mostrou-lhe um Coraç~o rodeado de espinhos. que tinha na outra mão. O Menino Jesus, apOn• tando para êfe, exortou a vidente "a ler pena da• ,,uelt. Coraç,io comlmwmellle torlr,rmlo d"s humanas i11gf(1Ndõts, sem hClYf!r quem o ,lesugru~e. com atos de rep""'"°ão1 '. A Santíssima Virgem acrescentou: "Olha~ minha filha, o m eu Coração cercado dos espinhos que os home11s ingratos ú wtlos os mom,:1110s 11tilc cravam com blasfêmias e ingratidijes, Tu, a,1 menos, procuro consolar-Me, e dit ,tt, minlw parte que wdos aquêlts qut 110 p,.;melro sâbado de cinco meses conseculivos se c:u11/ts:;.ttrem e n •• ceberem a Sagrada Comuuluío, re1..arem um 1êrço e Me fizerem quinte miÍmlô.\' de companhia IIU!<liu111tlo os mistériós do rosário com o J,'m
IJAfOLICISMO MENSÁRIO <Om APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA
O itinerário de Lúc ia A 17 de junho âe 1921, Lúcia paniu de Aljustrel para o Pôrto, onde foi recebida como aluna interna no Colégio das Jrmãs Dorotéias, em Vilar, subúrbio daquela cidade. Em 1925 mani• festa a vidente o desejo de entrru para o Car• melo, mas é ac:onsclhada a dc-sis1ir disso, ing.rtS• sando no Instituto de Santa Oorotéia . .l?. então admitida como p0stuiantc no convento dessa Con• gregação em Tuy, na Espanha, junto da frontCi• ra com Portugal. ,A 2 de outubro de 1926 é noviça. A 3 de outubro de 1928 pronuncia seus primeiros votos como Jrmã conversa. Seis anos dC· pois, no mC;Smo dia de outubro, pronuncia os voros perpé1uos. Toma o nome de religião de Irmã Maria das Dores. Por ocasião da revoluç5o comuoisia mi Es· pa nha, é transferida, por molivos de scgur:rnça, para o Colégio do Sardão, cm Vila Nova de Gaia, Portugal, onde permanece durao1e algum 1cmpo. Mais tarde, no dia 20 de maio de 1946, Lúcia pôde revçr o local das aparições, tendo es1a. do na Cova· da lrin, na gruta do Cabeço e no sí1 io dos Valinhos. Pos·t eriormente. em 23 de março de 1948, deixou o Instituto de Sanra Ooroléia pam ingressar no Carmelo de São José, em Coimbr.t, corn o nome de Irmã Maria Lúcia do Coração lmncult\do (27 ) . A 13 de maio do mesmo a no vestiu o hábi10 de Santa Teresa, e no dia 3 1 de maio de 1949 professou como CarmeJita de-scal• ça (28).
.
As revelações posteriores a 1917 Os cinco primeiros sábados
Ci os ccattnstJ csptr.am al,:umas 1t.raras do st-u govfmo.
No segrêdo de julho, Nossa Senhora dissera:
~1e '1 o ,rntnde aconfet:lrl'IC'lltO a r~1eJ:ar 1>61 o ter• ctlro anlvtrsirk> da Rcvolu,Po de 31 do ma.rço dt 1964. Que Dcu.s proftja II Pfitrla que nos dt:u. eu II Amo pelos ca.ngactlros e: pelos prorc:ssorc,.s dt- unlvtrsld11dc- Qutdtsprtiam jlqut-lts nossos lrm:los".
- º'Virei pc,lir a co11sagrt1ç,i o ela Rús.1ia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparado• ra nos primelros J'ábadoi'.
Campos -
Est. do Rlo
Oirttor Mons. Anlonio l~ibeiro do Rosario DlrctoriD: Av. i de Setembro. 241. caixa PoStal 333, CamJ)()S. l:U. Admi.nlstráção~ R. Martim Francisco, 669 (ZP 3)_, S. Pau• lo. A.gcntt: par.t o E.mtdo do Rio: Or. José.
de Oliveira Andrade,
c:iixa
J)Ostal 333,
Campos, RJ; Ag('nfc pl1r.1 os Estados de
Gof:Ss, Maio Grosso e Mina$ Cerals: Dr. Mihon de S:dles Mourão, R. São Paulo, 824. sala 809, 1clcfonc 4-8630, Belo Horizonte; Agcnle p:1ra o F~ado da Cuanabnra: Dr. Luís M. Ouncan, R. Cosme Vc,.
lho. 8 1S, telefone 4 5--8264, Rio de Janeiro: Agente para o &fado do Ccnr:\: Dr. José Gerardo Ribeiro, R. StMdor l>ompeu, 2120 A, Fortaleza; Agentes p?.ra a Ancn• cim~: ··cru1.ada", Casilla de Corrco n.0 169, Capitul Fcdcrnl, Argcntii\a; Agentts 4
p:.1111 o ChJlc: "Fiducia", Ci,silla 13772, Corrco I S. S;1n1iago, Chile.
Número ••ut,o: NCr$ 0,60 (CrS 600): número .r,..,,,do: NCrS 0,70 (CrS 700). .A~inalur?,,'J anuais: comum NCrS 7.00 (CrS 7.000); benlcitor NCrS 40.00 (CrS 40.000); grande benfeitor NCr$ 100.00 (CrS 100.000); seminaristas e tstudanles NCrS 6,00 (CrS 6.000): Amé,;ca do Sul e Ctntrnl: via marítima USS 3.00; via aérea USS 4,00; outros 1>aíscs: via marf• t ima USS 4 ,00; vi;,. ~érc,11 USS 6.00.
Os pagame,11os, sempre em nome de Editõra Padre Belchior de Pontes S/C, poderão ser enviados ~ Adminislração ou aos :i,gen1cs. Para mudança de cndcrêço de a.s. s:inantes, é nccessMio mencionar 1amb~m o endcrê~o antigo. Composto e lmprtsso o.a Cla. Ulhographka Vplranga Jt. Cadcrc, 209 1 S. Pau1o
SIMPLES RELATO DO QUE SE PASSOU EM FÁTIMA (/e Mt ,l~sagrtn•ar, Eu promelo IM'sisti-los m1 hon, clu morte ,:om tôdtu· as graças 11ecess6r,'as P"'ª o sulvaçiio de suas t1lmas'' (Ayrcs da Fonseca.
escreve-o wmbém. Quamo tio re.tto tio segrétlo, co11ti111w o silincio'' (cf. Ayres da Fonseca, pág,
p/,gs. 350-351. Cf. também Walsh, pág. 196; De Marchi, ed. em inglês, pás,. 152-153; Fazenda, págs. X-XI) ('º) , Um ano depois, no dia IS d.; dc1.embro de 1926 ('º), o Menino Jesus torna a aparecer à L(íc:ia. pcrguntanclo. Jhe se já havia divulgado a devoção à sua Santíssima Mãe. Lúcia dá conta dos dificuldades apre.sentadas pelo confessor, e explica que a Supe..riora estava pronta a propa11.á•l~, mas que aquê.lc Sacerdote havia dito que sõzinha a Madre. nada podia. Jesus respondeu que era verdade que a Superiora sôzinha nada podia.
Em conseqüência da ordem assim recebida, Lúcia revelou o que se pnssara na aparição de junho.
34)
(3l ).
Mais tarde, em 1941 , quando o BiSPo de Leiria lhe ordenou que- fizesse uma narração pormenorizada das apariçõcsj "sem caltlr natla de c1um1to se pudesse atualmente publicar", a vidcn• ce, "obtitla licenç,, do Cétl', revelou duns das
três partes do segrêdo de julho. São s uas palnvras:
mas com a graça podia tudo. Lúcia expôs a di-
- ''O segrêdo consta de três coist1s ,list,'11• t11s, duCIS d,,s quais vou revelar. A primeira foi a v;s,a tio i11ferno!"
íiculdnde <lc algumas pessoas de se confessarem
E segue-se a narração das duas parles do
no sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito <lias. Jesus respondeu que podia ser de muitos mais dias ainda, contanto que, ao rece• bê-Jo na Sagrada Comunhão, se estivesse cm esta• de graça e se 1ivessc a intenção de desagravar o Imaculado CoraÇé10 de Mari~1. Lúcia ainda le• vnntou a hipótese de a lguém esquecer de formar a intenç.fto ao conrcssar-se, ao que Nosso Senhor resp0ndeu: "Podem Jor,nú-la na outr,, co1t/is:úio segui111e, aproveita1tdo a primeirll ôCtlsião que th1erem de con/t..f.Sar'' (cf. Faze11da. págs.
.,e
XI-XII; t\yres da Fonseca. pág. 351 ; De Marchi, ed, cm inglS., pá~. 153).
A dívulgosão dos segredos t\ 11 de dezembro de 1927 Lúcia foi para junto do s.aerário a _perguntar a Nosso Senhor como satisfaria a ordem do confessor de pôr por escrito a lgumas graças recebidas de Deus, se nelas estava encerrado o segrêdo que a Santíssima Virgem lhe tinha con(iado. Jesus, c-o m voz clara, fê'.e-lhe ouvir estas palavras - 11 Miuha filha, es• crevt. o que u pedem,· e tudo o que te r1:vdou " Stmtissimtl Virgem trtl aparirão cm que te /alou d,s1a ,levoçiio (ao Imaculado Coração de Macria]
segrêdo, conforme "
Os efeitos. sôbce os videntes, das apar,_çocs do Anjo e de Nossa Senhora eram distintos. Assim os dile.rcncia Liicia: "U••ados pela /6rÇá ,to sobrc11aturt1l, que nos envolvia, imitávamos o Anjo cm tudo, isto é. pro,. u,uulo--uos como i le e rtpetimlo orafi>ts que ;Jc ,H:.ia. A Jl>rçâ da pn·sença de De11s era u1o intensa, que 110s absorvfo e 011iq1tilava quase por com1>leto. P,uecia pril•ar-11os até do uso dos sentidos corporais por um grande espaço de tempo. Nesses ,ll<1s Jm.fomos as ,,çüts mattriais como que Jevodos por l~ssc mesm<> ser sobrettatt11al que a iJso 110s impelia. A paz e a felicidade rzue sentfamos era gran• d<•, mas s6 fntima, completamente conc,mttuda ll 11lma em Deus, O abatimento /lsico que 110s prosw,·a também ua grande. Não ui porqu?, as a1>ariçlks de Nosso Stnlwta pr0tluúam em nd.s t/eitos l1em diferentu. A muma (J/egria Sntimo, a mtsma paz. e feUcitlade. Mas. em vez 1/isse abatimento Jlsico, uma c~rta mobillda,le exponsfra; • em \'t't disse 011iq11ilame1110 11a Dú•ilra J>rueuça, 11m exultar. dt alegria; em \'t'.t ,le#a ,11/lculdade 110 falai', 1mt. •cerro cnhtriasmo co,mmicarivo. Mos. a1u•sor 1/êss-ts sentimentos, seu• lia o i,,1piraçiio l11tim,, que me indicava as respos• tas qut', sem f'1lfar d verdade, mio d,:.rcobrissem () que dc,•ia pQr c111t1o ocultar'• (cf. OaJamba de OHvcirà, p. S9; De Marchi. p. SS). ■ 2) Rtss>0ndendo a uma pergunta de Walsh, na en1revis1a que a êlc concedeu, sôbre ~. ao rela• t:i.r as palavras do Anjo e de Nossa Se-nho ra, Je• petirn á$ palavt.is tx:uas que ouvira, ou apeno.$ dera o scn1ido geral, a Irmã Lúcia declarou:
°'
''As palavras do Anjo ri11ltam uma provrie• dadc iutt'11sa e dom/11adora, uma rtolidcule sobrt• ,uuural, de modo que não podiom ser csqm.'cidas, Part•cl'1m gravar-se exara e fmleJe,,elmettfe tt<r mfolw memória. Com as palavras de Nossa Scnlrora era di/trc11re. Eu não pod;a es((,r segura de que cada />t1/a.ira U(l l'XOIQ, Foi (lllfl's O :r~.ntÍt/Q que ('U aprt"cttrli, e pus ~m pal,wras o que l'nfc.•udi. Não é Jdcil explicar issqv (Walsh, ed. em inglês, 1>. 224) , Di:uHc dessa dificuldade_, de traduzir eo, pt1.~ k1vras hunHU1ás o que ouvira de Nossa Senhora <01110 t comum em certos fenômenos mf.sticos t'I Irmã Lúcia sempre pôs, enlCeh'lnto, t◊do o cm• pcnho ern reproduzir palavra por palovr:i. o que a SnnlÍS$ima Virscm lhe comunicou. Isto se 1orna claro no interrogatório a que a submeteu o Pe. H. Jongen, montfortino holandês, cm !evcreico de J946, e que a seguir re~codu:dmos: "Qult limi1or-sc, pcrgu1\ta o Pc. Jongcn. rl'l'Clamlo o stgrldo, 'á dor a .1ig11ificaçlio tio que a Santo Virgem lhe 1/isst:, ou citou M $UM palavras -
Uteralmcutt:?''
- "'Quando /alo das O('adçlks liuu'to-me d .significação das palav'ro.s,· qun,,do escrevo, foç() ,lilig}ncio, o.o ,·onrrório, ,/e cilor l,'te,n/ntcnre, Eu quis, J}(Jrtamo, escre~·er <> scgrhlo palmw, por 1>olavra... 1 ' Estd certa 1/c ttr couscn·ado tudo no me• m 6rias?" - "Penso que sim.''. ''A.1 polm•ras do ,cgrblo foram 1>orta11to revt!ladas pelo ordem em que lhe Jorom com,mko1/os?"'
-
"Sim" (De Mar<hô t>P, 308-309).
• 3) Os videhles sempre en1c11detam que a (1ltimn aJl3riç,ã o scri.l cm outubro, o que aliis lhe$ íoi expUcilamcnte dito na aparição de agosto. Os ".ft'is meses seguidcs'' incluem, porlanto. a. primeirR aparição. A sé1ima. da qu:i1 se fala adian1e. tSI:• Com da série. • 4) De Marchi resistc.\ :ipenas: "A,-,1da está
no Purgatório,'" ,
• S) De Marchi coloca aqui :, j:iculatória a st-r inlcrcala.dn enlre os mt<stérios do rosâc-io, que Walsh e ou1r0:s autores põem no final da terceira aparição, ■ 6) E.~ta úllima frase não consla nem em Wal~h nem em De Ma.rcbi, AJ>Ontn-:1 Ayrcs da Fonseca, p. 3S. Também De Marchi, ccf. cm m•
Quanto à outra parte do scgrêdo, a vidente escreveu-a $0b forma de carta, eocaminhando,a ao en1ão Bisp,o de Leiria, O. José A lves Correia da Silva. O documento, que segundo constava devia ser tornado público em 1960, está atualmen• te em poder da- "au1of'i,lacle eclesiásr;ct1 compeu11; u", conforme declaração do aluai .Bispo de l.ei• cia, O. João Pereira Venancio ( 13). Sabe-se de fonte segurn que a Irmã Lúcia escreveu esta parte do segrêdo. a instâncias do Bispo de Leiria, -por ocasião de uma grave enfermidade por que passou
(cf. Walsh, págs. l85-186). Em 1927. Nosso Senhor apareceu ainda uma vez à Lúcia, mas não se eonhe~m pOrmenores
desta apariç.'lo (cf. Walsh, pág. 195).
A consagração do Rússia a o Coração de Morío Em 1929, Nossa Senhora fêz-,Se ver novamente por Lúcia, dizendo-lhe: - "ê chegado o 11u,me.11to em que Deus pe. tle para o Sw,w Padre /ar.u. em 111tião com wdos os Bispos do mumlo, 11 co11St11:J"llflÍO da Rússiu meu lmacultulo Co,-,,ç,io. promeumlo, por fste meio, salwí-ltt-· (Oalamba de Olivcirn, pág. JS3), Alrnvé-s de sc,1s confessores e do Bispo de Leiria, a vidente fêz com que o pedido de Nossa Senho.ra. chegasse, ainda naquele ano, ao conhc• cimento do Papa Pio xr, o qual prometeu tomá•lo em consideração (ef. De Marchi, pág. 31 1; Walsh, pág. 198 ). Em 1933, por ordem de suas Superioras, a lrmã escreveu novamente no Bispo de Leiria sôbre o pedido, acrescentando as palavras que ouvira de Nosso Senhor: "Como o Rei da FNm,•ü, niio atem/em OJ' meus pc,tidos: o Santo Pa,lre Irá ,le com·agr11,-.Mt ,, Rlíssia, mas será wrde" (3t) (De Marchi, pág. 312). Em e.arta datada de 24 de outubro de 1940, Lúcia dirigiu-se diretamente ;to Papa Pio XII,
"º
o
N ■ 1)
reproduzimos no devido
lugar, ao relatar a aparição de julho (cf. t\yres da Fonseca, pág$. 4 3-44; Galamba de Oliveira, pág. 146).
t
a
por otdem de seus diretores espirituais, nos seguintes 1êrmos: "Em várias comtmicações íntimas Nos-so Senhor mi<> iem deixlUIO de insistir neste pe,Udo [da consagraç.:i.oJ, prometendo 1ilti11wme,11t, se Yos.sa Sw,ridade se <lig11a f<1zer o co11s,1grt1çlio ti<> mu11• do " " lm,1çulC1<lo Coruç,7o de Marit, com menção especial 11da Rú~·sia, e ortlem,r que, em tmitio com Voss" S"'iifrlmlt e ao mesmo tempo. a façam u,mbhn 10,los os Bfa•r,os tio mundo (32), - abreviar o~· (lias de tribultzç,1o ,·om <1m: tem ,Jetermi,u,. do punir as ,wçQc~· til! sewr criml!s, por m tio da g uerra, da fome e tlc vádas perseguições à Sa1J• ftl Igreja tt a YosJ·a Santidtult" (cf. De Marchi,
pág. 312; Galamba de Oliveira, pág, 153), En\ 1942, em Radiomensagcm a Portugal por oca.sião do 25.º a niversário das aparições de lima, Pio XU consagrou o mundo ao Puríssimo Coração de Maria. Em J943 Lúcia teve outra revelação, que ela assim relata em carta ao Bispo litular de OurLa, D. Manuel M. Ferreira da Silva:
f,.
"O bom Deus já m e mostrou <> seu contenta• ment(J ,111(1111() ao ,lo Sallfo Padre e de vdrios Bispos. embota incompleto em rel11çlío ao stu de• sej<>. Em troca, Eli! promete conduzir a gucrrll ao fim, mos a convus,7o tio Rússla mio tuó fo.
"'º
d,,
gar; se os Bispos Esponha atentlerem o 1/esejo de Nosso Senhor e se empenharem numa verdadeira reforma tio povo. . . bem; se m7o, ela (a Rússia] será ,wvtunt11te o inimigo com o qual Deus o puttitá uma vez nwis" (De Marchi, ed. em ingl&, p:lg. 158) . . Em 1952, por meio de um:t Carta Apost6hca, Pio Xtl consagrou os povos da Rússia ao Puríssi.. mo Coração de Maria (ver o texto em ''Catolicismo'', n,0 21, de setembro de 1952). · Pot ocasião do li Concílio Ecumênico do Vaticano, S 10 Arcebispos e Bispos de 78 países subscreveram uma petição na qual rogam ao Vigário de Cristo que consagre ao Imaculado Cornçílo o nlundo todo, e de modo especial e ex• plícito a Rússia e as demais nações dominadas pelo comunismo, ordena'ndo que, em união com êle e no mesmo dia, o façam todos os Bispos do orbe cal61ico. O documento foi apresentado pc.s• soalmente ao Santo Padre Paulo VI. gl.oriosamcnte reinante, pelo Exmo. Revmo. Sr. Arcebispo de Oiam;.1ntina, D. Geraldo de Proença Sigaud, em audiência particular de 3 de fe vereiro de 1964. A iniciat iva da históric:l pe1içã.o fôrn dêssc ilustre 'Prelado juntamente com S. Excia. Revmn. o Sr. D. Antônio de Castro Mayer, Bispo desta Diocese (ver a integra do documento no n.0 159 de "Ca-
tolicôs,no", de março de 1964). Muicas outras comunicações celestes leve a Irmã Lúcia além das que foram divulgadas. o que afirma expressamente o Pc. Ayres da Fonseca cm seu livro, à pág. 3SO. Cabe-nos rezar com confiança para que, n seu tempo, as parfes ainda desconhecidas da Mcn• sagem confiada aos videntes possam ser comunicadas ao povo fiel, para maior bem da$ a lmas, para a derrola da Revolução e para a glorificação de Maria Santíssima.
e
s
glês. p. 3~, oonsis,na essà imJ)Ortante promessa de Nossa Senhora. ■ 7) Memórias, lV, PI>. 37-38. A revelação rc• lativa ao Imaculado Coração de Maria foi chamada, cm alguns relatório$, ,;o , SCarêdo de junho'·. L(1cia explicou que Nossa Senhora não lhes pediu scgrêdo sObte esse ponto. ··Mas 11ds .,;~11tíamos que Deus ,, isso nos movü,••, acrescentou n vidente. (Cf. Walsh, p. 66. Ver também Ayres d'a Fonseca, p. 36). ■ 8) O original inglê.~ de Walsh diz ''Nossa Senhora do Rosário", tal como De Marchi. Na cd. cm português d'aqucle livro aparece. não sabemos por <1uc razão, "Nossa Senhor,:,. d ~ Prnz.crcs".
• 9) Es1as três frases foram omitidas, certa• mcnlç por lapso, cm Walsh, ed. cm 1>0rluguês. Elas coostam da. cd. odginal em iuglês. ■
lO) \Valsh (p. 86) refere que "Jaci111a /t1lo11 la seus 1>:iisJ 110 dt'sejo 1/1! Nossa St11hoto (Ili<' /(use o 1irço rt'tt1do, rodo~· os dias, em cada /amUia,''. Entretanto, a única referência que cncontran1~ a essa piedosa prática, nos relatos das aparições, ~ fstç con.~clho pam o filho de Maria Carreira, _re·gistracro por De Mi•rchi, p, 91, e Ayres da Fonseca, p. 42.
11) De Marchi omi1c a (rase "110 rei11atltJ ,te Pio X I ". Entretanto, consigna, em apêndi«, que, cm declarações prestadas cm fovertiro de 1946 ao Montfortino hohrndês J>e. Jong,cn, a Irmã L(1cia confirmara ter ouvido Nossa Senhora pronunciar o nome de Pio XI, nilo sabendo, na oçasi5.o. se $C traiava de um Papa nu de um :Rei. O original instas de Walsh põe: a frase. como a registram~ aqui. Na cd. cm português, evidentemente por um lapSo. aparcc::e "1,10 r~i,10.dt> tlc Pio XII". Para a lm1ã Lúcia nlio rcpmcnta mtlior dificuldade o fa10 de se e1Hcndcr habituaJmente q ue a gucl'ta começou sômente sob o pan\ificado de Pio XII, Observa ela que. n anexação da Áustria - e. poderfamos ncres~cnh\t, vários outros acon1ec:imentos J>Olfticos do fim do rcinncfo de Pio XI - çons• tiluc.m au1ên1icos prolcgômenos da conOagrnç.ã o, a qual se configuraria inteiramente çomo 1al :ilsum 1cmpo depoi$ (cf. cnircvisl3 ao Pc. Jongcn, cm De ■
Marchi, p. 309). • 12) Lúcia julgou ver ·•o trandc s ina.1" n:1 luz ex1raordin:iria - que os astronomos tomaram como uma aurorn borc.al - que iluminou os .céus da Europa na 'noile de 25 p3ra 26 de janeiro de 1938 (das 20h4S att lhtS, com breves in1cm1i1ências). Convencida de que a guerra mundial - que "/u,vitt de ser Jiorr1vd, horrfrel" fo. deOagr-ar, cedobrou de esforço.., para obter que se atendesse aos pedidos que - como se verá na J>3.tlc JV lhe 1inham sido comunicados. Escreveu uma c,1rt:1 diretamenic ao Papa Pio Xl, nesse sentido. (C(. De Marchi, p. 92; Walsh, pp. J19.JSI; Ayres da Fonseca, p. 4S). ■
13) A visl'io do inferno e o :in,íncio d'e eoi• sas íutur1S que se lhe segue consliluem ns <J.uns partes conhccidns d'o segrêdo de Fátima, comuni• cado aos viden1cs durante a ap,uiç,ão de julho. A outra parle dêsle segrédo já foi escrita p,el:i Irmã Lúci:1 e, conforme deelnraç.ão firmada em 18 ,le !l,S,OSto de l 964 pelo Bispo de Leiria. ·•está nas mãos da tmtoridadc ccl~sitbtico ccmpelt!nte. Qua11• do será publicada, se (J Jl>r, ~sso mt•smtr autoridatlc o há ,Je decidir, evldc11temt•11tc" , " Catolicismo" cstaml)Ou o (ac-símiJe desta dec::laraçã.o em seu nú• mero 173, de maio de 1965. As palavras 4uc re.prod'uzimos aqui tomo con.lô-+ 1ituindo as duas ,,artes divul.gadas do scgrêdo 'São copiada$, pelos autores citados, da própria 1rm5. lúda (Memórias, Ili , p, 2, e IV, p. 39). ■ 14) Circulam íótmulas Ym ta1Ho diversas desta jaculalória, e é difícil estabelecer exatamen1c qual a mais íicl. Pequenns diferenças !lparecem, às vSzCl!., ,ut num mesmo autor, A fórmula. que regis1ramos cncontr3-se em De Marchi, p, 96, e Galamb3 de Oliveira, p. 78, e t quase idfntic.a à 1rnns• crila cm pOrluguê.s J)Or \Valsh, cd. cm inglês, p. J97, como sendo fornecido. pela própriâ Irmã Lúcia:
"'ó meu Jtsus. l'erdoai-110.s t! livMi-11os do /ogQ do i,duno, le\•al as almi11/i(U t6,las /Jara o Cl1t, princi• pálmt11rc aq,,e/as que mais 1necisar.em", O que parece certo t que os videntes, ao reza• rcm a jaculatória, cntc:ndiam.-n:1 aplkada aos pecadorc$, para pcdír-thes a salvação, e não prôpriamente às almas do Purgatório. Por lsso_, a fórmula ' 'Ó meu Jesus, ptrd()(li-nos, livrai-uos clt> jQgO do i11/u110. Hvmi (ou ali\,fa(J as almas do P11rgatdrio, pri11ci1>olnu:11ttt as 11wis abam/011atlas'', 6 íormalmcn• te recusada pelo$ diversos autores, O cmprêgo do diminu1ivo "almt11hos" é um provincianismo pom1guês, ra7.âo pela qual se cOs• tuma recitar a jaculatóc-ia usando wn palavra na forma normnl. ■ IS) Assaltados_. após esta apariç!o, por pcrgun13s sôbrc o que No$Sa Scnhorn 1crfa dito, os videnle;:s anundaram que se tratnv:, de scgrêdo. "8om ou mau?", insistiram os interlocutorc$, "Bom paro uns, ,mm para outros·. respondccam as crianças (cf. J)e Marchi, ,,. 94; Walsh. ed. cm in• glê:$, p, 84; a ed. em português omitiu ast~ diilogo). An1es da úllima apariç?lo. interrogados Pran• cisco e Jacin1a pelo Cônego Or. Manuel Nune$ For• migão, da Sé Pa1riarcol de Li$boa, sôbre se "o po., vt> Jlc,wa 1l'islt> .,~ soubesse o scgrldo" responderam: "fica,,a" (cf. De Marchi, pp. JSl~JS2: Wabh, p. 121). O casiiso pre<1i10 na aparição de julho teria consi$1ido na sucm1 de 1939-1945? A análise do tex10 parece Jevar à conclusão de que a sesunda 3uerr.-- mundial n5o foi senão o início ou \ltstfbulo do grande c.a$1igo. De fato, Nossa Senhora anuncia que ",·,frias noç6~s sulio a11iquiln1lal'. Ora, várias ne;ç-õcs forom duramente punid:i.s durante n guerra e depois del,1, mas não se pode dizer que tçnham sido ani• quiladas. Por outro lado, a Irmã Lúcia, cm entre..,ista que concedeu a Wal~h. jã depois de terminada a conflagração ( IS de julho de 1946), observou:
"St- isto /6r feito (a consagração da Rússia]. Ela (a Santíssima Virgem) convutcrá a Rússia, e ltoverá paz,. Se 1táo, os trros dtl Rl'ís:sia se propaga. 111o por todos os país~s do mundo>#. "Núo sua opinião, perguntou Wal$h, isto sig11i/ica qut ro,los os países. sem ~xceriio. serão conqulsta,fos pelo co11w11ismol" - "Sim". respondeu a vidcn1e (Walsh, ed. em inglê-s. p. 226).
Ora, a expansão do comunismo e a sua difusão ideoló&ica por todo o mundo eomeçar.lm mais detinidamente com o fim da guerra. Assim, deve-se pensar que o castigo 3nunciado pela Mãe de Deus C-$t:\ jus1amente em curso. Fin:ilmentc.. se o castigo ji 1ivcsse p3ssado, dcverse-ia também ter cumprido a parte d.-i mensa.• icm que fala da vitória de Maria San1ís.sima e da inst:luração de seu Reino,· claramente indicad3S J>C· las 1>:1l:1vnL~: "Por fim o uum /macul1Ulo Coração triw,faráH. Ora, isto 6 justamente o que menos se pode di,;,,cr que tenha ocorrido. Por tudo is10. parecc.-nos que os terríveis sofrimentos dn segunda gocrrn mundial não devem ser .considerados senão e-orno prolcg6mcnos· dos castigos anunciados por Nossa Senhora e que ainda estão por se. completar.
■
19) A ed. cm Por1uguêS de Walsh põe "Nos-
sa Senhora dos Prazeres". A ed. original em inglês fala cm "Nossa Scn.hot-a do Ros.ário". 11 20)
De Marchi coloca esta última rrm na
quinta aparição. 111 '21) As crianç.os 1ínham p3s:sado a usar conto cilício um pedaço de corda grossa, que não tira~ vam nem para dormir. Isto lhes impedia muitas v!z.es o sono, e passavam noites inteiras cm cinco. Daí o elos_io e a r,ccomendnçlio de Nossa Senhora,
a 2.2) De Matchi i o único a regis1rar a últi• ma pcrgun1a de Lácia c a correspondente resposta de NOSS3 Senhora, H:\ ou1ras pequenas discrcpân• cias entre os diversos autores no que se refere ao desenvolvimento do colóquio, nesta aparição. ■ 23) Tam~m aqui a cd. cm porwgub de Walsh dlz "Senhora d'os Prazeres", embora a cd, original fale cm •·Senhora do Rosário", como os outros autores.
As ires úHim:;1s frases figuram apc11as ein D<: Marchi. ■ 24)
■ 2S) Walsh dit: "Quase todos i1'1o parlJ o i11femo••. Ayrcs da Fonseca (p. 162) registro afirmação parecida: "[ . , .) e vai quan 16da para o
;11/e11,o". ■ 26)
Em julho de 1919, Jacinta íõra ]evada pará o Hospital de Vila Nova de Ourém, ficando ali dois meses.
• 27) Alguns au1ores. di1.em apenas Irmã Ma~ ria do C-0ração Imaculado. ■ 28)
Oltim.amente 1ém circ,ulado cm diver$0$ pontos do Brnsil ins.isten1cs rumores de que a Irmã· Ltícia ntio se encontraria ma.is no Carmelo de Coim• bra, niio se cscinrccendo ao certo onde e$1aria. Catcgôricamcnte desn~entida por fon1es bem informada.s, a no1foia é, entrdanto. frcqUc11temcnte veiculada. J)Or pessoas dignos de crtdito. Como tudo quanto se refete à Irmã Lú-;ia Pode esuir lntimamente lig;ido aos acontecimentos previstos cm Fi1ima, nfio quercr'8m0$ deixar os leitores de ·•ca10-licismo" na ignorâ11cia d'cssa no1ícia 1 $1,Ue ccgi~1rn-mos. ali:\.s. com as devidas rtscrvas. e 29) H:\ pequen~ di$crcp5.ncias entre os au• 1orcs citados. Tomamos: :l citação de Ayrcs da Fonseca, que parc.cc ter rcprodu1,ido as próprias pnl:l\'tas c<>m que a lm)ã l~úcia de.~crc,·cu a reve-
lação, ■ 30) AyrC!S da Fon.~cc.a dã a dala de 15 de fevereiro de 1?26. Fat..enda e Oe Marehi, cd. cm ingl~, dão JS de ,le1.Cmbro de 1926. Deve, portan10. ter havido um engano do primeiro autor.
• 31) De Marchi_ , p. 77, dá. uma versão um pouco diferente: - "Mi,rl,a /Ulio e:;cre\'e o qut!. o confessor ma11tlou; tscreve tambim wdo aquilo que o Virgem $011IÍS,Jima te revelou nas apariçÕ<'s e que Jota d11 dcv(>ÇáO no seu Imaculado Coroçiio. Quan• to ao resto do segrido, contfmt(I a oeulrá-lo",
■ J6)H~ algum:t dúvidn sôbre C$13 data. L(1cia nll:o ·se lembra ao certo, mas acha que foi neste dia. Como cm outra narração ela diz que voltou de Ourém no dil'I 16. vários autores optaram pcln da1a de J9 de .lgosto. corrcs1>0ndcn1e ao domingo sub$eqücnte. pois a vid'enle se rccordavà de que. etn um di3 de preceito. Oalambn de Oliveira ( p. 83) prefere a data indicada pela próptía Jrm5 L\1c:ia, e que registramos aqui.
■ 32} Alusão à promessa de No$.$0 Senhor a Luís XI.V, por intctmédio de Santa Margarida Maria Alt)COQue, de dar-lhe a vida da g:raç.a e a glória elcrna, bem como a vitória sôbre todos os inimigos. se o Rei se consasrasse ao S-1g.rado Coração e O íiiesse refnor cm seu palácio, pintar em seus CS• candartes e gravar cm suas armas. O pedido que o Senhor assim formulara aincfa não fõrn a.lendido quando, em 1792, prisioneiro na Tôrrc do Tem.pJo, Luís XVI lê:✓• o voto de consa• srar solenemente a.o Coração de Jesus sua própria pessoa, sua Família e seu reino, se recobrasse a liberdade. 3 coroá e o poder real. Já era 1ardc: o Rei só iaiu da prisão para o patíbulo.
• 17) TE:rmo corrente na região para designnr Vila Nova de Ourém. ou1rora aldeia.
Vossa Santida1le e ao m tsmo t~mpo, o façam rodos
• IS) Walsh não tcgisub. a observação de. Nossa Senhora de que o mila,sre seria meno$ gran• dioso de..,id'o à intervenção do Administrador de Ourém, As três últimas frases, Wàlsh as coloca na quinta ap11riç5o, onde De Marchi .l$ l'epele.
os Bfspos do mrmdo" consta de uma cópia dessa carta. que obtivemos de Conte idõn-ea. EM.a frase confere cQm as declarações da vidente. ao Pc. Jongen, cm 1946, que 1k Marchi reproduz na J>. 312. Entretanto, Galamba de Olivci.ra não a rcgl.Stra.
1D 33) A frase: •·•.r ordtt11ar que, em 1111ião com
FUNDADA EM B. AIRES COM GRANDE SOLENIDADE A TFP ARGENTINA T
EVE lugar em Buenos Aires no dia 3 de abril p.p. a fundação da Scx:icdnd Argentina de De• fens2 de la Tradki6n, Familia y Pro• piedad. Ao ato inaugural, rea.li.z.ado na sede da entidade-, no tradicional bair• ro de Belgrano, compareceram cêrca de duuntos convidados, entre os Qm\is se notavam figuras representativas da sociedade. portenba, personalidades do Clero e da magistratura, além de nu•
merosos jovens de tôdas as camadas sociais, entusiasmados pelos ide.ais da Tradição, Familia e Propriedade.
Di~cursando na solenidadc1 o Prcsi•
nos Aires. Os deputados, obrigados pelo número sempre crescente de inrcrpelantes a sair de seu s ilêncio, vieram a público com i njúrias a "Cruzada" , sem entrar .no mérito da questão. O fa10 é que o nialsinado projeto não foi aprovado, e nas eleições realizadas dois mesc.s depois a Democracia•Cristã não conseguiu eleger um só deputado cin lodo o pafs, enquanto a revista via aumentar seu prestígio e influên• cia.
Interpelação ao peronismo
dente do Diretório Nacional da no•
vel associação, Sr. Cosme Bcccar Varela Hijo, fez um h istórico da trajetória de HC'ruz.ada" a pres1igiosa revisra editada cm Buenos Ail'es, des• de há dez anos, por um valoroso grupo de jovens católicos - cuja atuação, através de pronunciamentos e de campanhas públicas de grande repercussão, culmina com a 'fundação da SADTFP, a qual surge, assim, nimbada de largo prestígio e é acolhida pela cspcctativa simpática com que as ati• vidades do grupo de "Cruzada" vêm sendo acoinpanhadas Por setores cada vez mais amplos da opinião argentina.
Interpelação oo PDC Detendo-se nas principais tomadas de atitude da revista, lembrou o orador a interpelação feita aos dcpulados nacionais do Parlido Democrata..Cristão, cm novembro de 1964, pôr morivo de um projeto de lei por i!les apresentado, segundo o qual as cmprê.sas privadas passariain a ser propriedade de cooperativas de operários, inteiramente dependentes do Estado (ver "Catolicisino.., n9 170, de feve .. reiro de 1965). Uni larso e cuidadoso estudo fei to por "Cruzada" demonstrou que a propOSilura, longe de se estear no ensinamento social da Igreja, como pretendiam seus autores, era cr"3,mente coletivista. Ressaltava, assim, a ma.. nobra pedecista de encobrir seus intuitos socialistas sob rótulo cristão. Foi lançada, com base nesse estudo. uma interp,e.l aç.âo aos deputados do PDC. pedindo-lhes que respondessem se o projeto era ou não contrário à dou1rina social católica e se conduzia ou não .\O socialismo, como afirmava ''Cruzada''. Firmado inicialmente por 460 estudantes universitários da Capital e do interior do pafs, recebeu posteriormente o documento milhares de assinaturas., colhidas nas ruas de Bue-
A segunda das grandes campanhas de "Cruzada", lembrada pelo Sr. Bec• ear Varela, foi uma nova interpelação, dcsla vez aos dirigentes do pcr.onismo. No mês de março de 1965 a CGT (Confederação Geral do Trabalho), controlada pelos parti<h'lrios do ex-di• tador Jua.n Domingo Peron, publicou um programa deriominado "Hacia cl cambio de cstrueturas'', no qual se propunha uma mudança radical não só do regime da propriedade privada. que era virtualmente abolida, ,senão também de tôda a organização da vida nacional, através da reforma agrária, urbami, bancária, cambial, educacional, de caráter nitidamente comu• nislizante. Em seu número especial de agosto daquele ano, "Cruzada'" cstam• pou uma extensa . e detalhada. análise do documento, mostrando como seu conteúdo coincidia com a dout'rin;,, mar• xista.fenin ista, discordando frontal• mente, por isso mesmo, da doutrina católica, sob cujo manto queriam abrigar-se os peronistas, a exemplo dos democratas-cristãos (ver "Catolicismo'', n• 177, de setembro de 1965).
Também nesta oportunidade foram obtidas nas ruas1 pelos jovens de "Cruzada", milhares de adesões à interpelação, apesar da amcaçà do terrorismo s indic.alisra; como no caso do PDC. as fojúrias à revista, através de comunicados pela imprensa, supriram a e:arê,1cia de argumentos dos peronis• tas. Quase imediatamente após a inter. pelação, que repercutiu na opinião pública do modo mais auspicioso, a CGT - que congregava até então a maioria dos sindicatos argentinos cor• roída por lutas internas e abalada pelo golpe certeiro desferido por "Cruzada''. começou a dividir-se e subdividir-se. perdendo n fama de colosso inabalável que a acompanhara durante longo tempo.
Base doutrinário do entidade; relações com o TFP brasileiro Concluindo seu d iscurso. salientou o
Sr. Beccar Varela que a base dout'ri• nária da novc1 associação que se atém ao camoo estritamente civico está contida ~nas obras ..do pensador católico de larga e .merecida fama internacional", Prof. Plinio Corria de Oliveira, Presidente do ConseJho Nacional da Sociedade B·rasiJcira de De• ftsa da Tradição, Família e Propriedade. Ressaltou o orador que a TFP argentina, embora completamente independente, sob o aspecto jurídico, da .s ua congênere brasileira, está irmana• da a esta. por uma completa ident'id:'lde de princípios.
Bênção dos estandartes A assislê.nc.i a seguiu coin grande in• tcrêssc as palavras do orador. aplaudindo-o vivamente. A seguir foram lidos os telegramas de felicitações da TFP brasileira. e da revista chilena "Fiducia". fl êstc o texto da mensagem enviada pela Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Famma e Pro• priedade, assinada. pelo Prof. Plínio
Corrêa. de Olivdra. Presidente. do Con• sclho Nacional, Prof. Fernando Furquim de Almeida, Vice-Presidente, e Sr. Fabio Vidigal Xavier da Silveira, Conselheiro: "A Sociedade Brasileira de Deresa da Tradição. Família e Propriedade, por ocasião do ato ioaugu• ral da brilhante congênere argentina, envia calorosas fc lici1açõcs, rogando à Providência que favoreça largamente através da entidade nasce,uc a nO• bre Naçíio irmã''. Passou-se depois à 3SSinatura da ata de fundação. pelos membros do Diretório Nacional. Srs. Cosme Beccar Varela Hijo, Presidente; Júlio Cameron Ubbelohdc. Vice-Presidc1uc; Francisco Javier Tost Torres, Secretário Geral : Carlos Fedcrico Tbarçurcn Hijo. Csrlos Alberto Díaz Vélez. Alcjandro Rómulo Ezcurra Naón, Ernesto Burini, J uan Carlos C lausen Kinkelin, José Antonio Tost Torres e Alíonso Maria Bcccar Varela, Vogais. Ato contínuo, o Rcvrno. Pc. Alfredo C.asaravill::1 Garzón procedeu à benção dos estandar1cs rubros com o leão rom• pantc dourado, que já vinham sendo usados por "Cruzada", e aos quais se acrescentava agora a legenda ''Tradi•
ción; Familia, Propicd3d", A $ocicdade pôs-.sc então sob a proteção de Nossa S<:nhorn d.::: Lujc\n, Padroeira da Argentina.
" Tonus" a ristocrático Após a breve ceri.mb.r\ia religiosa, foi oferecido aos presentes um ••cock• tail"' que se estendeu animadamente por várias horas) ao longo das quais os convidados manifestaram grande interêsse pelos diferentes aspectos da nova instituição, pendo cm reJêvo a profunda receptividade que existe na. opinião pública argen1ina para as po• sições 1radieionais.
O a uditório e os salões da sede social despertaram a atenção dos presentes pelo refinamento e bom gôsto da decoração, de ''tonus" acencuadamcn• te aristocrá1ico, com móveis de estilo francê.s e espanhol, e valiosas peças de arte religiosa colonial. Não foi menor o in1erêsse do público pela exposisão das obras divulgadas e das :uividades desenvolvidas por "Cru«"lda'', pela TFP brasileira e por "Fiducia''. de Santiago do Chile.
Os videntes
Compunham a mostra artísticos p2inéis, com fotografias e recortes de jornais, dando especial destaque à cam• panha levada recerHemente a efeito pela Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade con• Ira o divórcio. e à luta ideológica de "Fiducia'~ contra o agro,• reformismo socialista e confiscatório do Presidente democrata-eristi o chileno. Eduardo Frei.
Os três videntes, com alguns peregdnos, sob o a\rco rús• tico erguido pelo povo no local das aparições. Em baixo, Lúcia no Carmelo de Coimbra.
LIMITAÇÃO DE FILHOS E PROPRIEDADE
NA
li
p o p u Lo R u M P R O G R ESS I O
O
Prof. PUnlo Corr~á de Olivclnt, Ptc• .sidcnte do Consrlho Nacional da So· tltdadc Bra$11clra de Dt.ft~ d.a Tradição, Famma e Propricd:,dt-, afirmou, cm entrevista dlstrlbuídn pela ABIM, que niio há funda111cn10 1,arn a algaiarrn festlv?.1 que O$ progress:íslas cslâo fa1:tndo por tôda parte tm tômo d:i EndcUca ºPopu1orum Prognsslo". Lembrando o alarido que ~ mesma cor-
rente promoveu n p rop6.~10 do ~lJJ)0~1o empr~go da palavra usocJnlb..'lção" na "Marer et Mnglstm•-", como se Nc impor• ta.ssc na aprovn('ão do $1.Stcm:>. soc1all.sta, o Prof. PJlnlo Con-ta de Oliveira mostrou que o fa to se repete agora, observando: "Procurn-se distorcer o c1isfo:unt»lo dt. Paulo VJ na "PopuJorum Progresslo" a rupclto d~ propriedade privadn e da limlfa t1io du n:italidndt. Mas és.-te s<-gundo ''bluff" terá o mesmo fim inglório que o primeiro".
Propriedade privado "&1udei com lôda a alcnç:io - declarou de Início o cnirev41ado - 11., Encíclica "Populorum Prog,rtsslo", que o Sanfo Pàdrt Pnulo VI acaba dr publicar.
se:ndo exposta. h.ii mtils de cem anos pelos Documentos pontifícios e p elos tratadb1as ortodoxos. Por exemplo, basta ler o que sôbrc êsse Instituto, seu fundi:>.mcnto, seu alcance e suas limflaçõcs em face do bem comum, e...t.-í cscrltO no Uvro ''Reforma Agd.rl:l Qutitão de Consclfntla" do qunl sou autor com D. Gcntldo de Proença Slg,aud, ArccblS'J)O de Dlam1nHna, O. Antonio de • Cn1'1ro M,eyer, Bispo de C:m1pos, e o econ omls12 Luiz Mendonça de Frdtás - e confrontá-lo coro a "Populorum Progruslo'\ para notar que nenhuma conlrnditão existe:.
·•t b<'m vtr d::idt: que o Sauto Padre afirma que o dlrtito d(' propricd:tdt não pode S('r concebido com ttJ e.xltn.sio, que prev.ilt(:1 :até COlll'f'j o bt:m comum. E que net;tt caso deve sotrcr as indlspem.'i,·els Ji. mlt:1çÕ<'s. t prcelsll.mentc o que: C.!i'f.A cm ''Rctonua Àgrárla - Que.>1âo de Condên• eia". E.\1e princípio, aliás, não va.le apenas para o direito de prop riedade, li)$'.$ até pllr8 o próprio direito à vida, que. ~ ainda m7Js rundamcnral: o Estado pode convoear para ,., guerr:t todo$ os tndlvfduos d.lidos, desde que o exija o btm comum. Nada de lllals n onn1tl, tradklonnl e conhecido, do que isto''.
"Não me é po~fvd, nos 1e.!i1rUos limites de uma e.ntnvb"1a, analisar em todos
Contrôle do natalidade
Documtn1o.
J•rossegubtdo, acentuou o Corrêa de Ollvcir?~:
os seus as1>ectos o imporhlnte t cxlcnso
"Entrd:mto, posso ,.sscvcrar que ex:unl•
nct com pardcul:lr cuidado as pas:s:agcns que frJf:uu da pro1>rled:idc privada e da limitação dá nat:dlda.dc: preci.s~1mcnte as que vêm sendo objeto dos mài$ dtsN1<:on-
lt:ldos comentários. ''F rat1c.1uue.ntt, niio vdo nelas fundamen-
rror. PUnlo
"No que dl~ resp.e.ilo ~ lim_ltaçio da nar:1lldàdt., v.. "Populorum Progrt:SSlo" de modo nenhum autorba o uso de métodos
,ué aqui proibidos pelos mornlJstas. Sim.• pltimcntc aflmu- o dlrt:lto e o dcvtr dos
esposos de regular o número dt seus filhos pelos meios permitidos pela moral trndl•
to pura :1 ala.azarra resllv~ que os progres•
clona).
sistas estão íaundo por tôd'a p:.rte.
••Quanto Jl Intervenção do Estado na dclkv.da malérla, ninguém poderá provar 51~ riamente, com o l('xto da EndcUca cm
''Ningu~m poderá 1>rovar, cm rlttor de lógka, que o tópico referente à proprJcdadc priv.1d;:a esteja em contrMlção com a d outrina tradlclonsd da Igreja, como ve-n>
mãos, que esta :iuloriu qualqutr atitude do Poder Públko qut passe d os llmltes fixados por aquela mesma morar'.
li
Nôvo " bluff", nôvo molôgro "Quando d::a publiutii<> ela Endt:.lk:-i ct Magi.strn•' de João XXIU conclulu $, Sa. - a lmpre~ progrrs::.'lsta promoveu um alarido ensurdecedor a propósito do e:mprfgo da palavra ''~-oclalh:ação", como se rst:a ln., portassc oa aprova. ç:ão do $lsttm P.. sodallsta por parte do pranteado Pontífícr. Uma excgck rigorosa reduziu a nada o ''bluft' quC': os progrc.,._ slsfas ~tanin tenlando impor à opinüío públka. "Mi►Je.r
'"Esta.mos cm prcstnça d:1 ttpttJçi'io daquêlc fato. Procura ...~ db1oreer o enS:lnf'Jmenlo de P:,ulo VI na "Populonam Progrtsslo". a respello da proprlrdade privada t da llmUa('âo da natalidade. Mas êstc segundo ubJu(f" terá o mesmo fim lngJórlo que: o primtlro...
ENÉRGICO DESMENTIDO
T
ENDO um matuUno tDtloea estStrupado declnratões atribuídas a mcmb~ da Secção de Minas Gerais da TPP sôbrc a rtcento E ndcllc~ ''Poputorum Pro• g,ressio", que vinho de ser publicada, o PrtSldcnte daqut:la S«çlo enviou à rcfe• rida fôlha o seguinte tclcgr.imu, cujo tex·to íol distribuído :\ imprc,ns& ptlo Conselho N:1tlonal da Socied ad e. ºA Srcção de Minas Gerais da Sociedade 8111$:llelra de Defesa da T rJdi('líO, FamfHa e Propriedade formula caltgórlco dl'SmcnUdo. contra CS· pantosa informaç5o veiculada por essa fôlha, de haverem alguns de seus mtmbro.~ íctto sõbrt a Encíclica "Populorum Prog.rcss:lo'' d~durnçõcs lrrtvereoles p11ra com o nóvo documcnlo do S1t.1Ho Padre Paulo Vf~ itorlosamcnte rclnabtc. Pc:dc que e.ss:a fi)lha pubUque lnltgralmcnte o pre.-.cnte drSllt\"hUdo, com o uccessá:rlo destaque, 11a pró• xlnu1 edição, c<utfomte ~r1.ve obrlgaçáo da Etka jotn11Ustka. Atcncios.ts saudações. Antonio Rodrigues .Ferttlra, Prc~ideltf<"'.
1 •
Ll
Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosãrio
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1
F rei~ Ker enshy
o
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chileno
Kcrcn:,ky
A perso,wlidatle e ,, vida de Ke1t 11sky poderse-inm resumir assim: um sofisma o encQbrir 1111111 1r11iç ,to. O :rofi,ww: o melhor meio 1/e desarmar o advers6riü é Uestruir-llrc a agressividtule; e o mr.llior meio para lhe destruir a agressivi,/(1(/e consiste cm lltt atender itlflefim'dament.: t1s exigê11cit1s, Assim,
chefe do gmiêrno russo após a quedll do czodsmo, Kertn.sky representou em face do comunismo uma po. lftica de sucessivas concessões. Fonalccidos gr<ulualmente por estas os bolchevisl(ls, (lCOllleceu o ine\'itávcl: élt!i' t1caboram por se tonwr bastamt fortes para derrubor K ere11sky, e () derrubarom. / 11ge1111idade. imprel id€m:ia, cegueira? A ,5 circtmstúncias concretos 1
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em <Juc Kercnsk~ atuou mio permittm essa imerprct11çcio. Fi11gimlo t/uerer des<1rmür OJ' com,misu,s com ,, polfricc, do "c,uler para mio pcrtlcr'', flt quis. na realiddde, trair sua pátria. ' ... " S ua figura ins1>ira, ,~mrcramo, Jimp<Vi«, 110 numdo ,lt hoje, ,, ,wmerosas pc:rsonnlidadcs dt1 chamada 1·erccira..fôrça, das quais muitas parecem tldx11r-sc emb,,ir pelo fO/iJ·ma sem atinar com o que ê.11c tem
de traiçceir<>. Essas per.,0110/idadcs ~:t:p,iem seus respeclivos paf.
j'e.S ao r isco de rolar pelo mesmo abismo 110 fu11clo do <1110/ mirou a Rússia Alcxaudre Feotlorovitch Kcrcnsky. Entre elos ,, 11;s1ória colocará por certo o
O dia 29 de ;unho dêstc ano ossi,wla para o orbe ca16lico o décimo 110110 ce11te11ário do martírio de Slio Pedro e São Paulo. Para ceie• l>r6-lo co11dic11ame111e, o Papa Pa11/o VI proclamou para tôda a I greja o Ano da Fé, exprimimlo seu desejo, "slmplcs e grande", de que todos e cada um, Pastores e j;éis, o fere• çam aos glorlosos Ap6stolos, que 1'1estemu11/Ja. ram pela palavra e pelo sa11g11e a fé de Jesus Cristo'', o •·melho,· tributo ,lc recortlação. <lc
Prcsident,· pedecisu, do Chile, $enlwr EoUAROO F'l\1:r MONTALVA.
Que éste parece ,Jcstina,Jo ao papel de Kerensky " cl1ilen<t, m osfra•O, na í eportag~m qtM ·hoJc-'1)..J}/lcC,:, m os, ,,osso co/abQrador Fábio Vidigof Xavier da SU. ~'~ira (apo ntam/o, também, os aspectos posUivos ,ia situação 110 pais irmão. representados pelo desper1ar de uma pujonu reação a11ti-socialis10).
&1e trabalho não interessa apenas aos estudiosos dos problem(l..t tmdi11os. Em qualqutr lugar do mu,1do onde /raja PDC, ,> leitor notará, a cada passo, seme/11011ças com a atuação dos democrotas•cristãos locais.
honra. de comunhão, que lhes podemos oje,c• cer": o da "autêntica e sincera profissão tia mesma fé, qual a Igreja por êles funclacla e i/us. trada recolheu zelosamente e autorit.adamente formulou" (Exortação ao Episcopado Cat6lico, de 23 de /everei;o p.p.). - No cliché, imagem do Príncipe dos Ap6stolos venerada na Co11ca1edral de São Pedro dos Clérigos, em Recife. De autor <iescouhecido. foi rrazicla de lisboa em 1746.
Ano XVII -
Junho-Julho de 1967 -
N.º 198-199 N.• duplo -
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A
s teses e as conclusoos expostas no presente estudo são o resultado de uma longa sedimentação de chdos veiculados pela imprensa ou adquiridos em contactos com chilcnos das mais diversas categorias. A análise que de tais dados se faz, embora cuidadosa e desapaixonada, não exclui a possibilidade de
é um direito - o que poucos se atrevem- a negar de modo taxativo - é absurdo admitir que êle tenha qualquer coisa de visceralmente contrário ao bem comum, pois o bem comum consiste no exerckio harmônico de todos os direitos, e dcpercce na medida em que ês1es são mutilados ou negados.
ferença de predicados morais, intelectuais, ff. sicos, etc. Nestas diferenças acidentais se fundam as legítimas desigualdades de patrimônio, condição social, educação, e outras. Esta imensa desigualdade dos homens na ordem acidental é um bem , e concorre para a vantagem de to-
A Cordilheira árida e gelada, inóspita e legendária, é uma provação para o Chile. f:. inaprovcitável e inexpugnável. Para contrabalançar esta provação, a Providência deu a êsse país vales fertilíssimos na zona central, que receberam por séculos a aluvião benfazeja descida dos contrafortes dos Andes. Mas - e
alguma eventual imprecisão, atribuível a cau-
Ê bem certo que o direito que nos ocupa.
dos, grandes e pequenos. Ela existe também
:.urge aí outra prova -
sas várias. O autor não nega que falhas dêste gênero possam talvez ter ocorrido. A refutação idônea de um trabalho como êste, no entanto, não se pode limitar à contestação dêste ou daquele pormenor, desta ou daquela apreciação de importância secundária, mas requer um pouco mais de sericdade. Ê preciso invalidar argumentos ou teses fundamentais. Sem isto, a refutação por si
tem uma função social. Isto não constitui para êle o sintoma de uma intrínseca debilidade. Função social não a tem apenas a propriedade privada mas também o trabalho. Até a própria existência do homem tem uma função social. E é em nome desta que é lícito ao Poder Público convocar os seus súditos para a guerra. Assim, o direito de propriedade nada tem
na ordem sobrenatural e constitui na outTa vida um dos mais belos adornos da Côrte celeste. Tal desigualdade só é uni mal quando priva os que são menos das condições de existência morais e materiais a que todos os homens têm igual direito. Para o autor, o fim do desenvolvimento não é, pois, uma igualdade completa entre os
mente férteis são secos e necessitam absolutamente de irrigação. Chove apenas quatro me• ses por ano nessa zona. Ao contrário, no Sul a chuva é abundante, é demasiada. Aqui, as terras, fracas, mas ótimas para a pecuária e para certa agricultura, são excessivamente úmidas. E o Norte é ocupado, em parte, por desertos. A inteligência, tJ senso prático, o espírito
mesma se aniquila. A finalidade que nos propomos é tornar
de enfermiço ou de fundamentalmente anti-social.
homens, mas uma desigualdade harmônica de indivíduos. famílias e classes, no escrupuloso
empreendedor do homem chileno conseguiram reaH.zar magntcicamente obras faraônicas co-
cvidente que a Democracia-Cristã chilena e seus homens são esquerdistas e estão conduzindo o Chile para o marxismo. Nesta ordem de pensamento, procuramos mostrar que o Presidente Frei está desempenhando no Chile o papel que teve Kerensky na Rússia: servir de chefe de um govêrno que, já socialista, faz a transição de uma ordem avêssa ao marxismo para uma estrutura social totalmente marxista. A quem deseje refutar o presente trabalho, impõe-se refutar segundo as normas da boa lógica esta tese.
Aliás, Leão XIII, na " Rerum Novarum", declara que a propriedade privada é necessária para que os bens da natureza atinjam O fim por que foram criados. De onde, já só pela sua existência, segundo aquêle grande pontítice, está a propriedade privada a exercer sua função social. Além disso, é O destino social da propriedade privada que justifica certas restrições ao seu uso. De fato, a função social pode importar em restTições, por vêzes até consideráveis, do direito de propriedade. Mas, estas só devem ser impostas quando certamente neces-
respeito aos direitos naturais de todos. Um tal regime permite a cada classe ir melhorando gradualmente suas condições de existência. E proporciona às pessoas ou às famílias de uma capacidade ou de uma perseverança relevante, a possibilidade de ascender rápida ou paulatinamente na hierarquia social. Pelo que, de nenhum modo se confunde com o regime de castas. _..,..._ .,,,~·~ Jl\l'T-RODU 1..0' ::::=;:.;:.!.'.e.:.:..
mo a irrigação dos vales centrais, o domínio de zonas difíceis e a proe,.~ de transpor a Cordilheira. Fatôres tão adversos como os que aponramos deram ao povo que Já se formou accntuada capacidade para a luta, tranqüilidade no enfrentar as adversidades e a idéia de que a provação é normal na vida. Desenvolveram-se assim, sob o sol do Nôvo Mundo, virtudes que o colonizador espanhol já trazia consigo. Sete séculos de árdua luta pela retomada do solo ibérico aos muçulmanos formaram no povo espanhol uma decidida firme1.a de- prin-
Chile é uma terra provada e, ao mes-
cípios e uma invejável constância. Bsse valio -
espaço de tempo tão restrito quanto possível. Uma legislação que trate a propriedade pri-
mo tempo, abençoada por Deus. As inúmeras guerras ê questões frontei-
so patrim6nio moral, adquirido de geração em geração, a Espanha não o guardou dentro das
vada de outra maneira mutila-a como institui-
riças ocorridas ao longo de sua história deram
suas fronteiras.
ção, e a faz fenecer no espírito do povo e na realidade da vida econômica. S precisamente assim que age O govêrno Frci. Como O leitor verá, 0 espitito democra· • · , 1 1eno, ta-cnsrao que norteia o atua 1 governo cu e a atuação que êste último vem desenvolvendod, tendem a impor ao instituto da proprieda e privada, por tempo indeterminado, res-
como resultado a geografia estranha de um pais est"rcito e longo, espremido entre a cordilheira e o mar. O chamado Chile continental ocupa uma área de SOO mil quilômetros quadrados, com aproximadamente oito milhões e meio de habitantes. Seus 200 quilômetros de largura média, seus 4 mil quilômetros de comprimento, que se estendem através de regiões de altitu•
Mal terminava a Reconquista, quando o grande genovês entrega aos Reis Católicos 1crras muito mais vastas. Nelas a Espanha prosseguiu sua cru1.ada. Longas lutas, penosos tra• balhos, duras provações - nada conseguiu abalar o ânimo do colonizador espanhol e católico. A região agreste e difícil que veio a receber o nome de Chile era um estímulo para a sua tenacidade. E êle conseguiu formar
trições cuja necessidade social não está de nc•
des e características variadíssimas, transformam-no em um país de con1rastes. Lá existe a sêca e a excessiva umidade, a fertilidade e
ali un1a civilização autêntica, com uma aris-
O deserto, 0
mais altas, ligadas às melhores famílias espanholas e hispano-americanas, souberam fazer para si uma adaptação feliz da Cl!ltura cristã européia. E todo o Chile se beneficiou dessa distilação cultural. O povo chileno se manrcve por séculos fiel à tradição católica. Mas a astúcia da Serpente conseguiu elaborar um método para conduzir o país ao co-
sárias, na medida do indispensável, e por Um
• • •
Várias vêzes, ao longo destas páginas, terei necessidade de me referir ao direito de propriedade, e às mutilações que êle vem sofrendo da parte do govêrno Frei. Para maior precisão, parece-me necessário dizer como con ...
ceituo o direito de propriedade, no que consistem, a meu ver, as limitações que a função social dêste direito por vêzes lhe impõe, e no que estas Iimitaçoos se diferenciam das mutilações confiscatórias com que o socialismo o quer matar progressivamente. Entendo o direito de propriedade como êle foi magistralmente definido e explanado por Leão Xlll, e, com sucessivas matizações, ma.ntido e exposto pelos Papas que se segui. ram até nossos dias. Entretanto, parece.me importante notar que a afirmação de Paulo VI, na Encíclica "Populorum Progressio", de que êsse direito não é absoluto mas está condicionado à sua fu nção social, tem sido mal interpretada. Com efeito, tal afirmação foi entendida cm certos ambientes como se o direito de propriedade tivesse em si algo de enfermiço e débil. Como se nêle houvesse algo de irremediàvclmente tendente a colidir com o bem comum. De forma que, c-omparativamente aos
outros direitos, ocuparia uma situação de í,1tiina plana. E deveria ser. visto com antipatia e desconfiança pelos espíritos zelosos do bem comum.
Nada disto está escrito na "Populorum Progressio". Aliás, se o direito de propriedade
'
nhum modo demonstrada, e que são até 1esi-
vas ao interêssc público. E isto de tal forma
que, ao cabo de alguns anos dêsse sistema, o Chile se terá cubanizado. É que o conceito demo-cristão chileno de dcsenvol_vimento parece considerar como meta última não a prosperidade nem a tutela de todos os direitos. mas a igualdade entre todos os homens . . . ·
•••
o
frio rigoroso e O calor ardente. Terremotos e marc-motos freqüentes compleIam êste quadro. . Com um clima cm geral temperado, 0 Chile se salienta pelas suas belezas naturais. 0 estranho e majestoso Pacífico _ tão diterente, não sei cm quê, do nosso Atlântico que por centenas de quilômetros banha suas costas, a cordilheira altaneira e insondável, os
êsscs vales extrema-
tocracia culta e r('finada, de nítida influência
européia, profundamente católic'!, As classes
E vem agora mais uma consideração pre-
vales centrais cultivados magnlficamente, que
monismo. E o povo valoroso que enfrCntou
liminar. f:. sôbre o problell)a da igualdade entre os homens. Professo a doutrina católica sôbre a matéria. Todos os homens são fundamentalmente iguais por naturcz~. E também o são na ordem sobrenatural enquanto remidos por Nosso Senhor Jesus Cristo. Entretanto, esta igualdade fundamental
fa1.em lembrar as mais civilizadas paisagens européias, os lagos fantásticos do Sul - lagos
com galhardia terremotos e maremotos começa agora a sucumbir diante das tramas de
de contos de fada -
uma revolução marxista.
não exclui, na ordem natural, uma enorme di•
os vulcões misteriosos,
alguns dos quais fumegam perenemente, o gêlo eterno, os iccbergs, o enigmático Estreito de Magalhães, rudo isto faz lembrar a trans-
Os homens arregimentados no Partido Comunista chileno, que tomaram a peito levar o Chile ao marxismo, e por êsse meio dete-
ccndcntal grande1..a de Deus que paira por ci
r iorá.-Jo, iniciaram uma agitação franca e de..
4
ma dos cataclismos tão freqüentes que lá em-
clarada. Pouco resultado obtiveram. Exulta-
baixo assolam o território andino.
ram,
no entanto, quando lá se formou um
1>ar1ido des1inado a inlroduzir,. por um pro. , .
cesso sorrateiro. os mesmos pn nc1p1os que os marxistas t<>ut courr não haviam conseguido fazer vingar às claras. Seu nome inclui a chave para vencer tôdas as naturais barreiras do
CmLeNA. Susci1ada por idéias de ãmbilo internacional, difundida 1>or 1écnicos e teóric<>'i dilos católico-socialisias, e abençoada por um certo Clero progressista. No presenle 1rabalho, o que se deseja é
povo chileno contra o comunismo : o nome "cristão". Denominou.se Pá;ti<Jo DemocrataR -Cristão. E assim vai avançando a REVOLVÇÃO
mostrar corno nasceu, como cresceu, como se desenvolve hoje, e q ual o desfêcho a que pre1ende chegar o processo chamado RevoLVÇÃO C~III.ENA.
1-
A HISTó RIA DA DEMOCRACIA-CRISTÃ CHILENA
P
ara q ue se compreendam melhor os acontccimcn1os que se desenrolam no Chile, faremos um breve relato da origem das diversas correnles partidárias do país.
A -
O nascimento dos pa rtidos políticos
Os primeiros esboços de par1idos poli1icos com tendência definida e estável ocorrem nos albores da república, mais prccisamcn1c com a queda da diiadura do General Bernardo O'Higgins (1823). O poder se organiza como mi só em 1830, com a ascensão do General Dom Joaquín Pric10 à chefia do Es1ado. Nesse .an,biente sobrcssa.em duas corren. 1es: a dos pelucones, formada pela anliga a ris• 1ocracia cas1elhano-basca, de forle tendência religiosa e sentido 1radicionalis1a, que logo gerou o Parlido Conservador; e a dos pipiolos. que, embora em sua grande maioria pertencessem também à aristocracia, encontravam.se profundamcn1e embebidos das idéias enciclopedistas e revolucionárias chegadas da Françn cm fins do século XVIII e início do século
xrx. .Bstes vieram a conslituir mais tarde o
Partido Liberal. Em 1830 se consolidou defini1ivamen1c no poder o General conservador Dom Joaquín Pric10, tendo como seu principal Ministro Dom Diego Poriales. Podemos dizer que, desde êsse momen10, o Chile inicia sua vida como nação politicamente organizada, com um sistema jurídico, ins1i1ucional e polílico definido. O regime conservador não se fundamentou em grandes declarações de princípios. Foi principalmente uma observação cuidadosa da realidade que o levou a criar um govêrno fo rte, mas não opressor; organizado, mas não bu-
rocrático. Todavia. enquanlo êssc 1ipo de govêrno procurava levar o país ao dc;senvolvimento, isnorava ou não queria ver os fones ventos
revolucionários que agitavam os meíos in1electuais. e cm especial a juventude, entusiasmada com os movimentos sociais que abalavam 1ôda a Europa. Em 1857 produz-se a primei ra divisão das fôrças conservadoras. A partir dessa divisão, o govêrno cairá progressivamcnlc em mãos da ala liberal avançada. A juventude desorien1ada 1oma em suas mãos os destinos da nação. O Partido Conservador inicin, nessa época, um ciclo his1órico de deíesa heróica dos princípios ca1ólicos. Seu horizonte é o da proteção da Igreja e de seu pa1rimõnio espiri1ual, precisamente durante o apogeu do laicismo1 quando as fôrças liberais, embriagadas de poder, pretendiam fazer tabula rasa da causa ca16lica e das idéias tradicionalislas. Essa luta, que começou an1es de J 860, prolongou-se na His1ória a1é nosso século. Foi a luta que imprimiu na causa conservadora seu mais profundo scnlido religioso. O conservadorismo chileno íêz sua a causa da Igreja; seu objetivo era implantar a doutrina católica no campo 1emporal. Em 1879, q uando essas pugnas polÍlico-religiosas estavam cm seu ponto culminante , estoura repentinamente a Guerra do Pacifico, cm que se defronlam as fôrças chilenas e as da aliança Peru-Bolívia. Disso decorreu naturalme111e um abrandamenlo nos conflítos in1crnos. Antes que as tropas viroriosas regressassem, foi elei10 Presidcnlc da República Dom Domingo Sa111a Maria (1881 ), anlíclcrical no1ório, alivo militanle do Partido Liberal, produzindo-se como conscqiiência o agudo recrudcscimcn10 das lulas religiosas. Fácil e breve resultou para Santa Maria a aprovação de tôdas as reformas anticatólicas, e1n tôrno dns quais se vinha lutando durante longo tempo. As leis promulgadas pela ação di1a1orial do govêrno previam a exclusão absolu1a da Igreja cm matérias tais como a celebração do matrimônio, o registro de nascimentos. as ceri• mônias fú nebres, etc. Anos mais 1arde, cm 1891 , deflagra no Chile urna sarigrenta guerra civil, na qual é derrubado o enlão Presidcn1c José M. Balmaccda, liberal. Sua q ueda não trouxe maiores mudanças de sentido ideológico, pois o govêrno que se segu iu fundava-se cm princípios scmelhan1es aos do ilcpos10.
Daí cm dianle o Partido Conservador volta ao poder em repelidas ocasiões. Embora seus princípios não tivessem variado, seu cspíri10 de lula já não era o mesmo. Já den1ro dêle germinavam idéias revolucionárias. Por voha de 1938, a J11ve11111dc Co11servadora, que se fazia chamar Falange Naci<r nal, foi expulsa do Par1ido por não ler apoiado o candida10 conservador à Presidência da República. A fo rte influência e dou1rinação constante desenvolvidas den1ro da Falange Nacional pelos eclesiáslicos avançados começavam a pesar. As idéias maritainisrns e as reivindicações sociais com Jaivos de luta de classes iransformavam-se em bandeiras dêsses jovens. Uma das razões pelas quais foram êles expulsos do Panido foi que se mos1ravam já socialistas. Pos1criormcnte, cm l 948, produz-se uma nova divisão, iniciada por um grupo conservador chamado social-cris1ão. Parte dêssc grupo voltou depois a integrar-se no Partido Conservador, e o res10 se uniu à Falange Nacional para formar o Partido Demócraftl.-Cristiano. Para completar a resenha., devemos acre-scenlar que no ano de 1865 nasceu o Partido Radical, de linha nllidamcntc maçônica, e encarnação do espírito anli-religioso. Sua vida, vacilanlc inicialmen1e, adquirê fôrça a partir de 1925. Por óhimo. no ano de 1912 nasce o primeiro esbôço de partido comunista, com o nome de Partido Obrero SociuliJtc,. parél posteriormente, cm t 922, aderir definitivamente à Terceira ln1crnacional Comunis1a . .Em 1948 foi dissolvido pela Ley tle Defensa Pernwmmte de la Democrtlcia, e só pôde reintegrar• -se na vida poli1ica após a derrogação de diia lei , ob1ida em 1958 graças à ação solícita do Partido Dcmocra1a-Cris1ão. Aqui temos uma breve história dos principais par1idos chilenos. Paro os obje1ivos dês1e 1rabalho são dispensáveis as referências aos outros, de menor vulto. Quanto à orientação polilica dêlcs em relação à temática direita-esquerda, ou marxismo-antimarxismo, poderíamos fazer a seguinte g.radação, a partir dos mais antimarxistas : Partido Conservador e Partido Liberal J>arlido Radical Partido Dcmocrata-Crislão Partido Socialista .Partido Comunista. Os dois primeiros poderiam ser cbamados - cada qual a seu modo - partidos de dirci1a. O Radical seria de cen1ro. Os irês úl1imos são esquerdistas. Recentemente o Partido Conservador e o Liberal se uniram cm uma nova agrerniação de oposição ao govêrno. o Parlido Nacional.
B -
A ascensã o da Democ rac ia-Cristã e o falso dilema A lle nde-Fre i
Após 1er vis10 breveme111e a história e a posição hodierna dos diversos panidos cxislentcs no Chile, vejamos alguns dados que favorecem a compreensão do que se passou com a atual Democracia-Cristã, analisando sua ascensão progressiva. Para is10 é necessário voltarmos a seu nascedouro, · descrever algurnas etapas de sua hislória e, por íím, tratar do que 1.>odcríamos chamar de falso dilema All~nde-Frei fórmula hábil que se conseguiu para levar ês1c úllimo à Presidência da República. Como vimos, a Democracia-Cristã nasceu do Par1ido Conservador. las1c, apresentando-se oficialmente como o partido dos ca1ólicos, acolheu cm seu seio. lá pela década de 30, os jovens ca1ólicos da ANEC (Asociaci611 Nacio11al ele Es1uclia11tes Católicos). Preocupados com problemas 1cológicos, filosóficos e socíais, congregavam-se l)as fomosas reunio ,ies 1/e los J,meJ· quase to• dos os homens da equipe do atual govêrno. Aí nasceu a heresia deniro do Partido Conservador. Começaram a sentir a política de maneira diferente. dcixa_ram•sc influenciar pelas idéía.s novas que chegavam da Europa. Aí imaginaram descobrir um nQ,,o pensamento nas Encíclic.as e nos Evangelhos. Pouco tempo foi necessário para que a Jvvcnludc Conservadora começasse a se revoltar contra o Partido. Um dos líderes novos, ~icardo Boi1..a rd, dizia cn1ão: "NÓsso grito, no sentido elevado da palavra, não é de paz nem
ele concórdia. Pelo contrário., é um grito ele revtmche". Era o ódio que começava a surgir e a se arrogar direilo de cidadania, pretendendo apoiar-se na douirina do Evangelho. O tradicional e secular Partido Conservador era desafiado por jovens que mal haviam dado os primeiros passos na política. Os veteranos da agremiação não q uiseram, de início. expulsar os mais novos. Comenta-se que o lider marxisla Allende chegou mesmo a perguniar a ês1es úhímos, da tribuna da Câmara dos De. pulados, por q ue não se rcliravam do Parlido Conservador. pois jã , eram tão avançados quanlo êlcs, marxislas. Funda-se depois a Falange Nacional que se apresenia às eleições de 1937 - cons• 1i1uída pelos meninos rebeldes. Sua insígnia era uma flecha vermelha airavessando d uas barras horizontais, a significar a revolução a flecha vermelha vencendo as barreiras dos ex1rcmis1as da esquerda e da direita, simbolizadas pelas d uas barras. Declaram-se pos1eriormcn1c partido do fa10 e de direilo. Em 1957 a Falange Nacional se une a um o utro ramo herético do Par1ido Conservador, o Partido Co11servaclor Social Cristiano. E (ls dois unidos passam a se chamar Partido Dem6Crtlta-CristiclnO. O PDC cresceu ràpidamen1c. Seus prin• cipais líderes - Tomic, Frei, Leigh1on, Gumucio e outros - já eram poli1icos conhecidos quando êle surgiu. Entram na linha da Revolução pura e simples. Defendem a lula de classes e a mudança de esrrumras. Fazem elogios velados a Marx. Exploram a fundo o apoio de um forte setor clerical q ue lhes bendiz a trajetória polhica malsã. Essa 1raje16ria dos democralas-cristãos da primeira hora é ex1remamen1c rápida. Muitos conquistam logo cadeiras na Câmara e no Se• nado. Em 1958 apresenlam Frei como candi• da10 à Presidência da República, q ue êlc perde para Alessand ri. Foi, no entan10, uma derrola presligiosa. Nas eleições de 1964 são irês os candidalos à P residência da República: - J ulio Duran, do Pari ido Radical, que
é apoiado inicialmente, cm forma oficial, pelos conservadores e liberais. antiesqucrdis1a, mas seu êxilo nas urnas é improvável. - Eduardo Frei, democra1a-cris1ão ( escolhido como candidato cm lugar de Tomic porque êste, considerado por alguns como o mais im portante homem da DC, era extremamente avançado) . Frei é esquerdis1a, com grandes possibilidades de sair vitorioso. - Salvador Allende, que fará as vêzes de espantalho, é apresentado pela F RAP (liga que agrupa o Parlido Comunista, o Socialista e o utros grupos esquerdistas menores) . Declara-se maçon e marxisla. Suas possibilidades de vi1ória também são consideráveis. O terror de ver o Chile conduzido ràpidamente para o marxismo pelo espan talho Allende fêz co m que os Partidos Conservador e L iberal dei.xas$em de apoiar D uran, que 1inha pouca fôrça eleitoral, e eo1rassem 1otalmen1e na campanha a •favor do candidato dcmo•cristão. Em 4 de setembro de 1964 Eduardo F rei Monlalva foi elei10 co m larga maioria. De dois milhões e meio de elei1orcs, teve quase um milhão e q uinhenlos mil votos. Os conservadores ficaram satisfeilos, porq ue se repulavam salvos do marxismo. Frei assumiu o poder e fêz em pouco 1empo o que Allende levaria mui1os anos para fazer. Hoje, muilos se pergutam se a vilória de Allendc não teria sido mal menor. Conseguiria êle o apoio de certas correntes centristas, que Frei conseguiu para fazer exaiamente aquilo que os conservadores não q ueriam que fôsse fei10? A al1erna1iva Frci-Allcnde foi um falso dilema hàbilmenle criado, q ue tro uxe co mo conseqüência o apoio eleiloral de numerosos direi1is1as ao marxismo velado da DC. Vimos, aqui, como (oi rápida a ascensão do esquerdismo e da Democracia-Cris1ã. A IÍ· tulo ilustrativo, seria útil considerar como foi também rápida a decadência eleiloral da direita no Chile . .Para is10, é significa1ivo regis1rar o número de depu1ados feitos pelos dois partidos direi1is1as nas eleições correspondentes aos úllimos períodos presidenciais. Apresentamos a relação abaixo (segundo os dados de que dispomos):
e
.
.
-
'
Panido Conservador Par1ido Liberal
Eleição de 1957: período )banes
Elcto de 1 6(: perfodo Alessandri
Elei~o de 1 65: período Frei
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O Presidenle Alessandri foi elci10 em 1958 pela coalisão dos dois partidos, que era considerada, na época, a primeira fôrça política do país.
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A Fa lange, predecessora da DC, foi sempre esquerdista; os censura s púb.lico s fe itas pelo e ntão Ca rdeal de Santia go
Seria interessante salientar que a Falange Nacional e os atuais homens da primeira linha da Democracia•Cristã sempre forarn esquerdistas e nunca procuraram esconder isto, embora sempre apresen1assem seu esquerdismo sob a capa de Cristianismo. Já no seu nascedouro, desde seus primórdios, a Falange mostrou-se simpática às posições marxis1as. Djsto resultou, como veremos, mais de uma censura pública fci1a pela Au1oridade Eclesiástica. Por vol1a de 1938 - jã o dissemos - a Falange foi expulsa do Partido Conservador, por causa de divergências dout rin,árias. Já era socialista. Suas tomadas de a1i1ude públicas claramenlc marxis1as surgiram um pouco depois. Em 1945 fêz um pac10 eleitoral com o Par1ido Comunis1a. Foi, 1ambém, favorável à formação ela CUT - Central 011ict1 de Tra11/fjadores, de finalidade 1otahnente subversiva e marxista. Em 10 de dezembro de 1947, o en1ão Arcebispo de San1iago, Cardeal José María Caro, para prevenir seus fiéis contTa o csquer.. dismo da Falange, publica uma censura cm documento ofici;1;I que teve enorme repercus• são, mas que não foi ouvido por aquêles a quem visava. Nesse documento o Purpurado censurava os falangistas, aluais pcdecistas, por serem favo ráveis ao reatamento da~ relações coo, a Rússia sovié1ica, por lerem admiração r.,or esta e pelo comunismo. por não serem suficientemente anticomunistas. O falo mais escandaloso ta.lvez da his.1ória da o rganização precursora da DC foi o ter ela sido a maior responsável pela revogação da Ley ele Defensa de la Democracia. Es1a lei , nticomunista, que tornava o PC ilegal, foi votada cm 1948 com o apoio de quase todos os setores políl'icos, entre os q uais~ evidentemente, não se encontrava, além do próprio PC, a Fa-
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lange. Não con1ente de se opor à lei antes de votada, passou o falangismo, posteriormente, a reunir fôrças para revogá-la. B, cm 1958, os a1Uais democratas-cristãos conseguiram formar um bloco parlamentar que tinha como um de seus principais obje1ivos a abrogação da lei. E a conseguiram. Nessa ocasião o Cardeal Caro, Arcebispo de Sanlíago, fêz uma nova declaração pública na qual recordava as normas fixadas pelo San10 Ofício sôbre as relações com o comunismo. E o Secretário do Arcebispado publicou um documento no qual anunciava que ficariam pri• vados dos Sacramentos os que favorecessem a derrogação da lei. Mas nada pôde impedir que os democra1as-cris1ãos, 1alvcz apoiados na opinião de outros eclesiásticos, vot'assem nesse sen~ tido. Hoje o Parlido Comunista do Chile é legal, e seus membros 1êm direi10 de cidadania para conspirar contra a pátria e a civilização crislã, graças aos ingenlcs esforços dos cris1ia11íssimos membros do Parlido Democra1a-Cris1ão. Os homens da Falange conlinuaram, apesar dessa censura pública. a caminhar na mesma irilha revolucionária. Numa época em q ue o Chile não linha relações, diplomáticas com a URSS, passaram a defender o reatamenlo de• las. Quando subiu ao poder na Guatemala o govêrno pró-.comunisla de Jacobo Arbenz, a Falange foi sua grande defensora no Chile. Quando êsse govêrno foi deposto, o rganizou-se uma marcha de pro1esto cm Santiago, encabeçada pelo Sr. Eduardo Frei e pelo Sr. Juan de Dios Carmona (alual Minislro da Defesa). Se ti• vcssem escu1ado a voz de seu Paslor, não te• r iam posslvelmente chegado os democra1ascris1ãos de hoje aos 1risles absurdos a que che-.
garam.
li -
FUNDAMENTOS DA REVOLUÇÃO CHILENA
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R.evol ução, com " R" maiúsculo. na terminologia empregada pelo Prof. Pli• nio Corrêa de Oliveira no ensaio "Revolução e ContTa-Revolução" (Boa I mprensa Ltda., Cam pos, 1959 ) , é o co njunto de crises por que vem passando, há cinco séculos, o
FABIO VIDI GAL X A V I E R DA SIL VEIRA
mundo ocidental e cristão. Tôda a Cristandade sofreu e sofre êsse fenômeno, iniciado com a Renascença e o Protestantismo. continuado com a Revolução Francesa, o que aringe o seu auge com o comunismo. No Chile, evidentemente, essa crise das crises se fêz notar. A isto chamaríamos de Revolução Chilena, que é apenas uma parte, com poucas variantes dignas de nota, da grande Revolução universal a que se refere o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seria infantil dizer que esta começou no Chile com a ascensão da Oemocracia•Cristã. Já muito antes de Frei era ela vigorosa. Muito especialmente nos tempos do govêrno Jorge Alessandri sua velocidade se tornou avassaladora. A medida que avan~a a corrupção no campo moral, forçosamente se corrom.pem as instituições, invariàvelmente os espíritos se presdispõem a ouvir os falsos líderes, inevità• velmente se passa a aceitar erros doutrinários. Para se entender a Revolução no Chile. como para entendê-la em qualquer parte do mundo, é imprescindível a consideração atenta de seus aspectos religiosos e morais. Um observador político dos tempos da Reconquista erraria se a considerasse com olhos estritamente laicos, e no mero plano po· lítico, abstraindo do fervor religioso que aoimava os filhos da Espanha cristã desde Covadonga. ·um historiador da dominação árabe falharia gravemente se ignorasse os fatôres religiosos que pesaram decisivamente nas guerras e transformações sociais por que -passaram as populações islâmicas do Andaluz. Um comentarista da segunda guerra mundial erraria se considerasse a existência dos pilotos suici• das japonêses como um mero efeito do patriotismo, abstraindo de que essa atitude provinha também de um devotamento religioso ao Imperador. Assim também, erraria gravemente quem quisesse considerar a Revolução Chilena como um fato - ou uma sucessão de fatos - de origem Unicamente política, econômica ou so• cial. ANTES OI! TUDO, ELA É OI! l'UNOO MORAL e RELIGIOSO. O marxismo não era assimilável pela nação chilena, tradicional e profundamente católica. e por isso mesmo imbuída de respeito pela família e pela propriedade. Ela não queria a luta de classes. Amava a ordem. Abominava a desordem. Não aceitava a demagogia dos agi• !adores de esquerda. Os homens que dirigem de cima os destinos daque.le povo irmão verificaram que a única maneira de fazê-lo aceitar a transformação social que lhe propunham - a Revolução de esquerda - seria ''batizá.la'', seria apresentá-la não só como isenta de qualquer hos• tilidade à Igreja, mas até inspirada pelos princípios cristãos. Sem isto, seria incerto e muito lento o caminhar da Revolução Chilena. Apresentavam•na seus fautores como uma revolução técnica. Mas, como as transformações desejadas por êles supunham a rejeição de prindpios aceitos unânimcmenl'e como verda• deiros pelo povo chileno, tal rejeição teria que ser antes coonestada teologicamente. E para isto necessitavam de seólogos que fizessem a necessária escamoteação doutrinária. A êste papel se prestou, de maneira flagrante e audaciosa, certo número de Sacerdotes jesuítas. Dedicaremos o presente capítulo ao estudo sumário dêsse trabalho de prestidigitaç.ã o doutrinária e dos seus autores.
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A base teológ ico-sociológica
Sendo impossível batiz.ar o marxismo, é necessário, para que a Revolução se faça aceitar pelos católicos, levar a opinião pública a adotar princípios que, à primeira vista, parecem verdadeiros, mas trazem cm seu bôjo escondida cautelosamente - a semente mar.. xista. exatamente com êsse objetivo que a preparação ideológica do povo chileno para a aceitação de uma estrutura social comunista se faz cm diversos níveis. Existe, primeiramente, urna terminologia estranha, utilizada sõmcntc por alguns iniciados. E só êstes conseguem entendê-la. Por exemplo, a revista "'Reportaje OESAL" emprega, em um de seus números. os seguintes têrmos cnbolísticos: "sociedod global", "'globalidad", "participaci611 pasiva o rcccpriv11". "pnrticivaci611 acliva y comrihwiva", "ra,Jicalidad de la margiualfrlad", "e1'/0</UC muhi<Usciplinario y .rnpcrsectual", ..inrcgracióu interna dei mundo marginal''. etc. (artigo "Marginalidacl y Promoción Popular", in "'Reponaje OESAL" - ano 1, n.• 1). Mas, para convencer o povo simples, o homem da rua, o camponês, conceitos dessa natureza, um tanto esotéricos. não servern. Nesse nível a doutrinação tem que ser feita com têrmos nrnis acessíveis. 't:: necessário empregar palavras mais simples, que êles entend:\m ou julguem entender, mediante a compreensão . das quais se faz nascer nêles o espírito revolucionário. Deve-se agir principalmen.
e.
te por meio de J·logans revolucionários, cujo sentido primeiro e vago seja fàcilmente com• preensível. mas cujo sentido verdadeiro e profundo seja de conhecimento apenas dos ![deres, dos condutores das massas. Dentro dos objetivos do presente trabalho, restringimo-nos à análise rápida de alguns dos principais têrmos impregnados de princípios revolucionários que os fautores da comu• nistização do Chile mais difundem.
dos marginalizados só pode ser feita através da lura de classes, a substituição violenta da classe dominante e a destruição da estrutura social existente. A estrutura que tinha a América Latina no século XVI, no entender da revista "Mensaje", está intacta: "Ons são os vencedores, os
classes atualmente dirigentes, para que dêle se aposse exclusivamente a massa. &te é o objetivo da ""prcmoci611 popular". Em linguagem não camuflada, seria a ascensão do proletariado, e a marginalização dos líderes atuais da produção e da cultura.
possuitlores: os outros são os ve11ciclos, os con• de11ados a viver à marge,n d<i nação a que pertencem sem. saber clc,ramente por que·"
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("' Mensaje", junho de 1966 • 1-
214}. Dois terços da América Latina, segundo
Tôda a hodierna organização social do afirmam mais ou menos claramente os propugnadores da Revolução Chilena - é má.-$ os ![deres •·J,erodi<mos'' são incompeten'tes. Cumpre fazer uma completa mudança de ,s1ruturas. Cumpre destruir e recomeçar tudo do marco zero. Cumpre deitar por terra as instituições vigentes e formar novos organismos sociais. Cumpre tirar o poder dos atuais líderes e dá-lo a outros. Isto só se consegue com reformas de base as mais arrojadas e radicais, em todos os setores. E se fôr necessário o emprêgo da violência, ser:á empregada a violência. Para exemplificar, vejamos o editorial do 0 n. 115, de dezembro de 1962, de "Mensaje" (pp. 589 e ss.), revista católica dirigida pelos RR. PP. Jesuítas, que apóia integralmente a tendência democrata-cristã chilena. Sob o título "Revolución en América Latina"', a direção da revista pretende apresentar como católicas as reformas mais violentas e radicais: "Sopram,
MAROINALIOADI! 1! INTEORAÇÃO
O marxismo quer destruir uma classe e confiar a direção exclusiva da sociedade e do Estado a outra. Para isso propõe a ditadura do proletariado, que aniquila a anterior classe dominante. A exposição clara dêsse objetivo, no en• tanto, choca um espírito católico bem formado, pelo seu sabor não só de igualitarismo injusto, como làmbém de luta de classes. O teólogo empenhado em servir a DC necessita de um princípio teológico-sociol6gieo que possa defender como verdadeiro, e no qual esconda sorrateiramente o que é cedo para apresentar às escâncaras. Nada mais justo, nada mais de acôrdo com a doutrina da Igreja do que dar pão aos que não o têm. Nada mais cristão do que ir buscar os homens que vivem marginalmente e procurar integrá-los na sociedade. O normal, em uma sociedade bem constituída, na qual exista uma harmônica coopc• ração das várias classes que formam a hierar• quia social, consiste em procurar integrar na vida social os que estão cm situação de carência, fazendo-os subsistir por si 01esmos, e incen1ivar a que, com os recursos culturais e financeiros das classes mais altas, e se necessário do Estado, se auxiliem em tôdas as suas necessidades de alma e de corpo as pessoas que vivam na miséria. Os homens que são mais, especialmente do ponto de vista dos bens do espírito, devem interessar-se pelos necessitados, para que êstes venham a participar da vida social. E ao Estado cabe velar pelos que são menos, auxiliálos a progredi,. a se civili.zarcm e a se cu/tu. ralitarem. Em têrmos muito concisos, estas seriam as verdadeiras noções de ,narginalida<ie e in•
tegração: Encontram-se cm ,narginalidade aquêles homens que por sua situação de carência vivem à •·nargem do CO(po social; Integração é o processo através do qual os homens que vivem à margem do corpo social são conduzidos a participa., a1ivamen1e dêle como membros vivos e sadios. Os conceitos de marginalidade e integração - palavras tolismânicas - fàcilmente podem ocultar sentidos condenáveis que o homem incauto, pouco observador das manobras esquerdistas, talvez não perceba à primeira vista. Tendo, embora. como dissemos, um sen• 1ido natural legítimo e sadio, essas duas palavras são lançadas nas esferas cultas do Chile com um sabor esquerdizante. Elas trazem consigo a aceitação da idéia de que a integração
editorial, p.
a revista, estão marginalizados. E a situação tende a agravar-se. Essa imensa marginalização só se deveria às estruturas atuais, à indolência da massa e à falta de interê_.sse do têrço privilegiado que dirige o povo, dos "lierodia11os" (homens tão ultrapassados como são os do tempo de Herode.s ). Incapazes, incompetentes, não querem que os atuais marginais se integrem. Daí surgiu a necessidade histórica de justiça, de uma fôrça extrínseca à massa que promovesse a libertação desta e sua integração. E necessário derrubar os homens que estão no poder, integrar os que hoje são marginais e transformá-los nos líderes de amanhã, mediante sua organização em grupos sociais. 1lsses grupos, como veremos, ser-ão a ponta de lan.. ça da agitação, da luta de classes, do processo violento de transformação social. ■
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A "PROMOClÓN POPULAR"
"Promoción popular" é outra expressão
talismtlnica, de sentido caballstico que s6 os iniciados conhecem ou dizem conhecer. A idéia que ela traduz aparece como nascida no ambiente chileno - no Centro Belarmino, dos RR. PP. Jesuítas, e encontra no Pe. Veckemans um de seus maiores propagadores. Quando se pergunta a um chileno comum o que significa "promoci611 popular", êle não sabe responder. Quando se procuram ler os artigos ou livros publicados a respeito, tem-se que faier um esfôrço enorme para, no término, chegar ao triste resultado de pouco se ter compreendido. E tudo cabalístico. No entanto, nos c[rculos intelectuais e políticos de esquerda to• dos usam à larga a expressão. E daí extravasa ela em certa medida para o grande público. Em um folheto de propaganda demo-cristã., a definição que se dá, de "'promoção popular"'. é a seguinte: "/,; o processo pelo qual povo CAPACITAOO e ORGANIZADO se vai infe.. grando no desenvolvimento geral do país. ao participar efetivamente na solução de seus próprios problemas. Em outras palavras, é o contrário de paternalismo" (''Los Siete Misterios ó
de la Promoción Popular" - grifos nossos). Ou seja, é a politização da massa, a formação, nela, da idéia de que as elites não lhe desejam o bem-estar nem o progresso. E a conseqüente organização dela para arrancar por suas próprias mãos tais vantagens, com a destruição das elites. Quando tratarmos do organismo estatal chamado "Promoci611 Popular" (que 1cm esta• luto de Ministério), veremos o que na prá1ica se quer. Em teoria, trata-se de organizar a população e integrar os marginalizados. Mas, na realidade, o objetivo é expulsar do poder as
KERENSKY Alexandre Feodorovitch Kerensky nasocu cm Simbirsk, na Rússia, em 1881. Fêz. seus e.studos cm São Petersburgo. {ormando--sc cm Direito. Jniciou cedo sua carreira polilica, 1c1\• do sido eleito membro da Duma. o Parlamen~ to russo, cm 1912. Socialista e duramcnlc hostil ao regime imperial, participou ativamente da rcvoluç3o de março de 1917, que levou o Czar Nicolau li a abdicar. CoJ1stituído o primeiro govêrno provisório, assumiu a pasta da Justiça. Em 20 de julho do mesmo ano ascendeu a PrimeiroMinis-tro, com podêres ditatoriais. Nessa ocasião reinava funda'. divergência cnLre as várias correntes esquerdistas. A 1nais extremada era a dos bolchevisrns, liderados pQr Lenine, que cm íUl\t'ÇO tinham revelado enorme (ôrça, mas depois havia,n caldo em :iecnlUado desprestígio. Nenh.un, de seus jornais circulava, pelo fato de as tip0grníias se negarem a imprimi-los. Sçus prineipo1is: líderes e,stavam Cora de ação: Lenine vivia foragido; Tro1sky e Stalin se achavam presos. Kornilov, o comandante-chefe .das Fôrças Armadas, rido como de direita, general de grande prestígio, se dispôs então a liquidar com o bolchevismo, apresentando ao govêrno um plano de ação enérgico. Era a última oporlU• nidade para isto. Kerensky, o socialista mo~ der:ldo, tinha rc.scrvas quanto à pOsição idco• lógica dos bolchevistas, mas repudia a propOsta
radical de Kornilov. Acaba se indisp0ndo com êste e o prende, mais ou menos ao mesmo tem.•
po cm que liberta Stalin e Trotsky. Numa concessão aos socialistas avançados proclama a re.pública. Logo depois Lenine voha para a Rússia e sua facção começa de n6vo a crescer cm fôrça e iníluência. Inicia-se a decadência política de Kerensky. Em novembro de 191 7, cs bolchcvisl:l.s, depois de terem exterminado a Família Imperial, derrubam o govêrno e tomam o poder. Kor.. t1ilO'I íogc, e assume o comando do exército n.1s.so-bra11co (que combatia vigorosamente :1 revolução), para morrer. no ano seguin1e. vitimado per uma bomba. Kerensky se refugia a bordo de um navio inglês. Chega são e salvo a Londres, passa algum tempo cm Berlim, indo depois para Paris. onde organiz.a. um arremêdo de resistência. Assim, o homem que se negou a tomar as atitudes enérgicas proPostas por Kornilov para liquidnr os bolchevistas, acabou favorecendo a. ascensão dêstcs e perdendo o poder para êles. Prendeu Kornilov, e soltou Trotsky e Stalin. Combateu as chamadas direitas., e deixou Lenine recuperar o prestígio que perdera. E hoje. enqua11to o povo russo permanece escraviz...1do pelos comtinistas, Alexandre Fcodorovitch Kcrensky vive uma velhice despreocupada e bem instalada, no coraç.ã'.o do mundo capitalista: cm Nova York .. .
A MUDANÇA DE ESTRUTURAS E AS RBFORM AS
Chile -
com efeito, tlres revolucionários. Uma irnensa e cada vez mais crescente maioria está tomando tonsciência de sua fôrça, de sua miséria e da injustiça dessa "ore/em" política, jurídica, social e econômica que é obrigada a aceitar; e essa maioria não está disposta a esperar mais. Exige uma mudança: um<1 mudança rápida, profunda
e total de estruturas. [ .•• ] o inquebrantáve/ decisão de mudar, custe o que custar. Isto, e não outra coisa, significa a "Revolução na Amé-
rica Latina". [ ... ] Revolução é, por conseguitrte, "reforrna". Mas não uma tal ou qual reforma, senão RefORMA INTEGRAL E RADICAL.
[ •.. J A amtntica revolução abrange todos os campos. E clara evidência da inadequação, da inoperância e da injustiça das estruturas vigentes: é, pelo m esmo motive, inquebrantável decisão de romper radicalmente com a "ordem'' atual, de acabar com o passado e. PARTtNOO oe 1
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'.Z.ER0 , CONSTRUIR UMA OROeM TOTALMeNT'E NOVA, [ .. . j. Não vemos como se possa conci•
fiar uma atitude autêntictunente cristã com uma atitude cerradamente anti-revolucionária, opos.. ta à mudança radical e urgente ,Je estru/uras 1. . . (grifos nossos).
r•
No final das suas ponderados e cawclosllS observações, a direção de "Mcnsaje" adverte, no mesmo editorial: "A revolução está em marcha. Não opor-se a ela, mais Ôinda. propictá•la, esconde evidentemente um risco (ninguém pode saber exatamente onde termina a revolução), mas a vida é risco, e o Cristianismo não é uma religião de seguranças suaves, mas de generosas loucuras". ~ tes Srs. parecem ter-se deixado dominar pelas idéias niilistas, que tanta influência tiveram na Rússia pré-revolucionária do século XJX. Os niilistas tinham como um dos pontos principais de sua ideologia a necessidade da destruição total de tôdas as estruturas sociais, para depois se formar uma nova sociedade. Para os RR. PP. Jesuítas da revista "Mensaje", nenhum valor tradicional deve ser preservado. Devemos destruir tudo e partir novamente do zero. Os lideres atuais, as famílias que estão por cima, os homens mais cultos, os políticos de hoje, tudo enfim deve ser pôsto abaixo para se formar uma nova ordem de coisas. Nos escritos dêsses homens, a estrutura social que existe é apresentada como 1otalmen1c má, e a que está em gestação, como necessàriameote boa. Por isto, destruamos o existente e ansiemos pelo nôvo. O que é êsse nôvo que se a sociedade e a propriedade coquer criar? munitárias, é a sociedade sem classes, desejada pelos democratas-cristãos e amada pelos marxistas. Deploramos profundamente a audácia de Sacerdotes católicos que consideram de acôrdo com a mensagem evangélica absurdos tão graves e evidentes.
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DIREITO OE PROPRIEDADE.
A Igreja sempre ensinou ser o direito de propriedade um direito na111ral. Com efeito, já que o homem é naturalmente dono de si, é dono de seu trabalho. E, por1ao10, do fruto do seu tl'abalho. E êsse fruto se destina primeira e diretamente a satisfazer as necessidades de quem o produziu. Dono de seu trabalho, pode o homem fa. zê-lo frutificar muito, pela aplicação do seu 1iróprio talento e por sua diligência. O homem é, pois, naturalmente dono dos (ru1os do seu trabalho que excedam suas necessidades de consumo, e que constituem para êle uma garantia para as incertezas do futuro. ~ o ponto de partida do que chamamos capital. tste po-
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de ser representado indiferentemente por bens móveis ou imóveis, cmprêsas agrícolas, industriais, comerciais, etc. O direito do trabalhador a seu salário e o do proprietário a seu capital não são, pois, antagônicos. Brotam da mesma raiz, que é o direito do homem livre, de dispor de si. Em suma, o direito de propriedade é um d ireito natural: nasoe da ordem natufal instituída por Deus. Os esquerdistas Cingem ignorar êstc ponto, e apresentam o direito de propriedade como contrário ao trabalhador. E proclamam a necessidade de o suprimir. Se se lhes objeta que todo direito natural é sagrado, e não pode ser abolido pelo Estado, redargllem que os direitos naturais se distinguem segundo Santo Tomás cm primários e secundários, e que êstes últimos podem ser abolidos pelo Estado. Ora, dizem. o direito ele propriedade é secundário. . Sem entrarmos na explanação da controvérsia relariva a ser o direito de propriedade
um direito natural primário · ou secundário, acenwamos que, máxime sendo secundário, pode êle ser objeto de limitações legais, pode a propriedade privada até ser suprc,s sa cm um caso ou outro; porém. em qualquer hipótese essa supressão se deve entender como referente a estas ou aquelas propriedades em concreto e nunca pode chegar à abolição - clara ou velada - do institu10 da propriedade privad a. Pois tal abolição seria indefensável em têrmos de doutrina católica. Ora, é a isto que tendem enêrgicamente os esquerdistas com suns reformas de ba,se socialistas o confiscatórias, agravadas pelo fato de serem insuficientes e até irrisórias as indenizações fixadas pelas leis ou projelos de lei re-
na, pôde-se chegar à demonstração apodítica de que êsse /ragmeuto faz. parle de um el'Crito op6crifo tio século Ili 011 IV". O 1cx10 cm questão, na tradução adotada pelo Sr. Silva Solar, é o seguinte: "Todas las cosas que hay en este mrmdo ,lebieron ser tle uso comtÍ11 entre los hombres. Sirt embargo. injusu11nen1e l/am6 uno a es10 suyo y aqué/ a lo oiro, de donde l'C origin6 la divist'6u entre los hombres". Em um artigo de "La Nación" (diário do govêrno), edição de 6 de setembro de 1966, intitulado '"Para una leología dei derecho de propiedad", sustenta-se que os bens da terra pertencem "em primeiro lttgar a Deus'' - o que é verdade. Depois pertenceriam "à comunidade hwnana". o -q ue - assim sem maiores explicações - pode parecer duvidoso a muitos. E conclui-se que o homem é apenas um '"adrninistrt1dor dol· bens" - o que é falso. Em seguida dá-se interpretação ambígua a várias passagens da Escritura, e afirma-se que os Padres da Igreja são favoráveis à comunhão de todos os bens. Aqui não cabe um estudo pormenorizado a respeito do direito de propriedade na doutrina pcdecista. Por isto citamos apenas duas amostras de uma literatura vastíssima e muito difundida nos meios democratas-cristãos do Chile. Para justificar suas posições falsas a respeito da propriedade privada, os autores de tais livros fazem escamo1eações doutrinárias por meio de citações de difícil interpretação e exegese complexa, chegando mesmo ao extremo de se servirem de um texto apócrifo. fazendo ao mesmo tempo tabula rasa dos ensinamentos tãoclaros das numerosas Encíclicas que tratam do assunto. Isto é o suficiente para mostrar que nem sempre a boa fé é apanágio dos teóricos da Democracia-Cristã chilena.
formistas. Pela dou1rina tradicional da Igreja, uma terra pode ser desapropriada em razão de seu mau uso se êstc prejudicar o bem comum de maneira grave, inconcussa, líquida e certa. E isto há de ser demonstrado por dados precisos, e. não por estatísticas ou estudos econômicos duvidosos. Mesmo lomadas essas precauções, é necessário que se prove que a desapropriação é o único remédio para o mal, e que na medida do possível se dê ao proprietário oportunidade de fazer produzir sua terra para evitar que ela seja desapropriada. Por fim, para que uma desapropriação seja moralmente lícita. tem de ser feita normalmente a preço jus10. Na lileratura do progressismo chileno a rc.speito do assunto - vasta, pesada e inrl igc.sta - a nenhum dêsses requisitos se dá atenção. F,1la-se t:m dano para o bem comum , para logo se proporem desapropriações em grande cscaln, a preço baixo e a longo prazo, sem garantia con1ra a desvalorização monetária. Os doutrinadores democratas-cristãos andinos vão mais longe. Não se satisfazem em levantar dúvidas contra a propriedade individual. Chegam a afirmar que ela é ilícita, e que a propriedade desejada por Deus é só a comuni1ár·ia 1 ou até a inteira comunhão dos bens. Vejamos o que escreve a respeito o Sr. Julio Silva Solar, um dos deputados de maior prestígio do PDC chileno. Aplicando talvez o princípio de que os fins justificam os meios. não tem escrúpulos d~ recorrer à deformação da dou1rina verdadeira. No folheio "EI Régimen Comunitario y la Propiedad", depois de citar Santo Tomás e fazer de modo tendencioso a já conhecida e ali:\s legítima distinção entre direito natural primário e secundário, cita os Padres da Igreja para conclui r que "em geral se prommclaram contra a propriedade- priva<la e 11 favor da comunitlade tle bens•·. Os textos aduzidos pelo Sr. Silva Solar são ?e difícil interprc1ação. São textos obscuros, J:i de longa data aproveitados pelos marxislas, parecendo, à primeira vista, defender a propriedade comuni1ária. O parlamentar pedecisia afirma 1ê-los encontrado em São Clemente Romano, Lactâncio, São Crisóstomo, Santo Ambrósio, São Basílio e Santo Agostinho. O eminente moralista Pe. Victor Cathrein, S.J., em sua "Philosophia Moralis" (Herdcr, Barcelona, 19.ª edição, 1945, pp. 318-3 19), comentando o pensamcn10 dos Padres da Igreja cm textos como êsses, diz que "não l"e tleve recorrer em primeiro lugar a certas formulações ambíguas, mt,s àquelas pa.rsagens cm que lles e.rprimqm o seu pen.rame1110 mais claro. í ... 1 há quem, com sumo aolauso dos socialis111.r., ouse acusar tle com,;nismo o.r Santos Padres e <> Direito Canônic:o". Um dos trechos citados por Silva Solar, a1ribuído a São Clemente Romano, é apócrifo. No livro "La Propicdad'" (edição "Dédalos", Madrid, 1935), o Pe. José Maria Palacio, O.P. ( que não é um antiprogressista ,'J ourrance) transcreve na p. 56 o mesmo trecho, na mesma tradução apreseniada por Silva Solar. possível que êste tenha colhido lá a ci1ação. E observa depois o Pe. Palacio: "A literawrt, marxista /em-se nproveitado dês1e /ragmen10", que é aduzido "como argm11e,110 incontrastável a favor do comuuismo dos Smuo.r Padre.t. 1.•• J Grnçm; aos progressos tia crítica mode,·-
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FOME E MISÉRIA: ACITAÇÃO BMOCIONAI,. PAJtA T IRAR CONCLUSÃO MARXISTA
Um dos mé1odos de ação ideológica marxista usados Ultimamente consiste no desvir.. tuamcnto do sentido de de1erminadas palavras, seguido de uma agitação emocional em tõrno delas, o que traz consigo, por efeito de exageração. cenas conclusões precipitadas. de um conteúdo comunis1a muito be,n camuflado, às vêzes imperceptível no priéneiro momento. asse fe nômeno é muito bem explicado pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu recen1e livro "Baldeação Ideológica Inadvertida e Diálogo" (Edi1ôra ··vera Cruz". São Paulo, 1965). Mostra o autor que o emprêgo con1inuado de dcrerminadas palavras 1alismânic(,J' como "diálogo". ''coexis1êm:it1''. ..ec:ume.. nismo", "pa1.". etc. - acaba por ''operar nas almas w,w 1r1111s/ornwção paulatina mlls pro/1111t1a·· (p. 1). Acaba a pessoa por aceitar um sentido da palavra - ou uma conclusão im~ plícita que a acompanha - que no início não aceirnva. Passa-se pau1atinamente a adotar os princípios implícitos que a palavra talismânica con1ém. € sabido que na América Latina existe, cm muitos lugares, fome e miséria. Ninguém o nega, e seria estupidez negar. Para qualquer homem normal, é proíu11damen1e doloroso ver um povo que sofre fome e miséria. Q ualquer cristão, (ervoroso ou não, qualquer ateu que renha um mínimo de compaixão pelo sofrimento do próximo, sente..se inclinado a sanar êsses dois males onde quer que êles existam. E ninguém duvida de que os gov-ernos honestos que têm surgido em nosso continen1e sempre estiveram ou estãp dispostos a procurar afastar êsses males. Acontece, no entanto, que os esquerdistas criam uma pecu1iar ferme ntação emocional em tôrno das palavras fome e miséria, para daí tirarem conclusões que os favoreçam. Tal fer• mentação cm nada facilirn a solução do problema. Pelo contrário, até a dificulta, pois nenhum problema se resolve em clima de in• tranqüilidade e excitação. Os esquerdistas - e isto se nota mui10 particularmen1e no Chile - começam por insistir frcqiientemcntc em ambas as palavras; depois passam a criar a fermentação emocional em tôrno delas, acusando todo o mundo de cgols1icamen1e se esquecer do problema que elas rraduz.-em; num terceiro tempo acusam as elites atuais de se negarem a solucioná-lo; e por fim apresenram-sc como os únicos homens da 1erra que sabem ver equilibradamente a ques1ão, e os únicos dispos1os seriamente a solucioná-la, por meio da ascensão do proletariado e das reformas de estrutura. A solução do problema da fome postula, evidcn1eff1en1e, o aumento da produção agropecuária. No entender de quantos não estejam mordidos pela môsca fanática do agro-reformismo confisca16rio. n solução está em uma sã política agrária, que inclua a garantia de preços justos, incentivos governamentais. etc. Mas. para os agro-reformistas delirantes, haverá fome enq uanto não se der o aniquilamento dos atuais proprietários e a transferência das terras para os seus legí1i mos donos, os trabalhadores. com a eliminação da propriedade privada, e a
instauração da propriedade coletiva. A reforma agrária assim concebida - que não deu certo em nenhum país - seria a panacéia universal. Mostra o prof. Plinio Corrêa de Oliveira na obra citada que QS reformistas, "sob ti louvável <llegação tle destruir privilégios e desigualdades excessivas. podem ir além, e aboUr, grtulualmente. também privilégios e desigualdades indispensáveis tl dignidade da pessoa lmmana e ao bem comtun". Isco se aplica inteiramente ao presente caso. Inicialmente exagera-se o problema da pobreza, depois apresenta-se como solução a deslruição de privilégios e desigualdades excessivas - para, por fim. se pedir a deslruição das desigualdades que não são excessivas,. mas pelo contrário. na.. turais, harmônicas e indispensáveis. Os homens q ue no Chile falam em marglualização c em promoção pôpular são os grandes íau1ores da agitação emocional em tôrno das palavras /<>me e mlséria. Criam um verdadeiro pânico da fome - talvez influência mórbida da tese malthusiana - de onde se tiram conclusões que favorecem seus ideais subversivos e confiscatórios.
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Os homens e as organizações que elaboraram a base teológico-sociológica
Nos países onde a Revolução deila suas garras, por vêzes surgem elementos do Clero dispostos a colaborar com ela. No Brasil, durante o período presidencial de Jango Ooulart, a principal liderança do chamado Catolicismo de esquerda. que apoiou o govêrno comúnizante, foi representada por um largo cír. culo de Padres dominicanos, influenciados pela Província de sua Ordem com sede em Toulouse na França. pelos leigos que viviam em tôrno dêles e por bom número de Sacerdo1es da mesma orientação. No Chile a ocorrência hodierna de um fenômeno semelhante é pública e notória. A liderança progressista está com os filhos do grande e glorioso Santo Inácio de Loyola. ■ 1 -
0 CENTRO BELARMINO E SEUS JESUÍTAS
O papel desempenhado no Brasil pelos Dominicanos a que aludimos cabe lá a certos Padres Jesuílas. Uma série de Sacerdotes indis• curivelmente c:,pazcs, inteligentes, com preocupações antes de tudo de sociólogos, e secundàriamcnte de Sacerdotes. representa a i111e/ligentz.it1 que lidera o movimento progressista. Vários dêsses Padres riveram permissão para deixar suas casas religiosas e viver em comum (".tolidàriamenre", em sua peculiar terminologia) no Centro Belarmino. . O Centro Belarmino é o principal propagador das idéias revolucionárias que animam o govêrno do Sr. Eduardo Frei. um centro de estudos sociais. que manlém estreitas ligações com o laicato. Formou em tôrno de si um grupo de leigos preparados, csludiosos, irrestritamente simpáticos ~,s idéias de esquerda e to1almen1e progressistas. Muitos homens hoje impor1antes ou in• fluentes na administração pública saíram do Cen1ro Belarmino. A título de exemplifica• ção, bas1a dizer que o Sr. Alvaro Marfan, chefe de propaganda da campanha eleitoral que levou Frei à Pre.<idência da República, é um dos mais diletos filhos daquela organização. A1ualmen1e as<essor do govêrno para o setor de planificação. é um Ministro sem pasta. Outro exemplo é o do Sr. Sergio Ossa, chefe do órgão governamental intitulado "Promoci611 Popular". que tem es1a1uto de Ministério.
voga no Chile. Ê o inventor ou principal propagador dos princípios de "marginalitlad'\ ·•;,,. 1egraci611" e "promoci611 popular". Aceita as dis1orçõcs doutrinárias sôbre o direito de propriedade. referidas acima, Poder-se-ia dizer que é a Eminência parda do govêrno Frei. Ê o diretor do DESAL - Cer11ro para e/ Desarrol/o Eco116mico )1 Socit1I de Américo l..átina. esse centro de estudos foi fundado no
tempo ainda do govêrno Alessandri. Foi fi• nanciado inicialmente pela Fundação Misereor, que o Episcopado Alemão criou em 1959. No DESAL trabalham técnicos em desenvolvimento, todos êles de orientação esquerdis1a. O Sr. Paulo de Tarso, triste expoente da Democracia-Cristã brasileira na era de Ooulart, é hoje um dos técnicos mais g raduados da entidade. Dizem que os funcionários desta são muito bem remunerados. Consta, até, cm largos círculos, que o Es1ado concede grandes fi• nanciamentos ou subvenções ao DESAL. Nos livros ou artigos q ue publicam, os homens dêste órgão técnico apresentam tôda a ideologia revolucionária que enunciamos nas páginas an1eriorcs. Favorecem a luta de classes, defendem a necessidade de destruir tõdas as estruturas hoje existenles, apóiam inteiramente a política esquerdista do govêrno Frei. O DESAL faz estudos sõbre tôda a América La1ina. Não me consta que seus lrabalhos tenham tido penetração ou influído cm outros países que não o Chile. Graças a Deus! Mas, lá êle faz devastações. • 3 -
A ltSVISTA "MENSAJEº'
Seria uma faloo. fazer referência ao papel propulsor de certos Jesuítas na Revolução Chilena, sem falar de "'Mensaje". Ê uma revista católica mensal. Pertence também à Companhia de Jesus. Seu diretor é o Pe. Hernán Larraío Acui\a, s.r.;-ex-Reitor da Uni versidade de Valparaiso. Além do Pe. Veckemans, um dos colaboradores mais im• ponan1es de "Mensaje"' é o Pe. Mario Zai\artu Undurraga, S.J., economista do Centro Belarm ino. Apresentando-se como católica, a revista defende em tôda a linha a política de Frei e cri1ica violentamente os opositores dêstc. Basta quase ser revolucionário para poder aí escrever. Nela colaboram homens de prestígio. Entre êlcs citamos, por exemplo, o Sr. Jacques Chonchol fautor da reforma agrária de Cuba, e o Sr. Raul Prebisch - conhecido esquerdista da CEPAL. "Mcnsaje" chega a extremos absurdos e escandalosos. Assim, fui seguramente infor-
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f>E. ROCERS VECKEMANS E o DESAL
Estranho personagem é o Pe. Rogcrs Veckcmans. E: jesuíta. Mas, segundo a voz corrente, timbra em ser ~mtes de tudo um sociólogo. 'e. um dos homens mais importantes no Chile. Circulam histórias fan tásticas a respeito dêssc Sr. Dizem-no filho de um anarquista belga. Comenta-se que raramente celebra a Missa. Não se sabe até que ponto são merecedoras de crédito estas informações. O incontes1ável, no entanto, é que se traia de um homem de grande influência. Tem livre trânsito em tôdas as áreas do govêrno. tem entrada fácil nas classes produtoras. ~ chegado a determin:l.dos banquCiros e industriais. Em discursos no Congresso, seu nome é citado amiúde. Tem considerável capacidade de ação e viaja com muita freqtiência. 8. homem de voar para os Estados Unidos, proferir uma conferência e voltar, dentro de 24 horas. Comenta-se que era bem acolhido na Casa Branca ao tempo de Kennedy. Talvez seja o Pe. Veckemans, no momen. to. ó teórico e dou1rinador esquerdista mais cm
110 ai\ oa
F lâmula distribulda pelo Coltgio Sa11 lg11acio, dos RR. PP. Jcsuhas de Santiago, por ocasião do l 10.0 aniversário da fundação daquele estabeleci• mento de ensino. Um diabinho ao qual não faltam nem os chifres, nem o rabo, nem o tridente, calca aos pés, trêfego e 1riunfante, um círculo no qual se lêem as iniciais e o nome do glorioso fun dador d:.. Companhia de Jesus. Curiosa invers.'io de valôrcs, pois o normal seria precisamente o oposto: o nome do Santo a esmagar o demônio. - F ilhos de Santo Inácio lideram o progressismo no Chile e fornecem a base reólogo-sociológica da Dcmocracia~Cristã andina.
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mado de que chegou a juslificar a limi1ação da naialidade por quaisquer meios. Não é de se cslranhar, pois que no n.0 132, arligo "Signos dei Tiempo" (pp. 429 e ss.), o dire1or. Pe. Hernán Larraín, S.J., súslenla f!Ue os ca16licos não se devem opor a uma lei de div6r• cio "séria e severa", que não 1'/omeme a de-
sintegração da família" e não "atente contra o bem comum·~. S. Rcvma. não hesita mesmo cm admitir que, em certos casos, o divórcio favorece o bem comum. O Centro Belarmino, o DESAL e a revis1a "Mensaje" são os meios que certos Padres Je• suítas encontraram para uma pcnc1ração doutrinária e técnica de sentido profundamente csquerdis1a, nos círculos polí1icos e intelectuais, e na opinião pública. Os três são, no fundo, uma coisa só.
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PJ\OORl.lSSISMO NO CLERO E ENTRE OS SEMINARISTAS
O lei1or poderia pensar que o aulor destas noras tem algum preconceito contra os filhos de Santo Jnácio. E que êle simplifica o problema ao carregar sôbrc Jesuítas do Chile tão grande responsabilidade pelos desvios doutrinár ios apontados. com dor no coração que sou obrigado a .fazer essas referências a filhos da Companhia de Jesus, a qual muito devo. Como ex-aluno dela, lamento muitíssimo ter que descrever o que cons1atei. Na realidade, a doutrinação dos Jesuítas de esquerda encon1ra eco cm uma larga faixa do Clero chileno. Muitíssimos Sacerdotes se
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deixam influenciar por ela e a endossam. E, infelizmente, até autoridades eclesiásticas de prestígio manifestam de quando em vez apoio às soluções progre.ssistas dadas a certos proble-
mas. Papel relevante na Revolução Chilena de• sempen'1am diversos Seminários que, penetrados pelas idéias de esquerda, estão infelizmente formando uma massa de seminaristas que au• xiliam de maneira pública e no16ria a ação comunizan1e do govêrno. Com cerra freqüência êsses jovens recebem licença para sair dos Seminários a íim de íazer agiiação entre os camponeses de certas regiões. a notório, especialmente no Vale do Curacavi, que a revolta dos trabalhadores da terra foi em geral iniciada por organismos de agi1ação auxiliados pelos seminaristas. Em todo o Chile se sabe que alunos de Seminários prestam eficaz concurso às agitações preparadas artificialmente pelo Ministério do Interior. Quando tratarmos das agiiações camponesas vert:mos isso claramen1e.
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O papel dos tecnocrotas
Estabelecida a base tcol6gíco-sociol6gica, uma série de técnicos compe1en1es, preparados,
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Vejamos agora o que êstes técnicos. sustentados pela Democracia-Cristã, assistidos pC• los Sacerdotes-soci61ogos e financiados pelo govêrno, fazem de concreto no Chile.
A POLITICA DO GOV!RNO EDUARDO FREI govêrno Frei não é um govêrno como
outro qualquer: é diferente. Subiu com uma auréola de idealismo e de esperança nova, acé então desconhecida. E pro curou aplicar uma política una, vollada cm todos os setores para um mesmo fim . Poucos governos conseguiram ordenar tôda sua burocracia, todos os recursos do poder, para a consecução de íins ião unlssonamente colimados. Os Ministé.rios, os ó rgãos públicos, os funcionários, todos trabalham para uma mesma polí1ica, estudada c1n seus mí.. nirnos pormenores. 4
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hábeis e inteligentes aplica os princípios revolucionários à prática. Muitos são chilenos. Outros são importados para auxiliar o govêrno. Entre êstes, alguns são exilados brasileiros, atualmente com os direitos políticos cassados. Tais técnicos são prévia e inlensamente doutrinados, sabem doutrinar e têm grande habilidade em aproveitar os mínimos pormenores da realidade para daí tirar ou forjar vantagem para seus interêsscs revolucionários. Em geral, baseados em es1a1ís1icas cerias ou duvi· dosas, êles trabalham visando um objetivo úni• co, muito bem coordenados. Em todos os se• tores, todos querem o mesmo. As seguintes metas econômicas e sociais servem de fundo de quadro para a atividade dêsses tecnocra1as: o "aumento da produção", o "desenvolvimento econômico", e a ''integração" ou " promoção popular". Mas, essas metas são apenas pretex1os. Prova disto são as conhecidas declarações que um técnico mexicano de reforma agrária fêz recentemente cm Valparaíso. Afirmou que, embora êle mesmo e seus colegas falem de aumento da produção, o que desejam, na reálidade. não é isto. Desejam, por meio da reforma agrária, apenas transferir as terras para outros donos. Falam cm aumento da produção, mas o que querem é, primordialmente, substituir uma classe, social por outra, na propriedade da terra. A presença cm Santiago dos escrit6rios centrais da CEPAL auxilia muito os tecnoc.ra1as chilenos em sua obra revolucionária. Como ninguém ignora, êsse 6rgão da ONU es1á dominado por esquerdislas avançados, muitos dos quais são claramente marxistas. l>le exerce uma influência nefasta no Chile. Publica estudos, dados e estatísticas - falsos ou duvidosos - que o chileno médio tem escrúpulo em não aceitar com.o verdadeiros. O Senador Pedro lbáfiez mostrou, em discurso no Senado, que os dados da CEPAL sôbre o Chile são falsos. O discurso não foi refu1ado, mas os dados continuam a ser apresentados como verdadeiros. Baseados cm estudos econômicos discutí• veis, e atribuindo todos os males do país a defeitos de estrutura, os tecnocratas da DC querem ''destruir rudo e começar tudo tio zero·>, Fundados em dados duvidosos, ,q uerem destruir direitos adquiridos, líquidos e certos. Para que? Para solucionar um problema que em certa medida exis1e, mas que êles exageram, e querem resolver com açodamento e dema• gogi11.
A " Promoción Popular"
Para se entenderem os diversos setores da política do govêrno demo-cristão do Chile, é necessário examinar cm primeiro lugar o organismo estatal criado para aplicar na prática os princípios da misteriosa '"promQci6n popu.. lar", invenção - corno vimos - do Centro Belarmino e assim batizada pelo Pe. Veckem:ms. O organisrno tomou o mesmo nome m:í .. gico: charnapsc jgualmen1e Promoci6n l'opular. O organismo Promoci611 Por,ular está lip gado diretamente à Presidência da República. Seu chefe, Sérgio Ossa, tem a posição de um Ministro de Estado. Consta que seus funcionár ios são os mais bem pagos do Chile. Conforme a significação atribuída à ex• pressão ..promoción popular" no cap. fl, item A, n.b 2, designa esta um processo constante de dois clemenros: capacicação e organização. A primeira consiste cm fazer o povo tomar consciência dos direitos e deveres de cada pes• soa e das obrigações que 1odos têm que cum• prir em comunidade. A publicação intitulada "Apo.r1cs para un Programa de Promoción Popular" (editado por DESAL, 1966 - pp. 31 ss.) trata da cnpocitaçiio, mostrando que é necessário dar aos marginalizados uma ''etlucaçâo / wulame11• tal e ,le lfrleres''.
A "educc,çâo fundamental" (que "ca,,a.. cita o homem p(lra descobrir-se ua plenitude de seu ser e dignitlade, e para atuar efiCllt.m ente nas relações primárias com o mundo do es. pírito e com o mundo material, de maneira' que possa contribuir para o progresso de seu m eio social" - definição. aliás, passàvclmente confusa!) diz respeito ao cidadão "como pes• soa". "como membro da família'' e •·como membro da comu11idadc". A "educação de lí• deres" (para "tlirigcutes e militantes" das organizações comunitárias que se quer formar) 1em três aspectos: "formação p,ssoal" - do homem como "dirigente'': "Jormação geral'' como "membro ,ie uma comunidade e cida• dão do país"; e "formaçlio geral" - como "membro de determinada organização''. Poder-se-ia perguniar que difc.rença há entre vários itens dêsses. Qwmto a nós, não saberíamos responder. Paira uma não pequena confusão nas publicações sôbre "1,romoci6n pO• pular". Confusão irremov(vel que tornou difícil a pr6pria redação do presente caphulo. Para a efetivação da "promoción popup lar" foi criado o organismo corn staws de Ministério, a Promoci6n Popular, ao qual está subordinada uma série de 6rgãos inferiores, aparentemente não relacionados com êle, com fins semelhantes aos seus e agindo todos cm conjunto. Prcmoci611 Popular tem uma exisp 1ência de falo. Uma lei ora cm 1rami1ação no Parlamento, se aprovada, dar-lhc-á caráter legal.
Enll'e êsscs organismos salientarrros: a) Junta:; de Veclnos ("Juntas de Muní• cipes''). Vários quarteirões se unem para formar um nôvo grupo social. São verdadeiros municípios dcn1ro do município, muito embora sejam independentes das municipalidades; segundo declarações de alguns entusiastas, tenderpsc-ia mesmo à eliminação das municipalidadts. Segundo consta, já estariam constituídas mais de n1il Juntas de VecinoJ-.
b) Organizações comunitárias: Ce11tros de Madres (já existiriam 3 mil ), Ce111ros Ju"eniles, Clubes DeportivoJ·, Centros Culwrales y Artlsticos, Ce111ros ,/e Padres y Apoderados, e1c. e) Organizações sindicais: especialmente no setor agrícola procura-se formar sindicatos, agrupações "comu11ales" e federações. Existem associações aparentemente distintas entre si, mas muito Iigadas ao govêrno e à Igreja, que promovem a sindicali1,,ção rural. E as mesmas associações fomentam agitação entre os camponeses. En1re estas citamos: UCC Uni611 de Campesinos Cristianos; ANOC Asociaci611 Nacional de Obreros Campesinos; MCI - Movimiento Campesino lndependie11• te; Federació11 Campesi11a lndige11a de Chile (é marxista e pertence à FRAP). Até a data da redação do presenle trabalho, comentava-se em círculos bem informados que já, haviam sido constituídos 500 sindicatos agrícolas, com existência de fato mas não de direito, por não esta.r prevista em lei. d) CONCI - Coma11do Nacio11a/ co11tra /{I /11/lacióu: sua finalidade é arregimentar o povo para que êste se incorpore realmenle ao processo econômico. Organiza comandos de consumidores para controlar os preços e as cooperativas de consumo. c) Outras organizações, relacionadas eS• pecialmente com a construção civil, como a Cooperativa de Autoconstruçáo de Moradias. O organismo Promoción Popular está intimamente entrosado com os diversos setores governamentais, para coordenar a ação das entidades que vimos de mencionar. Todos os Ministérios colaboram com êle. Por exemplo, o Ministério do Interior controla veladamente as organizações sindicais agrícolas. coordena e põe em prática planos de greves-e lhes garante proteção policial. Outros órgãos do govêrno também cola• boram com a Promoci6n Popular. Por exemplo, o INDAP - l11sti1wo de Desarollo Agropecuário. Possui .,promotores" capacitados que percorrem os campos cxplica11do os direitos dos camponeses. Algumas novas leis em andamento no Congresso interessam especialmente à Promo~ ció11 Popular: a Lcy de fumas de Vecinos y OrganizllciOnes Comunitarias, que a trans(or• mará em Ministério; a Ley de Si11dicaliu,ci611 Campesina, que 1ega1izará uma situação de fato: e outras mais. A C.ey de /uma de Vecinos, à qual o govêrno empresta enorme importância, tem por fim, segundo declarações oficiais, dar um estatu10 jurídico às chamadas "orga11hações comunitárt'as" (Centros de Madres, etc.) e às pr6prias l11111as de Vecinos. Atribui a estas últimas uma estrutura de progressiva amplitude, para. culminar cm uma Confederaci6n Nacional de Juntas de Vecinó.f. As Juntas serão supervisionadas pelo Mi• nistério do Interior (Ministé.rio pol(tico). O projeto define-se como "organiwções comunitárias territoriais represe11tativas das r>essoas que vivem em uma mesma unidad vecinal'', e esta é . . . o "território jurisdicional de uma Junta de Vecinos1 •• A unidad vccinal deve corresponder a uma•pequena aglomeração populacional em que convivem os vecinos. O Presidenle da República fixará cm regulamento o número mínimo e máximo de habitantes de cada unidade, atendendo às características particulares da região e às necessidades de plat1ificação social. As atribuições das Juntas são amplas: regularizar títulos de domínio, preparar plano anual de obras públicas, promover o espírito de solidariodade entre seus membros, formar cooperativas, colaborar na fiscalização dos preços, na distribuição e yenda de artigos de primeira necessidade e de uso e consumo habi· 1uais. Podem as Jun1as fiscaliza.r a prestação de serviços de utilidade pública, e. se êste.s forem mal executados, é-lhes permitido solicitar a aplicação das sanções cabíveis. Cabe perguntar se o que se visa com êstes órgãos intermediários entre o indivíduo e o Estado não é criar u,n sistema odioso de domínio dos cidadãos por meio da delação e do contrôlc policial. Uma publicação editada em espanhol pelo govêrno da Alemanha Ocidental ("Bole1ín semanal de asuntos alemanes publi• cado por el Depariamento de Prensa y lnfor• maci6n dei Gobierno Federal alemán" Bonn, número de 10 de fevereiro de 1966 ) informa da existência, na Alemanha comunista, de um organismo que, na tradução feita pelo boletim, chama-se Comunidad de Vecinos. &te órgão, entre outras funções, tem a de con1rola.r os passos dos cidadãos. Quem na Alemanha Oriental permanecer mais de três dias cm uma casa. deverá ter seu nome registrado cm livro competente, denominado "Livro Domiciliar''. O não cumprimento dessa obri.. gação será punido com multa. Não será que
algo parecido se deseja fazer no Chile com as Juntcu· de Vecinos, as quais, talvez por mera coincidência, têm um nome tão semelhante ao da Comrwidad de V ecinos da Alemanha comunista? Se bem que o projeto em andamento no Congresso chileno preveja receita própria para as Juntas (doações, rifas, etc.), · O grosso dos recursos dêsses 6rgãos são financiamentos oficiais, o que os reduz à dependência do govêrno. As Juntas e demais organizações reconhecidas da comuna podem constituir-se em Ca• biido Comunal, que terá por objelivo - nos têrmos do art. 62 do projeto - expressar sua "vontade soberana". asse Cabildo pode ser convocado pelo alcaide (prefeito), por acôrdo dos regidores (vereadores), ou a pedido da Uni6n Comunal de la Junta de Vecinos, e só poderá ocupar-se das matérias incluídas na convocatoria. e um nôvo poder popular que nascerá, na dependência do Ministério do Interior e da Presidência da República, passando por cima dos podêres constituídos locais. Algo de parecido com os Clubs Jacobinos que represen• taram na França revolucionária, em 1ôdas as cidades, um govêrno extralegal que se sobrepôs vir1ualmente aos organismos locais e desencadeou o Terror. Em estreita relação com is10 se encontra a ConsejerÍll de Promoci6n Popular, diretamcn• te subordinada ao Presidente da República. Entre os podêres amplíssimos que a esta devem caber, está o de participar da política de desenvolvimento social do país, no sentido de favorecer a incorporação de todos os setores da população à plenitude da vida política, econômica, social e cultural. E pre1ende-se mesmo fac ultar-lhe propor a criação ou reforma de estruturas e inslituições, com o objetivo de permitir, em todos os níveis, a efetiva participação de 1odos os se1ores do povo na gestão, decisão e execução da política econômica, social e cultural do país. Pode a Consejería de Promoción Popular propor demandas e tomar parte em processos em que tenham interêsse as organizaçõe.s populares. Seu estatuto jurídico será o de uma instituição autônoma do Estado, pessoa jurídica de direito público, com patrimônio distinto da Fazenda Nacional, integrada na administração descentralizada, e com relações diretas com o govêrno, através do Presidente da República. e esta uma organização feita, em tese, para não atuar cm política. Mas, na realidade, atuará enorme.m ente. As Juntas de Vecinos que existem hoje ( embora ainda não previstas por lei) já 1êm tido clara atuação política. Na chegada de !:'rei da viagem a Bogotá, Caracas e Lima, por exemplo, promoveram elas uma grande concentração no Palácio presidencial de La Moneda. Durante quinze dias todos os funcionários da Promoció11 Popular se dedicaram a preparar a recepção de Frei. Nessa concentração, a que assisli pessoalmente, apareceram desde crianças de colo até anciãos apoiados a bengalas. Enquanto os Hderes democratas-cristãos se dirigiam à massa, es1a berrava frenêticamente, somando ameaças a reivindicações, reclamando a aprovação da C.ey de Junras de Vecinos. Para uma pessoa menos avisada, seria difícil entender que misterioso fascínio ·existe cm um projeto de lei que o povo inculto parecia desejar ardentemente, a ponto de exigir sua aprovaçáo, e que, entretanto, é tão extenso e complexo que, sem sério estudo, não pode ser devida.mente entendido pelos próprios técnicos. e a prova da demagogia. Sob a aparência de reerguimento de uma classe margi11al, o que se está fazendo é uma polltização de índole revoltada, ameaçadora, reivindicat6ria, que será manejada pelos líde• rcs da esquerda. E assim, constituída a massa populacional cm organismo paralelo ao Estado, conseguir•Se•á, na realidade, formar um quarto poder. Nenhuma potência econômica, nenhum politico, nenhum govêrno conseguirá dominar órgãos populares aos quais se atribui "vo111ade soberana" e se sujeita inteiramente à dema• gogía. Para onde se quer leva.r êste pacífico povo chileno? Quer-se levá-lo para uma dita• dura popular que arrase as elites e os !(deres atuais, fazendo nascer assim uma República Popular ou uma República Sindicalista, inteiramente igualitária e sem classes.
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A reforma agrária e o reforma constitucional relativa ao direito de propriedade
Depois de se entende.r o conceito de promoció11 popular e a função do organismo Promoció11 Popular, é mais fácil compreender o programa reformista do atual govêrno chileno. Havendo no Chile, no modo de ver dos revolucionários de lá, uma pequena minoria de "hcrodia11os" (os proprietários) que domi•
c;,,-,r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r..r.r.r.r.r..r..r..r.r.r.r.r..r.r.r..r..r..r..r..r..r.r.r.r, ✓-;,.o-..r..r.r..r..r.r..r..r..r..r.r..r..r..r.r..r..r..r..r..r..r..r.r..r..r..r.r.r..r.r..r..r..r.r.r..r.r.r.r..r.,q-..r..r..r..r..r.r..r..r.r.r.r-✓✓✓ ..r..r.r..r..r..r..r..r.r.r..r..r..r..r~
nam e cxplorãm uma mãssa enorme de seus concidadãos, é indispensável despojar aquêles de seus bens e derrubá-los do poder, tudo em benefício dos outros. Assim sendo, em primeiro lugar se deve pensar cm reforma agrária. · O Chile possui - como dissemos - um território difícil de ser ex17lorado. Apenas
uma pequena parte do território continental pode ser aproveitada para agricultura e pecuár"ia, e é mínima a porcentagem de terra arável. Mas, a técnica agricola acha-se altamente desenvolvida no país. O índice de mecanização, embora não tenha atingido o ponto considerado ideal, é bem elevado em comparação com o de outras nações da América Latina.
TAX;\S M,tDIAS ANUAJS DE CRESCIMENTO (l.'ERfOOO: 1950-1960)
Produção agricola Produção pecu6rla Produção agropecuária População total
l?onítS -
aumento da população. Apena,s o aumento da
produção pecuária deixa a desejar, tendo sido menor que o crescimento populacional. Entretanto, segundo uma das fontes citadas, o lnst. de Economia da Universidade do Chile, a produção pecuária havia crescido du• rante o decênio 1940-49 à taxa de 3,2%, n qual diminuiu depois. A crise pecuária parece ter surgido nas duas últimas décadas. Bstes dados parecem demonstrar que o que existe no Chile é principalmente um problema de baixa produção pecuária. E, para solucioná-lo, se deveria fazer em boa medida urna poHtica dei auxílio às grandes propriedades, as que melhor podem dedicar-se econômicamente à pecuária. Poderiam os agro-reformistas fanáticos alegar que o aumento da produção agropecuária nacional é ainda pequeno. Talvez renham razão, comparando-o com o de oulros
países ditos desenvolvidos. Mas. mesmo que se admita que êsse aumento é insatisfatório, pode-se só por isso desapropriar terras ~ extinguir a classe dos atuais proprietários, sem antes. dar a êstes os incentivos que lhes têm faltado para uma maior produtividade? No Brasil, por exemplo, o gov>lrno nascido do movimento de '.l 1 de março de 1964 - o mesmo que fêz a aliás malfadada lei de reforma agrária - deu algum 0-~tímulo e alguma facilidade de crédito à agricultura. Isto, aliado a certo clima de segurança e tranqüilidade que êsse govêrno criou, produziu um rápido e grande aumento da produção agrícola, que se fêz notar logo em 1965, e continua muito satisfatório. A verdade é que os agro-reformistas não desejam resolver problemas, mas apenas promover a subversão das estruturas. e tes partem da idéia de que ~ pequena propriedade, especialmente a de tamanho familiar, é o ideal, é a panacéia para os problemas do campo, a única capaz de produzir. Na realidade, é sabido que os pequenos, os médios e os grandes imóveis rurais devem coexistir em uma boa estrutura agrária. A existência só de pequenas propriedades agravará o problema da produção. Muito fàcilmente, para evitar os males do latiíúndio improdutivo, se criará o minifúndio igualmente improdutivo. I -
Depco, de &oo.
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Agrirla
3,S7% 0,68% 2,29% 2,71%
4,7o/o O,S% 2,7% 2,6%
lostltuto de Ec,o oomla dn Universidade do Chile: "La economia en el período 19S0 ai 1963" - J963. - Departamento de Economia Agrária do Minl.sh!rlo da Agricultura: "La agricultura chilena eo el qulnqueoio 19S6-1960~ - 1963.
Conforme o quadro que aqui apresen1amos, proveniente de fontes conceituadas, no período que vai de 1950 a 1963 o aumento da produção agrícola foi muito superior ao
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Instituto de
1..e1 AI.ESSANl)RI oe ReFORMA ACRÁRJA J! 0. QUE FRlll A
JÁ FÊZ BASEADO NE l, A
No entender dos agro-reformistas chileoos, a única responsável pela baixa produtividade é a atual estrutura agrária (e os proprietários, evidentemente). Por isso, já no tempo do govêrno ~ntcrior, o movimento agro-refor... mista havia tomado corpo. Na plataforma política de Jorge Alessandri em 1958, quando êle subiu ao poder com amplo apoio do povo chileno, um dos itens principais era não fazer reforma agráda. Mas a pressão foi demasiadamente intensa. Dizem que o pr6prio govêrno norte-americano pressionou Alessandri a fim de fazer votar uma lei nesse sentido. Comenta-se que, quando Stevcnson cstêvc no Chile, nessa época, exigiu que se fi1..esse ali a reforma agrária. a.o que, irritado pela ínsistência do político yankee, o Presidente chileno teria respondido: Se os Srs. querem que o meu govêrno roube terras dos particulares, desapropriaremos primeiramente as minas de cobre que os norte•americanos possuem no Chile. Mas, ainda no período de Jorge AIC$Saodri foi votada pelo Congresso
uma lei de reforma agrária, tida por moderada. Por essa lei poderiam ser desapropriadas apenas as terras abandonadas ou mal exploradas. O govêrno criou en1ão a Corporación de la Reforma Agrari(l - CORA, dirigida hoje pelo Sr. Rafael Moreno, político de orientação nitidamente esquerdista. Ao lado da CORA existe o INDAP lnstitwo de Desarrollo Agropec1wrio. Em tese é um órgão técnico. Seu responsável principal é hoje o Sr. Jacques Chonchol, homem legendário, uma das principais peças do regime. E dernocrata-c.ristão e marxista. Já vimos que foi UM DOS MAIS IMPOR'íANTE,S FAU"l'ORES OA RE• ~ORMA ACRÁRIA CUBANA, Ble, aliás, não o
nega. Quando o acusam disso, defende-se di• zendo ter trabalhado apenas como técnico ela FAO. O lNDAP - conforme n1ostraremos na parte cm que tratarmos da agitação campo• nesa - em vez de ensinar técnicas agrope• cuárias prepara dcmagõgicamente os trabalhadores rurais para faz.erem reivindicações SO· ciais e pedirem terra, salário. porcentagem, participações, etc. A CORA faz as desapropriações, divide as terras, instala nestas as novas famílias. Até outubro de 1966, valendo-se i1nicamente da lei Ales.sandri, a CORA já !>avia desapropriado 232 imóveis rurais, segundo declarações do Sr. Rafael Moreno ("El Mercurio'". de 8 de outubro de 1966), num total de 58$ mil hec1are.<. E isto foi feito cn, aproximadamente vinte meses da administração F'rei. O que dá uma média mensal de quase 30 mil hectares desapropriados. Em um discurso mais recente do Presj• dente chi leno ("El Mercurio", de 22 de dezembro de 1966), aparecem dados que atualizam os fornecidos- pelo Sr. Moreno: Segundo o Sr. Eduardo Frei, até a data do seu discurso já haviam sido desapropriados 332 imóveis ( tidos por abandonados ou mal explorados, e alguns oferecidos \10/muària• mente à CORA). A superfície aproveitada para a reforma agrária alcança 980 mil hectares, que correspondem a 230 mil hectares de terras do Servicio Nacional da Salud,, e 750 mil hectares expropriados a particulares. A serem verdadeiros os dados apresenta. dos pelo Sr. Moreno e pelo Sr. Frei, até 8 de outubro de 1966 haviam sido desapropriados 585 mil hactares, e até 22 de dezembro do mesmo ano, 750 mil hectares. Em apenas dois me~"es e meio, portan101 foram expropriados 165 mil hectares. Isto dá uma média de quase 66 mil hectares por mê$, ou seja , 2.200 hectares por dia. Até a data das declarações do Sr. Rafael Moreno, já haviam sido instaladas 5 mil famílias de novos proprietários. E o plano é de instalar um torai de 100 mil famílias. Para isto a CORA tem um escalonamento, que é o seguin1e: 10 mil famílias cm 1967 12 mil famílias em 1968 15 mil fa'mílias em 1969 15 mil famílias cm 1970 18 mil familias em 1971 18 mil famílias e1n 1972 88 mil Creio que o Sr. Moreno cometeu um pequeno êrro de soma, porque êste total de 8~ mil, com as 5 mil já instaladas, não dá as 100 mil famílias de que falou. Outro êrro do chefe da CORA é o de esquecer-se de que o mandato de Frei termina cm 1970, e já apresentar planos para 1971 e 1972. Ou estará o Sr. Rafael Moreno certo de que a Democracia-Cristã está irreversivelmente instalada no poder? Talvez o açoda-
inento agro-reformista lhe esteja proporcionan- a lei ordinária estabelecerá o modo de adquiri.r a propriedade e de usar, gozar e do a amnésia para certos dados que é útil dispor dela, bem como limitações e obrigações considerar. : . que assegurem sua função social e façam-na É provável que agora, após ver a derrota acesslvel a todos; do seu partido nas eleições municipais de abril - a função social compreende tudo do corrente ano, não tenha êlc ânimo de fazer quanto exigem os intcrêsses gerais do Estado, previsões tão otimistas quanto à permanêJ1cia a utilidade e saúde públicas, o melhor aproveipretensamente irreversível da Democracia,, tamento do trabalho e das energias produtiCristã no poder. vas no serviço da coletividade, e a elevação O objetivo da reforma agrária, segundo das condições de vida do comum dos cidadãos; palavras do mesmo Sr. Moreno, é a "promoção do trabalhador ,lo campo" (promoci6n po- quando o interêsse da comunidade o exigi.r, poder-se-á reservar ao Estado o domí• pular aplicada no setor agrícola) e "que a terra ~-eja de queut trabalha". Os slongans de nio exclusivo dos recursos naturais, bens de produção e outros; sempre ... - ninguém pode ser privado de sua proComentários recentes de um colaborador priedade, a não ser em virtude de lei geral do ;,Diário Ilustrado" (artigo intitulado ou especial que autorize a expropriação por "CORA y sus cifras") mostram que, fazeo• motivo de utilidade pública ou interêsse sodo-se a divisão da área disponível pelo númecial, definido pelo legislador; ro de famílias que a deverão habitar, a ÁREA - o valor da indenização e suas condiM ÉDIA POR FAMÍLIA SERIA OI! 12,8 HECTARES, ções de pagamento serão estabelecidos tomanQualquer pessoa mediocremente informado-se em consideração os interêsses da coleti• da a respeito das coisas do campo, em qualvidade e o dos expropriados; quer pals do mundo, sabe perfeitamente que - a lei determinará as normas para fixar 12,8 hectares podem sustentar uma familia se a indenização, o tribunal que conheça das rese tratar de terra boa e de certos tipos de exclamações sôb.re seu valor, a pa.r te dela que ploração. Uma tal área, se aproveitada para deva ser paga à vista, o prazo e as condições exploração horti-granjeira, por exemplo, poem que se pagará o saldo, se o houver, a deria dar o suficiente para a subsistência de e modo da imissão do expropriante na ocasião uma família. Mas, se destinada a outros tipos posse do bem expropriado; de exploração agrícola, ou à pecuária extensi- no caso de imóveis rurais, a indeniva, absolutamente não daria para tanto, pozação será equivalente à avaliação fiscal videndo fàcilmente levar se11 proprietário a cair gente para efeito de impôsto territorial, mais na penúria cm que estão muitos atuais donos o valor das benfeitorias não computadas; pode minifúndio, penúria da qual os agro-.reforder-se-á pagar uma parte à vista e o saldo mistas dizem querer tirá-los. Para evitar algo cm prestações com prazo não superior a trinta vão criar êste mesmo algo. anos (!); Criando estas pequenas propriedades, - a lei poderá reservar ao Estado o aptas para exploração horti-granjeira, os de tôdas as águas existentes no terridomínio agro-reformistas chilenos talvez estejam quetório nacional, e expropriar as que pertence. rendo fazer o povo andino aprender a só se rem a particulares; alimentar de alface, couve, ovos e carne de - os imóveis rurais de pequena área e frango ... trabalhados diretamente por seu proprietário Conforme o mesmo articulista do ,;Diário não poderão ser expropriados. Ilustrado", acima citado, existe uma série de imprecisões no que se refere ao custo total da Este projeto de reforma constitucional é reforma agrária do Presidente Frei. Segundo de tal modo draconiano, que deixa aos caprias aludidas declarações do Sr. Moreno, ficará chos do legislador ordinário a faculdade de ela, até 1972, em 1.610.000.000 de escudos, privar de um legítimo direito o proprietário, ou seja, aproximadamente 270 milhões de dóde fixar indenização, prazo e modo de pagalares. Por outro lado, afirma o mesmo Sr. mento, etc. Moreno que a instalação de cada família Isto equivale a transformar o direito de custará 40.250 escudos. Isto multiplicado por propriedade em uma mera concessão do Esta100 mil (famílias) dá a astronômica cifra de do, transformar cm direito mecamente positivo 4.025.000.000 de escudos, mais de três vêzes o que é de Direito Natural. Uma simples o custo total previsto para os próximos cinco maioria oçasional no Congresso pode deter• anos. Poder-se-ia alegar que os futuros pro• minar a desapropriação em massa de tôdas prietários pagarão à CORA as terras adquirias terras ( exceto as de pequena área, quando das, e isto representaria uma receita além do trabalhadas diretameote pelos seus propriecusto acima indicado. Mas. a venda é feita tários). a prazo de vinte anos. Apenas uma pequena Bste projeto, aprovado pelo Congresso, foi parcela do preço entraria até 1972, uma vez encaminhad9 ao Presidente, que o vetou, que os compradores estariam, então, ainda no causando com isso profunda surprêsa em todo início do pagamento. o país. A razão alegada para o veto foi a E assim, com êsses dados confusos, a seguinte: o .Presidente queria que fôsse reser• CORA, o Sr. Moreno, o Sr. Frei e o Sr. vada ao Executivo a iniciativa de propor o que Chonchol vão caminhando a todo vapor ... se refere ao valor e ao prazo de pagamento Uma vez desapropriadas as terras, a das indenizações. CORA constr6i as benfeitorias necessárias para Na realidade, o que se comentou é que instalar nelas as famílias que deverão exploa reforma constitºucional provocara tanta rá-las, as quais -pa$Sam a receber salários e parreação contrária na opinião pública, que o licipações. Forma•sc assim uma cooperativa, govêrno se via obrigado a voltar atrás, adianchamada asentamienro. que é uma sociedade do-lhe a promulgação. Teria sido um veto feita entre os camponeses que ai foram instapoll1ico do Chefe do Estado. lados e a CORA. Mas quem reéebe a terra Quanto ao pagamento a prazo, Frei quis é o a.,e111ado. Depois de um prazo de expecom seu veto que a reforma lhe confcri&se riência, a CORA resolve se lhe dará ou não o poder discricionário a respeito. O veto foi título de propriedade. impugnado como inconstitucional pelo Senado. A Contraloria, órgão incumbido de apreciar a ■ 2 A RCFORMA CONSTITUCIONAL constitucionalidade das leis, decidiu que a reforma constitucional fôssc promulgada, mas RELATIVA AO 0110:.110 oe PROJ) RI..EOAOE se esquivou de pronunciar-se sôbre o espinhoso problema do pagamento a prazo. A lei Alessandri era tida por mode.rada. Com ela pouco poderia fazer o agro-reformis■ 3 A NOVA LEI DE REFORMA ACRÁ!\tA mo. Os agro-reformistas não se satisfazem em desapropriar as 1erras abandonadas ou mal exFoi recentemente aprovada pelo Conploradas. Querem desapropriar tôdas, e prefegresso uma nova lei de reforma agrária, lonrivehncnte as bem exploradas. O Sr. Frei congºuissirna, difícil de ler e examinar. Para esta siderou necessário atacar pela base o direito lei entrar em vigor, era necessário que fôsse de propriedade e preparar o caminho pàra antes aprovada a reforma constitucional. êlc e os íutul'os governos - certamente mais Um folheto impresso pelo govêrno, intitulado "La verdad sobre la reforma agraria", esquerdistas - poderem aplicar reformas mais dá um resumo do nôvo diploma legal. Para rndic:lis. nossa análise utilizaremos êsse folheto, diverConforme declarações do frio e cínico Sr. sos artigos da imprensa a respeito, e o projeto Chonchol, ''o se paga lt, t'ierra, o J·e lwce reprimitivo apresentado pelo Executivo, que talforma agraria". Os ardili explicitam o que os vez tenha sofrido modificações nas tramitamais calculistas evitam dizer: era necessário ções parlamentares. arranjar uma maneira de tomar as terras sern Para evitar que alguns tenham o supérpagar. A maneira seria modificar o artigo X, fluo e outros estejam sem terra, cstabelcccu..se § 1O, da Constituição do Chile, onde se asseguum limite máximo para a superfície que um ra a todos os habitantes da República "la i11proprietário agricola pode cultivar bem: 80 violabilid<1d de iodas 1,,,. propiedades, sin dishectares de riego·básico (riego são terras irrigatinci6n alguna .. . '1 • O projeto nesse sen1ido das). Bste limite pode aumentar nas terras apresentado pelo govêrno, introduzindo modipiores, ou no caso do o proprietário ter mais ficações substanciais naquele parágrafo, já está de cinco filhos. Mas, como pode haver "agriaprovado pela Câmara e pelo Senado, mas recultores muy elidentes", a lei prevê para cebeu um estranho veto quando voltou ao êstes privilegiados uma reserva máxima de 320 Executivo para ser sancionado. hectares de riego básico ( !) . Em resumo, o projeto estabelece o sePoderão ser expropriados, entre outros, guinte : os imóveis abandonados ou mal trabalhados,
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os que tenham ãrea superior a 80 hectares de ríego básico, ~os imóveis que pertençam a pessoas jurídicas e os que estejam arrendados ou cedidos a terceiros para exploração (êstes, quando os donos infringirem disposições legais que regulam os arrendamentos e outras forrnas de exploração por terceiros), e ainda os imóveis que estejam cn, regiões em que o Estado faça ou pretenda fazer ou melhorar obras de irrigação. Além disto, poderão ser desapropriadas as terras da zona austral - de Mallcco para o sul - pelo simples fato de terem problemas de limites ( quase tôdas as propriedades dessa zona, segundo se comenta, têm problemas de limites). Tôda propriedade. cultivada ou não. fica
sujeita a desapropriação draconiana. Uma vez em vigor a lei, só se será proprietário no Chile por benigna concessão do Sr. Frei. E para que o proprietário continue proprietário, terá que satisfazer as seguintes condições impraticáveis, que regulam o uso da terra, conforme o artigo 16 do projeto: - cultivar ao menos 95% das terras de riego e 80% das terras sêcas; - rcr condições técnicas de exploração superiores à média da região (sic!); - manter em bom estado os solos; - conceder participação nos lucros aos em pregados; - pagar salários pelo menos duas vêzes superiores ao salário mínimo rural (sic!); - cumprir tôdas as disposições legislativas e regulamentares relativas ao trabalho, previdência, habitação, educação e saúde. Ê. impossível a um proprietário, por mais
que o queira, respeitar sempre c-ôdas estas determinações. E o mínimo dcslise é punido com a desapropriação.
Quanto ao _pagamento, a lei é confiscatória. O valor d3 indenização. conforme auto.
r iza a modificação constitucional vista acima, será de.terminado de acôrdo com o valor fiscal, que em geral não corresponde ao valor real. A CORA avaliará as benfeitorias, isto é, o próprio órgão expropriador indicará o valor do imóvel a ser expropriado. A parte paga à vista é mínima: I % para os imóveis abandonados. 5 % para os mal explorados e I Oo/• para os explorados normalmente. O saldo é pago, na maioria dos casos, em 25 anos. As terras adquiridas pela CORA se dividirão em unidades agrícolas familiares. ~ a idéia utópica, defendida por muitos socialistas,
de que a área famHiar mínima representa sempre e nccessàriamcnte o tamanho ideal de urna propriedade agrícola. A tendência cole1ivizante aparece principalmente nas cooperativas que a lei pretende formar. Diz o artigo 59 q ue. quando não fôr possível, a juízo da CORA, a exploração individual, poder-se-á estabelecer cooperativas camponesas ou um sistema de co-propriedade entre camponeses. Isto lembra os kolkhoses russos. A lei trata, depois, cios ase,uamienros.
Vários camponeses se unem e fazem o asen• tamie,uo. ou seja, celebram um contrato coletivo com a CORA. Depois cada chefe de fa• mília cornparcce a umá assembléia, vai à cabina indevassável e coloca na urna seu voto para eleger o comitê que dirigirá o asemamie11to. Como boa parte dos eleitores não sabe ler, cada pessoa terá um símbolo ("un á<1uilci, por ejemplo. cs Gn.rcia; un emulado es L/al'ero; tm 1rébol, Don Cefedno tle fos Mercetles", diz um folheto do govêrno, explicando o assun10). O método é miraculoso. Segundo a propaganda impressa do govêrno, o Comité de Asentamienro reduz o alcoolismo e as faltas ao trabalho. ~ uma panacéia! . .. ' Bsscs asentamicutos. previstos agora cm lei, já es1ão em funcionamento de fato em muitos lugares. Os ase11tados trabalham coletivamen1c sob as ordens de funcionários do govêrno, recebem salários e participações nos lucros. Depois de três anos de experiência, deverão receber o tltulo de propriedade se provarem que trabalham bem e são capazes para os afazeres agrícolas. Acontece, porém, que o artigo 59, inciso 3.0 , do projeto de lei de re(orma agrária. prevê que o PRAZO POOI! SER PRORROGADO POR TEMPO INDETERMINADO,
Formar-se-á. no caso da prorrogação indc(i. nida, um verdadeiro kolkho.,e. O órgão dirigente do nseutâmieuro dá, por dia. a cada n.st.mtatlo, um adiantan,ento. Ao término do ano agrícola, distribui-se o lucro entre a CORA e os ase11tados. A CORA fica com 20% a 25 %, que deve reaplicar no 1>1·6prio imóvel. e o resto fica com os ase,uados. As vantagens dês.se .sistema, Oiz o mesmo folheio do govérno, são várias: adcs1ra os camponeses; capacil:'l•os para o trabalho cm suas futuras propriedades; seleciona os rnelhores; cria o espírito de com,mülade. que se cristalizará com a íundação de uma coopcr.uiva.
Eis o fim principal desejado : o espírito comunitário. Embora a lei fale cm propriedade individual, o folheto citado e tôda a literatura governamental a respeito colocam rodo' o seu empenho em mostrar as inúmeras vantagens da propriedade comunitária. e das cooperativas (em nosso entender kolkhozianas), e dão a êste aspecto 1ôda a ênfase. Por outro lado, as 1erras recebidas não podem ser vendidas, não podem ser entTc• gues a 1erceiros para exploração, e não podem ser dadas à m eia. Vê-se em mdo isto um dirigismo férreo e um coletivismo que só pode dar em kolkl,oze. O indivíduo nunca passará de um pseudoproprietário. No artigo 67, já eirado, estabelece-se que a coopera1iva estará sujeira à obrigação de "explorar as terrC1s conforme as normas indicadas pela CORA, as quais se sujeitarão CIOS plano:; gerais que o Ministério ,la Agricultura tiver estabelecido para a região". Serão, portanto. cooperativas dependentes absolutamente do Estado. Além disso, o projeto prevê a desapropriação das águas. I sto é cspecialmcn1e g rave para o Chile central, que depende totalmente de irrigação. Não chove ali o suficiente. Ter• ras fertilíssimas (num total de 13.500 quilômcr-ros quadrados) tornaram-se aproveitáveis mediante obras ciclópicas de canalização. Mais de 10 mil quilômetros quadrados foram irrigados por iniciativa de particulares. As obras públicas nesse setor represcnram menos de 30%. E os atuais homens do govêrno se esquecem disto. Para êles o parlicular é um espoliador que se apodera de águas que deveriam beneficiar a comunidade. E, por isto, a lei expropria 1ôda a água. O propriec-ário de terras que precisam de irrigaç.ã o passa a depender inteiramente do bom ou mau humor do fu ncionário local, que dirigirá, no futuro, a distribuição "cristã" da água, "criada por Deus para todos", mas canalizada pelos "esbulhadores", antepassados dos a1uais 'p roprietários. Ao Estado pertencerá agora a água. Ê. uma forma oova de ditadura inventada pela Democracia-Cristã chilena. A impu3nação dessa lei, do ponto de vista da doutrina católica e do senso comum, não oferece dificuldades: - Os direitos do proprietário são direitos adquiridos. cm conformidade com a lei natural. Uma lei poiaerior não os pode des1ruir, mas tem que respeitá-los. a não ser que se prove que a desapropriação é indispensãvel ao bem comum ( como vimos, esta prova não foi feira). E nesse caso a desapropriação importa normalmente na obrigação de pagar ao proprietário, eo, dinheiro e à vista. o jus.to preço de sua terra; - A coexistência harmônica das propriedades grandes, médias e pequenas é necessária. Certas explorações - como a pecuária - não se fazem cm imóvel pequeno. Por o u• tro lado, conforme virnos acima, é convenien1e que as hortaliças sejam exploradas cm regime de pequena propriedade. ll um absurdo exigir que tôcla exploração pecuária se faça em 80 ou, no máximo, cm 320 hectares. Mesmo nesta área máxima permitida, é muitas vêzcs anticconôniica a criação ou a engorda extensiva de gado. A pecuária exige áreas grandes para uma exploração econômica. • 4 -
CONSIOE8AÇÓES PINA1S SÔORI! A REl~ôl\MA AGRÁRIA CHILENA: É MODBRAOA? É TECNJCAMl?Nil;. l!FICAZ1
Muito se 1cm escrito e falado sôbre reformas agrárias. Algumas são mo,lerad<1s, outras ava11ça1/as. Entre nós, o Sr. Jango Gou• lari favoreceu projetos agro-reformistas que em comparação com os do Chile parec·em moderados. E a opinião brasileira se levantou enêrgicamente contra êles. Nenhuma pessoa de bom senso, por mais simpatias que tenha pela Democracia-Cristã, pode em sã consciência dizer que o Presidente Eduardo Frei se mosira moderado nessa matéria. O que êle quer aplicar em seu país é uma re!orn,a agrária avançada. arrojada, totalmente coletivista. E, se alguém tivesse dúvida a respeito, seria conveniente saber a opinião de F idcl Castro ... EI Mercurio'\ dc· Valparaíso, cm sua ed ição ele 27 de fevereiro de 1966, publicou uma entrevista de dois depurados da Demo· cracia-Cristã chilena que conversaram seis ho• ras com o di1ador. em Havana. A êsses doi!> de1>utados, Fidel declarou que a reforma agrária chilena lhe parecia mais drástica do que a aplicada cm Cuba. Sem comentários! Admito - poderia dizer um agro-reform ista à omrmice - que a reforma agrária andina seja avançada, e não moderada; o fato inconlcstávcl, entretanto, é que, do ponlo de vista econômico, ela c-onslitui um êxito, e que daí advirá um grande aumento da produção e a redenção dos camponeses. E é exatamente
isto que muitos chilenos contestam, declarando ser essa reforma absolutamenle antieconô.. mica e ineficaz. Para deslindar êsse ponto, cito um elemento insuspeito, um discípulo e amigo de Maritain, um técnico de tendências avançadas que auxiliou Ben Bella a fazer a reforma agrária na Argélia. O Sr. Eduardo Frei convidou o presidente do Instituto de lnvesligações Rurais de Pa• ris, Sr. Bertrand Larrocque, a fazer uma análise dos planos e realizações agro-reformistas de seu govêrno. esse perito lhe fôra recomendado por Maritain .e enviado, a pedido dêste, por de Gaulle. O Sr. Larrocque decla.rou a Frei que sua reforma agrária era po1íricã e não econômica ... Essas revelações são do jornalista Raúl Gonzáles Alfaro, cm programa na Rádio Portales, de Santiago, transmitido no dia 30 de novembro de I 966 e reproduzido pelo "Diario Ilustrado", daquela capital, na primeira página de sua edição de 2 de dezembro de 1966. Segundo o jornalista, no dia 14 de novembro l.arrocquc mostrou ao Presidente Frei "que sua reforma agrária era pofitica e não eco,iô,n;ca. Que ,, prevalência do aspecto político tlistorcill os objetivos sociais e econbmicos, que a é/e pareciam essenciais nas mudanças de estrutura do canrpo . . . Que o empenho em alcançar metas (JOlítlcas eswva convertendo a reJorma agrária em, um processo ruinosamente tmtieconômico", e que na atividade agrária, como cm tôda função econômica, "imporu, muito o valor tla explorc1çúo, e pouco os valores publicitários". Acrescenta Raúl Gonzáles Alfaro que o incômodo peri10, "mqnejando com habilidade os cálculos e os /1mdame11tos de roda platu/i• cação agrária moderna, desautorizou com tlois ou três argumentos de extraordinário pêJ·o e alc:ance a. q,wse totalidade das realizações do INDAP e da CORA, que prete11dem constituir a vanguarda revolucionária no programa de reformas oferecido pelo regime democrau1-cristão1'. Não é de se estranhar, depois disso, a reação encolerizada dos responsáveis por aquêlcs órgãos. Os assessõres de Frei para questões agrárias fizeram declarações conira o técnico francês, negando-lhe competência oa m_a téria e procurando ocultar a existência de seu inoponuno pronunciamento. Nessa campanha foram, segundo informa o "Diario Ilustrado". apoiados por dois jornais, um governista e oucro "marxis1a-Je,,inlsta-scmipeq11i11isw" ( cí. "Carolicismo", n.0 194, de fe. verciro de 1967) . Chegando a Paris, o Sr. Bertrand l.arrocque sentiu-se incomodado com os transtornos que ocasionara ao govêrno Frei. Prestou declarações a respeito, transcritas por "El Mcrcurio" de I 5 de dezembro de 1966, as quais. embora feitas com discrição e com intenção de não magoar amigos chilenos, não deixam de confirmar o que noticiara o jornalista da Rádio Portnles. Declara-se o Sr. l.arrocque desolado pelo fa to de sua passagem pelo Chi le ter causado tanta polêmica; que estêve /à bas a convite de Rafael Moreno - vice-presidente da CO· . RA - que examinou a reforma agrária que cs1á sendo aplicada no pais e que, até, conversou quatro horas com Frei. Esclarece que não fêz nenhuma crítica doutrinária ou polí1ica, pois considera a reforma agrária úma necessidade para o Chile. E acrescenta: "Precisamente porque desejo que ela triim/c ali. ,,ermiti-me formular como técni<:o cert(IS observaçõcJ' técnicas relativas à .ww avlicaçtio. Dou-me conta, agora, de que a Jr"11quez,a de algumas de minhas observações ,.esultou muito desagradável aos age11tes do govl;l'no que me receberani com Uwta corditllitlade e ge111i/ez,(l. Lamcnto~o muitíssimo e ,Jesejo que me ,!esculpem por isso, embora não possa converter em positivas as sim1>les i11c/icações negativas que fi1. então".
C -
Agitação camponesa
JTara quem considera necessária a misteriosa "promoci6n popular", as refol'mas de estrutura, a redis1ribuição das terras e a substituição dos atuais proprietários por outros, é indispensável começar promovendo a agitação no campo. A revolta da massa dos trabalha• dores rurais é o melhor meio de preparar os espíritos para a aceitação de urna mudança da estrutura agrária. A agitação camponesa está adiantadíssi• ma no Chile. Uma parte considerável do operariado rural vive revoltada contra os patrões, porque ês1es são sempre apresentados como maus. A responsabilidade por êsse estado de coisas cabe principalmente ao JNDAP e aos chamados movimentos camponeses. Conforme vimos, o / nstituto tle Desarrolio Agropecuario é oficialmente um órgão técnico. dirigido por J acqucs Chonchol, íau101· da reforma agrária de Cuba. conhecido como marxista.
e
Na prática, a principal tarefa de "desarrollo agropecuario" do INOAP é fazer o camponês tomar consciência da necessidade da mudança de es1ru1uras. O lns1i1u10 recebe allíssimos financiamentos chilenos e estrangeiros. No mês de ou rubro de I 966 estêve em 'Santiago o presidente do Banco lnteramericano de Desenvolvimento para assinar vários contratos com o govêrno. Entregou 11 m ilhões de dólares para o Instituto do Sr. Chonchol continuar a campanha de "promoció11 agrícola" na qual se encontra empenhado. Houve protesto em vários ambientes chi• Ienos. Isto porque é público e notório que, na expressão do prestigioso "Diario flustrado", o INDAP está causando muito "dano nos campos, através de suas campanhas de agitação". E acrescenta o mesmo jornal: "O crédito de 11 milhões de dólares dado ao INDAP ~·erve para in1e11si/icar a propaganda cónNmista do referido organismo 110 campo chileno". Vários movimentos camponeses existem no Chile, já citados no capítulo que trata do organismo Promoci611 Popular. esses movimentos são dirigidos aparentemente por líderes da classe. Mas, na realidade, sabe-se que por detrás dêstes estão indi• víduos pagos pelo govêrno, elementos da Democracia-Cristã, Sacerdotes ou seminaristas. Em incontável número de propriedades agrícolas a agitação começou com a chegada de algum personagem importante de um ou ouiro daqueles movimentos. Muitíssimas vêzes êsse personagem chega a uma propriedade acompanhado de algum Padre ou seminarista. Um dá cobertu.ra ao outro, e ambos trabalham com os relógios acertados. Aquêles movimentos vivem · sempre muito ligados ao govêrno e a meios cclésiásticos. As revoltas de camponeses promovidas por tais entidades têm cm geral por pretexto reivindicar aumentos sala.riais, melhoria das condições de trabalho, novas regalias; muitas vêzes, há exigência dos empregados de que lhes seja entregue uma parte da propriedade. E tudo isto é feito em nome de Cristo .. . Em tôdas as questões o Ministério do Interior empresta apoio total aos trabalhadores. Uma vez caracterizada a "tensão social'', promovida ou acolhida alegremente pelo govêrno, o Minisiro l.ei)!hton sente-se na obri• gação de dar proteção aos trabalhadores para evitar o aumento da tensão. Em certos casos. enquanto os líderes apresentavam as reivindicações dos empregados, êstes fec havam as porteiras das propriedades e ocupavam-nas à mão armada. Come• riam ou ameaçavam cometer atos de vandalismo. Ameaçavam matar animais de raça ou destruir lavouras. Quando o Ministério do Interio r é consultado, procura sempre chegar a um acôrdo que beneficie o trabalhador. Não pune os revoltosos, e impede a polícia de agir. São freqüentes os exemplos de carabi11eros que pedem desculpas aos proprietários prejudicados. dizendo não terem podido intervir porque o govêrno apóia os agitadores e os camponeses que os seguem. Em alguns casos chegou-se ao extremo de se verem os proprietários obrigados a distribuir terras aos seus empregados para acalmar os ãnimos. Por todo o Chile existem pessoas especializadas em redigir petições de aumento salarial. São freqüentíssimas as questões traba• Ibistas desta natureza. Fui informado de que um conceituado advogado de Santiago recebeu várias dessas petições, provenientes de di• versas regiões do país, con_tendo reivi~dicações de empregados de diferentes clientes seus. Tôdas as petições tinham a mesma redação. Eram, evidentemente, idealizad~s por algum ó rgão oeniral encarregado de agitar os campos. A título de exemplificação, quero citar aqui um pliego de peticiones colectivo de los obreros agrícolas de Curacavi, feiro cm agôsto de I 966. Examinando o documento, pode-se ver que, dos 44 que o assinam, 15 _são .ª?ª' · fabetos, tendo-lhe apôsto a impressao d1g1tal. Vejamos o que pedem: - 8 escudos por dia de trabalho (o salário mínimo é de 4,1 escudÓs) - 20% da entrada bruta da colheita (!) - meia quadra de terra (aproximadamente 0,8 hectares), arada. e gradeada anualmente, para plantarem o q ue q uiserem - pasto parn três animais em terras irrigadas, e para qualquer quantidade (!) cm terras sem irrigação - casa reformada e em bom estado 150 escudos de auxílio-funeral (aproximada• mente 25 dólares) no falecimento de qualquer membro da família 15 escudos mensalmente por filho cm escola (aproximadamente 3 dólares) - campo de esportes - botas para os ordenhadores, luvas para os tratoristas, mantas, etc. - 46 quilos de (arinha gratuila por mês - luz elélrica gratuita - reparação de poços - gratificação de 70 escudos (apro• ximadamenlc 12 dólares) no Natal e nas festas nacionais quando pedirem permissão para não trabalhar, esta lhes seja dada sem
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que com isto percam a remuneração do des• canso semanal. E mais a construção de um local para o sindicaro, em cada fazenda. Em ourra perição de que rive conhecimenro, além de exigências semelhanres, havia ainda as seguinres : - 300 escudos (aproximadamenre 50 dólares) como presenre de casamento - J5 dias de licença para casamen• to ano de serviço militar pago integralmente pelo patrão. As perições coletivas são feitas pelo sindicato local de trabalhadores, que tem existência de fato, mas não rem base legal. O palrão tem três ou quatro dias para responder sim ou não. Deve enrregar a causa a um advogado democrarn-cristão. Do contrário, a defesa não caminhará bem ... Quando não se chega a um acôrdo, há uma arbi1ragem feira pelo govêrno. Num caso c-0ncrcto de que tenho notícia certa. o proprietário reclamou junto ao Ministro do Interior. esre se dispôs a indicar cinco advogados enrre os quais o proprierário escolheria um como árbitro, o que foi aceito. O Minisrro, passando por cima da obrigação moral de indicar elementos imparciais, nomeou cinco democratas-crisrãos, e o ingênuo proprietário teve que escolher um dentre os cinco. esses dissídios colerivos são freqüenríssimos. Os proprierários, por remor de uma desapropriação e pelo pânico de se envolverem em uma questão trabalhista. estão desanima• dos de produzir. Deixam de investir nos campos. A produção torna-se penosa, mas receia-se que o não produzir venha a ser considerado saboragem ... O govêrno afirma que os camponeses estão revollados, e que a agiração é espontânea. Deixa entender que, se não intervier para de• fender os empregados, sua abstenção fará gerar um levante comunisla. Isto absolutamente não é verdade. Bxisrem órgãos sindicais camponenses dos Parridos Socialisra e Comunisra, os quais pouca peneiração enconrram. Os movimentos que peneiram são os já citados, que têm o apoio de elemenros do Clero e da Hierarquia, bem como do govêrno e da polícia. Se a lura de classes não tivesse bafejo católico, não haveria a revolta. Bm tôdas as questões trabalhistas rurais, uma parte dos empregados roma o lado dos patrões, e as suas famílias passam a ser amea. çadas pelos ourros. Em um famoso caso surgido no Fu11tlo EI Molino, em Llay Llay, ao qual os jornais fizetam referências, os empregados se dividi• ram em duas facções: uma obedecia ao interventor nomeado pelo Ministério do lnrerior (eram 18), e a ourra obedecia ao palrão (eram 8). Na cidade de Lampa, a CORA desapropriou o f1111do do Sr. Joaquín Cerveró. Os empregados, segundo consla, rer-se-iam negado a receber as terras que repulavam roubadas, dizendo que queriam permanecer fiéis ao parrão. Segundo ourra versão, teriam pedido que a expropriação não se eferivasse. Considerando-se tôda a pressão exercida pelos homens do govêrno, rôdas as promessas que fazem de dar propriedades aos emprc,. gados. é incrível que maior número dêstes não se revolre. Isro é a prova de que, apesar de ludo, o camponês chileno é ainda muilo infenso ao marxismo e a reforma. agrária não constitui um anelo popular. Quando o rrabalhador do campo se revolla é, em geral, porque foi artificialmenre induzido a tanto.
D -
Outras reformas sociais
Como vimos, faz parte da ideologia democrara-cristã a reforma de estruturas total, complera, que arinja todos os pontos. A reforma agrária esrá em andamento acelerado no Chile, e já se fala em ourras reformas. Exisre um projero de reforma das sociedades anônimas que rramita a passos lentos no Congresso, ainda desconhecido do grande público. Parece que visa um maior conlrôle do Estado sôbre as sociedades dêsse ripo. Com relação ao seror empresarial cxisre ainda um projeto de reforma, apresenlado por um grupo de depurados do PDC, que prevê a panicipação obrigarória nos lucros e na gestão das cmprêsas. A obrigaroriedade de tais medidas, como se sabe, é condenada pelos Documentos pontifícios, que consideram a CO• -gestão e a parricipação nos lucros boas em si mesmas, mas não imponíveis compulsôria. mente. Fala-se também em reforma bancária ·e reforma urbana. Por enquanto pouco se sabe sôbre o que de concreto os democraras-crisrãos conspiram com relação à êstes dois pontos. Entretanto, a lei que criou o Ministério da Habiração ampliou as causas de exprópriações urbanas, dando à CORVI - Corporaci611 tle la Vivie,ula podê(es para expropriar, ainda desconhecidos do grande público. E recentemente a referida pasra apresentou ao Legislativo um projero de lei que permire as desapropriações urbanas indenizáveis a prazo
longo. e. um início de reforma urbana cm estilo sorrateiro. Se dúvida houvesse ainda sôbre o desejo dos revolucionários pedecistas chilenos de levarem as reformas a tO<Jos os campos, seria interessante, para desfazê~la, analisar os nú• meros I e 2 de um recente bolerim intirulado "Documentación, Ideologia y Polirica" (6 e 21 de fevereiro de 1967), publicado por AIberro Jerez e outros democratas-cristãos de prestígio na linha avançada. Mosrram êles que, uma vez aprovada a reforma agrária, deve-se logo passar a uma segunda fase: a reforma bancária. Após cirarem C/re Guevara, escrevem frases çomo estas: "A mudança de estruturas começa quase sempre com a reforma agrária. Esta é a primeir11 frente que se derru•
ba ( ... ]". ··se fizermos a reforma t1grária, as ou1ros virclo por acréscimo. Se não a fizer• mos, estaremos poRticamente cancelados". "Se o combate contra a oligarquia começou pela reforma agrária, é porque o setor dos proprie. tários de terras era o mais débil e o mais sim• b6/ico, mas não o mais decisivo". Depois se salienta que o segundo passo é a reforma bancária: "O Conselho Nacional do Partido concordou por unanimidade, na noite de 18 de ja11eiro, em passar JlClrcl primelro plano a reforma bancária". Observam os aurores que muiros oligarcas transferiram seus bens para ourras atividades econômicas que não a agrícola, e é necessário que estas comecem agora a ser combalidas. Daí visar-se os bancos. As reformas são processivas: onrem os políricos pedecisras votaram a agrária, hoje começam a dar os primeiros passos para a bancária, amanhã proporão a urbana, a industrial e comercial, e, se chegarem até onde Cuba chegou, por fim exrerminarão a insrituição da família fazendo a reforma familiar, pela qual se nacionalizam os filhos, que passam a pertencer ao Esrado. Com os fanáticos e incontidos pruridos pedecisras de tudo nivelar, mais dia ou menos dia tôdas as reformas de esrrutura esqucrdisras e expropriatórias assolarão o Chile, desrruindo a propriedade e a iniciativa privada.
E-
Pressão tributária
As enormes despesas da propaganda oficial, a publicidade em rôrno da pessoa do Presidente, os órgãos onerosíssimos, como a CORA e a Promoción Popular, fariam estourar o orçamenro do Chile se a arrecadação não aumentasse. Uma das notas características da adminisrração Frei foi o aumento exorbitante de imposros, para o que se serviu de uma lei já vorada no período anterior. Para se rer uma idéia da siruação, vejamos o aumento que sofreu o ch~o impôsto sôbre a renda mínima presumida, também conhecido como impôsto patrimonial. e.sse tribulo, de carárer transitório, está sendo pago durante os anos 1965, 1966 e 1967, e se aplica às pessoas físicas. Presume-se (não se arendendo a prova em contrário) que o conrribuinte perceba anualmenre uma renda equivalente a 8 % do valor do capiral que possuía em 31 de ourubro de 1964. Se a renda presumida não exceder de 1.300 escudos ao ano (220 dólares), a pessoa nada pagará. Acima dessa cifra incidem taxas progressivas, que vão desde 20 até 35% sôbre a renda presumida. 1?.sse impósto é lançado sem prejuízo dos demais impostos, sôbre a renda, sôbre bens de raiz, etc. Sua aplicação conduz a absurdos rais eomo triburar bens que o contribuinte já não possui. Para determinar a renda, tomam-se em conta os imóveis, valôres mobiliários (ações), auromóveis e ourros bens semelhantes. Ainda que o contribuinre renha vendido o bem inclusive se o tiver vendido antes da publicação da lei, que é do mês de abril de 1965 - deve pagar sôbre êle se o possuía em 31 de ourubro de 1964 (quarro dias antes de Frei subir ao poder). Isto é ainda mais grave quando se pensa nos donos de imóveis agrícolas expropriados com pagamento a longo prazo, que devem por três anos continuar contribuindo como se ain• da tivessem a terra. Os possuidores de ações que, quando da ascensão de Frei, eslavam a bom preço, e que depois caíram verticalmente, são tributados se• gundo o va.lor que elas tinham anteriormente. Embora o impôsto tenha sido aprovado por um triênio, é opinião geral que se esten• derá por mais tempo, já que será fácil dar como razão para tal os terremotos que asso.. laram o país, tornando necessário auxiliar as regiões afetadas. O costume chileno, aliás, é que todo lributo rransitório seja prorrogado ano a ano, como é o caso do impôsro de reconsrrução do terremoto de 1960, que ainda está sendo cobrado para finalidades que nada têm que ver com a reconstruç~o. O aumenro de impostos se verificou em diversos ourros serores. A tít4lo de exemplificação, citaremos o impôsto de compra e ven•
da, o impôsto sôbre juros bancários, as taxas proporcionais sôbre heranças, o impôsro de licença para automóveis. Além disso, os bens de raiz sofreram reavaliação para efeiros fiscais. Em conseqüência dessa enorme pressão triburária, uma grande parcela da população sente-se sufocada, surgindo forre reação dos contribuintes, conforme veremos no capílulo seguinre.
F-
Política exterior
Poderíamos resumir nos seguintes pontos a política exterior do arual govêrno: - posição de aparência neutralista enire a Rússia e os Esrados Unidos, com ímperos de simpatia incontida por Moscou; - rentarivas de lançar o Presidente Frei no cenário diplomárico como líder latino-americano. Já desde os tempos da Falange os homens do arual PDC mosrraram sempre simpatia para com os países comunisras. Quando esravam longe do govêroo, eram os defensores, de rôdas as horas, do rearamenro das relações com a Rússia. Chegado ao poder, o Presidente atual apresenra, de imediaro, a idéia do reatamento, que logo é consumado. Políricos pedecisras comumente elogiam governos como o iugoslavo e o cubano. Um ex-deputado brasileiro esquerdisra que vive exilado em Santiago, Gerardo Mello Mourão, no livro "Frei y la Revolución LarinoAmericana" (Edirorial dei Pacífico, Santiago, 1966) assim define a polírica do atua) Presidente: "Qual seria a /inira mestra desta pó, lítica? O componamer110 internacional de Eduardo Frei não será, seguramente. de hos• ti/idade e agressão aos Estados Unidos. Nem tampouco de desafio, no sentido. por exemplo, do de;·a/io soberbo de Fidel Castro. Mas i, sem dúvida. um comportame11to antlcapitalista, antientreguista. E é de luta, luta clara e fim.. pa, caracterizada por uma resistência até aqui inquebrantável contra o terrorisnw militarlsta do Pe11tágo110 ( . . . ]" (p. 233). E depois lembra que um dos primeiros atos do govêrno pedecista foi o rearamento das relações diplomáricas com a União Soviética, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Bulgária e Rumãnia. Recentemente, quando o Sr. Eduardo Frei quis ir aos Esrados Unidos e o Senado lhe negou a licença para se ausentar do pais, o presidenle do Partido Nacional publicou uma caria jusrificando a posição de sua agremiação polírica contra a viagem presidencial. O referido partido havia sido acusado de, impedindo a viagem presidencial aos Estados Unidos, rer adotado a mesma posição hosril que em relação a Frei adota Fidel Casrro. Salienta, então, a referida nota, que os acusa• dores se esquecem de mostrar as notáveis coin. cidênc.ias eorre a polírica internacional do Presidente democrara-crisrão e a de Fidel Castro. E cita a propósiro: Chile e Cuba mantêm relações com todos os países satélites de Moscou, ambos recebem créditos e assisrência técnica da Rússia, ambos foram conrrários à io• rervenção norre-americana em São Domingos e repudiam a Fôrça Interameric.a na da Paz, ambos formularam declarações contrárias à ação dos Estados Unidos e de seus aliados no Viernã e favoráveis à enrrada da China Comunisra na ONU. Isto para "não apontar outras importames aspirações do Partido Comunista a que ambos os governos dão satisfaç<io··. E o presidente do Parrido Nacional acrescenta que sua agremiação era contrária à viagem presidencial também porque Frei procura uma liderança conrinental de tipo ideológico, e a difusão no Exterior das reses da Democracía-Crisrã ("EI Mercurio", de IS de janeiro de 1967). Defensor de uma rerceira-posição entre Moscou e Washingron, o Sr. Eduardo Frei Montalva quer ser o líder larino-americano da •·,evoluci611 en libertad" democrata•cristã. E ')S parridários do chamado esquerdismo catÓ• lico fazem em rodos os países esforços contínuos para que isso seja assim. Enrre nós, o Sr. Trisrão de Ataide declarou que Frei é o Kennedy do latino-americanismo.
G -
Política de "proteção" à famí lia - contrôle da natalidade e divórcio
A adminisrração do Sr. Frei, sendo católica, promove tõda uma polírica de proteção à sagrada instituição da família. • 1-
CONTRÔLI! DA NATALIDAOI!
Todo carólico sabe que nos planos da Providência o matrimônio exisre principalmenre para a mulliplicação da espécie. Mas, no enrender dos técnicos do govêrno chileno, a nossa espécie prolifera em velocidade muito mais alia que a do aumento da produção.
E, por isso, a natalidade precisa ser controlada, por métodos hooesros ou desonesros. Não parecem êles confiar em sua decantada reforma agrária, pois, se é certo que como dizem - esra é feita para o aumenro da produção, as gerações futuras teriam garantida sua subsistência a partir do momento em que ela fôsse aplicada. A verdade, entretanto, é que não é êsse aumento que se rem em vista, mas apenas a luta de classes e a subslituição da classe domfoanre por ourra. Para o Sr. Álvaro Marfan, filho espiritual do Cenrro Belarmino e generalíssimo da campanha eleitoral do Presidenle Frei, é di. fícil que a produção consiga aumenrar nc, Chile em taxa satisfarória; é difícil que se consiga incrementar satisfatõriamente e com a necessária celeridade a educação das novas gerações; é difícil que o Chile consiga dar trabalho aos novos contigentes de população; e desolado comenta o Sr. Marfan que não se pode esperar ''que a taxa de mortalidade normalmente suba". Conclui o mesmo Sr. Mar• fan que, assim como há uma planificação econômica, é necessária uma planjficaçãoi que possa incluir um programa de "regularizaçéio da 11atalidade" (declarações à revisra "Ercílla"). Onde, em tudo isro, se vê a preocupação pela liceidade dos métodos de limitação dos nascimentos? Não se vê. Aquêles mesmos Sacerdotes jesuítas que deram a base teológico-sociológica dos ourros pontos da polírica comunizante do atual govêrno chileno, fazem a propósiro do contrôle da natalidade escamoteações dourrinárias tendentes a deixar entende• que é lícito aos casais de hoje empregar métodos anticoncepcionais artificiais. Não sàmente em ºMensaje", como também através de outras publicações, essa tendência aparece. Na reportagem da revista "Ercilla" acima eirada, o Pe. Hernán Larraío, S.J ., e Õ Pe. Mario Zaiiarru, S.J ., fazem declarações ambíguas nesse senrido. Aquêle pretende que, na dúvida, podem-se empregar as pílulas anovulatórias. Este, depois de afirmar desrespeitosamente que, do ponto de vista econômico, os filhos são "bens de consumo", deixa entender que, para uma paternidade consciente, podem ser empregados os métodos artificiais de limiração, em e.special as pílulas. Para o técnico Marfan e para o economista-teólogo Pe. Zaõartu, existe necessidade téenico-reológica de contrôle da naralidade no Chile. Vejamos agora .o que o govêrno faz nesse senrido. O direror do Serviço Nacional de Saúde decl.arou, em agôsro de 1965, que aquêle órgão governamental iniciaria uma campanha de limitação da natalidade, para a qual seriam empregados ··ta11to os mbodos que a Igreja permite como os gerais''. E o órgão oficioso º'La Nación", em sua edição de 1.º de julho de 1965, afirma rexrualmente: "No futuro, a ttrra superpovoada correrá grave Rerigo. E aqui, como em tôda parte, nada do que se faça para evitá-lo poderá ser considerado irracional ou ilógico". O Episcopado, em declaração pública dirigida ao Clero, na mesma época, recordou as normas estabelecidas pela Igreja sôbre o assunto. Mas, isto de nada adiantou. Muitos Padres continuaram a fazer as mesmas declarações dúbias, das quais se depreende como mal menor a aceitação dos métodos proibidos. Para evitar o abôrto - dá-se a entender - é preferível o cmprêgo de mérodos até agora considerados ilícitos. Bm 7 de dezembro de 1965, em "EI Mercurio", o Pe. Hernán Larraín, S.J., chega a dizer que um Estado pluralista não deve deixar-se influenciar pela Igreja se a população não carólica e o bem comum pedem o conlrôle da natalidade. E deixa transparecer que é útil que o Serviço de Saúde divulgue todos os processos anticoncepcionais. Com a base teológica dada pelos homens do Centro Belarmino, o govêrno, por meio de seus técnicos, entrou ràpidamente em ação. O Serviço Nacional de Saúde iniciou uma campanha de difusão de mérodos anticonceptivos. Uma série de comissões, conselheiros e departamentos especiais investiga e desenvolve o contrôJe da natalidade. Médicos que atendem nos postos de saúde fazem as inrervenções cirúrgicas necessárias. O Serviço Nacional de Saúde procura convencer as mulheres dos riscos que apresenta o abôrto, "e oferece uma alternativa", que são os mérodos anticoneeptivos. Para islo "editou um /o/lieto chamado ''Ab6rto", onde.se expUca em linguagem simples as maneiras que existem para não rer filhos'' ("La Tereera de La Hora", edição de 24 de novembro de 1965). Sôbre a escolha dêstes métodos, informa o Dr. Francisco Mardones, direror do referido Serviço, não se consultou a Igreja Católica nem qualquer outra. Trata-se de medidas "seguras t científicas", que não serão imposras. Apenas se esclarecerá a respeiro as mulheres solteiras ou casadas que consultarem o Serviço. A decisão sôbre o uso ou não dos mérodos ficará a
critério da consciência de cada uma ("EI Mercurio", edição de 28 de novembro de 1965). Comenta-se em largos círculos que mais de 200 mil mulheres chilenas estão sendo atendidas pelo Serviço e praticam os métodos de limitação - não só os permitidos, como os não permitidos pela Igreja. ■ 2 -
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DIVÓRCIO
Em matéria de divórcio, já não é tão, arrojado o Sr. Frei. Seu govêrno, que é promotor do contrôle da natalidade, não ousou ainda ser promotor do divórcio. Apenas, acompanha passivamente o encaminhamento de uma pro• positura divorcista em curso no Legislativo, sem intervir negativamente. A Democracia-Cristã evita ser negativista . . . A Deputada lnes E nriques, líder divor• cista chilena, apresentou um projeto de divór• cio à Câmara. O ·projeto ganhou corpo. lnes. peradamente, recebeu a aprovação da Comis• são encarregada de examiná-lo. Esta vitória se deveu principalmente à votação dos depu• tados do Partido Radical (ateu) e dos Partidos Comunista e Socialista. Na Comissão votaram contra o projeto dois deputados conservadores, um liberal e um democrata-cristão. O Deputado Alberto Jerez - um dos homens mais importantes da Democracia-Cristã - se abs• teve. Esta abstenção, aliás, se compreende: é notório que o Sr. Jerez se apresenta por 1ôda parte com uma divorciada, que mora com êle. Os Bispos protestaram. O Partido Conservador publicou um documento no qual con• denava violentamente o divórcio. Parece que não existe possibilidade próxima de a propositura vir a ser aprovada pelo Legislativo. A opinião pública chilena não está preparada para tal. entretanto, notório que a DemocraciaCristã não combate o divórcio de frente. Muitos líderes pedecistas simpatizam com sua implantação. O Sr. Álvaro Marfan , por exemplo, o já citado generalíssimo da campanha eleitoral do Sr. Frei, declarou à revista "Er• cilla" (em sua entrevista há pouco referida) que os países desenvolvidos têm o divórcio, e que nos subdesenvolvidos deve-se ampliar ao máximo a regulamentação legal para proteger as famílias em situação irregular: "legislar para solucionar um problema social existente não significa atentar co,11ra os altos princípios morai~· ou religiosos". O deputado pedecista Julio Silva Solar se manifesta no mesmo sentido. Diz êle que a pressão social é tão forte, que na prática se estabeleceu já o divórcio no Chile, e que essa pressão justifica a lei. Chega ao desvario de afirmar que, se a mesma pressão social exigir a legalização da homossexualidade (que, para êle, é um mal discutível) , a legislação também neste caso deverá ser adaptada. As simpatias democratas-cristãs pelo divórcio são tão patentes, que a líder divorcista lnes Enriques declarou a "EI Mercurio" (edição de 27 de agôsto tíltimo) que lamenta_ que o PDC não tenha ainda tomado uma atitude clara a respeito do assunto, pois se nega a legislar sôbre êste enquanto muitos de seus próceres se mostram favoráveis à dissolubilidade do vínculo. Segundo a entrevistada, os parlamentares da DC aguardam apenas um momento mais oportuno para darem ao projeto divorcista a tramit•ação correspondente. Se' dúvida houvesse quanto às mal veladas simpatias do PDC chileno pelo divórcio, estas declaraçôes da líder di.vorcista trariam a respcilo um esclarecimento definitivo.
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H -
A semana de cinco dias e a supressão dos feriadas religiosos
Há um paradoxo na política da Democracia-Cristã: de um lado seus próceres procuram o apoio da Igreja, para, que ~o chilen? médio pareça que o atual governo e de inspiração católica; e de outro lado afirmam que o pensamento da DC e o da Igreja Católica
não coincidem nccessàriamcnte. Neste último ponto o pedccista chileno é sincero. Con(essa indiretamente que não é um político católico verdadeiro, pois, se o fôsse, deveria fazer de sua atividade política cm vários assuntos uma como que continuação de sua atividade apostólica, em inteira harmonia com a doutrina da Igreja. Muito pelo contrário, o atual govêrno e alguns parlamentares do Partido afirmam que o pensamento social da Igreja Católica é ape11as um dos ele• mentos da Democracia•Cristã. esses mesmos parlamentares tomam, em certas intervençóes, atitudes inteiramente contrárias à doutrina e disciplina da Igreja. E isto não só em problemas econômico.sociais. O maior escândalo neste sentido foi a tentativa de abolição dos feriados religiosos. A administração Frei introduziu no país a scma• na de cinco dias, abolindo, portanto, 52 dias de tTabalho no ano. E logo depois, com desfaçatez desconcertante., verificou que o aumen• to da produtividade e a melhor organização do
trabalho exigiam a a!>olição de quatro feriados religiosos: Ascensão, Corpus C/iristi, São Pedro e São Paulo, e Imaculada Conceição. Segundo noticiou a imprensa, o respectivo projeto de lei chegou a ser redigido e estêvo a pique de ser encaminhado pelo Executivo ao Parlamento. Isto se pasou em 1965, quando houve duas tentativas de envio de tal projeto ao Congresso, uma no inicio do ano e outra cm novembro. A iniciativa foi sustada por causa da enorme reação popular então surgida. lnicialmcn• te, milhares de senhoras assinaram uma nota de protesto que a imprensa publicou fartamente. E, segundo consta em círculos bem infor• mados, alguns Bispos teriam procurado o Sr. Eduardo Frei para dizer que a população católica não aceitava a supressão daqueles fe.riados, ao que o Presidente teria respondido que "agora não·"' . porém mais tarde se voltaria a pensar na iniciativa. O sentimento religioso do povo chileno impediu que a medida anticatólica fôsse então aprovada.
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A questão do cobre
A posição da DC andina em relação ao problema do cobre é muito curiosa. Enquanto os companheiros de Frei estavam na oposição, eram promotores arditi de tôda espécie de greves e agitações nas mi nas. Foi público o favore"cimen10 de tais perrurbações da ordem, por homens que hoje são destacadas personagens do govêrno. Entre êsses antigos agitadores se salientam o Sr. Presidente e seu Ministro do Interior, Bernardo Leigh1on. O favorecimento dos movimentos sediciosos nas minas era feito pelos demo-cristão, não para resolver qualquer problema dos operários, mas Unicamente com o intuito político de promover a agitação e a luta de classes, o que lhes traria vantagens eleitorais. Tendo subido ao poder, a DC teve que mudar de atitude. Como a economia chilena depende inteiramente do cobre (a maior parte das divi• sas é proveniente da exportaç.ã o dêsse minério), aquêles mesmos que na oposição eram insufladores, passaram a ser, no govêrno, os inimigos das greves. Quem antes era pedra, hoje é vidraça . .. Qualquer crise na produção mineral aíe• ta sCriamentc a economia nacional; afetando a economia, atrapalha os planos revolucionários do govêrno. Todo o orçamento chileno é feito com base no preço internacional do cobre. A oscilação deste pode fazer as perspec• tivas financeiras do país passarem de ótimas a ~simas cm 24 horas. A interrupção da produção pode acarretar as conseqüências mais desastrosas. Os agentes do atual govêrno, diante disto, têm a missão constante, imPOsta pelo Palãcio de La Moneda, de evitar qualquer agitação que possa prejudicar o trabalho normal das
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minas. Muitos movimentos grevistas têm sur• gido ali, através dos quais os operários pedem aumentos de salário, melhores condições de vida, etc. Mas. a mesma polícia, que é tão inoperante no impedi,· a subversão entre os camponeses, é eficientíssima quando chega a vez das minas. O Ministério do lnterior, que promove a agitação no campo, é ferrenho adversário da agitação nas minas. São dois pesos e duas medidas . . . No campo a desordem é útil para a promoció11 popular e para a asce1,J• são do camponês. Por que não se quer fazer promoci611 popular nas minas? Por que ali não se aplica o mesmo método de ação que nos campos? Porque isto prejudicaria a situa• ção econômica do país, e o prestígio da DC periclitaria ... Ao mesmo tempo o Sr. Frei depara com um problema de âmbito internacional que excita os sentimentos nacionalistas da esquerda e extrema-esquerda: trata•sc do capital norte-americano que .dornina a maior parte das minas, e que deve ser expropriado. Os esqucr• distas - e, entre êstêS, o Sr. Eduardo Frei procuram a todo cusro expulsar os ya11kees do território andino. Grande campanha de• magógica foi desencadeada neste sentido. A maior mina de cobre do Chile, Chuquicamata (uma das maiores do mundo) , coo .. cinua integralmente nas mãos de nor1e-amcri• canos. ao passo que, cn, relação às outras jazidas que êstes possuíam, o govêrno já con• seguiu desapropriar 5 l % das ações. Acon• tece, porém, que as emprêsas assim nacionalizadas exigirão nos próximos cinco ou dez anos grandes •inversões de capital para o prosseguimento normal da exploração, inversões estas que deverão ser feitas pelo govêrno que as desapropriou em parte. Quanto a Chuquicamata. a sit\1ação é bem melhor. A exploração continuará a se desenvolver normalmente, por muito tempo, sem o investimento astronômico necessário para as outras. Frei olhou com olhos voluptuosos para Chuquicamata. Mas os norte-americanos fecharam a questão e não cederam, continuando com a propriedade integral da emprêsa. De tudo isso adveio uma conscqi.iência paradoxal: Frei passou a ser rccrin,inado pela esquerda - inclusive F idcl Castro - por não ter desapropriado Chuquicamnrn: e é censurado pela oposição direi.tista por ter desapropriado as minas que exigiam grandes investi• mentos, o que significará um ônus pesadíssimo para o futuro. No meio desta situaç.ão confusa e paradoxal, duas coisas são certas: 1.0 ) a DC, que antes patrocinava greves dos mineiros, continuará, enquanto estiver no p0dcr, inimiga à outrance de tais greves~ 2.º) mais cedo ou mais tarde, o capita) norte-americano de C huquicamata não resistirá ao apetite conliscatório do demo-cristianismo hostil aos Estados Unidos e enamorado da U RSS.
O molôgro da política eco nômico-financeira
O que se observa a respeito da atual situação econômico-financeira do Chile é o seguinte: crise de produção, crise de abasteci• mento e conseqüente falta de gêneros de pri• meira necessidade, paralização dos negócios. fuga de capitais, além de uma inflação de• senfreada. A política em relação à propriedade formou um clima de insegurança e instabilidade. O risco de desapropriações iminentes torna te• merário q11alquer investimento. Os negócios se paralizam. As terras e os imóveis urbanos baixam de preço. As ações sofrem grande depressão na Bôlsa. O chileno cauteloso vê-se na contingência de tratar de tirar o seu dinheiro do Chile para aplicá-lo no Exterior. Há anos entrou-se no sistema de con1rôle de preços. Bste é exercido pela OI RINCO Diretoria de la J11dustria y Corn.ercio, que está levando o abastecimento a uma crise: freqüentemente há falta de carne, manteiga, leite, açú• car. ovos, arroz, batata e outros alimentos. No mês de setembro de 1966 houve um incidente grave cm La Vega, o grande mercado público de Santiago, por causá dos preços baixos fixados pela DIRINCO. Os produtores negaram-se a vender pelo preço estabelecido. Muitos jornais noticiaram o fato em manchetes. Uma notícia do "Diário Ilustrado" de 16 de dezembro de 1966 deixa patente o cinismo com que certos homens do PDC- falam da e.,cassez de produtos de cuja abstenção o povo mais se ressente. Comentando a atual falta de cigarros no Chile, o diretor da DIRINCO declarou que os fumantes são os responsá• veis por ela. Mas, não são apenas os produtores rurais do mercado de La Vega que estão irritados. A irritação é geral. A revista "Ercilla" de 21 de julho de 1965 mostra que, depois de os jovens católicos da revista "Fiducia" terem 1evantado a bandeira oposicionista no campo exclusivamen-
te ideológico em que se situam, diversas organizações de óutra naturc1..a iniciaram reações em cadeia. Houve, pouco depois, uma visita de protesto, ao Presidente Frei, dos seguintes órgãos de classe, representativos da agricultura, indústria e comércio: Confederación de la Prad11ci611 y dei Comercio, Sociedad Nacional de A gricultura, Sociedad Nacional ele Minerio, Socie<lad de Fomemo FabrU, Cámara Central de Comercio. Confe<leració11 l11teran1erica)1a dei Comercio y de la Produción (CICYP), U11i611 Saciai de Empresarios Ca16/icas (USEC). /11stit111a Chile110 d e. Admi11is1r11ci611 Rllcianol ,lc Empresas (ICARE). Protestaram principalmente contra a reforma constitucional, que enfraquecia as garantias do direito de propriedade, introduzindo virtualmente un, princípio marxista na Carta Magna do Chile. Entre os órgãos que protestaram perante o govêrno a êssc propós.ito, cncontram..se a1guns que sempre tiveram orientação favorável à DC. Citamos, por exemplo, a Câmara Chilena de la Ca11str11cci611. lsto mostra que mes• mo setores democratas-cristãos se encontram jnsatisfCitos. Os protestos continuam. Assim, o presidente da Sodedad Nacional de , Agricultura, falando na recente inauguração da exposição de animais de Los Ccrillos, afirmou-se reprc• sentante de produtores que querem produz.ir, e lamentou: "Vivemos ,Jiàriame,ue o tragédia dos que. pessoalmente, por escrito ou ,,or mil meios. 110s exprimem sua intranqiiilidtule em relação ao futuro"; mostrou cm seguida que a reforma agrária representa o "perigo do ani• quitamento das C(lpacidades em ,presariais'' ( ''EI Mercurio", edição de 9 de outubro de 1966). Nessa mesma ocasião falou o Ministro da Agricultura, que foi várias vêzes interrompido por apupos e assobios ("Diário Ilustrado", da mesma data). Também recentemente a Ca11/ederaci611 d e la Producción y dei Comercio, representando os órgãos de classe do comércio e da constru•
ção e as sociedades de fomento fabril, de mineração e de agricultura, publicou um enérgico manifesto contra 3 reforma constitucional. Mostra o documento que a iniciativa governamental, deixando sem garantias o direito de propriedade, não poderá evitar conseqüências danosas. Afirma que o Presidente Frei não tomou em consideração a "q11ase totalidade 1/as nossas observações". E mostra que, na presente escassez mundial de capitais, êstes são levados só para onde existem garantias estáveis. A política do govêrno em relação ao capital privado é caracterlsticamente demagógica: Frei ouve os operários, ouve os agitadores, ouve. os reformistas, ouve os inimigos da pro~ priedade, mas não ouve os representantes clãs Cámnras, ou órgãos de classe, conforme êstcs mesmos ressaltam . Desta atitude s6 podem vir a insegurança e a insatisfação. (; público e notório que há uma grave crise da construção civil no país. Como nesse setor muitos empresários ~tão fortemente vinc11lados ao Partido, o governo arranjou uma íórmula hábil, que, segundo se comenta, é a seguinte: Frei teria íeito um acôrdo com o Peru, para onde se trnnsfeririam várias rirtnas de construção chilenas. Consta que muitos bons amigos da adminis• tração pedecista andina já estão com escrit6• rios montados cm Lima. A DC subiu ao poder no C hile apresentando a inflação como um dos mais urgentes problemas nacionais a solucionar. Era o que chamava de "flagelo 11acio11af". Agora, ao ca~o de trinta meses, verifica-se que o processo ,~flacionário não se deteve. notes pelo contrá• rio. agravou-se. Segundo dados oficiais, a taxa da inflação chegará cm 1967 a 41% tanto como nos piores anos de governos passados. Em .1964, último ano da administração Alessandn, calcula-se que mais de 50% das inversões eram foitas pelo Estado. Em 1966 a inversão estatal foi estimada cm peno de 80%. Como observou um oonccituado economista estrangeiro que vive no Chile, professor universitário e técnico cm integração econômica. isto não passa de "socialismo profundo'' ou usistemtt dirigido". Bsse é o resultado do estrangulamento 1ri• bu1ário que deixou o povo cm péssima situa .. ção financeira. Muitas pc.ssoas não tinham meios para pagar seus impostos, o número de cheques e títulos cambiais protestados elevou• se assustadoramente. Segundo informação de um assessor de Frei, sômcnte uma minoria dos contribuintes (31 % ) havia tido meios 1>ara recolher, até julho de 1966, a segunda quota do impôsto da renda, exorbitante.mente aumcn . . tado pela administração pedccista ("PEC", n.º 190, de 16 de agôsto de 1966). As ações caíram vertiginosamente na Bôlsa, devido à insegurança geral e ao fato de os particulares l'erem tido que se desfazer de suas economias em face da elevação do custo de vida e da necessidade de pagar os impostos desmedidos do Sr. Frei. Comenta-se que o valor médio das ações em outubro de 1966 era igual a 45% dó apurado cm outubro de 1964. A situação na Bôlsa é quase de bancarrota. Para se ter idéia do aumento dos proles. i-os de letras e cheques e da baixa das ações - o que vem confirmar o descalabro da atual política financeira - reproduzimos aqui um quadro demonstrativo p11blicado pela revista especializada "PEC". O desemprêgo começa a tornar-se crítico em todo o Chile. Nas zonas urbanas, até agôsto de 1966, aumentou êle em 75% com relação ao índice de fins de 1965 ("PEC", n.0 190, de agôsro de 1966) . e difícil saber-se qual a exata situação financeira do Estado. Notícias várias correm a respeito. No segundo semestre de 1966 afirmava-se que um êrro de previsão da cotação internacional do cobre havia desequilibrado o orçamento, colocando o govêrno em sérias dificuldades. Posteriorment~, pelo contrário, informou-se q11e a ascensão do preço do minério viera proporcionar grandes sobras de divisas. O fato incontestável, entretanto, é que o Estado vem passando por sucessivos períodos críticos, sob o ângulo financeiro. E ninguém nega, tampouco, que o govêrno Frei enfrenta uma gravíssima crise econômica. A situação cm determinados setores chegou a ficar dramática. As obras públicas foram reduzidas, segundo alguns, em 50%. e voz corrente que a CORA, muitas vêzes, não tem tido dinheiro para pagar os que trabalham nos asentamientos dos imóveis a.tingidos pela reforma agrária. Relerem-se até vários casos de funcionários da CORA que foram procurar. com antigos donos das terras desapropriadas, empréstimos para pagar os ase11tadas. Os empreiteiros de obras públicas vêm encontrando grandes dificuldades para receber as prestações a que têrn direito. Comenta-se com insistên· eia que há muitas firmas em perigo de falência por não receberem os pagamentos a que fazem jus. Ao lado de tudo isto. conforme já ficou
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dito. os gastos com a burocracia aumcntaran, bru1almen1e, As vcrbus mais assustadoramente allas são as ernpregadas nos organismos dema• g6gicos e de agi1ação social, como a CORA. o INDAP e a P,omoción Popular. As despesas de propaganda governamental são 1ambém dcsproposi1adamente vultosas. Os créd itos concedidos pelo Banco Ceniral nos primeiros dez meses de 1966 se disl'ribuiram de tal forma que seu total no setor público aumen1ou em 35 % , e no se1or privado diminuiu cm 57%, em relação a igual período do ano anterior ("PEC", n.0 204. de 25 de novembro de 1966). De todos ês1es fatos, qualquer cidadão, capaz ou não capaz, técnico o u não técnico, só pode 1irar a seguinte conclusão: é lógico, comprcnsívcl e normal que tenha baixado e que con1inue a baixar a produção agropecuár ia e industrial no país.
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A política de Partido
O govêrno deve servir ao Pariido Democra1a-Cris1ão? ou é o Partido que deve servir ao govêrno? Eis a pergunta incômoda e com• prometedora que os democratas-cdstãos arclili q uerem ver respondida, e que os moderados evi1am responder. Só o íato de a q ues1ão ser lev~rntada já faz suspeitar que o govêrno esteja subordinado ao Pariido. E es1a é a realidade. A ala mais avançada levan1ou essa problemática no último congresso do PDC, realizado cm agôs10 de 1966 cm Santiago. Um bom número de congressistas defendia a tese da subordinação. Frei - o motlerculo - compa• rcceu ao cooclave e sustentou a posição con• 1rária. A reação da opinião pública não dcmocra1a-cristã é que fêz com que o Presidente, perspicaz em sen1ir os fenôme nos de opinião que lhe são inconvenicnces, julgasse prudente afirmar que o govêrno não depende do Parlido. Mas. quem observa imparcialmente a pO• lítiC:il chilena verifica que é evidentemente o inverso q ue ocorre. São muito elucidativas neste sentido as declarações do presidente do PDC, Senador Patrício Aylwin. Em recente reunião das mu• lhercs democra1as-cristãs, afirmou êle: "Nosso govêrno é um insrrume,Ho para realizar os pr;ncípios ,lo Par1ido" (' 1 El Mcrcurio'', edi• ção de 24 de agôsto de 1966). Talvez tenha. sido esta a primei ra vez que algum dos dirigentc.s pedecistas teve a coragem de afirmar isso tão claramente. Nenhum dêles duvida de que esta seja a verdade. mas poucos chegam a d izê-la. Tal subordinação ainda seria admissível se os princípios do Parlido fôssem tendentes a resolver os 1>roblemas do país. Na 'realidade, en1retanto, o que se quer é fazer triunfar os preconcci1os pa,·tidários. o espírito socialista, confiscatório e anticris1ão que não pode senão conduzir o Chile a uma situação semelhante à de Cuba. A Dcmocracia•Cristã é uma ideologia, um esiado· de cspfri10, um modo de ser (comcn• ta-se até jocosamente que é fácil distinguir um democrata-cristão dos pobres mortais: o pcdccisl3 :u·quctípico é um homem casado com uma mulher gorda, mal ves1ida e mal penicada. O estilo l)C pcn'elrou em todos os meandros do complexo organismo governamcn1al) . O govêrno Frei não pensa cm primeiro lugar em resolver os problemas chilenos, mas em faze r 1riunfar tudo aquilo que a DC representa. Todos os esforços oficiais vão neste sentido. Tudo se faz em nome da Democracia-Crislã. Os homens do govêrno se declaram favoráveis à ideologia dela. Os em• pregos públicos são dados de preferência aos seus membros. Qualquer ·cidadão que ocupe cargo no Partido é uma autoridade, e 1em a vivência disto. Quem não é do Partido Jcm receio de não conscsuir colocação, tem mêdo de ser dcmi• tido se fôr íuncioníírio público. Evidentemente, os esq uerdistas de outros p:ulidos se sentem mais tranqüilos, pois são simpaiizantcs da 1>olí1ica do govêrno. E, por is(o. não são perseguidos. Mas, os antiesquerdistas vivem cm pânico. São muitas vêzcs ameaçados e pressio nados no sen1ido de deixa- . rcm de fazer oposição ou de aderirem. Um democrata•cristão sente tôdas as portas abertas diante de si; os esquerdistas de o utras deno• minaçõcs sentem as portas entreabertas; para os 11n1iesquerdis1rs. elas es1ão 1otalmente (e. chadas. Até h5 bem pouco. militar no Pariido Conservador era uma honra. Pertenciam a CShl agremiação as pessoas mais ciosas d..ts tra• diçócs chilenas. aquêles que, como seus ante• passados, ajudavam a conduzir o país no ca~ minho da ordem e do 1rabalho. Hoje, dizer-se conservador é expor-se ao opróbrio. O dcmocratn-<:ristão da linha avança.da ostenta, cm relação a q uem se diz 1al. um desprêzo que logo se transforma em ódio. O PDC é. para o atual govêrno chileno, o que o nazismo cm para Hitler ou o que o fa .. cismo cr3 para Mussolini, Es1ou informado de que um senador opo-
sicionista declarou recentemente em Valparaíso que, no Sul, elementos da situação ameaçaram cortar o crédito no Banco oficial às pes.,oas que entrassem para o Par1ido Nacional (parlido da oposição, rcsuhantc da u ni~o dos anli• gos Par1idos Conservador e Liberal) . Na Escola de Agronomia da Universidade Católica do Chile, cm San1iago, onde es1udantes do movimcnle de "Fid ucia". formado por jovens cató licos antidemocratas-cristãos. pediam assina• turas a seus colegas para um manifes10 - de índole doutrinária - contra o govêrno, o Pc. óscar Domínguez, professor de 'Sociologia Rural, advertiu da cátedra que os alunos que assi• nassem o documento não seriam, no futuro, aceitos como funcionários do Estado. Estava eu uma iarde no aeroporto de Los Cerrillos, cm San1iago, à espera de um avião. Um cidadão magro. frio de temperamento, de aparência vulgar, mas com ares de dono do mundo. faz menção de cn1rnr na ai• fãndega para receber um amigo. é barrado por um policial. Furioso, diz: "Deixe-me passar, porque eu sou do Panido Democraia-
IV -
tas pessoas, especialmente viúvas, viram•sc em repentino apêrtó financeiro. Com as agitações camponesas, com a ameaça d e desapropriação, com as greves e reclamações salariais imprevistas, o produtor ru• ral fica sem incen1ivo para produzir, fica sern coragem para investir. Tive no1icia, de boa fonte, de proprie1ários de 1erra que, desesperados com a situação, venderam os animais e as máquinas. retira.r am os móveis e abandonaram simplesmente suas propriedades, com enorme surprêsa dos empregados que lá ficaram. Com a inslabilidade comercial e industrial, com as questões trabalhis1as que sempre recomeçam, o homem de cmprêsa e o comerciante se seniem desanimados. Conforme já assinalamos, órgãos de classe da ind6stria, do comércio (de alacado e varejo) e da agricultura apresentaram sucessivas queixas oficiais ao govêrno, mostrando a enorme dificuldade de trabalhar nas circunstâncias presentes. O receio de represálias por pertencer à oposição, ou simplesmente por não ser do PDC, a dificuldade cm conseguir emprêgo se não se apóia o govêrno, são outros fa1ôrcs que aumentam o mal-estar. Um fato recente, entre outros~ indica essa insa1isfação geral. No dia 18 de dezembro de 1966 o Presidente Frei compareceu ao Está• d io Playa Ancha, em Yalparaíso, para assislir a uma impor1ante partida de fulebol. No intervalo, o loculor aqunciou a presença do Chefe de Es1ado. lmediatamcn1e os 1orccdorcs irromperam numa enorme vaia coletiva, acompanhada de grilos e assobios, que se prolo ngou por alguns minutos. O Presidente foi obrigado a abandonar o recinto. Tem-se a impressão de véspera de bancarro1a. A sensação de que tudo pode acontecer é universal, e paira no ar. Um democratacristão fanático certamente dirá que isto é mentira, que isto não existe, que é invenção do au1or dêsle trabalho. Mas, quem não se deixa dominar pelo fanatismo próprio do Partido, quem observa os aconteCimentos com cabeça fria. sente, vê, confirma, considera in• discutível a ex.istência dessa impressão geral na população, fruto da insatisfação e do re• ceio de um desas1rc. A prova incontestável e mais recente dêste estado de espírito imperante no Chile foi o
A REAÇÃO CONTRA O SR. EDUARDO FREI
N
os primeiros d ias em que se cs1á no Chile não se percebe o profu ndo descontentamento e a generalizada insatisfa• ção que dominam o povo. Como a Democracia-Cris1ã é poderosíssima - e êsse poder se sente e se intui no ambiente das ruas - como o govêrno tem nas mãos o Congresso, o nde é rcpresen1aclo por uma maioria esmagadora e disciplinada, a primeira sensação que se tem ao chegar ao país é de acei1ação, satisfeita ou indiferente, da situação. O chileno é calmo, pouco inclinado a manifestar suas queixas, acostumado a sofrer os cataclismos da natureza. Isto faz com que receba unt dcsgôsto polí1ico com a quase frieza com que assiste a um terremoto. Este vem e passa. e o chileno parece pensar que os males atuais lambém não durarão, e logo 1udo voltará à normalidade.
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Cristão". E entra. Fatos como êste são muito freqüentes. Conforme veremos ao 1ratar da ditadura cm gesiação no Chile, conhecem-se várias cartas sigilosas ( caldas nas mãos de adversários do govêrno, e, por isto, publicadas em jor• nais), dirigidas pela polícia a diversas repartições públicas, nas quais se pede infom,ação ''rápida e confiden cial" sôbre quais os fun· cio nários que pertencem e quais os que não pertencem ao Partido. Organiza.se, assim, um levantamento completo dos elementos da DC e dos seus opositores que ocupam cargos públicos. Aliás, muitos democratas-cristãos da pri• meira hora já se sentem chocados com êsse es1ado de coisas. Muitos dizem que o Frei no qual vo1aram não é o Frei de hoje. E os conservadores que apoiaram o atual Presidente estavam certos de ter votado cm um homem; hoje vêem que votaram em um partido, em uma ideologia que, com aparências de liberdade ou sem elas, q uer-se impor e dominar o Chile.
Insatisfação geral
Mas, quando se começa a acompanhar os jornais, a conversar com elementos de diversas orientaç.õ es, quando se vai . auscultando a opi· nião pública mais detidamente. aquela pri~ meira impressão desaparece. B surge então a realidade: o povo es1á profundamente insatisfei10, profundamen1e desgostoso com o desenvolver dos acon1·e cimcn1os. Torna-se então visível, para o visitante que a ordem es1á dando lugar à desordem, que a revolta está crescendo, que o operariado ur• bano e rural que se incilou à luta de classes está se levantando coin ímpetos de destruir os que estão crn cima. ~ notório o clima de re-volução e bancarrota próximos. € notório que o Poder Público e o Pariido não procuram dominar. mas antes incentivar a demagogia, a agitação, a animosidade en1rc as classes. € evidente o endeusamento do indivíduo até aqui marginalizado, ao passo que os líderes que até oniem 1inham algum poder, hoje quase. não têm nenhum, e amanhã ocuparão o lugar dos marginais de ontem. A difusão das idéias do PDC é artificial. Como sua doutrina é antinatural, não penetra de maneira orgânica e autêntica. As camadas marginais de hoje, às quais se promete tudo, · aderem por inlcrêsse próprio. Mas os elementos mais preservados dessas camadas se chocam com o espírito de revolta que se lhes quer incutir. Nas classes cultas muitos . aderem, por oportunismo político ou por já serem esquer• distas - ou são aderitlos pela fôrça. Algumas d issenções, porém, já se no1am na Democra• cia~Cristã . e mesn-10 já se tem conhecimento de muiras aposwsias de entusiastas da pri• meira hora. Perplexidades se criam na mente de muitos chilenos ao verem que a polícia não inter. vém como deveria. nas agitações populares. Eu tive notíci:i. por exemplo, de que carabineros se q ueixam com freqi.iência de não poderem in• tcrvir em agitações camponesas o u operárias, porque 1êm ordens superiores para se abs1crem. Quando camponeses ocuparam pela fôrça uma propriedade do Yale do Curacavi, o te• nente que comandava os caN1bineros procurou o proprietário, passada a agitação, e pediu desculpas por não ter fci10 seus homens dominarem a situação: O govêrno apóia os agitado• res, disse, e nós estamos impedidos de ser enérgicos. A polícia, que não in1ervém nas agi1ações de trabalhadores, é violen1a con1ra q uem faz oposição ao regime pedccista. E isto choca o hon,en, da rua. Quando quarenta carabineros, com carro de choque, dispensaram colaboradores da revista º'Fiduciaº que coletavam assi~ naturas na Cal/e Alwmada, no centro de San• liago, para um manifes10 de natureza ideológica. contra o govêrno, o povo se revoltou. Mui1os diziam: Abaixo a ditadura! Um cidadão bradou: Eu sou democrata-cristão~ mas
não posso permi1ir que a policia dissolva uma mnnifcstação contrária ao govêrno. Blcs têm o direito de se fazer ouvir. em Temuco, enquanio elementos de "Fiducia" eram agredidos por democratas-cristãos e socialistas (expressivo conluio!), a polícia assistia sem intervir. Houve protestos de populares que gritavam: Ditadura! A paralização dos negócios, a dificuldade de crédito (que cm geral ó facilitado aos democristãos) e a crise econômico.fi nanceira criam uma ins1abilidade geral. Comenta•se em largos círculos que há rnuica f uga de capitais, apenas atenuada pelo falo de ser difícil comprar dólares. crime comprá-los no câmbio negro. A falta de produtos básicos como o leite, a manteiga e a carne. a crise da construção civil, a queda dos 1i1ulos na Bôlsa, tudo is10 aumenta a insalisfação. Com as desapropriações, mui1a gente viuse empobrecida do dia para a noite. Consta que mui1os casos de crises cardíacas e de mor1cs de infelizes expropriados foram ocasionados por isto. Com a pressão tributária. mui-
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e.s,c gráficu dispensa comentários : dcs<lc q ue o Sr. Eduardo Fn.:i ascendeu à Presidência d:ól KcpUblic;l vem baixando no Chile a cotação das açõe,s na Bôlsa·, do mesmo modo que vai aumentando o mon1an1c dos cheques e ttlulos cambiais protesu,dos.
resullado das eleições municipais de 2 de abril,
sas. afirmou: "O fato de que /IS Fôrças Arma-
que constituiram uma estrondosa derrota da
das sejam apolíticas, essencialmente obetlientes
Democracia.Cristã e de sua política esquerdista e socializante. A imprensa nacional e es-
e alheias li tôda tleliberação, não significa que seus comporrentes, como d1ilenos, não tenhàm opinião. E/e3• ti têm, mas, por discipli,w, não a manifestam''. Depois, comentando a versão
lrangeira foi unânime nesse julgamento.
Há alguns farôres a considerar, que tornam mais clara e significativa ainda essa derrota. Para essas eleições o govêrno fêz uso de uma propaganda de grande porte e sem precedentes na história do Chile, chegando mesmo o Presidente da República a percorrer as diversas províncias pronunciando discursos e inaugurando obras. durante todo o mês ante-
rior ao pleito, de modo a obter apoio para os candidatos da .OC. Rompeu-se assim uma praxe antiga, de abstenção eleitoral do Chefe de Estado. Semelhante atitude tomaram os Ministros~ que assistiram a concentrações políticas em numerosas cidades. O Sr. Eduardo Frei comprometeu, nesta eleição, todo o seu
prestígio e o de seu govêrno, tentando pressionar a opinião pública. Apesar de tudo isso, o PDC sofreu notável Ú~trocesso cm sua votação. A causa principal da derrota demo-cristã foi a reforma agrária. O eleitorado, especialmente os agricullores, compreendeu que ela traria para o Chile não só a ruí.na econômica, como também a implantação de princípios morais que arrasariam com a justiça, afogando a vid,l individual e familiar dos cidadãos na tirania coletivista. As eleições tiveram o caráter de um plebiscito, que lhes foi dado pelo próprio Presidente em sua campanha de apoio aos candidatos do PDC. O Sr. F rei perguntou ao país se queria prosseguir no caminho pelo qual o vinha conduzindo, isto é, o caminho das reformas ele es1rutra socialistas e confiscatórias. O povo chileno repeliu êsse programa socialista e se pronunciou pela defesa dos princípios cristãos que vinham sendo postergados pelas reformas coletivizantes do govêrno (c[. despacho de 15-30 de abril de 1967, da ABJM). Seria de se esperar que, tendo o povo dado na eleição-plebiscito um clamoroso rrão para a política esquerdista, a DC voltasse atrás e mudasse de rumo. Mas, pelo contrário. segundo as notícias procedentes do Chile, para resolver a siruação os próceres mais operosos e representativos do PDC estão inclinados a fazer a apertara a shds1rll, procurando a coalisão com os partidos da extrema-esquerda. Por que então se fêz ·o plebiscito?
B -
Insatisfação nos meios mi litares
Comenta-se amplamente no Chile que um profundo descontentamento lavm nos meios militares, e que um golpe estaria cm preparação. Elementos das três armas estariam seriamente contrariados com o processo de esquerdização que o govêrno está promovendo em todos os setores da vida nacional. Em agôsto de 1966, por ter feito uma conferência cnl Temuco, na província sulina de Cautin, sôbrc a reforma agrária brasileira - conferência esla considerada, infundadamente, pelas autoridades como intromissão de um estrangeiro em assuntos internos chilenos - recebi uma intimação para abandonar o país em 72 horas. Obtive então uma audiência do Ministro do Interior, para tentar fazê-lo ver a inteira improcedência da acusação. Logo de início declarou-me o Sr. Bernardo Leighton que militares brasileiros e argentinos andavam pelo território chileno, incitando os militares de lá a destituirem Frei. Chegando· ao Brasil, dei uma entrevista ao "Diário de Notícias", do Rio de Janeiro, entrevista esta que foi transcrita em parte pelo jornal andino .. Ultima Hora". Imediatamente após ter tomado conhecimento dela, o Ministro foi para as estações de rádio e desmentiu Unicamente o trecho em que cu fazia alusão ao que êle dissera a respeito de oficiais brasileiros e argentinos. E no dia seguinte os jornais de Santiago publicaram uma carta em que o Sr. Lcigh1on reiterava que eu "inventara 10ta/me11te" a declaração que lhe atribuía. O desmentido, além de constituir prova de desonestidade pessoal do Ministro, parece por sua presteza tornar evidcnlc que o govêrno tem algum problema bem sério na ,\rca das Fôrças Armadas. Transpiram poucas notícias concretas que mostrem cJaramcnte essa oposição militar, da qual se fala· mais como de um rumor surdo cm todo um se1or ela oficialidade. O militar chileno é conhecido por sua discrição e pela distância a que se mantém da política. Em agôsto do ano passado, entretanto, houve um banquete oferecido a dois oficiaisgenerais que se retirnvan, da ativa: o Vice.. Alrnirantc Jacobo Neumann, ex-Comandante~emChcfc da Armada, e o Vice-Almirante Hcrnán Searlc. Falou, nessa ocasião, o Contra-Almirante da reserva Donald Maclntyre, que fêz um discurso bem significat ivo - e considerado tal pelos observadores políticos - no sentido de mostrar a insatisfação que reina cm largos círcu.los milicarcs. Entre outras coi-
oficial da causa do afastamento para a reserva do ex-Comandante-em-Chefe - a de que êste completara 38 anos de serviço - disse que essa versão deixava a impressão, "er'rônea, por certo", de uma re(orma voluntária. Deu cnrão a entender, claramente, que o Almirante · se retirara da ativa em vir1ude de uma discordância com o Ministro da Defesa ("Diário Ilustrado", edição de 2$ de agôsto de 1966).
C -
Insatisfação nos meios políticos
Nos meios políticos existe também uma insatisfação muito acentuada. Mas aqui é mais difícil determiná-la. Como o PDC tem forte maioria no Congresso, as manifestações de descontentamentoi não devem ser principalmente procuradas entre os que ocupam cargos elelivos. Es1as1 embora importantes. não são, aliás, as que mais transtornos causam ao govêrno. Nos jornais avessos ao espírito pedecista, nos comentaristas políticos- que não têm aspira• ções eleitorais, nos homens que ocuparam mas que hoje já não ocupam cadeiras parlamentares ou cargos públicos, notam-se os principais sintomas de insatisfação. E, acompanhando isto tudo, verifica-se uma evidente mudança nas bases eleitorais que, inconformndas com o desenrolar dos acontecimentos. voltam olhares simpáticos para um estilo político diferente do estilo PDC. Dizíamos que não são os ataques dos parti,mentares da oposição que mais preocupam o govêrno. Não há dúvida de que o Partido Nacional, com seus nove deputados e cinco senadores, causa real incômodo ao , Executivo. Mas trata-se de uma minoria tão ínfima, que não chega a tirar o sono a Frei. Não parece possível que, na área parlamentar, a oposição venha a ter êxito próximo e apreciável. Passa•se, entretanto. um fenômeno sutil. Com a Democracia-Cristã subiu ao poder uma série de administradores, de técnicos, de políticos, que não merecem ser qualificados senão de bossa 11o va. &ses cidadãos parecem convictos de que seu nôvo estilo de admini.strar e fazer política é o 6njeo que vinga, o único que tem efeito e penetração na época atual. Completamente desvinculados dos estilos até enrão vigemes nas esferas públicas chilenas, propagaram a idéia de que os homens do passado estavam completamente aniquilados, e de que nada mais se poderia esperar para êles. Ser da oposição, nos primeiros tempos depois da vitória de Frei, era o cúmulo do desprestígio. Pertencer ao Partido Conservador ou ao Liberal em pertencer a uma agremiação condenada ao desaparecimento. · Agora, entretanto, graças aos desmandos da administração pedecista e ao caos por ela criado, a situação vai-se transformando. Muitas pessoas. até há pouco entusiasmadas com os novos homens que subiram, começam a lançar um olhar interrogativo para o passado: "Será que os governantes de então não eram melhores que os de boje?" E, com isto, até eleitores ou simpatizantes da primeira hora de Frei voltam-se para trás, à procura de alguén1 que possa trazer de nôvo a ordem ao Chile. E muitos, esperançados. lembram-se de Alessandri. O ex-Presidente tem um prestígio ainda muito grande. Apesar de ter aprovado dizem que a contra-gôsto uma. lei, de reforma agrária que possibilitou alguns dos desmandos de Frei, é tido como um polít ico à amiga, antiesquerdista, apegado à ordem, avêsso à demagogia. Assim, enquanto cresce o poder aparente de Frei e o descontentamento contra a Demo• cracia-Cristã, cresce também o prestígio de Alessandri. E muitos dizem que cm 1970 talvez possa êle voltar à Presidência, para restabelecer a ordem e expulsar os subversivos. No mês de novembro de 1966 os jornais andinos publicaram uma notícia que é revela• dora. /, Orga11iiació11 Salas Reyes (uma espécie de IJ30PE chileno) é muito conceituada no setor de pesquisas da opinião pública. Previu com bastante exatidão, por exemplo, a eleição de Frei. Agora fêz um nôvo inquérito perguntando ao homem da rua em quem votaria para PYesidcntc. Apresentou três candidatos: Alessandri, o democrata-cristão Tomic, e o marxista Allende. Vejamos o resultado: Alessandri, 54% ; Allendc, 26% i Tomic, 20% . Em ouc medida seria viável uma candidatura Ale-ssandri? Até a publicação desta pesquisa, não se tinha meios para julgar. O recente pleito municipal veio, por sua vez, confirma,· que a reação contra o partido do Sr. Eduardo Frei aumen1a as possibilidades de ascensão da atual oposição nas eleições para o próximo período presidencial e parlamentar. Muitos, no entanto, receiam que até 1970 um govêrno de fôrça, de coloração ver-
mclha, se instale no país, impedindo uma volta atrás na Revolução. Como se fará isto? Suspendendo as eleições? Não se sabe ...
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A reação dos contribuintes
Conforme vimos mais acima, a pressão tributá.r ia tornou-se terrível no Chile. Frei introduziu impostos novos, e aumentou os já existentes, a tal ponto que muitas pessoas ficaram, de um momento para outro, cm difícil s ituação econômica, vendo-se obrigadas por vêzes a vender imóveis para pagar débitos fiscais que pesavam sôbre êsscs ou outros bens. Os contribuintes oprimidos se reuniram em tôrno de uma entidade pugnaz, chamada Comité de Defensa dei Co11tribuye11te. O seu presidente-fundador e grande propulsionador é o Sr. Miguel Luis Amunátegui, ex-deputado liberal, homem ativo e avêsso à tendência esquerdizante que impera no país. Tôdas as segundas-ftiras, Dom Miguel reúne mais de 300 pessoas. Há mais de um ano essas reuniões semanais se realizam sem que o número dos participantes tenha diminuído. Cidadãos de prestígio, elementos representativos da oposição, personalidades· anti-esquerdistas comparecem para prestigiar essa iniciativa, que causa muito incômodo à Democracia-Cristã. Frei a detesta.
E-
O movimento de "Fiducia": a reação dos jovens
Como acentuamos desde o m1c10 desta reportagem, a Revolução Chileno é antes de tudo de índole religiosa. Os técnicos pedecistas idealizaram um plano esquerdista de govêrno, e ampla corrente do Clero o batizou. Sem as bênçãos de certos membros da Hierarquia o povo repeliria desde logo a transformação social que o Chile está sofrendo. A Democracia-Cristã, apoiada pelo Clero progressista, ganhou terreno sorrateira e ràpidamente. Os meios políticos antiesquerdistas não perceberam a tempo que a luta no setor específico dêles era de pouco e{ei10. A batalha deveria ser encetada em outro campo. A única contra-ofensiva capaz de constituir verdadeiro obstáculo ao avanço dcmo--cristão era a contra-ofensiva doutrinária de caráter religioso-social. A Democracia-Cristã dizia que a revolução que propunha era car6Iica; era necessário que alguém a declarasse visceralmente anticatólica. Dizia-se que o Evangelho e a Igreja são indiferentes e quiçá contrários à propriedade privada; era indispensável que alguém proclamasse que a doutrina católica considera sagrado o direito de propriedade. Os agitadores do PDC propunham a luta de classes; era necessário que alguém afirmasse que isto é marxismo e não Catolicismo. &te trabalho, que estaria à altura de um partido polí1ico de primeira plana ou de algurna organização de intelectuais de renome, não teve quem o executasse. Ficou como uma res nullius, e desta se apossaram em boa hora os jovens do grupo de "Fiducia", revista de cultura católica de Santiago. No calor da ação, tiveram êles oportunidade de demonstrar conhecimentos doutrinários, talento estratégico e senso de organização pouco comuns. í:. pelo menos o que se ouve entre amigos e inimi,Sos dos fiduciar,os. A revista data do período presidencial de Alcssandri. Não tem caráter partidário. Quando Frei subiu ao poder cm 1964 e começou a se servir da base teotógico-socioló• gica apresentada por Padres jesuítas, os jovens de "Fíducia" começaram a se preocupar com o assunto político. De início formavam um grupo desconhecido. Hoje, seu nome, elogiado ou combatido, está na bôca de todos. í:. admirado por muitos, detestado pelos democratas-cristãos, pelos socialistas e comunistas. í:. abominado pelo govêrno. Em maio de 1965, quando Frei, seguríssimo de si, ainda 1lão era acusado de esquerdista, "Fiducia" dirigiu-lhe uma carta aberta, interpelando-o sôbre sua posição dúbia em face do marxismo. A laiciativa, então insólita, teve funda repercussão. Tôdas as estações de rádio e jornais dela falaram. Dizia-se que o Episcopado iria condenar os autores da
V -
. ICA SAIOA P
interpelação. Alguns dias depois, o Arcebispo de La Serena, Mons. Alfredo Cifuentes, publica uma carta apoiando-lhes a orientação. Já dissemos que segundo "Ercilla", periódico dé centro-esquerda, a manifestação de "Fiducia" foi o primeiro brado de alarma contra Frei. Logo após, começaram as queixas contra o govêrno partidas de entidades representativas do comércio, da indústria, da agricultura e dos contribuintes. A primeira bomba havia sido lançada. A dúvida nascera nos espíritos. Todos, ingênuos ou não ingênuos, cultos ou não, católicos ou não, depois da palavra de "Fidueia" faziam a si mesmos a pergunta: Será que a política de Frei está mesmo de acôrdo com a doutrina da Igreja? Esta é a pergunta que o 'P DC preferiria que nunca tivesse sido feita. De lá para cá vem a revista publicando artigos doutrinários contra a política pedecista e contra os projetos de lei esquerdistas apresentados pelo Executivo. Insurgiu-se contra o divórcio e contra o contrôle da natalidade. Recentemente fêz nova intervenção pública. A propósito do projeto de reforma agrária havia pouco aprovado no Congresso, dirigiu um "Ma11i/esto à Naç,io Chilena". Nos primeiros momentos provocou grande impacto, togo abafado pelo govêrno. Quando parecia a êste ter levado a melhor, aparece nos jornais um nôvo documento no qual mil universitários apóiam o pronunciamento de ºFiducia". Para evitar a acusação de que os nomes são forjados, publicam-se todos êles - do primeiro ao milésimo. E logo em seguida vem a lume outro abaixo-assinado de solidariedade, de quinhentos estudantes secundários. A ~ ta altura "Fiducia" publica o manifesto intitulado "Ceder para rr<Ío perder? ou lutar para não perder?'' Mostra que a atitude de ceder para não perder levará a nação à derrocada final. Convida a pane não esquerdista da opinião pública a se levantar em luta ideológica contra a política democrata-cristã. Numa ocasião em que ainda poderia parecer a muitos contar o govêrno com a aceitação geral da população, isto foi mais uma bomba que veio prejudicar a ação subversiva do PDC. Os moços de "Fiducia" saíram, então, às ruas com seu estandarte - um leão rompante dourado sôbre fundo rubro - abordando os transeuntes e pedindo sua assinatura como expressão de apoio. Milhares de elementos de tôdas as classes sociais vêm aderindo a essa campanha, que continua até hoje. Os fiduciarros têm viajado pelo interior, onde recebem também milhares de adesões. Em Santiago a Municipalidade quis impedi•los de colhêr assinaturas nas ruas, por ordem expressa do alcaide (que é nomeado diretamente pelo Presidente da República). A polícia proibiu que continuassem a campanha. Esta insólita atitude chocou o povo, porque no Chile os movimentos de extrema-esquerda têm liberdade de fazer o que quiserem na via pública. A interdição do trabalho de "Fiducia" foi apontada por muitos como discricionária. Frei não respondeu à int~rpelação a que aludimos. O govêrno procurou ignorar oficialmente a existência dêsse movimento. Encarre.. gou, no entanto, o jornal oficioso "La Nación" e os Jesuítas de enfrentarem '1Fiducia". No diário e em ''Mcnsaje" aparecem as principais tentativas de refutar as teses da revista. A acusação de que o país está sendo conduzido para o socialismo, os jornalistas demo-cristãos e os Jesuítas respondem em têrmos de chicana e escamoteação doutrinária. O govêrno não esconde sua hostilidade a êsse grupo de jovens. São êles acompanhados freqüentemente pela polícia política. Aos que se candidataram a trabalhar em organismos governamentais, foi dada a resposta de que nenhum membro de ''Fíduciaº seria empregado pela administração pública. Signatários dos manifestos de apoio à revista foram pressionados no sentido de se retratar. Duas pessoas com nomes iguais a outros que apareciam na lista dos mil universitários se apressaram a comunicar aos jornais que não eram elas que haviam assinado. " Fiducia" é um grande empecilho ao progresso do PDC no Chile. e a oposição que mais preocupação causa ao govê'fno.
REI· UMA
A
linha política muito avançada do Presidente Frei, como vimos, está causando amplas cristalizações. Seu govêrno encontra séria dificuldade em fazer caminhar a Revolução, pela resistência com que depara. Mas, Frei está disposto a chegar às út1imas conseqüências dos princlpios pedecistas...
O Senador Patrício Aylwin, presidente do PDC, declarou, não faz muito, que comissões tripartites - constituldas por representantes do govêrno, dos parlamentares demo-cristãos e dos dirigentes do Partido - trabalham no plano ministeria.1, presididas por Ministros de Estado. O mesmo se faz no plano dos intendentes e dos governadores. Observa o Sr. Aylwin: "Se
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aperfeiçoarmos êste ,'nstrumenro, poderemos chegar ao que queremos: que o Partido faça ouvir sua voz e seja imermediário do povo". ,E
A tendência para um partido único
Medida característica de ditadura é a implatação do partido único. E isto parece que se está procurando fazer no Chile.
prossegue dizendo que a administração pública está, muitas vêzes, nas mãos de funcionários que sabotam o bem comum. Cabe aos
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"camaradas'' (sic !) da DC corrigir essa sabotagem ("EI Mercurio", edição de 24 de agôsto de 1966), Dirá o leitor escrupuloso: Mas aqui não se fala em partido (anico! - Concordo. Mas esta interferência de líderes da agremiação politica oficial, levada a efeito na administração, conduz, direta ou indiretamente, ao partido
único. Ademais, como veremos no item I dêste capítulo, o protesto do Partido Nacional contra
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q ue aqui analisamos. Apesar de o Sr. Frei ter desmentido que quisesse governar subordinado a um partido. comenta-se em largos círculos que a isto tende a mentalidade atual dos democratas-cristãos mais orditi. Poderiam êles permitir, no máximo. a existência de outros dois partidos: o socialista e o comunista. Os outros são rea• cionários. e devem ser extinto~.
A . pressão exercido sôbre os jornois e o rádio
O lema demo-cristão n evo/11ci611 en /ibertad parece que se transformou em Revo-lución sin libertad, desde que o Partido subiu ao poder no Chile. Dizendo-se defensor de tôdas as liberdades, o govêrno atual vai tomando atitudes nltidamente ditatoriais no setor da imprensa. As agências telegráficas internacionais poucas notkias dão a respeito. -X:alvez com o intuito de transformar o Sr. Eduardo Frei em líder latino•amcricano, muitos fatos que o comprometem não são divulgados no estrangeiro. Quem vai ao Chile, no entanto, podendo acompanhar ali os acontecimentos, ler os jornais e conversar com muita gente, chega à conclusão fácil de que o govêrno vem promovendo, de modo público e notório, um estrangulamcnro - a· princípio lento, e agora mais rápido - da impren$.., oposicionista. Não é só o escândalo da SOPESUR a que faremos referência mais abaixo - que é do conhecimento de rodos. Uma sequela de outros fatos é muito comentada. Quando Frei subiu ao poder, nomeou um certo Sr. Germán Becker como chefe de propaganda. A sobrevivência de diversos jornais chilenos era assegurada em parte pela publicidade governamental. Imediatamente o Sr. Becker cortou a q ue era concedida aos periódicos de centro-direita: "PEC", "Diário Ilustrado" (de tendência conservadora), "La Unión", e todos os jornais da SOPESUR (sociedade anôninu1 proprietária de cinco jornais da oposição). O mesmo fêz com várias estações de rádio. A situação ficou tão difícil para êsses órgãos, q ue alguns chegaram quase à falência, O "Diário Ilustrado", por exemplo, jornal de muito prestígio, teria falido se a SOPESUR não tivesse adquirido seu contrôlc acio nário. Havia em Santiago um diário oposicionista chamado "Golpe". Em maio de 1965 deixou de circular por manobras do Ministério do lote• rior e do jornal oficioso, pois utilizava as oficinas dêste. Logo depois o "Clarín", de tendência comunista e fortemente imoral, passou a ser impresso ali. Enquanto um órgão da oposição era fechado, o utro, esquerdista. tomava seu lugar nas oficinas do jornal oficioso. Em março de 1966 a revista "Topazc", depois de suportar muita pressão, acabou caindo nas mãos da Democracia-Cristã, Um grupo financeiro pedccista comprou. cm sociedade com a DILAPSA (cdi1ôra do Ar·ccbispado de Santiago), 62 % das ações da "Zig-Zag'', a maior emprêsa editôra de revistas e livros, do Chile ("PEC", n. 0 168, de 15 de março de 1966), Esta última edita uma quantidade de publicações Je muita influência, que, desde então, passaram a seguir a li· nha do Partido. Dominam os demo-cristãos, ademais, a importante "Edilorial dei Pacífico", Sociedades formadas por elementos do Partido estariam comprando ou tentando comprar um n(1mero muito grande de ráclio-emis: sôras. Enrrc elas citamos a Rádio ºNuevo Mundo" e a "Sago" (esta, de Osorno). P:'lra se operar uma eslação de rádio no Chile é necessária uma conces.;ão dada pelo Ministro do Interior. A concessão é temporária, por poucos anos, podendo ser prorrogada no seu vencimento. As estações novas que se instalam pertencem em geral a amigos do govêrno: para os outros é difícil obter concessão. No momento da prorrogação das concessões existentes, o Ministro faz todo o possível para l'ecusá-la às atuais concessionárias se estas são da oposição ou há algum elemento do POC interessado em adquiri-IAS. Esta preferência dispensada pelo Minis1ro :1 amigos do govêrno se tornou tão escandalosa, que o jornal comunista " EI Siglo" (edição de 17 de setembro do 1966) chama o Sr. Bernardo Leighton, ocupante da referida pasta, de "distribuidor de }CI·'d'o I S". O relato sôbrc a extinç,ãc da liberdade de i1Hprensa nao íic:tria completo se .ião abríssemos um item especial para o assumo SOPESUR.
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a tendência ela DC de formar um partido único
é a prova de que muitos chilenos sentem isto
O escândolo SOPES UR
A Sociedade Periodista dei Sur (SOPESUR) é uma poderosa sociedade anônima proprietária de Cinco jornais da oposição no sul do pais. Além disso, controla o "Diário Ilustrado'', de Santiago. Vem causando muito incômodo e muita irritação ao govêrno.
Não querendo o Sr. Frei desapropriar-lhe pura e simplesmente as ações, o que poderia suscitar grande reação da opinião pública nacional e estrangeira, querendo ainda menos aparecer êle mesmo cm manobras ditatoriais de estran,gulamento da imprensa oposicionista, passou a empregar um plano astuto e eficaz. Um órgão paraestatal, a Socieda,I Agrícola R11cama11q11i, começou a comprar ações da SOPESUR de pessoas que queriam vendê-las. Quando um acionista da sociedade ' ia pedir empréstimo ao Banco do Estado, êste lhe era concedido, e até ràpidamentc, se o interessado se dispusesse a tranferir suas ações para a Rucamanqui. Esta conseguiu adquirir uma boa quantidade de ações, até o dia cm que o fato se 1ornou do conhecimento público. Houve protestos. mesmo porque a entidade adquirente não tem senão fins agrícolas. Impugnava-se como absurdo o desvio de verbas governamentais destinadas à agricultura, para se(em imo• bilizadas em empreendimentos jornalísticos que com esta nada têm a vei:. O Banco do Estado, então, mudou de tática. Continuou a fazer a mesma pressão sôbre os seus clientes acionistas da SOPESU R, com a diferença de que não mais apresentava como compradora a Rucamanqui, mas democratas-cristãos de comprovada fidelidade. Conforme os dados que me forneceu pessoalmente, em agôsto de 1966, um dos diretores da emprêsa jornalística, até aquela ocasião o govêrno já tinha conseguido. com êssc método leal, adquirir 34% das ações. Talvez já esteja hoje chegando à desejada maioria. O episódio teve, como dissemos, larga repercussão. Tôda a imprensa do pais protestou. A Associação Intcramericana de Imprensa enviou telegrama de protesto a Frei. este respondeu. maliciosamente, que seu govêrno não estava adquirindo· tais ações (de fato, não o estava fazendo dire1ame111e) e acrescentou. com sua arrogância demo-cristã, que o Chile, campeão da liberdade e da democra~ia, não precisava de lições de ninguém. Muitos dcmocr:uas-cristãos se cscandali• zaram. Um líder do POC escreveu uma longa carta ao presidente do partido, pedindo fôsse investigada ::1 matéria. Frei abriu até um processo de investigação. Mas, investigações dêsre gênero não costumam caminhar ... O Senador Pedro lbáõez, do Partido Nacional, asseverou recentemente no Congresso que o Chefe de Estado não ignora os pormenores da questão. Disse o parlamentar que, sôbre a mesa de trabalho do Sr. Eduardo Frei fô ra colocado, fazia mais de seis meses, farto material a respeito, incl usive declarações feitas em cartório por testemunhas oculares ou víti• mas das transações impostas pelos funcionários do Banco oficial. A diretoria da SOPESUR publicou nos jornais listas de compradores de ações e de empregados do Banco do Estado que facilitavam a operação. A imprudência chegou n 1al ponto, que o depurado pedecista Jorge Lavandero não hesi• tou em declarar que a Assembléia Comunal de Cautín (umn das mais importantes províncias do Sul) recomendara aos membros do Panido a aquisição de ações da SOPESUR. Explicou que a emprêsa é "oligárquica i! direitista'' e que é normal que ela passe a servir uma ",.e. vo/ução democrática e popular". Por ai se vê que meios e que argumentos usam os demo~cristãos chilenos, que fazem praça de grandes defensores das liberdades .. .
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A imp renso, rádio e televisão sob contrôle
ll normal que um regime assim ernpe_nhado cm eliminar a imprensa oposicionista já esteja exercendo pesado contrôle sôbre ela. E é notório que êste contrôlc existe, embora não seja total. Ataques ao govêrno ainda aparecem nos jornais, no rádio e na televisão. A censura não se exerce, cm geral, conrra parlamentares. pois isto seria muito g:ravc. Exerce-se principalmente contra outras pessoas. O Sr, Miguel Luis Amunátegui, por exemplo, de quem já falei como dirigente da Asociaci611 de los Co111ribuye,ues, teve que suspender um prograrna se1nanal que tinha na Rádio Prat, porque o proprietário desta começou a sofrer pressões das autoridades, devido às criticas que lhes fazia o Sr. Amunátegui. As pressões
consistiam em ameaças de cancelar a publicidade oficial que a estação transmite, e que é necessária para sua sobrevivência. O Sr. Amunátegui formulou um pro1esto pela imprensa. Um ex-deputado do Parlido Conservador me informou que houve cm e-erra época proi• bição de cirnr no rádio o nome do Presidente Onganía, mal vis10 pelo PDC chileno. Tem acontecido que textos apresentados aos jornais, para publicação como matéria paga, não são publicados na íntegra. Uma carta que enviei ao Ministro Leighron, para protestar contra o fato de ler sido convidado a me retirar do país, não foi estampada na íntegra pelo "Diário Ilustrado". Embora redigidas cm rêrmos de perfeita cortesia, as partes mais enérgicas, especialmente aquelas que comprometiam o Ministro, foram cortadas pela direção. Os diretores de jornais têm receio de serem presos - tout co11rt - se estamparem determinadas coisas. Há uma chamada Ley de abusos de publicidad, por meio da qual o govêrno os ameaça até mesmo com a prisão se forem imprudentes. Até as tipografias se sentem controladas. Muitas vêzes se negam a imprimir livros ou outros textos que de algum modo atrapalhem a ação dos detentores do poder. Uma tipografia católica que imprimiu o ensaio doutrinário "Rcvolución y Contra-Revolución", do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, foi incomodada por isto. E, para evitar q-ue fôssc prejudicado o encaminhamento de um crédito que a adminis• tração lhe estava concedendo, negou-se a imprimir outros trabalhos da mesma li nha ideológica do livro.
E-
A "fichoje polític;o" dos cidodã~ e a polício político
Um dos usos mais característicos dos regimes de fôrça é o cadastr amento político dos cidadãos. Isto tem d uas vantagens: em primeiro lugar, tem-se o fichário dos inimigos do govêrno; em segundo lugar, cria•se o pânico entre a população, que receia ser incluída em tal fi. chário. Hã algum tempo um senador denunciou na Câmara Alta â existência de uma carta secreta em que o Servicio de lrtves1igaciones pedia aos órgãos policiais locais que fizessem confi'dencialmentc, e com tôda a rapidez., a ficha polÍlica dos agricu.leores. Deviam pedir a e.~tes que respondessem um inquérito sôbre <eus planos de produção, tendência poli1ica e confiança ou desconfiança em face do momento atual ("Diário Ilustrado", edição de 10 de agôsto de 1966). Recentemente, o presidente nacional da Federação de Estudantes da U11iversidade Técnica do Estado denunciou publicamente que a policia entrara na Universidade com o fim de fichar, do ponto de vista político, os alunos. Os policiais inquiridos responderam que cumpriam ordem do comis-sario, por sua vez ins• truído pelo Ministro da Educação. Diziam que desejavam fichar ape11as os dirigentes da classe. Houve protesto dos estudantes a respeito. Em seu número de 13 de outubro do ano fi ndo, " EI Correo de Valdivia" reproduziu uma circular endereçada aos subdelegados do Serviço de Correios e Telégrafos, da qual transcrevo alguns tópicos: "Como é necessário, de todos os pontos d e vista, efetuar um inquérito dcn1ro de nosso Serviço. com o objetivo de poder esrnbelecer tle forma fidedigna o nt'inrero exato de fw, .. cio11ários dos Correios e Telégrafos que 11ão pel'lencem ao nosso Partido. muito agradecere.. mos que V. Sª. queira tomar na devida consi<ieração a vrese111e, enviando-nos os antece-de,ues solicit0<los. &ses· ,lados devem ser colhidos com a maior discrição possível, para não produzir 1ra11srornos. A informação deverá ser enviada a Rina Fresia Slllazar, Subadmi11istradora dos Telégrafos de Va/dívia. Na co11/rater11i<lade tlemocrma-cristã, des• pede•se mui10 COl'dialmentt de Y. sa., sua ca• morada - a) Rina Fres;a Salazar". A funcionária cm questão escreveu ao jornal alegando que sua assinatura havia sido falsificada na circular. O desmentido foi publicado com uma nota da direção, na qual se esclarece que as assinaturas das d uas cartas coincidem perfeitamen1e. Aliás, todos temem a polícia política. Esta é um órgão eficientísmo, que acompanha os passos de tôdas as pessoas que. causam certo incômodo ao regime. Quando fui chamado pela Interpol de Santiago para tomar conhecimento da acusação mentirosa de haver tratado de política interna chilena na conferência que fiz cm Temuco, foi-me apresentado um relató• rio complero, elaborado pelos investigadores que me haviam acompanlwdo. No relatório constava, além da data cm que cu entrara no país, o número do meu passaporte, meu itinerário na viagem ao Sul, um resumo da con-
ferência que pronunciara, o número de pessoas presentes, etc . .. A polícia política chilena é uma espécie de Gestapo demo-cristã, que procura esconder a violência de sua ação fria, calculada, e tanto mais eficiente, levada a cabo por detetives competentes e ativos, que funcionam na total dependência do Sr. Bernardo Leighton, Ministro do Interior.
F-
Método demogógico e odioso de contrôle do comércio
E>liste no Chile um órgão conhecido pela sigla DIRTNCO - Direcci6n de Industria y Comercio que tem, entre outras, a função de determinar quantos dias por semana se pode comer carne, e de fi~•r e controlar os preços de grande número de produtos agropecuários e industriais. Coordenado com êle trabalha o CONC( - Comando Nacional contra la lnflaci611 que, embora não tendo en1re suas fu nções próprias a de fiscalizar os preços, na prática o faz por meio de comandos de consumidores. A DIRINCO é dirigida pelo Sr. Hernán Lavalle, que se tornou famoso no país inteiro pelo grotesco de certas alitudes. Foi êste personagem que declarou que a escassez dos cigarros se deve aos f uman1es, e que as donas de casa são responsáveis pela falta de leite em pó porque compram muito êste produto .. . :8 comentado em largos c!rculos o significativo episódio de que foi protagonista. Certa vez, pediu carne no restaurante do Club de La Uni6n o melhor de Santiago - em dia em que era proibido vender êsre produto. O garçon explicou que não podia atendê-lo. Entretanto, após muita insistência, e sabendo que se tratava de alto funcionário do govêrno, resolveu servir o prato pedido. O Sr. Lavalle tirou então do bôlso um talão de multas e autuou o reslaurantc ... O govêrno está promovendo uma série de medidas de coação do comércio. Causou grande e geral repulsa a promulgação da lei de 25 de abril de 1966, a qual autoriza o Presidente da República a designar membros de organizações como as Juntas de Vecinos e a Federação de Estudantes para exercerem gratuitamente funções de contrôle e fiscalização do comércio em geral. Os escolhidos são con• siderados minis1ros ele /e, ou seja. seu teste• munho se reveste de fé pública. A competência que lhes é outorgada não se limita ao âmbito destas ou daquelas obrigações legais, mas diz respeito, indiscrimjnadamente, ao "cumprimento das leis da República, decretos e regulamentos" (ºVerbo1 \ de Buenos Aires. nú• mero de agôsto de 1966, artigo "La Situación en Chile", de Juan Antonio Widow A.). fácil de compreender que essa disposição da lei tenha despertado viva repulsa. Em primeiro lugar. nunca se viu, pelo menos no Chile, fiscais com atribuições tão amplas, para não dizer ilimitadas. Depois, entre as entidades que forn~cerão os estranhos ministros de /e algumas - como é, flagrantemente, o caso da Federação de Estudantes - estão totalmente politizadas, havendo tôdas as razões para recear que seus mernbros abusent do cargo, no intcrêsse de seu partido e do esquerdismo em geral, promovendo a luta de classes e a agitac;ão social. Acresce que em outros países as tarefas de fiscalização são conferidas em geral a funcionários ,;specializados, resultando absurdo entregá-las a estudantes, jovens não raras vêz:es incapazes de se fiscalizarem a si mesmos. E a êstes é que se investe de fé pública ... Já se comentou, com muita ra.7.ãO, que a lei em aprêço introduzirá no Chile "o sistema da delação e espionagem, p/e11ame111e legalizatla a serviço de um partido político" (Juan Antonio Widow A., art. cit.). O comércio chileno, que já se sentia desalentado, manifestou acentuado descontentamento diante desta medida nltidamente demagógica e odjosa. Isto vem aumen1a.r a insatis• fação geral a que nos referimos anteriormente.
e.
G -
Oneroso dispositivo de propogondo do govêrno
Frei montou tôda urna máquina de pro• pagaoda governamental, coisa até então desconhecida no Chile. Desde o início do seu man• dato, tôdas as rádios, em todo o país, são obrigadas a formàr diàriamente uma cadeia. Nela se faz propaganda dos planos da administração. Em tempo de eleições, atacam-se os adversários do Partido. Ademais, são formadas com freqüência cadeias extraordinárias, tam• bém propagandísticas, sob diferentes pretextos. Quando, nos primeiros meses do atual período presidencial, o Congresso - no qual o Sr. Eduardo F rei ainda não tinha a maioria demorava a aprovar uma lei apresentada pelo Exeçutivo, fazia-se uma campanha contra o Congresso. Estava-se nas vésperas das eleições legislativas. Ao mesmo tempo que alguns locutores dos programas oficiais diziam que o
Congresso não apoiava o Presidente, prejudicando seu trabalho, outros locutores aproveitavam para· acrescentar: Vote nos deputados da DC para dar apoio a Frei. Era um insólito dispositivo de propaganda dQ govêrno, servindo aos planos dêste e promovendo o desenvolvimento do Partido. Recentemen1e, causou estranheza o fato de aparecer um carimbo postal que imprime em le1ras grandes, em tôda a correspondência que passa pelo Correio a seguin1c frase: "Com " re/orrna agrária começa nossa independência eco116mica". A propaganda oficial agro-reformista é frequentíssima. Em um anúncio publicado nos jornais de 1.0 de julho de 1964, e repetido em novembro, empregam-se frases como as seguintes: "O nobre camponês chileno também tem tlireito a ser proprietáâo" "Faremos tuna autêntica reforma agr6ria'' "ts1e é o govêr110 do Povo, tsle é o govêrno de Frei". O dispositivo de propaganda é caríssimo. Especialmenle onerosa é a publicidade feita em tôrno de Promoci6n Popular. Por todo o Chile, nas ruas, en, jornais, em algumas esrações de es1rada de ferro, aparecem frases ou fotos publicitárias alusivas aos planos governamentais. E sempfc, repito, exaltando o gogêrno, Frei, o Partido.
H -
A abstenção da Polícia e os processos-crime por injúria ao Presidente
O Código Penal chileno pune as ofensas ao Pl'csidcnte da República. Mas, poucos ca• sos se conhecem de pessoas condenadas por êsse crime antes de Frei subir ao poder. Agora, entretanto, a polícia se tornou es.. pecialmente zelosa em defender o pobre Chefe de Estado contra os ataques que se lhe fazem. Evidentemente, os ânimos irritados com a polí-
tica oficial se voltam às vêzes contra a pessoa do Presiden1e, expressando-se com adjetivos menos respeitosos. Cidadãos perseguidos pelo dispositivo governamental de intim idação, proprietários ameaçados de perder suas terras, produtores a quem se tira todo estímulo para produzir, são pessoas das quais nem sempre se pode exigir que estejam perdidas de amôres · pelo Sr. Frei. E vez por outra elas deixam escapar críticas em tom violento, às vêzes até mais violento do que seria merecido. Mas a honra do Sr. Presidente não pode ser abandonada à sanha de um mortal enfurecido. Constatada a injúria_. o vil mortal é ime• diatamente prêso, permanecendo na cadeia até pagar uma fiança. E em seguida abre.se contra êlc um processo-crime. Note-se que os casos mais conhecidos se deram, não co1n energúmenos que tivessem arreme1 ido contra o Presidente em têrmos de baixo calão e em público, mas sim com pessoas que proferiram palavras de crítica diante de meia dúzia de cidadãos. Ca,.acterístico foi o que se passou com o Sr. Carlos Podlech, agricultor de Lautaro, no sul do Chile. Ouvia êle um discurso presidencial em praça pública, a 26 de março de 1966, na cidade de Temuco. O Sr. Frei criticava os triticultores com expressões violentas. Dizia que eram "10,110S' os que afirmavam que o preço do trigo havia baixado. O Sr. Podlech comentou que "tonto" era o Presidente~ porque de fato o preço baixara. A· frase foi ouvida por cinco ou seis pessoas. Dois dias depois, foi êle prêso e liberrndo sob fiança. Seguiu-se um processo por injúria ao Chefe de Estado, do qual resultou recentemente uma condenação a residência forçada por sessenta dias. Esta polícia tão atenta e tão zelosa em defender a honra do Presidente é a mesma polícia que intervém para desfazer movimentos contrários à orientação ideológica do govêrno, e se abstém de proteger os direitos dos adversários do Partido. A polícia de Temuco, que agiu ràpidamente prendendo o Sr. Podlecb, é a mesma polícia que se absteve de deofender os jovens de "Fiducia" quando, em inicio de outubro, foram êlcs agredidos bruta.lmente por democra1as-eristãos e socialis1as em praça pública. Os carabincros assistiram à agressão irnpávidos, sem intervir. E a queixa feita à autoridade policial foi arquivada. A propósito dêstc incidente o ex-deputado do Partido Liberal, Sr. Miguel Luis Amuná1egui, declarou ao "Diário Ilustrado" (edição de 5 de outubro de 1966): "Considero vergonhoso · que, enquanto agentes cio mar.tismo in .. ternaciona/ circulam livremente por nosso terrilÓrio, os jovens ca16licos tJuc expõem seus ideais sejam perseguidos e sUenciados mediante
111,,fência".
1-
Conseqüências de uma ditat!ura que já vai adiantada A tendência para o regime de partido
único1 a pressão sôbre os jornais e o rádio, a
censura, o cadastramento político, o sistema odioso de contrôle dos preços, a escandalosa propaganda do govêrno feita com dinheiro do Estado, tudo Isto dá ao chileno m!dio, não iniciado no PDC, uma sensação de insegurança e de mêdo. Os riscos a que se expõe quem não é do Partido, e mais ainda quem penence à oposição, fazem com que, apesar de seus dislates, a DC ( que tem como lema "Revolució11 en liberrad'') vá aumentando os seus confin .. gentes - ao mesmo tempo que diminui seu eleitorado. Muitas pessoas têm declarado aos jovens de "Fiducia" que são favoráveis à posição da revista, mas não os apoiam devido ao mêdo de represálias. Por esta forma, através de um método limpo e ho11es10. o PDC vai-se firmando no poder. Mas, assim como aumenta o número de seus membros, cresce significativamente o número de seus inimigos. Nos últimos meses os protestos surgidos no Chile contra a ditadura, cada vez mais clara, tornaram-se muito freqüentes. A título de exemplificação, citaremos aqui duas nOIÍ· cias característic:1s:
• 1 - "EI Mercurioº. em seu número de 3 de março de 1967, informa que, cm assembléia do Partido Rad:cal o qual muitas vêzes tem apoiado os demo-cristãos - o presidente da agremiação, Senador Humberto Henríquez, acusou o PDC de estar fazendo "uma revoluçlio que entrega a totalidade do poder à Democ.-1,cia Crislii" e quer perpeluá•la no govêrno. "Nosso dever primordial -
VI
• 2 - O "Diário Ilustrado" de 20 de fevereiro úl1imo apresenta um "A Pedidos" do Partido Nacional, intitulado "Porque se persegue a classe média". Afirma a direção do partido oposicionista que o govêrno deixou patente seu propósito político de destruir progressiva e irremediàvelmente a classe média. Para isto concorrem: o manêjo discriminatório das decisões administrativas e do crédito estatal; a perseguição a funcionários públicos que resistem a ingressar no partido dominante; a destruição do direito de propriedade. "Por que - pergunta o documento - se per-· segue a classe m édia? Porque ao empobrecê•la e amedrontá../a se debilita sua inteireza e independência, e se restrlltge assim o exercício de sua liberdade polÍlica". Se dúvidas ainda restassem sôbre as intenções da atual administração de conduzir o Chile para um regime forte e ditatorial, as notícias distribuídas pelas agências internacionais. de que Frei Jentou conseguir uma alt<> ração constitucional para dissolver e Congresso e convocar novas eleições, seriam suficientes para desfazê-las. Informações idôneas que me chegam do Chile confirmam esta conclusão: são freqüentes os comentários, feitos até por pessoas do povo, no sentido de que a tentativa de extinção dos atuais mandatos legislativos é o sintoma mais próximo e mais grave de uma ditadura a se instalar talvez não muito remotamente.
O PEOECISTA NO CHILE ,t UM HOMEM "BOM"? HONESTO? DE· BOA DOUTRINA?
N
os países onde existe o PDC, seus membros são tidos. na maioria dos casos, como honestos, idealistas, uabalhadores. Em geral o democrata-cristão médio é considerado homem de bons costumes e correto em matéria financeira. No Chile. entretanto, no que se refere aos elementos mais influentes ou exarcebados do Partido. isto é, muitas vêzes, diferente. e..~ses democratas-cristãos são, antes de tudo, fanáticos pelo seu Partido. São os homens da situação e têm muitos privilégios que lhes advêm de suas ligações políticas. São portadores de uma mensagem nova. Sentem•se, por isso, superiores aos outros. Sen.. tem-se salvadores da pátria, homens quase carismáticos que compreendem a única e verda• deira doutrina atualizada de Cristo. São ho• mens providenciais. Bste aspec10 por assim dizer religioso do Partido atraiu de início a seu seio não poucas pessoas bem intencionadas. Mas, a ascensão ao poder trouxe depois para êle uma plêiade de interesseiros, de políticos pragmáticos que qlleriam ~nicamente estar com a situação. Se• gundo se comenta, passaram a integrar as fi. !eiras democratas-cristãs homens de má vida, de maus costumes, indivíduos habituados a fa. zer negociatas. E, como é público e notório, também marxistas ou esquerdistas extremados. Parece.me útil relatar aqui o que se conta a respeito em largos círculos. Claro está que não pude, como estTangeiro de passagem pelo Chile, inteirar-me pessoalmente da inteira objetividade dos conl·tas que passa.rei a reproduzir. tlles servem , pelo menos, para se conhecer o estado de espírito de amplas áreas da opinião pública chilena.
A -
concluiu o parlamentar - é arar a máquina 101alitária em marclra". A reunião foi fechada por carabineros, com bombas lacrimogêneas.
Homens de maus costu mes
Conforme já referi acima, muitos membros importantes do PDC são divorcis1as. tl normal que, nesms condições, estejam pouco dispostos a suponar os ônus da indissolubilidade conjugal, com a qual não concordam. Segundo a voz. corrente. o exemplo mais carac1erís1ico de pedecista de vida irregular é o do Sr. Alberto Jcrez. tl um dos deputados de mais prestígio no Partido e líder de sua corrente mais esquerdista. Em 1965 quase foi eleito presidente do PDC. Já falamos das suas r elações com uma divorciada, Sra. Mireya Kulczewski, com quem reside. Esta pessoa foi miss Chile, e atualmente se dedica ao teatro, atuando no TV 13, de propriedade da Universidade Católica do Chile. Comenta-se com muita insistência que dois representantes da DC no Parlamento, um dos quais é uma senhora, são ou foram proprietários de casas de tolerância. Registro o fato, porém, na falta de provas categóricas, prefiro não lhes citar os nomes. tl notório que muitos membros destacados do PDC têm vida irregular e uma idéia sui generis de moralidade. O Sr. Silva Solar, por exemplo, um dos mais conhecidos deputados demo--crisHios, d;z o seguinte sôbre a l1omOS$e•
xualidade, numa entrevista à imprensa: "O mal da homossexualidade pode ser discwível. Talvez seja conrraproduce111e qualificá-lo de deliro. E muito possível que, com o correr dos 1empos. as leis não o condenem" (declarações à revista "Algo Nuevo"). Conhecendo esta opinião do Sr. Silva Solar, não me espantei muito quando um chileno fidedigno me asseverou que, na mes.ma ocasião, êlc dcclara.r a acreditar que, no futuro, não existiria mais a instituição da família. Logo em seguida teria solicitado à jornalista que o entrevistava, que esta passagem não fôsse publicada.
B -
As negociatas da Democracia-Cristã
No dia 14 de setembro último, o Senador lbái\ez, do Partido Nacional, pronunciou da cribuna um discurso muito curioso. Dirigin• do-se a um líder democrata-cristão que fizera profissão de fé anticapilalista, advertiu: "Peço ao colega que observe com a rnaior atenção o que se passa em tôrno de sua pessoa. Junto a seu anticapitalismo furibundo, coiisolidarn-se econômicamente - e o /a1,em com extrabrdi• nária rapidez - gra,tdes setores de democra• tas-cristãos dominados por legítimas Onsias bur• guesas" ("El Mercurio", edição de IS de setembro de 1966). Quem são ês1cs homens que se enriquecem "com extraordinária tapide1.11, conforme palavras de um senador, ditas no Congresso, e publicadas em todos os jornais? São democratas-cristãos idealistas, pertencentes a uma corrente que se julga carismática e incumbida de salvar o Chile pela Revolução social. E, nos intervalos de sua luta pelo ideal, enriquecem-se ràpidamente ... Há uma lei muito drástica no Chile, Ley de Abusos de Publicidad, que pode levar ao cárcere os autores de acusações injuriosas. O chileno em geral, e todo jornalista em parti• cular, vive temeroso de ser considerado crimi .. noso com base nessa lei. Apesar disto, a revis• ta "PEC" estampa freqiientementc referências a negociatas de democratas-cristãos. Citaremos alguns exemplos de casos mais ou menos es• candalosos publicados nessa revista ou muito comentados por pessoas idôneas. ■
J -
AG@NCIA OE PUBLICIDADE CONDOR
Bste caso é de notoriedade pública. O Sr. Germán Becker, assessor de propaganda do govêrno ( cargo análogo ao de Goebbels na Alemanha nazista), está lntimamente ligado à agência de publicidade Condor. Desde o início do período Frei, coube ao Sr. Becker fazer a propaganda oficial do nôvo regime. As emprêsas públicas, os Bancos estatais. as caixas econômicas, as municipalidades. todos se utilizam dos serviços do Sr. Becker. Isto significa uma receita fabulosa para o dedicado democrata-cristão. A necessidade de reformas exige uma propaganda vigorosa, e, portanto, centralizada. Esta centralização resulta muito rendosa para o Sr. Becker.
Ma.s, o Sr. Germán Becker não se satisfaz com a publicidade oficial. Seus agentes procuram as grandes emprêsas particulares e oferecem os serviços profissionais da Condor. E as grandes emprêsas, sabendo que o Sr. Becker é íntimo amigo do Presidente, se sentem pouco inclinadas a recusar. Daí o número enorme de novos clientes que a Condor conseguiu tijo rápida e - dir-se-ia - milagrosamente. ■ 2 -
DESPESAS VULTOSAS E INDEVIDAS, OE Ól\OÃOS GOVCRNAMENTAIS
e sabido que certos organismos oficiais, além de remunerar exageradamente os funcionários, têm outros gastos nababescos. Isto se nota .e specialmente nos organismos mais politi• zados, com os quais a administração pedecista faz sua política nltidamente avançada. o caso da já citada Promoci6n Popular, menina dos olhos do Presidente Frei. . Comenta-se largamente, no que diz respeito aos dois órgãos principais da reforma agrária - a CORA e o INDAP - que suas despesas são altíssimas, e nem sempre feitas com observância das necessárias formalidades. O INDAP, mais especialmente, teria feito aquisições vultosas sem que estas passassem pelo departamento de compras ou houvesse concorrência pública. A Co111raloría General de la República, órgão que entre outras funções tem a de Tribunal de Contas, tem dado freqüentemente parecer contrário a gastos indevidos feitos por membros da atual administração. Um dos casos mais frisantes foi o referente ao diretor da Emprêsa Portuária do Chile (EMPORCH), que gastou somas elevadas com representação (almoços e jantares). Glosadas essas despesas pela Contra/orla, o govêrno deu mão forte ao seu agente, mantendo-o no cargo.
e
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0 CURIOSO EPtSÓOIO DAS "CITRONETAS"
&te é um caso até jocoso. tl comum, quando passa pelas ruas de Santiago uma ci1ro11e1a - automóvel popular, da Cicroen - ouvir..se o comentário: lá vai um democrata-cristão. Perguntei o porquê disto. I nformaram-me que, quando Frei se can· didatou à presidência, pediu a numerosas firmas que lhe fornecessem ci1rone1as para sua campanha eleitoral. As firmas as forneceram, certas de que depois da eleição as mesmas seriam devolvidas. Em vez disto, entretanto, (o. ram dis1ribuídas entre os democratas-cristãos interessados. Outras pessoas com quem estive dizem que isto é maldade dos adversários da Democracia-Cristã. Parece que êsse desmentido não convence ao público. Pois o ' tato é que, entre
MENSÁRIO com
APROVAÇÃO ECLESIAS'flCA
Diretor Mons. Antonio Ribeiro do Ros-orio Dlrttorla: Av. 7 de- Setembro, '2.47, caixa postal 333, Campos, RJ. Admi.olstração: R. Martim Francisco, 669 (ZP )), S. Pau-
lo. Agtntt' para o Estado do Rio: Dr. José de Oliveira Andrade, c.ai_xa posla.l 333, Campos, RJ.: Agentt paro os Estados de Goiás, Mato Grosso t Mio.as Gerais: Dr. Milton de Sallcs Mourão, R. sto Paulo, 824, sala 809. telefone 4-8630, Selo Hori-
zonte: Agente par~ o Est.ado da Gu2na~ bana: Dr. Lufs M. Dunean, R. Cosme Vc,. lho, SIS, telefone 45-3264, Rio de Janeiro~ Agcnt~ para o ~"tido do Ceará: 'Dr. Joú Gerardo Rfüeiro, R. Senndor .Pompeu, '2120-A. ForrnJe;,.a: Agentes p1t1111 a Argen• rinr..: "Cruzadà". Casilla de Correo n.0 169, Capilal Fcder:\I, Argentina: Agentes para o Chile: "Fiducia'\ Cisilla i3772, Correo IS, Samitlgo, Chile.
Número avul,o: NCrS 0,6() (Cr$ 600); número atnuado: NCr$ 0,70 (Cr$ 700). A.ssinatutM 11nuals: comum
NCr$
7 ,00
(Cr$ 7.000): b<nfcitor NCrS 40,00 (CrS 40.000): grande b<nfcit0r NCrS 100,00 (Cr$ 100.000): seminaristas e
estudantes
NCr$ 6,00 (Cr$ 6.000); Amlrica do Sul
e Central: via marítima US$ 3,00; via aérea USS 4,00; outros países: via marJ.
ljma USS 4,00; via alrea USS 6,00.
Os pagame.ntos, sempre em nome de Edi• tõra Padre Belchior de Pontes $/C, poderão ser enviados à Administração ou aos a.gentes. Paro. mudanç3 de enderlço de assinantes. é necessário mencionar tambtm o enderêço antigo. Composto e lmpreuo n.1 Cla. LUhogr:tphlt"a Yplranga R. Cadett, 209, S. Paulo
15 ci1rone1a e democrata-crisuio existe uma corre• lação na mente do homem da rua. ■ 4 -
0 ANÚNCIO GRATUITO NA REVJSTA HTOPAZEH
A revista político-humorís1ica "Topaze" atacava o govêrno. Era pois necessário fechá-la ou apoderar-se dela. Para tanto, os órgãos competentes lhe tiraram tôda propaganda oficial, o que devia levá-la à falência. A revista, vendo-se em apuros, e querendo atrair a publicidade particular, estampou
dar seus débitos, saiu do Chile, deixando numerosos títulos não pagos, muitos dêles avalizados - ao que se diz - por seu irmão, então senador. Quando Frei subiu ao govêrno, Arturo voltou ao país, por onde hoje anda livremente, como pessoa de influência econômica e política. ■ 8 -
RUMOR SÔ8RI! NEGOCIATA 00 FILHO 00 PRESIDENTE
Comen1a-se que Eduardo Frei Jr. fêz recentemente uma viagem ao Japão. Regressan·
do com uma carteira de representações de diversas firmas japonêsas, teria constituído uma
seguinte, o importador da bebida passou pela redação para agradecer a atenção. Pouco de-
govêrno estaria mostrando grande preferência
pedir que, por favor, não se publicasse mais o an6ncio. este havia atraído sôbre sua firma uma série de problemas com o fisco, a previdência social, etc. O número seguinte de "Topaze" já era dirigido pela Democracia-Cristã ("PEC", 12 de abril de 1966). ■
5 -
0 ES1'RANHO PERSONAGEM CHAMAOO DARIO SAINTE-MARIE
Exis1e em Santiago um indivíduo chamado Dario Sainte-Marie. Possui êle um jornal in1itulado ºClarín" que, além de sua tendência esquerdista, é baixamente imoral. mesmo ião escandaloso o pasquim, que uma es1ação de rádio costuma transmitir avisos aos pais de família, no sentido de que, para o bem de seus filhos e da nação, não o comprem. O Sr. Eduardo Frei mosira-sc muito indulgente para com "Clarín". O diretor dêste, segundo a revisia "PEC", foi recentemenle condenado, pela segunda vez. por atacar falsamente a honra de terceiros. O Presidente indultou o dirc1or. Ademais, o Sr. Frei se declara, apesar de tudo, amigo do Sr. Sainte-Marie. Recen1emente, tendo êstc sido operado, foi visitá-lo
e
no hospital. Uma revista de Santiago noticiou
que o personagem 1em passaporie oficial quando faz suas viagens ao estrangeiro. C9mo se tudo isto já não fôsse bastante, assegura-se de fonte idônea, que êste indivíduo recebeu, há pouco tempo, um emprés1imo governamental de 1.400.000 escudos (aproximadamente 230 mil dólares) para a compra de máquinas para imprimir o seu pasquim esquerdis1a e pornográfico. Por cnquan10, ês1e é impresso uas oficinas de .. La Nación'', ór-
gão oficioso. ■ 6 -
FALA-SE OI! UMA NEGOCIATA OOS FRANCOS OE CORTE
Em meados de 1965, um decreto determinou que só se poderia vender carne de vaca cm dois dias da semana. Estabeleceram-se pesadas mullas para os infratores. Os Srs. Salvador Pubill e Luís Pubill terminavam então de instalar uma granja onde
fariam a maior criação de frangos d3 América do Sul. .Bsses cavalheiros abriram iambém casas de venda de frangos em todos os bairros de Santiago e de outras cidades do país. Só na Avenida Providência, em Santiago. inauguraram quatro casas.
T udo isto,. segundo é voz. corrente, havia
sido planejado para que o Sr. Salvador Pubill, com sua família, tivesse compensação das dívidas que, como tesoureiro da campanha presidencial, tivera que contrair cm favor de
Frei. O que é certo é que o Presidente é amigo íntimo de Salvador Pubill. Na chácara que êstc possui nas proximidades de Santiago costuma o Sr. Frei passar o week e,ui. Além disto. o Sr. Salvador Pubill foi nomeado membro da diretoria do Banco do Es· tado do Chile. Ora, o Sr. Luis Pubill, seu sócio e parente, deve ao estabelecimento aproximadamente 750 mil dólares ("PEC, n.0 233, de 17 de abril de 1967). Comenta-se largamente que lhe faliam meios para ])agar esta dívida e que a$ garantias reais que deu não são suficiente.~.
No meio desta siiuação o Sr. Luis Pubill se transferi~ para a Espanha. Alguns receiam que definitivamente. Os democratas-cristãos
sociedade para explorá-las.
Desde en1ão, o
por anigos de fabricação japonêsa. Nada, entre1anto, vi publicado a respeito. Quase todos os fatos aqui anotados foram extraídos da revista "PEC" ("Política, .Economia e Culrura"), que tem o lema "Cuidado, no me desmienta''. Disseram-me pessoas idôneas que nenhuma das acusações aparecidas em "PEC" (oi objeto de desmentido esiampado na própria revis1a, conforme podem exigir, com base na Ley de Abusos de Publicidad, os interessados (salvo um des mentido, geralmente considerado improcedenle, do Sr. Germán Beckcr, da agência Condor, a cujo caso fiz referência acima). Mostrei, aliás, apenas um pequeno número de casos escandalosos que circulam por lodo o Chile. Vários outros poderiam ser igualmen1e citados. O que peço a algum democrata-cris1ão chileno 1 que me queira refutar, é que não se limi1e a impugnar ês1e ou aquêle episódio. Peço que procure enfrentar a tese inteira dêste
capí1ulo, que •é a seguinte: o pr6cer democrata-cristão já não é tido ipso facto, no Chile, como elemento honesto e de bons costumes. Pelo contrário, generalizou-se a opinião de que expoentes do pedecismo são,• muitas vêzes, bem diferentes do que antes se presumia que fôssem. Ao leitor imparcial lembro o ditado que diz onde Irá fumaça Irá fogo. E pergun10: é de se duvidar que por detrás de tanta fumaça haja fogo? Não me parece. Deve haver algo podre no reino da Dinamarca ...
C -
Democ ratas-cristãos ma rxistas ou esquerdistas extremados
O PDC chileno é o que se chama vulgarmente um saco de gatos. Há de tudo cm seus quadros. Pertencem a êstes até mesmo elementos que foram nazistas. O exemplo mais notório é o do Sr. Enrique Zorrilla, hoje denão faz muito tempo, nazista. Participou da intentona de 1938, cujo esmagamento cusrou a vida a muitos seguidores andinos de Hitler. Como vimos, o Partido Democrata-Cristão é de esquerda. Mas, entre os seus militantes, há alguns que tomam posição mais extre..
mada, mais arrojada.
E a êstes que desejo
fazer referência aqui. A respeito do próprio Presidente Frei existem numerosos fatos que mostram ser êle
e
mui10 avançado. conhecida no Chile sua significa1 iva frase: "Hay algo peor que e/ comrmismo : es e/ a,uicomwdsmo", Os líderes do Partido fóram hábeis em escolhê-lo como candidato, por ter êle, apesar de tudo, a fama de moderado. Entretanto, ~ua trajetória política foi das mais es1ranhas. e contém muitos episódios extremamente comprometedores para êle.
O diário comunista "EI Siglo", em 10 de fevereiro de 1945, no1iciava na página 4 o pacto eleitoral firmado pela Falange Nacio-· nal com os partidos da FRAP (coligação das esquerdas), entre êles o Comunista e o Socialisia. Assinou, como presidente da Falange Nacional, Eduardo Frei. Em 1946 Frei renunciou ao Ministério de Obras Públicas, porque o &O• vêrno apoiava a atitude de carabineros que, em
legítima defesa, tinham repelido os ataques, feitos com armas de fogo, de participantes de putados do Part ido Comunis1à. Frei, além de seus contactos com o Partido Comunista. teve outros, mais surpreen•
melindrosa, o Sr. Frei não tenha ainda exigido que Salvador Pubill se demita do Banco do Estado ("PEC". n. 0 255, de 21 de abril de 1967).
desta à sua candidatura, chegando mesmo a
00 IRMÃO 00
PRESIDENTE FREI Durante o govêrno anterior, cm 1960, Arturo Frei Montalva. irmão do Prcsiden1c, teve que deixar o país, como corre insistente• mente, por não pagarnento de dívidas. Era co-
merciante de gado. Não tendo meios de sal-
Minislro da Defesa. Ex-deputado. Quando caiu na Guatemala o regime marxista de Arbenz, o Par1ido Comunista Chileno organizou uma marcha de protesto. À fren1e desta vinm~sc o então Senador F rei. o poeta comu-
nista Pablo Ncruda e o en1ão Deputado Juan de Dios Carmona. O diário comunista "Ei Siglo" publicou, em primeira página, um grande clichê dos três encabeçando o desfile. ■
3 -
BERNAROO LEIGH'l'ON
Ministro do Interior. Ex-deputado e expresiden1e do PDC. Em 1947, juntamente com Frei, batalhou a favor de uma greve do carvão. que o govêrno Videla tentava dominar e o Parti~o Comunis1a se empenhava em desenvolver. Não é um ideólogo. e um maquiavélico homem de ação, com enorme habilidade para ocupar a pasta polílica. Promove a agitação camponesa por todo o Chile. falso. Hoje diz algo, e amanhã se desmente a si próprio sem o menor escrúpulo.
e
■ 4 -
RAOOMIRO TOMIC
Embaixador nos &lados Unidos. Ex-senador. Depois de Frei é o elemento de maior imponância no PDC chileno. Em 1944 e 1955, Tomic foi o grande propugnador do res1abelecimento das relações com a Rússia e demais paísc.s socialistas. Em 1948 atacou a Ley de Defensa de la Democracia, que colocava o Par1ido Comunista fora da lei. Em "EI Mercurio", de 14 de julho de 1954, falando sôbre a Jugoslávia, lentou demonstrar que a Igreja Ca1ólica não foi tão perseguida ali como se diz. Sustentou que o Cardeal Stepinac não sofreu torturas como outros Prelados de países comunistas., afirmação, esta, ambígua, que parece desmentir também que o grande Purpurado tenha passado pelas torturas morais e maus tratos a que notóriamente estêve sujei10. Acrescentou que a aproximação da Jugoslávia com o Ociden1e é manifesta. Ci1ou o Marechal Ti10, que lhe teria afirmado: "Pode o Sr. estar seguro tle que sem n6s não ha• verill hoje Iugoslávia". Ao que Tomic respondeu: "Estou convencido disto". e o dcmocra1a-cristão de cúpula, mais esquerdista (Sergio Fcrnández Larraín, "Falange Nacional, Democracia Cristiana y Comunismo", 1958, p. 66). ■
5 -
Loja Maçôqica de San1iago para pedir o apoio declarar a um jornalista que os maçons consti1Ucm um:t das mais prestigiosas instituições internacionais. Nas referências que a seguir faremos a diversos políticos pedecistas atrevidamente e.s•
querdislas, Frei aparece muitas vêzes favorecendo greves e lula de classes, comprome1endo~sc com o Partido Comunista: • 1-
J UAN GOMEZ Mil.LAS
Atual Ministro da Educação. Professor, cx-Rei1or da Universidade do Chile. Ninguém
RAFAEL AUGUSTÍN GUM UCIO
Senador. Líder pedecista. Em agôsto de 1966 foi candidato à presidência do Partido. Depois da vi1ória de Frei nas eleições de 1964, procurou o candidalo derrotado, Allendc, que fôra apoiado pelos marxis1as. Segu ndo Allendc, Gumucio o teria visitado para dizer que Frei considerava que a "suprema e magnifica" possibilidade do Chile é "um govêrno entre ~·oâaUsu,s e tle,nocraras-cr,"srãos". Gu• mucio, em "EI Mcrcurio" de 6 de setembro último, desmentiu essa versão de Allende. Mas esclareceu que, pessoalmente, era parlidário de tal colaboração. B acreditava que o Presidente tainbém o era. Foi favorável ao restabelecimento de relações com a Rússia em 1956. Em 1955 assinou o "Apê/o de Viena", promovido pelo comunismo internacional contra as armas atômicas (op. cit., p. 71). ■ 6 -
RENÁN FUENTEALOA
Embaixador na ONU. Senador. Quando presidenle do PDC, declarou em uma entrevis-
VII -
uma. concentração comunista, dirigidos por de..
dentes ainda, com a Maçona.ria. Por ocasião de sua última campanha eleitoral, visitou a
0 ESTRANHO RETÔRNO
JuAN DE D10s CARMONA
putado pela Província de Linares, que foi,
afirmam que êlc voltará cm breve para se defender das acusações publicadas contra sua pessoa. Estranha-se que, numa conjuntura tão
■ 7 -
• 2 -
ta que seu Partido "é socialista, laico e anticlerical" ( entendendo por isto a não inlromissão de qualquer credo religioso na ideologia do Partido) ("Diário Uuslrado", edição de 23 de junho de 1965). ■ 7
gratuitamente. e por sua própria iniciativa, o anúncio de certa marca de whisky. No dia
pois, porém, procurou de nôvo a revista para
desconhece a ampla acolhida que deu a tôdas as iniciativas pró-comunistas denlro da Universidade, desde a nomeação de professôres até a promoção de conferências marxistas.
-
A~88RTO Jl!REZ
Deputado. Líder da corrente mais esquerdis1a do PDC. Em 1965 quase foi eleito presidente do Partido. Já o citamos como homem de vida conhecidamente irregular. Ao jornal "Marcha", de Montcvidéu, declarou em 19 de fevereiro de 1965 que, se Frei necessitasse de ampliar as bases- de seu govêrno, seria preferível que o fizesse com a FRAP (aliança dos Partidos Comunista, Socialis1a e outros menores); que o exemplo de Cuba "alentará nossos países para alcançar sua tou,I libertação". Ao mesmo tempo, manif~tou-se favorável ao restabelecimento de relações com Cuba e "aber1amente partidário da luta· de class~s", afirmando que nessa lula o govêrno não pode ser neutro (entrevista transcrita em "PEC", n.0 115).
• 8 -
Juuo S1LvA SOLAR
Deputado. Líder esquerdisla do PDC. Ex-reda1or do diário marxista chileno "Ultima Hora". Em "Algo Nuevo", número de 22 de julho de 1966, declarou-se favorável ao divórcio. Analisemos algumas passagens do livro "EI desarrollo 'de la Nucva Sociedad en América La1ina" (Editôra Universitária S.A., Santiago, 1965), escrito conjun1amcn1e por Silva Solar e Jacques Choncbol. Os aulores susten1am que ~'nã<> hd.. pràpriamente uma particular solução ''católica" ou "cristã" para os problemas pollticos e económicos" (p. 17). Quanto ao marxismo. só objetam que êle não esgota â ma" léria, afirmando textualmente: "fazemos bom julzo do Marxismo" (p. 24), para em seguida declarar que entenderá mui10 pouco do mundo moderno quem não assimilar os ensinamentos marxistas. Em diversos lugares mostram-se simpatizantes de uma sociedade sem classes. No capítulo referente à propriedade privada (pp. 42 ss.) derurpam ensinamento~ da Escritura, dos Padres da Igreja, de diversos Santos e de Encíclicas, para fazer crer que a propriedade comunilária é mais conforme com a doutrina católica. Explicam (pp. 71 ss.) o sistema comunitário - panacéia para os problemas políticos, econômicos e sociais - que nada mais é do que um comunismo disfarçado: sociedade igualitária, sem classes, na qual a propriedade privada é dispensável, surgindo em substituição a ela a propriedade comunilária. E, no fim do livro (pp. 129 e ss.), defendem tôdas as reformas de estrutura esquerdistas já Ião do nosso conhecimento, sendo, nesta maléria, extremamente radicais. ■
9 -
JACQUES CHONCHOL
e um dos homens de maior prestígio e importância política no Chile. Tudo o que se atribui no item anterior a Julio Silva Solar pode-se atribuir também a Choncbol, porque o livro ciiado ali foi escri10 pelos dois. e o vice-presidente do INDAP. Nascido no Chile, de origem judaica, recebeu em seguida o batismo ~a Igreja Católica. Foi o principal elaborador da re(orma agrária chilena : "La Nación''. o jornal oficioso, o chama de ",urí/ice'-' dela. Como técnico da FAO, trabalhou na elaboração da reforma agrária de Fidel Castro. Ninguém desconhece que o lNDAP, dirigido por Cbonchol, tem funcionários pagos para fazer agilação nos campos, levantando camponeses conira patrões. Quando Frei foi lançado como candidato do PDC, Chonchol e Tomic lutaram para conseguir aliança com os comunistas e socialistas, e levar assim um mesmo candidato à presidência do Chile.
t REAL A OPOSIÇÃQ AP~RENTE E_NT{lE O ' PARTIDO COMUN ISTA E O PDC?
F
rei subiu à Presidência da República co-
mo um inimigo do marxismo. Tanto isto
é verdade, que lu1ou violentamente, em uma difícil campanha eleitoral, colllra seu opositor marxista, Allende. Entretanto, em certos meios chilenos se assevera que o próprio Par1ido Comunista mandou uma parte de suas bases votar em Frei, pois o comunismo in1ernacional prefe. riria que no Chile vencesse um candidato moderado. O foto é que Frei não escondeu sua cordialidade para com o inimigo ao man• dar o Senador Gumucio, logo depois das eleições, visi1ar Allende. Também o Partido Comunista não oculiava suas simpa1ias pelo candidato pedecista. Demons1rava preferência por Allende, mas aceitaria ~,legremente o outro. Prova disto fo-
ram as declarações do secretário-geral da agremiação vermelha, Sr. Luís Corvalan, apareci- · das em um diário estrangeiro em 9 de agôsto de 1964 (antes das eleições), e reproduzidas em "EI Mercurio" de 22 de agôsto do mesmo ano: "A FRAP [união dos partidos de esquerda que apoiavam Allende) vencerá nas próximas eleições. mas ainda que lsto não sucedesse, o processo revolucionário continuará,apoiaremos nossa alavanca sôbre os contrastes sociais e nos bateremos para que a DC respeite seu próprio programa". Isto quer dizer que o programa da DC satisfazia aos comunistas empenhados no proçesso revolucionário, o que equivale a afirmar que, com a vitória do PC ou com a vitória do PDC, a revolução marxisla caminharia.
Entretanto, os eleitores (mesmo conser•
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vadores) de Frei preferiam não olhar de fre nte êsses aspectos estranhos da plataforma política da Democracia-Cristã. Mas, hoje, instalados no govêrno, os membros desta deixaram extravasar tudo o que por prudência não di• ziam anies. Especialmente depois do que foi proclamado nos últimos congressos dos democratasscr\stãos chilenos. realizados cm agôsto e setembro de 1966 (o congr~o camponês, o estudantil e o geral), dúvidas não mais restam sôbre a posição claramente filomarxis1a ou marx;sazante do Partido. Vejamos algumas das formulações de pedecis1as nos referidos congressos, noticiadas amplamente na imprensa chilena, mas quase ignoradas pelos jornais estrangeiros.
A -
Conclusões do 3.° Congresso da Juventude Democrata-Cristã
Entre outras resoluções do 3.° Congresso da Juventude Democrata-Cristã chilena, des· tacamos estas, em que o conclave: "Reafirma os princípios do Socialismo Comunitário como orientação final de sua ação l,istórica". 1 -
2 - "Expressa sua profunda preocupa• ção porque os Bancos, os mon<>1>6lios e <IS
sociedades anônimas, devois tle quase dois anos de Revolução. não /ormn ainda 1ocados
de maneira determirumte. E pelo papel subal• ternô e passivo que o Partido tomou até o mo• mento em suas relações com o govêrno". l?. fácil perceber que este " tocar" nos Bancos. sociedades anônimas, etc., não importa apenas em legítimas e eventualmente necessárias restrições a uma ou outra de suas atividades, mas na mutilação ou supressão da indispensável autonomia dessas emprêsas, cm benefício do Estado.
3 - "'Propõe ao 2.° Congresso Nacional do Partido a definição i,rrperaliva de uma via niío ct,pitalista de desenvolvimento, caracterf.. zada por uma reforma (lgrária rápida, tlrástica e maciçt1 1 que liquide o latijú,ulio ( ... 1 e crie novtls formas de propriedade camponesa", sem deixar de lado ..as experiências comunitárias que surjam no curso de sua aplicaçlio", 4 - E considera necessário atuar "em um, mov,imento unitário e combmivo, que nmra a DC e seu govêrno na marclw para o socialismo com1111itário" ("Diário ilustrado". edição de 1.7 de agôsto de 1966). Um deputado dcmo►cristão, talvez não tão iniciado, ao cpnhecer o documento de que damos aqui apenas excertos, se limitou a dizer: -~El·lás conclusões parecem haver J·ido escritas por uma menre marxista. Eu enviaria êsses dirigenres ao Trlbunal de o;sclplina do Partido" (jornal cit.).
B -
O último Congresso Camponês da DC
O '"Diário Ilustrado". em sua edição de 25 de agôsto de 1966, comenta que senadores do Partido Comunista. desejosos de aperfei9oar a reforma agrária (de influência marxista) de Chonchol. Moreno e Silva Solar, acharam conveniente apresentar uma contribuição para alterar o respectivo projeto. •Propuseram êles, entre outras coisas, expropriar, além das terras, o gado ovino e bo• vino. E comenta o jornal que o Congresso Camponês da DC aprovou conclusões idênticas às dos senadores comunistas. Mostra o ''Diário Ilustrado" que, com isto, se quer destruir a agricultura chilena, e acrescenta: ·•o que se deixa ver. ademais, é uma luta entre duas fôrças igualmente destruidoras: os m embros do Partido Comunista do Clti/e, e os comunistas intro,JuzJdos 110 Partido Democrata-C,i.rtão l- .. ]. /u/e/i1.,menre, êsse grupo mar. xista tia Democracia-Cristã e os comunistas de panido estão tratando ,Je superar-se redprocamenre em demagogia. Quanto às expropriações dos bens anexos à exploraçcío agrária, os senadores comunistas ficaram unp,. pouco para trás, pois no Congresso tios Camponeses Democratas~Crr'stãos, a que aludimos· acima, decidiu-se pleitear que. além do gado de todo gênero. se expropriasse o maquinário, ,,s ferramentas, os utensílios e owros bens de que normalmenre so ocltom dotadas 11$ propriedades". Se restasse d(avida sôbre a tendência marxista da DC chilena, as considerações que acaban1os de citar seriam suficientes para desfazê-la.
C -
O Congresso Nac iona l da DC
Um defensor à outrance da DC chilena poderia dizer q ue não se qualifica a orientação de wn part ido sõmenle pelas suas fôrças juvenis e camponesas. Mais do que os jovens e os lavradores, cumpre auscultar os chefes amad urecidos e os políticos veteranos. Inicialmente seria bom lembrar que os hereges <10 Partido Conservador de 1935, a
Juventude Conservadora, são hoje os ocupantes do Palácio de La Moneda. Os velhos que subestimaram os jovens de então viram-se derrubados por êstes. Em segundo lugar, o mínimo que se poderia esperar é que um jovem ou um camponês que defendesse tais idéias fôsse imediatamente desau1orado pelo Parlido ou desligado dêle. O que se passa, na realidade, é que os políticos maduros da DC pensam da mesma maneira. Talvez nas nuances sejam um pouco mais moderados. Vejamos algumas conclusões do Congresso Nacional, que reuniu tôda a nata do Partido, inclusive o Chefe de Estado (o qual, segundo se comenta em manchetes nos jornais, foi o grande vitorioso do Cong resso): 1 - "A Revoluçiio 11a liberdade é a pllSsagem da sociedade capilaUsta para. a sociedade comunitária. A DC proclama (Juc .fua fi• 110/idade J,ist6rica é realizar a sociedade comu• nitária''.
D -
D
"A via ,Je desenvolvimento niio capiu,iista se caracteriza pelo seguinte: - Plani• /icaçtío democrática tia vida econômica [. , . ). - Reforma agrária rápida, drásrica, nwciça, que termine com o lati/âmlio e CSTAOl?L.EÇA
A Revolução Chilena recebeu um grande impulso ao longo do processo que se iniciou com a q ueda do Partido Conservador, com o crescimento do PDC e, pOr fim, com a vitória dêste. Ésse processo histórico, pela sua própria natureza processiva., pede agora que venha , como sucessor de Frei, um político ainda mais francamente socialista. Quem pode ter a certeza de que o processo será contido? E se não fôr contido, aonde se chegará? Chegar..se-á a um regime marxista total, introduzido direta ou indiretamente pel~ Democracia-Cristã. E, nesrc desenrolar de fatos, a História dirá que o Sr. Eduardo Frei serviu e:cbniamente de Kerensky, ou seja, de chefe do govêrno de transição entre o regime anterior e o regime marxista que então estará formado no Chile.
FORMAS DE PROPRrnOAOE RURAL NÃO PATRON0AIS [ • .. ]" ("La Nación", edição de 28 de
C -
3 - "A nova sociedade será pluralista. democrátlca e fundada cm relações comuniP/uratária,· de produçiio e traballto: A) JiJ·tc, no ideol6gico. político. religioso e cufw.. ra/. 8) - Democrátil:á [ ... ]. C) COMUNITÁRIA NO SENTIOO OE QVI! SI! TRATA Ot; UMA SOC!f.OA-
ue OE "!' RAl)AL,HAOO RES, ONOE os MEIOS DE 'PRODUÇÃO QVE REQ UÉREM DO TRABALHO COLETIVO P ê.RiENCl!M À COMUNIOAl>B NACIONAL OU ÀS COMUNIOAOES OE T RABAl.l-tADORES".
4 -
agôs10 de 1966 -
os grifos são nossos).
Estas citaç-õ cs falam por si.
No Chile é público e notório que o PDC é comuniJCante
Ninguém desconhece no Chile q ue a linha da DC é claramente comunizan1e. Os democra1as-cristãos aceitam para si a q ualificação de esquerdistas. Dizem-se defensores de uma sociedade comunitária. Chamam-se de "carnaradas" ( ! ) . O tratamento de "camarada" não é usado apenas uma ou ou1ra vez. É empregado sistcmàticamente em discursos. cm conversas. nas noticias de jornais, cm artigos. em livros. É usual. O órgão do Partido Comunista, "EI Siglo". embora muitas vê7..cs ataque o govêrno. o faz acusando Frei de moderado na Revolução. Em matéria de reforma agrária. êssc jornal e outras publicações do Partido Comunista fazem constantes elogios /1 linha do PDC e do govêrno. Os comunistas se dão muito bem com os democratas-cristãos. f:.stes sentem.se mais à vontade com aquêles do q ue com os conservadores, liberais ou radicais. São íreqiicntcs os ocôrdos POC-PC, e raros entre o PDC e os parlamentares oposicionistas hoje reunidos no Partido Nacional.
VIII -
2 - "A nova sociedade não será uma sociedade classista, e sim solidária [ . . . ]".
Quando um democrata-cristão regressa de uma v iagem a algum país comunista, é com
evidente prazer que anuncia q ue o país visitado vê com bons olhos a política pedccis1a chilena. Característico é o exemplo jI citado cio deputado que, voltando de Cuba, fêz. questão de dizer que Fidel elogiara a reforma agrária andina. Frisante, também, foi o que se passou com o Sr. Fernando Otay1..a Carrazola, conselheiro nacional do PDC. Ao chegar da China Popular, declarou à imprensa que lá se tem g rande admiração pelo Presidente Frei, especialmente "por suas rec,lizaçlies e pela linlw de sun política internacional", ressaltando que ,.a reforma ,,grária e. t•m geral, as reformas estruttuais ,·nre.ressam gra1ule11w,11e" aos chine• ses ('"La Nación"'. número de 4 de dezembro de 1965) . . Só um espíri10 muito escrupuloso pode pôr em dúvida que já não é grande, e tende a ser cada vez menor, a diferença que existe entre o Partido Comunista e o P>1r1ido Dcmocrnta•Cris1ão chilenos ...
QU E FUTURO AGUARDA O CHILE
cpois de têrmos examinado a origem da Revolução Chilena, a queda d'o s partidos tradicionais e a ascensão da Democracia-Cristã, depois de termos analisa.do ponncnorizadamentc o processo de comunisti• zação que lá se desenvolve, poderíamos perguntar: qual o futuro do Chile? Eis uma pergunta de dificil resposta. Íi com funda apreensão que um observador, por mais otimista que seja, a considera. A velocidade hodierna da Revolução na nação irrnã é tão avassaladorn que, dir-se,•ia, tudo est;.1 perdido: o marxismo virá, irrcvcrslvelmentc, mais cedo au mais tarde. Os obscrva.dore..~ chilenos, que vêem na recente deri·ota eleitoral de Frei uma rejeição implícita mas iniludível do agro•rcformismo demo•cristão, sentem a necessidade de explicar um aspecto paradoxal do acontecimento. D e um modo geral, as personalidades. associações ou grupos naturalmente interessados cm defender a propriedade privada contra a espoliação socialista se mos1raram de uma passividade no• t6ria. Pràticamente, os projetos de reforma agrária e de reforma consritucional não sofreram, dêsse lado. oposições de monta que atacassem no cerne o problema. Durante muito tempo a opinião direitista pareceu participar inteira.mente da atonia de seus líderes. Como explicar I então, que. incsperadameJ1tc, o agro• -reformismo tenha sofrido um revés eleitoral tão importante? A esta pergunta, rcspondern muitos que. õbviamente, esta feliz surprêsa se deve lançar a crédito da única organização que. em meio à defecção geral, levantou o estandarte da lu1:1 antiag,ro•reformista. Trata-se de algumas dezenas de jovens universitá.rios, reunidos cm 1ôrno da revista católica ''Fiducia". Já me referi à atuação, perspicaz e organizada, dêsse g rupo, e à extensão do âmbito em que ela se desenvolve. Parece~mc inteiramente verossímil que, à custa de esforços realmente extraordinários, êssc9 jovens tenham conseguido cômunicar sua vibração às fibras adormecidas do dircitismo chileno. Se êste nôvo vibrar de fibras não veio dos líderes ·naturais do direitismo, e se coincidit1 com a entrada de ''Fiducia" em liça , não vemos como contestar que a ""Fid ucia" se deve o fenômeno. Aliás, uma contraprova desta asserção pode ser encontr,da no empenho com que a propaganda emanada do Ministério do Interior ataca a revista. Não parece possível que um grupo que não tem as dimensões de um partido fôsse atacado tão a fundo pelo órgão político do g:ovêrno, se sua atuação não resultasse profunda mente nociva ao desenrolar dos planos governamentais.
Os moços de '"Fiducia" éonsu1uiram recentemente uma entidade cívica, com caráter ideológico não partidário, a Societlad Chilena ,Je Defenso t!e la Tradici611. ,:amiUa y {'ro• piedad. Compreende-se que um crescente nú!'nero de chilenos veja num possível desenvolvimento dessa cn1idadc um cam inho para a con• tenção da maré agro•reforn,ista e, portanto, do comunismo. cujas vias ela prepara. A não haver meio de conter o rcformis• mo pedecis1a, para onde caminhará o Chile? Se o povo aceitar como verdadeiros os ensinamentos falsos propagados pelo govêrno, para onde caminhará o país? f. ;.. isso que desejamos responder no término dêste trabalho. >
A -
Um Fidel Costro ou um Kercn sky para o Chile?
O chileno, profundamente católico, não aceitaria, ao menos por enquamo, ser dominado por um tirano do tipo F idel Castro. A triste experiência cubana tt>rnou difícil a aplicação de receita igual cm outro país latino• -americano. O mais hábil seria suscitar no Chile um Kcrensky, um líder revolucionário. socialista, mas tido por muitos como moderado. Ésse homem levaria fàcilmcnte a opinião pública nacional a aceitar urna fórmula esquerdism. Uma ve-z aceita essa íórrnula, e através de urna revolução cruenta ou incrucnta, mais ou menof.. drástica, o poder seria entregue a um Fidel Cast,·o.
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Fre i serio o Kerensky chileno?
Entendemos que o papel de Kerensky chileno cabe ao Sr. Frei. Eduardo Frei é o homem que se apregoa honesto, trabalhador, moderado. Os que se chocaram com os excessos esquerdistas de To1nic, repelindo em 1964 sua candidatura à Presidência, voltaram esperançosos as vistas para Frei. Os que receavam o marxista Allende votaram no atual Presidente como sendo a sal• vação do momento. Hábil, maneiroso, pol(1ico sagaz, Frei subiu apoiado no prcstíg.io e nas esperanças das direitas. e está íaz.cndo exatamente aquilo que levou as direitas a repelir seu opositor. Allende: o socialismo. E o homem tido ontem por moderado pelas di reitas é agora acusado de moderado pelos esquerdistas. és1cs o acoimam de tímido, de pouco arrojado. Querem um Presidente mais socialista, mais avançado.
E quem se ró o
Fidel Castro chileno? Se o processo não parar, o Fidcl Casti·o chileno será tirado do Parrido Socialista ou do Partido Comunista, ou então escolhido entre os elementos mais avançados da Democracia-Cristã. Aquêles homens do PDC q ue hoje elogiam Ficlcl. que falam cm socied,de e em propriedade comunit;írias, que promovem a luta de classes e querem uma sociedade sem classes, estarão dispos~· a escolher cm suas fileiras quem desempenhe o papel rede11tor do tiranete cubano. Os estudantes e camponeses da DC q ue hoje acusam o govêrno de tímido, de moílerado. que ameaçam uma cisao no Partido, mui to possivelmente quererão amanhã, como salvador d,_ pátria, um Allcnde, um Jcrcz. urn Silva Solar ou um Chonchol. Qualquer dêstes servirá ele Fide1. Já hoje. pouca diferença existe no Chile entre um comunista ou socialista e um dcmocrarn..cristão da linha avançada.
CONC:LUS"Ã O
O
que importa é têrmos presente que aquêles que dirigem os destinos do Chile precisam hoje de um Kerensky, e amanhã estarão à procura de um Fidel Castro. Já encontraram o Kerensky? Supomos ter deixado claro que sim. As pessoas que ainda se iludem com o Sr. Eduardo Frei dizem: A ,olução ainda está no próprio Presidente. Blc poderia fazer um expurgo na DC e continu3r com os elcinc111os bons que lá existem, auxiliados pc1o que ainda resta de sadio nos outros partidos. ÊSla fórmula. os astutos certamente procurarão empregá-la junto aos insênuos, e.aso a reação contra a atual situação política se faça notar mais intensamente. Esta fórm ula lraduziria apenas um:'I ma• nobra 1á1ica, com a qual se reteria o avanço do marxismo por algum tempo para que êlc depois recomeçasse na mesma velocidade atual. Assim se anestesiaria a verdadeira reação, que parece estar nascendo com possibilidades de vitória. Dado o resultado, negativo para o PDC. das eleições municipais de abril, os líderes democratas~cristâos poderiam recorrer a est :1 f61'mu1a. N3o é isto, entretnnto 1 que. está na índole do PDC no Chile como no mundo inteiro. Ademais, segundo as últimas noticias publicadas pela imprensa, estão êsses líderes preferindo. cm vez de dar um passo tático para trás. avançar ainda mais para a esquerda, íazendo uma aperwra a s;11is1ra. Frei já caminhou tanto. já deu tantas esperanças de revolução e de subversão às suas bases políticas, que parece não estar mais cm condições de voltar atrás sem se desgastar junto a elas. Os democratas-cristãos de vanguarda, im • buídos do ódio de classe e de um espírito reforrnista fa nático, ansiosos por Jiquidar com tudo o que existe e formar algo inteiramente- nôvo, partindo do zero, não deixarão Frei parar. nem mesmo por pouco ren1po. Blcs estão hipnotizados, e.~tão dcsvairados 1 estão cegos, como o es1avam os jacobinos da Revolução Francesa. Bles estão dispostos a montar guilhotinas e destruir todos os que se queiram opor ao processo revolucionário. Bles necessitam hoje, absolutamente, de um Kerensky, como ncccssi~ tarão amanhã de um Fidel Castro. Resta-nos esperar que Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Chile, intervenha. estimulando tôdas as fôrçM vivas que existem :10 bravo e pujante povo chileno, para que, dentTO das vias da legalidade, oponham uma reação inquebrantávcl aos que prercndcm fazer do Chile, através de etapas sàbiamente calculadas. uma segunda Cuba. Mesmo porque, se o detestável desígnio dêstes últimos se fizet realidade, o perigo comunista nesta parte do mundo terá crescido singularmente de vulto, pois terá à sua disposição, tristemente escravi1.ado1 um povo que goza de merecida " incontestável infl uência junto às nações irmãs da América Latina.
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UM PRINCÍPIO QUE A REVOLUÇÃO VAI CADA VEZ MAIS REPUDIANDO
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M A sala comum. de paredes dts11ud,,s, que 1amo pode.. ria servir poro um ambulatório, qullltt() para (l admi11i$ltd•
ção de uma cooperativu, ou uma aula de 1trupo escolar. Pela prestnça de cadeiras adaptadas para ,'iC tomarem nouis e
apontamentos, pela dt'spost'çõo dos móveis e pelo /mo de que ai• gumas ptssoos 1ta primeira /Ua tém em mão.t livros e ca1Ju11os, percebe-se que o clichl nos mostra uma sola de aula. Mos. no momento em que a /010 foi colhida> A uma aula que e.srá sendo dada. ou o Jolgotiio em mangas de chmisa, com os pl.r s6bre a cadeira, é algum aluno que aprovei/ou um iml!rvolo porâ fazer brincade;,o,t? A StJ!llftda 1,;p6tese parece uwis provável. A otiwdc cômica do 1>erso11ogem, IJ rh;ô dos que o ouvem, convido a e.fia conclusão. Digamos, entretanto, que se trote de uma aula. Do que sult tio? Curso secundário paro adultos? Aulc-E.c:cola? Curso unfrt rsitdrio no qual o professor guia os alunos pela.t mais oito~· paragens do pe11sa111ento? t di/fcil responder com base 110 foto. Pode ser qualquer coi.fa dessas, ou qualquer outra inteiramente di/ereme. Da análise ,e.suita que a ambit.ntaçêio. inexpressiva e insigni/ic(mlt, em nada ajuda a mentalidade dos que ali se acham, para reaUzor com 1/Jda o riqueza de alma o trabalho especifico o que são chamados. O que é contrário às naturais solicitações tio tspirito lrumo110, e portanto é inumano. Ob$trvações não muito diversas poderiam ser /tiras 110 tocante a<> segundo cliché. Os personagens são menos jovens. Não Irá hilaridade 110 sala. A atitude da pessoa que estú fala ndo nada tem de cômico. A sala e o.t m6veis correspondem tt um .staoding: algum tomo mais elevado. Mas uma não pequena imlefi11iç,lo paira no ambiente. Trata-se de um curso dt /Irias num /rotei de praia ou de estoção de águas? Ou de um sermão em a/Ruma seita protestante ultramodernizada? O md,,el J'Ôbrc o t/Ulll se apóia o expositor tem algo de púlpito... Nada se opõe, entre• tá11to, a qut nesta sala estejam sendo dadas algumas explicaçcJts teóricas dentro de um pequeno curso de xadrez ou de bridge. Em outros têrmos, nota--se no ambiente o mesmo érro apon•
rodo na gravura tinterior: inteira carência ,Jc relaç,io específica e clcfhtida entre a nomreza dos atividades renliwdas no local e as çogitações dos que nê/e .re encomram, e a sala, o mobiliário, e, a indumentdria dos parso,wgRns.
Aqui está, por e...:emp/o, uma sala de eswdos da Um'versidade de P,1ri.'i. na Idade Média. Os oluno.f rcallwm uma ,Uscus.são escolástica sob a direção do mestre. Tôda ,1 .re,·iedade e a nobreza da atil1idade intelectual aí se encomram afirmadas com admlrável ritJue1,a de expusslio. Ttulo njutla m estre e alunos a se concentrarem, a J·e compenetrarem ele .fl/11 elevada missôo, a <1/çor o t.fpí. as mais nobres regiões tio pe11same1110. rito A luz cntr(I fartamcnrt, mas os ,,i1rals isolam o ttmbie111e ,"1s dlJ'lrações do mundo externo. Os alunos, colocados face a face, têm 16d(1 " facilidcule para se verem e para discutirem e111re sl. Os b,wccs em que se assemam tém a ,liguidade e 11 solenidade das estalas ele um Cabido. O traje c11roc:u:rts1lco da Universida• d~ lhe.o: tOTIUI mais fácil tomar uma atitude interior cligmi e com • penetrada. A nobrez.a da função tlc e11si1wr es1ú ·csp/€111lldam e.111e expresse, n,, cátedro1 que c1 um vcflladciro trono. Os bcdéis estão o serviço do m estre e Jos alunos. e concorrem para manter a discipUna. Seu traje e sua atitude faz.em dêles~ não simples vigllantes, mas fwtcionári()S quase tão $Ole11cs quamo se fôssem ma• gistrado.r. A.t cc>11siderc1çõe.s ,Jc c,1ráter rc/igloso estão for1ememe presentes. No púlpito em que se acha o livro consultado pelo mt.flre, há um grupo escul1>hlo cm madelra. representando a Ammcioçtlo. Nas maças carregadas pelos be,Jéis encomram-se. cQ• mo era frcqiieme, rcUquias. O t:11.tino e ri disciplina se voltam para o que há de mais esllmulante nas atividades intelcctua,'s, isto é, ,1 ff. A Este tftulo, " sala comrasta com o ambiente glucialme111t. laico ,los dois clichés anterioru. A sala medieval d(l Universi<lade de Porls cóJ11r<1sta com suas congéneres m odernas porque está tôda baseada no princfpi<> de que o ambiente de um local eleve conditer com as fi11alidadts dêste, atendendo assim ao que pede unturalmente o espírito lw• mano. Nobre princfplo das socied<ldes crgânicns, harmo,;losameme hierárquicas, e sacrais, que a Revolução vai cada vez maiS repudiando.
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Na reolidade, os dois <:Nchb mostram, respectivamente, uma sola de. ,mias - com professor e alunos - na Universidade Eswduol ele Waine e. no Springfield College nos Estados u,,;dos. O priudpio subjacellle gr,,ve êrro psicológico que 1or1w estas solos - em certo sentido da pola,w, - inum,mas I o igua• Jitarismo. Dlzemôs "lnuma11as", não porque umham quol11uer coisa de oposto ds conveniências do corpo, mas porque, destinadas a at,"v,'. dmles superiores do e.spírito. recusam a ê:rtt quolquer suste1110, qualquer alento, <1ualquer i11:rpiraçéio no trabalho cheio de subti• lezas e lmponderávcls que o intelecto e a sensibilidade at devem realizar. E. com isto se compraz o igualitarismo, adversário irredmh•el da diferenclação ~ hierarquização entre espfrito t matéria, atividade imdectual e lrabo/110 manual; o iguaUtarismo que, o,liando as desigua/dQde.~ mais juMas t lwrmúnlcas, se opõe " nulo quanto é peculiar. c,1rac1erís1ico, orgônlco. E que anseia 1>0r um mundo trlvial, sem nada de típico nem de expressivo, 110 qual se liquefa• çam t desapareçam IOdOJ' ós matites ,Jc classe, de /unçiio, de /u. gor ou de idade.
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A sabedurla ,Je tôdas 11s geraçót!s que. precederam ao surgi,· dêste espamoso lrro pr,:conizava o contrário.
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Nepcrcute amplamente no Chile o fundocõo do SCOTFP J>
EVESTIU-SE de grande brólho e SO• lenidl\de o nto de fundação da So• ticdad Chilen:i de Oefc~, de •~• Trnditi6n. FnwUi:1 y Propicd:1d, rc:-tHzado no dia 28 de abril p. p,, em Santiágo do Chile.
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0$ s..1lões do Clvb Uni6n. o mais pres.• 1igioso e .1ristocrá1ico club d:\ ca1>ital an• din.i, estavam inteirnmcntc tomados por uma .issistência calcul.ida tntrc quinhen• tas e scisccnt3s pe$$Oa$. cuja pre.~nça ali significnva como acentuou um dos
orndores da sçS,Sfto -
um :uo de con•
fia.nça. "na sobrcvivêncià dos princípios da Civitizaçiio cristã e de seu fu turo triun• ro na pátritl chilena". Ao lado de íigu•
ras de rclêvo dn sociedade, de pcrs.onali• dades do Clero e da vida pública chilc• n!I, comptlre<:ernm à cerimônia elementos representativos de tôdas as classes sociais. Chamava particularmente a atenção o grande número de jovens. m,m atestado da tcpcrcussão que os idc:i.is d:\ Tr:1di• tiio, Famílln e Proprled::i.dt encontram no seio dá juvcnwdc•,
Congratulações do TFP brasi lei ro e argentino Aberta a scs...-;5o com as orações de cs.. tito. procedeu-se à leitura dos telegramas <le cong.r:Uulaçõc.~ rccebid<>ll. Em primeiro lugar foi lida n mensagem da Sociedade Br.Ltdldrn de Defesa dn ·r nullc;ifo, F:ln1tll-a e Propriedadt, assinada pelos Srs. Prof. Plínio Corrê.a de Oliveir-', Pro(. Fel'nando Furquim de AI• meida e t-11bio Vidigal Xavier d3 Sih·cirn. re.,;pec1ivamcn1ç Presidente. Vicc-Ptesiden• te e membro do Conselho Nacional. Telcgr:.lforam. igualmente, do Drnsil, as Sec,ç,ões da TFP da Gu:1nabara, Min::s Gerais., Paran;i, Santa Catarina, Rio Gr:.nde do Sul. Ccarfi. Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal. O:s outtos dcsprichos lidos procediam de Berkeley, na Caliíórn ià, C id;ide do Mex.ieo. Monlevidéu. li• ma e de divcrs.ns cidades c hilenas. Entre estas últimas mensagens se destacavam as de ag.ricultorcs do Sul.
A Sodcdad A~cnlina de t>,fcn.'i:, dt 13 Tradkión, Fnmilfa y Propledad levou J)CS• soalmcnte a sun adesão :urovés do Prcsiden• te de seu Conselho Nacional, Sr. Cosine Hccc.nr Varela Hijo. que pronunciou o pri. meiro disc:urso da sess!io innugural. O orndor ressaltou n uniiio de alrna exis• tente entre as duas cnlidl'ldCS congêneres - a ch ileno e a art,;.cn1ina - bem como en1re as revistas "Cni1,3d3," e "Fiducia". das quais e las respectivamente nasce.mm, união C$$3 que decorria do comum a mor aos princípios da dou1rina católica e às insti10ições da c ivifü.aç:io c ris1ã, bem como dn comum espcr:rnça de que cm breve êsscs 1>rincípios e es.sas ins.tituiçõcs read• quiram lodo o $CU vigor n:1 vida soéial dO$ J)O\'OS.
O discurso do Sr. Mtmucl Oniz, opc• r:irio colaborador de "Fiducia" na cidade do. Vill;irric:i - também. agora. militante da TfJ" chilena - foi acolhido com viva simp:uia. Fal:mdo cm nome dos núcleos da ,~ovei c111idade cm S:m Felipe, Va1J)ar:aíso, Temuco, Vilforriea, Ancud e Cas1ro, ;ifirmou o Sr. Mtrnuel Or1i1. a necessidnde de c:la.SSC$ sociais dis1in1as, que m!Jtuamc.ntç se cs1imem e se :tpoiem, o que sl>mcnte será poMívcl quando houver humildade pàr3 rcconh~er o papel, scm1>re d igno e belo, que Deus. consig.nou a cad:i homem, no universo.
Defeso dos volôres perenes do civHixoção cristã Tomando cm sc~uida a palavra, o Sr. 1>:11rkio Larr.1ín 81.1.s1:1mantt, Presidente do Cooselho Nacion;il da SCOTFP, historiou o surgimento da nova nssociaçJ-.>. Desde sun fundaç501 cm 1963 - lembrou S. $:,. - vem a rt\lis1a "'J;-i<fucia" consagrnndo esforços :\ defesa dos valôrcs <lllC constituem os pil::ircs da civili• 1.,3ç;to c:ri.süi: a Trndiçi'to, a F11mília o 3
Propriecfade. J.lá dois anos. pre<:is:tmcnle a 13 de maio de 196S, "Fiducia" in1crpclou pll• blic.omente o Pres.idcnté Edu;.trdó Frei, pedindo-lhe que definisse sua ambígua po• sição cm foce do direito de proJ>ricd3de (ver "Catolicismo''. n.0 ns. de julho de l96S), Esta interpelação colhi;i o Chefe de Estado demo-crist:io no aug,c de seu prestígio político e num momento cm que as fôrças sadia.t d:1 opini:ío n:-tcional aparenuw:'un estar cm completa dcs.'\grc• gaç?io. A im1>lancaçiio sub~rcptfcia do so• ci:i.lismo pelas vias lravess.1s dn ~moçracia.Cri.st5 p;irc-ci:l um foto consumado no Chile. O brndo de a1am1;1 de "Fiducia"
despertou ~ opmrno póblic.a, que começou n perceber a m;ncha ,sr.-idunl porém ncelerada cm d ireç:io .-io comunismo. c1uc o prog.rnma d e ação do partido no poder rcpresenrnva. O Presidente f!'rc i não respondeu à interpelação. confundindo-se num sisniíic.ativo silêncio. A sua cslrêln eomcçou então a empalidocer. Veio depois :, reforma agrária. A reforma agriria é ,scrntmcntc. o pri• meiro p:1s..~o drido por :,<1uêtes que. ém todM os 1>nfscs do mundo, d esempenham o triste papel de prepnrar as vias do <:o• munismo. No Chile, o Presidente Frei apresentou um projeto de lei ngro•reformi.s1a oh:tmcntc socialisrn e confiscatório. A opinião pt'1bliea. j1i al.lrmada, mns tolhida pela :tçõlo dr:iconinn.1 do govêmo Que tom:ivo. tódlS as medidas p;1ra impedir quol<auer oposição - não se mt'lnifosrn.va. Em piuticufar, notava•se a omi$$ão dos órgãos de classe. "f-iducia" foi, m.'liS uma vez, a únic:i. voz que se fê~ o uvil' cm dcfc.,ç;a. do insti• tuto da propriedade , privttd.'1. Num m~ni• resto pt1blicado. cm fevereiro de 1966. no..,i; principais jornais do pais. denunciou o plano de bolc.hevizaç5o gradual do Chih~ cm <1l1e :t implantação de uma cal re• formr1 agr:'iria importnria (ver "Cacolici:.• mo... n.0 i84, de abril de l966). Mas estas tom:i.das de atitude n5o te• ria.m c,:mslldo todo o impacto <1ue deveriam çausM. e de fa.to caus.'lra.m, sôbrc a opinião pública. se se 1ive~m limit.ldo a. proclamações pcln imprensa. Os coh1botadores de "tiducia", com seus estandartes rubros com o lc~"io dourãdo - simboli1,:mdo a fort:llez.a no com• bate :\O mal e à antiordem, 30 mesmo tempo que o fogo do omor ao bem e ~ verdadeira ordem - s..1íram às ruas p:1ra toma r contacto d ire10 com os diversos setorc$ da popul3ç.âo chilena, de modo especial com " juventude das uni\·cl'Sid:tdcs e dos colégios. Colc1ando :1ssin.ltur;1s p;ira os seus maniíc.stos e diíundi1tdo obr.,s de c:nráter dou1rin6'io ;uuicomunist:i, .,Fiducia" realizou um trabalho de escl:t• recimento, de inegável t\ka.nce. Otim3mcnte. de setembro do :1110 p:i_~.. S3do :ué janeiro dêstc a110, çola.bor~dorcs da revista percorreram m:liS de setcnt3 localidades do sul do país,, dcscnvolvcn• do essa camJ)anha de cscl~rccimcn10 de caráter estritamente idcolós ico - cm 16rno do projeto de reforma agr:Sria SO• ci:llis1a. cm curoo no Congresso nacional. Nem fornm dc1idos, na luta, pe.13 ten1:1ti• va de intimidação feit3 por mililantes de• mo-cris.tJos., os quais, logo no início, n a cidade de Tc1nuco, recorreram ao uso da fôrça com êssc intuito (ver "C~tolicismo", n.0 192. de dezembro de 1966). Não se pode neatit que ;1 ação idco• lógic.a de "Fiducia.. pesou deci,,;ivamente s6bre o rcs.ultado das eleições municipais (le abril J). J),, qu:indo a. Ocmocrn• cia•Ctist5, de (órça c ,n nsccns;'io, de fôrça dominadora mesmo. Lransfo,mou-se em fôrça cm declínio. tendo J>erdido bo3 p3r. te do:; vot~ conseguidos c1n pleitos, an, teriores. Em evidente que o Chile tinha ouvido a voz de " Fiduci:t". Assim - prosseguiu o or:idor depoi!: de wntos anos de luta cm dcí~:t dos valôtcs pcrcne.i: da civiliiaç5o crist:i, cta opotrnno dar um pa..~o o mais, e os colaborndorcs da revista resoh·c.r.'lm fun• dar ~ Socicdad Chilena de! l)efoos:t de l~l Tmdición, f·:,mllia y Propied:1d. A e ntidade., de c.arátcr c:ul1ural e cívico, naSée J)()r13.1Ho, do desejo de melhor projetar no campo temporal os ideais que inspir:101 a ação de. "Fiducia.., indcpendcme da qual exit!-tir{,. Os ideais dn SCl)TFl" são hoje puj:rntcs no C hile - concluiu o Sr. Patricio LMraín - com.o o são cm o utras n:iÇÕC;$ la1ino-amctic:i.nas. dencrc as quais cumpre destac:u· () Br:isil e a Ar• icntina , o nde se íundar:'lm entidades congêncr~ muito presiig.iosas. Ao ver men, cionado o nome do PrM. Plinlo Corrê~\ dr Olh·tir::i, Presidente do Conselho Na• cion;d d:'1 TFP bra.~ilcira, c.uja obra de pensador coi,stitui a b:.sc doutrin:'irfa da associação nas<:cntc, o nudi16tio prorrom, pcu cm espOntCinca e vibra.n1e s.1lvn de palmns. Encerrando seu discurso. (lue foi muito :1pJaudido. o Sr. P:itricio l,.arraín colocou a SCDTFP sob o JY,1trodnio de Nossa Scnhorn do Carmo, Padroeir:i do Chile.
Os sócios fundadores assi nam a a ta Ptocedcu•S-C, mo con1Snuo. à lci1ur:t e :tssinamra da :lta de íund:iç:ío d:'1 Sociedade, tendo os roc:i0$ fundadores firma• do na scguin1e ordem: Pa1ricio Larraín
Busl:lm:.lntc. P residen1e do Con.selho N:1• c ional; Pa1ricio Amuntítcgui• Monckcbcrg, Vice-Presidente: Cristián Varga.s Lyon, Secretário; José Miguel Lccaros. Mnckeno::i, T~ourciro; Jaime Antúncz Aldunate, Alcjandro Bravo Lir:l. Maximiano Griffin J{ios. Gon1,:ilo Larrain Campbcll, Fernalldo Lnrráin 13us tan1an1e, Afrcdo MacH.1lc: Espino:,..:\, Luis Montes Oc-c:inill:i., Héctor JUcsle Contrcr3s e Mauticio Vaq;as Lyon, Coosclheiros. (!nccrràdà e.~a parte da solcoidade. O$ presente:. foram C(mvid.'ldOS- a. a:;sinar o fo•ro de visita$. sc.ndo•lhc.~ ~rvido un, "cock-tail " que se prolongou. cm am~ bicn1e de grnnde cordi:did3de, por vãtia..~ horas. Nos ~:.Iões lnterni.s do C lub Uni6n, ha viam sido monrnctos s11gcsti\•()$ mostruário5. onde se expunham àS divcrs~u• Mi• vidndcs des.cr1volvid1Lt J)(>r "Fiducia". do, c.ume1uadas com dossiers de íotogrnffos e te<'Ottcs de jornais. As ..,itórins obtidas no Brasil pela Sociedade. Brasilcit:i. de De• fcs::i da Tr~diçJ.o. Famíli:, e Pro1>ric;d:.1dc. bem como as tomadas de .nlitude da rcvis.rn "Cruzada" n::t ,\rgentin::t, er::tm tam~ bém rccord::td:i.s por meio de um abun• dnotc document;'trio.
Fôrça nova e vitoriosa o serviso do Chile hodierno No· dio. ) de. maio p. p., o Conselho
Nadonal dá 'fFP c hilena concedeu uma cnttcvis.to coletiva à imprensa. nos S."l.lÕCs do Ho1cl Crillón. cl'l1 Santi:1go. Com1>a• recernm 23 jorn:i.lis1as dos di\·cl'$0S pcrió• di-cos da capi1~11, do r:íd io e d :\ televisão, O Sr. Pa1ricio Larr:iín lh1s1:mrnntc expôs inid:1lmcnte os princípios q~1e nortci:un a entidade. cabendo ao Vic.:-Pr~identc. Sr. Pa1l'ieio A111m1{i.tegui, h ii.t(>riar as c:,mp:.nh:,,s j{t re~diz::td3s 1X>r "Fiducia". Por íiin, O."I jorr1;.distas. sub1ncte,am os membro.,; do CN :-. um:~ lon~;i série de pertun1as. j1i:::idindo sóbto (IS diversos J)(>l'ltOS Póf êles abordados. r;m seus eomcni:h i\')S. divulga.dos 1>elas
tmissorn!l de r6dio n:1qucle mesmo dia o u publicados 1H,s jotn:>is do dià seguinte-. or. jornalistas de orien1.oç5o progressis1:1 n;io esconderam o seu dcsa1>0nt::imcnto ::to con:aritarem que os ide.lis que julgavam se• puhados no pó da His.16ri:i. c.,ç;rnvam 111;.li.s vivos do Que ,~unCà. cncontr:1nd1> :1 m:iÍ(u• ressonância junto à opioi::io pública. 0 Conselho N:,ciooal da SCDTFP q11is m:,rc.ot :i. fundaç5o d:.'I Sociedade com um manifos.to :. 1ôda a nação chilena. Sob ,, titvlo de "Uma fôrça 110\':t e vitorio~-' a serviço do Chile con1cnworfü1co: a Socicd:idc Chilc.1H\ <lc Dcícst' da Tmdiç:io, 1::-amíli:t e Propriedade", e oçupando uma pfa&in:t inteir:1 d:t ediç.ã o de S de maio p. p . de "EI Mercurio". foi exr,osra a. 1x,siç.io doutrirlMi:t e- prátic:\ d:t assocfoç5o sól>1e os problemas mais candentes da :1tu:11id:i.dc mundial e c hilc1l3, cm par1icular os rc1:uivos à sobre\'ivéncia d:i Ci\ ili1.aç~o c:ri.st5, t..sse monifesto foi reJ>'fóduzido cm jor, nais de Tcmuco e Osorno. Aind~, p:i.r:t :,ssinal:u :t constilUição da Sociedade, duas enormes faixas com V$ dizeres " A SCDTPP. c1n su:t fundação. s.1tíd3 o J>OVO chileno e faz vo10s de quç o C hile ntío venha :'I tct uma reforma agr.í,ia socialis.ta e confiscatória" for~m colocadas ern ,uas de J;1r3ndc movimc1lto. onde 1>0diam ser vis1as por m1mcroso 1>(1blico. As faixas de.,;J)ett;.uam mui10 :t 3tençâo. 1
Repercussões na imprenso, no rádio e no televisão A fundaç.Jo da So<-itd~1d Chllcn;a de Ocícns:1 de ltl 'l'r.1dici6n, 1•·:uuili:1 )' Prc,picd:id, seguida pela 1niblicacão do ,,ianifcslo, rcpcl'éu1iu imensamente cm todo o pais. Our:inte víirios dias foi assunto obrig:uótio de conversa nos mais varia• do$ ambicntc..t chilenos, do que. s:io uin ec:o as repelidas referências (citas pclM jornais :,\ Sociedndc n 1>rop6sito de sua fundação. Ntto é de. ~1rnnh:1r, J)OrHUlh.>. que umn emissor!\ de telcvis5o, a da U,livcrsidndc• C.1tólic.n, tivesse 1>edido uma cnirc..,ista ~ cntid:i.dc. No mesmo dia. da divulgaç:io do maniícsto, o Sr. Pmricio Annináteçui foi cnltC\'ÍStado durnnlc. .,.intc minutos, no horário notutno de maior nudiência. O Vice-Presidente dt'I TFP çhilcna teve ~ssim oJ)Ortunidadc de tcrifirm~r. pcrnme mais de 500 mil cspcc1adore$, os ide~is que norteiam a novel entidade, 1c1Hlo rc• ccbido numerosos telefonemas de eongtntuh1çõcs.
Paulo VI c1ri Pá1io1;t (foto UPJ cxclu siv;, para ºC.:1tolici:.rno")
PREITO FILIAL DE HOMENAGEM E GRATIDÃO
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ODOS ?S anos, desde sua fundação, "Catolicismo" comemora com vencraçao e afeto particu lar a festa de São Pedro.
Com efeito, a piedade cristã aproveita sempre essa data , não só para cu ltuar o glorioso Príncipe dos Apóstolos. como seu Sucessor reinante. Pois Pedro está presente, espiritualme nte, cm cada um dos que ao longo dos séculos o vão substituindo no Sumo Pontificado. Acresce. que neste mesmo mês - no dia 30 - por uma coi ncidência feliz, ocorre também o aniversário da coroação do Santo Padre Paulo VI. Assim, neste ano como nos anteriores, nossas vistas se elevam em preito de homenagem respeitosa e íilial para a figura de Sua Santidade o Papa Paulo VI, gloriosamente reinante, enquanto nossos corações formulam ií Virgem Santíssima, Medi,rneira de tôdas as Graças, preces ardentes para que Ela o ilumine, o assista e o favoreça com a plena cíusão de seus celestiais favores. ÊSses votos tanto mais ardentes se tornam, quando o Brasil vem de ser objeto de uma particu lar manifestação da solicitude do Papa Paulo VI. Reícrimo-nos à Carta - datada de 30 de abril - que, por ocasião da assembléia plenária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em Aparecida, o Santo Padre enviou ao Emmo. Cardeal D. Agnelo Rossi, Arcebispo de São Paulo e Presidente da CNBB. Nesse D0<:umen10, q ue ficará em lugar de relêvo nos anais da história religiosa do País, "Catolicismo" - que se consagrou à dura tarefa de ser o paladino das "Verdades Esq uecidas" - se compraz cm destacar o seguinte tópico, refereoti: aos erros que infelizmente grassam hoje nos meios católicos brasileiros e a cujo respeito tanto fornecemos fatos e comentários, que muitos timbram em esquecer: "Vossa asse-111bléia reàliZ<h'i€ 110 <lespo111t1r tio Ano da Fé, que tive-
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111os " (1legria de proc/(llnar mundo, para celebrar êste centenário do martído do Príncir>e dos Af">stolos. Portanto; não vos seja desagradável se, també111, t1 vós. confia,nos 11111 const<mte pensamento que Nos está n,uito 110 COrClÇlio e que, há pouc(ls senumc:s atrá~·. 1na11ifestli"a111os aos Nossos ve11eráveis Irmãos e Filhos do Episcopado Italiano. vindos vara fazer-Nos visita no curso de sua asse111bléia ple1l'ária. A liáY, porque Nos
encontrcunos na i,npossibi/idade de efetuar 1aml;b11 convosc:o êsse encontro ,;os ad os", ,.esolven,os abrir-vol· a alnw "per chartam e1 c.~1ra111en1um 11 • Recordan1os, pois, certas rendências da doutrina e nos costu,nes, vcculiares não sinnente ,la "1ne111alid,1de profana, a~,·e/igiosa e tmti-l'eligiosa'', que ,·aracteriz" va~·tc,s t·anwd<1~ de: sociedtule contemporánea, 11ws que igualnzente se revelmn Hno campo 'Cristâó, não excluindo o campo católico e, 111uitas vêzes, como um. inexvlicáve/ cs11írito de orgu/110 {SI. 19, 14), também entre os que conhece111 e eswd,1111 ,, palai•ra de l)eus"; tendências que, esta,nos certo, constituen, ta,nbém para vós 11101ivo de avree11são. tanto mais porque elas se _acham em violento e perigoso contraste co111 <1 fé simples, (1 profund(1 religiosidade e a adesão singela e quase instintiva. do vosso bom povo ao magistério da Igreja. ''Cumpre a 116s, Bispos, em prinu:iro lugar - \acrescentávamos mestres e reste1111111l111s ,1,. fé que sonws, ~omar r><>.rição através d11 afirmação positiva da palavra de l)eu.v e da doutrina da Igreja <111e dela deriva; e, onde isto não bastar, com a calma e .,incera denáncia de erros, espalhados por vézes co,no unw evide,nia. c111npre-nos a nós, Pastores de almas, co,npreender, con1pa,·tilhar, instruir~ corrigir os e.tpíritos aind<1 abertos ao diálogo e à busca, da verdade, ál'idos às ví!.zes de 11111 Jeste,nunho nosso sereno e razoável. e mtlÍS próximos tio que tal.,ez nos ,,areça, a .reabrir os olhos ,,arti a luz de Cl'isto: c11111r1re-nos, nos mo111e11tos 1/e crise n1ais grave, reve1il' a Ele, Cristo, em ,w:ue de todos, as palavr<Jl' de Pedro: "Senhor, (1. quem iremos? Só Vós tendes palavras de vida eterna" (Jo. 6, 68)". Confiamos que o Ano da Fé oferecerá <• cada 1.1111 de 116s <1 ocasi<io de estudar os problemas inerentes à fé e de dar à nossa fé a adesão i11ter11" e a profissão exterior, que esta hora de trel'aS e de relâmpagos e.Há a exigir de nós, Sucessores dos Apóstolos ("Osserv. Uom.", 8 de abril de I 967 )".
Estas palavras do Augusto Pontífice constituem ponderoso motivo para grangear a Sua Santidade a gratidão de todos os brasileiros.
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ll Diretor: Mons. Antonio Ribcito do Rosario
Porrneuor do primefro cliché de
J.a página de nosso mínuro 100.
Nossa Senhora publicado em "Ca• wlicismo11 • Esta mesma imagem. visu, ele outro ângulo. ilustro u a
110
qual foi publicado o ensaio ,lo Ptof. Pti,,;o Ccrrl!a de 0/r'veira,
"Revolução '1 Co11tra-Revoluç,lo11•
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t Antonio, BISPO OE C AMPOS Os cruz.ados diante de Jtrusalém: reproduç,5o do cliché da primefrl.'I. pág.i03 de noS$0 n6mcro 1.
.. . Como vemos, o próprio da Igreja é de produzir uma cultura e uma civilização cristã. ~ de produzir todos os seus frutos numa atmosfera social plenamente católica. O católico deve aspirar a uma civili7,ação católica como o homem encarcerado num subterrâneo deseja o ar livre, e o pássaro· aprisionado anseia por recuperar os espaços infinitos do co!u. E é esta a nossa finalidade, o nosso grande ideal. Caminhamos para a civilização cat61ka que poderá nascer dos escombros do mundo de boje, como dos escombros do mundo romano nasceu a civilização me-
dieval. Caminhamos para a conquista dêste Ideal, com a coragem, a perseverança, a resolução de enfrentar e vencer todos os obstáculos, com a qual os cruzados marcharam para Jerusalém. Porque se nossos maiores souberam morrer para reconquistar o Sepulcro d.e Cristo, como não quereremos nós - filhos da Santa Igreja como êles lutar e rnorrer para restaurar algo que vale infinitamente mais do que o preciosíssimo Sepulcro do Salvador, isto é, seu rei.nado sôbre as almas e as nações, que 2 1e criou e remiu para O amarem eternamente?
Conclus.1o do artigo de aprescnlação do n,ímero J: "A cruzada do século XX", r>elo Prof. Plinio Corrêa de OJiveirn.
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N.0 200 -
AGOSTO DE 1967 -
ANO XVII
Número avulso. N Cr$ 1.00
os PROGRESSISTAS, •• L E PAYSAN DE LA GARONNE'' E O. DIÁLOGO
ELAZIONI, revista romana de estudos políticos, econômicos e sociais, di rígida com brilho pelo Sr. FRAN· CESCO LEONI, dedicou seu número de j:,neiro dêstc ano a uma exposição do chamado progressismo católico.
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Poderia parecer estranho que uma revista de estudos sociais, econômicos e políticos se interessasse por um problema interno da Igreja. Uma consideração mais atenta da História e da sociedade dissipa qualquer estranheza a respeito. Sendo a Igreja a instituição ordenada por Deus para orientar todos os homens na direção de seu fira último, é natural que os seus problemas despertem a atenção de todos. Por êsse mesmo motivo, está a Igreja no centro da História, de maneira que é impossível fazer História sem contar com Ela, sem pensar nEla. E os fatos comprovam esta tese. No decurso dos séculos, todos os grandes movimentos, ainda quando pareciam ignorar a Espôsa de Jesus Cristo, tinham os olhos voltados para Ela. Assim, os enciclopedistas que desejavam vê-la morta, como a Revolução Francesa que -pretendeu destruí-la, ou Napoleão que quis enfeudá-la. Em um de seus romances, dêsscs romances que servem para desvendar muitas verdades, Jules Romain declara que o ideal da Maçonaria seria· ter urn Papa de sua grei; e a visita recente de Podgorny ao Santo Padre mostra como mesmo um Estado ateu militante não pode ignorar a Igreja. Não admira, pois, que o progressismo católico, que perturba a. paz interna dos fiéis, preocupe os estudiosos dos problemas políticos, econômicos e sociais.
Para dar um panorama objetivo da situação religiosa com relação ao progressismo, nas diversas nações, "Relazioni" pediu a colaboração de teólogos cm exercício do ministério nos seus respectivos países. Dos depoimentos assim coletados, deduz-se Ul!la afinidade, ou melhor, uma consangüinidade entre o progressismo e o modernismo. O progressismo seria o modernismo aperfeiçoado dos nossos dias. De fato, há num e noutro movimento a mesma intenção de adaptar a Igreja ao evolucionismo e dema is correntes filosóficas, científicas e sociais em voga no mundo atual. Daí uma simpatia dos progressistas pelas posições vizinhas do comunismo, ao qual olham com uma certa admiração e benevolência, provocada pelo que nêle "há de bom."; uma ignorância, aparentemente ingênua, das decisões do Magistério Eclesiástico que lhes são in_côn1odas; uni relaxamento n~ moral, de acordo com os pendores sensuais da sociedade de hoje; e sobretudo uma intolerância feroz para com todos quantos não pensam como êles, ou, pior, tentam esclarecer a opinião pública sôbre os pontos de doutrina por êles desvirtuados. A êstes aplicam os progressistas o conselho de São João, no trato dos hereges: "nec Ave ei dixeriris" (2 Jo. 10). Não só. Vão mais longe. Não duvidam usar de todos os meios para desacreditar êsses seus irmãos na Fé, que, no entanto, não podem aceitar o cristianismo que êlcs apregoam. Assim, através de calúnias - as mesmas em tôda parte, como que obedecendo a uma só palavra de ordem internacional - são, êstes católicos fiéis, dcsautorados como homens de direita, nazi-fascistas, retrógrados, exagerados, e sobretudo "integristas". Esta última é a excomunhão maior. Do " integrista" deve fugir-se como o diabo da Cruz. Esta situação faz com que, apesar das reiteradas recomendações cto Papa, o diálogo esclarecedor se torna impossível. Quem não fôr progressista será cham.ado de "cão"
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se fôr francês ( cf. Pe. Michonneau), de "c,mgaceiro" se fôr brasileiro ( cf. venerando Prelado destas plagas). De onde, a purificação dos meios progressistas, de maneira a impedir que seu modo pensar e agir se torne abertamente contrário ao que ensina e manda a Igreja, só poderia obter-se mediante alguém que pertencesse a tais meios, ou ao menos que, pelo pendor do seu espírito, pudesse ter audiência ali.
Tal esfôrço parece ter sido, em parte, tentado pelo Sr. JACQUES MARITAIN com· seu último livro, "LE PAYSAN DE LA G,,RóNNE". De fato, de Maritain os progressistas não poderiam desconfiar. .e1e mesmo se intitula um homem de esquerda por temperamento. Aliás, é conhecida a posição que tomou por ocasião da guerra civil que expulsou o comunismo da Espanha. Não é partidário do regime temporal vigente na Idade Média; opõe mesmo seu Estado " vitalme111e cristiio" ao Estado sacral. "/<1risaica1nente cristão", daquela época. Enfim, tem tôda uma feição de espírito capaz de agradar o paladar dos progressistas. A isso tudo acresce que o filósofo de Meudon não só evitou cuidadosamente qualquer aproximação com os detestáveis "integristas", senão que se preocupou, êle também, em execrá-los no seu testamento, como chama a seu "Lc Paysan de la Garonne". Tinha, pois, Maritain tôdas as condições para ser ouvido pelos progressistas. - Que aconteceu? Reconheceram êstes os desvios apontados, ou ao menos resolveram refletir melhor para remodelar suas posições, de maneira a conformá-las com os ensinamentos da Santa .fgreja? Nada disso. Os cori(eus do progressis-. mo não só não quiscran1 ouvir a Maritain, senão que alardearam repeli-lo como a um renegado. o SR. JEAN MAOIRAN, no número J l 2 de sua revista "ltenéraires", reproduz os julgamentos do dominicano Pe. François Biot, e do célebre Henri Fesquet , de "Le Monde" e "Témoignage Chrétien". A partir dêsses julgamentos deduz-se, como faz Madiran, que, para os progressistas, Maritain é desonesto, alia-se com os adversários do Concílio, imita revistas ºintegristas",
opõe-se à renovação da Igreja, mostra uma mentalidade de extrema direita, ~ cm uma palavra, Maritain identifica-se com Maurras, o detestado chefe da "Action Françaisc"! A triste conseqüência que nos oferece "Lc Paysan de la Garonne" é que estamos diante de pessoas obstinadas. Dos modernistas disse São Pio X que "pelas suas mesmas doutrinas são formados nwna escola. de desprezo <t rôda autoridade e a rodo freio; e, confiados em sua co11sciê11cia falsa, persuadem-se de que é amor à verdade o que não passa de soberba e obl·tinação", e essa mentalidade "faz desvanescer tôda esper<mça de cura". Também nisto os progressistas se mostram fiéis aos seus antepassados.
Poderiam dizer que, ao denunciar o progressismo, o autor de "Le Paysan de la Garonne" não foi lógico consigo mesmo, com seu passado, com as idéias que até agora defendeu, e por isso teria desagradado os construtores do nôvo cristianismo. Porquanto êstes se professam discípulos de Mari taio, segundo se pode ver neste testemunho do Pe. Biot em "Témoignage Chrétien" (apud "Itinéraires", n. 0 112, p. 36): "Não deixa de ser verdade que o autor nüo recon.hece 110 que há de ntais vivo hoje na
Igreja as conseqüências dos princípios aos quais êle continua a aderir. [...) Que 1111, hornem retirado na sua ermida, rendo chegado a uma idade avançada, não ()OSsa compre: ender o desenvolvimento daquilo que êle n1esmo contribuiu a impulsionar, é coisa que não deve nos espantar tanto". Semelhante excusa não favorece os progressistas. Pois que o -problema não é de saber se o Sr. J ac.ques Maritain é o autor dos princípios que logicamente frutificam no progressismo; a questão é de saber se a posição progressista é ou não é ortodoxa. Se "Le Paysan de la Garoone" mostra que ela não o é, ou ao menos que conduz à heresia, o progressista, que se diz e quer ser católicc, deve aceitar e agradecer a lição do seu mestre, e mesmo felicitá-lo por deter-se, e não chegar às conseqüências naturais porém errôneas de seus princípios.
Não quer diur que o livro do Sr. Jacques Maritaio tenha sido inútil. S. Sa. tem um largo círculo de influência, e muitos de seus discípulos, eventualmente titubeantes, terão sido confirmados pela palavra do .mestre, e os que não perturbava dúvida alguma ter-se-ão sentido reconfortados. O que diminuí o valor de "Le Paysan de la Garoone", e constitui uma GRAVE DI\• F!CIÊNC!A da obra - deficiência MORAL e INTEt.ECTUAL - é a injustiça com que trata os que chama de "integristas", e que são nada menos do que aquêles que se mantêm fiéis à doutrina tradicional, e não se deixam levar por ilusórias esperanças de um acôrdo com as tendências do mundo, mediante a extenuação da tradição católica; injustiça só comparável à fragilidade dos argumentos que pretendem fundamentá-la. O autor do livro não pode ignorar que a alcunha de "integrista" foi i.nveotada pelos modernistas para denegrir aquêles que se opunham à realização de sua emprêsa nefasta, e para assim desviar de si a atenção da opinião católica, apresentando o àdversári.o como portador de uma mentalidade tacanha, incapaz de compreender o "progresso" da Religião que a seita pretendia realizar. Dessa maneira, são arrolados entre os "integristas" homens de saber s.ingular como o Cardeal Billot, com quem a Teologia de fato progrediu. O Sr. Jacques Maritain não pode ignorar êsse fato. Como então diz que "o INTEGRISMO É A PIOR OFENSA À VERDADE DIVINA E À lNTELIGÊNCIA HUMANA"? Depois de uma afi.rmação como essa, que valor podem ter as atenuações com que procura diminuir o impacto de seu ataque? Como pode êle dizer que entre os "integristas" há alguns que são de "haute valeur"? Como pode alguém ter, não digo grande, mas algum valor, se adere ao que o Autor chama de "pior ofensa à Verdade divina e à inteligência humana"? Que podem significar . essa e outras atenuações semelhantes? A.liás, a aversão do Sr. Maritain aos "integristas" não difere, na intensidade, do ódio que lhes votam os modernistas. Pois, de fato, no meio de tôdas as atenuações com que pretende salvar ao menos as aparências da caridade que se deve a todos os homens, máxim.e aos "domesticas fidei" (Gal. 6, 10), declara êle que o "integrismo" ,rabalha no inconsciente e da( espalha seu veneno, o que, na lógica das opiniões de Maritain (e ninguém lhe negará a lógica no pensamento), significa que os "integristas" são insanávci.s: queiram ou não, trazem êles no seu inconsciente "a pior ofensa à Verdade divina e à inteligência humana". São, portanto, uma espécie de homens visceralmente opostos à Ve~dade, e que difundem o
êrro por uma necessidade de sua natureza, porquanto não percebem o mal que fazem, e por isso são incorrigíveis. São como empestados que, por ig1YOrarem seu esta.do, vivem entre pessoas sadias contaminando-as com o mal de que são portadores.
Depois de um ataque de semelhante porte, a um filósofo é natural que se peça uma prova. O autor de "Lc Paysan de la Garonnc" o sentiu, e (ao contrário dos outros adversários dos "integristas", que se limitam a injúrias) procura dar uma definição do que entende por "integrismo": Para êle, o "integrismo" "apodera-se de fórmulas verdadeiras que esvazia de seu conteúdo vivo e gela nos refrigeradores de uma inquieta políci" dos espíritos". Esta definição comenta muito bem o Pe. Berto, no número citado de "ltinéraires" - na sua primeira parte foi usada por São Pio X para descrever os modernistas, e a segunda parte não acrescenta nada. Assim, sentindo a necessidade de justificar sua antipatia odienta ao "integrismo", o nosso filósofo só soube defini-lo com o que êle mesmo sabe ser seu oposto! Convenhamos que não faz honra a um espírito lúcido como o de Jacques Maritain. E doloroso verificar que uma tal aversão aos "integristas" não procede, como acabamos de ver, de uma razão objetiva, de um fato real, de algum êrro que êles sistemàticamente sustentassem. Teria a tirada do Sr. Maritain contra o "integrismo" por motivo o desejo de ter audiência junto aos progressistas? Não o queremos crer. Sua avcrs~o procede talvez de um ressentimento pessoal que êle não soube esquecer, não soube perdoar. De (ato, lê-se no livro que o Autor "també,n foi víti111a dos processos e das acusações e denúncias dos integristas". E êsse fato passado a.i nda lhe dói. na alma, apesar da idade avançada. Não é edificante. Com a devida vênia transcrevemos aqui o comentário que à queixa do filósofo faz o Pe. Berto, no aludido número de "Itinéraires": "Corno qualquer escritor que apresenta ao ()úblico seu pensamento, o Sr. Jacques Maritain ex()õe-se a contestação; como todo e,scritor católico, êle se ex1>õe a se ver denunciado à Santa. Sé por aquêles que ;ulgam dou1ri11àriame111e inaceitáveis tais ou tais de suas opiniões; êle não ignora que, não obstante tôdas as decla111ações, esra denúncia é ()erfeitamente legíti111a, constitui um direito e uni dever reconhecidos a todos os fiéis pelo canon 1317, ainda eni vigor. [ . . . ] Certarnente não é agradável, pode 111esmo ser profu11da111ente doloroso ver-se alguém acusado e denunciado até perante a Cátedra. suprema; mas é ser rnuito apressado, mesmo quando se é o Sr. Jacques Maritain, dizer que essa acusação e denúncia só pôde ser feira pelos "integristas'; por ho111e11s cujos adversários lhes dão· essa alcunha. O faro é possível, e 11ós nada sabemos sôbre €le; ésses homens, no e111a1110, procede,n e são levados por n1áximas nmito diferentes daquelas que lhes imputa o mito do "integriStn<>".
Chegamos assim à dolorosa conclusão de que, apesar dos escrúpulos que tenham levado o Sr. Maritain a escrever "Le Paysan de la Garonne", não deu êle um passo para tornar possível o diálogo interno, no seio da Igreja, ou seja, o diálogo que poderia pacificar os católicos unindo-os na realização da renovação da Igreja, almejada pelo li Concílio Vaticano dentro da ortodoxia.
D. A. C.
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"Catolicismo" celebra em seu número 200 oquarto centenário do nascimento do celestial Patrono dos jornalistas
UM• SJ\I\ITO • J\I\ITIIGUJ\LIT ARIO 21 dêste mês de agôsto transcorre o quarto centenário do nascimento de São Francisco de Sales, Doutor da Igreja, fecundo e vigoroso apóstolo da Contra-Reforma e celeste Padroeiro dos escritores e jornalistas católicos. Por feliz coincidência, tão grata enfeméride se regis • tra quando "Catolicismo" dá a lume seu 200. 0 número. E se para assinalar nosso número 100 publicamos o ensaio " Revolução e Contra-Revolução", de autoria do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, que encerra as linhas ·mestras do nosso programa de ação, é altamente significativo que na passagem de mais êste marco de nossa caminhada nos seja dado comemorar o quarto centenário de um Santo que ocupa lugar insígne na constelação ·dos celestes- protetores da família de almas que se congrega em tõmo de "Catolicismo". Dizia Santo Epifânio que o início de tôdas as coisas é a Santa Igreja Católica. Ela existiu. a.ates de ser fundada, quer nas promessas do Velho Testamento, quer tendo sua pré-figura na atuação dos justos e dos profetas suscitados por Deus entre o povo escolhido. De modo análogo podemos dizer que todos os Santos surgidos, após a Redenção foram contra-revolucionários mesmo antes de se delinea:-· rem no horizonte da História os contornos do espantoso Lcviatã que é a Revolução una e universal. Consideremos por exemplo um Santo da Idade Média. Ninguém ignora que a pobreza foi a virtude dominante de São Francisco de Assis. Mas é preciso não esquecer, como bem acentuava o Padre Gemem, que êle passou a mocidade cm um ambiente povoado de hereges que tomavam a pobreza como objeto principal de suas pregações. "O que distingue desde o principio São Francisco dos hereges e o coloca de um modo incontestável rtu,iro aci,na ele tôdas as seitas existentes é a sua finne e total sub,nissão à Igreja Católica" (Pe. Agostinho Gemelli, O. F. M., "O Franciscanismo", Ed. Vozes, 1944, p. 36), pois enquanto aquêles pseudoamantes da pobreza espalhavam a revolta contra tôda autoridade, chegando à abolição da propriedade privada e ao mais abom.inãvel desregramento dos costumes, co.mo herdeiros que eram dos maniqueus, o Seráfico Patriarca "viveu verdadeira e integralmente o Evangelho, e é por isso que foi católico, apostólico, romano" ( obra .cit., p. 37). Estamos, portanto, diante de um verdadeiro contra-revolucionário avant la letre. Mas houve Santos, nos últimos séculos, dos quais se pode dizer que tiveram de modo mais nítido e específico o papel providencial de combater de perto e diretamente as insídias da grande subversão. Entre êles ocupa um lugar de luminoso destaque o inspirado autor das Controvérsias, em que o polemista católico se mostra em todo o vigor, e de outras obras como a Introdução à Vida Devota e o Tratado do A,nor de Deus, destinadas ao afervoramento dos fiéis em meio aos vagalhões de orgulho e sensualidade que o neopaganismo renascentista levantava pelo mundo.
A
Padroeiro contra o falso irenismo
Nascendo e vivendo em uma época em que a Cristandade colhia os primeiros e amargos frutos da revolta de Lutero, São Francisco de Sales teve na Contra-Refor~ ma um papel de relêvo não somente ao defender os direitos da verdadeira Igreja e ao trabalhar com intrepidez apostólica pela conversão dos protestantes, mas também e sobretudo ao espalhar por tôda parte o mel de suas obras de formação espiritual. Pregando com tôda a suavidade e não menor firmeza as verdades de nossa Fé, praticou São Francisco de Sales o verdadeiro ecumenismo, diametralmente oposto a "êsse
falso irenismo que causa dano à pureza da doutrina cat6lica e obscurece seu sentido autêntico e incontestável", como lembrou o Santo Padre Paulo VI, gloriosamente reinante, na Carta Apostólica "Sabaudiae Gemma", publicada a 29 de janeiro do corrente ano para mostrar à Igreja Universal a atualidade do Santo Bispo de Genebra. Já o Papa Pio XI, dirigindo-se a todos aquêles que, pela publicação de jornais ou outros escritos, explicam, propakam e defendem a doutrina católica, advertia que, "con,o Francisco de Sales, deven1 guardar na discussão a firmeza uniiia ao espírito de ,noderação e de caridade. O exemplo do Santo Doutor lhes traça claramente a linha de conduta: estudar con1 o maior cuidado a doutrina católica, possuí-la na medida de suas f6rças, evitar quer a alteração da verdade quer a sua atenuação ou dissimulação com o pretêxro de não magoar os adversários; atender à pureza e elegância do estilo, revestindo e adornando as idéias co,n uma linguagem brilhante que torne a verdade atraente ao leitor; impondo-se o combate, refutar o:f e"os e opor-se à malícia dos obreiros do mal, mostrando sempre estar~re animado de intenções retas e impulsionado acima de tudo por um nobre sentimento de ca,ridade" (Encíclica "Rerum Omnium", de 26 de janeiro de 1923). "Deus tudo dispôs em monarquia"
Isto pôsto, acentuemos em breves palavras um aspecto frisante da atuação de São Francisco de Sales contra o espírito da Revolução. Tomemos a nota do igualitarismo, que se acha no âmago de todo o processo revolucionário. O Santo já percebia argutamente a tendência igualitária no protestantismo de seus di.as e contra elas prc• muniu o Duque de Sabóia, como mostrou o Prof. Plinio ·Corrêa de Oliveira em seu citado estudo "Revolução e Contra-Revolução" (Parte I, cap. Ili, D). Mas não se limitou a isto a ação de São Francisco de Sales neste setor. Em contraposição à demagogia igualitáría que lavra hoje cm dia mesmo em certos ambientes católicos, pregou êle a admirável desigualdade desejada por Deus entre os homens, como ressalta, por exemplo, dos títulos de alguns capítulos da Parte III de sua Introdução à Vida Devota: "Da pobreza de espírito observâda entre as riquez.a.s'' ( cap. XIV) ; "Con10 se deve praticar a pobreza real, ficando não obstante realmente rico" (cap. XV); e finalmente, "Como se há de praticar a riqueza de espírito no meio da pobrew real" ( cap. XVI). Em vez da revolta contra as desigualdades sociais, ensinava êle o amor à pobreza: "Lembrai-vos co,n freqüência da jornada que Nossa Senhora fêz ao Egito, levando para lá o seu amado Filho; e quanto desprêzo, pobreza e miséria lhe foi preciso suportar. Se assim viverdes cort, Ela, sereis ri((Uíssima na vossa pobreza" ( obra cit., cap. XVI da Parte UI). Nas épocas de fé, que de mais comum entre os ho· mens do que a vida de piedade? Ainda aqui mostra o Santo os efeitos que a justa desigualdade de condições pessoais acarreta, segundo os desígnios da Divina Sabedoria: "Na criação mamiou Deus às plantas que cada uma desse f;uto conforme a sua espécie: assim manda também aos cristãos, que são as plantas vivas de sua Igreja, que produzan, frutos de devoção, cada um segundo seu estado e oficio. De diferente modo hão de praticar a devoçiro o gentilhome,n e o artesão, o criado e o Príncipe, a viúva, a donzela e a ,nulher casada; e não basta isto: deve o exercício da devoção acomodar-se às fôrças, aos negócios e às obrigações de cada um em particular. Pergunto, Filotéia: será ben, que o Bispo queira ser solitário como os Cartuxos? E que os casados não
façam por adquirir ,nais que os Capu,·hinhos? Que o artesão esteja todo o dia na igreja como o Religioso? E o Religioso sempre exposto a tôda sorte de encontros, por serviço do próximo, co,no o Bispo? Não seria, uma devoção como esta, ridícula, desordenada . e insuportável? ( ... ] Não Filotéia, a devoção quan,io é verdadeira nada destrói, antes é que,n tudo aperfeiçoa; e togo que se n1ostra contrária ao legitimo ofício de cada um, é falsa se,n dúvida" (/ ntrodução à V ida Devora, Parte I, cap. III). Essa hierarquia existente na criação ·e no convívio entre os homens se manifesta também dentro de oós mesmos, em nossa vida interior. Vejamos como o insigne Doutor nos ensina esta verdade contra-revolucionária, ao provar em um de seus livros que, para a beleza da natureza humana, Deus conferiu o govêrno de tôdas as fa· culdades da alma à vontade: "Deus, pois, querendo tornar boas e belas t6das as suas obras, reduziu a nmltidão e distinção delas a uma perfeita unidade; e, por assim dizer, as disp6s tôaas na monarquia, fazendo que tôtlas as coisas interdependam u,nas das\ outras, e tôdas dele, que é o Soberano Monarca. Reduz todos os ,nembros a um corpo, sob u,na cabeça; de várias pessoas forma uma família; de várias familias, uma cidade; de várias cidades, uma provincia; de várias províncias, un1 reino; e subn,ete todo um reino a um só Rei. Assim, Teótimo, por entre a inumeráve[ ,nul/idão e variedade de ações, movimentos, sentimentos, inclinações, hábitos, paixões, faculdades e potências que estão no homem, Deus estabeleceu 11111a natural monarq_uia na vontade, que ,nanda e domina sôbre tudo o que se acha neste pequeno mundo, é parece que Ele disse à vontade o que Faraó disse a José: Serás sôl>re a ,ninha casa, todo· o povo obedecerá ao ,na,ulo da rua boca; sem teu n1ando, ninguém se moverá ( cf: Gen. 41 , 40-44 ). Mas êsse domínio da vontade praticase, por cerro, n111iro diferentemente" (Tratado do Amor de Deus, Livro I, cap. I). Recorrendo à Mãe de Mise ricórdia
São Francisco de Sales, Doutor da Igreja, celeste Padroeiro dos escritores e jornalistas católicos, nos ensinou, pois, não somente a rezar, mas também a pensar, <>ferecendo-nos base inabalável para a ação nos conturbados dias que correm, em que as frases feitas, os slogans, a propaganda (tudo dirigido, infelizmente, na maioria das vêzes, para o mal) se substituem à faculdade que foi dada aos homens, de dirigir conscientemente seus próprios passos n.as vias do bem. Mas os Santos nos ensinrun sobretudo a cultivar a amizade com Deus. Em sua juventude, torturado por uma terrlvel tentação de desespêro, prosternou-se São Francisco de Sales aos pés de uma imagem da Virgem e dirigiu ao Senhor, através de sua Mãe Santíssima, esta ardente oração: "Meu Deus, se devo sofrer a. desgraça de Vos odiar eternamente, fazei pelo n1enos que sôbre a terra eu Vos ame de todo o coração". Apenas tem1inado êste ato heróico de amor, a tema intercessão da Medianeira de tôdas as graças lhe devolveu inteira.mente a paz à alma. Eis aqui outra lição que devemos a êsse glorioso Santo: a de sempre recorrermos à Mãe do Per.pétuo Socorro para a solução de nossas perplexidades diante das ciladas que o P.ríncip~ das trevas costuma armar cm no:;so caminho. Que ao ensêjo dêste nosso 200.0 número, São Francisco de Sales rogue por nós, por todos os nossos leitores, amigos e benfeitores, e no, dê fôrça e alento para os embates que nos reserva o futuro.
Cunha Alvarenga
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S. 1-):,oc:iJco de SaJes
CAMPOS HOMENAGEIA SEU INSIGNE BIS PO DIO C ESAN O
P
ELO transcurso do décimo nono aniversário de sua sagração, o Exmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer, Bispo Diocesano, recebeu significativa homenagem, no dia 23 de maio p. p., da família católica campista.
Ao ato compareceram autoridades civis, membros do Clero secular e regular e das Congregações Religiosas Femininas, diretores, professores e alunos das. Faculdades de Filosofia e Direito, e dos <lema.is estabelecimentos de ensino de Campos, bem como grande número de fiéis, lotando completamente o salão nobre do Automóvel Club Fluminense. Em nome do povo católico campista saudou ao eminente Prelado o Exmo. Moos. João de .Barros Uchoa, Cura da Catedral, que entregou a S. Excia. Revma. um valioso donativo dos fiéis para as obras da Diocese. Seguiram-se con1 a palavra o Exmo. Mons. Antonio Ribeiro do Rosario, diretor desta folha, o Prof. Aldano Sellos de Bacros e a Sra. Maria Carmelita Chagas. Em seus discursos, os oradores assinalaram os traços marcantes da personalidade
do Bispo Di?cesano, a simplicidade e afabilidade que revela a todos os que dêle se acercam, sua grande caridade e zêlo pela salyação das almas, seu amor ao Romano Pontífice, sua entranhada devoção a Nossa Senhora, a impertérrita fidelidade à Santa Igreja Católica Apostólica Romana que o caracteriza cm tôdas as circunstâncias. De sua atuação à frente da Diocese {oi destacada pelos oradores a especial atenção e esforços sem conta que dedicou à fundação do Sem.inário Diocesano, ao incremento do ensino religioso nas escolas, ao florescimento das associações religiosas, à intensificação da vida de piedade em geral. A par disso, consciente de que um dos deveres mais relevantes do Bispo é ensinar, S. Excia. Revma. tem pôsto o melhor de sua brilhante inteligência na elaboração de luminosas Cartas Pastorais, cuja repercussão extravasou de muito os Limites desta Diocese. Sua Pastoral sôbre Problemas do Apostolado Moderno, por exemplo, que já em 1953 denunciava graves erros infiltrados nas fileiras católicas, os quais, depois, vieram a manifestar-se às escãncaras, foi tradu_zida em quatro idiomas e alcançou re-
..
1200 fazendeiros de Minas censuram sev eramente o Presidente da FAREM PROPÓSITO de circular recentemente divulgada pela Federação da Al\ricultura do Estado de Minas Gerais, foi entregue no dia 21 de junho p. p., ao Sr. Josaphai Macedo, presidente da FAREM, uma carta de protesto assinada por 1198 fazendeiros de 33 cidades mineiras. O documento, que vem tendo enorme repercussão no seio da FAREM, na classe rural montanhesa e na imprensa de Belo Horizonte, consigna de início: "Tendo tonwdo
A
n.0
conhecimento da circular 30/67, sob o /Ílulo "Revolução democrá1ica de 31 de mar-
çoº, enviada pela FAREM a seus associados, n<io podemos tleixar de fazer um reparo à
m esma. Tal reparo se refere a uma flagrante contra<liçiio contida no documemo. Com efei10, "" p. 2, a circufor que 11a fô/110 muerior se jactava da luta empreenditla con/ra a reforma agrária do Sr. João Goulllrt assevera que a FAREM desejava e deseja umtt
gistrará com louvor a atitude corajosa qiu! tomou perante o fato uma entid<1de sem coráler rural, a Socier/ade Brasileira de Defesa da TradiÇão, Família e Própricdade, em seu monumental "Mm1i/esto ao Povo Brasileiro sétbrc a R eforma Agrária'\ (ver ''Catolicismo'\
n.º 169, de janeiro de 1,965). Não consta aos signatários da carta de protesto que a FAREM tenha tido "sequer a corãgem de aplautlir nesse passo a atitude <lesinteressada e a/umeira tia TFP".
"Escrevemos a presente carta a V. Sa. -
concluem os fazendeiros -
para que, quando os historiadores imparciais forem vasculhar os arquivos desta entidade, nêles encontrem a.s a/ir111açôcs aqui contidas. Elas são de uma importâncla capital para um julgamento l1011es,o da aluação de V. Sa. à 1es1a da. FAREM". Seg11em-se 1198 assinaturas.
"reforma agrária democrática e cristã". Isto levt, a crer que a- reforma propugnada pela
TFP AO EMBAIXADOR DA URSS:
F AR El'vf era bem diversa da que se promovü1 sob a égide do govêr110 Goular,".
Ora, mostram os signatários que na p. 3
SEJAM COERENTES
da c ircular está aíirmado, de maneira inilu-
dível, embora não cm expressos têrmos, que a reforma agrária consubstanciada no Estatuto da Terra coincide, pelo menos em seus pontos fundamentais. com a reforma udcmocrá1ica e cris1ã", sonhada pelo Sr. Josaphat Macedo.
"precisamente nisto que está a contradif<ío'º. Pois a reforma agrária do Estatuto da Terra realiza ''trufo quanto o agro~refor• Ê
mismo janguista desejava".
A ela se deveria
ter oposto o presidente da FAREM, pelas mesmas razões que o levaram a se opor à reforma agrária janguista. E S. Sa., por ocasião da promulgação do Estatuto da Terra, manteve de início um silêncio completo, ao ·qual
sucedeu mais tarde uma formal aprovação. ''Procedendo por esta forma - observam os. 1198 fazendeiros - V. Sa. se omi1i11 ,/e um dc,,cr gravíssirno, en, uma hora trágica para a lavoura mineira".
A História registrará de futuro, •·com pasmo e desconcêrto", a "co111pleta capitulação da FAREM e de 1a11tas owras en1idades congêneres do País'' ante a reforma agrária hoje implantada por. lei no Brasil. "Co,>io re-
M data de 3 d.e julho p. p. a Sociedade
E
Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade enviou ao embaixador soviético Serguei Mikhailov o seguinte telegrama, subscrito pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional: '"Noticiando a imJlrênsa mundial que a Rtíssia sustenta o princípio da necessidade de Israel abandonar as suas conquistas territoriais como condição das negociações de paz no Oriente Médio, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade pede que encaminheis aos detentores do poder em Moscou a observação de que o mesmo princípio lhes impõe a imediata retirada das tropas comunistas que oprimem as nações
ocupadas desde o término da guerra. A .presente consideração, participada certamente por milhões de brasileiros, é feita sem tomada de posição no conflito árabe-israelense, com a exclusiva preocupação do restabelecimento da normalidade e da paz nas gloriosas nações cristãs da Europa".
percussão internacional. Mais recentemente,
a Carta Pastoral prevenindo os diocesanos contra os ardis da seita co,nunista, escrita
cm 1961, foi aplaudida e difundida por todo o País. Suas vistas, sempre zelosas do que possa interessar ao campo espiritual, não têm descurado os problemas de ordem temporal, desde que nêles esteja implicado o interêsse da salvação das almas-. Através de vários e incisivos pronunciamentos, D. Antonio de Castro Mayer tem tomado posição com referência a temas controvertidos, empenhando-se em defender, em tôdas as ocasiões, os princípios em que se baseia a civilização cristã. Neste particular, se destaca sua participação, juntamente com D. Geraldo de Proença Sigaud, o Prof. Pl.inio Corrêa de Oliveira e o economista Luiz Mendonça de Freitas, na elaboração de "Reforma Agrária - Questão de Consciência", que sustou a aplicação da reforma agrária socialista e anticristã no Brasil, e da Declaração do Morro Alto, que constitui um programa positivo de política agrária segundo os princípios do livro anterior. A polêmica em tôrno dessas obras e do problema agro-reformista deu ensêjo a corajosos manifestos dos quatro autores, teqdo S. Excia. Revma. contribuído para êles com a vastidão de seus conhecimentos e a firmeza de seus princípios. No Concílio Ecumênico o Exmo. l'relado se distinguiu pelas suas importantes intervenções em defesa da doutrina e disciplina tradicionais da Igreja, tendo, além disso, brindado seus diocesanos com magníficos Documentos Pastorais alusivos ao evento. Nestes se revelam em tôda a sua amplitude o talento, a cultura e a profunda atualização das observações sôbre o espírito de nossa época, do ilustre Antístite. Por ocasião da Magna Assembléia são ainda dignas de menç;jo especial as duas memoráveis petições que S. Excia. Revma. promoveu juntamente com o ínclito Arcebispo de Diamantina, D. Geraldo de Proença Sigaud: a que solicitava uma formal condenação conciliar do comunismo e do socialismo, e a que pedia a consagração da Rússia e do mundo ao Imaculado Coração de Maria, a ser feita pelo Papa cm união com todos os Bispos. últimamente, ao ensêjo do cinqüentenário das Aparições de Fátima e do 250.º aniversário do encontro da milagrosa Imagem de Nossa Senhora Aparecida, tivemos nova Pastoral, cheia de unção, a qual alerta o rebanho campista para perniciosos desvios que am!laçam a pureza da fé católica. Como se observou num dos discursos, o zêlo incansável de D. Antonio de Castro Mayer pelo bem das almas e pela glória da Santa Igreja Católica projetou o nome da cidade de Campos em todo o mundo, sendo êste mais um motivo de júbilo para todos os campistas e brasileiros. Frisaram, por tudo fsso, os oradores que não era senão altamente justa e merecida a homenagem filialmeote calorosa que a Diocese e a cidade tributavam ao seu eminente Bispo na passagem de mais um aniversário de sua ascensão à plenitude do sacerdócio. S. Excia. Revma. agradeceu cm oração que foi vivamente aplaudida. Nos intervalos foram executadas peças de canto orfeônico.
INDULGÊNCIAS PARA O ANO JUBILAR DE APARECIDA
P
OR motivo do 250.º aniversário do en-
contro da sagrada Imagem de Nossa Senhora Aparecida, concedêu a Santa Sé im•
pottantes graças espirituais aos fiéis que visitarem neste ano o Santuário da Padroeira do Brasil. A propósito o Emmo.
Cardeal O.
Carlos Carmelo de Vasconcellos Moua, Arcc·.. bispo Metrop0litano de Aparecida. dirigiu car• ta c ircular ao Vcner:tndo Episcopado Nacional, cujo texto foi distribuído à margem pcln Cúria daquela Arquidiocese. Assim se exprime S. Eminência no documento:
"Eminentíssimos e R everendíssimos SenJwre., Cardetlis t Excelentíssimos t Revere11díss;,no~· Senhores Arcebispo,, t Bispos do BTl1sil. SIT NOMEN 00MINI
BEMEOICTUM
Temos honra e júbilo em comrmicClr-vo., que <> uoss<> Santo P{l(/rt Paulo VI, per rescrito da Sagrado Pt nittnciclria Apos16l1t·t1, em ,lata de 23 de setembro último. Se dignou concedu as seguintes grnÇflJ' espirituais, du• 11mte o pró.dmo 011<> de 1967, por motivo ,i<> ductntlsimo qiiinquaglsimo a11iversá,;o tio início do culto a Nossa St11hora d,, Co11,·eiçâo Aparecida. "Pri11cipt1J Padr"eim de todo o Bmsil junto de Deus'': /11dulgêncin Plt11ári11, " ser lrtc,·c,dtt 110 transcurso do 11110 1967, pelos fi~is cris• tãos que se c,:m/essarem e receberem a sagradtr Comunl,ão: e,) em um único ,Iiu <1tml• ttutr. c<mforme o cân. 921, § J, do C . D. C.~ se devotametrte visiwrem t1 tmligu I m,,g~m tlu mesma Beaw Virgem Muria, t .r posu, no Scmtuário de A parecida e re1,arem segundô a mente de Sull Stmtidtule; b) tm c1ul" diu tio st por mo1ivQ de piedosa vlsita e) r<'/t•· titia Imagem forem em 1>creatin11ção coll!tiv,, e, como c,cimll, dcvou,mentt orarem. / -
""'º•
para o A r ctbispc;- ,lcA parecMa. ou p,irll owro Bisvo por élr de• legt1do, de comrmicClr uma sá v,•:. pot l"'ICll • siiio da principal celebr11ção jubilar, " 8f+n('(ÍQ Pt1pal com anex,, J11dulgência Plendriu 11 ser lucrtllla pelos fiéis que, purificodos pelt, ,·0112 -
Faculdade.
Jisstio sacramental e. nutridos 11elu celes1it,/ Banqueit, devowmente receberem ti re/cridtt Bênção e recitltrem preces segundo e, m<mtc de Suu Santidade. Deus guarde a V oss"s Emintm;ia.'i e " Vossas E.w;elênâtis Rcvcrem/f:uimas.
Apàrecida, 12 ,te outubro de 1966
+ CClrlós C. Card. ,/e Vo.sconcellos Moua Arcebisp,> Metr<>{)QUiano''.
@1Ato11c1§MO MENSÁRIO com
APROVAÇÃO l!ClESI.ASTICÀ
Campos -
E,t. do Rio
Diretor Mons. Antonio Ribcíro do Rosario Olre1orl.a: Av. 7 de Setembro, 247, caixu
postal 333, Camp,os, RJ. Admln41ràc;ão: R. Martim Frnnciseo, 669 (ZP 3), S. Pnulo. Agente parn o Estado do Rio: Or. JoSé de Oliveira Andrade, caix3 J>OSU'II 333, Campos, RJ; Agente pàra os Estad0$ de Gohis, Mato Grosso e MJn.:1s Gtnls: Or. Milton de Sa1Jcs M.o urão. R. São P3ulo, 824. sala 809, telefone 4-8630, ll<lo Hori• zonte; Agente para o E.«àdo d;1 Gu:anubara: Or. Lu(s M. Ounc:an, R. Cosme Vc, lho SIS, telefone 45,8264, Rio de Janeiro: Agénte para o Estado do Ceàrá: Or. José Gerardo .Ribeiro. R. Senador Pompeu. 2120-A, Fortlleza; Agentes pa.ra a A,ttn• tlna: "Cruza.da'', C~ill3 de Correo n.0 169, Capital Federal, Argentina; Aiente$ para o ChUe: "Fiduc:ia", Casilla 13172, Corrco 15. Santiago, Chile. Número avulw: NCr$ 1.oo (CrS t.000): Número .-,1rasado: NCr$ 1,10 (CrS J.IOOt Assinaturas anuais: comum NCrS 7,00 (Cr$ 7.000); bcnfci1or NCrS 40,00 (GrS 40.000); grande benfeitor NCr$ 100,00 (Cr$ 100.000); seminaristas e estudantes NCr$ 6,00 (Cr$ 6.000): Amétic• do Sul e Central: vi3 marhima US$ 3,00: via :iérc.a US$ 4,00; outros países: via m.lri• tima USS 4,00; vi.l aé.re.l USS 6,00.
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CÃllcem J)O(OJNJ 13JBeJ~UNT.
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LER OS JORNAIS, PREGAR EXERCÍCIOS E
S fundadorea da "Amlclzia Crlsllnna,. tinham um conhecimento par• clal, mas multo nítido, da loflUrn· ção dos erros revolucionários nos mtloS ca(oli. cos. As freqüentes viagens que faziam, os rtl•• t6rlos dos "mJ.ssioná.ri~ que estudavam o am• biente das cidades onde se planejava fundar núcleos da sociedade, lhes permitiam c:ompOr pouco a pouco o panorama da situação reu. gJosa no mundo. Nio era, f.ste,, um panorama alentador. Os católicos tinham Imergido numa lnfrcla doscon· certante. Os eclesl.árticos mais zeloso, niio en• trevJam senão coofusamenlt os erros com que a Revolução la corroendo as Instituições católicas, e nenhum deles percebia a gravidade do perigo. Desanimados, não, procuravam alargar os horl1,0ntes de seu mlnlsúrlo, llmltando"5< a distribuir os Sacramentos, sem tentar nenhum esfôrço sirlo pnrn deter o processo universal que, dentro c.n:a pouco, adquiriria tão grande velocidade com os horrores da Revolução Fran• cesa. St essa ero a situação entre os Sacerdotes, que dizer dos fl~is, menos preparados, mais ex:postos ao influxo do meio a que pertenciam, e $Ubmetldos a uma propagaoda maclç.a e multo aUva? Vivendo numa sociedade c.ujos fundamentos ju'tgavam lndestrutfvels, sem nloguim que os prevenls.w contra os falsos prlndplos de que se embebiam Inconscientemente, t:otregavam-sc a um otimismo vazio que lhes pennltia permanecer tranqüilos e despreocupados.
MISSÕES ERA DEVER DA NOVA ''AMICIZIA ''
Esse •slado de espírito dificultava o ªPoS· tolado da 4-AmldzJa CrlsUana". Suscitava nos melhores uma a patia perigosa e em todosüma resis tência passiva a qualquer trabalho organl:7.ado para opor uma barreira aos progressos dn Revolução. Propondo-se combater esta última no âmbito das Idéias, a "Amklzla" só poderia c:onsegulr as condltões indispensáveis para um
no seotldo de obter Padres capazes para eua tarda, mas .alada era lnsuflde.nte. Com efeito,
deslln2da aos seminaristas (pelo menos no Piemonte e na Sabóla), não conservava a Influência ncce.$.$1t.rla sôbre os seus antigos mcmbr05, de• pob de ordenados, de sorte que os novos Padres, sujeitos à ação do ambiente,, perdiam o 4 .- elan" qlfe tlnbam adquirido o.a sociedade. Co-
nhecendo bem o probltma, o Padr< Dlessbacb Vlrglnlo e Lanterl -
• seus, dois discípulos -
criaram uma nova assodação, também de car4ter secreto, ,a "Amlclzla Sacerdotale".
RecrutaYa esta os seus membros oo Clero. Vlsav• lnctntlva, uma união mais estreita entre os jovens Sacerdoles desejosos de alcantar
maior perftlçlio espiritual e de desenvolver os seus estudo$. Eram c'oovldados para ingressar nela sobretudo os ec.l ul'5tlcos tuja situação fl. nancelra lhes permitisse não aceitar outros eo• cargos, a fim de poderem se e:ntregar de corpo
t alma ao apostolado que dêles se esperava. Não se sabe quando a nova sociedade foi fundada. Em 1783 JII existia em Turim, e o Padre Lanterl a ela dtdlcava boa pane do seu tempQ. A organização da "Amlclzla Sacerdo•
tale" era mal, simples do que. a da "'Aotldzia Crlstiana". Havia um diretor e um secret4.rio, e o n(,mero dt- membros não era fixado rlgl_damente pelos estatutos. Reuniam-se uma vez pÔr semana. Ao chegarem ao local designado, os amlgos•sacerdotals encontravam à sua disposição os principais periódicos e, enquanto esperavam os retardatários, tomavam café e conversavam sôbre os últimos acontecimentos. A reunião era uma verdadeira escola para ensiná-los a ler os Jornais e Interpretar as noticias sob o Angulo dos princípios e lnlerisses católicos. O Venerá•
vel Lanltrl dava grande lmPorlAncla a essa par-
te da reunião. Muitos anos mais tarde, em um documento sôbre a "An1idda Sacerdotale" (pu-
trabalho fecundo, se procul'8SSC no mesmo tempo despertar os cat6Hcos, incutindo-lhes de nôvo o fogo do amor de Deus, indlspe~vel para reerguer as almas, tirando-as da apatia e do
ficação), consignou as razões pelas quais um Sacerdote deve ter os Jomai~. Com es.u leitura,
pelos Sacc.rdotes que tinham a confiança do povo. A Aa já representava um prime.Iro pa~o
•St-li a não restringir se.u cA,m Po de observação e de ioterêsse à região ern que vive. t passará a
deslinlmo em que tinham Imergido. Esla ação sôbre os fiéis seria mais penctnnte se fôsse feita
blicado pela Postulação de sua causa de beatidiz o Servo de Deus, poderá êle ter uma idéia do estado moral de tadu as nações, acostumar-
considerar o roundo todo como sua plitrta, todós os homeo.s como s,cus Jrmãos, .como convim a um verdadeiro filho e ministro da Santa Igreja Católica, que não pode ser indiferente a oadn
do que tão de perto lnttressa ao sa·grado Cora• tão de J esus; finalmente, ao Padrê bem Infor-
mado é mais fácil lnlroduzlr-se Junto aos leigos, para depois lhes falar de Deus. A "Am.iclda Sacerdotale'' não era s6 uma escola de formação. Os seus membros deviam contb•ter o estado de U'Pírlto em que, como vimos, se enconcravam os católicos da época, e o Padre D lfflbach não via melhor melo para revigorar oeste.s a fé, do que os Exercícios Espirituais de Santo lnJ\c:io e as missões Populares. Antes de passar à ação, deviam os amlgos-sa• cerdolais preparar um curso completo de prega• ções, quer para os Exercícios, quer para •-'· missões. 2s.,es cursos eram lidos e dlscutidos nas rtunlê5es da "Amldzia" e s6 podiam ser usados dep,ol.$ de aprovados. A organização dt uma missão popular era cuidadosamente elaborada. Atém do preparo te6rko, os Sacerdotes deviam adquirir a prática · d.a s ml~s, coloca.o.do-se na escola de algum d .l ebrt. ml~iooário. Nas rtu• niões, o estudo sério e apro(uodr.do da doutrina católica os adestrava tamMm para o combate aos cn-os domlnantu, que eram expostos t: refutados para que todos lhes soubessem opor os argumentos ma.is convincentes.
A "AndcJ,zia Sacerdolalc" dependi& completamente. da wAmklzía Crlstlana". Inclusive em matérJa financeira. Os amigos.-cristãos custeavam as despesas, iam aonde era necessária a pregaç:i'io de missões ou retiros, tratavam com os Bispos, rttolviam t i dificuldades, preparavam, enfiin, todo o apostolado. Pou·pavam as• sim aos Sacerdotes um tempo precioso para o estudo e a meditação. A "Amid:z.la Cris:rlaoa", auxlllada pela Aa e pela "AmlcJzia Sacerdola lc'\ já em 1783 começou a se expandir e levar a outras cidades os benefícios de sua ação. Era um nô vo período da história da Igreja no Piemonte que se iniciava.
Fernando Furquim de Alme ida
.....
WA ]ET ,VJETJ~IRA ARA qut.m tem os olhos e os ouvidos abtr1os H ruUdtdt da vida rtllg1osa de nossos dias, é pnltole o romplmcnlo de bnrnlru qu" Rl6 h á puuco separavam oJUdamentt a ,·erdadt. e o ê1To. Ainda rtcenlemt'nle. comcnthamos nt81.a secç.?;o as pal•vras cu[órlus de. u01 Sacudolc egrt.$$0 da Compnnhla dt J tJtU$, M-gundo o qual com o ~c.uJo XX
P ''ANTIECUM°BNICO .F AZER
e sobretudo a p:u1lr do li Condllo Vatlcono ••nau• dou-,sc tudo", lnc.luslvc a "mentalidade da lgrtJ11'', que se ltrla CODYt.rtldo • terra. Niio (allam altll• htdo-5 contra a própria vtrdadt. dogm,lka, màS o que f mab: comum é sllenc.lu princípios fundamt.n• bd.s de nossa Fé e adotar at!ludes pr6tkas qut en• cerram a lmplklta aceitação do i.rro. E a lsto os prog,rtssb1as dio o nome. dt "a.gglomamtnto".
PROSELITISMO JUNTO A MEMBROS ATIVOS DE UMA IGREJA CRISTÃ''
Em artigo publlcado no número de 28 ck J•· nelro p. p. da rtvlttà. tolólk-a lngltsa '%e Tabkt'•, sob o 1hulo de "'Mudanças do CaroUdRDo nortc-
•.wntrkano''. ddi•nos o profts.sor unlverslt-'rlo ~ nold Lunn o rtlato da.tt novidades- q,ue encontrou nos ambltntts c11tóHc:0$ dos Esttldos Unidos em comparação com o que ob5ervura quatro anos an.• tes, por ocasiio de anterior visita. Acbll o Sr. Lunn que os progressos do laldsmo nos Estados Unidos tfm ddo maiores t malf espetaculares que os r~ls:trados na Jnglatff'l'll. E a.s.s:J. nala lamMm o sentido p" tlco dos lnklsta.s d11 tnt atômica: ''Enquanto os raclonall.ruu "Uorlanos tm su·a maior parte se llmltavt.m a ataca.r o Credo cristão, muitos IJakbtns modernos atacam vários. :L~ctos do códJgo crh1:âo, notad~mtnfe o sexual. Os homens são por na(ureia conform41M, e muUos de nós prde.rtmos não ttmar contna a matt. À mtdlda que 6lt alarga o f ô.m t nfre. o Cristlaobmo e o laklADo. os (':rbfios · pasçam a str divididos cm lradJdona.u.tu, ~ se moscram lta.ls ao Credo e ao rodlgo cndldona.lr, t modetnh1a.~ que se manlfdtam ~ por con.5egatr • modlfkatões do Cftdo cn,tão t do código ~xual aptas a criar um •~u, vlvwdl'' cntft: os cri.dãos e. os lalcb1as''. A lmpreli$lio coibida J)'IO artlculb1a i dt que numero~ calóllcos "yankees" estão convktos dc que só agora nos encontramos tm face dt um Ca• &olkbmo que um cutólko clvllludo podt: acellar. •"TalN católkos, não conle.ntts e.m dlmlnulr á Igreja •ntu:or ao li Condllo Vadcano, fuem c·udo o que. pode..m pana atenuar a dlftrtnta t ntrt a JAftjll Ca• tóUca t t6du ns outru comunhõu crlsl!?J, "'Nio concorda o Sr♦, pe.rgunt® •mr orna F reira, que i
errado con.sldtrar como 11conYtrtJdos" aqulles que antes huvlam sido membros pratlcnnlu de uma Igreja protcstan1e?'' Pergu'}tt.l•Jhe que, palavra ela ~1.1gtrla pan destre,·er o quc sempre me parneu uma lmport.ante. mudança tm minha própria vida, como foi meu lngtt.sso na Igreja Católka'' (artigo cllado). Mals ainda. Nem s,tquer ck,ve.r-.se-la te.orar con• vtrltr nossos lnnl4os separados: 1t(Jm Satt.rdott da V('lha escola most.rou~me lnd.lg.nado um exemplar do boleHm da Igreja de Siio Rafael, no qual o Fevmo, Pc, John O'Brlt11i da Unlverskbde de N otr~ Dame, esc.revtu: "Adtmals, o espírito ttumfnlco dtsaprova o prostlltlsmo Junto a J>t.5$0áS atlvamtn• tt a.&$OCladas a qu,Jqucr Igr eja t.r1stii''. A.dotando e.m c-anite.r de. exclu!lvldade. a t,ttca do lerrtno comum, a le.ndêncla de tals cat61kos acomodatklos f no stnUdo de se a.uocl.n:m ls causu que. os taJclstas aprovam, rejeitando aquelas que ae. toman.m lmp,opulart& por açio da PfOPa&anda esquerdista, '"tais como a luta contra a dbcrtmloaçlo ttll~Josa nos pafses comunlstw;·' '· A.cima de tudo, evltnm qualquer ataque abtrto contra a heresia do lllklsmo. uA palavra ''heresia", continua o a rtigo, deriva da palavra grega '1udresls", que stanlfka ºe.s-, colha". e o m11t dos acomodaHclo~ não f. tanto a heresia no itntldo de rep6dlo de. dogmas definidos. mas "haJresls'' no stntldo de esicolhcr um aspecto partkular do Catollc4mo e dupre.1.ar ourros Igualmente Importantes. ( . . , J Um dkh~ favorito dot lalclstiu foi apUcado por u:r:n e.\1 udante católlco t m umt1 de minhas pa.ltstru: HA carldadt E màls Importante que a ca$l.ldade''. ·
H6 muitos anos atds o grande Dom Chautard jlfi ~ . rderia a is.ws partid.:bior da ttllgl.ão do "bluff''-': "Relegar para o seaundo plano o n~nclaJ, els no qut lnrom;dtntemcoft trabalham os ~•rtl• dirlos dessn ~11lritualldadc modtma, dt,signada pe~ la palavra "amtricflDhmo". Para fies, a fareja aio
6 .todo um lemplo prote,sta,nte. O sacrário -não u1, ainda vazio. Mas a vida eucurl~1ka, na ~11• oplnliio, qullSt não pode aduptar~-tie, nem sobretudo bufar, àr. uJgênclas da clvllJiaçio moderna; e l!i vlda lrite• rlor que nt.c tssàrhunutc promana da vld2 euc-arfstka J' pà.sSOu de moda" ("A Alma dt todo Aposto• lado-''• p. 22). t a "hertsla das obms". Qu. diria o arnnd< Aback de Sept-Fon., ,. vóllas.~ hoje. ao mundo? Encootrarb fstt triste quadro dt$Ctlto pelo Prof. Arnold Lunn: ''Talvu a ·
mlW pen,klo,a '"ba.lresb" no CatoUclsmo moderno seja a Uusio de que. a únlcn atividade catóUca de hnportAnda 6 o trubalho de natureza social entff os p0bres. Um Sacerdote nortc..;1merlcano f ••• J dls-• 5f'•mc com amargur-.a: "t-m, lnúut falar aos semi• narl$tas. t.lts não consideram Sattrdote. quem niio tS1e.fa trabalhando entre os pobres''. Esta preo• cupasâo ("Om os problema, econ6mlcos e SCK'bls f evld@nda do dttUnlo da crcnçf} na mtssão prlmlirla da lgrcfa: a .snlvaçíío das almas t a conveniáo da• quHu que agora rtjcllàm o sobrtnatural. No fim de uma de mlnbas preleções. um J twh a me. obt.trvou: "Sua palestro. estava chefa de palavns cl\ocante.r, tal! como ''prova.,, . t'' ndonal", 11apolo• gfllca", e acima de tudo ..conversão'' ·
Ob1tnou o IU'lkulb1a nos Estados Unido$ o mtmio fen6meno· que em malort$ ou menores propo~6ts se nrlflc-a ptlo mundo lntelro: quem d6 a nota nos melo1 catóUcos f uma pequen,a nilnorla de Sattrdolts e ltlgot progrt,slrla,, que J)'la tállu de tntlmldA(âO (na qual se destaca o uso de- 1po.dos como "rtaclonArlo", *'lottgrlsta", "Oxlsta'' e outro1) mantêm em sllfnclo a maioria con&enadora. En• tràndo t.m contacto com drlo5' grupos de cat6Ucos tradklonallstu norte-americanos, verlOcou o Sr. Amold Lufln que "êlcs desfaziam a lmpre.$$iio ,i:tro.l de u o,a 50no.Je.nta t tlmlda m1dorta", e qlt~ · era exato o que lhe dlssera uro Sacerdote: ·•Nossos Jomab caróUcos dão uma impressão lnttlnun,ntt' (111$1 da fõ~• respeclha dos conservadoru f! do que chamam de vanxuarda". Não nos tntrtaUe.mo1, portanto, a contlu&óts pe$1lmb1a$ quanto a um quadro que se dt$tnha tWo sombrio. Nos:so Senhor se ctn:ou de uma pequtna clltc, de um pugilo de balalbadoru ~o bom ~ombate, orientados pela iua doutrina e altnt11,doi p,th• wa graça. Els porq,u.e em melo a u1à geral confusão ermos mo11vo para confiança. Como no eplsódlo do-8 lrtttntos de Cedeiio. o que conta não E o número, mas a boa dlspomçiio dos combalenle.i r.ob rl SU'Ptt.OIO comando do Senhor Deus do!i 'Exfrdto8. N:ii hora aprai.ad11, n Sant($S'l:ma Virgem ~'U.sc:ltari. a união de lodoi os homens d,a dextra de $tu Divino FIiho, e a lu-i d• ortodoxia e d:;,; verd11delra caridade upllDcari :u tttvat do, e.nos que :atualmente ameaçam envolver lodo o o~.
J. de Azeredo Santos
ITÁLIA
Revmo. Pe. Avclino Cosca, ~ Ccnerulicha da Congregação do E,pirlto S•olo, Roma: .. Desde há muilo sou lcilor cuidadoso do jornal CATOLIC ISMO, pelo qual nutro profundas e sinccrns simpalhts. Tenho ( . • • J recebido regularmente todos os números, o que agradeço profurtdamente. l-, .l acontece que em julho do ;mo passado o Conselho Ocr"I da Con• gregação do Espírito Santo, de que faço parte, (oi lransferido para Roma,
SAO PAULO BAHIA SÃO PAULO PORTU GAL
R. G. DO NORTE R. DE JANEIRO
SÃO PAULO
R. DE JANEIRO
FRANÇA
GUANABARA
pelo que venho solicitar que seja para aqui enviado o jornal [ ... }. Renovo os meus agradecimentos pela gentileza. reafirmo as minhas sim• patias pelo jorna.l. a que auguro o maior dos progressos. fico sempre d isposto a fazer por êle o que me fôr pedido, promc10-lhc, Senhor D iretor. as minhas preces, junto de Deus... Revda . lmti Fu.lgeacia Cremona, Asilo de Mendk.idnde, Pi.nbal: "[ . .. ] o dinâmico. justo e instrutivo jornal"' CATOLICISMO'". Sr. Antonio Mota de ouve.ira, J.'elra de Santanu: ..Acho o jornal a ltamente precioso. Grahde e belo jornal". Prof. Francisco Domingo Segura, Síio Pnulo: "Meus parabéns por to• dos os artigos. Leio com sumo interêssc ''Ambientes, Costumes e Civilizações". No~o c.o nfrade de Lisboa, o semaná.r lo "O Debate'', reproduziu em seu n.• 808 o artigo "A íaoúlia no Estado comunista'', do nosso colaborador Alberto Luiz Ou Plessls, t>1ampado no n.• 186 de CATOLICISMO. Sr. Fc.lipe Neri de And.rade, Natal: "Como sempre, o jornal - uma verdadeira revista - continua cada vez melhor na sua feição material e dcspcrt:mdo o mais vivo interêssc pelos assuntos nêle veiculados". Sr. Carlos Albíno dos Santos, cm carta a nosso colaborador, Dr. 1':dwaldo Marques; "Quero Por c.~ta expressar-lhe tôda a. minha satisfação ao ler o seu maravilhoso artigo "Questão de vida ou d<", mort\! para · a Alemanha e p!lra o mundo.., publicado r,o jornal CATOLICISMO, do mês de outubro de 1966, número 190'º. Sr. José Ribeiro da Cunb.a Juoior, São Paulo: "Tenho especial interêsse cn, conhecer o esludo [sõbre Fátim!I, em CATOLIC ISMO) de :O. Anto• riio de Castro Mayer, DO. Bispo de Campos, de quem conservo gratas recor.. dações do tempo que (há mais de c inqücnts anos) fomos coroinhas aqui, cm São Paulo, na Igreja de S...i.o João Batist'a, quando o saudoso Cônego dePoiS Monsenhor Manoel Mcircllc-s Freire era seu Vigário". Sr. Jô"emando Antonio Possidente, Santo Antônio de e,dua: ''Tudo está de primeiríssima ordem e que Deus Nosso Senhor, PQr intercess5o da Virgem Santíssima, Medianeira. continue a derramar bênçãos e graças sôbrc ess:a fôlha e seus colaboradores, que tanto bem têm feito a nós. filhos da Santa Igreja, orier1fando•nos, formando-nos e protegendo-nos contra a peste do liberalismo, [ ... ]". "Una Vocc", boletim d.a '"AS$0clation pour la sauYegardc du latiu et du cbant grégorie.il dans la Jiturgic catholique'"\ de Paris, noticia a publicação e tran.«rcve tópicos da Carta PS.SCoral do E:x..mo. Revmo. Sr. O. Antonio de Castro Mayer, intitulada "Considerações sôbre a apUcaçio dos documentos promulgados pelo Conc-íllo Ecuntêntco Valícano li". tS1a.mpada nos n.os 185 e 186 de CATOLICISMO. Tr«bo da mes mo Carla Pasloral foi igualmente transcrito no mensário "'E J Eco de la Milagrosa", órgão da '' Asociacfon de Hijos de Maria de Ili Medalla Milagrosa", de Cartagena (Espanha). D . Therezioha de Jcsús de Sou1J1 Gomc-s Bnchcnann, Rio de Janeiro: ''Não há ideal nesse órgão de divulgação, não há piedade, não há enfim, sem enumer ar o evidente. o C risto. O que existe é tudo far isaísmo. dogma, lilcgívcl), hipócrita. primário. Nunca, nunca órgão tiio mentiroso. t5o empolado, tão ctieio de si poderá revelar por uma fresta a luz $Ublime do Cristo perdoando, dando-se até a morte. f:: Por essas e out'ras, senhores, que nós os católicos avançados temos urna tão grande luta, lu1a d~igual mesmo, para provar que o Catolicismo não é mais: o que é êste nefasto órgão de d ivulga• çiio de Vv. Ss. Esse órgão e scu.s dirigente~ mereciam o silêncio. Meus pê. sames". • ê o caso de perguntar o que diria a caria de um órgão que mcrc• cesse uma objurgatória.
Revmo. P~. Guilherme Vauottl, S.S.S., Vigário da Paróqubt de Sant, Aoa, Rio de Janeiro: "Os meus parabéns. o meu a braço. a minha benção s.a.ccrdo1al aos bravos e destemidos S rs. Dirigentes de CATOLI CISMO. que desfralda na tempestade e na confusão amai a. Bar,deira da verdade e moral eterna conforme os ensinamentos dos Sumos Pontífices de Roma.• cuja missão se perpetua at·ra vés dos séculos contra os sequazes de Santanás, pai da mcn• tira. Um profundo agradecimento ao Exmo. Sr. Dr. Antonio Rodrigues Fer• reira pela admirável defesa da família c ristã brasileira". O. Mnfaldo Bruncalion, São Paulo: "Aprecio muitíssimo CATOLICISMO ... Sr. Adelson Guimarães- de- Oliveira, Salvador: "Queira Nossa Senhora de Fátima abençoar êste magnífico grupo que redige livros tão cla ros, bri• lhanles e de alualidade... Sr. Carlos Barbieri Filho, São Paulo: ..( . . . 1 CATOLICISMO que 1anto vem ajudaodo mt orientação de milhares de brasileiros". Pror Nair de Sou.za Motta, NUcr6i: "Quanto ao jornal, como católica quo sou e pro(cssôra de etica de umn Faculdade, só me tem sido útil pela a tualiza.çiio <los assuntos socia is de que se ocupa". Dr. Hernán Krause, Viiia dcl Mar: "La línea y orientación de vucstro m.ovimiento que aquí en C hile lo encarna ''Fiducia" están en completa opo• sición a mis critcrios. Rogaria pués suspender cl cnvío de la Revista". Prof. Joiio dos Santos Bispo, Diretor do I nstituto de Educação "Re• gente Feijó'\ ltu: "O jornal é lido pelos professõrcs e nlunos, e apreciadlssi~ mo por todos, dada a orientação segura e a atualidade dos assuntos, divulgados Por mãos de mestres". Seminarista Adelino Oel Colle, Diomanlina: .. [, • . J o jornal CATOLI• C ISMO tem-me ajudado muito cm tôdas as circunstâncias. Tem-me sido um constante alimento espiritual e intelectual. Pela sua leitura procuro neutralizar as mortíferas impressões. liberais que respiramos neste mundo profundamente corrompido pelo mal da Revolução". O diário «o Fluminense", de Nitc.r61, cm edição de 8 de outubro do ano passado, reproduziu como matéria priocipaJ de sua secção "Prosa & Verso" um trecho do primeiro dos artigos sôbre ""lmpllcações marxistas do tei• lhardismo", de .autoria de DO$.SO colaborador Glocondo Mario Vita, publicado no n.• 183 de CATOLICISMO. Foí julgado desnecessário indicar que se Ira• tava de uma transcrição. Tampouco se mencionou que: o texto apre.sentado não ern senão parte de uni artigo. Sr. Paulo de Santa Maria, São Paulo: '"Interessará por certo aos dis• tintos Amigos saber q,ae n Circular do Exmo. Sr. D: Antonio de Castro Mayer sôbrc o livro "Cristianismo, Sociedade e Revolução". escrito pelo Rcvmo. Pe. Paul-Eug~nc Charbonneau. C.S.C., foi reproduzido em ..Temas Contemporaneos'\ mensário do "Instituto de Jnves1igaciones Sociales y Económicas''. e cm "EI Sol de- México·•, ambo$ da Cidade do México, bem como cm '"Tradición'', de Salla, Argcntin~"· .., Trara-se-da "Citeular sôbre a infiltração comunista na Igreja", datad;1 de 30 de agôsto de 1965. que eslampamos em nosso n.• 177. Sr. Agostinho José Ferreira, Salvador: "Acompanhei com bastante inte• rêsse e verdadeira alegria cristã. nas edições de julho. ag6sto e sct'Cmbro de 1966 de CATOLICISMO, o noticiário sôbre a campanha da TFP conira a sornuciru introdução do divórcio no _projeto do nôvo Código Civil. Sinto imensamente não ter assinado o n1anifes-to antídivorcista d:1 TFP. uma vez que só vim a. saber muito tempo depõis, apesar de ler jornais d iàriamente e residir numa cidade grande, o que, aliás, deve ter ocorrido com mi· lhal"es de pessoas, confirmando assim a tese da TFP de que a expressividade do milhão de assinaturas não está nesse número, mas na real possibilidade de se obter uma quantidade muito maior de adesões se a campanha tivesse prOS· seguido na consulia à opinião pública. A propósito. est'Ou ar1exando. para o arquivo dêssc jornal, um recorte do jornal .. A Tarde.. (de 5•1l ·1?66), com o artigo "Declinio da ..Tradicionai;: Família", de autoria do Sr. Orlando Gomes, onde o primaris mo do raciocínio e a ostensiva indiferença pela moral cristã aliam-se a uma mal disfarçada teo• ria de que maus costumes podem ou devem ser convertidos cm lei".
A PROPÓSITO DE UM DOCUMENTO Sr. B. X., São Paulo: "Li nos jornais a entrevista do Sr. Bispo [de Campos} a propósi10 do 1cxio de D. Helder Câmara sõbre o que foi resol· vido pela CELAM no encontro de Mar dei Plata e sôbre a "Populorurn Prog:ressio". O Exmo. O. Mayer estranhou que ésse tcxro tivesse sido divulgado como unHt das conclusões da recente assembléia da CNBB cm Apare• cida, esclarecendo que "o assunto proposto a Encíclica "Populorum Progrcssio", documento complexo que deve naturalmente ser C$ludado à luz de outros documentos pontifícios - não comportava uma análise rápida, única possível num encontro de quatro dias, com vas tíssima agenda, de trabalhos. Além d isso. normalmente, segundo a tramitação dos trabalhos propQsta e apro• vada pela assembléia geral, deveria. o documento. após as observações dos vários Regionais, ser novamente submetido a êstes últimos, :1 fim de que cada um dêles apreciasse as emendas propostas pelos demais, para assim se chegar a uma conclus..i.o que refletisse a. média da opinião geral. Tal tramitação, talvez pela angústia do tempo, não foi rigorosamente obse.r vada". .. O Estado de São Paulo", contrà.riamenic ao que o nosso Bispo havia afirmado. publico\1 uma declaração do Sr. D. Lamartinc, BisPo Auxiliar do Recife, dizendo que o documento "Nossas> responsabilidades em face da " Populorum Progrcssio" e da Deelar::ição de Mar dcl Plata" foi regularmente aprovado pela assembléia plená ria da CNBB. S. .Exeia-. historia mesmo a ttami1ação do documento l.lté sua aprovação final. Como. especialmente nos lcml)OS de hoje, há coisas que se fa7,em um pouco a tabalhoadamente. gos1aria de saber se rc.a lmen1e as coisas se passaram como as historia o Sr. O. Lamarline. CATOLICISMO poderia elucidar-me no caso?" • Como o assunto desta caria só poderia ser elucidt-1.do pelo Exmo. Rev• mo. Sr. O. Anto nio de Cllstro Mayer, perguntamos a $. Excia. o que reafniertte se passou na rcu·n ião de Aparecid:l. O Sr. Bispo Dioce.~ano nos dccl;.1,ro11 que não c.sta.va habilitado a dizer o que ocorreu na sessão que aprovou o documento, porque a eha não estêvc prescn1e. Poderia, no entanto, mostrar-nos a ordem das discussões e vot;1çõcs aprovada logo na primeira sessão, e indicar a parte que não foi cumprida. "Qualquer pessoa, :lcrcsccntou S. Excia .. percebe como a 1:>ar1c omitida cr:l importante para se chegar :; uma conclusão que representasse de fa10 a, média da opinião do Espiscopado... E entregou-nos o programa que passamos ~• publkar:
"Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - VDI Assembléia Geral Aparecida - 6, 7. 8 e 9 de Maio de 1967. Programa: 7,00 bs. - Concelebra· ção. 8,00 hs. - café. 8,30 bs. - Início dos trabalhos em plenário. Aprovação da ordem do dia e da pauta. Ata do dia anterior. Breve exposição dos assun1os para debate. Comunicações. 9,00 bs. Debate dos assuntos pelos grupos de Regionais. 10,30 bs. - café. 12,00 hs. - Almôço. Repouso. 14,15 hs. Plenário. Apresentação dos gruPQs de Regionais. :Debates. 15,45 bs. - Lanche. 16,00 bs. - Volta dos assuntos aos grupos de Regionais. Cada grupo escolhe seu representante para a. Comissão de Redação final. 17,00 hs. Concelebração. Reunião da Comifsâo para apreciação das emendas e redação final do texto para voração. 18,00 hs. - Jantar. 20,00 hs. - Votaçiio cm plenário. 2 1,00 hs. - Encerramento". "O que fa ltou nas discussões, disse•nos S. Exc.ia., foi 3 volta do assunto aos grupos de Regionais, indicada no progran1a pata às 16 horas, quando os Regionais deveriam, apÓs ter ouvido a apresentação marcada para as 14h15, dar a sua a preciação final sôbre o assunto. Esse ponto não foi cumprido, a liás, também cm ou1ros assunto.,i;:". O Sr. B. X. fa l3 cm açodamento com que se fazem as coisas nos tempos aiuais:. Com tôda a reverência que devemos a nossos superiores hierárquicos, e sem a menor intenção de censura, apenas pata constat~r um fa to, pa rece•nos que não seria tão fácil emitir uma opinião bem fundamentada sôbrc u End• c lica "Populorum Progressio" numa reunião de qu::itro dias, na quaJ, entre outros assuntos, se deveria estudar também êsse Documento que, êle mesmo, trata nada menos do que dos seguintes assuntos: o colonialismo~ a indus• trializaç.ão, o problema :.,grícola, o crescimento demográfico, as nacionali• zaçõcs, as rendas, os bens clandestinos no Exterior, o capiralismo, o stakano• vismo, a. participação nos lucros, o direito à insurreição, as pl,..,nificaçõcs, a a líabctiz.ação. o plur.slismo sindical., a luta contra a fome, as t rocas comerciais e os diversos sistemas com elas relacionados, os contratos internacionais:. o nacionalismo, o racismo, a promoção dos "povos jovens", a acolhida aos imigrantes e em partic\llar aos estudantes, a aproximação das c iviliz.ações. li êste o elenco dos temas versados na recente Encíclica do Sant'O Padre Paulo VI. Afigura-se-nos, salvo melhor juízo, que nosso Bispo Diocesano tinh3 ratão ao panderar, na sua entrevista, que a .. Populorum Progrcssio''. "documento complexo que deve naturalmente ser c.studado à luz de ou1ros documentos pontifícios, não comportava uma aná1ise rápida, única poss>vcl num encontro de quatro dias, com vastíssima agenda. de trabalhos".
GUANABARA
SÃO PAULO BAHIA SÃO PAULO R. DE JANEIRO C HILE
SÃO PAULO
'
MINAS GERAJS
R. OE JANEIRO
SÃO PAULO
BAHIA
E
matéria de apostolado, a preocupação essencial do "aggiornamento" parece consistir em atrair para a I greta as multidões. Nosso século, mqis. do que os anteriores, pode ser chamado o século ·das multidões. Por tôda parte, vemos m11/tidões que se re11nem. E a todo propósito: comícios politicos, co111petições esporlivas, exibições pagãs de beleza fe111ini1w, mil 0111ras ocasiões enfin1. Ao considerar essas multidões, é natural que dlguém faça a seguinte reflexão: que bom seria, se igual quantidade de pessoas se reunisse a propósito da Religião, para 11111 ato público de culto, 11111 gra11de sermão, 011 wna solene manifestução de fé. E daí f/11i naturaln1e11te a gra11•de q11estão: que meio moderno encontrar, que técnica nova usar, para atrair nun1 sentido religioso tão enormes conglomerados hunf'(Jnos? Como, por exemplo, atrair para u,na manifestação católica o mar de gente, q11e fig11ra 110 clichê desw página? Formulada a perg11nta, as respostas con1eça111 a afluir. Bem entendido, se é por meios modernos que os modernos atraem as ,nodernas multidões, antes de tudo convén, postergar os velhos nu/todos de apostolado para lançar mão do que haja de mais atual: nada há de suficientemente moderno en1 tal matéria. Quanto a usar 111eios mode•rnos. desde que isso se faça con, espírito sacra/, con, tõda a dignidade e elevação, é ótimo e não há o que objetar. Mas quanto a relegar os meios antigos, tt coisa está m11ito longe de ser tão simples. Com efeito, .romos de opinião que os meios mais eficazes para 1n
lltrllir as 111-u/tidões continua,n a. ser
o:J antigos: o culto, o ptílpito, o confessionário, etc. E especia/111en1e a devoção a Nossa Senhora.
Alg11m leitor progressista se co11torcerá de cólera. E exclamará: precisa111os de 11ovos métodos! Nada se alcança 110 mundo moderno se não se apela para o moderno. Nossa Senhora morre11 há quase vinte séculos, e não interessa mais. O r>ovo de hoje só quer gente de hoie.
Há ·111110 obsessão do moderno, que, con,o tõda obsessão, impede a Mcida visão da realidade. As multidões modernas, assoladas ()elas preocupações, pelo febricitc,r da luta quotidiana, pelo sensaboria. de uma existência votada só ao econõ111ico, se vão tornando cada vez 111dis apetentes de sobrenatural. E ,nuitos dos tradicionais 111éfodos da Igreja, tao im()regna.dos de nobreza, piedade e senso do sobrenatural, se vão revelando sempre ,nais eficazes para c,trair a~· lllàSS(IS.
Alguém sorrirá com desdém. 011de e quando os 111étodos tradicio11ais r>oderiam. atrair tanta gente q11a11to a que está 11a .foto? Pois bem. . . esu, gente está reunida e1n· Fcítüna, para assistir a Missa celebrada em /011vor de Nossa Senhora por Sua Santidade o Papa Paulo Vl , na elevada beleza do ritual católico. Co11tra fatos não há argumentos. Maria atrai a Si as multidõés, e se se quer atrair o />OVO, basta convidá-lo a /011var Maria. Em tôrno do Vigário de Cristo, ei-lo que reza e11/evadan1ente à Virge,n Mãe, sem que para atraí-lo fôsse necessário fazer concessões à bossa-nova, ao ié-ié-ié etc.
AMBIENTES
COSTUMES
CIVILIZAÇÕES
QUE HAVEMOS DE FAZE.R PARA ATRAIR MULTIDOES COMO ESTA? ,_
flAfOtE<CISMO-----*
Virtudes esquecidas
A Ira, companheira
UMA EXPERIÊNCIA DEMORADA, CARA E CONVINCENTE
o
.
llSTADO so<iall&ta, como lôda utopla, tem o .seu lado atraente. Em contraste com a aparente \ desordem da economia livre, o regime sodatfsfa apresentaria, em tese, uma atmosfera de laboratório. Técnicos alta• meal< quallfltados, funcionários esta• tais < portanto llvr<s das vis ambições
capitalistas, determinariam, com o au• xíllo dos mais aperfeiçoados compu• !adores eletrôni<os, a taxa ideal de d<· seovuhlmenco, a porcentagem do produto nacional bruto que deve ser re• investida e onde deve si•Jo, enquanto
deve ser aumentado o impôsto sôbre a renda, de ma,nelra a processar~se uma sadia 1-ransfusão de haveres entre os malt abastados e os menos favorecidos. E assim se geraria, em pouco tempo, um estado de coisas do qual resultaria lnevltàvelmcote o bem de todos e a feil<ldade g<ral da nação. Mullos dos admiradores do soclallsmo levam seus sentimentos às últimas conseqüências e tornam-se comuo.lstu. Out·ros, mais timoratos, param no melo do caminho, quem sabe assustados com as trutulên<ias das GPV, NKVO, • siglas quejandas, e tornaro~e soe:lal1-de.. mocratas: o $()(:lallsmo na liberdade, eis a solução!
Uma experiência " in anima nobili" Pan vedíicar o acê,rco de uma opi• nião, nada como te.st.li-la na pnitka, por meio de uma experiência. Ora, no caso, a crperíêncla foi amplamente executada e seus resultados j& Podem ser anali-
correntts
estavam
ltrrlvclmento• de•
vas1ad!)S- O próprio auxílio norl,e•"l'le• rlcano foi fom<cido à Gri•Bretaoha tm medida multo mais abundante do qu• a qualqu<r outro pais. Sallentt•se, por oufro lado, que, depois da Inglaterra, na Europa Ocldental quem menos "progr<dlu foi a França, a qual foi também, entre êss<s países, o que mais se apr<I• ,lmou do nível de soclallzação Inglês. Se a lei de causa e efeito ainda tem algum valor, els ai a lgo de muit2 sintomátko.
Poro os apreciadores do " non sense" A l<glslação socialista lem, por tôda parte, contribuído fartamente para o anedotário mundlal do gênero "-nôo stose". A Inglaterra não poderia deixar de trazer o seu quinhão. Vejamos um e,:,emplo. Num estaleiro inglês toroa-se necessirlo colocar o puxador numa por• ta d< cabi.nc. Para Isto I! obrlga16rlo chamar um marceneiro, que marcará o lugar da peça. Em seguida comparecerá um furador para abrir o buraco. Senl sucedido ptlo ajustador que coloca à ft rragem. Um calafetador vid d<pol.s para cbumbé-la. Finalmente, um pintor fará o retoque d• estilo. Não é de ad• mirar que o Japão produ:za barcos pela n1etadc dos pre(OS loglêses. Pan a sim• pies tarefa de trocar limpadas queimadas nos navios, qut poderia ser ftila por um serv<'nte não qualificado, o sin• dk·ato e.xige, e a legislação o apóia, que seja tmpregado um eletricista (sa• !Ario d< NCrS 680,00 por mês). acom•
panbado de um ajudante (salário de NCrS 480,00 por mês) que lhe passe as !Gmpadas.
400 mil fogem por ano Consideremos o caso de um cbtfe de emprêsa. Se ampliar sua Indústria, po• derá ganhar ma.is 40 mU cruzei~ novos por ano. Dêste dinheiro, confor• me seja sua categoria de contribulutc do Jmpôsto de renda, não lhe sobrarão mais de 1.100 cruzeiros novos. Niío 'é de admirar que a mnioria dos empresãrios ingl~es não faça multa fôrça para ampliar suas aUvidades. Em dtz anos, a pllr1e proporcional da Grõ-Bretanba no comércio mundial caiu de 20% para 14%. O nível de vida nas Ilhas, c-o nslderado outrora um dos mals elevados do mundo, desceu abaixo das médias do continente, e anualmente 400 mU lnglêses, os mais tapa,:es • mals empreendedores, abandonam a pé.t.rla ~ procura de outras plagas onde haja mais futuro do que vegetar à sombra de um r<gime so<lallsta. tstes dados nos parecem eloqüentes. Toda vtz que se foge do prlntíplo d• subsidiariedade, tão sàblámente prega• do p<los Pontifl<es, e o Estado, tor• nando-se sociafü,1a, se anoga o direito de fazer o que com~te ao indivíduo, à familia, à emprêu e a todos os org_a• nlsmos lntermedli\rlos, chega-~ o•«•· sàriamente a sUuaçõts como estas queapontamos.
da misericórdia D« vida do S6<> Leo/re!do, Abad~ /ta11co do slc11l0 VII :
S
ÃO LEOFR.EDO pescava um dia no riacho de Ure. ( .. . J Lcofrcdo nfio linha cabelos. Passou uma mulher e zombou d!le: "Acho, disse ela, que êsse car«:a csgotatá. o riacho, e daqui por diante não se p-odcrá mais pescar
nêlc'". Falara em voz baixa. ninguém a pudera ouvir, Lcofrcdo, porém, vol1ando-se parn ela, diz-lhe: .. Porque zombas de um defeito de nature1.a? Não tenha tua cabeça mais cabelos atrás do que cu tenho na 1csta, e o mesmo
suceda aos teu.\ descendentes''. A coisa sucedeu como o Santo dissera. Um homem roubou alguns molhos de (cno 30 mosleiro de Leoírcdo. Lco(rcdo exigiu a res1ituição; o làdrão, em vez de restituir, e-xaltou-.sc páblica e furiosamente contra o Santo. Chamou-o de menliroso e ca1u.nfodor. E Lcofrçdo l'C$pOndcu : "Julgue Deus entre li e mim?" O ladrão foi acometido de dores atroics no mnxiliar o os dentes se lhe despregaram e caíram, diante das J)($S08S presentes, e tõda sua posteridade pertlcu os dentes. Trabalhavam uns camponeses num domingo e lavravam a terra, dcsprc• zando o repouso s:igracto. [ . . . ). Essa severidade (de São Leofrcdo}, tão distanciada dos corações modernos e dos espíritos contemporâneos, safa de uma alma profundament~ penetrada de luzes sobren1uurais que a nossa época esqueceu e de que tenta rir, nos ilias em que não é forçada a tremer e a chorar. Nos seus ditl.$ de fazer cltt ri nH1i10. Mas Lcofrcdo, que não ria, acrescentou, de olho~ lcvanta(jos para o cé.u: "Se• nhor, Cique esta temi eternamente es1éril! Nunca se veja nela nem grão nem fruto! .. E a sua maldição mostrou-se• Poderosa. Os card05 o os espinhos m:.1rcârum o c-ncheram, a p:1rtir daquele dia, o campo amaldiçoado, r... J Um dos Relig.iosos de Lcofrcdo acabava de morrer. Acharam-se com êlc tr&: mocda.s de prata, três moedas que êlc não linha o direito de ua:,.er consigo. Violara assim o seu voto de pobreza. tcofredo, cuja severidade cr.:s extrema. proibiu que o entcrriw,cm cm terra sagrada, Mandou pô-lo à pa.rte, longe do cemitério, em tcrrtl profana. Após essa execução, leofrcdo i>cnsou profundamcnto nnqucla alma (lUe ale parecia qut1sé haver condem,do, e, suspci• 1ando que tla talvez tivesse encontrado o arrependimento nlt terra e n mistri• córdia no C6u, (êz um rttiro de (tunrenta dias. rezando e chornndo pela almr-t daquele que fle parecera rcjei1ar. Porque está escrito "Não julgues", E npós os quarenta dias o Senhor falou a Lcofrcdo e lhe disse que a alm.3 do monge achara perdão diante dS.le, e que não só o inferno não o J)OSS:ub, ,l't't:l$ o Purgatório já não o detinha, e que as orações de Leofredo haviam libcrlado aquêlc que a justiça de Leofredo parecera condenor. Então o Santo, pensando que cumpria trat:i,r o corPo do Religioso como Pcus lhe tratava n nlm:l, perdoou como Deu$ i>crdonvn, e. fazendo misericórdia na terra como no C~u. revocou o corpo exilado no cemit6.rio comum, corno Deus revocara a alma exilada à asscmbl6ia dos eleitos. ( ... J. Os cegos são levados a crer que a justiça e a misericórdia são duas inimigas. As almas que- têm inteligência snbcm que elas são amigas, e 11.S almas cscforecidas sabem que eías são unidas. " Encolerizai-vos, mas não pequeis". diz o &pfóto Santo. JQS(lph de Maistrc ctlebra essa paixão ardente e forte. a que chamou eloqUentementc c6ltra do amor. Silo Leofrcdo 1inha um zl!to dn justiça demasiado ardente para não ter um ardor de misericórdia mais ardente ainda~ porque. no sentido cm que estas duas fôrças lutam. a misericórdia leva certas vantngcn:c no combate. As cóleras de São Lcofredo. por onde êle 1oca o espirito de Elins o do Elist.u. tinh:i.m que atear nêlc as chnmns dn c..,ridndc. Gle aparece sob C"Sta dupla luz qu3ndo reza viri."ls semana., pOr aquêlc que :ic:i.ba de expulsar do cem.itério sagra.do. O poder dl\S sutis imprecnçOO e o poder da sua caridtide, o seu amor dos pobres e o seu ódio da injustiça são as duns linhas que se desenvolvem paralclnmentc cm todo o curso da sua vida. - (''Fisionomias ,le S(111t()J" Ernest Hd lo - Edit6ra Yo.tu. Petr6poli1, 19)7 - pp. 16&-169) .
Alberto Luiz Du Plessis
sados. As nações que mais sofreram com a segunda guerra ntundhtl - dtixando·se de lado as que estio atualm<nte sob o domínio comunista - foram, sem dú• vida, a · Alemanha1 o Japão, a Itália, a .França • a lngJaturn. Terminada 1t conflagração, a lllilla, o Japão e a Ale• manha Federal orientaram sua recons• lrução pdas vias da ctonomla llvrt. A França S<gulu uma orientação liberal mesdada com reformas soclalisfas. Quanto à Inglaterra, adotou de Inicio o caminho do sodali.smo, sob a égide do Partido Trabalhista, e dêle não ma.Is saiu de todo. Passados vinte e dois anos, (: tempo de vêr-sc o resultado de cada urna dessa, experiências e n.sslm comprovar-se o acêrto do atraente socialismo. As iofor• mações que a seguir apresentamos fo• ram tiradas, ctuase tôdas, de recente ar• figo do jornalista Internacional Ray. mood CartJer (rcvls1a "Parls-Match'', de li de fev<rtlro).
Alguns dad0$ "não comprometidos'' O primelro dado esfafkStico a str consldtrado é o da produtividade por habitante. barômetro da eficiência no tntbalbo. Na última década cres«u ela anualmente segundo estas taxas: Japão 8,8%t lt~lia S.,6'Y&, Repúblic:t Federal
Alemã S%, França 5 %, Inglaterra
2,6%. A diferença é flagrante.
Outro elemento dos maJs Importantes
é a taxa de iovcstlruentos, que repre,. senta o quanto a nação econom.iza para reinvestir cnt bens de produção, se.ndo portanto um s inal do desenvolvimento futuro. No Japão <ssa laxa é de :28,8% do produlo nacional bruto, na. Alema-
nha 23,7%, na llália. 21,69'0, na Ftança 19,2%, e na Inglaterra apen~ 15,8%. A produllvldad< nos dlv<rsos grupos de indústrias blbicas (indústria quínúca, do aço, da construção, da eletricldade, etc.) é; em geral, 50% mais elevada na França e na Alemanha do que DJl Jn. glatem,. No entant.9, a Inglaterra saiu do conflílo mundial com uma indústria in• lacta e possontc, enqu.anto seus coo-
CHANCELER INFORMA À TFP:
BRASIL APÓIA A INTERNACIONAJ.IZAÇÃO DE JERUSALÉM
e
OM data de 11 de junho p. p., a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade enviou telegrama ao Presidente Costa e Silva e ao Chanceler Magalhães Pinto, pedindo que o Brasil propusesse urgentemente, a todos os países latino-americanos, dar apoio conjunto à internacronalização de Jerusalém , segun• do o desejo de Sua Santidade o Papa Paulo Vl. .ê o seguinte o texto do despacho:
rável acolhida. de Vossa Excelência, apresento cordiais e respeitosos cumprimentos. - Plínio Corrêa de Oliveira, Presidente do Co11sel/ro Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade".
"Peço a Vossa Excelência que o Brasil fJrOponha urge11teme11te a tódas as 11ações da América Lati11a darem apoio co11junto à internacionalização de Jerusa/é,11, desejada pelo Santo Padre Paulo V l.
blica e11ca111i11hou-me o telegrama pelo qual Vossa Senhoria solicita o apoio do Brasil à i11ter11acionalização de Jerusalém. Apraz-me i11for· 111ar a Vossa Senhoria que o Govêrno brasil4ilo tem defe11dido a tese de que Jerusalém deve sér colocada sob regime inter11acional perma11e11te que propicie gara11tias especiais aos Lugares Sa11tos, e 11esse sentido expressei-me 110 discurso que pron1111ciei perante a Assembléia Geral de emergência das Nações Unidas. Por outro lado, a Delegação brasileira patrocinou, ;un• f(Jmente com outros países latinoamericanos, 11111 projeto de resolução que, entre outros po11tos, propõe a i11ter11acio11alização da Cidade Santa, apoiando a posição do Santa Sé. Atenciosos cumprimentos. - José de Magalhães Pinto".
Essa medida, já 111últiplas vêzes pedida e1n solenes Documentos do i11olvidável Pio XI/, constitui merecida homenagem à Cidade Sagrada, que ficará assin, resguardada de futuros riscos. Corresponde às tradições cristãs brasileiras, be,11 como a nossos fO· ,os de 111ais populosa das nações católicas, assumir essa sin1pática iniciativa, a qual será entusiàsticamente aplaudida por todos os brasileiros. Na antecipada certeza da favo•
Em resposta, o Ministro do Exterior telegrafou nestes têrmos, c01 data de 7 de julho, ao Pro[. Plinio Corrêa de Oliveira: " Q Senhor Presidente da Repú-
Jc.ru~::-lém : o quinca çstaç.5o J a Vi:, S:u:rn
1 •
[ · Diretor: Mons. Antonio Ribt'iro do Ros:\rio
STA. TERESII\IHA
·E A GUERRA SANTA No dia 4 de agôsto de 1897, dois meses antes de sua morte, Santa Tereslnha dizia á Revda. Madre Inês de Jesus (sua Irmã Paulina): "Adormeci por alguns instantes durante a orasão. Sonhei que faltavam soldados para uma guerra. Vós dissestes: t
preciso mandar Sóror Teresa do Menino Jesus. Respondi que preferiria bem que f&sse para uma guerra santa. Afinal, parti assim mesmo. "Oh; minha Madre (acrescentou a Santa com anlmasão), como eu me teria sentido feliz, por exemplo, em combater no tempo das cruzadas, ou, mais tarde,
.
em lutar contra os hereges. Meu Deus! eu não teria tido mêdo do fogo! "Será possível que eu morra numa cama!" ("Novlssima Verba" • "Offlce Central de Lisieux", p. 115).
No dia 30 de setembro, há setenta anos, Santa Teresinha do Menino Jesus subia ao Céu
No cliché, Santa Tereslnha, no Carmelo, entre fevereiro e fins de fulho de 1895 • pormenor de uma foto tirada por •
sua irmã Celina.
NÚMERO 201 ANO XVII
SETEl'tlBBO DE 1967 Exemplar avulso: NCrS 1,00
MODERNISMO, COMUNISMO E FATIMA
Os modernistas q uere m tudo reformar na Igre ja d e a côrdo com seus e rro s SÃO Pio X: Resta.Nos finalmente acrescentar algo sôbrc o modernista enquanto reformador. Já o que até aqui dissemos põe cm evidência de quão grande e vivo afii. inovador estão animados êstes homens. E êstc afã se estende absolutamente a tôdas as coisas que há entre os católicos. Querem que se inove a filosofia, sobretudo nos sagrados Sc,ninários, de modo que, tclega<la a escolástica à história da filosoCia entre os demais sistemas que jft envelheceram, se ensine aos
jovens a filosofia moderna, única verdadeira e que corresponde• à nossa époc.a. Para inovar a teologia. querem que a que chamamos teologia racional tenha Por fundamento a filosofia moder.. na, e a teologia positiva pedem que se funde sobretudo na história dos dogmas. Reclamam também que a História se escreva conforme seu m61odo e segundo as prescrições modernas. Decretam que os dogmas e sua evolução se conciliem com a ciência e a História. Quanto ao que se refere à cateqoese, exigem que nos livros catequéticos só se consignem os dogri\as inovados e que estejam ao alcance do vulgo. Acê.rca do culto di1..cm que devem ser diminuídas as devoções exteriores e proibem que sejam aumentadas. se bem que outros, mais partidários do simbolismo, se mostrem aqui mais indulgentc-s. 8radam que deve ser reformado o regime da Igreja, cm todos os seus aspectos, sobretudo no disciplinar e dogmático; e, portanto, que se deve conciliar interna e exterm\mentc asse regime coin a consciência moderna, tôda e la tendente para a democracia: por isso, é preciso dar ao Clero in(erior e aos próprios leigos sua parte no re• gime, e distribuir uma autoridade que está por demais recolhida e centralizada. Querem igt1almente que se transformem as Cong.r egações Romanas, e antes de tudo as que têm por nome $amo Oficio e ltulice. Pretendem, do mesmo modo, que se modifique a ação do regime- ectesiás• tico cm assuntos políticos e sociais, para que êle juntamente seja desterrado das ordenações civis e se adapte, não obstante, a elas para imbui• las de seu espírito. Em matéria moral, aceitam o princípio dos americnnistas c!e que as virtudes ativas devem ser antepostas às passivas, e de que se deve promover preferencialmente sel1 exercício. Pedem que o Clero seja reformado de modo a mostrar sua antiga humildade e Pobreza, e adaptar.se por pens..1-mento e obras aos preceitos ou cnsina1nentos do modernismo. Há finalmente os que, dando de muito boa vontade ouvidos aos mestres protestantes, dc,sejam que se sup.rima no sacerdócio o próprio sagrado celibato. Que deixam pois intacto na Igreja, que não deva ser reformado p0r êles e de aeôrdo com suas proposições? (Encíclica "Pasccndi Dominici Gregis", de 8 de setembro de 1907 - De ni. 2104).
A vida eristõ, hoje como sempre, afirma a n ecessidade de um conflit o mora l implacável PAULO Vl: A p:llavr:l vitória {''H:lCC cst Victoria quae vineit mundum !ides nostra" ( 1 Jo. 5, 4)) faz pensar cm um combate . .• Mas es ta é uma idéia que não agrada ao homem moderno. [•.. J Hoje fala-se de moral sem pecado, procura-se justificar qualc1ucr ação Por considerações de ordem psicológica e sociolói;ica. Não se quer saber de combate nem contra o demônio, de quem se nega a existência, nem contrn o mundo. do qu3l se celebram os valores fascinantes, nem con .. tra a carne, tornada o ídolo de prazer e da Jivre experimentaçã o. Não é isso a vida cristã. A vida cristã co,ninua a afirmar a necessidade de um conflito moral jn,placávcl,
(Alocução na audiência <le S de abril de J 967).
t falso que a confissão dos p ecados em espécie seja de instituição eclesiástica S1xro IV CONOE.NOU r~A PROPOSIÇÃO on Pe.ORO oe OSMA: Está verificado que a coníiss~o dos pecados e m espécie é realmente de estatuto da Igreja uruversal e não de direito divino.
(llula ''Licet E""· de 9 de agôs10 de 1479 Denz. 724).
t folso qu e Consta ntino tenha erra do ao d ota r a Igreja d e be.n s temporais MARTINHO V CONDENOU ESTAS PROPOSIÇÕES 02 Enriquecer o Clero é contra à regra
WICLEFP: -
de Cristo. O Papa Silvestre e Constantino er-Taram ao dotar a Igreja. - O Papa. com todos os seus clérigos que pOssuem bens, são hereges pelo fato de possui,los, bem como aquêles que consentem nisso, a saber, todos os sénhores seculares e demais leigos. - O Imperador e os se• nhores seculares foram seduzidos pelo demônio pâra que dotassem a l grcja de Cristo com bens temporais. (Bulas ;;Inter Cunclas" e ºIn Emincntis'', de 22 de fevereiro de 1418 - Denz. 612, 613, 616 e 619).
Explicações sôb re o pecado original e partir do poligenismo sõo inconciliáveis com e> doutrina católico
O
CORREM neste ano três efemérides que têm entre si relações profundas: o cin. qüentenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, o sexagésimo aniversário da Encíclica ..·Pascendt Oominici Gregis'\ e o trigésimo da "Di• vini Rcdemptoris". A 8 de setembro de 1907, São Pio X proíligava o cânce(' do modernismo, que insidiosa• mente ia corroendo o organismo vivo da Igreja de Cristo. Em 19 de março de 1937, Pio XI fulminava mais uma vez os erros do comunismo. jntrlnsecamente mau. advertíndo que os fiéis não podem colaborar com os comunistas cm camp0 algum. p0is êstes, a inda quando propugnem medidas na aparência cristãs, só o fazem para mais fàcilmentc iludir os incautos. Entre êsses dois grandiosos monumentos do Magis.tério supremo, as Encfolicas sôbre o modernismo e sôbre o comunismo, situam-se as aparições de Mariil Santíssima aos três felizes pastorinhos portuguêses na Cova da Iria, convidando os homens à oração e à . penitência, como meios de afastar do mundo a catástrofe da tirania comunista.
e
PAULO VI: portanto evidente que vos parecerão inconciliáveis com a genuína doutrina católica as explicações que dão ao pecado original certos autores modernos, que, partindo de um pressuposto jamais provado, o po/igenismo, negam mais ou menos claramente que o pecado, que acarreta tantos males para a humanidade, tenha sido antes de tudo [anzitutto] a desobediência de Adão, nprimciro homem''. fi.gura do homem vindouro (ll Cone. Vai., Const. Gau,Uum et Spes, n.º l3~ cf. também n.0 22). come• lida nos alborcs da História. Por conseguinte, tais explicações estão cm dcsacôrdo com o ensina.. mento da Sagrada Escritura, da Sagrada Tradi• ção e do Magis16rio da Igreja, segundo o qual o pecado do primeiro homem é transmitido a todos os seus descendentes, não por via de imitação, mas de propagação, "inest unicuiquc propritun", e é ºMoí$ animac", a saber, uma priva. ç.ã o e não uma simples ausência de santidade e de jus1iça, mesmo nOs recém-nascidos (cf. Cone. Trid., ses. V, can. 2-3).
( Alocução aos participantes do Simpósio sôbrc o pecado original, cm 11 de julho de 1966).
Pa ra os medievais o u nive rso oprese ntava uma unidade orq uitetô nica, com origem e modêlo em Deus PAULO VI : lls1e ardente desejo [de Dante] de unidade, em todos os domínios da vida, refletia maravilhosamente a mentalidade medieval - a ponto de Dante ter-.se tornado como que o mais nobre e completo representante dela - essa men. talidade que jamais será conhecida suficientcmcn• te: a rncntalidade da unidade arquitetônica do mundo cósmico, da sociedade civil e eclesiástica, da História, da língua. da escola, da cultura: unidade, sinfonia, harmonia, equilíbrio das faculda, des e das energias da pessoa humana, chamadas a conspir;1r nesta síntese que se chama beleza; isto é, unidade que lira sua origem e seu mo• dê.lo de Deus, Ponto focal de todo o universo, fonte de vida e de luz e de unidade: ' 1 vi um ponto que irradiava uma luz tão viva, que os olhos que e la atinge devem fochar-sc por causa de sua fôr• ça penetrante" (Par. XXVIII, 16-18). E a inda : ·•Oêssc ponto dependen1 o Céll e tôda a nature7.a" ( ib. 41-42). ( Alocução aos membros da Sociedade Dante Alighieri, cm 31 de jonciro de 1966).
t falso que para difundir o Evangelho se deva m assumir os h á b itos e o ment alidade d o mu n do
Os modernistas, ocultando-se no próprio seio da Igreja, envenenavam a seiva que rnant6m vivo o organismo instituído Por Jesus Cristo para a salvação das almas. São Pio X os chamava de piores inimigos da Igreja, pois, mantendo tôdas as aparências cristãs. c.svaz.iavam o conteúdo dogmático da Revelação, reduz.iam a fé a um mero sentimento, e proclamavam a impossibilidade de um conhecime_o to objetivo das verdades trans., cendcntcs. A intenção dêstes sectários era convencer de êrro Pio IX, que afirmara no "SyJlabus" a in. compatibilidade entre a Jgreja e a civilização moderna (cf. prop. 80). De fato, propugnavam êles uma aliança entre a 18rcja e o mundo mo• dcrno; entre os ensinamentos revelados e as 11conquistas" da ciência e da liberdade human3; en. tte o Catolicismo, de um l3do. e o relativismo e o evolucionismo de ou1ro; entre o espírito de Cristo, enfim, e as máximas mundanas. Aliança que já São Paulo declarara impossível, porquanto, iaJ como a luz e as 1revas são incompatívéis, assim o são Cristo e Belial (cf. 2 Cor. 6, 14). O triunfo do modernismo teria como conscqüancia nccess:ãria a deificação do hon.1em. Não a deificação inefável, que Jesus Cristo trouxe à terra, por meio da graça, misteriosa participação da natureza divina; mas a que se obteria pela eliminação de tôda idéia de um Deus pessoal, e pela proclamação da autonomia. do homem, da razão, da ciência, cm face do sobrenatural.
Não é outro o ideal do chamado humanismo marxista. A diferença está cm que os moder. nisl:\s velavam seu ateísmo sob véus de asnós• licos, ao passo que o comunismo ~ brutal e ativamente ateu. Concretamente, no entanto, êste último prega também o endeusamento do homem, da matétiil que e volui confinuamcntc~ impulsio. nada pela dialética, dos contrários imanente à sua substância. A Deus substitui o homem, não porém o individuo, mas a espécie, porquanto o indivíduo entr:l no fat:1lismo da evolução: nem é Jivrc, nem goza de direitos.
a ilusão de que para difundir o Evangelho ·de Cristo seria necc-ss&rio assumir os hábitos do mundo, sua. mentalidade, seu caráter profa.no, compartilhar os julgamentos naturalistas fom,ulados sôbre o mundo moderno, esquecendo aqui também que, se o arauto de Cristo tem o deve.r apostólico de se aproximar dos homens aos quais quer levar a mensagem de Cris~o, não se pode tratâ:r de uma assimilaçã o que faça perder ao sal seu mordente, ao apóstolo sua virtude original.
Há, portanto, um nexo entre a "Pasccndi" e a Divini Rcdcn1ptoris". Os modernistas csva• ziavam o conte\Jdo da Revelação; os comunistas lançaram a barra mais além: abriram luta direta conlra tudo o que é divino. A angthtia de São Pio X ao verificar que os modernistas ucoisa alguma pouptwam da vt.rdade, católica", antes usavam os mais pérfidos ardis para lograrem seu intento, é semelhante à amargura com que Pio XI via desenvolver-se upela pr im~lra vez na His• lória unu, luta /riamen1e ~•cltmlária e cuiJado. samenu preparada ptlo hcmem contra mdo o que é divino".
(Discu~o à 31.• Congregação Geral dos Superiores da Companhia de Jesus. cm 16 de nO• vcmbro de 1966).
Partindo embora de campos opostos - Marx, materialista, e os modcrnjstas, homens da lgrcja
PAULO VI: Talvez, ainda, alguns tenham tido
- os dois movimentos ideotõgicamentc são afins, de maneira que podemos bem dizer que o modernismo ao ·norcscer termina no comunismo. Não admira, pois, que haja uma osmose cn • tre o neomodcrnismo, representado pelo pro. gressismo, e todos os movimentos que ensejam uma inf_iltração marxista nos meios católicos. Eis como um autor sintetiza com precisão e clareu os pOntos fundamentais do progressismo, fazendo ressallar nêles a revivescência dos postulados modernistas, e a amorosa simpatia por uma or• dem de coisas segundo o figurino modernista: Desprêzo pela (ilosofla e teologia de São Tomás e sua substituição por correntes modernas, como o idealismo, o historicismo, o bege. 1fã nismo, o evolucionismo e o existencialismo. Repúdio de tôda teologia especulativa e adoção de iêotogias positivas. lntcrpretação racionalista dos Livros Sagrados. levantando o problema do ca. ráter histórico das narrações do Antigo e, por vazes, também do Nôvo Testamento, particular• mente os fatos da Infância de Jesus Cristo. ' 1Re• visão" dos dogmas do pecado original e, cm conseqüência, da Redenção. Redimensionamento cr• rado ou cheio de perigosas ambigüidades, da presença eucarística, dos privilégios de Nossa Senhora, e da autoridade pontifícia. Adoção de uma nova moral, de aeôrdo com o que chamam de maturidade do homem de hoje. Nessa moral dá-se lugar a uma concepção freudiana da rcsp<>nsabilidade e da culpa, e consideram-se isentas de malícfa a masturbação, as relações cxtramatrimoniais entre jovens, as prã.ticas anticoncepcionais. Introdução de uma nova liturgia, na qual predomina o caráter de lgreja-asscmbl~ia, que nos faz esquecer que, na Igreja, tudo procede de Jesus Cristo, nosso Redentor e Salvador, e nos sugere cm troca que tudo surge da comunidade dos fiéis, conto se o "comunitarismo'' e o q,uc vem de baixo, "do povo'', tivessem não sei que- virtude vivificante e de saJvação. Censura da Igreja na história de suas rela .. çõcs com judeus, hereges e n1açons, com a tendência sistemática a dar razão a êstcs nos diversos conflitos que possam ter tido com a lgreja no decurso dos séculos. Repúdio e condenação da civilização cristã, como UI)' afã desmedido de poder e de triunfo, e, em troca. .aug·úrfos de conciliação da Igreja com os erros do mundo moderno, especialmente com o liberalismo, o socialismo e o comunismo. Afirmação da ºcrislifie.ação'' necessária e progressiva do mundo e da História, Enfim, debilitação do 9igni(icado sobrenatural da vida. Como se vê, o neomodcrnismo consegue uma a liança ínlima entre os postulados de seus predecessores e ns aspirações marxistas. O combate à escolástica, especi3lmcntc ao tomismo, a redução da Sagrada Escritura a mitos, negando-lhe a verdade histórica, a deturpação do sentido dos dogmas, a prática de extenuar ou mesmo negar a autoridade pontifícia, são marcas do modemis• mo; a ..democratizaçãoº Que tudo faz. surgir do povo, o naturalismo evolucionista que jdentifica :i evolução histórica com a divindade, já per. tenccm ao marxismo. O progre.ssismo ~, pois, a síntese do modernismo e do comunismo.
11
Como remédio para. males tão grandes, tão profundos e tão extensos, tt mos a mensagem de Nossa Senhora cm Fátima: oração e penitência, pôsto que ranto ao comuni.s mo como ao progrcs• sismo se aplica o que declarou o Senhor de certo gêo<ro de demônios: que só se expulsam com e jejum e a penitência (cf. Mat. 17, 20). Que a consagração ao Imaculado Coração de Maria nos alcance a graça de conhecer o perigo em que nos achamos · e nos dS a energia de enfrentá-lo com :t oração e :i peoitência.
D. A. C.
~
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UMA VIDA POSTA DESDE CEDO SÔBRE FUNDAMENTOS SÓLIDOS
NI'RE os papHs debcados pelo Padre Lanle• ri se encontra um DJtttório EsptrUual1 por êlt composto cm t 78l, nos cinco meses que precederam a sua ordenação sacudotal. Alguns ex-
certos, sufklence.s paro eonhececmos o e.s.seoclal dis-programa de vida, toram publicados Por Mons. Fructm na ••Poslllo" para lnlrodu('áo em Roma da
St
ca~ de btatlfltaç~io do Servo de Deus ("PosltJo super introducllone C-~llSUe: d wper vl.rtullbus ex offlcio c:ompll"ta", p. S15). Al#m dt resolu('ôts pnllkas, contfm o dc>cu• mcnto uma ex:posl('ão sudnta dos princípio$ básicos pt:los quals o autor se propunha oritnta.r sua vida. :t intett.ssante conhecer êsse.s prindplos.. embora es. rejam ap,t'nas c-sboçados, polf, tendo Pio Brunone se mantido rlel n ê~ Ideal de juvenlude, a formação de sun alma foi um contínuo aprofundar dus:tS verdades, e o seu 11postolado fttundo o fruto do nmor com que as servia. Há um parigrafo do Diretório que reveta como o Jovem tevlla compreendia que as vudndes católicas siio a rocha fnn.bal.linl $6brt as quat, se há de con.'1:rulr lodo edifício t:splritu:111: •"'As vcrdndc.s que me persuadlnam, d.12 Clt, sfto as que persundJr:1m os Santos; são e serão semprr as mesmas, nem o te.mpo nem n lnconscqüfncl.a. Podtm tirar• •lhes n fô~.a ; portnnro, assim como mr movcl':lffl uma vez, com o auxilio de Oeui stmpre me mo• ,·erlo''. Conht:ctr, amar e servir a Deus t o seu ardente de~jo e stri o objeU110 de todo, os seus estudos, meditações e trabalhos: ''Estou solenemente cons:agrado a Deus t tolahnente dt:dkndo :1 seu serviço. Ad mnjorcm Del 1tlorlam. Portauto, núo dtvo comer ou dormir ~o.õ o rnnto quonto tôr necessário p:nn viver. Não vh•o senão para a glória de Deu.t, e portanto devo empregar oeln tôda..~ as faculdades d11 ruma e do corpo, pensar, fol:tr, lrabalhar, poder dar n própria vida. faztr tudo, cnnm, qut: fôr pretlso, ,conteçn o que oconteeer; for:1 de Deus. niio dar ntobum pa.s.so. niio mover nem um11 p:1lhn 11 •
(.antcri ia.bt que essn completa dedicação ao $trviço de Deus niio f pos.s1'vel sem uma devoção tsptdnl a Nossa Se.nhor:i, a M'edbtnelm de tôdas M graças, aquela que forma os n,1eoJbN>1' do Corpo Mf$ltco de Nosso Str:thor JU"US Cristo. A M:uln êle $C' con.sagnm como t.sernvo, pondo--se à sun intclr.:, disposição. Não tendo1 embora, c<>nhtcldo o Tratado da Vtrdndel.ra Devoti'io. estas llnhM que escreveu no Diretório n:io e-!11~o ,m dlssonllncla com a doutrina de São Luis Marl::a Grlgnlon dtMont(ort: "Quero ier um amor temo por Mnrl.à Vl~cm e uma conflan('a dt- filho para com sua m~e. em tal grnu que me pareça Impossível sc:r ,·enddo e ~re«r nessa bntalha; recorrtnl, pof'Wnto, a '€la como um pintainho sc: abrlan lmedbatom,nfe sob o.s :1.S::t.s de sun mi'ie ao ouvir o a:rlto do mllhnfre voraz, e depois do ato de nmoi de Deus dlrtl:
"Monstra te me MRtrtm1 ttc. . •." E kto farei com aquela c:onOans-a com que uma crian('a ttc:orre à sua mãe, pedindo tudo de que pttcl~, c-o m grande segurnn('a., como se ela fô!SC obrigada a conceder-lhe, e a ela rttorrt.ndo tm todos os seus trabalhos, com o que fka a mãe como que obrlgàda, -e cncont:rn nisso motivos para querer mals btm ao filho. e se a mie terrena, embora algumas vfies nul, nada sabe nqar, o que dlztr da grande Mãe de Deus? ''Aproveitar-me-ei de todos os mlritos, gratas e privllfglos desta mi.oba Senhora, como quem sabe tu .s6h~ fies aquHe dlrtllo que têm O$ fUhos; e qunndo ctltbrar s:uplJcarel que Ela me empttste as $UM nstes, Jólat e todo$ os adornos da casa para umn tal função, podendo entúo oftrtctr todos os seus m,rltos a seu bendUo Filho para recobrir a lndccfnda. de: uma riio sórdida bospe:d.arl.Jl, o que estou persuadido Ela (a.ri com grande gC,~10, como disse a Santa Gertrudes. •'tJnlrd os meus atos de ff:, esperança e:- caridade :ios mfrttos ~ mlnba Mãe, e. assim Inseridos cm um tão grande e rico comérdo, cn.tceni deJ• medida.mente o meu l)Obrt e-apitai".
Dt.tdc que fôra preservado dos erros jansenktus pelo Padre Nicolau Josf de Olessbnch, Pio Brunone lhe entregara 11 dlreç~o de MHt alma e, ao se eonsmuir a "AmlcbJ.a CrhUaoa11• se comproroe• tera a ob~decer ao fund3dor. No Dlntório o Servo de Deus vai mttls longe:-. Querendo entngar-se com-
pletamente ao .scrvlto de seu Senhor, t dar-Lhe alguma cob,.1 ma.Lç antes de rtcebtr o sncerdóclo, ettreve: ••r••.) como Já Lhe coosagre.t o meu cor• Po com voto de perpétua c-a.Uld.lldt, renovo agora t.a l voto, e ainda mais, dedico o. seu serviço as fuc:uldades que roe deu, desejando e pedindo a ara· (:, de me coo.sagrar ainda mnlt com o voto de pobrua; enquanto não o fiur, ptÇO•Lbt. que mt faça conhecer a vaidade de tôdas as coisas, que me- c<>ncedu o espírito de pobreu, e me d@ aqufte de.sprho que- t:le mumo tl,nha pOr tôdM as colsas mundanas. Enquanto espero, não disporei de coisa nenhuma .sem a prhlA parUclpnção e nprovnçiio do Padre Dle-Sfflacb. uAlém dl*, depois de me ter recomendado ao Senhor e pen.$.'ldO ~riamente, resolvo diante de. Deus e de t6da u Côrte: celeste aproveitar-me do estado de llberdnde cm ctue o Senhor me colocou, para dar-me todo a .tle-, sem c:ipltulação nem reserva, pana $tr do n6mero daqueles que -'tnadldcrunt anlmas suas propter nome:n Oomlnl Nostri lt:su CbrisU". "€ para pôr em pdtka e confln:nar esta nd• nha resolução: [$tgue-se uma fórmula de 11oto, em latim, da Qual tradu:ilmos a parte essenc:lal, pondo por ex-tenso o que e:~1á indicado por lnlda.Ls: º· .. na pruença da Santíssima Virgem Mnrta e: de: tô-da a vossa Côrte Celeste, prometo a voss:a Divina Majestade (ca.stldndc perpHuu e) obedlfnda a meu
Pal, o Padre: Nicolau Dltssbath, delxando por~m a f.s1e a faculdade de, a stu critério, lntt:rprttar o mesmo anular ~s-re meu voto. . ."J". Tendo entrado na "A.à". o Servo de: Dcu.t $C propõe seguir sua escola de csplrltuaJldade, que cm nada contradi%la n do ºAmlcl:zla'\ an.tes a complelav:i. t o que se p()de ver pelas sietu.lnte.s reso• lutões priitlcas conlld1l$ no 01.retórlo (f c;onvenit:ntc notar, antes de clt,~las, que os membros da ºAa~' . se thamavrun entre si dt "con(rndes"): ºProPonho~mc, durante um mês de prova, praticar todos os dias Jtb atos de generosldnde, e anotá-los, procun1ndo sempre pensar, falar, aglr como Santo, tàl como requer o e.spf.rfto de verdadeiro ministro de Deus, verdadeiro amtio, con•
frnde. "Proponho~·me finer cada qu(nu dias a me• dlt.ação s6brc o upírito do 't'trdadelro Sacerdote, amJgo, confrade, direi nesse dl.A o Vcnl Crtator, e m u.ltas v@ze, o 8mltte SplrUum, etc., e ex.amlnarel como o., minhas ações a êle .se conforrruuam desde a últlmA vei em que me ex-AmlneP'. Tanto o uAa." como a "Amlcllia Cri.s,11ana•' t<>D5:lderavam ot Exercfc:los Esplrifuab de Santo lúcio como fi.mdament.»Js para o progre.sso e~J)lrltual dt" seus membros. Além de pratld-los, o Venerável Lnnterl procurava estudar o melhor melo de d4-los, para que êles pudC""ssem produúr todo o seu fruto. Um dos seus primeiros biógrafos, o Pe. Pletro CastaldJ, conta que "em um velho caderno, cm que anotava os Uvros e as obras c-om que enriquecia a sua biblioteca, vejo que nos prlmclros dei: anos do .seu sacerdócio ile se tinha pN>v·Jdo de 36 au• torts difcrt.ntts, que cx-proft:$$0 tstudam, uplfcam ou comentam o pequeno llvro dos Ex:crcfclo.s" (Pe. Pletro CaslaldJ, uoella vUa dei sc.rvo dl Dlo Plo Bnmone Lanteri", p. 81).
A doutrina d• Santo Afonso de Llgórlo se opunha à detestável moral do Jaruit.nJsmo e constltufA eOcacfsslmo antidoto contra a propagaçíío da seita. Gt:.1ças ao Padrt Dlessbac:b, Pio Brunone Lante:ri tSfudou com todo o cuidado os enslnamen• tos do grande Doutor, que foram também um dos pilares da sua formaçiio. Tdda a uA.mkWA" se b11.• teu por fies e os dHu.ndlu u.o Sufçn, na França e nn Baviera. Os Redentorlsw sâo unAnimcs em reconhecer que .se deve ao Venerável Lanterl a ln· troduç~o dêsses ensinamente,$ na UAUn, não tendo êlcs ildo, mesmo, maior propugnador. A devoção a Nossa Senhora, os Exercfc:los & pirltuo.b de Santo Inácio e a doutrina de Santo Afonso de Ll&ório fonun os esteios da sólida for• matão do Pad~ Lanterl, Na sua vldll, tô-da dtdl:t'11da ao serviço de Deus, a todo momento se nota a ln.O ubda dêles.
Fernando Furquim de A lmeida
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S
VIGOROSA OPOSIÇÃO A
OA-i'ENTt um.a tfcnlca defeituosa e màl cntendld~• f capaz de npresentar conflitos lnso-
lúvcJs entre n forma antiga de uma Urbe t su.as necc.ss.idadts conltruporânus" (Tom.s Balbú, Cer• vcr.i, Cllucc:.~ e Bld:tgor, cm "Rtsumen ms16rko "' dei Urbánbmo to Espaüa"). Com estas c:ontJosllS t: oport'unas palavr.l8 um grupo de intelectual$ hlspano•:untrlcanos - tendo à frente o UusCrc nrqultcto Jo~ Luls Etquerrn de ta C0Um1 1 Secret4rio da ••Asodadón de Promoclón de la Cultura", de Cidade do Méxito - se dirigiu ao MlnJSlro d11. Educ:a('ão PúbUca do Peru, somando esfortos com importantes setores das e:IJtts do p11k andino, no stntldo de prt.strvnr d:1 destrultão os monumentos :arqulletônlc:os do período c:olonlal cxlstentu no cor.:,çüo de Uma.
INTENTO PROGRESSISTA CONTRA ºURBE HISTÓRICA
Exprt.ss;lm os si~nntírlos dt.SS:U repttSCnta('ão ''prorunda prcocupatão dinnle dos dia.s a1J~os que, lament:\velmcntc, se aproxlm:un dessa encan• tadora Cidade dos Rel:l '. E lnntnm à opinião PÚ· blka do mundo lntclro um 11.be.lo contra os nlen• 1.-ados que vem $0frtndo a nobre cldnde•. •'Atentados que extinguirão a vida jli enfermiça dn "Antigua Plaxa Umeiín''. dc~ando uma indelével mnnchA na heróica história dêsse p::afs, pois não bA dúvld.1 dt que as gerações futuras oão sabt:r:io fazer cfü11nçõts ponderados entre os culpados t a respons:ibllidade coletiva dos peruanos''. "Receamos - pro$$C'gue o documento - que sejam muJtos e multo gr-,mdes os dellcos contrn tssa cidade: tantos, que dest:rurun para sempre sua flslonoml.a histórica. Co010 níio stnUr-sc atcmorlx.a, do ante o bárbaro e pn::ten.tloso projeto de limlsar quatro quarfei.rõe.s Inteiro~ compttcndldos entre a Avenida Tacna e a "Plnu de Anna.s" [ .. . )?" Como não ~ntlr Yerd:idelra angú.5'tla ao ver desfigurar praças encantadoras como a de Siio Marcos, mcrtê do 1 'desordenado crt~lmcnto vertical e an.Arqulco de tôda espécie de edifícios''? Os autort.s não fecham oi olhos aos proble• mà.t urbanístlcOS'! "0 desejo de conservar o patrlmônlo da ('ultura universal não nos coloca e:m Po· slç.:io de :tlheamcnto e imsponsabUJdadc em face $Ua
da.s necessJdadu e problemas de tJpo econômico• soc:lal que n.gullboam ess.'lS "cidades-jóias''. Não! não fugimos a êlcs. 1\-fas, a solut.ã o mais lntcUgen• tt e. adequada não #, lndubltàvctmente, dutrulr o ::antJg:o p:ara construir de nôvo, nem stttmos nó$ que a Indicaremos, pôsto que não faltam no Peru técnicos capazes, aor quais se deve consultar, ouvir e utendcr. QucttmO;'Ç;, slmple.smente, faur um angustioso apilo, como universitários., representantes das profissões liberais, professores. blsloriadores, e como hlspano~amcric:rnoi, que amamos o patrim.6nlo nrdstko de nossa culturn, a todos os que [ . . . ] podem deter o sulddio ar1fstko de. su21 p,rr1n•'. Em sua pane final pondtra n repre:senlaçiío ''que os monumentos hlstórico-tstétlcos de Uma niio são itnlcamente patriml;nlo do Pt.ru, mas do mundo Inteiro, e como tais SUi\ dcstrultio é -vista por codo o mundo com horror''· tsse documento te,·e ampb rcpercuss~o no, m:nb1en1e5 intelectuais penmnos. São do Jornal ''EI Comercio'', de Llma, os seguinte.:! comeobirlos: ••se. s~fo vris e inúteis, contraproducentes e bnpre:sc,vtls parn n finnlid11de que us determinou, essas obras de demollç.ã o de lmóvel~J etc:., resultam em mudanças catastróficas para a autentkfdlildc de Lima. Atentrun conlH o caráter da cidade, desfiguram SCU$ pcrfls, dc.stroe.m sua própria e pe1$0naHs.slma a.rqulteturo, que é também tutcmunbo vivo do passado e que nenhuma cidade, cm nenhum lugar do mundo, ousou jamais descuidar e multo mtno.,: demolir''·
" Desde o momento em que. tcS.tas obras funestas foram projdadas, continua o edUorial de "EI
Comercio'', alçaram-~- vous de protesto, que continuam principalmente com o objetivo pntko de deter o b4rbnN> rrabalho de deslrulç.ã o que esta ºpi• careta do pN>grt$$0" está rtallundo. Dotrulção de um.a cidade, p0rquc para destruir Lima niio é necessário bombardei-la [ .. . ] m.a s apenas ferl-Ja .no coração, que é o formoso quadrll4ttN> e.nctrrado enl:rt a Plaia de Arma.-. e a Plv.a San Marlin, OD• de hi mais de qu,-..croce.ntos anos de Jllst6rla. (, • .J
As coisas chegaram ao extremo de despertar alar•
ma e:m Instituições do estrangeiro. A uAsoc.lacl6n de Promodón de ln Culturaº, cujo$ membros vi• sUanun Llmn bi algum tempo como par11clpaotes do Stmlnárlo de Fomento e CrfdJto EduN1.clonaJ 1 se. dJriglrnm em carta a nosso Min.1$tro da Edu• ca('ão, expondo razões contrúias à.t que dettrmJ• nam.m as dcmoUções de Lrnóvels no coraç:io de Uma, e justlfkando sua lntunnçi'io neste a.s:sunto
cm nome dos loterêsses e~J)lritua.ls da humanidade e• para mante.r o patrlmônlo da cultura unlnrur•.
solldarl:t.:l lnttlrameote com aqufles que, como o arqulleto mexicano Jo~ Luls &querra de La Colina, se levantam em favor da conservatão de e.splfndldas reHqulM do glorioso passado d:1 América L:1fln111 lutando contra mais bst atentado proi,e.<ÇS1$Ca. O paradoxal do e.aso é que o l)rttbto para tlll atentado i o de: fomuir umll praça que rtakc n nova Igreja a ser con~1rufda em louvor de Sanl.1. Rosa de Uma. Coroo se a excelsa Padroeiro. da Amfrlca. Lnllna abenço~ a destruição de um conjunto arqultet6nko nascido do me5mO e)pfrUo que formou o ambiente. dentro do qual tia viveu e. se s:m1mc:ou! Melhor homcoaaem oão se poderia prestar, do ponto de vlrta arqultetaoJco e monumental, a Santa 8.0$Sl de- Lima, do que de.bar Intactas, na própria cidade que lhe deu o nome, as rtHqulu que são as nobres edlfkações do tempo dos Vfce-R.ds, e eonstrulr o templo em sua honra em loc.al que as não prtfudlque. Q ucm pe~ria cm mutllu com anilogo objetivo n cidade de AsslJ, quc ainda guarda o perfuD1e do nmblente em que viveu S:ío Franclsco? Em um mundo que vai stndo talado pelo progruslsmo, façamos uma frente única para manter o Pouco que :a.inda nos ruta de um passado de glória. ºCatollctsmo"
&e
J. de Aze redo Santos
INSTALACÃO DA OLAS ..
A PROPÓSITO DE UMA REPORTAGEM RECEBEMOS a seguinte caria do
Sr. Héctor Correa Letclier, Embaixador do Chile junto ao Govê-r no brasileiro:
''R. de Janeiro, 7 de Agôsto ,le 196711 Monse11fuJr Amonio Ribeiro do Rosddo
M. J>. Diretor do Me11sário "Catcllclsmon Av. 7 de Setembro, 247 CAMPOS - RJ.
Revertmlissimo: A e,llçlio da revista "Catolicismo", corrtspondeme aos meses de junho e
julho (Nos. 198-199) do corrtnte 0110, e dedica,la, quase qut illfeirameme. à
polítka l111tr11a do Chile, em matiria sob o título "Frei, o Kerensky chileno''. O tiwlo da mathitl é injuriame, uma vez que, poucas linhas depois, o mesmo periódico e sob a responsabifidade cio
seu Diretor, expressa que Kerensky ,,.quis, na realidade, trair tt sua pálria". Não é meu propósito analisar ou ,e. fu1<1r as afirmações que, nesse número de ucarolicismo", fa1. o senhor Fabip Vidlgaf Xavier ,la Silveira, autor cio ar,;go. Entretamo, e.tpre.s.so o meu e.nbgicô pro1esro por essa e outras injúrias conrra o Presideme Eduardo Frei e altas personaUdades do seu Govêrno t nlusões a diversas pessoas, em que se chega ari a acolher vtr.r.Oes falsas t indignos ele serem publicadas. Fe/íz.mente, os ataques ,Jirigidos contra o Presidenre d,1 República do Chile não conseguirão o objetivo do au .. to, ,la matéria, pois o prestigio público e privado dq Presidente Eduardo Frei, dentro e flJra do seu país, dt$• faz as acusações dos seus detratores. Lame1110 que, sob o título de "Catolicismo", sua re~,ista dê acolhida a um artigo que comtm~ mio sàmente t,fir. mações falsas ou comrovertidas, mas tmnbtm uma demonstração de 6dio, o que I incompatível com a essência do ca10/icismo. Ao mesmo tempo, resulta de pouco valor moral, referir-se de um território estrangeiro II emidades ou pessoas chi• /,mas, com a certe2.a de mio ser comrariodo, por carecer o público brasileiro dos tltmentos de iuft.o necessários para julgar a procedência de tão falsos acusações. f:.'.ssa pub/ic(lção e divulgação, feita por um derermi11adq setor. aliás muiro pequeno, mio coutrlbui a cultivar ú amizade entre os po,1os do Brasil e de Chilt, tão estreitamente ligados no curso da sua História. Em meu caráter de Embaixador do Chile, e também de. cat6lico, expresso ao senhor Diretor o meu formal protesto, formulando votos para que se.. mellumtes transbordamentos po.ssiollais não se repitam no seu mensário. Agradecerei ,, publicação desta carta no próximo exemplar da sua rev;sta. Cortlialmentc, a) Héctor Correa letelier Embaixador do CM/e''. ■ "Não é meu propdsito analisar ou
refwar as ofiruwções que. f ..• J faz o .tenho, Fabio Vidigal Xavier d11 Sifrelro ( . • . ]. Emref<mto, expresso o meu tnlrgico protesto [ ... )". Nessas duas frases se resume a catta do Sr. Embaixador do Chile a "Catolicismo". E delas ressalta também o que esta carta tem de paradoxal. Pois se seu objetivo é ~esagravar o, govêrno Frei, a forma m:us adequada :._ indispensável, ab$O• lutamente indispensável, até - de desagravo seria precisamente a refutação das afirmações feitas pelo Sr. Fabic Vidigal Xaxier da Silveira na rc• por1a8cm "Frei, o Kercnsky chileno". En1rctanto o Sr. Héctor Corrca Letelicr evita cuidadosamente de empreender tal rcfu1ação. Em que fica então a reparação? Qual a consistência do protesto? Para que êste último não fique inteimmen1e va. zio, o diplomata chileno invoca razões que o dispensem de entrar no mérito do artigo. Para S. Ex.eia., o protesto - mesmo sem a refutação, que tanto deseja evitar - é jus1ificável porque:
1 - "O prestígio público e privado <lo Presitltnte Eduardo Frei, dentro e fora do seu país, desfaz as acusações de seus detratores". A êstc argumento, dala vcnia, temos a observar que o mo• mento é mal escolhido para tal afirmaç~o. Enquanto anteparo para o comunismo, o prestígio do Sr. Eduardo Frei está profundamente abalado, em raz.ão da recente autorização de se fi .. xar em território chileno, que conce• deu à máquina de subversão fidcl-castrista intitulada OLAS. Essa deliberação do Sr. Eduardo Frei causou cons• ternação e- protestos, não só em círculos que o Sr. Héctor Correa Lételier poderia qualificar de .reacionários, mas até em ambientes democratas-cristãos. Haja vista o vigoroso protesto do pujante PDC da Venezuela. 2 - A reportagem em aprêço conteria "injúrias contra o Presidente
Eduardo Frei e. altas pusona/idadts do seu Govêrno e alusões a diversas pt.r.voas, em que se chega até a acolher versões falsas e indignas de sertm pu• blicadas". Quais as propõsições que merecem êsst,s epíteros? No que são ''falsas e indignas de serem publica1/as"? O representante chileno não o diz. À sua acusação pode-se responder com o conhecido aforisma latino: "Qucd gratis asserititr gralis 11egatur". Se S. Excia. afirma sem provas. contestamos sem mais a sua afirmação. 3 - Hã um só Ponto em que o eminente mi.ssivista procura no texto de "Catolicismo" um fundamento concreto pata. sua afirmação de que esta fõlha leria injuriado o Pre-sidente da nação irmã. A repQrtagem se intitula "Frei, o Kerensky chileno". Ora, na nota introdutória a redaç.io declara que Kercnsky uquis na reoUdade trair a sua pátria". Logo_, coocloi o zeloso diplomata, aí se afirma que o Sr. Eduardo Frei quer trair o Chile. Se S. Excia. tivesse lido menos apaixonadamente nossa introdução. teria percebido que de nenhum modo asseveramos estar o Sr. Frei traindo o seu país. Escreve.. mos: ''Ingenuidade, imprtvidtncia, ceguei• ra? As circunstbncias cc11cretas tm que Kerensky atuou não ptrmitem essa interpretação. Fingindo querer desarmar os comunistas com a política do "cetler para não perder". êle quis, na realidade, trair sua pdtria. Sua figura inspira, tnrretanto, simpmia no mwu/o de hoje, A NUMEROSAS
NO CHILE LEVA À DITADURA DO PDC
que não faltam a êste úteis elementos para a apreciação das asserções contidas na reportagem do Sr. Fabio Vidigal Xavie, da Silveira. Se o Sr. Embaixador do Chile julga que no Brasil se está insuficientemente informado para analisar a referida reportagem, o remédio ·está nas mãos da Embaixada, isto 6, cabe-lhe o direito de publicar a êstc propósito quanto entenda. Mas, paradoxalmente, 6 o que ela se recusa a fazer.
* O Sr. H~ctor Corrca Letelier, em um tópico de sua carta_, se despe. da condição oficial de diplomata para falar como pessoa privada, ou seja. como simples católico. B manifesta sua estranheza pelo fato de que tenhamos PU· blicado um trabruho que ressumaria ódio contra o E xmo. Sr. Eduardo Fret Montalva. A êste propósito, cabe-nos dizer ao Embaixador andino que nenhuma ma• ni/êstação de ódio pode êle apõntar na referida reportagem. Ela conttm, isto sim, críticas doutrinárias severas. pO• rém destitutdas de caráter injurioso. e, ao se referir ao desgaste do govêrno Frei junto à opinião pública, menciona, sem endossá•los, rumores sintomá• ticos de tal dc~gaste. Esta é a praxe- comum à imprensa ~ todos os países livres. Só nas ditaduras é que tal praxe não é aceita. Nos tSrmos em que foi adotada na re• portagem •1 F rci, o Kerensky chileno", ela nada tem de odiento, nem de con• trário aos princtpios éticos do jorna• !ismo católico.
*
e. o que temos a responder ao Sr. Embaixador do Ch.ile. Seja-nos dado aproveitar a opOrtunidade para reiterar a expressão de todo o nosso afeto para com essa ilustre e simpática Nação. irmã do Brasil tanto pela fé quanto pela raça. E para formular votos por que estas explicações alcancem abrandar o ânimo do distinto representante diplomático andino.
TEVE a mais penosa repercussão em tôda a América Latina a decisão do governo pedecista do Chile, de autori:tar a instalação da OLAS cm território andino. Nos próprios arraiais democratas-cristãos se ergueram vozes prestigiosas para estranhar o ocorrido. Nesse sentido se pronunciou o POC da Venezuela. Por tôda parte, fora dos am .. bientes esquerdistas, a mesma apreensão se fêz. sentir: para onde pretende o Sr. Eduardo Frei arrastar a Amfrica do Sul, quando anui a que so e,stabeleça em seu país um organismo oficialmenlt: destinado a implantar a subver.s:.io castrista nesta parte do mundo? A êsse propósito a SoctEOADE CH(LENA. DE 01:.PfSA DA TRA.OIÇÃ01 FAMÍLIA E PROPRIBDAOR dirigiu uma carta aberta
ao Presidente da nação irmã, na qual mostra que "não faltarão hoje comentaristas poUticos, e amanhã historiadore.s, que dirão que. ao pumilir - ante o espamo de tôda a América La1i11a - a fundação da OLAS, o govirno tt• ve a intenção de criar con<lições para a implantação de uma ditadura". É o seguinte o texto do documento, datado de 2 de agõsto p.p. e publicado na imprensa de Santiago sob a forma de "A. pe,Udos'': "Apresentando a Vossa Excelência nos.sas respeitosas saudações, .folicita• mos sua alta e valíosa atenção para um aspecto - que se nos afig1ua capital do procedinumo do govêrno de YosS'a Excelência em face. da instalação, em nosso País. da mdquina de subversão com que Fidel Castro deseja ,llsscminar o comunismo por tôda a A m~rica latina. , Partce•nos difícll pôr em 1/úvida que os dirigentes da OLAS no ChUe farão todo o possível para executor os de. sígnios revoluc,'011árics inerentes à entidade que comandam. Assim, ficaremos slriameme exposios (IO risco ,le, em breve, nessas fábricas t nossos campos serem percorridos pôr agelllts tS• pecialmente adestrados para acionar o descomemamtmo social, suscittmdo nds cidades attmodos e greves. t 110s campos agltações e guerrilhas. Quando lste quadro estiver delintll· do. St11hor Presideme. Vossa Excelência niio terá outro caminho senão sus• ptndtr as garantias constitucionais ~ promover leis que dotem o Exec111ivo dt plenos podtrts para sa(va, o Pofs do caos. Como é nawral, essas leis de~·eriio ter uma vig2ncia algum 101110 prolongada, pois se em um min1110 se pode provoca, um incêndio, ,·ncompa.
rdvelmtnte mais demorada I , tm geral,
a uzrefa de extinguf-lo.
Nestas co11dições. ficará o Chi/~ ex• posto tl supress<lo de tôtlos âS libtrdodes co11stitucionois das quais a Democracia-Cristã se proclama páladi,ra ardorosa. E a introdução <ia OLAS em nosso Pa1s ttrá conduzido o êste resultado espamoso, que, pelo menos teõ .. ricamtnte, é uma conrradiçdo rros tlrmos: uma ditadura democrata-cristã dotada ttos mtio1 para aniquilar tôd_as as vozes ,liscordames que se. levamem, não s6 na esquerd<1, como tambim no centro e na ,lirelta, e para prolongar-se it1de/l11idamt111e 110 podtr. A rodos êstes riscos terá sido arrostado o Chile. simplesmeltlt paro ptrmilirse o luxo de niío tomar em consideração qut a OLAS i uma entidade intrlnsecamente subversiva, cuja ação incumbe ao ROvlrno prever cm benefício da trarrqüi/i(Jade do País. negando-lhe desde já o direito à existência. Esu,s considerações importam sobremaneira ao próprio renome do govêrnc de Vossa Excelência. Pols, se estas hip6ttses se confirmarem. m1o faltarão hoje os comentaristas políticos, t ama• nhã os J,;storiadores, que dlrão que. ao permillr - ante o espanto de tóda a a fuudaçiio da América Latina OLAS, o govêrno de Vossa Exce/êncla teve a intenção de criar as condições para a lmp/antação de uma dilatlura. A Sociedade Chilena de Defesa do Trodiçüo. Familia e Propriedade, Senhor Presidente, não propugna llbtrdodes polfticas revcluclondrias. Há porém certáS liberdatlts políticos funda• das no direito natural, as quais nossa Sociedade deseja tutelar empenhadamente. e precisamente com êsse afã que nos dirigimos a Vossa Excelência neste momento, ptdindo que, por amor d segurança do País e ao renome de seu govêrno, proiba o fundação da OLAS. No caso de assim faz.er, Vosso Excelência terá o aplauso sincero e imparcial de cl1ilenos pertenctmes aos mais diversos setores dn opim'ão pública. Entrt htes, ter& vivo prazer tm incluir...se a Sociedade Chilena de Defesa da Tradlção, FamWo e Propriedade, que termina a presente hipottcan .. de a Vossa Exct/Fncio seu sincero apolo por tudo quanto venha a tmprt• ender pela segurança, progfesso e grandeza omê111icamt11te cristã do Chile. - PATRICtO URI\AÍN BUSTAMANT2, Presidente do Conselho Nacional da SCDTFP". 1
NOTA DO SERVIÇO DE IMPRENSA DA TFP
O SERVIÇO DE IMPRENSA da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade refutou PERSONAl,.IOADES DA CHAMA.DA ThRCElRA·FÔRÇA, das qunis muitas parecem nota da Secretaria de Jmprensa da deixa,.se embair Ptlo sofismo SEM ATI• Embaixada do Chile, divulgada em jorNAA COM. o Que ÊSTE TEM DE TRAI.nais cariocas, a t"Cspeito da reporta• Ç()fJR<). gem "Frei, o l<ercnsky chileno", publiEssas personalidades exp/Jtm stus cada nesta fôlha pelo Sr. Fabio Vidigal respectivos países ao risco dt rolar peXavier da Silvcirat membro do Conselo mtsmo abismo rto fundo do qual lho Nacional da TFP. atirou o Rússia Alexandre Fecdorovitch Eis a íntegra da resposta da SocieKere11sky. ENn.a "EI..AS A H1sr6Ru codade, distribuída aos jornais de todo o l.OCA.RÁ POR CeRTO o PReSJOENTE Pl?OE• País: c1STA oo CmLe, Sl?NHOR EouAROO FREI "A secretaria e11corregada do setor ,Je MONTALVA. imprensa da Embaixada do Clrile, em Que éste parece destinado ao papel carta a jomais do Rio. protestou c(m,le Kerensky chileno, mo.nra.o, na re• tra "o.t lnjúrias ao Presideme do Chiporwgcm que hoíe publicamos. nosso le>' que estariam contidos t m um a,,,-. cvlab<,rt1dor Fabio Vidiga/ Xavitr âa go de autoria do Sr. Fabio Vidigal xa. Silveira" (grifamos). vier da _Silveira, membro do Conselho Nadonal da Sociedade BrasUeira de 4 - Por fim, o Sr. Héctor Correa Defesa ,la Tradição, FamíUa e Proprie. Letelier, sentindo provàvelme.n1e a indade, publicado sob o tftu/q ''Frel, o suficiência de suas anteriores razões Kcrensky chileno". no mensdrio de cu/. cxcogita mais esta: "Ao mesmo ttmpo: tura "Catolicismo", edlçiio de junho-juw resulta de pouco valor moral, referirse de um tcrrit6rio estra11geiro a entilho p.p. dades ou pessoas chilenas, com a cerO prote:uo se funda tm que, stgundo teza de não ie, comrariado, por carea . carta em questão, o "1íwlo do arti• ce, o público brasileiro dos elementos go, que parece resumir seu conteúdo, é de juizo necessários para julgar a pro• por sl s6 ofen#,•o". O Prtsldente Frti cedência tle tão falsos acusações". fn. não mereceria o tplteto porqut; gana-se S. Excia. quanto aos critérios a) éle "tem levantadc uma posição de julgamento do público brasileiro. democrdtica e reformista"; .E.ste último dispõe de numerosos órgãos b) o lxito dessa posição "tem motide imprensa a~undantemcnte informa.ti• os mais ,,ioleutos ataques de Fl,•ado vos, que consagram ao Chile, tão quedel Cast,011; rido dos brasileiros, tôda a atenção que e) e ttm suscitado "uma sistemática merece. Por is10. as linhas gerais da atuação do govêrno Frei são bem cooposiç<lo inttrna ,los partidos socialista nhecidas pelo nosso público. Assim 6 e ccmtmísta".
O Serviço de Jmprtnsa da Sociedade. 8,as;/eirti de Defesa da Tradição, Família e Proprlodtule /amemo a superficia• Jid<1de e li inconsistência da afirmação e dos argumemos contidos 110 carta divulgada ptlo setor de imprensa da Embaixada do Chile. Asseverando que o tftulo do artigo do Sr. Fabio Vidigal Xavier da Silvei• ra "parece resumir" o conteúdo do mesmo, qutm escreveu a cartn insinua não st ter 1/a<lo ao trabalho de ler aquêle artigo. Nisto, lllém de revtlár uma descortesia incompatível com os procedimentos diplomáticos iiormais. a carta se manifesta superficial. Pois reconhece tomar posição perame uma grande reportagem sóbre o Chile. largamente documentada, publicada em um dos mensdrios de cult11ra cat61ica mais prestigiosos da Amhico Latina, sem a ter lido. Quamo à oposição que Fitlel Castro, bem como os partidos comunista e so• eia/isto chilenos teriam mQvido comra a reformo agrdria do Sr. Frei, não serve de argumemo para justificar a ali• wde daquele serviço de imprens11. Com efeito, a reforma agrárfa chi• lena foi ordorosamtllle combatida pe• la revista "Fiducia" e pelos setores conservadores daquele país, per ser socialista e co11/iscat6rin. t por abrir, ipso fac-to, caminho ao comunismo. De se,, lado, os partldos sc,·ialista e. comunista propugnaram forumemt pela tramitação do reforma agrária no Congresso chileno. As judiciosas ponderações da re,,isUJ
"Ffrlucia" 11ão /oram refmada.s, e a opi11ii'io pt~blica andina se ,,inha alannan• dt> CQm o serviço que o govêrno dtmO• cr/jtão ia prestando ao comunismo. As• sim sendo, a oposição que, por razões formais stcwrddrias, os partidoi soei~ Usta e comunlsta fizeram à última hora, retardando embora a promulgação ,la reforma agr&rio, prestou ao Sr. Eduardo Frei o excelente serviço eltitàral de aunuar junto a certos StlO· rn da opinião pública as apreensões dt que sm1 polltica estivesse fovortetn1/0 o comunismo. Quanto aos ,·,u;ideme.r Frei-Fidel Cas1ro, ()Corridos a prop6si'to da visita de deputados democratas-cristãos o Cuba em Jevereiro do a.no pm·sado, não con·vencem a respeito da suposta i11comporibilidade emre o ditador comunista cubano I! o Presidente demo-cristão chi/trio. Pois, constntindo na i11stolação da OLAS 110 Chile, o Sr. Eduardo Frei acaba de prestar (} recente conferência realizada tm Havana um su,,iço tão as.sina/ado, que mereceu as críticas mais categóricas feitas pelo Partido Democrota-Cristiio da Ventzutla. São estas as pÓnderaçiJes que, ocêrco da carta do serviço dt imprensa da Embaixada do Chile, fJ Serviço de lm• prtnsa da Sociedade Brasileira dt De• fesa da Tradição, Família . e Propriedade apresema ao ptlblico. Estando ausemt do Pafs o Sr. Fabio Yidigal Xavitr da. Silveira, iste. se pro11u11cior&, por certo, quando de seu regresso, sôbre o qut a referida carta diz dt. sud pretensa expulsão do Chile".
e
UMA ESTRANHA MANEIRA ' ,, DE CONDUZIR. A FE ATOLICISM.0 já teve oportunidade de (a.
zcr reparos ;, livros do Rcvmo. Pe JOÃO M OttANA (ver n.0s 171 e 175, de março e julho
de 1965). Aliás. consignamos 1ambém a informa,ção do Rcvmo. Pe. Antonio Galiotto, amigo do Autor, que nos asseverava que êste último se n.rrcpendcrn de havê-los escrito (ver n.<> 176, de agôsto de 1965) . Infel izmente, n~o foram êles re1irados do comércio. Versando assunto inteiramente diverso~ o Rev. mo. Pc. João Mohaoa publicou cm 2.ª edição pela Agir outra obra, "O Mut-:oo e. Eu". Tratase - em última análise - de um livro apolo• gético. t escrito sobretudo para aquêlcs ' 1 que desejam rer fé" (p. 7) . O Aurnr esclarece logo no 1n1c10 ( P. 13) que seu inttzito é "mo.s1r'i1r Q caminho, ofer~cer o lugar", pois lugar e caminho é o qu~ pedem qu_an1os aspiram à fé.,. S. ,~evma. conv~d-~ sel!s leitores a irem com ele a um paSj·ero . Nao quc_r "polêmka" nem ''discussão". "Nem mesmo cli-
ma ,lt discusslion. Suas páginas são "dt pat" . Não vamos aqui analisar o livro. Apenas fau:r-lhe a lguns reparos. Alg~ns - entre ~utros. O suficiente para que se vcJa que, _por mais q ue se queira, não é p0ssível lazer em boa paz êsse passeio: '"'magis ,1mica Veritasn.
" ... a fim de nos livrar da h ipe rad re na linem ia" O passeio apologético do Revmo. Pe. João Mohana começa pela cxp0sição das van_tagens que traz para o organismo humano a prática do Cris1ianismo. Médico além de Sacerdote,. o Autor faz ai c-crta mislUra de- teologia e f1s1olog1a. Mostrando inicialmente que a raiva produz Uf'!'I aumento d:,, taxa de adrena lina no sangue. mmto mau par:,, a saúde. afirma: " Deus rowlou ,Je pecado " raivc, consentida, o ódio, o rancor, a vi11ga11ça, e 11ôs pediu que percloássemos a,s t/ue nos tenwm n cometer isses peG'ad<>s, '1 frm de nos livrar hiperadrem1Unemit1 t de todo o .teu macabro cortêjo patológico11 ( p. l 6).
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.Primeiramente, Deus não nos pediu que perdoássemos. tlc nos mandou perdoar. Depois, embora a desobediência às leis de Oeus provoque. sem a menor sombra de dúvida, desordens de ordem física ou fisiológica, é simplesmente errôneo dizer que o ma ndamento do perdão tem por fim evitar a hiperadrenalinemia uc todo _o seu macabro cortêjo patológico". A ser assim, não se compreenderia como o 01c,s mo Deus, que nos manda perdoar, ma nde também que nos encolerizemos: ''lrascimini. et nolite peccare" (SI. 4, 5). Para us.ar a formulação do Revmo. Pe. Joã o Mohana, de veríamos dizer que Deus nos manda aumentar a taxa de adrenalina no sangue. desde que o façamos sem pecar. O que signiíica que o fim do mandamento não é evitar que a taxa de adrenalina a umente . t esta uma conseqüência, prevista e também desejada pelo Senhor, não porém o fim do mandamento divino. E quem pre,. tendesse observar os mandamentos só para fugir à hiperadrenalinemia não estaria certamente no caminho da salvação. Ao longo dos primeiros capítulos de •10 Mundo e Eu" (pp. 15-40) nota-se uma preocupação .oa1uralis1a excessiva, que, infelizmente, não evita confusões, A insistência s6bre os bons efeitos fisiológicos da prática do Cristianismo é tal, que cria a persuasão de que bast::i ser bom c ristão para goza r boa saúde. Como dissemos. não é esta a fina lidade da Rcligiiio, e também não é verdade que os bons sejam sempre saudáveis, e os maus- sempre reservatórios de doenças. Semelhante apologética falseia a idéia da "lei de Jes us Cristo.
Reconstruir o paraíso terrestre - em escal<> mundia l OulfO ponto a que queremos fazer reparo no Jivro do Rc vmo. Pe. João Moh:rnn é o que trata do "se111itl1> dt, vida 110 plano de Deus". O Autor consagra ao tem3 dois capíwlos (pp. 109 ss.) . comcça1tdo pela. seguinte Mirntaçfto: ºO intuito de Deus ·é que 116s- homens realil.em os o p/omJ dêle. E o plano dflc é ,,,-:s,e: que -vivamo.t felizes euquamo vivermos e onde vh1ermos. Que $ejam os Jeli;_e.~ cm dois partúso.t. Um p(lr<1í.s o na ewpa terrestre tle no.rsa ex;J•tê11cia e um paraíso na etápá celeste de nessa existência" ( p, 109). E m3is: "E;,f. pois, e ,lesthzo pltmej"do pelo Pai Ceies/e para o homem. Reconstruir o paraíso origimzl. Meu, de Deus s>ara toclo o hom em que vem a êstt: mundo. [, .• ] '/:: uma tarefa confiada por Deu.r wmbhn a 10,lo homem que na~·ce bra.. ·sileiro. Reccnstruir no Brasil o paroíso terres/r," (p. 110).
8 um pouco 3dia ntc, sempre sem intuito de peJêmica ou discussão, o Revmo. 1>adre investe contra o que chama de c ristãos inimigos do paraíso terrestre, e que s.lo a lmas que pertencem à Igreja, mas não pens:.m como êle: "Para resoh,er « i,rquietaç,io que "cristãos" inimigos do paraíso terrestre pos.ttzm trm,er ü retos t spíritos não crisuios, imlico uma medida que vale com o regra. Busque antes de 1mlo G'onhccer a orie11raçõo tia Igreja doceme. O Papa J0<í o XX/li proclam ou, com c'1for ~ solc11idade a urgénâa de recriarmos as c<>mlições do pamí.to 110 terra. " Pacem in tcrri.sn. Amc,ç htsi.\'tin, na mtima tecla, mmw nutra encíclica. "Marer ct Magistra11 (pp. 115-11 6). 1
&se paraíso será a realização do reino de Deus. o que pedimos no P(IJu: Venha a 116s o vosso rebio. Assevera-o, pelo menqs. S. Revma.: 11 [ • • • J Jt,illS, que ;& so,,hava com o partií~ io terrestre [ ... ] tnsinôu-nos a s>edir e buscar pattl a rtrra és.ti! rehro. ''Quando retardes, ditei tzssirn: Pai nosso. que estais ,10 clu, glorificado seja o VOS$<> nomt , venha á n6s o voiso reino" (Mt. 6, 10). Re(n<> completo. não ape,ws de paz e$piri1twl, mas u,mbém de paz. corporal, pois /o,. go após. êle nos fat. pedir e buscar: "o pii<> nosso de cada dia dai-nos hoie" (Mr. 6. li ). E " intenção dile com a palavra "pão" I interessar-nos pelo s>ão materit1I: por ·rndo que fJ corpo leg'ilimamente exige. para. st conservar sad{o comu s<liu dt1s mãos de Deus: ç/lmento, habitação. roupu. remh lio" (p. 1 l8).
e
Não deixa de gerar çonfusão o uso do têrmo "paraíso terrestre" (que na tradição ca tólica tem um significado bem preciso e se refere ao estado de inocêncil':\ original. em que foram criados nossos primeiros pais) para indicar a felicidade aqui na terra. Além disso, a Sagrada Escritura está muito longe de apre.s entar a terra. como um paraíso. No livro de Jó (7, 1) se lê que a vida do homem sôbre a terra é uma luta. São Paulo adverte que nos devemos armar contra os príncipes ºdesws trevas'' - "tenebrarum Jwrum" (cf. Ef. 6, 11-14), e Nosso Senhor admoesta que 6 inútil ganhar o mundo inteiro se vier o homem a sofrer detrimento em sua alma (cf. Mat. 26, 16) . Por ludo isso, a tradição consubstanciou numa das .orações mais suaves e confortadoras o julgamento que devemos fazer desta 1erra: um "vale de lágrimas" (cf. Salve Rainha). Talvez o Revmo. Pc. João Mohana julgue que êsse era um Cristia nismo ainda não adulto (cf. p. 19). De maneira que devemos ~azer todo o esf6~· ço por que a vida presente SCJa a melhor pOS.Slvel sem jamais esquecer que nunca será um "paraí;o terre$tre" no sentido em que a Igreja sempre entendeu e ssa expressão. Outro~sim, é preciso jamais esquecer que as comodidades desta vida nã o raro terminam desviando o fiel dos bens eternos. Ra.z.,o pOr que nos recomenda a Liturgia que passemos pelos bens terrenos de mai:ieira a não perder os eternos (cf. Oração d a Missa do 3.• Domingo depois de Penlecostcs) .
Ss:sc mesmo naturalismo, sôfrego de mostrar
as vantagens materiais para conve rter ao espiritual, 1eva o Autor a afirmar que no Pater a ''itt1e11Ção de Jesus ert, ( ... l temporal, antes dt qualquer outra" (p. 118).
"Por issr, os pontos citados por Jesus para o Julgamemo universal, tlizem respeito aos problemos materiais da humanidade, Ntssa hora terrt• vtl ti matlria ,Jo exame será fome, aUme11taç,io, subnutrição, st'ôca, Jrabitaçiio, hospitalização, saúde, doença. criminalidade etc. O corpo /Juma110 em f oco" (pp. J 18-119). E ao falar cm sêca, o Aulor coloca esta nota: "Administr,ulares e técnicos do DNOCS podem avaliar aqui 1óda a significação de sua conduta e de seu trabalho ao saberem, que o Cristo em pessoa I cioso de que vençam ó quanto a,ues, o flagelo da sêca 110 Nordeste brasileiro" (p. 119, no1a 17). Em ou1ro capitulo S. Rcvma. completa : "Não há dúvida de que o mundo será umto mais depress" transformado quanto mais impregnados tio amor de Deu.t estiverem os homens. lnclush,e nós brasileiros. Se os qua,lros da PETROBRÁS e da SUDENE estivessem repleros de técnicos a$$im, os seus objetivo., seriam hoje realidade, o 8rllsil t .rtarÍtl ct,minllaudo ascencionalmente ,Jc subdesem1c/vime11to para a pnrusia, estaria menos di.tUmte ,lo parafso" (p. 152). 1
E cí~ a conclus."to: "O cri1trio de aptidão para participar do pal'aíso celeste, é ô esfl}rço feito ,tul'ante a vida para criar o pa,.aís<> terrestre. Os "be,ulitos tio Pai Celes1e11 serão <>s que proéurarem dtir sua contribuição pessoal pt1ra solução dos problemas tle casa, com ida, saúde crime, problemas direuunem e corporais. Serão aquêles que lu• tarem 1>or minorar sempre mais os efeitos d<> pcct1do original. Os malditos serão os o,uros" (p. 120). 1
Pelo tcx10 se vê a excessiva preocupação do Revmo. Pe. João Mohana com o bem-estar aqui na terra. Repetimos: semelhante n,odo de se exprimir gera confusão, e desvia a atenção do !iel do mais importante: procurar primeiro o remo de De us. sabendo que os demais bens se nos dariio de acréscimo, na medida em que nos forem necessários. A lição é de Jesus Cris10 (cf. Mal. 6. 33). ~ verdade que logo abaixo o Autor acrescenta: ''Salvar ti ,1tma". bom amigo, quer d i1.er: aunder também ,}s exigêndas biológicas" (p. 120). E o "wmbém·" salva algo. Supõe que exis• 1am outras exigências. Mas é tão pouco para quem passou longo tempo a focalizar e sublinhar fortemente os problemas materiais. tão poue:,o, que não evita que o leitor, espccia.lmcnte o nao crente, fique com UO'\ conceito natura lis.ta da Religião. 8 tão pouco. que não salva o Autor d_a acusação de exagêro, pelo menos. senão de unilateralismo • ..
e
que ignora muitas vêzes os rudimentos da religião ... Quanto ao nome do nôvo paraíso te rrestre, não se faz. muita questão: "Podemos cognominar a felicidade rerrestre como m elhor nos soe, contanto que não delllrpemos o sentido que Jesus Crlsto tleu a ela. Reconhecendo primazia e bom gôsto à denominação bíblica, podemos chamá.la " mundo em par.", "mundo mt lhoY1, ,,·m undo nô;;o" • "fâmília humana'' • ''cidade de Deus'' etc.,• li " " Um de "paraíso terrestre", ªpar, na ttrra • re,110 de Deus" (p. 122) .
O Céu, última fase da e volu ção universal Por mais apetecível que seja êsse paraíso que, por a lguns aspectos, lembra o milenarismo, um dia teremos que deixá-lo: morreremos. Será a nossa apoteose. O Autor se estende a respeito nas páginas 128 e 129: " St assim não fôsse {se todo aquêle que vê Jesus Cristo e nêle crê não tívesse a vida eterna e ressuscitasse no úhimo dia}, " m<>rte do J,o. mem não stria uma apôteose. Esta reflexão é de uma das inteligi ncitl.S ge11iais dt nosso século, o cientista crisulo Tt illrard dt CJwrdi11 1 ao observar "o fenômeno Juunano" 110 fenômtno 1111iversal. A niilificação. a volta <IO homtm ao nada, se,;a a bancarrota ,le t6da a obra dlvina. porque tudo evolui, numa unidade minuclo-sa. tio menos complexo para o mais complexo. D<> grão de areia até o homem h& um luminoso can11'nho concatenado, empolgame.
St a lei , evoluir, o corcamento da tvolução. a 1íllima etapa, é o desabroc{iar na imortalidade, não 110 nada. A imor1alidade do homem é uma coerente exigência da imptrlurbável evolução do cosmo. O clu i necessàriamente a úllima /áSe dd evolução 11nivtrsal" (p. 129). Não vemos como, na mente do Autor. se mantenha a doutrina tradicional da Igreja sôbrc a distinção entre a ordem natural e a sobrenatural, e a absoJuta incapacidade daquela com relação a esta. Porquanto, se o "céu é NECESSÀ1UAM.2Nt t a úllima fase da evolução universal" {grifamos), somos obrigados a aceitar que d mundo, que está na ordem natural. positivamente se orienta para o Céu, que pertence à ordem sobrenatural. Isso para não d izer nada da teoria evolucionista. Sôbre ela já se tem externado ºC3.tolicismo" (cf, n•s. 5, 79, 133, 138, 144, 149, 151 , 153, 177, 183, 184 ele.), e Pio XII na "Humani Gcneris" não a cem como tese dcmons1rada. Enfin> se o Céu é necessàriamente a úllima (ase da evolução universal, onde ficam os condenados. para não falar nos demônios? Ou o Revmo. Au1or admile a apocatblase de Orfgenc.s?
Um te rreno semeado de armadilhas: o da História Leão XIII, falando da Idade Média na Encíclica "lmmortale Dei", tece-lhe êstes elogios extraordinários: "Ttmpo houve em que a filosofia do Evangellro governava os Estados. Nessa i poca, a i11Jluê11cia. da sabedoria crist,í e sua virmdc divina penetravam as ltis, as insti'tuições. os costumes dos po~ os, t6das as categorias, tôdas as relações da iocicdOilc cfrif', O Revmo. Pe. Joã o Mohana parece ignorar êsse texto do Soberano Pontífice. Do contrário. não escreveria: "l11f& lizmente a Humtmidade ainda m"'io teve a dita de viver em cslruluras polilicas, econômicas e sociais de l11spimçãc evangélica, 011de cada homem seria rodeado por uma atmosfera fiel ao Evangelho. ao plano de Deus. Até agora remos vivid<> cm es1ru111ras capitalisu,s t em estruturas marxisras'' (p. 123 ). 1
Leão XIII é de ouira opinião. Ainda sôbre a Idade M6dia êle afirma: ''Organitadt1 as.sim, a sociedade c ivil deu frmos supt riores a tôda ex• pectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá. consignada como está cm lmímeros documen. tos que artificio algum tios adversários poder6 corrc mper ou obscurecer" (Leão Xlll, Enc. ºlmmor1alc Dei", Ed. Vozes, pp. 15-16). Artifício algum conseguirá obscurecer os va.lores crisHios da Idade Média. Não adianta objetar que não havia então geladeira ou coca-cola, que a medicina Cr:'l atrasada e se mortia de apend icite. E não se dig:a que os medievais eram como certos cristãos do passado quo ''não dispunham das lentes das ciências sociais, que nos permitem enxergar .agora tôdas as pretensões do Eva11gelho" ("O Mundo e Eu", p. 126) . Uma segu nda observação ao texto do Rcvmo. Padre é que há um ligeiro t q11fvoco, de ordem histórica, c m considerar que até agora sõmente vivemos cm dois tipos de estruturas: a capitalista e a marxis1a (p. 123), Aliás, ou1ra confus.~o de igual gênero se encontra na página l 8S, onde se. fala dos "homtn$ que o Evangelho i,aiwta de "servos do Dinheiro'' (Mt. 6, 24) e o marxismo rotula de "grupos ec<>n6micol'. (Na Idade Média chamavam-se "feudos'' e após a Renascença, "casas'~)",
Uma c uriosa .característica do Eden do Pe. Mohana é que êle seria comunitário: "Deus quer que nós hom ens ctlc:s1iaUzemO$ a terra em regime comum'tário. Esla é '1 intenção exprt.ssa do- Pai" (p. 170). Que sianifica aqui "comunitário"? Não é êsle urn têrmo um tanto ambíguo? Nes.se pa• raiso haverá comunidade de bens? Que confusão. _ Feudos casas grupos econômicos não trará tudo isso ao espírito de un\ não erenle, servos do dinheiro ( MI. 6, 24). Eis aí, numa
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fórmula, o Evangelho do Siio Malcus condenando o feudalismo e outras coisas mais de cam• bulhada. Não é simplificar demais? Não é um pOuco exagerado? Não há, aí. uma certa falta de caridade, porque falia de jusliça? Consumada essa identific.ação simpJista de feudos e famílias nobres com grupos econômicos, etc., o Autor c<>ntinua: "&ses~ ou ess'1S, insinuaram-se, avançaram na carne da Jgrej(l1 man;e1artdo-a1 conwmlnamlo•«, forçando membros docentes, nfJ• meando-os, demitindo,os, fabricando-os, /iquida11do-os, levando até o coraçáo da Igreja a CORRUPÇÃO DA NOOfU!ZA 6.M 1'000S 0$ T'EM POS. 0 clerc tnclwrcou-st de v1cios, forrou-se de espírito burguês, até adotou o lu:i:o e a etiqueta dos ric<>S, agarro u-se ao co11fôr10 domiciliar ,to feuda/ismo'1 ( p. 185 - grifamos). Segundo o Rcvmo. Pe. João Mohana, a nobreza cm lodos os 1cmpos foi corrup1a. Jesus Cristo, entretanto, pertenceu a essa classe,. pois era Príncipe da casa de David, A nobreza deu à Igreja inúmeros Santos, mesmo durante a Idade Média, no 1empo do ncgregado fe1id~(i.S"!~·. Po~ que tanta a_grcssividade para com a nobreza, de·• pois de S. Revma. nos haver premunido contra tôda agressividade pois que "« agressividade i a marca do pttfftio'' ( p. 183)? Haveria m\lito o que falar sôbre a etiqueta e o luxo,· e sôbre "o co11flirto domicUiar1' do feucfalismO, · PQi-ém • prossigamos o ''passeio'' e vamos contemplar a Revolução Francesa nas páginas 186-187: "Mais recemememe, quando a Revolução Francesa era ainda puro clamor de justiça contra o paganlsm<> da aristocracia (que desgra.çadamtme eswva superlotada de cristtios, pelo menos intitulados), a Igreja doceme riâo deu tes• temunlro de solidariedadt á0$ espoliados, às vítimas do pecado burguls, 11obrt naquela época. Conservou-se intrtl!, e até ao lado da côrte, na c6rte".
Em que momento a Revolução Francesa foi "puro clamor tlt justiça''? Em que documentos e princípios se baseia tal afirmação? Os modernos esludos his1óricos sôbre essa época acabaram com a fá.bula do povo faminto e da Bastilha atulhada de vítimas da tirania. Aristocratas pagãos rotulados de cris1ãos... deveria o Revmo. Pc. João Mohana saber que numerosos representantes da nobreza e vários membros da Família Real, ao tempo da Revolução Francesa, eram cristãos sinceros. Por exemplo, entre os parentes mais pr6xin1os de Luís XVI, a Bem~aventurada Maria Clo1ilde de Sabóia, a Carmelita Luísa de França, Madamc Elisabcth, que teve mone heróica por causa da fé. O próprio Papa Pio VI declarou que Luís XVI foi morto por ser católico (cf. ucatolicismo", n.0 85, de janeiro de 1958) . Se havia corrupção na nobreza, havia tamb~m nas outras classes. Não se oculte o que h:,,via de mau entro os nobres. mas também não se pretenda justificar os jacobinos. A História imparcial não aprecia uâs unilateralidades-, que sobret'.ldo não p0dem fundamen tar conclusões de ordem moral. Coisa análoga pode-se dizer do Clero francês de 17$9. Muitos de seus representantes ficaram inertes na côrte. Outros não. Dêste-s, muitos per• maneceram do lado da Igreja, na côrte, nos cam. pos, no exílio, n3s prisões e até na guilhotin~. Desgraçadamente houve membros do Clero que defenderam a .Revolução, contra a Igreja, na côrte e nos campOs, nas reuniões dos clubes e nas arruaças. Defenderam n Revolução e ajudaram_ a profanar os aliares. Chegaram a1é. à apostas,a. Tipo dêles é o tris1emen1c célebre Bispo de Autun, Tallcyrand. Após a injúria ao Clero heróico. q~e oã? apostatou na Revolt1ç.ão, temos o elogio 1rrcstn10 do Clero atual, como se também hoje não houvesse muito que lamentar cm muitos Padres: "Hoje - diz o Autor - temos a felici~ade de ver um clero que 1rabatl1a, que .fe coere11t1za, que se ,Jespoja de prlvillgios niío..evangllicos. que st. autemica sempre mais e m"is'1 (p. 187). Tão severo com os eclesiásticos e nobres d_o skulo XVIII, o Rcvmo. Autor se torna mais benigno ao retroceder no tempo. Assim é que reserva êstes elogios a . . . Lutero: u1,omem ge11ial", de "comprovada sinceridade inicial", embora tenha cometido o "equívoco dt julg,ir que poderia curar o doente [a Igreja] degolando'""" (p. 13) .
lnfelizmeote, o Revmo. Padre não nos dá as fontes históricas que lhe servem de base para afirmar que Martinho Lutero era "de comprovada sinceridade ;11icial11 • Nem mesmo o desejo de atrair os irmãos separados pode justificar uma afirmação cão leviana. E será que o que êlc fêz não foi mais do que um equfvoco? Um óltimo reparo, do passagem. Na lista de ••santos conttmporlintos'' do heresiarca, o Revmo. Pe. João Mohana coloca São Francisco de Assis, que morreu 2S7 anos antes de Lutero nascer, Santa Catarina de Sieoa, cuja alma subiu ao Cfu 103 anos antes de Lutero vir conturbar o mundo, e Santa Brígida, que viveu J 10 anos antes do naseimenlo do após1a1a de Willcnberg, Isco t de somenos imp0rtância 1 mas convém tirar o "con• tempor8neo" na próxima edição. &se engano está nas páginas 190 e l9J. (continua na página seguinte)
O rlando Fedeli
c,on<.I\ISÕO
da p. S
UMA ESTRANHA MANEIRA
causa que ··Catolicis-.no defende há anos !)!)
Poro que prosseguir? A certa altura do "passeio" "O Mundo e Eu" alerta o leitor "para um problema que o envol-
ve, como brasileiro desejoso ele fé" (p. 106). Perigo! De que se trata? "Há - explica o Autor - tm v4rios mtios
nos um aceno imerfor de dúvida rtspe;tosa para
com ela" (p. 220 - grifamos). O culto dos Santos, se é tal que Nosso Senhor é preterido, 6 defeituoso. Todo cullo aos Sanlos deve ter a Deus como objeto úleimo, pois .E.te, e
só .Slc, é nosso fim. A devoção a Nossa Senhora, da mesma forma, tem pôr fim levar a Jesus,
e efetivamente conduz a Se. Não há oposição
(indeptndemememe do nível eco116mico ou cultural) do catolicismo brasiltiro uma cuta pretuição da Pessoa de Je.sus. Em alguns dêles o fato assume proporções chocantes, nos qua,"s Jesus Cristo se tornou o grande marginal da fi, em c<>mparação com o destaque que se dá aos san1os, s,.bre111flo a certos.
entre Maria e seu Divino Filho. Ela nos deu
N,lô se deixe embaraçar. Fe/iz.meme jd tstd rr.,a,iwuntme adia111ada um(I re11,ão de cm,Slic<>.s esclarecidos per uma reologia cristocêntrica e evangilica. Yccê que deseja ter fé e viverá sua ji no Brasil, deve se imum'zar, libertar-se pri.. viameltle dessa defor1naç,lo, ,ltsse santü·mo que, em comraposição ao cristian,'smo, aprtsenta os mais variadas modalidàdes. Amonismo, jorgismd, tadeísmo, beneditismo, barbarismo . ..
não impede que se cultuem os Santos como intercessores, não impede que se cultue a Virgem como a Medianeira de tôdas as graças, como o caminho mais curto, fácil e seguro de chegar a
Os somos são criaturas humanas. Portadores de natureza humana. Todos os santos reunidos mio atingiriam Deus, se estivessem divorciados de Jesus Cristo. Mesmo a mensagem· fruttcessora <JtWntlo roubtl ao Cristo o çe11tro, torna-se nefasttz, perniciosa, porque /ar. com que algulm esteja subjelivameme unido ao santo sem se unir conscientemente a Deus. A intimidade c.om os santos podt ser um bem se nos vig;armos em ·mamê-los perame Crisco como as phalas em re-
lação ao pistilo" (pp. 105-106).
Não é esse o único risco a evitar. Entre dezoito "medidas que no conjunto formam uma orgOnica pedagogia para a conquista tia fé" (p. 200), o Revmo. Padre inclui, cm décimo quarto lugar. uma referencia a "Voci e a Virgem". E começa· por adverlir co01ra um perigo: "CoNTANTO QlJE NÃO A TRANSFORME EM PA· R.EOE ENTRE você E Jesus, tente dedicar ao me-
Jesus, Ela nos dará a Jesus. Veja-se o que diz a êsse respeito São Luís Maria Grignion de Monl• fort para responder aos jansenistas que comba-
liam a devoção a Nossa Senhora sob prellxlo de que não seria cristocêatrica. Jesus Cristo 6 o centro de tôda a vida religiosa verdadeira, mas isto
Jesus. Neste sentido fala tôda a Tradição. De Santo Jrineu ao Papa Paulo VI. Não compre<:ndemos como se possa chegar à verdadeira fé com desconfiança da devoção a Nossa Senhora. Mas não é só. A p<lgina 182 do livro ensina a tratar com os lôbos: "Pertencer à fgr,ja [ ... ] não confe-
re a nenhum cat6licq o direito de br/erio1i1,ar quem quer que seja, de mtnospre1.ar, e muito menos ,le hostili1.(Jr ne11hum outro homem. Pertença êle à religião que pertencer. Seja é•/e um lôbo religioso. Jesus Cristo orie.mou-nos na a/i. tude a tomar tamblm ntste terreno. Ele quer que não percamos nunca a boa.vontade, e, be11evol€t1cia. "Eu vos envlo como cordeiros no meio
de lôboi' (Mt, JO, 16) . Como cordeiros. Não
como Mbos entre /ôboJ''.
Para que prosseguir? Que mais se pode di:t.er de um livro que recomenda cautela quando $e tra!a da Divina Pastora de nossas almas, e dos
O.
EXMO. REVMO. SR. Bispo Dio, cesano tem recebido cartaxirculares de Sras. de Minas, mais ou menos do mesmo teor. Aqui ~•produzimos uma delas : "Minas Gerais, mes de julho, 1967 E>¼no. Revmo. D. Antonio de Castro
UBLICADO com grande destaque pela imprensa diária, vem repercutindo intensamente nos meios rurais e políticos de todo o País o recente manifesto de mil e duzentos fazendeiros de Minas, protestando contra o apoio que, através de seu presidente, a Federação da Agricultura daquele Estado (FAREM) deu ao Estatuto da Terra, em "flagrante contradição com a sua missão de defesa dos ioterêsses da classe rural, especialmente do direito de propriedade". À vista da resposta dada pelo presidente da entidade, Sr. Josapbat Macedo, os primeiros signatários do documento, Srs. Alderico e José Lucas da Silva, fazendeiros em São Gonçalo do Abaeté, fizeram declarações à reportagem da ABIM:
Com a reverente humildade, apanágio dos m;ne,'ros diante dos que representant sua religião. em abril um grupo se dirigiu a todos aquêles que, 110 BrasU, representa-
vam a Igreja Cat61ica. Vários, apesar de seus trabalhos, escreveram aos assinantes, e concordavam com o que, com o maior respeito, os home,u de Minas di1}a11r. Outros, honrarant a pureza da ,'ntenção
do manifesto, publica11do-o em jornais das Dioceses, 11a íntegra. Foi uma corajosa e
leal afirmação pública de q11e pe11savam do mesmo modo e que hav,'am compreendido
que era atendendo ao pr6prio Papa, q11e os leigos se haviam dirigido ao clero. Entretanto, o Rewt(O.
Arcebispo e o
Revmo. Bispo da terra do11cle parti11 o Manifesto 11ão se pro11unciaram, nem toma• ram qualquer medida contra os abusos, contrários ao pensameruo do Concílio, que ~fitern em M,'naJ., -e, especialmente em
Depois da resposta do Sr. Josapbat Macedo, ainda continuam os Srs. a considerar que foi bem sucedido o manifesto dos mil fazendeiros, que o censurou por se ter declarado solidário com o Estatuto da Terra? Foi plenamente bem sucedido. Quer se considere o tamanho, quer a qualidade da resposta. Aconteceu ao presidente da FAREM um fato sem precedentes na história de qualquer associação rural do País: uma moção de desconfiança,- em matéria grave, assinada por mais de mil sócios. A única saída para o Sr. Josaphat Macedo seria convocar uma reunião geral de todos os fazendeiros de Minas, pedir demissão do cargo, e se fazer reeleger vitoriosamente. Não tendo segurança suficiente para fazer isto, provou êle que já não representa a classe. Isto ficou patente para os Poderes Públicos e para todos os que têm de tratar coo1 a FAREM. Mas, S. Sa., obstinado em permanecer no cargo, apegado a êle,
fica fazendo o papel de um personagem inexpressivo e vazio no cenário mineiro e nacional. Consciente de sua falta de base, procurou ser discreto na resposta. Aproveitouse de uma assembléia pouco concorrida, on<le quase todos os presentes eram de sua intimidade, e deu. uma resposta que foi distribuída à imprensa, rádio e TV como uma pequena notícia. Se o Sr. Josaphat Macedo quisesse fazer esquecer a mensagem que recebeu, sua atitude não seria outra. Quanto à qualidade da resposta, carece ela absolutamente de fôrça de convicção. Mil fazendeiros leram a circular do presidente da FAREM e a entenderam como advogando ineludlvelmente o apoio da classe ao Estatuto da Terra. A única resposta, para S. Sa., seria analisar o documento criticado pelos mil fazendeiros, provando que êle não tem o sentido que lhe foi atribuído. Mas o Sr. Josaphat Macedo percebeu que esta tarefa era impossível. Em lugar de provar que não defendera o Estatuto que o acusavam de ter defendido, repetiu enfàticamente, várias vêzes, q ue tinha combatido a reforma agrária Goulart - coisa que estava fora de cogitação - e que lutara contra a promulgação do Estatuto da Terra. Mas não se defendeu da acusação, irrespondível, de ter dado agora apoio à reforma agrária. Realmente, a circular do Sr. Josaphat Macedo, que motivou a carta dos mil fazendeiros, apóia o Estatuto da Terra.
O que os Srs. crêem que vai fazer o Sr. Josapbat Macedo? :Ble vai ficar calado, porque não tem o que dizer. E provàvelmente fará de conta que não leu esta entrevista!
"Catolicismo" convida se.us leitores e amigos para assistirem à Santa Missa pela alma do
calou para proteger os ap6stolos.
Respeitosas saudações.
Belo Horizo111e. Sábado, dia 22 de julho, houve a missa habiwal titi Igreja do Carrno. Então, no
Evangelho, o padre que celebrava a missa: Frei Paulo atacou os assinantes do mani-
festo de São Paulo e os assi11antes do ma,
p
ê com. o ,naior respeito que fazemos êste pedido, apoiados na justiça co,n que sempre agiu Nosso Senhor, que nunca se
Pedimos que V. Revma. abençoe a M i11as Católica''.
mesmo tempo que pretende que diante do lôbo,
A e,itrevista que o presidente da FABEM não lerá·
alnda, uão sctbem sôbre a parte tia Igreja
que já não segue o Eva11gelho.
Mayer
Santos que nos assistem do alto dos Céus, ao de seus dentes e de suas garras, nos portemos como cordeiros que não sabem se defender?
mos de lhes mostrar e de lhes contar o q11e
nifesto de Minas Gerais. Chamou-os p,,_
blicamente de fariseus. O povo de Minas não se conforma com isro. No mesmo dia, em outraJ· Igrejas, era
expllcada ao povo a boa intenção da Missa do Galo [Forte), lição aprendida 110 Encontro do clero com os bispos... Sabemos que o manifesto dos minelros
não foi levado a plenário, por ser de "âmbito local". Como julgaram isto? Baseados em que? Já havia em jornais, protestos de S. Paulo, ,·asos em Pernambuco, no E. do Rlo, na Guanabara, etc. Por que um pe-
A carta acima, como as outras recebidas, demonstra uma preocupação com a pureza da Fé e o futur.o católico das ge. rações vindouras. que merece respeito e
consideração. Tanto mais que semelhante angústia de alma eslá inteiramente de acôrdo com as preocupações manifestadas oa Carla que o Santo Padre Paulo VI escrev.eu aos Ex.mos. Revmos. Bispos do Brasil reunidos cm Aparecida para a VIU Assembléia Geral da CNBB. O manifesto, a que se referem as missivas em apreço, eslava aliás vasado em linguagem cortês e apontava abusos, alguns dos quais a grande imprensa tem tomado públicos pelo Brasil inteiro. Se, pois, as Sras. de Minas, por causa da alitude de seus maridos, fo, ram injuriadas pUblicamente, em sermão,
o falo é lamenláv.el. Que o fôssem em qualquer outra circunstância, já seria para reprovar-se: quanto mais nas circunstâncias apontadas. Outra coisa é a censura que estas zelosas Sras. julgam dever (azcr ao nosso Bispo Diocesano por não ler publicado o manifesto a que aludem, nem se ter comunicado com os signatários do mesmo. A cópia que S. Excia. .Revma. recebeu não trazia a indicação de quem lha havia enviado. Depois, nela se dizia que o original linha sido .encamin.hado à Santa Sé através da Nunciatura Apostólica. O que quer dizer que os católicos de Minas haviam tomado o caminho certo. Todo fiel pode dirigir-se diretamente ao ·Santo Padre para manifestar as perplexidades de sua alma. Aliás, para sanar o mal que o documento deplora, ninguém melhor do que o Pai Comum. O que podemos fazer é nos solidarizarmos com o empenho demonstrado em prol da integridade da Fé e dos costumes. Ora, isto os fiéis d.e lodo Brasil de há tempo podem ver em .. Catolicismo", que desde sua fundação, há mais de quinze anos, se bate por essa causa.
dido de aux1lio, um grito de alarma não foi levado em consideração?
Sabemos que de D. Geraldo Morais Penldo partiu o lllaque ao manifesto o a idéla
(iJAtOlL]CMSMO
-
( na segunda reunião) de uma solidarieda•. de, que devia ser assl11ada por todos os bispos ,nineiros. Como podem assinar so/idar,'edade, se não conhecem os problemas de Belo Horizonte? Ou conhecem e achanti que, por piedade fraternal, deviam assinar o documento? Onde /lcou a piedade
...
MENSARIO
con,
APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA Campos -
Diretor
paternal para com as almas dos fiéis?
Mons. Antonio Ribeiro do Rosario Olrtloria: Av. 7 de Setembro, 247, ca.i.xa PO$lal 333, Cl\mpos, RI. Admlnlstraçio: R. Martim FranciS(;O, 669 (ZP 3), S. Paulo. Aaence para o Estado do Rio: Or. JoK de Olivei,a Andrade, caixa poswl 333, Campos, RJ; Agc.nfc para os Estados de Gol.ás, Mnto Grosso <! MJnas G<!ra.l~: Dr. Milton de $alies Mourão. R. São Paulo, 824, sola 809, telefone 4•8630, Belo Horizonte; Agtntt' p~rn o Est&do da Guanabara: Dr. Luís M. Duncan, R. Cos-mc Ve~ lho, 81 S, te-le(onc 4S-8264, Rio de Janeiro; Agente pa.ra o Estado do Cud: Dr. Jo~
Diante da acusação pâbUca de Frei Paulo, numa m,'ssa, pedimos o pronunciamento público de V. Excia-. Revma. Se os mineiros merecem ataque, que êste seja
feito. Se ttm razão, que isto seja declarado. Um cat6/ico humilde que se dirige a um represe11ta111e de Cristo, metece uma resposta qualquer. Aguartlamos esra resposta, que servirá
Gerardo Ribeiro, R. Senador
de orientação para todo;• os que deseja,,. a Igreja Una, Santa, Cat6lica e Apostólica. reclamações e dos fatos narrados pelas famílias, que assinaram o manifesto •'dos /a• riseus".
Confiam nessa justiça., pois se estão dirigindo a representantes da Igreja, mas sobretudo a homens que abandonaram tudo para servir a Deus. Nüo desejamos cartas particularts, mo-
tivo pelo qual não segue o endertço. Que-
DR. ARLINDO FURQUIM DE ALMEIDA
remos declarações p1í.blicas, como púbUco
Pai de seu colaborador Prof. Fernando Furquim de Almeida, que será celebrada por S. Excia. Rcvma. o Sr. Bispo Diocesano, no dia 18 do coerente, 2.• feira, às 9 boms, na Capela do Palácio Episcopal.
"Honrarás pai e mãe" é um mandan1.en• to "ultrapassado" e que defenderemos tn•
foi o ataque do Padre, dentro da Igreja, 110 Evangelho, diante de nossos filhos.
quanto Deus nos der fôrças para pedir auxílio aos bons. Nossos filhos ouviram que seus pais são fariseus. Ped,'mos, lwmUdemente, que a Igreja impeça que n6s tenha-
PomJ)C\J,
2120-A, Fortl'llet:l.; Agtntts para a Argcnllna: "Crut:l.da", .~ illa de Correo n.o 169, Capi1al Federal, Argentin:l.; AgtntC$' para o ChUe: "Fiducia", C3Silla 13772, Corrco IS, Santiago, Chile.
Foram os homens de Milu,s. diante das
São as mulheres mineiras, que pedem justiça, agora.
Ei't. do Rio
'
Número avutso, NCrS 1,00 (Cr$ 1,000); número atrasado, NCr$ 1,10 (Cr$ 1.100). Asstoac·ul'a$ anuais: comun, NCrS 7 ,00 (CrS 7.000); benfeitor NC,$ 40,00 (Cr$ 40.000): s,ande benfeitor NCrS 100,00 (Cr$ 100.000); seminarist.is o escudantes NCr$ 6,00 (Cr$ 6.000); América do Sul e Central: via marítima US$ 3,00; via aérea US$ 4,00; oulros países: via mar-(urno USS 4.00: ,•ia aérea OS$ 6,00. Para os Estados do AC, AL, AM, GO, MA, MT, PA, PB, PE, PI, RN, SETTer• ritórios, o jorn;1_l i enviado por via a&ea
pelo preço da assinatura çomum.
Os pagamentos, sempre cm nome de Edi-
tôra Padre Belchior de Pontes S/C, Poderão ser cnvfados à Adminjstraçã.o ou aos agente$. Para mudança de ende,reço de assinantes, 6 necessário mencionar tambM\ o endereço antigo. Composto e hnpre$.SO DJl
Cla. Lllhog,aphlca Yplnu>p R. Cadclt, 2091 S. Paulo
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UE USÁ-LA ~
i DIANTE DO DOPS?
LJ dantes? (llegre grupo de rapazes, O que são? EstuCo,nerciários? Quiçá operários? Os
A explicação para esta incongruente atitude dos jovens Dominicanos consistiria naturalmente em que o traje eclesiástico vai perdendo seu prestígio nos dias de hoje, o que obriga o verdadeiro apóstolo a prescindir dêle, pelo menos em muitos casos, se quer alcançar alguma influência junto ao público.
M
trajes nada indic(lm. Entretanto, tr(lt(l-se de Do111inicanos, fotografados sem batina, pela reportage,n de uma revista carioca, na Igreja de São Do,ningos das Perdizes, em São Paulo. Os leitores talvez estranhem. Pois, se é natural que cada qual se apresente com os trajes que lhe são próprios, é difícil compreender que êsses Religiosos se deixem fotografar ern trajes laicos. Se é verdade que o hábito não faz o 111onge, o bo,n ,nonge, que se alegra realmente de ser ,nonge, não prescinde de seu hábito.
;-
•
....
No dia 2 de agôsto p.p. jovens Dominicanos passeia,n e,n frente ao edifício do Departamento de Orde,n Política e Social, em São Paulo, em
protesto pela detenção de Sacerdotes e estudan,. tes envolvidos na agitação promovida pela UNE. Na outra foto, dois moços de batina, um dos quais Dominicano, ostentam um cartaz alusivo. Por que usar a batina nessa ocasião? Não é precisamente porque qualquer atitude da polícia contra eclesiásticos revestidos de traje talar indignaria o povo, enquanto o efeito seria muito menor se os eclesiásticos estivessem. à paisana? Como então não reconhecer a enorme influência que o traje talar conserva? E por que então abandoná-lo? Uma incongruência a mais, no ,neio de tantas incongruências trágicas, características do ,nomento que passa.
.,)
.
2 de :tgó."'°• cm S:io J>aulo :
Oo minicMos protcstnm diante do OOPS
AMBIENTES
L'OSTVMES
CIVILIZAÇÕES
*
Já· se lêz notório que a ONU
em sua atual estrutura •
•
tonst1tu1 uma farsa ruidosa A
ONU nasceu aureolada das mesmas espera!lças geocrali.zadas e utópicas que marcaram a fundação de
sua ànlecessor.i, a malograda Liga das Nações. Brotada esta última dos famosos Quatornc Pontos do Presidente Wilson, destioavn-se a congregar os Estados num ccnâculo onde-, ·sob a inspiração de ideais de justiça e igualdade, viveriam todos num ambiente de concórdia. Aquêles que sabem que a verdadeira paz é impossivcl sem a prática da
moral cris1ã, e p0rtanto da Religião Ca.. tólica, não poderiam deixar de olhar
com ceticismo essa entidade agn6s1ica. De fato, logo de comêço, 0.1; Estados Unidos, pátria de quem a idealizara, Woodrow Wilson, recusaram-se a aderir :\ ela. Desde êste golpe incial, a Li• ga das Nações levou uma vida me1anc61ica, mostrando-se incapaz de tomar qualquer medida prática, incapaz de impor qualquer sanção efetiva aos atos de ag.rcs.são internacional, sem contar o desprestígio que lhe adveio de desordens como as assuadas promovidas pelos ita• linnos, quando o Ncgus discursava pedindo apoio para seu país, invadido por Mussolini.
Um fenômeno curioso Sob os mesmos sisnos nasceu a Organização das Nações Unidas. Apresentada como o meio efica.z de resolver todos os conflitos entre os povos e, mais discretamente, como o embrião de um íuturo govêrno mundial, foi saudada com euforia pelo mesmo tipo de pessoas que se 1inham encantado com a L iga. As deficiências da estrutura dada à ONU, só não as viam aquêlcs que não
as desejavam ver, e êstes, infcliunente, eram legião. Combinando um igualitarismo ridículo na Assembléia Geral ( o voto das ilhas Maldivas tem tanto pêso no plenário quanto o dos Estados Unidos) ç.om um autoritarismo leonino no Conselho de Segurança ( neste, cada um dos cinco g:r:mdcs tem direito de veto nhsoluto), não se pedia e sperar muito dela. Concessões desarrazoadas foram fei1as desde o início, e assim é que a Rússia conseguiu, para ter mais votos" encaixar como Estados independe.ntes a Rússia Branca, a Ucrânia e a Bielo
Rússia, que têm tanta soberania quanto o nosso Território do Amapá. Ocorre aqui. todavia, um fenômeno curioso. Ao longo de sua existência já bastante dilatada, p0ntilhada de grandes malogros e pequenos êxitos, a tulhada de torneios de loquacidade desanimado~ ramentc demorados e vazios. degradada por episódios como o das sapatadas de Kruchev, muito poucas pessoas ergueram a voz para apontar a imensa fraude que a estrutura das Nações Uni• das traz no bôjo. Foi preciso esperar a recente crise árabe-israelita para que ess.a fraude adquirisse o brilho da evi• dência, a p0n10 de já se dizer que tL grande derrotada nesta guerra foi a ONU. No Oriente Médio, desde sua fundação. mostrou-se ela impOtente para im. por suas decisões. Nunca obteve a interna.cionalitação de Jerusalém e a voha dos judeus aos limites a princípio fixados para o seu Estado, embora estas d·uas medidas tenham sido determinadas pela Assembléia Geral. Jxpois do conflito de 1956, da mesma maneira, não conseguiu que Israel aceitasse em seu território os capacetes-azuis, e êstes não puderam estacionar no lado ·egípcio da fron1eira senão por uma concessão precária de Nasser. Revogada esta concessão, a ONU teve que retirar seus soldados, deixando o govêrno do Cairo livre para fechar o golfo da Akaba e o estrci(O de Tiran, desencadeando o me• ca.n.ismo da crise.
Poro que serve então? Viu.se então U Thant, perdida a sua impassibilidade búdic,a , correr de um lado para outro, perfeitamente cm vão. Pedidos, ameaças e ultimatos da Assembléia Geral fomn1 inteiramenle ignorados, e os judeus só cessaram o fogo depois de atingidos seus objetivos máxi~ mos: o canal de Suez., Jerusalém, a margem direica do Jordão, e as alturas s1ri:'IS que dominavam os seus kibutr.. A guerra mundial só não cc:lodiu nessa. ocasião porque Estados Unidos e URSS se pusetam de acôrdo em cvitála, - e êste é um dos pontos mais
importantes :'I considerar no problema que nos ocupa. Quando os dois supergrandes estão concordes, tudo vâi bem; quando isto não se dá, a ONU nada cQ.nscgue fazer, ficando assim perfeita• mente à vista que o papel que lhe deixam é o de homologar acertos feitos nos bastidores. • Incapaz de evitar a guerra, a ONU se mostrou também incapaz. de fazer a paz. Depois da habitual pletora de discursos, e de uma série coormê de reuniões, que se 3rrastaram madrugada a dentro, foi necessário disso1ver a Assem• bléia sem nada ter-se obtido além de um armisticiô precário, c-om a consta• taç.ão - supremo vexame para um organismo fe~to para resolver todos os problemas internacionais - de que só negociações diretas entre as partes interessadas poderiam adiantar a solução do litígio. Como a respeito das condições de paz não há concordância entre Rússia e Estados Unidos. desta vez nada foi possível fazer.se.
Onde cumpre distinguir A verdade é que a ONU, em seu estado atual, é uma ruidosa e dispendiosa fraude, e que uma fraude se 1ornc pa. tente é coisa que só pode ser benéfica.
As presentes críticas não atingem põ· rém - t óbvio - o próprio princípio de que é desejável a existSncia de um organismo internacional, que ao mesmo teinpo sirva para dirimir questões entre as nações, e promover a cooperação · destas para o bem comum. Deixando claro que, enquanto realização concreta dêsse organismo admissível em p.rincí• pio, a ONU apresenta falhas estruturais consideráveis, e sobretudo padece dos graves defeitos decorrentes de seu caráter agnóstico~ e portanto da moral inconsistente cm que se baseia, cumpre não perder de vista que em alguma emergência pode ela prestar serviços à causa da paz. E que em tais casos sua atuação merece o aplauso e a coopc• ração, mesmo daqueles que não têm os olhos fechados para os defeitos da Or• ganização do Sr. U Thant.
Alberto Luiz Du Plessis
Verdades esquecidas
A INDIGNAÇÃO CONTRA A DANÇA NÃO É EXAGERADA MESMO QUE PRODUZA UM MILAGRE Do depoimento de Soeur Geneviêvc de Sainte-Thérese ( Celina Martin) no Processo de Beatificação de Santa Teresinba: M dia e11, que, por o<:asião de um casamento, eu deveria estar present.e a um baile familiar, a Serva de Deus alarmou-se de tal 1110do que chorou, disse-111e ela, co,110 jamais havia chorado, e fêz -me chamar ao locutório para dar-me suas instruções. Como me parecia que ela exagerava wn pouco, p(?iS não se podia "cair 110 ridículo", ,nostrou-se indignada ç llll! disse con, fôrça: "Oh Ce/ina! considera a conduta dos três jovens Hebreus, que f>referira111 ser lançados a uma fornalha ardente, " dobrar os joelhos diante do ido/o de ouro; e
U
tu, espôsa de Jesus (eu havia feito voto de casti<lade), tu queres pactuar co,n o século, adorar o ídolo de ouro do mundo e11trega,1do-te a prazeres perigosos! Lem, bra-te do que te digo da parte de Deus! E vendo como 11/e recompensou a fidelidade de seus servidores, trata de imitá-los'. Eu não tinha nenhuma vontade de adorar o ídolo de ouro do mu11, do, porque detestava naturalnrente êsse gênero de divertimentos. Assim, mantive durante muito rempo a resolução indícada, à ·cu~·ta de não poucos dissabores, melindrando n,es,no muitas pessoas; af.é que, fá 110 fi111 da reunião, fui literal111enre arrastada por wn jovem. Mas, oh surprêsa! não nos foi possível executar unr. s6 passo de dan,
ça. E111 vão tentávamos aco111panhar a n,úsica, pois eu fazia o passivei para não o luunilhar; enfim, cansados das nossas tentativas, tivemos que nos contentar com andar pelo salão 11wn "passo 11,uito religioso", e o pobre 1noço, tendo-,ne reconduzi<lo ao 111eu lugar, afastou-se vern1elho de vergonha, e não mais apareceu. NenJuan de n,eus conhecidos havia jamais visto coisa semelhante, nem eu tampouco, e a1ribuo às orações da Serva de Deus essa estranha impossibilidade. - (P. A.: Bayeux, tom. II, foi. 471 r.0 e v.0 , 472 r.0 apud Manuscrits autobiographiques de Sainte Thérese de l'Enfant-Jésus, tome II, Notes et Tables Carmel de Lisieux, .1956, pp.. 56-57).
Santa Teresinha aos 8 anos de idade, tendo nas mãos ( cliché Office Central de Lisieux)
uma corda, de pular
Oirc, or: Momt
An1o nio Ribeiro do Rc.k'-~1:"io
1
A Imagem. sem o man10 (cm monlagcm, peça de can1ari3, de Ouro Prelo)
Há 250 anos, uma rêde de pescador tirava das ã;guas do Paraíba a gloriosa lmage,n que por isso se chamou Aparecida •
N.0 202 - OUTUBRO 1967 - ANO XVII
Excmplu avul$o: NCrS 1.00
,
..
1717-1967
RAII\IHA E P ADR·OEIRA DO BRASIL
DIVINA MARTA, Rainha dos Anjos e dos homens, possui na teua uma coroa fulgurante. formada pelos templos a E la dedicados nos cinco continentes. Esta coroa é composta por pedras de uma grandeza verdadei• ramente ;r6gia, ao lado de outras menores, cujo brilho discreto realça e completa o efeito das primeiras, resullando um conjunto cheio de graça e harmonia. Das ma,gntíicas Basílicas às humildes capetas. dominando va1cs, coroando píncaros. presidindo cidades, atraindo bênçãos s6bre as naçõc-s, a devoçrto mariana sobe ao Céu, do mun• do inteiro, num cântico de 316ria, de alegria, de beleza e gratidão. Não qufa K Virgem Santíssima que a Terra do Santa Cruz conhecesse sõmcntc pequeninas pedras, mas sim q_uc aqui se engastasse um dos m:iiores brilhante-s de seu diadema. Pela importância que tem na vida religiosa da maior nação católica da atualidade, pe1o movimento de pe.. regrinos que para ali convergem, por sua história tão singela quamq jrradian1e de sobrenatural, Ap;irecida pode ser contada entre os mais ilus• ires santuários marrnnos de todo o orbe católico.
A
"Forão notificodos pela Camara os pescadores . .. " Teve inicio a <Jevoção a Nossa Senhora du Conceição Aparecida no século XVIII, quando sua lmagem foi miraculosamente retirada por 1rês humildes pescadores. das águas do legend,rio Paraíba. Deu-se o fato entre 17 e 30 de outubro de 1717 - não se guardou lembrança do dia exato - e foi ,1cgislrado pelo Vigário de Guarating,uetá, Padre José Alves Vilela, a fôlhas 98 do livro do tombo de S\1a Paróquia, à qual pcrlcn• eia então o locaf. Apresenta êsse relato singeJo um grande valor histórico. Tendo tomado -posse oito ano~. apenas, depois dos acontecimentos. o bom do Vigário terá, sem dúvida, ouvido narrá-los Por algum dos 1rês pescadores. Sua crônica é de 1745, ano cm que (oi inaugurada a Capela cto Morro dos Coqueiros, construída graç.a s a seus esforços, para abrigar a Imagem. Escreve o Pa• dre Vilela: .. [ . • . ] pa.ssw,do por tsto Vi/la p.ª as Minas e Goi1er111Ulcr ,Jellas e ti,:. S. Paulo. o Comlt! de As.rumar Dom Pedro de Almeydo fo• ' rilo n01ificodos pela Camara os pescadores p,tJ apresentarem todo o peixe que' pudessem Jww:r para o dito Governador. Entre muitos . forão a pescar Domingos Garcit,, Joam Alves e Felipe Pedrozo em suas canoas,· e pri11cipia11do a la11• çnr suas redt•s no porto de 101.é Corrca Leite, continuarão athe o pono ,Je ltagu,,ssú, distancia basumtc. sem tlror pei:i:e t1/1f11m, e lançando nt.\'• 1iC porto Joam Alves a sua rede ;Jc rasto, arou o corpo da Snr." sem Cabeço; lançando mals ,, baixo outra Vt!'s a rede t,'rou e, cabeça da mtS· ma Sr.0, mio se sabendo mmca quem ali a touçtisse. Guardou u invemor esta Imagem em hum tal, cu qual pano, e con1i11t1all(/o a pescari<t, ruio tendo athc então tomado peixe algum, dali por diante fol r,io copiosa " pescaria em poucos tau-
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{'Os, q. receozo, e os companheiros de naufragarem pe/lo mro, peixe qw: tinl,ão nas c,moas se retlrarão " SUOJ' vivend(ls, admirados deste su• ce.sso". Já se vê quão singular é o fato do estar flutuando quase à flor d'âgua, a ponto de ser a lcançada por uma "rede de rasto"~ uma imagem de 1erra•cota ou barco cozido. de 37 centímetros de altura, que, normalmen1c, por seu pêso, deveria estar no fundo do rio. tgualmente notável ~ o achado da- cabeça "mais a baixo'', apanhada pela mesma rede que havia recolhido o corpo da Senhora. Uma pesca milagrosa, que lembra a de São Pedro no Mar da Galiléia (cf. Luc. 5, 3- 11 ), veio acentuar o caráter sobrenutural do acontecimento. A Tmagem ficou em poder de um dos pcs• cadorcs, Felipe Pedrozo, durante cêrca de quinze anos,. depois do que a deu êle a seu filho Atha• nazio Pedrozo, "o qu(l/ - reza a mesma crôni .. ca - /Ire /es /rum Orlltorio tal e qm,I. e em lrum aliar de paos collocou a Snr.0 , onde todos os su• bados se ajuntava a vizinhança a cantar o terço e mals de.voçQcsu. Começou en1ão a Virgem a manifesiar por meio de prodíg.ios o desejo de que sua Tmagem fôsse objeto de pública veneração. Eram as pri• mkias dos incontáveis benefícios que Ela derramaria não só sôbre aquela humilde gente, mas sôbre t6da a Pátria brasileira. "Em ltuma destas occaziôcs registra o Padre Vilela - se apagarão duas luzes de cem d11 ttrra repentinamente, q. alumiavão a Snr.tJ, esta11do a 11oite serena. e querendo logo Syt,,a11a da Rocha acemler tis luzes "paga,Jas, tãobem se virão logo de repente acci,,,s, sem illlervir deU• gc11cia algumaº. , Rápidamente "se fol ,Jitmaudo a fama. ar/te q. Plltt11te,11ulose ,nros. prodigios, q. a Sr.ª fat.in, foi crescendo a fé, e ditatamlose a noticill, chegando ao lt Jligr.0 Jc:n.e Alves Vilelll, este, e ou• tros devotos lhe edi/icllráo Jrmm, C1ipeli11htl', a qual logo se tornou insuficiento para o número cada vez maior de fiéis.
"t a Egreja de taipa de pilão, e tem humo torre" Cuidou o Vig5rio de Guaratinguetá de edificar uma capela mais digna de ~,colher a Se· nhora da Conceição, já então chamada de Ap:1rccida. D'frigiu ao Bispo do Rio de Janeiro, de quem dependia ainda a Pal'Óquia, a seguinte pe• tição: ·'Diz o Padre 101.,é Alves YUela, Yigario da Egreja ,Je Sto. A111011io de Guarminguetá e os nwls de,,otos de Nossa Senhon.. da Conceiçã.:, Apparccida, que pel/os muitos mifogres que tem feito ,, ,Uta Senl,or" a to,los llquelles mortulorts, desejam uigir Jruma Cllpe{a com o titulo da mtsnu, Senhora da Conceição Apporecida, 110 dis~ lricto dll dita fregue1.i11, em lugar decente tt publico, por concorrerem muito.t r1Jmeiros a visiUlr a dita Senhora que se ,,cha ,ahe agora em lrt.tar pouco decemc,;. A S de maio do mesmo ano, o Bispo Dom F rei João da Cruz dava despacho favorável. de-
terminando que a capela fôssc erguida "em Jogar assig11a/ado pello Paroco, e que mio seja 'de PllO " pique, mas sim de materlal duravel". Procurou o Padre Vilela um sitio adcqu:'tdo à conslrução, que não es1ivcsse sujeito às: cheias do Rio Paraíba. Nenhum pareceu mais: indicado do que o Morro dos Coqueiros. que domina tôda a várzea. Margarida Nunes Rangel. Lourenço de Sá. e sua mulher, e Domingos da Costa Paiva e sua mulher doaram à Virgem Aparecida as terras nccessfirias. No dia 26 de julho de 174S, festa de Sant' Ana. inaugurava-se a capela, que "edificarão ,w lugar em q. hoje está com grandt1.à e fervor dos dt~•otos, com cujas esmolrJ- tem chegado ao t:s• tlldo cm q. 1/e presente ,:.-,tá". O Padre Vilela a descreve com evidente comprazimento: "Está situada a Jumw legoa. mais ou mencs, d" Mmri:. em togar alto, aprazfre/ e naturalmente alegre. Egrtjn de ulip11 d~ piliio; um o Altar m or con1 tribu11a, cm que está á Imagem da $c11/w-. com dois A Irares colmerllis, todos pinta,Jos. e o tet() da Cape/a·-mor. E toda /Qrrcula a ERre• jc;, e por balxo assoolha,Ja tle uwdeira com ctmipas; tem coro, deis ,,ulpiros, 1acristia com dru,s vius sacras, corredore.s ossól11JuuM.t de tmrbas as partes, com CQZOS por baixo; tem Jumu, torn•. " sacristia pinuu/(l e onwmellfOJ' de roda.t li$ ,·õ· ,·cs, os quucs, e os mais moveis, co11s1am do l 11vemario". Posteriormente se.ria construída outra tôrre. Para administrar a capela, autorizou o Bispo de São Paulo. Dom Frei António da Madre de Deus, em 1752, a constituiçã~ de um3 associação de leigos, .sob a dependência do Vigário de Ouaratinguetá. a Irmandade de Nossa Scnho• ra Aparecida, cujos estatutos foram aprovado~ qua1ro anos mais tarde. A açilo do tempo e a enorme afluência de. peregrinos vieram a danificar consideràvclmentc essa capela, tornando necessário proceder•se à sua parcia1 reconstrução. Tiveram início as obrns cm 1834 (cmpregando•-se. desta vez, pedra cm lugar de taipa), mas por falia de recursos só em 1846 é que se pôde concluir uma .das: t6rrc.s, e dois anos depois a outra. Foram comprados dois grandes sinos em São Paulo, sendo outro trnzido do .,Rio de Janeiro~ durante quase um século ale• graram êles as foslividades com suas 11otas vibrnntes. Em J93S foram subs1i1uídos por um carrilhão ad<1uirido na Itália.
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Obras levaram dez onos e custarom Rs. 195:000$000 Em meados do século XIX chegava a Aparccidi ·um Sacerdote baiano. a cujos esforços ficaria o Brasil a dever a construção da atual Bn• sílica, chamada hoje de " igreja velha'\ cm cOn• 1rapÔsição ao imenso Santuário Nacional que se está erguendo, a '\igricja nova". Era o Cônego Joaquim do Monte Carmelo, antigo monge beneditino, homem culto e empreendedor (um ser• mão seu, infectado de jansenismo, foi pôslo no lndex).
Iniciou êle cm 1877 a reforma, ampliação e decoração do templo, aproveitando a fachad~ e as 1ôrres erguidns anteriormente. Dotou a igre• ja de pinturas internas, com painéis represen. tando o encontro da Imagem e os mais famosos milagres operados pela Virgem Aparecida. _Dez nnos duraram os trabalhos, atingindo a.s. despesas a elevada quantia de l 9S contos de réis. No dia 8 de dezembro de 1888, festa d:i 1·maculada: Conceição, quando se celebrava tam• bém a Senhora Aparecida, o Bispo de São Pau. lc,, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, p1•occdi:-. à bê1\çii.o e inauguração d;"t nova igrcj:t. Em 1893, o mesmo Prelado criava o Curato de Aparecida, desmembrado da Paróquia de Gua• ra1ingue1á 1 com o título de I?piscopal Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Foi nomeado seu Reitor e Vigário o Padre Claro Monteiro do Amara l, que veio a perecer cm 190 l, trucidado ,=cios índios Caingangues. durante uma missão no Rio Feio. Logo verificou Dom Lino que para atender ao número sempre crescente de. romciro,c; seriani necessários vários Saccrdo1cs. Não dispondo d'! elementos suficicn1cs no Clero diocesano, decidiu recorrer a uma Família Re1igiosa. Seus olhos se voltaram para a Congregação do Santíssimo Redentor. íundada por Santo Afonso Maria de Li• p.óric, o grande apóstolo da devoção mariana, ~ dedicada às missões populares. Os Padres Re• dentoristas vêm respondendo desde 1895 pela direção do Santuário e pela assistência espiritual ~,os romeiros. Em 29 de abril de 1908, o Pápa São Pio X conferiu ao Santuário a alia dignidade de Basí• lica Menor. No ano seguinte, no dia 5 de setembro, teve lugar o solene rito da sua sagração li1(1t'gica. Em J9JO o santo Pontífice fêz dom :~ Aparecida dos ossos do Mártir São Vicente.
"Acodem Romeiros de partes muito distantes" Assjm como o Filho de Deus levantado no patíbulo da Cmz a craiu todos a Si (cf. lo. 12, 32), também a Imagem de sua Mãe Imaculada, mal erguida das águas do Paraíba, arrebatou a multidão dos fiéis. Cedo começarom as roma• rias, como testemunha o Padre Vilela, que encerra com estas palavras suas notas no livro do tombo da Ma1riz de Ouaralinguetá: "e cominua a Sr." com Seos prod,'gios. acudir,do a Sua Stn. C11w Romeiro~· dt pa,·tts muito diJtonlt:r a gmtiP,:11r OJ' benefícios reccbi,Jos desta Snr.0 " . Alguns abusos que começaram ;, se introduz.ir com o afluxo de peregrinos (oram cnCrgic:.'I• mente combatidos pelo Cônego Luiz Teixeira Leitão, que esteve na capela em visita pastoral no ,mo de 1761. No têrmo de visita registrou ele o que havia a co.rrigir: "Fui iu/orma,Jo que algumas pe.uoas a quem se tem encarregado o cuidado e o uto ,la Jmagtm de Nossa Stn/rQr<t Appartcida, preocupadas pellc, sua cegueira. per• m;tem que o~· Romeiros ,Jurmão e habitem nos corredores da mesma capela, dt tJut resulla muitas ,,êus entrarem 110 camarim cm que estâ a
Senhora, e do tltro110 a tlrão e trazem 11as mãos ,om álgumas ;rrtvtre11cias11• Algum tempo depois. outro Visitador, o Curn da Sé Catedral de São Paulo, Gaspar de Souza Leal, ordena ao juiz e mais membros da Mesa da lr_n ,andade que Pintem o teto do corpo da igreJa e retoquem o da capela-mor; ~'e porque o thro110 tio camarim está ;mproporcionu,lo e sem regra alguma, mandarão Ja1.er risco por ptssoa intelll.geme e lançar fora o tlrrono vtlho t. Jaulo 11c,v o'1• Von Martius e von Spix, os natura listas alcroãe.s quo chefiaram uma expedição cien1ífica ao Brasil. palrocinada pelo Ret Maximiliano I da Baviera, dão cm 1817 o seguinte depoimento: "A imagem mln~culosa de Nossa• Senhora atrai multas romariOJ' dt. tôda a prqvfncia e da de Mh1as. Quando na véspera do Natal continuamos a nOS· Stt ,,ia,gem, encontramo ..nos com muitas de.ssos romarias. Tamo homens como mulheres viajam aqui a cavalo ou em mula; freqiie11teme11te ram .. blm o marido condu<, a mulher molltada ,ra llO• rupa ,lo mtsmo aninwlH (''Viagem ao Brasil'' in ºRe.v. do rnst. Hist. e Geogr. de $. Paulo", ~01: XV, 1910, p. 341). No dja 22 de agôslo de 1822 prostrava-se aos pés da Senhora da Conceição Aparecida o Príntipc Regente, que prometia à Virgem consa• grar-Lhe o Brasil caso Ela lhe resolvesse em São Paulo um grave problema político que a1i o aguardava. Quinze dias dcPoiS, às- mar'gens do riacho lpiranga, Dom Pedro proclamava a Jndc. pendência do Brasil. Mas o trono caiu sem que a consagração prometida chegasse a ser feita. O escritor Português AuguSIO Emilio Zaluar, que fêz uma "Percgrinaç.ão pela Província de São Paulo" nos anos de 1860 e 1861, assim se expressa; '~E,att 10dos OJ' J'tmtuári<n que visiwmos 110 illlerior tio pafs> mm/rum e.ncomramos tão b~m st'tuado como a solitária capelinlu, d<t milagrosa Se11hom Apt,recida". E mais adiante: "A fama ,la milagrosa Virgem propagou-se de tal maneira e este,uleu•se a tão longínquas regiões, que Qlé dos tertit6rios de Minas, dos co11fi11s ele Cuillbá e tios extremos recantos do Rio Grande vêm todos os anos piedosas romadt1.f de peregrinos parti cumprir as sagradas promessas que. tm suw· en/ermitl<ldeJ· ou desgraçtts, jir.erm,1 a Nd,1sa Senhora a fim de tJue llles st1lvt1SJ·c: ti vldt1 ou llles desse co11/Qrtq nas tribulações d(ste mundo. As paredes da Capela quase nüo têm mais espaço livre pan, figuras em cera de tróll· cos. cabeçat, braços. pés e mtios de tod<> tamanho e forma, que se vlem ju11tame11te pendura .. · dos ao fatio ,le numerosos quadros pintados, nos quais estão l'eprese111ados ( • . . ) os mar1irios e dores que cruciam a vida humana". Refere a se• guir os bandos de leprosos que viu perambulando pelas ruas da Vila, cm meio aos romeiros, a pedir esmolas ("Peregrinação pela Província de São Paulo 1860-1861", Livraria Martins Edilôrn, São Paulo, 1953, pp. 85-90). A chegada dos lrilhos da Es1rada de Ferro Central do Brasil, com a criação da csiação de Aparecida em 1877, fac ilitou grandemente a vi• sita ao Santuário. Só cm 1900, entretanio, ~ que o BisPo de São Paulo, Dom Anlónio Alvarenga, jnaugurou \l era das peregrinações diocesanas e paroquiais, promovendo naquele ano a primeira romaria a Aparecida de inicia1iv;,\ da autoridade eclesiásliea. Atualmente, nos fins de semana chegam ao Santuário Nacional de quinhentos a mil ônibus, além de cêrca de dois mil carros particulares, com chapas de todos os Estados. Calcula-se em quatro milhões por ano o número de romeiros que visilam Aparecida, o que íat dela um dos maiores centros de peregrinação da Cristandade.
"Dono Isabel veio o covollo c om uma grand~ comitiva" Uma notícia inesperada a,lvoroçou a sêssão de 3 de novembro de 1868 da pacata Câmara do Vereaaores de Guaralinguctá. O Visconde de Guaratinguetá, Francisco de Assis de Oliveira Borges, anunciaVa a visita à Capela de Aparecida, cm princípios de dezembro, de Sua Alteza Imperial a Princesa Dona Isabel e seu Augusto &pôso, o Príncipe Gas1ão de Orleans. Conde d'Eu! Reclamava o edil :> seus colegas as providências necessárias para se proporcionar uma condigna acolhida à herdeira do trono. Entre outras coisas, pedia que a Câ,_mara houvesse por bem "o/Jiciar ao Rc,•ucndfssimo Vigário e o Mestre tia Capei/ti, para celebrar um "Te Derm, Laudamus" no dia da chegada e afixar o edital, co11vitlando o povo"; sugeria, ainda, que se pc.. disse ªorçamento provincial para a feilllra tia pome e estradtl tlté .a Ctlpella". A noticia foi recebida com grande júbilot jnkiando-sc logo os preparalivos; uma das primeiras providências foi comprar veludos e sedas para os ca111arins de Suas Altezas na Capela.
Uma testemunha ocular, o Alferes António José dos Santos, conta que 11Dona Isabel e o Conde d'Eu chegaram à Capt.lla eis 6 /toras da tarde do dia 7 de dezembro· para assistirem à, novena da festa de Nosstl Senhora. Vieram a. cavai/o com uma grande comitiva. Diz.em que Dona Isabel deu 11aquella ocaJ·ião a Nossa Se-· nhora um riquis.simo manto com vime e um bri~ lha11us". A Prince.sa Imperial e o Conde d'Eu participaram do último dia da novena, e da festa de Nossa Senhora Aparecida, a 8 de dezembro. A Me-s a Administra1iva da Capela reuniu..se nesse mesmo dia e resolveu, por unanimidade, nomear festeiros para o ano seguinte Dona tsa~ bel e seu &pôso. Foi oficiado ao secrc1ário d , Princesa para que levasse ao seu conhecimento r. deliberação tomada. De bom grado aceitou Stia Alteza Imperial a nomeação, vindo ela e o
Co1\de d'.E u a ser os últimos festeiros nomeados pela Irmandade, pois daí por diante a própria Mesa encarregou-S'.e de promover a festa. Uma scgund_a vez. cstêvc a Princcs:1 cm Aparecida, acompanhada de seu Espôso e dos três filhos, quando de uma viagem da Côrte a São Paulo por via térrea. Quis a Princesa deler•se cm Guaratingtietá, "para .subir d Captllll de Nossa s~nhora dll Apparecida, faz.er oraçlio", como anotou ela em seu diário no dia 6 de novembro de 1884. Conta-se que nessa ocasião um escravo fo. ragido e aprc.sado pelo feitor implorou qm: êste o levasse a rezar à Senhora Aparecida. Ao sair dt Capela, encontrou o cortêjo da Princc,s a, que subia a ladetra . . O negro se lhe prostrou ao$ pés, pedindo a 'bên'.çio. lsabel condocu•se d:i sorle que o aguardav:11 e em sua homenagem o calivo foi libertado.
"Padroeiro principal . de todo o Brasi l, diante de Deus" Em 1903 os BisPoS da Província Eclesiáslica Meridional do Brasil rogaram ao Santo Padre que mandasse coroar a Jmagem de Nossa Se· nhora da Conceição Aparecida, na oportunidade do cinqüentenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, a uans.correr no ano ~f.u intc. Com a aprovação de São Pio X, o Ca• bido da Basílica Vaticana decretou a coroação desejada. No dia 8 de dezembro de 1904 reuniram-so pois em Aparecida os. Prelados da Província Meridional - entre os quais o (uturo Cardeal Arcoverdc e Dom Duarte, dcpojs Arcebispo de São Paulo - os Bispos de Goiás e de Manau9 e dois Abades, lendo à Crente o Núncio Apostólico. Dom Julio Tonti, com o concurso de autorid:tdes civis e militares, numcro.sos Sacerdotes e Religiosas e uma grande multidão de fiéis, vindos dos mais longínquos pontos do território nacional. Após o Pontifical celebrado pelo Núncio, o Bispo de São Paulo, Dom José de Camargo Barros, benzeu a riquíssima coroa de ouro. crave• jada de brilhante$, oferecida anos antes pela Princesa lsabtl cm uma de suas visitas n Ap~, .. recida. A .seguir. entoou o "Regina Coe.li", subiu até o trono onde se achava a Imagem e " coroou, .proferindo a seguinte súplica: "Como por 11ossas mãos soiJ coroadt1 atJui "" terrt1, fi,,,r, sim por Vós e ptlc> \'O.r.s·o PilhlJ J~.stts Cristo sejamos coroados de glória no Clu!" .Exclamações de júbilo encheram .os ares, enquanto os sinos repicavam festivamente. São Pio X e Bcn10 XV enriqueceram com indulgências plenárias as peregrinações a Apare• cida. Para comemorar o 250.0 aniversário do encontro da Imagc1n, concedeu o Santo Padre Paulo VI impor1an1es graças aos fiéis que Lhe visitarem o Santuário neste ano jubilar (cf. "Ca1olicis~10", n.0 200, de agôsto de 1967) . Sua Santidade enviou, outrossim, à Virgem Apareci• da a Rosa de Ouro, dignando•s c escolher pa.r3 trãz~-la ao · Bfasil, como Legado a latere. seu próprio Secre1ãrio de &tado, o Emmo. Cardeal Amlelo Giovanni Cicognani. No dia IS de agô5to último, em presença dos Emmos. Cardeai!t de Apnrccida e de São Paulo. de muitos Sispos, do Presidente da República e altas autoridades, e de incontável n,uhidão de peregrinos, foi o dom <lo Vigário de Cristo solenemente depQsitado• aos Jl<" d a San1a Imagem da Padroeira do Brasil. Padroeira do Brasil, com efeito, Nossa St• nhora Aparecida o é desde 1930. Acolhendo o pe liçiío dos BiSPoS brasileiros e o desejo do Povo fiel, os quais lhe foram aprcscnta<1os p0r ocasião do Congresso Mariano reunido em Aparecida em 1929, Pio XI, aos 16 dias do mês de julho de 1930, festa de Nossa Senhora do Carmo, assinou o seguiote decreto: "De motu proprio e por conhecimento cerr<> e madura reflexão Nossa. na plenitude de Nosso poder ,,postdllco, pele teor tias prcse111ts Letras, , constitulmos ,: declaramos a Bet1frs.slma Virgem Maria conctbid,: sem mácula. sob o título de A parecttla. Pa.. droeira Principal de todo o Brasil, tliame de Deus, acrescentando os privilégios litúrgicos e a~· outras honras que pelo co.smme competem aos Padroeiros tios lugares principais. Co11ccdt11do isto para promo~•cr o bem espiritual tios fiéil~ no Brt1sll e part, aumemar cada vez ma;s o sua tlevoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamo:; tJUC as presemcs /..eiras são e permanecerão sempre firmes e eflcazes, e surtlrlio seus plenos (' inrelros eleitor•. Com grande sole11idade foi o decreto ponti• ffcio publicado na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Querendo. entretanto, o Cardeal Dom Sebas1ião Leme celebrar na própria Capi1al do P3Í$ a constituição da- Virgem como Rainha da Pátria, e ao mesmo tCmPo consagrar-Lhe o Brasil, promoveu, juntamente com o Arcebispo de
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São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, a ida da milagrosa · Imagem ao Rio de Janeiro ·nos dias 30 e 31 de maio de 1931. Levada cm trem-santuário numa viagem 1riunfal. Nossa Senhora teve, ao chegar ao seu t!estino, uma receP,Ç,ãO literalmente apoteótica. Uma das maiores procissõQS de que se tem notícia na história· do Rio de Janeiro acompanhN1 a Imagem até a Esplanada do Castelo. Ali, tm presença de todo o Episcopado. do Presidente d, República .e MiniSlros de Estado, do CorpQ DiplomátjcÕ, amoridade.s civis e mi1itares, o Cardçat-Arcebispo fêz, cm união como todo o povo, n consagração do País a Nossa Senhora da Conoeição Aparecida. Calcula-se em mais de um milhão o númer~ de pessoas que aclamou nesse dia i, Pndroeim e Rainha do Brasil.
A festa litúrgico de Nossa Senhora Aparecido Ourante muito tempo a- festa de Nossa Senhorn Aparecida fo i celebrada, sem indicação especial de lítulo, no dia da Imaculada Concei• ção, 8 de dezembro. O Papa Leão Xlll instituiu a festa- li1úrgica dn "8. M. V. lmnwcultl/a sub titulo ,le App(lre• dt/""• determinando q_ue tivesse lugar no primei~ ro domingo de maio. Em I 906, Sã o Pio X con.. cedeu Missa e Ofício próprios dessa festa para tôdas as Dioceses da Província Eclesiástica M(:ridional, e fixou-lhe a da1a a _1 J de maio. Reunido em Concílio Plenário em l939, o Episcopado Nacional solici1ou à San1a Sé a tran.'i• íerência da festa para 7 de ~ctembro, dia da Independência. Atendida a súplica, logo se verificou que a coincidência da celebração litúrgicai com as festividades cívicas redundava em prrjuizo da primeira. Em 1954, por ocasião de sua assembléia cm Aparccidt·, ddibcrou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil solicitar nova transfetência da f~ta da Padroeira, desta vez. para o dia 12 de outubro, no qual permanece ela até hoje.
tar pelo Cônego Monte Carmelo no interior da Basílica. O jornal "O San1uário de Aparecida", dos RR. PP. Redentoristas. vem registrando, há mais de sessenta anos, um .sem nómero de graças e favo res concedidos pela gloriosa- Padroeira do Brasil a seus devotos: curas. conversões, so1ução de problemas djfíceis, consôlo nas aflições. restauração da paz no seio das famí lias, e tantos outros. As circunstâncias a inda não permitiram cs .. tabelecer junto ao Santuário um serviço m~dico p3ra , a exemplo do HBureau des constatntions" de LourdesJ proceder à verificação científica dO'\ casot de cura tidos por miraculosos. A cxist~n• eia de um organismo dês.ses daria muita glória a Nossa Senhora Aparecida, pois forneceria o!) e lementos necessários para que os mila.gres nu• tênticos - sem dúvida numerosos - pudessem .sei· canôoicamente declarados tais. ~im, o prodígio refulgiria ao sol da certeza. para edificação dos filhos da Virgem. e confusão dos qu9 A odeiam. Ncs1es: dois séculos e meio de devoção à Senhora Aparecida, a Auloridade Eclesiástica não c.hegou a se pronunciar oficialmente a respeito de nenhum dos fatos extraordinários atribuídos ~. mesma Senhora. Mas o Breviário Romano (Ofjicia proprit1 totius Brasilillt.) registra no 11 Noturno da festa da Padroeira principal do Brasil: "Os prctligios, que 11esse sagrado edifício (~ Basílica) são freqiie11tem~111e Jtilo~· pelti V irgem be11;g11ísslma, encolllram testtmwiho ,tos tstandartes, o/erendt1s votiva, e presenres numerosos, com <Juc o templo se acha nurrt1vilhosm11e111c dtcoraclo" ( V Lição). Ningu6m, por outro lado, p0de dCixar de ver uma pro1eção especial de Nossa Senhorn A.parecida no feliz desenlace de graves criSes por que passou o Brasil. A Ela, sem dúvida. devemos o fato de não · nos ter dominado o comunismo, que mais de uma vez surgiu diante de nós como perigo iminente. Foi Ela, ainda, qt1e n~o ç<:rmitiu até hoje. a imphrntação da reforma- agrárit socialista e confiscatória em nosso País. Nenl (oi sem justo motivo que a Sociedf\de Brasilejrn de Defesa da Tradição, Famflia e Propriedade Lhe atribuiu, cm solene ato público, o êxito da grande campanha promovida pela entidade, no ano passado, contra a introduç.ã o sorrateira do divórcio em nossa legislação. Por 1odos os abundantc,s favores que. a excelsa Padroeira e Rainha do Brasil tem derramado sôbre a Nação nesses 250 anos, cantemos com a piedade popular tradic!onal: "Graças Vos damos, Senhora, Virgem per Deus t.scolhitla parti Mãe do Reden1or, ó Stnhora Apt1rtcida!"
Gustavo Antonio Solimeo
Curo alma e corpo, ofosto o comunismo, o reforma agrária, o divórcio A história de Aparecida tem o milagre n~, sua origem. Como vimos, as circunstâncias que cercaram o encontro da Jma,sem no Rio Paraíba. a pesca inc.s pcradameme abundante e os faro! que se seguiram deixam bem claro & ação d.J sobrenatural. O Vigário de Guarâtinguetá, a quem já nos referimos, alude em sua crônica a vários prc• dígios, dizendo que os mesmos foram :1utcnticados posteriormente e se achan, cm um "Sumt1rid' (do qual n3o se 1cm outra not(cia). Hã em Aparecida dois salões denominados Salt, dos M ilo.$res, onde se encontra uma infinidade de ex.votos, cartas, fotografias, atestados, ele., a confirmar os benefícios obtidos pela in• terccss.ão da Virgem [maculada. Tôscas pinturas nos mostram cenas dramáticas e situações desesperadas cm que a Senhora foi invocada e valeu a seus filhos. Um dos mais ramosos en1re êsses prodígios 6 o caso do incrédulo que no século passado veio do!: sertões de Cuiabá para provar que a devoção a Nossa Senhora Aparecida era uma tolice. Ousou desafiar a Virgem, jurando entrar a cavalo na sua Capela e derrubar do nicho a sua Imagem. Ao tentar realizar o infame propósito, cravam-se e prendem-se as ferraduras do animal nas pedras da escadaria, impedindo a coosumação do sacrilégio. Existe ainda no pequeno museu do San1uário (mantido pelo piedoso zêlo ·d:i Sra. Conceição Borges Ribeiro Camargo) uma pedra na qual se pode ver a marca da ferradura. Sste e oul ros milagres foram mandados pin-
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U és Pedro, e sôbre esta pedra e,iiJicarei a minha lgre;a, e as porUls do inferno não prevalecerão contra Ela" (Mat. 16, 18). "Eis que estou convoscr, todos os dias. aré a consumação dos séculos" (Mat. 28, 20). "Eu roguei por ti. para que a 1ua fé náo desfaleça; e ru, uma ve~ converrido, confirma os reus irmãos" (Luc. 22, 32). Numerosas são as passagens da Escritura em que o Verbo E ncarnado ensina a indefectibilidade dl\ Cátedra da Verdade, personificada no .Príncipe dos Apóstolos e em seus Sucessores. Por isso os Santos, num apêgo cheio de
enlêvo e de ardor pela Cá1edra de Pedro, afirmam que o Papa é o "doce Crisro 11a terra" (Santa Catarina de Siena), "aqui/e t/ue d« a verdade aos que a pedeni" ( São Pedro Crisólogo) , aquêle que, falando, põe fim 1rs questões relativas à fé (Santo Agostinho) , A infalibilidade dos Soberanos Pontífices e da Igreja é a garantia da Tradição e de tudo aquilo que está contido na Revelação. Não fôsse tal garantia, a maldade e a fraqueza dos homens teriam logo deturpado e corrompido o depósito revelado, com o mesmo ódio e com o mesmo ímpe10 satânico com que mataram o próprio Filho de Deus.
Hodierno espírito de insubmissão à Cátedra de São Pedro Na época de subversão de todos os valo res, em que vivemos, quando, no dizer de JOÃO XXUI, a norma é o antidecálogo, é fundamental conhecermos a amplit ude da infali bilidade do Papa e da Igreja. E é fundamental para o católico ter bem nítida a noção de que tõd as as decisões doutrinárias da Santa Sé, mesmo aquelas que não empenham a infalibilidade, postulam o assentimento tanto externo q uanto interno dos fiéis. Já os modernistas, no tempo de SÃO Pio X. recusavam-se a acatar as decisões da Sé Apostólica q ue não envolvessem a infalibilidade. Teve por isso o Santo Pontífice de condená-los repetidas vêzes (Decreto "Lamcntabili", de 4-7-1907; Encíclica "Pascendi", de 89-1907; Motu Proprio "Praestantia" , de li<11-1907, etc.). Tambérn em nossos dias a indisciplin~ conlra o Magistério da Igreja serpeia nos meios católicos. Rece1t1emen1e - para e xemplifica r com urn caso entre mil - o Rcvmo. Pc. Paul·Eugêne CIIARUON• .Nl!AU, reconhecendo que os métodos a nticoncepdonais artificiai~ são condenado~ por um:-. rradiç:ão ininterrupta que ,•cm de Santo Agostinho a Pio XII, afirmou no en1an10 que, "enlr(' e, Ewmgcl/1(1 e a Mo,.a( co11jugt1/, temos a i mpre:;.são de q 11~ êslt:J· 16
séculos de rept!tições ç()/Qcor,m1 um. o/J.mic:ulo tifo pe.\·ado que ,li/tdlmcnle poderd :rcr ,·t•movh/Q" ( ºMv• rol Conjuga l .. ,", p. ISO). Par:, o Pc. C HARRONNl:AU, J)Ortanto, o M:1gistério 1cnl. deformado, desde o século lV, os princípios evangélicos sôbrc a moral conjug:11.
Extensão da infalibilidade pontifício No espírito de muitos católicos de instrução religiosa med iana radicou-se a idéia de que o Soberano Pontífice é infalível e m tudo quanto diz. Em outros, encontramos a noção igualmente errônea de que só há infalibil idade nas definições solenes, como a da Assunção de Maria Santíssima. O utros, ainda, se perguntam : um Conci-
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CANO, O. P., Melchior PoStr. - Vcnet iis, 1776.
t licito trator dêsse temo? Um católico devoto do Papado, e portanto c ioso do caráter monárquico da Igreja, po• deria perguntar-nos liminarmen te: é lícito versar tais assuntos? Não seria mais piedoso aca-
"{,, .1 muitos tnturam () Magistério ecltsi6stico mww otitudt de reserva e ,:om tle.scon/hmça. Ao
Antes de abordarmos o problema da infa• libilidade, cumpre e.s tabelecer algumas distinções fundamenta is. O Magistério eclesiástico deve ser divididc, inicialmente, cm pontifício e universal. Magistério pontifíc io é o d<> Papa, Chefe supremo da Tgrcja. Magistério universal é o de todos os Bispos unidos ao Sumo Pontífice. No Magistério pontifício o Sucessor de São Pedro fala individualmente e por autoridade própria. Po r exemplo, através de Encíclicas, Constituições Apostólicas, Alocuções dirigidas a peregrinos. No Magis1ério universal, é o conjunto dos Bispos que fala, e m união com o Sumo Pontiíice, quer estejam êles congregados cm Concílio, quer d ispersos pelo o rbe. Cumpre absolutamente :lCautclar-se contr:1 uma concepção crrône;l do Magistério univcrSal, S4.:gundo
PON'J1íFÍCIO
Mugistirio ecle.sMstk•o. alguns queruimn ,1tribuir SO• bretudo u paptl (/t t:011/irtmlf a "crenç<1 infalível <la ,·omu11hiio dos fiéis'' , Outros, p<1r1itldri<>s elas do111ri1wi uegtul<Jrn.s tio Magistério eclesiá.uico. queruit1m utribuir tios fiéis u G"(IPllchltule tle iutcrpreU,r lfrrtmeme " Sagrttdt, E.scâturn segmulo sua pr6pria fo. tuiçilo. que Jàcilmemc se pretende inspir,ulcl' (Discurso de 11·1·1967) .
Portanto - responderíamos ainda a nosso nipotético objetante - o mais piedoso é { conhecer a Santa Igreja tal como Jesus Cristo ,1 A instituiu. Pretender aperfeiçoar a sua estrutura essencial é querer desvirtuá-La, é qucrtr moldá-La à imagem e semelhança de nosso orgulho. Devemos, pois, conhecê-La, amá-La. admirá-La e reverenciá-La tal qual E la é, cm sua perfeição divina de Espôsa de Cristo. F.. devemos, por o utro lado. pôr todo o nosso em• penho em enriquecê-La com a perfeição acidental que Lhe 1raz a santificação de seu, filhos.
Magist é rio pontifício e universal; ordinário e extraordinário '
Ou1ra d ivisão básica, que é necessãrio estabelecer, é a que distingue o Magistério ordinário do extraordinário. No Magis1ério extraordinário, cada pronunciamento goza de infalibilidade por si próprio. São as definições solenes, como a da Imaculada Conceição, da Infalibilidade pontifícia, da Assunção de Maria Santíssima. Mus - como adianle veremos nem
~, qual os Bispos poderiam ensinar indepcndenlc do Pap:1. N:1da de mais falso. Ern visl:t do caráter mO• n:.írquico da Igreja, o ensinamenlo dos Bispos. quer qu:,ndo reunidos em Concílio. quer quando espalhados pelo mundo, neohuma autorid:ldc 1eria se nüo íó.ssc ~provado. pelo mcn.os implicitamenlc, pejo P::ip:i. I!. d:, uni:io de pensamento con1 o Soberano Pontífice <11:t o. Magistério uni.versai 1i r:1 tôd:i :-t sua autoridnde. O cnráter monárquico da Igreja é de direito Jivino. e roi objeto de numerosa$ Uefiniçõc:s do Magistério (cl. Dcnzingcr, "Ench. Symb.". 44, 498, 633. 658 ss .. 1325, ISOO, 1503. 1698 ss.. 1821, 2091, 2 147-a). Êm sua Carta P:lstoral sôbrc l'toblernas tio Apostol.1do Moderno, D. Anto11io de Castro MAYJ: R, llispo de C,11npos, tr:ttando do nrngi~h:rio de cada Bispo em :>U:t dioce.se, ensina que. " .\•f'ndo e, Ma1:is1ério pónti/fr:io iuj,,/ivc-1, e o ele cm/a 8fa•1>0, a;mJn 'I"<! oficial, falhit'/, está na /rugi/idade lwmmu, ,, poss;bititlmle de um ou Qltff'ó l1fa·po vil' ti c11ir em {:rro: ,. u 1-listória ,·t1:fa·1r" ,,l,:uuws ,tr.ss<M e,,emuar;,t,11t<•$'' ( p. 1 19).
,
UNIVERSAL
OJ\1
Na conceituação do Magistério universal extraord inário, é preciso não coníundir o sentido que acabamos de atribuir à expressão "extraord inário 1', con1 o outro sentido que essa palavra comporta : coisa fora do comum , q ue íoge à rotina de todos os dias. Com efeito, todo Concílio é extraordinário no sentido de que não está permanentemente reunido; mas o seu e nsinamento só é extraord iJ1ário se defino um dogma de fé. No preseJtle artigo só empregaremos a e xpressão "ex1raordinário" no sentido de definição solene e infalível.
Que é um pronunciomento pontifício "ex Analisemos it1icialmentc o Magistério pontifício extraordinário. De suas lições de catecismo, todo cató· lico se lembra de que o Papa é infalível quando fala ex carhedrt,, e cm matéria de fé e moral. Fórmul a verdadeira, mas que pelo seu extremo 1.a conismo - aliás inevitá.vel - pode induzir en1 engano, e por isso pede a lgumas explicações.
CITADOS
ADRIANO 11 - /\llocutio 3 lecta in Concilio VIII A ct. 1 - apud Hcíck•-tcclcrcq, "Hist(')ire dcs Con• cilcs'\ LClO\IZCY, 1911, tome lV, pp. 471 -472; e apud Billot. "Tracr. de Ecd. Chris1i", pp. 619-620.
.BJ"Ll..OT, S. J., Cãrd. Ludovicus -
lio Ecumênico é sempre infalível? O Papa pode errar? Tenho obrigação de crer em tudo que e nsinaram os Papas ao longo dos séculos? E cm todos os documentos dou trinários promulgados pelas Congregações Roma nas? E cm tudo q ue e nsinam os Bispos, ou pelo menos o meu Bispo? Que diíerença existe entre a infalibil idade do Papa e a da Igreja? Nos limites estreitos dêsle a ·tigo, analisaremos os pontos fundamentais d~•sas q uestões, sem e ntretanto abordarmos os proJlemas colaterais - e tantas vêzes extremamente subt is e complexos - q ue e las podem s ugerir.
tar como infalível ludo que ensinam quer os Papas, quer os Bispos? Responder-lhe-íamos que os fiéis não devem considerar a Igreja como Nosso Sen llor não A fêz. Se sôbre um ponto tão fundamental da doulrina católica pairam dúvidas, é cl1 missão de jornais católicos esclarecê-las. poi5 a doutrina da Igreja não é esotérica. Ademais, leva-nos a abordar êste assunto o fato de que, como já dissemos, os progrcssis1as buscam hoje de mil modos diminuir as prerroga1ivas do Pontificado Romano, e pregam a rebeldia contra os ensi namentos sccul:1res do Magistério, como declarou recentemente PAULO VI:
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DE
TE
VIVERE " d<> Adoro Te devoto
dos documentos
tudo que os Papas, os Concílios e os Bispos ensinam é de si infalível. Chama-se ordinário o Magistério nos casos em que não estão preenchidas as condições necessárias para que um pronunciamento seja por si próprio infalível. Tanto o Magistério pontifício quanto o universal podem ser ordinários ou extraordioá • rios. Temos, pois, quatro modalidades diversas de ensino na Santa lgreja:
"Pastor Ae1ernus" estabelece as condições ne• cessárias para a infalibilidade das definições pontifícias. Ensina que o Papa é infalível " quando fala ex cathedra, isto é, quando, 11,) uso de sua prerrogativa de Doutor e Pastor de todos os cristãos, e vor sua suprem(/ autori<i<1de apostólica, define a doutrina que em me1téi-ia de fé e 111ort1I deve ser sustentada por rôdt1 ll l gr eiá' (Denzinger, •'Ench. Symb.",
1839).
l'HAOZOJNÁ!\fO - PronuQcian1ento papal solene, por si pr.Óf>Fio iafqll9é\. Ex.s.: defini'ções dos dogmas da Imaculada Concci9iío e da Assunção de Nossa Senho/a,
lllN,\RlO - N,fagistério ·comum do Pa'pa, em que cada pronunciamento não é de si infalíveJ. Ex.: em geral, a <lo\1trina c(!ntida nas .énc(clicas, Alocuções, etc.
Os tt6Jogos são unânin,es cm vçr ai a $Olução do problema das condições da infalibilidade pontifícia. (C(. DIEKAMP, p. 71; 81LLO'r. pp. 639 ss.: CUOV· PIN,
J,,/E:r, vol. r, p. 569; NAU, "EI Magisterio . . . ''-. p. 43; S•LAVERRI, p. 697: C•• ·rec111Nr, p. 40).
São qualro, portanto, as condições necessárias para que haja um pronunciamento do Magistério pontifífio extraordinário: 1) que o Papa fale como Doutor e Pastor universal; 2) que use da plenitude de sua autoridade apos1ólica; 3) que mani(cste a vontade de definir; 4) que trate de íé ou moral.
l'RAOR01NÁR10 - P~onunciam_ento solene e por si próptto infalível, dos ,Bispos ern 11ni~<> com o Papa. Ex.: definis.ã o ao d,ogma da Jnfallbilidade pontií~ia pelo Cencílio Vaticano r.
[>1!'1,,RIO - Magistédq cornun1 dos Dispos em u1Jião com o Papa, en1 que cada pronunciamento não é de, si infalível. Ex.: o ensino da Mediação uni>1e(Sal de Nossa Seohora, por 1odo o muQdo, no conjunli> das Cartas Pastorais, sermõesi etc.
Énlre os teólogos encontra-se :, p:,lavra cm1>reg.tdà ora num sentido ora em outro, o que nos p:1-
rece fonte de não pequenas confusões. (Cf. SAtAVHRtd, pp. 681-682; NAV, '' EI Magistcrio .. . ''. pp. 37-38; CAR'l'l:CIIINI, p. 42; LAVALP.TTI?, p. 258). Prcícrimos adotar a nomencl:àlura indica.da por-
que, além de nos parecer mais clid{tlicri, foi recentemente sancion:,d::i J)()r PAU)..0 VI cm dojs Discursos relativos ao Concílio Vaticano U (d. Oi:icu1·so de 7- 12-1965, p. 817: Discurso de 12·1-1966, p. 170), A :rn:ílosa confusão se prcsl:1 ;1 palavra ºsolc1H:.'', que orn i11dica o pronunciamento por ::i próprio infalível. or11 o <1uc, ademais. se cerca de fórmulas
pnrticulannenlc solenes. (Cf. JOukN1t1·, vol. 1, p. 534. not;_\ '2: NAV. ''Une Sourcc ... ", p. 6S). ·
cathedraº?
Com efeito, que significa e.Y cathedra? Falar da Cátedra de Pedro i apenas cnsin~r cíicialmcnte? 'f: dirigir-se à Igreja Universal'! As Encíclicas, por exemplo, sendo documentos oíiciais, em geral dirigidos a tôda a Igreja, são ipso facto pronunciamentos ex ca1hedra? Na definição da infalibilidade pontifícia, no Con.cílio Va1icano 1, encontramos a solução cabal para tais dÍlvidas. A Constituição
Discurso de 7-12-1965, de encerra• menta do Concílio Ecu,nênico Vaticano ll - in ·'Concilio Va1icano ir-, ll. A. C.. Madrid, 196S, pp, 813-8 19. PAULO V l -
VAUl .0 VI Discurso na :rndiência gernl de 12· 1•1966 in "Rcvisra Eclesiás1ica 8r:lSilcira".
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da Concciç.rto de Nossa
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Cons1i1uição Apos16lic:t --Mullificenrissi.
"Valeur., .", p. 6; HERVÍ!, pp. 473 ss,; )OUR·
A iníalibilidade é uma faculdade que reside na pessoa do Pontífice como num ser dotado de inteligência e vontade. Êle usará ou não dêsse poder, conforme queira ou não. Na sua vida privada, por cx~mplo em conversa com am•igos ou em carta a um parente, é claro que o Papa não está usando de seu poder de definir. Daí vem a primeira condição: que êle íale como Mestre universal. Em mais de om documento BeN·ro XIV afirma que niío cmile tul opinião 1eol6gica como Sumo Pontífice, mas corno simples doutor privado. O mesmo declarou SÃO Pio X a propósito de ~,firmações
o Papa íaz cm audiênch\S privadas (cf. NAU, "EI Magisterio . . . ", p. 48, nota 3S).
'1UC
Mas para que haja infalibilidade não basta que o Papa ensine como Mestre universal. Com efeito, é necessário que esteja preenchida uma segunda condição: que êle fale no uso da plenitude de seus podêre.s. Tal é a importância e a gravidade de um pronunciamen10 iníaJfvel, que é preciso que se torne bem cla.ro que, ao fazê-lo, o Sumo Pontífice está usando da plenitude das prerrogativas que lhe cabem como legítimo Sucessor de São Pedro. t por isso que tanto Pio IX na definição da Imaculada Conceição, quanto Pio XII na da Assunção, declaram que falam ·"co,11 (/ a11toridt1de de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Be111-ave11111,-ados Apóstolos São Pedro e São Paulo e
Nossa".
Ainda isto, entretanto, não basta. Pois,
mus Deus'', sôbrc a Assunção de Nostm Senhor;.1 -
mesmo falando como Mestre universal, e no uso de 1ôda a sua autoridade, o Papa pode limitar-se a recomendar uma doutrina, ou a ordenar que ela ~eja ensinada nos Seminários, ou a advertir os fiéis do perigo que há em negá-la. Por isso há uma terceira condição: a manifestação da vontade de deíini.r. Essa vontndc ele defini r íaltaj por exemplo, nos dccumcntos, que entretanto são 1ão s,âbios, positivos e en6rgicos, cm quo os Papas recomendaram ou mesmo impuseram aos proícssôres de Filosofia e Teologia• Sagrada o estudo ç o ensino do tomismo. Ver, entre outros, a Encíclica 1 'Aetcrni Patris'', de l.EÃO X1II: o MOlU Proprio "O<X:tOti~ Angelici", de
SÃO Pio X : e n Encíclica ··studiorum Duccm ... de Pio XI.
A última condição é que se trate de matéria de fé e moral. Deixamos êssc i1em à parte, pois exorbitaria dos limites do presente nr1igo o estudo dos objetos primários e secun dários da iníalibilidadc. (Cf. BILLOT, pp. 392 ss.; CHOUPIN, "Valeur .. . ", pp. 38 ss.; HERVÍÍ. pp. 496 ss.; SALAVERRI, pp. 729 ss.). Manifestação do vontade de definir
O ponto crucial da questão está na terceira condição: que haja .intenção de definir. Como se manifesta tal intenção? B pelo cmprêgo da palavra "definimos"? 13 pela ex• comunhão de quem disser o contrário? B pela natureza jurídica do documento? Nenhum dêsses sinais é apodítico ( cf. CARTECHlN I, PP· 29, 31, 36, 54). O fundamenta l é que esteja claro, por qualquer via quu seja, que o Papa quis definir um dogma. Assim é que, nas definições solenes, os Sumos Pontífices acumulam os verbos, pani 1ornar insofismável sua intenção: "prom11/gamos, decretamos, definimos, decft1rt1111os, pro-
cl<t11ui1nos", etc. Em outros casos, faltarão tais verbos, mas as circunstâncias que cercam o documento mostrarão que houve a vontade de definir. ~ o que se dá quando o Papa impõe a 1ôda a Igreja que aceite uma íórmula de fé. Ou quando soluciona oficial e definitivamenle uma disput~. dou1ri11ária surgida enlre Bispos, cn1 documenlo di1·igido, de modo pelo menos indirclo, à Igreja Universal. O Magistério un iverso ! extraordiná rio
O Concílio Vaticano I não declarou cm que condições um Concilio Ecumênico é infalível. Mas, por analogia com o Magistério pontifício, pode-se afirmar que as condições são as mesmas quatro. Como o Papa, o Concílio tem a faculdade de ser infalível, mas pode dela usar ou não, conforme queira.
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1858, voL IJ.
Mu itos católicos mal in(ormados poderiam aqui nos objetar que sempre ouviram dizer que lodo Sínodo Ecumênico é necessàriamente infalível. Não é isso, entretanto, o que dizem os teólogos. SÃO ROllllRTO BllLLARMlNO explica que é sõmente pelas palavras do Concílio que se pode saber se seus decretos são propostos como infalíveis. E conclui que, quando as palavras não são claras nesse particular, não é certo que tal doutrina seja de f~ ("De Cone.", 2, 12). E, se não é certo, não é dogma, pois, segundo o Código de Direito Canônico, "11cnl111ma verdade lleve ser lida por dedarada 011 defi11idt1 co1110 tlog,11a, « menos que isso co11s1e de modo manifesto" (can. 1323, § 3). Ver, no
mesmo sentido, CARTECHINI, p. 26. Um estudo exaustivo do Magis1ério universal extraord inário deveria comportar a análise de numerosos problemas que, en1retanto, escapam aos limites do presente artigo. A fim de dar ao leitor uma visão mais ampla do assunto, ainda que sumária, enunciamos aqui algumas' leses que são pacíficas en1re os teólogos não progressistas: 11
As decisões conciliares nunca podem
ser infalíveis se não tiverem sido aprovadas pelo Papa. " Um Concílio só é infa lível naquilo qur claramente impõe como devendo ser crido ( cf. SÃO ROBER1'0 BELLARMINO, " De Cone.", 2, 12).
"' Os Concílios de Trento e do Vaticano 1 quiseram definir não apenas nos seus cânones, mas também nos seus capítu los doutrinários (cf. SALAVERRl, p. 816). Continuidade de um ensina me nto no Magistério o rdinário
Não se pode definir o Magistério ordinário, quer pontifício quer universal , como sendo o dos ensinamentos que não gozam da nota de infalibilidade. a verdade que po,· si só, isto é, isolado âvs deniais, um ensinamento do Magistério or~
din.írio não envolve infalibilidade. Assim. quando a Encíclica "Ad Diem Jll um'', de SÃO Pio X, defende a Co-rcdcnção Mariana, nada diz que empenhe a infalibilidade pontifícia. Nesse caso estamos longe, pois, das definições solenes, como por exemplo a da Bula "lncffabilis Deus", que definiu a Imaculada Conceição, e que por si só fecharia a questão, ainda
Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira S,\O ROBERTO BEl.1,ARMINO Ponriíice" -
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O ensinamento dos Papas sõbre a propriedade privada é infalível? que não houvesse nenhum outro pronunciamento pontifício a respeito. No entanto, o Magistério ordinário pode, por um outro modo, envolver a infalibilidade. Assim é que, ao tratar da Co-redenção, diz o Pe. J. A. ALDIIMA, s. J.:
"E,nbora o Magistério ordinário do Pontífice Romano não seja- por sA i11/alível, se entretanto ensina constantemente e por longo te,npo u111a certa doutrina a tôda a Igreja, como se dá em nosso caso [da Co-redenção], deve-se absolutamente admitir a sua infalibi/ida<le; caso contrário, induziria a Igreja em 2rro" ("Mariologia", p. 418). Portanto, segundo o Pe. ALDAMA, a Co-redenção Mariana é doutrina já hoje infalivelmente ensinada pela Igreja, embora não tenha ainda sido objeto de qualquer pronunciamenio do Magistério extraordinário, quer pontifício, quer universal. Temos aí a infalibilidade do Magistério ordinário pela continuidade de um mesmo ensinamento. Princípio importantíssimo, do qual em geral se esquecem muitos católicos ao estudarem a nossa fé. Vor a rêspeito: NAu, "Une Source . .. '', pp. 68 ss.: "EI Magisterio ... ", pp. 47 ss.
O fundamento doutrinário de tal título de infalibilidade é o que nos aponta o Pe. A LDA MA: sé numa longa e ininterrupta sé• rie de documentos ordinários sôbre um mesmo ponto os Papas e a Igreja Universal pudessem enganar-se, as portas do inferno teriam prevalecido contra a Espôsa de, Cristo. Esta Se teria transformado em mestra de erros, de cuja inf!uência perigosa e mesmo nefasta os fiéis não teriam meios de fugir. Que lapso de tempo é necessário para que determinada verdade se possa dizer infalível pela continuidade do Magistério ordinário? B pueril desejar decidir tais questões com ampulheta na mão. Os fatos vivos não se medem por computadores, mas pelo bom senso, único instrumento capaz de ponderar os imponderáveis. E os fatos da fé, que além de vivos são de ordem sobrenatural, só se medem pelo senso católico, inspirado pela graça.
Fat&re1 que influem no estabelecimento da continuidade
E evidente que o fator tempo não é o único a ser levado em conta. Há numerosos outros, dos quais indicaremos alguns, apenas para orientação do leitor, sem visar uma enumeração exaustiva. Também não analisaremos mínuciosamente os fatôres indicados, e muito .m enos as questões colate• rais que cada um dêles poderia sugerir, pois isso exorbitaria dos estreitos limites do presente artigo.
• A in1porttincia que o Papa dá ao docwnento. Se es~a importância é grani:le, o pronunciamento terá um pêso muito maior no estabelecimento da serie de continuidade, do que um outro que tenha sido objeto de pequena insistência e realce por parte do próprio Pontífice.
• A iniporttincia que os Papas posteriores dão ao documento. Com grande freqüência os Sumos Pontífices citam os seus Predecessores, repetem o que êles ensinaram, elogiam seus documentos. Tal praxe, que poderia parecer mera manifestação protocolar de respeito, tem entretanto enorme importância no estabelecimento da continuidade de um ensinamento. Pois toma patente que o Papa posterior quis trilhar as mesmas vias de seu Predecessor.
• A solenidade do pro11unciamen10. Uma Encíclica ou uma Constituição Conciliar, por exemplo, pesam mais do que um Discurso pronunciado pelo Papa em audiência pública. a A universalidade do e11sina1ne11to. As
aulas de catecismo dadas por SÃO Pio X ao povo de Roma e aos peregrinos têm menor autoridade do que as Radiomensageus de Natal que Pio XII dirigia todos os anos ao orbe católico.
• O audit6rio para o qual o Papa fala . Os Discursos a congressos científicos, por exemplo, são particularmente importantes, dado o alto nfvel técnico dos ouvintes. Tais congressos' fazem as vêzes de caixas de ressonância para a voz do Pontífice, d~tinadas a ampliá-la, a comentá-la e a difundi-
-la pelo mundo todo. Assim, foi enorme a repercussão que tiveram em todo .o orbe os Discursos sôbre os métodos anticoncegcionais, dirigidos por Pio XII a congressos de obstetrizes, hematologistas, etc.
" A atenção dada pelos teólogos ao pronunciamento. Doutores das ciências sagradas, os reólogos são encarregados pela própria Igreja de sistematizar e ensinar a sua doutrina. Se grande número dêles interpretasse mal o alcance de uma declaração conciliar ou do Papa, êste presumlvelmente os corrigiria, através de nôvo pronunciamento. Logo, se certa doutrina haurida dos documentos pontifícios é largamente repetida pelos teólogos sob o silêncio complacente do Papa, torna-se claro que êste não só a professa, mas também a quer amplamente difundida por tôda a Igreja.
A repercussão tio documento no n1u11do cat6lico em geral. O argumeóto que a
acaba de ser dado não vale só para os teólogos, mas, mlltatis mutandis, para os meios católicos eln geral. Se uma declaração pontifícia ou conciliar é ol;>jeto de larga acolhida nos ambienres políticos, jornalísticos, nas associações rel igiosas, etc., e se o Papa se cala, é porque a quer ver largamente difundida.
Aquilo que durante muito tempq é pacificamente ensinado e111 todo o orbe cat6/ico adquire fàci lmente a característica de 0
o católico deveria então permanecer fiel à dou• trina infalível. Essa hipótese levaria os estudiosos à questão multi•sccular, em que se empenharam especialmente os maiores teólogos dos Tempos Modernos, da possibilidade de um Papa herege. - Ver, a respe~o, ADRIANO li, alloc. 3; lNOCtN• cio Ili, eol. 670; SÃo RoesRTO BBLLARMINO, "De Rom. Pont:•. 2, 30; 4, 6 ss.; SuA.REZ, ºDe Fide''. d. X, s. 6; "De Lcgibus", lib. IV> e. 7; CANO, ad 12; SoTo, d. 22, q. 2, ª· 2; SANTO AFONSO DE LtOÓRIO, p. 232; 8ALMES, pp. 78-79; 811..LOT, pp. 609 ss.; WERNZ-V10AL, pp. 517 ss.; STRAun, p. 480; Du8LANCHY, col. 1714; SALAVERRI, pp. 698, 718; JOURNET, vol. ,, pp. 625 ss.; vol. li, p. 1063 ss.; KVNO, pp. 292 ss.; MdNDELLO, "La Oottrina .. . ' '.
" A importtincia de que a tese goza 110 documento. Aquilo que é o tema central de uma Encíclica, por exemplo, empenha em maior grau a autoridade pontifícia do que uma afirmação rápida .a propósito de uma tese secundária. a O modo como o documento apre-
senta o assunto. Na "Quadragesimo Anno" Pto Xl declara que vai responder a dúvidas chegadas à Santa Sé a respeito do caráter acatólico do socialismo. Isso dá uma especial importância a essa parte do documento, pois evidencia o propósito de resolver questões doutrinárias com a autoridade pontifícia. Os trabalhos de Don, Paul NAU ("Une Sour•
ce . .. ·• e ºEI Magisterio ... ") estudam pormenO• rizadamente êsses djversos fatôres que podem influi r no estabelecimento da continuidade de um ensinamento do Magisl~rio ordinário.
ensinamento infalível. Segundo a fórmula clássica de $Ão V1ceNTE DE Le1UNS, devemos c rer naquilo que foi cn•
sinado sempre, cm todos os lugares e por todo~: ''quocl semptr. quotl ubique, quod ab omnibus". Pois a assistEncia do Divino Espírito Santo seria falha se ul)ta doutrina ensinada sob essas três condições p\Jdessc ser falsa. t preciso, entretanto, não entender o adágio em sentido exclusivo. isto é, como se a infalibilidade pela continuidade de um mesmo ensinamento só existisse quando se verificassem aquelas três condições. Ver a res.. peito DIEKAMP, p. 68.
"' O caráter ininterrupto da série. Se uma doutrina de vários Papas é contraditada por um de seus Sucessores, ou por um ConcO.io, antes de se constituir em ensinamento infalível, é claro que a série está rompida. Tal fator negativo pode influir ponderàvelmente no estabelecimento da continuidade. ~ possível que a1sun, documento pontifício ou conciliar se oponha frontalmente a cnsinamen• tos infalíveis do passado? 8 evidente que, se o nôvo pronunciamc.nto ~ também infaHvel, taJ opo• sição não pode existir. MasJ se não o é, autores do pêso - como $Ão ROBERTO BELLARMINO. SUAREZ, CANO e Soro - encaram tal hipótese como teoJõgicamentc J)OSSívcJ. E é manifesto que
Um exemplo: a propriedade privada Parece-nos inquestionável que os princípios enunciados pelos teólogos, com relação à infalibilidade pela continuidade de um mesmo ensinamento, se aplicam aos pontos fundamentais da doutrina da propriedade privada. E impressionante o número de do• cumentos pontifícios que ininterruptamente, ao longo de século e meio, ensinaram que a propriedade privada é de direito natural e condenaram o socialismo. (Cf. Dom G. P. SIOAUD, Dom A. C. MAYER, PLJNIO CORRtA DE OLIVEIRA e L. MENDONÇA DE FREITAS, "Reforma Agrária Questão de Consciência", pp.' 38 ss.). Esses documentos ressoaram por tôda a Igrejà: basta pensar na "Rerum Novarum" e na "Quadragesimo Anno". Como sustentar que a série de tais ensinamentos é menos rica do que a 'da Co-redençiío Mariana, que entretanto, segundo o Pe. ALDAMA, já não é questão livre enJre os católicos?
O mesmo quanto à Liturgia: nela é possível haver a insinuação de um êrro? 11
a Não se devem confundir os diversos títulos de infalibilidade que acabamos de indicar com a chamada infalibilidade passiva dos fiéis. Esta expressão, corrente na Sagrada Teologia, indica que os filhos da Igreja, seguindo o que E la ensina, certamente conhecerão a verdadeira fé. Mas não lhes cabe nenhuma missão oficial de magistério, ou seja, seu papel é nisso meramente passivo. (Cf. NAU, "El Magisterio ... ", p. 45; CARTJ!CHJNI, p. 251). .
Autoridade dos documentos não infa líveis A preocupação com o estudo dos di-
versos títµJos de infalibilidade não nos deve, entretanto, levar a pôr na sombra os documentos não infalíveis. Com efeito, grande parte dos ensinamentos contidos nas Enclclicas, nas Alocuções pontifícias, nas Cartas dirigidas pela Santa Sé a Bispos e a congressos de todo o orbe, nos Decretos das Sagradas Congregações Romanas, não envolvem a infalibilidade. Devemos sob êsse pretêxto desprezálos? Foi isso, como já dissemos. que os modcrnis•
ias procuraram fazer com os documentos q_uc con11·a êle.s publicou $Ão Pio X. E já então o problema era velho, pois hereges an1eriores haviam recorrido ao mesmo ardil com o ot>jeti.vo de po• derem continuar dentro da Igreja para melhor espalharem o seu veneno (cf. Dom A. C. MAYeR~ "Corno se prepara. . . ") .
o Pe. Lucicn CHOUPIN, s. J., citando abundante documentação, assim se expri.mc sôbre a autorida_de dos ensinamentos não infalíveis: ''Que género de adesão devemos a tais deci• sões doU1ri11árias, autênticas mâ.s não in/alfveis? R. - responde r-·ranztlin - o assentimtnto religioso baseado na autoridade do govirno da lgrt ... ja Universal; um 01se11tim~n,o de ordem rt ligio• sa, que não d a fé, mas que depende da virtude da /1. A autoridade do Mt1gi$tl ri<> supremo e univttsnl i tão santa, ião sagrada, que quando ela toma uma decisão, o rdt11011do -11os por exem• pio que sigamos ou rejeitemos determinada doulrim:, devemos-lhe rtspei10 e obediência, não apenas o silêncio respeitoso. mas o assemimtnlo intt.rior do espfrito, m esmo quando a decislio náo está g,,rantidcl pelo catisma .da in/alibWdade. A a11toridt1de sclgroda da Igreja mo1;,,a nossa adesão .
Outro• títulos de infalibilidade do Magistério ordinário Mas não é apenas pela continuidade de um .mesmo ensinamento que o Magistério ordinário pode vir a envolver infalibilidade. Os teólogos enumeram vários outros casos em que isso ocorre: as canonizações, a Liturgia, as leis eclesiásticas, a aprovação de Regras de Ordens e Congregações religiosas. Na canonização, o Sumo Pontífice afirma que determinado servo de Deus se santificou e merece o culto da Igreja Universal; e propõe a sua vida como modêlo para todos os fiéis. Ora, se aquela alma se houvesse condenado, a Santa Igreja estaria propondo a seus filhos um culto falso, e um modêlo que os levaria à perdição eterna. E, então, as portas. do inferno teriam prevalecido sôbre a Rocha de Pedro. Por i.sso o Papa é infalível nas canonizaçõe~. As doutrinas que êle implicitamente ensina, ao recomendar que se imite e venere o nôvo Santo, não são abrangidas pela infalibilidade. Na canonização só é infalível a declaração de que o servo de Deus está no Céu. Em certas passagens, os autores colocam as canonizações no· Magistério ordinário, enquanto cm outras as c lassificam no Magistério extraordinário. .Evidentemente, não há contradição entre essas duas PoSiçõcs. A declaração de que dada -pessoa se santificou é infalível pçr si própr~. e portanto integra o Magistério extraordinário. I:'., por outro lado, o ensinamento doutrinário que impllcitamentc está contido na canonização per• 1ence ao Magistério ordinário. (Cf. CARTECHINI, pp. 36, 53, 110, 174) .
Pela mesma razão de que as portas do inferno prevaleceriam sôbre a Igreja se o Papa orientasse os fiéis para a perdição eterna, as leis eclesiásticas e especialmente
a aprovação das Regras religiosas gozam de infalibilidade. Se a Santa Sé obrigasse os fiéis a praticar atos pecaminosos, ou lhes indicasse regras de vida censuráveis, ter-se-ia transformado em instrumento de danação. Também as orações da sagrada Liturg_ia direta ou indiretamente aprovadas pela Cátedra da Verdade não podem conter erros. ''Lex orandi, /ex c,redendi" - "a lei da oração ê lei da fé". Como poderia a.Igreja, pelas preces que recomenda, instilar nas almas princípios opostos à fé? Também neste item não podemos aprofundar as interessantíssimas questões que tal problemática sugere. A título de simples indicação para o leitor desejoso de uma visão de conjunto, acenamos para alguns prolongamentos que a temática comporta: A infalibilidade no que diz respeito a uma lei eclesiástica não implica em admitir que e la seja a mais perfeita possível, mas apenas que não obriga a atos pecaminosos . m
" A legislação da Igreja não pode obrigar a pecados mortais. Isso é inquestionável. Nem mesmo re~omendá-los. Poderia determinada lei eclesiástica terminar por insinuá-los? Poderia permiti-los expressamente? Poderia permiti-los tàcitamente? E , por outro lado, poderia obrigar a pecados veniais? Poderia recomendá-los, insinuá-los; permiti-los expressa ou t.àcitamente? :Bstes pontos, que não nos consta tenham sido versados pelos tratadistas, são entretanto da maior importância para uma exata conceituação da infalibilidade.
com APROVAÇÃO ECLES~STJCA Campos -
Est.. do RJo
DirelOr Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
Diretoria: Av. 7 de Se1cmbro, 2-47, c.-iixa postBl 333. Campos, RJ. Admlnl.stratio: R. Seno Madurefro, 129 (ZP S) , S. P•u· lo. Aae.ntt: para o Estado do RJo: Dr. Jost de Oliveira Andrade, caixa postal 333, Campos., tu~ Agt:ntt: pa.ra os Estados de Golú, Mato Grosso t Mloa, C·trals: Dr. Milton de $alies Mourão. R. São Paulo, 824, s:aln 809, telefone 4-8630, Belo Hori• xonte; Agrntt para o Estv.do da GuanA• bara: Or. luf.s M. Duncan, R. Cosme Velho, 815, celefone 45-8264, Rio de Janeiro: Agente para o &tado do Cear,: Dr. Jost Gerardo Ribeiro, R. Senador Pomptu, 2120·A, Fortaleza~ Aa;c1Uc-.s para a Argen• tina: "Cruz.ada", CaSilla de Correo n.o 169, Capital Federal, Argentina; Agentes para o Chllt: "Fid11cia'', Casilla 13172, Corrto IS, Santiago, Chile. N601oro nu1"o: NCr$ 1,00 (Cr$ l,000): n6mcro atrasado: NCr$ 1,10 (Cr$ 1.100).
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É fundamental conhecer a doutrina da Igreja sôbre seu· próprio Magistério E stm dúvida prudtr11e. sábio t StRuro attr. mo-nos às decisóts da mais tlevada e da · mai, competellfe de tôdas áS autorldadts, a qual. mesm<> quando mio exerce o seu pcdtr sobertmo 110 grau .>'Upremo, goza sempre de uma assistência especial da Provid2ncia.
Quer o Papa possa se enganar, quer ,u1o dit. São Robtrro Bellarmino - deve ser religiosamente obedecido quando decide uma quesrii<,
duvidosa.
No caso, ,1iosso assentime1110 não J meta/l• slcame111e certo; com efeito. dado que a decisão não ,,em garamlda pela in/alibi/;dade, a possibi• /idade de êrto não estd exclufda. Mos é mo,al-
meme certo: leio pltmsíveis s.ão os motivos de adesão, que é per/titamellle razoável dar <> assen-
Hmemo a êsse julgamento da ailtoridc1c/e c<>m-
peltnte'' (CHOUPIN. "Valcur . .. ··, pp. 53-54) . Ver também PRÜMER, p. 368; PESCH, § 328; Dom A. C. MA v ER, "Carta Past. sôbrc a Prcser• vação ... '', p. 24.
Dos numerosos documentos pontifícios que ensinam que essa deve ser a posição dos fiéis ante os pronunciamentos não infalíveis, citamos apenas uma passagem da Encíclica "Humani Generis", de Pio XII: "Nem st deve crtr que: os <>11si11amentos das E11cíclicl1S 11ãc exijam per se () osstnamtnto, sob o pret2xto de qut (JS Pontífices nelo exercem nelas o poder de seu supremo Mogislétio. Tais eusim1mt11tos ff!ztm pane do M,,gistbio ordinário, pafC, o qm,I também valem ,,s pal"vr,,s: Quent vos ouve, n· Mim ouve (Luc. 10, 16)"
( p. 11)
O Pc. SALAVERRI (pp. 719
indica os principais documentos do Magistério sObrc êsse assunro, os quajs interessarão a ltamente ao foitor desejoso de maiores esclarecimentos. Ver 1am. bém o Discurso de PAULO VI na audiência geral de 12 de janeiro do 1966. ss.)
O problema da suspensão do assentimento ínterno Isto pôsto, um problema permanece ainda de . pé: será lícito suspender o assentimento em relação a um documento do Magistérict ordinário que se oponha de modo fron,a1 a uma doutrina tradicionalmente ensinada pela Igreja? A essa q uestão, muitos teólogos dão resposta afirmativa. No texto que a seguir citamos, Dom NAu
trnta ospccialmentc das Encíclicas, mas é patente que a asserção vale para qualquer documento do Magistério ordinário; ''Um flnico motivo poderi" /ll1,er-11os suspe11,ier nosso assentime1110: uma oposição precisa •m• Ire um 1e.r10 dt Encfclica e os outro~ tntemw,hos da Tradiç,7o. Mesmo af, uma u,t oposição mio poderia ser presumida, mas exigiria ,mw prcw,, a qual só diflcilmenle poderia ser admitida" (ºUne Sourcc . .. ", pp. 83-84). No mesmo sentido, pode-se ler: DieKAMP, p. 72; Pescw, § 328; Sra•us, n.oa 968 ss.; MER• x..eLl3ACH, p. 601; NAU, "El Magis·1crio . . . '', p. 54; CA.RTECHINI, p, l 53.
Outros autóres, entretanto, não admitem tal suspensão do assen'timcnto. S o caso de CHOUPlN, "Valeur . . .... pp. 53 ss., 88 ss.; "Le décrct. .. ", pp. 4 15-416; "Motu proprio .. . ", pp. 119 ss.: SALAveiuu, pp, 725-726. Embora não dc.sejemos entrar na análise de questões colaterais e subtis, não podemos deixar de consigna r aqui que a posição dêstcs \illimos leóJogos não nos parece clara. Em certos textos êlcs insinuam que a Providência- D ivina nunca permitirá que haja erros nas decisões do Magistério ordinário. Assim. não .se pronunciam s6bre o mérito da questão, mas negam.se a estudar a hipótese: "Não exam;,1aremos o caso em <JIU! q fitl imaginaria ter a evidincia da venlmfe tle uma proposiç,io comltrwda pelo Somo O/leio" (CHOUPlN, "Le décret. .. ", p. 416) . Em outras passagens admitem a possibilidado de ê rro, afirmando que, caso seja êle cvi .. dente, "tle,,e•St permanecer firme na adesão d11da aq decreto ,la Sagrada Congregação, tendo-o pelo menos como prov,frel, até que a própr;a Congugaçúo ou um lribmtal mais alto ,lecid,, diver• samemc sObrc a malérla'' (SALAVCRRI, p. 1i6) . Não nos parece que êstes autôres tenham olhado de frente a hipótese de se conjugarem no mesmo caso os seguintes fatôres: I) as circunstãncias da vida concreta ob1igam o fie l, em consciência, a tomar posição ante um problema~ 2) êle tem a evidência de que - como diz Dom NAU no te-xto acima citado - há uma oposição precisa entre o ensinamento do Magistério ordinário a êsse respeito C· os outros testemunhos da Tradição; 3) a decisão intalível que p0deria pôr têrmo à questão - à qual alude o Pc. $ALAVERRI não é proferida. Afigura-se-nos, portanlo mais objetiva a po, siçiío daqucle-s que, pelo menos no terreno meramente especulativo, não se rccu.s am a examinar essa hipótese.
Os D0<:umentos do Concílío Vaticano li são infalíveis? •
A esta altura, uma pergunta não poderá déixar de aflorar aos lábios do leitor: o Concílio Vaticano H usou da prerrogativa da infalibilidade? A resposta é simples e categórica: não. Em nenhuma ocasião os Padres Con-
ciliares tiveram a vontade de definir, isto é, em nenhuma ocasião preencheram a terceira das condições de infalibilidade, acima indicadas. Já na fase preparatória da sagrada Assembléia o Santo Padre JOÃO XXIII declarara que esta não definiria dogmas novos, mas devia ter apenas um caráter pastoral. Tais declarações de JOÃO XXIIT não nos parecem entretanto suficientes para autorizar a afirmação de que o Concílio não usou de seu poder de definir. Com efeito, a soberania do Papa é absoluta na Igreja de Deus. Ble está acima de tôda lei eclesiástica. Seu poder não tem limites, a não ser os da lei divina e da lei natural. Todo a:to pontifício que contrariasse a estas seria nulo, mas nenhum Concílio e nenhuma lei anterior, dêle próprio ou de seus Antecessores, podem obrigar e, Papa reinante. Logo, nada impedia que, tendo JOÃO XXIII convocado um Concílio pastoral, êle mesmo ou seu Sucessor resol~esse posteriom1ente transformá-lo em Concílio dogmático. E, por outro lado, cm princípio nada impede que um Concilio pastoral defina um dogma, pois nenhum católico ousaria sustentar que um dogma é algo de antipastoral! O que prova que o Vaticano li não desejou definir nenhum dogma são as suas atas e o teor dos seus documentos, em nenhum dos quais so encontra de modo ineq_uívoco a manifestação da vontade de definir.
gam ensinamentos anteriores da Igreja, podem constituir fa'tôres de enorme pêso para o estabelecimento da infalibilidade pela continuidade de um mesmo ensinamento.
Assim poderemos melhor compreender, admirar e seguir o que Santo Inácio inculca sôbre o Magistério eclesiástico, em suas regras para sentir com a Igreja. Transcrevemos na íntegra as palavras do Santo, pedindo a Nossa Senhora, Mãe da Igreja, que inspire a todos os seus filhos uma dócil, entusiástica e perfeita subm issão à Sé do Pedro:
Sentír com a Igreja, Aturdido, o orbe católico assiste todos os dias a novos atos de indisciplina dos progressistas contra o Magistério da Igreja, tantas vêzes apontados pelo Papa PAULO VI. A todos os católicos ê les dirigem contínuos incitamentos a abandonarem a doutrina tradicional da Igreja, inclusive em pontos que estão garantidos pelo sinal da infalibilidade. Permaneçamos, d iante de tais perigos, firmes na fé, sempre prontos ?. tributar ao Magistério eclesiástico o acatamento máximo, com assentimento exlerno e interno, que a fé tem o direito de esperar de nós. Para isso, é fundamental conhecer a doutrina da Igreja sôbre seu próprio ensine, da qual êste artigo não pôde apresentar senão algumas linhas gerais.
'
PR1MBIRA RECHU. Renunciando a iodo o juf-
1
:zo pr6pri'o, ,ltvemos estar inttiramt nte dispcstos a obtdecer em 1u,lo tl verdadei'ra Espôsa de ltsus Cristo Nosso Senhor, a Stmla Madre l grt ja flierárquictl',
"NONA REORA, Lom•<1r finalmente todos OS p, eceiws da Igreja, procuram/o sempre razões em J·eu favor, nw,ctt, porém, tm stu desfavor''. "Ot.cl MA 'l'ÉRCEIRA REORA. Para acertar stmpu com a verdade, ,levemos segulr e.rta norma: o que a nossos olhos se t,prescnta como branco. tê-lo-emos por prito. se ass;m o ,Jeclarar a Santn Igreja, convencidos de que entre Ct«isto Nosso Senhor. o Espôso, e a Igreja, sua Esp6sa, rei'na o mtsmo espírilo, que nos governa e rege para a salvt,ção das nosstzs ,,/mas. Dt fato, () mesmo Espírito Divino que. nos ,teu os der. Mandarmn• tos rege e governa 1ambtm nossa Santtt Mttdre
Igreja".
,.,. "'º·········---...-............, ..,..........,.,
. .O MI LAGRé DE. FAliMA ·'-""'".,. . .,
Veja-se a propósito a declaração de 6 <le março de 1964 da Comissão Doutrinária (''Os:servatore Romano'', edição em francês, 18-12-1964, p. lO) . Essa dcclarnç-ã o tem enorme importância não só p0r ter sido repelida posteriormente. l)!la mesmtl Comiss.1o (cf. loc. cit.) . e aplicada oficialmente a mais de um esquema (cf. "Osservatore Romano'', edição cm francês, 26-1 l• J965, p. 3), mas sobretudo porque o Santo Padre PAULO Vl a indicou como norm:1 para a interpretação de iodo o Concílio ( Discurso de 12-1-1966, p, 170).
A.lgum teólogo poderia discordar do q ue acabamos de afirmar, não fôssem diversos pronunciamentos de PAULO VI que vieram, de modo definilivo e irrevogável, dirimir essa importante questão. Ao encerrar o Concílio, declarou Sua Santidade que, neste, ''o Magis1hio d,, Igreja ( . • . ] não quis Pronunciczr-se com sentença dogmdtica txtraordit1ftria'' (Discurso de 7-J2-l96S, p. 817). Posteriormentc 1 em ocasiões menos solenes, n1as de modo ainda mais claro e circunstanciado, PAUl.O VI reafirmou que o Concílio "t!vitou proclamur cm forma e.\'tr(10rcli11úri" dogmas dotados
da nota ,Je infnlibiUdade", mas ''confedu ,, s~us ensi11amemos " autoricla<le cio supremo M<1g;s1trio Qrdí11ário" (Discurso de )2-1-1966, p. 170); e
teve como um de seus pontos progi'amácicos "a
não dt,r novas definições dogmáticas .solcnts•· ( Discurso de 8-3-1967 ),
Um Concílio só tem a autoridade que o Papa lhe quer dar. Logo, êsses pronunciamentos pontifícios, posteriores à promulgação dos Documentos conciliares, põem fim a tôdas as dúvidas que pudessem subsistir. Em anigo publicado cm 1965 na •·Revisla Eclesiástica Brasileira.., Fr. Boaventura KLOPPP.N• .euRC, de_pOis de analisar o problema da qualificação 1eol68ica da Constituição Conciliar "Lumen Gcntium", declara-se "inclimulo a concluir que 16do.s 11s vt:rdades data opera ptopost"s como tlowriuas reveltul11s peft, Lumen Gentium são ,ft /mo vcr,lades ,Jc fé solentmtme d<>J;ni<las'' (•'Sub• sídios . . • '', p. 218). Depois dos citados pronun• ciamcntos de PAVLO VI, tal sentença não pode mais ser sustentada. Ver a respeito: 1'RENOVAT10", pp. 323 ss.; Dom Cirilo GOMES, p, 816; l>.VALETTE, p, 258.
O documento do Concílio Vaticano II sôbr-e 1. Igreja se intitula ºConstituição Dogmática'', C~dut..se daí que nêle haja a lguma definição de dogma? A pergunta pode parecer supérflua t m:lS fazemo-la para prevenir o leitor contra tal êrro, tnt que alguns lêm incorrido. Soubemos ,m esmo de um professor de Teologia que nêlc incidio, afirmAndo que o título de ºConstituição Dogn1:t1ica'' é suficiente- para provar que tudo que a "Lumen Gcntium'' c-o ntém é dogma. Evidentemente o adjetivo udogmática" apenas significa, neste caso, que se trata de matéria relacionada com o dog.ma. Do mesmo modo, não é- dogma 1udo que se lê num manual de Tco• login Dogmática.
Não procuremos, pois, dar ao Vaticano I[ um assentimento que êle próprio d e nós não pediu. Acatemos, isto sim, os seus ensinamentos em tôda a amplitude da autoridade de que se revestem, compreendendo mesmo que, na medida em que prolon-
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50.o aniversario do
grande sinal '
No dia 13 dêste mas faz cinqüenta anos da sexta e última apançao de Nossa Senhora cnl Fátima. Assinalou-a, segundo a Virgem havia prometido, um grande milagre: o sol "bailou" no céu conto testemunharam 50 3 70 mil pessoas presentes junto à Cova da Iria. e muita$ outras 'que se achavam fora do local, até 40 quilômetros de distância. Demos um pormenoriz...,do relato histórico do fato cm nosso número de maio p.p., dedicado a Fátima. Os jornais da tpoca também registraram o n1ilagre, como se vê pela página que aqui reprodutin,os de "O Século'', de Lisboa, com preciosos documentos fotográficos.
11Af01ICISMO
*
O SR. CHARLES DE GAULLE SABE MOSTRAR-SE PRESTATIVO A .
SUPERIORIDADE do poderio
norte-americano sôbre o rus.~o 6 muno grande e, para de
sespêro dos comunistas, aumenta con~tantemente. A
prosperidade econômi-
ca yanket. sempre crescente, é um fato tão incontestável. que já existem
observadores idôneos para os quais o mundo hodierno não mais apresenta dois supergrandcs, seguidos de potên• cias intermediárias e pequenas, mas sim um supergrande. cercado de várias potências menores. entre as quais a Rús• sia .
Incapaz de vencer. num confronto di-
reto, que significaria o seu esmagamento, o comunismo procura atalhos e c.s tratagcmas. Dos mais importantes entre êstcs são os que consistem em procurar isolar Washington de seus aliados e- causar conflitos esparsos Por todo o mundo, de mancara a desgastar o adver• sário, dí:spersand~lhe as fôrças. Isto que aqui dizemos é proclamado pelos próprios vermelhos. atrav~s da afirmação de que é. preciso criar vários Viet•~ nãs. Tão alto e bom som o proclamam, (tue muitos 1.:omemaristas chegaram a se perguntar se a crise do Oriente Mé• dio, tão bruscamente desencadeada cm j unho último. ntio visaria enredar os Estados Unidos numa nova luta de guerrilhas. Neste caso, pelo menos, o fei tiço virou contra o feiticeiro, e o (!nico resultado obtido foi ver-se mais de um bilhão de dólares de equipamento militar soviético destruído cm poucas horas. Uma das regiões onde- êstc esquema comunista, tendente a multi)>Jica r os focos de conflito, mais fôrça faz para se impor, é o continente americano. Para isto foi até criada uma organiza~ ção c:specífica, a OLAS, que- recentemente reuniu cm Havana um coogress o de movimentos subversivos de 1ôda
América. A OLAS, com maior ou menor êxito, tem procurado promover pcrturbaçõe$ cm quase todos os países desra parte do mundo, além de ter lavrado um tento com a permissão que lhe foi dada de abrir uma filial no Chi• te, onde o mesmo inefável Sr. Frei, que prende seus adversários direitistas, a lega que as leis pátrias não lhe dão meios de proibir entidades declaradamente ~L
subversivas. · O próprio território norte-americano não permanece imune a esta agitação de origem comunista. Várias organizações negras_ , extrapolando de suas reivindicações antidiscrimina tórias, entraram no campo da revolução pura e simples. St'okely Carmichael, lfder do Poder Negro, a mais virulenta destas cntida• des racistas, tomou parte no congresso da OLAS, e no momento faz um giro por capitais comunistas. Enquanto is10, seu preposto. Rap Brown, circula pelos Est'ados Unidos, deixando a trás de s i um rastro de incê ndios, saques e morres. Nc,s1c panorama de agitações que se vai criando artificialmente nas três Américas, existia porém um oasis de paz: o Canadá, êsse imenso país onde. numa prosperidade constante, coabitam populações de origem íranccsa e de origem anglo-saxônica. ~ bem verdade que os franco-canadenses sempre se queixaram de discriminações por parle de seus cont'crrâneos anglo-sa-xões, mas parece que tais discriminações, sem dúvida censuráveis, afetavam mais os justos 'melindres dos descendentes de franceses do que os valôres fundamentais de sua existência. De qualquer modo, vi• viam as duas comunidades numa concórdia bastante grande, para proveito mútuo e progresso do país. Eis senão quando, de bordo do cru•
zador Colbert, desembarca em território canadense o Sr. Charles de Gaulle. convidado, na qualidade de Presidenl'e da República Francesa, para uma visita oficial ao an1igo "Dominlon''. O gc. ncral, sabidamente, gosta de tomar atitudes destinadas a uma repercussão estrondosa-, e tal objetivo, pelo menos, foi alcançado nesta sua viagem. Desde que pôs o pé em terra, cm quase nenhuma de suas palavras deixou êle de fazer orna l,rovocnção ao govêrno que o hospedava, incit'ando a todo momento e por tôdas :i,s maneiras os franco-canadenses à revoha e à se-cessão. Tão reiteradas foram as manifestações do Sr. de GauJle neste senti• do, tão evidente era o seu desejo de jogar a maior quantidade passivei de lenha na fogue ira por êlc mesmo arcada - compor1ando•se assin, de maneira nunca vista nos anais das visitas de Chefes de Estado - que o sabine1e de Ottawa viu-se obrigado a declarar que a atitude do incivil convidado era inaceitável. (mediatamente S. Excia. declarou-se ofendido e, como uma prima donna temperamental, cancelou o resto do programa, partindo de volta para a França. Procurando <:001\trbar uma região d:, América que ainda permanecia infensa às agitações a que aludiamos - e uma região, além do mais, que é vizinha dos Estados Unidos - o velho general, que com palavras sonoras se afirma tão cioso de sua indep.endência, presta um grande. serviço ao comunismo internacional. E não é a primeira vez que tal coisa suc:-ede. Será que o Presidente de Gaulle julga adequado à gra,ideur francesa tornar seu país caudatárío da OLAS e de Fidel Castro?
Alberto Luiz Du Plessis
Guerrill1as, estratagema de g11erra psit!ológit!a
E
M entrevista colc1iva à im-
prensa. realizad3 na sede da TFP argentina, no dia 12 d• setembro p.p., os Srs. COSME B•c• CA"R. VARELA HIJO# FRANCISCO JAVJE"R. TOST TORRES e )ULIO C. UBBELOHDE,
diretores da cnlidadc, exprimirani a prcocup;.:1ção desta com a atual situ:,. ç.:1o latino-americana. "Esta situação - declararam - se
carac,~rila por um" gcneralh.açiio, ou pelo menos uma remativo de ge11trr1liz,ação1 de guerrilhas por vtfrias parles do co111ine111e, gentraliuzçllo tStO cuja grm1iclade estd muUo me11os nas guerrilhas em J'i mesmâs consideradas, de, que na propagam/a que se Jaz s{}brc a grtwidode dtlas. E mais ou menos not6rio que essas guerrilheis não encontram alento na populaçc7o dos respectivos países. Várias vê:,es se atearam e se extinguiram por /alta de apoio". Depois de lembrar nesse sen1ido vários episódios signiíiea1ivos, prosseguiram os entrevistados:
"E evideme que as guerrilhas não sãn de modo nenhum h t:~pre.ssão de um pc,roxismo dt mdignação das populaÇcies, e sim o resultado de um trabalho ar1ificiol que representa uma 1emariva ele arras,ar fragme111os de nossos p<r vos. e sobre111do elt• criar wna sensação de insegurança na classe domino111e, 1le molde a levá-la ll Jazer concessões, pcnsOlulo ,,ue é preferfvel ceder para não perdu. De mantt.ira u1/, que as guerrilhas .são mais uma operação dt. guerr,1 psicul6gicn do que uma operáfÕO prõpriamente de guerra para a conquisla do poder. Esta manobra comunista foi brillrcmtemenrt de11u11ciada pelo Dr. PLINIO CO"RRÊA OE OLIVElllA, catedr61ico du Univers;dade Ca16/ica de São Paulo e autor elogilldo rectntemente pele, San• ta Si, tm seu livro "Baldeação l dco-
/ógicc, lnadvcr1ida e Diálogo". O co- · Conselho Nacional da entidade, Sr. munismo in1er11acio11a/ e.,tá coloca11d1, Cosme Beccar Varela Hijo, escreveu 30 Mioistro do Exterior de seu país, prosudS mellu>rts esperanças nesta nova estrcllégia, com a qual espera conquis- pondo que a- Chancelaria raça cradu2ir 1ar aquilo que o fôrç" c/(ls llffflllS não e difundir por todo o território nac.io~ nal o recente relato oficial da OEA lht permite alcançtlr. não teve a devida repercussão na que Sendo t\1idemc que o público pouco imprensa platina a rcspci10 dos percebe do que há ele frmulu/e1110 atentados que se cometem crn Cuba nesse jôgo de gutrrilhas autênticas e contra quem não é comunisrn·. Consigde propagando guerrilheira, a TFP está nando que a TPP <ln Argentina "esui mui10 alarmada com tal es1ado ele coipreparad,1 para colnbõrar com o Misas. e imposslvtl dt1ermi11ar exaw, nisthio, orga,1itamlo uma ámpla dismeltfe alé que pomo a manobra psi- lribuição do clocumelllo, não s6 em co/6gica da propaga11da guerrilheira Buenos Aires, mas wmbém 110s provfn. ch1s, bem como pofl1 atuar jumo à imtstá impressionando w:.rdadeiramentc ,, prensa para que dile se ocupe como po\•O. e em que medida ej·sa propagtm• merece'', o Sr. Beccar Varela sugere da pode conseguir por w;s meiO!i os resullatlos politicos esperados pelo co- ainda que a Chancelaria convide tôdas munismo. Em co11seqiiência, a TFP ar. as nações latino-americanas a, em conjunto, dentinci;1r na- ONU as a ludjdas ge111i11a considera JU!Cessário tauçnr crueldades. "Poucas a1i1Udes - ponuma comra•o/ensiw, que se oponha a dera a carta - teriam tanta eficácia 1ais manobras. t: o mtlhor meio parn para 11tu1raliinr o propaganda que Fi.. /ozê-lo consiste em acemuar os aspecdei Castro vem aber1ame111e dtsenvol• tos dtl Rutrrilha que são mais contrti• vendo cem a 1'11tt11ção de atear o ;,,.. rios à Indo/e do no.t to povo. de llll chrdio dt1s guerrilhas ~m nosso contimaneira que se crie wm, ,•erclatleira 11e111e". coftscihu:ia ,la incompatibilidade absoEm resposta datada de 10 de :tgôsto, ltua que t:âsre enire a guerrilha e o., o Chancelei' Costa Mendez declarou argenlinos. que terá cm muita conta a colaboração Os principais aspectos- dessa incom- o ferecida pela en1idadc, e a manterá patibilidade são: l)o caráter comum'su, in(ormada de ludo o que nesse pare ateu, e portamo in1rl11secame11te opos- 1iular se , ealite. 10 à cfrilitação cristã, que reves1em ,u Por fim os entrevistados exprimiram guerrillws; 2) o seu c,,ráter de ~1iol211cil1 seu aplauso à recente lei a,uicomunista e de desordem, que. se opõe oo.r anseios promulgada pelo General Ongania. de cordurá, paz e trabalho que animam 11Essa c11i11ule do go"iruo - pondera• o povo argentino na imenso ma,or,a ram - 01e11de ao iuterésse tio po,·o ele seus clememos dt- tódas as cfosses al'gemilro, e no que ,, ela respeita o socioi$''. SADTFP o aplm,de fro11came111e. PComo um dos meios de evidenciar sim<>márico que sejam muito poucas as essa incompatibilidade, a TFP argcnti• vozes que se levamaram para tJpoiu,. na julga necessária uma ampla divulessa /e,·, embora 10/ llpoio niio impligação dos crimes do govêmo de Pidel qm.i uecessàr,'amente em apoiar a políCastro. A êsse respeito o Presidente do tica geral do gm•êrno".
Na en1rcvista coletiva à imprensa_. dada pela TFP argentina, o Presidente do Conselho Nacional da entidade. Sr. Cosme Beccar Varela Hijo (à esquerdi. ). fala com dois jornalistas
OEA mostra atroeidades em C11ba
O
relatório da . OEA s6bre otro, cidades da d_ifadura fidcl•castris• fa, ao qual aludt a TFP argenHna na enfTevl~fa coletiva que noticiá• mos nesta página, foi divulgada pelo sc-guinte telegrama da Associated Prcss, datada de 10 de julho p.p.: '"A OrganizafàO dos Estados Americanos, em documc-n ro oficial publicado hoje, informou que o regime cubano submere seus prissioneiros p0líticos a um tratamento inumano, violando os direitos do ho1ne1n. O informe da comissáo declara que, do exame das denúncias. se concluiu ser verdade que: 1) As autoridades e o govêrno de Cuba continuam viol:mdo o direito à vida, mediante sentenças judiciais nas quais se impõe ~ pena capital por fuzilamento ap6s julgamentos realizados sem garantias processuais 11cm meios eficazes de defesa dos acusados. 2) Em ourros casos, a violação do direito à vida é praticad;.l por agcnt~ de corpos armados sem forma alguma de julgamento. 3) Nas prisões morrernm prisoneiros políticos cm conseqüência dos maus tratos físicos a que (oram submetidos. ou por falta de assistência. médica, e, cm a lguns casos, tais situações provocaram o suicídio: de vários presos polí1icos. 4} Em geral, os presos 1>0líticos são submetidos a. 1raramcntos cruéis, i1lfamantes e inusi1ados. 5) Nas prisões pa ra mulheres aplicá• se às prisioneiras polhica.s um tratamento incompatível com a condiçfio reminina. 6) As autoridades carcerári"s extraem
sangue de numerosos presos políticos condenados à mor1e, sem sua autori-
z:.ição. 7) Existem cm Cuba campos de con-
centração onde são recolhidos numerosos presos políticos para exeeutarem trabalhos forçados e receberem doutri• nação polílica obrigatória. 8) Continuam funcionando o tribu• nais de justiça. c ha mados populares ot1 revolucionár-ios, alguns dos quais de caráter ambulante, sem jurisdiçüo determinada, integrados :por pessoas sem c.a pacidadc ou experiência judiciária e que arnam de acôrdo com ordens expedidas por superiores militares ou polflicos, e em desacõrdo com o direito. 9) Comumcnte a justiça é aplicada en, processos sumaríssimos, em uma s6 ins\"â ncia e sem reconhecer ao acusado direito de: defesa. 10) E.sses 1ribunais violam o princípio de. irretroa1ividade das Jej s penais cm prejuízo do acusado, e o princípio t:;1 autoridade da coisa julgada, bem como o pri_ncípio pelo qual se presume que todo acusado é inocente cnquan10 não se provar a sua eulpa.. 11 ) Os acusados não são julgados de modo imparcial, e os julgamentos são presenciados Por multidões que intervêm no processo com manifestações de cará1er poHlico. 12) O rigor das penas imJ)Ost'as não é proJ)Orcional aos delitos imp\ltados
aos acusa.dos. 13) Não existe em Cuba um proce• dimcnto judiciário que ampare as pes• soas con1ra os aios da autoridade que viola, por excessivo rigor de julgamen10, os direitos fundamentais do ho• rnein".
Verdades esquecidas
HÁ PESSOAS A QUEM DEUS E OS ANJOS TÊM HORROR Do Catecismo sôbre a impureza: Á ,,/mas qut t.flãO uio mQrlâS, ião apodrecidas, que emperram na sull in/ec• ção stm o perceber t não podem mois dtj,,tmcilhar~se <leia. Tudo ,,s leva ao nu,/, ludo lhes lembra o mal, mtsmo as coisa$ mais samasj elas têm sempre tssas abominaç6ts tlla111c dos olhos: stme/hames ao animal imune/o que se habitua J imw,dlcie, que J'e comprar. nela, que se revolve ,relo. que ne/tl dorme, qut ronca na sortlície, .. . essas pessoas 'são um objeto de horror nos olhos de De.us e tios s11111os A 11-
H
jos. ( ... ).
Oh. m eus filhos, j'tt não hom 1c.>·se 111.. gumas 0l11ws p,,ras par<J indenizar 11 Dtus e U,e dtsarnwr a justiça, havt• l"íeis de \ler como seríamos punidos . .. Porque âfl<)fll is.se crime é 1tio comum 110 mumlo, que /ot. tremer. Pode-se dizer, meu,'f /Uhô.s, que o inferno vomita as suas abomina,·óts shbrt ,, zerra, como as chamin~s vomitum a fumaça.
O ,lemônio /at tudo qua1110 pocle p,,ra mn11clr<1r <J nossa alma, t uo en• tcmto nossa alma é ludo, ... o ltOSSO corpo não é mais que um mome d<' ,,otlridão: idt ver ao cemitéâo o que é <Jut st ama quando se ama o próprio corpo. [ ••• ].
Só de vtr tunu pessoa jd se reconhece se elCl é pum. Há nos seus olhos um llr tle candura t tle modlstia que lev<1 a Deus. Viem-se outros, ao cou• trário, que têm um '" todo it,J/ama• do. . . Sc,((lnás põe-se em seus olhos Ptlfll faur cair os outros t arra.stá-los llO nwl. Os que perderam a purer.a são como uma ptçtJ de pano molhad<1 em auile: luv<1i-t1, fav:l-u secar, a mancha vo/u, j'empre; assim, também, é preciso um milagre para /ovar a alma impura. [apud "Espírito do Cura d'Ars nos seus Catecismos, Homilias e Conversações". pelo Abbé A. Monnin - Editôra Vozes, Pe1r6polis, 1937 pp. 93-94),
Sãó João Maria Vianney, Cura de Ars
Diretor: Mon.s. An1onío Ribeiro do Rosa:-i"
Sociedade B r a s i l e i r a de Defesa da Tradição, Fami li a e Propriedade AO PAÍS
A
Por motivo do 50. • aniversário da implantação do comunismo na Rússia, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade publicou o manifesto que estampamos ao lado, de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional, e assinado por todos os membros do mesmo órgão. ~sse documento, com o qual "Catolicismo" se solidariza inteiramente, contém uma tomada de posição lúcida e coraiosa em face da situação contemporânea. ~le enfrenta a ·atmosfera feita de derrotismo, apatia e - aqui e acolá - laivos de simpatia pelo comunismo, que prepondero nos comentários que os grandes meios de publicidade internacional e nocional vêm consograncfo ao cinqüentenário da revolução bolchevista. Enquanto, na orquestração a êste respeito. organizada em todo o mundo, se incute um otimismo ingênuo quanto às intenções dos atuais dirigentes do Cremlim e as possibilidades de uma "evolução" inferna do comunismo, o manifesto do TFP apresenta uma "mise au point" da política russa que mostra quanto há de precário nessas esperanças. Assim, êsse documento importo num incitamento a que o Ocidente se mantenha vigilante na defesa de seus valores ideológicos, dos seus direitos e de suas fronteiras. Dessa vigilância, pensamos nós, poderá resultar a paz. A imprevidência e a cegueira diante do comunismo constituem um convite paro que êste se atire à guerra. Tal como o guarda-chuva de Chamberlain e o espírito de Munique foram um convite aliciante para que Hitler se atirasse à conquista de adversários que se lhe afiguravam entorpecidos e débeis. É contra uma imenso Munique em relação ao comunismo, que o pronunciamento do TFP alerta o opinião nocional. Atitud~ que, por ser raro ou talvez única no ambiente em que nos encontramos, tem um mérito relevante, do qual a história do Brasil tomará a devida nota, quando cuidar das tôrvas vicissitudes de nossos dias.
NO 50.o ANIVERSÁRIO DA REVOI.Vf;ÃO .B01.CBEVISTA RANSCORRERA no d ia 7 do corrente o quinqua, gésimo aniversário da implantação do regime comunista na Rússia. Por ocasiao dêsse lúgubre aniversário, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e · Propriedade (fFP) fará celebrar nesta capital, cm BrasUia c cm doze outras cidades. Missas pelo descanso eterno das vítimas feitas 'pelo marxismo, por todo o mundo, nas guerras. rc.voluções e atentados a que deu causa. O Santo Sacrifício será celebrado também para obter da bondade divina que faça cessar o oprobrioso jugo vermelho exercido de.sde a última guerra sôbre tantos países. A estas intenções, somar-se-á. par fim uma outra: que Deus jamais permita que o comunismo prevaleça. no Brasil. Se bem que esta entidade• seja de carát.!r essencialmente cívico, e tenha por campo de ação a sociedade temporal. considera que nem por isto pode omitir-se do magno dever da oràçílo. E obedece aos ditames de sua consciência, convidando para essa celebração religiosa seus sócios e mili• tantcs. bem como a população cm geral. Porém. não basta re1.ar. Cumpre agir. E, na ordem da ação, o que ma.is importa é e;Sc1areccr as mentes. As.sim, no presente documento. ;t TFP oferece ao público uma "misc au poinl" de alguns aspectos de que o problema comunista se reveste cm nossos dias.
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Elogio do anticomunismo
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Antes de tudo. impõe-se desfazer um equivoco. O arnor à concórdi;, <los c~píritos, o 1.ksejv Jc unir todos os homens em tôrno de um pensamento e de uma ação comum, são por cerro coisas excelentes. Entretanto, neste vale de lágrimas de tudo si: pode tirar prelêxto pará ex<1gcros. Ora. o c:<agêro é u1na form.t de corrupção. E. como a corrupção do ótimo é péssima, péssimas são, Por fôrça, as dcmasias e as afoitczas que um irriquielo e febricitante e.spírilo de concórdia vai despertando aqui e acolá. Para desfazer equívocos. desarmar prevenções, diminuir ou a1é eliminar divergências, nada melhor em mui• ms ocasiões do que o diálogo da salvação. como o mencionou Sua Santidade o Papa Paulo VI na Encíclica "Ec· desiam Sua,n". Entretanto. a propensão a dialogar, tão nobre em si mesma, não pode transformar-se cm mania levada a um ponto que exclua qualquer atitude de leal e peremptória rejeiç~o do que sabemos ser errôneo e mau. Em nome do diálogo da salvação, tem-se por vêze-s procurado ocultar ;t incompa1ibilidadc fundamental que existe cn• t'rc a ordem natural e a civilização cristã, de um lado, e o 1otali1arismo comunista de outro lado. Diante do comunismo, tem-se apregoado não raro como únicas razoáveis, sadi:1.s e atualizadas-. um~ linguagem e uma poHtica de "compreensão". coexis1eneia. e até colaboração, cm face das quais tôda 1om,1da de ~1ritode 1ll1idamente anticomunista aparece como a n1iquadu. antipátic-a e condenável. Em uma palavra, n:-t era do diálogo, em quC entramos, seria sempre an1ipsicológico e contra-indicado quando não descaridoso - apQntar o.s erros do comunis~ mo. prevenir con1ra êlcs a opinião públic.a, e utilizar a con1rovérsia doutrinária para que tais erros não só frac.assem na conquista do Ocidente, mas acabem Por ser rcjei-
tados nas próprias nações de além da cortina de ferro e de bambu. Em luga r de alternar o diálogo com 3, eontrovérsia e até c.o m a p0lêmica honesra e elevada, tratar-se-ia sõmente, entre comunistas e ant'icomunistas, de entrar em composição, e de chegar por um •diálogo cheio de ambigüi• dndes a uma síntese que seja uma amálgama de comunismo e anticomunismo. ~te modo de proceder, professado nfto raras vêzcs por pessoas que timbram em dizer-se não comunistas, se ressente dâ influência da própria. dialética marxista, para a qual não existe uma distinçito obje1iva e inteira entre a verdade e o êrro, e o espírito humano caminha ncoessàriamente de duas propasições contrária.s - à tese e a antítese - para uma síntese que as conrém e as $upera. Cria-se as• sim o vêz.o de considerar qlle a solução para o grande confronto ideológico do nosso século est, em encontrar uma 1etccira poSifãO entre a verdade e o êrro, o 'bem e o mal. Dní resulca que o an1icomunismo seria em si mesmo errôneo. Pois êle vê no comunismo uma negação radical de verdades religiosas e de princípios da ordem nnturol, imutáveis. Tal é a habilidade com que a. seica marxista tem S..'l• bido inocular por tóda parte seu relativismo dialético. que neste cinqüentenário é preciso começar por proclamar que, cm face dela, o anticomunismo é uma posição legítima e necessária. Por anticomunismo entendemos aqui tôda atuação que, dentro dos cânones da moral cristã, e alternando judicio• sarnente o diálogo com a polêmica, vise a refutar a dou• ~Yina marxista, a afirmar os printípios <1ue lhe são opostos, a desfazer as tramas comunistas. a criar obstáculos à ascensão do con,unisn,o nos países livres, e n favorecer a libcrração do~ povos por êlc:- tiranit.ados. O anticomunismo assim visto compor1:::i., como é ób• vio, também a eliminação das injus1iça,s que nas socicda• des livres s irvam d.; caldo de cultura para o comunismo. E de nenhum modo se confunde com os excessos, ora burlescos ora trágicos, para o qual l'c m sido prctêxto. Tudo isto esclarecido. repetimos que o an1ieomunismo é um bem, Para afirmar es1a vcrd;tdc, e pora professar uma a ti• tude dcfinidamente anticomunis'la. é preciso coragem nos dias que correm. A ' bem dos princípios da ordem natural, a cuja defe• sn se vota, a TFP quer ter essa coragem, afirmando de público, nesta. da1a cinquentenária, sua posição anticomunista. Mas, dir-se-á, esta posição é eviden1emcntc ncga1ivista, como se vê pela própria expressão ..anticomunismo". Tudo quant'o é "antl" é negativo. E tudo quanto é ncptlvo é destrutivo. Tal objeç.ã o rcsulla da ignorância de cer1as peculiaridades da linguagem humana. Por motivos vários, há cm todos os idiomas palavras neg31ivas de scn1ido positivo. Em português, por exemplo, apontamos entre oul'ras, as seguintes: in-nocência, in,falibilidadc. in~dependência. O coinunisnto é o "anti" pot excelência., p0is nega tôdas as verdades da Religião e lodos os princípios básicos da ordem natural como nô-los ensina a Igreja.. Ser anticomunista é pOrtanto ser contrário ao "anti". ~ deS•
NÚMERO 203 })NO XVII NOVEMBRO 1967
Vladimir lllitch Uli;\nov, mais conhecido como Lenine, líder dos bolchevistas. incita o povo à <lcrrub:,d~ do ~ovêtn◊ provisório de Kerensky, a qual se consumou em novembro de 1917
condusao
•
da p. 1
NO 50.o ANIVERSÁRIO DA REVOLUCÃO BOLCHEVISTA • truiçào. Negar o caráter posilivo de.ssa ação conlrária ao comunismo é o mesmo que negar o contel1do posilivo da aluação de um exército que repete a invasão inimiga, dos bombeiros que extinguem um incêndio, dos médicos que lutam con1ra alguma epidemia, etc. Uma sociedade como a T FP, que rtaliza uma considerável obra positiva de formação cívica da opinião pública, e de assistência à juventude moral e materialmente necessitada, pode - mais do que muitas outras entidades - afir• 1nar a legitimidade e nctessidadc do anticomunismo. Tal afirmação, a TFP pode fazê-la sem te• mor de ser alcunha.da de fascista ou nazista. Pois se tornou notório, durante o apogeu nazi-fascista, o combate sem tréguás que aquêlcs de seus di• retores, que cn1ão tinham ação na. vida pública conduziram dentro dos meios católicos contra o totalitarismo vermelho ou pardo, atrav6s do prestigioso hebdomadário paulistano •·u-giooário.,.
Homenagem aos heróis do anticomunismo Isto dito, compreende•se que uma palavra de homenagem comovida se profira aqui em me• mória de quanfos, nestes cinqüenta anos, derramaram seu sangue levantando bem alto o pen• dão da. luta antkomunisra. Formam êles um longo, glorioso e trágico cortêjo que começo1i com os valorosos russos brancos e se \'Cio desdobrando através de vários J)OVOS e continentes. Nêle not'amos com especial emoção os "cristcros·• mexicanos, os "rcquetés" da guerra civil espanhola, e os heróis da insurreição húngara de 19.56. Também desejamos mencionar tôdas as ví• limas que. nos campos de concenttaçfto, bem como nas várias prisões comunis1as, desde a pati• bular Lubianka de Moscou, até a sinistra la Ca• baõa cubana. morre.ram, ou sofrem e agonizam no momento. por sua indômita recusa em aceitar o marxismo. Prestamos espeeial homenagem a todos quantos pelo mundo vão sofrendo a difamação e campanha de silêncio, a perseguição econômica. e outras formas de pressão moral com q_ue o comunismo alveja os que se lhe opõem. Uma figu ra há - vítima <los maiores tor• mentos morais e ftsicos - que simboliza de mo• do inigualável, nestes dias, a luta de todos êsses heróis. t um Príncipe- da Igreja que, por sua afirmatividade, seu desassombro, -s eu heroísmo de mártir autêntico, plenamente merece a púrpura que o exorna: Sua. Eminência o Cardeal M inds7~nty, Arcebispo de Esztergom e Primaz. da Hungria, cujo nome é pronunciado com veneração e com indizível afeto por todos aquêlcs cm cujo peito a inda vive autenticarnentc a fé.
O fracasso mundial do proselitismo comunista Enganar,se-ia quem supusesse que os sacrifícios de todos ê.sses l)ravos têm s ido inúteis. O comunismo se encontra, é certo, em um apogeu. Domina um dos mais extensos impérios da História: desde o Elba até o Pacífico, desde o Polo Norte até o Vietnã. A êsre império há
que acrescentar os diversos "enclaves" vermelhos na própria Asia, na África e na América. Entretanto, a História deixa bem claro que tal império de nenhum modo foi formado pela persuasão ideológica ou pelo livre assentimento dos povos que o integram. Nasceu ê lc da fôrça brutalJ do maquiavelismo Político, da. fraqueza quando não da cumplicidade de elementos inst'alados cm posições de cúpula das próprias nações cuja missão é conter a expansão do comunismo. Dado que ês1e é- principalmente uma. sei1a, eque enquanto ta l visa convencer tôda a humani• dade do acêrto de suas doutrinas, constitui para êle um fracasso iniludível o fato de que suas vitórias hajam sido sistcmàticamentc filhas da violência 1 da traição e da imprevidência, e não da persuasão. O manifesto comunista de Karl Mnrx foi lançado em l 848. Durante cento e vin1e anos, portanto, o comunismo vem concJamando as massas para o confisco, para o morticínio e para a impiedade. Nesta fai na lhe têm sobrado os meios de propaganda: dinheiro fácil, agentes numerosos, técnkas de intimidaçã o e confus..i:o rc• quintadas. Entretanto,· nem uma $Ó véz conseguiu êle apossar-se do govêrno pelo sufrágio popular. Nos próprios países em que chegou a arrebatar o poder não lhe foi possível at6 agora persua• dir e menos ainda entusiasmar as multidões. Os seus déspotas só logram governar apoiados na opressão, na fôrça e na espionagem policial. O "paraíso'' vermelho parece trio atraente aos que nêle habitam, que para evitar cv:.isões cm massa é mister fechá-lo como uma prisrio. e patente que o marxismo perdeu nestes çem anos a batalha pela conquista da opinião mundial. Se d isl'o mais a lguma provu (ôsse nccCS· s:ãria, dá-la-ia o repelido insucesso das guerrilhas que ê le vem ateando <:om insistência em diversos· países da América Latina. Lançadas habitual• mCnte com sobejos recursos materiais e técnicos, acabam por se extinguir como uma chama à qual falta. o ar. Por que? Sabe-se que nenhuma guer• rilha é capaz de prolongar-se muito, sem o apoio das populações. E as guerrilhas comunistas têm definhado e morrido pOrque jamais obtiveram a simpalia dos honrados trabalhadores a que -visam "liberca r". Cada vez mais - em conseqüência. - o comunismo, para progrtdir, precisa disfarçar-se e diluir-se em .. frcntts comuns", "terceiras-fôrças", movimentos dcmocrático-soc::ialistas de rótulo cristão ou não cristão. De tal maneira. êle se sabe indigesto para o paladar de lôda a humanidade quando se apresenra com se\1 sabor próprio. E mesmo êsses numerosos disfal"ces $C vão desacreditando um a um. Disto dá provas cm nosso País o calor com que impQn antes e dinâmicos setores da juventude, fechando o ouvido aos a pelos esquerdistas do filocomun ismo. con• fl uem para as fileiras sempre mais numCJ'osas e ma is cn1usiãs1ic;.as da TFP. ~te fracasso se deve à in1eligência, à ação e à efusão do sang\1t dos qoe nesl'es úllimos cem anos têm lutado por tôdu a face du terra comra o marxismo. A efusão do sangue tem entretanto sua glória próprià. Rendamos um preito especial aos heróis incontáveis que tombaram, e cujo •l O· me está escrito no Livro da Vida.
O dissídio sino-russo II o "oggiornamento" soviético: fundas suspeitos Uma panoramiz.ação atualizada da s itua~ão do comunismo no mundo, por mais sumária que seja, não pode abs1rair do problema que preocupa incontáveis espíritos sérios: até que ponto é profunda, consis tente e durável a animosidade recíproca, a lardeada. por Moscou e .Pequim? Na raiz da divisão entre os dois "grandes" do comunismo, se aPontam divergê ncias de in• terêsses econômicos e políticos. Tais diverg!ncias são d ifíceis de verificar por um observador ocidental, não só cm razão da distância geográ• fica, como da carência de informações. Com efeito, sendo a China vermelha e a União Soviética países estrit:1mente ditatoriais. nos quais tôdas as jnformaçõcs são de fonte oficial e Portanto dadas em proveito próprio, e acrescendo que a, liberdade de movimentos e. de investigação dos observadores para a lém da cortina de ferro e da c-0rtina. de b3mbu é muil'o escassa, o material informativo sôbre a fricção dos intcrêsses de ambas as nações é de pouca valia. Principalmente, é difícil saber de que pêso essa fricção é na fixaç5o dos rumos políticos do mundo comunista em face do mundo livre. Em ourros têrmos. se cm determinado momento se abrir para o Cremlin a possibilidade de jogar uma cartada internacional que lhe assegure a.l• gum enorme progresso em detrimento do Oci• dente, até que ponto poderá êlc contar - apesar do presente dissídio - com a solidariedade de Pequim? Caso essa cartada .-importe numa mais acentuada superioridade de fôrças da União So• viética, estará a China. vermelha disposta a acei• tar cal conseqüência, para O bem da expansão do comunismo? i\futat.is mutandls, pergunta aná• Ioga se J)Oderia fazer quanto à atitude da Rússia numa eventual cartada jogada pela China contra. alguma naçã o livre da Ásia ou da Oce.ania. Como é b<m de ver, esta problemática do• mina todo o assunto. ela de índole essencial• roente ideológica, p0is impõrta enl saber se a fidelidade dos governantes atuais das duas grandes potências do comunismo à causa dn expansão
.e.
mundial dêsre úl1imo é bas1ante forte para os impelir à imolação dos respectivos interêsses na• cionais ou pessoais. Muitas pessoas pensam encontrar clemcncos seguros para a solução dêstc problema no que parece estar ocorrendo na Rússia. A julgar POr norícias vindas dêsse país, dir-se-ia com efeito · que algo de nõvo ali começou a existir. Um surto ideológico à maneira de um ''aggiornamento" (tomada a expressão en1 seu sentido etimológico) se iria operando nos arraiais mais conscientes e lúcidos do comunismo russo, o que faria esperar para a URSS um movimento análogo ao que foi o de Termidor na fase de liquidação final da RevoJuçã·o Francesa. $se "asgiornamento", inS• pirado pelo desejo da paz e pelo mani.fes10 absur. do de algumas conseqüências ex1remas do marxismo, conduz;itia ao relaxan1ento na coerência ideológica do Partido, a uma 1iberaliz.ação Política interna cm face das tendências oposicionistas, e por fim a uma distensão nas relações diplo• má1icas com o mundo livre. Segundo consta, o sôpro de ncotermidoris• mo se estaria fazendo scn1ir espcc.ialmente entre os comunistas descontentes. E seria tão forte, que me.smo nos setores governamentais e nas es• feras dirigentes do PCUS esrnria êle de-t erminando uma ou ou1ra profunda mudança de orientação. Tôdas estas notícias se s itua m no campo polhico. E cm· Política é preciso saber desc-o nfiar. Assim, cabe a pergunta: até que ponto é autên• tic-o êsse conjunto de const~s.? Qual a verdadeira fôrça dêsse "aggiornamcnto" no marxismo? Crepita êlc contra as intenções dos supremos dirigentes do Parlido e do govêrno7 Ou J)(f<le ser compara.do a uma mecha de fogo cuja gra,. duação, dependente inteiramente dos desígnios do C remlin, .se acha agora cm ponto algum tanto a1lo. só para fac ilitar um jôgo int'ernacional dê.SIC? S im, um jôgo gigantesco. Considerados os efeitos que têm produzido no Ocidente essas versões difundidas por tôdas as: esferas fi lo-so•
viéricas, e acolhidas benê.volamen1e em desavisados ambientes não comunistas. vê •se que a União Sovi~tica a lcançou com elas em breve tempo resultados superiores às expectativas mais otimistas. Se não fôsse, por exemplo, a crença numa profunda "evoluç,ã o" interna na Rússia, dê Gaull& não teda desenvolvido uma politica exterior que importou em criar um sensível mal-estar no Oci• dente e acarretttu uma diminuição de eficácia da NATO. Se d ividir é a condição preliminar para imperar, é o caso de dizer que os rumores de um degêlo ideológico na URSS a lcançaram para esta úhima um precioso resultado. Pois lançaram uma nflo pequena medida de confusão e divisão na o_piniáo pública de aqu~m da cortina de ferro e de bambu. Estas considerações são bastantes para. que não se entreguem a um otimismo irrefletido, precipilado e possivelmente suicida os elemento..~ resp,onsáveis do mundo livre. E parn que não baseiem tôda a sua conduta cm versões mal co1Hl"Oladas, a, respciro de fatos aliás instáveis por sua P,tópria natureza. Mas,. dir~se-á. esta a titude de vigilância não põe cm risco a paz? A paz. é ccrtamenle um bem inestimável. Não há sacrifício 1íci10 que não se deva fa-zcr cm prol dela. Um dêstcs sacrifícios consiste- em manter diante das. ·potê ncias comunistas uma vigilância penetrante e calma. Tal vigilância fica a mc:io têrmo entre os dois extremos que comprometem a paz: a agressividade e a indolência. Ora, tal vigilância, é preciso recomendá-la mais do que nunca, no que concerne n um cven• tual degêlo na Rússia. E se dês.se degêlo se deve desconfiar, também cumpre njlo confiar na con-
s1stencia do cspalhaía1oso aniagonismo e ntre MoscO\I e Pequim. Pois, como vimos. o degêlo ideológico dos soviéticos se,ia o fa to r mais pc,nderável do antagonismo sino-russo. Causa por isto a lguma sur:,rêsa que certos círculos de responsabilidade cm diversos países tenham continuado a deit:1r tôda a confiança no disstdio China -Rússia, depois de haverem presenciado a colaboração política da-s duas potências em favor do Egito contra Israel. E que conti• nuem a crer sem sombra de dúvida nas intenções pacíficas dos atuais d irigentes soviéticos, apesar de haverem sido noticiados nos últimos d ias qua• tro faros bem próprios a despertar as mais fundns aprc<nsões: 1 - as despesas militares da Rússia para o próximo ano terão um aumento de 3 trilhões e oitocentos bilhões de cruzeiros velhos, atingin• do um total de 50 trilhões de etuzeiros velhos; 2 - o poder defensivo a n1im/ssil da URSS está sendo consideràvelmenre acrescido; 3 - a URSS es1tl pass•ndo, em ma1éria de mísseis, de uma posiç,ã o meramente defensiva, para uma Posição ofensiva, e equipa submarinos capazes de bombardear <:om êsses engenhos qualquer litoral dfl Europa, América ou outro continente; 4 uma poderosa esquadra de guerra soviética se introdu:iiu no Mediterrâneo, e p<>de a todo momento at-acar qualquer naçãO do sul da Europa. fácil de ver quanto importa, à vista de tais fatos, não dar crédito fácil à autenticidade, ~ consistência e à durabilidade do "aggiornamen~ to" russo e do c-o rrelato dissídio entre Moscou e Pequim.
e.
Uma das mais trágicas injustiças da História: as noções cativos Um balanco dos reflexos úo fenômeno comunist{1 no m~ndo contemporâneo não poderia deixar de incluir uma referê ncia. dorida a urna das maiores injustiças de tôda a história da hu• manidade. Enquanto um vento de anticolonialismo SO· pr-a pela África e pela Asia., e uma sensibilidade ~,nticoloninlista por vêzes exacerbada se indigna com qualquer vestígio de colonialismo cm qual, quer parle do m\lndo, uma oprobriosa campanha de silêncio procura fazer esquecer que o colonialismo mais reprovável mantém crnvaúas .is suas garras cm nurnerosos povos dignos. por' vários 1ítulos. de sorte bem diversa . Com efeito, a dominação vermelha, alcan• çada pelo maquiavelismo e baseada na fôrça. conserva · sujeitos a um jugo injusto e a um regime social e econômico desumano, a ntinatural e nefasto, povos na maior parte ilustres por seu papel na crist'andade, pelo valor de sua cultura, de sua arte e de seu progresso técnico. Mencionemo-los um a um pois. já que cada um tem um titulo a nosso respeito: albaneses, a lemães, armênios, bicio-russos, búlgaros, cblnêscs, toreanos, croatas, cubanos, eslovtnos, eslovacos, esto• nianos, georgianos, húngaros, lclos, lituanos, ma• ccdônios, mongóis, poloncscs, romenos, russos, sérvio.s, tthecos, tibetanos, ucranianos e vietnamitas. €sse gênero de dominação cem tôdas 3S agravances. Representa a. sujeição do cristão ao a teu, do homem probo ao regime ímprobo, do homem civilizado à barbárie marxista. lmport3. na sujeição de p0vos estuantcs de vitalidade e de possibilidades de progresso, a uma lira.nia onímoda, que os paralisa e que os asfixia, e em cujas garras se debatem cm vão, sujeitos como estão a déspotas que não têm recuado diante do práticas genocidas, de perseguições religiosas e muito raciais. e de deporiações cm massa, semelhantes, note-se, às do nazismo. Não é só o crime que constitui uma vergo, nha, mas também a indiferença ante êlc, a pia~ cidez do especlador que, sentindo-se a. coberto do risco, não quer assumir o duro ônus da de• fesa da vítima. Desta vcrsonha participam no mundo Hvrc consider~veis setores de egoístas. quando não de simpatizantes do agressor. Não somos dêstes, e n5o queremos ser daqueles. A Sociedade Brasileira de Defesa da T radição, FamíJJa e Propriedade não pode deixar que transcorra o ominoso cinqüentenário da revoluç.ã o bolchevista, sem que - em meio a tantos silêncios deploráveis - levante cqntra êssc colonialismo sua voz. a qual vai alcança11do sem• pre maior ressonãncia na América Latina como em d iversos ambientes da Europa e da América do Norte. ~se protesto vai acompanhado de uma expressão de pro{unda solidariedade com o sofrimento de todos os povos de al6rn da cortina de, fe rro e da cortina de bambu. e de uma sauda • ção fraterna aos refugiados de tantas nações már• t ires Jegitimament~ saudosos da pá tria cm que deixaram o melhor do seu coração. P elo Brasil O infortúnio do próximo nos leva a erguei' ao Altíssimo nossa ação de graças pelo (ato de te r nosso País escapa40 ao gravíssimo perigo comunista., de que o li~rtou o benemérito movi• mento de 3 1 de março. O comunismo continua a ser um pc:ri.go no l3rasil. Mas importa saber com precisão no que consiste a fôrça dêste perigo. No auge d:t crise janguista, bem claro se
tornou em que setores sociais mais intensa. - ou melhor diría·mos mais agressiva - é a fermenta .. ção vermelha. Com efeito. enquanto as camadas populares de tàl maneira faziam ouvidos Qloucos à demagogia, que. chegou a se queixar dela.s o Presidente em d iscurso proferido na antevéspera de sua que~ da, era cm certos cfrculos (aliás minoritários) ·da burguesia que o janguismo tinha seu verdadeiro disposi1 ivo de base: ~l "inteligenz.ia .. comunista ou comunistizantc , o esquerdismo demo•cris1ão e as "l'Crcciras-(ôr~as·· de todo naipê. Nestes ambien• tes é que o comunismo também poderã encon, trar a todo momento os adeptos f~máticos, os cúmplices e os inocentes-úteis com que tentar ai• gumn aventura no Brasil. Aventura tanto mais a liciante quanto constitui a única perspectiva de vitória para quem. como os agentes de Moscou e de Pequim, fracassou no intento de inocular ntts massas a s ua doutrina; para quem - como os désp0tas soviéticos ou chineses - ao espírito aventurcfro. se(vido pela violência e pelo maquiavelismo, deve vários de seus êxitos mais es• pctacularcs. Sintomático do · fato de que a percentualidade de um esquerdismo agressivo, ou atê por vézes de um prurido comunista indisfarçável, é maior em certos círculos burgueses do que nas massas. é o que ocorre com os abnegados militantes da Trndiçiio, Família e Propriedade que oferecem à venda cm logradouros ptJblicos obras a nticomunistas. Nos bairros habitados pc.Jas ca, madas mais modestas, inclusive o operariado, são recebidos com urbanidade e simpatia tão gerais, que é raro serem a lvo de a lgum ptotesto. Nos bairros preferidos pelas camadas mais elevadas. pelo contrário se bem que a atitude da grande maiork.i. seja também corlês, s impática e não taro até entusiástica - são sensivelmente mais fre• qüentes os protestos de sentido esquerdista e mesmo comunista. Dêstes protestos, vários vêm de donos de carros que diminuem a marcha para lançai· brados esquerdistas aos nossos militanres. e logo a seguir corajosamente disparam. a tôda a velocidade. Assim procedem, por exemplo, alguns tantos ocupantes de automóveis de alto preço . .. A Sociedade Brasileiro de Dc.fosa da Tradi• tão, Família e Propriedridc está bem certa de que, não só pêla presença pessoal como em .es• pírito, serão incontáveis os brasileiros que se associarão no dia S às Missas que, em doze unidades da Federação, ela fa.rá ce.lebrar na intcn· ção de que, vencidos os indeslindávcis e vigorosos disposilivos de difusão comunista, dissipada a simpa tia, a ingenuidade e a displicência que diante do comunismo em certos círculos existe, a Terra de Santa Cruz. nunca deixe de ser um País de civiliiação c ristã, fie l ao seu passado e cada vez. rnais próspero e p0dcroso ao longo do seu porvir. São Paulo, l.o de novembro de 1967
O CONSELHO NACIONAL Plioio Corrêa de? Oliveira Presidente Fernando Furquim de Almeida Vice-Presidente Eduardo de Barros Broiero 1.0 Secre1ário Caio Vidigal Xavier da Silveira 2:0 Secretário (Se.gucm-sc as 1tssinaltlras dos demais mem• bros do Conselho).
Uma Santa que morou no Brasil
Madre Cabrini atravessou vinte vezes o Atlântico e foi uma alma contemplativa A
O
BttASIL, imenso país de sólida tradição <:a-
tólica , ainda não teve a íelicíd3de de ver um de seus filhos - quer de nascimento, quer adotivo - elevado à glória dos altares. 1, certo que ta1·nbém em nossa terra tem havido virgc1lS prudentes) mães de famíli:1 semelhantes à mulher forte dn Escritura, varões intrépidos na fé. Basta lembrar, num halo de carinho e vene• raçã o, as figuras do Padre Anchieta, de Ftei Galvão, da Madrõ Voiro1\, ou do incomparável Dom Vi tal. Esperemos, pois. com confiança que o pronunciamento da Igreja venha cm breve s.a .. tisfazer nosso desejo de ver um brasileiro no
catálogo dos Santos. Se t~I honra, cntrernnto, ainda não nos foi dada, podemo-nos alegrar com a passagem pelo Brasil de pelo menos dois Santos c.anoni1.ados: São João de Brito e Santa Francisca Xavier Cabrini. Por um a no, de 1908 • 1909, permaneceu est.a última entre nós, exercendo fecunda ativ•dade em São Paulo e no Rio de Janeiro. Sôbre a então Capital do país escreveu ~ Serva de Deus, depois de Já ter estado de passagem, em t 90 J : "O R;o de. Janeiro I realmenu: belo! Gosto ,Je seur montes sorride111es, suas espaçosas quadras e belo~· j11rdb1s'1 ("Traveis of Molher Franccs Xavier Cabrini•\ Thc Missionary S islcrs of the Sacrcd Heart of Jesus, Chicago, 1955, p. 214) . Mais tarde, cm sua estadia no Rio, leve que enfrentar uma epidemia. de varíola. na qual pereceram duas de suas Religiosas. Não esmoreceu, todavia, a Santa, e fundou uma escola na Praia do Flamengo e um colégio na mata da Tijuea. O Cardeal Arcoverde presidiu à inauguração do primeiro estabelecimento~ em 25 de junho de 1908. Ern São Paulo já havia um colégJo fundado
por Freiras enviadas pela Madre Cabrini quando de sua permanência em Buenos Aires, alguns anos antes. Cont3-se que nessa casa muitas vêzcs ia e la à cozinha ensin3r a lrmã cozinheira (que ainda vive) a fazer :t tr3dicion3,l polenta. Admirável simplicid:tde de uma Santa já enlão fomos., em todo o mundo.
Na oporcunidade d~, fc,s ta litúrgica de Santa Francisca Xavier Cabrini - que ocorre :i 13 de novembro - neste ano que é o quinquagésimo de sua benH.wenturada morte, ucatolicismo'' se alcsra cm tccordar a figura, ao mesmo 1em1>0 delicada e varonil, da Fundadora das Jrmfis Missionári;,s do Sagrado Coração de Jesus.
. N::iscid:l nas 1r;1nqüilas p1anícies lombard3S, cm San1angelo, próximo de J..odi, em 1850, a Madre Cabrini desde cedo ouviu aquela voz. de Deus q1.1e pergunta: "Quem cm•iaremos Nós'!'', e como o Profeta respondeu: "Aqui me umdes, c11viáime a mim'' (Is. 6, 8). Renunciando assi.m à tranqüilidade de uma vida comum, essa alma ardente deu•se por inteiro ,,o ide.ai m issio,~ário. Fundou uma Congregação religiosa, :\travessou vinle vêzcs o Oceano, g~lçou picos nevados, cortou desertos, e fêz de dois conti1,en1cs seu c::unpo de aç.ão para a glória de Dêus. O que impressiona singulanne1lte nesta
grande mulher de corpo débil, recusada por várias Famílias religiosas por causa de sua saúde delicada, é 3 rapidez com que seu zêlo a impul• s iona a agir. Atravessa o Atlântico, passa oito semanas em Nova York, funda ali um asilo e uma e.scola, volta para a J1ália 1 leva a bom têrmo mais algumas fundações na península, e poucos n1eses depois já se encon1ra novamente n:, Améric.i. Cognominad3 a M,ie dos Emigrunu:,t . mereceu sobejamente o título. Embora seu maior desejo. desde a infância, fôsse demandar terras pa .. gãs, sua atividade apostólica cstêve centrada sôbre esta porção tão desprotegida e ameaçada do rebanho de Cristo. Sobretudo nos Estados Unido~. país protestante e anglo-saxão, os ilalianos (1ui: vinham busc:'lr 1rabalho em terra es1ranha ernm olhados com desconfiança e desprêzo, chamados pejora1ivamcn1e de ' 1white 11igers''; ao mesmo tempo. por não en1enderem senão muito mal a língua. ficavam cm desolador abandono espirilual. Depois, longe do meio cm que haviam sido criados, tendo que lutar àrduamcntc para consegt1ir o sus1en10, influenciados por um ambiente hostil a ludo que era católico, fàci lmente deixa vam as práticas religiosas. P;,ra fazer racc a es1a grave situação. o 8isPo de Placência. Monsenhor Scalàbrini. fundou os Missionários de São Carlos 8orromcu, que partiam para a América acompanhando os emigrantes. Foi a convite dêstc samo Prelado que a Madre Cabrini abriu, cn'\ 1889. o primeiro ::isilo de sua Co ngrcgaç5o para filhos de i1alianos na América. A partir de cn1ão, fêz 27 viagens por mar, seguiu seus compatrio1as por todo o interior dos Estados Unidos, faze11do fundações de Nova York a Seattle, no extremo norte do país (sem esquecer as mi11as do Colorado, benefick1das com um colégio em Denvcr) abrindo colégios e hospitais em Chicago e Nova Orleans: veio uté a Argentina e o 8rasil, outros i1npor1antes centros de imigraçã o~ e pe.rcorreu P::1ris e Londres ré• colhendo os italianinhos pobres que perambulavam pelas roas das duas grandes capitais, para onde se havia dirigido cm primeiro lugar a emigração peninsular.
Além das inicia1ivas dcslinadas scbrclUdo ao bem cspirilU~I dos italiaoos que se cx1>[1triavam. S:'lnlà Francisca fundou um colégio em Madrid, a convile da Rainha da Espanha. e outro na Ni• c;:1rágua, ·atendendo à sugcs1ão de uma senhora nicarngüense que encontrou em uma de suas ,,,ja. scns.
·& ta a1ividade fecundíssima, de urna in1cnsidad::. e rapidez <StOntcantes, nascia de uma única íontc - a santidade. Nos primeiros tempos da Congregação, quando ralava às noviças, nwitas vêzes era arrcbarndn de 1al modo pelo :,mor de Deus, c1ue saía a correr pelo convento, precisamente como se lê n:'t história de grandes místicas do pass-ado. Sua vida espiritual tinha como centro o en• lêvo pela Sagrada Eucaristia, pelo Sagrado Co• ração de Jesus e pela Santíssima Virgem. Nas notas que escrevia dura,ue suas viagens, para as noviças do colégio de Roma, pode•se ler trechos
d..: uma beleza mística - sôbre estas devoções.
e de um vigor varonil
Observa. eJa a respeito do Coração de Jesus; ''Se refletirmos bem. para nós mio há distlíncicls: (IS Mlssicnárias de Sagrado Coraç<'io de Jesus participam da imensidade dêste Dlvinc Coração que ,,brasa tudo, co11grttt1 tudo, anima tudo, une ludo tm S; mesmo. ~ .Ele que nos sustenta nes.. tas separações tem1x>rárias, que 11cs /a;,. ttr paru em sua Fôrç11, que nos comunicll tôda a graça.
Ele J o nosso vudt1de;ro tesouro; omai•O com todo " vosso coração, servi-O cheias de fé, onc:on,jai 1(jt/as os almas a se des,,pegarem de tô•
das tis criatun1s, de tódas tzs coisas, inclusive de si m esmas, par11 terem o verdadeiro amor dtle, que é uma anttcipação do C~u·1 ("Traveis .. . ", p. 1). E em outro trecho: "Soma Margarfrlt,. Ma ria A lf1coquc viu btdamtnte grm•ados no Sagrado Cora_ 't·ão de Jesus os nomes ,laqueie~· que pro• cur11riam tomá-Lo conhecido, e o Divino Coração fh.-lhc ver qut êstes nomes nunca poderiam ser ri:u,.•"Jo:;. O fogo de seu amor é grande e de.. sejt, c:omuuicor-se, t aquêles que diligenciam em fazê-Lo amado j'iÍO particularmente amados e pre.. m;adm· com graças cspeciüii' (ºTraveis . . _", p. 41) . Sôbre Nossa Senhora, as considerações da San1a são autênticos pceinas, e lembram, por seu estHo abrasado e pela doutrina vigorosa que su• põem, um São Bernardo ou um s...;.o Luís Crignion de Monlíort.
ªOh! qmio hca e amável - escreve ela é Marill! Elll é a propícit, E:.wrR/a 1lt1 Mtmlrii, a ;uspirüdota e guia de tôdt1$ as 11osst1l· emprésas, e por esw raziio (1$ Missionóritl~· do Sagrado Cor<iÇ<IQ JUIO de vem temer nada. Noss" grande Mlie e Fundador,, está perto de Deus, tmitlr, a Dem·. Oh, a grtuulev, tle Maria! Ela foi constituí,!(, a fome de ródml QS graçal·, o seguro canal da Mi.. .tericórditz th• D eus. a e.reada tio Céu. a port(I do Paraíso. Mttritt, 6 flllws. é essa mística mo11u,11/w santa, atlor11ttth1 pelo E.sptdto Sonto t dt• cujo cume jorr(I um" fonte de cígua límpida, dividi<I<, em ;nf;nito ~· canais qua irrigam todo o mundo. Porumto. ,u)J·sar casas, nossos traballro.t esuio t1bsolutame111c M:guros ua mão de Maria l!nqmmlc 11ós tivermos .tua fé. invocarmos e i1n,'.. tc,rmos .s1ws virtudes, como verdadefra~· Missio~ nárias 11ue queremos ser. Se quiserdes convertu o mtmdc imeiro, im•oc,,; Maria, porque Ela é ,, nuvcm rcsplamlecente 11;s1a pelo Profeta Elias. elevondo-.sc s6bre o mar e gradualmtllle domi11a,1do todo o céu, predpitantfo ..se por Jim em chuvll abmula11te sôbre tôda a terra. alca111,:amlo mesmo os habiwmts das parles mofa· remotas do g/Qbo. Sim, pode;s /ttzcr tudo com Maria. Ela extirpa tôdas as hert.sfos, erradica todos os cil·nws e deJ•trdi 10,Jos os fdolos. Ela causa por todo o mwulo o trhmfo de nossa Sauw Fé e ;,,c,.ementa e amplia o R edil de Cris10, que l!stas místiclls águtis irrigam e f<1zem /rut;ficol'. Co,, .. fiai tudo a El<i; mttis, fazei tudo sob seus auspícios e mio A ,Jc;xeis nem por um momento. /11vocal-A sempre e Eln purificará vossos cora.. t,i5l's, fa;.em/o,os dignos tle ,,o:;sa alta vocação" ("Traveis ... ". p. 153). Diante de uma 1crrível 1empestàde no mnr das Caraíbas. Santa Francisca Xav,icr volta-se com confiança para a Virgem Santíssima:
''Durome é?sse tempo, fique,· rew11do ,, Nossa SenltQJ'(l ,to Santo Rostírio, em cujo m~s nós viajávamos. A cem/; wmbém II wtfo de Nossa Se11horo de loreto, uio eficaz contta ,,s tempeswdes no mar, t• nosst1. Santa M,ie veio retdmcnte em noss11 ajuda, livromlo-11os ,lo extrem o perigo que
nos cet,·m1a.
Oh. quão boa é Moda! quão doce e amável! 1'ôdtz a terra está cheia de sua bom/ade. To• dos !iéculos têm testemunhado aJ· mart1'1ilhosas e mfa•eric-ortliosa~· obras tlt suas somos mãos. Não ttmos nós freqüelllemt!llte ll txptriênât, evidemc de como Ela nos ama e 110s protege? Como uma M,ie ,·htfa ,le compaixão para com cada umt1 de 11óJ.-. Ela se apieda dãqut/as que a ;11vocamos com N, Oh.' que felicidade sermos fi/ha.<s ,lc w n11 tal M,ic! .. ( "Traveis . . . ". p. 38). Durnnte suas numerosas viagens pôr maf, o que mais lhe pesava era a falta da comunhão. Quando o navio chegava a algum pôrto, a Ma.• drc apressava•sc. ·a descer e procurar comungar. Ccrla vez.. no P:'lnamá, chegou n fazer uma longa vfasem de barco (o pôrto em disrnnte da cidado) para receber a Eucatistia. "Ctula Jla. escreve el~ c.s perançada , temos
pert:crri<lo de 387 a 403 mUhos e portante amanhã à noite eswmos certt1s de ,·hegt,r ,,o Ht,vre. Que alegrla se111;mos com ,, idéiti tlc vo,ler no pr6.timc 1/omingQ c:umprir o prece;,o asristimlo ,, S1111ta Miss11, e receber o Sagratla Comunlulo em ação de- gni Ç11S pela boa viagem, e para obur sempre n1túous 11raç,,s que 110J; tmxi/;em a servir nosso quer;do Se11hor nu,is fcrvor6sameltle e pro,·ur<11 suu maior 1:l6tia" (''Traveis ..•", p. 19) "Sonhei que recebia a S(lgr<1da CommtJui.o.
E impossível recebê-la t,q,,; 110 ma,·. e hoje, espi!• c-ialmente, semi muito, port1uc ouvi dizer ontem (para meu grande dcsprt1zer) que haverá um ser• viço religioso feito por um ministro pro1esum1e. Mt,.t, gr1,ças a Deus, já é qua.se meiu-dill e ,,;,,. guhn fêt m ençlío deu,/"' ("Traveis ...", p, JS) .
A M:.idre venerava profundamcme os San1os, modelos propostos pela Igreja para nossa imitação e poderosos intercessores junto de Deus por nós. ~ a bela rclaç.ã o que há entre a Igreja Militante, Padecente e Triunfante. Freqüentemente recorri~, a ê les e os apre.s entava como exemplo a suas Religiosas. Refere ela a propósito de tuna outra 1empes1adc: ''Rezmnos também a Stio Luís pata que enviasse os Anjos Jo Ciu pt,ra sa/'1ar-nos dos JJcrigos iminentes. tt êle, 1c11do compaixão de nós que ,·olocamos tódas as ,ros.tas obrus em honra tlc .teu centenário, nuuulou-nos ;medil11<m1e11te ajuda e ,,gora 1emo.t um mar quieto, calmo e smtve. 0111cm o mar st parecia com uma alma agitada pelo remorso e J'uberba e que mmca e11co111r11 a paz com Deus'' ("Traveis ... " p. 38). A festa de Santa Margarida Maria desperta (conclusão na sexta página)
Luiz Sérgio Solimeo
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NÃOSÓAHERE PELA AUTJ) I
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A LUZ resplandece nas trevas, e as trevas não a compree11deran• (Jo. 1,5). A êsle
mundo que, pela maldade dos homens, se tornara um abismo de pecados e de erros, Nosso Senhor Jesus Cristo veio trazer a luz fulgurante da Verdade eterna, que é Ble próprio. As trevas não a receberam. mas na Santa lgreji( Ble deixou todos os seus ensinamentos, num depósito integro e sem mancha. A doutrina católica é a Jerusalém celeste descida A terra para iluminar as inteligências e mover as vonta• des. Nessa cidade santa devemos amar e defender não apenas os pontos estratégicos mais imporlanles, mas cada bastião, cada palácio, cada praça, cada pedra. Pois tudo aí é sagrado, tudo merece ser osculado com amor e reverência. Em tôrno dos dogmas, que nos são aprescn • tados pela Igreja com a garantia da infalibilidade, há todo um conjunto de verdades, d ispostas à maneira de círculos concêntricos. A medida que elas se aproximam da periferia, sua luz vai-se tornando menos intensa. A doutrina católica se constitui de tõdas essas verdades, e não do pontos isolados, desconexos entre si. As verdades já cO• nhecidas e definidas iluminam as menos claras, e por sua vez têm o seu alcance mais explicitado por elas. Não podemos. por isso. estudar uma tese fora do todo, mas devemos colocá-la no lugar
que lhe é próprio, onde ela receberá tõda a luz das demais, e completará o panorama do con• junto. Não podemos estudar apenas os dogmas, dizendo que somente êles nos interessam e nos bastam, mas devemos vê-los ao lado das verdades que lhes são conexas, q ue dêles decorrem, e que até, de algum modo, os elucidam naquilo que é acessível à nossa razão. Não poderia ter verdadeiro conhecimento de Maria Santíssima, por exemplo, quem estudasse apenas os dogmas marianos, deixando de lado os numerosos privilégios da Mãe de Deus ensinados pelos Santos e Doutores mas ainda não propostos pela Igreja como revelados. Dado, contudo, que vivemos num vale de lágrimas e de pecados, ao lado da contemplação enlev.ada da Revelação cumpre mantermos a ali• tude combativa e vigilante do bom soldado. As trevas do heresia a todo momento ameaçam o dogma. E em tõrno delas existem também círculos concêntricos cm que a obscuridade se vai tornando cada vez menos intensa. Em não pouc:,s circunstâncias o êrro pode parecer verdade. a obscuridade pode parecer luz. Por isso mesmo. tais erros disfarçados, semiocultos e freqüentemente insinuantes, são cm geral mais perigosos do que a heresia declarada. Contra êles é necessário prevenir os espíritos, espcci:ilmen1c cm n0$SOS dias, quando os mais graves desvios campeiam em meios católi.c.os.
As ce nsuras te olÓ'gicos: seu conce ito e importância Ao longo dos séculos, a Igreja elaborou minuciosas classificações dêsses meios-erros que circundam o êrro total e confessado . .Encontramo-fas no estudo das chamadas censuras teológicos. Conhecê•las é armar•se de um instrumento subtil e eficaz para desmascarar a heresia em sua forma ainda Jarvada. A censura teológica é um juízo ou uma sen• tença pela qual uma proposição ou doutrina nociva à fé é marcada com uma nota que exprime a que título ela é condenável (cf. TANQUEREY. p. 1 16). Assim, uma proporção é censurada como herética se contraria frontalmente um dog.m;,: como perigosa se traz perigo para a fé; como cs• Cllndãlosa se causa escândalo ao povo fiel. etc. No presente artigo dc$Cj3mO:S dar ao leitor umn visão gemi do c1uc sio .is censuras teolóS,ie3s, sem to davitt entrarmos nos aspectos técnicos muit~s vê1.es com~ plexos que 3 questão aprcstnta. Com efeito, existe en• tn; oi ttólog0$ gr:rndi: diversidade de nomenclaturo. e de conccitu:tç.iío no estudo da.s ce.nsut:is teol6g.ic-a s (d. TA-"'QIJJ:lRJ;.l', J)J). IJ6 ss.~ HER.Vá., voJ. r, PP. 503 ~.: Moits, PP, 194 ss.; SA.t.AVUAR1, pp. SOS ss.; Cu'1'1!C:1-IINI, PP- 8,9), Não entraremos nas disputas de ordem sis1em:i1ica, .i não ser tnl um ou outro ponto de 1>attieufor importância pnrn compr«nsão de problemas de nossos dias. Pari.\ C\'itar certas di\'crgências tund:1mcni:1is cxis• 1en1es emre os autores, e que n?io nO'S seriam de interêsse, tomaremos Por b:tsc de nossa exposição a J\O· mendatura e as definições apresentada.$ por TANQUl;RBY. o qual :llém de claro e sintético, é scrnlmentc indicado con10 um dos bons expositores dêste :issunto. 4
Antc.i:; de passarmos à análise das afirmações que circundam ou insinuam o êrco, digamos uma palavra sôbre as proposições heréticas, que são aquelas que frontalmente comrariam uma verdade revelada e inf.allvclmenlc proposta pela Igreja à crença dos fiéis.
Proposição he rética Segundo o cânon 1325, herege é aquêle que, depois de batizado, e conservando o nome de cristão, nega ou põe em dúvida, com per1inácia, uma verdade que deve ser crida por íé divina e católica. Analisemos ràpidamente os d iversos elementos contidos nessa conceituação canônica (cf. ÜENICOT, J>. 154). O herege é batizado e se di>. cristão. Quem não é batizado, como um judeu, ou quem apos•
. tarou do Cristianismo, não pode ser considerndo herege propriamente d ito. f: preciso pertinácia em negar uma verdad~ de fé, para cair en, heresia. Se alguém, por pura ignorância, afirma por exemplo que o Espírito Santo procede só do Filho, e não do Padre Eterno, não é por isso herege. Advertido, logo retificará sua afirmação. -e herege quem nega uma verdade de fé divina e católica. Verdade de fé divina é aquela que foi revelada. E verdade de fé católica é aquela que é proposta pela Igreja aos seus filhos como devendo ser crida. Assim, se alguém se atreve a negar que o Concílio de Trento foi autêntico Concílio, não é hcrcsc-, pois na Revelação nada está diretamente afirmado a respeito. E se São Bernardo, por exemplo, negava a Imaculada Conceição, não incol'ria por essa razão em heresia, pois no seu tempo a Igreja não propunha essa verdade como devendo ser crida pclo3 fiéis. Finalmente. parn ser herege não é necess:Í• rio negár uma verdade de fé divina e católica, mas basta dela duvidar, com per1inácia. Pois quem incide em 1al dúvida "julgt,, t1uer formal, (Juer virtualmente. que um ,iogma propo.tto pela l grcjâ é ;11certo, e f>Ol'tlllttó impugna {l autol'idade c/(l lgrej<1" (GEN!COT, p. 155) . Sôbrc o conceito de heresia im1lóc-se uma observa• çi\o de ordem técnica. Nos meios c:uólicos cm gcr.il é mui!o difundida a noção de que s6 é herétiea a pro• posição que contradiz um dogma sofe1,cmentc definido J)cla lgrej:1., como o da tnfolibilid:tdc ponlifícia ou o d:t Imaculada Conceição. Ora, C:$$3 noção é fal.sn. Segundo :- unanimid3dc dos 1c6logos, 1a.nto é hctesia. :i ncg:,.ç.ã o de um:L \'erdade re• \'clada e definida solcncmtule, qunn10 a negàçfao de uma w:rdadc revelada e propos1:1 coino 1al ,,elo Magi.,;. 1étio ordin{irio e univcí$al. A r.n;ão é cklta: como já CXJ)oscmos cm anigo anterior (" Qu:il n nu1orid::ide doutrin(lrin dos documen· 10.,; pontificios e conejJi:ncs?" in "Catolicismo", n .0 202, de o utubro p,1.>.), não é só o M;;.gi$1~rio cxtrn• ordinjrio <1uc é infolí\•el, mas 1:1mbém ('I ordinário pode \'ir a sê-lo. O I Concílio V:uie3no Coí claríssimo A res• pci10 (cf. DENl",., 1792). Logo. se um dogm:i. pode ser rn·oposto 1>clo Masistério ordin&tio. pcxlc l3mbém h:wer hcrtsias contra vcrdrtde$ n5o definidas solenemente. T:1I nos parece ser a impo rtância. <lêste ponto, que queremos n1>res<:ntar ao Jeiwr intcn;ssn.do cm maiores aptoíundnmcntos uma bibliogr3íia mais 3bund:i.ntc: 011~KAMP, pp. 14, 78: Hl;kVé, vol. 1, p. 504; TANQUERl:.'J', p. 117: PKÜMMHll, J). 367; M UNCUNII..L, p. 446; ÚeNl(,"O'I', pp, JS4, 155i Vt;.KMl!BKSCU•CRGUSGN, J). 314; MORS, p, 194; V MJA(:GINI, eols. l794 ss.: BnRTHll::R, p. 49; SA.LAVEIUl.1, 1>. 815: P«>t.>.NTI, " Mercjfa" ; CARTECHINt, pp, 8-9, 23.
Como explicar que, :mie a <:lrtrez.a com que os 11u1ote5 tratam do aMunto, se possa ter insinuado cn, tre numeroso.,; católicos a noção de que só i herege quem nega 6ii'1a verdade definida solenemente por um Pa,pa ou um Concílio? Deixando de lado as ra~ões ni'io cspcculntivas que possnm ter con1ribuído pnrn o foto, queremos lembr:ir (e(. nosS.Q arciso anterior) que CCl'Crts imprecisões de linguagem são rcspoMávcis por graves mal-en1cndidos nessa m:itéria. Um exemplo: algun.S, autores di1.cm que :1 heresia se opõe a uma verdade de fé dc/i11id11 como mi pel~1 tsreja, m3s ni'io csdarecem que essa dc/ittiç,i<> pode ser !cita pelo M:igislétio ordinário (cf, t>>.aiu,,tTB, "Ce1'1SUl'3 teológica" ). Oro, como adverte a "E.ncielopedia Catto• lica" , "por dogma d~/i11itlo alguus ettt,mlcm, ti, modo pouco próprio, dc/i11itlo pt lo Magistério t·xtrttordl11ário'' (VAOAG<ilNI, co1, J79S). O :'1.lc3nec prático d.i reu, conceituação de heresia é enorme. Niio pnrcce admis.iÍ\'CJ, por exemplo, que hoje em dil'I se possa ncg,nr :.- Co-rcdençiio mari3na, ou -a Mediação univers~I, ou os princípios. fundamentais d:i propricdRde pr(\'ad:i, sem cair cm hcrc.sin (cí. nosso artigo eirado). Cumpre <iqui obsecv:tr que, quando afirnrnmos que uma proposição é condc.n:hcl - <1uer como her61ica, quer eomo merecedora de uma censura lllCJ\OS s.rnve cs13mo:s. no presente nrligo, considerando a pro1,osiçüo cm si, no seu sentido objetivo. Julgamo,la em função do que nos Msina a Igreja nos ~us dogmas e cm todo o acervo riquíssimo da doutrina c.:uólicn. Colocamo-nos, 1>omtn10, num ponlo di: \'ÍSla fu ndM1entalmen1e dogm~• tico. e não moral ou c3nônico, Com efei10, se alguém defende uma 1.>ro~ição condcn:h·el, cabe perguntar que pec3do es1á come1e.ndo. t$$C seria o problcm:i motal, no qu!l.l s-c devcritt con• siderar se a pessoo laborn em ignoránefa, se é con• tuma1,, ttc, O problema canónico consistiria en1 s:àber que penas deveriam recail' sôbrc quem :'ldmili$St. l'llguma dcs~ sas prOJ>OSiçõcs eondenivcis. As referências que foç~mos ~ aspec:10~ rnornis e ·c:rnõni~ d:i. questão s.crão nJ)enas incidentais, vis:indo u m melhor esclarecimento · do aspecto dogmático.
• 3 - Outras, enfim, ainuêt que talvez. jrrepre• ensfveis no conteúdo, são todavia de molde a produzir efeitos deletérios, e por isso são condenáveis. Nessa classe se enumeram as proposições escandalosas, as cimáticas, as sediciosas, as não seguras, etc. (cf. TANQUt;RllY, p. 1 18 ) ,
Proposições indiretamente opostas à fé
Alguns rtutotcs colocam a proposição que tem sa• bor de htresia cnl rc as que s5o condenivciS, pelo seu eonte,ído (TANQUERBY, p. 117; HE.11t.vt. vo). ,. J), S04; MORS, p. 197; J>ARl!NTU, "Ccns,1ra teológica"). Outros a dossmcam como eondcnivel pelo modo ineonvcnienle d:i íormul3çlio (PP.JNADOR, pp. 119- 120), O "Oictionnai.
Somente a proposição herética contradiz frontalmente um dogma. Mas há diversos tipos de proposições que, indiretamente, se opõem à fé. Destas, os teólogos costum~m enumerar três grandes categorias: 1 - aque!as cujo conteúdo exprime uma doutrina oposta à fé> 2 - as que são censuráveis pelo modo como são formuladas: 3 - as que o são pelos maus efeitos que podem produzir (cf. TANQUEREV, p. 117; HERVÉ, vol. 1, p. 503; PARENTE, "Censura teológica"). Analisemos em poucas linhas cada uma dessas três categorias. • 1 - Uma afirmação, mesmo que não chegue a ser herética, pode trazer no seu bôjo algum êrro, claro ou disfarçado. Per1encen1 a essa classe, l)Or exemplo, as proposições próximas à heresia, as que têm sabor de heresia, as errôneas, as próximas do êrro, as que têm sabor de êrro, as le• merárias (cf. TANQUEREY. pp. 11 7- 118). • 2 - Mas, por outro lado, pode-se afirmar de modo inconveniente até rnesmo uma verdade. Tais afirmações podem dar azo a que a heresia surja ou se alastre~ e preparar os espíritos para a aceitação do êrro. -e por isso que a Igreja condena as proposições suspeitas, as mal sonantes, a:. ofensivas aos ouvidos pios, as equívocas, etc. (cf. TANQUEREY, p. I L8).
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Como é fácil verificar. uma única afirmação pode ser merecedora de várias censuras. Numa mesma frase, por exemplo, pode haver um sabor de heresia. um convite à sed ição e uma blasfêmia contra Deus Nosso Senhor.
Proposição prox ,mo à here sia Uma proposição se diz próxima à heresia quando se opõe a uma verdade ainda não definida. mas que está próxima de o ser.
"Sapiens hoe resim" : proposição com sabor · Diz-se que uma afirmação tem sabor de heresia ( ...rapiens haeresim") quando é de tal ·modo ambígua, que, embora possa ter uma interpreta· ção boa, tudo nela sugere a interpretação má. Exemplo: a fé ;ustifico (cf. T•NQUERllY, p. 117) . Essa proposição sugere veementemente a idéia de que a fé justifica sem as obras, o que é uma lese herética dos protestantes.
Proposição suspe ita de heresia; suspeição , A proposição suspeita de heresia se aproxima
muito da que sabe à heresia. Mas, como bem es• clarecem os Salmanticenscs (apud PEINAOOR, p. 120), "mio negamos que de algum modo se distingam. A suspeição importa num fundamento leve, enquanto o sabor 1raz um ind'icio grave, dado pela experiência. Assim ta,nbém, exige-se menos para que uma proposição seja suspeita. do que para que tenha sabor de heresia; para esta segw1da hipótese é neces.rário o concurso de circunstáncills mais numerosas''.
Proposição errône o O que distingue a proposição herética da errônea é que aquela, como vimos, nega uma verdade revelada, e proposta como tal pela Igreja, enqua.n to a segunda nega uma verdade não revelada mas necessàriamente dedutível de urna verdade revelada (cf. T•NQUEREY, p. 117). &~a dedução é tão necessária, que negada a conclusão está ipso facto negada a premissa, e afirmada a premissa e.~lá ipso facto afirmada a conclusão.'
IT A
CARTECH-INI, S, J., Si.sfo - "0311'0pinionc nl Oom• ma" - La Civillà Cauotica, Roml'I, J9S3.
nualc" -
No 1>resen1e .:,rtigo, entrcc:in10. não desejtlmos sv• brecarregar a, a1cnção do leitor com distinções de ordem sistemática. Assim, ~pen:i.s cnumer:'tremos algumas das principais een.~uras de que uma prop~iç5o pode ser objc.10. explicando no <1ue consistem e :ipresentnndo um ou muro exemplo.
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lRAGUJ, O. F. M. C!!p., Strapiuo de - ABARZ\JZA, O. F . M. Cap., Frnnciscu.s de: - "Manuale Thcotogiae Dot.matiea.e" - Studium, Madrid, J9S9, vol. l. MAYER, Dom Antonio de C:i.s1ro "Cart:i. Pastoral sóbre Problemas do Apostolado Mo<lemo" - 2.• edição. noa Imprensa Ltda.. Campos, 19S3.
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H8RVI., J. M. -
"M;rnualc Theolottiae Oog.maticae" Betehe, Paris, l9S2.
DE
TE
VIVERE" do Adoro Te devote
R CO.N DENADA _SIÁSTICA tlxemplo: negar a Imaculada Conceição algum 1empo anles de sua definição (cf. TANQUEREY, p. 117) . Note-se. nns v&peras ele ser de(inidn por P,o JX, a Jmaculad~ Conceição já cr:-i doutrini. proposta inía• llvelmcnte pelo Magistério ordinário. Rcjeilá•la. port3nto. A e-ssa altura, Cr:\ càir cm heresia, e não apenas c..~1ar próximo ;\ heresia. Mas entre o século XII. em
que São Bernardo Podia negá-la sem merecer censura Alguma, e o momento cm que ocorreu a definição pelo M.-i,e.istério ordinário, houve um l~pso de tempo cm
<1ue recus.1-la era colocar-se numa posição próxima à hcr~sia. (Sôbte a dctenninaçiio dêsse lapso de ttmpo, ver nosso artigo anterior).
Também é denominada próxim/1 () heresia a proposição que "não 1odoJ· os te6logos, mas muitos, e com bo,n fu11damen10, dizem herética" (CARTECNINI, p. 164) . .Exemplo: sem a gn,ça, o homem pode guardar dur,lvelmente todos os preceitos da lei na.tu• ral. evitandô tOdô pecado morl(ll. Tal proposição é próxima à heresia porque muilos teólogos. mas não lodos, suslenlani que a verdade oposla foi definida pela Igreja (cf. HERVÉ, vol. Ili. p. 154, nola 2).
de heresia rc de Théolog:ie Catholique•· põe fim à ques1iio mO.'llr:.rn• do que tal propcsição p,ode caber numa categoria ou em
ou1ra conforme quem a formule seja um herege ou este• ja apenas inconcndo num3 imprccí.sáo de linguagem
(Quu.totT, COI. 2108).
t fundament3l, enlreianto, rcs.salrn.r que ;:,; proposi• ç.ão que tem sabor de hcresi3 6, não n puramente ambígua. mas, no dizer de TANQUl!it.ev, aqueln que, ''.fMdo ~qulvocil, admite quu o sentido cm6Uco q11tr o heri• tico, de 101 modo ,,or4m que, t m vista 1/111 circunstâ,rcios, pr~wflece Q se11ti<lo mau" (p. 117). Ademais, segundo um velho aforismo jurídico, "vtrba dubin contra pro/~r~111em stml interpre1011da'' as palav,as dúbias devem ser interpret:i.das conlrn quem as profere. Tôdas cs.sns razões explicam que :l m1ior parte dos 1c6logos, sem aprofundnr mui10 a questão, classifiquem ;u proposições que têm sabor de heresia cntr~ 3S e-Onde• návcis cm virtude de seu conteúdo. sa bor Dênios um exemplo: não foi (o.rmalmenlc revelado que a 'ciência de Nosso Senhor es1ava imune de qualquer êrro (cf. TANQUEREY, p. 1 IOJ . Logo, não é herege queni negue essa verdade. Mas foi revelado que Jesus Crislo é Deus, e dai se deduz necessàriamente que sua ,ciência nãô podia conlcr êrro algum. Logo, é errônea. a proposição que negue tal verdade. Para efeitos concretos - perguntaria talvez algum lei1or - qu,e diferença há enlre a heresia e o êrro? A diferença fundamenlal .está em que a razão do assenlimenlo que dou a um dogma é a amoridade de Deus revelan1.e, o qual não pode .enganar-Se nem enganar•nos. Ora, se uma v.cr• dade não foi formalmenle revelada por Deus, mas se deduz de oulra, revelada, o assenlimenlo que a ela dou não é baseado apenas na auloridade de Deus revelanle, mas baseia-se também na razão humana, que procedeu à dedução. Essa diferença tem grande repercussão na ordem concreta: a acei1ação de uma proposição
heré1ica exclui da Igreja, por ser a negação daquilo que conslilui a razão formal da fé, enquan10 a aceitação de uma proposição errônea é pecado morlal mas não exclui o fiel da Igreja. Niio cabe nos estreitos limites dêste artigo o estudo d0$ diversos problemas .relativos à perda d:1 condi• ção de membro da. Igreja, 1ois como: o hcrese oculto não está deJa excluído? em (lllC sentido se podO admitir a distinção entre corpo o alma da Igreja? quais os efeitos jurídicos da heresia man.ifcstn? q ual o alcance da excomunhão? (Ver, a respeito, SAI.AVEI\RI, pp, 878 ss.: PeN1DO, pp. l69 $$.),
Diz-se também errônea a proposição que nega um fato dogmático, islo é, um falo 1ão lntimamente conexo com verdades reveladas, que não pode ser ·negado sem a negação implícita de algum dogma. São fatos dogmáticos, por exemplo, a legilimidade do Concílio de Trento; o caráter h'erético de Neslório, Wiclef, LuJ.e.ro, etc.; a orlodoxia dos Padres da Igreja; a sanlidade de uma pessoa que foi canonizada; a invalidade das ordenações sacerdotais da igreja anglicana; o valor sanlificanle das Regras religiosas aprovadas pela, Igreja (cf. CARTECHINI, .pp. 110-111). Não nos ocuparemos, tamb6m, de diversas disputas de ordem t~cnicn <1ue dividem os teólogos quanto à conceituação da proposição crrtm~a. Deve-se excluir dwi cMegotia ~ negação das chamadas verdades de fé ccl~ siástica? (Ci. TANQUEREY, pp. 110 ss.; lRAGUI-ABÁJlZUZA, pp, 444 S$,: SAC..AVli-RRI, p. 812). Convtm subdividi_r a proposição crrône:l cm dh·ersn.s espécies? (C(. SALAYBR1t1 1 p. SIS). Deve-se chamar de errônea a proPosição quo negtt uma verdade revelada mas não definida'? (Cr.
QUILLIBT, col. 2106).
• Conio já analisamos as proposições próximas à heresia, as que lêm sabor de heresia e as suspeilas de heresia, é dispensável analisar as próximas ao êrro, as que têm sabor de êrro e as suspei1as de êrro.
Proposição temerário A proposição que se opõe às sentenças comumenle professadas pelos 1e6logos se chama temerária. Exemplo: algum Santo, além de Nossa Senhora, foi concebido sem pecado original (cf. PRÜMMER, p. 367). Oulro exeniplo: a maior parte dos homens que levam má vidll se convertem 110 mo,nento da morte. por uma graça especial da Misericórdia divina.
Proposição falso Falsa é a proposição que se op~ a uma verdade cerla que, enlrelanlo, não' se relaciona imedialamcnte com a Revelação (cf. PEINAOOR, p. 120). Exemplo: São Luís IX. Rei de França, não lwou contra os maometanos por amor à fé cató~ fica, mas por razões meramente polfticos. Essa proposição é falsa do ponto de visla his16rico. lniedialamente não diz respeilo ii Revelação. Mas, tratando-se- de um Santo canonizado, que apresenlou essas guerras sob uma forle luz religiosa, tal êrro histórico se relaciona, de algum modo mediato com a Revelação. Cumpre relembrar aq_ui uma. observação importa.nte
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toridade doutrinária dos doê:.umentos pontifícios e concili;ires?" foi publicado no n.0 202, de outubro último, desta fôlha.
que fitemos de início: frcqilentemcnle uma proposição ê condenável a mais d~ um título. e o q_ue aoontece com o exemplo que acabamos de dar. Pois a afirmação de que Sáo Luís JX moveu Cruzadas por motivos políticos não nega. diretamente, senão uma verdade his• tórica que, como tal, não 1em uma. relação imediata com a .Rtveliçâo. Mas insinun várias idéias que ofendem t\ f6, como, por c-xcmplo, que cm nome da Reli• gião uão se possam mover auerra.s. Assim, a proposição em aprêço, além do condenável como falsa, o é como suspeita de hcrcsi3.
Proposição escandaloso .Escandalosa é a asserção que, embora conlenba even1ualmen1e uma verdade, entrelanlÓ "oferece ocasião de ruína, fa1.e11d<> inclinar os <>11• vintes ao pecado ou afastando-o, do exercício da virJude" (CARTECHINl, p. 166) . Exemplo: se Deus previu que vós vos conde11areis, morrereis em. vosso pecado, por mais· que /açai.r (cf. TANQUEREY, p. 118).
Proposição mal sona nte Diz-se que soa mal a frase que, embora talvez verdadeira , "é reprová•el pelo abuso de 11alavras tomadas e111 sentido ou tom diverso daquele que é comumente empregado pelos fiéis" (CAR.. TECHINI. p. 167). Ex-emplo: num súbito movimento de raiva, Nosso Senhor expulsou os vendilhões do Templo. A exprc-s são ''súbito movimento de raiva" sugere a idéia de uma paixão desrcgra<!a, que eviden1cmen1e não podia exislir em Nosso Senhor. Empregá-la para designar a cólera santa do Filho
de Deus conlra aquêles que profanavam o Templo é forçar o sentido nalural das palavras.
Proposição ofensivo aos o uvidos pio$ As asserções que contêm em si algo que, embora lalvez verdadeiro, é indigno ou indeceule em matéria de Religião, denominam-se ofensivas aos ouvidos pios ( cf. CARTECH1N1, p. 168). Delas o Pe. CARTECHtNI nos dá, cnlre oulros, os seguintes .exemplos: "São Pedro, perjuro e apóstata, rogai por nós"; "no Breviário. a Igreja nos conta fábulas, e não fatos histõricamente verdadeiros" (p. 168).
Outros ce nsuras Tão numerosas são as censuras com que a Igreja e os leólogos qualificam as proposições condenáveis que não podemos prelender definir a lôdas. O "Diclionnaire de Théologie Catbolique" nos informa que •'António Sessa, Franciscl1no de Palermo. contou 69 censuras no século XVII, no seu Scru1inium doclrinarum. E de lá para cá muitas outras vieran1, engrossar êsse m,mero já tão elewldo" ( QUlLLIET, col. 2104) . .Ademais, ,c m vista das censuras que já analisamos lorna-sc claro o que vêm a ser as proposições ímpias, as blasf.emas, as improváveis, as perigosas, as sediciosas, as não seguras, as cap• ciosas, as contumeliÔsas não apenas contra a lgrc• ja mas também con1ra os podêres seculares, as já muitas vêzes condenadas, as in1puras, as escru• pulosas, as cismálicas, as sedUloras dos simples, elc. (cf. QUtl.LIET, cols. 2104 ss.).
O Magistério eclesiástico e os ce nsuras teológicos Alguéni que es1ive.~c mal informado objelaria talvez que as proposições passíveis de censura inferior à heresia não podem ser formalmen• 1c condenadas pela Igreja. Tal idéia é mui10 freJ qüento em certos meios católicos. Nada exislc, enlrelanlo, de mais falso. Basla abrir o "Enchiridion Symbolorum", para aí enconlrar condenaçõils formais incidindo sôbre proposições qualificadas pelos niais variados lipos de censuras 1eológicas. SÃO Pio V condenou 79 1eses de Baio, afirmando que entre elas havia proposições heréticas, . errôneas, susp.eitas, temerárias, escandalosas e ofensivas aos ouvidos pios (DêNZ., 1001-1080), O BEM-AVENTURADO INOC@NCIO XI condenou 68 proposições de Molinos como hcré1icas, suspeitas, errôneas, escandalosas, bh\sfcmas, o{ensi• vas aos ouvidos pios, temerárias, dissolvcnles da disciplina crislã, subversivas e sediciosas (DSNZ., 1221-1288) .
ALEXANDRE VIII condenou 31 proposições janscnistas con\o temerárias, escan~alosas, mal so• nanws, injuriosas, próxjmas à heresia, com sabor de heresia, errôneas, cismáticas e heréticas (DENZ. 1291-1321). INOCÊNCIO XII condenou 23 proposições de Fénelon, Arcebispo de Cambray, c()mo temerárias, escandalosas, mal sonantes, ofensivas aos ouvidos pios, na prá1ica perniciosas e errôneas (DENZ., 1327-1349). A lisla poderia se estender coni as condenações dos /ra1icel/i (DENZ., 484-490), de Marsílio de Pádua (DENZ., 495-500). do Mestre Eckhart (DENZ., 501-529), de Wiclef (DENZ., 581 -625) , de Lu1ero (DENZ., 741-781), do Sínodo de Pislóia (DENZ., 1501- 1599), etc. Mas 1ais enumerações, longas e fas1idiosas já nos seriam supérfluas.
Uma objeção fina l: cesuror não é ofício de leigos Em fac.e dêslc quadro das censuras doulri• nárias, algum lcilor poderia ainda objetar que nada tem a ver com isso, uma vez que é só ao Papa e aos Bispos - e nunca a um simples leigo - que cabe a missão de censurar urna asserção que se oponha à fé. A objeção não procede. Com efei10, os teólogos, depois de mostrareni que a missão de pronunciar censuras doutrinárias cabe em primeiro lugar ao Sob-.rano Ponlífice /! aos Bispos, e a 1odos aquêles que lêm jurisdição no fô ro exlerno, acrescen.tam que "os particulares podem. também êles. usar de sua lntcligência crist,í para apreciar e qualificar livros ou proposições em fa• ce da ortodoxia e dos costumes. Essa é uma faculdade e, até certo ponto, um dever de cada um com vistas à conse,.vação, defesa e propaga.. ção da fé[ ... )" (QUJLLIET, COI. 2102). Por isso, os manuais costumam distinguir as censuras judiciais. que são pronunciadas por uma auloridade eclesiástica, de modo oficial, das puramenle doutrinárias ou científicas, que são proferidas por leólogos, gozando porlanto
da mera autoridade privada de quem as emitiu (e(. TANQUEREY, p. 116). A essas consideraçõ.es, Dom ANTONIO DE CASTRO MA YllR acrescenta que "a co11de11ação dos erros dos heresiarcas em geral, como Lutero, Janséuio, e mais recentemente os modernistas, foi sempre precedida de uma polêmica esclarecedora travada entre os inovadores e alguns bene• méritos defensores da Fé, eclesiqsticos ou leigos, agindo sob responsabilidade próprid' (p. 65).
Esmagou tôdos os heresias "Gaude. Maria Virgo, cunctas haereses ,sola interemisti in universo mundo'1. rezamos no Ofi. cio Parvo de Nossa Senhora ' (!.ª anl. do 3.0 no1.) - Alegrai-vos. 6 Virgem Maria, pois sôtinha esmagastes tôdas as heresias no mundo. Peçamos a Ela a gráça de 1êrmos uma fé pura e ardente, sabendo evi1ar não só a heresia, que a destrói, mas ludo qui> a possa manchar.
Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira
conchnõo da p. 3
Madre Co/Jrini estas reflexões da incansável via,ante: "Hojt. é a fesu, de uma de nossas nu,is poderosas Patronas, a Bem-avcntureulu Margt,ritla Maria A lacoque, e foi e/", segureunellfc, em sru inefável gô• zo dt> Divino Cort,ção, que obteve para nós <~SIC celeste e sublime orvalho e acalmou o mar t/ue csum,os c,gort, t1trtn1essamlo. Ela mm/ou a côr tio céu. tot1umc/o.o clt,ro, atul, límpido e beli.vsimo, um céu no qual voa grllciosamenu um bando de (JÚS.taros. Desctm êles como Anjos, falam/o-nos em sua muda mas eloqüente fiugut,gem sôbre a festa que está sendo celebrada em louvor tia purtJ M'1rgaricla, dour ada pelos flamejames rctios de cariclaele que saem do Cotcu,;iio de l esuJ" (''Traveis . .. ", p. 41).
A alma. contemplativa desta missionária infatigável elevava-se (àcilmente da consideração das coisas matedais às realidades da ordem sobrenatural. As criaturas eram para ela o grande cspêlho cm que se reflete, sob variados aspectos, a imagem de Deus. causa exemplar de tôda a criação. Freqüentemente encontram-se nas notas de viagem da Sanra Madre comparações belíssimas entre a vida espiritual e os elementos da natureza. Leia-se, por exemplo, êste trecho: Qucmtos belo.r pcnsnmemos sugere- a calma do mar. Vê-st nela a felicidc,de de 1mw alma que vive na tranqüilidade da grt1ça de Deus. Para esta alma a/ortm,aJa uulo é calmo; " pa1. mio é perturbada; ela tem e1 capacidade ele elevar-se à sublimicleule dos divinos Mistérios. O mc,r 110s oferece uma visiio da ;mensicltule cio pocler tle Deus, o qual comanda a esws águc,s ;11fi11itc1.t, que ,,oderiam leva,uar,,st em onclas violenth.s, mas que, pelo contrário, se mcmtêm calmas e trunc1iii/cts. Deus conumcla, o mar obedece. Se tambbn em l?eligião cada Jruu; obedecer tl Sllt1 Supuiora, com perfeita submisseio, isto I, sem mer-se "º seu pr(Jp,.;o julgrmu:mo, - <1ue ,·alma, que trtmc,iU/hltule, c1ue doçurtt do Paraíso mio terá! [ ..•] Minhas fi/lws., :;ide purltmente des;n. teressadt1s, clesapegac/aJ· ,lc tótlas as coisas e de têdas as pessoas, inclusfre ele vós mesmas, ,Je vossos dtsejos. ele vossas it1c/i11ações, t emão sereis como um vertllUlcir(J mar tle pe1t. " ("Traveis ... ", p, S), 11
E cm outro documento:· ''O -céu est6 azul e o ltori1.ont,: é am/>lu. Isto é uma~ ;mugc1t1 do em,or ,le Deus quanelo é/e 1011u, poJst de ·uma alma e d tor11(1 capar. ele imensielatle de sa11U1.r obras. Sim.' A graçt1 é um it1fim'to te• souro de Deus e aquêles que a recebem e fllti!m
SIGNIFICATIVOS APLAUSOS
da morte da Santa Madre, e que depois não ccs• sou de :,:e agravar cm virtu<'e da rejeiç.c1o da mensagem trazida por Maria. Santíssima, essa crise era algo que Santa Francisca Xavier Cabrini tinha bem presente e. a que se reforia com freqüência: "Esta geração, Jê-se num de seus escri• tos., é tlemasiat/c,mentc infeli1,, miserá,1e/ e i11for11111ad(I. Ela es11ula, estuda tudo mtnos Religilio, e corrt com e, velocidade. de um trem pc,re, o ruinoso precipício. Oh! querido Jrsus, tiue ter• rível ruímt!" ("Traveis . .. ... p. lSS). E' ainda : "Tivemos OCClSião ele sentir muiw dor ~•enclo hom<uu· que depois de abmu/o1t(lr r, R eligião Cat6licCl, depois de J'e ter rebelado comrt, Jesus Cris• to, ct1iram no precipício do Ateísmo, cio Pan. teísmo t d() Mtttt.•rialismo. "Niío luf Deus'', ,lit o primeiro. ''N,io há diferc11çll entte o bem e ô mal", di1, o ., egumlo. "N,io lui me/1,or coisa cio que ttcwuular riquez.as por 1odos cs meios pos. sí,1eiJ·, e tomar o Cllminho ,lo praze,·•·. exclama o tíltimo. Por m eio ,lestas 1eorias hM·cu.rlltas éles r(,m arruinado o mwtdo e mui1<>s têm pen/ido o bom ~e{ISO e a mzão. DêsleJ· erros têm vindo tÚ'• das as desgrt,çe,s que â/tUtm o presente ,e t1mell• i·,1111 o futuro" ("Traveis ... '', p. 206) . Em otura passagem refere.se a Santa aos perigos espirituais por que passavan, os imigrantes, e tcrmin:'l fazendo um paralelo com a situação religiosa da Europa e aludindo a um próxi• mo castigo de Deus: ''Há novecenro.r imigrantes a bordo, na terceirll classe. Setcce111os iutlionos e ,luuntos ~11íços. Pobre geme.' Desejo que afinal enco11rrem, em sua chegadt1 à cid(lde ou vila patc1 omle veio, a/gui!m tJue parta paru êles o pão ela. palavra de Deus. Mas, .t 6 Dem· sabe o que vcu acontecer à uudor 1,c,rre 1/Elcs. Tt1/ve1. flcabem associaclo.r ,,os seus pobre.r inmios do Núvo Mu11do clumraclos bltrbarQs, por esquecerem os nobres pri11cípios da Religião "" qual foram crilldos. Porque infelizmellle há cmrt êles um furioso tuwrt1uista, o <Jttal /reqüe111cmenle prcge, em tôrno tlt- si, e como Belial incita os Outros à revolw cc,lllra " amoriclacle e « ordem, ,Je tCll m,meirer, qut- os oficiais muilll.t vêz.cs têm <1ue ;mer-,,ir. Este, é uma pet1uem, pintura ,Jc tomas 1wçõe.,· <'t1ropéias cujoJ· filho~· esquecerem, o ver,lacleiro J·enso do 11atâoasmo sabor de suas ,Jcsorclemulas ptdxões e guerms civis. €/es ,·ami• nlwm ràpidameme para a tUrima ruim,, justa puuiçiio clé Deus sbbre aquêles que t.•squectram que u Religicio Cu16/hu1 ,le seus países constitui sua principal 11uhre1.a e J'et,:uraura" ("Traveis . .. ", p. 12 ),
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bom uso tlela são 1•trelmltirmne11tc par1icipantes dll tm,izadc ,Je Deul' c··rravcls .. . ' '. p. 8).
A tremenda crise do mundo hodierno, que motivou as apatições de F~tin,a no ano mesmo
(8AtoJLnCE§MO MENS.lRlO com APROVAÇÃO ECLESI.ÃSTICA Campos -
'E.«. do Rio
OirCtor Mons. An1onio Ribeiro do Ros:irio Dirttoria: Av. 7 de Sc1embro, 247, c:ii.xa postal 333. Campos, lU. Admioistraç!ío: R. Stna Madureira, 129 (ZP 8), S. Paulo. A,gr.nte p;ina o Esrndo do Rio: Or. José de OJiveirn Andrade. ca.ixa posrnl 333, Campos, RJ; Agente p:u3 os Estados de
Goiás, Mato Grosso t Mluas Gcr:als: Dr. Millon de S::alle.s Mourlio. R. São Paulo, 824, S-3la 809, tekfonc 4-8630, Belo Hori• zontt; A,(lc11lc pam o E.st?.do da Cu:ma• bara: Dr. Luís M. Duncan. R. Cosme vc. Jho, 815. teltfono 45,8264, Rio de Janeiro; Agcnlc para o EsfRdo do Ceará: Dr. Jos~ Gerardo Ril>eiro, It. Scn.ldor Pompc.u. 2120-A, for1alc2a; Agentes parj à Argenclna: "CruZ3d3", Casilfo de Corrco n.º 169, Capilal Federal, Argentina; Agcnlcs p:un o ChlJc: "Fiducín", Casilla 13772, Corrto IS, San1iago, Chile.
N6mcro avulso: NCr$ 1,00 (Cr$ 1.000); oómrro ntra5'ldo: NCr$ 1,10 (Cr$ 1,100), Aulnatur11s aouals: comum NCr$ 7,00 (CrS 7.000); btnfei10, NCr$ 40,00 (CrS 40.000); grande benfeitor NCr$ 100,00 (Cr$ 100.000): seminaristas e estudantes NCr$ 6,00 (Cr$ 6,000): Amtrica do Sul o Cen1r:'II: via marítima USS 3.00: via aérea USS 4,00; outros países: vi:i marf. tima US$ 4.00: vin aérea USS 6.00.
Porn os & lados do AC, AL, AM, GO, MA, MT, PA, PB, PE, PI, RN, SE t Territórios, o jornal é enviado por via a~rea
. ~ra gr;índe o zêlo da Madre C:tbrini ptla 1rlltgndadc da fé, com u correlata repulsa à hc. . "E/ re~m,. • e, encl teu-se de horror, escreve o Pe. Turchi, S. J., quando viu como os pro1esrn111es vitljavam im;aus,lvelm eme para imbuir () povo tlc .wws falsas doutrim1s, e o largo salário t/UC part, isto ofereciam fJS Sôciedades 8íblicus de Loudr~.'i e dos Estados Unidos" ("TraveJs ... ". _fotrod.). Uma fra.se da Serva de Deus exprime, a liás de modo conciso e enérgico o que el:1 pcnsavd da heresia e dos que :l propagam: "Na lal'<le passC1dfJ um protesumre juntóu e1m1111a.t p,•ssoàs da primcir11 classe f'/e pôde, em uma reunit1o para (;.O• /eu,r fundos pt,ra os filho~· tlcs marinheiros. t relllme,uc muito triste que 10111,, gente siRa <> ,teml)uio ,. 1160" Crism" ( ''Traveis. ... .., p. 31).
"fu gosu,riu de có1lvt!rter todos os prOlt.'i• 1011tes.' excl3ma cm ou1ra ocasião a Serva de Deus. &te, ~ uma miss(lq t111e tenho nwit<> 110 ,·otc,çtío, e vóJ·. minlws queridas fi/lu,s, pela su• jeittio à vossa ,,oc,,ção encontretis-vos uuubém engajadas nesta .rubllme missão ,Je conveflcr aJ' àlmàs" ("Traveis ... ", 17). O zêlo da Madre Cabrini pela conversão dos acatólicos oão se es1iohwa na esterilidade do diálogo irenís1ico, mas antes a levava a empenhar-se em diS<:ussõcs CO• mo a que ela refere ter lido, numa viagem. com certo pro1est;1nte: "Ontem tivt•moJ· uma tli.,·cuss,ío e Ne acabou por clh.cr que eu estava ceru,. Amll muito o Pt,pa e tem umn pr()fwula veneração por êle. Tem oim/(1 mui1a ~stima pot ,wssfl Smt• 10 J<eligião, 11ws diz que nüo e, quer abraçt1t por ter ,,isto muitos Padre.r sem o vcrdmleifl) ,·.tpíri• ro. Emrelamo ficou comenut t1muulo lhe dei ra• záo ni.rw" ('(Traveis ... ", p. 13).
Para coroar esta vida cheia \IC amor de Deus e zêlo de su:i c:1usa. :l Mndre Fr:rncisca Xavier
Cabrioi morreu como um soldado ein plcn:l ba1alha. Alquebrada por tantas viagens, dificuldades e luras que enfrentara, na Pásco:t de 1917 ainda quis ir a Chic:ago. Ali chegando, tomou logo vâri.-.s providências de interê.sse da ConJ;re• gaçâo, apesar de já se sen1ir indisposta, até que teve de guardar o leito. Acamadtl, até o próprio dia da morte timbrou cm não deixar de lc,· os jornais, para inteirar-se dos acon1ccinien10s da guerra que então enluiava o mundo. No dia 22 de dezembro, por vol1a do meio-dia, apÓs ler 1ra1ado d:: diversos negócios com a Superiora da casa, entregou enfim sua a lma batalhadora :1 Deus, seu C riador. Con1ava 67 a11os de idade, 37 dos quais passados na Congregação que fun•
pelo preço d11. assinatura comum.
dara.
Os paga,m tntos, sempre cm nome de Edicôra Padre Bclchiot de Pontes S/C, podemo ser cnvfado~ à Administração ou aos :1gentes. Para mudança de endereço do as• sjnantcs, é neccS5j,rfo mencio11:,,r rnmbém o endereço antigo.
Seu proec.sso de cano,lização acompanhou a rapidez corn que a Madre costumava agir. Cena vez, quinze dias Jhe ba::i·taran1 para fundar uin asilo em Londres .. .
Cornpo~1o e hnpresso na Cla. LHhographk:1 Yplraoaa R. Cadete, 209, S. Paulo
Proclamada em novembro de 1937 n heroicid:1dc de suas virtudes, a Serva de Deus foi be3. tifieada no ano ~cguintc. no di:1 13 do mesmo mês. e solenemente canonizada a 7 de julho de 1946 - antes de se comple1arem '29 3nos de sua morte e oito de- sua beatificação.
.AO LIVRO CONTRA ·FREI
O
1nem. bro do Conselho Nacional da ·rFP e au1or do livro "fRl!I, 0 K,e1U!NSKY CIHLl!h'O", recebeu o seguinte ltlcsram:t do Cel. J ,t\JIBAS PASSARINHO, Minisuo do Trabalho e da Prc,·idência Social: "Mui• 10 ,:r(tlO pt•la r<mt'$SQ do t•xcmplar dt. Stll OpOrltu/Ô /i\lrO, ,,11e {(mt<> suw: para alertar p,:uoc,s elesprtvt111t/us ·c om l6bos tra11esados de camciros''. Por sua vez. o Sr. PAULO PIMENTEL, Governador do t>aranâ, assim se exprimiu em carta ao a.mor do mesmo livro: "Ap, ouvc•mc ucebr:r <> livro tlé Jttll emtorit1 "Frei, o Kere11sk)' Chifu11t>", que tstôu apucia11do ,letidaSR. fAB IO V 10IOAI.. X,WIBR OA S ILV21RA,
11,t•nte.
O lt'ma. 1J•ánscemle11tal, itl sr: me- "/iJ;t1fl1 lrCllado com 1>ropritdade e 11erc11ciê11cit1. As .sutil<'z.as qm• cos1tmum1 acomp,.,,11tar ou 1011,. /1,r as 11umi/cs1ac.-õt·s politico-idt:ôl6gict1$ /ar.cm com que ile ~•e11lw a lttme .sob os mr:ll1oreJ auspícios clu oporttmidade, tlô otimismo e ,/11 <!lucidhçáo. AgrQdccicfo ~/11 sm, ,le/ué11clr1, firmo " Vossa St'11horü1 expt<'SSli<'~' de real aprRç o e co11sidaaçlío"._ Também o Oeputodo UL·nMO os CARVALHO. vicelíder da maiori:11 na Câmara Federal, telegrafou no Sr. Fabio Vidigal Xtwicr da Silveira, 11e.~1es têrn~os: "Ag;adeço o o/uecime11to que me Uz. da pt1tri6tica obra ..Frt'i, o Kut.•mky cltilt110". A111es de /dicitá-lô dcs<"jo /elicilúr minha Pátria por 1,oss11ir filhos ,la t,!ttua mOrlll e l11te/ec1ual do ilustu Amigo. Prossigt1 r:m seu 11abtllJ10 f)(la /egfti,,u: democracia, tml de/(sfl
t/11 lflulição, tia /t1111í/iu ~ tlt, ptopried{ld~. Al~nciosas
1,11u/oçií(S, DcPUTAOO ULTIMO DE CARVALHO, Vice•lí• de-r ,it: Afl.ENA",
,
Do Sr. CARLOS L INDEN&ERO, Senador pelo Espf. ri10 Srmto, rcctbcu o autor esta- carta: " Ac11s<1 e ogrnd<!ÇO a gcmilut.a ,la remessa tio li• vro "Frei, o Kt:r ~nsky cl1íle110", Jc sua autori(l. F~ilo cm /i,,guagem clort1, moslra bem o que se /,11,, 11<> CllilC' 1,ur" lrh11s/ormú-lo em nação nu1rxis1a, com "poio de membros cio clero cal6fico, ser "il1ú<> ,Je inocentes ,ftr:is semi vtr t)ut' strão os ptlmc-iros " sa sacri/t'caJos. Atlmira•m<' " <Jb1ttsitladt! disse clero ,,ue. ,te boa cm m,f fé. ptuc-,·e t:.)'/Or ,u:re,liramlo podu lto\·t:r co11, vú-énc/(1, dr <11111/quer tipo, entre materialisu,s e tspiriluolistas, t /11me1111frd ,,11e aS;sim se p,epare a própriu ruim, e a do Pais tambfm, St:11 livro é claro e prt:ciso e de gro,ulc milidtult. P'"" /iX<tr posições também em nosso País. Com os m eus cm111>rim(•11tQ.t pelo ir1t•stimdve/ .ser"J,•r,, que está prt•suuulo ,l Ambica l<ai,u,. e,wio <:Or• dülis Ja1,dt1çõt~', Com.o se sabe o reporu,gt1n ".Prei, o Kerensky chileno" , publicada no n.0 197- 198 desta fôlhn, foi reccnlemente edimdo. cm São J>au1o e em Buenos Ai•
rc.-s em form" de livro, com prefácio do Prof. 1>uN10 Coi:td,A os Ouvn1RA, Ptesidcnte do Consdho NncionaJ da Soc11!.l)AOS BaASILBIRA OE DeFf!SA OA FAMÍLIA B PROPRleOAOB. A tese central Jo trabalho é que o J>residcn1e Frei e a cúpula da Ocmocmtia.Cristã andina vêm conduzindo sorrateiramente o Chile p:'tra o comunismo, atrav6s <le uma política de com::essõc.s :\s esquerdas, tcpctindo 3Ssim o ntitudc de Kcrcnsky quo conduziu à irnplanrnçiio do bolchevismo na Rússia.. TRADIÇÃO,
O COMUNISMO NA Al
O SR. Tho,nas Moinar um brilhante escri1or de origem européia, nascido tm Budapest, mas há tempos radicado nos .Es1ad0$ Unidos, cuja, nacionalidade adotou. Membro do con1i1ê de redação da ' 1 National Revicw", empresta sua colaboração a vários outros órgãos de cultura norte-americanos, bem como às revistas francesas .. Itinéraires•· e ~·Ecrits de Pa ris''. Em recente excursfto pela Améric;.1 la1ina, teve ensejo de ouvir a primeira conferência proferida no Tea1ro Municipal de Santiago do Chile pelo Revmo. Pc, André Liégé, líder prog,cssisia ,nuito nosso conheeido, que também andou pc:Jo Brasil ~m miss.ão de propag:anda do eh:.'Hnado esquerdismo c:Hólico. Em anigo J)Ublieado na re. vista ' 1 l1i néraires" sob o 1í1ulo de "Encontro no Chile'', apoota o Sr. Moinar a atitude insensata e suicida de certos elementos da alia burguesia católica sul-americana. que emprestam entusiástico apoio a êsses agitadores de b:uina. Pcnt'I é , (1ue, par:, completar o ,1uadro, cm sua e stadia no Chile não 1enha o Sr. 1'homas Moinar tido ocasião de tomar contacto com os jovens intelectuais católicos que se agrupam em t6rno da- revista ·'Fiducia" - e. agora, da TFP chilena -.os qu:1is desde 1963 vêm lutando denodadamente Pel:;l defesa dos v:1lores básicos da civilização cristã implan1a·da nes1c grande continente pelos seus colonizadores: a Tradição. a Família e a P ropriedade. Em São Paulo o ilustre jornalista avistou-se com os n1c.mbros do Conselho Nacional da TFP. proíerindo no auditório principa l lfa Socicdadz um;1 i1Heressa,He conferência sôbre a Áfric:t e seu:> problemas de deseovolvimento. Como rcsuhado de suas observações nessa vi~ita ;) América luso•espanhola, o Sr. Thom;1s Mofn:)r publicou na revisla "Ecrits de P:uis" dois. ani,gos sob o 1ítulo de "Há um perigo comunista: na América Latina?", a respeito dos quais nos desejamos deter de rnodo particular. Mos1ra o autor que o movirnen,o comunista nà América Latina não obedece ao quadro pinta. do pelos intelectuais progrcssisrns, segundo os quais mi subversão 1>roviria das bases. miseráveis e vilimas da exploração capi1alis1a. Tem o comunismo Jatino.americano suas origens 11as cúpulas apodrecidas existentes nos meios da mé-dia e alrn burguesia. Assim. por exemplo, na. Universidade de San Marcos de Linw,, a mais velha das Américas. fundada em ISSJ. "perce• be-se <> mal-e.uar cios intelectuais que tle$lt'zam com rtuftt a ,iaturalid,ule para e1 esqm:rclu .rob a form e, moscovillt, pequi11esa ou cristã, Visi1ei-<1 à.r ,1éspert1s de eleiçõCJ' estudantis. Disputa,1am11a~· qullfro partidos: pró Moscou, pró Pequim, sfJcialisw e demo-cristão, sendo os slogans cios socialist(l.f (A PRA ) os mais ruzoá11eis. Nas vitri- , ne.i·, os livros expostos C(l11tavam o elo!!iO do comuni.wno cu eméio ,Je Se1r1re. do tliálcgo com os · nwrxis1as, tle Garaucly. tle Teillwrd. Um sacerdote bem co,ado, que e.ttudara em Paris e Louvoin, denunciou 11a minha presença como ''ct1r1esiana" " noçtio de .ralvllçlio indivir/ual e fêz o efogt'ó tlu salw,ção cofttiw, ou ~ósmica". E, esclarece o Sr. Moinar, tralava-sc de um Padre moderado, mesmo porq ue o último figurino inclui :ltb o Saccrdole guerrilheiro! A An\érica ta,ina é constituída. pôr um p0vo bàsicamente pacífico, ordeiro, an1icomuoista, por isso que profundamente católico. Até as popul:,. ções indígenas do allipJano guatem3lteco, tão ))0 bres quanto ignora ntes, se recusam a foier eau• sa comum com as guerrilhas comunistas. A falta de apoio da pOpulação local torna patente como ~-sa agitação revolucionária nada tem que ver com as "massas oprimidas'' que- e la alardeia querer libertar. Além d-a e lite intelectual esquerdis1a, que dá. o 10m ern largos setores da vida cultural ibero-ame-
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ricana através de uma propaganda dócil aos mrt• ncjos da Revolução, há outra influência imp,Ortan. te, que também se exerce a rtificialmente, de ci• ma J):lra baixo. Jl a do Clero progressista : uNume rosos St1ccrdotes .1c "cham pe,osufldidos tle que, pará combtu er ~iitoriosamelllc o comunismo, ne• cessádo se torna pôr-lhe em co11frmJ/o outras teo· rias_, t/ue são batizadas, parti s111isfaz.er os ,.equisitos da c,mse,, como '',J11utri11a social dt1 l grcjt111 , m(ls que, em verdade, fazem parle do arse,"'l itleológico do marxi.vmo. Assim o Pe. R o,ger· Ve• ke,mms nt.t CM/e inve111ou o ·'c:r:mruni1ar;smo_,_,, ct1lcu/aclo parti criar comtmiclades ,ws fóbrica:;, nas escolhS, no campo. t-; no fundo o velho cc,vtilo ele bawllw das ccoperllliv(ls e o cavalo de be11a/fu1 um pouco mais 11óvo ,lc, "coge.-uclo''. Na realidt,de. isto estritnmcnte mio quer dittr coiSll "lguma. Mas pe11semo.<: nas pos.,ibilicladts que tl m OJ' grupos es<1uerdis1as ele explora r is.te slo,::an vat,io. " qual, com a ajuda ele /um/os angariados pelo Pc. Vekemans 110 JJélgictr e nos Estados UnidOJ', confmule t tlesorganit.a, sem e(mc/o a dtí1•icla qutmlo às vcrdadeirrt/í intenções da Igreja, ém discuss,io d e ' jovem· a rge11Hnos, publicada por 111m, grande revista, " imervenção tia mai<>ric, dos pt1r1icipames nada trouxe de nôvo. A do P<•. Muxka sw·preeutle pelot1bismo cm que desemboca : PJ'Se jCvcm Sacerdote acha que é cscamletloso que nn Argc11tina modenta ai'uda lwje, Pllfrôcs e op,:.. rários.' í . . -1 Pmleriam Sl'F citlldOs mil exemplos deJ·sa 111,1ureta, n(as essas poucas amos1rc,s já ,Ji'i<> uma idéitt bastll11té clltru do 11ôvo pe1pcl c/(l Igreja ,w Amel'icll Lathu,. êsses Prelado., e Sacerdotes mio tomam o defesa do ,:om1111ismo t nquanto tal, mfls ou pregllm o mQ1•xismQ puro sob tmw outrt, etiqucw, ou /101' seu.-. próprios (J{OS lhe faciUtmn t6cla sorte ,Je co1u1uú·1"s, inclush•c a dos espíri111s''. Como vemos, não pass,a ran, despercebidos ao :lrticulista dos "Ecrits de Paris'' os estragos que · o progressismo vem causando ;1os povos pest.a parte do mundo, principalmente no Chile, como brilhante01en1c demonstrou o Sr. Fabio Vidigal Xavier d3 Silveira na reportagem que "C:uolicismo'' . publicou sob o título de ''Frei, o Kerellsky chileno" (n.0 198-199, de junho,julho p.p.). Outro aspecto que o Sr. T homas Mo1nar observou com atgúci:1 foi o d~s falsas lider:111Çâs, ~ ou das fa lsas direitas., que se mostram tímidas e pràticamente inoperantes diante dos :wanços do esquerdismo. não agindo muitas vêzes senão na úl1ima hora e: sob o clamor d::1 opinião pública não contaminada pela propaganda revolucionária. Para completar o quadro de nossos males e des sas ocultas conivências, afirma o Sr. Moinar: "A cmpris,1 tlitlb6lica dos comtmislás e dt stus compttulzeiros ,h, jor1111c/a (;011sis1e justamente cm impedlr o progrt.SSQ d,, econom,'ll, indlâr os operários à ir1•espo11Sllbiliclade, aumemar a clJrrupçlio e tor,wr crônica a in/Jaçtío''. Que concluir dessas observações? Que de fo to é artificial a agitação comunista na América Latina e que a campanha con1ra aquêles que, direla ou indiretnmcnt~. a favorecem s6 pOdf! ser levada :1 bom têrmo por movimentos não comprometi• dos com 3 corrupção e com a subversão imperantes em largas áreas pclitico-sociais dos países ibe, ro-amcricanos. Ao Sr. Thomas Moinar, pedimos vênkl para dizê-lo, parece haver fa ltado v3gar suficic:me para bem avaliar iodo o trabalho que vem sendo desenvolvido em prol da preservação e restauração de nossos valores lradiClonais pelo mo• vimento que, do Brasil, sob o es,andarte da Tradição, Familia e Propriedade se vai espalhundo pro·g.ress_ivamen1e pelas nações irmãs dêste continente no qual a Santã Jgreja deposita suas melhores esperanças para a radiosa 'era do Reino de Maria. 4
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J. A. S.
Ambientes
Costumes
Civilizacões >
''Oemini" com seu veículo de lançàmento
O "Toshod,iji''. templo budista no fapão
Fora de Cristo nao se alcançará o equilí/Jrio
entre o espírito ocidental e o oriental
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IR-SE-IA que '" pri111eir11 gra-
ª":
vura desta '!1gilw rcpr'?du1. de "J•c,ence f,. c1ion" que uma cena real. Em segu,, .. do plano, um edifício de aspecto fa tes uma v1s<10
buloso parece ter triunfado d e espessas nuvens, que se acumulam II seus pés. A névo,, menos densa que o circunda já não lhe oferece perigo sério. A serenidade do céu. pouco aci-
ma dela, em breve terá ,Jissipado os últimos nevoeiro.\' e relntegrndtJ o enigmático prédio em uma estabilidade sober11110. Dos terraços metdlicos tlêste, despontam aparelhos misteriosos. Annas? /nstrumentos ,te observação? Longos, indecifráveis açoites? Não se sabe. A a/mos/era é m esmo de absoluta "science fiction" . À direita, no plano anterior, ima.. ginar-se-ia tl primeira vista um mina .. rete deselegante e gros.reiro. Mas esst, impressão é desde logo desfeita, pois o ..m inarete11 flutua no ar. Ou, por outra, êle parece apoüulo em wn,, CO· /una de luzes e de chamas que pro• manam de dois focos potentes, pOS• tos em sua base. 1'udo, aqui tam .. bém, no gênero ''.rcie11ce fiction' 1• E o homem? Parece ausente, afugentado por um ambiente que ao mesmo tempo o repele pelo que tem de cicl6pico 11a ordem material e pelo que tem de rebarbarivo. e sombrio na ordem ,ia~· significações psicol6gi• cas. Entretanto, o homem ali está, causa e, de lllgum modo, vítima tiesta cena, a qual não é uma ficção· mas a representação de uma realidade histórica: o lançamento, 110 Cabo Ken• nedy, do primeiro foguete contluzinclo dois cosmo11at11as.
Fotom home,1s que planejnram e executllram. tu<lo iJ·to. São hom ens que ocupam o ft,buloso edifício e mtlnejam os complicadíssimos elementos técnicos que ali se encontram. Por fim. o "minarete" contém dois ho• m e1Js que subirão aos espaços siderais. Expressão grandiosa do triunfo de uma civilização na qual o .homem tlci• 1ou todo o .reu em11enho e,n domi• ,u,r " matéria para seu próprio pro• veiro. Matéria... Sim. E o espírito? E tão pouco, tão falho, e por muitos aspecto:; tão negativo o tJue nesta ordem vemos em rôrno tle nós. que. se fica tleJ·olado. Tem-se a sensação tJe ,u· rarefeito. Essa babel matel'ic,I que edifica,nos para nossa comodidade parece esmagar-nos com J•eu pêso. Pois, mais ainda do que a misérla, pesa sôhre a ,humanidade o êxito de uma civilil.ação materialista. a cuja :.·ombro vegetam, minguam e ameaçam desfazer-se inteirtm,ente os bens do espírito. No outro cllc/11/. um. pequeno edifício tle materiais "convencionals". Ao centro, um Buda enigmático. cercado de figuras cstraithas, Do conjunto dos ''personagen.r'' se desprende uma atmosfera de estabilida'de ,;bsoluta, e que fàcilmem e pode da,· em estagnação; de um recolhimento denso, hierático, no qual porém não se sente o trabalho da inteligência, o no• bre esfôrço da vomade em luta contrt, as paixões, mas apenas uma mo-
tlôrra pesada e muda como a ,uorte. A ~· mil mãos. a cabeça. tu/ornada de cabecinhas, por sua vez encimatlas por owra cabecinha, da figuro do primeiro plano. marcam o mnbiente com uma nOtll tle contradiç<io. de d esespêro, t, fervilhar. sem solução, bem no /tmdo dt, espessa crosta de mar<1Mno. O recolhimento parece at1m· como uma taça. a conter uma primei• rc, camada de morte e w,w segmula ca11wdtt de fel e ele aflição absoluto. Curiosa juslllposiçcio em que algo de solene, de J·érlo e tle belo atrai par,, regiões profundamente interiores, de vazio e de negação. Imagem ele um ,mauJo tJue cu/ti.. vou em extremo a imrospecção, de• positou n ela tôda II sua es,,erança, e 1>art1 levá~la aos seus últimos Umites não procurou os sucessos que o ho• m em ocidental do século X X alcm,çou J"Óbre a matérill. Aqui wmbém o resultado ao' mesm o 1empo é grande e tem algo tle inumano. O observador contempla. e a,:aba por sair decepcionado, e.rpavo~ rido, até. 1"rata•se do "1"oshodaiji''. principal templo tia seila "Rirsus", em Nora, 110 Ja11ão. f,111d1ulo em 756.
Comentando a seu modo, e dentro de sua perspectiva budísrica, esl·a tliferença entre o Oriente e o Ocidente, e êsse misto de $uCesso e de insuctrsso da cultura de um e outro m undo, U THANT, S ecretário Geral da ONU'. teve há algum tempo palavras ~-igni• ficalivas. reproduzi<las em 1elegrama do AFP:
"Depois de recordar as dificuldades da ONU , que tenta harmonir.ar a.s politicas e as idéias dos 117 paise~ que a compõem, o Secretário Geral defendeu a idéia de um homern nôvo, no qual as faculdades intelectuais e espirituais se desenvolveriam paralc• lamente. T hant distinguiu a êsse respeito os sistemas culturais do Ocidente e <lo Oriente: ·'Nos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, os europeus e a URSS, se procura o desenvolvimento da inteligência, a formação de médicos, engenheiros e cientistas : pretende-se chegar à Lua, a Marte, a outras estrêlas, mas se esquece o espiritual. Não sabemos nada de nós_ n1esmos. No Oriente, em compensação. procura•SC o conhecimcn10 do ego, o conhecimento de nós pr6prios. enquanto tudo o que acontece fo ra de nós parece-nos sempre um tanto con• fuso".
As considerações dêsse ultravede1ís1ico personagem insinuam que da síntese tle uma e outra coisa pode nascer, por meio de fórmu las meram ente naturafa•, rm, etJuiübrio perfei10. Concepção 'que. a ser assim, deixa ver w n. fermento hegeliano. Em cada uma das posições confrontantes haveria um misto de êrro e tle ver• dade a ser superado em uma sttltese. Tal síntese, a História a produziria pela elabortlção naturt,I e estrit11me11te cientr/lcll do espírito humano impelido pela evolução universal e por su,, vez impelindo.a para a f rente. A essas con$iderações um espíri:o
católico não pode deixar de l'edarguir lembrtmtlo o papel insubstituível ,Jc umtl única fé verdadeira e .robrenatural, dfl R eligião dAquele que disse dú Si: " Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo. 14, 6), e ac1·esce11to11: "Sem Mim nada podeis fazer' ' (Jo. 15, 5). S em que o m,mdo conheça Jesus Cristo, e O aceite como petira tle l'ingulo ele tudo quanto construir. a tão tlesejável harmonia entre o espírito tio Ocidente, prew,le,ueme11te prático, e o espírito cio Orieme, so.. brewdo contemplativo, 11ão poderá s~r ,,lctmçada. N,ío é <le um cozinhar promíscuo de erros e ve,.dades ele cá e de lá. que resultará o equilíbrio. Não é com os meros recursos da natureza que o homem, concebido cm pecado origi1wl, o alcançará. ••.eonuni ex integra causa": só quando todos os homens .re insplrarem em Jesus Cristo, Stt• bedoria Eternll e Encarnada, e em J'"ª única Espôsa, a Santa Igreja Cat6lica Apoj•tólica Romana, só então é que o Oriente st1berá purificar aJ· suas contemplações de todo o pêso elas quimeras mile,wres que ali engendrou, e que o Ocidente saberá construir um progresso material capaz de servir e nc1o de esmagar a alma lruma,Ut. Di,emo-lo movido pelo desejo de que a prece dos leitores, tlirigida à Medianeira Excelsa de tôdas as gra• ças, neste A no de Fátinu,, obtenha quanto antes para o gênero humano o oc/ve11to dêste dia de sabedoria e de gl6ria, de pat e de justlça, com a reafiz.ação da promess,, radiosa: "Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará".
ll]AfOJLJCl[SMO
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''FREI, O KERENSKY CHILENO'' REPERCUTE INTENSAMENTE NO CH/1.E RANDE repercussão vem alcançando no Chile a reportagem "FREJ, O
KeRJ;NSKY CHiLl?NO".
de nosso colaborador FABto V1010AL XAVIER DA S1Lv1mu, publicada no n.0 198-199, de junho-julho p.p., desta fõlha e depois editada em fo rma de livro em São Paulo e em Buenos Aires. Em seu número de 6 de setembro último, "ERCU..L.Aº, conhecida revista de c,: ntro-esquerda de Santiago, insinua, sob o título de "Primeiro fio de uma teià de ara11h,â ?", que a recente prisão de dirigentes do Partido Nacional (oposição) se deveu a estarem &lcs envolvidos cm uma conspiração golpista, que teria ligações com setores da dircila internacional. A prova disso estaria em que um pr6ccr da agremiação, o Senador Pedro lbáfiez Ojeda, teria convida• do a visitar o pais, há dois anosJ "um senhor Fabio Vidigal Xavier da Silveira'', autor de artigos injuriosos ·ao Chile cm jornais brasileiros. Acrescenta a rcvisra (tUe nosso colabora.dor teria sido ex• pulso do território andino, "por seus bituitos go/pistaS', ocasião em que o mesmo senador teria ido ao Ministéric do Interior reclamar · contra tal medida. O Sr. Pedro lbáfie,,, em carta a "Ercilla'', desmentiu tal vers.io, que é , de fato, inteiramente falsa. uMais um elo da campa11ha arr1ichile11a: "Fiducia" comimw traindo o Chile 110 Exterior''. tsse é o título - de ·página inteira do editorial que o diário ºLA NACIÓN" estampa cm sua edição de 12 de setembro, O órgão oficioso do governo democrata-cristão chi• Jeno repro<. z a 'primeira pâgina do re• ferido número de lOCatoJicismo" com a seguinte legenda: "Fac-stmile do peri6dico bra~'ileiro ''C(l(o/itismo", 110 ,,u,1/ se publicou o injurioso artigo sóbre o Presideme Frei e seu Govêr110 que os ;ovem· de "Fitlucia" se esforça,;, por ,lifundir na América Latina''. Reproduzin• do igualmente o c liché da flâmula do Colégio San lg11acio, dos RR. PP. Jesuítas de Santiago (coin um diabinho en• cara,pitãdo sôbrc uma bola que ostenta o nome do Santo Patrono do estabelecimento), o qual ilustrava o artigo em questão, o jornal traduz a respectiva lc• g.enda e lhe acrescenta êstc comentário de sabor farisaico: "Embora pnreçá i11crfvel a legenda dêsu: ,·liché é a tradução exara do texto cm ponugué~'. Apresenta afoda uma reprodução do "cxpcdicn• teº de!ita fôlha. onde .. Fiducia" apa rece como nosso agcnre para o Chile. No dia seguinte, em nôvo editorial intitulado "Campanha auticltileno marcl10 11, voltou "ta Nación" a refe• rir-se a ' 1 Fiducia", repetindo as. acusa•
cu;
çõcs e ameaças do .a rtigo anterior, ao mesmo tempo que reiterava os propósitos reformistas da Oemocracia--Cristã andina.
Na' falta de arg umentos Na falta de argumentos para refutar as teses e os fa tos apresentados na rc• portagem ''Frei, o Kerensky chileno". procura o jornal envolver nossos jovens confrades de "Fiducia" numa suposta e fantasiosa conspiração internacional, tendo como foco o Brasil, a Argentina e o Peru, contra o govêrno pedccisrn do Sr. Eduardo Frei Montalva. Assim começa o primeiro editorial de "La Naci6n": '' Vimos demwciando eles. tas colunas as conexões nacionais que tem a campanha sisremática de desprts. tígio do Chile, desenvolvida 110 estrmr• geir() por setore.t da direita. Entre ésses grupoj·. a insritui,·ão pretensamente ca• 16lict1 ''FMucia" teve, seu1 dúvida, um /ug,,r de ,!estaque, dados os seus co11wctos com os ctrculos mais reacionários do Brasil e da A ,ge111i11a, ,los quais rtctbt J;11a11ciame11to". A seguir a firma o editorialista ter chegado no seu conhecimento que os colaboradores de ''Fiducia" - que êle chama, com derrisão raivosa, de "11i,1os bien'' - não hesitaram, na defesa do patrimônio de suas famílias, em viajar Por paísc,s estrangeiros _para atacar o Chile. Teriam êles percorrido as reda• çõe,s de órgãos de imprensa brasileiros pedindo a divulgação de ''um t1rtigo 1le11omi,wdt> ·'Frei () Ktrensky da América" (sicJ escrifo pelo jornalista Fabio Vidigal Xa~,ier tia Silveira, ~xpulso de nosso país por i11desejcfod'1 • Alguns jor~ais ,~ te.riam recusado " divulg3_r o artigo, ,, v,sta do caráter falso e iuju• rioso déste", enquanto outros lhe teriam <lispcos,1do boa acolhida. "O eirado or1igo - prossegue "La Nación'' - publicado n,, revisto ''Catolicismo". em seu titá'nico esfól'ÇO pura dt$pres1iginr o Chile e seu Govê,·110 não vacila em atacar soev11en1e a lkreja chilena, cujos seminaristas t1cust1 de ,le,licarem-se à t1gitação campo11esa, segundo planos pré-fabricados nessa bl~ 1cnção pelo Mim'stéâo do /111erior e dtsce atl aloques pessoais ao Presidente Frd. sua família e m embros dt seu Gabi11e1e. Da tevista uMe11.fáie'' ,/e. pois de t1/irmar que dt1 "se <Ih. :·at6/i, ca'', c l1ega a su:.tentar que em suas páginas se de/em/e o comrl)le ,ta natalidade por qualquer meio imaginável" e que a Igreja chilena ''ajuda de maneira pública ·e no1ória II aç,1o comu11it_ontR do Go\1ir11011•
Uma acusação que é tão f alsa quanto gratuita Ptttende o editorial que o jorn:1lista brasileiro "J·6 pôde conhecer a realida. dt chileno pela lfaiçlí<> iuquali/ic&vc.l ,Je rapazinhos bem que escondem sua avidei pecuniária (1trós dos princfpios da R eligião Católica, ;& qttt! não ptide permanecer 111) país Pllra informar.se pes. soo/mente''. Esta passagem é confusa: não se s:1bc se a ·'traição'' de "Fiducia" teria consislido em revelar ao Sr. Fabio Vi• djgal Xavier da Silveira a real situação interna do Chile, ou em lhe apresentar uma visão deformada e falsa dessa mesma realidade. Não vemos corno um regime que se professa 11dcmocrático·• e "cristão" pOS· sa temer que se conheça no Exterior o que ocorre dentro de suas fronteiras, a p~nto de . chamar de traição a divulga• çao de tais fatos. Semelhante temor foi sempre uma característica dos regimes totafüários ( fascistas, naz.istas ou comunisrns), nos quais os dados da rea. !idade nacional são controlados pelos Ministérios de informação e propaganda ou do interior, como se fôssem segre-' dos de Estado, e depois manipulados para uso da opinião pública do país e do eslrnngeiro. Se porém a acusação é de que "Fiducia '' forneceu informações fa lsas e contrárias ao interêsse nacional, é preciso provar duas coisas: I.º) que os fatos aprescnt~do~ pelo Sr. Fabio Vidigal Xavier da S1lve1ra são falsos~ 2.º) que
foi ' 'Fiducia" quem lhes deu curso. Até o momento nem sequer se tentou produzir a lguma prova qua1tto ao primeiro pomo. Bast3 correr os olhos pela reportagem cm questão para verificar que o autor colheu suas informações: no noticiál'io das agéncias telegráficas e 1,a própria imprensa chilena, inclusi• ve cm "La Nación", além de registrar comentários eorrcntes no público andino. Aliás, tudo o Q\1e ali se relata é notório no país e está ao alcance de qualquer o~servador não ofuscado pela propaganda oficial. Em sua- recente estadia de uin mês no Chile ( que, de resto, não foi a primeira) foi fácil ao Sr. Fabio, Vidigal Xavier da Silveira ' com . a argucia que seu trabalho revela, nrnnter contactos pes.soais, em á reas diver• sas, ler jornais, etc., a rim de inteirarse da situação do país. Por tudo isso se vê que a acusação íeirn a "Fidueia" é, cm qUaJquer hipótese, tão falsa quanto gratuita.
J ornalist as sagazes e esforçados A scsuir, o jornal do govê.m o co~ menta a notícia da íundaç.ã o da SOCJE• UAOE C IIILENA OE 01:P.ESA OA T'RAOtÇÃO FAMÍLIA E PROPltlEOADt!, estampada n~
mesmo número de "Catolicismo", ti3• lientando os telegramas de felicitações "enviados tio quartel general da o,ga-
11i1.<1Ç<10 no Brasil e Argemi11a1• • Telegramas e notícia parecem representar. para os sagazc,s e esforçados jornalistas governamentais, outros· tantos indícios veementes de uma conjura internacio• nal. · Assim fina liza HLa Nación": '"EsttJ atitude (dos rcdatoces de "Fiduciaº] re1>rtstntu, ademais, um e.t:lremo illlO· /ertfvel de covt1rditl, iá <1ue vão di/a• mar 110 e~•tfl1ngeiro o <Jtte, nii.o se atre. 1,em a manife,rtar em sua própria pá. tria, sabendo que os chilenos ,;m olhos para ver e ouvidos para ~scuwr". Deixando de .Indo a grosseria dessa língua• gem. gostaríamos de saber se os agentes do Sr. Frei, que procuram impedir" a té no Brasil a divulgação da repOrt:l• gcm de 11 Catolirismo", deixariam circular no Chile um número de "Fiducia" que dissesse do rcgin\c demo-cris• tão mais do que n revist:t, desassombrada mente, tem dito,
Gustavo Antonio Solimeo C:ip:t tia edicl'io bl'Milcim
O GOVÊRNO PEDECISTA RECORRE A MEDIDAS DITAT ORIAIS O dia 27, quando encerrávamos Silveira, mandou ao Sr. Eduardo Frei a presente edição, a imprensa êste despacho, assinado pelo Prof. Pli• diária de São Paulo e do Rio pu- nio Corrêa de Oliveira (texto a11áJogo blicou a seguinte notícia, redigida de foi enviado ao Sr. Leigthon): ''Estando ausente do pafs o brilhame membro do modo acentuadamente tendencioso: Com;e/Jw Nacional 1/a Sociedade Brt1,Si'·A polkia chilena apreendeu e retiltirll de Defesa da Trt1difllo, Fam11ia t rou de tódas as livr11rias de Sa111it1go o Propriedade, Sr. Fabio Vidigal Xavier l,'vro "Frei, o Kere11sky chUeno'', que dt1 Silveira_ . julgo-me no dever dt. apre• dois brasile;,os, Fábio Vitligal e Xavier · se11tar a V. Excia. ate11cioso e calégórida Silvtârt1, c.~scl'e,rt.ram, cdUaram na Arco prott.sro comra a t1cusação fcil<l "º gentint1 e estavam distribuindo em San• livro uf:'rei, o Kerensky chileno", obr<1 tia.go. A obra foi qualificada de subversiva pela iustiçt1 chilena, que proibiu elt~·ada e coa(,s, que mulll tem <le subsua venda 110 1u1fs e Ol'<ienou ti polícia versivo nem calunio10. R espellosos a opreem·ão de todos os exemplares. Vá. cumprimento$'. Ao mesmo tempo, a cmidade distri• rios ,lt-Jes linltâm iido em•ioclos direu,. buiu comunicado aos jornais, i1ssim rc• meute a O/lcia;s ,Ju~· Fôrças Arnwdas, digido: que clemmciaram ao go,rêrrro <> caráter tia ''Tendo órgãos de imprensa desta Caobra. e da C m11w/J(1rt1 11oriciado que o pital Os áutOres do Uvro acusam o PresigovRmo chileno consider<>u calunioso e dente Frti de estar preparando uma ,Ji. tadw·a comunista no Chile e comparam subversivo o fü•ro 'ºFRE I, o KeRENSKY CHILENO' ', tlc autoria do Sr. FA1310 v,. sua atuúf,lo c:a.n11 " do ex..Presidenlt João Gou/tlrt e com fJ do chefe do go- OlúAL XAVll;R DA S1LVEIRA, orde11anclo \1êruo p,-ovisório orga11iztulo na Rússit1 fôsse aquela olJrt, retirada das livrarias em /917,. Alex,mdrc Kercnsky. Vitligal e e apreendida no Coraio, a Soc1E.OADE 8RASíLEIRA OE 01ffESA OA 'TRADIÇÃO, fA• Silveira lembram que o govêrno de MÍLIA E P.ROPRIEOA1>e (TFP) co11sitlera K erem·ky facilitou (1 impltmtaçdo do cômw,ismo. <lit.tm que a politt'ca de Frti nectssório prestar <10 público um esc/<1recimento sl}b,·~ o ocorrido. coloca o Chile 110 c:11111i11ho da ditadura, Divulgado em primt:ir11 ,mio no míque potlel'á ter a forma da cubana. mero de junlto-jul!to p,p. do prestiRioso Segundo a jus1iç,, cl,ile,1a, os autores mensário tle cultura ''CATOLICISMO'', tldvogom umn imerven,'.êít> tias Fórt;·as tJue se edita em Campos sob os ouspí• Armadas ,los países vit,iuhos, evitar cios do _ B ispo Diocesano, o ilustre 1có110 Cltile. a repetição tio caso ,lt Cuba. O govh110 preicmlc u1ilit.t1r o livro /Qgo D. ANTONIO m t CASTRO MAYl?R, como provo 110 julgmntnto dos líderts ''frei, Q K ere11sky cltileno" foi /a,.ga• do Parado Nacional. Este~·. ,Je 1t11dênci1, mente difundido em u,clo o Pais. Postedireitista, fo,.am preso:;, está() sem/o pro- riorm ente, o mesmo uabalht> /oi publice.ssmlos e brevemelllc serão julgados, cado sob forma de livro pelo Etlit6ru acusados de subve,·sõo e incitação à se. Vera Cruz, ltmlo então sitio novamente objeto de largll dl/usiio. Extensas camudiçáo, Um dcj• t1utorcs tio livro. Xtn•ier da d,,s do público brosiltiro co11htcem pois Silveira, foi txpulso do Chile n<> 0110 c."•sse trabalho, que foi apfouditlo pot vá,;as ptrsom,litlades tlc tiestaque, En• pas~'.ado. Embom es/l'angeifo, Sil\ tlr11 Je~·euvo/vit1 ativitlades polfticas comra o tr~ tstas. flgu flm1 o Ministro JAftóAS programa de rt/oruw agrária que está PASSARfNHO. o Governador P AULO P,. M ENTEL, o Se11(ldor CARLOS L1NDE:Nsendo aplicado pelo Presldente Fr~i". 1n:Ra. o Depuwdo ULTIMO OE CAlWATendo a mesma noticia sido divulgada LHO e o Prefeito de P.ôrro Alegre. Sr. em Caracas, o St. Fabio Vidigal Xavier CELSO MARQUES, da Silveira, que ali se cncontl"3va de O Sr. Fabio V. Xavier da Silveira é passagem, envio\1 ao Pres,idente Frei e um conhecedor pe11e1r(ll1te e clocume11ao Sr. Bernardo Leighton. Ministro do Interior do Chile, 1elegramas do SC• ttldo da realitlacle chilena comempor/J. guin1e teor: ''lnforma,lo d,1 ,,preensão nea. Provàvelmenle por isso o Sr. de meu livro ''Frei, o Kcrensky chile- Eduardo Frei, Presidenle do Chile, reno" .rob a calum'os,, imputtlÇÚO ,lc se.r ceoso ,le ver examinada tão de ptrto subverJ·i,•o, envio vec.•ml'llft protesto Côll• sua atuuç,ío ambrgua, tomou co111rt1 o ira a iuiustn medidt1, caracteiis1ican1e,11e mesmo em setembro de 1966 a medida tlitatoria/'1• rotalmeme infundada de convidá-lo fl Por sua vez, :\ TFP, de cujo Conse• rctil'ar~se tio ttrrilório andino. Reunindo em seu trabalho ,1as111 dolho Nacional fa1. p;1r1c o Sr. X:wier d:l
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cu,menWÇ<io súbrt o atuat govGrno chileuo, o Sr. Fabio V. X,,vie,· du Si/. ,,eira mostrll <1ue o Presidcutt dtmocra• ta-cristão daquele pats irmão, dominado pela ideologia esquerdiza11te ct1r<tcte• rlstica do pe,lecismo tipó ' 11erceira-ftJr• çtl', vai empurrando o Chile - atrnvés de l'ejormas de base sodalista.r e co11ji.rca16rias - p(,ra o comtmismo. Nisto, o tmtor e$tabelece uma a,wlogio eu• tre a oçõo </e Frei e " de Kerc,1sky, o f/tml impeliu para rt/ormas csquerdisws a Rússia post-cz.orista e facilitou o a,J. vento ,lo comu11;smo. Como é claro "'' leitura ,lo /ii,ro, istc não equipara en• 1re1n11to a ação do l'resi<lente pcdecisla chileno, ,,J1ima tle .sua formaçc7o itleol6gica e.squer<lisra, com a atuaç,io flmbiciosa e claramente traido,-a ,lo Sr. Alexa11drt! K ereusky. l;m nenhum do~· .re11s tópicos a obra do SI'. Fabio Y. Xavier do Si/veil'a ;,,. cita à subi•trsão. Elo mostra apenas que. em virtude mesmo do seu caráll!r socfolist(l e confisclltório, o regime Frei ,,em sofrendd grcwt!S revests t!conômicos e odmi11is1ra1l"os. E que, 1>or,, impor ao país as .mas reformas, tstá monuuulo um apt,re/11t1me,110 partidário-esl<lf<1/ que rende ,, ,,ssumir /eiç,ío stmprc mt1is ,U111torial. A c:rescellfa indicies co11vi11• c:cutes tia t·resc;:11te impopularida,ie daquele regime. Esses vários ilspectos do livro, que mula têm ,lc ca/u11ic~·o ou subverslvo. o f!Ovlrno Fre,· poderia te11u1r dume111ilos argume111<ultlme11te, a/l'ovés da imtn• s,1 mdqulna de prcpaga11da que m<>111ou. Maj' éle foge prudtnfemente da conrro vbsio, /i1m'tamlo.s~ tt silenciar por m edidas policiais o tscritor (,rguto e i11• cómodo. O qut bastaria paro provar c1 tese do livro, de que a Democr,1ciuCristã está gerando a ,li111dura 110 Chile. Sendo o Sr. Fobio Vidigal Xavier d" Silveira m embro do Conselho Naciomd da Socu:OAOE 8RASILEUtA oe DEfESA DA 4
' fRAo tÇ ÃO,
FAMÍL-IA
E
PROPfU F.OAOE,
e
enconfra,ulo-se €lc 110 mom,:,110 fora do Pafs, o Prof. P1, 1N10 Co••íl• DE OuvEt• RA, Prcsidenle do Conselho Nacio11t1l do 'fFP, telegrafou ao Presidente e ao Ministro do Interior ,to Chile. /ormu/tlmlo protesto categórico co11tr(1 as medidas di• rotoriais tomadas em relaç,io a "Frei, o Kerensky chileno". E a TFP cumpre um dever t1prese111amlo ao co11hecimento do público bra• sileiro êsse con;,11110 de fatos. São Paulo, 28 de outubro de /967 EOUAR.00 OE BARROS BROTERO, / .<> St• ct etário do Conselho Nacional".
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li Oirctor: M OR$. Antonio Ribeiro do Ros:ttio
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MPUTI svITT DIESv1 PÃ!Üm rP~
F1L1vfv\ 5\IVM PfJMOGEH11vr1i~~ a .11 . e.
Natal, por Fra Angc::lico
ANO XVII - DEZEMBRO DE 1967 - N.º 204
~-----~----~------·~---~----------~-----~--~' Exemplar avulso: ).CrS 1.00
.. . " . . , . da re vo lu ç ão bolchevi s ta TFP no qu1nquag e s1mo an1v e r s ar10 iniciativa d a Uma
Missas elll 18 • ~t· pelas VI 1111as do eo1nnnISIIIO P
OR ocasiúo do çinqUentenário da implantação do regime bolch evisrn nn R(1ssfa, n SocntOAOlt 8 RASILEHl:A DE DEFESA DA TUOIÇÂO, FAMÍLIA 2 PROPRIEDAO!l mnndo~1
celebrar MissM por intenção d as vitimas que v comunismo vem faze11do desde
então cm todo o mundo mravés de atcncados, guecras e revoluções, como cambém par-a
obter da Bondade Divina que cesse o jugo comunistà q ue pcs:. robrc povos inteiros na Europa, América, Ásh\ e África, e para que jamais sob êlc caia o Brasil.
tsses atos religiosos se cíctuatam cm São Paulo, sede do Conselho Nacional da TFP. e cm q uase tôdt\$ ns cidade!. em que se localiiam Secções e Subsecções da en1i•
d.ld e ou núcleos de militantes da T radição, Fnn,ílio. e Propriedade. Na Capi1at paulisca, cm Brasília, R io, Belo Horizonte, Campos. Salvador. Recife, For1alcia, Curitiba. Florianópolis, S:ío Jos6 dos Campos, Olímpia. Pindnmonhangab~. Ouro Prêto , Barbacena, Po nta G ro5SO., 8 Jumenau e C rieiuma, foi considerável o número de fiéis que anuirnm no Santo Sacrifício. lotando litcrnlmente os templos cm <lUC êstc se ccleb mva. A atenção de todos se \'Oitava com simpa1ia particular pari. as ,, umerosas delegações de refugiados com trajes típicos. que com suas bandeiras timbraram ein panicipar das «rimôn~ 1 Em quase tôdns n.s cidades o. acolhida das autoridades foi dos mais simpáticas, como Recife - o nde: compareceram o Governador, o Comandante do IV Exfrcito. o P residente• do Tribunal de Justiça e o Prefeito - FtoriMópolis - onde igualmente compareceu o Governador BmsHia e Rio - onde o C âmara dos Ocputados e diversos Miniscros se fi1.cram represcntnr - Belo Horizonte, Curitibo, São Paulo, S:il• vador. etc. · Na opQrlu nido.de rcaliiaram~se dC$íiles d e sócios e militantes dn TFP em São P:i.ulo e cm Curitiba. perco rrendo as ruas ccn,mis d e ambas as cidades.
• • • Nos largos setores cm que o cinqüenten:\rio do regime soviético vinha servindo de oc;as:ião par.t uma discreta propa8anda dos pretensos êxitos dêste, e dos propósitos "soi-disa.nt" pncifisrns dos d é.~potas atuais do Cremlim, n iniciativa da TFP desagradou. porque tinha o efeito colateral de• ensejar uma atilUde de repulsa ao comunjsmo nesse einqüentenário, ensejo que nenhuma outra cn1idadc que não a TFP ofereceu cm nosso País. Nos referidos setores n ão faltou q uem qui$t.SSC \'er na idéia de faier celebrar as Miss.as uma intenção política <1uc lhe era alheia. Mas a o pinião pública se mosuou in.scnsívcl à insinuação, e. em todo o Bmsil, a iniciativa d a T FP foi acolhida pela populaç.ão com a maior simpatia. N n Argentina e no C hile, as entidades irmãs. Soc1EOADB ARGENTINA oe OePSSA
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DA TRA0 1ÇÃO,
fAM fLI A FAMÍ LIA
e e
.fAMf LIA e PROPRIEDADE C S OC:lll.OAOE C HI LENA DB DefF.SA TftAOIÇÃO, PROPRIEOA.OE, e no U ruguai o NÚCLEO U RVOUAIO oe OEP-SSA DA Tll:ADIÇÂO, Pa.OPltll!DA.DE ,ambém fizeram rezar Mis.sas com AS mesmas intenções. ns
quais contaram com o co ncurso de srnndc número de auto ridades e fiéis.
Em São Pau lo EVESTIU-SF.. de grande pompn a Mi.ss., celebrada pelo .Exmo. Rcvmo. Bispo Otoccsàno de Cnmp~• . D. Antonio de Càstro Mayer, nà Catedrol Metropolitana de Silo Paulo, às 11 h 30 d o dia S de novembro. A cerimônia foi pro• movida pelo Conselho N~cional da Socied:idc Brasileira de Defesa dn Trndiçáo, Familiá e Propriedade. Uma :is.~islência c:ilculada cm 3 mil pessoas QC'upou as três naves <la Sé. Pelos uus tr:ijes típicos e coloridas bnndcirns, chaniavam 3 atcnç5o os elcmenlos das co• lôoias de nações ·sob domínio co1nunista: húngaros. poloncs.cs, liiuo.nos. sér vios, esto• nianos., russos, letões, ucranian os. checos, búlgaros, macedônios, chinêses, bielo-russos. cslov:icos, albaneses, croatas. A guarda de honra no interior do tem• pio, nas portas e no csc3daria externa CS• têve a c:i.rgo de um destacamento da 2,ª C ia. de Polícia do Ex~rcito. Os soldados entraram cm formaçfio e marchando pela n:n.-e centrnl, sob o comando de um oficial. Uma sccc;{io da Handa da G uard:l C i• vil, postada na calçá.da frontcir:.\ à pon:1 principal, executou hinos e march~ d~1r:1ntc a M iss.,. Bancos guarnecidos de vc1udo vermelho com o cmblcm:. da Socicd:,.dc, (oram rc• scrv;ldO$ às .-iutoridadcs e aos membros: do Conselho Nacional da Tfl>. Um serviço de cerimonial reccbit"t os convidados: :\ porta, No p resbitério to maram lugar Sa:ccrdo• 1es das naçõe,.-. eotivas e o Exmo. Revmo. Mons, João C hcdid, Bispo maronita de Tl'l'poli do Lib::ino. S. Excia. J\cvm:1., que se nchava cm S5o Paulo em vi.sitt'I p3StO• mi ::tos fiéis da:Qllclc rito c:uólico oricn• 1:il. féz..sc acompanhar de <lirigcmcs de enlidadcs maronil:u de São Paulo. Um imenso estrmdartc ,•crmelho, de 12 metros. os1en1:indo o Jciio dourado - que media 1,90 m. - e as palavras Tradição, F:,mília, Propriedade, pendia d e um:. 3J. turá dt m::iis de 20 metros, entre d uas colunas d a capela-mor. Junto · ao :tll3r v,am,sc o p,wilhâo nacioll:'11 e o pontifí. cio: nM ex1remidadc-s d a mes:1 de comu• nh:io, clcmcnros das comunidades de rduRi:ldos i::u!-1en1::tvam as b:rndeiras d e seus paí~s e os.,;ocit1çõcs; dezenas de csrnndnr1cs da TFP ctam conduiidO$ por jovens miliHlrtlC.'-. O Éxmo. Celebrante. O. Amonio de Castro M::tyer, 1cve como Assistente o Re..,mo. Mons. S)'lvio de Moraes. M:1ttos. Cura da C:i1cdr:il, ç foi :icolitado por dois milirn.nte~'- da Tradiç5o. F':un ília e Pro1>ricdade. O Córo masculino da C:uedral Mc1ropoli, 1:1,la ç::intou J)CÇas de J>Oliíônico. À con:-nirnç:\o. iodos os cst:rndanes e bandeiras SI: incli,.u,ram cm ~i1Htl de h_omena.gem. Tc:rn111lad1' :l M1ss:,. rcummm-se na CS· cad:trfa do templo os Dispos, :\S atuoridci• dei,. os membros do Conselho Nacional e os d il'ÍJ:!Cntes das comunid:idcs de refugiado~ 1>-os:,ndo p~ra os fo16grafos: e cinegrn• fürn s: q,,e ril'.crnm :, coberrnrn d:1 solc:nid:u:lc. E.m seguida, precedidos. pela 8and:i da Cu:trda C ivil, os sócios, da Tf'P, os mili1antes cfa Tr::tdição. Famíli:i e Propriedade e o~ rcprescruan1c..~ das colonias cs• 1rnn~eir~H• d irigirnm-se cm J>as:scaca :ué o monumento dei fundaç:'10 d:t cidade, no J)á1to do Colégio, J)róxirno à Sé: ali foi c:m1:\do po, todos o Hino N::tcional, O Exmo. Revmo. Sr. Bispo de C:\mpos e o Prof. Plínio Corrê:, de Oliveira retira• r::tm•se sob salva.1, de p:1lnms. Foi o Presidente do Conselho Nacional do TFP mui10 cum1>riinen1:1.do pclàs :iutoridades e.: co1w idado~.
R
Noticiário por Gustavo Antonio Solim eo
Fal:tndo à imprcns.'l. o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira agradeceu o generalizado ~1poio do:. pnuli.SIMOS. que compareceram cm grande 1túmcro :\ Missa, e S.'llientou a excelente acolhida que teve o manife.~to da TFP, o qual estampamos cm nosso último número. A cerimônia foi largamente noticiada na imprensa. ró.dio e televis5o. Ourante os tr~s d ias que a prtcederam. diversos car• ros equipados com nlto -fafontcs, usando como prefixo music:i.1 a Marcha dos Ora• gÕC$ do Duque de Noailles. percorreram as ruos centrais e os b~irro.s da metrópole paulis1:1 convidando o povo p:,ra u Misst, e explicando o significado da inici:t1iva dn
TFP. P:: miciparam do .-,10 n:l C,ucdral Mcttô• politan:1 representantes do Coma..nd:,n1c da 2.ª Região Militar. General João nino Mo.chado. e do Sccrc1tirio do Trnb:i.lho, Deputado Cyro Albuquerque; o Cônsul do China Nacionalista, Sr. Chi Hsiin Mao; o Cônsul do Oovérno estoniano no exllio, Sr. F'erd inand Saukas; Mojor Josué de Fi• gucircd o Evangelista, Comandante da ? .• Companhil'I de Guardas; Mojor Joilo Luiz 8atcellos Lcssa de A?.t\·edo, Con, andantc da 2.• Companhia de Polícia do Exército: oficiai$ do Exérci10 e da Fôrç:i Públie:1.
C:lrnnr::i Federal: .Deputados R nimundo Padilha. P residente da Comiss5o de Rehl• ções Exterio res. ú llimo de Carvnlho, vicelíder da Maiorin. J oaquim Cordeiro, Arlindo Ku nsler, Mo1ls. Manoel Vieira, A<lhc• mar Ghisi e Gernldo freire; M inistro Eloy José da Ro,chn. do Supremo T ribunal Fc• dcr::ll: Sr. Abrnhnm RoHé, Assistente de R.clnçôes Públicas do Ministério do ·rrabalho e Pre-vidência Socinl. reprcscntondo o Ministro Jnrbas Passarinho; Sr. Cernido Pcrrni. Subchefe do Gabinete Civil da Presidência d a República; Coronel Fernnndo Carvalho. Chefe do Estado-Maior dn 11.ª Região Milirnr: Capitães-Tenentes Mario Augusto de C amnrgo Ozorio e H"roldo Vieira da Costa, representando o Comnn• dan te d o 7.0 Oiscrito Naval. Almirante M:.u io Cnmeiro de Can, pos Esposei; Tcncnte--Coroncl Wtishington Bcrmúdcz. Chc• fe <13 Divisão de Relações P(1blicas do Gabinete do Minis1ro do Exército: Tenente• Coronel Venfü,cio Frota, do Estado Maior dn 11.• R M; representantes do Ministério dn Aeronáu tica, dn Base Aérea de Brasilia e do Comandante do 8:ualhâo de .Polícia do Ex6rci10: Sr. Ivan L\12, Secrctftrio da Educação e Cultura do Ois1rito Fedem!: Sr. 8cnedi10 F ilipe Rnucn, Procurndor d n Justiç.a Militar; Sr. Paulo Romeiro, tepre• sentnnte do Scere16.rio de Fiit:rnças do OF: numerosos o ficfais. bem como graduado!e praças. da Marinhn, Ex6rc ito, Aer'01táuüen, e Polícia Milirnr do OF: funcioná• rios de Minist6rios, Tribunnis: e au tarquià:.; estudantes, comcrcitirios, opertlrios. • Ao ensejo da presença em Brasília do Exmo. Revmo. Sr. Bispo de Campos e do Pror. Plínio Corrêa de Oliveir~, o Di• retório Seccional dà TFP convidou as per• sonalidadcs p restnt<:$ à Missa p:ira u m cO<"k•tnll que se realizou, cm nmbiente de m uit:t cordialidade. no Hotel Alvorada, :\s 19 ho ras do 1n csmo dia, Estiveram prcscn1es, entre o uttos, o Senador Attilio Foni.ina: os Ocpurad~ ú ltimo de Carvolho_. Gemido Freire e Arlindo Kunsler; Sr. Adroaldo Mcsquirn, dn Costa. Consultor Gemi da Rep t",btica; Comandante Otávio Aug.us10 Bot:'lfogo Oonç;ilves; Tenc1tte,Co• roncl Washingto n 8erm(1dcz: Ca.pitâo de Cor\·etn Hcinrich G . Schukr; Sr. Marcello de Azcredo Santos, Presidente dtl FNM; Capitão-Tenente Mario Augusto de C:amargo 01.ório; Cnpilão Ivan von Trompowsky: Srs. Benedito F ilipe Raucn e Abr:,.hnm Roffé. O Deputado Raimundo Padilha, não 1cndo Podido comparecer, cstê,·e depois :!O J,lo1cl cm visita no· Ex1tlO, Ois.po de Campos c ao Prof. Pli11io Corria de Oliveira.
No Rio
Srs. General Dario Coelho, Sccrc1ário dn Segurança Pública. rc1>rcsen1ando o Co, vcrnador Negr:io de Lima.; Capitão de Mar e- G uerra Hélio Ocrford, representando o Ministro da Marinha: General Bandeira de Melo, representando o Mini.s tro d as Minas e Energia; Capitfio Carlos Albtrlo Freire. reprc.scntnndo o Oovcrnador do Estado do Rio: Sr. Blio Monnerat Sólon de Pontes, ~rc1ário de Educação e Cul• tu ra do Estado do Rio; Sr. Lino Neiva de S:i Pereira, Procurador Cerni do .Estado dll G uonabara: General Moacir Potigmua, representando o Chefe do Estado Maior do Exército; Comandante Pnulo Souto Mnior. reprcscntnndo o Comandan1c.:-cm•Chcfe da Esquadra; Coronel Celso Meier. representnndo o Chefe de Gabinete do Ministro d o Exército; Tenentes-Coronéis Frnn• ci.~o França Guimarães, Ocraldo Arn(,jo Ferreira Braga. José F61ix dn S ilva e José Mo.ria de Toledo Cnmargo, representando as d ivcrs:is St,-eçQ,cs do E$tndo Maior do Exército: Capitão de Corvern D aniel Lofc• go. represenrnndo o Almitantc Alex.indti• no Paula Scrpn. Diretor da Escola Naval; Capitão ludine Gom:alo figueire do. representando o General José Nogueirn P:u:s, Diretor do Serviço Miliwr; represcnrnntes dos St.-crclários do Govêrno e dn Educação da Guannbarn. e do Chefe do Dep:,,nnmento Gcrnl do Pcssol\l do Ex6rcito. Presentes ainda o Embaixndor da Chi1ta Nm;ionalis• tà, Sr. Shao,Chang-Hsu: o Reitor da Uni• vcrsid::ide Fc<lcrnl Rural, Prof. Paulo Da• corso F.0 , o Almiramc Carlos Pcnmt 8 0110. Vinm-sc iguulme1Hc J)cssoas de rclêvo na sociedade c.irioca, dfrigentes da CJ-\M'OE, e representantes dos poloneses livres com seus traje.s típicos e b:rndciras. Uma gr:mde c:.ss.1, recoberta com as hlm• dciras dns nações ca1ivas e lade;tda por CS· tandar1es enlutados dn TFP. crguia.,se no meio da igrcjn. Fora. uma sccç:'\o d:l 8nnd:, do Corpo de Futileiros N:,vais execuhwn hinos e mat• eh:is: à consagra,çf10. tocou o Hino Nacio• nal. :i exemplo do que se deu cm o utr:.\S cidndc.s. Numerosos jornalis1as e fotógrafos fazia m a cobertura da cerimónia, que fo i rn:mbém film:adn peta TV-Tupi.
Em Campos A Miss.,'\ mandada rezar pcl:1 Secç~o do Es13do do Rio dn TFP. eorn sede cm Campos, teve lugar n{I C:ttcdral-Uas ílica do Santíssimo S:1lv~dor, ~s 10 hor:i.s do d i:1 S. Foi cclcbr:une - na ausência do Exmo. Sr. Bispo. que fôrn cclebrnr :i Miw de São Paulo - o J>c. Licínio Rangel, o qual em seu sermão 1cce11 louvores :\ :11uaç5o
dai TFí•.
Às 11 horas do dfa 7, na C,ncdrnl-8ns rtica do Rio, cujo recinto estavci lilcralmentc lorndo, o Vigário de Sanl'Ana, Pe. Guilhttme V!l.noui, S. S. S., d3v:l início ~ Miss:;1 mandàd à cd cbror pelo Diretório Seccional da TFJ> na Guanabara. Or3ndc nún1cro de au1oridades civis e militares ~ l~ve presente, dcsrn.cnndo-sc os
fütavam pre.-:cn1c:s o Prdei10 José Catlos Vieira Barbos:. i: Srn.; o Octe3ado Re• tional de Polícia, Sr. Francisco lhttucirn Leal, rcprcscntnndo o Secretário d:1 Segurança Pública do Est:,do, Coronel Francisco Homem de C:irvcilho; o Jui1. de Direito e Oirc.tor da Foculdade de Oircüo de Campos. Sr. Décio Ferreira Creuon~ o Diretor da Fnculdadc de Medicina. Prof.
Em Brasilia f.nirc as Missas m:rndadas rciar pc.l:.1 TFP se desrn.ca n que foi cclebradci na Capital do t>::iís pelo E.xmo. Rev1no. Sr. D A111onio de Castro Mayer. Oispo de Ca;tlPOS:. O n_to teve lugar n:1 Cntcdr'al provisórfo, Jgrc,a de Snnto Antô1liO, às 10 horas do dia 9, e fo i promovido pel:I Secção do Oislrito Federal. E.~tivcrnm prcscmes os Sr~. P rof. Plinío Corrêa de Oli\·eira, Presidente do Consc• lho ,Nacionn~ d~ Socieda~e. Plinio Vidigal Xavier da S1lve1rn. Supermtcndcnle d:\ Oi• rc1ori:i. Adrninistrativ:t e Financeira NacioM I, José Fernando de C:.lO'latgo e Lui7. Nn. :1,arcno de Assum1>tão Filho, membros do Co,,sclho N:iéion:11; Mil1on Luiz de Snlles Mour:io e M:irio Navatro da Cosrn. re• prcscnrnndo os Diretórios Seccionais de Mineis e da Gu:in:i.bara. rcs1)(.'Cliv:mten1e. Fornm igualmcn1e tt Br':lsili:t c:1mvan~,s de milii:mtc" de S:'io Pnulo, Min::is e Goiis. .Emre o s convidndos dcsi.,cavnm-sc os Senadores Attilio Font;)no e Meneies Pimc1)• 1el: Ocpurndos Fcu Ro:w.. Aroldo Car\'a• lho e . l)irçeu Cardoso, representando :l
Em Belo Horizonte A Sccç;io mineira d::t TPP, com sc<lc em Belo Horiron1e. cscolh~u paro t'l MisS.a " 811sílict't de Nossa Senhora de "Lourdc$: foi celebrante o Cónego Joaquim Bueno (le CamM&O, no di::i 12. L:ldeando o ul1ar,mor, fornm colocados dois grandes e.~tandtlttcs da Sociedndc, tarjados de prê10; outros dois foram postos :\ cn1rnda da Oasilicu. A Banda d o 12,9 Rcgimc1no de lnfonrnria compareceu. tcn• <lo exccu1ado mareha,s fúnebres e o H ino Naciom,I, O Governador lsrnel Pinheiro fêz-sc re1>rescntt11 pelo Secretário da Sci;uranc;n Públic,-1, Sr. Joaquim Fcrreir:l Gonçalves, e o Prefeito Sou;.oj, Uma pelo ~li Chefe de Gabinete. Sr. ic6filo de Souz:i Lima. Es1i, ,·er:im prcscnccs o Oencral Oscar J:rnscn Uarroso, Con,,u,cfantc da 10/ 4 e d:1 Cm1r niç?io Milit3r de llelo Horizonte; o~ Gene• rais Jo5o Tórrcs Pcreiro. Antonio Jonquim Corrê,·1 dá Costa e Elcino Urng,a,wa: o..,;; te• 1>rcsen1an1es dos Conlnndos do CPOR. do 12.º RI e da Polícia Milirnr. be,n como srnndc número de oficiais e praças. Compnrc:cer:un aind;1 o Juiz Vit.-cntc de Paula Uorges. do Tribu1tal de Alçad~; o Pc. Frnncisco Xa,•icr L:,;sniowski, $. V. D .. Diretor <lo Colégio Arnaldo; o Sr. Franci~o de As.sis Castro, Prc-sidcnte do Sin4
coN1·1:-.uAÇÃO NA stllMA PÁGINA
lAMBÉM NA ARGENTINA, CHILE E URUGUAI
Em S. J . dos Campos, Olimpia e Pinda monhangabo Por inici:uiva da, TJ!P, fornm rei.idas Miss::\S n:as cidades p:1ulisrns de São José dos, CamJ~S: Olímpia. e Pindamonhang:ib:1, Nes1n ultima locahdndc fo i celcbtante o Vig&rio d:i P:\róquia de Nos.1,.a Senhora do Bom Sucesso, Revmo. Mon:i;. João José de A7,cvcdo, 1endo eomJ>:i;rccido o Prefeito Municip:11, Sr. Francisco Romano de Olivcir:i. o Presidente da C:imar::i Sr. FtM • cisco Piorin Jr.. e ou1ros Ver~adores, o representante do eomand:i.nic do 2,9 Batalhtio de Engenhnri::i de Combate, ali se• d iado, oficiais. e ,,r:i.ças de$$a unid:ide. grande número de fiéis. <.: uma caravana de militnntC$ da Tradiç;io, Família e 'Pio• 1>ricdade de São P:1Ulo. A essa ormoda no ccn1ro da igreja estava recoberta pela b~m• deira húntara, reprC$Cnt~ndo tódeis a.s ,,a. çõ,e~ sob o jugo comunisla; Mtandor1e.1, da TFP ladeavam o ol1ar, pendiam d a b3• lous1rad:1 do côro e guarneciam a porta p rincipnl do templo. Encerrando a solen idade., o l'lino Nacional foj cantado por todos os presentes.
Oswaldo Luii Card oso de Melo; ::t Direto• rn d:, Faculdade de Filosofia, Prof."" Mari.Teresa da Sitv3 Venâncio; o Tencnte-Co• ronel L6d io Ribeiro; o Secrelârio cl:t Fa• zcnd:. do Município, Sr. ~ rgio Sicbcrath~ os direto res: da As.sochwão Fluminense de Plantadores de C ana, StS. Admnrdo dn Costa. Peixoto e João Cordeiro de Azevedo, e muitas outras pessoas de relévo no::. meios sociais o políticos dn cidade. além de numeroso público que lotou eomplernmente a Basílica. Compareceram também. ao lado dos elementos da 1'FP lo• c::tl, mili1antes de Siic, F idélls, Camhuti, N llfivldadc de, C11rnngola, 8om Jesus de 11:ibaJ)otin::1 e T<H.·os. eom seus emblemas e csrnndanes. Ourontc :1 cetimôni.l, o Córo São Pio X, coms>0StO por militanics campistns da Tradição. f:'lmília e Propticd adc, cantou 1>e· ças gregori:rnas e polifónicas. Diversas personalidades. enirc as quais o Prefeito Municipal, tt.-ccr:im elogios ao Diretório Sec• cionol pelo brilho da cerimônia e pela oponunidadc da iniciativa da TFP. Co• mentava-.sc mesmo ni\o ter hn..,ido h:\ muito tempo ce,imõnia cão bela na cidade. O ato repercu1iu largamcnce nn impren• sa e nos seis emissoras d e rádio locais. Prcparnndo a ocrimõnia, além dn publicidade fe ita :uravés da impr<:nsn e r(!dio. ccir1a1.es-convites fornm coloca.dos cm vitri• nc:s do ccn1ro e u m carro provido de alto•ínla.ntes percorreu a cidndc, durnnte vá• rios dins. convidando a população para a Missa.
T
AMUBM :-1 TFP :u~enlhm e à TFP chilena, do mesmo modo <1ue o N úl'lco Uruguaio de Od e$:1 dei Tr;,. dit:io, Família e 1,roprit d!l.dt, fi7..eram celebrar. na.~ rcsf)C(:tivas cnpitais. Missas J)()r moti..,o do S0.0 ani,·crs.'irio da. rcvoluç!10 bolchevist:1.
Em Buenos Aires N3 ca1)ital platina o Santo Sacrifício foi celébrndo pelo R.c"mo. Pc. Alfredo Casa• r:willa Gar1.ó1,. na Igreja de Santo Jnkio de Loyofo, no d io. S de 11ovembro, às 12 hora$. O lcmplo - um dos m:1is belos de Due• nos A.ires - é.Stê..,e mai;:,rllficamente orna• rnenrndo com estandartes: da SAOTPF' e bandeiras da.,; nações cntivas. Entre as pcrsontilidades que compM«e• mm ::10 :ito dest:icav3111-sc o Coronel Jo~ Félix ,-\rbcloa, reprcscnrnn1e do Com:indance-em-C hefe do Exército Argcn1ino, Tencn• 1e-Gcncrnl Julio Alsogaray; o Capi1:io de Frt1g.:U<l Julio Luis Ba.rdi, represcnt:m1e do Almir:11J1e Ooffi, Chefe do Estado M.lior Conjun10: o Emb:iixador Bonifácio Lastrn: o rcprcsc1H!l.nte na. Argentina do Govétno • Polonês 110 exílio, Conde Zbig_niew 7..oltowski; o represenrnntc do Comité Nácion:1.I Romeno. Sr. ConSl3ntino Miho.ilescu: o Ministro Plénipotenci:ítio do Govérno da. Jtumânia no C:\:ílio, Sr. Co,,s1a1Hino Vnlli, ma,cscu: o Conde Andor Semscy. Ministro P!eni1>01eneitirio do Oovêrno da Hungria no exílio; o Sr. Rodolfo Zubc:rbilhler, pelei Sociedade Rural Argen1ina; o V icc-Prcsi, dente da Oelcç:tçíl.o em Buenos Aires ,:I~ Assembl6i:, de Nações c~uivt'ls Européiãs., Sr. Zeferino lujne..,ich, :'llém de numerosos rc:prcscn1an1cs de en1id:1des an1icomunist.1s. O G..:ncrnl Ju.in Carlos Ongani3. Prcsi• dente dn República. (êz cnvi:ir rio Con.selhQ Neieionol da Sociedade Ar&entina de l)cfcsa d:a Tr:tdição, Família e J'>roJ>ried:.i.dc um 1clegr:.lm:.1 cxptimindo su.a sim1>a1ia pela inici:ulv~,. No mesmo sentido se mn• n ifosrnrnm o Prcsi(lentc d:i Su1>rcrna Córtc de Jus1iço, Sr. Eduardo Oriiz 8:1$uàldo; o Ministro do 8cm-Es1ar Social, Sr. Julio Ãlv3rcz; o Ministro da Defesa. Sr. An10, nio Umu$SC~ o Sccrc1ário Geral da P rcsi• dência da Rep(1blica, General Héc::1or AI•
berto Repc:110: o Scere1ãrio dtl S.aúde Pú• bliea, Sr. &.equicl Ho lmbcr'l;,, que cxprc:s• sou sua "adesão 1,e$$Ot1I ao à.to que M de ter também o sentido de rc:1íirmação de nossos princípios" ; o Sccrct&rio dá. :E<lucação e Culturn, Sr. José M::iriano A$ti• gueta: o Secretário de Comunic:içôcs, Gc• nernl Julio A. Tcglia: o Oirc1or de lmpren&1 d:1 Prc:;idência da Rcpúblic:t, Sr. Enriquc Norcs Uo<lerc:.au; o Presidente do Banco Central da Rc1>l1blica. Sr. Pedro E. Rc31: os Embaixadores da fnglatcrta e da Hola.nd:l; ~ssim como outros personalidades oficiàiS: e d iriacmcs de en1idndes <lc ola$.SC. Contribuiu !):\ta o maior brilho da ce• rimõni:1 :, presença d:1 0:1ndo do 3}> Regimento de Infantaria., que <:XCClltou cm fren te no tcmJ)lo ..,árias m:'l.reha.s e o Hino Nacionnl argc1nino. No 1>rcsbitério. exilados dns n:içQcs Cà· tivas da Europa. en vergando 1r.ajcs t ipicos. empunhavam suas bandeiras, cnqu1'nto jo• vens mili1an1c:,.- erguiam os cstandarte,.ç dt, TFP platina. ,\ solenidade foi dada :1mpla divulg::t('âo pelos principais órgãos dn impre1,so de OuenM Aires.
Em Santiago do Chile A Miss.n promo..,ido. pel;1 Sociedade Chi• le1l:\ de Dek.sa d:1 Tradiç:ío, F';1mília e J>ropric.:d:ide 1eve lug!lr no dia. 7. às 19h30. n:i lfasiHca das Mercés. sendo 1:clebrnntc o Revmo. Pc. Heribcrto Burger t:iicr. Três tfü1s :1111es. no domingo, s mpos de milit:mtcs du Tr:idição, Feimilia e Proprie, d:.idc. ~om e~aand:1rtçs, percorreram qu:t• torLe da$ principais igrej:lS de San1i:1go. tfü:, tribuindo à porta convites: parn a MiSS~l. N:t 1ardc de 1êrç-a.fc ira. ouiros convi1es foram lnnçados do uho de edifícios do centro da cidade. Anúncios. ademais, foram feito$ no rádio, na tcle..,isão e na imprensa. A J>OJ>Ul.lçào acolheu fovo rà\•Clmcn1e :'I inichuiva da TFP chilena; os bancos e os corredores d:\ Oasilicn fo ram completamente 1om:1dos 1>0r cêre~1 de 1300 pessoas. Oesrns. mais de 600 $C aproxim:irl\m do mesa euc:irística, :itcndctido :1ssim ão apêlo d~, Sociedndc. que havi~1 Msinal.Hlo o sentido rcparndor que de,•iarn ter os comunhões d:.1qucla Miss::l,
Os ,-srnndartes rubros com o lefio áureo eram vistos na capclu-mór e junto J\ essa 3rmnd3 p:,rn :., :1b:-ol\•iç~o. O Córo J>cqueno da U11ivc1-sidndc do Chile cnmou \ 1mn !xln Missa gregoriana de rcquicm, cuj;1 grnvnç~o foi lf:lllsmitid:i :) noite por uma emiSM>rn loc.il. Estiveram presentes o Emb:iix:u.tor d:1 C h ina. Nacionalisrn e rdugiados húngaros. poloncscs, russos-brancos. ucr:i.ni:,nos. iuttOS• !avos:. além de vários Sacerdotes: o lul!ar de honra no ptt$bitério íoi ocup:ado pelo Areebispo resignatário de L:.'! Scrtna, Exmo. Rcvmo. Mons. Alfredo Cifuc,ncs Cómc1.. As: au1orid:1des democristãs se abslivcrnm de comparecer; por outro lado, no1icià• mm os jomnis que. n:iqucle mesmo <lin. o P residente Edt1:,rdo Frei p:uticipou de mn:1 comcn,oraç;i.o da revolução bolche• vist:1 na En,bai>i:ada sovi~tica. Por sua ,,ez, a im1>rens:1 de S:1niiago .fê1. silénciu sôbrc a Mis..~a promovida pcl:.-, SCOTFP, com é."xc~ão do " Di:írio lh•s• tra.do". que trouxe um3 nota de dois p:1clgrnfos :i respeito, e o jorn!I.I comunist:s ''EI Siglo'', que 1>ublieou uma noticfo t<:n• denciosa. revelando profunda e comprcen sível irritação. No ml.!smo dia 7. PQr iniciMi..,a da Secção de Los Ángdes da TFP chi'lcn:-.. foi celebrada. na.qucl:i eid:1dc Missa. n:, Ma1ri.c de Nossn Se1,hora do Perp61uo Socorro. 4
Em Montevidéu lgu3lmcnlc na banda orien1al do Rio da Prot:1 fo i celcbrad::i MiS$.'\ comemorativ~. promovid~1 pelo Núcleo Un1su:iio de Oe, foStl d~, Tr;idiç.ão. Famili::a e Propriedade. O !\10 leve lug:,r na lcreja de Nossa Se, nhorn do Hono e São José. às 1Oh30 de domingo. 5 de no\'cmbro. Comparecernm p<:rsoni1lidadcs de dcsiaque na vid3 poli• tica e social d,~ Capit:,I uruguaia, rdugi:t• dos croa1as. polonc:ses e lhuanos. com seus trajes nacionais. çstnnd:irtt$ e b3ndcitas, e trandc: n(1mero de fiéis.. No íin:.ll d::a solenid ade - que foi oo1iciad,, pelos princi1mis diários de Montevidéu. ))('lo rt\dio e: pe)a televi.srio - os elementos dt\ Trt1dição. famlli:1 e Propric·dade íornm múito curnprimen1ados pcl:\ oportunidade do :no c pcln boa organiza. çâo do mesmo.
.....
Em Siio P:mlo: O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira c hega para ~-.. Missa. Após a cerimônia. o desfile pelo ccn1ro da cidade. À saída da Ca1edrnl. os ri:presen1an1cs da~ nações e.ativa:,.. com tr:1ic:- típicos.
.
Ém Brasília: :\ saída da Missa-. o Ocp, Ultimo de Carva lho. vice•lfder da Ma ioria na Câmara Federal. cumprimenta o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. No Rio: as nut'oridadcs prtstntcs à c1:rimor,h1.
Ddcgsçôe!í de colégios na Missa celebrada em Barbacena. Em Salvador o es1a11dar1e da TFP se abate até o solo cm homenagem :i consagração. Em Ponta Grossa: os
~tandartes
junro
ao
1
;,,h:..1r-mor.
. ,
Curifiba: :Js :unoric.lades e o Dire16rio d:1 Secç;to do Paraná. S:io P:mh:,: hombci,·os colocam na C:u'cdral, a 20 m. de allura. o estandarte da TFP. Florfanó1,oli.s: no genuflexório em frc1He ao :dt~• r. o ( ,(,)v~·rrt.uJor.
íl 1 Sanria~o: jumo :'l essa, os diretores da TFP chilena. Na Missa de Fort:ilc?.a, os estandartes da TFP. Em But-uos Aires. poloncscs ~ húngaros fornm à MiS$a da TFP argentina com seus belo~ trajes e b;1núciras.
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"PRAESTA
ME
ATOS, GESTOS PODEM CA •
M sua Encíclica "Pascendi Dominici Ore, · gis", SÃO Pio X dizia que os modernistas • eram os mais perigosos inimigos da Igreja, porque se ocultavam no próprio seio dEla, nunca confessando claramente sua heresia (cf. p. 4). Seria pois sumamente censurável o fiel que julgasse que só devem ser combatidos os inimigos declarados da Espôsa de Cristo. Admitir que baslU alguém se dizer católico para se tor-
E
nar inatacável, por maiores absurdos que diga
ou faça, é estabelecer a impunidade absoluta para os lobos vestidos de pele de ovelha que se introduzam no redil. E, çm relação às pessoas de boa fé, é privá-las das advertências e dos esclarecimentos que as poderiam premunir contra o êrro. ou mesmo afastá-las dêle, se já civerem sido iludidas por seus a rdis.
"O aliado que êle Lo demônio] consegue implanrar dentro das h<>l·tes fiéis - ensina-nos D. Antônio de Castro MAYGR - é seu mais pretioso instrwnento de <;on1ba1e·" ("Carta Pastoral. .. ", p. 17). por isso que "Catolicismo•'. desde a sua fundação, há dezessete anos. tem 1ido a preocupação constante de alertar os seus leitores não apenas contra os inimigos declarados da Igreja - comunistas. socialistas. divorcistas, etc. - mas também contra os seus inimigos disfarçados.
e.
Lôbos dentro do redil í!. penosa a posição daqueles que se preocupam ao ver que Jôbos vestidos de ovelha an• dam ·à sôlta no rebanho. São objeto de incompreensões, passam por maníacos de perseguições policialescas. parecem espíritos mesquinhos dados a descobrir heresias cm tudo. Por isso, esta fôlha não tem apenas com• balido os adversários internos, mas tem sempre procurado mostrar que êsse combate é legítimo, conveniente e a té mesmo necessário. Movê-lo é agir segundo as melhores tradições da Igreja, é obedecer às recomendações dos Suinos Pontífices. é imitar os Santos e atender à advertência de Nosso Senhor: "Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm ,, wís com. vestes de ovellta:s. e por dc11/J·o .rão lobos rt1pacçs" (Mal. 7, 15) . No 1>resentc artigo. não dc.~ejamos repelir tantos argumentos que, ao longo clêss~ dezessc~ 1e anos, "Ca1olicismo'' tem dado cm favor da tese de que é líci10 e mesmo necessário alertar os espíritos contra os inimigos de dentro da e.asa. Não vamos demonstrar novamente que tal ação é recomendada pelos Papas, não é contrária à caridade, não cem cunho mõrbidamente negativista, etc. Queremos apenas 1ra1ar de um ponto muito particular, mas de suma importância para a exata carac1erização do inimigo doméstico na Igreja. A pergunta q ue nos fazemos é a seguinte: é necessário que um católico defenda por palavras, faladas ou escritas., proposições opostas à fé, para que se torne herege ou suspei10 de heresia? O conjunto das atitudes de uma pessoa, o seu modo de ser, de agir e de portar-se, pode carac1eriz.-:i.r o herege, ainda que ela nada diga ou escreva de formalmente contnirio à (é? Em suma: alguém pode cair em heresia por atos que r>ra1ique? A importância especulativa e prií1ica dessa ques1ão é evidente. No terreno teórico, deve-se considerar que, pelo Direito Canônico, o herege que manifesta externamente a sua heresia está ipso facto excomungado e excluído da Igreja. Logo, a pos• sibilidade de alguém cair cm heres.ia apenas por praticar certos atos iem profundas repercussões no estudo do Corpo Místico de Cristo, bem como cm diversas o utras partes da Sagrada Teologia. ObSCl"\'CfllOS cnlfctMto desde jft que oem todo ato inconcili:lvel com um dog.m3 deve ser interpretado oo• mo revelo.dor de u m C$pÍrito hcréiico. Com eícilo, um pecador. eznbor:.'I crei:1 no inferno, por fr3queza ou por malícia po~e porrnr-sc como se nêlc não cresse. Quct gozar n v1d:.i, csper::1 converter-se antes d e morrer, o u s:implesmentc n:io se esforça p:ira \'Cnccr o~ seus mau~ hábitos. T:d procedimcn10 o torna herege? De modo :il~um. Um ato ou um conjunto de atos s6 s:.1o re\·cJa. dores de um ,mimus herético se. considerados com 1ôda:; as su;:i$ circu1,s1~1ncias, indic:ircm inc((ulvoc-amcnte que a pcsso.i. além de a.g.ir cm dC$acôrdo com algum dogm3. com pc:r1in:\ci:t o neg:i o u põe cm dúvida. (Sôbrc o concei10 de heresia, ,·cr o segundo artigo desta ~ric:).
No terreno prático, é patente que, se simples atos são capazes de caracterizar o herege, o número de excomungados é maior do que à primeira v ista pode parecer, Além disso, o combate aos lôbos disfarçados ganha nova amplitude e nova desenvoltura uma vez provado que é passível cair em heresia pela prática de certos atos. í!. corrente cm meios católicos a idéia de q ue é só por palavras que se pode negar um princípio de fé. Levados por essa idéia errônea, rnui1os espíritos timoratos se sentem inse• guros ao combacer êstc ou aquêle inimigo interno da Igreja. Julgam q ue estão atacando um irmão na fé, um membro do Corpo Místico de Cristo. Ainda que admitam que determinada atitude é tftticamente errônea. ou prejudicial aos intcrêsscs da Religião, tais pessoas hesitam em denunciar um católico. Se se lhes fizer ver que em tal o u tal caso estão diante de um herege, mil relutâncias interiores e injustificadas terão caído. O problema se torna ainda mais grave porque ' 1ós /autores de tais erros são muito /reqiientémente pesso,,s de um proce<limen to pes• .soai [ .. . ] mo,lelar, com o que, longe de servi• rem " causa dos bons princípios. pelo contrário, ainda facilitam " p ropagação do mal, dando a wis ,toutrinas um caráter desinteressado e puram e111e especul11tivo'' (Plínio CoRRÊA OE 01.1ve1RA, "Em Defesa ... ", p. 100). Devastações enormes que se têm produzido no reb:rnho de Cristo teriam sido evitadas se os lôbos desde o início tivessem sido chamados de lôbos. isto é, se se lhes arrancasse bem cedo o disfarce de ovelha, revelando assim a pele áspera. rude e repelente do herege. !,Jm jovem unh·c~ii,it&rio, por e•xemplo, se proressa católico. TrabaJha ativamente cm movimentos ditos de reivindicações camponesas, operári;:is e estudantis. De h{l tnui!O aliado aos comunistas cm tais movimentos. ji se h3b1tuou a 1é•los scmJ)rc a seu lado. Não se diz mar~ xisrn. e proclama-se :it6 adversárfo convicto de tôcl3 for m3 de :11císmo, mas vÇ com simpnlia o socialismo, Mesmo o socialismo c-xtrcm:ido, Por lula!' pthls reforrn:lS de base "avançadas", ji andou tendo comJ)licaçõc:s com n Polícia - com ess.a políci:1 que élc tacha de rcacioniria, de ,•cndidn nos c.api1alistas, de ins1rumcnto do co1onia..lismo norte•amcricano. Comunga 1odos os dias. mas julg3 que as práticas pueris da "Igreja constanli• nian:,·• devem desaparecer da vidn de piedade adulta do c:atólico esclarecido da "Igreja do V:11ic.-ino ll" ~ por isso sorri com desdém quando ouve faJ.-ir do Coraç5o de Jesus. d:. Virgindade de Maria Santíssima, da devoção :aos San1os, da Trnnsubs1.11nci3ção, do inícmo, etc. Nunca :u:ica diretamente nenhum dogma, porque compreende que se o (ir.esse dcsscrviria à próptia causa; mas nilo fofa. dêles. e não gosta de ouvir falar. Pc:rgunu,mo-nos, pois: pode•se afim1ar que és-se jo• vem é um herege? 4
He resia inte rna e e xte rn a Para responder a essa pergun ta, devemos inicialmente observar que, para efeitos jurídicos, há enorme diferença entre a heresia interna e a externa, isto é, entre o pecado de heresia cometido no segrêdo da consciência e o que se revela externamente, constituindo a heresia no sentido canônico. Com efeito, como a Igreja é uma sociedade visível, só pode punir jurldicàmente os pecados que se manifestam vislvelmente. Um pecado que não sai do íntimo da consciência é verdadeiro pecado, e será punido por Deus. A Igreja o pode perdoar no tribunal da confissão. Mas, se o pecado não teve manifestação no terreno visível, não pode ser punido no terreno visível, isto é, não pode ser objeto de penas ou censuras eclesiásticas. Um homem sucumbe a uma ten1açflo contra 3 fé, e, no :;cu fo1imo. t1esa por exemplo o dogma da eternidade do inferno. Niio dii isso a ningu~m. Sem d(avid3 cometeu um pect'ldo morlal de heresi.-i, Mas não csti excomungado nem excluído da li.reja, Só o cs1ará 110 momcnlo cm que extcriori7..3r ess:i. hcrcsin.
Ora, é uma tese pacífica entre os teólogos que não apenas por palav(as, mas também por gestos, atitudes, sinais, omissões. é p0ssívcl ex• teriorjzar uma heresia, incorrendo assim nas pcn:ls canônic.as. Tal afirmação dos teólogos se baseia num argumcn10 evidcnce e muito simples: torna-se herege, para efeitos canônicos, aquêle que manifesta exterio rmente a sua heresia interna; ora. não apenas por palavras se podem manifestar
pensamentos, mas também por gestos, atitudes. sinais. Com efeito, um simples sinal de cabeça, um gesto de mão ou uma expressão de fisionomia podem indicar, de maneira inequ ívoca, um pensamento. Num terreno mais vasto, uma tomada de posição política, o silêncio de uma autoridade, ou uma atitude pública podem expressar, conforme as circunstâncias, que quem as• sim procede tem tais o u tais idéias,
heresia por atos Antes de examinarmos alguns problemas colaterais - embora de importância fundamental - que essa tese levanta, desejamos mostrar que nada há de nôvo ou de original no que acabamos de afirmar. Pelo contrário, como já dissemos, isso é pacifico entre os teólogos. Como, entretanto, está muito alastrado o preconceito de que só é herege q uem enuncia uma heresia com palavras escritas ou faladas, desejamos estender-nos um pouco nas referências de teólogos conceituados: ■ ''Segumlo a regra geral, I necessdrio e su/icitnte po,a coustilllir a heresia extemt1 e para lncorrttr 11 ;
cemura, <1ue a huesia interná te monijestt mravb tle algum Jir:al extuno. tsus sinais ccstumtm1 su clas.siJitados ""' dui:r gi11uoJ: palavras e útO:t, E111u as pala_vras se incluem o:r si,ia;s de ,abeça. de mãos ou qumsquer outros, l' por luo basta o modo de falar pelo qual algwtS tt t 11tc11tlem entu si /omumdo alguns sinaiJ por movimentos dos dtdos. Entrl' o:r atos devem Jl'r tomblm iuclu1das as omissiJtJ de alguma nçüo extem,,, pqis a omlss,io de 11m aro às vh.es não ma11i/estâ menos a htrtSill , inttrna do que um ato positivo. ro{lJo pda qual /reqltt11temt11U: os lluegl's são descobertos pelo próprio Jato de nlío pra1icorem as ações dos cat6• i'lco$'' (Dat LUGO, disp. XX III, scct. 11, n. 11). ■ "Exruno é a llerl'sio que se manifesta por sinais extemos (por póltnras, por sinais, por atos pela omissão de atos)" (MeRKELBACH, p, S70). '
, ■ " A heresia txtema J um ir""ro tont,a a fi mam/e!rado por 1mw palavra ou por 011110 sinal extemt>" (PRUMM CR., p. 365).
. ■ Pa_ro incorrer em tal exco,mmhão (lal<lt senten• flae, ~pcc1almcnte ~escrv::lda 30 Sumo Pontífice}. i nt• cessdr,o que a huesra, depois de concebida lntemamc11 te u manifeste extt'mamtme por uma palavra um escritÓ :~' ',S')_a,o" (TANQUEREY, ..Syn. Theol. MÓr. ct Pas 1.", 4
• A hert:sio excema ·~acruc~11ta d Jie,tslo intcma uma 11:a11~/estaçiio extcma su/idente, expru.sa por palá• vras. smms ou açlks que ujom co11cludcntes" (WERNZ.· ViOAL, p. 444 ).
• "A ma11i/~.staçiío <'Xttma ,la ht rnia pode•se dar de qualquer m,meara, atravls ,te si11ai1 escritos palovrn.J e oçlíes, desde que u tome mflcitmte,;1entt cla~o que' se trat(J d~ uma adeslJo vtrdode.irn e pr6pria " allm J;.sJo pl<'ll(llltt:t/U' deUbewda, isto 1. formal". (DE BRUYNE, col. 490).
• . "Para ltt~orre.r un, excom,mJuio, é ttecessdrio que a heres,a co11ctb1da mteriormtnte se mani/tttc extuior•
1952.
''Summariom TheoMcnsaj. dei Cor, de Jcsús Bilbao
'
' '
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D,s-
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CAPPELLO, S. J., Ftli.x M . nici" -
• lnconem cm exeomtinhiio "os hereges. iJto é, os cristúos ''"e com pertlndcia negam ou pQcm em d,;. vida, núo s6 ir:terrt~mttnte, t1em J6 extemamente, muJ ao mesmo 1cmpo mte11w e extemamtnrt, através ,1e algum sinal - palavras, atos ou escritos - verdades de /i prQpOstas pela lgrefa ( ••• )" (IORJO, p. 258). •
"Summa luris CanoUnivcr.sitas Grcsori:.tna, Rom3c. 1955, vol. '111.
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"Para que haja delito é preciso que a ápôStasia,
a htusi<I 011 o cismo se manifestem exte,iormer,tt po, meio de aros ou dt polovrQ$'' (M1oué1..BZ·AI.ONSO•CA• p. 845 ).
DFIBROS,
A mesma tese se encontra também nos SC8üin1cs autores: SUAREZ, disp. XIX, scct. IV. n. 4-S; disp, XXI, SCCI. 11. n. 8; 'Re1PPtNSTUe1., n. 26; Sc.HMALZGRUl!88R, n. 98; D'ANNISALB,. "ln Constitutionem .. , ", n. 31; Ll?HMKUHI., p. 656; COROSATA,, p. 280; CAPPELt.0, p. 5Sl: fERR8Rll$, p. 74); \VERNZ•VIOAL, pp. 44$, 449, 450; MICHBL. cols. 2242-224): NOL0(N, vol, li, p. '26: 8RYS, p, S02: A1tRtou1, p. 78; P1u NADOR. p. 74; S1,0s, p. 608: p. 973. '
z,..,.
/..J. Dificuldades que não são pequenas
I
Não são pequenas - como já dissemos de passagem - as dificuldades que levanta a tese de que alguém se pode tornar herege por praticar certos atos. Examinemos algumas delas. ■
PODE UM A'l'O TER SEN1'100 INEQUÍVOCO?
1 - Um ato, uma atltu,le. um gesto ou uma omissão pode,n ter sempre mais de um significado. Além disso, podem resultar de co11ção, de abalo das facultlatles mentais. etc. Não se aJ·swne o risco de cometer graves injustiças ad.Jui1indo ,,ue alguém incorra no dellt<> de heresia, e portanto seja excomungado e excluído do Igreja, pelo fato de aglr de determinado modo? A resposta salta aos olhos. evidente que há atos amblguos, suscep1íveis de. mais de uma interpretação. Quem praticar tais atos não se tornará herege; conforme as circunstâncias. poderá se tornar suspeito de heresia. Mas é igualmente evidente que há aios ou conjuntos de atos que são inequívocos, isto é, insusceptívcis de mais de uma interpretação. Quanto à possibilidade de coação, é claro
e.
CIT A
~RR.EGUI, S. J., Antonlus M. log1ae Moralis-" -
vol. 1, "Compl. de Pocnô$ Eccl.", p. 48). · ■ "'Pouco importo fpara que alg\1fm inco1ra na excomunhiiol q11e manifeste o heresia si}:inho ott <liame de outrt>J; qut <> /aço por uma palavra., por um escrito ou po, um ato, dndt que tenht1 advertido 11(í heresia implldta no ato" (GENICOT, p. 647). • "A lrttr~sia l11tu11a I aquela qu~ s6 I conubidu me-malmente, não ll ma11i/es1ando por nenhum sinal extuno. A externa I aqiult1 que I dc>clt1radt1 por sim,i:t externos: por palavras, escritos. atos. 11egaçôtJ, eic." (PEINAOOllt, p. 103), • ..A hert'sia exlema se monifesta po, omiss,,es, pt1lav1as ou outros situ,is percepth•eis" (Z41.BA, p, 28),
t pocífico que pode haver
AUTORES
meme p()t alg um Ji11al palavra. OIQ 011 ~sçrit<> ah,do que ,1inguém e:tl~/t, prneme ou cmça" (NOLOIS,
D O
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M IGU.l\LEZ Domlngucz, Lorcn,.o -
O. P., Sablno -
DE
TE
VIVERE " do Adoro Te de.vote
S E OMISSÕES O HEREGE que ela existe. Mas tanto existe na prática de atos. quanto no pronunciar ou escrever palavras. Para evitar julgamentos inexatos a respeito de ações motivadas pela coação, pelo mêdo. pela ignorância, pelo êrro, etc., o Direito elaborou ao longo dos séculos regras de procedimento minuciosas e sábias. Tais cautelas são de rigor também no Direito Canônico. No caso que exami-
namos, da heresia por atos, só se caracteriz3rá o delito canônico quando se tornar certo que há pleno conhecimento de causa por parte de quem o comete, pertinácia na atitude condenãvel. a11imus herético. etc. Não se deve, pois, fazer juízos precipitados a respeito de ações que por sua natureza indicam um espírito herético; mas não se pode negar
que em muitos casos as idéias se manifestam de modo inequívoco através de atos. Uma observação importante aqui se impõe: pelo fato de dizermos que não devemos fazer jufaos precipitados sôbre atos ambíguos de outrem. estamos afirmando que um católico nunca deve suspeitar do próximo? Que tôda suspeita é um juízo temerário? Absolutamente não. A teoria do jufao temerário foi amplamente analisada pelo Prof. Plinio CORRÊ.A DE OLIVEIRA cm artigos de grande repercussão. publicados no "Legionário'' cm 1941. €sses artigos. depois de provarem que o perspicácia é uma virtude indispensável para os homens de 1ôdas as condições. mostram que Nosso Senhor a praticou e recomendou com in ..
sistência.
Indícios que sejam insuficientes para
se fazer um juízo desfavorável sôbrc alguém podem entre1an10 bastar para que se lcvan1e uma suspeita. E levantá-la é íreqüentemenle um dever. O diretor de uma firma tem verdadeira obrigação moral, para com os sócios, de suspei-
tar do funcionário cm quem notou um proc.edi-
sia: assim se estaria favorecendo a invasão do redil pelos lôbos vestidos com pele de ovelha.
•
J>ooe ~ PERílNÁCJA
■
MANI PES'íAR~SE POR ATOS?
Como provar a pertinácia em quem 11ada dit de oposto à fé? A pertinácia não exige uma obstinação que s6 se pode manifestar por pal,1vras? 2 -
Também a esta objeção devemos responder que tanto palavras como atos são aplos a caracterizar inequivocamente um espírito perli• naz. Assim como a benevolência, a cordura. o entusiasmo. o ódio, o orgulho podem se estampar numa fisionomia e podem se exprimir num
gesto ou numa sucessão de gestos. assim tam .. bém o pode a perrinácia. Ademais. é preciso notar que a palavra ''per-
tinácia" tem, na definição de heresia., um sentido diverso do corrente.
No uso comum. abo-
nado por qualquer dicionário, ••pertinaz." signi• fica muito tenaz, obstinado. teimoso. persistente, que dura muito tempo, perseverante. Também cm latim é êsse o sentido da palavra. Se a pertinácia assim entendida fôsse essencial ao oecado de heresia, êste só existiria cm casos de malicia requintada. quiçá freqüente. mas difícil de ser comprovoda: êle só poderia ser determinado depois de longo tempo de obser-
vação: e nunca seria cometido num movimento de fraqueza. por exemplo de cólera. Ora, os moralistas e canonistas são unanimes em afirmar que o Código de Direito Canônico (cân. 1325. ~ 2) não emprega a palavra nesse sentido. Como ensina TANQUEREY, perti-
naz é aquêlc que nega ou põe cm dúvida uma verdade de fé "cie,uer e t vole,11er''. isto é, com
E, sobretu-
do, seria temerário sustentar que, por princ1p10, nunca se deve levantar uma suspeição de herc-
Sõbre o scn1ido canônico de "pertinácia", na dcfi• niç:io de heresia, ver também: SÃO TOMÁS, "Summa
rnento estranho.
O pai tem obrigação de des-
se espirirual grave, pois só assim poderá cumprir os seus deveres de pai. Mais ainda: um juízo favorável pode ser infundado, e portan10 temerário. Pode mesmo acarretar lesões graves de interêsscs de terceiros. O diretor de cmprêsa que infundadamen1c confiou no (uncioJ\ário, ou o pai que por exagerada complacência formou de seu filho uma idéia melhor do que êstc merecia, fi1,cram juízos temcràriamente bons. e por isso não pude• ram cumprir os seus deveres.
Aplicando essas considerações ao nosso lema, devemos afirmar que nada há de temerário cm considerar suspeito de heresia quem deu fun..
damcnto para isso.
Pelo contrário. haveria te-
meridade em não o c-0nsiderar tal.
A ADMOESTAÇÃO É NECESSÁRIA NA HERESIA POR ATOS?
plena ciência de que aquelo verdade é um dogma, e com plena adesão da vontade. "Para que haja pertinácia - acrescenta - mio é 11ecesstírio que a pessoa seja admoestada vários 'vêzes e persevere por muito rempo na sua obstinação. rnas basta que ciente e voluntàriamcnte lsciens er volens] negue o assentimento e, uma verdade proposta de modo suficiente. quer o /açr, p<Jr soberba, quer pelo gôsto ele contrt,diz.er. quer por outra causa" (TANQUEREY, "Syn. Th. Mor. et Pnst.", p. 473). Basta que o negue "hr~vi mora'' ,. islo é, num instante., num tempo muito breve (TANQUEREY, "Brcvior Syn. Th. Mor.", p. 95), pois a pertinácia, no caso, "não .tignifica durafão no tempo, mas perversidade da raz,10·· (ZALBA, p. 28}. E pode haver pertinácia num pecado de heresia cometido por simples fraqueza (cf. CAIETANO, in II li, li, 2).
confiar do filho que apresenta sinais de uma cri•
Theol.", li li, 11 . l , J; "Super Ep. ad Ti111m Lect,", n, 102; WfiRNZ...VIDAL,. pp. 449+450; MEIRKBl..BACll, p, 569; PAOMMRR, p. 364; NOLOIN. vol. li. p, 25; DAVIS, p. 292: PlllNAOOlt, p. 99; R E(;A11LLO, p. 142; JOURNtT, p. '709.
3 - São Paulo manda que o herege seja a<lvertido uma ou duas vêz.es, antes de ser evi• tado (cf. 1'it. 3, 10). Como se ousa pretender, então, que t1lgué1n se torne herege pelo simples fato de praticar ceru1s açQes? Quando os canonistas afirma,n que se pode incorrer no pecodo de heresia pela prá1ica de atos, êles com isso não estão dizendo ou insi• nuando que no heresia por atos deixam de valer as demais condições que se exigem no caso de heresia por palavras. Portanlo, a advertência é necessãria . em princípio, tanto numa hipó1ese
como na oulra. Dizemos "em princípio"
porque a
regra
enunciada por São Paulo adnlite uma exceção impor1an1c. Os tratadistas ensinam que a advertência exigida pelo Apóstolo das Gentes visa tornar patente ao pecador que êle está negando uma verdade de fé, isto é, uma verdade que não pode ser negada sob prc1êx10 algum. É sempre a preocupação extrema da Igreja :Cm evitar o engano. cm caracterizar o animus heré•
tico. Ora, há casos em que tal engano não se pode dar. Há casos em que o herege. com tô da
a evidência, sabe que a verdade que está negando, ou de que está duvidondo, é de fé. Não se pode admilir, por exemplo, que um doutor cm Teologia ignore que a Virgindade de Nossa Senhora é dogma. Por outro lado. numa conversa ou numa conferência, até mesmo um doutor cm Teologia
pode deixar escapar inadvertidamente uma ex.. pressão imprópria, que de si constituiria uma he• resia. Mesmo num livro que escreva, e sôbrc
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• Os artigos ::uHtriotts do1~, sé.rit, in1i1ul.1.dos "Qu:.tl :.1 :m1orid:1dc dou1rinári:1 dos docuincn1os pon1ifícios e c:onciliarcs?" e '"Não s6 a hcrcs.i~ pode ser c:onde1u,d:.1 pela au1orid:1dc eclesiástica", for:1.m -publicados. nos núme• ros 2.02 e 20), de outubro e novembro últimos, dest:, f61hA.
tempo, assim expõe essa importante questão : "l, .. J tan,bém no /óro externo nem sentpre se exige a advertência e ,1 repreen.vão prévia para que alguém sej" punido como herege, e pertinaz, nem 1,,1 exigência é sernpre admitida tlll praxe do Santo Oficio. Pois se de outro modo puder constar, dada ,, própria notoriedade ,ta ,loutrina, a qualidade da pessoa e outras circunsu1ncfos, que o réu não poderia ignorar a opol·ição ,la• que/a doutrina à l grejtt, por tsse próprio fato será considerado herege 1... 1, A razão tiisso é clara, pois a (1(/moesu,çiio externa s6 pode ser• vir para que quen1 errou advirta na oposição existente entre o seu êrro e a dowrina tia Igreja. Se êle conhece to<lo o assrmto muito m elhor pe• los livros e pelas definições conciUares, ,lo que poderia conhecer pelas palavras tle que,n o mlver• risse. não há ra1.lio para que se e.rija uma outrtl advertência a fim de que êle se torne pertinaz contra a /grejtl' (DE Luco. disp. XX. scct. IV, n. 157-158). Ver também DIANA, resol. 36: VERMEERSCH, p. 245: No1.01N. vol. I, "Compl. de Poenis Eccl.", p. 21: Rt\GATIU.O, p. 508. Tal doutrina -
poderia alguém objetar -
é cncon1radiça nos tratados. mas não foi aceita pelo Código de Direito Canônico, que no cânon 2233, § 2. estabelece taxotivamente que o réu deve ser repreendido e advertido antes do im, posição da censura. A objeção não procede, pois ê.<Se cânon só se aplica às censuras / ere,ulae semeutiae. is10 é. àquelas que são infligidas pelo Superior ou pelo juiz cclesiás1ico. Quando a censura é /au,e sen• renriae. ou seja, quando o réu nela incorre auto.. mà1icamcn1e, pelo próprio fato de ter praticado certo delito. a advertência não é necessária. Nes-
ses casos, como diz uma bela fórmula jurídica, ''lex ;,uerpellar pro homine'' - a lei interpela em lugar do homem ( cí. PALAZZ1N1 col. 1298}.
pode~sc admitir que um êrro se tenha insinuado sem que êle percebesse. Mas se o tese cenlral do livro é manifesramcnte herética. já não é pos-
nem sempre é necessári~ para que se caracceriz.e a pertinácia.
o qual renha reílclido demoradamente, a rigor
Atos que, canônicamente, envolvem suspeição de heresia O esrudo da heresia por atos exige uma análise da figura jurídica da suspeição de heresio. Com efeito, o Código de Direi10 Canônico
enumera vários atos que por sua natureza fazem suspeitar que quem os praticou seja herege. Não
são, portanto, atos inequívocos.
Normalmente,
só o herege os pratica, mas a rigor podem explicar-se por outras causas que não o heresia. Antes de vermos como a lgrejo procede em 1ais casos a fim de esclarecer se se traia de um do o Oirei10 Canônico, criam suspeição de he-
"Código de De-reeho C:mónico (. , .1 Comcn~ lado" - ll. A. C., Madrid, 1957. NOLDIN, S. J., H. - SCHMl'(T, $. J.. A. - HEINZEL. S. J.~ C. - "Summa Theo1ogfoc Mor:ilis" - Rauch,
A, admoestação seria supérflua. De Luco, citando grandes autores· de seu
Ora, a excomunhão que pesa sôbrc o herege é latae se11te111iae (cân. 2314, § 1). Torna-se claro, porlanto, que lambém o atual Código aceitou o princípio de que a adverlência
herege ou não, analisemos os delitos que. segun~ « llno -
sível admitir engano, inadvertência ou descuido.
resia: ■ 1 - Cuar-sc com pacto cxplíci10 ou illlplícito de <1ue todol. os fi lhos. ou a lgum• dêlcs. sejam educados
fora dl.l ls,rcfo Católic3 (dln. 2319, n, 2). - A razão é evidente. Se. nuin cas::i.men10 misto, o cônjuge c.ató~ lico co11cord:t cm que os filhos sejam cduc3dos, Pot exemplo. na religião protestt'lntc, é parque r,rovih•elmente julga que o protesrnnlismo é uma forma válida de lou• var a Deus. E t heresia crer que :i Religião Católica não seja 3 única vcrdadeir:.1, ■ 2 Enlrcg,.ir os filhos, c ientcmtnlc, a minis-ir~ ac.a1ólieos. para que çStcs os bati1.cm (cân. 2319, n.0 3) . • 3 - Entregar, cicntcmcn1c, os filhos ou cri:in• çns sob sun cust6di3 par:1 ~rcm educados ou instniídos numa rcligiiio acat61ica (dn, 23 19, n.0 4). ■ 4 - Jog:;.r fora as c.SJ>écics co,,sngrndas, bem como Jc:vá•las ou conservá-las consigo para um mau fim (dn. 2320). - Pois é muil<> de suspcit3r que quem con,e1c tais crimes não trcia na presença real ou que, pelo ódio que. vot3 às Sà&ro.das csr,écics, nc~uc ou1ro:. dogmas.. ■ S Permarlcccr obstinadamen1c com a m3nclm d:.t excomunhão durante um ano (dtn. 2340, § 1). Pois quem ossim nge não crê. no poder judsdicional das autoridades eclcsiásliç::,,s, ou nega outros dosn,M, • 6 - Por simonia, e cicn1emcn1e, c-onfcrir ou reet-t,.::r ordens sagrad~. ou ai.nda administtar ou receber outros Sacramentos. O Códjgo frisa que à suspeição de heres.ia, nessa hipótese, pode recair também sôbrc uma pe.~,;oa elevada à coridiç5o epjscopaJ (cân. 2371). - A comcrcia.lização dos S11cramcn1os revela um Hd dcsprêzo por tudo que há de mais sa.grado na Santa Igreja, <iuc fa1. recear <1ue q,ucm a pratien não creia cm algum dogma.
■ 7 Es1:t0n1ánca e c,::ien1einc111c ajudar, d e qualquer modo, a propagação da h<:resin (ctm. 2316).
• 8 - Assis1ir ativa mente a funçõc-s sag,r:.'ld3S de acMólico$, ou nela$ 1o ma r parte, a não ser pela mer3 presenç.1 passiva cm razão de c.-irgo civil ou de ncc..-essidade Social, J)Or moti\"O grave e dclt<lc que n:io h:,.ja pe, rigo de csdndalo (c5n. 2316). - O Diretório Ecumê• nioo " Ad toll.'lm Ecclc.siam", publicado cm 14 de maio de 1967 pelo Sccre1ari3dO parn " Uni5o dos Cristãos. veio ttl:lrg3r enormemente os c.:lSOs: de "communica1io in sacrif' au1orit.:\dOS pela $:inl:t Sé. Assim. muicos alos. que a1é recentemente triavam suspeição c:inônico de heresia, já não mais a criam. Continua entretanto \•erdadciro que. por fôrça do cânon 2316, 1ornam-se canônica.mente sus1>eitos de: heresia aquêlcs que p:iriic.ipam de fllnçõcs: s:,.grndas de ac:i.tólicos cm circuns1áncias rnis que haja dcsrespcico às leis cm vigor. A mz?ío de ser dêsse cânon é cJarn: participar indevidamente de cerimônias relis,ios:i.s acatólieas ~ dar a entender que elas s~o agrndávc:i.s a Octis. ■ 9 - Apelar a um Concílio universal das leis, decretos ou ordens do Sumo Pontífice, quaJqucr que seja o estado do apelante, seu grau ou condição. ai11d:.1. que esta seja real, cpi$copal ou cardinnlícin (c:l.n. 2332), - Quem apelasse a um Concílio de uma dcci.s5o pnpal csrnria implki1amenlc admitindo a superioridade do Concílio sôbrc o Romnno PontHice. o que é IC..~ herética, Sóbre os casos canónicos de suspciçfio de heresia. pode-se ver: WERN7.--VIDAL, J)p. 451 •4S1.; 'l'ANQUf!IU!V, "llrcvior Syn. Th. Mor." , p. 386; VE1tME.E1tSCH, p. 316; CAPl'fil.l.O. pp. 5S2 ss.: FE.R.Rli-R.ts, p, 743; S IPOS, p. 609: REGA1·11.1.o, p. 573: IORIO. pp. 2S3 SS., 260 S.~.
Medidas ca nônicos contra o suspeito de heresia Como procede a Igreja para verificar $C o
suspeito de heresia é realmente um herege? O cânon 2315 dispõe que "o suspeito de lreresfr1 ,1ue, admoestado. não /,11. desaparecer a causa tia suspe;ção, seja afastado dos atos legítimo., (denominação dada pelo cân. 2256, 2.0 , a certos aros juridicos: ser padrinho de batismo
e crisma, votar em eleições eclesiásticas, admi-
Arnaldo Vidigal Xavier da Silveira
ATOS, GESTOS, ATITUDES E OMISSÕES nistrar bens eclesiásticos. clc.J e. se Jôr clérigo, uma vez repetida iniitilmente " admoe.rtaç,ío_. sei" também suspenso. a <livinis fisto é, proibido de celebrar a Sanca Missa e de exercer os demais atos de culto próprios aos clérigos]; e l ·t o suspeito de heresia não se emendar 110
pr,,1.,0 de seis meses completos, a contar tio momento em que incorreu na pena, seja considerado como herege, sujeito iJs penas dos hereges". Note-se, portanto, como a Igreja é pruduente e paciente em relação a tais pessoas. Além da advertência, que deve ser reiterada caso se trate de um clérigo, dá Ela prazo de seis meses para a retratação ou para even• tuais esclarecimentos, antes de aplicar as penas próprias aos hereges. Mesmo essas penas não recaem automàticamente, mas devem ser aplicadas pelo Bispo, que eventualmente pode ter razões para não as efetivar. Todavia, além de prudente e paciente, a Igreja é justa. E a justiça exige energia. Ultrapassados certos li mites, cumpre cortar do organismo o membro gangre~ado, que de si já se excomungou e excluiu da Igreja, e que além disso constitui uma ameaça à fé dos demais. Segundo o espírito da Igrej::i, ::is censurlS de• vem ser impostas com sobriedade e muita circuns• pcc;ç,ão, mos deve haver H'lmbéin severidade e rigor, se necessários: <:f. c5ns. 2214, § 2. 2241. § 2; W e1t?~Z.VIOAI,, pp. 180 SS,; Vt!RMEllRSCII, pp. 236• -2)7, 259; REOATll,LO, pp, SOO,SO I, 523.
Os casos de suspeição de herésia acima enumerados são os que o Código de Direito Canônico prevê. No entanto, como observam os teólogos, há também casos não canônicos de suspeição de heresia. "'Crio-se suspeição de heresia - di1. W ERNZ• VlOAI.. (pp. 4Sl-4S2) tUJ exercido da magia, ,lo sortiMgios. ,Je adi'~il,lwçõcs: 1101 obuses muito g~a\'U
dos Sacwmtmos, como por ~xcmvlo m> ,Je/110
d" solicitação
"ª
Con/iss,10, mi \tio/açiio do sigilo sacrame11tal. na rtallwção /ra11dule11ta J_os $"era, mtntos por peS$0h que não tenha reub,do a or• ,te11ação sacerdotal; nos ,JeUtos con1,,, " autoridade ultsidsfica qm• fa1.em s11speitar fumladámtnte que <J riu tc11hn ld,ias urbncas não sôbrc <t pcsso" qutt a exerce. mas, sóbrc. á própria a,J/oridade c11q11tmto tal como aco11tccc com os qutr dão o nome " seitas q 11~, Us t;laros ou às oc,~ltas, ur~e~n maqui1:aç,1u contra a Igreja ou n sociedade crv,I ( . .. ). tsru casos, que 110 ,mrigo Direito listo l, no O.irciLo Conônioo anterior ao atual Código, que fo1 promul&ado em 19171 crnm at/111.idos p<rlos Doutores. conti11111mt por s ua pr6prin ,wrureu, fcx n:uurn rei) n 1/ar ftmdmmmtO ,> .s11speiç,1o ,Je heresia; mas " sus• pciçiio jurídica mio existe senão nos casos exp,esSt>s 110 Direüo" (s5o os nove casos que enumeramos acima). No me..~mo sentido. ver o·ANNl llALI!, "ln Constitu1ioncm . •• ", n.0 31. Chamamos a atenção do leitor, de modo cspceh'1, para essa dis1inção cn1rc os casos canônicos e os nii.o canônicos de suspciçlio de here..~ia. Qu:m• to aos primeiros, o próprio C6digo prc\lê n hip.ótcse. fl define e a pune. Qu3nto aos outros, nuo h:\ referinc;i:;1 direta nas leis cc1csiásticas, m:u a na• turc1,,a me.smrt do ato fo,:. recear que quem o praticou seja, no fn1 imo da nlm3, um herese. Quem exerce a magfo, por exemplo, provàvdmcnte nega nlgmn dogma, embora o Códi&o silencie 3 l'C-s• peito.
Perguntamo-nos, pois: os numerosos atos que por sua pr6pria natureza criam suspeição de heresia. mas q ue não estão previstos no Direito Canônico atual, permanecem por isso impunes? A importância dessa pergunta é capital. E é 1anto maior, q uanto muitos autores, ao tratar do delito canônico de suspciç.ã o de heresia. frisa m que essa figura jurídica só inclui os casos expressamente pre• vistos em lei (CAPl'ELLO. p. 553; VERMEERSCH, p. 316: 8RYS. p. 504: ZALOA, p. 30; IORtO, p. 260). Ocvcr-se•á sustentar, talvez. que a lgre.. jn. como Mãe bondosa e benigna, só pune os nove casos indic;1dos, deixando no resto campo aberto para os seus maus filhos?
Outros atos conexos com o heresia,
não previstos no CIC Antes de respondermos a essa pcrgunrn , cornpletcrnos o panorama dentro do qual ela deve ser analisada. Pois h{t diversas outras categorias de atos conexos com a heresia que eram punidos. pelo ,rntiso Direito, e que não figuram no Cód igo, pelo menos explicitamente. l::sses atos são: crer no herege, fa. vorccê-lo, recebê-lo e defendê-lo. Sôbrc essas fisuras dclituosas, ver: SUAR.EZ. dii;p. XXIV, seet. I; De, LVGO, di.sp. XXV, SCCI. I; Sc11MA.1.1.0Ru1:a .eR, n.os 91 ss.; OºANNfOALB, "Sum.
mula, .. " , p. 8; WeRN7,V10AL. pp, 4SO s.-...; MICIIBL, eol. 2244. •
•
"CREDENTES": OS QUE CRÊEM NO 11 EkEGE OU SE OJSPÕEM A CRER
Os "credentes·i. isto é, os que . crêem no herege, os que lhe dão credito, "são aquêles que ,le má /é aceitam , por wn juízo tia inte• ligêndu, pelo menos uma doutrina herétiCtl propusw pelo herege. embora não te11harn aderido a nenhuma seita ,leterminuda" (WERNZ· VtDA L, p. 450) . &se delito tem pequeno intcrês.se para o nosso esmdo, pois "os creden .. ces não diferem essencialmente dos hereges, e porumto esuio compreendidos :-.·ob o delito ,le /rerrsia, se não faltarem as demais circunsui11d11s" (W~RNZ-VIDAL. p. 450). Com efeito.), aquêle q ue acdta. uma doutl'ina herética é herege. Essa distinção entre os "credentes" e os hereges filiados a alguma seita deve servir•nos apenas para tornar bem claro que 1anto uns quanto outros estão .!xcomungados, embora os segundos incorram em penas espe·• ciais. previstas pelo cânon 2314, § 1. 3.0 • En1retan10, como observa SUARBZ. o conceito de ·•credentes" deve também ser estendido ''iiqueJe:; que, embora aimla não dêem asseurimento tlOS erros. vâo en11euuuo ouvir os hereges com um ânimo u,/, (JU~ estejam prontos a lhe.i dar crédito. se as Tl11,ões ou argwnemos alegados lhes ag,,ult1rem" ( $li.A• REZ, disp. XXIV. sect. 1, n. 3). A mesma doutrina ensinam, entre outros. De Luco (disp. XXV, sect. 1, n. 3) e SCHMALZGRUEBER ( n.0 92) . Logo adiante, SuAREZ acrescenta que as pessoas que assistirem diversas vêzes, com regularidade, a reuniões de seitas heréticas deverão ser tidas por "credentes". Aqui estamos, pois, diante de mais um caso claro de delito conexo com a heresia que é cometido. não por palavras, mas por atos. •
Os FAUTORES OE H'ERESIA
Os fautores de heresia "são 11q11êles que, pela prática de algum ato ou por omissão. concedem aos hereges algum favor que re• dw,de ,u, promoção da doutrina herética'' (WERNZ-VIDAL, p. 450). Note-se que, para haver o delito de favo recimento da heresia, é necessário q ue seja prestado um favor ao herege enquanto herege. J; evidente que se um médico, por exemplo, atende a um pro• testan1e indigente. não se torna por isso fa utor de heresia. A mesma observação vale, mutatis mutandls, para os defensores e os re. ceptores de hereges, de que logo trataremos. Sôbrc o fo"orccimen10 d:l heresia por omis~io, Oe Luco escreve: ''Por om;ss,1o, favorecem ao ltrr<"gc aquflc.t que em railio ,Je nu cnrgo :tlio obri•
g'1dos u t>rcm/R•h.>, puni-lo. c:i:pulstí-lo, e 11<1 ,mtontQ
m:g/igc.•nciam fsus dc,·ern.
Por exemplo: os Ma•
glsrr,,dos á quem o Bispo ou os Inquisidores recor• rcm, ou a quem c11tregam o herege 1>artt ser pu,,;. do: e tomblm os próprios lm11âsidort's e Prelados ticle.sidsticos, .se negligenciam aquilo a que cm razão tle seu cargo t'Sltio o/)rig11do.r, favorecem/o assim /J
lt('resin. O mesmo ,leve su dito ,los ,lemnis minis• tros e oficiais ,to $111110 Oficio, e mt•smo ,IM pt.S• soas pri"adas a Quem êsse enct1rgo ~ iut116sto por qutm tem o poder ,le o impor; e também tias l('S• tenumlws que, obrigadas a diz,cr a i•crdadc quu11tlo leglfimamentr, Interrogadas, oculum,-,u, pQra fa,·orc•
C('r no herege" ( Dr. LUGO, disp. XXV, SCCI. 1, 11. 6) . No mc-..srno scinido pode-se ler Suue7.,.. "Oc Fide" disp. XXIV, SCcl. 1, n. 6; $CIIMAL?.GRUE8ER. n.0 94. ■
R ECl:l)'J'ORES:
OS QUE ACOLHEM
HEREGES
Os receptores "são aquêles que escondem ou acolhem hereges cm local ()róprio ou alheio, " fim de <1ue êstes se livrem tfe uma ,,erquil'içâo jut!lcial e tfos penas que merece• l'Í/lm" (WERNZ•VJOAL, pp. 450-451 ) . OE Luco nota que. para caracterizar o delito, "ba.rta receber o fte,.ege uma única vez. como afirmam todos os ,mtores, e à semelhança do que se dá com o defensor e o fautor do here• ge 1..• ] . Sob esta censura [de recepto,·] estão compreendidos não só aquê/es que rece• bem e oculwm o /rerege na própria Cllsa li fim de que não seja apanhado. mas também os magistrados e os prfocipes que os recebem nas própria.r· citiades ou províncias o fim de que~ sob su11 tutela. estejam livres e possam permanecer na seita a que pertencem'' (De LUGO, disp. XXV. sect. 1. n. 4).
., 0s DEFENSORES 08 1-IERBCC;S Os defensores ".tão aquêles que não ade.. ren, internamente tl doutrina herética 1 mas apesar ,/isso a defendem, com palavras ou escritos, contra os que a impugnan,. São também aquêles que J)l'Otegem, à viva /ôl'ça ou por ourros meios injusros, ,1s pessoas dos hereges contra uma perseguiçãó legítima movi• da em l'tll,ÜO tia heresia" (WERNZ..VJOAL, p. 451 ) . ■
TEX'íOS ANACl<ÔNICOS?
Alguns dos 1c.xtos <1ue ;;1c:1b1mos de ci1ar. re• !;uivos nos "credenles". '3u1orcs. rcccp1orcs e defensores de hereses. podem parecer in1eir.imc1ne anacrônicos e :;.upcrodos 1x:lo pr~1ic.a hodierna d-1 Igreja. Adutimo-Jo:., entretanto. J)Or duas rnzóes. Em primeiro lugar, êlcs torn:i.m claro que, 1am. bém cm nossos dias. nulllerosos s.ão os c:llólicos que incidem cm tais pcc.-idos oonexos com a hcrcsi:I. Pois hoje, como outrora. há os que ouvem os hcreies <:om o ânimo dispos10 3 lhes dtlt crédi10~ os q ue lhes concedem favores que redundam na pro• moç?i.o da heresia; os que, desempenhando fu nções que obrigam a punir o herege, omitem-se: ele. Sm segundo lugar, um estudo 1córico ~ôbre n heresi.-i n?i.o se pode cingir ~ análise d.i si1u3.ç[10 hodierna. A malícia de 11ossos. tempos levou a Igreja .i tolemr e.m sua legislação procedimen1os que não
correspondem ~ ordem idul por que _Ela e. seus Os tc:x.cos acima c11a.dos filho s .ispir.im e lurnm. indic.a m quão longe vai. pela própria natureza d as coisas. n obtigaç:io de pcr~guir os hereges noma sodcdadc inteiramente: catóhca. Enir:i êsscs os princípios que vig,ot~vam na Idade M~d1n, dn qual dis.sc , Lu.Ao XIII. no Eneíclic;a · " lmmortale Oei.. : ··Trmpo liouve em que " /ilosofiíl ,lo Evangelho go. n~mtn·" os Est(l(/os. Nt:su, lpot:a, " i11/luE11cio tlú st1bt!dOritl uistli e a sua virtude <livi,u, peuetu,w,m as /ris as instilui,·âes. os costmnes ,tos po•·os, r&l<11 as cot;gorias e tbdas os relaç6es da societlatlt civil. Enftio " Rrligiâo i11srltuída por Jesus Cristo, sQJl. ,tameme rstabt'luida 110 grtm de tlignidade que lhe t• devido:· em tbda p,u,~ '"' J/oresce111e, gtaças ao /avar dos Pr1ncipu r (t prorcçáo legí1ima ,tos Ma• gi:urndos. E1ttâ<> o Sactrtl(lcio r o lmphio cr.s1av,w1 ligtUlos r 111rt si por uma feli~ co11c6u/m . e pel" Pf'· mulá amistosa tlt' bo11s o/ic1os. Orgamw,ta assim, u sociculadc cfrll d~u fr,aos suptriorts " 1(,da ~S• pectariva. frutos cuja mtm6 ria subsiste r subsistir6, <.'Qnsignm/a como <Sld tm imímeros ,toc,m1~111<>s 9ue artificio algum dos mlversário!I potler6 corromper ou obscurecer" (p. IS).
Impunidade canônica para tantos pecados conexos com a he1esio? A esta altura, podemos repetir a pergunta que nos propusemos: os numerosos pec.a dos conexos com a heresia, mas não pre• vistos no Código, permanecem impunes no Direito Canônico atual? . A resposta deve ser : absolutar!Íente nõ_o. já a.priori. com efeito, poderiamos afrrmar q ue práticas tão dan?sas à fé não poderiam ficar impunes. Deixar a autoridade eclesiástica desarmada diante delas seria ins• 1:dar o lôbo dentro do redil de Cristo. e bem sabido que, tanto na o rdem civil quanto na ordem ec1esiástica,. o Direito posi• tivo não deve, nem pode, punir todos os atos condenáveis. Querendo reprimir por lei tudo que julgam mau, os socialistas. yor ~x~~ plo. acabam por instaurar um regime 1ur1d1co de todo antinatural, e sobretudo incomparàvelmente mais injusto do que as injustiças que êles pretendiam - ou diziam pretender - eliminar. Há certos crimes, entretanto, que o Direito não pode deixar de punir. por serem fundamenta lmente contrários à ordem social. Impunes, 1ais crim!s de . t~I '!'odo se •_lastrariam, que a própria ex1stcnc1~ da sociedade estaria posta em causa. A~s,m, no ter~eno civil as leis não podem deixar de pumr o homicídio, a tentativa de homicídio. as ofen. sas à integridade corporal de outrem, etc. Da mesma rnaoeira, os delitos conexos com a heresia que acima analisamos são tais. que o Direito Canônico não poderia deixar de os punir, de uma forma ou de outra. Como imaginar que os suspeitos de heresia envenenassem o espírito do povo fiel com atos escandalosos, sem que a au1oridade eclesiástica dispusesse de um meio de os atin• gir? Como imaginar que os fautores de heresia tivessem pleno direito de cidadania na Santa Igreja? No Corpo Místico de Cristo êles inoculariam o vírus mortífero. sem que medida alguma. coubesse contra êles? . A•priori - repetimos - poder-se•ia já asseverar que o Direito Canônico reprime os atos delituosos conexos com a heresia. E, realmente, no Código cncontrnm-sc d iversos meios legais para a punição de tais atos. Sem prerender esgotar a questão. indicarenlOS alguns dêsses meios. Muitos dos atos acima referidos caem sem dúvida sob o cânon 2316, segundo o qual ...é suspeito de heresia aquêle que espón• rlinea e cienremente ajuda de qtwlquer modo 11 propagaçi,o ,Jt, heresia". Assim sendo, a pessoa que cometeu o ato delituoso será tratada como todo suspeito de heresia. conforme o cânon 2315, que já analisamos. Há au1ores que julgam ser essa a situação de 1odos os receptores. defensores e fautores de hcreies, no atual Código (cf. MtCIIEt•• col. 2244) . Quanto aos ..credentes... ou se encaixam nessa mesma categoria. ou são dire1amcnte hereges, como vimos. Poder-se-ia dar a questão por resolvida, não fôssem dois fatos: alguns canonistas ex• clucm do cânon 23 16 os delitos por omissão (VEMMEERSCH, p. 317); e outros afirmam que os receptores, defensores e fautores de hereges não caem, como regra geral, sob êssc dispositivo, mas sob outros cânones. Assim, S,ros (p. 608) os considera in• cursos no cânon 2209, § 7. que pune o lou• vor do delito cometido, a participação em seus frutos, ri ocultação do delinqüente, e tc.; e reserva para o cânon 23 16 apenas as hi1>61eses específicas de ajuda na propagação da heresia. WERNZ-VJDAL ( p. 45 1) coloca-os sob os diversos parágrafos do cânon 2209. e não apenas sob o sétimo. Os outros parágrafos consideram as noções de cumplicidade, de indução ao delito, de coopernção para a sua consumação, de concurso por negligência no desempenho do próprio cargo, etc. Por ou1ro lado, diversos autores deixam aberta a possibilidade de se incluírem todos os delitos conexos com a heresia no próprio câ• non 23 15, o qual pune a suspeição de heresia. Com efei10, tais canonistas julgam que é CO· metido o delito éspecífico de suspeição não apen:ls nos nove casos previstos em lei, que enumera1nos acima, mas também em outros casos quaisquer que pela sua própria nature• za façam recear que quem nêles incide ne• gue algum dogma ( cf. SJPOS, p. 609; REGA· 'íJLt.O, p. 573). Não admitem essa possibili-
dadc: VSRMeERSCH, p. 316: CAPPELLO, p. 553: 8RYS, p. 504; ZALBA, p. 30; lORIO, p. 260. Finalmente, devemos observar q ue mesm'o na hipótese absurda de nenhuma lei punir os delitos conexos com a heresia, conti• nuaria aberta uma via canônica para a suà punição: a própria figura jurídica da heresia. Com efeito, o cânon 2314, § 1, declara que os hereges incorrem ipso facto em exco, munhão. Ora, como já vimos, é possível incorrer em heresia tanto por palavras orais ou escritas, q uanto por ações. Pela própria natureza das coisas, portanto, e não apenas por uma disposição canônica, quem pratica um delito conexo com a heresia se torna suspeito de heresia. E. também pela própria natureza das coisas. um suspeito deve ser 1ratado como suspeito. O que se daria, então. se nenhuma lei punisse os citados delitos? Surgindo um caso de suspeição de heresia, o Bispo, o Superior o u mesmo um amigo zeloso poderiam chamar o suspeito e, conforme o caso. deveriam fazê-lo - pedindo que a causa da suspeição fôsse removida. Se necessário, haveria uma segunda advertência, conforme o preceito de São Paulo. Po<ler-se-ia ainda dar um certo tempo para a retrataÇ<lo, se as cir• cunstâncias o aconselhassem. Enfim, se tudo resultasse inútil, estaria caracterizado o herege, incurso no cânon 23 14, § 1. Repetimos, pois, que o absurdo seria imaginar um Direito Canônico no qual os pecados conexos com a.,. heresia permanecessem de todo em to<lo 'impunes, abrindo assim as portas do redil para ós lôbos mais vorazes, desde que se apresentassem bem disfarçados em ovelhas . Quanto a saber se tais pecados devem ser enquadrados neste ou naquele cânon a divergência existente entre os autores par~ce-nos mostr~r, acima de tudo, q ue há mais de uma via jurídica para punir qualquer delito conexo com a heresia. As leis, pois, não faltam, mas, pelo contrário, de tal modo sobejam, que chegam a criar certa perplexi• dacle entre os canonistas.
Heresia difusa Em recente Carta Pastoral. D. Antônio de Castro MAVER preveniu os seus diocesa.. nos contra a /retesia ,Ufusa, "que. sem con• eretizar.se em proposições explíciws. es1á sub• jacente e operante ,w maneira tle ser do CO· mum dos homens de hoje, e. através da sode1/t,tle. infiltra-se nos meios cmólicos" ( "Con• siderações ... ", p. 20). Já anteriormente D. Geraldo de Proença S1GAUD alertara os seus fiéis contra o comunismo tli/u.to. que ''é tle longe um perigo maior ,lo que o comuni:;mo direto" ( p. 12 3). Em nossa era de Jantas heresias declaradas, são entretanto as disfarçadas e difusas que constituem ameaças mais graves à fé de cada católico e à çiviliz.ação cristã. Ju lgaª mos contribui r para combatê•las. mostrando que não só por palavras. mas também por atos. gescos~ sinais. atitudes. omissões. é poss·ível cair em heresia externa.
( IAfOJLilCISMO MENSÁRIO <om APROVAÇÃO ECLESIÁSTI CA Campôs -
Est. do Rio
Oire1or Mons. Antonio Ribeiro do Ros..,rio l)iretorin: Av. 7 de Sttcmbto, 247, C3Íxá poslal 333 , C:1mpos. RJ. Adnlinis1.ração: R. Scn:t Madurcirn. 129 (ZP 8). S. J>au• lo. A,gt.nte p:1ra o Estado do Rio: Dr. José de Oliveira Andr3dc, caix!l poSl:'11 333, Campos, RJ; AgMtc para os &1ados de Col!ts, Mato Grosso e MJnas C~rab,: Dr. Mil1on de Salles Mourão R. São Paulo, $24, sala 809, telefone 4~8630, Belo Ho,izonle; Agente p:ir.t o ES1?.do du C u:m nb:irn: Dr. luís M. Ouncan. R . Cosme Velho, 815, telefone 45,8264, Rio de Janeiro: Agente p::mt o Estado do Curá: Or. José Gerardo Ribcito. R. Senador Pompeu, 2120•A, f'otta lcza; Agcnf<'$ pàra a Arge.n• Una: " Cruzld:t", C:isilln de Correo n.o 169, Capit:il Fcder:il, Argcntin.-i; Astcntcs par:"I o Chile: "Fiducia", Casill:.. 13772, Corrco J 5, Santiago, Chile.
N6m<ro avul>'O: NCrS 1,00 (Cr$ t ,000); número atrnsndo: NC,$ 1,10 (C1"$ 1.100). Assinatura.:, rrnu:1ls: comum NCrS 7.00 (CrS 7.000): bcnfe;tor NCrS 40,00 (CrS 40,000): grande b<nfc;ror NCr$ 100,00 (CrS 100.000): seminaristas e estudantes NCrS 6 ,00 (Cr$ 6.000); Amédco do Sul o Ccn1ral: vfa m:i.rítim~ USS 3,00; \lia· aér("a USS 4,00; outros países: vi3 marí-
tima US$ 4 00; \'ia :iüca USS 6,00. Pora os Esiodos do AC, AL, AM, GO, MA. MT. PA, PB, PE, PI. RN, SE. e Territórios. o jornal t cnvindo p,or via aérea pelo preço da a5Sinntura comum. Os pagamentos. sempre em nome de Edi• 1ôr:i Pttdrc Belchior de Pontes S/ C , pode• rão se-r Cn\liados à Admini'stração ou aos agentes. Para mudança de endereço de assinantes., ~ necessário mencionar 1amb6m o ende,cço an1igo.
Cornposto e lmprtsso na Cla. I...llh ographk i. Yplranga R. C:1dctc, 20;9, S. Paulo
condusõo do
p,
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• Missas em 18 cidades p el a s víti m a s do comunismo dicmo ,1os a~rncos; reprcSt-ntl\11tcs da LIMDS e de outt:1$ en1idades, e tefugindos de p:lÍSCS de além cot1ina de ferro.
Em Barbacena e Ou ra Prêta
o Núcleo de Militnmes d::i Tradiçiio, J':;:i. milia e Propried~de de Bt1rbaC'('nn mandou cclcbrnr Missa na .8nsílicn de São José Operário no dia S de novembro, à~ 10 horns. Personalidndc.~ de destaque na vida ))O• liticn e soch\l <ln cidade estiverain presentes; entre outros. o Sr.. José Oracinno, re• pre..~,n 1:mdo o Prefeito Municipal.: o Presidente da Associação Médica, Vereador Gcr:'tldo Rocha Filho: o Revmo. Cônego Mário Quiruão, Reitor dn Igreja de Noss::1 Seohora da Boa Morte: o ex-Pre(eito Amílcar Henrique S:i.vl\S$i. Comp3rcceu l1mn delegação de trintl\ alunos da Eseoln Preparatória de Cadetes do Ar, bem como representações dos scgui1uc.~ estabelecimentos de ensino: Colégio Estadttnl Prof. Son• rcs Ferreira; Colégio Agríco1n O iaul:1s Abreu; Colfgio Normal .Embaixador José Oonifácic,; Colégio Crispim Jôlc<1ues l3ias Fortes.; Religios:is e :ilufn\S do Colégio lnrnculndn Conceição e do Jns1i1u10 .Bom P:1.s1or: além de delegações de. profcssõtas e !.\lul'los de Grupos Escolnres. Ao fil'lal da cerimônia, uma das cmi$SO• ras locais que h:i.vjam trnnsmitido o Missa c,urevistou as personalidade.~ presentes: o rcprescn1ante do Prefeito Municipa1 e o Cô11cg:o Mario Quin15o louvaram a TFP pela i11icia1iva, tendo êste tíltimo - figu• ra &rnndcmente e.~timadn na cidMle - Jei10 rcfcrênci:t à campanha con1rn o divórcio rcalizadn vitotiosamcn1e no oi,o passado pela cntidttdc. Participaram também <la cerimônia. militantes de Juiz de Forn e Conselheiro Laf:llere. Oois estandartes dn Tradição, Fa.milia e Propriedade, cm mnstros medindo S metros. dc:stncava,m-sc no i11terior do lemplo. Em Ouro Prêlo n Missa promovida pelo n(scl<:o de. militante$ da Tradição_. Família e Propriedade foi cclcbra.d:1 na Igreja de Nos.."--:l Stnhora do Carmo. no dia 5. às
10 horas, pelo Pe. Fr;mcisco Barroso, Vi• gúrio da Por6quin de Nossa Scnhorn d a Conceição de Antonio Dias. Comparc<:eram o Prefeito Genival Alves Ramalho. o Presidente da Câm:u·n Muni• cipal, Sr. Theódulo Pereira, e vflrios Ve• readores. o Juiz de Direito, Sr. Onnilo Furrndo, Diretores. Pro(cssôrcs e alunos <le estnbelccimcntos de ensino locais, diri• se-1ues de associações religiosas C· beneficente.,;.
Em Salva dor Apesar da chu-.•:a 1orrencíal que caia só· brc a cidade. teve grande as..~istêi~cia ;) Mis..~:i. promovido peta. Secção baiana dà TFP n:1 Igreja da Piedade. no dia s. às 10 horas. Fizcr:un,sc representar no ~no o Covet• nndor Luiz Viannn filho. o Prefeito Anto• nio Carlos Magnlh;tes, o Com11nd:rnte dà 6.ª }tegião Militar. o Comandante do li Distrito N0;vnl. Estavam presentes o Cônsul da Alemanha, e o Cônsul da lngl:ncrrn em Santos (o <tual ressaltou que, es1ando de visita a Salvador, vim o anúncio da Missa nos jornais e timbrara cm comparecer). A g uarda de honra da bandcirn nacional colocada no recinto do templo foi fe ita por alunos do Colégio Mili1ar, em uniforme de galn; compareceu igunlmen• te uma delegação de alunos do Colégio da Policia Militar. Our::tnte a ccrimônin cantou 111n Cõro de Padres Capuchinhos. com ncompnnhamcnto de órgão; de cadn Indo do nll11r viam-s.c csumda.rtes dt\ TFP. Anunciando l\ iniciativa da Secção. elcmcruos desta derl'l m uma cntre\ is13 ;\ TV• )rnp<>an. 1
Em Recife No din S de novembro. re-:\lr'lOU•Se cm Recife a cerimônia promovida pela Secção de Pernambuco dn Sociedade Brasileira de Dcfcs.n da T rndiçlo, fa,mílin e Proprieda• de. O Jocal dl\ Missa foi a Ma1ri;: de S:\nto Antonio e , o celebrante o Revmo. Mons. Severino Nogueira.
Larga divulgação do manifesto da TFP Tc-'ft 1:r:u1dt rc1,u:rtussao o mantru lo d:t.
·rPP ao P:1U 110 so.0 nntvc,s..1.tlo da tevolu• (90 bolchtvl$1a, q11t t.$fam,pamos tm nom (ilHn10 número.
o documc.nro rol 1,)ubllcado c-m prlmdrn milo cm Silo P:1ulo, n.a c-dlç:io do Joni:il .. O ltstado dt Slio Paulo'' dt J.0 dt novembro, por lnkl.'IIIV:'1 das StJmlnlt$ tol etMdudts dt rt r11Alados dt naCÕC$ sob o JuStO tomunlsta: l)úl;:aros lhrts no Bra~JI, Chlnêscs llv"'s no UF.1.1,II, Cro:al a~ llvrt$ no Otull, E:slovncot JI. "rc,.s fio Br:'ISII, tstonhlnos IIVttS no Bni.sll, Hún,:..1.ros Uvrts no Brasil, Mtos Uvru no fl:r:isíl. All:1111t3 Ll1uana_ BrA$11t lrn d t São Paulo , Comunld.!lde Ctttóllca SAo José d0$ Llluanos cm Sio Paulo, M11c:tdônlo$ lhn.-: no Brasll, Polonests lh•rts no UrasD, ltomt no, u ...rc-s no Bffl.Sil, Jlu$SOS Uvru no »msll, SE.r,·Jos- llvrc-s no nnasn t Ucrnnl:mos IIVTCS ,no BrMII.
O m~.nircsco fol n seguir 11ub1lcado 111\ (nftJ:rn - corn a assh1r1t ura d.a mts=t do Con• stlbo Nacional dl TFP t dos ))ltttórloir Stcclon:1b do$ rC$Jl-ttt h·os 1:'.;stodos - nos- stkuln, lt$ jomals: "Dhi,rlo do r2.rn1J1'', de Curlllb:1 (1>ublk ;1ç:i.o a1rom0Tlda 11tlO$ C0$$0COJI llvro , G rêmio d(' Ex•Consb2.1enlt's P01c>ncsu 110 Brn• ~li. CJub tJuafoo-Br:LSIJClro, Corc:1110.-. Cn·
16llcos lmls::ran1es no Omsll, l.l,:11 das Scn ho• ras Car611(Â$ t
União Chlrn Ft1nln h1:. P~r::i•
nfttn~); HO Globo'•, do 'Rio de Jnntlro; •1Bs• rndo dt- Mln:1.$"', de lltlo Horl~ nlt; ''A Nn• (:iO'\ d e Blumemrn, e "A Nll(ão•• dc- lft\J,t (.$C), neslc-.s úUlmO$ :iubsct llo 1>tlo l)trc.tórlo Sub.stctlonal dt Blumcn:111. A tt(IUtrlmtnlO do Dtp11rn.do Nti'f3rt0 Vieira rol o mnnlttsto cranStr·lfo no ..-l)l~rlo dn Ammbt~l:a., dt Min as Ctmlf, tdl(.lo do dia
JS.
E n1 Siall':'ldor, cartm,.es dt 1,50 in. contendo o ttxto do doc:umtnto foram <0lotado$, ,,or lnlt121h·a da Secção bnlJlnn. cn> vltrlnts do ttnrro di tldadt. A 1>rop6dfo do pronuncl~mt nfo d.n T FP rtetbtu o Prof. Pllnlo Corrh dt Olh'C'lr1' do Ministro da ,l\grkulfurn, Sr. h'o An;un Pc-• reira, c-:i:r1a dll qu:11 dt$1A(M'lt0t. O MJ?Uinlc 16plco: ••LI, altl'ltAmcntt, a pntrlótka 1>11bll· t:atito f ••• J. Mcrett c2lorosos l\pl:iusos :i 11rO• mocão dA TFP, pc1o (tut lht nprtscnto OJ meus ( 1.1.mprlmt n1os cxitnsh·os aos dtm:ils coru11011tnft $ do Conselho Nndorull dn merl• 16rl11. tntld2dt". Ttxco t1'161ogo :ao dn ,...,., foi 1>ubllc:u.10 pcl:1. e1Uld!'ldt conJ:~ntrt a,acnHnn no dlirlo " J,2. Nntl611''• dt Outnos A(rts, no dl:'I 3 dt nontubro.
O livro proihido F
Jtll,1, O J( FRENS KV C llll.P..NO jÓ !it! V(I/
1om,111tlo ltnd6rio aMm ,los Aml,•s.
Aprcscuumm,o., a(Jui ,dguns i,u/ícios si;:11i/ica1J.,os 11c.ue .~111ido, dcixwulo ptua <> pr6ximo número, <lttvi<Jo carR11cia de ~.S/Ul(l(), um rclt11<> complcl<> ,las re11crcuss~s ,1,, rt1><>rtagem t>SCtiw por 11().~SO col<,Jmrmlor Fábio VitlignJ Xt,vitr da Silv◄•irn, A rl'111'11(1 "'7 Dit1$",da fditQ,a Zi,:-7.og, co ,11,0/(lda pelo g<Jvêr;,o, apresenta num
,>
clichê ,1~ 1,;s quartos ,te página 11111 /ow!m q ut lf wn txemf'lllr ,la ,•,liç.úo ,,r1:c11ti11a ob"'· cobrill(/o o rl).,10 t<>mo q11em mfo ,,ucr str i<lenr;Jiclldo. t.ue c/icl, f ilustro um or1;$t> intitulntlo "0 Uvro proibitlo"', uo qual .Je a1,rt.w•r,u, um rtsumt, 11rc1c11stuuc11Jc com11lctó c/11 obrll (,u, rtt1/Mttdc, l rlUa-.,ct tlc um tll'f(lll/tJ de trccho., isola,los do .,eu cí.,111e:.:10). O do
ar1ic11lis1a, A,ulrb Crut Arjona, lt•n/a t:X· 11/ic(lr t> q11f! .w: s~nte obrígod() a rcctr 11/1 ,:ccr: o ,:uorme impc1c10 ,lo lfrro :(l,/Jrc " opittitio ,,6blica. Escrt:i•e l lc: "A J)'C.Ssoa que conseguiu o livro para êsre cro-
nista cQmcntou: '"N5o entendo a r:w,:io pel::i qual o Go,.·êrno p&: esta edição no "lndex". proibindo sua Jciturn aos chilenos. Tal medida, como não J)Odin dcix:1r de aeon1cccr, transformou-se nn mais c!ic.a z propag.-.nda para a rcferidn J)ublicnç.iio. que hoje circul:t chmdcstin::t mM 1>rofusame1uc. Os 1>ossuidore.s de cada um dos cxcmpJ:ircs <111e loar:iram c:s,c;1J>:lt no confií.<:O tivernn\ que Í37.Cr lista..:; de 1nc-. ccdénci:., entre seus J)arcntes e ::am igos para proJliciar-lhes a lei1ura do livro cm risornso ordem de inscrição. E - conclui ,l~soltulo <> articulista tinh~ rntão o meu amigo". Os jornais andinos q uáse diàrlam1..•111e s,· rcjert'm <1() livro, chisus seio aprc.st!11/atlot 11 rr.spciro no rátl;o e m, TV, ca,lcaturns srto ( .)'mmpa,t11s nos uwgmJ11es po/Uicot. Em um ,lh1t:s, JJOr txcmplo, a conhecida
uvisltl "To,,,,z,e'', n•nu,s '"" imlivídtw lendo com c11idenu• c<wtelfl e· iem tJr 11111 J,u>JcnsivQ "'Tratado de Fi/1t1dia··, tJuC 01ttr<1 coisa não é st!mio " /11111oso li11ro cem a capa trr>C<t(fo. Outm c<11ic<t111ra apresento ,tois $llgbt,es dctctivu a ú11upcl,ue111 ,,m gtlTOIO (Íue sc111111lo à soleira da cosa p{lUma follu:i<, ttm lfrr<>: ..Co1n que
cnt:io vocÇ está lendo "Pinóquio" . hein?"' ScgmulfJ ct Jornais, muis de 150 cida• ,Mos c hilenos foram intimrufo,t II abrir ,lialllc de um juit i11strt11or 11atott•s rt:c,:/Ji<ll>.f ptlo correlo, 110.\' qunit a rml it:ih supu11ha /J<n·er cxemJJlores da obra, cnvi<t• ,tos ,la A rgt11li11ll, AI> que consu,. o <Jlttt mais irrita eti·Sás J'('$SOOS não é " /MO ,te ICrt'III (J llt! COIIIJJtUt.'Ct!r t'III ittít.O, mas ."lim q1u: <>.f volum r.s JJ,rs sc-Jom CQ11jiscatlos. Com,•11U1•se cm ltJm de l1lt1guc- tJttt' um
tlo:r ncg6cio.r mais rt:ml<JJQ.\' 110 país h<>ic em tlia, t,pesor dos rln:<Js que comvorta, f ir ,; Ar1;t11tl110 pare, compntr- "Frd, d J<ere11sk.y cl,ilc,110··. e ,lct>()iS 1c.vt'11dl:-lo 11<1 Chile onde estó t.-Olado " 2() dólares () excmJJlt,r . . • preciso, por~m. ter o cul• tlatlô de lr'OCtlr O Cll/1(1 , partt (':tt:l1pllr ao
e
c(m/isco.
Co1111á
que se Jo111u1nm1
,,c•rdad~itas
cC<>ptr01ivas JJ(ll'(I ri cóm11rt1 do l frtt,, c ujo /c,ittttll é Jtiut cm comum: 110s coUgios il11c111tJS 01 <1/tmos e.~/ittom o vigilt1ntc ,', dormir pnrn lerem o rc11or1asc-m, 11ft C<tltula da noite. Algumos pessoas cedf'm. sc•us t'."<etmp/arcs 1><ua serqm /i,IQ., .,,,, fiOuca-t horas; há lislO.r tlc l,11t•rcss,1dos <111c páSS{lm ,h· ci11qiit:111a 11omcs. Alguns rcrlio <111c es• pua, doit ,m:scs I""" wtrl'm cllt'gadr, " sua vet. Em uma c11111Jvis111 na tel~,·IStio, lJ St• ,,mlcr Pcdr1> lbtflft•t, JJ~tliu um exempla, tia obft1 ti() rc116r1cr, ao f/ttC ,~sfc ac<"<lett ,m,thtel, mos p1>11d1> logo a comlição: ·•Con
mueho gusto se lo presto. pero me lo dcvuclvc.'' . . .
Foi alrnmentc exprçssivo o comparcçimento de :\utotid:\des çivis e militar'C$, en• Ire as qu:iis se destncav~m o Oovcrn;ldor Nilo Coelho: o Comandiin1c do lV Ex6r• ci10. General R~1foel de Souzn At ui:ir; o Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Amaro Lira e ~s~r; o Prefeito dn Capitn1. Sr. Augusto Lucena; o Secretário dn Segurança P(1blicn, Oencr::il An• to nio Adcodato Mont'Alven,e; o Diretor do Parque de Aeronámico, Coronel New• 10n V:i.ssalo; o tcpresentnntc do Comandri:n1e do Distrito Nnval; Deputados e Vereadores, além de oumcrosos figuras reprcscnrn,ivas da socicdo.de e dos meios in• telcctuais recifenses. Cartazes fora m colocados cm ônibus e cm lojas dn cidade; distribuiram-sc ccnte· nas de convites, e a Missa foi ílmplamcnte noticiada 00$ jorn:i.is.
Província brnsiléirn da Ordem de São 8n• sítio Magno, de rito ucr11niano ea1ólico. Havh, cêrc:1 de quinhentas pessoas no templo. O Ptefeito Pln1110 Mir6 Ouimrirlic~ esteve represcnrndo pelo Sr. Anto nio José. FrMçn Satyro, membro do Conselho Estnd unl de E:docaçào. Comp11tccemm o Coronel l,uiz Alberto de 'f're itns, ComMdantc do l l.0 RI; o Oe1,utado Leopoldo Jacomel; o 1.0 Sccrctflrio da C5m::ira Munici• pai. Vetcador Nilton Snle.~ Ro:m; o P,e.~identc d a As..,c;ociaç5o dos Pcofessôres d e Ponta Crossa. Sr. Wilson Comei; o }>residente da Subse<:ç5.o d n Ordem dos Ad· vogados. Sr. Dalto n N:idol: ns Diretori3$ da União C ívica Feminina. dos Coreanos Católicos Imigrantes no Brasil. e de outra~ entid:.des. A cerimônia realizou-se nt1 Catedral, no dia s. domi11so, :ls 10h30. No ))resbitério havia dois c.<:.tnndartcs dn TFP. <:m mnstros de 4,S metros de :1hura. Antes d:1 Misso o Cclebmntc dirigiu-se ))ovo. congratulando·w com n entidade q ue a promovin; ti sníd:'1, foi distril.>uído :\s auto ridades o manifesto da TFP ao País por motivo do 50.0 ;rnivcrs&rio da revoluç5o bolehevisrn.
9 acon1oc_imt~to foi noticiado pcl:\s cm1s.sor-a.s: de rl'íd10. btm como por di5tiu:ç loc;1is e de Pôrlo Aleg re. Em Blumen a u e C riciuma
Em Bhnncn:.\u a Missa ptomovidn pela Subsccç5o local d n TFP realizou-se no pá1io do Colégio No rmal Sagra.d:., f'nmílin, cedido pel:t,~ Rvdas. Rcli&iOS.'\S <1ue dirigem o cstabel1.-cimcnto; fo i cclebrnnte o Rcvmo. Pe. Lino Mcc:s, Vigário da Pnró• quitt de Noc;s.,'\ Senhora Aparecida. Apesar de · intenso programa oíicial ;) ser cumprido. o Vice-Almirante Jolo l33p. tisrn Francisconi Scrrnn, Comandnntc do V Distrito Naval, q1.1c se cncon1rava e-m ,•isirn ti cidade, quis estar presente ao :no relit io.~o. Compnrcccram igu:ilmcntc o Preíei10 Carlos Cur1 Zadro1,1\y; o Capitão d~ Potl0$ de ltajttí; o repre.,;entan1c da Câ· Em Forta leza fn:lrn Municipal, Vereador José Ferrcirtt da Silva: o re1>re:scnrnnre do Comandante Os estandartes rubros <fa T FP. colocados do l.º/23.º Regimento de lnínntnrfa: o Cojun10 .io alrnr-mor, adornava m n l&reja de m:ind:1111c do Corpo de llornOCiros: SupeCris10 Rei. onde se celebrou a M issa pro• rioras e Religiosas de vários conventos e movidn pela Secção do Cear(, da entidn• hospilo.is: elementos representativos dn inde. no dia 7, às 18 horas. dtistria e do comércio, trabalhadores, aluEstiveram presentes delegações de diw:r• nos de estabelecimentos de ensino. e um sos Cítc\1los Oper6rios, coin suas b:u~dci• • p(1blico cnlculado cm <1uinhcntns J>esson::;. ras; o Preside,nc d:i Federação dos TraAo scrn,5o, o Rcvmo. Cclebrnntc mos• Em Florianópolis irou o caráter opressor e ar\ticris-t::io do balhadores Cristão~. Sr. Joaquim Luís dn Silva: profcssôres e tdunos dos seguintes A Missn da Sccç;io C.:Hnrincnse da TF P comunismo e nlcrtou os presente..~ contrn esrnbclecimcntos, com ttS respoctivas bti.n• suas m.iquintlçóe$; acentuou a sci:;uir :1 Qp()rteve lugar 1m Cniçdrnl MetroPolitana de wnidndc e o noêrto da iniciritiva da TFP. <feiras: Colégio lmáéuladn Conceição. Co• Florianópolis, no dia S, às 10 ho-ras. e légio Estadual Justininno de Scrpn. C<>léN:'I vésper:i, dia de F inados. fornm dis• foi transmitida 1>CIB U:'idio dB Manhã. &io Juvcn:il C.irv;.dho, dns Irmãs Snlesia• trib\1ídos convites ?t portt'I do cemitério; a~ Es1ivcrnm 1>resen1es_, al,m de ~rnndc cinco cmis...~r-as locais irrt'ldin'+':im de horn nas: oficiais. alunos e praço.s do C POR, do número de riéis, o úovernador do Es1ado. cm hora nmíncios dn c<:rimõ1,i:i.; um carro Colégio Militar de Fo1·u\lcz1-. dn Escola St. Ivo Sil\'Cirn; o Sccrct6rio d:.'1 Scguran- ,,rovido de al10-falnntcs pcrc-o rrcu à$ 1uà~ de Aprendizes Mnri,,heiros e do Orupa• ç:1 P,íblic:i, General P:tulo Wc.bet Vieira da cidade convid rindo n. populaçiío 1>ara à mc1no-Escola <ln J>olieia Milirnr~ ofi ci.iis e praças de divers~s unidades sediadas m1 da Rosa: o Scc;.re1::'irio dos Negócios da Missa. Cl\pit::tl cearense. etc. C"::;:i. civil. Sr. Oib Chercm; o C hefe d:·1 A Sl1bsccç[10 de l)lumeonu dn Sociedndc Nos lug.-.rcs de honrn. ju,11::nnente com Agência local do Serviço Nacional de ln• Orasileim de Oefos:i da Tnutiçi'io, Família os membros do Dirc,tório Seccióllal. e com formnções, General Álvaro Veiga Limn, q ue e i>ropricdnde mnnifcsto u nrravés do diáo Presidente d o. $ccçiio do. (iH. Sr. ,Henadcmnis é P residente- da Associaç5o .Rural rio ''A Naçiío" o seu açradecimcnto :\.~ rique 8arb<>~1 Ch:we.,;, cncontrt1v:11n-se os Rcgiomtl de Ploril'lnópolis; o V ice-Pccsiden• mnorid(1dcs, à imprensa e ao 1>0vo pelo Srs. Prof. Anto nio Fr:rnça Nunes, represen1c da A$$OCinção Rurnl. Sr. Mnitoc1 Do- apoio d~do à um ato de Htntti :;ignific:ição. tando o Vice.•Oo vcrnndor do Estado; Ubi• Com grande êxito foi cclcbtada Mis.a nato da L u7.; o I rmão Le:\o Mngno. rcprerajam fndio do Ccnd, Scerct&rio d:\ .Edu• no cli:, 12 em C-rki1.1ma► impo rtante ccnlrô scntnndo a Congregação Marist:1; c~,pitão mincrndor ao sul do Estado de Sa1Hà Cacaç:íOi Prof. O<:nizard Mncedo. Vice-ReiÁlvaro Flôrcs Nc10, rcprc$Cntante do Co,, tl\rin:i. Cêrca de oitoccntns pe.~o:'l..S comtor dn Universidade Fcdcrnl: Coronel Teómnndail1e do 14.0 Uatnlhâo de Caçadores; pateccr:1m :l c:erin,õnia, o que é bastante filo Albano, Comandame do t0.0 GO; CoTenente C:1tlM Caldas, representante. do significa1ivo. sobretudo tendo cm coin a que ronel Pe1rónio Main Vieir:1 do Nascimento Comandante da 8nse Aérea: Tenente Fran- u cid:tde cr3 considcr:tdn um reduto coe Stí. Comandame do Co16g,io Militar; Cacisco Isidoro Ferreira, rcpreScntanrc do Co• munisla cm virtude da ~ ilação fc:it n entre pitfto de Frnsata Aír5nio de Pniva Momandnn1e dn f'olícin Mili1ar do ês-1.ido. os irab:-tlhndores d:\s minas de cnrvfio durcir:.'I , Como.11d~nte da Escol:, de Aprendi• Coinparcccr:rnl nindn represcntaçõe.~ de di- r.1ntc o govêmo João Coularl. F'oi cclczcs Mnriohciros; Miili.stro francisco Por,•crsas Consreg:\ções Marinnas e da ltm~n- bran1e o Vig.tírio, Cônego f-lu bcrto Ocn• ffrio Snmp~1io. Prciidcn1e do Tribunn1 de Comas do Mnnich>io; Luís Coelho. Diredade do Senhor Jesus dos PaSS◊S, e um::,; ning. esiando 1Hese1Hcs o Prefeito Ruy to-r do OOPS; Rubens Vn7. d:i. Costa, 'Pre~ dclegaçào de :.,!unas do Colégio Cristo l{ci. HUlsc e o Juiz dc Direito, Dr. .Ri<I Silva, ~idente do Banco do Nordcs1e do Brnsil: <1ue teceram elogios à TFP pela iniciativa. çom stH'I bt'lndcim. 8aco11es..'\ Cccili:t de Camocin Leite Barbo• sn: Sra. Estcf:inin Roch:\ Limn, Presidente da Lep.ij.o Brasileiro d~ Assistência. e ou• tms personalidades. Carcazes coloridos. fo ram colocados c:m vitrincs do centro da cid!'tdc e no~ ônibus, convidando a população para n ccrimôni:1: Utilizou-se rnmbém, para o mesmo fim. a imprens~ e o rádio. JU11ior. Comand:in1e do 14,0 Oarnlhuo PoNa sc:-s:io de 31 de outubro d~ Citnu1r:, Fcdcrnl. o Ocr,ul:\dO Adhemar Ghisi le11 licfol. da Fôrça Pública do E.~l;)d o: do Prefeito de S:io José dos Cam1)0s, Sr. d:I tribuna o coi,vi1c enviado p<:fa Secção Em Cu ritiba l!lmnno ferrcirn Vel0$0. da TFJ> 11os membros do Congresso para Em oíicío ao Sr. João Sérgio Guim~l':ies. :1 Missa a ser rcz::idn cm Or:asília ,,o dia A Secção do P:i.r:.ntí da TFP fé1. prece• Preside1ue: do Diret66o s«cional do Dis1ti9 de 11ovcinbro. e- pediu a todos o seu der a eelebroçi'io d:t Missa ern Curitiba por 10 Fedem!, assim se exprcss.-a em nome do a1>oio a u m ato de t:.·uu a signifi cação. uina pn$SC.ala rc:,liz:id:., oo centro da ciMinistro da Marinha o Sub<:hefe de :;cl, O J)c1,utndo feu Rosa, do Es1> írito Sandade na scxt:'l•fcir;l, dia 3. i\s 18h30. 'fendo Gabinetecm Omsíli:1, Capiti10 de Mar t to n::t mcsmn ses,,;:io do dia 6 em <aue seu :l frente batedores dei J>o1ícin, sairam os Guerra Gust:wo Ado1pho Engclkc: ··1.,ac~les~, da btUlG:'lda capix:iba, Sr. Mário manifcstanlcs da Uni\·crsidnt1e Fcdcrnl do mcn1ando não poder o0m1>arcccr por enúurgcl, se congra1ulnvn com n URSS 1,>elo Pon:u,á, cm direção l\ C1tedrol, J>Ctcorrcn• 0 aniversário da rcvoluçí10 bolchev1sl:l, contrar-se :1.usc.n1 c de Hra.sílitL S. E.xci;:i, so. do a Rua IS de Novembro. J)rinci1>:1.1 arcumprimenrn, 11;1 l>es.$0ª de V. Sa .. u So• fêz igualmente :., leitura do convite da 1"FP, téri:.\ de Curitiba. Hl'nsilcir;\ de DefCS;,l d:.i Tr-:-1diç~o, dcd:.u:lc "..ESl.1 mensagem merece acrescento.ndo: ()$ sócios e mili1an1cs da Tradiç5o, Fapor t;" 1 0 bela inicfüF:,mllia e Pro1>riédadc todo o nosso apr~o e t6da a nos.s:.i soli• mílfo e Propricd:1de conduúnm vi1Hc cs• 1ivn". Recebeu ainda o Diretório Seccio• dariedadc. Congrn1U!o-me com o J>rcsiden• t:tnd:i.rtcs. numerosas faixas e cartaJ.C..'i alu• do Distrito Federo! tclcgrain3s e c:irt~•S . nal te e com o s«rcttírio dessa jnstituiçáo ::ivos. P:lrticiJ)aram do desfile membros dáS do Ministro d:1 Justiça, Prof. Luiz Antope.l:i. feliz iniçi:11i,•:1, n que comparccer~mos colôni:is 1>0lonesa, ucraniana, h{mg:ira, alenio da Gamt, e Silva;· do Ministro do ·r,·:,. scrn dúvida nenhuma. Níl op,ortmudade mã o core{ln:'I, levando as resJ)CC:tivas ban• baJho e Previdência Social, Scnndor for• dcirni;, sendo que oo corc:u1os viajaram 100 dês1e reçistr◊ consigna.mos, . t:'l_.m!>ém, . r~os ba!> 1>nssr1rinho: do Sr. Marceló Oard:1, an:iis da Ctl$O, que uma cernnon1a rchg10quilôme1ros para comparecer õ m3nifcsAssessor <lo Mi11istério do Planejamento. S3 semelhante fo i rcalizad~1 n;\ CaJ)jtaJ de rnçrio. Um cnrco com nho-íalanles repeetn nome do Minisuo Hélio lkltrâo-: .JO São Paulo e. segundo noticiá de tôd:1 :l li:. "slogans·· ;.11Hicomuni.s1:1..s e convidnv~ Sr. llcribcr10 Ccolin, Sccrc1Mio. cm nome o povo p:irà a Missa do dfo S .na Cateimprcns:,. a eh, comp:1rcce~m oe!11ena~ t!º Ministro Adauc.10 Cardoso. do Su1>remo do cxil:Jdos e refugiados d:i 1ugosl:\v1a, L 1 tt1ll• dral. A certa altur~, um pequeno gnipo de Tribunal í-'edcral; do Scn:., dor r favio d;1 eslUdan1es esquerdistas tentou PfO\'OCar nia, Hungria, J~1ôoia, Duls;.ári:.i,, Letônia~ C()sl;i l)ritto, que m:l llifostou :, Sl1:., "Sc>li• Alb:'i.ni:t e Chc<:.o.~lov(lquia, eofim, de rodos um t urnul10. nt.:'1$ 1og,o desistiu 1,or falt:1 da,ied:,de e :,pl:mso 1,or :110 t;'í.o signifi, de apoio por p:.1rtc do numeroso público aquélcs 1>aísc..s, <1nc c.~150 debaixo do jugo cativo e 01>0ttuno'"; dos Ocput:tdos ícdernis do COlll\lllismo ntcu e dissolve-1He. Nesl~S que :se postava nn..,:; ca1,.a<1ns p~1,a ::issistir João Alv~ e Am:-iral de Sooia: do Secrecondicõcs. fazemos issc rcgis.tro nos anu.is õ paS$Cata. de Sni' ide do DP, Sr. Wilson Eliscu tário da Cas..'\, como um~, :tdvenéncia e um verNo domingo, dit, S, com :\ C:i.te<lral Me• Scsáo;1; do Comanda1Hc do L!sc;llf10 Avnn1ropolit::t.nn repleta, tinha início à.-< 18 hodadeiro bmclo de nlcrta para que :1 co,~s• ç.a do do Regimento de Orngõcs da 1ndc• ciê11cio. cívica bra.silt ira continue nurna po,, ros o solene- Pontific:11 cm ri10 ucraniano J>en~neiá, Major Lm1ro D ornelles M:,cid, cn16lico. celebrado pelo Exmo. Dispo D. s:iç.ão de :,1:11ni:1 e vis,ilú11ci;\"". Asradcccndo o convite. o Sr. 1v:io Luz.. Se, José Martene1z, o. s. 8. M .. Ex:1rca pa,a A requerimento do n,C$.mo parlainencar, crelário de Educação e Cuhurn do Df. os fiéis dê~ rito no Brasil: :.-i ccrimô11ia na sess.1o do din 8. :1 Mesa designou uma rormulou "voto de IO\IVM por ir.icia1iva 1:io con1ou com n par1ici1>açiío do cornl ucracomiss.ío de dcpu1ados 1>:1ra represcn1ar a OJ>OtHlll:'t•·, niano. C:lm:.'lrn na Mi.S.~"'\ m:'lndada celebrar p,clo 0 Go,.•ern:idor P:1ulo Pimcnlcl fêZ-$C re• l)irct6rio Scecic:m;1I da ·rrP. Ao Diretório S<:c:cionill d,1 Gu:111ab:1rn 1>rcscn1:.1t 1>clo Secretário do l'robalho e Nurncl'os:1s 1,ersonalidadcs, o;to tendo ,,o, chei:;arnm telct;rom:is do Ministro d:1s C,\, da A$Slstêncin Soei:1t, úencral h :110 Conti. dido comparecer às Missas em virtude de rnunicações, Sr. Cario$ Funado de Sim:,s: e o Viçc-Gc>vernador Plinio Franco Ferrei• eonlJ)romili$0S :rntc.riorc..:;, se cscus."lrnm. mn, do Minist1•0 Exir:lordioMio par.i Ass.luHo:-. nifcstando sim1,;11fo. peh inici:lliva da TfP. do G:1binete Civil da l'residênciu da Rc· ra dn Costa pelo Chefe de ;;cu G::ibincte. Sr. Tobi,is de Macedo Ne10. Presentes ainl em cnrtrts. ofícios o u tcleçrnm:,s dirigido$ 1,úblie:1, Sr. Rondon Pachcx:o: do (icncrnl Humbc,10 Mello, da Escola Superior ,k Conselho N:tcio11al e aos P irctórios dn o Prcícito Omar Sabb;,g; o Ministro E,li:., s Karam. do "J!l'ibun:,1 dt Contas do Scc<:iona,is. Gllerr:,. que :,ssim se ex1>l'e$..ot,0u: ..J)i~tioEstado· o Cônsul Rofond Zimmcrm::tm), da Em São Paulo o Pror. J>fülió Corrê-a de &uido com o convite dcss;:1 Socicd;;tde. :".oliAlema~h:t: AS Sr.\s. O;,llil::i L;.tcerda e Lygia Olivcir:i, Prc$ideote do CN. rt..-cebeu corresd:lfizo-mc com os altos propósi1os 1:ris1?io:. Mcrhy. [>rc.~idcn1es da Uniao C ívie:.\ Fcmi• pondência oe.sse scn1ido do Sr. Jorge de c democr!1ticos: da cc?cbraç.ào do 310 li• nin:t e da Lign das Scnhorns Católicas; di·• Sou1,..'\ Rcze1,de. S1..-crc1~rio de Estado da túrgico na Cntedrnl". Recebeu :.'linda o Di• Economia e f>lanejam<:1110: do Sr. \Valter rigentcs de entidades de rcfug,i~dos e Sn• retório ofício do Prefeito de Ni1crói. Sr. Leser Secretário dn SM1de Públié3, do Sr. ccrdotes. I!milio Abun:1hmnn. Dois cst:md:mcs dn T f'P. cm m3Str0$ Orh'u;do 7....1nc:i11cr, Secrct!trio do Turi:sino; O Sr. Gilbcr10 M. l'csso~. Chefe da Al!!ndo Sr. Arruda Leme, oficial de gabinete. de 6 metros, Jadcavrim a capela-mor: d0'$ cia de 13elo Horizonte do Serviço N:1cio• cm nome do Sr. Herbert Lcvi. Secrc1~rio balcões e do <:óto pendiam ou1ros eSt:\n• na1 de lllfornu1çôcs, ern ofício ao Oiret6• danes: no presbitério, além de insíg.ni3S da Agricultura: do Sr. Périclcs .Eu.ç:ênio d::i rio Sl..-ccional de Mi.nas. depois de àéu.s~u Sih•a Ramos, Chefe do Gabinete. cm l'uJ• da TFP. cncontr:wom-$C bandeirl.\S da Poo rcccbinu~nto do con\•ite; p:1ra ~ Mi»':'I. me do Sccrccátio da Fazcndn, St. l ,uiz lônia. d::i Alemanha e da Ucr!inio. formulou os seu~ ··melhore$ :1gmdccimen, Arrôbas Martins: dos Oc1>uladQS federais A exemplo de outrM cidades, também tos 1,e1a dcfcrênci;1 e louvores 1><:13 inicia• A1hié Jorge Cou,y. Ot:l't. Nogueira e 8roc:i em C urilib:'I um carro com alto-falantes 1iva". No mesmo S(Olido se; expres.sarnin percorreu durante qualro dias as. rn:.1s. exFílho, P1•esidcn1e dn Comi$:S;\O de Segur::in• o Consulndo d:'1 Alemanh:,. cm oficio firplic:,mdo o :ÇCnlido d:t comemoração e eo,1ça Nacion:11 d::t · Cftmarn.. dos De1m1~~os. mado pelo St. Karl-Ocorg W~gncr, e o vid:.1.11do o povo para :, Missa. Um cart:1.1,-. que enviou :, sua "solidancda~~ e fchc_itaOc1,u1ado Oê,,io Mol'cira de Carvalho. cozwitc foi coloçado em várins lojns do ceo• ç~ !)ti:\ óJ)Ol'llllUI lembnrnça ; do Vice• Ao Oitc1ório S<:cciona1 do Estado <10 tro e cm quase tód;\S as igrejas. da c idaPresidente da Assembléia Leg.isl:.,tiv:i de Rio rornn~ envindos cclegr~amas e ofícios de: diversos Sn.ccrdolcs convidaran, ,,o do• Si10 Paulo. Ocpurndo Ju-.•c1Htl Rodrígue$ de Srs. Ocpurndo Álvaro fcrnandts, Pelos MOr:tC$~ dos Ocpul:\dOS e.~1ad'ua.is Adhemin.g o anterior os fiéis p:u:i. a cerimônia do Prcsidenle da As.$Cmb!éin Lcg.islativa: di3 5 na Catedral. nmr Mornefro Pacheco, Fcrnundo M:tun.>, Ewaldo S:ir:,mago Pinheiro, Secretário de Hclvio Nunes da Silv:t, João Mendonça Comunicações: Slio Monnerat Sólon de Falcão. José J . Cury, Jurandyr P:aixãoJ Em Ponta Grossa Pontes. Sccrc::1:.'lrio d:\ Educaç~o e Cullt,, Laércio C-6rtc, Paulo CtlStro P r:.'ldo. 1>:iulo m. qu1,:, 001rossim. compan:cc;.u à c1:rimônin Pln.nct Uunrque. líder da Maiori:i. Roberto re,diz~ada na Guanaba,ra; Nilo Peç:inhn Gcb3rr,. S:1lvndor Julionelli, Pábio Mfl• Em J>onrn Gro$$..'\ o cclebr31He da Miss..1 xizno de Macedo ç W:tdih Hclu; do TeAraújo de Siqucim. Secrc1ário de Energia promovid:i pcltl Subsccç5o locol da T FP nente-Coronel Fr;rncisco Antonio Oianco El~trica. foi o Rcvmo. Pe. José Prcima, Superior da
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DISCURSOS, OFÍCIOS E TELEGRAMAS
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Diante d~1 Carc<lrnl de São Paulo. ~ said~1 da Missa. os -:.Slêrnd;:1nes da TFP e ôas nações
s ubjug,,das:
pdo
comunismo.
Por ocasifio da Missa mandada rezar em S. Paulo pelo Conselho Nncional, um estandarte da TFP, de 12 m., fo i colocado entre duàs colunas d;, Catcdrnl.
ASPECTOS DAS MISSAS NO .SO.o ANIVERSÁRIO DA
REVOLUÇÃO BOLCHEVISTA pág. 2
A Secção d::i Guanabara ícz rezar Missa na bela C;.ucdral,Basílic-~ do Rio, com grande. assistência.
N~ Missa da TFP chilena, na BasUica d:,s Mercês, cm Santingo, as autoridades demo-cristãs se abstiveram de CQmparcccr para rezar pelas ,•í1imas do con1u1, ismo.
A s.iid:J da Missa cm Buenos Aires. os diretores: da TFP :lrgcntina, Srs. Cosme Becc.a r Varela Hijo e Julio C:lmcs·ou Ubbclohdc, cumprimentam os rcprescOlantcs do Co1nttndantc -em•Chefc do Exército e do Chefe do Estado-Maior Conjunto.
Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
São 1>'3ulo: à t<aida d'> Sé é to.,ado o Hino Nacional. .A. foto dá bem idéia da multidão que acorreu à M issa.
Pelas vítimas do comunismo, especialmente os brasileiros que o terrorismo matou
Ti=P PROMOVE MISSI\.S EM 23 CIDADES página 2 Em frente à Catedral paulopolitana clarins da FP dão o toque de silêncio pelas v itimas do comunismo.
~-~""-
Em São Paulo, antes da Missa, um estandarte negro, com o leão da TFP, se extendia pela escadaria da igreja ■ Em Brasllia foi um Dragão da Independência que deu o toque de silêncio ■ Ainda em São Paulo, junto ao monumento da fundação da c idade, após a M issa as familias das vitimas do terror ismo ouvem a solene chamada dos mortos.
N. º
229
•
.JANE IRO
DE
1 9 7 O
•
ANO
XX
Exemplar avulso: NCrS 1,00
MISSAS EM 23 CIDADES, COM SUFRAGIO ESPECIAL PELOS BRASILEIROS
MORTOS EM
ATENTADOS
TERRORISTAS
Lenibradas pela Tl'P as vílinias • do coman1s1no no Brasil e no 1nando NO MÊS de novcmbto llhimo, ao trnnscurso de maias um aniversário da revolução bolche• vi,s r:, na Rtíssia, a Sociedade. Brasileira de Defesa da Tradição Fan1ília e Propriedade - a exemplo do que j;l íizcra em 1967 - promoveu cm 23 cidades do Ptiís, a celebração de Missas por :\lma das vÍlimas que o comunismo vém fazendo desde então. no mu11do lodo, através de ::ltcntn• dos. revoluções e guerras. Neste ano foram es•
pecialmcnle lembradas as almas dos brasilt.iros que tombaram em defesa das instituições e da civiUução crh-tã, tm co~qüência de atos de ferror~mo; o Sttnto Sacrifício foi também oferécido
pela libertação de todos os povos eser:wizados pelo comunismo. Foram êsscs atos religiosos celcbrndos cm São Paulo, onde tem sua sede o Conselho Na• c ional dti TFP, cm Olímpia, Ribeirão Prê10. Brasília. Niterói. Campos. Bom Jesus. 8c1o Hori1.011• te. B,irb~1ccna, Jui·z. de Fora, Ouro Prê10. Goiânia, Fort~,lez.a. Crato, Recife. Salvador, Curitiba, Londrirrn. Pon1a Grossa. Rio Negro. Florianópolis1 Rio Negrinho e Pôrto Alegre., localidades cm que ~l TFP tem a sede de suas Secçõe~ e Subsecções ou <:onta com a colaboração de Núcleos de Milit,mtcs da Tradição, Família e Propriedade. No Rio a cclcbraçllo d::1 Missa íoi, parn surprêsa de todos, proibida c:attgõrkamente pelo E mmo. Carcleal Câmara. A êssc propósito, a Sccç~o da Guanabara da TFP distribuiu à imprensa a nota que 1ranscrcvemos cm oulro loc;,I dtst(I edição. Recorda-se que {l cetimônht análoga ali promovida cm 1967 pela TFP alcançou larga rcpcrcuss.ão. tendo s ido gninde o con1parecimcnto de autorid~des federais e csladuais, c ivis e miliiares, de represcnrnntes do Corpo D iplomático e de entidades cívicas. além de nt1mcroso público.
Em São Paulo ""Muita gente na Missa da TFP"; "Missa pe.. la.s vítimas do comunismo lotn Cacedral"; 4'FP promovt'! Missa W\ Sé contra comunismo e tem• brn as ,·ítinu,s do terroris mo no Bnsil"; Missa e flôres 1>elas vítimas do comunismo~•. f?.s.o;cs foram. en1rc outros, os 1í1ulos qu.,sc todos de pl'i• n1eirt1 págintl e acompanh"dos de fotos - com os quais a imp,•cns:, paulistana noticioú a Missa que, f)Or iniciativ,l do Conselho Nacional da So· eicdadc Brasileir:t de Defesa. da Tradiç~o, F:tmí•
lia e Propriedade, foi celebrada. na Catedral Mt• tropclitana de São Paulo. no domingo. dia 9 de novembro, ~lS 11h30. pelo Exmo. Revmo. Sr. Bispo de Campcs, O. A ntonio d• Castro Mayer. Um fato que c,h amou desde logo a atenção de todos os que compareceram ao ato foi a ausência. no interior do templo, de qualquer insígnia ou símbolo que indicasse ao público qual a entidade promotora da cerimônia. Ê que o Bispo Auxiliar e Vigário Geral da Arquidiocese, S. Excia. Revm:1. o Sr. O . J osé LafayeUe Fcn-eira Alvares. proibira a apresentação. no recinto sa• grado, de qu2lquer sinal distintivo da TFP, sob a alegação, entre oulras, de que o comunie:\dO por esta distribuído dias anles, a respei10 da par1ieipaçij,o de Frades dominicanos na ação tcrro• rista cm nossa P:ltria. continha pelo menos uma. indelicade-ta para com as Autoridades Eclcsiás• 1icas. Depcis da M i.ssa, e já fora da Catedral, militantes de. Tradição. Família e Propriedade distribuíram ;10 público presente uma nota sob o título de "A Tf,'P em defesa de se:u bom nome". no qual se esclarecia o ocorrido (ver o texto cm ou1ro local desta página).
A Missa foi celebrada p<lo Bi,i,o de Campos
Homenagem às vitimas do terrorismo
As pessoas que chegavam p;;1rrri. a Missa tinham sun atenção vivamente despertada pot um imenso estandarte negro, de 12 melros de ah\1ra. com o leão dourado, o qual se estendia pe1a escadaria da Catedral, do primeiro patamar até tt calçad:1 1 sustenrndo Por militantes da T radiç..i.o, Família e Propriedade envergando largas faixas negras com um filete dourado nas bordas. ao invés das costumeiras capas encatnadas. Todos os sócios e colaboradorc.."i: da TFP us:wam igual faixa. que ~, rnvc..-c:sava o peito. pendente do ombro direito. No átrio do 1ernplo vi:·1-se, de um lado~ ;,dornado com orquídeas e rosas, um grande retrato do Cardeal Mlnd$2.t.nty, Primaz da Hun• gria, herói da resistência católica ao comunismo: do ouiro 1~,do havia uma magnífica coroa de flórcs sob um cartel com o nome dos que tom• bar:lm sob :,s bal~s do 1errorismo no F.s1ac10 de São Paulo. Um pelotão d;1 Políei,, do Exército faz ia ;.:i goarda de honra, na escadaria e ,10 longo do cor, cdor ec,Hral da igreja. Em lugar de desta· que dentro do recinto sagrado, cncon1r:wam-sc
. . Em São Paulo, nenhuma 1ns1gn1a ~
DOIS DIAS :1ntes da d:.11:1 em que se cckbrnri:1
cm São Paulo ,1 Missa pelas \·ltim~.s do comunismo.
o Exmo, Revmo. Sr. D. José 1.APAYlµJlt FE~Rl1.lltA ÁI.•
VAII.P..S, Oispo Auxili:'lr ç Vigário Gemi da Ar<1uidioccse, proibiu a preS(nçn de qualquer insígni:'l da Tf P no int<:rior da Catedral Me1rop..,Ji~-1no, durante o .no lit\lrgico. 1crmina.do êstc. e forn do rccimo s.lgrado, :1 cntidttde íb. di$lribuir a.os participantes d.t et:rimônia " not:t cujo 1ex10 1t11nscrc\·ernos ab.-iixo, s.ubordi• nada :lo lÍIUlo dç "A TFP HM l)tiFESA ut: SEU JJOM NOMI?":
"O pi}blico terá nomdo, por cerw, <tttt: - r,re• sc•u/t•s <'mbora ,u, Ca1edrnl, duro,,,e " Missa 1111~ llCa• ha dr. st•r ,·çkbr{lda. wíria:r imignit,s <' bmultiiras miQ se t1Clitn·" ali ,,osso üuri-,ubro pendão. m•m os nossos jCH'Nts lrt1ziam à t capas o,bm,f C'1r11cti•rítlica't. Por que ctsa "xclus,io, tifo pro/umlcmtt•m~ co11trá• ria 1)s pr11.us corrcmct 110 Pais, m (S,,:im t t'm st· trotan, do tlc tmu, cui111611ia promovii/11 /Jrt•cistmt<'ttl<' p,•la TFl'l Para o re.rgtmrdo dt '11ost o re11,:nm:. somos Jorr4i·
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dos a dar priblico uma ,•xplicação tio Jt1to.' Lame111amos te r que Jat.E•I<>, Mlft o LEGÍTIMA DEFESA ,tt1 pr6• 11ria re1mtr,ç1io é 11111 tlirciro Jmutam(mal. um tl<''-"U s,,gradc " que urulmmu orga11itoçrto l1ourada ,,otlc f ugir,
A TFP CONTRA O TERRORISMO DOMINICANO
BISPO PROlOE SÍ M BOI. OS DA TFP Dom Jo:;é La/Qyeu,• Fuu4rtt Almru. 8i$pO A1t• xi/i(lr th• SliQ Ptmlo, (mi$ vttr ,u1qt1é•lc 11os.so com1111i• cotlc pelo m~nos tuna i11dclica,IC'w p(l,a com as 'A11• wridad("s t:ck:,iósticos. r $OI> esu, olegaç<;o. ,:11trt> Cu• prc-::c11r,1 dr! nOS.S(>,f c:mwdt,rt('3 e: ;,,. siguias "" Calrdrall Este S ccittdad,• il/irma de público, ,. em dc/n" de· .1,m rt p111"çiio, que- nc-11h11m 1c6logo 011 ca11q11i.s1a serém> ~ id611ec p<xtud apo11tor 11q nlmlido com1111i• cadc " mois 1.-ve. htCQrtf'ç,io. O gesrc do Sr. IJispt> Auxiti(,r, marcatlu por ""'" s 11sc,•11tibilidadr ttxtrc•m11du e· 11111 maoritarismo fc•,n-. 11Jrc. c:0111rasta com a 01itude ,te P,mlo VI 'l011go <los cpis6dios que ocorrt·ram ,,cr ocosirio do 1íltimo Slncclo ,tos Bispos. tmJ, 11milliu II
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EFEITOS CONCRETOS 00 GESTO ARIJITRÁRIO Qut,I tt l't1t.Jio dc, 01ll11dc: dtsco11cc:rta111c' tio Sr. l)c,m La/ay~lle? Um ámor Jogos.o à Qrdt•m Domini• ca11u, à 'qual por alt;um tnnpo pnU11ce11? N,io nos cttbe i11lgar ,to que se passo 110 illtcrior ,to próximQ, máxim ~ de um Bi.spo da Sat11<1 tgrcjil, Atem1J-11os ao Jato co11crdo c 'palpd,·el. E o /1110 cc11crc10 e palptfrel I que II proiblç,ío ulm,jo11tt: ,Jr S. Bxd11. centra ,:sta Scci,:dotlc, se bem que• /u,ja c:11clti• ,lo de it'ibilo os adc-vtos ,to Pc. Comh/in e dor Domi• nictmos sub\'('tSiv<1s, cobri11 de luto as Jilein,, da TPP,
e os i11co11távc,', bu,silc•iro$ 1/ttt' c.·<m1 ela dm11a1i;.nm,
f:is p<Hs o <111c ocorreu. T6da n 11op11/ar,·ão de S1io Paulo oimta es11t•mccc ,te horror a111c a 1101fci11 p,,rr;cipação Jc Fradt's ,tomillictmos "" sdvt,gcm 111111w u ·rrorisla que ,·em
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ceifando ,•lda.'i brasileiras. Ncst<1 mmosfero, a TFP 1mblicou "" impret1n ,JMria t!.. dls1,ih11iu nas nws, " partir ,le .S. 0 ~feira, o comuuic,uto abaixo reprodutido. dawdo dt' 5 do cor• rc11t<, nú q11t1I;
t - la,mmttJ o csc,11ult1losa ocorrê11cil1, " o é11c prQpt}sitQ, ,:omo exemplo dtt th11arõt> tle l1111m11itlade em quer u t1dt«m certos Sacerdotes subv1•rsi'vos, m<-111:iom, o c,,~,o do 11istc111c11t,; Jomoso Pc. Combli11, o quill. dr 'Rt•dfc, contimw a agir cm rodo o Br'lsil: 2 - numiJ,,.m , o d<'-S~jo ,te 11egoc ü,s:ifrs ('ntrc o ltoman,ty e o Vatica110 ptm, qu,·, 0 6 ACÕROO COM A SANTA S É, seja reprimido pela A111uridade EclcsidSfic11.
e na Jnlt11 dt.st" pt'.l11 Autorfdadc Clvil, a utua,,:rio dos Combli,rs ,te ,'lfrias csplâu que por ai existem.
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o pavilhão nacioni,I e: us bandeiras dos vários povos escravizados pelo comunismo: cn1rc es1as sobressaí:lm as do Vietnã do Sul e da Checoslováquia, paises que mais 1êm sofrido Mtimamcnte sob a tirania vermelha, Ladeando as bandeiras estavam - quase todos com seus trajes típicos delegações de albane..tts, alemães, búlgaros, checos, chJntses, coreruios, cront.os, tuba.nos, ts• lovacos. estonianos, húngaros, letões, li(uonosJ macedônios, polonescs, romenos, ~os, sérvios e ucranianos. q\1c forom orar pelu libertação de suas nações e pelas rtlmas de 1an1os de seus itmãos 1rucidados pelos agentes de Moscou e Pequim. Dentre os refugiados. despertaram cs· peeial simp~tia do público um grupo de anciãos. antigos sold~dos russos do Exé,·cito Branco que lutou contra as hordas bolchevist;:,s na guerra civil de 19 17-1921. Acolita<lo por dois mililantcs da Tradição. Familia e Propriedade. o Exmo. Celebrante, O. Antonio de CaslTo Mayer, teve por assistente o Rcvmo. Mons. SylvJo de Morncs Mattos. Cura da Catedral; durante a cerimônia. vátias pt.-ças ,1e pOlifônico foram c.i.nrndM pelo Coral Mas• c ulino da Sé Metropolitana.
ÜllllDJli.NCIA E LUTO
Ob(drccmos 1) ordem in/mulotla. Mas o ftri;.:a e ,, braradt'iru negra que us11mos d1tr1111f<- 11 Missa. fo. ,llt.·<1111 e tmo em que se acham 11Qssas al11111t. ' t t> q ue levamos co11l1ccim emo ,to 1>1íhlico. niste com,micado tliJtribuldo for1t do reci11rô tt!J Cn• tc•dral. Siio l~tmlu, 9 ,t~ 110,·cmbrt1 de 1969 I $oclEOAOI~
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8RASILl!IRA OE OE.PESA flA ·ritADIÇÃO, FAMÍI.IA E PRO· l'R IEl)Al)F.''.
Sciue.-sc 3 iran.scrição do comunicado "A TPP ~ os 1e.r,orls1os ,tomi11ica11oj•". de S de novembto, cujo 1cxto ctrnmpamos cm noss:.t últimn edição. Subli• nhando o tópico que lembra a nccçssidadc de ·•,lt'gc>• cia1•êits o/leiais do lfamoraty com II Sa"'" Sr, foi acresccnrnda a ésse texto 3 seguinte nota de rodapé: ' 'Dom La/oytmt parece 1160 ter visto estas p1da,•ras: é po,-ie11tura uma fndeUcodtz.t:t propor ·ac6rdo com o Vaticar1Q?"
As circunstâncias impunham na Missa. d&lt ano uma. intenção muito cspcehtl pelas vítimas ,Jo retrorismo cm nosso País. l,re.-;tou-lhc.s a TFP o seu tributo de homenagem e gratidão, inscrevendo no cartel colocado ;l entrada da Ca, tedral os nomes dos qu:!, no Estado de S:"io Paulo, sacrifican1m a vida na defesa. das intli• rnições e da. civilização cristã: Mario Ko,:tl f'Uho, do Exército: Anto1tio Carlos Jcffery, Naul José. Mantovani, Boaveutura Rodrli;ues da SiJvn, Gul, do Bonl, Nntnlino Amaro T eixeir:.:, Aparetido dos Santos Oliveir:t, J oão Guilherme de B'r ilo, Abclnrdo Rosa dtc Lima e Ron11ldo Ottênlo. da Fôrça Pliblica: Oriundo l>Jnto Sarnlvu, da Guard:, Civil; Esteln Borges Mornto. ela Polícia C ivil. Atraiu a simpatia geral a presença de vários mililarc"s e policiais que haviam sido fer idos cm embate..,; coin ttrroristas. dcstac:mdO•Se enlfc ê lcs o 1'e nente~Coronel E<luardo Monteiro, da milf• eia estadual. O C-0l'nando d.-. Fôrça Pública man• dou trazer especialmente pata a Missa o jovem soldado Nlcácio Conceição Pupo 1 que cs1a.va hos• pitalizado cm Jacarcí. convalescendo do1:1 feri• menlOS recebidos quando cnfrcnlou hcrôic:imc1\ • te terroristas que atacavam seu Quartel. Trans• 1>ortado de J::\c:arei em ambulância da Prefoitura local. Nicácio. que está engessado até o tórax. c 111rou n:, Catcdrn1 cm nrnea conduzida 1>0r sol• d~1dos-padioleiros e íoi coiceado cm lusar de honra, ~t frente dos b~tneos ocupndO$ pelo Con• se.lho N:..;ional da TFP; à s ua chegada, o Pl'of. Plinio Corrê:, de Oliveira ~,di.1n1ou-se para cum• ptimcni:l-lo, prestando cm sua pessoa homcna• g,en1 a t0dos os brasileiros que foram feridos nos l'ccemes alentados comunistas. C;Hisou rnmbém viva emoção nos ptcsen• tcs :1 cntrnda de familiares dos. soldados e po• lidais mortos pelo tetrori.smo viúvas.. pais, innãos. filhos menores os quais não pudcr:un conter as IG.grimas ao ouvirem os nomes de seus parentes ecoarem Por tôda a Catedral, proch1111.1dos por um membro do Conselho Nacional d:i TFP, e ao receberem um ramalhete de 1·os:ts: vermelhas. como delic~tda homcn3gem do mes mo Conselho. Atos cívicos Finda :, Missa, todos os presentes foram convidados a se encaminh~lrem para a escadaria dà Ca 1cdral, onde se dctivel'an1 para ouvir o 1oqu..: de silêncio cm mcm6r'ia daqueles cuj;1s vidas o comuni.smo ceifou em tO(IO o mundo. Na pr:,1ça fronte ira dispuseram-se., 110 l.ldo da Banda da Acronáu1ica. 280 sócios e militantes da TFP. envergando já então suas c-=.t pas rubras e erguendo ~ cstando1rtcs da entidade. O toque de silêncio foi dado por dois clarins a cavalo, do Regimento de Cavalaria 9 de Julho, da Fôrça Pública; ato contínuo, a Banda da Aetonáutica executou o H ino Nacional. Dirigir;Hn-sc cn1ão todos - sócios da TFI> e m ilitantes, tendo à frente o Prqf. Plinio Cot• rêa de Oliveira, q\lc cami11hava ao lado de D. Anlonio de Castro M.tyer. :m1otidades, delegações d~.s colônias de países subjugados pelo cO• munismo, as famílias das vítimas, o soldado Nicácio cm sua maca, acompanhado p0r dois diretore.~ da TFP, e o povo para o Pátio do Colégio, loc:,I onde nasceu a c id::idc. Ao longo
do percurso fonm cantados hinos religiosos e repetido várias vêies o brado de campanha da TFP: "Pelo 8ra,,,il: Tradição! Família! Propriedade! Brasil! Brasil! Br~il!'' Junto ao Monumento dos Fundadores de São Paulo dcscnrolou•sc breve. mas expressiva cerimônia cívica. Em meio a profundo silêncio, só in1crrontpido pelo sucessivo rufar dos tambores, foi fci1a a chamada <los mot10s, sendo li-dos um a um os nomes dos soldados e Policiais que o 1crrorismo truei• dou no Estado de São Paulo. Em seguida um militante da Tradição, Famíli:-'1 e Propriedade enuegou ao soldado Nic.ácio, como homenagem da TFP, um rosário: o Bispo c1c Campos e o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira (on.1m ,ué jonto dêle, o primeiro par:. dar•lhe sua bênção. e o segundo para reiterar• lhe os sentimentos de simpatia e admirnção da TFP. Então o Sr. Nelson Fragclli, mili1an1c ca• rioca. fêz. uma saudaç,1o ao Prof. Plínio Corrêa de O liveira. O Preside1Hc do Conselho Nacion.ll da TFP ditigiu breves palavras a.os presentes, e ouviu-se nOvilmente o toque de silêncio. O brado de campanha da TFP serviu de fêcho p~ra o a to. Improvisou-se então uma caminhada cívica: sócios da entidade e militantes dirigirnm-sc a pé, com capas e estandartes, até a sua sede centrnl. s ita à Rua Pará, pe(corrcndo todo o centro e imponantcs urtérias dr1 cidade. cantando o "Quc·remos Deus·· e proclamando com todo o vigor de 280 vozes entus iastas:, "Tradição! Fnmilin! Pro.. priedadeI'' ' 1 'FP contra o terrorismo!., ºMisso pclns vftímas que os 1erroristas mataram!" Autoridades presentes Compar eceram à M i.ssn promovida pela TFP além de uma muhidão para a qual não bas• iaram os bancos da Catedral. ficando de pé ccn• tena.s. de pessoas o St..-crctário da Segutrmça Públka do Estado e :'I Sra. General Olavo V ian• nn Moog: o Cônsul Ocral dos Es1ados Unidos e a Sra. Robert F. Corrighan: o Cônsul Geral da China Nacionalis ta e a Srn. Hong-fan Chow: o Cônsul do Covêrno Estoniano no exílio. sr. Fer• dinand Saukas : o teprcsentantc do Comandante do l l Exérci10. úcnetal Canavarro Pereira; o tepresentante do Secretário de Estado da Promo• ção Social, Deputado José Felicio Castclano; o Diretor Geral do DEOPS, Sr. Benedito Nunes Dias~ o 1itular da Delegacia de Ordem Política, St. Alcidcs C inlfa 8ue110 Filho; o Tenente-Coronel Josué de F igueiredo Evangelista. do QG do li Exército: o representante do Comandante da Guarda Civil, Major João Luís Lessa de AZe\'cdo; 1cptcsentantcs de quase tõdas as Unidades e Serviços da Fôrça Pública do Estado, bem como numerosos oficiais. cadetes, graduados e praças do Exército, Aeronáu1ieaJ Fôrça Pública e Guarda Civil. E-stiveram igualmente presentes os Rc vmos. Pc. Hõ Yicn Chao, D . Adriano, O. S . B. hung., Pc. João Malaniak, O. S. B. M., Pc. Maldjian, Pe. Mayer, Frei lvo Hrstic, O. F. M., e Frei Paulo Boljat. O. f . M., que exercem seu ministério junto ~s colônias chinesa, húngara, ucrnni:ma. armênia, eslovaca e croata; o Comc11• d.idor Angelo Eduardo Carrara, representando a A$SOCiação dos Cavaleiros da Soberana Orden, Mililar de Maha de São Paulo e Brnsil Meridional; o Sr. Tomasz. Rzyski, Presidente da Asso• ciação dos Ex-A vi adore..~ Poloncses no Brasil~ a Sra. Ana Soares Pinto, representando a Associa• ção Cívica Feminina; o representante do Sindi• cato dos Metalúrgicos de Volta Rcdondn; e mcn,bros de divers as entidades cívicas. Notava-se ainda - além dos sócios e cola· borndores da íFP residentes na Capital a presença de dclcgaçõcs de militantes da Tradi• ção, Família e Propriedade do lntcl'ior. que tra• zitun eartaze.,ç com o nome da respectiva cidade: San1os, Ribeirão Prêto, Bauru, São Carlos, Tau• b::-né, São José dos Campos, Lins, Olímpia e Amparo.
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Em Olímpia A Missa. mandada rezar pelo ~úcleo de Mi• litantcs da Tradição, Familia e Propriedade de O límpia devia ser c.a mpal. Um altar foi arma• do na .:scadaria da Igreja de Nossa Senhol'a Aparecida~ da 1ôrre pendia um estandarte neg_ro quase tão alto quanto ela, tendo ao centro o leão dourado; quatro soldados da Fôrça Pública fazi:im a guarda de honra do altat, junto ao qual estavam a BaJtdcira Nacional e dois estan.. dartcs da TFP. Alguns bancos da igreja foram <·oloe:ados em frente ao ;tltal' para as autoridades c as ,tclcgaçõcs da TFP. Tudo estava assim disposto quando forte. venrnnia. seguida de chuva torrencial, arrancou do aho da tôrrc o C$tandartc negro, que se ras• gou ao meio. Eram quase 18h30, hora prevista para o inicio da cerimônia, e um público rnui10
numeroso já se achava no local. A brusca nm• da nç:, do tempo obrigou {1 ,ransíerêncin do ,uo p:,ra o inlcrior d:, igrejn. apesar das obras de restauração que a li se faziam. Quantas pessoas o recinto sagr;1do podi;1 conter, ;ili enlfarnm: boa pane do povo. coniudo, foi obrig;;Hfo n busc,1r i1brigo nas proxim idudc-s. Our.-intc a celebrnçúo d9,,.1'S anto Sacrifício 0:) fiéis acompanharnm os m iÍ,rnntts que cflloaràm o hino ..Queremos Deus.. e o tl'(tdicional cân1ico em louvor da V irgem Ap,-,. recida, .. Vivti a MJe. de Deus e nos:m", À eon• sagraç.3o ouviu•sc o Hino Nncional, executado peh1 bunda da cidade:. Após a Missa os m ilitantes fornrnrnm -sc dhtnte d,, igreja e, à voz de .. Pelo Brnsil!", denim o tríplice brndo de --Tradição! F,1milia! Propric• dade! Br~1sil! Bras il! Bl'asil!". Em seguida, dirigiram-se cm JHL~sen1:.1 f1té ~, sede Jo Núcleo Jocal de Milirnn1es da Tr~d ição. Família e Pro• priedade. convidundo o povo a .icompanhá,los. Apesar di1 chuva que continuav,,, cêrc.-\ tle uma centena de pessoas formo u-se atr-ás dos m ilirnn• tes (que es1avan1 revestidos das cap3s rubras e erguiam cs1andar1es dá Tradição, FamHi~l e Propriedade). Ao chegar à sede, o povo foi convi• dado a visitá.•la, t.lepois que o Sr. Luís Mori l.a, raia saudou os presentes, 11gra.decendo o apoio que a populriçào de Olimpi11 vem prestando ~LS atividades do Núcleo de Militonies. A s ttíd,, foi oferecido a cada um do~ visitnntcs um cxempl;-ir de "Catolicismo··. Dirigiram-se pnr:, Olimpin no e.li;, d:, Miss:·, 30 de novembro - m ilitantes de São l':.,ulo. São Bernardo do Campo. Ribeirão Prêto. Ba uru. Uns e Uberaba, os quais, cm comp:,nhia de seus confrades da cidade, efc1u:lram dur:intc tôd:i ~t monhã uma venda pública de "Catolicismo". :to mesmo tempo em que convidavam t1 pepuh,ção para o ato litúrgico dit tarde.
Em Ribeirão Prêto O Nlícleo <lc Miliuuues tln Tt:,diçâo, Fnmíliu e Ptoprieda.<le de Ribeirão Prê10. por reco• menduçfio da TFP, mandou cclcbrnr nt1 lgrcj:.1 de São Benedito. no sábado, dia IS. Missa pela:. vítimas do comunismo. Foi celebrante o Revmo. Cônego Joaquim Bueno de Camargo. dn Diocese de Brag:mça Paulista. Além do público qlle lolav:, o 1emplo, solidl\rizando-sc com a iniciativ<1. foi anolada ,1 pre• sença das setuintes autoridades: o Comftndante do 3.0 Batnlhão Policial, Major Cnrlos José Schiaramonti Span6: o Vice-Cônsul de Por1ug;,\I. Sr. Hermínio Mai:i Picado; os represenrnnte~ do Pre(ei10 Municipal, do Chefe d:, 5.:a Circum;cri• çio do Serviço Mili1ar, do Chefe da Divisão lh, Guarda C ivil; o Presiden1e d::, Associação Ponu• guêsa, Comendndor Antonio Lopes Balau: e o Diretor Gemi do Hospital Beneficência Portug11êsa, Sr. Antonio Vasques. A ccrimõni:t litúrgjca iniciou-se com uma homenagem aos brasileiros mortos pel3 sanh.t co• monista. Também foi realçada ll figura do Cnr• <leal Mindszenty, como símbolo dos que perma· neeeram fiéis, negando-se a qualquer acôrdo com os t iran◊s vermelhos. Ato contínuo foi introduzido no templo, p0r nlembros da colônia porlUguês;, radicada na c i· dade, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima. para exprimir a esperança na derrota final do comunismo. À Consagração a Banda do 3.0 BP executou o Hino Nacional. Logo após a Missa, os m ilitantes deram o já conhecido brado: " Pelo Brasil: Tradição! Família! Propriedade! - Hr asil! Brasil! BrasiJ!"
Proibidos tstand~1rlt$ e c:.1pl1s No interior da igreja não h:)via nenhum es• 1and:1r1e da Tradição, Famflia e Pl'opricdade, cO• mo também os militante.<; não osava01 suas capas rubras. O falo 1eve a devida explicação qunndot j ~ fora do recinto do templo. fo i distribuíd:, :,os prcscn1c.s a seguinte nota:
" Por nc.·11.,·ião da Mi.,.sa cJut: " S,DDTFP ,mmc/011 celebr,,r · pt'/ns ,,itiuws tio comm1i.,mo 1 111, Cnte,lml de Stio Paula. L>om José L,t1/a)•ettr Ft•r• reirt, Afrarn. Bispo Auxiliar dá AN111itliocest paulovoliur1111, proibiu qur os e.suuuforte,'f tlaqutlu entidade e.ttiire:r:rem prt:stm es clurmue u Smuu S'1• ,·riftkia. e que ,, êst,~ e1s.t;,r,;ssem ,·um .\'U(I~• c.·urtu·• tNis1icas cava.;•, ttibras os sót·ios do TFP t o.,· militoutt:s ,la 1'mdiçiio, Fomf/it1 e J'roprh•doclt:. O SI', Arct•his1w ,Jr R;bc•irci(> Prt'to, Dom Frei f"elicia Ce.w r ,la Cunha Va.tcó11ceflos. O. F. M .• /P;;.-m>s ikut1I ,,,oil,içiio. Assim, .,·tg,âm,,s o 110/,,.r ex,•mp/Q dos 11o s:ros frmtlos 1umlisu111os. /;,,
((unblm. tli.,·tribuimo.r oo 1níblic<> ,le Rib,,,;r,io Prt'tQ o <:omunicatlo ,lc~les. f/llC se;?ue abaixo. /lc,;.,; uu1.rimt t•m funçiic> ,lo violemo artigo contm a TFP. pubfictulo JOI> o tltulü de "A im ·('tcrcula TFP .., em data ,J~ 7 ,lt.· nt>vembra p,p., pdll ,fr~ gõo t1rquidit>c:,•s1mo uDiário ,/e Nmícias" - a sihuz('ão aqui c:i.'lstc:mr a1n·t.rcm11 vlirills 11n1,logi<u com a que D. Laf11yc•11e niuu em São Pault>"". Segue-se o tex10 do comunica.do dis1ribuído pela TFP na C:.1pilal paulista, cuja íntegra publicamos nn página 2. A propósito dêssc comunic:,do do Núcleo de Mili1:.n1es. o Exmo. Arcebispo de Ribcil'~O Prê10 fê~ divulgar, :uravé:) da imprcni :\. ''êscl::t• recimento·· oficial em que. referindo-se ~ Mis.,;a. as..~evcra:
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Solidarit.tuuo-110.s t·om esta ;11icia1i1·<l
t"II ~·Iam/o cnmt> nôSSô reprt.fc•nUmle (1 R t:w,w . Sr. Ctm, Au,:élico Stimlt1/(> Btnmrdi110 , Cm,nlt mitlor P11Moral ,/e, Arquidi<x:esr. J - Não m111Jriu,mos o uso. dentre> ,lu temp/v '1otil•u de, Su111í.,'3'imo S11crtm1t:nt<>, du.f i11SÍ[{· uiu~· ela Stx:it:tltul<". t·umo ,,mplumeutc explit·<m1t1s 11u uprt'St:111m1u: qu;: nus prvc.·urou, por .re 1rawr ,Ir ,so,:it.',ltule d~·il e mío rdif(io,w, (at; · hojr pdo mC'lll>.\'
llt'lllllml (;(JlllilCIO foi feito C:óllúSt:t, ('t:t/it1•
do su,, errt·çiiu cum (I muvhnrnw. sociedmlt ou as.rcl(.·luçtio religio:ra). 4 lm11t'11l11mc,~• que o~· m embros e/" te/e·• ricltt Suc.·ic:1l1ul,: st umJwm uprove;t,ulo cle:rleulmt•,,. ir ,ltt t.H:ttsitío clt!st,, Missu tle su/rágiu, p,>r umu imc·m,·,iu tiiu nobre r c.·tu" a todos 116s cmâlktM'. pum up,)s a ;Wis.s" c/i.\'lrilmrtm um follt~lfl ,,,,., rruz. mulduM,s insiuu«r6t•.,, t1bus«111lu ela tt<·olltid,, tJU< lht:s dt•mus. e aUU{Ut.'.1' 11 bispu t :wc·c•r1l111t·~· e/(' tJUlttlJ' t/i()(.'t'S(',t. Qut' us ~•erdaclt·irm · ,:(IUÍ/kus e/(' m>srn Ar• cJuitlioce~·e julgut:m o CCISU < tJS mti<JCluS rm11re• J(utfo:t p~lus m t mbrm· des111 Sotitdmlt-, vismulo ,, p11rtlr M i.,sa tlisstmim11· " ,tes,mi,ív clt, ftlmiliu <:mólic<t"º.
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O pronunciamento do Exmo. Prelado foi objeto de comentários no scnlido de que é de todo conlrária à prnxe corrente no 8 1'::.Sil, a t.Je. cii.~'io de proibir no re;:çinto sagrndo ns insígnia~ de umi, associ.ição .11>en,is porque el:1 é de car.l• tér c ivil. e não religioso. Quanto no comp:treci• mcnto do Sr. Cônego A . Sânclalo Bernardino. que j;i atacou violcn1amtn1e, pelas colunas do jorni,I arquidiocesano, o valoroso Núcleo 1ocnl de Militantes d:, Trndição, F:,mí1ia e: Propried:u.lc (ver ..C,11olic ismo", n.0 212/214, de agôsto/oulubro de 1968, p, 12), sabe-se que $. Revma, foi efc1iv:,01cntc visto nn. Igreja de São 8encdi10 <lu• r:lntt: a Missa, em traje esporte, não tendo Jeclinndo de nenhum modo u qualidade de reprcscnra n1e do Sr. O. Felicio Cesar tb Cunha Vascóncellos.
Ern São P aulo, em lugar de honra estava, numa padiola , o soldado Nicàcio, f erido per terroris t as. A d ireita na foto, o P rof. P línio Corrêa de O liveira.
Em Bro silio Em Brnsíli,1 o ;1lo religioso pch,s vi1inw)' ltO cónHmismo foi promovido pela Secç,ã o do Distri10 Feder.ti da TFP, e teve lugé1r no sáb;1do, dia 15. i,s 19h30. na lgrcj:t de San10 Antônio, com a p;u•ticip~1ç.ão dos Srs. José Carlos C::1s1ilho de An• drnde e João Sampaio Neuo. membros do Con• sclho Nacional d n entidade, dos dirt1orcs e sócios da Secç~o local da TFP. e <le militantes de Brasília, G oiânia. Belo Horizonte, São P4tulo t Rio. Além de: grandt concurso de povo, que 1umbém aqui lo1ou in1e irnmcnte o templo. n Mii.$<t comou com a prcsençt, de figuras de des tuque do mundo polí1ico. milirnr e social d u çapiwl (IO País. Compareceram, entre ou11·os. os Srs. General liU80 de Faria, Chefe do Gabinete e reprcscnH\ nte do M inis1ro Costa Cavalcanti. do Interior: SI', Tércio Alves, representante do Minis• iro do Tr.ibalho, Sr. Júlio 8:ir:;1ca; Senadores Gui• do Mondin. Atílio Fontana. Carlos Lindenbcrg. e teprcsen1antc do Senador Flávio 8riuo; Ocpu• tàdos federais Geraldo Freire, líder do Govêrno. Raymundo Padilha, Presidente drt Comissão de: Rel:,çõcs Exteriores. úhimo de Carvalho, fallc:,, Maclu,do, Luiz Cav:1lcanti e Alípio Carvalho~ Tenente-Coronel Cottinges de Menezes. representando o Gener:-il Oi6scoro do V::ille. Comand:tnle d ;i 11. 3 Região Militar e do Com:indo Militar do Pl:rnaho: Tenente-Coronel Cunha Cost:,, Co• mandante dos Dragões da Independência: Tenen~ te-Coronel Humbcno d:, Silv:, Guedes, Com;,\n• dante do Batalhão <lc Polici;.1 do Exército: Coronel Emigdio de Paul:,, Conrnnd:itnlC d:, Políciu Milit:-lr <lo Distrito Federal: Coronel Adhcma1· Amcric:"U10 do 81'~,sil, Chefe <ln 0/ 1·Esc:.1l~o Avançado do Gabinete do Minis tro do Exército: Comandante de P:tul:t, do Estado Maior d;,1$ Fôrças. Armadas. Major~Aviador Roberto Fonscc;, de Pa iva, do QG da 6.ª Zona Aérea: Major Fr~1ncisco 8 :1l'bosn Soores. Subcomandanle <fo Políci:1 do Exé.rci10: Prof. 1v:,n Luz, Sccret:'irio d:-1 Educação do DF: Conselheiro José \Vambeno. do Tribunal de Contas do DF; Sr. Dcusdcdit Cruz Sampaio. do Depar1;·1men10 de Ordem Política .: Social: e Capitão Elias Scrufim S ilva. Chefe de Rclaç6és Públicas do Corpo de Bombeiros. Foi ccl«!bl':1ntc o Revmo. 1>c. Jo~ de Souza C livei•
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D. Antonio de Castro Mayer fala ao jov em N icàcio. F lorianópolis , o Contra-Al.-n,rante Marqu es C am inha fêz-se representar pelo Coman dant e Ferreira da Silva.
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Ao fim do ato rei igioso. um corneteiro dos Dr.tgõc.s lia Independência deu o tO(tué de silén• cio en1 homenagem tis vítimas do comunismo no 8t;,s il e cm lodo o mundo. A cctimõnh, íoi ;1btilhan1;1d::1 pel::1 Banda da Ac.1·onâu1ica. que executou ;, hora cfa Co11saçrnçfto o Hino Nncional. A f:ichad:1 d;l ig,re jn e ;.\ praç:1 fron1eira estav.un iluminndas por holo fotes de um carro• •tó1·rc do Corpo de Bombeiros . Anlcs da Miss;-1, c inqi.ienrn !-!ÓCios e mitil;rn·lcs da TFP. co m :ams cur,1c1eris1icas c:,pas rubrn:.-. e levando 1rês esttindanes d:t mesma côr. com o hcd,ldico leão rompante. símbolo da Socied~u.Jc. ,percorreram a Avenida \V-3 - .i ar1éria m:tb movimentada de IJ1•asfli~, - e diversa~ Qu:1dr:1;) e Su1>er·Qtindrn~ residenciais, dis1ribuindo con• vites par:.i a Miss~1. jovens hradav:1m slog;,n~ alusivos tais como : "TFP conltl1 o terrortsmo" e ..Mi!iS'lJ por almll d;1s vítimas que os tcrrorb1ns
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Em N iterói O Exmo. Si-. Arcebb:po de Nitet ó i, D. Au, tonio de Almeida Mor-:.tis Jún.ior. fo i o Cclebran•
•• Na Catedral de Campos , as insignias da T FP estiveram presentes à M is sa. 3
J.elllbradas pela TrP as vítimas do comunismo no Brasil e no mundo 1c da Missa que o Núcleo de Militantes da Tra• diç,ã o, F;1mília e. Propriedade da Capi1al flumi• ncnsc íêt celebrar na Catedral Metropolitana, no dia 16 de novembro. às l l horas. Estiveram presentes à cerimônia o Desembargador Braga Land, Presidente do Tribunal Rc. gional Eleitoral. o Desembargador Plínio Pinto Coelho. do Tribunal de Jus1iça do Es1ado. o Cnpitão de Mar e Guerra C arlos Borba, tendo-se feito representar o Oencr.il Comandante da 2. 3 Brigada de lnfant:'\ria, os Sccrc1{irios de Estado da Segurança Pública e das Obras Públicas, o Comandante Gemi da Polícia Militar, o Coman• dante do 3.0 Regimento de Infantaria. bcn, como
diversas outras Unid~ldC.S do Exército, Marinha e Polícia Militar. Compareceram tõlmbém rodos os sócios e colaboradores da TFP na Guanabara. A celebraç3o da Missa pelas vítimas do cO· muni.smo leve ampln rcpC.l'Cll.SS~O cm Niterói, sen• do noticiada por divers."\$ cn1issôras de.. nld io e televisão daquela Capital e dn Guanabara. Entre ot11rns, destacamos a Rádio Nacion;:tl. do Rio. que noticiou o fato no "Repórter N acion;.:il", das 20h25. progrnma cios mais ouvidos em todo o Brasil; 1nmbém n TV Tupi, da Guanabara. trnns• mi1iu notícias do. Missa cm N iterói, bem como da celebrada em Brasília. A Rádio Difusora, da Capilal fluminense. ndemais de noticiar a ceie• bração do ato litúrgic.o ali promovido pela TFP, transmitiu uma entrevista cspecinlmcnte gravada p:tra a circunstância pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira. Inaugurada sede de militantes Após a Missa. o eminente Prclndo q ue a
celebrara procedeu r~ bênção e solene inaugura• ç3o da sede do Núcleo de Militantes da Tradi• ção, Famíli:l e Propriedade de Niterói. Discursando na ocasião, o Sr. Marcos Ri• beiro Dantas, Secretário da Secç;lo carioca ela TFP. saudou com veneração e ;lfcto o Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Almeida Morai$ Jú• nior, e re.ssallou a oportunidade da inauguração de mais uma sede da TFP, num momento cm que a invcstidn da subversão exige de todos os bons brasileiros uma atitude desassombrada cm íavor da civiHz..."\ç.io cristã. O Exmo. Arcebispo Metropolilano demons• irou. por sua vez., regozijo cm inaugurar a sede do Núcleo de Militantes de Niterói. afirmando que "as pátrias se perpetuam pelos séculos atra• vés desta trilogia abenço3da: a Tradição, a Fn· míli;, e a Propriedade". Dirigiu então uma prece a Nossa Senhora, "cm cujas m3os depositamos tôdas as nossas esperanças, e a confiança de nos• sos corações", Finalizando, almejou que "movi• mcn1os como êste se espalhem por todo o Brasil". Em nome dos milita,ues de Niterói, falou o Sr. Wellington da Silva Dias, que agradeceu todo o apoio recebido da parle do Sr. D . AntO· nio de Almeida Morais Júnior. Prosseguindo, o jovem orador recordou em breves p$l:wras o combate que a , TFP vem desenvolvendo co1Hra o comunismo, ~,través de suas memorâvcis cam• panhas. Tom3ndo a J)alavrn, o Sr. Moacyr Moreira Leite, Presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agro-Pastoris do Es1ado, externou a su:, sa tisfação em ver que cm Niterói existe Uí!J gruf)O de jovens destcn1idos e dispostos a lutar pela preservação dos princí• pios fundamentais da civiliiaç.ã o cdstã, e hipotecou, desde logo, seu integral apoio ao novel Núcleo de Militantes da T radição1 F::imília e Propriedade. Em Campos No domingo, dia 30 de novembro, por ini• cia1iva da Secção fl uminense da Sociedade Bra•
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sileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade - sediadn nesta cidade - a Missa pelas vítimas do comunismo e do terrorismo foi rezada na mag_nifica CatcdrAl·Basflica do Santíssimo Sal• vador, cm Campos. No impedimento do Sr. Bis• po Diocesano1 que se achava acamado cm vir• tude de indisposição passageira. foi celcbrnntc o Rcvmo. Pe. Henrique Conrado Fischer. Pró-C ura da Catedral. Além dos sócios e colaboradores da TFP desta cidade, compareceram à ccrintônia repre• sentantes do Conselho Nacional. que tem sede cm São Paulo, e da Secção dn Guanabara. bcnt como militantes das cidades fluminenses de Bom Jesus, Cambuci, Natividade, São Fidélis e Tocos. E.'o1ivcram presentes a inda o Prefeito do Muni• cípio. Sr. José Carlos Vieira Barbosa, autoridades militares. diretores de es1abelecimen1os de en• sino, professôrçs das Faculdades locais. grnnde número de eswdantcs e de fiéis cm geral. Após n Missa. os participantes da cerimônia concentraram-se na escadaria da Caledrnl, onde ouviram o toque de silSncio em memória das vítimas do comunismo, e a seguir o Hino Na• c ional, executado pela Banda de Música do 2.0 Batalhão de Polícia Rural. Encerrada a solenidade. os sócios e ntilitan• tes, usando suas características capas rubras e precedidos pelos estandartes marcados com o lei\o dourado, dc.$filaram cm caminhada cívica, da pra. ça do Santíssimo Salvador até a sede. do DiretÓ· rio Se<:cional da TFP. bradando vigorosamente durante o pcrcul'so: ''TFP contra o terrorismo!'' - "Missa por a lma das vítimas que os tcrro~ ris1as mataram!" - "Pelo Brasil: Tradição! Fa• milia! Propriedade! - Brasil! Brasil! Brasil!"
Em São Fidelis e Bom Jesus
Em São Fidelis, a Missa realizou-se no dia 7 de dezembi o, com grande comparecimento de público c autori(,htdes.
Com a participação do Côro São Pio X, de Campos, o Núcleo de Milita111es de 13on1 Jesus. que congrega elementos das cidades .c,êmeas de Bom Jesus <lo ltabapoana (RJ) e Bom Jes us do Norte (ES), fêi celebrar na Matriz da primeira dessas localidades a Missa pelas ví1imas do cO· munismo.
Em Belo Horizonte A Scc,Ção de Minas Gerais da Sociedade Bra•
sileira de Defesa da Tradição, Família e Pro~ pricdadc mandou celebrar no dia 16, domingo. na Igreja de São Sebastifio do Barro Prêto. em Belo Horizo111e. Missa pelas vhimas que o CO· munismo vcnt fazendo cm todo o mundo, na qual foram especialmente lembra.dos os brasilci• ros 1rucidados pelo terrorismo. O · ato lilúrgico foi celebndo pelo Rcvmo. Pe. O lavo Ferreira de Araújo, C.apcl:io do 12.0 Regimento de 1nfanrnria.. e contou cont a pre scnça de au1orid;,-\des civis e militares tlentre a-s quais destaca.nos os Srs. Gcner::il Gentil M~\I'• condes Filho, Comt1ndan1e da ID-4: General José Lopes Bragança; Tenente-Coronel Geraldo Pon· teiro Antune.,;. Comandante do 12.0 RI; Coronel José Or1iga 1 Comanda1uc Geral da Polícia Mili• tar; Fábio ll:mdcirn de Figueiredo, Chefe do De• pnrrnmcn10 de Vigilância Social; o representante do Sr. Emílio Romano. Delegt1do Regional do Ocparrnmcnto de Polícia Feder al: Gilbetto Pessoa, Chefe da Agência do Serviço Nacion;_ d de Informações; Deputado Geraldo de Mornis Quin• tão,• represcnta1tdo :l Assembléia Legislativa~ De• pulado Nelson Thibau, representando o MD8~ Deputados Sebastião Navarro Vieira, Rafael Nu• ncs Coelho e João Bcllo de Oliveira ; e Verc:ldor An~iÍI' Sant~ma, 4
No Rio a Missa foi proibida A PROPOSlTO da decisão do Emmo, Cardeal D.
JAIMB oe BARROS C .h iARA, Arci.'bispo Metropolitano do Rio de Janeiro, proibindo fôssc cc.lebtada cm Sllà Arquidiocese Missa pelas vítima.s do comuni$m<>, a Secção dà Gu:innb;.ua da TFP distribuiu ¼ imprensa a !)eguinte norn:
~Já .se,.,,,, ror11amlo tradlclom1I a l11icit1tfro ,h, 1'FP tlt•, ,u, mês d '1 now, mbro - em (fut! ,,corre <> onh-~r• sdrio tlu w·16ria Ja ,,mluçli<> bolcltevisto ilc> /917 -
,u,
clc}q11de Sacudore, tth•grll/tm1()$· ,io.t uguint(•~· têrmos tu> nosso V,m·uuulo P,,1101, para lmrclo do 11aw'o ..A '11• gusttts", 11(} qual ugre.ssaw, ,,o Brc,si/: "A Socictlatle 81osifoira tlt DeJttsa d,, Tradição, Fmullirt e f'roJln'C• ,tatltt - s~cção tia Gu{llwba,a uédiu lic.-11r<t il<> 'Mo11. senhor Fcrmuu/o Ribelm //Ora Dom M"J'('I' ,·~lt'lm1r Miss,, 1u, Cwultldri(l no 1>r6ximo diu 17. Moust:11l,or t:·c111um/Q t,:,u/o comlidoua,Jo o 'Mo 110 4(Xf'l't'I.SO e<m •
se,ilinu:nto ,le Voss" Eminéncia. vcço ,, it>feritlo lice,1çt1. c ôm " máxima urgê11cia. sumlo inodith-t!I couvülor Autoridmlt::t civis e milltorcs v«m o ato, A ÜJ1t'1tâio t/11 Mis.sa é o c tt1110 T(ip()ttSQ dus ,•í1im11t do c,,111,mis:mo 110 mumlo foreiro, por ocosilio tlu anivcr,Wrio tl11 Tew,luçii<> lllT.Sa. A trtulttecmdo áltf(•cipadt1111e•111c, 1>eço bf11ç,10. - Paulo Eugiulo Nicmcycr, l'rt:.fidt1nte". A rcSpOSlll de Sua Emi1tê11ci" /oi a segu lm ~:
numdar celebrar Mis:ms maioria ,los ca1>itais ,/~ E:uod'1 ,Jc nosso País, (' ai,ufo c·m ()utm.s Jocalidt1dcs. As i11tc>11_ç,it's d(•.tSas Missas costttmam ser: a) o C'l~rno dt:sc,mso dos que, t:m r41,•ol11çõcs. oteutndos e gutrrns, tim tomb,ulo, víf,.mas ,lo comu• 11ismo, mi m1111do iutt•iro; M " 11Mscrvnçlio do Brasil comr<, o ,,erigo co-
"01!.SA(,'ONSP.1.HO CELBBR.V. \O PROPoi...,-A, SAUl)AÇÕF.S. •-
mtmisw.
CAllOl;AJ. CAMARA",
Nisre ,mo. as. cfrc1111s1611cit1s im1nmlwm umn in• lt'ltt/ÜO ""'iro 4!Special ,)(•/os VÍTIMAS IX) TB.RRORISMO em nosso Pátlia. Como é ta,gamemc conhecido, as rece11lts Mlssa1 m,mdadas celcbra, pe/1, TFP 1iw:ram c.:i.·cc11ci(mnl c:011 , curso d e fiéis. E11t1C'Umto. na (iuam,l,ara, a Secção TFP uõo p1Qmovcu a /i(issa ,·ostmueim. Nõo 110s st:ntirtamos ti ,·ontmlr: se m1o d éssemos ao p,íb/íco 11 tt11 resp~ito ttmá ~xplicoçiio. O l(.,,1p/o 11ar11ralm,111t' indicado pam a cuim611ia sttrill a Ca11d~l11rln. J:.' afod,1 asslm crtz ,le st ttmcr que Jict1sse supu/otada. Enll'<ftmto, Mo11s. Fer,uuulo Ribeiro. Vigdrio da•
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queln igreja, se recusou caMgõ1icam~111c a autoritar a ul~b,aç,io Missa sem expresso co11Srutimc11to do S,. Car(/~"I Arctbis11u D , Jt,imt Cmm,ra,
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Emboro c.str<mhds:semus 11ro/ruulmntlllt a ntitmlc
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f:.'m•ianws, ,:11tão. a Suu f:.'111i11{mtl11, o seem'me ide• g,wlll1: ''Considcr,m(/o o Miss,, re/nitla em 'mtu tele• grama w,:a obrigllçáo de co11scié11cia ti~ t<>dos os lu1·. talha,lt;r~·, contrll () comunismo, ulio w mos como S('• t tdr o re,w,eittf,,e/ com•clho ,Jc Vo.uu Eminincia. I'<·· dimos 11111a ca1cgóricc1 proibição ou etmlJ ca1eg,llica apr0w1çãt>.
Rozn,uJo ,1t:scul11os pela l11opo n,mic/adc, prosseguimento de sua viaxam. Pc.•,H·
,mg ul'(111101 b<Jm
mos bênção. -
Paulo Eu.eênio Nitm(!J·er··.
E ,cccbt,>10.1 a scguinlt, rc,posta: ''PRoíe:>. BAN·
ç ,os. -
Com mais de mil pessoas lotando a Igreja de São Sebastião, a cerimônia teve início com a entrada no templo de numeroso..~ sócios e mili rnn1cs da T FP. com capas rubras, arvorando os estandartes da en1idadc. A Bandeira Nacional e a do Papa encerravam o cortêjo. Um grupo de militan1es conduzia as bandeiras da Checoslová• quia, da Polônia e do Vietnã do Sul. lembrando os vários povos escravizados pelo comunismo. Logo depois, uma representação da Guarda C ivil levou ah~ o allar uma coro~\ de flôrcs, cm homenagem da TFP ao Inspetor Cetildes Mo• reíra de Faria e ao patrulheiro José Antunt-s F tr.. rtira , dois mi11eiros mortos recentemente sob as b~las do terrorismo. Causou profunda emoção ~ presença das fa. mílias das vítimas, especialmente ;\ viúva do lns• pctor Cecildcs com seus oito filhos. Terminado o ato litúrgico. os: presentes Ou· vir::im o 1oquc de silêncio. e se concentraram na escadaria do 1emplo, onde foi executado o Hino Nacionnl pela Bunda do 12.0 Rl. O brado ..-rra, <lição! família! Propl'iedadc?"_, três vêies repetido pelos jovens da TFP. encerrou u ccrintónin. Em seguida, uma comitiva acompanhou os familiares das duas vítim<lS do 1errorismo até o cemitério do Bonfim, onde ambos estão inuma• dos-. sendo nl i depositada a coroa de flôres que lhes homenageava a memória. O Presidente dR Secção de Minas Gerais da TFP, Sr. A1ttonio Rodrigues Ferreira, discursou m, oportunidade, ressaltando o heroísmo dos que tombaram na dcf~a d~s instituições e da civilização cristã.
CAROl::Al. CAMAIU ...
Ex pu11d() êslts /alqs, a TFP - SC'cç,i<> ela Gtra• nubara, cl,~i11 de t xpUcáveJ pesar, c w111>r•• ,,m ,Je~·r,· pua111c <> p1íblico tlQ R;o, deixando e/aio uão trr luwido, ,!(, parte dda, ,Jtos1dia ou omiss,io 110 seguir o 1:lolioso· r:i.·~mplo de suas co-imitis " e Siio l'aul<> <' · dt 1q~1tos outros locais do B1a.si/''.
Em Barbacena A Mis.sa mandada celebrar pelo Núcleo de Mili1antc-s da Tradição, Família e Propriedade de Barbaccnu foi abrilhantada por antigo e apreciado coral da vizinha cidade de São João dei Rei, e contou com â presença de numcros~s autoridades. Foi celebrante o Revmo. Cônego Mário Quintão, Reitor da Igreja de Nossa Se• nhorn dn Boa Morte. e Sacerdote grandemente c.,o,tima<lo em 1ôda a cidade. Ao ato, que teve lugar na Matrii de Nossa Scohora da Piedade, compareceram os Srs. Brigadeiro do Ar Leonardo Teixeira Collares, Co~ mandante da Escola Preparatórin de Cadetes do AI: Tenente-Coronel Joaqoim Corrêa <le Matos. Comandante do 9.0 Batal hão de lnfanrnria: Fcr• 11ando Victor de Lima e Costa, Presidente da Cãm;:tra Municipal; Antonio Geraldo Rocha Fi• lho. Viee•P·rcsidcnte da Câmara Municipal e Presidente da Associação Médica: Vereador José Campos Júnior: Pe. José Alvim Barroso, Vigá• rio de Nossa Senhora da Piedade: Pe. José Mar ia Ouester, Diretor do Pré•Juvena10 São Geraldo; Júlio Augusto de Araújo, Prcsidence da· Associação Rural de Barbacena; ProU' Graciam, Ser• tolcui. Diretora da Escola Normal; uma delegação da Associação dos Ex-Combatentes: Religio• SM e alunas do l nstiw10 8001 Pastor. do l nsli• 1u10 Onda Gomes. do Asilo dos Sagrados Corações; representações de outros estabelecimentos de ensino. Antes de começar a Missa, um militante lembrou aos presentes as intenções da mesma. A seguir, precedida por estandartes da Tradiç.'\o, Família e Propriedade, entrou nà igreja a dele• gação da Associação dos Ex•Combatenics, tra• zendo umn coroa de f16res ofere<:ida pelo Núcleo de Mili1antcs cm homenagem às vítimas do comunismo. A coroa foi colocada sôbrc a essa armada defronte ao ·\Jrnr e coberta com a San• dcin\ Nacional. Ao sermão, o Revmo. C,elcbrante louvou :l atuaç.ã o da TFP, rcssallando o significado da trilogia -~Tradição, Família, Propriedade": depois de acentt1nr a incompatibilidade c,dstcnte entre o comunismo e o Ca1olicismo, censurou quantos buscam na ideologia VCl'ntelha o remédio para os problemas nacionais, e p1·oclamou estarem errados os que - Sacerdotes ou leigos - desejam 1,nrn o Brasil soluções que se Mastam dos prin• cípios da c ivilização cristã. Após o Sé'lnto Sacrifício, dirigirnm-sc todos para o monumento ao Soldado Expedicionário mineiro, onde fo i deposirnda. a coroa de flôres. A cerimóni::i rcligios.a, que se rcaHzou no dia 23 de novembro, contou com o concurso da Banda de Música do 9.0 Regimento de Infantaria.
Em Juiz de Fora Co1n :, participação do representante do Gc• ncral ltiberê do Amf1ral. Comandante da 4.~ Região Mili1àr1 e com a presença dos Srs. Maurício Delgado, José Guido de Andrade e Plácido Corrêa de Araújo, Juízes de Direito das diversas Varas da Comarca, do Prof. fri1teu Lomar, Di• relor d{t Faculdade de Farmác:i::i e Odontologia, dos Vcre:1dores Olavo Lustosa e José Fonseca, do ex-Prefeito Adhemar Resende de Andrade, de diretores de estabelecimentos de ensino secundário, delegações de alunos. Relig.iosas, pessoas de desrnque na vida social, polhica e cultural da cidade, o Rcvmo. Pe. Reitor do Seminário Ar• quidiocesano celebrou a Missa encomendada. pelo Núcleo de Militantes da Tradição, Família e Pro1>riedade de Juiz de Fora. Dois estandartes rubros ladeavam a porta prjncipal da Igreja de São Sebastião, e o interior do templo estava decorado com quatro gran• ctcs vcxilos marcados com o leão dourado. Do lado d-: fora. :1 Banda da Polícia Militar c-xe• cutava marchas militares enquanto o povo afiufa ao templo; à hora d8 Cons:lg,ração, como :1contcteu cm outros lugares, foi tocado o Hino Nacional. Compareceu muita gente à cerimônia, que teve lugar no dia 9 de novembro, às J I horas.
Em Ouro Priàto Na c idade ·do Aleijadinho a Missa promovida pelo Nlícleo local de Mililantcs da Tradi• ção, Família e Propriedade teve lugar na belís • sima Ma1riz. de Nossa Senhora da Conceição 'de Antonio Dias. f "oi celebrante o Vigário, Revmo. Pc. Francisco Barroso. A velha e hi$t6rica Matriz. quase não podia conter o numeroso público que foi rezar pelas vítimas do comunismo. O Prefeito Municipal. Sr. G.cnival Alves Ramalho. e o Vice•Prefcito, Sr. An1onio Cardoso Roriz, enviaram representantes; compareceram os vereadores José Gera ldo Pe• reira, Aderilho Fernandes e Gonzaga José Gomes; o Sr. Danilo Furtado. Juiz de Direito; o Prof. Antonio Pinheiro Filho, Dircmr Geral da Escola de Minas e Metalurgia de Oul'O Prê10: os Profs. Thcodorico da Cruz. Edmundo José Vieira e Geraldo N unes, respectivamente Presidente do Co11• se lho de Representantes, Diretor e Orientador Profi.SSional dn Escola Técnic:,; o Prof. José Pedro Ponciano Gomes. da Escola Federal de Far• n,ácia e Bioquímica; e o utras pessoas de dcsl;,. que na vida p(1blica e cultural o uroprclanà. Com M insígnias que lhes são próprias, estiveram prc• sentes ainda várias Irmandades religiosas, o que conlribuiu para a maior solenidade da cerimônia.
Em Goiânia No dia 9 de novembro, lis I O horas da ma• nhã, teve lugar na lsrcj3 do Sagrado Coração de Maria. a Missa mandada rezar pelo Núcleo de Mililante.,; de Goiânia. Foi celebrante o Revmo. Vigário d;, Paróquia, Pe. Crcsccncio Juanizzaga. Entre as au1oridades e personalidades prcscn1cs ao ato litúrgico, cumpre assinalar os Srs. José Balduíno de Souza. Secretário do Govêrno do Estado. Joaquim Gut.-dcs de Amorim Coelho, Presidente das Centrais Elétricas do Estado de Goiás (CELG), e Amílcar Savassi,. Presiden1e da Caixa Econômica Federal de Goiás; o 10.0 Batalhão de Caçadores enviou uma representação de oficia is, o mesmo tendo fei to :\ Polícia Mili• rar, cuja Banda de Músic~\ executou vários n(1. meros an1es d•1 ctrimônia e o Hino Nacional à hora da Consagração.
Em Fortaleza Na rnr<le de sábado. 29 de novembro. a 24 horas dn Missa que a Secção do Ceará da TFP mandara celebrar na Matriz de Nossa Senhora do Carmo. um representante do Exmo. Revmo. Sr. D. José de ~ edeiros Delgado fêz chegar ao conhecimento dos promo1orcs da cerimônia que o Arcebispo Metropolita no proibia a presenço, no htl<'rior da igre:jn, de qti.a lqucr emblema da cnti• dado: promotora do a to cstandnrtes. capas. flàmula.i, ele. E-.s:-\ atitude da Autoridade Eclesiástica, no• ticinda pclM cmissôras de rádio e televisão, era . de molde a comprometer o êxito da iniciativa da TFP, já que indicava unH1 evidente atitude restritiva cm relação :-\ Sociedade. N ão obrtan• 1e, à hora da Missa a igreja estav::i repleta de autoridades c ivis e militares, personalidades: do la icato católico e povo. Ê inegável, con1udo. que i1 presença dos auri•rubros cstand:lfles e das capas encarnadas teria conferido maior brilho à ce.• rimôni..i.
({1An0 1LICESMO .
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C:ampos -
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Realizou-se CSC:l no dia 30, ~s 19h15, sendo celebrante o Revmo. Pc. Edvaldo Amarnlt S. J .. Superior da Casa de Cristo Rei., e contou com o comparecimento dos Srs. General Luiz Serff Sellmann, Comandante da 10.:1 Região Militar; Coronel Manuel 1õeophilo Gaspar de Oliveira Neto. Comandante do 10.0 Grupo de Obuzes; Coronel H aroldo Eriehscn dn Fonseca, Com~lndante do Colégio M il itar de Fortaleza; Coronel Otávio Mendes: Rubens Vaz da Costa. Presiden 1e do Banco do Nordeste; Comendador Luiz Su• cupira, Presiden1c d;1 Sociedade de São Vicente de · Paula: rcprescnt,mtes do 23.0 Butulhfío de Caçadores e do Chefe da 2S." CR; delegações ela Associação dos Ex Combatcntes do Ceará. com su:l bandeira, <fa União dos Ferroviários do Cear{,. da Assoch\ção das Senhol';.ls C,nólicas; íi• guras de projeção no h1ie~llo ctllólico. p(ofcssõres universitiirios, proíissiom,is libernis, estud◄1n1es e grande número de fiéis. Ao Jado do allar estav'am ;1 Bandeira Na• ciom1I e tt do Ceará, s ustent.1dit$ por l'nilit;rntts da Tradição, Familia e Propriedade. O 10<111e de silêncio cm mcmóri.i das vítimas dos comunistas e terroristas foi dado por um cabo do 23.0 BC, à hora da Consagração. 4
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No Crato "Tinha mu.ila gente-. inda que a hora num tril boa. Monsenhor faz ftSfA, convida o povo e num vem aquêlc tanto de ~ente, nãor' Foi êssc o comentário do velho sacristão da Catedral do Crato ao terminar a Missa" mandada celebrar, 110 dia 8 de novembro, pelo Núcleo local de M ilitnnt~ da Tradição. Família e· Pro• priedade. A ccrimôni;l foi literalmente ~•m acontecimento que abalou a cidade. Já durnntc os dias que a antecederam quase não se Calava ali em outra coisa. A exl)ectativa cm grande. pois tratava•se da primeira solenidade de c:-iráter pú• blico promovida pelo novel núcleo de colaboradores da TFP. ..hvia quem previsse que compareceria pouca gente. porque a Missa não pu· dera ser marcad:, senão para um s..lbado às IO horas da manhã. quando o movimento do cO· mércio está no auge. As 9h30 o serviço de alto-falantes da Ca• tedral de Noss.1 Senhora da Penha começou ;i 1ransmitir a gravnção dos sons de um magnííico carrilhão. Logo a seguir. passou a aprescn1ar o disco gravado pelo Côro São Pio X, da Socic• dade Brasileira de Defesa da Tradição. Família e Propriedade. A praça em frente à Catedral começou tt tingir-se com o rubro dos estandartes e das capas dos militantes, misturado ao colorido variado das fardas e uniformes de diversos estabelecimentos iJc ensino cujos a lunos compareceram incorpO• r:rdos, leva1\do suas insígnia.~. Logo chegou, mar• chando. Bandeira Nacional ?t írentc, uma repre• sentaç.ão numcros.a do "firo de Guerrn do Crato. O seu ins1rulor e dois outros sargentos. instru• tores do T iro de G uerra de Ju:rzciro do Norte, vestiam uniforme de solenidade. Os futuros reservistas entraram cm p~o cadenciado pelo <.'Orredor cen1ral da ig.rej~l. coberto de uma pa~tl· dcira vermclhn. O jovem que lcvav:t o pavilh5o nacional postou-se atrás do altar, e os outros íi1..en1m a guarda de honra .:10 longo do corre• dor. O povo lo.ava o templo. Um est;mdarte da Tradiçiio, "F:1mífü1 e Pro• priedade. de seis metros. marcado de luto, foi coloc;uJo junto ao aliai'; em frente ~, êste, um;:, grande es-s:, negra lembrava a todos a intençfio d:, M i~a. qual seja, a de sufragar as :.1l mas d~s ví1imas do comunismo e, de modo cspeci:tl. ~1s de nossos pa1rícios que rnorrer:im pelas mãos dos 1errorisrns. O celebrante foi o Rcvmo. Mons. Pedro Rocha de Oliveir:-,, Cun1 da Sé, na ausência do Exmo. Bispo Oioces~rno. que vi;,1j;.~n, para For• 1::ilez::i. À Consag_rnç;io, a 8,mda M unicipul exe• cutou o Hino Naciom1I. O número de comunhões fui surpreendente parn ;_, hor~• e para um.-1 Missa que nfto era de preceito: 117 pessoas comungaram. Terminado o $~11110 Sacriífoio. :1s autorid:1dcs e o p0vo juntara1n•se nos m ilit~11Hcs da Tra• dição. Família e Propriedade ao redor da ess:1, cnqur10to o Rcvmo. Cclcbt~rnte foii~1 :, encomcn• dação. Os sinos dobrnram a íim1dos; fora, :, b;m<,la tocou uma marcha íúncbrc. A s;.1ída rodos felicirnram os m ili1an1es pela beleza da cerimônia. E duran1e muito tempo ainda se Mi de óuvir na.s c,s quinas do Cr:uo: "Ah! MiS$n t:lo bonita não é sempre que tem , não!"
Em Recife Foi na belíssima igrej;1 b:irrôca üc Srto Pedro dos C lérigos, Conc:ttcdral de Recife, :1 Missa cncomcmluda 1>ela Secção de Pernambuco da TFP. Cetcbrou-;t o Revino. Mo11::1. Jo~é Ayrton Guedes, Vigário da Piedade, um;.1 <las 1>aróquia$ d:, Capit.il perm1mbucan;1. E..~teve presente o Presidente da Cãmart-1. Mu• nicipal. Vereador Wandenkolk \Vanderley, bem como rcprcscntétntes do Brigadeiro M:1rcio Ces.1r
fjAfOILICISMO Nó VO ENDERtÇO DA ADMINI STRAÇÃO Ruo Dr. Martinico Prado, 271 São Paulo (3) - SP
Leal Coqueiro, Comandante da 2.• Zona Aérea, do A lmirante Jayme Carneiro de Campõs Espo• sei, Comandante do 3.0 Ois.trito N,wal, do General Duque Estrada, Comandante da 7.ª Região Militar. Co,nparecernm ainda à Concatcdral da Arquidiocese outror;t ilustrada por Dom Vital. ofici:iís. graduados e praças dás Fôrças Arma• das e da Polícia Militar do Estado, e uma dele• gação da Cruz:.,da Democrá1ica · Feminina. A Banda de Música da Políci:1 Militar contribuiu par;_t d,1r maior brilho !1 solenid:Jde, que se rea• lizou no din 13 de novcn1bro. às 18h30. A Câmara Municipal de Recife, por inicia • tiva de seu Presidente, fêz. consignar na ;_\l:l de seus 1rab,,lhos um "voto de ,1plausos e agrade• eimenlos i\ feliz inic intiv~, d;, SBD.fFP".
Em Salvador ,A Secção b;,hiana. d.- TFP rsi ec.lebr:ir • a su;, Missa na (greja de Nossa SenhOl'.'l da Misericórdi:1, i1s 10h30 do din 9 de novembro. Quem a celebrou foi o Revmo. Vigário de Nossa Senhora dn Penha de França de lrnpajipc. Pe. Jcronimo Moreira, que foi acolilado por um mili• lante da Tradiçij.:o, Família e Propriedade. reve:>• 1ido da bela cap:l rubra. O Exrno. Mons. Anibal Mam,, um dos Vigârios-úcr;ü$ da Arquidiocese Primacial, estêve presente à cc.rimônia~ comp;1recernJn também o Cônsul Geral da Argen1ina. Sr. Osear Cadoppi Aguilar. o Cônsul da Nicar~gua. Sr. Adhemar Martinelli Braga. e o reprcscnt,mte <lo Coman• dante- do 19.0 Batalhão de Caçadores. Uma s uar• da de honf• do <:;olégi~ da Policia Militar despertou ;, atenção geral com .seus belos uniformes de gala e s ua bandeira. Notavam-se ainda dclcgaçõe.< de vários cstnbeletimcntos de ensino. dirigidns por proíessôres. O público to1ou com• ple1amen1e a velha igreja.
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A Missa celebrada pelo Exmo. Revmo. Arcebispo de Niterói con:,pareceram mi• litantes da Tr-adição. Família e Propr iedade de seis cidades f luminenses.
Em Curitiba Em Curi1iba, a Missi, pelas vítimas do cO· munismo foi celebrada com todo o c.~plendor da liturgia ucraíno.-católica, pelo Rcvn'lo. Pe. Emílio Ouêcchen, sendo acompanhada por cantos do Coral Ucraniano da Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora. Na Igreja de Nossa Se1\horn do Rosário. adorn;,da com os estandartes dn Tft>, eram vistas duas enormes bandeiras do Brasil e do Vietnã do · Sul , b-cm como os pavilhões· nacionais da Polônia. Uci:ani;.\ e Alemanha, ao lado da dos Cossncos. Além do Sr. Eduardo de Barros Brotero, membro do COt\seiho Nacional - que veio de São P:rnlo - e dos nu,nerosos sócios e mili1,,n1es com que a TFP conta em Curitiba, re• vestidos todos com suas rubras c apas marcadas com o le~o rompa11te1 assistiram :\ cerimônia do dia 20 de outubro delegações das Secções de Pernambuco. Oahi:1. Minas Gerais, Estado do Rio, Gu;mnbar~, Sant;l Catarina, Rio Grande do Sul e Dis1rito Federal, das Subsecções de Ponrn Grossa e lllumcnau, e dos N(1cleos de Militantes da Trndiç:io. Familia · e Propriedade de Barbacem,, J uii de Fora, Niterói, Olímpia, Ribeirão Prêto, Rio Negro. Rio Negrinho. Uns. Londri• na. Ouro Prêto, Cambuci e São Fidélis. que se encontravam na Capirnl paranaense a íim de participar de um s impósio da Sociedade. Ach:wam•se prcsent.es, :_i,1da, consócios das TFPs :irgentina e· chilena; a repre.~cnrnn1e do Prefeito MuniciJ)al. Prof."' Eny de Camargo Ma· rnnháo; o General J unot Gui1m1rães, Presidente da TELEPAR~ e outras autoridades. Numerosos elementos das colônias poloncs.-, ucrani:ina e cos• saca acorreram igualmcn1e ao ato. Uma delega• ção de a lunos do Colégio Militar. cm traje de fêz. a gmirda de honr:1 da cerimônia. Também aqui foi d;,do por um cor11c:1cil'o militnr o toque de silêncio cm homenagem :ts vítimas do comuni.smo.
Logo após a M issa, O. Antonio de Almeida Morais Junior inaugurou a nova sede dos M ilitantes de N iterói, entretendo-se afàvelmente com os presentes.
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Et.ª '"·
Em Londrina A Missa promovjda pelos Militantes d:.\ Tl'adiçfio. família e 1>ropricd:\de de Londrina teve h,1g,·1r na Igreja da 1mnc1!l:ufa Conceição. no di:1 9. às 18h30. Compareceram autoridades c ivis e milit;ires. indusive dois oficiais· representando o Ccl. M:ii11gué. Comandante do 5.0 Batalhão da • PM. Seis elementos do Tiro de Guerra deram a gu:1rôa de honra ao pavilhão nacional, que es tava junto ;10 :ilrnr.
No Crato nunca se viu tanta gente em uma Missa que não fôsse de preceito
Em Ponta Grossa Quem passav:\ pelas imediações da Igreja do Bom Jesus dos Ucranianos ,,a rnrdc de sá• b:ido, di:i 8. via desde longe. pc11dente do alto d.t IÔJ'te, o estandarte auri•rubro d~1 TFP. Nin• guém cstrnnhava: tôda a cidade já sabi:t que seria cclebrad:t ali, às J 8 horas, uma Missa pelas ví1imas do comunismo. por iniciativa da Subscc• ção de Ponta Grossa da Sociedade Brasileira de Defes:t da Tradição, Família e Propriedade. Ao emrar na igreja, viam•:se dois estandar• IC$ de 5 metros, colocados no presbitério; outro. menor. pendi(! da balaustr ada do côro. Our~llHC o Snnto S::1criííc::io - que foi celebrado cm rilo 11c:raíno-c;_1tólico pelo Vigário da Par6qui;1, o Rcvmo. Pe. Rafael Lo101zkci, di1 Ordem de São nasílio Magno - a Bandeira Nacio1rnl estêvc !1 c.lii'cit:) do altar, ladeadr, pelos: p:wilhõc~ <.lc, Ucrâ• ni~,. d,1 Polôoia e da Coréia do Sul. En1re ou1ras personalidades. compareceram o Presic.lcn1e d;, Câmara Municipal, Sr. Nillon Sales Rosa; o Major Hclvio de Araujo Nunes. ela 1D/ S; o Prof. Antonio José França Satyro,
Em Pôrto Alegre, a representação das colônias de países oprimidos pelo comun ismo. Em Belo Horizonte, os estanda rtes da TFP e as autoridades presentes .
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Lembradas pela TrP as vítimas do comunismo no Brasil eno mundo
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Ao lado dos militantes, que ostentavam suas capas e estandartes, viam~se delegações d~,s colô• nias a lemã, cossaca e polonesa, com suas ban• deiras. A cerimônia realizou-se no domingo. dia 9, ~s 9 horas.
Em Pôrto Alegre membro do Conselho Estadual de Educação; e o Sr. Ivan Maciel, rcprescn1ando a Associação Comcrcinl e Industrial de Pon1.1 Gr~sn. Esti-
vítimas do 1errorismo cm nosso Pals. A seguir um corneteiro da PM deu o toque de silêncio.
veram ainda presentes delegações de ucrnniano.s - cujo coral cantou durante a cerimõniã - e
Em Rio Negrinho
polo11eses, e o srupo Coreanos Católicos lmi• G.rantcs no Brasil. além da numeroso público que lotou a Igreja.
E,m Rio Negro O Revmo. Pe. Ouo Seidel. S. C. J., de Rio
Foi cm httim a Missa mandada rezar p~lo Nucleo de Milirn.n,es dn Tradição. Família e Pro• pricdade <h, e id:.,de catarinense de Rio Negrinho. A igreja escolhida foi :i Mairiz de San10 Antô• nio, sendo celebrante o Rcvmo. Pe. Otto Seidel. S. C . J.• que também celebrou ;l Missa de Rio
Negro. A igreja estava replcla, cncontrnndo-se prc,-
Negrinho, celebrou cm Rio Negro a Missa cn• con,cndadn pelo Núcleo de M ilitantes da Tradi-
scntcs o Sr. Teodoro JunglUm, Presidente <h, Ct,.
ção. Família e Propriedade <lesta importante cida-
mara Municipal, e os Vereadores José F lôrcs de
de parannen.sc. A Matriz local cstêve repleta. tendo vindo gente também de Mafra, cidade-gêmea, situad;;l
Souza e Orita Fernandes do Amaral; Sr. Albano Mattcdi, Fiscal da Fazenda Estadu,,1: Sr. Carlos Zepperer. D iretor•superintendente d~1 principnl in• clústria dn cidade: além de outros elementos representativos d:t sociedade local, merc.-cendo também menç.ã o o compare<:imento da Congregução Mariana de Nossa Senhora do Bom Conselho. tendo à testa seu presidente. Sr. Hirnn ~rornelin.
na margem carnrincnsc do Rio Negro. O ato l itúrgico teve l ugàf no dia 9 d..: novembro, domingo, f,s 18 horns. Além dos militantes ele Rio Negro. havia delegações da TFP ele C uritiba e do Nlícleo d.i vizinha c idade de Rio Negrinho.
Tambén1 no extremo Sul do País. em Pôr10 A legre, fornm lembrad:,s r,s- vhimn~· do comu• nismo. na Missa que o Revmo. Pc. Ollniro Allgaycr. S. J ., celebrou fia Igreja de Siio J0$é. no d if, 9 de novembro, por inich11ivu do Ditc16rio g\tÚcho da TFP. Fizeram-se rcprcscnrnr no ;tto litúrgico. ao qual concorreu numeroso público. o Com.ind;1n• te do 111 Exército, Gcnernl José C~1mpos de An-1gâo; o Com,\nd<1nte da 5.11 Zona Aérc~,, Bl"i• t:,ndeiro Roberto F,\rin Lima; e o Prcícito de: Põrto Alegre. Eng.0 Telmo Tompson Flôres. En• trc outrn:s pcrsonafüfadcs, foi 1\0tt\d1t a presença dos Srs. João Dêntice. C hefe (la Casá C ivil do GovcrmH.tor do Estado; Prof. Hugo Oi Primio Pai , caicdrático d" Universi<l;tdc do Rio Grnndc do Sul e. dirigente dn Ação Dcmocrá1icu Renovadorn~ jornalista Júl io Castilhos de Azevedo~ rcpre~entando n Associação R io,, Gr:,ndense de Imprensa e a Confederação das Assoc.:i:-,çõcs de P:,is e Mostres duqoclc Estado. A ccri.01õnia alcançou larga r~.pcreuss;io nn Capital gaúcha, lendo sido noticiada com d~· raq,ue pefa imprensa e oelo r;ldio.
Discursos, carias e telegramas
Em Florianópolis A Santa Missa promovid:, pela Secção de San•• Catarina da TFP foi celebrada pelo "R'evmo. Pe. Vargas Neves Marchi, Capelão da l)olícia Miliu1r do Estado, e teve lug~,r na Igreja de São Francisco. às 10 horns do di.1 16. À porta do templo, que é um dos m,1i.'> belos de Florianóp0lis, cm puro estilo colonial, a Banda da Polícia Militar dava os toqu~ (le estilo para anunciar a chegada das autoridades. O Governador Ivo Silvcirn fêz-se representar pelo seu Ajudante de ordens, Capitão Mauri Vieira: o Capitão de Corveta Kleber Ferreira d}1 Silva representou o Comandtmte do 5.0 Dis1rilo N.1vul. Co ,ura-Almirante Hcrick Marques Camirlha. Com• parecernm o Secretário de Es1aclo ,fa Viaçiio e
Obras Públicas, Sr. Adayr Marcolla: o Comandante· da PoJícia Militar, Coronel Fábio de Mou• ra e Silva Uns; o ex•Governador Hcribcrto Hiil• se, Presidente da Caixa Econômica fedcrn l; re• Presentantes do Se<:rehlrio de Est:ulo ela Saúde Pública e Assistência Social e do Reitor da Uni· versidadc Fcdcr<1I de Santa Ca1,1rim1. bem como Religiosas, memb1·os de irm;md:,dcs, jornalisrns e numeroso p(1blico. Antes de inicia.da a M is-sa. um membro da TFP leu uma not:t sôbre as intenções do Santo Sacrifício_, referindO·SC de modo especial tio Car• deal Mindszcnty. como modêlo de ttsis1ênciu ca• t61ica ao comunismo. e proclamando o nome ~l,1.s
N A CÂMARA FEDERAL. na sess:io de 10 ilc n ovembro, o Deputado Benedito Ferrcirn leu d:-. 1ribuna uma eomunicaç:10 sôbre u iniciativa da TFP: •'Sr. Pr~si<l,mtc, Srs. Depuu,clos, act1bo ,le rcaher um (,'(}IIVit,• /JUT(r /WiS!J'' ' em i111e1t1,:,to ""' ollllt,$ " ~1(/ltc-/('$ t/tre U1mbt1ram 1•irhmu ,lo s,mxuimído rctdmC' cowu• ,,is1a em todó o mu11,fo, e {fs1e tc(lif(ioso, S r. Prc• sitlcm e, t/ttc• se re(J/iwrá 110 (lift J5 pr~."C;mo, ,,,,,,; em 8rasíUa, m<md(t</o celtbr,1r 11tlu SBl)TFP St'cç(,o ,te DiSlrilt> F~dcral. prtci111 e ,teve ter ct l>(trtich:m;,h mio J'6 cloJ· IJ(ldWll('IIIUICJ' c:<1t6Ucos. mut tfe lútl'Jt n6s... E mais ac.lfanle: ·•(Jnw próvtt e,,1bal dt• ,,uc mio , ~m()S sido /é.lhes nu tempêutiea p,m, <Slir1:"r t:s1" 1.•er• dtut<ir<J c(/11ccr ,,,,,.., corrd;' o cem,:, a ttStrutttto, ,i /ortu• ttw d11 ltuma11hlatle, 11i está, a i11/iltra<,·1io tomu11isw uo,
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11ir_mulo par11 combtlt,•r e tom,111/JmQ. 1,elt> menos tim ,, vi,ttule e " cOtflgt:m ,t~ Sr r-tt1111ir t• ·c11/1e111(1t o pr()•
bh•ma, IIOtque C'IU(Utu/f() (l t'-S(/ttt:Nlt, !lkt: (/(' 11/(WC'ira ,,iol,m((1, l1mc<mdq ,mi<> de [()c/Ol os mt:ios. os homc•11r f/tu' s~ d'7em ·,tcmocraUts Jicum de br<,rc,s cmuulos,
dt'i.w111do ,1ue o resnonsal,Jlfrlmlc ,lo cómlmtt· no u,. C(}lll~l ,lô (;ovi~tN(), l)t:fof suds F6r<,'llS Armtufos e m•las Polícitn dos E.ft(1dQ$. Sr. l'r1:side111c, Srs. Deputmlos, aquela rt•tmi,io ,. uqud<, Mis:,.·,, uniu ,mtoridmlcs t<f",jf)Q11sdvds pe/,, mumi• t<"nr,;o ''" ont,m, e o.,. t/ut! coml,~11em o ,·tJ1111mis.m(). A Jwru. vemos dartllll(!l/(e u siltt(l(,"Ô() do IIOUO l'uis: QS l'tulres 10111,1111 posiçiiu ll'<fttqliilc, e- os1e11siw1 " ft,vor ,fo com1111i.smo e um Bisptt d1t'l(Olf 111<' à t:X• 1.·cwumu-,r um Odegmlo de f'olíci" por trr ,;,t:,uli,lo P,utn•.;, ,·umptimlo "ssim Q de,,er. f.: i111t:rt:.~s,uu.., Sr. l'rt!side111", $,:,·. D"1m1mlos. os l'tlllt<'~' mio se unirem ,1m rômo ,la t1utor/d(ldt• tio l'1111t1. 111t1:f. tmlt'fm..Sc 1>11ro ,le/emln os Padres :u,I,. v<1'r.i·i,•cs e: t/Utl ,hit, ccb,•r1ur; 110 comtmismo uo Dhuil, (.. 1 Nt1 Misst1 mtmd(ufo rct m pelos j(n•cm d<1 l'l-'I', vimo~· as ltm1Ufos ,te 1/ols 11olid11is que foram /utilml(;!J tJ(Jui• ua C'1oi1t1I. !JfJr clt•m,•utqs do movimento 1111mi:m 1() J;qur lf{JlUIUS
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tfres:.·c m,m mar ti~ Sa11Rue. Por i.StQ, daqu i d,, Jrl• bmt<t damos o UQIISO avÕio " (l•~·es h,1m('11r da TFP"
("Minas Gerais - A$ScMbléin t ,:g_islativ:f·.20·11•69). A seguir requereu o SI". João Odlo fôssem trons-
ORATÓRIO NO LOCAL DA BOMBA TERRORISTA 1'01 SOLENEMENTE reinaugurada no di" 18 de novembro último ~, sede da Presidência do Conselho Nacionnl da TFP. localiz;1da à Ru:, M::irtim Francisco. n."· 665.669, na C:,pital p~1u, lis1~1. que fôra p:uci;)hnen1c de-si rnída por uma bomba ali colocada por te1TOl'iSH1s na madruç:td;) do dia 20 de junho (ver "Catolicismo", o.0 223. de julho 1>.p.). No ~uent;:-tdo foi sCri:uncntc d:1ni• fic:ufa um» imagem úe Nossa ~nhorn da Con• ceição. Por êssc motivo. quis ~\ TFP d:-ir ao progrnma dm; sol<:nid:ides da rcinaugun,ção um caráter espcchd de rcp,uação à Mfü;; de Deus pelo ~1grnvo sofrido cm su:, imagem. A cerimônia teve início :'ts lS horas com um gr:mde ccrtêjo consliluído pôr sócios dn cnti• d:tdc e mili1~,ntes d:1 Tradição, Família e Proprie.• dade - cêrca de duzent(IS pesso:ts - os quais, envergando suas já tradicionais cap;1s enc:tr1,adas e levando 1rinta C.'it:tndal'tc..,;, marcado$ com o leão rompante, s.1íram d:1 sua sede d:1 Ru~1 P:1rá, n.0 50, e pcrcol'l'eram sob os aplausos de t11n:1 ~,ssis• tência numerosa e entusiasta o~ oito qu;1rteirõe.s <1ue medeiam n1é :1 sede d:t Rua Marlim Frnn• cisco. Tendo à frente o Exmo. R.evn10. S r. 1). A11tonio de C:1st1·0 M,;1ycr. o Prof. Plinio Corrên (lc Olivdr:1 e o Conselho N adom1I Jo Tf'I', quC' lc\'<l\'am ~• imagem a1insida pel:1 bomb.-, os p:il'ti• ci1nmtcs do cortejo dcsfil:trnm cum galhardia, indi• rerentes i, chuva que caia copiosamente. Ao lonso Jo pcrcu1·so cantavam os conhccjdos hinos reli• gicsos ..Queremos Deus" e ·'Viva a Mãe de Deus e nossa". De espaço em esp:1ço, os cân1icos eram interrompidos pelos bntdo~ uníss.011os de "Os 1'E RRORISTAS DINAMl1"ARAM ,\ IMACHM DA CONCEI ·
ÇÃO! R l:PARAÇÃO! •' TRAl>l(;Ãô! FMv1 ÍI.JA!
R l!l'ARAÇÂO! R GP.MUÇ.Ãe>!"; PROl"Rll!l')AI)~!••; C. •'TFP
CON1"RA () TERI\ORISMO!'"
O trânsi10 d:, Rua Martim F'nmcisco fo i inlCl'· rompido pelo OET no tr-·.:ho o odc se loc;,li1..1 ~1 sede a ser rcin:msur~1d,1 to local foi crnnsformo1do e,u uma verdadeira prnç~, o nde uma pequena multidão .igu:mJav:. desde ;\s 17h30 o iníc:ic d:l ccrimóni:,. A íac,;haJ:, do edifíc io cstavá Huminada COn\ holofotes e ornamcnlada com dois grande~ cs1andar11!s c..l:i TFP. À meditfo que o cortêjo se :1proxim:w:1, o públi~o aumcntav" e i:, dando \livas i'\ No~•' Scnhorn. 6
t\ p~1rte culminante da cerimôni:, cons1stm na
QJ';llório, a recitação c:on1ínu.1 do têrço. na qu:11
entronização da imagem d:.t Virgen1 num ornt6rio d:rndo p;,ra :·, rua, :rígido no próprio h14>(1r em
s: rcvcs..ttram ~ué a n1t1i1hã seguinte.
que fôra cOf()(:ado u pclardo terrorisi;--1 . O Sr. llispo de Campos pen..:trou no edifício co nduzindo :;ôbrc ,una ;1lmoíad:l t1 im;,gcm, e in~1,t1ou-a piedosumen1e no oratório. O véu que cobria o vidro dês1e foi descerrado, da rua, J>:?lo Prof. J>linio Corrê:, de O livcir~,. e. :\ vist:.1 do 1>1Jblico aglorucl'"<lo defronte à sede. S. Exck1. Revma. procedeu à binç.:io (l;, imagem c do onttório. c11quanto o côro dn T.FP c.ant:,wa as Ach,m;ições. C,u·olíngias -e os fogue tes ~poue:1vam ícstiv:1mcn1c. As.w.m~mdo então a uma d:ls janelas do pavi. n11.:nlo ~upcrior do edifício, o Prof. l~linio Corrê:. úe Oliveira dirigiu-se :,o:. presentes. re;,tçrrndo o s ignific:,do d::i cerimônia que s: desenrolava. Lembrou o Presidente do Conselho N acional da TFP que. por sua cor;tjos.a luta cm c1efes:~ dos princípios d:\ civifi;•_,ação crist5. j:i pas~ant :l c:n1i: ,fade 1>C-l;1 1>rova de fogo, ,cprescn1;1(la ,,eht boml);, dos comunisws. ''A,:<>ru c·:mmw,'f :r.O/nmdo a pru,·n lÍf!m1'1, 1>rossl!s,uiu. numa ~1!11.s.:10 à ~huva p: s~1da que n~o cessav:1 de C:lir. ·•Apt•sm· du f,frfo do:,.> t'lemenw.,. l(U)os aqui c•swis "",." U!,\ tc•muulwr a w>Mlll jideli,lmlt: à l?"inl:<t dQ Ch,. ultrnjm/(1 cm .n m im<u:<•m 11du.)· 1'•rrorl.,·1m·. lsw dê:mon.vtru " ,·ossa ,tfa•posirtio ,lc orru.\'tm· totlo., w, verigo,\· a lm.·,immlcJs pom sc,·d<t.,· /Ui~• ti ,m::mlll Scul,ora, mru v c1·mitlmh1 <111e " ,ws.w, /J,íltia t..wiu jomai,ç 1111,\ miim t/1') t,•ómmti,nno'', c.·onduiu o orndor. Corn breves e imr,ressiommlcs 1>,1h1vras o S1'. D. t\ntonio de C:-1s1ro M~ycr salien19u o 1>apel de M~lri:1 na h11a contra o comuni..smo, lembrando que Eh,. sbz.iuh:,. esmagou 1ôclns :1~ hcresi;:1s. como <;;111ta :, Liturgi:1. S. Exei:-t. Revma. Jcu início. 10,:;o a s~g11il', :\ rl!'c:itaç:io da Lad:1inha l:1urewn:1. que foi rci:1d:, pô r todos os presentes. C o111 viv;\~ :1 Ncs~:, Scnhorn d:l Conceiçfio e o c:" a\!ler.êstt;;c bnt<lo de "Tr.tdição! Familia! Propr•~<ladc!" foi <l.tdo por coccrrndo o ~1to. J~nqu:m10 os cu nvid:tdos e muito;.. popul:irns cntrav:m1 1">:lf:1 visitai· :1 s ::dc re int-tu15u1·:1d:t sód ~s \! militan:l!S d.i 'f"FP ink iaram ,1:1 n 1a, j\lnlO :,o
O oratório
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O oratório é um r~ci,no de 0.80 por 1,10 m, de ~,lvenoria, rendo ,,a frente um grande vidro que dá pàrn o alinha1nento da ru,t. A pcqucrm imagc,n b;uróc:, de. Nossa Senhorn d;l Concciçiio está colocad:, 1>ôhrc 11n1a esguia colun:i rivcst id:, de veludo com ;.'IS côrc~ her!tldicas da ·rFP, o vermelho e o dour;,do. tendo ,10 fundo um;.l s r.,ande coroa de espinho$ naturnis que ~e destaca sôbrc a p3rcdc rccobi:rtn de tecido roXOi !t dil':i1n vê-se um esr.ind;\rtc da TFP, e ;, cs<1uerJ3 111n C:trlcl com · és1es dizeres: •' NOSSA S1;NHORA t>A
com paredes
CONCEl(.~ÃO VÍTIMA 00$ T E l~RO RISl'AS. Nu mmlrug(I•
du· ,te 21) tle junho d<· 1969. uma bomb11 calocr,J,,
11e.v1r local por te.rrorisuu dani/ic<m sc".riam tmte c.r111 imo1:em que .re u<·ha~'" na .w1I" ,w lado. A '/'PP /Je,lc uos p'1,J luntes tmw
A1·('
Muri<l pur11
r ep11rur j unw () t:lorio.w, Mii,• de Deus u i11j1í,-io qul' assim Ela .,·o/rc11, E U.mtblm p,,,.,, ,,lco11r,,r qm• f:,' /u mu11re11lu1 o /Jmsi'i inmtt<: ,tm· l11w:,t1i,la.t
,lo c:t111m11l.rnu,. I Em 18 ,Jc.• uow:mbro de 1969, ,w soltm· ,n l11áu;:w·açllo Jesltl .~edc ,la Tf'P semi.. 1
,h:MJUÍ tl•1 '''''" mc.rnw homlu,. / S!)ClbUAl>h UKAS I • 1.a-:IRA UI·
l)t! l: I:::,.\ DA Tr:tAl>lÇÃn .
FAMÍL IA b
Pito-
Pkll: U,\l)f~".
DEVOÇÃO POPULAR NO DIA & de dezembro. (Csla da llm1cul:.1dn Cvncdçào. o ornl<írio ins1al~1do n~1 sed: d:t TFP ali~gida po r uma b;Jmb;;, de terrori$t;1s ,,manheceu t<>~lo C l'O:-t(I(\ de ílô(C$, ct1IOC~1dai. do l;1do da rua pur 1:o pul:u·cs dcsejo:-o:- d t:. ,to11r::ir a imag,cm duni(kad:\ 1>01· ;1quêlc a1cn1;,do. O ;,1 íluxo de flôl"-:$ se cxplic~ porque :l im~gcm 1•epn::::cn1a justan,cnte Nossa s~nhor:i da Conceição. E.., 1:1 ;,li~, dciwndo r:,izcs 110 :-. b:1irros paulisH,nos d: Higicn6pu!is e S::int;1 Cc.-cilia o costume de rc1..Ar junto :,o orn16rio. oncll• muitos v;io pedir ~r-:;iç;1, ó fo1.cr pton\é~>as:.
<'ritos nos ~nais daqm:la Cas:. rtês afCigos do Proí. Pli• nio Corti:a <lc Olivcir:i. publicados na. " f'ôlha de São Paulo", intitulados re:spçctivamente ··O jôgo da vcrda• de e a crise religiosa". "Carta n Ministros ignotos" e "Surprcsu. surpreendente", bem como notícias da im• prensa sôbre a Mis.sn pelas vilim:ts do comunismo. Chegaram ao Conselho Nacional da Sociedade Or:,silcir:t de Deresa da. Ttadição, Famíli3 e Proprictltlde. !)em t."<>mo a0$ Diretórios Seccionais da entidade e 30$ Núcleos de Militantes, numerosos ofícios, cartas, 1clcgrnmM e cattõcs de .1u1orid:1dcs e pcrsonnlidadcs que se escusavam por níio ter podido comparecer às Missa$ cm virtude de compromissos :inter-iormentc atsumidos. acres:een1:indo e111 geral exprc.ssões de sim• p111ia pela inicinliv:1 patriólic.::i1. Nesse sentido se dirigiram à Presidência do Cemtelho N:1cional da 1'FP. cn1re outros., o Sr. Virgílio Lo~ d.1 Silv.1, Sccl"etátio de Estado do Trabalho e Administrnçflo; o Sr. Ch:1ns Pyo Hong, Encarregado <lc Neg6éios "ad hoc" dn Coréia do Sul. aprcscn• 111ndo cm nonh: do Emb;1ixador Chang Kuk Chang, <zuc se cnconlr:.n·,\ no Exterior. sua solidariedade: General de Urig:\da Paulo Carneiro T homaz Alvçs, Co, rmu1dan1e da Attilhnria de Cos.t~ e Anli:t~rc:a. sediada çm Sanios: 6d&àdciro do Ar Roberto Hipp0lyto da Co)(t:i, Chcfo do Nllc:lco de Comando da. Primeif:\ F6tçtt Ae,01(11ict,, sediado cm Cumbica; Brigadeiro do Ar Paulo Victor da Silva, Comandante do Centro Técnico de Acronllu1ie:1, de S5o José dos Campos: Proícito Paulo Snliin Màluf: Eng.o Sérgio Roberto Ugolini. Sc<:n:1ál'iO Municipa1 de Obras~ Srn. Sus-annn Fr:ink. Stcrctári:, de 8em-Es1ar Social dn Municipnli:fadc:; Sí. Pcrn::indo Ribeiro do Vai, Secretário Muni• cip:d e.las Finunç~s: Tcn,,Cel. Scb3sti:io de Menc·« s N<:to, C heíc da 4.:t Cin.:unscrição do Serviço Milit11r; Tcn,-Cel. f'rnnds:c.-o Antonio Oianco J(rnior. Comnn• den1,~ do 14..., Batalhito Polici.11. da Fôrça Pública, q ue. Ademais ele se ter feito representar no ~to, enviou car1flo congrnrnlnndo•sc com n TFP pda promoção, : em1ltcccnclo•lhe o sig1~ifica.do; Major Antonio Joa• .,1l1im •k C:.s.tto Fati:1, Chefe do Oabinclc, cm nome do Interventor Federal cm Suntos: Sr. Daniel Machado de Campos., Presidente d:i Associação C-Omerci:-d de Sfü> Paulo: Srn. Elvirn Marques Figueiredo, Presidenle da Associ,,ç5o Civic:i Feminina, informando que a cn , 1idado eslévc rcpres<:nrnda. 11:J ccrimõnia por uma de wns Conselheiras: Revmo. Pe. Orlando G:\fci.i da Silveir~,. cx•Vercn.dor, conhecido pela sua posictJo de• S3tSOmbn&damcnte 3ntiprogtrnistn. Os Ministros Fabio Y~uda, dtt Jndlislria e Comércio, e Luís Femnndo Cimc Lim:t, da. Agticulturn, enviaram telegramas tio Oiretório Seccional da TFP no Distrito F'edernl. Em nome do Mini$tro dá Justiç:t, Prof. Alfredo Buiaid, m:mifostou-se o Chefe de seu Gabinete, Sr. Manuel Gonçalves Ferreirn Filho, e no d o Oencrnl Jof10 Batista de Olivcir:t figuc;ittdo, C hefe do Of!binerc Milit.'l.r da Prcsidêncitl. da Rep(i. blic.a, c·nviou celcgrnma o Coronel Medeiros. seu As • sistente.SC-cn:tário. O cheíe do Gabinete: d:. Vice-Presidência d:\ República, Capit5o de Mnl' e Ouccra Gus• t:1vo Adolpho Engdke, escreveu c-xprcssiv:, carta, na. c1ual afirm:, \.( UC, embo ra ' 'impqnibillrmlo ,te estar pu• sc.•nte a , Sn11fQ St1cri/iciQ, ainda asslm procurei /111.R-lo ~•111 t·spi,ito. tf~ que lttmbfm comungo com os
c,•,u,
/rttl<'TIWS dt•signif»• fl()r qu~ ,mseict r:.ua Soci<ulatl,:".
e. digno de nota o telegrama recebido do Pre• siden1e do Senndo Federal. Sen:\dor G ilberto Marinho: ..Muitu lamc11tamlo qu,• com,,,omisso i11adiáv(ff ,u, (;ll(mahar(r me: priv-c dú stiri's/"çlto ,le "ulstir, como tanto .,·~rio d;: 11u:u agtodo, à Mi$St1 por (lima de tbda1 O$ viti11ws ,,ue o Côm,mlsmo vem /a r.em/o cm iodo o ,mmd<J, \'t'11ll<>, 11xra<h ct'udq a gcntilcta ,t<> lromoso convite, t1!Ue1e11uu tio 1/ustrt' Preside11te ,ta Secç,io <fG. Distrho t;•e,!t!n,I dc1 SBDTFP os meus m~lhoru r:umptlme111us", O presidente da Comissão de Lcgislnç5o Socit\l da Clmara dos Deputados, Sr. Francisco Amt\rt\l, telegrafou hipo1ccando tód:t a sutl solidarie• (ljde t\o nto. O Ocpuwdo Jofio Su$Sumu Hirnca escre--\'eu que fo•ó a "(Jut'stiio ,te lt justà home,u,gcm t1 /ômmlar 1·otos si,tcc:ros pelo nbsqfuto sucesso do signi/icátii-q ac<>11t"cimemo", No mesmo sentido enviaram telegramas os Depurados federais Mtdciros Nttto e Hcrbcrl Lcvy: o Scc::rc1ário do Planejàmcnto e Coordcnnçiio do Eslado de Goiás, Ens,° Ciro Mu• chado do Espírito Samo: o Sr. José Maria Cirne Limsi. Sccrc1ório Particular do Govemador do Distrilo Federal: o Sr. \Va_gncr Ulisses C. N. de Souto, Diretor do Banco Regional de 8rasí1ia, e outcos. Ao Núcleo de Mililantcs dn Tro.dição. Família e PtOJ>ricdade de Nitcroi chegou eoresPondência an!ilona. d:\ ciuol d~tac:imos a recebida do Se~rct~rio de Minas e Encri;;ia do E$tado do Rio, Sr. Nilo Pcçanha · Arn~·1;0 de Siqueira; do Prefeito Emílio Abun:lhman: do Deputado estadual l a.mil Sabra, que quis ·•ma,,/. /esu,r irr('slrifll solidorie1Jode a lissc <UO ,Jc Fé cdstá, pedindo a Dt"us pda libfru:rçlio 1/()S 'ffeJ,..os t-scrc·,vi~J1dos pt'lt: comw,i.smo": do Viec,Cõnsul de Poftugal, Sr. Manuel M:i,1ins d'Atcvedo Falcão. e do Prcs.identc da Secç~o csrnduol da Ordem dos Advogados do Br-asil, Sr. José Danir Siqueira do Nascimento. Ao Diretório Sc.ccional de Min:lS Gerais chega• r-am 1clegrn1nas. do Governador Israel Pinheiro, do Vi«-Govctn:tdor Pio Çanedo. dos Sccrtlá;rios de Es· cado Ovídio de Abreu e Raul Bernardes. A Cániatn Municipal de Recife. :., rcquecimcnto de seu Prcside11te, Vereador Wandenkõlk \Vandcdey. fé;,. co1lsignar cm ata um 1' vo10 de aplausos e ,te agra• ,tf!cim,•1110 U /,:li:, i11iciatiV<1. da SIJDTFP, em ma,utar ,:clt:brar uà /J;rcjt, dt: S,ic f t'dro ,los Clérigos, mi /Jrc$. ,vim,, q11i1tl(1•/c:im, f"•las 18113(). wnu Missc, cm sufrá0
ª""'ir
gio d,• todos os que mQrreram cm ttOua Pórrla, até hõje, pdas 11uiô1 criminosas de adeptos de cq1mmismq l11tt:rnucio11al. convülacJu, como convidou, t6do a fomi• 1111 ,~ci/c11se para ,issistir " Jsre a ro ,te piedodt' crisrã".
A A::socitJçí10 dos Fornecedores de Cana de Pernam•
buco tnviou à Sec:çüo local da TFP ofício no qual elogia "" uab,1ll10 lom>d ..·cl que essa Sqcit'd11de \'t"m ,·ealiymJo ' '<JIIINt o comwu'smo ilff('TIUtcioual, que rirm,iz.a pQ\'OS i111elros 110 B11ropa. ,m Amén·,. ,, ::,,, Ásin e ná A/riça"', Do .Presidente da Associação Comerda1 da 13.-hia rccd.>eu tc.legr:,1mn o Oirctório bahiano da TFP. O Governador Paulo Pimentel telegrafou à Scc• ç:io do Pa~m1 da TF'P. O Gcnerol José C:1m1>os de AraiCio. Comand:\nte <la 5,ll Região Militar e Comand:rnte interino do Il i Exército, íomn,tou seus cum• p,imentos dii <licua Socicd,,dc pt:lt> ,110 merit6rio"; o Genernl C:i.mpos de Aragão fi-"L-SC represen10.r, ouiror-sim, hn Missa reali'l.3d3 cm Pôrco Alegre, onde se achavi na ocasião. ·r:.1.mb(:m o Secretário do Saúde Pl.'1blica, Sr. A1·na.ldo Faivro 8us:\to, escreveu àquele Oirc16,·io Seccional da TFP. À Subsecção de J)on1a Grossa chegou ofício do Prnf. BrosH 8orb;1, Diretor da Fac:ulc.fade Estadual de Oitcito. que c-xtcrn:wa sua satisfação cm verificar que "honumi· s1íus ,te cspirilo ,. ctmsclé11cfo'" procuran, titr.1ir da Bondade Divina gr-aças cm fa\•Or da hum.-nid:-ide e do~ povos tiraniu1do~. O Oirc16tio Seccional de Santa Catarina rcccbcti, · ·ure o ull"O!:, oCicios do Sccrct(1tio da. Segurança J>l1• bli<:a, (;cncl'al Paulo Gonçalves \Vcbet Vieira da Rosa. e do Eng.º Glauco Olini:;cr, Presidcn1e d3 ACAR€SC. :w1nrqufo c:;.tadual de amJ)aro à agricultura. A Sec:çJo ~aúcha da TPP rcccb<.:u carto do Sr. l .uii l. de Fari:i., Sc.::,etário da Educaç:1o e CulHtrJ do Esrn<lo. e telegr.ima do Dcpu1ado A!c,ca.ndre Ma• ch:.,do da $ih':t, bem como ofício da Fedcr.1çlo do~ Tr:.1balh:ulotê) r.ít A&rkullum no Rio Gtándc do Sul. c,ui:fode que 1amQétn enviou uma reprc.w 1uac-i10 ;\ Mi$• s:.1 cc.:lcbrnda cm Pôno Alegre. Ao Núcleo de Militantes. da Tradiçâ<', Familia e 1,ro1:>rie:<fade llc Goin:ni:\ dirigiu•~ o Sr. José l...udovico c:c Almeid:i, Secretário da F37..t!uda do F,stado de G<>i~s. solidal'i1.ando·se com a "óp órtrma f,,fcict1il'lt",
Brasília: no primeiro plano. o Sen . Guido Mondim. Cel. Cott.inges de Menezes, representando o Gen. D ióscoro do Vale, Dep. Geraldo Freire, Prof. Ivan Luz e S ra. O Cel. Silva Guedes e Sra. despedem-se do Sr. João Sampaio Netto. d iretor da TFP: ao lado, o Dep. ú ltimo de Carvalho. A terceira, foto é de Salvador.
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Em Curitiba a Missa foi em rito ucraniano: alunos do Colégio Militar deram a guarda de honra. Em Fortaleza foi proibida a presença de insígnias da TFP.
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Em São Paulo compareceram colônias de 19 povos sob jugo comunista. Em Recife fizeram-se representar os Comandantes do Distrito Naval, da Zona Aérea e da Região Militar. Olímpia, um estandarte negro mais alto Que a igreja . Em baixo, aspectos das solenidades em Juiz de Fora, Ouro Prêto e Ponta Grossa.
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2 milhões de católicos contra a infiltração esquerdista
ENTREGUES AO PAPA OS ABAIXO-ASSINADOS
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Plinio Corrêa
No dia 7 de novembro de último, acompanhado por seu ilustre amigo, o Exn10. Revmo. Mons. Marcel L-efebvre, Arcebispo titular de Synnada, o Sr. Carlos Alberto Soares Corrêa, advogado de Belo Horizonte, ora em viagem de estudos na Europa, e ntregou na Secretaria de Estado da Santa Sé a carta com a qual o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, em nome da TFP ,brasileira e <!e suas congêneres argentina, chilena e uruguaia, apresentava a Sua Santidade 89 rolos de microíilmes contendo 1.600.368 assinaturas de brasileiros, 280 mil de argentinos, 120 mil de chilenos e 40 mil de uruguaios, apostas na Reverente e filial me11sage111 que rogava ao Sumo Pontífice medidas enérgicas contra a infiltração comunista em meios católicos. E m artigo publicado num importante matutino paulista, o Presidente do Conselho Nacional da TFP historiou todos os trâmites e contratempos havidos até que êsse precioso material chegasse às augustas mãos de seu Destinatário a fim de que o Vigário de Cristo pudesse inteirar-se pessoalmente dos anseios e apreensões de dois ·milhões de seus filhos. Pelo interêsse dos dados nêle contidos, transcrevemos ao lado o referido artigo.
ENHO A ALEGRIA de informar aos leitores haverem sido entregues no Vaticano, em caixa medindo 80xSOx20 centímetros, os microfilmes dos abai.xo• assinados cm que cêrca de dois milhões de católicos brasileiros. argentinos, chilenos e uruguaios pedem ao Papa Paulo VI medidas para .obstar a infiltração comunista nos meios ca .. tólicos de seus países. A entrega, feiia pessoalmente por um amigo da TFP, realizou-se no. dia 7 do corrente [mês de novembro). A importante documentação foi confiada a um minutante_. na Secretaria de Estado da Santa Sé.
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*** Desejo que o público conheça o trabalho lento e insano que precedeu a essa entrega. O primeiro pr-0blema que se nos aprescnt.iou. encerrada a. campanha, foi o de como fazer chegar ao Vaticano as incontáveis fôlhas do abaixo• assinado. Formam elas - colocadas u1nas sôbre as outras - uma pilha de cêrca de 10 metros de altura. Não convinha confiá-las aos meios comuns de 1ranspor1e postal. Restava pedir que a remessa se efetuasse· em mala diplomálica do Va1icano.
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, ' . ·• l 1sempre com prazer que; ao se iniciá, um n<Í\ro ano de "Catolicismo", fegistramos •o empe-· nho e o ixii'o,,apost61iéos, «!e ·Nossos be,_,emé,iros colaboràilores; q~e pssumeÍ!'"'o p·esado encorgo de 111anter o !'º"° me~sário, material e: cultúralment,e, Diretor, ·tedatores,.alJef!tes e, propagandistas. · . · · · · E, como nos anter;o;es, .tombem neste ano temos a álegria de dar. graiàs a De·us pelo exce/~nt~ tra6alho realizado.' Em melo de uma crise dà Religião Ciat61ica, sem iguãl n~ Hli16rio --- o ·, Papo ~~eg,ju· CI ·falar em_autof!estrulsão. da lgre.ia - "Carolicls,no", nas· várias manllesfaf6es de 'Íemé)~ante crise., te;ve Hmpre o d/sc•rnimento preci~ ppro '.bem orientar nosso pavo: A/er.Jou-o ~pilfra a, here•{as que o ma(ladado Catecismo holand&s, en,, má liora traduzido e espolhac!o p é/o Bra'sll, Y.al difii'!iin~a entre nosso poJili/f/~O cat~/lca. Mais ainda, denu!'ciou a exlstl11cio,ná:' seio da lg fe[/;! do verdadeiro comp(at que sào o IDO-C e os grupos " proféticos", e es• ti'ir.e s,e ri;pre atento ~ diversas ~portunidades de cifer.var'ar. os.flils no fé e no amor, à Sahta•lg,e/a. Sindf-êvlde te de que •1ea,o/lclfma" vem e~mprind~ de módo e'xfmlo wa· mlsslio, está ' na aceitaféfo qpe seus é_studóS>enc~ntra',;; 11a ~aU:: db P9Pulddío. ti.aia vlsfo o número ,dédfcado ~~ J!?,0-C,e "sru):)9s p r'ofétJcof' qlie, p_reclsou de vma segunda ed/(61> ma!• popú)ar. a·fln, de aten0 der. .1!, c_omci~as modestas ~ no"° ,p ovo. •, , ' Conv.oilcl"él~ de' qÚ.ersem•a gra~á de' Deus, tra~lham e,m vão os !J!le militam pela' Santà • • • Igreja! os responsã_velr pelo nosso jornal nf!õ perdem oportuitl~e pàra exclfar 11'?• /e/tores ma/Ór det os~ e mol,,co~fiàíit,!' nA,;ue/o gue,é p ~6e d,.a éaniel\o 1 a ·v.~nceiloro-de,t6ila~ l,ã. ' ta/lia,-d• D.•w. , , . i':d~ justlsa_ ~i:ta~to que_àÔIJ!lit:gios, ~-,nfg· ocasil!o, o leneroso e · eficiente ª~'! ,Mo ~ue ' ~' ♦fetuam No~ .êófalxii ittlores 1"-lgos ~ "~}lclsmo". São &les mft/e:iedo,rer d• Nossas êifetuosos li.ris~•, q}'• lhes e!:ivilim01, mu),o cônl/a/~~.t e, e:xte,11sl,v as, ài>.. leltol'♦'s de n ~ men•êí~io, ·!JlcC?'m v.o.tor êle,~u~ Maria Sántfn/ma:'//ies'rciserv'e 11ra~ e'speclo/s,d - •pe·rsev.eroít\a em ffío,,iítillc,,_> .t,....~.. i ' -, ,; fi ... ~. ' ~ > :/.!J.N • )
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de Oliveira
A entrega no Vaticano
"Cumpro o alto encargo de co11111nicar-lhe que o Santo Padre recebeu a carta e os microfilmes que Vossa Sen/;orit, Lhe enviou, e,n 11ome da "Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade", por i11tern1édio do Senhor Carlos Alberto Soares Corrêa. Aproveito o e11sêjo para a1,re-
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A MALA PEQUENA. ''TUDO NORMAL':
sentar-lhe os sentimentos de mi11ha consideração".
ENCONTRAlvl-SE já em poder do Papa Paulo VI os microfilmes dos abaixo-assinados em que mais de dois milhões de católicos brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios pedem ao Vigário de Cristo medidas para obstar a infiltração comunista em n\cios católicos de seus países. Como foi amplamente noticiado na ocasião, êsscs dois milhões de assinaturas foram coletados cm ,nemorável campanha levada a efeito no segundo semestre de 1968 pelas TFPs do Brasil, da Argentina e do Chile, bem como pelo Núcleo Uruguaio de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (ver "Catolicismo", n." 212/214, 215 e 2 16, de agôsto/ outubro, novembro e dezembro de 1968). Confirmando a entrega da importanússima docume ntação que foi acompanhada por uma mensagem do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, em nome das referidas e ntidades o Exmo. Revmo. Sr. Núncio Apostólico, D. Umberto Mozzoni, enviou ao Presidente do Conselho Nacional da SBDTFP, a seguinte carta, datada de 27 de novembro p.p.:
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SOS DE MILHÕES.
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Parecia-me, esta, a parte mais fácil e mais· rápida do serviço. Imaginava cu que abaixo-assinados importantíssimos pelo número de signatários. pela alta qualidade de muit-, s dêles (Arcebispos, Bispos, Ministros de Estado, Governadores e Secrelários de Estado, altas patentes das Fôrças Armadas, parlamentares, professores universitários, etc.), pelo tema que versavam - houVessen, de encontrar a maior facilidade em ser *** transportados na mala diplomálica, Impunha-se entretanto uma per- na qual ocupariam o volume de 80 gunta. Não seriam as listas por de- decímetros cúbicos. Minha impressão era explicável. mais volumosas para transporte na O Molu Proprio "Sollicitudo Omnium mala diplomática da Nunciatura? Ecclesiarum", de 24 de junho de Pareceu, assim, necessário microfilmar tôdas as listas. Poderíamos então 1969, a respeito do munus dos Núnoferecer à Nunciatura uma alternali- cios, recomenda-lhes que comuni· va: enviar os originais ou -0s micro- quem "à Sé Apostólica as opiniões e aspirações dos Bispos, Clero, Religiofilmes. Mas, antes da microfilmagem, de- sos e fiéis leigos de seu território". Como cu me enganava! O ilustre parávamo•nos com a mais laboriosa Represen1an1e da San1a Sé respondas tarefas: a rccontagem. Cumpria que a soma das assina- deu-me, em cart,1 de 2 de julho, que turas colhidas fôsse cuida·dosamente upor disposição dos Superiores, o revista. A recontagem, por sua vez, correio diplomático da Nunciatura importava em delicada tarefa de se- está C..'itritamente reservado às CO· leção. Com efeito, não quisemos municações ofici2.ís. Porto_n to, esta computar as assinaturas ilcgiveis. as Nunciatura não pode encarngar-se de. que vinham seguidas de endereços va- encaminhar material alheio". Pelo gos ou indecifráveis, etc. Para tôda visto, é pequena a mala diplomática essa faina, constiluímos algumas da represen1ação que a Sanla Sé equipes de probidade e dedicação a mantém junto ao País de maior potôda. prQva. Entre elas, uma equipe pulação católica da Terra. Não sei de feminina, à qual me alegra prestar · quem depende a oblenção de uma aqui especial homenagem. ''valise" diplomática maior, se da Durou o serviço de seleção e re- Nunciatura, se do ltamaraty. Seja contagem um mês e meio, rendo .si• como fôr, aqui fica meu apêlo àquedo apurados como resultado os to- la e a êste, para se remediar a tão lais logo cm seguida anunciados ofi• danosa exiguidade da "valise" atual. cialmente pela TFP à imprensa: 1~600.368 assinaturas no Brasil, 280 *** mil na Argentina, 120 mil no Chile Os subseqüentes mêses se passae 40 mil no Uruguai. Total : 2.040.368 ram na espera de um portador de assinaturas. confiança. Ob1ivcmo-lo em outubro . C hegou en1ão a vez da mícrofil• • Foi o advogado mineiro, Sr. Carlos magern, () processo mais rápido con- A lberlo Soares Corrêa, que efe1uou sistia em entregar a tarefa a alguma a entrega dos microfilmes no Vaticaemprêsa especializada. Mas o prêço no, em 7 dês1e mês. Quis acompaglobal do serviço se averiguou eleva- nhá-lo, no alo, seu iluslre amigo, díssimo. Dirigimo-nos, então, a mais Mons. Marcel Lefebvre, Arcebispo de um estabelecimento possuidor de titular de Synnada. aparelhagem para seu próprio uso, a fim de vermos se nos executaria, a *** prêço de custo, o árduo serviço. DeDura foi a tarefa, e penosa a es• pois de lcvtas marchas e contra-mar- pera. Porém mais duro ainda foi prechas. chegam'>s afinal a um serviço senciar que, nesse meio tempo, o Pe-. com desconteComblin - depois de um período de Começou en1ão a microfilmagem. "moira 1• - voltou, por conícrências Esta rcsuhou na elaboração de 89 e artigos, a intoxicar os meios reli• rôlos, com os seguintes comprimen• giosos. Enquanto o Emmo. Cardeal tos: 80 rolos com 30,48 metros cada, Rossí, Presidente da CNBB, informa4 rolos com 20 meiros, 2 rolos com ya aos jornais, pouco antes de ir a 1O melros, 2 rolos com 24 metros, e Roma, que não tinha conhecimento 1 rolo com 26 melros, tendo cada de infillração comunista no Clero. E microfotografia 16 milímetros de lar- o Emmo. Cardeal Cariara, mal aporgura por 25 de altura. 1ou no Brasil, declarava à imprensa ler asseverado a Paulo VI que a si· *** tuaçâo do Clero no Brasil é "lolalEntrementes, vagara a Nunciatu- menlc uon.r.al, nilo havendo qualquer ra Apostólica. Cumpria esperar que motivo. para maiores preocupações''· o nçvo Núncio 1omassê posse e se aclimatasse um pouco no Pais. As*** sim, foi só a 20 de junho p.p. que E nfim, Paulo VI tem, agora, a escrevi uma carta a Oom Umbcrto monumental mensagem, o "SOS" de Mozzoni, rogando a S. Excia. a gen- milhões de filhos espirituais seus da tileza de incluir na mala diplomática América Latina. o envio de histórica importância. Ao O que fará êle? t o que aguardamesmo tempo, eu solicitava a S. Excia. mos com as mãos postas em prece . .. que fizesse a escolha entre os textos originais do abaixo-assinado ou os (Transcrito da "Fôlha de São Paulo" de 30-11-69). microfilmes. Por isto, as TFPs argentina, chilena e brasileira, e o Núcleo Uruguaio de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, deliberaram, como medida prévia, centralizar todos os abaixo•a.ssinados no Brasil. Seria as• sim uma s6, a Nunciatura a encami• nhá-los à Santa Sé. O 1ranspor1e das lislas para o nosso País fêz-se . pelos préstimos de sócios das TFPs que ocasionalmente vieram ao Brasil.
Diretor: Mons. Antonio Ribcirl> Jo H.o,:ido
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Buenos Aires: no meio de andaimes, operário lê interessado o jornal da SADTFP, q u e acaba de compra r
Perrt)ancce viva na memf,ria de todos a 1Jloriosa camp_anha levada a efeito pel!' SBDTFP, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, para divulgar o número especial desta fôlha, consagrado à análise de documentos i,npressionantes estampados c,n revistas d e L ondres e Madrid, através dos quais a opinião mundial to,nou conhecimento da existência de organismos espúrios infiltrados na Igreja para em seu seio implantar_o ateísmo. De ,nos já e,n edição anterior (n .• 227, de novembro de 1969) breve notícia do impacto prov<>cado pela pu blicação dêsses te,tos na Argentina, Chile e Colômbia, onde êles foram dados a lume por "Tradición, Fan:tilia, Propiedad", "Fiducia" e "Credo", órgãos das TFPs argentina e chilena e do Grupo Tradicionalista de Jovens Cristãos Colombianos. A êsses brados de alerta veio juntar-se depois o da novel revista "Lepanto", cm boa hora lançada pelo Núcleo Uruguaio de Defesa da T radição, Família e Propriedade. Como a TFP brasileira, tarnbém suas congêneres hispano-americanas percorreram o território de seus respectivos países, levando até re,notas paragens a denúncia contra os profetas do ateísmo e sua superpotência publicitária. Nossos leitores certamente gostarão de conhecer os pormenores de tão bene,nérita iniciativa, de grande repercussão na vida religiosa do continente ibero-americano (págs. 2, 3, 4 e 6). Santiago, com capas rubras, megaf ones, slogans e muito entusiasmo. a venda de "Fiducia" na Av. Costanera
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Santiago, deputado socia lista obser va a campanha; em cima: baderneiro comunista ronda a sede da SCDTFP após a brutal agressão de 200 con • tra 35. Na foto do meio, o operário dos andaimes. em Buenos Aires.
N.º
230
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FE V EREIRO
DE
1970
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ANO Ex•: MP1,AK AVVI so:
X X NC"St$ 1.00
As TFPs da
Chile e U•·nguai e os
Jovens C•·istãos T•·adicionalistas Colombianos
CONTRA os PROFETAS DO ATEÍSMO DEMOS JÁ en, nossa edição de julho uma breve notícia sôbre a campanha de difusão do número 4-5 da revista ·'TRA01c1ÓN. FAMÜ.rA, PROPIEDAO..~
que denuncia -
com base nos
documentos de ··Ecclesiaº e de ''Approachcs'' - a 1rama do IDO·C e dos "grupos proféti• cosº par-a implantar o ateísmo na Igreja. Apre• sentamos hoje omras informações a respeito do transcorrer da campanha.
Como salientamos naquela ocasião, a ini. cia1iva da SOCIEDADE ARGENTINA DE DEFESA :>A T RADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE, alcançou desde o início um êxito incomum. E isso ap-esar do clima de inquietação em que es1ava mergulhada a nação vizinha, pois, como se recorda, o lançamento da campanha deu•se cm d ias de séria crise política, relacionada com o assassínio do líder sindicalista Vandor. Não seria de estranhar que o público por• tenho, cujo pendor para as q uestões polí1icas é bem conhecido, não se interessasse por uma temática de caráter ideológico e doutrinário, bem diferente da que no momento apaixonava a todos. Os fatos. contudo, demonstraram o contrário. Lançado nas ruas centrais de Buenos Aires. foi o número extraordinário de
•·Tradición, Familia. P ropiedad" acolhido com profundo interêsse, e até mesmo com entusias-
mo em cerras áreas. Inúmeras foram as manifestações de apoio recebidas pelos jovens da TFP argentina, e em apenas vinte dias de campanha foram vendidos 11 mil exemplares do jornal.
Consignamos já, em número anterior, o silêncio da grande imprensa platina. Até ó fim da campanha os grandes diários se obstinaram em ignorar um acontecimento que vinha
despertando a curiosidade e interêsse de milha• res de pessoas. Apenas alguns jornais do interior trouxeram notícias da atuação da da SAD · TFP nas ruas da Capital Federal.
Um questionário e umo legendo Juncamenle com os exemplares de "Tradi· ción, Familia, Propiedad't os propagandistas da TFP distribuíam ao público dois volan1es. Um dêles apresentava em fac símile a carta em que o Exmo. Revmo. Arcebispo de Mcn
doza, Mons. Alfonso Buteler, como noticiamos em nossa edição de julho, aplaude e abençoa a entidade pela publicação dêsse número de seu jornal. O outro volante con1inha um q ucs1io nário com es1as perguntas: "I -
Sôl>re " ação tio I DO-C e dos "gru-
pos proféticos''. tem o Sr. alguma experiência peS.l'0<1l a r elawr?
2 -
Sôbre a ideologia do.,· aludidos gru1><>s
"progres,sista.t·, que busc,m1 a "desalienllçiio" do homem e a /wulação de um,, "l greja-NovaJ•. rem o Sr. algum comentárlo a /t11.er ou alguma observaçiio pessoal ,, relmnr?" Essas eram perguntas que muitos se faziam a si mesmos ao tomar conhecimen10 dos documentos de " Approaches" e de "Eeclcsia". Assim. foram numerosas as respostas ide111 ificando êste ou aquêle movimento, tal ou qual fato, etc., com as manifestações "proféticas". Entre as ilustrações dêsse número de "Tra, dición, Familia, ProJ>iedad" há uma foto do Pe. Jacinto Luzzi, S. l., Sacerdote que "Approaches" menciona como um dos elementos
do IDO·C na Argentina. A legenda dêsse cli• ché causou especial impressão sôbre o público. Reproduz ela palavras textuais em que o conhecido Jesuíta afirma que "um crisriío" que "emptmhe a metralhadora [ . . . J u,/vez deva atirar para nwwr, mas não odiará [ . .. ]1 como se di.rse.-,·se: c,mo-te. a;nda que te tire a vida''! Comenta o jornal da TFP platina: "Assim pensam, em relação a quantos discordam dêles, os tlialogautes e ecumênicos membros do IDO-C . . . "
Em Rosário No dia 2 de agôsto, quarenta sócios e CO· laboradores da Sociedade Argentina de Defesa 2
da Tradi'ç.ão, Família e Propriedade dirigiram• se a Rosário. segunda cidade do país e palco então de uina candente ques1ão eclesiástica. Pouco tempo ;mies, 33 Sacerdotes daquela Arquidiocese ti-nham renunciado a seus cargos. ein sinal de prote.stÓ contra uma determina.• ção do Exmo. Arcebispo, .Mons. Guillermo Bolulli, com a f.lUal não se quiseram conformar. A população se dividiu, ficando a grande maioria ao lado do Arcebispo, enquanto que os progressistas apoiavam aberramente os Pa• dres rebeldes. A campanha de difusão de "Tradición, .f'a. mili a, Propiedad" se iniciou normalmente no cent ro da cidade, com grande aceitação por pane do público rosarino. A certa altura. por volta das 13 horas. q uando o movimento nas ruas era dimin uto, um magote de desordeiros, mais tarde idenliíicados como estudantes de notória filiação c.s querdisui. avançou sôbrc os propagandistas da TFP. arremc."ando•lhes pc. dras, laranjas e o utros projéteis. :1os gritos muito .significativos de "Vivt, la lglesiu N ueva.1•• - "Viva el Che!" - ''Vamos acle/c,11te. nos guía td Comtmdcmte!" - ·· Lt., vidt1 vor el Che!" .. Ustedes :;ou lo~· que vtm ui pared611!'', etc. Os integrantes da caravana da TFP reagiram na medida do necessário para conter a agressão. e depois se retiraram o rdenadamente do local, para preservar contra as provocações baderneiras o caráter pacífico de sua aluação. A campanha. bem como a agressão sofrida pelos propagandistas, repercutiram largamente na cidade, sendo noticiadas pelas cmissôras de rádio e pelos jornais. No dia seguin1e, domingo. a venda teve lugar nas proximidade.s das principais igrejas de Rosário, e os fiéis mos. c1avam-se simpáticos, de modo geral, manifcs1ando o seu repúdio ao ato de vio lência dos esquerdistas na véspera. E curioso como certos jornais de Buenos Aires, como "La Nación't e outros. que haviam até en1ão ignorado ostensivamente a campanha que se desenvolvia sob seus olhos. se mostrar:am solertes cm noticiar o incidente ocorrido a 200 km de distância ... Serão seus correspondentes da província mais eficientes que os repórteres da Capirnl? Ou terá sido esta a maneira encontrada pela reda. çâo para mencionar uma campanha que, por csws ou aquelas r3zões. não lhe agradava no , ticiar. mas sôbrc a qual não mais podia silenciar sob pena de passar por facciosa ante seus próprios lei1ores? Nas páginas de "Asi", que se diz. "tt revista tle maior circulaç,io na Argentina''. o incidente de Rosário cresceu enormemente de propor. çõcs, transformando-se cm uma "batalha campal" que teria envolvido "úma centena" de jovens da TFP e um número muito maior de elementos contrários. Segu ndo a revisla. os esquerdistas teriam ateado fogo ao carro de um dos dirigentes da campanha, destruindo o veículo e com êle milhares de exemplares de "Tradición, Familia, Pi"opicdad". Na rea1ida• de, o carro teve apenas um vidro q uebrado1 através do qual os desordeiros retiraram alguns exemplares do jornal. que queimaram na cal çada . . . Tampouco houve intervenção policial para restabelecer a ordem, como fantasia "Asi", pois quando a autoridade chegou ao local os agres:sores jú se haviam retirado. A reportagem de "Asi" se esquece, por outro lado, de dizer que a TFP voltou às ruas de Rosário no dia seguinte, sem qualquer contratempo e com grande êxi10, sendo vendidos nesses dias um total de pouco mais de cinco horas de trabalho - 1.200 exemplares do jornal. Essa ver• :;.ão deturpada dos fatos c.o rrcu mundo1 por obra de certos c,o rrespondentes das -agê11cias internacionais.
Em Mendoza A cidade de Mendoza, importante cenrro agrícola, recebeu nos dias 9 e I O de agôsto a visita de urna caravana de sócios e mi litante:s da Sociedade Argentina de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, que para lá se di• rigiram a fim de d ivulgar o ntímero de seu jornal que denuncia os profetas do ateísmo e sua gigantesca máquina publicitária. Como já di$se•
mos, o Exmo. Arcebispo Merropolirnno de Mendoza. Mons. Alfonso Buteler. havia envia. do uma carta ao Sr. Cosme Beccar Varela Hijo, prc.,identc da TFP platina, cumprimenrando e abençoando a entidade pela publicação daquele número de "Tradición, Familia, Propiedad '', A acolhida dispensada na importante cidade do Norte aos propagandistas foi das mais calorosas, e as vencias atingiram a casa dos mil e se1ecen1os exemplarc.~. A imprensa local dedicou largo espaço 1, campanha, e en• !revistou os. dirigentes da SADTFP.
20 mil e,xemplares num mês Três tiragens sucessivas do jornal, num to• tal de 20 mil exemplares. esgotaram-se em pouco menos de um mês de campanha em Buenos Aires e nas grandes cidades de Rosário e Mendoz.a. Houve assim necessidade de se providenciar uma tiragem popular de "Tradición. Familia. Propicdad". para as vendas no interior do país, a exemplo do que fize ram "Catolicismo" e "Fiducia",
Campanha no interior Com uma peregrinação de 1odos os sócios e colaboradores da TFP argentina ao Santuá• rio Nacional de Nossa Senhora de Luján, inaugur<>u•se simbolicamente no dia 27 de se1em• bro a campanha de vendas no inrerior. Foram todos consagrar à Padrocirn. do país os trabalhos de d ivulgação cio número especial de
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"Traclición. Familia. Propiedad" q ue 1.le11uncia os profetas do ateísmo. O início efetivo dessa scgund~, fase d~·, campanha ocorreu em 12 de ou1ubro~ p;.1.r:1 tcrmin:.ir no dia 2 de novembro. Uma perua, levando a reboque um .. trnillcr". deixou a Ca .. pital conduz.indo nove propagandistas. Aos si\bados t: domingos, os sócios e militantes que por motivo de compromissos profisssionais o u escolares não puderam se afastar de Bueno, Aires, o rganizaram. como no Br,asil. "caravanas de fim de semana", demandando os een• iros mais prôximos à Capi1al. Foram visitadas. assim. cêrca de trint}l cidade.~. nas d iversas províncias da nação irmã. encontrando-se por tôda parte um::, rcccptivi• dade popular tão caloros:J como nos gramh:.s centros. Despertou especial in1erêssc o folhe• to que acompanhava a ..edição populr:r" do jornal - adernais do já mencionado qucs1iomírio e do fac simile da cana do Arcebis1>0 de Mencloza - o qual traz.ia uma breve explica• ção sôbre o que é a SADTFP e um rápido apanhado sôbrc suas a1ividades e campanha~ an1eriores. No dia de fi nados. a caravana que pi!rcor• ria o interior dirigiu-se para Rosário, onde encontrou•se com uma "caravana de fim de se• mana". procedente de Buenos Aires. Naquch, importante metrópole do interior a campanhi, de d iíusão do n(imero especial de "Tradición. Familia, Propiedad" foi simbolicamen1e encerrada com uma grande venda ia saídrt da~ igrejas e nos bairros populares.
C 'H ILE
TAL COMO seus congêoeres "Ca1olicis• mo'', "Tradición. Familia, Propiedad". ··Credo" e "Lepanto", 1ambém "Fiouc1A", órgão da TFP chilena, dedicou um número especial à denúncia dos organismos semiclandcstinos in• mirados na Igreja para transformá-La cm uma J.grcja.Nova, atéia, materialista. revolucionária. Essa denúncia se consubstanciou na repro• duçâo integral dos estudos de "Ecclesia" e de "Approaches" sôbre os "grupos proféticos" e o 1D0-C, e na transcrição dos "Resumos analíticos" que "Catolicismo'' fêz ele ambos êsses artigos. Como cm ocasiões anteriores, a agressão brutal, covarde e traiçoeira foi, mais uma vez. a resposta das -esquerdas à iniciativa pacífica da SCDTFP e à acolhida simpática e cordial que o povo andino lhe d ispcnso11.
O lançamento da campanha: ê xito e agressão Envergando pela primeira vez. c:,pclos encarnados iguais aos adotados pela TFP do Bra• sil, e erguendo os já conhecidos estandarles ru• bros com o leão dourado, os sócios e militan• tes da Sociedade Chilena de Defesa da Tradi• ção, Família e Propriedade saíram às ruas de Santiago no dia 1~ de agôs10. O pon10 esco• lhido para o lançamento da campanha do nú• mero especial d e "Fiducia" foi o Parque Gran Brctafü1. na intersecção da Avenida Costanera çom a Puente dei Arzobispo. O público acolheu com naturalidade e. de modo geral. com simpatia a inovação da capa. O inlerêsse pelo ,ema do jornal - sonoramen• le apregoado pelos propagandis1as - foi enorme; basta dizer que cm apenas noventa minu• 10s de campanha foram vendidos 320 exem• piares de. "Fiducia". Os comunistas vinham há meses mantendo cm Santiago um clirna de inquietação e terror, através de assaltos a bancos e outros atentados. Nessas condições não podiam êlcs e seus <.:om• parsas suportar o desassombro da TFP, que de estandarte desfraldado saía às ruas denun• ciando a atividade de o rganismos comunis.ti• z..;ntcs infiltrados na Igreja. A reação não se
fêz esperar e tcvcstiu-sc de uma brutalid.tde e selvageria inauditas, Corria nor,nalmente a venda do jornal quando~ os propagandistas fora m atacados de surprêsa por cêrca de duzentos indivíduos identificados logo como comunistas. dcmocra• tas,cristãos e esquerdistas cm geral. vindos, ao que parece. da Universidade do Chile. Ficou patente que o assalto fôra premeditado e bem planejado, bastando considerar que os badcr• neiros aproximaram-se furtivamente. csguci• rando•se por entre as árvores do Parque. até que, a uma ordem, quando já se achavam perto, lançaram-se ao ataque sem dar um grito, nem fazer ruído que pudesse adveriir de sua presença. Avançavam correndo sempre, e ao passar arremessavam pedras e dcsfcriàm gol • pes; alguns dêles empunhavam ;1rmas brancas e objetos contundentes. Como rcsuhado da agressão, um sócio da TFP saíu ferido na ca• beça e foram ro ubados um estandarte e 1rê s capas. Os propagandistas de " Fiducia" ~,liás cm enorme inferioridade numérica, pois não passavam de 35 - d ispersaram.se sem opor violência à violência. no uso da legítima deíe• sa, porque sabiam que o objetivo dos csqucrôistas era envolver a TFP em incidentes repetidos para depois apresentá-la à opinião póbli• ca como violenta e desordeira, dando assim ao Govêrno - dcn,ocrata-cris1ão e csquerdizan1c - prc1êx10 para proibir a campanh~, rão auspiciosamente iniciada. Os militanies da Tradição, Família e Propriedade não se intimidaram, porém. e volt::i• ram ao mesmo local instantes depois de se te· rern d ispersado os agressores, vendendo n,ais 150 exemplares de ·•Fiducia" cm hora e meia de atividade. A propósito dessa primeira agressão a So• ciedade Chilena de Defesa d'a Tradição. F,,mília e Propriedade emitiu um comunicado no qual observa. que "uio /uril,wula n:llç<io Jaz 1n•nsttr qm· o r1>1n1111ü·,nu <' sc,us t·on14ém•re."( l4'•
Texto de Gustovo J&.ntonio Solimeo
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Em Rosário, estudantes esquerdistas procura m perturbar a campa nh a d a S AOTFP, fotos l e 2 os baderneiros inic iam a provocação. com risadas insorente!e brandindo um exemplar do jornal• os da TFP enfrentam-nos com a ltivez, 3 os da TFP avançam bradando seus slogans, e fazendo o adversário recuar 30 metros; 4 retirando-se a fim de' preservar o c a ráter pacífic o da campanha, o s propagandistas recolhem-se a um prédio próximo. e repelem os agitadores q ue tentam invadir o local . Vendo que nada c onse g u,am . êstes s e a fastara m.
Argentina : Na campanha em Mendoza, uma Religiosa vestida à antiga o tha com simpatia para o estandarte da TFP. Nas zonas rurais do Uruguai a c ampanha con • tra os profetas do ateísmo teve uma nota d iferente, um militante a cavalo abria o desfile dos propagandistas de "Lepanto". povo saía às ruas para ver.
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11 • • Santiago: Quando o grande estandarte da TFP chilena passava diante da casa de certo deputado socialista, êste não se conteve e içou como réplica a minúscula bandeira de Cuba que se v ê à esquerda da por ta. A inda em Santiago, c rianças param na rua, enlevadas com a campanha de difusão de "Fiducia•·. 3
( ' ~!!' rtNUAÇXO
º" I". 1
DENUNCIAltl O·S PROFETAS DO ATEÍSltlO mt•m que o povo <·onheça esso demíncia [da
awação do IOO·C e dos "grupo~ profé1icos"I t' qu<• u n:velaf<iO 1>0rme11oriuui<t da tramfl si11i.J'tl'a 1/u•.\' é t•xtremamente desagradável". Isto r<:present(1, continua o documento, ''um <ltulo a uwis quanto li ,mida<le de princípios t' propósitos ,:xiswnte entre ,, revolta que o clwma<lo pro;:res:,'i.wno cmólicc> está 1>ropicimulo na /J:reia <' ,1 ((UI:' o c:onwnisnro deseja p<,r(1 a SO· c-iedm/e temporul". Ao mesmo tempo. a TFP cx1crna a sua í irmc resolução de continuar combatendo : ..A opinfrio 1níhlia, pode ter. en• /fl!lfllllô. ,, cerN!t,« dr c/ue os ,lesespermlos fu• rores ,ia e:ar<•ma e.rquer,la. t<io curiosame11te i111ere.f:>'a<l<1 em 1le/e11der lllé com o emprêgo dtl violê11ci<1 os orxonismos semiclmulestin<>s do pro,:ressi.\·m,, reli}:iO:W. 11(io farciô vcu·ilar um inJ'tunte a r 1:p em .ma açâo ae ,u•sow$Curu• m,:1110 cle.wm110/vida em prol dos ,\ a,:rculos priu• cípios da dvilii,t,ç<io cristci".
Volta m à carga as baderneiros Nos dob: dias subscqiicn1es a campanha prosseguiu nos bairros com o mesmo êxito ini• cial e sem qualquer incidente. No domingo, 17. a venda fo i rc:.,liz.ada nas imediações de algu· mas <las principais igrejas cie Santiago. Entre tssas igrejas esrnva a de Vitacun.1, bairro de alta bursuesia e considerado um do~ redutos da Democracia-Cristã. Instantes depois de iniciada ali a campanha, surge (em trajes
leigos) um Sacerdote da Paróquia. o Pe. Fer• nando Gre~. acompanhado d~ um grupo de progressistas. J)ôs-sc a insultar os propas:and istas de "Fiducia" e incitou os seas comparsas e o povo que saía de uma das Miss~\s a que os expulsassem dali. A ,,1itude do Padre teve efeito opôsto ao que êle visava, pois ao cabo de um primeiro momento de perplexidade os
fiéis 1omarnm o pari ido dos jovens da TFP. oritando ém côro com ê lc.s: "Liberda(le! libero • ,imltt.' A rua é ,/e rodo$!'', e comprando os Jornais qu~ lhe~ eram oíerecidos. Exasperado. o Sacerdote ia passar à agressão física quando os iniliumtcs começaram a cantar .o hino ''A Dio,\' ,,m•n:moJ" (''Queremos Deus"). sob os aplausos do público. Era tal o estado de excitt,ção do badernei-
ro eclesiás1ico, que os propag1,ndis1as da TFP preíeriram deixar o local a rim de cvi1ar um incidente maior com um Sacerdote. o que.
aliás, só favoreceria o jôgo das esquerdas. Di• rigiram-se então para outra igreja. ,nas o Pe. Grez 1eve ;-1 insolência de segui-los. tentando criar nôvo tumulto. Em di~cussão com um 1rn.ns~un1c que comprava "Fiducia". confessou-se nrnrxi:.ta e. tomando um impresso que era dis1ribuí<.Jo juntamente com o jornal. c-screveu no vcr.m: "So:; matxisw. y que /ué?" { "Sou marxlsw. tt <> que é 'flll! há?") e assinou .1 vergonhas~, declaração. O inciden1c repercu• 1i u largamcmc cm vários círculo:. de Santiago e houve íiéi:,:; que juraram não mais entrar na igrcjH do Pc. 0 1·cz, pois corriam o risco de ali se 1ransíormarcm cm ··p roféticos" sem se darem conw <lisso. Agnidcciam élcs à TFP o 1crlhcs aberro os olhos. Uma novn .-grcssão rcgis1rou-s~ no dia 19. qlntndo cêrca de oitc:ua estudantes secundários. c::1pi1anccidos por agitadores profission;,is qué jli tinham várias pa:.sagens pela Polícia. aproxim:1rnm-sc dos vendedores de "Fiducia" lançc111do pi:dras. Resolvidos â preservar a todo custo o éarálcr pacííico de sua campanh;i. os mililuntes da TFP afastaram-se do local: os es• qucrdist~1s. cn1ão. rum:-ram para n sede da Sociedade. com o in1ui to tk depredá-la. Um mi~ litantc q-.1c :.e cncon1rav" na sede. ao ver aproximar-se. aqu:la turbarnulw hos1il fêz três disparos de revólver para o ar. o que bastou para pôr cm ruga os c.Jc~ordeiros. En1rcmen1es, a cam17-1nha ia ganhando notoriedade. 1ornando-sc as:.unto obrigatório de tôdas as conversas. e a imprensa começou a ocupar--s~ dela. Êntrc o utros. o diário-magazine de larg,~, circulação. "L.ai. últimas No1 ich,s" (edi<;ão de 20 de agósto), 1rouxc urna extensa reportagem. IOl'l'Htn<lo parte da segunda e 1ôd.1 a 1crc-c ira págin.1. além de uma cham~\da na primeira. Esiampava boas fotografias da campanha e dcch-1raçõzs dos Srs. Patricio Larrain Bust::imantc e P;.iricio Arnunátcgui MOncke.-
berg, dirc1ores da SCOTFP, Chamando os militan1es dll cnlidadc de "fiducios", como é comum no Chile (do nome do jornal. "Fiducia"), diz na iniroduçiio o rcpór1er: "o., "fic/11âos" sw.m1- às ruas cnvohvs em sum,· seculares t a11,M ve, ,1idims e v:.-tenumdo (l/tos e~·wnda."• tes da Idade A,fédi<,. Que são? Que /ai.em? Aí t!.\·tcin ,-:/(,,,, uas ,•squi,ws com .w ws atituth•s c,u,\·a4
dt1s. Vozes, ,·evisws. /tmá1lco entusiasmo. Valia pois a pena entrevistá•los. O que foi no início um grupo de malucos é hoje um movimento vivo".
A agressão mais brutal de tôda o campanha
da TFP, delibcradamcn1e, jamais reagiram às
cm rclêvo a denúncia que o jornal faz ini ..
~\grcssõcs. l i mitando-se a se dispersar - para logo depois recomeçarem corajosamente seu 1rabalho - lançou..se mão da segunda manobra: a calúnia pura e simples, fcirn por meio de uma violenta campanha de imprensa em que se asseverava, gratuitamente, estar a TFP envolvida em quanto ato de violêncin ocorreu
migos da Igreja que cm vão querem des1r11í-
A mais brutal agrenão de tôda a campanha
no Chile nos úhimos 1cmpos, Além de procla-
verificou-se cm 21 de agôslo, Escolhera-se para
mar a perfeila legalidade de tôda a atuação
a venda dêssc. dia o cruzamento da Avenida
da SCOTFP, observa o comunicado que a<
Bilbao com :i R11a José Miguel lnfan1c, onde há uma -espécie de praça, com quatro vias de acesso. Os agressores agiram com rapidez e efi-
agressões mos1ram o quanto a denúncia con Ira a infiltração do ateísmo na Igreja contra4
ciência, obedecendo a uma estratégia verdndciramente militar. Grupos de cinqüenta a se• tenta indivíduos, num total de mais de duzen-
ria os obje1ivos de grupos polí1icos chilenos. O que. por sua vez. deixa ver claramente até que ponlo a s11bversão religiosa promovida pelo IDO-e e os "gntpOS profélicos' favorece ;,
tos. par1iram de pon1os diferen1es, irrompen·
subversão da sociedade temporal. promovidu
do em desabalada carreira pelas quatro artérias. tão silenciosamente como da primeira vez.
pelas esquerdas, O pronunciamen10 da Sociedade Chilena de Defesa da Tradição, Famílià e Propriedade repercu1iu amplamen1e cm iodo o pafs, Vendo sua tática descoberta aos olhos da opin ião pú•
Seu objelivo era bloquear a praça, impossibili1ando assim a retirada dos 25 jovens da TFP que ali se achavam; ,nanifestamcnte haviam cronometrado a ação. para que os quatro gru• pos chegassem simultâneamente ao local onde estavam os militantes, envolvendo-os. Providencialmente. porém. um dos grupos se atrasou alguns instantes, o que permitiu que alguns dos "fiducianos" buscasse,n num hospital das proximidades refúgio contra agressores cuja
blica, os p romotores das agressões conira os
propagandis1as da TFP se encolheram, E as•
La, e cujos "funestos planos'' são os mesmos que "o demônio usou ,le.wltt o princípio do
mumto··. Chamando o venerando Prelado de ·•perso• nage1n inquisitorlal". diz "EI Siglo'' q ue sua carta é "um desafio à maioria dos crentes". os quais repudiam a existência de "Fiducia'", ór• gão -~que atua contra os i11tc."'rêsses <los cdsuios pobres e põe acima de Deus as terrt,s da famí• /it, e a fortuna c/<1 olig11fl/ttla". - Singular zêlo êsse, de um jorn~I marxis1a. cm cvirnr que se ponham os bens dês1e mundo acima de
Deus.,. E quan10 in1erêsse em defender os ponios de vista da ''mtlioriu dos çreutes·" . . . A car1n de Mons. A lfredo Cifucn1cs foi publicada em divcni;os jornais d~) Capiti.11 e dn província.
Esgota -se a edição . " d e " F'd I UCIQ Apesar de tôdas as vicissitudes que vimos
sim u campanha <le <lifosão de "Fiducia", de• pois de alguns dias de recesso. pôde voltar tranqliilamcnte às ruas de Si'ntiago.
relatando, cm 7 de selembro csgo1ou-se a edi· ção de 10 mil exemplares do número especial
dcsprop0rcionada superioridade de fôrças 1or-
O discurso da Deputado Mario Rios
nava inútil qualquer resis1ência. Armados de pedras. paus. armas <:orlantes e "laquc;,; 1' (por~ retes de ferro envoltos cm borracha. muito
Provocou grande alvorôço na Câmara chilena o discurso p ronunciado pelo Deputado
cm San1iago. Naquele dia, que era domingo, os sócios e mili1an1es da SCDTFP procederam à venda dos úllimos 250 exemplares do jornal nas pro-
usados no Chile pelos criminosos comuns}. os
Mario Rio~ Sanlander no dia 28 de agôs10,
baderneiros cercaram os militan1cs que não haviam logrado rc:tirnr-se. atirando-lhes pedras à distância e golpeando•os na corridc, com seus porretes. evitando a luta corpo-a-corpo. Até hoje ot P'ropagandish,s da TFP não sabem dizer como conseguin.m romper o cêrco e refugiar.se em algumas casas das imediações. O público assisti:1 indignado o criminoso atentado e gritava parn que a polícia - representada no local por dois "carabineros" apavorados interviesse. Diversos populares ajudaram os
"Quase o comertmt vivo", escreve a cronista polílica de "La$ Últimas Noticia:.", Patricia Guzmán: "retróg((u/o, "/iducia110''. ig11ortmte, /oi o (ftW de mais stwve lhe di.vsertun. aos gri•
agredidos a se abrigarem em suas próprias c,1sas, Um homem que passava de 1axi fêz com que o carro parasse, abriu a poria para dois militantes que corriam perseguidos por vinte etquerdistas armados de cacetes. e ainda sacou
de seu revólver para manler os bandidos à dis• 1ância, Só por verdadeiro milagre não houve mor1es. mas quairo jovens da TFP ficaram bas1an1e feridos. especialmenle na cabeça, A omissão das a111oridadcs pQliciais peranle as agressões sofridas pelos membros da SCDTFP foi absolu1amen1e incxcusávcl. f>or ocasião do a1aque que vimos de relatar. e que era perfcitamcn1e previsível da parte óêsses arruaceiros cximiamen1c adestrados e ainda en•
corajados pela impunidade do alentado do dia 13 de agôsto. des1acaram para o local da campanha apenas dois policiais, que nem chegaram a in1ervir e que. como é óbvio. p'OUCO ou naóa poderiam faze r naquelas circu nstâncias:
o rcfôrço pedido não foi enviado, A T FP havia rei1eradamen1e adverlido as au1oridadcs do risco a que esiava expos1a. Durante um comício comunista rcaÍizado dianlc da Embaixada sovié1ica no dia 22. um dos oradores congratulo-se com seus correligionários que na véspera haviam agredido os propagandistas de "Fiducia" e aíirmou que os co•
munislas jamais permiliriam que a SCDTFP vollasse às ruas para fazer suas campanhas anticomunistas. Nesse mesmo d ia foi incsperadamcnle deflagrada uma greve es1udan1il e começou uma série de manifestaçõl!S de rua, pas· ,;catas. comícios, etc .. enquanto o govêrno mo-
bilizava iodo o Corpo de Carabineiros, 1cndo à fren1e o próprio Comandanle da corporação, General Yicenle Huerta, Enquan10 perdurasse
ló.\.,.,,
Em se u discurso mostrou o jovem parla-
meniar que o Chile es1á ameaçado de imergir no caos como têrmo final de um p rocesso de desman1elamcmo das estruturas que davam ao país "fôrça. esmbili<fode e gr(lndez(i'". Êsse dcs• man1elamento vem sendo realizado. nos últimos anos. a1ravé.s de leis socialistas e da atua•
ção culposa das alias esferas governameniais•, No meio dêssc quadro já sombrio, apareceu u m fator nôvo: um processo similar de
e
subversão nas es1ru1uras da Igreja. fácil de intuir. observa o Sr. Mario Rios, como os dois proce~sos se en 1relaçam. e como a revolução na Igreja exacerba e. dinamiza a subversão no
plano 1emporal, De ludo isso quem 1ira proveito é o comun ismo internacional. Depois de cilar os documenlos cm que "Eccle.sia" e "Approaches" denunciam os · gru. pos profélicos" e o LOO-Ç, prossegue o orador: 1
"Mor não ja/,ará que,n diga que estou <Iramatizando. que estou misturando /(l{6res ,para montar um qua,Jro sombrio. Leia êsse alguém o apoio alvoroçaao que II imprensa tle es<1uer• dei 1em dado às posições da chanwda " Igreja Jovem"', leio és.se alguém os documentos irreJutâ-veis qut• citei há p0uco, os quais ,!enunciam como o:.· "grupos pro/éticos'' e sut1 má• quina publlcitárla clwmaâa I DOC, ao meJ'mo tempo que proclamam a luta de e/ases e a s uh• versão i!m lódOs os Yeto"res. icle111i/icam-se com os pos1ulados sadais do marxismo. E por fim, se alguém aluda pudesse duvülar do que venho a/irm,mdo. não lhe seria necessário senão cxa minar os tíltimos atos de violência nos quais a extrema esquerda procurou envolver oJ· mili• ta111.es da TFP. Que fatiam êsses jovens? Difundiam sua revista, na qual J'e pubh'cam cs documentOJ' " que me venho referindo. 1'rata• va•se de um problema religiOJ"O, E1t1reta1110. po,· o ·ês vêr,es consecutivas Jora,11 vítimas de ataque da parte de WlJ' du1.,e111os elementos da exfl•ema esquerda, prCvüune111e orga11i1.ados e armados de cacetes, correntes e pedras., u tili• r.,mdo ao mesmo tempo os métodos caract.ertsticos df1 guerrilha urbana" ("Oiario Ilustrado". 4
de ;,Fiducia", os quais foram lodos vendidos
Xirt!idadcs de cinco igrejas centrais de Santia• go. Terminada a venda, reun:ram-se to dos na " Plaza de Armas''. o mais tradicional logra-
douro da Capi1al, e <leram o brado de campa· nha: "P<>r Chile!" e - três vê·zes - '' Tr(ldj.. ci6n! Familia! Propieclad!" Em seguida, o Sr. Pa1ricio Larrain Bustamante, Presidente dn TFP andina, anunciou ao público, que e nchia a praça, haver.se esgotado a edição de "Fidu-
cin".
A frajetoria da TFP nas manchetes da imprensa Uma edição p0pular do jornal foi logo pre• parada e caravanas de sócios e militantes da TFP passaram a percorrer as vastidões chile nas, do Pacifico à Cordilheira, dos lagos do Sul aos rér1eis vales do Centro e aos deser10s do Norte, levando a lodos êsses rincões sua fé. seu entusiasmo e sua santa ousadia no com• 4
ba1e aos profetas do a(eísmo, sempre sob a p roteção dAqucla que é "1erl'íve/ c-omo um exército em ordem tle baralha''. A imprensa das principais cidades das pro• víncias começou então a registrar cm grandes
mancheles a passagem das caravanas da TFP: "Fiducid' demm<:ia ,, sub,,cr:rcio na Igreja", escreveu o diário --Gong ... de Tcmuco: "Defe11de11> a 1radiç,io ela Igreja Cmólica· 1• Jê..se em "La Prensa'', de Osorno: "Grupos ocultos tramam a subversão na Igreja", anunciou " La Província", de Linarcs; " Ampla acol/1itla à TFP cm sua passagem pela provÍllcia", regis•
irou o "Diário Ausiral". 1ambém de Temuco: "Denunciam a trama da subversão nos meios
cmólicos", foi o 1i1ulo de "EI Correo", de Vai• divia: "A TFP nas ruas de Puerro Mo1111", pro-
clamou "EI Lhanquihue". de Puerio Mon11. etc. Igualmente as rádios locais 1ransmitiram CONCLUSÃO NA. SEXTA. PÁGINA.
APLAUSOS AO PRESIDENTE MÉDICI
não estavam intimidados perante a vio lência das esquerdas, os propagandistas de "Fiducia" voltaram às ruas dois d ias depois, para mais
Carta de Mons. Cifuentes
uma venda pública. Ainda aqui não tiveram garan1 ias policiais.
A correlação existente entre o comunismo e a chamada Igreja-Nova teve mais uma con•
POR MOTIVO da promulgação do recente decreto-lei que determina medidas contra a propaganda da imoralidade e da pornografia, o Prof, Plínio Corrêa de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, enviou ao Chefe de Estado, General Emílio Garrastazu Médici, o seguinte telegrama:
Ao mesmo 1em1>0, a Sociedade Chilena de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade de•
firmação no agas1amcn10 de "EI Siglo", órgão do 1>ar1ido Comunisla andino, ao lomor conhecimen10 da caria que o Exmo, Mons, AI• frcdo Cifuentes Gómez, an1igo Arcebis}X) de La Serena, o figura.de pres1ígio nos meios ecle• siáslicos chilenos, escreveu a propósilo do nú• mero especial de "Fiducia" e da campanha da TFP, Depois de elogiar a edição c<lmo sendo de
"Exmo, Sr. Presidente da Ref'ública. Receba V. Excill, felicitações calorosas pe/(J ""· sinatura do decreto repressivo dlt imorllli<i<I· de e dlt pornogra/i(J, nos meios de comuniCllÇão social, Com liste ato V, Excia. presta valioso serviço para preservltção <ili familia, i11s1i111ição básica dlt civilização crütã e dll Pátria brasileira, A tencios,,s sauda:;ões",
êsse clima era impossível para a T FP prosse•. guir cm sua campanha como estava previsto.
Entre1an10, para mostrar ao público que
nunciou, cm nota divulgada pela imprensa. as
manobras in1cmadas pela esquerda (de comum acôrdo com o govêrno? - foi o que muilos chilenos se pergunlaram) para calar-lhe a voz, Começou-se pela agressão bru1al, através da q ual se pretendia ou acovardar os seus militante..;. o u. senão. no caso de reação dêstcs. acusá-los de extremistas. radicais. violentos, e1c., dando pre1ôx10 para medidas enérgicas d• :wtoridade púhlica con1 n1 êles. Como os jovens
1,o de se1cmbro).
"alto valor doutrinário, rica em escolhida documentfiçiio, /lei ao g1.muino espírito cat6lico.
apostólico e romano". pó,; S, Excia, Revma,
Análoga mensagem foi cnviad,o ao Prof. Alfredo Buzaid, Minisrro da Jus1iça.
CÃllCe(ll J)O(nJ,-lJ 13Jt3eJ~UNT.
OS ANOS MAIS PROXIMOS da 'R cvo1udo Fntnccs-a, pouco se conhcc:e sôbrc o :1po~1olado da "Amkiz.i.a" na ltálht. O Padre L:Hltcri, além do. organizar em Turim a ·'A.a'\ a "Amici:zia Saccrdotalc" e a ''Amici2ia Cristiana'', mantinha ativa a dh•ulgaç-ão de bons Hvros t a cstrururava, Ao mesmo tempo, o Pa. dre Dicssbach conquistava 21dep1os pa.ra o sod11.Hdo em Viena e em vári-.~ cidades da Suíça,
enquanto cm Paris o Pad,re Luigi Virginio csta-
~ --\~~
·R·J-
EXCELENTE AQUISIÇÃO PARA A OBRA NO PIEMONTE
belecht íntima colaboração com o Padrt: Pierre Pkot de la Clorlviêre, o que U1e ptrmiH11 não só introduzir a "Amiclzia" na França, c:omo conhecer os ambientes c-atólicos franceses, Todo ffle trabalho perseverante foi si:rhunente afetado ao se iniciar a Revolução F'nncesa:. O Padre Virg·i nio teve que abandonar a Frsnça e poucos anos dtJ>ois a invasão do Pitmonte dispersou os ami. gos•cristãos de Turim t Milão, o.~ dois núcleos mais florescentes da lt~lha, dificultando o pros• seguimento do ap~1olado in1elcctual a que st CORS'úS:nlVttlll,
Antes de estudarmos a 1..\tuotiio do Pitdre Lau• teri durante o periodo revolucionário. convém 11ssimdar a entrad.4 na •·Amicizia'' de 'l'urhn, por volta. de 1788, do Marquês Ces11re d'Azeglio, que foi um dos nudores jornalista.~ católicos italianos e um dos utcios da a.ssoda\:ão. tra êlc filho do Conde Roberto de Lagnasco t da Condessa Cristina de Cenoltt. Seu -irmão mais velho, Vifório Ftrdimmdo, Marquês de Montnnesa, morreu muito jovem, e Cesurc herdou os títulos de seus antepassados, que era,n Condes de Laguasco, de Geuola e Cost11donn, e Marqueses de Montanesa e d' A·.teglio. O nome di.t família cr:, Taparelli, mf\S, recebendo os ti. 'tolos, êle passou a usar o dc Azeglio, com o qual se tornou mais conhec.ido, tendo os StUE descendentes conservado êsse nome. Num nipido csbôço da. vidn de seu pui, Mas• s imo d'Azcglio comrnb1 em ·•1 mei ricordi" 3 nobreza do Picnao11te no século XVIII, profundamente dedicada à CMa de S:1bói.1, de índole acentut1d,a mcntc ndlitar e ulosa de suas tradi• ções. Um trecho nos pal"ccc sin(ctiznr bem o quadro: ''Sem querer discutir o fáto. diz êtc.. é
bom obserwar qut neste velho Piemonte, cbeio de ótim~ e sólidas qualidades, eram muito fre qüentes ê~es lntços de imutabilidade, de amor .l tradição, ~ desconfiunçn dHS novidades que caracteríza tôda~ as raças fortes e que sabem se nrnnter a.$Sim por mui10 tempo., (Massimo d' Azcgllo, 111 mel ricordi" - Edir. A. VHlerdi, Milão, 1940 - p. 22). Um e1>1sódio re~istrado nesse mesmo livro mostra como a tradição est.av11 arrnigàdá n11 Õobre~..a de então. A origem da família Tllparelli niio é bem conhecida. ~ certo porém que, acompanhando a expedição de Carlos de Anjou, irmão de São L.uís IX. Rei da França, passou pars u Itália um cavaleiro que se cha,mova Brénier Clrn.. pel. Tendo-se radicado no norte da Península: pos~·ivehnentc e:m Savigliano, seu nome de Ch~l111,~I foi-se tnmsformundo com o tempo a1é chegar a Tupnrelli. AIJ!U11.S séculos depois. um Brénicr da Breranha, vindo íl Sa,•igliano. viu num palácio o seu próprio c.~cudo. Curioso, proc:urou o pro. prie1ário, que em um Tap:arclli, pura averigu;n se entre êles havia algum pàrentesco. Depois de couverS»rern longamente sem c:heiarem a uma cone:Jusio sôbre o entrosamento de suas Jtcnc:t• logias. o cavaleiro frMncês lembrou -se de um meio de prova dec:isiwo. PerJ:untou qu11l er.t o SMto de maior devoção da famílht 'faparclli t tódas as dúvidas se dissiparam ante a resposht de que era Santa Maria Mndulcn:1 1 poi.ç cm c.sh1 hunbém H Snttta malt; invrn:adtt ~los Urénier dn Bretanha.
Ccsarc d'Azeglio n:i.sceu a 10 de fcvtrtiro d e 1763. Quando completou t t tmos, entrou no éxército, de acôrdo com o co~'tume da aristo• crací.a piemontcs:1. LoJ:O promovide,, a cadete e oficfal do Re~imeuto da R:iinh;·, , serviu s uces• shi:1me11tc cm ·várfas cidade..~ da 11:ma. F.111 1780. voltou para Turim por ter sido nomeado escudeiro do Duque d'Ao.stá, o futuro Vitório Emanuel 11 Rei d:, Sardt'!nlrn de 1801 :, 1821. Pertencendo a uma família católica e que sempre se mn11thera f:tUClfa, ísto t, fiel à Igreja e ao P:1pado n.as luta.~ que se 1rnv:1vam na Itália
tnlrc u poder lcmporwl e o t:Spirilmd, Cc$;1r'-' perdeu a fé: e p:mçou a levar uma vida soch4l ln• tcnsn que o punlrn cm conu,do freqütnlt: com os joven~ dé suá id:1de, já inlox.icados por todo$ os erros precursores da Re.voluçiio Frantc"ª· Embora deix11ssc II prática dos deveres rclii:iosos, continuava u frcqücnh,r us igrejas thlS oc:,~ s iôes cm que en, de bom tom o cornparc:cimcntc,. Ouvindo um sermão na Catedral de Turim, em 1784, converteu.se e mudou completamente de ,·idu. O fato foi muiro comentado ,rn cc)rtc, o que poderia, rnlve-z., ter :.1b1tlado suas bo:1s rc. .soluções se uma ,trave enfermid,,de não o tivi•s. se ~fastado de tõda vidA socinl ~,té 1788, imo em que ~e casou éom n M11rques:1 crt. . rinu Muro-cr.o de 8iunit. Tiveram oiro filhos, dos quaí'- só crê>. s obreviveram ah~ n idadt adult;i: o Conde Ro. berto d'Azeglio, Mn~,çimo d"AZt;.!liu e o célehre Jc.°'uíta, l..-ui.i?i Pros1>cro Tup:m:111 d" Ai.t;,!lio.
Nos pitpéh deix:~1dos pc:lo V..idrc Laulcri. o P:tdre C:-tndido 1101m encontrou um uponl:1me11to sem d11h1. mHtrior ü 1798. 1m quul Ccs:1re d'A·te• ~lio já fi,:.:unn·:i (•n ino sccrelário da "Amici7.i:i". Orn. como veremos. êle se 11f:i.slou de Turim dun,m lf: :1.~ i,:ucrr:1s com :1 Fr.-111,•:1 rcvolucionáriu, de modo que f \lem possível que essa nnol:1çâo dutc j:í dos primeiros mio..~ depois de ~·tm mhni-.. siio no sodi, licio. Pouco ttmpo dcvcri:1 o M1.1rquê~ dl•d.ícur :to ;11>1,stoludo da ••Amieí'i ia'' ne~a primcir:1 f:isc dl• s ua colnboraç-ão com o Pudrc l•rnlt'rí. Uc fato. cm 1792 •• Fnm~1.1 inidav~t a ocup:1,·:'10 do Vic. monte e Ces:)re d"A7.tJ.:lio Pl'-'iSOU II servir nu cxé.rcilo real, primeiro como ;ajudunfc dt e:unpo do C-0nde S.tint André, qut <:omi:.od:1w:1 :.t...... Ire>• p:is no condudo de Nice, e dcpob, cnmo h:1tcn . le•corond do re~imcnlo Vercclli, nc, V:1le c1t Aos111, onde se clislinl!uiu por ;110$ de br:ivurn. A pós a bah11Jrn de M:trcn~o voltou 1>or pout:o tempo p~1r:J Turím, tdir:rnclo..sc lu,:,n p:·1rn Ffo. renf;<\ ttn exílio volunt:'irio.
Fernando Furquim de Almeida
~ 1tM,â~ ; 'n:°•1 • •, Ui~ • . '
e O CELIBATO NOS PRIMEIROS SÉCULOS DA STA. IGREJA
OMENTANOO certo jornalista a atual sltuariio dia f,:reja, comp-.1rou-:1 ·a umn nau que faz água por todos os lados, não em virtude do ím1>eto das ondas, mas porque internamente os próprios rtsponsiveis pela embarcação se incumbem de desmantelar a marteladas a estrutura do navio. De. fato, é o que se obser• va rrn Igreja; porquanto um espírito de hert'Sia p11ira sôbre muitos ambientes ca16licos, pondo em discussão as coisas mais sagradas, e as consagradas por tradição mãis que milenar. Entre estas cst:1 o « Jibato cclcsi:is:tico, alvo dos golpes partidos ('-Spcdalmente de elementos eclesiásticos. Por is,;o mesmo, recebe-se c=omo urna tufada de :u fresco, ao menos nos ambientes ortodoxos, o c1ut vem :, 1ume cm defesa dessa milenar Ira. díção da Igreja, com raÍZe$ na doutrina dor A1>6~1olos. Uma dessas lufadas benfazejas é o opús"ulo "Le Célib:H des Prêtres dans les Vre• miers SiC'c-les de l'Eglise''i de autoria do Padre Henri Oecn, editado por "L<'s F.,dition.s du CCdrcu, Paris. 1969. Como o sm;prio tílulo iodka, a fotençiio do Autor é res-ponder à objcç5o dos ;rnticelib:dários. quando nr,;;umimtam que :1 li:reja, nos -seus primeiros sét ulo.s. descor:hcc-cu a lei do celib:110 eclesiástico. Oc1>oi.s de uma t':U'.JÍ0 1 diríamos t<'olói;,icu, ml qunl :1ruúi o Pc. Ocen que, se o celibato não 1h•cssc orii:em ;1postólica, seria impossível inlroduzi-lo como lei obríg;1t6riu, t:11110 ' é êle con~ trário ;'1 tcndêncin nntur.d do homem; depois dêsse :1rJ;:11mc11to, passa o Autor cm revist:a os texlos udu1.idos corno -prova de que sOmente ::i partir do século IV foi impost:i Uá l,:rcja :, lei do c.-elibato eclesi:ístico. Ernpenhu•se o Autor cm refut:1r, de modo p:trlicul:1r, a Vucand:trd, qul• no 1'Di••'ionnairt de Tl,~.-.•.-.ie:c Critholiquc" 1,1Js• tenta ess.a tese. e se i·onstituiu, :1ssi111 1 :J fonte de lodos os demai.~ fautores da mesma opinião . • Mos1r:.1 o Autor como, quer os Condlios do Século IV (Elwir:1, irn 1':S1mnha1 300; Cart:,go, na Áfric..·a, 390), quer os P:tdrcs d.a mesma época (S:"io Sírido. P:,pa. Stmto Epif:'inio, São Jerôui•
mo, etc.) niio criaram a lei do celibato, m.ai urgiram o cumprimento de um:, lei j~ exL\1ente. F'ule, Por todos, Santo A~ostinho, no cornen1á, rio ílO cânon 3.l do Concílio de Elvír,1: ''0 que a Igreja Universal mantt!m, e o que não foi ínslUuído por Condlio.~ m,1s o que sempre se ob~ servou, crê•se tr.insmitido, sem utnhum êno, peln autoridade al)Ostólica·,. Num segundo capítulo, o Autor opóe à pro• tcsfanre -a exegese tr.-didorml de vários trechos da S::1grad3 F...S('T'ilur:1, cspedalmcntc 1 Cor. 9, S, l Tim. 3, 2 1 e 1'ito J, 6. Oe fato, segundo Clc• mente de Alexandria, São Jerônimo e· os P3dres cm gemi, léndo o texto e o contexto dos lug.1res d1:"1dos, entc1\de-sc l Cor. 9. S não de e.sp6sas. mas de, como diríamos hoje, empregad:ts do• méstíc.o.s. fodi.spensáveis p;tra o cuidado da cn.s:, e de mimídas que escap:.1m ;10 pregador preo• cupitdo com a ev,mgeHz.:tção; e 11 e:xprwâo de 'J'irn6teo e Tito. " unius u:xoris vir", aplicad:.t :)O Bispo, Diácono e Prcsbíltro, como e:xduindo do :1Jtar os que t.ivcrcm contr:.\ído uúpc:i~ mais de uma v,n, bem. como obr-i,ga1\do ;'1 continência perfcit~ os minisfros do Senhor, ordc.1mdos de~ pois de cas11dos. De maneira que, di-sdt os tem• pos apostólicos, er., lei a continência perfeil:.'1 em todos os mioislros maiores do altar, islo é, Oiá• ~onos, Presbíteros e Bispos. O Autor dta c.-omo prova o f11to do piedoso Siné.sio que recusou :, ordenação porque, c:.1sado, não qutria sepnn-ir.se de sua c.spos,1. Igualmente, o exemplo de AufÔ• nio, Uispo de.- f.:feso J:i por 399, que foi acus~1do de ter vivido maritalmente com strn espósa de• poiS de Uispo, c<>nfirma a tese da cxistênd:1 de uma lei obrigando os orden:tdos c:m ordens maio• n·s r1 manter perfeifa éontinêncla. AS · provas :teima s.ão suficientes 1>ara tviden. · ci:,r ~, origem :.\JJO~f61iea da lc! do cclib:1to eclc~ siásfic-o. Assím 1 no Cl:i.pftulo 111, o Pc. Ot,c n ex:,. mintt o silêncio de Vacandard sôbre o cânon 3 do Concílio de Nicéia (325), c-ânon que s upõe indôbi.1mcule a lei do tc.libato, e a :1ccil11ç:lo por 1mrtc do mesmo autor da fábuht da inter• vens.·tto do llLs po V,,ínúncio ~• fuvor d:1 vid:.1 m11• rilnl dos ccles iásricos casados.
Arguu11:n1:, V:u:aud:trd com o f;_ifo de que não const:\ :1 cxisrência de u1n.\ lei hnpoodo u conlinêncin perfcih1 :1os Pres bítero..~ e Bispos ca. ~ados. Pelo visto, dcsejuria Vac:mdard ftclmr urn Código de Direito Ç:rnônico da ll!rcj:1 primiliv;}, onde s~ le,t;Se o c:lnon: "Os ordenados Di~conos, Presbíteros e 8i., pos devem ohscr-v:tr i, continên. eia 1,crftit:11'. f.: muito exigir. ou é rnuit:i m{i ré. O dito acima sôbr-e o Co11cílio dt Elwirn e os Padres do Século IV rnos1'ra sobejamente que :t lti do c<'lib~llO cxb1i::1 j:í nos primeiros séc.ulo s. Di:u-mos muit:a exigência, ou muita m~ fé, porque o Pc. .Dccn mostr:.1, no seu opllSculo, que Vacaitdard d:í inferprctatõcs f:tls:1s :.1 textos :,mfiJ{os com o intuito de c-auciom1r sua test. Resh1 a dificuld:1dc oriunda da pn.xe díversa vi,:entt n::1 (~reja Orient.al. Notemos. desde logo, que o Igreja Orienb1 não permite :-1os Padr~ t Oi;íconos que se c1tsem; apenas nos que !;C ordC· rmm já ca~dos, ela boje niio impõt, como impu, nh;1 nos primeiros séculos, :t éOntinêl\cfa perfeita. l>e onde veio semelhante mudança 113 disciplin:, ccksi(isticu do Oriente? Tal miliS,:~1çâo foi introdu• iida primeiro por Jus fini:mo, cujas leis (m:tis ou mc:nos 528-530} niio 1>uni:1m mai~ os Subdi:ícÔnos, Oiáconos e Vresbitcros qut. casados :tnles da ordtm1ção, não observ:tv:un :.1 continênda 1>crfeit:1. Em 692, o Concílio dnunado ..in lrttl• lo'' (:1 i::r.tnde s ala dos lniper:_,dorcs dt Uizâncio) 1ran.sJor1t1ou a iudUIJ!énci:t de Ju~1ini:mo tm lei. fixundo :1 :1lu:tl disc:iplin:t d:, li:reh, Oriental, que a S :rnfa Sé tolerou (é s;1hido c111e :i parte disd• plinar do Concílio " in trullo'' não foi :11>rov:1d:t por Rom:i). O opúsculo do Pc. Henri Oeen c:hcg~1 cm boa horn, porqu::i.nto cvidencí:i como os P:1dr~ anticclib:lfários, sejt\m do Urnsil, da Hohmda ou de qu:1lquer p11rte, n:io 1>odeor 11,peh,r ~t seu t::,. vor um costume inexistente na Igreja primitiv:1. uma vé.7. que vtd:tdO por lei cde.,;i;\,;:tita.
D. A. C. 5
c.'Ot-Cl.1JSÃO O,\ P, 4
DENUNCl1\M OS Pllf,FETAS DO ATEÍSMO extensas reportagens, refletindo produzido pela campanha.
o
impacto
Prefeito socialista defe,nde a Igreja-Nova Na. importante cidade de Linares ocorreu um fa10 sin1omá1ico. O "alcaide", conhecido marxis1a, militante do Panido Socialis1a chileno, foi o único a sair cm defesa da Igreja-No, va e dos "grupos profé1icos". Armado e cercado de capangas. quis impedir a venda de "Fiducia'', Os miliian1cs da TFP, com serenidade mas também com energia, defenderam seus di· rcilos, no q ue foram apoiados pela massa popular que se aglomerara ern tôrno dêlcs. Um grupo de estudantes secundários que saía da aula aplaudiu igualmente os jovens militantes. e protestou contra a atitude ditatorial da autoridade. Em meio à repulsa popular, o prefei10 não teve -Outro remédio senão retirar-se com seus ferrabrases. enqua n10 os propagandisrns da TFP prosseguiam com êxito cm sua ca1npanha.
Em q uase tôdas as localidadt:s por onde pas.sa• vam, as caravanas de propagandistas ouviam expressões como estas: ''11ue heleu,! que belo trabalho Jaz.em os Srs. tle/e1ulc,ulo " Santu Tgreja. Deus os abençoe": ou então: "querêmos ti Religiiio como ela foi sempre"; "queremos respeiUJ na Sanw Missa'': •·estou com 11 'fFP t:m, 1u<lo . Co,ubwem c:om :mu /uw!". etc. Numa cidade da ProvínciH de Valdívia. o Pároco convidou os militantes. da TFP a entr:1• rem na igreja com suas capas e estandartes. para as cerimônias cradicionnis do Mês de Ma• r ia. que no Chile se comemora cm novembro. Os jovens cn1oara1n vários hinos religioso5i, acompanhados pelo povo. e a cerimônia term inou corn a "Salve Regina". cantada em ln• tim pelos militan1es. que se haviam posiado com seus estandartes cm tôrno de u ma imagem da Virgem Imaculada. Ã saída, os fiéis c..~ocravam para despedir-se dos integrantes da
NA
Gratidão e esperança de católicos angustiados Ao longo de seu itinerário as caravanas da TPP foram despertando o a plauso e .> gratidão de milhares de católicos que viam com angústia a infihração de icléi:is revolucionárias e maccrialistas no seio cfa Santa Igreja. Cab~ dcs1acar especialmente a reação favo rável à campanha por pane de •ilemen tos tlc numero• t as ass0çiações r-eligiosa.s, que demonstraram sentir ao vivo a craição comuno.progrcssista. Assim. numa pequena localidade jun10 à Cordilheira, na província agrícola de Cautin. todo o povo afluiu às ruas para. aplaudir os militantes e conversar com êlcs. Ao cérinino da venda, e depois de haverem cornungado, dispunham-se os jovens da TFP a seguir o seu caminho. quando encontraram à saída da igreja um grupo de senhoras da Legião de Maria. A presidente da associação acercou-se dêlcs dizendo : " Viemos /Jedir-lhes o favor de /aterem uma reunüio para nós. pois Juí muito 1empó ,uío ouvíamos expor a mt1i 111ica ,lourriua Cti· tólica. C hegou aqui um jovem Pároco que ig• 11ora compleramenle nos~·a existêndCt e <1ue formou um gru,,o ' 't1pos1ólico'' tle tendências ma,·.. xisllls. ig,wl ao que ocupou a Ctt1edrt,/ tlc Santiügo, tempos atrás. Eswmos tmgustitulas com 11 ,fitua(.'iio". B.eações semelhantes se rcpet irnm por tôda parte e até nos mais afastados rincões. Popu• lares mostrav:un•se agradecidos e grandemente ct1>crançados ao verem a a1uação da SCDTFP.
NO
MENSÁRIO
Noventa cidades e povoados Assim íoi, desde Santiago :Hé a p rovíncia aus1ral de Chiloé. cm mais de novcnia cidades e povoados visitados pelos milicani-es da Tradi• ção. Família e Propriedade. Homent. mulherc.s, jovens, de tôdas as condições sociais, ma. nifostararn sua con$onància com a valorosa TFP andina, bem como sua dc1crminação de permanecerem fiéis aos princípios c:116licos, repudiando do modo mais ca1eg6rico os lôbos com pele de ovelha que. no Chile como em todo o mundo, p retendem inrihrar na Santa Igreja o ateísmo e o materialismo. No pr-esente momento, as caravana.s dei TFP c h ilena dirigem-se às tórridas regiões do Norte. para levar até lá a difusão do nú mero especial de ·'Fiducia", do qual jã se csgoiarnm 1rês tiragens. num 101al de 22 mil exemplares.
COLÔ~IBIA
A TRAMA SECRETA do 100-C e dos "grupos proféticos" foi vigorosamente denunciada na Colômbia pelo C•v1>0 TRADICIONA• L rST,\ OE JovENs CRISTÃOS CoLOMISIANOs, de Mcdellin, em sucessivos números de sua revista "Ciumo... Trouxe a revista cm seu número 6 (março de 1969) o tcx10 inlegrnl do estudo de "Ecclesia" sôbrc a "corrente profética" . precedido de uma nora lúcid!l e incisiva na qual se as• sinara que os falsos profetas "utilium, modernas tcílicas puhlicitdritls part, prt>t/111..ir. 1111't1vés do emprêgo ele certas palavt~·-tt1/ismã. 11111" baldet1fâo ldeol6gica i,uulvertitla" no sentido do progrcssis1no. O número seguince (abrilmaio) apresenta um paralelo c nlre o fa moso Documen10 Comblin e o Manifes10 de Colconda ( dês1c demos larga no1ícia cm nossa edição de agôsto do ano findo). apon1ando-os co1110 exemplos concretos- ele irrupções " proféticas" em nosso continente. A mesma i!dição traz ainda um;t reportagem sôbrc a camp.mha desenvolvida e m 1968 pela Sociedade llrnsilei,·a de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, que coletou 1.600.368 assinalur:is cm todo o País para :i R everente e Filial Mc1u·a1:e11~ a S11a Sa111idade Paulo V / , pedindo medidas contra .l infiltração csquerdis1;1 cm meios católicos. Finalmen1e, o n.0 8 (junho-julho) de .. Credo" lranscrcve os ''Resumos :inalíticos"
8 Ato11.,ncnsMo
car&v.1na, uos qm,is pcdii1m que não deixassem de vollnr àquela localidade.
dos artigos ele "Approachcs.. e <lc "Ecclc~i:t". estampados cm nossa edição de obri-maio. e reproduz cm editorial as linhas gl!rais do ;u tigo de apresenlação daquele número duplo de "Catolicismo", de autoria do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Foi excepcional a acolhida dispensada a êsses três números de ' ·Credo··. e espccialmen1e ao número de junho-julho. Dês1e fora m 1irados 1.500 exemplares, e m il de cada um dos dois ou1ros. à de se salien1ar que o Dispo de Sonsón- Rio Negro, Exmo. Mons. Alfonso Uribe Jaramillo, pediu 200 exemplares da edição de junho-julho para d is1ribuir cnlrc o seu C le10, fazendo .de1,ois generoso clonalivo ao GTJCC para cobrir as despesas d a campanha.
A entrada na liça dt!sse valoroso grupo de jovcn-s foi considcrad:1 ;1l tamen1c a uspicio$a cm largos círculos da nação irmã. o:. q u ais já se ach áv:1m ap,Jitos com os desmanJos d:-. minoria progrcssistn, cujos propósitos estão cono;ubstanciados no fomigerádo Mnniíesto de Golconda. Em próxima edição nos.."'ios leitores enconirarão no1ícia sôbre a mais rccen(e ini• cia1iv:1 do Grupo Tradicionalisrn de J ovens Crittãos Colombia nos: a publicação de '"" pronunciamcntO l(1cido e vigoroso contra os chamados Padres de Golconda.
URUGU1\ I
com APROVAÇÃO ECLESIASTICA C::intpos -
f..,st. do Rio
OitclOt Mon~. Anto nio Ribeiro do Rosnt io
Chile.
N{;mcro m•ulso: NCrS 1.00: número ritr:1sado: NCrS 1, JO.
Atslnilfuras anuais: . comt1m NCr$ 10.00~ benfeitor NCrS 60,00; g.rnnde benfeitor NCrS IS0,00; seminnrislas e cstud:mtes NCrS 8,00; América do Sul e Central: via marílima USS 3.00: via u6rc:, USS 4,00: o utros países: vi~ marilim:1 USS 4,00; vit'I afrea USS 6.00. Pnra os Esti.\dos do AC. AL, AM, 00. MA, MT, PA, PB. PE, PI, RN, SE e Territórios, o jorn:\I é envi:ldo 1>or via a.éren pelo preço dn assintth1r;1 comum. ~ pagnmcnios. scinprc cm nome de Edl•
tôrn Pndre 8-clc:hior de. Pontes SIC, poderão ser envio.dos à Administr:i.ção ou aos
:igc,ttes. Párn nmdnnça de enderêço de :\S· sinnntcs. é necessMio me1,cion:u também o enderêço anligo. Composto e lmprtsso na Cí.a. Lithogrnphka Vpir:mR:t
R. C adctt, 209, S. 1-aulo
É COM ALEGRIA que "Ca1olicismo" anu ncia a seus leitores o lançamento da revisia "LEl'ANTO", pelo N ÚCLEO U•vGVAIO oe DE·
u PROPRIEl>ÀDE.
O número de apresentação, número zero, veio a lume cm novembro, para incorpora.r•se i, c,m1panha promovida pelas TFPs co-irmãs do Brasil, A rgentina e C hi le, a par d o G rupo Tradicionalisia d e Jovens C ris1ãos Colombia-
nos, con1ra a ação do l·D0-C e dos " grupos profélicos", que tramam a subversão na Ig reja. Além do editorial c m q ue explica seu prog rama de ação e ~1 ra2cio de seu n<>mc, glorioso e comba1ivo, reprod uz "Lepanto~· a m atéria publicada! por " Catolicismo... ''Fiducia". "Tradición, Familia, Propiedad" e "Credo", sôbre n existência e atividade dos organismos denunciados por "App roachcs" e "Ecclesia''.
Razão do nome e objetivo da luta da nóvel revista Lembra o editorial da novel revis-la que, no século XVI, foi a inlervenção da Virgem que salvou a Europa, assegurando às 1ropas católicas: a vitó ria contra o Crescente na ba• talha decisiva de Lepan10: " Lepa1110. oimbolo de vit6rit,,· l ,e panto. sinal ,ta Virgem ;_ Lepmu o . estmult1rte tle s11t1 f!lórfo". E prossegue o editorial: ''Hoje n ovt1me111e o Ocidenie l•stá nnu:11çado. Hoje, m ais do que no pll.SS{Jt/Q, a civili• z.ação crisuí está prestes ,, perecer porque seus fwulamcmos foram m inadoJ·. muillls vêz.e.)· por t1queles HU!.Sm os que os de,,iam tle/ender Ent<io. quamla tudo parece pen/ido, ei3• ,te uôvo a Virgem que aparece nós céus de P'átima. E o sol em palideceu. E <1ua11do tudo parece destruído. quando a impietltllle esttí nt> auge, e ti del·olação pcne1rt1 mé 110 lugar stm to, etttão é a hora de olhar para o afro. ê hora tle esperar na promes.w, de "'"'' ,wva Le panto. E a hor<1 de olhar rw,·a o alio. para cltmwr pelu vitória. E:: horti de lcva,uar OJ olhos. porque eis que s urgiu no céu um 8".mde sin al: a Mulher ves1ida de sol, tt::1do " lua sob pés.
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6
1.620 km em 1O dias No d ia 21 de novembro u ma carava n.:i co,nposta por catorze militantes da Tradição. Família e Propriedade deixou Montcvidéu em dois auton,óvcis. equipados com alto-falante. um dos qunis levava a reboque um "traillcr... Em d ez dias visitaram os propagandistas oito cidades. começando pelas barranca::; do Ric'> Urugu~i. rrn fron1cirn com a Argentina. chegando depois a té a divisa com o Brasil e dali fechando o circui10 até a Capital. num pc,·curso de mais de ,t.600 q uilôm-etros. A acolhida nas localidades visitadas íoi de modo geral excelente, tendo sido vendidos pc1·. 10 de 1.500 exemp lares de "Lepan1:,". Uma noca o riginj,I íoi inlroduzida pelos jovens urugunios no méto do de venda: um miliu111t~ n cavalo. com sua vistosa capa vermelha e levando um estandarte da mesma côr. e ncabeçav:1 um desfile de propagandis1as a pé, que era encerrado por um dos a utomóveis. c ujo alto-falante ia anunciando p(1blico os objetivos dn campanha. Entre o cavaleiro ~ o a uromóvel. os milirnn1cs formavam duas íih1s e abordavam os ii-anseuntcs de um.a e ou1rn c.1lçada. ou. então, batiam ,!e port:i cm porta. Nas localidad~s mcnorc.,; nem cm preciso bater às portas das ::asas. pois tôda a população afluía ~ls ru:l~ para presenciar o espetáculo. Em uma das cidades cm que es. tiveram. incorporaram os jovens ao cortêjo um tambor. o que conferiu ainda m;lior vivacidade à campanha de difusão do nl1mero inaugural de .. Lepan to ... A receptividade popukar. como d issemos. foi muito boa. de modo geral. Numerosas fo ram as rninifcstações de cúlida sirnpatia. Ern ccrla cidade de 7 mil habitantes, um homem. além de pagar o almôço nos militantes, encher-lhes g rawitan'lentc o tanque dos automóveis e o ferecer-lhes u m donativo e m dinheiro. foi ainda b uscai' em ca:,~l sua velhn mãe para que também ela pudesse presenciar aquêlc espctliculo de dcc.Jícação e d c-sassomhro .1 :,;crviço da Fé . Em uma localidade do cen1 ro do Uruguai. um professor anticomun ista apoiou cn1u~ià.s1icamentc a iniciati va. apesar de 1150 ser católico. Conseguiu o cinema lo<:al parn (I li um dos m ilirnntcs proferi r uma pale.~tra. à q1rnl compareceram perto de duzentas pesson:s: depois, fêz com que seus alunos percorrcs'>em residências e estabeleci men10.s corncr• ciais para ob1cr donativos a favor da carav:1na. 1:: in1cresan1e observar que ao longo de tôda a viagem colheram os propaga ndis1as repercussões de suas a nteriores campanhas. especialmente a de coleta de assinaluras parn a mensagem no Papa contra a infilcração connmista em meios ca161icos.
"º
Carta do Bispo de Maldonado-Punta dei Este
PESA. DA TRADrÇÃO, FAMÍLIA
Olrciorfa: Av. 1 de Se1cmbro. 247, c:lixn f)OSt!tl 333, C.amp0$, RJ . Adminl'lfrn(:io: R. Ot. Martinieo Pro.do. n.0 271 (ZP 3), S. Paulo. Agcnf~ pa.rn o Estad o do Rio: Dr. Jo:56 d o O li,,c ira Andrade. cnixn postal 333, Campos, RJ: Agente parn os Est.--dos de Goiás, M:110 Grosso e Minas Gerai.$: Dr. Mihon de Saltes Moutão, R.. Parniba, 1423. 1clcfonc 26-4630, Belo Horizonte; Ag;c11tc p:1ra o Estado da Gu:mnb:t:ra: Ot. Luís M. Ounc::m. R. Cosme Velho, SIS, telefone 4S-8264, Rio de J~nefro; Atente para o ~1ado do Cc:u-íi: Dr. Jo:-6 Ger:lrdo Ribci• ro, R. Senndor Pompeu, 2120.A, Fortàle,....,; Agt"nfcs par:1 a Ar~ nlin:1: " Cruznd i.", Cn, silla de Correo n.0 169, C:i._pital Federal, Ar.(ten1ina; Agentes p:i.r., o Chile: "Fidu• eia", Casilla J3712. Corrco IS, San1iago.
1.500 exemplares <la revista esgotaram•se rà• pidamen1c nas ruas de Montevidéu e, pos1eriormencc, 0U1ros 1a ntos foram vendidos no interior do pais cm poucos dias de campa nh:1.
E o nome da Virgem da Espertu,çll. Lepan. to, e.\ttmdarte de .rua .(Jl6da. Lepa,uo. pro. 111essa tle nova vitórit,''. Ê nessa perspectiva, e tendo como base doutrinária o ensaio "Revolução e Conlra•Rcvolução'', do Prof. Plínio Co.-rêa de Oliveira, que "Lcpa nco" e ntra cm combate. Com• bate que jã começou brilhan1e. que j,1 1cve seus primeiros lances heróicos.
Em data de 5 de novembro. por ocasião do lançamen10 da edição inaugural de "Lcpanto", o Exmo. Revmo. Mons:. Antonio Cor~ so, Bispo de Maldonado-Punla dei ESlé, unia das mais importantes Dioceses uruguais. dirigiu aos Srs. Aquilino José Ferraro e M iguel Cul'bclo, d iretores da revista. uma .signiíic,ttiva Càrta de apoio. Louvando a atuacão dos denodados jovens do Núcleo Uruguaio de Defesa da Tradição. Farnília e Propriedade, o a ntigo Administrador Apostólico de Montevidéu afirm:, ser para êlc 1 'uma ,\(Jlisfaç:ío abençoar vos::.·a em11rést1 de outênticos ctivaleiros cl'istãos''. E 1crmin.1 com est:, exortação: "Os ideais de Tr(l(/iÇ<io. Família e Proprie,ltulc. conserw,i-0.)' inta,·t()s e p uros porque, tendo suas rllíze.,· na pr,Jpriu 11t11w·e1.a tio hom em e da sociedtule. S!ÍQ ,,,\·teios <1ue deterão <i avalanche da Revoluçcio "progrti,.,·yisra" dérlco./aict1I, de i11Jeçç<io u,;. llwrclicma e g116srica. " .u?rviço do moletialis• mo ateu do comunismo''.
A campanha de difusão de " Lepanto" Logo no início da camp;rnha pública de difusão da rcvisrn. • 1ivcram os membros do N úclco Uruguaio de Defosa da Tradição, Família e Propriedade ocasião de enfrentar corajosamen1c a sanha intolerante dos comuno~ -progressistas. f:.stes últimos, investindo con• tra os jove ns milita ntes, te ntaram impedi-los de d ifundir pacificamente sua publicação de índo le dou1rinária 1 destinada ao esclarecimento da opinião católica. Apesar do furor dos baderneiros. mais de
8 Ato11.,ncnsMo NôVO ENDERêÇO DA ADMINISTRAÇÃO Rua Dr. Martinico Prado, 271 São Paulo (3) - SP Tôdo o correspondêncio relotivo o ossinoturos e vendo ovulso deve ser cnviodo ô AdminiS:troçõo
INDICES DOS NÚMEROS 217 A228 • ANO XIX· 1969 OS
ALGARISMOS INDICAM O CDB "CA LICEM DOMINI ~
INDICE
NU M ERO DO JORNAL. EXPLICAÇÃO DAS ABREVIATURAS: ACC .. AMBI ENTES. COSTUM ES. C IVI L IZ AÇÕES"; "NOVA ET VETERA"; VE " VERDADES ESQUECI DAS" OU "VIRTUDES ESQUECIDAS'º. BIBEKUNT"; NV
DOS
VI DA DA IGREJA (VER T AMBÉM: ººl:.RROS E DESVIOS NO M UNDO MOOERNO")
"Se alguém vos ensinar um evangelho diferen•
1e do que reccbes1es . . . " / A propósito do "senso católico" dos fiéis : 217 Para salvaguard ar a autoridade episcopal e o
bem das almas / Estrondo publici1ário tentou prestigiar a deplorável atitude dos Religiosos rebeldes - Gu.<távr, A 11tonio Solimeo: 2 17
Como .se as portas do in fcrno pudessem prc• valccer - J. A. S.: 2 17 Assuntos de atualidade cm circular da Cúria: 222 52 mártires cio Brasil : 222 O Bispo Diocesano contesta D. Valfredo Tepc : 224-
TEMAS DE ESPIRITUALIDADE E DOUTRINA CATÓLICA ( V F.lt TAMBÉM: ••O COMUN ISMO NO BRASIL E NO MUNDO" )
··se alguém vos ensinar um evangelho diferente do q ue recebestes ... ·· / A propósito cio "senso caiólico·· dos fiéis: 2 17 Pode haver erre em documentos do Magistério? - Ar,wltlo Vi<ligal Xttvier <la Sil• vcira: 223 Resistência pí1blica a decisões da Autoridade Eclesiás1ica Arnttldo Vitlig11I X(lvie,·
,,,, Silveira: 224 · Can a Pasloral sôbrc o Santo Sacrifício da Missa - + Antonio, Bispo tle Ccm11><>S: 227
ERROS E DESVIOS NO MUNDO MODERNO
ASSUNTOS Os pequenos grupos e a "corrente profética.. I O texto de "E<:clesia" / Conclusão : 222 Publicado no Brasil sem as correções exigi• cla.s pela Santa Sé / A propósi10 do "Nôvo Catecismo'' holandês f 11 - C1111ha A lvt1re11g<l: 224 Tsmbém na Colô mbia eclesiásticos promovem a subversão - l,11iz Sérgio So/imeo: 224 '"O jôgo da verdade .. e a crise religiosa - Pli11io Corrêfl de 0/iveirfJ: 225-226 Sindica 10 de trabalhadores repudia a atuação de Padres progressis1as: 227 Novidades de Nimega são erros velhos e velhíssimos / A propósito do '"Nôvo Catecismo.. holandês (21 - C1111lt11 Alvare11ga: 228 A TFP e os terroris1as dominicanos: 228
O COMUNISMO NO BRASIL E NO MUNDO (VE R TAMBÉM: " ERROS E DESVIOS NO MUNDO M ◊OERNO'')
O Arcebispo vermelho abre as portas da América e dq mundo para o comunismo: 218 A Igreja Ca1ólica infiltrada por adversários velados / O porquê dêste número d uplo - Pli11io Corrêfl ,te Oliveira: 220-22 1 A supcrpotência publicitária cios iluminados do progressismo / Resumo analítico do
artigo de ;.Approaches" : 220-221 fl,t.ubordinação. "desalicnação". íio de meada cios mistérios "p1•ofé1icos" / Resumo analítico do anigo de "Ecclesia ..: 220-22 1 Dossier a respeito do 100-C / O texto de " Approaches" : 220·22 I Combater o comunismo cm 1odos os pl,rnos J. A. S.: 228 A TFP e os terroristas dominicanos: 228
··o
e
( VER TA.MOÉM : COMUNISMO NO 8RASH. N◊ MUNDO C ººSECÇÕllS / N OVA E"r VETERA")
Imersa cm aflição atroz a maioria dos c:uóli-
A CONTRA-REVOLUÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO
cos holandeses: 217 O Arcebispo vermelho abre as portas da Amé-
2232 repercussões de uma campanha gloriosa
rica e do mundo pa ra o <·omunismo: 2 18 Antiqualha maniquéia eslá na raiz de muito "aggiornamento" -
C111tht1 Alvt1r<#11ga :
219 Em .isccnsàQ 1riunfal a heresia modernista D. Antonio tle Ct1stro Mayer. Bispo Oio.. l'l!Stm(> : 220•22 J
A Igreja Católica infiltrada por adversários velados / O porquê dêste número duplo - l'li11io Corréa tle Oliveira: 220-221 A .supcrpotência publicil{iria dos ih,uninados do progressismo / Resumo anal ítico do artigo de "Approaches" : 220-221 Insubordinação. "desalicnação", íio de meada dos mistérios "proféticos" / Resumo ana-
lítico do anigo de "Ecclesia'': 220-221 Dossier a respeito do 100-C / O 1ex10 de "Approaches": 220-221 Os pequenos grupos e a "corrente profética.. / O 1exto de "Ecclesia .. : 220-22 1 Progressismo e R_cvolução / "Revolução e Contra-Revolução" faz dez anos Cunha A lvllren1,ta : 222 ~
INDICE
DOS
A. A. BORELLI MACHADO 2232 repercussões de uma campanha gloriosa / Terrorismo publici1ário e côro de aplausos para o abaixo-as~inado da TFP ao Papa Pau lo VI : 218 TFP sai às ruas contra os profc1as do ateísmo / Difundindo de nor1e a sul do Brasil o n.0 220-221 <ie --ca1olicismo": 223 A TFP leva seus estandartes a quinhentas cidades. do Maranhão ao Rio G rande do Sul / Na segunda fase da campanha de alerta contra o IDO·C e os "grupos proíé1 ico$°': 225-226 ALBERTO LUIZ OU l'LESSIS Como se celebrou cm Malta a vigília de São João de 1565 / Para rezar pelos Monges:..soldados mortos na lula contra os 1urcos que siliavam a ilha. o Bispo de Malta revc-s1iu os paramen tos vermelhos da li1urgia dos Mári ircs: 2 19 O '"hluff'" das minorias barulhenlas e bem org:rnizadas: 222 Tal é o açodamen10 . que ne1n mesmo o ri .. dículo os dcté1n : 224 AN()NIMO fséc. XV( Can1iga sagrada: 228 ANÔN IMO [séc. X VII] Com o que Lhe 1>agarcmos"!: 228
+ ANTONIO, BISPO OE CAMPOS
Denôclo e eficcícia da TP.P merecem a,; hon .. ras da <linamite: 223 Prossegue vitoriosa a campanha da TFP: 224 .. Reforma Agrária - Questão de Consciência .. publicado na Espanha: 224 A TFP leva seus estandartes a q uinhentas cidades. do Maranhão ao Rio Grande do Sul / Na segunda fase da campanha de alerta conlra o IDO-C e os "grupos proíé1icos" A . A . Bor,t!i Mllclwdo : 225-226 165 mil exemplares em 51 4 cidades de 20 Es1ados / Q uadro da difusão do n.0 220-221 de "Catolicismo.. : 225-226 Também na Argentina, Chile e Colômbia : 227 Pronunciamentos altamence expressivos: 228 Rezando pelas vítimas que o comunismo fêz no Brasil e no m(mdo: 228 A TFP e os terrorista, dominicanos: 228
PROBLEMAS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E SOCIAIS ( V ER TAMBÉM: "O COMUNISMO NO BRASIL E NO MUNDO" e "SECÇÕES / NOVA ET veTERA")
O "bluff'' das minorias barulhcn1as e bem organizadas - Alberto /.,11iz D11 Plessis: 222 .. Reforma Agrãria - Q uestão de Consciência" publicado na Espanha: 224 Tal é o açodamen10, que nem mesmo o ridículo os detém - Alberto l11it D11 Pfe,, sis: 224 "O jôgo da verdade·· e a crise religiosa - Plinio Corrê11 de Oliveirfl: 225-226 Carla a Ministros ignotos Pfin;o Corréa de Oliveira : 228 Ciclamalos de D. Hclder: pon10 final - Pli11ia Corri:,, de Ollw.4rt,: 228
sos para o abaixo-assinado da TFP ao Papa Paulo VI - A. A . 8orelli Mm:lwáo: 2 18 Em Nova York e Praga, como cm Havana
e Paris / "A facilidade com que a TFP coletou as assinaturas reflete o fato de que a maioria dos latino--americanos 3pro•
v;1 ou pelo menos tolera (sicJ o conservadorismo católico .. - "Time" - A. A. Borel/i Machado: 218 O Arcebispo vermelho abre as portas da Amé• rica e do mundo para o comunismo: 21 S Progressismo e Revolução / ·· Revolução e Contra-Revolu~-ão" faz dez. anos - C unha Alvarenga: 222 TFP sai à.s ruas contra os proferns do a1eísmo / Difundindo d• norle a sul do Brasil o n .0 220-221 de ··ca1olicismo.. A. A . Borelli Machado: 223
Honrosa dislinção: 223 Pílulas anticoncepcionais produzem o câncer? - Jorge Hllddad : 228 Com o que Lhe pagaremos? - Anônimo (séc. XV//]: 228 Só Vós cm palhas dei1ado - Poesia 11op11· lar: 228 Can1iga sagrada - A11ô11imo [séc. XV]: 228 Homem 1crreno sou; sou Deus celeste - Permio Á lvares tio Oriente : 228
SECÇÕES AMBIENTES, COSTUMES, CIVILIZAÇÕES
"Descubra a Europa Oriental. .... : 217 CALICEM OOMINI BIBERUNT por Fernando Furquim de Almeida
Maior é o mal. mais ardor haja cm atalhá-
CALICEM DOMI•
N I UI OERUNT.,)
/ Terrorismo publicitário e côro de aplau-
DIVERSOS
-lo : 217 O Venerável Lanteri visila a Aa de Chambéry: 222
ESTUDOS HISTÓRICOS (VER TAMijÉM: º'SECÇÕES /
lodices dos números 205 a 216 - Ano XVlll - 1968: 219 TFP sai às ruas conlra os profetas do ateísmo / Difundindo de norte a sul do Brasil o n.o 220-22 1 de "Catolicismo" - A. A. Borclli Mac /wdo : 223 A TFP leva seus estandartes a quinhentas ci• dades. do Maranhão ao Rio Grande do Sul / Na segunda fase da campanha de alerta contra o IDO-C e os "grupos profélicos" A . A. 8orelli Mac/11ulo: 225-226 165 mil exemplares em 5 14 cidades de 20 Estados / Quadro da diíusão do n. 0 220-22 1 de "Catolicismo": 225-226 Pronunciamentos altamente expressivos: 228
ESCREVEM OS LEITORES
Estilo ogival e escolástica. ex1>ressõcs da mesma visão do universo renK<C 2 l 8
Cunho A lvtt•
O '"muy bom fidalgo" q ue descobriu o Brasil - Custt1vo Antonio Sólimt!O'. 2 19 Como se celebrou cm Malta a vigília de São João de 1565 / Par:t reza r pelos Monges-soldados mortos na luta contra os 1urcos que siliavam a ilha. o Bispo de Malta revestiu os paramentos vermelhos da li1urgia dos Mártires - Alberto l.11iz D11 l'lessis: 219 O corporativismo brasileiro. seus juízes, escrivães e mest res Homero Barrad r ,•• ???
..... --Uma biografia ediíicante e oportuna -
D.
A. C.: 222
"CATOLICISMO"
Um requerimento e um despacho: uma res-
( V ER TAM IJÉM: "SECÇÕES / EsCREVEM OS LEI• TORES")
posta e o silêncio: 223 "Operário 8andcirnntc": 223
[Sem título) no: 211 ·
+ A111011io, Bispo Diocesa-
Escrevem os leitores : 217 Escrevem os lei1ores: 222 Escrevem os leitores: 227 NOVA ET VETERA
Aonde leva o intento de reJellar o DecMogo - J. de Azeredo Sa11ros : 217 O Sr. Mansholt, seu plano e as quesiões que evoca - i.,11iz Me11do11ça de Freiu,s: 222 VERDADES ESQUECIDAS
Os Anjos são mi nistros das vinganças de Deus - São Roberto Belarmit,o: 219 Há homens q ue são filhos e enviados do demônio - S,io Bernardo: 222 Agradável a Deus o combate vigoroso a seus inimigos - Papa Pascoal li: 224 Reprimir com liberdade evangélica a insolén• eia dos hereges - Podre M1111uel B<•rnardcs: 227 Nunca poderá cessar a luta da Igreja conlrn o mundo - Dom G uérauw.:r: 228
AUTORES Carta Pas1oral sôbrc o Santo Sacrifício da Missll: 227 ANTONIO DE CASTRO MA YER, Oom ( VE1t ºfAMUIÍM: POS)
+ ANTON IO, BISPO l>E CAM-
FERN ANDO FURQUIM OE ALMEIDA Maior é o mal. mais ardor haja cm atalhá-lo [CDBJ: 217 O Venerável Lanteri visila a Aa de Chambéry (CDBJ: 222
Em asce1\são triunfal a heresia modernis1a: 220-22 1
FERNÃO ALVARES DO ORlENTE Homem 1crreno sou: sou Deus celeste : 228
ARNALDO VIDIGAL XAVIER OA SILVEIRA Pode haver êrro cm documenlos do Magis• 1ério?: 223 Resistência pública a decisões d:1 Autoridade Eclesiás1ica: 224
GUÉRANGER, Dom N unca poderá cessar a luta da Igreja contra o mundo IVEJ: 228
CUNHA ALVARENGA E.,lilo ogival e escolás1ica. expressões da mesma visão do universo: 2 18 An1iqualha maniquéia está m1 raiz de muito "aggiornamen10": 219 Progres~ismo e Revolução / ··Revolução e Co111ra-Revolução" faz dez anos: 222 Publicado no 8rasil sem as correções exigidas pela Santa Sé / A propósito do "Nôvo Catecismo.. holandes [ 1J: 224 Novidades de Nimega são erros velhos e velhíssimos / A propósito do "Nôvo Ca1ecismo·· holandés (2): 228
.
GUSTAVO ANTON IO SOLIMEO Para salvaguardar a autoridade episcopal e o bem das almas / Es1rondo publici1ário 1cntou prestigiar a deplonlvel alitude do, Religiosos rebeldes: 2 17 O ··muy bom fidalgo" que descobriu o Brasil: 219 HOMERO BARRADAS O corporativismo brasileiro. seus juízes. escrivães e mestres: 222 J. A. S. Como as portas do inferno pudessem prevalecer: 217 Comba1er o comunismo em 1odos os planos : 228
.,e
J. DE AZEREDO SANTOS
( V ER T AMBÉM: A NTONIO OE CASTRO M Aº, ' F.R. DOM)
O. A. C.
(Sem tí1ulo(: 2 17
Uma biografia edificante e oporiuna: 222
Ao nde leva o intento de rejeitar o Dccálo_go (NVJ : 2 17
JORGE HAODAD Pílulas anticoncepcionais produzem o câncer?: 228 LUIZ MENDONÇA D E FREITAS O Sr. Mansholt, seu plano e as ques1õcs q ue evoca lNVJ: 222 LUIZ SÉRGIO SOLlMEO Também na Colômbia eclesiásticos pro movem a subversão: 224 MANUEL BERNARDES, Padre Reprimi r com liberdade evangélica a insolência dos hereges [VEJ: 227 PASCOAL li, Papa Agradável a Deus o combale vigoroso a seus inimigos [VE:)224 PLINIO CORR~A D E OLIVEIRA A Igreja Católica infiltrada por adversários velados / O porquê dêste número duplo: 220-22 1 --o jôgo da verdade.. e a crise religiosa: 225-226 Carta a Ministros igno1os: 228 Ciclama1os de D. Helder: ponto fi nal: 228 SÃO BERNARDO Há homens que são filhos e enviados do demô nio (VEJ: 222 SÃO ROBERTO BELARMINO Os Anjos são ministros das vinganças de Deus (VEJ: 2 19 7
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O DIREITO
DE SABER Pl inio Corrêa de Oliveira
M REPETI DO contacto com 10 1oca na Missa loca, pois, no que o público dos países da Euro- a Religião tem de mais nobre, senpa Ocidental deixou-me ab- sível e vital. O Papa Paulo VI solutamente convicto de que poucos instituiu recentemente um Ordo povos acompanham, como o nosso, Missae, diferente em vários pontos os acontecimentos internacionais. muito importantes do Ordo anteA respeito das greves que têm rior, decretado por São Pio V. no sacudido a Itália, por exemplo, e século XVI. Não espanta, pois, que da crise ministerial que ali se vai a atenção de todos os teólogos se avolumando, estou persuadido de tenha fixado, desde logo, sôbre o que o brasileiro de cultura media- nôvo l~xto. na possui conhecimentos sensivelOra, se em muitos ambientes êste mente mais pormenorizados do que foi vivamente aplaudido, e cm ouo francês ou o austríaco de igual tros foi recebido com uma connível. Não se pense que a razão dis- fiante despreocupação, dois Carto se encontra no opulento noticiá- deais - duas personalidades muirio internacional de nossa impren- to chegadas, pois, ao Papa - não sa, superior habitualmente ao noti- trepidaram em escrever a Paulo VI ciário dos jornais europeus. O con- uma carta cm que manifestavam trário é que é verdade. Porque o viva apreensão e fundas reservas brasileiro se interessa vivamente quanto ao nôvo Ordo. E, mais pelo ocorrido em todo o mundo, é ainda, os dois Purpurados julgaram que a nossa imprensa lho relata tão dever comunicar ao público a cana largamente. Diz-se que os jornais que haviam enviado ao Soberano modélam o público. Mais verdade Pontífice. ~inda_ é, que o público modela os Não veja o leitor, neste episódio. Jornais. um ato de contestação teatral, dêsDiria pouco quem se cingisse a tes que se vão ornando banais na afirmar que o brasileiro lê noticiá- vida 1ràgicamente conturbada da rios internacionais amplos. Ble os Igreja. Não é uma atroada à maneimedita, êle os comenta, e dêles ex- ra do Cardeal Suenens. Nem um trai observações que depois apro- ato de oposição, no estilo do Carveita para resolver problemas do- deal Alfrink. Desta vez, os Carmésticos. Em outros têrmos, o bra- deais em causa são pessoas famosileiro possui o senso do universal. sas exatamente por sua disciplina 6 esta uma de nossas riquezas de · para cem o Papado. Trata-se do alma. E felicito nossa imprensa por célebre Cardeal Ottaviani, Secretáatender com tanta fidelidade às exi- rio Bmérito da Sagrada Congregagências dêsse senso do universal, ção para a Doutrina da Fé. E do que nos dis1ingue. grande latinista Cardeal Bacci. Ê part icularmente expressivo que precisamente dêlcs tenha partido êsse brado pensado, comedido e resPor isto mesmo, ,1ualquer en- peitoso - mas que nem por isto clausuramcn10, qualquer confina- deixa de ser um brado - a resmento da opinião nacional nos ta- peito do nôvo texto da Missa. biques de uma informação dirigiHá tempos atrás, as agências teda. que lhe subtraia alguma parcela legráficas publicaram algo sôbre ponderável do que no Exlerior esta carta. Não disponho aqui do ocorre~ a mim se afigura como um espaço necessário para a transcrealentado a um dos traços mais no- ver. Menciono apenas que, segunbres do espírito brasileiro. do os dois Cardeais, o ,iôvo Ordo Ora acontece que, a respeito do apresenta a Missa, não como um sa~ modo por que largos setores euro- e rifício, conforme à doutrina catópeus estão recebendo o nôvo 1cxto lica, mas como uma ceia. E isto da Missa - o nôvo Ordo Missae, - acentuam êles - se aproxima se quisermos usar a expressão cor- do conceito protestante. Creio não reia - pa.-ecc-me que o público ser preciso dizer mais, para que o nacional está muito pouco informa- leitor se dê conta da gravidade do do. Penso contribuir para que se pronunciamento dos dois Carremedeie a lacuna assim criada, deais .. . com algumas notícias típicas, que No ''Courrier de Romc" (25-7), passarei a enunciar. Não me assus- leio uma declaração que, prota o melindroso do assunto, preci- cedente de fonte diametralmente samente porque discordo da idéia oposta, caminha para a conclusão de que se deva sujeitar a uma fil- a que chegaram os dois Cardeais. tragem de notícias melindrosas um Uma das mais célebres instituições povo inteligente - e de tanta fé protestantes da atualidade é o concomo o nosso. vento de Taizé, na França. Ora, 0 Limito me, na nota de hoje, a em artigo publicado no diário catónoticiar. Noticiar - repito - é lico parisiense " La Croix", o "iratender a um direito do público. 6 mão" Thurian, de Taizé, escreveu: cumprir um dever de jornalista. "A reforma litúrgica deu um passo Atendo aqui a êssc direito. E cum- notável [com o "Ordo" nôvo] no pro o meu dever. campo do ecumenismo. Ela se acercou das próprias formas litúrgicas da igreja luterana". Tudo isto talvez explique o fato Como lodos sabem. a Missa é o de 4uc uma parle ponderável do ato mais augusto do culto católico, Clero francês continue a celebrar a pois renova de modo incrucnto o Missa no texto de São Pio V. Re'Sacrifício do Calvário. Tudo quan- cebi de Paris uma relação mimeo-
U
Goiânia, o brado de Campanha. togo após a Missa.
grafada. contendo a relação .. incompleta" das igrejas em que se celebra a Missa "à antiga", com os respectivos horários. Trata-se nada menos de 19 igrejas e capelas em Paris, e 102 em 36 cidades de província .
Talvez espante ainda mais o leitor o fato de que, ela catolicíssima Espanha, tenha partido uma atitude ainda nuds impressionante. Na revista "Que Pasa?.., de Madrid ( n.º 3 15, de IO dêste mês), leio que a Associação de Sacerdotes e Religiosos de Santo Antonio Maria Claret - em cujas íileiras estilo inscritos nada menos que 6 mil Sacerdotes - enviou uma carta ao Pe. A. Bugnini, Secret,\rio da Sagrada Congregação para o Culto Divino, reputado o au tor do nôvo Ordo, na qual lemos esta frase: .. Nós, Sacerdotes católicos, não podemos celebrar uma Missa da qual o Sr. Thurian. de Taiié, decla rou q ue poderia celebrá-la sem deixar de ser protestante. A heresia não pode jamais (nos] ser imposta por obediência". Assim. para essa prestigiosa associação sacerdotal, não celebrar a Missa segundo o texto nôvo é um imperativo de consciência. Para voltar à França, forneço aos leitores ainda uma notícia. aliás apenas colateral ao assunto. "La Pensée Catholique", editada em Paris pelo Padre L. Lefêvre, é um dos mais altos órgãos d.i cultura religiosa contemporânea. No n.0 122 ( 1969) dessa revista (pp. 53-54). leio que em não pequeno número de igrejas os Padres progressistas fazem uma estrepitosa pressão moral para que tôdas, absolutamente tôdas as pessoas presentes comunguem. A Sagrada Hóstia é recebida na mão, e não mais na bôca . Muitos dos presentes, não se sentindo em condições de comungar, levam as Hóstias de volta para seus lugares. E ali as deixam. De sorte que, terminada a Missa, se encontram Hóstias atiradas nos bancos, ou até rolando pelo chão. Isto j,í não é raro em certas igrejas. A Hóstia é o próprio Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo . . .
Rio Negro; ···lntroibo ad a ltare Dei .. . ·· A Missa foi em latim.
Londrina: No primeir"o banco, autoridades presentes ao ato
li._
Ribeirão Prêto: como em São Paulo, o Arcebispo proibiu que os militantes usassem a capa rubra. Usaram uma
faixa negra com filete dourado, atravessada sôbre o peito.
MISSAS PELAS VÍTIMAS DO COMUNIS1'10 Confor,ne noticianios e ,n nossa
Não é bem verdade que estas são coisas que nosso público tem o direito, o triste direito de saber? O povo católico mais numeroso da terra é o brnsileiro. Lúcido, inteligente, marcado pelo senso do universal, não pode ficar na ignorância da controvérsia que o nôvo texto da Missa vai despertando. Piedoso, sinceramente piedoso. êlc não pode deixar de se interessar - por outro lado - pelo que conta a "Pcnséc Catholiquc". e que constitui, não uma controvérsia. mas uma ignomínia. (T••H:5t'1Uft) (IA ··F01.1u, Uli SÃO J>Au1.o". 1)1
2$•1-1970) .
últi11u1 edição, a TFP p rottio·ven ern 2.3 ci,la<les ,lo Brasil a celebração de Missas JJelas ví.ti11u1s ,lo conu,nisnio e111. to<lo o ,nu,ulo, co,n esf)ecial ,nenção ,los brasi,leiros n1.ortos pel.a san ha do terrori.s111.o. A ocasião .foi <• do trat1scurso de 111.ai.s tt11L aniver sário da re·vol1tção bolche·v ista na R1í.ssi.{1. At>resenl.<1111.os hoje 11,ais algttns flagrantes tl<1s ceri,nô11 ws.
l Dirclor : Mon:-. Antonio Ribeiro do Ros,uio
VIA SACRA página 2
A 08f'OOIÇÂO NO $1lPUt.CltO -
N. º
2 3 1
•
MARÇO
DE
.
Roou. VAt<t ou• Wl!'t'M!N ( UCOl,A fl.AM l;':N(i.A, $~C-ULO XV)
1970
•
ANO Ex.i;MPLM AVUI.SO:
XX NCR$ 1,00
Sabendo que o "Legionário", glorioso antecessor desta fôlha, publicara em 1943 uma Via Sacr a de autoria do Prof. P linio Corrêa de Oliveira, numerosos leitores têm manifestado o desej o de que reprodu:,;íssemos em nossas , colunas êsse belíssim o texto, colocando-o assim ao alcance de tod os. E com prazer que " Catol icismo" a tende hoje a êsse desejo.
1 estação
Ili « tação
JESUS t CONDENADO À MORTE
JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ SOB A CRUZ
V. Adorlimus te Christe et benedícimus libi. R . Quia per sanctam Crucem tuam redemísti mundum.
Conspiraram co111,,, Vós, Senhor. os vossos inimigos. Sem gran,le esfôrço, amoanaram o populacho ingrato, que "gora ferve de 6dio centro V 6s. O 6dio. E: o que de t6da pc,rte Vos circunda, Vos envolve como uma nuvem densa. se (l(ira co111n, Vós como um escuro e frio ven-
daval. ódio gratuito, 6dio furioso, 6dio implacável: êlc não se sacia em Vos lwmi/Jwr, em Vos satunu· de opróbrios, em Vos enâter de, amargura; vossos inimigos Vos odeiam tanto, que já não suportam vossa presença entre Ol' viventes, e querem a vossa morte. Querem· que desapareçais para sempre, que emtuitça a linguagen~ de vossos exemplos e a sabedorit, de vossoJ· ensinamentos. Que,:em .. Vos morto, ani</tlilac/o, destruíclo. Só assim terão aplacaclo o turbilluio de ódio que em seus corações se /eV{mta. Séculos mesmo allles que nascê.iseis, já o Pro/em previa ésse ódio q11e suscitaria a luz das verdades que ammciaríeis. o brilho clivino das vt'rtude.r que teríeis: "Meu povo, que te fiz Eu, em que porvent11ra te contristei?" (Miq. 6, 3). E interpretando vossos sentimentos a Sa• gr(1da Liturgla exclama aos infiéis de entlio e de hoie: "Que mais• devia Eu ter feito por ti, e não liz? Eu te plantei como vinha escolhida e preciosa: e tu te converteste em cxcecSsiva amargura para Mim; vinagre M.c dC$te a beber cm minha sêdc, e 1ranspassaste com unia lança o lado de teu Salvador" (lmproperit,).
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Tão forte foi o 6dio que contra Vós se le· wmtou, que a própria auto1'idacle de Roma, que julgava o numdo bueiro. ab111eu•se acovardfJ• da. recuou e cedeu ante o ódio tloY que sem ctwJ·a alguma Vos t1uer;am matar. A altivez romana, vitor;oJYi 110 R eno, no Damíbio, no N;Jo e no Mediterrâneo, a/ogou•sc na bacia de Pilatos. ..Christianus alter Chrislus", o crisuío é um outro Cristo. Se formos r.ealmente cristãos, isto é, realmente cat6licos. seremos· outros Cristos. E, inevità,,elmente, o 111rb;/hão ,le ódio que contra Vól' se levantou. também contra ,16s há tle so1u·,11· /1l'·ios11mcnte.
E êle sopra, Senhor! Compadecei-Vos, ó meu Deus. e dai fôrças-ao pobre menino de colégio, tJue sofre o ódio de seus companheiros porque pro/essa vosso nome e ,fe recusa a pro·• fanar a inocência de seus lábios com pa/avrt,s de impurela. O ódio, sim. Talvez ,uio o ódio sob a /ornu, ele uma irtvectiva desabrida e feroz. mas sob a forma terrível tio escárnt'o, ,lo isolamento, tio desprê1,o. Dai /6rç,,s, 6 meu Deus, ao eJ·ttulante que vacilt, em proclamar vosso nome em plena aula <l vista de um profes.sor ímp;o e ele uma wrma .d e colegas que motejo. Dai fôrças. 6 meu Deus, ti mêça que deve procla,nar vo.fSO nome, recusando-se a vestir os trajes que a moda impõe~ desde que por su,, extravagância ou imor(1/idade destoem da digni<lade de uma venladei.ra católica. Dai fôrças, ó meu Deus, <tO intelectual que vê fecharem•.~ ,fiante ,te ~·i eis portas da 11otoriedade e da gldria, porque prega a vossa doutrina e professa o vosso nomé. Dai fôrças, ó meu [)eus. llO apóstolo que sofre (1 investida inc/eme,,te tios a,t,,crsárt'os ele vosst1 fgreja, e a hostilitlade 1nil vêteJ· mais penosa, tle muitos que são filhos da luz ..ró pQrque não consente nas ,liluiçi}es. nas mutilaçõe.~·, nas unilateralidades com que os ''prude111es" compram a 10/erâncic, cio mu11• do pora seu apostolado. Ah. meu Deus, como são sábios ,,ossos lnimigos! ElcJ· sc11tem que 11a li11guagem dê.ises "prutle11teJ·", o que se diz 11fJs entrelinhas é que Y6s ll{iO odiais o mal, nem o êrro, nem as tr<•· vas. E enuio aplaudtm os prudentes segwulo a· carne, como Vos aplaudil'iam em Jerusalém , eui lugar de Vos matar, j'C tivéssei.~• dil'itido aos ,to Siuéclrio " mesma ll11guagem. Senhor, tfai•nOs fôrças: mio queremos nem pat:t;wr, nem recuar~ nem transigir, nem diluir, nem pcrm;1ir que se desbotem em nossos l(i. bios ,, divina integridade de vos..s·a doutrlrta. E J'e um diltívlo de impopularidade sôbrc n(Js desabar,. ~·eja se1n1,re nossa oração a tia Sagrada Escritura: '·Preferi ser abjeto na casa de meu Deus, a morar na intimidade dos pC• cadores" (Si. 83, l l). PATER NOSTER. Avn MARIA. GLORIA PATRI. V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére noscri. V. Fidélium ánimae per miscricordiam Dei rcquiéscanl in pace. R. Amen.
li estação
JESUS ACEITA A CRUZ DA MÃO DOS CARRASCOS V. Adonlmus te Christc et bencdíeimus tibi.
R. Quia per sancta1n Cruccm tuam rcdcmísli mundum. Mas vara isto, Senhor. é ,,reciso paciêut:ia. Pt1ciê11cia pela qual se deixa, de braços cru1,tL-· dos e coração conformado, cair o di/,ívio sô· bre a própria cabeça. Paciência é. a virtude pela qual se sofre para um bem maior. Paciência é, pois. a capacitl<,de de sofrer 11ara o bem. Precisa de paciêncitt o doente que, esmagado por um mal incurável. aceità resignado a dor que êle lhe impõe. Pre<fisa de paciência aquêle que se debruça s6hre (JS dores alheias, para as consolar como Vós consolastes, Senhor. os que. V os pro: curavam. Preclsa de pact'ência quent- se dedi,·,1 ,,o apostolado ·com invencível carie/ade, tlfrai11· do amorosamente a Vós llS alma.f que vacllam naJ· sendas ,la heresia ou 110 lodaçal tio cón • cupiJ·cência. Precisa também de paciência o ,·ruzado que toma a cru1,, e vai. lutar contra os inimigos da Santa Igreja. li um sofrimento tomar o iniciativa da luta, formar e mautc,· ,Je pé dentro tle si J'Cntimentos de pugnacid(l(/e, de energla. de combatividade, vencer o i11clifere11tismo, a m ediocridade, a preguií:a. e alir<11-se como 11111 digno discipulo dAquele quR é o l..J!ão de Judá, sôbre o ímpio insolente que 2
ameaça. o redil de No.rso Senho,· Jesus Cristo. Oh sublime paciência dos que furam. comba,. tem. "tomam ,, iniciativa, entram, /alam, proclamam. aconselluun., admo.estam. e des(l/ittm por si s6s tôdn a .roberba, tôd,, a e1npâ/it1. tóda a ar,·oglincia tio vício insolente, do defeito efe. go,tte, cio êrro simpático e por>ular! V 6s fô.\·tes, Senhor. um modélo tle paciência. VoJ·sa paciência 11ão consistiu. entretanto, eul morrer esmagado debaixo da Cruz quando Vô..lc, deram. Conta uma·1>iedosa revefoção que quando recebestes das nulos cios veNlugos a vossa. Cruz, Vós ,t beijastes ·amorosamc11te, e, tomando-a sôbre os omb1·os, com invencível energia a le"astes até o ,1110 do Gólgota. Dai-110J·. Senhor, essa capacidtule de sofrer. De sofrer n111iro. De sofrer tudo. De sofrer Ire• rõicmnente, não ape,ws J·uportmtdo o sofrimento, mas indo ao eucontro dê/e, procuramlo--o, e carregando-o até o dla em que tenhamos a co• roa da vitória eterna. PATER NOSTER. AVE MARIA. GLORIA PATRI,
V. Miserérc nostri D6mine. /1. Miserére nostri. V. Fidélium ânimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amcn.
V. Adorámus te Christe et benedicimus tibi. R. Quia per sanctam Crucem tuam redemís1i mundum . 1!: fácil falar em .,ofrime,110. O difícil é sofrer, V6s o provastes, Senhor. Como é diferen• te do heroísmo fátuo e arti/lcial de ta1110 sol• dado dfJs trevas o vO.')SO divino heroísmo,· Senhor. Vós não sorristes em face ela dor. Não éreis. Senhor, dos que .ensinam que se passa a vida sorrindo. Qucmdo vossa hor<l chegou, tremeste.J·, Vos perturbastes., .ruastes sangue dian• te d,1. pe.t>spectiva do sofrimento. E neste dilúvio ele apreensões, in./elizme11te por demais fu,1 .. dadas,. está a const,gração ele vo.rso heroísmo. Vencestes os brados nw;s imperiosos, as injunções mais fortes, os pânicos mais atrozes. Tudo se dobrou ,mte vossa vontade humana e llivina. Acima de tudo, pairou vnssa determinação in/le:dvel tle fazer aquilo para que lwvíeis sido enviado por vOsJ'O Pcti. E, quando leváveis v.ossa Crui pela d<1. amargw·a.
,•,w
mais uma vet as /6rças naturais /raquejarmn. Caístes. porque não tínhels fôrça. Caí.ftes, mas não Vos deixasr.es c,,ir se,~ão quando de todo não era possível />rosseguil' no caminho. Cafa·.. tes, mas não recuastes. Caistes, mas não ,,ba,t<lonastes a Cruz. Vós ,, conservastes con Vosco. como a expressão viSÍ\lel e tangível de vosso prop6sito de a lev11r ao alto do G61gota. Olr. meu Deus, dai~nos graças para que, na luta contr,, o pecado. co11tr(1 os hr/iéis, possamOJ' tJtliçá cair debaixo dt1 crut, mas sem jamais abandon(1r nem o ,·aminho do dever nem a arena do apostolado. Sem vossa graça, Senhor, 11acla. absolwamente nada podemos. Mas se correspondermos à vossa graça. tudo poderemos. Senhor, nós que.remos corresponder it vos.ta graça. !'ATER NosTER. Ave MARIA. GLORIA PATRI. V. Miserérc nostri Dómine. R. Miserére nostri. V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei rcquiéscant in pace. R . Amen.
IV estasão
MARIA SANTISSIMA VEM AO ENCONTRO DE JESUS V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi.
e,n mão:.· ,te verdugos e de inimigos. Quem !tá
R. Quia per saneiam Crucem tuam rcdemísti mundum. Carregar o cruz significa, muitas e mu;ras vêz.es. renunciar. Re111111ct'ar antes de Hu/o ao ilícito, ao pecaminoso. Mt,s remmdar também , e muitas vétes, ao que, sendo lícito e até ad.. ,n;rável em si, tOnlá..se mau ou menos perfeito em co11seqüê11cia 1/e de1ermi1uuias circunsuln<:ias. No caminho ,te vossa Paixão, Senhor, destes um terrível exemplo, um luminoso e admirável exemplo de renúncia ao que é liclto. O que há de mais lídto. Senhor, tio que as carí• cias. ,lo que o desvêlo de vossa Mãe Sant1ssima? Tudo qurmto t/Efo sabemos é <11,e, por mais que dE/a saibamoJ· algo, <IElcl jamais Sfl• ber.emos tudo. tal é o oceano i11comensun1vcl tle pcrfeiçijes e tie graças que Ela contém•, Vossa Mãe , Senhor, está em vosso ,·aminho. Ela quer consolar-Vos. Ela <1uer ,·onsolar-Se conVosco. Vêde-A . Como é legítimo que Vos ,JeteuhaiJ· ao longo tia via dolorosa, consohmdo-Vos e consol"ndo-A. Entretanto, o momen• to dt, separação depois êlêste rápido colóqu;o chegou. 0/r dilacernç,ío. é preciso que Vos separeis um tio outro. Nem Ela nem V6s, Se. nhor, contemporizais. O st1crl/ício segue seu curso. E E la fica à beira tio ct,minlto... E 11telhor ne,n <liz.e,· como, vendo•Vos, que Vos disumciais aos poucos vertendo sangue, com• ,,asso incerto e vadiante, eut rleman<la do tíltimo e ~;upl'emo st1crifício. Maria t.em· pena de V6s. Ela Vos segue com o o/Irar, ve11do-Vos .,ó.
tle Vos consolar? Oh vontade irresistível, arre• batadora, imensa, de seguir vosso,ç passo.r, de Vos diz,er plllavras de meiguice que só Ela sabe diter-Vos, ,te amparar vosso corpo d;vino, de Se interpor entre os carrascos e V6s, e, prostradt, como que.nt> implort, mna esmola inestimável, suplicar par" Si um po11co dos golpes que Vos dcio, contanto que com, isto Vos /iram um pouco ml'IIOS, mio Vos magoem tanto ,, c<trne ;nocentc. Ó Coração de' M ãe, o que J·ofrestes neste lance! Mães de Padres, mães de Missionários. mães de Religiosos. quando sentirdeJ· o pesar ele tanu, seJ)araçiio cruel, pe1u·t1i em Maria ScmtÍS· s;ma, que deixou seu Divino Filho J·eguir s6, o caminho que Lhe traç'1ra a vontade de Deus. E pedi que Ela console. vossa dito., a dor. Mas há, mil e mil vêzes l11feli1.es, outras mães abandonadas. Mães de fmpios. mães ele libertinos, mães ele pecadores, também vós /i~ cais a sós, por vê1.es, 110 caminho da dor, e 11qua11to vossos filhos correm pelas vfos da pertlição. Pedi a Nossa Senhora que vos console. que vos dê t1le11to e perse11erança. e que o/ere• ça parte da dor que neste passo sofreu, para que vo.u·os filhos possam algum dia volta,. a vós. P,msai em Santa Mttria, e janwis desespereis. PfJra os vossos filhos tra11sviados, Nos.. sa Senhora será a Stella Maris. que cedo ou tartle os reconduzir<Í ao pôrto.
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PATER NOSTER. AVP. MARIA. GLORIA PATRI.
V. Miserére nostri D6mine. R. Miserére nostri. V. Fidélium ánimae per miserieordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.
V est ação
O CIRENEU AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ V. Adorámus te Christe el bcnedícimus 1ibi. R. . Quia per sanctam Cruccn, tuam rcdemísti mundum. Simão Cireneu vinha de longe. Não .mbia qual era. a algaz.arra, o ,,Jarido. o voz.er;o que por vêz.es o vento lhe tral.ia. U ""' g1·ande fe.t• tá, provàvelmente, tantos eranr. os risos, os brados. as voz,e.i. que em a11imaclt1 suceJ·são se /az.i<mr ouvir. Aproximou-se. Port<?, jovem , clteio ele \lida, parecia num c.1trto sentido a antítese do pobre Ser de túnica branca - a trínica dos lloidos - co'roa de espinhos. todo ensagüentado, um leproso cheio de chagas, qt1e paciente e lentamente arrastava a Cruz.. O contraste ser•
viu aos tdgoz.es de inspiraçcio. Tomaram-no para ajudar Cristo, Senhor nosso, a carregar a Ci-uz.. O Cir<ull!u acellou. A princípio, 10/\let, por constrangimeiuo. Depois, por piedade. p;. cou na Hist6ria, e, mais do que isto, conq,âstou para sl o R eino do Céu . Como é Jreqiieltle estll cena! No caminho de nossa vida, vemos a Igreja que passa, perseguida, açoitada, calwúada, odiada, e, ó m eu Deus. por vêzeJ· até traída por muitos que se diz.em filhos da luz s6 para melhor poderem propagar as trevas. Vemos ;sto. Na aparêncit, a Igreja esJá fraca, vacilante, agonizante talvez. Na realidade, Ela é divinamente forte, como Je$uS. Mas nós só vemos a fraqueza co,n
Plinio Corréa de Oliz,eira os olhos da carne. E somos r,io míoptJ' ,·om os
olhos da fé, que ,liscernim<>s a custo ,, inven-cível jtfrça divina que A conservará sempre e sempre. A Igreja vai ser derrotada. Vai mor•
rer. E u, pôr ao serviço dessa perseguida. dessa ct1ltmiadt1. dessa derrotada, a exuberância de minlws fôrças. de minha mocidade, de meu entusiasmo? Nmrca.' Distanciem<>--nos. Niio somos Cire11eus. Cuidemos s6 e só de 11ossos inferisses. Se.reinos advogados prósperos, comer-
e
do " Sllnta Igreja passou por nosso caminho, n6s não A ajudamos! Apostolado, apostolado, apo.110/ado! Apostolado sawrado de oraçüo, impregnado de sacriflcio. li lste o meio ,,elo qual devemos ser Cireneus da Santa Igreja. _ Meu Senhor, fazei com que sejamos tão fiéis a esta grt1Ça quanto o próprio Cireneu. Oh. b,em-ave,rturado Cireneu, rogai por n6s.
ciantes ricos, engenheiros bem colocados. nJé•
PATER NOSTER. AVE MARIA. GLORIA PATRI.
dicos de boa clientela. jornalistas ilustres ou prestigiosos pro/essôres. E só no tHa do J u1to é que compreenderemos o que perdemos quan-
V. Miserére nostri Dómine. R. Miscrére nostri. V. FídéliUIY\, ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.
VI esta~ão
A VERôNICA ENXUGA A FACE DE JESUS V. Adorámus te Christc et bencdícímus tibi.
R. Quia per sanctam Crucem tuam redemísli rnundum. Todos J·e riam tle Vós, meu Senhor, 1otlos Vos Jerimn,, Vos ulrr<1javam. Vossa face divina, outrora rtuli<mte <le formosura. está t1gora des.. figurada inteiramente. Ela só exprime a dor, ,ra .tua /ormu mttis aguda, mais pungente. Aoi olhos des,·a 111rbamulta. que papel fa• l'ia quem Vos consolasse, quem tomasse vosso partido, quem se tleclarasse vosso? Atrt,iria s6• bre si muito ,to ódio, do desprêzo, tia lwmillra• ção (Jue sôbre Vós se lançava como i,npetuosa torrente, tio íntimo tlaquelf!.s corações empe• ,Jernidos. e, mais. de vôdas <ts ruas. praças e vielas da cidade ,Jeicida.
A Verónica ,,fo isto. Mas ela não teve m êtlo. Aproximou-se de Vós. Consolou-Vos. E, oh divina recomp,ensa, vossa /<ice divina /ic:ou para sempre. estamptula na toalha com que ela quis enxugá.la. Meu Dt 1(s, qtteira meu cOr<tçâo consofor.. Vos sempre. E especialme111t: qumulo t0</os se envergonhare,u ,Je VóJ•, dai•me fôrças 1u1ra Vos cOnJ·olar, proclamantfo.Vos em afio e bom som o meu Divino Rei. Como recompensa, não quero oulrt,. senão ter vossa face estamp,,da em meu cOrClfãO. PATER NOSTER. AVE MARIA. GLORIA PATRt.
V. Miscrére nostri Dómi~e. R. Miscrére nostri. V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei rcquiéscant in pac::. R. Arncn.
V II estação
JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi. R. Quia per saneiam Crucem tu•m redemísti mundum. Caís1es mais uma vez. Divino Senhor. Como é duro o cnminho tia Cruz! Foi durf.tsimo pllrtl V6s. Será também duríssin,o para vossos se .. g,âdores. Há momentos em que O'S caminhos parecem todos fecluulos para 116.t_. Q céu se 10lda, a~· e~ percmçns desaparecem, as apreensões povoam de negros /rmuu·m,,s e1 nossa imaginaçiio. As fôri·,,s com'-'fªm a fraquejar. Não podemos mni~·. Embora caiamos debt1ixo da cruz, meu Deus. mai~· uma vez Vos suplicamos, por vossas e11tra11has misericordiosas, pelo vosso Coração sagrado, pelo amor que ttllheis a vosst, Mãe. pelas dores crudelíssimas que neste passo sofrestel·, n,io permitais que saiamos da cs·
1radt1 tio sofrimento e da
virtude, e que Clliremos para longe de nÓJ' ,,_ cruz. Socorrei..nos e111ão, Senhor meu de misericórdia. Porque o que queremó,f é o cumprimento iut.eiro tle nosso de• ver. Mas ouvi, Deus benigno. ti sliplict1 de noss,a fraqueza. Pelo muito que :.·o/restes. pela superab11ndá11cia de vo.wos mérito's i11/i11itos, abrcmdcti se possível nosso sojrimento,, /Ornai mais leve nossa cruz. sêtle Vós mesmo nosso mise,.icor• tlioso Cireneu. cm, Jôda a extensão em que o permiwm 11(>ssa scmti/icuçüo e os supremos interêsses de vos.ra glórt'a, {;: o que Vos petlimos, Senhor, pelll onipotente i,uerceJ•siio de vossa M,1e. PATE~ NosTER. Ave MARIA. GLORIA PATRt.
V. Miserére nostri D6mine. R. Miscrére nostri. V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei rcquiéscant in pacc. R. Amen.
VIII estação
JESUS FALA AS FILHAS DE JERUSALÉM V. Adorámus te Christe et benedícimus tibi. R. Quia per sancrnm .Cruccm tuam rcdcmísti rnundum. V6s tivestes a Verônica, Se11hor, e o inc,• ,,reciável, l 'it bem que amarfssimo_, consôlo de vOSS(t Mãe. E, neste passo, outras mulheres se acercam. de V6s. Elos d,oram , elas gemem, ela.\· se apiedam tle V 6J·! Como se chamariam estas boaJ· 11mlhe,.es? O Evangelho 11110 o diz.' Como as trataram os sol• ,l<ulos e o populacho que Vos martil"iz,t:zvam? Também niio o tlit o Ewmgclho. li certo que se êles /a/(lsscm Hng,wge.m de nossos ,Jias, teriam exclamado: Oh beatério . .. Beatério.' Qrumlas vêz.es l!J'la palavra .-re prommcia com ,lesprêzo e dureza. parll tlesig11ar llS ,,es.toas que se assinalam, e se disti11guem pela sull assitluidade aos pés de vossos altares umtas vê1.es abandonados, na /rcqiientação das cerimônias relisiosas durante aJ· quais, por ,,ê. ze.... ,,;em elas as igrejas teriam ficado <1,wse va• zia.\·. Com chuva ou bom tempo, ei-las que se es1ueiram pelt1s sombras <Íll uuulrugada ou do c:rept'isculo, com passo c,pre:,·...-ado. Vão parfl a igreja. Muitas vão ,lepressa, porque têm de tr(lballwr, ou em c,,sa. ou fora. Rezam. E sua oração é 1101· vêzes tão t1,;r(ldúvel <1ue, sem <u/uilo que pejoraJiva e injustmnentc se convencionou dwmar beatério, serit, muito mais infeliz qualquer grande cltlade de ,,ecadores de nossos dias. Poderá por vêzes haver excesso, abuso. má ,·omprcensão tle muita coisa. Ma.s por que ge•
nerali<,<ir a regra? Por que olhar apenas par" a.s manchas~ sent. ver a luz ,/essa pietlade perJ·evc.rallle e Ílle.xtinguí vel? Quanlo ouro lli!.,tSa ga11.. ga! E quando, ,Jepois de ter contemplado liS· sim essas almas entre as quais muitllS têm tão grande mérito, se ouvem, certas tlecltunações doutos contra o beatério, tem-se a vontade de tliz,er dos declamadores: Senhor. quanta gtmga lll!Sse ouro. 'fl:sse verdt1deiro beatério, êsse beC1tério genuíno e sincero já estêve aos pés da Crut. cito• ra,ulo e gemendo. E qwuua gente <1ue gosu, de tliter que Judas mio estó 110 inferno mas que para lá vão cer1ame11te (1s beatas, ficárá pasmo 110 di11 do Juízo f'foal! Senhor. acciroi e abençoai essas oraçôeJ· que no decurso de vo.rsa Paix,io Vos foram (/irigidt1s. Vós destes a estas pias mulheres suo vo• cação: "Chorai". A voctiçâo de chorClr pelos castigos que justos e inocentes sofrem em conseqiiêncla dos pecatlos coletivos, é a grande vO• cação delas. Que êsse 1u·a,110. Senhor, que V6s mi!.smo incitastesJ .~·irva para que vossas igrejas fiquem regorgitantcs de beatos verdadeiros. isto é, 1Je bem. .aventumdos de tôdm; tis id(Ules e co11• ,liçõe.f J'Ociais. nobreJ·, ricos. poderosos. pobres, a,ulrajoJ'os, ln/elites. Senhor, conquista,' e atraí fl Vós tôdas as ,,/mas, pelas orações. o exemplo e tl.f palavras das almas fiéls, inde/ecttvel• mente fiéis. · PATER NOSTER. AvE MARIA. Gt. 0R1A PA·rR1.
V. ~ iserérc nostri Dómine. R. Miscrére nostri. V. Fidélium ánimae •per n1isericordiam Dei requiéscant in pacc. R. Amen.
IX estasão
JESUS CAI PELA T ERCEIR A V EZ V. Ador:lmus te Christe ct bened[cimus tibi. R. Quia per sanct:un .Cruccm tuam rcdemís1i
mu ndum. Há miJ·lérios que o vosso Santo Evangelho mio narra. E entre êles cu gostaria de saber se me engano ao supor que essa vossa terceira
quetla foi feita, meu Senhor, paru cxpi,,r e sa/.. var ,,s (1/mas dos prudentes. A pl"udência é a virtude. pela qual escolhe• mos os meios adequadoJ· para obrer o fim que temo.\' cm visw. Assim. os gnmdes atos ,Je heroísmo podem ser ulo prudentes quanto os recuos eslrc,régicos. Se o fim é vencer, em no-
ve,tta por cento dos casos é mais prudente avan• çar tio qne reet,ar, Nüo é outra a virwde evan .. géUca da prudência. En1reta,1to . . . entende..se tJue ll prudência é s6 a arte tle recuar. E. assim , o recuo sisu:mático e me16dico passou a ser a âniéa atilll• tle reconhecida como prude11te por muitos de vossos amigos, met1 Senhor. E por isto se recua nmito. . . A realização ,te uma grande obra para vos.ra glória está mui• 10 penosa? R.ecua•sc por prudência. A santificação está muito dura? A escala<la na virttule mulliplica as lutas em vez ele as ,1q11ietar? Rectlll•Se para os pântanos tia m ediocl'idtule, part, eviuu·. por prudência, gra,ules catástrofes. A saúde periclita? A bandona..se, por prudência, todo ou quase todo apostolado. mediocriza..se " vida i111erior, e trtm3}ornw-se o repouso no supre1mo l<leal da ,,fria. porque a vida foi feita. tmtes tle tudo, para 'J·er lo11ga, Viver m11ito pas• sa a ser o itleal, em vez tle vivet bem. O elo• gio já não .reria como o da Escriwrt1: "Em uma curta vida -percorreu uma longa carreira•· (Sab. 4. 13). Seria, pelo contrário, "teve longa vida,
para o Que teve a sabedoria de renunciar a /a.. zer 11ma grande ,·arreira nas vias tio apostofa.. ,lo e da virwde". Vidas longas, obras pequenas. E: vossa prudl 11cia · como foi, oh Modêlo divino de tôdas as vir111des? Qmmtos amigos tendes, t1ue Vos aconselhariam a remmciar qU(mt/o caístes tia primeira vez? Da segunda vez, seriam. legitío. E vendo-Vos calr pele, ter• ceira; <1uantos Vos não aba,ulonariam escandalizados, achando que éreis temerário., falto de bom senso, que queríeis ,,folar· os manifestos de.t'ignios de Deus! Que êsse passo de vossa Paixão nos dê gra• ça.)·. Senhor. para J'ermos de um<, invencível con.wlincia 110 bem, co11hece,ulo perfeif<,mente o Cmninlw do ,•erdadeiro heroísmo, que pode chegm· a seus limites mais extremos e mais su .. blirnes sem jClmais se confundt'r co,n uma vil e ,,,.esunçosll te,neridade. PATER NOSTER. AVE MARIA. GlORIA PAT RI.
V. Miserére nostri D6minc. R. Miserére nostri. V. • Fidélium ánimae per misericordiam Dei rcquiéscant in pacc. R. Amcn.
X estaçã o
JESUS t DESPOJADO DE SEUS VESTIDOS V. Adorámus te Christe ct benedicimus tibi.
R . Qllia per sanc1am ,Crucem tuam rcdemísti mundum. Não vos seria poupada esta suprema a/ro11• ta, meu Deus. Aquêle Corpo divinamente cas• to que a Virgem Samíssima protegeu sempre com 11s /<lixas e 1rí11i,·C1s que lhe Jazia, aqué-Je Corpo ine:cprim(velmente puro haveria <le /;car expo~·to t1 todos os olhares! Meu Deus; como mio supor que V6s ,e. nlrais expiado particul(irme,11e r,este passo os pecado.r corura a castülade? O nwrtírio tia nu• tlez é imenso para uma alma pur1.i. Houve tem• po em que, em Cartago, as cristás conduzitlas à arena, tendo vencido mirt1Ct1losame111e as fe• ras, foram submetidas li martírio ainda maior pelos magistrados. que as expuseram mws diante do audirório, alegando ,·aberem que elas prefeririam ,mi vêtes morrer estraçalhadas 11e• las feras. E tiniram razão. Se assim sofriam as mártires, como sofrestes Vós, meu Deus? E se tão grande é vosso divi110 horror ti im• pureia e t> im/Judicícia. conr que 6dio não
odiais, Senhor. aquêles que abusam de .t ua ,;. <1uez,a propagando moda:; intlecenteJ', por meio de representações cinematográficas e teatrai.t, por meio ,Je revistaJ' e fotografias. por m eio do exemplo funesto <1ue ClS classes altas dão à.1 mais modesws? Como não o,liais aquêles que abusam de sua autoridade. forç(ludo as empregadas. as filhas e até as espôsas a se ,1es1ir de ,nodo indecoroso para seguir as fantasias da época? Dêles é que dissesteJ· no Evangelho: .. Melhor seria que se lhes atass·e uma pedra ao pescoço, e fôssem atiradoo ao fundo do mar" (Mat. 18. 6). Dai. a todos os que têm por incumbl;:, iu combater a moda imcral. coragem para tanto meu Deus. Aos pais, às ,nães, aos pro/essôrcs. aos patrões. e aos membros das associações religiOSC/S. PATER NOSTER. Ave MARIA. GLORIA PATRI.
V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri. V. Fídélium ánimae .per misericordiam Dei rcquiéscant in pace. R. Amen.
XI estação
JESUS É PREGADO NA CRU Z V. Adorámus te Christe et benedicimus tibi. R. Quia per sancrnm .Cruccm tuam redemísti
mundum. Quando Abraão, 11uma' docilidade sublime à vossa vontade, meu Deus. ia vibrar contra Isaac o cutelo sacrificador, Vós detivesles, misericonliosame11te, o curso do sacriflcio. Com vosso Filho, entreta1110, não agistes assim. Pelo contrário, meu JesuJ·, vosso sacrifício chegou até o fim•. Fêz-se absolu111mente inteiro. Carregastes n Cruz ao cilto do mome. E. agora, sois cravado nela. A Cruz está por terra, m eu Jesus, e Vós nela deitatlo. A umenu,m cruelmente vossas dores. São umuis que. sem um auxílio sobre11(1tural, morreríeis. Mas vossa fôrçt1 cresce na me• dida de vO$.\'a divina mt'ssüo. Tereis tttcJo quanto fôr necessário para c:,egar até ,, âhluu, imO• lação. Os laxistas, meu Senhor. recuam. Eivados de tleterniinismo, nüo sabem que Deus multi.. plica pela J!i·t,ça as fôrças nMurais iusigni/ica111es tia vo111acle humana. Por isto recuam diante do dever evidente, t1dmitem inibt'çõcs invencíveis onde muita vez só há falia de 1norti/ict1•
ção. e consideram perdidas com honras de guer.. ra muitas ba1all1àJ" da vida espiritual. Na vidt1 espiritual, não se perde com honras de guerra. As honras de guerra consistem apenas em ven• cer. E vencer consiste em não deixar a cru1. mesmo quando se cai debaixo dela; consiste em pc1·severt1r em meio aos fracassos aparentes da.t obras externas, a adversidade, o esgotamento de tôdas as fôrças. Conslste em levar a crut ao lllto do Gólgota. e, lá, .re deixar crucificar. Vós jazeis s6bre vossa Cruz deitado, oh meu Deus. Que fracasso aparente para o Sal• vador do mu11do, atirado à terra como um ver• me, desfigu,.ado como um leproso. e cruciJ,'. cado como um criminoso! Meu Deus, quanta e que esplêndida vi16ria na realização de vossos desíg,iios a de,fpeito de todos êstes abs1áculos! MtliJ· ul'na vez, meditando vossa Paixiío, se ergue em nós o clamor 1umultuário de nossa pequenez. Afastai se possível de nós o cálice, meu Deus. mas, se indispensável, dai-nos fôrÇ(tS para chegar até a cr1,clfixão. PATER NOSTER. AVE MARIA. GLORIA PATRt.
V. Miserére nostri Dómine. R. Miserére nostri. V. Fidélium ánimae per m isericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen .
XII estaçã o
JESUS MORRE NA CRUZ V. Adorámus te Christe ct benedícimus tibi.
R. . Quia per sanctam ,Crucem tuarn rcdemísti mundum . Já não esmis por terra, m eu Demi. A Cruz. le11u,mente se levantou. Nii.o 1uu·a Vos elcv(lr, mas fl""" p ,·oclamar be1n alto vóssc, ignomínia, vosl·a derrota, vosso extermí11io. Entretamo, era o momento de se cumprir o que Vós mcl·mo lwvíeis tmtmciado: "Quando íôr elevado, atrairei ;1 . Mim tôdas as criaturas" (Jo. 12. 32). Em vossa Cnt1.,, /,um;/1,ado. cJta .. ,;cl(IO. ogonittmte, começastes a reinar sôbre e~·to te,.ra. Numa visão profética. víeíY tóda.r a:>· almas viedosos de todos os tempos, que vinham " Vós. Víeis o recato e o 1mdor das Stmws Mu• lhc,·c s, <1ue ali partillwv<m1- tle vossa tlor e com ê.tse (J/imt'nto espiritual se sm11ificm am. Víeis as metlitaçõcs de S,io Petlro e ,los A p6s1olos sôbl"e vossa Crm,:i/ix<ÍO, víeis llJ' meditações de Lino, C!eto, Clemente.. Sixto, Cornélio, Cip,·ia110, /11 êJ', Cecília, Anastácia, todos a(Juêles San• tos qut! vossa Providência quis que fôssem dià· 1
rt'amente e 110 mundo inteiro mencio,wdos clurante o Sacrifício da Missa, porque a oblaç,ío da santidade dites se /êz. ·em, união com a oblação tle vossa Crucifixão. Víeis os missionários benc,iitinos que, condrtiJndo vossa Cruz pelas selvas ,la Eul"Opa, conquistavam mais terras 1111e as legiões romanos, Vieis São Francisco. que do Monte Alverne Vos adoravá, e ouvíeis ti pregação de São Domingos. Víeis Santo Inácio artle11do em zê/o pelo Crucifixo, reunindo em tôrno ele V 6s ,1s falanges dos retirantes dos Exercícios Espiritua;s, Víeis os missionários que pe.rcorrlam o Nôvo M wulo para propagar o vosso Crucifixo. Víeis Santo T eresa chorando ,; "ossos pés. VíeiS vossa Cruz luzindo ,u1 cO• roa dos R eis. Meu Deus, no Cruz é que come• r<>u vossa glól'ifJ, e não na R essurreição, Vossa nudez é um manto real. Vossa coroa de espinhos é um tliadema sen1- preço. Vossas chagas são vossa 1nírpura. Oh Cristo-Rei, como é ver<Jodeiro considerar•Vos na Crut como um Rei. Mas como é certo que nenhum simbolo exprim e melhor a tmtcmicidade dessa realeza, qua113
,•ni,.;n vsio th I'.
4
VIA SACRA to a reali<lade histórü:<1 <lt: vossu 11udc1.. ,te vos:m miséria, de vossa apnrente tlerrota! P ATER NosTER. AVE MARIA. G1,0RIA PATRI.
UMA APRECIACÃO INFELIZ••• ,
V. Miserére nos1ri Dómine. R. Miserérc nostri. V. Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.
X 111 estação
JESUS É DEPOSITADO NOS BRAÇOS DE SUA MÃE V. Adorámus te Christe el benedícimus 1ibi. R. Qui:l per sanctan, Crucen, tuam redcmísti rrmndum. A Retlenç,io se consumou. Vosso Sacrifício se /êz inteiro. A Cabeça sofreu quanto ti11ht1 ,le sofrer. Reswva aos membros do corpo so~ /rer Ulmbém. Junto <i Cruz eswvt, Marit,. Para que tli1.er uma pâlâvr,, que seja, st>bre o que Elu sofre11? Parece q11e o pr61,rio Espirito Santo evitou <le ,/escrever a pungênci<, <la tlor que imuulava " Miie como reflexo d,, tlor que supemh1111dou 110 Filho. €/e .,6 e/is.t e: --Oh vós, que passais pelo caminho, nten1ai e vêde se há dor scmelhan1e à minha dor" (Tre. /, /2). S6 11111a palavra n pode descre,,er: não teve igm1l em tixlt,s as puras critltura.,· de .D eus. Nossa Senhora da Pitulatle! J:; <1J·sim que o povo fiel invoca a Noss" Senhora quando A contempla .tentada. com o cadáver <.Jivino do Fil!ro ao colo. Piedade , porque tôd" Ela ,uio é senão compaixiio. Conipaix<io do Filho. Compoixcio dos filhos. porque Ela mio tem só um filho. Mãe c/Slc, tor11011-.re Mãe ele todos os homens. é Ela 11cio 1em apenai compt1ixiio tio Filho,, tem wmbém <los filhos. Efo olha par,, uoss,,s ,/ores. nossos so/rimento.t, nossa.t lwas. El<, sorri para n6s no perigo, chora conosco , ia dor. alivia nossas 11·iste1.as e s<mli/ica no~·sas a/egrfos. O /Jr6prio do coração ,te Mt1e é uma í111ima participação em wdo que Jaz vibrar o co~ raç,io cios filhos. Nossa Senhora é 11oss,, M<ie. Ela tmw muito mais ,, <.'(Ilia um ,te nó.r individua/mente, aindtl ao mais mi:u ráve/ e ,,ec{l{/or.
tio que poderia fazê-lo o mnor ~·om"do de tôde1:r as nuies do mundo por um filho únlco. Persuadmno--nos btm tlisto. t. " cada um de n6s. E ,, mi,n. Sim. é " mim, com. tôdas as minhas misérias. minhá:.' i11/idelidt1des 1,10 àsperamente censutáveis, meus indcsc:ulpávcis ,/efeitos. É " mim que Ela ama assim. E '""" com i111imid<Ule. N<io <.'Omo unM1 Rainha que, ,uio tendo tempo par11 tomar conlu:cimemo <fo vil/a de cmh1 11111 ,to~· súditos. acomptml,a t1/>e11as em li~ ulws gerais <> que êlt!s ft1zem. Ela me t1COmJ)ll· nlta li mim. em todos os pormenores ,Je mi11Jw vida. l::ta conhece miuh<ll' peque,ws dores, minhas pequem,s "lcgrfos. meus pequenos t/e.\'C• jos. l!la mio é i111/ifen!1lle li mula. Se soubéssemos pe,lir, se c:ompreenclêssemos c, imf)Ortwritltul.e eV<mgélict1 como W1Jt1 virttule udmirâvel, como saberfomos ser mim1<:ioJ·amente importunos com Nosso Senhor,,. E' /:..'la nos daria m, ortlem (la 1u,ture1.d. e pri11cipalme111e ,w º"/em tfo graça, muitíssimo n,ais tio <111e jmnafa· ousaP'Íàmos supor.
Nossa Senhora da Piedade! Ttmto w1lericl. ou quase, diier Nossa Senhor" ''" Sanu, Ou.m<li". Pon1ue o que nwis ,,ode estimufor a sanw ousadia. cusa,liiJ Jwmil<le, submiJ·s,, t· ,.:011/or11uulá ,Je um, miserável, que ,, pie,lcu/e nwrer11al hrimagimível tle <JW!m tu<Íó tem? J>A1"ER NOS'í€R. AVE MARIA. GLORIA PATRI,
PE. FREI llOA VENTURA Kloppenburg, Redator-chefe da "Revist:-1 Eclesiástica Sra. s ileirz.". cm o n(tmcro 2 do ano p. pas• sudo, publicou umo apreciação do CATECISMO HOl,ANOÊS: apteci:ição que achamos muito estranha. em se 1rn1ando de um Tf:ÓLOCO que cstêve, de qual• Quer forma. presente :,o Vatkano li e se ocupa con1inuamcntc de Teologia. PMcce que Frei Boaventura, 11ão saberi~t porque, experimenta um grande pra7.et cm rccomch• dar e elogiar Indo o que cheira ;\ progressismo e modernismo e se manifesta ··anti-romano··. Qm1I• quer coisa deve ter cri:,do nêlc uma "psicose··. que o irrita dian1c da intervenç5o da ··c(,ria Romana'". e sente alegria em discOt(.htr d;, mesma. Não podemos explicar <le oulro modo a "Apre• ciaç:io" que é lc fêz da edição brasileira do tal C:uecismo. Apreci;1ç:"io que se m:1ni fcstà até conlraditórin. Comcç'1 por confe~ar que o "Nôvo Catecismo" hol:.~ndês foi tr:Jduzido e publicado sem inserir no texto "t1,t curreç<ks SVCl; RIOAS 11«'1" Cmuissiio C11rtlinalícfo". cncntre.gada pelo P~1p;.1. No1amos que t,\iS corrcçõe.~ n:io foram :-imptesmentc ...,·111:erillas". mas exigid;,s pela Comissão Cal'dinalícia. pois trata.se de ··erros.. g.mves e fundament.;lis. Etros que vên1 envolvido:,: numa ma• neira ambígua, im:omplel:t, nebulosa de cxpQr .-1 VEROAOE ca1ólic:1. Esse sistema de dizer. sem m:1nifes1.-r claramente, é o sistema dos fa l~os profetas. na f:1s.: inicial de l)ua pregação: ncccs:;itam de uma roupagem diversa dos sentimentos internos. p,:ir,:i dizer.
O
sem ;1p..irccer que dizem.
V. Miserérc noslri Oómine. R. Miscrére noslri. V. Fidélium ánimae per miscricordiam Dei requiéscant in pacc. R. Amcn.
cusa que atinge a autoridudc do Mc::sll'C Supremo da Verdade, na Igreja, o Si,nto Padtç o Papa . . . Nem compreendemos o ··ruror·· com que 1al Catecismo está sendo trnduzido e di vulgado. no meio do povo c;,tólico. Occcr10 não é para dar aos nos-sos íiéis uma formação realmcnlc ..:atólica. Deve exislir uma Or· g?.nização i nternacional, dirigida por f6rças ocul1as e infctnHi~. empenhadas: cm ··au1odemolir" a Igreja Católic;,, Apostólicn, Roman::,. Pch1s idéi,,s cxpres.s.is no t.tl Ca1cdsmo, podemos idcnlificar tais fôrças com as que foram condenadas pOr São Pio X, que são os rROGR.ESS1STAS• MOOERNISTAS.
Será que Frei Boaventura é uma .. ví1ima ino• centc" de cais emissários do êrro e da subversão. deniro d3 Igreja? Sej,;1 ê le ·•consciente" ou ••inconsciente··. o certo é que muito cs1rnnh.lmos a apreciação que deu da edição brasileira do Catcci~mo holandês.
Citemos ~,lguns lÓpicos de t<ll aptccmçao. Diz êle que o Catecismo foi traduzido e publicado. no Brasil, sem "us Córreç<ifs .mgeri,las pe/11 Cmni.J,ttiõ C(lr<linaliât1",
Nfio obslante isso, êlc confessa: "Muitas l'êzt.t jú me• pediram um livro qut pudesse ajudar a introdut.ir t1lgu~m n,, vidu e na ,lot11ri,1t1 cristii. Sempre.: tive ,Uficuldades nt.\'tu esotcie tlt: aconsellwm,:1110 p,,:;wf<ll. Dr J,oj~ cw1 diault' me" ·probltmu c.·sttí resolvido: (J füwJ indh:<UIO .H•rtí m esmo b rt Nôvo CATECISMO". Julg;_t-<> ;;1pto P•lnl o Brasil, embora o declare aind~1 anacrônico para o Brasil. Somos aind<l sub-
desenvolvidos ··,eolõgicamentc". poh;: "êl·tr Cutecismo foi ,•/11/>Qrada .,·ob t>.v <mspid<1s ,/QJ' Bispos ela 1/u{(mcltt, ' JJ<1ra « ,:e11te ,Ju Nulcmdu", a seu modo. Ttm llJ' (~úres. os acentos, a to11ulidmlc exigid.-s pe/11 situação ,w Nol<,ndo"' e não 11ecess.\riamentc ... no 13ra-sil .. . Con1inua: "O que é imporumte nu ltâlit1 potle mio str m, Noltmda" e, também, por certo Br,1.ril" . .. O Catecismo n:1o serve para ilalianos e brasileiros. , • mas é o único livro que êlc acha acon.se• lhávcl p~1r:1 uma introdução "na vidt1 e 11a doutrina c:rü'l<i"' .. Simples "intrôtfoç<io" para o brasileiro. 0
XIV estação
JESUS Ê DEPOSITADO NO SEPULCRO V. Adorãmus 1e Christe el benedícimus tibi. R. Quia per sanctan1 Cruccn, ruam redemísti mundum. Ao 111,•smo tempo <1ue (1s pesadm· l<ljes do sepulcro velam o corpo do S,,IV<ulor aos o/Jwr<'.t ,Je 101/os. a fé vacila uos poucos que lmvitun 11er11umeddo fiéis a Nosso Senhor. Mas há uma lâmpada que não se apaga. n em bruxuleia, e que arde s6 ela plenam ente, nesta escuridão rmi\,ersal. /:, Nossa Senhora, em• cuja lllma a fé brilha ião i,,1ensamente com o sempre.. ~la crê. Crê inteiramente, sem reservas nem restl'tções. 1"udo JJarece ter fract1sshdo. Mas Ela sabe que 1wtla fracâssou. Em paz. aguarda Ela a R essurreiç<Jo. Nossa Senhora resumiu e compendiou em Si a Santa Igreja nesses dias de tão exttns,1 deJ·erção. Nossa Senhora, protetora da fé. f:: êste o rema da presente meditação. Da fé e do espiriro ,Je fé, ou seja, <lo senso co16/ico. Hoje, a multos v llros, as possibUidodes de restauração plena de tôdas ,u· coisas .,·egundo a lei e doutl'ina de Nosso Senhor Jesus Cristo parecem
tiio irreme<li<lvelmeute seputuulas quanto t10,\· Apóstolos pcrrecit, irremedili.velmente sepu/ta(tO Nosso Senhor em seu sepulcro. Os que têm de· voção a Nossa Senhort.1 recebem (/Ela, e111reum10. o inestimável ,tom do se11so t·t1t6lko. E. por isto, êles sabem que wdo é ,,ossível, e qm• ,, <l/Uirente inviabilidade dos mai,r ousculos e extre,nados sonhos <1pos16/icos 11iio lmpe,lirá um,, verd<ldeir<l re$Surreição se Deus tú,er penll tio ,mmdo_, e o mwulo correspo,uler à graç<l de Deus. Nossa Senhor" nos ensina <1 perse,,ertm~·a ut1 fé. 110 senso cat6/ico e "" virtude ,lo 11po.t1ofodQ tlestemido - ' 1 Fides intrepida" - mesmo quando parece tudo perdido. A Ressurreiç,Jo virá logo. Feliz.es dos que soubel'em per• sever,,r como Ela, e com Ela. Dêles ser<io as alegrias, em ceru, metlitla a.r glórias do dia ,111 Ressurreição. J>A"íER NOSTER. AVE MARIA. GLORIA l'ATRI.
V. Miserére nostri Dómine. R. Miscrére nostri. V . Fidélium ánimae per misericordiam Dei requiéscant in pace. R. Amen.
V:.1 mos fris,1r uns ponto~. sôbrc o~ quais a Co~ missão achou l;;tl Catecismo deficiente e precisando de correções: 1.• - O Mistério da Santíssima Trindad~·. que mlo pode ser visto como uma manifestação externa do mesmo Deus. cm três tempos diferentes da histótia da salvação, Nossa- fé c,atólicc1 cnsin:,.nos que a única Natureza Divina subsiste cm ·rRÊS P ESSOAS, Pai. Filho. Espírito Santo: f>r:.sSOAS real-
mcnlc distintas. 2.0 - No princípio do tempo, Deus criou não só êste mundo visível. m :tterial. mas ci-iou também sêrcs 1otalmente espirituais. que chamamos ANJOS. Como também Deus cria imcdiaiamentc, em cada. homem. ~1 a lma c,s piritual e imor1al. 3.0 - O pecado oritinal não é o "pecadc> Jo mmulo". o conjunto de todos os pecados da humanidade. como <liz o Ca1ccismo holandês, mas é o pecado cometido pelo primeiro homem, Adito. Pc-• c:tdo que import:·1 na privação <b graça saotiíicante e n:, dc1erioraç.ão de lodos os descendentes do pri· mciro p,,i, mesmo os que não comc1ct;)m pcc,,dos pcsw:1is. mas pelo íato de serem íilh<n; de Adão.
Cristo s.a1isícz pelos 11ossos pecados, ofe• recendo .io Pai as dores de sua Paix:';o e Morte na Cruz. ;,to de amor perfeito pam com o P:.,i Celeste e p:,rn com os homens, seus irn1ã.os.,. O Sacrifício da Missa é :.t renovação inctuenla do Sacrifício <la Cruz: sacrifício oferecido pela obl:,çiio consccratória do S.\ccrdote ministcri:,I. 4. 0 -
5.0 -
A presença de Cristo na Euc.irislia é
it~ Al. e PllRMANl:NTI! , produzid~, pela (T<lll.fllbSftmÔtlfiÍO do pão e do vinho, no momento da consa-
Dialogando iran~amente internacional, com Lcntáculos estendidos por tó<fa, parte. de maneira que nação alguma escapa à sua- influência, cuja finalidade é difundir cm todos
H
Á UMA ORGANIZAÇÃO
os meios a heresia modernista. Ch.tma•sc 100-C, e se propôc controlar tôda a imprensa católica. Já tem nas mãos grandes órgãos católicos e boa par. le das secções religio$aS dos jornais neutros (e(. ··ca1olicis010", n.• 220-221, de abril - maio de 1969). Daí, o verdadeiro heroísmo que demonstrnm os. órgãos de publicidade que timbram cm n:'.io romper com <i tradição, o q,,e quer dizer, que nüo a traiçoam a verdadeira Igreja de Cristo. Neste número está o v:,loroso semanário do Rio de J:mciro. "A Cruz", êlc mesmo repositório de gloriosas tr:,dições. Hoje, sob a direção do Sr. An• 1ônio Ouedc.s de f-loland;i, mili1a em defesa da Fé. da Moral, dos cos1umes católicos, con1ra a inva~ s.ão bárbat.\ dos neomodcrnistas, aposlados a tudo deslruir para impor uma rcli,g ião anárquica de fcj. tio marcusiano. Em ·· A Cruz" terça armas pela boa causa o Revmo. Padre Lutz GONZAGA DA SILVEIRA O'EL, noux, S. J.~ na sua leve e ílueotc secção "Dialog,:indo francamen te''. lida com agrado, provci10 e con• fór10 nos aniustiosos tempos que correm. Em boa hora, o Revmo. Padre D'Elboux reuniu cm livro ("CR1se R J:l..lGH)SA" - que melhor se apcl::trio1 "Crise n:1 Igreja'" - Editôra "Me1~sagcito do S:igrado Coração de Jesus". Rio, 1969 ) parrc <lc s\1;1s cl'ônic;,ls scman;,,is: ( de janeiro de 1967 :~ junho de 1969) . Oferece êle, assim, aos seus lei• tores visla panorâmica dos dC$1toços - ao menos de mui1os dêles - a que católicos, ectesiás1ieos e leigos, vão reduzindo sua Fé, su:, Moral, sua Litur-
gia, seus costumes. Alguns cítulos dos Càpítulos são suficientes para se ver :t amplidão dos <:$tragos. a que tenta pôr côbro o zêlo do Autor: ·'Aberr;) çâo da impremm c:,tólica'': ·•Devoções e associações injustiçadas" : "Celebremos o mês de Maria·•: "Mania de simbolismo 1col6gico": "Criitnçol~,s representando a Igreja"; "Porque frncassam as vocaç~•,~ "N~o fos1cj<tmos Lutero": ··taici1,am-se os colégios católicos": ··Pode-se justific~,r incitamento à revolução?"~ ''Repudiamos o pag,1nismo da mini• -saia'•: "Bailes paroquiais"•; ··Fobia ôe ootm~,s e estru1uras"; "'Nova hercsi::t e nova consagração'·; ··Amor profano e amor santo": "Diabólico triunfa. Jismo de Religiosos··; "Os ambig,uos sin:1is dos 1em• pos": .. Religiosos pervertidos são os que 1n:.lis pervcrlcm": "Não rodopiemos com todo vemo de dou1rina..~ "Oistinç,"io na virtude. IHl doulrina e no rr~je"; ''C ris1ianismo não é ;•penas sociologia": "'Mab: um <lescrtor em Belo Horiionte"; "LilUrgi:, ·•hippy·• na zona sur·: "O Catccisn10 holandês invade o Bra:;il"'~ ··H(, eclesiásticos que crncific,rn1 :, Igreja": celibalo desfigun1do e ultraj.1do num inquérito"'; "Os mercenários se omitem :.,b:.rndon;mdo as ovclh:1s": "A 1i1Ulo de amoslt;is de erros"; etc. O livro n.::$$Cnlc•sc de certa falta de unidade, porque acomp:inha o erro nos vâriru: campos cm que surge: e o érro. co1no tudo quanto destróiJ é dispersivo. liá, no cnt:rnlo, nc:;s.is páginas. um:, unid:.1de de intenção: o empenho na dcíc.-.a da 1r;,. diçfüJ cot1ólic.1, da Igreja de Cristo. 'Neste scnlido, gostaríamos <lc ver, em cettos pon10:;, diálogo :1in• dn m:1is íranco: de onde, não é cm 1ódas ~•s :.1sscrçõc:s que a<.:omp;rnlmmos o Autor.
··o
D. A. C.
4 •
grnção e indepcnde111emcnte da vontade dos presenle.~. 6,u -
A San1íssima Mãe de Deus. M;,ria. con•
c:cbeu e deu .à luz. o Filho de Deus, por obra do Espírito Santo, ' 111<> csp/('mtor 11ermtt11c-11te chi l'irRi,u/mlc" física. Jesus é Filho único de Mari:1, tendo Eht pcrnrnnccicJo ''.n:mprc Virgem".
7.0 - A Igreja define "Vcrcltules permmu:m e,\,.., revch1d.:is por Ocus. e express:'I 1:1is: verdndc.s de maneira conveniente e definitiva. não dcpcndend<., seu sentido da ''mcllf(ltidade fi/o,,·6/i,·a cfr si.r1c.•md$ variiÍvdS'.
8.0 -
A lgl'cj.:i, íu11dada pór Cristo e provida por Ê1c do poder de ensinar. sanrifitõ:'lr e governar, é Sociedade 1-HllRÁRQU ICA. T:,is podêrc.s são dados por Cristo dire1amentc ;,os legítimos PastÕ• rcs e não foram entregues ao povo c1·isli'iot para que os delegasse ~tos seus rcprescnlantcs . . .
9.0 Existem leis mor:1is. m:111ifestaçõcs da Lei Elerna e da Von1:tde Divim1. que cons1i1ucrn norm:!s objelivas e perenes. A essas leis o homem deve conformar sua consciência. p;.1ra que suas :u;õcs sejam boas.
O m:urimônio é uno e indissolúvel pot nature;,...:,. A mor.ti conjugc1I mio depende Unicamente da consciência subje1iva do:,; esposos. mas deve seguir as norm~,.s tr3çadas pela Jgrej::J . . . 10.0 -
··,w
mas livro que calha pcríeirnmcntc aos holandêses... Com isso cn1rt1mos perfeitamente no subjelivismo e relativismo religioso, - no dogma. na moral e cm tudo. Isto é possível para um "'disc:ípulo" do idealis mo subjetivista de. Kanl & Cia. O que faz a verdade é a evolução subjetiva. Conseqüentemente. verdades íundamentais, boas .-'inda e :-iceil;íveis parn brasileiros subdesenvolvidos. $Ctiam verdades supcrndas p;,ra holandeses., ou francc.sc.s. ê.stes já evoluíram et portanto, conecbcm de milncira diferente os dogmas revelados por Deus: mas nós também. com o auxílio do Catecismo holandês. chegaremos à evoluir e, um dia, se• 1·emos tão ··modernos" e ··progressis1:1s", como os
holandc.es .. . A coisa é clara, p;Ha Frei Boaventura, que nos ensina que a lgrej:) ··1cm Q ,Jc,•u de co11/ormar....tr ú cliw:rsitlmle tio,\' sinai:í dos 1em110s" . .. Nós c,s1:rn1os em a1raso com os tempos, defendemos ~iinda a validade da filosofia aristotélico-l◊misla, que admile o "realismo obje1ivo". Filos◊• fia que o V:uicano li leve a ousadia de recomendar. ch;mrnndo-:1 "p(llrim(mic, filos6/ico puenem('fl• te wílid<>'" (OT, o.• 15). Conlinua: "l\1o hic et nunc ,Ju /Jmsil, os"'º"· tecimellfos. tts exig<'11ci<1s. e.- a:r tt'(pirtJçüt:.t - <· por, wmq ilS ;111errogilçôcs - não serão os mcsmQs ,fo hic ct nunc dt1 Nolluu/11 l, . . 1 Devcrí,mos Jazer o nos.w> Cl,teâsmo. o Catecismo Bro.,•Uâro 1•. • J M11~· t nqultmo mio ti,•ermo.v coi.va me/1,or, Jémo.r t'Jlt! Nôvo Cate.cismo da Epfa·c op<ldô Nôfondis" ao nosso bom pôvo religio..io, simples. ao nosso caboclo do in1crior .• ,
Frei Boavcntur:1 ' tcrmin:,, manifesrnndo um "escrúpulo"': "li /NJf<l e,·i1<,r sombms que de fato paimm :i6l>r<' ttitJ ,,,·tciosa iniciar;,," ( ... J desejaria siuc;<Tt1mcnt(' wuo t.·,liçi'io re1·isu, se~um/Q ilS buli(,·açõe~· e ,rus;~i.stõe.,· dtt Comi.-r~·iio Curdi11alfcfrr". '"SOM8RAS". • • que nosso bom povo teligioso. s imples. e e.spcci:•hncntc nosso caboclo, saber~\ pcrf citamcntc dis.sipar. "Ó .m11c1<1 simplidtas!"' .. • O mal é que, cm lugar do caboclo. quem compr:), lê. c.siuda e explica o Catecismo holandês. são Padres. Irmãos e Freitas, cnc,urcgando-se de cnve• ncn,1r com ê lc o nosso bom povo, teligioso e :;.irnplcs.
Pe. Frei Teodoro de A. Chaves
{fjAtoJLncnsMo es1es s..-io uns pon1os cm que o 1al Catecismo hvlandês se mo:strn deficiente e errôneo. Como lo• dos podem ver. não se 1ra1a c.le coisas de somenos
importância. m:ts de verdades que :·11ingcm :, cslr'ut111'~1 1ód:1 do Cris1hinismo. Per-ante êsle e ou1ros pontos da Oou1rim1 C:ttÓ• lic~~, 150 mal cxpOstos, sonegados, ou mesmo neg_ados pelos au101·cs do Ca1ecisn10. não c-Ompr..:cndc• mos :, obstinação em não querer acei1;ir a:s correçõc:s; imposhts pela Comissão Pontifícia, -
rc-
NóVO ENDERtÇO DA ADMINISTRAÇÃO Rua Dr. Martinica Prado, 271 São Paulo (3) - SP Tõda a carrO$pOndência relativa a assinotur-as e vendo avulso deve ser enviada ô Administra~õo
A propósito do "Nôvo Catecismo" holandês - 3
PEDBAS E SERPENTES PABA AS ALMAS UE PEDEM PÃO M t\ü INEM OS UM conciliábulo cm que elementos iníihn,dos cm meios eclesiás1icos se propusessem escrever um ca1ccismo destinado a .so lapar as bases de n<>ssa Fé. De onde partiriam para semear erros de gravidade tal, <ruc abalariam as firmes ccmvk-ções que formam o cerne da men1alidadc crttólica? São Pio X nos deu. há sessenta e seis anos atrás. o programa que 1ais íilhos das trevas set uiriam: êles começariam "por nt:f:tlt ,, queda <' mi,u, ptmuto-a do hom,:m. Pum.r ftibufos, 1>or-
I
UuttQ, a mmu.;lw ori,:inul t" rntfos os mult:s qm• tlefo l'C'SUltur(lm: ,·icimhls as fcmu•.\' ,tu Jrum:mi• ,Jade·. pm· :ma l't'Z vi<:it1m 1üdt1 tJ rt1ra l11mw11u:
t•m c·om·t-qiiéim:iu. e, m"I i11trodu1.itlo c•ntrt' os ltvm,•ns ,·c•m a t1Cttttt'Wr u 11ecessidadt.· de um /~(' · d,•111or. Ttufo i:rso rejltitodo, f ftídl ,·omprt'e11J,.,,. qttr mio ustu luJtt1r par(l Cri.tw, 11cm paret o 1/:n•j(;, m •m ;:rm.;a. nem parti mula q,u, ní "t.:m ,it, 11uturt'v1. t <J rth'/ít.:ic, <lct f 'i ,h•rr,,.
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bmlo a {Ju rtir tio.,· lllicntC'S. ,·,~1·em e- pruf~S,j·t1rc-m
St' o,t pv• Vir1:wm Muriu foi, dt.f dt o primt'iro i11sraute tlt s ut, <:tmcdçâu. pr~serwu/11 tlt' uidu m,m,·Jw. e111iio $CrtÍ 11.:ccl·s!írio
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que <ulmilltm taltUi a /llfltt origina{ qutmt(, " rt:u• biiiltlÇ(iô c/t, Jumumitlad,• por JeMtS Cristo. t' o El'<m/.ft!/110 e " /,:reja, e enfim a lei ,lo so/rimcn10: em virtmlt' ,lo que, ttulo o qut. Ju1 ele- rucio, 1wli.1mo de matt•rioU:tmt> 110 mum/1) é t1rrm1t·mlc>
peltl r,,iz e· ,lt.)·truíclu, e resw nua glória {I J·11bc·• Jori" cidslti. de lun·c·r co11.,·t'ntulo e ,te fendido u vcrdtule.. (Cart:, Apos tólica "Ad Oien1 llh1m··. de 2 de fe vereiro de 1904. :1 propósito do cinqi.ien-
1cnário d:l procl;'lmaçfio do dog.m,1 d:, lmacul.1d:1 C onceição) . A lut dé nossos comentários ;1nterion,:s ( " C ;1, 0
tolicis mo". n. s 224 e 228. de agõsto e dezembro de 1969). não foi ês.se o caminho .seguido pelos: 1eólogos progr12:;;sis1as de Nimcga cm seu "Nôvo CATE.CISMO"?
Como os autores do "Nôvo Catecismo" naufragaram no Fé Depois de ter denunciado a b;,sc gnós1ica dêsse livro que é um repositório de erros. p0uco nos re.s1:, it<;r<::sccntar no que di;,. respeito às com~eqüências dêssc prcssup0s10 incompIHívcl com a doutrina ca1ólic;1. que é o de 1omr1 r como fábula o primi1ivo csrndo de jus11ça e santidade cm que o homem foi es1abeJccido e n queda de nossos primeiros pais. Diz S:io Pio X no lrecho auás ci1,u.lo que ;, crença na• lnrnculad;:1 Conceição da Virgem Maria traz como conseqüência ncce,ssária que ~,dmir:,mo~ ,~1010 o pcc.1do origin.11 quan10 :, rc;,1bili1~1çiio d~1 humanid:tde por Jesus Cristo, o Evange• lho. a miS8àO divin:, da Sitnta Igreja e a lei do sofrimento. Como traiam os autore::. do ·'Nôvo Catecis mo" êstc tema tão fundamental da 1na riologi:.l"!
,lt,
Sob o título de ''A suprcwwcfo gtQçtl'. csc:ri:vcn1 êles: "Essa alf!Rr ia pôr ca11st1 da .mpremuâ<i ,la ;:1•aça e ,fo J,em deStll(:ll•Se, for1.:me111e~ mmw ,·enlml<', <1uc ,re e ~·hlenciou muito ltntll• m,•uu• 11(1 l,:r<'i"• Nem sequer um S,uuo Tonuís <Ili um Siia Benrar,la pc,litim imaJ?inm· que Ú'SCJ s~ pude.\'Se diz.er. 11u ,mtmuo, c hegou a l,:n:j11, 110.r p()ucos. u ess(1 ,,udude, a ,,artir 1ft t{ult, (, Re1·elaçcio. e se· pr<numciou, solenemente. 110 sêc:ulo posJ·mlo. A .w,bt'r, que Mllrin Sm11íssinw foi isemu tio pec~11t/Q oriti,wl, e conc~bi,la imacul,u/c,. Quer ;,,·10 ,lh,C'1' qm•, l'il·<•tulo 1111111 mmula pecm11i1wso, NC1s.ro Senlmrti foi, por ccrlti, t1ti11gidu ,,do .mfriuwnto d o m e.m w 1111mdo, mus. graç,u a prh•iM,:io fl)<l<J particular. mfo o /t>i pefo su,, malíciu. lrm(J noss<, ,w .ro/rimenu,. não <' é 110 mal. 1'du11/ou. perfeitamente. sóbre 1J m;I, pelo hem . D,: l·cNJ, é claro. ti safrar<io 1/e seu Filho, Jesu~·
e.
(pp. 312-3 13).
Ora. cm que têrmos a Sant;.\ Igreja, pela voz do Sumo Pontífice Pio IX. definiu o dognrn da Imaculada Conceição? - º Cm l1011rt1 "'" Sanu, e lmlivi.rivl!! Tri,ultule. parn }!lóri(J e odt,r,w da VirJ!em A1{ic de Dem-. parti t, t .m{tOfcio dt1 Fé Cau;lica e f> im;r,•me1110 da Ueligilio cri.wci, ""' 1·frttulc do <1utol'itladt ,te Nosso Senhor Je.w,-. Ctisw, dos Sánws Ap6srolos Pedro e l 1aulo, ,~ 1/<1 NtJ.\'S" prt}pri<,, declmum,,s. pronuncilmto.f e_• de/i• uimu~· que 11 do111rim1 que um a San/Í$Sima v;,. gcm Mt1titl - pôr sinJ;ular favor e privilé,:it, de 0,•11,\· oni111J1e11te, à l'iJ'ltl do., m éritos de JcJ·us C l'i.,·ru. Q Sa/w,dur da ráçt1 Jumuma - como isc,1111 de· rtulu mticult, ,lo ,,ecado o ri,:im1I. d esde o p rim ttfro i11sra111e ,lc .m ,, com:eiçüc. e< ,/Qutri11t1
rt·,·el,ultt por Deu s "· por ,·t.m.,'fJ:UÍtl le. ,!t:,·e .1,:r ,·dda /frmt· e CQm'tut1lc-mt•tl/(' ,par tutluJ,· os f;éi:r. Sr a/Jmém, puru11110, presumisse- ,lisse11tir imeriur• m ente· desu, 11os~w1 ,le/inifti", t.ltJ qu,: O,:us a guar• d ,·. :wibtt e .rc c·,,mpent.•Jre de que seu ptcipriu jui• to jt1 Q c:mulcnou, sua /e~ ,wuf,·a;:m, t.' ("ili! se· ,lt:tli~m, ,ltt uni,ltult' ,l" lgrc-ju ( •. , l". Isto pô~10. ;\lentemos p.trn o fato tle que :10 pé da própria págin:, cm que o C:1tecismo holan, dês f:1z a aludid" rcfcrênci;, ;10 dogin:, d:.1 lma. culada Conceiç;.io da Sanlissim:, Virgem. d ar:lmente se percebe f1 aç:io demolidor:. (já iniciada à página 31 1) empr\!cndida pelos í:llsos profetas de Nimcga contr;, a dou1ril\.a do pcc:iJ o origin:11. e isso através J:is seguintes p:,lavras: "/'ur,1 muiw.r. restartí uwis mm1 p;.(r,:1111/a t•m reft,. f(i<J a ll,\':Junto que ocupt1w1 fo1:11r de rdh•o no m,tiJ:O ensino rcli;:ióso: Q rsuul<J tlt.• i,wc:ênâu d,, 11<1ture.zt1 Jumw,w , m11es tio pect1do" (p. 313). Em nossos primei ro~ comen1ários ( "C;.uolicismo". n.0 22.4, de agôsto de 1969) exauslivamente vimos corno ;1 partir dessa frase o "Nôvo C:itecismo" ho1:indês front:1lmen1e neg.i o estado de inQ(;ência e Jc jus1 iç:1 cm que foram es tabelecidos nossos pri• mdros pais. ncg~1ndo a seguir a queda de Adão conforme a doutrin.t católica a :1prcsenrn. Ora. se não houve o pecado origin:il. como compreender que ~, S•1ntíssima Virgem h:,ja sido isenta de u_nH1. c ulpa que nunca existiu? Ao assim minarem pela basé o dogma da lmacul;1da Conceição, os :rntO• rcs <lêsse livro nefasto se conden:1r-am pelo seu próprio juíio. n;.wfragaram na Fé e se desligaram d:t unidade da Igreja. P:"a êles, "o pc:ctulc que comagit1 os outro.r nâlJ 1- ctmtetfrlo pur um Atltio 110 ;nfr:io dt1 lumumidmlt:, m t,.t por w,1<, "A chio": o hom,•m, ,·uda lwm<'m, ê Nt· ·•o pe,·odo do muu• 1/1J'" ( p. 311 ). exprcss;1o que, como vimos :rn1eriormentc. sõrnen1e se explica· a panir dos pressupostos evolucionistas, panteístas e gnósticos que formam a ossatura do "Nôvo C:Hccismo". A lnrneulada Conceição de Nossa Senhora 1 pro• cl:,nrnda como dog.m:, 1,0 sécolo passado, mas 3d. mitida pelo mundo c:uólico desde tempos imemo~ l'i;:s_is - sendo urn:, d:ls mais carns devoções trazid.is: ;10 Hrnsil pelos nossos primeiros colonizadores - segundo os teólogos progressistas de N imega quereria dizer s implesmente que Ela não foi atin• gid~, pclj malícia terrena. cn1cndida no sentido gnóstic•O de q,u::-tlquer coisa m:,léfica increnlc !, rm• 1urez,1 hum:ina, e não con10 íni10 d:l corrupção dos homens pelo pec:,do original.
Ultrajes õ SS. Virgem re nova m a Paixão de. Cristo Fora disso, :, S:in1íssima Virgem seria simplesmente um:i jovem israelita como o utra qualquer, que nem sequer s:-1bia que EI:, era a Mãe de Deus: ·•ser6 que Ma ria ti'11/ra tido pleno consciê11citl tle qut!m t!la trt11,iu 110 mumlo? - Não. clt1 não sabia. f:: .,·ó atrtl\'é,f ,la re.ssurreiriio de Jesu.r que u começou " Jic:t1r clara q uem êfe é'rtl 11riipriamenu," (p. 96). P;ismc o mundo earólico: Aquela que é a Sede d:i Sabedoria, ;.1 Espôsa do Espírito S:1n10. a Rainha do!) Profetas, a Mãe do Bom Conselho, Aquela que s:1bia pela.s Escri1urns que o Redentor ha veri3 de nascer de uma Virgem descendente de Davi. Aquela que ouviu o Arcanjo São G::ibricl Lhe Jizer que .seria Mãe do Filho do Altíssimo, cujo 1cino não tenl fim. A que foi :t primeira e m;\ior Discípula de Nosso Senhor, que com S..lc conviveu por tri1H;1 anos, guardando 1ôclas as suas p:ll:tvn1s cm seu )maculado CorHç~o, css.a excelsa rnMavilh<l <f.1 Criação ignorav.1. até a Ressurreição. ~quilo que :,os pastôres de Belém (ôrn anunciado. que o Rei:> M:,gos ~1biam, que São João lfatis1,1 i:onfos.
s;1v:J p\Jblic.imcnte, que até um pObre cego mira• culado ouviu dos lábios do Filho de Deus ''e. prosu,uulo--se. O 11,lt,rou·· ( Jo. 9. 38). que N osso Se·
nhor provou com seus inúme ros e portentos.os milagres, o primeiro dos quais feito a pedido da pr6pri;l Sanlissima Virgem. verd:1det ademais. que São Pedro proclamou .io receber do Filho de Deus a prome:ss:·, das chaves do Reino dos Céus! Tomemos ao acaso urn do$ inúmeros Santos e Dou1ôrc.."" que cantarJm as glóri~,s da Mãe de Deus. Diz S::rnto Afonso de Li1tório: "hi II Swttl$,-ti11111 V irJ;c:m .w1bi" pef,,,,, Vivinu.~ Ext•ri'1um.,· m· /Jt.' 1ws que 1/c•i•it1 p(u/~ç('r 1.) R t•d entor é'm tódu ll 3•ua vitlt1. e~ muita uuii,t 110 tt mpo de .tu:, m orlt~. CQJnprt:t•mlia bem o,r !'ro/t•u,.~. qut• ,munrim'llm ti"'' tle ,le,·it, S<'r atmifutu fo por um .reu familiar. " Atl a lllJIUC'IU de minha c·stima, t/Ut: comia o lll(' tl pôo . ur,l,'11 grmrdc• trniçiio 1;.·0111m Mim'' (SI. 40. 10). /Jem Sil· bi11 ,lo~· Jespret,t>.-t. ,los <',,·ct,rros. dal' btJfcuula.,· e znmbarfos que file ,lt!l'ia sofrer. •'Ao.s que~ A1c /c•l'imm, cnlreguei o meu c:orpo, e l i,)' m iulw.v Jact•~
aus que M,: urram..'ll'1<tm o,,; c:t,bt los ,Jc, bt1rbcl'' (Is.
50. 6). êswi·u cirnte ,te q11e 8fe lltlviu tlt Se ltJrm,r t) opróbrio ,fo.)· Jwmens e " t,bjt,ÇàQ ,ta plebe mals ,,iJ, ,, pomo ,lt ,H 'r slllurútló de ;11júrit1:r r. 1•i/(111it,s. "Sou "m 11erm~· e mio h<>m~m; <> opróbrio d"s lwm,:11 ,i e· ubj1tÇiit> J,1 plclu•" (SI . 21. 7). St1bit1 f/U ~ no fim tia vid{1 IU' :mus cttrneJ' .tflCl'OSJ'(ltlWS tfei•Ülm J't!f rôdqs ltu:ermla~· e row:t pelos llÇOites. ,le mo,lo " Ji,·,,r lt!U ,·or110 tmlo clt:s/ii,:11r,ulo. s,:mclh:mte " um le1.1ruso. w,Jo d1t1gudo. ,tri:wmlo apurt!tel' UJ' Os..fO.f ,ft,sc·obt'r/Os, ·•Mtl,v Sle fui /t•rido pt•lt1s nossas i11i• qiiitlmlt•s, /vi quebrllt1tado pelos nosso.-. crimes'' (Is. 53, 5). Nii<J tem beln.t1, ttt:m Jormo$um ..• (' u re• pmamus ,:omo um lepm.ru (Is. 53. l ,. 4). "Ccmu,. rum tmfos os meu.f us.1t,s" (SI. 21. 18). S<lbill que a 1-:illw dc·viu :~er traspuss:11/0 1>du:r cm,•as, ,·ulot·mlo e111rt· ,m,t/t'irores, Jll't!J(lltlo /inalmrm~ ti Cruz. 1111 quul morrt•rit1 pc-/<1 s<1ll'll,·ti o dus Jwmc·ns" ("ÚIO• ti(1s
de M~1ri;,, Sa ntiss:im:,". Ed. Vozes, Pelfópoli$,
1935. pp. 279-280). Isto diz um S:1010 Ooulor da Igreja. mas os "profetas" de Ninltg.a. Jo .-Uo 1.h: $Uns c:âtcdrns de pestilência. dizem o contrário. renovando :is.sim o~ ultrnjes feitos ao Divino Redentor cm ~tm P.ii,dío. Como se íôssc pouca tt1manha nudácia. eis: como ês.ses novos algozes de Nosso Senhor 1rn1;.,m o inefável privilégio d.l Mãe de Deus que é o de Wn pureza virginr,I anlc.s e dePois <lc dar ao mundo o Salvétdor: ..Jt-.rns; ó ..p rimoginito" ,ft~ Mllrill. Que da tenlw ti,lu. tleJXJis tlflc•, nwi.v uutrQ.'{ /illtos. mio t.: mt•nâmuulo nos E,,,a11gc:lht>x. O / mo ele Jtt'Stes St.• /ctlar ,te ••irnuius e irmtis"' ,le Jesus (MI. IJ, 55-56), cm, si, mulc, clit. (I rcst>eito df:sse Jl<JlttO, Pois. em l,c•brui,·Q (.. t1ram"ict> wm-~·t: cs.m mcsnw de11omim1•
miu p<1ru 1utmbros mt1ú.· rc'motoJ,· ,1,, d(i. A imlc, lwj.: t:m Nuzt1ré. Qm· t>S ''inmíc,.r e irmâ:f°' ele lt:,f:us uiío ,lc•vem l·c:r 11e•cé.rs,)ritmu:111e f ilho.,· de! Muria t:
JtJsê, rvhlencit1...s,: p(•lo /mo ,le qur 11.r dois ''irnúio.\'" dt' h:sas. mrnciontulo.~ primt'iro em Mt, 13. 55, uput('Cem t'III Mt . 27, 56, como fillwx tle outra M<1ria. 6 , <=<Jm e{t'.ito. ruwlme11te imprm•âvt:I qut os clwm(l(/os Tiago e los,: fússem mencimwdos sem mafa· mu/c,, uqui, se se trc1W.v:.\·e dc- persQ1wge11.r ,Jifnellles cios jtí c:iuula.-r. AUm tli:r..)·o. tc!mo.~· o text<> ,te /Qc1<J, 19. 27, que. por si só. jâ tira 16d<1 probobiUduclt de Maria, ter tido mais /Uhos. lntc,·t:.l-"'1 11mur que, ,w lltlt' c:ristti. inclusil!t• m, Re/ormfl, mio Juí m:nhum caso çonhecidu em qtw Nc>sm Se• 11/,Qm sei" r~presentudc, com mui.t filh'1s" ( pp. 95.
-96). Bssc excelso dom da Mãe de Deus sai da.< a lturas de uma certeza t~o bela e consolador:., de nossa Fé, pàra dc.s cer ao chão raso e movediço da::. probabilida<le.~. Nad:, parn. estranhar. portanto. que :, Comi::i53o de C :1tdeai$ haja sido levada a reclamar dos autores do "Nôvo Catecismo" holandês a expressa confissão das seguintes verdades: "3. JF..sus CONC1:0mo o., VIRC~ M MARIA. A Com;ssão de Canl<'<,i.,· pediu qm• o Cllledsmo confesse abcrW• met1I<' qttt' a llem-m•enturcula M,ie do Verbo E11,·unuulo sc:mprt· ,:ot.ott tia honra da "irgimladr. e que êlt• afirme ,·lc1rtm1e111c ó próprio falo da co,rceif,Yio ,·irgin"J ele Jesus, que c:011,•ém i1ltáme11te ao mis thhl Ju l!'t1c<1r1,a1:ão; e que por conuguinre mio se e.r11011/m uo tJbtmdono disse Jato_. comido 11a Tradiçâc> ,la IJ:reja, fundado J'Ôbre ,, Sagrada Escrill1rt1, purt1 d e":/,: não conservar srmio uma sig11ifict1• Fio st'mhúli<:c,, t·unw uqut fa da soberana gratuldade do dom que Deus nos /h. em seu Filho" (AAS, an. LX. n. 0 12, p. 688).
Erros quanto õ reparação oferecida por Cristo A ntgaç.io da qued~l de 1odos os home11s em Adiio, .ilém dos graves erros já apontados anteriormenle, ac:1rrc.:1a ou1roS: que seria longo enumerar. ccis::i. ;1liás de.sneces~ria para actnluar o carálcr fundamentalmente herético dessa obr:1. Renunc_iando. a~im. à desagradável 1.arcfa de apontar rodos os tfcsvios doutrinários do ''Nôvo C a<ecismo··. ocupemo-nos apenas de tnr-1is :,lguns d!lcS:, na intenção de mosrrar aos nossos leitores: ~,té que ponlo vai u audácia dos falsos profc1:1s neerlandc• ses. Comecemos pela sa1isfação ofcrccid;,, Por Nos. so Senhor Jesus Cristo pelos nossos pccr1dos. Eis o que, com relação ;:, ês1e ponto-chave da doutrina c;Hólica. sustenta o livro pôsto a circular en1re os 1;.·a16lico~ br:1silciros com (segundo o folhe to de prop:.1ga nd:t da Editôra Hcrder) ",-, t111uf11óu clu Cúrfo M f!uopolitana de São Paulo": "Na ldlldc 'M édio. e muito tempo clepoi.C u1~
m e~m o (!,U IIOSMI i,reg,zrifo ltodier,w. OCt'JIIUOU-St•. princi1H1lmc111e. Q elememo da repllr11ção-.sut;sft1çtio:
m ortt' de h •su:r é .,;acrifíci,J Je expiaç.ã o. O p"; f6r" oft:ndido. c1 ordem jut'tdict1 per1urbm"1; dt•• fl
11i<1, /HJis, hm·er um ca.r1i,:o; hsc caiu sóbtc o Fi11,o. A .~sim, resu1belecr:11-u u ur,lem jurídic,,. EJM; concepção 1wrte ,lo iclêia um 1wuc·o unilu-
1ewi. t/lU! já niw de/emlcmos: " idéitt nu:dle,rnl, de que o crimt· ou pecado ,les1rui<1 uma ortltm jurítli• ca. e q11,, o castigo r .\·0/rimemo podiam res u,bcleçer t!,'t.\'U Ot(lr.m~ '/'mnbém 1u.•11.mmo.-. aimh,, muiu1s vl-1.<'s. tia mcsmú /<>nua. A l,:uém que cometeu cert o mui, dh,: podem b<1ter•m d Mereço.o! - A co111,icc. 0
port m oue, em gtml. nó.,-. h <Jm en s hodiernos. co11-
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.)id,•1•amo.t: ó mal r a cufoa mui10 nwis ao "Ve•"·' ºªI": não é lll11to wna o rdem jurídica qm• foi 1n:r11,rhnda. mas m1te:; uma oessoa qu" foi <J/endidt1. A rcpamçâo nãc, J.'ft /ar.. t1gor'1, por t·m·tigo t! sofri• m ,•,110. ma., antl!s 1>or tle.v1;.wl1,11s. ol,ra,., e muur. A e,•011,·epç,io tlu Sa;.:rwla {;3·c:ritum 1·11i u,mbém. 11llmif.;s1ame111e, m•.r.nt ,lirt:(.',io. A .w l""f<'i u que Je $US nos 1mt niio residt·, em primt:in, lu;:ur, ,w ,Jqr que Ele ., vfreu. t·om ,,;,\•t,u· n reswbelecc,· " ordem juádicu />:n'lidt1, mü.i, sim, 1w .w~ni<;nlitliuh• e hon• ,/tule ,te sut, 1·hlc1, que ,·onstltuem rc[)(11ar,ão-sm 'is• /açtio por nos.,;u ,lesobe,lié'ttâa e /t1l1a de am'Qr, O que o Poi queria não era softim t n/Q e morre, 11ws vfrl(, ltum(ma b" a e bela. Que essa ,•ida h:nlw ll/lllí. do pam " marte. é culpu no:r:w. Jes u., . f)Orim, tuiu ht.•Jitou: su11 morte 1or11o u .s,· .-.upremn obedih1t lu. 4
J'omou-s<', tumbhn, re1J<mulort1 e .wlrmlon, '""'" 116s. NeSlt! se111ida. a .)'lltl mor1c• é a vo111adt> ,ln
Pai. Que., ,,redsmne,ue aqui, int,:rve11lt<1 so/rimtn• 10 t: morte:, ,·011.ttitui ,:rtuule mistério que homem algum t.1 u1puz de xo1ult1r. Mos, seria hro de 110.-..ra po1•1l' J't pe11.wfa'J·emos que o Pai querill "houvesse Jerromllmcmo de s1111g ,ul' (pp, 327-328).
Mais ainda : "Tô,J,,., tSS(J.t expressões (redenção, reconciliação. justiça. sansuc. pec:,1doJ nos descrl'"':m a obedih1cia ,li! Jesus. ,, .ma .rervitltlô t,tlà morre. Não significam, 1wis, que o l'ai pr1.'t:ú ·m ro de .'fliu J"'ix,1o e morre, com o castigo de substillii• r,7o. Más Deus prtd.Mw, ,Je s11<1 " vida' ', ct>mo amor reptt.•J·N1tati1·0. Oru, quem quer omar neste mundo, t•ncomrci...st• /at·t.· u uma existt'ncin tm que " nm()r c: r~jeiuulo'· (p. 329). A algaravia. continua, mas o que acima transcrevemos é suficiente parj justificar a scgui111e no1a d:1 Declaração dos Cardeais: "4. DA SATISFAÇÃO Ofli RECIOA POR Nosso $ 1:NHOR Jr;svs CRISTO. t'leml'ttWs ,111 doutrina d11 sa1i_çfaçcio ofer ecida por C risto, que 11ertt11t:tm à IIOSJ·a FI, elevem ser exvos10.1 ,W!m tm,biJJiiitladcs. Deus ,te wl mo,Jo amou os homtns pectulores, que t ul'iou .,eu Filho ao mundo, ,, fim ,te os rcco~1cUit1r com Ele (e/. 2 Cor. S, 19). ·•Nós somos. tlit. Stmto Agostinho, reco11cilir,dos (com Deus) que já nos <WW'1ct [ . .• 1 com Deu.,· t•m l'efoçiío ao qual, pnr c:ausn do:r pcc,,do.,;, 1íuhamos inimit.ütle.(' (''l11 loauuis E·vaugelium". tr. "·º 6). Jt .tU$, pt)rl(m/0, como Primogêuill) de muitos inmio:r (e/. R om . 8, 29). morrt u por 11os.10,,; pec:mlos (cf. I Cor. 15, 3). S,11110, i11oc:e11tf. imae,• ultulo (e/. Nebr. 7, 26), Blc mio so/rt>u dt nenhum modo uma pena que lwj a sitio i,i/J;gitlo por Dt!uJ., mas, obed,•,·emlo lfrrem l!11t~ çl)m amor filial a seu /'(ti (e/. Fil. 2, 8), uceiwu. por J'eus irmiio.t JU!CCI· ,tores t' ,·QmQ seu M e,limlor (e/. J Tim. 2, 5). " mune que ; (J(lft1 {•l<'s o salório cio pecodo (e/. Rum. 6. 2J: Conç. Vut. li. Cunst. "Gmulhm, e/ Sp<.',\'" . 11.0 18). l'or .0111(1 s,m1ís.r,·11w m or/e, qut, olhos d<· l)eus. c:ompem·ou ubumlcmrt:r,ti11wmen1c os pec<,dos ,lo m1111do, Ele /t!r. com que a graçd Jü•i, fôs.w· res1i11,Ftfa ilQ gh1cro Jumw,w, como ttm bem r1uc· t•ste l,m,ic, mcreci<lo em seu tlivbw Cite/e (cf. p. e.e. N ebr. 10, 5-10: Canc. Trid.• sess. VI , IJe,·r. ·'/)e iu.wi/ica,ione", c:ap. J e 7. cm,. 10)" ( t\t\S. vo l. cil.. p. 688) .
o.,
ex.
"º·"
"ª
"Se alguma vez se devesse fala r em mortificação" ... Como vimos no i11ído dês1c artigo. São J>io X põe a lei do sofrimenlo como conseqüência do reconhecimento do pecado origin;:11, Não é. p,orrnnto . p.ir;1 c.-.tr:rnh.tr que :1 negação d:l queda dos homens cm Adão leve os ~mtorc~~ do "Nôvo Catcc isn1c>'' hol;111dês à aCirm:,ção de que "" rcporaç,io mio :te /u1,, ,1;:oro, pur ,·t1s1ig1> e ,\'Q/rime1110. mas ttntcs por ,te.rc11J,x1:1,•, 11bm s e tmwr" (p. 327) . Mais ndia11tc dizem: "E~·wuws fü·,·eJ· de 10,Jos os sr,criJ;cios. Emr<unos no único sac:ri /íâo. F,nhno-lo,
( p. 395) . B:tniu o ··Nõvo Catecismo'" ccmplciamente da vida religiosa a prática da mor• 1ificação. Tmt:\ndo dos velhos "que• apreutler<uu " achar a {ltóptia f~lic:idmlc na fdiddade ,lm· o utroJ", prossegue o texto: " 0.ucm assim i•fre. SCli d,· si m esmo; (JUN ,fiur: toma-..,;e ,:tat1tlt. (Se C1l1(11ma vez se ,te,•rsse t1s<1r ,, t(/rm o '•morrifi,·ação'". c•st11ria lu•m t,q,,;. para .rc• <lc:J'ÍJ:nar es..\'O plcnituth· de ,,idt1,
c ,,uu•ml,i '
Cunha Alvarenga 5
o Catecismo holandês vê no marxismo elementos aptos para •
conduzir muitas almas ao Cristianismo que ca11.ti:rte t.Wt vfr~r pelos o,uros t! nos outros)" (p, .S38). Inventaram êsscs fa lsos profetas um evangelho às avessas, completamente- contrário ao que nos transmite n lição do Salvador: "Se (Jlguém q1ú.ft!1' vir após Mim.• negu e-se a si nu:sm(>, t(une " .turt cruz totlos os dias, e siga ..Me" (Luc. 9,23). Isto tanto vale para velhos quanto para os que se acham na flor da idade. Com efeito, comenta São Luís Maria Grignion de Montfort. tôda a perfeição cris• ti consiste: I.º - cm querer ser santo: "Se alguém quiser ~•fr ap6s Mim",• 2.0 - em abnegar-se: ''11c,:ut ...re o si mtj'UW": 3.º - cm sofrer : ''tom e 11 su,1 cruz, todo.r o.\' dfos"_: 4 .0 - cm agir: ••siga, -Mr"' (cr. "Corta Circular aos Amigos da Cruz··. in "Obras de San L uís Maria Grignion de Monl , fon", BAC. Madrid, 1954, p. 236). M:is, uma vez que ci1amos o imonal auror do
Tralado, da Verdadeira Devoção. continuemo$ a pedir sua ajuda para desmascarar êsscs lôbos rn.' paces ves1idos de ovelha (cr. Ma,. 7. 15) . Niio é o cúmulo da- perversidade valcr•se de um Ctm:ci.r• m o para pctdcr :,s almas? Nada para cs1ranhar• Pois ''jamtlis est êve o mumlo uio corrompido couro hora prfsellle. porque j,,mai,t foi tifo st,gat. uio pru,lc111e à .·t tw ma11cir,,, 11cm t,io ,1s1t1tt1. Utiliw t/io flmum•11tc ti vertltule ptrra in.,pitar " mentirtt, a ~•irttule f)(lfll autoriz,,r v pecado, (IS própria.~ máximas de Je,tus Cristo partt justificar llS sut,s. que tlli OJ• nwis .stíbios sesumlo Deu,t sél{J l'Ítim(IS ,le seu., enJ(tlllOj', O uttmero ,t;sses s6bios· segundo o mtmdc, ou ,lésses loucos se1m11do Deus. é iufi11 i10: ''stultorum i11fitú111.r e:n 11ufncr11s·· (Ecle. 1, 15)"' ("O Amor da Sabedoria Eterna", in "Obras ... •·• pp. 159•160) .
m,
Apresentando "em roupagem nova" o dout rina eucarística Mosrrnm os autores do " Nôvo Ca1cc;ismo'' holandês duvidar da cxistê11cia de Anjos e demônios. Mns cm su:, empreitada de adulteração da doutri• na católica é1gem segundo a lição do pai da men1ira. O demônio. diz São L uís Maria Grignion de Montíort, é um moedeiro falso, astuto e cxpcri• mcntado, que folsifica de preferência as moedas mais va liosas: ''As.sim t()m() um moc,leir<J falso mio falsifica ordiuàriamcme mais qu e. o ouro e a pr(lla1 e muito rtlft1s l'he,t 0 111,0,\· meu,is., porque não .w,lem tt pt11a. do m esm o modo o espfrito maligno mio falsi/ica outms devoções tomo com o os de Jesus e Maria, a de\•OÇtlo li Sagrada CQmu. 11hüo e a dt~•oçiio à Sa11tfS$;,na Virgem; porq,u estas seio, e/tire as tlemais. <> que são t> ou ro e a prau, elllre os metais" (Tratado d a Verdadeira Deção, in "Obras... ", pp. 4~•49 1). Isw pôsto, vejamos como os teólogos de Ni. mega tratam do Santo Sacrifício da Missa e de sua parte essencial, que é a consagração do pão e do vinho, após a qual o próprio Jesus C risto, com seu corPo, sangue, alma e divindade. Se acha pre• sente no altar. Sob o lftulo de "&1caris1ia", ponli• ricam êles: "Escrevemos estas /iniras, perque cerlOs cristãor se se,1tem inseguros quando as verdt,des d,, /1 são, às vêzes, formulados mmw toupagem nova. e. :robretutlo. quando se atribui agora lugar mai., .recmulário àquilo que. 1111tigam e11te, ocupc,va o pri"meirO lugt1r, Um exemplo: em cweâ J·m<>S de iníâo ,liste século. me11cio11ava,,se, em iual, "a presc11i·<, real de l eJ·us no m eio de 116s", ,:om o sendo o ptimcirn da in.ttituiç,io t ucruístic(I. Só cm seguida ercun m e11ciQflâd(Js: 2 . o comemora• ç<;o d,, m orte tle Jesus. J. o faro ,le Jesus querer ser àlime11ro. e. :4. de " Eucatistia .,er o seu sacti/ic:io elllre nós. Cmeci.sm oi maü· rec:e111es, pelo co,,. trário, colocmu <t presença real de Jc.--,m s em âltim t> lugar. Significa is.to que esta t agora 11cgat1,,? Absóluuunentc. Significa apem,s que " lgr,:jt1 mio s e111e agora tanta necessidade de acemuá•la wmo quanto Q /ir.eram . em períodos cristãos passatlo.t. T alvet /ôsse euttic> 11ecc.,sádo, Porque determinadas heresias negavam t.s.sa presença real. Agom, porém,, preferlmQs vê-la menos isolada e, porta11u1, mais dentro do contt:cto de todo o m istério. Esperam o:r que fJ.S palavras Jit,ais diste cap1tulo esclari'çam melhor füte p<>nto" (pp. 388-389) . Para dar ênfa,sc ao caráter pastoral do ll Con• cílio Vaticano, então a se realizar, dizia o órgão oficioso da Arquidiocese de São Pa\llo. no ano de 1962: "Lim1>0 está de heresia <> mundo m {)(/cmo. Não se denuncia cism a". Como se vê, os autores do Catecismo holandês procuram sustentar a mes• ma opinião no que diz respeito às heresias que negam a presença real, tendo a coragem de• íazer tal afirmação da Europa e e m particular da Holanda, onde pulul:1n,, além das heresias, as profanações do precioso CorPo e do precioso Sangue de nosso Divino Salvador. Linhas adiante, ao tratar do tempo de duração da presença eucarística, scntenci.\ o ''Nôvo Cate• cismo": "(, . , J l,ojc dá•se solução mais .rimples e mt1i.\· humam,: pão é algo que se com e. Um a vez comido. já ninguém o e/rama d e pão. A espécie de pão cessa 110 m omento de st: consum ir o hós1ia. Já mio é. então. alRo que serve pllrfl cômer:. já i coisa mmulucadtt. Da mesma formo. ninguém ctw. ma de p,ía tti( pt!qt1('11i110.t migalha:,. />edacinho.t de lt6stia que ficorom sóbre <> alwr mio seio, pois, presença de Jt.rns" (pp. 400•40I ). Pedacinhos de hóstia, conforme decretam os te6logos de Nimega. não são Jesus Cristo presente sob as sagradas espéc ies, mas devem. pelo visto, ter o dcs1ino das miga• lhas de pão que sobram s6bre a mesa após um banquete profano: transformam•sc cm simples var. redurn! ll cla,r o que se a cons.agraç.ã o é íeila em refeições comuns cm casàs partico1arcs, us;mdo o pão 1rivial e o vinho em garrafão dos repastos or• dinários:, como abusivamc,He j á fa1. o Clero pro• gressista em vários lugares do mundo (vejam-s.c, por exemplo, as ío1os que "Catolicismo" publicou cm seu n.0 220-221 ), haverá o problema das SO• bra:- que. com lôda a certeza, não serão recolhidas a lusar sagrado. Tudo isSo, que tem fo rte cheiro de heres ia calvinista, aberra cfomorosamcnte do que ensina a dou1rin:\ da Igreja: "f . . , 1 o corpü ,Je Cristo N()J·.vo Senhor se (;Qnttm todo 01f na /Hlrtícul" de 1uio l . . . J E11sinem, cntiio, los pastôres} que Cristo NoSJ·o Senhor não está 110 Sacrameiuo com o que num /ug(lr. Nos corpos, lugar é (1 resutu11ue miluml ,lc sua pr6ptitl dimens,io. NiiQ dit.e• mo:.· que Cristo está 110 Sncramemo. enquanto t grande ou pequeno - a que exprime qmmtidadc - ma.s qm• e.~·16 presente como subst{inâ,,. Om. a substância Jo pão co11v~rtc-.se na substâ11dt1 de
CdstQ, e não c.·m
J'.UO
grmule.1." ou qftltnthlcule.
{. .. l M que tJ corpo de Nó:tsú St11l,or st J'Ubstitlli
à ,wturcza ,lo pão, f6rçt1 é ,t;z.er que es1tl no Sa• cramrlllo, do mesmo m o,lo que eslaw, a sul>suiucü, do pcio, tulft•s de ser consagrcu/c,. Pr,r,, eJ·tu. pt,rtm. u11110 fnt..ia enconlrttr•st. cm maior mJ m c11t1r qutm• tithulc" (''C'ltecismo Romano", lrad. Pe. Valdo• tniro Pires Màr1ins, Edil. Vozes Ltda., l962, li , IV, 4 1-42). O que os au1o rcs do "Nôvo Catecismo" querem fazer rcss.alt~,r é o eará1cr preponderante de refe ição comunitária que, segundo ê le.~. se deve dar à assembléia eucarística: "A misst, é. porumtQ, reunião t.rm /orm(l tle re/ei"ç,io. ê-11os o/eredtlo Q Corpo ,te Jesu.(' ( p. 393). Embom mencionem a união íntima descrita pelo pr6prio Salvador: "O que come t1 minlw carne, e bebe o meu .wmgue. fica em Mim e Eu 11éft" (Jo. 6, 57), mais adiante voltan\ com o mesmo refrão: "'Algm!m (J()dtria pt.r/lmtta.r-J·e: "Ncio é isso e:rtranlto: refeição ,:1 sim11ltlinetm1c111e, aç,io de graças? Não exclui uma a outrt,? Com e.se ou ,ifio.se grü• çci.s: 11ws "mbas esllls coislls me~·mo tempo? - No ct,pítulo sôbre " Oltima Ceio. i•imos como, na ceia p,oscal. os jutleus as combi11tn·" (sicl: Comendo o cordtirt> pascal, camovam e davam gl'(,. ças, em com em OrllÇtiQ <f(l liberwção dtt e.rcravitlão egípcia. O caso é o m esm o 11a Stmta Mis.J·a : (lgrll• d~ctmdo, tomamo:r uma r e/eif;ci<J. em com emora, çâv da libertaçiiv do pectttlo. Hoje ,mt dia. conlre • cemos t1i11do ,, combinação de pt1lmn,s com a bebida. no caso de brinde. Na miss(l, ,tirigem•se pa• lavras À qutle que t " /011te pâmortlial dt1 "legriti que comem oramos: o Pm' de: Jesus e no,tso Pai" (p. 394 ) . Como vêem os: nossos leitores. o Catecismo hola ndês relega para o úllimo lugar :, essência do Sacrifício da Missa, para realçar :r •·refeição co• mtmitcírio'' O\l ''refeição em come11uJraçã(J da Ji. berwçiiô ,lo pecado". Faz. assim, tá.bula rasa dos ensinamentos do Supremo Magistério d:t Igreja, que incisivamente dcclarn: "A/a.'i1tm1•J·e da ,·ertlade aquNe.J' que, capciosamc111e, a/irmüm que 110 Sacriflcio da Misso .te trata 11ão s6 de um socri/fcio, mas de um J'acri/íciQ e de um banquei!! de co11frau:r11iu 1ção'' ( Pio XII, Encfclict\ ."Media1or Oei''i AAS. vol. XXXIX, p. 563). Desenvolvendo ês:sc tema cm sua admirável Car1a Pastoral sôbrc o Santo Sacrifício da Missa ("Catolicismo", n.0 227, de no vembro de 1969) , comenta S. Excia. Revnta. o Sr. J). Antônio de Castro Mayer: •'As.,·im, er• rom os que consideram a Missa mera assembléia dos fiéls pc1r(l o culto divino, no qual J·e j,,z, umu simples comemomção da PaixâQ e M<>rte tfo Jesu.,· Cristo, ou .teja, do Sacrifício. outrora. ejcltwdo 11Q Ca!vál'iô. lncilltm igualmeltlc em l1ere,fia os que aceitam n Mi.t ,w com o s<1crificio dr lom·or e ação ,/e graças. m as lhe negam qualquer cartitcr propi• ciotório, em favor dos homens. Ou O,t que fingem ignorar II relação e.s.senciál qu,. tem o Missa com respei,o ,l Cruz, e pretendem que aquela venha o ser uma ofensa a ~sta. Do mt,1mQ mod(J, ctfastnm• •Se da doutrina católica. os que consideram (1 Mo,t• .fa, 1>ri11cipalm e11te. um bcmqueie do Corpo de Cristo'·' . Além da indispcns.1vc.l or1odoxia, o mí• nimo que se exige de um Catecismo é uma linçua~ gem clara. As dubiedades do "Nôvo Catecismo" levaram. nesle p0n10, a Comissão de Cardeais a exigir de seus autores o seguinte: "6. A PRESENÇA
"º
E A CONVERSÃO EUCARÍSTICA. é llt!C('J'J'ário (/tu' ' 110 texto do Ctllcâsmo, se llfirme sem ,m,bigiii• tlllde qu e npó:r á consagração do p,io e ,lo ,,inlw o pr6prio corpo e sangue de Crü·tQ se t1clwm pre• .1c111rs 110
altar, ~ que, "" :mgrada Com,mlulo, ;ft,$
são l'ttcebitlos socram e malmcnte, ,, Jim ,te qm• aquêles que se aprm:imom dig,wmeme de.m, Me.tu se resttmrem espirltualmcute ~m Cristo Nosso Se• 11hor ( .• • ]" (IOC. c il., p. 689) , Coercn1cs com sua doutrina sôbre a 1>resença real, propug1tam os autores do "Nôvo C;1tccismo" a extinção do culto externo a Jesus S"cramen1ado. Escrevem êles: "Qua1110 à vcnert,çiio ptíblica [ao Santíssimo Sacramento] : sábemO.\' ca,la vez melhor que cltt cou.tisrc. principolmcnte. 110 Scmta A1issa. Tutla par~c~ imlicar que " vc11etaçõo do ptese11rc1 misteriosa pcrmtuu:nte devcrlf /t1zcr•se $Cmprc: m ciis cm forma ,lc or,,ç,lo pl'ivada. E. m esm o 11esft1 Jor• m ü pátticulnr, deveremos prestar .,empre m euçõo ao si11al exterior da prcJ·ença: pão. quer ,U1.er, alg<> que se com t'' (p. 402) . Eis como .sorrateiramente se pretende acabar com o culto público ao Santíssimo Sacramento através da ·Adoração Perpétua, da procissão de Corpus Christi, da Bênção do San• tíssimo. Tudo isso. como formas excrnlitúrgicas de pied.=ede. de"e desaparecer da vida da Igreja.
ln ~t rumento para aniquilação da pessoa humana Mediante 3. s.1grada Comunhão há uma uni5o real cn1re Deus c o homem, visto que Por c l~l Jesus Se torna alimento de nossas a1mas, santiíi• cando•;'tS. E quanto maior fôr nosso ícrvor cuc.a . rís1ico, mais crescerá nossa santificação, levando-nos a praticar cad;." vez melhor aquilo que é aplo
6
p.ira pOssuirmos 3. vida eterna. ou seja. ;1mar a Deus com iodo o nosso coração, com tóda ~, no.s• sa a lmll, com tôdas as nOS$as fôrç.:.s, com todo o nosso entendimento, e ao nosso próximo como a nós mesmo (cí. Luc. 10, 27) . Parn o Catecismo holandê~ esta atitude cm face
da Eucaristia é çoisa ··t1u tempo em qu~ o t1!tur estaw, longe ,le n6s e que a língua er,, o latim". Os cris tcim· "c,>meçartm, e111tio ti ust,r " mis.tcJ ptlrtt suas orafões i,ufü, frluais. Por melhor que isto seja,
"pr;meim J;11alidade. do êm..·"ristfr, P outra. Ela não :terve ,,ara se esquecer do ~•hilll,o, mos jus1t1meme parn se .tt:ibt•r e scntir-st ,i·olitlârio com t'lt " ( pp. 357-358). Perfeitamente farisaic.a , 1al preocupação "cO· munitária" se estriba em um raciocínio capcioso: quem reza recolhido, cm íntima união 1.."<>1n Deus c com as intenções de Jesus C risto que Se oferece sôbre o ;.1'1;,r, seria' levado a se esqueeer do ~viz;. 11/to". Nosso Divino Salvador ãfirmou justamente o contrário: a condição primeira é a nossa dispos ição interior, é o ardente amor de Deus. de que pÍom;:ma como conseqüência necessária o amor de nosso próximo ( o qual não é apen(ls aq\lêle que eventualmente se ,acha ao nosso lado dur:mte a Missa).
Pata a gnose, com su;, seqüela inarredávcl que é o socia lismo. o ·'e\l" é o inimigo que se há de combater sem tréguas. O socialismo. sinônimo de tot:.litarismo, quer ludo feito comunitàrhm1 fnte para esmagar a pessoa humana. Muito diversa, e n1esmo opOSta pelo vét1ice. é a oração comum da Igreja, pcl., qual se .lpcrfciçoam as a lmas. A ceie• braç.."io lilllrgica pública e solene, como 1radiciona,f. mcnle se íéz sempre na Igreja - sobretudo através de cânticos sagrados. de que há imenso reposi1ório ::icumulado durante sécul08 - éOntinuaria ~, 1ra1.tr enorme bem às almas. se a in1cnção dos progrcs• sistas não fôsse completame nte otilra, a de pertur.. bar o c-spiri10 dos- fiéis, 1rnn:sformando a liturgia cm ins1rumen10 para aniquilaçáo da pessoa huma. na, meta visada par tôdas as m irnifestações totali• 1árias , quer sejam religiosas. p<>lflicas, sociais ou econômie:,s.
Outras e.rros graves em mótéria dogmática e moral Tendo cm vis1a o pressuposto fundamental do "Nôvo Catecismo", que é a negação da queda de todos os homens cm Adão, como estranhar que daí decorram vários outros erros con1ra a Fé? Não seria necessário que Pot via de conseqüência os autores dessa obra corrosiva repudiassem ex pro/esso a infali bilidade da (grcja "na c<m.terváção da d<>utrimc da Fé e cm stu, explicll<,'tio num .-re11• tido sempre idémico " si m eJ-mo" (item 7 da Declaração d.- Comissão Cardinalícia)? e se mostras• sem partidários de herctizante dcmocratismo ao negar q\lc o poder de ensinar e de governar foi '",lireum,e11te co11/erido ao Sobcrauv Ptmti/ice e oos Bispos que li,~ e.st,io wridos na céJ11umhão hiertir• quico, e ,reio primeirc a<> pQvo de Deus como a intermediário" (item 8)? Sôbre êsses pontos mais eloqüentemente fala a atitude prática dos autores do Catecismo tanto na fain:t de adultera r os tc-xtos d2 Sagrada Escritura. quanto em sua rebeldia dian. te do pronunciamen10 da Santa Sé. Seu racionalismo vai longe. Partid:írios do evo, lucionismo materialista, negam a Deus o poder de íaz.cr milagres: "Não c<>11vém falemos cm •'e.v ce. ç ,)e.r à.t h:i,f m1tllft1is" , DignmO.\' onlcs: o m ilt,,:re lcvt1 o homem à consciência de que êle não saber o que pode aconttcer 11i lc e 110 mundo" (p. 132), "mio ,-a; Cónlra as fôrçt1J' ,la criaç,io'' ( ibid.), o que é refutado pelo item 9 da Declaração dos C-ardeais. Quem se rebela dirc1amcn1e contra a Justiça de Oeus no que dit rc-.spcito ao pecado e às penas do inferno e do purgatório, que consideração pode ler pela lei moral e pelo verdadeiro amor do pr6, ximo'1 No item 10 de seu documen10. a Comissão Cardinalícia recomenda que " o texto do Catecism o não rmga (>bscuridadc qua11to à e1·isti11cia ele lri.t mor"is qtte, com o uli.r, podemos conh~ccr e c:r:pri• mir. de modo que: vinculem 110$$0 co11.tciê11ci<i sem • pre e cm tódas as tircu11s tâ 11citu" (10ç, c il,, p. 691). Assint, nada para s urpreender que o livro se mostre indulgente com o homossexualismo: "Nâ ,:erto mímero d~ pessoas cuja utStica mio se orien• ta parti <> outro sexo, mo,r para o Jexo ao qual 1.dt1J' me:mUJJ' pertencem . A /afia ,le ,liscuss,io frtmca sôbre o 11ssulllt> fiz surgir, ~m refoção a elas, t·t•rtas opi11iõi>s que, cm sua gc11eralidt1de, são ;,,. iusws. O homem mio possui ,, /órçn de tlccidir por si m esmo J·óbrc " te11dé11ciá d t semir-se atraido ou mi() pe/Q outro sexo. ( . • . ] Niio se entenda mal que " St~gmJ,, /;,1critura fale de m otlo. muito se''t·ro s6bre o comacto [. ,, J /romô.sJ·exual (Gén. 19; Rom. I ). Nõo o Jaz para condenar o certos J,o. m eus, que sentem cm si tal a11oma/io, sem culpa próprit1. De111111cia, C(Jm justo rigor, cer/a epidemit1 homossexual, que se tQrnaro .moda e que, ontem como hoje, pode e.rtender•sc também a muitos, que 11or11wlme1t1e .te seltlem atrafrlos 1>clo outro sexa" (pp. 444-445). Ainda nessa linha, lê•sc algumas p:iginas adiante que o fato de o li Concílio Vatic.a no não se ler pronunciado sôbre os métodos concretos de "possil,ilitar as relnçõe.t de amor emre os cspo.\·os. sem que. /raja pt),t.tibi/idadt de t:ont:e11ç,itJ d e 11ovQ vida'' (p. 46S), equivaleu a derrog::1r o que o Magistério ordinário da lgrcj~t (agora mais uma ve1. pela Encíclia "Humanae Vitae··) scmJ)rc sustentou q\lanto à iliccidade das prá1icas anticoncepcionais. À$ páginas 457-458 aparece a franca justificação do concubinato. Mais ::.inda. Consideram os teólogos de Nimega com comphu:ência o vkio $Olitário: através da compre• ens5o dos pais, os jovens nâo verão 1al vício. du• rnnlc a puberdade, "principt1lme111e. sob o sinal de ,,ecmlo, Nessa fase em QCiOnal .- instável, mlo exisl t gtralmc111t 1 para o pecodo ,:rave. Q 11ccess6ritt liberdadt. (Aliás. u,mbém para t1dultos1 ft1/lará li• bertltlde nessa matéria, em caso eventual, ,mm gnm
mu;10 maior tio que s~ pt'nsava cm1igume111e)" ( p. 47 1). E mais adiante se esclarece que ''o qut precede mio 'Wtle, 11arurt1lmt m t, ( ... J c:omo inicia• ç,ko" apenilS para crianças <lo sexo masculino (pp. 471-472). Ficaria incompleto êstc círculo de hor-
rores, se não se justificasse também o s uicídio cm determinadas circunstâncias: "'A "ida não nos per• tence. Mt1s pode haver c,uos em que alguém. em t:011:rciêncitt, ntio tenha oulrtt alternativa .t enão aca• b,,,. com t1 pr6prla vi(/(I' (p. 489). Muito longe iríamos se fôssemos comentar o que o "Nôvo Catecismo" fala sôbre "nmndivi</;11. cio.r" que nos viriam do hinduísmo, do budismo, do islamismo. do humanismo ateu e do marxismo. 8as1a que citemos um dos locais em que o marxismo é a presentado como "portJ.lloxo: nascido num ,m"ulo judeu•cristáo", os elemento.r "cristiio.r'' ,w m11rxism o podem vir a ser. pt,ra muitos. caminho pora um Cristianism o no,•ame11te ","vido. Nesse sen• lido, podemos talvez cJuuná•IO. mio sõm enre de "'1mmdiviJi 11cia" pW·-cristti, meu, wmbém, de "co.f. mo,iisão" pré-cristã" (p. 42). Teilhard de C har. din diria: de aeõrdo !
S tempo de encerrarmos êstes comentários. Fa• zendo-o, com todo o respeito e veneração qucrc• mos estranhar que, diante- dos e rros básicos dêsse hediondo "Nôvo Catec is mo", a Comissão Cardi• nalicia, ap6s indicar alguns pontos em que êlc CS· candalosamentc se afastou da verdadeira doutrina, elogie "sua indo/e pClStOrat, litúrgica e bíblicá", aprovando nêlc "o louvável propósito de apresen• tar a e1er1w m ensagem ,de Je.sus Cristo de numeira ttcomodado ao modo de pensar dos homen.r de nos• so tempo" ( Declaração. toe. cil., p. 691). Pode-se apontar qualidades reconfortantes cm um vinho quando sua análise denuncia dose letal de veneno, a qual os fab ricantes se recusam a extirpar (ex1ir• pação aliás difícil, tão indissoJUvelmente as duas coisas se acham combinadas)? De qualquer maneira, o Que t(l(:a à.-; raias do inconcebível cm mat,ria de fraude é o modo como a Editôra Herdcr, dizendo ler "a a,wincia dt1 Cúria Metropolitana de São Paulo", lançou essa edição brasilcica que estamos comentando. Em suas pri• mciras páginas. a DccJaraçiio da Comissão Cardinalícia é substituída por uma glosa elaborada, ao que parece, com o propósito deliberado de salvar o " Nôvo Cateeismo" das criticas emanadas da Santa Sé, suavizando -as, deformando-as, e às vêzes até mes mo invertendo-lhes o sentido. Pôr em circula• ção entre os fiéis brasileiros, para alimento de suas almas1 êsse livro deletério, é agir como o homem que, se $CU fi lho lhe pedir ix'.i.o, lhe dará uma pedra, e se lhe pedir um peixe. lhe oferecerá uma serpenle (cí. Mal. 7, 9 -10). Diante do espeláculo de tama nha calainidade, será o e.aso de bradarmos: '"Fogo, fogo, fogo! Socorro, socorro, socorro! Fogo 11a casa d~ l>~us, fogo nos almas , fogo até 110 san• 1uário! $0<,·orro. que nosso irmão está sendo assassi,u,Jo, socorro que ,rossos filhos tsião sendo estrangulados, socorro que 11osso bom pa,· estó sendo llptwhalado" (São Luís Ma ria Grignion de Montíort, "Oração abrasada"),
( IAtoJLnC]SMO MENSAJUO com
APROVAÇÃO ECI.ESIASTICA
Campos -
Etc. do Rio
Diretor Mons. An1onio Ribeiro do Rosario Olrtlorfa: Av. 7 de Setembro. 247, caix:.t posrnl 333, Campos, RJ. Admlnlstraç~o: R. Dr. Marlinico Prado, n.0 271 (ZP 3), S. Paulo. Agtnte pnra o Estado do Rio: Dr. José de Oliveirn An<lradc, cajx3 pos1a.J 333. Campos. RJ; Agt:nte para os E$1ndos de Col4s, Mato Grosso e Minas Gcrab:: Dr. Mihon de Sallc.~ Mourão. R. Paraíba. J 423. 1clcíonc 26-4630, Belo Horizonle; A,:tt.ntc pnra o E.da.do da Cuanab:ua: Dr. Luis M. Ouncan, R. Cosme Velho, 81 S. telefone 45•8264, Rio de Janeiro; Agente par.a. o &1:tdo do Ceari: Dr. José Gerardo Ribeiro. R. Senador Pompeu, 2 120-A, Fortalc1..a; Agentts pana u Argentlna: ··Tradición, Fn• milia, Propicda.d'", C3silla de Correo n.0 169. Capital Federal, Argentina; Agcnlc~, p::irn o Chile: "Fiducia", Cas.ilfa 13772. CoNeO IS. S:tnliago, Chile. Número avulso: NCrS 1.00; nún~ro alra• sado: NCr$ 1, 1O. Al$lnofurllS :i.nuais: comum NCr$ J0,00; bcn(citor NCr$ 60,00; gnm\lc benfeitor NCr·$ l S0,00: .seminaristas e . estudantes NCr$ 8,00; Am6rica do Sul e Central: via marítima USS 3.00; via aérea USS 4,00: outros p;,1íse:s: via mnrílimn USS 4,,00; via afrea USS 6.00. Pora os Eslados do AC, AL, AM, GO, MA, MT, PA, PS, PE, PI, RN, SE e Territórios, o jornal 6 enviado por via aérea pelo preço da :.u..~inatura comum, Os pagamentos, sempre em nome• de Ed.i• tõra Padre B<-khlor de Ponfcs SIC, pode• rão ser enviados à Administração ou a.os n8,cn1cs. Pata mudança de cndcréço de as. sinantes, é necessihio mencionar também o enderêço nn1igo. Composto e tmpriesso na Cia. Llthographlc.a Ypirnnga R. Cadete, 209, S. Paulo
R. G. DO SUL
'Exmo. Rorno. Sr. O. Frei CMndldo Marliil Brunpl, O. F. M. Cap., Bls.po 'Auxlllar de Caxias do Sul: "Queiram remeter, por Rccmbõlso. ao abni;,;o assinado, 12 exempla• rcs do CATOLICISMO. n.0 2'21, novcmbto de 1969, - ou antes, melhor ainda
(se as possuírem) cm brochura, 12 exemplarc.'!; dà c~uta Pastoral sôbrc o Santo Sa,
crifício da Missa, de Oom Antonio de Castro Maycr. Oe antemão o abaixo MSi1H\dO agradece e distribuirá com prazer a cxplêndida
Pastoral entre Sacerdotes., pnrn que n leiam w.mbém c cx..pJiqucm ao povo de Deus".
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SÃO PAULO
txmo. Rcvmo. Mons. Aogtlo Rmiin$ Luct11i1, VJgArio Capitular de Bauru: "0 jornal CATOLICJSMO h:\ muito tempo vem mnntcndo uma luta tenaz a favor da verdadcirn trndiç'lio da Igreja de . C risto. que por muitos é mal vista e mal entendidu. S um verdadeiro s.inal de contradiç;'io neste mundo conturbado que caminha cego l".lrn o abismo das negações, dos erros doutrinflrios e d a ruína. Aos que combatem o jornal ~ fâci l verificar o eng:mo. O jorn.-11 está ai. Leia-o, estude-o e- se convença de que o jornal é combativo e contundente na defesa intransigente da Igreja Catótic;,··.
R. OE JANEIRO
Da. Cnlarina Wagner de B'rico, F:.-.unda M.unbata. Uslnu Santa Crui, Campos: "l ... ) CATOLICISMO. jornal cujo valor crc..~c sempre 110 conceito dos bons ca• tólicos. Que n Divina Ptovidência. q ue nM deu como Pastor O. Antonio de Castro Ma,yer. culto, santo e p iedoso Bispo, o QU:u'de por muitos anos à frente de noss-1 D iocese".
VENEZUELA
Sr. llknrdo Zuloaga, Car:lcas: "l ... l rcciba u na vci más mi agradecimicnto por cl rc3ular envio de c,'ia intcresantc publicación que con t11nto valor '/ cloridad enfoca los problemas á que ticnen somctidos nuestrO:S países làS ansias de dominación dei extremismo internacional y de lo cunl t:,mbién C$ vfctima, cn buen:i. parle, la lglcsia Católicn".
R. G. 0 0 SUL
Revmo. Pe. frti Teodoro de A. Ch:tves. Cnribaldi: •' Remeto um escri10 sôbte uma apn,.-ciaç·ã o que Frei Boavcntur;i Kloppcnburg publicou na R.E.8.. rel:uiv:l ao Nôvo Catecismo Holandês. Se jul3arcn, co,wcnicntc poderão publid•IO cm CATOLICISMO, que é um jornal que rc.almente amigos e inimigos lêem; os prin,eir0$ com :1mor e aprova11do. os 01.uros com ódio e detestando. ".8 inevitável que haja heresias''. esc,evc São Paulo. como "é incvitá,·cl que haja tscândalos", disse o Mestre Divino". , 1 EshLMOS public:indo o anigo cm o utro local dc::.tn cdiç;io.
SÃO PAULO
GUANABARA
Rtvda. Innã Bc:atrlz de Jesus Crucificudo, O. J. C,, M~1t'iro da I maculada Conceição e de Sanc11 Clara, Sorocubu: "Apreciamôs mui10 os artigo:. publicados cm CATOUCISMO; admiramos o seu trabalho incan:;fwcl cm orol da ·'Tradição, f:t. míli:, e proprit..-<lade", e bem assim o empenho q ue está íuzcndo para <1ue o "div6rcio", des-truiç.Jo da família, seja condenado, PMabén:. pelo transcurso do :miversário da fundaç!10 de CAiOLICISMO. Sugestão: continu:ir ~ u-.,b.ilhos. Deus os ajudará. Nós rct:.\mOS e rezarem~ por css:t causa tfió santa", Da. Marl.a ,Josf do Carmo SantO!f, Rio, cm cnrfn :10 Sr. Alberto Luiz Du Plc.ssls: "Por infelicidade, há dia:,, veio-me às m:ios a líltima página de CATOLIC ISMO de agôsto do corrente ano 11969). Qu:11 não foi a minhrt estupefoção e indignação qu:.mdo li o seu cruel e criminoso artigo: "Tal é o nçodamento. que: nem mesmo o ridículo os detém". Confesso <tue t'tle csc.an dnlizci horrl\'cJmentc e comigo t6dn.s as pessons a quem o mostrei. lembrei-me c,não das p;11àvra.°' de Jesus: .. Ai daquele homem por quem vem o escândalo". Ai,~dà que f&se \'Ctdade à infftmia lançada contrn um morto - e que morto! - O senhor que se diz c;1tólico não 1inhà o direito de divulg:ir a s.uposrn folt:i. Como o senhor teve coragem, Sr. Plcssis, de reprodu1..it com coment!1rios esta miséria ditada por um livro conhecido como escandaloso? agora, sou eu quem lhe diz a verdttde: o senhor. sim, é (lUe "se tornou réu de gravíssimo pecttdo" contra a caridade. Eu n;lo creio que, por rnai$ que os :;cnhorC$ vej:,m com côrcs negras a humanidade - com cxceçfio dos privilel;iados inte&ristas - o sc:nhor acredite. Sr. Plcssis, que um chefe de famíl ia rt:1117..ado. um •::1tóllco conscicnrc- como Roberto Kennedy tive~ um:.l li.g ação ilícirn é dcmonstrnssc um de:,;prêzo tfLO crimi• noso pela vida alhci3. Corno t:1mbé1n o senhor nf10 há de recreditar que uma nobre íig:ura como Martin Luther King todo dedicado a um:, nobilíssim:l cnusa, a ;.traiçoasse com. os comunislas e, por outro la.d o. fôs..;c tfio permeável nos cocanlos do belo sexo! . . . E o que cu considero p ior ou mc:smo diabólico n~ membros do C ATOLICISMO <- o ,p;ózo sádico que não conseguern ocuhar quando 1cnrn1n dcs1ruir a reputttçào alheia. .. A estas horas. o seu misen\vel artigo j:i ter:l chegado às mãos do Senador l,:dw:.1rd Kennedy. Um di:i. Sr. Ple$sis, Oeus lhe pedirá con1:I:; severas d~ssc S<:u crlmc, com :is rnes.• mas palavtas que d irigiu :1 C :.iim: ..Que (i1.es 1c'? :., vo;,; do sangue de teu irmão cl:1m:, da letra por Mim". ~ pero qoc CSl:I minhn c:Hl:1 ,-c; j;, 1>ublie:'\da cm o CATOLICISMO". s• J;S1amos diante d e uma c.-ina itocmKl;l, e :, 1>:·ti:-t:lo n:io 6. boa comp;rnhcira nem da verdade, nem da lógic~,. Manda :.1 c;,ridade q ue nf,o se difame o próximo, m~1s css:.1 mesma c;,ridade ordc• n:, que se preservem as nlmns. espccfolrncntc as das geràçõcs novru;. contrn o:; maus exemplo:: daquele..:. que. s:io aprcscnt:1dos como os dirigente..: dn sock:dade, o u como modelos para os demnis. Assim agiram os Sanl0$ Padres e todos o.~ apolot-:istas do Ca1olicismo até h oje. O .suave S:lo fr:rncí$co de S:lles estabelecia como obrigação o dcnuncint a presenta do lôbo vestido de. q vclh:1. N:io é dos mc1los {:taves deveres dos jornalis1as c:uólic~ o de o rientar os lci10l'es. desviando-os. dos falsos i<lolos. Têm êlcs o d ireito de recear que lhes scjnm 10mad~s contas das almas que tct:lo n:.mfrai:•do n;, Fé ou n;, Mornl por c::msa do si• léncio com <tuc éles hajam permitido p1·oduzi$Scm os e~J11dálOS $CUS frutos delcté.rios. Aos se\1s ouvidos soam desde j(t pal:1vr:1s con, :'-~ do Senhor :a Cuim: Que é ícito d e t<,:u irmão'? sua -alma cl~m:.l conlr:i 1i que a perdtsie. Por pio, que sej:i o concci10 que :1. :m1ora dcsrn c:,ut:t fai dos redatores. de CA1'0LICISMO, não deixa de ser vc.td;ulc que êlc$ C$15o ciences de sli:'-" obrig:1çõcs como jornalistàS católicos. T~rfam0$ assim imenso pr;11.cl' cm publieat as prov:1s com que a. missivista dcsmen1issc os fo1os alc3ad~ contt:i. o Senadot Robert Kennedy. Prov;\S~ e niio afirm;1çõcs gratuitas que procedem d:1 ir:icúndia, como ;1 :léusaçiio feita ~ en1re outras ..:... ::i todos de C ATOLICISMO. ou seja, a de um ••gózo sádico que 1\:10 conscsucm ocultar quando tenrnm dcs1ruir ;1 rcpuiaç:io :alheia". Niio nos cabe pergun1ar se l):i. Maria José do C.irmo S\'11110:. refletiu sóbrc 3s eon1as que dMá :, Deus Nosso Senhor por ess:i c:1híni:1 que :LSSim l:mç:1 30 vento .
R. OE .IANEIRO
R~vda. lm1i'i M:nb Es<:ol~tlca, O. C. o., Mostdro dá..-. C:1rmclihiS. Ttresópolis: "Tenho a comunjcar-lhe o segu inte: :,contccendo que um dctcrminàdo número de o CATOLICISMO ln,0 224, de :11~&10 de 19691 me caiu sob os o lhos, li o anigo do Sr. Alberlo Luiz Ou PIC-S.$is ..Tal é o ;1çod:1n1e1HO, que 11em mesmo o ridículo os detém". Néle o Sr. Ou Plessis. cm 1ê:m1os os r:u:1ls (rtJS abonn e i,ropnla o que um livro - imprcnsu vulg:;ir! - dos Esrados Unidos publicou sôbre o folecido Sc1,,1dor Robert Ken~dy. U ma \'CZ que, nós .iqui ;.1crcdit:1mos na honr:'ldcz e virludc do Se, nador Robert Kennedy e mantemos com :1 famíli:, Kenncd)' vim;ulos de unrn fiel e sincera tlmizade. com . a pcm1tssão de noss:1 Madre Priora pedimos que suspenda :.l remes.°'"ª de o C ATOUCISMO p:u:"I o nosso Mosteiro. Ornta pela atcnç;'.ío" . • Ainda umu vez. estamos diante de um;, reaç:io dirnd,·• ))(:lo S\:ntimenlo. Aponú:t :1s:sim es1a carc;t têrmos ··os rn:1is cru.s'' onde - para usar um:"! expressão corrente nos documentos eclesiásticos - nada htwia de "oícnsivo ~to:;: ouvidos piedosos" , .. Igualmente, 3 missivisrn julga "impl'cn.s;1 vulgar'' o livro que n:1rrt1 os fatos p ouco ed1f1cantc..~ do màlo3rado Senador Kennedy. C<>m os rec:ursos financeiros e publici• 1ános que pos.sui, teria muita íacilid11de. :1 fomíli:i Kennedy de desfazer ns acusações que de qualque, m,rncirr,, cm irn1>reu.sa vulg.:1r ou nobre, m:mch~m :1 111cm6ria de um seu membro proemi,u::nte. Or:1. não nQS consta que ~ mclhantc de:-111,:ntido h:nh:? vindo a lume. De onde se e<>nclui t111e nml:, havi:1 :, d~mL·ntir. Pelo e.xpo..•ao; pode a Rcvda. 1rmã :tvaliar da justiça com que recusa rtceber nos~ :.o mensário, enviado, :tliás. s.rnciosamcnte a seu Carmelo.
Sr. C:,rlos Alcjandro Pllt, Córdoba: "(,., I he vcnido rc:cibic:ndo CA'TOLlCISMO, cl provccho de cuyn lectura me excuso de encomiar".
ARGENTINA
Rtvmo. Pt. Reynalo Brevt$ Filho. 8a1Ta do Plraí: "Estando coni o Sr. Bispo, recomende-me a Sfo. Como o admiro! e um grnndc Bispo! Estoo estudando :.l linda • Carla PastoraJ sôbre :i Miss3".
R. DE JANEIRO
~xmo. Revmo. Mon.~. João Batista LlntUo. Sc-rrQ Negra: "Aprecio sobremílncira CATOLICISMO e admiro e louvo n corngem (sem 1emo r) de dizer :i verdade, doa o quem doer, Parabcnito .os ilustres redatores pela campanh:1 permanente, vibrante e tcn:i.i contra o comunismo ateu e contra os fontOCh<:$ prog.ressista..1- que querem fazer da lgrejo de C risto. um circo de variedades e p:mtomimas. Aptccio també.m os debates e a polémica com certas autoridades que só querem vc, nos outros hipocrlSia, desleal, dade e n:io olhnm para a sua cauda envenenada".
SÃO PAULO
Rtvmo. Pe. Oswaldo 1-~itl'To, Quito: "I ... 1 su prestigiosa revista CA1'0LOCISMO.
(••. J que .ha llc3ado a mi conocimic1Ho p-ot mcdio de un amigo.
.EQUADOR
He le1do con muehísimo inlerés su revist:.1 y me gustn la orientaei6n que tiene, por lo inismo le rucgo envi:.,rmc un cjcmplar p ue$ quicro aptovcchar de su lectura, :SO· brc todo :,horn que hay tanto dcSC"oncierto y falta de oricnrnci6n en la Ooctrin;,", Rt~nw. Pc. Alfredo Oclkers, Pár<><:o de Lídke: ''( • . , I queira remeter.me, quanto nn1c.~. c111coen1:t a cem exemplares :wulsos dêste formid:\vel número do CATOLICISMO. mímcro 220-221 - abril-maio de 1969, combatendo assim os "Crupos ocultos que trnmam a subversão da nossa santn Igreja" ... antes de que é tarde. E assim me mande junto n nota que liquidarei imediatamente" ,
R. DE JANEIRO
Sr. Ubirani Souza, Serra dos Al:r:norf$: "Até que enfim enco1n rei um jornáll Eu já: qu:tse cst:.,y~ dcs:1nin;iado de con1inuar n~1 lgrcj:, CO":' tantos escândalos dados por f:1drcs C· Rehg1osos hOJC. Parece que o mundo está ficando de cabeça p:1ra bái.xo. M:.s par:t mim foi uma grnnde ;dcgri~• quando p'or um t\caso um colega me deu para ler tim n(1mcro de CATOLICISMO",
MINAS GERAIS
Rcvrno. Pc. José Lelio M,nd-ts, Mairiporã: "Oinnte da marçha conturbada da lg:re;:l p:na o Pai, al15uém q ue se atreve - meu caso - a desejar continuar reccben• do o CATOLICISMO, creio que já seria ;;, dcmonslrnçiio do aprêço que se tem por 1:10 ilus1re jornnl católico . Gostaria de um jorn:.d mais adapt:1do ..io povo. mas percebo t:"lmbé:m a ncc:essi• •fade de artigos c,xtensos bem mais ar3umen1ados que os vulgares q ue andam à s6ha por aí: Coritinucm ncs.s:a linha! N~o import11 que, como o cego do Evangelho, nossos p;us SCJam pcrscgu1dos, que se,amM expul$0$ das $in:\gogas por fariseus que sentem a verdade pesar sôbre seus erros. Cristo nOS: faz ver: importa pregá.lo".
SÃO PAULO
Rt\'mo. Pc. AlcJoniHo Brüzz.l. S. O. B•• Taraquli, 810 Uaupb,.: ••Recebi os. nOs.
AMAZON AS
220-2'21 e 223 de CATOLICISMO. São preciosíssimos para mim e muito lhe. agr:;1;-
deço. Foi pnra mim uma revelação essa :ttitude do op0$ição ·sistemática ?i tgreju, do 100-C e Grupos Proféticos, que cu já entrevira. üqui no fundo da selva. àmazônic:'I., :io rec:ebcr casualmente um númeto das ••Jnfotmations Catho1iqucs lnternationales".
1.. . 1.
Mas. infeliz.mente, a grande defecção no seio dà lgteja está a p,ovar :t suptrfklaUdnd, das tonvk~!í dos pretenciosos sábios do ~ulo XX. " homen.-. de conscíêncio :iduha". como hlasonnm (tnlv~ devc."-SCm diz.er consciência :ldl',ltera). A adornç.ã o da novid:l.de e da m00:1 é um sintoma de dc.bilid,,dc mental. E a lamcn1ável de(ecç:.lo de lantos católicos, Reli&iOSO$ e Padres veio provar que grass:1v:i um~ o-lfgorttnla tsplrltu:11. Estou convicto que os n,ais jovens dtn1re os que ora lu1:1m nas fileiras da TFP \'Criio os consoladores resultados desta depuração (tuc sc pr-occ.ssa no seio dn lgtcja na hora prcsen1e, resullados profê1icamc1ne cn1rcvis1os por Dom 8osco no seu sonhÓ de. 7 de janeiro de 1870. Embora. quiçá. c.~s,l transformaç:lo deva ser precedida pela c:i.1:lstrofc de que Fátima é uma advertência, t o .sonhC'I de Dom 80sec, um imprcssio• nante csbôço".
Sr. Jt.nn Oussct, Ofíke lnttrnu1ional du Oeuvrc.s de Fonuntion ClvJquc cl rl'Acllon OONrinalt alon 1~ OrolC Natun-1 tt Chrtflen, Secrilnrint, Parls, cm carta ;Jo Prof. Pllnio Corrêa dt Oliveira, q ut' lhe cnvlam exemplares de nosso n.0 220•221 dedicado :) ~t'!'Únda d•l tr.1mi;a desenvolvida pelo 100-C e pelos "grupos proféticos"; "~'est :.lvec J01e qu~ nous avof~s tcçu, Michel de Pcnrcntcnyo et moi, Jes pr6cicux cnvo1s que. sous le s,gne de la Sociedade Ur:1...;ileir:1 de Defesa da Tradiçiio, Família e Propriedade. vous 11vez e\l la bo,n 6 de nous adtesset. .Notre iravail est 1cl. ct nous parvcnons s i difficilcmcnt à foi rc tout ce qui noui:iss:uJle. que nous n·avons suCrc 1·occt\sion de nous redire. GOmmc il foudtait, notrc P[Ofonde .communion de pcnséc, Lo situa1ion, en Amériquc comme en Eucope, de, vumt 1rng_1quc. Cena synchroni:;tttion d:1ns k cornbat 1rouve orécisément d:1ns le dcx:u111cn1 que vous m'adres-:ci une illustration tou1e paniculiCrc et bicn réeonfortantc. J>uisquc vou~ avc.7. l;,1 bonté de rcdonner un élan nouveau ~1 I;\ diffusioo par la rcvuc "Appro:1chcs" du document sur l'IDOC, sans que la chose ait à étre ébruitée plus qc'il nc fou t, vous scre?. pcut~trc heurcux de sa,·oir que le sroupc d'Approaches n'es1 ni plus ni moins que lc groupc de nos ami.s cn Grande Bretagne. ( •. . 1 Jc sui:, hcurcux de çcllc oc:casion. Monsieur le Profosscur. de vous rodire. a.vcc noire adminuion, n otrc. tr~s :_1Hc<:hJcusc !idélité",
FRANÇA
R1:vmo. Pc. Ernesto An1onio Voltarem, Seminário Noss:1 Scnhom de Sion S~o Scb.as11ão do P:araíso: "Quero lhes J)(:dir um grande favor: parem de nos cnv'iar o luxuosfs:-imo C ATOLIC ISMO. Ninguém :1qui o 1(: nas poucas ,•ê1,cs que o fizemos, êl,: só roí e:w:,:1 de ittit:içâo e dis:;abor. Irritei-me profundamente :.10 ler um nl',mero de jancito p. p. Ide. 1969] em que um sr, cônego de Hc1o Horizonte tripudiava c-0m palavr:L-. alwmcnle dcscaridosas e :tté baix:i.~ seus colegas de S:lcerdócio e mesmo bisvos. Um érro n5o se cotrite com outro êrro m:.,ior. Todo oxtrcmis.mo é condená• vcl. Com pretéxto de combater o c.'iqucrdisruo, C ATOLlC ISMO e íFP radi<:;1li1.am-sc num extrcmi$mo exagerado de dirc-i1~,. :• 1:1I ponto que se esqm~m :tté do ma.ior J)re, ceito cm que Cristo fundamentou su:t dou1ri1rn: ~, C:1ridade. Que "catolicismo" ~ êste'? - N:'io é com um jornaliinho de p;ipel íinfssiino, eivado de ilustr~1çôcs carissi, nu1s, nem com "dezenove caravanas de propag:rndis rns. mo1ori1.adas" (donde vem o dinheiro p;;,rn tanto?) com rapazes pcrfumtldos e engrn.val:.ldos etc., etc.., que se combate o comunismo. Tive ocasião de con:;t;,tar nas portas de uma igrej:, de S:i.o P:tulo com <1ue falta de educação e até b rut:.1lidade êsles raptltes dtl TFP tr.-itav:.un senhoras e môç:LS que não queriam :\S$Ínar seus p;1pcl11chos contra isso e cont(a aquilo, bem como seu ulto grau de ignor5ncia. Não queremos r«ebcr CATOLICISMO em <1ue é publicada um;1 pastoral sôbrc o Sto. Sacrifício d:t Missa, na qu;.11 o :1u1o r, apcs:1r de Bi.-.po d:1 Igreja, faz ques1.5o de ignorar ;1 lr1struç~io sôbre a Constituiçfio da S:ig_mda Liturgia. a Constituiç:io "Miss:1lc Rom:mum", cüando 23 vêzcs ::i Med_i:nor Oci e Wmcnle 3 o Va1icano li qunndo lhe convinha O moda protc.srnnte). Part.-cc que Paulo VI ainda c:;tti pnra ser eleito e. que o Và1icano 11 se vislumbr:1 num !uturo muito lo11gínquo. Teria muito que fok1t. ma:: oaro por aqui p.-ira não 1ne exceder. Agr.ulcccmos encarecidamtnle, portin disp,cnsarnos o envio de C ATOLIC ISMO. :1pcs,1r de gratuito". 'I' Mais tuna cana que merece. ela sim, as increpaçõcs corn ;is <ruais gtatifica a quantóS niio lêem 1>cla. cartilha do progteS'.Sismo. O mis..:;ivist:a ;ttàc:1 com palavras :'tlrnme11tc dc.scaridosa.s e até gr~-sciráS os admiráveis propag.M1dis1a.'i da TFP, um seu colega de s:1cerdócio e até um Oi:;po insigne. Um Çrro n5o se corri,te com ou tro ~rro ma\or. S. Rcvm;1, parec.c esquecido do maior preceito de J esus Cr·isto1 que 6 o dn cand:.ule. E dcpoi:, de ludo. o Rcvmo. P:1drc $:lÍ·se com êste ttcho: "p:.1ro po r ~qui para não me cxceth-r··. Será mesmo que julga não se ter excedido'! Quànlo :) csrntt~1ic:1 das ci1oções cncontn1d:as na luminos:1 P:.istornl de nosso Ui:;po Oioce:;:mo, sôbre o Santo Sacriífcio d:1 Mi:-s:1, parece o missivi:st:., acreditar <1uc o V:11ic:ino li ;1c:1bou com :i Tr:tdição. Do conir:írio. nfio cstr~nharfa êle que um Bis1>0, ;."10 trat:1r de determinado assumo. tome como base uma Encíclica pon1iffcia esctit;1 opoci:1lmen1c para c.lucidar o mesmo a.°'sunto.
M INAS GERAIS
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li AfOJLECliSMO
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INTERPELADOS NA COLOMBIA, POR ''CREDO'; OS PADRES DE GOLCONDA CONFORME NOTICIOU csia íõlha cm ::cu número de :\t;ôsto do o.no pissado. a opinião cntólica colombiana tomou conhe► cimento. c..~tarrccida, de um manifosto as•
sinado cm 13 de dezembro de 1963 pelo Administrodor Ap~tólico da Diocese de Buen twenwra, Mons. Gerardo Vnlencia
Cano, ç por 46 Sacetdotes colombianos (ou pelo meno$ residcntei no pais). dois argen• tinos e um cqua1ori3no. propugnando a lutn pcl:, "imtaurar,;,1o d(' uma socicdatlc• ,,~
tipo socit,lisut · (:ilguns dêlcs foram presos depois. como :mb\'crs.ivos). Um foto nôvo, de cxtrnordinária import5ncin. veio acrcs• c<"ntor•se ?t Polémic-.a travada em tôrno dC.s· se documento <' das atitudes conctctas to• ma<.fas por :,tui:. sig,n.-n{u·ios. Em Outubro (1l1imo. O GRUPO TRA01Ct:>NALIS,·A. OE J (>V~NS CRl$TÂOS COt,Ot-tUIANOS.
de Mcdellin, utiliiando•se do método de prop:iganda q ue já ic tornou c-lássico das TFPs brasileira, ars,cntintl, chilena e u ru• gutlia - com ns <1u;1is mantém cstreitn e Ír:\lcrnal amiU1dc - saiu às rttas de 8ogo,. lá p:m, divultt~tr o nl1mero C$pccitl1 de sua revis1a " Credo'", contendo uma INTERPELA· ÇÂO AO$ $ACE.R001E$ OE ÚOI.C◊l'IOA ,
'""" ,/,• um proc,uô tt>vQ/ucionárlo 1uuú o ,,,wl preâsunumtc- qmtrC'm tol<1bora<,·cio". ■ Pas.41.ando
ao :-:cgundo ponto. friso o documento ser próprio à propaganda dcmagógk:,; o d:ir pOr cvidtntcs cctlos fatos a pnr1ir dos qu:i.is st tcntn impor uma solu• ç!ío coníusn, q ue os próprios demagogos nii.o têm coragem de enunciar de .inicio, a fim de n:lO assus1n, o povo. fo i assim <1ue procedeu Fidcl Castro, q,ue ostcnu\Va até vm 1Crço no peseoço ao iniciar na S it:trn Maestra sua coníus:,; pregação rdornlí!:> ta. O úTJCC pede nos Padre.-. de Goh::ooda <1ue definam, com clarC?.a e prccisf,o, t, na• turcza d~is~ reformas e d.t ação revolucionária <tue propugmtm com u rna :lmbigüidadc inadmis.sívd q uando i;c lOCõl em <1m:stões. d~ mornl da maior intJXHtâ:ncia. Sóbrc o foto dç Csses Sacerdotes pleitea• rcm n inst:\Urac;:iõ de um:\ sociedade sc>cin• listo. perguntam os amores da interpelação: "'Ntio Mtht•m V. Rt•,.,,ms.. qu,·, sc•gwulo o t!nsi,u1111<•llfO dó imurw/ Pio X I , " SOCIAi. iS• MO E CATOl.lCISMO SÃO TÍlRMOS Q1Jti s e 11.E• ••~Lt!M"? l'ur t/1tt· ,:m,i,, ft1 lt1111 cvmü Sut•C!f• dotes, /lllm n •frimUcttr 1mm ord1m, ,te CQi• $(t i ''"" o,r Sr,,•u(lotts uâQ ,,otf,•111 c1pro•
vt1r?"
Im possível a, indife renço Ocp0i.-. de mostrar ( l UI! não padcriom per• mantccr indiforentes ~\nte ··o 11111uecimemo. ,,th:ithulu e /1Qst111'ldo~ ,/Q chamado g,upo s<tur<lotal de Golconda", expõem os jovi:ns tradicionalistas cristfios o que confess:\m qucru és.ses. Padres: "0 rc·f,·ritlo grupo StJ• unlof<ll tomou 1nlblicll sua intc•11çiiQ de JJf()• t·11tur " ált,•n1ç,io r<ttlicnl. e ,•m ,~ntit/Q St)• c ialista , d<ts estrutums JUJIÍtico-soeifll e• c•cQ• uômic" d(t Col6mbia, e ,tc- u,I fim
f''""
- alterar (11 pr6prias c-s1111111ras religiou,:r''. J>:ir.1 o obsctvador m:lis ãtcnto, manifesta• ções de mi gênero não são fatos isolados. mas se c nquad(am pcrfoit3mentc num con• junto de aconttcimentos rnnto mais gr,wes quanto m::iis gencrolizados no Ocidente. D iante di$SO, os i11tegr.mtcs do Ornpo Tradicion;.ljst::t de Jovens Cristãos Côlóm• bianos, como c:atólicos e como cidadilOS, 1êm "o dirâto tlf! .Jait a 1níblico 11am i11q11Í• dr, dt:,,tro dos limift!S dt1 mais <Striro lcgn• lidt1dc>, sóJ,r,• algo qm• se rc•fr11..• ao fut1tt(J 1mlltico•socfol ,/e- 11os:ra Pátrifl e•, portm,ttJ, nos diz rrspcito ditt:fume111~. bem como, .-m nossa condição indfridua/ dt• cM61icQS, prt:o-cu1,,,.,,os prof11111lt1111ente. ,, saber, que (J dt·• vastatlor i,rcRndio rcUgioso f/11(! sr lrvattta em ou11as m,çQrs vossa vir a ,a.:,1r-sc- a,,ui com igual fôrça", Com as vistas postas nos princípio~ da civili1..1çflO cristã, a cuja c,:\u• sa dcdkam o melhor de seus esforços., per• gunrnm os jovens tn1;dic-iona.li$tas, cxprimin• do a i nquietação de tnilhllttS de seus com• patriot\l.s: " Para onde' .1c quu com/11t.ir nos• sa Pátrü,J Que se prNC'1tdt• Jazer com os vudodes i11t!J fimáw:i's que Mr(n·é,t ,to Ma• gisrb'io da /J:r,ja n os for(lm cttsiruul,u?" Com iodo o rtsptilo à investidura s:1ccr• dotai. mas também com tôda a fra11que1..-. que as circun.st;lnci:ts exigem, os sigmuários da in1crJ)(.'l:1ção convidam - c.11cluin• do Mon.s. C:mo, cm virtude de 1,ronunciamcnto seu p<>ste.rior os de Golcon• da a csc:larccc,cm 1niblicomt'llft• qualfô pc>ntos de sun nurnç5o e dc seu P(nsam<'m\'.J. ■ Primeiramente, tm seu mc,ncionado do• c utnento de. l3 de dezembro de 1968 os rc• feridos eclesiásticos apresentam ··o ,~a/idade colom biana com o o /1rod1110 puro e simp/e.\' de 11m 1utri<ulo Mstórico em que uma clas.s,· de exploradqru subjugou uma classe de C'Xplorados.., e a.ssevtram "qu,· u trat(t ""' s,mm tlc pru,·o('ar uma r,·,•oluçiio 11,, qm1I d dasst' de t'xplorados combatu t• supla,ae os t•xploradores'', Pois. bem, prossegue ;i interpelação. "têm V . R,·wnos. cousct'ê11cia dt (Jue t!Sffl af;rma<'ÜO <lt fltdole M.stórfca, polftitt>4otinl e t'<'tm6ndca ~um1'·( qm.•stõ,·s que siio inteim, m n111c opi11,11fras Jiflm ôs totólicos, de mo,lo quc- a u6s, com<, a qua/qu~r uutrc. é intt'i• romcmlc licito pô-la f!m dâvid", ou olé dis-
cord11r dd11 i11t,:iramc.11trJ' '·
''Em toso o/irmalivo - continua a inler• pelaç-ão do OTJCC - 11úo ccmvreefl(/c-mos (máx ime nesta 1/llJt·a ('lm que se fo/(1 de m,,. turitlt,dt ,lo "láic"'º dt:sali~mulo'') cQmo V. Revmas. St' se11t,:m ô vonradt· ''" /tt1.t:r u,J afírmt1çõQ, ,lesacomp,mJuula de qualquer prow,. A tn·owt, t•tttre1t11110. scrfo particular•
mente necc>ssório, 1e.11do-sc tm \/iSl(I que V . Rt•vnws. colocam sua cont·epçiio lu'stórica , po/ftico•sociol e c!to116micó c omo Justifica•
■ Pnrn chegar à mudança de e.o;truturas., de tipo socialista, os Padres de Oolconda - e éssc é o terceiro pomo - dcdnram-se •·solitlltrifJt, ,ft'm qualqm•r úiscriminaç,io, com todos os 11m: l111t1m por c-ss11 mudmtf<t". c<aicm um apClo parn a íormaç~o de uma ..frelllt" revoluât>míria", na <1ual os rcvolucion,rics de todos O$ matizes n í,o nbnndonarinm "su<1S Q1gu11it,.1çôt"s•.1<'"•' rm1dos t' .s11(1s lut11t". Ora. pcrgunt:un os jovens. CO• lombi:rnos, "11U,fll ,s1rm1ha fr~m<" rf!volucio• n6ri(, de~jada por V. RC'vmas., <>t comw,is1as rtrfom lugdr? l:!m tOJo afirmati,•o. 1111cco11ct•ssijrs dut•i""' V. R.-11111111. (/ut• se lhes fuça para obru .ma tolaborarõ11? l:m <111c m('<litlt1 V, R('1•11111s. C'staritm, ,lis1,Qsros à r('.r;.s,ir•lht•s no c11so ,IC", segundo ,, i111·,1riá,·c-l hábito dq comunismo l111c~rmu:iom1/, o Par• 1ido Co1111mi,, w Côloml,ia110 1>r,•l fut/u utili• uu (SSO uli(lllftl fl(Utl implantar C'lllrc• 116s "'"'' 1iro,,iá (lttitt < c,mfis,•M(,ria a stn'i(;o de Cubtz, PPquim 1) 11 Moscou? Por (mtro l<ulô, a a<;ii" rc~volttcitmtirl(, dt•sc-j{l(/Q 110, V, R,•vm(l/1. é ,,iolc-11l(1 cnm() foi ,, (/() inft• /iz 11p6s1ara Camilo Torrc-s, que V. R t:l'lnas. glorificam esca11dalosamen1eJ··
• Passando a.o l'11tuno ·dos quntto pon• to~ que se propusera íocali1.,1r. kmbra o docmn c,uo .1 :1firmaçào do "Manifesto de Golconda"'. de q ue a revoluc;:"10 .,;ocfolista par:\ a Co!Ombia "é i,isepmówl ,Jc ,iossa 1<1tcf11 /luírgica. C'Vlmgdt'z,m lora t' ,lc dirc-riio ''" Comw,idtule t•dc-siof'. O texto dos Sacerdotes prog:res.,;·istas deixa claro que t s• sa "tarefa·· n5o fie::t subordinada a princí· pios morais absolu1os, a ~ rcm aplicados à realidade concreta, mas, pelo contr:\rio, su• bordina-.sc às exigências flu idas dos desígn ios d<: implantar naquela nação ais1ã os padrões de vida sock11istas. "Qm,/ é 1>reâsam,•11tc - indaga a in1erJ>claçào - (I COIZCt'P{;'(iO dt! limrgi11 qu,• ,; ,,, V. Rt•w11,1s.? Estranha coucepç,io que pnrt!• cc· rra11sformar Q culto piíbUco da lgrejfl tm método de formaçiio das mt11sa1 poro ser,mt en quadradas cm algum partido soda• lista 011 c omunista".
Posíçãa doutrinária Depois de enírtntar en1 duas palavras a previsível hmt::uiva dos Padres de Cokon• da, de ilidir a intcrpc:lação invocando o re• centc dô<:,1mcn10 do CELAM, finalizam os jovens eatólic0:s 1r-.-dicior1alistas indic:mdo qual é sua posição dootrin~rin: "Para que V. Revmas. mio 1e11Jram d,ivi. du qua,ttt> ,> ,,osiç,1o do111,;116rh1 "" ,,,mt nos si111amos m, am1/lse dt! seu tloc11met1UJ, affrmnmôs t1ossa fot(!/ru solhhuie,ltule com " purt<' ,loutriuária d,, mo1t11111e11u,I <1bra "Rtfomw A,;rdrü, - Questão de Co11sciê11• c ill"'. dt' amoria dos Exmos. Sts. D. GC'Ull<lo de Prot!11ça Sigam/, A rcebisvo de Diamat1• 1i11a. /). A111Qnio ,te Cosrru May,:r, IJispo dr Campos. Dr. Pllnio Corri,, de Olfreif(1. catc-drótico ,lt, Unfrt·rsidmlc Cat6/ica de Stio P1111lo (,luas ,·êus t!logimlo ,,ela Santa SI), e eco11omi11" L11fr. Mendonça de Frehus, da qual cm •iomos a V. R ci"1ttas. um ,:xemplt1r dir edição receutt!m<ntc dadu " /um,• em Madritl, Niio b11swrá rcspo11dt'lr ,,,,,. u,frct se}<,• mos n•âdo11drfo!I, Pe,/ill/l)S " V. Rewua.r. (JUC ,ws,~ Ctl:JQ
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INTERPELACION A LOS SACERDOTES DE GOLCONDA
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ClUuilo T orres em 11u,rço ,/e- 196$". ·l! pros· segue : " Sim, tc!mos ac,•ilado a co/uborartiO d,· "lg,11111 11wrxislfl$ ;,,d,•pC'mlc11tes", ma$ "o tr(lbulllo com marxistus b1d.:p~ndt!11tts uão implica, de mmlum ,,, "'"""'"'· e m co,111110• mlssos <io111rinótio~·. Como se vC, também essa tcspostu confi,. ma o quanto foi opQnuna. a interpelação do Grupo ·rri'ldicio,,alista de Jovens Cristãos
Colombianos.
Luiz Sérgio Solimeo
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Sactrdc.>tC$ de Golc<1ndn dc,•olvcssem as paróqui:is :a C.Je.s confiados. Alega S. Exeia, Rcvma., cntte outros motivos. que tais ceie• siãs1ieos pregavam a lula de c.1:,sse e o cn,. prêgo de quaisque( meios - sem excluir a ,·io1ência p:1ra obter a mudança da$ e:-:uuturas; e.~ta\•nm cti:\ndo um clima de tensão que favored:1 n lu ta de classe e a violência; procu ravam transfotmar o sacct• dócio cin in!:>trumcnto de lutn política; eS.• 1avam ligados. a grupOs sub,·trsjvos qut: vi• nham scme,,ndo o 6dio c a morte tntre os colombi3nos: introduziram e lementos mar• xistas nn vidn paroquial; aprcs:entavam o Evangelho de maneira dChtrpada ou tnuti• lad:.t, segundo seus próprios fin s. No di:;t 3 1 de outubro, o jornal "EI T icm• po", de Bogotá, publicou uma declaração do Pc. Luís Antonio Calh, rdo, cm noinc do GruJ>O de Golconda, com referência ao documento dos jo vens do CTJCC . Diz éle que, cs1a1, do os dirigc,ncs d o Movimcnto de Golcondn tncarcemdo:,; cm virtude do que chnmn de "ddito õpi11ar. dissc-11rir, c ri1icar com fundttmc,110, c'.liuc<tr t! organiz.,,, o povo". não podem "rcspo11det por orfJ "º grupt> ,lc lr(lcficionuli.suu" . En1re1anto, depois de outras considerações adianta o Pc. Oallardo: " t cc:rr<> que' Golct>nd,, ,w6ü, di•cidid"mentt: a plut<1fo, ma tlu Frl!ttfl! Uni<fo do Pow, p ublicada pur
(l,fllot.!>w, C"',I-I Je,
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A imptcn:l:, diâri:, no tit-iou com dc!>h1t111c inici:,tiva do Grupo Tradi.;ionalisla de Jovens Crist:\ós Colombinnc.>s. e a,ublii;OII várias c1Hrcvis.ws. conccdid:1s J>cló seu diri• gente, Sr. G usrnvo Cu:1rtus. h;nsa. estud;,inh.: de Ditci10. de '23 unos. A :,colh id;.1 do l)úblico :'I intcrpclaç5o íoi C,tlraordinária . ll:t.st:t di1.cr ,1uc no~ três dias t1ue durou a C(to1panna. soma11do um total de :1pcn.ls cinco hon.,s de 1rnbttlho, fornm vcodidos l . SOO ç,tcmplmes do joriml. C abe inencion~tr que o brilho dês.~ Cxilo foi en\• J)an;ido por um incidc,uc dep1or;hcl. No dit, 21 <k outubro. quando a campnnhn se cnco111r~ivá 110 aug<:, o SI'. Gustavo Cuartás lias,, foi inopinad.imentc prê..~ cm plena rua por 1rês p0liciais ,mnudos d e metralha• dorn. permancccrldó detido durante :.etc h oras. sob a :u;u$açf,o de csittr fozcndo ni;ita • ç;io a fovor c.lo-s Stu:c,dotcs de Golconda! E..-.clatcd~los "íin:11 o.s f:111,:,t. o d irctot de "Credo" foi libcrt:ido. Dois pro,,unciamcnt0$ cpiS\.'<>1>ais vicfnm confirmar u o rm rtunid.idc d ~, inteq>claç5o. Dc<.- orrid:t um:t semana do lonçamcnlc,l <lcst;1 pelos jovc1ls de ..Credo'", o Exmo. Arecbispo de Culi, Mons. Alberto Uribe Urdaneta, e seu Bispo Auxiliar d:wam a r>l1blko um docuincru o no qual acusam o Pc. M ::inucl AIZ.tlc - um dos. Padres de Golconda - de us3r métodos d e agiw,;5o ((>11Hm i~t:, pnr:1 in1rod111.ir :l s.ubvcts:lo cnlfc os fiéis dt, Diocc.sc. Como obi:cl'va " Credo'". ··,,ut•m ttJ;t! cOmó com,mist11 l óbvio q1u· /1t'IIStr como cum1mi1w". de 0 11dc se Jlôde concluir que ;1 denúncia dos dois Prelados encCl'l'.i, implicitarnc ntt:, unm :,cu.saçáo iJe ordem doutrinári:1_ contta um membro do Grupo de Colcond:.l. Um mês mais carde. o Exmo. Rcvmo. Mons. Anib:tl Mui\01. Duque, Administra• dor Apostólico de Uogotá e P residente da Conícrência Episcopal Colombiana, e mitiu comunicado dcttrmin3ndo que dois muros
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Exce cíonal re pe rcussão
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No ccn1ro de Bogotá o GTJCC ergue seus esrnndartes par~• vendei ao público a separata especial de seu jornal. "Credo". Qllc interpela os Padres prOj?rcssis1:1s dô Movimento de Golconda.
Verdades esquecidas
amuita severidade pode coexistir com amisericórdia
Da carta a um Abade, sôbre o modo de tratar certo Monge que fugira do seu mosteiro: epois de, pela dureza de coração que demonstrara, ter repreendido severamente o irmão que abandonou vosso ,nosteiro, pareceu-n1e 1nais acertado en· viá-lo de nôvo ao lugar de onde fugiu; porquanto não posso, segundo nossos costurnes, 1:etê-lo en1 casa se,n o consentirnenio de seu A bade, Convé,n que ta111.bétn o admoes· teis co,n muita severidade, que o induzais a dar co,npleta satisfação por sua culpa, e que depois disto o animeis com a carta que, en1 seu favo r, escrevi ao seu Abade, ["Obras
D
Completas dei Doctor Melifluo San Bernardo, Abad de ClaravaJ" - trad. do Pe. Jaime Pons, S.J. - Ed. Rafael Casulleras, Barcelona, 1929, vol. V. "Epistolario", p. 791, carta 452).
•
Sã o
B e rn a rdo
•
Diretor: Mon:-. An1onio Ribcirn do ko:-ário
Um organismo . surpreendente: _ .J
O CONCÍLIO PASTORAL DA HOLANDA Pad:i·es e Dispos discutem e votilm ao lado de .l ~igos ~ leigas~ e sub ~ 1••·esidê11cia de 0111 leigo. O sec1·etário-geral é do IDOC. Os •<i11e:1·itos~~ são 40~ incl11indo donas de casa e 111ari11l1ei1·os. O 11lená1·io 111a11iiestou-se co11tra a ''ll11m~111ae Vitae'~ e o celibato eclesiástico~ e não rejeito11 a 11ossil1ilidade do acesso de 11111ll1eres ao sacer1li,cio.
' Foto do Cardeal Alfrink numa sessão: "Tudo isso pode parecer uma aventura um pouco a r riscada . .. "
No concilio os leigos presidem
Nas deliberações o voto desta jovem vale como o de um Bispo
págs. 2-3
.. . e os Srs. Bispos escutam
. ....,.. .' ~ .. • 1-::::. .~. .!
- --- .
Os Bispos dão entrevis t a
N.º
232
•
ABRIL
DE
l
O Pe. Goddijn, secretário-geral, ouve o Cardeal A lfrink
1 9 7 O
•
ANO EXfMl'LAR AVULSO:
XX NCJ<S 1,00
Cardeal Alfrink: ""T11do ave11iora
11m
•
ISSO
pode pareeer uma
pooeo arriseada...''
O Coacílio-Pastoral bolaadês IMPRENSA MUNDIAL - religiosa e leiga - dedicou recentemente extensas colunas à estranha atitude assumida ·pelos Bispos da Holanda em face da lei do celibato sacerdotal na Igreja Latina. Essa tomada de posição não é um fato isolado, mas se insere na linha das deliberações do chamado concílio pastoral holandês, também conhecido por concílio de Noordwijkerho11t, do nome da cidade em cujo Seminário menor se realizam suas sessões. A imprensa diária não deu o devido destaque a outras proposições chocantes do referido organismo, como, por exemplo, a da ordenação de mulheres, e aos graves êrros doutrinários contidos em esquemas debatidos em suas reuniões. Mas, a nosso ver, não menos chocante é a existência e a estrutura mesma dessa assembléia. t, o que procuraremos n1ostrar no presente artigo, no qual não nos ocuparemos do aspecto doutrinário, que merece uma análise mais detida. Adiantamos desde logo que o IOOC não está alheio à organização do concilio-pastoral, e que não há exagero em afirmar-se que o seu íunciooamento apresenta não poucas analogias com o que esta fõlha relatou a respeito dos "grupos proféticos", em seu número 220-221, de abril-maio de 1969.
A
Quem teve o idéia Segundo "Infonnations Catholiques Internationales", a idéia de criar êsse organismo "surgiu no espírito dos Bispos holandeses" durante a última sessão do ll Concílio Vaticano: "No élan tia expe,-iência que acabavam de viver, impacientes de com,,artilhá-la co111 iotlos os seus fiéis, deram êles a conhecer, tão logo ,-egressaram aos Países·•Baixos, a i111e11ç,io de orga11izar" o que veio a ser o concílio-pastoral ( l. C. 1., n.0 276, pp. 13-14). Na realidade, a idéia partiu do PINK Pastoraal /11stit1111t voor de NetlerlandJ·e Kerkprovi11cie (Instituto Pastoral da Província Eclesiástica Holandesa), que organizou o concílio e lhe imprimiu seu espírito (Pc. J. P. M. Van der Ploeg, O. P., "i,;volution e t crise du Catholicisme aux Pays-Bas", in "La Pensée Catholique", n. 0 122, p. 77). O diretor do PINK, Pe. Walter Goddijn, O. F. M., apontado por "Approaches" como membro do lDOC na Holanda ("Catolicismo", n. 0 220-221, p. 17) , é o principal artífice do concílio-pastoral e, ao mesmo tempo, seu secretário-geral (André Laforge, "CICES - Bulletin du Cercle d'Information Civique et Sociale", 30 de junho de 1969). Escreve o Pe. Van der Ploeg (art. cit., p. 77) que "é clt11·0 que o '"concílio" é 11111 insiru111e1110 f)elo qual o PINK quer fazer pene1rc1r sutis idéias e ,nudar r<ulicabnente a fisio110111ia e o corpo da Igreja Católica tios Países-Baixos". O que resulta pràticamente em dizer que se trata de um instrumento pelo qual o JDOC quer fazer penetrar su,as idéias e mudar radicalmente a fisionomia e o corpo .da Igreja Católica na Holanda. E isto se demonstra não só pela participação preponderante do Pe. W. Goddijn na organ ização da assembléia e na direção dos seus trabalhos, e pela atuação nela de oulra$ figuras ligadas, desta ou daquela maneira, ao lDOC ( Pe. Schillebeeckx, O. P., L. Baas, etc.), como também pela cobertura que êste emprestou ao concílio a través de sua imensa máquina publicitá2
Segundo um dos e lementos principais dêsse grupo de organizadores, o Prof. J. A. Tans, procurou-se inicialmente tomar por modêlo o II Conctlio Vaticano. Mais algumas dezenas de "peritos" (oram convidados a constituir comissões encarregadas de elaborar os esquemas a serem debatidos. A Comissão Central competia determinar Estatuto jurídico ind efinido se os esquemas assim elaborados estavam em condições de entrar em discussão púA primeira dificuldade com que se deblica, ou se necessitavam de emendas. Essa pararam os promotores do concílio-pastocomissão - na qual tinham assento, como ral foi o nome mesmo que lhe haveriam dissemps, (lpis Bispos - servia ainda de de dar. De início os Bispos Holandeses anunciaram um "Concílio Provincial'', mas> elo de liga_ção entre · os vários organismos co.nciliares e o Episcopado ("Le concíle "tendo os especialisias feito notar que o dipastoral", in "Les catholiques hollandais", reito canônico reserva o têrmo 1... ] às reuDesclée De Brouwer, p. 70; 1. C. l., n. 0 niões de Bispos e Provinciais d e Ordens, 276, p. 14) . modificou-se o no,ne do futuro encontro 0 A verdadeira mola propulsora do concípara "concílio-pastoral" (I. C. !., n. 276, lio, ou, para usar a expressão de l. C. I., p. 14 ). A êsse propósito observa André S\HI "cheville ouvrier,l', era o Conselho ConLaforge no já citado número do boletim ciliar, cujos sete membros eram recrutados "CJCES" que "o Episcopado /JTOcurou subsrotativamente entre os quarenta "peritos" tiluir e> têrmt> itnpr6prio de · concílio'' (que teria exigido uma prévia profissão de fé; designados pela Hierarquia para organizar o certame. Os membros dêssc conselho, evidentemente impossível de ser obter) pelo com mandato de um ano, é que orientavam de ''conselho", que é o que é/e é na realios debates. Os componentes do colégio de dade", mas o nome de º concílion acabou quarenta " peritos" <-1ue não estavam cm seu prevalecendo ( p. 5). Na re,1lidade, muitos turno no Couselho, gozavam do estatu to dos participantes não poderiam fazer tal de ''conselheiros conciliares" e tinham asprofissão de fé católica sem perjúrio, consento nas reuniões públicas ao lado da mesa firma o Pc. Van der Ploeg (art. cit. , p. 77). diretora (isto é, da Comissão Central) e do A Comissão Central do concílio-pastoral Conselho Conciliar propriamente dito ( 1. C. - na qual o Emmo. Cardeal Alfrink e o 1., n.0 276, p. 14). falecido Bispo de Breda, Mons. de Vet, reMais tarde, em março de 1967, o Carpresentavam o Episcopado - foi a primeideal Alfrink anunciou medidas tendentes a ra a reconhecer que o estatuto jurídico desdemocratizar os organismos conciliares. sa emprêsa sem precedentes na história da A assembléia plenária compreenderia, Igreja, era um tanto incerto (1. C. I., n. 0 além do Conselho Conciliar, da Comissão 276, p. 14). Central, dos Bispos e dos "peritos", repreEssa mesma Comissão i.ndicava que o sentantes do "povo de Deus" eleitos dentre organismo deveria ter, em suas linhas geo Clero, Religiosos e leigos de tôdas as Diorais, um caráter ílexível , e que suas direceses. A esta assembléia caberia aceitar ou trizes, mesmo não passando pelos canais rejeitar os projetos que a Comissão Central jurídicos das instâncias romanas, teriam, em apresentaria 11a conformidade do deliberado todo caso, o valor de uma tomada de ponos "grupos de discussão" e comissões de sição nítida, a respeito da quaL se esperaestudos. Os projetos aprovados pela assemria uma não menos nítida resposta de Roma. bléia plenária deveriam ser homologados A Comissão Central não excluía, contudo, pelo Episcopado, se não fôssem de alçada que ao "concílio-pastoral" se seguisse um da Santa Sé. Se o fôssem, a Comissão Cenverdadeiro Concílio Provincial, o qual estatral deveria apresentá-los a Roma para ria capacitado, dentro da legislação vigente, a dar forma canôn ica às decisões do pri- serem ratificados. Em caso de resposta negativa da Santa Sé, a Comissão Central se meiro ( ibid.) . esforçaria "fJOI" fazer co,n que a resposta Parece que não interessava a seus orgavenha à provfocia eclesiástica tios Paísesnizadores que o "concílio de Noordwijker-Baixos acompa11hada dos 111otivos da negahout" viesse a ter um estatuto jurídico bem ção" (I. C. 1., n. 0 285 , p. 12). definido. O que é muito conforme ao estilo Mas o próprio Prof. Tans reconhece que dos "grupos proféticos", cujo horror pelo os trabalhos se têm desenrolado de manei''juridicisrno " é sobejamente con hecido. ra bem diversa da prevista ( obra cit., p. 70). Organização e estruturo Atualmente, a assembléia plenária sempre sob a presidência de um leigo Assim como seu estatuto jurídico não é o órgão supremo e decisivo do concílio. ficou inteiramente delineado, também a orFazem parte dela os oito Bispos da Hoganização e estrutura do concílio-pastoral landa ( os quais nunca presidem e, embonão tem um caráter rígido e definitivo, mas ra ocupem um lugar de destaque nas sesestá em constante evolução e adaptação, sesões, têm direito a voto como outro memgundo as necessidades estratégicas ou as vias bro qualquer); uma delegação de três Sa"proféticas" pelas quais deva êle enveredar. cerdotes e sete leigos de cada uma das sete O Episcopado Holandês assumiu desde Dioceses do país; uma d elegação de dez logo e por inteiro a responsabilidade pela rcalii,ação da assembléia e confiou sua orrepresentantes dos Religiosos e Religiosas; ganização a um grupo de quarenta "perios cinco membros da Comissão Central ; e tos", entre os c1uais se encontravam donas mais quinze membros nomeados diretamente pelos Bispos ( os componentes das delede casa, industriais, marinheiros, sociólogos, gações são eleitos). O total de membros psicólogos, teólogos, etc., sob a orientação do PlNK e de seu diretor, o Franciscano com direito de voto é de 108, e se distriGoddijn, o qual já vimos estar ligado ao buem da seguinte forma: 8 Bispos, 15 SaIDOC juntamente com vários de seus cocerdotes seculares, 15 Sacerdotes regulares, laboradores mais diretos ( o Pe. Schille7 Religiosas e 7 Religiosos não Sacerdotes, beeckx, Baas, e a equipe do KASKI, por 26 homens casados, 12 mulheres casadas, exemplo). 6 leigos não casados, 8 leigas não casadas, ria, e ainda pelo fato de que ali as pesquisas de opinião, os levantamentos estatísticos e coisas do gênero foram confiadas a entidades notoriamente vinculadas ao IDOC, como é o caso do KASKI (Instituto Sócioeclesiástico Católico) .•
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2 não especificados. Quanto às funções ou profissões dos leigos, a distribuição é a seguinte: ensino, 9; assistên.cia social, 8; im~ prensa-rádio-TV, 5; atividades educacionais, 4; trabalhadores, 3; médicos, 3; engenheiros, 2; militares de carreira, 2; analistas, 2: prefeito, J; pesquisa, 1; ajuda pastoral, l ; estudantes, 9. A média de idade dos membros da assembléia plenária é de pouco mais de 42 anos, sendo o mais velho o Cardeal Alfrink, com 69 anos, e o mais jovem um estudante de sociologia de Amsterdã, com 19 anos ("La Documentation Catholique", n. 0 1557, pp. 174 e 181 ). Segundo "The Tablct" ( 17 de janeiro), nove mulheres indicaram corno profissão "dona de casa", o que não aparece na relação acima, fornecida pela "Documentation Catholique". Nesta não aparece também o número de ex-Padres casados, que no entanto faziam até parte das comissões encarregadas de elaborar os esquemas, como é o caso de J. Weterman. A não ser que estejam incluídos no cnigm,ltico item de não esf)eâficados . .. Valendo-se do direito de indicar diretamente quinze membros do concílio, o Episcopado nomeou alguns "conservadores", procurando, dessa forma, afastar a idéia de um "partido único" progressista, a votar sempre unânimcmente no plenário. Por ocasião da 3. 3 sessão os "conservadores" pediram que o Cardeal Alfrink aumentasse conside,·àvelmente . a sua delegação, para <(l\e as opiniões que vivem entre os fiéis fõssem melhor representadas; a recusa de Sua Eminência foi categórica (Pe. Van der Ploeg, p. 77). :e verdade que na 4? sessão os Bispos aumentaram o número dêsscs "católicos inquietos" - como êles mesmos se chamam - de três para oito, mas isso pouco representa num conjunto de 120 delegados e foi pràticamente neutralizado pela nomeação simultânea de seis membros de menos de 25 anos, de tendências diametralmente opostas (1. C. 1., n. 0 335, p. 8).
Método de trabalh o Tudo não obstante, o " 1DOC Internacional" (n. 0 16, p. 3) nos apresenta as sessões do conc(lio como decorrendo num ambiente verdadeiramente idílico: "A discussão se faz co111 tôtla a liberdade, e os Bispos tomam freqüentemente parte nela, representando visões diversas. Há um verdadeiro diálogo entre todos os participantes e 11111 Bispo pode interpelar 11111 leigo 011 um Padre sôbre sua intervenção, e vicc-vcr.-.a. Os votos são dados e111 ptíblico e co111eçam pelos do Episcopado, que não é se111pre 111111nime". De fato, apesar da disparidade de profissões, formação e idades, os membros do concílio pastoral, "com algumas exceções apenas, são roe/os adeptos de wn 11u:smo co,11plexo de idéias". Cabe acrescentar que ·•se encontram ali nurnerosos leigos que nãn conhecem 11e111 a história tia Igreja, nem ~·ua fé, 11en1 sua teologia, e que tlevern, e11tre1anto, pronunciar-se sôbre a fé, os costumes, a tliscipli11a, as "estruturas" da Igreja Católica. Sua incompeténcia é 111anifcsta, e sua ignorância. dessa incompetência o é igualmente. Seu j11/ga111e11to não tem valor senão para aquéles que quere111 servir-se dê/e para fazer triunfar suas próprias idéias" ( Pe. Van der Plocg, p. 77) . Segundo o IDOC, é o seguinte o método de trabalho adotado na assembléia plená ria do concílio-pastoral:
U11w comissão de peritos co11stit11ída para cada tema elabora 11111 esq11ema básico q11e, impresso, é· entregue com alg11ma antecedência a todos os participantes da assembléia plenária. Esta, reunida durante três 011 quatro dias em Noordwijkerho111, delibera sôbre o esq11ema e sôbre as proposições concretas que êle contém. Cabe-lhe pronunciar-se sôbre: a) a questão de saber se o esquema apresentado reproduz fielmente o pensa,nento religioso da comunidade tia / grejf1; b) a oportunidade ou utilidade ,le fazer co,n que o esquenta seja seguido de conc/11sões prátiCftS sob a forma de recomen' dações pastorais nos do111í11ios onde · 1i11ica111ente fios Bispos compete ordenar a .i·1111 execução" ("1DOC lnternational", n. 0 -i 6, p. 3).
Calendário das assembléias Dentro dêsse método de trabalho, o concílio-pastoral já levou a efeito as seguintes sessões:
"I.• ASSEM8Lí;IA PLENÁRIA: 3, 4 e 5 de janeiro de I 968. Discussão sôbre: Conceito e experiência da autoridade na / greja ( encaminhado a outra co111issão para pré-discussão quando da 2." assembléfo).
2ª ASSEM8LÉIA PLENÁRIA: 7, 8, 9 e /0 de abril de 1968. Discussão sôbre: / Aj1ufo ao desenvolvimento; 2 - Nossa tarefa missionária no dia de hoje; 3 A allloridade (tema da J ." assembléia).
3.ª ASSl!MS.LÉIA PLENÁRIA: 5, 6, 7 e 8 de janeiro de 1969. Discussão sôbre: I A atitude rnoral do cristão 110 mundo; 2 Matri111ô11io e fa111í/ia; 3 - O espaço necessário para o pleno desenvol11i111e1110 dos jovens.
4.ª ASSEMBLÉIA PL6NÁRIA; 9, /0 e [ / de abril de 1969. Discussão sôbre: Como viver (I fé hoje e111 dia; Renovação da f>rârica da fé na Igreja. Nota de discussão: O
sentido da vida de fé cristã nun, mtuulo secularizado.
5." ASSEM8l.ÉIA PLl!NÁRIA: 4, 5, 6 e 7 de ;1111eiro de 1970. Discussão de dois esquemas: 1 Por 11111 /u11cio11a111e11to /e• c,uulo e renovado do ministério; 2 - Os Religiosol'' (''IDOC, lntcrnational", n.0 16, pp. 4-5) .
Neste mês de abril deverá reunir-se a 6. ª assembléia plenária do concílio-pastoral.
As comissões de " peritos" Nas comissões de "peritos", encarregadas de preparar os esquemas, ou relatórios, a serem discutidos na assembléia plenária, têm assento e voto ex-Padres, protestantes e até mesmo ateus. Da comissão que elaborou o relatório sôbre "O sentido da vida de fé cristã cm um mundo secularizado", por exemplo , faziam parte, entre outros, o Pe. Van Kilsdonk, S. J. (capelão contestante d_a paróquia universitária de Amsterdã), o Pe. Smulders, S. J. ( o qual declarou a um jornal socialista que certos dogmas, como o das duas naturezas de Cristo, devem ir para o "quarto de despê.jo"), o ex-Padre modernista, casado há dez anos, J. Weterman (que teve muita influência na formulação do relatório), dois protestantes, um ateu, o Pe. J. B. w. M. Moller, recentemente eleito Bispo de Groninga (cuja sagração constituiu uma bizarra cerimônia, celebrada cm um mercado onde não faltava sequer um rebanho de carneiros verdadeiros - I. C. I., n.0 341342, p. 7), L. Baas f do IDOC), presidente da Ação Católica, e sua secretária. Seja dito de passagem que êsse relatório ou esquema foi um dos piores que já passaram pelo concílio. Na opinião de um Padre convertido do protestantismo, excede êle em malícia a todos os outros até então apresentados; um leigo, o Eng.0 H. de Goey, recusou-se a assiná-lo e retirou-se da comissão ( Pe. Van de,· Ploeg. p. 78, nota 1; Laforge, p. 6).
milhões de católicos holandeses, e mesmo dos não católicos, que se quisessem mani[estar. O lDOC nos in forma de que até a realização da 5ª assembléia plenáda (de 4 a 7 de janeiro último) haviam chegadc ~s Dioceses mais de 20 mil cartas, às quais foram dadas respostas pessoais, ou através da emissão radiofônica consagrada ao concílio ("lDOC l nternational", n.0 16, p. 4 ) . Não cremos que algum católico fiel tenha tido a ilusão de influir nos debates e decisões com suas cartas . . . Além dessa singular maneira de parttc,par dos trabalhos conciliares, uma outra existe: a dos "grupos de discussão". 8 les não representaram propriamente uma inovação na Holanda, pois sempre existiram, sob esta ou aquela forma, nesse país cujo . povo tanto gosta ele "teologizar". Foram, entretanto, institucionalizados pelo falecido Mons. Bekkers, .Bispo de Bois-le-Duc ( 's-Hertogenbosh) , por ócasião de seu "pequeno concílio" local, e passaram a constituir o "ele,ne,110 ,notor" da vida religiosa e eclesiástica da Holanda (1. C. l., n. 0 276, p. 14). Existem "grupos de discussão" ao nível das diversas circunscrições eclesiásticas: paróquias, decanatos, Dioceses, etc. Um co-
mité nacional lhes fornece o material pura os debates, cujos resultados são depois apresentados à assembléia plenária do concílio-pastoral. O número dos grupos e círculos de discussão, compreendendo de dez a doze membros cada um, é de cêrca de quinze mil (eram 7.127 antes da primeira sessão do concílio), informa-nos o "IDOC lnternational" ( n. 0 16, p. 4). Além dêsses, há outros grupos de discussão, formados no seio das associações e instituições católicas, cujo número de participantes é difícil de estimar, e que enviam também o resultado de seus debates à assembléia plenária (ibid.). "Essa ge11eralizaç,,o de 11111 Je11ôme110 que cria as condições de ·u ma total liberdade, r1ermite avançar 111ais eficazmente. Um nôvo clima estava criado", d iz a propósito da influência dêsse& ''grupos de discussão'' o Prof. Tans (p. 70). Não é difícil ao leitor intuir o quanto os 'organizadores do concílio-pastoral, ou seja, o PINK (leia-se JDOC), valeram-se, para agitar o ambiente católico, do gôsto do povo neerlandês pelos debates de caráter religioso. Essa a verdadeira razão do estímulo que dispensaram aos "grupos de discussão"; e da sua multiplicação "espontânea", com.o o IDOC deixa entrever na sua revista.
Orientação progressista. . . sem diálogo No dia 15 de novembro de 1966, pouco antes da abertura do concílio-pastoral, o Emmo. Cardeal Bernardus Johannes Alfrink, Arcebispo de Utrech e Presidente ela Comissão Central conciliar, concedeu uma entrevista à imprensa, na q ua l expôs as grandes linhas que a assembléia deveria seguir. "Na lgreill de hoje, declarou, a marcha que nosso co11cílioapasroral seguirá não pode ser senão "progressista", e eu 111e empenho
em que se e,uenda êste tên110 e111 seu bo111 sentido; se111 a alternati~a que êle evoca auto11uitic,1111e11te. , , Somos unw Igreja em 1nuvi111e11l0 e por êsse 111ovime1tto queremos seguir u Senhor que avança 110 111u11do
e 110 tempo" (1. C. 1. , n. 0 277, p. 11 ).
Depois de assinalar que os Bispos queriarn êsse encontro como prova de seu ''e1-·.. pírilo de serviço evangélico'►, o Primaz da Holanda fêz notar que isso não facilitava a posição da Hierarquia, mas, pelo contrário, a tornava mais vulnerável. E prosseguiu: "Tudo isso pode f)arecer u11,a aventura um pouco arriscada, 111qs pode-se também considerar êsse concílio como fruto do espirita que o Concílio Vaticano li ousou fazer nascer e que agora 110s arrasta em sua aventura divina" (ibid. ). Na realidade, desde o início estava nltidamente traçada a orientação que seguiria a futura assembléia. Ela não seria senão progressista - não no "bom sentido" da palavra apesar de esforços posteriores para dar-lhe uma certa aparência de debate livre, de "verdadeiro diálogo" ( como diz o IDOC), onde tôdas as correntes de opinião estariam representadas, podendo foze,·-se ouvir em igualdade de condições e influir nas decisões finais.
Objetivos do concílio O Pe. Walter Goddijn, O. F. M., diretor do PINK e secretário-geral do concílio, assim resume os objetivos dêste: "I) Fazer a Igreja dos Países-Baixos refletir, de um modo que corresponda às exigências• e às necessidades do ho111e111 ,noderno, sôbre a prática religiosa, a saber: - o conteúdo da Boa Nova; sua ,·elebração e s11a pregação; - as estruturas da co1nu11idade religiosa; - a atitude do lit:I e Sllll ação cn, 11111 mundo em tra11s/or111ação.
Caixas-postais e "grupos de discussão"
2) Tornar a Igreja dos Países-Baixos mllis conscie11te: - de sua tarefa específica e de sua responsabilidade 110 interior de tôda a lgre;a de Jesus Cristo; - de seu serviço com relação a todos os honre11s.
Antes mesmo de inaugurado o concílio•pastoral, caixas-postais foram adrede colocadas em cada D iocese à disposição dos 5
3) Buscar os meios e os cami11hos que permitam melhor desemvenhar essa 111issão" ("IDQC lntcrnation.ll", n.0 16, p. 2).
Em que pese êsse programa fixado pelo secretário-geral, a 2ª assembléia plenária do "concílio ele Noordwijkerhout" ainda se perguntava a si mesma qual seria o seu objetivo preciso: "Devem-se Jazer proposições co11crett1s - como o pedem tão Jreqüe111emente os ;ovens e . .. as mulheres ( escrevia então Marlene T uininga, enviada especial de "lnformations Catholiques lntcrnational-.s") 011 deve,11-se publicar declarações l'ROPÉ.TICAS? Pedir ao Estado que crie um impôs/o em benefício do dese11volvi111e11to, 011 pedir a todos os cristãos que ~·ejwn ,nissionârios? Fal.er po/i1ica ou teologi<1? Éste dile111a que, de fato, trm/11.: a velha questão das relações da IGREJA• INs·rrTUIÇÃO OI/ da (GRE.JA-PROl'ÉTICA, estêve subjacente a todos os debates" (1. C. 1., n. 0 311, p. 7 - grifamos).
•
"Circunspecção em face de Roma" Desde a solene inauguração do concílio•pastoral, os seus participantes têm-se mostrado "a11i11,ados de uma cerra circ1111specção e111 face de Roma", segundo a expressão eufemística do Prof. J. A. G. Tans ( obra cit. , p. 72), que já dissemos ser uní dos principais organizadores e mentores da assembléia. E nem sempre os debates se mantiveram dentro do limite da "circ1111specção em face de Ro1110". Foram mais longe. A 3.ª sessão do concílio pràticamente rejeitou a Encíclica "Humanae Vitae" através de um texto formulado pelo Cardeal Alfrink, e lido por êle próprio diante do plenário (Pe. Van der Ploeg, p. 79). Do mesmo modo, o "Nôvo Catecismo" holandês foi plenamente aceito pelo concílio-pastoral, sem sequer levar cm conta as correções exigidas pela Comissão Cardinalícia q ue o havia examinado (ibid.) . O ponto, porém, de maior conflito com a Santa Sé foi a questão do celibato sacerdotal. Mal foi anunciado o concílio, uma comissão de nove Padres enviou a todos os Sacerdotes e Religiosos que exerciam o ministério na Holanda uma declaração na qual pediam que o celibato fôsse dissociado do sacerdócio. "Fazendo assinar esta declaração pelo ,nàior 1uí111ero de Padres e de Religiosos, os nove Sacerdotes 11spera111 influir ponderàvel111e111e nas disc11,·sões que o concílio pastoral consagrará a êsse es11i11hoso 1en1a", escrevia então a bem informada I. c. 1., (n.0 276, p. 14).
Contra o celiboto eclesiástico A 5. ª assembléia plenária do concílio-pastoral foi das mais movimentadas. Nela foram discutidos dois esquemas delicados: "Pelo /11nciona111ento fecundo e renovado do
111inis1ério" e "01-· Religiosos''.
O primeiro fôra elaborado por uma comissão de onze membros (entre êles um representante da igreja reformada holandesa), com a colaboração de 21 "peritos", cinco dos quais representavam igrejas protestantes, e seis eram mulheres. No capítulo VII êsse esquema aborda nada mais, nada menos, que o problema cio celibato eclesiástico e o do sacerdócio elas mulheres! Submetida à votação do plenário ( no dia 4 de janeiro p. p. ) a parte relativa ao celibato, 90 votantes cm 98 se manifestaram a favor da "supressão da obrigatoriedfule do celib<,to como condição de acesso ao ministério para o /11111ro Padre"; 86 pela "11w1111/e11ção 011 pelo reingresso nr, ministério, .w>b certas co,uliçiíes, dos Padres desejosos de se casar 011 já casados"; 94 pelo acesso ao sacerdócio de homens já casados. Os Bispos abstiveram-se da votação ( 1. c. 1., n. 0 352, p. 8). No dia seguinte ao dessa sessão, o Episcopado Holandês, ao fim de uma reunião com os Superiores das Ordens Religiosas, publicou uma declaração na qual afirma:
"Os Bispos são de opiniüo que seria 11111 bem para sua Igreja que ·se ,,udesse ad111i1ir na Igreja Latina, ao lado do celibato eclesiástico escolhido com tôda t1 liberdade, Padres casados, de 11111 lado pela ordenação de homens casados e, de outra parte em casos /Jllrticulares e l'Ob certas condições - pela reintegração 110 111inistério de Padres que se casaram. Todavia, uma província eclesiástica não pode realizar isso sozinha, sen, deliberar a prop6siro co111 o Santo Padre e co111 a Igreja Universal" (1. C. r., n.0 353, p. 7 ).
A gravidade- dêsse pronunciamento é acentuada pelo fato de que dias antes fôra publicada uma carta do Papa aos Bispos da Holanda, na qual, entre outros pontos, Paulo VI pedia que o Episcopado afirmasse seu acôrdo total e sem reservas com a Igreja Universal sôbre o celibato eclesiástico (1. C. 1., n. 0 353, p. 5; "La Doe. Cath.", n.0 1557, p. 164).
A ordenação de mulheres No dia 5 de janeiro, o concílio-pastoral passou ao exame da outra parte do esquema "Pelo funcionamento /ecuntlo e renovado do ministério". Pela primeira vez em tôda a história da Igreja uma assembléia eclesiástica considerava a possibilidade do sacerdócio feminino. Num total de J04 votantes - os Bispos participaram do escrutínio - 24 se abstiveram e 72 se pronunciaram a favor de um período de estudo e de transição abrindo uma evolução que "a longo prazo não excluiria a celebração dll Eucarisria!" Dos oito Bispos, apenas o de Breda, Mons. Ernst, votou a favor; três. entre os quais o Cardeal Alfrink, se abstiveram da votação. O esquema que incluía essa proposição foi apontado pelos Bispos como falho de bases bíblicas e teológicas; a essa crítica respondeu o vedetístico teólogo dominicano Schillebeeckx, apoiado pelo Jesuíta Piei Schoonenberg (1. C. 1., n.0 352, p. 7).
Uma nova Igreja? Em J967 os Bispos da Holanda deram a lume um folheto de "diretrizes pastorais", editado pelo PINK. Contém êle uma passagem na qu~I. ao anunciar que mandara proceder a estudos sôbre a possibilidade de tornar facultativo o celibato, o Episcopado usa uma expressão que pode talvez explicar muito do que se passa no concílio•pastoral, promovido pelo mesmo PJNK. Lê-se ali que tais estudos foram determinados, não primeiramente upara ajudar individualmente os Padres e111 suas di/iculdaJcs, ou para evitar uma eventual escQSS<'Z de Padres, ,nas para dar, tor11anclo o celilJato facultativo, contornos mais c/a,-os à NOVA FORMA DA 1GR6JA" (Pe. Van der Ploeg, p. 7 4 - grifamos). Quaí será essa nova forma da Igreja cujos contornos se quer precisar? Será por acaso aquela que o IDOC e os "grupos proféticos" querem conferir à Espôsa de Jesus Cristo? - Voltaremos ao assunto.
Gustavo Antonio Solimeo 3
PROViNCIA D E M O ÇAM IUQUE
l~xmo. Rcvmo. Sr. D. Jos6 dos Santos Garcia, Bispo de Pôrto Amélia, à drruh1r cm que joformávamos o.s assinantes a rcs1>cito do êxilo
<'ln r<.-s posu
d~, camp:rnha lcv:ukt a efeito pela TFP 1rnra divulga~iio do n.0 220-22 1 dcstn fõ lha. ctcdic;::,do à de,uíndo. do 100-C e dos "grupos proféticos": ''Li com n1ui1<> intcrêsse ;t caria de 12 de Setembro de 1969, há pouco rcccbid:,. Li atenta mente o número 220-221. de Abril-Maio, de CATOLIC ISMO e :ipreciei~o devidamente. Se me ÍÔS$C permitido, f.i ri:, a !';Ugestão de fazerem um~, $4:p;,r:tta em fonn., tu de pe:qucnu livro. Tcrh1 as s uas wmtagens, I! umà simples suge.s1:io. A grndcço .t car1::, e o jornal , f:tço os mel hores votos pelo bom fru1v de tuJos O$ trnb:1lhos de Vossa Excelência e seus colaboradores. ,1prcscnlo-lhc os meus melhores cumJ)rimenios". PARANÁ
Revd:1. Irmã Christin:l, Convento <h,s lrmãs Filh:l.~ d11 Cruz., Uotai1ív:·, do Sul: ., . . . muito aprcci:1mos o CATOLICISMO".
EE. UU.
Sr. K. E. Gillttte, Soufh Btnd, 1ndi:ma: "I wish to tlwnk you for thc vcry infonn:Hive .u·1icle in CATOLIC ISMO by Bishop D. Antonio de Castro 1\.foyer. L•.. 1 1( you cun s1n1rc them. pleasc scnd me 6 copies of thc ''Summary" in c nglish in CATOLICISMO (n.0 220,22 1 de 1,bril-moio de 19691. of lhe flis hop's :,nidc.: .. Môde1·n i!il here.sy ~uars triumph:,nl''.
CORI\IA
Sr. José M:-.ría HcmáudC'.l, Se<:ret:írio-C cr-Jl d:\ \Vorld Anti-Commuuist Lt:1g ue (\VACL). , Frcedo m Ceoter. Seul: ''Con sumo a 1>recio .tcuso recibo de :-.u c:-1r1a y ejemplarcs de la revista CATOLICISMO. Hc- lcido con mucho in1ercs los articulos sobre h, luchu de !;1 TFP con J;·1s íuerzas dei Demonio que ahorn h:u;en todo lo posiblc p;1ra derrocar a k, lglc.,::ia Calolica, A 1>oslÓ· lica. Romana. Me s icnto muy triste sobre los csfucrz.os qoc h:1cen estos teólogos y sesl.ires modcrnis1~,!i que. seg(i1, Sl• cri1crio. crcen ,,ue cllos sblos pucdcn supl:11u.1r la duc1rin;1 fundamental de la íc".
EE. UU.
Da. M:1riclht Fontour~1. Los AnJ:tlcs: ''Aprecio sem limites o jormtl CA· TOLIC ISMO! Agr.ulcço ~ios homens que nêle 1rabalham e imploro a Deus a con.scrvnç:to de su:, íé e cor:igcm!! Creio no homem brasiléir-o, e ;i Sl';1ntl~ prov;;, c.Jcs1:.1 c.rcnçn. cst;i nu denionst1·aç., \o v.ironil e svbl'etudo :1postólic~1 d~1c.h:1 pel.1 Sociedade de Ocíc:~•• d:, Tr:alição. F;1mili:1 e Proprlccfadc - TfP. t\ mim. ~e me faz scnlir <tue são êlcs o~ :1pÕs1ol~ de hoje e de am,1nh:i. Louvo a Deus. por pçrmi1ir a c.xistência de homen~ crnno os da TFP: Por $C íaier v:,ler' ~1 humanid:tde e i, Crba:-1nd;.1tle denlto do c marnnhw.Jo ... di:1b61ico1 ...
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' IIAH IA
S r. Antooio Mortir:t de Pinho, Culdeirão Grnnde, Conç:110: ··Respeitosa• nH:ntc, .1qui cu me dil'ijo ti Voss:t RcvcrÇncin. ;10 fim de <lizer-vos:. ql1C receba t1i cm Campos, Trinta novos cruzeiros que remeti pelo intermédio cio Banco t!o Br:,sil, Sendo 10.00. dcx novos: cru1.cirvs: fozenúo o pag:-,mcnto c.h, minha nssin,uu,·a, :1nual de CATOLIC ISMO. e os oulros 20 é onm ()(:qucna d{1diva que cu nwnJo p:_,r;, a SocicJadc Br~1silcii-a Jc Trndiçâo. r:unili:.t e P1•opricó:1dc. tiuc c nfre,u.i a gucrf'a cm f:1vor Je 11u~so Deu)ri,: Con1r:1 " ~ profclas tio :.UCÍ$f'lto. Peço t1ue me desculpl! por ser tiio pequem, ~t t1t•~1n1ia; (pol'q uc sou P(>bre de dinheiro) nn1s cu. com ;1j11tfa de Deus, eu pt'<:lcndo a tomar :, mandar: Eu nqui nh!. cv11sidcro por um irmão da TFP. Eu imploro :1 nosso Scnho1· Jesus Cristo; que ajude, com seu divino :uixílio; t1ue a TFI'> torne-se uma gn1nde Campi111ha mu11dh1I, contrn o :ttcísmo tio 100-C. Fim". • O doo:dívo sed cuc:imi11h;.1do :\ TFP.
o SÃO l'AULO
BISPO
DA
SÃ O PA U LO
Rcvmo. Pc. (ilei::ivcll, S. S. S .. Biblioteca do S-tminário S:\er::uncnlino, Rio de J ~1nciro. cm rçs 1>ostn à çirc:ul:1r etn c1ue ptrgunt:ivmnos se dcsej:,vmn con. fimrnr recebendo i:radosamente cstu íôltm: "Dispensamos por não cstar-n1os de ac6rdo com o vosso compo rt;1men10 m, .l_grcj:i do V:11ic~1no li que é a de Xl'i.stt) Jesus"'. • A g rnfi:1 ··es-t:•r-mos·· é do orii:hm1.
R. DE JANEIRO
RtV"m o. Pc. João Pedro S,1rto, S. S. S.. Monk s ~uHo de Minus: "Désde o p rimeiro nú111cro de CATOUCISMO é que s igo com grnnde interêssc. bc• ndici;:,ndo-me dest.., publicaç:1o: sempre :1preeiei :1 scrcnidi1dc e profundez., de sm1~ as.-.crçOO: .i coerência e :, hones1id:1de de .seu procedimento. .só ver a cxci1:1ção e ~1té u_gi1.1ção de outras impre ns as que se d iz.cm católicas e t1ue chcgiun ;;1 çontínuas contr·:1di\'.t>es. como canas :igiuu.l:ts pelos ven1os nrnis incons1,1ntc..°". . . é só seguir por um tempo. mesmo breve. pronunciamentos d e u,n1as o u1n,s pc..-.soas '"públic;1s". p,1ra ~1p1•cci.:1r a constãnci,1 e firmcz;, de espírito, vibrante e co,n aginnte. do mcns:\l'i() CA'f OLICISMO".
MINAS GERAIS
Sr. Luiz [ ilegível). Ulu11\t1Htu: " Vai interessar, decerto. os fe itores dess.-1 rcvis1a conceituada co11hcccr o 1exto que saiu cm ·•1\ T ribun:," ,1qui <;la cidade de.· Ulumcnau, n:1 "Última Colun.1" do crnnis tn Cc Eme. no dia 2 (de mrlf'ço). úr::unpeio :1 c::;1:1 c:1n;t o recorte ...
STA. CATARINA
e
• O texto tht crônk:l é &;te: " OLTIMA COI.UNA . / Ce Ernc. / (),; guapos rapazes do núcleo local d:1 ·rFI">, de quando em vez esHio na ordem do dit,. Ou nu berlind~1; como
quiserem. On1 um cngrnç.adinho <1ue n:io concord:1 com :, prop;1g:inda e venda que rcafo•..:.1m de seu jor-nal; ora im1)lic:un com o ~t.1ndartc <lo lcfio rompante; m·~• coo, a côr vcrmclh:1 e. ~,s vêzcs. com :1c.1ocla c~11,:.1 (IUC os mw<>S. cs pa• nho l::1mcnte. tmzcm uos 0111br'os. Vez por uu1n1 um uu outro dos nossvs jorn~1i!!I in.scrc cm págimts internas maléJ'i;1 ela TFP. Matéria p:1g.1, sem dtívidt1. E p,1g~1 com o d inheiro s u:,do d~ .il inho1dos jovens. <1uc trnbalh:1m cm !Jiver:i.as d.:1s noss,1~ cmprês:Js. Oêlcs ning.uén1 é c,:1p~LZ <le :1pon1;1r u m deslize. N une:1 fornm vistos ;.1 reíocil:tr 0:1 l:)m;1 dos bordéis 011 n:1 piscina ele om:, cl:,s no~ as m"is 1uxuos-:1s hoalcs. Su:1:,; \•idas liiâo (lignas e servem d~ exemplo ao pl:1y•boy~ cabeludos e dcsl.:1v;1dos. Dizem que são agre.~ivos. Que são intr:msi_gen1cs. Que 1•ep1'cM:01:ull o p:i~ado <1ue cvlidc com e., C;uccismv Hul:mdês. t . pasmem o::; cri.s1ãos: os moços., <1uc freqiicn1,;11u ;.1 Jgrcj:, e os sac.ramcn1os. que !iiio decc.n1es. que prim:rn, pt)I' uma vida limp~•. são :.1 pollt:tdos como desordeiros a té de muitos p(1lpilos d.is noss:1s c id:uJcs. Se. élc...-. são ou1ros 1.m1os S5o F'r:mcisco. que J\unca se c:1lou. num clerno '"d:1111::,. ne cesses" ... Por isto, :1<1ui cst:1 ~• ÚLTIMA COLUNA quixolé;o;c:1mcn1e. terçando l:1nças ,·111 pró! dos n1~:o.s d:1 TFP".
ORQUESTRA
Sr. N ilo de Toledo, C:1mJ>i1ms: ''No n.o 220-221. de :ibril-1n:1io Ide 19691, Jêssc jom:11 h:í uma íotogr:,íi:t dl1 Uis1>ú c.sp;rnhol Mons. Morbndo Arce Moya dirigindo um:, orqt1cstr:1 de j.1zz. em buitc. o que segondu ai :se d iz. êle costuma faz.c r. Conwdo um Padre meu amigo me informot• (1uc c.s1cvc na Europa com éssc 1:,1 H . 1\ . Moy~1. o c1ua1 depois de se rnelcr l!m div<:rsos episód ios pouco cclific:m1cs. veio p:ua :1 Améric~• do Sul e se féz "consagrar" "bis1>0... porém d:t igrcj:1 br;1silcira. Acrcsccntoo ésse Padre meu :lmigo que não s:1bc pvr onde :ind:1, .1gon1. o J>$CUdopadre. m:.is v conhece bem. Tomei h:í poucos d ias uma a:i."Sim1ltlra du :seu jorn:il c1.1ja 01·icn1:1ç:io muito upn:cio, porém acho que n5,, se deve publicar notíci.i:,; nem iníorn1;·1ções que n:'iv estej:tm confirmad:,s. Do cvntráriv o jurnal perde o crédi10 e se dcsmc-n:cc.: da 01>ini5o J>líblica. Não escrevo C.\la co111 :1 intuitú <lc dcs.tprov:1r :1 o rien1:,1çfio de CATOt.l~ C ISMO scn:io visando o bvm nome e o J)i-cs1ígio d~1 publicaçfio. Gost:1r'i~, de saber de que fonte ê~ ~<' jorna l colh eu ,1 infonnaçi'iú cm quesl5o",
• SE O l'Rt<:ZADO missivis1a <1uiscr rc• lér a lc,gcnd:i <1uc publicamos sob :1 fo1u ..:m ~11>l'êço. encomrnni a índic{'ç5o d;t fonte Jç 0 1\Jc colhcmvs a informação nli csrnm• r,;1d:1: ,. 1, e. J. iníorm.i que êslC Bispl) CS• panhol. Mons. Horlando J\rcc Moy~,. cos• H11\1a dirigir urn,1 osqucstl':1 de jazz cm boi• lcs", " 1. C. I." é .i -;i[!la d:1 ,onhecid:, rc• vist:1 prugrcssisw íranccs.., ··t níonmitions C ::itholic1ues hnernalion:,lcs··. Êm seu número 327. de 1.0 de j~1nciro de 1969. p. 17, 1raz ela um;1 Ílllo :.in;íloga ~, no~:,. cscl:,rc. çcndo (l\lC ::;e 1r:1w de ·•um Bispo bem d:ms l;1 nolé: Mon:,, Hor lan~lo Ar,c t-.•loy:1, dt: $:m l{oquc. perto de M:1dritJ". A foto que public~mws :,p;1rcceu ori,gi .. n:1namcntc n:-1 rc,•i:H:1 i1:1li:1n:.1 ··s1:unpa", d:1 <1tml l'q>roduzi1fü>S o clichê. T:unbém a rc• vista i1rgen1in<1 ''Sictc l)i:1..::". e t> :-.cm:tn;írio :;..:,""""' - pat1lis1:t1HJ "Shopping News" a ~1prcsentar:un. com a~ mc))m~1s imJie:u~·OC~ :sõbr~ o pcrs,n~agcm ncb foc:,liz.:,do. AJ}n.wcit:111do 11m;1 \•iagém <1uc düis col:iboradorc:- no~os rc.ilii:1r:101 ti EslHHlh:1 cm rins ,lo nnc.i 1>a$$:tdo. procur:111w~ obter m:1iorcs csch11·tdmen10~ :t re.~pcito d ê..$s{' Bispo. E$1ívcr;11u élc..~ 1H> dia 1.0 de novembro t:om o Pároc:o da M:lll"ii onde :1tuav:, Mons. Arce Moy:1: :1 de S:10 Rvquc. s i1u;1d:1 11;1 Callc Alx>lengo. o.0 10, no b:•1irro madriknho tle Car:•banchél. Informou o Revmo. P:iroco que r-.'hms. Morl:mdo Al'i:.c Mc>Ya é ..te oac:ii1• n;1lid:1\le chilena e estudou. se não lhe fo lha :1 1ncrnó1·i:,, no Semin,irio tfo Nucstr:1 Sei'iora de la Conccpción. Ordenado Saccrd o1e Cnl SUôt terra. veio m:1i$ rnrde p:1r:1 o Uras.il, e ,1t1ui foi sagrado bispo pt.>r C,irlos Du:.tJ'lé Co.:;1:1,
4
Sr. Carlos Alberto Fernandes. Siio Paulo: "Gmao [tlc CATOI.IC lSMOJ. pel;;i m,,ncir:i eie1Hífiea e correta com <1ue abord::i os prob1em~,s: referentes :-,.,, rcformÍ1!i d:i Igreja. Não só por isso, mas 1ambén1 por :;er um guardião fiel dt, I greja con1ra ~1 inv:is;io do mundo m.11crinlis1:, <1ue quer se iníihn,r no nosso Cris1i:1inismo...
DE
JAZZ
<> Bispo-::1p6s1:i1:1 Jc Mm1rn que. fundou :, chanrnda igrcj.1 cc116lic:1 br:.1silciru. Pos1eriornu.:n1e. M m\:,;. Arcc Moya :,b;1ndonou fiquei:, s eita e leve stm s;,gr:t• ção f'econheeida 1>ela S:.1nw Sé. 1otna1\do-se. dessa form:1, Bispo d~t S:101:, lgrcjtí, cmbon, sc1.1 nome n5o figure no Anu:'trio l'on1iíício e nfio l he: tenha sido :11ribuíd:1 nenhum:, Diocçsc, mesmo 1itul:-i r. - Cabe leinb1·.irmos :, pro .. 1>6sito o casó ~111tilogo do falcci<lo O. S~tlom5o Fermi. cuh1 sasr:u;ãu cpiscop:11 - conferida pelo mc,~mo Carlos Duarh: Cosia veio ~• ~cr confirmad:, pel:, S:101:1 Sé, ,cccbe11clo êlc ;1s in~ígni:,s episcopais cm ceri món ia pre~id idll pelo cnlão Arcebispo Jc São Paulo. ü Emrno. Sr. Cardei,1 Molh1. Seu nome n:io foi i11scrito nc, Anuário Pontifício senão bem mais t:wde. em 1966 Cp. 5~ 1). q11,.1ndo lhe foi :.1tribuíd:1 um:- Sede titular (Êlcutcrn::i), o cauc n5o thcgou •• oco1·1·cr no e~•so de Moos. Hodando Arcc MvY••· D. Salomão veio mesmo a par1idp:1r do li Concílio V:tlic:m(,. Segundo o P:1roco de S:m Roque, Mons. Arc:e Moya tcri:1 ido para a Espanh~, a conselho de Enuno. C:;u•dc~,I da Cúria. e viveu cél'c::1 d e 1rés :,nos naquel.i Pa róqui:t. No dia 30 de ;1gôsh> <le 1968 saiu de íél'i,1s . deix,111do na ca:s:1 paroquial diversos objet~ de uso pe.~o:11 (rádio. livros. cruz pcilor:11, etc.). A 1>:-1rtir dessa data o nosso iníorm:mlc perdeu todo contacto ccmi o Prchtdo chik no. sabendo :1pco:is por 1crccims que élc cs1êvc cm Roma, indo depois rmn1 a 1\lcmanh:1 e cm seguid a para a lrl.-ind:t, de onde leria volwdo p:ir:1 a ,\lcl'm111ha. Preci~ou u Revmo. Padl'c que M~1ns. Arcc Moy:1 é rc:,lmcntc um fwnicm inquieto. Acrescentou 3inda S. Revnrn. 1er recebido c:1r1;.1s mui10 incisiv:1.s de dctcrmin,-tda Cvngrcgação Romana. pedindo notici:1s de Mons. Hvrl:mdo Arce \loy,1: ,•cspondcu que ignornv::l seu pal'adciro. Quanto i) íotogn1fia publicaJ;_i em ..St;,mpa" (e que reproduzimos). csel~1• l'<:<:cu o l'eícritfo S::1cet'dotc que el,t não foi torn:1th1 cm uma ''boite", mas na Tclcvisiio E:-1l:mhola. Aíirmou n:io :icrcdi1:1r <111e Mon:,. Arcc Moy;1 toc,1ssc <.m ..boites". pois êlc locava muito in.il . . . Enl 6 tle novcmbl'O 110SS(,s colabvr:1dore.s dirigir.un-se :tO Arcebispado de Mndrid, onde for:un recebidos pelo Ch;.1nccli;:r, D. Andrés de Lucas. Disse S. Rcvm:,. <1ue n:'io I inha nrniorcs iníornrnçõcs :1 rcs.pcito do cclesiás1 ico chileno; ~:1bia apeo:.is que ê le p:issan1 <1l•.i1ro ou cinco :1nos nu Esp.-111ha. n:, P:·1r6qui:t Je S:ln Roc1ue. Aduziu l). Andr~ de Luc:1s que a C1íria de M:u.lrid recebera cart:1 de 11111 E.xn10. Arcebispo bn1silcir-o, cujo nome declinou. o qual ()Ccl ia iníorm,,. çõcs sôbrc o personagem cm c1uc~tãu, esclarecendo que um jornal cio Bras il r,11blk:1r:1 uma fnlo sua :u.> l.1do de cunhccid:1 atriz: U1\l reco1·1e do jornal :1comp~1nhava ;.1 c:;1rta. Fi11al111en1e, vcri(íc;mun nossos col:1borndorc." que o nome de Mons. t-lor• lando Art:c Moy:1 ;_1illd;_1 íiçurav.i no guia d:, Arquitliocc:;c de M::1dri<J.Alc.ilá. 111:1s n:l o como membro do Clero loc:1I; éle nfio 1.:xc::rcia nenhum:, função oíick1I n:1 Espanh11, lllaS :1pcn.1s :wxilbva nu Paróquia de San RCJ(IUe. Ct.1mv nosso lci10, pude ver. CATOLIC ISMO 1l:io só n:io publicou no• 1icia n:'io confirm:1,1:t, m:1~. além de 1er o 1e.-.1cmunho de trê:, rcvis1:,:. de cxprc.~âo intcrn;1ci1,n:1I. procurou obter dirct:1111entc :1s informa\=ÕC~ que agor:1 ~mi, c.irl:1 oferece a ,1pvrtunid:1dc de 11•;11\smitir ;10 pliblico.
Série de artifícios contra o ''Vade-mécum do católico fiel'' E
NVIOU-NOS UM AMIGO o volume XXIX da " Revista Eclesiástica Brasileira" (dezembro de 1969), com uma indicação à página 939. Nesta págin;, e seguintes, a R EB reproduz um artigo do Pe. G10VANN1 CAt•R1L1?. S. J., publicado na "Civiltà Cauolica", que contém crí1icas ao ''VADE-MÉCUM oo CA1·ó1..1co FIEL", cuja tradução portuguesa é de minha responsabilidade. E, ao apresentar o arli--
go do Jesuíta ital iano, tenta a REB, numa pe,. quena nota introdutória, desacreditar a rcfc.. rida tradução, editada pela Diocese de Cctmpos. Cc<nprecndcmos, assim , a amabilidade do ;:11nigo. e agradecemos sua atenção. Sem êlc. não ttrfamos lOmndo conhecimento do texto
da REB, e deixaríamos sem reparos as consid e rações do Pc. Caprilc, com prejuízo daque-
les que nos honraram cem sua coníi.mç-', e cm geral, dos leitores d o "Vadc-mécum", cujt1 ortodoxia. talvez. puse.,;,scm em dúvida. Dize.. mos "t:llvez•t. porqu~ são 1antas as inex.-tidões:
<tuc ressaltam ao se confrontar o texto vcrda• dciro da obra e o que dêlc cila o t1rtigo do Pc. Caprilc, que uma simples vcriíicação se• ria suficiente para dissip:ir qualquer susp~ita, surgida no primeiro momento. Não conhecemos ::1 edição italiana do "Va.. dc-mécum". a propósito da qual o referido Sn•
ccrdote escreveu seu ,1rtigo. Assim. não pode• mos :,sscgurar que a versão pOrluguê.•.a eh, R EB reproduz:. fielmcmc o pensamento do
1radutor italiano. O que, shn, podemos afirmar é que as citações principais: do "Vade•
mécum do Católico Fiel", apresentadas no 1exto da R EB, não correspondem ao original francês, vertido exatamente na edição brasilcira. Segundo• R EB, as críticas do Pc, Giovanni Caprile se voltariam contra os Sacerdotes franceses que escreveram o opl,sculo vindo a lume com aplausos do eminente Mons. Marcel Leíebvre, Arcebispo t itular de Synnada. Se a revista reproduz bem a intenção do articulisla, registremos a falta de cautela clêste. porquanro empenhar-se-ia cm desacreditar uma publica.. ção ~cm verificar a íidclidade d(1 tradução que c:xamina. Para cvilar todo risco de clifarnação, convinha que o Rcvmo. Jesuíta procurasse cer• liíicnr..sc de qual o genuíno pcnsamcnlo dos autores do "Vadc-mécucn". A REB 1cria um,) facilidade ,:1ind~1 maior: bastaria ler a edição brasileira. Sôbre a atitude da REB, 11ada d izemos. Não é a primeira vez que ela desorienta seus lci1orcs, servindo-se de versão infiel (cf. artigo de Frei Valfredo Tepe, O. F. M., atualmente Bispo Auxiliar de Salvador, c m vol. XX, pp. 366 e seguintes. no qual serve-se de uma cradução castelhana inexata para íundamenrnr suo1 01>inião com a ,autoridade do Pe. Gcmclli), Passando ao exame do artigo do Pe. Caprilc. ce<no o reproduz. a citada revista brasi. leira. veriíicamos que S. Revma. faz. três acusações principais conlrn o "Vi,dc-méc um do c.-tólko F iel ", procurar\do <lcmonscrar a lcgiti1nid:tde dessas ;;1cusaçôcs com :,ilguns exemplos.
" O livro destrói tôdo docilida de aos Post ôres legítimos" A primeira "crítica forte" ao opúsculo as• sim se exprime : 11sob a t1p(lré11cia rio re.s peito e do devotame nto à hierarquia e ao Papa. i11.,•. ri/(l IIOl' fiéis " lllSJU:ita. fl tlescon/i<mça, a rcse,·v11 nu:ntal /Wffl com tôtla autoridade edesiá:uicu. l 'acerdou,s. bispos e até o />1,po. m<1I t· mal êles J"l! ,;/asrem im, pouquinho tia rigiclc, liulw ,Je comportume1110 t' pe11l'ame11to que uquéle <lete1·,ui11mlo gr,,p<>J idemi/ica, simpleJ·• mente. com a Ol'lodo.tia <.:ot6lic". Exortmulo ao protesto, isolomc:1110, ti tliscórdia, ao julgumeuto pe:-;soal e aos humores imlivid,wi,\', "c,•oba-se por derruhiu· jusiamente um dos po111us firmes qw: Nes /Jl'ete,ulem d efe,uler: o "senti• re cum Et·dc::;ia'' e o docilidade com os /Ull'IÔ• res legitimamente constituídos" ( RE8 1>, 940). O êrro do Jesuí1~ ilali.rno consiste. ,1qui. em par1ir do presuposto, d e sabor relativisca, segundo o qual a ortodoxia católica é uma coisa h,1bitualmcntc indefinida e diíusa: nítid~, talvez. cm alguns pontos gerais, a respeito dos quais h:lja. em nossos d ias. perfeita coincidên• eia de opiniões de ntro d:1 Hierarquia e do Clero. Em contraposição, os autores do "Vadcmécum" vão buscar cm fontes bem mais teo~ lógicas o seu cone.e ito de o r1odoxia: "ju!rnw neçtJm<>s calmo~· e t·on/i<mtes, (U/erim/o com amor" 10,Jos os e11si11amcntos do M<1gis1é.rio. Q t1ual no.~ confirmu na r:é da imortal Trmtiçât>. 1 ••. ] NóSSfl Vertlade é tl ,te nossfl Mãe. A Jgreja ncio ,1 n em tal te6/ogo. nem wl Padre. 11cm mesmo uma Diocese ou mna reunilio ,/e Bi.\·Ju)s: " Igreja é a Igreja ele Roma. "Miie e Mes·1rt1 d e 1ôdtl,\' (I.\' / ~rejas'': é tôda (-1 c risrm1tl(J(/e em co,mmlu1ó c:ow II Fé d<' Pe,lro" (p. 25). O mesmo se diga do ".w:ntfre <:um Ecc:h•.. .n·a ". Pode-se aíirm~1r, por exccnplo. que participa dês1e ",wmtire ( ' 11111 E'cdesia" o S:,ccrdotc ou ml'.smo o Bispo 4uc e nsin:1 a(>s fiéis. ou per• rnitê que lhes seja e nsinado. que a salvação é "u re11/izc1pio pro}(res.,·iw, ,lo homem no c:onstrttÇ<io tio 1111mdo'' (cf. "Vacle•mécmnU, p.
rrar no mérito da questão e provar que: os aue por1an10 cnganarnm os fiéis - apresentando como pontos de or.. 1odoxia católica o que, na realicladl!. não o é. Seol ÍSlO, sua crí1ica não te m nenhum valor, pois não passa de um~, afirmação gr:.H11ita.
lo1·es se enganaram -
O Pc. CAPR1Le ~XtM 1•1~11-:1CA
,,o
15)'/ 1>or outro la<lo. nenhum teólogo c:uólico pode desconhecer ou negar que a autoridade dos Pastôrcs lcgi1knamcn1c constituídos lhes vem da união com :1 Sé de Pedro e da fidé· lidadc ao M•1gistério infalível <la 1grej;;i. Or;1, é b~-iscmldo-sc n.1 "Fé de Pedro'' e no Magistério da l~rej~, que os autores do "Vade-1nécuin'' dão aos fiéis os conselhos q ue, cm consciência. julgam nccC$s<lrios nos dh1s difíceis que atri:IVCSSi:H'l'IOS. c,,beda ~IO J>e. Caprilc en-
Em abono des:rn sua primeira crÍlica, aduz.
o ,lrliculista d:, "Civi11à Cauolicaº alguns exemplos.
Escreve o Pc. Capri• Jc: "Diz o proêmio que a pul>/ict,çiio (o ··va. de-mécu,it"J "i111,.mâo11a .rocorrer os millwres tle fiéis que . ,lia <1p6s ,lia, e recebe,ulo nu maioria tlóJ' t·a.\'Os rt:J·postos i11.rntiJ'/at6rills, 11umulo mio m entirosos. interrogam a11gu.wia.. tios o clero e m; tmtorülades sôbre os tlireitos e sobretudo sôbr<? os deve,.es que lhes tot·am, nt:sta hora de Kravfa·sim<t provaçlio para a •
1.0 EXEM l,.LO. -
ll!r<~i" CauSlic1l' (JJ, 4). O que concluir? Se
fiéis neccssltmil tlê.,·te socorro, d everiam a'i diretrizes. on't•nwções. prescriç{,el· que ,Jew!• ra.,· 11Cio faltam por parte ,los hiSPOl\ do ,·lero <' tia Sallla Sé. ser c:t110/0g<1dus no ntÍmel'O dt'S,l'Wl respo~·111s i11.}·atisft116rit1s ou m esmo o,\'
ment/ro.ms! A maioria dol· p11stóres e do c/e,·o
c.ítaria. pQrl(mto, tôda ela unida 11es1a 1/iabólic,; tn11,u1 \ i,w11ulo <1 per<la <.las o/mm;!" (p, 940). Aco1\lccc que .ts palavrns citadas. simplc.smcntc, NÃO PIGURAM no origin,,I ínwcês do ··Vadc-mécum•·, nem. evidentemente. cm nos• sa tradução portuguêsa. 1
• 2.0 E Xl! M l'LO. Prossegue o Pc. Giov,inni Caprile: "No capítufo "Alim e nto e.\·pi1·i1ua/" é .wgetido. ,,umllu aO.\' livrus li1,í,•1_:i• cos, pre/el'it· "semr,re 11s edições ameriores a 1960". pois ''d e{Joi.\' foi o c,·l.lOl' das ediçõr::; t:l'raduJ-. "rhilrân'as, conrrtulir6rias", E comu just"mentt: esl-al' ediçõel· trazem a devit/11 m, .. torizartio ,las Cou/erêudas EpiJ;copais. tlc~ organismos vonti/íciol· 011 de t·ada bispo. ,dl·-11os omra vet ,Jiunte da .)'u~·peila de que ,ais Or• g,mfa·mOl' ou pessoas se tenluuu 1/eix,ulo cair f,kilmeule em err<Jl'. arbi1rurfo<lcule.,; tt , :0111n1<liçõe,1· CU/li (l fé" (p. 940). O mesmo se deve dizer dês.te exemplo : não figuram tais palavras noo, na edição íran• ccs~,. nem na edição bro)silcir;J cio ··Vade-mé• cum do Católico Fiel''.
Aliás, não sabemos como o Pc. Caprilc responderia à acusação de má fé. ao redigir êsic parágrafo. l,Jc sabe muito bem que obras aprovadas. mesmo pelo Mc.s trc dos Palácios Apostólicos. tiveram seus 1ítulos inscri tos no l mlice ,los lh1ros Proibidos. De onde, cm sua lógica. deveria S. Revma. concluir que as :\li• toridades q ue aprovaram tais livros. inclusive o Mestre dos Palácios Apostólicos. tcr•sc•huu tÔdi,S ''deixado cair f1kilme11te em erros, arbitt,,rit.ulades e conttatlições com ,t fé", Por que não o faz;? Porque s.1be muito bem a rcs• ponsabilidade relativa das ilUtoridades que aprov,,m um livro. Por que não aplica êleo mcsrno critério ao conclen.-r o .. Vademécum" italiano? '€ hábito dos progressistas procurnr dc.s acreditar aquêles que se mantém fiéis à tradição. chamando-os de "integristas''. sem nunca d izer prccisamc.n te o que cnH:ndem por essa palavra. Como o Pc. Capri le segue êste método em sua crítica (cf, REB p, 939), somos levados a desconfiar de q ue êle seja progressis1a, e iá não nos ;,dmiramos de que lhe tenha causado tanta irritação o "Vade•mécum".
• 1. 0 exEMPt.O. As.sim se exprime S . Revma. para começar: ''eis o que se escreve {no ··vadc-mécum~·1 " reJ·veito da conumhiio: "Comtmgai sempre de joelhos. Evitai as igreja,'í 0111/e vos obrigariam. talve1. bruu1/mente. " ,·omwtgar ,le pé. Se porventura fôsseis co/1,itlos ,le sur1>résa. oferece; enttl<> o :mcrificio desta c:mnunluio e supri com a eJ·piritual: o Senhor \' OJ' recompensará t·om abwulantes 5:raças" (p. 7). Antes de nwis mula, parte-se tia suposição gratuita e ofensiva. umtó em rela• ç,lo a quem " pratica como wmbém, mais uma vez, em relt1ç1io ii m11orülade eclesiástica que a permite. que receber t1 comun/uio em pé re· preseuw uma coisa grt1vem e11te má. ti wl ponto que se 1leva preferlr abster-se da c:omunluio sa<;rumenml. Mt1s se então se <li;; que mio é isto que .\'tt t:suí a/irmmulo. não se compree nde como jm,·ti/ict1r a a/irmaçiio implídw no co11selho dado: melhor nem comu11gt1r, priwuulo• .\·e ,los 1wmerosos benefícios da conumhão sacr111m:111al, que ,uío se podem equipt,rar aos da comunluio eJ·piritual. do que sacrificar uma 110,\·içiio ,to corpo para lllfou,r uma 0111rt1!"
• 3. 0 i;xeMPLO. - Trata-se das críticas úo livro ao c hamado "fundo obrigatório", o q ual é um conjunto de teses que, por dc1er1n innção da Assembléia Plenária do Episcopado ela França, devem íigurar cm tôdas a, redações do nôvo Catecismo francês. O Jc. suita irnliano cxtendc, por conta própr-ifi. cs• tas criticas ao tristemente fomoso Catecismo holandês, Antes de tudo, observemos que o Pc. Caprilc acusa o "Vadc-mécum" <le julgar .-s intenções dos autores dos citados catecismos. I! mais uma manobra para desacredita,· o opllsculo. o que, certamente. não vem abonar ;1 boa íé do Jcsuíw , pela deslealdade que a observação envolve. De foto. o "Vade•rnécum do Católico Fier· critica o "fundo obrigatório", não en1rando no julgamen10 das in~ tençôes de seus autores. Em segundo lugar. alega razões cnuito sé~ rias para justificar a aticude q ue toma. Depois de exemplificar c.om alguns dos mais graves defeitos do Catecismo fr:rncês: ( é sua a esd rú• xu la conceituação de "solv11çtio" que citamos acim,,. e h:í oulras do mcs,no cs1ilo). o "Va. de•mécum" afirma: ··Ne11htm1,, autoridade J,u.. 1Jt(lll(I , 1-1inda que ccleJ·ióstka, pode impor t1m
Aqui. mais uma VC'l, o Religioso italiano tran:s,crcve palavras que NÃO CORRESPON08M ao original írtmcês do " Vade•mécum''i e não se encontrarn na edição da Diocese de Cam• pos. Um pouco 1-nais de respeito pela repurn• ção ~,lheia pediria uma informação mais exata. antes de asserções tão categóricas. f>ara que nossos leitores julguem, transcrevemos ;, respeito dêstc ponto, texl\Jalmentc. .1s palavras do "Vadc-mécum":
cmedJ'mo que mio esieja ele llCÔrdo com o Fé" ([>. )5). O Pc. Giovanni Caprilc. $. J,, ao que parece. pensa de outra maneira. É muito fácil falar cm docilidade em relação aos Pastôres lcgi1 imamen1e consl ituídos. é igualmente fácil opor o Episcopado F rancês, o Hol:rndês, e mesmo - ;_uravés de um sofisma - a própria Sant:.1 Sé.. aos :e.elosos Sacerdotes que claborara,n o "Vadc-mécum". Mas, se o Pe. Caprilc desejasse refutar sêriamentc a êstcs. deveria ter provado que os ~rros do C,:1tecis• mo francês não são erros. ou então que - no conHário do que afirma o "Vadc-mécum" a Autoridade Eclesiástica pode impor um ca• tccismo q uc não esteja de ncôrdo com a Fé. Creio que êlc não abordou estas duas questões simples(nenle porque. neste ponto (que é o fundame nt.-11). não linha nad~, a diz.e!', e.s1e exemplo bem mostra :i má fé com que S. Revm:-t. ~giu no assun10. :.,o mesmo re1npo que lança descrédito sôbrc urna revista - • "Civillà Cauolico,·· - antes considerada como serena e cic1ltííica (suposto. sempre. que .1 R EB a tenha traduzido bem) .
"Tem a f irm ações disc iplin ar e doutrinà riame nte insu ste ntáveis" A segunda crítica se. ;\figura mais grave do que a p rimeira: "td_c:umas ,le suas c,/irmações l<lo "Vade-mécurn"J mio 1mtec-:m 111uito s11s1e11táwds nQ plano ,loutrim,1 couio no discipli1wr" (p. 940).
(p. 941),
"E preciso reagir contra ê,\'J'C "esptrito J)6s c:011ci/ior'' ,lemmciado por Paulo VI, que ten1/e n l't1111·imir tôdu u adorllçâo exterior (e. posteriormente . i111el'ior) e que desonr11 t1 Deu.,·. Pt1rn isso: po,ule-1'0s. lwbt'tualme,11c. 1/e joel/u,,.,, pum c:omungm·. Isso exigidí. muitm· vêzes. verdadeiro heroísmo; mas. sobrewdo SI! .)·ois muilos a /a1.ê-lo, voss" t·oragem produzirá seus frutos. Se, enuio, a comrmluio vos /ôr recuJYula. v/ere,:ei a Deus Esse grande sucri/icio e a lwmillwçâo que êle vos irará. Nosso Senltur. <'Ili c;ompe 113·a ção. vos coucedctrá graçt,s t1bumla11tes. Ou. t1i11tla, lev1mu1t'.. vos pal'a comungar, mas l"zei, em seguida. a genu flexão; - se mio quiserdes proce,ler 11.,;.,,im, <.levei.r /"zer " genulfexiio antl!..f e depois. sem receio de iucomodm· a quem quer 11ue seja" (p. 6) . Como se vê. mais uO'la vez o Pe. Caprilc sofisma para l ançar a Autoridade Eclesiástica contra o ··Vade-mécum do Católico Fiel". Se, como êle mesmo afirma, essa Autoridade Eclesiástica permite a comunhão eol pé, é cvidcn1c que niio proíbe recebê-la também de joelhos. Aconselhar a comunhão de joelhos, ainda que isco exija sacrifícios. equivale a opor• se " arbitrariedades de cercos Sacerdotes, que amil1dc interpretam mal :,s determinações dos Bispos. Ora, a nenhum íicl, dentro da Igreja. se impõe ser joguete de arbi1rariedadcs de niitguém. Os fiéis têm uma dignidade própria e não dcvcrn ser tratados como tolos. Quanto à alternativa atribuída ao "Vadc• mécum" pelo Rcvmo. Jesuíca - com b<1sc cm uma versão q ue desconhecemos segundo a qual . entre comungar de pé e não comungar. é melhor não comungar, ;l leitu ra do teX• 10 autêntico a desfaz. completamcnlc (ali se diz. inclusive: "Ou , ainda. Jcvcmtai-vol· pora c:omrm1:or"). O livro apenas previne que h,1 um risco de o íiel ver-lhe negarem. algumas vê1.cs. a co1nunhão 1 por causa de sua atitude. Mas ê,s1c fato é conseqüência não des1~, atitu• de. mtls da .1rbitrariedade do Sacerdote que adrninisrna o Sacr.:unento.
• 2.º EXEMPLO. -
O Pe. Caprilc continua
co1n seus "exemplos'' : "Aim/<1 a res11ei10 110 cQmw,hão lcscrcvc o ··Vacle•mécum''J: ··Por ne11h11m prêço e em 11enltumo ôrcun.,;uiucia
Novos EXl!MPLOS 00 PH. CAl'RI LR
Pe. João Maria Barcelonne
O Pe. Giovanni Caprilc Cnlrn logo nos exemplos.
V1c;ÁR10 IX> Puniss,Mo Co••ÇÃO oe MARIA 5
C'ONC'UJSÃO PA f>.
5
RELENDO TEXTOS ESQUECIDOS
SÉRIE DE ARTIFÍCIOS aceitai re<·eber a Sagr"d" Eucaristia na m ão". Sem explicação alguma e bem acenluudo 1i11ogrcl/icamente pelos ,mtores (em ue!:rito), êste ,~011.te//u, poderia parecer essencial para cle/e11cler " fé na 1>reJ·e11ça real. Baseando-se em <1ue princípio o afirmam? Que a lgre;a <leixe Ji.. herdade para comungar ,lêste modo ou ela mtmeira tradicio,wl, é um(I coisa: 11ws com que mt1oridacle e com que justi/icativt1 .se i11simw a comlenaçâo ,te 11111 1nodo JJraticado tlura,ae século.\' na lgre;a e tJue agora a Sé ApOJ't6licu c·once,le como /feito, por rC1zo(iveis motivO.f pastoruis. o todos os <tmt solicitarem?" (p. 941 ). Mais um sofisma. Ao lê-lo. seríamos levados a crer que a Igreja nada tem a opor à comunhão na mão. Seria mera questão de costume. que razões pastorais deveriam regulamenrnr. Ora. não é isto que contêm os Documentos pontifícios mais recentes. De uma con• sulla feira pela Santa Sé sôbre a matéria, rcsulrou que a maioria dos Dispos de todo o mundo se pronunciou contrária a essa maneira de coolungar, o que levou 'Roma a não mo• dificar a praxe tradicional. Além disso, no mesmo D ocumento cm que concede para algumas Dioceses a faculdade de permitir a comunhão na mão (ao lado do modo tradiciO• nal), a Santa Sé declara que se trat~ de um abuso, cµja generalização levolHl a esta to· lerância. De tudo, pois, se deduz que, os aurores do ··vade-mécum do Carólico Fiel .. rêm tôda a razão quando desaconselham a comu• nhão na mão. Temos nisro um exemplo tipico do "seutire cum Ecclesia". • 3.0 EXEMPLO. Mais adiante o Pe. Caprile censura outro trecho apócrifo do "Vade-mécum'': "Lemo~ co,11wló [no "Vade•mécuol''I, a respei10 de decretos conciliares, umu flfirmaçcio <1ue nos deixa estupefacu>s: "€ preciso recordar que o Sllcrossa11to e iufalivel Cou• &lio de Trento, cu;os clecreros ,Je fornw ai• gunw estiio t1b-rogados, nem poderÍ{lm ser, de-e/arou . . . ·•• ele. Assim u,I <:ómó SOll, a llfir1nação ntlo resiste: o.f de,·retos e tlefitJições doutrinai:; silo irreformáveis, mas não os disâpli,wres. Por/(IU/0, poderia ser plenamenle legitimo. por pClrte tle <1uem le.m autorit:Jade para tal, prescrever uma coi.t<1, 11() c"mpo tliscipli1tC1r. contrária ao que prescn•via o Tride11ti110·· ( p. 941). Basta transcrever o rexto verdadeiro, para desfazer a esrupcfação do Pe. Caprilc, e jusriíicar a nossa diante da dericie nte caute la do colaborador da ..Civillà Cauolica'' : "Enfim. é ,,reciso lembrar que Q .m gratlo Concilio de rre1110, cujos decretos conrimwm em vigor, declarou [ ... ]" (p. 7). Além disso, as palavras do Pc. Caprilc, como as reproduz a RED. dão a cnrcnder que a parte disciplinar pod: ser transformada ao talante de quem goza de autoridade. Não julgou assim João XXII! a disciplina, por cxoo11>lo. do celibato (cf. ·•Diálogo com Gil•on". re1>roduzido em ··courrier de Rome.. ). A razão ê que a disciplina deve-se ajustar ao Dogm,,, de 1al fo rma que ela não possui uma elasricidade ilimitada.
a 4.0 EXEMPLO. - Continua o Pe. Caprilc: •'Outra flor. hàbilmente camuflada: "Se ,,o decurso de wn<1 Missa ou de um oficio religioso~ mesmo llriirgicamente <lig,io, os fiéis s,ío chocfldos e escauda/izados por ,>roposições i,uulmis:ríveis ou ímpias no sermão. têm o cle1•er tle deixar osutnsivamenrc a I gr cjo e r1rotcsu11· <iepóis. 1:: mell,01· /aluir à Mis.tll, aluda que /ôsse a da Páscoa, do que Jazer-se cúmplice da desoura li D eus" (p. J I ). Poderíamos co11cordar com ramauho 1,êlo pela h onl'll ,livi11C1, sempre ,711e (/(I bôca <lo sacerclo1e saíssem proposições manifestamente ímpias. Mas é o outro ad;e1ivo, em forma dis;zmli\la, que ,/esperta 11erplexidatle: "proposições inadmissíveis". t,· fitei/ ver quanro subjetivismo é fomentado com ê.sre co11selho: nada existe, na pregação, que não ,,ossa parecer inadmissível tJ <1/gubu ou " algum g rupo" (p. 94 1). Aqui mais uma vez é preciso transcrever o 1exto autênlico do "Vade-mécum". cm opo• sição à versão veiculada pela R E D: ..Se 110 curso de unw Missa ou de um ofício religioso, os fiéis se sentirem chocados por afirma• rões i11ad1nfa•sívels. revolucionárilM' ou ímpias, ou por nuíJ·icas inconvenientes ou blt1sfema• tórias para o lugar santQ. êles 1enio o dever ,/e 11rores1ar ou de retirtu·-J'e os1eusivtune,ue. Mais vale perder a Missa. m esmo no Dia tle Pásco,1.. do que acump/iciar-se com o que o/e11de a honra de Deus" (p. 1O). O que dizer da in1erpretnção •cgundo a qual a palavra "inadmissível" envolve tima atiiude subjetiva? /11admissível qualquer dicionário da língua português.a ou itali:ma o diz - é aquilo que não se pode admitir, que ninguém pode admitir! Por outi-o lado, há um sofisma em afirmar, ou p elo menos insinuar. que o fiel não pode fazer um juízo sôbre êstcs fatos para saber como agir corretamente, porque fazê,.Jo seria subjetivismo. 8 evidente que os principios morais são objetivos, e como seriam êles 6
ptalicados se não houvesse um juízo pessoal em relação aos fatos, da parre daqueles que os praticam? Mais adiante o Pc. Caprile irá insistir sô brc o ..subjclivismo" dos conselhos do "Vademécum do Católico Fiel". E, no entanto, ê le confessa, ao mesmo tempo, que ''mlo /tá tf,í .. vidtl algumu que pos·sam exislir, em cer1os lugares, wfa· inconvenientes [de que fala o "Vade-mécum"J (p. 942). Pcrgunlamos nós, como saberá o fiel que cm certos lugares há erros. que o Pe. Giovanni Caprile admite exislirem. e em outros não os há, se êlc mesmo não souber fazer uma análise e um juízo perfei to"! Como poderá o fiel distinguir os bons inovadores dos maus? Será preciso ~eguir tolamente a todos? Ssre será o " laicato adullo" de que tanto falam os progressistas? 4
"Está penctrodo de espírito dia me tralme nte oposto à co~idode"
• "Hlt quem é como rico mio remi() 1wú<1 e quem é ,·omo pobre ,fendo riquc1.as". PRO· vélU)IOS 13, 7. ■ ''8em-a'.?elllt1riJÚOJ' os pobres EM espirit(I, po;~- a Elts pt:l'lcnce Q Reino dos. Clus". - SÃO MATEUS S, 3.
A pobrc7Á\ sobrenatural não é prÕpriamenle m;o possuir riltut:1,a:t, rnas é sobretudo um esUldo de espírito: o dcsapêg.o dus coisas da terra ali• mentado pelo dom do Espírito Santo, do temor de Deos. O espírito de pobreza é um tstado S:O· brcnaturr,l, dom de Deus. por isso é chamado de be11t-t1wt111Unmça p0r Nosso Senhor Jesus Cristo. Nada tem isso a ver com a <lemagógica filosofia da miséria, dos socialistas e demo-cristãos, que negt1m ou vêem com maus olhos a propriedade privada, como se o possuir fôsse um pecado. A p0breu, ~obre1rntural é um .estado de espfrito, dom de Deus. que pode subsistir tanto. numa pessoa sem posse,s como ein outr~l com muitas riquezas.
•••
A terceira crítica é esta: ''o espírito, que ,/e alto " baixo penetra êsse escrito, é diametralmente oposto ao amo,- e ctJridade tJue no enttmto - sem ,l,ívida com as .Jnelhores inh!n~·,íes - o.í seus maores eXOl'tam " pratiCllr e cli/wulir'' (p. 942). O Revmo. Padre baseia esta crírica em dois pontos: • 1 O "Vade-mécum'' estaria procurando insuflar nos (iéis cerco "espíriro de <.:<n;• ta, certa tmto-suficiêncici. certo desprê1,o pelll massa", ele., etc., espírito êste "latente"', se• gundo S. Rcvma.~ cm atribuir nos que seguem ou vierem a seguir o "Vacle~mécum" as qualificações de "filhos 11iedoJ·os, amcmtíssimOl', iu(lbalúveis, heróicos'' da lgreja. "consciên• dllJ' imu1Clve/menre cdstiis". "'fiéis à ver<ladei"' relighio'', CIC. (RED - p. 942). A objeção parece-nos ridícula. Com efeito. se as verd,,des são objetivas. se existe, por isto. uma ortodoxia católica bem definida cm seus pontos fundamentais, se esta ortodoxia corresponde aô autênrico cspfrito da Igreja, e se a Igreja . é a única verdadeira. deve haver un1a realidade que corresponda a tais expressões. Haverá sco1pre os que são fiéis e os que não são fiéis à or1odoxia católica. Mas isto não é re, gime de castas, pais está ao alcance de qual• quer um. a judado pela graça que n unca fal· ta. ser "filho piedoso. ,mumtíssimo. inllbafá. ve/". cht Igreja. Exol'l:1n<.10 os fiéis a serem tais, os autores não merecem crítica, mas lou .. vor. Apenas uma interprelação tendenciosa e unila1eral podcrã ver nessas expressões as alirudes censuráveis do fariseu. como o faz o Pc. Giovanni Caprile. 4
• 2 - Seria iguahnenre conrrário ao aolor e à caridade o conselho insistente de ''tr<1clu1.ir tais ,,rirmles en, nornw de vi<la" (REB p. 942). E aí vem a relação de tudo o q ue o .. Vade-mécum do Ca16lico Fiel" sugere, na ordem dm; atitudes práticas. Se os princípios do opúsculo estão corretos e correspondem à ortodoxia ca16lica, não há mo1 ivo para censurar que êles se traduzam cm nol'<na 1..lc vida. Pe lo con1rário, o .. V,tde-mécum" seria falho se não 1ra1asse dêsrc ponto. Quanto à acusação de subjetivismo, levantada logo cm segu ida, a propósito do juízo pessoal que os Ji6is deverão fazer ao pôr em pl'ál ica essas normas, j~í a refutamos acima. No referente f, afirmação do Pe. Caprilc de que o ''Vade-cnécum'' introduz no "pleno rei ,wdo do juh.o subjetivo", que, ''muito hàbilm enre. se arvorll em juiz até , n eJ·mo dos do cum entes edesiásri<.:os'', não passa e la de mais um dos sofismas de que, como vimos, seu artigo esrá rcplero. Os autores do .. Vade-,nécurn" o que fazem é colocar a ortodoxia católica, baseada no Magistério infalível da lgr-eja - algo. portanto, de objetivo - como critério de intcrpreração dêstcs documentos. Nem se percebe porque deveria ser de outra forma. • 8
8
Pelos comentários acima, vemos como o arrigo do Pe. Giovanni Caprile, S. J .• não passa de uma série de artifícios para dcsacredilar o "Vade-,:nécum do Católico Fiel". Confessamos que essa maneira de agir causou-nos su r~ prêsa, 1ratando•se de u rn colaborador da .. Civiltà Cauolic:t", 6rgão d:, milícia inaciana o qual 1anto se dislinguiu na defesa da Fé contra ·as investidas das heresias. Lamentamos se• mclhantc maneira desleal de procedei', que nada esclarece em meio ao caos de que fala Paulo VJ, e que S. Rcvma. se recusa a ver. Por isto 01esmo. não presta êssc ar1 igo auxílio às a lmas desarvoradas na rormenta de nossos dias. e - o que é mais grave - ainda se em· penha cm dificülrar ;i ação daqueles que, cO• mo os beneméritos Sacerdotes franceses aurores do "Vadc.. méeum", com zêlo e p erspicácia procuram edificar as almas.
;\ miséria pode ser também cnstigo pi.ra o homem pdos seus pecados:
1t,dos, acordos e diálogos como meios infalíveis que, de modo mágico, resolvem tôdas as OPOSi• ções e contradições doutrinárias e de modos de vida. Pois, diz a Sagrada Escritura:
• "Os im·em·tllós a,lciam uqutNes ,,ue /01:em du nwl". ■
PROVéRHIOS 13. 19.
"A,tuê(e que segue q caminho reto ,: teme
" Dt:ttJ'. é <l esprezr1tlo por mtuêle <.Jtte :reiue pllr
um c:umiulto informe", -
Paovéan1os 14, 2.
O justo é um espêlho vivo que reflete o brilho da sabedoria e justiça de Deus. Ora, o ímpio não reflete êsse brilho, que tinha obrigação d e refletir porque todo homem é chamado a ser santo. Daí o incômodo do ímpio em ver no justo aquilo que êlc mesn,o deveria ler. E êsse incô• modo gera inveja, e a inveja, ódio. Assim foi com Caim, que não tolerou vtr a umizade de Deus com Abel, e a não aceitação de suas oferendas POr parte do Alcíssimo. E se o ímpio não pos.-sui o brilho •.ht jusliç-a, é porque a repudiou, é porque odiou .t lei de Oe:us. O ódio do ímpio ao justo é o ódio n Deus, que êle vê rcflericlo no justo. t portanro atitude né$cia o pensar-se numa colaboração entre cat6licos e comunistas, pois êstes negam a toHtli dade dos Mandamentos de Deus, e por conseguinte odeiam tôda alma católica, que como tal é espêlho dos Mandamentos que êles repelem. Pio Xr, de saudosa memória, diz na "Divini Rc~ demploris:" que é impossível qualquer c-o lahoração cn1re (:atólicos e marxistas. 4
■
"O Senhor niió a/Ugirâ a (dma th> justo com a f<m,e". - PROvé,R.1nos 10. 3.
••• O desentendimento enlre os homens não é só
uma questão de êrro, de equívoco. de esquecimento, de desequilíbrio psíquicot etc., como quer a co1,cepção tão em voga, <1ue acen::l para tra
Atanasio Aubertin
4
A MÁQU INA I DEOLÓGICA QU E SABE DISFARCAR-SE ~
,;
E
. FRôPRIO n umtt vis.'.'to liberal e otimista da$
coisas. a idéia de que o homem hodierno concebido sem pcc3do orig.inal e remido, pçla citnci", de 1ôda...c: as antigas deficiências e debilidadt."S gui;;H;c cm sun vida. segundo dndos inteiramente obje1ivos. colhidos awwés d:1 obscrv:wao lúcida dos fotos., considerados cm si mesmos.. independente de • critério3 ideológicos. 1norais, e ou1ros igualmente "Subjetivos". justamc1He esu, conccpç.;.1o primárin, iníclizmcnlc l5o gcncraliz.ada pelo menos subconscientemente, qu! () Sr. VICYOJI. MANUEL $ÁN(H1~7. $Te1NPIU!IS procura desi::iicr cm :;eu esplêndido trnbalho sõbre "l.A 1oeo-
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1.ooíA POLÍTICA EN LA INl'IORMACIÓN IN'rl~RNA(; IO-....,AI. /
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l" ,,oticitt, sratín ,:/ ''matiz." y "i111t 11,·i611" de /<l,f 1tJ;<!11Ch1s muntlialc.t ,te pr<m:m" (México, OF', 1969), aprc~ntndo como tese parn n liccnciatt1ro cm ;orna• lismo na Faculdade Nacional de Ciências Políticas e Sociais, d:i Uni\·crsidadc Nucion3l Autónoma do México. Mostra o Autor, b3sc3do cm sun cxtx:riéncia de Yários anos como chdc. da $éCç.'\o de 1clegramns in 1crnacionais de um grande jornal mexic:rno, que .'I ·•máquina dtt (li/usão mundial do.,; acGH1ttcin11:utos l111• nw,wr• é movida por "/io.t idcoMgicos" (p. 13). Com efeito, todo fato humnno recebe Por parle daquck que o observ3 (o repórter) , prepara, 1r.1ns• mite e publica cm íom1a de no1lcin (agências c jornais), ..uma carga ,Jc aw,Ji,,ç,io .ml,jeliva sôhrc " homlatle ou maldade ,to mesmo. s6lm: :ma com•e• 11i€uci11 QU inc()1t11t11ié11cia. N,io há, uâo p<ufo fW Vl:'r mníci"s /rlus, escuetas, "objt:tiv<t,r '' , Ptlo 1:0111rá,io, rodn soci<tl desputa• :timpotit, ,;u n-pulsa. aphm• 8
'"'º
.ro Qu ,·cusura. /cHchfodc óu 11em1, ult:grio o u ,,e,·xo11lu1" ( 1>P, 43-44). Isto ~cm considerar que :is: :.~ên-
ciM noticiosas•são fundadas por ho mens que as fun• d:lm com um:l fin3lidad e, que têm relações com tru, pos oolíticos e ideológicos, muitas vhes com t-ste ou aquéle govêrno, <1uc sustentM\ de.terminados prineí• uios é1iccs e. filosóficos. Di7. muito bem o Au1or que "in/cli:,mc111e a vich, ,lo homem ~m socicJ11de se l'é tHJ'lorcicl" e nmila~· vÇ:.,·s falJ>eadt1 111e1ftlvoh1111tme pelos gigu11fcscos meios de comunicação i111er1u,cional. úJ' 1Ju11is mQ11hmm, uma ~m disfo,·~·(l</(1 m6quill(l ideo• /(SgiC<t <llle ,,~rmil(; 11u111ip11/(,r (lt ltlt!lllt:$ t! !J()Hl(U/ts do.t milhões de leitores dQ 1111mdo. para c>ric11tar uma irrncional acciiariio ou rejeiçtio <lc 11cr.w11,,gc11s, gru~ vos. iút•ologlas. ftO\'e,m,s. cosrumc:, Q11 movinumtos 11olí1icos. t!Cô116micos. rcligiosM, raciuis, etL·." (p. 14). Como exemplo da atuação desrn "mdqui,u, icfco• 16/fiC(l J,'sforç,ula", o Sr. Victor Manuel Sánche7, S1einpr<:is foz uma interessante :.rn:11ise dos 1clcs,ramas fotnccid0$ no dia 24 de maio de 1968 por várias aiê-n cias noticios:-.s, sôbrc os ncontccimcn1os que então ;19.itavam Paris, e mos1rn como, por um j6g.o de omi~ ões e ridjc1iv:.\ção, os fotos s.io ali apresentados de n,odo 3 " justificar 011 "'t:xJ1Uc<1r" a ,'11vestida sub• i'ersiw, co111rn (p. 41).
um
&todo lts;olttu1111c•
cous1h11fdo"
Nenhuma. dns a1:éncias em qucstjo dá a entender c1ual seja a ideoloii3 dos baderneiros. Apenas di:,.em que "ma11i/t!Jtau1es". ou "jow:ns e. I/IÍO /(>vN1t", "'ts• 11ulamc.t", ete., rcvolrnr.-im-sc contra a medida de que íõrn objc.10 seu líder Coh1l •Oc1Hlit. im1>edido de re• tornar à França pelo lo}O\•érno. Entre éles ha... ia. rnm• bém " <>tA·r«,;os" e " cltmcntos t·str,wlros à clC1:n·c es111Jan1if'. Ao descrever, por outro Indo. as ce,,as de rua, acentuam os 1elcgrnmas a vio!ér1eia d:1. poHcia, oue chC8,0U a a1inttir com bornbas lacrin\ogênea$ e,,. fefmeiros da Cruz Vcrmclh3, Ocix3m de urecisar <1ue :, P-Oficfo. 1eve CJue intervir com violência dcYido à <•)(1rcm:1 :~rt.)-,;.i.,.idadc dos :1s i1adorcs. que dorninar:1m d e 1al medo 3 ru:i que chegaram a erguu bnfrica• '1t1$ enormes. Como muito bem mostro o Auaor. ona• lis:indo•se a fundo a narração dos fo1os, percebe-se oue avências encobrem 1rn1ar-se de uma vcrd:1• dcim 3ç5o de ,wcrrilha urbana. or~anizada e Je.,.:1dn :1 dei10 oor agiladorcs nl\1ito bem treinados. <1uc: se• p.uir:un urn:t. csl r:;ll~Jtin muito bem prcc,nr.1d3. "Seimmlo os rt!ltuos dus aa,;m:ias, u,f r.'<mu, <J:l' <uwlisci conclui o Sr. S611che1; S1einJ>rçis - Q.t m,mift:$1t111lt:S /<>mm ltf(IC:<Ulos. mio c1"1cáram. A <'Wt·
~ª"
·"" n.,, seu t/esco111tt11tame1110 tra,1t11Jdo t:m \'ioh:ncfo
ü,i r, 111ctlidn l()mD,fo co111ra ""' ,Jc st:us 1/derc,t. () h•,·1r,r lin, ,-e,,,, ,, impressão dt• </Ut! t 'erl<t bru1t1/hl:,,/e ,, wtr d d(I m-:la no/ici" Jq; D caus" de <mt· o /tt1'(iY dq,.: "mr,11itesttmteJ'" .u : tt-11ha m ostrad,, ,m,is ,1iolt!11IQ ,; ,m:d;,t,, cmt: .,t prólo11gmw11 <>~· tllsttirbiQs. P acmi "'''' s e anrtcia o cu11r,•ú1/o nwior ,,,, ,mmor 1l1, ..,.,,,,;1" 1/r a,'<tliDe;iío pt!t S<1<1l lva(oruli,•o ) qtu~ t , f ,,~fm;iQ-r 11cJtit:iosos, as q1wis J<io ma11t!iutla,\· por lw111'.m>. introduntm em suas ttotos. ;uclinoudo-se 1u,r11 um ou ou1ro IDdo tios atort:s d,• um ,·(J11j/iro $Qdaf,
como o qi,c mn ocupou m·lla a116fise. /,so s.: pode t1prcciur t1iuda 111,•1J1or qu,m,lo as crises s,io po/íJh:as ou r<•figioS<is. As 1rêt agéuciil.S, mais ou me110.r. cf<ixwn a ;,,,p,essá<> ele <111e os " ma11i/cstautc.ir" s6 pro.. mO\'er(lm ,fcsor<ltms que 11lío 1inlr<1m um proptSsiw ,le/ini</o cev11ra o gov2mo gaullista. $6 1uous1<1ram contrtt o afQs1<,mc11to de seu líder Dtmicl Coh,,. •Bemlit, mas Jttt ,lc.scontc111amc11t<> /oi c,msaJo /Jt tD /cr()t vloléncit1 r1ue .sofreram tia pttflff, das fôrças ,ta <)rÚt!m" (p. SS).
Considero ainda êsse hícitlo C$ludo o verdadeiro papel do jornalistn, e sobretudo do jornalista ca1ólico, de- servir inteir:;1,men1c a verdade. 1omando. ao des• crcvcr os fotos - s.cm nunca delurpá-los - posição a favor do bem, e r4sitltando a ma:ldadc das a.çõcs que a êi.1c se con1rnpõcm. Ci1a.ndo nmplamc11té os h;i<los pontifícios <1uc se ocupam do ,,s.sun10, mostra o Autor que o verdadeira opiniii.o pl1blica não é :;1 massa cega guiada sorratcil':'lmente por org"nismos que, a prctéxto de: ·•obje1ividade.., Jhe oícree<::m um no1iciário ítll!cado e despojado de todo con1cúdo moral. E l:a hfl de se, inStruída, fol'mad:i. guiadn por u ma imprensa que compreenda que seu papel é o de "t,RliC<Jr COfffl()III Ctl{(' (lS idéiat ,) sittWCcÍQ (,'01/CrÇ/a ,le Jctermittmlo m ()m~11fq Msr6ric<>" ~p. 120),
luiz Sérgio Solimeo
'9AfOJLBCISMO Mt-:NSAJUO «>m Al'~OVAÇÃO ECLESIÁSTICA C::m1p-0s -
F~f. do Rio
Diretor Mons.. Antonio Rilxiro do .Rosario l>Jrth).rfa: Av. 7 de Setembro, 247, caixa [')ost:il 333, C:impos. RJ. Adminlstrnç:lo: R Or. Marlinic.o Prado, n.0 271 (ZP 3), S. Paulo. As:cnt<' Pi1rn o Estado do Rio: 01. JóSé de Oliveira Andrade, ca.ixa: pos1al 333. Drn1>0s. RJ; Axcnf<' pi1ra os E.,rndos de Goib, M:110 Gro.\i.'iO t Minas Gerais: Or. Milton de Sullcs Mour:io. R. Pnrníba, 1423. lclcfone 26,4630, Belo Hori7.0ntc: AKtntc para o Estado da Gu:;u1:1b:ara: D r. LuíS M. Dui1can. R. Cosme Velho. 8 15. telefone &S-8264. Rio de Janeiro; Agr:ntc p:..m o E.\1:ido da Ce:m~: l)r. José Gerardo· Ribci• ro, R. Senador Pompeu. 2120-A, F'or131cza: A~entcs p11rn ~1 Argentina: "Tradición, Fa• mii3, f)ropicdad". Casilla. de Corrco n.0 169. C;.lpiial Federal, ArgerHin,1; Agente~ para o Chlle: "Fiducia·•, Casilla 13772. Cotteo IS, Santiago, Chile.
Número avul.so: NCr$ J .00: númerc> :1t r.i s~1do: NCrS 1,10.
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Para os Estados do AC, AL, AM, GO. MA. MT. PA. P8, PE, PI, RN. SE e Tcrrilótios. o jorn~I é enviado por via ~ére:, pelo 1>rcço d;, t'l!i-~inatura comum. Os p;1gamentos, scm1>re cm nome de }Ali1ôm P~1dre lltlchlor de Ponfe.s SIC, f)Odc• r:io ser cnvindos t, AdministrnçJo ou :10$ :ige111es. Pata mu$fnnç:, de enderéço de ~s• ~inan1c,s. é n«:C!lo-Sário mencionar também o cndcrêço :_ uuigo. CompOb1u e imprt.sso n;1
Cia. Lithõgrapbtca Ypir.tng.11 R. Cadete, 209, S. Paulo
EST&S AJt'flGOS desejamos expor :, história d:,s "A01kizie" a.a Itália. No tnlanto, • fr:1tando-sc de um Plt$· mo móvimC"ntc,, inspirado pelús: ldflas do P:1dre Oiessb11.cl1, é ntctss~io, ptlo menos resunddu.mtn•
re, conhecermos us ~Uvldndcs d3$ congêneres de outros paists. pois, como é naluru.l, tais' .JOvidades tiveram rtpercu~s
011
vida da~ ' 4Amlc:izie•• itü•
lianas.
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O P. VIRGINIO FUNDA A ''AMICIZIA'' EM
PARIS
Vhnos que o. P:1dre Olt.s.sbach •• c,bris;~1do :, vi:ljar const.inrtmente, th:1m:irn de Turim o P:1dk Virginio, ..i fim de que ê>).1e o substiluisse em V ieu:·•• quando êlc esti~e.ssc ausente. O S4.Jda1iclo vienense pro~redim r.)pid:u"tnie, :1 ponto de permitir ao seu íundudor .1 rull-taç:io de um de seus nmis taro.s projelo.s: a form,,t~o de uma c,1.S:1 de escritores cal61icos. Stm :t preocuptwão d.as difkulda• de.s martriai.s, os lnrclcchmls ali reunidos podium cnlrtgur--sc ;10 e.sludo, à mt<lll,wfio, e :, escrever nr• ligos e livros que divulg:1sscn1 o genuíno pe:nsn• mcnlo c11tólieo, comb:1lendo do modo m~,is cfk:11. os erros revoludoná,rl,o s Que se :11.isrravam ràpidmntnlc nesses :mos que prcc:cdemm imediu• tamente :1 Revolutão Fcan ct.S:1. P:1r:1 •tv:llbumo~ o êxito que re,·e :1 iniciativa, basta lcmbmr que: São Clemente M~1rhl Hofbuuer foi ronn:1do n~sa t:1s:1 e só sníu pum entrar nos Redentoristas. M:1is t;;1rde voltou p11ra Viena e foi um de,,s esteios da rcno"•1ç:io • <':.tfúliea d:t Áustriá nos prin,círos anos do $éculo X IX. Em 178S:, vendo as ''Amicizie" &e muUipllcar<"m, o P:1dre Ok-.ssb,u:h julgou oportuno ch1r início à funda~·:io da tot"ie:dade cm P:,ris. De :.H:ôrdo com itus phrnos, cssn ,;Amicizin" dt-\·crht ser o modêlo e o centro propulsor de tôd.i,s as outras. e estnr dot;1dn de todos os recursos necessários piar.a cumprir ess:., missão, Ninguém melhor do que o Jh1dre Vlrsdnio poderi:, c.xcc:ular o projelo. J{i dtra pro• v:.\S de seu.s dotes de bom obscrv::1dor nas cidade.$ que v·bilara éOmo •·mlssJonárlo" t, em Milão, rel-'tlt1rn sua ç~1pacid,1de de ól"llilnb;açâo crhmdo ,1 ''Amldzia'' dc.s,~t tidmlt, Ap,es~1r da follu que fari;1 cm Viena, foi ile o cnc:,1rrcR;1do dt ir u Pt1ris.
essi, vfagcm, eluda :a 111nplitudc do projeto, n5o scri~t brt•te e-Orno u.s uulr.1$. O Padre Virglnl-0 preei.savi.1 não só cslud:tr o arnbiente, como criar (On• di('õts p:,rn :, íunda('ão. e orientá-lá P!IO me.nos cm seu.~ primeiros ~)nos de ui...-ttnci:,. Impunha-se: que ilc dci.:<asse um o u mais subslllutos nu '"Ami• d-tia'• de Vltn;i, e parn Isso o P.1dre Olessbitch c:haniou de Turim o P:1drt Sinto de la Torre t o Pad~ Pitlro Rlg,oleli, A ~-.ída dê-.sst.s dois mcmbros não prejudkou o dcscnvolvlmento da ·•Amkl1.Jii'' ele Turim, o que
prova :1 su;i pujança Já ne$$11 fpoc:.1 . A fall:., de documtntos não permlle tt<:on~'truir de modo com• plelo as ati,-ldndt$ do ~-odulfcio nesse periodo de s:u11 hlstórfo, m~ .!illbe.-se que ile :aumentou ton• ~idcr.lvelmcntc ~'Un bibl.iottco, org:uil'Lou cat,togos de livros tsc.o lhido~ e, t.mbor~, folt~sst 01H uma ca.-.'it de escritores como a dt Vit1l:t, cm sua$ rtunJões ~ decidiu editar umi, c:olct-ão dt livros ex• 1>0ndo ru; queslõts de dóutrinu c:1t6lic::1 então mu1s i;:ontrovcrti<I:.\$. Vári()s dêsses livros foram publi• c;1dos, .:mies dus ,-i(Í$Slfudes que ;&S.Solamm o Pit• mcmlc durnnlc a Revolução Ji~roncc.s:i e o lmpl-rio dt· N.ipoltúo, t crue lrunéurum u reall:t.tt5.o dos planos .du "Amlci'.rJn'' de Turim, impedindo que ~.e complelol.SSt- .:1 coletão projetadri e que vit.ssc ü lurUe o bolelim biblioRrátko que o P:1drt L;tnleri pens:m., l:mç:1r, onde :1 crítica dc,s livros orico• 1,1rfa os us.,;lnuntts o:.i cSç(1lha cl:i b(l:1 leilura.
Nfio queremos h:nnlnar o artigo d~ hoje .'StlJl expor ràpidarnenle o tmbalho do Pndre Vlri[inio c m Paris. St:Ruircmos o bre,-e · rclalo por êfe dei• x;.,db t 4ue foi Inserido pelo Pe. C.-indido Bonit oo ~eu U,-ro sôbre as ''Amic:rlic'' ("l.e Amlcizie Società se-grele e rinu.scíl;\ rcligios:í'' Otpnraz ione S,1b•:1lpinu dl Storia PaCrhl, Torino). Ao chtgnr :1 Pnrls, ho~-pcdou-c, :1 comunldndt de Salnl Nicol11s de Chardonnct, ru,,dad:, p-0r Adritn Ambobe, 1:uja obm pd:, ~mtiflcação do Clero foi eloi;:i:1da por seu amigo Siio Vicente dt P:1ulo. Ncss:1 e-0munid.:1dc floresci:,, desde o ~culo XVII, um:, ·•Aa·• dklcntc, e não é temerário supor c111e os: seus membros, 11visudos d:1 chegada do Püdrc Virgini<,, lhe livesscm oferecido ho.spedaitm para o a,jud11rcm mi ins1;.ll,u;ão da •'Amicrti:t'' em P;uii,\
Na mesma ('lL'111 se athava, enlão, o P11dre Jo.\'cp~ Picol de h1 Clorlvi~re, cx-Jtsuila (a Comp:.t• nhia c~tav:1 extinta) t muito rtl~lcionudo nos mtios contrn,revoluclonários k.anccst-s. Pens:,va t:1mbfm n:1 fonn:1ç:io de uma obr:.1 scmelh:mle à que la íund~r o Padre Virginlo. P~m•m ambos a 1rab;1lh,1r de t"omum :1côrdo e as duas obras de lal modo .se confundiram, que n1ic, .'.>C pode, hoje, disllnJ(.uir um.a d:, outr~1. Oep1>ls da Rcvolutão Franecs:1. ;1 •iAmi~ dzi.l,_, dt.lillp:1reteu, ;10 passo que .i soclecl:ide do l':1drt de l:1 CloriviCrc pro!;l)Crcu e foi valente au• :dfü1r da Cc,ntr:.1 -~cvolução. Sob ~, lormcnta revolucioriária c,s dot., umlgos trnb;dhar:.'lm juntos: na '-lundc.stlnid:•de, enfrentando Str:,ndes ptrigos e vendo muitos de ~·cus c:ol:1bor11dores conquisl~1,rem a palma do martirio. Oesc:revendo as dUiculdadts que leve de enfrent:.ar utssn lulu c:onlrn os brul:1L-t t: lnlolemntes revo.
.. . ... ··-·..
luc:ionárlc,s que tomumm conta du Frimça.• o radre Viralnlo. com n aculdude de obstrvação que lhe e.ra peculiar, re-gtstra o mnl que faziam nos intrépidos dcf,m.sores dl'1 Ff os c:;.116licos '"prudentes'', partidários do ceder piu·u não perder. Cc,nvém reproduzir ês$e frecho. "'Essú perSt;guitão dc,s maus - l\çcrcve ê-lc torrmva mols vi"ª uma oulm t:spé<le de perstguh;,io que. Mpesar de str por n11lurc-t;1 menos ~ -us:tador:.1, muitas vê-Les en, m:.11.s pe-nosa e noc:iv♦1 por ~u:.is con.seqüêndns. Vinha el,n de p eS$OHS- com1dcradri.s viriuosas e esdnredd:.s, freqiientemente de: conduta irrepreensível. e das qunls niio se podia. pelo menos junto :, muítos, pôr cm dúvld:.1 a retidão das inlen• ções. Por preconceito, por í.tllii de conheclmenlo exnlo d:i sllu:1~•ão, por terem caráter fraco o u tibio 1 ou por não terem o hábiCo de julse:.r a s coisas :1 1111, d:1 té. censuravum íl lodo momtnlo os planos claborndos, mero10 qu:mdo concebldos pelo m nis puro e mais prudenle 7.tro, caso ~les pude~m compromere:r de i1lgum modo os que deviam executá -los. (>u vieS$em :1 desagradar oi; maus dcse:Jo~s de dominar. Es!US «nsurns, muitas ,-h,es :rcompanh:.das dt mll reflexõ.es in~-pir~1das pelo temor, inlroduzlam nr,s :1fmas fr:tcas os genne.s dn desconfümça, dn in• ccrle'.t:'i e rocsn10 do dcscncorajím1cnlo. • Pa.rn prevenir éSst<lõ ~rigos, ou pura remtdi.á-los, érnmos obrigados :1 ter e:,ulelo. a nos rtsigoarmos a adotar pro• vidência::: c,ue lomav:un muito lempo e relurdàvam co11side.r~vcln1e.n1e :IS boas inkiuli•;:LS, Depois de lúdas essns prec;1uc;Ocs, viuruo.s com 1ristc-i:1 que as censuras indiscreta..~ dê-.sscs políticos tímidos condu• ziam uo mnlôgro os mal$ úteis empreendimentos e clc~--vh,vnm muil11s afm:,s que, domin.1.dM p,tlo lemor que confundiam com a prudência crl'i1:i, i1bnndonnv:1m o ('aminho Qut tinham escolhido. Pouc~,s fo, mm ns obras de 1,êlo e caridade promovidas pelos 1 ' :1migos-cris1:ios'' que niio tiveram de enfrent;u essas dlfkuldadcs e de se expor, por lsso, à perseguição dos fmpiOíi'' (op. dl., p. S35).
-O P11drc Virg,inio ptrnurnettu na Frun(lt :.Hé 1801, escondido durante A Revo1u~·ão, e luhmd<> tempre :.iO lado dt. $tus ~,mi~os tonlra-revolucloná• rie)s. Viu a ''Amicí-Lin" pnrislcnse ser dc~1ruída, vários de seus membros sertm víHmas de pcrstgulção e a Frnnça imergir no mur dt sangue do Terror. Só qmrndo o J).trlgo começou a passar é que ~le l-'Ollou p:mt Viena, retom;rndo a direção da •'Amlc:i'l.i,t" dessa cid::1d~.
Fernando Furquim de Almeida
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_,.....
40~ JIE11[1 \VJl~11['J~RA E NÃO SE MATA A SERPENTE PISANDO-LHE A CAUDA
N'J'IU~ AS · J?ORÇAS de ":ingunrdú cmptr1h;1• das no pr<K.-c~ rc,•u lucionârio. ocupam lutar de destaque nquclas que :ttuaro no setor ar•
lbtlco. O ft nômeno se registra h& vários séculOS, tc1)dO origem n;1 Rtnnscença. Adquiriu maior nitidez no século XVIII, quando as ch:1m:,das "sodedadei. de pens:1mento'", cooperadoras s1.1bterráne11s d:-1 sub,·cr• s:'.ío rcligios;a. polílka e, soei.li que ,·cm solapando o Otldenle, prolifera"ª"' em vários :1mbitnlc.i, fuztn• do scnlir s1.1:1 influência sobreludo nos meios literário$ e :.u1h,1h-os. Os mcntore.s da Rcvoluç:'ío 1e11den('i:1l ~abrm ex• pior.ir hàbilmenle :i inter,.1çâo entre: :1 :1rte e ;a ,·idu, ~• ponto de cm dde.mlln:idos casos se iornur difícil vcrlfic:1r se é o :1mbien1e que i110ui 0t1 c,hr:.a. de :1rle ou ~ é e:,'1a que tr:im)fom1:1 o.s c0~'1umcs. E xcn11>1i• fiq uemos com o movimento pré-romântico. Pode-se dizer que Werther. o pe~onagcm dt Goethe. c:om 3 ondri de ,;uicfdios que despertou, se confunde com os jo,·e n$ da vid:1 rt'al d:1Quch1 épOC':i doentfa, O rncimo J)Odemos afimtar do romanfümo qut-. stgun• do Victor HuJ(O, n:io 1mss:w:1 de Ubernlt"l:no n:1 litC'r:Hurn. lt. m:tis re«ntementc, vinde, uté nossos di:L~ como ignor:,r o p:11>cl dcscm1>c11h:1d1> 1>f.'l:1 ch:1rn:.d:1 ,1rle modernn n:, v;miunrd:1 do 1ot;11ih1rismc, de dirc.h:.1 e dt esqucrd:1, como instrumcnlo re,·olu• t·iomírio hisubsli1uível M1 demolição d:ts ln1ses rdi• Stiosa.s e morals 11:1s qual.s se :1~cnl;1 aquilo que aind:1 ro ·tn dA Cri~t:rnd::ideJ Oc,·emos db.tinJ(.uir, cm lódas :,s fases do prot>e~o re,·oluclonário, dois grupos J)riuc:i1>ab: 1 - o d:.1que les que sfto os- , ·crd:.1deiros: inirbdos. na~ mel.a s rc,·oludonárias, que de tém cm .suas mãos ::t lnlciuliva e :t lidcnm~:1 do movimcnco; 2 - o RruPo, licmpre mn,s numeroso~ dos que acmnp:mh:.un êl,$Cs c:abc(':.1~ dt ílla, mo,•idos o nmi.-. das ,·êzcs por um <'-'>pírito de emul:1ç:lo, 1>or não t!Uerl'rcm p:1S.~r 1>or rcario• riários oo for;t de mod:1. Dlri:1 Oom Hdder Clilm :1r:i que ê.sse:s l:d~ téin rcctio de perder u trem d:1 Hi.s• tória, muito cn1bor;1 l).:.norem 1>:1ra ,mdt .,:er.io le• 'l';ido.s. N:io e.sc•11>:.ando i"i rtJ,:.r:t, o al1.1:1I movhnenlv dus "hil)pic!;.., e ('C)nlC!-1:Jnh.·s (: 1>:~h·tl d:, mesm:1 .:l:ts · 11iíic:1ç:io. Ao* l:1do de hord;a,\' dt' it1to1t.- .(iéfllé$ fa. n:1tlz.:1dos c1uc não ,·:'io além d:.1 f:1lb de :1sselo, d:1 imc,ralld:1dt e d:.i desordem. J>Odemo)' e 1Hrc,·er os
vcrdúdtltos inld;1dos, os 11dep10.s do hlpplsmo "ne• &ro'', aquêlcs que tom1>rtcnden) a ul ua1 fase do 1,ro. cesso re,•olueion:'írio e se propõem ft.lzer s~llar por meios pe:culiaru cu,e élt.s bem conhecem 11s úlllm:lS' pedrJt de emb:-.Slimtnlo d:., estrulorn social dita alie• n:tda (h:'í 1nmbérn os Que rtcebcm recados- ou são bons observadores. t í:1fom como se ÍÔ$Stffl dt dentro). O teatro é um dos mab: poderosos meios de ex• pre~·iio t de unaliia~~o dtSS3 alllude de revc1ll.l dos que ~ubt-m o que ei,trio fattndo. Sob o dtulo dt ••Sem doa,rn:11 1111 1 er61ko~ vili,I t mistico", o cri• lico te:1lr:1I Occio de Almeld:i Pr.1dc, nos dá nu revh1a "Vis-:lo'', número de 14 de fevere.íro do t.-Or• rente :mo, o sc:gui11le rc:tr:llo dos vunau:1rd.isf:.ls d,1 rib:111:i, num prostn6stlco dn que está parn aconle• ccr nn década que a)lór.i st lnklu: ·•Olhei fümme nh: :. nttnha bola de trif l:11, mas el:.i st negou ~• projchtr :.1 não ser o presente. "Vi. na Fr:111~·:1 t nos Estados Unidos, p~1íst.s mlrffic:-Os que Có)turmuo prtnuncfar o nosso fuluro <'óm dois ou 1r<'~ :111os de :mtteedêncla, Jovens rc• nunc:i:11,do ih ~~11:,s oulrór.l ,·cnC'r(ivtl~ dos teutro$. pnr:1 rc1>rcir,'tnl:ir 11:.1.s ruas. C'm pr.a('1IS JJúbliC'àS, em b:1rr::11.•õc.-;1 em x:ir:1tc~. cm "clhos recintos :.)baodom1do~. Não são prbprhuncnft ;11on:s. n:io en~niun prôprittmtnlt 1>e(':1s. Amam :.1 p,obrt~.:.a. como expc, riêncl:t mor.ai. cumo mei() de cxprtsstio iirlisllc:a e (•omo t~l>Údio à vida t"onlcmponlne.1, UU-SC'ao1 -i cornunh:lo, o êxt:lSC 1.·ole1h·o. :.11rnvés d~1 i-tt11:1lld:1dc, d;1 rtvel:l\':io do 1.·orpo, dq desv:1rio dos $oClllldos, du dl'$i1flo ntor:11, da hla~f~mi:, rell)(iosa. t o le;,tro t111c tent.a de~.$'pemd:nnen1c voll:ir :,s otlgcn.s, rein• ,·ent::mdo p:1r:1 u.s o moderno :1 "'~•~rnd:i or~l.1 dlonlsi:ic:1. "No Hm!iH, ,·i ,1l,:u11s- utotc~ de vl111e ~ 1)0u<:O.!i :mo.s c:(mcill:utdo, n:i niedid.t do po~dn:1, (1 reall.$, um com :1 explo~:io Hrk:1. o dc1>olnu:1110 1>siwtóxico c:um ;1 lil>er1:1("iio :111:)rquka, A)' mulhcrcs entr;nn cm C('f.l:.t. f('IIZl'S l)Or poder db'.tr 1).i,l:m•õts. €:s-c.re• ,·tr h1ro:1•.se um ato de confi~âo cxecu1~1d(> cm pll• b llco. mn lncll:1menfo :.i 11111:1 ,·id:1 plena., rurlo:;:1. ~c.h-:igcm. A rc,·oll:i, e~--r:1do de e~-pfrllc.> individu:11. .\Ubl!ltitui :is pre°'; up:.1c,:õ,c.s so(lal.s d:1 rcvoh,,·:'io f>t)• lílko1". Pa.ss:.n1do :1 "v:1lkln:1r p~1r11 :1 dé(ad:, de 70", t dc1,ols de cilur os ••fdolo!\ morlú$ e c n1em1dos",
tais eomo Sartre, Ar1hur MiJlcr, 'T'c:nne.ssec Wllllnms.. e "fô~as- em dtclínio'\ como 8rechl, Ione$Co, •';;. db1inç:io entre ator e tspcctador, entre palco e plaléla'', u raclonoli:.-n10, ''o lcat.ro concebido <omo lileraluru". lcm1ina o comentariS(a: "'f ôrças tm :t.S· cenção: Anlonin Ar1aud; a nudez ccnsldtrnda como dc.\'nudamento 1otlll da pcn.onalldadc; o erotismo e a pencrsão do !iCXO; o.s fonuas tt:il:nal,; não-ortodo• x.is; :.1 mfmic:i C'<irpor:11; a impro,·lsatão; n conspur• c~1(":io dos doamas; o ltatro c.ntcndido como espe• t:kulo; os vàlorcs vitais, romilnllcos; o mlstkl~uo dJfuso, não consubstanchldo em doutrinas rcchad:1$. Enorme consumo, por pnrtt. da críllcn, nos próxi• mos ano_s d:&.s palav~haves: ttrlmônla, SltRrado. rUual, p:.1r11clpa('âo. exortbroo. Prc,fet:\ lealrnl da dé-c:td~: Crotowski''. Extr.1polem os ês.sc quadro, digno d~ um Kafka, 1>arn o c:unpo reliiloso: mutolis mulandi.i , não podemos db.cr o me).1))0 com rdtrêncla ~ confusiiu vb)1da J>elo~ mcnlorc:s MJprt.mos do proires:d~,mo, e pto111ovldn p,or meio dos novos reformadores, mC$• l.rc.s con.,-i1mados n:i arte. de perverltr o povo de Otu.'/ (lembremo-nos de obras <'Onto o •'Nôvo Cá• ted~mo" hohmdês), junto :ios quols Lulero, Zwin• glio e Calvino aparecem como unht.st.n>s e V"acllan• fcs :tJ>rendlus? Que rt,um <'sst~ ~ profetas do a teís• mo e hereil'iarc::LS d:i er., illômka scniio espalhar o c.ios ;tlr"',wés da ncin("ão das baSts tm que st tsteloun o Ooimn e :1 .;\1or.1I, prm, a construção de um;, Igreja-No,•:), d.csnllcnada, rcvoludonárfa, lde:1llz:1d:.1 nus $0mbrios l:.1borntórios a c1ue, em M:u. tempo, já fa-zb 11tus:io S:'io Pie, X? »u~1a ,~uc :1tenltn1os par;, o que ocorre cm 1ôri111 de 116~. cm lodo) os .s-ctoth d~1 lul:i revc>h1clonó,ri.i 1 pi1m nos 1.·:1J)adlannos- de como se: ~1ch:1 em de.seu• volvimcnlo o pluno renebro~ :irficulado pelo IOOC e- ptlOS: "Jt.rupos J)roféflco~~-. em l>ort hor.1 denunc i:,dos por ..C:1l(llitbmo'' cm seu memorável nl.Jmerv dt· abril-maio de 1969. Só ~1lr:u·f~ da rcvcl:1("~0 do que est:i sendo 1ram11do uo~ b:,sttdorts, é Qut PO• dcr:fo ser uJ(.lulhrndas as Córt:is ncte~rlas r,ar:1 u rcdlttêuci.a, pois do eontr.1.rio e~1arhtmos ('m í:•cc dt u ma h1ta desiJ,:.11.11 t nlre c..-e~os e videnlts, e a pi)'ltr na caudit d:1 supenre, tm YC7. de= csn1ax:•r-lhc :.a c:aht'\' :1, ('O lllO 1;1)nvlm.
J. de Azeredo Santos 7
*
.A
POR QUE PODE O SR. GARAUDY EXPOR SUA.S ''HERESIAS'' EM PLENO CONGRESSO DO PCF? '!'rês flagrantes de .Geraudy . O de ·cima é do ~IX Cer.,gresse do PCF: o de beix'e é um cetóquie enXIX CONC RÊSSO do Partido Comunist:-, Fr;111cês. rcali:r.ado em Nantcrrc. cm fevere iro, fo i pai• co de um falo inusitado e, para os
O
pudrõcs d:, ~,grcmiaç~"io. extremamente grave: um cisma público, criado pôr Rogcr G:tnHtdy. ê. \'crdade que, ante· riormcrnc. já houver:, d ivergências en• ire os comunistas franceses. l'nas Lôcla.s tinham sido cônserv:,das cuidadosan1en• te '•intra muros", de m:rncira que o pattido dito ··da classe operá ria .. pu• desse <:OI\SCrvar. pcrnntc cst::1. um~, face monolitica.
~
verdade
cambém <1uc.
quando <la invasão da C hecoslováquia. o poct.i Aragon. disscnti1H.io d~, linlw just:t. criticam íortcmcntc ,,. ação rus• sa, mas os poetas têm st1as licenças. e o fato foi considcr:tdo ;ipenas um :u·toubo de lirismo. Com G:.1l';H1d y a si1uaç5o é com• r,lct~1mcntc d iferente. lotclec1unl brilh:inte, p l'oíessôl' de fi losofi:,. exegct:• profundo tia doutl'ina m.1rxisla. ocupa• va postos do maior rclêvo na hier:n• quia do PCF. tendo sinlom~ttic:1menle dcsempçnh,tdo p.ipcl de prirncil't, pl::1na na prcparnç..io da atual colabon1ç5o entre comunisrns e católicos cm iodo o mundo. A s teses <1ue vem d e formu1.ir ofendem dogmas m;,uxis1;1s mui10 irnponantes: ( como sejam. :1 concci1t1;1ç:io d:t classe operária e <t da futu ra socied:,dc comlmii.M1). e a ocasH'io que escolheu ou <1uc lhe conccdcrnm p;1r:, ::;ustcntá-las n;ío podia sei· mais solene.; cm pleno congresso <lo p;-ictido, pcrnnte 1odoi; oi; tJc:Jei:id os reunidos.
As teses de Garaudy
condições do tr,tbalho ind\1Strial cr.1m freqlíentcmcntc muito doras. cu1\tlui-sc fàci lmcnlC que a :1plic:'lção de suo lei levaria cm breve aquela forma de sodedacle :1 uma explosão. Com efeito. ~e as cond ições <las nrnssas .:.r::'lm duras e só tendiam a piorar. o desenlace se ~,pres:cnl;w:, inevi1:\vcl e próximo. Como se pode const.11:,r, não foi o que realmen't e ô\contcceu, e o nível de v id~, da classe- operári:, nos países indusl riatii:1d os lcm-se ckv:1do bast:,nte. Por um t:urioi;o conscrv:,dorismo ver• melho, no Ocidenlc m uitos 1n1balhadores conl inuam a vo1:ir cm comuniSl:itS porc1ue seu avô vo1~1va nêtes. mas :1 id éia de cn1r:1r num regime discricionário qué lhes tire o ;1t1tomóvcl ou prcjt1diquc :i pcsc.il'i:1 de domingo, lhes é cerlnmenlc pouco ;.1~nu.láveL A lém d ill>'SO, sustenta Garnudy. neste mundo d e ;1u1om.itiZ.a\:;iO e d e compu• rndores os opcr:írio:; espcciali'l.;:1dO$, e ;11é de :,11;1 t:spç.Ciitli7.ação, co,neçam ~• c:f1.x:1mear. ao mesmo tempo que 11 t.:h,i;i;c d os 1écoicos. ;1ntig~11nente :,sso• ci,,dos ao ·1mrr:'io e !, exploração, v~,i d escendo da catcg,oria d:.,s profissões liberni:; p~,ra ;, dos as:mli,tia<los. Ê b.iseado ncst:,s cons1;1rnçôcs que Roger G:,nmdy lanç:1 su:,s nov~1s te.ses.
propu{:.n:tndo que o P,1rlido Comunista deixe de ser exclusivamente n p;1rtido tios OJ>er:\rios e p~,s~ ~, sê-lo de lodos os 1r:11b:dhadores. im.:luídos n<:-$1Cs os <w:,<lros técn icos e. hoiror dos horror~. .ih! mesmo o o diado p:1tdio, ao qual se reconheceria a intJ>Ol't{rncia d:.: su;1 fon çtio dirigente e se atrihuiri:1 s:tlál'io e 1>o~ição condigno:;, 1)1cdi:11Hc. oawrnlmcnlc. su:1 1·coúncia f, comliçâo
<1u..; :, lu1;,, con11•;1 Q c;1pi1:,I devia ser
Jc •propl'ie1ário. CJ:u·o e.s1;í que a propriedade de todos os bcn:; t!c produção
lev,1da :1 efeito pelos :1ssalarku.lo$. cn• 1cndcnd o por a~:1la ri:1do o tr:.1b:1lh:idor braçal. cxplo r:,do pelo c~1pit::t1is1:1 Jesu• m;rno. e condenado. pcl:1 lei de M,,rx d:1 conccntn-tç:'10 da riqucz,1, a tol'n:ir-sc cada vez m:iis pobre e miserável p~1ra que o p:,trão fique ,mais opulcnlo. Con• .t-idcl':ll'u.11.H:,:e que M::,r:< escrevia em plena :-ocictfadc vitol'ian:1. n:1 t1ual as
seria Jo t;:s1~1do, pcrmi1indo-:;c .ios 1>ar1icuh1rc$ ímic~um:::n1c o uso de seus lxms pessoais. com o <1uc c.,'it:-1ria s.-lvo o automóvel do nosso opcnírio insi.:ri10 no PC , p:1r~1 su;1 ,;nandc salisfoç5o. :1foii;. Por outl'O kldo, insistindo llO c::,rit1er (undnmen1.1lmenh:. l'clalivista da , loull'ina n1arxis1:,, Garnudy d eixa enknder que bem poJe .su rgir. par~• oi; p:1iscs
O comunismo sempre
proçl.1111011
V erdades esquecidas
A desigualdade entre os ., homens e providencial
Da Sagrada Escritura - Livro do Eclesiástico, capítulo 33, versículos 7 a 15 ( tradução do Padre Matos So.ires): ORQUt:: /:; que 11111 dia é pre/eddo a 0111ro dia, 11111a luz a 0111ra luz, e 11111 ano a outro ano, provindo todos ,lo 1nes1no sul? Foi a ciência do Senhor (Jue os diferenciou, depois que criou v xol. o qual obedece às s11<1s orden:1; . E variou as eswções e os seus dias ,Je /<rsla, (' nelas se celebrar,m, ,,s solenidades a horu ,Jewrminada. D és1es nu:.wnos ditls Jêz Deus a rm.,· grandes e sagrados, e a 0111rvs pôs no mí111erc, ,los dias c:01111111s. E cu·.~i1J1 é que também todos os ho111ens sâu Jeitos do f'Ó <' da 1e,n1, de q11e A dão foi /or11uulo. O Senhor, r1orém 1 pe/<1 gra,ufo;,,a tftl .Yuu sube,luria, distinguiu-o.,·, e diverxificuu os seus c,1111iuhos. A 1111s abe11çoo11 Lcomo os descendentes de Sem) <' exaltou: a 011tros [como o povo de Israel ] sm1ti/ic<>11 e 10111011 11111·u Si: e a 0111ros [como os C<1nancus] ,mwldiçuou <: hwnilltou, e ,,x,1111.you-os [de suas terrasj, 1fr11ois de os ter separado. Conu.> " b<1n·o está nas mãos tio u!eiro. para lhe dar a forma e disposiç<io q11e deseja, <' para o cmpregtJr nos usos que lhe aprouver. assim o ho111e111 se encontra ,w 11uio dAquele que u <:l'Íutt, e t/ue /!te ,fo,.á o destino setuntlo o seu juízo.
P
des,n volviclo~ do Ocidente, u,oa forma de comunismo ~'ui ~t'nc.•ris. diferente d:-, <11.1e se imph111tou na Rí1ssi:l d e 1917 e cm outros p;iíscs subdesenvolvidos.
tré marx-i stas e
e r istãos.
onde êle tem à dire ita u r:n cenvldade protestante e um católico.
Precisa-se de novos vios Snlicn1e-se <1ue o P:.u•tido Cornunis• lâ Fnincês n:io aplicou :\ Gar.1u cJy :, exccmunhfio seguida de cxpuls:io su• mil'i~. que s u:1 prnxc reserva p::, r., 1<>· <los os hc.terodoxo~ (êle mesmo. :ili:is. se proícssa comunista orlo d oxo). Embota tenha sido exduído dt: .sui1s fun· çõcs de chcfi;,. G,11•::1ucly continuu n o p.trlido. Mais ainda, pCl'l'nilhH;c-lhc que p roferisse o seu c.li$Cur~o. cmhora fõssc í&cil evitá-lo. dacfa ;, evidente cxis1Çn. ci:1 de censura prévh1. Gar:1udy foi ouvido cm $ilêncio. quebrado .-, p,cn;1s 1,:,s pas.•qt,l;Cns 1\:rnis violcn1;1i; pôr al~un:-. ;1pupos e. cm 0111t as <><;;1siõcs. por dis• creios a pl~u.1soi; de .seus ~1dcp1os. Depois se fo lou muito con1r:, êk. E foi ~ó. fut;1 al itude 1oter:111tc da <lin:ç~o do PCF n~o indica por .si s6 - sem nccc~~icJ:1dc óc levarmos mais a fundo :, noss1.1 :.,nálise - que o <liscucro d:.: G.irnud y foi. pelo iucoos. um lnllilo de cmmio. dc.-itirwdo pi;la~ supr'c mas cÚJ)U· las rnarxbtas .i tcsl~•" ._, r<:;Iç5o J;, o pi• n ião púl>lic.a pera nte um com\lnismo milig~u.lo? A iodag.ição es,1;\ lontc ,-te :.et fantá:i.tica, pois. n:, F r:111ç;1 ..:01110 pOr iodo u ()cidcnte. o comunismo. s-.:, tem conseguido rn;.mlcr o seu e leitor.ado, não o tem vii;to p0tém ;1111plh,r-.sc, o que o impede de aspirar ;;10 poder pel:i:,i, utn;ts, d o mesmo modo ttuc por ora . ao menos n:ío lhe (:' possí\'cl cont1uistá-lo pcht íôrça; d e omfe tcsullô'1 :i oece.ssid;u,lc de J)rocur;:11• no· vo~ , aminhos.
Muita gente gostoria De (llrnlqucr m:11teira. é fora de d(1vid:1 que um comunismo c-omo o preconizado por Ro1;:cr G:il':wdy teri;, um grande 1>oder clc :11rnçiío sôbl'O muita .ge1\H:. lmímel'OS bufttucses. v iciados n ;.1 lática do '·ceder par;.1 não perder'", 1el'htm muil:"1 sinw:11ia por um regime q ue. cvital\dO por su;.1 inslauração as guerra~ e :tS revoluçôc:s sociais. afin;,I de cont~1s aind,1 lhes g:1r:1111iriu um;.1
posiç:'io rnzo:wchnc1Hc conf<>rl:.ível. Muitos clé.ril::-o:, e leigo~ t::.itó licos :1 t1uem :1s condenações e c:i:comunhõcs pap:.lis d if icultam :1 aprov:1ç5o explícita do co• 111111\ismo, n:io deix:1ri:1m de ~1rgt1meowr que o 'ºllôvo" con1uf1ismo 1150 é ó mc:)mo que (oi fu1mirwdo pcloi; Pa1>ai;. e r,oderh11n :1ssim 1lromovt-..10 mais à s cl:,ras. Não é :, 10a (tuc. c-0n10 disse• 1}1os :1cim;1, G:11':1ud y foi um dos prin• ci1n1is :trtíficcs d:.1 recente :.1proximação enl rc caló licos e (;Omun ii;t;1s.
Fimtl mcnlc, o." P;,rtidos Ocmocr.11;1s-Cri~1iios, p:1r1icul.tr1ncme n italim\O e o chileno. cnconHarhun no .. nôvo" com\lnismo u m:, Jcsculp:t v;ílid~, p:trJ su;1s m:,t úisfarliaJ:1s !1nsi:1s de uoião com ◊S lll~trXÍSl.tl:'.o, Se a lguém nfü.> itcha pO::.--sívcl que Rosc:r G;.u•audy 1cnh;1 pens:ldo cio iodo i~so. é certo to<.lavia ((UC suas ti;scs chcg:uu cm 11101'1e1~10 propicio. É pre~ ci:m ver. n;.1tur:1lmc1Hc. se a velh:1 gu;1r• da Jo.s PCs tolernrá desvio t:"io tlt'..tnde <lo$ princípio~ trmliâ01wi.,·. e se as van1:1gcns IJo nôvo ..:..,tilo compcos::iriam o l'i!)co de uma cis:Jo. Em todo c:,so. C(Hnó óbSCI'"" 0 P1·or. Plín io Cortê~l de Oliveira cm rc:ccnlc ;_1ttig,o para ;·1 imprensa Jiária, as teses i;:trnuJiamt~ :ipr'G.Senl:uu "m; truço.v t ·Q,ifiJ(Ul'tUil·o.v ,ft, uma ,/11,,• mui.,; .mbti,,: e imporumu•,,: m a11obrus comm1is1us t!e w ,h>s n.t tempo...··.
Alberto Luiz Ou Plessis
o
Eltl JULHO 4.«• CENTEN 1\1110 DOS 40 ~1ÁRTIRES
CONFORM E j~i tivemos ocasião de me11cio1w r cm nosso núrn.;:ru d e j unho Jo :100 p:iss:ido, 110 pr6ximo <li:, 15 clc julho O(;orrc o q uartõ ccntcn6rio do ~lorioso martirio dos Bcm-avcncur-JJos Inácio de Azevedo, S. J., e Companheiro::-, ch:,111:iJos os QuMcnt:1 M:1rtircs do lirm,il. A êssc prop6si10 rccebc1uos d o Rcvrno. Pe. A. San1h1go. S. J .. <.lirctor do bole1iin ··Graças dos M.ír1ires do
Hrn~il". de Braga, :a se,;uinlc 001.1: "Hr:uileil'OS, portusuêsc.s e espanhóis celebremo:; êi;te quarto centcn:tdo da 1mtncita mais solcoc: t:om ;,1 c:nwnii.ação dos gloriosos Már1ircs (32 porlllguê.-.ei; e S c~p,, nhóis). J>:1r;1 isso cmprcsuemos os dois meios pal'a obtê-la: 1,0 MP.10 Alcançar por inlcrccs$50 dos Bcm-;wcniurrtdos M;i.rti,·es. pelo menos dois mil:igre:s. Recorramos todos:
br:-tsilcil'OS. portuguêscs e CSJ>anhôis, con\ um;) intensíssima camp:rnha de or:iç(x:s:. novcn;,11s. Mi~as, etc., J>edindo ao Senhor ~ué no~ conceda o~ milagres nC:• ccss.ários pt1r3 a c::inonii~-içi'io.
2.0 M1:10 Pedil'ern ao S:·rn10 P:t• d te os Chefes do Estado Brasileiro. Ponugués e E.sp:inhol. 01:'.> Scnhorci; 13isPos. Reitores d as Univcrsid:1des. ColéJ;;ios, Scrninárioi;. etc.. que canonize és1es c1u:1ren1;1 Bem-~we1nur;1dos M;í'rti• l'C.S, nc.sic qu:1r10 ccn1cmírio do seu martírio. São Mártires d:, lgrej;, C alÓ• lic:t! Esla será :, mais bcl:t e solene nwncin1 de ccleb1·,1rrnos êste qu.il'lo cco1enário. Qu;,I é ~• m:íe nc.sle mundo que 1):'.io <l:í o m~1ior prêmio que pode :1 um filho seu que d eu :.. vida por eh,'! Ora a nossa M:"ie a Somli-l J~rcja C .i,ólica niio pod e proceder Je m:_mL"ir<l d iferente. é p0r i.sso n:io deix;tr;:í <le prcmi:1r seus <1uaren1:1 filhos c.1uc Jen1m a vida por 1::1:t. com o n1:iior prêmio <1ue pod e d:ir; e c1ual é êlc'! Colocar• lhes na c.ibeç:, ;1 ,wréoh1 de S:rnios. é c.ssa n q ue 1odos cspcr:unos e dc~ja .. mos p:.ini oi; nossos ç lol'iosos Mártires do Br:ssil. que dcr:.un " m.iior pro\';;, de (n'nor pel:i ~u;1 M:\c. n S:-,nta lgl'eja C:11ólica. como d isse. o lk1lH1vcnturnJo 1nácio de Ai.cveJo, o g.lo1·iú~O (:.tí)i1fiv dc.sta f:.il:ms,e de mis..~ion:il'ios: ·'TOOo., me sej;un 1estcmuoh.n, como dou :1 vic.J:\
pela íé e pcl:1 Igreja C.itó lic,:1", e o mesmo fizenun seus Companheiros! P:tra comunicar gr.iç.-s, cnvi.ir donativos e obter a ~i<l:i dos M(! rti1·c.t- ·'Uma Glól'i:1 Nacional" ( 10S00). o <1uadro gt~1nde d os MMtires 1 a seis co• re:s ( 15$00) , OS, post:ús dos Mál'tirc~ ( 1$00), e sobrctuJo :,s su;1s csrnmpas da Novena (cc1\lo 2S50) p:,rn a faz.er, e o H ino d os Mál't itcs, - dirigir-$c .i :
Pc. A. SAN1·,,.co. S. J. -
LAH.co
n,,s
T lj Rl!SINIIA$, 5, 8KA<;A. J>Of('I UVAi." •
Novena ,~ éstc O texto <l:1 Or':tÇ:ÍU COlllJ>OSl:1 para :, novena :10.._: Qu;1rcnt:.1 Már1 i1·e s do Urasil p:1rn pedir mih1gres ,1uc per• m i,~1111 ;1 -SUõt
canoniz.ição:
••e /ol'ioxos M,írtir<w 11m·. 11l>n;sadr1.'i dr: omor ,/o:r dlm fu', ,lei.t·a:Ut•.,• u /11111,lia e " t"íuia e: ,,o,t 1•11lrt:RtJSf<•,-c ao S,•nhor /WN1 tn,l>nllwr ltd suu t•h,lm ('Ull'(' i11/iéls: alnlÍ com " vossa i111t•r c11.,·s,io t• e,n•m11/o à vhla m i.\·,)·imuiria muito:r jo• ~·em·. " fim ,lt· qm· ubras,.,,, ""' 11Jm11.,· 110 amor ,lo Nos:>v Divino Rt:i e Cat•i~ uiu /o'u.,· ,, ,,,'i t:1md111.a m "" ,:ôt o ,lo Cfu. V,).)" a qtu~m o $e11h1Jr tuutq ,m,ou, que aimla m,ltw d(• dirtttrde:r ,is , •o~üYt.,· miss,it~s. ros pr,,,uiou '1S ,•ir. tuclt-:r ,. o zt,lo <'11111 a palma cio mur~ 1iriu, 11/t·cmçlli •ll<M' u unitio th- tmlos QS cd.•uflo.,·, a cum·crs,iu do.\· infili.i . e uN i:'"f''-" ,,ue l'tM' p1..•t!imo:r, s,• furem tuiru "'"for ;:Mriu d(' l),·11.,· t: bem elas 110.\'• .ws almas. Amém. PATl!k .
Avt MARllt. GtORIA PA'l'kl.
V. R,11-tui 1mr m,s Jkm-av,mturmlo tm ícfo ,Je A-:.t•v,•t!u e Companl,é'ir<>., /vlcirtirc~·. R. Paro tJtW ,ít:jm11ox ,H;:11os ,hu• 11rtJlll<',-t,vw· ,Ir Cristu.
o ,u~MOS. 'f'1Jdu-pot!ctQStl t: eterno l),•u,t, u 111),,• t/ttt' ,w /J(•m -m •t•lltW'(uhJ l mido e :.·cu:.' Comp1111beiros c,•,,m,•uwrcmws ,wm,, ,wS .roh:nidad,· '1$ 1ml1mt~· ri(· tffl <U'Nttu 1\tftlrtirfo.)-. c:(Jnce,h•i-mn tUV• pkirl. q u r p<J,, smno.,· i núlm u im·e11CÍ• ,,eJ ,·011stú11c:fo na fé de.\111 falmi[t<' dt•
Mttnirc.,·. c,•uj" 5:Mrit1 1111 Ch, jubilo.w,s t·•mt,fmJ1/amo.Y-. J'or (...'tistv 11/1,, r. R. Amém 'º.
N,>sst> Sc-
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Ll Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
Sanu, Mari<1
DELLA BRUNA , venerada no Mome Car,nelo
pelos filhos do Pro/eu, Eli<1s,
e vor êles trnnslada~, fJC1r11
Nápoles lJua11.cJo O Ó<iio
dos inféis os exµ11-lsou elo
1'erra Sa nt,fl, ROGAI POR NÓS (pág. 5)
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Deos enc11berú1 ,le baixo tle .,;ub.,;úenci,e ,le c,,rne. 11011,e,11 e,,c,,bert,, ,lebai,-,;o ,le acciden'te.-. ,le pt"io: ,, lilo.y11l0. o ,levot,,. ,, pólit'ico. co,nt, christãot11. e catholieos, e co,,, o lilosol,, to,ke te n,,......,e cie,,cit•. e to,ktis as eiencia.Y: co,11 o ,le.,,,to to,la ,, ,,o.'l.'lte 111ie,J,._,1e. e to,lot11 ''·"' not11sos tellecto.,;: conr, o 11olitic11 to,la ,e ,,,,s.<ta co,,veniencia. e to,lo.-.
º·"' nossos i,,teresses: e to,los º·"' 11ue e.-.ta,,,os 111re.<tentes co,11 t,,,lo. o q,,e sabe111ot11. o q,,e a111,11n10.<t, e ,, que espera,11,0.,;. obe,lie,,te.,; á Fé. e g,,ia,los peite rteJ:São. "·" e.-.c,,ras. e co,,, l1et:S. co,,, ,,.-. ol/1,0."! iec/14etlo.y.
ª'"·" ,el,ertos: 11rolun,la111ente 11ro.,;tr,e,to.,; tente ,e Mtege.-.t,e,le tre111,e111la ,le "º·"so Divino. e llu,,,a,,o Acata,11,e11to, cre,,eos. c,,,,,fes."Ja1,,o.<t. e
11,tloranio.<J a "er,la,le i11i11,llivel ,le vossa Beal .P resença ,leb11,ix,1 tk• cortina se111, t11r•b."lt"t1,ncia tles.,;e.<t acci,tentes .,;si.,eis. E co,,, conli11,11,f''· Senhor. ,la clenaencia. con, que n,1.,; Nollre vo.,;so a,nor. e ,/,,, benig,,i,k,,le. co111, q,,e 11,ce,1t1, a t:ibiet:Sa ,te nos.<Jt>N obsequws: nos ollerece,11.oN. nos ,le,lica,no.-.. nos entrega,11,os to,tos ,, ellt.~ e,n per111etua ol,rigaf!ão ,le ,, .yervir. ,conr,o escravo.-.. pt,."ito q••e i,,,lignissi111,os. ,lesse soberano > •
Sacra,,,ent:o. Aug,.,entai. Senle,,r. peita gran,le!ISa ,le .:assa niisericor,lia esta i'a,,eilia .x,s."la: · e ,,,,e." que o jutteo obstinado. o herege cego, e o
gentio ignorante nã,, sabe,,,. ne,11, q,aere,n orar p,,r si. nÓ."1 ora,,,,,s. e pe1li,,,os por elles a
VÓ.'l
.;;;,,beran,, .P a.,;;tor. que de totlos h,,vei.<t
,le laJ:Ser huna, rel,anho. Ensin.a i. Senhor. a ignoraneia tio gentio allu,,,iai a eegueyr,, ,lo herege. abrandai a obsti,,ação do jutleo. E part• que a 1nal,la,le. e a.;;;t,1,cia ,lo Denionio te'f'tatlor os não enganne. chegue já a exec••f!ÕO ,te .:osst• .lu.<JÕf!,a. e act•be o ,nr•ntlo ,le ver at,ula su11, rebel,lia ,,,,,quellas ct•tlea.-.. e ieel,ada naquelle carcere. tJ••e ha tant,,s 11,nno.-.- llee e.;;;tu a11ret•f!atlt1. e pronaetti,t,, (l). .Par,1, qree ,lesta 111aneyr11, 11,nidas ú1tla.,;; "·" ." Jeyt:as tio niundo ,,a concor,lia ,te
h,,111,a só Fé. e llelitJúio (2) ....e i,,r,,,e ,le toda.t esta,,; .<te,, ~ vo!:Ses h1e11ea total eo,,sona,,cit•. e _perpet••t• harn,o,aia. canta,a,lo to,ltes e,,,. to,las as q11,atro parte.;;; ,lo 111,u,,,to. at:é o li,,, ,leite. e conie.,;sa111lo alterna,la,nente a nr,uyta.;;; vo!:Ses, e i••ntas e,,,, l,u,na só -vo!IS. ,., S,egrt,,l,e. e (,:o,,.;;;agratla Ver,latle ,laquelle ••1rere••. ·•1rere est cibr,s: Vere est 11ot1e.'1° (,'J). 0
1) A1)0C-:'11ipsc 20. 2 -
l) Efislo.s 4, 13 -
3) Jo. 6. S6.
P. Ant,,nit, VIEHIA
Do 4.V StlaMlO oo $$MO. ~CR.AMJlNT(), PIU!GAOO J!M SJ.MTA J!MÇUCIÃ EM l64S -
2
l;OI ÇÂ() Dll 1686
Por ocasião ,lo VHI Congre1Jso Euearistico Nacional. a inaugurar-se en,, Brasília no ,lia 28 ,lês te 1nês. ••c atoliei~n,o •• 11,n.e-.~e a to,lo o po,x, fiel par,, lourar o Santiss inio e Dicinissin,,o Sacra1nento. agra,wcer-Lhe seus ,lo,u, e iniplorar~Lhe q,,e li1Jre ,lo flagelo coniuno-progressis ta a 'l'erra de Santa Cru!JS
A LFAIAS
º" BAtUA COl.ONIAL:
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3
EM JUIZ DE FORA, 200 CONTRA 27 NO DIA 9 de abril p-.p .. cm Juiz de Fora, um grupo de 27 colabora• dores da TFP foi estupidamente agredido por cêrca de duzentos progressistas e baderneiros de vário &ê·-
ncro. Por iniciativa do Núcleo loc,,I de Militantes da Tradição, Família e
Propriedade, realizava.se uma vencia pública de "Càtoliciscmo", com dis· tribuição gratuita de c6pias mimcO•• grafadas de artigos escritos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para ~t "Fôlha de São Paulo... Os trabalhos decorriam tranqiiilamcnte, com rnuito
boa receptividade por parte do público, qunndo os maz.orqueiros começ,1-
ram a vaiar os jovens propagandistas, pa~sando logo depois à agressão física, com murros. ponta-pés e pedradas. Apesar <lc se acharem cm acentuadn in ferioridade numérica 27 con.
trn duas centenas -
os militantes d.t
Tradição. Família e Propriedade ên• frenrarnm dcsassombradan,cntc o ad· versário e íiz.ernm-no recunr. A população :,plaucliu os agrecliyos, os quais se retiraram cm boa ordem. soltando para a sede do Núcleo de Militantes. Aos 30 minutos do dia 11, esta foi apedrejnd:i por elementos não identificados. que lhe quebrarnm vãrios vidros. Dois jornais de Belo Horizonte estamparam a respeito dêsscs fatos um noticiário estranhamente deturpa• do. A Secção de Minas Gerais da TFP escreveu ao diretor dêsscs d iários uma caria de retificação, solicitando que a mesma fôsse publicad i,. Como a publicação foi feita com omissão de quase metade do texto. :1 Secção mineira da TFP d istribuiu de cas:t em casa. na cidade de Belo Horizonte, 20 mil exemplares d:1 carta, para o devido esclarecimento e.la opi• nião pública. t o seguinte o texto integral do documento. datado de 15 de abril e subscrito pelo Sr. Antonio Rodrigues Ferreira. Presidente do Diretório Sec· cional de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição. Família e Propriedade: · •'Exmo. ,5r. Dr. Pe,lro Agui,wldo Fulge11cio, DD. Dlretor dos Diário., Associados. / /)elo Horizo111<. Senhor Dire10,\ T endo o "Estado de Mi,ws" em 14 1>-f>. ,,ublicatlo uma extensa 11otída co11cer11e111e ll incide111e ocorl'ido em Juiz de For« e111re baderneiros e subversivoJ· de um /mio , e jovens tlll TFP elo outro !tu/o, e ademais uma 11ou1 intitulada rapaz.e.,· de terno". wm. béni sôbre os jovens ,la 1'FP e have,ulo além ,listo o •· Diário do Ttu•• de" do mesmo ,lia public,,do uma re• portagem sôbre o a/udüló episódio tle Juiz 1/e Fora. peço a V . Sa. tJlte, se• gwulo os ditames d11 ética jornalísrica, ,Jê a 1ní/)lico também, e com igual <!estaque_. o t exto i,uegral da pre~·e111e retificação. Quero crer <Jue tôtla aquela maté l'ia. relativa à TFP, tenha sido publi• cmlt, veios ,!ois órg,íO,\' dos Diários Associados. de Belo J,Joritontt:. sem ,,révio exame da respectiva Diretoria. Pois clt1 transbol'(/a o âdio ca,•acterfa·. ti<:o dos progressistas e .-reus congênere,,; camrt, 11 rr-P. e apresenw os fatos
·•os
com pomos invenwdos e potme11ores de clumclwd,1 bur/esct1, <111e ,uio /i• cw11 hem c1 jor,wis sérios. Qrum10 aos /mos ocorridos ciugimlo•nos ulo sômente t, nlgum, ponto..,· essem:iais - temo.~ a esclarr• ce,· e afirmar: m / Os jóVi!tU' da TFP /oziam em Juiz. de Fora " venda do me11sâ...
rio de cultura "Ct110/icismo' ', ed;1ado
em Cmnpos sob a respon.w,bilitlmle ,lo Bispo ,Jaqm:l,1 Diocese, o grmufo re6logo D . Antouio de Cas/ro May('r, '•Catolicismo'' é uma ,!tis /ôllws re/i. gio:;as mai.f im1,on,m1es ,to P,,i,·. (' goza m el'ecitlo renome em cír,:ulus cultw ·,lis Cllt6/icos tfos A méric<1s e dll E.urop<1. A êsse 6rg<io. as public"çQeç ,loJ· Diários cl<1l'J'i/icmu de •'jorna!• t.inl,o". A o mesmo /empo c/ue ve11diam "Cmolicismo" os jovens tia TFP ,Jfr. tribufom gratuitamente cópi<Js mimeo• gn1/m/as de artigos publicados pelo Prof. P/inio Corria de Oliveira em um dos jonwis d e malor drculução
4
no Pt1ís, u •'r--ô/Jw d,: Sào fmtlo'" . Pu~ ra aqui/c,1t1r a imporuí,u.:ia ,JêJ'St'.\' (li'· tigos, bc1sw tomar em ,·onsider<1çâo que são êles reproduzitlos habitual• meme por muitos jonwis ,Je vários pontos do Ptlís. Ttlis ,;rtigos. os jor11(l, lisW,)' tio$ Associado.s o.-r <11wliJ;cam de ' 'panfleto,,·,... • 2 -
Em nenhum momento o,\ jovens d,1 TFP /izert1m qual<1uer pres. s<1o sôbf'e o público para <1ue com• pr<1sse "CatolicisnU>" ou aceilasse os artigos do Prof. Pli11io Corrêa de 0/ivelra. O esc:oamen10 ,lo jor,wl e o ,los urtif::Oj' se fizeram com tôda a norma• li,fode. e rtipit!mm!llle. A mé,Ji11 tias vendas ert1 ,/e 80 exemp/11res por hor<t. O epi~·ót!io burlesco de um jovem t!u TFP ,, meter o jor11a/ 11(1 bolsa de wu<, vi!lha, " 11ual teria rellgido ,·om guar1/a•c:huvatl<1,t, é i111eir11111e11te imaginá~ ,.;o. N,io passa tle /icç<io de tetllriuho de c:rianços.
• J -
N(lo é ver<lcule que " ctt•
minha,la / eiw por nossos jovens tenha titio como raz,io o mau es<:O<mu:ntn do jornal. Elu ,uio foi semio um meiP de propagâluia ptlfll tttingir wnu maii e.'<ténsa áreu ,lo ptíblico. Tanto é. que a vend<, foi prt:cedidu por um« Cll·
minlwd,,. • 4 - Ct111s<1 estranheza a seg,,. rtmça com t/lle os tet!atores dos Diú, rios c,/irmam que os tulversários ,ltl 'rFP eram apenas "curiosos'' inocen• temente postodos no trajeto, <1/irmm1· do impncitame.nte que os cunumiJ·uu' e ptogressü·tas - agressores sempre presentes às 11umi,feswções da rFP nem de /o118e partidpt1vam tio magote de provocadores tJtte vaiavam <I TFP. N<iô compreendemos porque tanto empenho e,n atac:<,r " 1'FP. e ao mesmo tempo tmlla camela em isen• tar de c ulpa os progressisws. comuuisws, etc,
• 5 Sobretudo nos f1arece ine:r11Jicável que os jornalistas em t/W!stc1o lenham ,1otic:i<uJo com verda. deiras delícias os iusu/los i11so/e11tes pr<ilit·adÓs contra os jovens da TFI'. E.su,vmn êstes em pmça /Jllblica, 110 exerdc:io pacífico cle um 1/ireito osse• gurado pela lei, isto é. ,!i/undi11do um órgão cmólico e ,1nigos de jornal /Jll• b/icados no 8n;s;J i111eiro. A quem cobia o ,Jireito ,lc lhes turbar ,, liber• ,/tule de t1s:tio? Que ,Jireito tocavt, aOJ opositores tle os vait,r, e de O.'i llgredir? A i,1,lt, que /ôsse ,,ert!adeira ti balela th• tJue os jo,,eus insistiam d ema:úadó junto ao público, o remé,Ho legal era <1 vaia e a ptmca,laria? Por• que os ,lescon1tmtes m'io .\·e limitaram " c/wmar ,1 políci"?
• 6 - Passo sem mais com entá• rio:t sôbre owras inve,.t/at!es das referidas publicações. Em n enhum momento foram os estandartes rasg<1· dos e nem ,,rr<mcados das mãos dos jovens ''" T FP, Em nenhum momento lhes foi arrancada parte tios vestuários, ficllndo êles a correr .remi11113 (owra clumdwdll) pelas rua.-.. l::m nenhum mome1110 wmbém, ust1r<1m êles pednis e p<ms. Os nossos jovens, em número ,/e 27, t.m/rentaram tis investitlas ,Je c:ê,.t'll d e âuzentos µ,·ogres• s,'stas baderneiros th~ vár;as espécies que, êstes slm. usavam pedras. Com ,, sua t:m·agem caracterí.wicu! nos,r os jovens se 1/efemler<1111 gt,lhar<Íàmente, fazendo recuar OJ' tu/versá. ,.;os. e cll'rm1t·mulo uplausos da popu• lação. c11ja atitutle ,:ra sim11ática. Quó1llo ,,o proce,Jimento ,ias uu~
1oritli1des volicic1is ,Je Juiz de Fora. ,uio é verdade que elos t(mlwm encer• rado 11 \lemla, a qual 1e nni11ou ,wtu• ralmente q,wudo os jovens tia TFJ> volwvam em boa ordem à sede local. Carece igualmente de fwuiamenro a assertiva tle que as tmtoridades polidu;.,.- tle Belo Horizonte tenlwm 1uoibido as ativit/(l{/es púbUcas da TFP em nossa Ct1piwl. Um pormenor im• portante que os jornaUstas cujo noticiáric aqui re/utcunos esq,w,· eram ,le 11otici<1r .- é que por volw dt' 0.30 h. (/e sáb11do, desconhecidos ape• ,lrej"r"m a sede ,los milium1es, enuio voz.ia. quebrtmc/o •.fhe ,1órios vidros. A gradecemlo antecip(l(/amente " V. St,, a gentilet" da publicllfàó, J'ubscrevo•me· t·ordial e ll/Cncio::i·,m1c111e·•.
Sr. Arthur do Vall• Bastos, Rio de Janeiro (GB): '·CATOLICISMO é o jornal que esclarece e orient,, com precisão cristã. Indispensável ao mundo católico". Da. Angélica Scudcller, l'enápolis (SI'): "Enquanto eu viver quero continuar ,, assinar o CATOLICISMO. _ Que Deus inspire e protej11 a todos que escrevem e trabi:llh(ln\ para êsse jornal", Sr. Eduardo Figueiredo Salazar, Juiz de Fora (MG): "Sou daqueles que sempre se entusiasmam com as des~ remidas ati1udes de V. Sas .• batalhnndo em prol d,t Re• ligião, da fomília e da propricdnde".
ltevda. Irmã Maria dos Anjos, pela Superiora das Servas elo Santíssimo Sacramento, Taubaté (SP): ··CA· TOLICISMO é o foro! que nos indicll o caminho certo. .seguro. neste mur tempestuoso de idéias paradoxai:5 que carac1erizam :.t época cm que vivemos". Revmo. Pe. J osé Hermano Torres Portugal, S. S. $., Monte Santo ck Minas (MG): ..Conheço CA1'0LICIS· MO desde o seu prinlciro número. e continuo comun• g"ndo os mesmos ideais. Para mim sempre foi um precioso ó rgão de oriemação". l'rof. José Kormann, Rio Negrinho (SC): .. Leio e estudo com avidez os sábios, san1os e corajosos artigos dêste jornc,I. Sinto pena. ser êlc mensal. As.sim recebe~ mos êstes nobres ensinamentos só uma vez por mês. Qua1\<lo, no mundo cm que vivemos, J)l'ccisaríamos de.,s.. tas purificantes leituras diàriamcnte". Revda. Madre Maria Imaculada> Priora do Carruclo da Sagrada Familia, Pouso Alegre (MG): "Agradecendo a caridosa remessa de CATOLICISMO, pedimos a Deus que conrinue iluminando e protegendo os responsáveis pela publicação, a fim de que tenham a coragem de mili tar, sempret com dinamb;mo. nas filcirc,s dAquclc que é o Caminho. a Verdade e a Vida''. Sr. Antonio Francisco Amurai Vilela, São Caetano do Sul (SP): .. Achamos CATOLICISMO excelente, o melhor em seu gênero. Realmen1e êste mensário tem :sabido honrar seu sublime noinc. Ncsrc mundo caótico cm que vivemos. CATOLICISMO pode ser tido como a Estrêln que nos guia ao Presépio". l)a. Isabel Quintino Slarna, ltajaí (SC): "Tenho acompanhado com intcrêsse os ~trt igos do CATOLI• CISMO. Aproveito e:sta oportunidade para externar mi• nha admiração e cumprirnentá•los pelos esforços giganrescos que ,a equipe dêste jornal tem envidado cm prol da grande cau~ da Tr~1dição. Fa1nília e Propric<fade. E~pcro que m inht1s p:,lavras e niuirns outras que irão receber servirão de incentivo panl continuarem lutando. CATOLICISMO é um farol a nos guiar cm meio do vendaval. Nossa lgrejá está pas:-.ando por fase difícil. unidos ultrapassaremos. A batalh.1 tem que prosseguir cnquanro há res:istênci:t", Revmo. Pe. Frei Raul Suzin, O. F. M. Cap., Seminfl .. rio Scráfico, Vcranópolis (RS): .. Na hora atual necessiramos realmente de um órgão que defenda o pen::~ar da lg,·eja. Os Padres que trabalham no Seminário lêem o jor• na I com gôsto e estima... ..O jornal é lido pelos ~.. cerdotes e pelos scmina• ristas que estudam neste educandário e .ttravés dêlc ocon,panham os assuntos mais palpitantes. Oc.s ejo que o jornal continue lutando pela boa causa. Espero que seja mais difundido entre os católicos. """'béns pela tuta cm prol do bem e da verdade".
Sr. Jaymiêr José Rocha Cairo, Presidente da Secção da B•hia da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradi• ção, Família e Propriedade, Salvador (BA): .. Há dois dias recebemos o envelope anexo com um recorte, que é qu,sc certo que seja do jornal .. Correio de São Félix ... pois êle é o único cm São Félix (8A), cidade-gêmea ele Cachoeira, que é a localidade indicada no carimbo do Correio. As duas p~oas a q ue ~e refere o recorte são dois rnilitantes da Tradição. Família e 1>ropriedade, que per• correram aquela zona. Pelo teor e aspec10 do recorte, parece tratar~sc de matéria paga. Não sc,bemos quem enviou o envelope e recorte ... • O T EXTO do recorte é o seguinte: "'Aviso uos Ca1ólicos. Vendendo um jornal e pedindo assin.tturas em favor duma campanha de T.F.P. duas pessoas se encontram esta semana na cidad~. Os católicos desta paróquia não prestarão a mínim:, atenção pois é um movimcnro q ue calunia bispos e clero. tenta divid ir a Igreja e recusa qualquer renova• ção conciliar. P. João, Vigário de São Félix (5/3/ 70) ...
· Exnto. Rcvnto. Mons. Pedro Rocha de Oliveira, Crzto (CE): .. Leio com sumo agrado o CATOLICISMO. considerando-o excelente jornal, tanto pelo fundo. como pela forma. bem como pela :1prcscntação técnica e impressão". Revda. Irmã Muria Lucinda, N. l). S., Colégio de Sion, Campanh:1 (MC); •'cnvhL sin<.-erqs il,g_radecimentos pela remessa do jornal t pede ~, Nosso Senhor que o re.c ompense por tão grande caridade. De coração e com orações, ;\companha a grande Cruzada". Sr. Jcsulindo Gomes de Castro, Presidente da Congregação Mariana da Paróquia de São J oão Bosco, Brasília (D. r .): .. Sendo o primeiro exemplar <1ue leio. achei~o muito bom, br,stantc instrucivo. com ótimos cs• ch1rccimen1os religiosos. Principalmente c,ssun1os ligados à fé". Revmo. Pe. Elói Morawiet,, Abati:\ (l'R): ..CATOLICISMO é • vo1. clara d a verdadeir.1 Igreja de Cristo, orientando os cató1ic.os no meio da confusão reinante dentro da própria Igreja . CATOLICISMO está firme d ~ lado cio Papa. "Ubi Petrus ibi Ecclcsia". Que Deus fortaleça sempre mais a coragem dos de.s1cmit.los colaboradores dêst:! abençoado jornal". Revdo. Irml1o Oaniel, Ginásio La Salle> Xanxcrê (SC): "Admiro as <ll itudes <le dcste1nor. serenidade, i: mesmo, ufanià com que a juventude da TFP conduz suas campanhas. Encontrei êstc.s reinpos unta turma ,:m Pôrto Alegre. cm plena Salgado Filho, e fiquei imprcs• sionado, curioso cm saber fonre de tamtrnho brio. Apóio plcnamen1e os brados de a le rta contra a comuniz.ação, cio jornal CATOLICISMO. Gostaria mais, se houvesse maior número de artigos, mais curtos. ilus1r;1do~: por fa tos e .:1contecimentos ocor• ridos :10 Brasil na atualidade'•. Sr. Antonio de Assis Nogueira, Belo H orit.onte (MG): .. Leio com grande interêsse o CATOI. IC ISMO. principalmente 4w1ndo trata da Eucaristia e do Celibato cierical, que infelizmente, é considerado m.1is como impo~ição indispensável do que como ideal sacerdotal. Acho que não só leigos. inas até Sacerdotes. precisam de mais csclarccimen1os sôb1·c o Celibato, argumentos cl:1• ros e histõric;Hnenre comprovados-. talvez citados pelo Pc. Henri Decn tem ~eu livro sobre o celibato nos pri• mciros séculos da Igreja, comentado por D. A. C. em CATOLICISMO, n.0 230]. Pedir-lhes-ia, pelo CATOLICISMO. esclarecimentos sôbrc: a) qual o Papa que, antes do Concílio de Elvira, ccnha impôsto o celibato. que Nosso Senhor não exigira e São Paulo, apenas, aconselhava; b) quais os motivos que levaram a lgl'ejn a impô•lo, apesar do tôd::1~ as oposições e só depois de mil anos. a todo~ os clérigos maiores; c) se o celibato tem concorrido mesmo para facilitar H santificação dos SHcerdoh~s. pois o contrário é que parece, pois que mui~ tos deixavam fama de maus, só pelo foto de não que• rerem ou podel'em observá.Jo; ti) se o celib,uo não tem sido causa de humilhação para a Igreja e veraonha para o Clero, pela su" generalizada inobservância; e) se eram verdadeiras as vocações saccrdolais antes da exigê.nckl déle; f) enfirn . se apesar de sua dispensa acarretar muitos e graves problemas, não seria lpreferível). assim mesmo, ser à cscôlha de cada Sacerdore. do que con• t inuar a ~er considerado mais como te~~tcmunho de fraqueza e miséria humanas do que do espírito evangélico de Cristo. Espero que. por zêlo espiritual e benefício de seus numerosos leitores. nos dê êstes e outros esclarccimen• tos que julgar oponunos. Com profundos e antecipa• dos agradecimentos, subscrevo-me. rcspcirosamentc. P.S. - Queira desculpar-me os defeitos o rtográfico, por deficiência visual pós•operar6ria". • O LEITOR q ue ~lssim\ e-sra carta cxcu~•se dos defeitos ortográficos, oriundos de deficiência visual pós· •Operatória. Foi certamente a deficiência visual que o impediu de ler no artigo de D. A. C. que a continência perfei ta para os Sacerdotes vigorou desde os Lempos ê1pos16licos. o que motivou a consiclcra~ão do Apóstolo. ··o sol• Lciro cuida das coisas q ue são do Senhor. procurando agradar a Deus: mas o casado preoêupa•se com as coi• sas do mundo. procurnndo ~,gradar à sua cspôsa" (1 Cor. 7, 32·33). Tcrh,. o utrossim, vis-to que corolário nn• turaJ da continência perfeita é o celibato sacerdotal. que n5o precisou, como diz o miS$ivista, de mais de mil anos parn ser impôsto contra tôdas ,,s oposições, porquanto o inverso é que se deu, ou seja . .a tolerância da vida Cl'njugal para os ordenados já casados é que foi introduzida 1)a Igreja, e meio sub•repticiament~. Estamos. portanto, certos de que logo se restabe• leça sua visão, o Sr. Antonio de Assis Nogueira terá facilidade de lei· melhor o artigo de nosso colaborador, e de. assim , dissip.1r seus escrúpulos c.spirituabi,
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131,silic.i dei
C,1rmine MHj:J!iore. cm Nápole.-.. q ue: :,:e venera
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im:igcm de S;,n1a M ari;, Bron,.1
Madona Bruna, Flor do Car01elo '
ESTE M ES tias flôres. pro.>1er11a11tlo-se mais uma V<' Z: oos pé:~· dAquel,í ~1ue é lllvocada t·om o ,, F ios C anncli, ··c,uolidsm o'' uuscill por cele bl'ar-lhe a glória, 11111nifeswr-Lhe acendratlo eulêvo, vene1·,1ção e 11:rm1r<1, u (lf:radece,· seus dons mmernai.v. Quer t1i11ti(I renovar seu pl'eito ,le i11co11dicio,wl /idelia'ade à divi,w Se11hon1 e ~·upllcar-Lhe <JIU! e11vie hoje sôbre seus filhos a m esma chuvll celeste e pro/é1ica que confortou outrQ,'ll o Profeta Elias - e Eliseu. seu herdeiro espiri-
N
tual - 1111 luto contra t:SJ"(i Servente cuja 1>osterida(le, em nome do 11ovo Baal. t'11veste em nossos ,lias contra o Monte Stmtô, li Igreja Ca1ólica Apostólict1 Romana: lpsn conterei!
. Do Monte Ca rm elo à Cova da Iria tu1uilo que se poderia clw, mar de Gesta carmeli1an.1. ,Jestle St11110 Elills e seus primelros ,liscípulos mé o preseme, 110tleremos ,:onst<Jlar que 11 hist6rt'a do Carmelo foi misteriosamente traçado pela />rovidê nci<I Dt'vina como uma arcmu, e iuinterrupt" ,·orre11te 0/1111111/0 para
m111'i11I. De elo em elo, esso corr(mte /oi sobre-
1wturalme11te vivificada ao longo dos séculos. ,leJ·de 11quela 1111 vem slmb6/ica e n via,Ja santo Profeta e que J·e ,lcsfez. numa c huva de bc!nçtios. t111te.•; me:mto que germ inasse a Flor do Cm·melo. A fitlclidade eliáti('a re/ulgiu sob incontóvei.r pri.1m,u· em coda elo ela mi.weriosa corrente. Asslm. n6s vemos os filhos espirituais de Santo Eli(Js se 11111/tiplt:llrem pelos encostas do Monte C"rm elo, recolhidos 110 silêncio, na
"º
or,,çiio, e na contemplaçiio ex1n:,·t(11ue dAque/a <}ue viria a ser ,, M ãe tio Messias. /)epois <le
co11hecê-L<1 nesto terra. tmirtlllh)'e à pe.vsoo ,la M e,litml•ira para m elhor glorificm· e servil' u Nosso Senhor e, qua,ulo Ela tmnbém Se separou ,lêde.r nó ser us.wmw ao Céu. apres.mram•,W! em ohwr uma reproliuç<io pic:tórica de seu$ traços, fi.rmlos através ele recw·sos oilula primitivo.,·. pm·c, g t1(lrtlt11·em melhor ,.,·,w m em ória i11efáv<'I.
Quando li malícia tios ;wieus obrigou OJ' elianos a se retirarem da cidade deicid,1, o Monte Carmdo tornou-se o grantie a/J,·lgo, o nóvo Cenáculó pm·,, todos os / iél~· que queria111 c11/11u11· essa lflte er11 um(l ,los p r imeiras efíglt.'s tia Müe dC1 l gre;a. pintatla, se,;tm do a trlldiç<io. pelo Ewmge/isu, Siio Luc:C1s. Seguiram-se depois as lula.,· dos heróis ce. nobíticos contra as primeiras h erest'a.,· que 1e 11wv1m1 macular a Igreja. e co11tní as insídias do
pagan;smo já declilwme; mas mm, pagiios nem hereges. nem mais tare/e o mão armatla dos
l>árb11ros llbaltlram "/itleli<lude tios (Jue há séculos ;t,, pu11lu1111 tô,la a sua ,·on/ümça uu Vir~em cio C C1rme/o. A /tmw tfos virttuies dêsses varóes chetQu ,ué o Odtlente, que tlesejou tê-los em .tua.t pfogas. ma.t tle / lllo sua tra,u-ladllÇtÍO ,uio se deu em t empos ,te pot,, senão ocasionada pelo declínio tios Cruz.adas e o ,,erugmo.ta avanço doJ· maometanos. Fot' porumto 11or umor à Fé que ôJ' <llscípulos tio Pro/et11 t'niciaram o g nmde e penoso êxodo. o llhmulono tle seu <11nc1do Mo,ue. Sua [lartit/11 pt1r,1 o Ocitlente dá-se no século X 1 uu X 11 (! tles,Je então começam " brilhm· novos elos c/11 corrente carmelita,w. D11 l<ladt: Métlüt para cá. geNulos li iuwgem de seu !'oi que foi arrebowdo C10s ,·éus num ca,.,.o ,Je fogo e tJue voltará para lutil l' co11tr(1 o A 11ti<,·1·isto, :)"ti· cedem-se mmw imponente galeria a.\" figura\' (par11 11(10 cilill' senão 11s mais conhecidas) d,• Scio Pedro T1) mtis. ínclito Douto,· ,la Igreja. São Siuuio S1ock, embaixador do Santo Esc.:t, pulórit>. São João do Cruz e Santa Madlllenc, de Paz.ti, á.guim· ,fl~ vôo místico, e Smua Teres1J 11 Grmule, Matrlarca tia reforma c:armditana. No .téculo X VI o C t11"111elo llJJrescntcm 11111;.,; 11mt1 W!1'1,tô111ea, que atualmente por poucos é conltedtla: 11 Ortiem dos CtwaleiroJ' 1/e N ossa Senhora do Carmo. "" França. Pas1eâorm e111t• correu abwulmue o sangue tfo h erauç1.1 1/e Santo Elias uos anos te nebrosos dt1 R evoluç!lo Fra11,·esa. 11ws II tempestade /onaleceu ,, vide;n1 e f<Jz luotar 110 .,·éculo .reguinte um rebemo que tro uxe ao mumlo um nôvo olento, '"''"' 110w, e,\'{li1·ittwlidllde parlt 11s 11lmas clepat1[1erac/11,y f}ela llf<iO ,lexagregatlora tia Revolução. Foi provideucitll a missiio <la ,,e<1ue11a 1'ereJ·a tle li.\·ieu.t. fWrtmlora tia ·•11eqw.111a vio", ,, via tio "ctmti,·11m uovum'', tio .m per/att'vo umor ,lc Deus. J>or /im potleria fi,.,,,. " interroxação: vt'u o .\·é<.11/(> X X ~·11rgil' 11m nôvo elo da mUenor t:udeia t·m·mcdt'u11w, como .,·ina/ tia olhmça /eiw nu J\4onte Santo? No m elo t/11 pl'OC:e/il cmt t/llt se e11<.'011tr11 <1 S111ua Madre:. Ig reja mio bt1.rl11v,m, :ünais; 11or isso a Stclla Ma ris quis 1·c/ulgir ll:lfi m esma 11QS /ir11wme111os apocalític:óJ' cU;,W<! ,v{,. culo. pairam/o 110,\' ,·éus ''" Cow, da trili. em Fá• tima. revt•stido com sttu ma1110 profêticamettte régios: o hábito tio Carmo.
A Imagem more na da IIchiesetta dei me reato" A lg re;a. t~m que pe.re ao proRressismo e a srus falsos pro/ews que 11uere1J! mint1r-Lhe o brilho e a grtmdez.a. sempre JJuu·cuu sells f,is10.,· de 11111ior importlíncia com unw nou, de glória
e e.\·ple.ntlot que os "desa/ie,uu/os·' cosllunam (1pelidar, 11or espírito igualitário e vulgor. de ''tri1111/11Jismo". N11da m(lis f<lt II l,:re;11 1,:om iSl'U tio que im itur a próprit1 Providê1u:Ül Divina que c<Jstw1w assinalar a realização de seus ,lesíguios 11wis alto.r com mtmi/estaçiics que lhes atestem ilulist·utivdmcnte o V<1lo1·: "Por"entur<1 se 1ra1. a lámpacla pcu·ll colocá-la tlebaixo tio ,zl. qu eire 011 do leito?" (Marc. 4. 2 1-25). Exem· pio <listv foi o ret1lce J:Obre1u11ural que a V frgem tio Carmelo quis dttr ,10 êxodo d e J'eus fil.h os ,·11ja ortodoxia estaw.1 oprimida no Oriente.
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Como vimos luí. pouco. oQ ,Jecli,wrem C ruz.mias e ao 1.IC1r-J·e o avanço cios tun·os , imptmll(1•J'é oos ,fiéis elh111os o
abuut/0110 1/(J Palesti11t1 e o /ater velo /Jtlrtt a Europa, A,-, 11rim r:lras cidade~· tia Cristaud(Jde em que apor• tal'lllll OJ' refugiados eram 11s do sul da llálfo: Bari. Nápoles. M e:;sina. Trápani. e1c. /)e ntre elas. Nápoles foi escolhitlCI pc:la Providência como nô,,o 11·<mo "JJt11'(1 o Peregri1111 ,lo C111·11wlo e como porta tia Europa para sc:uJ· jiéi.-; 1/iscípulos. Nessa oct1siâo, Deus 111tis nlmbar e, ocoutedm cnto com ex celso.-r prodígios ,w ordem tlil natureza e d(J g raçt1, maut'festondo de m odo mdrccmte "gl'(mdez,a clêste xeu ln.w>ntl<í,,et desígnio. Com e/eito, ao se tra11s/el'ir< m para o Ocitlc:111e. os zelosos segui<lores tle So1110 Elias n1o quiseram <1b1mdo,wr unw Imagem tle M<1l'Íli S m1tíJ·sim11 que tleJ·dc tempos imem orlais vene~ mvt1111 110 Monte C11rmelo, quiçá de autoria cio próprlo Evllftgelista São Luc" ·''· 1'rouxeram-ua t:0111 desvélo filial a bordo du ,wu que apOl'tOu 1
110 110//0 d e Ntípole.1· em fi11s do século XI 0 11 110 11ri11d pio tio .~éculo XII . e t1li chegmulo de-
posU<1ram-1t<1 numa 1>eque11a igreja próxima ao merclldO. a t11wl lhes ,lot' conft'ada como um, pri~ m ciro ponto de r,•agn1p1mu:11to pora êles e para iJ.\' Outros <.·a rmelitas que haveriam de dwgar. N esi·e qmulro pintado a tê11,pen1 sôbre uma prt111ch eta de m,uleira de 80 cm. por I m etro, a Virgem t..',\ 'l<Í represemada <.'Om roslU moren o . o que lhe valeu ser c/l(lmada La Bruna, ou ,\•ejil. 11 Morena. Elo e.,;treitu ao pei10 com particular 1e,·nura o M e nino Jesus. Este acaricit1-/l,e t·om a mr1o ,Jireíta o rosw d elicadilmeute ol1/011go e com a esquerdu procura segurill'·Se 110 11u11110 azul d e s,w Mãe , morctulo sôbre o ombro dire ito com duw, estrêlaJ'. A veste com a qual Moda e,H·olve sen Divino Filho tende p111·t1 o vermelho. Sôhre um fundo iodo dourculo, as tluas fi1Jm·t1s t111reOl(l(/as ol/wm com emplmiw,. mtmte atravé.t d e pupil,1.:; n egras que t:Oll/erem à cenll 11mt1 nota d e iucompartíve/ te nmrn e serenidmle. N,io se sabe ao cerro se t:Sta efígi,1
é ,,qw:la pintuda pelo Evaugelislil São Luc11s que se venerava no OriltÓrio tio Monte Carm t lo. ou 11111<1 có11it1 muito fiel e tmtiqWs~·im,,. De qualquer modo. os historiatlore.t UOl' atl!sJam que n cnltum convento ;wli<mo ,,ossuill iC1mais m1111 imagem m arial liÍO 1111tiga. Diverst,s pi11tw·11s veneradas cm t6tfo <1 Europa foram CôJJlll(/as da Bruna. o que. l·egwulo o decreta de um Capítulo Pro"i11cia/ ,lo:r C(Jrmelit11s da Fltmtlre,\', se explicu ··hac considcrationc quoô illud pro101ypon ex Siria, ac vcrosirnilitc r e C..i rmclo in Eu ropam perlalllm peculiariter nuncupatur Beata Virgo Maria de Monte Carmelo .. ( -'Fio,·i Ca11olici.. , fase. 151 - Ntípoles. 1875 - p. 8). Asslm . pols em vária:.· â <f(l(/es do Reino de Ná11oles com o em Outrt1s 1/11 F'rmtça, dll Flandres. eJt•. seio a;,,da ho;e objeto de culto símiles 1Jês1e pic<loso /cone. l11s111lados 11<1 ··chiese11a ele/ m ercato". os 11ossOJ' cc110J,;t11s vindos ,lo Ol'ien1e viram -m~ crescer cm /tuna cêlerem ,mte e tra11sfor11wr-J·e num .wmtu6ril>célebre e m lódo o R eino. Os na• polita11os. e os f0rasu:il'os que élcs carafom ,·om rumoroSaJ· 1101ícfos. t1corril,m em número 'ctlilt, vez maior para junto da l nwgem 11i11da ungida pelo misterioso orwdho do Monte C,,rm elo. e aí enlevllvam-J·e com os dons crescente~· que eMa 1Wiíe 1/c. Misericórtlia lhe~- prodigtiliz,uw,. Assim. " soberana Peregrt'nil clt,va o primeiro paJ.,·o fl(U'll li sua manifestação 110 O cidente. com eçwulo por tornar excessiwunente e.ríg,w 11 1>eque11a igreja 1>r6xima ao mercado .. .
Poro acolher os despojos do derradeiro Hohenstaufen
""º
No de 1269 ch egava o Nl,poles a M,ie 1/e Conrado ,la S uábia (Conra,Jiuo como o
clumwwm, na Itália, por J·er muito ;ovem ). da Casa tle flohenstaufen e o último d e sua linhagem . Ela vi11hll (~llt socórro de J·eu filho. upri• .\t'onado por Carlos de A11jou 11pÓJ' ter .tido ,fenci<lo por êste "" batalha <le 1'agliacot1.o. "'' q,wl Ol· ,/ois Príncipes lwviam disf}utado o diS• cutido trono tle Nápoles e tia Sicília. Traz.ia a ;,,feliz. mãe uma enorme soma r111r11 o resgllte tle Co11r,u/i110, 11w.,; chegou sôm e,,tc par,, clu.:,. ,·u r.Jhe (1 trágica d et:(lpiu,çiio. Nes.w, circunstâncill. ela ,ui o achou m elhor llf'lica,·,7o pt11·<1 o dinheiro 1/esti11a1/o "º resgate tio que 111ilitá-lo /U1rt1 " umpliação 1111 pequena igrej(1 dos Carm eliw~· e do mosteiro m,exo, petliudo que uo stmtuário tia Flor do Ca,.m elo /ôssem se1,ulu1-
Giovan Tinelli di Olivano 5
(ondusão dc;1 p, S
Madona Bruna, Flor do Carmelo tios o,- despoio,- de seu pranteado filho. O próprio Rei Carlos de A11iou. movido pelo exemplo. quis concorrer para o mesmo empree,ulimento e- terminou ti lgreja com muita mngni/icêncitl, Bste 1/uplo aro tle generosidade foi como um marc:o provideucitl/ a partir tio qual ,, Vir• gem tio Ct,rmelo atraía para junto <ie Si os Príncipes das c/iversaJ· di,wstias q·ue se suce,ie1am no uono real tle Nápoles. A História no.s mostra entre oJ· primeiros o Príncipe de Ta. routo, Filipe de A11jou, que em meados de século XIV foi aprisionado e conduzido para a fl,mgria, cujo Rei tlescera ,ué Nápoles /J<lr<I ,•ingtu· a morte tle um irmão. Nessa a/liçiio, o pietloso f,ilipe recomendou-se fervorosamente tl Madonna della Bruna, implortmdo que o libertasse 1/0 cativeiro. Pouco tempo depois, de maneirt, inespert,da êle foi pôsto em Uberdtule e foram-lhe restituidos todos os seus bens. Aioe• lhantlo-se aos péj• 1/a stmu, Imagem de Núpoles. como 1estemu11ho de grtuidâo mandcu que a partir tio tlit1 3 de m(liO de 1353 aquêle sa11tuário pe,-cebesse ,mualmente vinte onças ,te ouro sôbre seu co,ullldo de Acer,·a.
O prodígio pr.ovocodo pelo brutal Aragonês
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Mai:,· tarde. um J·i11gular /HO<lígio veio n1enr<1r o renome ,ta Mtulona ,,apolitana. A/011so !, <111e mais rnrde foi coroado Rei ,te Núpoles. e seu irmiio Pedro de AragtiO vieram ,,ssetliar ll capital 1/0 reino, ainda sujeita lJ Casa de Anjou. Enquanto Afonso forçt,va-a por mar, seu irm{io bombardeava-a rudemente por /erra. Os napoliumos defe,uliam-se · f}elo ltulo onde se uclwvam li igrej,, e o mos1eiro do Carmo, pois era esu, a parte mais /ofli/icada d<1 cidade. Para desalojá-los dali, o impetuoso Pedro nlio he:,·itou e111 lançar seus projéleis em 1/ireçlio ao santuário, embora avisado de que o danificarit.1. Sua obstinaç,io custou-11,e um justo castigo, pois no ,lia seguinte foi ,,tingido por um projétil que ricocheteara no cltiio, e ali morteu. O 1,con1ecime11to impressionou vivamente a Afonso I, que ao ver ,, cidade cercadll muito mais pela proteção de Maria Samissima La Bruna do que pelo seu exército, achou melhor levan'"' o assédio. 1'rês ,mos ,Jepo;s o Aragonês ,10/tou ,, sitiur Nápoles e 10111011•0 desta vez, pelo lado tio poço de Santa Sofia, 110 dia 2 de junho de 1442. No domingo J'eguinte quis visitar o Sa111uário do Carmo para averiguar pessoafli1en1e um prodígio que a Providênciá teria operado ali: tinha sido informado de que no bombardeio ordenado por seu irmão. uma das balas lançadas pelo canhão Ja Messina arrombara a tribuna da igreja, 1,rremetendo con11·ci um Crucifixo que aí era venerado, e que a imagem inc:lt'trara '!tiraculosamente a cabeça para evitar o projétil, o qual caíra por terra sem. causar danos. A/ouso I mandou que um ,le seus fio . m ens subisse por uma escada para examinar de perto o pescoço i11clinado da efigie. Ao constatar que não havia fraude, ali mesmo o Rei se ajoelhou e chorou abundantes lágrimas. A111es de J'e relirar deu ordem para que /ôsse cons• truído a suaJ· expensas um baldaquim para aquêie privilegiado Crucifixo. Depois dêsse milagre não houve mais em N4poles solenidade real que não se iniciasse, prosseguisse ou 1ermi11asse no Santuário della Br,una. Entre oulras Jembra•se a /austcsa entra• tia de Afonso de A ragãa, 110 dia 26 de fevereiro de 1443, para a qual /ai erigido o famoso arco de Castelnuovo. O cerimonial previa que o Rei se de1ivesse 11a Igreja do Carmo para aí venerar a Imagem da Virgem e armar cinco novos cava/eiro.t, bem como criar três barões e atribuir seis :renhorios em seu reino.
A gloriosa peregrinação do Imagem a Roma E111reum10, se 1udo iss<.>.,era admirável. maio• res llin,la eram os benefícios que a Nuvem do Carmelo queria espargir sôbre a Igreja 110 tem.. pcs1uoso século que se seguiria. Com efeitó. enquanto em Lep(mto Ela ircí manifestar a fôrça de seu braço, em Nápoles alentará e confirmurá na con/itmça em suei onipotência sup/icmrte todos os filhos agregados em tôrno de sua profética Efígie. No ano de J500 reinaw, o !'tipo Alexandre V J e Fre,lerico tle A N1g<io ocupava o trono ele Nápo/e.\·. O ince,u/io da heresia comct·,1va a se (l(ea,· na Alemanha, <1 Renascença lum,anisto 1/essortw(l por tôda a Crisumdtule o espírito .\"O· bre1w111ral que /ôra a ,mra da ftlade Mé,lia e. en<1mmto ferviam na Europa <is 8,UCrN,s imestinas . os O!Omauos investiam em c/uas /r'entes co1111·" as portas dtJ Crfa·/a,u/ade: pelo Cáucaso e pelo Mediterrá•n eo. Em tão tristej• circwrsrlincias o Papa proclamou o Ano Santo e con6
vidou os fiéis ele rodo o mwulo a virem beneficiar-se com as indulgências tio jubileu romano. Os napolitanos, já consagrados pelo seu zê/o católico, prepararam•se par,i partir em tlireção à Cidade Santa. Nessa oct,sião rc~·olve. ram cer<:t,r sua ronwria de muita solenidade e foi assim que, 110 tlfr, 5 tle abril de 1500, qu<1r• ta.feira. com o Cruci./ixo mimc;uloso ,1 frente, tomaram o caminho tle Roma levtmdo com llmor filial a Imagem. ,la Virgem della Bruna, cedida pelos Frades carmelitas. A solene procissão enco11trou logo um po• bre paralílico de nome Tommaso Saccone, que ardia em c/es-ejos 1/e seguí-la. f rremediclvelmenft: impossibilitado de /azt./o, p6s-se, se11f(u/o 110 c/rão_. a contemplar eu/evado o loitgo cortéio que partia cantam/o os loro,ores da Virgem tio Ct,rmo. Mas eis que ao pllssar por êle. La Bruna apieda-Se mmer11almett1e do filho que a o/Ira entre suspiros e s,íp/icas, e fá-lo levantar-se miraculosamente e tuular. O cortêjo pára atô.. niro, 1odOJ' se aglomeram em tôrno tle Tom .. maso que mal contém seus transportes de gratitlão e irrornpe em exclamações de alegria e de e11111siasmados louvores à Virgem ,lo Car. melo, aque/11 Bruna que iá Ira viu tem tos mws era o afeto, a esperança~ a miJ·eric6rcli,, tio cu16/ico Reino de Nápoles. Como se 11ão basm,·• se, êste comovedor prodígio foi glorificado pelo misterloso baclnlt,r tios j'inos de rôdas a:; tôrrcs vizii,has. sem que as ~·uas cord11s /ôsse.m tant,:idas por mão hummw. A partir daí é fácil imaginar como a ~'italia11i1à'1 se expandiu à salda ela âdade. O /eli1., 1'ommaso terá entrado no cortêjo tl mcmeira de feliz <trauto do mil<zgre, mas a notici<l certamente u terá precedido, voaudo à velocidade do <mfllsiasmo peninsular, de âdade em c:iclade. AJ·sim, u Madonna dei Carmelo /oi calorosamente venerada ao longo 1le seu trajeto, pas• smulo pór Traeuo na sexta-feira. por Sermone,a ,ia segwula-/eira. chegcmdo a Roma na quarta, - e por tôda parle foi multiplicando os prodígios, Na Cidade Eter11a o Papa Alexandre VI, seguido de seuJ· Cardeais e de sua côrte. 1/esceu li Basifica Vaticana pt1ra recebê-La. e quis que ela permanecesse por todo um ,lia em São Pedro. Depois ,, Imagem passou outro ,lia i111eiro a visilar ClS diversas Basílicas romanas e partiu de volw para Nápoles, seguitla de wn cortêjo cada vez maior, pois ou1ros peregrinos somavam--se aos primeiros num só caudal. Novos prodígios assinalaram a viagem tle regresso, dos quais foram testemunhas visuais o Bispo (/e Pozzuoli. Amonio laconit,, e o Prior cios Carmelitas de San Martino ai Monti. Enquanto isso a boa nova de ,antas graças já e/regara à França e um lrabitame de Orleans, François de lo Mone, tendo perdido a filho 11a, águas revoltos de um rio, recomendou-.\·e à miraculosa Virgem tio Carmo de Nápoles. S,w súplica /ol atendida e seu filho encontrado vivo /rês dias ,Jepois. - l,nplan/Ou·se assim naquele reino a devoçãc à Virgem della Bruna; mais tarde Henrique IV ius1ituiu ali a Ordem Mili• tor dos Cavaleiros do Carmo e quis que seus me11tbros trouxessem ao peito uma cÓpia da sagrada Efigie.
Curando num instante todas os doentes do Nápoles Qual não foi a recepção que os napolitanos fiz.eram à venerada l111agem 110 seu re/Ôrno de Ronu1! Os Carmelitas mandaram 1odos os seus noviços espeT<f•la em A versa conl seus co•irmâos do famoso conve1t10 que a Ordem ali possula. O Clero e a nobreza de Nápoles sairam ao enco,uro da Bruna fora das portas du citlade, e juntamenre com os Fradej· formaram solene cortêjo para escoltá-la de volta à sua igreja. Tantos eram os nobres desejosos de car~ regar-lhe o pálio, que foi necessário con/eccio, nar um especial, com nada m enos do que trinla varas. para satis/ater•lhes a pietlade. A procissão deu uma volta por IÔ<ia ,, cfrlatle e ao entardecer depós a Imagem, no Smrtuário. de onde ela mmca maiJ· foi retirada. Mas mio terminaram com a viagem a R onra os maravilhas. Nosso Senhor quis comprovar a mediação ele sua Miie ele mancin1 mais portentosa ainda. i11s11iramlo uo R ei Frederico de A ragiio um tlesíguio gramliosamen/e om·ado, C/reio ,Je fé 110 poder tle Santa Maria dclla Bruna, ortlenou o Soberano que tis vésf)eras do tJia 24 de junho cio mesmo ano de J500 /ôssem rewridos qua,rtos enfermo:; e esrroph,. cios houvesse na cidade e <111e fôssem toci<>s alojados num hospital a ser improvis1ulo pelos Padres t·t1rme/itas em casa de Nico/a dei Piore. na Piazza dei Mcrcato. Além disso quis qm: /ôssem anorados por escrivães tio reino os no. mes daqueles ln/elites e (1 enfermidutle ou de• Jeito que cacla um trazia.
Tendo cheg,,do o dia 24, cmrr,,rmn os en•
já então·chamado dei Carminc Mnggiorc - onde o /lei, tl Rainha e fl côrte desdç cecló ocuptlvam suas 1ributta$. Quando, após as sacras /,mções. as preces ,·011. tiuuavam unisso,w.s em louvor tia Virgem, um rtiio celeste de intensa lut atravesJ·Ou o nave e, lançmulo seu fulgor .tôbre a Imagem. re/fetiu•/J·c sôbre <tque/a massa scfredora: 11() mesmo insllmte ficarmn rodos. absolwamente todos. cura• dcs! Desta vez. a Virgem do Carmelo ma· 11i/es1ava-Se com um poder extraorcliuário e de exwslar: não fôra uma chuva tle graça.t que Ela pro,uerera a Elit,s? /ermos no Santuário -
Em sa<orro do Ordem de Moita sitiado pelas turcos Sob o tlomínio ej'pcmhol, os Vice-Reis que se sucet/ermn no trono ele Nápoles 1imhr,1ram em freqüentar o Santuário della Bruna, para pedfr principalmente a sabedoria 110 governar aquêle povo. Entre êles distingiu-se fJ Mtlrquês dei Carpio, que visitavll ,, Imagem tôc/a .semana. 1'entlo tlizi11wdo os bantlic/os que assota.vtun " regicio dos Abnízios e tendo recebido como recompensa. clncfJ mil tlucados, não OJ' quis êle para si, mas enviou-os ao Carmo de Nápo. les. <lizendo que devi11 iodo o i.J.•ito à Virgem ,1/i venerada. Com esu, j'Oma mandou-se /ater uma lumlnárt'a ele prata que tué hoje é apelidadei c:om o 11011i,e tle dei Carpio. O mcmlfJ tle Sanu, Marit1 Bruna pareda al<,rgar--se j•e,npre nwis, pt,rtl beneficiar e proteger a tot1os os <1ue A invocavtm,., A ilha de Malta, reduto da gloriosa Ordem Religio~·a e Militar tios Hospitalários de São João de Jerusalém, foi slliada por uma esmagadora /rcw rurc<1 em 1565. O 1/uro cêrco prolo11ga11a-se já por quatro meses quando afinal apontaram 110 lroritonte sessenta galeras 11apoli1a11t1s que rfJm• peram Cl linha do inimigo e fizeram •uo retirar. se tlerro1ado. Qucmdo os ardorosos Monges t'f1Vt1leiros souberam que a,s· galeras tinham pe• elido o auxílio da Virgem Bruna mue.t ,!e U/r'parem para acudi. los. louvarmn•nA en terne. cidameute e qulseram depor aos pés de sua /111agem um dos pesados projétei.r de ferro lançados pelos i11/iéis contra a citlatlela: Ao longo dos tempos que se seguiram esw mesma Virgem do Carmelo continuou recebendo as /romenageus dos grandes e dos pequenos. O Duque de Monterrey inaugurou em /633 o costume, seguido por seus sucessores. de o Vice~Rei dirigif'.se solenemente ao Santuário no di<1 f 6 de julho de cada ano para assistir à Grande Messa dei Carrnine. Por seu lado o povo continuou sentindo a assis1êncla tfe sua boa Mãe , como por oçasião da peste do século XVI, e na erupç,io do Vesúvio em /631, quando foi miraculosamente poupada a cidade de N6poies. Em /688 o Vice-Rei Conde de Santo 'Estêvão, que iodo sábado visitava a Imagem, mandou celebrar Missa solene em ação de graças pela tomada de Alba e de Belgrado pelas armas espanltolas. e /oi neste santuário que êle quis inaugurar a nova moeda que o Marquês dei Carpio mandara cunhar. Em 1969 o general das galeras maltesas enviava à Jgreia tio Carmo um estandar1e conquistado aos 1urcos, que devia daí por diante jazer ao pés do imagem de Santa Maria della Bruna. Carlos Ili de 8011rbo11 tmnbém sentiu a pro, teçâo d,, Virgem Morena quando foi cercado pelo.r imperiais na batalha de Velletri, e invo• cana'o--Llte o socorro viu-se Jiberrudo. Era mui.. to devoto da gloriosa Senhora. e Fernando I , seu ,filho. seguiu•lhe o exem.plo, visitando semanalmente o Santuário dos Carmelitas. Os Reis que se sucederam depois de Fernando I até a extinção do Reino de Nápoles, não deixaram passar um ano sem /ater uma vlsita solene à sacratíssima Imagem.
Coroado pelo Popa Pio IX em meio à convulsão revolucioná ria
Senhora nac1uele católico Reino. Apenas uns pouccs Religiosos, banidcs tle stws celas, co111inum1am a acercar.se t/<1 Virgem Bruna, supli• ca,uJo.Jhe novos e melhores tempos paro a Santa I gre;a ,,gor<1 trt,ída e abandonada. E foi entiío que. 3 75 anos ,,p6s stw gloriosa i<!a a Roma. Nossa Senhora La Bruna foi nqvamente solicitada a fJrOteger os inrerêsJ·es da Cristandade. Assim é que o Pt,pa Pio IX ordenou que ,, l magem ,le Nápoles fôsse cingida com uma sumuosa cor<Ja de ouro, rra espermrça de que esta Mãe se lembraJ·se de suas amigas misericórdias. Realmente, algwn tempo depoil /oi 1/culll à Igreja uma certa uégua, antes que se c:011/ig,u,,sse no limiar dêste nosso século uma nova mwrobra S(llânicamente concebida pelo Inimigo: o surgimento ,lo ,nodernismo. no !]róprlo seio da Igreja. A soleníssima coroação ,to s,mto Tcone teve .iugtir 110 dia 18 de iu/110 de 1875. 11or ,ie.c re!o tio Capítulo da Basílica Vaticmw, oficimulo o Cardeal Dom Sisto Riario S/orz,1, Arcebispo tie Nápoles.
Do pô1rti/icatlo de São Pio X pura os dlcis que c:orn:m. emborC1 não tivesJ·em faltado mr.cliclaS como ,, Encíclica "Pasceudi", paro de• mmciar e golpear a lritlra revolucionária, ,te Jato ela continua procura,tdo por todos os m eiOJ' humilhar a Santa l grejt1 e - como .re pos.1·ívei /ôsse - apagar-Lhe até a mem6rit1 sôbre a /ace da terra. Bêsw horrentlamenle bicé/lllt,. a Revolttç<io procura, com sua cabera ,·ha11u,dtl progressismo, ml11ar e tlestruir tôtl<1s as rej•istências e 1ôtlas as fôrç,,s vivlls 110 seio <Íll Igreja. 'impontlo-llre uma metamorfose ''pro. /é1ict1" que A •'desa/iene", "desmistlfique" e t:teíte por /im,. para Jançá~La irrcmetliàvelnumte inerme às fauces tlt, segmula cabeça, 1/tte é o comunismo. Toca aos filhos da Virgem, clwmados " serem fiéis até o fim, esperandc cm,. trt1 tôda a esperança, 1oc<1 a êles imiwr o exemplo daqueles primeiros carmelitas que no Mome Carmelo guardaram a fidelidade ao pacto eterno celebradc com Elias, e no Calvário - ,uenclentlo ao convite expresso pelo ••o vos oinnes . . , attendite ct vidcte ...•, - sou• beram perscriuar a i,nensa dor do Coraçcío Imaculado. Asslm 1ambém saibamos nós parti• c:ipor do presente sofrimento atroz. da Sama Igreja, e dispor nossas almas para servirmos de instrumentos fiéis para a humilhação dos ser• vidores do nôvo Baal. Se o fi1.ermos, não tardará a hora ela exaltação dt1 Santa Mt1tlre lgreia, Católica, A pustólic", Romana, através da vitória misteriosamente prenunciada pela aparição da Vir. gem tio Carmo nos céus ,le Fátima.
( IAfOlLICISMO MENSARIO com
APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA C•mpos -
D itctor Mons. ·Antonio Ribeiro do R.osario DJrtfórla: Av. 7 de Setembro, 247, caixa f)OSla1 333, Campos, RJ. Adminl.stratão:
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bc.::nícitor
Entretanro, o vagal/úlf) revolucionário que investira uma primeira vet contra a Igreja com o protestantismo e a Renm·cença. não /oi s usta.. cio - como o susturia a fé tíbin da grmule massa ,h,queles que cleviam ser o~· tlefensores da Esf)Ôsa ,Je Cristo? - e avançou cada vez mais ,1vc,ss,,laclor1 cada vez mais 1>aroJ.ís1ico. A Revoluriío chegou aos desvario.r do Terror sanguinário. igualitário e tmtic:lericol tle 1789. ,w França. e seus erros embri<1garam, 110 século segubtle, os soltltulos tle Garibaldl. ltmçando-()S 11a guerrll que a filáucia revolucionária 11uis chamtir tle ''Uni/icaçlio italitmtl'. Nc.fta convulsão o culto católico /ol . pràticamente proibit/o em Nápoles,· pela primeiro vez se viu pe,ws <t11ticlericais macarem o ,levt>çlio <1 Nossa
Es1. do Rio
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REVOLUÇÃO FRANCF.SA impe• diu o pleno dcscnvol~imcnto do apostolado pro• mWor que o Padre Brunone Lanterl preparara com tanto cuidado em Turim. Já não era só a Revolução ·n as idéias que a ºAmicàiaº tinha que enfrentar. Era a Rcvolutão nos fatôs, com tôda. a sua brutalidade e n firme determinação de ç0n1J)letnr a obra da Pseudo-Reforma pi:otcstantc, levando· ndillntc a destruição da civilíz.as-ão católica. A •4Amiclzio" soube combater também nesse terreno, mas, antes de abordnrmos as suas lulas contra•revolucionárias dês$e período, convém analisar ràpidamentc o con«ito de Revolu-
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ção que tinham os membros da sociedade.
Existe um documento do Padre Oicssbach que resume o seu per:snmcnto sôbrc 9 questão, € a •i!\1ens..1.gcm de um c.atólico a Sun Majestade
Apostólica Leopoldo Segundo, Rei da Hun~ri• e dn Boemia, em sua exaltação ao tronou. Unta
MENSAGEM A UM IMPERADOR
cópia do original enviado a Leopoldo JI e11confra-se nos arquivos dos Oblatos de ~1nriu Vir~em, Congregação religiosa fundndn mais tarde pelo
Venerih·cl Lantcri cm T urim. l?; essa ''Mcnsugcm" que vamos estudar a fim de- conhecer até que ponto u "Aroiciiin1' Unh.a uma idéia dara da RtYOlutão. Niio é PoS· sível fazê-lo num só artigo; e para c:omprcendcr bem o documen to, é necessário cxpUc11r antes quem cru ô seu destinntário. t. o que fnren:ios boje.
REVOLUCIONÁRIO Terceiro filho de Francisco I e Maria Teresa, Lt-opoldo U governava o C·rão-D ucttdo dii Toscfmà quando n morte do Imperador JosE U, seu irmão. o conduziu no trono dn Áustria. du Hunt;.rin e do Sacro Império. Seu govêrno nn Toscase caracterizara pela insolê.ncia com q ue perseguira a Igreja para construir o primeiro Estudo leigo da Europ~. Era êlc um completo revolucionário e, embóra se dcchu·nsse católico, todos os se-us atos rtvclavam um inlmigo pertinuz da Igreja, na qual vfa o verdadeiro alicerct du dvilizatüo que desejava destruir para substi• tuí•l:a por outra. mais de acôrdo com as idéias ''uovàs'' de seu tempo, que eram (ámbf:m as suas. T inha apenus JS anos <1un1,do recebeu o Grão- Ducado, como dote de casamento, do Impera• dor F n mcisc:-o 11 e apenas tenninadas as ftsta.s das borla.~ pitrtiu para F lorença, capital da Tos-
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E UM CERTO tc:mpo a c:.st~1 p:;irfc, os nmis v:1ri11dos meíos de t-ornunlcação :roci:11 vêm m.ar1c:lando o tema do ch3mad~ ''oducação
sexual'".
PARA O HOMEM CARNAL NÃO HÁ PAZ
c:-aoa. Por causa de sua pouca Idade, Maria Teres-a fêz com que o Conde dt T hurn o acompanhasse para ajudá-lo a rejnar. No cnlanto, Leopoldo li não ptrmiliu que o c1\viado de sua Mãe cumprisse a missiio que recebera. Começou logo a governar pessoalmente, af&1ando todos os que pretendiam confrolá-lo e co1donurndo tôdas as medidas tomadas pela grande lmperalriz para frear-lhe as imprudências.
Peh1 loni:1 dur:t('ão que de modo obseSS"lvo nm lendo t:d cump:inh:t - ptlo menos três df<":.d.-s n:io admira que j!i esteja dando frutos e~'l :novn afUudc cm face do suo lnculct1da ar1Ulch11 e cri• mlno~mente- por pc.s.so:i,ç maduras nos jo,·en.s e .-1é cm crl:mças. Acontece que bscs frutos. n:1tur:1lmc:111e malsíios, níio Jttrmin:,m em M:u1e ou cm Ne:luuo, ni:ts neste nosso mundo no qu~,I simuU:lncamcntc ,,e.m-sc e.,;. palbando por todos c,s meios a mais av:1$Sllt1dorn propag:uida dn imonllid:'tdc. As modos, •>S costumes. ns dive.rsões, os la1.ens, os jornais, âS rcvl.stas, os lh•ros, o rádio, a tclcvi.s;io diJundcm os desm:mdo.s do sexo oor todo.s os lados e por assim di'ter pelo próprio ar que se rc~-plra. E o ruultado ~ o quadro desolador que se apresenta aos olhos de 1odc,s :;1quê• IC$ que qucttm ver. Neste senlldo, chtgarnm ,, nossas miios dois artiios publicados no me:,mo número dá 1,res ligiosa revi.~a mtdlta "Pedfritric Cllnics or Norfh Amtric.i" (vol. 16, n.0 2, de maio de 1969).
Um de seus primeiros atos foi o cstabeledmento do "exequatur'' parà a publicação dos d ecretos provenientes de autoridades eclesiásticas ~•rnngeiras, o que evidentemente ern dirigido c:ontra o Papa, para impedi-lo de exercer seu poder supremo nn Toscano. Ess~-. medida foi logo ,,co-mpanlrndu de outrus que feriam também rudemente a liberdade da Igreja: aboliu a I nquisição, suprimiu a Companhia de Jesus, proibiu o envio de esmolas ou fributos à Santa Sé, cxtin~ g uiu o ('remitismo. t tc. Ao mesmo tempo pro• curava ~anhar as boas graças do Episcopado obrigando os futuros Sacerdotes a não estudarem senão em seminfí.rios cpi.sco1uüs, e coloc::mdo sob á jurisdição dos Bispos tôdas as Ordcms e Congregações religiosas cstabdecida~ no Crão•Ouc,1do. A Toscana era profundamente c:atólic.-a e não concordou t:om êsses atentados à lgrejn. O povo num ifcstou o seu dcscontcnlamcuto e n aristo('rm:h, se afastou da ('Ôrte. O E1>iscop:ulo reag,iu e só o j:msenisto Scipione de' Rícd, Bispo de Prato e de ·Pistóia, apoiou o Criio--O uque. O Clero, numeroso, cm sua grtmdc majoria ncom• p:rnhou os seus Pastôres. Apesar dessa oposição, Uopoldo 11 não se dete.vc. Como sua s ituação cm F lorenç:t se torn:Jrà insustentável, re.-vidia mais cm Pisa do que na c,-1pihd. Aderindo ao janse11ísmo de SC'ipione de' Ricci, concorreu c.fic-a-z.n,entc para a reali• z.11ção do famigerado sínodo de Pistóia, org:mj. zado por aquêlc. Bispo com o auxílio de Pietro T:lmburini, professor en, Pavfa e o mais célebre janscnistn itollttno. Irmão muito umígo de J osé U, u exemplo dêste o Grão-Duque apoiou o joscfismo e o febroniunisnto, que tanto mnl fizc. ram à Religião durante o reinado daquele lm• perador.
:tchum num p roce~o de rcuvullac;:io axonb.11ntc de crcn('à$ oulroro lidas como sagradas". O stgundo :utito constitui dep(>lme:nto alnd:i mais imprtsslonantc. lntitula•$C êlc adolcs«ntt t> :1 :u1llconceptào''. e ás$ino-o o Dr. Fmnk J. Ayd Jr. (Plittinos 355-361 da rev~1a citad:•).
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Loto de início diz o uuror-: "A Sinll)tn, conli'.úio de umo mor:,I frouxa t d:1 promO('áo mercantHL~a dns inclinntões jm·cnis pura n lascívb produziram uma explosão se.xunl nos ndolc.scentes. N:1 últlorn déc:1dt1 houve não só um.a crescente íncldêncin. 11c relações: sexunis e:nlre ndolcsccntes, mas ,,m:\ q ueda na id:ide da primeira cxpcriêncfo. de modo q,uc :.s relações :mies dos 13 anos não são rnr:1s-. ( •• , J O resullado dessa ~nerali,,ad:1 promi.scuid:.1de juvenil é o pronunciado ;1umento de gt'.!11t1çõcs ilegítimns, abortos e doenças ,·enérc:L~. A b..~ dc,·cm ser acres• c:cnl:tdos os inc:llculá,·eis m:1les oslcoló~icos que são uma con.scqi:iéncia incvilávcl da proml« uid:1dc enlrc üdole.scentcs''.
O primeiro. de :tul.oria do Or. Nicboht.s J. Fiu• nrnrn., c-stamp:,do i)s páginns 333.345, trnltt do Alar• inanre :,un:iento da ín('ldtncla de dot11('a.o; vcnérus ~nlrc ~ .-dolc.Kenres e os joven.-. norfe-::imericanos, :1flngjndo índices nunca vb'fOs em fôd:t :'I hisl6ria dos ·E UA. A c1uc .se dc,·e l:uu:mh n 4:':tl:1.rrtid.adc? Di1, o :mror <1ue "hou,·c um:1 revolução sexual cm nosso 1>.tÍS. como no rc~1o do mundo. Há um:1 Prt«UD.t• ç;io nacional com o $CXO um:i mud;mt:i no d im:.1 ~od:il e moral, um:; mosofirt de Hberd::idc scxu:11 com :1 exigênci:1 do dlreilo de detemlinar o modo de <:ompor'1:uncn10 individu.-1, 1- .. 1 Os adolesceu• tes for:.Hn .1p:111h:1dos por é.stc c lir:u:1 de lr:msform:•• çào ,i·odal e mor111'". 0:1i se cnfl"('l;l::1.rem :10 uso do akool (desde os 13 ou 14 :rnos, muif:is vêze.s) e de cn1orpctt11rc.s; e aos dc~1m1ndo.s d::1 lm1>urez:1, com o cou.scqiientc :mmento d:, dcllnqi.iência ju,·enll, d:t.s doc11(':1s verifreas. dos abortos t dos n:1.scimentos ilegítimos, além d:1 ntulliplic:1ç:io dos des:1iust:m1en• 10s e dos distúrbios !)S-iqukos, tn,1u:11lfo ;1 l:1~u de nat:didnde declina no p:1ís. l11do mais a íundo ,1r1s t:ws:as do ~roblcm:i, de• 1>0ls de cif.ir :L~ 1r:111sforrn:.u;õr.s h:wld;a,s (p:m1 pior) n:, vid::1 fmu ilfor, observa o :1u1or: "Hoin·e uma qued:i m 1 educ:u;íio rcliglo~':t t 11:lS .s:uu;ots que s:1o iutreutcs à crcnta rtllgios:1. 1., , ) liouve lu.n., qued:1 na :1utoridade e: uma mudai1ç:1 cm nú.S.'i'.1 mor:tl n:l• clon::il. Há uma (:dh:t de comunicàçfio enlrc c,s p:ii.s e filhos e entrt os próprios. 1>ai.ç. ( . . . J As igrejas
À vista dos gmves e m1illiplos problcm11s médlco.s e sociais q1ic tal situação :1carreta, conllnua o :,rligo, eer'los médicos con.sldcr:un que, :10$ jo,•cns jfa iniri:1dos o u cm vi:t.S de se inlci:ir nc.ss:1 malérl:.:i, se: de,•c oferecer :t.S$i~1ênci:, de pre,·cnç:'io dit nata• Udude e m1liconcepdonnis. Nn opini:iu dês.ses profissionnis da medicina, seria éssc o meio, niornlmcntc con-cto. de evitar l:e1taçôcs ilcgfHmM, filhos não desejados e :abortos. Consc-qücnlcmcnlc, há nos t:OA clínkns de planejamento í::lmilfor, clínie:iis hosptl:l• lutts e servitos de S~lúdc em t'Olé$tiOS', que 1êm por objetivo 1>rincip.il pr-r,·enir a gmvidcz de :1dole.sccntcs solteira.~. M:L'I'. ind~•w• o :tulor, se css:, fornlidndc fôr illc:rnçnd:1, a qve preço o scrú1 E csdnn:ce: "Por muilos anos nos chamados p:1íse.s pro,:res,isl:1s, corno ;1 S11éd:1 o a Din11nrnrci1, os :1dolcsc;cn1c.s liw:-ram acesso rclalivmncntc fácil no ~·crvi(O de cc>nlrôle da nah1lid:1de e :,os i1nlicon• ccpcioo:·•is. Dados ofki:1l5 dos ,:._,o,·êrnos dê$$cs pni• ~cs mosaram que, upe.s:1r de se proporcionur aos jovens edurnçiio sc-xu11l e o uso de :mllconccpclonal~. o índice de ,:c:cst:tçõcs ilegítimas nessa idade auincn• tou de modo slgnlfk:tli\'C,. Concomll:mtemcnfc hou• vc um llUIUCllfO na incldéncfo de d0tnça.~ VCIH~rc-;as, cm propor~õcs qunse cpidêmle:1.,~, nesse n,csmo gnJ• po ehirio. D:1dos reunidos otlo govêrno dos Es1a·d os Unidos, pcl:i As.~oci:1~·:io Amcric:ma de S:uidc P6blíc:a. 1~l;1 Á)SOcl.at:io Americnnn de S:1úde S04.•i~1I e t)c-l;a A~ocia(':io Amc-ric~in~l de Doenças Vcnér-r:lS moslmm clárnmcnk que, upcsnr de no~;ts jovens: terem conhedmenlo de :mliconcepcion:iis e encc,nfrarcm pouc:t ou ntnhm11;1 dificuldade cm obtê-tos, ns ~cstaç-õcs llc"ifimas cnlre adolC'$CCnlc.s c~'tiio au•
Paralelaniente a ~-a atuação dura e escandalosa no terreno religioso, Leopoldo dissolveu o Exfrcito e a Marinha, extinguiu as organiuções que na Toscana ernm os similarts das corporações, e promoveu a pri.meira tentativa européia de reforma ngniria. Ern mais do que oalural que o Padre Oicss~ bach e seus amigos de Viena se alarm~em vendo um tnt revolucioná.rio tingir a coroa impe• rial duran te a Revolução Franc\.'$9:. A ' 1Mcnsagem", redigida com muito cuidado, refuta todos os erros esposados por Leopoldo, detendo-se especialmente cm combater o janseni!rno. Oenunda n conjura('ão nnficristã que se empenhava em envolver os Momuc.a s para levá-los n coadjuvar a obra revoludonáriu e mos• Ira o perigo Que corria o trono imperial se Leopoldo li persistisse- na política in.scnsutn que se• guirn na Tosc~urn. Fín:1lmente, define o pro• grama de ação d<' um Impera.dor verdudciramcntc católico. Não se sabe se o texto do P adre Oiessbach foi lido por seu destim1Hírio. Nem é de presumir C!UC a leilura pudesse dcmovc.r dessa políli• ca ~uíddn um Príncipe que cm revoluc:ion6rio C'onvicto. No entanto, a c:Mensngcm" ~ de grande imporlância 1rnru a H is tória d1t Igrejtt.
Aco1ltecc que a púrtc firm l do documento põe muita ê.nfáse na necessidade da restauração dos J esuítas, e por isso o funcionário que em Vicnn o mnndou para o a.rquivo, lhe deu o se. guintc lílulo: "Memorial de um jesuíta n S.M. para rcstnbe.leccr os jesuítas e conlrn os janseni.s:tas~'. t.~<' tHulo não dá uma idéia precisa do verdadeiro conteírdo da "Mensagem", o que pro• vl,velmen tc explica o fato de que os pesqui.çadores não lhe parecem dispcnsur a devida atenção. É pena, porque, resu mindo o pensnmcnto do Padre Oicssbacb e dos membros di\ ºAmicixia" sô~ bre a Revolução êsse escrito orientou a ação dos católicos vienenses durante o Congresso de Vic. ua; o seu conhecimento é fundamental parn o esludo da própria Santa Aliança, P-Ois as "Amicizie" Hveram alguma influência co Congresso e não pou param esforço para cauc êle realmente rc-staurasse a ordem católíca na Europa.
Fernando Furquim de Almeida
mcnlando cm proporção perlurt>Mdon1". Es:lutt~f1dessas mesmas fonles também documentnm que cm anos reccnles u lnddê.ntla de dtlermlnada.~ doenç-:1s ,·cnérus no gr-upo tf,.rio de JS a 19 anos foi mais que o dôbro da regi.~r ado t m todos os oulros gn11,os de idade. ur..~es dados indl.scuHvcis prove:• nienfcs da Europa e da América. do Norte folnm por si. Suiercm forteme nte quc: :i adminlsfna('ào •lt' nn1iconccpciou:1i.s :\s ado.l ~entes ttve um ~ignlfi• c~1livo impacto no índice de icstri:çõr.$ ilegílimr1.s nesse grupo eltirlo". Me~--ano que se admira que o uso de :mtlc:oncep• cion:iis ,·enh:l a di01lnulr o número dt. casos •lc videz llegílim.:t entre :IS Jovens cumpre ttV{lliar os rls(os físicos e psícol6gkos que ela~ correm, bem como os danos q ue :1 sociedade sofre <'Om isso. l~numera o Dr. Ayd ê&s vlirios riscos, tai.~ como a e.stcrlUdnde prolon~.adn ou mc..m10 l)Cmiancntc, maior incidênd:1 de doenças ,·cnér-ras e de dncer, :llfm de outrns seqüelas próprias a um organismo ainda cm rommç~o, bem como umo sé.rit ' de di.s~ f1irbios psíquicos. A propósito dos m::alc:s caus-Jdos à vid:i famlJl::ir e à soe:icdade observa o artlcuUsta o seguinte: ºA Hi..dória nlc~1a que sociedades e nnt-õcs têm $ido deslruídns pcl:1 inva.s:io d:1 imornlid::1de cnfre o povo, eipcci:dmcnlc cnl:re os jo,·ens. N:'.io nos de,·emos esquecer de q ue aque!le.s que dt-.!l'J)r~.a1m os trros do pass:ado C)1iío condcn:1• dos :, reneli•los''. lº:lS
~r.,-
Na p:irtc fi111d de seu estudo fri.ç,.- o Dr. Ayd que '1 ne~1n ép«n de Mornl-Nova, qu:u,do abun· d:am :1s nfciçõcs desordenadas , eshi sendo fomenf.a da uma mentalidade anliconc:tpclonal na fu,·c:n• tudc rcmínlm1, os médicos devcm lcmbmr-se ,lo ilUC: Tom(is de Kc:mpls c.scre,·cu há séculos atrás: '"Tôd!l.S :,s vête.s que o homc-:m dtscJa 1.dgum:a coJs:1 desor• dcn:td:-unentc, torna-se log_o l.nqulc:10. ( . . , J ~, po• rém 1 akanta o q ue desejava sente log_o o rt.morso da consciência porque obedeceu à ..sua paixão, que nada VSJle l)llta akanç:ir a p:1i que ::dmejava. Em rtsl,;tir, pois, às paixões se acha :i Ytrdadclra pá% do coração, e não cm segui-las. Não há, portanto, paz no cor:u;iio do homem c:1rna1, nem no do homem entregue à.,: coisas cxtcriorrs. mas sômente no daquele que é (ervoroso e cSP1rllual". E Indaga o :Julor: "Pode um médico cxixrlmentado O('g_ar a vcrd:1dc e $:tbtdorh1 dcssns observações?" F.is :iqui a priclp:\l origem dêSfc e de outros moles que aS$okLm a humt'lnld:idc em nossos dias : o dc:pcrtclmcuto d:t ff, o re_ p údio dos v;dore.s: do espírito.
J. de Azeredo Santos 7
-'.~) AfOJLMC]S.MO- - - - - *
CARDEAL CHILENO NÃO ~ NEGA DECLARA(AO ATERRADORA QUE LHE FOI ATRIBUÍDA A PROPóSJTO das próximas eleições ch ilenas, o jornal "Ultima Hora•·, de Santiago, entrevistou o Emmo. Cardeal Silva Henriquez, perguntando-lhe se é lícito a católicos votar cm um comunista. A resposta foi simplesmente estarrecedora: Sua Eminência disse que sim. A pergunta parece ter sido feita com vistas ao fato de a Democracia-Cristã ch ilena estar tentando afincadamente col igar-se com tôda espécie ele esquerdas, inc luindo o Partido Comunista, para a indicação de um candidato comun1 que possa fazer frente ao Sr. Jorge Alessandri, que é o cand idato mais conservador ex istente na cena poli! ica e para o qual · volta os oihos a grande maioria dos chilenos, cansados do despotismo sectário e do agro-reformismo confiscatório dos democratas-cristãos. Diante do surpreendente pronunciamento do Emmo. Cardeal•Arcebispo de Santiago, o Sr. Patricio Larrain Bustamante, Presidente da Sociedade Chilena de Defesa da Trad ição. Fam ília e Pro-
do: ''Se o faz de acórdo com sua
ci<,fa-. co,u as ~nurmes c:011.-.·eqiiên-
c:onsciência está bem; o i111portcmte é que êle considere, e11, consciência, que o que está fllze11do está
cia.,· qae isto pode vir a ler. Enquanto nos 111eios tmtico111unista,\'
bem feito". No mesmo dia, o jorlllll "Clari11" p11bllco11 ra111bém "' <1ue segue: ''No fim da entrevisl:1 pergu,11011-se a êle [ao Cardeal] se u lgrej1.1, dentro de seu nôvo esví-
rito, mantén1 o castigo para os qu1.1 votw11 nos 1narxistt1s, sendo cristãos. Respondeu [Sua E111inê11cia]: ''Se wn. cristlio vou,, e1n consciên-
cia, nun,, rnw·.ristu, se vota no que ucreditu ser seu dever. eu o con1•
I
//rt!t!ll{ O . . .
..
Considerando detidt1111ente m11bas (IS versões, " TF.P acn:dira que
das flu:il111e.-1te r1rodut.t1111, e jâ es• tejam f}roduzindo, 11mt1 prof1111da desorie11tação ideológicll /Ili 111<1s.m da populaçiío. E isto ,,or três r11-
t.ões, que pa.vso a expor:
• 1 -
a gr"11de dif11.w io f)<>puft,r qu<1 êsses jor,wis térn. nu,n setor du opi11itio /Jtíb/ic11 propenso li a,:eitar tais declaraçõe~· <:01110 <IU-
tênticas:
• 2 -
li
coincidência tios dois
rellllOs jurnalísticns acinw transcri-
uma carta que o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira qualificou, em recen te artigo na imprensa pau lista, de "ubra-prinw de reverénciu, luci-
tos. /JJII prillCÍJ)iO, ''teSIÍ.\' 11/lll.",'1 teS-
do documento, publicado cm .. EI Mercurio". o rnais importante d iário de Santiago: ,. E:1ni111.mtissin10 Senhot Cardeal. Com datCI de 24 de dezembro de 1969, o jor11al "Ulth11a Hora"
publicou cvn, desu,que, e co1110 declarações de Vossa En1inênci<t, que, ao ser pergunuuio sôbre "se a I greja 11er11útiC1 que 11111 católico votasse nu111 ca11didato marxisu,",
Vossa E111iné11cia havia respondi-
O Crucifixo que desviou a cabeça para evitar vma bombarda
Quais são os f1111dam e11ro., dêsk
<!Sf)Wllo?
a) Em pri111eiro lugar, <t evident,: i110·0111patibilid11de entre a filo,·<>· fit, de M11rx e a dourri11a católica. b) Em ,·eg1111tlo lugar, a ex,·o1n1111hâ<> contra vs c:utóficV.)' (Jll<' t1poie11t vs co11umisl!1s - inc:fuindu o vo/t,r 11/ite,· lançada 11or Sua Sa11tid11d,: o P"P" Pio XII, de feliz 111en1órü1, ti qual não foi levantadt, , tq1esar dos ru1110res que corre1n líeJse J•entidv. t: ,uio estâ no limbi• tu <ÍOl" potléres <lt.t Autoridade dio<:esmw dedará•fa s uspensa.
e) E.111 tere,:eiro lugor, o conteúdo dos versões jornalística.\· ciuulus. que consthui uma es11w1tosa afirJ}WÇi'io tle subjetivismo moral. Co111 efeito, a uc.:eiu,re111~st: as referidas versões, o fôro interno da con:>-
priedade, enviou a Sua Eminência
dez e /inneza". É o seguinte, na íntegra o 1cxto
u,n desânin10 paralisante, os m eius cultus en, gera( se ent.:011rru111 verdadeiramente pas111os. provoca
tÍS nu/Jus''. Mm;, havendo dois tes•
1em1111hos. é já algo que ,,ode dar
fé da auten1icit!ude das nzencionadas dec:lar"ções;
• 3 -
por fhu, a ausência de 11111 de.w11e11rido oficial de Vossa E111i11é11c:ia a êsse prop6si10, é u111 dado que ve111 a11111entar pv11deràvelme11te a crença da opiniâo p1íblica 1111 11ute11ticid(lde das declüraçõe.< q11e lhe foram arribuidas, pois se poderia C1p/ic(lr o conhecido aforisn1a: · ·quem cala consente". Desta situação decorre, cu111u ,·01n·eqiiênci<1 noturol, um notável
favorecinumto da vo/(IÇâo 11wr.,·ista nas próxima,\· eleições presiden•
Virtudes esquecidas
ÓDIO PERFEITO AOS II\IIMIGOS DE DEUS
c:iê.ncia seria suficiente para que 11111 fi< 1( pudesse ud«rir a 11111<1 tloutrinu <:unde11a,la pela Igreja.
Tvdv êste grave
c:011j1.111ro
de
co11si<forações /i:v" a 'f"FP a sup<>r que Vosso E111i11t?11cfo não terá ,filo essas paf<n1ras transcdta.-.· pelos jor-
nais; ade111ais, levu-a w,nbém a co11sidera1· {file o bem comum pede 1011 urgente desmentido de V ussa E111i11ê11cia. Tonto ,nais quanto, hoje e111 dia, a arg111111.:111«çiio ''llb ab_..,·urdo'' is to é, de que seria
abJurdo Vossa Emiuênc:ia ter dito isso, e q11e, parlanto, deveria cmtender-se que não o disse - 1uio dispensa já de 11111 des,nentido, porque dentro e fura da lgrej" a o,,;. nião pública e:.c<mstu se vai habillumdo a considerar co111uns fatos que há cinco ,,nos teri<, visto c<JJno a/)suNlos. Tendo e111 vista o t1cin1a eXf)CJj• 111, fl TFP pedt• a V ossll E111i11ê11cia que, co111 u 11wim· urgência, f'-'S:ª <:heg<u· ao público 1u-n dvcu,nento
Conradino da S uábia , para acolher seu corpo decapitado, a primitiva " chiesetta dei mercato" foi suntuosamente ampliada
twtorizado, c:on, seu inteiro repúdio às declarllçôes que fite foram atrib11idas.
Co111 expressões de veneraçtio e esti,na etc .., Em resposta, o silêncio
Da Sagrada Escritura {tradução da Vulgata pelo Padre Matos Soares):
A resposta do Emmo. Cardeal Silva lfcnriqucz à carta do Presidente da TFP chilena foi o silêncio.
P
"Nesta ér1oca p6s-co11ciliar comenta o Prof. Plinio Corrêa de
gos. -
ORVENTURA NÃO odiei eu, Senhor, os que Te odiC1w1111? e tuío 111e consumia, por causa de teu.-.· ini,nigos? Co,n ódio perfeito eu os odiei; e êles tor,uu·anh5e ,new; i11i111i.. SALMO 138, 2 1-22.
A minha bôca public·llrtí li verdade, e os 111e11s lábio., d etesrarão o /111pio. -
PROVÉRBIOS 8, 7.
,
Aquêlcs que dize111 ao /1111,io: Tu és justo. serão <11nllldiçoados pelos povos, e deteswdos f)elus 11ações. Aquêles que o repreendem .sertío louvados, e virá .r(ibre êles t, bii11ç,io. PRov(,Ruoos 24, 24-25. Aquêles que abm1do11mn a lei louvam o ímpi<>; os que a guar dllln irriram-se contra é"le. - PROVÉRBIOS 28, 4.
Os justos abomina,n o ho111em í,npio, e os í111pios ,,bo111in(lm aquêfes que esuio no ca,ninho ,·ero. BIOS
29, 27.
Qwi,ulo o /ôbo tiver ttmizade com o cordeiro, e11uío a terá o pecador com o jusro. ECtESIÁTICO 13, 21.
PROVÉR·
A suntuosa nave central da Basílica; no a ltar-mor. a Imagem
O liveira no já referido a rtigo de diálago co111 todos, de estrepirost1s afirnwçõe.v sôbre os direitos dos leigos, que atirude 1011111, ft1ce aa apêla ,la TFP de se11 pais, ésre Prelado? l~esponde ,,elo mais co1111>leto e 11111is orgulhoso silê11-
t·io . ..., Mas o jon1al comunista de Santiago, ·'El Sigla''. publ icou uma nota furibunda contra a TFP andina e em defesa do Cardeal. Como observa o Prof. Pli.nio Corrêa d e Oliveira, íoi ''<> uivo da lôbo, zeloso pela pastor e furioso co,n as
ovelhasº . ..
1'rês aspectos da Basílica que a generosidade dos Príncipes e do bo,n 1>ovo de Nápoles co11str1â1t e enriqueceu, ao longo dos séc11.los, para gl-0rificar a sacratí.ssi11,a "Madonna delta. Briina" (pág. 5).
1 •
Ll Dirc,or: Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
= = = iZ
N0 próprio l0cal onde, em junho do an0 passado, terroristas puseram uma bomba que destruiu parcialmente o imóvel por ela 0eup ado à Rua Martim Francisco 665-669, em Sã0 Paul0 {foto em cima, à esquerda), a TFP expôs à v e neração pública, em singel0 oratóri0 dand0 para a rua, uma imagem de N0ssa Senh0ra da Conceição danificada pela exP;losão. Jun to a essa imagem, per· manentement e adornada de flêres 0ferecidas por, f iéis, a refer,ida Sociedade levou a efeito, durante ·G> mês de maio, urna vigllia diária de or,ações para pedir que a SSma. Virgem liv re do progressismo e do comun ismo a Igreja e o B rasil, e valha com suas gra• ças a tooos 0 s que n a cidade imensa s0frem, pecam 0 u correm algum risc0 material ou lil'loral. A joelh ados em ge.nuflexór,ios postos na calçada, sócios e militan tes da T FP r,ezaram em todos os dias do mês de' Maria, das 18 às 6 h0ras, nessas ir;it'er:ições. A reperc u ssão d e ssas vigllías foi eno,l!ITle; 1;>edi• d os de G>rações e notfc°ias de graças alcançadas t êm a fluído d e tôda parte. Pág. 2.
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JUNHO
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ANO
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EXEMPLAR AvÚ1.so : N CRS 1,00
Durante o Dies de Maria~ j11nto a' IDiagem atingida pela bomba terrorista
TFP faz TEVE INICIO no dia 1,o de maio a vigl• lia diária de orações que a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade decidiu promover, durante o mês de Maria diante da imagem da Senhora da Conceiçã~ que se venera no oratório instalado na sede da Presidência do Conselho Nacional da entidade, à Rua Martim Francisco, n.0 665-669, bairro de Santa Cecília, na Capital paulista. Como é do conhecimento geral, a referida imagem foi atingida pela bomba terrorista que destruiu parcialmente aquela ,-edc da TFP. na madrugada de 20 de junho do ano passado. Em reparação ao agravo assim feito à $:;ma. Virgem, a TFP . instalou um nicho, dando para a rua, no local mesmo cnde fôra colocado o petardo, e ali expôs à veneração pública a imagem da~ificada. Bsse nicho foi inaugurado no dia 18 de novembro de 1969, como já noti-
ciamos. Uma devoção popular, simples e e.spontânea, começcu logo a se manifestar junto a êssc oratório:. eram moradores do bairro que vinham rezar ali, eram transeuntes que se detinham para uma ou duas Ave-Marias; cm pouco tempo surgiram ofertas de flôres e velas para a imagem. Essas ofertas começaram de maneira despretenciosa: uma modesta dona de casa da vizinhança pediu, alguns dias depois da inauguração . do nicho, autorização para ali colocar diàriamente uma flor. Nos dias que se seguiram, a boa senhora continuou a trazer as suas flôres; outras pessoas imitaram o seu exemplo e alguém doou um vaso. Pouco a pouco passaram a chegar ramalhetes, cestas e até magnlficas "corbeilles" (atualmente, o afluxo de flôres é niuito grande: em um só dia - neste mês de maio - a Senhora da Conceição chegou a receber treze dúzias de rosas, de diferentes doa• dores, além de palmas, camélias, orquídeas, ctc.). Ao mesmo tempo foi crescendo o concurso de devotos, incluindo já então pessoas provenientes dos mais diversos pontos da cidade. que vinham até o oratório para rezar, fazer promessas, agradecer favores re<:ebidos de Nossa Senhora. Essa crescente devoção popular levou os ;ovens da TFP - sócios da entidade e militantes da Tradição, Família e Propriedade a pedirem ao Prof. Plínio Corrêa de Oliveira a instituição de uma vigília diária junto ao nicho de Nossa Senhora durante o mês de maio, para rezar pelas pessoas aflitas, necessitadas, expostas a r iscos materiajs ou morais em tôda a Ca• pital. O Presidente do Conselho Nacional da TFP de bom grado aquiesceu a tal pedido, acrescentando a essas intonções mais algumas, conforme expôs em artigo para a imprensa paulista. que transcrevemos ao lado.
O ato inaugural da vigília O ato inaugural da vigília diária de oraçôes teve lugar no dia 1.0 de maio, às 22 horas. Na manhã daquêle dia, sócios da TFP e militantes da Tradição, Família e Propriedade haviam percorrido as ruas do bairro convidando a população para a solenidade e distribuindo folhetos nos quais eram explicadas as intenções pelas quais se rezaria à Virgem Imaculada. Desde o entardecer era já grande o número de pessoas que afluía ao oratório levando flôres e velas para a sua ornamentação. ou transnH• tindo pedidos •de orações. Às 22 horas, com a presença do Revmo. Frei Jerônimo van Hintem, O. Carm., do Rc,mo. Pe. José Olavo Pires Trindade, de Religiosas, do Teoente-Co,·onel Josué de F igueiredo Evangelista e Senhora, e de numeroso público, os sócios da TFP e os militantes, tendo à frente o Prof. Plínio Corrêa ele Oliveira, reuniram•se diante da im:lgem, envergando suas características capas e levando quarenta estan. dartcs rubros com o leão dourado. Inicialmente, todos os presentes cantaram o hino "Queremos Deus": a seguir, o Côro São Pio X, da TFP, entoou o motete "Monstra te esse Matrem", polifonia clássica do século XVI, de autoria do compositor espanhol Tomás Luís de Victoria . Depois, o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira acendeu duas tochas que foram colocadas de ambos ' os lados do oratório, e que arderiam cm tôdas as noites do mês, durante a vigília de orações; o Revmo. Pc. Pires Trindade iniciou então a recitação do têrço, seguido da Ladainha de Nossa Senhora.
Toxto de• .., Gustavo. Antonio 'Solln,'eõ t ·· i
• vigíl 1a
diária de oracoes .,
A solenidade encerrou-se com o brado de •'fradição! Família! Propriedade!". Ato contínuo, dois militantes, postados de joelhos junto ao oratório. deram início à primeira vigília.
O Conselho Nacional também participa A vigília de oraçôes estende-se do pôr do sol ;:,o raiar da aurora, ou seja. das 18 horas de um dia às 6 da manhã seguinte, e é feita por duplas que se revezam de hora cm hora. Além dos dois que estão de turno - ajoelhados em genuflexórios postos sôbre a calçada - são sempre. numerosos os sócios e mili• tantes que se sucedem em oração junto ao nicho, sem que seu nome figure na escala d:> dia, pois o número dos que querem participar da vigília é bem superior ao de horas disponiveis. · Cada dia da semana está a cargo de um núcleo de militantes, ou grupo de sócios e Diretores. Os membros do Conselho Nacional também fizeram questão de participar dos turnos de oraçôes.
As oraçõe;s e intenções A abertura da vigília é feita d.i àriamente segundo um cerimonial :;ingelo mas expressivo, com a presença do Presidente do Conselho Nacional da TFP. Os dois vlglll6rios des\gnados para a primeira hora revestem suas capas e apre.sentam as duas tochas ao Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, que ateia fogo a estas e d:I início às orações da noite com a recitação do "Angelus" (ou, no Tempo Pascal, do "Regina Coeli"). Começa então a recitação contínua de rosários, que se iniciam com o Credo e termi• Mm com a Salve Rainha e a Ladainha de Nossa Senhora. Entre uma dezena e outra é intercalada a jaculatória que Nossa Senhora ensinou aos videntes de Fátima para ser incluída no têrço: "ô meu Jesus, perdoai-nos, livrainos do fogo do inferno, levai as almas tôdas par<1 o Céu, principalmonte as que mais precisarem". Ao fim de cada têrço é rezado um "Lembrai-Vos", a bela oração atribuída a São Bernardo. Antes da re<:itação de cada um dos têrços do rosário são lidas as intenções da vigília, que são as seguintes: - Pela Igreja, paru que Nossa Senhora A livre do progressismo; ...,.. Pelo Brasil, para que Nossa Senhora o livr e do comunismo; - l'or todos os que sofrtm na Imensa urbe, para que Nossa Senhora o.ç console e os ajude; - Por todos os que lutam, vacUando entro • virtude e o pecado, por todos os que perseveram na virtude, para que No~ Senhora lhes :aumente a perseverança; - Por lodos os que pecam, para q uo Nossa Senhora os presen,e do desespêro e os reconduza ao bem; - Por todos os que agonizam, para que Nossa Senhora lhes sorria na hora extrema; - Pehls pessoa.~ vlsndas pelo terrorl~rno, para que Nossa Senhora as ajude, fo.rtaleça e preserve; - Pelos terroristas, para que Nossa Senhora lhes toque o coraçiio e os converta; - Por inlençlio ele todos aquêles que se recomendaram às noSsa..i oraçõe.--.. Ao fim de cada hora, os dois sócios ou militantes que vão ser substituídos pôem-sc de pé, tendo a seu lado os que os devem substi• tuir; os quatro fazem uma vênia à imagem e com a jaculatória "Dignare me Jaudare te, Vir• go sacrata . Da mihi virtutem contra hostes tuos" é feita a rendição. lô de se notar que, a não ser nas horas mais tardia$ da noite, os da TFP nunca estão sós junto ao oratório: há sempre Üm número apreciável de pessoas de am~os os sexos, das mais diversas idades e ,.-ondiçõcs sociais, que acompanham as orações da vigília.
Repercussões A vigília diária Je orações instituída pela Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, F.:mília e Propriedade alcançou ampla repercussão tanto na Capital paulista, como também no Interior e cm · outros Estados. Dos pontos. mais diversos lêm chegado cartas de aplausos pela iniciativa, ou pedidos de orações. A imprensa de São PauJo publicou com destaque reporlagens ilustradas sôbre o ato inaugural, e nos dias subseqüentes vários canais de tele,•isão enviaram cinegra.fistas ao local para fil• mur o oratório com as pessoas rezando diante dêle. . Junto à imagem da Senhora da Conceição,
Maio de 1.9 70:
DOIS JOVENS REZAM POR VOCÊ l'linio Corrêll de Oliveira
Q
UANDO, m, madrugada tle 20 de judo ,mo passado. os terroristas tsto,uaram ,mw bomba na sede da Prt• sitlincia do Conselho Nacional da Sociedt1de Bl'tuileita tle Defesn tltJ Tradição, Fo,nUia e Propriedade. imagina,,am estar vibrando um rude golpe nesstJ entidade. Nll realidade, ert1 precisa1111mte o comrârio que sucedia: a Providência Se serviria do fnto para abrir PoftCO depois - pr.:cistuntnte naquele local - um rio de ,;raças. Com efeito, elllre os objetos mais dtmifica,Jos pelo atentado criminoso. tslava uma imagem de NQssa Senhora ,ia Conct;ção. Guare/a. mo-la carinhosamente. E. c<mcluída a restauraç-ão do tdifício, nosso ,ledicado porteiro Manuel nos deu tsta linda .m gtstâo: fa1.er um orat6rio dando para ,, rua, 110 local preciso onde a bomba txplodira, a fim de ali txpor à vem:ração pública ,, imagem da11ificlldt1. Com isto se repararia a ofensa feita ,1 Virgem Miíe ,le Dt11S. Atendendo ,,o a~lo. decidi que a imagem /ôsst 1ra.,upor1aúo em um det/Ut soltue, de nl)Jsa sede dt1 R11a PartÍ par,, a dt1 Rua Mar• rim Francisco, n.0 669. 11/,0
••• Só quem /reqiicnu, assiduamentt li Rua M11r1im Francisco 669 podt formar 11ma idiiu global cio e/tito be11/aujo que a prese,rça des.t,, imagem e dRsst crau)rio produz. sôbre " po~ pular.ão. Desde o (l(O intmgural do ormório - 11<1 dia 18 ,lc 11oi·embro do ,mo pos.soJo - 01f hoje, a ,·mugem ttm tstodo co11li11uamtllft florida. São rosas l'splt-11did,1s, são orquídttM de qualidade. são flórts comm,s, .tão mt as modestas flcrin/10.s ,,opulares. a st acumularem d~111ro do orat6rio, e - o mui•,. das vêtts - u 1ra1tsbordt1rtm fora dê/e, marcando a rua com umo 110tll feJ·tiva. Nem uma :r6 ,,ez. foram estas flôres compradas pela TFP: são ofertas cspo11~ t.intas de devoto.i do Stnl,or11 da Com.·eiçiio. Procedem tais 0Jt11as, 110 maioria dos casos. de pessoas das redomleu,s. Mas algun,as dtlos chegam de bem lougt. PolJ' os tlcvotõ.r da imagem começam a es1ender•st pela e11orme cidadt.. Um bilhete pedindo graças foi deixado junto ao ora16,;o por uma senhora que it1foruwvo residir na Liberdade. lindas J/8res chegaflm1 há dias. ~11viadas por uma floricultura do Paralso. Um objeto perdido 110 local trazia IJ enderéço de uma pessoa do Jardim América . . . Nos horas mais diversas tio dfo e do 11ofre, há pessoas que rezam ,/lante do oratório. Assim, na.r primtiras horas da manhã, passtzm rápidos os empregados de iodo tipo. à dema,ida de stus locai.r de trabalho. Em freme ao orotório, algm,s se detêm para uma rtfpitfo prece. Outros, que não têm tempo de parar, se persignam t continuam seu comi11ho. Lot;o tlepois começam " 1x1ssar, menos apreSJ"f.1da:,-, w; do,ws de casa. que vão para a Missa ou para compras. Dio11te ,lo oratório, numerosaJ' são as que, por .sm1 vez. st persignam, ou param e re1.tm1. Aos poucos, " rua vai começando li :lc atra,,ancar de 01110móveis. Passam corrb.'i parlicultJre.t. 16ris, t'ilminhões e ônibus. ê freqütnte notur que, dcn• tro dites, há gc11tt que ja1. o sl11al da cru1.: homtns t mulheres, c:riarrÇll.\'• jóvt11s i' velhos. passageiros e chauffcurs. Pela calçadt1, a quamidt1de .w: pede.tires cresce tombim. e se ,,ui iormwdQ hell!rogém~u. Co11tilluam numerosos os que u pcrsigm111, de pos.sagem. MtJs váriOl' outros se de1êm , às vézes demorodameme. Não raras l'étcs. fo1.em uma ge1111flexti() ali o chão. Ou me,rmc se ,,joc•llwm, pura e :dmplesme111e. em piem, calçada, como se estiveJ·scm em 11ma ig1tja ... Entre êS• tet. não poucos jovens. E até algum play.boy. De quando em quamlo, dlguma pesso" cllfrega flôres pt,ro ogradect•r ou ,,cJir favores. Com o en1rada da noite, o mo,1imellfo dtcre~·cc. O orat,)rio v11i Jicando isollltlo. Vão chegando suos ltórtU' mois belos e mais pur,, gentes. Se. duroltle o dit, , u Yirgtm favoreceu u.r que possamm · m, lma pela vida, à noite Ela recebi!- com amor o triste desfile. que começa, ,la:,- almas agoniadas. das aln,as solitários . .. dos pecadores. Síio ptssQas q,ie, às horas 11wis tardias. saltam de um Volk,t ou de um Gordini, de um Karma11-G/rio ou de um lmpalll, u recolhem um insumu~. e sllem. Para omle ,,ão? Para um rcpOtl.fO hone~'tu? - J'ulvez. Ma,\·, muiU/,\' vi.1.t.'J', t1s c:ircw,stlincit1J' mio permitem du,,idar: suem do pecuú,,, ou wi,J p,1ru (,fe, A lgum,,s sa~ luçmn. como um jowtm m eleuudo, que. ,Je mãos
postas e joelhos em ttrr« t·:tcla,,wva: "Nos:ru Senhora, acertai 1ni11Jw vitla". A Providência conduz is.ses hocuimbulos para jumo JA quelu que sabe corriglr to,Jos os ,,feios, perdoar todos os orrepe11didos. tocar todos o., empedern;. dos. e co11solc1r to,los os aflitos. No meio dêsse., lancts de dor, tis ações de graça co11timu1111. Süo carros tm que vim. muitos vi1.es. o espúso r a esp6sa. ,·om algum filho. trazendo em c,,·ão tlt graças - mesmo 1orde da noite - brt1ça,la.\ ,le flôres ou até corbeillej, E (J,Ssim corre o tempo, até que u manhã traz nôvo ,Jesfile tlt.• Otllras e..tperanços. outras qlegrios t outras a/lições. Como. por é.templo, o de uma sep1t1agr11ária. que em pleno dia. e sem se i11comodt1r com o bulício' do 1rânsilo, chorava jumo ao ora16rio pedindo qut Nossa SenhortJ a fü•ras:re - não se chegou a ouvir bem - .ft de um dl'Sempr;go ou de um dtspéjo . ..
••• /J/UJ'fimias, immlto,r'! Tambhu os /ui , "'"·" raros. Uma vez, por txtmplo, um jovem enfurecido tsc,1rrou na f)ltrtde em qur ~srA encai:<udo o Orlllório. · Outm v~z. umas môças ''pro/hicc1.s'' pus~11ram protestam/o comr" e d,:sperdiâo de f/ô. res. - Judas fft. análogo comemórlo quall(/o viu Soma Maria Madalena a ungir O.t Ph· ,/i. vinos. Certa penoo acercou-.,e. uma feita, Jo orarm6r;o (J,rtÍe ta1tlOS fiéis (l1COntrtmr OS' J:l'flÇOS da Rainlw ,lo Clu, e perguntou s,,rcihacame11• te: ' 10 que é i.fl(J? mnc,mrbt,?" - f:,,'r(I umu freira . ..
e
••• De /Qtlos cJstcJ· flashes, " imagtm que .se Jtsprt11de é a de umo grande çidocle em que a graça tsparge fm 1ores in.tfgnts, na qual a ,1ir. wde resiste e vence os situações uwis tu/versas . . . mas onde, 1ambém, 101110 o pecado como a dor, em tôdas os suas formas. rondam, com~ peiam, devastam. Isto levou os admirá"':is jovem· da 'fFP tr me far.erem um pedido. Estou ctrlo de que tal pedido comoverá ati o fundo do alma todos os ltitorts que ainda tenlram no alma alguma profundidade . Ocupados embora o dia inteiro com seus tl·tudos, stus empregos, suas lllividadti em prol da Tradição, da Família t da Propriedade, Sll• geriram.me. êlt.f de ,te revezarem durálllt. a noi~ te. um· aos outros, ao longo de todo o mis marial quf, se aproximo, rez.ando co111t11ua1mm• ,~ o rosdrio junto à imagem que os urroristas danificaram. Por que intcnçües queriam éles folcr ~sst1s preces em horas tão her6icas? - Por todos os que sofrtm no ime11sa tlfbe, para que Nos:Ja Senhora os console t ajude. Por todos os qut lutam, YtJClla11do entre a virltldc e o pecodo. por 1odos os que ptrseveram 110 virtude, para que Nossa Senhora lhes aumente o ptrse,,e. ronç,,. Pt1rt1 1odos os que pecam. para que Nosst1 Senhora o.t pre.ftTl·e do desespêro e os l'ecoml111,a ao bem. Parti 1odos os que agonir.om, ptiro que Nossa Senhora lhes .mrria ·,,a hora ertremci. Aqt(it'sci. E como não lu111eria d,aquiu,·n? Entrcranto. ucrc.,cemâ ,, rs.ms espléudldtis imenções 11lkmna.r ollfro.r: pelt1 Igreja, parti que Nossa $tnltora A livre do progressiJ·mo - pelô BrosU, par" que No~·u Stuhora o fü,re ,ló tomuni., mô - pelas pcs.so,,s vú·adas pelo 1errorismo, pam que Nossu Scnhom ax tJjude, for• taleça ;: presen·c~ - e ptlos terroristas. poru que N()SJ'U St'11hor9 /lu:s toque o coração e lJS COIIVt!r(O. Por fim, r~cl)mendei: rez.em pàrlicular• mente pelos 1erroris1lls que danlficarom a sede l! o imagem. Se nós, tlc lodo o coração, os per• doamos, q,umto mais os perdoo o Mãe dt tlitlns a., mi.,eric6rtlios!
••• Stlibum, pois, lüdól' CJJ' que /t>rem c\#e ,1r1igo, que. se c.•m alguma noite d;,'ftc maio próximo. seutirem ntccs.tidadc do auxílio de umu prtce cristãmente frc11erno, 11aquelo !,oro exata dois jovens - ,miversitdrlos. eswdantts secm,, tlórios, comrrciários ou operários - cs10rãv rez.ando poro que 1(11 auxilio /Jus seja couct• ,lido. (Transcrito da "Folha de- Slio Paulo" de
26 de abril de 1970).
FoH),<Ç l)F. lh'AON' A H'TON"IAOIS
r ;\ NlO/'i l(l {".-.uo~ ç ,.,uu:1uo
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Aspectos da vigília de orações levada a efeito pela TFP durante o mês de maio, A imagem de Nossa Senhora da Conceição vítima dos terroristas O oratório com o estandarte da Sociedade e duas tochas, as quais ardem ao longo das doze horas de cada vigília A afluência de fiéis para rezar com os sócios e colaboradores da TFP. Nas fotos pequenas: diàr iamente o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira reza as orações de abertura da vigllia ; em baixo: o porteiro da sede da TFP, Manoel Salv ador , que deu a sugestão de se instalar um oratório onde explodira a bomba .
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UM Só PATRÃO E TODOS PBOLE j S ÚLTIMOS P"rtiCi pt1111t.,· ,lu rcw,;,;o ,lo cnmi1; operâr;o di.,·pu.,·nvmn-.re lt.•mameme pc-lu /IÚtio <lu Jcíbric11. E ,·a II hor<1 do almlíço. <' e11qm11110 wm, mm os/<'r" ,le ,Hs1e11s,ío .,·e 1,:cmeraliz.cw11 110 ;m,:nso edifício. " '' st1l11 tle uuuiões do ct>mit,i umu ,liscus,çti,,.1 co11ti11u<H•ll ainda, sem prtssu. Participtll'lllU ,leia três tliritt:llles do comité, Memlit~"'• Stínchez. e A[:uirre, que ,ii.dvelme111e ,·0111i11ulivtm1 trt,umdo tfr 11.mws reltlcionodos com fato.,· concretos exami mulos du rmue a rcm,;iio. Mcndicw. c:om ,,:Rrc,, de cinqiiema tmos, C<lbelos escasso,t t Kl'Í:wllw.~. ,tan,::uíneo e de i oz. ·" ºnora, 1:tsricutav1,:
viduo ou :\ uma s6 frunili.t, goza por isso mesmo de
O A plonlflcoi6o oito tisto
uma :unonomia c-m foce do poder supremo que se traduz
em capricho e em dispersão.
Mcndicta. -
seriam c;1pazcs de c-a ir cm cima de rr.im se soubessem que penso assim! Como é conservadora e a1rnsada. a elas:,e. operária dêste país! Pum olhos fraco:,.. a luz. 1em que aumentar de brilho J)Ouco a p<>uco. Porém, se nos nossos companheiros cu fa lo de greves, reivindicações !>al~lri:,is:. e le .. não é parn tornar.lhes ;1 vida mais confor. 1ável nes1e sistema, mas para crir,r nêlcs om:1 indignação c rescente que lhes faça abrir os olhos para ver o m;-11 do sistemr-t. considerado como um toe.to.
cutores. enqumlfo b,1ixllvt1 a wn como JU1rtJ uma c<m/l·
t'
l'espirotJ fundo,
"º mesma lt!mpo que .w: re,<u,f,,vo ou-
Agukrc. - Bsse é um pOnlo fund;,mcntal em que A dltoduto sindicol discordo de sua opinião. Para você. a Argentina se com•
credor com evidemcs títulos. Sánchtz e AJ!uirre calavam-se. pen.,·utivos. Sobretudo Aguirre~ que parecia ter alio II t/i <,er, ,h~ixavt, que .te diJut.tsem m> c,r il.f vibraçiíes tias patcn•r11s ,Jc Mc11Jiett1. Qumu/o isto se tleu, começou a Jt,lar tom "'"" voz ptm• :wtla '1 quase surti~ qt1t' foi crcscenda ,te tom, mas que mmcu J't tornou rápidtl nt"m ,lec/umt11<iria. Com seu roslQ c,/ongado. frolllt:. alw. c11l,elo e olho~· muito pretos. lábios f i nos. era um ,;po ctlrilcterístico Je homem v<>I• todo parn {) concrct<>, mas cunigo r e/lex,io. Cam pro11tí11cfr1 marcadam~ure salte11ha, re.f pondcu:
,J"
O homom ..,6 umo pc~o no
Aguine. ·- Essa máquina industrfa1 que você pede. dirigida pelo 'Estado, parece i!nponen1e e ~t :,lguns Pode g r ondo in,s pirar confiança. Mas conf~"íO que a mim e:i.-s.:1 imJ>tJ-móqulno do h t odo nência, em vez de confiança, me causa nrnl-estar. ~e cada fábrica é um conjunto dirigido do i,110, e cada SCC• ção da fábrica é o que a fábrica é no conjunto, p:nece-me que salta aos olhos uma conseqüência: que cada um de nós será na se<:ção o que cada secção é na fábrica e o que cada f~brica é no gigantesco conjunto indus1rial que você propõe. Isto é, seremos simples peças também. Ora. ._, mim não me agrad3 ser uma peça e p.··u-ecc-me desumano êste seu $istema no qual tôda a Argentina industrial e comcrci:1l se transformará om peças de engrenagem dirigidas por uns poucos. Sánchez., para quem " itléi(l em 11ow1, t/eu uma ri• ~'lula, voltando,-se para MentHeta ,.:omo parti pedir uma c.tplit:llÇtio. Em seu ros w re,lomfo e c:urm,tlo, com olhos inexpreJ"sivos, 11ari1. pequcu" e. bôcu lt1rs:a. ,, ri.m m,,rcaw, uma alegria imrm·t1 t: pc,:tsagcira que er11 logo substitui,Ja pth1 c:os111m eiro Jolt,1 de e:fpress,ic>. Mas tl intcrpi•laçt1n muda 11iio e,·u 11eces,wfria. Memlieu, tini"' a res• postt1 nu /X)llta ,ta língua.
de uma máquin;.1.
Mcndict.u. Já vem você de nôvo com poesia! Se tudo is10 te dá pão. que ma is você quer? A conc41p~ôo
mais•i
Sáncbc~t. N i,sto não deixa de haver uma cerla verdade. Mas. em todo C:.\SO, a fome, . ,
Aguirrt. - Se um paralítico cm sua cadeira de Porolld o do lntc,1i9Cnclo e, rodas é um infclir. porque sofre o enorme mal-estar de do vo ntade
MESMO, MAS tlNICAMENTE J'OR SEUS ABUSOS PIO Xt. F oi t-S1a ctl>«ll"' d t ttOUOmJ• la tfll>llall,tfa) q ue \.rio Xlll PtOCV'f'OU com tõdas as vt-ns ~tu.lar :st-aimdo as t1onna$ d.A Ju."itJça: de ondtsc. ka:Ut" Clllr dt ptr $1 qiio f rondcn:h'C'I. E rui• tntnlt, dc- sw n.otuttt.a, não é V'lelo~: .s6 viola • ttta ordem Qm.ndo o t-a1>lt.t.1 t-St:ravh-a os ol)el'ltirloi ou a cla$Se prolet4r1a tm"' que os nl"l ódos " todo o ttahut- ceon6tnko cste-Jam ni.$ mliio~' dêle e tt• vertam w1 soa vanti.atm l)róprla, ~ni sto lmport:ar C'Om • dlanJdawJe humana dos o~rúios. com 11 ruo, do sot.lal da ttonomla e t0tn a própria Jusll('a .so<laJ t o b«n wmlôi.n, (E11ckliea "QuHdr:i'gesimo Anno·•. de IS de m:.tio de 1931 - Edltôrn Vo1.<c.S I Ida.• Pc1top61is , 1>. 38). PIO Xl . - ~ primclrameute 0$ Q.OC: dí~m str ck ~o:a ntuurtta Injusto o dt t rabalho t prc:ltndtm 'iUbS'IHu(-lo por us:n C'Olll r1110 de S,()('l(,dll.de,
"°"'"''º
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Aguirrc. --- Em rch\ção à dntbiç,io e dm•ez.f1 de alguns patrões. Mas a "Matcr ct Magistra" ganmle u,m. bém a liberdade dos operfirios.. : omo :• de 1odos. contrn a tirania s indical e o tornlit~rismo burncrã1ico.
r icd;:1de, no qual cst:.l a melhor co1lciliaç::i.o da a utoridade com :.'t liberdade. Não complique as cois:,1..-;!
A,:ui.rre. - Não. As coisàs às vêzes são complexas. mas as boas ex.plic-ações as .simplificarn. Pelo princípio de subsidiaricdnde. cada um deve ter uma respOnsabilidade pessoal pele> seu destino e pelo de sua famíl_ia. Na.~ coisas \!ln que n~1tur:.1lmentc se exijam fôrç.;,s maiores que as do indivíduo e dá famí lia. devem ntuar a..> associações, in· c lusive as de classe. No que exceder as f6rça.s destas, Jeve a1t1ar análogamente o município, e assim, pàss:,ndo pela província, chegamos no poder !;upremo do país. Oes1a maneira a liberd,,de se conjuga com n obediência. Não formnnlos ullltl máquina de peç~~ inerlcs. mas um organiasmo cm que cada homem e cadt\ grupo social é um membro vivo. o qual contribui com sua originalidade própria para o bem comum.
não poder mover seus membros. moil('o m:\i~ infeliz é o homem dirigido em tudo por ou1ro. para o qual o pen~ ]j\;, : ~ o querer se 1r11:nsformar:m\ e-m funções inúteis. ,. q_oe, como um animal, vive só pànl co mer. A paralisia do espírito produzirá. Mcndieta, no seu paraíso me.clinico. um descontentamento mil vêtcs mais ptofundo do que a inSuficicnte sa1isfaç.1o das nccessid:1dcs de nosso corpo. Mendieta. - Acho que m inha máquina vale muilo Porque o homem não é principalmente corpO, mas nêle Povo e mosso mais do que essa S\m organização para o bem do povo. o fator principal é a a lma . Para mim, você cs1á interpretando mal João XXlll. Mendi et~}. - Você fala como um b-urgoês! Para o Aguirre. - Como é que "ocê pode achar lsso se opcr;irio exi.:Hé apenas matéria. fome e necessidade. nunca o leu'? Além disso. as peças da sua máquina niio constituem um povo, mas uma. massa. Tenho aqui uma Sánchez. - Ei! Que hi$t6ria é essa?! A que é que passagem de Pio XII publicada c,n "Cruzada'' .•. Você você reduz. :, gen1c? Somos. simples anin1ais'! Os burj:t ouviu falar de "Cruzada"? gueses têm o mopopólio das ~oisas do espírito? Não compreendo qu: um líder operário pense assim e ache Mcndk1a. Já, eu sei que uns rapazes católicos que com isso beneficia nossa cl:\sse. edirnm essa revista em Buenos Aires. Todos os meus companheiros de ideologia a detesrnm. Dizem que eln AguirTc. Olha , Sánchcz.. :, cois:_'.\ é mais g_qivc ::.inda. p0is se êle quer ~,c:,bt,r com os burgueses é por~ eonira o povo.
Mcndiefa. - Aqui entre nósJ que ninguém nos ouve, acho que os únicos proprie1:irios- das fábric:1s devemos ser nós mesmos. Uma fábrica que pcrt:n.;.a tt um só indi~
COl\iDENAVtl , .€\\1 SI
Sánehc-t. - Ah, sim! Já li }1 "MMcr cl Mugis1ra''. que o jornal chama de "Cana de nlforriõ\ da clas...c operária mundi:,I, cm relação aos palrões ambicio.-.os e dcsapiedr1dos".
Mcndietn. -
Aguin-e. - Nem só de p5o vive o homem, mas (lc tôda palavra que sai da bôca de Deus, d iz o EvanGClho.
Mns como! Ac:i.bar então com a pro-
t
Sánchez [volu,ndo-se parn Aguirre com umcl novi,
Mc:ndicta. Deus! Dignidade! O que faz você com isso quando sente fome? O seu b-cm•c..c;tar não vale
Menditta. - Se êles fizerem ;;ibsoluta quc~~tão disso. poderão ter, duran1e algum tempo. uma representação no Comit~ Supremo, ou no comité da fábrica. Talvez isso t-eja a1é bom como 1ransição.
0 CAVJTA.LIS MO NÃO
" Mote, ot Mogblro"
A1,:ulrrc. - Quero algo que um mnterinlisia não Mendictu fcom um,1 gargalha<lal. Conheço ai• comprendc., porque para ê le o ventre cheio é o único guns dirigentes da Juventude Operári:t C atólica. :1 JOc;, ideal da vida. Quero dignidade. Se Deus concedeu a e nunca os ouvi folar assim. N5o concordam in1ciracad.t homem inteligência e vontade. foi para que 1ivesse mente comigo. m;ls cs1ão longe de me comba1cr como certa porção de liberdade no traçar o próprio destino você. e cm prover a suas necessidades. Acho degradante vender essa prerrogaliva a trõco de um pedaço de pão; Aguirrc. No cornn10. bas.1;, ;,b1·ir ;1 " M a1er ct Prl.nc:iplo do ou de mil pedaços de pi'io. se você preferi!'. s.1,1 bsldlorledodo Magistra". Está lá a definição do princípio de subsidi:.1•
s,nche,z. - E com os proprietários. o que é que você vai fàzer? V::ii cortar a cab-eça dê1cs?
Aboll~õo do proprltdode prfvodo
At:uirrc. - De modo :,lgum! É onH, pena que você não leia as Encíclicas. São muito mais acessíveis a ho• mens como n6s, sem grnnde ins1rução. do que geralmente S!! pcns:;:1.
motorioli.sto Êle tem razão; se você e. sua familia não do ho mc,n,, risada). coroctetristlco passarem fome. se você tiver estabilidade e viver sem do .sociolismo prcocup~1ções. que mnis poderá quere.r'!
Mendjeta. - Se você. vem com CS$a poesia de oão querer ser uma peça, iodo o C$fôrço <:conõmico se divi~ de e cntr.1 em colapso. Ou um supcrcomité de 16cnicos estatais e representantes dos operári(.\s dirige ludo. ou cairemos no caos.
S:i11che1.. priedade'?
Mt ndieta. - Portanto. na opini:'.i.o de vocês o me• lhor é o caos! Dignidade. liberdade, c;10s e mi.séria! I;. esta a fórmula de vocês para aliviar os sofrimentos do povo ;1rgenti110·?
põé de duas categorias de homens: uma minoria que sabe tudo e que deve d irigir tuJo: os líderes da CGT, os representantes dos operários que ela consegue designar nos vários comi1és e os técnicos que estão dispostos a coneordàr com ela. O res to é ~i ma~a qu-: deve ser dirigida cvmo um rebanho. Pior, deve ser obrigada a obedecer ~1◊$ impulsos vindos de cimn. como humildes engrenagens
dnclo O.\~ ecô:i de sul/ própria eloqiiência e pt!rscruuwu nos olhos de seus amigos t, atltniraç,io ,Jc que se julguw,
)\guirrc: op rígio entr~ $em que sabe aplic, cat61icos, r.:fitta
que Quer que o mundo inteiro viv:1 llnic;1mcntc em funç;io da fome e da matéria. Não sou t'il~ofo. mas me parece que qunn10 mais caminh:i.rmos ncs~rn d ireção, tanto mi\iS nos animalizaremos. Isso é a barbárie!
Mendicta. Em m;uéria de lula de c lasses êlcs sito menores de idade, e compete á CGT transformá-lo..~ lentamente cm homen.~ adultos.
dência decisiva ,. terr;v<'I . ..
Mais rubicumlo que tlc cos11mw, Mttrtlieu, ,\'emou-;,·e
Men,dieta: dirigente sindlcal qu._c luta pela inst~1iração de um Estado eolctiYistà.
Ag_uirre. - Sempre gostei ct..: íranqucza. E ~,conselho que você sej;i franco com todos, não só conosco. Pois você não pode tratar os nossos .:ompanhciros como se t'ôsscm bobos ou menores de idade, aos quais se vai ensina ndo aos poucos o b•a-ba.
E tlponumdo com um 1:esto part1, seus ,foi.\· inu~r lo-
Mend1d a. - S im, o Ó•subsat(trio" pMn vocês. parn mim!
Não vá você ::agora 1rair•tne contando
e que ouviu. Porque a té na assembléia gcrnl os colegas
Mcndieta. - Isto nlio pode continuar il!i$im! Ou o Estado faz um planejamento industria l mcliculoso, no qual tôdas as indústrias se coquadrcm- como peças de um grande conjunto, dando·- nos a.o ,ncsmo tempo as van. tagcns e garantias de que gozam os funcionãrios públi• cos, ou :t produção não crescer;\ na proPQrçâo das necessidades do país e permaneceremos e1crnamcn1c no sub• desenvolvimento. E subdesenvolvimento. comp:\nhciros. significa "subsalário'',
p;.lnt vocês e
Oferecemo~ hoje aos leitores ~ tradução de Aires pela Sociedade Arge.ntin.a de Defesa ·da Tra tra uma F.CSenha substanciosa de temas de doutrina da na mesma linguag~m de q ue êles se revcs\em terlorm,e nte três " Dialoguito.s" (como se to,n.aram "Cat_olicismo'':_ n.0 207 - "A ~ropri#~ade_ p,ô"vada para o 8stado?"; n.'1 21 l 'lã ant1·soc1al econo
Sánchc-1:. - ~ a primcirn vez que vejo você fo lt1r :1ssim. N:i o pensava que você fôsse tão I01lge.
1.1111 libl-UtdO e talunl.wu m11li.JtNMlll"'ntC' O NO.).• Pr<:de-«$SOr (lu.t ni:,. F;ndc:Uc• ''Rttuor Novarum" nAo Só adlnlk. • lqlUmldadc do sa..lArio, mas prir t u D rtitul6i Jo s c-au•>do 11~ lcl$ da Just~.
"•rum"). Quem oul31, POIS, ntJN' ~ d!vtrsldJad~ dt" t l.ll$$41S $0oCial..-c tontntldl:z ll Ordtot mtSltUI dA nlUurtta, {Enc:kl!<:a "Ad Pelri Calhcdram••. de 29 de ju, nho de l9.S9 - AAS, vo1. 1.1 , n. 10, pp, 50S-S06).
(i:-ncfclic::1 •·Qu:1dr.i3t.S:imo Anno" , dC' IS de maio de 193 1 l;dit6r:i VotK-S lAdtt., 1>c1r6 p0li$, 1>, l?}.
NÃO EXISTE UM DJREl1'0 A CO.PROPRlEOADE
dbtC.fll $0
0
AS DESIGUALDADES INDIVIDUAIS E SOCIAIS, I-' 01'-'TE DF. Bt:LRZA ~ H ARMONIA
JOÃO XX IU. - Ot r~to, "a.ssltu cc>mo no corpo humano os dh•t-rSos rutmbros $e ajustam <"nltt sl t derennlosun t SSll$ rcl•t6ts hannonJosas a qu<" eham:imos ~ni.drla, d:. n1tsi1•a rom1a a nãlurc-Ut tXi • xe que na .sotkdadt a.o; c-111...,;.,w.o; st 1nlt,:ttm UIWI.$ às ou1rns t Por s.m C'Ohlboraç-ão mOtu.a rc-1dl.zem um ju.'il O l"t!UHlbrlo. C1lda WU.)I dc-bs cer,i nt"C:e$l1Jdlldt da ootr.1: o C'Q.Pltal não ulstt sun o trabsilho, ntm o trabsilho sc-m o e-apl.cal. Sua h~nnoola pf'OduJ. a bt• lt-xa t a ordtm" (ldo XDT. F.-nckllca ' 'R<"rvm· No-
N&M°" A CO-GEl>7Ã0 DA EMPR.e.SA PIO XU. - P or Isso a doucffllll tiOt.lal cacóll~ se lll"(IIIU.nda, ('O(~ O\ltnlS QutÍ 1~$. tão C'OO,Séltn fC• nmlCc l)('k) dln-Uo de ,u·opr'ltdadt: lndlvk1uaJ. Aqui estão lasnbfm O$ n\Olh'ôS ,,,otundot Por Q."t os P~P:&$ d:l$ f,o('icllcA.S sodJLSs, e N6s mt$010, No$ tt• c:,usamo.1- a d<'duzlr, 'Juer dirrta, q°"r lncllrttaitntnlc, d~ Oll.111rn.P do cOnl:l"Ato de (fflba)ho O dittlto de to--proprtc-dadc do o~rllrto no c:i.plhd dll crnprê~ e:., <.OmtqUtntt'fl1ult, sc:u dlrdto <k co-dlr«iio. lrnporlAVQ nqw tr,,I dJttUo, POl.s J)Or (ri$ dtlc se t nunc:ha um probkma nui.lor. O dlttlto do lndMduo e d:a himfl!III à p,oprltd-Mk, f um.a c:ons«1,Uhd111 b11tdl it• t·a 6a tti:sênda dtll l)('SSOa, urn dlrrito d11 di,i:nldadf'
po~I, um dJn:lh> oni.:n.do, E \'crdad4', por dc,·ett.,. s ociais ~ na.o f .,orfm udu$homtnte f'un(ào ~odal.
•Mn•
(R n.dlo me.nsagtrn de 14 de sc1c:mbro de 19S2 ~o "Katholikcni:it" de Vknn - " Discol'$i e Rfidlom<~ sas~I" , vol. XIV, p. 314).
A TIRANJA SINOJCAl, OPRIME O 0PERAR10
Pro xn, - Possa, t.nfim, Nossa Bfndo a.tudar a c-blSsc trabalhadora crl.slã da Bflak.a ll s;alr sii e SA1v1\ do p<"rlJto (lu-f:, 11r-edsanientc •tora, amuç~ um pouco por (ôd.ft P».rt<' o movlmtnto opc:.nb1o. Quertmos nos rri'ulr à ltnl Sl(liO de abuSlllr 1, , . J da r6rfll d.li. ori:anlutção, ltnllll('ÍtO tão l<"m(vtl e:. Pt-tl• ICOSII (J.UlllltO ttQUoela de abnsa, da fôr(-a do C'Apllal 11riv:acfo. l?.SPt'nir de stmtlhD.ntc abuso à obl<'ntão de cond~es t-$t=lvcls para o eS1Ado e si SOtkd.sidt, ~ria, dei uma p:\11t como da ftlHnl, umà vA llw::lo, Pllrfll n!io dh:er ~ udru 41" loucur.1; Uu.~o t loucunt adt-•
DIGNIDADE HUMAN'A 1 / DIÁLOGOS SOCIAIS - 4
rÃBIOS: IDEAL SOCIALISTA Aguírn. - Estou vcndu qu..: ...ocê não r.:spotuJ..:u à pergunta de Sánchez e pasa para o ierreno da poesia, no qual até há pouco você es1ava d.i lendo que não queria entrar. Respondo. todavia, de bom grado. Os ho• rnens são todos iguais por sua na!urcza. Acidentalmente, ons têm mais que outros na ordem d;; virtude,, do talento ...
patrões. ~ agora vira-se contra ~IC$, proclamando que o s operários tam~m têm direitos.
mais um dos Diálogos Sociais e.ditados cm Buenos dição. Família e PrQpricdâde, nos qu~is se cncon· social lacgamentc versados o.o púb)ico, :a·presentanas co.oversas de todos os dias. Já publicamos anconnecidos êsses tc)ltos). nos s~guintcs núrnecos de é um roubo?' '; n. 0 2l0 - ··@evcmlís trabalhar só
Sánchei: operário sem idêias clar~s, 'ª quem Mel\dleta gostaria de éenvencc(.
Aguirre. - Escutem então esta passagem de Pio XII sôbrc povo e massa. que eu vou ler em "Cruzada": "O Estado não contém cm si e não reúne n1ecãnicamente num dado território uma :,glomcração amorfa de indivíduos. e.te é, e na realidade deve ser, a unidade orgânica e organizadora de um verdadeiro povo. "Povo e multidão amorfa. ou, como se costuma dizer. ·'massa" são dois conceitos diversos. O povo vive e se move por vida própria; a massa é de si inerte. e. não pode ser movida senão por fora. O povo vive da plenitude da vida dos homens que o compõem, cada um dos quais - cm seu próprio pô:n o e a seu próprio mo• do - é uma pessoa consciente rlas próprias responsabilidades e das próprias convicções. A m~ssa, ao invés, cs• pera o impulso de fora~ f{,cil joguete nas mãos de quem quer que desfrute seus instintos ou impressões, pronta :·, seguir, vez. p0r vez, hoje esta. amanhã aquela bandeira. Da cxu~.ránci;t de vida de um verdadeiro povo a vida se difunde, abundante. rica, no Estado e em todos os se~ órgãos. infundindo-lhes com vigor incessantemente renovado a consciência da própria resp0n.~abilidade, o verdadeiro senso do bem comum. Da fôrç.a elementar da massa, M1bilmentc n\anejada e utiHz~da, o Es1ado pode 1an1bém servir-se: nas mãos ambiciosas de um só. ou de vários q 11e as tendências egoísticas tenh.1m agrupado artificiolmcntc, o mesmo Estado pode, com o apoio do mass.1. reduzida. a não mais que uma simples máquina. Jmpor seu arbítrio à parle melhor do verdadeiro povo; cm conscqiiê1\ci,\, o interêssc comum fica gravemente e por largo tempo atingido e a fe rida é bem frcqüchte• mente de cura difícil" (Pio XII. Radiomensa.gem de Nami de 1944),
Mendiefà. - Então foi Paulo VI ou o Concilio q\le revogaram Pio XII: pelo menos íoi o que cu ouvi dizer. Aguirre.. - No entanto. a verdade é que o Concílio e wmbém Paulo Vl · afirmaram que mantinham ,, dou1rina de todos os Papas :\ntcriores. Mendietn. - Bom! Isto podcr;t ter algum valor para você. P3rà mim o bem do povo consiste cm transformar-se no Que Pio Xll chamou de "massa", porque $0· mcn1c assim élc estará satisfeito. Aguin c. - Já que para você a liberdade degenera inst:rntâne.a mente em anarquia e ninguém se pe,dc s.:.'tlvar d:1 a narquia senão pela 1ir:llli:• sindical e ,burocrá• tica, vamos fal3r só em têrmos de interêsse material. Nego que êssc interêsse. seja preponderante. mas êle existe e ;, êlc correspondem direitos sagrados que devem ser 1utelados com todo o cuid:,do. Me.ndieta. -
(Alocu,ç.ão de li de scrembn> dt 1949 ao ··Movhnen10 Qperirio Cri.silo di O~ltt.ie."I.. "Oiseorfi e Radiomesso3:1i", vol. XJ. p. '208).
O IGUALn'ARlS~lO COUrrtVlS'l'A g NOCIVO AO OPERARIO
LEÃO XJ.U. - 1.. . J II connl'$ào d• pr<>prft,, dade partfc-tabr cm proJ)rkd:uk colttha. rio ptttonluda pelo ,oc.t:.lbmo, não tuia ol.ltro d't.lto knio tomar a t Uua,clio dos opc.r:t.rto, mais pn:drla, ~Hrando•lbH a llV'N' dhposldo do sc-u W.6.rlo e rou,bandO•lltCS, p0r 1$$0 me.sn10, tôda espcranca e t6da pos.s:lblUda.de de f,n,tf1'ndc~ettm o seu palrlmúnlO e m-clhorarcm a li'Ust sSrVSl(lo. (Enc(clic:i. ..Rttum No..,anun". de IS de maio ck U191 Edi16r:1 vo,.e~ Ltd:t •• Pc:-u6poHs. p. 6).
Meudleta. Isso eu sei, ~ já êStou vendo que. agora você vai dizer que os: proprietários p0dem mandar em seus empregados ... Agulrre. - Sim, porque ~..:. Oeu.s quis dis por us coisas dêsse modo, os empregados estão obedecendo. em última análise ao próprio Deus. Sánchez. - . Esta agora é muito boa! Obedecer a um mau palrão é obedecer a Deus? Agulrrc. - Obedecer no que é devido não impor• ta em renunciar à defesa de seus legh imos direitos. Es• clarccido i.sto, deve-se obedecer a um mau patrão, CO· mo a um n1au govêrno. como, ainda, em outra ordem de coisas, a um mau Sacerdote. Jesus Cristo disse dos escribas e fariseus: ''Fazei o que ê lcs dizem, mas não façais o que êles fazem··.
Mend.lcta (dirigindo-se a Sáncbez!. - Que poe1a incorrigível é êsse aqui! [Voltando-se novamente para Aguirre] Enfim, solta lá o teu discurt o! O justo
Aguin-e. - Como eu já disse, os Papas proelamam o direito do trabalhador a um salário que dê tanto para êlc como para sua família viverem suficiente e dccorosamentc, e que corresponda, além disso. ao justo vaO dW•ito d ♦ ouoc1osao • lor de seu trabalho. Para fazer valer ê.sse direito, os d• grn• trabalhadores podem e devem org:mizar-sc cm associações de classe e. conforme o caso, podem chegar até a greve. 10Jórlo
Mendleta. o outro lado!
Ah. muilo bem! Voeê já passou para
Aguirre. - Não. Nestes casos o católico não está colocando uma parte contra a outra, mas sim querendo justiça e caridade tanto dos patrões para com os operários, quanto reciprocamente,
A hora ia avau~·,ulc,, Memlle1a parecia esp,:cic,lmen• 1e empenhado em 1erminar u discussão. Aguirrt disse ,, seus compat1htfros: Promovendo Agulrre. - Olha que a gente acaba perdendo o O b•m último turno para o almôço! Mas antes de terminar. prlvodo promov•so quero lembrar um fato palpávd. O bem-estar da Aro bem comum gentina depende de que todos desenvolvamos o mais
possível nossa capacidade de 1rabalhar no plano intelectual ou manual. Pois bem, a capacidade de cada homem se aguça de modo estupendo quando êlc cuida direta.mente de seu próprio interêsse. Vejam como até as pessoas pOuco inteligentes são subtis para perceber qualquer coisa capaz de ferir vu de a.gradar a vaidade delas. ~ que o interêsse pessoal está em jôgo! Se quere• mos cs1imular a produç..~o econômica, es1imulemos a inicialiva individual. Com isto o operário produzirá mais e o patrão também.
Mt.ndicta. - Ah, sei, que engraçado, não?! D r idade do operário para com o patrão!
'
,. Aguirre. - Caridade não é apen~s. nem principalmente, auxílio na necessidade material. é amor fraterno por amor .i Deus. Eu já sei. Mendieta. que você cha• ma isso de poesia. Meodlcta. - ~ verdade. Eu só aeredi10 na lma do proletariado e na direção da democracia pelos operá• rios, e na fôrça da polícia para fazer cumpdr as leis promulgadas em defesa dos tubalhadore.s .
Agulrre. - Pois eu creio na justiça e na caridade para todos, na existência de classes sociais harmônicas, na livre iniciativa dos homens dentro de um regime cm que o princípio de subsidiariedadc assegure a lodos, segundo a sua posição, liberdade e ordem, sob a ação de uma autoridad~ sábia e forte, ma.s prudente. Me.1.1die.ta. - Mas como é c1ue pode haver libcrda• de onde há patrões que mandam na gen1e, e qpe é preciso chamar a tôda hora à Justiça do Trabalho para que cumpram seus deveres para conosco? Um ( st odo-potr~o,
Aguirre. - êtc, Mcndieta, é nm dos seus erros Juhi: e mais evidentes. Hoje coo d ia o patrão pode ser constranpolido: ldeol gido à cumprir seu dever por um poder mais for1e do io.cloUsto que êle e com interess·es: distintos dos dêJe. Por isso, como você diZ: a qualquer mOmõ!nto e, patrão pode seÍ chamado por nós à Justiça para • aplicação das leis que o Poder público promulgou a nosso favor, e não a favor do patrão. Suprima o patrão, sem o qual ·as cm· presas não podem subsistir, e você ve.rá que clara ou \'e.ladamc.ntc o Est.ado passará a d iri{!i-las. Teremos en• tão outro patrão. que será o Estado. Nosso patrão será nosso legisl3dor, nosso juiz e nos~o chefe de p01ícia. Te• mos hoje um patrão incomparàvelmente menos forte do que o Esrndo-Patrão. Você quer submeter-nos a um Es· t:,do-Patrão. t a isto que você chama aumentar as prer• rogativas do operário na cn1prêsa? Sánc.bcz. - Mendicta. confesse que você. não esperava J>Or essa objeção!
Dff1guotdode Mendie1a. - Agora há pouco você falava de dige obcdlêndo: ombo, nidade. Você acha que é digno de um homem obedecer qvffi4os por r. outro, igual a êlc? Pelo menos, obedecendo ao Est3·
Há pouco você teswvn defendendo os
m•b dupllt,nu!nle r111-.I.-,. ao bc-ru 1: ia llbc-rdade do 011t-ni.r5o, qut se- Ptt<-lpltarlll a ~I \11esmo na eS<rav-JC,.ão.
Já vem você de nôvo com os seus
Agulrre. - O argumento 1á1ico de Sánchez é bem interessante. Contudo, falo como católico, movido não pela tálica, mas pela fé.
Mendieta. - Mus isso está sup<:r.tdo! João XXIII mudou todos ,os ensinamento~ de Pio XII . Sánchez. - Também aqui você está exagerando. Eu li um trecho de João XXJll no qual êle, pelÕ con• 1rário, confirmava expressamente tudo quanto os outros Papas disser:i.m.
Me.ndleta. Papas!
Mendleui. - Diante dêsse argumento tático, con• cordo cm intcrcssar•me pelo que dizem êsses Papas.
nde Mcndicta.
S~ínchc:c. - Não ~implifiquc! Eu ;, leio às vêzes; é muito bem e,Scrita e mais de uma vez C:Slive de acôrdo com c1a.
Claro! Pio XII e depois dêle todos os
Sáncbez. - Escuta, Mendiern, é prcc,sa ter bom senso. A imensa. maioria dos ooerários argentinos é ca• tólica. Ou você prova a êles que tudo quanto você d iz está de aeôrdo com os Papas, ou difleilmente êles te acompanharão.
mizar para os filhos?"
erário com pres; companheiros. .,r os princípjos
Aguirr<. ,Papas ...
o,~
.
do. a gen1e obedece a a1(to superior .. .
A SUPRESSÃO DA, INICIATIVA PARTICULAR
CERA A Tl,RANIA POLfOCA JOÃO XXOl. -
Aprtndnnos Ptb. upfrlênda Obdt', bito • JuJdatlYa privada, ie: butala a Uranla polftJ<:a; mais ainda, nos: dtfertntcs s.etord t:<"On6mlcor mu:llll$ <"OISAS (ka.m paraUsadas ~ db$t niOdo vêm a faltar os bens de tonsumo, assim <:orno as utJUdades ttladon.ada.s, não ape11J1$ com u e:d• xêncbs mtt1tti21$, maj prlndpalmente COn1 UPa. rtcu:ds. Na oblcncào 4bu1 bens o atllldades, e~trcem-~'t t eS1lmuhun-~ de modo tsPtelaJ o taltnCo e à habllldadt de (1tda W1, Onde, pottm, falta ou é defíclente s. de.vida Sl(6o do Estado tm ouLtfrta c<:onômJca, .U se vhm os pn(s-ts cab- tm llftparivels dt$0rdtns, e os mais po,dtrosoi, deM.ltuldos dt cu:rúpulos~ •busattm lndll· ruwnentc da odHrla IIJllda pa.ra o próprio Ju<:ro; b, tes. Lnftllnnuce, ~omo o tolo entre o triao miedram tm tOdo rcmpo e lu,ai·, Qlw-,
a,
Sánchez. - Mas se o operário ganha um salário de fome. corno é que êle pode progredir? o v♦rdodelro
Aguirrc. - Trabalhando para que a emprêsa seja "'ºº'"'° próspera e exigindo que o salário corresponda aos prin• cípios que já enunciei. E depende dêle o fazer essas exi• gSncias com bastante fôrça para ser atendido e com bastante justiça para evitar que ~e pense que êle quer destruir a classe patronal. Assim não haverá nenhum prctêxto para qualquer perseguição contra êle. Se você otuasse assim. Mcndieta, seria mui10 mais eficiente do que com a sua luta de classes. Mendicta. - Bom. vamos :•ndam.lo! E, sobretudo, insisto: nossa conversa foi íntima: não é preciso contá-la para todo mundo.
.
SAnche7... - Tenho tóda a boa vontade, mas não garanto que consiga ser disc re10. (qullibroda Agulrre. p,ortlpot;õo lariado - em dos op,trórJo•
Enfim. completando-se o regime do sa • vá.rias c ircunst:'lncias que podem ocorrer na pr,1ica - com uma equilibrada participação do tra• balhadOr nos lucros da cmprêsa. ou n::. propriedade das ações da mesma, ou ouvindo-se os operários sôbre M• suntos de direç,ã o da c1nprlsa em que pela naturczn de suas funções êles possam dar opiniões valiosas. nada faltará ao operário para elevar-se, e por suas economias chegar a ser alto funcionário da cmprêsa, ou até o fun• dador de uma emprêsa nova. Meodiela (saindo já da sala]. que uma lei impoJtha isso?
Mentolldodo totollt6rlo • Aguirre. - Quero que a lei favoreça ou estimule: .-stotbto do, • • Sa be, M end'1..:ta. vocc ' precisava · 1arwc-l oUstos que 1mponh. a, nao.
gar mão dessa idéia de que governar é só impor, que os homens são autômatos e que turlo se resolve só por imposição. Sá11chez riu com 1t6s10. euqmmlQ fechaw, " poru,
ti chm·e.
(El\dclic.a "M.:ucr c-1 M:ns~1ra", de IS Jc maio de 1961 - in "C:uolicisn,o", n.o J29, de ,et<:mbro de 1961 , p. 3),
NEGADA A PROPIUEl>ADE PRIVADA, TODOS OS DlRErfOS lNDIVIDtJAIS FICAM SlJBM~TIDOS AO ARlltrRI O DF.SPOTICO DO F.sTADO
PIO XI. - Ao lndhfduo, t'CD reta.cio à <'Oltlh'i• dade, ntnhmn dfttUo Mt'Ural clll pttSonaUdade humQq f ttit'OnhtcJdo, ,~ndo a n~Jl!U..., no comunb• mo, s:l.mpl.u- roda e enattnq:tm do siseema ( ••• ). Por lsto mumo dnc:1' st:r dcstrufd• radlcalruc:nte 1:11 naluf('ta de proprled.Ade partkulat Idos: bt0$ dsa nalUJtta e. dos ,nc:.los 6c producào}, çomo fonte p11• n,ordlDl d-t IOda a t;k.ravldio tc:oo6mlca.
(Enckllca ..Oivini Red:mptoris". de 19 de morEdit6NI Vo,.es l,td:i .. Pctrópolls. pp.
ço de: 1931 7-8).
Você quer. então.
0 t:Sl'Al>O D~Vt:: R&SPEJiAJt OS ORCANlSMOS INFERIORES .E OS lNDIVtDUOS, E NÃO OS ABSORVER PJO XI. - Ptm111nc:«, contUdo, lmullh'd 11qucle solene prl.ndplo da íllosofla sodaJ: assim como f lnJu.s-10 ~brnJ, ao, IDdl1fduos o '1~ ~k-$ podem dtluar (:Offl a próprla lnklDllYII e lndústrl•,. pGU''l,11 o confiar à <"Ole:Uvldade, do n1csmo modo pauar par:1 uma $Odtdade: maJor e malJ; ~lcvad• o Qut sodcdadt$ menoru e lnfcrlutt1 Podiam eoNtauJr, f um:11 tnJu~~. um arave dMO e perturbação da bOfl ordem $0eb). O fim Júlural da sockdadt t da sua 1t.t io f c-oadJuvar os stus membros, e: n5o d~ lruf•lo$ Df'm abso"f-los. (Encklic:a "Qu:.drige$imo Anno", dt IS de maio - Edit6r:i Vo;,.ci Lida., Pttr6Polis, p. '.)1 ).
de 1931
5
conclusão
TFP faz vigília diária
do p, 2
vítima dos terroristas, têm-se rcgislrado, por
gcm de Nossa Senhor.1, Vários Cé1SOs análo•
parte do povo. manifestações da melhor pieda-
gos ocorreram, cm conseqüência do noticiário da imprensa e da TV. Houve também numerosos telefonemas para as sedes da TFP, de pessoas que queriam saber a localização exata do oratório. • Num domingo, chegou ao local uma peque.n a carav.1~:1. composta de três
<i~ maria1 , bem como d~ cálida simpatia pela
entidade que teve a iniciativa das vigílias. Tampouco têm fall.ado mostnos de ódio intenso por parte de progressistas e comunistas de vári:• gama. E como poderia deixar de ser assim'! Não foi Nosso S?nhor 1 Ble mesmo. uma pedra
de escândalo, posta para a salvação e perdição de muitos? Relataremos: aqui ;!lgumas <.h:.ssus manifestações, colhid~s por jovens da TFP que se encontravam junto ao oratór io. Omitimos por razões óbvias nomes e outras caracterís1icas que possam identificar os protagoni~UIS. •
Poucos dias após a publicação <.lo artigo em que o Prof. l'linio Corrêa de
Oliveira anunciava a instiruição da vigília de orações, relatando vários fatos ocorridos dian•
te do nicho da Senhora da Conceição, entre os quais o episódio lamen1ávcl de uma Freira que havia perguntado se ..aquilo .. era macumba. u1na Religiosa veio trazer uma rosa que ela mesma havia dourado l!Specialmentc para co•
locá-la aos pés da imagem. E explicou que o fazia como reparação pelo sarcasmo sacrílego referido pelo Prof. Plínio Corrê., de Oliveira: " 0 que uma Freira f b., disse ela. outra Freira deve reparar!" •
Outra Religiosa enviou um ramo de ro~ sas, pedindo que se rezasse por uma
Irmã de sua Congregação que estava às porias da morte.
• 1 hora e 15 minutos do dia 3. Um automóvel que pas~.wa se detém, descem dois homens, indaga~, da origem do oratório e dos objetivos da vigllia. Lêem os folhetos cxpJicativos, e ao se r\!tirarcm, o mais jovem, de cêrca de 30 anos, colhe uma rosa de um <los vasos. para levá-la à sua mãe. • Casal de 45 ,nos aproximadamen1e: "Isso que os Srs. estão fazendo é mn• ravilhosol" • Um comerciante d:,s imediações fêz um inquérito entre as freguesas de sua pt1• nificadora e constatou que grande número delas havia passado pelo o ratório antes de irem
às compras. Comentando o fato com 11m elemento da TFP, o comerciante disse que cr:, preciso aumentar o oratório, pois já não havia ali espaço para as flôres, sobretudo agora. no mês de Maria. • De um taxi dC$cCu um.e fomília (c~,s:,,I e três mõças); !inham vindo de um bairro distante para conhecer o oratório, do qual tinham tido notícia, e rezar diante da in'la•
aulom6vcis que 1raz.iam 1ôda uma família de
jaçonêses. Têm parentes na TFP e tinham ouvido folar <lo oratório.
•
Uma mulher pediu licença para colher uma rosa, a fim ,.te colocá.ta sob o tra-
VCS-.'iciro da filha que ~ê achava doente.
•
Umt1 noite, por volta de 2 1h30, três môças cm crnjcs masculinos passaram
pelo nicho e perguntaram com ar de escárnio
o que era aquilo. foi-lhes dado um volante explicativo e elas, no terminarem · a leitura, :ifas1arem-se afirmando que está acontecendo muita coisa estranha ~m São Paulo e que não entendiam um fato como êsse do oratório e da vigília. cm nossos dias. Seriam evidente• mente progressistas, qu:mdo não comunistas. •
Uma senhora <l-: seus 35 anos, bem ira. jÍ,da. depois de rezar dian1e da imagem
iodagou dns intençõ~s d;1 vigília. Ao ser in• formada, agradeceu, :lfirmando não haver obra
mais mcri1ória do que aquela. Comentários nesse mesmo sentido .;ão sem conta.
•
Um môço de côr rcz.a diante do ora•
tório, das 22 horas às 2 da manhã. Mora cm bairro muito distnnte e está desempregado; sua irmã que trabalh~ nas imediações da sede da TFP sugeriu-lhe que fôsse pedir auxílio a Nossa Senhoru. O rapaz iniciou na mesma noite uma novena. p;u•:, alcançar um bom cmprêgo. • Uma senhora espanho la afirmou que, .-o deixar a pátria_, lhe haviam dito que
não encontraria no 8rn~il tanta fé quanto lá. mus o que e la estava vtndo lhe parecia indicar o contrário, pois na E,;p:.nhn não vira coisa
amllog:i às vigílias promovidas pela TFP. Pe• diu :ilguns folhetos pnra envi:i•los aos seus p,,rentes e amigos para qu~ êles também pudes-
sem constatar isso. •
Muitas pessoas que param para rezar
junto ao oratório põem-se, espontânea• mente, a explicar aos trar.seuntes que se detêm
interrogativos o significado do oratório, sua origem e as intenç,ões das vi.gíl ias de orações. São muitos também os que convidam pessoas :1nligas. levando-as a1é o local para rezar.
•
Uma senhor:i idosa que já havia tido
um cnfatlc caiu cnfêrma, passando mal. Sua irmã rezou por ela no oratório ,e levou-lhe
um botão de rosa de um dos vasos colocudos diante da Senhora da Conceição. Pouco depois a enfêrma começou a ,e sentir melhor. Colocado em um vaso na residência da anciã, o botão desabrochou numa rosa que permane-
• Valná a. pemt mtnc.lonor O$ insultos? Os mais pesados, contra o oratório ou os que rezam diante dêle, µar1em cm geral dos "corajosos" ocupantes de automóveis, não raro de luxo, que vociferam enquanto prudente-
ceu viçosa durante um~ semana e agora é
mente aceleram a marcha do veículo.. .. Uma noite, de um Volkswag•!n vermelho ouViu-se
guardada carinhosamente pela família.
• Uma senhora residente no vizinho municipio de Diad•:ma veio à Capital especialmente para rezar diante do nicho de Nossa S?nhora da Cohceição.
Informou que uma
amiga sua havia recebido num ponto de ônibus um volante falando_ da imagem e da vigília de oraçôes, e que por isso resolvera também ela vir p<:dir uma graça à SSma. Virgem. • 5 de maio - l 7hl 5. Um carro de luxo pára junto à sede da TFP. Descem o chauffeur e uma empregada doméstica, que trazem um jarro de flôres para Nossa Senhora: não dão o nome de <luem o ofereci?• pois a pessoa queria permanecer no anonimato. Aliás, é freqüente a chegada de ·•c-0rbeillcs.. entregue-, por floriculturas de dive,sos bairros, alguns distantes, as quais trazem simplesmente cartões com dizeres como êstes: ·'Para Nossa Senhora", "A Nossa Senhora, envio uma devota", "A Nossa Senhora, en, ação de graças".
• Um não católico, refugiado de país co-
munista, comentou com um militante: ..Gostaria de ter a Fé católica para ir também rezar Já. diante da imagem dos Srs ...
XISTE, no plano Político internacion,\I, u m:\ entidade po1im6rfica, de atuação muito in• tensa e jmp0rtante1 mas que pelo seu car-j. 1er fugidio e camaleônico é difícil enquadrar num esquema preciso. Referimo-nos às chamadas corren1es liberais none-americanas. O próprio título já é psicolõgicam~nle bem escolhido. Quem é que não quer ser conhecido como liberal, palavra que, de acôrdo com o dicion~rio, é sinônimo de generoso. franco e dadivoso? Ôb· viamen1e os antiliberais são mesquinhos, insince• rcs e sovinas: péssimos indivíduos, cm suma. A facção é ampla e nela há lugar p,ra todos os que quiserem entrar: o jovem milionário que desce do ..Cadillac" para fazer o elogio de Fidcl c~,stro, a escritora ·•evoluída" que publica anigos a favor da pílula e do divórcio, o professor que pede que a direção das e.'icolas seja assumida pelo~ alunos, o anista "p'ra frente", e ,nui1os outros. pais .. infinitus est numcrus stullorum". t de tõda a conveniência arregimentar também alguns clé• rigos, de preferência çat61icos, que defendam o amor livre e o comunismo. Quanto a êStC$ úlli•
E
mos não há dificuldade: o IDOC e os "grupos pro• féticos·• mantêm um estoque sempre renovado. Os liberais não se filiam ncccss.àriamen1c a um partido determinado, sendo encontradiços en• ire os republicanos e entre os democratas, pOrém o seu ide.'ll é aparentar, se possível, uma atitt1dc a.partidária, refulgente de nobre isenção e obje~ tividade. Geogràficamcnte, concentram-se principal• mente na rcgiâo leste dos Es1ados Unidos. sendo particularmente fortes cm Nova York. No Meio-Oeste têm muito paucos adeptos. Aliás~ que se Poderia esperar de fazendeiros reacionário:- e de desbravadores incultos? As correntes liberais não dominam a inda in1ciramente a política norte-americ:ina, mas :t su:'I fôrça ~ muito grande. Não conseguiram impor o seu candidato-modalo à presidência da República, o falecido Adiai Stevcnson, mas a propaganda que desenvolveram reduziu consideràvclmentc as pos sibilidades do candidato conservador Barry Goldwatcr. Sua influência é muito forte nas duas casas do Congresso, onde a ação de senadores como William Fulbright. prcs.idente da Comissão de Relações Exteriores, tem prejudicado muito o esfôrço de guerra no Vietnã. Os ditos liberais "yankecs" não têm símbolos, mas uma venda num dos olhos seria emblema muito adequado para élcs, pôsto que decididamente só enxergam aquilo que lhe.li interessa. Recentemente, o jovem e trêfego senador Edward Kennedy, mal refeito de suas complicações român1ic-0.p0liciais. afirmou, enlrc outras cohms., que ô
'
Br.isil havia :.,dquirido u1fü1. esquadrilha de aviões bimotores Ca.ribou. com :). finalidade de m;.-tis fàeilmentc poder exterminar os índios d:, Am:1zônia . .. Os negros da África do Sul. a1ingidos por medidas de discriminação racial, são apre.sentados como már1ire.-.; n,as os negros do sul do Sudão. animistas ou cristãos, que são mas:mcn.u.los às centenas de milh:.,res pelos árabes muçulmanos do norte. nem sequer são mencionados. por isso que êsscs ára• bcs s.;1o de obediência socialista e contam com o :mxí1io russo ... Sôbre o esmagamento da Hun. gria. :, inv~1sâo d.:, Checoslováquia, a deportação dos t;lrtar~ n~, Rússia. os conflitos da Revolução Culturnl na Chin:-1. a guerra d~ Biafrn, sôbrc ludo isso os liberais mantêm um prudente silêncio, mas se ;-1 Polícia de qu:ilqucr luiar do globo dissolve.com a neccssárià energia uma baderna :1narquis• 1a. será por êles 3po1Hada imediatamente à execn.iç:1o universal. Como ne)1e mundo nem tudo são rosas~ os lihcrnis norte-americanos agora se defrontam com um dilema. e.tes sempre tiveram nos meios isr:.\ elitas dos EUA (com exceções, evidentemente) um dos seus mais scgt1ros apoios cleilorais e financciroi-, bastando lembrar que o ''New York Times". 1alve-1. o mais imporr:mte jornal do país, e dir igido por uma família de origem jud.-ica, é qu;.:tse um porrn~voz da facção liberal. Ora, nos tíltimos :1nos :sla úllim:, sempre afetou o mais completo pacifismo, proclamando con\O princípio que nunca se deve travar uma guerra. e que é necessário per• der logo alguma em que se seja envolvido, parn que assim à paz volte depressa a reinar. Aco11tcce que ag,ora Israel estâ seriamente ameaçado pelos árnbcs. e muito libcr:,I que não adn\itia que os ' ·boys" norte-americanos morressem por Saigon. vê•se pression:ido por seu eleitorado para solicitar que êlcs morram pOr Tel-Aviv. Por outro lado. para os ~utênticos esquerdistas que são êstcs liberais, Israel é uma pOnta de Jança do imperialismo ocidental no Oriente Médio, ao passo que os árnbes são ~\pOiados pela Rússia, a sim~lka Rússia. Oh impa~ dilacerante!
••• Como se vê, trata•sc de uma facção complcx~1 e de definição difícil. Talvez a solução para compreendê-la seja pedir luies a Nosso Senhor Jesus Cristo. e verificar como Ble procedeu. hã dois mil anos, quando os fariseus procediam de mancirn semelhante à de seus descendentes espirituais de hoje em dia.
Alberto Luiz Ou Plessis
•
Há outros motoristas que, pelo contrário, como já mencionamos, param o
carro defronte ao oratór io e fazem uma curta prece sem deixar o votmte, enquanto outros. ainda, preferem estacion:\r pouco adiante e vêem rezar com mais calma.
•
Foi-se tornando c->mum o oferecimento de donativos em dinheiro para a compra de rlôres e velas. Os sócios da TFP e os militantes têm por norma recusar tais ofertas,
agradecendo delicadamente e sugerindo que a pessoa faça o donativo cm espécie. •
E comovedor ver-se mães, de tôdas as categorias sociais, que vêm pedir que nas vigílias se reze por seus filhos: um é doente, o outro não trabalha e só dá desgostos aos pais, outro leva uma vida licenciosa, etc.
Uma garotinha de 4 ou 5 anos rezava fervorosamente diante da imagem. Perguntada pelo porteiro da TFP, disse que pedia pela avó que se achava doente.
• Não deixa também de comover o espetáculo tão freqüente, de mães que tratem até junto da imagem seus filhos ainda de colo, e lhes tomam as mãozinhas para fazeremnas traçar o sinal da Cruz.
Uma senhora :.1inda jovem trouxe uma braçoda de flôrcs e explicou que por set dia de seu aniversário oferecia-as a Nossa
Uma Religiosa, tendo notado que os genuflexórios usados pelos jovens da TFP durante as vigílias eram incômodos, en•
•
•
Senhora em ação de gr.1ças. • A Sra. Graziela Brasil Galvão ofereceu uma coroa de filigrana dourada para que se coroasse a imagem de Nossa Senhora. A sugestão foi aceita com alegria pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, Presidente do Con• selho Nacional da TFP, ficando a coroação marcada para o dia 2 de junho, quando se encerrará o mês de vigílias. • Uma sênhora que semanalmente traz. flôres para adornar o oratório sugeriu que, a exemplo da vigília diária da TFP, fõsse também organizado um ''plantão d e orações" ao, sábados, a ser feito pelo povo. Argumen1011 que, assim como a presença de fiéis junto ao nicho de Nossa Senhora começou com pou-
ca gente, e foi aumentando gradativamente, êsse .. plantão .. poderia também começar com poucas: pessoas, ou até com uma só, ela mes. ma; e ..acresccn1ou que tinha certeza de que em pouco tempo a freqüência aumentaria.
UMA FACCÃO CAMALEÔI\IICA ,
uni resmuogo encoleri.z ado: "Es.~ gente fica ajoelhada no meio da run!" l, que a calçada estava pequena para a pequena multidão de jovens da TFP e outros fiéis que rc1.avam :, Nossa Senhora.
•
Uma Freira já !dosa deu um vaso de barro para as flôres do oratório, e ex• pi icou que sendo pobre ,ião podia oferecer um presente rico a Nossa Senhora, mas que queria
ver se conseguiria que alguém doasse um jarTo valioso, pois tudo era pouco para Nossa Senhora, a quem· se deve dar tudo e o melhor que se puder. • Tarde da noite, trajada de um modo que não poderia passar sem reparo, uma jovem que descia a Rua Martim Francisco, parou diante do oratório. Leu o cartaz explicativo que ali se encontra e logo pôs-se a rezar, parecendo angustiada. • Os ocupantes de um automóvel com chapa do Interior tiveram a atenção despertada pelas tochas acesas e pelo movimento ju,;to ao nicho da Virgem. Indagaram de que- se tratava e se retiraram. Vinte minutos depois voltavam com um ramo de rosas para
oferecer a Nossa Senhors. • De um carro de luxo desceu um. casal c~m duas filhinhas, de ,eus 5 e 6 anos. Uma das meninas dispôs carinhosamente sôbre o parapeito do nicho um ramalhete de flôres que haviam trazido. Rezaram todos juntos alguns minutos, antes de se rc1irarem. •
Um automóvel parou um pouco adiante da sede da TFP. A jovem que o diri-
gia, vestindo trajes n,asculinosl chamou um militante que estava próximo e pediu-lhe que colo-casse num dos vasos do nicho uma rosa que ela trouxera. explicando •- e com muita razão - que não queria aparecer assim diante da imagem. Caso análogo se deu em outra noite. quando uma senhora parou seu carro a uma cerra distância e desceu para pedir informações, prometendo vir rc1.•ar quando estiv~e cm outros trajes.
e Não é ra.r o ver rapazes com blusões desta ou daquela Escola superior pa• rarcm diante do oratório e rezarem com tôda a naturalidade. Um dêles, certa noite, tirou do bolso o têrço e acomt>anhou os militantes, afastando-se logo que terminou a oração. Ou• tras vêzes são alunos que trazem na mão cadernos com o tmblema de um "cursinho" que existe nas imediações e que se persignam ao
passar diante do nicho, enquanto colegas mais "esclarecidos" esboçam um ar de contrariedade.
•
viou dois outros, estofados em couro. Não sa• tisfeila com isso, mais tarde m:mdou tomar as
medidas dêstcs para fazer confeccionar novas almofadas, pois não considerava que as pri~itivas fôssem confortáveis o quanto ela quena. • Uma pequena rosa de praia foi oferecida a Nossa Senhora p,;,r uma empregada doméstica que quis ficar no ~nonimato. •
Dois op<:rários da repartição estadual de águas, que acabavam de fazer um consêrto noturno em frente ao oratório, a convite de um m!litante associaram-se às orações da vigília durante algum tempo. Ao se ~•tirarem, levaram satisfeitos duas rosas colhidas
junto à imagem e a êles oferecidas por um dos jovens da TFP. e A notícia do ora1ôrio, da vigília diária,
da devoção popular vai-se propagandc. Um Padre do Interior de São Paulo escreveu à irmã residente na Capital, rcoomendando-lhe que fôsse rezar no o ratório da TFP. ~-e For1ale1.a, no tão distante Ceará, uma fan11ha aparentada com um sócio da TFP mandou uma caixa de flôres artificiais em aç.ã o de graças por um favor recebido de Nossa Senhora.
@JAfOJLIC1lSMO MENS,I.JUO com APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA
Cnmpos -
Est. do Rio
Diretor Mons. An1ooio Ribeiro do Ros:i.rio Dlrttoria: Av. 7 de Setembro, 247, caii<a. postal 333. C:impos. RJ. Admln.lstr-Jtlo: R. Dr. Mar1inic::o Prndo. n.0 271 (ZP 3), S. Paulo. Agente para o &1ado do RJo: Dr. Jos6 de Oliveira Andnidc. caixa J)()Stnl 333, Campo$. RJ; Agente p:.n. O$ Estados dt Golú, Mato Grosso t Minas Gerais: Dr. Milton de $alies Mourii.o. R. Paraíba, 1423, telefone- 26--4630, Belo Horizonte; Agente para o Es111do da Guanabara: Dr. Luís M. Ounc:i.n. R. Cosme Velho, 315. telefone 45-8264, Rio de Janeiro; Agente para o
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CÃllce,11 J)o(nJ~J 13JBeJ~tlNT.
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O JANSENISMO ATACADO · DE FRENTE POR DIESSBACH
AMOS RESUMIR a "Mensagem" do Padre Dlessbach a Leopoldo li. Seus primeiros tópicos mencionam as dificuldades politicas que êste encontrava ao subir ao trono da Áustria e que ameaçavam a própria existência do Sacro lm~rlo Romano Alemão. Para melhor compreensão, vamos expor um pouco mais pormenorizadamente •=s dificuldades, que o Padre Diessbach apenas enumera . A Hungria e os PKlses Baixos, onde as Idéias revolucionárias ti.nham tomado Impulso sobretudo depois dos acontecimentos que eclodlram na França em 1789, ameaçavam separar-se da Corôa austríaca. Por outro lado, a guerra •m que a Áustria eslava empenhada contra os turcos e o crescente prestígio da Prússia, com sua sistemática política de hostilidade aos Habsburgos, lornavan1 extremamente deUcada a situação do Sacro I mpério e reduziam as posslbllldades de Leopoldo se fuzer eleger I mperador. Tudo isso impedia Príncipe revolucionário de transportar para a Áustria a orientação que caracterizara seu govêrno no GrãoOucado da Toscana. Forçado pelas circunstâncias, pelo menos no inicio êle foi cauteloso. A oposição a seus desmandos na Itália era conduzida pelo Clero e pela nobreza. Na Áustria, largamente contaminada pelos erros do Josefismo e do f<bronianisn10, o Clero não constituía um problema para o nôvo Soberano; por outro lado, a generalidade do Epis.. copado estava em luta •leclarada com a Santa Sé e via na aliança com o trono a sua úuic.a possibilidade de vitória. Prudentemente, LeopÕldo n evitou favoreter o jansenismo como o fizera na Toscana, escondendo a sua ade• são a e,5$8 heresia para não enfraquec:cr o apoio que recebia da Hierarquia. Quanto il nobreza, conseguiu conc111istá•la com boas ma• neiras, o que leva o Padre Oiessbach a dizer: "Já conquistastes a nobreza, principaJ susteu. táculo da monarquia, tão conscientemente.
esse
<1csconhecida e dcsprc-Lada".
Expostas essas dificuldades, e depois de exprimir sua convicção de que o talento e a
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da imprensa di.ária, d.a seguinte notícia: "SANTA F t (Argcnlina), 3 (AFP) Dois bispos e cento e vinte e cinco sacerdotes progn~~ prodanulrant ontem aqui sc.u "for~ mal repúdio uo sistema capitalista e sua adesão uo processo revolucionário socialista que promo"~• a vinda do Homem Nô"·o". Os clérigos _pertencem àO "Movimicnto de Sa~crdotcs para eJ Tc.rccro Mundo'\ fundado cm dezembro de 1967 para protestar contrit as e\1ru(uras •·a.rcakas" d;t Hierarquia c:.1t61Jc11 al"Rentiua. "A dcclara\·âo foi forínulada ao término da) nuo!ões ctJcbrad.as pelos Padres progressistas ntsta cídadc, na presença do.,; bispos de Goya <: de Rafaelu, monsenhores Alberto Devoto e Antonio Busca. '"Nela se expressa que os sacerdotes do terceiro n1undo optaram por um "socialismo Jatino-a111ericano (!UC Implique nc"--essàriarnentc na socialização dos meios de produç:ão, do poder ecouômico e político, e da cultura". Segundo os sa«rdotcs., a experiência peronista e' a longa fi delidade das massas ao referido movimento constituem um elemento chave na incorporação do povo argentino ao referido processo revolucionário" (''Fôlha de Sio Paulo", de 4 de maio
de 1970). Em outros tcmp<>s, POiícias como ~-ta wns-
fituiriant verdadeiro tsclndalo, mas nos di.as que que correm ela.s vão fomumdo parte da rotina dhírh,. E é bem evidente que movimentos como êsse registrado ml Argentina não e$1ão nascendo por ~eraçio espontânea, mas vêm sendo fomen-
todos p0r c•rtos sombrios laboratórios de Idéias, é dêsses autênticos poços do abismo que e.manam
f~is fumaÇlls lctnis que ameaç,am envenenar todo o orbe. Em seu memorável uúmcro duplo de abril• nrnio c.lc 1969 "Catoliclsmo" publicou imprcsslommte documcnt»ção através da qual é desvenda• da t6da uma rêdc de as:socfações e de pubUcaçõts dt~'tinadas a pN>mover a instou.ração de uma ··Igreja-Nova panteísta, dtsmltlfkadia, dessacrali• z~da, dc.çal.lenada. ltualltária, t Po.!>"U ao serviço dd comuni$fflo". Temos cm mãos um désscs •Jnstrumentos de subversão uprof~tica·" : o número 7 [Hlst6ria da Igreja], de selembro d• 1969, da revlsbl internacional de teologia "Concilium", publlêada em v;i.rias linguas e tendo como foco de irradiação um Secretariado Geral Insta.lado em Nlmc-ga, Ho-
l•ndu (local de onde partiu o tristemente famoso
l1abllldade do Soberano saberiam contornálas, a Mensagem lembra que elas não seriam de lodo resolvidas se Leopoldo II não se tornasse um verdadeiro P ríncipe católico, combatendo as heresias que pululavam em seus Estados, deixando-se guiar pelos princípios do Evangelho e sendo um fiel defensor da Santa Sé.
Passa entio o Padre Oiessbach a enumerar e combater os erros que eram de molde a impedir o destinatário Ja Mensagem de ser um grande Príncipe. Naturalmente começa com o jansenisn10, não temendo re.c ordar a triste conivência do Grão-Duque da Toscana com Sciplone de' Rlcci e Pielro Tamburini: ºProtegereis, pergunta, o janscnismo em vossos novos Estados? Curareis as chagas que se abriram na I greja? Ris minha dúvida. Esta se estende a êsse duplo objeto e aqui estão os fu.n damentos que a tornam razoável; à medida que os ~ôr expondo, sua Importância surgirá por ~ mesman. Depois de explicar quem era Scipione âe' Riccl e Pietro Tnmburinl, conclui o Padre Diessbacb: "Entretanto, êsses males persistem; êles nasceram e se multiplicaram sob vossos olhos e nada fizestes para deter seu curso. Parece que assim procedestes, pela persuasão em que vos encontrais da retidão das opiniões dêsse partido, persuasão que devemos infi nitamente temer num caráter tão estimllvel como o vosso. À face de lôda a Europu protegestes os autores dêstes males- Que devemos esperar? Protegereis, Senhor, neste ,·osso reino o jaoscnJsmo?" Depois de fazer o histórico do íansenismo, mostrando como sua propaganda foi organizada e conduzida com a precisão reveladora de um programa, nm partido, uma nova seita enfim, observa .t Men.c;agem: "t uma
"Nôvo CateciSmo" holandês). Da edição cru português (Livraria Morais EdUôra, Llsboa/Redfe) consta a nofa ucum approbatione ecclesiastica". Na linha da doutrinação ~'Ubve,rsiva, destacamos dêsse número 7 o artigo ua evoluçiio e Dessacralização", de autoria do Secretariado G-nal e de Josef Smollk. Pela nota biográfica, ficamos subendo que Utc último é minb1ro evangélico, natural da Checoslovliqu ia, e entre outros títulos ostenta o de professor de Teologia Pastoral em Praga. Para qué niío haja dúvida sôbre que esp~cic de revoluçõo se focaliza, logo de comêço di:t o urtigo que ''re.volução, iluminismo, d~acr111i1.uçio e secularização parecem ser a.ç vária.o; fases de um processo histórico que teve início no século XIX e ainda hoje continua" (p. 129). E mais adiante define: "O têrmo ~-revoluç.úo" pode fer muitos sentidos e ser usado em vários nível~. No entanto, c11tende-se geralmente como n tra1\Sferêncía violenta da concentração do poder de uma classe SO<'ial para outra que surgiu em c~ma. Se quisc.rmos analisar esta definis-ão mais pormenorizadamente. temos de situar o fenómeno revolução num contexto mais a.mplo. A dcstitui-
çno pelo fôrça só pode desemptnbar um pap<I positivo quando a situação histórica global e.!>1.:i já impregnada do espírito revolucionário. ( . , . J A revolução vfolcnta é aptnas uma fase do proc~o revoludopírlo, pro<:tsSO mnis vasto e profundo,.. (pp. 132.133). Pass,ando a frátar da "consciência revo1ucion1iria", diz o artigo: '~A consclêne:ia revolucionária forma-se em pequenos círculos dentro ou, no mais das vêzcs, fora da Igreja instilucion.a.J. Surge onde quer que o bome.m se conscicnclaUza da sua bum.anldade e sacode as algemu do poder fe tiche. Não consegUe vlnglilr onde a fôrça e as lc=ls da fórça constituem o último argumento. A essêncJa da realidade revolucionária é a libertação de todo o poder e das suPS leis, libtrdade que
Jesus doftndcu ptranlc Pilatos. 1. .. J Gostaria de vincar que a tradição cristã, quando corretamente interpretada, se reveta como uma fonte da consciêqcia revolucionária" (p. 141). Como se v~, cstam.os diante de um peque110 manual de ação subversiva, ao qual não faltam conselhos práticos como o da . formaç.ão de •-pe~ quenos círculos" dentro ou fora da Igreja º institt1clona)", ntm a Y.r&umentaçiio blasfematória eni que Nosso Senhor Jesu.~ Cri.ito aparece como defensor da "libertação de todo o podtt e das suas leis". l$fO é, da m.ais completa desalícnação mar-
seita como tôdas a.~ outra~ com esta única diferença: ela sempre souhe, até agora, conser. var-se aparentemente unida à Igreja, embora seja Inimiga mortal desta e apesar de a Igreja a ter condenado~'. Passa então o Padre Diessbach a (efular n doutrina jansenista, d•dicando bom trecho o mostrar seus erros, enumerar os atos da Santa Sé que os denuntiavam, e pôr em evidência os subterfúgios a que os sectários recorriam para tentar escapar dessa..~ condenações. Termina com um apêlo a Leopoldo li: "Oh, preservai-nos, grande l\,lonarca, dignai-vos preservar-nos de uma heresia tão perni: ciosa! Que as almas de vossos ~-údltos, r<Sg!!· tadas pelo sangue de um Oeus, vos sejam preciosas. Não onereis a vossa com a conta severa
que tereis de prestar no tribunal dt Deus, por sustentardes homens refratários à sua I greja, que pregam doutrinas por Ela lrrevogàvelmente condenadas e tão intrlnsec:antente criminosas. Oxalá possait;, ó Monarêa, apesar
dos grandes cuidados que vos assediam de lôda parte sem conseguir vos llbater, oxalá possais sentir vivamente que as questõe.s que in• terêssam à Religião são muiores que tôdas as outras, na mesma proporção em que a Eternid2de se eleva acima de tudo o que passa; e seja-vos dado sentir bem que o único partido que tendes a tomar, nestas questões sagradas, é sustentar, vigorosamente, a Igreja Católica" . Essa primeira parte da "Mensagem" é uma refutação cabal do jansenismo. O Padre Díessbach se estende talvez um pouco demais sôbre o valor literário dos livros jansenistas; é que conhecia b•m a Revolução nas idéias e desejava combatê-la com seu apostolado, opondo-lhe a doutrina católica. Em todo teso, revela uma grande f<>rtaleza atacando de fronte o íansenismo, e nomeadamente Scipione de' Riccl e Pielro Tamburini, dois grandes amigos de Leopoldo li que partilhavam •~ suas idéias e tinham sido sustentáculos de seu govêmo revolucionário na Toscana.
Fernando Furquim de Almeida
xista, o reverso do qut= o Divino Sah ·ador dl~c a P:Iatos: " Tu n~o terias poder a1gun1 sôbrc Mim. '° le não fôsse dodo do alio" (Jo. 19. li). o que faz cmtcnder que todo p0dcr vem de Deus, :1 Quem os próprios de-t entorcs do poder também C!tão sujeitos ou alienados. Pro~c-gu.i ndo cm sua faina subversiva, trahun finalmente os articulis tas do proirama é da eslratégio revolucioná.ria: ~'A con.~ciêncla revoludon~ri11 do cristiio e n do marxi~ta coincidem na medid:1 em que ambas se opõem à sacr:Jli7.U• çiio do st:1tu quo. O di~logo entre êlcs começa no 111011\ento cm que da rcalid~1dc revotucionári:t sca pa~;\ par;1 a questão do uso da fôrça" (p, 141). E termimun p-Or dizer que " é dever do cristão comprometer-se. num programa rcvolucion~rio- humanista, coo9ernr com· os revolucion{1rios, mesmo que :,lSpirem :1 derrubar violenht~ mente o E.citado, e prestar-lhes o scrviç.o de ser a sua ..:01\Sciência" (p. 141). O programa se acha, portanto, completo: os cristãos devem dia.Jogar com os marxistas e f seu dever comprometer-se, uum pro~rama revolucionário e coope.rar com os revoh,1ciomirios, servindo-lhes de consciêncii:11 mesmo quando êstes são partidfirios da derrubad:.1 violenta das instituições. &ses crislios bem dcsalienados e dessacrall"/.a.dos permanecem sempre dialNica.ntente revoluc-ionlirios, mesmo que os outros se transformem "em burocratas e estratc.. gas" (p. 142). Podcm ser vítimas de incompreensões, no e.aso de á Revolução triunfar, e ser confundidos cont um contra-revolucion,rio ou - ob horror p11ra os verdadei.nl_m ente ''engajadosfj no processo rt:voluclonirio - com "um rcvolucloná• rio da facç,.o que dttEn, o poder" (p. 142). Ora, se a Rc.voluçüo marxista é assim abertamente pregada por uma revi~1a lntcrmicional de Teologia, que não sõmente c1rcula sem entraves entre o Clero, mas traz aprovaç3o eclesiástica e tem em seu corpo de dlreção nomes como Ed· wa.rd Scbillebeeckx. Hans Küng, Chcou, Yves Congar, Jorge Mcjía, Karl Rabner e Roberto ·rucd, O~uras exponenciais do progressismo ca• tóUco, - que admira que cSJ)ouquem por todos os lados movimentos subversivos como o que. vem de se manifestar na e:idade de Santa Fé? E, neste caso particular diflcJlmentc poderiR ser mais triste a ironia do nome do lugar escolhido pRrn ser tentro de tam.anba abomlna.çiio!
J. de Azeredo Santos 1
AfOILI<CESMO- - - --
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DIRETORES DE ''VERS DEMAIN'' VISITARAM A TFP E ''CATOLICISMO'' A AOMINIST:RAÇÃO de "Catollcls· mo" recebeu no dia 7 dt abril p.p. ;.a visita de nO$SOS confrades Srs. Louis Even, Gérard Me:rcier e Sne. Gllbt:rfc Côté-Mtrder, que dirlg•m no Canadá o jorrual ºVers Demajn., e o puja.nte mo• vimento cívico-religioso •1 Pélerins de
Solnt Mlcbd". O Sr. E'Vtn e o casal ,' 1erc-itr vitr·.:uu ao Brasil com o objetivo de conbtcer die
perto a Sociedade BrAS!lein de Odes• dn Tradição, Familia e Propriedade, d< cuja atunrão tinham notícia através desta
fôlha e de publicaçã<s congf11eres do Exterior, bem como dos livros do Prof. Plínio Corrên de Oliveira.
Foram os nossos Amigos 1:~11aden• ses acompanhados durante a su• e~'tüdia no PaLs pela Sra. Júlia de Freitas Guim:1, rães Ablas1 e sua filha Srta. Ana Mari.a. que, Junt.amente com outras senhor-as e môças, são dlS('retas mas valiosas auxiliares femininas da TFP. D. Júlia é viúva do saudoso Vrof. Autoufo Ablas Filho, que durante longos 1:mos foi Agtnte de "CatoUclsmo'' para o sul do País. Cumpriram os Uustres visitantes um intenso programa em São Paulo e n-0 Rio
de Janeiro, visitando as principai.~ sedes da TFP nC$$aS duns ddad.es, tomando contacto com os dirigentes du entidade (' proferindo ronfcrincias parw os s(us s,;.
cios e colaboradores. Chegados M São Paulo no dia 6 de abril pela n1a11bi, após um curto des-
camo visil.aratt1 o oratório de NoS$W. Scnhont da Conceição, erigido n.a sede du TFP que foi semldtstruída por um:.1 bombo terrorista. A noite, 11111 sede provis6rilt do Co11setho Nacional dâ Tfi"P, os •·Pe.regrinõsde São Miguel" inkiurum uma série de exposições sôbre su:. ma,gnificu e multi• forme atividade, e sua doutrina econômíco-soda:J, do "Cré.dlt Social", da qual o Sr. Lou.ls Even f o incausKvel pregador bá 35 anos.. Causou admiração a todos a palestra do Sr.. Even, que, apesar de se11i. 85 anos e da cansativa viagem que fi:u. ra, deu provas não s6 de J6gira, de ela• reu de txpressão e de luddct 1ut ob~rvação dos fatos, mas também de uma vJvaddade de espírito capn de· fazer i11.veja aos numtrosos jovens que o foram ouvir. A Sra. Gllberle Côté-Mtrcltr é Igualmente uma conferencista de ruros dotes, que sabe tratar dos assuntos m»is profundos e deva.dos com uma leveza e agilidade Que prendem o auditório. O Sr. Gérard Mercler, por seu l::ado. exe.rtt uma vaUosa atão de presens-a, com su.a Jovialidade. seu sorriso rontn~iante, sru vibrante entusiasmo e ~u11 despretenc:io•
sa shnpUcldadt. Nos dias Jmediatos, o Sr. Louis ~veu e a Sra.. Gilberte. Cóté..Merder fiur-Jm mais cinco conferência~ para um audi• tório sempre numeroso e que exprimi.a por vivos, prolongados e repetidos apbu• sos seu comprazimento em ouvir os Uus• trcs oradores.
Na Gllanaba ra No dia 13, scgunda•ftir.:t. depois dç cumprir integralmente seu proyama de uma semana n.a Cnpital paullsta, os "P~ .. rcgrinos" vi.ajaram de automóvel para o Rio de Janeiro, fazendo questão de se deter em Aparecida para rezar dlantc d:a Imagem que o Brasil Inteiro venera co• mo sua Padroeira. Permaneceram trés dfas 1.1.a Guau.aba. ra. onde desenvolveram programa t.amb~m intenso. O Sr. Even e o caiai Mtrcicr tiveram ali a delicada le.mbr:ms-a d\.' visitar o Eng.º Tomás Pereira, dcdk-ado ('01lilbon1dor da TFP~ que 110 ~no J»ISSlil· do havia estado com êles em sua sede ceÍitra.J, a " Maison Salnt•Mlchel'\ em Rougemont, e que se acha gravemenh.•
enfêrmo. No Sllbado, di~ 18. os dlretc>re.ç do
•
.. Vtrs Dem.ain" deb:aram o BrllSII, tm• barcando no atropoJ1o do Galeio para regre~ ao Can:ad6.
As origens de uma grande. obro Foi tm 1935 que Louis Evcn - fran• cês da Bretanha, radicado na AmErica desde a mocidade - começou a pubU·
cação de se\lS "Cahlers du Crédlt Social•, em que apresentava ao público canaden•
se a doutrina formulada em 1918 pelo eco11oruista escocês Major CUlford Hugb Douglas, a qual visa fa~tr com que o or• gnnismo econôntko e social atinja efica-zmente seu fim próprio, que é o serviço das necessidades humanas. eHminando os
obshlcutos artificlrus de ordem financeira, existentes no mundo moderno. O Sr. Even percorreu todo o imenso país do Norte apresentando os ''Cabíc-1'$" e arregimentando partidsírlos para sua dou· trina. Colaboradora da primeira hora foi
a Srta. Gilberte Cõré, mais tard• Sra. Mercier, que dtsdc 1936 vem secundnn• do brilhante.mente o fundndor do 14Crédit Socio.1" na América, Em 1939 fundanm ambos o jornal uvers Demaln... que hoje, em seu 3t.0 ano de exlstêndu, conta com majs de 60 mU u.U:inant~. tirando cdlçõ("S cm fr-.aucis e htRlês, que, romo se sabe., são YS duas línguas on. dals do Cum1d/i. Os diretores do pt~ riódíco, de origem franco-canadense, e (endo sua sede na Província de' Quebtc, níio se dcixnrum envolver pela propa• ganda scparutislu que di.laceru a nação, e que só traz proveito paru o udvers;írio comum, o comuno•pt0Are~isn10. A edjçâo cm iui tês de uvu-s Oemuiu" não é uma ~implcs traduçiio do francês. mas constitui corno C!UC um outro jornal, (tUt 1,....t:1 <11.~ :1ss1111tos de pcçuli:.r interê-ssc pan1 :.1 comunidadt d<' Ori,:!tru anitto-saxónil·u, dentro, é evidente, dt uma rne-smu orie-nbu;iio doutrinária. F...st:i ediçiio ing,lêsu de " Vers Dcnulin'' ....stú tendo auspidosu ut:eitH\·âo nos F.stados lJnído.,,
Os "Peregrinos" vão de porta em porta Os '·Percg.rinos dt São M .i itucl'', como
se chsunam os colaboradores e propagandistas de •'Vers Demaln''., têm sua ~-ede na ·•Maison Saint•Michel", cm Rougcmo1,1t1 l'rovíncia de Quebcc. Uma equipe dêlcs dedica intcgrahuente- seu tempo :'• obra. Cêrca de três mil dos assinantes sacrificam seus lazeres para ptt1.cr o apostola• do gue chamam "du porte-en-portc", angariando sa$$imUura~ do jornal. txpon.d o sua.~ doutrinas, difundindo os livros q,ue ~lc recomenda, e-nslnando o catecismo às <'rianças, ou simplesmente rezando o terço com os moradores dm casas visi• ta.das. Hà trinta anos os Peregrinos vêm sendo acolhidos com s impnlia pela hos• pita1eira populaç;lo canadense. que lhes ofer«c pouso e comida em ~'U~ andan•
ças apostólicas. Os cooperadores de .. Vers Demaht" difundem tanto as suas obras que tratam espcdficamc.ntc do "Cré.dito Social" dest.ata.ndo..sc entre elas o livro de Louis Even. "Sous te stgne de l'abondance", j~ com l 9 mi.l c,ccmplares - como tam-
bém obras clássica.o da <SPlrltualldade católka, entre as quals o "Tratado da ver• dadcira devoção à Sant.isslma Virgem>' e "0 scgrêdo admirável do Snnto Ro~ rio". de São Lu~ Maria Grig1tion de Montfort, as revela~õcs de Ana CatariuB E111rncrick., "A vida da Santíysima Vir.. gem", da VenerJÍvel Sóror Mària de Á,:red», etc:.,. »lé.m dt" outras sbordamdo temas de atualid.adc.
O "wtitul d'Actlon PoUlique~ -
que
edit.a a.~ obras do movímcno - lançou ainda uma série de brocbul'á$, largamen-
I< espalbad., por lodo o Cawldá pelos "bfrets blancs" (tambfm por iss, nome
sio conhecidos os Peregrinos, que usam como distintivo boinas brancas) ou envladu pelo Correio aos lnteressados. Um.a
dwas brochuras, pubUeada em dt2tm• bro de 1966, anunelava que a tingeru total delas havia chegado Ji a 1.464.000 exemplares.
Além das pubUcações • das visitas domkillares, o movimento de º Vers Dt• main" conta com um melo sui generis e muito eficiente, de atuaç·ã o junto ao
púbUco. São as circulares dlrttas, que um corpo de cinco mII distribuidores (meninos e meninas, em geral filhos, sobrinhos
ou lrniíios de Peregrinos) faz chegar dlr<tawtnle aos destinar~rlos. Cada três ••manas, 600 mll dês.ses folhetos são ••· pedidos. Tratam de problemas concretos e candentes, como por exemplo a açãc> corruptora das m(tS escolas, as modas indecorosas. a verdadelra ••tavagcm eere• brat» exercida por certos programas de televisão, o mais recente projeto de 1ei atentatório aos direitos da famma, etc-. Exemplo da cnc,da dessas circulares
temos na campanha realizada em 1968 contra uma greve geral promovida no país pelos comunistas. Os ubolnas-bran• cas" r edigiram uma círtular dcnunclan...
do o ca.dter subverslvo do movimento paredlsta, seus jovl'ns emiss'iios puse• ram-sc a campo, e da noite para o dia milhares de exemplares da circular tinh.am s1do distribuídos: não houve greve. A reução dos comunistas foi violenta, chegando atê ao bárbaro assassínio de unt jovem hl'creg.rino". Num país tão vasto como o Canadâ - que se cxteude de Oceano a Oceano - é impossível aos "Pfterins dt Saint Mkbel" irem n todos os recantos do ter• ritório nacional, Mas nem por isso tt--ua ação deixa de atingir as mais remotas paragens, graças a um bew organizado programa de emissões radloíônicas se.. nrnnais. "Vers DemWn'' promove uma vez por semana palestras de quinze minutos en1 cêrca de (!uru-enta ~10.ções de ridio, não s6 dll provinda de Quebec e SWLÇ vlzínhu Nôvo Brunswlck. Nova Escócia. Ontário, como também das longínquas paragens do Oeste (ManHoba, Sa.tkatche• WUII, Alherhl).
A alma de todo a apostolado A fonte de tanta dtdicaçii.o e de tanbt eficiência é, como não podtti.a deixar de ser, aquilo que: Dom Cbautard cha• ma "a alma de todo o apost.o lado". Vid:1 interior, vida de piedade, essa é uma daç carartcrísticas mais marcal\tcs dos Pere• grinos de São M1J:ucl. Uma devoção tema e flli.al para c:-Oru a Mcdiane.i ra de tcxias as graç,a s é o segrêdo de seu êxito. Cado um dêles leva consigo, dia e noltt.1 o seu têrço. O movimento está mesmo promovendo atualmente un1a ucruzada Mundial" peln recitação do tê.rço diário cm fnmffin. "Vers Dematnº propõe o todos os seus cooperadores e assinantes o seguinte programa: diàriamente- o rosário; sema• nalmente unia horM de adoração, diante do Santíssimo Sacramento; um• ,·JgíUa mensal de orações, das 21 horas de um di.a às 7 horas da manhft seguintci pe. rcgrinações freqüentes. Rosiírio, horas de adoração, vigílias, pereg.rin.ações, vias-satra.s., e multa ação, p0ts os Peregrinos de Sio Miguel - coroo o pro<:lamou em u.ma de suas conferêndas em São Pauto a Sra. Gilberte Côté•Mtrclcr - se roru.ideram militantes em uma Igreja militante. •Os ~o1dados com.baterão, e Deus lhes dar, a vitória!", disse Santa Joana d'Arc, a virgem guerreira cuJo nome rtcs invocam n.a jaculaf6rla que serve de kma para SUti campanhas: ~alnte Jeanne d'Are. sauvez la Nouvclle France!''
Três Diretores do prestigioso jornal católico canadense "Vers Demain" vieram ao Brasil especialmente para conhecer de perto a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade. l',:les também dirigem em seu pais o importante movimento dos "boinas-bran• cas" ou "Peregrinos de São Miguel". Na primeira foto, o venerando Sr. Louis Even, ladeado pelo Sr. e a Sra. Gérard Mercier; em baixo, flagrante da despedida em São Paulo, quando os visitantes partiam de automóvel para o Rio, onde seriam hóspedes da Secção carioca da TFP. Os Diretores de • vers Demaln" estiveram também em visita à Administração desta fõlha.
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Dír~tor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
Uma lesta ao mesmo tempo recolhida e pública, nobre e popular, assinalou no dia 2 d~ j unho o encerramento do mê s de vigílias promovido pela TFP junto ao oratório de Nossa Senhora da Conceição, vítima dos terrorlstos,
instalado em sua sede da R, Martim Francisco, em São Paulo. Centenas de pessoas uniram-se
aos sócios e m.i litante s da entidade, rezando com êles, cantando com êles e aplaudindo com
ê les. Enquanto era leira a incineração dos pe didos deixados pelos liéis aos pés da imagem da Senhora da Conceição, o Prol. Plínio Corrê a de Oliveira anunciou a prorrogação das v igílias até a noite de 6 para 7 de setembro. Nessa noite a imagem será levada ao monumento do
lpiranga, onde se lará uma vigília de preces pelo Brasil até o raiar do dia da Independência , O E xmo. D . Ant onio de Castro M ayer acaba de descer rar o v éu que encobria a ,magem, a seu lado v ê-se Fr .
páginas 2 e 3 Jerônimo v a n Hintem. o Prof . P línio Corrêa de O liveira e o Ten .-Cel.Jo s uê de F ig u eire do Evan gelista
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• t o, r1c . r e zara pe l o Bras il na coli11a 111s ,1
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" . . . um lugar onde pessoas de t ôdas as classes e de tõdas as idades vêm pedir
à Mãe de Deus a proteção, os f av ores a s graças de que têm mister"
N.º
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JULHO
Incineração dos pedidos colocados aos pés da imagem de N . Senhora, " anelos de tantas a lmas f iéis, que sobem ao Céu sob a f orma de labaredas e de fumo"
DE
1 9 7 O
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ANO
X X C•$ t,50
Prorrogados até 7 de setembro os vigílias de orações do TFP
UMA FESTA AO MESMO TEMPO NOBRE E POPULAR ''l',SSES ID EAIS para os quais o Brasil í oi t riado. proclamemo-los não de pé, mas de joelhos, na coUrm hi~1óric-a do lpirangá, pedindo a N ossa Senhora que nossa P,\tria realize a favor da chili:iaçiio cristã tudo aquilo que estava nas intenções dn Providência que ela rcaUzasse, c1uando a voz de O. Pedro l bradou .. Independência ou ,norte!•', e do oito do Céu Vós, min.h t, Mãe, dcst.c s ao Brasil nôvo o vosso primeiro sorriso matuno''. Com est<•S p:;1hwras o Presidente do Conselho No1cional da Socie<iade Br:isileira de Defesa da Tradiç;io, Familh, e Propriedade, Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Hnunciou sua deliberação de. a pedido dos jovens que m ilitam com a entid:Hlc. prorrog:1r até o di11 7 de setembro a vigília diária de oraçõc:; que a TFP levo~, a efeito, durnntc todo o mês de maio, junto ;,o oratório ins1alado cm sua sede da Rua Martim Francisco, n.os 665-669, em São Paulo. Como se :mbe, êsse oratório recorda a ex• pios.ão de uma bombn terrori~t:t que destruiu par• cialmcnte o edifício da referida sede e danificou uma imagem de Nossa Senhora Conceição a li venerada. Na noite de 6 de setembro es,s;t mesma inH1gem será levada até o Monumento do lpir:\n• ga e na colina históric;, .será feita alé :i munhã dn festa nacional da Independência timt, vigília de preces pelo Brasil.
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Ence rrando as vigílias do. mês de Maria Uma verdadeira festa popular marcou o cn· ccrrnmento, na noite de 2 de junho, do mês de vigílias que a TFP promoveu diante do oratório de Nossa SenJ1ora da Conceição, vitinta dos ter• rorlStas. Uma multidão calculada em oitocentas pessoas ocupava a pequena praça improvisada, em frente à sede da cntidadcJ numa extensão de 30 n\ctros da Rua Martim Francisco qoe o OET fc• chou d ur:lnle d.uas horas par:, o trânsito de veículos. Trezentos e cinqiienta sócios e cobborndores da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, com o Conselho Nacional à fren te, ostentavam suas capas rubras e grandes estandartes marcados pelo le.1.o rompante. Ao lado dos da TFP, rezando com êles, cantando cúm êles, aplaudindo com êles, havia uma densa massa de moradore.s do bairro e ou1ros devotos de Nossa Senhora. Uma quantidade enorme de flôrcs oferecidas rôdas pelo povo transbordava do oratório para a c.-lçada. Contribuía a seu modo para ~,centuar o ambiente de alegria a intensa ilu• min;1ção do local íci1a por cineastas que para lá se dirigiram a fim de filmar o ato. Na ocasião falaram o BispO de Campos, D. Antonio de Cascro Mayer_. e o Prof. Plinit> Corrê~, de Oliveira, bem como um militante da TradiçJo, Fnmma e Propriedade; o Côro São Pio X, da TFP, cantou diversos hinos e moletes de polifônico e gregoriano. Foi, como escreveu o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira cm artigo para a imprensa diária, "uma festa ao mesmo tempo recolhld-a e pública, nobre e popular, que impressionou a fundo".
Nuvem de fumo levo pe didos ao Cé u A solenidade foi aberta às 18h45 pelo Côro da TFP, que cantou cm gregoriano a a,Hifona ·"Tota pulchra es Maria". Enquanto o Exn\o. Bispo de Campos descerrava o véu que cobria o oratório - cujo vidro, que o separa da rua, íôra retirado cspedalmc1e para a cerimônia - tO<los os presentes cantaram o hino "Viv::, a Mãe de. Deus e nossa··. Proc-edeu-se então à incineração de grande nú• mero de pedidos que os fié is haviam depositado aos pés da imagem da Mãe de Deus. Enquanto as labaredas e o fumo elevavam-se para o céu - representando, num belo simbolis• mo, as súplicas que subiam até o trono da Virgem - fez uso da palavra o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, que enalteceu o significado da vigília diária de orações, bem como a dedicaç.iio dos s6• cios e militantes da TFP que a h:wiam levado :, efeito, e a fcrvoros;\ acolhida do público, o qual se associou com notável constância l',s preces dêstcs últimos. Mencionou o orador algumas manifestações muito significativas dessa adesão dos fié is às vigí• lias: uma Religiosa ofereceu a Nossa Senhora um:, rosa dourada; outra levou uma auréola para adornar a imagem; moradores do bairro doaram uma coroa de ouro para cingir a fronte da Virgem. ro•
sas de pr:1ta (uma delas íoi oferecida por mo<lesli.l. empregada doméstica da. vizinhança), um 1Srço de prata, uma pena de ouro, um crucifixo de madre• pérola, divers<>s vasos, velas e flôrcs incon1áveis. Flõres vier~Hn t:,mbém de Fortaleza e outr:,s de Buenos Aires.
A Me dianei ra de tôda s as g raças O Prof. Plínio Corrêa de Olivcirn p:1.ssou a pa• lavrn ao Exmo. Sr. D. Antonio de Ca.-;-rro Mayu, a quem saudou como um dos mais ilustre.-. Bispos do Brasil e teólogo de renome 1anto cm nossn terra como no Exterior.
S. Excia. Rcvma. discorreu, com a segurança, n elevaç:io e o brilho que lhe s..io característicos, sõbre a Mediação universal de Maria, lembrando que Nossa Senhora é o conduto pelo qual Deus vem aos homens e êstes chegam até Deus. O Bispo de Campos m;,nifesiou :i,C\1 júbilo com :1 vi• brante homenagem Q\IC estav,1 sendo prestad:1 a Maria lmaculad;t, e cerminou seu discurso cxor• rnndo os prc~entes ,1 teren\ um:, dc,•oç.io cada vez m:,i.s ardente para com " M~e de Deus. e recorrerem com confhtnç;, a Ela cm tôdas :,s vicissitudes d:.1 vida. Estamp~1mos cm outro local des ta ediç5o o texto da or;:ição do Sr. D. Antonio de Castro Maycr, bem como o dos outros discursos tia noite.
" Levemos a o lpiranga a Se nhora da Conceiçãa!" Concluíd~, ;, alocução do egrégio Prelado. uma voz se ergueu dentre os militantes da Tradição, Família e Propriedade. Era o estudante de Direito Vatdir TrivchtUo que, cm nome de seus comp11• nheiros, solicit:wa ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que nfio desse por enccrràd:1s as vigílias de orações, mas. ::mtcs. as tornasse pcrpéums. Argu • mentou que o Presidente do Conselho Nacional da TFP h~wia atendido à .suÇestão do porteiro Manoel Salv:1dor, instah\ndo o oratório, e ao de• scjo dos militantes, instituindo as vigílias~ não po• dcria agora recusar-se a atender aos rogos não só do porteiro e dos militantes, mas também de todo o povo que ali se achava presente. Uma verda• <leira ovação popular coroou essas palavras. ratificando de modo entusi(istico o pedido que fôra feito. RcspOndendo, o J>rof. P linio Corrên de- O li• veira salientou o quanto lhe a legrava tal pedi• do, mas ;1cresccntou que nfio ousava aquiescer cm que as vigili~1$ se l<'>rni,sscm pcrpétu,iS, como o dcscjav.t a generosic.J~1de dos milit,mtes, p<>is st1bia o quanto isso representava . de sacrifícios para êle:., 1ão sobrcc.a rregados já de obrigações escolares e profis.sion~1is. bem como de ativida• des no âmbiro da Sociedade. "Não tenho no ânimo, afirmou, :, nsolução suficiente paro dcch•• rar perpftu:, esta vigília diária que vo~a generosidade jamais quisera cnce.rrar'''. Entre.tanto, para atender cm parte ao desejo dos jovens militantes, sancionado pelo aplauso popular, o Prof. 1>1inio Corrêa de Oliveira anunciou ~, deli• beração de prorrogar a vigília diária de orações até 6 de sc1embro, e de nesse dia levar ;, imagem da Senhora da Conceição nté o Monumento do lpirnng,t. Nê, colina histórica · a TFP fará uma vigília até a manhã do dia da Independência. para pedir a Nossa Scnhorn que o Brasil realize
a m1ssao a que a Providência o chamou. de constituir com os demai,s países da América La• tina o bloco do futu ro, a grande potência do sé• culo XXI. Depois de lembrar que logo apó,; a Independência o Brasil se considerou sob a es• pccial proteção da Imaculada Conceição concluiu: "Levemos ao lpirimga a imagtm de Nossa St• nhora da Conceiç,ão!" As palavras do Presidente do Conselho Na• cional da TFP foram várias vêzcs interrompidas pelo brado de ''Pelo 8 r~il: Tradição! Família! Propriedade.! - Brasil! Brasil! Brasil!", proferido pelos sócios e militantes da entidade, acompa• nl,-.,dos pelo povo.
Participação e ntusiástica do povo Merece um registro especial a pàrtc que o povo tomou cm côda a cerimônia. Já dissemos que ê le rezava, cantava e aplaudia em uníssono com os sócios e colaboradores da TFP. E era com júbilo e entusiasmo que faiia isso. Par"a não fa l;ir senão dos aplausos., as palavras do Exmo. Bispo de Campos e do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira receberam verdadeiras- o vações; tampouco faltaram palmas protongad;,s para a oração do representante dos militantes:. Ao 1érmino da solenidade. os fié is se aproximarnm para oscular as fitas azuis que pendiam da inmgem. Muitos colheram rosas que ador• mwam o or;11ório, para levá-las co1\\0 recorda• ção, e como penhor das graças da Senhora da Conceição, vítima dos te-rroristas. Depois, como comentou o Prof. Plinio Cor• rêa de Olivciro1 n<> . .:1ttigo a que aludimos. 44nin• guém queria sa ir. t que, no fundo das almas, Nossa Senhora .sorria".
O texto dos discursos AS PALAVRAS pronunciadas d urante a SO· lcnldade pelo Sr. O. Antonio de Castro Mayer, pelo Prof. Plínio Corrê.a de Oliveira e pelo estudante Valdfr Trivcla Uo fOTI)Jn registradas em gravador, Nós as nprodui:imo.s ílqui, na íntegra, sem revisão dos oradores.
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Discurso do Prof. Plinio Corrêo de Oliveira
"NO MOMENTO em que se procede à incinernção dos pedidos endereçados por tantos fi. éis a Nossa Senhora da Conceição. nc.s.te mo.. mento cm que simbõlicamente sobem aos: Céus sob a forma de fabaredas e de fl.lmaç;i os anelos de tantas almas íiéis, neste momento a Socieda• de Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, pela voz do Presidente do seu Con• selho Nacional. não poderia deix.lr de dizer uma palavra. Esta palavra é sugerida pela natureza mesma do quadro que vemos diante de n6s. Uma imagem coroada de espinhos, uma ima• gem mutilada, urna imagem trazendo cm si lodos os sinais d:.t devastação. - uma imagem co• roada de ouro, un1a imagem com resplendor de prata, uma imagem cercada de flôrcs, uma im·a. gem tendo aos p~s flôres de prnta e- um:i. flor áürca 1 uma imagem adornada com tudo _aquilo que a piedade dos fiéis co.stuma usnr par3 C-Xprimir sua veneração, seu amor e su11 gratid5o. Esta antítese entre a devastação de um lado e :1 glorificação de outro lado, é bem a história des• 1c oratório que aqui es1á diante de vossos olhos. Uma bomba o inaugurou, porém mais possante do que a bomb3 que destrói, que representa o ódio que arras::1, que nega, que procura calcar
aos pés tudo quanto há de mais sagrado, muito mais possante do que a bomba, e do que o poder da destruição, é a fé e o poder da cons• trução. Onde espinhos fizeram sangrar o Co~ raç...i.o Imaculado de Maria , onde o ódio danificou a sa_grada im::igcm que aqui está, onde o estampido derrubou uma pequena coroa de prn• ta que ei11gia a fronte desta imagem e que não se encontrou mais no meio dos escombros e das ruínas, aí mesmo se abriu um rio de grn• ças. Nossa Senhora figurada pela soa imagem aí está presente. Uma coroa de ouro substituiu a coroa de prata. Uma coroa de ouro que- rcprc• senta tanto, como afirmação da convicção da re.aleza de Nossa Senhora sôbrc tO<lo o universo. Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Ra• inha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rai• nha da Jg:rcja G loriosa, Rainha da Igreja Mili• mote. Rainha da Jgreja Padecente, Nossa Senhora tem cm Si tôdas as realezas, que Deus Nosso Senhor pôs cm suas mãos. As mãos de Nossa Senhora, as mãos da imagem estão mu• tiladas, mas se é verdade que as mãos mutila• das Podem dar idéia de impotência, de incapa• cidade de agir, de incapacidade de d is tribuir gra• ças, é verdade tan~bé(n que essas mãos feitas para a prece e para c.a rrcgar o rosário nos lem• bram pela sua próprÍJI. ausência, o quanto é inúlil atentar contra o poder de Nossa Senhora. Sua realeza negada foi reafirmada, suas mãos_. canais de graças, decepadas. abrem-se nunl flu• xo enorme de graças para t.inta.s pessoas que aqui acorrem. Neste oratório, a imagem não tem ma.is as mãos para segurar o rosário, mas uma a lma piedosa colocou-lhe um rosário em
tõrno do pescoço, como par;i indicar que nadt\ <az cessar de rezar a alma verdadeiramente fiel. Por outro lado, temos diante de nós um mês inteiro de ornções, de vigílias feitas por jo, vens admiráveis. - e dou graças a Nossa Scnhorn pelo vt1lor dêsscs jovens que Ela mobilizou nas lu1:1s cívicas pela causa d;;\ Tradiç~o. dr, Famili.\ C da Propriedade, princípios t,,ísicos do d ireito natural e d3 ordem crist;i. f!sse.-t jovens .se rcvct(tram noites a fio, com grande, sacrifício, continuando a estudar, continuando a lr.t• balhar como .sempre, apesc1r das longas vigílias. noites a fora. P"..ssc-s jovens (oram testemunhas de tantos dr:m1:1s de alm.i, de 1:.n1as pessoas com ~, co1\sciênci:t vibrálil e dolorida Pot mil peripécias da vida, que vinh.tm ,,qui rc-'.tar a ho• n,s ealad.is da noite e que vinh:,m pedir " êlcs o auxilio de uma oração para obterem alguma grnç.1 muito desejada. Diante desta imagem, o amor se manifestou m,mwilhoso. Durante o dia tantos dos que aqui estão presentes pnrnrnm pa· ra rez:1r; 1ornou•Se 1ão freqüente :10S pés dêste orntôrio ver e.,;.sa cena completa.mente inusilad:, n;i Paulicéi:.t modernizada. de nossos d ias. tor1\ou-se freqüente ver pessoas dos dois sexos, d+.: 1õdãs a..-t idades, de tôdas as c lasses ~oeiais, ajo• elhàdas d iretamente na calçada, apresentando a Nossa Senhora os seus votos, os seus anelos, ~".s suas a flições e ::is stias esperanças. E o atendimento foi copioso; foi tão copioso, que as flô. res que cobrem êstc oracório representà m as graças recebidas. Não há uma flor aqui adquirida pela TFP; tôdas foram mandadas por pes• soas que 1Sm rezado neste oratório. Todos os objetos valiosos que (l(t\li estão representam atos de piedade ou de agradecimento de devotos de Noss:, Senhora. Ê preciso que o re.conhccimen• to da TFP mencione especialmente dois dons de grnnde significação: umn rosa dourada, enviada pela Revda. Irmã Ana Eugênia, da Congrega. ç5o do Sion, e uma auréoltt de prata, trazida por uma Religiosa que linha suas razões para querer ficar anônima. Esta devoção de duas Religiosas de Congregações diferentes. que, .sem se conhecerem. cOnlribuiram para nimbar de glória a cabcç.a venerànda desta imagem, esla de• voç..ío é bem a afirmação de que o vendaval das idéias progressistas nada pode contra a Igreja, firme como uma rocha, que o comuno-progres• sismo nada alcança, porque nada vence as causas que têm o apoio das aln1as verdadeiramen• te generosas, p iedosas, cristãs. A , ..FP meneio• na com especial emoção o gesto de O. Graziela Galvão Brasil, que. foi a doadora espontânea como espontâneos foram todos os outros doadores da coroa de ouro que êinge a fronte de Noo,sa Senhora. A Sra. Fanny Par1il<a., que deu o têrço de prata que está ao pescoço de Nossa Senhora. Uma rosa de prata muito for• mosa oferecida pelo Sr. e Sra. Edmundo Jório. Uma rosa de prata 1am~m formosa, oferecida em condições muito significativas pela Sra. Laurtnfi na Paradinha. Um anel de pérola, um outro a11el de ouro, uma pena de ouro, oferecidos por anônimos; um crucifixo de madrepérola, com in· dulgências da Via Sacra, oferecido também por um anônimo. Flôrcs que vieram de tais latitudes, que umas são do Cear,, e outrns são de Bu• enos Aires. Esta foi a amplitude do raio de ação das graças de Nossa Senhora nC$te oratório. Um.1 palavrn sôbre o ódio. O amor e o ódio se acompanham como a luz e a sombra. _ E on• de há muito amor há muito ódio. Nas horas caladas da noite. por vêz.cs passavam automóveis com pessoas gritando uhrajes. Pessoas conforlà• velmente situadas na vida, cm carros de lux<,, blasfemando contra a ordem de coisas cujas van· tag:ens tias fruem. Passavam automóveis (azen~ do um barulho estrepitoso, para indicar rancor e protesto, apóstolos sinistros da c:acofonia, aos pés de um oratório cm que lôdas as harmonias se n.!-unem. Mas tudo isso passou e, 6 minha Mãe Santíssima, ó Virgem da Conceição, uma coisa só ficou, e esta coisa é a firme vontade vossa de continuar neste oratório a dispensar torrcn• tes de graças para todos aqu!les: que aqui acor• rem. J?. preciso lembrar mais uma vez as intenções pelas quais êstc mês de vigílias foi feito; é preciso lembrar que os jovens da TFP rezaram e que nós daqui a p0uco rezaremos: ainda nesta hora derradeira dêstc mês de vi,gílias: Pela Jgreja, pau que Nossa Senhora A livre do progressismo, - Pelo Brasil, para que Nossa Senhora o livre do comunismo, - Pelas pessoas visadas pelo terrorismo. para que Nossa Senhora as ajude, fortaleça e prc• serve, - Pelos 1crroristasJ para que Nossa Senho· ra lhes toque o coração e os conver1a, COXC'LUI
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QUMt1A PÁ<lll"A
N3 cerimônia qe encerrar:nento das vigflias de ora~s levadas a. efeito ~la TFP dur.aAte o mês de maio, uma multidão calculada em 800 pessoas loto1:1 inteiramente a péquena praça improvisada diante da sede da entidade, Aum t r echo de 30 metros C!la R. M artim Francisco que fôra inter:C!litaC!lo para o trânsito de automóveis. Ao término da cer.im õnia os fiéis se aproximanam para oscular as fitas azuis que pe,mdiam C!là imagem de N ossa Se,ihora C!la Conceição; n1:1merosas pessoas permaneeeram ainda durante muito temPQ junto ao oratór,io1 ajoelhadas calçacita, rezando o têr.ço com os sócios e colaboradores da TFI?. estes compareceram cor:n suas capas rubras e levando um grande número de estandartes.•
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conclu,ão do p. 2
UMJ\ FESTA J\O MESMO TEMPO NOBRE E POPULAR - Por todos os que sofrem na imc.nsa urbe, par:., que Nossa Senhora os console e ajude, - Por todos os que lutam, vacilando entre t1 virtude e o pecado, por todos os que perseve• r"m na virtude. para que Nossa Senhon1 lhes tt1Jmcnte ,1 perseverança, - Por todos os que- pecam, para que Nos• sa Senhorn os preserve do desespêro e os reconduza ao bem, - Por todos os que agonizam. p:.rn que Nossa Senhora lhes sorria na hora cxtremtt, Estas s~io as dert<Hleiras palavrns do Prcsi• dente do Conselho Nacional da TFP: ó minha Mãe. sãO ,,s súplic:-s supremas, o desejo imenso de que sõbre rodos êles a vossa misericórdia se <Stendtt. Assim seja!" 1Aplausos prolongados].
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Discu rso de D. Anton io de Castro. Mayer
.. l,SrE ORATóR 10 leve por fim prcslar uma reparação a Noss:1 Senhorn pelo nlentado de que Ela foi vítima h;í precisamente um ano atrás. Esst1 finalidade 1ransíormou-se desde lo .. go em uma outra: de n~nn~ira cspontânc,1, êste oratório tornou•se um lug;:.r onde ;is pessoas de tôdas as e.lasses e de tôda.s as id~1de.') vicrnm pc. dir e suplit,1r ;, M~c de Deus a proteç.ã o. os fo. vorcs. ~s graças de que tinham m ister. Esta tt;rns formação explica-se por um certo scnlido inato de ortodoxia que há nos corações de todos os fiéis. Podemos dizer que é uma espécie de assistência do Espírito S:rnto que é de molde a fazer com que o fiel, .sem mesmo perceber. quase que inconi;cicntcmente, tcrn1ine por se orientar num sentido que está inteiramcnlC de acôrdo com a rcvel;:,ç.5 o de Nosso Senhor. Nossa Senhorn é Mãe, e por isso está d isposta a ouvir as súplic.,s de todos os necessitados. Nossa Senhora é Mãe, e por isso deseja atender os pedidos de todos os seus filhos. &ta é um:, verdade que está incrustad:, no coração de todos os fiéis, de todos aquêles que se deixam orien .. rnr pela Santa Igreja de Deus. Eslà é uma ver• dade que- está incrustada na Tradiçã<> que rc• monta já aos tempos dos Apóstolos, portanto j:í :, Nosso Senhor Jesus, Cristo. Com frcqüênci:, encontramos nos Santos Padres da Igreja essa cxphmação de que Nossa Senhora tem na ..:conu• mia de 1ôda a Redenção um lugar semelhante l1quelc que teve Eva, num sentido porém opos• 10. Como a primeira mulher foi a cuusa •.k tô• das as desgraças prira o gênero humano, inedi• ante a s ua primeira desobediência. assim a Virgem S:1n1;:-s inHt, pela l\Ua obcdiênci:,. tornou-se a causa de tôdas as alegrias do povo de Deus. daquele.$ que, arrependidos dos seus pecados. desejam ardentemente a rcconciliaç.ã o com Deus Nosso Senhor. Explica-se isto, amáveis ouvintes. explica~sc isro por uma atitude que tem Deus Nosso Senhor cm 1&1as as suas obras. Deus age com sa.bcdori.i, age portanto de maneira Mquitc• iônica. Deus dispõe as coisas de sorte que cht.S estcjtun no seu lugar intcir:_,mente próprio. Ora, prezados ouvintes, quando a Santíssima Trind.tde dispôs que o Verbo viesse a esta terra através de Maria Santíssima, Ela não Se utilizou simplesmente desta Virgem Imaculada par;, ser a Mãe de Je.sus Cristo, mas dispôs em su:, sabedoria que essa Mulher teria um lugar :;ingulõtr em tô• da a obra que vinha realizar Nosso Senhor. EI:, Se tornou não sômcnte Mãe de Jesus Cristo, Mãe cJo Verbo de Deus Encarnado, Mãe do Redentor, Ela Se- lomou Mãe de rodos os homens. Ela Se lornou Mfie de todos: aquêle.~ que seri~im rcgene• rados pelo Sangue divino de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como diz São Pio X n;.:1. E ncíclica que publicou por ocasião do cinqiie111cn.írio da defi. nição do dogma da lmaculad;, Conceição. Nos~ sa Senhora nesse momento tornou-Se Mãe de to• tios os homens, Mãe no sentido estrito da p:tl:t• vra, enquanto ninguém pode re<:cbcr a vida da graça a não ser através de Mari:~ S.tn1íssima. O papel ,que 1ênt as mã~ cm comunicar :1. vida aos seus filhos: ml ordem natural, êssc me;s:mo p;,. pel tem Maria Santíssima na ordem sobrcnatu• mi. Ninguém pode conseguir a graça, " não ser através de Maria $;-tntíssim;-t; ninguém :ukrc a Jesus Cristo, a não ser através de Maria S;mtís• sima; ninguém se torna vivo p~1ra o ctu, a ni'io ser através de Maria Santíssima; ninguém persevera na graça, a não ser a1ravés de Ma ria San• líssima. .Ela é o canal de tôdas as grnçõ-ts, porqu..: Ela é a Mãe da graça. El;i é o canal por onde hão de passar rodos êsses benefícios (lllC descem do Céu a fim de santifitar os homens, a fim de aumcnlar-lhes a santid:t<le, a fim de levá-los a té a plenitude, a fim de abrir-lhes o Céu 1 o Parníso . Nossa Senhora é a Mãe da graça, é o canal inefáve l por onde descem dos Céus lodos os benefícios. Nessa sua obra divina Nosso Senhor restaura o gênero humano da mesm:, maneira CO· mo e ie veio habitar cnlre nós; assim como foi a1ravés de Mar ia Santíssima que surgiu no m,111do o Redentor. ;\ssim é através de Maria SilntÍ:'\• sima que todo o gênero humano volta p:tr:, a Casa do P;,i, volta para a amizade de Deus, volt,, para :,s alegrias do Paraíso. Por isso é (lue Nossa Senhora é ch3mada a Medianeira de 1ôda.s a.-. graças: n::io há gr:,ça nenhuma que não passe por Maria Sanrí.ssima. E la é Medianeira de tôch1s as graças, não no sentido de que dispcMe a mediação de Nos.so Senhor Jesus Cristo, mas no sentido de que essa mediação 4
se completa com a mediação de Nos.sa Senhora. O 1csouro de graças ob1ido p0r Nosso Senhor não chega a nenhum dos homens u não ser a1ra..vés do canal· das graças que é Maria Santíssima. Como conseqência, meus prc1.ados ouvin• tes. como conscqüêncitt devemos recorrer a êsse Trono da graça. Por isso é que csh1is lodos Hqui reunidos, por isso é que durnnte todo êste mês não C$tivernm isolados os me1nbros da Sociedade Bras ileira de Oefesa d:-i Tr..1diç,io, F;1mifü1 e Pro• pricdt\<.-lc, Pol' isso não estiveram êle.s isolados Ôcss:is noites, mas tiveram sempre a comp:,nhia de outras pc.:ssoas que recorrh,m a ê$se Trono da graça parn obter graÇas. beneficios, consulaçfü.> nas aflições. - srnças de ordem material. gra. ças de ordem espiritual. Todos êsscs pedidos que aqui foram incincr:1dos envolvem êsse n1':s· mo ~,to de fé: o de que é atrnvés de Maria Si1ntíssima que o~ ho1nens hão de obter <> lcnitivo rn 1ôcfas as sw1.s a1\gú.s1ias de orden1 malcrinl. o u de ordem cs1>ii'itu;;1I. Sc.rão até mesmo convcr• sões. serfio pcssoa.s inveterndns no mal, que nfio si1bem como ~air do abismo de miséria onde se prccipi1;1r:,m, e têm como única es:pcr.ut~-t um olhtir materno de Maria Santíssima. Essa tínit:a espernnç:, trnnsforma-se num;i ressurreição e pó· de 1rnru.formar-se na santidade. A ha.giogr:tfo\ o tem demons1rndo. rcfat,rndo a história de cantos Santos que s:iiran, do abismo da miséria moral p;)nt ó Ílpicc da san1id:1dc. Por isso. ;-tmá.veis ouvin1cs, encerrado ê."le mês de ornçõcs aos pé.') de Maria Santíssima como rcp:,rnçâo <his injúrias que Ela recebeu, encerrado êste mês, vohcmos todos pan, as nos• s:,s casas levando no coração o amor e a confi· ança cm Maria Santíssimi1. Amor de gn11idi'ío pelos benefícios que dEla recebemos; confiança de que com sua t:>ên~;t o, com seu maxílio, conse• guiremos realizar na 1crra ludo Qullnto é digno do nOS."iO des tino eterno. q oc é repousar no seio de· Oe\1s Nosso Senhor. Amáveis ouvintes, lemos a firme cspernnça de um di:, nos reunirmos rnmbém no seio de Deus., e cnt;io leremos ainda Maria S:.ntí.s.sima CO· mo nossa intcrccssorn. Porque é a1ravés de Mn .. ria Santíssima que vamos adquirir a encrgi~, necessária para contemplar ;;1 Deus- Nosso Senhor, nessa contemplação de gôzo inef:íve.l que há de conscituir a nossa felicicfadc por t<xfa a ctcrnid:,. de!" [Aplam;os prolongados).
p,,.
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Resposta da Prof. Plin io Ca rrêa de Oliveira
""QUEM DIZ jovens da TFP diz epopéia, diz dc.sintcrêsse, diz abnegação, diz corag..:m, diz resolução de enfrentar todos os sacrifícios pcl._, mais nobre das causas.. Absolutamente não me cs• panrn um pedido de htl maneira gcne,oso: nào me espanta também a verdadeira ovação com que wnHtS pessoas aqui reunidas, m.inifes1ando su:'1. ~1desão :,o pedido que foi feito por um dos nossos militnnlt:s, manifestam também o seu de• scjo de. con1 inua, ,·, se ~associar a c.~rns vigílias. En1re1:m10. mesmo os mais belos e mais nobres pedidos nílo podem escapar :, :1nálise fri~,. metó• dica e :11c.nta da prudêndi:,. E. cu vo1:, digo fr:.mcan\enlc, o pedido vai .:,lém do que. itO menos pelo momento e sem nmior expcriSncin, parece c ~,bível. Vós. meus cnros jovens, .ipes.-r de vossa j\1vc111ude e de vos:m forta lc-t<.t, tende.s uma s:tÚ· de p;:1r.t prokger. tendes obriguçõcs piua c um• prir - e as cumpris cão eximiaml.!nlc - tendes obrig,açõcs que vcr<htdciran,..:ntc pesam . Não te• nho no ânimo a resolução s1.1fic ien1c p:1ra c:h.-cl:t• t;ir prepétua esta vigília que voss:, generosidade jiunais quisera encerrar. Entret.1nto, para não vos frus1;.1r e p;1ra dt1r :, Noss;.i Senhoril c1lgo qt1e corresponda :, gcner~idadc de vo!SSo ideal, cu anun. c io, en, nome d:t TFP a seguinte deliberação: até os ptimeiros dias de setembro a vigílh, eontinm1.• d . [ A1>hlttSOS prvlongadosJ. Mi,s ela c1., ntinuará com vistas a um encerramento que - disto estou certo - oferece eOm• piem satisfação a vossos m.iis nobres ideais. Nós nfio no.s podemos esquecer de que o primeiro fa. to da História brasileira foi a proclamação d.t lndependênci~,. O Brasil independente 1cve o primeiro momento de sua existência na colim1 do lpiranga. em território p"ulista, Vamos fozer a vigília d iári:, até a noite de 6 par;1 7 de setcm• bro na coli,u, his16rica do lpirnn~a. rezando pe• lo Brasil. . . (Aplausos. Ou'Vc-se o brado de c1tm1>a11ha da TFP: ''Pelo Br:,s il: Tradição! Fa... mília! Propriedade! Tradição! Família! Propric.• d;t<lc! T r;idição! F;,mília! Propriedade! - Brasil! Brasil! Brasil! - Aplausos). Alcgrn•mc ouvir de vossos peitos juvenis êsse brado "Brasil! Brasil! Brasil!" que lõ-tntu se coaduna com o caráter cívico de nos:;a Sociedade. No Monumento do
Aloc u~ã o do estudante Va ldir Trive.latto
""0$ MILITANTES <l:. Tradição, Família e Propricd;.,de pedem para dizer um3 palavra. Nós, militanles da Trndição, Família e Propriedade que durante êsrc mês de maio, dian1c dês1e orntório de Nossa Senhora d.t Conceição estivemos ajoel hados tôd:is as noites, não poderíamos permitir que terminasse esta cerimônia sem externar de público nos.sa alegria e gnuidão por tudo o que Nossa Scnho1·a debaixo de nossas vis• tas realizou. Nós. os militan1c.."i, presenciamos o quanto êstc orn16rio foi un1a torrente de gr:.,ças no mês de M,·1ria. Um.- senhora entre soluços e com voz suplican1c dizia: "Minha Mãe, minh:1. Mãe", e voh:m• do-se para um de nós, continuou: "O Sr. podcri;:1 rezar um~, Ave Mnritt por mim? Preciso m\1ito de uma graça", À noite, um caminhão de lixo pa.s.sa pelo oratório; 1rês lixeiros coletam o lixo d~,s c~lsas. Um dêles. inteiramente ~1bsorto peht inrngcm, ainda com o lixo nas mãos, parou a re• zar, Somente se deu con1:, de que o caminhão havia dobr:,do a esquina da Rua Jagoaribe qu:,ndo seus dois companheiros vol1aran1 para cham;í• lo. são apenas alguns Cõ.lSOs entre tantos outros t1ue a<1ui se sucederam. Um testemunho visu:,l convincente e cmocion:mte, do con1entamcn10 popul,1t pelas gnlças recebidas. é a quantid~1.de de flôrcs aqui depositadas; nenhuma flor se• quer foi comprada pela TFP. 1:. g.r;mde :, :.1lcgria do povo, mas não se pode dizer que nossa a legria seja menor. Que dizer dos benefícios cm que redundou pt-tra nós a vigília do mês <fe maio? Nenhum de nós 1cr k1 palavr:,s para exprimir o que lhe vai 1Ht alma. Só podemos dizer que nossa alegria é enorn1c. Mas no meio de 1anto entusiasmo. no meio de ianl:i alegria, se mish1r.i uma gota de ;1prcens.ão. O Dr. Plinio declarou encerrada~ a.s vigílias. Fica cm nossas alma,-; :t sensação angusti:mte Je que o jôrro das graças que :i.qui ,-;e vêm difun• diodo íicad cnfraq\lecido, se não cx1in10. Dr. Plinio, cu vos foço uma pergunta, diante do povo. <fümte de nós mesmos e até diante de Nossa. Senhora da Conceição: nós temos o d ireito de encerrar esta vigilia? Dr. l'Jinio, o Sr. atendeu ~1 sugestão do zelador desrn casa. nosso estimado Manoel, mont.mdo êste oratório; o Sr. aquiesceu aos: rogos dos m ilitante..~ e colaboradóres d:.1 TFP, concordou em que fizéssemos a vigília no mês de Maria; durante ~\ semana que passou, o Sr. rc• cebcu inúmeros pedidos de núcleos centrais e di,'irritnis de .sócios e colaboradores da TFP. no scn· tido de que jamais: terminem as vigílias dêssc orn· tório. Agora, Dr. Plinio, não é sõmente o M.:l• noel que vos pede, nem .sômcnte os •sócios e mi• litantes. Or. Plinio. os sócios. os m ilitantes. o Manoel e iodo o povo, é que vos imploram: não permitais que: se encerrem as vigílias di:írias no oratório de Nossa Senhora da Conceição!" 1Aplausos muito prolongados}.
esses
fpíra ng&, na Colina histórica, nós vamos re·z ar para que o Brasil realize a vocação mar:.wilhos:t que lhe foi marcada desc.le o primeiro dia de su:., cxisrência, Com efeito, desde a proclamação d.1 Independência, desde os primeiros tempos da H is• t6ria brasileira. Nossa Senhora da Conceiç.l\o foi considenida Padroeira do Brasil. Levemos rio fpiranga a Imagem de Nossa Senhora <fa Con• ceição! (O u\le•sc novamen te o brado de campi.. 11ha da T FP. Aplausos prolongados]. Q uis a Providência Divina que, neste tcrrilÓ• rio imenso onde Ela depos itou tô<fa espécie de riquezas, uma riqueza maior do que tadas a::. outras fôssc posta. Foi ela trazida pelos nossos ancestrais quando cm memoráveis navegações im. phtntaran1 aqui a Fé C:1t6lica Ap~tõlicu Roma• na, fundamento sacrossanto da civiliz.lçâo cris1à, de tôda ordem verdadeiramente pcrfeí1;1, de lôda ordem verdadeiramente digna do nome de or• dem. Ê.ste imenso País, povoado por um povo imenso, 1fio homogêneamcntc dotado de uma fé imensa, íoi constituído para a imensidade dos grandes ideais. Proclamemos êsscs ideais. pro• chamemo-los não de pé. mas de joelhos. na colina hist6ri<:a do Ipiranga, pedi1\dO it Nossa Se• nhora que o Brasil realize a favor da civiliz:.1ç:'io cristã tudo aquilo que estav:1 n;ls vias <ln Provi• dência. nas intenções dà Providênein que êlc realizasse, quando a voz de D. Pedro I brmloti: " Independência ou morte!", e do alto do Céu. V6:::., minha Mãe. deste$ Brnsil nôvo o vosso pri• mciro sorriso materno. 1Aplausos prolont,::1dosJ. Harmonio~amentc coexistentes com as nuçck.s da América l...atina, formamo:,; o bloco do futu .. ro. o bloco imenso de n:,ções sempre fiéis com fraquezas talvez., que Noss;, ~enhon, pcrdo• a,á, porque Ela é a Mãe de tôda :, misericórd i:1 - formamos o bloco imenso que. estou ccno disso. ser:í. pan, glóri:\ da civiliu1ç;\o cristã. a grande potência do século X XI. Ê. c:u-regando os tesouros da trndic;ão do passado e com olhos vol• tados no futuro, c-o m o o cori,çâo d ilawdo por tôda ~, América Latina, que nós rezaremos para que se realizem os desígnios de Maria Santíssi• ma, da Imaculada Conceição. nesta terra. que dEla foi desde o primeiro momento cm <1uc começou a e-xistir! Tenho dito''. [Aplausos proloni;ados. Ouve-se o brado de t am panha da 'fFP. No'Vos a plausos).
"º
• N ossa Senhora sorria EM NOSSO úhimo número referimos .-lgun$ dos fatos mais signific.itivos ocorridos junto ;\o oratório da TFP', d1.1rante as vigílias de orações Q\H! a entidade levou ali a efeito no mê$ de maio. Em seu Mtigo senmn:11 pal'a um matutino paulista, o Pl'of. Pliílio Corrê:1 de Oliveira ·a presentou o rcgis1ro de nrnis alguns dêsscs casos. Tr~mscrevc• mo-lo parn conhecimento dos lcitorC$: •
..A prece do lixeiro. Passa um carro de lixo.
Dêle salrn um jovem coletor, recolhe o lixo e .se d irige de voha ao carro. Em frente ao or:.uório, olh~1 e se detém enlevado, com a lata cheia em unH1 da.s mãos. Reza. O carro de lixo, enquanto isw, vai descendo. De longe, os companheiros o chamam aos brados· l;.le interrompe a prece. cumprimenta com afeto os jovens da TFP, e desata na corrida. até alcançar o carro. Do alto do Céu, a Rainha Imaculada sorri enter necida.
a
• T ambém o engraxate, um menino. Traz às cosias- .sua caixa de trabalho. Recolhe-se. Em silêncio, oferece t, Virgem o que lhe vai na ahn:1. Ao sair. oscula uma das íl6res do oratório. E Ela. do aho do Céu, rnmbém sorri ... •
O enCrcgadorzinbo se recolhe. Chega com o carrinho trazendo mercadoria a distribuir. P:íra e reza. Tão recolhido está, que uma scnhor;1, a qu31 1ambém rezava d iante do oratório. comovida, lhe afaga a cabeç.a. ~ lc abre um instanteos olhos. e os fecha de nôvo, O recolhimento cOn• 1imm. Nossa Scnhor:1, do .\ltO do Céu, sorri ... •
P.1s.~a a rádio-patrulha, dois guardas se descobrem dentro do carro, re1.am ràpidamentc. e con1inuam em sua arriscada e nobre faina. E Nossa Senhor~" sorri. Re1..a a TV. A1ores de uma TV fazem uma novena, Todos os dias trazem dois botões de rosas. E Nossa Senhora rnmbém sorri. •
•
Uma Rolls Royce imponente rnmbém pára. Dela desce uma senhora distinla e coloca um botão de rosa no vaso de flôres. Depois des• fia com piedade as contas de seu 1érço. Nossa Senhora sorri. •
Galaxi~ lmpalas, outros CMros de categO• ria também param. e! dêlcs descem os abasiados ou os ricos. Vêm dizer à Virgem as afliçõ~ que não faltam nem a pobres nem a ricos. Re• zam. E a Mãe de Deus sorri ... •
Os aOitos, sim, os especialmente aflitos fazem preces que são, mais do que gemidos, verdadeiros gritos de dor. Menciono apenas o de uma mãe: "Nossa Senhora, que eu veja meu filho!"' Quan10 de •ílição csrns simples palavras exprimem! Outra senhora cho,a. Depois volla-sc pa•
ra os milirnnt~ e lhes diz: "Como é bom ver rnp;l• zes rezando assim. Isso rcforç.a minha fé". Seria intérmino narrnr todos os fa tos congê11crcs i,li ocorridos. O ceno. pois a Fé nô-lo e11sina. é que. para cad.t uma destas lágrimas, Nossa Senhora tem um maternal sorriso de compaixão. • O uro, incenso e mlrra, foi o que trouxeram os Reis Magos para o Menino Deus. Tam• bém os dons não faltaram junto ao oratório. Uma Côroa de ouro cm filigrana. Uma auréola cm me• taJ prateado. Três flô,es de prata. Mais um ramo de prata com duas flôres do mesmo mernl. Dois anéis. Uma pena de ouro. Um têrço de prata. Tudo exprimindo amor. reverência. csperançn e con1riç.ão: isto é, as disposiçõc.s de alma que o ouro, o incenso e :i mirra simboliz.am. Como não haveria de sorrir a isto a Virgem?
• O comentário do lscariotcs. Judas rosnou. Como na ocasião em que protestou contra a Madalena, que dcrrtlmava perfumes sôbrc o.s pés divinos: "O d inheiro gasto com isto, não seria preferível que fôsse dado cm esmolas?" Mas nin• guém, junto ao ora.16rio 1 deu atenção ao murmú ... rio soei. • Os Anjos cauram. Sim. Os Anjos- can1arnm e a Virgem sorriu com ternura particular quando Saccrdoces e Rc1igiosas se acercaram do oratório para rezar, E especialmente quando um:. Religiosa ofereceu uma rosa dourada parn repa• rar o insullo que fizera outra Freira, esta do gê• nero "pra fren le" e ""no vento", Ou quando outra Religiosa ofereceu o resplendor de que falei. E quando, enfim, cm um -. delicado gesto de Miie. uma Religiosa nos ofereceu dois genuflexórios bem estofados, para mitigar o cansaço dos nossos jo• vens durante a vigília. Quem será cé1paz de cx.pri• mir o sorriso especialíssimo da Virgem para as a lmas eleitas que se consagraram a seu Divino f=i. lho, e .se mantêm fié is à sua coitsagraç.ã o?
• Os "corajosos''. A coragem do ímpio é fan• farrôn ic;t e covarde. Por vêzes passavam pessoas de muomóvel, acelerando o motor justa~ mente diante do oratório, a fim de produzir ba• rulho. Uma delas estourou junto ao povo um projé1il junino de grande estampido. Outra atirou 110 meio do povo uma bomba junina. das de m .. ior potência, que fel izmente não a tingiu o ~1lvo e tx• plodiu uns metros adiante. Algumas davan, cm côro g:.,rgalhadas estrepitosas. Ou1ras grit.ivam blasíên1ias ou ultrajes. t fácil ter coragem assim quando se passa em alta velocidade. O povo cha• ma êstc ripo de "coragem", de covardi:.1. Mas nin• gu~m - nem p0vo, nem sócios ou m ilitantes da TFP - dava atenção. Continuavam todos a rezar. E Nossa Senhora sorria a êste sobranceiro e cavalheiresco desdéin'',
Falácias do Arcebispo de Olinda e Recife · S IDÉIAS que o Sr. D. Helder Câmara vem espalhando com peculiar facúndia em suas andanças pelo mundo foram reunidas cm um livro de que lC· mos em mãos a versão francesa, publicada sob sua assinatura e com o lílulo de .. LE TIERS MONDE TRAHI" (traduzido do italiano por J. Laurent, Dcscléc & Cie., Paris, 1968). Trata-se de uma coletânea de escritos e fa. las do Arcebispo de Olinda e Recife. Lendo êsse volume, ocorreu-nos comentar sumàriamentc as evidentes falácias em que se apóia a exuberante verbiagem do Prelado nordestino. Fá-lo-emos sob ressalva da fidelidade da tradução francesa, pois não dispomos dos textos originais. Como primeira dessas falácias colocaríamos as famosas ··refornws de estrutura". O Autor a elas se refere de modo verdadeiraniente obsessivo, sem nunca as definir, como aliás é de praxe entre os membros da chamada esquerda católica. Contenta-se cm declamar a respeito delas: "[ . .. ) não co11-
A
f1111damos II be/11 e i ndispensável noçtío de
orde,n, objetivo tle todo progresso humano, co11i t·erfllS c,1rit.:<1l11rlls desta, responsáveis
f)ela pernumência de estruturas que, na opini<io de lodo (> inundo, não se pc>de111 COII• S<'l"VOr'" ( p. 8). 111//lldO inleiro neC<:SSilll de 1111111 revol11ç,io esrr11111r11I" ( p. 152). "A
••o
,,olítica ,uiu JJ<Jde per m,1111/cer propriedade dus 11rivi1':giculos que i1111u:den1 w,· reforuws de he1sc, <>" "-" desfigurC1m , ou a.\' deixou~ sõ111e11te 110 p11pd" (p. 155). A América Latina tem "venladeira11rcn1e nCC<'ssidC1dc de uma r evolução estrutural" (ibidem) .
Mas cm que consistirão essas reformas de base, apresentadas como tão indispens,ívcis, importantes e urgentes? Silêncio sign ificativo. Na realidade, não constitui scgrêdo para ninguém qual seja o lipo de reformas de que se ln11:1, mas o embaraçoso, a csla allura do processo revolucionário, é que nenhum católico que as propugne (mormente se fôr membro da Hierarquia) pode cxplicilar-Jhes aberlamemc o conteúdo, sob pena de perder a face perante seus irmãos na Fé. pois elas são ind isfarçàvelmcnlc socialistas e confisca16rias, além de serem empurradas com a mão do galo por aquêlcs que lutam pela bolcheviz;,ção universal através dos chamados métodos evolutivos.
Te ntativo de livra r o soc ialismo do ra nho motcriolisto O Arcebispo de Olinda e Reciíc não deixa de levantar uma poola do véu que oculta o que lhe vai na mente, ao falar sôbre o modo como entende a rpissão dos Seminários e ao indicar como parte da formação dos futuros Padres, além de outras coisas do mesmo gênero, "o estudu tios ensaios de um soâalismo nôvo" (p. 32). Ape• sar disso, continuamos na mesma, pois em que consistiria êsse "socialismo nôvo"? O que sabemos é que a Santa Igreja não revogou sua condenação de tôda e qualquer espécie de socialismo como incompatível com o Cristianismo. Mais adiante o Sr. D. Heider tenta exorci1.ar o socialismo, para libertá-lo do demônio do materialismo: "Por que não reconhecer que nelo lui um tipo 1í11ico de socialismo? Por que não e.rigir, fJllra o crisrcio, " liberaçtío da valavra •·sociali.wno", um<J vez que e/(I não se "dw pre-
cisa111e11te ligada ao 111aterialisrno e não te111 11ecessària1ne11te o sent ido de sistema que destrói a pessoa J1111111111C1 011 a comunidade, nws pode também querer <lizer º siste11w <10 serviço tia co1111midatle e tio homem"?" ( p.
79) . Procura assim o Autor passar uma esponja sôbrc a doutrina da Igreja, segundo a qual não se pode conceber o socialismo, por mitigado que seja, sem a destruição da verdadeira liberdade dos filhos de Deus.
Social ismo é s inônimo de lotaliiarismo e o materialismo não lhe é senão inexorável seqüela, como a .H istória o demonstra, pois se t.rata de s istema econômico q ue vai contra elementares e impostergáveis direitos da pessoa humana, direitos naturais anteriores ao Estado e dêle independentes. O socialismo é condenado pela Igreja em si mesmo, como sistema econômico que escraviza a sociedade justamente pela economia ou pe· la ação lotalitária do Estado na vida econômica e so:ial. Ê claro q ue .na realidade prática e quotidiana não se pode separar o "homem rel igioso" do "homem econômico'', pois isto equivaleria a colocar a vida religiosa, ao modo dos maniqueus, entre parênteses. É o que se encerra na velha falácia da esquerda católica, de distinguir o socialismo enquanto filosofia de vida · e e nquanto mero sistema econômico. Se além de defender um sistema econôm ico 1otali1ário, ainda se está a serviço de uma filosofia de vida abertamente atéia, materialista, que considera a religião como alienante e ópio do povo, lemos a figura clássica do comunismo. Mas o que é incon1eslável é que o socialismo é o sistema econômico do comunismo e principal arma do domínio político e social por êsle exercido.
Melhor se percebem os pendores de D. Hclder Câmara para o socialismo quando ê le recomenda ao CELAM uma "1011,ada de posição corajosa e clara a re.lpeito de certos ,1111ico11w11is11u>s 111esq uinlu>s e 1111ilC1terais": ..O CELAM deve convencer as Co11ferê11ciC1s ef}iscopais de evitar cuidadosamc:nte o uso e o abusv du es11an1<1/ho e11r-
1ico111uni~·ta, O povo de Deu.\' deve ,-.,·,:,· pôsto em guarda contra os erros co,uunistas.
O faro ,{(, que " Sanl<i Sé 11iio emprega 11eccssàric11nc11te a pal<,vra " soc:iafismo" conw sinónilnv dei negaçiio de Deus é '""" (,'Qllw q11islC1 de grcmde i111portâ11c:iC1" (pp. 142143). Se -conqu ista houve, a quem beneficia ela senão aos que porfia m cm vestir à humanidade uma camisa de fôrça lotalitá-
ria, representada pela servidão socialista'/ Em seguida acrescenta D. Helder: "Deve-se u1111bé11i pôr en, guardll os fiéis " respeite> das origens materia/isws do ca11ita/is11u,· O que ê lc manhosamente omite é que, de acôrdo com a doutrina social católica, o regime capitalista (segundo o qual se acham de um lado os patrões, indivíduos ou cmprêsas privadas, e de outro os trabalhadores) não é cm si mesmo v icioso e contrário ao direito na tura l, como se dã com o socia• !ismo. "Letío X / li se aplicou com 1ôdC1s <1s fôrças a discipli11C1r êste or<len,111ut11to ec<111ô111ico [capitalista] seg11ndo as 11or111as d" retidtio, ()elo que é evitlente que êle 1uiv é e111 si 1nesn10 condenável. E, ele /Cito, 1uiu {, por s11C1 11at11rezC1 vicioso", afirma Pio XI na "Quadragesimo Anno". 1
•
Umo questão de ide ologia, e não de mero bem-esta r
D. Hcldcr Câmara faz de conla que condena de modo equânime o comunismo e o capitalismo, o que já seria errado, pois um é intrlnsccamcnle perverso e contrário ao direito na tural, e o outro pode ser ordenado segundo a reta razão. Mas nesse passe de prestidigitação, o Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, aparentemente "equidistante" de um e de oulro (segundo expressão muito cara aos demo-cristãos) 1 na realidade quer destruir o que ainda resta de uma ordem de coisas baseada na propriedad~ privada e na livre iniciativa, para assim lançar a humanidade nos braços do socialismo. l, porlanlo mu ito eocrenle da parle de S. Excia. Revma. respeitar os guerrilheiros que, na América Latina, pegam em armas para cubanizar o conlinenle, trucidando seus próprios irmãos: "Resf)eiro aquêles que, e1n co1u·ciê11cia, se se11tira111 obrigados " 011tC1r pela violênciCI, 11ão II violê11ciC1 de• 111C1siado fácil dos "g11errilheiro," de salão,
11ws a daqueles que provarC1m sua sincerida .. de pelo sacrifício da própria vida. Parece• 111e que u memór ia de CC1milo Torres e de Che Gw1w1ra nrerece !Cinto respeito quunto a do pasror Marti11 L11rher K ing" (p. 161 ).
Particularizando um pouco mais, d iz o nosso Autor que o CELAM "deverá apoiC1r, por ,una cc11n11a11Ju1 be111 docu,nenwcla, a J)romoçcío de verdadeiras reformC1s agrári11s"
(p. 146) ; porém se dispensa - êle que é 1âo fértil em elaborar programas - de entrar em pormenores sôbrc o que pensa a propósito de ião complexo e delicado problema, inclusive no que diz respeito ao Nordeste, it própria área de sua Arquidioces~No fundo, deixa entrever que não se trata
de simples busca de confôrto material, mas de uma questão de ideologia, pois afirma que "todo mwulo admite o vrincíf)io de <1ue a tJdl. sem a igualdade é wna uropid' (p. 149). Acontece que a doutrina católic,1 nos d iz justamente o contrário, islo é, que a desigualdade social reina nccessàriamcnle onde quer que haja liberdade dos filhos de Deus. Eis porque o socialismo (além de ser hipócrita, pois na realidade acaba po.r criar uma nova classe dirigente, que impõe à massa um jugo impiedoso) promove a igualdade à custa da verdadeira liberdade. Citemos outra afirmação falaciosa de D. Helder Câmara: a de que a " r evo/1<, auricristã será inevitável a1nanhã, ~·e a Igreja, hoje, na /10r<1 da opressão e tia escravidtío, ficar ausente" (p. 66) . Não se trata da no-
tória opressão e da clamorosa escravidão existentes nos países comunistas, mas daquelas que os partidários do sistema econômico capitalista fariam pesar sôbrc o mundo subdesenvolvido. . . Tal falácia se acha prêsa a outra, segundo a qual "as mas.wrs". no mundo livre, estariam ··~e,,, estC1do de pré-r evol11ção" (p. 71 ). A írresislível "10111ada <le consciência das 11,assas subdesenvolvidas se dará, el11 esrá em mC1rclw, seja conosco, se111 nós ou contra nós" ( p. 52). "( .. . J conosco ou sem 116s 011 co11frC1 nós, os olhos das 11wssC1s se abr irão 11111 diC1. Se abrindo seus olhos as mC1ssa., t iverem a impresscío de que " crista11dade t eve medo, não teve a coragem ele falar cl,1ramente por r eceio do ,:ovêrno ou cios grandes f>rOptie-
tcírios, (:.\'.\·as massO.l' re,:use1riio o cristiaufa·.
Cunha Alvarenga 5
- será socialista, o mundo nov o que está para nascer nao A
mas católico : seu nome é R eino de Maria 1110 porque éle (Ires aparec:erâ incontesuivd-
nwnte como " r eligi<io t1liada aos exploradores'' (p. 92).
"Se Marx t ivesse vivido no tempo do Vat icano. li . , . " Como se vê, o Arcebispo nordestino se
expressa como se a revolta, a subversão, a atitude de protesto contra a atual ordem social fôssem cais.is brotadas espontâneamente do seio das massas. Estas, portanto, disporiam de dinamismo próprio, sabendo o q ue querem, quando o contrário é que nos ensina a verdadeira observação sociológica, tão bem expressa por Pio XII: a massa, incapaz de agir por s i mesma, é sempre tangida de fora, por demagogos e agitadores que lhe são estranhos e que canalizam no sentido da Revolução universal seus instintos e lementares. Dêssc falso pressuposto nasce outro: as injustiças sociais é que seriam o motivo de
a massa comunista se afastar da Religião. Com efeito. " t1 11wsst1 co1111111is ta /ict1rá feliz quwulo co111pr eender que neto deve ne.t;,clf " Deus e a vida eterna para ,mwr os ho111e11s
e lutar 11efo justiça J·ôbre a terra. A massa conn111ista considerará com atenção e si111patia a religicio quando vir <111e esta tem li firm e resoluÇ<io de não servir de capa às injustiç<ls <lbsurdas cometidas e11t nome do di-
reito de 11ropriedltde e da iniciativa priV<ula" (p. 72). Mais ainda: "A massa co1111111is111 Jicartí t1gradàvel111ente surprêsa quando souber q11e é perfeitamente eva11gélic<l essa sêde de j11stiça que lev<l a desejar o /i111 da sit11açiio al>surda ,u, qual se acham os dois terços da h 1111umidade que a/111ula111 cada
vez 11wis no subdese11volvhne11to e na /0111e'' (p. 73). Dessa falácia segundo a qual o comunismo seria fruto da revolta das massas contra as injustiças sociais. e não um fenômeno revolucionário muito mais profundo, que eleita raízes no passado · e procede de uma cúpula de celerados de aqué m e a lém cor• tina ele ferro - que não quere m a tranqüilidade da ordem emanada dos Evangelhos, mas a luta ele classes, com a derrocada dos princípios básicos q ue fize ram a grandeza da c ivili7..ação cristã - dessa clamorosa in .. versão da realidade que se desenrola perante os olhos de quem quer ver, parte D. Melder para afirmar outra enormidade : a de que a Igreja Se teriit esquecido de sua missão, pactuando com os ricos e poderosos para massacrar os pobres, a ponto de levar Marx e seus prosé litos a condenar 1ôda re• ligião como a lienante e ópio do povo! D. Heldcr, com sua demagogia clcsenvolvimenlista, procura justifica r o ncopaganismo inviscerado no marx ismo : ·'A religião é considel'(u/a pelo.i; marxistas c:01110 a grmule fôrça de "lie11ação. Ora, devemos ter a lealdade de r econhecer que, 1Jreoc11p<1clos com
a vi<Ja eterna, fàcilmenle esque<.:emos a vid" terre,w" (p. 84). Mais ainda: se Marx "tivesse vivido 110 te1111>0 do Vatic:ano li , que
resu,niu tudo o que de 111elhor se disse e o que ensina a teologia a respeito das realidades lerrenas, cer1,11ne11te não teria apresentado c1 religiiio como o ÓPi<> do povo e "
Igreja co1no t1lientula e ca11.w1 de alienllçã,l' (pp. 126-127). O li Concílio Vaticano conseguiria o que nem o E vangelho nem dois milênios de história do Cristianismo alcançaram. isto é, esclarecer o equivocado Marx. . . Mas a realidade é que D. Hcldcr parece querer
corrigir o Evangelho, insinuando que o confôrto material está entre as bem-aventuranças, e contrnriando assim o Sermão da Montanha, o qual nos ensina a procurar em primeiro lugar o reino de Deus e a su11 justiça, tudo mais nos sendo dado como acréscimo. Mais ainda: Nosso Senhor J esus C risto não deve ria te r qualificado, expressamente, como coisas ele pagãos a preocupação com o que comeremos, com o que beberemos ou com o que vestiremos (Mal. 6, 25-34), nem nos deveria ter ensinado o dcsapêgo dos bens terrenos, para confiantcmcntc nos abandonarmos à Divina Providênc ia, ce rtos de que a procura d o ''único ,u:cessârio'' se sobrepõe a tôdas as preocupaçôes materiais.
De,scobido porole lo com a invasã o dc.s b á rbaros Mas, alén1 de su,,s falácias do ponto de vista dou1rin,1rio, o conhecido Preh1clo comete outra não pequena, do ponto de vista histórico, ao procurar tecer um para.. leio entre o encontro do mundo cristão com o mundo socialista e o confronto do mundo cristão com o mundo bárbaro nos primeiros séculos de nossa era. Diz êlc : "Quando, devois de três séculos de per-
cílios pt1r<1 decidir sôbre a vida espirit1wl
de.•,st1s co,nwtidade.,·. Os autores católicos do te111po nos explicam por (fue isso aconteceu. Todos êles e1u,:aram essa desolação coliu> u111. ,·,1stigo 111erecido. Os vlindalos 11ws1110 diziam que nãv era <le seu próprio movi1111.m to que u.w,V(1111 de uu1ta crueldade, mas que sentitun 11111a fôrça interior que os arrast11vt1 L1pes<1r de sua disposiçtio. Con, e/ei tô, nos diz a Hisuíria, jontais us bárbaros apurecera111 uwis se11s'ivel111e11te <.·01110 1ninistr<J1; da vinganç" divint,. Excettuulo 11111 11equeno número de servidores de Deus, li Crista,ul,ule <1/ricana inteiru era 111nu senti8
"" comum de todos os vícios e de tôdll.r llS capit11lllções dil111te da impiedade. [ .. . 1
Co,n Santc> Agos1i11!,o tleixou de viver, de certo modo, {/ Á/rict1 crist<i e civiliz{lda.
Porque, depois dessa época e tlfé expiror sob o ferro dos muçul11umus, sua existênciu 1uio foi senão unza longa agoni<l. A se,nente da boa nova, ,1ue Santo AgCJstinho tanto ajudou a cvn·,;ervar, iria ger11,i11ar eni outras plaga.--.·, onde u terreno
seguições. o mu,ulo greco-lllti110 se tornou e111 grande parte crisllio, e quando os crisl<1os saíram das catacu111bas para enconlftlf
lhe serfo propício. E niio foi f1ur ~·imples acaso que " C idade de Deus co11sti111irfo,
o esplendor perigoso das basílicas e da ccirte i,nperial, con,eçou t, correr o rumor de
de Cllrlos Mag11<J, espadll e e.vcudo d" lgrej<1
que "bárb<Jrvs'' estawun chegando. Divertida expresscio essa, de "bárbaros"! Elt1 traduz tôda a vaidade. greco-rornana e ao 11,es1110 te111po o temor de ver desllpc,recer 1111,a l·ivi/iul(,:lio que parecia insuperável. Nada mais car<1ctcrístico do que o temor de San/o Agos/inho, o <11wl. no fim da
vida, se sentia tlevoratlo de angtÍstia pelo advento dos "ba,·baros": apesar de seu gê11io. ê/e 11iio discerniu o se,11ido /i11<1I dos aconteci111entos de sua época; e111bort1 lhe parecessem catastróficos, 111arcavt1m , pelo contrârio. o início de um mundo nôvo. A /e111bl'(111ç,, dêsse episódio histórico nvs v<:111 à me11t6ria parlllelanwnte à atitu~ de que o 111u11do vcidenwl tem t1ssu11lido e,n Jac:e do 11u111tlo socialista" (p. 76). Em prime iro lugar, se houve Santo que não teve nenhuma ilusão quanto à civilização greco-romana foi Santo Agost inho, q ue através das imorta is páginas da Cidade d e Deus tão magistralme nte a es1udoú, mostnmdo suas hipocrisias e suas vilezas pagãs, e comparando-a à be leza da civilização cris• -til. Portanto, o que encheu o Bispo de Hipona de ama rgura no fim de sua vida, não foi o esboroar daquele estado de cois,,s cm gra ndc pane ainda pagão, mas os sofrimcn tos do Ocidente cristão, sobretudo da Cristandade norte-africana, objeto especia l ele sua sol icitude e zêlo pastorais. Na passagem do 16." centen,\rio do nascimento de Santo Agostinho, ocupamo-nos do assunto e d izíamos cm artigo sob o título de "Santo Agostinho, /11l1ni11adur dCls lu:rc:sias e orâc:ulc> do.,; séculos" ("Catol icismo", n.0 44, de agôsto de 1954) : 8
"N{Jo prese11cio11 Santo A gostinho aqui na terr(I o florc:scer des.m civilizaç<iv fJ"'ª a
qual ttmto contribuiu. Pelo ,:untrário, 111urreu <m1C11·gw·,ulo ,Jurante v as~;édiu de sua cidade e11i,·copal veios vândalos. E 1w11hun1<1 invll.w1o de bárbaros Mtperou e111 /Jr111t1/i1fode, c111 destruirão, e111 devllstaçeio, a que ,·o/reu o Norte ,/11 A/rica.
Desde agôsto de 1967 vínhamos mantendo inalterado o preço de venda avulsa de "Catolicismo", e desde· janeiro de 1968 o das assinaturas. O encarecimento dos custos, ao longo dêsses anos, obriga-nos agora a um reajuste. Assim, a partir de 1 .0 do corrente, nossa tabela é
a que figura ao lado,
nesta mesma página.
A correspond ência relativa a assinaturas e venda a v ulsa deve ser enviada, sempre, à Adm inistração nico P r ado, 271, São Paulo (ZP-3). 6
Te111-se dificuldade ern conrpreender que a ProVidência punisse tão severamente ,una regüío e111. que havia tanws e tlJo ativas Igrejas, co111. uma 1111mero.w1 Nierllrquill, u1111as vêzes congreg(lt/a em. solenes e doutos Co11-
Rua Dr. Marti-
não nos acharíamos diante de uma contradição, mas de algo q ue é coerente com a li nha ele pensamento do nosso Autor.
Umo folácio mois pe rigoso do que, tôdos os outros Há, porém, uma diferença essencial e ntre essas d uas espécies de b,\rbaros. Os primeiros sa íram cio paganismo, os ele hoje caíram da ;1l1ura do Evangelho, isto é, são filhos ela apostasia do mundo mode rno e. po rtanto, se acham cm um estado pior do que o dos bárbaros c1uc ainda não se tinham convertido ao C ristianismo. É uma barbárie c ientífica, que assume aspectos ideológicos com raízes nas heresias gn6sticas que vêm flagelando a Santa Igreja através dos séculos mais que qualquer invasão de vândalos o u hunos. E ao passo que uma das grandezas da civilii,a ção católica medieval veio da inteira ;issimilação do elemento bárbaro pela sua conversão à verdao'-cira Fé, é uma das m isérias dos tempos atuais o fato de que, cm vez de cogitar da conversão do mundo co• munista, os me ios católicos progressistas, antes mesmo da invasão do Ocidente por essas novas hordas, lhes abrem as portas e lhes assim ilam os erros. - A que perigos não nos expõe isso?
três séculus nwis tarde, u leitura preferida e - fundador do Sacro Império Ronwno do
Ocidente", Contrad ição o re spe ito do Idade Médio e do fe udalismo? Isto dizíamos há dezesse is anos atrás, mas D. Hcldcr, ao ouvir falar cm Sacro Império Romano do Ocidente, seria capaz de rasgar as vestes, horrorizado. E ntretanto,
que Hmundo nôvo iria nascer das cinzas ela civilização greco-latina senão o que é conhe11
cido pelo nome genérico de Idade Média? Aqui encontramos o <1uc à primeira vista parece uma contradição nas afirmaçôes do Arcebispo de Olinda e Recife. Ao mesmo tempo cm que empresta a Santo Agostinho uma adesào ao mundo greco-romano completamente estranha ao grande Doutor, diz que êste, destituído das antenas "proféticas" do progressismo hodierno, não teria discernido o sentido dos acontecimentos de sua época, isto é, não teria visto a invasão dos bárbaros como "início de u111 mundo nôvo". É claro que o mundo nôvo que nasceu dêsses escombros, não na África, mas na Europ<1, foi o mundo medieval. Acontece que nosso Autor não se mostra persuadido da grandeza dessa época, pois freqüente e indiscrim inada mente a e la se refere de modo lllJurioso: •'Nos países subdesenvolvidos
acdwmo-11os ,1uase se111pre ainda e111 plena ltltui<~ Mé,/i(I; apesar de algu11ws exceções louváveis, enconrra111-se t1i11da ricos </IU! tê,n " 111e11wlidt1de cios senhores ele maror11" (p. 41 ) . À página 68 se fala de "patrões que e.wiio ,,ind<i co11u1 <111e na Idade M é<lia". A exemplo da Igreja. a sociedade medieval se distinguia por sua organização feudal, e O . l➔clder emprega a expressão "feudal '' c m sentido pejorativo. Ao falar sôbre o ·'colo111aliJ 1110 i11rer11v ., que seria exercido por "11111 pequeno :-:rupo de privilegiados do p,·6prio país, ,:uja riqueza é 111a11ti<la à custa da n,iséria de 111ilhões de co11ci<l<ul<ioJJ',
acrCsccnta: ··t ainda w n n:gi,ne semijeu,h,l:
aparénâa de vida patrim·c,11, nws na rcalidudc ausência dos direitos d<1 pessoa. situa~ í·tiu i11/ra-l111111011a e verdtuleirll escr<1vidiio'1 (p. 153). Pa rece, portanto, que estamos cm face de uma contradição: ao mesmo tempo que se rcícrc ao "mwulo nôvo" que veio substituir com vantagem a c ivilização greco-romana, até então considerada insuperável , o Sr. D . Hélder Câmara nada acha de pior para comparar às misérias que vê no chamado mundo subdesenvolvido contemporâneo. do que essa mc,5nrn ldadc Média e o regime político-social que lhe serviu de base. - Mas. ~e a invasão dos bárbaros do século IV marcou o início de um "1111111do nôvo' ' . <1ucm sabe se a plena eclosão clêstc, ao ver de O. H cldcr, somente se dará após essa segunda invasão de bárbaros para a qua l nos procurn êlc preparar? Neste caso,
Console-nos, em meio a tamanhas calamidades, o que sabemos do mundo nôvo que estü para nascer: êle será o reino de Maria, e portanto não poderá ser nem comunista nem socialista1 mas adamantinamcntc católico. O domínio universal do comunismo, com seu arcabouço totalitário ou socialista, será talvez o castigo de nossos d ias. nunca a solução. Esta só pode ser o Grande Retôrno, ra2.ão pela qual 00.5 é lícito resumir tôda esta série de falácias do Arcebispo Hcldcr Câmara cm uma única : a de não considerar a questão social como problema eminentemente moral e, portanto, religioso. A imaculada conceição das massas, e is urna falácia paralela c,s posada pe los que, nos meios catól icos, fomentam a luta de classes e tôda sorte de capitulações diante do inimigo, cm vez de procurarem a volta de todos os homens Aquele que nos oferece palavras d e vida eterna e não um duvidoso e m iserável prato de lentilhas.
@JAtoJLnCE§MO l\ll{NSt\.RIO tOIU
APROVAÇÃO ECUlSIÁ$1·1cA C:1m1>os -
&t. do R io
Diretor Mons. Antonio Ribeiro do Rosario Diretorin: Av. 7 de ~lembro. 247, c:~ix:, POSl31 333, C:1mpos, "R.J. Admlnlstr-.1tãt1: R, Dr. Martinico Pfado, 271 (ZP 3). S. Piiulo, ARentc paro o &htdo do Rio: Dr. José de Oli\'Cir-a Aodmde, CiliXà J)OSlnl 333, 0-mpos. RJ; Agen(e p:,rn os L.1:.,dos de Goiás, M,110 Gros~o e Mina~ Gerais: Or. Milton de Suites Mo u r:io, R. Pamíba, 1423. tckfone 26-4630, llc lo Hori7,01He; Atente p:tm o E~t:,do d:1 Cu:1-n:1b am: Or. luíS M. Dom:::111. R. Cosme Velho, 8 1S. telefone 45-8264. R io de Jancito; Agente p :m1 o Estado do Ce:1r:í: Dr. José Gerard o Ribci ro. R. Senador Pompeu, 2120.A, Fon:de;,.a; Ag~nle:; parn a Argentina: "Tràdidón, Famili:t, Propicdad", Casilla de Corrco n,o 169. Capit3l Fcden,J, Argentina: A.~cntes p:1.m o Chile: ..Fidueia''. Casill:;1 13772, Com~o JS. Santiaço, ChiJc. 4
N(1mcro ª"ulso: Cr$ l,S0; núinero :1tr.t• ~:1do: CrS 1,SO.
A~in:,turas :1n u:t.L(: comum Cr$ IS,00; cooperndor CrS 30,00: benfeitor CrS 60.00: grnodc bcMeitor C r$ 1S0,00; !>Cmin.1rist:.1s e estudantes C,$ 12,00; América do Sul e Ceniral: via marhim:, USS 3,SO: vi:, ,1érca USS 4,SO: outros países: via ma• rhin,3 USS 4.00: via :1érca USS 6,SO.
P:orn os &<tndo; do AC. At.. AM . co. MA, MT. PA, P8. PE, )'I. RN, SE e Territórios, o jornal é en,..i:-tdo J)Or \'ia aére:l pelo preço d,, :,ssin:uum comum.
Os p:igamentos, sempre cm noinc de Edh tôra P.:idrc Belchior de Pontes S/(..\ pode• rào ser cnvi:tdo~ ;I Administr::tç,io ou ao~ ngcntcs . P!lra mod:.rnça de cnderéço d e :.l$~ ~inanlC$. é nt.-..:es.,;,firio mencionai' 1:imbém o cndcrêço nn1igo. Composto e iroprt.sso n:1 Ci:1, Lilhog.rnphk~ Yplr:mg« C:,dctc, 209, S. P;tulo
n.
t:POIS O.E TRATAR pormcnoru•-
dumcnte do Janstnismo, o Padre Oiessbàch, em sua "Mensiigem",
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11
-
exorta Leopoldo U a governar como um verdadeiro Ptfndpc cat6Uco, seguindo os princípios
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do Evangelho e todos os ensinamentos da Igreja. Lembra, a propósito, que o janscnisroo é apena~ um episódio de uma conjuração muito mais vasta, dirigida contra a Igreja por homens que não
.,/// _,/11.
titubeiam em adotar qualquer meio para conse,.
guir os S<'US objetivos. .t u Revolução e a maço.
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naria que êlc pnss» u foculizar.
. ,\~~
--1~ ·R~
-
~-.
O P. DIESSBACH ADVERTE COM FIRMEZA O IMPERADOR
•
"Não duvido, diz a "Mensagem", que um partido sobcrnnamt.nte ativo, intri.g antc e Qudadoso, que cerca já a maior parte dos tronos, 1•roc:ure envolver-vos em seus plnnos in;idiosos. por todos os meios que a sagacidade lhe sugerir. 0:cidii ~ja dado conbcCê-Jo bem e julgá-lo como êle é na realidade. t composto de homens que, no fundo, não ti!m outro intcri:ssc ~não o seu próprio, outro Oeus que suas paixões, oul.ro oráculo senão Voltaire, outro paraíso senão a vã W'pernnçu de serem aniquilados''. O ódio que êtcs vol.am à Igreja é total e violcuto, e cm tôdas as s uaç ·atitudes revelam o desejo de se aproveitarem de tudo para consegui1cm o seu objetivo. Apóiam os protesta ntes, não ,,,., rque dêem crédito aos erros gros.çefros de J,..u. tero, maç porque êsse heresiarca combateu o jugo s::agrado dá Igreja e prodamou a licença das opiniões. Além disso, 11 fraqueza das seitas pro1~.stantes tonduz as almas, lenla p0rém coutiuunmente, pam um vago deísmo. Como os janscnistus envolvem êsscs mesmos erros de Lutero numa Unguugem mais cultivada, mais inteligente e hábil, npresenbmdo-os com um estilo brilhante e -sob un\a forma lUcràriamentc mais períeita, êsses bowen.s esposam a doutrina de Jan.çênio, e proteecm os seus sequar-es para dar nova vida àqueles erros. Enfim, êlcs se fariam uté maome. 1,mos, e seriam indulgentes mesmo com o paga• nismo, desde que houvesse nisso algunt proveito a tirar cm favor da lufa anlk.1t6lica em que estão tmpenhados. A raiilo dêsse ódio pertina1. é que :, Igreja
"ºS
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PSIQUIATRA DE CRIANÇAS OPINA SÔBRE CRISE
O QOI:: DIZ RESPEITO à n,;u,.u du ho• mcm, c.m qut pesem tôdas n.s conqulsláS da
tlênda c da t~cnka, ••não h' nada nôvo debaixo do sol, t nlnxuEm pode di'«r: els aqul tS• ui uma co.i.s.'l m,va, porque. eh, Já cxlstlu nos $!• culos que pass11rnm rutles de n6.~•• (F.,dc. l, 10). No campo das rtl::içõcs totre pali e. filhos, m:tndA a ordem nalunil que, ji tudo recebido educiaç:io de uu.s m1>Jores, por suu vci 0$ pais a transmitam n seus íilhos. e nisto se cifra p., vtrd:.1delr11 1r:idJç~o familiar. Por ts.w obsena a Divina $:;ibcdori:.,: 1' Aquêle que uma o seu filho, càSllga-o com írt• qiiê.ndn, p.ira qut se, nlc,c:r c com 1s$o mal~ tarde. e não vá mcndigu à-. por12$ dos outros. Aquêle que instrui o stu Olho strá louvado nêlt, e nête mumc.> ~ glorlarli entte os- seus conhtcidoil' (Edi. 30, 1·2). Ordena a voi da sab-edoria e dll prudência que siscam os a uperlêncfa dos mab velhos: ••Frtqütnta a · rtunifto dos , ·e lhos prudentes, e uut•lc dc: cora• ('~O à sua ~11btdori11" (Ecll. 6, JS). N:io basla, 1>0• ffm, a id:1de, "porque a velhice vener,nl n~o E :, longa vida, nem se mede pelo número de :ano.s. ma.-. a prudênc:i~ do homem 6 que -&'tlPrt as suas dis, e a Idade d?,. velhice é uma vidu imatul:1da" (S.-b. 4, 8-9). E.u:a a rauéo pela qua.l devemos sc,:;ulr, niiio simplesmente O$ ••velhos'"', mas os ••vt• lhos prude.ntes"~ pois cm épocas . dt dcc:adênci:a a Jnsensalcz. f aburação que co~1uma surgir m~mo cnfrc os :mtl:ios. O normal. 11oréru, 6 que n voz d11 cxperiênda proceda d:is geratffl mtds enlr.1d;w cm ;rnOS, e l o que dá a enlendu :, Sagr.ul3 Esc::rUun·, ;10 .1firm.ir: "Dc.sRrni;:1d:1 de li, terr..1, cujo ttl é um roenlno'' (fÃ'lc. 10, 16). Nito pode.rinm S<"r expressos de melhor m1111tifà O$ m:1lcs d:, tma1urid:1de,
Ora, enlre o~ lncquh·oc.·% .!>i,,:14 de dccadtncfa de no.$$:, éi;,oc~, .se "4drn :, wperStisâo do nõ,·o pt• lo nôvo, i:-.. obsessão de su "1m• f:renlc", :, ido• l:atria do ..poder Jovem". Põem~se os p.iis, mtstres e Sacerdott.s progre.ssl.'i.13$ lilcrahntntt de c6coms dlanft dos "'hlppics" e jovtns conrc~1adores, ttccn• do loas a todos os seus dc.satin~ d?.ndo•lhc.s ;1 11· dc-r:rn(':a social e :1té pedindo-lhes consielbos. l)iante dh:tc tri~1c quadro que se acha ao :dC'ancc dos olhos dt quem quer nr, n~o f. dt: ~tdmi• r~r que (cnlm h:1vido tm Sio Paulo um con,grcsso p?..m amdi.s:ar :, (ti.se nas f'tlações de (:unílfa. Ntle tomou partt o naldic-o H uim Grunspun, proíc.s.wr de Psfqufalri:1 SníanliJ na Po11tifkia UnivrrSid~1dt
lncomodaa muito. ·•A incompreensibilidade de seus mistérios choca o Hpírito bumsno. Sua marcha firme e sua doutrina lnflcxívtt - que em nome de um OeU$ infinitamente santo, justo e onipotente, nnunda sem hesitação e sem Mtenuaçõe.1 recompe1:isns eternas para a virtude, e pwi1ções também eternas para o víc-io, e rncs.. mo para aqueles que. se opõem ao se:xto e ao nono mandamentos desolam e irTitnm os viC'iosos obstinados. Sua Hierarquia vis:tvel, que exige de todos os bontc.ns mortais uma s ubmi.1• são religiosa., sob pena de exclui.r irrecorrivet• mente do número das ovelhas de Jesus Cristo a qu.anl.os não queiram submeter-se, fere o orgulho dos soberbos. Os meios de santificação que Ela colora à disposição dos homens são tão fortes, tão íntimos e tfto divinos, que tornam
indesculpável o pecador impenitente, nada cc>ncedendo .10 seu amor p róprio. - Eis as fontts do ódio implac:ávd que Lhe vota_m os boo1ens: profundamente corrompidos que aos vícios do coração unem um cspirto deprav:1do e subtil, e t doí que procede c.~a guerra cruel movida contra a Igreja Católica".
•
F. Interessante notar que-. embora escrevesse jú em pleno desenrolar da Revolução Frane~"H, o Pac1rc Dlessbach, tal como os seus contemporântos, não compreendeu bem a extrema grQvidade do que se pas.uva na Frnnç,a. A con. tinuaçâo da análise da (t.Mciuagem" e o cstu• do dos documentos deixados pela "Amidzia Crístiana" demonstrarão cabalmente que, se bem que considerassem gnves os acontcdmcn• tos-, nenhum dos dirigentes do sodalício soube HY-1tliar o passo êlcdsívo que estava dando " Revolução. Todos e::peravnm, a todo momen• to, urna rtação natural que não s~ deu. Num homem como o Padi:e D icss:bach, que era 1(,. cído e detectava muito b~m certos fi lões revo. Jucionártos basbmle profundos, essa insuficif:nda de visão é maú surpreendente. Para não interrompcm,os a apresentação da "Mensagem", vollarenios mais tarcfo a êsse assunto, procurando inví-stigar as razões dessa deficiência• Depois d e mostrar o papel do orgulho e da
Católlca de São P11ulo e conselhelro d11 E..~olu de Pals, enUdad('- que promoveu o ce.rtt.nu!. A ''Fôlb~ de São Paulo'', em ~'Uà tdit:io de 31 de m?Jo, fh ttferêncla ao pcnS11mento de S. sôbrt o assun10, cm apanhado do qual queremos destacar os tóplc-os principais.
s~.
''As dlfltuldadts no rel:,donamcnto f;unlliPx escreve o redator do matullno p:aulls'l.l - Podem ,:er rt.!>umtdas, seiundo o Dr. HaJm Crunspun. na faliu de condi(ôts 9:1.r:1 a comunlcaç:lo d:a.s pt.S• l)()R$. As ldél;,,.s tst:io•se form:;mdo ccom un111 r.tpldez. cada vn m1llor, us cultur.t.S fomuun pndrõts numa velocldr.de lmpresslommte, diferenciando 5(:.n!'lvt:lmt:nte a fab:a denl:ro da qual a1tcm os pais e O..i filhos". Troc,..ndo por miúdo, quer o Or. Cruns• pun dhtr que há raua de convivência entre p:al.s t Olhos tm virtude d:, stdução do mundo exterior, cujos p:adrõcs mudam num ritmo que dlst:;ancia uma geratão d~ outra. ConUnua êle: ''Ou:mdo os p:ds, bi\ alguns :mo:s, tr.ansmiflP.m qualsquu lníonnaçõts a s.cUS filbos, elas tinham as mesmas unctcrísticas fundnmtnf:llmenfe m.A.ntidas por tôdas a.s ge• r~u;Õt$ que os lmteceden>m, Neste: século, enfretan to, a famflia e~1á _predsando rceducar•se p:tn, manter rua c.strufura, porque nunca foi Cão nc:<lessárin :t c:ap.icldnde de ndr.phlç,do dos mnis velho$ :10 mundo dos Jovens bt.m dlíerenle daquele ldtl quando os 91..tls :1trnves.•mrnm a ju,·entude'1• Por outras p:davr.as. dcvtm .ser despre-utdos dois mil 11nos de lr?.ditão da educação crl«i, continu~1don1 das Utõcs do Velho 1·esumento, e aS gcn•ç-óc.s mab velha$ dtwt.m adaplar~se ao mundo dos •·bipples" e ••·bt:11nicks''. 0-tup:.ndo,se das modificações .socfals que se nflctir.tm direfamcole na famflin, dl?; cm prlmd• TO lugar o profe~ or de Psiquiatria l nfantU da PUC: ' '&1á stndo modlflcado o ~1>(':cto form:;al das religiões. Elas continuani ~ txlsUr, m:;is houve u1ua re~lliio conlm seus fonnali.'ifflos e :::a familia Co1 l(r::td:.di";;a_menlc colo,c.a da diantt de novas norm;1s <1ue U3 não ~o a~ que antes) a religião lmpunh1. Em outras p:alnvr3.S, as idéias :>.dquirirmn t>rtf)(Jn• dcnÃncfa sôbre a fonnu pela qual se mnnift.$1ávam, eom rtílcxo nc> rel:;içionanu:nlo fumillar·•. Embor~ ~ j;t lmi,on:anle us.~md:i.r que o Dr. Cnm~1>un ati• na t.-om a primtlr.a cnusa da decadência d?.. vida faniiUár, que é de ordem ttligiosn, temo.'i' a accn• luar qu~ não é t1pt.11as o asptclo fomml da Re-
stnsualfdadt nas açóe.s dos homens que se tm ... ptnbavam em destruir a Igreja, passa o Riutor a dC$crever as principais heresias que nesta apa• reccra.ru ao longo dos séculos, mos trando que tôdM "enquanto fracas: ptdiram para serem to• le(pdas, qunndo se tornaram mais fortes com~ bater nn1 a Ig reja com violência, e, ao dominarem, A oprimiram sempre com todo o podc.r de que dispunham, e rom tanto maior injustiça, quanto ma~ indecisos e arbitrários eram os seus p róprios princípios''.
Passando a c~1udnr n política dos govêrnos protestantes da época. mostru o Padre Oiessbacb que não perdia m Oporlun.idnde nenhuma de op rimirtm os cat61icçs. Quanto a êstes, prossegue, bada observar o que acorlltce na f•"ran• ça e na Áustria, para perceber <6-c êlcs não têm a mc-sma combutividade e não sabem im1>cdir a djfusão do êrro. e esta uma das poucas referências à França; logo a seguir a .. Mcnsogem" descreve os males causados dentro das fronteiras do I mpério pelo josefismo e pelo febronianismo, mostran~o co. mo ambos foram prejud,iciais mesmo aos inte• rêsses imediatos de José U. E termina com esta apreciação sôbre ~e Monarca: '"Pa.çsou ràpidamente êsse Príncipe il\fortunado. A Europa inteira já o ju1,gou por sua~ ações civis, militares e políticas, que deram grandes lições aos Soberanos capazes de ler a sua hi.«órin. Deus jó o julgou na ordem moral e com sua mão 1,a. te.ma o visitou nesta terra, abatendo seus projetos e destruíndo as obras de suas mãos, pois 21c o fêz beber lentamente-, porém com senti• mentos de reUgião, o cAUce da bumUbaç.ã o, da dôr, da morte, do abandono das crintura., e dos terrores da eternidade: lm.lnc-nte. Ousamos c.çpernr por êle. Morreu na comunhão da l1trc-ja e muoido de: seus Sacramentos. Jnfelizmtn• te:, subsi.~tcm os tristes efeitos dos mnlcs que CaU$OU à Igreja" .
Fernando Furouim de Almeida
lliJ.íio CP..tóUca que Se est.ft procurando modlíl.:ilr, m:ls tambfm seus princípios fundamentais. São dogmas como o do pecado original e notõe.s blisiCM como a da ,espon.<nbllld:a<k- moral que est;i.o ~tndo negados e subst.Uuidos por um:. n1oml-nova rtlafivl'ita, ctnpenhP.dn em ju.stlncar u desotckcn d:lS pnixõts que tomou dC' as.salto a.s novas geraçóts:. Na p:..11:c final do rtsumo do pe.nsamento do rrof. ffalm Crun~-pun, lê.se que u es.,;a dlíerenç-a d~ culluras e.m que pais e Olhos se fórmar1,n,. seguc•.st " a lnstguraoça n.a cSlrulura lmdkional• mtnlc exi.o;tcntc paro que. ilu ~ rtlaclonasscm". T al insegurança "provou. uma cri.~, qut não quer dizer desitRrtgP.ção, mas s:-bn a nc«ssidude de se lomar nova$ pos~õts dianle dos fatos'', - Por que só agora a estrutura tr.adltlonal st teria tomado insic~un,:? Por que não anallSPx se os males não provêm da ''no,·a cuHurn''? , Tcnulna o Prof. Cru1.l5pun par cU.1r ;LS cxperltnc-las de tduca(!ÍO fora do âmbito famlllar, le· vadu.s :a tftlto na Unl;io SoviHlca t no Qit?.do dt Israel,, onde o DS:Sunto está $ndo rtformulado "11 pa.rdr dll observa~.ã o dos rnllll~dos ncgaHvos cau• sadO$ em uml') primeira sce~ão que foi c:rfada for.\ da família. A manurenção das condts,õe.-. fRmiliarts para o desenvolvlmtnto das crl11nt.M est4 sendo mais uma nx dtfendlda. A (amílla deve $ r modincad?. e não cxllnt.a". Orn, se o Ideal colctivlst:a rnode.mo E que deu "resultados ne:gath·os", por que modmc::ar os Unumentos rradttlonais da famíUa fundad,. na autoridade piiterna?
Depals de coruu :L,. butut:1..!I do íilho pródigo, n hum;rnid11de, "OU.indo :.1 (':&$ili patt.ma, rcpefl1' ns palavras da Divina Sabtdoriil: 1•'Nlilo há nada nÔ\'O debaixo do sol, e ninguém pode d.iut: els ?,.ttul cslá uma coisa nova, porque tl:1. Já exls.tlu nos ~cutos (!Ue passaram antes de nós'' , (Ede. 1, 10). Não se Jogam irupuncmcnte pe:la Janela dois mll anos de afio bt.nfauJa dt.. Santa lg,rtja. Ao mundo e-ada ,,u mais concentraclonArio e :deu de hoje, podc.-mos aplicar as palavras dlrigld~ por Nosso Senhor 110 povo de Israel: ,,-Eis que scri. d.dxada de$Crl~ n vos:ri-a c:&S.1. Porq1'1e Eu vos digo: dtsde ag<>r~ não Me tornarei,; a ver, nlé que digais: Bendito o que ,·c.m cm nome do Senhor" (Mat. 23J 38-39).
J. de Azeredo Santos 7
■ AfOJLICXSMO
•
DA NOVA GERACAO PODE-SE , ,
RECEAR MAS TAMBEM ESPERAR MAIS DO QUE DA ANTERIOR Militante dirige palavras de confôrto a pequenos doentes do hospital do fogo-selvagem, durante a distribuição dos terços
SÃO PAULO, julho (AlllM) - A rc~pei10 de um <los n1àis c:mden1c...~ probkm:,s d~ atu:,lidatlc, o do con1rn.stc dH.'i gc1':1çõc.s à hw. •fa IÚstóri;:1 co11h:.m1>0l'tl• nc:1, ouvi mos a p:,lavrn do P1•of. Plinio Córtê;1 de Olivcir.1, 1>rcsidcn1c do Conselho N i,cion:1I da Socic<.tndc 8r:1silcil':1
de Odes:~ da Tr:u.lição, F:unília e Propriedade. O cnlrcvisu,do. que desde jovem se dcs1:1cou comn proí~or e homem p1\blico. cSl:Í. lnrg~m11;:n11.:. crcdcnci:u.lo a se
pronunci:,r sôbrc o assunto. corno observador atento <1ue é. há longos: o,nos. da:-; tran.sforn1~1ÇÕC;S por que tem _passado tt hum.1nid;1dc,
Êlc é também ,wtor do cns.tio "Revolução e Cootrn•Rcvuluçãv", em que ;1m,lisa cm proíundid~1de ,,~ c:m1s~1s <la crise do m\lndo hodierno. Fornm cst;,s ;1s pcrgunt.ts íci1as :u,, Prof. Plínio Corrêa de Olivcin, e :,s resp0st;1:; que ê lc deu:
- O sr. podetiá defini r :1 sua gerarão: o <1ue eh, é e o que rcpr~tnto.u? - A gr:mdc m aioria das pessoas de minha geração ron11>cu de modo !'roíundo, Potém não comp1cto, com os p;·1 drõcs idcol6gicos e cuhur:üs da velhn Curo• pa, e abritMiC cntusii1sticamcntc, porém de modo também incompleto, pata a influência - então ullra-·•,nodcrna" dos E."1'tados Unidos. Neste sentido. (o. ral'n "pra frente". Entretantv, do pon10 de vista religioso. comcç:1rnm num indiferentismo que nuircnv~,, cm ccr1:. medi<l.t. :nê muitos católicos, prn1ican1es; e a parcir de uns trint;l anos para cá lêm evoluído pan1 uma alitude de intcrêss<.: e respeito pela Rclig.ião. Uma ponderável parcela dessa maioria. chegou mesmo ü pr'ática religiosa. P:,recc-mc que, hoje. os de minha gernção scn.icm certo dc.senc:rnto cm relação :to an1cdc:1nismo. Nunc:t cspcr:.u-am o caos cm que o mundo nfundou. E. dh111te dêstc c,;1os, se sen1cm profundamente perplexo~ e cxplic..ivchncnte nh1rm:.1dos.
m ioismo ugressivo. peht m~1ré de mcxJcr• nidade. por Ull'I tmnsbun.huncnto de vulgaridade, pelo cntusi~1s1110 cm rehtç:io às n.._,vr1s inve,wões (sobretudo ,, cxpans-ão do cintm:1, do m1tomobilismo e da ;wiaçfio). fo tos êSlé$ que se seguiram lt,,. dos ~1 primeira gr~111dc guerra mundial. J,t se p1•cvia e1,t~o <1uc o coinuni.s mo seria o g,r~tndc problcnm dos mt<'Aô futuros. A q ucs15o soci~tl comcç;,1v~1 a inquietar lnrgos círculos. Tanitl rnptura corn o p;1.s~mdo, Utnh,, avum;o sx1ra a csqucrd:~. despertou como conin,golpe npctl;ncins de reação p;:ira a dircit~1. Ess;,s ;1pe1ênci.ts: íornm poht• rii:.1das, pos.1:.,s e:111 delírio e deHtrpadàS J>elo n;1:,:isn10, pelo focismq e por seus cont;,êncres. os <10:üs. cm lug.ir de en1raren1 cm choque com o socialismo. instaurnrnm um socialismo camuflado de dil'citismo. As experiências de M ;"coni abri~1m, pari p::u;su, :, era do rádio. Tôd:t C.'ita .sc(1üênci:1 de fatos se alongou até a segunda gucrrn mundii,I. Tcr111inttd;1 esta, iniciou-se o que cu chanrnri:, :, canccrificaç5o do universo. Em otlll'OS tCrn1os. cudo cresceu como um câncer e tomou propOrções bnbilônicas: os ri:5<;00 <ht gucrrn nuclci.r. o poder dos s upcrOrande.<i, o dcs.cnvolvimento da técnica, a eficácia da propaganda, a massificação do homem, a universalidr,de d~,s ;1girnçõcs, " supcresp,ccinlização d;\S ciências. etc. Um excesso de velocidade, um excesso de abundfincia na_ produção do mal e ~11é n.1 de certas coisa:, boas. unm falta de ricmo e de compasso cm tudo, 1ransíorm.ir~11n o onrndv 1u11n caos inunrnno. 0;1i unm infinidade. também 1umultuos:1. de 1ent:1tivas de intcrprcl:tr e "humanizar" o c;,-toS. <1t1C deram numa dispersão de fõrças e num dcs;tlento que :1H1c:Hn 111ui1as vé1.cs :11é t>S melhores. Acrescente-se a isso o efeito ma• 1éfico d:1 proliícraçfto do cro1ismo, d<l sensu:11id.tdc, dt> íreudiasmo e do per• missivismo, e ptocurc-sc olh:tr todo. éssc c~1os de <lcntro dos olhos de ttuem viu :1 luz do dia no íim da "lJclle Ep0que" e formou a :1lmu 1m rel:,1 iva pl:1cidc-1. do "entre <leux gucrrcs". O leitor pode• rt. ent:io inH,ginar u 1raum... soírido P<>r ~ssa.s ;1101;,s de minh:1 gcr::u;ão cmb:.tlados ç utror{t pelos sonhos do otin,is mo 1lor1c-;11neric:1no. O apoio que lhe$ rtsrnria seria :1 l1;;1·eja. lnH1gino o dcsconcêrto de 1itn1os de meus coeiimcos vendo-A num.t crise ;1poc::,líp1ic.:-~.
Digo lm.lo isto scn<indo-mc (:111 hug;,1 medida fora de minh.- gcraç,io. de cujas ilusões não pi,rticipci, e com cujm; tcnt.lência5 Ião (reqüentcmeotc entrei crn disso'h!inci:1. Pois n:, rcalid:_1de h.:nho sido muitt> mais ouvido e entendido pd()S jovens do <1uc pelos de incu 1e111po, Oast.:t,· p<1r::1 o ptovar. olh;'1 t par;i ::L~ filei• ras <l:t Tf'P, onde qu;mto nrnis jo"em é :i gcraç:io, tanto m:lis rcprcscn1àntes tem. - O prog,rtS>O cccnológico, o ,td· vento dn T V1 :,lê ,,uc ponto :tcrtditn o Sr. que ~~<> tcr:í rclcvàucfa iunto à,; novas gcrusõcs?
- Julgo que essa relevância n:io seria primordi::11 se nào íôssc .i cifcunsc:incitL de <1ue wis fo1ôrc..~ estão com demasiad~L frcqiiênci;, :1 serviço do caos, ttue m,sim ~,umcnca enormemente.
- Está de acôrdo co111 .1 aíirimu;:io de Stolt l'Uzgc•r;1ld de cauc uuu, geração se distiu~uc 1'por um número de idéias herdadas, de formn modcroda, de malucos e fom-da-lei d;, geração :mtcr-ior"? ít'i:ie principio não ocorre sempre. ~f:ls n panir do fim da Idade Média se tem verificado com íreqüênch,. Entl'e1:,nto, pMn que êlc se entendi\ segundo a realidade históric:1. é preciso incluir entre os .. fora-da-lei", não só o..-. malucos como os que rc"gen1 com intrepidez e coerência contr:, :1 maluquice. Nas éPoCas cm que se vaifici'l o principio de Scott Fi1zgcrald, a maioria dns pessoas c.s1fl a 01cio caminho c1urc :, maluquice e o bom senso mt1ê1Hico, <.: põe ê-stc e aquela for,1 d:, lei. Sobretudo o bom senso. Em nossos dias, p~ircce-mc que o princípio de Scott Fi1zscrnld cs1:í sCriamente cxPoslo a não se verificar. Pois a maluquice de uma cerl;l minori;,1 é 1.11, que v:'ti lcvant,rndo contra esta o dCS• prêzo ou ;tté :·, c6lcr:_1 d:, imc 1isa m(lio• ria <1ue até há pouco c..:;t:wa cm posição intcrmc<li5ria.
TFP LEVA ROSÁRIOS AOS DOENTES DO FOGO-SELVAGEM ONZE MILITANTES da Tn,diç,i o, F~Hnília e Propriecfade visirnrnm n◊ ' (fü1 4 de junho p.p. o Hospilal do f'ogO• Selvagem (lnstitulo Adhemnr de B.crr<>s). no M:rnd::tqui, cm São Paulo. onde cích1~1r:lm a c.listribuição de duzentos terços aos eofennos e scu:5 familiares. 1:.sses terços havi:1111 sido oferecidos à TFP pelo Rcvmo. Pc. Afonso Rodrigues, S. J .• pi1rn serem dislribuídos no ensêjo da vis.ili~\ diária de ornções promovida por aquela sociedade, durante o mês c.lc maio, junto tio seu oratório d:, R\la M~rtim Francisco. Como nessas vigílfas eram especialmente lembrados todos aquéles que so• frem na cidade imens;,., considerou o
Pror. Plinio Corrê.i de Oliveira oportuna :1 ocasião p~•r~, lev:lr algum confõno espirilual às vítim;1s de uma das doenças mais impressionan1e.s qoe se conhe• cem. como é o fogo-sclv~1gen, ou pênfigo fo liáceo. Ourante a visita, ícila com ,\ prévi:, ,w1orizaç.ão da direção dacit1cla cas:1 de saúde. ~ jovens d:i TFJ> - que. cnvcr• g.:wam suas capas rnbras - percorreram 1ôdas ;,s enfermarias, dislribuindo os terços que levavam C· cntl'Clcndo-.sc demoradan1ente com os: enfermos. B.stcs se mostraram agradecidos e comovidos por êssc gesto de caridade cristã; muitos dêles pedil'am que lhes fôssem deixados õllguns tcrç:os para seus fan1iliares.
V erdad es E squecidas
A des ig11aldade é bas e e , 1ú1e 11lo da vitla s o e ial
AS DESIGUALDADES que neste niundo ve1nos entre pobres e ricos, os initnigos da piedade forma,n uni arg11men10 especio.1·0 contra a Divina Providência. Mas - Pt(o-lbc que dcsc:rcva os atontt• - Até que 1>onto os conflitos mu n- se fizessem o devido uso de sua razão, advertiria1n que essa cimentos que fivérnm irn1>ortând:1 p:n:t diais fonun hn1>ortantcs pura as ,:.craçõcs subseqüentes, no Brasil? n form:\çiio dt su;a ,:er-.1çiio. decantada desigualdade é corno que a base e o vínculo dt1 so- A rc-~post~t cs1â implícita n.- que ciedade ln11na11a . É elct quen1 liga os hon1ens uns aos ou1ros, - O período de "en1rc deu.x gucrdd ;l segunda pergunta. rc.~··. c,n que minha gcraç,io se formou, fazendo co111 que se preste,n ,nútuos serviços; ela é a. ,nãé do foi m:u·c;;ido primcirnmcnte pelo z.ênilc - Os vàlórCS de SU:t ~cr,u:ão er.1111 trabalho e da indlÍstria; ela é que111 desde a infâncití de.winll da iníluénci:'I nonc-::1merican.-. pelo fcm:tis - ou ,ncnos - fr:ígcis do ,,uc os v:'tlorcs das uovtl.~ gcraçõc.~? os filhos dos pobres a aprender u1n ofício; é ela quen1 levanta Concordo com Srio l'io X: se• as casas e as cidt1des pela ,não das clásses 11ecessi1adcis, pagas gundo êlc. tu(lo qu:uHO há de plen·:uncn• pelos ricos; ela que,n desafia as te1npestades na pessoa audaz. 1c ,·cr\fadciro ~ bom no mundo 1 ·cs\1h:, (la Rcligi:1o Ca16lic:1. À medida cm que dos 1nari11heiros e, ro,npendo as ondas co,n a frágil quilha, lev<1 o mundo S\! ~,íasta dcst:t. lodos os v:'ilO• rcs c,11r:11n c,n ::igoni:L Que dizer. cn• os ali,nentos e as ,n.ercadorias às nações n1ais distantes, ponr5.o, se a Rdigi5o imor1~1I parece, ela do-as ern estreita co,nunicação 111nas co111 as ou1ras, e fazendo 111esn1,-1, cm ;1go11ia? A meu ver. c,SSa cos,nopolitas os frutos da terra. Que seria da sociedade se todos doença "~1gônic:1" d:, Jgrcj:t, ch:1111:id,1 progrcssisn10. j:l J>Crdcu vir1u:,lmen1e :., os ho,nens fósse111 ig11al1nente ricos? Não haveria quem. traba· b:,t:.1llrn, A m:1iork1 .1 cst~ rcjci1:1ndo. O lhasse, não haveria que,n se dedicasse a ocupações m.an11âis e gr:1ndc problema é saber se :1 reaç:'io ;rn1iprogrcssista scr:í :m1ên1ica, \)U se a laboriosas; os can1.pos estaria,n sern cultivo, reinaria (i ociom:iiori~, dos <rui:. ;, propugnam se dcix:,rfl iníihr:1r pelo espíri10 progressista. Se sidade nas cidades, o co,nércio, a indústria e tôdas ãs artes fô1· .u1têntk,1, lodos os v:ilores rcad<aoirirâo firmcz~1. Se n;io o Jôr, não há ma • pereceritun. E ainda se acusa a Divinà Providênciá de não ks que não nos 1>ossam c~1ir em c ima. haver enriquecido a todos por igual? Nada prova tanto sua Só uma coiso\ é impossível: é :1 lgrejt, sabedoria e a eficâcia dos recursos que Ela e,nprega no go§ !'1101' l'CI'. 6 - Como o Sr. cx1>lic~, o f;1tó de as vêrno e conservação da sociedade hu,nana corno essa recíproca o oov:-,s gcr:tçÕ<'$ se b:'i(Cr<'m fauto por dependência que es1abeleceu entre os filhos dê Adão por ,neio · ideais de: 1>a7. e.. :10 mesmo tciuJH», Sé j m:mlf<:sfarem t:io violentamente 'pam 11 das desigualdades de fortuna. O rico, para corner, para o A TFF> fêz-se representar nos funerais do agente lrlando Regis <"On~·ccu\·:lo de seus objclivos? cultivo de suas 1erras, para vestir-se, para viajâr, e, em unia É um:, das mil con1radiçõcs de palavra, para 1udo, necessita do concurso, dâ indústria e dos no~:, époc:1. P:u·a c xplic.,í•h1. IH1veria <1ue cxplic.:;1r por que cst~• é conlrndit6- bons ofícios dos pobres, de sorte que não vive nern goza se ria. A CX J)licação é siinplc.~: fo,giows di:t nlio os sustenta. E que111, senão a Providência , esireita êsse vcrd:1dc total. d:1 virtude total, e que• remos construii: um mundo b:1se:1do cm laço finníssi,no e indissolúvel, por rneio do qual o poó/e vive meias vcr<l:uJcs e cm mci:,s virtudc.s. O a expensas do rico e o rico co,n o suor do pobre? Motivo result~u.lo são ésses cscomb1·os <1ue aqui POR OCASIÃO do seqücs1ro do l>eu. OclJrrid<J 011/Pm nu Uio dct hmdra. estãv. 1~. nest.a esfera de rec11idades. os era êste para lou vâ-La, exaltâ-La e adniirá-Lá. Cl.lle,n, pois. e Emb~lixi,dor cb República F<.:dCrõll da 11(> ,lt!carrer tio qual J)(:rt/'111 (1 ,,i(fo um escombros scra m 1l1onstros. esconda,n a face atrevida no p6 seus néscios detratores. A lc,n,rnh.t jun10 ao (iovêrno br:,si1ciro. cigellf<-• ,lü l'olíâa Fccleral, ic:mhJ 1.111/l'c, Como o Sr. definiria a no,·:, i;,:e:1 TFP d is rribuiu comtinicado <1ue teve /k<tc/Q gNt1'l'tn i •111t• fnitln'·, [ "LA P Rov10ENC1A / Pensan1ientos escogidos de las obras dei. mção? :unJ)I:, divulgação ll.:t imprcosa diári:1. O comunic::1do aCl'esce,ua <1uc a en• t o scgoin1c o 1ex10 do documento, d;,. 1idadc íêz.-se rcprescn1:,r no.'i ru,,cr.1is: do - ~ :1lgo de bem divel'so cJ:1 rnin·.>- Santo y ordenados por D. Juan Manuel de Berriozábal, Marrndo de 12 de junho p.p.: •'A Socic?d(lc/e :c1gc,nc l ri ando Souz:, Rcgis por qt,atro ri;1 de '•hippics'' e :,giiadorcs . Um munquês de Casajara" - Editora Cultural, Buenos Aires, 1943 J'J ra;)·l/cim ,le De/e~·" ,lt1 Tr'1di,·iio. Fmntmili1.:u11cs dei Tnu.Hç5o, Família e Pro- do nóvo , cheio de lacunas e extr:,vio.'i, pp. 42-44). lia <' l'ropric,ladc ,·em a públi<.•tJ para pl'icdadc. ~tes comp~1r'eccram :10 veló- bem como de suprcendcntes ,1finnaçõcs
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rio revestidos de stms c;,tp:ts n.1bras . ten<lo acomp::tnlrn<lo o férc l ro alé o ccmi• 1ério.
de valor moral, do qual se 1>0de recear 01ui10 mais e t:unbém csper.ir mui10 mais do que de minh~, gen1ç:io.
•
SÃO
JOÃO
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Ll DUth"T OR: MON$, f'N'í0Nlô R18J3Ut0 00 RO:-;ARIV
Virgam virtutis •
em1ssam ex Sion suscepit Ludovicus, indutus a Domino decorem + et f ortitudinem
São Luis Rei - - estátua do século XIV na Igreja de Mainneville, França
Na gloriosa galeria dos Reis que a Igreja elevou ~ honra dos altares, uma figura se destaca com brilho singular: é São Luís IX de França, guerreiro exímio, hábil diplomata, administrador lúcido, protetor dos fracos e dos enfermos, vingador da justiça. Em seu ofício litúrgico (Próprio da França) se lê o elogio que serve de título a esta página: "Luís recebeu o cetro do poder, saído de Sion; Deus o revestiu de glória e de fôrça". No dia 25 dêste mês ocorre o sétimo centenário da bem-aventurada morte do santo Monarca (páginas 4-5).
Galeria dos Reis, na Igreja de Notre Dame de Paris
N .º
2 3 6
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;.
AGOSTO
DE
1 9
7 O
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ANO
XX CrS 1,50
''O EPISCOPADO HOLANDlS TEVE A
COBACEM DE ASSUMIR A RESPONSABILIDADE DA ICBEJA-NOYA 11
A
SEXTA SESSÃO do chamado Concílio Pastoral holandês desenrolou-se em Noordwijkerhout no mês de abril, com muito menos alarde que a precedente. Em artigo anterior ("O Concílio Pastoral holandês", "Catolicismo", n.0 232, de abril de 1970) procuramos mostrar o que há de chocante na estrutura e na própria existência dessa assembléia, salientando o papel primordial desempenhado pelo IDOC em sua criação e na organização e orientação dos seus trabalhos, bem como as analogias existentes entre o seu funcionamento e a atuação dos "grupos profétiéos". Procuramos igualmente deixar claro qual a responsabilidade que em tudo isso cabe aos Bispos Holandeses, e de modo especial a surpreendente posição que êstes tomaram cm face dos pronunciamentos do concílio-pastoral no que se refere à abolição do celibato sacerdotal e à ordenação de mulheres. No final, apresentamos um documento do Episcopado, editado pelo PINK (Instituto Pastoral da Província Eclesiástica da Holanda, organismo vinculado ao IDOC), que contém certo número de diretrizes pastorais. esse documento, ao tratar da questão do celibato eclesiástico, fala em dar "contornos 111ais claros à NOVA FORMA DA IGREJA". Concluímos nosso artigo perguntando qual se_ria essa nova forma da Igreja cujos contornos os Srs. Bispos Holandeses, juntamente com o concílio-pastoral e seus "peritos", querem tornar mais nítidos, e indagamos se não. seria por acaso aquela precon.izada pelo IDOC e pelos "grupos profét:icos". Essa é a questão que procuraremos responder no presente artigo, servindo-nos das próprias opiniões e conceitos emitidos pelos principais líderes do chamado Catolicismo holandês. Muitos dêsses conceitos acham-se de um modo ou de outro presentes no "Nôvo Catecismo" elaborado pelos teólogos de Nin1ega, razão pela qual remetemos os nossos leitores aos lúcidos artigos do Sr. Cunha Alvarenga, estampados por esta fôlha em seus números 224, 228 e 23 1 ( de agôsto e dezembro de 1969 e março de 1970).
" Uma Igreja em devenir, uma Igreja em formação . .. " Se o Episcopado assevera através do PlNK - Pastoraal lt1Stitu11t Nederltmdse Kerkeprovincie - querer tornar mais claros os contornos da "nova for11,a da Igreja", o concílio ( que é obra do mesmo PINK) segue a velha tática modernista de nunca dizer explicitamente e por inteiro o que se pensa. Um· dos esquemas "conciliares" recomenda que se evitem as discussões teóricas em tôrno de definições precisas da Igreja, relativas a ministério, ordenação, caráter sacramental, sacerdócio eterno, etc. Afirma que êsse debate não tem conseqüências para a pastoral concreta ( cf. Pe. H. J. Van Dijk, S. C. J., artigo "L'Eglise Néerlandaise Catholique Reformée: son Credo ct son ministêre", iri ctConfrontatie,., Tegelen, novembro de 1969, p. 21 ). Dentro dessa orientação, o esquema ºconciliarº "Por u,n Ju11ciona111en10 fecundo e renovado do ministério", aprovado pela assembléia plenária de janeiro último, não toma o têrmo "Igreja" senão em um sentido provisório: "Tomado provisoriamente na sua generalidade, o têrmo "Igreja" qu~r significar: interpelados pela vida e pelo eva11-
gelho de Jesus de Nazaré, certas pessoas e certos grupos uniram-se no passado e unem-se hoje em dia uns aos outros, buscando manter em si 111esmos e reclprocamente a "inspiração cristã", e procurando sem tréguas e conveniente adaptação desta a um mundo em tra11sformação. Falamos aqui de "inspiração cristã" para conservar o seu conteúdo tão aberto quanto possível. Poderíamos falar também de "o melhor do Eva11gelho", ou da "mensagem cristã", ou da
"Boa Nova", ou da "salvação", ele. Co,no ponto de partida, quereríamos simplesmente tomar a seguinte definição: "Igreja" quer dizer ·re1111ião de homens em tôrno do Evangelho de Jesus Cristo" ("IDOC lnternational", n. 0 16, p. 15). E claro que essa "reunião de ho111ens em tôrno do Evangelho de Jesus Cristo" não significa de forma alguma a união de todos os homens no sagrado aprisco da Santa Igreja, formando um só rebanho e um só Pastor, como o deseja o Divino Mestre: "Uma vez que a unidade da Igreja não sig11ifica mais a volta à Igreja Católica tal qual Ela é hoje, declarou o Prof. Van Melsen, Presidente do Conselho Conciliar durante a primeira sessão pública do concílio-pastoral, mas 11111 crescimento de tôdas as Igrejas cristãs no se11tido daquilo que a Igreja de Cristo deveria ser, não se pode dizer de antemão qual será a forma dessa Igreja" ("Informa-
tions Catholiques Jnternationales", o. 0 281, p. 15). O Bispo de Breda, Moos. Ernst, chega mesmo a perguntar-se se "dentro de de{ ou vinte anos "ser de Igreja" 11ão será coisa inteiramente diversa do que é hoje". E acrescenta: "Seria be111 i11sensato quem desejasse fixar a 11or111a para "ser de Igreja" com base em 11111 padrão de outrora" (H. Ernst, "Autorité", in "Les Catholiques Hollandais", Desclée de Brouwer, 1969, pp. 59 e 61 ) . Essa é igualmente a opinião do secretário-geral do IDOC, o Padre holandês Leo Alting von Geusau: "Nem a Igreja ,ne<lieval, nem a pós-tritlentina, nem wmpouco a Igreja primitiva podem servir de modêlo para hoje" ("La Chiesa, "scandalo" dei mondo'', in "La fine della Chiesa come società perfeua", "IDOC Documentinuovi", Arnoldo Mondadori, Edil., vol. 7, 1968, p. 161 ). Por essa razão, o acima citado esquema "conciliar" emprega "o têr1110 aberto e. dinâmico de "formação eclesial" (como processo contínuo), de preferência ao têrmo mais fechado e estático de "Igreja" ou "a Igreja". E chega à seguinte conclusão: "Todos os fatos concretos da vida eclesial o sugerem: q Igreja é uma IGREJA EM MOVIMENTO, uma IGREJA EM Dl!VENIR [vir-a-ser), uma IGREJA EM FORMAÇÃO" ("IDOC lntcrnational", n. 0 16, p. 23 - o destaque em versalete é do original).
A heresia mcdernisto deixou os esconderijos , das seitas secretos .. . Esse conceito eclesiológico faz-nos recordar a "nova teoria sôbre a Igreja" professada pelos modernistas, e condenada no pontificado de São Pio X pelo Decreto "Lamentabili", o qual a formulou nestes têrmos:
"52 - Cristo não pensou constituir a Igreja como uma sociedade desti11ada a durar na terra por uma longa série de séculos[ . . . ]. 53 - A constituição orgânica da Igreja não é imutável; a sociedade cristã, assim co1110 a sociedade h11111ana, está sujeita a perpétua evolução. 54 - Os dog,nas, os Sacramentos e a Hierarquia, tanto em sua noção, quanto em sua realidade, 11ão passan, de interpretações e evoluções do pensamento cristão, que por meio de incrementos externos, dese11volvera111 e aperfeiçoaram um pequeno germe que existia em estado latente 110 Eva11gelho" (Sílabo das proposições dos modernistas condenadas pela Igreja - Decreto da Sagrada Inquisição Romana e Universal, de 3 de julho de 1907 - Editôra Vozes Ltda., 1959, pp. 69-70). Não é sem ra1.ão que o Exmo. Sr. D. Antônio de Castro Mayer afirma que hoje a heresia modernista "deixou os esconderijos das seitas secretas e aparece à luz do dia, encarnada na que charnam de Igreja "pós-conciliar'' ("Em ascensão triunfal a heresia modernista", in "Catolicismo", n.0 220-221, de abril-maio de 1969, p. 3 ).
"Pluriformidade do expressão da fé" Conseqüência dessa definição vaga e evolucionista de Igreja, de conteúdo "tão aberto qua11to possível", é o fato de ter a 4.• assembléia plenária do concílio-pastoral admitido o princípio da "plririformidade tia expressão da fé 110 seio da Igreja Católica". O modo como essa "p/11rifor111idade" é entendida nos Países-Baixos ressalta de uma
declaração do porta-voz dos delegados das Dioceses, um jovem leigo, professor secundário conforme a qual se pode ser agnóstico, ou mesmo positivamente não-crente, isto é, ateu, e pertencer à Igreja (cf. Pe. J. P. M. Van der Ploeg, O. P., artigo "Evolution et cri.s e du Catholicisme aux Pays-Bas", in "La Pensée Catholique", n. 0 122, p. 70). "Quando o Cardeal Alfri11k declarou rece11teme11te na Itália que os católicos da Hola11da não prete11de111 deixar a Igreja para fazer um cisma, potle-se dizer que isso é verdade. O que ê/e não disse é que isso é verdade apenas porque já 11ão se exige, co1110 conditio sioe qua non para 1,erte11cer à lgreía, que se confesse sua fé i11teira, nem que se viva segundo tôdas as suas leis morais" (id., p. 71). Uma pergunta se impõe. Qual é então o requisito fundamental, a conditio sine qua 11011 para pertencer à Igreja?
Em busca do cidade do homem Em poucas palavras, o único requ,s,to para pertencer à "Igreja" - não à Igreja Católica Apostólica Romana, mas à Igreja-Nova do IDOC, dos "grupos proféticos" e do concílio-pastoral dos holandeses - é o amor ao homem, o comprometer-se na luta sócio-política pela sua libertação, pouco importando o conceito que se tenha de religião, de Deus, etc. Um comunista, para os "profetas" da Igreja-Nova, pode, nesse sentido, ser perfeitamente "cristão". Conforme declarações de um Bispo alemão, Mons. Heinrich Maria Janssen, que assistiu como observador parte da terceira sessão do concílio-pastoral, a Igreja era ali considerada sempre como entidade sociológica. A vida eclesiástica e a vida cristã eram vistas como se desenvolvendo unicamente no plano horizontal das boas relações entre os homens. Na discussão sôbre "A vida ,nora/ do cristão 110 m1111do" o ideal humanitá-
rio era identificado sem reservas com o da vida cristã. Excluídos os três elementos "conservadores" ali presentes, tôda a assembléia não fazia da Igreja e do Cristianismo senão uma idéia social ( cf. Ploeg, p. 70). Na revista "Bijeen", das Ordens e Congregações missionárias holandesas, foram publicadas em fevereiro de 1969 estas linhas: "Reino dos países pobres . .. Por que meio são consolados os pobres? Não pela promessa de um céu, co,n a recomendação de que sejam virtuosos. . . O Reino de Deus [ ... ] não é alguma coisa de um outro mundo. O mrmdo não é duplo. A salvação deve intervir neste mundo, 011 não há salvação de espécie alguma. Isto não quer dizer que " salvação ,u1o possa co11tinuar depois desta vida ( ... ). Tôtla pretensão, mesmo aquela que o nega, é muito audaciosa para o homem; aqui êle pode sà111e11te esperar, fazer poesia e sonhar [ . . . ]. Deve-se tratar tle uma salvação visível" (apud "CICES", 30 de junho de 1969, p. 7). O autor destas linhas é o Pe. Vink, O. P., doutor em Sagrada Escritura! Numa das sessões do concílio afirmou-se que tôda "orientação em direção a Deus, e111 direção a 11111 além, perde sua fôrça. A vida está aqui. Deus está aqui. Nosso destino é tle ser111os bons uns para com os outros. Uma 111oralidade voltada para o ho111e1n, em lugar de urna ,nora/idade voltada
para Deus. Devemos ser bons para com nosso próximo por causa dê/e 111esmo, e não por causa de uma recompensa a receber mais tarde" ("CICES", ibid.). "Esse [Cristo] que você encontra nos pobres e nos oprimidos, que voei encontra nos ca111i11hos de sua vida, êsse Cristo vivo não se reveste dez vêzes mais de i111portti11cia que o só Jesus de Nazaré?" (H. Renckens, S. J., "Bible et cathéchese", in "Les Catholiques Hollandais", p. 30). "A Teologia tem por tarefa aprofundar ésse 111istério de um Deus que, cada vez que nos q11ere111os aproximar dE/e, 110s devolve a nós mesmos, a Jesus de Nazaré, ao -ho11,em de hoje" (H. Hillenaar e J . Peters, no prefácio de "Les Catholiques Hollandais", p. XIV) . E Marx tinha razão . . . Nesse mesmo sentido, escreve o teólogo do Episcopado batavo, Pe. Edward Schillebeeckx. O. P.:
·• A tô11ica [hoje] é posta mais 110 agir, 110 Jazer, 111ui10 ,nais 110 "orto-praxiaº do que na "orto-doxia". E isto me parece 11 grande mudança de rumo ocorrida 110 co11ceito tia existência cristã. E óbvio que a ação deve ~·er ttunbém ilumi11ada pela luz tio pe11smne11to, mas dura11te séculos a Igreja preocupou-se esse11cia/111e11te e111 formular verdades, ao mesmo te,npo que fazia demasiado pouco para ,nelhorar o 111u11do. Em outros ténnos, Ela se fechou na ortodoxia, abandonando a ortopraxia aos homens que estão fora da Igreja, e aos não cre11tes ( .. . ]. O que importa esse11cialme11te é juntos transformannos êste mundo em alguma coisa 111e/hor. Juntos, crentes ou não, construir-
111os uma cidade justa e fraterna. Os crentes se deixarão guiar pela idéia de que Deus será o têr,110 definitivo da tarefa para a qual êles colabora111 aqui em baixo. Os não crentes trabalharão nesta obra com a idéia de que o progresso e a melhoria dêste m1111tlo acabarão pouco a pouco por eliminar a Deus
Gustavo Antonio Solimeo CONCLUSÃO NA SEXTA ~ÁGlNA
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GRIA •
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O SR. JER080Ã0 Caodido Guerreiro recebi a seguinte carta, v:,lcntcmcnte escrita e 1 'assinadaj' à máquina: ··· Ao ler as 11ótícit1s recentes sôbre a m<mifestaç,1o antiprogressista em /{oma, e J"eu triste tles/echo, pensei 110 Sr. Assim, mil e q,ânhentos cat6licos <ie vários países des/ilal'lt em Ronw pt1ra exprimir a Ptmfo VI seu <lesagrtulo ante a reforma que êle está. Ja1.e11<io na Igreja. 1::ntre ourras coisas. querem êle$ que o Bispo de .Roma em nossos dias tenha o mesmo poder absoluto dos J·eus antecessores. Chegados à Praça ,le São Pedro, êles, ali permanecem em J·ubmisJ'a vigília de orações, a pedir que Deus ilumine o Papa Mo,ulni. fl:ste, ,ie seu lado. Ye mantém desdenhosamente de porrt,s e janelas fecJuu/as, tlurtmte todo o tempo em que ali permcmecem essas ovelhas.. , cls quais, e111reum10. êle não /em or"r" inculpaç,ío a /<1zer, se,uio ,,. <le <111e são mais papalinas do <1ue êle. A pobre grei da super/idelidcule .u,perca1ólica e superpapalina se dispersll melancõlicame,ue, senr ler ouvido ,lo P,1.slor supremo, 110 <1ual teimam em estar unidos. uma só palavra tle afeto paterno. Mllis. Pouco de11ois, P<1ulo VI, em uma alocuçiío, os arrasou. Já dias a,t1es. um •'herege" (ado10 aqui ,,. 1erminologia dos 1eó/ogos cat6/icos). como o Palriarca armênio, Vaske11, fôra recebitlo com pon,pas corno se /ôsse um Papa, por Ptmlo VI, na Ct1.pela Six1ina. Ago... ra, Paulo VI vai receber. .. ceru1me11te ,,ara algum •'diálogo" seguülo tle ctmces:>ões, ·o /Í(/er ,·oniestatário (aliás bem nwis simpálico do que d Sr. e sua TFP). que é o Cardeal Alfrink. de Utrec/11. Também poucos tliaJ• de11ois• <ie tlt1r com <t poria 1111 càr<t de seus infelizes super/t'éis. Paulo VI recebeu, com tlisti11ç,10 especi(t/. os lr~?s guerrilheiros afr<Í-lusos. Para agôsto, está 11rogrcmu1da a viSila de Tito ao Valicano. onde .)'erá recebillo <:om honras de chefe de Estatlo. E assim por tlianle. O Sr., Dr. Plínio, não percebe que as portas do Vaticano e o co1·a-çiio do Papa es1<1o abertos pan, 10,los os ven109 e 1ôdas as vozes, exce10 para os ve1110,,· ideológicos que sopnuu tio quadrante onde o Sr. se situa. e para U$' vozes que dizen1 coisas semelha111es às <1ue o Sr. âit? f,'rtmc<mrente. ,,cho fantástica a sem-cerimônia com que o Sr. afeta, em seu:>· m•Jigos, nada ver 11Js10 tudo, e se professa ctllólico uío /crvoroJ'O e intransigente <1uar110 se Jôsse Pllpa. hoje em dia, não Montini. mas Sarto ('~Siio"' Pio X). o 1r11cu/en10 quebra-hereges tio início 110 século. A intenção <lesta carta niio é de mortificá-lo, Dr. Plinlo. Mas. enfim, a verdade é o verdade: abra os olhos para ela. Não há no mw1<lo quem seja mais rejeitado pelo Papado modernizado e pela Novtt lgrejt1, do que <> Sr. e .)·eus congêneres. Meça bem. o contras/e. Durante o úl1imo Sfn0<lo <le Bispos, reuniram-se em uma igreja proresra,ue de Roma algu11s Padres ca16Nco.)· superco111es1a1ários~ que levaram ti Paulo VI uma mensngem sulfúrica. As porws do Va1icano se abriram para êles. Chegaram até a <mtecli'm,;ra papal. Emregaram sua mensagem. Paulo VI não os recebeu em muliêndu. Mas pro,ne1eu muito ll/àve/n,en/e que iria es11ular os 11edidos tio.~ conreswtários. E paro a mensagem da TFP implorando providê11cit1J' de Pnulo VI contra o que o Sr. clwma '•a i11/illração comunista na l grej(,", (tSSinada entre1an10 por 1.600.368 ca1ólicos? Nem. wna resposta sequer teve Paulo V li Pergunto: pode haver mais clara prova de rejeição? Entre1a,110, apesar de 1onwr assim co111 a fJOTf(I na cara, o Sr. .,·e apresenla em público como um papista fanático, uio Janá"1ico como o Sr. era quando, jovem 11i11da, se {ar.ia notar 11ar /Ueil'a.r dos congregados maria11os, a vociferar e hino: ··· viva o Papa, Deus o proteja. o Pastor da Santa Igreja!" O Sr. não percebe, Dr. Pllnio. que halo mudou. e que " gor" quem está 11a berlinda é o Sr.? Tenha a cor<it:em de explicar ,,o p1íblico su,1 posição contraditório de ltoje. . :·
Sr. Jeroboâo Candi<lo Guerreiro (Jcroboào é nome de protestante: confere. Este Jcroboão me parece pouco cândido e muito guerrei ro), começo pela aliás fácil coragem de publicar a sua carta na íntegra. Se bem que eu me sinta tent;1do a entrar em matéria aponrando alguns erros de c.st ilo, de pensamento e de História (presente e passada) do meu missivista, prefiro ir ao cerne do assunto, no pouco espaço que seu longo texto me deixa. E êste cerne consiste - em se tratando de um interlocutor de fo rmação protesrnnte - em mostrar como se deveria portar um católico que estivesse. não precisamente nas condições cm que me encontro, mas nas condições cm que êle imagina que estou. O S r. Jcroboão se engana. Não é com meu entusiasmo dos tempos
de jovem, que cu me coloco hoje ;rntc a Santa Sé. E. com um entusiasmo ainda maior, e mui!O maior. Pois à rncdicla que vou vivendo, pen• sando e ganhando experiência, vou compreendendo e amando mais o Papa e o Papado. E isto seria precisamente assim ainda que cu me encontrasse - repito - exatamente nas circuntâncias que o S1·. Can• elido Guerreiro pinta. Lembro-me ainda das aulas de catecismo em que me explicaram o Papado, sua instituição divjna; seus podêres, sua missão. Meu coração de menino (eu tinha então 9 anos) se encheu de admiração. de cnlêvo. de entusiasmo: cu encontrara o ideal a que me dedicaria por tôda a vida. De lá para cá, o amor a êssc ideal não tem senão crescido. E peço aqui a No~a Senhora que o faça crescer mais ,e mais em mim, até o meu último alenro. Quero <1uc o derradeiro ato de meu intelecto seja um ato de íé no Papado. Que meu último ato de amor seja um ato de anlor ao Papado. Pois assim morrerei na paz dos eleitos, bem unido a Maria. minha M5e, e por Ela a Jesus, meu Deus. meu Rei e meu Redentor boníssimo. E êste amor ao Pap:.\do, Sr. Jeroboão, não é cm mim um amor abstrato. Ele inclui um amor especial à Pessoa sacrossanta do Papa. seja êlc o de ontem, como o de hoje ou o de amanhã. Amqr de veneração. Amor de obediência. Sim, insisto: de obediência. Quero dar a cada ensinamento dêsrc Papa. como de seus Antecessores e Sucessores, tôda aquela medida de adesão que a doutrina da Igreja me prescreve, tendo por infalível o que ela manda ter por in.faHvel. e por falivel o que ela ensina que é falivel. Quero obedecer às ordens dêste ou de qualquer outro Papa em tôda a medida em que a Igreja manda que sejam ,obedecidas. Isto é, não lhes sobrepondo jamais minha vonrude pe.ssoul. nem ~1 fôrça -::l e qualquer poder rerrcno, -e só, absolutamente só re<::usando obediência à ordem do Papa que importasse eventualmente cm pecado. Pois ncsre caso extremo, como ensinam - repelindo o Apóstolo São Paulo - todos os moralistas católicos. é preciso colocar acima de tudo a vontade de Deus. Foi o que me ensinaram nas aulas de c:uccisrno. Foi o que li nos rratados que estudei. Assirn penso. .1ssim sinto. assim sou, E de coraç,ã o inteiro.
Como já disse, haveria de cá o de lá algumas prec,socs ou retifi cações a fazer aos íatos que o Sr. narra. lrnagino entretanto - para argumentar - que íôssem tais quais o Sr. os pinta. E que as portas do Vaticano me tenham sido batidas, ou venham a ser-me batidas no rosto. Eu cm n:.\da alteraria minha :l.titude de fé. entusiasmo e obediência. E, além disto, me sentiria em perfeita felicidade. Sabe o Sr. o que nos ensina São F.rancisco sôbrc a 1>Crícita felicidade? Para ,·efrigério e gáudio de sua alma, cu o transcrevo dos "Fioretti ... embora resumidamente: ·'Vindo 1111w vez Sâo Francisco de Pel'm,~a par11 Santa Maria dos Anjos com F,.ei leão, cm tempo de inverno, e como o grantlíssimo /rio Jorremen1e o alormenlasse, [ ... J Frei Leão perguntou-lhe: Pai, peço-1e. da parte de Deus, que m e dig11s onde está a per/ella alegria. E São Fl'aucisco ,,ssim lhe l'espondeu: Quando chegarmos a Sa,ua Maria do:r A11jos. inteirame111e m olhados pela chuva e transidos <le frio, cheios <ie lama e aflitos de fome, e ba1ermos à porra tio conve1110, e · o porteiro chegar irri/ado e disser: Quem são vocês? E 116s dissermo.\·: Somo.)· dois dos vo:>·sos irmãos, e êle disse,.: N,io dizem ,, verdade: são doi.f vagabtwdos que andam enganando o 1111m<lo e roubando as esmolas· tios pobres: /ora daqui; e não nos abrir, e deix(lr•11os e.tlt1r ao tempo, à neve e ,; <:lmvu, com /rio e /onre, até a noite: enliio, .)"e suport<1rmos tal injúria e wl rrueldmie. 1,mtos maus irmos, prate111eirame1ue, sem nos perturbar• mos e sem murmurarmos contra êle (...J escrew: que nisst> está a per• /eiu, alet::ria. r:.: se <1i11tla, constrangidos pela fome e JJl•lo /rio e pela noite, balermos mais e chamarmo.i· e pe<lirmos pelo llmor tle Deus com muiws lágrimas que nos abra a poria e nos deixe entr(tr, e se é/e mais escmulali1,ado disser: Vagabu11dos importunas, pagur-lhes-ei como m erecem :. e sair com um bastão 11odoso e 110s agarrt,r pelo C(tpuz e nQ.\º de 116 em alirar ao chlio e nos arrastar pel,, neve e nos bnter com o nó: l'C 116s suporlarmos tô<ias estas coisas pacic1ueme111e e com alegria, pensando nos sofrimentos de Cris10 be11di10, tis quais <levemos supor/ar por seu amor: 6 irmão Lelio, escreve q,"t aí e nisso es1á a perfeila alegria, e ouve, pois, a conclusão, irmão Leão. Acimu de 1QdaJ' as graças e de rodos os dons· do Espírilo Santo, os quais Cris10 concede aoJ· seus amigOJ', eslá o de vencer-se t1 si mesmo, e volunul1:famen1e pelo amor .)UpOr/ar trabalhos. injârias. opróbrios e desprezos 1 ... 1"•
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Rei, guerre
' ' MA DAS ACUSAÇÕES mais freqüentemente feitas à Igreja, nos arraiais progressistas, é a de que, por Se preocupar excessivamente com o sobrenatural, Ela se teria desinteressado da sorte material de seus filhos. Nada contradiz mais a realidade dos fatos históricos, do que esta afirmação gratuita. A formação da Europa cristã, após a queda do Império Romano do Ocidente, é um exemplo que por si só demonstra, à evidência, o poder civilizador da Igreja. As tropas bárbaras de Alarico, penetrando na capital dos Césares, voltaram-se com furor contra tudo o que era civilizado. A estrutura político-social romana, já em extremo decadente, ruiu sôbre si mesma. No meio do caos, por entre a desordem universal, uma única Instituição restou, capaz de construir uma nova e autêntica civilização: a Igreja. Fecundada pelo sangue dos Mártires, iluminada pela sabedoria dos Doutôres e Pontífices, a Igreja, que saíra das catacumbas graças a Constantino, soube enfrentar o nôvo perigo que se lhe deparava. Ela foi aos poucos influenciando e convertendo êsses povos que eram verdadeiramente "flagelos de Deus", suavizando-lhes os costumes, elevando-lhes as vistas, incutindo-lhes a noção do belo, do harmônico, do sublime. Foram séculos de esforços e de lutas, em que se destacam as figuras épicas de um São Leão I, de um Carlos Magno, de um São Gregório VII, até chegarmos a êsse século XIII, apogeu da Idade Média, do qual um historiador como Ernest Lavisse pôde dizer que "mmca a França foi 111aior do que 110 décimo terceiro século" ( apud
U
Jacques Levron, "Saint Louis ou l'apogéc du Moyen Age", Le Livre Contemporain, Paris, 1957 - frontispício). Foi a época das grandes Catedrais, "livros de pedra, onde a unidade e ,1 vitalidade do mundo medieval se exprimen, ao n·,esmo tempo 110 infinito do detalhe e na harmoniosa conjunção de tôdas as a/Jnas! Foi o povo que as construiu, 111uitas vê1.es guiado
por simples mestres de obras que tinham ao 111es11,o tempo a genialidade dos cálculos 1nate1náticos e das linhc1s sublimes. Um tal povo não estava confinado na ignorância e 110 embrutecimento, êsse povo que com paciência e ternura elevou aos céus de nossas cidades essas imensas girândolas de pedra, ésses 1mmdos de observações e de pensamentos, êsses imortais testemunhos de sua fé, de sua cultura e de sua inteligência", como observa o Duque de Lévis Mirepoix ("Saint Louis / II domina son siecle. li illu• mine le nôtre", in "Miroir de l'H istoire•·. março de 1970, p. 28) . Foi o século que viu São Tomás de Aquino com seu monumento da filosofia escolástica; o século no qual o Papa Grcgó• rio IX com a Bula "Parens Scientiarum" deu forma definitiva à Universidade de Paris; em que São Raimundo de Penaforte organizou o direito canônico com suas "Decretales", redigidas a pedido do mesmo So- ,. berano Pontífice; em que as corporações de ofício, os hospitais, a Cavalaria e a Inquisição chegaram a seu ple1.10 desenvolvimento. Foi o século das grandes Ordens mendicantes de São Francisco e de São Domingos. Foi sobretudo, como nota ainda o Duque .de Lévis Mirepoix, "o século de São Luís" ()oc. cit.).
Hábil administrador e vingador implacáve l da justiça
São Luís nasceu cm )215, filho de Luís V III, Rei ela França, e de sua espôsa, Branca de Castela, tia de São Fernando ]II de Castela. Uma oração composta no século XIV diz dêle que "sua santidade é atestada pela liberalidade de suas esmolas, pelo seu amor à verdade, pela eqüidade de seus julgamentos" (Jacques Levron, p. 213). Seu espírito de fé e sua veneração pela Paixão do Salvador levaram-no a construir, para abrigar a Coroa de Espinhos, um fragmento do Santo Lenho e um dos Cravos da Crucifixão, que recebera do Imperador latino do Oriente, uma das mais magníficas jóias da arquitetura religiosa de todos os tempos: a "Sainte Chapelle". Verdadeiro escrínio de pedra lavrada e vitrais rc(ulgentes, a "Sainte Chapelle" é uma sinfonia de formas e côrcs, de leveza alada e esplendor sacra!. Sem se contentar com tanta magnificência, quis São Luís testemunhar sua devoção aos sofrimentos do Divino Mestre, não só dando . do seu, mas dando também de si. Por duas vêzes atravessou o mar para tentar libertar -0 Sepulcro de Nosso Senhor Jesus Cristo. Foram es.~as duas expedições que encerraram o glorioso ciclo das Cruzadas, o qual definiu a fisionomia moral da Idade Média. Ao mesmo tempo hábil administrador, com o concurso de Branca de Castela, Regente cm sua minoridade (Luís Ylll morreu quando o Santo tinha doze anos), alcançou a paz interna do reino, enfrentando, muitas vêzes à testa de suas tropas, sucessivas revoltas de grandes senhores feudais. Venceu, na íamosa batalha de Taillebourg, o Rei da Inglaterra, Henrique Ili, que se havia aliado com o poderoso Duque da Bretanha e com o Conde da Marca. Entretanto, São Luís não pretendia de modo algum ser um Rei absolutista. Seu respeito pelos verdadeiros princípios feudais
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é atestado por inúmeros fatos, muito conhe•
cidos, e nas instruções dadas a seu filho Filipe (depois Filipe Ili, conhecido como "o Corajoso") sublinha que êstc deve "manter os bons cos111111es de se11 reino e abater os que forem maus" (Joinville, " Histoire de Saim Louis", Librairic Hacheue, 1942, p. 80). O conhecido historiador francês Jacques Levron, cm seu livro "Saint Louis ou l'apogée du Moycn Age", mostra como o Santo concebia a ordem monárquica: " A monarquia feudal, 110 tempo de São L11ís, não é uma monarquia absoluta. Ela se apóia sôbre o costume e é efetivamente o costume que regul,1 tôdas as relações humanas. Se se levanta tuna dúvida, se surge ,una co111estaçâo, interrogam-se as r,essoas idosas, as pessoas que têm exr>eriência. Elas dize111 o que é que se Jaz desde tempos "cu;us 11,emo. riti 11011 exstat", ou seja, desde te111pos imemoriais. Então se decide seg1111do o que elas dizem. Pois, a "novelleté" é coisa má e repree11sível. O que não significa que os cost11111es e " j11rispr11dê11cia mantenham-se i11111táveis. Mas estas transformações são le11tas, impercevtíveis. Ne,n por isso são menos profundas" (p. 215). Para ilustrar o escrúpulo com que o santo Rei se empenhava em observar os direitos feudais, cita-se um caso pitoresco. São Luís (ôra a Vitry para ouvir o sermão de um célebre pregador, mas não podia fixar a atenção devido à enorme algazarra que se fazia numa taverna vizinha. Antes de i!ltervir, o Rei mandou chamar seus conselheiros, para "saber se tinha o direito de justiça" na taverna de Yítry (Jacques Levron, p. 167). Seu amor à justiça, que se revestia fre.qüentcmcnte da simplicidade poética dos julgamentos sob o carvalho do bosque de Vincennes, levava-o a praticar o rigor saiu-
tar, sempre que o exigiam as circunstâncias. Um episódio famoso, neste sentido, é o ela castelã de Pierrelée. Esta dama, não contente em u·air seu infeliz marido, levou a infftmia ao ponto de matá-lo, com o auxílio de seu cúmplice, e de jogar o corpo num lugar escuso. Descoberto o crime, a miserável foi prêsa e condenada à morte pelo fogo. Apesar dos pedidos de clemência chegados de diversas procedências, inclusive dos Frades dominicanos e franciscanos, e da própria Rainha, pois entrementes a castelã dera mostras do maior arrepcndiniento, Luís IX manteve-se inflexível. Tão horrível cri-
Certa vez indagou Luís se Joinvillc lavava os pés dos pobres na Quinta-feira Santa. O Senescal respondeu admirado: "Claro que 1uio, Senhor. Os pés dêstes vilões, ;anwis OJ lavarei eu". "Verdadeiramente - observou o Santo - está mal falado; pois niio devíei.v desvrezar ti {lrática daquilo que Deus /éz para nos e11si11ar. Peço-vos, {IOis, por amor de Deus, primeiro, depois por amor <le 111i111. que vos acostumeis a lavá-los" (Joinville, p, 11 ) . Em outra ocasião disse o santo Rei a Joi.nville: "Eu vos pergunto o <111e vreferi• ríeis: ser leproso, 'ou ter cometido 11111 1>eca . do mortal". "E eu, que jamais lhe mentia
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ORAÇÃO A SÃO LUIS, DO
Gardez-moi pur conime le lys de votrE mê~ donnée à un infidele, faites que men • Preux me coüter la vie. coupez les ponts à mes feintises, et i me, dizia, deve ser castigado proporcionadamente. Não podendo evitar a execução, os parentes pediram que pelo menos esta não se desse em Pontoisc, onde residia tôda a fa. mUia, pôsto que isso agravaria para êlcs a vergonha de tão enorme castigo. A isto pensou o Rei cm aceder, mas antes pediu a opinião de seu conselheiro Simon de Neste, grande jurista e conhecido por sua integridade. Respondeu êstc que "justiça feita às escâncaras é boa justiça". E a execução teve lugar na praça principal de Pontoise (Jacques Levron, p. 169). Em uma Sexta-feira da Paixão, pediram ao Santo o perdão para um criminoso de condição nobre. Luís estava a ponto de con- , cedê-lo, quando lhe ocorreu ao espírito a frase da Escritura: "Bem-ave11t11rados os que guardam ,1 justiça e a exercitam todos os dias". Dado que a falta do gentilhomem era realmente nefanda, o Rei em vez de mostrar misericórdia, usou soberanamente da justiça. O criminoso foi executado no mesmo dia (J. 8. Weiss, "História Universal". Tipografia La Educación, Barcelona, 1927, vol. VI, p. 439) . A medida de sua eqiiidade pode-se ter por um dos conselhos dados a seu filho, dos quais já fi1.emos uma citação: "Se alg11ém sustentar algum processo contra ti recomenda o Santo - estejas semvre a seu favor contra ti, até que saibas a verdade; assim teus co11selheiros se .rentirão encorajados a julgar segundo o direito e ll verdade" (Joinville, p. 80). Aspecl-os de alma encantadores, no teste,nunho de Joinville
Encantado com a franqueza e a sinceridade de um pequeno senhor feudal, Jean de J oinville, Senescal da Champagne, São Luís IX estabeleceu com êle uma das mais belas amizades que a História registra. Tornou-o seu confidente, dava-lhe conselhos e era indulgente para com a rudeza com que o Senescal por vêzes exprimia sua opinião. Graças a essa amizade é que temos a felicidade de conhecer os traços mais tocantes da alma do Santo, pois JoinviJl.e escreveu uma História de São Luís, na qual narra "as sa11tas valavras e os bons feitos de nosso Santo Rei Luís". :e. êste o livro básico para todos os estudiosos da vida do ilustre Monarca.
- cont& Joinville - respondi que preferiria ter cometido trinta pecados do que ser le()roso". São Luís retrucou-lhe que essas eram palavras de um "étourdi sans cerve//e", e mostrou que nenhuma lepra ou outra doença podia ser pior do que o pecado mortal, "porque a alma que está em vecado morwl li se111elha111e ao demônio" e se arrisca à condenação eterna, ao passo que a lepra do cor•• po cessa com morte (Joinville, p. 10). Após as refeições, São Luís IX reunia seus cortesãos mais íntin1os e recomendava: "Cada qual diga livremente o que quiser, pois após o jantar não há livro melhor do que os "quodlibeta" (ditos variados e amenos). Nosso bom J oinville, que era dotado de espírito alegre (o que muito agradava a São Luís), não deixava então em paz o confessor do Rei, o douto Robert de Sorbon, que empl'Cstou o nome à Universidade de Paris (Sorbonne). Certa vez cm que o nosso Santo se estava entretendo com seu antigo adversário, Pierre Mauclerc, anteriormente Duque da Bretanha, Robert de Sorbon julgou ter afinal encontrado um bom pretêxto para vingar-se de seu espirituoso amigo. Tomando êstc pela manga, conduziu-o até a presença de Luís IX, seguido pelos outros cavaleiros, curiosos de ver o que aconteceria. "Deveis ser criticado, disse o capeliío a Joinville, pois estais mais bem vestido do que o Rei" . "Mestre Roberto - retrucou o Scnescal - s"lva a reverência, não devo ser repreendido, pois esta vestimenta fortim meus pais que ma legart1111. Pelo contrório, vós é que deveis ser criticado, pois vós, que sois filho de campo11ês e camponesa, deixastes o traje de vosso pai e tle vossa mãe e estais vestido mais ricame111e do que o Rei". E, para completar seu triunfo sôbre o pobre capelão, tomou na mão o pano da veste dêste e com; parou-a ~om a de São Luís, exclamando alegremente : " Vl!de se não digo a verdade". Diante de uma tal constatação, o in(eliz teólogo ficou tão desarvorado, que o Santo procurou caridosamente defendê-lo. Depois que Mestre Roberto saíu, entretanto, chamou Joinville com dois outros senhores que assistiam a cena e explicou-lhes que não deviam ater-se ao que havia dito contra Joú1ville, pois quisera apenas auxiliar o capelão. Acrescentou que êles deviam vestir-se como diz o sábio, isto é, "de tal numeira que os homens provectos de nosso tempo não pos-
e santo
sa111 <lizer que é de11rais, 11e111 os jovens que é de 111e11os" (Joinville, p. 13).
A sétima Cruzada e seu valarcso comandante Em 1244, após uma longa doença, São Luís TX res_o lveu pôr cm prática seu grande desejo : ir libertar o Santo Sepulcro. Convocados os barões, e convidados a livremente tomarem a cruz, escolhida para a regência cio reino a enérgica Branca de Castela, começaram os preparativos para o grande empreendimento, os quais duraram quatro anos.
êles pudessem reagir. Muitos dos cruzados saíam em perseguição do inimigo, desgarrando-se da tropa . Eram então cercados e massacrados. Por outro lado, protegidos pelo Nilo, os infiéis utilizavam sua mais terrível arma: o fogo-grego. Sem ter contra quem lutar, os cristãos viam-se dizimar por bolas de um fogo inextinguível que parecia saído do inferno. São Luís, capitão experimentado, proibiu formalmente que os francos se afastassem d e sua formação para corresponder às provocações dos cavaleiros inimigos. Com isto as perdas dos cruzados passaram a ser
ONDESTÁVEL OU GUESCLIN
blason - vous qui• teniez votre parole songe ne passe pas ma gorge, dü.t franchise inhabile aux reculades, • ma1·che toujours au plus dru. r,_ue Je ~
Afinal, em 25 de agôsto de 1248, em companhia da Rainha sua espôsa, de seus três irmãos e dos maiores senhores feudais, partiu São Luís de Aigues-Mortcs com direção à ilha de Chipre. Seu plano - que os historiadores reconhecem ser -muito hábil era ir atacar os detentores dos Santos Lugares em sua própria terra: o Egito. Os primeiros contratempos começaram na travessia, que representava não pequeno perigo para os cruzados. Vários incidentes dividiram a frota e obrigaram o santo Rei a permanecer em Chipre à espera das naus desgarradas. Esta demora acarretou outrn ! maior com a chegada do inverno, que tornava muito difícil a navegação. Isso comi prometeu seriamente a emprêsa, pois o péssimo Imperador Frederico li, que havia várias vêzes se aliado aos muçulmanos para hostilizar o Papa, mandou seu próprio filho , Manfredo, avisar o sultão do Egito das intenções do Monarca francês. Foi somente em maio de 1249 que São Luís encontrou condições favoráveis para continuar a travessia. Chegando às costas do Egito, os cruzados depararam com a poderosa cidade fortificada de Damieta, que protegia a embocadura e o delta do Nilo. O Rei ordenou logo o desembarque e fêz questão de comandá-lo pessoalmente, descendo de seu barco com água até o peito, tal era seu ardor de lutar. Após um dia inteiro de combate com as fôrças sarracenas,_ os cruzados puseram-nas em fuga tão desordenada, que passando elas por Damieta encheram de temor os habitantes, os quais se precipitaram cm pós del;is Ficou assim a importante praça forte nas mãos dos cristãos. Decidiu então São Luís marchar direwl mente sôbre o Cairo, onde as notícias da qu~a de· Damieta, tida por inexpugnável , havia semeado o terror. Tudo leva a crer que teria o Monarca conseguido seu intento, não fôsse a imperdoável imprudência de seu irmão, Roberto de Artois, que pôs a perder a expedição. P~rtindo de Damieta, onde deixou a Rainha e uma guarnição de mercenários genoveses, o Santo foi costeando o Nilo a caminho de Mansurah, outra cidade fortificada, e na direção do Cairo. Os muçulmanos, usando a tática de não oferecer combate <li.reto, maltrataram muito os impulsivos francos. Caindo de surprêsa sôbre sul!. retagµarda, retiravam-se antes que
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me.nores, e a passagem cio rápido e caudaloso Bahr-al-Seghir, afluente do Nilo, logo iria livrá-los do terror do fogo-grego. Instaladas sôbre o rio pontes móveis, o Re.i ordenou que primeiro passasse a vanguarda, comandada pelo impetuoso Conde de Artois e composta dos melhores cavaleiros da expedição. entro os quais os oxperientes e indomáveis adversános dos maometanos, os Monges-Cavaleiros templários. O grosso da tropa era comandado pelo próprio São Luís, e a retaguarda por seu irmão Afonso de Poitfors. Apenas passada a vanguarda, Artois avistou uma tropa egípcia que fugia em debandada para seu acampamento. Sedento de glória pessoal, quis arremeter contra êles. Gilles de Tyr, Comendador do Templo, lembróu-lhe que as orden.s formais do Rei eram de que ninguém se afastasse das colunas cristãs. Sem dar ouvidos, entretanto, o Conde disparou atrás dos infiéis, penetrando em seu acampamento e massacrando grande parte dos que ali estavam. Os outros fugiram para Mansurah, que ficou com as portas abertas. Excitado por tal vitória, Roberto de Artois quis perseguir o inimigo até den,ro da cidade, pensando em tomá-la de surprêsa. Era não conhecer o modo de combater dos egípcios. São Luís, que soubera da primeira desobediência de seu irmão, mandou-lhe alguns cavaleiros com a ordem de não se mover do lugar cm que estava. Cego pelo amor próprio, Artois recusou-se a obedecer, e ao Comendador do Templo que lhe mostrava os riscos de sua atitude, respondeu chamando de covardes os Monges-soldados. G illes de Tyr respondeu dignamente : "Se11hor, 11em nossos 1rmãos nem e11 temos mêtlo. Não ficaremos para trás, mas sabei q11e nem v6s nem n6s voltaremos".
Arrastados pelo seu comandante, os cruzados penetraram em Mansurah. A situação mudou então inteiramente. A pequena tropa viu-se cercada dentro de uma cidade desconhecida, acuada em ruelas estreitas. Começou e_n tão a carnificina. Do alto das ?asas, arqueiros maometanos flechavam met1culosamente os cavaleiros impotentes para defender-se. Conseguindo escapar à morte e chegar até o acampamento cristão, Gilles de Tyr narrou o acontecido. Estava perdida ~ sétima Cruzada. Ao passar o rio com o grosso do cxér-
cito, São Luís encontrou, cm vez de seu i,·. mão, as trop.os egípcias prontas para o combate; a vitória lhes dera novo éla11. Apanhados de surprêsa, os cruzados sofreram um duro impacto, e não fôsse ( como atestaram muitos dos sobreviventes) a presença de São Luís, com seu sangue-frio, sua energia, sua habilidade tática, a derrota te ria sido total. Joinville, ao recordar a presença do Rei na cena, não pode deixar de exclamar: ' "Jamais home,11 ,,,11,atlo ,me pareceu tão belo; êle ultrapassava em altura todos os soi(lados, que mal lhe chegavam aos ombr<>S. Um elmo t/011rado refulgia em sua cabeça e 1111w espada alemã e111 suas mãos".
Cercado por seis muçulmanos, que o iam levando prisioneiro, o Santo libertou-se sôzinho com vigorosos golpes de espada, que segurava com as duas mãos (Joinville, p. 32). Afinal os infiéis foram postos em fuga, mas a situação permanecia crítica para os cruzados. Para agravá-la, irrompeu uma epidemia que atingiu quase tôda a tropa. São Luís foi um dos mais afetados. Mal podia manter-se ereto cm seu cavalo.
Prisioneiro, o Rei impõe-se. pela altaneria Não havia outra solução senão, atravessar novamente o Ba"hr-e\-Seghir 'e ·voltar para Damieta, onde o que restava do. exército cruzado estaria em segurança. A retirada foi uma das mais árd11âs ~ gloriosas de tõça a. , história da cristandade. Magnífico de -cora- , gem, Luís IX cavalgava na extrema retaguarda, tal como o comandante é o último a abandonar o navio· que ·se afunda (Jacques Levron, p. 1 18). Tão debilitado estava êle · pela doença, que certa noite os crlizaçlos obrigados a entrar numa aldeia para q1:1e São Luís fôsse tratado. Deu-se então um dos muitos episódios admiráveis da cruzada. Gauthier de Châtillon recebera o· P.!lfigoso comando da retaguarda. Perdendo de vista seus homens, postou-se na entrada da aldeia e "quando via os turcos q11e procuravam penetrar, arre111etia sôbre éles e os ex.pulsava para fora da aldeia". Voltava-se então contra os que vinham por outro lado e os empurrava para trás. Isto o valente cavaleiro fêz por diversas vêzes, lançando seu grito de guerra para reunir seus homens: "Châti/1011, cavaleiros! 011tle estão meus bravos?" Afinal pereceu esmagado pelo núme-
ro (Joinville, pp. 36 e 46). Resolveu a essa altura São Luís negociar com o sultão, enquanto ainda tinha nas mãos um grande trunfo, como era a poss~ de Damieta (já antes havia o chefe muçulmano oferecido cm troca daquela cidade a própria Jerusalém ; na ocasião, entretanto, não ha".ia razão para aceitar a proposta) . · As tratativas com o sultão AI-Salih-Ayoub, encetadas por intermédio de Philippe de Montfort, descendente do vencedor dos albigenses, prometiam êxito, quando um traidor pôs tudo a perder. Um simples criado do Santo, chamado Marcel, entrou correndo no acampamento dos cruzados, aos gritos de que o Rei ped::i que todos se rendessem, senão ê lc seria morto. Tomados de surprêsa, e temendo pela vida de seu Soberano, os senhores entregaram imediatamente suas espada~, o que significava a rendição. O sultão, ao ver isto, suspendeu as negociações com Montfort, dizendo que não havia necessidade de tratar com prisioneiros. Estaria Marcel a sôldo do próprio sultão ou de Frederico li, o Imperador apóstata? f: o que se perguntam os historiadores. Prisioneiro de guerra, Luís IX foi logo levado para Mansurah. Durante seu cativei-
ro - de 7 de abril a 13 de onaio de 1250 - deu mostras de tanta 9:lrcniclacle de ahna, e era tal a majestade de sua figura, que os próprios egípcios ficavam impressionados. Certo emir chegou a querer forçar o Rei a armá~Io cavaleiro. •· Faze-te cristão". retrucou o Santo. Ameaçaram-no os infiêis com tercívcl tortura, pan1 obter dêle que entregasse <1S fortalezas das Ordens militares na Síria, sôbre as quais, a liás não tinha jurisdição. Luís respondeu-lhes que era prisioneiro e que po• deriam fazer com êle o <1ue quisessem, mas que nunca acederia ao que pretendiam. Impressionado com tal altaneria e firme:w, o sultão desistiu de seu intento e resolveu obter uma grande soma pelo resgate de seus preciosos reféns, além da rendição de Damieta. A Rainha, qm: ficara em Damieta ( onde dera à luz um filho a que chamou João, e .ficou conhecido como Tristão devido às circunstâncias em que nascera) encarregou-se de juntar a quantia exigida pelos egípcios. Cómo .ficasse faltando uma parte, mandou o Rei que JoinviUe fôsse consegui-la com os Têmplários, grandes banqueiros do Oriente cristão. Tendo êstes se recusado, Joinville tomou de uma pesada ac~a e disse ao tesoureiro da Ordem,: 'IEis, aqui a chave do R ei'", 30 mesmo tem_l)O que,:se preparava para arrebentar o fêého do rcofre. Diante disso o Irmão abríu-o e entregou a quantia necessária. Pago o resgate e entregu~ Damieta, São l!.uís foi lib~rtado. ,ll>irigiu-se, então para São Joãó •d' A:cre, capjtar <to império franco da Síria; onde passou· q\tlltrQ anos, fortificando a·,ciélade e os castçlbs ·que defendiam a região e tentando .libertar os cruzados que permaneciam em po<ler dos muçulmanos. Graças à s ua habilidade diplomática, explor-ando a rivalidade existente entre sírios e ·egfpcios, conseguiu a liberdade de todos os seus campanheiros de expedição. Ao mesmo tempo, estabeleceu uma proveitosa política de alianças com diversos príncipes muçulmanos.
Árbitro dos Príncipes e dos povos c ristãos Com a mone de sua mãe q ue êle deixara como Regente, em 1253 São Luís teve que retornar à França, depois de seis anos de ausência, sendo recebido triunfalmente pela população. Apesar da derrota da expedição, o prestígio de Luís IX, mercê do heroísmo, da abnegação e do tino militar, diplomático e político, de que dera provas, não apenas cresceu em tôda a Europa, como ficou sôlidamente estabelecido no Oriente tanto cristão quanto muçulmano. Jacques Levron mostra que êle se tornou o árbitro dos Príncipes e dos povos de tôda a cristandade (p. 183). O Papa Urbano IV ofereceu a coroa da Sicília a um dos seus filhos, a qual São Luís rejeitou; a contra-gôsto do Santo, seu irmão Carlos de Anjou aceitou-a. Quantc uos muçulmanos, comenta o mesmo Jacques Levron: "f:. surpreende11te ver " autoritlad,, de que gozava, j1111to a êsses povos guerreiros que s6 se i11cli11ava111 diante (/(1 fôrça, aquêle que sofr era em Ma11s11rah uma tüv completa derrota. E; que Luís IX tinha, por seu modo de agir, adquirido perante êles 11111 1>restígio excecional" (p. 134).
Logrando estabelecer sôbre bases definitivas a paz com a Inglaterra e pôr fim a velhas querelas entre grandes senhores feudais, era sôbre um país trnnqüilo e próspero que São Luis reinava agora. Conforme atestam os historiadores, a vida intelectual na França dessa época não
Luiz Sérgio Solimeo
5
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(Ondusõo
conclusão
do p. 5
do p. 2
SÃO LUÍS REI
O EPISCOP/IDO •
encontra paralelo nem na Antiguidade clássica. O gênio de São Tomás refull(ia na UnivGrs~dade de. Paris, e a Faculdade de Medicina de Montpellier era célebre em todo o mundo. Angers, Orleans, Toulouse e várias outras grandes cidades possuíam sua Universidade.
A oitavo Cruzado e o morte do Santo Luís IX entretanto, não perdia de vista a Terra Santa. Seu desejo era reconquistá-la definitivamente para a cristandade. Quando o Papa Clemente IV pediu-lhe que promovesse uma nova cruzada para salvar os restos do reino cristão de Acre, ameaçados pelo emir dos mamelucos, o Monarca francês acedeu imediatamente, convocando em 1267 seus barões, para comunicar-lhes sua resolução. Dois de seus filhos, Filipe, o herdeiro, e João Tristão, seus irmãos Afonso de Poitiers e Carlos de Anjou ( êste, a contra-gôsto), seu sobrinho Roberto de Artois, bem como Thibault V, Rei da Navarra, o nôvo Duque da Bretanha, e muitos outros grandes senhores dispuseram-se a acompanhar o santo cruzado. Os preparativos duraran1 três anos, e finalmente em julho de 1270 partiu São Luís novamente de Aigues-Mortes para lutar pelo Santo Sepulcro. Desta vez, entretanto, o destino próximo era Tunis. Chegados às costas da Africa, os cruzados desembarcaram diante da fortaleza de Cartago. Mais uma vez o Santo quis ser o primeiro a pisar terra africana. As tropas sarracenas arremeteram contra os invasores antes que êstes tivessem tempo de fazer descer dos navios os seus cavalos. Cravando a ponta cios escudos e o cabo de suas lanças na areia, os cristãos enfrentaram valentemente a investida. Após um combate de várias horas, os infiéis se retiraram. Começou então o ataque à fortaleza. Após vários dias de luta, os cruzados tomaram enfim a praça forte. Muitos soldados da guarnição se esconderam nos subterrâneos do castelo, onde foram asfixiados com fumaça pelos cruzados. Seus cadáveres, sob a ação de um calor tórrido, começaram a putrefazer-se ràpidamente. A pestilência somada à Calta de água potável provocou uo campo dos cruzados uma terrível epidemia. Em pouco tempo São Luís e seu filho João Tristão foram atingidos. Vendo-se às portas da morte, o Rei chamoq seu filho e herdeiro Filipe, para entregar-lhe o texto de suas derradeiras instruções, das quais já citamos algumas. O primeiro dêsses conselhos diz respeito diretamente à salvação do futuro Monarca. Depois vêm as recomendações mais ligadas ao exercício do poder. "Filho caríssimo - escreve São Luís - a primeira coisa que te ensino é que apliques te11 coração a a,nar a Deus:
pois se111 isto 11ing11ém pode ser salvo. Guard,1-te de fazer coisa q11e desagratle a Deus, a saber, o pecado mortal; mais vale sofrer tôdas as espécies de tor111entos, do que cometer pecado 111ortal". No dia 23 de agôsto Lu.ís !X pediu e recebeu a Extrema-Unção. Depois pôs-se a invocar Monsenhor São Tiago, Monsenhor São Dio11lsio da França e a Senhora Santa Cenoveva, como refere Joinville. Também rezava a oração "Esto Domine" - "Santificai e guardai, Senhor, o vosso povo .. .". "Foi no dia seguinte ,la festa tle São 8artolome11 Apóstolo [ou seja, no dia 25 de agôsto] - couta Joinville (p. 82) - que dei;rou êste mundo o bom Rei' Luís, 110 ano de graça de 1270 da Encarnação de Nosso Senhor. Seus ossos foram conservados num cofre, trazidos e enterrlldos em Saint-Denis na França, onde êle havia escolhido sepul• tura e onde Deus fêz muitos milagres em se11 nome, por causa de seus méritos". Seu filho Tristão o havia precedido no Céu.
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Em 11 de agôsto ele 1297, Bonifácio VIII promulgou a Bula de canonização do Rei Luís IX. Joinville, o amigo fiel, depusera no proce-~so. Alguns anos mais tarde, em 1303, um acontecimento terrível por seu significado ia ter por protagonistas um Rei da França e o mesmo Bonifácio VIII. Revoltado contra a ordem cristã medieval, Felipe o Belo, neto de São Luís, fêz esbofetear o Papa em Anagni. Este morreu ele desgôsto pouco depois. De certo modo, estava finda a Idade Média, da qual Luís IX fôra um dos mais lídimos e e xpressivos representantes. Tinha começado o processo - magistralmente descrito pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira ("Revolução e Contra-Revolução", in "Catolicismo", n. 0 100, de abri.! ele 1959) que iria conduzir ao presente ocaso brumoso a civilização cristã: a Revolução. Comemorando nesta edição o sétimo centenário da gloriosa morte de São Luís, "Catolicismo" não pode deixar de se dirigir ao incomparável paladino da cristandade, pedindo a êle, que do mais alto do Céu contempla êste triste mundo hodierno, que obtenha de Deus, o quanto antes, a derrota final da Revolução e a implantação do Reino de Maria, prometidas em Fátima. Para terminar, queremos citar um pensamento da historiadora Marie-Madeleine Martin em sua "Histoire ele l'Unité Française", a respeito de São Luís IX e de sua época: "/-louve wn momento de nossa história que a lenda não poderia imaginar 111ais belo: aquéle em que a harmoniosa hierarquia do reino trazia em seu 6pice um hon1e111 chegado êle mesmo ao 6pice de s11a alma" (apud "Lecture e t Tradition'', n. 0 22, p. 6).
INFILTRA(ÕES INIMIGAS NA IGREJA
E
·M UMA das suas Aloc,uçôes .semanais, o P:.lpa Paulo VI qualificou a amai crise cm
!que se debate a Igreja, como sendo a de
uma aulodcmolição. A a lguns a expressão pareceu rcpug11ar tl indefcctibilidnde promc-tida pOr Jesus Cristo à Sociedade que fundou para perpetuar sua obra até o fim do,; séculos. Evidentemente. não declarou o Papa que ll Igreja iria acabar. Disse, apenas, que Efa sofre de gravíssimos males internos provocados PQr seus próprios filhos. de maneira que sua destruição caso fôsse possível - alualmente, seria con.s eqüên• eia niio dos al:\Ques dos inimigos de fora , mas da ação corrosiva dos membros da própria Igreja. Em outras palavras, afirma Paulo VJ que é no seio da Jgreja que devemos bu.scat seus inimigos. como a seu tempo dizia São Pio X dos modernistas. Faz, portanto, obra de verdadeiro aPostolado quem denuncia os focos de onde procede a ação demolidora da integridade da Fé e da pureza da Moral católica, seja mediante modific3çõcs subs· tanciais na. Sagrada Liturgia, ou através de contes• taçõcs ao Govêrno bie~rq_uico da Igreja, ou de rnntos outros modos.
..Catolicismo'' já apontou aos seus Jeit0res o~ grandes fautores da subversão incrustados na lgre• j2: os "grupos proféticos" e o JOOC. Jniciativ,, apostólica semelhante é a dos autôres franceses de uma obra coletiva intilulada "l nfUlràtions ennemie.!í dan.~ l'Eglise'' (La Librairie Française, Pa• ris). O livro tem como subtíaulo "Documents e.1 l~mojgnnges'1, e é um dossier que- encerra traba• lhos de Gcorges Virebeau, Jacques Bordiot, Léon de Poncins, Gillcs de Coucssin e Edith Dclamare. Os autôres 1r:1tam da.s manobras da maçonaria para agir no seio da Jgrcja, expõem os esforços dos judeus para obterem uma absolviç,ã o geral no li Concilio do Vaticano, cuidam da polítie-a envolvente pra1icada pelo comunismo em relação à Igreja, desvendan1 a existência de um ccumc· nismo de mau quilate. com suas conseqüências na Liturgià e no plono de estabelecer uma Igreja sem dogmas. de mero sentimentalismo, e indi• eam os colossais meios de publicidade que estão à disposição dêsscs inimigos das a lmas. O livro, de leitura interessante. é muito instru. 1ivo e de gn,ndc utilidade.
D. A. C.
A corre spondência relativ a a a ssin atura e vend a av ulsa dev e ser enviada , sempre, à A dministração tinico Prado, 27 1, São Paulo (ZP-3 ).
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R u a D r. Mar-
e a uecessitlalie tle Deus. V eja,uos a <1uen1 o futuro dar6 razão ( ... ]. {. .. J no futuro, a teologia j6 não serâ umto 111na reflexão sôbre tal ou u,/ dogma, quanto 11111a leitura leal da História; ela tomar6 a fíist6ria como objeto de s11a pesquisa. Assi111 co1110 os marxistas se esforçam por interpretar a História, o cristianismo deve buscar nesta uma significação, e espero que ambos trabalharão em conjunto 110 transformação da fíist6ria presente [ . .. ]. Marx censurou os crisuios por i11terpre1<1re111 o mundo ,nas não o transformarem, e não lhe faltava razão" ("La théologie", in "Les Catholiques Hollandais", pp. 10-13 e 15). Grande semelhança, se não idl\ntidode Depois de tudo isso, quem poderá negar a grande semelhança, quando não identidade, que há entre a "nova for111a da Igreja" que se vai delineando na Holanda, e a Igreja-Nova dos "grupos proféticos" e do IDOC, como nõ-la descreve o "Resumo analítico do artigo de "Ecclesia". publicado no número de abril-maio do ano passado, de "Catolicismo"? Se não, vejamos: "A Igreja-Nova - escreve "Catolicismo" - não tem fronteiras. Ela abrigt, os homens d'e qualquer crença, desde que trabalhem ativamente para a verdadeira Redenção, que é o progresso terreno. Ela não é, pois, co1110 11111 reino espiritual com fro11teiras doutrin6rias definidas, mas <ligo de etéreo, de fluido, que se confunde mais ou 111e11os com qualquer igreja. Em outros têr1nos, a Igreja-Nova é superecumênica". E em outro tópico: "A Igreja-Nova convida a uma vida voltada inteiramente para a felicidatle terrena. A Redenção-progresso ,uio tem como objetivo levar os homens para 11111 céu extraterreno, mas transformar a terra e111 um cé11. [ .. . ] -e óbvio, antes dç t1ldo, que a Igreja-Nova est6 tôda posta na orde111 natur(l/. S11a missão salvífica, ela a exerce induzindo os fiéis a se engajarem, a se comprometerem na propulsão do bem-estar terreno" (p. 7). , Prossegue "Catolicismo": " A Igreja-Nova, resultante da ação do "n1ovime11to profético", não crê ,wm Deus pessoal, mas num Deus difuso e impessoal, que é imanente 1, onipresente na nl/tureza. Ela crê ,w evolução, no progresso e 110 técnica como as grandes fôrças ine/11t6veis que ani111a111 o movi111e1110 universal, re,nedeia,n a desdita tio honrem e dão rumo à História. N u,11 lance de olhos é f6ci/ ver que essa doutrina im.porta em afirmar a divinização da evolução, do progresso e da técnica. O que é extraordinària,ucnte parecido, se não idêntico, co111 o conceito evo/11cionista e materialista de Marx" (p. 9).
iniciativas ela "Undergrouncl Church": "Âs vêzes, a resposta manifesta q11e a Autori(lt,.. de não tem objeção de fundo, mas se sente atada por motivos jurídicos. En, muitos casos, ela sugere que fech<lrlÍ os olhos, à 111a11eirll italiana, desde que não haja complicações" (Rcné Laure,uia, "L' Amérique Latine à l'heure de l'enfantement", Editions du Scuil , 1969, p. 23). Mas se é verdade que alguns membros da Hierarquia deram às escâncaras seu ·apoio a iniciativas "proféticas", e que numerosos outros "fecharam os olhos", é também verdade que em nenhum lugar do mundo um Episcopado, em seu conjunto, chegou a assumir a responsabilidade da Igreja-Nova, como o da Holanda. Quem nô-lo a testa é o insuspeitíssimo jol'nalista de " lnformations Catholiques Internationales" Gunnd Valquist, em artigo expressivamente chamado "O despertar do profetismo": "Por tôda parte tenho encontrado a mesma coisa: de um llldo
ll
"jovem Igreja'\ ou ,, '•Nova
Igreja", representada por 11111a grande p11rcela de jovens, est11da11tes, oper6rios e Sacerdotes. E, por outro lado, li "Igreja estllbelecida", co111 s11a flierarqui11 à testa com 11111ito poucas exceções, salvo o caso da flo/11nda, onde o Episcopado teve a coragem de l/ss11mir tllnrbém a responsabilid<lde da jovem Igreja" ("Le réveil du prophetisme", 1. C. 1., n.0 303, p. 8). E o próprio Cardeal Alfrink o confirmou em um pronunciamento no concílio-pastoral, ao declarar que os Bispos de seu país são "executores das decisões tomadas por rodos nós [membros do concílio]'' (!. C. 1., n. 0 311, p. 7). Por essa razão, "na Holanda não h6, por assim dizer. Igreja subterrânea, comple ta o Pe. Laurentin . O que 16 se faz é mais rllzo6vel do q11e em outras partes, mas é feito às escâncaras'' (ob. cit., p. 24). E êsse "despertar do profetismo" (pan, usar a expressão de Valquist) não fica cm meras discussões nos antros de iniciados, ou nas gritarias do "concílio" neerlandês, que já se convencionou chamar ele "circo Goddijn" (do nome de seu secretário-geral). Os fatos mostram sobejamente como os neomodernistas vão tirando tôdas as conseqüências doutrinárias e práticas cios cl'ros que seus antepassados espirituais do início cio século mal expunham disfarçadamente ( o que, aliás, não os livrou de serem severamente reprimidos por São Pio X) . E não terão dificuldade os nossos leitores em constatar que não é só no país das tulipas que medram tais flôres . . .
.AfOlLEClISMO MENSÁRIO com
"O despertar do profetismo" E a "ascensão triunfal da heresia modernista", a que alude o ilustre Bispo de Campos, não se circunscreve à Holanda. Tomou nos anos que se sucederam ao ll Concílio Vaticano uma tal amplitude, que já não passa despercebida nem mesmo a católicos de formação apenas mediana. Por tôda parte ela é constatada, por tôda parte ela é lamentada. Seu caráter universal transparece de forma meridianamente clara na alusão do Papa Paulo VI a um processo ele autodestruição da Igreja; e já durante o Concílio o falecido Cardeal Ruffini registrava, desolado, que o modernismo está hoje entroni1.ado na Igreja (apud D. Mayer, arl. cit.). A facção neomodernista tornou-se conhecida em alguns lugares sob o nome de "Underground Church" (Igreja subterrânea) , por se desenvolver à margem da Igreja " institucional", isto é, à margem da Hierarquia e da legislação canônica vigente. Não que lhe tenha faltado, a essa " Igreja subterrânea" (que outra não é que a Igreja-Nova· preconizada pelo !DOC e pelos "grupos proféticos" ), o apoio escancarado de certos Prelados nos vários quadrantes da Terra. Basta lembrar o caso dos Bispos de Goya e ele Rafaela, na Argentina, ligados ao péssimo Movimiento de Sacerdotes para e/ Tercero Mundo, e o cio Bispo de Buenaventura, na Colômbia, signatário do famigerado Mllnifesto de Golconda. Numerosos outros preferiram "fechar os olhos", como o atesta o Pe. Laurentin, falando justamente sôbrc a atitude da Autoridade ante as
APROVAÇÃO F.CLllSIASTICA Cnmpos -
Est. do Rio
Oirctor Mons. A1Honio Ribeiro do Ros.ario Oirtloria: Av. 7 de Selembro, 247 1 c.tiim pos1nl 333, C:l.nlJ>OS, RJ. Admlnlst.rns-ão: R. Or. M nrtinico Prndo, 271 (ZP 3), S. Pnulo. Aicntc PMl.l o F.st.1do do Rio: Dr. J os6 de Oliveira Andrade, caixa post;LI 333, CamJ)()$, RJ~ Agrnrc para os &,1ados de Goiás, Mnto Grosso e Mfnas Gerais: Dr. Mif1on d e Snllcs Mourão, R. Pnrníba 1 J 423. telefone 26-4630. Belo Horizontcj Ai:cn1c par.a o Estado da Guan:abar"J: Dr. LuíS M. Ounc:m, R. CMme Velho, SIS, telefone 45-8264, Rio de Janeiro; Agenrc paro o Es1:tdo do Ce;1rá: Dr. José Gtr-Mdo Ribei• ro, R. Senador Pompeu, 2120•A, Fon:ilcza; Agtnlts par.1 u Argtnlin:1: •·Trndición. Famili:t, Propiedad"', Casilla de Correo n.0 169. Capital Federal, Arsentina: Agentes p:mt o Chile: '"Fiducia". Casilla 13172. Corrco IS. Santiago, Chile. Número 11vulso: C rS l ,SO: número u t nt• ""do: Cr$ 1,SO. Assin:11urns: :muajs: c.:cmum CrS IS,00; cooperndor CrS 30,00; benfeitor Cr$ 60,00: grande benfeitor C rS IS0,00~ seminaristas e c:;tudnntcs: CrS 12.00: Am6ric:a do Sul e Central: via marítimn USS 3,50~ viu aére:s USS 4,SO: ou1ros paí~: via marllimn USS 4,00; via 3érea USS 6,50. Para os Estado.< do AC, AL, AM, GO, MA, MT, PA, PO, PE, PI, RN. SE e Territórios. o jornol é c1wfado PQr viu aérc:1 1>elo preço da assin:uurl\ comum. Os pag::u nentos, sempre cm nome de Editór:1 Padre Btlchlor de Pontes SIC, pode•
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PóS REALÇAR o in>portàncla do Papado e relen\bra.r · o dever de todo Soberano catóUco d• respeitá-lo e protegê-lo, volta o Padre Dlcssbacb n 1rarnr dn Áustria, mostrando como os ministros e funcionários toligados no combate à lgreja Ca. tólica tinham conseguido mi.n ar a nação con1 os erros revolucionários. Estudando as princlpals armas por êles usa~ d~ para obterem êsse resultado, a ''l\fensagem~ aponta principalmente duas: as medidas tomadas pelo govêmo imperial contra a Igreja e a tole• ri'inda com que a monnrqula llustrinca .Permitia que lodos os erros se propagaue.m livremente.
NÃO VIU BEM O PAPEL DAS TENDtNCIAS NA REVOLUÇÃO
Antes da ascensão de Leopoldo 11 ao trono, medidas contra a liberdade da Igreja tinham sido adotadas slstemàllcamente ptlo govfrno. O eremitismo fôra proibido, Religiosos de ambos o~ sexos tinham sido obrigados a abandonar os seus conventos, muitos seminários haviam passa• do para a .d ireção do Estado, impedindo-se assim que os Bispos pudessem formar o Cle.ro sem o contágio de doutrinas: heterodoxas, e se tinham triado variados 6blces para o mini.çtério sacerdotal. Por outro lado. a total tolerância para com o êrro tive.r a como con.~cqüêntia a diiusâo de' tôda tspécie de Uvros e -peri6dlcos que corrom• pjam a população desde as suas classes mais elevadas até as mais baixas. Protege.ndo--se o mal e ccrceando-se os meios que a Igreja possui pn.ra combatê•IO, a corrup.. çRo moral se alastrara e, o que é pior, a confusão das idéias e o espírito de dúvida se 11nham instalado nesse povo outrora fiel à Religião de seus pais, e que dela se afastava cada vez mais ràpidamente. mesmo porque a perscg,uição rdi• giosa dimlnuira o número de Padres, dificul1ando ass:im a distrlbuição dos Sacramentos, fontes da vid:-1 e da santificaç.ã o das almas. Pela análise que até agora fizemos da "Men.:."úgem•', poderia parecer que o Padre Diessbach não tinha uma noção nítida do real objetivo da Revolução, que é des1ruir a civiJiução cristã. No entanto, -seu verdadeiro pensamento transparece. no parágrafo que vamos citar. Dirigindo-se ao Sobe.r ano de uma monarquia católica que, no entanto. dera s obejM provas de
urro SE TEM escrito, Ultinmme.nte~ sôbre o problema da juventude con• testadora, guerrilheira, tcrrori.s1a. Citn• •se como cuusâ dêsscs, desatinos o jnconfonnismo diL'- noYas ge.raçõcs dfante das atuais estruturas sociais. e cm particular critica-se a f::t_Ha de adnpfnçiio do eu.sino nos l'lirios graus à mentalidade uusc-ida após a segunda guerra mundial. Conheci• do jonmlista ltmbra as recentes conquistas tec• nológicas e dentíficas. que seri:Hn rcs1>onsáveis pelo dcsequjlíbrio psíquico dos jovens, por nfto ~tarem êste.f devidamente preparados para re• c.:bt:-Jas. Há um recinto, porém, em que poucos ingressam ao procur:ar explicncõcs pana a agit.ação es• 1udautil, o qual, pelo que há nêle d!! contunde11• remente óbvio, devia ser dos primeiros a atrair nossa atenção: é aquêle cm que se deYc estudar :1 influência que os membros dos gerações mais velha.~ exercem sôbre as jovens mentalidades :dravés dos poderosos meios de. comunicação sodal que, via de regra. se acham em suas m ãos. Com deito, são em geral pessoas de idade madurn que manjpulam jornais, revis tas, cditôrns, rádios e e-anais de televisão, ou detêm cátedras dt ensioo m~dio e universitário, Uderam par.. tidos políticos e associações de classe, ocupam púlpitos e reitorias de Seminários, ett-. O fenômeno é universal, e o que se disser sbbre o que ocorre nos ambientes brasileiros poderá ser ge.neraHzado para os Estndos Unidos, para a França ou pRrn n Austrá lia.
M
OS JOVENS SÃO PUNIDOS. E SEUS MENTORES ~
NAO 0 -SAO?
A encararmos o problcnu1 do c.apil:1I ponto de vista da gradação das re~~ponsabilídndes, cul•
pndos em prime.i ra linha pelos dcsm.undos dos jovens guerrilheiros e terroristas silo, sem som• hra dC dúvida, seus mentores íntelectu:1is. a.quêles que, o mais das vhes impunemente, :HIOS a fio, desde os bancos do ginásio, lhes inocuJn. nrnt o veneno da doutrinação comunb1n em seus v:.í.rios graus de diluição, das mais brandas li• ções de socialismo fabiauo às nrni.~ faç:u1hudas aulM de anarquia ma.rcuslana. Essa responsabilidade sobe até nquêles que, "sclenter ac volenter'', nome.aram êssc.s profes, sôres, ou toleraram su.:1 pregação subversiva, mui• tas vêzes feita sem nenhum disfarce.
ser um revoluc.ionário dura1ue o tt.mpo e.m quegovernara a Toscallll (não hesitando n1csmo em tentar instituir o prime.i ro Estado laico da Europa), êssc parágrafo é também uma séria ad• vertência a Leopoldo U, preveudo o que aconte• Ct.ria com o trono imperial se êlc persistl$Sc em seguir a mesma orientação no seu n.ôvo reioado. " Há, di.% o Padre Oicssbach, uma conexão intima entre alguns princípios de libt'rdade civil pregados por Lutero e aprofundados pelos ca l• vin.Istas, e os defendidos por Voltalre, Roussc-au e Raynal; há uma c:one.xão bttima entre o movimento dos ilun1lnistas da Baviera e o dos verda• deiros chefes da revolução na França. 9..sses princípios e êsscs movimentos, dirigidos por homens ollvos e bolbels espalhados por tôda a Europa , a meaçam st.rlantente a autoridade de quase to• dos os governos atuais, e a êsses principios t movimentos nio hfi outro dique a opor senão n verdade-ira Religião aceita na teoria e. na prática, rom tôda a sua flJrça e Intensidade, ou seja, por u.m.a sábia proteção e uma liberdade real e inteira asseguradas pelos Soberanos à Igreja Católica. S6 Ela possui todos os meios necesSlirios para restabelecer e conservar a ordem. Se, no entanto, continuar a infeli% desconfiança contra o Sacerdócio, que poderosos inimJgos dos Príncipe.ç conseguiram nestes infiltrar, e se os Príncipes continuarem a temer ma.is o Papa e os Padres do que os Wciss:baupt e os Mimbeau, podereis, 6 Monarca, r etardar por algum tempo, com uma política b:íbil, a crise total que se pre• para, mas oi.o por muito tempo. Será então nectS.Sário ceder, sem defesa,, a uma Assembléia Nacional, ou, para vos sm1entardes, se:rei.s obri• gado a reconer aos mais violentos extremos e, apesar disso, Y'ireis a ser o súdito de vossos súditos. O que bá de bem certo é que Deus vos pedirá contas por nio haverdes detido com todo o vosso poder o curso dos projetos destruidores do Catolicismo em vossos Estados"'.
Vemos que o .Padre Diessbach pe.rcebin co,n uma certa clareza que a Revoluçâo tem por fim último destruir a civUi7..ação católica, mus vemos tam.bém, pOl' êssc par:igrafo, que êle não possuía uma "Visão con1pleta do processo revolucionário, o que não lhe permitia avaliar tôda a r;ravidadc
Não queremos negar a rcpons8bilidade que cabe nos membros das novas gerações, que certmnente têm culpa ao praticarem ações s ubver.. sh·as. Mas enquanto êlcs sofrero as oonseqüên• ci:1.~ de seus atos, enfrentando as armas da lei e muitas vêzes curtindo seus enos no drcerr, aquêles que moldnrnm seu espírito em formação, introduzindo-os nessas sendas tortuosas, ou concorreram para ~o com sua cumplicidade cri. minosa, mantêm-se cômodamente em seus cargos. Quais os rcs:pousáveis intelectuais pelo ex• trnvio de tantos jovens brasileiros que aderiram à subve.rsão e ao terrorismo? Identificá-los é nrntéria para uma investigação sociol6gka da primeira imporfânda para esc.l arecer o que vem acontecendo e.m nossos meios estuudantis.
OferetRmos om ex<!.mplo que nos vem de fora. Vejamos o caso do jOl'em intelectual mnr• Ais1a, especializado cm gucn-ilha.s, o malogrado Reg,iç Debray. A quem cabe a culpa principal pelo que lhe csHi acontcctndo? "Trafn,se de Loui ;AJthusser. profeS$Or de filosofia na Escola Nor· mal Superior da rua d1 Ulm I Paris ). Etn suas obras C'Pour Marx", 0 1,ire Lc Ca1>ital'') e em seus cursos, AIOtusser dá do marxismo uma ín• tcrpretaçíio tcJTivtlmente abstrata, mas que incita aos d.esvios extren1~tn.ç. Espírito falseado coruo n Unívc.rsidnde produz tantos, mos brilb.antes, im• pressiona um auditório de jovens iutel«tuais que tomnm a coerência do discurso por um reflexo da re.a lidade. Althusser se torna, assim, pcrm:me• ccndo embora membro do Part'ido Comunista Francês. o mentor intelectual de 11111 Regis De• bray e de de:1.cna.s de outros que se reúnem às ílleims dos t.rotsk.is tas, dos pró-castristas, ou dos pró·cbi..oescs. Desempenha nas fileiras do PC um p11pel eminentemente desmobilizador" (Roland Gaucber. artigo "Os grupos revolucionários" ºftinérnires''. n.0 125. de julho•agôsto de 1968, p. 205). Dirão que êsse exemplo constitui caso iso• lado que pouco prova. Acrescentemos, portanto. outra eloqüente iJustração disso que cnlra pelos olhos de quem quer ver. Recentemente os jor• 11ais de todo o Brasil se ocuparam da denúncia ofercdda pelo promotor público da 1.ª Auditoria da Aeronáutica contra 81 membro$ do movimen.
dos ratos que se estavan1 dando na ft'runça. Realmente, se R\laliasse bem êsses aconteci.m entos, não deixa.ria de acentuar mais o perigo que a Re,..·olução Francesa representava para tôda a Europa e o dever de Leopoldo U de combatê-la. O principal defeito da visão do Padre Diessbacb cons.istia em colocar a fôrça motora da Revoluç-ão no terreno ideológico sem se dar conta da Revolução nas te.ndêocias, posta em cvidêncin pelo Prof. Plinio Corrêa de- Oliveira em seu lh'l'O '•Revoluçiio e Contra-Revolução". Porta_nto, niio tinha êle um.a noç.ão perfeita do ca.clter total do processo revolucioná.rio. e a Revolução nas tendências que predispõe as almas pam ncei. tarem a Revolução nas Idéias e nos fatos, e as tendências desordenada.i são a fôrça propulsoru mais íntima do processo revolucionário.
·rudo isso se torna ou.is patente nos remé• dios que a ''Mensagem" propõe para deter u Revoluç.ã o na Áustria. Não pretendemos descre• yê.Jos em detaJbes, pôsto que o nosso objetivo ao estudar ~ documento é apenas o de avaliar o conhecime.nto que o "Amiclzín" tinba da Revolução. Resumindo, pois, o final da "Mensagem'\ tôdas as medidas ai aventadas têm como pressuposto a propagação de bons livros. Nume..roso!f conselhos são dados· a Leopoldo 11, quer para com.bata a ação nefasta dos maus conselheiro~ habituais das monarqui.as, quer para impedir que O$ maus liVl'OS e jornais c:ontinunssem a corromper o povo. Para.Idamente a essa ofensiva con• tra a Revolução, não falfavam bons planos de difusão da doutrina c-.atólica, pregação de. mi_s. sões, etc. Con,o jfi dissemos, o Padrt D iessbaéh termina a sua 44Mens:agem" pedindo a restaura• ção dos Jcsuitas. o que calvez tenha sido a ra,.iio de os auxJUares de Leopoldo não a levarem no ronbecimeoto do Imperador. O pensamento do Padre Oiessbach t .ru partilhado integralmente p-tlos amigos-cristãos. A sua ''Mensagem" e-ra lida e comentada em tô• das as "Anlicb:lc". Is:so expUca, cm parte, ~o fato de elas não se terem empenhado na luta contra a Revolução Franccsn antes que esta espalha~e os Seus enos por tôda par1e.
n
Fernando Furquim de Almeida
to s ubl'ersivo denominado Ação Popular, ou sim~ plesmcnte AP, jovens de ambos os sexos que ussim são chamados a presta.r tonta.ç à Justit:l. Que,n quise.r conhecer as origens dês.se movimento teia o dotumentadissimo artigo que., sob o WuJo de "Ação Popular, capitulo deplorável 11:1 hisf6ria do Bn,si.l católico", publicou o Sr. AloizJo Augusto Barbosa Torres nas páginas de "Catolicismoº (n.0 183, de março de 1966). Logo de inicio, lembra o autor como hli mais de vinte e cinco anos, no l.ivro ''Em l>eftsa da Ação Cntólica", o Prof. Plínio Corrêu de Oliveira deu o brado de alanna contra a infillr:ição de idéias erradas que fnziam n A ção Católica correr o 11risco de ser voltada contrn suns próprias finalidades". Desprezada essn advertência. hoje: temos u deplorar o esc-Iindalo da Ação Popular, movi• mcnto de tendências n'itidamente marxisfa.ç e subl'crSiVâS brotado nos meios da JEC e dn JUC. com o npoío e orientação de íntelcc-tuaiç du chamado esquerda c-titólica, ec:ltsiásticos e lelg,o.t. Oe movimento da juventude católica abe.rfo cr• r:1d:nnente :\ colaboração com adeptos do comuuis:mo, passou a AP 1' ação terrorista da Unha abertamente chinesa: "Vivemos. boje, ::a etapn d:-1 preparação para a guerra popul:1r. A prepa• r:tçi'io da guerra popular deve ser visl.a, principal• mente, do ponto de vi.~t.n das classes fundamen• tais, tendo como objeth·os a reconstrução do P:ufido do Proletari:1do f • •• (do relatório eh\, borado por membros da AP, citado na denúnciu d1,1 promotor público junto à l.'- Auditoria da Aeronáutica, a,p ud "Jornal da Tarde". dt Siio Paulo. 7 de julho de 1970).
r•
Enqu:lnto êsscs moços fan:1Hz.ados, dignos de melhor sorte, pres1am contas à Justiça, onde st acharão seus orientadores, seus mentores, aquê• les que por açUo e também por omissão se cons• thuem em principais rcspons~vcis pelo seu des• caminho? Possivelmente permanecem hnpassivc:is, como se n:td:, tivessem com o assunto, ou para guurdar as aparênc:í:is, tomant nrcs de quem em• punha um ridículo regador para simular que tenta extinguir o incêndio que ajudou n :1tear.
J. de Azeredo Santos 7
Verdades esquecidas
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Abolir o direito de heranra é empenho dos eom11nistas e socialistas
DE HIMMLER A M,NAMARA, OU OS QUE NEGAM o· PRINCÍPIO DE SUBSIDIARIEDADE
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M DOS PRINCIPIOS básicos da doutrina social católica é o de subsidiariedade, pelo qual as entidades de maior expressão numérica devem deixar às de menor expressão tôda a liberdade para exercerem as funções de que são capazes, não intervindo as primeiras senão quando houver abusos graves a serem corrigidos ou omissões sérias a serem sanadas. Desta maneira, os indivíduos, as famílias e todos os organismos sociais podem atingir a plenitude do seu desenvolvimento sem se verem tolhidos uns pelos outros e principalmente pelo Estado, que só deve exercer uma função supletiva. Evidentemente êste princ,p10 não pode ser estimado pelos liberais e pelos seus descendentes diretos, os regimes totalitários de todos os matizes que desrespeitam os direitos mais elementares dos indivíduos e das famílias, com violências e pressões tendentes a implantar e manter uma ordem de coisas onde, como já foi dito, tudo o que não é proibido é obrigatório.
Remember Malthus Um dos direitos individuais e familiares mais sujeitos a êsses ataques é o de os casais decidirem o número de filhos que desejam ter, dentro evidentemente das limitações da moral católica, reafirmadas ultimamente pela Encíclica "Hurnanae Vitae". Dependendo da onda totalitária ou liberal dominante, os casais são compelidos pelo poder público a terem muitos 011 poucos filhos, ou a não terem nenhum. Atualmente a tendência vigente é no sentido de forçar as famílias a serem pouco numerosas. Mr. Robert McNamara, por exemplo, conhecido como o "Computador Humano", antigo Secretário da Defesa dos Presidentes Kennedy e Johnson, cuja c uriosa atuação neste pôsto foi objeto de artigo nosso anterior ("Robert McNamara e sua estranha maneira de far.cr econonüa" "Catolicismo", n.0 211 , de julho de 1968), é atualmente banqueiro internacional e corre o mundo a distribuir dólares e conselhos sôbre a limitação da natalidade, ficando subentendido que os dólares fluirão na medida em que os conselhos forem aceitos. Seu principal argumento são umas terríveis estatísticas que indicam que, a continuar como vamos, no ano 2100 ou 2500 haverá perto de dezesseis habitantes por metro quadrado em nosso planeta, o que realmente não é uma perspectiva confortável. Infelizmente para Mr. McNamara, lá pelos idos de 1800 Malthus, no seu "Ensaio sôbrc o princípio da população''.
acenava com previsões semelhantes. amplamente desmentidas pelos fatos posteriores.
Já no te mpo dos SS . .. Os árdegos defensores do contrôle da natalidade não são os primeiros a quererem abalar os fundamentos da família. Há algumas décadas a trás, em certos países, a moda era obrigar as pessoas a se reproduzirem como animais para assegurar ao Estado um número abundante de soldados geneticamente puros. Então .ti.oda na memória de todos as arengas mussolinianas nesse sentido. Os nazistas, com a tradicional capacidade germânica para a organização, levaram as coisas mais longe. Se são bem conhecidos os infames campos de concentração onde milhões de infelizes pereceram nas mãos dos SS hitleristas, são muito menos falados cs campos de reprodução instalados na Alemanha pelos mesmos SS, através da organização Lebe11sborn (Fonte da Vid a), criada por Himmler c m 1936. Para êstes campos eram conduzidas tõdas as jovens, racialmente puras, que concordassem em Já coabitar com soldados SS. Os filhos destas uniões, nascidos nas doze maternidades da organização, eram imediatamente entregues ao Estado, que se incumbiria de sua ''educação''.
Suprema abominação As abominações nazistas não pararam aí. A guerra veio criar novas necessidades: "Cada família deve ter pelo menos quatro filhos, para que dois possam ,norrer em combate . . . ", proclamou Hinm1ler ( discurso em Metz, em 7 de setembro de 1940). Já não bastavam os campos de reprodução, e em 28 de outubro de 1939 o comando SS baixou a seguinte instrução: "Ordem a todos os homens da SS " da Polícia: ( . .. ] Para além dos limites normais das leis civis e dos costumes, é també111 uma tarefa sagrada para as mulheres e môças alemãs de sangue puro a de tornarem-se, fora tio ,natrimônio, não por frivolidade, mas por moralidade profunda, mães dos filhos daqueles que variem para o comba-
passa e111 i111pudência tudo o que se pode imaginar e na <11ial o terceiro e o álti1110 parágrafos faze111 de nossas espôsas e filhas a11i111ais oferecido.r ao prazer dos SS e dos policiais. Este panfleto, se,n dávida forjado pelos serviços secretos ini1nigos, é 111a11ifesta111en1e destinado a dar impressão ao estrangeiro de q11e a nação alemã retirou-se da comunidade dos povos civilizados. Se esta pretensa ordem SS chegasse ao co11hecimen10 de nossas tropas, seria de se temer q11e os soldados casados, por preocupação com a sorte de suas mulheres e filhas, desertassem para as proteger''. Numa é poca em que qualquer atitude de independência em face d a tirania nazista era considerada traição e punida com suplícios atrozes e até com a morte, um pronunciamento como o dêssc general tinha o seu mérito.
Entre Himmler é McNamara Pode parecer exagerado estabelecer uma aproximação entre os horrores SS e a promoção de contrõle de nascimentos desenvolvida pelo trêfego Mr. McNamara e seus acólitos de aquém e de além mar. Se, porém, desprezando o princípio de subsidiariedade, se admite que o Estado pode violentar cm matéria fundamental a liberdade da família, exercendo pressões no sentido da limitação dos nascin,entos, cumpre admitir ao mesmo tempo que êle pode violentá-la no sentido oposto, que é o das regulamentações nazistas. Parece-nos que êstc é um aspecto da questão digno de ser pond\lrado.
Alberto Luiz Ou Plessis
N
ÃO r., por certo. ,te ideologia. que esrou falam/o agora: estou j,,. lantfo é dus fa:os, e o fato ~/Ue me parece ct1fl1cterf.ttico em nQ,t.-.o
regune, no regrmt cm que ,,n 1emo.r, é que o poder econômico vem á J·er, entre todos t>s pcdcre.r. o único que pcrmtmcceu hereditário· ,,; está o /mo principal, o /at() de que a csperauç" de ocupar um pôsto ,1,/ ,lires;,io na imMstda é de oilema ou 11ove111a por c.e1110 para quem I fil/10 de um ,lo,u, ~/e ~mprêsa ou de um mt mbro .de conselho de admiuistraç,io, e I quase mte,rameute nulo para um optrár,o. B neccsWrio combmer êste estado de coisas <JUC tem, por seu lado, um significado lrumtmo, porque na mt tlid,~ cm (fuc as cois~,s sãt> as.sim, s~ pro,luz pllra o beneffcio (de alguns] t 1wo para ,,s necessulmle.r (de codos], e ,Jéstc modo a vida econômica so. /reu umu inverscio, uma ;m,er.tiío ver1{(1deir(IJllt.'11te h1mum,,. EmiiO, o 11rQ• blemu consisu em .r(Jber se se vai ou 11170 /"zer (J/go para combafer CJ'1<1 situaçõó. [ ... ] Quando eu fa/aw, há pouco désse po,ltr econômico que f: o tinico que penmmcceu hereditário, o anel<> veememe ,lo J·ocifllismo, como cio ·.:omumismo, consiste precisâmeme em J'Uprimir e.Sfa herança. - {Debate pcl:t Telcvis~o Francesa com o Emmo. Cardeal Jean Danielou, em 19 de maio p.p. - apud "Ecclesia", de Madrid. n.0 1497, de 27 de junho de 1970, pp. 21 -33).
Roger Garaudy, marxista
e
OMBATEM [os socialis1as, comunistas e niilistas) o ,1ircd10 de proprie,J,ule, sancionado pela lei natural; e, por um ,,remado mous. truoso, enqutmto <i/etam tomar interêsse pelas necessidade~- de todos os homens e pretendem satisfazer todos os .,·eus de.l·ejos, tráballwm por
,trrebau1r e 1>6r em comum tudo o que tem sido adquirido ou por t1tulo de legitima hertmça. ou pelo tr11ba/J,o ,10 espírito e ,la~~ m,ios, ou pelG1 (Encíclica ºQuod Apostolici Munerisº. de 28 de dezembro Edilôra Y07.es Lida., Petrópolis. p. 41.
economia''. -
de l 878 -
Leão XIII, Papa
Muito visitado o stand da TFP ACOMPANHADO da Senhora Gc, remias Fontes e dos Secretários da Agri. cultura e A bastccimeolo e do Interior e J usciça, Srs. Edmundo Campello da Cos1:'.l e Agenor Teixeira de Magalhães, o Govcnardor do Estado visitou o stand da TFP instal:.do no recinto da XXVIII Exposição Agropecuária de Cordeiro e JIJ do Estado do Rio. O Sr. Gercmias Fon1es dctevewSC por largo tempo examinan. do os painéis ilustrativos da expansão da entidade e o mostruário das obrns J)Or ela divulgadas, e conversando cor, dialmente co,n os colaboradores da TFP que o acolheram. Deputados, prefeitos, vereadores e outras personalidades esti• veram também em visita ao .wmul. que foi mui10 comenrndo e elogiado. sendo um dos <iue maior inlerêsse despertaram por parte do numeroso público que acor. rcu àquele prestigioso e tradicional eneontro rura1 do Norte flum inense. Constava. como ficou dito. de painéis e gráficos ilustrativos da expansão da TFP cm todo o Brasil, de fotos de suas prin• cipais campanhas púbJicas, e de um mos1roário das obras por ela difundidas, entre as quais a "Carta Pastoral prc. venindo os diocesanos con1ra os ardis da seita comunista", de D. Antonio de Castro Maycr, ' 1 Reforma Agrária Questão de Consciência" e "Declaração do Morro Alio", dos Sr.,. Arccbi.s po de Diamantina, Bispo de Campos, Prof. Plínio Corrêa de Oliveira e cconomist:t
Luiz Mendonça de frei t.-s,s,, .. Revolução e Contra-Revolução•·. "A liberdade dt, lgrej~-t no Esrndo comuni,s,ta" e "Balde~,. ção ideológica inadvertida e diálogo''. do Prof. PJinio Corrêa de Oliveira, e ºFrei, o Kerensky chile no''. de Fabio Vidigal Xavier da Silveir:1. O mos1ruâ. rio apresenrava também1 com destaque. exemplares de números recentes de "Catolicismo". Aproveitando o cnsêjo do cett.unc. que se d~nrolou de t2 a 16 de julho. militantes da Tradição. FamHic1 e Propriedade percorreram diversas localidades da região, divulgando ºCatolicismo" e as obras já menciontdas. com gra,tdc receptividade por parte da população. Fornm visitadas 3S cidades de Pctrópoli~. Nova Ff'iburgo, Cordeiro, Macuco, Canla.galo. Bonjardim, Carmo, Sumidou, ro, Duas .Barras. Santa Maria Madale• na e Siio Sebastião do Alio.
Também em Uberaba Também na· Vt lt Exposição t,gropecu:iria e lndustrial de Montes C laros estiveram presentes m ilitantes da TTadi• ção. Família e Propriedade, nos dias 4 e S de julho. Além ,d o recinto da Exposição, percorreram êles os pri1tcipais lo~radouros daquele importante centro do norte. de Minas, divulgando os mesmos livros e "Catolicismo".
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Diga-se para honra do povo alemão que semelhante monstruosidade não passou sem protestos. Um certo general Groppe, assim que teve ciência do documento emanado por Himmlcr, d irigiu a seguinte carta ao Estado-Maior Geral da Wehrmacht: "Encaminho-vos em anexo uma pretensa ordem SS que ultra-
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O Governador Ger emias Fontes v isita o stand da TFP na Exposição Agropecuá ria ae Cordeiro
Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosario
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Ocotrcndo ne.~tc mês o ccntcn.irio da queda rlc Roma cm po<ler do~ picmonte~. "Catolicismo" se honrn
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DE TO·DO o MUNDO PARA ELES LUTAR PELO PAPA A
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)
N.º
237
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SETEMBRO
DE
1970
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ANO
XX CrS 1,50
DE TODO O MUNDO Ê.L E·S ACORRERA PARA LUTAR PELO P IN1'0 A. NECESSIDADE, o desejo tle realizar por 1'i. Jesus, rôdas as obras mais heróicas . . . Sinto enr minha alnw a coragem de um cru1.atlo1 de um zuavo pomificio. Quisera morrer num campo tlc bt1• ralha, em defesa da Igreja ... (Manuscritos Autobiográficos) . Bsse sublime ideal, que ab.rasou a grande alma de Santa Teresinha do Menino Jesus, havia trinta anos anles empolgado a juveotu• de católica de todo o mundo. O desejo de realizar por Jesus Cristo as obras mais heróicas, de morrer no campo de batalha em defesa da Igreja, levou inúmeros jovens a atender ao apêlo de P io IX contra a Revolução que decidira espoliá-lo de seus Estados. Dentre êsses novos cruzados que com seu sangue escreveram uma das páginas mais belas da His• tória da Igreja nos tempos modor-nos, uma fi. gura se tornou legendária, como a encarnação da honra e da fidelidade, a personificação da bravura e do despreendimento, o símbolo da intrepidez e da coragem: o z.uavo pontifício, cuja lembrança pretendemos evocar neste centenário da Queda de Roma.
S
O Vigário de Cristo: Pontífice e Rei
Antes, porém, de. iniciarmos a nossa narrativa; vejamos ràpidameo1c a origem e a natureza do poder temp0ral do Sumo Pontífice e a constituição dos seus Estados. em cuja defesa se ergueram êsses bravos. A necessidade de gozarem os Papas de soberania temporal foi expOSta ,por Pio IX em várias ocasiões; citemos um trecho da admi• rável Alocução à Nobreza Romana, de 1.0 de janeiro de 1873: "Para que os Papas sejam livres, é preciso q.ue não dependam de 11inguén1 sôbre a terra, quer dizer, que se;am soberanos, e gozem ,de uma soberania real e 11.io fictícia como aquela que pretende,,, conceder..N<>s e está à mercê de um Rei es1ra11geiro . •• E certo que, se em lugar tio poder temporal os Sucessores de São Pedro tivessem recebido o mesmo poder que o Príncipe dos Após.. tolos, de que remos uma esplê,ulida prova na morte de Ananias e Sa/,'ra, teriam um poder tão superior. que poderiam prescindir do poder temporal para governar livremente a Igreja de Deus. Mas como Deus dispôs de outra forma, e não gozamos do poder sobrenatural de Stio Pedro, é absolutamente necessário que os Soberanos Pontífices não sejam submissos a nenhuma aworülade. para poderem livremente dirigir a Igreja tlc Jesus Cristo,· e, por1anto, é necessário que po.t suam o poder tem~ poral" (apud. J. M. Villefranche, "Pio IX", EdiÇÕ<?S Panorama, São Paulo, 1.948, pp. 373-374). No século IV, ao transladar " sede do govêrno hnperial para Constantinopla, deixando Roma pràticamente entregue ao P'1J>a, Constantino estava. talvez sem o sa,ber. atcnde,n .. do a um desígnio da Providência . Mais tarde, em 756, Pepino, o Breve, doou à Igreja o Exarcado de Ravena, de onde' expulsara os •lombardos. Carlos Magno acrescentou a êsses domínios Perugia e Spoleto. No século XII, o Imperador Henrique Ili cedeu ao Sumo Pontífice o Ducado de Benevonto. No mesmo século, a piedosa Condessa Matilde da Toscana, um dos esteios de São Gregório Vil na luta pela independência do Papado, legou à Santa Sé os territórios que passaram a ser conhecidos como Patrimônio de São Pedro. O Príncipe Luís de Gonzaga reuniu, cm 1532, a Marca de Ancona aos Estados do Igreja; os Ducados de Urbino e Castro e o Condado de Romiglione ·foram incorporados aos •territórios do Papa no século XVII (cf. A. Pougeois, "Histoire de Pie IX, son Pontifica! et son siecle", J. Pougeois-Libraire-Editeur, Paris, 1884, vol. 5, pp. 92-93). Essa a origem do p0der temporal do Pontífice Romano. Se tal poder não é de direito divino. é incontestável que não se teria estabelecido sem uma série de circunstâncias favoráveis, nas quais não se pode deixar de ver a mão da Providência. Durante séculos os Pa• ,p .,s souberam manter a integridade do patri2
mon10 recebido de seus Antecessores. e a isso se obrigavam por juramento, no cingirem a •tiara. A Revolução não podia - como não o _podem seus rilhos "proféticos·· e "desalienados" de hoje suportar a sobcrnnia temporal do Chefe da Igreja. A França revolucionária, sob o D iretório. e mais tarde sob Napoleão, despojou brutalmente o Pontífice dêsse p0der. O usurpador corso -teve o despudor de declarar que o fazia em atenção aos
"Tudo isto te darei -
in1erêsses da Religião! A~im re·za o decreto imperial de 2 de abril de 1808, que arrancava ao Papa as ,províncias de Urbino, Ancon;,, •Macera1a e Camerino: "A te,uientlo " que o Soberano <le Roma u:m constantemente recusado Jazer guerra aos i11glêseJ· ( . .. J, e que " dotC1ção feira por Carlos Magno , Nosso ilustre Predecessor [! J. ,tos paíse.r que /ormtmt o Estado tio Papa, /ôra feita em proveito ,la Crisumdade e não dos inimigo$ tle nossc, s<mw Religião ... " (Villefranche, p, 66).
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se prostrado me adorore~"
Depois que o Congresso de Viena devolveu ao Papa os seus territórios, os revolucionários não cessaram de a.li fomentar a rebelião. Gregório XVI ( 1830-1846) viu-se forçado a pedir o auxílio da F.rança e da Áustria ·para manter a ordem na Ronianha e nas Marcas. Pio IX, ao ascender ao trono de São Pedro, em 1846, julgou poder aplacar a hidra revolucionária através da política do "cr.dcr para não perder·'. Dessa ,política, colheria, cm bre• ve, abudantes e amargos frutos. Uma de suas ·primeiras medidas ,foi conCedcr uma anistia geral, que pôs em liberdade não pequeno númeco de conspiradores, adversários encarniçados da soberania temporal do Papa. ,Empreendeu depois várias ,reformas no govêrno de seus Estados, estabelecendo uma Câmara Lcgisla1iva, a exemplo das monarquias consti•lucionajs, e acedeu a nomear m inistros libe·• rais. A Revolução, longe de se contentar com isso, exigia sempre mais. Mazzini. um dos chefes da sociedade secreta "Jovem ,Itália", chegou mesmo ao (!~scaramento de .propor ao Papa que se colocasse êle próprio à testa da Revolução, assumindo o papel de paladino da unificação italiana. Assim escreveu êlc a Pio IX: "Santíssimo Padre, eu estudo vO$SOS ,,as.. so:; com uma e.fperança imensC1. . . Ncio receei.r. confiai em 116s [ ... ), n6s /undt,remos para V6s um govérno li nico na Europa; conseguiremos transformar numa alavanca poderos,, o instinto que abala de uma ponta a outra ó terra 'italiana; 116.s e Vós ganharemos ativo.r auxilit,res no meio de todos o.i povos do U,,;. verso [ . .. ) e só 11ós, 11orque s6 116s possui• mos a raridade dó fim a que nos propomos e acreditamos na verdade de nossos prinêÍ• pios. Escrevo-Vos porque Vos creio digno tle ser iniciador 1/esu1 grande emprésa. Se cu eslivesse a vosso Jt,do, pcdiriCI a Deus que me desse o poder de Vos ,·011ve11cer com o gesto, a vot, as lágrimas . .. " (Villefranche, p. 47). Era o P.rincípe das trevas que falava pela bôca do demagogo, renovando ao Vigário de Cristo as promessas que ao Divino Mestre fizera no alto de montanha: "Tudo Te darei, s,! prosrrado me adorares". A resposta não podia ser senão a -mesma que Nosso Senhor deu ·a o tentador: "Rerira-te, Saumt!s!" (Mat. 4, 9). Com efeito, compreendendo en[im o êrro de sua política de concessões. o Papa resolveu repelir as ofertas falaciosas da Revolução.
A reação dos carbonários não se fêz esperar. Amotinaram o povo, cercaram o Palácio do Quirinal. residência do Papa, assassinaram seu prime.ir.o -ministro, o Conde Rossi. Enquanto Pio IX. buscava refúgio em Gaeta, no Reino de Nápoles, as hordas revolucionárias proclamavam a república cm Roma e percorriam as ruas dJI Cidade Eterna espalhando o terror e saqueando igreja., e conventos. .u.ma nova intervenção franco-austríaca escorraçou os aventureiros Mazzini e Garibaldi, e o Papa pôde voltar à sua Capital.
"ltalia farà da se..." "/ta/ia f11rà da .,e!", exclamara Carlos Alberto quando a República francesa de Lamarlinc lhe oferecia auxílio para a anexação dos territó.rios austríacos da Península. A História se encarregaria de desmentir as palavras do Rei do Piemonte, transformadas em divisa dos revolucionários. A unificação italiana não se íaria por si mesma. Sem o auxílio finan• ceiro da Inglaterra vitoriana e o apoio militar do Império de Napoleão 111, a Casa de Sabóia jamais teria estendido seus domínios fora do Piemonte e da Sardenha. Em 1859 um acôrdo entre Nap0leão Ili e Vitório Emanuel garantia ao sucessor de Carlos Albeno todo o apoio em caso de conflito com a Áustria. Deflagrada a guerra, um exército francês de 116 ,nil homens entrou na Itália e numa fulminante campanha de um mês os austríacos foram derrotados. Em conseqiiência dessa guerra, as 1ropas com que a Áustria pro1cgia a Romanha tiveram que se retirar. A agitaç.ã o, fomentada do exterior. tomou conta daquela província papal, bem como dos Due.,dos da Toscana, Pamla e Módcna~ os revolucionirios dama• vam pela anexação dêsses territórios ao Pie. monte. Quanto aos Ducados, o Imperador dos franceses não tinha objeções, Mas a Romanha -p ertencia ao Papa e Luís Napoleão temia a reação dos católicos cm seu país. A entrega da Sabóia e de um ,antigo país provençal, o Condado de Nice. bastou -para aplacar-lhe os temores e fazê-lo ,permitir a anexação da Romanha. Afinal, era bem mais do que trinta moedas . . . Como compensação. a França -prometia garanti r a segurança do Papa em Roma, mantendo ali uma guarnição.
"À voz de Pio IX, não hesitei em retomar a espada"
"Non debbó non posso. 11011 VOJJlio!" Não! Pio IX não se deixaria espoliar sem resistência. Estava disposto a defender a integridade dos seus territórios, ainda que pelas armas. A impassividade com que as Côr1es eurot:éias assistiam aos atentados contra a sua soberania temporal mostrava ao Papa que êle não podia contar senão com os próprios recursos. O Cardeal Antonelli, hábil político, mas um tanto tin,orato, foi substituído à testa do Ministério pontifício das Ar.mas por Monsenhor Xavier de Mérode, filho de uma família principesca belga de ·larga tradição militar, e êlc mesmo soldado em sua juventude. Para assumir o comando efetivo das tropas e reorganizá-las, o novo Pró-Ministro das Armas foi buscar em seu castelo de Prouzel, na Picardia, o General Christophe de La ,Moricierc, um bravo que lutara contra o Islã na África e se achava então no ostracismo por não querer servir a Napoleão Ili. O gentll-hom.em bretão atendeu prontamente ao apêlo do Papa e no dia 2 de abril
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de 1860 apresentava-se cm Roma. No n,esmo dia dirigiu aos oficiais. suboficiais e soldados pontifícios a seguinte ordem-do-dia: "Soldátios. Nosso San10 Padre o Papa Pio IX tendo-se dignado chamar-me para defender seus dl• reilos despreztulos e ameaçados, não hesitei um i11:U<111te em retomar a esvada. Ao eco tia ,,,._ nertível voz que há pouco, tio <1/to tio Vmica110. dllva a conhecer ao mundo os perigos nos q,wis se enconrra o Patrimônio de• São Pedro. os ,·atólicos se comoveram e sua comofiiO e.r. te1uie11,\'e ràpit/amellle de um extremo a outro 'tio terra. [ ... ] Tôdas a~· nações cristãs mo.rtrani m:src momento que têm consciê11ci<1 tlcs.ms 11ra1ules verdades_ que constituem a 110.l·sa Fé. A Revolução, ,·omo outrora o islmnismo. a,neaça hoje a Europa, e hoje. como ouirora, a Ctmst1 do Papado é a causa 1/a civi/iz,açâo e da liberdade do mundo. Soldados! tende co11· fiança, I! esrai certo.t dt que Deus susteutorcí vossa coragem t.• a elevará ci altura do causo que E'.le confiou à defesa de nossas armas'' (Cerbelaud-Salagnae, "Les Zouaves Pontifi-
caux". éditions France-Empire. Paris. 1963, p. 18). O estado cm que ·La Moriciêre encontrou as 1ropas ,pon1ifícias era o mais lastimável. Constituíam-nas apenas o nze batalhões. com pouco mais de 6 mil homens. equipados com velhos íuz.is. mal vestidos e desmoralizados: ~, <:avalarir, reduz.ia-se a um pelo1ão de dragões: a artilharia existia apenas nominalmente: os serviços de ambulância. de 1ransportcs e de material de acampamento simplesmente não existiam ( Pougcois. vol. 5, ,p. 184) . Reorgani• zar, ou melhor, organizar o exército do ·Papa não era fácil cmprêsa. Enquanto a lngl,1tcr-ra auxiliava o Piemo n1c e os garibaldinos, maizinianos e revolucionários de tô da espécie, a F.rança recusava-se. a fornecer qualquer armamento às tropas pontiíícias, e oporia mais tarde obstáculos ao recrutamento de soldados para o Papa, não permitin•do o embarque de voluntários nos .portos do Mediterrâneo. Para defender o que ,restava dos Estados da Igreja, estimava La Moriciêre que seriam precisos pelo menos 20 mil homens. P io IX sabia como recrutá~los. A um apêlo do Papa, afluíram voluntários de todo o mundo católico. jovens e ho• mens feitos. de tôdas as classes sociais, mas sobretudo da aristocracia e da alta burguesia. Filhos das melhores famílias da França, Bélg ica, Irlanda, Espanha, Suíç:i, Áustria-Hun.gria, e tjos Estados da Confederação Germânica, envergaram o uniforme de simples soldados para defender os d ireitos do Vigário de Cristo. Cinco mil voluntários austríacos e três mil · suíços formaram batalhões de carabineiros e com-plctaram os efetivos dos regimentos de infantaria; oi1ocentos irlandeses constituíram uma unidade autônoma, o Batalhão de São Patrício; os recrutas de outras nacionalidades formaram os segimentos ditos ''estrangei ros.". Quanto aos franceses e belgas, pretendia Monsenhor de Mérode reuni-los num corpo à parte.
O Batalhão de Atiradores Franco-belgos Quando o Pró-M inistro das A rmas foi anunciar ao Papa que o Barão de Charette estava em Roma e viera oferecer sua espada e seus serviços ao Chefe da Igreja, o Cardeal Antonelli, presente à entrevista, não se conteve: "Um tal •'realista" ... - excJamolt - mio é. possível. . . Seu nome é uma bandeira: $tr4 um desafio à · guar11ição francesa!'' Pio IX deixou aflorar um sorriso e ~espondcu tranqiiilamonte: "Se êle é um verdadeiro "realisra'\ defenderá bem a minha realeza. Se é uma bandeira, saberá reunir muita flCnle em tôrno de si.'" Athanase de Charet•te de La Contric, sobrinho-neto do grande Charette das gtterras da Vendea. era, por sua mãe, neto do Duque de Bcr-r y e sobrinho do Conde de Chambord. pretendente legitimista ao trono f.rancês sob o nome de Henrique V. Representawt, pois, -a -m ais genuína t,radição contra-revolucionária; linha então 28 anos. e era capitão do Exército austrfaco, a serviço do Duque de Módena, recentemente deposto. Foi êsse homem que Monsenhor de Mérode incumbiu de formar a companhia de franceses e belgas, cujo efetivo ainda não passava de.. . quinze elementos. 1::.sses quin1A. constituiram o embrião de um prestigioso corpo deslinado a escrever uma das mais gloriosas páginas da História militar de todos os tempos. Aos poucos os comités d e recrutamento criados na França e na Bélgioa foram mandando novos volutários. Ao cabo de •um mês o efetivo dos atiradores fra11co-belgas somava jã sessenta homens, e os comités anunciavam para breve ,g chegada cm massa de outros recrutas. Nesse r itmo, a companhia poderia dentro cm pouco transformar-se em batalhão. Considerando que o Capitão de Charettc cr,a ainda mui10 jovem para assumir o coman• do do futuro batalhão, La Moriciêre escolheu r,ara a função um oficial superior com experiência de campanhas anteriores, o Conde
No dia -20 de setembro de 1870, há exatamente cem anos, as tropas do Piemonte ocupavam Roma, pondo fim ao poder temporal do Papo, que só seria restabelecido em 1929 pelo Tratado · de Latrão. Nessa oportunidade "Catolicismo,,. evoéa para seus leitores o figura heróica e legendária dos zuavos pontifícios. Louis de Becdelievre, o qual havia participado da expedição francesa que .retomara Roma das hordas garibaldinas, ilustrara-se na guerra da Criméia, e agora. viera colocar-se à disposição do Santo Padre. No dia 1° de junho de 1860 DI Moricierc entregou-lhe a patente de Major e o nomeou comandante do Batalhão de Atiradores Franco-belgas. Becdclievre era -um homem enérgico e pôs logo em prática um intensivo ,programa de treinamento, instaurando ao mesmo tempo un,a disciplina .rígida, como ainda não se conhe·• eia nos demais corpos pontifícios. Graças a isso, pôde apresentar sua tropa ao General ele La Moriciere já no dia 16 de junho. A unidade foi considerada apta a integrar definitivamente o Exército ,pontifício e no dia 1S recebia ordem de pô.r -se cm marcha, cm missão de rcconhe<:imento d e região de Rie1i, na Sabina.
" Vestir de m uçulmanos os sold ados d o Papo?" Depois dessa .breve campanh;l BecdeliCvrc julgou conveniente substituir o unlforme de seus homens, pois o até então usado prestava-
se a con(usão com os caçadores a pé do cor• po francês d e ocupação. O Major propôs ·uma farda muito semelhante à de uma tropa colonial de elite do Exército francês, que o Gener-al de La Mori-
ciê:rc criara e comandara, os t tmvos da Áfri-' ca, assim chamados do nome da tribo in-:lí• gena que lhes fornecera os ,primeiros soldados. Bccdelievrc rcputa\'a êsse uniforme ideal para infantes. por ser adequado às grandes caminhadas e deixar ampla liberdade de -movimentos. Além de um quepe à f.ranccsa. cinza..azulado, com aba quadrada vermelha. o far• damenlo .proposto comportava jaqueta curta à turca, com guarnições e .pnssamanarja ver• mclhas. colete cin~, larga faixa vermelha na cintura. "sarual" ou calça ampla e fôfa, igualmente cinza, e polainas br~rncas. O uniforme dos oficiais era azul-claro. com guarniçõc.s, passa.manaria e bolas pretas; as divisas subiam cm forma de oito sôbrc a manga, até o coto• velo. Monsenhor de Mérodc hes itava en, con• sentir na adoção de.,;sa farda, à qual se faziam algumas objeções: "E;s aí uma idéia bem frtmcesa: veslir de muçulmanos cs soldfulos ,Jo Papa!", diziam alguns. O Conde de Becdelievre não teve dúvidas. Mandou confccc1onar um uniforme completo e vestindo .com êle o sargento de Moncuit apresentou-se ao Papa. Pio IX sorriu diante de tão singular vestimenta. mas, convencido de suas vantage:ns ,práticas deu o seu consentimento. Em virtude. da ' semelhança dêsse fardamento com o dos afa• mados :,.uavos da África, o público con,eçou a chamar de zuavos os que ainda ecam ofi• cialmeote atiradores franco-belgas.
52 mil soldados piemonteses contra 9 mil pontifí cios No dia IS de agôs10 de 1860, Garibald i, cendo acabado a conquista da Sicília, cruzava o estreito de Messina e investia sôbre Nápoles. Ao mesn,o tempo. -tropas ,regulares numerosas do Piemonte concentravam-se ameaçadoramente junto às fronteiras da Toscana e da Romanha. A invasão das Marcas e da Umbria parecia iminente. Em 8 de setembro chegou ao Quartel-General dos Exércitos pontifícios, estabelecido cm Spoleto, a noticia da tomada de Nápoles pelos ·'camisas-vermelhas". Na manhã do dia 10 o General piemontês Fan1i intimava La Moriciêre a evacuar as províncias cobiçadas pelo Govêrno de Turim. O Comandante pontifício respondeu que o Rei do Piemonte e seu General poderiam tcr•sc dispensado de 1al intimação~ teria sido mais leal declarar a gucr.ra ,d esde logo. No dia seguinte o IV e o V Corpos de Exército do P iemonte -atravessavam a fronteira e ocupavam Urbino, Fossombrone e Città della Pieve, cujas portas foram-lhes franqueadas pelos revolucionários locais. As hostilidades estavam iniciadas. Sôbre 9 mi l soldados pontifícios, o Piemonte lançaria uma tropa de 52 mil homens ! La MoriciC:re determinou a .conccnu-ação de seus efetivos em Ancona, única praça cm condições de resistir enquanto se · aguardava socorro das potências católicas. Umi apêlo havia sido dirigido pela Santa Sé à França e à Áustria. Francisco José chegara a assinar a ordem para que .suas divisões <la hália se pusessem em movimento e para que a esquadra fundeada em Trieste cruzasse o Adriáti• co a fim. de levantar o bloqueio do ,pôrto de Ancona; mas por pressão de seus ministros foi obrigado a revogar aquela ordem. O Gabinete francês. por seu lado. ao mesmo 1cmpo que dava ao Papa tôdas as garantias, ,mandava informar secre1amcn1e os piemontcses de que a Divisão do General Goyon, acantonada em Roma, não sairia de seus quartéis. O Comandante-em-chefe pontifício aguardava que suas lropas se reunissem cm l.oreto, para dali marc.h ar sôbre Anc-ona, quando começaram a chegar as ,primeiras notícias da retaguarda: o General Schimidt entregara quase sem resistência a cidade de Perug_ia, e o bravo Major irlandêc< O'Reilly tinha sido obrigado a render-se em Spolcto, não sem antes infligir severas perdas ao inimigo num combate do qual participaram herõicamente vinte atiradores franco belgas 1 que haviam ficado naquela cidade por estarem enfermos. ~e foj o primeiro feito de armas a inscrever•se no ativo da tropa comandada por Becdeliêvrc, à qual muitas g16rias estavam reservadas. E para breve. 8
" Nã o o t eria admira do m ais ve ncedor, do qu e ve ncido" Os caminhos para Ancona. entretanto. estavam já bloqueados. Os .piemonteses tinham ocupado o morro de Castelfidardo e estavam fortemente entrincheirados em duas propriedades rurais que dominavam o vau do Rio Musone. por onde os pontifícios teriam que passar forçosamente., para atingir a estrada d e Ancona; ao mesmo tempo. numerosa tropa espalhara-se pelas colinas adjacentes. La •Moriciere decidiu forçar a passagem pela direita e ordenou ao General Marquês de Pimodan. que procurasse conquistar o mor 8
ro de Castelfidardo e sustentar-se ali o tempo q ue fôsse possível, enquanto ~le ten!ari_a com a Brigada Cropt atravessar o rio e atingir a estrada de Ancona. Pimodan designou os franco-belgas ,para, juntamente com os carabineiros suíços e os dragões .romanos do Major P,rínci.pe Odcscalchi, constituirem a primeira vaga de assalto. Foi tal o ímpeto dêcssc assalto, que a herdade mais próxima foi tomada. Os piemon• teses retiraram-se para o alto do morro, de onde passaram a bombardear os soldados pontifícios; depois de <llgum tempo suspenderam o canhoneio e voltaram à carga. mas foram valentemente repelidos. Pimodan ordenou e ntão aos franco-belgas o assalto à segunda her• dadc. " - Por ,fecçÕt:j', 11trás de mim. con,andou SecdeliCvrc, e que 11i11guém atire sem minha ordem!' 1 Havia q ue .atravessar uma campina, numa extensão de trezentos metros, sem o menor ,rbusto ou acidente de terreno que oferecesse abrigo. Os atiradores lançaram-se cm vagas sucessivas, sem responder à imensa fuzilaria inimiga, e car.regaram de baioneta calada sôbre os piemonteses; tentaram êstcs ,manter a posição, mas foram r,udemente rechassados até o alto da colina, e debandaram pela outra encosta. Becdeliêv,r e ordenou a ~-eus homens ~uc se entrincheirassem para garantir a posição conquistada, mas uma avalanche de bttrsaglie• ri d ez vê1.es mais numeroso:;; lançou-se sôbrc ê'lcs, obrigando-os a recuar, disputando o terreno palmo a palmo. O General de Pimondan, que apesar de ferido no rosto por um tiro não quisera abandonar o comando. ao perceber o apuro dos franco-belgas enviou cm se-u auxílio uma companhia de caçadores la1inos e duas de carabineiros suíços. Com êsse refôrço o Major de Becdelievre conseguiu recuperar a posição, que manteve durante três horas, repelindo su~sivos ataques do inimigo. Entrcmen ICS, percebendo a manobra de La Mo·riciCre, o General picmontês Cialdini lançou oito •batalhões sôbre o flanco esquerdo da Brigada do General Cropl, que tentava forçar a passagem para Ancona e viu assim fechado o caminho. Durante algum tempo C ropt contra-atacou com vigor, chegando a levar vantagem sôbrc o inimigo. Mas. sUbitamente, o pânico apoderou-se de algumas unidades pontifícias, que começaram a debandar. Apesar dos esforços dos seus Comand:m• tcs, ·não foi possível restabelecer a ordem. Traidore.s haviam-se infiltrado no exército do Papa, oom o objetivo de criar a confusão. Nesse momento o General de Pimodan tombava com uma bala no ventre. Quando o foram socorre r exclamou: "Ntio é a mim que deveis vir, mas ao lnimigo!" BecdeliCvre tentou manter sua posição, mas a debandada da ouira coluna não lhe permitia mais sustentar-se. Três quartos de seu batalhão jaziam sôbre o solo, a começar pelos seus Capitães. um dos quais mo.rto e os outros Irês feridos; Charettc, atingido no braço e na perna, não consentiu cm se deixar transportar ,para a retaguarda senão depois do terceiro ferimento. Quando foi apresentada ao General piemontês Cugio a longa lista dos Crancc:.-es mortos. êle excla111ou: "Que gra.rules nomes! Dir•~w:..icz cmle.,· uma relação de con\'idados /J(ll'O um b(li/e ,w côr1e de luís XIV" (Pougcois. vol. 5, p. 227). O Coronel Guuenhoven, dos carabineiros austríacos, conduziu o que restava da coluna Pi•
mo.~an para Lorcto; os inimigos logo puseram sítio à cidade e os pontifícios foram obrigados a capitular. Enquanto isso, de acôrdo com o pl:1no q ue cs1abcleccra, La Moriciêre chegava a Ancona, sem ser perseguido pelo exército piemontês, que temia encontrar do outro lado do Rio Musone tropas .de reserva tão aguerridas como as que tinha enfrentado durante aquela jornada. Apesar da derrota. o ,bravo General não se mostrava abatido. Tendo ouvido de seus lábios a narrativa .do combate da manhã, o Conde de Quatrebarbes, Comandante da praça de Ancona, escreveu: "Escalei ,·om prcfwula admiração êsse rclmo. feito mm, 10m muilo calmo. sem wm1 palavr'1 <le nmargurt, 011 de cólera. H«vill ao mesmo tempo em seus traÇQl', em sua ling uogc•m e em seu olhar a certeza do tlever cumpriclo. a mais trbsolma reslg,wç{io à vo,11a,le tle D eus e c, abnegttçtiO tle si m esmo até o sacrifício tfl- .,·tw própric, glória, e eu não ~;ei ainda hoje .,·e o leria wna1/0 e admirado mais, vencetlor. do vencido" (Cerbclaud-Salagnac, p. 51). Desde 7 de setembro a csquadrn do Almirante Persano cas1igava a cidade con, um impiedoso bombardeio, destruindo casas. igrejas. e fazendo g rande número de vítimas cn• tre a população civil. A fome e as doenças começavam já a produzir também a sua de• vaslaçâo. Con,o se não bastasscJ Cialdini. depois de conseguir a capitulação de Loreto. si• 1iou Ancona por terra, com refôr~o das tropas que haviam invadido a Umbria. Em vão La Moricil:re esperava os socorros pedidos: nenhuma vela austríaca surgia no horizonte, e Goyon permanecia cm seus quartéis de Roma. No dia 26, após sofrer violento canhoneio1 o pilar de sustentação da grossa corrente que fechava a entrada do .pôrto de Ancona tom• bou, rasga11do uma brecha de 500 metros, larga porta aberta à.s companhias de desembarque da armada picmontesa. La Moriciere compreendeu que não podia mais r -esistir e. fazendo içar a bandeira <branca, enviou um emissário ao Comandante inimigo com o ofcrecirncnto de uma capitulação honrosa. As condições impostas pelo General pontifício foram aceitas e a praça se entregou. As Marcas, a Umbria e a Romanha cs• rnvam deíinilivamcnte perdidas para o Papa.
Nasce o Batalhão de Zuo vos Pontifícios Os revolucionários fr1)r:1m logo reali,_ar pJebiscitos nos novos territórios arrancados ao Pontífice e ao Rei de Nápoles. para saber se as populações q ueriam ou não a sua inco.rpo~ ração ao Piemonte. Não é preciso dizer que as votações. adrede "preparadas'', deram o resultado desejado. Restava a Pio lX apenas o Lácio, cobiçado também pela insaciável Casa de Sabóia, e que era preciso defender. Castclfidardo emocionara a Europa: novos recrutas afluiram cm quan1idadc para servir sob as bandeirns da Igreja. lnfeli~menle o comi1é belga de recrutamento não era muito ri• goroso e admitia entre os atiradores franco• belgas antigos soldados, bravos 1t1lvez, -rnas ind iscipliiiados. Considerando que o espírito mesmo de sua unidade estava ameaçado, muitos franceses falavam cm rclirar-se. Depois de u rna cncrevista com Bccdelil?vre, promovido agora a <rencnte-Coronel. o Pró-Ministro das Armas decidiu licenciar o Batalhão de Ati• radores Franco•Belgas1 ao mesmo tempo que cnéarregava o Conde Louis de )3ecdelicvrc de constilllir um novo corpo, denominado agora oficialmente de Zuavos Pontifícios. com o que ficava consagrado o nome c riado pelo povo. O efetivo foi ampliado e o recrutamento aberto a tôdas as nacionalidades. Em tôrno de um sólido núcleo franco-belga. cuidadosamente selecionado. foram incorporados os remanescentes i rlandeses do 13atalhão de São Pa1 rício. insJêscs. cscocêses. holandeses, suíços. latinos: italianos dos Estados e províncias usurpadas pela Casa de Sabóia. austríacos. alemães. espanhóis. No dia 9 de janeiro de 1861 o novo Capelão, Padre Jules Daniel. bretão de Nantes como Charcuc: recebia dos zuavos - reun idos na Praça São João de Latrão - o jura• ,rnento de ·fidelidade ao Papa. Todos cm conjunto repeliram, a1')6s os Chefes de corpo, fr:,se por fra.se, os oficiais de es1>ada erguida e o:;; sold:l<los com a mão d ireita levantada e •·1 esquerda apresentando anuas: ··Juro ,1 Veus 1t>do-po,leroso ser obetlle,u e e fiel a meu Soberano o Pomí/ice Romano, No~·o Stmtfs)'imo l'aclre Pie IX. e " seus legítimos Suce.,·.w>-rcs. Juro servi•lo com ho11rC1 e /ldelidatle e sat•rifictn· mi1'ha vitla 1u.•la defesa tle Sua 1>e~·so11 ""K"·'''(' e sa,.:l'cula. ,,ela tlefesa tle sua sober(tuiu t• <.!e :•;eus tlireitos l , . . J. Juro uiio insc:n•vc•r.. me eu, nenlwma .wdta ou .rociedade secre• tu c:wulemult1 pelos cl ec,·etos tios Pomifice.f lloma11os • • . " ( Ccrbclaud-Salagnac, p. 64). De volta à caserna. o Batalhão logo recebeu ordem de se deslocar para Nerola e en1
crar m1 .província de Ridi. parn ali rc.stubelcccr o govêrno pontifício, atendendo <1ssim ao clamor das. populações. A tropa deveria evitar encontro com fôrças superiores cm ní1mc• ro, e re1irar•se ca.so isso se desse. Os zuavos põem-se a caminho de Nerola. Os piemontescs recuam ao saber de sun apro• ximação: o Batalhão av.1nça para Montc•Li• bretti, Montc-Ro1ondo. e com um golpe de audácia apodera-se de Pon1c-.Correzze. Estavam os zuavos prestes a entrar cm Rieti quando um estafeta chega corn uma intimação do General Goyon: não deviam ir mais longe, sob pena de connito com os franceses. Perplexo, Becdelicvre decide esperar instruções de Roma. Pouco depois um oficial de EstndoMaior pontifício traz ordem da parte de Monsenhor de Mé.rodc no sentido de se atender a exigência do Comandante francês . A decepção é geral entre os zuavos, mas o Pró-Ministro havia atingido seu objetivo: obiigar Goyon a ,proteger a fronteira com a Umbria. Salvo algumas c-scaramuças corn hordas gariba'.ld inas, os zuavos permaneceram durante •muito tempo inativos. pois Monsenhor de Mérode preferia fazer com que as tropas do General Goyon atuassem. Essa situação desagradou imensamente o Coronel de Becdelievrc, como aliás a iodo o Batalhão. Eram êlcs voluntários e tinham ido para Roma a fim de lutar pelo Papa e não para ficar andando de um lugar .para outro. sem poder travar ba• talha. A êssc propósito houve um desentend imento entre o Ministro das Armas e o Comandante dos zuavos, que foi demitido; solidários com Becdeliêvre, demitiram-se sete oficiais sob seu comando, todos veteranos de Castclfidardo. Essa grave crise só não foi fa. tal para o Batalhão graças à habilidade e firmeza do Capitão de Charettc e do Capitão d'Albiousse, nomeado Comandante ad interim. A r igor, o comando interino deveria caber a Chareue, o mais antigo dos Capitães e o primeiro oficial do Batalhão, mas houve receio de descontentar Napoleão Ili dando destaque :t um legitimista ião notório, sobrinho do Con• de de Chambord ... Afinal o comando efetivo foi confiado ao Coronel suíço Allet. e o Barão de Chareue, promovido a Major, viu-se non,eado Subcomandante. Um alto ,p ersonagem interpelou a respeito o Ministro, afirmando que êste estava dando uma bandeira branca (a bandeira do legitimismo fra ncês) aos zuavos. Monsenhor de Mérodc teria respondido: "Essa bandeira foi perfurada r>el"s bal"s em Castelfidardo; é jus10 que se;a coloc,,da junto do 11ímulo de S<io Pedro" •(Cerbelaud-Salagnac, p. 75). O nôvo Comandante, Tenente-Coronel Allet, pertencia a uma dessas familias suíças nas quais se era soldado de pai a filho. "a serviço estrangeiro"; há trinta anos servia dedi• cadamentc o Papa. À testa de um ,regimento, Alle1 havia-se portado valentemente cm Castelfidardo, merecendo um elogio de La Moricicre. A difícil escôlha de -u m substituto para Bccdeliêvre não podia ter sido mais feliz. Seguiram-se para os zuavos longos meses de inação. na monótona vida de caserna. Mas êles se lembravam do conselho que ·lhes havia dirigido Becdelievre ao despedir-se do Bata• lhão: ~'Não vos e.rqu~çais daquilo que vos u:nho dito sem ce.tsar a primeira virlude do verdadelro soldado é a resignação, e a verdadeira coragem se mostra mais nas provações de cada dia ela vida militar. do que no cmn• po de batalha" (Cerbelaud-Salagnac, p. 75). Nesse tempo aconteceu um falo que na• lUralmen1e causou profunda impressão entre os zuavos. Um jovem oficial, o Tenente Ga• roni~ que recebera \IOl grave ferimento cm Castelfidardo, não tinha sarado e seu estado ,piorou de repente, colocando-o às portas da morte. Um irmão seu, que e.ra Padr'e, foi visitá•lo e lhe d isse: ''Por que nilo te recomen• das a Joseph Guéri11. teu ántif!o ,·amarada de armas, que mOrl'eu piedosame,ue em const• qüência dos ferimentos recebidos em Cas1elf itlardo? Muitas graros cxrraordi116rias iá tênt sido obtidas tanto 11a /Jretanha. sua terra narol. ,.:omo em Roma mesmo". O moribundo aquíesceu com um olhar e desfaleceu. A Irmã de .Caridade que o assistia julgou q ue êlc houvesse expirado. mas três quartos de hora depois Garoni abriu os olhos e disse à Religiosa: "Não é preciso dar~me mais n enhum remétUo. Guérin, o ium,o, aparcceume. sttntou-se 110 m eu lcilo e 1>rQ111t!t1,m•me que eu sararia, ma~· que leria uma longa ,:onvalesc(•nça". Tudo se passou assim (Ccrbclaud-Salagnac, pp. 78-79). Outros m ilagres fo. ram atribuídos a Guérin, que passou a ser invocado pelos zuavos como especial protetor.
" lnimicis popul i ch ristioni t e rribilc ... 11 No dia 3 de maio de 1862 fes ta da Exahação da S::mta Cr,u:i - deu-se a emocionante cerimônia do.i entrega das b;mdciras aos
Gustavo Antonio Solimeo 3
''Um tal desprêzo da morte excede as fôrças da natureza; todos esperam o dia do sacrifício como um ·dia de festa'' diversos corpos do Exército pontifico. Pio IX, revestido de murça vermelha guarnecida de arminho, e de estola. rodeado de tôda a sua Côrte, Car• dcais, Prelados, Guardas-Nobres, Gentis-homens, benzia as bandeira, apresentadas pelos Capelães das unidades e as entregava aos Comandantes. A voz do Pontífice-Rei soava grave e forte: "Accipe vexillum caelisfi benetlictione sancli/icatmn, sitque inimicis popuU chri1riani t erribUc, ct de, tibi Dominus grmiam ut ad lpsius nomen et honorem cum illo hosfium
cuneos potenter penetres incolumis et securus . . . " (id .. p. 81 ). Em julho receberam os zuavos ordem de partir para Ccprano, no e,trcmo sul dos Estados do Papa. Um certo Cbiavooe, à testa de um formidável bando de guerrilheiros napolitanos, vivia hostilizando as tropas
picmontesas que ocupavam o Reino de Nápoles e temia-se que ~ tas úlli-
mas. a prctêxto de o perseguir, vio• lassem o território ponti fício. No dia 30 os "chiavonistas" se
batem com os picmonteses e os obri• gam a passar a fronteira do Lácio. O Coronel Allet envia para o local uma secção de reconhecimento; esta defronta-se com duzentos bersaglieri, e põe por terra 32 dêles oa primeira salva; os demais, desnorteados, recuam, mas do outro lado da fron teira os napolitanos os aguardam e abatem como caça. O General francês Goyoo, ao {Cr conhecimento do incidente. envia às pressas duas c-ompaohjas impeniais para substituir os zuavos, q ue retornam a M)3r ino, omle se achavam acantonados. No •fim dêsse ano o lfatalhão é trans(crido para Frascati, e ali entra novamente na monotonia da vida de guarnição. Viria {irá-los dessa ,monotonia dois <anos depois, em 1864, a fomosa "Convenção de Setembro ... celebrada entre Napoleão Ili e Vi1ório Emanuel, à inteira revelia do Papa. Em 1861 o Rei da Sardenha e do Piemonte ·havia assumido o {ítulo de ºRei da Itália,,. o que não deixava margem a díívidas quanto às suas pretensões sôbrc os territórios remanescentes do Papa e sôbre o Vêoeto austríaco. Para facilitar a realização dessas pretensões, as tropas francesas deveriam deixar os Estados pontifícios no prazo de dois anos; desde logo evacuaram elas a província de Veletri, e foram substituidas ,pelos zuav.os, distribuídos por várias guamiçôes. Uma nova fase vida do Batalhão de Zuavos começa aqui: a ·da repressão ao banditismo.
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A luta contra o banditismo, valioso adestramento -O banditismo no Sul da llália era um fenômeno sui generi.r. Não se limitava, como cm outros países, a ações de indivíduos isolados ou de pequenos .g rupos, mas comportava operações de larga envergadura, empreendidas por bandos de dezenas e até centenas de homens, fortemente armados, com uma organização qua• se militar. Durante séculos ês.,e foi um grave problema ·p ara os Soberanos de Nápoles e para os Papas. As épocas de agitação revolucionária favoreciam e normemente a atuação dos bandoleiros, pela desagregação das instit-uições e o abalo da autoridade. Foi o que se deu por ocasião da invasão napoleônica, e agora com a dupla agressão do Piemonte e das tropas irregulares de Garibaldi.
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A repressão ao -banditismo era diíicullada -pela carência de apoio por parle da população, a qual, por simpatia ou por temor, dava aos fora-da-lei ampla cobertura. Todos sabiam onde eram seus esconderijos. quem lhes fornecia mantimentos. mu.. nições, etc.. mas recusavam-se pe• rcmptõriamente a dar qualquer informação às autoridades. E, por vêzcs, estas mesmas eram cúmplices ... Em San Stefano, por exemplo, onde aparecia com {reqiiência ,um dos mais terríveis c hefes d e bandoleiros. Andreozi, realizou-.se cer1a feita •uma grande festa à qual compareceram. além do bandido e grande número de seus sequazes, o •prefeito da cidade e dois Cônegos ... Tão logo os z,uavos substituíram cm Vele1ri as tropas c hamadas de volta à França por Napoleão Ili. co,meçaram os choques entre êles e os bandoleiros. A lguns dêsses choques constituiram verdadeiras batalhas, .nas. quais as fôrças dos malfeitores chegavam a oontar com até duzentos homens! E§.sas operações foram de grande proveito para os zuavos, servindo-lhes de excelente preparação para a dura campanha de 1867.
medida de precaução, Allet proibiu que seus homens saíssem desacompanhados à noite e recomendou-lhes calma e prudência. Os zuavos mantém-se cm constante alerta. Mas êles não são apenas soldados: são soldados c.atólicos, que rezam enquanto vigiam. Um dêles, o jovem Théodorc Wibaux. de 17 anos, conta-nos como e ram seus turnos de guarda: "F111.il sob o brt1ço, tirço "" ,mio <lireiw: é t1J'J'im que conto / C11,.er todos o.\· meus turnos. Recitei o mtliOr lllÍmero ele dezem,s que me foi po.r.rí ve/" ( C. du Coctlosquet, "Théodore Wibaux, Zouave Pootilical et Jésui1e", A. Taffin-Lafort, Lille. 1885, p. 65). Entrementes, a t.0 de janeiro o Batalhão do Tenente-Coronel Aliei era elevado à Regimento, em virtude do grande afluxo de recrutas, sobretudo ho landeses; êstcs viriam a constituir o elemento mais numeroso dentre êsscs soldados do Papa, e é doloroso constatar que descendentes seus são hoje os vaoguardciros do movimento contestatário. Houve numerosas promoções nos quadros; Allet foi promovido a Coronel e o Barão de Charcuc a Tenente-Coronel.
"Fuzil sob o braço, têr~o na mão direita"
Luta abnegada contra o peste
Sua ação devastadora foi favorecida por um calor que atingia 35 g raus à sombra. Albano. pequena e risonha cidade de seis mil habitante-~. -r.-,; uma das loca:lidades mais atingidas. Para lá foi deslocado .um destacamento de zuavos, a fim de prestar socorros à população. Um espetáculo dantesco aguardava-os à chegada: vinte cadáveres nus, já em putrefação, jaziam abandonados na praça principal, não havendo quem se dispu$:sse a dar-lhes sepultura. O terror e a morte pairavam sôbre a cidade; os · peslifcrados eram abandonados antes de morrer; todos se afastavam temendo o comágio; o farmacêutico s6 atendia à d istânch\ e as autoridades municipais haviam desaparecido. Os ,pr6prios zuavos, de início, não o usavam tocar nos cadáveres. ''Nosso brt1vo Tenente de Résimond dá o primefro exempJo•t, conta o jovem soldado Wibaux·. ..Cle roma cm seu~-; ombro:: um cadáver e o tran~ porra ao cemitério; todos o imitam. Nossos C(mrart1das da 6.ª Compnnlri<t lutaram com abnegaç{io. No campo d e bata/Ira o cheiro da p6/vort1 e o entusiasmo vos esco1ult m o perigo: nw.-,· em. presença ,te um cadáver, ou ,le um moribwulo que se debate, como é neces-J"tírio rer /ôr~·,, e vertia• <leira coragem!" ( Coctlosquet, p.
Em meados do ano xle 1866 <ima epidemia de cólera, dcpOis de ter feito te rríveis e.s tragos no Oriente e nas cost<1s do Adriático, na Sicília e no Reino de Nápoles, surge oo Lácio e cm Romã.
Depois de sepultar os corpos abandonados na via pública, saíram os zuavos cm busca dos que estavam nas casas. Mas não bastava enterrar os mortos. era necessário evitar no• va$ vítimas. e os abnegados soldados
Em setembro de 1865 uma notícia veio encher de tristeza todos os sold ados do Papa: morrera seu vaGeneral loroso Comandante, o Christophe de La Moriciere. Para o substit,uir foi nomeado o Genei-al alemão Hermano Kanzlcr q ue durante o cêrco de Ancona conseguira romper as ii.o has inimigas e entrar na cidade; Kanzler substituía igualmente Monsenhor de Mérode no Ministério das Armas. Qu't~do o Prelado belga deixou a impor{antc pasta, muitos espíritos se inquietaram, já que êle representava a idéia da .resistência armada às ,usurpaçõc~ da Casa de Sabóia; a cscôlh;1 de um eclesiástico para o seu lugar pode· ria fazer crer numa mudança de .po.. lftica da Santa Sé : com a designação de um General, · Pio IX deixava bem c laro quais eran'I as suas intenções. , Enquanto isso êtCclcrava..sc a retirada dos territórios pontifícios da Divisão francesa de ocupação. Napoleão Ili, porém, para acalmar a opinião católica. consentira cm enviar a Roma um O\ltro corpo de 1ropa para substituir a D ivisão Goyon. Essa nova unidade, que ficou conhecida como Legião Romana ou 11.e. gião de Antibes - do nome da cidade em que foi formada viria prestar valiosos serviços ao Papa nas campanhas fu turas. Ela não era. entretanto, suficiente para manter a or• dem na Cidade Eterna, o nde fermen,tava a agitação revolucionária das sociedades sec.retas e dos "clubs"; foi nc«S.sário chamar a Roma os zuavos ,pontifícios. As sociedades secretas, que pensavam aproveitar-se da partida da Divisão Goyoo para sublevar a cidade, ao saberem da chegada da tropa comandada por Allct - a qual temiam como o demônio à Cruz desencadearam uma onda de ter.cor contra ela. No dia 16 de janeiro um dos zuavos foi assassinado; dias de• pois. uma bomba foi lançada à janela do próprio Capelão-Chefe; ameaçados por carias .anônimas, os estalajadeiros .requs.~vam-sc a feçeber em seus estabelecimentos os oficiais e capelães do Batalhão. Como
"Catolkismo" convida seus leitores e amigos para assistirem à Santa Mi= que, por alma de
D. SYDNÉA MORAES DE ALMEIDA Mãe de seu colaborador Prof. Fernando Furquim de Almeida, será celebrada por S. Excia. R evma. o Sr.
Bispo Diocesano, no dia 30 de setembro, às 7,30 horas, n a Capela do Palácio Episcopal.
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Revmo. Frei Gabriel Pausback, O. Carm., Casa Beato
Nuno, Fillma (Portugal): " Lendo a página ''Escrevem os 1eitol'es" do n.0 231, março de l 970, queria e quero ajuntar, fina1mcnte, o meu nome aos que são assinados em louvor e estima de seu jornal. Que Deus abençoe todos os coopcradol'es em cão louvável trabalho! (São já anos que leio o CATOLICISMO aqui cm Fátima, sendo eu urn amcric;.lno dos Estados Unidos). Rezo pol' vocês,·.
Sr. Ern~10 Sfoggia, Pórto Alegr< (RS): "Gostaria que [CATOLICISMO] fósse menos polêmico". Sr. Walmor R. Córdova, Lages (SC): "uma assinatura dêsse vibrante jornal [ .. . ) deixo aqui minha solidariedade ;, linha que o joinal segue··. Da. Guilhermina de Aie.redo, Pórlo (Portugal): "CATOLIC ISMO é uma Ju,: que se ergue no meio da escuridão ein que vivemos. Mc.,i;mo aqui no Põrco a Igreja atrdvcs:s-a tempestade"'. Sr. Jorge Eduardo Gabriel Koury, Rio de Janeiro {GB): "Creio que a Redação e os leitores de nosso CATO• LJCISMO gostarão de conhecer o oportuno editorial que o ''Diário de Notícias" estampou cm sua edição de 7 de junho p.p., sob o tilulo de "Esquerdismo", e que passo a rc.·mmir. O conceitu:ldO matutino carioca comenta largamente rccenccs dcd"rn~ do Prof. Plinio Con'êa de Oliveira, o qual, falando à imprensa, afirmou que os prosélitos mai$ radicais e dinâmicos da subversão social encontram-se em cenas sacristi;"tS, universidades~ redações de jornais e boites de granfinos e que a fermentação ideológica proveniente déss.cs focos não atinge profundamente a:s massas, nem mesmo a maioria das próprias elit~. Depois de mencionar dois dos fatos que o Presidente do Conselho Nacional da TFP aduz como provas dessa :,sscrção, o "Diário de Notícias'' conclui seu editorial comcnLando que "iCssas observações devem ser lida.~ pol' todos os brasilcil'OS. cspecialmcnce pelos pais dos nossos estudanccs, :, fim de que n5o permitam que seus filhos estuda ntes se deixem levar por maus conselheiros e pscudo•oricntadores da juventude". Sr. Paul Poitevin, Mon(rouge (França): ..Je viens de recevoir la livraison de février de CATOLICISMO ct fy lis un arliclc du professeur Plinio Corrêa de OHveil'a inlitulé "O dil'eito de saber". Cet artiele (tui est consacré i, la réforme de l'Ordinaire de la messe promulguée en 1969 eommencc par loucr la presse brésilienne de posséder 1' le scns de runivcrscl". Ccue qualité. comme celle plus élémentaire d'unc strictc objectivité, ne earact6risc pas p0urtant cet articlc qui traice pour un publ.ic qui es-t décrit comme pcu ou mal inform6 sur cc sujct, de l'intcrvention des eardinaux Bacci
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do Papa vêem-se transformados em enfermeiros, cozinheiros etc. Vários dêles, tanto em Albano como depois cm Róma mesmo e em outras localidades, pagaram com a vida a sua dedicação.
Os zuavos ,pontifícios. contudo, não perdiam de vis1a o fim para o qual se ,h aviam alistado: a defesa do Papa. ''Não. n6s ,uio somos um exér• cito <,·omum", escreve de Albano à família, T héodore Wibaux. no aniversário da batalha de Castclfidardo. "Se111 <hívitla, a juventude e a Jorrmw /<11,em u,lvci. alguns t:J·q ue,:ercm que .rtio os ,te/ensores tlil mais pura e da ,nais santa dos c,m.ras. Mas se um llCôntecimento os coloca stlbitC1mente ent presença ,lo dever, êles
cruzados. e então não há SCIUÍO um tinico COr<lÇÔO. um único 1>enJ·amento. uma ltni<Y, paixão. êsse amor por Pio IX e pela Santll Igreja / Cll. ,tesculpar muitas fraquel.as: êle inspira um ardente tle.fejo <le combater t: ,te morre,·. Tal ,le.-;prêz.o ,la morte mio é natrtrt1I: todo.,; c.>speram o tlitl ,lo .wteri/ício trans/01 mam-se em
com o um 1/ia <le fesu," (ob. cit .. t'·
124). Logo chegaria o momento tão desejado da batalha. Os zuavos receberam ordem de deixar os avcnrnis brancos de cn fc rmeiros e tom:u a$ carabinas para fa~t.er fren te i1 invasão garibaldina que já se prenunciava. - 1:. o q ue veremos no próximo flrtigo.
ct Ouaviani demal'ldanr en octobre t'abroga<ion de la l'é· forme promulgu~e en avril, sans indiqucr. ou :souli3nc.t qu'en novembre, par deux d iscours trCS (el'n'les ct parfai .. tement c lairs, le pape lui·même a démonlré que 1cs diffi. cult~ l'clevées par la leurc des dcux cardinaux n'existaienl pas. Que lcs allocutions du 19 ct du 26 novembre constituent la rép0nse à la lcttre que signale en février le profcsscur de OHveira, a été reconnu par 1out le monde, y compris l'abbé Luc J. Lcfêvre, l'un dcs fauteuts de la déplorable campagne contre une réforme promulguée par Ja plus haute autorité de l'Eglise (voir la "Pens6e Catholique", n.0 123, déccmbrc 1969, 1 'A propos de l'Ordo Missae''). Jl y a micux. lc cardinal Ottaviani lui-même s'cst déclaré satisfoit de la réponse du pape, voir dens la "Oocumentation Catholique•' du S avril la rcproduc1ion de la lectre que ce cardinal a adressée le 17 fé-vricr 1970 ft .Dom Marie•Oéral'd Lafond, moine de Saint-Wandrille. ll CSl évident qu'en févtier, votrc émincnt col1abora• teur ne pouvait connaitrc la p0sition définitive du cardinal Ouaviani sul' cctte réformei cependanc. comme toul bon catholiquc, il devait tenir lc plus grand compte dcs paroles prononcées sur le même s ujet par le Souver-ain Pontifc cl que votre publication qui s'intiiute ''CATOLICJSMO·· :mrait pu signalcr à ses lccceurs qui ont d•abord "le droit de savoir"' ce que pense le Pape, pour l'Cprendl'e le titre de l':trticle. A !ire Jc~ réfél'cnccs indiquées par l'article, l'autcur ne p.arait iníormé. de cc qui se passe à Rome et cn Europc que par "Lc Courricr de Rome"' ct ''Que Pasa?". Avec de telles Jec1Ures, ron conçoit qu'il se !asse une idéc tout :, foit incxacte et de la réforme liturgique et de son application en Europc. Ccs publieations se sont fai t comme une spécfalité de dénigrcr une réforme qui malgrt certains défauts, n'a nullemcnt le caractCre que le.,; tradilionalistcs lui prêtcn1., affectant de plus de confondre avec cette ré,. forme lcs fantaisics ou lcs abcrrations liturgiques qui sont le fait de novatcurs non mandat~. Cet article cst donc fert regrcttable ct jc souhaitc que CATOLICISMO rectific sa position sur un sujct aus.si impõrtanL que la réforme de la me.,i;se''. s CASO NÃO saiba, nem s uspcile, queira o Sr. Poi1cvin entender que CATOLICISMO não publica o que todo o mundo já sabe, a não ser que tenha algum comentário ,, fazei'. Não deve. pais1 o ex-secretário de "Una Voce" cail' no êrro que ê le nos imputa, a saber, pensar que pode tomar conhecimento de tudo q\le se publica no Brasil pela leitura de 1.1m só órgão de• imprensa, no caso CATOLlCISMO. Porquanto ê lc d(t a impressão de ignorar na Eu· ropa o que não aparece na ''Documentation Catbolique". Aliás não pediria a divulgação da e:.rta do Sr. Cardeal Ottaviani a. D. Lafond, Pois saberia doS antecedentes que neutralizam completamente a conseqüência que êle prelcnde tirar dessa carta.
PARA ONDE V AI O INSTITUTO DOS IRMÃOS LASSALLISTAS? - 1
A Igreja pós-cristã e seu contra-evangelho PROF. Plínio Corrêa de O liveira, em seu ensaio "Revolução e Contra-Revolução", mostra que as numerosas crises que abalam o mundo hodierno não constituem senão m,,ltiplos nspcctos de uma só crise fundamental, a Revolução (op. cit.. Parte I, eap. l ). Dentro desta perspectiva, seria infantil encarar os n umerosíssimos sintomas dessa crise e de seu agravamento, que a cada dia se
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patenteiam aos nossos olhos. como se (ôsscm fatos de interêssc mera.mente local o u rcgio-naJ, que não mereceriam atenção senão daqueles que lhes estejam diretamente ligados
pelas circunstâncias. "Quando ocorre um incêndio numa /loresu, veira -
afirma o Prof. Plinio Corrêa de O li• mio é possível c:onsiderar ô fenôme-
no como se fôsse mil incêndios <mt<inomos e parc1/clos. de mil án,ores vizinlws rmws das outras. A unidade do /e.11ôme110 "combusu1o". exercendo-se sôbre a uni<ltule vivt, que é a /loresw. e a drcutu·táncia ele que a grande /ôrÇll de expanscio (/aj• chcmws re.rulra ela um calor 110 qual se /mulem e se multit>licam c,s incoutávcis chamas das ,UverJ-c1s árvores. tudo. enfim. contl'ibui para que o incêndio ela /fores• ta :reja um /mo 1foico. englobcmdo mmu, realidade rou,/ os mil incêndios parciais. por mai.\ diferente, ,,liás. tJue CO(/ll um dêstcs ,\'Cja em seus llcidentes" (op. cir., Parte f, cap. III , 2). · A ima,gcm usada pelo insigne col:,horador de "Cntolicismo" para ilustrar a un ick1dc d:1 Revolução, rc1rata bem o que se passa :Hua.1mente na Santa lg:rcja: um incêndio de pro. porções imensas. Pode-se afirmar que a Espôsa de Jesus Cristo, cm sua longa história, não conheceu trégua na luta contra seus adversários. E não é temerário sustentar que, em todos os tem pos. seus .p iores i.nimigos têm sido aquêlcs que, encobertos sob mil disfarces, serpei;;1 ir1 dentro de suas próprias muralhas. p rovocan• do ,a morte e a destr.uição. O grande Pontífice São Pio X foi J>rotagonista de um dos lances mais impressionantes dessa guerra a.o conter, com suma energia~ um<.1 verdadeira legião dêsses inimigos disfarçados. que trabalhavam par.a arrasar a Cidade Santa. Sua luta contra o modernismo causou ter.. ríveis danos nas fileiras do mal. Mas, iludin• do talvez .:t ingenuidade de muiro~ contem• porâncos do Santo que julgaram não lhe dever imitar a severidade, numerosos modernis1as continuaram a agir sorrateiramente, e.~pa• 11>.~ndo por tôda pa.rtc, se já não o rogo da destruição, pelo menos o material combustí .. vel que, no íuturo, pudesse alimentar o incêndio. Hoje não se pode mais negar o que é ób· vio: as labaredas sobem. ê se a Igreja fôssc perecível , Ela 11ão resistiria a esta. pl'ova. "Catolicismo" tem publicado, nos últimos anos, numerosos documentos que ilustram ~ lriste situação ern que se encon1ra atualmente a Espôsa de Cristo. Pela importância singular da matéria e enorme receptividade que encontrou no público 'brasileiro, destaca-se o número especial de abril-maio de 1969, no qual esrn fôlha denunciava dois organismos q ue se alinham entre os .principais responsáveis pela crise que lavra nas f ileiras católicas: o IOOC e os "grupos proféticos". Também mostram ;1spcctos impressionantes do avanço da Revolução dentro da Igreja, os recentes artigos sôbrc o "Nôvo Catecismo'' holandês, o concílio-pastoral de Noordwijkerour. etc.
Crise doloroso no Instituto lassallisto Neste mesmo sentido, chegou-nos há pouco às mãos um dossier vcrdadciran1ente espantoso. Trata-se do número 141 da revista francesa "Oocumen1s-Pa1erni1é", acompanhado de quatro suplementos. A revista e seus supleme'nros trazem, sob o título de "Para onde vai o Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs?''. uma coleção de documentos a respeito
da orientação que se pretende impor dora em diante ao lns1i1u10 f.undado por São João llatista de La Salle para a educação da juventude. A divulgação dêsscs documentos é ini• ciativa de ·~um grupo de Irmãos das Escolas Cristãs'', que. .por motivos óbvios, se mantêm no anonimato. No dossier a que nos referimos. as peças mais importantes são. sem dúvida, as duas conferências pronunciadas cm Roma pelo Superior Gemi do Instituto das Escolas Cristãs. lrmão CHARLES HENRY Bur n M ER, em novembro de 1968. Queremos analisá-las neste artigo, deixando para próxima ocasião a consideração de outras peças do dossier. O tema das conferências do Irmão Charles Henry se enuncia como "O INS'r&Tu-ro NA IGREJA E NO MUNDO OE I-IOJE". A grnvidade das abcrrnçõcs que nelas se con1êm é aecn• toada pelo faro de tratar-se do Superior Geral de uma grande Congregação Religiosa, uma das mais antigas e importantes entre as que se dedicam ao ensino, contando com 16.187 membros, e 1.523 casas espalhadas por rodo o mundo (segundo o Anuário Pontifício de 1970).
A linho de pensamento do Superior Ge ra l Para não nos perdermos no emaranhado da •'nova teologia'' professada pelo cstr<lnho succ~sor de São João Batista de La Sallc, rerenhamos desde já as linhas gerais do roteiro de suns conforêneias. O ponto de partida de tôda a sua teoria é que a Igreja deve adaptar-Se ao mundo <le hoje. E êlc não se preocupa cm fazer qualquer crítica a êstc último; pelo contrário, aceita-o tal qual é. Descrevendo o mundo de hoje, o Irmão Charles Henry chega à conclusão de que êlc tem u ma cuhura própria, radicalmente diversa da cullU ra do passado. 1, a cultura póscristã. cm oposição à cultura greco-latina que vigorou até há pouco. na era cristã. A cuhura pós-cristã é uma realidade que. se expri me através de algumas escolas íilosóficas. ou psico-filosóficas, entre as quais estão o evolucionismo e o existencialismo. A adaptação da Jgrcja ao mundo de hoje não se fará se Ela não proceder à revisão de rôda a sua teologia e eclesiologia. tomando como base essas filosoíias. A partir dê.s tes pre.ssupostos, o Irmão Charles Henry apresenta os pontos fundamentais da nova teologia e da nova eclesiologia . Quanto à primeira, os temas essenciais são:
a) a Encarnação, a salvação e :i cscato• logia ce.n1 r,ad'as- na evolução; b) teologia antropocêntrica: o homem é o objeto primeiro da teologia e ponto de par1ida de tôda reflexão teológica ; c) secularização: eliminar ela teologia 1u..
do o que não seja compatível con1 a visão do mundo contemporâneo, a mentalidade cicn• tífica do homem hodierno, sua orientação ri .. 1osó fico-psicológica. Quanto à nova eclesiologia. eis os pontos mais importan1es: :1) rc,nov~ção interior e conversão inti-
ma: por causa do "renouvcau" cspirilUal que hoje se dá na Igreja . fundado sôbre a renovação in'terior e a conversão íntima. devem desaparecer numerosas práticas religiosas; •b) conceito igualitário de autoridade : es1a será exercida por líde(es carismáticos cuja escolha e atuação estarão sempre sujeitas à ratificação da comunidade: e) apostolado "profélico": a Igreja ,ião manterá instituições de apostolado, nem fa rá proselitismo nas instituições leig.as ou cm qualquer outro lugar; seu apostolado será o da ''p,.ese11çt1 visível e viwl no mmulo". A repercussão dessas idéias na organiz.a.. ção das comunidades religiosas é óbvia. Por amor à brevidade, limitar-nos-emos a dizer
que o Irmão C harles Henry preconiza o advento de comunidades religiosas inteiramente igualitárias e dedicadas a uma forma de apostolado "profélica" e não institucional. Passemos agora ao pormenor das reses defendidas cm suas conferências .pelo Superior Geral dos Irmãos das Escolas Cristãs.
Mudança de identidade d!' Igreja A introdução da p.rimeira conferência é feita para assinalar isto que o orador considera fundamental: seu desejo de situar o Instituto dos lrmãos das Escolas C ristãs na sociologia do mundo atual e na edc.siologia da Igreja de hoje. Num primeiro momento. quem lê as palavras do Rcvdo. 1rmào não se dá inteira conta do significado delas. Pode pensar que se trate de sociologia e eclesiologia adâptadas às circuntâncias do mundo atual. Não é isto, porém. O Superior Geral afir• ma, mais adiante, que houve na sociedade "um corte r,ulical entre o passado e o ,,resente'' e que o Concílio estudou "a 11a1111·eza tia l greia e .sua i<lenrid°'Je na sociedade m<xlet11a" ("Oocuments-Paternité". n.0 14 1, p. 69). Aqui já surge uma forte SLL.~pcita de que êlc acredite que a ruptura ~ntre o ,passado e o pl'csente tenha provocado .na Igreja uma mu• dança de identidade. Com efeito, falar em estudo da identidade d:1 Igreja na sociedade moderna equivale a admitir implkitamcnte que uma era a identidade dn Igreja antes da sociedade moderna. outra será sua identidade •nesta sociedade. Dentro de rôda lógica, pode-se ·a firmar q ue. para o Superior dos Lassallistas. a Igreja de hoje .não é a Igreja de antes do Concílio. A ê,1c respeito. êlc será ' inteiramente explícito ao longo das du:ls con• ferências.
A novo eclesiologia Não é sem razão, pois, que o Irmão C harles Henry fala repetidas vêzes cm uma "11ov<1 eclesiologia'', Uma vez que seu tema é "O lnstitw o na Igreja e no mundo de hoje'>, o centro da questão consiste em sabe.r o que se entende por Igreja de hoje. Mas não há eclesiologia sem teologia. Assim, o orador se reportará freqüentemente i, "nova 1eo/ogia'' para tornar mais clara a idéia que faz da ··11ow, eclesiologia". .~Não -potlemOJ' ir nenr, mais longe nem mai.r ,Jepressa do que fl nova reologia em vias de for11111/açcio", são suas palavras (p. 70). "A tfimenscio vlsível da comunidade cristã - diz êle mais adiante - será 111ode/<1da pela reologia, e o aru,11 período cul1uraf ,te nossa história, 110 t/tWI a comunidade deiu, raí• ze.,. d etermi11ar·â esta forma" (pp. 70-7 1) . Dessas considerações o Revdo. 1rmão tira uma como que definição da nova eclesio• logia: "A eclesiologia é então a expressão da compreenstio que a Igreja capta de si mesma em e/ada situaf·âo. - Em conseqr'iêncla, " conrp,.eensão que a Igreja tem da permane111e revelaçiío de Deus está .rujelro a um ,lesenvolvime,110 consumte. e a eclesiologia será multo parlic:ularmcnle lribuuíria dêstc movimento de rrans/ormações perpétuas" ( p. 71 ) . Nole o leitor, desde já. o caráter escanca·c,io1o!S:>1~;:,
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Conforme a situação em que Se encontre. a Igreja 1cm comprccnsõcs diferentes de sua própria e.ssência. E como há uma ,permanente revelação de Deus e um misterioso movi• menro de rransformaçôes perpétuas, a Igreja está também envolvida num ciclo de perpétuas transformações. Quando falar da nova teologia, o Irmão Charles Henry será ainda mais claro.
A novo cultu ra e o era pós-cristã Continuemos a seguir os passos do atual sucessor de São João Batista de La Salle.
A esta nhum, êlc revela <."S nOmcS dos mestres da ··nova teologia": Rahner, Hans Kiing e Schillebecckx (p. 71 ). ··Eles baseiam sua e<:/esiologfo - prossegue S. Reveia. - sôhre o prlncípio-clwve tJue guia os homens tle ciência co,11emporáneos, iJ·to é, que entramos em umt1 époc11 históricoculwrtrl ra,Jlca/menle diferente, que êles clwmam. de era p6s-crisui. mio que isro signi/iqm• o Jim ,lo Cristianismo. mas porque esta era $(' segue " um período de cultura greco-latina ,le mais tle tlois mil anos que os ltisroriatlores clwmaram. por muito tempo. tle era cl'isrti'' (p. 71). O orador não será sempre inteiramente explícito. ao longo de sua exposição. Mas o contexto autoriza a interpretação de que êle e os Schillebceckxs de rodo o mundo chamam de era cristã todo o período histórico que vai desde a fundação da Igreja até nossos d ias (seria dis-paratndo falar cm era cristã. antes de Cristo). e designam por cultura greco-latina a culmra engendrada pela Igreja ao longo dêstes vinte séculos. Gomo sabemos, tal cullura foi orientada. naquilo que de melhor produziu. pela filosofia aris101élico-1on1ista. Esta é a filosofia que os "teólogos" da ''era 116s-crisrá" decretaram percmprn, sem se dar ao era• balho de lhe refutar ,una vírgula ... Entendamos, então, os tênnos: "era cris1<i" é a época iluminada pela filosofia aristotélico-tomista~ "ert, pós~cristã" é o período históri .. co que nega a veracidade desta filosofia. Vcrse•â mnis adiante a afirmação clara de que a filosofia da · "er11 116.f"t·risul'1 é o evolucio... nismo. O conferencista. depois de defender idéias tão distoantes de tudo quanto a Igreja tem ensinado. julga necessário tranqüilizar seus ouvintes. afirmando que ''t, Revelação em sua essênda J}el'manecer,í imacu,", na nova teo1ogia, e 1 'os acréscimos sucessivos <lt, Trculiçiio t·ris1ti serão preserv(l{/os e i1tcorporados 11ns novas formulações" p. 71 ). À luz dos .princípios enunciados acima, seria muito ingênuo quem acreditasse nessas afirmações . ..
A evolução, centro do novo teologia Tocamos. cníim, no ponto nevrálgico da conferência do Geral lassallista. Ainda que sumàriamente, êlc dc.senvolve os f.undamc ntos doutrinários da ·'nova eclesiologia'', a qual servirá de base pàra a •·renovação" da vida relig iosa. "A eclesiologfo afirma co,npreentli<la como a expressão vis(vcl ,.. exrer,u, da vida da Comtmldade crisúí. sofre uma mudança radical, baseada em uma re/ormulaç,ío da 1eologit1 em geral. que deverá. por sua vez, precisar o conreâdo tios /rês remas essenciais [, .. ]" (p, 72) . Os três temas essenciais são: A Encarnação, a Salvação e a Escatologia na Evoluçlo; a teologia anrropocêntric.,; e a Secularização. t evidente que êsses telllas tocam -no que há de mais essencial da doutrina católica. E é aqui que se tornam completamente claros os fundamentos evolucionistas da "nova 1eol0Rfo''. "O primelro tema são palavras do Rcvdo. Irmão - esrá ce111rado 11a Evolução [ ... ]" (p. 72) . Vale a pena transcrever os principais .- rechos desta parte da conferência. ''Como explicam os fi/6sofos - diz o orador - a Evolução é uma fôrça vital i11esgo1ável que ttper/eiçoa gradua/me111e o universo cl'iatio e que acentua sempre mals o dinamis. mo e a relatú1i<lade da criaç,ío'' (p. 72). Isto é dilo com extrema desenvoltura. A "era p6s•cristã", para o conferencista, é uma realidade tão evidente, que êlc se d ispensa até mesmo de mencionar os .n omes de seus .. fi .. lósofos". Teilhard de Chardin? . .. Marx e Engels?. . . Não se sabe. E continua: ''Que é ,, E'ncarnaçiio, semio Deus entrantio neste dinamismo para 1omar
João Batista da Rocha
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É enorme a semelhança entre a doutrina do Superior Geral e a dos ''grupos proféticos'' parte atiwt nesta evoluç,ío, jazendo do mwulo e da atiYi<"1de do mwulo séu ambiente ,Je vidt1? [ ... ] Tal inserção de Deus em nosso mundo requer wna nova tomada de consciência, talvez uma now, concepçcio de nossa relação com êle. Isto requer que o Deus en• carnado e o lronu:m. se reencontrem 110 que é comum aos doiJ· nosso mtÍtuo engajamento no mundo e ,,as realidaclt1s do mund<> - o que obriga os re6/ogos a reexami,wr a natureza do Deus transcendente que é brteirame111e di/erellle [qui e$! tout autre)" (p. 72).
A novo escatologia Dessa "teologia" evolucionista decorre, como o próprio orador o confessa, uma nova concepção da relação entre Deus e o homem. Segundo a teologia católica, o homem foi criado por Deus para conhecê-Lo, amá-Lo, servi-Lo e, ,por êste meio, alcançar a vida eterna. Dentro desta ordem de idéias, tudo na vi .. da do homem converge para os novíssimos: morte, juízo. Paraíso e inferno. Na "teologia" evolucionista, não. A ''nova 1eologia" encara a escatologia ''em têrmos de realização [accomplissement], de per/eiçiio mais do que segundo " a,11ig1, concepção quadripartüla de morte. juízo. céu e inferno; trata-se, antes, do dilatar-se e da f)er/eiçüo de um univen:o em Evolução'' (pp. 72-73). Dêsses conceitos nasce a nova nOÇão de salvação, que "é visw como um processo de vir-a~ser (devcnir], uma Ubertaç,ío gradual ,leis limitações, um élan par" o estado perfeito·· (p. 73) . E continua: ·'A liberdade é à(J11i o ponto central, a libertaçtio dos limites que embaraçam as f6rças do progresso e111 açiio 110 cria• ç,io" (p. 73).
A morã l nova; pecados contra o progresso A conseqüência inelutável é o surgimento de uma moral nova, baseada em uma nova noção de pecado. O Superior dos Lassallistas afirma que aquilo que até agora era rotulado de pecado, passa a ser considerado sob dois aspectos di• feren tes: - "o pl'imeiro focaliza uma limiwç,ío amoral do estado de Evoluçiio no qual um IU>• mem não é Qtualmtffte respOllsável por sua incapacidade tle pl'aticar a melhor coisa; - "o J·egwido po,110 de visu, é verdadeiramente moral: éle deJ·creve o homem que deliberadamente resiste às f6rças de progresso em ação 11a Criação" ( p. 73).
O Irmão Charles Henry não quer deixar
(iJAf01liCli§MO MENSÁRIO cont
APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA
Campos -
&1. do R io
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margem :para dúvidas. Por isso, faz acompanhar de exemplos suas divagações 1e6ricas. e ie acredita que fazem eco a essa "teologi<, ,la Salvação" os novos estudos de moralistas a respeito do vicio solitário e as recentes .reações de teólogos e Conícrências Episcopais a ,propósito da Encíclica "Humanac Vitae". Para quem conheça um pouco o que sejam os "novos estudos'' de moralistas a respeito do vício solitário ( e da moral sexual em geral), e as reações dos teólogos progressistas e de cenas Conferências Episcopais cm relação à ·'Humanae Vitae''. não é dificil adivinhar aonde o orador deseja chegar. A con• denação dos vícios sexuais e do contrôlc artificial da •natalidade, ícita pela Igreja ao longo de seus vinte séculos de exis1ê.ncia, deve ser revista. Doravante só é pecado o que resiste às fôrças da evolução. O vício solitário. se• gundo os novos estudos. não se opõe à evo.lução e, .por.t anto, <0ão é pecado. O controle da natalidade por meios artificiais, desde que se inclua dentro do que os progressistas cha• mam de ''paternidade responsável'', é elemento integrante das fôrças do •progresso e. portanto, lícito. Pecado seria. talvez. lutar contra .as "reformas" de todo gênero. dentro e fora da Igreja .. . E pecado imperdoável.
A "teologia antropocêntrica" De acôrdo com a concepção contida no pensamento anteriormente ex·presso pelo Rev• do. Irmão está o conceito de ~'teologia a11trO• pocê11trica... Vejamos como a explica êle. Hoje tudo é nôvo. "Há uma nOvll metajrsi,.:a e uma nova epistemologia - uma nova t1scola de psico•filosofia: o existencialismo". Os 1eólogos - o orador não diz quais. mas nós já sabemos - estão descobrindo. a todo momento. coisas novas, "especialmente 110 c:tunpo ,lo personalismo". •·r1ulo ;sto - explica - tcn,le ,, corrcentrar nossa atençliO s6bre o HOMEM, COMO oa:nr ro PRIMEIRO DA TEOLOGIA tt 1:'0N1'0
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FLEXÃO TEOLÓ(HCA. porq11e o te6logo Sllbe que os rínicos objetos que êle pode compreentler partt conhecer e,!Jtingir a Deus. J'<ÍO o homem e as experiências Jumumas - especialmente o homem e suas experiêncilrs vividas enqrumto lug(,r onde se siwa a 1:.·ncarn<1çtío'' ( pp. 73-74 - o destaque em versalele é nosso). Como para o Irmão Charles Henry a Encarnação se co1\funde com a evolução, não vemos bem como essa "teologia ,mtropocê111rica" chegará à transcendência de Deus.
Secularização e desmitificação O terceiro -
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e importantíssimo -
1em.1
da "nova teologia", sôbre o qual se apóia a ··nova edesiologia''. é o da ··seculatização'•. Trata-se de aplicar os princípios d-a ''nova teologia" à situação atual da Igreja e do cristão na ordem temporal e no mundo da atividade secular. Depois de descrever. · à sua maneira, o mundo de hoje, o Irmão Charles Henry afirma: "Pa,.a mim, isto é 'claro como o criswl. unt tal m1mdo é incapaz de compreende,· o evangelho da (:ra cristã. Conseqüememente ,, Secularização implica num esfôrço par<, eliminar da m ensagem evangélica nulo ó que é mito, e é isto o que quis realizar o nôvo Catcci.,mo holandês. [. , . ]. O que está realmente em causa niío é só a reformulação das crenças tradicionais, mas ,,-ata-se dt! despojar o teologia destas fórm ulas devidas (1 uma ,,;. são do mundo e " st'stemas /ilos6/icos que correspondem (l época grecq..1·omana e ,'l era pré-científica. Trata..se de substitui-las por uma linguagem compatível com a viJ·ão do mundo co111empor.ineo. nossa mentalidade ciemí/ica. nossa orientação filos6/ico-psicol6gica . [ ... J a Secularização e a desmito}ogiz.ação do Evan~ gcllto não são um mal [ .. . }. Foi o Vaticano /1, poder-se-ia dizer, que inaugurou ,, teo/o.. gia da Sec11larização ( ... )" (p. 74). Quem tenha tomado conhecimenio do número de abril-maio de 1969 de •'Catolicismo", não pode deixar de notar a enorme semelhança que há entre a doutrina dos "grupos proféticos" e as palavras do Irmão Char• les Henry. Essa semelhança fica mais nítida à luz do excelente estudo publicado naquele número, sob o título de ,.,l nsubordinaç,io. üdcsalienação", /lo de meada dos mistérios "pro.. /éticos". (;. de ressaltar o empenho de um e outros em promover a ·'desmiti/icaçiio" na Igreja, considerando como mito tudo o que se opõe à filosofia existencialista que adotam. É interessante destacar, também, o apoio que o Geral lassallisla presta ao -pernicioso "Nôvo Catecismo" holandês.
Conseqüências poro a vida da Igreja e das almas d&se edifício doutrinário resultam para a viCharles Henry 1rata das conseqiiências q ue Na sua segunda conferência, o Irmão
da da Igreja e para a vida religiosa cm nossos dias. Três são as conseqi.iências mais impor1an1e..~. CONTRA AS l'RÁTICAS RCl,.I(;IOSAS "('RADfCIONAJS
Em ,primeiro ,lugar, deve-se considerar que a "nova eclesiologi<," Jeva a uma nova maneira de encarar a renovação espiritual. Tôda renovação deve, segundo o Concílio Vaticano II, basear-se sôb.rc a conversão íntimn. As prá1icas religiosas fluirão dessa conversão, mas serão as "propo.rurs po,· l esw; 110 Evangelho e vivid"s pelos primeiros crisuíos, e mio o progr<mw vadado de prátic,1s el"bor,ulas pel<ls escolas de eJ·piri1turlid,ule Jnmces,,, espa11holt1. iurliana ou ,mglo~saxônica~· ( p, 75). Assim, o orador considera inapelàvclmente condenadas a dêsaparecer, ou pelo menos a minguar muito, uma série de práticas tradi• cionais de devoção, cnt-re as quais as dirigidas à Santíssima Virgem e aos Santos, a confissão freqüente, o jejum e a abstinência. a assistência quotidiana à Missa, as novenas, in· du1gências, primeiras Sextas-feiras, Hora.s..·santas, Bênçãos do Santíssimo, etc. É incrível que um homem que se vangloria de seguir a evolução dos tempos não -petceba a conrradição em que se põe, prognosticando o desaparecimento das devoções que a Igreja engendrou através dos séculos, não pa• ra substituí-las por outras mais recentes, mas pelas práticas da lgrej:. primitiva. E dentro desta contradição há ainda uma outra, que é a de incluir entre as práticas percmptas êle que deseja a manutenção das "vráricas propost<1.r por Jesu,f 110 Enwmgelho'' - . ah! mesmo o jejum. Nessas suas contradições nao está o Irmão Charles Henry em boa companhia. t vêzo próprio dos heresiarcas incidir cm contradição. IGUALITARISMO COMUNISTA, SOR PALAVREADO
VSEUOOCATÓLICO Talvez não haja. nestas tristes conferências, um trecho cm que o desvio doutrinário seja tão explícito, quanto o q ue se refere it autoridade. A nova concepção da autoridade é a segunda conscqliência importante da eclesiologia secularizada. Deixemos falar o próprio .I rmão. "A Igreja - diz. êlc - Cl'esceu mmw .mciedade de tipo mo1tárquico, uma sociedade hierârquica e patriarcal, na qual. a ,Jesifinaçâo ,,ara uma /unçii.o revestia um homem da au .. toridode, sem levar em considcraçiio seu talento, Esta noção pragmática da autoridade cedeu lugar ã uma noção carism<Ítica. Em nossa época, a autoridade deriva ,lo rnle11to, não d11 nomeação,· o /romem que tem as i<liias, a ,esposta. as intuições, a capaci<i<lcle. n competência, êsse é o homem que exetce " autoridade. Na Igreja p6s-cristã, ( ... 1 o homem l/1/C tem o carisma é que exerce a autori<lade. Karl Rahner, Benwrd Hiir;ng, Schillebecckx são ouvidos mais âle1,rame11te que os Bispos das Dioceses on de éles escrevem e falam . e temos visto depois ,l,i publicaçiio da Eucíc/;ca "Humauae Vitae" que êles são ouvidos até mais que o 11r611rio Santo Padre. Mns é preciso niio esquece,· que, 110 nwis ,ias vêz.es, o caris• ma, a voz profética não é próprlo a um buli"íduo, mas à comunidade. A comunidade possui o.,· carismas necessários ti sun vida e à sua direção. Os carisma,\' individuais wlo cerwmente aparecer. mas 110 interior da comunidade. e será a comunidade que os julgará e os deverá ratificar. Qmm,:/o a comunidade 4e retÍne para tice,.. tar deciJ·ôes práticas. o homem 110 qual se re .. conhece um cariSmtl leré temvoràriamente a tmtoridatle. mas, a paf\lir do mome1lto ~m que comunica suas opiniões à comrmidade, éle entrega a esw sua autoridade e se em.-01111·a. po,· .tua vez. sujeito às decisões dela. Se tal é o nôvo conceito da autoridade, nós nos de\1emos preparai' para ver mmiançaJ' nas esrrmul'as da Igreja, assim como nt,.í estrutrt· rns da vida religiosa" .(p. 77). É claro demais. O lrmão Charles Henry prognostica o advento de uma Igreja sem Papa e sem Hierarquia. inteiramente igualitária. Em suma. uma outra igreja que não a fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Aliás, é a transposição para o campo religioso do pro• grama comunista. ê a utopia de um mundo igualitário e anárquico. IRMÃOS DAS EsCOLAS NÃO CRISTÃS
O apostolado é o terceiro aspecto importante da "11ov<1 edesiologia". "No perío1o ltist6rico..cu1tural conhecr'do sob o nome ,le era cristã - é o orador qu,cm tle caritlade( e os esforços dos missionários visando obter éõnversões. o afirma - o apostolado :significava as obras
Em geral ô 11postoüulo r<•,·esria•sc ,lc uma forma i11s1itudonal: hospiU1i,f, escola.r. Ol'f<I• nmos. por exemplo. Na nova erll em <1ue e11trt1mos, [ . .. ) os cristiios - e êstes crlsrãos pt,rtic:ulares dw• nwdos Religiosos - viio de preferência p (·netrar o trab,,/110 inst;,ucional ela .rocie,ltule civil e ,,m·ticipar do.t trabalhos da socie<ltrde civil [ ... j. No âmbito ecumêni,·o os R eligfo.. sos 1:olabor<1m com orutt1.\' igt ejos ,·ri.\•t,ís ou com *'igrejas·• nlio ,·risuis <1 serviço das na· ções em via ,le <lescnvolvimenro. ma.,· mio ,)s.. queç<1mos que as boas obras co11sti111em sV~ mente 11111 ,los J·ewres ,lo aposro/ad<>. A Igreja é principalmente uma comrmidade profética <rue proclama o Evm1gell10 e a t>resença do Espírito Samo por sua vfrla t'm comunlrâo. su(I. liturgia. su<1s pala"ras e seu.,· 1110.t,· em owras palavras, a 1/.:reja por sua , m1turez<l é ap<J.~r6Jica e mission6ria, da é procfo• nurç,io profética pelo simples Jato de swt t>rt•• sençt1 ,,i$ívcl e viwl no mmulo" (p. 78). O Superior Geral dos l.rmãos das Escolas Cristãs tem ainda outras afirmaçõe.s igunlmente êlestoantes cl;l doutrina cató1ica. Dccenhamo-nos porém aqui, para não alongar ain-da mais esta resenha que já se torna demasiado extensa. Não é difícil adivinhar as conseqüências que êlc tira, dessa estranha "teologia" , para ~\ vida dos Religiosos no mundo de hoje, e de modo particular para a Congregação que está sob seu govêrno. Esrn Congregação, fundada por São João Batista de La Sallc 1para (1 educação da juven• tudc, tinha o nome de Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs. Mas como (alar agora cm escolas cristãs. se nos enconc.ramos numa era pós-cristã'/ Como folar em Irmãos das Esco• las Cristãs, se êstes não mais deverão ter e.').. colas e não devem também, nas cscoJas leigas cm que trabalharão, fazer esforços para obter conversões ao Cristianismo? E por q ue, mesmo. falar em Instituto, se. caml-Ohamos para uma Igreja "profética" que tende ., se descm• baraçar de tôdas as formas institucionais? A Congregação dos Lassallistas. como a idealiza seu atual Superior Geral. ,melhor conviria o nome de ,{Comunidade p.r o(ética dos l rmãos das Escolas não cristãs". ou então de·• clarar-se extinta, pura e simplesmente.
Precisaríamos ter chegado a êstc momento insondàvclmen1e dramático da história da Igreja, ,para ouvir do Superior Geral de uma Congregação Religiosa da importância do Ins1i1uto dos Irmãos das Escolas Cristãs, um elenco de teses tão .rombudamente anticatólicas. Lembremos que êle negou ou adullerou gravemente, cm apenas duas confcrênciast os seguintes pontos funda men tais do Cristianismo: a natul'ez.a transcendente de Deus~ a imutabilidade do dogma; a Encarnação e a Re• denção; os Novlssimos; o pecado e -os fundamentos da Moral ca161ica; a estrutura hierárquica dada à Igreja ·p or seu Oivi no Fundador. C(C,
Tal é a gravida<lc da sitoação em que nos encontramos, que o I rmão Charles Henry con• tinua a dirigir a Congregação dos Lassallistas e, cerian,ente, não perde oportunidade parn apregoar aos quatro ventos o que êle considera uma conquista irreversível dos novos tempos: o advento de uma Igreja secularizada, evolucionista e igualitária. Na opinião de ,um Bispo que "Documcnts-Patcrnité" cita sem Jhe declinar o nome - as conferências do Irmão Charles Henry constituem "uma 1,rova irl'efutável do que um espfrito imbuído do sentido da Hist6rit,. d"s "º"idades. pode tirar tio Mtlmo Concílio. Í:. um exemplo rfpico do que se faz cm t1ua• se rôdas as Congregações Religiosas. Mas o <1ue 110J·sos reformadores 1uio 1êm a coragem. ou a imcligêndt1, ou a ingenuidade de afirmar claramente, vosso Superior Geral rem o mérito de o fazer de maneira magistral. ê um con1ra-eva11gelho o não uma liter<1turt1 ~,,6sGrist{l' ( p. 35). No 1nomento e1n que maus católicos, q ue se intitulam a si mesmos de moderados, 1iiu• bram cm manifestar um otimismo tolo, afii·. mando que não há crise na Igreja e que -mdo vai mu.ito bem, e contribuem, por êstc m9do. para o alastramento das chamas que envol• vem o edifício sagrado da Igreja, tomemos nós as palavras inspiradas <lc São Luís Maria G rignion de Montfort: "Fogo! fogo! fogo! Socorro.' socor,.o.1 socol'l'o.' Fogo na casa de Deus! Jogo nas aforas! Jogo mé no santuário.' Socorro, que ossas$i1wm nosso ir1mio! soccr• ro, que• ,iegol,1111 no.tsos filhos! socorro, que aprmlwlam nosso bom Pai.'" ( Oração Abra• sada) . Acau1clar os católicos de hoje contra os arautos desta seita que recebe ora o nome de ..Igreja-Nova•·. ora o de "Igreja conciliar·•. ora o de "lt reja strbteJ'ránca"' e. enfim, o de "lt;rcja p6J·.. cristã", é a melhor for-ma de serviço que se pode presrnr, ,nesta hora, à verdadeira Esposa de Cristo.
LtlM OA "Ml\NSAGE~1" do Padr• Olcs,;bnch II Leopoldo ll, ex.lsle ou1ro documento da u Amidz.ia" sôbrc o proces.-.1:> revoludonúio. .t o ,.'l'apel da AC durante u Revolução". cscrUo por um •'An\igo" de Turim. Certamente seu autor núo é o Padre l.nnteri nem o Padre Dic.ssbncb, mas o estudo de seu texto tem interêssc por revelar como cJr.. culavam essas idéi.as entre os membros dn sociedndc.
-R· ,,.
... .
ACONTECIMENTOS ENTRAVAM
o PROGRESSO DA ''AMICIZIA' 1
Como é muilo mais frnco do que a ''MerlSa• gcm", e contém alguns exageros que revch\m uma pena entusiasta do nposlohtdo da ºAmkí• 1.in", vamos procura_r resumir o mnis pos.,;ivel o seu contéudo. Ao que pnre.ce, foi escrito nunu, 'época em que tinham aumentado as tspcranças de um!\ breve derrota dn Revohit-ão F'ranccs::l. A presença do Conde de Artois e do PrínciJ)C de Condé cm Turim provocara entush,smo e tnmbén• um conhedmento mais amplo dos fatos que se pasea,1am na Frnn~a. Daí um maior discernimento do autor com rclaçiío ;10 perigo que êsscs fntos rcprcseota..-;nn para os outros 1niíses. perigo sôbre o qual êk chnma a nten~ão dos leitores.
T ambfm no ''Papel dn AC'' o ctcsconhed• rnento da Revolução nns tendências conduz ;'t perspectivas falsas com rc.fcrêncin ao processo revolucionário e, por conseguinte, a tonclusõe..,; 5upcrficiais e um pouco ingênua.,. Depois de des crever bem n penetração das idéhlS revoht• cionárkt.$ cm todos os povos e moSCrnr que ehl era fruto de manobra~ de políticos e Heer11tos hábeis e perversos, conclui o nutor <1uc nem umn coligação de todos os Soberanos poderi:1 agora extirpar da sociednde êsse..~ erros, e prc• vinc os católicos coolrn a "presun~âo" de alguns que supõem necessária uma iotcrventiio cxtrnordinárin de Oeus para suslar n. propagtt• çiio de tais erros. Passando ao estudo do.ç nte• didas que devem ser tomadas contrn tão grande mal. considera "inadequodos alguns meios usa• dos peln rgreja. con10 n majcstode do culto, os Sacramentos, a pregação e, em parte, ns Ordens relfgiosus, cm virtude dos preconceitos que confrn êlcs estão largamente diÍlmdido.,ç". Ora, per• JtUntnmos nós, se êsses me.los sempre empregados pela Jgrcja para santificar os bon\ens não eram reputados suficientes, como niio pôr " esperança nos meios extraordinários?
U
DESVIRTUAM COM IMPUNIDADE A MENSAGEM DO EVANGELHO
M DOS MAIS lam•nt,vel$ • dolorosos a.sp.e:ctos do avanço da subversão esquerdista nos dias que c:orrem, é o concurso que lhe empr~1am ponderáveis setores do Clero e do lakato c:atólicos, via de regra sem sofrer por isso sanções da part.e da Hierarquia F.,clesi.. útica. Ainda rtcentemcotc comentávamos nesta coluna, sob o tílulo de ...Laboratórios sombrios para produzir todo êrro» ("CatoUcis:mo''. n.() Z34, do junho de 1970). as doel•rações formuladas por dois Bispos • IZS clérigos que par1icipamm das reuniões do ºMovimento de Saccr· dotes para o t'crcei.ro-Mundo" rt:fll.iu;das na cidade Ar~enrinn de Santa Fé. Proclamavam êlcs abertamente? s ua adesão ao processo revo~ lucion~rio socíalista e suas simpatias pela "ex• periência pe ronista''· Depois disso os jon\ais nolid.o ram a pardcipação de leigos católkos e de pelo meoos um Sacerdote nos. atos delituosos que culminaram no assassinato do Geoernl Pedro Eugenio Aramburu. Como se viu quando estourou o escândalo dos Dominicanos brasileiros comparsas do ter• rori~ta Mnrigbcla, não faltam nos meios católicos os partidários da política do a..-es1nn. que porfiam em mergulhar a cabeça na areia diante dessa tempestade que des.'lba. Outros preferem astumir uma atitude pseudo•equHibradn em face dos discípulos de "Chc'' Guevara e de Ciamilo Torres. Pfl:ra O. He.lder Câma,r a e sua corre:nlé, por ex<implo. aquêles que optam pela violê.nci.a o faum como revide diante de unta alegada violência instituclonaliiada prHxiste11te e fruto do que clrnmam de estru(uras arcaicas do capi .. talismo colonl'z.ador, espécie. de sangue-suga do mundo subdc.senvolvido. A TFP vem-se entregando a um enorme c5.. fôrço de: csclareclme-nto da opinião pública. denunciando a ~1çâo corrosi..-a dos t'grupos profético~·" e do progressismo em geral, da qual E amostra '! pregaÇRo ~1Jbvcr$1va do tristemente famoso Pe. CombUn, que livre.mente circula por tôda parte sob as asas protetoras do Sr. Arce.bisPo de Olinda e Rec.lfe, sem que haja quem lhe detenha os pa~os nessa faJoa criminosa. E bem recentemente a Sociedade Argentina de De.. resa da TradJ~.ã o, Família e Propril!dade ~m.i u a público para com todo o empenho reclan>ar do Episcopado platino urgentes modidas que ponham c6bro à pro1mgação das ideologias s ub• ,versivas nos ambientes católicos, exercendo sua
O meio que o nosso autor propõe rtvt1a o seu desconhecimento da Revolu~i'io nas tcndên.. cias. t a simples exposição da verdade, por uma difusão maciíA de bons livros. porque n verdade ué bastante beln para atrair todos os espíritos bent formados sem precisar do socorro de belezas estranhas'' . Segue-se daí que só o np-0s.. tolodo dtt u Amicizia'' poderh, conter n Revolu• çi'io, desde que os seus membros se compenetrassem dn importância do trabalho <1ue reali-utvsun. O fato de. considernr a Revolução nas idéi.9S a nlavanca de todo o processo revolucionário ltva o autor a essa supercstimação do npostolado que a "A mki:zia'' reaHza vn. ~e. não ua o pe.nsamento do Padre Lanteri nem do Padre DiessbAch, ambos empenhados em difundir n vida sacramental, os exerdcios espiri• (unis, as missões, o culto católico, de. Na "Mensagem" a Leopoldo n. uml.l. das medidas propo~1ns ao Jmpen1dor é a pregação de missões em tôdu n extcnsiio do Império para dispor as nlmas o receberam bcrn o apostolado da difu• süo de hons livros. Rm todo caso. fica patente <iuc, ni:to tendo a "Amiciz.ia" uma noção explicita do papel das tcndêncfa.~ 111., Revolução. essa lacuna no couhcdmento des1a t'tltima enfra4uc• da os meios contra ela usados pc.l o sodnlítio. Niio queremos de. modo algum d~mereccr o trabalho apostólico dn "Amicizia". que foi ,um dos nrnis importantes do século XlX. F~tmnos npcnas pesquisando os conceitos correntes entre os "Amigos-" , para mostrar que êstes niio tinham um conhecimento nítido da e~ência da llcvoluçiío, o que lmpedíu <1ue fôsscm aindu maiores os aliás not:h·eis resultados que obtiverãm, com tanto zêlo e destemor. em seu upostohtdo. J1í vimos c1ue os acontecimentos políticos t u• travaram o progresso da '"Amidzia" em Turim., últimn década do século xvru. O Piemonte., com fronteira t ·OU\ a França, cnconlrava-sc ex .. posto a graves riscos. Ora invadido pelas trOJh\S revolucion~rias, orn pôsto sob a proteção da Áus lrh~. era em seu território que se dav:Hn os choques polílkos e militares mais diretos entre :is fôrças contra•revoluciomírias e revolucioná• rfos. Compreende-se a agíla(ào dos espíritos nncc e-~a nnJeatn permanente, êsse p~rlgo imediato. Com isso n de-dicatão à "Amiclzia'J diminuiu e os frutos não foram os que se podiam esperar. Não era s6 em Turim que o sodalicio passava por uma crise. TamWm na Áustrht a deteriora• çifo gradual de tôda a sociedade recebera da Revolução France..'ra uma aceleração bem grande e disso se ressentia a obra do Padre Dlessbach. ~11bido que nu vários futuros contra-revoJu .. ciOI\IÍrios acolheram, de: 1•,fd r. os acontedmen•
m,
e
autoridade para castfgv rxemplarmente os culpados (texto na última pág,lrui dt-sta edis-ão). Mercê de Deus, a voz da TFP brasHe:lra e das sociedades co-irmi\$ que se vão espalhando por tôda a América Latina vem encont·rando eco em seu clamor. Ainda no mês passado cerca de fre7.cntos católicos argl!nUnos, dos mai.~ va· fiados sctôre:s s:ocials dR nação ..-i7.inha, subscn• vernm uma declaração c.xprobando, a propósíto dos fetos ligados ao assassinato do ex-Presidente Annnburu, ~a c.1eandalosa contumimição dos meios católicos. Damos a st,:uir o texto do documento conforme foi publiCado pelo diário ~•La Nación'' de Buenos Ai~, em sua editão de Z de agôsto último:
º Diante dos fatos que comovem a op1mao pública e que provocaram a rcpulsl\ do povo argentino, os s ignatários dêste documento ele-• vtnn s ua vo7,, em momento deci$ivo da vida na· cional, para dccfarar o seguinte: " J - A Igreja Católic-a Apostólica Romana desempenhou desde os albores da independência um plÍJ>el preponderante na fo'rnutçâo da consciência nacional. e isto ficou reconhecido nos próprios tcxlos da Constituição de 1853. "2 - Observamos com profundo pesar e. alarma que- nos fatos criminosos que culminaram com o ns..~-assinnto aleivoso e covarde: do Sr. Tenente~Cencral Ptdro E-u genio Aramburu fo. rum indiciados c.o mo purfic.ípantes, cm maior ou menor grau. um Sacerdote e leigos católicos. "3 - o ·o mesmo modo, e com vergonha, vimos que outros Sacerdotes, sem ~pcrar o vcredícto da justiça e surdos às dirdri7..cs da Hierarquia Ectc.,;iás lica, fizeram declarações que constituem uma, homenagem aos prc.,çurnívti.~ culpados. 14 4 - Comprova-se de um tempo :, es1a par.. te que certos membros do "Movimento de Saccr.. dotes para o Terceiro-Mundo1t têm feito dn viol~ncia e do colellvismo marxista a base de sua açÃo deslrutiva''. "Os fatos assim assinalados - prossegue mais adfante: o documento - como outras ma nifcs• t·a çõcs anteriores de agressiva insubordinaçÃo por parte de aJguus Sacerdotes, configuram uma situação de verdadeiro comprometimento para
tos fra.nce.se-s com slmpat.la e só pouco a pouco foram abrindo os olhos. Mesmo entre os que não chegaram a se converter à Confra-Rcvo1ução, muitos perderam os ,an1igos preconceitoscontra a Jgreja e pas..~aram a olhi\-La com relativa desprevcnçôo. Essa mudança de mentalidade abriu caminho para a restauratão da Compaubin de Jesus. o que constHuí.n um dos maiores de.. sejos do Padre Diessbach, tle não deixou de aproveitar ~1'1 oportunidade, empe.nhando-se n fundo no desbravamento do terreno para a ressurreição de sua antiga Ordem. Como era ho• mem de extraordinária alividnde, a sua atuação nesse sentido nüo prejudicou a "Amkl-z.ia", que êk continuava a dirigir com a efkiência de sempre. O mesmo não se deu com os seus díri• gldos, que viam se abrirem novos rumos para as suas vidas com n perspcclivn do ressurgimento da Compnnbin.
8nfre as vúrius assodaçõts rellgiosas criadas pelos anHgos .Jesuítas. a Sociedade dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, fundada p,,los Padres Léouor l'i'rnnçols de Tournély e Charles de BrOJtlie, era a que mais relações mnntinhn t:om li uAmici:z.ia"; t'StR era ajudada por ela, e por sua vez nuxiliava a Sociedade do Coração de Jesus. O Padre Ciuseppe Slueo de la Torre, que estava à testa do. " Amictzfa" de Viena. npro· ximou-se mais dos Padres do Coração de Jesus. acnbando por ingressar cm seu ~rêmio, e desde l!ntâo o seu - intersêS$e ptla uAmicizia" foi diminuindo. o que provocou sérios di..-ergêncins enlre os dir{ge.ntes dos dois sodulícios. Foi mais unt empecilho pura o pleno desenvolvimento da obra do Padre Dlcssbach. A nuitêncht do Padre Vlq;lnío. <1ue St encon• trava isolado cm Pa.ris, e os ,acontecimentos políticos tomaram ês.scs dc-.t anos de vtd·a da "Amicizia" muito difíceis. Parecia que o · apos• 1olndo iniciado com pers,pectivas tijo promls.,çoras ia fracassar, ;1rrastado pelo torvelinho revoludonárlo. Ernrn. no entanto. cruies como as qut' Deus envia a todos os bons empreendimentos, e o Padn Lrmteri e seus companheiros sabiam que elas são verdadeiras propulsoras das boas obras. Fnzlan1 o qul! tra possível e confiavam na Providência. esperando dias melhores para um trabalho mais dicaz.
Fernando Furquim de Almeida
u Igreja Católica cn1 nosso paf$, Já que êles .st acham cm aberta contradição com a doutrina sodaJ da Igreja e debam a nu a i.rttspon,1i-abm.. dade dos que, amparando-se cm sua condição sacerdotal. desenvolvem a mais malsâ pregação. a serviço de. uma concepção anticridã''. Acrescentam os sign:,tários que, pclaç rn:2'.ÕC.'i enunciadas, conside.ram de se-u dever declarar como eatólicoS e como cidadãos argentinos que: 1 ' 1 Repudiamos os fatos criminosos que comovem o pais, e os q-ue os insCigaram, pre1>a• ra,r am ou executaram. "2 - Repelimos a exaltação da violência que certos grupos de Sacerdotes chamadoS cató• lkos vêm realizando há ctrto tempo, e que. comes-a a produz.i r seus sinistros fruto.,; de sub· versão extremi.tt:.1, por ser totalmente contrária à doutrina crislâ e às mais earas tradições de nosso pais. u3 - Solicitamos respeitosamente aos Srs. Bist>os que afa.ffcm da5 fileiras do Clero ês:scs íalsos profeta.i, os quali difundem sua nefasta pregação de dentro dos próprios seminários, uni• ..-el'$idades, movimentos e grupos católicos. "4 - Solicítamas também com todo o res• peito aos Srs. Bispos que utilb'.cm todos os meios conducentes a esclarecer definitivamente, aote a opinião púbUca . a posição da Hierarquia E-clcsiáslica arge.ntina cm face do denominado ºMovimento de Saee.rdotc.~ para o TercciroMundo'', de onde têm ~-urgido, lamcntàvelmente. tantos apóstolos da violência t até po~íveis delinqüentes. "Vi.mos, por fim, solicitar da Hierarquia Ecle! iásUca que extrça com firmC'l.a a autoridade que lhe compete, e que a gravidade da hora reclama. con1rn todos aquêlcs que, a serviço de objetivos claranlente subversivos. vêm dcs-virtuan• do até agora, com impunidade. a mensagem evangélica, na certeu de. que ao adotar medidas i;raves e. doloro~-as a Hierarquia caC61ica, apost6• lica e romana contará com o apoio uninhnc do l'aicato fiel e com o agradecimento profundo de todo o país". Por Ot'dC se vê que ta.m bém na Argenti.na reina a mesma perplexld:1de cm fact de um problema cujos par-dntctros ultrap8"-am suas fronteiras: é o mesmo fenómeno que aqul simul· tâneamentc notamos com o mais profundo pesar.
J. de Azeredo Santos ?
■ Af-OJLXCISMO ,lit• 7 tlê.-,te ,,rê.-.
brasileira. que
••catolicis111,o •• 11,ne•se ao jiíbilo ,te tôtla"
celebrt• 111,ais ,,,,,,, ani.,e rsário ,te s1111, intle11en1lê nci 11. 'E ao ens êjo ,ta nobre efen,éri,le co,110 todos o.-. qr•e nesta iôlh,1, 111,i /ita111, • co,,, i••••rões ,te ,lireçiio ,,,,, ,te a1l111,ini.straciio. ,
-
,
• ao.-. pe.-. ,la 1,111,,ge,11, ,te
re,latore s. colab1,r11,1lore .-. 01• 11ro1111,g11,n1listas , • , Ios t e rr11ri,'!it,,.-.. N osst• Senhora dt• Co,,ceiçiio. v•t••••a
,'!IÓ
que
li.,re
o
Br,,s il tio
tk• se,le
e,,, S ,io 1•,•••l,,. 1111,r11, p e ,lir
Pres itlência ,lo Co11selho J\Taciont•l 111• S en,/1,ort•
e,,,.
ila11elo
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,t,, 11rogre s s 1.-.1,10. •
,lo co11111,ni.,;11,.,, e
assi,,,. po,lertÍ ,., Terra ,te S 11,nt1• Cri•!ZS reali!ZSt••· - c,11110 le111l1ra.,,1, o l•r,,i. l•ti,,i,,
.Corrêt• ,te 0/i.,e irt• e,,,. r e cente 1lisc1•r.-.o ,liante 1l11111•ele ,,,e..,,,,,, 11r11,tório • •• t,.,to ,,qui.lo que esta.,,• 1,as intenc,ie. -. ,la Provi,lê ncia q •• e elt• r e 11,li!ZS11,s.-.e. ., Pe,lro I bru,lou '"ln,lepentlênciu ou 111.orte ••. e ,lo alto ,l,, Cé•• ,,, Virge ,11, S 11,nti.ssi1n1• • • sorr,.• '!lo ,,,,,terno••. ,ler• ao Brasil nôvo o s e•• pr1,n1,e1,ro
TFP ARGENTINA CONTBA OS PBOGBESSJSTAS E OS 1ALSOS MODEBADos· SOB O TITULO ,le "A 1'FP. 280 mil orgcnfinos e OJ' Scict:rdous do T ercdro• -Mundo", ,, Sociedade A rcem;,w de De•
/~sa ,lll Tradição, Familia e Proprie,fcuJc lançou 110 dia 6 ,te agôst<> ,,.p. mais um "Diálogo ,UrectQ cm, el ptíblico ,,rgt!ntiuq'' - volan1cs distribuídos na vi:) pú .. plica pelos sócios e militantes d3 enti• dadc - contendo vigoroso pronunci"• mento sôbre a participação de membros do chamado "Movimento tlt• s,,cerdote., 1uu11 o Ttr cciro-Mu11do11 e de associações o u grupos vinculados ao Clero 1>rogrcssista, nos recentes .1con1ccime1Hos que
abalaram a nação vizinha. O documento
M e,lclliu. .tolidori uun-.tc abertúm~ult· com " rcvoblç,io ,·iol cn ra pt,ra lcw,r a cabo "mudm1ças radicais'': b) Conselho da Associação dos Jo. l'CIIS da Aç,io Cotólict1, por int"fmé,/io de seu Prcsfrh•mc e sete Vogais ("La R o-
zó11", 16 tio julho R,P,): e) Movi mc11U,1 Pnmiliar Cri.rttio, pe/'1
assinmm·,, ,Jc seu Assessor Eclcsidl·tit·o e de di rigc11tt•s :reus ('La Uaz.ón", 16 ,lc julho), e uma segu11clt1 11cz. 11or meio ,te .má CmniJ'.J·,io A 1·q11i,t;uceso11a ("C/a1tíu'1, 4 <l c aj!Ôsto):
teve larg;1 repercussão em todo o p;1ís; SS mil exemplares do "Ditilogo Direc10" se escoaram, nas ruas mais centrais de Buenos Aires, o texto foi reproduzido 1>01' dois dos principais diários J>OTlenhos, "La Ra.z6n'' e ''La Nación'' e 3 agênci::i ''TeIam'' d istribufu-o a tôdas as cmis,sôras de rádio do Interior. Uma scman:i dcr,ois, o Episcopado Argentino dava :: lume uma nota censurando :1 dcclar;lÇ:io emitida pelos membros do "Movi me nto de S;) cerdotes para o Terceiro-Mundo" rcu• nidos cm Santa Fé, a que ;:ilude o pronunciamento da TFP .platina, e reafirmando o direito de propricd;idc. Essa nota dos Bisp0s não foi, entretanto, :acompanhada de nenhuma medida dis• ciplinár concreta contra os culp:1dcs. ~ do seguinte 1eor o pronunciamcn10 da TFP plat ina:
,J) Feder<1f,1t> de Agrupame111os lntegralistai U11lv(•r.riufrios de C6rdobu (" Lu l fo t.á11". 13 ,le julho):
uA TFP ,tirige•.fC ii 011i11icio 1níl>lica ,lo PilÍ.\' para ,lecfort,r:
• 3 - No <li,, 2 ,lc mt,iQ de 1970 t:nccrtou-sr ~m Sattlll Fé u m C.IIC()lllrO ele tri .\· JiuJ· de Sc1ccrdo1es tio TerccfroMundo, com u porrici1u1çüo de 120 ,,a. dreJ· e ,te dois Bispos. Mons. A ntoui() De,1010, de Goya. C<>r d cuu!.'i, e Mon.,. Antonio Frosca, ,Je Rafnc/f11 l'ro11i11cia de Santa F t. No fim do r cfer id<> em:011tro emitimm t'lt.•., umu declt,roç,í(J 1111 <11wl tlium: ''O Mm,ime1110 definiu-se pelo soci,1/ismo 110 semido exposto. considerü-lc mais de àt'tifl/o com ,, E.,·,111gclho e como um do.-r pri11cipuis e{emt:mO.)' <111e. 11esstt onlcm , coustituem o s;,u,/ do.\· tempo.-/'. '•Nlio vbs1011u•, consitlemmô.-r <111,• mio h<lw!riÍ .'iod,, /ismo autémito na América Latina sem essa 1omadu ,lo poder por '1uté11tic os rew,tu(.i(mários, .tlll'J?hlos ,lo ,,ovn I! f iéis a ê.uc''. " Rmificamo:r o dito e reali1.,0do pe1',.t inttgrtmtc.-r de MCJvim ellfa m,~· ,irões po1mlares de C6rdoba~ Ro.tório. 1'uc.·umán, /;/ C l u>t:611. c.· tc., que 11wrcartun naw,.t etapo,,; ,w processa dn liber· ,,,çiio 11,1,;io11t1t" ("La l'r"11.rtl ' . 3 ,hmtÍt() p.p.). E.rws dcclurnçõe.f. para quem com· pn•emle tJW~ ,, ,Jo111rim1 é o ,1111ecede111c 11cccs.ir6rio dos jflto,t e ,,11e a Rcvoluçii<> sojísticu precede· ,t Rtv(}fuftío práticu (,·/. Plinio Corria ,h• Olj,,e,'ra, "Revoluci611 y C<mtmrc, n/m:ió11", Edicione.t 1'radic i6,,, FamWt1 )' l'ropiedad. p. 78),
• I -
"º
Os recentes- uconttc:im e11tos li.
ml,m ssb,ato do Te11c11te-Gem•ml gados Pedr o E ugenio A ramlmru I! ao t1S,f(l/tO tia cMadc de La Caforil puseram cm cvi ,lência que se e11co111rn111 • implicflllo:r 11es1cs fato.ir, ou Juí /ll't"'c suspeita de que o estejam , o l'e. Alberto C(lrb(m,·. cx•ll$Sessór <-'spiri1tu1I do Conselho Ar• <1uidi ocesauo da Juvcutudc Estudcmtil Cmóljca, membro do Scc.retaritulo dó Movim ento do Terceiro•Mu11do, e ,/ire• 10, de "E11lacc", órgi'i.o J;s.rc nu111imc1'• 10, o Pe. Fulgencio Roías, ex-Cape/tio do Liceu Militar General Pt1t., ,Jc Cór• dobt1, e vários jovenf cat61icfls, integra"• tts ,le movhucmos de t'J)os111lodo leigo. alunos ,la Uuivcrsfrlade Católica de Cór, dobo e am,.'!os ,los r<'/eridO.' i :wccrdotc·s. ■ 2 Dir<:ta ou i11dir11ttm1e111c. soli• dariu1.r<1m-se com a 11/i!Ude 1·evoluciomJ. rill dos (1Cu,tculo.s 1'6rio.s· mo••ime11tos qur """"" t·m meio.r t·ll/Ó/icos, ,Jemrc os q1mis se ,!~·stac(1111 os seguintes:
a) Mov;11:c1110 ,lo Tcrc-cira-Mmulo, composto, scg,,,,do tlitcm, por trczc11tos Sacerdotes (''ú, Raz.611". edi~·õe...· do:; e/ia.ir 8, 21 e 27 ele julho p.p.), lnwJccmdo a m11oridadc tios docume11tos ,1sj·imulo.t por Bispos Lati110-amcrica11os em
e) Q Pc. Ct,rlos M 11gict1, cujal· .-rurpr,:. eudentes dcclart1çõe.\· de 15 de ju11ho p.11. ,Tii() públic'1s e 11011Jrfo.r ("l.a R11zón'', /6 ,le ;11/hoJ; ·
/) 1111w mlestio ;11Jircu1 que nos ;11. trre:t-su ,Jeslac,ir é o tJtu! apllr<.•ceu 110,\' jomafa' ,/e hoje ("Clm'tll'', ,,. 28), sub.)·• criw por ,luuma.v pt•ssot1s1 vâritts ,las tftwis pertencem às cla:tri.!s al(flS ,lo Ptl!s. /:,10 é uma pr,w a a mais ,/e qut Q /irogn:ssi~mo esquerdista pem.·trou 110s <1mbic1t1<•,\· m,,;s i nespt:rtulo.r, e <le q ,w t•Je niio é fruto da ,,abreu, c<mw ,,retendem seu.r /flutores - mlls ,le unw corrupção ide<>J6gfr:,, ,la qual .rão C'lt•J.' os r e.irpon.wíveis.
,,o,.
1t•riam l>dsfd,l o para compreemler p,irtt
onde cam inha o progre.'tJ'ismo. A Tf'l'
s,;
o .w be e <> mhrerte co11s1mut m <,,,,c. a i·ontmle suici,lt, ,/e mio ;ncomotlar..sc ou ,Je não querl!r ver " re,1/hladc per• mo11cc~ em '"'"' M1r,lct. r,•t1I ou 111u,rc11 t<.•, m,,s sempre c1ím11lice. 4
• 4 tste:r /mos i ncgá,,eis, qm· clwc.·am por sua e11idê11cifl c<11u1z de ulran'!S· sar as mai,t espessas camad11s t/(1 otimis• mo, ,·êm demon.\·trnr o llC<1 rlo e " ;,,, ... /Joruíncia ,las ccunptmlw ,; redliuulw; pela 1'FP, cspeât1lmentc em 1968 e· /969. /Sm / 968, ,Jirigiu "'" " " l {C\'(!l'('II IC e Filial M<'n.rngem tio Pflp,, Paulo VI", upoi mlu pt•Iµ assi11atuni de 280 mil m·• ,tc•111i11t)s, 11a quol se m,mifeslm·am " gr,,. 1·e.-r uprl!cn.wi cis pelt1s ,,gitaçiks e pelo.t 1lesíR11ios de ce1·tt1 minoria or,:tmizadtl ,h· rcltsitisti(;o.\' ,. leigos ,,uc .,·e prodamam cm61ico.i' ticrescemmulo <1m•. com efeito:
"essa minor ia difama ,, geueroli• dmh• tios /JispOJ t Sacen /OleJ· ,lt1 A rgt•11• 1i11t1 <' ,lc t{jda " América t,11i11(1, t1t: 11• .ramlo-o.\' de re1râgmdos e .mm com •ci[,11cio. e l!.\'nlu, ptJucos Bi.s·1w.,· do.t t/u(lls t!J.P<irtt npnio '"'"' " Jub,·(•r.wio c·o• m1111i.tfu,
,l utindo-A a um iguulitarlsmo 10111/. Cot•r~11tementc com i,'í.SQ, os "grupó.\' profi:licc.~"• propâem•se /tit.er ,lt, Igreja um i11s1rumt11l<1 tia revolução social propiciflda p('/<> com ,mismo, com o qual Nc.t .wio "fins. Em mm-ço de 1969 foi 1>ubliuulu t> m i''fmdici611, Fnmllla y Própie,lml" um,r ''Jmerprlar,io u Sa,·ertlolt:r soâai:r. ou socialista~·?,, /Sra ,lirigidt1 ,,o grupo dt• f>lldres que l,m•ht reali1.JJtlo ""'" mcmi Jcswr,io 11<1 />t(IÇu tle M11yo. 110 tlitt 20 ,leumbro (/e 1968. (!11tre ()J· qutt;s esu,. ,·um />r<·cú-m11c111c o Pc. Carbo11e e o Pe. M ugko, e /1<' rf(11,it,frcm,os-lhes qual o alt:auc:c de dautri,w .irôbre a rc• ,,oluçiio .meio/ tfut' sa ,Jcdartwam tli.,·• pQstos a '1poiar. A T FP dcmo11strtn·ll ffli<-' 110 mt•io ,las mnbigiiitlmles tfo,t prommciamc111os· dRsJ·es St,cerdote.,· csu,. ''" patellfe " i11te11(·,io ,te produ z.ir um,, mmla11ça 1•iole111n, m1 linhu tio ,·omuuisma.
.,,w
■
5 -
AN1' U A Sl1'UAÇÃ0 EX1$1'1~N TE, QUAi.QUER. M1mm A Sl~R.Á INÚ'l'IL. ÉN-
m,~·
"- es:ra mi1101·h, ,,uer in.,·tam·m· uma 1iro11i{1 pôlllt'c,,, s<>ciuf e econômicu que. a cxem11lo úe Filiei Cnsrru - pelo <1uul l'lt1 nwl tlissimula 5u a odm irarífr> - CQ• mtcc a con/iscar ll,f proprietfodes agrtÍ• tills e urbmws. assim como li.)' empre.ta.\' imlus1riais ,: comerciai.,:, e m:ahe por impla11u,r oficiulmcutt• o co1111111ismn. " - esJ·a miuaria, a fim el e obter " i11,-.1mo·llç,io ,Je tal 1irauit1, juJ.'tificu a \'i(Jl~11ci o ,fos massas e esuí ,Uirpostt, " as.~·u• mir " lider,mçu t/1;•:tws cm 1tru o.,· t>rov,.h·1,frios que mia uct>itcm p,,cijlc,1111,•nte o co11/isco de seus b,,11.f ''.
,lt,
é.'m co11seqiic111cil1 o.,· .-ri~1wuil'io,\' Me1Ma[fem imploravam ao Vigtirio de Cristo ''ti cul oçiío de mcdid,,.,. que eli• 111i11<.•m o trnvfssh110 petigo a que ess,, minol'ifl e.rpõc• (1 Argeutina,,. M e11sagn1s .semelhamcs· foram palro• c:inudas p1:lu TFP /Jrcuileif(J., pelo TFP c hilcnll e pelt1 TFP 11r uguaia, t01alizcm• do ,/oi., milhões . ,lc assinaturt,s ,/e sul• t1mc:rica11Q$. Em /969 ,lcscn vofreu.se a C(lmp(ll1/w de ,Jifusão do mímero l!S/>ecial tlc urn,. 1/iciúu, Familia y Propicdt1d'1 , ;,,,;,ulµi.lo "Gtupo:. ocultos tranwm " .~·ubvasiitJ nu Igreja''. Nesse mímeró /oi clc111111ci"'la a t1çciu dos clwmado:r "grupos />fO• Jbico:f1 , ,·erdadcitt1 po11w ,te lanço do ,,rogressi.wno, e ,Jo l DOC. 111<).Hrmulo que tm sut, 11rão t• t•m s,w dautri,w is·• sc·s nrgani.wnos se ,,,opõem n C()mvlctt1 desalienaçiio da Igreja de tódu 1/cptll• dênd,, a um Deus 1ronsce11,lc 111t•. 1ra11.'l• forma,1tlo-A, 11orum10, c.111, uma lgrt ifl &téio; e de tôda hitrQtquit, i11ter,w, rc•
QUANTO A Hll!.RARQUlA ECLESIÁSTICA NÃO 6X'l'ERMINAR A OBRA l)() MAL IMPONOO A CESSAÇÃO OAS IOEOLOGli\S SUUVERSIVAS NOS AM DIENTI;S CA1'ÓLICOS, COM EXEM• PI.AR. CASTIGO l>OS CULPADOS. A H ISTÓ· RIA JULGARÁ SF.VERAMEN1'1! A ATJ1'UDF. ENIGMÁTICA 00S 131s1•os QUH PUOERAM COR.RJOIR. TVOO ISTO H INl!Xl'Ll('ÀVELMENTE CRUZARAM OS URAÇOS,
■ 6 Por ti /timo, llt!J'lfl hora úra• m ,1tica de 11oss<1 Jlist6ria, ,, TJ':p cOnl'itla o pow, argemino a :rustellfor <>s stlgru, tios princípioJ' du âvilit,(lÇiio c;rishi. opondo•.\'(J. a11tcs de tudo ,l do11tl'im1 e <i t1fiio do progrcssismq. N,io <; .râ ti vio, f<111ci11 que comuitui um mui. O pior é o hro e " memira dos flllsos motleta• ,los. qu<• w'io lewmtl(, 11 Jgr<•ja ,: " Pátria li 1'Cl't>l11rlio comu11isUt.
Buenos A ires? 6 de agôSIQ ,le /970. / !'elo Cousellto N ,1do110I da Sccicdmlc Argentina de Defesa dt1 1'rtuliçõo. Fam1/it, e Propriedade: COSME BECCA'R VARELA HIJO, CARLOS FEDERIC<> IIJARC.UREN, JUI..IO C. U86J!.l,OJIDE''.
MISSA EM I.ATIM "TOD O SACERD0 1"E pode sempre celebrar cu1 latim''; "a 'Sagrada Co11grcgação do Culto Divino concede a todo Sacerdote que celebre em latim, a fa. culdadc de conser·var o Ordo Mi~-ne de S5o Pio V". f. o que CS('larecc a Cutia Oioc~âna c m lúcido e incisivo comunicado datado de J.0 do corrente, cujo inteiro teor é o · seguinte: ·•Com o fim de acender a consultas de :11)'.!uns Sacerdotes da Diocese, a 1>rop6s-ito da ce1cbrnção do Santo Sacrif-ítio da Mi.isa cm latim, o Sr, Bispo Dio• cesano lembra: 1 - que o U Concílio do Vaticano, confirmando tfadiçã o imemorial da Jgreju, estabeleceu que o latim é u língun litúrgica do rifo latino (Constituição ••Sacrosanctum Concilium", n.0 36, ij 1.0 ). De onde, todo Sa cerdote pode sempre celebrar cm latim, não necessitando, para i~-o, ltutoriusão especial, uma vn que a lei universal, a cimA ci1Rdn1 não foi revogada por nenhuma outra lei, igualmente, universal; 2 - que o mesmo CondUo tornou possível o uso do vernáculo, em algumas partes do Ordin.árío da M.issa, concessão que deve ser confirmada pela Santa Sé (Const. •·•sacr. Cone/\ u.0 36, § 2.0 e ss., e n.0 54). Como conseqüência, dentro dos limites fi xados 1>clo Concílio, é lícito ao Sacerdote o uso do ver·n/iculo; não, porém, de maneira que, pràticamenrc, venha a abolir a lti universal que estabelece o htfi m como a língua lihírgica do rito laUno. Porquanto, seria iocom prcel\$ívcl que :t rcgulamenl.:.\ÇÜO de uma exceção pudesse desfruir a própria Jci da qual é exceção; 3 - que ainda o mesmo Concílio recomenda seja o povo fiel levado a dizer e responder em la tim as pQrfcs do Ordinário da Miss:, que lhe tocam (Const. usacr. Cone.", n.0 54); 4 - lembra, enfin1, o Sr. Bispo que a S ngrada Co11gregatão do Culto Oi• vh10 eoncede a todo Sacerdote que celebre em latim, a faculdade de conservar o "Ordo Missae" de Siio Pio V, ou sejn1 :i Missn t rndid ona l, de todos conhecida, <1ue, em boa pàrt<', remont:, áOS •~mpos a po~1ólicos. ' O texto da instniç-ão1 lido pelo próprio Papo, Pa ulo VJ, ao 1>ovo no dia 26 de novembro de 1969, pode ver-se uo i'O~erv;dort Roma no". de 27 etc no,·embro de 1969, edição italiana, ou cm "L:\ Oocumentntion Catbolique'\ de 21 de dezembro de 1969, p. 1103, coluna 2. Campos, Ch anceler".
t.0 de setembro de 1970. a) rc. Henrique Conrado Fisch<'r,
1 •
lL OIKM'l'OR: MoN:-, ANTOz,,110 RIBGUtO 00 ROS,.\lot,
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SICAO ..:,
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MARXI
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1 9 7 O
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·O PORQUÊ DÊSTE NÚMERO Estão inh~irnmente esgotados os cxen\plarcs remanescentes das duas edições do livro " l•'rci. o K crtnsky chileno", do Sr. Fabio Vidigal Xt\vier da Silveira, cujo texto esta fôlh a publicou cm primeira mão, há três a nos. cm SGU número 198· 199, de junho-julho de 1967 . Está esgotado 13mbém o estoque que conservávamos daquele nosso número. Em dez d ias de unrn campanha inaugur-adi, em l l de setembro p.p. - com uma Missa pelo Chile, celebrada em São Paulo pelo Exmo. Bispo de Campos - sócios e colaboradores da Sociedade Brn.sileirn de Defesa da Tradição, Famí1ia e Propriedade. envergando suas já consagradas capas rubrns com o leão heráldico. venderam 4.700 exemplares do livro e Z.800 exemplares do n.0 198-199 de ..Catolicismo" nos principaics logrn• douros públicds de Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte. Ouro Prêlo, Vitória, Ni• terói. Campos, Rio de faneiro. São Paulo. 01ím• pia, Ribeirão PrêlO, S5o Carlos. São José dos Campos, Curitiba.. Lages. londrina, Ponta Grossa, Rio Negro, f'lorianóPoliS. Blumenau, M;,fta. Rio Negrinho e Pôrto Alegre. Diante d a enorme atu:,lidade que o 1rnbalho de nosso colaborador adquiriu dep0is das recentes eleiçõc-s chilenas - um jornalis t;:. comentou que ::i obr~, mai-} parecia hoje um retrospecto do pas. !>.-do do que uma ::málisc íeita há três a nos, t,.q,I o :,cérto de suas previsões - resolvemoi. ::,ceder a um pedido da TFP. reeditando neste número de "Catolicismo'' o texto integral de "Frei , o Kerensky chileno". Assim. pod~rão conhecê.lo os nossos numerosos novos assinantes, que em 1967 ainda não recebi~,m o jornal. Sobretudo. poderá assim prosseguir a campanha da TFP. interrom• pid<l momentâneamente eom o esgotamento do es toque do livro e do jorna l. Preferiu ~, TFP. c m vez de promover un,a reedição da profunda e palpitante reportagem d e Fabio Xavier da -Silveira sob a forma de livro, recorrer ~1 ' 'Catolici$mo·\ pois a experiênci~ com a divulgação do mímcro desla fô lhn sôbrc o IOOC e us "grupos proféticos" (n.0 220-221. de abrilm,1io do ano pass::,do) provou que esta m::meirn de apresentação é grandemente adequada i·ls con• vcniê ncias do plíblico brnsileiro, já que 16S m il exemplares d;,qucla nos..~ edição esco:,ram-sc cm setcnt~, dias.
Pronunciamento oficia l do TFP & ta reapresentação de "Frei. o Kerc nsky chi• lcno'' permite. como dissemos. o prosseguimento d:, camp:;inh;.\ da TFP. Visa essa camp3nha, sO• brctudo. o esclarecimento do público brasileiro acê.rca do que se pass.- atualmente no C hile. Com deito, sob o título de ''Tôda a verdade sôbrc àS eleições no Chile'", o Prof. Plh1io Corrêa de Oliveira l)ublicou. na ''Fôlha de São Pa ulo" de 10 de !iCtcmbro p.p.• um artigo, admirável pelo seu descortino, ~tcêrto e precisão. que cons titui unu, tom~td:, de posição sôbrc ~ crise cm que $e vê envolvida :, naçto irmi., Dessa crise. que cu1mi• nou com a vitória e leitoral de um candidato mar. fato que ocorre pch, primcirn vez )tiSt:;1 históri;, do comunismo, no mundo inteiro - podem decorrer proíundo.s e nefas tos efeitos para o Brasil e tôda a América ·L atina. Daí o intcrêssc com que a opinião mundial vem acomp~nh,mdo o que se passa no C hile. f..sse ar1igo do notável pcns;"tdor e escritor bra• sileiro, a TFP o fêz seu. como manifesto oficial à na.~ão. Com acl'éscimo apenas de alguns s ublÍll1los, foi êlc profusamente distribuído, sob a form a de 460 mil volantes, durante a fase inicial da cmnpitnha da TFP. e integra hoje esta ediçlo de ''Catolidsmo". com o título de "A posição do T FP ante a vHória marxisla no Chile" (p, 3).
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Hist ória de um livro Quando. em 1967, saiu a lume a o bra do Sr. f'a bio Vidigal Xavier da Silveira, a ninguém ocor• rer:, ~,iod,1 chanrnr Frei de ''Kerensky chile1!0". A&ora, essa merecida alcunha, re1:>etida primeiro peh1 imprcns::i nacional. está cm todos os lábios e n,,s colunas de todos os jornais, em nosso País como no Ex1crior. Hoje, passados lrês anos. a obra do jovem membro do Conselho Nacion:11 da Sociedade Br:1s ilein1 de Defesa da Tradiç,ã o. F:unHia e Propriedade está alcançando um{1 verdadeira consagração, pela exatidão com que suas hícidas e dra1ná1icas previsões se vêm realizando. A Democracia-Cristã é por tôda parte ma i,s ou menos a m esm,,. Em boa medida. suas bases s:1o sadias mas politica mente ingénuas. Suas cúpul;,s são ambígu as, à primeira vista; constituídas ha• bitualmcnte por elementos que vão de um ccn-
trismo co nservador - passando por tõdas as gamas intermediárias - a1é um esquerdismo extremado, ~• influência dominante nelas jam;.tis é dos djrcUis ras ou centristas, mas dos cs<1uerdis tas.. f:.s. tcs últimos acabam por arrastar sempre mais parn a esquerda (com relutância maior ou menor do.~ demais e lementos) ;,s cúpulas demo,cristãs, e com as cúpulas também ns base.s. l>or esta forma, cm• bora tais c(1pulas blnsonem·sc de a nticomunistas. a maior parte de seus membros entrernnt<> nada omitem para tornar mais e mais conforme às tendências Ot• até its doutrinas comunistas tudo cm que põem as mão.". Pregoeiros da coneordia a iodo prêço. daí deduz.cm a conveniência de um entendimento cord ial e a té uma genuína coopc• ração com o m::1rxismo. Mas) frente aos i1ntico• munistas de truz.. a Dcmocrncia-Cristã esquece todo o seu p~1cifis mo. e se 1ransforma em :ldvcr· sária iracund:1, cons1,1ntc e irre<lu1ívcl. E il luz de tudo isto :, :,mbigüidnde das cúpulas cessa de existir para o observ:tdor ~1rguto, dando lugar ao quadro de un,a DC que outra cois a não é senão um dispositivo ideológico e político próprio a ar• rastar para a extrema-esquerda direitistas e, princ.ipalmcnte, centristas incautos (cf. Plínio Corrêa de Oliveira, prefácio a "Frei, o Kercnsky chi• lcno'1 ). Foi por ter percebido isto com c lareza, que o Sr. Fabio Xavier da Silveira se abalançou a escrever sua reportagem e a lcrh,r a opinião nacio, nal parn o perigo dessa trama. Seu livro alcan!r'Oll t ~1pidame1\lc um êxito invulgar. succdcndo•sc as edições no Brasil (Ed itôra Vera Cruz. São P,H1lo. 2 edições, 10 mil exemplares), n.1 Argcn1ina (Edicio ncs ''Cruz.ada". Buenos Aires, 6 edições, 30 mil exemp1arcs) e na Venezuela (2 edições promovidas pelo ''Grupo Tradicionalista de Jóvencs Cristianos Venezolanos··. 6 mil exempJares). Aind;, n,=. Vcnet.uela. um res umo do livro foi publicado nos diários ' 1 EI Na• eional'' ( 170 mil exemplares) e "La Verdad" (30 mil exemplares). ambos de Caracas. e na revista "Panor,1ma'' de Maracaibo (20 m il exemplares ). Em nosso nlnnero 205. de janeiro de 1968. es• tamp:1n1os um amplo noticiário a respeito da CX· traord inária repcrcuss..,o que o livro vinha obtendo em toda a América Latina e mes mo na Europa. Não I\Os é possível teproduzir ª-'>ºra todos os de• tnlhcs dêsse noticiá.rio. Registremos, apenas, que a circulação da obra foi proibida no Chile, onde o govêrno Frei chegou a vioJ,~r o sigilo. p<>stal parn impedir que os destinatários a recebessem pelo Correio. quando rcme1ido do Exterior. Essa proibição, conquanto tenha impedido urn:1 maior d.ivulgação do livro. contribuiu pa.ra despertar ainda mais o intcrêsse p0r élc. Formaram-se filas para o ler em algum exemplar emprestado. pôsto que cr:\ muilo difícil a compra (\'cndi:1-se num como que "mercado negro··. a 20 dóhires o exemplar . . . ). DiplOm(\1;1s chilenos no Exterior tudo fiicran1 para abafar a enorme repercussão que o livro ia ;1lca 11çando Pot tôda parte. A Embaixada do Chile na Vcnczucl.t polemi1..ou a respeito com o jorn:11 "la Verdad", O E mbaixador cm EI Salvador prolestou contra elogios feitos ao -livro. O Em• baix;:1do r do Chile cm Lima perdeu as estribeiras - não cabe outra expressão - corn ''La Prensa''. onde Frei fôra chamado de Kcrensky. No Brasil, o Emba ixador andino enviou a esta fô lha unrn caria de protesto por motivo da publicação de ºFrei. o Kerensky chileno·• . .10 mesmo tempo que a Secretaria de Jmpre nsa da Emba ixada divulgava uma nota acusando o livro de injurioso parn com o Pl'esidentc da nação irn15.
Atitute a rbitrá rio do 9ovêrno chileno Já o govêrno demo-cristão do Chile havia tomado <...-onlra o próprio S r. Fabio Vidigal Xavier da Silveira, antes mesmo que éle redigisse :, sua tcportagem. uma atitude das mais ,ubitrárias, que fatia prever a campanha q ue moveri::t contra sua obra. Com efeito, estando o Sr. Xavier da Silveirn de viagem pelo Chile, em agôsto de J966, reali• zou uma confcrê nci,1 na cidade de Temuco sôbrc problemas brasileiros, sem qualquer alus.'io aos ,,ssunios internos do país ;:mdino. E.s1a conferên• eia, cntrct::mto, tendo cri1icado a reforma ag,rári:. do Presidente João Goulart, foi considerada sub• versiva pelo govêtno Frei, ra1...i o pela qual con• vidou é le o conferencista a cm 72 horas abando, nar o país. Diante de tão insólito e injustificá vel proccdimentot o Sr. Fttbio Vidigàl Xavier da S i1veir:, SO· licitou e obteve uma audiência do então Ministro do Interior chileno, Sr. Bernardo Lcighton. ao qual ofereceu trazer, além de testemunhas, a fita m:tgnétic.a co,n a g.ravaÇ<1o d3 conferência que havia pronunciado. Debalde. O M inis1ro recusou.se a ouvir a gravaç5o e as lestcmunhas; apenas. num
excesso de ''benignidade'', ampliou de 72 horas para cinco dias o prnz-<> para saída do Chile!
Hoje todos reconhece m Infelizmente. as previsões de Fabio Vidigal Xa• vier dn Silveira não se íiieram senão confirmar. O Presidente Eduardo Frei prosseguiu cm sua política esquerdizante, avançou pelas reformas de es1rutura confiscatórh,s e conduziu o pais à beira do abismo. Nas (1himas e leições pres idenciais venceu. embora por mínima vantagem. e nas con. diçõe.~ <1ue o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira aponta em seu já citado ar1igo (p, 3 desta cdiç-ã o). o candidato marxis ta Salvador Allcnde. Hoje, todos percebem como o Sr. Xavier da S ilveira tinha raz..~o. Já ~aludimos ~1 opinião do Sr. Lcnildo 'fabosa Pessoa, segundo o qual a justeZ(t d3s p~visõe..~ do livro t tam:rnha, que êle mais parece escrito "Post íactum" ("Jornal dil Tarde". de S~o Paulo, de 8 de setembro p.p.). Tamb6m o S r. Mario Buseh, colaborador de ·•o Estado de São Paulo". reconhece (fue a análise ícita em ''Frei, o ·Kerensky chileno'', a qual a muitos ''pa• recia um exasêro "direitis1a" inspirado num ''ma• c~1rtismo'· crioulo", foi plenamente comprovadn pelos fotos ("O Estado de São Paulo". de 13 de setembro p.p.). O livro do brilhante membro do Conselho N;,. cional da ·rFP é hoje um livro his1órico.
Cortas de apla uso Qur,ndo da publicação do livro, numerosas per• sonalidadcs do Drasil e do Exterior externaram .seu .lplauso cm cartas ao Autor. N ão sendo pos. s ível tr:.'lnscrevê-las aqui, limitamo-nos a registrar os oomcs dos s ignatários: Cardeal NicohíaS Faso-
A Ig re ja não tem mêda do História -
disse-o Leão XI II
C;uo licismo'' esuí. certo de cuniprir um dever ;l(> solidarizi,r•sc com a nova campanh.-i d;, ·rFP, a qual alerta o povo brasileiro, fundamentalmente anticomunis1a , pa ra que não se deixe intimid:\f por :1quilo que o Prof. 1>1inio Corrê;, de Oliveira classifi cou. muito :1dequad3mcnte, de ''vitóri" de ope• rern" do candidato marxis ta no C hile. Como bem prov:, o cit:;ido artigo do Presidente do Conselho Naciona l da TFP, a vitória e leitoral de Allende não foi uma vitória do comunismo. E não indica também um progresso do comunis mo n;1 opinião mundial. De qualquer modo. o pronunci;rn,enlo d;, TFP, consubstanciado nesse artigo do Prof. Pl inio Cor• rêa de Oliveira, põe. de manifesto a gravidade da .shi.kçfto do Clero esquerdista no Chile, e rc.ilça a importáncia d:, his tórica Mensagem cm q ue dois milhões de bn,silcir<.>s. argcn1inos, chilenos e uruguaios pediam :1 Paulo VJ. cm 1968, que pusesse OObro à infiltração comunista na Igreja. Não vai nisso. Por parte da TFP, uma estéril expan• s5o de 1ristc,..a e nmilo menos um inútil de.~ab.tfo de a margura d iante do fa to de que essa Mens~,scm, revcrc1Hc e filial, não tenh~1 sido a tcndid:i. Trata.se, isto s im. de dar consciência ao nosso J)Ovo de que os :1pclos da Sociedade Brasileira de Ocfc.s:., da Tradição. Família e Propried:tde, ins, pin1dos no mais ~•lto e. desinteressado " mor à CÍ· vilização cristã e à P;í.lria , merecem tôda .i con· fian ç.t que têm cncon1rado por parte de um número sempre crescen1e de brasileiros. O pronun. ci:Hnento d.t benemérita entidade deixa palentc, rnmbém, qué êsses apelos não merecem nem o dc~dé·m nem os incontáveis ataques de que vêm sendo objeto da parte da agit:\da e ruidosa mino• ria csque.rdis1a que se t ncon1ra entre clérigos e leigos. A Igreja não tem mêdo da Hjstórin 1 disse Le-â o Xlll. ao franquear aos historiadores os arquivos do Vatic(lno. Os fotos a que aludimos, e outros fatos cone• xos, são históricos. Não compreendem a His1óri3 os que temem pela Igreja vendo-os divulgados. •
lino, Arcebis po de Santa Fé, Argentina; A lmirante Augusto Hammann Rademaker Grunnewald, Ministro da Marinha. hoje Vice-Presidente da R,e. públictl; General Afonso Augusto de Albuquer• que Lima, Ministro Extraordinário para a Coor· dcna.çâo dos Organismos Resionais: Coronel Jarbas Passarinho. Ministro do T rabalho e Previdên• eia Social; Sr. Paulo Pimentel, Governador do Estado do Paraná; Dom Geraldo de Proença S i• saud, $. V. 'D., Arcebis po Metropolitano de Dia. m:mtint,; Mons. Alfonso Maria Butelcr, Arcebispo de Mcndoza. Argentina; Mons. Antonio Corso, 13iSPo de Maldonado•Punta dei Este, Urugu;,i; D. Antonio de Castro Maycr, 8isp0 de Campos: O. José Mauricio da Rocha. BisPO de Bragança Paulista: Sr. Carlos Lindenberg, Senador pelo Eswdo do Espírito Santo~ Sr. Caio de Alcantflfa Mach~ do. dePois Presidente do Instituto Brasileiro do Café: Sr. Plinio Franco Ferreira da. Cosi.-, ViceGovernador do Estado do Par:\ná: Sr. Cclio Marques Pereira, Prefeito Municipal de Pôrto Alegre; Sr. José Felicio C-astellano. Secretário do Govérno do Es1ado de São Pm1lo; Sr. Orlando Zancaner. Secretário de Turis mo do Estado de São Paulo: Sr. João Fran1.cn de Lima, Secretário do Interior e Justiça do .E stado de ~1inas Gerais: Pe, l3a lduino Barbosa de Deus, Secretário da Educação e Culturn do Estado do Piauí: Ocput;ldo Ul1imo de C3rvalho, Vice-lide,· da ARENA na Câmara dos Dcpurndos: Sr. Edmundo Monteiro, Depurado fe. deral e Diretor dos '' Diários Associados·•, Oepu • cado Manoel Cosrn, Presidente d:., Assembléia Lc• gislcuiva do Esiado de Minas Gernis: Almirante Carlos Penna Douo. Presidente da Cruzada Br.i• sileira Anticomunisrn; Coronel Jonas Pe reira df1 Silva. Comandante Geral da Polícia Mililar do Es· tado de Minas Gcraisi Sr, Salvio de Almeida Prado. P,es idcn1e dt Sociedade Rural Brasileira; cte.
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Aberrações do fa na tismo "sapo" Um.- úllim~, palavra p~1ra os ·•sapos", que. .i propósito desta campanha da TFP. t~m coaxado que o assunto é chileno. sem intcrêssc para nós. brasileiros. Seri;1 como d izer que. s.c 30 ou 40% dos: mo , radorcs da casa vizinha estão a1acados de cólera, ê.~e é um assunto que só interessa ao vizinho .,. 'fal modo de ver é in1ciramente anacrônico o que não espanta nos progre.~istas, os quais não hcsi1am em tomar as atitudes mais anacrônicas quando isso lhes J)arcce indi$pensávcl como pre• texto para levant3r objeçõc$ con1ra alguma ação anticomunis1a. Êles raciocinam a respeito da cr ise politico-ideológica do Chile. como se o Brasil e,s• tivesse rodeado por uma muralh:i. ch inesa. Na rea-
!idade, nesta ép(>C,a em que todos íalam de in• tegrnç.ã o intcrnrnericana. cm q\1e os vínculos entre todos os países vão-se es1reitanc.lo, é ;tbsurdo não querer ver que os ac<mtecimentos de determinado país têm uma necessária repercussão em todos: os olllros. Se de C uba, tão pequena e ião d i!>tan• lc. o comunismo soube tirar u.nto proveito para perturb:,r tô<la a América Latina. quanto rm1is o fará com o Chile! Ademai.s. é uma atroz fa lia de c;irid,,dc cristã ver um país inteiro imergir no regime comunhaa, e exclamar desdenhosamente: o assunto é dêles! Tudo lsto mostra bem a que aberrações o fa. n:ui.s mo ·•sapo" pode chegar.
Misso de D. Moyer inaug uro o campanha A pedido da TFP. o Exmo. Revmo. O. Antonio de Caslro Maycr celebrou cm São Paulo uml;l M iss.a para que o Chile n:io cai3 sob o domínio comunista. O ato religioso teve lugar no dia 11 de setembro p,p.• na [greja de Santo Antônio da Pr-aça do í'at riarca, ,, êle comparecendo sócios e propagandistas da TFP daquela cidade e nume• roso público. O Exmo. Rcvmo. O . Bruno Malda• ner Bispo-Auxiliar de S5o Paulo. íêz-se rcpresen. 1ar 'pelo Revmo. Pe. Afonso H:rnse:n, S. J . l;.s1êvc prescn1e nunbém a Ocput:ldú Oulce: Salles Cunha
Braga. Antes da Missa, os sócios e colaboradores da
1.'FP desíilara m pela Rua B;;irão de lt..tpetining,-1, Praça Ramos de Azevedo, Viaduto do Chã e Prn• ça do Patriarca. ostentando um magnífico_ estan• dane vermelho de 12 metros de comprimento, ~lém de dezenas de es tandartes menorc.s. lodos: com o áureo Jc,5.o rompante. Ao longo dei, caminhada, os juvcns di, T FP, precedidos pelos mc.mbros do Conselho Nacional lendo à frente o Prof. Plinio COl'rêa de Olivcir:1. g.ri1avam s logans como os seguintes: ''Leia "ºS:Sº comunicado oficial: Pastôrcs enircgaram o Chile ao lôbo vermelho!''; " Nosso comunicado oficfol demonstra: o . comunismo não progrediu no Chi• le"· ··Plínio Corrê:) de Oliveira denuncia a trunrn pr~gressi.st3 no Chile"; ·•o livro de Fnbio X::ivicr da Silveira: Frcit o Kerensky chileno". Dep0is de assis1ir a Missa. os jovens propagan• distas da ·rFP dividiram-se em diversos grupos PoStados ao lonco do Viadu10 do Chá e adj:'lcéncias, dis1ribuindo o pronunciamento o ficial da sôbrc as eleições chilenas (o 3r1igo do Prof. Phnio Corrê,1 de Oliveira transcrito na íntegra n;"t p. 3 dc:Sta edição) e vendendo cxe,nplares do l i, vro ''Frei. o Kc rcnsky chileno". Os ·'sapos'' coaxaram, como dissemos, mas foi excelente a receptividade do público cm geral. lna\1gurou •se assim mais uma campanha de âmbito nacional da Sociedade Brasileira de Defe. sa da T radição, Família e Propriedade (fotos nas pp. 19 < 20).
TF!'
A POSIÇÃO DA TFP ANTE A VITÓRIA MARXISTA NO CHILE acuba de ocorrer.
.. Há ulgo pior que. o comunismo: é o anticomunis· mo", disse Frei. Sua lição frutificou. Das próprias fileiras do PDC, a que Frei pertence, uma apreciável íôrça eleitoral se destacou para Allendc. Quem semei;, ventos colhe lcmpestadcs ...
ao comunismo no Chile, os jornais comunistas <lo mun• do inteiro celebram à vi16ria de Allende como um triunfo do marxismo. E F idel Castro procura desfazer com loas a Allendc a impressão de derrota causada pelo seu discu rso sôbrc o fracasso da safra açucareira cubana.
Tal nnálise, espcram•nn da TFP os incontáveis brasileiros que se vêm habituando a receber dela - nas horas de incertez~, e de dor - a palavra que esclarece, cs1 imula e sugere uma solução. Assim , externo c,qui o pensamento de noss.a invicta entidade.
O Clero esquerdista, fator im9c>rtante do vitória morxisto
A vitória de Allende: moioria de opereta
O profundo irnpacto causado na opinião pública do Brasil e de tôda ,, América do Sul pelo resultado da recente eleição presidencial chilena, torna indisp-tnsávcl uma análise serena e objetiva do q ue no país irm;to·
Avanco o•.! retrocesso
do co;.,unismo? O primeiro ponto c1 tra1ar é o alcance d~1s eleiç~s do Chile como indício dos rumos ideológicos da opinião naquele país, bem como cm tôda a América do Sul. Com efeito, vai ganhando terreno entre nós a im• pressão de q ue o comunismo registrou um grande avan• ço no Chile, avanço êstc que estaria a indicar uma pro• funda transformação na atitude até aqui anticomunista das massas latino.americanas. Em outros têrmos, a vitó· ria do comunismo no Chile pressagiaria análoga vitória para êle em nosso País e nas demais nações irmãs. Tal conclusão é de molde a des.,lentar tôda ação anlicomunista. E com isto s6 tem a ganhar o comu• nismo. Pois - segundo ensinava Clauscwitz - vencer um adversário não importa ncccssàriamentc em esmagá. lo: por vêzes basta tirnr-1he a vontade de lutar. Assim, o mais urgente, para o esclarecimento da opinião brasileira, consiste cm tornar claro que o resultado do recente pleito chileno revela não um progresso, mas antes um retroce~ do marxismo no país amigo. Por mais que essa tifirmação possa surpreender à pri• meira vista, fun<ta•se ela em fatos e cifras incontestáveis. Estas t'1 ltinrns. colhê.mo-las na fonte mtiis genuinamente ·'allcndist,, ··. , i~to é. o diário comunista chileno ' " EI Siglo", de 5 do corrente: a) Em 1964, concorreram à disputa pela suprema magistratur;t dois candidatos, Eduardo Frei e Salvador Allende. O primeiro alcançou 1.409.012 votos, que constituíam 55,7% do eleitorado. O ,-egundo obteve 977.902 votos, isto é, 38,7% do eleitorado. Os votos dados a Frei provinham da coligação do PDC com dois oulros •parlidos, o Conservador e o Liberal. Allendc - e êslc fato é capital - não era apoiado senão pelos comunistas, ou seja, pelo P"rtido Socialisw (marxista), pelo Part ido Comunista e por certos corpúsculos comunistas dissidentes. Assim, tôda a votaç,ã o de Allcndc era comunista, e tôda a votação comunista era de Allendc. b) No pleito de 1970, pelo contrário, Allende se apresentou como candidato de uma coligação. Ou seja. além dos votos comunistas acima referidos, Allcnde re• ccbeu o apoio do Pariido Radical e de uma dissidênch, do PDC (MAPU). Era, pois, de esperar que o eleitorado de Allende tivesse crescido e rõsse agora nitidamente maior. Or.:i, sucedeu precisamente o contrário. Ou seja. no úllimo pleito, o candidato socialista teve apenas 36!3% dos votos (contra 38,7% da eleição anterior). Daí se deduz que o contingente marxista minguou. Pois agora - mesmo somado a outras fôrças - êle alcançou menor p,orcentagem de votos do que cm 1964.
Pedec istas e outros esquerdistas, responsáveis pela vitória ele Allende
Uma circunstância especial reíorça êste argumento em prol da tese de que boa parle da votação dada a Allendc no (1l1imo pleito não era constituída de comu• nistas. Em 1964, a infiltração comunista no Clero chileno era bem menor. O Clero lO<lo trabalhou então por Frei, contra Allende. Em 1970, essa infiltração assumiu proporçõc-~ alarmantes. Agravando ainda a situação, o próprio Cardeal Silva Henríq~z,, Arcebispo de Santiago, declaro u à imprensa ser inteiramente lícito a um católico - que. por definição, não é comunista - votar em candidato§ marxistas (cf. jo rnais "Ultima Hora" e "Clarín'' de Santiago, de 24-12-69). Supondo tratar-se de um engano de imprensa, a TFP chilena escreveu ao Purpurado. pcdindo•lhe um escla• recimento ou uma retificação. A resposta foi o silêncio. Quem conhece o estôfo dos nossos clérigos vermelhos, bem pode av~lliar quantos votos de inocentes~úteis os clérigos vermelhos do Chile - prestigiados e estimulados por foto tão propício " seus intentos - terão encaminhado para Allende.
lnocentes.. úteis, n pêso decisivo Insistimos. Não cresceu no Chile o número dos marxistas. Cresceu, isto sim , o número de inoccn• tes•Úteis q ue se deixam iludir pelo sonho de aprovei1ar o apoio marxista para a realização de certas refor• mas. . . sem chegar ao marxismo.
A TFP previu - A vitória de um grande livro
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Isto pôsto. convém passar a outra consideração. O Brasil ficou vendo, no exemplo chileno, a suma nocividade dos grup-os de pressão da chamada "Terceira Fôrça", contra cuja atuação a TFP não lem cessado de alertar a opinião p6blica, cm campanhas q ue já hoje fazem parte da História. EnLre essas campanhas, me· rece no mon,cnto uma cs~cial referência a difusão. pelas vastidões de nosso imenso território. do livro " Frei. o Kerensky chileno' (Editôra Vera Cruz, São Paulo, 1967}, de autoria de um dos diretores da entidade, o Sr. Fabio Vidigal Xavier da ~-ilveirn. Essa obra teve edições na Argentina e na Venezuela . e repercutiu intensamente na imprensa de tôda a Amé• rica Latina. Escrita com uma notável lucidez de doutrina e de observação. provou, há três anos, que o rc~ sultado da atuação de Frei seria a vitória da minoria comunisla. Entre nós, os grupelhos cripto-comunistas e os " sapos·• não gostaram. Aqui estão os resullaclos . . .
Se. Pau lo VI tivesse atendido a nosso brado de alerta Um,, palavra ~cm ncnhumct amargura , mas cheia
Mas, objetar•sc-á, se é verdade que a porcentagem eleitoral dos contingentes marxistas decaiu, pode-se pelo menos dizer que o número dos marxistas cresceu no interior de outras correntes políticas. Pois, do oontrá• rio, elas não teriam apoiado Allende. 1nfelizmente, nós brasileiros temos boas razões para saber que tal não é a verdade. Enxameiam aqui clérigos de passeata, políticos com ·•p.. pequeno, intelectuais e intelectualóides sequiosos de publicidade, que não ,-e íartam de repetir que os não comunistas, embora conscrvando•se escrupulosamente alheios ao marx ismo, de• vem fazer frente única com os adeptos dêstc, para derrubar o que chamam a oligarquia ora dominante. H~ 20 ou 30 anos que isto se diz e se repete no Brasil. Ora, segundo observava Na()Oleão, a repetição é a melhor figura de retórica. À fô rça de pregar a coexistênéia pacífic..:1 1 a '"mão cstendjda ", a colaboração com o marxismo, os cripto-comunistas têm arrastado, cm mais de um país, para votar em candidatos comunistas, conti ngentes maiores ou menores de inocentes-úteis, que não são comunistas.
PLINIO
de dor. Em 1968, 120 mil chilenos uniram-se a 1.600.358 br-asileiros, 280 mil argentinos e 40 mil uruguaios para pedir a Paulo VI medidas contra a infiliraçiío comunista nos meios católicos. O silêncio mais frio e completo seguiu-se à súplica en1retanto filial. respeitos.a, submissa. angustiada. ar• dente. Nada se fêz no Chile {para só falar dêle). que pusesse côbro à o nda. A História registrará que essa omissão teve trágica importância no drama que está prestes a começar.
Agora exulta o comunismo inte rnacional
marcha para a ilegalidade e portanto para a violência. A vontade popular s6 se exprime cm maiorias pai• páveis, ,pois. como é 6bvio. pequenas diferenças eleito· rais podem ter emas.is tão irrelevantes e vári;1s. que são inadequadas para manifcst.:1r .-s aspirações aulênticas e profundas de um país. Considentndo isto, a Constitui• ção Chilena dispôs de um modo sábio que. cm casos como o presente, cabe ao Congresso escolher livremente o Presidente da República, entre os candidatos mais votados. O ra. o comando da Unidade Popular - união elci• tor:,I pró-Allende - dando um golpe de Estado branco, acaba de contesrnr ao Congresso essa atribuição legal, declarando pum e simplesmente que a vit6ria de seu candidato é irreversível. O que quer dizer que êle rccor• ren\ ao golpe de Estado vermelho. se o Congresso não se dobrnr ao golpe de Estado branco.
Allende tentn come~ar o tragédia Allendc teve 36.3% do eleitorado. Alcs:;andri 34.9%. A diferença é irrisõriamente pequena . Qualq uer ,1ucstilincula entre cabos eleitorais, q ualquer episódio a·idcol6gico de aldeia ou subúrbio a pode ter oc..,sionado. Oasc,uJo entretan10 ncss., m inoria ínfima, nessa vi• 1ória de opereta, Allende já começou - cm nome da democracia - a demolição do Congresso. Assim, anunciou êle o ~·ropósito de dissolver o Senado e a Câmara cios Deputados. instalando uma º'Assembléia do Povo"., a sc:r eleirn com o Chile sob o tacão da bota comunista . Ao mesmo tempo. já pediu a instituição de juízes eletivos. Ou seja. da barbárie. Pois num país cm que os juízes são nomeados sem prova de saber notório, e trabalham sem as garantias da vitaliciedade. da inamo• vibilidade e da irredutibilidade das rendas, domina, não o direico nem a lei. mas a barbárie.
DC tem a decisão nas- mãos No Congres,-o. os votos dos deputados da DC deci• dirão se o Presidente será Allende ou Alessandri. Ou seja, se o C hile imergirá ou não na barbárie comunista. Levará a DC a triste coerência de sua posição de Terceira Fôrça até o excremo de optar pela barbárie? A êstc respeito. há um suspense não só no Chile e na América, mas no mundo. Todo~ se perguntam até onde irá, neste c~isódio, a DC. E o que ainda podem temer desta os outros países em que há roes fortes.
Paulo VI poderó ainda salvo, tudo Yohamos novamente agora nosso olhar para Roma. Uma s6 voz há no mundo, q ue pode prevenir êste mal. Ê a voz augusla de Paulo VI. Será que ainda agora êlc se manterá silencioso, omi1indo pronunciamento oficial, claro, previdente. fo rte. paterno. que mesmo à beira do abismo ainda poderá salvar tudo? Ê com tôda a alma que imploramos à Providência essa palavra salvadora ...
Irritação não convence; só argumentos Ê de se prever que cenas afirmações aqui contidas causem desagrado e até protestos em alguns círculos, e~pecialmcnte nos do chamado progressismo cristão. A êsses lembmmos simplesmente que os fatos que alegamos s.ão incontestes e incontestáveis ....
Súplica
Ou antes, no d rama que já começou. Enquanto, pelo menos até o momento, que saibamos. nenhum jornal católico oficial o u oficioso se ergueu para lamentar o escândalo do apoio de católicos
" CORREA
De sua p-artc, Allcnde, que alguns otimistas incorri· gíveis apresenhrn'I como um moderado, já começou a
DE
Resta-nos pedir a Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Chile, que se condoa dêssc pals, querido irmão do nosso. E abra os olhos dos brasileiros para a tremenda nocividade das correntes que se rotulam de a-comunistas, mas estendem a mão ao comunismo.
OLIVEIRA
partido destinado a introduzir.. por um pro• . , . cesso sorrateiro, os mesmos pnnc1p1os que os marxistas rour court não haviam conseguido fazer vingar às cla(as. Seu nome inclui a chave para vencer tôdas as naturais bnrreiras do povo chileno contra o comunismo: o nome "cristão". Oenominou..se Partido Democraw•Cristáo. E assim vai avançando a RevOLuçíio
1 -
A HISTóRIA DA DEMOCRA:CIA-CRISTÃ CHILENA
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ara que se compreendam melhor os acon• tecimentos que se desenrolam no Chile, faremos um breve relato da origem das diversas correntes partidárias do país.
A -
Cu11.eN1.. Suscitada por idéias de âmbito internacional, difundida por técnicos e teóricos ditos católico-socialistas, e abençoada por um certo Clero progressista. No prc.scnte trabalho, o que se deseja é mostrar como nasceu, como crcsccu1 como se desenvolve hoje, e qual o desfêcho a que pretende chegar o processo chamado Revo1.uçíio Cm1.1lNA.
O nascimento dos partidas políticos
Os primeiros esboços de partidos políticos com tendência definida e estável ocorrem nos albores da repóblica, mais precisamente com a queda da dirndura do General Bernardo O'Higgins ( 1823·) . O poder se organiza como tal só em 1830, com a ascensão do General Dom Joaquín Prieto à chefia do Estado. Nesse ambiente sobressaem duas correntes: a dos pe/11co11es, formada pela antiga aristocracia castelhano-basca. de forte tendência religiosa e sentido tradicionalista, que logo gerou o Partido Conservador; e a dos pipio/oj•, que, embora em sua grande maioria pertencessem também à aristocracia, encontravam-se profundamente embebidos das idéias enciclopedistas e revolucionárias chegad as da frança em fins do século XVIII e início do século XIX. &tes vieram a constituir mais rnrde o Partido Liberal. Em 1830 se consolidou definitivamente no poder o General conservador Dom Joa• quín Prieto, tendo como seu principal Ministro Dom Diego Portalcs. Podemos dizer que, desde êsse momento, o Chile inicia sua vida como nação politicamente organizada, com um sistema jurídico, institucional e político definido. O regime conservador não se f undamentou em grandes declarações de princípios. foi principalmente uma observação cuidadosa da realidade que o levou a criar um govêrno forte, mas não opressor; organizado, mas não burocrático. Todavia, enquanto êssc tipo ele govêrno procurava levar o país ao desenvolvimento, ignorava o u não queria ver os fortes ventos revolucionários que agitavam os meios inttlc~ wais. e em especial a juventude, entusiasmada com os movimentos sociais que abalavam tôda a Europa. Em 1857 produz-se a primeira divisão das fôrças conservadoras. A partir dessa d ivisão, o govêrno cairá progressivamente em mãos da ala liberal avançada. A juventude desorientada toma em suas mãos os destinos da nação. O Partido Conservador inicia, nessa época, um ciclo histórico de defesa heróica dos princípios 'Católicos. Seu horizonte é o da proteção da Igreja e de seu patrimônio espiritual, precisamente d tirantc o apogeu do laicismo, quando as fôrças liberais, embriagadas de poder, pretendiam fazer tabula rm·,, da causa católica e das idéias tradicionalisrns. Essa luta, que começou antes de 1860, prolongou-se na História até nosso século. Foi a luta que io,pririliu na causa conservadora seu mais profundo sentido religioso. O conservadol'ismo chileno fêz sua a cnusa da Igreja; seu objetivo era implantar a doutrina cat6lica no campo t·e mporal. Em 1879, quando essas pugnas político--religiosas estavam em seu ponto culminante, estoura repentinamente a Guerra do Pacífico, em que se defrontam as fôrças chilenas e as da aliança Peru-Bolfvia. Disso decorreu naturalmente um abrandamento nos conflitos internos. Ant~ que as tropas vito riosas regressassem, foi çlcito Fresidente da República Dom Domingo Santa Maria (1881), anticlerical notório, ativo militante do · Partido Liberal, produzindo ..sc como conseqüência o agudo recnidescimento das lutas religiosas. Fácil e breve resultou para Santa Maria a aprovação de tô• das as reformas anticatólicas, em tôrno das quais se vinha lutando durante longo tempo. As leis promulgadas pela ação ditatorial do govêrno previam a exclusão absoluta da Igreja em matérias tais como a celebração do matrimônio, o r,e sistro de nascimentos, as cerimônias fúnebres, etc. Anos mais tarde, cm 1891 , deflagra no Chile uma sapgrcnta guerra civil, na qual é derrubado o então Presidente José M. Balmaceda, liberal. Sua queda não trouxe maiores mudanças de sentido ideológico, pois o govêrno que se seguiu fundava-se cm princípios semelhantes aos do deposto.
Daí cm diante o Partido Çonservador vo( .. ta ao poder em repetidas ocasiões. Embora seus princípios não tivessem variado, seu espírito de luta já não era o mesmo. Já dentro <lêle germinavam idéias revolucionárias. Por volta de 1938, a Juventude Co11servadon,~ que se fazia chamar Falange Nacio~ 11«/, foi expulsa do Partido por não ter apoiado o candidato conservador à Presidência da República. A forte influência e· doutrinação constante desenvolvidas dentro da falange Nacional pelos eclesiásticos avançados come .. çavam a pesar. As idéias maritainistas e as reivindicações sociais com laivos de luta de classes transformavam..se em bandeiras dêsscs jovens. Uma das razões pelns quais foram êles expulsos do Partido foi que se mostravam já socialistas. Posteriormente, em 1948, produz-se uma nova divisão, iniciada por um grupo conservador chamado social-cristão. Parte dêsse grupo voltou depois a integrar-se no Partido Conservador, e o resto se uniu à Falange Nacional para formar o Partido Dem6cr,1w--Cristia110. Paca completar a rescnhn, devemos acrescentar que no ano de 1865 nasceu o Partido Radical, de linha nitidamente maçônica, e en• carnação do espírito anti-religioso. Sua vida, vacilante inicialmente~ adquire fôrça a partir de 1925. Por último, no ano de 1912 nasce o primeiro esbôço de partido comunista, com o nome de Partido Obrero Socialista, para pos.. teriormente, em 1922, aderir definitivamente à Terceira Internacional Comunista. Em 1948 foi dissolvido pela Ley de Defensa Permammte de lfl Democracia. e só pôde reintegrar• -se na vicia política após a derrogação ele dita lei, obtida em 1958 graças à ação solícita do Partido Dcmocrata•Cristão. Aqui t·e mos uma breve história dos principais partidos chilenos. Para os objetivos dês.. te trabalho são dis~nsávcis as referências aos o utros. de menor vulto. Quanto à orientação política dêles em relação à temática dircita•esqucrda, ou marxismo•antirnarxismo. poderíamos fazer a. scguin• te gradação, a partir dos mais aotimarxfatas: Partido Conservador e Partido Liberal Partido Radical Partido Democrata-Cristão Partido Socialisla Partido Comunista. Os dois primeiros poderiam ser chamados cada qunl a seu modo - partidos de direita. O Radical seria de centro. Os três últimos são esquerdistas. Recentemente o Par• tido Conservador e o Liberal se uniram em u(Tla nova agremiação de oposição ao govêrn9, o Partido Nacional.
B -
A ascensão do Democrocia-Cristã e a falso dilema Allende-Frei Após ter visto brevemente a história e
a posiçã.o hodierna dos diversos partidos existentes no Chile, vejamos alguns dados que favorecem a compreensão do que se passou com a atual Democracia-Cristã, analisando sua ascensão progressiva. Para isto é necessário voltarmos a Seu nascedouro, descrever algumas etapas de sua história e, por fim, tratar do que poderíamos chamar de falso dilema Allende-Frei fórmula há.bit que se conseguiu para levar êstc último à Presidência da Repóblica. Como vimos. a Dcmocracia•Cristã nas• ceu do Partido Conservador. este, apresentando-se oficialmente como o partido dos católicos, acoJheu em seu seio, lá pc)a década de 30, os jovens católicos da ANEC (Asocit1ció11 Nacional de Estudia11tes Católicos) . Preocupados com problemas teológicos, filosóficos e sociais, congregavam-se nas famosas reu11io11cs de los /unes quase todos os homens da equipe do atual govêrno. Aí nasceu a heresia dentro do Partido Conservador. Começaram a sentir a política· de ma.. neira diferente. deixaram--se inOuenciar pelas idéias novas que chegavam da Europa . Aí imnginaram descobrir um ,u}vo pensamento nas Encíclicas e nos Evangelhos. Pouco tempo foi .necessário para que a Juventude Conservadora começasse a se revoltar contra o Parlido. Um dos líderes novos, Ricardo Boizard, di.zia então : "Nosso grito, 110 sentido elevado da palavra, não é de pat nem
de concórdia. Pelo co11trtírio, é um grito ,lc re.vanche''. Era o ódio que começava a su rgir e a se arrogar direito de cidadania, pretendendo apoiar-se na doutrina do Evangelho. O tradicional e secular Partido Conservador era desafiado por jovens que mal haviam dado os primeiros passos na política. Os veteranos da agremiação não quiseram, de início, expulsar os mais novos. Comenta-se que o líder mar.. xista Allcnde chegou mesmo a perguntar a êstes últimos, da tribuna da Câmara dos Deputados, por que não se retiravam do Part ido Conservador, pois já eram tão avançados quanto êle:s. marxista.e;. funda-se depois a Falange Nacional que se apresenta às eleições ele 1937 - constitufda pelos meninos rebeldes. Sua insígnia era uma flecha vermelha atravessando duas barras horizontais, a sig.o ificar a revolução a flecha vermelha vencendo as barreiras dos extremistas da esquerda e da direita. simbolizadas pelas duas barras. Declaram-se pos• teriormente partido de fato e de direito. Em 1957 a Falange Nacional se une a um outro ramo herético do Partido Conservador. o Pctrtido Conservc,dor Social Cristiano. E <>s dois unidos passam a se chamar Partido Demócrata·Cristic1no. O PDC cresceu ràpidamente. Seus principais líderes - Tomic, fre i, Leighton, Gumucio e outros - já eram políticos conhecidos quando êle surgiu. Entram na linha da Revolução pura e . simples. Defendem a luta de classes e a mudança de estruturas. Fazem elogios velados a Marx. Exploram a fundo o apoio de um forte setor clerical que lhes bendiz a trajetória políticu malsã. Essa trajet6ria dos democrntas--cristãos da primeira hora é extremamente rápida. Muitos conquistam logo cadeiras ·na Câmara e no Senado. Em 1958 apresentam Frei como candidato à Presidência da República, que êle perde para Alessandri. foi, no entanto, uma derrota prestigiosa. Nas eleições de 1964 são três os candidatos à Presidência da República: - Julio Duran, do Partido Radical, que
é apoiado inicialmente, em forma oficial. pelos conservadores e liberais. 1, antiesquerdista, mas seu êxito nas urnas é improvável. - Eduardo Frei, democrata-cristão ( escolhido como candidato em lugar de Tomic porque êste, considerado por alguns como o mais importante homem da DC, era extremamente avançado) . Frei é esquerdista, com grandes possibilidades de sair vitorioso. - Salvador Allende, que fará as vêzcs de espantalho, é apresentado pela FRAI' (liga q ue agrupa o Partido Comunista, o Socialista e outros grupos esquerdistas menores). Declara-se maçon e marxista. Suas possibilidades de vitória também são consideráveis. O terror de ver o Chile conduzido ràpidamente para o marxismo pelo espantalho AI• lende fêz com que os Panidos Conservador e Liberal deixassem de apoiar Duran, que tinha pouca fôrça eleitoral, e entrassem totalmente na campanha a favor do candidato demo-cristão. Em 4 de setembro de 1964 Eduardo Frei Montalva foi eleito com larga maioria. De dois milhões e meio de eleitores, teve quase um milhão e quinhentos mil votos. Os conservadores ficaram satisfeitos, porque se reputavam salvos do marxismo. Frei assumiu o poder e fêz em pouco tempo o que Allende levaria muitos anos para fazer. Hoje, muitos se pcrgutam se a vitória de Allende não teria sido mal menor. Conseguiria êl~ o apoio de certas correntes centristas, que Frei conseguiu para fazer exatamente aquilo que os conservadores não queriam que fôsse feito? A alternativa Frei-AUende foi um falso dilema hàbilmcnte criado, que trouxe como conscqiiência o apoio eleitoral de numerosos direitistas ao marxismo velado da DC. Vimos, aqui, como foi rápida a ascensão do esquerdismo e da Democracia..Cristã. A título ilustrativo, seria útil considerar como foi também rápida a decadência eleitoral da direita no Chile. Para isto, é significativo registrar o nómcro de deputados feitos pelos dois partidos direitistas nas eleições correspondentes aos últimos pertodos presidenciais. Apresentamos a relação abaixo (segundo os dados de que dispomos):
, '
. Eleiçã9 de 12'57: pe1ío<10, lbaões
. Pa(tido Conse~vador Partido Libecal
.
28 32-
O Presidente Alcssandrí foi eleito cm 1958 pela coalisão dos dois partidos, que era considerada, na época, a primeira fôrça política do país.
C -
A Falange, predecessora da DC, foi sem pre esquerdisto ; as censuras pública s feitas pelo então Cardeal de Sontiogo
Seria interessante salientar que a Falange Nacional e os atuais homens da primeira Jinha da Democracia-Cristã sempre foram esquerd istas e nunca procuraram esconder isto, cm• bora sempre apresentassem seu esquerdismo sob a capa de Cristianismo. Já no seu nascedouro, desde seus primórdios, a falange mostrou•se simpática às posições marxistas. Disto resultou, como veremos, mais de uma censura pública feita pela Autoridade Eclesiástica. Por volta de 1938 - já o dissen,os - a Falange foi expulsa do Partido Conservador, por causa de divergências doutrinárias. Já era socialista. Suas tomadas de atitude públicas claramente marxistas surgiram um pouco de-pois. Em 1945 fêz um pacto eleitoral com o Partido Comunista. Foi, também, favorável à formação da CUT - Central única de Tra• bujadores, de finalidade totalmente subversiva e marxista. Em 10 de dezembro de 1947, o então Arcebispo de Santiago, Cardeal José Maria Caro, pan\ prevenir seus fiéis contra o esquerdismo da Falange, publica uma censura cm . documento oficial q.u e teve enorme repercus• são, mas que não foi ouvido por aquêlc:s a quem visava. Nesse documento o Purpurado censurava os falangistas, atuais pedecistas, por serem favoráveis ao reatamento das relações coo~ a Rússia soviética. por terem admiração r,or esta e pelo comunismo, por não serem suficientemente anticomuoislas. O fato mais escandaloso talve-i. da história da organi,.ação precursora da DC foi o ter ela sido a maior responsável pela revogação da 1..ey de Defensa de la Democracia. Esta lei anticomunista, que tornava o PC ilegal, foi votada em 1948 com o apoio de quase todos os setores políticos, entre os quais, evidentemente, não se encontrava, além do próprio PC, a fa-
E le\çíio de 1.96~: período Al_ess_al\dri
l
18 26
Eleição de 1965: perfodo Frfi 3
.1
6
lange. Não contente de se opor à lei antes de votada, passou o falangismo, posteriormente, a reunir fôrças para revogá-la. E, em 1958, os atuais democratas•cristãos conseguiram fo rmar um bloco parlamentar que tinha como um de seus principais objetivos a abrogação da lei. E a conseguiram. Nessa ocasião o Cardeal Caro, Arcebispo de Santiago, fêz uma nova declaração pública na qual recordava as normas fixadas pelo Santo Ofício sôbre as relações com o comuoismo, E o Secretário do Arcebispado publicou um documento no qual anunciava que ficariam privados dos Sacramentos os que favorecessem a derrogação da lei. Mas nada pôde impedir que os democratas-cristãos, talvez apoiados na opinião de outros eclesiásticos, votassem nesse sen• tido. Hoje o Partido Comunista do Chile é legal, e seus membros têm d ireito de cidadania para conspirar contra a pátria e a civilização cristã, graças aos ingentes esforços dos cristianlssimos membros do Partido Democrata-Cristão. Os homens da Falange continuaram, apesar dessa censura pública, a caminhar na mes-ma trilha revolucionária. Numa época em que o Chile não tinha relações diplomáticas com a URSS, passaram a defender o reatamento delas. Quando subiu ao poder na Guatemala o govêrno pró-comunista de Jacobo Arbenz, a Falange foi sua grande defensora no Chile. Quando êsse govêrno foi deposto, organizou-se uma marcha de protesto em Santiago, encabeçada pelo Sr. Eduardo Frei e pelo Sr. Juan de Dios Carmona ( atual Ministro da Defesa). Se tivessem escutado a voz de seu Pastor. não teriam possivelmente chegado os democratascristãos de hoje aos tristes absurdos a que chegaram.
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F.U NDAMEl-(l'OS i>l. REVOL g o CHILE~"
A
Revolução. com "R" maiúsculo, na terminologia empregada pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira no ensaio "Revolução e Contra-Revolução" (Boa Imprensa Ltda., Campos, 1959), é o conjunto de crises por que vem pas.,ando, há cinco séculos, o
FABIO VIDIGAL XAVIER DA SILVEIRA
mundo ocidental e cristão. Tôda a Cristandade- sofreu e sofre ê~c fenômeno, iniciado com a Renascença e o P rotestan1ismo, continuado com a Revolução Francesa, o que atinge o seu auge com o comunismo. No Chile, evidentemente, essa crise das crises se fêz notar. A isto chama.r íamos de Revolução Chilena, que é apenas uma parte, com poucas variantes dignas de nota, da grande Revolução universal a que se refere o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira. Seria infantil dizer que esta começou no Chile com a ascensão da Democracia-Cristã. Já muito antes de Frei era ela vigorosa. Muito especialmente nos tempos do govêrno Jorge Alessandri sua velocidade se tornou avassala• dora. A medida que avança a corrupção no campo moral, forçosamente se corrompem as instituições. invariàvelmentc os espíritos se presdispõem a ouvir os falsos líderes, inevità-
velmente se passa a aceitar erros doutri.nários. Para se entender a Revolução no Chile, como para entendê-la em qualquer parte do mundo, é imprescindível a consideração atenta de seus aspectos religiosos e morais, Um observador político dos tempos da .Reconquista erraria se a considerasse com olhos e.s tritamente laicos, e no mero plano po• lítico, abstraindo do fervor religioso que aoimava os filhos da Espanha cristã desde Covadonga. Um historiador da dominação árabe falharia gravemente se ignorasse os fatôres religiosos que pesaram decisivamente nas guer• ras e transformações sociais por que passaram as populações islâmicas do Andaluz. Um comentarista da segunda guerra mundial erraria se considerasse a existência dos pilotos suicidas japonêses como um mero efeito do pairiorismo, abstraindo de que essa atitude provinha 1ambém de um devotamento religioso ao Imperador. Assim também, erraria graven,ente quem quisesse considerar a Revolução Chilena como um fato - ou uma sucessão de fatos - de origem Unicamente política, econômica ou social. ANTES DB TUDO, ELA .é oe PUNOO MORAL E RELICIOSO,
O marxismo não era assimilável pela nação chilena, tradicional e profundamente cató• lica, e por isso mesmo imbuída de respeito pela família e pela propriedade. Ela não queria a luta de classes. Amava a ordem. Abominava a desordem. Não aceitava a demagogia dos agitadores de esquerda. Os homens que dirigem de cima os destinos daquele povo irmão verificaram que 3. única maneira de fazê-lo aceitar a transformação social que lhe propunham - a Revolução de esquerda - seria ' 'batiz.á-la", seria apresencá-la não só como isenta de qualquer hostilidade à Igreja, mas at"é inspirada pelos princípios cristãos. Sem isto, seria incerto e muito lento o caminhar da Revolução Chilena, Aprcsencava.m-na seus fautores como uma revolução técnica. Mas, como as transformações desejadas por êles supunham a rejeição d~ princípios aceitos unânimemente como verda• dciros pelo povo chileno, tal rejeição teria que ser antes coones1ada teologicamente. E para isto necessitavam de teólogos que fizessem a necessária escamoteação doutrinária. A ê.ste papel se prestou, de maneira flagrante e audaciosa, certo número de Sacerdotes jesuí1as. Dedicaremos o presente capítulo ao estudo sumário dêssc trabalho de prestidigitação doutrinária e dos seus autores.
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A base teológico-sociológica
Sendo jmpossívcl batizãr o marxismo, é necessário, para que a Revolução se faça aceitar pelos católicos, levar a opinião pública a adotar princípios que, à primeira vista, parecem verdadeiros, mas trazem cm seu bôjo escondida cautelosamente - a semente marxista. exatamente com ês.sc objc1ivo que a preparação ideológica do povo chileno para a aceitação de uma cs1rut1.1ra social comunista se faz cm diversos níveis. Existe, primeiramente, uma terminologia estranha, utilizada sõmente por alguns iniciados. E só êstes conseguem entendê-la. Por exemplo. a revista "Reportaje DESAL" emprega, em um de seus números, os seguintes têrmos cabalísticos: "sociedad global", "globalidad", ''participación pasiva o receptiva". "participaci611 activa y contributiw1", "ra<licalidnd de la margina/ida(/", "enfoque multidisciplinário y superJ·cctua/", "integráci611 interna dei mundo marginal". etc. ( artigo "Margina• lidad y Promoción Popular". in "Reponaje DESAL" - ano J, n.0 1 ) . Mas, para convencer o povo simples, o horncn, da rua, o c,a mponês. conceitos dessa natureza, um tanto esotéricos, não servem. Nesse 11ívcl a doutrinação tem que ser feita com têrmos mais acessíveis. l:. necessário empregar palavras mais simples. que êles cnrcn• dam ou julguem cntc11dcr, 1ncdiante a compreensão das quais se faz nascer nêles o espírito revolucionário. Deve-se agir principalmen-
a
te por meio de slogans revolucionários, cujo sentido primeiro e vago seja fàcilmente compreensível, mas cujo sentido verdadeiro e profundo seja de c-0nhccimento apenas dos líderes, dos condutores das massas. Dentro dos objetivos do presente trabalho, restringimo-nos à análise rápida de alguns dos pri ncipais têrmos impregnados de princípios revolucionários que os fautores da comunistização do Chile mais difundem. ■ 1 -
MARGINAI.IDADE E INTEGRAÇÃO
O marxismo q uer destruir uma classe e confiar a direção exclusiva da sociedade e do Estado a outra. Para isso propõe a ditadura do proletariado, que aniquila a anterior classe do .. minante. A exposição clara dêsse objetivo, no entanto, choca um espírito católico bem formado, pelo seu sabor não só de igualitarismo injusto, como também de luta de classes, O teólogo empenhado em servir a DC necessita de um princípio teológico-sociológico q ue possa defende r como verdadeiro, e no qual esconda sorrateiramente o que é cedo para apresentar ~~s escâncaras. Nada mais justo. nada mais de acôrdo com a doutrina da Igreja do que dar pão aos que não o têm. Nada mais cristão do que ir buscar os homens que vivem marginalmente e procurar integrá.Jos na sociedade. O normal, em uma sociedade bem constituída, na qual exista uma harmônica cooperação das várias classes que formam a hierar· quia social, consiste em procurar ifttegrar na vida social os que estio cm situação de carên• eia, fazendo-os subsistir por si mesmos, e in• centivar n que, com os recursos culturais e financeiros das classes mais altas, e se necessário do Estado, se auxiliem em tôdas as suas necessidades de alma e de corpo as pessoas que vivam na miséria. Os homens que são mais, especialmente do ponto de vista dos bens do espírito, devem interessar-se pelos necessitados, para que êstes venham a par1icipar da vida social. E ao Estado cabe velar pelos que são menos, auxiliálos a progredir, a se civilizarem e a se cu/tu~ rtditarem. Em têrmos mui to concisos. estas seriam as verdadeiras noções de marginalidade e i11 .. tegração: Encontram•se em marginalidade aquêles homens que por sua situação de carência vivem à marge1n <.lo corpo social; l11tegraçtío é o proc.csso através do qual os homens que vivem à margem do corpo social são conduzidos a participa.r ativamente dêle como membros vivos e sadios. Os conceitos de marginalidáde e integração - palavras talismânkas - íàcilmente podem ocultar sentidos condenáveis que o homem incauto. pouco observador das manobras esquerdistas, talvez não perceba à prill)eira vista . Tendo, embora, como dissemos, um sc111ido natural legítimo e sadio, essas duas palavras são lançadas nas esferas cultas do Chile com um sabor esquerdizante. Elas tr:tzem consigo a aceitação da idéia de que a integração
dos marginalizados só pode ser fei ta através da luta de classes, a substituição violenta da classe dominante e :1 destruição da estrutura so~ cial existente. A estrutura que linha a América Latina no século XVI, no entender da revista ºMensaje", está intacta: "Uns siio os vence1Jore$, os possuidores; os outros são os vencidos, os condenados a viver à margem da nação a que pertencem sem S(lber claramente por que.. ("Mensaje", junho de 1966 - editorial, p. 214). Dois terços da América Latina, segundo a revista, estão marginalizados. E a situação tende a agravar•se. Essa imensa marginalização só se deveria às estruturas atuais, à indolência da massa e à falta de interêsse cio têrço privilegiado que dirige o povo. dos "herotlümos" (homens tão ultrapassados c9mo são os do tempo de Herodes) . Incapazes, incompetentes, não querem que os atuais marginais se integrem. Daí surgiu a necessidade histórica de jus• tiça, de uma fôrça extrínseca à massa que promovesse a libertação desta e sua integração. e necessãrio derrubar os homens que estão no poder, integrar os que hoje são marginais e transformá-Jos nos líderes de amanhã, medi• ante sua organização cm grupos sociais. Esses grupos, como veremos, serão a ponta de lança da agitação, da lula de classes, do processo violento de transformação social. ■
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A "E•kOMOCIÓN POPULAR"
"Promocl6n popular" é outra expressão talismfinica. de sentido cabalíst;co que s6 os iniciados conhecem ou dizem conhecer. A idéia q ue ela traduz aparece como nascida no ambiente chileno - no Centro Belarmino, dos RR. PP. Jesuítas, e encontra no Pe. Veckemans um de seus maiores propagadores. Quando se pergunta a um chileno comum o que significa "promoc:i6n popular,,, êle não sabe responder. Quando se procuram ler os artigos ou livros publicados a respeito, tem-se que fa. zer um esfôrço enorme para, no término, chegar ao triste resultado de pouco se ter comtudo cabalístico. No entanto, nos preendido. círculos intelectuais e políticos de esquerda todos usam à larga a expressão. E daí extravasa ela cm certa medida para o grande público. Em um folheto de propaganda demo-cristã, a definição que se dá, de "promoção popular''. é a seguinte: "/:; o processo pelo qual o povo CAPACITADO e ORGANIZ.AOO se vai inte• gra,u/o no de.renvolvimentQ geral do pClÍ.f, ao participar e/etivamtmU! ua solu(,·<iO de seus pr6 .. prio:,,• problemas. Em outras palavras, é o contrário ,Je paternalismo" (.. Los Siete Misterios de la Promoción Popular" - grifos nossos). Ou seja, é a politização da massa, a fo rmação, nela, da idéia de que as elites não lhe desejam o bem•estar nem o progresso. E a conseqüente organização dela para arrancar por suas próprias mãos tais vantagens, com a destruição das elites. Quando tratarmos do organismo estatal chamado "Promod611 Popular·• (que tem estatuto de Ministério), veremos o que na prática. se quer. Em teoria, trata-se de organizar a população e integrar os marginalizados. Mas, na realidade, o objetivo é expulsar do poder as
e
KERENSKY Alexandre Feodorovi1ch Kcrcnsky nasceu cm Simbirsk, na Rússia, cm 188 l. Fêz seus es:tudos cm S5o Petersburgo, formando-se cm O irci10. lnic;iou cedo su3 carreira polhic,a . tendo sido eleito membro da Duma, o Parlamcn10 russo, crn 1912. So<:ialis1a e duramc11tc hostil ao regime imperial, participou ativamente da revolução de março de 19 J7, que levou o Cza.1· Nicolau li .a abdicar. Cons1i1uído o primeiro govêrno provisório, assumiu a pasta da Justiça. Em 20 de julho do rncsmo 3no ,ucendcu a Primeiro• Ministro, com podêres ditatoriais. Nessa oc::ssi5o rcin3va funda: divergência en .. ire as várias correntes esqucrdis1as. A mais
extremada era 3 dos l>olcbcvistas, liderados p0r Lcni11c, que em 01arço tinham revelado enorme fôrça, mas depois haviam caído cm accn1uado dc-sprcstígio. Nenhum de seus jornais circulava, pelo fato de as tipografias se negarem a imprimi-los. Seus principais líderes cs1avam fora de ação: Lenine vivin foragido; Trotsky e Stalin se achavam presos. Kornilov, o comandl'!nte-chc(e das Fôrças Armadas. lido como de direita. general de grande prestígio, se dispôs en1ão a liquidar com o bolchevismo, apresentando ao govêrno um plano de açio e11érgieo. Era a última oportunidade para isto: Kereosks, o socialista moderado, tinha reservas quanto à posição ideológic,a dos bolchevis1as, mas repudia a proposta
radical de Kornilov. Acaba se indispo ndo com êste e o prende, nHtis ou menos ao mesmo tem. po cm que liberta Swlin e Tro1sky. Numa con. cessão aos socialistas avançados proclam:t a república. Logo deJ)Ois Lenine volta para a Rússia e sua facção começa de nôvo a crescer em fôrça e influência. lnicia-se a decadência política. de Kerensky. Em novembro de J9t7, cs bolchevistas, depois de terem cxtcrminàdo a Família Tmperi::il, derrubam o govêrno e tomam o poder. Kornilov [oge, C· assume o comando do exército russo,.branco (que combati:\ vigorosamente a revolução), para morrer, no :,no.seguinte, vitimado por uma bombà. Kercnsky se refugia a bordo de um navio inglês. Chega são e salvo a Londres, passa algum tempo cm Berlim, indo depois para Paris, onde organiza um arremêdo de resistência. Assim, o homem que se negou a toma.r as ati1udcs enérgicas propcs1as por Kornilov para liquidar os bolchevistas, :1cabou favorecendo a ascensão dêsies e perdendo o poder par-d êlcs. Prcodcu Kotnilov, e soltou Trotsky e Stalin. Combateu as chamadas direitas. e deixou Lenine recuperar o prestígio que perdera. E hoje. enquan10 o pevo russo permanece ~scravi1.ado pelos comunistas, Alexandre Fco• dorovitch Kercnsky vive uma velhice deS• preocupada e bem instalada, no coração do mundo c.apitalista: cm Nova York. .. .
classes atualmente dirigentes, para q ue dêle se aposse exclusivamente a massa. &te é o objcrivo da "promoción popular". Em linguagem não camuflada, seria a ascensão do proletariado, e. a marginalização dos lideres atuais da produção e da cultura.
• 3 -
A MUDANÇA OI! ESTRUTURAS t A$ REFORMAS
Tôda a hodierna organização social do Chi le - afirmam mais ou menos claramente os propugnadores da Revolução Chilena - é má., p os líderes "/ierodia11os" são incompeten'tes. Cumpre fazer uma completa mudança de tslruturas. Cumpre destruir e recomeçar tudo do marco zero. Cumpre deitar por terra as instituições vigentes e rormar novos organismos sociais. Cumpre tirar o poder dos atuais líderes e dá-lo a outros. Isto só se consegue com reformas de base as mais arrojadas e radicais, cm todos os setores, E se fôr necessário o cmprêgo da violência, será empregada a violência, Para exemplificar, vejamos o editorial do n,0 115, de dezembro de 1962, de "Mensaje" (pp, 589 e ss.), revista católica dirigida pelos RR. PP. Jesuítas, que apóia integralmente a tendência democrata-cristã chilena. Sob o título "Revolución en América Latina", a direção da revista pretende apresentar como católicas as reformas mais violentas e radie.ais: "Sopram, com efei10, ares revolucionários. Urna imensa e cada vez mais crescente maioria está tomando co,u·ciê11cia de sua fôrça, de sua miséria e da injustiça dessa "Ordem'' política, jurídica, social e econ6mica que é obrigada a aceitar; e essa maioria não está dlsposta a esperar mais. Exige uma mudança: um<, mudança r6pida, profunda e total de estrutura.-r. ( ... Ja inquebrantáve/ decisão de mudar, custe o que custar. Isto, e não outr<i coisa, significa a ..Revolução na Amé. ríca Latina". [ . . . ] Revolução é, por conseguinte. "reforma", Ma.r mio uma tal ou qual reformc,, sen<io R.ef.ORMA JNT2CR.AL 1? RAOICAL. ( ••. J A autên tica revolução Clbrange todos os campos. E clara evidência da inadequação, da inoperância e da injustiÇ<I das estruturas vigentes; é, pelo mesmo motivo, inquebrantávtl decisão de rornper rtulicalmente com a "ordem" atual. de acabar com o passado e, PARTINDO OE "ZERO", CONSTRUIR UMA OROeM TOTA~MENTE NOVA, [ ••• J. Não vemos como se possa conci•
Jiar uma atitude <wtênticamente cristã com uma atitude cerradamc,ue ami-re.volucionária, opos• ta à mudá11Çt1 radical e urge111e de estrutura.t [ ... ]" (grifos nossos). No final das suas po11deradas e caure/osa.< observações, a direção de "Mensaje" adverte, no mesmo editorial: ..A rcvoluçiio está em ,narcha. Não opor•se a ela, mais ainda, propiciá•la, esconde evidenteme,ue um risco (ninguém pode saber exatamente onde termina a revolução), mas a vüla é ri~•co, e o Cristian;smo não é uma religião de seguranças suaves. mas de generosas lou,·uraJ·". es1es Srs. parecem ter-se deixado dominar pelas idéias niilistas, que tanta influência tivera,11 na Rússia pré-revolucionária do século XIX. Os niilistas tinham como um dos pontos principais de sua ideologia a necessidade da destruição total de 1ôdas as estruturas sociais, para depois se formar uma nova sociedade. Para os RR. PP. Jesuítas da revista "Mensaje", nenhum valor tradicional deve ser pre• scrvado. Devemos destruir tudo e partir novamente do zero. Os líderes atuais, as famílias que estão por cima, os homens mais cultos, os políricos de hoje, tudo enfim deve ser pôsto abaixo para se formar uma nova ordem de coisas. Nos escritos dêsses homens, a estrutura social que existe é apresentada como totalmente má, e a que está cm gestação, como necessàriamente boa. Por isto, destruamos o existente e ansiemos pelo nôvo. O que é êssc nôvo que se quer criar? a sociedade e a propriedade comunitárias, é a sociedade sem classes, desejada pelos democratas-cristãos e amada pelos marxistas. Deploramos profundamente a audácia de Sacerdotes católicos que consideram de acôr• do com a mensagem evangélica absurdos tão graves e evidentes.
e.
■ 4 -
DIREITO Dll PROPRIEOAOE
A Igreja sempre ensinou ser o direito de propriedade um direito natural. Com efeito, já que o homem é naturalmente dono de si, é dono de seu trabalho. E, portanto, do fruto do seu trabalho. E êsse fruto se destina primeira e diretamente a satisfazer as nec.essidades de quem o produziu. Dono de seu trabalho, pode o homem fazê-lo fru tificar muito, pela aplicação do seu próprio talento e por sua diligência. O homem é, pois, naturalmente dono dos frutos do seu trabalho que excedam suas necessidades de consumo, e que constituem para êlc uma garantia para as incertezas do futuro. o ponto de partida do que chamamos capital. Este po-
e
;.er...,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,. ...,. ...,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,..,....,..,..,....,..,....,..,....,.., .,..__ .,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,._,.-...,....,....,..,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,....,..,....,....,..,....,..,....,....,...,cr...,....,..,....,..,....,..,....,....,....,....,....,..,....,....,....,....,....,....,....,....,..,_,.
de ser representado indi fercntcmente por bens móveis ou imóveis, emprêsa.s agrícolas, industriais, comerciais, etc.
O direito do trabalhador a seu salário e o do proprietário a seu capital não são, pois, antagônicos. Brotam da mesma raiz. que é o direito do homem livre, de dispor de si.
Em suma, o direito de propriedade é um direito natural: nasce da ordem natural instituída por Deus.
Os esquerdistas Fingem ignorar êste ponto, e 3presentam o direito de propriedade e-orno
contrário ao trabalhador. E proclamam a necessidade de o suprimir. Se se lhes objeta que todo direito natural é sagrado, e não pode ser abolido pelo Estado, reclargúcm que os direitos naturais se distinguem segundo Santo Tomás em primários
e secundários, e que êstcs últimos podem ser abolidos pelo Estado. Ora, dizem, o direito de propriedade é secundário. Sem entrarmos na explanação da contro-
vérsia relativa a ser o direito de propriedade um direito natural primário ou secundário, acentuamos que, máximc sendo secundário, po-
de êle ser objeto de limitações legais, pode a propriedade privada até ser supressa cm um caso ou outro; porém, em qualquer hipótese essa suprtssão se deve entender como referente a c.stas ou aquelas propriedades em concre10 e nunca pode chegar à abolição - clara ou velada -
do instiluto dn propriedade privada.
Pois tal abolição seria indefensável em têrmos de doutrina católica. Ora, é a isto que tendem enCrgicamente
os esquerdistas com suas reformas de base so• cialistas e confiscat6rias, agravadas pelo fato de serem insuficientes e até irrisórias as indeni,~ zações fixadas pelas leis ou projetos de lei re..
formistas. Pela doutrina tradicional da Igreja, uma !erra pode ser desapropriada em razão de seu mau uso se êste prejudicar o bem comum de maneira grave, inconcussa, líquida e cerca. E isto há de ser demonstrado por dados precisos. e não por estatísticas ou estudos econômi ..
cos duvidosos. Mesmo tomadas essas precauções, é necessário que se prove que a desapropriação é o único reméd io para o mal, e que na medida do possível se dê ao proprietário oportunidade de fazer produzir sua terra para evitar que ela seja desapropriada. Por fim,
para que uma desapropriação seja moralmente lícita. cem de ser feita normalmente a preço justo. Na literatura do progressismo chileno a respeito do assunto - va~ta, pesada e indigesta - a nenhum dêsscs requisitos se dá atenção.
Fala-se em dano para o bem comum. para logo se proporem desapropriações em grande escala. a preço baixo e a longo prazo, sem garantia contra a desvalorização monetária. Os doutrinadores democratas-cristãos an-
dinos vão mais longe. Não se satisfazem em levantar dúvidas contra a propriedade indivi•
dual. Chegam a afirmar que ela é ilícita, e que a propriedade desejada por Deus é só a comunitária, ou até a inteira comunhão dos bens. Vejamos o que escreve a respeito o Sr.
Julio Silva Solar, um dos deputados de maior prestígio do l'DC chileno. Aplicando talvez o princípio de que os fins justificam os meios,
não tem escrúpulos de recorrer à deformação da doutrina verdadeira. No folheio "E l Ré&!mcn Comunitario y la Propicdad", depois de citar San10 Tomás e fazer de modo tendencioso a já conhecida e aliás legí1i1na distinção entre direito natural primário e secundário, cirn os Padres d:l Jsrcja para concluir que ··em geral se pronunciaram contra ll propriedade pri• vt1dt1 e a favor tia com1111i<Jade lle bc11,t".
Os textos aduzidos pelo Sr. Silva Solar são de difícil interpretação. São textos obscuros já de longa data aproveitados pelos marxisias: pa_rcccndo, à p~im~i ra vista, defender a propncdade comun11árJa. O parlamentar pedecista afirma tê-los encontrado em São Clemente Romano, Lactãncio, São Crisós1omo. Santo
Ambrósio, São Basílio e Santo Agost inho.
o
eminente moralisrn Pe. V ictor Calhrein, S.J.,
em sua "Philosophia Moralis" (Herder Barcelona, 19.• edição, 1945, pp. 3 18-319), comentando o pensamento dos Padres da Igreja cm textos como êsses, diz que "niio J·e ,leve recorrer em primeiro lugar a certas formule, .. ções ambíg uas. mas àquelas pa.fsageus em que êles exprimem o seu pen.mmeuto mais claro. [, • . J há quem, com sumo aplauso ,los socialistas, ouse acusar de comunismo os Santos Padres e o Direlto Ca11ô11ico".
. l!m dos trechos citados por Silva Solar, atribu1do a São Clemente Romano. é a1>6crifo. No livro "La Propicdad" (edição " Dédalos•·, Madrid, 1935), o Pe. José Maria Palacio, O.P. (que não é urn antiprogressista à outr<mce) transcreve na p. 56 o mesmo trecho, na mesma tradução apresentada por Silva Solar. É possível que êsrc tenha colhido lá a citação. E observa depois o Pe. Palacio: "A lireralllrlt marxista t em-se aproveitado dêste fragmento", que é aduzido "como argumcntó i11comros1á11e/ a favor do com,mismo dos Santos Padres.
[ ..• ] Graças aos progressos da crítica moder-
na, pôde~se chegar à llemonstração apodítica de l/ttt êsse /ragmemo fat parte de um escrito apócrifo do século / li 011 JV". O texto cm
questão, na tradução adotada pelo Sr. Silva Solar, é o seguinte: "Todas las cosas que hay e11 este mundo debierou .rei' de uso común entre los hombres. Sin embargo, injusuunente llam6 uno a esto suyo y aquél a lo oiro, de lio,ult se origt'nó la llivisión entre los hombres''.
Em um artigo de "La Nación" (diário do govêrno), edição de 6 de setembro de 1966, intitulado "Para una teología dei derccho de propiedad", sustenta-se que os bens da terra pertencem "em primeir<> lugar a Deus" -
o
que é verdade. Depois pertenceriam "à com11nidade humana", o que -
assim sem maiores
explicações - pode parecer duvidoso a muitos. E conclui-se que o homem é apenas um "admi11is1r,,dor dos bens" - o que é falso. Em seguida dá-se interpretação ambígua a várias passagens da Escritura, e afirma-se que os Padres da Igreja são favoráveis à comunhão de todos os bens. Aqui não cabe um estudo pormenorizado a respeito do direito de propriedade na doutrina pedecista. Por isto citamos apenas duas
instauração da propriedade c-oletiva. A refor-
ma agrária assim concebida -
que não deu seria a panacéia uni-
cerro em nenhum país versal. Mostra o prof. PJinio Corrêa de Oliveira na obra citada que os reformis1as, "sob " lou• vável aleg,,ç,ío de des1r11ir privt'légios e tlesigualtlades excessivas, po1lem ir "lém. e "bolir, gradualme11te, também privilégios e desigualllalles indispensáveis tl dignidade da pessoa humana e cu> bem comum'\ lsto se aplica intei• ramente ao presente caso. I nicialmente cxa•
gera-se o problema da pobreza, depois apresenla•se como solução a destruição de privilégios e desigualdades excessivas - para, por fim, se pedir a destruição das desigualdades que não são excessivas,.. mas pelo con1rário, naturais. harmônicas e indispensáveis.
Os homens que no Chile falam em margina/izaçiio e em promoção popular são os
grandes fautores da agitação emocional em tôrno das palavras fome e miséria. Criam um verdadeiro pânico da fome - talvez influência mórbida da tese malthusiana - de onde se tiram conclusões que favorecem seus ideais subversivos e confiscatórios.
amostras de uma literatura vastíssima e muito
difundida nos meios democratas-cristãos do Chile. Para justificar suas posições falsas a respeito da propriedade privada, os autores de 1ais livros fazem escamoteações doutrinárias por meio de citações de dificil interpretação e exegese complexa, chegando mesmo ao extremo de se servirem de um texto apócrifo, fazendo ao mesmo tempo tabule, rasa dos ensinamentos
tãoclaros das numerosas Encíclicas que tratam do assunto. Isto é o suficiente para mostrar que nem sempre a boa fé é apanágio dos teóricos da Democracia-Cristã chilena.
•s-
FoMe E MISÉRIA; AOliAÇÃO EMOCIONAL PARA TIRAR CONCLUSÃO MARXISTA
Um dos métodos de ação ideológica marxista usados Ultimamente consiste no desvir-
tuamento do sentido de determinadas palavras, seguido de uma agitação emocional em tôrno delas, o que traz consigo, por efeito de exageração, certas conclusões precipitadas, de um conteúdo comunista mui10 bem camuflado, às vêzes imperceptível no priíneiro momento.
!lsse fenômeno é muito bem explicado pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em seu recente livro "Baldeação Ideológica lnadvenida e Diálogo" ( Editôra ··vera Cruz", São Paulo, 1965). Mostra o autor que o emprêgo conti• nuado de determinadas palavras talism/inict1s como "diálogo", "coexistê11cia'', "ecume11ismo", "pat", etc. - acaba por "operar nas almas ama rrcm.i;Jormaçâo paulatina mas pro.. funda'' (p. 1) . Acaba a pessoa por acei1ar urn sentido da palavra - ou uma conclusão im-
B -
Os homens e as organizações que elaboraram a base te ológico-sociológica
Nos países onde a Revolução deita suas garras, por vêzes surgem elementos do Clero dispostos a colaborar com ela. No Brasil, durante o período presidencial de Jango Goulart, a principal liderança do chamado Catolicismo de esquerda, que apoiou o govêrno comunizante, foi representada por um largo cír-
culo de Padres dominicanos, influenciados pela Província de sun Ordem com sede em Toulouse
na França, pelos leigos que viviam em tôrno dêles e por bom número de Sacerdotes da mesma orientação. No Chile a ocorrência hodierna de um fe-
nômeno semelhante é pública e notória. A liderança progressista está com os filhos do grande e glorioso· Santo Inácio de Loyola. • 1 -
0 CENTRO Bl?LARMINO E SEUS J ESUÍTAS
O papel desempenhado no Brasil pelos Dominicanos a que aludimos cabe lá a certos Padres Jesuítas. Uma série de Sacerdotes indiscurlvelmentc capazes, inteligentes, com preo•
cupações antes de tudo de sociólogos, e secundàriamentc de SacerdO[es, representa a i11telli• gemtia que lidera o movimento progressista.
acci1ava. Passa~se paulatinamente a adotar os princípios implícitos q\Je a palavra talismânica contém.
gador das idéias revolucionárias que animam
cm muitos lugares, fome e miséria. N inguém o nega, e seria estupidez negar. Para qualquer homem normal, é profundamente doloroso ver um povo que sofre fome e miséria. Qualquer cristão, fervoroso ou não, qualquer aieu que tenha um mfoimo de compaixão pelo sofrimento do próximo, sente-se inclinado a sanar &ses dois males onde quer que êles existam. É ninguém duvida de que os gowrnos honestos que têm surgido cm nos.. so con1inente sempre csliverarn ou estão dispostos a procurar afastar êsses inales. Acontece, no entanto, que os esquerdistas criam uma peculiar fermentação emocional em tôrno das palavras fome e miséria, para daí tirarem conclusões que os favoreçam. Tal fermentação em nada íacilit::i a solução do problema. Pelo contrário. até a dificulta, pois nenhum problema se resolve em clima de inLranqüilidade e excitação. Os esquerd istas - e is10 se no1a muito particularmente no Chile - começam por insistir freqtientemcnte em ambas as palavras: depois passam a criar a fermentação emocional cm tôrno delas, acusando todo o mundo de egolsticamente se esquecer do problema que elas traduzem; num terceiro tempo acusam as elites atuais de se negarem a solucioná-lo; e por fim apresenlam•se como os únicos homens da terra que s<1bem ver equilibradamente a questão, e os únicos dispos1os seriamente a solucioná-la, por meio da ascensão do proleta• riado e das reformas de estru1Ura. A solução do problema da fome postula, evidentemente. o aurncnto da produção agropecuária. No entender de quantos não estejam mordidos pela môsca fanática do agro-reformismo confiscat6rio, a solução está em uma sã polí1ica agrária) que inclua a garantia de prc.. ços justos, incentivos governamentais, etc. Mas, para os agro-reformistas delirantes, haverá fome enquanto não se der o aniquilamento dos atuais proprietários e a lfansfcrência das terras para os seus legítimos donos, os trabalhadores, com a eliminação da propriedade privada e a
nanciado inicialmente pela Fundação Misereor,
que o Episcopado Alemão criou em 1959. No DESAL trabalham técnicos em desenvolvimento, todos êles de orientação esquerdista. O Sr. Paulo de Tarso, triste expoente da Democracia-Cristã brasileira na era de Goulart, é hoje um dos técnicos mais graduados da entidade. Dizem que os fu ncionários desta são muito bem remunerados. Consta, até, em lar-
gos círculos, que o Estado concede grandes financiamentos ou subvenções ao DESAL. Nos livros ou artigos que publicam, os homens dêstc órgão técnico apresentam tôda a ideologia revolucionária que enunciamos nas páginas anteriores. Favorecem a luta de classes, defendem a necessidade de destruir tôdas as estruturas hoje existentes) apóiam inteira ..
mente a política esquerdista do govêrno Frei. O DESAL faz estudos sõbre tôda a América Latina. Não me consta que seus trabalhos tenham tido penetração ou influído em outros países que não o Chile. Graças a Deus! Mas, lá êle faz devastações. • 3 -
A Rev1STA 1'MeNsAJEº
Seria uma falha fazer referência ao papel propulsor de certos Jesuítas na Revolução Chilena, sem falar de "Mensaje". É uma revista católica mensal. Pertence também à Companhia de Jesus. Seu diretor é o Pe. Hernán Larraín Acuiia, s.r.;-ex-Rcitor da Universidade de Valparaíso. Além do Pe. Veckemans, um dos colaboradores mais importantes de "Mensaje" é o Pe. Mario Zaiiartu Uodurraga, S.J ., economista do Centro Belarmino. Aprescntando~sc como católica, a revista
defende em tôda a linha a política de Frei e critica violentamente os opositores dêste. Basta quase ser revolucionário para poder aí escrever.
Nela colaboram homens de prestígio. Entre êles cita01os, por exemplo, o Sr. Jacques Chonchol - fautor da reforma agrária de Cuba. e o Sr. Raul Prcbisch - conhecido esquerdista da CEPAL. "Mensaje" chega a extremos absurdos e escandalosos. Assim, fui scgUramente infor-
Vários dêsses Padres tiveram permissão para
O Centro Belarmino é o principal propa-
É sabido que na América Latina existe,
distorções doutrinárias sôbre o direito de propriedade, referidas acima. Poder-se-ia dizer que é a Eminência parda do govêrno Frei. I! o diretor do DESAL - Cem ro para el Dcsarrol/o Económico y Social de América latina. 8sse centro de estudos foi fundado no tempo ainda do govêrno Alessandri. Foi fi-
deixar suas casas religiosas- e viver em comum (''.10/idàriamenre", em sua peculiar termino~ logia) no Centro Belarmino.
que no inicio não
plfcita que a acompanha -
voga no Chile. É o inventor ou principal propagador dos princípios de "marginaliclad", "i,z. tegración" e "promoêión popular1 ' . Aceita as
o govêrno do Sr. Eduardo Frei. É um centro de estudos sociais, que mantém estreitas ligaçõc,s com o laicato. Formou cm tôrno de si um grupo de leigos preparados, estudiosos, irrest ritamente simpáticos às idéias de esquerda e totalmente progressistas. Muitos homens hoje impor1an1es ou influentes na administração pública saíram do Cen1ro Belarmino. A título de exemplificação, basta dizer que o Sr, A lvaro Marfan, che.. fe de propaganda da campanha eleitoral que levou Frei à Presidência da República, é um dos mais diletos (ilhos daquela organização. Atualmente assessor do govêrno para o setor de planificação, é um Ministro sem pasta.
Outro exemplo é o do Sr. Sergio Ossa, chefe do órgão governamental intitulado "Promo• ci611 Popular", que tem estatuto de Ministério. ■ 2 -
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Í'E. ROGERS VECKEMANS
110 anos
E o DESAL
Estranho personagem é o Pe. Rogers Veckcmans. jesuí1a. Mas, segundo a voz. corrente,
e.
1imbra cm ser antes de tudo um sociólogo. S um dos homens mais· importantes no Chile. Circulam histórias lantásticas a respeito dêsse Sr. Dizem-no filho de um anarquista belga. Comenta-se que raramente celebra a Missa. Não se sabe até que ponto são merecedoras de crédito estas informações. O incontestável, no entanto, é que se trata de um homem de grande influência. Tem livre trânsito · em tôdas as áreas do govêrno, 1em entrada fácil nas classes produtoras, é chegado a determinados banqueiros e industriais. Em discursos no Congresso, seu
nome é citado amiúde. · Tem considerável capacidade de ação e viaja com muita freqüência. e, homem de voar 11ara os Estados Unidos, proferir uma conferência e voltar, dentro de 24 horas. Comenta-se que era bem acolhido na Casa Branca ao tempo de Kennedy. . Talvez seja o Pe. Veckemans, no momento, o teóric•o e doutrinador esquerdista mais em
FlãmuJa dis1ribufda pelo CoJégio San Tgnacio, dos RR. PP. Jesuítas de s,ntiago, por ocasião do
110.<> aniversário da Cundação daquele estabeleci. mento de ensi110. Um diabinho ao qual não faJ. tam nem os chifres, nem o rabo, nem o tridente, calca aos pés, trêfego e triunfante, um círculo no qual se lêem as iniciais e o nome do glo.rioso fundador da Companhia de Jesus. Curiosa inversão de valôres, pois o normal seria precisamente o oposto: o nome do Santo a esmagar ·o demônio. - Filhos de Santo Inácio lideram o prog:res.sismo
no Chile e fornecem a base teólogo-sociológica
da Democracia-Cristã andina.
»".,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,._....,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,...,...,...,...,...,...,...,..Q'.,..,..,..,..,..,..,..,..,.,.,......,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,...,..,..,...,..,..,..,..,..,..,..,...,...,..,..,...,..,...,...,..,...,...,...,...,.-
mado de que chegou a justificar a limitação da natalidade por quaisquer meios. Não é de se estranhar, pois que no n.0 132, artigo "Signos dei Tiempo" (pp. 429 e ss.), o diretor, Pe. Hernán Larraín, S.J., sustenta que os católicos não se devem opor a uma lei de divórcio ·'séria e severa", que não "fomente a de• sintegração da família" e não "atente contra o bem comum". S. Revma. não hesita mesmo em admitir que. em certos casos, o divórcio favorece o bem comum. O Centro Be.l armioo, o DESAL e a revista 11
Mens.aje" são os meios que certos Padres Je-
suí1as encontraram para uma penetração dou• trinária e técnica de sentido profundamente esquerdista, nos circulos pollticos e intelectuais, e na opinião pública. Os três são, no fundo, uma coisa s6. • 4 -
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PROORESSISMO NO CLERO
E ENTRE OS SEMINARISTA$
O leitor poderia pensar que o autor destas notas tem algum preconceito contra os filhos de Santo Inácio. E que êle simplifica o problema ao carregar sôbre Jesuítas do Chile tão grande responsabilidade pelos desvios doutrinários apontados. E com dor no coração que sou obrigado a fazer essas referências a filhos da Companhia de Jesus, a qual muito devo. Como ex-aluno dela, lamento muitíssimo ter que descrever o que constatei. Na realidade, a doutrinação dos Jesuítas de esquerda encontra eco em uma larga faixa do Clero chileno. Muitíssimos Sacerdotes se deixam influenciar por ela e a endossam. E, in• felizmente, até autoridades eclesiásticas de prestígio manifestam de quando cm ve~ apoio às soluções progressistas dadas a certos problemas. Papel relevante na Revolução Chilena de- · sempenham diversos Seminários que, penetrados pelas idéias de esquerda, estão infelizmente formando uma massa de seminaristas que au• xiliam de maneira pública e notória a ação comunizante do govêrno. Com certa freqüência êsses jovens recebem licença para sair dos Seminários a fim de fazer agitação entre os camponeses de certas regiões. E notório, especialmente no Vale do Curacavi, que a revolta dos trabalhadores da terra foi em geral iniciada por organismos de agitação auxiliados pelos seminaristas. Em todo o Chile se sabe que alunos de Seminários prestam eficaz concurso às agitações preparadas artificialmente pelo Ministério do Interior. Quando tratarmos das agitações camponesas veremos isso claramente.
C -
O papel dos tecnocratas
Estabelecida a base teológico-sociológica, uma série de técnicos competentes, preparados,
Ili -
Vejamos agora o que êstes técnicos, sustentados pela Democracia-Cristã., assistidos pelos Sacerdotes-sociólogos e financiados pelo govêrno, fazem de concreto no Chile.
.
A l!OLITICA DO GOVtRNO EDUARDO FREI
O
govêrno Frei não é u,n govêrno como outro qualquer: é diferente. Subiu com uma auréola de idealismo e de esperança nova, até então desconhecida. E procurou aplica.r uma política una, voltada em todos os setores para um mesmo fim. Poucos governos conseguiram o:denar tôda sua burocracia, todos os recursos do poder, para a consecução de fins tão unlssona• mente colimados. Os Ministérios, os órgãos públicos, os funcionários, todos trabalham para uma mesma política, estudada em seus mín_ imos pormenores.
A -
hábeis e inteligentes aplica os princípios revolucionários à prática. Muitos são chilenos. Ourros são importados para auxiliar o govêrno. Entre êstes, alguns são exilados brasileiros, atualmente com os direitos políticos cassados. Tais técnicos são prévia e intensamente doutrinados, sabem doutrinar e têm grande ha• bilidade em aproveitar os mínimos pormenores da realidade para daí tirar ou forjar vantagem para seus interêsses revolucionários. Em geral, baseados em estatísticas certas ou duvi· dosas, êles trabalham visando um objetivo único, muito bem coordenados. Em todos os setores, todos querem o mesmo. As seguintes metas econômicas e sociais servem de fundo de quadro para a atividade dêsses tecnocratas: o "aumento da produção'\ o "desenvolvimento econômico", e a "integração" ou "promoção popular"'. Mas, essas metas são apenas pretextos. Prova disto são as conhecidas declarações que um técnico mexicano de reforma agrária fêz recentemente em Yalparatso. Afirmou que, embora êle mesmo e seus colegas falem de aumento da produção, o que desejam, na realidade, não é isto. Desejam, por meio da reforma agrária, apenas transferir as terras para outros donos. Falam em aumento da produção, mas o que querem é, primordialmente, substituir uma classq social por outra, na propriedade da terra. A presença em Santiago dos escritórios centrais da CEPAL auxilia muito os tecnocratas chilenos em sua obra revolucionária. Como ninguém ignora, êsse órgão da ONU está dominado por esquerdistas avançados, muitos dos quais são claramente marxi.stas. Sle exerce uma influência nefasta no Chile. Publica estudos, dados e estatísticas - falsos ou duvidosos - que o chileno médio tem eaSCrúpulo em não aceitar como verda~eiros. O Senador Pedro Jbáfiez mostrou, em discurso no Senado, que os dados da CEPAL sôbre o Chile são falsos. O discurso não foi refutado, mas os dados continuam a ser apresentados como verdadeiros. Baseados em estudos econômicos discutíveis, e atribuindo todos os males do país a defeitos de estrutura, os tecnocratas da DC querem "destruir wdo e começar tudo do zero ... Fundados em dados duvidosos, querem destruir direitos adquiridos, líquidos e certos. Para que? Para solucionar um problema que em certa medida existe, mas que êles exageram, e querem resolver com açodamento e demagogia.
A "Promoción Popular"
_P ara, se entenderem os diversos setores da política do govêrno demo-cristão do Chile, é necessário examinar em primeiro lugar o organismo estatal criado para aplicar no prática os princípios da mistcriO!ia "promcción po,,ular". invenção - como vimos - do Centro Belarmino e assim batizada pelo Pe. Veckemans. O organismo tomou o mesmo nome mágico~ chama-se igualmente Promoción Popular. O organismo Promoci611 Popular está ligado dirctamc11te à Presidência da República. Seu chefe, Sérgio Ossa, tem a posição de um Ministro de Estado. Consta que seus funcionár ios são os mais bem pagos do Chile. Conforme a significação atribuída ~ expressão ''promoción popular" no cap. 11, item A, n.ª 2, designa esta um processo constante de dois elementos: capacitação e organização. A primeira consiste em fazer o povo tomar consciência dos direitos e deveres de cada pessoa e das obrigações que todos têm q ue cumprir em comunidade. A publicação intitulada "'Aportes para un Programa de Promocióo Popular"' (editada por DESAL, 1966 - pp. 3 J ss.) trata da capacitação, mostrando que é necc.ssário dar aos marginaliz...'\dos uma ..educação fundamen• tal e de lidere.,·".
A "educação fundamenta/'' (que "capacita o homem para tlescobrt'r..se na plenitude de seu ser e dignidade, e para atuar c/icaz.men• te nas relações primárias com o mundo do espírito e com o mundo material, de maneira que possa comribufr pt1ra o progres:;o de seu m eio social'' - definição, aliás, passàvclmcnte confusa!) diz respeito ao cidadão "como pessoa". "como membro da /llmUia" e ''como membro da comunidade". A "ttlucação de lí• tleres" (para ..dirigentes e militâlrtes" das o rganizações comunitárias que se quer formar) tem três aspectos: "formação pessoal'" - do homem como "dirigente"; "formação geral" como "membro de uma comrmid-ade e cidad,io do paíl'; e "formação geral"' como ..meml'1'o de determinada orgauiz.ação''. Poder-se-ia perguntar que diferença há entre vários itens dêsses. Quanto a nós, não saberíamos responder. Paira. uma não pequena confusão nas publicações sôbre ''promoción po• pular". Confusão irremovível que tornou difícil a própria redação do presente capítulo. Para a efetivação da "promoción popularn foi criado o organismo com suuus de Ministério, a Promoció11 Popular, ao qual está subordinada uma série de órgãos inferiores, aparentemente não relacionados com êle, com fins semelhantes aos seus e agindo todos em conjunto. Promoción Popular tem uma exis• tência de fato. Uma lei ora em tramitação no Parlamento, se aprovada, dar-lhe-á caráter legal.
Entre êsscs organismos salientamos: a} Juntas d e Vecinos (ºJUntas de Munícipes''). Vários quarteirões se unem para formar um nôvo grupo social. São verdadeiros municípios dentro do muoicípio, muito embora sejam independentes das municipaJidades; segundo declarações de alguns entusiastas, tendcr•se-ia mesmo à eliminação das municipalidadts. Segundo co11sta, já estariam constituídas mais de mil Juuta,r de Jlecinos.
b) Organizações comunitárias: Ce111ros (/e Madres (já existiriam 3 mil), Ce11tros Juveniles, Clubes Deportivos* Centros Culturllles y Artísticos, Centros de Padres y Apoderados, etc. c) Organizações sindicais: especialmente no setor agrícola procura--se formar sindicatos, agrupações "comwwles" e federações. Existem associações aparentemente distintas entre si, mas muito ligadas ao govêrno e à Igreja, que promovem a sindicalização rural. E as mesmas associações fomentam agitação entre os camponeses. Entre estas citamos: UCC U11i611 de Campesinos Cristianos; ANOC Asociaci611 Nacio11al de Obreros Campesinos; MCI - Movimiento Campesino lndependien• te,· Federación Campesina lntligena de Chile (é marxista e pertence ·à FRAP) . Até a data da redação do presente trabalho, comentava-se em círculos bem informados que já haviam sido constituídos 500 sindicatos agrícolas, com existência de fato mas não de direito, por oão estar prevista em lei. d) CONCI - Coma11do Nacio11al contra la /11flaci611: sua finalidade é arregimentar o povo para que êste se -incorpore realmente ao processo econômico. Organiza comandos de consumidores para controlar os preços e as cooperativas de consumo. e) Outras organizações, relacionadas especialmente com a construção civil, como a Cooperativa de A\ltoconstrução de Moradias. O organismo Promoció11 Popular está Intimamente entrosado com os diversos setores governamentais, para coordenar a aç,ã o das entidades que vimos de mencionar. Todos os Ministérios colaboram com êle. Por exemplo, o Ministério do Interior controla veladamente as organizações sindicais agrícolas, coordena e põe em prática planos de greves e lhes garante proteção policial. Outros órgãos do govêrno também colaboram com a Promoción Popular. Por exemplo, o INDAP - l11sri11110 de Desarollo Agropecuário. Possui ''promorores" capacitados que percorrem os campos explicando os direit·os dos camponeses. Algumas novas leis em andamento no Congresso interessam especialmente à Promoci611 Popular: a .ley de Ju11tas de Vecinos y Orgauil.aciones Co,mmitarias, que a transfor• mará em Ministério; a Ley de Si11dicalitaci611 Cnmpesi11a, que legalizará uma situação de fa to; e outras majs, A Ley de Junta de Vecinos. à qual o govêrno empresta enorme importância, tem por fim, segundo declarações oficiais, dar um estatuto jurídico às chamadas "organiz.ações comunitárias" (Centros de Madres, etc.} e às próprias Juntas de Veciuos. Atribui a estas últimas uma estrutura de progressiva amplitude, para culminar em uma Co11federaci611 Nacional de J umas de Vecinos. As Juntas serão supervisionadas pelo Ministério do In terior (Ministério político) . O projeto define-se como "orga11izações co,mmitárias territoriais representatt'vas das t>essôas que vivem em uma mesma unidad vecinal", e esta é.. . o ''território jurisdt'cional de uma Junta de Vecinos". A wridad vecinal deve corresponder a uma-pequena aglomeração populacional em que convivem os vecinos. O Presidente da República fixará em regulamento o número mínimo e máximo de habitantes de cada unidade, atendendo às características particulares da região e às necessidades de planificação social. As atribuições das Juntas são amplas: regularizar títulos de domínio, preparar plano anual de obras públicas, promover o espírito de solidariedade entre seus membros, formar cooperativas, colaborar na fiscalização dos preços, na distribuição e venda de artigos de primeira necessidade e de uso e consumo habi• toais. Podem as Juntas fiscalizar a prestação de serviços de utilidade pública, e, se êstes forem mal executados, é-l hes permitido solicitar a aplicaç.ã o das sanções cabíveis. Cabe perguntar se o que se visa com êstes órgãos intermediários entre o indivíduo e o Estado não é criar um sistema odioso de domínio dos cidadãos por meio da delação e do cootrôle policial. Uma publicação editada em espanhol pelo govêrno da Alemanha Ocidental ("Boletín semanal de asuntos alemanes publicado por cl Departamento de Prensa y Jnfor• rnación dei Gobierno Federal alemán" Bonn, 11úmero de 10 de fevereiro de 1966) informa da existência, na Alemanha comunista, de um organismo que, na tradução feita pelo boletim, chama-se Ccmunitlad de Vecinos. Sste órgão, entre outras funções, tem a de controlar os passos dos cidadãos. Quem na Alemanha Oriental permanecer mais de três dias em uma casa deverá ter seu nome registrado em livro competente, denominado "Livro Domiciliar". O não cumprimento dessa obrigação será punido com multa. Não será que
algo parecido se deseja fazer no Chile com as Ju111as tle Vecinos, as quais, talvez por mera coincidência, têm um nome tão semelhante ao da Comu11iclad ele Veci11os da Alemanha comunista? Se bem que o projeto cm andamento no Congresso chileno preveja receita própria para as Juntas (doações, rifas, etc.), o grosso dos recursos dêsses órgãos são financiamentos oficiais, o que os reduz à dependência do govêrno. As Juntas e demais organizações reconhecidas da comuna podem constituir-se em Cabildo Comunal, que terá por objetivo - nos têrmos do art. 62 do projeto - expressar sua "'vo111ade soberana". Esse Cabildo pode ser convocado pelo alcaide (prefeito), por acôrdo dos regidores (vereadores), ou a pedido da Uni611 Comu11al de la Junta de Veci11os, e só poderá ocupar-se das matérias incluídas na convocatoria. 8 um nõvo poder popular que nascerá, na dependência do Ministério do Interior e da Presidência da República, passando por cima dos podêres constituídos locais. Algo de parecido com os Clubs Jacobinos que represen• taram na França revolucionária, em tôdas as cidades, um govêrno extralegal que se sobrepôs virtualmente aos organismos locais e desencadeou o Terror. Em estreita relação com isto se encontra a Consejería de Promoción Popular, diretamente subordinada ao Presidente da República. Entre os podêres amplíssimos q ue a esta devem caber, está o de participar da política de desenvolvimento social do país, no senrido de favorecer a incorporação de todos os setore-s da população à plenitude da vida política, econômica, social e cultural. E pretende-se mesmo facultar-lhe propor a criação ou reforma de estruturas e instituições, com o objetivo de permitir, em todos os níveis, a efetiva par• ticipação de todos os setores do povo na gestão, decisão e execução da política econômica, social e cultural do país. Pode a Co11se;ería de Promoció11 Popular propor demandas e tomar parte em processos em que lenham intcrêsse as organizações populares. Seu estatuto jurídico será o de uma instituição autônoma do Estado, pessoa jurídica de direito público, com patrimônio distinto da Fazenda Nacional, integrada na administração descentralizada, e com relações diretas com o govêrno, através do Presidente da República. € esta uma organização feita, em tese, para não atuar ern p01í1ica. Mas, na realidade, atuará enormemente. As Juntas de Vecinos que existem hoje ( embora ainda não previstas por lei) já têm tido clara atuação política. Na chegada de Frei da viagem a Bogotá, Caracas e Lima, por exemplo, promoveram elas uma grande concentração no Palácio presidencial de La Moneda. Durante quinze dias todos os funcionários da Promoción Popular se dedicaram a preparar a recepção de Frei. Nessa concentração, a que assisti pessoalmente, aparece. ram desde crianças de colo até anciãos apoiados a bengalas. Enquanto os líderes democratas-cristãos se dirigiam à massa, esta berrava frcn~ticamente, somando ameaças a reivindicações, reclamando a aprovação da Ley de Juntas de Vecinos. Para uma pessoa menos avisada, seria difícil entender que misterioso fascínio existe em um projeto de lei que o povo inculto parecia desejar ardentemente, a ponto de exigir sua aprovação, e que. entretanto, é tão extenso e complexo que, sem sério estudo, não pode ser devidamente entendido pelos próprios técnicos. E a prova da demagogia. Sob a aparência de reerguimento de uma classe marginal, o que se está fazendo é uma polltização de índole revoltada, ameaçadora, reivindicatória, que será manejada pelos líderes da esquerda. E assim, cons,ituída a massa populacional em organismo paralelo ao Estado, conseguir-se-á, na realidade, formar um quarto poder. Nenhuma potência econômica, nenhum político, nenhum govêrno conseguirá dominar órgãos populares aos quais se atribui "vonta• de soberann" e se sujeita inteiramente à demagogia. Para onde se quer levar êste pacífico povo chileno? Quer-se levá-lo para uma ditadura popular que arrase as elites e os lideres atuais, fazendo nascer assim uma República Popular ou uma República Sindicalista, inteiramente igualitária e sem classes.
B-
A reformo agrário e a reformo constitucional relatívo oo direito de propriedade
Depois de se entender o conceito de promoci611 popular e a função do organismo Promoci611 Popular, é mais fácil compreender o programa reformista do atual govêrno chileno. Havendo no Chile, no modo de ver dos revolucionários de Já, uma pequena minoria de "herodia11os" (os proprietários) que domi-
Clr ✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓ ..Q'.C,✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓✓ ~ ✓ .r.r.r.r.r.r.r.r.r.r.r.r..Q'✓✓ ✓✓✓✓✓✓✓✓✓ ✓✓ A
nam e explorãm uma massa enorme de seus concidadãos, é indispensável despojar aquêles de seus bens c derrubá-los do poder, tudo em benefício dos outros. Assim sendo, cm primeiro lugar se deve pensar em reforma agrária. O Chile possui - como dissemos - um · território difícil de ~er explorado. Apenas
de ser aproveitada para agricultura e pecuária.
uma pequena parle do território continental po-
monto agro-reformista lhe esteja proporcionando a amnésia para certos dados que é útil
e é mínima a porcentagem de terra arável.
considerar . . .
Mas, a técnica agrícola acha-se altamente desenvolvida no país. O índice de mecanização, embora não tenha atin.gido o ponto consi-
derado ideal, é bem elevado cm comparação com o de outras nações da América Latina.
Produção agrlcola l'l:odução pecuária Produção agropecuária População total Fontes -
Depto. ae Econ. Agriria
3,57%
4,7% !!,5% 11,,1% '2,6%
0,68o/o
11
Instituto de E<:onomia · da Universida~e do Chile: "La economia cn •l mríoilo 1950 ai 1963" - 1963. Departamento de Economia Agrária do Ministério da Agricultura: ''La agricultura chilena en el quinqueoio 1956-1960" - 1 963.
Conforme o quadro que aqui apresenta• mos, proveniente de fontes conceituadas, no período que vai de 1950 a 1963 o aumento da produção agrícola foi muito superior ao aumento da população. Apenas o aumento da produção pecuária deixa a desejar, tendo sido menor que o crescimento populacional. Entretanto, segundo uma das fontes cita• das, o lns1. de Economia da Universidade do Chile, a produção pecuária havia crescido durante o decênio 1940-49 à taxa de 3,2%, a qual diminuiu depois. A crise pecuária parece
ter surgido nas duas últimas décadas. es1es dados parecem demonstrar que o que existe no Chile é principalmente um problema de baixa produção pecuária. E. para soJucioná-lo, se deveria fazer em boa mc-dida uma política dó auxílio às grandes propriedades, as que melhor podem dedicar-se econômicamente à pecuária, · Poderiam os agro-reformistas fanáticos alegar que o aumento da produção agrope• cuária nacional é ainda pequeno. Talvez tenham razão, comparando-o com o de outros
países ditos desenvolvidos. Mas, mesmo que se admita que êsse aumento é insatisfatório. pod~-se s6 por isso desapropriar terras e extinguir a classe dos atuais propl'ictários, sem antes,
dar a êstcs os incentivos que lhes têm faltado para uma maior produtividade? No Brasil, por exemplo, o gowrno nascido do movimento de 3 l de março de 1964 - o mesmo que fêz a aliás malfadada lei de reforma agrária - deu algum estímulo e alguma facilidade de c.rédito à agricultura. Isto, aliado a certo clima de segurança e tranqüilidade que êsse govêrno criou. produziu uin
rápido e grande aumento da produção agrícola, que se fêz notar logo em 1965, e continua muito satisfatório.
A verdade é que os agro-reformistas não desejam resolver problemas, mas apenas promover a subversão das estruturas. Slcs partem da idéia de que .a pequena propriedade, especialmente a de tamanho familiar, é o ideal, é a panacéia para os problemas do campo. a única capaz de produzir. Na realidade, é sabido que os pequenos, os mb dios e os grandes imóveis rurais devem coexistir em uma boa estrutura agrária. A existência só de pequenas propriedades agravará o problema da produção. Muito fàcilmente, para evitar os males do latifúndio improdutivo, se criará o minifúndio igualmente improdutivo.
• 1-
lnstitulo de Economia
2,29% 2,71%
A LEI A LESSANORI OE REFORMA ACRÁRIA E O QUE FREI J Á Filz BASEADO NELA
No entender dos agro-reformistas chile-
nos. a única 1·esponsávcl pela baixa produ1ividade é a atual estrutura agriiria (e os proprietários, evidentemente). Por isso, já no tempo do govêrno ~nterior, o movimento agro-reformista havia tomado corpo.
Na plataforma política de Jorge Alcssan• dri em 1958, quando êle subiu ao poder com amplo apoio do povo chileno, um dos itens principais era não ía.zer reforma agrária. Mas
a pressão foi demasiadamente intensa. Dizem que o próprio govêrno norte-americano paessionou Alc.\Sandri a fim de fazer votar uma lei nesse sentido. Comenta-se que, quando Stevenson estêve no Chile, nessa época, exigiu
que se fizesse ali a reforma agrária, ao que, irricado pela insistência do polí1ico yankee, o Presidente chileno teria respondido: Se os Srs. querem que o meu govêrno roube terras dos parliculares, desapropriaremos primeirarnence as minas de cobre que os norte-americanos
possuem no Chile. Mas, ainda no período de Jorge Alessandri foi votada pelo Congresso
uma lei de reforma agrária, tida por moderada.
Por essa lei poderiam ser desapropriadas apenas as terras abandonadas ou mal exploradas. O govêrno criou enlão a Corporaci6n ,ie
la Reforma AgrariC1 -
CORA, dirigida hoje pelo Sr. Rafael Moreno, político de orientação nltidamente esquerdista. Ao lado da CORA existe o INDAP Instituto de Desarrollo Agropecuario. Em ccse é um órgão técnico. Seu responsável principal é hoje o Sr. Jacques Chonchol, homem legendário, uma das principais peças do regime. e democrata-cristão e marxista. Já vimos que foi UM 00S MAIS IMPORTANTES PAUTORES OA RE ..
FORMA ACRÁRIA CUBANA. Sle. aliás, não o nega. Quando o acusam disso, defende-se dizendo ter trabalhado apenas como técnico da fAO. O INDAP - conforme mostrnremos na parte em que tratarmos da agitação camponesa -
em vez de ensinar técnicas agrope•
cuárias prepara demagogícamenle os trabalhadores rurais para fazerem reivindicações sociais e pedirem terra, salário, porcentagem,
participações, ele. A CORA faz as desapropriações, divide as terras, instala nestas as novas famílias.
· Até outubro de 1966, valendo-se unicamen1c da lei Alessandri, a CORA já bavia desapropriado 232 imóveis rurais, segundo declarações do Sr. Rafael Moreno ("El 1'1ercurio", de 8 de outubro de 1966), num total de 585 mil hectares. E isto foi feito cn, aproximadamente vinte
meses da administração
Frei. O que dá uma média mensal de quase 30 mil hectares desapropriados. Em um discurso mais recente do Presi• dente chileno ("El Mercurio", de 22 de de• zembro de 1966), aparecem dados que atualizam os fornecidos pelo Sr. Moreno. Segundo o Sr. Eduardo Frei. até a data do seu discurso já haviam sido desapropriados 332 imóveis (tidos por abandonados ou mal explorados, e alguns oferecidos voluntàrinmentl! à CORA).
do seu partido nas eleições municipais de abril do corrente ano, não leoha êle ânimo de fazer previsões tão otimistas quanto à permanência prc1ensamen1c irr'eversível da Oemocracin•
Cristã no poder. · O objetivo da reforma agrária. segundo palavras do mesmo Sr. Moreno, é a "promo-
TAXAS ~DJAS ANt.lAJS DE CRESCIMENTO (PERl.800: 1950-19ÓO)
.
é provável que agora, após ver a derrota
A $Uperfície aprovei1ada
para a reforma agrária alcança 980 mil hecta• res, que correspondem a 230 mil hectares de terras do Servido Nacional ,la Salrul., e 750 mil hectares expropriados a particulares. A serem verdadeiros os dados apresentados pelo Sr. Moreno e pelo Sr. Frei, até 8 de outubro de 1966 haviam sido desapropriados 585 mil hactares, e até 22 de dezembro do mesmo ano, 750 mil hectares. Em apenas dois meses e meio, portanto, foram expropriados
ção do trabalhador do campo'' (promoción poJ1C1lar aplicada no setor agrícola) e "que a terra seja de quem trabalha". Os slonga11s de
sempre . . . Comentários recentes de um colaborador do "Diário Ilustrado" (artigo intitulado "CORA y sus cifras") mostram que, fazendo-se a divisão da área disponível pelo número de famílias que a deverão habita(, a ÁReA
MtOIA r•oR FAMÍLIA SERIA Oll 12,8 llECTARES. Qualquer pessoa mcdlocremente informada a respeito das coisas do campo, em qual-
quer país do mundo, sabe perfeitamente que 12,8 hectares podem sustentar uma família se se tratar de terra boa e de cectos tipos de exploração. Uma tal área, se aproveitada para exploração horli-granjeira, por exemplo, pod~ria dar o suficiente. para a subsistência de uma família. Mas, se destinada a ou1ros tipos
de exploração agrícola, ou à pecuária extensiva, absolularÍlente não daria para 1anto, po-
alimentar de alface, couve, ovos e carne de
rem a particulares;
frango ... Conforme o mesmo articulista do "Diário Ilustrado'\ acima citado, existe uma série de imprecisões no que se refere ao custo total da reforma agrária do Presidente Frei. Segundo as aludidas declarações do Sr. Moreno, ficará ela. até 1972, em 1.610.000.000 de escudos, ou seja, aproximadamente 270 milhões de dó.
- os imóveis rurais de pequena área e trabalhados diretamente por seu proprietário não poderão ser expropriados.
na penúria em que estão muitos atuais donos
de minifúndio, penúria da qual os agro-reformistas dizem querer tirá..Jos. Para evitar algo
lares. Por outro lado, afirma o mesmo Sr.
Moreno que a instalação de cada familia custará 40.250 escudos. Isto multiplicado por 100 mil (famílias) dá a astronômica cifra de 4.025.000.000 de escudos. mais de três vêzes o custo total previsto para os próximos cinco anos. Poder-se-ia alegar que os futuros proprietários pagarão à CORA as terras adquiridas, e isto representaria uma receita além do custo acima indicado. Mas, a venda é feira :t prazo de vin,e anos. Apenas uma pequena parcela do preço entraria até 1972, uma vez
OJRl!11"0 .OE Pll01>RJEl)AOE
11/oradas. Querem desapropriar 1ôdas, e prefe-
mílias de novos proprietários. E o plano é
rlvelmente as bem exploradas. O S{. Frei con-
de insl3.lar um total de 100 mil famílias. Para
siderou necessário atacar pela base o direito
isto a CORA tem um escalonamento, que é o
de propriedade e preparar o caminho pai-a
seguinte:
êle e os íuturos governos -
Creio que o Sr. Moreno cometeu um pC• queno êrro de soma, porque êstc tocai de 8$
mil , com as 5 mil já instaladas, não dá as 100 mil fomflias de que falou. Outro êrro do chefe da CORA é o de csquecer..se de que o mandato de Frei ccrmirw cm 1970, e já apresentar planos para 197J e
1972. Ou estará o Sr. Rafael Moreno certo de qt!e a Democracia-Cristã está irreversivelmente instalada no poder? Talvez o açoda-
mento, etc.
Isto equivale a transformar o direito de propriedade em uma mera cor.cessão do Estado, transformar em direito meramente positivo
se esquivou de pronunciar..se sôbre o espinhoso
problema do pagamento a prazo. mo. Os agro•rcformistas oão se satisfazem ern desapropriar as terras abandonadas ou mal ex-
88 mil
este projeto de reforma constitucional é de tal modo draconiano, que deixa aos caprichos do legislador ordinário a fac uldade de privar de um legítimo ·direito o proprietário, de fixar indenização, prazo e modo de paga-
o que é de Direito Natural. Uma simples maioria ocasional no Congresso pode determinar a desapropriação cm massa de tôdas as terras (exceto as de pequena área, quaodo trabalhadas diretamente pelos seus proprietários) . &te projeto, aprovado pelo Congresso, foi encaminhadp ao Presidente, que o vetou, que os compradores estariam, então, ainda no causando com isso profunda surprêsa cm todo início do pagamento. o país. A razão alegada para o veto foi a E assim, com êsses dados confusos, a seguinte: o Presidente queria que fôsse reser• CORA. o Sr. Moreno, o Sr. frei e o Sr. vada ao Executivo a iniciativa de propor o que C honchol vão caminhando a todo vapor . . . se refere ao valor e ao prazo de pagamento Uma vez desapropriadas as terras, a das indenizações. COR A constrói as ben(eitorias necessárias para Na realidade, o que se comentou é que instalar nelas as famílias que deverão exploa reforma constit'ucional provocara tanta rá-las, as quais :passam a receber salários e parreação contrária na opinião pública, que o ticipações. Forma-se assim uma cooperativa, govêrno se via obrigado a voltar atrás, adianchamada asenram;e1110, que é uma sociedade . do-lhe a promulgação. Teria sido um veto ícita entre os ca1'11poneses que aí foram insta* polltico do Chefe do Estado. lados e a CORA. Mas queni ree'ebe a terra Quanto ao pagamento a prazo, Frei quis é o ase,11ado. Depois de um prazo de expecom seu veto que a reforma lhe conferisse riência, a CORA resolve se lhe dará ou não o · poder discricionário a respeito. O veto foi título de propriedade. impugnado como inconstitucional pelo Senado. A Contraloria, órgão incumbido de apreciar a 1 ■ 2 A R.êr 0 J'tMA CONSTITUCJONAL constitucionalidade das leis, decidiu que a reRJ!l.ATIVA AO forma constitucional {ôsse promulgada, mas
tares por dia.
10 mil famílias cm . 1967 12 mil famílias em 1968 15 mil famHias em 1969 15 mil familias em 1970 18 mil familias cm 1971 18 mil famílias em 1972
no caso de imóveis r urais. a indeni•
vão criar êste mesmo algo. Criando estas pequenas propriedades, aptas para exploração horti-granjeira, os agro-reformistas chilenos talvez estejam que. rendo fazer o povo anoino aprender a só se
dendo fàcilmente levar seu proprietário a cair
A lei Alessandri era tida por moderada. Com ela pouco poderia fazer o agro-reformis-
Até a data das declaraçõ<-< do Sr. Rafael
-
zação será equivalente à avaliação fiscal vigente para efeito de impôs10 territorial, mais o valor das ben(citorias não computadas; poder-se-á pagar uma parte à vista e o saldo em prestações com prazo não superior a trinta anos (!); · - a lei poderá reservar ao Estado o domínio de 1ôdas as águas existentes no território nacional, e expropriar as que pertence-
165 mil hectares. Isto dá uma média de quase 66 mil hectares por mê.s, ou seja, 2.200 hec~·i"oreno, já haviam sido instaladas S mil fa.
a lei ordinária estabelecerá o modo de adquirir a propriedade e de usar, gozar e dispor dela, bem· como limitações e obrigações que assegurem sua função social e façam-na acessível a todos; . - a função socia.1 compreende tudo quanto exigem os interêsses gerais do Estado, a utilidade e saúde públicas, o melhor aproveitamento do trabalho e das energias produtivas no serviço da coletividade, e a elevação das condições de vida do comum dos cidadãos; - quando o interêsse da comunidade o exigir, poder-se-á reservar ao Estado o domlnio exclusivo dos recursos naturais, bens de produção e outros; - ninguém pode ser privado de sua propr(edade, a não ser em virtude de lei geral ou especial que autorize a expropriação por motivo de utilidade pública ou interêsse SO• cial, definido pelo legislador; - o valor da indenização e suas condições de pagamento serão estabelecidos tomando-se em consideração os interêsses da coletividade e o dos expropriados; - a lei determinará as normas para fixar a indenização, o tribunal que conheça das reclamações sôbre seu valor, a parte dela que deva ser paga à vista, o prazo e as condições cm que se pagará o saldo, se o houver, a ocasião e modo da imissão do expropriante na posse do bem expropriado;
esquerd istas -
certamente mais
poderem aplicar reformas mais
radicais.
Conforme declarações do frio e cínico Sr. Chonchol, uo se pagt, lo ricrra, o se lwce re• forma agrari<I'. Os arditi explicitam o que os mais calculislas evitam di1..cr: era necessário arranjar uma maneira de 1omar as terras sem
pagar. A maneira seria modifjcar o artigo X, § 10, da Constiluição do Chile, onde se assegura a todos os habitantes da República "la i11violabiUd11d de todas las propiedatles, sin distilldón alguna . . . ". O projeto nesse sentido apresentado pelo govêrno, introduzindo modificações substanciais naquele parágrafo, já está aprovado pela Câmara e pelo Senado, mas recebeu um estranho velo quando voltou ao Execu1ivo para ser sandonado.
Em resumo, o 1>roje10 estabelece o seguinlc:.
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A NOVA LEI OE REFORMA AGRÁRIA
foi recentemente aprovada pelo Cougresso uma nova lei de reforma agrária, lon, guíssima, difíci.l de ler e examinar. Para esta lei entrar em vigor, era necessário que fôsse antes aprovada a reforma constitucional.
Um folheto impresso pelo govêrno, intitulado "La verdad sobre la reforma agraria", dá um resumo do nôvo diploma legal. Para nossa análise utjlizaremos êsse folheto, diver..
sos artigos da imprensa a respeito, e o projeto primitivo aprese11tado pelo Executivo. que talvez 1enha sofrido modificações nas tramitações parlamentares. Para evitar que alguns tenham o supérfluo e outros estejam sem terra, estabeleceu-se um limite máximo para a superfície que um proprietário agrícola pode cultivar bem: 80 hectares de riego básico (riego são terras irrigadas). este limite pode aumentar nas terras piores, ou no caso de o proprie1ário ter mais
de cinco filhos. Mas, como pode haver "agricuhores muy eficientes'', a lej prevê para êstes privilegiados uma reserva máxima de 320 hectares de riego básico ( !) .
Poderão ser expropriados, entre outros. os imóveis abandonados ou mal trabalhados,
os que renham área superior a 80 hectares de riego básico, 106 imóveis que pertençam a pessoas jurídicas e os que estejam arrendados ou cedidos a terceiros para exploração (êstes, quando os donos infringirem disposições legais que regulam os arrendamentos e outras
formas de exploração por terceiros), e ainda os imóveis que estejam em regiões cm que o Esrado faça ou pretenda fazer ou melhorar obras de irrigação. Além disto, poderão ser desapropriadas as terras da z.o,u, austral - de Mallcco para o sul - pelo simples fato de terem problemas de limites ( qua.s e 1ôdas as propriedades dessa zona, segundo se comenta, rêm problemas de limites). Tôda propriedade, cultivada ou não, fica sujeita a desapropriação draconiana. Uma vez em vigor a lei, só se será proprietário no Chile por benigna concessão do Sr. Frei. 8 para q ue o proprietário continue proprietário, terá que satisfazer as seguintes condições impraticáveis, que regulam o uso da rerrn, conforme o artigo 16 do projeto: - cultivar ao menos 95% da., terras de riego e 80% das terras sêcas; - ter condições técnicas de exploração superiores à média da região (sic!) ; - manter crn bom estado os solos; - conceder participação nos lucros aos empregados; - pagar salários pelo menos duas vêzes superiores ao salário mínimo rural (sic!); - cumprir tôdas as disposições legislativas e regulamcncares relativas ao trabalho, previdência, habitação, educação e saúde.
e impossível a um proprietário, por mais
que o queira, respeitar sempre tôdas estas determinações. E o mínimo deslise é punido com a desapropriação. Quanto ao pagamento, a lei é confiscatória. O valor da indenização. conforme autoriza à modificação constitucional vista acima, será determinado de acôrdo com o valor fiscal, que em geral não corresponde ao valor real. A CORA avaliará as benfeitorias, isto é. o próprio órgão expropriador indicará o valor do imóvel a ser expropriado. A parte paga à vista é mínima: 1% para os imóveis abandooados, 5% para os mal ex• piorados e 10% para os explorados normal. mente. O saldo é pago, na maioria dos casos, em 25 anos. As terras adquiridas pela CORA se dividirão em unidades agrícolas familiares. E a idéia utópica, defendida por muitos socialistas, de que a área familiar mínima representa sempre e nccessàriamentc o tamanho ideal de uma propriedade agrícola. A tendência colcJívizante aparece principalmente nas cooperativas que a lei pretende formar. Diz. o artigo 59 que, quando não fôr possível, a juízo da CORA, a exploração individual, poder-se-á estabelecer cooperativas camponesas ou um sistema de e.o. propriedade entre camponeses. Isto lembra os kolkhoses russos. A lei trata, depois, dos asentamientos. Vários- camponeses se unem e fazem o asentamiento, ou seja, celebram um contrato coletivo com a CORA. Depois cada chefe de fa. mília comparece: a uma assernbléia, vai à cabina indevassávcl e coloca na urna seu voto para eleger o comitê que dirigirá o asemamiento. Como boa parte dos eleitores não sabe ler, cada pessoa lerá um símbolo ("'1111 áquila, por ejemplo. es Garcla; "" ca,ulado cs 1../avero; wz trébol, Don Ce/erino de las Mercedes", diz um folheto do govêrno, explican• do o assunto) . O método é miraculoso. Segundo a prop3ganda impressa do govêrno, o Comité de Ase,uamiento reduz o alcoolismo e as fahas ao trabalho. Ê uma panacéia! . . . Bsses ascntamiento.s, previstos agora cm lei. já estão cm runcionamcnto de fato cm muitos lugares. Os ase11tados trabalham colcli• vamentc sob as ordens de funcionários do govêrno, recebem salários e participações nos lucros. Depois de três anos de experiência, deverão receber o título de propriedade se provarem que trabalham bcl'n e são capazes para os afa_z crcs agrícolas. Acontece, porém, que o artigo 59, inciso 3.0 , do projeto de Jei de reforma agrária. prevê que o PRAZO rooe SER PRORROGADO POR Tl:MJ)0 JNO)!'r.ERMINAOO.
Formar..se-á. no caso da pror rogação indefi. nida, um verdadeiro kolkhose. O órgão dirigente do aJ·e,uamienro dá, por dia, a cada ascuta<lo. urn adiantarnen10. Ao término do ano agrícola, distribui•sc o lucro cnrre a CORA e os ase11tados. A CORA fica com 20% a 25 % , que deve reaplicar no próprio imóvel. e o resto fica com os t1scmado.r. As vantngens dêssc sistema! diz o mesmo folheto do govêrno, são várias : adc-s1ra os camponeses; capacita-os para o trabalho cm suas futuras propriedades; seleciona os melhores; cria o esr>írito de comunidade. que se cristalizará com a íundnçâo de uma coopcra1iva.
Eis o fim principal desejado: o esp1ruo comunitário. Embora a lei fale em propriedade individual, o folhe to citado e tôda a literatura governamental ã respeito colocam todo o seu empenho cm mostrar as inúmeras vantagens da propriedade comunitária e das cooperativas (em nosso entender kolkhozianas). e dão a êste aspecto tôda a ênfase. Por outro lado, as terras recebidas não podem ser vendidas, não podem ser entre• gues a terceiros para exploração, e não podem ser dadas à meia. Vê-se em tudo isro um dirigi.s mo férreo e ·um coletivismo que só pode dar cm kolkhoze. O individuo nunca passará de um pseudoproprietário. No artigo 67, já citado, estabelece-se que a cooperativa estará sujeita à obrigação de "e.tplorar as terras conforme itS normas indi• <:atlas pela CORA , as quais se sujeitartío aos planos gerais que o Ministério da Agricultura tiver estabelecido para a região". Serão, por• tanto. cooperativas dependentes absolutamente do Estado. Além disso, o projeto prevê a desapropriação das águas. Isto é especialmente grave para o Chile central, que depende totalmente de irrigação. Não chove ali o suficiente. Terras fertilíssimas (num total de 13.500 quilômerros quadrados) tornaram-se aproveitáveis mediante obras ciclópicas de canalização. Mais de 10 mil quilômetros quadrados foram irrigados por iniciativa de particulares. As obras públicas nesse setor representam menos de 30%. E os atuais homens do govêrno se esquecem disto. Para êlcs o parlicular é um espoliador que se apodera de águas que deveriam beneficiar a comunidade. E, por isto. a lei expropria 1ôda a água. O proprietário de terras que precisam de irrigação passa a depender inteiramente do bom ou mau humor do funcionário local, que dirigirá, no futuro, a distribuição "cristã'' da água. "criada por Deus para todos", mas canalizada pelos "esbulha• dores", antepassados dos aluais ·proprietários. Ao Estado pertencerá agora a água. E uma forma nova de ditadura inventada pela Democracia-Cristã chilena. A impugnação dessa lei, do ponto de vista da doutrina católica e do senso comum, não oferece dificuldades: - Os direitos do proprietário são direitos adquiridos. cm conformidade com a lei natural. Uma lei post:erior não os pode destruir, mas tem que rcspeitá•los. a não ser que se prove que a desapropriação é indispensável ao bem comum (como vimos. esta prova não foi feita) . E nesse caso a desapropriação importa normalmente na obrigação de pagar ao proprietário, em dinheiro e à vista, o justo preço de sua terra; - A coexistência harmônica das propriC• dades grandes, médias e pequenas é necessár ia. Certas explorações - como a pecuária - não se fazem cm imóvel pequeno. Por outro Jado, conforme vimos acima, é conveniente que as hortaliças sejam exploradas cm reum absurdo gime de pequena propriedade. exigir que rôda exploração pecuária se faça em 80 ou, no máximo, cm 320 hectares. Mesmo nc-s ta área máxima permitida, é muitas vêzes antieconômica a criação ou a engorda ex• rensiva de gado. A pecuária exige áreas grandes para uma exploração econômica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS SÔBRE A REFORMA AGRÁRIA CHILENA: ii MOOERAJ)A? iÍ 1'àC NICAMEN'fE EFICAZ.?
Muito se rem escrito e falado sôbrc re• formas agrárias. Algumas são modera(/as, outras avançadas. Entre nós, o Sr. Jango Goulart favo receu projetos agro.. reformistas que cm comparação com os do Chile parecem moderados. E a opinião brasileira se levantou cnCrgicamente contra êles. Nenhurna pessoa de born senso, por mais simpatias que tenha pela Democracia.Cristã, pode em sã consciência dizer que o Presidente Eduardo Frei se mostra moderado nessa matéria. O que êle quer aplicar em seu país é uma reforma agrária avançada, arrojada, 10• 1alment·e coletivisla. E, se alguém tivesse dúvida a respeito. seria conveniente saber a opinião de Fidel Castro. "EI Mercurio", de Valparaíso~ em sua edição de 27 de fevereiro de 1966, publicou uma entrevista de dois deputados da Democracia.Cristã chilena que conversaram seis ho• ras COl'n o ditador, e1n Havana. A êsses doisdcputados. Fidel declarou que a reforma agrária chilena lhe p,irc.cia mais drástica do que a aplicada cm Cuba . Sem comentários! Admito - poderia dizer um agro.reformista ii. outrtmcc - que a reforma agrária andina seja avançada, e não moderada; o fato incontes1ávcl, entretanto, é que, do ponto de vista econômico, eJa constitui um êxito, e que dai advirá um grande aumento da produção e a redenção dos camponeses. E é exatamente
isto que moiros chilenos contestam, declarando ser essa reforma absolutamente antieconômica e ineficaz. Para deslindar êsse ponto, cito um elemento insuspeito, um discípulo e amigo de Marirain. um técnico de tendências avançadas que auxiliou Ben Bella a fazer a· reforma agrária na Argélia. O Sr. Eduardo Frei convidou o presidente do Instituto de Investigações Rurais de Paris, Sr. Bertrand Larrocque, a fazer uma aná· lise dos planos e realizações agro-reformistas de seu govêrno. esse perito lhe fôra recomendado por Maritain e enviado, a pedido dêstc, por de Gaulle. O Sr. Larrocque declarou a F rei que sua reforma agrária era política e não econômi• ca .. . Essas revelações são do jornalista Raúl Gonzáles Alfaro, em programa na Rádio Portalcs. de Santiago, transmitido no dia 30 de novembro de 1966 e reproduzido pelo "Diario Jlusrrado", daquela capital, na primeira página de sua edição de 2 de dezembro de 1966. Segundo o jornalista, no dia 14 de novembro Larrocquc mostrou ao Presidente Frei "que sua re/onna. agrário e-ra política e não econÔ• mict1. Que e, prevalência do aspecto político distorci" os objetivos sociais e econômicos, que ti êle pareciam essenciais nas ,mulanças de estrurura do cnmpo . .. Que o empenho em alcançar metOJ' políticas eswva convertendo a reíorma agrária em, um processo ruinosame1J· te antieconômico·•. e que na atividade agrá.. ria, como em tôda função econômica, "importa muito o valor da exploraçtio, e pouco os valôres publiclrários''. Acrescenta Raúl Gonzálcs Alfaro que o incômodo perito, "ma11eja11do com habilidade os cálculos e os /1mdame11tos de rôda r,ta11i/i• cafão agrária moderna. desautorizou com dois ou três argumentos de extraordinário pê~ J'O e t1lcance a quase totalid(1de das realiza• ções do INDAP e da COR A, que pretendem constituir a vanguarda revolucionária no pro• grama de reformas oferecido pelo regime tle• mocrata•Cristão''. Não é de se estranhar, depois disso, a reação encolerizada dos responsáveis por aquêles órgãos. Os assessôres de Frei para questões agrárias fizeram declarações contra o técnico francês, negando-lhe competência na matéria e procurando ocultar a existência de seu inoportuno pronunciamento. Nessa campanha foram. segundo informa o "Diar io Ilustrado'', apoiados por dois jornais. um governista e outro "marxista•leninista-semipequinista'' (cf. "Catolicismo", n.0 194, de fe. vereiro de 1967). Chegando a Paris, o Sr. Bertrand Larrocque sentiu-se incomodado com os transtornos que ocasionara ao govêrno Frei. Prestou declarações a respeito, transcritas por "81 Mcrcurio'" de 1.5 de dezembro de 1966, as quais, embora fei1as com discrição e com intenção de não magoar amigos chilenos, não deixam de confirmar o que noliciara o jor• nalista da Rádio Porralcs. Declara-se o Sr. l, arrocquc desolado pelo fato de sua passagem pelo Chile ter causado tanta oolêmica; que eslêve là ba:,· a convite de Rafael Moreno - vice-presidente da CORA - que examinou a reforma agrária que está sendo aplicada no país e que, até, conversou quatro horas com Frei. Esclarece que não fêz nenhuma crítica doutrinária ou política, pois considera a reforma agrária uma necessidade para o Chile. E acrescenta: ''Precisamente porque ,/esejo que ela triunfe ali. oermifi..me Jornrnlnr como técni,·o certas observações técnicas relativas à sua aplicação. Dou•me conta, agora, de que a Jranqueza tle algumas de minhas obser• v(lçôes resultou 11mito de.,·(lgradável aos agente.,; do govêrno que me receber01n com tanta cordialidade e gentileza. Lamento-o muitíssi· mo e desejo que me desculpem por isso, em• bora não pOs.m conven er em positivas as sim• pleJ· i11dicações negativas que Ih então".
C -
Agitação camponesa
Para quem considera necessária a misteriosa "r>romoci6n popular", as reformas de estrutura, a redistribuição das terras e. a subs• 1ituição dos aluais proprietários por outros, é indispensável começar promovendo a agitação no campo. A revolta da massa dos trabalhadores rurais é o melhor meio de preparar os espíritos para a aceitação de uma mudança da estruwra agrária. A agitação camponesa está adiantadissima no Chile. Uma parte considerável do operariado rural vive revoltada contra os patrões, porque êstes são sempre apresentados como lll3US,
A responsabilidade por êsse estado de coisas cabe principalmente ao INDAP e aos chamados movimentos camponeses. Conforme vimos. o Instituto de Desa• rl'ollo Agropectwrio é oficialmente um órgão técnico. E dirigido por Jacques Chonchol, fautor da reforma agrária de Cuba, conhecido como marxista.
Na prática, a principal tarefa de "desarrollo agropecuario" do INDAP é fazer o camponês tomar consciência da necessidade da mudança de es1ru1uras. O Instituto recebe altlssimos financiamentos chilenos e estrangeiros. No mês de outubro de J966 csrêvc em 'Santiago o presidente do Banco l ntcramericano de Desenvolvimento para assinar vários contratos com o govêrno. · Entregou 11 milhões de dólares p•· rn o Instituto do Sr. Chonchol continuar a campanha de "'promoci6n agrícola" na qual se encontra empenhado. Houve protesto em vários ambientes chi• Jenos. Isto porque é público e notório que, na expressão do prestigioso "'Diario Ilustrado". o INDAP está causando muito "da110 nos CClmpos, ,uravés de suas campanhas de agitação". E acrescenta o mesmo jornal: "O crédito de 11 milhões de dólares dado ao INDAP serve para intensificar a propaganda com,rmista tio referido organismo no campo chile11ou. Vários movimentos camponeses existem no Chile, já citados no capitulo que trata do organismo Promoci6n Popular. esses movimentos são dirigidos aparentemente por líderes da classe. Mas, na realidade, sabe-se que por detrás destes estão individuos pagos pelo govêrno, elementos da Democracia-Cristã, Sacerdotes ou seminarista,s. em inconrávcl número de propriedades agricolas a agitação começou com a chegada de algum personagem importante de um ou outro daquele~ movimentos. Muitissimas vêzes êsse personagem chega a uma propriedade acompanhado de algum Padre ou seminarista. Um dá cobertura ao outro, e ambos trabalham com os relógios acertados. Aquêles movimentos vivem sempre muito ligados ao govêrno e a meios eclesiásticos. As revoltas de camponeses promovidas por tais entidades têm em geral por pretexto reivindicar aumentos salariais, mel,ho ria das condições de trabalho, novas regalias; muitas vêzes, há exigência dos empregados de que lhes seja entregue uma parte da propriedade. E tudo isto é feiro cm nome de Cristo .. . em tôdas as q uestões o Ministério do Interior empresta apoio total aos trabalhadores. Uma vez caracterizada a "tensão social", promovida ou acolhida alegremente pelo govêrno, o Ministro Lei~hton sente-se na obri• gação de dar proteção aos trabalhadores para evitar o aumento da tensão. Em certos casos. enquanto os líderes apresentavam as reivindicações dos emprega• dos, êstes fechavam as porteiras das propriedades e ocupavam-nas à mão armada. Comeriam ou ameaçavam cometer atos de vaoda• lismo. Ameaçavam malar animais de raça ou destruir lavouras. Quando o Ministério do Interior é consultado, procura sempre chegar a um acôrdo que beneficie o trabalhador. Não pune os revoltosos, e impede a polícia de agir. São freqüentes os exemplos de caral>i11eros que pedem desculpas aos proprietários prejudicados, dizendo não terem podido intervir porque o govêrno apóia os agitadores e os camponeses que os seguem. Em alguns casos chegou-se ao extremo de se verem os proprietários obri• gados a distribuir terras aos seus empregados para acalmar os ânimos. Por todo o Chile existem pessoas especializadas cm redigir petições de aumento salarial. São freqüentissimas as questões rraba• lbistas desra natureza. Fui informado de que um conceituado advogado de Santiago rece,. beu várias dessas petições, provenientes de diversas regiões do pais, contendo reivindicações de empregados de diferentes clientes seus. Tôdas as petições tinham a mesma redação. Eram, evidentemente, idealizadas por algum órgão central encarregado de agitar os campos. A titulo de exemplificação, quero citar aqui um pliego de petlcióneJ· colecrivo de los obreros agrícolas de Curacavi, feito em agôsto de 1966. examinando o documento, pode-se ver que, dos 44 que o assióam, 15 são analfabetos, tendo-lhe apôsto a impressão digit~I. Vejamos o que pedem: - 8 escudos por dia de trabalho (o salário mínimo é de 4,1 cscudÓs) - 20% da entrada bruta da colheita (!) - meia q uadra de terra (aproximadamente 0,8 hectares), ar ada e gradeada anualmente, para plantarem o que quiserem - pasto para três animais em terras irrigadas. e para qualquer quantidade ( 1) em terras sem irri• gação - casa reformada e cm bom estado 150 escudos de auxílio-funeral (aproximadamente 25 dólares) no falecimento de qualquer membro da família 15 escudos mensalmente por filho em escola (aproximadamente 3 dólares) - campo de esportes - botas para os ordenhadores, luvas para os tratoristas, mantas, etc. - 46 quilos de farinha gratuita por mês - luz. elétrica gratuita - reparação de poços - gratificação de 70 escudos (aproximadamente 12 dólares) no Natal e nas fesquando pedirem permissão 1as nacionais para não trabolbar, esta lhes seja dada sem
e:,-.,..,..,..,..,..,..,..,. .,. .,..,..,...,...,...,. ✓ .,...,..,..,...,...,...,...,..,..,...,...,..,...,..,...,...,...,...,..,..,..,..,..,..,..,...,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,. .,. ..,...,..,..,..,..,..,..,..,...,...,..,...,..,...,..,...,..,...,. .,...,.. .,...,...,...,...,...,..,...,..,..,...,..,..,..,...,..,..,...,..,..#".,..,..,...,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,..,.-.,...,...,..,..,...,..,.~.,..,.. .,. .,..,..,..,..,..,.-
que com isro percam a remuneração do dec~canso semanal. E mais a construç,ão de um local para o sindicato, em cada fazenda.
Em ourra periç.'io de que tive conhecimenro, além de exigências semelhanres, havia ainda as seguinres : - 300 escudos (aproximadamenre 50 dólares) como presente de ca• samento - 15 dias de licença para casamen10 ano de serviço milirar pago inregralmente pelo patrão. As pe1ições cole1ivas são feitas pelo sin• dicaro loeal de trabalhadores, que tem exisrência de fato, mas não 1cm base legal. O parrão tem três ou quarro dias para responder sim ou não. Deve entregar a causa a um ad .. vogado democrata-cristão, Do conrrário, a defesa não caminhará bem, .. Quando não se chega a um acórdo, há uma arbirragem feira pelo govêrno. Num caso concreto de que tenho notícia certa, o pro•
prierário reclamou junro ao Minisrro do lnte• rior. Bste se dispôs a indicar cinco advogados entre os quais o proprietário escolheria um
como árbitro, o que foi aceiro. O Ministro, passando por cima da obrigação moral de indicar elementos imparciais, nomeou cinco democraras-crisrãos, e o ingênuo proprietário te• ve que escolher um dentre os cinco. esses dissídios coletivos são {reqüentíssi.. mos. Os proprietários, por temor de uma desapropriação e pelo pânico de se envolverem cm uma questão rrabalhisra, csrão desanima• dos de produzir. Deixam de invesrir nos campos. A produção torna-se penosa, mas receia-se que o não produzir venha a ser conside•
rado sabotagem ... O govêrno afirma que os camponeses estão revoltados, e que a agitação é espontânea. Deixa entender que, se não intervier para defe nder os empregados, sua abstenção fará gerar um levante comunista. lsro absolutamente não é verdade, Existem órgãos sindicais camponenses dos Parti• dos Socialista e Comunista, os quais pouca penetração enconrram. Os movimentos que penetram são os já citados, que têm o apoio de elementos do Clero e da Hierarquia, bem como do govêrno e da policia. Se a luta de classes não tivesse bafejo católico, não haveria a revolta. Em tôdas as questões rrabalhisras rurais, uma parte dos empregados toma o lado dos patrões, e as suas famílias passam a ser ameaçadas pelos ourros. Em um famoso caso surgido no Fmulo E/ Molino, em Llay Llay, ao qual os jornais íizeram referências, os empregados se dividi· ram cm duas facções: uma obedecia ao interventor nomeado pelo Ministério do Interior (eram 18), e a outra obedecia ao patrão (eram 8), Na cidade de Lampa, a CORA desapropriou o fundo do Sr. Joaquín Cerveró. Os empregados, segundo consta, ter•se-iam negado a receber as terras que reputavam roubadas, dizendo que queriam permanecer fiéis ao patrão. Segundo outra versão, teriam pedido que a expropriação não se efetivasse. Considerando-se tôda a pressão exercida pelos homens do govêrno, tôdas as promessas que fazem de dar propriedades aos empre.gados, é incrível que maior número dêstes não se revolte. Isto é a prova de que, apesar de tudo, o camponês chileno é ainda muiro infenso ao marxismo e a reforma agrária não c-0nstitui um anelo popular. Quando o trabalhador do campo se revolta é, em geral, porque foi artificialmente induzido a tanto.
D -
Outras reformas sa<:iais
Como vimos, faz parte da ideologia democrata-cristã a reforma de esrruru.ras total, completa, que atinja todos os pontos. A reforma agrária está em andamento acelerado no Chile, e já se fala em ourras reformas, Existe um projeto de reforma das soeiedades anônimas que tramita a passos lentos no Congresso, ainda desconhecido do grande público. Parece que visa um maior contrôle do Estado sôbre as sociedades dêsse tipo. Com relação ao setor empresarial exJste ainda um projeto de reforma, apresentado por um grupo de depurados do PDC, que prevê a parricipação obrigatória nos lucros e na gestão das emprêsas. A obrigatoriedade de tais medidas, como se sabe, é condenada pelos Documentos pontifícios, que consideram a co•gestão e a participação nos lucros boas em si mesmas, mas não imponfreis compulsõriamcnte.
Fala-se também cm reforma bancária e reforma urbana. Por enquanto pouco se sabe sôbre o que de concreto os democratas-cristãos conspiram com relação à êstcs dois ponros. Entrctanro, a lei que criou o Ministério da Habiração ampliou as causas de exprópriações urbanas, dando à CORVI - Corporo.ci611 de la v;vienda podêres para expropriar, ainda desconhecidos do grande público. E recentemente a referida pasta apresentou ao Legislativo um projcro de lei que permite as desapropriações urbanas indenizáveis a prazo
e
longo. um inicio de reforma urbana em estilo sorrateiro. Se dúvida houvesse ainda sôbre o desejo dos revolucionários pcdecistas chilenos de levarem as reformas a todos os campos, seria interessante, para desfazê..1a, analisar os números I e 2 de um recenre boletim intitulado "Documenración, Ideologia y Polhica" (6 e 21 de fevereiro de 1967), publicado por Alberto Jerez e outros demoeratas-crisrãos de prestígio na linha avançada. Mostram êles que, uma vez aprovada a reforma agrária, deve-se logo passar a uma segunda fase; a rC> forma bancária. Após citarem Che Guevara, escrevem frases como estas: º A mudança de esrruturas começa qu(lj·t j•empre com a reforma agráritl. Esta é a prirneira frente que .fe derruba [ ... ]". "Se fizermos a reforma agrária, as Outras virão por acréscimo. Se não a fizer• mos. esraremos ponticamente cancelados", "Se o combate contra t1 oligarquia começou pela reforma aaráritl, é porque o setor dos propfl'e.. tários de terras era o mais <lébil e o mais simb6lico, ,ru,s não o mais decisivo". Depois se salicnra que o segundo passo é a reforma bancária: "O Conselho Nacio11al do Partido co11cordou por unanimidade, na noite de 18 de ja• neiro, em passar para primeiro plano a reforma bancária". Observam os autores que muitos oligarcas transferiram seus bens para ourras atividades econômicas que não a agricola, e é necessário que estas comecem agora a ser combatidas. Daí visar-se os bancos. As reformas são processivas: onrem os políticos pedecistas voraram a agrária, hoje começam a dar os primeiros passos para a bancária, amanhã proporão a urbana, a industrial e comercial, e, se chegarem até onde Cuba chegou, por fim exrerminarão a insti• tuição da familia fazendo a reforma familiar, pela qual se nacionalizam os filhos, que passam a pertencer ao Estado. Com os fanáticos e incontidos pruridos pedecistas de tudo nivelar, mais dia ou menos dia tôdas as reformas de estrutura esquerdisras e expropriatórias assolarão o Chile, destruindo a propriedade e a iniciativa privada.
E-
Pressão tributária
As enormes despesas da propaganda oficial, a publicidade em rôrno da pessoa do Presidente, os órgãos onerosíssimos, como a CO· RA e a Promoci611 Popular, fariam estourar o orçamenro do Chile se a arrecadação não aumentasse. Uma das notas características da administração F rei foi o aumento exorbitante de impostos, para o que se serviu de uma lei já votada no período anterior. Para se ter uma idéia da situação, vejamos o aumenro que sofreu o ch~o impôsto sôbrt ,, renda mlllima presumida, também conhecido como impôsto patrimonial. E.sse tributo, de caráter transitório, está sendo pago durante os anos 1965, 1966 e 1967, e se aplica às pessoas físicas. Presume-se (não se atendendo a prova em contrário) que o contcibuinte perceba anualmente uma renda equivalente a 8 % do valor do capital que possuía em 31 de outubro de J964. Se a renda presumida não ex_ceder de 1.300 escudos ao ano (220 dólares), a pessoa nada pagará. Acima dessa cifra incidem taxas progressivas, que vão desde 20 até 35% sôbre a renda pre,sumida. E.sse impôsto é lançado sem prejuízo dos demais imposros, sôbre a renda, sôbre bens de raiz, etc. Sua aplicação conduz a absurdos tais como tributar bens que o contribuinle já não possui. Para determinar a renda, tomam.se em conta os imóveis, valôres mobiliários (ações), auromóveis e outros bens semelhantes. Ainda que o conrribuinre tenha vendido o t>em inclusive se o tiver vendido antes da publicação da lei, que é do mês de abril de 1965 - deve pagar sôbre êle se o possuía cm 31 de outubro de 1964 (quatro dias antes de Frei subir ao poder). Isto é ainda mais grave quando se pensa nos donos de imóveis a.grícolas expropriados com pagamento a longo prazo, que devem por três anos continuar contribuindo como se aio .. da t ivcsscm a terra. Os possuidores de ações que, quando da ascensão de Frei, estavam a bom preço, e que depois caíram venicalmente, são tributados segundo o valor que elas tinham anteriormente. Embora o impôsto lenha sido aprovado por uni rriênio, é opinião gemi que se estenderá por mais tempo, já que será fácil dar como razão para tal os terremot9s que assoJaram o pa:ís, tornando necessário auxiliar as regiões aforadas. O costume chileno, aliás, é que todo tributo transitório seja prorrogado a.n o a ano, como é o caso do impôsto de reconstrução do terremoto de 1960, que ainda está sendo cobrado para finalidades que nada têm que ver com a reconstrução. O aumento de iroposros se verificou em diversos outros se.tores, A titulo de exempli• Cicação, citaremos o imp8sto de compra e ven-
da, o impôsro sôbre juros bancários, as taxas proporcionais sôbre heranças, o impôsto de licença para automóveis. Além disso, os bens de raiz sofreram reavaliação para efeitos fiscais. Em conseqüência dessa enorme pressão tributária, uma grande parcela da população senre-se sufoeada, surgindo forte reação dos conrribuinres, conforme veremos no capítulo seguinre.
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Política exterior
Poderíamos resumir nos seguintes pontos a política exterior do atual govêrno:
- posição de aparência neutralista entre a Rússia e os Esrados Unidos, com ímperos de simpatia incontida por Moscou; - tentativas de lançar o Presidente Frei no cenário diplomático como l!der latino-americano. Já desde os tempos da Falange os homens do atual PDC mostraram sempre simpatia para com os países comunisras. Quando estavam longe do govêrno, eram os defensores, de tôdas as horas, do reatamento das relações com a Rússia. Cbegado ao poder, o Presidente atual aprcsenra, de imediato, a idéia do rearamento, que logo é consumado. Políticos pedecistas comumente elogiam governos como o iugoslavo e o cubano. Um ex-deputado brasileiro esquerdista que vive exilado em Santiago, Gerardo Mello Mourão, no livro "Frei y la Revolución LatinoAmericana" ( Editorial dei Pacífico, Santiago, 1966) assim define a política do atual Presidente: "Qual stria a linha mestra desta poli1ica? O comportamento internacional de Eduardo Frei não será, seguramente, de hostilidade e agressão aos Estados Unidos. Nem tampouco de desafio, no sentido, por exemplo, do desafio soberbo de Fidel Castro. Mas é, sem dtívida, um comporramtnto anticapitalista, tmtientreguista. E é de luta, /u,a clara e li.m,. pa, caracterizada /)Or uma resistência aré aqui ;nquebrantdvel COlltra o terrorisrno militarisra do Pe111ágo110 l ... ]" (p. 233). E depois lembra que um dos primeiros atos do govêrno pedecisra foi o reatameoro das relações diplomáricas com a União Soviética, Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Bulgária e Rumãnia. Reccnremenre, quando o Sr, Eduardo Frei quis ir aos Esrados Unidos e o Senado lhe negou a licença para se ausentar do país, o presidente do Partido Nacional publicou uma caria justificando a posição de sua agremiação política conrra a viagem presidencial. O referido partido havia sido acusado de., impedindo a viagem presidencial aos Estados Unidos, rer adotado a mesma posição hostil que em relação a Frei adota fidel Castro. SaHeota, então, a referida nota, que os acusa.. dores se esquecem de mostrar as notáveis coincidências enrre a política internacional do Presidenre democrata-cristão e a de Fidel Castro. E cita a propósito: Chile e Cuba mantêm relações com todos os países satélites de Mosc-0u, ambos recebem créditos e assistência técnica da Rússia, ambos foram contrários à in• rervenção norte-americana em São Domingos e repudiam a Fôrça lntcramericana da Paz, ambos formularam declarações contrárias à ação dos Estados Unidos e de seus aliados no Vietnã e favoráveis à entrada da China Comunista na ONU. Isto para "não apontar outras importantes aspirações do Partido Comunista a que ambos os governos dão satisfação". E o presidente do Partido Nacional acrescenta que sua agremiação era conttária à viagem presidencial também p<>rque Frei procura uma liderança continental de tipo ideológico, e a difusão no Exterior das teses da Democracia-Cristã ("EI Mercurio", de 15 de janeiro de 1967). Defensor de uma terceira-posição entre Moscou e Washington, o Sr. Eduardo Frei Montalva quer ser o líder latino-americano da ''revolucióll en libertad" democrata<ristã. E <>S partidários do chamado esquerdismo cató• lico fazem em todos os paises esforços contínuos para que isso seja assim. Entre nós, o Sr. Tristão de Ataíde declarou que Frei é o Kennedy do latino-americanismo,
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Política de "proteção" à família - contrôle da natalidade e divórcio
A adminisrração do Sr. Frei, sendo católico., promove tôda uma política de proteção à sagrada instituição da família. ■
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CONTRÔLI! DA NATALIDADI!
Todo católico sabe que nos planos da Providência o matrimônio existe principalmente para a muhiplicaçãp da espécie. Mas, no entender dos técnicos do govêrno chileno, a nossa espécie prolifera em velocidade muito mais alta que a do aumento da produção.
E, por isso, a natalidade precisa ser controlada, por métodos honestos ou desonestos. Não parecem êles confiar em sua decantada reforma agrária, pois, se é cerro que como dizem - esra é feita para o aumento da produção, as gerações fururas teriam garantida sua subsistência a partir do momento cm que ela fôsse aplicada. A verdade, entretanto, é que não é êsse aumento que se rem em vista, mas apenas a luta de classes e a substituição da classe dominante por outra. Para o Sr. Álvaro Marfan, filho espiritual do Centro Bela.rroino e gcneraHssimo da· campanha eleitoral do Presidente F rei, é di, fícil que a produção consiga aumentar nt> Chile em taxa satisfatória; é dif!cil que se consiga incrementar satisfatõriaroente e com a necessária celeridade a educação das novas gerações; é difícil que o Chile consiga dar trabalho aos novos conrigentes de população; e desolado comenta o Sr. Marfan que não se pode esperar "que a taxa de mortalidade normalmente suba". Conclui o mesmo Sr. Marfan que, assim como há uma planificação econômica, é necessária uma planificaçãôi que possa incluir um programa de "regularização da natalidade" ( declarações à revista "Ercilla"). Onde, em tudo isto, se vê a preocupação pela Jiceidade dos métodos de limitação dos nascimentos? Não se vê. Aquêles mesmos Sacerdoles jesuítas que deram a base teológico-sociológica dos outros pontos da política comunizante do atual govêrno chileno, fazem a propósito do contrôle da natalidade escamoteações doutrinárias tendentes a deixar entender que é liciro aos casais de hoje empregar métodos anliconcepcionais artificiais. Não somente em "Mensaje", como 1ambém através de outras publicações, essa tendência aparece. Na reportagem da revista "Ercilla" acima eirada, o Pe. Hernán Larraín, S.J ., e Õ Pe. Ma rio Zaííartu, S.J ., fazem declarações ambíguas nesse sentido. Aquêlc pretende que, na dúvida, podem-se empregar as pílulas anovularórias, Esre, depois de afirmar desrespeitosamenre que, do ponto de vista econômico, os filhos são "bens de consumo", deixa entender que, para uma paternidade consciente, podem ser empregados os métodos artificiais de limitação, em especial as pílulas. Para o técnico Marfan e para o economista-teólogo Pe. Zaííartu, existe necessidade técnico-teológica de contrôle da natalidade no Chile, Vejamos agora 9 que o govêmo faz nesse sentido. O direror do Serviço Nacional de Sa6de declarou, em agôsto de 1965, que aquêle órgão governamental iniciaria uma campanha de limitação da natalidade, para a qual seriam empregados "tanto os métodos que a Igreja perm;,e como os gerais". E o órgão oficioso "La Nación", em sua edição de 1.0 de julho de 1965, afirma 1ex1ualmen1c: "No futuro, a terra superpovoada correrd grave perigo. E aqui, como em tôda parte, nada do qut st. faça para evitá-lo poderá ser cons;derado irracional ou i/6gico". O Episcopado, em declaração pública dirigida ao Clero, na mesma époea, recordou as normas estabelecidas pela Igreja sôbrc o assunto. Mas, isto de nada adiantou. Muitos Padres con_tinuaram a fazer as mesmas declarações dúbias, das quais se depreende coroo mal menor a aceiràção dos métodos proibidos. Para evitar o abôrto - dá-se a entender - (: preferível o emprêgo de métodos até agora considerados ilícitos. Em 7 de dezembro de 1965, cm "EI Mercurio1\ o Pc. Hernán Larraín, S.J .• chega a dizer que um Estado pluralista não deve deixar-se influenciar pela Igreja se a população não católica e o bem comum pedem o contrôle da natalidade. E deixa transparecer que é útil que o Serviço de Saúde divulgue todos os processos anticoncepcionais. Coro a base reológica dada pelos homens do Centro Belarmino, o govêrno, por meio de seus técnicos, entrou ràpidamente em ação. O Serviço Nacional de Saúde iniciou uma campanha de difusão de métodos anticonccptivos. Uma série de comissões, conselheiros o deparramentos especiais investiga e desenvolve o conrrô)e da natalidade. Médicos que atendem nos postos de saúde fazem as intervençoos cirúrgicas necessárias. O Serviço Nacional de:Saúde procura convencer as mulheres dos riscos que apresenta o abôrto, "e oferece uma alternativa'', que são os métodos anticonceptivos. Para isto "editou um folheto chamado "Abôrto", onde.se explica em linguagem, simples as maneiras que existem para não ter filhos" ("La Tercera de La Hora", edição de 24 de novembro de 1965) , Sôbre a escolha dêstes métodos, informa o Dr. Fran• cisco Mardoncs, diretor do referido Serviço, não se consultou a Igreja Católica nem qualquer outra. Trata-se de medidas "seguras e cie11tf/icas", que não serão impostas. Apenas se esclarecerá a respeito as mulheres solteiras ou casadas que consultarem o Serviço. A decisão sôbrc o uso ou não dos métodos ficará a
critério da consciência,.de cada uma ("El Mercurio", edição de 28 de novembro de 1965). Comenta-se em largos ·círculos que mais de 200 mil mulheres chilenas··e s1ão sendo aten• didas pelo Serviço e praticam os métodos de limitação - não só os permitidos. como os não permitidos pela Igreja. ■ 2 -
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DIVÓRC IO
Em matéria de divórcio, já não é tão, arrojado o Sr. Frei. Seu govêrno, que é promotor do contrôle da natalidade, não ousou ainda ser promotor do divórcio. Apenas, acompanha passivamente o encaminhamento de uma propositura divorcista em curso no Legisla.tivo, sem intervir negativamente. A Democracia-Cristã evita ser n egativista . .. A Deputada Jnes Enriques, líder divorcista chilena, apresentou um projeto de divórcio à Câmara. O projeto ganhou corpo. foesperadamente, recebeu a aprovação da Comissão encarregada de examiná-lo. Esta vitória se deveu principal.m ente à votação dos deputados do Partido Radical (ateu) e dos Partidos Comunista e Socialista. Na Comissão votaram contra o projeto dois deputados conservadores, um liberal e um democrata-cristão. O Deputado Alberto Jerez -:- um dos homens mais importantes da Democracia-Cristã - se abs• teve. Es1a absrenção, aliás, se compreende : é notório q ue o Sr. Jerez se apresenta por tôda parte com uma divorciada, que mora com êle. Os Bispos protestaram. O .Partido Conservador publicou um documento no qual condenava violentamente o d ivórcio. Parece que não existe possibilidade próxima de a propositura vir a ser aprovada pelo Legislativo. A opinião pública chilena não está preparada para tal. l:l, entretanto, notório quo a DemocraciaCristã não combate o divórcio de frente. Muitos líderes pedecistas simpatizam com· sua implantação. O Sr. Álvaro Marfan, por exemplo, o já citado generalíssimo da campanha eleitoral do Sr. Frei, declarou à revista "Er• cilla" (em sua entrevista há pouco referida) que os países desenvolvidos têm o divórcio, e que nos subdesenvolvidos deve-se ampliar ao máximo a regulamentação legal para proteger as familias cm situação irregular: "legislar para solucionar um problema social existe11te não significa atentar contra os tlltos princípios morais ou religiosos''. O deputado pedecista Julio Silva Solar se manifesta no mesmo sentido. D iz êle que a pressão social é tão forte, que na prática se estabeleceu já o divórcio no Chile. e que essa pressão justifica a lei. Chega ao desvario de afirmar que, se a mesrna pressão social exigir a legali1.ação da homossexualidade ( que, para êle, é um mal discutível) , a legislação também nesle caso deverá ser adaptada. As simpatias democratas-cristãs pelo divórcio são tão patentes, que a líder divorcista Jnes Enriqucs declarou a " EI Mercurio" (edição de 27 de agôsto último) q ue lamenta que o PDC não tenha ainda tomado uma atitude clara a respeito do assunto, pois se nega a legislar sôbrc êste enquanto muitos d o seus próceres se mostram favoráveis à dissolubilidade do vínculo. Segundo a entrevistada, os parlamentares da DC aguardam apenas um momento mais oeortuno para darem ao projeto divorcista a tramitação correspondente. Se dúvida houvesse quanto às mal veladas simpatias do PDC chileno pelo divórcio, estas declarações da líder divorcista trariam a respeito um esclarecimento definitivo.
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A semana de cinco dias e a• supressão dos feriados religiosos
Hã um paradoxo na política da Democracia-Cristã: de um lado seus próceres procuram o apo io da Igreja, para que ao chileno médio pareça que o atual govêrno é de inspiração católica; e de outro lado afirmam que o pensamento da .D C e o da Igreja Católica não coincidem necessàriamente. Neste último ponto o pcdecista chileno é sincero. Confessa indiretamente que não é um político católico verdadeiro, · pois, se o fôssc, deveria fa.zer de sua atividade política em vários assuntos uma como que continuaç·ã o de sua atividade apostólica, em inteira harmonia com a doutrina da Igreja. Muito pelo contrário, o atual govêrno e alguns parlamentares do Partido afirmam que o pensamento social da Igreja Cató lica é apenas um dos elementos da Democracia-Cristã. ~es mesmos parlamentares tomam, em certas intervenções. atitudes inteiramente contrárias à d outrina e disciplina da Igreja. E isto não só em problemas econômico-sociais. O maior escândalo neste sentido foi a tentativa de abolição dos feriados religiosos. A administração Frei introduziu no país a semana de cinco dias, abolindo, portanto, 52 dias de trabalho no ano. E logo depois, com desfaçatez desconcertante, verificou que o aumento da produtividade e a melhor organização do
trabalho exigiam a abolição de quatro feriados religiosos: Ascensão, Corpus Clrristi, São Pedro e São Paulo, e Imaculada Conceição. Segundo noticiou a imprensa, o respectivo projeto de lei chegou a ser redigido e estêve a pique de ser encaminhado pelo Executivo ao Parlamento. Isto se pasou em 1965, quando houve duas tentativas de envio de tal projeto ao Congresso, uma no início do ano e outra em novembro. A iniciativa foi sustada por causa da enorme reação popular então surgida. Inicialmente, milhares de senhoras assinaram uma nota de protesto que a imprensa publicou· fartamente. E, segundo consta cm círculos bem informados, alguns Bispos teriam procurado o Sr. Eduardo F rei para dizer que a população católica não aceitava a supressão daqueles feriados, ao qtie o Presidente teria respondido que "agora não". porém mais tarde se voltaria a pensar na iniciativa. O sentimento religioso do povo chileno impediu que a medida anti• católica fôsse então aprovada. ·
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A questão do cobre
A posição da DC andina em relação ao problema do cobre é muito curiosa. Enquanto os companheiros de Frei estavam na oposição, eram promotores arditi dr. tóda espécie de greves e agitações nas minas. Foi público o fa. vorecimento de tais perturbações da o rdem, por homens que hoje s.'ío destacadas personagens do govêrno. En1re êsses (lntigos agitadores se salientam o Sr. Presidente e seu Ministro do Interior, Bernardo Leighton. O favorecimento dos movimentos sediciosos nas minas era fei to pelos demo-cristão, não para resolver qualquer problema dos operários, mas Unicamente com o intuito político de pro• mover a agitação e a luta de classes, o que lhes traria vantagens eleitorais. Tendo subido ao poder, a DC t.e ve que mudar de atitude. Como a economia chilena depende inteiramente do cobre (a maior parte das d ivisas é proveniente da exportação dêsse minério), aquêles mesmos q ue na oposição eram insufladores, passaram a ser, no govêrno, os inimigos das g reves. Quem antes era pedra, hoje é vidraça ... Qualquer crise na produção mineral areta sêriantcnte a economia nacional; afetando a economia, atrapalha os pJanos revolucionários do govêrno. Todo o orçamento chileno é reiro com base no preço internacional do cobre. A oscilação dêste pode fazer as perspectivas fina nceiras do pais passarem de ótimas a péssimas em 24 horas. A interrupção da produção pode acarretar as conseqüências mais desastrosas. Os agentes do atual govêrno, dian1e disto, têm a missão constante, imoosta pelo Palácio de La Moneda, de evitar qualquer agitação que possa prejudicar o trabalho normal das
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minas. Muitos movimentos grevistas têm surgido ali, através dos quais os operários pedem aumentos de salário, melhores condições de vida, etc. Mas, a mesma polícia, que é tão inoperante no impedir a subversão entre os camponcse.s, é eficientíssima quando chega a vez das m inas. O Ministério do Interior, que promove a agitação no campo, é ferrenho adversário da agitação nas m inas. São dois pesos e duas medidas. . . No campo a desordem é . útil para a promoción popular e para a asce11: são do camponês. Por que não se quer faze r promoci611 popular nas minas? Por que a~ não se aplica o mesmo método de ação q ue nos campos? Porque isto prejudicaria a situação· econômica do pais, e o prestígio da DC periclitaria ... Ao mesmo tempo o Sr. Frei depara com um problema de âmbito internacional que excita os sentimentos nacionalistas da esquerda. e extrema-esquerda: trata-se do capital norte• americano que .domina a maior parte das minas, e que deve ser expropriado. Os esquerd istas - e, entre êst..::s. o Sr. Eduardo Frei procuram a todo custo expulsar os ya11kees do território andino. Grande campanha de• magógica foi desencadeada neste sentido. A maior mina de cobre do Chile, Chuquicamata (uma das maiot·es do mundo) , con .. tinua integralmente nas mãos de norte-americanos, ao passo que, em relação às o ut.ras jazidas que êsres possuíam, o govêrno já conseguiu desapropriar 51 % das ações. Acontece, porém, q ue as emprêsas assim nacionalizadas exigirão nos próximos cinco ou dez anos grandes inversões de capital para o prosseguimento normal da exploração, inversões estas que deverão ser Ceitas pelo govêrno que as desapropriou em parte. Quanto a Chuquicamata, a situação é bem melhor. A exploração continuará a se desenvolver normalmente, por muito tempo, sem o investimento astronômico necessário para as o utras. Frei olhou com olhos voluptuosos para Chuquicamata. Mas os norte-americanos fecharam a q uestão e não ccdcrarn, continuando com a propriedade in1cgral da emprêsa. De tudo isso adveio uma conseqüência paradoxal: Frei passou a ser recriminado pela esquerda - inclusive Fidel Castro - por não ter desapropriado Chuquicamata; e é censu.. rado pela oposiç.ã o direitista por ter desapropriado as minas que exigiam grandes investimentos, o que significará um ônus pesadíssimo para o futuro. No meio desta situação confusa e paradoxal. duas coisas são certas : 1.0 ) a DC, que antes patrocinava greves dos mineiros, continuará, enquanto est iver no poder, inimiga à outrnnce de ta.is greves; 2.0 ) mais cedo ou mais tarde, o capital norte-americano de Chuquicamata não resistirá ao apetite confiscatório do demo-cristianismo hostil aos Estados Unidos e enamorado da U RSS.
O malôgro da política econômico-financeira
O que se observa a respeito da atual situação econômico-financeira do Chile é o seguinte: crise de produção, crise de abastecimento e conseqüente falt•a de gêneros de primeira necessidade, paralização dos negócios, fuga de capitais, além de uma inflação desenfreada. A política cm relação à propriedade formou um clima de insegurança e instabilidade. O risco de desapropriações iminentes torna temerário qualquer investimento. Os negócios se paralizam. As terras e os imóveis urbanos baixam de preço. As ações sofrem grande depressão na Bôlsa. O chileno cauteloso vê-se na contingência de tratar de tirar o seu dinheiro do Chile para aplicá-lo no Exterior. Há anos entrou-se no sistema de contrôle de preços. este é exercido pela DIRINCO Diretoria de la /11d11stria y Comercio. que está leva.ndo o abastecimento a uma crise: freqüentemente há fal ta de carne, manteiga, leite, açúcar, ovos, arroz, batata e outros alimentos. No mês de setembro de 1966 houve um in• cidente grave cm La Vega, o grande mercado público de Santiago, por causa dos preços baixos fixados pela DIRINCO. Os produtores negaram-se a vender pelo preço estabelecido. Muitos jornais noticiaram o fato em manchetes. U ma notícia do "Diário Ilustrado" de 16 de dezembro de 1966 deixa patente o cinismo com que certos homens do PDC- falam da escassez de produtos de cuja abslenção o povo mais se ressente. Comentando a atual falta de cigarros no Chile, o diretor da PIRJNCO declarou q ue os fumantes são os responsáveis por ela. Mas, não são apenas os produtores rurais do mercado de La Vega que estão irritados. A irritação é geral. A revista "Ercilla" de 21 de julho de 1965 mostra que, depois de os jovens católicos da revista " Fiducia'' lerem levantado a bandeira oposicionista no campo exclusivamen-
te ideológico em que se situam, diversas organizações de outra natureza iniciaram reações em cadeia. Houve_, pouco depois, uma visita de protesto, ao Presidente Frei, dos seguintes órgãos de classe, representativos da agricul• tura, indústria e comércio: Co11/ederaci611 de la Produci611 y dei Comercia, Sociedad Nacional de Agricultura, Sociedad Nacional de Mi11erio, Sociedad de Fomenro Fabril, Cámara Central de Comercio, Co11/etleradó11 /nreramericana dei Comercio y de la Producilm (CICYP), U11i611 Social de Empresarios Ca16/icos (USEC), /11SIÍIUIO Cltile110 de Admi11istrt1ci611 Racio11a/ tle Empresas (ICARE). , Protestaram principalmente con1ra a reforma constitucional, que enfraquecia as garantias do direito de propriedade, introduzindo virtualmente. um princípio marxista na Carta Magna do Chile. Entre os órgãos que protestaram perante o govêrno a êsse propósito, encontram-se alguns que sempre tiveram orientação favoráv~I à DC. Citamos, por exemplo, a Cámarll C/11lena de la Construcción. Isto mostra que mesmo setores democratas•cristãos se encontram insatisfeitos. Os prot-estos continuam. Assim, o presidente da Socieda1J Nacional de A grkultura, falando na recente inaugu ração da exposição de animais de Los Cerillos, afirmou-se representante de produtores que querem produzir, e lamentou: ºVivemos d iàriamcnte a t ragédia tios que, pessoalmente. por escâto ou por mil meios, nos exprlmem sua i11tra11qiiilidade e m relação ao f uturo"; mostrou cm seguida que a reforma agrária representa o ''perigo tio aniquilamemo das capacidades em-pr.esnriais" ("El Mercurio", edição de 9 de outubro de 1966). Nessa mesma ocasião falou o Ministro da Agricultura, que foi vári:_ls vêzes interrompido por apupos e assobios ("Diário llus• trado", da mesma data). Também recentemente a Co11/ecleraci611 ele la Pro,Jucci6n y dei Comercio, representando os órgãos de classe do comércio e da constru•
ção e as sociedades de fomento fab ril, de mi• neração e de agricultura, publicou um enérgico manifesto contra a reforma constitucional, Mostra o documento que a iniciativa governamenta l, deixando sem garanlias o direito de propriedade, não poderá evitar conseqüências danosas. Aíirma que o Presidente .Frei não tomou em consideração a ''quase totalidade das nossas observaçõe~·. E mostra que, oa presente çscasscz mundial de capitais, êstes são levados só para onde existem garantias estáveis. A política do govêrno em relação ao capital privado é caracterlsticamcnte demagógica: Frei ouve os operários. ouve os agitadores, ouve os reformistas, ouve os inimigos da propriedade. mas não ouve os representantes das Cámaras, ou órgãos de classe, conforme êstes mesmos ressaltam. Desta atitude só podem vir a insegurança e a insatisfação. ~ público e notório que há wna grave crise da construção civil no país. Como nesse setor muitos empresários estão fortemente vinculados ao Partido, o govêrno arranjou uma fórmula hábil, que, segundo se comenta, é a seguinte: Frei teria feito um acôrdo com o Peru, para onde se transfeririam várias firmas d e construç,ã o chilenas:. Consta que muitos bons amigos da adminis .. tração pedccista andina já estão com escritÓ· rios montados cm Lima. A DC subiu ao poder no Chile apresentando a inflação como um dos mais urgentes problemas nacionais a solucionar. Era o que chamava_de ''flagelo nacional'', Agora, ao cabo de trinta meses, verifica-se que o processo i?flacionário não se deteve, antes pelo contrário, agravou-se. Segundo dados oficiais, a taxa da inflação chegará cm 1967 a 41 % tan10 como nos piores anos de governos passados. Em 1964, úhimo ano da administração Alessandri, calcula-se que mais de 50% das inversões eram feiras pelo Estado. Em 1966 a inve,são estatal foi estimada cm perto de 80%. Como observou um conceituado economista estrangeiro q ue vive no ,Chile, professor uni• ~ersitário e téc.nico cm integração econômica. isto não passa de "socialismo profundo'' ou "si.riema dirigido". .Bsse é o resultado do estrangulamento tributário que deixou o povo cm J)éssima situa• ção íinanceira. Muitas pessoas não tinham meios para pagar seus i,npostos, o número de cheques e títulos cambiais protestados elevouse assustadoramente. Segundo informação de um assessor de Frei, sõmentc uma minoria dos contribuintes (31 % ) havia lido meios pa• ra recolher, até julho de 1966, a segunda quota do impôsto da renda, exorbitancemente aumen• tado pela administração pedecis1a ("PEC", n.º 190, de 16 de agôsto de 1966) . As ações caíram vertiginosamence na Bôl• sa, devido à insegurança geral e ao fa10 de os particulares terem tido que se desfazer de suas economias em face da elevação do custo de vida e da necessidade de pagar os impostos desmedidos do Sr. Frei. Comenta-se que o valor médio das ações em outubro de 1966 era igual a 45% do apurado cm outubro de 1964. A situação na Bôlsa é quase de bancarrota. Para se ter idéia do aumento dos prote&t-os de letras e cheques e da baixa das ações - o que vem confirmar o descalabro da atual política financeira - reproduzimos aqui um quadro demonst rativo publicado pela revista especializada " PEC". O desemprêgo começa a tornar-se crí1ico em todo o Chile.. Nas zonas urbanas, até agôsto de 1966, aumentou êle em 75% com relação ao índice de fins de 1965 ("PEC'', n.0 190, de agôsto de 1966). É difícil saber-se qual a exata situação financeira do Estado. Notícias várias correm a respeilo. No segundo semestre de 1966 afirmava-se que um êrro de previsão da cotação internacional do cobre havia desequilibrado o orçamento, colocando o govêrno em sérias d ificuldades. Posteriormente, pelo contrário, informou-se que a ascensão do preço do minério viera proporcionar grandes sobras de divisas. O fa to incontestável, entretanto, é que o Estado vem passando por sucessivos períodos críticos. sob o ângulo financeiro. E ninguém nega, tampouco, que o govêrno F rei enfrenta uma gravíssima crise econômica . . A situação em determ inados se1ores chegou a ficar dramática. As obras públicas for am reduzidas, segundo alguns, em 50% . voz corrente que a CORA, muitas vê1..es, não tem tido dinheiro para pagar os que trabalham nos asentamientos dos imóveis atingidos pela reforma agrária. Referem-se até vários casos de funcionários da CORA que foram procurar, com an(igos donos das terras desapropriadas, emprésl imos para pagar os asentatlos. Os empreiteiros de obras públicas vêm encontrando grandes dificuldades para receber as pr«taçõcs a que têm d ireito. Comenta-se com insistência que há muitas íi rmas cm perigo de falência por não receberem os paga.n,1entos a que fazem jus. Ao lado de tudo isto, conforme já ficou
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dito, os gastos com a burocracia aumentaram brutalmente. As verbas mais as.s ustadoramente allas são as empregadas nos o rganismos demagógicos e de agitação social, como a CORA, o INOAP e a Promoció11 Popular. As despesas de propaganda governamental são também despropositadamentc vultosas. Os créditos concedidos peio Banco Central nos primeiros dez meses de 1966 se dislTibuiram de tal forma que seu total no setor público aumentou em 35 % , e no setor privado diminuiu cm 57 %, e,n relação a igual período do ano anterior ("PEC", n.0 204, de 25 de novembro de 1966). De todos êstes fa tos, qualquer cidadão, capaz ou não capaz.~ técnico ou não técnico, só pode tirar a seguinte conclusão: é lógico, cornprensívcl e normal que tenha baixado e que continue a baixar a produção agropecuária e industrial no país.
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A política de Partido
O govêrno deve servir no Partido Democrala-Cristão? ou é o Partido que deve servir ao govêrno? Eis a pergunta incômoda e comPrometedora que os dcmocratas.-cristãos ard;ti querem ver respondida, e que os moderados evitam responder. Só o fato de a questão ser levantada já faz suspeitar que o govêrno esteja subordinado ao Partido. E esta é a realidade. A ala mais avançada levantou essa problemática no último congresso do PDC, rc:ilizado cm agôsto de 1966 em Santiago. Um bom número ele congressistas defendia a tese da subordinação. Frei - o moder(l(/O - compareceu :10 conclave e sustentou a posição contrárja. A reação da opinião p(1blica não democrata-cristã é que fêz com que o Presidente, perspicaz cm sentir os fenômenos de opinião que lhe sao inconvenientes, julgas.se prudente afirmar que o govêrno não depende do Parlido. Mas, quem observa impatcialmente a política chilena verifica que é evidentemente o inverso que ocorre. São muito elucida1ivas neste sentido as declarações do presidente do PDC, Senador Pa1rício Aylwin. .Em recente reunião das mulheres derriocratas-cris1ãs, afirmou êle: º Nosso govêrno é um instrumento para ,·ealii.ar os 1>rincípios do l'artido" (''El Mercurio'\ edição de 24 de agôsto de 1966). Talvez lenha sido es1a a primeira vez que algum dos dirigente-, pedecistas teve a coragcn, de afirmar isso tão claramente, Nenhum dêles duvida de que esta seja a verdade, mas poucos chegam a di1.ê-la. Tal subordinação ainda seria admissível se os princípios do Partido ' fôssem tendentes a resolver os problemas do país. Na realidade, enrreranto, o que se quer é fozer t riunfar os preconceitos parlidá• rios. o espírito socialista, confiscatório e anticristão que não pode senão conduzir o Chile a uma $iluação semc.lhante. à de Cuba. A Democracia-Cristã é uma ideologia. um estado de espírito, um modo de ser (comen• ta-se até jocosamente que é fácil distinguir um democrata-cris1ão dos pobres mortais: o pedccista arquc1ípico é um homem casado com uma mulher gorda, mal vestida e mal penteada. O estilo DC pen-et rou cm todos os meandros do complexo organismo governamental). O ,sovêrno Frei não pensa cn, primeiro lugar cm resolver os problemas chilenos, mas cm fazer triunfar tudo aquilo que a DC representa. Todos os esforços oficiais vão neste sentido. Tudo se faz em nome da Democracia..Cristã. Os homens do g,ovêrno se. declaram favoráveis à ideologia dela. Os empregos públicos são dados de prc(erência aos seus membros. Qualquer cidadão que ocupe cargo no Partido é urna autoridade~ e tem a vivência disto. Quem não é do Partido ten1 receio de não conseguir colocação, tem 1nêdo de ser demitido se fôr funcionário público. Evidentemente, os esquerdistas de outros partidos se sentem mais 1ranqüilos, pois .são simp::ttiz.antes da política do govêrno. E, por isto, não são perseguidos. Mns. os 3nticsquerdis1as vivem em pânico. São muitas vêzcs ameaçados e pressionados no sentido de deixarem de fazer oposiç.'ío ou de aderirem. U m democrata-cristão sente tôdas as portas abertas diante de si ; os esquerdistas de o utras denominações sentem as portas entreabertas; para os antiesquerdistM. elas estão totalmente fechadas. Até há bem pouco, militar no Partido Conservador c1·c1 uma ho11r~L Pcrtenciarn a esta agrcmi,,ç.ão as p~oas mais ciosas das trad ições chilenas, aquêles que, corno seus ante• passados, ajudavam a conduzir o pais no caminho ela ordem e do trabalho. Hoje, dizer-se conservador é expor-se ao opróbrio. O democrata--cristão da linha avançada ostenta, em rclaç.ã o a q uem se diz tal. um desprêzo que logo se transforma em ódio. O l'OC é, para o atual govêrno chileno, o que o nazismo era para Hitler ou o que o fa.. cismo era para Mussolini. Estou informado de que um senador opo-
sicionisrn declarou recentemente em Valparaíso que, no Sul, elcmcnios da situação ameaçaram conar o crédito no Banco oficial às pessoas que entrassem para o Partido Nacional (partido ela oposição, resultante da união dos anti• gos Partidos Conservador e Liberal). Na Escola de Agronomia da Universidade Católica do Chile, em Santiago, onde estudantes do movimente de "Fiducia''. formado por jovens ca• tólicos antidemocratas-cristãos 1 pediam assinaturas a seus colegas para um manifesto - de índole doutrinária - conlr:l o govêrno, o Pe. Oscar Oominguez, professor de &>ciologia Rural, advertiu da cátedra que os alunos que assinassem o documento não seriam, no íun.1ro, aceitos como funcion,lrios do Estado. Estava eu uma tarde no aeroporto de Los Cerrillos, cm Santiago, à espera de um avião. Um cidadão magro, frio de tempera• mento. de aparência vulgar. mas com ares de dono do mundo, faz menção de entrar na alfândega para receber um amigo. f: barrado por um policial. F urioso, diz: "Deixe-me passar, porque eu sou do Partido Democrata-
Cristão". E entra. Fatos como êstc são mui10 freqlientes. Conforme veremos ao tra1ar da diladura em gestação no Chile, conhecem-se várias cartas sigilosas ( caldas nas mãos de adversários do govêrno, e, por isto, publicadas cm jornais), dirigidas pela polícia a diversas repartições públicas, nas quais se pede informação "rápida e con/icle11cial 1' sôbre quais os funcionários que pertencem e quais os que não pertencem ao Partido. Organiza se, assim, um levantamen10 completo dos elementos da DC e dos seus opositores que ocupam cargos públicos. Aliás, muitos democratas-cristãos da primeira hora já se sentem chocados com êsse estado de coisas. Muitos dizem que o Frei no qual votaram não é o Frei de hoje. E os conservadores que apoiaram o atual Presidente estavam certos de ter votado em um homem; hoje vêem que votaram cm um partido, em uma ideologia q ue, com aparências de liberdade ou sem elas1 quer-se impor e dominar o Chile.
tas pessoas, especialmente viúvas, viram-se em repentino apêrto financeiro. Com as agitações camponesas, com a ameaça de desapropriação, com as greves e reclamações salariais imprevistas, o produ1or rural fica sein incentivo para produzir. fica sem coragem para investir. T ive notícia, de boa fonte, de proprietários de terra que, desesperados com a situação, venderam os animais e as máquinas, r~liraram os móveis e abandonaram simplesmente suas propriedades, com enorme surprêsa dos em• pregados que lá ficaram. Com a instabilidade comercial e indus• 1rial, com as questões trabalhistas que sempre recomeçam, o homem de emprêsa e o comer• ciante se sentem desanimados. Conforme já assinalan,os, órgãos de classe da indústria, do comércio (de atacado e varejo) e da agricultura apre.sentaram sucessivas. queixas oficiais ao govêrno, mostrando a enorme dificuldade de trabalhar nas circuns1âncias presentes. O receio de represálias por pertencer à oposição, ou simplesmente por não ser do PDC, a dificuldade em conseguir cmprêgo se não se apóia o govêrno, são outros fat6res que aunnntam o mal•estar. Um fato recente, entre outros, indica essa insatisfação geral. No dia 18 de dezembro de 1966 o Presidente Frei compareceu ao Es1ádio Playa Ancha, em Valparaíso, para assislir a uma importante partida de futebol. No intcrvi,lo, o locutor anunciou a presença do Chefe de Estado. Imediatamente os torcedores irromperam numa enorinc vaia coletiva. acompanhada de gritos e assobios, que se prolongou por alguns minu1os. O Presidente foi obrigado a abandonar o recinto. Tem-se a impressão de véspera de bancarrota. A sensação de que tudo pode acontecer é universal, e paira no ar. Um democratacristão fanático cer1amente dirá que isto é mentira, que isto não existe, que é invenção do autor dêste trabalho. Mas, quem não se deixa dominar pelo fanatismo próprio do Partido, quem observa os acontecimentos com cabeça fria, sente, vê, confirma, considera in• discutível a existência dessa impressão geral na população, fruto da insatisfação e do receio de um desastre. A prova incontestável e mais recente dê-ste estado de espírito imperante no Chile foi o
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l'l .- . .A ~EAÇ~O CONTRA Q SR. EDUARDO FREI
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os primeiros dias cm que se está no Chile não se percebe o profundo descontentamento e a generalizada insatisfação que dominam o povo. Como a Democracia•Cristã é poderosíssima - e êssc poder se sente e se intui no ambiente das ruas - como o govêrno tem nas mãos o Congresso, onde é representado por urna maioria esmagadora e disciplinada, a primeira sensação que se tem ao chegar ao país é de aceitação, satisfeita ou indiferente, da situação. O chileno é calmo, pouco inclinado a manifestar suas queixas, acostumado a sofrer os cataclismos da natureza. Isto faz con, que receba um desgôsto político com a quase ftieza com que assiste a um terremoto. Bstc vem e passa. E o chileno parece pensar que os males atuais também não durarão, e logo tudo vol• tará à normalidade.
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Insatisfação geral
Mas, quando se começa a acompanhar os jornais, a conversar com elementos de diversas orientações, quando se vai auscultando a opinião pública mais detidamente, aquela primeira impressão desaparece. E surge então a realidade: o povo está profundamente insatisfei to, profundamente desgostoso com o desenvolver dos acontecimentos. Torna-se \!nlão visível, para o visitante que a ordem está dando lugar à desordem, que a revolta está crescendo, q ue o operariado urbano e rural que se incitou à luta de classes está se levantando com ímpetos de destruir os que estão cm cima. f: notório o clima de revolução e bancarrota próximos. E. notório que o Poder Público e o Partido não procuram dominar, mas antes incentivar a demagogia, a agitação, a animosidade entre as classes. ~ cvidcn1e o endeusamento do indivíduo até aqui marginalizado, ao passo que os lideres que até o ntem tinham algum poder, hoje quase não têm nenhum, e amanhã ocuparão o lugar dos marginais de ontem. A difusão das idéias do POC é artiíicial. Corno sua doutrina é antinatural, não penetra de maneira orgânica e autêntica. As camadas marginais de hoje, às quais se promete tudo, aderem por interês&e próprio. Mas os elemcn• tos mais preservados dessas camadas se chocam com o espírito de revolta que se lhes quer incutir. Nas classes cultas muitos ade.rcm, por oportunismo político ou por já serem esquerdistas - ou são aderidos pela fôrça. Algumas dissenções, porém, já se notam na Dcmocracia ..Cristã, e mesmo já se. tem conhecimento de muitas flfJOStasias de entusiastas da primeira hora. Peq,lexidades se criam na mente de mui• tos chilenos ao verem que a polícia não inter.. vém como deveria, nas agitações populares. Eu tive notícia, por exemplo, de que carabineros se queixam com freq üência de não poderem in• 1ervir cm agitações camponesas ou operárias, porque têm ordens· superiores para se absterem. Quando camponeses ocuparam pela fôrça uma 1>ropriedade do Vale do Curacavi, o tenente que comandava os t:arabiueros procurou o proprietário, passada a agitação, e pediu desculpas por não ter feito seus homens dominarem a si1uação : O govêrno apóia os agitadores, d isse, e nós estarnos impedidos de ser enérgicos. A polícia, que não intervém nas agitações de trabalhadores, é violenta cont ra quem faz oposição ao regime pcdecista. E is10 choca o homem da rua. Quaodo quarenta carab;,,cros, com carro de choque, dispensaram colaboradores da revista "Fiducia" que coletavam assi• naturas na Calle Alrnmada, no centro de San• 1iago, para um manifesto de natureza ideológica. contra o govêrno, o povo se revoltou. Muitos diziam: Abaixo a ditadura! Um cidadão bradou: Eu sou dcmocrata•cristão, mas
não posso permitir que a polícia dissolva uma manifestaç.ã o contrária ao govêrno. Bles têm o direito de se fazer ouvir. Em Tcmuco, enquanto elementos de "Fiducia'' eram agredidos por democratas-cris• tãos e socialistas (expressivo conluio!), a polícia assistia sem intervir. Houve protestos de populares que gritavam: Ditadura! A paralização dos negócios, a dificuldade de crédito (que em geral 6 facilitado aos democristãos) e a crise econômico-financeira criam uma instabilidade geral. Comenta-se em largos círculos q ue há muira fuga de capitais. apenas atenuada pelo fato de ser diHcil compra.r dólares. É crime comprá-los no câmbio negro. A falta de produtos básicos como o leite, a mantei,g a e a carne, a crise da construção civil, a queda dos títulos na Bôlsa, tudo isto aumenta a insatisfação. Com as desapropriações, mui1a gente viuse empobrecida do dia para a noite. Consta que muitos casos de crises cardiacas e de mortes de infelizes expropriados foram ocasionados por isto. Com a pressão tributária, mui-
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__.::,::,..- -..-· --= .Este gráfico d ispens,, comenhírios: tlc-)d<: c.1u~ o Sr. Eduardo Frei :1sccndcu à Presidência da l{(públic,, vem baixando no Chile a co1ação das açõc.:s ne 861si:t, do mesmo modo que vai aumentando o montanl( dos cheques e 1ítulos cambiais protestados.
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rcsuleado das eleições m unicipais de 2 de abril, q ue cons1ituiram uma estrondosa dcrrorn da Democracia.Cristã e de sua política esquerdis• ta e socializante. A imprensa nacional e es• trangeira foi unânime nesse julgamento. Há alguns fatôres a considerar, que tornam m,ais clara e significa tiva ainda essa der• rota. Para essas eleições o govêrno fêz uso de uma propaganda de grande porte e sem precedentes na história do Chile, chegando mesmo o Presidente da República a percorrer as diversas províncias pronunciando discursos e inaugurando obras. durante todo o mês anterior ao pleito, de modo a obter apoio para os candidatos da DC. Rompeu-se assim uma praKe antiga, de abstenção eleitoral do Chefe de Estado. Semelhante atitude tomaram os Minist ros. que assistiram a concentrações p<>· líricas em numerosas cidades. O Sr. Eduardo Frei comprometeu, nesta eleição, todo o seu prestígio e o de seu govêrno, tentando pressionar a opinião pública. Apesar de t udo isso, o .PDC sofreu not,'í.vel rct rocesso em sua votação. A causa principal da derrota demo-cristã foi a reforma agrária. O eleitorado, especialmente os agricultores, compreendeu que ela traria para o Chile não só a ruína econômica, como também a implantação de princípios morais que arrasarianl com a jusriça, afogando a vida individual e fam iliar dos cidadãos na tirania coletivista. As eleiç-ões tiveram o caráter de um plebiscito. que lhes foi dado pelo próprio Presidente em sua campanha de apoio aos candidatos do PDC. O Sr. F rei perguntou ao pais se q ueria prosseguir no caminho pelo q ual o vinha conduzindo, isto é, o caminho das re• formas de cstrutro socialistas e confiscatórias. O povo chileno repeliu êsse programa socialista e se pronunciou pela defesa dos princípios cristãos que vinham sendo postergados pelas reformas coletivizantes do iovêrno (cf. despacho de 15-30 de abril de 1967, da A8IM) . Seria de se esperar que, tendo o povo dado na eleição-plebiscito um clamoroso 11ão para a política esquerdista. a DC voltasse atrás e mudasse de rumo. Mas, pelo contrário, segundo as notícias procedentes do Chile, para resolver a situação os prócere.s mais operosos e representativos do .POC es1ão inclinados a fazer a "per/tira a sinistra. procurando a coaJi. são com os partidos da eKtrcma-esquerda. Por que enlão se fêz o plebiscito?
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Insatisfação nos meios militares
Comenta-se arnpl:unente no Chile que um profundo descontentamento lavra nos meios milit:\res, e que um golpe estaria cm prepara• ção. Elementos das três armas estariam sCriamcnte contrariados com o processo de e.squerdiza.ção que o govêrno está promovendo em todos os selores da vida nacional. Em agôsto de 1966, por ter feito uma conferência em Tcmuco, na província $;Ulina de Cautin, sôbre a reforma agrária brasileira conferência esta considerada, infundadamen1e, pelas autoridades como intro1nissão de um estrangeiro em assuntos internos chilenos - recebi uma intimação para abandonar o país cm 72 horas. Obtive então uma audiência do Ministro do Interior, para tentar fazê-lo ver a inteira improcedência da acusação. Logo de início de• clarou-mc o Sr. Bernardo Leighlon que militares brasileiros e argentinos andavam pelo território chileno, incitando os militares de lá a deslituirem Frei. Chegando ao Brasil, dei uma entrevista ao "Diário de Notícias", do Rio de Janeiro, en• trevista esta que foi trnnscri,a cm parte pelo jorn3I andino "Ultirna Horaº. Imediatamente ap6s ter tomado conhccin,cnto dela, o Minisiro foi para as esraçõcs de rádio e desmen1iu Unicamente o trecho cm tjue eu fazia alusão ao que êle d issera a respeito de oficiais brasileiros e argentinos. E no d ia seguinte os jornais de San1iago publicaram uma carta cm que o Sr. Lcighton reiterava que eu ''im,enwra totalmente" a declaração que lhe atribuía. O desmen1ido. além de constituir prova de dcsonc.~1idade pessoal do Ministro, parece por, sua presteza tornar evidente que o govêrno tem algum problema bem sério na área das Fôrças Armadas. Transpiram po ucas notícias concretas que mostrem claramente essa oposição militar, da qual se fala mais como de um rumor surdo cm todo um setor da oficialidade. O m ilitar chileno é conhecido por sua discrição e pela distância a que se mantém da polí1ica. Em agõsto do ano passado, entretanto, houve um banquete oferecido a dois oficiais• generais que se retiravam da ativa: o Vice-AI• mirante Jacobo Ncumann. ex-Comandante-cm• Chefe da Armada, e o Vice-Almirante Hernán Searle. Falou, ne-ssa ocasião, o Contra-Almj. ran1e da reserva Donald Maclntyrc, que fêz um discurso bem significa1ivo - e considerado tal pelos observadores políticos - no sentido de rnostrar a insatisfação q ue reina crn largos círculos militares. Entre outras coi-
sas, afirmou : ..O Jato tle que as F6rças Armada.~· sejam apolíticas, essencialmente obedientes e alheios a tôtla tleUberaç<iO. não significa que ,teus componentes, como clzUenos, não tenham opinião. Eles a têm. mas. por di$·ciplina, não a manifestam". Depois, comentando a versão oficial da causa do afastamento para a reserva do ex-Comandante-em-Chefe - a de que êste completara 38 anos ele serviço - disse q ue essa versão deixava a impressão, "errônea, por cer10", de uma reforma voluntária. Deu en• tão a entender, claramente, que o Almirante se retirara da ativa em virtude de uma discor• dância com o Ministro da Defesa C'Diário Ilustrado"", edição de 28 de agôsto de 1966) .
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Insatisfação nos meios políticos
Nos meios políticos existe também uma insatisfação muito acentuada. Mas aqui é mais difícil determiná-la. Como o POC tem forte maioria no Congresso, as manifestações de descontentamento: não devem ser principalmente procuradas entre os que ocupam cargos eletivos. Estas, embora importantes, não são, aliás, as q ue mais transtornos causam ao govêrno. Nos jornais avessos ao espírito pedecista. nos comenraristas políticos, que não rêm aspira.ções eleitorais, nos homens que ocuparam mas q ue hoje já não ocupam cadeiras parlameniares ou cargos públicos, notam-se os principais sintomas de insatisfação. E, acompanhando isto tudo, verifica-se uma evidente mudança nas bases eleitorais que. inconformadas com o desenrolar dos acontecimentos, voltam o lhares simpáticos para um estilo politico di[erente do estilo PDC. Dizíamos que não são os ataques dos parlamentares da oposição q ue mais preocupam o govêrno. Não há dúvida de que o Partido Nacional, com seus nove deputados e cinco senadores, causa real incômodo ao Executivo. Mas trata-se de uma minoria tão ínfima, que não chega a tirar o sono a Frei. Não parece possível que, na área parlamentar, a oposição venha a ter êKito próximo e apreciável. Passa-se, entretanto, um fenômeno sutil. Com a Democraeia•Crlstã subiu ao poder uma série de administradores, de técnicos, de políticos, que não merecem ser qualificados se• não de bossa nova. &ses cidadãos parecem convictos de que seu nôvo estilo de administrar e fazer política é o único que vinga, o único que tem efci10 e penetração na época aluai. Completamente desvinculados dos estilos a1é então vigentes nas esferas públicas chiJcna,s, propagaram a idéia de que os homens do passado estavam completamente aniquilados. e de que nada mais se poderia esperar para êles. Ser da oposição, nos primeiros tempos depois da vilória de Frei, era o cúmulo do despres1íg io. Pertencer ao Partido Conservador ou ao Liberal era perLencer a uma agremiação con• denada ao desaparcçimcnto. Agora, entretanto, graças aos desmandos da administração pedecista e ao caos por ela criado, a situação vai-se transformando. Muitas pc,ssoas, até há pouco entusiasmadas com os novos homens q ue subiram, começam a lançar um olhar interrogativo para o passado: ""Será que os governantes de então não eram melhores que os de hoje?'" E. com isto, até eleitores ou simpatizantes da primeira hora de Frei voltam-se para trás, à procura de alguém que possa trazer de nôvo a ordem ao Chile. E muitos, esperançados. lembram-se de Alessandri. O ex-Presidente tem um prestigio aind a muito grande. Apesa r de ter aprovado dizem que a contra-gôsto uma lei. de reforma agrária q ue possibilitou alguns dos desmandos de Frei, é tido como um político <l mHiga. antiesquerdista, apegado à ordem, :,vêsso à demagogia . Assim, enquanto cresce o poder apal'ente de F rei e o descontentamento contrn a Democracia-Cristã, cresce também o pres1ígio de Alessandri. E muitos dizen1 que cn1 1970 lalvez possa êle voltar à Presidência, para restabelecer a ordem e expulsar os subversivos. No mês de novembro de 1966 os jornais andinos publicaram uma notícia que é reveladora. /, Orga11izaci611 St,las R cycs ( uma espécie de IBOPE chileno) é muito conceituad ~ no setor de pesquisas da opinião públie ~ Previu com bastante exatidão, por exemplo, . eleição de Frei, Agora fêz um nôvo inquéri to perguntando ao homem da rua em quem voraria para Presidente. Apresentou três candi~ datos: Alessandri, o democrala-cristão Tomic, e o marxista Allende. Vejamos o resultado: Alessandri, 54%; Allcnde, 26% ; Tomic, 20% . Em aue medida seria viável uma candida. tura Alcssand l"i? Alé a publicação desta pesquisa , não se tinha meios para julgar. O recente pleito municipal veio, por sua vez., confirmar que a reação contra o partido do Sr. Eduardo Frei aumenta as possibilidades de ascensão da atual oposição nas eleições para o próximo período presidencial e parlamentar. Muitos, no entanto, receiam que até 1970 um govêrno de fôrça. de coloração ver-
melha, se instale no país, impedindo unta volta atrás na Revolução. Como se fará isto? Suspendendo as eleições? Não se sabe ...
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A reação dos contribuintes
Conforme vimos mais acima, a pressão tribu1ária tornou-se terrível no Chile. Frei introduziu impostos novos, e aumentou os já existentes, a tal ponto que muitas pessoas fi. caram. de um momento para outro, em d ifícil situação eoonômica 1 vendo-se obrigadas por vêzes a vender imóveis para pagar débitos fiscais que pesavam sôbre êsses ou outtos bens. Os contribuintes oprimidos se reuniram em tôrno de uma entidade pugnaz, chamada Comité de Defe11sa dei Co11rribuye111e. O seu presidente-fundador e grande propulsionador é o Sr. Miguel Luis Amunátegui, eK-depu1ado liberal. homem ativo e avêsso à tendência csqucrdiz.ante que impera no país. Tôdas as segundas-feiras, Dom Miguel reúne mais de 300 pessoas. Há mais de um ano essas reuniões semanais se realizam sem que o número dos participantes tenha diminuído. Cidadãos de prestigio, elementos representativos da oposição, personalidades anti-esquerdistas comparecem para prestigiar essa iniciativa, que causa muito incômodo à Democracia-Cristã. Frei a detesta.
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O movimento de "Fiducia": a reação dos jovens
Como acentuamos desde o início desta reportagem, a Revolução Chilena é antes de tudo de índole religiosa. Os técnicos pedecistas idealizaram um plano esquerd is1a de govêrno. e ampla corrente do C lero o batizou. Sem as bênçãos de certos membros da H ierarquia o povo repeliria desde logo a transformação social que o Chile está sofrendo. A Democracia-Cristã, apoiada pelo Clero progressista, ganhou terreno sorrateira e ràpidamente. Os meios políticos antiesquerdistas não perceberam a tempo q ue a luta no setor específico dêles era de pouco efeito. A batalha deveria ser encetada cm ou1ro campo. A única contra-ofensiva capaz de constituir verdadeiro obstáculo ao avanço demo-cristão era a contra-ofensiva doutrinária de cará1er religioso-social. A Democracia-Cristã dizia que a revolução que propunha era católica; era necessário que alguém a declarasse visccralmente anticatólica. Diz.ia-se q ue o Evangelho e a Igreja são indiferentes e quiçá contrários à propriedade privada; era indispensável que a1guém proclamasse que a doutrina católica considera sagrado o direito de propriedade. Os agitadores do PDC propunham a luta de classes; era necessário que alguém afirmasse que isto é marxismo e não Catolicismo. Este trabalho. que estaria à altura de um partido político de primeira plana ou de alguma organização de intelectuais de renome, não teve quem o executasse. Ficou como uma res ,,ul/ius, e desta se apossaram em boa hora os jovens do grupo de ·•Fiducia'". revista de cultura católica de Santiago. No calor da ação, tiver am êles oportunidade de demonstrar conhecimentos doutrinários, 1alento estratégico e senso de organização pouco comuns. t pelo menos o quê se ouve entre amigos e inimigos dos fiducianos. A revista data do período presidencial de Alessandri. Não tem cará1er pari idário. Quando Frei subiu ao poder em 1964 e começou a se servir da base teológico-sociológica apre.s entada por Pad res jesuítas, os jovens de ""Fiducia'" começaram a se preocupar com o assunto político. De início formavam um grupo desconhecido. Hoje, seu nome, elogiado ou combatido, esiá na bôca de todos. É admirado por muitos, de1cstado pelos dcmocratas-cris1ãos, pelos socialistas e comuniMas. É abominado pelo govêrno. Em maio de 1965. quando Frei, seguríssimo de si, ainda não era acusado de esquerdista, "Fiducia" dirigiu-lhe u ma carta aberta. interpelando-o sôbre sua posição dúbia em face do marxismo. A inieiativa, então insó~ lita, teve fu nda repercussão. Tôdas as estações de rádio e jornais dela falaram. Dizia.se que o Episcopado iria condenar os autores da
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ONICA SAIDA PARA FREI: UMA DITADURA PEDECISTA
A
linha política muito avançada do Presidente Frei , como vimos, está causando amplas cristalizações. · Seu govêrno encont ,·a séria dificuldade em fazer caminhar a Revolução, pela resistência com que depara. Mas, Frei está disposto a chegar às últimas conseqüências dos princípios pedecistas...
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interpelação. Alguns d ias depois, o Arcebispo de La Serena, Mons. Alfredo Cifuentes, publica uma carta apoiando-lhes a orientação. Já dissemos que segundo " Ercilla'", periódico de centro-esquerda, a manifestação de "Fiducia" foi o primeiro brado de alarma concra Frei. Logo após, começaram as queixas contra o govêrno partidas de entidades representativas do comércio, da indústria. da agricu ltura e dos contribuintes. A: primeira bomba havia sido lançada. A dúvida nascera nos espíritos. Todos, ingênuos ou não ingênuos, cultos ou não, católicos ou não, depois da palavra de "Fiducia" faziam a si mesmos a pergunta: Será que a política de Frei está mesmo de acôrdo com a doutrina da Igreja? Esta é a pergunta que o POC pteferiria que nunca tivesse sido feita. De lá para cá vem a revista publicando artigos doutrinários contra a política pcdecista e contra os projetos de lei esquerdistas apresentados pelo Executivo. Insurgiu-se contra o d ivórcio e contra o contrôle da natalidade. Recentemente fêz nova intervenção pública. A propósito do projeto de reforma agrária havia pouco aprovado no Congresso, dirigiu um "Mtmifesro à N11ção Chilena"". Nos primeiros momentos provocou grande impacto, logo abafado pelo govêrno. Quando parecia a êste ter levado a melhor, aparece nos jornais um nôvo documento no qual mil universi1ários apóiam o pronunciamento de "Fiducin''. .Para evitar a acusação de que os nomes são forjados, publicam-se todos êles - do primeiro ao milésimo. E logo em seguida vem a lume outro abaixo-assinado de solidariedade, de quinhen.tos estudantes secundários. A esta altura ºFiducia" publica o manifesto intitulado "Ceder para ,uio perder? ou lutar para llCÍO perder?" Mostra que a atitude de ceder para não perder levará a nação à derrocada final. Convida a parle não esquerdista da opinião pública a se levantar em luta ideológica contra a política democtara-cristã. Numa ocasião em que ainda poderia parecer a muitos contar o govêrno com a aceitação geral da população, isto foi mais uma bomba que veio prejudicar a ação subversiva do PDC. Os moços de "Fiducia" saíram, então, às ruas com seu estandarte - um leão rompante dourado sôbre fundo rubro - abordando os transeuntes e pedindo sua assinatura como ex• pressão de apoio. Milhares de elementos de tôdas as classes sociais vêm aderindo a essa campanha, que continua até hoje. Os fiducianos têm viajado pelo interior, onde recebem 1ambém milhares de adesões. Em Santiago a Municipalidade quis impedi.. (os de colhêr assinaturas nas ruas, por ordem expressa do alcaide (que é nomeado diretamente pelo Presidente da República). A polícia proibiu que continuassem a campanha. &ta insólita aiitude chocou o povo, porque no Chile os movimentos de extrema-esquerda têm liberdade de [azer o que quiserem na via pública. A interdição do trabalho de "'Fiducia'" foi aponiada por muitos como discricionária. Frei não respondeu à interpelação a que aludimos. O govêrno procurou ignorar oficialmente a exfatência dêssc movimento. Encarre,. gou, no entanto, o jornal oficioso "La Nación" e os Jesuítas de enfrentarem '"Fiducia'". No d iário e em "Mensaje" aparecem as principais ten1a1ivas de refutar as te,;es da revista. À acusação de que o país está sendo conduzido para o socialismo. os jornalist:,s demo-cristãos e os Jesuítas respondem em têrmos de chicana e escamoteação doutrinária. O govêrno não esconde sua hos1ilidade a êsse grupo de jovens. São êlcs acompanhados freqüentemente pela polícia política. Aos que se candidataram a lfabalhar cm organismos governamentais, foi dada a resposta de que nenhum membro de "Fiducia" seria empre• gado pela administração pública. Signatários dos manifestos de apoio à revista foram pressionados no sentido de se retratar. Duas pessoas com nomes iguais a outros que apareciam na lista dos mil universitários se apressaram a comunicar aos jornais que não eram elas q ue haviam assinado. ""Fiducia"" é um grande empecilho ao progresso do PDC no Chile. É a oposição que mais preocupação causa ao govêrno.
A tendên cia para um partido único
Medida característica de ditadura é a implatação do parlido único. E isto parece que se está procurando fazer no Chile.
O Senador .Patricio Aylwin, presidente do PDC, declarou, não faz muito, que comissões tripar1ites - constituídas por representantes do govêrno, dos parlamentares demo-cristãos e dos d irigentes do Partido - trabalham no plano ministerial, presididas por Ministros de Es1ado. O mesmo se faz no plano dos intendentes e dos governadores. Observa o Sr. Aylwin: "Se aperfeiçoarmos lste instrumento, poderemos chegar ao que queremos: que o Partido faça ouvir sua voz e seja intermediário cio povo". E prossegue dizendo que a administração pública está, muitas vêzes, nas mãos de funcionários que sabo1am o bem comum. Cabe aos
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"camaradas" (sic!) da DC corrigir essa sabo• 1agem ("El Mercurio", edição de 24 de agôsto de 1966). Dirá o lei1or escrupuloso: Mas aqui não se foln em par1ido único! - Concordo. Mas esla interferência de líderes da agremiação política oficial, levada a efeito na administração, conduz, direta ou indiretamente, ao partido , . umco.
Ademais, como veremos no item I dêste capítulo, o protesto do Partido Nacional contra
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que aqui analisamos.
Apesar de o Sr. Frei 1er desmen1ido que quisesse governar subordinado a um partido. comenla-se cm largos círculos que a is10 tende a menialidade alua! dos democratas-cristãos mais arditi. Poderiam êles permitir, no máxi• mo, a existência de outros dois partidos : o socialista e o comunista. Os outros são reacionários, e devem ser extintos.
A pressão exercida sôbre os jornais e o rádio
O lema demo-cristão Revol11ci611 e11 li• bermd parece que se transformou em Rev(>. luci611 si11 libertad, desde que o Par1ido subiu ao poder no Chile. Dizendo-se deíensor de tôdas as liberdades, o govêrno atual vai tOmf\n• do ati1udcs nitidamente di1a1oriais no se1or da imprensa. As agências telegráficas internacionais poucas no1ícias dão a respeito. Talvez com o in1ui10 de iransformar o Sr. Eduardo Frei em líder latino•americano. muitos fatos que o compromelem não são divulgados no es1rangeiro. Quem vai ao Chile, no en1an10, podendo acompanhar ali os acontecimentos, ler os jornais e conversar com muita gente, chega à conclusão íácil de que o govêrno vem promo• vendo, de modo público e no1ório, um estran• guiamento - a princípio lenlo, e agora mais rápido - da impren~ oposicionista. Não é só o escândalo da SOPESUR a que faremos reíerência mais abaixo - que é do conhecimento de 1odos. Uma sequela de outros fatos é muito comentada. Quando Frei subiu ao poder, nomeou um ceno Sr. Germán Becker como chefe de propa• ganda. A sobrevivência de diversos jornais chi• lenos era assegurada em parte pela publicidade govcrnamenlal. Imediatamente o Sr. Becker cor1ou " que era concedida aos periódicos de cen1ro.direita : "PEC''. "Diário llustradoº (de tendência conservadora), "La Uni6n'1, e todos os jornais da SOPESUR (sociedade anônima proprie1ária de cinco jornais da oposição). O mesmo fêz com várias es1ações de rádio. A situação ficou Ião difícil para êsses órgãos, que alguns chegaram quase à falência. O "Diário llus1rado'', por exemplo, jornal de mui10 preslígio, teria falido se a SOPESUR não tivesse adquirido seu contrôle acionário. Havia em Santiago um diário oposicio nista chamado "Golpe". Em maio de 1965 deixou de circular por manobras do Ministério do lnierior e do jornal oficioso. pois utilizava as ofi• cinas dês1e. Logo depois o "Clarín" . de 1en• dência comunista e fortemente imoral, passou a ser impresso ali. Enq11an10 um órgão da oposição era fechado, ou1ro, esquerdisia, to• mava seu lugar nas oficinas do jornal oficioso. Em março de 1966 a revísia "Topaze", depois de suportar muirn pressão, acabou cain• do nas mãos da Dcmocracia•Cristã. Um grupo fi nanceiro pedecis1a comprou, em sociedade com a OILAPSA (editôra do Ar• cebispado de Santiago) , 62% das ações da "Zig-Zag", a maio r emprêsa editôra de revis• ias e livros, do Chile ( " PEC'', n.0 168, de 15 de março de 1966). Esia úllima cdi1a uma quantidade de publicações de mui1a influência, que, desde então, passaram a seguir a Ji .. nhn do Parrido. Dominam os demo-criscãos, ademais, a importante "Editorial dei Pacífico" . Sociedades formadas por elementos do Partido estariam comprando ou tentando com. prar um número ,nuito grande de rádio-emissôras. En1re elas ciiamos a Rádio "Nuevo Mundo" e a "Sago" (esla, de Osorno). Para se operar uma es1ação de rádio no Chile é necessária uma concessão dada pelo Minis1ro do ln1erior. A concessão é 1emporária, por poucos anos, podendo ser prorrogada no seu vencimento. As estações novas que se insialam penencem em geral a amigos do go• vêrno : para os o u1 ros é difícil obter concessão. No momen10 da prorrogação das concessões exis1en1cs, o Minisiro faz iodo o possivel para recusá-la às atu3is concessionárias se estas são da oposição ou há algum elemen10 do PDC in• teressado em adquiri-las. Esta preferência dis• pensada pelo Ministro a amigos do govêrno se tornou 1ão escandalosa, que o jorna.l comunisla "EI Siglo" ( edi,ção de l 7 de se lembro do 1966) chama o Sr. Bernardo Leighton, ocupante da referida pas1a, de "disiribuidor de rádios". O relato sôbre a ex1inção da liberdade de imprensa não ficaria completo se não abrisscmos um item especial para o assunto SO.PESUR.
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a 1endência da DC de formar um panido único é a prova de que muilos chilenos scn1em islo
O escânda lo SOPESUR A Sociedade Periodista dei S11r (SOPE.-
SUR) é uma poderosa sociedade anônima proprietátia de cinco jornais da oposição no sul do país. Além disso, con1rola o "Diário Ilustrado,., de Santiago. Vem causando muito in• cômodo e muita irritação ao govêrno.
Não querendo o Sr. Frei desapropriar-lhe pura e simplesmente as ações, o que poderia suscitar grande reação da opinião pública na• cional e estrangeira, querendo ainda menos aparecer êle mesmo em manobras ditatoriais de e,s trangulamento da imprensa oposicionista, passou a empregar um plano as1u10 e eficaz. Um ó rgão paraes1a1al, a Societlad Agrícola Rucamanqui, começou a comprar ações da SOPESUR de pessoas que queriam vendê-las. Quando um acionis1a da sociedade ia pedir cmprésli mo ao Banco do Es1ado, êsle lhe era concedido, e a1é ràpidamen1e, se o inieressado se dispusesse a tranfcrir suas ações para a Ru• camanqui. Esta conseguiu adquirir uma boa quantidade de ações, a1é o dia cm que o fato se 1ornou do conhecimen10 público. Houve protestos, mesmo porque a entidade adquirente não tem senão fins agrícolas. lmpugnava•se como absurdo o desvio de verbas governamen• tais destinadas à agricullura, para serem imobilizadas em emprcendin1entos jornalísticos que com es1a nada têm a ver. O Banco do Es1ado, então, mudou de tática. Continuou a fazer a mesma pressão sôbre os seus clien1es acionísias da SOPESUR, com a diferença de que não mais apresentava como compradora a Rucamanqui, mas demo• cratas•cristãos de comprovada fide1idadc. Conforme os dados que me forneceu pessoalmen1e, em agôs10 de 1966, um dos direlO• res da cmprêsa jornalística, até aquela ocasião o govêrno já linha conseguido, com êsse mé• iodo leal, adquirir 34% das ações. Talvez já es1eja hoje chegando à desejada maioria. O episódio 1eve, como dissemos, larga re• percussão. Tôda a imprensa do país protestou. A Associação ln1eramericana de Imprensa en• viou telegrama de pro1es10 a Frei. & 1c respondeu. maliciosamente. que seu govêrno não estava adquirindo 1ais ações (de fa10. não o estava fazendo diretamente) e acrescentou. com sua arrogância demo.cristã. que o Chile, cam• peão da liberdade e da democracia, não precisava de lições de ninguém. Muitos dcmocratas•cristãos se escandali• zaram. Um líder do PDC escreveu uma longa caria ao presiden1c do panido, pedindo íôsse invcs1igada a matéria. Frei abriu a1é um processo de inves1igação. Mas, inves1igações dêste gênero não costumam caminhar ... O Senador Pedro lb:liicz, do Parlido Na• cional, asseverou recen1emente no Congresso que o Chefe de Esiado não ignora os porme• nores da questão. Disse o parlamentar que, sôbre a mesa de irabalho do Sr. Eduardo Frei íôra colocado. fazia mais de seis meses, fa rto rnaterial a respeito. inclusive declarações feitas em cartório por testemunhas oculares ou vhi• mas das iransações impostas pelos funcionários do Banco oficial. A dircloria da SOPESUR publicou nos jornais lis1as de compradores de ações e de empregados do Banco do Esrndo que facilitavam a operação. A imprudência chegou :, 1.a l pon10, q ue o depu1ado pedecis1a Jorge Lavandero não hesi• 1ou em declarar que a Assembléia Comunal de Cautín (uma das mais importantes províncias do Sul ) recomendara aos membros do Panido a aquisição de ações da SOPESUR. Explicou que a emprêsa é ''oligárquica e direi,;sra'' e q ue é normal que ela passe a servir uma "re. voluçiio democrática e popular'. Por aí se vê que meios ~ q ue argumentos usam os demo•cristãos chilenos, que fazem praça de grandes defensores das liberdades ...
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A imprensa, rá dio e televisão sob contrôle
É normal que um regime assim empe• nhado em eliminar a imprensa oposicionista já csleja exercendo pesado contrôle sôbre ela . E é notório que ê.sie conirôle exisre, embora não seja total. Ataques ao govêrno ainda apa• recem nos jornais, no rádio e na televisão. A censura não se exerce, ern geral, con• tra parlamentares, pois isto seria muito grave. Exerce.se principalmente contra outras pessoas. O Sr. Miguel Luis Amuná1egui, por exemplo, de quem já falei como dirigente da Asociació11 de los Contribuycntes, teve que suspender um programa semanal que 1ínha na Rádio Pra1, porque o proprie1ário des1a começou a sofrer pressões das autoridades, devido às críticas que lhes fazia o Sr. Amunáteguí. As pressões
consistiam cm ameaças de cancelar a publicidade oficial que a estação 1ransmi1e, e que é necessária para sua sobrevivência. O Sr. Amunátcgui formulou um protes10 pela imprensa. Um cx-depu1ado do Par1ido Conservador me informou que houve em certa época proi• bição de ci1ar no rádio o nome do Presiden1e Onganía, mal vis10 pelo PDC chileno. Tem acontecido que textos apreseniados aos jornais, para publicação como matéria paga, não são publicados na ín1egra. Uma caria que enviei ao Minis1ro Leighton, para protes1ar conira o raio de ter sido convidado a me re1irar do país, não foi es1ampada na inte• gra pelo "Diário llus1rado". Embora redigidas em têrmos de perfeita cortesia, as partes mais enérgicas, especialmente aquelas que com• prome1iam o Ministro, foram cortadas pela direção. Os dire1ores de jornais têm receio de serem presos - 10111 court - se estamparem determinadas coisas. Há uma chamada Ley de abusos de publicidad, por meio da qual o go• vêrno os ameaça a1é mesmo com a prisão se forem imprudentes. Alé as 1ipografias se sentem con1roladas. Muitas vêzes se negam a imprimir livros ou oulros 1ex1os que de algum modo airapalh.em a ação dos deten1ores do poder. Uma 1ipografia caiólica que imprimiu o ensaio dou1rinário "Revolución y Conira-Revolución", do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, foi incomodada por isto. E, para cvi1ar que fôsse prejudicado o encaminhamento de um crédito que a adminis~ tração lhe estava concedendo, ncgou•se a impri• mir ouiros trabalhos da me.sma linha ideoló· gica do livro.
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A "fichaje política" dos cidadãos e a polícia política
Um dos usos mais caracterís1icos dos re• gimes de fôrça é o cadas1ramento polilico dos cidadãos. lslo 1em duas vantagens: em primeiro lugar, 1em-se o fichário dos inimigos do go• vêrno; em segundo lugar, cria-se o pânico entre a população, que receia ser incluída em tal fi• chário. Há algum 1empo um senador denunciou na Câmara Alta a existência de uma carta se~ ereta cm que o Servicio de l11ves1igaciones pedia aos órgãos policiais locais que fizessem confi• dencialmcnte, e com tôda a rapidez, a ficha polílica dos agricullores. Deviam pedir a es1es que respondessem um inquérito sôbre seus planos de produção, 1endência polí1ica e con• fiança ou desconfiança em íace do momen10 atual ( "Diário llus1rado". edição de I O de agôsro de 1966). Recentemente, o presidente nacional da Federação de Es1udantes da Universidade Técnica do Es1ado denunciou publicamente que a policia entrara na Universid:t'de com o fim de fichar, do ponlo de visla polí1ico, os alunos. Os policiais inquiridos responderam que cum• priam ordem do comissario, por sua vez ins· 1ruído pelo Ministro da Educação. Diziam que desejavam fichar apenas os dirigenles da classe. Houve proteslo dos es1udan1es a respeito. Em seu número de 13 de ou1ubro do ano findo, " EI Correo de Valdivia" reproduziu uma circular endereçada aos subdelegados do Serviço de Correios e Telégrafos, da qual iranscrevo alguns tópicos: "Com<> é necessdrio, de rodos os pontos de vista, efetuar um inquérito dentro de no.rso Serviço, com o objetívo de poder estabelecer de forma fidedigna o nânrero exato de fun• cionórios dos Correios e Telégrafos que não pertencem ao nosso Partido., muito agradecere.. mos que V. Sª. queira tomar na devida con• sideraçiio a presente, enviando-nos os antece• dente.r solicitacios. Esses dados devem ser colhidos com a maior discrição possível, para não produzir transtornos. A informação deverá. ser enviada a R.ina Fresiti Solar.ar, Subadministradora dos T elé~ grafos de Valdfvia. • Na confraternidade democrata•cristã, deS• pede~se muito cordiolme,ue de V. sa .• sua ca• maratlc, - a) Rina Fresia Salazar''. A funcionária em questão escreveu ao jornal alegando que sua assina1ura havia sido falsificada na circular. O desmen1ido foi publicado com uma nora da direção, na qual se esclarece que as assina1uras das d uas cartas coincidem perfcitamenlc. Aliás, 1odos temem a polícia política. Es1a é um órgão eficientísmo, que acompanha os passos de tõdas as pessoas que causam certo incómodo ao regime. Quando fui cJ>amado pela lnterpol de San1iago para 1omar conheci• mento da acusação mentirosa de haver tratado de política interna chilena na conferência que fiz em Temuco, foi•me apresentado um rclató• rio comple10, elaborado pelos invesligadore., q ue me haviam acompanhado. No relâtório cons1ava, além da data em que cu entrara no país, o número do meu passaporte, meu itine• rário na viagem ao Sul, um resumo da con ...
fcrência que pronunciara, o número de pessoas presentes, etc ... A policia polí1ica chilena é uma espécie de Gestapo demo•cris1ã, que procura esconder a violência de sua ação fria, calculada, e 1an10 mais eficiente, levada a cabo por detetives com~ petentes e ativos, que funcionam na total de• pendência do Sr. Bernardo Leighton, Ministro do ln1erior.
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Método demagógico e odioso de contrôle da comércio
Exisle no Chile um órgão conhecido pela sigla OJRJNCO - Direcci611 de Industria y Comercio que tem, entre outras. a função de determinar q uantos dias por semana se pode comer carne, e de fi xar e controlar os preços de grande número de produlos agropecuários e indus1riais. Coordenado com êle trabalha o CONCI - Coma11do Nacio11al contra la /11• flació11 que, embora não tendo enlre suas fun• çõcs próprias a de fiscalizar os preços, na prática o faz por meio de comandos de consumidores. A DJRfNCO é dirigida pelo Sr. Hernán Lavalle, que se tornou famoso no país inteiro pelo grotesco de cenas alítudes. Foi êste personagem que declarou que a escassez dos cigarros se deve aos rumantes, e que as donas de casa são responsáveis pela falta de leite em pó por• que compram muíto ês1e produlo .. . E comen• 1ado em largos círculos o significalivo episódio de que foi pro1agonis1a. Cena vez, pediu carne no rcslaurante do Club de La Uni611 o melhor de Santiago - em dia em que era proibido vender êste produ10. O garçon e•• plicou que não podia alendê-lo. Entretanto, após mui1a insislência, e sabendo que se tratava de alto funcionário do govêrno, resolveu servir o pra10 pedido. O Sr. Lavalle tirou então do bôlso um talão de mul1as e autuou o restaurante ... O govêrno está promovendo uma série de medidas de coação do comércio. Causou grande e geral repulsa a promulgação da lei de 25 de abril de 1966, a qual autoriza o Presidente da República a designar membros de organizações como as Juntas de Vecinos e a Federação de Esludantes para exercerem gratui1amen1e funções de contrôle e fiscalização do comércio em geral. Os escolhidos são considerados ministros de fe , ou seja, seu teste• munho se reves1e de fé pública. A competência que lhes é outorgada não se limita ao ãmbi10 dcs1as ou daquelas obrigações legais, mas diz. respeito, indiscriminadamente, ao "cum• primento das leis da Rep,íblica, decretos e rt· gulamenrosr• ("Verbo'', de Buenos Aires, nÚ• mero de agõsto de 1966, artigo "La Si1uación en Chile", de Juan Antonio Widow A.). ~ íácil de compreender que essa disposição da lei tenha despertado viva repulsa. Em primeiro lugar. nunca se viu, pelo menos no Chile, fiscais com a1ribuiçóes tão amplas, para não dizer ilimitadas. Depois, entre as entida• des que fornecerão os estranhos ministros de fe algumas - como é, flagrantemenle, o caso da Federação de Estudantes - estão t01almen1e politizadas, havendo tôdas as razões para recear que seus membros abusem do cargo, no in1erêsse de seu panido e do esquerdismo em geral, promovendo a luta de classes e a. ag:i• tação social. Acresce que em outros países as tarefas de fiscalização são conferidas em geral a íuncionários especializados, _resuhando absurdo entregá-las a es1udan1es, jovens não raras vêzes incapazc.s de se fisealizarem a si mesmos. E a ês1es é que se investe de fé pú· blíca ... Já se comentou, com muita razão, que a lei em aprêço iniroduzirá no C hile "<> sistema da delação e espionagem- p/e11amente legali• 1,ada a serviço de um partido político" (Juan Anlonio Wídow A., art. cit.) . O comércio chileno, que já se sen1ia desalentado, maniíes1ou acentuado descon1enta• menlo diante desta medida nllidamente demagógica e odiosa. Isto vem aumen1ar a insatis• fação geral a que nos referimos an1eriormen1e.
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Oneroso dispositivo de propaganda do govêrno
Frei montou tôda uma máquina de propaganda governamental, coisa até então desconhecida no Chile. Desde o inicio do seu man• dato, tôdas as rádios, em lodo o pais, são obrigadas a formar diàriamente uma cadeia. Nela se faz propaganda dos planos da adminis1ração. Em 1empo de eleições, atacam-se os adversários do Partido. Ademais, são formadas com freqüência cadeias extraordinárias, também prop~gandisticas, sob diferentes pretextos. Quando, nos primeiros meses do amai periodo presidencial, o Congresso - no qual o Sr. Eduardo Frei ainda não linha a maioria demorava a aprovar uma lei apresentada pelo Exeçu1ivo, faziá-se uma campanha contra o Congresso. Es1ava-se nas vésperas das eleições Jegisla1ivas. Ao mesmo tempo que alguns locu1ores dos programas oficiais diziam que o
16 Congresso não apoiava o Presidente, prejudicando seu trabalho, outros locutores aproveitavam para• acrescentar: Vote' nos deputados da DC para dar apoio' a Frei. Era um insólito dispositivo de propaganda do govêrno, servindo aos planos dêste e promovendo o desenvolvi ,:nento do Partido. Recentemente. causo·u estranheza o fato de aparecer um cariml>o postal que imprime em letras grandes, em tôda a correspondência que passa pelo Correio a seguinte frase: "Com ,~ reforma agrária começa nossa independên•
eia eco11i!mica" . A propaganda oficial agro-refor mista é freqüentíssima. Em um anúncio publicado nos jornais·de t.0 de julho de 1964, e repetido em novembro, empregam-se frases como as seguintes: ºO nobre ca,nponês chileno também tem direito a ser proprietário" "Faremos uma autêntica reforma agráriaº .. (;;.s1e é o govêrno do Povo, êsre é o govêrno de Frei". O dispositivo de propaganda é caríssimo. Especialmente onerosa é a publicidade feita em tôrno de Promoció11 Popular. Por todo o Chile, nas ruas, cm jornais, em algumas estações de estrada de ferro, aparecem frases ou fotos publicitárias alusivas aos planos governameniais. E sempre, repito, exaltando o gogêrno, Frei, o Partido.
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A abstenção da Polícia e os processos-crime por injúria ao Presidente
O Código Penal chileno pune as ofensas ao Presidente da República. Mas, poucos casos se conhecem de pessoas condenadas por êsse crime antes de Frei subir ao poder. Agora, entretanto, a polícia se 1ornou especialmente zelosa em defender o pobre Chefe de Estado contta os ataques que se lhe fazem. Evidentemente, os ânimos irritados com a polícica oficial se voltam às vêzes contra a pessoa do Presidente, expressando-se com adjetivos menos respeitosos. Cidadãos perseguidos pelo dispos.i1ivo governamental ele· intimidação, proprie1i\rios ameaçados de perder suas terras, produ1ores a quem se tira todo estímulo para produzir, são pessoas das quais nem sempre se pode exigir que estejam perdidas de amôres pelo Sr. Frei. E vez por ou1ra elas deixam escapar críticas em tom violento, às vêzes até mais violenco do que seria merecido. Mas a honra do Sr. Presidente não pode ser abandonada à sanha de um mortal enfurecido. Constatada a i11j,íria, o vil mortal é imediatamente prêso, permanecendo na cadeia até pagar uma fiança. E em seguida abre-se contra
êle um processo-crime. Note-se que os casos mais conhecidos se deram, não com energúmenos que tivessem arremetido contra o Presidente em têrmos de baixo calão e cm público, mas sim com pessoas que proferiram palavras de crí1ica diante de meia dúzia de cidadãos. Característico foi o que se passou com o Sr. Carlos Podlech, agricultor de Lautaro, no sul do Chile. Ouvia êle um discurso presidencial em praça pública, a 26 de março de 1966, na cidade de Temuco. O Sr. Frei criticava os triticultores com expressões violentas. Dizia que eram "to11tos' os que afirmavam que o preço do trigo havia baixado. O Sr. Podlech comentou que "tonto" era o Presidente, porque de fato o preço baixara. A: frase foi ouvida por cinco ou seis pessoas. Dois dfas depois, foi êle prêso e libert'ado sob fiança. Seguiu-se um processo pot injúria ao Chefe de Estado, do qual resultou recencemente uma condenação a residência forçada por sessenta dias. Esta polícia tão atenta e tão zelosa cm defender a honra do Presidente é a mesma polícia que intervém para desfazer movimentos con1rários à orientação ideológica do govêrno, e se abstém de proteger os direitos dos adversários do Partido. A polícia de Temuco, que agiu ràpida- . mente prendendo o Sr. Podlech, é a mesma polícia que se absteve de de'nfonder os jovens de "Fiducia" quando. cm início de outubro, foram êles agredidos brutalmente por democratas-cristãos e socialistas cm praça pública. Os carabineros assis1iram à agressão impávidos~ sem intervir. E a queixa feita à autoridade policial foi arquivada. A propósito dêste incidente o ex-deputado do Partido Liberal, Sr. Miguel Luis Amunátegui, declarou ao "Diário Ilustrado" ( edição de 5 de outubro de 1966) : "Considero vergonhoso que, enquanto agentes do ,narxitmo internacional circulam livremente por nosso territ6rio, os jovens cat6licos que expõem seus ideais sejam perseguidos e silenciados mediante vlolência".
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Conseqüências de umo ditadura que já vai adiantada
A tendência para o regime de partido (mico, a pressão sôbre os jornais e o rádio, a
censura, o cadastramento político, o sistema odioso de contrôle dos preços, a escandalosa propaganda do govêrno feita com dinheiro do Estado, 1udo isto dá ao chileno médio, não iniciado no PDC, uma sensação de insegurança e de mêdo. Os riscos a que se expõe quem não é do Partido, e mais ainda quem pertence à oposição, fazem com que, apesar 'de seus dislates, a DC (que tem como lema " Revo/11c(ón en Jiberrad" ) vá aumentando os seus contingentes - ao mesmo tempo que diminui seu eleitorado. Muitas pessoas têm declarado aos jovens de " Fiducia" que são favoráveis à posição da revista, mas não os apoiam devido ao mêdo de represálias. Por esta fo rma, através de um método /in,po e honesto, o PDC vai-se firmando no poder. Mas, assim como m1menta o número de seus membros, cresce significativamente o número de seus inimigos. Nos últimos meses os protestos surgidos no Chile contra a ditadura, cada vez mais clara, tornaram-se muito freqiientes. A título de exemplificação, citaremos aqui duas notí-
cias características: • 1 - "EI Mercurio", em seu número de 3 de março de 1967, informa que, em assemo qual muitas bléia do Partido Radical vêzes tem apoiado os demo-cristãos - o presidente da agremiação, Senador Humberto Henríquez, acusou o PDC de estar fazendo º uma revolução que erttrega a totalidade do poder à Democracia Cristã'' e quer perpetuá..1.a no govêrno. "Nosso dever primordial -
concluiu o parlamentar é atar " máquina totalitária t m marcha" . A reunião foi fechada por carabineros, com bombas lacrimogêneas. • 2 - O "Diário Ilustrado" de 20 de fevereiro último apresenta um "A Pedidos" do Partido Nacional, intitulado "Porque se persegue a classe média". Afirma a direção do partido oposicionista que o govêrno deixou patente seu propósito político de destruir progressiva e irremediàvelmente a classe média. Para isto concorrem: o manêjo discriminatório das decisões administrativas e do crédito estatal; a perseguição a funcionários públicos que resistem a ingressar no partido dominante; a destruição do direito de propriedade. "Por que - pergunla o documento - se persegue a classe mé<lia? Porque ao empobrecê-la e amet/rontá-la se debilita sua inteireza e intlepe,u/ência, e se restringe assim o exercício de sua liberdade política" .
Se dúvidas ainda restassem sôbre as intenções da atual adminis1ração de conduzir o Chile para um regime forre e ditatorial, as notícias distribuídas pelas agências internacionais, de que Frei tentou conseguir uma alteração constitucional para dissolver o Congresso e convocar novas eleições, seriam suficientes para desfazê-las. Informações idôneas que me chegam do Chile confirmam esta conclusão: são freqüentes os comentários, feitos até por pessoas do povo, no sentido de que a tenta• tiva de extinção dos amais mandatos legislativos é o sintoma mais próximo e mais grave de uma ditadura a se instalar talvez não mui-
to remotamente.
O PEDECISTA NO CHILE t UM HOMEM "BOM"? HONESTO? DE BO:A DOUTRINA?
VI
N
os países onde exisle o PDC, seus membros são tidos, na maioria dos casos, como honestos, idealistas, trabalhadores. Em geral o democrata-cristão médio é considerado homem de bons costumes e correto em matéria financeira. No Chile, entretanto, no que se refere aos elementos mais influentes ou exarcebados do Partido. isto é, muitas vêzes, diferente. Bs-ses dernocratas•cristãos são. antes de tudo, fanálicos pelo seu Partido. São os homens da situação e. têm muitos privilégios que lhes advêm de suas ligações políticas. São portadores de uma mensagem nova. Scntem•se. por isso. superiores aos outros. Sen• tem-se salvadores da pátria, homens quase carismáticos que compreendem a ,ínica e vertia• tleiro doutrina atualizada de Cristo. São homens providenciais. &te aspecto por assim dizer religioso do Partido atraiu de início a seu seio não poucas
pessoas bem intencionadas. Mas, a ascensão ao poder trouxe depois para êle uma plêiade de interesseiros, de políticos pragmáticos que queriam unicamente estar com a situação. Segundo se comenta, passaram a integrar as fi. leiras democratas-cristãs homens de iná vida, de maus costumes, indivíduos habituados a fazer negociaras. E, como é público e notório, também marxislas ou esquerdistas extremados. Parece-me útil relatar aqui o que se conta a respeito em largos círculos. Claro está que não pude, como estrangeiro de passagem pelo Chile, inteirar-me pessoalmente da inteira objetividade dos constas que passarei a reproduzir. 81es servem, pe.lo menos, para se conhecer o es1ado de espírito de amplas áreas da opinião pública chilena.
A -
Homens de maus costumes
Co1\forme já referi acima, muitos membros importantes do PDC são divorcistas. t normal que, nestas condições, estejam pouco dispostos a suportar os ônus da indissolubilidade conjugal, com a qual não concordam. 'Segundo a voz corrente, o exemplo mais carac1erístico de pedecista de vida irregular é o do Sr. Alberto Jerez. t um dos depurados de mais prestígio no Partido e líder de sua corrente mais esquerdista. Em 1965 quase foi eleito presidente do PDC. Já falamos das suas relações com uma divorciada, Sra. Mireya Kulczewski, com quem reside. Esta pessoa foi mis,· Chile, e atualmente se dedica ao teatro, atuando no TV 13, de proptiedade da Universidade Católica do Chile. Comenta•se com muita insistência que dois representantes da DC no Parlamento, um dos quais é uma senhora, são ou foram proprietários de casas de tolerância. Registro o fato, porém, na falia de provas categóricas, prefi ro não lhes citar os nomes. notório que muitos membros destacados do PDC têm vida irregular e uma idéia sui generis de moralidade. O Sr. Silva Solar, por exemplo, um dos mais conhecidos deputados demo-cristãos, diz o seguinte sôbre a ilomosse-
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xualidade, numa entrevista à imprensa: "O mal da ltomossexualidatle pode ser discutível. Talvei seja contraproducente qut1/ificá-lo de delito. S muito possível que, com o correr dos tempos, as leis não o condenem" ( declarações à revista "Algo Nuevo"). Conhecendo esta opinião do Sr. Silva Solar, não me espantei muito quando um chileno fidedigno me asseverou que, na mesma ocasião, êle declarara acredicar que, no futuro, não exisciria mais a instituição da família. Logo cm seguida teria solici1ado à jornalista que o entrevistava, que esta passagem ,não fôsse publicada.
B -
As negociatas da Democracia-Cristã
No dia 14 de setembro úllimo, o Senador lbáfiez, do Partido Nacional, pronunciou da tribuna um discurso muito curioso. Dirigindo-se a um líder democrata-cristão que fizera profissão de fé anticapitalista, advertiu: "Peço ao colega que observe com a rnaior atenção o que se passa em tôrno de sua pessoa. Junt9 a seu a11ticapitalismo /urlbundo, consolida(n-Se econômicamente - e o /a'l.em com extrabrdinária rapidez - grandes setores de democratas-cristãos dominados por legítimas ânsias burguesas" ( "EI Mercurio'', edição de 15 de setembro de 1966). Quem são êstes homens que se enriquecem "com extraordinária rapidez", conforme palavras de um senador, ditas no Congresso, e publicadas em todos os jornais? São democratas-cristãos idealistas, pertencentes a uma corrente que se julga carismática e incumbida de salvar o Chile pela Revolução social. E , nos intervalos de sua luta pelo ideal, enriquecem-se ràpidamente ... Há uma lei muito drástica no Chile, Ley de Abusos de Publicidad, que pode levar ao cárcere os aurores de acusações injuriosas. O chileno em geral, e todo jornalista em particular, vive temeroso de ser considerado criminoso com base nessa lei. Apesar disto, a revista "PEC" estampa freqüentemente referências a negociatas de democratas-cristãos. Citaremos alguns exemplos de casos mais ou menos escandalosos publicados nessa revista ou muito comentados por pessoas idôneas. ■ I -
AO~NCIA DE PUBLICIDADE CONDOR
&te caso é de notoriedade pública. O Sr. Germán Becker, assessor de propaganda do govêrno ( cargo análogo ao de Goebbels na Alemanha nazista), está lntimamente ligado à agência de publicidade Condor. Desde o início do período Frei, coube ao Sr. Becker fazer a propaganda oficial do nôvo regime. As emptêsas públicas, os Bancos estatais, as caixas econômicas, as municipalidades, todos se utili2am dos serviços do Sr. Becker. 'rsto significa uma receita fabulosa para o dedicado democrata-cristão. A nec,essidadc de reformas exige uma ptopaganda vigorosa, e, portanto, centralizada. Esta centralização resulta muito rendosa para o Sr. Becker.
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Mas, o Sr. Gcrmán Becker não se satisfaz com a publicidade oficial. Seus agentes procuram as grandes emprêsas particulares e oferecem os serviços profissionais da Condor. E as grandes emprêsas, sabendo que o Sr. Becker é íntimo amigo do Presidente, se sentem pouco inclinadas a recusar. Daí o número enorme de novos clientes que a Condor conseguiu tão rápida e - dir-sc-ia - milagrosamente. ■ 2 -
DESPESAS VULTOSAS E INDEVIDAS, DE ÓROÃOS GOVE RNAMENTAIS
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sabido que certos organismos oficiais, além de remunerar exageradamente os funcionários, têm outros gastos nababescos. Isto se nola especialmente nos organismos mais poli1izados, com os quais a adminislração pedecisla faz sua política nltidarnente avançada. E o caso da já citada Promoció11 Popular, menina dos olhos do Presidente Frei. Comenta-se largamente, no que diz respeito aos dois órgãos principais da reforma agrária - a CORA e o INDAP - que suas despesas são altíssimas, e nem sempre feitas com observância das necessárias formalidades. O INDAP, mais especialmente, teria feito aquisições vultosas sem que estas passassem pelo departamento de compras ou houvesse concorrência pública. A Contraloría Ge11eral de la República, órgão que entre outras funções tem a de Tribunal de Contas, tem dado freqüentemente parecer contrário a gastos indevidos feitos por membros da atual administração. Um dos casos mais frisantes foi o re(erente ao diretor da Emprêsa Portuária do Chile (EMPORCH), que gastou somas elevadas com representação (almoços e jantares). Glosadas essas despesas pela Contralor1a, o govêrno deu mão forte ao seu agente, mantendo-o no cargo. ■ 3 -
0 CURIOSO EPISÓDIO DAS " CJTRONETAS"
Este é um caso até jocoso. comum, quando passa pelas ruas de Santiago uma citroneta - automóvel popular, da Citroen - ouvir-se o comentário: lá vai um democrata-cristão. Perguntei o porquê disto. Informaram-me que, quando Frei se candidatou à presidência, pediu a numerosas firmas que 1be- foroecessem citronetas para sua campanha eleitoral. As firmas as fotneceram, certas de que depois da eleição as mesmas seriam devolvidas. Em vez disto, entretanto, foram distribuídas entre os democratas-cristãos interessados. Outras pessoas com quem estive dizem que isto é maldade dos adversários da Democracia-Cristã. Parece que êss~ desmentido não convence ao público. Pois o fato é que, entre
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Mt'.NSARIO com •
APROVAÇÃO ECLESIAl,TICA
C~1mpos -
F41. do Rio
Diretor Mons. Antonio Ribeiro do Rosario Dlrt1orla: Av. 1 de Setembro. 247, caixa post:\l 333, Campos, RJ. A.dnünlstl'llt3o: R. Dr. Martinico Prado, 27t (ZP 3), S. Paulo. Agcnlt p.a.n, o F..stado do Rio: Dr. Jos6 de Oliveira Andrade, eoixa pos1al 333, Campos., RJ; A,gtnte p!mt os: Estndos de Goiás, Mato Cro.sso e Mi11.11s Ccr:ils: D r. Milton de $alies Mourão, lt P3raíba, 1423, telefone 26-4630, Belo Horizonte; AgtnCe p:irn o E.~11do d11 Guanabara: Dr. Luís M, Ouncan, R. Cosme Velho, SI S, telefooe 4,S-8264, Rio de J;meiro; Agenlc p:,ra o Esi:ido do Cenrá: Dr. J osé Gerardo Ribei• ro, R. Scnndor Po mpeu, 2120-A, Fowileza; Agtntcs para o. Arttnlin:): "Tradición, Familia, Propiednd", C.:.sma de Corrto n.o 169, Capi1al Fcdcrnl. Argentina~ Agtntts pa.r:1 o Chile: "Fjducia''. Casilla 13772, Corrco 15, S:·u11iago, Chile.
Número avulso: CrS 1,50: número atrasado: C<S 1,SO. A$Sina1uras :ulual~ comum Cr$ 15,00; cooperador CrS J 0.00: benfeitor Cr$ 60,00: grnndc bcnícilor CrS 150,00: scmin:,ristas e eslud:1n1es CrS 12,00; Am6rica do Sul e Ccn1ral: via marhima USS 3,50; via aérea USS 4,50; oulros países: via marítima US$ 4,00; vfo nérc::. USS 6,50. Por• os Estados do AC, Al, AM, GO, MA, MT, PA, PB, PE, PI, RN, SE e Territórios, o jornal 6 envia.do por via aért:t pelo preço d3 3S$.in.ttura comum. Os pagamentos, sempre em nome d e Editôrn P:uJn Btlcllfor de Pontei SIC, pode• rão ser enviados à Adminislraç:ío ou aos agentes. Para mudnnça de endcréço de t'IS• sinantcs, é necessário mcncion.ir t3mb6m o tndcrêço an1igo. Comp0~1o e lmpresso n:i. Cl:1. LUhograJ)hka Ypírunga R. Cnddt , 2.o9, S. Pnulo
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18 vadores) de Prei preferiam não olhar de frente êsses aspectos estranhos da plataforma política da Democracia-Cristã. Mas, hoje, instalados no govêrno, os membros desta deixaram extravasar tudo o que por prudência não diziam antes. Especialmente depois do que foi proclamado nos últimos congressos dos democratas-cristãos chilenos, realizados em agôsto e setembro de 1966 ( o congr=o camponês, o estudantil e o geral), dúvidas não mais restam sôbre a posição claramente filomarxista ou marxis1izante do Partido. Vejamos algumas das formulações de pedecistas nos referidos congressos, noticiadas amplamente na imprensa chilena, mas quase ignoradas pelos jornais estrangei.ros.
A -
Conclusões do 3.° Congresso da Juve ntude De moc rata-Cristã
Entre outras resoluções do 3.° Congresso da Juventude Democrata-Cristã chi lena, des• tacamos estas, em que o conclave:
1 -
"Reafirma os prir1cfpios do Socialis-
mo Comunitário como orientação final de sua ação hist6rica".
2 - "Expressa sua profunda preocupação porque os Bancos, o~· monopólios e as sociedades anônimas. depois de quase dois anos de Revolução, não foram ainda toem/os de maneira de1ermimmte. E· pelo papel suba lterno e passivo que o Par1ido 1omou a,é o momento em suas refoções com o govêrtto". E fácil perceber que êste "toc'1r" nos Bancos,
sociedades anônimas, etc..• não importa apenas em legítimas e eventualmente necessárias restrições a uma ou outra de suas atividades, mas na mutilação ou supressão da indispen• sável autonomia dessas cmprêsas, cm benefício do Estado. 3 - "Propõe ao 2.° Congresso Nacional do Partido a definição imperativa de uma via não capi,atista de clesenvolvime,uo, caracterittida por umcr reforma agrária rápida, drástica e maciça, que liquide o latif(mtlio ( ... ] e crie novas formas tle propâedade camponesa", sem deixar de lado ''as experiências comwritárins que surjam 110 curso de sua aplicação''.
4 -
E considera necessário atuar ''em
um, mo~1imento unitário e combativo, que nutra a DC e seu govêrno na marcha para o socfolismo commrilário" ("Diário lluscrado", edição de 17 de agôsto de 1966).
Um deputado demo-cristão, talvez não tão iniciado, ao conhecer o documento de que damos aqui apenas excertos. se limitou a dizer : "Es,as conclusões parecem have,. sido escritas por uma me,ue marxisu,. Eu enviaria êsses di• rigentes ao Tribunal de Disciplina do J>arlido" (jornal cit.).
8 -
O último Congresso Camponês da DC
O "Diário Ilustrado", cm sua edição de 25 de agôsto de 1966, comenta que senadores do Partido Comunista. desejosos de aperfeiçoar a reforma agrária (de influência marxista) de Chonchol, Moreno e Silva Solar, acharam conveniente apresentar uma contribuição para alte• rar o respectivo projeto. Propuseram êles, entre outras coisas, ex• propriar, além das terras, o gado ovino e bovino. E comenta o jornal que o Congresso Camponês da DC aprovou conclusões idênticas às dos senadores comunistas. Mostra o "Diário Ilustrado" que, com isto, se quer des• tTuir a agricultura chilena, e acrescenta: "O que se deixa ver, ademais, é uma luur enlre d uas fôrças igualmeute desrruidoras: os m em .. bros do Partido Comunista do Chile, e os comwri's1as introdu1.,idos no Pnrtido Democrata-Cristão [ ... ]. lt1/elivnente, êsse grupo marxista tia Democracia•Cristii e os com unistas de partido es1ão ,ratando de superar-se redprocamen te em demagogia. Quanto às expropriações dos bens anexos à exploração agrária, os senadores comunistas Jicaranr unt pouco para trás, pois no Congresso dos Camponeses Democra.. ias-Cristãos, a que aludimos acima, decidiu-se pleitear que, '1lém tio gado de todo gênero, se expropriasse o maquinário, as ferramentas, os ute11sílios e outros bens de que normalmente st. acham dotadas as propriedades". Se restasse dúvida sôbre a tendência marxista da DC chilena, as considerações que acabamos de citar seriam suficientes para des• fazê-la.
C -
O Congresso Noc ionol do DC
Um defensor à owra11ce da DC chilena poderia dizer que não se qua.lifica a orientação de um partido sõmente pelas suas fôrças juvenis e camponesas. Mais do q ue os jovens . e os lavradores, cumpre auscultar os chefes amadurecidos e os políticos veteranos. Inicialmente seria bom 'lembrar que os /:ereges ao Partido Conservador de 1935, a
Juventud« Conservador,,, são hoje os ocupantes do Palácio de La Moneda. Os velhos que subestimaram os jovens de então viram•se der• rubados por êstcs. Em segundo lugar, o mínimo que se poderia esperar é que um jovem ou um camponês que defendesse tais idéias fôsse imediatamcnle desaulorado pelo Partido ou desligado dêle. O que se passa, na realidade, é que os políticos maduros da DC pensam da mesma maneira. Talvez nas nuances sejam um pouco mais moderados. Vejamos algumas conclusões do Congresso Nacional, que reuniu rôda a nata do Partido, inclusive o Chefe de Estado (o qual, segundo se comenta cm manchetes nos jornais. foi o grande vitorioso do Con-
gresso): 1 - "A Revolução ,w iiberdt1de é " passagem da societl,,de capitalis1a para a societJa.. de comunitária. A DC protltlmâ </Ué sua /i• na/idade lrist6rica é rcalizt,r " sociedade <:011111nilária".
D -
e.
D
3 - "A nova sociedade será plurali.wa, democl'ática e fundada em ,·e/ações comuni• tárias de produção e trabalho: A) - P/11rt1• lis,a no idet>l6gico, polí1ico, religioso e cu/111• ,·ai. 8) - DemocrátiCll [ ... j. C) COMUNrrÁRIA NO SP.NTJOO OE QUB SE TRATA OE UMA SOCIP.OA· UE OE 1'RAOALHAOORf:.S, ONDE OS MBIOS OE 'PRO· DUÇÃO QUE REQUEREM 00 TRABALHO COLETIVO PERTENCEM À COMUNIDADE NACIONAL O U ÀS COMUNIDADES OE TRABAl,HAOORES".
4 -
"A vitl tle desenvolvimento não ca-
piu,lista se caracteri1.a pelo seguinte: - Pltmi• Jicação democrática da vida econômica r...]. - Reforma tlgráritr rápida, drás1ica. m(lciçt,, que rermine com o lati/1í11dio e BSTAOl?'Ll! ÇA FORMAS Dl! PROPRIEOAOE R URAL NÃO PATRONAIS [ •• • ]" ("La Nación", edição de 28 de
agôsto de 1966 -
Estas cil"ações falam por si.
Q uando um democrata-cristão regressa de uma viagem a algum país comunista, é com evidente prazer que anuncia que o país visi• tado vê com bons olhos a política pedccista chilena. Característico é o exemplo já cilado do deputado que, voltando de Cuba, fêz questão de dizer que Fídel elogiara a reforma agrária andina. Frisante, também, foi o que se passou com o Sr. Fernando Otayza Carrazola. conselheiro nacional do PDC. Ao chegar da China Popular. declarou à imprensa que lá se tem grande admiração pelo Prcsidenle Frei, cspc• cialmcnte "por s,ws re<1lizaçóes e pela /inira ele sua polf1i<:a interuacimwl", ressaltando que "a reforma agrária e, em geral, as reformas es1ru1111·aü· intercssmn grá11dem e111e" aos chineses ("La Nación", número de 4 de dezembro de 1965). Só um cspírico muito escrupuloso pode pôr cm dúvida que já não é grande, e tende a sei· cada vc-z menor. a diferença que existe entre o Panido Comunista e o Partido Democrata• -Cristão chilenos . ..
QU,E FU~URO AGtJARDA O CHILE
epois de têrmos examinado a origem da Revolução Chilena, a queda d'os partidos tradicionais e a ascensão da Democracia..,Cristã, depois de lermos nnalisado pormenorizadamente o processo de comunisti• 1.ação que Já se desenvolve, poderíamos perguntar: qual o futu ro do Chile? E is uma pergunta de difícil resposta. É com funda apreensão que um observador, por mais otimista que seja, a considera. A velocidade hodierna da Revolução na nação irmã é tão avas$.1ladora que, dir..se•ia, tudo está perdido: o marxismo virá, irreversivelmente, mais c-c do au mais tarde. Os observadores chilenos, que vêem na recente derrota eleitoral de F rei uma rejeição implícita mas iniludível do agro-reformismo dcrno•cristão, sentem a necessidade de exp1icar um aspecto paradoxal do acontecimento. De um modo geral, as personalidades} associações o u grupos natuntlmenle interessados cm defen• der a propriedade privada contra a espoliação socialista se moslraram de uma passividade no• tória. Pràtica.rnente, os projetos de reforma agrária e de reforma constitucional não sofreram, dêssc lado, oposições de monta que atacassem no cerne o problema. Durante muito tempo a opinião direitista pareceu participar inteiramente da al'onia de seus líderes. Como expJicar, então, que, inesperadamen1e, o agro•reformismo tenha sofrido um revés eleitoral tão importante? A esta pergunta, respondem m uitos que, õbviamente, esta feliz surprêsa se deve lançar a crédito da única organi1.ação que. em meio à defecção geral, levantou o estandarte da lula antiagro•reformista. Trata•se de algumas de• zenas de jovens universitários, reunidos em tôrno da revista católica "Fiducia'". Já me referi à atuação, perspicaz e organizada, dêsse grupo, e à extensão do âmbito cm que ela se desenvolve. Parece. me intcil'amente verossímil que, à custa de esforços realmente extraordinários, êsses jovens tenham conseguido comunicar sua vibração às fibras adormecidas do direitismo chileno. Se êste nôvo vibrar de fibras não veio dos líderes naturais do direieisn,01 e se coincidiu com a enlrada de "fiducia" cm liça, não vemos como contestar que a "Fiducia" se deve o fenômeno. Aliás, uma contraprova desta asserção pode ser encontrada no empenho com que a propaganda emanada do Ministério do Interior alaca a revista. Não parece possível q ue um grupo que não tem as dimensões de um partido fôsse atacado tão a f undo pelo órgão político do govêrno, se sua atuação não resullassc profundamente nociva ao desenrolar dos planos governamentais.
Os moços de .. Fiducia·· constituiram re.. ccntemente un,a entidade civica. com caráter ideológico não p~trlidário, a Sociedad Chilena de Dele.mm de la 'trculid(m, Familia y P,·o pietla,I. Comprecnde..se que um crescente nú• mero de chilenos veja num possível desenvolvimento dessa entidade um caminho para a con .. tenção da maré agro-reformista e, portan10, do comunismo, cujas vias eJa prepara. A não haver meio de conter o reformismo pcdecista, para onde caminhará o Chile? Se o povo aceitar como verdadeiros os ensina• mentos falsos propagados pelo govêrno. para o nde caminhará o país? E::. ;i isso que desejamos responder no término dêste trabalho.
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Um Fide l Castro ou um Ke rensky paro o Chile?
O chileno. profunda111ente católico, não aceitaria. no menos por enquanto, ser dominado por u111 tirano do tipo F idcl Castro. A 1riste experiência cuba.na tornou difícil a aplicação de receita igual em outro país latino• •americ.a no. O mais hábil seria suscitar no Chile um Kerensky, um líder revolucionário, socialista. mas tido por muitos como moderado. Bsse homem levaria fàcilmentc a opinião p(1blica nacional a aceitar uma fórmula csquerdis1a. Uma vez aceirn essa fórmula, e através de uma revolução cruenta ou incruenca, mais ou menos drástica, o poder seria entregue a um Fidel Castro.
8 -
A Revolução Chilena recebeu um grande impulso ao longo do processo que se iniciou com a queda do Partido Conservador, com o crcscii"llento do PDC e, por fim. com a vitória dêste. esse processo histórico, pela sua própria natureza proccs.siva , pede agora que venha, como sucessor de Frei, um politico ainda mais francamente socialista. Quem pode ter a ccr• te-,a de que o processo será contido? E se não fôr contido, aonde se chegará? Chegar-se-á a um regime marxista total, introduzido direta ou indiretamente pela Oemocracia•Crislã. E. neste desenrolar de fatos, a História dirá que o Sr. Eduardo Frei serviu ex)miamenre de Kerensky, o u seja, de chefe do govêrno de transição entre o regime anterior e o regime marxista q ue então estará formado no Chile.
E quem se rá o
C -
Fide l Castro chileno?
os grifos são nossos).
No Chile é público e notório que o PDC é comunixante
Ninguém desconhece no Chile que a linha ~a DC é claramente comunizante. Os democratas-cristãos aceitam para si a qualifi .. cação de esquerdistas. Dizem-se de(cnsores de uma sociedade comunitária. Chamam•sc de "camtiradfJS' ( !) . O trauunento de "ca11uzrc1<la" não é usado apenas uma ou outra vez. Ê empregado sis• temàticamcntc cm discursos. cm conversas, nas notícias de jornais. cm artigos. em livros. usual. O órgão do Partido Comunista, "El Siglo'', embora muitas vêzes ataque o govêrno, o fa:t acusando Frei de moderado na Revolução. Em matéria de reforma agrária, êssc jornal e outras publicações do Partido Comunista fazem constantes elogios à linha do PDC e do govêrno. Os comunistas se dão muito bem com os democratas•cris1ãos. estes sentem-se mais à vontade com aquêles do que com os conservadores, liberais ou radicais. São freqüentes os acôrdos PDC- PC, e raros entre o PDC e os parlamentares oposicionistas hoje reunidos no Partido Nacional.
V.Ili ·-
2 - "A nova socictlade mio será uma sociedade classista, e sim solidária [ ... ]".
Frei se ria a Ke re nsky chile no?
Entendemos que o papel de Kerensky chileno cabe ao Sr. Frei. Eduardo Prci é o homem que se apregoa honesto, trabalhador. modefado. Os que se chocaram com os excessos esquêrdistas de Tomic, repelindo em 1964 sua candidatura à P residência, voltaram esperançosos as vistas para Frei. Os que receavam o marxista Allende volaram no a1Ual Prc.......,idente como sendo a salvação do momento. Hábil, maneiroso. político sagaz, Frei subiu apoiado no prestígio e nas esperanças das direitas, e está fazendo exatamcnle aquilo que levou as direitas a repelir seu opositor, AJlendc: o socialismo. E o homem tido ontei,, por moderado pelas direitas é agora acusado de ,nQ(/t?rado pelos esquerdistas. t::s1es o acoimam de t'Ími .. do, de pouco arrojado. Querem 11rn Presidente mais socialista, mais avançado.
Se o processo não parar, o Fidel Castro chileno será tirado do Partido Socialista ou do Partido Comunista, ou então escolhido entre os elementos mais avançados da Democracia• -Cristã. Aquêles homens do PDC que hoje elogiam Ficlel. que falam em sociedade e cm 1>ropriedade comunitárias, q ue promovem a luta de classe.s e querem uma sociedade sem classes, estarão disposto·§ · a escolher cm suas fileiras quem desempenhe o papel redentor do tiranctc cubano. Os estudantes e camponeses da DC que hoje acusam o govêrno de tímido, de moderado, que ameaçam uma cisão no Partido. muito possivelmente quererão amanhã. como salvador da pátr ia. um Allende, um Jcrez., um Silva Solar ou um Chonchol. Qualquer clêstes servirá de Fidcl. Já. hoje, pouca diferença existe no Chile entre llm comunista ou so<:iâ• lista e um democrata~cris1ão dn linha avnnçacla.
C::0 1\!CLUSÃO
O
c1ue importa é têrmos prcscnlc que aquê~
les que dirigem os destinos cio Chile precisam hoje de um Kerensky. e amanhã estarão à procura de um Fidcl Castl'o. Já encontraram o Kerensky? Supomos ter deixado claro que sim. As pessoas q ue ainda se iludem con'l o Sr. Eduardo Frei di1..cm: A solução ainda está no próprio Presidente. Êle poderia razer um expurgo na DC e continuar com os elementos bons que Já cxis1cm, auxiliados pelo que ainda resta de sadio nos outros partidos. Esta fórmula, os asHHOS certamenlc pro• curarão empregá.la junto aos ingênuos. caso a reação contra a atual siluação política se faça notar mais intensamente. Esla fórmula traduziria apenas un"la ma• nobra tática, com a qual se reteria o avan~o do marxismo por algum tempo pal'a que êlc depois recomeçasse na mesma velocidade atual. Assim se anestesiaria a vcrdacleir:i reação, que parece esrar nascendo com possibilidades de vitória. Dado o resultado, negativo par;1 o PDC. das eleições municipais de abril. os líderes democra1as•cristãos poderiam recorrer a es1a fó rmula. Não é isto, cmretan10, que está na índole do PDC no Chile como no mundo inteiro. Ademais, segundo as úllimas notícias publicadas pela imprensa, estão ê.sses líderes preferindo, em vez de dar um passo lático para trás, avançar ainda mais para 3 esquerda. fa. z.cndo uma aperwrn a sinisu·a. Frei já caminhou tanto, já deu tanias esperanças de revolução e de subversão às suas bases políticas, que parece não cslar mais em condições de voltar atrás sem se desgastar junto a elas. Os democratas•crislãos de vanguarda, im~ buídos do ódio de classe e de um espírito reformista fanático, ansiosos por liquidar com 1udo o que existe e formar algo inteiramente nôvo, partindo do 1..ero, não deixarão Frei parar. nem mesmo por pouco rempo. 81es estão hipnotizados, estão desvairados, estão cegos, como o estavam os jacobinos da Revolução Francesa. 81es estão dispostos a montar guilhotinas e destruir todos os que se queiram opor ao pro• cesso revolucionário. 1:.les neccssital"ll hoje, absolutamente, de um Kcrcnsky, como necessitarão amanhã de um Fidcl Castro. Resta-nos esperar que Nossa Senhora do Carmo, ?adro.e ira do Chile, in1ervenha 1 esti• mulando tôdas as fôrças vivas que existem :10 bravo e pujante povo chileno, para que. dentro das vias da legalidade, oponham uma reação inquebrantável aos que prel'endem fazer do Chile. através de etapas sàbiamentc calculadas, uma segunda Cuba. Mesmo porque. se o detestável desígnio dêstes últimos se fizer realidade, o perigo comunista nes1a p3rte do mundo 1er~\ crescido singularmente de vuliõ;"' pois terá à sua disposição, tristemente escravi1...ado,' um povo que goza de merecida e incontestável influência jur'lto its nações irmã~ da América Lacina.
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Em Sõo Paulo, sócios e coloborodores do TFP otrovessom o Viaduto do Ch6 em caminhado cívico, rumo à Igreja de Santo Antônio do Praça do Patriarca, poro assistir o Misso que o Exmo. Bispo de Campos celebrou pelo Chile. À saído do Misso, D. Antonio de Castro Moyer ladeado pelo Prof. Plínio Corrêo de Oliveira, Pe. Afonso Honsen, S. J., e Sr. Fobia Vidigol Xavier do Silveira (notícia no página 2).
:■ AfOILMCESMO----------1
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Em frente à Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, os estandartes do TFP paulista estiveram hasteados durante o Missa que D. Antonio de Castro Moyer celebrou pelo Chile. Junto com os estandartes~ a gloriosa bandeira do Hungria, levado por uma representoçõo de refugiados do grande noção cot6lico oprimida pelo comunismo (foto menor). A Misso assinalou o início do novo componho do TFP (página 2).
Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rosa;rjo
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A solidariedade não fica s6 nas palavras, o Senhor Cardeal D . Eugenio Sales, Primaz do Brasil, e D. Helder Camara o "Arcebispo Vermelho" se abraçam
.A c,:1,rta aberta da TFP ao Eninio. Sr. D. Eugenio Sale.~ ,nostra que ""é fácil perceber tudo quanto une o Cardeal Priniat:S ao pensaniento e à obra de
D. Helder Ca,nara; e inipossível discernir o que realnie,ite o separa dêste'· (11ági1,as 4 e
N.º
239
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NOVEMBR· O
DE
1970
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5)
ANO
XX Cr$ 1,50
"Meu bom Anjo da Guarda dirigirá meus golpes e lhes dará fõrca'' ~
A GUERRA FÊZ DE CADA ZUAVO
PONTIFÍCIO UM HERÓI
U
MA DAS GLÓ RIAS da Igreja no sé• culo XIX íoi a intransigência de Pio IX na dcícsa do poder temporal do Papa d ia nte da investida do movi1ncnto revolucionário italiano e da am bição do Rei da Sardenha e Piemonte, que desejava reunir sob seu cetro todos os Estados da Península. Desde 1848 os territó rios pontifícios eram pro tegidos por 1ro pas francesas, apesar d e Na• polcão Ili. antigo carbonário, ser ardoroso partidário do " Risorgimento" e favorecer, o quanto lhe era possível, os revolucionários da Itália. Se êlc mantinha uma guarnição na Cidade Eterna, é que a opinião católica da França não lhe
permitia retirá-la e o obrigava mesmo a conter um pouco o ímpeto da Casa de Sab6ia. Assim, a revolução pen insular progredia o u quando podia apoiá-la o Imperador dos franceses. ou nos períodos cm que conflitos com outros países forneciam a êste urn prctêx to para cruzar os braços. Os primeiros Olcnlados contra os Estados da Igreja ocorreram cm J 860. ap& a vitória da França sôbrc a Áustria no norte da Itália. A San ta Sé perdeu algumas províncias. ocupa• das pelo Piemonte, e Pio IX. alarmado. resolveu reorganizar seu exército para defender os territórios que lhe restavam. A um •~lo do Papa. jovens de todo o mundo católico acorreram para lutar sob a bandeira da tiara e das chaves. Os franceses,, juntamente com os belgas, constituíram um bata-
lhão que os italianos logo denominaram de zullvOs pontifícios, pela semelhança do seu uniforme com o dos z11avos da África, tropa colonial de elite do Exército francês. A maior parte dos voluntários franceses e muitos belgas pertenciam à nobreza. e alguns dêles usavam grandes nomes; também os filhos dos heróis da Ycndéia se apresentaram: entre êles cumpre destacar o Barão Athanasc de Charclle de La Contric, que se alistou com seus cinco ir• mãos. Mais tarde alistou-se o jovem Príncipe Dom Alfonso Carlos de Borb6n, cujo A"lô muitos espanhóis reconheciam como seu Rei, sob o nome de Carlos V. Vimos cm artigo anterior como êsses sol• dados do Papa se cobriram de glória cm Cas• telfidardo (onde sucumbiram diante de um inimigo seis vêzcs superior cm número). e como se distinguiram na repressão ao banditismo no sul dos territórios pontifícios e na incrucnta e abnegada lula contra a epidemia de cólera que varreu a Península no ano de 1867 ("De todo o mundo êles acorreram para lutar pelo Papa", "Catolicismo", n.0 237 , de setembro de 1970) . O confronto direto dos zuavos com r., hor• das revolucionárias de Giuscppe Garibaldi e com as tropas piemontcsas teve início sobre• ludo a partir da fa mosa Convençüo de Setem• bro, pela qual cm 1864 Napoleão 111 abriu ao Rei Yitório Emanuel o caminho para suas sacrílegas pretensões sôbre os Estados da Igreja.
As hordas go riboldinos: "tão covardes quanto celerados" Em virtude da Convenção de Setembro. o
Piemonte comprometia-se a dcíender ''o território atual do Sanl<> Padre·• contra qualquer ataque vi ndo do exterior, o que o deixava à vontade para fomentar a scdiçâo no interio r dêsscs rncsrnos territórios. como efetivamente já o ia fazendo cm colaboração com as sociedades secretas e os "clubs", A promessa mesma de impedir a agressão externa não fôra feita para ser cumprida. As hordas garibald inas entravam impunemente nos Estados da Igreja, atacavam cidades e aldci:,s, pilhavam os cofres públicos, maltratavam os habitantes e profa navam os santuários; q uando eram repelidas pelos soldados de Pio IX, punham-se a salvo atravessando novamente a fronteira e saindo do Lácio: os ponliíícios não podiam ir ao seu encalço sob pena d e entrar em choque com as tropas picmontc~'ias, as quais teriam assim prctêxto para atacar os territórios do Papa. Essa tática t inha ainda a vantagem de atrair as tropas de Sua Santidade para as fronteiras. deixando Roma à rncrcê dos revolucionários. A 29 de setembro de 1867 uma noticia
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Uarâo A1hanasc de Charcuc de La Conuie.
fundador dos Zu:wos Pontifícios
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agitava a Capital da Cristandade: os irregulares d e Giuseppc Garibaldi havi,,nl invadido cm massa o Lácio. O General Kanzlcr, Pró-Ministro da Guerra pontifício, que previra essa invasão com um mês de antecedência e clislribl1íra seu pequeno exército por todo o território latino, enfrentou o inimigo. O principal cená• rio das batalhas foi a província de Vitcrbo: Acquapendcnle, Valcnlano, Bagnorea. Subiaco. Montc-Librcui. Montcfiasconc ... Enquanto se travavam os mais encarniçados combales entre as tropas pontifícias e os "cll• misas•v<1rm ellws'", a Cidade Eterna achava-se mergulhada na calma que é freqücntcmcntc o prenúncio de grande.s tempesrndes. E, com efeito, todos sabiarn que uma revo lução estava prestes a eclodir. "Para ó eslrangeiro, Roma mio mostra 11e11/mm sinal de (1gitação. Mas quando cai a noite com eçam os golpes 11a sombra. A d dade t onw-se sUen cioso como um túmulo; tis seis hora.r pensaríeis ser m eia-noite". escreve o zuavo Wibaux {C. du Coc1losquc1, "Théo• dore W ibaux, Zouave Pontifical · e1 Jésuite", A. Taffin-Lafort, Lille, 1885, p. 13 1). U m outro zuavo. o Visconde. Oscar d e Poli, assinala que "<Jurante todo o dia vêem -se circular pelo Corso homens de ospecto sinislro, mal w:sritlos e desconhecidos em Roma. Eles aguar• dam evi<lenteme11te um sinal" (Ccrbelaud-Salagnac, "Les Zouavcs Pontificaux", Editions France-Empire, Paris, 1963, p. 140). O sinal veio às dezenove horas do dia 22 de o utubro: no instante cm que uma bomba• explodia na Praça Colonna. bandos de "/croci", armados até os dcntes 1 lançaram-se simullâ• ocamente sôbrc o Capitólio. a prisão de Sm, Micl,ele, os Carccri Nuov;, a Porta de São Paulo e o Quartel de São Calisto, ocupado pc• los z.uavos. Travaral'i1-se encarniçados combates, e os revolucionários foram repelidos. Su• bilamente, uma explosão formidável abalou tÔ· d a a Cidade. O Palácio Scrristori, que abrigava o Estado-Maior pontifício e três companhias de zuavos, ia pelos ares! Com a cumplicidade de um proprietário vizinho. os revolucionários haviam cavado um túnel até os aliccrce.s do edifício. Do meio das trevas, da fumaça e da poeira, erguiam-se os gritos de dor dos feri• dos: os habitantes da região corriam de um lado para outro. sem ousar aproximar-se. com mêdo de nova explosão. ''Entretanto, os z,wvos sobrP.-viventes não haviam perdido o sangue•/rio no m eio da catáslro/e, escreve o Barão de Mévius. Comandados pelo intrépido Capitão•Ajuda,ue de Bel/evue, acendem 1ochas, tomam .suas armas e .rnem dos escombros (la Cllserna no momento em que um bando de gar;baldlnos. o u mtte.r. uma h orda d e t1ssass;nos, se ,,redpitava J'Óbre o quar1cl para acabar sua obra infame pelo massacre tios solda(ios que haviam escapado ao d esastre. Com gro,u/e esptmto seu. foram recebido.r a 1iros ,le fuzil, e, tiio co"ardes quanlo celerados, f ugiram às primeiras tiescllrgas" (Cerbelaud-Salagnac, p. 142).
Ao mcs,no 1cnipo correm pela cidade ru• mores de que vários ou1ros quartéis e edifícios públicos estão minados, mas a polícia consegue descobrir o..~ rçsponsáveis antes que tenham tempo de atear fogo à mecha assassina. O resto da noite transcorre .em meio a patrulhas e ba• tidas policiais. "Um combate em pleno dia se.ri<I uma fe,\·/a, escreve à família o jovem zuavo Théodore Wibaux: tli11dt1 que fô:.scm dez comra um, n6s iríamos cauumdo ao seu enconiro. Mas d e,uro tle uma gr<mde citltule. no meio tios trevas e tlll trllição, sente•se um apêrto no col'f1çiio, apesar d e todo o devou,mento" (Coctlosquct. p. 131 ) . Os dias seguintes foram de expectativa. pois circul:wam boatos de que Garibaldi havia bur• lado a vigilância dos picmonteses, que o mantinham confinado - já sabemos com que zçlo - e 1narchava sôbre Roma à testa de grossa coluna. Falava-se1 ao mesmo tempo, na chegada de um nôvo corpo expedicionário francês_. há muito solicitado pela Santa Sé, mas cujo em• barquc o Gabinete das Tulherias vinha rclar• dando. Ante a iminência do ataque, e a incer• 1eza do socorro da França, o General Kanzlcr ordenou que suas tropas se concentrassem cm Roma. A noite d e 27 para 28 de o utubro foi de grande tensão. e aguardava-se o ataque geral de um momento para o o utro. As tropas d o Papa permaneciam alerta. Os zuavo., acha• vam-se formados na Praça de São· Pcdro. "Reconheci ,w Pn,ça o Re; de Ná1>oleJ·, escreve o Ci,pelão dêles, Cônego Daniel; êle teve a bo11• e/ade d e se tlirigir a mim . Seu irmiio está com o Genertil, ,w Ponte Snlllrio. e as Pt'ince:ws n o Vatic,mo. O Rei est,í cono:u:o . à espera . .. Que espetáculo era ver ul1./,1s es.ws n obre.f tlt•s• venturas reunitlt1s. aguartlmulo jmllas ,, .W>rte ,laqueia 11oite . .. " (Ccrbclaud-Salagnac, p. 149). "Enquanto vos escrevo, lê-se cm o utra carta de Théodore Wibaux à fa mília, posso ser interrompido pelo brado ,le alerta e largar mi• nha pena para rOmar a c,u-abina. Demro de uma hora, ou· m en os que is~·o, po de..:;e travar o combate da verdade contra a mentlra. do mais J'nntn dos direitos c<>ulr<l ,, injustiç,,. Meu cortlçiio está calmo e cheio tlc imenst1 confim,. ça tuJ m,.seric6rdia tlivii'ra. Sinto que m eu braç<> é demasitzdo fraco, qr>e delxo atrás tle mim tn111t1s llfeições, tJttt! sou jovem para morrer. Experimento tudo isso, simo minlw indigni<lade para comparecer ,/ia11tc de Deus. mas es• pero cegam ente. Meu bom Anjo dirigir,1 e for ... uzlecerâ m eus golpes; meu uniforme. m eus sO· f rlmentos, m eu :rang,u, livrem ente derremwdo. pul'ijict1rão minha alma d e suas mancha~r. Sim, meu Deus, Vós pr<>hu:tesi es o Céu àqueles que sofrem por t1mor ,I ju:,tiço. Eis-me aqui, pobre /Uho v<>sso.' Eu uno, umto quanto posso, m eu sangue ao vosso. minlw cruz à vo.~sa: e,ceitaim c'' (Coe1losquc1, p. 134). O ataque não se 1>roduziu. No dia 28, às cinco horas da tarde, uma esquadra francesa ancorava cm Civitavccchia ~ na manhã seguinte o corpo expedicionário do General Failly começava a desembarcar.
"En ovant! marchons! Zouoves du Pape., à l'avant-gorde" Garibaldi. cntrcrnnto. não havia renunciado à luta. E:lc cone.entrava seus homens não longe de Roma, na esperança d e poder investir sôbrc a U rbc antes que os soldados franceses chegassem de Civitavccchia. Ao mc.smo tempo. tropas do Piemonte atravessavam a fronteira do lado de Viterbo e confraternizavam com os revolucio nários. Vi16rio Emanuel explicou à França e ii Europa q ue seus soldados haviam entrado nos Estados Pomifícios para manter a ordcrn . , . O que não convenceu a ninguém. Aliás era sabido que nas próprias hostes garibaldinas havia numerosos oficiais e soldados do Piemonte, travestidos de "camicie rosse". Tecnicamente eram considerados desertores; no cnianto continuavam a ser promovidos nos quadros do Exército regular. A ocasião parecia muito oportuna para um contra-ataque dos pontifícios e o General Kanzler procurou o bter o apoio francês, indispensável para a emprêsa. O G eneral Failly objetou que tinha ordem de não entrar cm choque com os soldados do Piemonte, os quais sabia estarem a9 lado dos garibaldinos; acres• ccnlou que apenas uma de suas brigadas esta-
va apta para o combate. e êle não queria meter-se em uma aventura, já que Garibaldi ti• nha mais de dez mil homens. Por fim. após longa d iscussão, acabo u cedendo. No dia 3 de novembro as tropas de Pio IX punham•sc cm movimento sob uma chuva torrencial, scguidi,s pela Brigada íranccsa do General Polhcs. Os zuavos po ntifícios marchavam cantando o seu refrão: "E11 ava111! nwl'chons! / Zouaves du Pape, à l't1V1.wt•gardc! / le monde 11011.t regllrde. / E,, ,iwwt, Bat,ii/1011."' Ao mcio•dia dava-se o primeiro encontro com o inimigo, forte mente entrincheirado nas colinas próximas a Mcntana. Tinha início un,~, d as mais g lo riosas batalhas travadas pelas trO· pas pontifícias, que constituiu uma verdadeira reva,,d,e à derrota de Ca~telfidardo. Foram muitos os lances heróicos. Impossível ludo contar. Impossível ludo calar. Vejamos apenas ·alguns episódios dessa lula que fêz de cada soldado do Papa um herói de canção de gc.s ta, e de muitos, mártires. EnCrgieamentc carregados à baioneta, os garibaldinos recuaram perseguidos pelos zua• vos, que formavam a vanguarda pontifícia. Menoni Garibaldi, filho do c01ulo11iere. veio cm socorro dêste com doit> nutridos batalhões, que cncontrnram pchl frente apenas a companhia do Capitão Barão de fhomalé. Entrincheirados no alto de uma colina, os garibaldinos fizeram fogo cerrado. Advertido, Charene enviou duas companhias de zuavos em auxílio d e Thomalé. Estas hesitaram em atacar corpo a corpo o inimigo, que estava bem abrigado, e se puseram a atirar à distância. "A 1roca de hlllu.s dt1n1v,1 ;á tzlgum tempo. ma.r o exercício de tiro•ao-,,lvo ogrtul,,va pouco ao lemperamcmo bor• bu/lumte do T(,11e11te-Coronel tle Clwrclle. Po u• do-se no meio dtls bai<,s: "M eus tmtigos, <lissc êle. (/c.w ,/Qjai-os ,i baione1a". E impelintlo seu cllvalo direção aos goribaltlinos brado u: •·Vamos. sen<io irei s6/" Ele bem sabia que ocorrcrria o contrário. Cad,, um se desembaraçou ela mochila para correr segundo a inspira• <;ão ti<• srtll pró,,ria coragem; as c<>mpanhia.t .te mislllraram mm1s às ow,·oJ· e se tlispensaram em tô,las ,,s direções. Por um instante o ardol' dos zuavos foi comitlo ,liame da Vinha Sanru,·ci, um pllrreiral 1>ro tegido por muro baixo, onde ,t i! euco111rava a granja que servia tle trin• cheira aos garibaltlinos. A casa foi Jogo tomada de assalto; evacmula a elevação, a Jropa- po11t;fícia. instalou algumlls peças de artilharia. Rc.tommnos nossa corridll desordenada atrás ,los gtirlbaltlino.r; coe/a vinha. cadt, casa ert1 tonwda peça por peça", conta com entusiasmo juven il o zuavo T héodore Wibaox, que vimos citando a cada passo. e cujas cartas d iárias à família publicou o Pe. Coellosquct ( ob. cil,. p. 141). "A alguns passos dali, o Co,.onel ele C ha• rcue. caíu com seu cavalo atravessado por três balc,s, acrescenta o Barão de Mévius. S eus .rol• dados julgt,ram-110 alingido e corrcrmn parll o }el'cwtar. q utmdo, para grande alegria d e rodos. ê/e se ergueu 1rn11qiiilamente e co,ili,wou a dar as ortlens com inalterável sangue-frio" ( Ccrbelaud-Salagnac, p. 163). O valoroso Capelão, Cônego Daniel, acompanhava os soldados no mais aceso da refrega. Lê-se cm seu diário: ·'Um forte tiroteio se trava; eu avanço~ pois há feridos: o T cnenlc Jac• quemmu, Y\les de Quatre•Barbes, Pierre A ,ulouin, l eton. um holandês que grita ''Viv,, Pio IX!'', um outro que não conheço e que e.rtá bem mal. e ll quem dou ,nmbém a EA'lrema-Unçiio [ ... J. A co111i11uoçiio d êsse caminho cstlÍ a d<•seober10. é bem perigosa. A gacho-me um i11slll11te, depois .rubo o borr<mco,· aqui mio é melhor que lá. O Capitão d e Fume/ m e diz: •·sr. Capelão, o senhor está muito mal aí!" (Ccrbelaud-Salagn~c. pp. 164-165). E o Cônego, atordoado pelas balas. continua a correr de um lado para outro à procura dos feridos, e os confessa, absolve, dá-lhes a Extrema-Unção. Alguns "camistzs•vermelhas'' aceitam o socorro espiritual na hora suprema. Outros não: "1m>r• riam como ceies, recusando qualquer auxílio. exclamando em llltas vozes que querlam ir pa• ra o i11/er110", conta Wibaux (Coc1losque1 , p. 145). Por volta das três e meia da tarde. Menolli Garibaldi, que linha ainda numerosa tropa des· cansada, lança contra os pontifícios duas colunas de três mil homens cada uma. Não dispondo mais de reservas, Kanzler apela para os franceses. O General Polhcs, que já estava im• paciente por entrar no combate, movi1nenta sua tropa, a qual se atira sôbrc o inimi.g o com grande é/a11, contagiada pelo entusiasmo dos
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soldados do Papa. Juntos, franceses e pontifícios contra-a1acam e põem os revolucionários cm fuga: perseguem-nos até Mcntana, onde os "camicie rosse" tinham..sc fortemente cntrin .. cheirado, e tomam a cidadela. Giuseppe Ga• ribaldi, que havia jurado "Roma ou t1 morte!", vendo perdida a primeira. tratou prudentemente de evitar a segunda. Desanimados pela deserção do chefe, seus homens acabam por debandar e ganham a fronteira; os menos fe.. lizes foram mortos ou feitos prisioneiros. O General Kànzler foi recebido cm Roma com tôdas as honras. e Pio lX o acolheu declamando os primeiros versos da "Jerusalém liberwda" de Torquato Tasso: "Canto /'armi glorio.te ,. '/ Capita110 I Che 'I gra11 sepolcro liber6 tli Cristo" (Gian Ludovico Masetti Zannini. "li bichicrc di Papa Mastai"'. Editricc "Queriniana". Brescia, 1957. p. 63) . A batalha de Mcntana não só constituíu uma importante vitória mili1nr, mas representou acima de tudo um triunfo moral par:, a causa do Papa. como o exprime a carta q ue o Conde de Chambord - o Pretendente legitimista ao 1rono da França - escreveu a seu sobrinho. o Barão Athanase ele Charette: "No momento, meu caro Clwrl!tte, em que ,,ós. vOS$OS irmãos e um tão grande nâmero de nossos amigos lwveis cornbt11itlo e vencido pela mais nobre tias causas, sit110 a necessidade de cliter-vos que eu estava junto de vós pelo ,.-oração e pelo pensame1110, já <JtU!, ,·om grand<' pesar m,•u, 1uio podia aí cstat pessoalmente. Graças a t'sse ad· mirável devotamento e a esst1 brilhante coragem. a Revoluçtio. pela vrinwira vez depois de. tantos anos. foi obrigatla " re,·t1ar. ,,, por ora, a sobera11it1 tio Pap,1 esuí salva. Glória ,, vós e a vossos comptmlu•iros de arnws.' OJ· q,,e J"U• cumbiram nessa luttt heróica mio dcv<.•m .,·er lamentados: êles recebem agora no Céu ,, ,.,,... compensa de seu generoso .r acri/kio: ma.\' n6s os choramos. admir'amlo-os'' ( Ccrbclautl~Sa• lagnac. p. 177). Sim, a vitória de Mentana foi, antes de tudo. uma vitória sôbre a Revolução. e trouxe para a Santa Sé u m período de relativa calma. que permitiu a preparação e a realização do 1 Concílio do Vaticano. A Augusta Assembléia iria infligir uma nova e gravíssima derrota à Revolução ao definir o dogma da iníalibilida• de pessoal do Papa.
Consuma-se o grande sacrilégio A 18 de julho de 1870 o dogma d;i infalibilidade pontifícia ;::ra so1c1lcmcntc proclama• do cm Roma. No mesmo dia. e talvez à mcs• ma hora, a França declarava guerra à Prússia. Alguns dias depois, cm Viena. estava prestes a celebrar-se uma :.tliança mililar franco-austro• italiana, quando a J1ália exigiu como condição sine qua 11011 a ;::vacuação de Civitavcc-c hia pela guarnição francesa: cm outras palavras. o di• rcito de anexar Roma. Napoleão 111 não podia aceder a isso sem se tornar réu de traição ao Papa. O seu Ministro. Duque de Gramont. declarou: "A França mio pode defender sut1 honra sôbre o Re110 e sacrificá-la 110 '/'ibl'e". Belas palavras. que o govêrno francês desmentiria dois dias depois, alegando necessitar de tôdas as suas tropas e ordenando a retirada do9 dois mil soldados que tinha conservado cm Civita .. vecchia aJ)ós a batalha de Mcntana. Era o sinal esperado por Vitório Emanuel: imediata,mcntc as tropas italianas corncçaram a transpor tôdas as fronteiras do 'Lácio. O General Kanzlcr ordenou aos Comandantes das guarnições espalhadas pelas diversas províncias latinas que ol'crccessem ao inimigo uma rcsis• tência apenas simbólica e refluíssem para Roma. Quanto a Napoleão Ili, a Providência cn• carregava-Se de punir-lhe a tràição: após três fulgurantes vitórias cm Wissembourg. Frocsch• vi Iler e Forbach, os prussianos invadiam a A J. sácia e parte da Lorena. punham sítio a Strns• burgo e bloqueavam um exército francês in• teiro em Metz. O Imperador era feito prisioneiro e a república proclamada na França. ''Muito.,· zuavos, ventlo n França engajada 1m· ma guerrti terrível. queriam voltar ao seu país para combater; procurou•se n.'té•los. O Curn tl'A,.s dizia que entre todos <>s soldados ria França, os que melhor a serviam eram os J'OI· dados de Roma que velt,vmn pelt, tlefesa t/'1 Igreja", escreve o Capelão dos zuavos (Cerbclaud-Salagnac, p. 190) . Não só a maior parle dêstes permaneceu a serviço do Vigário de Cristo. como também outros, que se encontra• vam de licença. voltaram à Cidade Eterna. Procurando ainda salvar a face. o Rei da Itália enviou ao Papa um emissário pessoal. o Conde Gustavo Ponza di s~,n Martino, com uma carta. Nela, Vitório Emanuel. declarando• se, ..·p or disposição da Divina Providência e vomade da Nação, defc11sor e guardião de 10dos os italianos" afirmava "achar-se no dever de llSsumir a responsabilida,le pela manutençiio da ordem cm t6da ,, Penínsufo e de velt,r pelil segurança da Santa Sé". E pedia a Pio IX que permitisse a entrada pacífica de suas tropas cm Roma. Em outras palavras, que se deixasse despojar sem resistência, do que lhe restava de soberania! Um contemporâneo - Monsenhor di Oisogoo - assim se refere à rápida entrevista do fidalgo subalpino com Pio IX, no dia 1O de
setembro: "Recordo que cu mesmo introduzi junto ao Papa o Conde di San Martino, o qual entrou com tôda a desenvoltura, mas saiu de tal modo confundido, que ao invés de dirigir-se à poria de saída, caminhou cm direção à janela ..... (Masclli Zannini, p. 89). No dia 14 o General Cadorna, Comandante supremo das tropas piemontesas, enviava a Kanzler uma nota na qual o intimava. a per• mitir a ocupação "pacífica" de Roma. O Pró• Ministro pontifício da Guerra respondeu ao emissário: ''Diga a seu General que nós não os fomos procurar, e que não temos necessidade dos senhores. Se nos atacarem. nós nos defenderemos com todos os meios de que dispomos. como nos ordenam o dever e a honra. Nii.o tenho mais nada a acresce11tt1r'' ( Cerbclaud~Salagnae. p. 199) . Era necessária não pequena coragem. para falar nesse tom dispondo de apenas o nze mil homens contra setenta mil! P io IX conservava sua habitual - e sobrenatural - tranqüilidade de alma, continuando a tratar dos assuntos eclesiásticos como se ao seu redor não se estivesse preparando a mais encarniçada das lutas. A 19 de setembro, vi• gésimo quarto aniversário dos fatos de La Salcnc, êlc assina o decreto reconhecendo as aparições da Virgem das Lágrimas. As cinco ho• ras da tarde dirige-se à Scala Santa e sobe-a de joelhos, suplicando a Deus Padre que. pelos méritos infinitos do Preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo, derramado sôbre aquilles degraus, tivesse piedade de sua Igreja. As cinco horas da manhã seguinte um ru• mor surdo como o de um terremoto abalou a Cidade Eterna . Começara o bombardeio. Ao mesmo tempo, as tropas da infantaria inimiga preparavam-se para o assalto. Tentaram-no várias vê-tes, em diversos pontos. mas (oram repelidas com energia. A Divisão do General Cosenz atacava pelo nordeste, a do General Mazé de La Roche pelo leste, enquanto a do General Fcrrero lançava-se sôbre os Três Arcos. Às nove horas e meia as baterias italianas estavam a apenas trezentos metros dos muros de Roma. Sôbrc o Trastcvcre os canhões do terrível Nino Bixio que pron1etcra lançar todos os Cardeais no Tibre - despejaram mais de quatro mil obuses. atingindo dezenas de casas e dois hospitais: os projéteis chegaram até junto do Vaticano. onde se encontrava o Papa. O ataque principal era desfechado ao norte e a leste. onde Cadorna diri&ia pessoalmenlc trê..~ divisões. Suas bate rias. instaladas na Villa Borghese. asscsrnvam rudes golpes às muralhas. que às nove e um q uarto desmoronaram numa extcnsíio de trinta rnctros, entre a Po rta Pia e a Poria Salariana. lmedia1amcnte. cm duas co lunas. a 12a. Divisão picrnonlesa marchou contra a Porta Pia. e a 1 la .. protegida pela art ilharia. contra a Salariana. aos gritos de "Roma, Cll/Jiltllet· Os zuavos responderam com o brado de " Viva Pio IX!". e detiveram o avanço inimigo com o fogo mortífero de seus fuzis. Durante uma hora os zuavos mantiveram o fogo, cantando o Hino a Pio IX. A bre• cha media agora quarenta metros. O Gener~I M azé de La Roch e, desejando transpô -la a to• do o c usto. lançou sôbre ela a tropa de rescr• va. O Major de Troussures deu ordem aos seus zuavos de receber o adversário à baioneta. Nesse mome nto chega um dragão romano a cavalo e grita ao Major: ··Levt111tar a bandeira brancll, pm· ortlem <lo General Zappi!" Troussures respondeu: " Diga ao General que não te,:ebo 111m1 ordem dessa~· scm,io por escrito ou trazida por um oficial!". e lançouwSC também êlc no fu rioso corpo-a-corpo que se travava na brecha. Dez minutos depois chegava ao local o Tenente De Kerckove com a ordem de cessar o combate. Enquanto os zuavos recuavam e agitavam um pano branco, duas companhias de ber.raglieri marchavam sôbre éles a passo de carga, vociferando injúrias e atirando. A resposta que tiveram foi p~onta. Quinze zuavos caíram mortos ou feridos, mas o número de inimigos que ali tombou foi três vêz;::s maior. Surgiu então o Capitão de Francc, do Estado-Maior pontifício. com uma bandeira branca, e dirigiu-se a Troussures: "Meu Comandante. vor favor. mande tocar o cessar•Jogó''. As no~ tas breves e estridentes dêsse toque fizeram-se logo ouvir. Em tôdas as frentes, mais ou menos ao mesmo tempo. chegava aos soldados do Papa a ordem de suspender o combate, que já durav~ cinco horas e meia. Vendo que não tinha cond ições de enfrentar o assédio, Pio IX havia determinado que a resistência se prolongasse apenas o suficiente para deixar patente aos o lhos do mundo que o Vigário de Cristo não cedia senão à violência.
Capitulação honroso; insolência do soldadesco vitorioso Enquanto os parlamencares italianos dis.. cutiam com o General Kanzler as condições da capitulação. os soldados de ambos os lados deviam manter-se nas respectivas posições, mas a soldadesca italiana, aproveitando-se da superioridade numérica e da condição de vencedores - ··vae victi.t!" - passou a agredir e injuriar os pontifícios, arrancando-lhes do peito com fúria as medalhas gloriosas de Castel fidardo e Mentana.
A capitulação previa que Roma inceira, à
exceção da cidade leonina. onde se encontra o Vaticano, seria entregue às lropas de Vitório Emanuel. A guarnição deveria sair com suas armas e bagagens e receberia as honras de guerra; cm seguida, os soldados seriam desarmados, mas os oficiais conservariam suas cs• padas ~ se,!s cavalos . . As tropas estrangeiras serrnm 1med1atamcnte licenciadas e conduzidas até as fronteiras de seus países, sob custódia do govêrno italiano: os soldados naturais dos Estados Pontifícios o u de outras regiões da Itália seriam considerados prisioneiros de guerra. Haviam perecido cm combate naquela jornada dezesseis soldados do Papa, dos quais dez zuavos, e ficaram feridos cinqüenta e oito. dos quais vinte e sete zuavos. As perdas do invasor subiram a mil e o itocentos homens. entre mortos e feridos.
A noite foi terríveJ poro o Cidade ocupado A noite de 20 de setembro foi terrível para a Cidade pontifícia, entregue a todos os des• mandos dos revolucionários. "Cen,is horríveis passmn•se por 1ôtlt1 p,,rte; verdatleirt1s óaco• 11ais, cenas hediondas: as mulhere.r dan.ram com os bersaglieri, tJue dão },urros de Jaz.er tremer", escreve Monsenhor Daniel. Capelão-Chefe do Regimento dos Zuavos (CerbclaudSalagnac, p. 219) . O verdadeiro povo romano, porém, não manrfcstava senão tristeza pela ocupação. Re· fere-nos o Conde Masctti Zannini as recorda• ções de um velho amigo de sua família o Conde Antonio Conestabile della Staff~. l,ste criança ainda, sem avaliar a importância d~ que se passava cm seu redor, saíra com a governanta a passear pelas imediações da Porta Pia e. caminhando pelo acampamento das trO• pas ponliíícias, vira pela primeira vez. os bersaglieri que, do outro lado, preparavam-se para derrubar a Porta ou nela abrir uma brecha. No dia seguinte, da janela de seu palácio no <:0:50. vendo.. os correr no seu passo caractcri_st1co. ao som das fanfarras, pÔS•sc a aplau• d1r com entusiasmo infantil. Voltando-se para Irás, viu que seus pais, a um can10, choravam. Tal era o sentimento de "fidelidade, de afeto, que ligava a ari.rtocrac:ia dd <:idade e o povo do cam,,:o a Pio 1x•:. comenta o Autor (p. 11 ). .M"-! o go~"'!º de Florença [a capital prov1s6na de Vrtório Emanuel! que sabia q11e
O zuavo brnsifeiro João An1onio Oant:\s da Gam:,
!loma pl!TJ>uweccria fria, e que .renth1 t1 11,·ces.ridade de Jazer barulho. tinha pronto jâ o remédio para o nwl. Na noite tle 20 dl! .'iC• lembro os trens trouxeram para Roma uma tal masnada di canagliumc. tJut a cidade ,w quarta-feira já não era a mesma". escrevia à família naqueles dias o futuro polemista G iuseppe Sacchelli, então jovem voluntário pon• t•fício (Gabriele De Rosa, "Giuseppe Sacchetti e !'opera dei Congrcssi", Editrice Studium, Roma, 1957. p. 45). Aos m.ilharcs de "dimos1ra111i" trazidos de fora pelo govêrno piemontês para representarem o entusiasmo popular, uniram-se crimi .. nosos de tôda espécie. libertados das prisões. 1,sses band'dos de vulto sinistro, embriagados. armaram-se de fuzis tomados aos pontifícios. de chuços, punhais. paus e pedras. e começa ram a percorrer as ruas da Cidade Eterna , se• meando o terror à sua passagem, com imprecações, blasfêmias, assassinatos, assaltos a rc.. sidências, especialmente àquelas em que viviam as famílias dos zuavos. Os pie.monteses. longe de rcpnm1r 1ais excessos, antes parecia que os estimulavam. Quando algumas pessoas foram pedir a Cadorna que pusesse um paradeiro àquilo, o General respondeu: .. l asciate il popolo sfogarsi!'' deixai o povo desabafar (A. Pougeois. "Histoirc de Pie IX, son Pontifical el soo sieclc''. J. Pougeois-Libraire-Editeur. Paris. 1884. vol. 5. p. 535).
"Vivo Pio IX, nosso Rei! Vivo Pio IX, Pontífice e Rei!" As dez horas da manhã seguinte as fanfarras davam o toque de reunir na Praça de São Pedro, para a derradeira parada dos Exércitos pontifícios. Ao passarem as diversas unidades sob a janela do Papa para receber sua última bênção. o Comandante de cada uma delas erguia a espada e bradava: "Viva Pio IX! Viva o nosso Rei."' - "Viva Pio IX, Pontífice e Rei!". respondiam os soldados. , Dando a volta à Praça, as tropas pontifícias sarram pelo Borgho Santo Spirito e se dirigiram ao Trasteverc, onde receberam as honras mili• t~res por parte dos picmontescs; findo o desfile. depuseram as armas. A partir daquele momento o Papa encerrou-se no Vaticano con .. siderando-se prisioneiro. ' No dia 22, os soldados estrangeiros foram levados para Civitavecchia e submetidos a tria~e~ por n_:1cionalidades. Os franceses, graças a mtcrvençao do Comandante da fragata "Orénoquc", ali fundeada. foram cond~zidos para bordo daquele vaso de guerra. Realizou-se no convés da "Orénoque" uma tocance cerimônia, assim descrita pelo Capitão zuavo Jacquemonl: "No dia 25 de setembro, q11e era domingo, após a Missa celebrada pelo Capelão na ponte da fragata, todo.r se reuniram em tôr110 de seu Coronel. O Capitão de Fu .. mel desdobrou a bandeira do Regimento, que havia conseguido tra<,er .fob a ttínica, enrola•
tlt1 à cintm·a. Depois de saudar pela tíltimn vez o glorioso pe11dão perf11rado pelas balas de McnttmCl, os zuavos o repartiram cmrrt :ri. da um queria ter um fragnwnto dê/e e guardar sôbrc o coração essa relíquia" (Ccrbclaud .. Salagnac. p. 223). Como a fragata estava sobrecarregada e sem condições de fazer-se ao mar, seu. Comandante mandou pedir auxílio a um navio das ''Mcssagerics Maritimes" que se encontrava P:óximo, ~ se dirigia para Marselha. Alguns d ias depois o "Ilissus'' aportava cm Civitavecthia, e os zuavos e os homens da Legião de An(rbes - . remanescentes do corpo cxpedicionáno enviado por Napoleão III - embarca• vam nêle. À noite. o navio francês 1cvantava âncora e se afast:lva Jentamente. Da ponte, reunidos em tôrno de Cbare1tc, os zuavos comtcmplavam pela última vez o litoral dos Estados Pontifícios, a cuja defesa h aviam consagrado os melhores anos de sua vida, e onde haviam tombado tantos de seus companheiros de armas. Os zuavos franceses, conduzidos pelo bravo e generoso Barão Athanase de Chareltc de La Contric, não mais podendo lutar pelo Papa, dcrram~r seu sangue pela Filha primo• genrta da lgreia. Em vinte combate.< da guerra franco-prussiana escreveram êles outras tantas páginas dessa gesta admirável, que como as Cruzadas mereceria o título de "Gesta Dei per francos'.
e,,.
":ª!"
Também o Brasil teve o gl6rio de dor um zuovo oo Popa Em dez anos de existência em Roma ( 18601870). passaram pelo Regimento dos Zuavos Pontifícios 3181 holandeses. 2964 franceses, 1634 belgas, 744 italianos, 498 canadenses 249 alemães, 184 irlandeses, 125 ingleses espanhóis, 45 suíços, 33 poloneses, 28 au;trohungaros, 25 escoceses, 20 luxemburgueses, 19 portugueses, 17 norte-americanos, 14 antilha• nos, 9 sul•amcricanos, 5 russos e I chinês. Não poderíamos encerrar estas notas sem uma referência ao único zuavo brasileiro de que temos notícia: JOÃO AN'l'ÔNIO DANTAS t)A Ú_AMA. ~se filho de ilustre família do Império nao hesitou um instante cm deixar a vida despreocupada de estudante cm Paris para alistarse como soldado do Papa. Infelizmenle, poucos são os dados sôbre sua vida militar. Uma velha fotografia nô-lo apresenta cm uniforme de oficial dos zuavos ponlifícios. Seus escritos, contudo, deixam entrever-lhe a alrna de cruzado: "Senhor, Deus meu, meu Criador e mtu Pai! escreveu êlc cm janeiro de 1869. Vós haveis-me pôsto 110 coração o dever de sofrer e de morrer em delesa da liberdade
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da Igreja. Slide mil vêzes glorificado!" (César Salgado, "Um brasileiro, zuavo de Pio IX e soldado de Santo Inácio", in "ASIA", junho de 1948, p. 32). Com a queda de Roma, João Antônio Dantas da Gama foi feito prisioneiro de guerra e esteve encarcerado em Spoleto e Livorno. Pôs· to cm liberdade, ingressou em oulra milícia da Igreja. a Companhia de Jesus, cujo hábito recebeu em 4 de novembro de 1870. cm Tronchicnnes. na Bélgica. Nessa mesma cidade fêz seus estudos de Filosofia e Teologia, que concluiu cm Louvain e Tournai. Foi ordenado Sacerdote cm 1880 e lecionou cm Antuérpia e Tronchiennes. Faleceu em 1883, aos 37 anos. Em recompensa por seus serviços e devo• tamcnto à Igreja e ao Pontífice Romano, recebeu de Pio IX um fragmento do Santo Lenho. Essa preciosa Relíquia passou depois a familiares seus, residentes cm Pindamonhangaba, e foi mais tarde doada à Matriz daquela cidade paulista. onde até hoje é venerada.
Gustavo Antonio Solimeo 3
CJIB'l'JI ABEB'l'II DA 'l'FP AO
' "CATOLICISMO" oferece hoje a seus leitores um docu,ne,uo de in1por-
''Fiéls 11 nossa missão de promover IJ comu• nltão. apeltunos para nossos irmãos leigos no semi<Jo ele [ . .• J /r(lns/orm"r em diálogo co11s1rrllivo os tllriros gerados pelo con/ron• 10 <le s11as opções, e inlegrar, na comunhão, o que podcri<t vir " ser seme1lle de disper• silo".
tância invulgar, tanto por seu conteúdo, como por sua repercussão na vida nacional. Trata-se da carta aberta dirigida ao
Tradição, Família e Propriedade, a propósito de uma alocução radiofônica de Sua E1ninência que a 1nuitos brasileiros encheu de perplexidade. Na referida 1ne11sage1n o Cardeal Primaz, que poucos dias depois faria ostensiva e caregórica declaração de solidariedade com D. Helder Camara, chan1a a si alertar os fiéis de sua Arquidiocese conrra <1 benemérira entidade, e toma posição peranre o problerna do co1nunis1110 e do antico111unisn10 nos rneios católicos. E,n seu pronunciamento, redigido com a costumeira elevação de linguage,n e precisão de conceiros, a TFP
e
OM AS PALAVRAS cm epígrafe, a XI Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil dirigiu ao povo brasileiro. em 27 de maio dêste ano, um convite à serenidade e concórdia. Osculando a Sagrada Purpura. os membros do Conselho Nacional da SOCIEOAOE BRASILEIRA DE DEFESA l)A TRAOIÇÃO, FAMÍLIA E PROfRIEOADE, animados por tal convite, pedem respeitosamente a Vossa Eminência um diálogo sôbrc a mensagem radiofônica proferida por Vossa Eminência em Salvador, pela Rádio Cultura, no dia 19 de setembro p.p. Pois. se entre fiéis é de se desejar a "buegra,·cio na comwtluio'', e é de se evitar q ualquer causa ou "semente de dispersão", a f<>r• tiori se deve procurar o entendimento e evitar a. desunião entre .Pastores e fiéis. E se o d iálogo é o instrumento idôneo para alcançar a concórdia entre irmãos, natural é que sirva êle também para unir os fil hos aos Pais. nessa imensa e SO· brenoturol família que é a Igreja Católica, Os temas tratudos na mensagem de Vossa Eminência nos dizem respeito muito de perto. Pois um dêles constitui c~plícita tomada de atitude de Vossa Eminência com relação à TFP, e o outro define a posição do Cardeal Primaz do Brasil cm face do comunismo e do anticomunisl'llO nas fileiras católicas.
1 -
Diálogo em legítima defesa
pecial, que "é fácil perceber rudo
Acresce que as palavras de Vossa Eminência relativamente à TFP tiveram o efeito - aliás esperável - de ensejar uma larga investida publicitária contra nossa organização ( ver: 1 'Diário de Notíciasº e "A Semana" de Salvador, •·Jornal do Commércio"' de Recife, Diário .. de Belo Horizonte, ''G :1zcta do Povo" de Curitiba. "Cor• reiro do Povo.. de Porto Alegre e Popular.. de Goiânia, todos de 20 de setembro; ··Jornal do Brasil'" cio Rio de Janeiro, 20 e 22 de setembro; --oiário Popular.. ele São Paulo, 20 e 2 t de setembro; ··Tribuna ela Bahia'' de Salvador. d e 2 1 de setembro; --Jornal da Bahia" de Salvador e
quanto une o Cardeal Primaz ao pen-
li -
sa111ento e à obra de D. Helder; e i111-
Antes ele tudo, Senhor Cardeal, sentimos a necessidade de d izer que as enérgicas referências de Vossa E minência ao comunismo não bastam para definir seu pensamento no toc:,nte ao dito esquerdismo católico.
faz u111a anâlise serena e objetiva das palavras do Sr. D. Eugenia Sales, defende-se do ataque infundado e público, e termina por um convite ao diálogo. A carta aberra ,nostra, de ,nodo es-
possível discernir o que real111e11te o separa dêste". Ao reproduzir êste docurnento, "Catolicis,no" julga prestar u,n valioso subsídio para o diálogo tão encarecido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (da qual o E1111no. Cardeal Sales é uma das figu ras ,nais salientes) com.o instrumento de concórdia entre innãos, e, da 111es111a for111a, entre fiéis e Pastôres, na Igreja de hoje. A carta aberra da TFP -
que é da
lavra do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira -
foi publicada na "Fôlha de São
Paulo_", da capital paulista, "O Globo" (edição nacional), do Rio, "A Tarde", de Salvador, "Jornal do Co,nercio", de Recife, e "Diário Catarinense", de Florianópolis. 4
bro; revista "Veja". de 30 de setembro; ·•o Estado de S. Paulo··, de 4 de outubro). De sorte que o presente pedido de diálogo é, de nossa parte, mais do que o exercício de um direito, o cumprimento de um grave dever. Pois ri nin • guém é lícito descuidar do conceito cm que é tido perante o público.
2 -
RESPEITOSO PEDIDO DE DI ÁLOGO
E1111no. Cardeal D. Eugenio Sales pela Sociedade Brasileira de Defesa da
··o Povo"' de Fortaleza, ambos de 24 de setem-
E minentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal Primaz
··o
··o
1 -
Diálogo para escla recer nossa perplexidade
Entretanto, Senhor Cardeal, ainda que não tivesse a TFP sido mencionada por Vossa Eminência, êsse diálogo nos pareceria indispensável. Pois o documento de Vossa Eminência versou matéria delicada e de palpitante atualidade, sôbre a qual largos setores da opinião pública se encontram cm deplorável estado de perplexidade e confusão, Neste assunto, mais ainda do que cm outros, as circunstâncias estão a clamar po r prin• cí pios definidos e atitudes claras. E - seja-nos dado dizê-lo com o devido acatamento - nem uma nem outra coisa encontramos · nas palavras de Vossa Eminência. Pelo contrário, analisando•as com a atenção que merecem~ nota-se que Vossa Eminência toma atitude definida contra esta Sociedade e cont ra o que se poderia chamar de ·•comunismo católico.., mas DEIXA NA PENUMBRA SUA POSIÇÃO EM PACB 00 GRANOe E V81U)A01!.IR0 FLA08l~ô
DA AMÉRlCA
Referimo•nos. a uma certa esquerda católico, à maneira do POC chileno, a qual protesta com tôdas as vera.s não ser comunista, porém por seu espírito socialista, por seu empenho cm impor reformas confiscatórias, por sua colaboração com o comunismo, de fato abre caminho para êstc. o rumo ses,uido por tantos pedecistas brasileiros. pelos padres de passeata e pela.s freiras de minisaia, por todos os que, cm suma, constituem a
Seja-nos lícito cn1rar no lerreno concreto dos fatos. Temos diante dos olhos a tragédia que se desenrola no país amigo, o Chile. Ali, os membros do Partido Democrata-Cristão que, segundo o rótulo, se prezam de haurir na doutrina da Igreja a inspiração de seu procedimento político - Favoreceram de todos os modos a vitória n1arxis1a. Uma ponderável racção dêles, com efeito, recusou seus votos ao candidato do próprio partido, para os dar ao candidato marxista. Da outra facção, isto é, da que ficou fiel ao candidato pedccista, se poderia esperar uma atitude menos csM candatosa. Na realidade, os seus líderes dentro e fora do Parlamento, postos agora na alternativa de OJ)tar entre o candidato marxista e o que não o é, já declararam que cm caso algum darão preferê ncia a êstc úllimo: modo mal velado de afir• mar que, seja como fôr, levarão à suprema ma• g istratura o marxista. e ies se colocaram assim. de antemão, cm uma posição cntrcguis:ta ante o marxismo vitorioso. E dessa maneira as negociações da DC com Allendc, sejam quais forem as peripécias pelas quais talvez. ainda passem, desfecha~ rão forçosamente, o u num <liktal a que a primei• ra terá de se sujeitar, ou cm alguma outra solução que deixe o campo livre aos marxistas. Dada a
2 -
Sem emba rgo, o DC chile11a se diz contrária ao comunismo
Ora, Senhor Cardeal - e aqui está o ponto álgido do problema - a DC chilena jamais se d isse nem hoje se d iz marxista. Ela nega pcremptõriamente. e como se fôsse uma injúria, tal filia• ção doutrinária, ·e não seria difícil constituir um florilégio de afirmações antimarxistas nascidas da pena de líderes democratas-cristãos chilenos, Como então a DC favorece o marxismo no país irmão? Como tende para ête? o que cm breve veremos. Baste-nos notar, ante o que foi dito, que AFIRMAÇÕES EN~RGICAMBNTE ANTICOMU•
e
NISTAS NÃO SERVEM, POR S I SÓS, COMO OEPINlÇÂO OE UMA LINHA DE PENSAMENTO E OE AÇÃO OIVER• SA DA QUE CARACTERIZA A DC.
E nem tampouco são suficientes para difc• renciar alguém do q ue se pode chamar a "linha O. Helder" - em têrmos brasileiros o equivalente do pedcdsmo chileno. Também O. Helder Câmara de quando em quando tem feito censuras ao comunismo. E nem cremo.~ q ue Vossa Eminência o tenha por comunista. Não basta, pois, que alguém ataque o comunismo, para que ipso facto se dissocie ideológica e pràticamente de O. Hclder.
LATINA.
e
1
'LINHA 0. HCLO(!.Rn.
Com efeito. permita-nos Vossa Eminência afir• mar que, lidas as suas palavras, nada encontra• mos que as d iferencie da ideologia e - por assim dizer - do dialeto democrata-cristão: o prisma é o mesmo, a linguagem a mesma , as mesmas também as soluções. Em suma, nada encontramos que dcíina uma diversidade substancial entre a linha de Vossa Eminência e a de O. Hclder Câ-
mara. É o que - não obstante algumas vigorosas críticas de Vossa Eminência ao comunis1no uma análise cuidadosa do texto de sua mcnsa• gcm permite afirmar. E nos parece normal que, tendo Vossa Eminência desejado orientar o pú .. blico nesta matéria, n6s, que constituímos uma parcela do público, lhe peçamos um diálogo cm que lhe exponhamos nossa perplexidade.
RESPEITOSO PEDIDO DE ESCLARECIMENTO
A Democracia-Cristã no Chile favorece o comunismo e com êle colabora
dcmocrara~cristão. E a previsão, feita em 1967. se confirmou agora tràgicamcntc, aos olhos da América e do mundo.
capitulação inicial, a direção suprema do POC nada poderá fazer de pdtico e de útil, caso A tlcndc delibere aplicar desde já e à viva fôrça todo o programa marxista. E, na hipótese. muito mais provável de que Allende - à maneira de Hitler com os católicos alemães cm t 933, e do comunismo com os dcrnocratas checos em 1945 opte p-0r preparar o país para uma ditadura to-, talit:íria por meio de um período de transição, a Democracia•Cristã já se apresenta sôfrega para o papel inglório do aliado-cúmplice, pronto a tôdas 2s imprevidências. tôdas as conccssócs e.. tõdas as humilhações. Assim, por obra da DC, o Chile parece irreversivelmente posto a caminho da maior catástro• fc que a uma nação possa acontecer. CatástrofcJ sim, maior do q ue o insucesso do surto dcscn• volvimcntista ou a própria perda da independência nacional. Catástrofe que implica não só cm trocar o desenvolvimento pela involução, e a independência pela servidão a Moscou, como ainda cm perder os tesouros espiri tuais da Fé, da cul• tora e da civilização cristãs, e aceitar os erros de Marx. E não se diga que essa atitude da Democracia-Cristã andina é de hoje, que ela resulta do desvario de paixões políticas desencadeadas no momeoto. Não. Ela tem suas raízes nos primór• dios do demo-cristianismo chileno. Ela se afirmou até mesmo quando, no ano de t 964, o Sr. Eduardo Frei aJcançou a suprema magistratura à testa de uma coligação formada para. . . salvar o Chile do comunismo! Pois desde os primeiros dias de sua gestão, e ao longo de todo o seu período presidencial. o Sr. Eduardo Frei Montalva preparou a recente vitória do marxismo. Predis• se•o um dos signatários desta carta, em livro cujo título - ··Frei, o Kcrcnsky chileno" - marcou na fronte, com palavras indeléveis, o Presidente
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As cinco tomados de posição pró-comunistas da DC chilena
A Democracia-Cristã chilena desempenha o papel de inoccntc•lllil cm face do marxismo. não porque se afirme favoràvelmcnte a êstc, mas por• que presume combatê-lo a partir de po~ições que redundam cm fazer o jôgo dêle. Assim, ela: • 1•0 deposita tôda a stia esperança de solução da questão social cm um descnvolvimcntisrno igualit6rio. Ou seja, basta, segundo ela. que o país produza intensamente, e que as riquezas daí resultantes sejam igualmente distribuídas en~ trc todos, para que a q uestão social esteja resolvida; • 2. 0 - visa a realização dessa meta por meio de reformas de base nebulosamente enunciadas, n-ias cuja tendência contínua é abolir a hereditariedade dos bens, igualar ao máximo os patrimônios e as classes, cercear. perseguir e d ifamar sis1ciniHicamcnte a iniciativa privada. e trans• ferir quando possível a direção da economia e dr, sociedade para o Estado; • 3.0 - afirma, como corolário, que nas SO· ciedadcs humanas tudo é móvel. instável e variá· vcl, deixando entender implicitamente que nada do que existe na atual estrutura social e econô• mica deve sobreviver no futuro~ • 4 .º preconiza, como única forma de contcnç.ã o do comunismo, o sistema .de cetler paru não per<ler. pelo qual , de concessão em concessão, os antico munistas são levados t, capitulação total; • s.0 - põe-se cm atitude agressiva contra tôda corrente, grupo ou organização que se dedique ex professo à luta contra o comunismo. E isto ainda quando os métodos dessa luta sejam exclusivamente de caráter ideológico, pacífico e legal. como é o caso da TFP. O resultado prático desta ··•pentalogia'' é claro. Uma vez que ela seja aceita por um setor da opinião, leva-o forçosê,mentc a resignar-se com a vitória do comunismo, quando não a desejá-la. E isto ainda mesmo se os mestres do pedccismo lançam, de quando cm quando, morras ao comunismo. 4 -
A "l inha D. Helder" e o reformismo pedecisto chileno
Falamos da '"linha O. Hclder"'. A razão por que ela põe de sobressalto a imensa maioria dos brasileiros é precisamente esta. Ela restringe a uma distribuição de bens quanto possível igualitária, seus meios para resolver a questão social, pleiteia reformas a urn tempo radicais e va,gas, alimenta anseios indefinidos e insaciáveis de igualdade, ateia por tôda parte uma verdadeira campanha de desconfiança entre as clas,;es, bem como de malquerença contra a iniciativa privada e a propriedade individual. E - indispensável é acentuar - não poucos dentre seus componentes vilipendiam a luta anticomunista da TFP. Em suma, t.0 ) A "'1.tNHA O. H ELOER"' NÃO É O COMUNISMO, MAS NÃO 't.EM fRONT'l!JRAS C LA~
CABDEAI. D. EVGENIO S/1:t.ES
RAS Que A SEPAREM DÍlLE; 2.º) os VENTOS QUE NO RUMO DELA SOPRAM, CONDUZEM 1'000$ AO COMUNISMO; 3.0) E O Ú'NtCO SETOR DE QUE BLA SE SllNTE INIMIOA É O llOS INIMIOOS DÊLE.
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Afinidades da mensagem do. Sr. Cardeal Sales com o. esquerdismo cot61ico
Isto posto, Senhor Cardeal, as afirmações ca• tegóricas contra o comunismo contidas na mensagem de Vossa Emi.nência não bastam para formar o traço demarcatório que esperávamos. E, enquanto êsse traço falta, a afinidade com que a "linha D. Helder" ou a DC chilena têm de es• senciaJ não falta. a -
Quanto às reformas de base
Na mensagem de Vossa Eminência o assunto de fundo é a posição dos católicos em face do comunismo.
Pedimos vênia para lembrar que o comunis• mo é uma doutrina repetidas vêzes condenada pelos Papas como intrinsecamente má e incom• patível de todo em todo com a doutrina da Igreja. Aos corifeus dessa doutrina, está sujeito um dos maiores impérios da História, isto é, o conjunto de nações chamado habitualmente de "mundo comunista". tsse conjunto cobre 35,2 milhões de quilômetros quadrados, nos quais habitam, escravizadas, 1,2 bilhões de almas. tsse império tem a seu serviço, ademais, uma vasta zona de influ. ência formada pelo Egito, Líbia, Argélia, Sudão, etc. Também a seu serviço estão os partidos comunistas ativos, organizados e aguerridos. exis~ tentes por tôda parte no mundo livre. Por fim, e como se não bastasse, o comunismo interna .. cional conta com o apoio dessa imensa urdidura de inocentes-úteis, de simpatizantes, de oportu• nistas, de traidores e de fanáticos embuçados. que se coligam e se mesclam nas organizações intitulada.s socialistas, progressistas, demo-cristãs, adeptas do Terceiro-Mundo, etc. Encontramos na mensagenl de Vossa Eminência a afirmação de que na "atual transformação da América Latina", própria a um .. periodo de de transição", cumpre apelar para as "legítimas e necessárias transformações sociais". Sustenta Vossa Eminência que o Documento de Medellin, a ..teologia da libertação", e o "esfôrço de conscientiz.ação'' podem, por si sós, C•onjurar o peri,go comunista, desde que evitada nestas matérias qualquer interpretação eivada de comunismo. Assim diz expressamente Vossa Eminência: "Não de-
vemos ter mêdo do comunismo, se não forrnos ingênuos na aceitação de princípios ou métodos (Jue ;amais poderão denomina,..se de evangélicos''. Isto leva a pensar que, segundo Vossa Emi• nência, nenhum combate claro e sistemático aos erros e às tramas do comunismo, em outros têr.. mos nenhuma ação específica e declaradamente anticomunista é necessária para abater o imenso poderio vermelho. Bastaria, segundo Vossa Emi•
nência, que se enunciassem na sua autenticidade os princípios "positivos•• da doutrina social católica. Assim, Eminentíssimo Senhor Cardeal, essas asserções não são de molde a nos esclarecer SÔ• bre o fundo do pensamento de Vossa Eminência, nem sôbre a linha demarcatória entre sua posição e a de D. Helder. Com efeito, se a êste último perguntarmos o que pensa das reformas que pleiteia, responderá que são "legítimas e necessárias". Se lhe pergun• tarmos o que pensa a respeito do Documento de Medellin, da "teologia da libertação" ou da "conscientii:ação", dirá que podem conduzir à solução de nossos problemas. E se lhe inquirirmos se interpreta êsses conceitos em sentido marxista, dirá calorosamente que não. De outro lado, procure Vossa Eminência qualquer manifestação de apoio de D. Helder para com entidades especifi•
camcnte anticomunistas; não cremos que encontre. Em matéria de reformas, a linha demarcatória que desejamos conhecer - e conosco, esta• mos certos, o Brasil inteiro - consiste na defi• nição do que sejam, de modo concreto e límpido, as transformações por Vossa Eminência julgadas legítimas e necessárias. Dir-nos-á talvez Vossa Eminência que são as que
fôrem conformes aos ensinamentos pontifícios, e que mais do que isto Vossa Eminência, enquanto Pastor, não é mister que diga. Quanto a êstc último particular, permita-nos Vossa Eminência discordar. Sua mensagem desce do terreno dos princípios, para os fatos, e asse-
vera que, em concreto, em nosso Pais e cm nos• sos dias há que fazer "legfrimas e necess6rias transformações j•ociais". Vossa Eminência afirma impllcitamente que conhece abusos ou deformações que claman1 por remédio. Afirma pari pa,su
que êsses abusos e deformações têm remédio possível. Pois ninguém pede reforma do que não sabe estar errado, ou do que não julga reformável. Ora, Vossa Eminência, que tem, pois, convie• ções sôbre os aspectos concretos do assunto, agirá segundo a lógica de sua posição, declarando tais convicções. Se, com o pêso de sua autoridade, Vossa Eminência quer contribuir para que as reformas passem dos princípios aos fatos, é forçoso que indique na ordem dos fatos para que meta caminha. E, se Vossa Eminência deseja ficar no ·campo me;ameote doutrinário, pede a coerência que se abstenha de fazer quaisquer apreciações sôb.r.e situações de fato. Ademais, permita-nos acrescentar, Vossa Emi• nência que tão preocupado se mostra com a in• filtração de conceitos marxistas nos meios cató· licos, só acautelará eficazmente contra tal infiJ. tração o movimento reformista, se apreciar em concreto os desideratos dêste. Pois é claro que o marxismo, sempre astuto, não se contenta em pairar na esfera abstrata dos princípios, mas empre• ga mil ardis para chegar a incubar.se nos fatos. Assim, enquanto nada conhecermos sôbre aquilo que Vossa Eminência deseja transformar na sociedade atual, e como o deseja transformar, não teremos conhecido de Vossa Eminência senão as mesmas generalidades encontradiças também nos pronunciamentos de D. Helder.
b -
Quanto ao anticomunismo especializado e mllltante
Já tratamos do assunto de passagem . Permi• ta-nos Vossa Eminência voltar a êle. Para conter em sua escalada pela dominação do mundo todo o imenso poderio que notoriamente, confinunmcnte. onlmodamente atua em. prol da vitória do comunismo, quatro caminhos hã para seguir: • I.º - empreender reformas que, ajustan• do a sociedade atual aos princípios autênticos da justiça e da caridade, façam cessar os legítimos motivos de descontentamento, tirem ao comunismo os seus pretextos, dissociem dêle os que não sejam comunistas senão por serem miseráveis e infelizes, e diminuam assim o ímpeto vermelho; • 2.º - ir mais longe, e aceitar reformas impregnadas de espírito comunista, a fim de desarmar pela atitude cordata a sanha comunista ; • 3.º - mover contra o comunismo uma luta ideológica que lhe desmascare os sofismas, lhe ponha a nu os erros, e aponte ao mundo o fra• casso a que êle conduziu as nações sujeitas a seu jugo. Completar essa ação ideológica com uma efetiva repressão legal à subversão marxista cm tôdas as suas formas; entrar na ilegalidade e na criminalidade. organizando uma subversão e um terrorismo anticomunistas, simétricos com o terrorismo e a subversão comunistas. Em rigor, esta.s vias não se excluem reclproc.amente. A TFP, por exemplo, só vê possibilidade de uma vitória do mundo Hvre sôbre o comunismo internacional, mediante- a adoção conjugada das fórmulas 1 e 3. Ela sempre recusou a9 fórmulas 2 e 4. Pelo contrário, o pedecisroo chileno e as pessoas filiadas no Brasil à " linha D. Helder'' parecem aceitar a via l , e pôr o melhor de suas esperanças na de n.0 2. Quanto à fórmula 3, sem a rejeitarem expressamente, jamais a afirmam necessária. E para as entidades privadas que se dedicam à Juta ideol6gica segundo essa fórmula, tais pessoas s6 têm oalavra, de sarcasmo, de sus.• picácia ou de hostilidade. Outra coisa não encontramos na mensagem de Vossa Eminência. O único t6pico que nela se re• fere às entidades anticomun istas é êstc: "E certo, de um lado, que há uma fobia de comunismo, que não é raro consta/ar-se que êste espanlalho é ulilfr.ado para fins escuso.r, inclusive o de impedt'r as /egílimas e necessárias transformações sociais, ou inlilular de marxf3•mo o t/ue é o Evangelho aulênlicamenle interpretado". Estas palavras, que traçam a caricatura e não o retrato do anticomunismo, despertam cm nosso espírito uma pergunta. O Cardeal Primaz do Bra• sil reconhece a legitimidade e a necessidade de organizações que, dentro da fórmula 3, se consagrem principal ou exclusivamente a estudar a doutrina, os métodos, a história, a ação presente do comunisnto, a denunciar e destruir as tramas dêste, a fazer, enfim, tudo quanto de legítimo uma luta anticomunista comporta? A TFP, em parte, isto é, quanto à sua ação ideológica, se enquadra nessa descrição. E em parte a TFP extravasa dela, pois exerce também uma ação social. O Cardeal Primaz visou a TFP • 4 .0 -
quando fêz a caricatura das organizações anticomunistas? c -
Quanto à represao ao comunismo pela Hierarquia Eclesiástica
Volvamos, de modo agora mais detido, à po• sição de Vossa Eminência em face de um dos as• pectos mais importantes do anticomunismo, ou seja, o da repressão do comunismo na lgreja, feita pela Hierarquia. -
Nosso APLAUSO
Na mensagem de Vossa Eminência, notamos com alegria o reconhecimento da existência de uma grave infiltração comunista nos meios cató· licos. Mais ainda, Vossa Eminência reconhece o quanto serve ao comunis!l'o essa infiltração. -
A GRAVIDADE DO MAL PEDI! MAIS 00 QUE PALAVRAS
ela corresponde à pr6pria evidência dos fatos. e está na consciência de todos. F ALTA OE CARIDADE?
Mas, dirá talvez Vossa Eminência, êsscs n1étodos que aqui propomos são contrários à caridade cristã. E não são próprios aos nossos dias de liberdade. Hoje a Igreja prefere, como mais adequado, mais convincente e mais santo, restringir suas condenações ao mero terreno da doutrina, sem mencionar nomes de pessoas ou organi• zações. nem tomar medidas concretas contra es• tas ou aquelas. Não cremos que em tempo algum a Igreja possa renunciar, por princípio, ao cmprêgo das penalidades eclesiásticas como incompatíveis com a doçura do Evangelho. Seria confessar que Ela mesmo errou quando instituíu essas penalidades. lhes proclamou a santidade intrínseca, e as apli· cou. E aplicou por mãos de Santos. Haja visto São Pio X, que delas se serviu cm larga escala para combater a heresia modernista, e que P io XII canonizou cm 1954, apontando-o a justo título como modêlo . . . de doçura e bondade.
No momento em que essas palavras de Vossa Eminência saem a lume, motivadas provàveJ .. mente pelo que Vossa Eminência presencia em EM FAC!l DO COMUNISMO sua Arquidiocese e cm todo o País, a infiltração E DA TFP, DOIS marxista em meios católicos grassa de há muito, PESOS E OUAS MEDIDAS de norte a sul, no território nacional. E não é por outra razão que esta Sociedade - e outras vozes Se a renúncia ?O uso dêsses meios não é ba• seada numa questão de pri_ncípio, mas apenas de autorizadas - vêm implorando há anos, ora à Santa Sé, ora ao Episcopado Nacional, medidas oportunidade, então seja-nos permitido indagar que ponham côbro ao que. sem exagêro, se pode por que tôda essa suavidade de atitudes de Vossa Eminência - para não aludir senão a Vossa Emichamar de verdadeiro e calamitoso incêndio. Assim, suplicamos a Vossa Eminência que sua nência - é só para a esquerda? . . . Enquanto Vossa Eminência assim poupa os responsáveis petomada de posição, tão oportuna e alvissareira, la avalanche vermelha na Igreja, por que age de nem se circunscreva à sua Arquidiocese, nem fi. que nos têrmos meramente doutrinários e gené- modo exatamente oposto com os que estão à diricos de sua mensagem em aprêço. A gravidade reita, como é o caso da TFP? Sim. Pois ao mesmo passo que sua mensagem do mal pede não só uma ação doutrinária de todo o Episcopado Nacional, como medidas con• acumula sôbre a esquerda a nuvem de umas tantas discrepâncias doutrinárias, desacompanhadas eretas que importem na investigação canônica, do raio de qualquer referência pessoal, sôbrc a séria e profunda, sôbre os responsáveis pela siTFP - contra a qual Vossa Eminência nenhuma tuação calamitosa cm que nos encontramos, e na decretação de penalidades também canônicas, que objeção doutrinária pode ter - Vossa Eminência afastem do convivio dos fiéis os responsáveis por lança o raio de uma advertência clara. direta. nominal tal infiltração. Assim - insistimos respeitosamente - para Permita•nos Vossa Eminência acentuar que o comunismo, trovoadas sem raio. Para o anti• dirigindo-nos a uma Autoridade Eclesiástica falamos em investigação canônica, e não em in~ comunismo, raio sem trovoada. Não cremos, Senhor Cardeal, que a continuar vesti,gação policial. Que nos referimos a penas canônicas, e não a penas impostas pelo Poder essa conduta., possam ser muitos os que Vossa Eminência intimide ou desalente na esquerda. InTemporal. Com efeito, os problemas internos da Igreja timidação e desalento, Vossa Eminência só os não podem ser resolvidos com tôda a eficácia ~ traz à direita. E, ipso facto. Vossa Eminência mais delicadeza desejáveis, sem o pleno desenvolvimen- aproxima nosso País, do que o afasta, de escân• dalos como os que ocorrem no Chile e na Arto da ação do Poder Espiritual, isto é, da Hie· gentina. rarquia Eclesiástica. À míngua da ação clara, ca• bal e corajosa desta dentro de sua específica es• fera de ação, tem o País vivido dias, mêscaS e d - Quanto à controvérsia anos de perturbação e sobressalto. E o Poder nacional sôbre D. Helder Temporal se sente mal à vontade para remediar em tôda a medida do necessário os abalos que Estava a redação do presente documento qua• resultam para a ordem civil, das perturbações .se concluída, quando nos chegou ao conhecimcn • ocorridas no seio da Igreja. to, através da imprensa, um resumo da ardorosa Não nos tem faltado, de quando em vez, um · alocução cm que Vossa Eminência toma clara ou outro pronunciamento de membros da Hierar• posição em defesa de D. Helder Câmara, na con• trovérsia nacional que o pensamento e a obra do quia, como êste de Vossa Eminência . Mas os fa. Arcebispo de Olinda e Recife suscitam. A leitura tos provam que pronunciamentos tais, de caráter estritamente docente, e além do mais esporádicos, de mais estas palavras de Vossa Eminência aumentou ainda nossa perplexidade acêrca de sua não têm impedido o incêndio de crescer. E até onde pode chegar êsse incêndio, bem o posição perante a .. linha D. Hclder Câmara". Faz Vossa Entinência ardorosos e categóricos vemos ao deitar os olhos em países irmãos e vi• zinhos. Aludimos há pouco ao que se passa entre elogios a D. Helder. Atesta sua ortodoxia e virtude. man ifestando-se seguro de sua "adesão a o PDC chileno e o comunismo. Na Argentina, Sacerdotes do Terceiro-Mundo não se pejam de Pedro na pesso(i do Papa" e de sua. 11 vocação de aplaudir o bárbaro assassínio do General Aram• serviço aos pobres", e acrescentando que "sua buru, e de pregar a violência em têrmos tais, que, piedade é sincera". Nesta perspectiva. afirma a pedido do Govêrno, a Hierarquia e o próprio Vossa Eminência mais adiante que só concebe que Pontífice Romano intervieram para• verberar êsse alguém divirja de D. Helder em matéria contindesmando. O Uruguai presenciou com espanto e genle e secundária: "Dentro da unidade doutri• desconcêrto a atuação do ex-Jesuíta Pe. Zaffaroni, nária e ,Jisci1,li1wr1 há lugar para divergências em que se fêz Padre-operário para pregar a luta de 11onros não essenciais, quando se trata de métoclasses no "Movimento Revolucionário Oriental" dos pastorais ou da aplicação da doutrina a Jatos (MRO) - filiado à FIOE L (.. Frente lzquierdis• concretos, como decorrência da inserção da Igreja 110 mundo. Não podemos admitir que, por dis• ta de Liberación"). Na Colombia, assistimos à cordâncias admissíveis nestes pontos. se extrapoatuação escandalosa do malogrado Pc. Camilo Torres, tão elogiado cm círculos católicos do Bra- le e se lancem suspeitas ou desconfianças sôbn• sil.. e cm dias mais recentes aos desmandos dos ,, imegridade de um homem da Igreja. wi/izando Padres de Golconda. os métodos ,,cima referidos". Esta a parte elogiosa a D. Helder. Ê clara. Oh, Senhor Cardeal, se antes de chegarem ao fogosa, até diríamos polêmica. presente auge essas calamidades, tivesse sido ouviMais cautela ficaria bem ao Primaz do Brasil. da a mensagem de dois milhões de católicos, promovida pelas TFPs do Brasil, Chile. Argentina e em matéria de tanta gravidade. Isto evitaria para Uruguai, que vergonha teria sido evitada para a Vossa Eminência o dissabor de ver que, no pró• Igreja! Porque, enfim, necessário é que se diga, prio dia cm que os jornais publicaram seu paneo que ocorre no Chile, o que ocorreu na Argen• gírico do Arcebispo Vermelho, o Governador de tina, no Uruguai, na Colombia, não são escânda.. São Paulo, Sr. Abreu Sodré, vindo da Europa los quaisquer. São escândalos dos piores e dos onde pôde analisar a obra malfazcja de D . Heldcr. declarou à imprensa: "D. Hclder Câmara µerteflmais vergonhosos que a História çla Igreja. em vinte séculos, tenha a registrar! ce à máquina de propaganda do Partido ComuPerdoe-nos Vossa Eminência a afirmação. Mas nista e é um elemento de sua promoção "'' Euro• 5
(.'(t-Nl"IHVAÇÂI).
04 , . $
ANÁLISE, DErESA E PEDIDO DE DIÁLOGO pn. Recebe, viaja e é .mb,1encionado para isso. Como as esquerdas <111crem uma "vec/elte" mio ele barbas e charll/Q na nuio, nws di! batina. usam-no n<> Exterior para clenegrir o Brasil. E o que êsse Fidel Casiro de batina tem feito na E:uro,,,,··. lsro posto, analisemos as restrições que Vossa Eminência deixa aparecer quanto à atuação do Prelado. Como são vagas! "Podemos di.rcortlar de algumas posições assumidas pelo Arcebirpo de Olim/<1 e Recife", e mais adiante: "pode...se desejar novos rumos nos pronuncia• 111e11tor do Padre H elder aqui e fora do País•·. Perguntamo-nos quais as posições de D. Helder a cujo respeito Vossa Eminência julgi• lícita a discordância. \! no que essa discordância consiste. Perguntamo-nos ainda no que os rumos de D. Hcldcr podem ser corrigidos. As palavras de Vossa Eminência nada dizem a respeito. · Em suma, é fácil perceber tudo quanto une Vossa Eminência ao pensamento e à obra de D. Hcldcr. E impossível discernir o que real• mente o separa dêlc.
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TFP EM LEGITIMA DEFESA
Cabe-nos agora, Senhor Cardeal, analisar a mensagem de Vossa Eminência na parte que contém um formal e declarado ataque à TFP.
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Um alerta injurioso e arbitrário
Declara Vossa Eminência que os católicos devem estar "alertas [ ..• ] com o movimento
denomina,lo Tradição, Familia e Propriecla<ie''. E por que'/ A razão alegada expllcitamenle pelo menos segundo o texto impresso que o já alu• dido estrondo publicitário levou ao co nhecimen10 de todo o País - é só esta: porque tal movimento "1uio conta com a aprovaçüo e q1u11<1uer apoio tlesltl Arquidiocese". A explicação não poderia ser mais sibilina. Pois de um lado ela faz en1ender que esta Sociedade não pediu licença a Vossa Eminência para se in.stalar na Bahia. Mas o mite de dizer que, entidade cívica que é, falando sempre cm nome próprio e jamais no da Hierarquia, a TFP - segundo a lei canônica - não precisa de lal licença. E q ue, assim, o simples falo de não termos a licença de Vossa Eminência, nãó é razão para que alguém se alerte con1ra nós. l?. bem certo que a TFP procura alicerçar suas reses na doutrina católica, e neste ponto está ela sujeita à censura da Autoridade Eclesiástica. Se Vossa Eminência encontrar nos livros e escri1os desta Sociedade qualquer êrro dou1rinário, humildemenle nos submeteremos. Mas não é isto que Vossa Eminência alega. Vossa Eminência alega que não temos sua li• cença. E sabe enlretanto que as leis da Igreja nos dão o direito de existir sem ela ...
DOIS DOCUMENTOS A , A.W C U(:,.TO rucliu/{111ica do Sr. Cttrdr11I D. Eug«-r,io Sales que dru lugar tl e<1ru, ob~rtct fie, TFP " $ull J::mini uc:lo, /oi pronw,cltulu a1ravrs r/11 Rótllo Cultma da /JaMt1, ,Je Sulvudor, 110 dia 19 tlc- setembro último, 11<> pmgrum" " A Jttla ,to
C11r1h·al". ~ iste o sru texto -
m, part~ n que
se- te/rrc ,, cr111'1 "bcrm - segmulo II gru voç,io i:m jltu 11wg11bir11. ~xistt•111c em poder tla TFP: ''I •. . J Devem C$tár .tlcrtas, os c.itólicos de,:aa Arquid iocese. com o n1ovimento den ominado T m~ dição, F.lmílfo e Propriedade. Não conta. com :.\ :,provação e <1ualqucr apoio da Arquidioct-Se. Pelo con1r4rio. Tem n reprovnçào do C~ll'deal Arcebispo. Mcu.s 1,rc-1.ados rndíouvin1c.s. Em su a .l\ldiéncia pública de IS de julho úl1imo. o Papn Pauto VI, referindo·~ :l C:sle pcdodo pós-conciliar. nos ti.d• moesta: "t preciso vigiar"', E ainda na mesma ocasi5.o, nos afil'ma: ··Esta fidelid ade à (grcja, bem o sabeis. hoje ~ llaída por muitas ptssoas, d iscutida, in1erprc1ada $ubvcrsivomcnlc e minimi• z.~,tfo". O mesmo se pode d izer en\ rcl:\Çâo à $Cgunda conferência geral do Episcop:-1do Latino:imeticano, rc:'lli:tad:l cm Mcdcllin. Oru é.~~ mngnífico documen10 "Presença tl:t Igreja n:\ Gtual transfonnaç:io da América Ln1inn" 6 retirado do seu contexto religioso e reduzido a mems dimcn• :.-õcs cconômica.s. sociológicas: ou Políticas; ora dctc.rmin:1das cxprcs.sõc:s isol:idas s:.1o apresentados como linh:,s determinamcs ou regras de oç..-io, oriundas dcssn no1ivcl t1sscmbléfa do Episcopado Lt11ino•Amcricano: ou ainda, o que é mais gr:.wc. t-s.~ documcn10 é explicado, divulsndo dentro de ca1cg:orias mt'lrxisrns, cspe:cialmcncc o que se refere à justiça e pa1., com reflexos na própl'in catequese. que p:,m alguns pn~a a str inspirad:i. e el:'lbo• rnda à luz de Marx e n3o de J esus Cris10. Meus 1>re1.ados rndiouvintcs, vivemos num período de 1ran..,;ição. realmcn1c louvável :i busc:i d e novos cnminhos. que le\'em à ma:;.s.a de nosso conlincnte, e cm 1>árttCular a do Orasil, à prcgaç:io evangelizadora e abr;tm pcrspcc.tivnS ao co, nheeimcn10 e vivência d à Boa Novo. Con~tilui. cntrelanto, nefando pec:1do :sacriricar :i. pureza d a d ou1 ri1\:.l :\ i,re1êxco. aliás falso prctêxto, de focilirnr a acc.ilnção por patte de quem deve receber u mcn~1g,em. é. certo, de um lado. que h!i urn3 fobia de comunismo. que niio é raro co,mat:tr-sc que {-ste esp:uualho é u1ifit...1do para fins escusos. inclusive o de imJX,'<fir as lcgílimas e ncce.'i.Sátias 1ronsfo rmações soci:1is, ou inli1ufat de marxismo o que ~ o Ev.lngtlho :~utênticamentc intcrprel:'l.do. Devemos, cnlrernnto. reconhecer rnmbém que exis• te um ~~fõrço inleligcnte e org.:inizado de diíun, dir o doucrina marxist:'I., u tili,-.ando todos os meios inclusive ilícitos, como a inttrJ>rctaç~o errônea <10 documcn10 de Mcdcllin, :ic-ima citado. A teo logia da libertação anunciando o Criito ressuscitado. vencedor da morte. libettando-nos dtt cndcia do pecado, J)ode :5er nmes.quinh:,d!l e tr.lída qu:1ndo, a prctêxto de salvar os homens das injus• liÇ-as sociais. fic;1 l'cdu1.id:., :., um:1 rner-a vis:1o marxista da vida. O mesmo se diga de um csf6rço de conscicnli7.3Ç:lo na base sômenle de uma vis::io "oprimido e opreS.:SOr". uma traição no Ev:m, t elho tcn1ar divu lgá-lo corno um3 luta de clisses e do ódio entre o s homens. Não devemos ler mêdo do comunis mo se não for mo.-. ingênuos na acci1t,ç.:io de p rindpios ou método$ que jamais po, der:io denomin:1r4t de evang6Jieo~ Meus 1>rczados rnd iouvimcs. O S:mto Padre. nn Alocução acima referida, n os 3dvcr1c : "8 preçiso vighu". Nes.ses dias .se foz necessário. de um:l ma, ncita cs1><:ci.-il, noss~1 ade.. .t10 inubalávcl :., um:1 au• téntica mcns..1g,cm do Evangelho de Jesus Cristo. Jamais 1X>deremos rceorrcr ao marxismo para di• fu11dir Jesus Cristo. Seri:i um:1 ubcrraç.ão incon«• bível. Necessário também se foz um-a ação com• josa para impedir, custe o que cusl::tl', n dctur1,a• ção de documentos do porte e v3lot das conclusões de Medcllin, ca,nfoho o.betlO U redenção cspirituúl e social dêste eontincnlc".
e:
.e
• O iu•m 1/,j.J da carltl 11b~rlt1 da TFP ao Emmo. Curdt!al Stll~s mt!nc iqm1 ,Jcclt,rt1çiíes ,Jc Sua Em;nb,cia /t111ordw!is II D. H,:hlrr C6mnm, O texu, httc:grol dt>.$$01 de!clt,raçiic~ /oi publicado ,,or
6
" A S~11uuu,", jonml du Arquldloc:t!tf' ,te- S,,lvudor, na I." página dt sua cdlçrio dt · 11. 12 tlt! ouwbr(J p.p., puuditlo p,H t'Sllt mm, rlrt re,lação: "Vem :;endo lcv:1da a cíci10, nos lll1im~. tem, pos, uma profunda cnmp.lnh~\ contra Dom Helder Câmara, ArcebiSPo d e Olindt1 e Recife. através dos Meios de Comunic3ção Social. O Cardc3l Dom EugCnio d e Arnújc.> S3lts, ten• d o refletido sôbre o Problema como ,cspo1,sávcl pcl:i. Igreja de Salvador. foi a ês,te ,cspeito o scguinto pronur,ciamento, atra.vts :t Rádio Cu ltu ra e o Jornal ··A Seman:a", cm sm, mensagem semannl", Segu~•se () 14'.ltlO ,la m et1JO!fc.'m: ''Estamos prtsenciando atmvés d os Meios de Comunict,,çào Soci,,t os tn.-iis diversos, um:, 1m>fund:i. e 1cnni campanha diti&ida c:on1ra um d0$ Bispos br::tsilciroi, Dom Helde, Ciim:ua. PO<.lcmos dit,c;ordar de nlgum1s POSiçõcs a~umidas J)tlo Ar• c:ebisp,o de Olinda e R.cci(c; podemos descj:lr ru• mos diversos em seus pronunciamentos aqui e fora do P:iis. Torná-lo entretamo, objeto de um~\ sistemá1ica eom1,anha, onde se u1ili1.a o rid ículo, n:\o 6 correto. Uma alitudc 6 a d o distordar; o utra. o desrespeito à dignidade da pessoa humam1. Além disso, o que as.">is1imos já lrnnsbord:i do Uispo pa• rn Alingir a Igreja do 13r::tsil, O alague que lhe E dirigido poderá. fo1.cr n!lS• c:cr no espírito dos fiéis desttl ArquidiúCCSC uma in,:-1,gem errôneà sóbre a pessoa de Dom Hc:lder C:imat:t. No cumprimento do dcw:r de Pa$lor d s Igreja d e S:.i:o Salvador da 8:ihi:I., d e\'O dar sôbrc êssc assun10 meu teslemunho aos d iocesanos. Dom Hclder Cfimara acha•.sc in1cgrndo no afc10 que irmana os 8is1>os d a Jgrcjo. do Bro.sil e do mundo. Creio em :;ua idoneidade moral. Conheço-o há longos anos e p<»So afirmar Sutl ad esão a Pedro , 1rn Pcsso:i do Pnpa, e sua vocação de serviço aos pobres~ sua J)ied.-ide é sincero. Ein matéria de doucrina e de rt jamais a Jgreja poderá o.c:eil:ir ser tu1efada. Compete a ela e SÕ· mc.n1c l\ cl-' guardar a intcgricl!lde do ensino que lhe foi confiado pelo 54:U fundador e corrigir os desvios de in1crpre1ação do Ev:.rn,gelho que .sur• gcm ao longo caminho pela História. Dentro da unidad e d ou1rin:i.ria e disciplinar há lugar para divergências e,n pontos não essenciais q uando se 1ra10. de m61odos 1,asto tais ou da aplicação da doutrin~t :i. fa tos concre1os como dceorrérlcia dà inserção da lgJeja no mundo. Niio podemos :i.d• rnilir que, por discord{incins. admissívei~ n estes ponios se cxtmpolc. e se lancem suspcit:is e. des, confianças sôbre :t inccgrid ftdc de um homem da lt;rcja. u tili1..1ndo os métodos acima rcíeridos. Es· so afirmação não é fruto, :1pc1, :lS. de uma antig-i amiinde pes,.-.o::l.l. m:is de uma l'cílcxào de Pastor rcsPons.:\vd pcln oricn1aeão de su:, Arquidiocc.sc··.
C liché de 3 colunas
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llttslraudo nwt4ria, "A S t!mu,w" es1tm1tm. sob o 1ít11lo de ..Unidos 11dt1 Igreja", um c/icl,I de J cohmt1.f t!m q ue se ~•l-em l"do a ltulo 1> Sr. C,mlet1I St11C's e l) . Jleldu C,i,,u,r'1,
T ambém O. Sigoud N,, mesma tufgi11u, o iomal d" Art1uidloce.S<'
,Je S,dwulor rmblica eMo noto: "DOM SIG4UD ROM1•eu COM 1t TrV,l)IÇÃO, F1t• M h.1... u PROP-JUl!UAon. Em declarações, :10 Jornrtl
do Ornsil o Bi$PO de Oi::\mantin::l.. Dom Geraldo Sigaud. arirmou q ue rom1,cu com a organi1.:1ção Tradiç;to, Família e Propriedade ( TFP) alegando que "a TFP deixou de cumprir' sua mi~o cristã com su:1 insistente política de oposição ao PaJ):t Patilo VI, Aliá,$ - 3firmou enrntico - élcs é que tomaram :l inici:Hiv:i. de r omper cornit;o. Isso porque me coloquei a favor da Reforma Agrtifia, rltcconizáda pelo Govêrno, que não ê do ag.rado dêlcs. Já fiu rttm m\1ito pelo Brasil, mas agora c..~tâo se tornando prejudiciais"'. Vale rcs.~11t:1r que, na Acquidioccse do S:dv:i.dor, a Auloridade Ecle• siás1ic.l scmi>re se manifestou cm OJ>OSiçiio à TFP, o que reafirmou há poucos dias. ·· A TFP não conta com i apro-.•:i.çiio e o a1>0io d3 Arquidiocese do Snlvador".
Ou então teria Vossa Eminência querido dizer que tem motivos outros, que nos desabo• nam em seu conceito? Em tal caso, assiste-nos o direito de pedir-lhe que declare quais são. Pois essa tomada de posição contra a TFP, tão calegórica e ademais 1ransformada pelo estrondo publicitário em uma verdadeira - e aliás vã - tentativa de amotinar contra esta Sociedade a opinião nacional, tem todo o rcs• saibo do despolismo pelo próprio fa to de vir desacompanhada de qualquer fundamentação. A atitude de Vossa Eminência não teria sentido diverso se tivesse sido redigida nos seguintes têrmos: alertamos os fiéis conlra a TFP por• que tal é nosso bel prazer. ls10, Senhor Cardeal, em plena era pós-conciliar, quando a própria Congregação para a Doutrina da Fé se desvanece em não mais usar os métodos da Congregação do Sanlo Ofício, 1ão juslos cm si mesmos e tão mais benignos que o de Vossa Eminência. Acresce que, se no papel impresso Vossa Eminência se limitou a alertar os fiéis contra a TFP, na gravação em fi ta magnética que temos cm nosso poder, Vossa E minência foi bem mais longe e declarou expressamente que ,.reprovava" esta Sociedade. Quanto mais pesada a medida, mais dura é a carência de explicação, e mais sagrado é o direito que assiste à parte lesada. de ser informada a respeito.
2 -
C<insura sem defeso prévia
E se julga ter motivos para ral atilude, por que, antes de difamar a TFP, Vossa Eminência não nos convocou para um diálogo esch,rcccdor? Por que nos feriu sem nos ouvir. tto passo que aos católicos que infiltram o mar• xismo na Igreja, Vossa Eminência, q ue lhes conhece a ação, evita de fe rir'!
3 -
Unilateralidade iníqua
Permita•nos Vossa E minência que ao comentário sôbre a parcialidade dessa alilude acrescentemos uma reflexão sôbre o que ela tem de iníquo. Pois é contra tôda a eqiiidadc que Vossa Eminência, ao alvejar assim a TFP, e mesmo que tivesse justos motivos para tal, haja omitido a menção dos serviços que ~ segundo público e caloroso teslemunho ele centemls de milhares de brasileiros, inclusive vá• rios Bispos - ela vem prestando à civilização cristã.
4 -
Golpear o porta-bandeira é atirar a bandeira por terra
Mais ainda. Vossa Eminência escolheu o momcnlo preciso cm que a TFP empreendia um hercúleo esfôrço no sentido de pôr o povo brasileiro de sobreaviso a respeito do escândalo chileno. para então procurar prostrá-la por terra. E. parecendo não contente com isso, depois de regressar de Roma, e já então tendo em visw a explosão publicitária que sua mensagem havia causado, reafirmou-a para a imprensa no dia 3 de outubro, produzindo alento, gáudio e rcconfôrto para os esquerdistas, comunistoides e comunisias de todo o Brasil. Pois vendo ,J. vejado o porta-bandeira, bem terão compreen• dido que se criam condições para que a bandeira caia por terra ...
ses reparos, respeitosamente, peçamos um di:1logo. E sobretudo não pode causar e$tranheza que, alvo de um ataque público que de pronto repercutiu cm numerosos órgãos da imprensa brasileira (como ficou dito acima, no irem I• 1), nos defendamos. Como é bem de ver, tal diálogo deverá versar sôbre três temas :
.º -
• 1 o traço demarcatório entre o pensamento e as metas concretas de Vossa Eminê ncia cm matéria de reformas de estrutura. de um lado, e. de o utro, o espírito, as tendências e as metas genéricas que caracterizam o esquerdismo católico. o u seja, ,, chamada "linha D. Helder"; • 2.0 a legitimidade e a necessidade de organizações especlficamente anticomunis• tas, destinadas a combater os erros e desfazer as tramas comunistas; • 3.0 - a TFP: que há nela segundo Vossa En, inência, para a "reprovar1 • e "ater~ rar'' contra ela os ouvintes de Vossa Eminên• e ia?
As.~im formulado nosso pedido de diálogo. resta-nos apenas agradecer antecipadamente a atenção que Vossa Eminência queira dar l1 presente, solicitando ao mesmo tempo sua valiosa bênção. De Vossa Eminência Reverendíssima nos subscrevemos com veneração in Jesu et M<1ria São Paulo, S de ouwbro de 1970 O CONSELl-1 0 NAC IONAL DA TFP PLINIO CORRÊA oe 01. JVEIRA
Presidente Fer,umclo Furquim ,le A lmei<la Vice-Presidente E,l11ardo tle Barro.• Brotero 1. 0 Secretário Caio Vidiglll X avier <la Silveira 2.0 Secre1ário Adolpho L i11de11berg Alberto Luiz Du Plessis Arnaldo Vi<.ligal Xavier da Silveil'a Pabio VitHgal X avier ,la Silveira Gioccmdo Mt1rio Viu, Joiio Sampt1io Nero José de A zeredo Somos José Carlos Castilho de A11drade José Fermmdo de Comllrgo JoJ·ci Go111.aga de Arruda Luiz Mendonça de Freitas Luit Naiareno ,lc Assumpç,io Filho Pllulo Barros de Ulhôa Ci11tra Pmdo Co,.,.êa de Brito Filho Plínio Vidiga/ Xa vier d<l Silveira
( IAfOJLECESMO MtlNSÁlllO com APROVAÇÃO ECi,llSIÁSTICA
& 1. do Rio Diretor
Cnmpos -
IV
REITERANDO O PEDIDO OE DIA LOGO
Numa época cm que contes1ações revolucionárias mais ou rncnos impunemente se estendem como vagalhões pelas imensidades do mundo eat6lico, a presente carta aberta pare• ccr;l talvez insôssa aos que se comprazem cm acontecimentos sensacionais e ·'ardidos". Não nos perturba essa hipótese. Somo.s contrários ao espírito contestador. aos métodos contestadores e à contestação. Desejamos ser submissos - cm tóda a medida exigida pelas leis canônicas - à Autoridade Eclesiástica legítima. Não julgamos, porém. que por isto nos fal• te o direito de representar a essa Au1oridade, rom o devido respeito, sôbre o que no ensinamenlo dela ( quando não revestido do caráter de infalibilidade), ou nas suas atitudes. pos• !a causar perplexidade e desconcêrto. Com efeito, uma Autoridade Eclesiástica r.,csmo altamente colocada como Vossa Eminência pode 1er ensinamentos e atitudes pass!vcis de reparo. E não se diminui ao reco· hecê-las. Ao dizê-lo, nos ocorrem as palavras de Paulo VI referentes às lutas passadas, entre a Santa Igreja e as seitas heréticas ou cismáticas : "Se a/gunw culpa nos cabe por esta separaçcio, pe,Jimos perc/ão a Deus humilclemente. e rogmnos u,mbl!m aos irmãos que se sentem ofendidos por nós, t1ue nos desculpem'' (Ois• curso de abertura do segundo período de ses• sões do li Concílio Ecumênico Vaticano, cm 30 de setembro de 1963). Assim sendo. não é de causar estranheza que nas palavras de Vossa Eminência encon• trcmos filiais reparos a fazer. E que sôbrc ês-
Mons. Antonio Ribcir<> do Rosario
Olrt-torla: Av. '1 de Sccembro, 247, cnixá 1>ost:1I 333. Campo:ç, RJ. AdminlstrnçJo: lt Dr. Martinico Prttdo, 271 (ZP 3), $. Paulo. Anente p :1ra o 1;~1udo do Rio: Dr. Jo$é de Olivciro Andrnde, c;1ixa postul 33l, C:unpos, IU: A~en1c p:1m os fu1ndos de Coifi.s, Mato GrOSSO t Mln.n.s Cc-ral~-: Dr. Milton de $alies Mourão, R. Paraíba, 1423,• 1elefone 26-46)0. l)clo Horizonte: ARtnte tmrn o Est:.1do cl:1 Cuam1b:m1: Dr. Luís M. Ouncnn. lt Cosme Velho, 81S, 1elcfone 45-8264, Rio de faneiro: Agc-ntc- p:ml o E'>i:ufo do Cc:u ;í: Dr. José Gerardo Ilibei• ro, R. Senador Pompeu. 2120-A. Fonalc1..-i; Agcntc-s p:1m a Argentina: "Tradición, F:1miliu, Propied:.'ld", Cã~illa de Corrco n. 0 169. C.apit:1I Federal, Argentina: Agentes p:1rn o Chile: "Fiduci:i", Casilln 13772, Corrco 15, Snn1iago. C hile.
Númuo :wutso: CtS l ,SO: número nlrns:1do: CrS 1,50. A~·Jnilluras nnunl~: comum CtS 15.00: cooperador C rS 30.00; bcnfclJor CrS 60,00; grtlnde benfeitor ÇrS IS0.00; seminaristas e estudanles C rS 12.00; América do Sul e Ccntrál: ·•ia nHirítim:, USS 3,SO: vit"i :iêre:l USS 4.50; o u1ros países: via ma• rítima VSS 4,00: vfo nére.:i USS 6.SO. Parn os Es1ados do AC. At,... AM. GO, MA. MT, PA, PU. PE, PJ, RN. SE e Ter• ritório$. o jornal é enviado por via :iérc.a pelo prcÇo d:a ;issinntura comum.
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ENTRE LÔBO·S E OVELHAS: NOVO, ESTILO DE RELAÇÕES
UANTO MAIS caminham os fatos, mais desconcertam um setor - que creio amplamente majoritário - da opinião católica. -.._• .,,. Tal desconcêrto, é preciso que se diga, não decorre apenas da ação ou das omissões de tantas autoridades pequenas, médias e altas da Sagrada Hierarquia. ele sobe ainda mais. Oxalá alguém me convencesse de que são falsos os fatos. meridianamente claros a meu ver, em que me baseio para fazer esta afirmação.
Católico apostólico romano. cu o fui durante tôda n minha vida. Sou•o, hoje, com maior convicção, energia e entusiasmo do que nunca. E espero,
pela graça de Deus e pela intercessão de Nossa Senhora, que o serei sempre mais e mais até o último alento. Por isto, tributo do fundo de minha alma, uo Sumo Pontífice e à Santa Sé, tôda a veneração. todo o afeto, tôda a obediência que lhes devo segundo a doutrina e as leis da Igreja. Mas sei que. pôsto diante de fatos clarís..~imos, não os posso negar, nem deixar de perceber suas conseqüências.
•••
E sei também que, ainda quando admitidos os fatos irrecusáveis que ac.tbo de enumerar e analisar, tudo quanto a Igreja ensina sôbre a infalibili•
Refiro-me particularmente ao que acaba de ocorrer no Chile, à vista do mundo inteiro. A tragédia chegou a seu têrmo final. Já está legalmente decidido que o pais será governado por um Presidente marxista, o qual iniciará desde logo a marcha rumo ?l implantação do comunismo. B o que noticiam todos os jornais. A maioria dêles - pelo menos dos que tenho lido - usa, para designar essa caminhada, um eufemismo perfeitamente ambíguo: fala de "'marcha para o socialismo", em lugar de " marcha para o comunismo". Isto. evidentemente, beneficia Allende, pois pode fazer crer a leitores menos avisados, que. não é prõpriamentc para o comunismo, mas para uma forma branda de soeialismo. que o nõvo Presidente conduzirá
o Chile. Na realidade, tal insinuação é inconSistente. A admitirmos que o can•
<lidato eleito conduzirá seu país para o socialismo, deveríamos supor que o Chile ainda não está em regime socialista. Pois ninguém pode conduzir uma nação para onde ela já está. Ora, segundo é notório - e o brilhante livro "'Frei, o Kercnsky chileno"' de meu arnigo Fabio Vidigal Xavier da Silveira o demonstrou irrespondivclmente - o Chile já foi pôsto pelo Presidente Frei em regime socialista. A afirmação de que Allendc encetará a marcha de seu país para o socialismo só pode ter. portanto. um sentido. É. de que o encaminhará, não para o socialismo côr de rosa da DC. mas para o socialismo rubicundamente marxista do par'tido ao qual pertence o ..eamarada1 ' Allende. Ou seja, para o comunismo. É., pois. diretamente rumo a êstc que o Chile começará sua marcha irreversível. É. aliás o que se contém nas promessas feitas por Allende aos eleitores. Isto se fará por etapas longas·/ Por etapas curtas? Essencialmente, pouco importa. É. importante saber que alguém entrou numa irremediável agonia. Bem menos importante é saber st esta será longa ou breve, desde que ela leve irremissivelmcnte até a morte. T udo quanto acabo de dizer deduz-se- de fatos publicados pelos jornais. Quem duvidasse não teria senão o trabalho de os reler com atenção. Só o negará algum raro pedecista fanático, algum comuno•progrcssista "à outrancc".
E mais ninguém . Não quero colocar cm alguma destas categorias a H icrarquia Eclesiás•
tica chilena. E menos ainda Sua Santidade Paulo VL Pelo que sou obrigado a admitir que, tanto êste quanto aquela. vêem e sabem o que todo o mundo sabe e vê.
• •• E então, como não ficar desconcertado? Teria bastado uma. só palavra do Sumo Pontífice para que o Episcopado Chileno dissuadisse os católicos de votar no candidato marxista. Tal palavra teria evitado a vitória de Allcnde, cuja vantagem sôbrc o nacionalista Alessandri - de apenas 1,4% qualquer influência eleitoral poderia ter superado. A História dirá que esta palavra, o Santo Padre não a pronunciou, e por isto Allendc -
candaloso "placer· do Cardeal Arcebispo de Santiago popular. f:: doloroso dizê-lo. Mas é evidente.
com o es•
venceu no pleito
Para a nação chilena restava, depois do resultado eleitoral, uma só
saída. Era que o Santo Padre, agindo por meio do Episcopado. recorncndassc aos deputados democratas..cristãos que não dessc1n seu voto ao candidato marxista, quando da ratificação das eleições pelo Congresso. A História dirá que. ainda nesta emergência, Paulo VI silenciou. E antes mesmo da renún• eia de Alessandri, a DC já pactuara com os comunistas, aos olhos do mundo inleiro, garantindo seu apoio ao candidato marxista. Vitorioso êste último no Congresso, e anunciado oficialmente que:, e1n J}Oucos dias, o Chile iniciará sua " via dolorosa" rumo ao comunismo, o
Cardeal Silva Henríquez, Arcebispo de Santiago, foi dos primeiros a visitar o futuro Presidente, assegurando•lhc o apoio da Hierarquia, e lhe transmi•
lindo, da parte do Papa Paulo VI, saudações especiais bem como votos de êxito. De sua parte, o Purpurado chileno declarou à imprensa que o dever dos cristãos nc.stc momento é fattr o que estiver ao seu alcance para que o nôvo govêrno tenha êxito. À vista de tudo isto, torna-se -inevitável levantar uma pergunta. Dou-lhe
" mais comedida das fo rmulações: Paulo VI terá visto, desde o coniêço, sem apreensão nem repulsa. a vitória de Allende? Quanto se passou leva a res-
S ponder que, e fetivamente. êle a anteviu sem, contudo, dar mostras de :1prcen:>
i:. •~
são e repulsa. Os fatos aí estão. Falam por si. A esta altura, não posso deixar de me pór diante de outra questão: é
"' só para o Chile que Paulo VI teria esta atitudn fatal? Ou também para :!! outras partes da América Latina? M ais precisamente, também para o Brasil?
j Neste caso, que futuro nos aguarda?
••• g
Os fatos cm que fundo minhas perguntas são por demais claros para ~ <1ue possam ser abafados pelo berreiro de protestos vazios, por atos de repa,. ração ressentidos, mas falhos de qualquer base na realidade. por estrondos
~
publicitários ou campanhas de cochicho.
PLINIO
CORRÊA
dade e a suprema autoridade dos Sumos Pontííices continua inteiramente intacto. A ssim. estou com a consciência à vontade ao tratar. como cat61ico. do triste e delicado assunto.
• •• Desejará Paulo VI , para a América Latina, um --modus -vivcndi"' com o comunismo? F ico a pensar . .. e enquanto penso, me vem à mente uma íábula de La Fontaine. Infelizmente, é das mais esquecidas. Mas é também das mais oportunas. Citou-a, aliás, de passagem, o Sr. Brigadeiro Agemar d2 Rocha Sanctos quando, em recente discurso, aludiu às ilusões írenísticas de certos setores da opinião nacional.
Dado que o fra ncês é correntemente lido entre nós. cito-a no próprio idioma do poeta:
"A pres mUle ans et plus de guerre déc/arée, l es Loups fire11 t la paix "vecque les Brebis. C'ét11it Clppare,nment /e bien t/es t/eux partis: Car, si /es loups mt111get1ient mainte bête égarée, Les Bergers <le Jeur peau se Jaisaie,u nwit11s lwbit.r. Jcunais de libe.rté, ni pour les páturage.r, Ni tfautre ,,art pow· les carnages: /Is nc pouvt,ic,11 jouir qu' en trcmblalll de /eurs biens. La pclix se conclut tlonc; ou donne des otage~·: Les Loups, leurs Louvereaux: et le.t 8rcbis, Jeurs Chiens, L'échtmge en éumt /ait ,wx formes ordinaires, Et réglé par dcs commissaires. A u bout de <1uclque remps que .m essieurs /es Louvais Se virent loups parfaits et friands tle tuerie, /Is vous pre1111ent /e temps que dans la bergerie Messieurs les Berger.r n'éttlient 1>as, Etranglcnt la moirié des Agm:aux Jcs plus gras, Les emportent au.t dcnts. tlans les bois se re1ire111. /Js llVllic11t averti leur.r gcns secretement. Les Chiem,·. qui. sur leur fol, reposaienr suremcnr. Furent étr(mglés, e11 dorm(mt. Cela fur sitót fa it q,lii peine ils /e .rentirent; Tout fut mis en morcetmx; rm se~,I n'en échappa. Nous pouvo11s conclure tle /à Qu'il /tuil faire aux méchants guerre continuelfe. La paix est /ort bo,me de soi; J'en conviens: mais de quoi sert•clle A vec des enncmls J'llttS fol?"
E para proveito de leitores menos versados no lindo idioma de La Font:\ine, aqui vai cs1a tradução sem pretensões poéticas:
"Depois de mil anos e mals tle guerra tlec/aratla. Os lôbos fizeram a paz. com as ovelhas. Era, aparemcmcute, ,, felicidcu/e dos dols partidos: Pois, se os lôbos comi<im muiw rés extraviada, Os pastores, dá f)cle déles, para .ri fa2,iam muitos trajes. l tunais havia liberdade, nem para as pastagens, Nern, de outro lado. para as carnificinas: Não podiam usufruir ,ie seus bens senão tremendo. A pa2, se concluiu, porf(Jnto; troc,un•se os reféns: Os lôbos entregam seus lobinhos,· e as ovelhas, seus d ies, Sendo a troca feita nas formas habituais, E a;ustada por comissários. Ao fim ,Je algum tempo, quando os senhores lobinhos Se virt1m /6bos perfeitos e ávidos tle maumç1,, Valem-se do rempo em que, 110 redil, Os senltore.r pastores não se achavam, Estrangulam metade dos cordeiros mais gordos. Agarram~nos com os dentes e se retiram para os bosques. Haviam ê/es avisado sua genre secrcl(lmente. Os cães, que, sob a palavra dê/es, repou.ravam confiadamenre, Foram estrt111gulados dormlndo . Foi lsto feito ttio ràpidamente, que os cães mal <>. sentircun,· Foram todos feitos em p1vlaços: nem um s6 escapou. Podemos concluir disto Que é preciso fa1,er aos maus guerrt1 sem qm1rtel. A paz é bastante boa em si mesma; Concordo: mas de que .rerve ela Com inimigos .rem palavra?'"
Da luminosa fábula se deduz que qualquer combinação da Igreja com o comunismo não poderá ser um "modus vivcndi". mas vez já escrevi - uin "modus moricndi·" .
DE
segundo certa
OLIVEIRA 7
AfOlliCXSMO
*
O BISPO DIOCESANO EXPRIME SUA ADMIRACÃO PELA CAMPANHA NACIONAL DA TFP .>
DEMOS JÁ cm nossa edição de <>utubro uma rápida notícia sôbrc a inauguração, no dia 11 de setembro ( com uma Missa do Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer, cm São Paulo) de mais uma ,campanha de âmbito nacional da TFP. Consistiu essa nova iniciativa da benemérita entidade na divulgação do artigo que o Prof. Plínio Corrêa de
Oliveira escreveu para a imprensa diária, sob o título de ºTôda a verdade ,sôbre as eleições no Chileº e que a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade fêz seu como manifesto à Nação - bem como na difusão da obra •'Frei, o Kcrcnsky chileno··. do Sr. Fabio Yidigal Xavier da Silveira. Visava a TFP o esclarecimento da opinião brasileira acêrca da crise em que imergiu a católica nação chilena com a vitória eleitoral do candidato marxista à Presidência da República. A eleição de Salvador Allendc é de molde a acarretar profundos c neías• tos efeitos para o Brasil e tôda a América L1.tina, como bem o demonstra o Pre~identc do Conselho Nacional da TF.P em seu artigo-manifesto. Fabio Xavier da Silveira previra cm seu livro, com três anos de antcce· dência, que o govêrno pedccista do Presidente Frei acabaria por conduzir seu país à situação cm q ue a opinião pública mundial ora o vê. cons· tcrnada, enquanto exulta o comunismo internacional. Em uma primeira fase de su:i campanha os jovens propagandistas da TFP venderam em praça pública os 4700 exemplares que restavam do livro ··Frei, o Kercnsky chileno" e os 2800 exemplares remanescentes de nossa edição de junho-julho de 1967, na qual estampamos cm primeira mão o trabalho de Fabio Xavier da Silveira. Esgotados o livro e o jornal, ºCa-
I
t.olicismo,., a pedido da TFP, rcapre• sentou - cm ~eu número de outubro, com 20 páginas - o texto integral de "Frei, o Kcrcosky chileno", fazendo-o preceder do já aludido artigo-manifesto do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira sôbre as eleições chilenas. Assim, -pôde prosseguir cm todo o território nacional a campanha da TFP, achando-se também virtualmente esgotada a edição de omubro de ºCatolicismo". Em nosso próximo número daremos amplo noticiário a respeito.
Aplausos do Bispo Diocesano O Exmo. Revmo. Sr. D. Antonio de Castro Mayer, Bispo de Campos, escreveu no Prof. Plínio Corr~a de Oliveira, Presidente do Conselho Nacional da Sociedade Brasileira de Deresa da Tradição, Família e Propriedade, uma carta de aplauso pela nova campanha que a entidade promovia . Assim se c>tprimiu o egrégio Prelado:
''Escrevo-lhe para Jclic:irnr a Socie• dade Brasileira de Defesa da Tradi• ção. Família e Propriedade, seguNl e eficavnenle dirigida por Vossa Se11lto• ria, pela vitoriosa campanha de esc/a .. recimento dt, opinião pllblica. justa• me11te abalada com a vitória do ca,,. ditlato marxista, nas eleições presiden• ciais do Chile. ê bom que o povo meça. em tôda a extensão, o que sig• ni/icaria uma nação sob o jugo co• ,mmista na América do Sul. Como é necessário que o povo veja <Jue a vitól'ia do candidato marxisla não sig• nijica progresso do marxismo no país a111igo. Uma e outra coisa põe em plena luz a """'' campa,,J,a da TFP. 1 O comunismo foi declarado i111r;,r. secamenle ,nau na Encíclica doutri• 11úria "Divini Redemptorfa"', dirigida a todo o orbe c016lico, Encíclica, na
qual Pio XI, como Supremo Mestre e Pastor tio rebanho de Cristo, mostrou a i11compa1ibil{dtule abso/urn en• Ire a concepç,lo d9 vida e da socie• dade professada pelo marxismo, e a concepção natural e cristã ,to honrem e dt> convívio social, nos seus aspecios religiosos. cullurais e mesmo econômico.t. Infelizmente, semelhantes princípios básicos da civilização cris1ã, ou da civiliwção "1om court". vão sendo legados ao olvido, com graT1tle prejufao para a humanitlade. pois, dêsse modo, penle«se o critério para um julgamento exa,o ,tas ocorrê11cias lítico-sociais. Por isso mesmo, é espe• cialme11te benemérila a awal campa• rrha da TFP que vem reavivar a memória tios ensi1uune,11os cat6licos sô· bre o comunismo e a sociedade crisui. Cumpre•nO,f, ou1rossim, lamentar as censuras de que a TPP tem sido ob• je10, precisamen1e no momento em que prcs1a inestimável serviço cl PáIria. Censura desacompanhada de jus,,ti/icativa é sempre algo confrangedor. Ela é especialmellle dolorosc, quando procura abafar " llnica voz que se /e.. vantou para alertar a Nnção conrra o perigo que bate às porias. Tomo mais, quando há um si/ê11cio genera• /ir.ado s6bre os fundarnentos da ci\ti• lização crislâ constantes da E11cíclica ''Divini Rcdemptoris'' - ,Jesigualdade social, com a conseqiie,ué e jusw hierarquia, família, proprledade, educação, iniciativa pr;vada que o comunismo tenta destruir. N(lo eslaria bent com minlw con.ç,,.. ciênci<l, se. em wis circun.rtâncias, não exter11asse meu a1>lauso. minha admi• ração e meus augllrios à campanha da TFP. Que Nossll SeflhOra tia Conceição Aparecida, Padroeira do Bra·• ,til, Se digne 1ornd-la vitoriosa em todo se111ido. e renha uma proteção especial sôbre j•eus planejadores e executo• res".
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D. GERALDO SIGAUD E ATFP NO DIA 2 ,le outubro p.p., à saída de rmw tmtliência com o Presfr/ente d<1 Repríblic<1, no Rio, o Arcebispo de Diamm11i1w, D. Geraldo tle Proença Sigaud, /êz ,le(,:laNzções iz impren.ta ,, respeito da Sociedatle Brasileira de Defesa dll Tradiçüo, Família e Propriedade. Esslls tlecla• rações foram amplamente ,livulga,las pelos jornais diários. de norte a sul do País. 1endo cerlo número dêstes armcu(o um verd,uleiro alarido publici1ário em tôrno dtzs palavras ,to Prelado mineiro. Trmiscrevemos de um ma1wi110 de Siio Paulo, para conltecime,110 tle nossos leitores, o resumo da enlrevisw de D. Geraldo SigaUll:
"Após ser recebido o ntein em audiência pelo General Médici. o Arcebispo de Diamantin•, D. Ger:,tdo de Proença Sigaud, informou que a Sociedade Brasileira de Deíes• da Tradição, Família e Propric.dadc (TFP) afastou-se dêle há mais de dois anos. A cisão, disse, foi conseqii.ência de seu apoio à reforma agrária do govêrno, que considera justa e cristã, e à reforma litúrgica determinada pela Santa Sé. En\• bora lamentando a dissenção, asseverou que. por um problema de cons<.:iência. não podia deixar de ajudar o govêrno ou ser contra o Papa ...
Comunicado de imprenso do TFP A propósito dess"s declt1rações, o Servi(:o de Imprensa da TFf' dt'stribuiu no ,lia 7 o seguinre comunicndo:
·· A Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, tendo cm vista o alarido ,p ublicitário feito por certa imprensa cm tôrno de recentes declarações do Sr. Arcebispo de Diam•ntina, D. Geraldo de Proença Sigaud, julga indispensável prestar ao público os seguinte,.s esclarecimentos: • 1 - A atitude dos dirigentes da entidade face ao problema da reforma agrária está consubstanciada no livro ºReforma Agrária - Questão de Consciência" e na Declaração do Morro Alto. O Sr. Arcebispo de Diamantina,, que figura como u.m dos autôres dessas duas obras, mudou de opinião. A TFP deplora o fato, porém se conserva inabalàvelmente fiel à posição assu.mida. • 2 - Afirmou aquêle Prelado haver adotado sua nova 3titude face à reforma agrária, ,p orque ··não podia deixar de ajudar o Govêrno". Tal afirmação, feita à imprensa no momento cm que o Sr. D. Geraldo Sigaud acabava de ser recebido pelo Exmo. Sr. General Emílio Garrastazu Médici, Presidente da República. pode talvez criar a impressão de que a atitude antiagro-rcformista da TFP tem un, sentido de oposição ao Govêrno atual. A êsse respeito, a TFP lembra ao público que o livro ··Reforma Agrária - Questão de Consciência" foi <lado a lume cm novembro de J 960. e a Declaração do Morro Alto cm novembro de 1964, isto é. muito anteriormente à ascensão do atual Govêrno. O fato de continuar a TFP fiel a ~uas posiçôcs não tem qualquer sentido de oposição ao Govêmo. Resulta apenas de um imperativo de consciência. Assim agindo, a TFP ,tem a certeza de não entrar cm choque com o atual regime, já que, segundo declarou recentemente à imprensa londrina o Sr. Ministro da Justiça, Prof. Alfredo Buzaid, no Brasil ninguém sofre perseguição nem pressão por suas convicçõe$ políticas, e existe até um ,partido oposicionista, que "pode criticar o Govêrno. e de fato o fazº. Importa acrescentar, .por fim - e para evitar explorações - que de há muito a TFP não tem mais feito campanha contra a reforma agrária. por não julgar necessário. • 3 - No que concerne às reformas litúrgica.s. é bem certo que algumas delas causaram perplexidade aos membros da TFP. E não s6 a êlcs, como a Bispos e teólogos de valor, que as estão estudando. e sôbre elas desejam mn diálogo eisclarccedor. Entretanto, a TFP timbra cm afirmar que tal atitude não importa cm qualquer transgressão das leis da Igreja no tocante à submissão devida pelos fiéis ao Sumo Pontífice. • 4 - O Sr. D. Geraldo Sigaud tem razão ao afirmar que a reforma agrária e as reformas litórgicas foram causas de distanciamento entre êlc e a TFP. O Sr. Arcebispo de Diamantina poderia ter acrescentado a estas uma terceira causa. que. a partir de 1969. S. Excia . começou a se manifestar favorável à abolição do celibato eclesiástico, pelo menos cm certos casos. i:.~a mudança de opinião Jhc •·aleu. segundo consta, um abraço de felicitação de D. Helder. Pelo contrário, os membros da TFP se mantêm firmemente ao lado da legislação canônica atual, que estabelece a necessidade do celibato na Igreja Latina para todos os clérigos. • 5 - Dada a CO!l/lideração que tem ao Sr. D. Geraldo de Proença Sigaud, bem como à longa e íntima cooperação que com êle manteve, a TFP evitou quanto cstêve cm seus meios, de dar ao conhecimento público êstes fatos. Pesarosa, fá-lo agora, pois a isto foi obrigada .p eta necessidade de impedir que paire qualquer sombra de dúvida sôbre a inteira correção de suas atitudes face à,~ leis civis e eclesiásticas".
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Nos dois clichés desta página, a TFP em campanha no Viaduto do Chá, em São Paulo
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Diretor: Mons. Antonio Ribeiro do Rvsario
G~N'1LF. DA FAURIÃNO (Séc. xv)
Dies sancti/icatus illitxit nobis: venite gentes, et adorate Doniinuni, qui hodie pro salute mrtndi de JI irgine TUlSC<. dignatttS est ( Ili Noturno das Matinas do Natal)
CENTENÁRIO DO PATROCÍNIO DE SÃO JOSÉ/ MANDAMENTO
D
IA 8 DE DEZEAfBRO déste ano de 1970, 1ra11srorre o primeiro ce11le11ário do ato pontifício q11e ~eclarô11 São Josl, Espóso de Maria Sa11túsima, Patrono da Igreja U11iversdl. Ate11de11do ao desejo exp.resso por grande 111ímero de Padres do I Co11cflio do Vaticano, o S1111/0 Padre Pio IX, de saudosa memória, atravls do Decreto "Q1umadmodum Deus" da Sdgrada úmgregttfâo dos Ritos, proclamou Patrono da Igreja U11irlcrsal a São Josi, Caj/O Es• póso de Afaria e Pai 1111/rício do Fi/1,o de De11s f~ito homem, Jesus Crislq, O / 11n.dame1110 disse celeste e 1111iflersal pa./rocínio, t!xpós o Papa LeãO XIII, 1111 E.t1cídic11 '"Q1111mq1111m P/11ri-lJ~', Semelha11lt ofício celt1lial de São Josl I o tompleme11to 11at11ral da f1111fâo sublime q11t o grande Patriarca extrctu 11a terra_, tomo chefe da Sagrada Pamília, g11arda da inlemerata Afã'e de De111, e Pai adotivo do Divino Rtdenlor. De fato, não pod~mos separar 1/0 Vtrbo E11car11ado 11111, missão de R.edentor do m1111do. Jesus Cristo Se féz homem e R.edenlor ao m~S.W'J tempo. ÊJe Se jéz homem, como Redentor. Por is.so, a /1111ção de São Josl sóbre o Mtnin() Deus se estendê a todos os q11e na Igreja co1utit11em o Corpo Mfstico de Cristo Rtdentor. Vale dizer q11e São Josl, por 11m direito 11,1111ral, é o Pa• tro110 de tóda a lgr11ja. Com arg11mt11lafil" semelhat1te, l...eíi.o XIII moslra q11e a nobr~ missão de São José j1111to d Virgem Afãe, se estende 11at11ralmente a q11autos a /',faternidnde Divina lransfor·m a em filhos dt: Mari4 Srn1tfss1·m11. Eis q11e, em todos os tempos, a, Igreja co11/io11 sempre 11a, especial proteção do Santo Patriarca São josé. O mesmo faziam os Santos, como consta ab1111da11lemt11lt! dn hagiografia cristã. No e11t11uto1 foi 11 silllt1fâO aflilivr1 <la Santa Igreja que levou Pio IX ao Decreto "Que• m11dmodHm D~11s", proclamando o Pr1trocí11io Hniversn.l de Sã1> José sóbre t6tla ,, lgreja. Dir o Po11tíjice d11 lmaculatla: " Vcrdadciramcorc. nestes trisdssimos tempos, quando a pró• pria Igreja, perseguida cm todos os Jugar,cs, por seus inimigos, c:st.< oprimida por tão
grandes calamidades, que os homens lmpios imaginam que as porra:; do inferno pre• valcceram contra Ela", Jor1u1•St• 11ecessário o patrocí11io de São Josl para que E.la. "possa servir a Deus com segurança, e com tôd.-. a liberdade, uma vez suplaorados os erros e adversidades••. 1"ais paldvr,u de Pio IX. podem ser repetidas hoje, com a nu1ma, 1t11ão com maior pro• priedade. Porq11au10, a crise por que passa hoje a Jgreja pôde ser caracterizttdn por Paulo VI como uma a11todemoliyiio. Não sã? mais 01 inimigos de fora, mrt.S os próprios filhos que, aliciados ptlo destjo ardente de se couformarc.m eom a.s má:l(imas 1/0 mundo, lhJmnm "· tleslr11ição de s11a própria Mãe, a San/a lgrtja. É, pois, 11ecessário avir,ar 1101s11, co,,jia,u;a no patrocf11io rle São Josi, e i,,t,msijirar o t!:<ercício dos aios q11e atraem tão exctlsa proteção. /"orta1110, 11ão só em viJta de 11,n4 dig11a corncmorafáO do <eutenáritJ d(J alo tle Pio 1X, como, mais especialm1t11tc, pela singular e 11rgenle prerisão em q11e 11fJJ c11co11h',t111os de 1·e• correr ao patrocíuio de São José, ma11dttmos: 1 - Q11e ,10 11ov1t11ário que precede e prepara a festa da lmac11larla Concciyão da Bem• avcnlurada Virgem Mdria, após a Bi11fão do $autíssimo Sa.cramtmto, se reCÍl é a orarão "A Vós, São José, recorremos em oossa tribulação", com que i11voca111os o pa1rocí11io de trio poderoso Palriarcn,· 2 - Que o povo seja i11slr11fdo sóbrc o patrocít1io 1111i11crsr1/ dt: São José, de m,111eir11 a a11111c11tar sua co11/i1111ça ~ devoção ao Souto Varão, escolhido por siugular providi11cia tliviua para Pai 1111trício do Verbo E 11cur11r1do, e guard,, puríssimo dr, Virgem ~1ãe. Dado e p11ssado em Nossa Episcopal Cidade ,le Campos, sob Nosso sinal e sé/o de Noss,,s Arl(las, aos vi111~ e 11m diaJ do mês de 11011trmbro do auo de mil 110,:ece11tos e setenld, ,,,, festa da Apresentação ria Dem•r1ve11t11rr1tla Vitg-e m Afaria 110 Templo.
+ An,onio, Bispo de Campos.
L. S.
N. º
240
•
DEZEMBRO
DE
1970
•
ANO
XX Cr$ 1,50
• • ,
A VITÓRIA de Salvador Allcnde nas eleições presidenciais chilenas encheu de euforia todos os comunistas e seus congêneres. E não sem razão, pois cm mais de cem anos de intensa pregação ideológica esta . é a primeira vez. q ue um candidato oficialmente marxista chega ao poder pelas urnas. Enquanto as tubas da propaganda apregoavam aos quatro ventos que o marxismo re-
gistrara grande progresso no Chile, a opinião pública ia-se deixando convencer. no Brasil como no resto do mundo, de que êsse fato indicava um avanço irreversível das massas Ja1ino~amcricanas para a esquerda. Ao mesmo tempo, segundo o famoso princípio de Clausewitz, procurava-se desalentar tôda ação anlicomunista, apresentando como inútil a resistência. ao que seria a n1archa inexorável da História. Essa atitude fatalista só ao comunisn10 poderia aproveitar, e era necessário que alguma voz se erguesse para denunciar o grande "bluff" que se queria impor à opinião mundial. Se a vitória de Allende a muitos colheu de surprêsa, o mesmo não se deu nos círculos da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Familia e Propriedade. Há anos acompanhava a entidade com apreensão o desenvolvimento da política interna do país irmão, que tanto reflexo podia ter sôbre a nossa própria. Em J967 um dos diretores da TFP, o jovem advogado e fazendeiro Fabio Vidigal Xavier da Silveira, lançou sôbre Frei o apôdo de o Kerensky chileno, no j:I hoje célebre livro em que mostra como o Presidente democrata-cristão andino estava preparando o caminho para um futuro regime ,narxista em seu país. Entre os aliados da Democracia-Cristã neste último, apontava o Autor setores do Clero progressista e organização católicas. Assim, não é de se estranhar que a palavra capaz de esclarecer o público brasileiro e sulamericano tenha partido da TFP, pela voz a todos os títulos autorizada do P,residente de seu Conselho Nacional. Em artigo sereno, profundo e objetivo - que a TFP fêz seu como manifesto à nação - analisou o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira o resultado das eleições chilenas, tornando patente que a vitória do candidato da Unidade Popular de nenhum modo representara um progresso do comunismo no país amigo. Pelo contrário, porcentualmcntc a votação de Allcnde regrediu cm relação à eleição anterior. e a c.scassa ma_rgem de 1,4 % que êle obteve sôbrc o segundo colocado lhe veio de fatores outros que um crescimento numérico das fileiras marxis1as chilenas. Antes de tudo, cumpre assinalar o contingente de votos de inocentes-úteis freqüentadores de igreja, que o Clero progressista certamente carreou para Allende. A escandalosa atitude do Emmo. Cardeal Silva Hcnríqucz, logo depois de ratificada pelo Congresso a eleição do candidato do Partido Socialista, não deixou margem a dúvidas quanto a êste úllimo ponto. E é por isso que os jovens propagandistas da TFP saíram pelas ruas de todo o Brasil apregoando alto e bom-som que "Pastôre.t entregaram o Chile ao lôbo \lermelho".
"São Paulo assaltada par anjos medievais" "São Ptmlo /oi assaltada por anjos medie• vais. Ficção cientifica? Alucinação dantesca? Reafidatlc purll. De l'eperite. surgidos das entranhas obscuras da mitologia. êles invadem a,t ruas. ,Jominam praças. fixam po.rições de ata.. que [ ... J. Não vodemos ncg11r que há uma certa belew imernoritll nesses esta1ul<1rtes que lembram leões dourados em campos verme• lhos. Mas é absolutamente i11compreenslvel que êles <1i11da tremulem em nossos céus, gal/l(lràamente erguidos por paladinos cuja envergadura mental reconta, pelo seu sectarismo e fanatismo, a e.rtrciteza medieval . .. " Foi com essas palavras ao mesmo tempo indignadas, atônitas e admirativas, que o redator anônimo de certa falha universitária de 2
São Paulo se referiu ao lançamento da mais recente campanha da TFP, na Capital paulista, de onde se irradiaria por todo o País. Essa campanha durou de 11 de setembro a 5 de outubro p.p. Seu êxito foi eloqüente, e de uma eloqüência contra a qual nada há que redarguir: a eloqüência dos números. Com efeito, tal foi a aceitação do público para a difusão que a TFP fazia do "best-sellcr" do Sr. Fabio Xavier da Silveira, "Frei, o Kerensky chileno". e do artigo-manifesto do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira mostrando a verdade a respeito da vitória de Allcndc, que cm dez dias pràticamente se esgotaram os 4700 exemplares que restavam do livro e os 2800 jornais remanescentes de nossa edição de junho-julho <!e 1967, a qual estampara cm primeira mão aquela vibrante reportagem. Para que a campanha pudesse prosseguir, reapresentamos cm nosso número de outubro, com a tiragem de 25 mil exemplares, o texto de "Frei, o Kercnsky chileno", junto com o artigo do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Ademais, 550 mil volantes com o texto dêste último foram distribuídos ao público nas ruas das cinqüenta cidades ( 14 Estados) em que se desenvolveu a campanha.
"Sopos11 e comunistas não gostaram Enquanto o grande público manifestava profundo interêsse tanto pelo livro do Sr. Fabio Xavier da Silveira, como pelo manifesto da TFP, uma minoria, constituída por "sapos" e esquerdistóides de todo naipe, mostrava-se profundamente desagradada com a campanha. "A reação mais bem organizada foi a dos "sapos", escreveu o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em sua coluna semanal num matutino paulista: ·•com uma uniformidade de atitude espantosa, que faz pensar numa palavra de ordem, êsses burgueses bem instalados na vida passam pelos s6cios e militantes da TFP, sem os ver nem ouvir. Com os olhos postos num vago longínquo, a cara dlscretamente carrancuda, o passo rápido, não respondetJ nem sequer com um tíceno li oferta amável do "besl• -se/ler· tle meu amigo Fabio. E nem abrem a m<io par1, t,ceitar meu artigo". E mais adiante ; "Enquanto dtsse modo agem os "sapos", os conumis16ides de rua e os jovens fmtatit.adOJ' pelo Clero progresslsta, com mil perguntinhas, objeçõetinhas e debiques. tentam interr01nper nosso trabalho. Um ou outro agride até com violência. Assim, um tipo, em Pôrto Alegre - eu melhor diria, um assassino em germe - atirou contra os nossos um pt1ralelt pípedo de rua. Naturalmente, ê.r.rc "valente" ficou covardemente anônimo".
Em Belo Harixa nte: desfile grandioso Ponto alto da campanha cm Belo Horizonte foi um de.~file dos propagandistas da TFP, com suas capas e estandartes, pela Avenida Afonso Pena, artéria principal da Capital mineira. Esse desfile teve lugar no dia 1.0 de outubro, e provocou enorme impressão sôbre a população belo-horizontina. Depois de enfrentarem uma estúpida agressão na Praça Barão do Rio Branco (ver comunicado da TFP cm outro local desta edição), os jovens da TFP iniciaram a sua caminhada, dirigindo·se para a Praça 7 de SC· 1embro, subindo a Avenida Afonso Pena até a Rua Guajajaras, e terminando na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Durante o desfile cantavan1 o hino ''Queremos Deus" e davam brados de "Tratlição! Família! Propriedade!''. entremeando-os com os slogans da campanha: ;'Nosso manifesto demonstra: o comunismo não progred;u no Chile!" - "Leiam nosso manifesto: Pastôres entregaram o Chile ao lôbo vermelho!" - ' 1Pfinio Corrêa de Oliveira denuncia: a trnmll progressista no Chile!" "O lit1ro de Fabio Xavier da Silveira: Frei, o Kerensky chileno!" Além de dezenas de estandartes menores, era conduzido um grande estandarte da entidade, de 12 metros, tarjado de
prêto, a indicar luto pela entrega do Chile ao comunismo. Uma faixa ostentava os seguintes dizeres: "Pelo Chile, país irmão - fttta, luto e oração"'. Grande massa popular se postava de ambos os lados da imponente Avenida Afonso Pena, e das janelas dos prédios milhares de pessoas observavam a caminhada. Ao longo do percurso os propagandistas da TFP foram várias vêzes saudados com aplausos partidos espontâneamente do meio da multidão. Chegados à Igreja do Sagrado Coração de Jesus, sócios e militantes da TFP entraram com seus estandartes, para assistirem à Santa Missa e oferecerem-na por intenção do Chile. Deu-se então um fa to deplorável e que nada justificava; o DOPS pôs verdadeiro cêrco ao templo, com um aparato policial que incluía até cães amestrados para a caça a bandidos; o advogado Leo Daniclc, militante da Tradição, Família e Propriedade, foi detido arbitràriamcntc, permanecendo preso· durante três horas e meia. Findo o ato religioso, diretores da TFP mineira foram notificados pelos agentes do DOPS para não prosseguirem com o desfile. Tendo deliberado conformar-se com a determ inação abusiva, os propagandistas da TFP cantaram novamente o hino de São Luís Grig• nion de Montfort "Queremos Deus", e> se retiraram do templo, dispersando-se. No dia 2 a TFP convidou a população de Belo Horizonte para participar da recitação do têrço que, encerrando a campanha cm Minas. promoveria diante de uma de suas sedes, a fim de pedir a Nossa Senhora da Conceição Aparecida que livr asse o Chile da ameaça comunista e nunca pem1itisse que o Brasil se visse cm uma situação como a da nobre nação irmã (notícia em outro local dêste número). À falta de argumentos,
estrondo publicítório ..·Que,n sal à chuva é para se molhar", diz o velho ditado, lembrado pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em artigo para a imprensa diária . A TFP previa a tormenta que dasabaria sôbre ela a propósito de sua campanha. Já no manifesto sôbre as eleições chilenas havia advertido o Presidente de seu Conselho Nacional: "/!: de se prever que certas afirmaçõeJ aqui corttidas causem desagrado e até pro1es10s cm algun.r círculos. especialmente do chamado procre.r.rismo crisuio. A êsscs lembramo.r .rlmplesmente que os fatos que alegamos são i11• contestes e incontestáveis . .. " E é por não encontrarem o que contestar nos fatos apresentados pelo eminente pensador brasilcirQ que os progressistas, os "sapos", vá• rios jornais, rádios e televisões, de todo o País, numa orquestração pcríeita, se coligaram con• tra a TFP num imenso estrondo publicitário, que procurava em vão atemorizar os s6cios. mili1antes e. simpatizantes da entidade, para lhes enregelar o entusiasmo, paralisar o dinamismo e desagregar a coesão. ;,Contávamos com isto - escreveu o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira - pois tal é o costumeiro desfêcho de no.rsa.r campanhas: uma contra•ofensiva dos que não concordam com n atuação por nó.r desenvolvida a bem do País e da civilit.ação cristã". A seguir, lembra o Presidente do Conselho Nacional da TFP que, em J966, quando aquela Sociedade estava cm plena campanha contra o divórcio, a Comissão Central da CNBB, numa atitude inusitada, baixou um comunicado contra ela, que a todos surpreendeu. Em men,sagem pública ao Episcopado a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade ponderou. entre outras considerações, que golpear . o porta-bandeira cm plena luta é favorecer o adversário da própria bandeira. A ·m esma reflexão caberia para o episódio que ocorreu na presente campanha : quando esta se encontrava em seu auge, o Cardeal Primaz do Brasil saiu a público com um ataque cont-r a a TFP, poucos dias antes de dar a lume uma fogosa apologia de D. Helder. Em nossa última edição estampamos a res-
posta da TFP .a essa tomada de atitude do Emmo. Sr. D. Eugenio Sales ("Análise, defesa e pedido de diálogo / Carla aberta da TFP ao Cardeal D. Eugenio Sales"). E para pasmo de muitos, D . Geraldo Sigaud escolheu o mesmíssimo momento para atacar a TFP, a qual se viu obrigada a emitir o comunicado que estampamos igualmente em nosso número de novembro. Em artigo para a imprensa paulista o P rof. Plínio Cor,rêa de Oliveira fêz nos seguintes têrmos, a análise da rumorosa ofensiva publicitária a que aludimos: 11 0ndc o fenômeno se apresentou de um modo mais accntu(ldo foi Belo Horizonte. Porém, uma ou outra de suas características se notou quase por tôda parte. Enuncio três destas características, ou me• lhor, três dessas anomalias típicas da recente erupção de ódio: J - INTEIRA PERDA DA: OBJETIVIDADE, Assim, em Belo Hori1.on1e, há wna igreja situada em local muito transitado~ .na qual nossos jovens se reuniram para rezar ap6s um dia de campanha. A cidade tôda, absolutame111e tôtla, sabe q11e se trata de um tetirplo católico apostólico roma110, isto é, a Igreja do Coração de Jesus. Par(l incompatibilizar a 1'FP com a população belo-hori1.011tina, um jornal tia Capital mineira teve a inconcebível audácia de afirmar que aquela igreja é greco-cl.rmálica. E essa balela clrculou largamente pela imprensa de outro.r lugares. Para honra de nosso jorna• /ismo, é preciso dit.er que uma tão frontal negação de uma verdade evidente, é muito rara. Por que então se chegou a tal extremo com a TFP? 2 - COMPLETO FECHkMENTO A QUALQUER OSPESA DA TFP. Em Belo Horizonte, nenhum
jornal publicou as retificações e desmentidos da TFP. Em outros lugares, houve fôlhas que fizernm o m esmo. Outras pub/icardm. cm, lugares secundários, re.rumos ridiculamente pequcno.r de nossos retificações. E isto quando, na véspera, haviam publicado com gordos títulos as notícias contrárias a nós. Poucas fo• ram as que publicarom convenicntemcntt nossos comuniêados. Também, tudo isto é raro em nosso meio. Por que se chegou a tal extremo com a TFP? 3 -
ALARDE DO QUE É CONTRA, SILêNCIO SÔDRE o QUll É A FAVOR. No transcurso da
campanha, D. Geraldo Si9aud, Arcebispo de Diamantina, publicou declarações sôbre o distanciamento ocorrido entre ê/e e a TFP. Essas declarações foram reproduzidas, glo• sadas, vociferadas por tôda parte. Ao mesmo tempo, D. Antonio de Castro Mayer, Bispo de Campos, nos escreveu uma carta de caloroso apoio ti campanha que vfnhamos desenvolvendo. Nosso Serviço de Imprensa distribuiu largamente êsse primoroso documento. Entretanto, poucos jornai.r o publicaram. Mais uma vez, pergunto: por que se procedeu assim com a TFP? Não sei. Mas de u~na coisa sei. E o leitor também sabe a quem aproveita wdo isso. f:: a que,n atacamos, é o comunismo. Que nexo há, então, e,ttre o comunismo e essa campanha? Como se dá que pessoas não comunistas, a ela se associem com tal furor? São perguntas sôbre as quais não há dados para se escrever nada, por ora. Mas a Históría o dirá . .. "
Profess6res e. eclesiásticos apóiam TFP .Em meio a essa ofensiva de verdadeiro terrorismo publicitário contra a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Famíl.ia e Propriedade, recebeu esta numerosas e expressivas manifestações de simpatia e de apoio à sua atuação. Entre elas cabe destacar n já rc-
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ícrida caria do Exmo. Sr. O. Antonio de Cas,. iro Mayer, que transcrevemos cm nossa edi• ção de novembro. Também merece menção
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especial o abaixo-assinado de 240 professõres dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, que reproduzimos no presente número.
COMl/NICADI) IJA
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FAMÍLIA MLNEDIA A SECÇÃO de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Deresa da Tradição, Família e Propriedade não obteve que nenhum jornal, rádio ou TV da Capital mineira publicasse um e-omunicado seu desmentindo as inverdades vei-
culadas a propósito de incidcnlcs ocorridos por ocasião do desfile que ela realizou pela Avenida Afonso Pena, no dia 1.0 de outubro. Por isso. na noite do dia 2 fê't distribuir de poria em poria. cm Belo Horizonte, 1O mil volantes com o seguinte 1ex10, subordinado ao tÍlulo de " COMUNICADO DA TFP ;., FAMÍI. IA MINEIRA /
0ESMENTIOO AO TJ!RRORISMO PU8LJCI'rÁRIO":
'"A Sociedade Brasileira de Defesa d" Tmdição, F"anúlla e Propriedade - Secção de MinaJ· Gerais ,Jirige-se_. t1travé.r clêste folheto, aos lllres, c1s família.r d" Cclpita/, apresenta111Jo../Jre.r um relato suscinto do que realmente aconteceu. A referltla enti<lade levou a cabo ,, l ." de outubro 1>.p. uma bilhante jornada tle ,lifuJ·tlo do mensário de cultura "Ct1rolidsmo". editado em Ca11tpos, sob ,, igicle do grande Bi.rpo e te6/ogo D. Antonio de Castro M,,yer. Nesst número de ''Câ10/icismo" está publicado o artigo-manifesto do Prof. Plinio Corrêa de OHveira, esclarecetulo a opinião pública sôbre a pretensa vit6ria tio nwrxi:rmo no Chile. E wmbém - em nova edição - o já f<v>1oso "best-seller'' de Fabio Vidigal Xavier tia Silveira, intitulado "Frei. o Kerensky c/rileno", A 1'FP agradece a ótima acolhida que re• cebeu, desta vez, como de costume, tia parte da populaç,io de Belo H orizo11te. e exprime seu. entusiasmo ante a difusão que está obten.• do êsse 111lmero de "Catolicismo". A o mesmo tempo, " 1'FP se sente no de• ver <itt elucidar a opinião pública mineira sôbre duas agressões feita.r naquela ,lata, contrtl seus .r6dos e militantes, as quais servirt,m de ocas100 para que se leva11tasse contra ela um bem concatenado e impetuoso estrondo publicitário.
Agressão O primeiro episódio st! deu na Praça Barão do Rio Branco, tis 15h15. Um grupo de orruaceiros desconhecidos lmtçou um" Kombi contrll nossos propagandist,,s, começou ,, in.mltá-Jos. sem outros motivos, passando logo depois à agressão /í.rictl. Os miliumte.r. 110 cxercíclo do direito da legítima defesa, ao,r brados de "agres.,orcs'', "agressores'', re vidaram, ,!e maneira II conter os agressores. l'ostt riormente, apareceu 110 local uma viatura do DOPS. Agressão análoga ocorreu na Praça Sete, ,Jurante o desfile. Os s6cios e militantes da 7'FP, mui.r uma vez, foram obrigados a revitlar em legítima defesa.
O desfile hticiou..se então o desfile, programado des-de a véspera, como parte da jornada de difu.. .r,lo do artigo-manifesto tio Prof. Plinio Corrêa ,le Oliveira. O cortejo saiu da Praça Barão do Rio Branco, às 15h30, dirigin,lo-se para a Prllça Sete, continuando até a rua Guajajaras. terminando na Igreja do Sagrado Coração, onde /oi celebrada Missa em ação de graçus pela campanha e para que o Chile não caia sob o jugo comunista. Quando o cortêjo chegou ti igreja, os di• retores da TFP receberam notificação do DOPS para não prosseguirem no desfile. Notificada a proibição aos s6cios e militanies pela Diretoria Sc,·cional da '/'FP, êstes tleliberatam jconformar-se ti dete.rminaçao. Ante.f de sa1rem do templo t:tmtaram com entusiasmo o hino de São Luís Grignion d,• Montfort "Queremos Deus'', como preito de amor a civilização cristã. 1'endo sido sôbre o assunto promovz'tlo verdadeiro e.rtrondo publicitário contrário li 1'P'P, esta Secção formula seu mais enérgico prote.rto e afirma u falsidade completa ,Je tô<ias as versões des(liroJ·as que têm sido veiculddas sôbre o f(ltO. Não dispondo do.r ,neios neceJ:sários para dt1r tio referido estrondo publicitádo ui11t1 rép/ic", difundida com proporcional amplitude, (I TFP cor,fia, entretanto, no proverbial bom senso do povo mineiro, bem como na slmpati<, com que êle sempre acompanhou nossas atividades, e está certa de que a opinião ptiblicfl
J·aberá disce,·11ir entre a c,tlúnia soez e a vertladc critt1li11a.
Desmentido A vcrs,io ,Je que o tu/vogado Leo Daniele
teria si<Jo prêso por ter tentaclo arreb,11ar um mi,·rofoue das m,los de um r<1dialista é tora/w m ente fulsa. Na rcalfrlt'ule, o Sr. Leo Daniele, miliumte da 'l'rtldição, Família e Provriedade, se limitou ,, tomar alguns apontamerttos, en* q1uu110 falt1.vtl o rtulialista. Este, inexplicàvcJmente agastado, pediu a intervenção ele um policial, o qtwl leVou o Sr. Leo Daniele ao DOPS, liberando-o m/lis t11rd,.
Pessoas de tôdas as idades se interessam pelo manifesto da TFP li f
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A respeito da ,1gressão sofrida por sócios e miliumres da TFP~ no início de seu tlesfile, convém apresentar um formal tlcsme11ti11do às versões ,Jistorcidlls, divulgadas por órgãos da imprensa escrittl e fa!tult1. Assim. n,lo corresponde à ver,Jade que os jovens tcnluun provocado "grande confus,lo. espancamento e perturbação do trânsito, ao se {lirigirem para a igreja ortodoxa. brasileira". conforme noticiou "O Diário". em sua edição de 2 de oulllbro. De acôrtlo com a nott1 distribu'i,ltl no tlia llllterior pelo nosso Servi,ço de Imprensa, os três indiví,Juos identificados no DOPS e mais um companheiro lançaram uma perua Kombi sôbre. o.f propt1gt1ndis1as e iniciaram dttpois uma agressão, que foi revidada pelos militanres tia TFP., cm legítima defes(l. 1'ambém a notícfo de que os nossos rtlpà~ t.C.l' se ,lirigiram para a igreja ortodoxa brasileira situada na confluência das tlVenidat Carandaí e Alfredo Balcna, carece de objeti• vidade, pois, segundo é 11otório, a Igreja do Sagrado Coração, aí .rituada, é cat6lic" opos• tólica rommu,. A inda sôbrc o incidente na Praçtl Btlrão dó Rio Branco, 11ão corresponde ti retllidade a versão apresenta,la pelo "Diário de Minas": "'Q uando a Komb,' passou por outro grupo, mais ,!e vime homens <ia TFP ,,vançaram sôbre o vcí,.:u/o, batendo com os estandartes no carro, amassando-o, enquanto o motor,'sta Eu• elides e .reus companheiros Roberto Lima e Raft,e/ Pelo?.i. eram arranct,dos tia Kombi e surrados''. Com efeito, nenhum s6cio ou militante bateu t·om estandartes na perua, amassando-a. nem arrancou <1ualqucr dos seus ocupantes do interior dt1 m esma. oS quais iniâaram a ogres• são.
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Versão distorcido Sôbrc a magnífica jornada de difusão do mensár,'o '"Catolicismo'·' e o imponente desfile.• 1>ela Afonso Pena, que impre.s.rionou <1 1>opulaçiio tle Belo Horizo11te. o concciuwdo órgão "E.rtado de Minas", inexp/icl,velmente, regis• tróu upenas que os jovens .re dirigiram "cs,-oJrados por flgt11res do DOPS /Jflra " /gre;a do S(lgrado Coração de Jesus". Esta formulação jacciosa sugere a idéia de que os rapaze.r se• guiram presos até aquêle templo religioso. "Muita gente [ ... J entrou 11a briga, ao lado dos rapazes da Kombt' - afirmou o ''Diário de Minas' '. Acrescentando que "'sol<iados, com empurrões e caJ·s etetcs. consegui.. r<1m dissolver o grupo''. Quando os ocupantes da K omb,' ,mc,arom a violência, os milit"11tes reagiram, conte11do..os após alguns minuto.r. Não houve nenhuma outra i111erferê11cia policial e nem tampouco for<1m usados "casse ..fêtes''. Nota-se também o imuito de colocar tí 1"FP <70ntra o.r popula1'•.r, ne.rta versão de "O Diário": "Envergando as suas conhccitltis capas escarlotes, com o símbolo de um leão hcrál,Jico, ttm grupo da TFP acabou t>Or insistir <lemasitldo com os popu/are.r, t, pomo de pro,. vocar o primeiro <ie1;cntendimento, que ocor.. reu ,·om um grupo de omro.f jovens, que paS'-.ravü nuow Kombi de dwpa número .... .. . 2-21296-12. [ . . • J iniciou-se " llgre.rsão, rendo os ocupante.t do veículo reagido comra os pontapés que ertun de.r/eridos ,u, Kombi (pe.. los militames da TFP). O conflito degenerou. Os '"TFP", usando os mastros de suas bandei• ras, passttram " dtsferir golpes nos popultlrc.s". Na verdade, os nossos s6cios e militantes .fe limiwram a defender..sc contra uma selva.. gem tentativa de atropelamento e de agressão,
De pé sôbre a amurada do Viaduto do Chá, em São Paulo, rnilitante da TFP proclama que a eleição de Allende é ameaça para a América Latina
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Também na Argentina houve campanha de divulgação do artigo do Prof. Plínio Corrêa de Oliveira sôbre as e leições do Chile, e de "Frei. o Kerensky chileno", Os propagandistas da TFP platina subiam em barris para falar ao povo. 3
CON'Ct.USÃO OA PÃ(l , 3
ELEICÕES CHILENAS: Tl"P ESCLARECE E ALERTA • ncio lwvotdo nenhum popular .rofritlo q,wlquer
violência por parte dos jovens, cuja corteJ·iu no contacto com o público é not6ria. O "Düírio de Mi,uz.s'' confu,ule alguns agita,Jores, postados no local elo conflito, com o pôvo, ao afirmar: "Os membros da TFP prôsseguiram, subindo a Afon.ro Peru,, cantando hinos. sob a vaia ele quase mil pessoas. que e.ftavam espertJ1ulo os resultados''.
Durt111te todo o tr,1jeto, o desfile da TFP despertou ,,dmiração generaliztu/c, e c,té aplauso.r de transeuntes, não tendo logradO os agiuulores reeilizar seu intento por ruio encontrarem "poio popul,1r.
O noticiá rio da TV A 1'V Vila Ricc,, Canal 7, noticiou simplesmc,ue esta aberração: "Os ,·mpetuosos rapazes da TFP foram em cana por agressão e a partir de agort, vão ter t/ue parar com as perturbllçôes ti população". A 11otícitl a/irnw a'inda que os "membros da "Tradição, Fmnilia e Propriedade" prom<>veram verdadeira batalha hoje. no centro da cidtule. espa11ccmdo diversas pess0<1s, que se encontravam nas proximitlaeles . .. " E acres• centa que o espancamento se deu porque "diversas pessoas não participavam de seu pen.rmnento".
A os olhos do gra11de público, um ato de legítima defesa é descrito por está forma, .rene/o qualificada de "massacre'' tl ação defensivt, dos militantes. Do grandioso de.rfile o comcn• tarista apenas constatou uma inexi.rtente "in• dignação popular".
A TV Globo. Canal 12, quis ver "" ets.<istência ti M i.-rs,,. progrt111Uldt1 dias untes, na intenção de que o Chile não caia sob o jugo comunistu, uma fuga da polícia. O /1110 fo,,i 1101icieulo nestes têrmos: "Depois d,, passeata, êles [os rapazes da TFP] se refugillram m1
Igreja dos Setgrados Corações, ao lado do Instituto de Educação, para fugir da polícia".
da em nosso comu11icado do dia I .O de outubro: "Igreja do Cort,çiio de Jesus, agretliram o repórter Dirceu Pereira, da Rádio Guara11i. Na fliria dos membros da TFP. o jovem Leo Nino Fosco/o Daniele perdeu o comrôle e foi pr;so, depois de ameaçar a imprensa com o mastro das bane/eiras. ora usados como lança. Foi prêso pelo DOPS, por determim,ç,lo do .Delega<lo T1,rcfa·io Mene1.es, que contou wmbém com " ajuda de amoritlades fe,lcn,is. A partir de agora e por ordem ela policia, os rnembros ,Ja TFP não sairtio mais iis ruas. tendo sido cmu:elada tl grande concentraçiio desta ttoitc". Bsse episódio foi largmne11te explorado pela Rá,Jio G uara11i, que transmitia diretamente tio local. criando um clima de grande sen.mciottali.rmo. O tstrontlo publicitário foi de requinte em requinte, a ponto de fa1.er afirmações que a cidade inteira sabe serem falsas. Por exemplo - como acima foi mencionado - afirmou-se que a Igreja do Sagrado Coração de Jesus é "ortodoxa brasileird'. qu,m,lo a população tôda da cidade tem conhecime1110 de l/tle é ca16/ict, apost6lica romano.
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Novame,nte a TFP volta à s ruas Constituiu o,,irtual e irrespondível desmen• tido às (lSSevcn,ções ,ia caudalosa ofensiva de terrorismo publicitário o fato de que hoje. en-
tre I 5 e 18 horas, duas bancas de propagan,iistt1s da TFP, nas proximidades tl<t Igreja São José e do Etli/ício Acaiaca, desenvolveram li• vre e pac'lficamente ti venda do jornal "Cato• licismo", o que certwnentc não teria :;frio per• miti<lo pelas autorida,leJ' competentes, se fôssem verdadeiras as imputações feiUM' ti entidade, c,través da fantasiosa cmnpanha.
O público de Belo Horizonte acolhe11 com indisfarçável .r(mpatia o reaptlrecime,tto, na Av. Afonso Pena, dos rubros estandartes mar-
Rádio Gua rani
cados />elo leão heráldico da TFP, e acorreu
A TV ltacolomi, no seu noticiário de ontem, registra ainda uma inverdade, ,iesmenti-
em gra,ule número às ba11cas. ,, fim de comprar o menJ·ário de cultura "Catolicismo''.
240 PBOFESSÔJIES
A.PÓ.IAM A A PROPÓSITO da campanha de esclarecimento, promovida pela TFP, sôbrc o verdadeiro sen1ido da vilória de Allendc no Chile, 240 professôrcs do ensino superior, secundá• rio e cclesiás1ico, sobreludo da Guanabara e do Estado do Rio, subscreveram significativa
mensageni de apoio àquela entidade. Destacamos enlre os signa1ários os nomes do.~ Srs. Desembargador Christovam Breiner, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tarcísio Padilha, da Universidade do Estado da Guanabara, Hanns Ludwig Lippmann, da UFRJ, da UEG e da Universidade Gama Filho, Paulo Carvalho, da UFRJ e da UEG, Fernando Corrêa de Barros, do lnstiluto de Geociências da UFRJ, Everton Paes da Cunha, Dire1or da Faculdade de Medicina de Campos, Baplisla Netto, da Universidade Federal Fluminense, Nillon Braga de Oliveira, da PUC da Guanabara, e Sérgio De Moyo Hamillon, da Universidade Católica de Pc1r6polis. Assi-
CAMP ANIIA oalamos especialmente os nomes do Exmo.
Bispo de Campos, D. Anlonio de Caslro Mayer. e dos Revmos. Srs. Côn. José Luiz Villac, Pc. Benigno de Brillo Cosia e Pe. José Olavo Pires Trindade, Reilor e professôres do Seminário Maior desta Diocese.
Eis a íntegra do documento: "Diame do perigo de uma nação ir,1ui 1 o Chile, cair sob o jugo d,, mais vil ,las tirtmia..r ideol6gicas. transformando-se numa nova Cuba. nós, pro/essôrc.r univer.ritários e secundários, como também eclesiásticos, vimos a público manifestar a nossa repulsa ante êsse fato e no.sso apoio a mais uma ;niciativa da Socieda• de Brasileira de Defesa da Tradiç,lo, Família e Proprietlade, quç, saindo às ruas das principais cidades do país, denuncia a tramo progre.uista que está conduündo o país irmão rumo ao comunismo. Congrmulamo-nos com o artigo do Prof.
Verdades esq uecidas
A HERESIA J\I\IDA SEMPRE ... AI\IEXA A COI\IFUSÃO E II\ICOERÊI\ICIA Da "Nova Floresta":
HERESIA, con10 é corrupção espiritual do entendimento, e contrária à luz da lei, da razão e da verdade, se,npre anda anexa à confusão e incoerência: ludo baralha e 1nis1ura; e, ao 111es1110 1e1npo que se n1os1ra escrupulosa em pontos de ,nenos 1non1e1110, concede e devora os ,najores absurdos. ["Nova F loresta", volun1e IY,.pá-
A
gina 94 - apud "As 1nais belas páginas de Bernardes", selecionadas por Mário Ritter Nunes - Edições Melhora111entos, São Paulo, 1966, p. 18 1].
PADRE MANUEL BERNARDES 4
Plinio Corrêa de Oliveira -
"Tôtlt, a ver<latle
.rôbre as eleições 110 Chile" ("Folha de São Paulo" de I O de setembro p.p.), que co11s• 1i111i a tomada de po.riçtio oficial da TFP sÔ· bre a cri.re em que se vé envolta a naç,1o irmã, <iemonstra,ulo com argumentos inco,ues• táveis que Q comunismo ll(ÍO progrediu no
Chile. Lamentamo.f que o Clero esquerdista, com sut1s falácias, tenha sitio um /ator ele suma importtincia vitória eleitoral marxista. lembramos com tristeza o Jato de o Carde,,/ Silva Henríq11e1., Arcebispo de Santiago, ter declarado ii imprensa ser inteiramente lít:ito o um católico - que por definição mio é c:01mmis1a - votar em candidatos marxistas (cj. jorn,,;s "Ultirna Hora" e "Clarín''. de
d,,
Sa11tiago, de 24 de dezembro tle /969).
·
L,e mbramos também que, em 1968, 120
mil chilenos uniram-se a 1.600.358 brasileiros, 280 mil argentinos e 40 mil uruguaios, para
pedir " Paulo VI medid,,s contra a infiltração comuni.ru, nos meios católicos.
Entretanto. 1uula .re /êz no Chile (,,ara só /a/tu· tlêlt). que pusesse c:ôbro ,, esta onda c,,tólico-esquerdista. Até o momento, que saibamos, nenhum jornal cat6lico oficial ou oficioso .re levantou para lame111ar o escândalo tio llpoio de cat6• Jicos "º co11wnismo no Chile. Nessa situação, uma só voz há no mundo que pocle prevenir êste mal. Ê (l voz cmgusta c'e Paulo VI. Juntamos 11 nossa vo1. à ela TFP que, através de seu insigne Presidente, Prof. Plinio Corréa de Oliveira, pede a Paulo VI um pronuncitnnento oficial, claro, previtlente, forte, paterno, que, mesmo à beira do llbismo, ainda poderá salvar tudo. Por fim, pedimos a Nossa Senhora do Carmo, Pa,lroeira do Chile, que se condoa da queri<"-1 nação chiltna. E abra os olltos cios brasileiros para ll treme11da novicidade tias correntes que se rotulam ele aweomunistns e "cristãs''. mas que estettdem a mão ao cqmunismo".
ATENTADO SACRÍLEGO PROVOCA INDIGNACÃO • NO ENCERRAMENTO da campanha de esclarecimento da opinião pública sôbre o alcance da eleição de um marxista para a Presidência do Chile, a Secção de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade convidou a po,pulação belo-horizontina para re• zar um têrço por intenção da desditosa nação irmã. Para êsse efeito foi improvisado diante de uma das sedes da entidade, à Rua dos Timbiras, n. 0 I 387, um oratório no qual foi colocada uma imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que já é histórica para a TFP montanhcsa. De fato, em janeiro de I 964, em plena era janguista. uma caravana de ônibus e automóveis organizada por pujante grupo de universitários católicos mineiros, cujos membros hoje militam nos quadros da TFP. conduziu aquela imagem da Padroeira do País até Brasília, para solicitar do Presidente da República a proibição de um espúrio Congresso Continental de Trabalhadores da América Lt,tina, programado para Belo Horizon1e, a princípio, e depois para a capi1al federal. Bsse congresso tinha como principal objetivo a fundação da chamada Central Onica ,le Trabalhadores da América Latina - CUTAL, entidade destinada a promover a subversão comu nista entre o operariado do continente.
tribuiu o comunicado que passamos a transcrever:
A inauguração do oratório
ris1<1.
À hora prevista para a recitação do têr-
ço pelo Chile, considerável número de pessoas afluiu para a Rua dos Timbiras, em frente à sede da TFP, apesar da torrencial chuva que caía sôbrc a cidade. O Côro da Secção mineira da entidade entoou um motete a Nossa Senhora, tendo em seguida início a reza dos mistérios dolorosos do Sanio Rosário. Ao término da singela cerimônia, a pedido de um militanle da Tradição, Família e Propriedade, ratificado pelo aplauso dos presentes, decidiu o Diretório Seccional da TFP inslalar de modo definitivo um orató• rio naquele local, para perpetuar a lembrança da memorável campanha que se encerrava e para pedir a especial proteção da Mãe de Deus sôbre o Brasil. O pequeno oratório que assim se insta• lôu, dando diretamente para a rua, desde logo chamou ·a <!!~!1Çí.o dos !ranseuntes e torno::, se conhecido em todo o bairro. sendo grande o número de fiéis que começou
e, ir ali rezar. O atentado Na madrugada do domingo 8 -de novembro a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida venerada no oratório da TFP foi objeto de estúpido e sacrílego atentado, que feriu profundamente os senlime ntos católicos da população belo-horizontina, provocando geral repulsa. A pro• pósito o Serviço de Imprensa da TFP dis-
"A in1age111 de Nossa Senhor" Aparecida do orat6rio i11stalado e111 uma das sedes da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, localizada à Rua dos Thnbiras, 11. 0 I 387, e11, Belo florizo11te, /oi alvo, 110 último do,ni11go, às 3 horas da ,nanhã, de um brutal apedre;,1111e11to, que causou a quebra do vidro protetor e a queda da image,n. A coroa de ouro que or11ava esta foi, na ocasião, ro11bada pelos· agressore.f.
Oe111onstra,ulo pro/u11da e111oção e re• pulsa em /(Ice desta sacrilega violência, gro11de 11ú1nero de populares tB/11 11,a11i/estt1do sua irulignaç,io.
Um operário d" Cia. Fôrça e Lut co111entott que pessoas como as que cq_mete• ram o sacrilégio "precisa,n ser pu11idas''. U,n boni nú111ero de passantes, ao se
certificarem do ocorrido, ncio se contêm, e 111a11ifesta111 através tio pranto seu protesto por êsse ato ig11omi11ioso. O ataque à Virge,11, poré11i, não fêz senão awnentar o /eri•or daqueles que recorre11, à sua proteção. Assim, apesar de copiosa chuva que caiu durante o dia, 110 do111i11go, cresceu o 111ímero de pessoas que, de ;oelho.1· 011 em pé, rezavan1 dio11te da i11ragem da Virgem A parecida, pedi11do à Padroeira do Brasil que proteia 11os~·a Pátria contra o perigo terroTa11to 11es.roas simples, passa11do a pé pela calçada, quanto as de classe 11,ais eleVttda, c,n seus a1rros., tê,11-se 1nanifes1ado
tra11111atizadas co11, o fato. Nestes momentos, a alma católica se se111e 110 dever de reparar êste atentado bárbaro: assi11,, foi grande o 111í111ero de /lôre., ofertadas à image111 110 dia seguinte à pro/tmação. Ta111bém devotos q11e /ora111 beneficiados co111 graças "" Mãe de Deus através tiessa image,11 de Nossa Senhora A parecida, têm tratido velas para expressar sua constante gratidão. Todos se indigna111: crianças, ;ove11s, pessoas nwduras e idosas. Não há ninguém que não 1e11w pela sorte dos perpetradores do crüne, 11ois Deus costuma atingir com sua 111ão vingadora aq11êles que atentam con · tra sua excelsa M·ã e. Por isto mesmo, muitos se propõem a rez(lr vor êles. Mas o que é 11,uito significativo é que m1111erosas pe:,,•sot1s tê,n incentivado « Diretoria local da 'r f P a reco11ij,.Jr ú ')rat6rio, de ,nodo que cresça aind,1 nwis, agora co111 wna nota de reparação, tt tratliciona/ e ar-
raigada devoção tios 111ineiros tl Virgem Aparecida. A Secção de Mi11as Ger<ú~· da TF P nao dei.,ará de atender a êsJ'e piedos<J
11edido de seus co-esuu/uanv.-.·". No moml!nto de encerrarmos esta edição, o oratório já está parcialmente restaurado, faltando ainda substituir o vidro ex• 1erno; é maior ainda do que antes o número de devotos da Virgem que vão rezar diante dêle. A propósito do atentado foi instaurado inquérito policial.
PARA ONDE VAI O INSTITUTO DOS IRMÃOS LASSALLISTAS?- 2
ridelidade ao Santo randador ou engajamento revolucionário? NALISANOO UM volumoso dossier publicado pela revista frances:t ·•DocumcntS· •Paternité" J)Or iniciativa de "um grupo de Irmãos das Escolas Cristci(" - a respeito da situaçlio reinante no ln~tituto Lassalllsta, trarnmos longamente, cm arti.g o anterior. da estranha doutrino do Superior Geral daquela Congregação. Irmão Charles Henry Bunimcr ("Para onde vai o Instituto dos Irmãos Lassallisias? 1 / A Igreja pós-cristã e seu contra-evangelho", "Catolicismo", n.0 237. de setembro p,p.). Essa doutrina, expressa em duas conferências
A
pronunciadas em novembro de 1968, cm Roma, oonstilui uma verdadeira s úmula dos principais erros neomodernistas. O Irmão Charles Henry teve o triste mérito de expor às escâncaras o que nume. rosos outros progressistas. de tõdas as categorias, ..,,ãQ 1êm t1 comgem. (Ju a i111eligê11cill, ou a ;,,. g~11uitlúde de ,,firmar élilrumeme", segundo a ex• pressão de um Bispo que teve contacto com o dossier n que ;-tludimos ("Oocuments-Pnternité", n,0 141, p. 3S) . Parece.nos interessante referir hoje alguns ra. tos Q\1C se têm passado no lnstituto dos Irmãos das Escolas Cristãs. Tais fatos. vistos na pcrspccCtva das conferências do Superior Geral, revelam um sistema, e o leitor não terá dificuldade cm constatar como as teses reforrois1as do Irmão Char• les Henry não são fn110 do calor momentâneo e imprudente da e loqüência, ma.s pelo contrário. constituem ns linhas mestras de um nõvo programa des1inado a ser pôsto cm prática na Con• grcgação lassallist a . Falamos desta Congregação. pOrque é o caso que temos no momento debaixo dos olhos. Não é difícil. entretanto, trnnspOr para outros sc1orcs da Igreja tudo o que vemos no lns:titulO fundado por São João Baüsta de La Sallc. Como observa o Bispo :1 que nos reícrimos h,\ pouco, ..istu ; um exemplo típico do qm!. se faz, em q1wse 1ôdos us Co111:rctaçõe~· Religiosa/' (loc. Cl1.). Se não temos à mão os dados que comprovam tal afinnação, isso cm nada diminui o valor de 1estemu• nho ião abalizado.
cola~. a fim Jc que ·lls criattÇllS e1ta11do ntsras soh a dirtÇ(io dos mtJ'tr~.s dtsdt manhã ati a 11oiu, hlts mestres lhes p(Jss,m, e11si11ar a vfrer bem, instruim/o--as dos mistérios de nossa santa R cligitio, inspirtuulo-11,es as máximM cristéis, t , assim, dar.. /hts " educação que lhes co,avlm" (Regras, Cap. 1 - "Ooc.-Patem,", n.• 141. p. 51). Não h:i comentário a fazer.
Hino da "Revolução Lassallista" Não basta laicizar a escola. 8 preciso, segundo os novos figurinos:, pô-la a serviço da Revolução. Assim, um:t reportagem da AFP reproduzida p0r numerosos jornais franc-cses fala de lrmãos lassallistas que ...p(,rti'ciparam ,las (/iscr,,fsões Jebridtantrs cla $Qrbmw e'' durante a agitação eStu• dantil de maio de 1968, e de outros q,,e aderiram nessa ocasião às greves de protes10 de profcssôrcs esquerdistas: o Irmão Thicrry, ex-Diretor da Esc-Ola São Tomás de Aquino, de Paris. fala dS.sse.-. fátos com entusiasmo: "ê inegável que 110s faltuva audácia e que o movime11to de maio estavll des. ti,uulo a tct r,m e feito be11~/ico ~m nossos es1abelecime1110~•", Acrescenta o Irmão que •·•1sies ucowe. cimentos tiveran, e f~ito.r cUvtrsos segmulo 0,$ casas. Mas m esmo nus mat's c<mser~•tuloras " "gitaçã<> se mllnifestou bem cedo. Cela a bougé en profondeur. Nossos lrmãot;, 11<>ssOJ' prt>Jessôres, "º"·os lll11110:r fizeram tambbn ;1u sua co11tes1,,ção", Esclarece a rcpOrtagcm da AFP que numerosas reivindicações igualitárias foram apresentadas a par1ir dessa época por mestres e alunos lassallistas: liberdade de trabalho. direito dos alunos de or-
ganizarem como bem entenderem seus programas de estudo, supressão das notas de aproveitamento, participação dos alunos na gestão das escolas. etc. Em a1guns estabelecimentos começou a funcionar um organismo estudantil, o ·•comiti d e classe", que, em colaboração eoin ô . prefeito de disciplina, "julgo 01 cosos que llie são submtlidos. decide que .ra11ções aplicar e velt1 por sua ex~cuç,io., ("Ooc .•Pntcrn,", n .0 141, pp. 49-SO), Mas se para Religiosos como o Irmão ·rhierry~ aderir l-,s inovações revolucionárias propostas por ou1ros é bom, parece que ainda não é o idC31; a escola nov:.t Jassallista seria mais autêntica se tomasse ela mesma a bandeira da Revolução. Assim, ro Capítulo Nacional do Jns1itu10. realizado cm Quimper no ano passado. foi redigido pela 2.ª Comissão um documento quê recebeu o título de "Hino tia R~voluçcio lllss:aftisu,''. €$te documento trata da ' 1dimcnnio polili<:a da f::rc:ola", ou seja. a maneira de c•o locar ~ escola p serviço da Revolução. Para os autores do "Hino" a escola tem um papel político, e deve desempenhar êsse papel pro. movendo l:t Revolução. A maneira de promover a Revolução é, perm anecendo dentro da socieda• de atual, contestá.Ja para fatê-la evolui r. o que denominam 1'e111rismo". O documento começa p0r perguntar o que é a política. e pMSa a defini.la cm três níveis:
e:
'' I !' - As fim,Udtules p<>lítka.s: rellliwr uma t:idade justa, isto é, u serviço tio homem, pum/.. tindo o desenvolvimento do homrm u,do pãro 10.
dos os homens. 2." - As opções pol íti,·as: q11e caminho 10mar para se oritltlar rumo " êstes idt1ai:r? O so•
cialismo ; um distes caminl,os. A socialitllÇâo é um cios momentos tia implantação ele um socialismo de fact lmmo11a.
J.b -
A uçã<> polítlca ao nível do possívtl
co11cr;:10. { • . • J qu~r ,lizer. engajanre111os que dt• pelldem ,le """' llpreciação ,la si'tuação local • upreci"çiio 11ec<>s.sàri,unetlfe ,Hscutivel, ( .. . ) Tm,,sp0r1011-se 11ossa concepç,io da sociedad e e ,las ulaçõts Jmmu,ws ao terceiro..nwmlo. Quis•St· modrltir 11111t1 s<>ciedodt à 11osst1 imagem (oci-
,leutal). N,io se trota ogora de ;r Jazer a revol11(ão 11Q tfrceirt>.,mmdo, parti tra11sformá- lo. B nects• .,,ír io /aiê./a em primeiro lugar em 11oss.o meio. ~ ,, 110$Sn própr;ll imllgem que I ntctss4rio ct>rrigir'', A partir dês.se núcleo de pensamento revolucio• nário, o documcn10 desenvolve uma teoria da ação, de nítida inspiraçHo marxist,1, Seu texto apre:Senla alguns pre-ssupostos necessários "pam /aier " r~,·aluç,iu ptl" escola", "A escola re/lt:te u imagem dll sociedatlé qut> " e11gt-11tlra", '"8 ,, pa rtir do ;,rterior que devem os co11testor estu sociedade.. purt1 fazê.Ili cvolu,'r, No-
,1,, de evadir-se. Prati car e> ·•e111rismo". "Tôda escofo prossegue o documento cristci ou pública. está lil!Oda " um. J'istemll. pelos laços da f inall f(I ou da burocrncia f .. . ). Stria u/Úpico s<mlutr com "'"" escol" fü·re Je wdo e,r. lflwe. 8 preciso, e11trew11to. tstor stmpre llleru, pura nüô aderir ,ws imperlllfro.f ,lo ~'istema e a .,eu:r frleai:r sem os criticar. A escola dt•vt tornar..se crític,,. "Niio posso actitllr o sistem11. Mo.s ll(io posso
João Batista da Rocha
, Enquanto a cidade dormla, et•
mentos não lctentlfleacte, 'el!>mete'ram saerilego atentado, l&r.1çaA(lo duas ~r.as eontrs a imaaem"d Nossa Senhora da CoA• eêlçje Aparecida, 11enerede e--m era~r)'o· lnstefade na: feelileda de uma das sedes. da TF,P. em Bele H,oi'izonte. Na fóte ~ direita ' vê-se e lmegern der:rwSei.ie de seu pEféilestal e a J,ST,an'de pedra . ; ql:le a at;l']Sl!J, ~e f,9~ ,met1or.: ~pareee o r0mbo e e estilliSji!S• me'l!t0 pooduzid~s AO v,ldrl(l do , or,at'ó'r,10 . pele . violen t i!> ,i:t'pác~ , \p, ' 41,, li ~ •
Educação "self-service" e " laicidade aberta" A França conta com 327 estabelecimentos: de ensino sob direção las:sallista. nos quais estudam IOS mil a lunos; nenhuma outra Família Religiosa masculin., possui tantas escolas naquele país. Pois bem. Dentro da C úria Gcncralícia da Congregação a ·resJ)Onsabilidadc por todos êsses esta• bcledmen1os. com seus ;.tlunos e com os Religiosos que ali lecionam, recai ~õbre o Assistente da Franç:1, que é .11ualmcntc o rrmão Palrice Marcy. E que rumo~ deseja é~e Assistente imprimir ao ensino minis trado pelos Irmãos das Escolas Cristãs n~, Fr.mça? V;1mo:.- cncontr-.tr .i rcsp0sta cm dcch.r-..ções Jo próprio lnnúo Palrice à AFP ..: cm uma circular sua de I! Je dezembro de 1968. A AFP S. Rcvchr. informa que - pOr efeito das ••sitações que :,b,1laram a F'rnnç:, cm maio Je 1968! - "pmlemo.v t11U11lme111t imll;:itwr """' gt-st,io ,Ir uoss o.-r c.m,b,•ltciml'ntos qut' tMsOcit1rit1 ,lc modo ,>r;:lmic,> ô:. pais, os profes.f ôrcs r os alu11os ma;s 11c/lws", Acrescenta o Irmão Assis• tente que nos últimos cinco :anos o liberalismo fêt progressos considerávci$ nas Escol:1s Cristãs. e que hoje siio nel;,s :-1dmitidos incrédulos e ateus; no horário do cu~o de insrruç.:'.'ío religiosa, êsses :llunos: podem pa~ar pr,ra unw oulrn sala. Na opi· nião do Irmão P:.tricc. ' nnd~, de mais ,wspicioso. A êstc: nôvo estilo de ensino dos La~sallistas êle ch:-m;J de educação •·.,·rlf-,, t·, 1•ict•'· ( Ooc.• P:Hcrn.". n.0 14 1. 1>. SO) . Em $ua circul:tr de ~ de dezcn1bro de 1968 o lrm:io Ass!~!:::::ê à:1 Fmnc:: ~C~?Y!~l:"l seus confra~ dc-s- a rcfleri1· sôhrc uma "lmtr,, ftJrmu ,lt c11glljunu•1110 t•s,:ofor: umn r.tt:nlt, u,uh· O,\· t•,lm·"'lore.,· s e ri;:;:rupurillm .,·,·,:mulo umu c01wt•pç,ih ,·m•rt-nft do lwmtm ,·,•nltultirtJ, mt1J' .r,•m "fll"<'Xt'lllttr ,/e mmlo ,•x1,ljt:i10 o t·tml('{Í,lo prtlt>rium<'JUt• <•iruuf:ili<-o do J, .\'tino .robrt•m1tumf (lui<"idmlt' uhrrtü)". A cxpres:• ~io "fm'<'idmlt! oht•rtll", posta entre parênteses, é llu próprio lrrOão P~:ilrice c.. Doc .•P;ucrn.". n-1' 141, p, 5()) .
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I! chocante o con1ras1e cnlrc e..i;s.t concepção do \:n.sino e :.ls p:11:tvr.-:,. <lo S:11110 Funda<lor, qu:mc.lu define, n:t Regra, :.'l íin:1lidade Ja Congregação:
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:,firma São João B.11is1:1 de La S:tlk ; ,tur 1111w <•,lu caçiio <:ri:tt(I ,I.\· c;ri"11r«.,·: ~ f por ('.rtu rlluiu qur ('/li seu ómbito se m antêm tslliJ.' -
.. 5
Em 1948 a Congregação Lassallista • ~ tinha na França 120 noviços; hoje nao tem mais de 20 wmbht~ 1/eixar de oper11r ti p1111ir do sistema. Quut.> ~nt,it> J)ermtmecer no sitft'mll par" suscitar tJ crítíc,, a porlir das i11s1it11içõt~s existentes. Quero ficar no si.\·temu. ma.\~ para m1u/á-/o. Isto é o t'lllri.rmo" (" Doe....Patcrn.". n.0 14 l. Suplemento n.0 2. pp. 3-5). tSte ''Hino du Re~•oluçúo Las,rllllisul' foi mimeografado com ilu$1rnções dos próprios :lotôtes
(entre as quais se destaca um desenho obsceno). num estilo muito em vogâ cm cctl08 se-t ores católicos .. aggiornaui". A exposição sôbre o ''e111rismo" é ilustt::td:.\ p<>r um desenho que merece. ser descrito. São duas cenas. que se p:,ssam sôbre a superfície. do globo. Na pritneira, estão numa pOs ição de prin,eira plana. de mãos dndns. qua.tro personagens tevesridos: de insígnias que manifestam s uperioridade e pOder: um miliinr, um magistrado, um eclesiás1ico e um gordo burguês, de cartola e bengala. Aos pés dêles aparece a multidão dosiníeriores e $Ubor<lim1dos, representados por íigurinhns menores; no 11,cio dessa mullidão desta• c.:"t-,s.e uma figurinha inteiramente negra, com um ponto de inlerrogação sôbrc a cabeça. A legenda dessa gravurà é; "Antes tio entr,"smo··. Na segunda cen;"t, à situaç;to é completamente diversa. Todos os personagens ocupam a parte superior do globo (onde antes est:.wam só os hicrarcas da sociedade). tddos têm a mcsm:\ esrntura e dão-se ns ·mãos fraternalmente. As insígnias de superioridade e de poder foram lançadas ao chão: todos são iguais. E a íigurinha negra do primeiro desenho, que outro n5o é scniío o ''en1ris1a", responsável pela 1ransformnção, exclan,a exultante: ueu elllrú. A co,"sa Jlllttlou!" (p. S). Seria longo demais referir cudo o que, de aberrante puseram nêsse folheto mimeografado os seus autôrcs. Limitemo-nos a mais um exemplo. ve;amos que conselho & tes Religiosos educadores dão a seus confrades. a respeito da atividade que lhes é c,s•
pecífica, ''0 tductulor -
dizem -
J>reocup<t...re tm J>rimeiro lugar com os ptM:,ttHM tJue ltm ditmte tle :ri e que dnejt, ajudar a co;Q/uir. Blc deve pois, tmtes ,Jc tudo, ganhar a ç011/fo11çu delas. mesmo que provisõriamente lhe seja 11ecessárfr> pôr tntre p(lr/nteses 11lgumos de suM 1>róprias com•icções ,,s nwis arde111es" (p. 7). o processo clássico de induzir .-s almas em êrro: cumpre primeiro conquistar-lhes a confiança a qualquer preço, para depois ministrar-lhes o veneno. Seria imprudente dizer logo de início, até onde se deseja chegar, Daí os parênteses ...
e
Laiciza r a Congregação, objetivo dos ino.vadores Se t:.lis são as idéias em voga a respeito do papel dos Irmãos das Escolas Cristãs na educação da juventude - 1arefa que está no cerne mesmo de $Ua vocação - não pode ser muito diferen1c o que se lhes propõe como ideal de vida religiosa. ê provável que bc1n antes das espantosas conferências do Irmão Charles Henry já circulassem cm certos setores da Congregação conceitos re• volucionários a respeito dêsse ideal. Mas parece que nesle.~ últimos três anos tais idéias se propagaram com uma vel0<::idade ver1iginosn. Em 1948 a Congregação contava na França com mais de 120 noviços (dos quais 97 preparavam-se para o apOstolado cm seu próprio país e 2S estavam sendo formados par;, a ação missionária); estavam ê les reunidos cm quatro novicia• dos. A panir de 1968 há apenas um noviciado, com cêrca de duas dúzias de jovens. '' A vida aí é aberta e susâta muitas re/lexl)es''. comentam os Irmãos lassallistas responsáveis pelo dossier que vimos analisando ("Doc.-Patem:·. n.0 141, Suplc~ mcnto n.0 1, p. 6). Embora, no que se reícre à vida interna da Congregação, os dados fornecidos por êsse dossier sejam mais escassos, o juízo de seus au1ôrcs sôbrc a presente situação do Jnscitu10, na França, é bastante claro: "Em ,,iruule tia ode11tação dada pelos awats Sup~âores a Congreguç'1o tornot1-se i11J;~I a São Jo<io Batista de La Sal/e" ("Doc..Pa• tcrn.". n.0 141, Suplemento n.0 2. Anexo). Os documentos que temos cm mãos apresen1am uma nova maneira de entender o ideal lassallista, a qual coloca sua tônica numa completa laici1..ação, despreza as considerações de ordem sobrenatural, relega a segundo plano a vida de comunidade, e lira o conteúdo aos próprios votos religiosos.
Reação no i n terior do Instituto Um ou1ro dossier., que nos chegou mais rc~ cen1emcn1c de outra fonte, ajuda a completar o quadro dos extremos a que tem chegado a "Rr,•o/uçiít> La.ssa/Ustn'' no interior do Instituto, e mostra as reações que esta tem suscit3do. No dia 4 de outubro do :1110 passado, o Irmão Etiennc, Diretor da Escola Técnica de La Salle, de Al~s (França), enviou ao Superior Geral dos Irmãos das Escolas Cristãs. Jrin15o Charles Henry Buttimer, cm nome de numerosos outros Religiosos, uma cana na qual expõe o "drama de consc,"(,,rc,""" no qual êstes se encontram: "0 período ,li/ícil que 111ravtssamos nos obri.. ~a. qut iramt.u ou não, o uma escôfl,a ttrrfvt'I: - ou fkarmos fiéis ao ldtaL que nos foi
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apresentado por ocasião tle nos.ta admis.siio no lnstüuto ,los l rm,lot das Escola.,· Crisuis, t tW comrato sagrado que ,usinamo.r 11() momtnto dt1 tmi$SÕ(> dos Votos, - ou. senão. nos engajarmos em uma v,"a 110w, que nos lrilçtm, as rccemes decisões e 1onwdas de posiç,10, as quais nos ap,,recem como desvios ,lo upíritt> ,,ertlade,"ro tle 110.u o Sam<> Fu,ulador". Como soluç,ã o para 1ão angustiante dilema. so• licitam êsses Religiosos a seu Superior Cerni a faculdade de se reunirem cm comunidades regidas pelo que chamam de "Corta Fwulame11tal de u,1111 Ex,,w ou Autêntica Obserwlndu Regular'' (cujo texto apresentam ao Geral. cm anexo. junlamcntc com un1a ' 1C11r1a ~xplicotfra"). a qual representa "a subsrtlncill ,lo e.rpirito 1ratlict'o11al de noss11 Co11xreguçllo. ~ que Ih~ de~•I! assegurar " pere11,"1ltule'. A "C11rta Fundamental" expõe minuciosamcnu: os p0n1os essenciais da vid:i rel igiosa como n entendeu São João Balista de La Sallc, cuja observância os nutôrcs do documento consideram in· dispensável para a fidelidade ao Santo Fundador. A tônica da Carta e,s1á no empenho em conservar ao · Instituto dos Irmãos das Escolas Crislãs o seu caráter de Congregação Religiosa. contra a tendência generalizada dos inovadores de o transformarem num simples Instituto secular. ademais in .. tciramente laiciz...,do e identificado com o n\undo de hoje. O (rmão Etienne e os confrades que êlc representa quiseram evitar polêmica. Por isso. limi1aram-se a expor seus anseios. fundamentando-os cm princípios de direito canônico e de direito natural. sem entrar em p0nt1cnores a tcspeito dos fatos que os levaram a essa rtti1ude. Fazem apc·.. nas uma alusão "ao st>/rinremo ,Je numerosos Irmãos que carreg"m em sUincio a sua cruz, e ,fl' viem co11stra11gidos a \11'ver em ccmunidtults que não corr~spomlem mais a s1ws aspirllçr;es'': pedem êles a possibilidade. de escolher ·,.a com11~ 11idade que Julguem capaz tle assegurar-lhes m11<1 vida pf,-,1wmt-11lc_ reUgiosa", umil comunidade na qual p0s..sam viver com paz de espírito, "porque os lrmtit>s as.sim reagruplltlo.r mi<) ttriio mais que 111pôrlar a tensãt> que resulta a1ualmt11te de tmw divergência radical sôbre co11cepções /1111dame111ois, 101110 da V,"da Religiosa, como tio Apostolado" ("Cana Explicativa", pp. 1-3) . Parece que na Congregação ninguém ignora ou nega isses fatos. Muito menos o Superior Geral. · Eis um dos princípios cm que êsscs Religiosos baseiam sua. petição: ''Em Jirt,'ro tclt.tiástico. como em dirâto d\•H. é admi"l,"do que uma legislt1Çtio não Possui 11ormalme11te ejeUo retroativo: ,"sto i pàrliculartntnte verdt1dtiro no domfnio dos conlr<IIQS. Os conrratames submtttm..se 1l11icnmet11e tis obdgações acei"tas, por amba.r as partes, por ocasiálJ da realização do co111rato. [ . .. ] Segue• s,: tlaí que os Religiosos que o desejem, devem poder /ev,1r ati n mor1e o modo integral dt vida religiosa que aceitaram no d;a de sua Consagraçllo, o qut postula a ex;stênc,"a de Comrmidades da mesma m~malitlodt'' (ºCarta fundamental", p. 2). Em uma primeira resposta o Supcdor Geral informou ter submetido a mat6ria à Comissão Canônica da Congregação, para que esta lhe apre. senta,ssc um relatório à vis1a do qua·1 êlc- se pro• nu1\ciaria s6bre a questão. Em sua segunda carta, o Irmão Charles Henry afim,a ter fei10 examinar a pecição por quatro Irmãos Assistentes. por ocasião do Conselho Geral da Congregação, e envia ao Irmão Eticnnc sua "primeira rcaçiio ptssotl/". Diz cer encontrado nos d0<::umcntos apresentados p0r êstc últill)o alguns pontos que considera vagos. e que pedem maiores explicações. Por outro lado, estranha que tais d0<::umcn1os não façam nenhuma rcfcrôncia às Regras e Constituições aprovadas pe.. lo Capítulo Especial de 1966-1967, da Congregação; por is..so interpela. o Irmão Etienne sôbre se êle e seus companheiros as aceitam. Ao mesmo 1cmp0 procura assegurar a submissão incondicional dêsses Religiosos a- todos os Superiores atuais do Instituto, bem como impor-lhes sua própria interprctaç..1o de documentos da Santa Sé que trarnm da vida religiosa. Ê de se notar que o Irmão Charles Henry evita cuidadosamente de indagar a rcspci10 dos fatos que levaram seus súditos a pedir o reagrupamento cm "comunidades Jt ou. ttl,tica obstrv011ci(). regula~'. Parece que êle não acha conveniente pôr a mão na chaga representada por tais fatos. O Diretor da Escola do Ales responde a essa c3rla dizendo que êlc e seus rcptcscntados aceitam e respeitam ::ts Regras e Cons1ituiçõcs a que alude o Superior Geral, e têm consciência de as estarem observando lealmente na vida quotidiana. Quanto ao fa10 de não fourcm menção a elas na Carta Fu11damental de Observância Rcgul;tr que se propõem como norma de vida, a razão está cm que as Regras e Constituições de 1966-1967 fo. ram aprovadas ,ui txpen·mentum. o que representa uma p0sição provisória, e, portanto, precária. Em vista disso, preferiram rcfcrir..se aos textos da Re• gra primitiva do San10 Fundador, tl qual a Bula de aprovação de l 72S confere uma autoridade oíicial e que durante dois séculos e meio vem conduzindo à santidade grande número de Religiosos, inclusive o Irmão Benildo, rcce.f,ccmcnte canonizado por Paulo VI. Essa é a via mais segura para quem não se quer af3Star do cspíri10 de São João Batista de La Salle. Ressalvam, ainda, a respeito das novas Regras provisórias, que, se as aceitam enquanto aguar-
"°''"
dam o pl"Onunciamcnto definitivo da lgreja sôbre e las. fazem todavia "strü,s r,:1,"cinât1s e restr• wts q,umto à numelrtl de ti$ ,"nu:rprett,r e de à$ "plicar·. Trata.se de interpretações e aplicações que parecem ao Irmão Etienne e seus companhei• ros cxtrcmantcnte perigosas. porque conduzem inse,nsivelmcntc: ..Ao t'SQUt'Cimt-11l0 ,t,i. Doutrirut de s,10 ) ()(ÍO Q(ll,"sta ,Je ú , Sallt, ,rosso Fundador e Pai; À ,regtJç,i,) ,lo que é tspecf/ico tle 11oss<> estado reUgioso; - A um plun11ism() ,"11qu;t11111tt, ,w qrwl nossu Miss,'iô t1pos1ólica pilrll°(;u/ar: " Escola Cristã. e OJ' Obrt,s cduca11\•~· ligadas dirctmnenlc á ela. tomam (:tu/a vez me11os ô lugar pr,'vilegiado t es.. senda/ que lhts é devldo; À /6rmula de lnsti"lmo Stculllr, que rejei• /amos /ormalment,:", Ao longo das qua1ro páginas seguintes. o Irmão E1ienne responde. unHl a uma, l':ts outras questões forn1u ladas pelo Superior Geral. O teor da resposta final do Irmão Charles Henry era fàc ilmentc previsível. Em uma car1.a muilo breve, datada de 3 de maio dêstc ano, eJ.e admite Que um Religioso ;'peça para ser colt>ca• do em uma comu11idtule composw de outros tia mesma ode11tação geral". mas afirma não ser pos.. sível reagrupar Irmãos ª sob o preti.tlo de qt1t alguns desejam ficar /ié,"s ao itleal do Santo Fun .. tltulor, porque todo~ ()S lrmtloJ· ,;,,, fste tlesejo". Todos os Capítulos da Congregação tcriant sido. segundo ê,ssc modo de ver, assembléias. movidas pelo mais ardoroso entusiasmo Por &lo João Ba1is1a de La Salle, inclusive aquêle cujos textos não fazem uma só referência ao Fundador. O Irmão Patdce e os autores do .. Hhw dil Re,•o/ução Las~ salli.wa· 1 seriam, êles também, entusiastas incondicionais do ideal de São João Batista de La Sallc ... Essa a raião pela qual o Irmão Charles Henry indefere o pedido do Diretor da Escola de Al~s e dos Religiosos dos quais êste ~ mondatário. Parece-nos que o episódio fala por si. Em fa .. ce dessa rc~.:;:posta do lrm5o Superior Geral, uma pergunta aflora naturalmente: como é que o desejo de fidel idade a São João Batista de La Salle, difuso por todo o Instituto, vem produzindo cm largos setores dêste o completo afastamento da letra e do espírito das Regras estabelecidas pelo Santo Fundador? Pode um desejo tão reto produzir os perniciosos frutos que descrevemos nestes dois a.rtigos? Não estamos tomando o partido de súditos contestadores con1ra- Superiores legitimamente constituídos. Apresentamos, isto sim, n lcgÍlima perplexidade de Religiosos que, prestando a seus Superiores a obediência e o respeito que são de· vidos segundo as leis da Igreja, querem, no entanto, $atisfazer aos imperativos de soa própria consciSncia. Monge, soldado, ou
bandido? . .. A divulgação dos documentos acima referidos.• feita por [rmãos lassallistas em "Documen1S..Patcrni,é''. provocou inúmeras repercussões. Bisp0s, Sacerdotes, Reli,giosos, e, de modo es~ pccial, Lassallistas de tôda a França, manifcs1aram seu repúdio às novas doutrinas e seu apoio à obra meritória dêsscs denodados Trmãos. ôrgãos de imprensa católicos fizeram eco carn .. bén, ao brado de alarme dêsscs dignos filhos de São João Batista de La Sallc. Além de "Documen1s-Pa1cr-nité". ao que saibamos) publicarnm artigos contra as posições neomodernistas do Irmão Charles Henry e de seus seguidores, os seguintes jornais e revistas: "L'Homme Nouveau", ·•carrcfour", "Permanentes''. ''Courrier de Romeº, "Monde et Vie", ' 1ltinéraires'\ "Nouvcllcs de Chrétienté" ( tôdas de Paris). "Defense du Foycr" (Saint-Ceneré), "Lumi~rc" (Boulogne-sur-Mer), "Lecture et Tradition" (Chire~n .. Montrcuil). ti bem evidente que não pOdcria faltar tam. bém a reação dos partidários da "Igreja pós-cristã". No Suplemento de de1.cmbro de 1969 de "DocumenfS..Paternilé", os Jmll.ios responsáveis pela publicação dos documentos informavam ter recebido até aquela époea 32 cartas contrárias à sua iniciativa. Nenhuma das criticas transcritas no dossier que temos cm mâos apresenta- argumentos válidos. Un1a de.ssas e.a rtas mostra até onde se identificaram com o mundo ncopagão hodierno certos Irmãos da Congrcgaç.;:to Lassallista ''pós..criscã''. Trata-se do resposta do Irmão Jean-Baptiste Dc1ieutraz. Diretor da Casa de La Salle, de Pringy, enviada cm 19 de junho de 1969. A linguagem dêsse defensor do Irmão Charles Henry ~ incri• veln1ente baixa e injuriosa. Omitindo os tópicos pornográficos - que substituímos p0r recicências entre colchetes - vamos citar um trecho da missiva do "sieur" Jean-Baptiste Delieutraz: "E11suite, j,: \•Ous prie. 11e vcnt!t pas m• 1•• •} "vec \ios / euillu c/1uulc,1b,~s et vos élucubrotio11s m e11J·o11girts au sujtl de la Con/ére11ce du Frtre Supéde.ur G;11éral Charles He11ri que je respe,·tt, . vénere el ho11ou. 1and,"s que vous~ à /"instar de certain.r f ... ), vouS' Le ba/outz. ú m éprise:. cl L'inviic: à démiS$i01111er. Vous me /ai"lts cl1itr avec votre poUmique ;11s,"d,"euse en 7 p<>ilrts qu," rc/te1,mt el tra11spire11r /es 7 péchés capitaux. N'ifes.. vou.t pas du mime acabit que ceux qui ont écrit des orlic/es dilfamatoires dons "l'Hommc Nouveau" "' "Carre/our". à provo~· dt.r propo.r
du FrJre Supérfrur Olnhal dts Freres ,les Ecofts Chrl1it 1111es? Yfrem /e FrCre Supü,"tur Ginlral Clrarlts Henri, /u Frbes As1,"sta11ts Palrice, Sam•age et Mérian e/ lt-s FrJres V,"sUcurs tle France qu,' som dmts lt, ligue du Com:ile Vbt,°ctm //, 1a11d,"s que vou.r, ~·cus pue1. une[ ... ], une [ ... ],une l,olei11e toute /it,"dc et, en outre, vous sentel /e mois; el le ra11,:," qui m'écoeurt111 et mt /0>11 vqmir''. E mais adiante: "Encore t1111: /o,"s, je ne veu:r m,: lai.uer [ ... ] par ~·<>Ire lellre-circutaire, i1111'tulle "Communiqui". plei11e 1/e )urine, de Jwrgne el d'âigreur! Sac/1t'Z qu,: j'e11 tli plei11 ( . . . ];gare si ,•ous vous 1rouvez prls de moi, [ ... ) votre fiel et votre bHe nausiabomle que 1•ous déversez s11r vos con/rlru pourrai~m ( . .. ]. De plu~·, les ,,tambics qui tlistille111 une lnfecte nosttl/gle tfu11 passé périmé ou les corzcasseurs qui bro,"e11r t/11 ca/ard putrfrle, 11 10111 pus droll de cltl cht'z:, 11ous. l e m'excu.re de mo11 lrmgage si colori et si châtU mt,,-s vou.r t'Xc1.1serc:, /e sig11ataire de ces · lign~s t/0111 le rêvc tle Stl ,•,"e fut ou bandU, ou soltlat, ou moine.' e, qu; pré#rc la pomograpMe à /Q. ca/omn,"e. Yt11ille1. agréer. Fr~res, l'express,"011 de mes se111,"me111s tloulourt11seme111 i,ul,"gnés; mais, qui nianmo,"ns vous adresse /r01cr11tlleme111 la pri6.re du Christ e11 croix: "O Dieu, pardom,e-leur. car ils ne snvtnt pas ce quºUs /ontf' (D0<::.•Patern:•. n.0 141, Suplemento n,0 2 pp. 8-9). Não sabemos com qual de suns 11n1igas aspirações o lrm5o Delieutraz considera compatível a pornografia-. que, tanto quanto as injúrias, de form:. alguma condiz com sua condição de Religioso . ..
Permitir o escândalo ou aba ndonar a verdade? Uma (mica razão poderia justificar o silêncio a rcspci10 de fatos tão chocantes como os que acabamos de relatar: o receio de escandalizar ()S fiéis. Parcec..nos, no entanto, que vivemos um momento da. H istória em q,ue, mais do que· nunca, a verdade deve ser proclamada para não ser sufo. cada. Que prejuízo maior para os fiéis do que a liberdade de ação dos arautos da Nova-Religião dentro das muralhas da própria Igreja? ~ ta é a hora mais do que tõdas oportuna para col0<::ar cm prática as dbias palavras de São Gregório Magno: 01Se dt1 verdade s~ toma ucli11dalo, i mais tÍtil permitfr que nasça o escândalo do que abandonar o verdade" (Homil. 7, in Ezech.). Peçamos ·a São João Batista de La Salle que valha à sua Congregação, neste momento de tamanha provação, e que interceda junto a Nossa Senhora e seu Divino Filho para que façam cessar o mais breve possível &.te triste momento da vida dos Irmãos das Escolas Cristãs, que não é senão um aspecto da dolorosíssima paixão p0r que hoje passa a Santa Igreja Católica Apostólica Ron1ana.
8AfOJLMCE§M O MENSÁRIO <Om APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA
&t. do Rio Diretor Mpns. Antonio Ribeiro do Rosado Campos -
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Plinio Corrêa de Oliveira
A
ELEIÇÃO E POSSE de Allende causaram um suspense no mundo inteiro. E nada mais razoável. No Chile - como aliás também na Itália - os marxistas estão divididos cm dois partidos políticos. Um dêlcs se intitula direta e ostensivamente Partido Comunista. O
que tem diante de si o país andino. Daí a evasão de capitais do Chile para o Exterior. Daí também o êxodo contínuo de chilenos. Só cm Buenos Aires há, segundo consta, 50 mil refugiados.
outro, que evidentemente não pode usar o mesmo nome, se chama Partido
Em meio a tantas e tão fundadas apreensões, uma figura há. intciramcn•
Socialista. Mas - insisto - ·tanto o PC quanto o PS são oficial e genulnamente marxistas. Assim, não há dúvida possível: Allcnde, figura de grande destaque no Partido Socialista, é um comunista confesso. Ora, está na essência da metodologia de Marx que os partidos comunistas devem tender contlnuamentc para a realização dos objetivos últimos e mais extremos da revolução social. Não que Marx excluísse a eventualidade de admitir contemporizações e delongas nessa trajetória para os íins últimos. Quando se percorre um terreno muito escorregadio. pode-se chegar menos
tardiamente ao fim caminhando lentamente do que andando com irrefletida pressa. Assim, mesmo quando o marxista autêntico parece tergiversar ou
contemporizar, não tenhamos dúvida: é porque julga ser êste o modo mais curto de alcançar a realização da revolução integral. Nestas condições, os ares de comedimento e brandura ostentados nestes dias por Allcndc s6 podem iludir a quem ignore os rudimentos mais elementares do método marxista de conquista do poder. O mesmo se diga das fórmulas vagas de que o líder socialista se tem servido para enunciar seu programa. Evitando dizer cruamente que visa a
implantação do comunismo, Allende tem falado, de modo vago, cm realizar no Chile o socialismo. este pequeno disfarce de nada vale como garantia para os não comunistas. Pois, de um lado, a linha demarcatória entre o
Como se vê, dificilmente poderiam ser mais sombrias as perspectivas
te despreocupada, serena, festiva . e a do Cardeal Silva Henríqucz, Arcebispo de Santiago. Antes das eleições, declarou êlc, publicamente, ser lícito aos católicos votar cm candidatos marxistas: ou seja, cm A llendc.
Logo após a coníim1ação da vitória dêste último pelo Congresso, o Purpurado se apressou cm visitar o íuturo Presidente, levando•lhe de prc•
sente uma Bíblia. Na ocasião, declarou aos jornalistas que fazia votos pelo êxito da gestão do marxista vencedor.
tância para a implantação de seu regime ateu· e radicalmente igualitário.
Não íicou nisto o Cardeal. No dia ·da posse de Allende, celebrou êlc o Santo Sacrifício da Missa e cantou um '"Te Deum" em ação de graças pela
ascensão do nôvo govêrno. O Presidente ateu e uma faria coleção de pastôrcs protestantes assistiam à augusta cerimônia católica. Tudo terminou ao que parcc,c - sem que ninguém risse nem cho• rasse. O Cardeal ainda disse que Allende teve um "gesto ,Jclicad<>" ao con• sentir em assistir às cerimônias, entretanto, para êstc, vazias de qualquer
conteúdo real.
•• •
socialismo e o comunismo é das mais inconsistentes. E, de outro lado, nos
lábios de Allende, a palavra "socialismo'' não pode significar senão marxismo, já que - como há pouco dissemos - é oficialmente marxista o Partido Socialista ao qual êle pertence. O mesmo, ainda, se deve afirmar da relativa - e quão relativa moderação das várias realizações imediatas anunciadas por Allcndc. Estas sempre foram reclamadas pelo PC e pelo PS chilenos como providências preliminares essenciais para a instauração do regime comunista. Isto pôsto, e se bem que Allcndc não pareça resolvido a instaurar, desde já, e cm sua integridade, o regime comunista, é para lá que se dirigem desde logo seus primeiros passos. E - não é demais repeti-lo - êsscs passos só serão
Se há um direito que tenho, como homem e como católico, tão essencial
ou mais ainda do que o de viver. é o direito de refletir sóbrc êstcs fatos, e dizer de público o que sôbrc êlcs penso. - O que penso? Antes de tudo, que isto forma uma seqüela de imensos escândalos. O que é (cito de tódas as condenações dos Papas, de Pio IX a Pio Xll, contra o comunismo? Como, de um momento para outro, e sem mais
explicações, foram postos de lado êsses atos solenes, graves, repetidos? E como o Purpurado chileno oferece hoje o Sangue infinitamente precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo para agradecer, como fato lícito e auspicioso, a vitória de uma corrente por tantos Papas qualificada de satânica, imoral e
moderados e lentos na medida cm que assim o impuserem as conveniências
subversiva? Não é isto um sacrilégio? Não é também um sacrilégio cantar um
táticas do comunismo.
"Te Deum'' .Para agradecer a Deus esta vitória do ateísmo? Se em nome de uma aliás mal entendida disciplina, cu devesse admitir
Para ilustrar estas observações. não é sem interêssc mencionar um por• menor do noticiário referente à entrevista concedida pelo nôvo
Presidente ao diretor do jornal "Excelsior" do México. Na sala de sua residência, cm que a entrevista se reali.zou, se notavam fotos de Fidel CastJ;o, "Che'· Guevara, Ho .Chi Min e Mao Tsé-tung. "Dize-me com quem andas, e te direi quem és'\ afirma o provérbio. Perguntado sôbrc o motivo de estarem elas
ali, respondeu o nóvo amo do Chile que é porque admirava êsses personagens. E que, ademais, eram fotos com dedicatória dos fotografados. Em seguida, Allcnde acrescentou, com gracêjo irreverente, que não tinha ali uma foto de Jesus Cristo, ao lado da dos líderes comunistas, porque &te não lha oferecera com dedicatória.
••• Como bom marxista, Allende é oficialmente :>teu. Como ateus são tam• bém os ministros marxistas que ocupam vários postos, e dos melhores, cm
seu gabinete. E como vê êlc a Igreja? Como uma entidade inidónca. que "virou a casaca", e pactua hoje com doutrinas contra as quais ontem lançava categóricas condenações. Eis suas palavras textuais, cm entrevista ao "Ncw York Times": "Na qualidade tlc maço11, co11sidera li Igreja Cutólica elcmemo potencial de oposição ao seu govê,110?" Rt! PÓRTER -
''Creio que está perfeiwmente <:icnte de que cu: ve/1,a,f rixas entre o maçonaria e a Igreja c~·tão superadas. O q,,e é mtlis importante, ~ a Igreja Católica sofreu mudanças /wulamentais. ~ Durante séculos. a Igreja Católica tlefendeu os interésses dos 11odero• sos. Hoje, depois de J()Qo XXII!. ela se orielllou para 1rans~o,mar o Evtm1; ,. gelho de Cristo em realidade, pelo menos cm alguns lugares. ~ Tive ocasião tle ler a Declaração dos Bi~·pos cm ..Medellin, e a Jingua• !?- gem que r,sam é a m esma. que r,samos desde nossa iniciação na vida polítlca. i1 há trinw anos. Naquela época, éramos condenados por u,/ linguagem que hoje é empregada pelos Bispos católicos. 0 ~ A,-redito qr,e a Igreja não será /atol' ,ie oposição ao govêrno tia Uni• z dade PopultJr. A o contrário, será um e/emelllQ a nosso favor, porque esta~ remos tentando converter em realidade o pen.fomento ,·risttío. A Jém disso, lwverá a mais total lib,rdade de crença reli11iosa".
S
E acrescentou que recomendava aos
católicos que apoiassem o nôvo govêrno. Ou seja, que cooperassem na aplicação das medidas desejadas pelos comunistas como meio de suma impor-
At.LENO.ê -
que tais atos não são oocrilegos, teria a sensação de que tódas as leis da lógica nada mais valem. E que o absurdo passou a ser a única realidade.
Felizmente, a tal ato de disciplina não me obriga nenhuma lei da Santa Igreja. Vou adiante cm minhas elueubraçõcs. O leitor não julgava, há um ano atrás, impossível que fatos como êstcs ocorressem no Chile? Claro que sim. Entretanto, c.i-los. Agora pergunto: fatos dêstes parecem impossíveis ao leitor. no Brasil de hoje? Quem nos garantirá que, dias mais dias menos, aqui não ocorram também?
• •• Não adianta assustar-se, gemer, choramingar ou protestar. A voz da
realidade aí está. Mas qual a utilidade de artigo tão rudemente franco? perguntará alguém. e persuadir os leitores de que em nossos tristfssimos e turvíssimos dias, pode ocor-rer que o pastor entregue o rebanho ao lóbo. O rebanho, isto é, não um homem ou um punhadinho de homens, o que já seria infinitamente triste. Mas um país inteiro. E que. neste caso, a fidelidade à Igreja e ao País consiste em não segui r o mau pastor.
••• Li, há muitos anos, no "Osscrvatore Romano'', um fato que me vem
agora à memória. Quão oportuno é lembrá-lo. Anos após a implantação do regime comunista na Rússia, numa igreja católica cheia de fiéis um Sacerdote celebrava a Santa Missa. Ao Evangelho, o celebrante subiu ao púlpito. Estava pálido e cambaleante. Disse que daquele rnomento cm diante se passaria para o con,unisnlo, que por isto iria interromper a Missa. tirar a batina e deixar o templo. E
convidou os fiéis a fa1.ercm o mesmc,. Desceu em seguida os degraus do púlpito. e se aíur.dou pela sacristia , presumlvelmentc rumo 1, poria dos fundos. Ocorreu então um dos mais belos fatos da História da Igreja cm nosso século. Todos os fiéis se levantaram e, à uma, cantaram o Credo. O mau pastor partira. Êles não. Naquela localidade, a Igreja continuava a viver. E com que sobrenatural pujança.
7
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LUMINOSA CIRCULAR SÔBRE A REVERINCIA AOS SANTOS SACRAMENTOS ..Catolicismo" se ufana de :1pl'escntar hoje mais um documento do cgré• gio e aposlólico Prelado q nc n Oivina Providência colocou à frente Jcsta Diocese. Trata-se da Circula r que o Sr. O. Antonio de Castro Maycr vem de diri• gir a seu Clero a respeito da reverência
que se deve t,os Santos Sacramentos. Teólogo exímio e Pastor zeloso. S. Excia. Rcvma. aponta nessa Circular desvio& e abusos que.. cm matéria de canta gravidade, se vêm introduzindo ;iqui e acol~i. sob prclêxto de ·•aggior• namcnto·· e adaptação. Mostra. especi:1lmcn1c. como cerra~ a titude~ cxtcr• nas podem íàcilmente levar os fiéis à perda d:, compreensão do real significado dos Sacrnmcntos e do sumo respeito que. se lhes deve tributar; ao mes• mo tempo, dá normas para que sejam cviwda.s inovações abusivas ou peri• gosas.. Nossos leicores cstud:srão ô presente documento com grande provci10. e encontrarão nêle a oricniação segura que se faz Ião necessária nos dias contur• bndos em que vivemos . t o seguinte o tcx10 in1cgral da Cir• cular sôbre " reverência aos Snrra• mentos. ao qual acrescentamos sub•
litulos: "Cnrissimos Sacerdotes,
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MA DAS muH:lS la.mentnções do Santo Padre, pQOvo.caclas p,la explosão do liberalismo sensual moderno, relaciona-se com o que há de mais fundamental na Doutrina Católica. Diz o Papa que hoje se põe em dúvida tudo, mes mo as verdndes mais sagradas. A ang&1Ja de Pauto VI deve ser para n6s uma advertêndn., no sentjdo de que é mister redobrar n~o zêlo, não venha u falha r n fé nas ovelhas que nos cst:io confh~das. Cumpre, para tanto, notar que aquêJc t ctici.smo, de que fala o Papa> se dá não sõment.e na ordem das Idéias. H:í multa dúvida <' negação que se exprime na prática, no teor de vida, na maneira de procede,r . O que quer dizer que devemos estar atentos, não nos deixemos levar por cen:as, assim chamadas, adaptações da Igreja ao homem de boje:, que, na realidade, c.nUbiam o fcr• vor dos fiéis, e Jc.otamentt os vão distanciando daquela fé v'iva que é indls• pendvd à salvaç.ã o: "Sine fide fmpos• sibile est pia«« Deo" (Hebr. li, 6).
Ajoe lhar-se, sinal de fé na Eucaristia Feita esta observação de n1odo ge• nl, queremos, hoje, salientar apenas e brevemente o que convém à Sagnda Comunbiio. Será o sufkltntc ('()mo ilustraçiio do que vem a Mr um ''aggiomamento" falso. Sabemos, carissJmos Sacerdotes, que, no Santissi.mo Sacramento do Altar, está real, verdadeira t substanclalment.e. presente o me~mo Je~lJS Cristo, Deus e Homem, nosso adorável Salvador, ('()m seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Esta nom profissão de fé ~ faz com a intellgênda e com os lábios; mas, de nuu,eira malç viva e habitual, através de nosso procedimento diante do SantÍS.\imo Sa<:ramcnto, eSpecialmente no momento da Coniunhão. Na Igreja Latio1, a fé viva na Pte• senç-a Real se ostenta medlante a genuflcxiio t a pos1ura genuflex.a , quando se passa diante ou quando se está em prN~nça da Santa H6~ia Cot:L~• grada, ou solenemente cxpo~ta, ou cm reserva no sacrthio. Semelhante at1tu• de baseia-se na Sagrada F...s<:ritura. Ne... ta, de fato, lemos que tal atitude é, no fiel. o sinal da adoração. Assim, $ão louvados os milharts de judeus que ºnão t-urvamrn os joelhos diante de Baal" (Rom. 11, 4); e. a rcs~ito do Oeus verdadeiro, dit o Senhor, em Isaías, que "a tle se. curvacl todo joelho" (45, 23 - cf. Rom. 14, 11). Mais diretamente a Jesus Cffl;1o, declara o Apóstolo que ao seu nome "dobra-se todo joelho, no Célu, na term e oos inFtmos" (Fll. 2, 10). Aliás, era • m•• neira ('()mO externavam sua fé no Salvador aquêles que Lhe pediam algum benefício (cf. Mat. 17, 14; Marc. J, 40), Na Santa Igreja, o costume de do-
brar os joelhos diante do Santíssimo Sacramento, além da adoração devida a tão excelso Senhor, te.nc.looa., outros-sim, manifestar reparaQ:âo pelas Injúrias com que o soldadesca lnfrene lu• dJbriou do misericordjoso Salvador, após a flagelação e coroação de tsPlnhos: "de joelho~ diante dtlc, dtle zombavam" (Mat. 27, 29). Fixa-se o&im numa Tradição Apos• tólica o hábito de manifestar, me• di.llnte n genuflexüo e a po~1uro ujoe• lhadn, nossa fé viva na Divindade de Jesus Crlsto, substancialmente presente no altar. Eis porque recebe o fiel a Sagrada Comunhão de joelhos. Não o foz o Sace.-dote na Missa, porque êle aí está representando a pessoa de Jesus Cristo. "Agit io persona Christi''i faz as vfzcs de Crl~o corno sncrifkador, ofício que de modo algum compete no fiel. Fora da Missa, também o Súctr• dole comung-a de joelhos.
Não há por que deixar uso tão excele11te Não sõmcnte porque é um <:ostumc Imemorial, com base na Bíblia Sng:radn, como pela mesma natureza do ato, a genuflexão nos compene-tm de humil• dade, leva-nos a reconhecer nossa pe• qucnez. de criaturas diante da t'rnnsccnd.ê ncin indável de Deus, e muls ainda, nossa condição de pecadores que só pela mortificação e a graça chegaremos a dominar nosso orgulho e demal1 pai• xões, e á viver como verdadeiros fi. lhos adotivos de Deus, rtmidos pelo Sangue pr« losíssimo de Jesus Cris.1o. Oc onde, a s ubstituir.ão de. semelhan-• te co~1umc piedoso Por outro só poderia jW.1iflca,r•:SC, no caso de uma excelênda superior tão grande que compensa~ tom,bém o mal que bá em tôda mudança, como ensina São Tomá~ de Aquino (1. 2. q. 97, •· 2) com relaçiio aos h'bítos que difo vida Qs leis.. Fiel a esta doutrina do Aqulnatc, o li C".oncilio do Vaticano estabelece que não se devem introduzir modJficnções na Liturgia, a não ser quando verda• deiramente ncc:e~rias, e aMim mesmo, nrnnda que as novas fórmulas dinh\nent orgânkumente das já exb'ten• tes (Const. HSacros.andunt Contilium", n.0 23). Ora, o nôvo modo de ('()muogar não oferece a ex<:elênda que sua introdução está a pedir. De fato, comungar de pé é coisa que não aprescnt.a a seu favor textos da Sagrada EscrltW'll, não tem as vantagens esplrltua~ que a pos,. tura de joelhos tru. <:oru.igo, como acl· mn ob~rvamos, e tem os lnconvenltn• tes de tôda mudança, que relaxa em vez de aft"rvorar os fiéis. Por isso, deve•st conservar o b'bi• to de comungar de joc.lhos. E no Bl<· pado, comungar de joelhos foi sem• pre, e continua a ser determinação diocesana, que todos devem seguir. Tanto mais, que, ínttrTogada a Sagrada C<>ngngação para o Culto Divino, sôbre, se, com o nôvo "Ordo" se fazia obrigatória a Comunhão em pé, aquêlt Dlcastério romano respondeu que, onde o costume é comungar de joelhos. êssc costume 4'1sem a menor dúvida" convim que seja conservado.
Em nenhum caso se admita a Comu nhã<> na mão Recomendamos, portaóto, a todos os earí.~os Saeudotc.1 qut exercem o ministério no nosso Bispado, que se atenham • esta dl'JP<>slçâo diocesana: só dL<tribuam a Sagrada Comunhão aos fiéis ajoelhados, admitindo aptnas ex.e:tçócs em tasos pessoais, quando alguma enfermidade toma impossível, ou quase, o ajoelhar-se. Em c:aso ne,n hum ~e permite a Comunhão na mão.
Confissão individual e auricular Devido a ccnos abusos que se vão gencralir.ando, rec:ordamos, no mesmo assunto da suma veneração que devemos à Santíssima Eu<arl>tia, o dispositivo do Concílio de Tre.nto, que ex.ige, para a lícila recepção da Sagrada Comunhão. o estado de graça obtido através de Conflssio sacramcntal (S.s.
XIII, can. 11). Esta Confí.ssíío sa<ramenlal será individual e auricular, e nela se dcV'tm acusar todos os pecados graves cometidos após o Batismo, ou após últ'ima confl~o bem fcitn. Ê a inda o Dl.csmo Condllo de Tre.nto que de.clara ser de direito divino a obrigação de confessar todos os pecados graves, indk:ando o mímero e t.!t'))écie de cada um délcs, após diligente exame de consciência (S4!s. XlV, can. 7). De on• de, ninguém pode dispensar os fiéis de ~melbante obrigação. E, nos ca.,;05 ah• solulamcnte excedon.nis, como os de epidemia, guerra ou semelhA.ntes, em que se permite a obsol vição dada cni comum, sem ouvir antes a acusação de todos os pecndo.s, ainda nestes c.a..c;os, permanece a obriga~o de submeter às Chaves todos t ciada um dos pecadôs grave:: cometidos. Oc maneira que, aquêles que tiverem a ventura de supe• ur a <:tise epidêmica ou bélica> estão obrigados sub gravi a acusar cm ConfJs. sijo ~-acra.mental, mesmo os pecados, dos quais ;, tenham oblido absolvição gera l, de\lido às circunstâncias especiais em que se achavam. A tais casos niio $e pode a,s.tjm.ilar o acúmulo de. penitentes em dia.ç festivos, ou de alguma sole.. nidBde. Não há mornlista de boa lci que admita o valor da a bsolvição nc!t1 es últimos casos, e o Papa Bem-aventurado lnocendo XI tondenou os que opinavam cm sentido <:ontclrio, dlspositlvo que Pio XU rcnO\.'OU,
As senhoras comunguem de cabeça c<>berta Ainda sôbre a recepção do Sagrada Comunhão mantenba•se o costume tradicional que. manda às senhoras e mf>. ças que se npresc.ntem coro a cabeça cobena. Oulro hábito imemorial, íun• dado na Sagrada Escritura (cf. 1 Cor. 11 , S e ~.), que não deve ser modificado. São Paulo rerorda a veneraçd.o o o respeito aos Anjos presentes na igreja, que as senhoras signlfkam com o uso do viu. Nada mal~ belo, mais ordenado, mols tnettntador do que a mulher cris,tã que reconhece a biera,.. qubl estabelecida por Deus, e manlfes,. ta externamente su.a adesão amorosa a sem,lhante disposltio da Providência.
A imodéstia no trajar e a nossa responsabilidade Na mesma ordem de Idéias, lembra-
mos aos nossos car'ÍS\imos Sa«rdotes que devem empenhar-se, a íund,o , por conservar nos ftfis o amor à modéstia e ao ttcato. que os tomam menos lndignos de receber os Santos S•crn• mcntos. Não nos esqueçamos de que, se a S<>cledade se paganiza, se ela foge da me.ntaUdade <'ristã, como esta se define nas m1b.lmas evangélka.~ não o faz sem a c:onlvêncla e a cooperaçáo d89 famílias católkas, e, portanto, em grande parte, Por nossa culpa, nossa, de nós, Sa«rdotcs. Ou por comodismo, que em nós c,r la aversio ao exerclclo de no&Sa função de orientadores do povo fiel, ou qul~ - proh dolor! - por condescendência rom a sensualidade rtlnante, somos remb..ws cm detlarar, sem rebuços, que as modas de hoje dcs• toam gravemente da virtude cristã, e, malç a.lnda remfssos somos, em usar da firmer.a &PostóHca, ainda que suavemente exerdda, para afastar dos Sacramentos a atmosfera sen.w:al atual• mente i.n troduzida na &0cftdade pela, 'Vestes femininas. t coni tristeza que 53bemos de Sacerdotes na Diocese, e de outras pes• ooas c<>m r<sPODSabllidadt de orientaçiio de almas, que não tom.am a menor medida no sentido de manter em tôrno dos Sacramentos, especialmente da Santi'lsima Eucaris.Ua, o ambiente dt pureza que Jesus Cristo ex.lge de seus fiéi.ç se,rvidores. Por que tôdllS as lgÍej~ da Diocese não ostentam, em lu• ga_r bem visfvel, as dispo~içõts ·ecle.. siásticas no s.enCido de que as senboras e môças não se apresentem DO ttmplo d• Deus com vestes aju.'ladas, decotadas, de salllS que não desçam abobo dos Joelhos, ou de ealças compridas, esta.< últimas mais próprias do outro sexo? E porque não tomam tO..
dos os Sacerdotes meclldas a fim de que com semelhantes trajes. niio ~ apresentem aos Sacramentos as senhoras e môças, ou para recebê~tos ou co• mo madrinhas ou testemunhas? Seria o mínimo que se podérla pedir a quem está realmente intertSSado por que a adaptação de que tanto se fala, não sej11 uma profanação do Sagrado, com pr-cju.tl.o pessoal, para o povo fiel e para n sodedade cm geral.
Ora, cariS,.!,imos Sa<:e.r dotes, inúmeras mudanças, que se apresentam como outras tantas etapas do "agglomamento", tendem s6 n favorecer as como• dida des da naturt1.a humana decaída, e a diminuir o fervor da caridade para com Deus. Sob o título d.e dignidade humana, redu~m o lugar devido a Deus na vida do homem, cuja autonomia é llsoojeada de todos os modos. Semelhnnte "aggiornamento" não se in.stre dentro da salutar Trndlçiio católico. Nêle o lugar da mor1ifkação, Uma medida da renúncia, é mais o de uma concessimples e eficaz são a que, doloro.çament.t , não ~ pode fugir, do que o de uma exigência Caríssimos Sac<rdotes. O zêlo p<la positivo. como ensina o dogma do p<-Casa de Deus, bem como a caridade eado originnl, ponto básico da Ecocom o próx.i mo pedem, DOS tcmpQS nOl.llla da Redenção, a cuja amorosa rttua.is, mafor ateqção à maneira de ude'liío se há de confonnar a vida vestir dos íiéls que o são e querem cristã , que pod soa a,legria nn austeviver crlstRinente. A Sagrnda Escritu- r-tdade e peniíência, com que o ho• ra lembra que ,·,a,ç ve~1es do corpo, o · mem SC· prepara para a 'Visão beatíriso dos dentes e o modo de nndar de fica no seio de Deus. um homem fazem-no conhecer' (Ecli. Com o "agglornamento" de que fa19, 27). E Pio XII comenta: "A so• lamos, n.Uá.s, perde•se de vista a hem• ciedadc, per assim diur, fala com a aventurança futura, parn se cuidar da roupa que Vt!l1e; <'Om a roupa revtln pros-peridade, do confôr1o, da ' felfcida• S1Jas secretas aspimções, e dela se S('rde aqui n11 term, como se o homem ve, ao menos em parte, para construir aqui tivesse sua moradia permanente. ou destruir o seu próprio futuro" Não é prect~ mostrar como um tal (" Ois(. e RadJomes.", vol. 19, p. 578). "aggiomamento" constitui um es<:ânda• Ninguém negará o valor objetivo de&- lo, no scnUdo próprio da palavra, pois ta observação do Papa Pacelli. contribui para perder as almas. Uma das O<'asiões em que tnai.~ especialmente devemos aplicar a palavra da Escritura e a orientação pontifícia' é Sejamos cautelos<>s quando dos c~amentos. Tôdas as pa- com certos permissões róquias deveriam ter um folheto, bre• ve e ~impl~ onde se recordass,em a naCads.<lmos Sacerdotes. Estas nossas oonslderaçõ'es, romo fàcilmeote p.odcis tureza, a santidade e as qua.lldndes do Mntrlmônio cristão, as disposições pa• veri.fkar, têm o valor pertne que lhes ra recebê-lo frutuosa e dlgname.nte, e confere o Tradição tatólka1 de onde mais n.s advertênciss quanto aos trajes pro<:edem. Valem por si. <.:ontm elas, como biio de se apresentar na igreja pois, não há aduzlr o exemplo do que os noivos. as t~1emunbas e convida- se possa rcalb,ar alhures. De fato, não dos. Tal folheto deveria ser entregue sa.bemos as ra~ que determinam as aos Interessados no momento em que perml~cs pccuUarcs de outras re.cuidam do proctsSo matrimonial na glões, sen1pre na hipótese de que não Igreja. se trate de nbu~s, mas de conceSWes. Um matutino d.a cidade anundava Sabemos, aliá.<, por confissiío do próhá dias um msanu:nto religioso ao prio Cardeal Gut, Prefeito da Sagraquat o noivo compareceria sem cami• da Congregação para o Culto Divino, sa (de paletó), descalço e a noiva ves-- que, mais de uma vez, o Papa permi• lida de d&ana . Pessoas que desejam ttu, contra a vontade, c:crtas priitlcas receber o Sacramento do Matrimônio que êle mesmo, êle Papa, considera de modo assim extravagante, melhor abusivas. O que quer dizer que detC• faun, o.ão casando na Igreja. Seme- mos ~r cautelosos, aJnda quando se lhante extravagância demonstra uma trata de pemdSk>es dadns pela mesma Ignorância do canlter sagrado do Sa- Santa Sé. Enfim, o que podemos dicrament.o . ~m entrar na.ç (ntençõt:s, zer é que aqui nfto militam motlvos cujo Julgan1cnto a Deus pertence, po- que, talvez, justifiquem usos introduzideriam.os lembrar a frase do Senhor dos em outras partes. O que talve:c cm que a Igreja aplica à Santíssima Eu- outros lugares não seja censu.n ivel, <:.a ristla. cm Mat. 7, 6. Pa.r a que se evitem vclddadts como e&U i que re- aqui certamente é c:oefklente de des-comendamos o fo lheto que aqui wge- sacrallzaçio. rimos. Acrestentamos que, no e:a.w adma, o Revmo. Reitor da igreja to- Apêl<> de um Pai mou providências para evltar a lrn- angustiad<> verêncla projetada.
"Aggi<1rna me11t<>" que leva à perdição eterna De fato, é prtdso, caríssimos Sacer• dotes, não perder de vista a flnalldade coUm.ada pelo Concílio, segundo declaração fonn.al do Papa, como Ovemos oportunidade de saUeotar em Nos• sa Carta Pastoral de 19 de março de 196', ao comentar o Mona Proprfo de Paulo VI, conc•dendo o jublleu pós('()nclli.ar. O Concílio deseja que a Igreja renove ~11a face, mediante a ssmUfkaçio maior de seus membros. F. nesse sentido que se h~ de entender o "agglomamento" de que falava João XXlll. t -mediante a santificação de seus filhos que a Igreja atrai ao sun• ve jugo de Jesus Cristo os que se acham fora de seu grêmio. A~m de• dara o Papa, assim atesta a História da Igreja, assim testemunha a Sagra• da Escritura. ºCum exaltatus fucro, omnJa trabam ad meipsum - quando Eu fôr eulta• do da terra, atrairei todos os bomcJU a Mim.,. E o Evangelista explnn.a que Jesus falava de sua morte (lo . . J2, 32-33). O ºaggiomamento'' E obra de penitência, de mortükaçio, de r, nún• ela, à Imitação do Divino Salvador que, peta i,g nomínia e renúncia da Cru7., pelas humilhações e o i'iOlamtnto do Calvário, atraiu a Si o mundo todo: "Cum exaltatus focro, om.nlâ tralum ad melpsum''.
Caris.\imos Sacerdotes. Confiamos que reeebcrels, todos • cada um de vós, estas Nossas palavras, como um apêlo de Pai espiritual, angustiado pelo ambiente que, na sociedade, se f8% cada vez. menos sagrado, cada vez m.als sen• suai e pagão. Angustiado, e soberanamente inte.ressado · por vossa própria sanlifi<ação, da qual resultará benefíc.io para os fiEls e o Povo, em cujo melo 'Vi'Vels e exer<'els vo~ mlnlstfrio. Conto as considerações que aqui faztmos afttam também os fiéis, que.r emos que esta Carta seja lida ao povo à hora da Missa dominical. Recomendamo-Nos às voSS1lS ona• ções, e a todos e a cada um de vós enviamos afetuosa bênção, extensiva ao povo confiado à vossa guarda. Em Nom• do Pai + e do Fl+ Iho e do Espírito + Santo. Amfm. Campos, 2 1 de novembro de J970, fes1a da Apr.,.en!llção de Nossa Senhora no Templo. Servo eni Jesus Cristo. + Antonio, Bispo de CAm~s. P , S. - Transert-Yttn~ a.'f palaVTIIS do Sr.
C11tdeal Gut, a que nos rd'trlmos "4;'(ma. Slo de- uma t-nlrevb1a que se cnC'Onfra ms ' 11,.a l)oc,. CA1h." de 16 ck novembro de 1969, p , UMS, COI. 1 : .., . . . l on ll paJ'fols fraadd k s HmUc-,. d bcHC'OUP de Pflttes onl >implemflll falt tt qul teur plal$11lt. Ators, « qul C".\1 •n1v6 parfok, c't~'f qu'lls se: sont · tmp0Sfs. ~ lnltladvt:S prlkJC $AD$ •ulori$11don, on ncpouvalt pkas, bktt ktU'ttM, k $ an'tlC'l", C'■r
«-la s'c-talr rfpandi:, t.rop k>tn. Dans " crande bontf d sa - ~. IC' Salnt•Ptn.- a alon ttdl, $0~Df tOD~ SOA ar4''•